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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL – UNIPLAN

CURSO SUPERIOR LICENCIATURA EM PEDAGOGIA


PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – PPAP

ALINE DA SILVA MUNIZ – UL19105034

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA GESTÃO DA EDUCAÇAO EM


AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES

Parauapebas – PA
Maio/2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL – UNIPLAN
CURSO SUPERIOR LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – PPAP

ALINE DA SILVA MUNIZ – UL19105034

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA GESTÃO DA EDUCAÇAO EM


AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES

Projetos e Práticas de ação Pedagógica-PPAP


apresentado ao Centro Universitário Planalto do
Distrito Federal – UNIPLAN, da cidade de
Parauapebas, Estado do Pará, como requisito parcial
para obtenção de nota, referente ao 5º período do
curso de Licenciatura em Pedagogia.

Professora Orientadora: Rafaela Valeryano de Lacerda

Parauapebas – PA
Maio/2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................4
CAPÍTULO 1. Revisão Bibliográfica :Fundamentos do estágio supervisionado...................................6
1.1 Concepções que permeiam o estágio supervisionado e educação.....................................................7
1.2 O curso de Pedagogia segundo o CNE /resolução de 15 de maio de 2016.......................................9
1.3 O uso das TICs e o letramento digital pelos docentes......................................................................10
1.4 O ato de educar e cuidar...................................................................................................................12
CAPÍTULO 2. Breve histórico da instituição educacional...................................................................15
2.1 Caracterização da unidade escolar tendo como base o PPP.............................................................15
CAPÍTULO 3. A Prática Pedagógica na instituição educacional.........................................................18
3.1 Relato do período de Semi regência ................................................................................................18
3.2 Impactos da pandemia na unidade escolar pelo novo corona vírus (COVID-19) ...........................20
3.3 Relato da regência ...........................................................................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................27
ANEXOS...............................................................................................................................................29
ANEXO A – Ação de intervenção para a unidade escolar....................................................................29
ANEXO B – Questionário do coordenador pedagógico........................................................................31
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INTRODUÇÃO

Mediante a considerável importância da experiência do contato com o futuro campo de


atuação docente, o presente relatório se faz necessário para complementação empírica da
gestão da educação no ambiente escolar para o aspirante a pedagogia, e tem como objetivo
angariar conhecimentos específicos, obtenção de uma reflexão crítica e observação desta
referida área a ser desenvolvida. O trabalho se desenvolverá através de pesquisa bibliográfica,
observação e posteriormente, relato do período de regência e Semi regência na área da
coordenação pedagógica.
O estágio supervisionado constitui um processo de formação profissional que propicia
ao estudante a oportunidade de aperfeiçoar suas competências e habilidades que são
construídas e refletidas ao longo da formação inicial, é uma experiência em que o graduando
mostra sua criatividade, independência e estilo de trabalho, oportunizando ao licenciado a
percepção se a escolha de sua profissão corresponde suas expectativas. O componente
curricular de estágio não se configura simplesmente como disciplina, mas como atividade, se
constitui como um campo de conhecimento, e poderá se configurar em atividades de pesquisa
no campo social no qual se desenvolve as práticas educativas.
O ambiente escolar, bem como seus atores e o processo de ensino aprendizagem tem
enfrentado muitos desafios frente ao novo cenário atípico que vivenciamos no momento.
Considerando a pré-escola, que atende crianças de idade ainda bem tenra, em especial a
Escola de Educação Infantil Comecinho de Vida, onde pude acompanhar no estágio
supervisionado, algumas dificuldades foram acentuadas tendo em vista a realidade presente, o
que será abordado nos capítulos posteriores.
Considerando o campo observado, é perceptível o exercício nas funções formadoras,
articuladoras e transformadoras dos profissionais da educação, especificamente a coordenação
pedagógica que acompanharei durante o desenvolver deste trabalho. E fundamental a
participação efetiva de todos os envolvidos no cenário aprendente, desde a comunidade
escolar, pais, colaboradores.
O coordenador pedagógico é aquele que responde pela viabilização e promoção do
trabalho pedagógico, estando diretamente relacionado com os professores, alunos e pais, tem
que estar e ir além do conhecimento teórico. Pois para acompanhar o trabalho, as ações
desenvolvidas, estimular os sujeitos integrantes do espaço educacional é preciso se ater a
percepção e sensibilidade para identificar as necessidades sobrevindas aos alunos e o corpo
docente.
5

O coordenador pedagógico assim também como o gestor e professores precisam se


manter atualizados, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua prática.
O período de regência e semi regência baseia-se em um treinamento que possibilita
aos estudantes vivenciarem o que se aprende durante a graduação. Os cursos de licenciatura
devem relacionar teoria e pratica de forma interdisciplinar, sendo que os componentes
curriculares não podem ser isolados, por isso. é considerado um elo entre o conhecimento
construído durante a vida de formação e a experiência real que os docentes terão em sala de
aula quando profissionais.
Um docente bem qualificado profissionalmente exerce o verdadeiro papel de cidadão
dentro do contexto social, à medida que atua como um agente multiplicador de
conhecimentos, contribui com a formação de mais cidadãos participativos e possuidores de
espirito critico, verdadeiro.
Com a observação pode-se obter vários conceitos sobre a gestão educacional, diferente
da administração escolar, que trata dos recursos materiais e financeiros, o que também não
deixa de ser uma atribuição do gestor escolar como foi observado no período de
acompanhamento da gestão escolar .A gestão juntamente com cooperação da coordenação
pedagógica administram a escola como um todo, sendo que um trabalho reforça e
complementa o outro e precisam estar em constante sintonia para atender as demandas
gerais ,dos docentes e alunos atendidos pelas unidades escolar. Cada instituição de ensino
deve planejar e executar sua proposta pedagógica, administrar os recursos financeiros e
materiais da instituição, zelar pelo experiências de aprendizagem, que é o termo que se usa
para educação infantil, visto que não se trabalha com disciplina como nas demais etapas.
Transformar o ambiente educacional não é fácil, porém é possível trabalhar na
construção de uma educação de qualidade, o gestor trará inovação adequada ao modo de
ensinar e a missão proposta pela filosofia da unidade escolar. Desse modo a gestão
pedagógica é a base estrutural da instituição de ensino, pois é responsável por gerir a parte
educativa ao estabelecer as diretrizes do ensino, metas a serem atingidas, e os conteúdos das
grades curriculares.
Dentre outras atribuições da gestão escolar em ambientes escolares é imprescindível o
estreitamento das relações socioafetivas, interação com as famílias, parte que está sendo
cumprida pela instituição como visto nos capítulos abaixo.
Nos capítulos que se seguem, este trabalho trará um apanhado dos relatos das
observações feitas englobando as ações que estão sendo desenvolvidas pela unidade escolar
6

na qual tive a oportunidade de acompanhar sob a execução de registros, reflexão sobre a


pratica e diálogo aberto envolvendo a área pedagógica.

