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Perfil dos cuidadores informais de idosos e sobrecargas enfrentadas na internação domiciliar

Catarina Melo Balbino1

Luciene Corado Guedes2

1 Discente do curso de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde – Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, Distrito Federal, Brasil.

2 Mestre em Gerontologia. Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde – Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, Distrito Federal, Brasil.

Dados para correspondência:

Luciene Corado Guedes

E-mail: lucienecoradog@hotmail.com

Endereço: AE04 conjunto I/J condomínio Sports Club AP 1004, Guará 2

Telefone: (61) 996770923

20 páginas, 02 tabela.

Resumo
2

Objetivos: Descrever o perfil dos cuidadores informais de idosos em internação domiciliar e analisar

a sobrecarga desses indivíduos. Método: Estudo transversal descritivo e exploratório de abordagem

qualitativa. A coleta de dados foi realizada através de questionário semiestruturado abordando

aspectos sociodemográficos, bem como questões referentes a dificuldades encontradas e instrumento

Zarit Burden Interview para avaliação da sobrecarga, envolvendo 21 cuidadores de idosos atendidos

por equipes de atenção domiciliar. Os dados analisados foram categorizados e tabelados.

Resultados: Evidenciou-se 85% de mulheres como cuidadoras, parentesco 33% filhas e 23,80%

esposas, 66% em estado civil união estável, de faixa etária predominante entre 60 e 85 anos,

escolaridade > 12 anos de estudo, 43,85% desempregadas, 38% negam problemas de saúde e a

maioria foi avaliada com sobrecarga de leve a moderada. A dor é um fator presente na vida dos

cuidadores, as regiões mais afetadas são membros inferiores e coluna lombar. Conclusão: Os

cuidadores são informais, majoritariamente mulheres, com vínculo familiar, que destacaram locais

específicos onde sentiam dor decorrente dos cuidados. Esperava-se que o grau de sobrecarga fosse

mais elevado. Os dados deste estudo se limitam a uma realidade local, necessitando de mais

pesquisas para fomentar as particularidades e dificuldades enfrentadas pelos cuidadores.

Descritores: Cuidadores; Idoso; Serviços de Saúde para Idosos; Assistência Domiciliar; Serviços de

Assistência Domiciliar; Família;

Descriptors: Caregivers; Aged; Health Services for the Aged; Home Nursing; Home Care Services;

Family;

Descriptores: Cuidadores; Viejo; Servicios de Salud para Viejo; Atención Domiciliaria de Salud;

Servicios de Atención de Salud a Domicilio; Familia.

Introdução
3

O aumento da expectativa de vida reflete na pirâmide etária da população brasileira e nas condições

de saúde. É notório observar a prevalência das doenças crônico-degenerativas elevando a incidência

de enfermidades e incapacidades, com alterações na dependência física ou cognitiva. Essas

condições atingem sobretudo a população idosa, que diante isso, exige cuidados continuados1.

Os eventos que comprometem a capacidade funcional do idoso, são um dos principais fatores

responsáveis pelo desenvolvimento das práticas de cuidado em saúde no domicílio. No Distrito

Federal, a Gerência de Atenção Domiciliar presta assistência em domicilio aos pacientes da SES-DF

por intermédio dos seus Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar – NRAD e suas Equipes de

Atenção Domiciliar - EAD.

A Atenção Domiciliar, segundo a Portaria nº 2.029 de 2011, é a assistência prestadas no domicílio de

pacientes clinicamente estáveis que exijam intensidade de cuidados acima das modalidades

ambulatoriais, mas que podem ser mantidas em casa, desde que assistidas por equipe exclusiva para

este fim. A equipe promove ações principalmente para o tratamento de doenças e reabilitação. Além

disso, possibilita a proximidade do paciente a seus familiares, porém requer atenção e cuidados

especiais da família, o que justifica a necessidade da figura de um cuidador presente.

O cuidador é a pessoa que no espaço doméstico oferecer suporte e auxílio à pessoa necessitada.

Geralmente é um familiar que assume a responsabilidade pelo cuidado do idoso dependente,

denominando-se “cuidador familiar”, “cuidador domiciliar” ou “cuidador informal”, estes não

recebem remuneração e cuidam do paciente há pelo menos três meses, por no mínimo quatro horas

por dia e pelo menos três vezes por semana2. Vale ratificar que, além de um membro da família, pode

ser um amigo, vizinho ou voluntário, sem formação específica 3. Entre os cuidadores, há aqueles que

ocupam um papel principal e outros que desempenham um papel secundário no cuidado.

