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Márcia Costa Bonamin

Fundamentos do Texto em
LÍNGUA INGLESA I

2009

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© 2009 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização
por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

B697 Bonamin, Márcia Costa. / Fundamentos do Texto em Língua


Inglesa I. / Márcia Costa Bonamin. — Curitiba : IESDE
Brasil S.A. , 2009.
244 p.

ISBN: 978-85-387-0233-7

1. Língua Inglesa – Compêndio para estrangeiros. 2. Língua


Inglesa – Estudo e ensino. I. Título.

CDD 428.24

Capa: IESDE Brasil S.A.


Imagem da capa: Jupiter Images / DPI Images

Todos os direitos reservados.

IESDE Brasil S.A.


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Márcia Costa Bonamin

Mestre em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica de São


Paulo (PUC-SP). Especialista em Gramática da Língua Inglesa pela UniSant’Anna,
SP. Licenciada em Língua e Literatura Inglesas pela PUC-SP.

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Sumário
O texto – conceitos e abordagens...................................... 11
O que é um texto?...................................................................................................................... 11
Definições de texto.................................................................................................................... 11
O texto oral e o texto escrito.................................................................................................. 15
Formalidade versus informalidade na linguagem.......................................................... 17

Tipos de texto e gêneros........................................................ 25


Discurso, gênero e texto.......................................................................................................... 25
Tipos de texto e gêneros textuais........................................................................................ 29
Contexto de situação e de cultura....................................................................................... 32
Comparação e contraste entre tipos de texto e gêneros............................................ 33

Diferenças organizacionais e linguísticas


de textos em língua materna e língua estrangeira................ 41
Organização retórica português/inglês............................................................................. 41
Principais diferenças linguísticas entre L1 e L2 – aspectos gramaticais................. 44
Principais diferenças linguísticas entre L1 e L2 –
aspectos lexicais (vocabulário).............................................................................................. 48

Unidades textuais...................................................................... 57
Coerência e coesão.................................................................................................................... 57
Coesão gramatical e lexical.................................................................................................... 60
Marcadores de discurso........................................................................................................... 62
A organização do parágrafo................................................................................................... 65

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Principais tipos de texto I....................................................... 73
Texto descritivo........................................................................................................................... 73
Escrevendo um parágrafo descritivo.................................................................................. 78
Texto narrativo – conceito e caracterização..................................................................... 79
Escrevendo um parágrafo narrativo.................................................................................... 81

Principais tipos de texto II...................................................... 89


Texto dissertativo-expositivo................................................................................................. 89
Escrevendo um parágrafo dissertativo-expositivo........................................................ 94
Texto dissertativo-argumentativo........................................................................................ 95
Escrevendo um parágrafo dissertativo-argumentativo............................................... 96

Gêneros do discurso...............................................................103
Gêneros – apresentação........................................................................................................103
Gêneros e sua função social.................................................................................................106
Gêneros digitais........................................................................................................................107

Caracterização e emprego dos gêneros textuais I –


textos instrucionais.........................................................................117
Textos instrucionais – tipos e características..................................................................118
Manuais de Instruções – análise e caracterização........................................................119
Regras e regulamentos – análise e caracterização.......................................................122
Escrevendo textos instrucionais.........................................................................................124

Caracterização e emprego dos gêneros textuais II –


textos persuasivos/argumentativos.................................135
Textos persuasivo-argumentativos: tipos e características.......................................135
Propagandas comerciais e institucionais........................................................................138

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Cartas ao editor.........................................................................................................................142
Escrevendo textos persuasivo/argumentativos............................................................144

Gêneros textuais da área acadêmica...............................157


Abstracts – caracterização e escrita....................................................................................157
Resenha – caracterização e escrita....................................................................................159
Resumo artigos – caracterização e escrita......................................................................163

Gêneros textuais no mundo dos negócios....................177


Cartas e e-mails comerciais – caracterização e escrita...............................................177
Cartas de apresentação..........................................................................................................185
Currículo Vitae – caracterização e escrita........................................................................187

Textos, gêneros e o ensino...................................................197


Gêneros do discurso e PCN / PCNEM / PCN+.................................................................197
Que tipo de gêneros textuais escolher?...........................................................................200
Aplicação pedagógica de gêneros textuais....................................................................208

Gabarito......................................................................................219

Referências.................................................................................237

Anotações..................................................................................243

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Apresentação

A disciplina Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I tem como obje-


tivo fornecer subsídios para o reconhecimento das estruturas organizacionais e
linguísticas de textos e gêneros que circulam na sociedade, a fim de que se possa
distingui-los, compará-los e contrastá-los em suas várias ocorrências no discurso.
A partir dessa abordagem, também irá propor atividades de produção de peque-
nos textos visando a prática dos conceitos aprendidos.

O conteúdo foi dividido em 12 capítulos. Nos capítulos iniciais, de números


1 a 6, trabalharemos na conceituação de texto e gênero e suas características dis-
tintivas. Posteriormente, serão apontados os contrastes estruturais e linguísticos
entre a língua portuguesa e a língua inglesa, bem como os aspectos de formalidade
e informalidade da língua estrangeira.

Em seguida, trataremos especificamente dos tipos de texto mais impor-


tantes, que são: descritivo, narrativo, dissertativo e argumentativo, incluindo as
questões de coerência e coesão. Através da análise de vários exemplos desses
textos, os alunos deverão produzir parágrafos a partir dos modelos estudados.

A partir da Aula 7, o conceito de gênero textual, será mais bem detalhado.


Destacaremos alguns exemplares das categorias de textos instrucionais e persu-
asivos, além dos que circulam no discurso acadêmico e na área comercial. Após o
estudo da estruturação retórica e dos aspectos léxico-gramaticais, trabalharemos
com a produção contextualizada com base nos modelos discutidos.

Finalizaremos com um capítulo dedicado à discussão de textos e gêneros


à luz dos PCNs e apontaremos alguns caminhos ao futuro docente para aplicação
pedagógica dos gêneros do discurso.

Bons estudos!

Márcia Costa Bonamin

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O texto – conceitos e abordagens

Dentre as competências e habilidades a serem desenvolvidas por es-


tudantes está a formação de leitores e produtores de textos competen-
tes, que são capazes de interpretar um texto de modo linear e crítico,
sabendo utilizá-lo em um evento de comunicação específica. Em outras
palavras, para uma interpretação adequada de determinado artigo, não
basta somente identificar as ideias ali tratadas, mas também analisá-lo
nas entrelinhas a partir do momento sócio-histórico em que se encontra.
Além disso, para produzir um texto, é preciso, igualmente, que se domine
uma série de estratégias de organização e estruturação textual, além de
aspectos gramaticais e lexicais (vocabulário), tendo sempre em mente a
situação particular em que determinado texto é originado e utilizado.

Com esse propósito, trataremos, inicialmente, das definições de texto,


da distinção entre textos orais e escritos e dos aspectos de formalidade e
informalidade na linguagem.

O que é um texto?
Atualmente, a Linguística Textual e a Análise do Discurso, nos forne-
cem subsídios indispensáveis para a análise de textos. Enquanto a primei-
ra estuda os aspectos linguísticos e as condições discursivas que formam a
base da construção da textualidade, a segunda aborda as construções ideo-
lógicas presentes em um texto, tido como produto da atividade discursiva.

Desse modo, a partir dessas duas disciplinas do campo da linguística


teremos embasamento para compreender o texto como um conjunto de
sentidos que é resultado de uma prática social e que deve ser considerado
em seu contexto social e cultural.

Definições de texto
Veremos, a seguir, duas definições de texto, na perspectiva de alguns
autores de destaque. Primeiramente, na visão de Ingedore Koch (1997, p.
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

22), docente da Unicamp e responsável por trabalhos significativos na área da Lin-


guística Textual, o texto é

a manifestação verbal constituída de elementos linguísticos selecionados e ordenados pelo


falantes, durante a atividade verbal, de modo a permitir aos parceiros, na interação, não
apenas depreensão de conteúdos semânticos, em decorrência da ativação de processos e
estratégias de ordem cognitiva, como também a interação (ou atuação) de acordo com as
práticas socioculturais.

Já, para Ângela Kleiman (1995, p. 4), outra pesquisadora da Unicamp, “O texto
é considerado por alguns especialistas como uma unidade semântica onde os
vários elementos são materializados através de categorias lexicais, sintáticas,
semânticas, estruturais.”

Em uma definição mais abrangente, fornecida por Halliday e Hasan (1989,


p.10) dois grandes estudiosos da linguagem, o texto é

linguagem que é funcional [...] pode ser tanto oral como escrita [...] e é constituída de
significados a serem expressos ou codificados, em palavras ou estruturas, os quais podem
ser re-expressos continuamente, recodificados em sons ou em símbolos escritos [...] o texto é
essencialmente uma unidade semântica.1

Além disso, para aqueles autores (1989, p. 11) o texto é “[...] um produto de um
processo contínuo de escolhas de significado que podemos representar como
múltiplos caminhos ou passagens através de redes que constituem o sistema
linguístico”.2 Assim, o que podemos apreender a partir dessas definições? Alguns
conceitos estão listados a seguir.

 A linguagem é funcional e tem unidade semântica, isto é, linguagem que


tem o papel de transmitir significados em situações específicas.

 Manifestação verbal que permite a interação, a partir de certa comunida-


de linguística, ou seja, uma linguagem que carrega significados que são
interpretados em sociedades e culturas específicos.

 Uma unidade de significado que é ao mesmo tempo produto (como um


diálogo, por exemplo) e processo, pois existem múltiplas variações de sua
realização.

 Manifestação linguística que se materializa através de certa estrutura, ou


seja, tem uma organização que lhe dá coerência e coesão.

1
Tradução livre da autora.
2
Tradução livre da autora.

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O texto - conceitos e abordagens

Em suma, a função de um texto é transmitir uma mensagem ao receptor, es-


tabelecendo uma interação com ele. Para isso, devemos utilizar:

 uma organização textual coesa e coerente, ou seja, o texto deve ser


constituído de elementos linguísticos dispostos de tal modo que possam
ser compreendidos corretamente, permitindo, assim, que a função comu-
nicativa possa ser realizada;

 uma estruturação adequada, isto é, a mensagem poderá estar contida


em gêneros específicos, com organização textual diferenciada. Por exem-
plo, a mesma informação poderá ser comunicada através de um bilhete
ou de um e-mail, ou através de um memorando ou de um ofício, cada qual
estruturado de modo diferente;

 um nível de linguagem (registro) decorrente de contextos sociais es-


pecíficos. Conforme mencionamos no segundo item provavelmente será
utilizada uma linguagem mais informal no bilhete, enquanto o memorando
ou o ofício terão uma linguagem mais formal. Em ambos os casos, os parti-
cipantes do discurso estão adequando suas escolhas lexicais (de palavras) e
semânticas (de significado) ao contexto social em que se encontram e aos
seus participantes. Assim, no mesmo contexto, uma secretária, por exemplo,
poderia escolher textos orais ou escritos diferentes para se comunicar com
seus colegas, seu superior imediato ou com o presidente da empresa, consi-
derando o grau hierárquico e de proximidade com esses interlocutores. Que
tal agora vermos alguns exemplos de textos que ilustrem esses conceitos?

Texto 1 – Manual do aparelho de CD/DVD portátil da Sony, 2004.

