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O Balanço Perguntado como Alternativa de Análise Econômico-Financeira de Micro e

Pequenas Empresas: Um Caso de Ensino Ambientado em uma Empresa Calçadista

Autoria: Rodrigo Eduardo Bampi, Luciene Eberle, Mateus Carlesso, Gabriel Sperandio Milan

RESUMO

As novas tendências de mercado, que impactam e impactarão o futuro dos negócios, sugerem
a formatação e a reavaliação do processo de gestão das organizações. Novas oportunidades
emergem com muita força como consequência desse conjunto de tendências, bem como novas
“releituras” de negócios se fazem necessárias. As exigências do mercado global têm exigido
que as micro e pequenas empresas adotem sistemas que auxiliem no seu controle econômico-
financeiro para servirem como base nas tomadas de decisões. A empresa foco deste estudo
está localizada no interior do Rio Grande do Sul, e é especializada na produção de calçados de
verão, sendo que seus principais clientes estão na região Sul do País. Um dos desafios da
empresa é a adoção de ferramentas que auxiliem no controle econômico-financeiro. Sendo
assim, este caso de ensino se destina a relatar o processo de estruturação de um balanço
perguntado. A narrativa, elaborada a partir de entrevistas em profundidade com o sócio da
empresa, destaca a importância da utilização de indicadores econômico-financeiros e do
Balanço Perguntado para a minimização de riscos na liberação de recursos financeiros. Neste
sentido, apresentam-se os fatos ocorridos em uma microempresa do setor calçadista, que
necessita de recursos financeiros para aumentar sua produtividade e melhorar a qualidade de
seus produtos. O objetivo central é propor reflexões sobre a aplicação de instrumentos
contábeis na definição de estratégias e na tomada de decisões.

Palavras-chave: caso de ensino, balanço perguntado, controle econômico-financeiro.

1. INTRODUÇÃO

A análise econômico-financeira de uma empresa é uma das principais ferramentas


para garantir a sua sustentabilidade por meio da qualificação do seu processo de gestão.
Constata-se, porém, que na economia brasileira, as micro e pequenas empresas carecem destas
ferramentas, sendo este o fator que acaba muitas vezes comprometendo sua competitividade
e, até mesmo, sua sobrevivência.
Várias justificativas podem ser destacadas para a não existência de relatórios contábeis
confiáveis por parte de empresas desse porte. O primeiro deles diz respeito à dispensa da
escrituração contábil por parte de algumas legislações para determinadas empresas, o que faz
com que elas optem por não ter sua escrituração e, consequentemente, não disponham de
relatórios contábeis. Como exemplo, é possível citar o caso de empresas optantes pelo regime
de tributação “simples nacional” e “lucro presumido” que, de acordo com o Art. 26 da Lei
Complementar nº 123 e o Art. 45 da Lei Ordinária nº 8.981, respectivamente, podem optar
por não realizar a escrituração contábil.
Outro motivo bastante representativo para essa carência é a informalidade da economia
brasileira. De acordo com dados do IPEA (2008) as “empresas” informais são cerca de 10,3
milhões no Brasil, constituídas basicamente de organizações de micro e pequeno porte,
enquanto que as formais somam pouco mais de 5 milhões. Isso faz com que essas empresas,
que operam na informalidade, em sua grande maioria, não possuam relatórios contábeis, ou
mesmo que, por problemas de assimetria de informação, os relatórios gerados não representem
a real situação econômico-financeira da empresa.

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Desta forma, com o intuito de atender necessidades de linhas de crédito, por parte das
micro e pequenas empresas, as instituições financeiras buscaram alternativas para realizar
uma avaliação econômico-financeira dessas empresas, que melhor mensurasse o risco das
operações de crédito a elas concedidas. Deste modo, passaram a utilizar o balanço perguntado,
prática destinada a viabilizar a elaboração e a análise de relatórios contábeis para pequenas
empresas por meio de entrevista ao gestor do negócio (KASSAI, 2005).
Consoante isso, o presente caso de ensino busca apresentar a narrativa de um conto
onde Marcos, proprietário de uma empresa de calçados, enfrenta dificuldades na gestão de sua
empresa. Marcos se encontra com o amigo Fernando, que se propõem a ajudá-lo. Porém,
ambos se deparam com distorções nos relatórios de controle que a empresa possui,
inviabilizando qualquer análise. Sendo assim, o Balanço Perguntado surge como alternativa
para que ambos formulem um relatório capaz de viabilizar a análise econômico-financeira da
empresa, auxiliando na tomada de decisão gerencial.

