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Pantheon Cursos Preparatórios – 1º Fase do Exame da OAB

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Sumário
Atos Administrativos...................................................................................................................... 1

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Direito Administrativo
COLEÇÃO
QUESTÕES COMENTADAS XXXII Exame de Ordem
(2021)

Atos Administrativos

QUESTÃO 01 - (FGV – OAB – XXXI Exame de Ordem / 2020)


Otacílio, novo prefeito do Município Kappa, acredita que o controle interno é uma das principais
ferramentas da função administrativa, razão pela qual determinou o levantamento de dados nos mais
diversos setores da Administração local, a fim de apurar se os atos administrativos até então praticados
continham vícios, bem como se ainda atendiam ao interesse público.
Diante dos resultados de tal apuração, Otacílio deverá
A) revogar os atos administrativos que contenham vícios insanáveis, ainda que com base em valores
jurídicos abstratos.
B) convalidar os atos administrativos que apresentem vícios sanáveis, mesmo que acarretem lesão ao
interesse público.
C) desconsiderar as circunstâncias jurídicas e administrativas que houvessem imposto, limitado ou
condicionado a conduta do agente nas decisões sobre a regularidade de ato administrativo.
D) indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e administrativas da invalidação de ato
administrativo.

Comentários:
A revogação de um ato administrativo com vício insanável é impossível, tendo em vista que só é possível
revogar atos válidos. Ademais, revogação é um controle de mérito e não um controle de legalidade.

De acordo com o art. 55 da Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal, em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração. Ainda, vejamos o que nos ensina o art. 22 § 1º da Lei de Introdução ao
Direito Brasileiro (LINDB – Decreto-Lei nº 4.657/42 com redação dada pela Lei 12.376/2010):

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os


obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas
a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as
circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a
ação do agente. (Grifos nossos)

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Por fim, de acordo com o art. 21 da LINDB – Decreto-Lei nº 4.657/42, a decisão que, nas esferas
administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou
norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.
Diante do exposto, nosso gabarito é: indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e
administrativas da invalidação de ato administrativo.

Gabarito: Letra D

QUESTÃO 02 - (FGV – OAB – XXIX Exame de Ordem / 2019)


Luciana, imbuída de má-fé, falsificou documentos com a finalidade de se passar por filha de Astolfo
(recentemente falecido, com quem ela não tinha qualquer parentesco), movida pela intenção de obter
pensão por morte do pretenso pai, que era servidor público federal. Para tanto, apresentou os aludidos
documentos forjados e logrou a concessão do benefício junto ao órgão de origem, em março de 2011,
com registro no Tribunal de Contas da União, em julho de 2014. Contudo, em setembro de 2018, a
administração verificou a fraude, por meio de processo administrativo em que ficou comprovada a má-fé
de Luciana, após o devido processo legal.
Sobre essa situação hipotética, no que concerne ao exercício da autotutela, assinale a afirmativa correta.
A) A administração tem o poder-dever de anular a concessão do benefício diante da má-fé de Luciana,
pois não ocorreu a decadência.
B) O transcurso do prazo de mais de cinco anos da concessão da pensão junto ao órgão de origem
importa na decadência do poder-dever da administração de anular a concessão do benefício.
C) O controle realizado pelo Tribunal de Contas por meio do registro sana o vício do ato administrativo,
de modo que a administração não mais pode exercer a autotutela.
D) Ocorreu a prescrição do poder-dever da administração de anular a concessão do benefício, na medida
em que transcorrido o prazo de três anos do registro perante o Tribunal de Contas.

Comentários:
Vejamos o que dispõe o art.54, da Lei n.º 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que


decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (grifo
nosso).

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No caso em tela, Luciana agiu comprovadamente de má-fé permitindo à Administração Pública anular a
concessão do benefício, uma vez que não ocorreu a decadência. Logo, a alternativa correta é que:

A administração tem o poder-dever de anular a concessão do benefício diante da má-fé de


Luciana, pois não ocorreu a decadência.