Divulgação: Sony.
Power Connections (continued)
NOTES:
Introductions

Battery Pack
• Do not detach the battery pack during playback.
You can use the NP-FX700 rechargeable battery • Be careful not to drop the battery pack.
pack (supplied) to enjoy the player when an AC ou- � Detaching the battery pack
tlet is not available. 1.Press RELEASE switch
• Charge the battery pack before using it for the first 2. Slide the battery pack until the hooks click.
time.
� Attaching the battery pack (supplied)
1. Match the hooks of the battery pack into the holes
on the bottom of the player.
2. Press and slide the battery pack until the hooks
click. NOTE:
If you use the battery pack separately to the main
unit, use the safeguard to maintain the horizontal.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Texto 2 – Carta

Dear Abby,

I am a 54-year-old divorced woman who raised three kids on my own for 15


years. I would now like to make a major change in my life and move to a small
town in a Southern state. My kids are grown except for my youngest, who will
graduate from high school this summer and probably attend college.

My parents, who don’t even live in this town, are opposed to the idea.
They say I am “abandoning my children,” which makes me feel guilty.

Am I wrong for wanting a new life of my own? My loved ones can always
come to visit me. Do I owe it to my parents to stay here?

(Disponível em: <http://news.yahoo.com/s/ucda/20080526/lf_ucda/motherofthreewantsto-


fleeheremptynest;_ylt=AmBmMLDtIlrubpuUaQleU9HNbbUC>. Acesso em: 12 jun. 2008.)

Análise dos exemplos

Características Texto 1 Texto 2


É coerente? Transmite Embora seja parte de um manu- Trata-se de uma carta ou e-mail
a mensagem de forma al, ele transmite, passo a passo, pedindo conselhos, enviada atra-
comunicativa, conforme conforme esperado, como co- vés de um site de notícias. Possui
esperado? nectar uma bateria. um desenvolvimento normal de
começo, meio e fim e termina
com algumas perguntas, o que é
típico desse tipo de texto.

É funcional? Tem um É um texto instrutivo e parece É um texto comunicativo pois


objetivo comunicativo cumprir sua função de guiar o o escritor dirige-se à colunista
claro? leitor na colocação da bateria Abby pedindo conselhos sobre
do equipamento. um problema específico.

Tem uma forma e um O seu layout denota uma or- Tem uma estruturação comum
nível de linguagem ganização típica desses textos, às cartas especialmente obser-
adequados? com figuras e explicações em vado através da saudação Dear
tópicos. A linguagem é mais Abby (Querida Abby). Tem lin-
formal: Release the switch (libere guagem informal kids (filhos),
o interruptor), contendo voca- My loved ones (meus amados).
bulário técnico “AC outlet” (saída
de corrente alternada).

Considerando os comentários do quadro, podemos dizer que os exemplos


acima têm características que os distinguem como exemplares de textos.

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O texto - conceitos e abordagens

O texto oral e o texto escrito


Quando se pensa em texto, geralmente vem à mente a ideia de um artigo jorna-
lístico, ou capítulos de livros, receitas culinárias ou quaisquer tipos de textos escri-
tos veiculados pelo meio impresso (jornal, revista, livro) ou hipermídias (internet).

Mas será que textos são unidades de significado tipicamente escritas? Os


textos – vistos como unidades funcionais de significado que se realizam em situ-
ações sociocomunicativas – são materializados através da fala ou da escrita.

E qual seria, então, a diferença entre essas duas modalidades? Observe o


quadro a seguir:

(MARCUSCHI, 2001, p. 27-31)


Características da linguagem oral e escrita
Oral Escrita

contextualizada descontextualizada
dependente autônoma
implícita explícita
redundante condensada
não-planejada planejada
imprecisa precisa
não-normatizada normatizada
fragmentária completa

Em um primeiro momento, esse dois modos parecem opostos. Na realidade, em


uma visão mais ortodoxa, poderíamos dizer que o texto escrito, utilizando a variante
culta da linguagem, é mais formal, estruturado e complexo, enquanto o texto oral é
mais espontâneo, transitório e simples, embora possua, também, estrutura própria.

A linguagem escrita é mais estável e complexa, tendo permanência mais


longa. A linguagem oral tem suporte na entoação e nos gestos, e é mais dinâmica
e efêmera. Imagino que você teria mais facilidade em ler um texto escrito há 100
anos atrás, do que entender uma conversa informal entre adolescentes do século
XXI, não é mesmo? Isso acontece porque a linguagem oral é mais transitória e
cheia de expressões idiomáticas que se modificam com o tempo.

Com advento da internet, começaram a se intensificar as discussões acerca do


contínuo oral-escrito, o que tem muita relevância quando vamos discutir a lingua-
gem em uso e sua aplicação ao ensino. Assim, novos gêneros, ou melhor, novas

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

realizações de antigos gêneros começaram a despontar com características de


vários textos mesclados. Desse modo, assistimos à criação de gêneros oriundos
da linguagem oral, mas que são realizados por meio da escrita, como o bate-pa-
po (chat), por exemplo, e de gêneros tipicamente escritos, como as cartas, sendo
transpostos para a internet com um estilo mais conversacional, como os e-mails.

Vejamos alguns exemplos.

Exemplo 1

Disponível em: <http://archives.devshed.com/forums/


computer-virus-128/computer-virus-2421375.html>.
Acesso em: 12 jun. 2008.
#1
Yesterday, 11:01 AM
Nx1987 Join Date: Jun 2008
Registered User Posts: 2
Time spent in forums: 50 m 27 sec
Reputation Power: 0
Computer Virus!!
The best way to keep your computer protected from viruses is to have...
• Anti-Virus
• Anti-Spyware
• Firewall
to keep your Pc in a good condition, i think u all must take that way.
Reply

No exemplo 1, extraído de um Fórum da área de informática, que discute


como se proteger contra vírus de computadores, vemos que não há preocupa-
ção com a forma do texto, e nem com a correção da linguagem – i (I) –, através
de abreviações e jargões – Pc (PC), u (you) –, estabelecendo-se, assim, um estilo
mais conversacional.

Exemplo 2

Science news
A new way to protect computer networks from internet worms

ScienceDaily (Jun. 5, 2008) — Scientists may have found a new way to combat
the most dangerous form of computer virus. The method automatically detects
within minutes when an Internet worm has infected a computer network.

Network administrators can then isolate infected machines and hold


them in quarantine for repairs.

Ness Shroff, Ohio Eminent Scholar in Networking and Communications at

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O texto - conceitos e abordagens

Ohio State University, and his colleagues describe their strategy in the cur-
rent issue of IEEE Transactions on Dependable and Secure Computing.

They discovered how to contain the most virulent kind of worm: the kind
that scans the Internet randomly, looking for vulnerable hosts to infect [...].

(Disponível em: <www.sciencedaily.com­/releases/2008/06/080604143419.htm>.


Acesso em: 13 jun. 2008.)

No exemplo 2, extraído de um site de divulgação de notícias científicas, o


artigo discorre sobre um novo modo de proteger as redes, de vírus da internet
(worms). Como se pode notar, esse é um texto mais denso e organizado. Verifique
que muitas palavras são cognatas, ou seja, parecidas com o português (protect,
computer, scientists, isolate, infected, strategy) por serem derivadas do latim. A es-
colha desses vocábulos, na língua inglesa, torna o texto mais formal, o que é con-
sistente com o tipo de texto apresentado.

Vemos, assim, que embora ambos os textos abordem um tópico semelhan-


te, temos um público-alvo diferente (no exemplo 1, usuários de computador,
no exemplo 2, o profissional que trabalha com redes de computador) inserido
numa situação sociocomunicativa diversa. Consequentemente, temos estrutu-
ração e estilos de linguagem diferentes.

As linguagens oral e escrita estão essencialmente ligadas à formalidade e à


informalidade do discurso, que estão expostos a seguir.

Formalidade versus informalidade na linguagem


Às vezes você precisa mudar o modo como fala ou escreve quando se dirige a
diferentes pessoas ou se encontra em diferentes situações. Se você encontra um
amigo, o tipo de linguagem que utiliza é diferente do que se estivesse conver-
sando com um estranho. Em uma entrevista de emprego você provavelmente
deve utilizar uma linguagem distinta da que utiliza em casa, com a família.

Notamos, então, que os níveis de formalidade são utilizados comumente por


todos e adequados à situação em que nos encontramos ou à pessoa a quem
nos dirigimos. No discurso oral você certamente utilizaria a variante informal em
festas de família e formal se estivesse participando de uma entrevista de empre-
go. Do mesmo modo, no discurso escrito você seria provavelmente mais infor-
mal num cartão postal e mais formal em uma monografia acadêmica.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Mesmo que você tenha acertado a maior parte dos itens, acredito que, em
alguns casos, você tenha ficado em dúvida. Por exemplo, você pode ter se ques-
tionado se consultas médicas e e-mails comerciais são sempre formais. Bem, não
necessariamente. Assim, ainda que algumas situações sejam tradicionalmente
formais (uma entrevista de emprego, por exemplo), em outras a formalidade vai
depender da situação em questão, além do grau de intimidade dos participantes
para que a escolha linguística seja feita.

Portanto, embora haja uma superposição entre as duas modalidades, o estilo


oral tem mais a ver com a linguagem oral e o estilo formal mais com o escrito.
Um discurso, feito por um político em campanha, embora falado, tende a ser
mais formal, pois foi escrito para ser lido. Por outro lado, um e-mail convidan-
do um amigo para uma festa, provavelmente utilizará um estilo mais informal,
devido ao assunto e à familiaridade entre os participantes.

Da mesma forma, embora façam parte da mesma modalidade (oral ou es-


crita), dois gêneros podem não se realizar da mesma forma. No modo escrito,
por exemplo, uma carta comercial enviada a um cliente de longa data tende a
ter grau de formalidade diferente de uma correspondência enviada a um órgão
governamental. Também, na modalidade oral, uma entrevista com um político
tende a ser mais formal do que uma conversa entre amigos.

O Inglês formal está, então, relacionado a um tipo de linguagem mais rígido


e estruturado, como relatórios técnicos, livros didáticos ou acadêmicos. Temos
sentenças longas e cuidadosamente construídas, poucas abreviações e um vo-
cabulário mais complexo e especializado.

O Inglês informal está próximo à linguagem oral. Embora tenha suas próprias
regras, não é tão rígido em relação à gramática e ao vocabulário. A informalida-
de na escrita envolve o uso de frases curtas, abreviações e uma escolha de um
vocabulário do dia-a-dia.

O quadro abaixo, resume as principais características de ambos os estilos de


linguagem.

Formalidade Informalidade
Vocabulário Vocabulário
Palavras com base no latim: Discover Palavras de raiz anglo-saxônica (verbos fra-
Palavras menos conhecidas: Physician sais): Find out
Palavras mais conhecidas: Doctor

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O texto - conceitos e abordagens

Formalidade Informalidade
Poucas abreviações Abreviações
-Thank you. - Tks.
- I would like to inform that we will return - I’d like to inform that we’ll return on
on Saturday. Saturday.

Gramática Gramática
Construções passivas: Construções ativas:
This building was constructed by an inter- An international company constructed this
national company. (este prédio foi construí- building. (uma empresa internacional cons-
do por uma empresa internacional). truiu este prédio).
Construções impessoais: Sintagmas verbais:
- Details of the activity will be found in the An expression that has two words and is
manual. highly structured.
- It appears that the plane has not arrived Sentenças simples:
yet. He was happy when he got home yesterday.
Sintagmas nominais: He didn´t enjoy the place he was.
A highly structured two-word expression.
Sentenças complexas:
When he came to our house, yesterday,
after staying in place where he didn’t enjoy,
he was so happy.