CAPITULO 1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:FUNDAMENTOS DO ESTÁGIO


SUPERVISIONADO

1.1 AS CONCEPÇÕES QUE PERMEIAM O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E


CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO

O estágio se configura como parte integrante de compreender a escola em seu


cotidiano, é condição para qualquer projeto de intervenção, pois o ato de ensinar requer um
trabalho específico e reflexão mais ampla sobre a ação pedagógica que ali se desenvolve”
(PIMENTA, 2004, p. 104). O acadêmico deverá encaixar-se nas áreas que lhe compete para
aprofundamento e imersão no período
Art. 61- Os Estágios Supervisionados constam de
de observação, trazendo todas as
atividades de prática pré-profissional, exercidas em
nuances que compõem o fazer situações reais de trabalho, nos termos da legislação
em vigor.
pedagógico e é uma exigência da LDB
– Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9.394/96 que dispõe:

E Segundo a Lei nº 11.788, de 25 setembro de 2008, define o estágio como o ato educativo


escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo do estudante. O estágio, como procedimento didático-pedagógico e ato
Educativo, é essencialmente uma atividade curricular de competência da Instituição de
Ensino, que deve integrar a proposta pedagógica da escola e os instrumentos de planejamento
curricular do curso, devendo ser planejado, executado e avaliado em conformidade com os
objetivos propostos.
A concepção do estágio como atividade curricular e ato educativo intencional da
escola implica a necessária orientação e supervisão do mesmo por parte do estabelecimento de
ensino, por profissional especialmente designado, respeitando-se a proporção exigida entre
estagiários e orientador, em decorrência da natureza da ocupação. Cabe ao respectivo sistema
7

de ensino, à vista das condições disponíveis, das características regionais e locais, bem como
das exigências profissionais, estabelecer os critérios e os parâmetros para o atendimento do
disposto no parágrafo anterior. Deve ser realizado ao longo do curso, permeando o
desenvolvimento dos diversos componentes curriculares e não deve ser etapa desvinculada do
currículo. As concepções de educação quase sempre não mudam com o decorrer do tempo, o
que se tem é uma renovação dos conceitos que a abrangem e melhoramento de acordo a
globalização.
Nos cursos de formação de docentes, segundo OLIVEIRA E CUNHA (2006), o
Estágio Supervisionado é uma atividade que propicia ao aluno adquirir a experiência
profissional que é relativamente importante para a sua inserção no mercado de trabalho.
Durante o estágio, o futuro professor passa a enxergar a educação com outro olhar,
procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos alunos, dos professores e
dos profissionais que a compõem (JANUARIO, 2008).O objetivo do Estágio Supervisionado
é proporcionar ao aluno a oportunidade de aplicar seus conhecimentos acadêmicos em
situações da prática profissional, criando a possibilidade do exercício de suas habilidades.
Espera-se que, com isso, que o aluno tenha a opção de incorporar atitudes práticas e adquirir
uma visão crítica de sua área de atuação profissional (OLIVEIRA; CUNHA, 2006).
Para Quintas e Muñoz (2009) “Todo educador é necessário que possua uma ideia clara
de educação”, contudo, o conceito de educação não é definido numa única perspectiva, mas
sim em várias, dependendo sobretudo da base psicológica de apoio ou do tipo de
aprendizagem, pode ainda ser definido em sentido amplo e estrito; Segundo Vianna a
“educação, em sentido amplo, representa tudo aquilo que pode ser feito para desenvolver o ser
humano e, no sentido estrito, representa a instrução e o desenvolvimento de competências e
habilidades”. O sentido amplo abrange a educação ao longo da vida do ser humano, enquanto,
o sentido estrito corresponde às ações educativas que ocorrem na sala de aulas entre o
professor e os alunos. Dentre as várias perspectivas da concepção de educação, evidenciamos
três fundamentais cuja classificação tem como critério a forma como se dá a aprendizagem,
seja ela por recepção, por autoconstrução ou por construção guiada, tais formas por sua vez se
alicerçam respectivamente nas teorias psicológicas comportamentalista (Skinner), humanista
ou psico – construtivista (Piaget) e sócio – construtivista (Vygotsky).Os fundamentos
psicológicos da educação constituem o ponto de partida em que se deduzem uma determinada
teoria de ensino e sua prática consequente, eles governam todo o processo de ensino,
implicando a necessidade de “encaixar de forma justa e coerente teorias de aprendizagem e
prática pedagógica” .
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Em se tratando das concepções da ação docente mediante as exigências da BNCC, é


um documento que vem trazer uma nova linguagem para o currículo da educação básica em
todo o Brasil, discutida nos últimos três anos de formação inicial de professores da educação
básica, as orientações se revelam um modelo formativo que privilegia a aquisição de
competência técnica em detrimento de um processo de formação inventiva. Uma educação
pensada nos moldes da BNCC é uma educação perspectivada na solução de problemas e é
orientada por um conjunto de habilidades e competências que pretendem dar conta da
complexidade dos processos formativos docentes.
As ideias educacionais, segundo SAVIANI (2010), podem ser “decorrentes da análise do
fenômeno educativo visando explicá-lo”, e encontram-se nas diferentes disciplinas científicas
que tomam a educação como objeto, e há também, aquelas “derivadas de determinada
concepção de homem, mundo ou sociedade sob cuja luz se interpreta o fenômeno educativo”,
“que classicamente tem constituído o campo da filosofia da educação”. Diante disso, o mesmo
autor explica que o ideário pedagógico, são as ideias educacionais “na forma como elas
encarnam no movimento real da educação, orientando e, mais do que isso, constituindo a
própria substância da prática educativa” (SAVIANI, 2010, p.6). Diante disso, o professor é
um profissional que está no meio de um fogo cruzado, uma vez que a ele é solicitado que
responda as exigências postas à sua formação, e também àquelas postas por paradigmas que
defendem a implementação de inovação nas práticas docentes.
Por outro lado, as concepções de educação defendidas nos estudos sustentam uma
fonte teórica utilizada na formação continuada de muitos professores, mostrando-se
condicionantes de uma concepção de docência que pode (ou não), gerar possibilidades para
uma formação humanizada a e emancipadora, capaz de desenvolver consciências
emancipadas que conduzam a uma ação transformadora da sociedade. A defesa por formação
e práticas emancipadoras não se esgotam na dimensão técnica (saber ensinar), mas engloba
todas as atividades desenvolvidas pelo professor que visam à formação dos alunos e à sua
própria, fundamentada em conhecimentos, saberes e fazeres, que envolvem tanto aspectos da
vida profissional como do pessoal, ou seja, as relações estabelecidas, a subjetividade, a
afetividade, os valores, a ética.
Em se tratando das concepções da ação docente mediante as exigências da BNCC, é
um documento que vem trazer uma nova linguagem para o currículo da educação básica em
todo o Brasil, discutida nos últimos três anos de formação inicial de professores da educação
básica, as orientações se revelam um modelo formativo que privilegia a aquisição de
competência técnica em detrimento de um processo de formação inventiva. Uma educação
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pensada nos moldes da BNCC é uma educação perspectivada na solução de problemas e é


orientada por um conjunto de habilidades e competências que pretendem dar conta da
complexidade dos processos formativos docentes. A gestão escolar como também os
professores devem manter uma rotina de registros para suas atividades realizadas, como
sugere o autor WARSCHAUER (2001). “O registro escrito da prática pedagógica constitui um
instru- mento de reflexão e uma oportunidade formativa importante no processo de revisão
das práticas de coordenadores e professores, além de ser um elemento significativo para o
estabelecimento de vínculos e parcerias profissionais.

