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Estruturas de alumínio em situação de incêndio

Aluminium alloy structures under fire condition

Catherine Souto Costa Coelho da Silva (1); Filipe Frauches (2); Giles Bortolon Leitão (3);
Carla Neves Costa (4)
(1) Engenheira Mestre, Universidade Estadual de Campinas
(2) Engenheiro, Universidade Estadual de Campinas
(3) Engenheiro Mestre, Universidade Estadual de Campinas
(4) Professora Doutora, Departamento de Estruturas na Universidade Estadual de Campinas
Resumo
As pesquisas na área de construção civil relacionadas a novos materiais têm sido exploradas
cada vez mais com foco na sustentabilidade de novas construções. O uso de estruturas
formadas por ligas de alumínio no Brasil ainda é pequeno se comparado a países Europeus. O
Brasil, apesar de ter algumas estruturas em alumínio em seu território, não possui uma
normatização para o dimensionamento de estruturas com a liga de alumínio, seja ela em
situações normais de carregamentos ou em situações de incêndio. Neste artigo serão
apresentadas as principais propriedades das ligas de alumínio, o método simplificado de
dimensionamento do alumínio em situação de incêndio segundo o Eurocode EN 1991-1-2
(2007) demonstrando o dimensionamento à tração, compressão, flexão, cisalhamento e
combinações dos esforços de peças de alumínio em situação de incêndio, e um exemplo
prático de um desses dimensionamentos para compararmos esse material com o aço quando
submetidos à situação de incêndio.
Palavras-Chave: alumínio, estruturas, incêndio, aço.

Abstract
Research in the field of civil construction related to new materials has been increasingly
explored focusing on the sustainability of new construction. The use of structures formed by
aluminum alloys in Brazil is still small compared to European countries. Despite having some
aluminum structures in its territory, Brazil does not have a standard for the design of
aluminum alloy structures, whether in normal loading situations or in fire conditions. In this
paper the main properties of the aluminum alloy will be presented, the simplified method of
design aluminum in a fire condition according to Eurocode EN 1991-1-2 (2007)
demonstrating the design by tension, compression, bending, shear and combinations of efforts
of aluminum parts in a fire conditions, and a practical example of one of these sizing to
compare this material with steel when subjected to the fire conditions.
Keywords: aluminium alloy, structures, fire, steel.
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1 Introdução

Este artigo científico tem como proposta investigar e compreender melhor o uso de elementos
formados por ligas de alumínio em estruturas de Engenharia Civil. Este material já é usado há
mais de 150 anos para diversos fins, mas ainda pouco empregado nas estruturas da construção
civil no Brasil.
Seu estudo nesse campo também é demasiadamente limitado no Brasil, sendo a Europa o
continente que mais empregou recursos nas investigações, com a realização de experimentos e
trabalhos sobre este material. Além disso, foi na Europa que houve o início do emprego do
alumínio em construções. Devido a seus estudos e testes foram capazes de produzir material
didático e por fim os EUROCODES, que servem como diretrizes para acadêmicos e
engenheiros em todo o mundo.
Cada vez mais o mercado vem exigindo produtos renováveis e com maior durabilidade e isso
faz com que haja a necessidade de mais estudos e comprovações científicas para o surgimento
de novos materiais como, por exemplo, novas ligas metálicas para aprimorar o canteiro de
obra. Com essa exigência, as ligas de alumínio ocupam um lugar de importância e passam a
ser vistas como uma evolução para a indústria da construção civil. Na Figura 1 pode-se
observar uma estrutura feita em alumínio.

Figura 1: Exemplo de estrutura de Alumínio – ponte construída no leste da Rússia (STAFF, 2017).

2 Considerações gerais

Segundo ABAL (2007), o alumínio foi isolado pela primeira vez em 1825 e é o elemento
metálico mais abundante na crosta terrestre e, segundo estudos, também na lua. Em
temperatura ambiente é encontrado em estado sólido, mas nunca livre. A alumina é extraída
de seu principal minério, a bauxita (hidróxido de alumínio). Sendo o Brasil o terceiro país
com a maior quantidade de mineração do mesmo e também ocupa a colocação de terceiro país
com a maior reserva de alumínio do mundo.
O primeiro processo de beneficiamento da bauxita foi realizado através do processo Le
Chatelier. SILVA FILHO (2007) et al. explica que neste processo o minério era aquecido a
1200°C com uso de Na2CO3, os aluminatos eram removidos com auxílio da água, era
realizada uma precipitação do Al(OH)3 com uso de CO2 e por final, o Al(OH)3 que se
formava era filtrado.
A produção do alumínio primário atualmente é realizada pelo processo Bayer, que substituiu

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o último por ter uma enorme diferença no custo de produção. O processo é dividido em quatro
estágios, como pode ser verificado na Figura 2.

