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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM LEITURA E PRODUÇÃO


TEXTUAL APLICADAS À EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ANA PAULA VIEIRA

POLÍTICAS PÚBLICAS NA EJA E A INCLUSÃO SOCIAL, PERFIL DOS


DOCENTES

ITAPETINGA
2019
ANA PAULA VIEIRA

POLÍTICAS PÚBLICAS NA EJA, A INCLUSÃO SOCIAL, PERFIL DOS


DOCENTES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Baiano, como parte das exigências
para obtenção do título de Especialista em
Leitura e Produção Textual Aplicadas à
Educação de Jovens e Adultos.

Área de Concentração: Educação

Orientador (a): Izanete Marques de Souza

ITAPETINGA
2019
RESUMO

O presente artigo é de cunho teórico e bibliográfico tem como objetivo refletir sobre a
importância da Educação de Jovens e Adultos (EJA) como ferramenta de resgate,
inclusão e promoção social daqueles que não tiveram oportunidade de estudar na
idade própria, do perfil dos docentes dessa modalidade, bem como trazer algumas
normas legais que norteiam essa modalidade de educação no contexto da LDB
9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Constituição da República
Federativa do Brasil, e as Políticas Públicas da EJA na atualidade, no sentido de
avançar quanto a propostas que de fato possibilitem a igualdade na educação.

Palavras–chaves: EJA, Inclusão Social, Docentes, Políticas Públicas


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 05

2. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO, ACOMPANHAMENTO NA EJA NO


BRASIL .................................................................................................................... 06

3. MECANISMOS DE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DA EJA ........................... 15

4. PERFIL DO DOCENTE DA EJA.......................................................................... 17

5. METODOLOGIA E ANÁLISE DE DADOS........................................................... 20

5. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 22

7. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 25
1. INTRODUÇÃO

O presente artigo apresenta uma análise das Políticas Públicas para a


Educação de Jovens e Adultos (EJA), a sua inclusão social e o perfil dos docentes
inseridos neste contexto.

Para atender o objetivo geral foram definidos os seguintes objetivos


específicos: a importância EJA e as Políticas Públicas no Brasil, refletir sobre a
inclusão social e avaliar o perfil dos profissionais.

Vivemos em mundo em que as diferenças sociais são gritantes, a sociedade


pós-moderna valoriza muito o conhecimento adquirido pelos indivíduos e para
acompanhar as transformações no mundo do trabalho torna-se necessária uma
maior qualificação profissional. Nessa perspectiva, a educação ocupa cada vez mais
espaço e passa a ser reclamada por uma parcela maior da população como
imprescindível para a integração e participação social.

Os educadores que trabalham com esta modalidade têm enfrentado grandes


lutas para pequenas conquistas para a sua formação, buscando uma melhora para
um ensino de qualidade.

Frente a estas considerações o método de estudo adotado como instrumento


de análise será a utilização da pesquisa bibliográfica em livros, textos, artigos para
fundamentar o problema, não tendo a pretensão de um resultado específico mais
sim o objetivo de refletir para a sua melhoria.

2. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO E DE ACOMPANHAMENTO NA EJA NO


BRASIL

A história da educação no Brasil vem desde a época da colonização onde


somente as classes médias e altas tinham acesso ao conhecimento nas poucas
escolas que existiam, alguns filhos recebiam atendimento escolar em casa, e
também não havia a necessidade de alfabetizar jovens e adultos, a classe
considerada mais pobre não tinha acesso à escola e quando tinha era de forma
indireta.

Já no Brasil República a implantação de um projeto político visava oferecer


ensino para todos, porém fatos históricos que antecederam mostraram que a
educação era para poucos e faziam parte das elites, mas com crescimento das
indústrias de mão de obra qualificada se tornava um requisito básico uma educação
voltada a atender às exigências vigentes por isso foi pensada políticas públicas com
a finalidade de qualificar os trabalhadores, ou seja, mão de obra qualificada para
atender as indústrias.

No governo de Getúlio Vargas com a criação do regime militar chamado de


Estado Novo houve um interesse em organizar a educação para atender a demanda
do setor produtivo, com a constituição de 1934 mais progressista no que se refere a
educação, perdeu espaço para a nova constituição de 1937, que tirava do Estado a
responsabilidade com a formação educacional do país.