1.2 O CURSO DE PEDAGOGIA SEGUNDO O CONSELHO NACIONAL DE


EDUCAÇÃO / CNE

A Resolução de 15 de maio de 2016 do Conselho nacional de Educação, institui Diretrizes


Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, licenciatura, e define
princípios, condições de ensino e aprendizagem. Procedimentos a serem observados em seu
planejamento e avaliação pelos órgãos dos sistemas de ensino e pelas instituições de educação
superior no país. Nos termos explicitados nos pareceres do CNE (Conselho Nacional de
Educação), o curso a plica-se á formação inicial para o exercício da docência na Educação
Infantil, anos iniciais do ensino fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade
normal, e em cursos de educação profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como
em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. O documento
compreende a docência como ação educativa e processo metódico intencional, construído em
relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e
objetivos da pedagogia, desenvolvendo-se na articulação entre conhecimentos científicos e
culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e
de construção do conhecimento no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo.
Ainda segundo o CNE, O curso de pedagogia por meio d estudos teórico-práticos,
investigação, e reflexão crítica propiciará: O planejamento, execução, e avaliação de
atividades educativas, aplicação ao campo de educação, de contribuições, de conhecimento
filosófico, histórico, antropológico, ambiental ecológico, psicológico, linguístico, sociológico,
político, econômico e cultural. A resolução reza ainda que o estudante de Pedagogia
trabalhará com repertorio de informações e habilidades de interdisciplinaridade,
contextualização, democratização, pertinência, e relevância social. Para a formação do
licenciado e central: O conhecimento da escola como organização complexa que tem função
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de promover a educação para a cidadania, a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de


investigação de interesse da área educacional, a participação da gestão e organização e
funcionamento de sistema e instituições de ensino. Seguindo a proposta do conselho nacional
de educação, para o ingresso no referido curso, o aspirante deverá estar apto a: Atuar com
ética e compromisso com vistas a construção de uma sociedade justa, igualitária,
compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos e anos iniciais do ensino
fundamental, de forma a contribuir para o seu desenvolvimento nas dimensões, físicas,
psicológica, intelectual, social.
Os docentes por sua vez, devem assumir uma pratica que empregue a práxis.
1.3 O USO DAS TICS E O LETRAMENTO DIGITAL PELOS DOCENTES

Para Buckingham (2010) o letramento digital não é somente uma questão funcional de
manusear o computador e fazer pesquisas; é necessário saber localizar e selecionar os
materiais por meio de navegadores, hyperlinks e mecanismos de procura, entre outros. O
autor afirma ainda que não basta ter somente habilidades necessárias para se recuperar
informações na mídia digital, é preciso ser capaz “de avaliar e usar a informação de forma
crítica se quiserem transformá-la em conhecimento” (BUCKINGHAM, 2010, p. 49). Isso
significa fazer perguntas sobre as fontes da informação, os interesses dos produtores e qual
sua relação com as questões sociais, políticas e econômicas.
Entendemos que o desenvolvimento das novas tecnologias é fruto de demandas
sociais, mas que, para utilizá-las, faz-se necessário dominar novas habilidades, como destaca
Buckingham (2010). Nesse sentido, concordamos que os letramentos digitais tanto são
afetados pelas culturas quanto afetam as culturas nas quais são introduzidos, de modo que
seus efeitos sociais e cognitivos variarão em função dos contextos socioculturais e finalidades
envolvidas na sua apropriação (BUZATO, 2006, pg. 7). De fato, o uso das tecnologias, apesar
de demandado pelas relações sociais, afeta essas relações. Ao pensar a aplicação das TICs na
escola, o que o educador precisa saber sobre elas? O que pode garantir seu preparo para a
realização desse trabalho? Sobre a formação de professores BEHRENS (1995), afirma que:
Neste momento de globalização mundial, continuamos a tratar a formação do professor com
discursos vazios de uma prática apropriada e significativa. Reverter este papel perante a
sociedade é uma tarefa árdua. (BEHRENS, 1995).
Embora seja significativo o número de decisões e projetos, governamentais ou não,
argumentando sobre a “importância” das tecnologias na educação, estes projetos consideram
que a inclusão digital dos professores pode ser feita apenas por meio de cursos de capacitação,
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e se desenvolvem na própria instituição de ensino, em universidades e centros de informática.


São cursos importantes, mas não são suficientes para propiciar mudanças na ação do professor
no ambiente escolar, pois não ocorre uma inclusão digital real deste profissional.Para ser
considerado incluído digitalmente, faz-se necessário que o professor compreenda que: A
utilização das tecnologias na educação pode propiciar a criação de novas formas de relação
pedagógica, de novas formas de pensar o currículo e, portanto, pode também conduzir a
mudanças no ambiente escolar; o uso das tecnologias na educação tem um potencial
significativo, que, não está diretamente relacionado à presença da máquina, mas sim do
profissional professor que firmou um compromisso com a pesquisa, com a elaboração própria,
com o desenvolvimento da crítica e da criatividade, superando a cópia, o mero ensino e a
mera aprendizagem. Neste sentido, é necessário que o professor entenda a tecnologia como
um instrumento de intervenção na construção da sociedade democrática contrapondo-se a
qualquer tendência que a direcione ao tecnicismo, a coisificação do saber e do ser humano.
Para alcançar essa formação, o professor necessita utilizar as tecnologias que poderão
ajudá-lo na elaboração de materiais de apoio, constituindo-se como valiosos recursos para o
ensino de diversas disciplinas do currículo, seja em sala de aula, em um trabalho coletivo, ou
na dinâmica do trabalho desenvolvido em ambientes informatizados.
12

1.4 O ATO DE EDUCAR E CUIDAR

O ato de educar em seu sentido é aprender e conviver e, atualmente se faz necessário, pois
a humanidade está perdendo o amor pelo próximo, o interesse de fazer o outro se sentir bem
com pequenas ações de bondade e gentilezas. O educador que visa uma educação de
qualidade e uma aprendizagem significativa é importante para que vivencie na pratica os
quatro pilares de educação do futuro de Jaques Delors, onde o aprender a ser contribua
positivamente na vida de seus semelhantes; ao aprender a conviver aceite as diferenças, sendo
solidário e receptivo; ao aprender a aprender compreenda, descubra, construa e reconstrua
conhecimentos; ao aprender a fazer desenvolva adequadamente as competências e habilidades
de forma generosa e prazerosa para todos os envolvidos no âmbito escolar e fora dele. Em se
tratando da educação infantil, consideramos o termo educar como uma ato de valorização da
criança, em que a educação contribua para o desenvolvimento e crescimento do aprendiz
como um ser humano, compreendendo assim, suas singularidades e respondendo as suas
necessidades. Partindo dessa realidade das crianças, ou seja, de suas necessidades, a educação
infantil está intimamente ligada e relacionada ao ato de cuidar e educar.
Como indissocialização entre o cuidar e o educar, surge no presente, a ideia de educação
como papel socializador que deve proporcionar às crianças o desenvolvimento de situações
significativas de aprendizagens, na qual o educador, ao mesmo tempo em que cuida da
criança, deve educá-la. Nessa perspectiva, o RCNEI (1998, p. 23) enfatiza: Educar significa,
portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientações de forma
integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis da relação
interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e
confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e
cultural (RCNEI, 1998, p. 23). A relação saudável entre o professor e aluno faz progredir o
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desempenho escolar de todos, ampliando as competências e as habilidades. Segundo FREIRE


