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RECURSOS

HÍDRICOS E
RECURSOS
MARÍTIMOS

DISCIPLINA: GEOGRAFIA A
DOCENTE: TERESA CAMPOS

10º C1 Nº6
Relatório realizado por: Filipa Vargas

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Objetivos

- Caracterizar o clima de Portugal Continental e Insular


- Caracterizar a rede hidrográfica portuguesa
- Debater a importância do ordenamento das albufeiras e das bacias hidrográficas
- Relacionar a localização dos portos com a direção dos ventos, das correntes
marítimas e a configuração da linha de costa
- Relacionar as disponibilidades de recursos piscatórios da ZEE com a extensão da
plataforma continental e com as correntes marítimas
- Compreender a necessidade da gestão racional dos stocks
- Compreender que a existência da atividade piscatória induz o desenvolvimento de
outras atividades
- Equacionar medidas passíveis de potencializar o uso do espaço marítimo e das áreas
litorais
- Debater a importância do ordenamento das orlas costeiras

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Caracterização do clima de Portugal Continental e Insular
Portugal continental tem um clima de tipo temperado mediterrâneo, caracterizado por um verão quente e seco
e por um inverno fresco e húmido. Mas há regiões onde se observa uma maior influência atlântica (noroeste e
cordilheira central), e outras onde há mais clara influência continental (interior norte e sul).
- Na Madeira: o facto de a Madeira ser um território insular de pequena dimensão permite que a influência do
mar seja muito acentuada. Outro aspeto muito importante está relacionado com o relevo a disposição das
vertentes. Deste modo, é no interior da ilha onde se situam as maiores altitudes e que se registam
temperaturas mais baixas e as precipitações mais elevadas. Quando falamos da disposição das vertentes temos
de distinguir no caso da Madeira a vertente sul onde predomina um clima com características subtropicais
quente e seco, e a vertente norte, com características semelhantes à região noroeste de Portugal, ou seja,
semelhantes à vertente sul
- Nos Açores: O clima dos Açores, é semelhante ao da Madeira, é influenciado pelo oceano. No entanto, quer
devido à latitude quer devido ao maior afastamento do continente africano temos diferenças significativas em
termos climáticos. Assim os Açores têm níveis de precipitação superiores aos da Madeira, e as temperaturas
são mais baixas.
Caracterizar a rede hidrográfica portuguesa
Em Portugal, há maior número de rios no Norte do país (há mais ocorrência de chuva); de uma forma geral, os
rios portugueses orientam-se de este para oeste, conforme a inclinação do relevo; muitos rios são
internacionais (Douro, Tejo, Guadiana, …); no sul nota-se mais a falta de água e a desertificação (verões mais
quentes e longos); a maior parte das bacias hidrográficas já estão artificializadas, principalmente com a
construção das barragens; nos arquipélagos dos Açores e da Madeira os cursos de água são pouco extensos e
designam-se por ribeiras, como o relevo é bastante inclinado, as ribeiras escavam vales profundos e
encaixados.
Debater a importância do ordenamento das albufeiras e das bacias hidrográficas
Os planos de ordenamento das albufeiras e das bacias hidrográficas são planos especiais de ordenamento do
território que se aplicam a áreas com características específicas, dentro da região hidrográfica. Permitem-nos: -
Um melhor conhecimento das disponibilidades e potencialidades hídricas; - Uma melhor distribuição e
utilização da água - Uma mais eficaz proteção, conservação e requalificação dos recursos hídricos -A definição
de um quadro estável de relacionamento com Espanha face aos rios internacionais -Uma gestão dos recursos
hídricos em articulação com os restantes setores de ordenamento de território, nomeadamente o ambiente e a
ocupação humana das bacias hidrográficas.
Relacionar a localização dos portos com a direção dos ventos, das correntes marítimas e a configuração da
linha de costa
As características da costa portuguesa são pouco propícias à instalação de portos marítimos com condições
favoráveis à navegabilidade. Falo então da profundidade e da agitação do mar e da deficiência em reentrâncias
em relação à agitação do mar, isto faz com que os portos portugueses se localizem, frequentemente, a sul dos
acidentes do litoral, procurando contornar a adversidade desta inconveniência. Isto acontece porque o vento
sopra de Norte, e como a formação das ondas é gerada pelo vento, o lado Norte dos acidentes torna-se então
mais agitado, preferindo o sul para a construção de portos abrigados. Nos estuários a localização dos portos
encontra-se no próprio acidente. Deste modo, como a costa portuguesa é praticamente retilínea é necessária a
construção de portos artificiais (paredões), dos quais a Povoa do Varzim constitui um exemplo.
Relacionar as disponibilidades de recursos piscatórios da ZEE com a extensão da plataforma continental e
com as correntes marítimas
Causas da existência de maior quantidade de pescado na plataforma continental relacionando com as
condições físicas/naturais da plataforma (oxigenação, plâncton, salinidade, luminosidade...) e, por outro lado,
referir a irregularidade da nossa plataforma e onde ela é mais extensa. -Tem pouca profundidade (facilitando a