Figura 2 - Produção do alumínio primário pelo processo Bayer (Silva Filho, 2007)
O alumínio teve seu uso iniciado em estátuas e utensílios domésticos. Após anos de
aperfeiçoamento de suas ligas, e por possuir excelentes propriedades físico-químicas começou
a ser usado na indústria automotiva.
Sua elevada capacidade de combinação tornou-o um material importante para indústria
metalúrgica, que principiou pesquisas e testes com o intuito de elevarem as propriedades
mecânicas das ligas.
Ensaios em corpos de prova constataram importantes propriedades mecânicas do material,
mas, segundo BUZINELLI (2000), os estudos sobre as ligas de alumínio são muito limitados,
e os recursos são voltados para estruturas de aço, que concorrem no mercado com as de
concreto armado.
Nos ensaios realizados por ABAL (2007) notou-se que as ligas de alumínio apresentam
característica de se fundirem com quase todos os metais usados na engenharia, tornando o
alumínio um elemento de emprego diversificado.
Para ABDO (1983), se for comparado as estruturas de aço com as de alumínio, essas últimas
demonstram uma redução de no peso estrutural entre 40% e 70%, tornando-se estruturas mais
leves, que geram diminuição nos custos das fundações. Em certos casos, considerando-se
todas as varáveis, as estruturas de alumínio podem ser mais vantajosas do que as estruturas de
aço.
2.1 Vantagens da liga de alumínio
Segundo PEKO (2016), as ligas de alumínio são consideradas econômicas e competitivas na
construção civil quando se avalia as propriedades básicas desse material, tais como a leveza,
resistência à corrosão, e funcionalidade estrutural.
Com relação à leveza, as ligas de alumínio possuem um baixo peso específico (praticamente
um terço do peso específico do aço). Esse fato facilita nas montagens das estruturas feitas
com esse material. Outro ponto a se destacar com essa propriedade é a de que, tendo-se uma
estrutura mais leve, as cargas transmitidas para as fundações ficam menores o que acarreta na
diminuição do custo das fundações. Além destas, a leveza na estrutura também ajuda na
economia de energia durante a montagem da estrutura e na redução no trabalho físico.
Já relacionado à resistência à corrosão, há a formação de uma película protetora de óxido na

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superfície desse material que possibilita a redução de despesas de manutenção, além de


garantir um bom desempenho em ambientes corrosivos.
Finalmente, relacionado à funcionalidade estrutural, as ligas de alumínio são produzidas
através do processo de extrusão que possibilita melhorias nas propriedades geométricas de
uma seção transversal dando maior eficiência estrutural; obtenção de formas reforçadas
evitando o processo de soldagem ou ligações parafusadas; e simplificação de sistemas de
conexão entre diferentes componentes.
2.2 Desvantagens da liga de alumínio
Ainda segundo PEKO (2016), as ligas de alumínio possuem algumas propriedades que
influenciam de maneira negativa na construção civil, dentre elas o alto custo de produção; a
alta deformabilidade (com o módulo de Young três vezes o valor do aço); problemas de
estabilidade; grande redução de resistência nas regiões de soldagem devido ao calor desse
processo; e sensibilidade alta aos efeitos do fogo.
2.3 Aplicabilidade das ligas de alumínio na construção civil
Em um de seus artigos, PEKO (2016) descreve quais são os principais tipos de estruturas que
melhor se ajustam as propriedades das ligas de alumínio. Dentre elas têm-se as coberturas
com grandes vãos, estruturas construídas em locais inacessíveis ou em ambientes corrosivos,
e estruturas que não conseguem ter manutenções contínuas.
Um exemplo de estruturas de coberturas com grandes vãos são as estruturas espaciais
reticuladas e cúpulas geodésicas que costumam cobrir centros de convenções e auditórios.
Para esse tipo de estrutura, PEKO (2016) realizou uma pesquisa analisando a cobertura do
Centro de Exposições Interamericano de São Paulo, conhecido popularmente como Pavilhão
do Anhembi e construído em 1969 conforme Figura 3.

Figura 3 – Estrutura espacial reticulada do Pavilhão do Anhembi em São Paulo – Brasil (Peko, 2016)
A estrutura original do Pavilhão do Anhembi cobre uma área de aproximadamente 67600m²
com uma malha de 60m x 60 m (Figura 4). A profundidade da camada reticular correspondeu
a 2,36m e a altura total da estrutura correspondeu a 16,36 m.