Gabarito: Letra A

QUESTÃO 03 - (FGV – OAB – XXX Exame de Ordem / 2019)


José, servidor público federal ocupante exclusivamente de cargo em comissão, foi exonerado, tendo a
autoridade competente motivado o ato em reiterado descumprimento da carga horária de trabalho pelo
servidor. José obteve, junto ao departamento de recursos humanos, documento oficial com extrato de
seu ponto eletrônico, comprovando o regular cumprimento de sua jornada de trabalho.
Assim, o servidor buscou assistência jurídica junto a um advogado, que lhe informou corretamente, à luz
do ordenamento jurídico, que
A) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que o próprio
texto constitucional estabelece que cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração pela autoridade
competente, que não está vinculada ou limitada aos motivos expostos para a prática do ato administrativo.
B) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que tal ato é
classificado como vinculado, no que tange à liberdade de ação do administrador público, razão pela qual
o Poder Judiciário não pode se imiscuir no controle do mérito administrativo, sob pena de violação à
separação dos Poderes.
C) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que, apesar de ser
dispensável a motivação para o ato administrativo discricionário de exoneração, uma vez expostos os
motivos que conduziram à prática do ato, estes passam a vincular a Administração Pública, em razão da
teoria dos motivos determinantes.
D) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis que, por se tratar
de um ato administrativo vinculado, pode o Poder Judiciário proceder ao exame do mérito administrativo,
a fim de aferir a conveniência e a oportunidade de manutenção do ato, em razão do princípio da
inafastabilidade do controle jurisdicional.

Comentários:
Vamos fazer um breve resumo sobre a Teoria dos Motivos Determinantes:
A alegação de motivo falso, inexistente ou incorretamente qualificado vicia o ato, ou seja, quanto
descumprido o conteúdo da teoria dos motivos determinantes ocorrerá a invalidação dos atos

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administrativos, seja quando os motivos elencados não existiram ou eram falsos, como quando deles
não advier a necessária coerência da fundamentação exposta com o resultado obtido. Assim, a Teoria
dos Motivos Determinantes condiciona a VALIDADE ao ato, e não a sua existência. Como José cumpriu
regularmente sua jornada de trabalho, resta viciado o ato que o exonerou.

Desta forma, é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração, eis
que, apesar de ser dispensável a motivação para o ato administrativo discricionário de
exoneração, uma vez expostos os motivos que conduziram à prática do ato, estes passam a
vincular a Administração Pública, em razão da teoria dos motivos determinantes.

Gabarito: Letra C

QUESTÃO 04 - (FGV – OAB – XXVI Exame de Ordem / 2018)


Marcos, servidor do Poder Executivo federal, entende que completou os requisitos para a aposentadoria
voluntária, razão pela qual requereu, administrativamente, a concessão do benefício ao órgão
competente. O pedido foi negado pela Administração. Não satisfeito com a decisão, Marcos interpôs
recurso administrativo.
Tendo o enunciado como parâmetro e considerando o disposto na Lei nº 9.784/99, assinale a afirmativa
correta.
A) O recurso, salvo disposição legal diversa, tramitará por, no mínimo, três instâncias administrativas.
B) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, que, se não a reconsiderar, encaminhará
o apelo à autoridade superior.
C) O recurso e todos os atos subsequentes praticados pela Administração no âmbito do processo
administrativo, em regra, devem apresentar forma determinada.
D) Marcos somente poderá alegar questões de legalidade, como a incompetência da autoridade que
proferiu a decisão, não lhe sendo permitido solicitar o reexame do mérito da questão apreciada.

Comentários:
De acordo com o artigo 56 da Lei nº 9.784/99 e seu § 1º, das decisões administrativas cabe recurso, em
face de razões de legalidade e de mérito e ele será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a
qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. Desta
forma, a alternativa a ser assinalada é: O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão,
que, se não a reconsiderar, encaminhará o apelo à autoridade superior.

