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Resumo direito civil – continuada

1. NEXO DE CAUSALIDADE - Na seara da Responsabilidade Civil, o nexo causal é a ligação


entre a conduta do agente e o resultado danoso. Ou seja, é preciso que o ato ensejador
da responsabilidade seja a causa do dano e que o prejuízo sofrido pela vítima seja
decorrência desse ato.
Sendo o nexo de causalidade um dos pressupostos da responsabilidade, deverá ser
provado pelo autor da demanda.

a. Concorrência de causas ou concausas: Sendo assim, seguindo tal linha de


raciocínio, faz-se necessária a definição do termo "concausa", que nada mais é
do que o concurso de fatores (preexistentes, concomitantes ou supervenientes)
que, paralelamente ao comportamento do agente, são capazes de modificar o
curso natural do resultado.
Em concausas ou concorrência de causas, que podem resultar da interferência
da própria vítima, de terceiros ou de condições fáticas preexistentes,
concomitante ou supervenientes.
b. Culpa concorrente: eu conceito pode ser extraído do artigo 945 do Código Civil,
o qual prevê que, quando acontece um evento que causa dano a alguém, a
participação da vítima deve ser observada para o cálculo de eventual
indenização. Assim, havendo culpa de ambas as partes, cada uma responde na
proporção de sua culpa. Concorrendo a conduta da vítima com a do agente para
a produção do evento, sendo fator relevante que resulta na mitigação e até
mesmo na exclusão de responsabilidade civil.
c. Interferência de terceiros, co-participação e solidariedade: ocorre quando
duas ou mais pessoas concorrem efetivamente para o resultado.
O concurso de agentes pode ser simultâneo ou sucessivo: no concurso
simultâneo, duas ou mais pessoas se unem para praticar a mesma ação. No
concurso sucessivo as ações sucedem no tempo.
d. CONDIÇÕES FÁTICAS PREEXISTENTES, CONCOMITANTES OU
SUPERVENIENTES.
i. CONDIÇÃO PREEXISTENTE: As concausas preexistentes são aquelas que
existiam antes mesmo da causa principal do acidente. Por exemplo, um
trabalhador é diabético e ao se ferir durante o exercício de suas
atividades, a lesão decorrente do acidente se agrava pela dificuldade de
repará-la, haja vista as complicações provenientes da diabetes.
ii. CONDIÇÃO CONCOMITANTE: Circunstância agravante que concorre
simultaneamente ao dano. Exemplos: durante o parto a vítima vem a
falecer em decorrência de um aneurisma cerebral. Não há
responsabilidade civil do médico, uma vez que a morte não decorreu da
conduta do profissional-médico. Outro exemplo seria ANTONIO, com
intenção de matar, atira em JOÃO, mas não atinge o alvo. A vítima,
entretanto, assustando, tem um colapso cardíaco e morre.
iii. CONDIÇÃO SUPERVINIENTE: Ocorre depois do desencadeamento do
nexo causal e, embora concorra também para o agravamento do
resultado, em nada favorece o agente. Exemplos: Vítima de um
atropelamento não é socorrida em tempo, perde muito sangue e vem a
falecer”.
2. DANO: é o pressuposto mais evidente da responsabilidade civil, visto que não se pode
falar em dever de indenizar sem sua ocorrência. É toda lesão a um bem juridicamente
protegido, causando prejuízo de ordem patrimonial ou extrapatrimonial.
Cabendo o ônus da prova a quem o alega (art. 333,I, CPC). Para que o ato ilícito esteja
caracterizado é necessária a presença dos elementos: Lesão de direito e o Dano ( Art.
186 c/c art. 927, caput).
a. Classificação do Dano:
i. Dano Material: Os danos materiais são os prejuízos financeiros que a
pessoa tem por conta da ação de um terceiro. O reparo pode ser feito
tanto por pessoas físicas, quanto jurídicas. Este tipo de dano requer
alguma comprovação para que a indenização possa ocorrer. Na maioria
dos casos, isso ocorre por meio de notas fiscais. É aquele causado aos
bens materiais de conteúdo econômico, que compõem o patrimônio da
vitima, o qual acarreta perda ou deterioração, total ou parcial do bens
materiais que lhe pertencem.
