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CURRAIS NOVOS/RN
2016
NATALY INÊZ FERNANDES DOS SANTOS
CURRAIS NOVOS/RN
2016
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISB
______________________________________________
Prof.ª Ma. Karla Dayane Bezerra Cruz
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Orientadora
Este trabalho é dedicado a Deus,
a Nossa Mãe Santíssima
e a minha mãe, Vera Lúcia.
AGRADECIMENTOS
Durante os quatro anos e meio de curso muitas pessoas fizeram parte da minha
trajetória acadêmica. Algumas por pouco tempo, mas que de alguma forma estavam presentes
me ajudando a caminhar. Outras estiveram comigo do início ao fim, mesmo não percebendo e
sem pedir nada em troca, deram as maiores contribuições para o alcance dos meus sonhos.
Confesso que não é fácil escolher pessoas para ser citadas nesta mensagem, pois todas
aquelas que me ajudaram e estiveram presentes em minha jornada universitária merecem
meus sinceros agradecimentos. Mas algumas tiveram um papel tão significante que não
poderiam deixar de ser homenageadas.
Primeiramente agradeço a Deus e a Virgem Maria. Sempre coloco meus planos nas
mãos de Deus, pois Ele sabe o tempo certo de tudo acontecer e é quem prepara minha
felicidade. A Ele, entrego toda a minha vida.
Quero agradecer a minha mãezinha, minha amiga, minha companheira. Ela que me
educou sozinha, pois muito cedo perdi meu pai, mas nunca me faltaram amor, carinho e
atenção. Minha mãe, assim como meus familiares, sempre acreditou no meu potencial. Meu
padrasto, a quem eu devo muitos agradecimentos, também teve presença significativa na
minha formação. A eles, eu só tenho que agradecer e retribuir tudo o que fizeram por mim
com atenção e carinho.
Também agradeço aos meus professores, os quais se esforçaram para transmitir todo o
conhecimento que possuem, contribuindo para uma excelente formação acadêmica. Em
especial, agradeço ao professor Dalmo de Oliveira Evangelista, orientador do projeto de
pesquisa do qual participei por muito tempo e a professora Karla Dayane Bezerra Cruz, que
com muita dedicação e eficiência me orientou durante a elaboração deste trabalho.
Agradeço aos meus colegas e aqueles que se tornaram verdadeiros amigos. Jamais
esquecerei os favores, as “resenhas”, os momentos difíceis e aquelas lembranças que ficam
guardadas em nossa memória e coração. A Universidade me presenteou com verdadeiras
joias. Pessoas que jamais vou esquecer.
Finalizo agradecendo a Diógenes de Araújo Santiago, proprietário e contador do
Escritório de Contabilidade – ECON – no qual realizei minha pesquisa. O apoio, atenção e
presteza no atendimento e fornecimento de informações foram de grande relevância para a
realização deste trabalho.
AUGUSTO CURY
RESUMO
The use of marketing provides a number of benefits to companies, including brand awareness,
customer acquisition, customer loyalty and hence profitability of services. Silent and
rewarding way, the book marketing has benefited accounting firms through its tools.
However, there are few studies on this topic in Brazil and many countries still have
difficulties to attract and retain your target audience because the forms of disclosure of
accounting services flee a bit from traditional used by other companies in different market
segments. This is why accounting requires more secrecy and delicacy in the way of promoting
their services because it is a segment that deals with very specific issues relevant to other
companies. , It is therefore highlights the relevance of the right choice of the marketing
strategies used by accounting firms to reach their target audience and maintain a good
relationship with customers. On this basis, this study aimed to analyze the dynamics
customers capture an accounting office in the city of Jardim do Seridó / RN, and the
relationship that exists between the company and customers. For this, there was an
exploratory-descriptive study of a qualitative nature, with application of semi-structured
interviews with the counter / owner of the accounting firm - ECON - and a number of its
active clients of trade segments, service and industry. As a result, the interview with the
counter possible knowledge and analysis of the office used marketing strategies, as well as
was possible to observe the position of the owner of the importance of customer for your
business. Customers, in turn, reported their experiences, showing satisfaction and interest to
continue enjoying the services. We conclude that the office used by marketing strategies
affect the owner's expectations and provide better service techniques, aligned to the good
relationship with customers. Through the reports of respondents, it was considered that the
greatest tool for attracting and retaining customers is trust, credibility, charisma and
responsibility of the owner and office staff convey to society and customers.
1 INTRODUÇÃO . 12
1.1 PROBLEMÁTICA ........................................................... 12
1.2 OBJETIVOS ........................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................... 15
2.1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE MARKETING ........................................................ 15
2.1.1 A Importância do Marketing para as Empresas ...................................................... 17
2.1.2 O Composto de Marketing ........................................................................................ 20
2.1.2.1 Produto ..................................................................................................................... 24
2.1.2.2 Preço ........................................................................................................................ 27
2.1.2.3 Praça ou Distribuição ................................................................................................ 28
2.1.2.4 Promoção ................................................................................................................. 29
2.2 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA ............................... 30
2.3 MARKETING CONTÁBIL ........................................................... 33
2.4 ÉTICA NO SETOR CONTÁBIL ........................................................... 37
2.5 MARKETING DE RELACIONAMENTO: OS CAMINHOS PARA A SATISFAÇÃO E
FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES ........................................................... 39
3 METODOLOGIA ........................................................... 44
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................................... 44
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................................... 45
3.3 COLETA DOS DADOS ........................................................... 46
4 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................... 48
4.1 ENTREVISTA AO PROPRIETÁRIO .....48
4.2 ENTREVISTA AOS CLIENTES .....52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....64
REFERÊNCIAS .... 67
APÊNDICE I – ENTREVISTA AO PROPRIETÁRIO 69
APÊNDICE II – ENTREVISTA AOS CLIENTES 72
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMÁTICA
1.2 OBJETIVOS
Este estudo teve como objetivo principal analisar a dinâmica de captura de clientes em
um escritório de contabilidade na cidade de Jardim do Seridó/RN, bem como o
relacionamento que existe entre a empresa e os clientes.
Dentre os objetivos específicos estavam:
Observar as estratégias utilizadas pela empresa para captar clientes;
Verificar a maneira pela qual o cliente conheceu a empresa e os motivos que o
levou a escolher os serviços do escritório contábil;
Compreender a forma de relacionamento entre empresa e cliente;
Identificar as estratégias utilizadas para fidelização de clientes.
1.3 JUSTIFICATIVA
O tema captação e relacionamento com clientes não é novo, mas muitas empresas
ainda encontram dificuldades em atingir seu público-alvo e, além disso, manter um bom
relacionamento com seus clientes.
Diante dessa realidade, e com o propósito de analisar a dinâmica de captar clientes em
um escritório de contabilidade, bem como o relacionamento que existe entre eles e a empresa,
este trabalho pretendeu mostrar a importância da escolha certa das estratégias utilizadas pelos
escritórios contábeis para atingir seu público-alvo. Além disso, defender a relevância em
manter um bom relacionamento com seus clientes.
Nos escritórios de contabilidade as ferramentas para captação de clientes fogem um
pouco das tradicionais utilizadas pelas demais empresas. Isso acontece por que seus serviços
são bastante específicos e destinados a um público que preza tanto pela responsabilidade
como pelo sigilo profissional, uma vez que, os contadores têm acesso a toda e qualquer parte
financeira da empresa. Dessa forma, é interessante que os gestores se atentem às formas de
captura de clientes e mantenham um bom relacionamento com os mesmos, a fim de gerar
lucro e benefícios para ambos.
O estudo teve como unidade de pesquisa um escritório de contabilidade na cidade de
Jardim do Seridó/RN, que conta com uma equipe de profissionais os quais demonstram
profundo interesse em contribuir com o desenvolvimento do trabalho.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Ou seja, as empresas criam valor ao produto ou serviço para que estes atraiam o desejo
dos consumidores. Uma vez que os consumidores se sentem atraídos e efetuam a compra,
ocorre uma troca de valores entre as partes envolvidas. As empresas buscam clientes e estes
buscam o que as empresas têm para oferecer.