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Figura 4 – Cobertura do Pavilhão do Anhembi finalizada em São Paulo – Brasil (Peko, 2016)
A estrutura do Anhembi foi completamente parafusada no chão e posteriormente elevada ao
nível final de 14 m por meio de 25 guindastes localizados nos cantos da malha nas posições
dos suportes da estrutura conforme pode ser observado nas Figuras 5 e 6.

Figuras 5 e 6 – Cobertura do Pavilhão do Anhembi no chão e sendo elevada por guindaste (Peko, 2016)
O peso final da estrutura reticulada ficou no valor de 16 kg/m², totalizando em 56820 barras e
um comprimento total de 300 km. O tempo de montagem foi de 27 horas e incluiu 550000
parafusos em 13724 nós. Os materiais incluíam ligas de alumínio das séries AW 6063 e AW
6351 T6 para barras cilíndricas, Al 99,5 para folhas trapezoidais e parafusos de aço
galvanizado para conexões. Nas Figuras 7 e 8 é possível observar a leveza da estrutura
espacial reticulada e suas ligações.

Figuras 7 e 8 – Detalhe da estrutura e ligações da cobertura do Anhembi (Peko, 2016)


Conforme citado anteriormente, as estruturas localizadas em locais inacessíveis e distantes de
uma oficina de fabricação podem ter a economia de transporte e a facilidade de montagem
com a utilização de ligas de alumínio. Um exemplo desse tipo de estruturas são as torres de

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transmissão elétrica que podem até ser transportadas por um helicóptero (Figuras 9 e 10).

Figura 9 e 10 – Estrutura de torre de linha de transmissão transportada por helicóptero (Boone, 2017)
Por possuir boa resistência à corrosão, as estruturas situadas em ambientes corrosivos ou
úmidos podem ser executadas com as ligas de alumínio. Como exemplos dessas estruturas
têm-se os telhados de piscinas, pontes fluviais (Figura 1), estruturas hidráulicas e
superestruturas de offshore (Figura 11).

Figura 11 – Uma aplicação estrutural tipo offshore: heliponto (Mazzolani, 2006)


Finalmente, as estruturas para fins especiais, nas quais a execução das operações de
manutenção é difícil ou deve ser limitada, também recebem muito bem o material de liga de
alumínio. Dentre elas as caixas de mastros, torres de iluminação, torres de antenas (Figuras 12
e 13) e portais de estradas.

Figuras 12 e 13 – Duas torres de alumínio construídas em Nápoles (Mazzolani, 2006)

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2.4 Propriedades do alumínio à temperatura ambiente


2.4.1 Propriedades mecânicas
Conforme o Eurocode EN 1999-1-1 (2007) devem ser adotados, para efeito de cálculo, os
seguintes valores de propriedades mecânicas para as ligas de alumínio relacionadas pelas
normas europeias:
a) módulo de elasticidade, E = 70 000 N/mm2;
b) módulo de elasticidade transversal, G = 27 000 N/mm2;
c) coeficiente de Poisson, ν = 0,3;
d) coeficiente de dilatação témica; α = 23 × 10-6 °C-1;
e) massa específica; ρ = 2 700 kg/m3.
2.4.2 Resistência de cálculo
Conforme ABAL (2007), o limite de resistência ao escoamento do alumínio é de 0,2% do
comprimento original medido em um corpo de prova normal. Este grau de deformação
permanente é definido porque as ligas de alumínio não possuem um limite de escoamento tão
pronunciado como a maioria dos aços.
Os valores característicos das resistências de cálculo do alumínio são definidos como a seguir:
fo é o valor característico da resistência ao escoamento das ligas de alumínio;
fu é o valor característico da resistência à ruptura da seção líquida à tração ou compressão
das ligas de alumínio.
A Figura 14 mostra algumas curvas típicas de deformação das ligas de alumínio.

Figura 14: Curvas típicas de deformação das ligas de alumínio (ABAL, 2007).