O dano patrimonial abrange o dano emergente ( o que efetivamente
se perdeu) e o lucro cessante ( o que se deixou de ganhar em razão ao
evento danoso)
ii. Dano Imaterial: Os danos imateriais distinguem-se dos danos
patrimoniais dado que não acarretam diminuição do patrimônio da
vítima. Não possuem expressão de cunho econômico, atingindo direitos
da personalidade ou os direitos fundamentais da pessoa (art. 1º, III, art.
5º, V e X, CF). ver também Súm.37, STJ.
- Dano Moral: Os danos morais são aqueles que ferem o interior da
pessoa, seu psicológico, bem como os direitos da personalidade, como
o nome, a honra e a intimidade. Pois bem. ... O dano moral é
modalidade de responsabilidade civil que busca reparar os prejuízos
psíquicos causados à vítima de um ato ilícito ou de um abuso de direito.
- Dano Estético: é uma alteração corporal morfológica interna ou
externa que cause desagrado e repulsa não só para a pessoa ofendida,
como também para quem a observa. De acordo com o Código Civil atual
(art. ... 1.538), para configuração do dano estético, a existência de
aleijão ou de uma grande deformidade. Pode abranger uma
compensação financeira pelo sofrimento.
A CF de 1988 fortaleceu, de maneira decisiva, a posição da pessoa
humana, e de sua dignidade, no ordenamento jurídico, logrando a
determinação do dever de reparar todos os prejuízos injustamente
causados à pessoa humana. Assim, os tribunais têm reconhecido a
existência de dano moral não apenas nas ofensas à personalidade, mas
também sob forma de dor, sofrimento e angústia.
* Fernando Noronha esclarece que a reparação de todos os danos que
não sejam suscetíveis de avaliação pecuniária obedece em regra ao
princípio da satisfação compensatória: o quantitativo pecuniário a ser
atribuído ao lesado nunca poderá ser equivalente a um preço, será o
valor necessário para lhe proporcionar um lenitivo para o sofrimento
infligido, ou uma compensação pela ofensa à vida ou a integridade
física.
.
b. Prova de Dano Moral:
i. I. Pessoa Natural: Neste ponto a razão se coloca ao lado daqueles que
entendem que o dano moral está insito na própria ofensa, de tal modo
que, provado o fato danoso ipso factoestá demonstrado o dano moral
à guisa de uma presunção natural, uma presunção hominis ou facti que
decorre das regras da experiência comum.
ii. II. Pessoa Jurídica: Danos morais à pessoa jurídica exigem prova de
prejuízo à imagem, reafirma STJ. Pessoas jurídicas só podem ser
indenizadas por danos morais quando há comprovação fática, pois
somente nas situações que envolvem pessoa física é possível o dano
moral in re ipsa, presumido, que decorre naturalmente do próprio fato.
Observar sumula 227, STJ
iii. III. Dano Moral in re ipsa: não precisa de prova, pois é presumido.
Nestes casos, basta que o autor prove a prática do ato ilícito, que o dano
está configurado, não sendo necessário comprovar a violação dos
direitos da personalidade, que seria uma lesão à sua imagem, honra
subjetiva ou privacidade.
c. Classificação de Dano Moral:
i. Dano moral em sentido próprio: é a dor, a tristeza, a humilhação, o
desespero, enfim, o estado de sofrimento subjetivo que atinge o
espírito do lesado.
ii. Dano moral em sentido impróprio: Constitui qualquer lesão aos
direitos da personalidade (liberdade, opção religiosa, sexual, etc). trata-
se do dano em sentido amplo ou latu sensu, que não necessita de prova
do sofrimento em si para a sua caracterização.
- Dano moral subjetivo: ocorre nas situações em que a dor, o
sofrimento, o transtorno, a angústia, necessita de prova.
- Dano moral objetivo ou presumido: não necessita de prova. Ex. abalo
de crédito, morte de pessoa da família, perda de membro do corpo.
