Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Estudos Geologicos e Geotecnicos
1 Estudos Geologicos e Geotecnicos
Programa
A Geologia de Engenharia nos Túneis
e Obras Subterrâneas 1. Estudos geológicos e geotécnicos nas diferentes fases
do projecto ;
Susana Prada
2. Características geotécnicas dos maciços com
influência no planeamento e projecto de túneis;
3. Classificações Geomecânicas;
4. Zonamento Geotécnico e definição do tipo de
sustimento;
5. Cartografia geológica e geotécnica de túneis durante
a fase de construção
http://www.uma.pt/sprada/
Password: TOS
Bibliografia Geotecnia
Tem como objecto o estudo dos materiais
• L. González de Vallejo, M. Ferrer, L. Ortuño, C. Oteo geológicos da crosta terrestre
(2002) Ingenieria Geológica
• Costa Pereira, A.S., (1986) Noções de Geologia de =Mecânica dos Solos + Mecânica das Rochas
Engenharia – Obras Subterrâneas (aplicação dos princípios da mecânica e solução dos
• Rodrigues, C., Grov, E., Prada, S., (2002) Tunneling in problemas de estabilidade à custa de cálculos numéricos)
Volcanic Environment – Experiences from projects in
Madeira Island, Iceland and Faroe Islands.EUROCK2002 +
- International Symposium on Rock Engineering for Geologia de Engenharia (estudo das
Mountainous Regions. Publicações da Sociedade características geológicas que determinam os
Portuguesa de Geotecnia: 643-655. parâmetros numéricos e sua distribuição num maciço, o
zonamento geotécnico)
1
22-10-2014
• Rodoviários
• Ferroviários
• Hidráulicos
• Galerias de captação de água
• Explorações mineiras
• Aproveitamentos hidroeléctricos
• Armazenamentos subterrâneos
2
22-10-2014
Túneis hidráulicos dos Socorridos Galerias de captação de água e túneis produtivos na Madeira
3
22-10-2014
GALERIA DO
RABAÇAL 60 l/s
• Soleira Acompanhamento
Colaboração na
Estudos Campanha Campanha interpretação das
• Diâmetro (H e L) Geológicos Reconhe- preliminar complementar
da obra e
cartografia
medições com
e cimento de de prospecção equipamentos de
geológica, no caso
• Sobreescavação Geotécnicos prospecção e ensaios
de túneis
observação do
comportamento
• Recobrimento
(pequeno < 2,5 diâmetro) 1. Estudo Prévio ou Planeamento: RELATÓRIO PRELIMINAR
2. Anteprojecto: ZONAMENTO GEOTÉCNICO
• Emboquilhamento 3. Projecto ou projecto de execução: Pormenorização do Zonamento GEOT.
4. Construção: RELATÓRIO GEOLÓGICO/GEOTÉCNICO FINAL
5. Funcionamento ou Observação
4
22-10-2014
Corte geológico
• Escalas de estudos prévios 1:10 000 a 1:25 000
• O corte geológico pelo eixo do túnel é o principal
documento geológico
• Técnica relativamente económica, mas sujeita a
incertezas em função da complexidade geológica e
dos dados disponíveis
5
22-10-2014
6
22-10-2014
7
22-10-2014
8
22-10-2014
Sedimentos conglomeráticos contemporâneos do Fajã lávica do Seixal: resultou de uma erupção vulcânica no interior de
um vale com a foz suspensa
complexo vulcânico superior: Caniçal
9
22-10-2014
Fonte submarina
10
22-10-2014
30
25
Temperatura (ºC)
20
15
10
y = -0,0056x + 17,218
5 2
R = 0,73
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Cota (m)
11
22-10-2014
Alteração de uma
escoada basáltica (tempo
e condições climáticas)
12
22-10-2014
13
22-10-2014
• Valas, sanjas ou trincheiras: permite a observação • Sondagens: à rotação com coroa de tungsténio ou
local das formações e colheita de amostras. Não diamante. Permitem recolher amostragem
ultrapassam 2m de profundidade, sendo utilizados em
zonas de pequeno recobrimento e próximo dos
emboquilhamentos
• Poços e galerias: utilizados nas zonas de
emboquilhamento permitem o acesso directo ao
maciço, recolha de amostragem e a execução de
ensaios in situ. São utilizados em túneis de grande
comprimento e/ou complexidade. Grande custo e
demora
14
22-10-2014
15
22-10-2014
16
22-10-2014
17
22-10-2014
18
22-10-2014
Tipos de descontinuidades
A maioria dos problemas de estabilidade devem-se à intersecção
dos túneis com planos de descontinuidade
19
22-10-2014
77
Intervalo entre
Símbolos Designação
fracturas (cm)
F1 > 200 muito afastadas
• Distância média, medida na perpendicular, entre duas
descontinuidades consecutivas da mesma família. F2 60-200 afastadas
Define o tamanho dos blocos intactos do material-
F3 20-60 medianamente afastadas
rocha que constitui o maciço.
