Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
1
1.2 - Direito positivo e direito natural
2
1.4 - Direito público e direito privado
Embora a divisão do direito objetivo em público e privado remonte ao direito
romano, até hoje não há consenso sobre seus traços diferenciadores. Vários critérios
foram propostos, com base no interesse, na utilidade, no sujeito, na finalidade da
norma, no ius imperium, sem que todos eles estejam imunes a críticas.
Direito público é o que corresponde às coisas do Estado; direito privado, o que
pertence à utilidade das pessoas". Pelo critério adotado, da utilidade ou do interesse
visado pela norma, o direito público era o direito do Estado romano, o que dizia
respeito aos negócios de interesse deste. O direito privado, por sua vez, era o que
disciplinava os interesses particulares, dos cidadãos.
Embora o direito público vise proteger os interesses da sociedade e o direito
privado busque assegurar, integralmente, a satisfação dos interesses individuais, tal
critério se mostra insuficiente. Não se pode, com efeito, dissociar o interesse público
do interesse privado, como se fossem antagônicos, mesmo porque, na maioria das
vezes, torna - se difícil distinguir o interesse protegido. As normas não costumam
atingir apenas o interesse do Estado ou do particular, mas entrelaçam-se e
interpenetram-se. Destinam-se elas, em sua generalidade, à proteção de todos os
interesses. Os dos particulares são também de natureza pública, tendo em vista o bem
comum, e vice-versa.
Tem-se apontado também a natureza do sujeito ou titular da relação jurídica
como elemento diferenciador. Segundo esse critério, público é o direito que regula as
relações do Estado com outro Estado, ou as do Estado com os cidadãos, e privado o
que disciplina as relações entre os indivíduos como tais, nas quais predomina
imediatamente o interesse de ordem particular.
Na realidade, o direito deve ser visto como um todo, sendo dividido em direito
público e privado somente por motivos didáticos. A interpenetração de suas normas é
comum, encontrando-se com frequência nos diplomas reguladores dos direitos
privados as atinentes ao direito público e vice-versa.
Do direito civil, que é o cerne do direito privado, destacaram-se outros ramos,
especialmente o direito empresarial, o direito do trabalho, o direito do consumidor, por
exemplo.
Pertencem ao direito público, por outro lado, o direito constitucional, o direito
administrativo, o direito tributário, o direito penal, o direito processual (civil e penal), o
direito internacional (público e privado) e o direito ambiental.
Normas de ordem pública são às de aplicação obrigatória. São as que se
impõem de modo absoluto, não sendo possível a sua derrogação pela vontade das
3
partes. Normas de ordem privada são as que vigoram enquanto a vontade dos
interessados não convencionar de forma diversa, tendo, pois, caráter supletivo. Um
processo de inventário, tem que respeitar as normas públicas, as quais temos a
obrigatoriedade de transmissão da herança para o cônjuge meeiro e para os herdeiros
legítimos. Mesmo que a pessoa falecida não queira deixar nenhuma parte de seu
patrimônio para esposa e filhos, os bens serão a eles destinados por disposição legal
e por ser norma de cumprimento obrigatório.
Contudo, caso duas pessoas resolvam constituir uma empresa em que um dos
sócios possua 90% do capital e o outro sócio tenha apenas 10%, tal contrato será
possível, já que não há norma obrigatória que impeça tal acordo.
4
Já a auditoria externa se fará com um auditor externo, que não terá nenhum
vínculo empregatício com a empresa, e poderá ser feito em conjunto com o auditor
interno, até para poder testar a eficiência dos métodos utilizados.
Mesmo que ambas tenham algumas característica diferentes, juntas tem o
mesmo objetivo, que é de combater erros e fraudes.
Já a Perícia Contábil:
A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos
destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a
subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou
parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e
profissionais, e a legislação específica no que for pertinente
5
do processo judicial. imobilizado, por exemplo. Não será
específica quando for a auditoria
contábil.
Sua análise é irrestrita e abrangente. Análise feita por amostragem
Usuários do serviço: as partes e, Usuários do serviço: sócios,
principalmente, o juiz. investidores, administradores, bancos,
fornecedores, clientes, etc.
6
necessidade em se ter conhecimento técnico ou especializado de um profissional
contábil para a tomada de decisão.