Prover cuidados diários ao idoso é desafiador para a família. Ocorre de modo súbito, sem preparação,

conhecimento ou suporte adequados para assumir tal papel. Ao longo do cuidado, passa a ter
4

restrições em relação a própria vida, o que implica prejuízos para a qualidade da mesma e contribui

para a sobrecarga. O grau de sobrecarga pode influenciar no desenvolvimento de sintomas

psiquiátricos, físicos, emocionais. Além disso, a atividade de cuidar pode afetar a vida econômica e

social2,3.

A literatura científica ainda apresenta lacunas quanto aos estudos que investigam a vivência dos

cuidadores. Estudo realizado com 219 cuidadores de idoso em João Pessoa mostrou que 50,7% dos

cuidadores apresentavam-se sobrecarregados4. Aponta-se que o nível de sobrecarga do cuidador está

diretamente relacionado ao grau de dependência do idoso.

Nesse contexto, surgem preocupações acerca da atenção dada pelos serviços de atendimento

primário em relação ao cuidador. O sistema de saúde deve deter desse conhecimento de suas

vivências e experiências para promover intervenções às necessidades específicas, visto que a

demanda afeta a saúde e gera riscos. A produção de conhecimento nessa área pode subsidiar uma

assistência de enfermagem e multiprofissional integral, proporcionando um atendimento adequado e

um cuidado voltado para as necessidades dessa população, a fim de minimizar os impactos negativos

na qualidade de vida2.

Visando contribuir com o melhor entendimento dessa temática, elencou-se como objetivo deste

estudo, descrever o perfil dos cuidadores informais de idosos em internação domiciliar na regional

do Guará - Brasília, Distrito Federal, bem como verificar as variáveis sociodemográficas e analisar a

sobrecarga destes. Tomando como ponto de partida, formulou-se as seguintes questões norteadoras

deste estudo: qual o perfil dos cuidadores informais de idosos? Qual o nível de sobrecarga de quem

assume esse papel? Os cuidadores convivem com alguma dor?

Método
5

Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória com desenho de estudo observacional transversal

descritiva, de abordagem quali-quantitativa. Quanto à delimitação da amostra, participaram da

pesquisa 21 cuidadores familiares de idosos assistidos pelas equipes de atenção domiciliar.

O critério de inclusão para os sujeitos foram adultos cuidadores informais de pacientes idosos (≥ 60

anos) que recebem assistência da EAD do Guará - Brasília, Distrito Federal. Para critérios de

exclusão, foram excluídos cuidadores de adultos, criança, os remunerados, bem como cuidadores de

indivíduos falecidos no decorrer da pesquisa e os que não assinaram Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido (TCLE).

A pesquisa foi desenvolvida nas duas áreas abrangentes pelas Unidades Básicas de Saúde e pelo

serviço das EAD da Região Administrativa do Guará – DF. A coleta de dados ocorreu no período de

fevereiro a julho de 2019. Quando selecionados os participantes, no momento da entrevista

assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

A coleta dos dados foi realizada através da aplicação de uma entrevista com roteiro semiestruturado

criada pelo autor. O questionário aplicado encontrava-se dividido em três partes. A primeira com

foco no perfil do cuidador, dirigida à caracterização sociodemográfica. Na segunda parte foi

realizado perguntas subjetivas em formato de questões abertas, permeando acerca das queixas e

dores enfrentadas no ato de cuidar, as respostas foram gravadas por via áudio e depois trascritas.

Finalmente, para a avaliação do grau de sobrecarga do cuidador utilizou-se o questionário Zarit

Burden Interview reduzido, de 22 para 7 itens.

Nesta pesquisa, os campos explorados com os itens da Escala de Zarit reduzida são: sobrecarga (3, 9

e 22), autocuidado (2-10) e perda do papel social ou familiar (6-17). Com essa redução, por sua alta

sensibilidade e especificidade dos itens abordados, nenhuma informação é perdida, pois os campos

mantidos são de maior relevância no cuidado domiciliar, além de diminuir a reiteração de perguntas

que exploram um mesmo campo5.