Texto complementar

Diferenças entre a comunicação oral e escrita


(FERRARO; PALMER, 2008. Adaptado)

A maioria de nós, intuitivamente, entende que há diferenças entre a lin-


guagem oral e escrita. Toda a comunicação inclui a transferência de infor-
mação de uma pessoa à outra, e enquanto a transferência de informação é
somente o primeiro passo no processo de entendimento de um fenômeno
complexo, é um primeiro passo importante. A escrita é uma forma de transfe-
rência razoavelmente estática, enquanto a fala é uma forma de transferência
dinâmica. Para ser um falante eficaz você deve explorar o dinamismo da co-
municação oral mas também aprender a trabalhar dentro de suas limitações.
Enquanto há um alto nível de imediatismo e um baixo nível de retenção na
palavra falada, um falante tem, através dessa modalidade, mais habilidade

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

de engajar a audiência psicologicamente e usar formas complexas de comu-


nicação não-verbal.

A linguagem escrita pode ser significantemente mais precisa. As palavras


escritas podem ser escolhidas com maior deliberação e pensamento, e o ar-
gumento escrito pode ser sofisticado e longo. Esses atributos da escrita são
controlados pelo escritor e pelo leitor, visto que o escritor pode escrever e
reescrever e o leitor ler e reler.

A fala pode também ser mais precisa. Entretanto, isso só acontece com
alto grau de preparação. Uma vez proferidas, as palavras não podem ser re-
tratadas, embora se possa esclarecer algum mal-entendido ou se desculpar.
Além disso, a comunicação oral pode ser significativamente mais efetiva em
expressar significados à audiência. A distinção entre precisão e efetividade é
devido ao extensivo repertório de sinais disponíveis ao falante: gestos, ento-
ação ou sinais visuais como a aparência, por exemplo. Um falante tem mais
controle sobre o que o ouvinte vai ouvir do que o escritor sobre o leitor.

A leitura da audiência é esforço sistemático e cumulativo não disponível


ao escritor. Na medida em que alguém fala, a audiência demonstra alguns
sinais visuais se o argumento está sendo compreendido ou se é interessante.
Como regra geral, vale lembrar que as pessoas se lembrarão de metade do
que foi falado numa palestra de vinte minutos.

A comunicação oral usa palavras com menor número de sílabas do que


o discurso escrito, as sentenças são mais curtas, e pronomes que se autore-
ferem como “I” são comuns. Nessa modalidade também são permitidos sen-
tenças incompletas e muitas sentenças começam com but, and e except.

O aspecto mais importante das diferenças entre modalidades é que cada uma
tem a sua lógica e essa deve ser respeitada em cada situação comunicativa.

Dicas de estudo
Os livros abaixo tratam de forma sucinta e interessante os tópicos abordados
nesta aula.

SIQUEIRA, J. H. S. . O Texto: movimentos de leitura, táticas de produção, critérios


de avaliação. 7. ed. São Paulo: Selinunte, 1990.

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O texto - conceitos e abordagens

MCCARTHY, M. Discourse Analysis for Language Teachers. New York: Cambridge


University Press, 1992.

Atividades
1. A partir das explicações do tópico O que é um texto, analise os extratos de
texto a seguir e preencha o quadro abaixo indicando se os fragmentos apre-
sentados podem ser considerados textos e qual é o tipo de texto. Dê tam-
bém uma justificativa para a sua resposta. Alguns itens já foram preenchidos
para você.

Extrato 1 Extrato 2
October 23, 2006. Strawberry Cake
Cheese Specialists Inc. Ingredients
456 Rubble Road 68 NILLA Wafers, divided
Rockville, IL 3 cups sliced strawberries, divided
3 cups cold milk
Dear Mr. Flintstone: 2 (4 serving size) packages JELL-O
Yesterday, all my troubles seemed so far away Directions
Now it looks as though they’re here to stay Cover bottom of serving bowl with 24 of the
Oh, Oh, I believe in yesterday... wafers. Pour milk .Add dry pudding mixes.
Kenneth Beare Beat for 2 minutes or until well blended...
Director of Ken’s Cheese House

Extrato 3
Girl – Excuse me, how can I get to the post office, please?
Police Officer – Finally you cross the street. After you turn left. Cross the street again.
First, you go straight.

Quadro Atividade

Extrato Tipo de texto Justificativa


1 Não pode ser considerado um texto
porque...

3 Diálogo. Solicitação de informações sobre


como chegar a um determinado lugar.

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2. Informe na coluna à esquerda se as sentenças têm um estilo Formal (F) ou


Informal (I). Posteriormente, combine as colunas de modo a indicar qual a
sentença mais adequada em cada uma das situações listadas.

Sentença Estilo Situação


(1) How are you doing Fred? ( ) Reserva de Quarto em Hotel

(2) Dear Sir or Madam F ( ) Conversa Telefônica

(3) I’m sorry, Mr. Smith is not available at


the moment ( ) Relatório Comercial

(4) Can I come and stay for a night? ( ) Cumprimento

(5) Margaret Anderson, Director of


Personnel has requested this report on
employee benefits satisfaction. ( 2 ) Saudação em cartas comerciais

3. Combine as sentenças, transcritas da atividade anterior, (à esquerda, no quadro


abaixo) com seu estilo oposto correspondente (à direita). Se formal nas senten-
ças à esquerda, seu oposto é informal nas sentenças à direita e vice-versa.

Sentença Estilo Correspondente Estilo


(1) How are you doing Fred? I ( 3 ) Sorry, John isn’t in right now. F

(2) Dear Sir or Madam ( ) Hi Mark

(3) I’m sorry, Mr. Smith is not availa- ( ) I would like to reserve a room for
ble at the moment. the night.

(4) Can I come and stay for a night? ( ) The personnel boss has asked to
write if the workers are happy with
their benefits.

(5) Margaret Anderson, Director of ( ) How do you do?


Personnel has requested this report
on employee benefits satisfaction.

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O texto - conceitos e abordagens

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Tipos de texto e gêneros

Não poderíamos imaginar a nossa vida diária sem textos. Os textos


orais e escritos permeiam nosso cotidiano e deles nos apoderamos para
realizar os tipos mais simples de atividades, como deixar um recado para
um membro da família fixado na geladeira.

Para que entendamos melhor os principais conceitos que cercam esse


tópico, discorremos, primeiramente, sobre as esferas de realização da lin-
guagem: texto, gênero e discurso. Em seguida, faremos a distinção entre
tipos de textos e gêneros situados em seu contexto de cultura e situação e,
finalmente, apresentaremos a inter-relação entre tipos textuais e gêneros.

Discurso, gênero e texto


A possibilidade de se gerar ou se entender textos e gêneros é infinita
devido ao grande repertório de tipos de texto e da gama de gêneros do
discurso que circulam em nossa sociedade.

Os textos se materializam através dos gêneros textuais que fazem parte


de determinado domínio discursivo. Em outras palavras, um texto, enten-
dido como uma unidade de significado se realiza através de uma forma,
a que inicialmente denominaremos gênero. Este irá acontecer em certa
situação sócio-histórica, por meio de instâncias discursivas.

Talvez não seja uma tarefa muito simples distinguir tipos textuais (uma
narração), gêneros (uma receita culinária) e discursos (linguagem jornalís-
tica). Por essa razão, trataremos, a seguir, de discutir e conceitualizar cada
um desses itens, para que você possa melhor compreender esses termos.

Discurso
Nossa concepção de discurso é diferente daquela postulada por Saussure
(1966) em sua clássica distinção entre langue (sistema linguístico, um conjun-
to de opções e possibilidades) e parole (um enunciado em particular, emitido
por um indivíduo a partir de um sistema de escolhas).
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Adotaremos, neste trabalho, a perspectiva do linguista Michael Halliday, que


não coloca o discurso como ato individual, mas como uma unidade de lingua-
gem que está enraizado num contexto específico. Assim, para esse autor, o texto
é ao mesmo tempo uma unidade de significado e uma forma de (inter)ação, po-
dendo, assim ser analisado tanto em termos de linguagem como sistema e como
elemento semiótico que reflete processos discursivos e socioculturais ligados a
estruturas sociais. Exemplos de discurso citados pelo autor incluem o jornalístico
e o acadêmico. O filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin também aborda o dis-
curso, denominando-o instâncias discursivas. Segundo ele, o discurso não abran-
ge um gênero em particular, mas dá origem a vários deles. Assim, no discurso
religioso podemos ter o gênero sermão e no jornalístico a reportagem.

Gêneros
O mundo moderno requer que desenvolvamos habilidades comunicativas
para que possamos interferir participativa e criticamente na sociedade em que
vivemos. Em todos os contextos culturais e sociais existem atividades represen-
tadas na linguagem. Segundo Meurer (2002, p.11), três aspectos são definidores
do contexto: sobre o que se fala, quem fala e como se fala, que nos possibilitam
ser mais ou menos articulados no uso da linguagem, para atingirmos nossos ob-
jetivos. Materializando em forma de texto uma determinada interação humana,
a linguagem se constitui como gênero.

Autores como Jean Paul Bronckart, Bakhtin e outros conceituam o gênero


na Análise do Discurso. Entretanto, em nossa proposta, adotaremos a visão de
Swales que apresenta um modelo pedagógico para análise de gêneros. Para
Swales (1990, p. 58) um gênero compreende uma classe de eventos comunica-
tivos, cujos membros compartilham os mesmos propósitos comunicativos. Tais
propósitos são reconhecidos pelos membros especialistas da comunidade dis-
cursiva de origem e, portanto, constituem o conjunto de razões (rationale) para o
gênero. Essas razões moldam a estrutura esquemática do discurso, influenciam e
impõem limites à escolha de conteúdo e de estilo.

O traço principal, definidor de gênero para o autor, também compartilhado


por Bhatia (1993) é o propósito comunicativo, compartilhado por uma comunida-
de discursiva que o reconhece, lhe dá forma e modifica. A organização retórica,
ou seja, o modo como blocos textuais são estruturados, é outro aspecto impor-
tante na caracterização do gênero.

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Tipos de texto e gêneros

Para exemplificar, poderíamos dizer que uma receita culinária é um gênero,


pois tem o propósito comunicativo de instruir alguém a realizar um determina-
do tipo de prato culinário. Esse gênero faz parte de uma comunidade discursiva
(cozinheiros, chefes de cozinha, amantes da culinária) que o utilizam para instruir
terceiros a realizar determinados tipos de pratos. Ele também possui uma orga-
nização retórica (Ingredientes e Modo de Fazer) conhecida pelos que o escrevem
e pelos que o leem, tornando-se mais fácil sua circulação na sociedade.

Texto
Após havermos discutido os conceitos de discurso e gênero, nos tópicos an-
teriores, como definiríamos, agora, o texto? Neste ponto, tomaremos a definição
de Davies (1995, p. 94) segundo a qual o texto é um extrato de escrita que possui
coerência e textura, com um ou vários autores e marcado claramente por um
começo e um fim.

O texto seria, então, uma unidade linguística materializada por meio de de-
terminado gênero, que lhe dá forma e determina sua função social.

Para tornar mais claro, observe o texto abaixo:

Texto 1

Boil potatoes in ‘coats’, remove skin and cut into cubes. Remove skin from
cucumbers, apples and onions and cut like potatoes. Mix the ingredients.

Prepare the sauce: clean the garlic and cut into small cubes. Mix with
given ingredients. Mix the sauce with the salad.

Serve with different kinds of sausages or chops.