(1996, p.77), “toda pratica educativa demanda a existência de sujeitos, um que ensinando
aprende, outro, que aprendendo ensina”. O ato de educar não é neutro, como já vimos
anteriormente, ele é todo permeado de intencionalidades porque se preocupa com a formação
humana, ou seja, quem educa tem um objetivo, uma intenção.
De acordo com PIMENTA E ANASTASIOU (2005), o trabalho doente está impregnado
de intencionalidade, pois visa à formação humana por meio de conteúdos e habilidades, de
pensamento e ação, o que implica escolhas, valores, compromisso éticos. O ato de educar é,
portanto, um ato político que exige do educador a tomada de decisão sobre o que ensinar,
como ensinar e, neste processo, se torna evidente sua própria opção política, visão de mundo,
valores, crenças, etc.
O papel atribuído à educação muda no decorrer de tempo, de acordo com os desafios de
cada época. Da mesma forma, a visão do mundo do educador se constrói no interior dessas
mudanças, por meio de sua participação nos movimentos socias, nas diversas práticas sociais,
nos conflitos e contradições próprias da sua época. A cada nova experiencia se aprende, se
reflete, se questiona, modificando a forma de ser e pensar o mundo se o ato de educar tem
uma intencionalidade, o educador não pode ser ingênuo e, por isso deve refletir sobre os
pressupostos éticos, filosóficos, políticos e teóricos que subjazem a sua pratica decente, tendo
em vista o cidadão que pretende formar, ou a menos, colaborar com sua formação e também a
sociedade que buscamos agora e para as gerações futuras.
Além de contemplar o cuidado na esfera da instituição da educação infantil, cuidar
significa também compreender o ato como parte integrante da educação, embora possa exigir
conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica, ou seja,
cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de
conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. Com isso, no contexto
escolar é preciso entender o significado do cuidar nas manifestações humanas. O cuidado é
um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em
procedimentos específicos. Assim, o desenvolvimento integral como já propõe a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LBD – 9394/96, depende tanto dos cuidados
relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do
corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como
esses cuidados são oferecidos. No entanto, muitas atitudes e procedimentos de cuidado são
influenciados por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento
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infantil, por isso é papel dos espaços educacionais estar trabalhando e conscientizando os atos
de cuidar e tanto com a equipe pedagógica como com a própria comunidade escolar.
No que concerne às práticas do cuidar, é necessário salientar que o cuidado é um
vínculo que significa atitudes, emoções e reconhecimento entre corpo e a pessoa. Isso
significa compreendê-lo como parte complementar da educação das crianças e está
completamente ligado ao educar, como nos afirma Campos (1994, p.35): “Todas as atividades
ligadas à proteção e ao apoio necessárias ao cotidiano de qualquer criança: alimentar, lavar,
trocar, proteger, consolar, enfim “cuidar”. O cuidado escolar se constitui em compreender,
valorizar e ajudar à criança a desenvolver suas capacidades afetivas e biológicas; as efetivas
ligadas aos cuidados relacionais com o outro, e a biológica ligada aos cuidados com a saúde,
com a alimentação e com o próprio corpo.
Ainda de acordo com RCNEI (1998, p. 25), evidencia que: Cuidar e educar não podem
ser compreendidos de maneira separada, pois em todos os momentos da sala de aula as
crianças estão em constante aprendizado. Ainda mais quando os momentos são caracterizados
de cuidados ou de aprendizagens as crianças situam-se em pleno desenvolvimento educativo
psicológico e de aquisição do saber. Outrossim, o cuidar na Educação Infantil está
diretamente ligado à educação, no qual exige habilidades e conhecimentos da parte de quem
cuida. Cuidar de crianças pequenas dentro de um contexto educativo requer uma ação
conjunta dentre os vários campos de conhecimento.
15

CAPÍTULO 2. BREVE HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL


2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA TENDO COMO BASE O PPP

A escola Municipal de Educação Infantil Comecinho Vida deu início ao atendimento


pedagógico em 10 de maio de 1990, e atende na modalidade de pré-escola e creche, com
turmas do infantil III, IV e V, com crianças na faixa-etária de 3 ,4 e 5 anos, nos horários
matutino e vespertino, possui prédio próprio, e as instalações da parte física foram adaptadas,
mas, ainda não dispões da estrutura exigida pela secretaria de educação: (brinquedoteca e sala
de informática). O imóvel é amplo e apresenta boas condições de localização, acesso,
segurança, salubridade, iluminação, saneamento e higiene, com espaços destinados
exclusivamente ao uso das crianças e dos funcionários. As turmas são organizadas de acordo
com os critérios estabelecidos pela portaria nº1.716, de 01 de dezembro de 2015 (capitulo III,
art.15, dos critérios para a formação de turmas, pagina 04 e 05) e a faixa etária das crianças
atende conforme a portaria, com o máximo de 13 crianças em idade de creche, e 20 em idade
de pré-escola, as professoras trabalham com uma carga horaria mensal de 129 horas, sendo
distribuídas da seguinte forma: Sala de aula, planejamento e formação.

A unidade escolar dispõe de dois recursos financeiros viabilizados pelo governo federal
através do MEC (Ministério da Educação) e Prefeitura Municipal que são: O PDDE (projeto
dinheiro direto na escola) e o fundo rotativo, ambos são utilizados mediante prestação de
contas dos recursos utilizados para compra de insumos, bens duráveis e não duráveis. Com
relação a realidade socioeconômica da comunidade escolar, a instituição atende crianças de
classe baixa e média, que compreende suas imediações, conforme registrado no PPP, e busca
se fundamentar no que rege as DCNEI (2009) que definem que “As Práticas Pedagógicas que
compõem a proposta curricular da educação infantil tenham como eixo norteador as
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interações e brincadeiras” (Brasil, CNE/CEB, 2009) por isso todas as atividades ofertadas
conta com a presença de um educador como alguém mais experiente para orientar o trabalho.

O atendimento prestado rege de acordo com o calendário escolar, este aprovado pelo
conselho municipal de educação de Parauapebas (COMEPA), iniciando as atividades normais
no início do ano, havendo período de férias em julho. A escola Comecinho de Vida utiliza os
indicadores de qualidade na Educação Infantil como subsidio de avaliação, como também
observação da prática docente, diários, registros, relatórios individuais e portfólios dentre
outros. (Resolução municipal de Parauapebas art.6º, CAP.II) onde todos são avaliadores,
desde as crianças no dia a dia através das experiências propostas, os pais por meio das
reuniões, entrevistas escritas, conselho de classe, corpo docente por meio da observação e
reflexão sobre as ações desenvolvidas.

O projeto político pedagógico da instituição valoriza a participação de todos os


envolvidos no processo educacional, tendo como proposta , articular intenções, prioridades e
caminhos escolhidos para o desempenho de suas funções sociais e é desenvolvido a partir de
reuniões democráticas e participativas com grupo de professores, gestão, coordenação e
membros da comunidade escolar, desse modo, o projeto foi e vem sendo construído
coletivamente a fim de organizar o trabalho pedagógico, com vistas aos interesses e
necessidades da comunidade escolar, subsidiando as práticas pedagógicas, a fim de assegurar
uma aprendizagem de qualidade, em que a criança possa ser um agente de transformação
social, exercitando plenamente a sua cidadania. Nesse contexto, a realização de um trabalho
coletivo com a participação da comunidade é de suma importância para o sucesso do projeto.