No seu sentido mais amplo, o marketing pode ser considerado a área que envolve todo
o processo de relacionamento com clientes. Envolve a comunicação entre cliente e empresa
aproximando o meio externo ao ambiente interno organizacional. Assim, as empresas
desenvolvem suas atividades com base nas características e exigências dos consumidores, de
modo que seus objetivos coincidam da melhor maneira possível com os objetivos e
expectativas do cliente.
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as necessidades dos indivíduos para que a partir disso os produtos e serviços sejam fabricados
de acordo com as necessidades e desejos dos clientes.
Os profissionais de marketing desempenham suas funções com o objetivo de fazer
com que a empresa atenda a satisfação e necessidades dos clientes. No entanto, os
profissionais precisam de informações que os direcionem a tomar as decisões mais
convenientes possíveis. Ao entender as exigências de seus clientes, a empresa pode direcionar
suas operações com base nas informações coletadas e analisadas a partir de estudos
realizados. Os produtos e serviços devem ser planejados de maneira que possam oferecer
valor superior aos clientes. Quanto mais adequados estiverem os bens e serviços às exigências
dos clientes, maiores serão as chances do mesmo ser aceito no mercado, promovendo a
satisfação de todos os envolvidos.
O marketing não deve ser entendido apenas no sentido de efetuar uma venda, mas
no sentido de satisfazer as necessidades dos clientes. Se o profissional do marketing
entender as necessidades dos clientes, desenvolver produtos e serviços que ofereçam
valor superior e definir preços, distribuir os produtos e promovê-los de maneira
eficiente, esses produtos serão vendidos com facilidade (ARMSTRONG e
KOTLER, 2007, p.4).
Ainda existem muitas empresas que não fazem uso do marketing por falta de
conhecimento ou informação. Outras, até utilizam, porém, não sabem os benefícios que o
mesmo pode trazer para a organização. O que elas precisam saber é que a existência do
18
Por outro lado, o marketing não é desenvolvido apenas para atender os desejos dos
clientes, mas também para possibilitar a venda e o lucro. “Uma empresa pode adotar o
marketing visando posicionamento, produtos, preços, distribuição, promoção entre outros”
(LAS CASAS, 2010, p. 13). Primeiro, a empresa procura atender a satisfação dos
consumidores para em troca atingir suas metas e objetivos. Trata-se da relação de troca de
valores entre as partes que envolvem o processo de comercialização.
O processo de marketing também pode influenciar as relações entre os colaboradores.
Profissionais motivados e encorajados a investir em inovação desempenham com mais
eficiência suas funções. Além disso, proporcionam um bom relacionamento e proximidade
com os clientes.
Do ponto de vista de Las Casas (2010, p. 15) “procurar orientar a empresa para os
funcionários gera satisfação entre eles e ajuda a motivá-los. Consequentemente, com
funcionários motivados há dedicação maior por parte destes indivíduos, que passam a tratar
melhor também os clientes da empresa”. Com essas palavras, o autor afirma que as empresas
podem aplicar o marketing visando uma diversidade de objetivos, dentre eles, a motivação
dos funcionários. Muitos gestores se preocupam tanto em atender as necessidades e desejos
dos consumidores que não percebem que tais desejos não estão sendo atendidos devido a
insatisfações com atendimento, por exemplo. Portanto, as empresas podem investir em
promoção, capacitação, gratificação, melhores estruturas operacionais entre outras estratégias
que promovam a satisfação e motivação dos funcionários.
Segundo Armstrong e Kotler (2007, p. 30) “cada empresa deve encontrar o plano para
a sobrevivência e o crescimento de longo prazo que faça mais sentido diante de sua situação,
suas oportunidades, seus objetivos e seus recursos específicos”. As empresas precisam
investir em estudos que as auxiliem nos processos de tomada de decisões. Através do
planejamento estratégico as organizações desenvolvem seus planos com base nas informações
coletadas no mercado. Dessa forma, terá maior probabilidade de efetuar boas escolhas e
resultados satisfatórios.
O planejamento estratégico, de acordo com Armstrong e Kotler (2007, p. 30) “é o
processo de desenvolver e manter um alinhamento estratégico dos objetivos e habilidades de
uma organização com as oportunidades de marketing em um mercado em mutação”. Ou seja,
é traçar os objetivos da empresa de acordo com as oportunidades e recursos que a mesma
possui.
Esses processos podem ser mais bem compreendidos quando Armstrong e Kotler
(2007, p. 44) alegam que “por meio do planejamento estratégico, a empresa decide o que
20
deseja fazer com cada unidade de negócio. O planejamento de marketing implica decidir
quais estratégias de marketing ajudarão a empresa a atingir seus objetivos estratégicos gerais”.
Desse modo, pode-se destacar a relevância de um plano de marketing para as organizações,
pois ele traça os caminhos que a empresa deve seguir para alcançar os objetivos estabelecidos
no planejamento estratégico. E, certamente, esses planos precisam se adequar às mudanças e
às novas tendências, tratando-se, portanto, de planos flexíveis que permitam reajustes quando
devidamente preciso.
Las Casas (2010, p. 15) ainda defende a importância do marketing para as empresas
quando faz uso da seguinte argumentação:
Na visão do autor, para que as empresas não tenham prejuízos com a falta ou excesso
de oferta é necessário que haja uma sintonia entre os processos organizacionais e o ambiente
externo. Através de uma pesquisa de demanda o marketing pode manter o equilíbrio entre os
dois setores.
Ao término das argumentações, conclui-se que as empresas podem fazer uso do
marketing tanto para fins operacionais, de lucratividade, de posicionamento como para
despertar a motivação dos seus colaboradores entre outros benefícios. Essas finalidades
facilitam a execução dos processos da empresa, além de proporcionar seu desenvolvimento,
reafirmando ainda que, as estratégias de marketing buscam satisfazer as necessidades e
desejos dos clientes para que a empresa possa capturar o valor destes indivíduos em troca.
haja a comercialização não basta apenas ter o que oferecer e quem comprar, é necessário mais
que isso.
O primeiro fator que inicia o processo de comercialização é o produto, que deve ser
desenvolvido para atender a uma demanda do mercado. A partir do produto, outros fatores
tornam-se necessários para efetuar a venda, como o preço, para criar valor e,
consequentemente, uma base de troca. Porém, apenas o produto e o preço não são condições
suficientes. Há necessidade de identificar um meio para distribuir o produto, que pode ser um
ponto-de-venda, uma loja, entre outros. Após a determinação dos principais aspectos para a
comercialização dos produtos é necessário que os empresários pensem em formas de divulgá-
los. Com a divulgação os consumidores passam a ter conhecimento sobre o produto e onde o
mesmo se encontra, facilitando a rapidez das vendas (LAS CASAS, 2010, p. 4).
Estes quatro elementos principais para a comercialização – ter um produto, estabelecer
o preço, decidir sobre um sistema de distribuição e promover o produto – formam a “base da
comercialização”, a “essência de uma oferta comercial”. Estes elementos integram o
“Composto de Marketing” ou como preferem alguns autores chamar “Marketing Mix” (LAS
CASAS, 2010, p. 4-5).
E. Jerome McCarthy (apud LAS CASAS, 2010) passou a chamar os elementos do
composto de marketing de 4p’s e ao invés de distribuição ele usa a expressão ponto-de-venda.
Mas os nomes não modificam a essência das palavras consideradas de grande importância
para o sucesso da comercialização de bens e serviços. A Figura 1 ilustra os quatro elementos
do composto de marketing e alguns exemplos.
22
Segundo Las Casas (2010, p. 11) “praticar marketing significa decidir taticamente
sobre as variáveis do composto de marketing. Como é possível que se tenha certo controle
dessas variáveis, elas são também conhecidas como vaiáveis controláveis”. Neste caso, as
variáveis são produto, preço, praça (distribuição/ponto-de-venda) e promoção que são
controladas pela organização e lançadas no mercado para a captação dos clientes, tendo os
gestores como responsáveis pelas decisões acerca desse conjunto de ferramentas. A Figura 2
ilustra esta situação.