- Dano moral direto: é aquele que atinge a pessoa de forma reflexa,
como nos casos de morte de uma pessoa da família ou perda de objeto
de estima que tenha valor afetivo.
iii. Dano morais x transtornos: Enunciado 159, CJF: “O dano moral não se
confunde com os meros aborrecimentos decorrentes de prejuízo
material”.
iv. Natureza jurídica da indenização por danos morais: não existe
unanimidade, surgindo três correntes doutrinárias e jurisprudenciais
sobre a controvérsia. verifica-se que a natureza jurídica da indenização
por dano moral é mista: compensatória, no sentido de indenizar
pecuniariamente o ofendido, alcançando-lhe a oportunidade de obter
meios de amenizar a dor experimentada em função da agressão moral,
em um misto de compensação e satisfação;
1º corrente: mero intuito reparatório ou compensatório, sem qualquer
caráter disciplinador ou pedagógico ( tese Superada)
2º corrente: a indenização tem um caráter punitivo ou disciplinador
(tese que prevalece nos EUA). No Brasil se assemelha a teoria do
desestímulo (Carlos Alberto Bittar);
3º corrente: a indenização por dano moral está revestida de um caráter
principal reparatório e de caráter pedagógico ou disciplinador
acessório, visando coibir novas condutas.
“O valor do dano moral tem sido enfrentado pelo STJ com o escopo de
atender a sua dupla função: reparar o dano buscando minimizar a dor
da vítima e punir o ofensor, para que não volte a rescindir”. Mais
recentemente tem-se ainda o caráter educativo.
* Critérios para a quantificação dos danos morais: o CC de 2002 não traz
critérios fixos para a quantificação da indenização. Também a doutrina
e a jurisprudência não são unânimes em relação aos critérios que
devem ser utilizados pelo juiz da causa, a qual deve fixá-lo por
arbitramento levando em conta:33 - a situação social, política e
econômica dos envolvidos; - condições em que ocorreu a ofensa ou
prejuízo moral; - intensidade do sofrimento ou humilhação; - grau de
dolo e culpa; - perdão tácito ou expresso.
Vale a pena registrar, enfim, que o elemento subjetivo (dolo ou culpa)
não é mais um postulado inquestionável e um elemento indispensável
para a caracterização da responsabilidade civil.

3. ABUSO DO DIREITO: O abuso de direito advém do predomínio da vontade do titular de


um direito como condutor absoluto de seu exercício. ... O titular de prerrogativa jurídica,
de direito subjetivo, que atua de modo tal que sua conduta contraria a boa-fé, a moral,
os bons costumes, os fins econômicos e sociais da norma, incorre no ato abusivo.
Além de admitir, seguindo orientação constitucional, que o ato ilícito poderá produzir
dano exclusivamente moral, o legislador, nos referidos arts. 186 e 187, cuidou também
de prever, em norma expressa, a teoria do abuso de direito, apenas indiretamente
reconhecida pelo Código de 1916.
4. CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE DE RESPONSABILIDADE CIVIL - Trata-se de
matéria com importantes efeitos práticos, uma vez que, com frequência, é arguida como
matéria de defesa pelo réu (agente causador do dano) no bojo da ação indenizatória
proposta pela vítima.
a. São excludentes de ilicitude: excluem a contrariedade ao direito da conduta, a
ilicitude do ato. Isso, porém, não significa que esteja excluído o dever de
indenizar.
b. 1. Estado de necessidade. - O estado de necessidade exclui o autor da ilicitude
por danos como prevê o artigo 188, inciso II, Código Civil de 2002, se a
deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão à pessoa, a fim de
remover perigo iminente. Com isso, quer-se dizer que o agente, atuando em
estado de necessidade, não está isento do dever de atuar nos estritos limites de
sua necessidade, para a remoção da situação de perigo. Será responsabilizado,
pois, por qualquer excesso que venha a cometer.
