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AULA 01
@klaique_araujo
Joelson Martins - joelson123@gmail.com - IP: 138.99.162.33
OBJETIVO
• O objeto da criminologia;
• Causas/fatores da criminalidade;
• Nuances contemporâneas;
1. Conceito
3. Método
5. Finalidade
6. Classificação
7. História
8. Escolas criminológicas
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1) CONCEITO
Seu objeto (crime, criminoso, vítima e controle social) é visível no mundo real e não no mundo dos
valores.
criminoso
OBJETO DA
delito CRIMINOLOGIA
vítima
Controle
social
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1) CONCEITO DE CRIMINOLOGIA
A doutrina pontua que ela já se ocupou do estudo do crime (Beccaria), passando pela
verificação do delinquente (Escola Positiva).
Após a década de 1950, alcançou projeção o estudo das vítimas e também os mecanismos de
controle social, havendo uma ampliação de seu objeto, que assumiu, portanto, uma feição
pluridimensional e interacionista.
Delito: o crime é um fenômeno social, comunitário e que se mostra como um problema maior,
a exigir do pesquisador uma empatia para se aproximar dele e o entender em suas múltiplas
facetas. A relatividade do conceito de delito é patente na criminologia, que o observa como um
problema social.
A criminologia tem toda uma atividade verificativa, que analisa a conduta antissocial, suas
causas geradoras, o efetivo tratamento dado ao delinquente visando sua não reincidência, bem
assim as falhas de sua profilaxia preventiva.
Criminoso - abordagens:
- Escola Clássica, o criminoso era um ser que pecou, que escolheu agir mal, embora pudesse e
devesse escolher o bem.
- Escola Positiva o criminoso um ser atávico, preso a sua deformação patológica (nascia
criminoso).
- Escola Correcionalista o criminoso era um ser inferior e incapaz de se governar e o Estado
deveria ter uma atitude pedagógica e de piedade.
- Pela visão do marxismo o criminoso é vítima inocente das estruturas econômicas.
- Atualmente, a criminologia não confere mais a extrema importância dada ao delinquente pela
criminologia tradicional, deixando-o em plano secundário de interesse.
Shecaira define o criminoso como histórico, real, complexo e enigmático, um ser absolutamente
normal, pode estar sujeito às influências do meio (não aos determinismos) as diferentes
perspectivas não se excluem; completam-se.
Controle social
Mecanismos e sanções sociais que buscam submeter os indivíduos às normas de convivência
social. Que se divide:
Controle social informal (família, escola, religião, profissão, clubes de serviço etc.) visão
preventiva e educacional.
Controle social formal (Polícia, Ministério Público, Forças Armadas, Justiça, Administração
Penitenciária etc.), mais rigoroso que aquele e de conotação político-criminal.
Policiamento comunitário: se entrelaçam as duas formas de controle. Pode ser entendido como
a associação da prevenção criminal e repressão com a necessária reaproximação do policial com
a comunidade.
Valorativa e normativa
Ciência empírica causal- método juridico
explicativa dogmatico e seu
proceder é dedutivo
sistemático
Quer conhecer a
Valora, ordena e orienta
realidade para explicá-la
a realidade, com base em
e compreender o
critérios/ prévios
problema criminal
Conjunto de procedimentos,
regras e operações previamente
Meio pelo qual o raciocínio fixados.
humano procura desvendar
um fato, referente à natureza,
à sociedade e ao próprio
homem.
• Empírico/ experimental
• Indutivo
• Biológico
• Sociológico
TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO
Os testes em Criminologia são técnicas de investigação que por meio de padrões ou tipos
preestabelecidos destacam as características pessoais e da constituição do indivíduo, mediante
respostas a estímulos com o objetivo de traçar o perfil psicológico e a capacitação pessoal de
cometimento ou reincidência no crime.
QI: divisão da Idade Mental (IM) pela Idade Cronológica (IC), multiplicada por 100.
(
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- IP: 138.99.162.33 2012).