6

A Escala de Zarit é composta por 7 questões, e cada item é pontuado de forma

qualitativa/quantitativa da seguinte forma: nunca = (1); quase nunca = (2); às vezes = (3); muitas

vezes = (4) e quase sempre = (5). O score final varia entre 7 a 35, em que um maior score

corresponde a uma maior percepção de sobrecarga, de acordo com os seguintes níveis: Leve (até 14

pontos), moderada (15 a 21 pontos) e grave acima de 22 pontos. Desse modo quanto mais elevado o

valor, maior a percepção de sobrecarga pelo cuidador5,6.

A análise dos dados foi efetuada a partir da categorização das respostas com subsequente distribuição

das frequências absoluta e relativa. Os dados qualitativos foram analisados segundo o método

proposto por Bardin7. A análise dos dados relativos ao teor sociodemográfico foi

efetuada empregando tabelas de controle.

Para preservar a identidade dos participantes na apresentação dos resultados, a identificação dos

cuidadores deu-se pela sequência na aplicação dos questionários, sendo o entrevistado 1 o primeiro

cuidador a respondê-lo e o entrevistado 21, o último.

A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Fundação de Ensino e Pesquisa

em Ciências da Saúde (FEPECS), de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde

466/2012 para pesquisa envolvendo seres humanos. O projeto foi aprovado através de parecer

consubstanciado do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE:

03631018.5.0000.5553), em fevereiro de 2019.

Resultados e Discussões
7

A amostra do estudo constitui-se por 21 cuidadores informais de idosos atendidos pelo NRAD. A

apresentação dos resultados obtidos na pesquisa está descrita nas Tabela 1 e 2, de acordo com as

informações coletadas sobre os cuidadores.

Número
Tabela 1 – Perfil de 21 cuidadores informais % o sexo, faixa
de idosos, de acordo com
etária, tipo de cuidador, situação conjugal, ocupação, escolaridade, parentesco com o
paciente, renda própria, renda total da casa em salários mínimos e grau de sobrecarga.
Coletado em fevereiro-maio/2019 no Guará/DF.
Variável
Sexo
Feminino 18 85,72%
Masculino 3 14,28%

Faixa etária
30 a 45 2 9,52%
46 a 59 9 42,86%
60 a 79 8 38,10%
≥80 2 9,52%

Tipo de cuidador
Cuidador primário 14 66,67%
Cuidador secundário 7 33,33%

Situação conjugal
Casado/união estável 14 66,67%
Solteiro 3 14,28%
Viúvo 3 14,28%
Divorciado 1 4,76%

Parentesco com o paciente


Filha 7 33,33%
Esposa 5 23,83%
Neto 2 9,52%
Sobrinho 2 9,52%
Amigo 1 4,76%
Outros 4 19,06%

Escolaridade
Analfabeto 0 00,00%
< 8 anos de estudo 4 19,06%
9 a 11 anos de estudo 8 38,09%
> 12 anos de estudo 9 42,85%

Ocupação 5 23,83%
Aposentado 9 43,85%
Desempregado 7 33,33%
8

Empregado

Possui renda própria 12 57,15%


Sim 9 42,85%
Não

Problema de saúde autoreferido 8 38,10%


Nega 7 33,33%
Hipertensão Arterial 6 28,57%
Dor articular

No tocante as características sociodemográficas dos cuidadores de idosos pesquisados, observou-se

prevalência do sexo feminino com 85,71% (18). Historicamente, a mulher sempre foi associada ao

cuidado da casa ou dos filhos, enquanto o papel do homem era trabalhar para ser provedor financeiro

da família3. Os dados da pesquisa estão de acordo com o estudo realizado por Jesus, Ortolandi e

Zazzeta2 em 2018, onde a maioria dos cuidadores entrevistados também eram mulheres 71,7% dos

casos. Ainda corroborando como estudo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE8 em

2015 afirmou que mesmo com as mudanças sociais e na composição familiar que ocorrem

atualmente, em que a mulher assumiu novos papéis, com destaque para a escolarização, maior

participação das mulheres no mercado de trabalho e redução da fecundidade, ainda assim é comum

que a mulher assume o papel de cuidadora, além de ser responsável pelas tarefas domesticas e pelo

cuidado dos filhos, mesmo quando trabalha fora, o que acaba repercutindo em maiores limitações de

tempo livre e implicações na vida social3.