2.5 Propriedades do alumínio a temperaturas elevadas


2.5.1 Resistência ao escoamento e módulo de elasticidade
Para exposição térmica de até 2 horas, a resistência ao escoamento a temperaturas elevadas
das ligas de alumínio listadas na Tabela 1 é dada por:
f o ,θ =k o , θ ⋅ f o (eq. 1)
em que:

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fo,θ é o valor da resistência ao escoamento das ligas de alumínio a temperaturas elevadas;


ko,θ é o fator de redução da resistência ao escoamento das ligas de alumínio a temperaturas
elevadas.
O Eurocode EN 1999-1-2 (2007) apresenta a Tabela 1 com os valores dos fatores de redução
da resistência para algumas ligas de alumínio, sendo que na Tabela 2 são apresentados os
valores dos limites mínimos para as ligas de alumínio.
Para valores intermediários das temperaturas das ligas de alumínio pode ser feita interpolação
linear.
Tabela 1 – Fatores de redução da resistência ao escoamento das ligas de alumínio a temperaturas elevadas
– ko,θ. Fonte: Eurocode EN 1999-1-2 (2007)

Temperatura da liga de alumínio °C


Liga Têmpera
20 100 150 200 250 300 350 550
EN AW-3004 H34 1,00 1,00 0,98 0,57 0,31 0,19 0,13 0
EN AW-5005 O 1,00 1,00 1,00 1,00 0,82 0,58 0,39 0
EN AW-5005 H14(1) 1,00 0,93 0,87 0,66 0,37 0,19 0,10 0
EN AW-5052 H34(2) 1,00 1,00 0,92 0,52 0,29 0,20 0,12 0
EN AW-5083 O 1,00 1,00 0,98 0,90 0,75 0,40 0,22 0
EN AW-5083 H12(3) 1,00 1,00 0,80 0,60 0,31 0,16 0,10 0
EN AW-5454 O 1,00 1,00 0,96 0,88 0,50 0,32 0,21 0
EN AW-5454 H34 1,00 1,00 0,85 0,58 0,34 0,24 0,15 0
EN AW-6061 T6 1,00 0,95 0,91 0,79 0,55 0,31 0,10 0
EN AW-6063 T5 1,00 0,92 0,87 0,76 0,49 0,29 0,14 0
EN AW-6063 T6(4) 1,00 0,91 0,84 0,71 0,38 0,19 0,09 0
EN AW-6082 T4(5) 1,00 1,00 0,84 0,77 0,77 0,34 0,19 0
EN AW-6082 T6 1,00 0,90 0,79 0,65 0,38 0,20 0,11 0
1) Os valores também podem ser aplicados para as têmperas H24/H34/H12/H32
2) Os valores também podem ser aplicados para as têmperas H12/H22/H32
3) Os valores também podem ser aplicados para as têmperas H22/H32
4) Os valores também podem ser aplicados para EN AW-6060 T6 e T66
5) Os valores não incluem o aumento da resistência ao longo do tempo. Recomenda-se
ignorar esses efeitos.

Tabela 2 – Limites mínimos para os fatores de redução da resistência ao escoamento das ligas de alumínio
a temperaturas elevadas - ko,θ. Fonte: Eurocode EN 1999-1-2 (2007)

Temperatura da liga de alumínio °C


20 100 150 200 250 300 350 550
Valores dos limites mínimos 1,00 0,90 0,75 0,50 0,23 0,11 0,06 0

Os valores do módulo de elasticidade das ligas de alumínio a temperaturas elevadas podem


ser adotados conforme apresentado na Tabela 3.

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Tabela 3 – Módulo de elasticidade das ligas de alumínio a temperaturas elevadas - Eal,θ. Fonte: Eurocode
EN 1999-1-2 (2007)
Módulo de elasticidade a
Temperatura da liga de
temperaturas elevadas
alumínio, θ (°C)
Eal,θ (N/mm²)
20 70 000
50 69 300
100 67 900
150 65 100
200 60 200
250 54 600
300 47 600
350 37 800
400 28 000
550 0

2.5.2 Massa específica


A massa específica do alumínio pode ser considerada independente da temperatura, e igual a:
ρal = 2 700 kg/m3.
2.5.3 Propriedades térmicas
2.5.3.1 Alongamento
O alongamento do alumínio (∆l/l) pode ser determinado conforme a eq.2 e também através da
curva desenhada na Figura 15:
para 0ºC < θal< 500ºC
Δl/l=0,1⋅10−7 θ 2al +22,5 ⋅10−6 θ al −4,5 ⋅10−4 (eq. 2)
em que
l é o comprimento do elemento a 20 ºC;
∆l é a expansão térmica do elemento provocada pela temperatura;
θalé a temperatura do alumínio, em graus Celsius.