Por outro lado, ao aplicar o conceito de marketing orientado para satisfação dos
desejos e necessidades dos consumidores, o sentido da comercialização muda. Em outras
palavras, os consumidores são os responsáveis pelas transformações do composto de
marketing. As organizações, para atingir a expectativa dos clientes, adaptam às variáveis
controláveis (composto de marketing) no sentido de atender suas necessidades e desejos
conforme apresentado na Figura 3.
2.1.2.1 Produto
2.1.2.2 Preço
Existe uma diferença entre os termos preço e valor. O primeiro refere-se a quanto um
produto vale no sentido de compra, este último refere-se a quanto um produto vale no sentido
de utilidade, importância e sentimentos diversos que dependem muito do indivíduo. Uma
garrafinha de água, por exemplo, custa em média dois reais. Neste caso, dois reais é o preço
dado à água. Mas a mesma garrafinha de água pode valer mais para uma pessoa que acabou
de correr três quilômetros numa competição. Esta pessoa atribui à água um valor de
importância que supera qualquer preço.
Segundo Armstrong e Kotler (2007, p. 258) “preço é a quantia em dinheiro que se
cobra por um produto ou serviço. De maneira mais ampla, preço é a soma de todos os valores
que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço”. O
preço é o único elemento do composto de marketing que gera receita e é o mais flexível em
relação aos outros, pois pode ser alterado com mais facilidade e sem grandes planejamentos.
Por outro lado, determinar preços tem sido umas das tarefas mais problemáticas de grande
parte dos empresários, pois muitas organizações reduzem os preços de seus produtos a fim de
vendar mais. Ao Invés disso deveriam usar argumentos para convencer os compradores que
seus bens ou serviços valem mais do que se pede, ou seja, explicar a importância e o valor que
seus produtos possuem. O ato de vender barato para vender mais é decorrente de muito
tempo, uma vez que, o preço tem sido o principal fator que influencia o comprador.
As empresas também sofrem influência das variáveis incontroláveis na hora de
estabelecer preços e os administradores nem sempre têm controle sobre isso. A concorrência é
um dos grandes determinantes de preços e os executivos têm sofrido muito com a
concorrência desleal em que seus adversários vendem o mesmo produto a um preço
significativamente mais baixo, muitas vezes sem ao menos lucrar com a venda. Desse modo,
as pessoas acabam comprando onde o preço é mais baixo e quem comercializa com preços
honestos acaba tendo redução nas vendas.
Outros aspectos são de extrema importância para estabelecimento de preços, uma vez
que, estes estão sujeitos à lei da oferta e demanda. De acordo com Las Casas (2009, p. 217)
“quando os produtos são desejados e escassos, os preços tendem a subir para proporcionar o
equilíbrio entre produção e consumo; se a oferta, porém, é maior que a procura, os preços
tendem a diminuir para chegar ao desejado equilíbrio”. Por isso, há flexibilidade para
alteração dos preços, pois os mesmos estão sujeitos a variáveis externas que podem mudar
constantemente. Em períodos sazonais, por exemplo, os preços de certos produtos aumentam
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consideravelmente, pois a procura é bem maior. Nos meses de dezembro a março em que as
pessoas geralmente estão de férias, os serviços de hotelarias, voos, passeios turísticos entre
outros são bastante procurados e muitas vezes escassos. Dessa forma, as empresas prestadoras
de tais serviços tendem a aumentar seus preços para reduzir a demanda, caso contrário a
procura será maior do que a oferta e as pessoas que não tiveram seus desejos atendidos podem
ficar insatisfeitas.
2.1.2.4 Promoção
Outra variável do composto de marketing é a promoção que consiste nas várias formas
de divulgação do produto. A promoção tem a finalidade de atrair o consumidor e apresentar
os bens ou serviços ofertados por empresas no mercado. A propaganda, promoção de vendas,
publicidade, venda pessoal, entre outros, são exemplos de estratégias utilizadas para
comunicar o produto.
As promoções são utilizadas no sentido de atrair novos clientes. Num escritório
contábil, por exemplo, pode-se analisar a promoção como uma estratégia para manter melhor
relacionamento com os clientes, oferecendo oportunidades para os clientes fidelizados como
também proporcionando melhores preços ou diversificando serviços para aqueles que
conseguirem trazer novos clientes para o escritório (COSTA JÚNIOR, 2013).
Os escritórios de contabilidade, de forma especial, têm seus meios de divulgação um
pouco diferenciados. Certamente podem utilizar a propaganda para divulgar seus serviços,
mas desde que as mensagens utilizadas não atinjam de forma negativa seus concorrentes.
Promoções de preços, descontos, entre outros geralmente não fazem parte das estratégias de
propaganda utilizadas pelos escritórios contábeis. O tipo de propaganda vem a ser, portanto,
institucional que visa apenas divulgar a marca da empresa de forma discreta e muitas vezes
criativa e inovadora que, assim como toda propaganda, tem a finalidade de atrair novos
clientes.
Como descrito por Las Casas (2009, p. 286) “a propaganda promocional visa estimular
a venda imediata, enquanto a institucional visa divulgar a imagem de empresas ou marcas de
produtos, com a intenção de venda indireta”. Os escritórios contábeis não usam meios de
divulgação para persuadirem as pessoas a contratarem seus serviços. Primeiramente, o
público-alvo é bastante específico e seus serviços da mesma forma. Portanto, os meios de
divulgação devem atingir públicos limitados e não toda a sociedade.
Dessa forma, pode-se afirmar que o tipo de propaganda depende muito do produto e
da empresa prestadora de serviços. Todos têm como finalidade fazer a comunicação entre
30
A contabilidade é tão antiga quanto o homem. Antes mesmo da Era de Cristo já havia
atividades de relação de troca. Era preciso contar rebanhos, separar os bens, tomar decisões
com base em números e administrar riquezas. O homem sempre esteve preocupado com os
números, principalmente quando o assunto remete a seu patrimônio. Qualquer processo de
comercialização que acontecia na época demandava conhecimentos sobre cálculo, números,
decisões e controle.
A Bíblia relata no seu primeiro livro, o do Gênesis, passagens que sugerem o uso da
contabilidade. Naquela época, aproximadamente 4.000 anos A.C. já existia competição na
contagem e evolução da riqueza (rebanho de ovelhas, cabras, camelos e jumentos). Para isso,
era necessário um controle quantitativo, por mais rudimentar que fosse. O homem sempre
teve preocupação com sua riqueza. Isto aconteceu na antiguidade e ainda acontece nos dias
atuais (SCARPIN, et al ,2003).
Desde então, podemos destacar a importância da contabilidade para as relações de
troca e controle dos recursos financeiros das empresas. Muito antes de se constituir o termo
empresa, os serviços contábeis já faziam parte do cotidiano de muitos indivíduos que
precisavam administrar seus patrimônios com base em números que comprovassem a
existência de suas riquezas.
Como descrito por Sá (2010, p. 23 apud COSTA JÚNIOR, 2013, p. 25) “o nascimento
da contabilidade é o da inscrição de elementos da riqueza patrimonial, passando, aos poucos,
a registros de melhor qualidade. Entre os sumero-babilônios já se encontram registros feitos
em pedaços de argila, com técnica apurada”. Naturalmente as atividades contábeis efetuadas
na antiguidade não possuíam os recursos e ferramentas existentes na atualidade, mas é
evidente que eram utilizadas com a mesma finalidade de hoje. Aos poucos, as formas de
contabilizar e controlar os recursos foram mudando de acordo com as oportunidades,
aquisição de conhecimentos e ferramentas inovadoras.
A importância do encontro dos registros contábeis de anos atrás deu início ao
surgimento da contabilidade para os dias atuais. A partir dessas descobertas, pôde-se constatar
o uso da contabilidade por nossos antepassados com a finalidade de fazer registros de livro-
31
mercado, cabe, portanto, aos contadores fazer uso de boas estratégias operacionais que
motivem o público a contratar seus serviços.