The recipe is for 6-8 portions.

(Disponível em: <www.bestcookrecipes.com/recipe,potato_salad>. Acesso em: 21jun. 2008.)

Esse texto tem o objetivo de instruir como preparar algum tipo de alimen-
to. É coerente e organizado e podemos entendê-lo facilmente. Mas que texto é
esse? Qual é a sua função social? Ao mesmo tempo em que se assemelha a um
gênero muito conhecido em nossa sociedade, parece que falta algo para ele se
configurar como tal.

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É muito provável que você tenha reconhecido tratar-se de instruções de como


preparar batatas. Algumas palavras como: prepare, ingredients, mix, salad, serve,
devem ter ajudado. Entretanto, verificamos, então, que faltam elementos na or-
ganização retórica, ou seja, na estruturação do Texto 1, para que ele se torne
semelhante a outras receitas que conhecemos. Veja, abaixo, se assim fica mais
fácil de identificar o texto como uma receita.

Texto 2

Disponível em: <www.bestcookrecipes.com/recipe,potato_salad>. Acesso em: 21 jun. 2008.


Ingredients:
3 pounds (1 1/2 kilograms) of potatoes
2-3 pickles
1/2 pound (25 dag) of cucumbers

IESDE Brasil S. A.
1 pound (40 dag) of fresh apples
1-2 onions
Sauce:
1 medium jar of mayonnaise
3/4 cup of sour cream 18 %
1 tablespoon of vinegar
2 cloves of garlic
salt
sugar
parsley leaves

Directions:
Boil potatoes in ‘coats’, remove skin and cut into cubes. Remove skin from cucumbers, apples
and onions and cut like potatoes. Mix the ingredients.
Prepare the sauce: clean the garlic and cut into small cubes. Mix with given ingredients. Mix
the sauce with the salad.
Serve with different kinds of sausages or chops.
The recipe is for 6-8 portions.

Vimos, então, que o texto 1, embora completo e coerente, necessita de um


gênero para que possamos nomeá-lo e reconhecer sua estrutura e sua função
comunicativo-discursiva. Assim, tomando o texto 2, vimos que o texto contido no
Exemplo 1, é, na realidade, parte do gênero Receita Culinária, especificamente uma
receita de Salada de Batata (ou Salada de Maionese, como alguns a chamam).

Podemos dizer, então, que discurso, gênero e texto, cada qual em sua esfera
de atuação, ao mesmo tempo que delimitam e materializam as práticas sociais
humanas. A esse respeito, o analista crítico do discurso Norman Fairclough
(1992, p. 22) comenta que “qualquer evento discursivo (isto é, qualquer exemplo
de discurso) é considerado simultaneamente um texto, um exemplo de prática
discursiva e um exemplo de prática social”.
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Tipos de texto e gêneros

Desenvolveremos, a seguir, as noções de gêneros e tipologia textual, para


ampliarmos nossas colocações sobre esses dois enfoques teóricos.

Tipos de texto e gêneros textuais


Para Marcuschi (2002, p. 22), tipologia textual é um termo usado “para desig-
nar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística
de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógi-
cas)”. Há vários tipos de textos descritos, tais como: textos persuasivos, instrucio-
nais, informativos, entre outros. Entretanto, os mais conhecidos e comumente
solicitados em vestibulares e concursos públicos são a Descrição (tipo de texto
em que descreve um lugar, uma pessoa, ou um objeto), a Narração (modalidade
textual em que se conta um fato real ou não que ocorreu em um determinado
tempo e lugar, envolvendo certos personagens) e a Dissertação/Argumentação
(estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de ideias com base
na argumentação).

Os exemplos abaixo, ilustram esses tipos principais de texto.

Descrição

It is a typical classroom: a few wooden chairs, a whiteboard and the teacher’s


desk. On the wall there is a big old clock and some children drawings. There are
no curtains. On the ceiling two fans and some lights.

Narração

I was waiting in the examining room. My mother was walking back and forth
in the hallway, but my father kept me company. The doctor was always late. I
knew I would have to wait some more time so I picked up a torn magazine that
was lying on the floor and started reading it.

Argumentação

The government should provide more financial assistance to parents who


use childcare. Childcare centers may assist children in their early development.
Moreover, they may give children an opportunity to mix with other children
and to develop social skills at an early age.

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Temos, no primeiro exemplo, uma descrição de uma sala de aula, no segundo


o relato de uma pessoa que está na sala de espera de um consultório médico,
junto com seus pais e no terceiro, uma pessoa comenta sobre a assistência que
o governo deveria fornecer às escolas de ensino infantil.

Enquanto que tipos de textos exercem seu papel comunicativo de informar,


persuadir, instruir ou descrever, somente realizam sua função social quando in-
seridos em algum gênero. A descrição de uma sala de aula, citada no exemplo
acima, poderia fazer parte de vários gêneros tais como de um anúncio de alu-
guel de salas ou um relatório de uma empresa de seguros: somente assim dei-
xaria de ser simplesmente uma descrição para ser utilizada para um propósito
comunicativo real.

Há, ainda, na literatura, muita discussão a respeito da terminologia e da cons-


tituição de tipos de textos e gêneros, Marcuschi (2002), Travaglia (1991), Silva
(1999) dentre outros, ou seja, esses conceitos poderão ainda ser ampliados, pois
ainda estão sujeitos a um amplo debate.

Os gêneros textuais, conforme descrevemos anteriormente, são a materia-


lização de textos orais ou escritos, inseridos em uma estrutura conhecida por
seus interlocutores. Têm uma finalidade definida, ocorrendo em um contexto
social específico. Por suas características externas à linguagem, ou seja, visto po-
dermos classificá-lo por sua função sociocomunicativa, audiência e propósito, e
não somente por suas características linguísticas, é que diferenciamos gêneros
de tipos de texto.

Para melhor compreensão, comentaremos brevemente o gênero Resenha.


O exemplo abaixo se refere à resenha crítica do filme The Incredible Hulk (O
Incrível Hulk).
Divulgação: Universal Pictures.

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Tipos de texto e gêneros

June 13, 2008.


Caution: contents turn angry when shaken
By A. O. SCOTT

Five years ago there was a movie about Dr. Bruce Banner, a scientist who,
when agitated, turns large and green. It was called “Hulk” and it didn’t do very
well, either with critics or with the legions of comic-book fans expected to sacri-
fice a portion of their pocket money every summer to keep the movie studios
afloat. Now Universal and Marvel, every bit as indomitable as their rampaging
asparagus-colored intellectual property, have given the franchise another try.

The new movie about poor Dr. Banner, directed by Louis Leterrier (“The
Transporter,”“Transporter 2”) from a script by Zak Penn (“X2,”“X-Men: The Last
Stand”), is called “The Incredible Hulk.” But let’s not get carried away: “The
Adequate Hulk” would have been a more suitable title. There are some big,
thumping fights and a few bright shards of pop-cultural wit, but for the most
part this movie seems content to aim for the generic mean. If you really need
a superhero to tide you over until Hellboy and Batman resurface next month
— and honestly, do you? really? why? — I guess this big green dude will do.

The latest Hulk, a computer-generated behemoth with torn pants and tou-
sled hair, is a slightly improved version of the character created by Stan Lee and
Jack Kirby 46 years ago, though a cameo appearance by Lou Ferrigno, the Hulk
on the old television series, may induce some fond nostalgia for the analog
days when a superhero could be impersonated by an actual person.. […]

Directed by Louis Leterrier; written by Zak Penn, based on the Marvel


comic book by Stan Lee and Jack Kirby; director of photography, Peter Men-
zies Jr.; edited by John Wright, Rick Shaine and Vincent Tabaillon; music by
Craig Armstrong; production designer, Kirk M. Petruccelli; visual effects su-
pervisor, Kurt Williams; produced by Avi Arad, Gale Anne Hurd and Kevin
Feige; released by Universal Pictures and Marvel Entertainment. Running
time: 1 hour 54 minutes.

WITH: Edward Norton (Bruce Banner), Liv Tyler (Betty Ross), Tim Roth (Emil
Blonsky), Tim Blake Nelson (Samuel Sterns), Ty Burrell (Leonard) and William
Hurt (General Ross).

(Disponível em: <http://movies.nytimes.com/2008/06/13/movies/


13hulk.html?ref=movies&pagewanted=print>. Acesso em: 23 jun. 2008.)

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Poderíamos dizer que temos aqui um tipo de texto persuasivo em que o autor
procura nos convencer a compartilhar sua opinião a respeito desse filme. Com
um título um tanto irônico Caution: contents turn angry when shaken (Cuidado, o
conteúdo fica zangado quando sacudido) , o autor não somente fornece sua opi-
nião, mas também descreve e apresenta outras informações a respeito do filme
e de seus personagens. Ele escreve a partir de seu próprio estilo, mas segue algu-
mas convenções tais como: informar duração do filme, atores e diretor; destacar
pontos positivos e negativos; resumir a estória. Essas convenções permitem que
o autor exerça a função comunicativa desse gênero, qual seja, descrever, avaliar e
recomendar (ou desqualificar) um filme, o que lhe permite atingir a sua audiência
(leitores, internautas etc.) com maior eficiência.

Contexto de situação e de cultura


Todo texto, oral ou escrito, ocorre em um contexto de uso específico. Podemos
dizer que os sistemas linguísticos são estruturados pelo uso e manifestam-se em
dois níveis contextuais, quais sejam, o contexto de situação e o de cultura.

O antropólogo polonês Bronislaw Malinowski (apud HALLIDAY; HASAN, 1989)


foi precussor da teoria acerca do contexto de uso, ou contexto de situação (context
of situation), que foi o termo criado por ele para expressar todo um ambiente
onde o texto seria analisado. Esse tópico foi posteriormente desenvolvido por
J. R. Firth, que criou sua própria teoria linguística (HALLIDAY; HASAN, 1989), in-
cluindo os elementos envolvidos no contexto, que são: os participantes, a ação
dos participantes, características da situação e efeitos da ação verbal. A teoria
ganhou corpo com o trabalho de Michael H. K. Halliday e seus seguidores, por
meio da gramática sistêmico-funcional. Esse nível de análise surge como moti-
vador das escolhas de registro (vocabulário, aspectos gramaticais), ou seja, em
nível léxico-gramatical.

Malinowski também percebeu que precisaria de outro tipo de contexto que


desse conta não só do que estava acontecendo, mas também de aspectos culturais
envolvidos em uma determinada prática social: o contexto cultural, que iria operar
no âmbito do gênero. Para Halliday e Hasan (1989) o contexto de cultura é mais
amplo, definindo a atividade social de uma cultura especifica de modo que os sig-
nificados de determinados textos tenham um propósito, ou seja, costumes e valo-
res de uma determinada sociedade que influenciam a interpretação dos textos.

Assim, enquanto o contexto de situação, determinando a escolha de regis-


tros, torna os textos diferentes, a escolha dos gêneros, a partir do contexto de
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Tipos de texto e gêneros

cultura, os torna mais semelhantes, especialmente por conta das convenções a


que esses estão sujeitos.

Por exemplo, imagine um repórter entrevistando um cantor de rock em um


dia, e o Papa em outro. Embora esteja restrito às convenções do gênero Entrevis-
ta Jornalística (estruturado em perguntas e respostas, com o propósito de extrair
informações de interesse do leitor) o jornalista utilizará um vocabulário e uma
organização sintática (construções mais complexas, vocabulário mais formal)
para comunicar-se com o chefe da igreja católica, enquanto provavelmente fará
uso de um vocabulário informal na conversa com o cantor de rock.