2. DESCRIÇÃO DO CASO DE ENSINO

Ao final de um dia estressante de trabalho, Marcos resolveu fazer um happy hour no


Pub República, tradicional bar da cidade, onde costumava ir para tomar cerveja e conversar
com amigos. Naquele dia, porém, Marcos precisava daquele momento para organizar as ideias
e dúvidas na gestão de sua empresa.
Marcos era proprietário de uma fábrica do ramo calçadista no interior do Estado do
Rio Grande do Sul. A empresa é especializada na produção de calçados de verão, fabricando
produtos tais como sandálias, tamancos e chinelos, que eram comercializados por meio de
vendedores na região Sul do País. A empresa, no entanto, vinha passando por dificuldades
financeiras, que acabavam deixando Marcos bastante preocupado.
Quando Marcos sentiu uma batida em suas costas voltou seus pensamentos e percebeu
que não estava conseguindo se distrair. Mas sentiu um alívio ao ver que era seu velho amigo
Fernando, o qual tinha sido seu companheiro de longa data e de muitas diversões.
- Fala garoto, quanto tempo! Por onde você anda?
- Grande camarada, que prazer reencontrar você por aqui – disse Marcos.
Então, os dois velhos amigos iniciaram uma intensa conversa, relembrando suas
aventuras, suas férias na praia, suas festas e seus sonhos do tempo de faculdade. Fernando,
assim como Marcos, se formara em Administração, e posteriormente havia feito
especialização em Gestão Estratégica de Negócios. Atualmente, Fernando estava trabalhando
como Gerente Financeiro de uma empresa de grande porte, sendo bastante reconhecido na
região por sua competência como gestor.
Depois de muitas gargalhadas relembrando os velhos tempos de faculdade, voltaram à
melancolia da vida adulta, cheia de responsabilidade e preocupações. E Fernando disse:
- Caro amigo, eu tinha certeza que você seria dono de seu próprio negócio, esse
sempre foi seu objetivo. Como vão os negócios?
- Nem me lembre disso. Estamos tentando sobreviver a todas as dificuldades do atual
contexto econômico, e as coisas estão bastante complicadas.
Neste momento, Fernando percebeu que Marcos estava realmente com dificuldades.
Mas, não querendo ser inconveniente, pois estavam em um PUB fazendo um happy hour para
relaxar e se divertir, não quis fazer maiores questionamentos. Foi discreto e disse:
- Nos dias atuais, todos passam por diversas dificuldades, mas tenho certeza que com
sua competência será capaz de passar por essa. Sua empresa já teve um crescimento
expressivo desde que você iniciou os negócios – afirmou Fernando, tentando animar o amigo.
- Sei disso. Só que este crescimento parece que só tem nos trazido problemas ainda
maiores – respondeu Marcos.