A instituição escolar deve ser um espaço democrático, dessa forma, o PPP pretende
despertar no dia a dia da E.M.E.I Comecinho de Vida a busca efetiva para uma educação
transformadora e de qualidade através de uma gestão participativa. A instituição acredita que
a diversidade se faz presente na produção de práticas, saberes, valores, linguagens,
representações do mundo, experiências de sociabilidade e de aprendizagem, assim a escola
realiza um trabalho contínuo, onde este eixo orienta as experiências e práticas, exercendo um
olhar sensível do educador no sentido de acompanhar as crianças em suas necessidades e
capacidades, explorando as situações que surgem no contexto escolar de forma positiva,
através das brincadeiras, rodas de conversas, filmes de desenhos animados, leituras literárias
dentre outras atividades que são adaptadas conforme a realidade ou necessidade das crianças
em sala de aula, considera ainda ,a criança como ser que aprende desde que nasce ,sendo
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sujeito histórico, social e cultural, a criança nasce com sua história de vida e em meio a uma
sociedade que possuem sua própria cultura.

A Educação Infantil, especificamente a Escola Comecinho de Vida explicita de


maneira integrada as funções do cuidar e educar de modo que as crianças se desenvolvam e
potencializem suas aprendizagens. No entanto, essa integração causa algumas divergências,
visto que o ato de educar na educação infantil ainda é um grande obstáculo a ser enfrentado
pelos educadores. Segundo menciona o PPP da referida unidade escolar, a educação infantil é
uma das etapas mais importantes na vida de uma criança, afinal, é nela em que as primeiras
manifestações de pensamentos, linguagem, criatividade, reações, imaginação, ideias e
relações sociais são construídas e compreende que é necessário que os profissionais estejam
em constante aprendizagem e que seu trabalho se mantenha integrado com os demais
profissionais da escola, uma vez que esta ação conjunta é essencial para garantir que o cuidar
e o educar ocorram de forma integrada, portanto, indissociáveis. Em vista disso, trabalhar com
educação infantil envolve uma série de tópicos de suma importância que são: estudo,
dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de todos os envolvidos no
processo. Além disso, há a necessidade de caracterizar amplamente o conceito, a
especificidade e as peculiaridades do cuidar e do educar na prática pedagógica, baseando-se
nos autores que discutem essa questão e na legislação atual. O cuidar e o educar de crianças
também envolve uma ação integrada entre quem ensina e quem aprende. Ademais, os
professores que trabalham com crianças pequenas necessitam tomar cuidados para que suas
práticas pedagógicas não se transformem em ações mecanizadas na sala de aula, guiadas por
normas, uma vez que são duas práticas que devem caminhar juntas de maneira inerente,
agradável, criativa, possibilitando que ambas as ações desenvolvam em sua totalidade a
identidade e a autonomia das crianças envolvidas no contexto escolar.

Ainda de acordo com o PPP ,a instituição permanece considerando as crianças como


sujeito social e histórico, constituído no seu cotidiano e cidadão portador e produtor de
cultura, oferecem experiências considerando o tempo de brincar, jogar, chorar, sonhar,
desenhar, tomar banho de mangueira, carrinhos, sorrir, colorir, ou seja, um tempo que
incorpora tudo o que a criança é e faz nesse período de sua vida, um tempo em que ela vive
como sujeito de direitos sempre desenvolvendo uma postura ética de não hierarquizar as
diferenças, promovendo situações de interação com outras crianças que favoreçam a
transformação e ampliação do seu repertório cultural. e tem como: Missão: Garantir uma
educação de qualidade para todas as crianças, garantindo os direitos de aprendizagem e
18

desenvolvimento das habilidades respeitando as diversidades, buscando a parceria da


comunidade, quer seja para cooperação, quer seja para avaliação de suas ações. Visão: Ser
referência no atendimento e na qualidade da educação, visando melhorar cada vez mais o
desenvolvimento das aprendizagens e habilidades das crianças, transmitindo os valores como:
amor ao próximo, respeito, cooperação, melhoramento contínuo e inovação. A educação não
pode ser imposta por educador ou educadora, é uma ação fruto da relação do sujeito com a
realidade, em que o educador participa como facilitador ou mediador. Nesta perspectiva,
acredita-se que a educação e o ato de educar para a conscientização, não podem ser fechados e
determinados como uma fatalidade, mas devem ser dinâmicos e estar em transformação
contínua. Não é somente transferência de conhecimento ou de saberes de um educador
autoritário que se mostra como detentor do saber.

CAPÍTULO 3. A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL

3.1 RELATO DO PERÍODO DE SEMI REGÊNCIA

O ano letivo da Escola Municipal de Educação Infantil Comecinho de Vida, iniciou-se


no dia 01 de fevereiro de 2021, com um total de 189 alunos matriculados, tendo à frente da
coordenação pedagógica ,a coordenadora Luciana Dos Santos Nascimento, a qual tive a
oportunidade de observar suas atribuições e campo de atuação durante o período de semi
regência , a mesma coordena o total de dez turmas em toda a escola ,sendo duas delas na
modalidade de creche ,que compreende os alunos de três anos de idade, e oito turmas que
contemplam os alunos da pre escola ,de quatro e cinco anos de idade. Desde o mês de março
de 2020, as aulas presenciais foram suspensas devido a pandemia do COVID 19, sendo
instituída a modalidade de aulas remotas pela resolução nº 005 de 07 de maio, artigo 5ª,
parágrafo único, a qual tive acesso, e reza: “Devido o período de excepcionalidade cabe a
secretaria de educação, propor meios de vínculos lúdicos e acolhedores entre professores,
crianças e suas respectivas famílias, considerando os campos de experiências das diretrizes
curriculares e da base nacional comum curricular.”

Considerando os desafios próprios que são enfrentados no regime de aulas presenciais,


muito mais dificuldades foram surgindo frente ao novo cenário, onde todas as ações
concernentes ao assessoramento pedagógico tomaram um rumo um tanto diferente para o ano
letivo da Escola Comecinho de Vida, como também para toda rede de ensino. Em se tratando
de mudanças de curso, nesse momento de instabilidade que afeta todos os atores do sistema
19

aprendente, algumas ações desenvolvidas pela coordenação pedagógica sofreram mudanças


em sua forma de execução.

Dadas as circunstancias, alguns importantes encaminhamentos da esfera pedagógica


na referida escola, passaram a ser feitos pela secretaria de educação a coordenadora, por meio
de reuniões virtuais direcionadas pela equipe do setor de educação infantil e diretoria técnico
-pedagógica, onde a partir dessas reuniões são norteadas as ações e os planejamentos a serem
desenvolvidos no sistema de aulas remotas .A coordenação pedagógica ,como também a
gestão escolar recebem formação continuada online, periodicamente, onde são vistos e
revistos alguns pontos no intuito de melhorar e facilitar as experiências de aprendizagem e
para que as mesmas sejam práticas e enfáticas, surtindo o objetivo esperado mediante os eixos
propostos na grade curricular, o que é algo muito novo, pois ainda não se tem um referencial
de estudos aprofundados com relação ao sistema de aulas hibridas e remotas. Para melhor
alcance das crianças atendidas pela escola, além das aulas desenvolvidas pelo grupo de
WhatsApp, a coordenação juntamente com os professores elabora cadernos de atividades que
são produzidos a partir das propostas previstas na BNCC (Base Nacional Comum
Curricular).Após receber os encaminhamentos pela secretaria de educação, a coordenadora
repassa-os aos professores através de encontros virtuais via aplicativo Google Meet e
semipresencial, onde são feitos assessoramentos coletivos e individuais que transformam a
informação em conhecimento que são revertidos para seus laborais propriamente dito.