4) INTERDISCIPLINARIDADE COM OUTRAS CIÊNCIAS
Não está definido pelos pesquisadores da criminologia o seu exato ponto inicial. A criminologia como
ciência autônoma existe há pouco tempo, mas possui considerável fase pré-científica.
- Escola Clássica (Francesco Carrara com o Programa de direito criminal, 1859), traçou os primeiros
aspectos do pensamento criminológico, com influência das ideias liberais e humanistas de Cesare
Bonesana, Marquês de Beccaria, (autor de “Dos delitos e das penas” 1764), considerado o precursor da
Escola Clássica.
- Psiquiatra/ Antropólogo Cesare Lombroso, com a publicação, em 1876, de seu livro O homem
delinquente poderia ser considerado o fundador da criminologia.
- Antropólogo Paul Topinard que em 1879 pode ter empregado pela primeira vez a palavra
“criminologia”.
- Jurista Rafael Garófalo, em 1885 usou o termo criminologia como nome de um livro científico.
- Adolphe Quetelet, integrante da Escola Cartográfica, projetou análises estatísticas importantes sobre
criminalidade.
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7) HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA
- Na etapa pré-científica havia os clássicos foram influenciados pelo Iluminismo, com seus
métodos dedutivos e lógico formais.
- E de outro lado, os empíricos, que investigavam a gênese delitiva por meio de técnicas
fracionadas, tais como as empregadas pelos fisionomistas, antropólogos, biólogos etc., os
quais substituíram a lógica formal e a dedução pelo método indutivo experimental
(empirismo).
Escola Clássica
• Influenciado pelo Iluminismo Cesare Beccaria escreveu Dos delitos e das penas (1764),
considerado um marco da escola clássica. Obra que faz crítica ao sistema inquisitório da
Idade Média (que baseava-se na tortura para investigação, além de aplicação de penas
cruéis). Desenvolve ideias para um direito penal mais racional, legal e humano.
• Fundava-se no jusnaturalismo (direito natural, de Grócio), que decorria da natureza
eterna e imutável do ser humano, e o contratualismo (contrato social ou utilitarismo, de
Rousseau), em que o Estado surge a partir de um grande pacto entre os homens, no qual
estes cedem parcela de sua liberdade e direitos em prol da segurança coletiva (situação
apoiada pela burguesia).
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8) ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS
- crime é um ente jurídico; não é uma ação, mas sim uma infração (Carrara);
- pena retributiva, baseada na culpa moral do criminoso (maldade) e restaurar a ordem externa
social;
- livre arbítrio;
Escola Positiva
Possuiu 3 fases:
- sociológica (Ferri);
- jurídica (Garófalo);
Escola Positiva
Em 1835, Quetelet publicou a obra Física social, que desenvolveu as seguintes ideias:
Premissas básicas de sua teoria: atavismo, degeneração epilética e delinquente nato, cujas
características seriam: fronte fugidia, crânio assimétrico, cara larga e chata, grandes maçãs no rosto,
lábios finos, canhotismo (na maioria dos casos), barba rala, olhar errante ou duro.
A teoria de Lombroso defendia ainda a ideia de que pessoas afrodescendentes ou asiáticas nasciam
propensas ao crime.
Por fim, afirmou que o crime não é uma entidade jurídica, mas sim um
fenômeno biológico, razão pela qual o método indutivo-experimental deveria ser o empregado.
- Razão de punir é a defesa social (a prevenção geral é mais eficaz que a repressão);
Bacila, Carlos Roberto. Manual de criminologia e política criminal (livro eletrônico) / Carlos Roberto Bacila. Curitiba: Intersaberes, 2020. 2
MB; PDF.
Baratta, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: Introdução à sociologia do direito penal / Alessandro Baratta; tradução
Juarez Cirino dos Santos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.
Beristain, Antonio. Nova criminologia a luz do direito penal e da vitimologia/ Antonio Beristain; traducao de Candido Furtado Maia Neto. -
Brasilia : Editora Universidade de Brasília : São Paulo : Imprensa Oficial do Estado, 2000. 194p.