As mulheres casadas têm mais probabilidade de fornecer cuidados do que as divorciadas, separadas,

viúvas e solteiras. Entretanto, pode ser ela esposa, cuidando do marido, filha, cuidando dos pais e/ou

nora, cuidando dos sogros9. O estudo de Torres, Silva, Monteiro e Cabrita 10 identificou que os

homens esperam exatamente que suas esposas e os filhos/filhas se tornem os seus cuidadores em sua

senilidade; e as mulheres esperam que sua filha se torne sua cuidadora futuramente e não o marido.

Da mesma forma, os cuidadores aparecem predominantemente identificados como sendo familiares e

femininos.
9

Com relação à faixa etária, o que mais chama atenção é percentual significativo de idoso cuidando de

um familiar também idoso 47,61% (10). Os dados do estudo estão de acordo com a pesquisa

realizadas, as quais evidenciaram que mais de 40% da amostra estavam com idade acima de 60

anos2,11, ou seja, os dados identificaram que os cuidadores também eram idosos. Observa-se que

quanto maior a idade do cuidador, maior a sobrecarga percebida nesses aspectos.

Quanto ao tipo de cuidador 66,66% (14) consideram-se como cuidador primário e este mesmo

percentual são casados ou possuem união estável. O cuidador familiar é o responsável direto pelos

cuidados do idoso, que não recebe remuneração e que cuida do paciente há pelo menos três meses,

por no mínimo quatro horas por dia e pelo menos três vezes por semana2.

Em relação ao parentesco, a pesquisa revelou que o cuidador informal é, na maioria das vezes

95,23%, um familiar, dos quais composto principalmente 33,33% (7) por filhas, seguido por 23,80%

(5) pelas esposas. Tais achados se assemelham com outro trabalho, onde evidenciou que 50,52% das

pessoas que cuidavam eram filha e 33,68% eram cônjuges11.

Em relação à escolaridade dos cuidadores, houve notável distribuição de 42,85% (9) entre os que

cursaram mais de 12 anos de estudo. Não houve nenhuma estatística de analfabetismo. Nesse sentido

vários estudos afirmam que a escolaridade influencia na qualidade da assistência ao idoso,

favorecendo a realização de atividades como: auxílio na medicação, acompanhamento de consultas,

capacidade de receber e transmitir orientações médicas 12. Nesta perspectiva, quanto menor o nível de

escolaridade, menores são os fatores contribuinte para a melhoria da qualidade do cuidado prestado,

não favorecendo o desenvolvimento dessas atividades12.

Em 2018 a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD, que foi realizada pela

Companhia de Planejamento do Distrito Federal – CODEPLAN13 na regional do Guará, constatou

que 50,2% das pessoas com idade acima de 25 anos declararam ter o ensino superior completo,

dados estes que corroboram com o resultado desta pesquisa. Conforme o último Censo realizado pelo
10

IBGE14 em 2010, o percentual de pessoas com pelo menos um curso superior completo aumentou de

4,4% em 2000 para 7,9% da população do Distrito Federal em 2010.

No que se refere a ocupação do cuidador, observa-se 43,85% estão desempregados, 33,33% (7)

empregados e 24,80% (5) aposentados e de cuidadores secundários. O resultado de aposentados

reforça claramente a participação de idosos no cuidado, enquanto a quantidade de empregados tem

similaridade com contagem do cuidador secundário, em virtude de que o cuidador com trabalho

extradomiciliar divide a assistência ao idoso com outros cuidadores presentes na família. A

inexistência do trabalho extradomiciliar, incentiva o cuidador a assumir o papel principal para a

prestação do cuidado15.

Quanto a renda observa-se que 57,14% (12), possuíam renda própria, de fonte previdenciária ou

trabalhista. A sobrecarga financeira é desencadeadora de situações estressantes e desgaste em toda a

família, não apenas do cuidador3. Além do mais, as famílias que estão economicamente vulneráveis

podem ter sua situação financeira agravada pelo processo de doença, pois vivenciam um processo

complexo que exige uma nova relação interpessoal, relação de trabalho e também de orçamento

familiar17.

