Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
7. CONTRATOS
a. CONCEITO DE CONTRATOS: contrato é um “acordo de vontades para o fim de
adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos”. O contrato é uma espécie
de negócio jurídico, isto é, um ato humano em que tem papel preponderante a
vontade dirigida a um determinado fim.
Trata-se de negócio jurídico bi ou plurilateral, já que, para a sua formação,
imprescindível será a vontade de duas ou mais pessoas. Distingue-se dos
negócios jurídicos unilaterais, pois naqueles há apenas uma vontade capaz de
produzir os efeitos almejados. São exemplos de negócios jurídicos unilaterais o
testamento e a promessa de recompensa (art. 854 do CC/2002).
b. CLASSIFICAÇÃO DE CONTRATOS: O ato de classificar significa agrupar
determinado objeto de acordo com certos critérios previamente escolhidos por
quem classifica, aproximando os semelhantes e afastando os diferentes.
i. QUANTO AO NUMERO DE PRESTAÇÕES PARA AS PARTES. O contrato
é sempre um negócio jurídico bi ou plurilateral com relação à sua
formação, pois sempre necessitará de duas ou mais vontades para se
aperfeiçoar. Assim, se o doador quiser doar o bem, mas o donatário não
aceitar, a doação não se forma e o contrato inexistirá. Entretanto,
formado o contrato, este poderá ser classificado como bi ou unilateral,
dependendo do número de prestações existente para as partes.
1. Unilaterais: Unilaterais criam obrigações unicamente para uma
das partes. Ex: doação pura, mútuo, comodato, mandato,
fiança.
2. Bilaterais ou sinalagmáticos: significa uma relação de
obrigação contraída entre duas partes de comum acordo de
vontades. Cada parte condiciona a sua prestação a
contraprestação da outra. Em direito, o melhor exemplo para a
existência deste instituto é o contrato bilateral (venda e
compra).
3. Comutativo: comutativos são aqueles em que as prestações
são equivalentes e insuscetíveis de variação. As partes realizam
o negócio sabendo, de antemão, o que vão ganhar e o que vão
perder. As prestações são certas, determinadas e definitivas,
apresentando uma relativa equivalência de valores.
a. Aleatório: Para tanto existem duas espécies de
contratos acidentalmente aleatórios I- a venda de
coisas futuras e II- a venda de coisas existentes, mas
expostas a riscos. prestação de uma ou ambas as
partes, bem como sua extensão é incerta porque
depende de fato futuro e imprevisível, ou seja, há a
presença do elemento risco ou álea; são tipicamente
aleatórios os contratos de seguro (art. 757) e de jogo e
aposta (arts 814-817; art. 243).
ii. QUANTO ÁS VANTAGENS PARA AS PARTES
1. Gratuitos: são os negócios em que as partes obtém benefícios
ou enriquecimento patrimonial sem qualquer contraprestação
(por exemplo, doações)
2. Onerosos: vantagens e desvantagens recíprocas (mútuo
feneratício, art. 586; locação, art. 565; compra e venda, art.
481).