Criminologia e sistemas jurídico-penais contemporâneos II [recurso eletrônico] / Ruth Maria Chittó Gauer (Org.) ; Aury Lopes Jr. ... [et al.]. –
Dados eletrônicos. – Porto Alegre : EDIPUCRS, 2010. 351 p.
Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva,
2012. Bibliografia. 1. Criminologia I. Título. CDU-343.9.
Penteado Filho, Nestor Sampaio Criminologia e medicina legal / Nestor Sampaio Penteado Filho, Ugo Osvaldo Frugoli, Paulo Argarate
Vasques. — São Paulo : Saraiva, 2014. — (Coleção preparatória para concurso de delegado de polícia) 1. Criminologia 2. Delegados de
polícia - Concursos 3. Medicina legal I. Frugoli, Ugo Osvaldo. II. Vasques, Paulo Argarate. III. Título. IV. Série. CDU-343.9(81) 14-04033 -
43.(81)(079)
03 Shecaira. Sérgio Salomão. Criminologia. 2ª. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. v. 1. 384p.
Shecaira. Sérgio Salomão. Criminologia. 6ª ed. rev. e atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014. 351 p.
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Criminologia
AULA 02
@klaique_araujo
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SUMÁRIO:
1. Sociologia criminal
2. Vitimologia
01
• Busca compreender e justificar como os fatores do meio ambiente social influenciam a conduta
individual, de forma a conduzirem o homem a cometer delitos.
• A moderna sociologia encara uma divisão bipartida, com análise das teorias macrossociológicas, sob
enfoques consensuais ou de conflito.
Na perspectiva macrossociológica a análise do delito decorre da visão da sociedade como um todo. Assim,
o pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões:
Exemplos:
Teorias de consenso:
- Escola de Chicago
- Teoria de associação diferencial
- Teoria da anomia
- Teoria da subcultura delinquente
Teorias de conflito:
- Labelling approach
- Teoria crítica ou radical
Teorias de consenso:
Voluntariedade
Mesmos
de pessoas e
valores
instituições
Teoria de
Consenso
(postulados)
Elementos
sociais
Teorias de conflito
Segundo a visão de Marx, as sociedades são sujeitas a mudanças ininterruptas, sendo ubíquas, e
todo elemento coopera para sua dissolução. Além disso, haveria sempre uma luta de classes ou de
ideologia a informar a sociedade.
Teoria de
Conflito
(postulados)
Elementos
sociais
Mudança Cooperação
Luta de classes
permanente para dissolução
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1) SOCIOLOGIA CRIMINAL
Escola de Chicago
Contexto histórico:
• Com o processo de secularização = aproximação entre as elites e a classe baixa (teoria da ecologia
criminal da Universidade de Chicago);
Associação diferencial
Cunhou no final dos anos 1930 a expressão white collar crimes (crimes de colarinho branco)
para designar os autores de crimes específicos, que se diferenciavam dos criminosos comuns.
Definições:
“Uma pessoa torna-se criminosa porque recebe mais definições favoráveis à violação da lei do
que desfavoráveis a essa violação. Este é o princípio da associação diferencial” (Costa, 1976).
Está errado afirmar que o crime é comportamento inadaptado das classes menos
favorecidas. Ex: colarinho branco (sonegações, fraudes etc.), que são delitos praticados por
pessoas de elevada estatura social.
Daí por que a teoria conduz à ideia de que a cultura mais ampla não é homogênea, levando
a conceitos contraditórios do mesmo comportamento, porque se nega que o
comportamento do delinquente possa ser explicado por necessidades e valores gerais.
Considerada como teoria de consenso, porém com influências marxistas. Não contempla qualquer estudo
clínico do crime, pois não o compreende como anomalia.
Sociedade como um todo orgânico articulado em que os indivíduos devem interagir num ambiente de
valores e regras comuns.