Iniciativas políticas e pedagógicas também ampliaram a educação de adultos,


através do Decreto nº 4.073/1942, estabelecendo as bases de organização e
funcionamento do ensino profissional, organizado segundo as áreas da economia
(ensino industrial, ensino comercial e ensino agrícola), também o Decreto nº
19513/1945 houve a criação do Fundo Nacional do Ensino primário.

De acordo com Moura (2006), o golpe de 1964 representou um corte no


processo que se vinha desenvolvendo, e o início de campanhas de alfabetização
que viriam a ser a ser deflagradas nesse novo contexto histórico, como a Cruzada
Ação Básica Cristã (ABC) (1966-1970) e posteriormente o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL) que aconteceu no período de 1970 a 1985, criado pela Lei
nº 5379 de 15/12/1967. A extinção do Mobral aconteceu em 1990.

Entre os anos de 1990 e 1995 a EJA foi regida por ações separadas de
municípios, estado e entidades governamentais, algumas delas vinculadas às
igrejas, esses segmentos adotavam metodologias e material próprio quanto a ação
federal ficou apenas com o apoio financeiro em parceria com o FNDE (Fundo
Nacional de Desenvolvimento).
O governo federal em 1995 promoveu um apoio mais ordenado à educação
de jovens e adultos, mas esbarrou na falta de material pedagógico e metodológico
atualizado e adequado à realidade do país, a partir daí o Ministério da Educação
consultou materiais em todo país materiais utilizados e selecionou os que tiveram
melhores resultados. Na Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional nº
9.394/96, consta no Título V, Capítulo II, Seção V, com Artigos 37 e 38 relacionados,
especificamente, à Educação de Jovens e Adultos.

No ano de 1997, foram elaboradas mais duas publicações que foram:

- Manual de Orientação para a Implantação do Programa de Educação de Jovens e


Adultos

- Proposta Curricular para a Educação de Jovens e Adultos que contemplava o


primeiro segmento.

- A Proposta Curricular para a Educação de Jovens e Adultos para o segundo


segmento do ensino fundamental, foi disponibilizada no ano de 2002 visando à
melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

Em parceria, o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Educação,


elaboraram as Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos que,
dentre todos os objetivos, destacava a importância social dessa modalidade de
ensino (BRASIL, 2002).

O governo Federal foi à principal instância de apoio e articulação das


iniciativas da Educação de Jovens e Adultos.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura


(UNESCO) (2004, pp. 98/99), no entanto, refazendo referência a Conclusões do
primeiro Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (I ENEJA 1999)
manifesta-se a respeito com a seguinte avaliação: No que se refere à EJA, pode-se
afirmar que : a Constituição de 1988 representou um avanço, na medida em que,
pelo seu artigo 208, Parágrafo 1º, “O Ensino Fundamental foi consagrado como
direito público subjetivo, fazendo a inflexão da perspectiva de política compensatória
para a visão de educação como direito”.
Alguns programas que tiveram o apoio do Governo Federal e FNDE Fundo de
manutenção de Desenvolvimento da Educação e MEC:

- PBA Programa Brasil Alfabetizado surgiu em 2003, na Lei nº 10.880/2004, o seu


objetivo era promover a alfabetização entre jovens, adultos e idosos.

- ENCCEJA Exame Nacional para a Certificação de Jovens e Adultos, concentrando-


se apenas na certificação.

- ENEM Exame Nacional do Ensino Médio, através dele é feita a avaliação do


Ensino Médio no país.

- PROEJA Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a


Educação Básica, na Modalidade de Jovens e Adultos, o objetivo é a conclusão da
educação básica junto com a formação profissional.

No entendimento de Soares (2001), os problemas percebidos nas políticas


para a EJA correspondem às políticas diversas em vários estados. Isto significa que
não há uma política indutora da União; o que faz com que os estados, de maneira
própria, “respondam às demandas existentes para a EJA” (p. 206). Por outro lado,
ao pensar em políticas para EJA, corroboro com as sínteses empreendidas pelos
Fóruns de EJA do Brasil que descrevem como avanços para a modalidade, os
aspectos formais e legais conquistados para a educação dos trabalhadores.
ALMEIDA, A.(2016) 5º Congresso Ibero Americano em Investigação Qualitativa em
Educação. p. 621.