Gabarito: Letra B

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QUESTÃO 05 - (FGV – OAB – XXIII Exame de Ordem / 2017)


Ao realizar uma auditoria interna, certa entidade administrativa federal, no exercício da autotutela,
verificou a existência de um ato administrativo portador de vício insanável, que produz efeitos favoráveis
para a sociedade Tudo beleza S/A, a qual estava de boa fé. O ato foi praticado em 10 de fevereiro de
2012. Em razão disso, em 17 de setembro de 2016, a entidade instaurou processo administrativo, que,
após o exercício da ampla defesa e do contraditório, culminou na anulação do ato em 05 de junho de
2017.
Com relação ao transcurso do tempo na mencionada situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
A) Não há decadência do direito de anular o ato eivado de vício, considerando que o processo que
resultou na invalidação foi instaurado dentro do prazo de 5 (cinco) anos.
B) Consumou-se o prazo prescricional de 5 (cinco) anos para o exercício do poder de polícia por parte da
Administração Pública federal.
C) O transcurso do tempo não surte efeitos no caso em questão, considerando que a Administração pode
anular seus atos viciados a qualquer tempo.
D) Consumou-se a decadência para o exercício da autotutela, pois, entre a prática do ato e a anulação,
transcorreram mais de 5 (cinco) anos.

Comentários:
Quando falamos em prazo decadencial de um ato administrativo, devemos ter em mente o que nos
ensina a Lei 9.784/99, mais especificamente seu artigo 54.

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que


decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

Desta forma, nosso gabarito é: Não há decadência do direito de anular o ato eivado de vício,
considerando que o processo que resultou na invalidação foi instaurado dentro do prazo de 5
(cinco) anos.

Gabarito: Letra A

QUESTÃO 06 - (FGV – OAB – XIX Exame de Ordem / 2016)


A associação de moradores do Município F solicitou ao Poder Público municipal autorização para o
fechamento da “rua de trás”, por uma noite, para a realização de uma festa junina aberta ao público. O

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Município, entretanto, negou o pedido, ao fundamento de que aquela rua seria utilizada para sediar o
encontro anual dos produtores de abóbora, a ser realizado no mesmo dia.
Considerando que tal fundamentação não está correta, pois, antes da negativa do pedido da associação
de moradores, o encontro dos produtores de abóbora havia sido transferido para o mês seguinte,
conforme publicado na imprensa oficial, assinale a afirmativa correta.
A) Mesmo diante do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato
discricionário da Administração.
B) Independentemente do erro na fundamentação, o ato é inválido, pois a autorização pleiteada é ato
vinculado, não podendo a Administração indeferi-lo.
C) Diante do erro na fundamentação, o ato é inválido, uma vez que, pela teoria dos motivos determinantes,
a validade do ato está ligada aos motivos indicados como seu fundamento.
D) A despeito do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato vinculado, não
tendo a associação de moradores demonstrado o preenchimento dos requisitos.

Comentários:
Conforme estudamos, a Teoria dos Motivos Determinantes afirma que o motivo apresentado como
fundamento da conduta vincula, de forma clara, a validade do ato administrativo. Ou seja, se houver
comprovação de que o alegado motivo é falso ou inexistente, o ato torna-se nulo.

Sendo assim, nosso gabarito é: Diante do erro na fundamentação, o ato é inválido, uma vez que,
pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato está ligada aos motivos indicados como
seu fundamento.

Gabarito: Letra C

QUESTÃO 07 - (FGV – OAB – XVII Exame de Ordem / 2015)


Manoel da Silva é comerciante, proprietário de uma padaria e confeitaria de grande movimento na cidade
ABCD. A fim de oferecer ao público um serviço diferenciado, Manoel formulou pedido administrativo de
autorização de uso de bem público (calçada), para a colocação de mesas e cadeiras. Com a autorização
concedida pelo Município, Manoel comprou mobiliário de alto padrão para colocá-lo na calçada, em frente
ao seu estabelecimento. Uma semana depois, entretanto, a Prefeitura revogou a autorização, sem
apresentar fundamentação.
A respeito do ato da prefeitura, que revogou a autorização, assinale a afirmativa correta.
A) Por se tratar de ato administrativo discricionário, a autorização e sua revogação não podem ser
investigadas na via judicial.

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B) A despeito de se tratar de ato administrativo discricionário, é admissível o controle judicial do ato.