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Marcos deu continuidade ao assunto, pois precisava desabafar com alguém e agora
visualizava o momento certo, com a pessoa certa, considerando que Fernando sempre foi um
grande amigo e, atualmente, com larga experiência na gestão de negócios.
- E, além disso, quando iniciei a empresa imaginava que teria ganhos significativos,
que proporcionariam a minha família uma vida melhor. Só que desde que a empresa foi
fundada, jamais tive condição disso. Consigo tirar apenas o mínimo para as despesas de casa e
nada mais. A empresa não tem dado lucro.
Fernando não hesitou e respondeu:
- Pela sua cara, a situação atual, de fato, não deve estar muito fácil. Algo em que eu
possa ajudar? Quem sabe não marcamos um horário para conversar melhor sobre isso?
Em um primeiro momento Marcos não quis tomar o tempo do amigo, porém, perante
nova insistência de Fernando, aceitou a oferta, afinal estava realmente preocupado com a
empresa, e quem sabe Fernando pudesse dar conselhos bastante úteis.
Neste instante, Fernando ouviu a batida do relógio que se encontrava atrás do velho
balcão, e então percebeu que precisava correr para casa, se não seria o próximo encrencado.
Mas finalizou o assunto dizendo:
- Vamos combinar o seguinte: amanhã, depois de sair da empresa, por volta das 18
horas, vou até à sua empresa para conversarmos com calma. Se possível, já tenha em mãos os
relatórios e demonstrações contábeis da empresa para que possamos analisar. Pode ser?
Após Marcos concordar, os dois se deram um forte abraço e se despediram. Marcos
estava esperançoso com a ajuda do amigo.
No dia seguinte, pouco depois das 18 horas, Marcos estava inquieto em frente ao
pavilhão onde funcionava a empresa à espera do amigo. Um pouco atrasado, Fernando
apareceu, tratando logo de se desculpar pelo atraso. Assim, Marcos acompanhou Fernando
para uma breve visitação por todo o espaço onde funcionava a produção, onde explicou como
ocorria o processo produtivo. Depois disso, os dois foram ao escritório da empresa e Marcos
continuou sua explanação, passando a falar da parte comercial e financeira:
- Antes de iniciar as atividades, fiz uma intensa pesquisa sobre qual o espaço do
mercado calçadista poderia ocupar, e verifiquei que existia uma lacuna para o calçado de
verão. Fiz o investimento neste maquinário que você pôde conhecer a pouco. Com
representantes comerciais consigo distribuir meu produto na região Sul do País, sendo que
realizo a venda de meu produto, na grande maioria dos casos, para pequenas lojas que, por
fim, vendem os calçados ao consumidor final. Dessa forma, consegui crescer rapidamente nos
primeiros anos e tenho um faturamento médio mensal em torno de R$ 40 mil. Nesse meio
tempo, tive de realizar novos investimentos para suprir minha necessidade de produção,
logicamente, aumentando a capacidade produtiva da empresa. Atualmente, estou passando por
problemas financeiros, até porque, em meio a esta crise mundial, o banco com quem tenho
operado me adiantou que não será possível renovar os meus limites de crédito. Se isso, de fato
acontecer, a empresa quebra na hora, pois não tenho capital de giro suficiente.
Fernando ouvia calmamente, e depois disso solicitou que Marcos lhe apresentasse os
relatórios e demonstrativos contábeis. Marcos repassou tais documentos e aguardava
ansiosamente aos questionamentos de Fernando. As expressões deste, no entanto, não eram
das melhores e Marcos foi logo se adiantando:
- E então? O que achou?
- Para mim está um pouco confuso – indagou Fernando, inclinando o documento para
que Marcos pudesse acompanhar seus questionamentos. Por exemplo, você não havia me dito
que seu faturamento mensal era de R$ 40 mil? Pois o que percebo nestes demonstrativos, os
valores são bem inferiores a este valor. Além disso, você havia me dito que só em máquinas e
equipamentos havia investido mais de R$ 100 mil e aqui os valores registrados são bem

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Inferiores, sem contar que seu estoque está zerado. Onde estão lançados todos aqueles
calçados que vimos na área de produção?
Marcos, após uma breve visualização dos documentos, passou logo a se explicar:
- Bom, é que nestes relatórios estão relacionadas apenas as vendas as quais tiramos
notas. Só que vendemos mais uma boa parte de faturamento sem tirar nota, que não estão
relacionados aqui. Somando os valores ficamos com aquela média que lhe falei. Quanto às
máquinas e aos equipamentos, as notas fiscais também foram extraídas em valores inferiores e
o estoque não está lançado nestes relatórios.
A expressão de Fernando era de certa frustração. Ele sabia que isso acontecia em
micro e pequenas empresas, só que sem relatórios confiáveis não saberia nem por onde
começar a sua análise. Após ficar pensativo por alguns instantes, Fernando lembrou de algo
que poderia ajudar. Há certo tempo, havia conversado com um amigo que trabalhava com
análise de crédito de micro e pequenas empresas. Segundo este amigo, em função da
informalidade com que as micro e pequenas empresas têm operado no Brasil, e em relação à
falta de relatórios confiáveis nestas empresas, para proceder à avaliação econômico-financeira
das mesmas tem-se utilizado um instrumento denominado balanço perguntado.
A metodologia consiste em um levantamento das informações por meio de um questionário,
permitindo diagnosticar a situação econômico-financeira de uma determinada empresa, sendo
possível, inclusive, a elaboração do balanço e do demonstrativo de resultados a partir das
perguntas realizadas.
Após explicar brevemente para Marcos sobre o funcionamento desta “ferramenta”,
Fernando tomou o celular e telefonou para o amigo e explicou rapidamente a situação. Assim,
o mesmo se prontificou a enviar por e-mail o questionário que utilizava para o levantamento
das informações nas empresas em que implantou tal metodologia juntamente com as fórmulas
utilizadas para a elaboração do balanço perguntado e do demonstrativo de resultados.
Em questão de minutos, Fernando acessou seu e-mail pela internet e baixou as
informações enviadas pelo amigo analista. Como primeira informação, visualizou um
questionário que buscava levantar as seguintes informações:

a) Quantidade de meses em análise: o entrevistado e o entrevistador deverão


delimitar o tempo para efetuar o levantamento das informações. Este tempo deve
ser em períodos completos, não fracionados, isto é, um mês, dois meses, três
meses, seis meses, doze meses. De preferência, um exercício completo (doze
meses);
b) Faturamento do período: esta questão diz respeito aos valores relativos às vendas
efetuadas no período em análise (em unidades vendidas, se possível, e em R$);
c) Caixa (caixa e bancos): valor disponível no caixa da empresa somado aos saldos
nas contas correntes em bancos. Este valor deverá ser levantado no final do período
em análise;
d) Contas a receber (clientes): valor de contas a receber de clientes no final do
período em análise;
e) Estoque no início do período: valor em estoques no início do período em análise;
f) Estoque atual: valor em estoque no final do período em análise;
g) Máquinas e equipamentos: valor de mercado de máquinas e equipamentos
existentes na empresa;
h) Computadores: valor de mercado de computadores e periféricos existentes na
empresa;
i) Móveis e utensílios: valor de mercado de móveis e utensílios existentes na
empresa;

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j) Veículos: valor de mercado de veículos da empresa;
k) Imóveis: valor de mercado de imóveis da empresa;
l) Demais bens: valor de mercado dos demais bens não citados anteriormente,
existentes na empresa;
m) Contas a pagar (fornecedores): valor de contas a pagar aos fornecedores da empresa
e a outros credores no final do período em análise;
n) Empréstimos de curto prazo (12 meses): saldo devedor de empréstimos efetuados
para pagamento em até 12 meses;
o) Empréstimos de longo prazo (acima de 12 meses): saldo devedor de empréstimos
para pagamento acima de 12 meses;
p) Capital integralizado: valor desembolsado pelos sócios para constituição da
empresa;
q) Compras (pedidos a receber): valor de compras efetuadas pela empresa no período
em análise;
r) Folha de pagamento mensal: valor mensal de despesas com pagamento de
funcionários, incluindo tributos decorrentes da folha de pagamento;
s) Remuneração fixa mensal dos sócios: valor mensal de despesas com pagamento de
pró-labores aos sócios, incluindo tributos decorrentes;
t) Despesas comerciais: valor mensal de despesas desembolsadas para a
comercialização dos produtos da empresa, tais como, comissões de vendas,
despesas de viagem e outras;
u) Despesas com terceiros: valor mensal de despesas efetivadas com terceiros para o
bom funcionamento da empresa, tais como, despesas com serviços contábeis;
v) Tributos sobre vendas: valor mensal pago de tributos sobre vendas. Exemplo: IPI,
ICMS, PIS, COFINS e SIMPLES, exceto tributos que incidem sobre o lucro;
w) Tributos sobre o lucro: valor pago de tributos sobre o lucro, obtido na empresa no
período em análise. Exemplo: IRPJ e CSLL;
x) Despesas gerais: valor mensal das demais despesas. Exemplo: despesas com
energia elétrica e telefone;
y) Resultado financeiro: resultado dos juros recebidos, descontos obtidos e outras
operações ativas diminuído dos juros pagos, descontos concedidos e outras
operações passivas.

A partir disso, Fernando auxiliou Marcos no preenchimento do questionário. Marcos


pôde responder parte das questões apenas com seu conhecimento da empresa, enquanto que
para outras questões precisou buscar os dados em anotações e em suas planilhas de controle.
Cerca de uma hora depois, os dois possuíam em mãos as seguintes informações:

Tabela 1: Questionário econômico-financeiro


Resultados Provenientes do Questionário Econômico-Financeiro
Quantidade de meses em análise 12
Faturamento do período (em R$) 480.360,00
Caixa (caixa e bancos, em R$) 6.310,00
Contas a receber (saldo em R$) 75.252,50
Estoque no início do período (em R$) 57.000,00
Estoque atual (em R$) 78.000,00

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Máquinas e equipamentos (em R$) 132.000,00
Computadores (em R$) 1.500,00
Móveis e utensílios (em R$) 1.000,00
Veículos (em R$) 20.000,00
Imóveis (em R$) -
Demais bens (em R$) -
Contas a pagar (fornecedores, em R$) 61.760,84
Empréstimos de curto prazo (12 meses, em R$) 85.436,00
Empréstimos de longo prazo (mais de 12 meses, em R$) 11.351,00
Capital integralizado (em R$) 40.000,00
Compras no período (em R$) 208.300,00
Folha de pagamento mensal (em R$) 5.150,00
Remuneração fixa mensal dos sócios (em R$) 2.100,00
Despesas comerciais (em R$) 24.600,00
Despesas com terceiros (em R$) 8.500,00
Tributos sobre vendas (IPI, ICMS, PIS, COFINS e SIMPLES, em R$) 21.600,00
Tributos sobre o Lucro (IRPJ e CSLL) -
Despesas gerais (em R$) 53.250,00
Resultado financeiro (lucro ou prejuízo, em R$) (25.508,00)
Fonte: Dados provenientes da pesquisa.