Enquanto as diferenças entre os textos se situa em nível das variáveis de re-


gistro (neste caso a relação entre os participantes) – o que implica em escolhas
diferentes para relações (formais, informais) distintas – sua semelhança decorre
da função que esses textos cumprem no contexto cultural. No caso citado, o
propósito é extrair informações específicas do entrevistado para um fim deter-
minado que pode ser: esclarecer, informar ou entreter, dentre outros. Daí decor-
re que textos com grande variação em termos de registro (contexto de situação)
podem pertencer ao mesmo gênero (contexto cultural) tornando esses dois
níveis de análise intrinsicamente ligados.

Comparação e contraste
entre tipos de texto e gêneros
Neste ponto, você já deve ter notado a estreita relação entre tipos de textos e gê-
neros textuais. Convém retomar, entretanto, o caráter de formação interna, ou seja,
de construção e organização da linguagem daquele primeiro, enquanto o segundo
se constitui pelo uso das estruturas discursivas em situações reais de comunicação.

Para ilustrar, vamos analisar trechos de um Manual do Aparelho Celular F9200


da LG.
Divulgação: LG.

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Manuais são gêneros textuais que têm o propósito comunicativo de instruir os


usuários a utilizar de modo eficiente determinado produto. É claro que há uma in-
finidade de manuais e que esses possuirão diferenças em seu registro e seu estilo
(formal, informal, técnico, acadêmico) dependendo de seu público-alvo e da co-
munidade discursiva a que pertencem. Ainda assim, possivelmente poderemos
encontrar na maioria deles, uma estruturação semelhante incluindo tópicos que
expliquem como instalar, como usar ou como resolver possíveis problemas.
Pense nos manuais que você já leu, eles não têm sempre algo em comum?
Para iniciar, vejamos o extrato da página 16 do manual citado acima. Você con-
seguiria identificar, qual é o propósito dessa parte?

Divulgação: LG.
Your Phone

Your phone´s Features 8.5- way joystick or Navigation key: Enables


scrolling through names, phone numbers,
1. Earpiece menus or settings.
The 5-way joystick is also used to move the
2. Side keys: These keys are used to control the cursor up and down, right and left when
volume of ringtone in standby mode and writing text, using the calendar, and in some
speaker volume during a call. game applications.
3,10. Left soft key/Right soft key: Each of these Pressing the joystick briefly selects the
keys perform the functions indicated by the function.
text on the display immediately above them. Short press will launch the WAP browser.
4. Send key: You can dial a phone number Allows you to select and confirm menu
and answer incoming calls. Press this key in options.
standby mode to quickly access the most 9. Message Key: Use to retrieve or send text
recent incoming, outgoing and missed calls. messages.
5. Aphanumeric keys: Theses keys are used to 11. End/Power key: Allow you to power the
dial a number in standby mode and to enter phone on or off, end calls, or returns to standby
number or characters in edit mode. mode.
6. Microphone: Can be muted during a call for 12. Clear key: Allows you to delete the characters
privacy. entered or return you to the previous screen.
7. Display screen: Displays phone status icons,
menu items, Web information, pictures and
more in full color.

Como você deve ter notado, essa divisão do Manual descreve, com detalhes,
cada uma das teclas de função do aparelho, para que o usuário possa utilizá-lo
adequadamente. Diríamos, então, tratar-se de um tipo de texto descritivo, carac-
terizado pela explicação do uso de cada tecla ou dispositivo.
Veremos agora um trecho da página 22 do Manual. Você reconhece a função
comunicativa desse trecho?
Divulgação: LG.

Turning Your Phone On and Off


1. Hold on the key untill the phone switches on.
2. If the phone asks for a PIN, enter the PIN and press
the left soft key [OK].
The phone searches for your network and after finding
it, the idle screen, illustrated below, appears on both
displays. Now, you can make or receive a call.
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Tipos de texto e gêneros

Provavelmente você notou que essa parte procura instruir o usuário no cor-
reto manuseio do equipamento, mais especificamente, como ligá-lo e desligá-lo.
Esse trecho, pode então ser considerado um texto instrutivo caracterizado pelo
uso de imperativos (Hold down the key – Segure a tecla) e pela sequência lógica
de ações: 1. Hold down the key; 2. If the telephone asks for PIN [...] e ilustrações para
melhor compreensão.

Desse modo, você pode perceber, que embora o manual seja um gênero e por
isso, tenha uma estruturação estável e convencionalizada, pode conter vários tipos
de textos (no exemplo acima o descritivo e o instrutivo) que cumprem funções es-
pecíficas em partes determinadas desse gênero, mas que, individualmente, não
chegam a desempenhar uma função particular dentro das práticas sociais.

Texto complementar

Sobre os gêneros textuais


(BALTAR, 2008. Adaptado)

Há muito se tem falado em leitura e produção de textos nas nossas salas


de aula. Entretanto uns professores pedem para os alunos escrever uma
redação, outros pedem uma pequena narrativa, outros um pequeno texto,
outros uma composição, outros pedem para que os alunos escrevam cartas,
bilhetes, anúncios, contos etc.

Na tentativa de resolver essas hesitações terminológicas, e a título de siste-


matização de nosso trabalho de pesquisa-ação UCS-PRODUTORE: laborató-
rio de produção e de recepção de textos – os gêneros textuais, proporemos
as seguintes definições:

 chamaremos de textos as unidades básicas de ensino que se organi-


zam sempre dentro de certas restrições de natureza temática, com-
posicional e estilística, o que os caracteriza como pertencentes a um
determinado gênero textual. Para os PCN, por exemplo, o texto e a no-
ção de gênero textual, constitutiva do texto, precisa ser tomada como
objeto de ensino em nossas escolas;

 chamaremos de gêneros textuais a diversidade de textos que ocorrem


nos ambientes discursivos de nossa sociedade, os quais são materiali-

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

zações linguísticas de discursos textualizadas, com suas estruturas re-


lativamente estáveis, conforme Bakhtin, disponíveis no intertexto para
serem atualizados nos eventos discursivos que ocorrem em socieda-
de; em outras palavras os gêneros textuais são unidades triádicas re-
lativamente estáveis, passíveis de serem divididas para fim de análise
em unidade composicional, unidade temática e estilo, disponíveis num
inventário de textos (arquitexto ou intertexto), criado historicamen-
te pela prática social, com ocorrência nos mais variados ambientes
discursivos, que os usuários de uma língua natural atualizam quando
participam de uma atividade de linguagem, de acordo com o efeito de
sentido que querem provocar nos seus interlocutores;

 chamaremos de modalidades discursivas as formas de organização lin-


guístico-discursivas em número limitado que existem e que são per-
cebidas no folhado textual dos gêneros textuais na forma de predomi-
nância, com a finalidade de produzir um efeito discursivo específico
nas relações entre os usuários de uma língua, como é o caso do narrar,
do relatar, do argumentar, do expor, do descrever e do instruir;

 chamaremos sequências textuais os modos de organização linear que


visam a formar uma unidade textual coesa e coerente, que vão expres-
sar linguisticamente o efeito de sentido que as modalidades discursi-
vas pretendem instaurar na interação entre os interlocutores de uma
atividade de linguagem;

 chamaremos de suportes textuais os espaços físicos e materiais onde


estão grafados os gêneros textuais, como por exemplo, o livro, o jor-
nal, o computador, o folder, o manual de instrução, a folha da bula de
remédio etc.;

 chamaremos de ambientes discursivos os lugares ou as instituições


sociais onde se organizam formas de produção com respectivas es-
tratégias de compreensão onde ocorrem as atividades de linguagem,
através dos textos empíticos classificados em gêneros textuais; por
exemplo, o ambiente discursivo escolar, acadêmico, mídia, jurídico, re-
ligioso, político etc.;

 chamaremos de eventos discursivos as atividades de linguagem que se


dão no tempo e em determinados ambientes discursivos, através de gê-
neros textuais constituídos de modalidades discursivas e de sequências

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Tipos de texto e gêneros

textuais, envolvendo enunciadores determinados, com objetivos espe-


cíficos de interagir com enunciatários reais;

 admitiremos o uso de gêneros de discurso, como o discurso do judici-


ário, da mídia, da escola, da academia, o discurso religioso, o familiar,
o político etc.; referindo-se respectivamente aos ambientes discursivos
correspondentes.

Obs.: Enquanto que o número de gêneros textuais numa determinada so-


ciedade é, em princípio, ilimitado, ampliando-se de acordo com os avanços
culturais e tecnológicos, sendo passível de se fazer um corte sincrônico num
determinado tempo e lugar, para efeito de análise, o número de modalida-
des discursivas é menor e mais ou menos limitado. Vejamos a seguinte tabela
para melhor compreender estas definições:

Tabela 1 – Terminologia

Ambiente Interação
Gênero Modalidade Suporte do
discursivo verbal
textual discursiva texto
(instituição) enunciadores
Novela Narrar Televisão Mídia televisiva Autores
telespectadores

Crônica Expor / Seção coluna Mídia impressa Escritor leitor de


Argumentar de jornal/revista jornal/revista jornal/revista

Romance Narrar Livro Indústria Escritor leitor


literária

Entrevista Interativo/ Revista Mídia escrita Jornalista e


  Dialogal entrevistado/
leitor

Carta ofício Expor/ Folha papel Acadêmico Universidade/


Argumentar timbrado e escolar oficial Escola
envelope Prefeitura

Biografia Relatar Livro Indústria Escritor/Leitor


literária

Manual de Instruir Folheto, folder, Indústria- Empresa indús-


instrução de TV livro impresso comércio tria cliente
(mercantil)

Cheque Expor/Instruir Talão de Bancária Cliente - Banco


cheque

Editorial Argumentar/ Jornal /revista Mídia jornal Empresa


Expor impressos impresso (jornal/revista)
leitor

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Ambiente Interação
Gênero Modalidade Suporte do
discursivo verbal
textual discursiva texto
(instituição) enunciadores
Noticiário Relatar Jornal TV rádio Mídia Apresentador
público

Narração de Narrar Rádio/TV Mídia esportiva Narrador –


jogo de futebol ouvintes/teles-
pectadores

Dicas de estudo
O site da BBC-Skillswise disponível em: <www.bbc.co.uk/skillswise/words/re-
ading/typesoftext/index.shtml> traz informações, exercícios e jogos sobre tipos
de texto. Nele você encontrará elementos complementares ao nosso estudo tais
como a distinção entre textos descritivos, persuasivos, informativos e instrutivos,
acompanhados de exercícios. Há também um jogo on-line em que você poderá
testar seus conhecimentos sobre o tema.

Atividades
1. Escolha dentre as alternativas, a que tipo de textos pertencem, respectiva-
mente, cada um dos trechos abaixo:

a) instrução.

b) descrição.

c) narração.

d) argumentação/dissertação.

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Tipos de texto e gêneros

(( Extrato 1

The vehicle is silver with aluminum body. It has ABS brakes, leathers seats
and resistant bumper shields.

(( Extrato 2

Don’t leave your bags unattended when you are at the airport. Make
sure you have all the documents requested by local authorities. Never carry
dangerous products inside your handbag.

(( Extrato 3

The place we stayed in was just perfect. The main bedroom was roomy,
with lots of natural light coming from a huge bay window. I would recommend
it for anyone who wants to relax and enjoy nature.

(( Extrato 4

The lady entered the bank to cash a check. She was heading for the cashier
when she noticed some strange movement at the main entrance. It took her
a couple of minutes to realize it was a bank robbery.