Conformidade
Inovação
Ritualismo
Evasão ou retraimento
Rebelião
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1) SOCIOLOGIA CRIMINAL
Conclusão:
Labelling approach
Definição
A criminalidade não é um atributo da conduta humana, mas o resultado de um processo em que
se atribui esse atributo (estigmatização). Isto é, o delinquente é comum a qualquer pessoa, mas,
sofre estigma, fica rotulado, assim, a ideia central desta teoria é o processo de interação em que
o sujeito é taxado de criminoso.
Labelling approach
Do século XX, de Bonger, com inspiração marxista, defende que a economia de mercado a razão/
fundamento da criminalidade, visto que estimula e produz o egoísmo entre os indivíduos,
levando-os a delinquir.
Além disso, defende que os crimes cometidos pela população pobre são mais perseguidos,
diferente dos crimes cometidos pela classe alta, concluindo, pois que a realidade não carrega
neutralidade, de modo que a estigmatizacão da população marginalizada (incluindo a classe
trabalhadora), se torna alvo preferencial do sistema punitivo, que pretende cultivar temor da
criminalização/ prisão para manter a ordem social.
Defende que os pequenos delitos devem ser rechaçados, o que poderia inibir os graves servindo
como prevenção geral; os espaços públicos e privados devem ser tutelados e
preservados.
Essa teoria parte da premissa de que existe uma relação de causalidade entre a desordem e a
criminalidade.
Em 1990 o americano Wesley Skogan realizou uma pesquisa em várias cidades dos EUA que
confirmou os fundamentos da teoria. A relação de causalidade existente entre desordem e
criminalidade é muito maior do que a relação entre criminalidade e pobreza, desemprego, falta de
moradia.
o Não foi abordada pela Escola Clássica que focou no crime, nem na Escola Positiva focada no
criminoso. Para Beistain, a atual vitimologia surgiu após II Guerra Mundial, como resposta dos
judeus ao holocausto nazista.
Conceito
Vitimologia é a ciência que estuda a vítima, sua condição, é compreendida dentro da noção do
estudo da criminalidade. Tem por objeto é a diminuição das vítimas na sociedade, e segundo
Kaiser, investigações vitimológicas contribuem para a legitimação do sistema penal e seu
desenvolvimento.
Conceituação básica
O termo “vítimas” designa as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido um dano, nomeadamente um
dano físico ou mental, um sofrimento emocional, um prejuízo económico ou um atentado importante aos seus direitos
fundamentais, em resultado de atos ou omissões que violem as leis penais em vigor nos Estados Membros, incluindo
as leis que criminalizam o abuso de poder. 2. Uma pessoa pode ser considerada "vítima", ao abrigo da presente
Declaração, independentemente do facto de o autor ter ou não sido identificado, capturado, acusado ou condenado e
qualquer que seja a relação de parentesco entre o autor e a vítima. O termo “vítima” inclui também, sendo caso disso,
os familiares próximos ou dependentes da vítima direta e as pessoas que tenham sofrido danos ao intervir para
prestar assistência a vítimas em perigo ou para impedir a vitimização. 3. As disposições da presente Declaração
aplicam-se a todas as pessoas, sem qualquer distinção, nomeadamente de raça, cor, sexo, idade, língua, religião,
nacionalidade, opiniões políticas ou outras, convicções ou práticas culturais, situação económica, nascimento ou
situação familiar, origem étnica ou social, ou deficiência (Declaração dos Princípios Fundamentais de Justiça Relativos
às Vítimas da Criminalidade e de Abuso de Poder, das Nações Unidas - ONU-1985).
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3) CLASSIFICAÇÃO DAS VÍTIMAS
Vítima inocente, que não concorre de forma Criminoso – vítima – criminoso (sucessivamente),
alguma para o injusto típico reincidente que é hostilizado no
cárcere, vindo a delinquir novamente pela repulsa
social que encontra fora da cadeia
Vítima provocadora, que, voluntária ou Criminoso – vítima – criminoso (simultaneamente),
imprudentemente, colabora com o ânimo caso das vítimas de drogas que de usuárias passam
criminoso do agente; a ser traficantes
Beristain aponta, citando Villmow, que na historia do sistema penal, a vítima nos
últimos séculos se encontra desamparada, e também vitimada durante o processo
penal; ela praticamente não e levada em conta; somente atuam o poder estatal, por
uma parte, e o delinquente, por outra. Ambos abandonam e desconhecem a vítima.