2.2 Fórmulas Utilizadas para as Análises

Ainda no e-mail do analista amigo de Fernando, havia as fórmulas para preenchimento


do balanço perguntado e do demonstrativo de resultados (DRE). Tais fórmulas, as quais
seriam utilizadas nas análises a serem realizadas, são apresentadas nas Figuras 1 e 2.

Contas Contábeis Fórmulas


ATIVO Ativo Circulante + Ativo Permanente
Caixa (Caixa e Bancos) + Contas a Receber (Saldo)
Ativo Circulante
+ Estoque Atual
Máquinas e Equipamentos + Computadores + Móveis
Ativo Não Circulante
+ Veículos + Imóveis + Demais Bens
(Antigo Ativo Permanente)
PASSIVO Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Contas a Pagar (fornecedores) + Empréstimos de Curto Prazo
+ (Folha de Pagamento Mensal + Remuneração Fixa Mensal
Passivo Circulante
dos Sócios) X quantidade de meses em analise + (Tributos
sobre Vendas + Tributos sobre o Lucro)

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Exigível a longo prazo Empréstimos de Longo Prazo
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social + Resultados Acumulados
Capital Social Capital Integralizado
Resultados Acumulados Ativo – Passivo – Capital Social
Figura 1: Fórmulas para elaboração do Balanço Patrimonial (Balanço Perguntado)
Fonte: Elaborado pelo autor.

Contas Contábeis Fórmulas


Receita Operacional Bruta Faturamento do Período
Tributos sobre Vendas
Deduções
(IPI, ICMS, PIS, COFINS e SIMPLES)
Receita Operacional Líquida Receita Operacional Bruta – Deduções
Custos das Mercadorias Vendidas Estoque no Início do Período + Compras (período)
(CMV) – Estoque atual
Lucro Bruto Receita Operacional Líquida – CMV
Despesas Comerciais + Despesas de Terceiros
+ Despesas Gerais + Resultado Financeiro + (Folha de
Despesas Operacionais
Pagamento Mensal + Remuneração Fixa Mensal dos
Sócios Dirigentes) x Quantidade de Meses em Análise
Lucro Operacional Líquido Lucro Bruto – Despesas Operacionais
Impostos sobre o Lucro Tributos sobre o Lucro (IRPJ e CSLL)
Lucro Líquido Lucro Operacional Líquido – Impostos sobre o Lucro
Figura 2: Fórmulas para elaboração do DRE – Demonstrativo de Resultados
Fonte: Elaborado pelo autor.

3. NOTAS DE ENSINO

3.1 Utilização Recomendada

O caso de ensino apresentado pode ser utilizado para uma abordagem mais específica,
nos estudos de graduação em Administração e em Contabilidade Gerencial, considerando a
situação de conflito narrada. O caso foi elaborado para utilização em disciplinas de Introdução
à Contabilidade (em um âmbito geral) e de Contabilidade Gerencial (no que tange à utilização
de indicadores na definição de estratégias e para o acompanhamento de seus resultados).

3.2 Objetivos de Aprendizagem

O caso apresenta uma oportunidade de entendimento, de discussão e de aplicação de


instrumentos contábeis na definição de estratégias e na tomada de decisões, onde o aluno se
depara com uma situação na qual deverá visualizar a melhor alternativa para a solução real de
problemas. Seu objetivo é abordar e permitir a reflexão sobre diversos focos de aprendizagem.
Entre eles, destacam-se:

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a) o aprendizado de conhecimentos fundamentais atinentes à contabilidade gerencial,
baseando-se em atos administrativos;
b) a capacidade de desenvolver e estruturar um sistema de informações gerenciais,
demonstrando a real situação econômico-financeira da organização;
c) a compreensão, a elaboração e a análise de relatórios gerenciais;
d) as habilidades necessárias a um empreendedor, e/ou gestor, frente a uma situação
de tomada de decisão.

4. APLICAÇÃO DO CASO

A fim de cumprir os objetivos de aprendizagem propostos, sugere-se que os


professores e/ou instrutores adotem a seguinte sistemática para a aplicação do caso:

a) propor aos alunos que, individualmente, façam a leitura do caso de ensino;


b) estimular que, em pequenos grupos, os alunos debatam sobre a situação descrita no
texto e que busquem analisar hipóteses para a solução da situação apresentada;
c) solicitar que cada grupo apresente, de forma oral, aos demais colegas, a sua
análise a respeito do caso, bem como apresente alternativas para a solução do
problema descrito no caso;
d) finalizar o trabalho fazendo uma síntese a respeito das opiniões manifestadas pelos
alunos e ponderar as possibilidades e direcionamentos levantados.