O marketing contábil é aplicado com o objetivo de comunicar os serviços contábeis a
seu público-alvo. Conforme Dedonatto et al (2004, p. 70) “no momento em que as
organizações e os profissionais praticam ações de marketing o fazem com o intuito de
transmitir uma mensagem ao seu público-alvo, de alcançar objetivos institucionais e
mercadológicos”. Assim, muitos profissionais contábeis utilizam estratégias de marketing
quando aplicam técnicas para captura e fidelização de clientes.
As empresas contábeis aplicam o marketing no sentido de ofertar serviços de
qualidade aos seus clientes, além de assegurar as informações que lhes são passadas. Quando
utilizado da forma correta, o marketing só tem a somar vantagens para as empresas que o
utilizam. A principal delas é o posicionamento e a liderança no mercado.
Em Bertozzi (2003) vamos encontrar o seguinte conceito para marketing contábil:
Este estudo objetivou, por meio da observação in loco, identificar o uso de técnicas de
captação de clientes por meio das ferramentas do marketing em escritórios de contabilidade,
contradizendo o que muitos contadores afirmam quando acreditam ser ineficaz ou antiético o
uso da propaganda e demais meios de divulgação do seu trabalho.
No Brasil, mesmo com a baixa intensidade de pesquisas e estudos a respeito do
marketing contábil, percebe-se a preocupação dos profissionais contábeis e dos escritórios
sobre a implantação do marketing para o bom desempenho das atividades produtivas nesse
segmento. Acredita-se que esse movimento é decorrente de três fatores: o mercado, o cliente e
outros grupos de interesse. O mercado, cada vez mais competitivo, obriga profissionais e
escritórios a desenvolver técnicas que elevem a qualidade dos serviços prestados, reduzindo
custos e potencializando o relacionamento com os clientes. O cliente, por sua vez, diante das
opções ofertadas no mercado, obriga os seus prestadores de serviços a inovar e melhorar a
qualidade a fim de satisfazê-lo, ao mesmo passo que Governos e sociedade buscam
transparência e padronização em atividades de interesse social e abrangência nacional.
(MORAIS, 2015).
Diante do mercado cada vez mais competitivo, os contabilistas e os escritórios de
contabilidade utilizam o marketing como instrumento para captação e valorização dos
clientes. Além de buscar, através das estratégias utilizadas, diferencial no mercado que atuam.
O marketing é considerado fator decisivo para os clientes que buscam os melhores
profissionais, cuja função é deixar seus clientes bem informados, orientando-os nas tomadas
de decisões e processos organizacionais.
Para que o público tenha conhecimento dos serviços contábeis ofertados no mercado, é
preciso haver a comunicação e divulgação desses serviços. Segundo Costa Júnior (2013, p.
36
31) “as estratégias para as empresas contábeis se relacionam com a divulgação de sua marca
diante do mercado de trabalho, como também no relacionamento com seus clientes, criando
uma rede de marketing pessoal e de relacionamentos no escritório”. O marketing, integrado
aos serviços contábeis, objetiva manter um relacionamento mais interativo com o cliente.
Este, por sua vez, tem suas necessidades atendidas e seus desejos satisfeitos. Além de divulgar
a marca da empresa, o marketing contábil também promove um melhor relacionamento entre
os funcionários, tornando o ambiente mais motivado e gerando eficiência aos processos.
Em relação à comunicação dos serviços, a mesma torna-se ineficaz quando não
consegue alcançar o público desejado pela empresa. O marketing contábil trabalha justamente
o contato e o relacionamento entre empresa e cliente, destacando a importância do uso de
propagandas e outros meios de comunicação. Dedonatto et al (2004, p. 70) utilizam-se da
seguinte argumentação para defender a comunicação dos serviços contábeis:
Sua função é tornar a empresa mais competitiva, sem abalar a ética da profissão.
Pressupõe-se que, ainda que exista uma infinidade de contabilistas absolutamente
contra a comunicação, entendendo-a como um artifício antiético e de pouco
merecimento, todos aplicam diariamente conceitos e técnicas de marketing, mesmo
sem o perceber.
Nota-se que o marketing refere-se até mesmo ao modo pelo qual o contador se
comunica com seu cliente, seja por telefone, pessoalmente ou por e-mail. As técnicas de
marketing são muitas vezes aplicadas sem ao menos o contador perceber. Exemplos de
marketing contábil utilizado por muitos escritórios são: patrocínios em eventos culturais,
esportivos ou religiosos em que a marca da empresa se faz presente em momentos
satisfatórios, fazendo com que o público relacione o nome da empresa ao evento que lhe traz
boas recordações; Organização de cursos, palestras, conferências, entre outros eventos que
façam parte do segmento; Confecção de agendas, canetas, calendários e diversos materiais
que podem ser oferecidos aos clientes e ao público em geral.
Certamente, todas as estratégias citadas acima contribuem para a divulgação de uma
marca ou de um profissional. Porém, Dedonatto el al, (2004, p. 75), defende com maior
ênfase o uso da propaganda quando afirma que:
A propaganda se faz mais presente na mente dos consumidores. As pessoas têm mais
facilidade para compreender e visualizar imagens ao invés de textos. O marketing contábil
tem o objetivo de atrair as pessoas, manter relacionamento com clientes, promover a marca ou
o profissional no mercado. Portanto, é de fundamental importância que os escritórios
contábeis disponham de boas estratégias de captação através de técnicas e elementos do
marketing. Assim, poderão alcançar o público desejado com mais facilidade, diminuindo
tempo e custos.
A marca da empresa deve refletir positividade na mente dos clientes, logo, o meio de
divulgação deve proporcionar atratividade, e os serviços proporcionar bons resultados tanto
para a empresa quanto para o cliente, assegurando a satisfação de ambos. O marketing
contábil busca valorizar o cliente e a empresa através de suas ferramentas de comunicação e
relacionamento.
Assim como todo profissional, o contador precisa atuar em sua área sob os preceitos
da ética e da responsabilidade. Ele, principalmente, pois é quem tem acesso a importantes
informações de uma empresa e é quem norteia os executivos nas tomadas de decisão. Em
troca dos valores éticos, o profissional da contabilidade ganha prestígio, confiabilidade,
respeito e demais valores profissionais.
Diante dessa realidade foi criado o Código de Ética Profissional do Contador (CEPC)
que, segundo o seu art. 1º, tem por objetivo “fixar a forma pela qual se devem conduzir os
Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à
profissão e à classe”. Por meio disso, os profissionais da contabilidade são submetidos a
normas estabelecidas em leis que fiscalizam seus comportamentos quando atuantes no
segmento contábil, sendo sujeitos a penalidades, caso infrinjam algumas das regras de sua
competência.
Segundo Borges e Medeiros (2007, p. 64) “os códigos de ética representam o conjunto
de elementos que caracterizam o comportamento das pessoas dentro de um grupo social.
Dentre esses elementos, destacam-se os deveres legais normativos e positivos e as regras de
boa conduta no trato com as pessoas”. Assim, o comportamento dos contadores deve ser
orientado por meio das normas e regras estabelecidas em seu código de ética profissional,
mantendo o respeito às pessoas, sejam elas clientes, colegas de trabalho ou concorrentes.
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O conjunto de condutas técnicas e sociais exigidas por uma determinada classe aos
membros que a ela são ligados. A obediência ao código de conduta identifica o
profissional como ético e ele, por seu comportamento, alcança o reconhecimento dos
demais membros da própria classe e da sociedade em geral.
De acordo com as palavras dos autores (BORGES e MEDEIROS, 2007) cada classe
profissional possui um conjunto de condutas técnicas e sociais e os membros ligados a elas
devem seguir as orientações estabelecidas em seu código de ética, assim, poderão alcançar o
reconhecimento da sociedade e dos profissionais da mesma classe. Agir conforme as regras de
um código de conduta é ter postura firme em relação aos direito e deveres da profissão a qual
o indivíduo exerce, garantindo-lhe legitimidade e confiança perante suas ações.