CPB: Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade
do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da
vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime
Bacila, Carlos Roberto. Introdução ao Direito Penal e à criminologia (livro eletrônico) / Carlos Roberto Bacila. Curitiba: Intersaberes, 2016. 2 MB; PDF.
Bacila, Carlos Roberto. Manual de criminologia e política criminal (livro eletrônico) / Carlos Roberto Bacila. Curitiba: Intersaberes, 2020. 2 MB; PDF.
Baratta, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: Introdução à sociologia do direito penal / Alessandro Baratta; tradução Juarez Cirino dos
Santos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.
Beristain, Antonio. Nova criminologia a luz do direito penal e da vitimologia/ Antonio Beristain; traducao de Candido Furtado Maia Neto. - Brasilia : Editora
Universidade de Brasilia : Sao Paulo : Imprensa Oficial do Estado, 2000. 194p.
Criminologia e sistemas jurídico-penais contemporâneos II [recurso eletrônico] / Ruth Maria Chittó Gauer (Org.) ; Aury Lopes Jr. ... [et al.]. – Dados eletrônicos. –
Porto Alegre : EDIPUCRS, 2010. 351 p.
Costa, Alvaro Mayrink. Criminologia, Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1976, p. 129.
Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. Bibliografia. 1.
Criminologia I. Título. CDU-343.9.
Penteado Filho, Nestor Sampaio Criminologia e medicina legal / Nestor Sampaio Penteado Filho, Ugo Osvaldo Frugoli, Paulo Argarate Vasques. — São Paulo :
Saraiva, 2014. — (Coleção preparatória para concurso de delegado de polícia) 1. Criminologia 2. Delegados de polícia - Concursos 3. Medicina legal I. Frugoli, Ugo
Osvaldo. II. Vasques, Paulo Argarate. III. Título. IV. Série. CDU-343.9(81) 14-04033 - 43.(81)(079)
Shecaira. Sérgio Salomão. 2ª. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. v. 1. 384p.
Shecaira. Sérgio Salomão. Criminologia. 6ª ed. rev. e atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014. 351 p.
@klaique_araujo
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SUMÁRIO
4. Classificação de Garófalo
• Criminosos por paixão: sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da violência para solucionar
questões passionais; exaltados.”
• Criminoso ocasional: o sujeito cometerá o crime ocasionalmente, pode-se dizer que por força
da influência de fator externo ou não.
Propôs pena de morte (impiedade) aos criminosos natos ou sua expulsão do país.
• Criminoso assassino: típico, egoísta, age por impulso, apresenta sinais exteriores e se aproxima
de selvagens e crianças.
• Ladrões ou neurastênicos: não lhes falta o senso moral; falta honestidade, atávicos às vezes;
Aspectos físicos: pequenez, face móvel, olhos vivazes, nariz achatado.
Associação diferencial -
Pobreza. Emprego, desemprego e subemprego conclusões
Migração
Crescimento populacional
- Desemprego
Preconceito
Estereótipo negativo
Ideia pré-concebida
Marcas da escravatura
Sábias observações de Penteado Filho (2012): Em tema de criminologia, há quem afirme existir
um número maior de delitos cometidos por negros do que por brancos, porém, dada a ausência
de pesquisas e estatísticas sérias acerca do assunto, comungamos da opinião de João Farias
Junior (2009), para quem “a vontade não age por si só, mas de acordo com a formação moral do
01
caráter, e não de acordo com a cor da pele”.
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5) FATORES SOCIAIS DE CRIMINALIDADE
Educação
Bacila, Carlos Roberto. Introdução ao Direito Penal e à criminologia (livro eletrônico) / Carlos Roberto Bacila. Curitiba: Intersaberes, 2016. 2 MB; PDF.