Para a condução dos trabalhos de aplicação deste caso, no intuito de potencializar o


aproveitamento dos alunos, é sugerido o roteiro de aplicação do caso apresentado na Figura 3,
o qual poderá ser modificado conforme os objetivos e a necessidades de cada professor e/ou
instrutor e o perfil dos alunos:

Tempo (em minutos) Atividades a Serem Desenvolvidas


5 Introdução e formação dos grupos
15 Leitura e discussão do material sugerido pelos grupos
40 Análise do caso e soluções das questões apresentadas
Discussão em grande grupo, estimulando o debate e a apresentação
30
de alternativas, bem como a forma de implementá-las
Definição de medidas de monitoramento dos resultados com a
20
decisão implementada
10 Encerramento (fechamento das idéias)
Figura 3: Roteiro de aplicação do caso
Fonte: Elaborada pelos autores.

5. QUESTÕES SUGERIDAS PARA DISCUSSÃO DO CASO EM SALA DE AULA

Após a leitura do caso, em sala de aula, o professor e/ou instrutor poderá iniciar a
discussão com os alunos a respeito dos fatos descritos no texto, explorando questões, ou
atividades, como as que seguem:

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a) Seguindo os dados do questionário econômico-financeiro da empresa em questão,
apresente o Balanço Patrimonial Perguntado e Demonstrativo de Resultados da
empresa;
b) Calcule os indicadores econômico-financeiros da empresa e, a partir disso, que
análise pode ser feita a partir destes indicadores?
c) Uma das grandes frustrações de Marcos era que a empresa não era lucrativa, visto
que ele jamais conseguira retirar valores acima do seu pró-labore. Com base no
Balanço Perguntado, isso realmente acontece? Quais seriam possíveis explicações?
d) Analisando as demonstrações contábeis geradas a partir da prática do Balanço
Perguntado, como é possível explicar os problemas citados por Marcos ao longo
do texto? Como seria possível minimizá-los?
e) Em relação ao conceito de Balanço Perguntado, destaque as vantagens para o
gerenciamento das micro e pequenas empresas.

6. ALTERNATIVAS PARA ANÁLISE DO CASO

6.1 Análise Econômico-Financeira

O processo de análise das demonstrações contábeis ou demonstrações financeiras


consiste na avaliação da condição econômica e financeira das organizações, realizada a partir
da análise das demonstrações contábeis (KLANN; BEUREN; HEIN, 2007). Para Silva (2000),
a análise das demonstrações financeiras, também conhecida como análise de balanços, é um
instrumento de auxílio na avaliação de desempenho de uma empresa quando desenvolvido
sobre informações contábeis confiáveis.
Na visão de Matarazzo (2003), a análise de balanços tem como objetivo extrair
informações das demonstrações financeiras para a tomada de decisões. Segundo Blatt (1999),
a análise financeira tem o objetivo de obter um entendimento da condição financeira da
empresa, identificando, assim, suas forças e fraquezas financeiras, o que pode ser utilizado
como base para a tomada de decisões. Nesta direção, Weston e Brigham (2000) entendem que
a análise das demonstrações financeiras pode envolver a comparação do desempenho da
empresa com outras do mesmo setor, o que ajuda a identificar deficiências e a tomar medidas
que visem melhorar o desempenho do negócio.
De um forma geral, a análise de balanço busca relatar, com base nas informações
contábeis da empresa, sua posição econômico-financeira, causas que determinam a posição e
evolução apresentada, além das tendências futuras (ASSAF NETO, 2002).
Em relação aos stakeholders (grupos de interesse) da empresa, Assaf Neto (2002)
salienta alguns dos principais públicos interessados:

a) acionistas ou proprietários: visam identificar o retorno do seu investimento;


b) gestores: utilizam as informações como instrumento de controle e apoio na tomada
de decisões financeiras e estratégicas da empresa;
c) clientes e fornecedores: requerem informações sobre a liquidez da empresa,
consolidando sua imagem e reputação no mercado em que atuam;
d) concorrentes: buscam comparar sua situação em relação ao seu setor de atividade;
e) intermediários financeiros: buscam conhecer a posição de curto e longo prazo da
empresa;
f) governo: interesse em concorrência pública, posição financeira dos diferentes
ramos de atividade, além do controle mais preciso de empresas públicas.