C) A autorização de uso de bem público é ato vinculado, de modo que, uma vez preenchidos os
pressupostos, não poderia ser negado ao particular o direito ao seu uso, por meio da revogação do ato.
D) A autorização de uso de bem público é ato discricionário, mas, uma vez deferido o uso ao particular,
passa-se a estar diante de ato vinculado, que não admite revogação.

Comentários:
Pessoal, vamos relembrar o que estudamos acerca da autorização:
Autorização – é um ato discricionário por meio do qual a Administração permite a alguém a possibilidade
de realização de algum serviço, atividade material ou utilização de bens públicos ou particulares.

Lembrem-se: Autorização é SEMPRE um ato discricionário. Sempre. Ok!?

Quanto ao controle judicial do ato, é possível? Sim! Conforme estudamos, sempre haverá a possibilidade
do controle judicial sobre os atos discricionários da Administração. Não fosse assim, a Administração
Pública estaria livre para agir como bem entendesse. Desta forma, nosso gabarito é: A despeito de se
tratar de ato administrativo discricionário, é admissível o controle judicial do ato.

Gabarito: Letra B

QUESTÃO 08 - (FGV – OAB – XII Exame de Ordem / 2013)


O Estado X concedeu a Fulano autorização para a prática de determinada atividade. Posteriormente, é
editada lei vedando a realização daquela atividade. Diante do exposto, e considerando as formas de
extinção dos atos administrativos, assinale a afirmativa correta.
A) Deve ser declarada a nulidade do ato em questão.
B) Deve ser declarada a caducidade do ato em questão.
C) O ato em questão deve ser cassado.
D) O ato em questão deve ser revogado.

Comentários:
Pessoal, conforme estudamos, a caducidade ocorre quando o ato administrativo é retirado em virtude
de uma norma superveniente (posterior a ele e que o suplanta). Logo, nosso gabarito é: Deve ser
declarada a caducidade do ato em questão.

Gabarito: Letra B

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QUESTÃO 09 - (FGV – OAB – XI Exame de Ordem / 2013)


Atendendo a uma série de denúncias feitas por particulares, a Delegacia de Defesa do Consumidor
(DECON) deflagra uma operação, visando a apurar as condições dos alimentos fornecidos em
restaurantes da região central da capital. Logo na primeira inspeção, os fiscais constataram que o estoque
de um restaurante tinha produtos com a validade vencida. Na inspeção das instalações da cozinha,
apuraram que o espaço não tinha condições sanitárias mínimas para o manejo de alimentos e o preparo
de refeições. Os produtos vencidos foram apreendidos e o estabelecimento foi interditado, sem qualquer
decisão prévia do Poder Judiciário.
Assinale a alternativa que indica o atributo do poder de polícia que justifica as medidas tomadas pela
DECON.
A) Coercibilidade.
B) Inexigibilidade.
C) Autoexecutoriedade.
D) Discricionariedade.

Comentários:
Muito boa esta questão. Vimos que a autoexecutoriedade está relacionada com a possibilidade de que
alguns atos da Administração possam ser executados independentemente de ordem judicial prévia. No
caso da questão, o enunciado deixou claro “sem qualquer decisão prévia do Poder Judiciário.”.

Dessa forma, nosso gabarito é: Autoexecutoriedade

Gabarito: Letra C

QUESTÃO 10 - (FGV – OAB – VI Exame de Ordem / 2012)


A decisão tomada por uma das Câmaras do Conselho de Contribuintes de determinada Administração
Estadual é considerada ato
A) composto, pois resulta da manifestação de mais de um agente público.
B) complexo, pois depende da manifestação de aprovação, com o relator, de outros agentes.
C) qualificado, pois importa na constituição da vontade da Administração quanto a matéria específica.
D) simples, pois resulta da manifestação de vontade de um órgão dotado de personalidade administrativa.

Comentários:
Questão que cobra a diferença entre ato simples, composto e complexo.
Ato simples: é a decisão de 01 pessoa ou 01 órgão.

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Ato composto: é a decisão única de 01 pessoa ou 01 órgão, entretanto necessita de ratificação de outro
órgão para se tornar exequível.
Ato complexo: é a decisão de mais de 01 órgão (2 ou mais)

Desta forma, nosso gabarito é: simples, pois resulta da manifestação de vontade de um órgão
dotado de personalidade administrativa.