c. 2. Legítima defesa. - vem elencada no art. 160, I e parágrafo único do C.C., exclui
a reparação de dano à vítima quando agiu ao revidar de imediato uma agressão
atual ou iminente e injusta a um direito seu ou de outrem, usando
moderadamente dos meios necessários. Diferentemente do estado de
necessidade, na legítima defesa o indivíduo encontra-se diante de uma situação
atual ou iminente de injusta agressão, dirigida a si ou a terceiro, que não é
obrigado a suportar.
d. 3. Exercício regular de direito e estrito cumprimento do dever legal. - é o
desempenho de uma atividade ou prática de uma conduta autorizada por lei,
que torna lícito um fato típico”. Aquele que exerce um direito autorizado pelo
ordenamento jurídico não pode ter sua conduta considerada ilícita.
Se alguém atua escudado pelo Direito, não poderá estar atuando contra este
mesmo Direito.
Por outro lado, se o sujeito extrapola os limites racionais do lídimo exercício do
seu direito, fala-se em abuso de direito, situação desautorizada pela ordem
jurídica, que poderá repercutir inclusive na seara criminal (excesso punível).
O abuso de direito é o contraponto do seu exercício regular.
O estrito cumprimento do dever legal corre quando um agente age dentro dos
limites impostos pela lei, sendo a conduta que gerou o dano causado por ele
considerada lícita e, portanto, não terá o dever de indenizar.
5. São excludentes de Responsabilidade Civil: As excludentes de responsabilidade civil,
mencionadas no capítulo anterior (caso fortuito ou força maior, culpa exclusiva da
vítima, por exemplo), afastam a responsabilidade civil, porque rompem o nexo causal.
O estado de necessidade consiste na situação de agressão a um direito alheio, de valor
jurídico igual ou inferior aquele que se pretende proteger, para remover perigo
eminente, quando as circunstância do fato não autorizarem outra forma de atuação.
a. 4. Caso fortuito e força maior. Os casos fortuitos Enquanto a força maior é vista
como o risco não intrínseco, sendo aquele que realmente impede o
cumprimento da obrigação assumida. Para o doutrinador Flávio Tartuce, o caso
fortuito se caracteriza como evento totalmente imprevisível e a força maior
como evento previsível, mas inevitável. São fatos ou eventos imprevisíveis ou
de difícil previsão, que não podem ser evitados, mas que provocam
consequências ou efeitos para outras pessoas, porém, não geram
responsabilidade nem direito de indenização. O caso fortuito interno incide
durante o processo de elaboração do produto ou execução do serviço, não
eximindo a responsabilidade civil do fornecedor. Já o caso fortuito externo é
alheio ou estranho ao processo de elaboração do produto ou execução do
serviço, excluindo a responsabilidade civil.
b. 5. Culpa exclusiva da vítima. ato praticado pela vítima isenta a responsabilidade
da outra parte envolvida. Nesse caso, como a culpa pelo dano é exclusiva da
vítima, a outra parte envolvida fica isenta de repará-lo.
A exclusiva atuação culposa da vítima tem também o condão de quebrar o nexo
de causalidade, eximindo o agente da responsabilidade civil.
Imagine a hipótese do sujeito que, guiando o seu veículo segundo as regras de
trânsito, depara-se com alguém que, visando suicidar-se, arremessa-se sob as
suas rodas. Neste caso, o evento fatídico, obviamente, não poderá ser atribuído
ao motorista (agente), mas sim, e tão somente, ao suicida (vítima).
c. 6. Fato de terceiro. - A participação de terceiro na causação do dano pode
ocorrer de maneira total ou parcial. Na primeira hipótese, o dano é causado
exclusivamente por terceiro; na segunda, o terceiro é apenas co-partícipe, ou
elemento concorrente no desfecho prejudicial.
Note-se que, a princípio, desde que haja a atuação causal de um terceiro, sem
que se possa imputar participação do autor do dano, o elo de causalidade
restaria rompido.
Todavia, a matéria não é pacífica e, de todas as excludentes, esta é a que maior
resistência encontra na jurisprudência pátria.
6. CLAUSULA DE NÃO INDENIZAR: Obviamente, pela natureza mesma do referido pacto,
esta cláusula somente tem cabida na responsabilidade civil contratual.