A coordenadora instruí os professores para todo o fazer pedagógico, mantendo sempre


as propostas dentro da leitura, escuta, produção, oralidade e analise linguística. Dentre o
quadro de professores a escola dispões de uma professora itinerante especializada em
psicopedagogia que auxilia o trabalho pedagógico com atividades diferenciadas para os
alunos com necessidades especiais atendidos também na modalidade de aulas não presenciais.
As propostas e planejamentos diferenciados são elaborados por ambas, e encaminhadas a
professora responsável que as executa como planejado.

Dentre as reuniões periódicas desenvolvidas pela coordenação da escola estão:


planejamentos gerais, planejamento para orientação do relatório inicial de turma, socialização
sobre o caderno de atividades, orientação para o relatório individual de turma, assessoramento
a fim de acompanhar os registros das devolutivas das famílias das crianças, planejamento para
pesquisa de novas experiências mediante a devolutiva das atividades semanais, elaboração e
alinhamento do portfólio digital das atividades.
20

Referente ao conselho de classe deste primeiro semestre, foi especificamente


tratado a respeito dos documentos institucionais que são eles: Relatório geral de turmas e o
portfólio virtual e físico ,devido as aulas estarem ocorrendo de forma remota, os mesmos
foram solicitados com antecedência pela coordenação para uma análise prévia do conteúdo a
ser discutido e posteriormente socializado com devolutivas aos professores e para melhor
desenvolvimento do conselho do mês de maio, executado de acordo com a agenda do
cronograma previamente planejado.

Os professores registram seus teletrabalhos, onde suas horas/aulas são computadas,


também recebem formação continuada ofertada pela secretaria de educação e pela
coordenadora pedagógica, isso tudo em virtude da pandemia-COVID 19.

3.2 IMPACTOS DA PANDEMIA NA UNIDADE ESCOLAR PELO NOVO CORONA


VÍRUS (COVID-19)

A partir das observações feitas no estágio de semi regência, pôde-se observar que
alguns impactos decorrentes da pandemia foram manifestados, como por exemplo, a redução
por procura de vagas pela comunidade, na unidade escolar, e nesse contexto vale mencionar
que a quantidade de alunos matriculados em cada turma foi reduzida em 3% pela secretaria de
educação através da portaria nº. 1138 de 02 de dezembro de 2020, com a expectativa de
retorno das aulas presenciais. Conforme os decretos instituídos, o trabalho começou a ser
desenvolvido de forma remota com atividades encaminhadas para as famílias através das
ferramentas digitais seguidas de orientações pedagógicas, sendo encaminhadas regularmente
três vezes por semana (segunda, quarta e sexta) ficando o restante dos dias da semana (terça e
quinta) para pesquisas, planejamentos e devolutivas das atividades enviadas nos grupos das
turmas. E o que se pode perceber com relação ao fluxo imigratório e migratório dos alunos é
que permanece praticamente estático.

De certa forma, o que se percebe é que as famílias também estão sendo impactadas
socio, cultura e emocionalmente, visto que demanda recursos financeiros para aquisição dos
artefatos tecnológicos e seus aparatos, o ensino tendo que ser repassado aos alunos pelos pais,
uma vez que os mesmos dependem integralmente de suas intervenções na realização das
atividades, e sem contar na perda de riqueza cultural que se têm pela inexistência de eventos
que promovam de forma mais presencial as manifestações e experiências culturais que antes
eram realizadas presencialmente. No intuito de amenizar os impactos causados pela pandemia
21

do novo coronavírus, a coordenação, juntamente com a gestão realizam reuniões virtuais com
as famílias das crianças onde são tratados de assuntos relacionados a: Importância dos
registros pedagógicos para o desenvolvimento das crianças, estratégias para estreitar ainda
mais o vínculo entre escola e família e a busca de parceria com as mesmas, para dar
continuidade no processo das experiências de aprendizagens , tematização da prática docente,
prática da cultura Maker ( faça você mesmo) e a importância de desenvolver receitas,
brincadeiras de roda, cantiga de roda, jogo simbólico, caixa do tesouro, brincadeiras livre e
dirigidas. Muitas vezes a proposta é feita através do assessoramento individual ou em duplas
de professores.

A escola não dispõe de um projeto próprio com relação ao enfrentamento a pandemia,


visto que a própria Secretaria de Educação instituiu o projeto pedagógico para o regime
especial de aulas não presenciais na rede municipal de ensino de Parauapebas, o que não a
deixa em nenhum, demérito, com relação a empregabilidade das propostas, pois percebe-se
que todos os esforços estão sendo feitos e as ações estão sendo bem desenvolvidas mediante
as orientações propostas.

A gestão tem buscado incessantemente o impedimento da evasão escolar, fazendo para


isso, a atualização regular dos dados cadastrais junto a secretaria da escola, e em seguida
realizando contato através de ligações ou visita as residências .Há algumas dificuldades
encontradas com relação a aquisição de artefatos tecnológicos para utilização das aulas
remotas por parte das famílias ,pois nem todos possuem recursos financeiros suficientes para
adquiri-los, há falhas também com o acesso à internet de qualidade nas residências dos
alunos e também na unidade escolar, se tratando disso a escola se encontra prestes a receber
os benefícios do projeto intitulado : Educação conectada ,que será disponibilizado também
pela secretaria de educação em conjunto com o governo federal. Para ir atendendo as
necessidades prioritárias, a escola utiliza também a plataforma Google for Education, onde
todos os atores do processo educativo têm acesso e podem fazer suas postagens de trabalho
pedagógico, interações, e é aberto também aos pais ou responsáveis dos alunos.

Na parte de assistência socioeconômica, as crianças recebem mensalmente um cartão


merenda, no valor de 80 reais, disponibilizado para compra de gêneros alimentícios (pela
prefeitura municipal) visto que a merenda escolar não está sendo servida. O cartão é retirado
pelos pais ou responsáveis na unidade escolar sob todos os protocolos de registros de entrega
e recomendações da OSM em prevenção ao COVID -19. Com relação a parte física, foram
22

afixados pias e suportes de higienização das mãos logo no acesso principal da unidade
escolar, e os insumos e objetos de proteção, como mascaras e álcool em gel são sempre
repostos. Se tratando da parte administrativa, a escola mantém um atendimento externo
reduzido, tanto no fluxo de pessoas, como na carga horaria dos colaboradores, funcionando
em regime de escala.

3.3 RELATO DA REGÊNCIA

Mediante as observações e registros ,o que se percebe é que a unidade escolar, apesar


de desenvolver bem as propostas pedagógicas, ainda necessita de formação tecnológica para
os docentes e seria importante que se estendesse aos pais dos alunos que também fazem uso
das mesmas ,visto que é uma necessidade inerente a modalidade de aulas não presenciais, pois
como afirma (BUCKINGHAM,2010) uma escola informatizada não significa a simples
existência de computadores e artefatos tecnológico ,é preciso ter o domínio de todas as formas
pertinentes ao seu devido uso e uma apropriação crítica das mídias.