Bacila, Carlos Roberto. Manual de criminologia e política criminal (livro eletrônico) / Carlos Roberto Bacila. Curitiba: Intersaberes, 2020. 2 MB; PDF.
Baratta, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: Introdução à sociologia do direito penal / Alessandro Baratta; tradução Juarez Cirino dos Santos. 3ª ed. Rio
de Janeiro: Editora Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.
Beristain, Antonio. Nova criminologia a luz do direito penal e da vitimologia/ Antonio Beristain; traducao de Candido Furtado Maia Neto. - Brasilia : Editora Universidade de
Brasilia : Sao Paulo : Imprensa Oficial do Estado, 2000. 194p.
Carvalho, H. V. de. (1951). Classificação dos criminosos. Revista Da Faculdade De Direito, Universidade De São Paulo, 47, 293-304. Recuperado de
https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/66162
Costa, Alvaro Mayrink. Criminologia, Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1976, p. 129.
Criminologia e sistemas jurídico-penais contemporâneos II [recurso eletrônico] / Ruth Maria Chittó Gauer (Org.) ; Aury Lopes Jr. ... [et al.]. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
EDIPUCRS, 2010. 351 p.
Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. Bibliografia. 1. Criminologia I.
Título. CDU-343.9.
Penteado Filho, Nestor Sampaio Criminologia e medicina legal / Nestor Sampaio Penteado Filho, Ugo Osvaldo Frugoli, Paulo Argarate Vasques. — São Paulo : Saraiva, 2014. —
(Coleção preparatória para concurso de delegado de polícia) 1. Criminologia 2. Delegados de polícia - Concursos 3. Medicina legal I. Frugoli, Ugo Osvaldo. II. Vasques, Paulo
Argarate. III. Título. IV. Série. CDU-343.9(81) 14-04033 - 43.(81)(079)
Shecaira. Sérgio Salomão. 2ª. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. v. 1. 384p.
Shecaira. Sérgio Salomão. Criminologia. 6ª ed. rev. e atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014. 351 p.
@klaique_araujo
Joelson Martins - joelson123@gmail.com - IP: 138.99.162.33
SUMÁRIO
1) Modernas teorias antropológicas
2) Endocrinologia e Criminologia
01
5) Neurociência e Criminologia
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1) MODERNAS TEORIAS ANTROPOLÓGICAS
moral
01
Estudos antropológicos
Rejeição da teoria do
modernos herdaram um
criminoso nato
viés da análise
(Lombroso)
positivista de Lombroso.
01
“[Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, houve a percepção que a sociologia criminal,
aparentemente vencedora em relação a vertente biodeterminista da criminologia, tinha seus limites,
sendo impossível explicar o crime simplesmente pela ação dos fatores exógenos. Não havia dúvidas
que a miséria e o álcool eram fatores criminógenos, mas nem por isso todos os alcoólatras e
miseráveis eram criminosos, nem tão pouco deixava de existir crimes na elite abastada. Em paralelo a
influência do meio, seria necessário levar em consideração um certo número de fatores endógenos. O
criminologista belga Louis Vervaeck (1872-1943) sintetizou esta constatação denominando o
movimento consequente de “fase eclética”, uma busca por uma terceira via entre o determinismo
lombrosiano e a opção sociológica (DARMON, 1991, 270). Segundo Darmon (1991, p.270), à margem
da nova medicina legal, técnica, “a antropologia criminal faz figura de arcaísmo. Mas, apesar de tudo,
ela permanece firme e, logo após a Primeira Guerra Mundial, as doutrinas de Lombroso, sob uma
forma renovada, parecem até mesmo encontrar uma segunda juventude”.]”
Surge:
“Os avanços recentes na área médica tornaram difícil traçar uma linha divisória entre “doenças
do cérebro” (neurológicas) e “doenças da mente” (psiquiátricas).
Os tempos atuais vieram a demonstrar o erro que foi separar as doenças do cérebro das
doenças da mente.