A falta de ética pode prejudicar a imagem e a carreira de qualquer profissional. Para o
contador não basta apenas dominar os conceitos técnicos de sua profissão, é preciso ter
conhecimento da conduta moral ética, de suas responsabilidades e de sua lealdade perante
seus clientes (CARDOSO et al, 2014). Portanto, a ética é um dos fatores que mais
caracterizam os serviços contábeis, pois as informações prestadas pelos contadores são
exclusivas de casa empresa. O comportamento do contabilista é sinônimo de seu caráter,
responsabilidade e profissionalismo. Contudo, sua carreira depende de seus atos e suas
decisões.
39
As atitudes de um profissional pode ser a diferença entre seu sucesso e seu fracasso.
Estas atitudes decorrem de um conjunto de preceitos éticos que um profissional tem. Isso
também está relacionado com o nível de conhecimento que o indivíduo tem a cerca de
assuntos técnicos e específicos da profissão e o respeito para com seus clientes e colegas de
trabalho. A conduta de um profissional é quem determina seu perfil dentro da sociedade. Uma
vez reconhecido por seus atos ilícitos, dificilmente será bem reconhecido por seu cliente ou
até mesmo em todo o mercado.
Aos contadores e demais profissionais, cabem exercer com dignidade, respeito,
confiança e sinceridade as tarefas que lhes competem diante de sua carreira profissional. Os
clientes precisam se sentir seguros diante dos contratos e orientações e, é através do
comportamento ético, pessoal e social dos profissionais que os clientes reconhecem seu
trabalho.
cliente, manter uma maior aproximação com este de maneira que a satisfação possa
influenciar na fidelização e lealdade da clientela.
Como caracteriza Las Casas (2010) o valor dado aos clientes fortalece o
relacionamento com estes, e proporciona a fidelização. Quando os produtos ou serviços são
destinados aos públicos bastante específicos, é importante haver um foco nas necessidades e
desejos dos clientes, para que estes se satisfaçam com a comercialização. Torna-se necessário
criar valor para os clientes e prestar serviços de qualidade para que seja possível manter
relações satisfatórias.
Ou seja, quando os clientes percebem a valorização transmitida por meio dos serviços
prestados, sentem atração por aquela empresa possibilitando o aumentando dos laços de
lealdade e confiança. “O valor é definido como a diferença entre o que o cliente espera e o
que ele recebe” (COBRA, 2009, p. 6). Não basta apenas satisfazer as expectativas dos
clientes, tem que buscar a diferenciação e a liderança no mercado superando as expectativas
dos clientes, fazendo além daquilo que eles esperam.
Existem ferramentas dentro do marketing de relacionamento que auxiliam os gestores
a manter uma relação mais forte e duradoura com seus clientes. Essas ferramentas consistem
em bancos de dados que possuem informações diversas dos clientes. A empresa pode estar
usando essas informações para personalizar os serviços de acordo com as características e
necessidades individuais ou enviar mensagens em datas comemorativas, como aniversário,
natal, feriados, entre outros. Para uma empresa manter um bom relacionamento com seus
clientes é preciso estar atualizada e presar pela qualidade. Somente com produtos e serviços
de qualidade as empresas podem conquistar e manter seus clientes.
Com a evolução da tecnologia a forma das empresas encararem os clientes e o
crescimento dos negócios vem evoluindo. O Customer Relationship Management (CRM) que
em português significa Gestão de Relacionamento com o Cliente é um exemplo de ferramenta
que permite às empresas o relacionamento com clientes de forma mais interativa e
personalizada. Segundo Alves (2014, p. 29) “o CRM surge como uma ferramenta que
possibilita estreitar os vínculos entre as empresas e seus clientes de forma estratégica,
41
Por outro lado, Las Casas (2010, p. 22) defende o seguinte argumento:
3 METODOLOGIA
conhecimentos a cerca da área. Foi desenvolvido por meio de pesquisa de campo que se
baseia na “observação dos fatos tal como ocorre na realidade. O pesquisador efetua a coleta
de dados ‘em campo’, isto é, diretamente no local da ocorrência dos fenômenos”
(ANDRADE, 2010, p. 113). A pesquisa foi desenvolvida no próprio escritório de
contabilidade, permitindo a observação dos fenômenos de forma mais aproximada possível.
O estudo foi do tipo exploratório - pois teve a finalidade de ampliar o conhecimento a
respeito de um determinado assunto, explorando a realidade na busca de maior conhecimento
- e descritivo, por que procurou conhecer a realidade estudada, suas características, seus
problemas, descrevendo com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade
(TRIVIÑOS, 1987 apud ZANELLA, 2006). Portanto, tratou-se de um estudo exploratório-
descritivo, pois tanto buscou aquisição e ampliação dos conhecimentos como procurou
conhecer profundamente a realidade dos fatos, suas características e fenômenos.
Quanto à natureza da abordagem, tratou-se de uma pesquisa qualitativa (MATTAR,
1999 apud ZANELLA, 2006), pois:
Na pesquisa qualitativa os dados coletados são, em sua maioria, subjetivos, isto é, não
numéricos. No caso deste trabalho, a abordagem foi qualitativa já que as informações foram
coletadas a partir de entrevistas de caráter subjetivo junto aos clientes e proprietário do
escritório.
Os demais, localizados em outras cidades, não foram enquadrados na pesquisa, pois seria
difícil localizá-los em virtude da distância.
que pode transcrever as respostas exatamente como foram respondidas e ter maior controle e
segurança das informações. Porém, a gravação só acontecia perante a autorização do
entrevistado. Caso este não aceitasse, sua fala era copiada no ato da entrevista, mesmo que
demandasse mais tempo e dificuldade para transcrever.
A entrevista realizada com o proprietário do escritório possibilitou o levantamento e
posterior análise das estratégias de marketing utilizadas pelo escritório de contabilidade com a
finalidade de se destacar no mercado de segmento, capturar clientes, manter relacionamento
com eles e promover a fidelização dos mesmos a partir do atendimento às suas necessidades e
desejos.
Por outro lado, nas entrevistas com os clientes, foi possível analisar a satisfação dos
mesmos quanto aos serviços prestados e averiguar se o marketing utilizado pelo escritório
contábil favorece a captura e fidelização de clientes.
Ao todo foram elaborados dois roteiros de entrevista sendo um para o proprietário e
contador do escritório - com 13 questões envolvendo desde perguntas básicas, como nome,
formação e função no escritório, até perguntas referentes ao marketing e relacionamento com
clientes. O outro roteiro, elaborado para os clientes, continha 12 questões, sendo as perguntas
distribuídas em informações básicas, como idade, formação, ocupação e período como cliente
no escritório e as demais relacionadas ao marketing contábil e ao relacionamento com a
empresa.
Portanto, pode-se confirmar que as técnicas utilizadas para alcance dos objetivos
foram de extrema validade na busca de informações a respeito da temática e do cenário
observado. Além disso, as fontes de coleta de dados possibilitaram mais exatidão à
investigação. Os resultados partiram de relatos dos próprios clientes e do proprietário do
escritório, assegurando a credibilidade da pesquisa.
48
Depois disso, o escritório parte para a divulgação da marca por meio da publicidade
em sites, blogs e apoio em eventos sociais e religiosos. Um exemplo é o campeonato de jogos
que ocorre na cidade a cada ano e que o escritório apoia times, publicando sua marca nos
ternos dos jogadores.
Na segunda pergunta P.E. foi interrogado sobre a execução de pesquisas de mercado
para saber onde seu público alvo estava inserido. Como resposta ele falou:
A gente não escolhe um grupo específico ou físico, a gente espera o cliente vir. A
gente não sai em busca. No início a gente fez para se estabilizar, mas hoje em dia
está bem livre esta questão. O cliente é livre para escolher, até por que têm outros
escritórios, ele tem que se sentir bem onde ele está e com quem ele está trabalhando.
Depois que somos procurados o que a gente faz é saber em que sentido eles podem
aprimorar e melhorar naquele mercado ou naquela estratégia que ele está incluído.