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entrada de luz) - Abundância em oxigénio (devido à agitação das águas) - Baixo teor em sal (devido à água dos
rios) - Água rica em nutrientes (desenvolvimento do plâncton devido à matéria orgânica transportada pelos
rios) A questão das correntes marítimas tem a ver com o fenómeno de upwelling.
Compreender a necessidade da gestão nacional dos stocks
A redução da atividade nos pesqueiros externos tem levado à intensificação da exploração dos recursos em
águas costeiras, o que leva à diminuição dos stocks. A implementação de medidas de proteção das espécies,
como a definição de quotas de pesca e de restrições de às capturas, deverá contribuir para a estabilização e
renovação dos stocks.
Compreender que a existência da atividade piscatória induz o desenvolvimento de outras atividades
* Aquicultura
Trata-se de uma atividade, com benefícios para o ambiente, uma vez que pode colaborar na preservação de
espécies piscícolas evitando a sobre exploração de recursos.
* A indústria conserveira
A indústria de conservas foi uma das atividades mais rendíveis em Portugal. Contudo nas últimas décadas, esta
atividade entrou em recessão por falta de modernização neste setor. O Estado tem feito um esforço para
renovar e dinamizar as antigas fábricas de conservas, mas os efeitos têm sido diminutos. Atualmente, estão em
expansão algumas atividades de conservação do pescado, como os produtos congelados e os alimentos
semicozinhados.
* Extração de algas
A apanha de algas, outrora largamente utilizadas como adubo natural na agricultura, tem vindo a perder a
importância e as estatísticas referentes à apanha de algas para a utilização industrial revelam valores pouco
significativos e decrescentes.
* A produção de sal
A direção-geral das pescas tem procurado incentivar a reativação desta atividade como uma das formas de
potencializar o espaço marítimo. Algumas das antigas salinas têm sido recuperadas, até porque se tem assistido
a uma valorização comercial de certos tipos de sal, designadamente a flor de sal.
* A exploração petrolífera
Foram feitas algumas sondagens e destas foram encontrados bons indícios de petróleo.
* A atividade turística
A costa portuguesa tem inúmeras potencialidades para o turismo, que é um dos principais recursos económicos
de Portugal. Atendendo às condições climáticas e à extensão da linha de costa, o turismo balnear é o mais
importante de Portugal, daí a excessiva pressão urbana e de construção que a atividade tem exercido no litoral,
É uma atividade que tem potencializado o espaço marítimo e que pode ainda melhorar; no entanto, tem
causado igualmente graves problemas ambientais. É importante que esta atividade venha a desenvolver-se,
mas de forma sustentada e criando novos focos de interesse, como a exploração aquática, a observação de
golfinhos e baleias, que pode reduzir a forte sazonalidade turística, geradora de muitos problemas. Um
inconveniente desta atividade é o facto de ter um caráter sazonal
Equacionar medidas passíveis de potencializar o uso do espaço marítimo e das áreas litorais
A costa portuguesa tem inúmeras potencialidades para o turismo, que é um dos principais recursos económicos
de Portugal. Atendendo às condições climáticas e à extensão da linha de costa, o turismo balnear é o mais
importante de Portugal, daí a excessiva pressão urbana e de construção que a atividade tem exercido no litoral,
É uma atividade que tem potencializado o espaço marítimo e que pode ainda melhorar; no entanto, tem
causado igualmente graves problemas ambientais. É importante que esta atividade venha a desenvolver-se,
mas de forma sustentada e criando novos focos de interesse, como a exploração aquática, a observação de
golfinhos e baleias, que pode reduzir a forte sazonalidade turística, geradora de muitos problemas. Quanto ao
setor energético, o litoral apresenta grandes potencialidades, nomeadamente na energia das marés, das ondas

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e na energia eólica, embora não tenham sido até hoje aproveitadas.
Debater a importância do ordenamento das orlas costeiras
Os Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), surgem como um instrumento equadrador para a
melhoria, valorização e gestão dos recursos presentes no litoral. Estes planos preocupam-se, especialmente
com a proteção e integridade biofísica do espaço, com a valorização dos recursos existentes e com a
conservação dos valores ambientais a paisagísticos.

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