Entre eles estão:

1. Os direitos e especificidades assegurados pela Constituição Brasileira de 1988, a


Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 e Parecer CNE/CEB nº
11/2000 que reconhecem a EJA como modalidade da Educação Básica com
identidade própria, reconhecem a EJA como modalidade da Educação Básica com
identidade própria, rompendo com uma concepção de educação supletiva e com a
idéia de Ensino Regular noturno.

2. A inclusão da EJA no programa de financiamento (FUNDEB).


3. A criação do Programa Nacional do Livro Didático da Educação de Jovens e
Adultos.

4. Incentivo a novas matrículas na EJA, por meio da Resolução nº 48/2012 que


prevê a transferência dos recursos financeiros para a manutenção de novas turmas
da EJA. Esses avanços, quando efetivados, garantem a política como um espaço de
mediação para o ato revolucionário, e esse movimento tem como um espaço de
mediação para o ato revolucionário, e esse movimento tem como conseqüência a
tomada do poder político pelo sujeito central da transformação, o trabalhador. Por
outro lado toda tentativa de avanço e /ou melhoria da forma política, sem tocar nos
seus fundamentos e com objetivo de suprimi-los, só levaria a uma nova forma de
exploração. São perceptíveis alguns “esquecimentos” e questões que ainda não
foram efetivadas nas políticas de EJA, tais como, desarticulação das políticas
públicas para a EJA, financiamento adequado para a oferta desta modalidade;
fortalecimento dos órgãos federais, estaduais e municipais que atuam com a EJA e
a melhoria das condições infra-estruturais e humanas nas instituições educacionais
de EJA.

3. MECANISMOS DE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DA EJA

O processo de inclusão é hoje uma das metas públicas de educação, muitas


pessoas não tiveram oportunidade de estudar na idade própria, ou abandonaram os
estudos por algum motivo não concluindo assim o processo de escolarização por
isso é necessário que tenhamos um olhar diferenciado para estas pessoas, alguns
tem experiências de vida que adquiriram ao longo do tempo venda aí a necessidade
de compreender melhor os processos educativos em várias dimensões como a do
conhecimento, os problemas coletivos e da construção da cidadania o mais
importante de todos.

As novas realidades educacionais nos falam a respeito dos mecanismos de


inclusão ou seja três grandes dimensões que são: a cultura, as políticas e as
práticas de educação inclusiva.
Nesse sentido os alunos devem ser valorizados igualmente, sendo que suas
diferenças devem ser usadas para a solução do processo de aprendizagem, dentro
da escola onde todos os envolvidos nesse processo possam acreditar no potencial
humano de cada um. Todos nos temos a necessidade de contracenar com outros,
em busca de novas idéias e opiniões que contribuam para o enriquecimento da
diversidade, aprendendo assim conviver, reconhecer suas crenças e valores, e a
trabalhar assim sob pontos de vista diferentes.

Alguns grupos de pessoas chegam à escola em busca de acolhimento na


esperança de encontrar nos profissionais o apoio necessário na esperança de terem
uma nova possibilidade de inclusão social, pois esses alunos normalmente são
pessoas pobre que vivem em situação de risco nas periferias, vilas e favelas.

Para que essa inserção aconteça é preciso que esse processo seja garantido
a esses alunos com garantia de permanência e qualidade na sua inserção social e
no mundo de trabalho. A EJA não deve ser vista apenas como uma resposta a
escolaridade perdida, mas um espaço de construção da identidade desses alunos,
possibilitando que ao terem garantido o seu direito à escolarização para que sejam
capazes de exercerem sua cidadania.

4. PERFIL DO DOCENTE DA EJA

Partindo do conceito de que ensinar requer, segurança, responsabilidade e


competência profissional acompanhando a evolução do mundo em que vivemos o
docente deve informar-se, documentar-se, aperfeiçoar-se, tornar-se mestre em sua
prática, pois o nosso papel é ser agente de transformação social para poder
combater através da educação atitudes e comportamentos, nessa perspectiva o
docente tem a responsabilidade de criar condições afetivas para que ocorra o
processo de apropriação do conhecimento.