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Alguns autores chegam a caracterizar a análise das demonstrações financeiras como
uma arte. Iudícibus (1998), por exemplo, afirma que a análise de balanços é a arte de saber
extrair relações úteis, para objetivo econômico que houver em mente. Assaf Neto (2002)
acrescenta que não existe um critério ou metodologia formal e definida para a execução desta
atividade. Assim sendo, não existe uma seqüência ou instrumento padrão capaz de fornecer
diagnósticos sempre padrões.
Em meio à técnica de análise das demonstrações financeiras, Silva (2000) destaca os
indicadores financeiros, que têm o objetivo de fornecer informações que não são fáceis de
serem visualizadas de forma direta nas demonstrações financeiras. Iudícibus (1998), por sua
vez, caracteriza a análise por meio de índices como um dos mais importantes
desenvolvimentos da contabilidade, através da qual, segundo o próprio autor, é possível
retratar o que aconteceu no passado e fornecer algumas bases de forma a interferir o que pode
vir a acontecer no futuro.
Os indicadores financeiros são construídos a partir de relações entre contas e grupos
de contas das demonstrações financeiras (SILVA, 2000; BRIGHAM; HOUSTON, 1999).
Segundo Matarazzo (2003), a análise das demonstrações financeiras por meio de indicadores
pode ser subdividida em análise da situação financeira e análise da situação econômica. Para a
situação financeira, utilizam-se os indicadores de liquidez e de endividamento, e para análise
da situação econômica, utilizam-se os indicadores de rentabilidade (MATARAZZO, 2003).

6.2 Indicadores de Liquidez

Os indicadores de liquidez visam fornecer uma medida da capacidade da empresa


pagar suas dívidas. Em síntese, os indicadores de liquidez mensuram se os bens e direitos da
empresa são capazes de liquidar suas dívidas. Um baixo índice de liquidez, ou mesmo
declinante, é um precursor comum de dificuldades financeiras, sendo considerado um bom
indicador de problemas de fluxo de caixa (GITMAN, 2005).
Dentre os principais indicadores de liquidez, os indicadores comuns a autores como
Marion (2005), Brigham e Houston (1999), Gitman (2005) e Matarazzo (2003) são o índice
de liquidez corrente e o índice de liquidez seca. O primeiro deles indica quanto a empresa
possui em dinheiro, em bens e em direitos realizáveis no curto prazo, comparado com suas
dívidas a serem pagas no mesmo período (DUTZIG, 2002; MARION, 2002). Quanto maior o
indicador, melhor a situação em termo de liquidez corrente, visto que maior será a capacidade
da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro (ASSAF NETO, 2002). Tal
indicador é expresso pela seguinte equação:

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Para a liquidez seca, utiliza-se do mesmo padrão de cálculo, porém, são


desconsiderados os estoques, visto que estes, apesar de estarem classificados como itens do
circulante, não apresentam uma liquidez imediata. A liquidez seca, portanto, indica quanto a
empresa possui em dinheiro, aplicações financeiras e duplicatas a receber, para pagar suas
dívidas, considerando, assim, a solvência imediata (SCHRICKEL, 1999; DUTZIG, 2002).
A liquidez seca é representada da seguinte forma:

Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

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6.3 Indicadores de Endividamento

Na análise de endividamento, avalia-se basicamente a proporção de recursos próprios


e de terceiros mantidos pela empresa (MARION, 2002). O indicador evidencia o quanto a
empresa tomou de empréstimos para cada unidade monetária de capital próprio aplicado.
O endividamento pode ser expresso pela seguinte equação:

Endividamento = (Passivo Total / Patrimônio Líquido) X 100

6.4 Indicadores de Margem e Rentabilidade

Conforme Assaf Neto (2002), estes indicadores representam uma avaliação econômica
do desempenho da empresa, dimensionando o retorno sobre os investimentos realizados e a
lucratividade apresentada pelas vendas. Dentre os diversos indicadores que mensuram o
desempenho da empresa, destacam-se o retorno sobre o ativo (ROA), a rentabilidade do
patrimônio líquido (RSPL) e a margem líquida.
O primeiro deles, o retorno sobre o ativo (ROA), revela o retorno produzido pelo total
das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos. Matarazzo (2003) destaca este
índice como uma medida do potencial de geração de lucro da empresa, não como
rentabilidade, mas como uma medida da capacidade de gerar lucro líquido e assim poder
capitalizar-se. O indicador é representado por:

ROA = (Lucro Líquido / (Ativo Total – Lucro Líquido)) X 100

A rentabilidade do patrimônio líquido (RSPL) mensura o retorno dos recursos


aplicados na empresa pelos proprietários. Segundo Dutzig (2002), o índice representa a taxa
de rentabilidade auferida pelo capital próprio da empresa, sendo dimensionado pela relação
entre o lucro líquido e o patrimônio líquido, excluído o lucro líquido do próprio exercício.
A rentabilidade do patrimônio Líquido (RSPL) pode ser equacionada da seguinte forma:

RSPL = (Lucro Líquido / (Patrimônio Líquido) X 100


Já os indicadores de margem medem a eficiência da empresa em produzir lucro por
meio de suas vendas. A margem líquida mensura o percentual de lucro líquido auferido sobre
o total de vendas (MARION, 2002). A margem líquida é assim calculada:

Margem Líquida = (Lucro Líquido / Vendas Líquidas) X 100

6.5 Balanço Perguntado

O balanço perguntado surge a partir de uma lacuna oriunda da falta de relatórios


contábeis confiáveis que possibilitassem a análise de risco de micro e pequenas empresas na
liberação de recursos de financiamento por parte dos bancos, e mesmo no processo de gestão
econômica dessas empresas. Com isso, criou-se uma metodologia para o levantamento das
informações por meio de um questionário previamente elaborado e que permite diagnosticar a
situação econômica e financeira de uma determinada empresa, o que ficou conhecido como
balanço perguntado (KASSAI, 2001; CORRÊA; MATIAS; VICENTE, 2006).
Tal recurso surgiu, provavelmente, quando as instituições financeiras constataram que
os relatórios contábeis apresentados por micro e pequenas empresas não espelhavam sua
realidade econômica. Assim, passaram a buscar, através do questionário, uma série de
informações extra-contábeis que possibilitassem analisar a viabilidade de um determinado

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empréstimo (KASSAI; NOVA, 2000). Apesar da técnica não resultar em valores exatos, o
envolvimento do questionador e o fato das informações serem levantadas diretamente junto ao
proprietário ou principal gestor da empresa permite a adoção de critérios simples e objetivos,
fazendo com que os resultados mantenham-se próximos da realidade econômica da empresa.
Corrêa, Matias e Vicente (2006) destacam algumas vantagens no uso desta técnica
quando o objetivo é a obtenção de informações relevantes para a análise financeira de micro e
pequenas empresas: (i) maior disponibilidade de dados e informações para a gestão
econômico-financeira do negócio; (ii) maior fidedignidade dos dados e das informações, pois
como observado anteriormente, os dados oficiais podem não condizer com a realidade do
negócio neste tipo de empresa; (iii) possibilidade de realização da análise econômico-
financeira e o monitoramento da saúde financeira da empresa, tanto com a finalidade de
gerenciamento interno quanto de concessão de crédito por parte de instituições financeiras; e
(iv) aplicação simples e razoavelmente rápida.
Cabe ressaltar que o termo “balanço” é oriundo das teorias contábeis e financeiras,
enquanto “perguntado” se refere ao questionário utilizado para a elaboração do relatório
contábil. Juntos, estes termos, segundo Kassai (2005), representam essa ferramenta que acaba
minimizando as dificuldades para obter relatórios contábeis fidedignos, possibilitando a
avaliação de performance econômico-financeira de qualidade.

7. OBTENÇÃO DOS DADOS

Os dados relatados neste caso foram obtidos por meio de entrevista individual
concedida pelo sócio da empresa em questão aos autores. A entrevista foi gravada e transcrita
para fins de análise posterior. É importante salientar que o caso foi acrescido de alguns
elementos fictícios, a fim de possibilitar ao leitor uma maior assimilação quanto ao conflito
enfrentado pela personagem. No entanto, a introdução desses elementos não altera o contexto
real vivido pela empresa em estudo.

8. NOTAS DE ENSINO

O nome da empresa, dos personagens envolvidos e do local dos acontecimentos são


fictícios para preservar as fontes e o sigilo do caso real.
Além disso, é válido destacar que o questionário econômico-financeiro (Tabela 1) e as
fórmulas sugeridas para elaboração do balanço perguntado (Figura 1) e demonstrativo de
resultados (Figura 2) foram elaborados pelos autores a partir das práticas de instituições
financeiras para análise financeira das micro e pequenas empresas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BLATT, Adriano. Avaliação de risco e decisão de crédito: um enfoque prático. São Paulo:
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Rodrigues. Balanço perguntado: uma metodologia de obtenção de demonstrativos financeiros

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de micro e pequenas empresas. In: IX SEMEAD – Seminários em Administração. São
Paulo: Universidade de São Paulo, 2006.

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concessão de crédito. Taquara: FACCAT, 2002.

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difícil levantar dinheiro. In: VII Congresso Brasileiro de Custos. São Leopoldo: 2000.

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interpretar balanços para a concessão de empréstimos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

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