2. Com base nos tipos de texto a que se referem os extratos da atividade ante-
rior, combine as colunas de modo a informar de que gêneros eles poderiam
fazer parte. Mais de uma alternativa é possível.

Extrato 1 ( ) (a) Carta/E-mail comercial

Extrato 2 ( ) (b) Carta/E-mail pessoal

Extrato 3 ( ) (c) Anúncio de Venda

Extrato 4 ( ) (d) Folheto de Instruções

(e) Carta ao Editor

(f ) Reportagem Jornalística

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Diferenças organizacionais e linguísticas de
textos em língua materna e língua estrangeira
Seja para leitura ou para a escrita é importante entender as principais di-
ferenças organizacionais e linguísticas entre a língua portuguesa e a língua
inglesa. Se considerarmos um aprendiz adulto que já tenha estruturado de
modo efetivo sua língua materna, constataremos que os principais erros ocor-
rem devido à interferência daquela no aprendizado da língua estrangeira.

A fim de ampliarmos essa discussão, abordaremos a organização retóri-


ca1, ou seja, a estrutura da língua portuguesa contrastada à inglesa destacan-
do especialmente as diferenças linguísticas entre essas línguas, com ênfase
na gramática e no léxico (vocabulário e colocações). O texto complementar
tratará da questão do erro, visto que é na prática escrita, em especial, que os
contrastes linguísticos e as incorreções tornam-se mais evidentes.

Organização retórica português/inglês


Cada língua tem sua organização retórica, ou estrutural, que pode ser
semelhante a outras ou não. As normas de escrita particulares a cada cul-
tura são apropriadas pelas convenções de cada gênero, que lhes dá forma.
Assim, para um estudo mais efetivo da estruturação organizacional de
textos teríamos que fazê-lo a partir de cada gênero.

Considerando que o contraste entre a organização textual da LP (língua


portuguesa) e LI (língua inglesa) não é muito significativo, daremos, a título
de ilustração, um exemplo, a partir de um estudo de Motta-Roth (1998) acerca
de Abstracts (Resumos) em português e em inglês. O Abstract (Resumo) é um
gênero importante na vida acadêmica, pois é um sumário de um trabalho
científico, seja de uma monografia, tese, dissertação ou artigo.

A partir do modelo teórico de Swales (1990), Motta-Roth identificou a


seguinte organização retórica de um Abstract: (a) situar a pesquisa (contex-
tualização); (b) apresentar a pesquisa (objetivo); (c) descrever a metodologia
(metodologia) , resumir os resultados (resultados) e discutir a pesquisa (con-

1
A retórica trata da organização estrutural da linguagem, ou seja, como essa se organiza em termos de discurso e nos aspectos gramaticais.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

clusão). Finalmente essa autora concluiu que não há diferenças significativas entre
as línguas, em relação ao modo como o gênero Abstract é organizado.

Para ilustrar, veja os exemplos 1 e 2 abaixo:

Exemplo 1 – Extraído do periódico Child Abuse & Neglect.

The health and well-being of neglected, abused and


exploited children: The Kyiv Street Children Project
Abstract
Objective: to report on the backgrounds and physical and emotional well-
being of street children using two street shelters in Kyiv, Ukraine . This study
is important because personal accounts of street children may highlight
individual of family factors that are associated with vulnerability for and risk
of poor mental health, and these could have serious repercussions for the
future. This study also poses a challenge to research because street children
are a highly elusive population that services find hard to reach.
Methods: ninety-seven children were recruited and interviewed using
a semistructured, psychosocial interview schedule; psychopathology was
measured using the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) and the
Mood ans Feelings Questionnaire (MFQ).
Results: seventy percent of street children scored for behavioral and
emotional difficulties on the SDQ, and 74% scored for depression on the
MFQ. Current health problems were reported by 78%, with 43%, described
as persistent or severe. Two thirds of the children in the sample were not
homeless but had chosen life on the streets in preference to permanent
residence with their families. Their “survival” history on the streets contributed
to the development of three different profiles of vulnerability.
Conclusions: high rates of physical and emotional problems in a
population of street children, many of whom were still connected to their
families, emphasize the importance of developing different approaches
for children with different vulnerabilities. This study also demonstrates the
feasibility of embedding on-going field research into the service dimension
of “front-line” social care agencies.
©2006 Elsevier Ltd. All rights reserved.
Keywords: Abuse; Neglect; Exploitation; Street children.

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Diferenças organizacionais e linguísticas de textos em língua materna e língua estrangeira

Nesse primeiro exemplo de um artigo acadêmico sobre crianças de rua,


vemos a organização marcada das partes do Abstract. Resumidamente, pode-
ríamos dizer que o objetivo da pesquisa é relatar o estado emocional e físico de
crianças de rua em dois abrigos na cidade de Kiev, na Ucrânia; a metodologia
empregada está baseada em entrevistas; os resultados indicaram que 70% das
crianças apresentavam problemas emocionais ou de comportamento e a con-
clusão aponta para a importância de haver diferentes abordagens, especialmen-
te por órgãos de assistência social, para o acolhimento dessas crianças.

Exemplo 2 – Extraído do periódico Rev. Saúde Pública.

(ROHDE; FERREIRA; ZOMER et al.)

Abstract

Impacto da vivência de rua nas amizades de crianças em idade escolar.

Objetivo: trata-se de um estudo para avaliar as relações de amizade em


meninos de rua de 7 a 11 anos da cidade de Porto Alegre, RS, Brasil.

Métodos: uma amostra de 30 meninos de rua foi comparada com outra


de 51 meninos de 7 a 11 anos que viviam com suas famílias de baixa renda,
utilizando-se a Entrevista Sobre Amigos e Companheiros da Cornell (Cornell
Interview of Peers and Friends).

Resultados: os dois grupos apresentaram escores globais na entrevista


significativamente diferentes, sendo que o grupo de meninos de rua obteve
o escore médio mais alto. Da mesma forma, os meninos de rua apresentaram
escores de adequação do desenvolvimento, autoestima e habilidades sociais
significativamente menores do que os meninos com família.

Conclusões: levando-se em conta os resultados, é enfatizada a urgência


do desenvolvimento de intervenções com as crianças com vivência de rua,
especialmente com os meninos de rua.

Keywords: Homeless youth [psychology]; Family; Interpersonal relations;


Menores de rua [psicologia]; Família; Relações interpessoais.

Como você pode notar, o Exemplo 2, em português, tem uma estruturação tex-
tual semelhante ao Exemplo 1, em inglês. Os dois Abstracts possuem os mesmos
itens (objetivo, métodos, resultado, conclusão e palavras-chaves (keywords) e têm
o mesmo propósito – que é apresentar um resumo de um trabalho de pesquisa

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

científica. Cabe mencionar, entretanto, isso não significa que a organização retó-
rica seja semelhante em todos os gêneros das duas línguas.

No entanto, é importante que você comece a observar semelhanças e distinções


entre os gêneros na LI e LP (LI – inglesa) e (LP– portuguesa), para que possa aprovei-
tar seu conhecimento da língua materna (português) para estruturação de textos na
língua estrangeira (inglês), visto que há maiores similaridades do que diferenças.

Embora em nível de análise do gênero, não tenhamos encontrado aspectos


contrastivos muito diferenciados entre a língua materna (L1 – português) e a
língua estrangeira (L2 – inglês), no aspecto léxico-gramatical (vocabulário e gra-
mática) encontraremos estruturas peculiares a cada idioma, que têm origem cul-
tural, ou seja, possuem raízes históricas e têm a ver com o modo com que cada
cultura entende e descreve uma situação ou objeto.

Principais diferenças linguísticas


entre L1 e L2 – aspectos gramaticais
Dentre os fatores de interferência da L1 na L2 está o aspecto gramatical.
Embora haja muitas diferenças significativas, nos concentraremos nos tópicos
mais pontuais da língua que poderão causar dificuldades na escrita, e possivel-
mente na leitura em língua inglesa. São eles os verbos e a organização de alguns
elementos na sentença.

Verbos
Modo interrogativo e negativo
O padrão do inglês difere do português na estruturação das sentenças interroga-
tivas e negativas. Na forma interrogativa, em inglês, há o acréscimo de verbos auxilia-
res (do, does, did), que ocorrem antes do sujeito da sentença em todos os verbos, com
exceção do verbo to be e dos modais (would, can, may, might, should, must, shall), em
que há uma inversão do verbo, que aparecerá antes do sujeito.

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Diferenças organizacionais e linguísticas de textos em língua materna e língua estrangeira

Exemplo:

They dance – Do they dance?

They can dance – Can they dance?

Vemos que enquanto, em inglês, acrescentamos um elemento linguístico


(verbo auxiliar) ou organizamos a sentença com o verbo antes do sujeito, em
português a única diferença é o ponto de interrogação.

Na forma negativa, o não (not) é acrescentado de modo semelhante nas duas


línguas. No entanto, em português ele é sempre colocado antes do verbo (Ela
não trabalha; Ela não está trabalhando) enquanto que, em inglês, o not pode vir
antes, acrescido de um verbo auxiliar (do, does, did).

Ex.: She doesn’t know ou após o verbo to be (She isn’t here) ou um modal
(would, can, may, might, should, must, shall) ( she shouldn’t work).

There to be (verbo haver no sentido de existir)


Em português o verbo TER tem pelo menos dois significados básicos: possuir
e existir, enquanto em inglês temos dois verbos diferentes para cada uma dessas
traduções, respectivamente, to have e there to be. Exemplos:

(a) Elas têm um dicionário. = Elas possuem um dicionário. – They have a


dictionary;

(b) Tem (há) um dicionário na minha mochila. = Existe um dicionário na


minha mochila -There’s a dictionary in my schoolbag.

A concordância, também difere entre as línguas, já que em português o


verbo TER no sentido de existir é impessoal, isto é, não tem sujeito e é conjugado
sempre na terceira pessoa do singular.

Há uma cadeira aqui Há várias cadeiras aqui

Em inglês, o verbo there to be irá concordar com o substantivo que o segue.


Assim:

Há uma cadeira aqui (singular) Há várias cadeiras aqui (plural)

There is a chair here There are several chairs here

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Transitividade
De um modo geral, há correspondência de transitividade no português e
inglês. Transitivo direto é o verbo que transita diretamente ao seu complemento.
Por exemplo: falar inglês. Transitivo indireto é o verbo que transita ao seu com-
plemento por intermédio de uma preposição. Por exemplo: ir ao supermercado.
Abaixo, alguns exemplos da correspondência português-inglês.

Verbo Inglês/Português transitivo direto ou indireto


To like I like ice cream (D)
Gostar de Eu gosto de sorvete (I)

To ask Ask him to step down (D)


Perguntar/pedir Peça para ele descer (I)

To listen to He isn’t listening to what she is saying (I)


Escutar Ele não está escutando o que ela está dizendo (D)

Phrasal verbs (verbos preposicionados)


Embora os verbos preposicionados façam parte de um aspecto mais idiomá-
tico da língua inglesa, os incluiremos na categoria gramatical, para fins de orga-
nização. Os verbos preposicionados são a combinação de um verbo + uma pre-
posição (come + in = entrar) ou um verbo + um advérbio ( sit + down = sentar-se).
De fato, a dificuldade com esses tipos de verbos é realmente conhecê-los e em-
pregá-los de modo mais adequado, escolhendo seu contexto mais apropriado.