Figura 15: Alongamento do alumínio em função da temperatura. (Eurocode EN 1999-1-2, 2007)


2.5.3.2 Calor específico
O calor específico do alumínio (cal), em Joules por quilogramas e por grau Celsius (J/kg°C),
pode ser determinado conforme a eq.3 e também através da curva desenhada na Figura 16:

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para 0ºC < θal < 500ºC


c al =0,41⋅θal +903 (eq. 3)

Figura 16: Calor específico das ligas de alumínio em função da temperatura. (Eurocode EN 1999-1-2,
2007)
2.5.3.3 Condutividade térmica
A condutividade térmica das ligas de alumínio (λal), em watts por metro e por grau Celsius
(W/m°C), para 0ºC < θal < 500ºC, pode ser determinada conforme as eq.4 e eq.5 e também
através das curvas A e B desenhada na Figura 17:
a) para as ligas das séries 3xxx e 6xxx:
λ al =0,07 ⋅θal +190 (eq. 4)
b) para as ligas das séries 5xxx e 7xxx:
λ al =0,1 ⋅θal +140 (eq. 5)

A: séries 3xxx e 6xxx, B: séries 5xxx e 7xxx


Figura 17: Condutividade térmica em função da temperatura. (Eurocode EN 1999-1-2, 2007)

2.6 Comparação das propriedades das ligas de alumínio em relação ao aço


A seguir é apresentada a tabela 4 com um resumo das propriedades das ligas de alumínio em
comparação com o aço.

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Tabela 4 – Comparação das propriedades físicas das ligas de alumínio em relação ao aço. Fonte: Peko et.
al (2016)
Propriedades físicas Ligas de alumínio Aço
Ponto de fusão 660°C 1425 – 1540C
Densidade a 20°C 2700 kg/m³ 7850 kg/m³
Dilatação térmica 23x10-6 °C-1 12x10-6 °C-1
Calor específico ≈ 920 J/kg°C ≈ 440 J/kg°C
Condutividade térmica ≈ 240 W/m°C ≈ 54 W/m°C
Módulo de elasticidade 70 000 N/mm² 210 000 N/mm²
Módulo de elasticidade
27 000 N/mm² 81 000 N/mm²
transversal
Coeficiente de Poisson 0,3 0,3

3 Método simplificado de dimensionamento do alumínio em situação de


incêndio segundo o Eurocode EN 1991-1-2 (2007)

Como no Brasil não existe nenhuma Norma Técnica que demonstre o dimensionamento do
alumínio em situação de incêndio, a seguir será apresentado o método simplificado desse
dimensionamento segundo o Eurocode EN 1991-1-2 (2007).
3.1 Condições de segurança
As condições de segurança de uma estrutura de alumínio em situação de incêndio podem ser
expressas por:
E fi, d ⩽ R fi, d , t (eq. 6)
em que
Efi,d é o esforço solicitante de cálculo em situação de incêndio, determinado de acordo com o
Eurocode EN 1991-1-2;
Rfi,d,t é o esforço resistente de cálculo correspondente do elemento estrutural para o estado-
limite último em consideração, em situação de incêndio.
3.2 Capacidade resistente dos elementos estruturais de alumínio
Aqui serão tratados apenas os cálculos com distribuição de temperatura uniforme na seção
transversal.
3.2.1 Classificação das seções transversais
Para o dimensionamento das estruturas de alumínio em situação de incêndio, as seções
transversais podem ser classificadas da mesma forma que em temperatura ambiente, de
acordo com o item 6.1.4 do Eurocode EN 1999-1-1.
3.2.2 Barras submetidas à força axial de tração
A força axial resistente de cálculo, Nfi,θ,Rd, de uma barra de liga de alumínio axialmente
tracionada, com uma distribuição de temperatura uniforme da seção transversal, é igual a:
N fi ,θ , Rd =k o ,θ N Rd ( γ M , x /γ M , fi ) (eq. 7)
em que
NRd é a força axial resistente de cálculo à temperatura ambiente determinada conforme o
Eurocode EN 1999-1-1. NRd é o mesmo que No,Rd ou Nu,Rd;
γMx é o coeficiente do material dado no Eurocode EN 1999-1-1. γ M1 é usado nas combinações

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com No,Rd e γM2 nas combinações com Nu,Rd;


γM,fi é o coeficiente de segurança do material em situação de incêndio, sendo recomendado
adotar o valor 1,0;
A força axial resistente de cálculo, Nfi,θ,Rd, é dada pela combinação de NRd e γMx, que fornece a
menor capacidade.

3.2.3 Barras submetidas à força axial de compressão


A força axial resistente de cálculo, Nb,fi,t,Rd, de uma barra de liga de alumínio axialmente
comprimida, no tempo t, é igual a:
N b , fi ,t , Rd =k o , θ ,max N b ,Rd ( γ M ,1 /1,2 γ M , fi ) (eq. 8)
em que
Nb,Rd é a força axial resistente de cálculo à flambagem em temperatura ambiente determinada
conforme o Eurocode EN 1999-1-1;
1,2 é o fator de redução da resistência de cálculo devido à fluência em função da temperatura
das ligas de alumínio;
ko,θ,max é o fator de redução da resistência ao escoamento das ligas de alumínio a uma
temperatura θal igual à máxima temperatura θal,máx alcançada pela seção transversal no tempo t.
Para a determinação da índice de esbeltez, aplicam-se as disposições da EN 1999-1-1.