• Tem influência na resistência, na deformabilidade e na F4 6-20 próximas
permeabilidade do maciço. Um espaçamento pequeno
traduz-se por uma perda de “coesão” do maciço F5 <6 muito próximas
rochoso.
20
22-10-2014
3. Continuidade 4. Rugosidade
• A superfície das paredes das descontinuidades
• Define-se como a extensão ou comprimento do plano
apresentam, em geral, irregularidades: ondulações e
da descontinuidade
asperidades.
• Pode ser difícil de quantificar uma vez que pode ser
• A rugosidade é um factor com especial incidência na
maior do que o afloramento
resistência ao escorregamento de uma
Descrição da continuidade (ISRM, 1981): descontinuidade, especialmente se estas não estiverem
Continuidade Comprimento (m) preenchidas. A sua importância como factor favorável à
Muito pouco contínua <1 resistência diminui com o aumento da abertura e da
Pouco contínua 1–3 espessura do enchimento.
Medianamente contínua 3 – 10
• A resistência ao corte de uma descontinuidade pode ser
Contínua 10 – 20
determinada através de ensaios in situ e laboratoriais.
Muito contínua > 20
5. Abertura
• Define-se como a distância que separa as paredes da
descontinuidade. Pode ser medida com uma régua
• A abertura da descontinuidade tem grande influência
na permeabilidade, na deformabilidade e na resistência
ao corte dos maciços rochosos.
Designação Abertura (mm)
Muito fechadas < 0,1
Fechadas Fechadas 0,1 – 0,25
Parcialmente abertas 0,25 – 0,5
Abertas 0,5 – 2,5
Entreabertas
Largas 2,5 – 10
Muito largas 10 - 100
Abertas Extremamente largas 100 - 1000
Cavernosas > 1000
21
22-10-2014
6. Enchimento
3. CONDIÇÕES HIDROGEOLÓGICAS
• É o material que preenche o espaço entre as paredes
da descontinuidade: calcite, quartzo, argila, brechas A escavação de um túnel produz o efeito de um
de falha, etc. grande dreno através do qual a água flui dos
• O tipo de enchimento condiciona todos os parâmetros aquíferos interceptados, com as seguintes
geotécnicos do maciço: uma argila de elevada consequências:
deformabilidade, baixa resistência ao corte e 1. Diminuição da resistência do maciço
praticamente impermeável, terá um comportamento 2. Aumento das pressões sobre o revestimento
diferente de um preenchimento de quartzo ou sem
preenchimento. 3. Expansibilidade das argilas com aumento das
tensões sobre os suportes
• As caixas de falha podem funcionar como condutas
para ascensão de gases vulcânicos ou para circulação 4. Problemas de avanço da escavação
de água.
22
22-10-2014
23
22-10-2014
24
22-10-2014
25
22-10-2014
• Litologia e estrutura do maciço: tipo de rocha, grau • Comportamento do maciço após escavação,
de alteração e fracturação; atitude das camadas e dos sobretudo antes do suporte para ajuizar sobre o
filões. Poderá ser determinada a dureza Schmidt, comportamento deste e concluir sobre o acabamento
ensaio de carga pontual e no caso de solos o a dar à obra. Sobreescavações
penetrómetro de bolso. • Características dos suportes: descrição do
• Descontinuidades: as falhas devem ser tratadas revestimento ou suporte utilizados, deve referir-se o
individualmente, as diaclases serão caracterizadas por tipo de suporte provisório e definitivo (cambotas,
famílias. betão projectado, pregagens, etc.)
• Hidrogeologia: devem ser registadas todas as • Instrumentação: medições de convergência das
emergências, o caudal respectivo e feita referência à superfícies escavadas, reflexo das deformações do
permeabilidade do maciço. maciço
26