De um modo geral, os phrasal verbs são utilizados na modalidade informal da


linguagem e sempre têm um correspondente mais formal. Exemplos:

Phrasal Verb Verbo correspondente


They cancelled the meeting (cancelar) They called off the meeting (cancelar)

He will disconnect the equipment (desligar) He will turn off the equipment (desligar)

He investigated this matter (investigar) He looked into this matter (investigar)

Organização da sentença
Posição do Sujeito
Em português frequentemente encontramos frases sem sujeito (sujeito
oculto, indeterminado, inexistente). Entretanto, em inglês, isso não é possível,
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Diferenças organizacionais e linguísticas de textos em língua materna e língua estrangeira

com exceção do imperativo. Na falta de um sujeito específico, teremos que utili-


zar o sujeito neutro (it).

Veja abaixo:

Está nevando Somos casados

It is snowing We are married

Dizem que amanhã é feriado

They say tomorrow is a holiday

Outro aspecto importante é que, diferentemente do português, o sujeito, em


inglês, deve estar prioritariamente antes do verbo e mais para o início da sentença.

Amanhã cairá uma chuva pesada

A heavy rain will fall tomorrow

Nominalização
A nominalização é outro recurso linguístico utilizado para condensar o sen-
tido da sentença e assim torná-la mais direta e menos longa. Embora seja consi-
derado um elemento mais léxico do que gramatical, estamos incluindo-o neste
espaço justamente pela dificuldade dos aprendizes em compreender sua orga-
nização na sentença.

A nominalização é obtida pelo acréscimo de vocábulos (artigos, advérbios,


substativos, adjetivos) que qualificam um substantivo (núcleo), o qual exerce a
função sintática de sujeito ou objeto da sentença. É importante mencionar que
a língua inglesa é altamente nominalizada, especialmente na forma escrita e no
discurso técnico ou da área de negócios.

Exemplos:

Sujeito Verbo Objeto Complemento


1. The director sent an email yesterday

Basf International A very polemic


yesterday
German director confidential email

2. The executive is the CEO ----------------

The Mexican plant the Latin American


is
American executive CEO

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Nesse exemplo as palavras director e executive são os sujeitos, respectivamen-


te, das sentenças 1 e 2 e os núcleos (principais palavras) do grupo nominal, em
cada sentença. As palavras acrescentadas (em itálico) complementam a ideia do
sujeito ou do objeto (e-mail, CEO), qualificando-os.

Pela diferença na estrutura do português e do inglês, se você quiser descrever


um sujeito de modo compacto deverá partir do núcleo do sujeito (director, exe-
cutive) ou do objeto (e-mail, Ceo) e posicionar seus modificadores antes dele.

Exemplo: The boy (sujeito) met the girl (objeto)

A very good looking teenage boy met the intelligent American girl

Modificadores Núcleo-Sujeito Modificadores Núcleo-Objeto

Observe, em um texto da área de negócios, a ocorrência dos grupos nominais.

Nokia, the world’s largest mobile phone manufacturer, has announced


the introduction of a range of new products. All of Nokia’s main rivals
increased their market share. South Korea´s Samsung Electronics saw its
share grow to 12.5% from 10.8%. Total world sales for mobiles are expected
to reach 153 million this year. In mature markets such as Europe, consumers
are replacing older mobile phones with the latest models. In Japan the
latest mobiles will soon have integrated hard disks. This will allow users
to download music and other data from the Internet and store it on their
mobiles. Nokia’s target is 40% of world sales but, as competitors increase
their market share, they will need to respond to the latest developments in
technology to achieve this.

(Disponível em: <www.businessenglishonline.net>.)

Principais diferenças linguísticas entre


L1 e L2 – aspectos lexicais (vocabulário)
São frequentemente atribuídas ao vocabulário as dificuldades enfrentadas
pelos alunos na compreensão ou elaboração de textos. Se, por um lado, é im-
portante o domínio de um abrangente repertório lexical da língua, por outro
devemos atentar também para:

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(a) adequação desse vocábulo em situações formais ou informais, escritas


ou orais;

(b) conhecimento das regras de convencionalidades linguísticas (expressões


idiomáticas).

Além disso, cabe salientar que a estruturação da língua, ou seja, as regras gra-
maticais que estabelecem como organizar esse vocabulário são essenciais para
que as mensagens sejam criadas e para que a comunicação aconteça.

Expressões convencionalizadas (Idioms)


Toda língua contém grupos de palavras que aparecem juntas, muitas vezes
numa determinada ordem, as quais adquirem uma função comunicativa espe-
cífica. Essas expressões devem ser entendidas pelo seu conjunto e não por cada
elemento individualmente.

Em português, termos como: café com leite tem sua ordem convencionali-
zada. Dificilmente alguém irá encontrar em um menu de restaurante os dizeres
temos leite com café, embora a inversão dos vocábulos não impeça a comunica-
ção. Outras expressões como É sopa! ou Estou ficando com o Marquinho somen-
te são entendidas pelo seu conjunto e pelo seu conceito. Assim, alguém que
não conheça as regras para agrupamento de certas palavras, soará, no mínimo
estranho em determinada cultura.

Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos desses grupos de palavras. Ob-


serve que a tradução literal às vezes possibilita uma compreensão do sentido da
expressão, mas, muitas vezes não, como no caso da expressão Saúde (God bless
you). Assim, temos

Nice to meet you (Prazer em conhecê-lo)


Help yourself (Sirva-se)
God bless you (Saúde)
Have a safe trip! (Boa viagem)

Outro exemplo de convenções linguísticas são os provérbios, os quais retra-


tam a cultura de determinado povo, às vezes, em determinada época. Do ponto
de vista linguístico, provérbios são expressões metafóricas de alto poder comu-
nicativo. Algumas são traduzidas e interpretadas do mesmo modo, do inglês
para o português, tais como:

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The last will be the first. Os últimos serão os primeiros.

A closed mouth catches no flies. Em boca fechada não entra mosca.

God helps those who help themselves. Deus ajuda a quem se ajuda.

Outras expressões são de mais difícil tradução:

Achado não é roubado. Finders keepers, losers weepers.

Quem vai ao ar, perde o lugar. If you snooze, you lose.

O que os olhos não veem o coração não sente. Out of sight, out of mind.

Antes prevenir do que remediar. An ounce of prevention is worth a pound of cure.


A stitch in time saves nine.

Falsos cognatos
Um outro item que convém mencionarmos são aquelas palavras enganosas,
que, em grande parte, por serem derivadas do latim, causa-nos a impressão de
que nos são familiares, quando, na realidade, têm um significado diferente do
que imaginamos. Elas são geralmente conhecidas como falsos cognatos.

Vamos fazer um teste? Qual seria a tradução mais adequada para a sentença
abaixo?

My parents are educated and pretended not to notice that particular costume.

(a) Meus parentes são educados e pretenderam não dar a notícia daquele
modo particular.

(b) Meus pais têm boa formação e fingiram não perceber aquela fantasia
específica.

Você acertou se escolheu a alternativa (b). Note que, muitas vezes, até parece
que faz sentido e temos que recorrer ao contexto para nos auxiliar.

Embora não tenham uma ocorrência frequente que possa nos causar maiores
preocupações, convêm estarmos atentos aqueles falsos cognatos que são mais
comumente encontrados em textos orais ou escritos. O quadro abaixo, lista al-
gumas dessas palavras.

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INGLÊS PORTUGUÊS

Actually (adv) – na verdade ..., o fato é que ... Atualmente – nowadays, today
Balcony (n) – sacada Balcão – counter
Beef (n) – carne de boi ou de vaca Bife – steak
Cafeteria (n) – refeitório tipo universitário Cafeteria – coffee shop, snack bar
ou industrial
Exquisite (adj.) – belo, refinado Esquisito – strange, odd
Fabric (n) – tecido Fábrica – plant, factory
Pull (v) – puxar Pular – to jump
Push (v) – empurrar Puxar – to pull
Resumé (n) – curriculum vitae, currículo Resumo – summary

Balcony or Counter? Você saberia dizer?


Divulgação: Erva Magia. Então, anote:
balcony: sacada; counter: balcão

Em suma, para melhor compreensão e emprego dos itens lexicais (vocabulá-


rio) da língua inglesa é importante saber utilizá-los considerando as convenções
linguísticas da L2. Ao verter uma palavra para o inglês, seja com o auxílio do
dicionário ou de ferramentas de tradução eletrônica é necessário observar prin-
cipalmente sua adequação à situação de uso.

Também é importante mencionar que vocabulário não deve ser estudado


em listas, mas sim, na medida em que textos orais e escritos estiverem sendo
estudados.

Texto complementar

Análise dos erros


(BASSO; BONNICI, 2004)

Em se tratando de aquisição de línguas, o erro tem sido bastan­te estuda-


do e avaliado por diversos estudiosos, gerando intensas controvérsias. O que

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podemos considerar como erros quando se apren­de uma segunda língua?


Como avaliá-los? Quando corrigi-los?

Muitos pesquisadores têm estudado a questão envolvendo er­ros ou o


que pode ser visto como erro. Este é um assunto muito complexo já que o
erro tem sido definido por diferentes pontos de vista. Lima (1999) diz que
os erros podem ser vistos como um out­put modificado ou hipóteses que os
aprendizes fazem sobre as regras da língua-alvo. Chaudron (1986) define o
erro como forma lín­guística que difere das normas usadas pelos nativos da
língua; ou­trossim, o erro depende do contexto e da intenção do aprendiz.

O erro faz parte do processo de aprendizagem humana. Quan­do estamos


aprendendo alguma coisa, cometemos um número maior de erros e, gradati-
vamente, corrigimos estes erros para alcan­çar o que consideramos correto.

É de fundamental importância saber distinguir mistakes de errors. Em


inglês as duas palavras possuem significados di­ferentes. A palavra mistake
refere-se a um engano ou como se diz, um lapso. Ele não é o resultado de
uma deficiência na com­petência linguística, mas sim uma imperfeição da
língua falada. Todas as pessoas, nativas ou aprendizes da L2, cometem en-
ganos quer na fala quer na escrita. A diferença é que o falante nato tem mais
facilidade de reconhecer um engano do que o aprendiz da L2. Já a palavra
error é uma deficiência no processo de aprendiza­do ou de aquisição. Geral-
mente, quando se comete um erro, o aprendiz o faz de forma inconsciente.
Portanto, ele não percebe que cometeu um erro.

Alguns fatores podem ser as causas da ocorrência dos erros de alunos de


inglês como L2 (ESL). Quando falamos em uma determi­nada língua, falamos
em um sistema linguístico, visto que cada lín­gua possui seu próprio sistema.
Ao aprender uma segunda língua, o indivíduo faz uma superposição de dois
sistemas diferentes para atingir a língua-alvo. São sete os fatores que podem
influenciar e caracterizar o sistema de uma segunda língua.

Interlanguage. Essa situação produz no aprendiz a necessida­de de criar


um novo sistema. Ele constrói novas regras gramati­cais e fonológicas para
atingir a língua-alvo.

Transferência das regras usadas na L1 para a L2. Como exem­plo, podemos


citar o uso das preposições. Em português, as preposi­ções possuem um único

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sentido, já em inglês, a mesma preposição possui várias terminologias e usos


diferentes. O aprendiz da língua inglesa encontra muita dificuldade em as-
similar o uso correto das preposições. Em português falamos: João casou-se
com Maria. Se ao passar esta frase para o inglês, o aprendiz falar John married
“with” Mary, ele não fez bom uso da preposição with. O correto é dizer: John
married Mary. A razão para isto é que o verbo marry é um verbo não preposi-
cionado e exige apenas um objeto direto.