O comprimento de flambagem para o dimensionamento de estruturas de alumínio em situação


de incêndio pode ser determinado como no dimensionamento à temperatura ambiente, porém
pode-se usar o mesmo critério apresentado na norma ABNT NBR 14323:2013 para o caso de
pilares contínuos que se comportam como elementos contraventados dos andares
intermediários de edifícios de vários andares, que podem ser considerados com a rotação
perfeitamente impedida abaixo e acima do compartimento incendiado, desde que a resistência
ao fogo dos componentes que isolam esse compartimento não seja menor que a resistência ao
fogo do pilar (Figura 18). Os pilares do primeiro pavimento devem ser considerados com
rotação impedida acima do compartimento incendiado (na base, deve ser adotado o tipo de
apoio efetivamente existente). Os pilares do último pavimento devem ser considerados com
rotação impedida apenas abaixo do compartimento incendiado.

Figura 18: Comportamento dos pilares em situação de incêndio em estruturas de pequena deslocabilidade.
(ABNT NBR 14323:2013)

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3.2.4 Barras submetidas a momento fletor e força cortante


O momento fletor resistente de cálculo em situação de incêndio, M fi,t,Rd, de uma barra de liga
de alumínio fletida, no tempo t, é igual a:
M fi ,t ,Rd =k o ,θ M Rd ( γ Mx /γ M , fi ) (eq. 9)
em que
MRd é o momento fletor resistente de cálculo à temperatura ambiente. MRd é o mesmo que
Mc,Rd ou Mu,Rd.
γMx é o coeficiente do material dado no Eurocode EN 1999-1-1. γ M1 é usado nas combinações
com Mc,Rd e γM2 nas combinações com Mu,Rd;
O momento fletor resistente de cálculo em situação de incêndio, Mfi,t,Rd, é dado pela
combinação de MRd e γMx, que fornece a menor capacidade.

Para o estado limite de flambagem lateral com torção, o momento fletor resistente de cálculo,
Mb,fi,t,Rd, é dado por:

M b , fi, t , Rd=k o , θ ,max M b , Rd ( γ M 1 / γ M , fi ) (eq.10)


em que
Mb,Rd é o momento fletor resistente de cálculo à temperatura ambiente, calculado conforme o
Eurocode EN 1999-1-1.
A força cortante resistente de cálculo em situação de incêndio, Vfi,t,Rd, de uma barra de liga de
alumínio, no tempo t, é igual a:
V fi ,t , Rd=k o ,θ V Rd ( γ M 1 /γ M , fi ) (eq.11)
em que
ko,θ é o fator de redução da resistência ao escoamento das ligas de alumínio a temperaturas
elevadas na seção sujeita à força cortante.
VRd é a força cortante resistente de cálculo à temperatura ambiente.

3.2.5 Barras submetidas à combinações de esforços solicitantes


Para barras de ligas de alumínio em situação de incêndio sujeitas aos efeitos combinados de
força axial de tração ou compressão e momento fletor em torno de um ou dois eixos centrais
de inércia da seção transversal, devem ser utilizadas as mesmas regras de combinação para o
projeto à temperatura ambiente, conforme prescrito no EN 1999-1-1, e usando:
NEd = Nfi,Ed
My,Ed = My,fi,Ed
Mz,Ed = Mz,fi,Ed
como esforços de cálculo.

3.3 Elevação da temperatura do alumínio


3.3.1 Elementos estruturais internos sem revestimento contra o fogo
Para uma distribuição uniforme de temperatura na seção transversal, a elevação de

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temperatura ∆θal(t) em graus Celsius, de um elemento estrutural de liga de alumínio sem