Mas no nosso escritório a gente deixa bem livre, ele procurar os nossos serviços ou
tentar nos conhecer. A gente não sai com esse tipo de marketing de procurar clientes
não, a gente deixa bem livre que eles nos procurem. A partir do momento que somos
procurados a gente vai trabalhar em cima disso, de conhecer o mercado que ele está
enquadrado para poder orientar da melhor maneira (P.E., 2016).
O escritório possui clientes dos segmentos indústria, comércio, serviço e ainda atua
para o setor público. Segundo o proprietário, a equipe do escritório não sai em busca dos
clientes, espera que estes venham até o escritório. No entanto, o mesmo afirmou que nos
primeiros anos saiu em busca de clientes para se estabilizar no mercado, mas ultimamente,
devido ao crescimento do escritório, não há necessidade.
Ainda argumentou que o cliente tem que se sentir livre para escolher onde quer estar,
pois existem muitas opções no mercado. Depois que o cliente opta pelos serviços do ECON, a
equipe procura conhecer melhor o mercado que ele está inserido para poder orientar da
melhor maneira.
Em relação aos resultados do uso do marketing contábil o contador espera que sua
empresa seja “bem conhecida, bem classificada e bem divulgada” (P.E., 2016). Assim,
podemos observar que a função do marketing é bem articula na mente do contador. Ele sabe
que as estratégias utilizadas servem não só para captar clientes, mas para tornar a empresa
bem conhecida e classificada no mercado através da divulgação e qualidade dos serviços
prestados.
As demais perguntas estruturadas no roteiro de entrevista eram referentes ao
relacionamento com clientes. Quando abordado sobre a importância dos clientes para sua
empresa o proprietário respondeu:
50
O cliente é a chave principal da minha empresa, é quem mantém ela aqui. Então a
gente procura trata-lo como se fosse o nosso “ovo de ouro”. O cliente pra gente é
tudo, se ele está satisfeito, o nosso progresso é penditivo. A nossa base, o nosso
alimentar é dos clientes. Então ele é peça fundamental para que nós possamos existir
(P.E., 2016).
Primeira coisa que eu digo é ganhar a confiança do cliente. E eu sempre digo a eles:
cliente que não pergunta, cliente que não entende, cliente que não conhece a sua
empresa, por que assim, foi criado antigamente nas empresas que contador era pra
fazer o imposto, entregar e pronto. Quando a gente começou a trabalhar, a gente
percebia que cliente pagava conta sem saber o que tava pagando, cliente tinha
bronca sem saber o que tava acontecendo com a empresa [...] Então a primeira coisa
a se fazer é ganhar a confiança do cliente, colocando nele a responsabilidade e o
conhecimento de levar sua empresa com nosso auxílio.
Não, a gente é aberto. A gente tem que acolher reclamações. Às vezes tem até
reclamações graves, ou um erro, mas a gente tem como corrigir ou se responsabilizar
por isso. Nós somos humanos, mas as reclamações são acolhidas da melhor maneira
possível e a gente tenta buscar solução para cada uma delas da melhor maneira
possível também, que o cliente é livre pra permanecer ou não permanecer, a gente
deixa isso bem claro pra eles, eles têm que está onde eles se sintam bem e seguro.
Assim, podemos confirmar que os clientes possuem total abertura para fazer sugestões
ou reclamações no escritório contábil. Em outro momento o proprietário ainda argumentou
que o cliente tem abertura tanto para reclamar quanto para ir ao escritório quando necessitar.
O posicionamento do contador é bem claro e articulado quando demonstrou reconhecer os
erros e tomar as medidas cabíveis para melhor resolução dos fatos. É importante também a
abertura que ele dá para os clientes permanecer ou não no escritório. Para P.E. o cliente tem
que se sentir bem e seguro, caso contrário, ambos encontrarão dificuldade para gerir os
negócios.
Quando abordado sobre as estratégias de atendimento ao cliente, P.E. (2016)
argumentou:
Pronto, aí vai depender de cada um. Todos os meses a gente tem as visitas dos
clientes. Tem funcionário que vai lá fazer a entrega de imposto e pergunta alguma
coisa, tem esse contato. No fim de ano nós damos um brinde a cada empresa. A
gente vai visitar sempre no Natal por reconhecimento pelo ano que passou. E eles
vêm aqui, e por e-mail, por telefone, e também não tem dia. A gente trabalha sempre
que o cliente está necessitado a gente está acolhendo.
incompleto.
Como mostra o quadro 1 a idade dos clientes entrevistados varia entre 27 e 66 anos. A
maioria possui ensino médio completo e estão entre seis meses a sete anos como clientes no
ECON. Boa parte dos entrevistados é do segmento comercial, mas alguns também atuam em
indústrias ou prestando serviços.
Sobre o marketing contábil a primeira pergunta feita ao cliente consistia em saber
como ele teve conhecimento dos serviços do escritório. Para isso, foram listadas algumas
opções de respostas, como propaganda, indicação de terceiros e amizade com os funcionários.
RESPOSTAS VARIÁVEIS
C1 Amizade com os funcionários. Amizade com os
funcionários
C2 Indicação de terceiros. Indicação de
terceiros
C3 Eu acho que foi por que é perto daqui (risos). Localidade
Publicidade
C4 Foi pelo conhecimento que eu tenho com ele (P.E.).
Convite do
C5 Pela amizade que eu tenho com o proprietário. A gente já é amigo de muito proprietário
tempo e eu vi muita credibilidade na pessoa dele. Palestra Micro
C6 Foi amizade com E, sempre conheci, uma pessoa muito competente. No caso, Empreendedor.
eu era de outro escritório, quando ele abriu o dele eu fui pra lá.
C7 Eu fiquei sabendo através de terceiros e depois por amizade com os
funcionários da ECON.
C8 Através de amizade.
C11 Foi devido mais a aproximação e o contato deu com ele (P.E.), a gente já tinha
amizade e ele, como contador, eu fui pra ele.
C12 Pela amizade, pelo conhecimento que eu tenho com as pessoas, inclusive
muitos foram meus ex-alunos.
C13 Publicidade, né!
C14 Realmente, a farmácia é de Anesiano. Então foi através de Anesiano que nós
formos pra lá, entendeu? Ele quem apontou pra lá.
C15 Eu acho que foi através de E mesmo. Eu tinha a lojinha já, sem ter firma, aí ele
veio até mim, e me convidou pra ser cliente dele, aí até hoje.
C16 Hoje em dia você sabe o Brasil como é que tá, né? Se você não entrar na linha,
como diz o dito. E foi informação, logo ele foi o primeiro. Tinha Alcebíades
(proprietário de outro escritório), né? E eu como era amiga dele (P.E.), ele
abriu o escritório e eu fui.
C17 Foi através de amigos que me informaram procurar ele (P.E.), um dos
melhores.
C18 Indicação de terceiros.
C19 Foi na palestra de micro empreendedor do Sebrae que teve uma vez aqui em
Jardim. Aí ele disse os parceiros que tinha, aí dentre os que tinham, o que eu
tinha conhecimento era E, aí eu escolhi ele.
C20 Amizade.
RESPOSTAS VARIÁVEIS
C1 Recomendações. Recomendações
Localidade
C2 Obtive boas informações dos serviços do escritório. Boa imagem
Amizade
C3 Só localidade mesmo e eu gosto também do pessoal de lá. Competência
Preço
C4 Boa imagem.
Capacidade
C5 Além da amizade com o proprietário, sua equipe, que nos atende muito bem. Confiança
Parceria com o
C6 Boa imagem e amizade. Eu sabia que era uma pessoa muito competente, aí Sebrae
claro, somamos as coisas, competência com o vínculo que a gente sempre teve
bastante amizade, aí eu fui pra lá. Claro que você tem que ver isso. A
responsabilidade é muito importante.
C7 Todos esses itens estão embutidos dentro do pacote. A gente tem boa indicação
do escritório de contabilidade, a gente também teve boa recomendação dele
(P.E.), então tudo isso contribui para que a gente formasse parceria com a
ECON.
