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Debora Bonat
ISBN: 978-85-387-0395-2
CDD 001.81
Métodos de abordagem
e de procedimento................................................................... 21
Método........................................................................................................................................... 21
Produções científicas............................................................... 33
Livro................................................................................................................................................. 33
Folheto........................................................................................................................................... 34
Monografia................................................................................................................................... 34
Dissertação................................................................................................................................... 36
Tese.................................................................................................................................................. 36
Artigo.............................................................................................................................................. 37
Ensaio............................................................................................................................................. 37
Paper ou comunicação científica.......................................................................................... 38
Informe científico....................................................................................................................... 39
Resenha crítica............................................................................................................................ 39
Projeto de pesquisa.................................................................. 45
Tema................................................................................................................................................ 46
Problema....................................................................................................................................... 47
Levantamento, armazenamento
e análise dos dados.................................................................. 63
Levantamento de dados.......................................................................................................... 63
Leitura............................................................................................................................................. 64
Armazenamento de pesquisa................................................................................................ 67
Fichamento................................................................................................................................... 67
Análise do texto.......................................................................................................................... 70
Elementos textuais................................................................... 93
Redação......................................................................................................................................... 93
Divisão da monografia............................................................................................................. 96
Formatação geral do trabalho............................................................................................... 98
Citações........................................................................................................................................101
Sistema de citação recomendado......................................................................................104
Referências.................................................................................127
Anotações..................................................................................131
Não é possível afirmar que o pesquisador deve atuar de forma neutra, sem
impor à sua pesquisa aspectos de sua vida pessoal. O pesquisador é um ser
humano, portanto, inserido em uma comunidade que impõe valores e con-
dutas. A falácia da neutralidade, produzida pela corrente do positivismo jurí-
dico, hoje não encontra mais lugar na sociedade.
Para que a pesquisa adquira uma natureza científica, faz-se necessário que a
produção de conhecimento, a busca pela resposta de um problema, ocorra de
forma sistematizada, utilizando-se de um método científico específico.
Além disso, o pesquisador deve ter a consciência dos recursos necessários para
a realização de sua pesquisa, tanto materiais quanto em relação ao tempo dispo-
nível para a pesquisa. Isso porque pesquisa é a realização de uma investigação
planejada, desenvolvida e redigida conforme normas metodológicas.
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A pesquisa jurídica
somente para buscar novas teorias, mas também para compilar e fornecer uma
nova visão de uma teoria já posta no mundo jurídico. Pode-se, neste momento,
fazer uma comparação do objeto a ser pesquisado com um polígono, cabendo ao
pesquisador olhá-lo a partir de uma nova perspectiva.
A pesquisa, para possuir uma natureza científica, deve ser estruturada, contro-
lada, sistemática e redigida de acordo com as normas metodológicas. Isso porque
o conhecimento, para ser caracterizado como ciência, deve ter como característi-
cas a generalização, a confiabilidade e a sistematização.
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Metodologia da Pesquisa
A pesquisa prescritiva, por sua vez, tem como objetivo a proposição de solu-
ções, as quais fornecem uma resposta direta ao problema apresentado, ou pres-
crevem um modelo teórico ideal para delimitar conceitos, que servirão posterior-
mente de respostas diretas.
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A pesquisa jurídica
Pesquisa de campo
A pesquisa de campo parte da observação de fatos ou fenômenos tal como
ocorrem na realidade. Contudo, não se restringe à mera coleta de dados. É ne-
cessário que se proceda a uma sistematização desses dados coletados, a partir da
pesquisa bibliográfica prévia.
Essa forma de pesquisa traz algumas vantagens, entre elas: o acúmulo de infor-
mações sobre um fenômeno específico e a facilidade na obtenção de uma amos-
tragem de indivíduos.
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Metodologia da Pesquisa
A terceira forma ocorre por meio do questionário. Aqui são feitas perguntas de
forma ordenada, as quais deverão ser respondidas por escrito, sem a presença do
entrevistador. Os questionários poderão ser entregues em locais predetermina-
dos ou enviados para que as pessoas os respondam. Contudo, deve ser enviada
junto com as perguntas uma carta explicando a importância de que o questioná-
rio seja respondido de forma correta, sem falseamento das respostas.
A pesquisa de campo sofre com esse possível falseamento, pois depende dos
resultados enviados ou respondidos pelos entrevistados. Uma coleta de dados
que não represente a verdade não trará uma conclusão adequada.
Pesquisa de laboratório
A pesquisa de laboratório é mais difícil, porém mais exata, pois vai preocupar-
-se em descrever, analisar situações que são controladas. Essas situações pode-
rão ocorrer tanto em um recinto fechado (um laboratório) como em um recinto
aberto, e terão como característica básica o controle sobre os dados e efeitos. Na
área jurídica não é muito utilizada.
Pesquisa teórica
A característica principal da pesquisa teórica é a utilização de documentos e
material bibliográfico suficientes para responder o problema. Como não há uma
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A pesquisa jurídica
Note-se que o fato de não possuir experimentos não significa que o seu re-
sultado não tenha implicações práticas, mas ao contrário: uma pesquisa teórica
pode gerar consequências empíricas, ocasionando grandes transformações so-
ciais, como ocorre na análise da constitucionalidade das leis.
A máxima do Direito “tudo o que é alegado deve ser comprovado” tem vali-
dade na área da pesquisa. Todas as afirmações devem ser comprovadas, seja por
meio de documentos, seja por meio de fontes secundárias ou bibliográficas.
Note-se que uma revisão bibliográfica será suficiente para responder um de-
terminado problema, quando não existirem dúvidas sobre as respostas forneci-
das aos questionamentos.
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Metodologia da Pesquisa
É possível afirmar, dessa forma, que as técnicas de pesquisa jurídica aqui estu-
dadas podem ser relacionadas diretamente, ou seja, em uma pesquisa é possível
utilizar mais de uma técnica de pesquisa.
Texto complementar
Organização da pesquisa jurídica1
(ADEODATO, 2002)
1
Extraído do artigo: “Bases para uma metodologia da pesquisa em Direito”, de João Maurício Adeodato (Mestre e Doutor pela
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e professor da Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE)). Disponível na seção Doutrina do SaraivaJur.
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A pesquisa jurídica
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GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. p. 48.
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Metodologia da Pesquisa
Na pesquisa jurídica, pelo menos, isto não funciona. Ainda que tais ideias
precisem estar presentes por trás do projeto ou sumário, o autor deve procu-
rar títulos que já exponham ao leitor, a partir do índice, algo do conteúdo que
o espera e que individualizem o trabalho. O ideal é que a introdução tenha
um título específico, que já expresse uma justificativa pela escolha; dentro
dessa introdução, um subtítulo designará a importância do tema; outro ex-
plicitará a metodologia empregada, tanto na pesquisa (quais as fontes, quais
as formas utilizadas) quanto na redação (optou por este ou aquele sistema
de referência, este ou aquele autor-guia, porque excluiu ou incluiu este ou
aquele tema – dependendo de seu papel, a metodologia pode ocupar um
capítulo à parte); outro apontará, muito resumida e atrativamente, o conteú-
do de cada capítulo. No nosso exemplo: “Projeto: As estratégias de inconsis-
tência no Judiciário brasileiro. 1. Hipóteses de trabalho (1.1. Direito e Estado
subdesenvolvidos. 1.2. Direito estatal e direito extraestatal. 1.3. O Direito
extraestatal dependente do Estado. 1.4. Como se organiza esta pesquisa).
2. Pressupostos epistemológicos (2.1. Pluralismo jurídico versus monismo
estatal. 2.2. Estratégia. 2.3. Disfunção). 3. O Direito extraestatal no Judiciário
brasileiro (3.1. O nível dogmático previsto no ordenamento oficial. 3.2. O nível
extradogmático ensejado pelo ordenamento oficial. 3.3. O nível extradogmá-
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