revestimento contra fogo, situado no interior da edificação, durante um intervalo de tempo ∆t,
pode ser determinada por:
1 Am (eq.12)
Δθ al (t )=k sh ḣ Δ
c al ρal V net t
em que:
ksh é um fator de correção para o efeito de sombreamento, que pode ser tomado igual a 1,0 ou
determinado conforme abaixo:
Em seções I ou H expostas ao incêndio-padrão, o fator de correção para o efeito de
sombreamento é dado por:
( A m /V )b (eq.13)
k sh=0,9
Am /V
em que:
(Am/V)b é valor do fator de massividade, definido como a relação entre o perímetro exposto ao
incêndio de uma caixa hipotética que envolve o perfil e a área da seção transversal do perfil.
Em todos os demais caso, o valor de ksh é dado por:
( A m /V )b (eq.14)
k sh= ⩽ 1,0
A m /V
Am/V é o fator de massividade para elementos estruturais de ligas de alumínio sem
revestimento contra fogo, em um por metro, que não deve se menor que 10 m-1;
hnet é o valor do fluxo de calor por unidade de área, em watts por metro quadrado, calculado
da mesma forma que a norma EN 1991-1-2 ou ABNT NBR 14323:2013 onde, nesta última, o
símbolo adotado é ϕ;
∆t é o intervalo de tempo, em segundos, o qual não pode ser tomado maior que 5 segundos.

3.3.2 Elementos estruturais envolvidos por material de revestimento contra fogo


Para uma distribuição uniforme de temperatura na seção transversal, a elevação de
temperatura ∆θal(t) em graus Celsius, de um elemento estrutural de liga de alumínio envolvido
por um material de revestimento contra fogo, durante um intervalo de tempo ∆t, pode ser
determinada por:
λ p /d p A p 1 (eq.15)
Δθ al (t )= [
c al ρal V 1+ϕ /3
( ]
θ (t )−θal (t ) ) Δ t−( e ϕ/10−1 ) Δ θ (t )

mas ∆θal(t) ≥ 0
em que:
cp ρ p Ap (eq.16)
ϕ= dp
c al ρal V
em que:
Ap/V é o fator de massividade para elementos estruturais de ligas de alumínio envolvidos por
material de revestimento contra fogo, em um por metro;

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IC 940: Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio Seminá rios

θ(t) é a temperatura dos gases no tempo t, em graus Celsius;


θal(t) é a temperatura do alumínio no tempo t, em graus Celsius;
∆θ(t) é o aumento da temperatura ambiente durante o intervalo de tempo ∆t, em graus Celsius;
∆t é o intervalo de tempo, em segundos, o qual não pode ser tomado maior que 30 segundos;
dp é a espessura do material de revestimento contra o fogo;
λp é a condutividade térmica do material de revestimento contra o fogo;
cp é calor específico do material de revestimento contra o fogo;
ρp é a massa específica do material de revestimento contra o fogo.
Para a maioria dos materiais de proteção contra incêndio, o cálculo do aumento da
temperatura do alumínio, ∆θal(t), pode ser modificado para permitir um atraso na elevação da
temperatura do alumínio quando esta atingir 100 ºC.

4 Exemplo de dimensionamento

Neste capítulo será demonstrado um exemplo de cálculo usando o método simplificado de


dimensionamento de estruturas de alumínio sem revestimento em situação de incêndio
segundo o Eurocode EN 1991-1-2 (2007) e comparado com a estrutura de aço.
Será considerado um tirante pintado que suporta uma cobertura de vidro interna de um
edifício comercial composto por tubo retangular extrudado com liga de alumínio 6063-T66.
Dimensionar o elemento à temperatura ambiente e calcular o Tempo de Resistência ao Fogo
(TRF) em situação de incêndio para uma ação atuante de 5 kN à tração.
Suas propriedades são:
fo = 200 N/mm² = 20,0 kN/cm²
fu = 245 N/mm² = 24,5 kN/cm²
b = 30 mm
h = 50 mm
t = 3 mm
Ag = 4,08 cm²

Segue abaixo o cálculo da resistência à tração em temperatura ambiente:


A g f o 4,08 ⋅20 (eq.17)
N 0 , Rd = = =74,2 kN < 5,0 kN
γM1 1,1
Para o mesmo valor de ação, segue o cálculo do TRF do elemento.
Adotando Nfi,θ,Rd = Nfi,Sd e reorganizando a equação 7, temos:
N fi ,θ , Rd 5 (eq.18)
k o ,θ= = =0,061
A g ⋅ f o 4,08 ⋅20
Fazendo a interpolação do valor de ko,θ na Tabela 1 obtemos o valor da temperatura crítica da
liga de alumínio, θcr,al = 414,4 °C, que é a temperatura a partir da qual o elemento estrutural
entra em colapso.
Com a obtenção do valor da temperatura crítica, obtemos o TRF através do cálculo da
elevação da temperatura do perfil de liga de alumínio, utilizando a equação 12.
Por se tratar de um tubo retangular, o valor de ksh é igual a 1,0, o valor determinado de Am/V =
360,36 m-1 e o valor de cal é calculado conforme a equação 3.