Existe uma grande proximidade entre elas, cujo elemento catalisador é o conhecimento
Neurocientífico”.
01
Exemplificando:
Avanços!
01
Futuro
01
Bacila, Carlos Roberto. Manual de criminologia e política criminal (livro eletrônico) / Carlos Roberto Bacila. Curitiba: Intersaberes, 2020. 2 MB; PDF.
Baratta, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: Introdução à sociologia do direito penal / Alessandro Baratta; tradução Juarez Cirino dos
Santos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.
Beristain, Antonio. Nova criminologia a luz do direito penal e da vitimologia/ Antonio Beristain; traducao de Candido Furtado Maia Neto. - Brasilia : Editora
Universidade de Brasilia : Sao Paulo : Imprensa Oficial do Estado, 2000. 194p.
Criminologia e sistemas jurídico-penais contemporâneos II [recurso eletrônico] / Ruth Maria Chittó Gauer (Org.) ; Aury Lopes Jr. ... [et al.]. – Dados eletrônicos. –
Porto Alegre : EDIPUCRS, 2010. 351 p.
Costa, Alvaro Mayrink. Criminologia, Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1976, p. 129.
Oliveira Júnior, Alcidesio de DE MONSTROS A ANORMAIS [tese] : A CONSTRUÇÃO DA ENDOCRINOLOGIA CRIMINAL NO BRASIL, 1930 A 1950 / Alcidesio de
Oliveira Júnior ; orientadora, Renata Palandri Sigolo Sell - Florianópolis, SC, 2012. 460 p. ; 21cm
Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012. Bibliografia. 1.
Criminologia I. Título. CDU-343.9.
Penteado Filho, Nestor Sampaio Criminologia e medicina legal / Nestor Sampaio Penteado Filho, Ugo Osvaldo Frugoli, Paulo Argarate Vasques. — São Paulo :
Saraiva, 2014. — (Coleção preparatória para concurso de delegado de polícia) 1. Criminologia 2. Delegados de polícia - Concursos 3. Medicina legal I. Frugoli, Ugo
Osvaldo. II. Vasques, Paulo Argarate. III. Título. IV. Série. CDU-343.9(81) 14-04033 - 43.(81)(079)
Shecaira. Sérgio Salomão. 2ª. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. v. 1. 384p.
Shecaira. Sérgio Salomão. Criminologia. 6ª ed. rev. e atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014. 351 p.
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CONCEITO
• Interdisciplinar;
Abordagens:
- Escola Clássica, o criminoso era um ser que pecou, que escolheu agir mal, embora pudesse e
devesse escolher o bem.
- Escola Positiva o criminoso um ser atávico, preso a sua deformação patológica (nascia
criminoso).
• Criminosos loucos: perversos, loucos morais, alienados mentais que devem permanecer no
hospício”.
(PENTEADO FILHO, 2012)
CLASSIFICAÇÃO DE CESARE LOMBROSO
• Criminosos por paixão: sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da violência para solucionar
questões passionais; exaltados.”
• Criminoso ocasional: o sujeito cometerá o crime ocasionalmente, pode-se dizer que por força
da influência de fator externo ou não.
CLASSIFICAÇÃO DE ENRICO FERRI
Propôs pena de morte (impiedade) aos criminosos natos ou sua expulsão do país.
• Criminoso assassino: típico, egoísta, age por impulso, apresenta sinais exteriores e se aproxima
de selvagens e crianças.
• Ladrões ou neurastênicos: não lhes falta o senso moral; falta honestidade, atávicos às vezes;
Aspectos físicos: pequenez, face móvel, olhos vivazes, nariz achatado.
CRIMINOLOGIA E DIREITO PENAL
O direito penal e a criminologia se ocupam de estudar o crime, mas ambos dão enfoques
diferentes para o fenômeno criminal.