Em áreas como a Justiça do Trabalho é muito grande a procura pela perícia.
Já na Justiça Estadual, onde estão as áreas cíveis, de família e fazenda pública, a
perícia não é muito pedida na fase de instrução do processo. Mas, em compensação,
o laudo pericial é solicitado na liquidação da sentença.
O perito é indicado pelo juiz e goza da confiança do mesmo, devendo realizar o
trabalho e apresentar o laudo por escrito, respondendo aos quesitos determinados.
Quesitos são questões ou perguntas determinadas pelo juiz ou pelas partes
interessadas.
É possível identificarmos o maior uso, então, da perícia contábil no âmbito da
justiça do trabalho. A presença do contador é compulsória quando o objeto da perícia
recai sobre aspectos contábeis e está explícita a questão de cálculos trabalhistas,
estes cálculos deverão ser elaborados por contador habilitado para exercer o ofício.
Nesse contexto, relevante é a função do perito contábil para realizar os cálculos e
emitir opinião válida, competente, que irá subsidiar a decisão do magistrado.
As outras incidências por demanda de perícias contábeis ocorrem na Justiça
Federal e na Justiça Estadual, em ações envolvendo direitos patrimoniais de pessoas
físicas e jurídicas. Sendo que os principais tipos de litígios que requerem a perícia
contábil são: cível em geral, criminal, familiar e sucessória, falimentar,
responsabilidade administrativa, tributária e trabalhista.
Em meio aos vários campos de atuação na esfera judicial, tem-se a perícia
contábil do processo do trabalho, que é demandada em quase todos os litígios,
sobretudo na fase de liquidação e execução de sentença, quando, então, se faz
necessário quantificar a expressão monetária exata contida no título executivo,
embora possa ocorrer também na fase de instrução processual, quando então o juízo,
em busca de subsídios para sustentar seu julgamento, nomeia um especialista de sua
confiança para a produção de prova pericial contábil.
Portanto, constitui prerrogativa do Juiz, no curso do processo judicial
trabalhista, quando se fizer necessário, nomear perito contábil para auxiliá-lo no
andamento do processo, podendo tal fato ocorrer tanto na fase de conhecimento, que
é o momento que antecede a prolação da sentença, quanto no momento da liquidação
das obrigações constantes no comando decisório, ou seja, após o trânsito em julgado
da sentença.
A perícia contábil é ensejada em duas ocasiões, nos processos trabalhistas: na
apuração de haveres dos empregados retidos junto ao patrimônio dos empregadores,
7
e na análise dos valores patrimoniais dos empregadores, nas ações trabalhistas em
que se discutem dissídios coletivos.
8
A perícia arbitral funciona como um mix entre a perícia judicial e a extrajudicial,
portanto não se enquadra diretamente em nenhuma das demais espécies estudadas
anteriormente.
A perícia arbitral é voltada para aquelas situações em que o desejo das partes
envolvidas é pela rapidez, segurança e credibilidade para a conclusão e o desfecho do
litígio, com o rigor muito próximo àquele que seria obtido no Poder Judiciário.
A arbitragem no Brasil foi normatizada pela Lei 9.307 de 23 de setembro de
1996, na qual institucionalizou no sistema brasileiro o juízo arbitral como a instância
adequada para resolver conflitos com maior rapidez e segurança.
A arbitragem é um meio alternativo de solução de conflitos, através do qual as
partes elegem um terceiro, que exercerá o poder decisório sobre as partes que será
irrevogável e não tem natureza jurisdicional, por ser externa ao Poder Judiciário.
Prevista no texto constitucional, como forma alternativa de solução dos conflitos
trabalhistas (art. 114, §§ 1° e 2° da CF), foi efetivada no ordenamento jurídico pátrio
com a Reforma Trabalhista.
Pode-se, ainda, conceituar arbitragem como "um processo de solução de
conflitos jurídicos pelo qual o terceiro, estranho aos interesses das partes, tenta
conciliar e, sucessivamente, decide a controvérsia".
Quando ocorrer esta decisão, as partes apenas se comprometem a cumprir o
que foi decidido, pois esta não tem força executiva, devendo a parte que seja
prejudicada pelo descumprimento, submeter a questão ao Judiciário para a execução.