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Com esses valores, foi determinado o TRF à temperatura crítica de 414,4 °C, que é de 4 min.
Foi realizado o mesmo cálculo para uma estrutura equivalente de aço, considerando fy = fo =
200 N/mm², porém com as propriedades térmicas do aço: ca= 600 J/kg/ºC e ρa = 7850 kg/m³.
Fazendo a interpolação do valor de ky,θ = ko,θ na Tabela 1 da norma ABNT NBR 14323:2013,
obtemos o valor da temperatura crítica do aço, θcr,a = 898,0 °C.
Para essa temperatura crítica o valor do TRF é de 44,5 min.
Nota-se com esses cálculos que o valor do TRF do elemento de liga de alumínio é muito
inferior ao do elemento de aço.

5 Conclusões

O uso de ligas de alumínio no Brasil, como elemento estrutural na construção civil, ainda é
incipiente, sendo seu uso mais atrelado a esquadrias e elementos secundários de estruturas de
coberturas leves e fachadas.
No entanto, ao pesquisar os tipos de estruturas feitas com as ligas de alumínio, foi possível
verificar uma estrutura de grande porte executada no Brasil, que é do Pavilhão do Anhembi e
que foi feita há mais de 50 anos.
Apesar das ligas de alumínio possuírem diversas propriedades vantajosas como a leveza, a
resistência à corrosão e a funcionalidade estrutural, as mesmas possuem propriedades
desvantajosas como o alto custo de produção, a alta deformabilidade, alguns problemas com
estabilidade, a redução de resistência nas regiões de soldagem e alta sensibilidade aos efeitos
do fogo. E por conta dessas desvantagens muitas vezes o cliente, o arquiteto ou o projetista
estrutural, acaba adotando o aço ao invés da liga de alumínio em seus projetos.
O dimensionamento de estruturas de ligas de alumínio em situação de incêndio adotado pelo
Eurocode EN 1991-1-2 (2007) é similar ao dimensionamento de estruturas de aço
preconizado pela norma ABNT NBR 14323:2013, com a diferença da adoção das
propriedades mecânicas e térmicas de cada material.
Conforme apresentado no exemplo de cálculo, o valor do TRF do elemento da liga de
alumínio forneceu o valor de 4 minutos com a temperatura crítica de 414,4 °C. Já no caso do
aço o valor de TRF foi de 44,5 minutos com a temperatura crítica de 898,0 °C. Com isso
conclui-se que o valor do TRF da liga de alumínio analisada é muito inferior ao TRF do aço.
Essa diferença no TRF dos dois materiais se deve às diferenças de suas propriedades físicas e
térmicas de cada um dos materiais.
Sendo assim, para as estruturas de ligas de alumínio, devido à sua baixa resistência a
temperaturas elevadas, torna-se imprescindível considerar o uso de materiais de revestimento
contra o fogo.

6 Agradecimentos

Agradecemos a Professora Doutora Carla Neves Costa e a instituição de ensino UNICAMP


por colaborarem na confecção deste trabalho.

7 Referências
[1]
STAFF. Lightweight aluminium-alloy bridge completed in eastern Russia. Aluminium

FEC/Unicamp 2020 16
IC 940: Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio Seminá rios

insider, jul 2017. Disponível em: <https://aluminiuminsider.com/lightweight-aluminium-


alloy-bridge-completed-eastern-russia/>. Acesso em 27 de junho de 2020.

[2]
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alumínio.São Paulo, 2007. 69p.

[3]
SILVA FILHO, E. B.; ALVES, M. C. M.; DA MOTTA, M. Lama vermelha da
indústria de beneficiamento de alumina: produção, características, disposição e
aplicações alternativas. 2007. Revista Matéria vol.12 nº 2. Universidade Federal de
Pernambuco, PE.

[4]
ABDO, N. A. Estruturas de Alumínio. 1983. São Paulo, SP. Pini.

[5]
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160p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de
São Paulo.

[6]
PEKO, Josip; et al. Comparative analysis of steel and aluminum structures. Nº13.
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[7]
BOONE, Marilyn. Ligh Look out below! NL Hydro begins transmission tower airlift
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[8]
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Engineering. Structural Engineering International. 2006. Journal of the IABSE, v. 16, p.
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[9]
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209p.
[10]
EUROPEAN COMMITTE FOR STANDARDIZATION. EUROCODE 9: EN 1999-1-2:
Design of aluminium structures - Part 1-2: General Rules – Structural fire design.
Bruxelas, 2007. 58p.
[11]
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14323: Projeto
de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de
incêndio. Rio de Janeiro, 2013. 66 p.

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[12]
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Actions on structures - Part 1-2: General actions -Actions on structu res exposed to
fire. Bruxelas, 2002. 59p.

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