Gabarito: Letra D

QUESTÃO 11 - (FGV – OAB – V Exame de Ordem / 2011)


A revogação representa uma das formas de extinção de um ato administrativo. Quanto a esse instituto, é
correto afirmar que
A) pode se dar tanto em relação a atos viciados de ilegalidade ou não, desde que praticados dentro de
uma competência discricionária.
B) produz efeitos retroativos, retirando o ato do mundo, de forma a nunca ter existido.
C) apenas pode se dar em relação aos atos válidos, praticados dentro de uma competência discricionária,
produzindo efeitos ex nunc.
D) pode se dar em relação aos atos vinculados ou discricionários, produzindo ora efeito ex tunc, ora efeito
ex nunc.

Comentários:
Essa foi tranquila hein pessoal! Conforme estudamos, a revogação ocorre quando o ato se tornou
inconveniente ou inoportuno. Importante destacar que a revogação é de competência privativa da
Administração, ou seja, o Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos com base na
conveniência ou na oportunidade. Por fim, cumpre informar que a revogação só ocorre sobre atos
discricionários.

Importante: não existe revogação de ato vinculado! apenas para atos discricionários!

Sendo assim, nosso gabarito: apenas pode se dar em relação aos atos válidos, praticados dentro
de uma competência discricionária, produzindo efeitos ex nunc.

Gabarito: Letra C

QUESTÃO 12 - (CESPE – OAB – Exame de Ordem / 2007)

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Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.


A) Os atos administrativos são praticados apenas pela administração pública.
B) Os atos de caráter normativo, de decisão de recurso administrativo e os de matérias de competência
exclusiva, nos termos da Lei n.º 9.784/1999, não são passíveis de delegação.
C) Se o motivo que determina e justifica a prática do ato é inexistente ou é inválido, inválidos serão apenas
os efeitos do ato e não o próprio ato em si.
D) Os elementos do ato administrativo que se referem ao mérito são o objeto e a finalidade

Comentários:
De acordo com o art. 13 da Lei nº 9.784/99, Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Desta forma, nosso gabarito é: Os atos de caráter normativo, de decisão de recurso administrativo
e os de matérias de competência exclusiva, nos termos da Lei n.º 9.784/1999, não são passíveis
de delegação.

Gabarito: Letra B

QUESTÃO 13 - (IDECAN – Analista de Tecnologia da Informação/Governança e Gestão/ 2014)


A doutrina explica que “Ato Administrativo é toda declaração unilateral de vontade do Estado, no exercício
de prerrogativas públicas, manifestada mediante comandos complementares da lei, expedidos a título de
lhe dar cumprimento e sujeitos a controle pelo Poder Judiciário, ficando,assim, excluídos, os atos
abstratos e os convencionais". (Fernanda Marinela. Direito Administrativo. 5. ed. Niterói: Editora Impetus,
2011. p. 253.)
Sobre o tema, analise.
I. São elementos do ato administrativo: sujeito competente, forma, motivo, objeto e finalidade.
II. No direito administrativo, o silêncio é considerado como consentimento tácito.
III. O mérito administrativo, ou seja, a discricionariedade, pode estar no sujeito, na forma e na finalidade.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.

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E) II e III

Comentários:
De acordo com a interpretação trazida pela leitura do art. 2º da Lei nº 4.717/65 (que dispõe sobre a Ação
Popular), os elementos do ato administrativo são: Competência; Finalidade; Forma; Motivo e Objeto.
Desta forma, nosso gabarito é: I.

Gabarito: Letra A

QUESTÃO 14 - (MPE-MS – Promotor de Justiça / 2013)


Os atos administrativos de licença, permissão, autorização, admissão, visto, aprovação, homologação,
dispensa e renúncia, constituem espécies de:
A) Atos negociais.
B) Atos normativos.
C) Atos ordinatórios.
D) Atos enunciativos.
E) Atos punitivos.

Comentários:
Como vimos os atos negociais são aqueles que a vontade da Administração atua em sintonia com a do
administrado. Por exemplo: licença: ato vinculado; autorização: ato discricionário e precário.

Gabarito: letra A

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