Observa-se que os servidores não dispõem de um programa de saúde mental para


acompanhamento psicológico vista a instabilidade emocional e psicológica que se vive no
momento em função da pandemia COVID-19, o que em minha visão seria plausível, tendo em
vista o bom desenvolvimento pedagógico, o profissional da educação precisa estar de todas as
formas aptos para execução da prática docente, dentro da sala de aula como também nas
demandas externas que envolvem os afazeres pedagógicos. Sobre os registros das aulas,
observa-se que eles existem por parte dos professores, mas não como um controle
sistematizado por parte da coordenação Pedagógica, e como afirma (WARSCHAUER 2001),
é uma ação muito importante para revisão da prática, um momento de reflexão, obtenção de
23

bons resultados é uma oportunidade formativa, indispensável para o processo de ensino e


aprendizagem.

Ainda no campo de observação, no quesito relação família/escola, há dificuldades de


alcance por parte da coordenação pedagógica e gestão escolar, a interação acaba não
ocorrendo de forma totalmente satisfatória, pois alguns pais não fazem a retirada das
atividades impressas quinzenalmente, e se mostram desinteressados na participação e
execução efetiva das atividades virtuais propostas, e alguns professores por acreditar que é um
passo inicial da família estabelecer as relações com a escola, acabam por não empregarem
todos os esforços em busca do seu alunado, o que na visão de TANCREDI(2002) é algo
distorcido ,pois é função dos professores essa construção da relação família/escola.

Para finalizar o processo de experiência do relatório de estágio supervisionado,


direcionei-me a então coordenadora pedagógica através de encontros virtuais, via aplicativo
Google Meet, e às vezes presencialmente, para discorrer sobre alguns pontos, considerados
relevantes, com relação a contextos sociais e internos específicos da unidade escolar.
Inicialmente, o relato da entrevista se deu sob a elaboração de roteiro que segue anexo, e em
seguida, foi feita uma abordagem crítica.

Dentre alguns assuntos abordados no período da regência, onde as observações são


mais diretas, foi visto a questão da fragilidade da escola internamente, com relação a
vulnerabilidade psicológica e física das crianças, considerando a etapa que a escola atende,
pois o fato de ainda serem infantis e não terem o poder da palavra, exigem cuidado e atenção
redobrada, e para este assunto entra a questão do cuidar. Em algumas vezes, ainda em tempos
de aulas presenciais, ocorreram situações no âmbito externo, onde a criança aparecia com
hematomas, com características de vivências hostis e negligência parental em questões de
saúde, higiene e não existência das relações afetivas, o que é um ponto extremamente crítico e
exige intervenção direta da escola no sentido de acionar os órgãos competentes para
averiguação dos casos. A escola precisa exercer uma função social para além das questões
educacionais, e garantir que seus alunos, que estão em primeiro lugar, como seres humanos e
crianças o direito efetivo de conviverem bem social, físico e socialmente.

Com relação a participação da comunidade escolar nos projetos e construção


administrativa, antes de ocorrer esse cenário atípico, a escola matinha um pouco mais da
metade da comunidade escolar que participava das reuniões pedagógicas e administrativas.
Hoje, na modalidade online, diminuiu ainda mais o percentual de participantes nas reuniões e
24

eventos em geral que acontecem virtualmente, (segundo a coordenadora).O que em minha


visão é um desafio muito grande para o segmento educacional, manter as relações
comunidade/escola/família , regulares e efetivas ,visto que a sociedade moderna ,mesmo com
toda instrução promovida pela globalização e progressão das noções sociais, em sua maioria
encontram-se alienados com relação a importância da participação direta ou indireta nos
processos educativos.

Concernente aos desafios, comprova-se que não é de agora que a jornada pedagógica
demanda problemáticas ,mesmo em tempos “normais” pôde-se vivenciar situações
desafiadoras concernentes ao sistema de ensino na escola ,como por exemplo, as tentativas de
manter um feedback positivo e crítico-reflexivo, a colaboração por partes dos pais em
assessorar os alunos, visto que os mesmos dependem integralmente de assessoramento na
execução das atividades, a participação na institucionalização de projetos pedagógicos , o
engajamento nas atividades culturais, pedagógicas e administrativas da escola, além disso
existem as questões de administração interna com colaboradores a afins. A pandemia foi
apenas algo mais para somar aos entraves e desafios. Questão essa, que reforça mais uma vez,
a desvalorização, e incompreensão, influenciadas pelo comportamento das pessoas que vem
mudando com o passar dos anos em decorrência de fatores socioculturais, influenciando
diretamente o sistema de ensino e aprendizagem, vale ressaltar que não é uma prática de
todos, há entre a sociedade em geral como também na referida comunidade escolar,
indivíduos que atendem positivamente as expectativas e propostas oportunizadas.

Sobre as dificuldades neste momento pandêmico, o fato de as crianças também não


estarem acostumados a rotinas mais pesadas de estudos em casa, ambiente no qual
normalmente priorizavam atividades de descanso e entretenimento, de maneira geral, as
crianças não possuíam a maturidade para lidar com a autonomia implícita no ensino a
distância, em especial os alunos da Educação Infantil.

Garantir que todos os estudantes tenham acesso às atividades propostas, consigam


desenvolver as competências e habilidades necessárias à sua aprendizagem, o professor
conseguir lidar com as mudanças inerentes ao contexto atual e reconhecer a urgência da
necessidade de rever o seu papel como profissional do conhecimento são alguns dos entraves
relacionados a atualidade na escola. A pandemia acentuou a despreparação dos docentes no
manuseio das ferramentas digitais. Talvez o ponto mais crítico nesse momento. Planejar uma
25

aula remota é bem diferente da sala de aula, a dinâmica de interação com os alunos é outra, as
formas de comunicação com familiares mudam.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Frente aos novos desafios e complexos apresentados pela sociedade em geral, pela
educação, e especificamente pela Escola Municipal de Educação Infantil Comecinho de Vida,
pude observar que o período de regência e Semi regência é de suma importância e o estágio se
configura em um momento de crítica reflexiva, aprendizados que serão `futuramente levados
para minha prática docente e aplicadas ao meu laboral propriamente dito.

A observação mesmo que de forma virtual e semipresencial entre professores, alunos,


e todos os protagonistas que envolvem a educação, em minha visão, agregam um
conhecimento empírico de alto valor para as demandas educacionais e todas ações que
permeiam o ambiente aprendente.

Conclui-se que, devemos buscar profissionalização, não apenas puro e simples


treinamento, nesse sentido o futuro gestor e/ou professor deve prepara-se, tornar-se
26

pesquisador de sua prática, fazer uso do máximo de competências, estratégias e


conhecimentos possíveis, estabelecer uma relação de confiança com a comunidade escolar ,
lidar com situações improváveis, com situações emergentes, como no caso que se passa no
cenário atual, que inclusive ficará registrado nos marcos históricos para todas as gerações
futuras. Aprendi que a docência comporta vários saberes: Conhecimento, compreensão,
motivação, empatia, competência, paciência, didática, criatividade e muitos outros atributos
imensuráveis.

O gestor pedagógico deve direcionar seus liderados para um melhor caminho que
condiz com a realidade vivenciada, e o ensino deve ser inovador e não apenas mantenedor.
Frente a todo esse quadro é preciso “usar novos mapas para velhas rotas “como disse um
autor desconhecido. Fazer com que os alunos construam um sentido significativo para o que
aprendem, valorizar o conhecimento prévio, dar sentido não apenas ao pedagógico, ou
acadêmico, mas também ao sensível.

Durante as observações ficou explícito a despreparação dos docentes frente ao uso das
tecnologias, e outras problemáticas, como por exemplo a dificuldade de alcance as famílias,
problemas esses, que exigem uma análise própria de cada caso. Foi muito importante este
momento, pois pude aprender a resolver algumas demandas concernentes a gestão escolar, o
que sempre acaba se expandido para a docência e discência, visto que são áreas interligadas.
Num geral, posso concluir que a experiência foi totalmente válida, e me permitiu uma visão
interna e externa para o que previamente já acreditava como sendo a gestão da educação em
ambiente escolar e todos os atores do ambiente aprendente.
27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Maria; PIMENTA, Selma g. estágios supervisionados na formação docente.


são Paulo: Cortez, 2014.
BIANCHI, A. C. M., et al. Orientações para o Estágio em Licenciatura. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005.
BRASIL. Lei nº 89394/96, 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Diário oficial da união, Brasília, DF, 23 de dezembro de 1996.
BARREIRO, I.M.F. Raimunda abou GEBRAN. prática de ensino e estágio supervisionado
na formação de professores. – São Paulo: ed. avercamp, 2006.
BEHRENS, Marilda Aparecida. Formação continuada dos professores e a prática pedagógica.
Curitiba: Champagnat, 1996.
BUCKINGHAM, D. Cultura digital, educação midiática e o lugar da escolarização.
educação e realidade, vol. 35, núm. 3, 2010.
28

BUZATO, M. E. K. (2001) "Sobre a Necessidade de Letramento Eletrônico na Formação


de Professores: (Org.) linguísticas e Ensino: Novas Tecnologias. Blumenau: Nova

CAMPOS, Vicente f. tqc: gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Belo


Horizonte: fundação Christiano ottoni,1994.

CASASSUS, J. a escola e a desigualdade. Brasília, DF: plano, 2002.FRANCO, Maria


Amélia do r. s. pedagogia e prática docente. São Paulo: Cortez, 2012.

JANUARIO, Gilberto. materiais manipuláveis: uma experiência com alunos da educação


de jovens e adultos. in: encontro alagoano de educação matemática, 2008.

LIBÂNEO, J.C. organização e gestão da escola: teoria e prática, 5. ed. Goiânia, alternativa, 2004.

RESOLUÇÃO DE 15 DE MAIO DE 2016 DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO


institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia
LUCKESI, C Carlos. avaliação da aprendizagem componente do ato pedagógico. São
Paulo: Cortez, 2011.

TANCREDI, F. B., BARRIOS, , FERREIRA, J.H.G. Planejamento em saúde. São Paulo: FSP-USP,
2002.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e


prática. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
PPP, Escola Municipal de Educação Infantil Comecinho de Vida, Parauapebas,2020
MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário. Instituto de Ensino
Disponível em: http://www.iesbpreve.com.br/base.asp?pag=noticiaintegra.asp&IDNoticia=1259.
Acesso em: 30 de abril.

WARSCHAUER, Cecília. A Roda e o Registro: uma parceria entre professor, alunos e


conhecimento, São Paulo: Paz e Terra, 1993.

ROSIMEIRE, O estágio na formação docente 1. https://sites.unipampa.edu.br ›


29

ANEXO A
Como intervenção na unidade escolar, considerando a modalidade de aulas remotas, sugiro
protocolos de registro, acompanhamento e monitoramento do processo de ensino e
aprendizagem, para sistematização das ações e dos objetos de conhecimento, cooperando
assim para oficializar a realização das ações didático-pedagógicas, conforme ilustrado:

Quadro 1 – Protocolo de registro, acompanhamento e monitoramento do processo de ensino e aprendizagens.

ESCOLA:_______________________________________________________________________________

GESTOR:_______________________________________________________________________________
30

COORDENADOR:_______________________________________________________________________

Recursos Ferramenta Engajamento Envolvidos Componente Objetos do Desafi


estratégico curricular conheciment os
s o

Legenda:
Recursos estratégicos – Procedimentos pedagógicos por meio de videoaula, aulas na modalidade não
presencial, atividades xerocopiadas, com uso da interatividade, outros.
Ferramentas – Aplicativos, redes sociais, blogs.
Engajamento – Citar o nome dos professores que se destacam pelo comprometimento com a aprendizagem dos
alunos; planejamento de ações de ensino que resultem em efetivas aprendizagens; criação e gerir ambientes de
aprendizagens.
Envolvidos – A (s) pessoa (s) incumbida (s) de fazer o envio/entrega e recebimento das atividades realizadas
pelos alunos.
Componente curricular – Especificar os componentes curriculares que estão demandando atividades didáticas
para os alunos realizarem em casa.
Objetos do conhecimento – Elencar os conteúdos curriculares ministrados por meio das atividades didáticas
partilhadas aos alunos.
Desafios – Arrolar os desafios especificando suas motivações relativas à falta de estrutura das famílias, a falta de
pontualidade no cumprimento de prazos.

Quadro 2 – Protocolo de registro, acompanhamento e monitoramento da frequência dos alunos.

ESCOLA:_______________________________________________________________________

GESTOR:_______________________________________________________________________

COORDENADOR:_______________________________________________________________

Alun Datas de envio das Campos de Percentual de Status O


o atividades experiência participação bservações
dos alunos
31

Legenda:
Aluno – Listar os nomes dos alunos devidamente matriculados conforme enturmarão do diário de classe.
Datas de envio das atividades - Registro cronológico do envio das atividades para os alunos.
Campos de experiência - Experiências específicas da base curricular.
Percentual de participação dos alunos – Mensurar estatisticamente os dados relativos às devolutivas dos
alunos que realizaram as atividades de cada componente curricular.
Status – Situação referente à realização ou não da atividade pelo aluno.
Observações – Registros de situações relevantes e pertinentes pedagogicamente.

ANEXO B

ROTEIRO DA ENTREVISTA COM O COORDENADOR PEDAGÓGICO

Nome da Disciplina: PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇOES PEDAGÓGICAS

Cursista: ALINE DA SILVA MUNIZ

Polo: PARAUAPEBAS
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Tutor: RAFAELA VALERYANO DE LACERDA

Nome da Escola: ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL COMECINHO


DE VIDA

FONE: (94)3356 3491


Gestor(a):coord.
Pedagógica
LUCIANA DOS SANTOS NASCIMENTO / 94 92904 3846

1.Quais são as principais fragilidades da escola internamente?

2. Há uma presença significativa dos pais nas reuniões em que são convidados?

3. Quais alguns dos entraves que a ação pedagógica tem enfrentado mesmo antes da
instituição do regime de aulas não presenciais?

4. Se tratando da educação infantil, quais as dificuldades específicas com relação ao uso das
tecnologias?

5. Em sua visão quais são os maiores desafios neste sistema de aulas não presencial? 
33

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