A capacidade de identificação do potencial de cada aluno deve ser um


diferencial nesse profissional, pois a partir daí deve se buscar mecanismos, métodos
e teorias que façam com que este aluno permaneça em sala de aula pois, a sua
realidade é diferente dos outros alunos que estudam no período adequado,
requerendo do docente uma postura e pratica diferenciada.

Na EJA é muito importante que tanto o docente como o aluno saibam que a
postura deles deve ser de diálogo, indagadora e instigadora jamais deve ser
passiva; o aluno já chega na sala de aula cansado do trabalho e para despertar seu
interesse com aulas dinâmicas e outros recursos que despertem a sua curiosidade.

É muito importante a formação continuada desses docentes que atuam na


Educação de Jovens e Adultos, pois a maioria destes profissionais nem sempre
estão lá por escolha ou vontade própria, as vezes o comodismo pela proximidade do
local de trabalho, a necessidade de atuação em mais de um turno ou a própria falta
de opção não se deve categorizar que todo licenciado tenha condições de atuar
nessa modalidade de ensino.

O grande desafio hoje não é pensar nos docentes ingressantes na formação


inicial, mas sim nos que já são graduados e estão atuando na EJA nas redes
públicas de ensino necessitam de formação continuada seja no nível de
aperfeiçoamento, seja na pós-graduação, latu sensu e stricto sensu.

Segundo dados do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais Anísio Teixeira, apontam dois grandes desafios: cuidar da formação
inicial dos 25% de professores da EJA e da formação continuada dos 75% já
graduados; mas além disso ampliar as funções docentes da EJA pois do total de
2.143.430 funções docentes da educação básica, as funções docentes na EJA
representam 13%, muitos jovens e adultos não estão nas classes de EJA nem em
lugar algum da escola, isso por si só sinaliza a necessidade de mais docentes para
essa modalidade.

5. METODOLOGIA E ANÁLISE DE DADOS

Tendo como objetivo refletir sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a


pesquisa realizada foi de cunho exploratório, onde segundo Gonçalves (2011), se
caracteriza pelo desenvolvimento e esclarecimento de ideias, com objetivo de
oferecer uma visão panorâmica, uma primeira aproximação a um determinado
fenômeno que é pouco explorado. A coleta de dados deu-se através de pesquisa do
portal do INEP – Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio


Teixeira (INEP), a partir de 2007, o Censo Escolar começou a indicar queda nas
matrículas da EJA no Brasil, uma tendência que apresentou continuidade nos anos
subseqüentes, neste ano, houve uma queda de quinhentas mil matrículas em
relação a 2006 só em 2015, a redução foi de 9,48%, em comparação com os dados
de 2014, quando foram registradas 3.085.304. Em 2014, a redução foi de 0,56% em
comparação a 2013, que tinha 3.102.816 matrículas e já computava uma redução de
20% em comparação com os dados de 2012, quando foram registradas 3.906.877.

O valor mínimo nacional por aluno/ano dos anos iniciais do ensino


fundamental para 2019 é de R$ 3.238,52, correspondendo a um aumento de 6,2%
em relação ao estimado para 2018, que foi de R$ 3.048,73.

O Censo Escolar 2017 contabilizou 2.192.224 docentes atuando na


educação básica brasileira e, na educação superior, 349.776. Os censos
educacionais são realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

No Brasil, em 2017, mais de 2,5 milhões de pessoas atuavam como


docentes na educação básica e na educação superior. Para as estatísticas
educacionais, os docentes são contados uma única vez, independentemente de
atuarem em mais de uma região geográfica, unidade da federação, município ou
etapa de ensino.
Do total de docentes da educação básica revelados pelo censo de 2017,
1.909.462 atuam na zona urbana e 345.604 na zona rural. Mulheres respondem pela
maioria – 1.753.047 –, sendo 594.012 entre 30 a 39 anos de idade. Os homens são
439.177, dentre esses, 161.344 na faixa etária de 30 a 39 anos. Desse grande
universo, 1.717.545 professores possuem formação de nível superior, sendo
1.626.403 em curso de licenciatura.