Trata-se, pois, de convenção por meio da qual as partes excluem o dever de indenizar,
em caso de inadimplemento da obrigação. cláusula de não indenizar é aquela pela qual
"uma das partes contratantes declara que não será responsável por danos emergentes
do contrato, seu inadimplemento total ou parcial. Trata-se da exoneração convencional
do dever de reparar o dano."
Há muita controvérsia a respeito de sua validade, porém, a jurisprudência revela que a
cláusula de não indenizar tem sido admitida a menos que se configure uma das
seguintes hipóteses: (i) exclusão ou limitação sobre danos envolvendo direitos
indisponíveis, ou (ii) quando a indenização é o objeto do negócio, de modo que a sua
exclusão ou limitação equivaleria a privar de todo o efeito o negócio jurídico, ou seja, o
nosso ordenamento não permite que seja estipulada cláusula excluindo a obrigação de
indenizar nos casos em que tal obrigação seja decorrente do próprio objeto essencial
do contrato executado pelo causador do dano (ou à sua ordem).

7. CONTRATOS
a. CONCEITO DE CONTRATOS: contrato é um “acordo de vontades para o fim de
adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos”. O contrato é uma espécie
de negócio jurídico, isto é, um ato humano em que tem papel preponderante a
vontade dirigida a um determinado fim.
Trata-se de negócio jurídico bi ou plurilateral, já que, para a sua formação,
imprescindível será a vontade de duas ou mais pessoas. Distingue-se dos
negócios jurídicos unilaterais, pois naqueles há apenas uma vontade capaz de
produzir os efeitos almejados. São exemplos de negócios jurídicos unilaterais o
testamento e a promessa de recompensa (art. 854 do CC/2002).
b. CLASSIFICAÇÃO DE CONTRATOS: O ato de classificar significa agrupar
determinado objeto de acordo com certos critérios previamente escolhidos por
quem classifica, aproximando os semelhantes e afastando os diferentes.
i. QUANTO AO NUMERO DE PRESTAÇÕES PARA AS PARTES. O contrato
é sempre um negócio jurídico bi ou plurilateral com relação à sua
formação, pois sempre necessitará de duas ou mais vontades para se
aperfeiçoar. Assim, se o doador quiser doar o bem, mas o donatário não
aceitar, a doação não se forma e o contrato inexistirá. Entretanto,
formado o contrato, este poderá ser classificado como bi ou unilateral,
dependendo do número de prestações existente para as partes.
1. Unilaterais: Unilaterais criam obrigações unicamente para uma
das partes. Ex: doação pura, mútuo, comodato, mandato,
fiança.
2. Bilaterais ou sinalagmáticos: significa uma relação de
obrigação contraída entre duas partes de comum acordo de
vontades. Cada parte condiciona a sua prestação a
contraprestação da outra. Em direito, o melhor exemplo para a
existência deste instituto é o contrato bilateral (venda e
compra).
3. Comutativo: comutativos são aqueles em que as prestações
são equivalentes e insuscetíveis de variação. As partes realizam
o negócio sabendo, de antemão, o que vão ganhar e o que vão
perder. As prestações são certas, determinadas e definitivas,
apresentando uma relativa equivalência de valores.
a. Aleatório: Para tanto existem duas espécies de
contratos acidentalmente aleatórios I- a venda de
coisas futuras e II- a venda de coisas existentes, mas
expostas a riscos. prestação de uma ou ambas as
partes, bem como sua extensão é incerta porque
depende de fato futuro e imprevisível, ou seja, há a
presença do elemento risco ou álea; são tipicamente
aleatórios os contratos de seguro (art. 757) e de jogo e
aposta (arts 814-817; art. 243).
ii. QUANTO ÁS VANTAGENS PARA AS PARTES
1. Gratuitos: são os negócios em que as partes obtém benefícios
ou enriquecimento patrimonial sem qualquer contraprestação
(por exemplo, doações)
2. Onerosos: vantagens e desvantagens recíprocas (mútuo
feneratício, art. 586; locação, art. 565; compra e venda, art.
481).

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