Quanto ao problema de saúde autoreferido a pesquisa revelou que 38,09% (8) dos cuidadores

negavam qualquer problema de saúde, 33,33% (7) alegaram ter Hipertensão Arterial Sistêmica e

28,57% (6) queixaram-se de dores articulares. O resultado da pesquisa se assemelha com outro

estudo sobre esta temática realizado em 2015, no qual também identificou-se que a maior proporção

dos cuidadores negava agravos de saúde4. Reforçando os dados do estudo em questão, uma pesquisa

sobre idosos que cuidam de idosos em 2005, constatou que os problemas mais referidos foram dores

articulares, hipertensão arterial, visão diminuída ou prejudicada, insônia e insuficiência cardíaca18.


11

Na literatura gerontológica, há compreensão da sobrecarga de cuidadores por diversas escalas

padronizadas19, principalmente para compreensão da qualidade de vida e saúde do cuidador, além do

cuidado prestado por este.

A escala de sobrecarga do cuidador de Zarit (em termos internacionais, Burden Interview), um

instrumento padronizado e validado, permite a avaliação e o estudo da sobrecarga do cuidador por

cuidar de idosos dependentes, por meio da presunção das consequências do cuidado informal. Ainda

permite verificar fatores multidimensionais, tais eles como o impacto na prestação do cuidado,

relação interpessoal, autocuidado e situação emocional19.

A utilização de escalas facilita a medição e comparação de resultados. Entretanto, nem sempre há

facilidade de aplicação5. Depois de verificar que a Escala de Zarit reduzida é válida, fez necessário

sua utilização ao contexto de cuidados domiciliares, pois a eliminação de alguns itens poderia

facilitar seu uso, sem perder validade, como demonstrado em estudos internacionais e nacionais5,6,20.

A sobrecarga dos cuidadores informais desta pesquisa está apresentada na Tabela 2.

Número de acordo com a Escala


Tabela 2. Grau de sobrecarga de 21 cuidadores, % de Zarit
reduzida. Coletado em fevereiro-maio/2019 no Guará/DF.
Grau
Leve 10 47,61%
Moderada 5 23,80%
Grave 7 33,33%

Observa-se que 47,61% (10) dos cuidadores, apresentam grau de sobrecarga leve, com média obtida

de 15,76 pontos, que representa o nível moderado na escala de Zarit. Esses achados permitem inferir

que a classificação da sobrecarga oscila de “sobrecarga moderada a leve”. O resultado em questão

estar de acordo com outros estudos realizados que abordam a população semelhante9,21.
12

No pertencente às questões adentradas na Escala de Zarit, relacionou-se maior prevalência entre os

entrevistados, da resposta “nunca”, para os itens: “sente que tem perdido o controle da sua vida desde

que a doença do seu familiar/doente se manifestou” e “acha que a situação atual afeta a sua relação

com amigos ou outros elementos da família de uma forma negativa”, corroborando o resultado de

outro estudo que aborda o evento em questão 4. Vale ressaltar que a relação de familiaridade, de

atenção e de afeto entre o cuidador familiar e o idoso dependente, contribui para a inserção e

adaptação do cuidador a esse papel e menores perspectivas de tensões e sobrecarga entre eles4,22.

Nesse sentido, a maior proporção de cuidadores que responderam “sempre”, foi para à questão

referente a “sente que, por causa do tempo que utiliza com o seu familiar/doente já não tem tempo

suficiente para você mesmo”. Desse modo que, o grau de dependência elevado na relação idoso-

cuidador, estabelece o nível elevado de responsabilidade que o cuidador possuir sobre qualidade da

vida do idoso, por meio dos cuidados providos habitualmente. Isso demonstra que os cuidadores

primários de idosos dependente, apresentam maiores níveis de sobrecarga4,22.

Diante da situação descrita e dos depoimentos de 21 cuidadores familiares, percebeu-se o quanto a

tarefa de cuidar de um familiar dependente das atividades cotidianas, é física e emocionalmente

desgastante. Diante isso identificou-se algum agente que contribui para a sobrecarga 21. Sintomas

como cansaço, dores no corpo foram comumente relatados. 

A dor é um fator presente na vida dos cuidadores: Seja qual for a intensidade possui influência

negativa na qualidade de vida do cuidador. A percepção e a expressão da dor podem variar

dependendo de cada indivíduo, de acordo com as características de cada um, sua saúde e o contexto

onde se encontra inserido23.

Nesse estudo foi observado que as regiões mais afetadas pela dor, segundo percepção dos

cuidadores, foram: membros inferiores e coluna lombar. A presença destes, também foi evidenciada

no estudo de Kawano, Pellosi, Costa e Veríssimo 21 em 2016, no qual 66,7% dos entrevistados
13

queixaram de dor coluna lombar em. A queixa foi citada várias vezes entre os relatos, como expresso

nos discursos:

[...] dor nas pernas que eu sinto e nas costas né, tipo na coluna. Isso é devido que as vezes eu ... como pra

banhar ou trocar, eu acabo pegando ele e suspendendo né, então assim é minhas pernas e as minhas costas

(Entrevistado 19).

[...] Dores nas costas principalmente, mas... mais por precisar carregar ela, carregar ela pra tomar banho, pra

sentar ela na poltrona, pra poder tomar alimentação [...] (Entrevistado 5).

É perceptível que os cuidadores estão em condições estressantes, cansativas e submetidos a processo

de dor, condições estas que tendem a aumentar à medida do tempo de cuidado e evolução do

processo saúde-doença do paciente21. Além disso, quanto maior a idade do cuidador, maior a

sobrecarga percebida nesses aspectos2. Segundo a percepção dos cuidadores a idade foi identificada,

frequentemente, como fator relevante na etiologia da dor e do cansaço, como evidente nos discursos:

Eu me considero cansada porque minha idade me faz tá cansada né, já estou com sessenta e oito anos, não é

nada fácil [...] a gente parece que numa certa idade a gente vai esquecendo um pouco as coisas, fica mais lenta

[...] (entrevistado 12).

Assim... dor no corpo sempre, mas assim... acho que é os problemas já da idade também que vão surgindo [...]

(entrevistado 16).

[...] Desafios no caso são muitos né, até mesmo pela idade né, a idade é meio dificultoso (entrevistado 20).

Tais fatos podem ser ocasionados em função das práticas de cuidado, devido estas serem contínuas e

intensas.

Estudos afirmam que a alta porcentagem de problemas de coluna pode estar relacionada com

atividades diárias de cuidados com os idosos, que envolvem o uso da força muscular e dificuldade

postural. Diante a possibilidade da execução das atividades de modo inadequado, apontam-se as

posturas incorretas no decorrer do cuidado como causa dos posicionamentos impróprios, como ao
14

movimentar seus pacientes, durante o banho, na troca de fraldas, além da postura habitual incorreta.

Estas possibilitam o desencadear de agravos à saúde física desses cuidadores21.

As práticas de cuidado estão associadas à sobrecarga de atividades do cuidador, uma vez que, além

do cuidado ao idoso, regularmente tem outras atividades sobre seu encargo, por exemplo, os afazeres

domésticos e familiares. Quando há relato de dor, a percepção de saúde é baixa, o que aponta a

carência de maior atenção à saúde dos cuidadores23.

Conclusão

Os dados desse estudo podem identificar o seguinte perfil de cuidadores informais de idosos

atendidos pela EAD: mulheres casadas, esposa ou filhas dos pacientes, de faixa etária predominante

entre 60 e 85 anos, com escolaridade maior que 12 anos de estudo, desempregadas ou aposentadas,

que negam problemas de saúde autorreferidos e estão na linha de frente do cuidado como cuidadoras

primárias. Esperava-se que os dados da pesquisa identificassem grau de sobrecarga grave em grande

parte dos cuidadores, porém evidenciou a predominância de grau leve a moderado na Escala de Zarit.

Com as experiências obtidas neste estudo, foi possível notar que os cuidadores mudam totalmente

sua rotina após essa nova atribuição, necessitando abandonar empregos e outras atividades para se

dedicar ao cuidado ao idoso, sendo que geralmente não recebem ajuda de outros familiares,

responsabilizando somente uma ou duas pessoas pelo cuidado.

Os dados deste estudo se limitam a uma realidade local, necessitando de mais pesquisas para

fomentar as particularidades e dificuldades enfrentadas pelos cuidadores.

Nesse contexto, é de suma importância que se conheça o universo dos cuidadores, assim como seu

relacionamento com o idoso, para que a EAD e também equipe da Estratégia de Saúde da Família

possam traçar metas de saúde, pois quando o idoso recebe as orientações de saúde, são os cuidadores

que irão dar continuidade ao tratamento necessário.


15

A pretensão deste estudo foi contribuir com registros de importantes variáveis dos cuidadores

familiares, da região administrativa Guará, Brasília, Distrito Federal, no sentido de identificar as

principais fragilidades e demandas, para que junto com a EAD possibilite traçar planos terapêuticos e

estratégias de saúde para essa população, como por exemplo, a da capacitação dos cuidadores para o

manejo do paciente, esclarecendo os pontos principais do cuidado no domicilio, e com o manejo do

autocuidado, estimulando comportamentos em seu próprio benefício. Estas medidas tem a finalidade

de promover melhor qualidade de vida do cuidador e da pessoa cuidada, auxiliando na integralidade

da assistência com atuações mais eficazes e direcionadas aos cuidadores.

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ADICIONAR ZARIT

http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cad_vol2.pdf
20

Apêndice A: Instrumento de coleta de dados: Questionário semi-estruturado


Dados de Identificação

Data da Entrevista: Horário da Entrevista: Término da Entrevista:

Nome:

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino DN:

Profissão/ Ocupação atual: Parentesco com internado?

Situação conjugal: ( ) solteiro ( ) casado ( ) união Diagnóstico médico do idoso?


estável ( ) divorciado ( ) separado ( ) viúvo
Escolaridade:
( ) Analfabeto ( ) Sabe ler e escrever ( ) Ensino fundamental incompleto ( )
Ensino fundamental completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( )
Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo
Possui Renda Própria: ( ) Sim ( ) Não Valor: R$ _________
DADOS SUBJETIVOS:
1) Qual a sua visão em relação às contribuições trazidas pelos profissionais do NRAD com o
idoso?

2) Quais os desafios enfrentados na prestação do cuidado com o idoso?

3) Queixas?

4) Doenças Crônicas?

5) Se considera cansado, fadigado?

6) Quais atividades realiza no cuidado?

Apêndice B: Escala de Zarit completa


21

Anexo A: Escala de Zarit reduzida 1. Sente que, por causa do tempo que utiliza
com o seu familiar/doente já não tem tempo
suficiente para você mesmo?
( 1 ) Nunca
22

( 2 ) Quase nunca ( 3 ) Às vezes


( 3 ) Às vezes ( 4 ) Frequentemente
( 4 ) Frequentemente ( 5 ) Quase sempre
( 5 ) Quase sempre

6. Sente que tem perdido o controle da sua


2. Sente-se estressado/angustiado por ter que vida desde que a doença o seu familiar/
cuidar do seu familiar/doente e ao mesmo doente se manifestou?
tempo ser responsável por outras tarefas?
( 1 ) Nunca
(ex.: cuidar de outros familiares, ter que
trabalhar). ( 2 ) Quase nunca
( 1 ) Nunca ( 3 ) Às vezes
( 2 ) Quase nunca ( 4 ) Frequentemente
( 3 ) Às vezes ( 5 ) Quase sempre
( 4 ) Frequentemente
( 5 ) Quase sempre
7. No geral, sente-se muito sobrecarregado
por ter que cuidar do seu familiar/ doente?
3. Acha que a situação atual afeta a sua ( 1 ) Nunca
relação com amigos ou outros elementos da ( 2 ) Quase nunca
família de uma forma negativa? ( 3 ) Às vezes
( 1 ) Nunca
( 4 ) Frequentemente
( 2 ) Quase nunca
( 5 ) Quase sempre
( 3 ) Às vezes
( 4 ) Frequentemente
( 5 ) Quase sempre

4. Sente-se exausto quando tem de estar junto


do seu familiar/doente? AVALIAÇÃO DA SOBRECARGA
( 1 ) Nunca
Leve até 14 pontos
( 2 ) Quase nunca
Moderada 15 a 21 pontos
( 3 ) Às vezes
( 4 ) Frequentemente Grave acima de 22 pontos
( 5 ) Quase sempre

5. Sente que sua saúde tem sido afetada por


ter que cuidar do seu familiar/doente?
( 1 ) Nunca
( 2 ) Quase nunca
23

Anexo B: Comprovante de envio do projeto para análise ética no CEP FEPESCS

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