Você está na página 1de 2

A PALESTINA SOB O DOMÍNIO ROMANO

Roma começou a se destacar mais ou menos na mesma época em que a cidade-estado de


Atenas assumiu a hegemonia da Grécia, ou seja, no século V a.C. Naquela época Roma foi
reforçando seu exército e dominando áreas cada vez maiores. Depois de submeter seus
vizinhos mais próximos, derrotou os etruscos. Mais tarde expulsou as tribos do povo gaulês,
que atacavam pelo norte da península. Em pouco tempo, quase toda a Itália pagava tributos a
Roma.

Depois de derrotar os catargineses, Roma passou a atacar outros povos. Os objetivos dos
romanos nessas guerras continuavam as mesmas: dominar territórios, cobrar impostos dos
povos dominados e escravizar prisioneiros de guerra. Depois da Grécia os romanos
conquistaram a Ásia Menor. Foi assim que em 63 a.C. os judeus perderam sua independência
quando Pompeu, mais uma vez os submeteu ao “jugo dos pagãos”.

O poder estava nas mãos do imperador de Roma; ele é quem mandava nas forças armadas, ele
é quem governava e tinha o poder de legislar não só em causa própria, mas também alheia.
Ele era também o chefe religioso. O imperador nomeava as pessoas para os cargos de
destaque, como os prefeitos de uma cidade ou governador (chamado procônsul) de uma
província. A Palestina foi governada por um procônsul romano que residia na Síria. Seus
limites abrangiam a Judéia, Peréia, Samaria, Galiléia, Decápolis. Em cada uma dessas regiões
havia um governador que era indicado pelo imperador, sendo cada qual independente e
autônoma.

Foi assim que Herodes o Grande foi indicado pelo imperador Augusto para exercer o governo
da Palestina. Seu cognome, "o Grande", deveu-se principalmente a um fabuloso programa de
obras urbanísticas e arquitetônicas. Ele imediatamente recuperou economicamente a Judéia
com suntuosas construções, como também fortificou as cidades com muros ou contingentes
militares. Jerusalém e várias outras cidades foram reurbanizadas ao estilo romano, cortadas
por grandes avenidas e embelezadas com palácios, anfiteatros, hipódromos, piscinas e jardins.
O preço desse ambicioso empreendimento foi uma opressão ilimitada sobre o povo. Seu
governo perdurou de 37 a.C. a 4 d.C. Herodes retalhou o país por testamento entre três dos
seus filhos, que milagrosamente conseguiram sobreviver, sendo assim repartida à Palestina:

Herodes Arquelau recebeu a parte central: Judéia, Samaria, e Iduméia. Governou por seis
anos, até que foi exilado pelos romanos. Com este fato, sua região passou a ser governada por
procuradores, nomeados, como de costume, diretamente pelo imperador. Não muito tempo
depois os romanos entregaram sua região para ser governada por Herodes Agripa I.

Herodes Antipas ganhou a Galiléia e a Peréia – a parte da Transjordânia habitada por


judeus, do mar Morto até perto do mar da Galiléia.

Herodes Felipe II ficou com as terras entre o mar da Galiléia e a Síria, ou seja, cinco
distritos: Gaulanitis, Betânia, Auranitas, Ituréia e Traconites.

Herodes Agripa I recebeu parte das terras do Líbano. Depois da morte de Herodes Antipas,
foi incorporada a sua jurisdição as regiões da Galiléia, Peréia e a Judéia. Foi em sua
administração que foi morto Tiago (Atos 12.1-4) e também preso o apóstolo Pedro. Esse
Herodes é o que foi comido de bichos por não ter dado glória a Deus (atos 12.23).

A submissão política e a extorsão por meio de impostos geraram uma forte oposição ao
domínio romano, que culminaria em revolta generalizada. Em consquência, no ano 70 d.C., a
população judaica foi dispersa e Jerusalém, destruída pelas legiões comandadas por Tito,
futuro imperador de Roma.

Você também pode gostar