C8 Boas recomendações e preço.
C10 Na época aqui em Jardim tinha outras pessoas, mas eu achei melhor ir pra ele
(P.E.).
C11 Foi a boa imagem também, ele (P.E.) é uma pessoa muito competente, né?
C14 A imagem de lá não temos o que reclamar não, bom demais, demais mesmo.
C16 Foi boas recomendações, o preço também e por ser aqui em Jardim, né?
entrevistados relatou que a parceria que o escritório mantem com o Sebrae foi o principal
motivo que o levou a contratar os serviços do ECON.
Vale-se destacar a importância do marketing boca-a-boca na divulgação dos serviços
do escritório. Quando os clientes afirmam que as boas recomendações de terceiros foram um
dos principais motivos que os levaram a contratar os serviços do ECON, confirma-se a
importância e a credibilidade que o marketing boca-a-boca representa no mercado.
Lembrando que esse tipo de marketing está relacionado ao posicionamento do cliente frente
aos serviços prestados. Ou seja, o cliente tem abertura para recomendar ou não os serviços do
escritório, isso vai depender da sua opinião sobre os serviços prestados. O marketing boca-a-
boca é, portanto, a representação da satisfação dos clientes.
Respondendo a pergunta 2.3 do roteiro de entrevista, por unanimidade, os
entrevistados relataram que não sentiram dificuldade para firmar contrato com o ECON. Com
base nos argumentos de um dos entrevistados, quando abordado sobre a facilidade ou
dificuldade para firmar parceria com o escritório, o mesmo relatou ter sido fácil - “todas as
dúvidas que nós temos aqui, quem é o mais responsável sou eu, quem resolve as coisas sou
eu, eles nunca deixaram eu com dúvida. Quando eu vou lá nunca venho sem resposta, ou um
sim ou um não, eu venho”. Este posicionamento mostra como o cliente é valorizado pelos
funcionários e é a partir desta boa relação que o público tem conhecimento dos serviços de
qualidade prestados pelo escritório.
A forma como os funcionários tratam os clientes, a atenção e o apoio nas tomadas de
decisão são pontos essenciais para que os clientes se sintam protegidos e bem acolhidos,
mesmo que haja processos demorados, o bom atendimento tende a conquistar a confiança do
cliente.
Os clientes também foram interrogados a respeito das formas de comunicação que o
ECON mantem com os mesmos, se estavam satisfeitos e quais os meios mais utilizados (e-
mail, telefone, visita pessoal entre outros).
RESPOSTAS VARIÁVEIS
C1 Sim, por telefone. E tem um rapaz que fica transportando documentações e Telefone
essas coisas. Pessoalmente
C2 E muito! São três formas que a gente se comunica lá: através de telefone, e- E-mail
mail e pessoal. Mas geralmente eles mandam deixar a correspondência aqui, Redes sociais
mas telefone e pessoal.
C3 Na hora! O menino (funcionário) é muito bacana, ele vem sempre aqui
57
C5 Sim, a gente tem a comunicação pessoal, por redes sociais, por telefone, todas
as comunicações as mais práticas possíveis.
C6 Sim. De todas as formas, dependendo da necessidade.
C7 Sim. Por e-mail quase não existe por que como o escritório é aqui muito
próximo, então quando eu não consigo resolver por telefone eu vou
pessoalmente lá. Eu costumo geralmente ir muito lá, qualquer dúvida que eu
tenha, qualquer dificuldade em questão do todo eu vou lá no escritório.
C8 Sim, nos comunicamos sempre por telefone e pessoalmente.
C14 Satisfaz, por que quando eu tenho uma dúvida eu gosto de ir lá. E quando eu
preciso deles eles vêm até aqui. Já aconteceu problema com uma nota, os
funcionários aqui com dúvida e eu chegar lá e ele (P.E.) disse ‘não, Onaldo, eu
vou lá’. Quando eu tenho dúvida de coisa rápida eu ligo.
C15 Satisfaz. Pessoal.
C19 Satisfaz. Por que assim, é o que eu lhe disse, como a empresa é micro
empreendedor individual, é muito simplificado, né? Eles trazem, o que eu
preciso eu vou lá e eles me orientam. É mais pessoalmente.
C20 Às vezes sim, às vezes não (a entrevistada comentou que já ligou para o
escritório e não foi atendida). Pessoal e telefone.
Fonte: Elaborado pela autora (2016).
RESPOSTAS VARIÁVEIS
C1 A cada 15 dias ou mensal. Diariamente
Quinzenalmente
C2 Acredito que umas duas vezes por mês. Mensalmente
Nunca
C3 Eu num vou lá nunca (risos), o menino (funcionário) sempre vem aqui. Eu só
precisei ir lá uma vez ou duas, muito pouco.
C4 Uma vez ao mês, só pra deixar o movimento.
C5 Aproximadamente de 15 em 15 dias.
C9 Todos os dias.
C10 Eu frequento pouco, por que geralmente é minha esposa que vai deixar o
movimento lá.
C11 Todo mês.
C12 Sempre quando eu preciso e todos os meses ele (P.E.) se comunica com a gente e
agente com ele.
C13 Todos os dias.
C14 Rapaz, eu visito sempre. Quando precisa de alguma coisa eu vou lá. Toda vida
eles me atendem muito bem. Eles nunca tá de cara feia pra mim. Sempre foi
legal comigo.
C15 Sempre, todos os meses e até mais de uma vez.
59
C16 Quando eu tenho alguma dúvida. Todo mês eu tô lá por que eu levo as notas e
sempre pergunto, e as vezes chega alguma coisa pra pessoa e eu vou lá e tiro
dúvida lá. Eles nunca me negaram não. Sempre estão ali.
C17 Todos os meses, mensalmente. Uma vez mensal e três vezes ao todo no mês.
C18 Ah! É difícil eu ir lá. Só se for alguma coisa mesmo. Geralmente eu ligo, sabe?
C19 No mínimo, uma vez por mês, por que eu tenho que levar o relatório, sabe? De
venda bruta e de despesa e todo mês eu vou lá.
C20 Mensalmente.
RESPOSTAS VARIÁVEIS
C1 Tenho, eles aceitam. Sempre
Com certeza
C2 Sempre! Muito cordiais todos os funcionários. Sim
60
C4 Sim.
C5 Sim, a gente sempre mantém essa afinidade, um dando sugestões ao outro desde
que seja construtiva no sentido de otimizar os serviços.
C6 É o seguinte, nunca foi necessário, mas eu acredito que se necessário penso que
seria ouvida.
C7 Sim. Muito receptivo por sinal o pessoal da ECON, eles estão sempre abertos
para qualquer dúvida.
C8 Sim e sempre chegamos a um acordo.
C9 Sim.
C10 Sim.
C11 Sim. Quando ele (funcionário) não vem aqui, manda a gente ir lá.
C12 Também.
C14 Pode acontecer com outras pessoas, mas comigo nunca aconteceu. Eles nunca me
deixaram na mão, entendeu? Se eles deixassem eu dizia, por que a hora de dizer é
agora, né? Não vou dizer por trás, né? (risos) até por que se chegar a acontecer eu
digo, sabe? Se a pessoa gosta ou não gosta tem que dizer, né? Estou pagando, né?
C15 Recebiam.
C16 É, apesar de eu nunca ter reclamado, eles recebem. Tanto que eu disse “que tanto
imposto é esse” (risos) aí ela (funcionária) disse “num tem nota, né?” (risos).
C17 Ali é tudo nota 10! Se tiver alguma reclamação eles atendem também.
C19 Assim, eles nunca falaram nada sobre isso não, mas assim, pelo que a gente
conhece P.E., né? A gente sabe que ele é uma pessoa bem aberta, né? Acredito
que se eu precisasse dar alguma sugestão, com certeza acho que ele ouviria.
Poderia ser até uma sugestão pra eu levar pra ele, por que olhe como é
interessante: P.E. quando começou, que com certeza ele tinha menos cliente que
agora, todo final de ano quando não era uma agenda, era vinho, seja o que for, ele
mandava para os clientes dele. Aí, assim, parece que ele tá crescendo e tá
abandonando. Eu acho que deveria ter continuado, sabe? É uma coisa pequena,
mas.