Dos 349.776 docentes em exercício ou afastados, 340.027 estão atuando.


Nesse montante, a distribuição por sexo se inverte: 182.522 são homens e 157.505,
mulheres. Desse total, dez não têm graduação, 4.328 são graduados, 65.431 têm
especialização, 128.450 têm mestrado e 143.477 possuem doutorado.

5.1 ANÁLISE DE DADOS

Esta análise foi feita tendo como referência o município de Itororó onde a
autora deste trabalho reside e atua como docente da rede municipal.

Itororó é uma cidade localizada a aproximadamente 545 km de Salvador,


tornou se município em 1958 abrigando várias famílias de baixa renda, com o passar
do tempo a cidade desenvolveu-se bastante, melhorando sua infraestrutura,
atualmente tem uma população de cerca de 25.192 habitantes. O índice de violência
e tráfico de drogas na cidade é considerado médio.

Atualmente na rede municipal de ensino existem disponíveis para os 890


alunos, 24 salas de aula. No turno noturno na sede e distritos é oferta 12 turmas
para o 2º segmento da EJA (6º a 9º ano) 08 turmas para o 1º segmento (1º a 5º
série) e 4 turmas especial.

O ensino fundamental oferta assim as séries iniciais e finais na modalidade


de EJA, devido ao crescimento da população local. Identificando assim novos rumos
para o alcance de uma educação pública, gratuita e de qualidade; através de
atividades que possibilitem o crescimento humano de nossos discentes, tornando-os
cidadãos conscientes de seus deveres e direitos e também para toda a comunidade
escolar.

Dessa forma a escola compromete-se em possibilitar ao estudante seu


crescimento humano como cidadão, não restringindo este crescimento apenas aos
estudantes, mas à toda comunidade escolar. Alunos com deficiência física, TDAH
(Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) , deficiência intelectual,
dislexia, deficiência auditiva, também são atendidos pela escola.

Nem todos os professores que atendem esses alunos tem algum tipo de
especialização, e muitos utilizam o conteúdo que é aplicado nas séries básicas,
momento também não contam aom algum tipo de orientação

Nem todos os professores que atendem esses alunos tem algum tipo de
especialização, e muitos utilizam o conteúdo que é aplicado nas séries básicas,
alguns também não contam com algum tipo de orientação dos coordenadores das
escolas onde atuam.

A escola deve ter por missão: “Que a comunidade escolar veja a instituição
como patrimônio e seja parceira na busca da valorização do conhecimento adquirido
pelo aluno.”

6. CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou-se refletir sobre as políticas públicas na EJA, a


sua inclusão e sobre o perfil dos docentes.

Devemos pensar na educação como um direito humano, como possível


transformação da sua realidade de exclusão social. Saber ler e escrever não estão
ao alcance da maioria da população brasileira mesmo que esse direito esteja
assegurado na Constituição Brasileira e que se entenda ser necessário para a
construção de sociedades contribuindo para o desenvolvimento econômico à
prosperidade e a redução da pobreza (UNESCO, 1990) Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciência e Cultura.

Não é suficiente estabelecer objetivos e metas nem aprovar leis bem


planejadas e bem intencionadas. Falta primeiro conhecer a escola, os alunos, o
currículo e quais mecanismos permitem a mudança. As políticas Públicas são um
problema para a erradicação do analfabetismo, contudo a aprendizagem ineficiente
do estudante também é um dos grandes problemas da educação brasileira.

Quanto aos docentes Apesar de todas as dificuldades enfrentadas para a docência,


tanto em relação
aos preconceitos, dificuldades dos alunos, formação inicial insuficiente e às vezes falta
de materiais adequados para um trabalho com o segmento atendido, a maioria dos
professores busca novas alternativas de ação, entendendo que a EJA é uma modalidade
específica, não uma adaptação do ensino formal aplicado às crianças. Esta modalidade
necessita de uma metodologia e meios condizentes ao grupo que está sendo atendido.

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