Direito Penal: ciência normativa, visualizando o crime como conduta anormal para a qual fixa uma
punição. O crime interessa enquanto fato descrito na norma, para entender sua adequação
INTERDISCIPLINARIDADE COM OUTRAS CIÊNCIAS
Não está definido pelos pesquisadores da criminologia o seu exato ponto inicial. A criminologia como
ciência autônoma existe há pouco tempo, mas possui considerável fase pré-científica.
- Escola Clássica (Francesco Carrara com o Programa de direito criminal, 1859), traçou os primeiros
aspectos do pensamento criminológico, com influência das ideias liberais e humanistas de Cesare
Bonesana, Marquês de Beccaria, (autor de “Dos delitos e das penas” 1764), considerado o precursor da
Escola Clássica.
ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS
- crime é um ente jurídico; não é uma ação, mas sim uma infração (Carrara);
- pena retributiva, baseada na culpa moral do criminoso (maldade) e restaurar a ordem externa
social;
- livre arbítrio;
Escola Positiva
Possuiu 3 fases:
- sociológica (Ferri);
- jurídica (Garófalo);
ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS
Escola Positiva
Em 1835, Quetelet publicou a obra Física social, que desenvolveu as seguintes ideias:
- Razão de punir é a defesa social (a prevenção geral é mais eficaz que a repressão);
Escola Positiva:
• Busca compreender e justificar como os fatores do meio ambiente social influenciam a conduta
individual, de forma a conduzirem o homem a cometer delitos.
• A moderna sociologia encara uma divisão bipartida, com análise das teorias macrossociológicas, sob
enfoques consensuais ou de conflito.
Na perspectiva macrossociológica a análise do delito decorre da visão da sociedade como um todo. Assim,
o pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões:
Exemplos:
Teorias de consenso:
- Escola de Chicago
- Teoria de associação diferencial
- Teoria da anomia
- Teoria da subcultura delinquente
Teorias de conflito:
- Labelling approach
- Teoria crítica ou radical
VITIMOLOGIA
Vitimologia é a ciência que estuda a vítima, sua condição, é compreendida dentro da noção do
estudo da criminalidade. Tem por objeto é a diminuição das vítimas na sociedade, e segundo
Kaiser, investigações vitimológicas contribuem para a legitimação do sistema penal e seu
desenvolvimento.
VÍTIMA
Vítima inocente, que não concorre de forma Criminoso – vítima – criminoso (sucessivamente),
alguma para o injusto típico reincidente que é hostilizado no
cárcere, vindo a delinquir novamente pela repulsa
social que encontra fora da cadeia
Vítima provocadora, que, voluntária ou Criminoso – vítima – criminoso (simultaneamente),
imprudentemente, colabora com o ânimo caso das vítimas de drogas que de usuárias passam
criminoso do agente; a ser traficantes
Estudos antropológicos
Rejeição da teoria do
modernos herdaram um
criminoso nato
viés da análise
(Lombroso)
positivista de Lombroso.
ENDOCRINOLOGIA E CRIMINOLOGIA
Bacila, Carlos Roberto. Manual de criminologia e política criminal (livro eletrônico) / Carlos Roberto Bacila. Curitiba: Intersaberes, 2020. 2 MB; PDF.
Baratta, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: Introdução à sociologia do direito penal / Alessandro Baratta; tradução Juarez Cirino dos
Santos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.
Beristain, Antonio. Nova criminologia a luz do direito penal e da vitimologia/ Antonio Beristain; traducao de Candido Furtado Maia Neto. - Brasilia : Editora
Universidade de Brasília : São Paulo : Imprensa Oficial do Estado, 2000. 194p.
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Penteado Filho, Nestor Sampaio Criminologia e medicina legal / Nestor Sampaio Penteado Filho, Ugo Osvaldo Frugoli, Paulo Argarate Vasques. — São Paulo :
Saraiva, 2014. — (Coleção preparatória para concurso de delegado de polícia) 1. Criminologia 2. Delegados de polícia - Concursos 3. Medicina legal I. Frugoli, Ugo
Osvaldo. II. Vasques, Paulo Argarate. III. Título. IV. Série. CDU-343.9(81) 14-04033 - 43.(81)(079).
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