C20 Sim.
O quadro 6 mostra que todos os entrevistados concordam que o ECON recebe bem as
sugestões e reclamações feitas pelos clientes, embora muitos tenham afirmado que nunca
precisaram reclamar alguma prestação de serviço. No entanto, o C19 relata um fato curioso e
que contradiz o contador quando este, em sua fala relatou: “No fim de ano nós damos um
brinde a cada empresa. A gente vai visitar sempre no Natal por reconhecimento pelo ano que
passou”, enquanto o cliente entrevistado comentou: “(...) E.P. quando começou, que com
certeza ele tinha menos cliente que agora, todo final de ano, quando não era uma agenda, era
61
vinho, seja o que for, ele mandava para os clientes dele. Aí, assim, parece que ele tá crescendo
e tá abandonando. Eu acho que deveria ter continuado, sabe? É uma coisa pequena, mas”.
Portanto, nota-se uma contradição de informação que pode ser justificada pelos
seguintes pontos: o proprietário não especificou se visitava todos os clientes ou apenas uma
parcela deles; talvez exista algum requisito a ser atendido para que o cliente seja presenteado;
o escritório tenha deixado de presentear especificamente o C19, entre outros.
Quando interrogados sobre o atendimento das suas necessidades e desejos conforme
suas expectativas, os clientes responderam como transcrito no quadro 7.
RESPOSTAS VARIÁVEIS
C1 Mais ou menos, algumas vezes. Mais ou menos
Estão
C2 Numa escala de 1 a 10, 10 (risos). Até o momento,
sim!
C3 Na hora!
C4 Estão.
C6 Sim.
C7 Sim, estão.
C9 Sim.
C10 Sim.
C11 Estão, ele nunca deixou a gente na mão não, sempre que a gente precisa eles estão
ali atendendo.
C12 Estão.
C14 Estão.
C15 Estão.
C16 Estão.
C17 Estão.
C19 Assim, eu não tenho do que reclamar não. A única coisa que assim, que eu pago,
mas eu gostaria de não pagar é a mensalidade quando ele faz o imposto de renda,
sabe? Por que praticamente a única coisa que eu levo pra P.E. mesmo é essa
questão dos lançamentos de venda e alguma nota fiscal quando eu compro algum
material fora do Estado. Aí pronto, eu pago uma mensalidade de R$65,00 por
62
mês. Sendo que quando é no mês de declarar imposto de renda eu pago R$130,00
né? Por que é a mensalidade do mês e ele cobra mais uma mensalidade para fazer
a declaração. Aí eu acho que era uma coisa pra tá incluída na mensalidade.
C20 Sim.
No quadro 7 a maioria dos entrevistados declara que suas necessidades e desejos estão
sendo atendidas conforme as expectativas. No entanto, o C19, mesmo tendo relatado que não
há reclamações quanto aos serviços prestados, ainda expõe uma observação. Segundo ele, o
escritório cobra uma taxa àqueles clientes que declaram imposto de renda e este fato tem
provocado descontentamento. Por ser micro empreendedor, o C19 considera sua demanda de
atendimento baixa em relação a outras empresas, por este motivo questiona a obrigatoriedade
de pagar outro valor, fora a mensalidade, para declarar imposto de renda. Observando o fato,
uma solução seria um desconto promocional àqueles clientes que estão há mais tempo no
escritório ou que não demandam muito atendimento durante o mês.
Finalizando a entrevista, a última pergunta consistia em saber se o cliente tinha
pretensões em continuar usufruindo dos serviços do ECON ao longo dos próximos anos.
RESPOSTAS VARIÁVEIS
C1 Sim. Sim
Só se eles me
C2 Numa escala de 1 a 10, 10 (risos). botarem pra fora
Enquanto eu estiver
C3 Sim. Só se eles me botarem pra fora (risos). com a empresa
Pretendo
C4 Enquanto eu estiver com a empresa (risos).
C6 Com certeza.
C9 Com certeza.
C12 Pretendo.
C13 Pretendo.
C14 Com certeza, até por que quando abre outras empresas a gente manda tudo pra lá,
63
C20 Sim.
Este último quadro mostra que, de forma unânime, ambos os entrevistados demostram
interesse em continuar sendo parceiros do ECON. É um resultado bastante satisfatório, pois,
mesmo diante de algumas reclamações, os clientes pretendem permanecer fiéis ao escritório.
Isto mostra o valor, a credibilidade e a boa imagem que o escritório tem no município.
Quando o cliente afirma: “Sim, a gente é satisfeito com o escritório de contabilidade e nosso
objetivo é continuar com eles” ou “Até enquanto a firma existir, nós estamos lá” ou ainda
“Pretendo, até morrer (risos)”, pode-se concluir que as estratégias de marketing utilizadas
pelo escritório têm contribuído para o bom relacionamento e a fidelização dos clientes na
medida que suas necessidades e desejos estão sendo atendidas.
64
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
são bem tratadas, retribuem por meio da fidelização. A lealdade do cliente é a chave para a
lucratividade e o sucesso da empresa. Mas para chagar a isso, é preciso dedicação, esforço,
sabedoria, conhecimento e talento por parte dos profissionais prestadores de serviços. Não
basta apenas oferecer o produto e vender, tem que saber conquistar as pessoas, construir uma
boa imagem no mercado, sem precisar prejudicar as demais empresas do mesmo segmento. A
excelência dos serviços depende do grau de esforço que é dado aos processos. O bom
profissional sabe os meios certos de alcançar o sucesso empresarial e acima de tudo, sabe
reconhecer erros e acertos.
67
REFERÊNCIAS
CARDOSO, André Victor Medeiros; SANTOS, Gislânia Dantas dos; MORAIS, Hugo
Azevedo Rangel de. ÉTICA PROFISSIONAL: Uma análise acerca das infrações cometidas
pelos contadores registrados no CRC-RN. Faculdade Católica Santa Terezinha. I Congresso
de Contabilidade da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, 2014.
KOTLER, Philip; ARSMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo:
Pearson, 2007.
68
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
APÊNCIDE I
ENTREVISTA AO PROPRIETÁRIO
70
Prezado colaborador,
1. INFORMAÇÕES DA EMPRESA
1.1. Nome:
1.2. Cidade:
2. INFORMAÇÕES DO ENTREVISTADO
2.1. Nome:
2.2. Formação:
2.3. Cargo na empresa:
APÊNCIDE II
ENTREVISTA AOS CLIENTES
73
O (a) Sr. (a) está sendo convidado (a) a participar da pesquisa de Trabalho de
Conclusão de Curso intitulada “MARKETING CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO
SOBRE SATISFAÇÃO E FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES EM UM ESCRITÓRIO DE
CONTABILIDADE NO MUNICÍPIO DE JARDIM DO SERIDÓ/RN”, desenvolvida por
Nataly Inêz Fernandes dos Santos, discente do Curso de Administração da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, sob orientação da Professora Karla Dayane Bezerra
Cruz. O objetivo do estudo é analisar a dinâmica de captura de clientes no Escritório de
Contabilidade – ECON, bem como o relacionamento que existe entre a empresa e os clientes.
Antes de aceitar participar da pesquisa, leia atentamente as explicações que informam
sobre o procedimento:
A realização desta entrevista foi devidamente autorizada pelo Escritório de
Contabilidade e pela coordenação do Curso de Administração da UFRN;
As informações coletadas servirão apenas para o estudo em desenvolvimento, não
sendo utilizadas para outros fins;
Nenhuma informação pessoal será coletada, como nome, endereço ou telefone para
contato;
E para obter melhor desempenho, segurança e veracidade das informações a entrevista
será gravada, desde que o Sr. (a) autorize.
74
1. INFORMAÇÕES DO ENTREVISTADO
1.1. Identificação:
1.2. Idade:
1.3. Formação:
1.4. Ocupação:
1.5. Período como cliente no escritório: