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Faculdade Dehoniana

HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA II


Anderson Macedo Inácio de Oliveira
27/09/2020

A EMANCIPAÇÃO DA RAZÃO NA MODERNIDADE

Questionamos a realidade em vez de questionar


as ideias de homens que questionam a realidade
(G.K. Chesterton, Ortodoxia)

Nossa dissertação se propõe a uma crítica ao movimento emancipatório da razão pelos


filósofos modernos, tendo em Descartes o precursor do mesmo. Iremos traçar uma breve introdução
histórica sobre a modernidade, seu início e principais representantes e em seguida, iniciaremos nossa
crítica. Tentaremos explorar os resultados atuais desde movimento de ruptura com o pensamento
medieval. Assim, introduzimos o tema proposto para nossa dissertação, a modernidade. Um tema
muito amplo, algo que vai além da nossa compreensão e que necessitaríamos talvez de uns oitenta
anos de vida intelectual de leituras e reflexões para bem dissertar sobre este tema, e ainda assim, seria
difícil concluir algo. Mas, como num ensaio as reflexões e pensamentos são tentativas de acertos,
assim iremos discorrer sobre nosso tema.
Para que tenhamos uma noção primaria sobre a modernidade, ela compreende, segundo os
historiadores, o período após o Medieval, iniciando com o Renascimento e findando por volta do
século XIX. Parece ser um movimento filosófico tentando se libertar da tradição filosófica medieval
e buscando uma independência para a razão, isto é, para o livre pensamento. Seus expoentes mais
conhecidos são Descartes (1596-1650) – o pai do racionalismo -, Espinoza (1632-1677), Montaigne
(1533-1592), Kant (1724-1804), Leibniz (1646-1716) e Pascal (1623-1662). A lista de nomes de
filósofos deste período é muito maior, mas é possível traçar um esboço sobre a modernidade
apoiando-se nestes autores supracitados.
Em primeiro lugar, devemos buscar compreender o que significa dizer que este período foi
um período moderno, mais ainda, em que concepção a modernidade é atribuída a este período.
Descartes pode iluminar nosso entendimento, já que ele estava mergulhado neste período e é
considerado um pai do movimento moderno. Em suas Meditações, Descartes escreveu que:

Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas
opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois fundei em princípios tão mal assegurados não
podia ser senão mui duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez
em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo
novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências1

Destacamos desta citação acima as palavras “começar tudo novamente desde os


fundamentos”. Com esta afirmação, Descartes parece insatisfeito com o que a tradição filosófica de
sua época apresentava como fundamentos do pensar. Buscou algo novo, nunca antes apresentado,
mas que lhe concedesse certezas, ou verdades. Por sua vez, ele realizou o que pretendia. Criou o seu
cosmos filosófico, e sem dúvidas podemos chamá-lo de seu, pois foi a partir de si mesmo que edificou
o seu cosmos. Elaborou o que seria objeto de apreciação de toda geração posterior a sua, o famoso

1 René DESCARTES, Meditações, 1991, p.167.


cogito, ergo sum2. Esta proposição é a conclusão de seu método da dúvida metódica, ou seja, através
da dúvida ir retirando o que não é indubitável até as conclusões mais indubitáveis.
Descartes iniciou um movimento filosófico que nem mesmo ele imaginaria que proporções
tomaria. A partir de sua ambição, ele mesmo foi superado por seus posteriores, como por exemplo,
Espinoza, que influenciado por seus pensamentos, criou o seu próprio cosmos filosófico. Não
sabemos especificar o quanto, mas tanto Descartes como outros modernos foram influenciados pelo
pensamento medieval. Porém, houve um forte movimento de se afastar das estruturas tradicionais do
pensamento filosófico e das estruturas religiosas, sendo esta a característica mais relevante do período
moderno.
No princípio da modernidade o movimento racionalista foi predominantemente evidente.
Por parte de uns, houve uma tentativa de enquadrar o universo em raciocínios bem elaborados e
complicados, em que a meta era não ser compreendido, a não ser por outros racionalistas. Já outros,
como Pascal, buscavam mostrar, através da própria razão a loucura de se interpretar todo o universo
somente pela luz da razão, ignorando a integralidade do homem, de suas potências e da realidade,
sendo estes considerados anti-modernos. Este esforço de ambos os lados conseguiu arguir uma cisão
total com uma cultura medieval, falamos cultura, pois, por parte dos pensadores, ainda seria possível
observar predominância do pensamento medieval, mas a cultura moderna estava se instalando de vez
na sociedade.
Mas o que tem de ruim nesta cisão? Parafraseando Chesterton, o homem moderno
abandonou tudo do medieval, exceto a razão3. A nossa razão, segundo vemos na lógica, é capaz de
produzir qualquer afirmação racional válida, mas esta pode ser falsa. Mas os modernos, em sua grande
maioria abarcaram toda a realidade, criaram seus sistemas metafísicos, ou seja, acreditavam numa
causa primordial do universo, mas esqueceram, antes de iniciarem suas pesquisas filosóficas o que
Chesterton nos lembra em sua Ortodoxia, de que “o homem foi concebido para duvidar de si mesmo,
mas não duvidar da verdade, e isso foi exatamente invertido”4 na modernidade.
Existem coisas tão básicas na realidade do mundo que de tão básicas são verdadeiras, básicas
não no sentido pejorativo, ou seja, simples, mas de basilares, sem a qual nenhum edifício pode ser
construído, principalmente um edifício metafísico. Se um filósofo quer abarcar toda a realidade, não
pode ignorar as partes que a compõem. Existem muitas coisas que se devem pôr em dúvida e a
primeira delas é o homem, pois este é o único que tem a capacidade imaginativa, portanto, este deve
compreender que entregue a si mesmo, pode imaginar quantos cosmos quiser e puder, mas não pode
criar quantas realidades quiser e puder. Sem a verdade da limitação humana, a razão, misturada à
imaginação, pode criar muitos conceitos mitológicos, mas não filosóficos.
A afirmação indubitável cartesiana do cogito não seria possível sem uma série de outras
verdades indubitáveis, ainda que não fossem auto evidentes como ele desejava que fosse e precisasse
de uma reflexão mais profunda. Se Descartes não tivesse a intenção de “começar tudo novamente
desde os fundamentos”, provavelmente se depararia com seu cogito em um filósofo não tão moderno5.
A diferença é que a primeira formulação do cogito, por Santo Agostinho, se deu de forma total, pois
este não ignorava as partes. De fato, Agostinho não ignorava que todo homem “vive, recorda, entende,
quer, pensa, sabe e julga”6. Descartes chegou a mesma conclusão, mas levado por um ceticismo
racional, em que sua afirmação poderia ser substituída por algo como: eu entendi, minha mente
compreendeu, passou pelo crivo da minha razão, logo eu e tudo mais existe.
Pelas formulações das novas ciências, o homem conseguiu estipular aproximadamente até
mesmo a quantos anos este está andando sobre a terra, e mais ainda, conseguiu teorizar a quantos
anos a terra sobre a qual ele pisa existe. Cerca de 14 bilhões de anos. Qualquer afirmação vinda de

2
Idem, p.174.
3
No livro Ortodoxia, Chesterton diz: “O louco não é o homem que perdeu sua razão, mas sim aquele que perdeu tudo
exceto a razão”, p.23.
4
G.K. CHESTERTON, Ortodoxia, 2018, p.39.
5
Santo Agostinho desenvolveu este pensamento da seguinte forma: “Ainda que duvide de outras coisas não deve duvidar
de sua dúvida. Visto que se não existisse, seria impossível duvidar de alguma coisa” (A Trindade, 1995, p.328)
6
AGOSTINHO DE HIPONA, A Trindade, 1995, p.328.
2
um ser que afirma ele próprio ser resultado de um processo evolutivo que evolui há 14 bilhões de
anos deve ser refletida. Não porque seja absurdo acreditar nos 14 bilhões de anos, mas é absurdo
acreditar cegamente num homem que existe a menos de cem anos e que afirma com todas as letras:
eu estou certo.
Esta dúvida não tem a ver com Descartes, pois sua dúvida se aplica a tudo, inclusive a sua
própria existência, mas tem a ver com Pascal que via claramente o problema do homem e questionava-
se sobre o que realmente deve ser colocado em questão:

A natureza do amor-próprio e desse eu humano é não amar senão a si, e não considerar senão a si.
Mas, que fará ele? Ele não saberia impedir que esse objeto que ama não seja cheio de defeitos e de
misérias: quer ser grande e se vê pequeno: quer ser feliz e se vê miserável: quer ser perfeito e se vê
cheio de imperfeições: quer ser o objeto do amor e da estima dos homens, e vê que seus defeitos só
merecem a sua aversão e o seu desprezo. Esse embaraço em que se acha produz nele a mais injusta
e mais criminosa paixão que é possível imaginar-se; pois concebe um ódio mortal contra essa verdade
que o repreende e o convence dos seus defeitos. Desejaria aniquilá-la e, não podendo destruí-la em
si mesma, ele a destrói, tanto quanto pode, no seu conhecimento e no dos outros.7

Porém, uma potencialidade verdadeiramente incrível no homem é a de reconhecer o que é


verdadeiro, pois a verdade não é algo confuso como ele mesmo se concebe. Reconhecer algo tem a
ver com duas coisas extrínsecas uma a outra, mas que em determinado momento se encontram e se
reconhecem como realidades existentes, e ambas reconhecem também que não são autoras de si, mas
que algo as trouxe a luz. E este reconhecimento é uma verdade em si. Reconhecer uma verdade é
poder “libertar um tigre de uma jaula, mas não de suas listras”, pois, “No momento em que se adentra
o mundo dos fatos, adentra-se num mundo de limites”8, mas também de possibilidades.
Retomando a afirmação que fizemos de que o filósofo moderno, ao abandonar em tudo o
pensamento medieval - portanto a escolástica - menos a razão, deu ao homem moderno um céu sem
limites, mas não deixou uma pista de pouso bem sinalizada para este pousar quando necessário e em
segurança. Se queremos subir bem alto precisamos de um solo bem firme para apoiar a base da escada.
Se queremos fazer metafisica, precisamos de uma física bem firme, não física como campo específico
do saber científico, mas como uma realidade regida por leis e por parâmetros não contraditórios. E é
contraditório o homem achar que irá dominar tudo através da ciência, ou que não precisa submeter-
se a realidade circunscrita, e de modo particular, a sua realidade circunscrita.
Apesar da crítica ao sistema cartesiano que fizemos, como o próprio Descartes reagiria ao
ver a modernidade tal e qual se tornou? No campo científico pensamos que se orgulharia, olharia para
todas as conquistas e se surpreenderia com o quanto seu sistema pôde ser superado. Por outro lado,
provavelmente ficaria impressionado com o número infindável de novas filosofias, com uma anarquia
filosófica. Veria que todo o seu esforço para salvaguardar a razão humana teria se perdido e seu
movimento de abandonar tudo menos a razão teria se invertido por completo ou que de tanta razão a
filosofia enlouqueceu.
Não que não existam bons filósofos modernos, mas que no momento histórico em que mais
temos filosofias para nos apoiarmos, se tornou também o momento de maiores contradições
históricas. A começar pelas grandes guerras à experiência do aborto, coisas que sempre existiram, de
fato, mas não em proporções tão marcantes. Não em épocas em que o homem se dizia dominar tudo,
“pois agora temos a ciência moderna”. São os frutos que mostram o que realmente um pensamento
queria dizer. Os homens modernos negam o pecado, mas em tudo que criam ou fazem a coisa mais
evidente é a vaidade - filha do orgulho - ou a vontade que buscam satisfazer. Estranhamente estes
dois gêneros de pecados, o orgulho e a luxuria, estão tradicionalmente entre os capitais. Porém, a
palavra “pecado” é algo muito ultrapassado, mas a realidade ao qual esta linguagem aponta é bem
atual e real.

7
Blaise PASCAL, Pensamentos, p.2287. (E-book Kindle)
8
G.K. CHESTERTON, Ortodoxia, 2018, p.51.
3
E assim nos perguntamos, qual filosofia moderna responderia aos anseios da humanidade?
Esta resposta, de fato nos escapa, pois antes mesmo que terminemos de ler a obra do último pensador
em voga, mais uma centena de outros autores intitulados filósofos acabarão de lançar seus
pensamentos. Mas eis o verdadeiro problema ao qual não se pode esperar das filosofias modernas
uma resposta para os anseios da humanidade em questão: se tivessem um ideal fixado em algum lugar
de um futuro distante, mas aqui fazemos das palavras de Chesterton as nossas: “O progresso deveria
significar que estamos sempre mudando o mundo para adequá-lo a uma visão. Mas nos tempos atuais
significa que estamos sempre mudando a visão. Deveria significar que estamos lentamente, mas
continuamente, trazendo a justiça e a misericórdia aos homens; mas significa que somos bem ligeiros
em duvidar da atratividade da justiça e da misericórdia”9.
Talvez nossa dissertação pareça uma tese contra a modernidade, e pode, até certo ponto, ser
considerada assim, mas é somente pelo fato de que somos a favor do ser humano, e gostaríamos de
vê-lo ser priorizado acima de qualquer descoberta científica e tecnológica, como também vê-lo acima
de qualquer utilitarismo e de qualquer sistema filosófico. Mas, com qual finalidade o progresso
moderno tem acontecido? Não parece ser à dignidade humana. E aqui está o ponto onde gostaríamos
de chegar. Ao iniciarmos nossa reflexão mostrando o abandono da tradição escolástica filosófica e a
fixação do homem moderno pela razão o levaria a abandonar tudo futuramente, inclusive a razão.
Mas existem realidades muito bem esclarecidas pela nossa razão em que vemos a
necessidade de não serem ignoradas pois, além da razão, desrespeitam ao homem todo. Realidades
estas são a metafísica, a finalidade do homem, a vida feliz, e por fim, Deus. Mas, com a emancipação
também da razão, a única coisa que importa é ser feliz, aqui e agora, ainda que para isso precisemos
sacrificar o que de fato possa trazer ao homem esta felicidade. Com efeito, os avanços tecnológicos
e as descobertas científicas da atualidade beneficiaram muito a vida do homem, mas se todas elas
foram desenvolvidas pelo homem, seria contraditório pensar que o objeto traria satisfação total ao
seu inventor.
Se o avanço moderno trouxe ao homem métodos para se desenvolver técnica e
cientificamente, porque este abandona o empreendimento mais vantajoso para si próprio? É vantajoso
para o homem continuar a busca do porquê das coisas, inclusive de Deus, que Deus exista e que exista
vida eterna, e os filósofos esqueceram que se Deus existe – e nós cremos – em nada suas filosofias
podem mudar aquele que é imutável, como eles mesmos defendem de forma teórica. Eles ignoram
que o homem não consegue viver sem um deus. Se não busca o sumo Bem, irá idolatrar outras coisas,
inclusive os filósofos. A ciência moderna, fragmentada em diversos conhecimentos, não pode
responder o porquê, pois a ela cabe apenas dizer o como das coisas. Daí a necessidade de “dar à Cesar
o que é de Cesar e à Deus o que é de Deus”10.
Está na hora do homem moderno parar, não só para respirar, mas observar e refletir sobre o
que está construindo. Seus progressos seriam justificáveis se não fosse uma pequena trivialidade. Na
natureza, todo ser vivo, instintivamente, busca perpetuar sua espécie, já o homem moderno,
instintivamente, tem trabalhado duro para se autodestruir. É preciso que um grito bem forte ressoe
pelos quatro cantos da terra: “parem!”. Diferente de Descartes, não pensamos ser necessário “começar
tudo novamente desde os fundamentos”, mas se o homem não reconhecer seus fundamentos humanos,
pode terminar a obra começada, a obra da autodestruição.
Ao longo de nossa reflexão acusamos o homem moderno de muitas coisas, mas quem é este
homem moderno? Uma vez perguntado por um jornal inglês sobre o que havia de errado no mundo,
Chesterton respondeu: “Presados Senhores: Eu. Atenciosamente, G. K. Chesterton”11. Nós somos o
homem moderno! Nós somos os únicos que podemos melhorar a realidade, somos os únicos que
podemos e devemos, mas não sem considerar que somos os mesmos que podemos frustrar qualquer
tentativa e qualquer expectativa. Assim, não nos importa a velocidade com que as coisas melhoram,

9
Idem, p.137-138.
10 Mateus 22,21.
11 G.K. CHESTERTON, Ortodoxia (online), 2012, disponível em

<https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnx3d3dkaWFsZXRpY2Fjb21icnxne
Do0ZWM1NzVlM2RkYzJhZDRi>, acesso em: 10 de setembro de 2020.
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desde que melhorem, de fato. Não importa o que o homem moderno faça para progredir, não devemos
esquecer que aquilo que é feito, sempre será feito por ele.
Concluímos nossa dissertação com um pensamento de Blaise Pascal: “Conhecemos a
verdade, não somente pela razão, mas ainda pelo coração; é desta última maneira que conhecemos os
primeiros princípios, e é em vão que o raciocínio, que deles não participa, tenta combatê-los”12,
portanto, não pedimos o abandono da razão, mas que ela volte a integrar todo o organismo humano,
em sua função harmônica com as outras potencialidades, inclusive os sentimentos. Talvez a razão
pura não seja capaz de sensibilizar um grande empresário a perceber que aquele feto, ou aquela
criança ou aquele operário é tão capaz de ser humano quanto ele. Talvez a razão pura não seja capaz
de sensibilizar um grande filósofo de que ele não é tão grande assim, e de que sua filosofia, por mais
atraente que seja, não passa de sua filosofia, tendo esta tanta beleza apenas quanto se confunde com
o que é verdadeiro, não com o que tem de moderno.

REFERÊNCIAS

AGOSTINHO DE HIPONA. A Trindade. São Paulo: Paulus, 1995 – Coleção Patrística.


BÍBLIA Sagrada: Tradução oficial da CNBB. 2ª ed. Brasília: Edições CNBB, 2019.
CHESTERTON, G. K. Ortodoxia. 2ª ed. Campinas: Ecclesiae, 2018.
CHESTERTON, G. K. Ortodoxia (on line), 2012. Disponível em
<https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnx3d3dkaWFsZ
XRpY2Fjb21icnxneDo0ZWM1NzVlM2RkYzJhZDRi>. Acesso em: 10 de setembro de 2020.
DESCARTES, René. Meditações. 5ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Os pensadores).
PASCAL, Blaise. Pensamentos. (E-book Kindle).

12 Blaise PASCAL, Pensamentos, p.2672. (E-book Kindle)


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