Intralingual interference. É a hipótese que o aprendiz faz das regras da L2.


Estas hipóteses são elaboradas a partir da exposição parcial à LE. Em um dos
seus estudos, Richards (1994) percebeu a ocorrência de alguns tipos de erros
comuns em alunos de diversas línguas, os quais são consequência de hipó-
teses realizadas pelos alunos acerca das regras da língua-alvo. Brudhiprabha
(apud RICHARDS, 1994) sugeriu que muitos dos erros cometidos por causa
da intralanguage representam as dificuldades que os aprendi­zes têm de re-
conhecer as regras básicas da língua-alvo, como por exemplo, as inflexões
verbais em inglês, como: I walk, she walks.

Sociolinguistic situation. Está relacionada ao contexto social pertencente


ao aprendiz. O diferente uso da língua resulta em dife­rentes níveis de apren-
dizagem. Segundo Richards (1994), isto pode ser distinguido nos efeitos do
contexto sociocultural na aprendiza­gem de uma segunda língua, na situa-
ção envolvendo o aprendiz e a comunidade na língua-alvo e as respectivas
marcas linguísticas des­sas relações e suas identidades. Atrelado a tudo isto
está a motiva­ção pessoal de cada aprendiz. Considerando os aspectos socio-
linguísticos, podemos dizer que a aprendizagem está relacionada à va­riação
da motivação causada pela necessidade e pela percepção de cada indivíduo.
Portanto, a motivação depende do propósito que cada aprendiz tem em
aprender/adquirir a L2.

Os efeitos de todos esses fatores são percebidos na sala de aula quando o


aluno, por não se sentir à vontade ou confortável com a LE, não produz como
deveria, assim, a aquisição da língua-alvo se torna mais difícil. Como já vimos
anteriormente, para se adqui­rir uma segunda língua, é necessário que haja
uma combinação de fatores que são determinantes nesse processo, os quais
muitas vezes não são levados em conta em sala de aula.

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Dicas de estudo
O site English Made in Brazil: <www.sk.com.br> possui vários artigos sobre
aspectos contrastivos da língua portuguesa e língua inglesa, tais como diferen-
ças idiomáticas, erros comuns causados pela interferência da língua materna na
versão para o inglês, dicas sobre a elaboração de textos, semelhanças e contras-
tes de vocabulário dentre outras informações.

Atividades
1. Considerando as diferenças linguísticas estudadas, passe para o inglês, as
frases abaixo. Use os phrasal verbs quando possível:

a) Estava nevando e eu cancelei a reunião.

b) Dizem que amanhã cairá uma chuva pesada.

c) Ela desligou o equipamento porque eles não estavam escutando.

2. Encontre e transcreva abaixo, com a respectiva tradução, o que se pede:

Dear Ann

I have very serious problems with my Maths studies at school. I find it


difficult to “get down to” work after lunch and I can’t concentrate on anything
right now. I spend most of my time with interesting sci-fi novels or hanging
out with my friends of doing my homework. I can’t “take down” the important
things my teacher says because I write very slowly. Well, I have to go to bed now.
Take care!
John

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Diferenças organizacionais e linguísticas de textos em língua materna e língua estrangeira

a) dois exemplos de falsos cognatos (coloque o correspondente em portu-


guês).

Ex.: He doesn’t eat (beef – carne de boi ou de vaca) bife = steak

b) dois exemplos de phrasal verbs.

c) dois exemplos de nominalizações.

d) dois exemplos de expressões convencionalizadas.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

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Unidades textuais

A coerência e a coesão são dois conceitos fundamentais da linguística


textual, os quais garantem a preservação da textualidade, ou seja, fazem
do texto uma unidade de significação. Por essa razão, trataremos, nesta
aula, destes dois tópicos mencionados através de exemplos e atividades.
O primeiro será abordado em nível macroestrutural e o segundo a partir
da microestrutura linguística.

Coerência e coesão
Diferentemente do texto oral, o texto escrito necessita de forma e estru-
turação, além da correta ligação de suas partes para que a mensagem seja
comunicada apropriadamente. Segundo Beaugrande e Dressler (1981) um
texto bem construído e interpretado possuirá textualidade, ou seja, apre-
sentará algumas características que distinguem um texto de uma sequên-
cia de sentenças. Aos elementos do texto que tornam a comunicação clara
denominamos, respectivamente, de coerência e coesão.

O texto se organiza a partir de sua macro e microestrutura. A coerência


está intimamente ligada à organização macroestrutural do texto (saber
partilhado, informação nova, justificativa, conclusão). A macroestrutura
tem a ver com aquele modo como esperamos que um determinado texto
seja uma bula de remédio, uma propaganda ou uma notícia esteja orga-
nizada. Em outras palavras, as partes em que se constituem. Uma bula,
por exemplo, tem usualmente os componentes da fórmula, instruções de
como ingerir o medicamento e contraindicações. Esses são os elementos
estruturais (ou partes) que esperamos encontrar nesse gênero textual. Já
a microestrutura está atrelada a manifestação linear do texto por meio de
palavras e frases, que tem a ver com a coesão textual.

O propósito comunicativo tem um papel fundamental para os escrito-


res, pois os auxilia a determinar a macroestrutura do texto. Por exemplo,
quando o objetivo do autor é contar uma estória, é comum organizar os
eventos usando uma ordem cronológica. Do mesmo modo, quando o ob-

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jetivo é discutir uma questão controversa, o autor pode organizar as ideias de


modo que os dois lados da questão sejam examinados, seguido de uma conclu-
são em que são equilibrados os prós e contras.

Para que possamos entender melhor a estrutura textual, consideraremos co-


erência como a ordenação de ideias e argumentos. A coerência é responsável
pelo sentido do texto, que lhe é dado pelo conhecimento partilhado entre os
interlocutores. Se o leitor ou o interlocutor não consegue compreender a men-
sagem de modo adequado há duas possibilidades: ou esse sujeito não tem com-
petência linguística ou textual ou o texto não está bem organizado. Desse modo,
o que para alguns possa ser um texto incoerente, para outros é de difícil compre-
ensão. Imagine a seguinte conversa:

A – Did you go to Beto’s party yesterday?

B – The train is only due tomorrow.

Para que A entenda o que B quer dizer, nesse diálogo aparentemente des-
conexo, deverá haver um contexto partilhado por ambos que torne coerente as
ideias expostas. Você conseguiria imaginar uma situação em que esse diálogo
faria sentido?

Se, por exemplo, A soubesse que B dependesse do trem para ir à festa do


Beto, e que esse trem tivesse uma frequência limitada, o entendimento estaria
estabelecido.

A partir desse exemplo, poderíamos afirmar que a coerência é dada, princi-


palmente, a partir de gêneros específicos, ou seja, é importante observar como o
propósito, o público-alvo e o contexto de um texto afetam a sua coerência.

Siqueira (1990) e Lee ( 2002), listam itens que devem ser observados para que
se possa verificar a coerência de um texto. Assim, para aqueles autores, o texto
coerente deve:

 manter uma macroestrutura clara, isto é, ter um todo encadeado, com de-
senvolvimento homogêneo e contínuo;

 ser claro quanto ao seu propósito, público-alvo e contexto em que se insere;

 trazer a informação adequadamente organizada;

 trazer uma informação nova, sem repetir sempre a mesma ideia;

 utilizar elementos coesivos apropriadamente;

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Unidades textuais

 ter um valor de verdade possível de ser percebido e aceito por sua própria
estruturação.

Imagine o seguinte anúncio publicitário.

Efficient English

If you want to learn English slowly and paying more for what it’s worth,
we have the solution! You can come twice a week and in 10 years you will
be completely fluent! We offer Basic (4 years) Intermediate (4 years) and
Advanced (2 years) classes.

Classes on Saturdays (10 p.m. to 1 a.m.) and Sundays (5 a.m. to 5:30 a.m.)

Please call us today (there is fee of $10 in every call ) Monday thru Tuesday
from 6:30 a.m. to 7:00 a.m. 4785-3789.

Satisfaction guaranteed or your money back!

Verifique que esse texto tem um layout familiar ao que conhecemos como
Anúncio Publicitário de uma escola de inglês denominada Efficient English. Po-
demos verificar que esse anúncio tem:

 um apelo que responde a uma necessidade – If you want to learn English...;

 o que o produto (no caso o curso) oferece – Basic, Intermediate and Advanced
classes;

 uma vantagem – satisfaction guaranteed or your money back;

 um contato – 4875-3789 Monday through Tuesday.

Portanto, teoricamente esse texto pode ser considerado coerente.

Entretanto, em uma análise mais detalhada verificamos que esse gênero não
corresponde ao que dele é esperado, conforme listado a seguir:

 um apelo que responde a uma necessidade – nesse tópico é oferecido um


curso lento (slow) em que o cliente tem que pagar mais do que ele vale
paying more for what it’s worth;

 o que o produto (no caso o curso) oferece – embora ofereça cursos se-
melhantes às expectativas de seus concorrentes (Básico, Intermediário e
Avançado) demanda muito tempo para sua realização (4, 4, 2) anos;

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

 uma vantagem – embora se garanta o aprendizado, as aulas acontecem


em dias e horários praticamente proibitivos para a maioria das pessoas.

 um contato – existe um canal para contato, mas apenas em curto período


de tempo e em horários inconvenientes, além do que a ligação é paga!

Bem, então, o conteúdo desse anúncio contradiz o que dele é esperado, ou seja,
vender um produto. Assim, considerando os pontos mencionados por Siqueira e
Lee, poderíamos dizer que esse texto tem uma organização macroestrutural ade-
quada, é coeso, mas é falho do ponto de vista do gênero (propósito, público-alvo,
contexto), além de ter um valor de verdade questionável, sendo, portanto, percebi-
do como um texto incoerente.

Coesão gramatical e lexical


Coesão é um elemento que aparece na microestrutura do texto. É a conexão
ou a relação de harmonia entre os elementos de um texto. Isso pode ser perce-
bido quando lemos um texto e verificamos que há uma sequência ordenada de
pensamentos ou ideias que se entrelaçam e se referenciam, dando continuidade
um ao outro.

Enquanto que alguns autores como Beaugrande e Dressler (1981) defendem


que coerência e coesão são níveis distintos de análise, para Halliday e Hasan
(1976) apenas a coesão entre frases e parágrafos são fatores determinantes para
distinguir um texto como tal, permitindo que se chegue à textura, ou seja, aquilo
que permite distinguir um texto de um não-texto. Vejamos a seguinte sentença:

He found it there.

Ele achou-o(a) lá.

Quem é He? (ele); O que é it (“-o”ele/ela); Onde é there (lá). Entretanto, se


observarmos essa sequência:

Peter was looking for his wallet and went straight to the kitchen. He found it there.

Descobriremos que He refere-se à Peter, it à wallet e there a kitchen. Assim,


embora a primeira sentença do primeiro quadro seja compreendida, faz referên-
cias a elementos já mencionados que só conseguimos recuperar ao lermos toda
a sequência, inserida no quadro seguinte.

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Unidades textuais

A coesão de um texto é verificada através de seus mecanismos lexicais e gra-


maticais de construção. A coesão lexical é obtida pelas relações de sinônimos,
hiperônimos (palavra que apresenta um significado mais abrangente em rela-
ção à outra do mesmo nível de significado). Doença é hiperônimo de gripe e
nomes genéricos, dentre outros. Já a coesão gramatical é conseguida a partir do
emprego adequado de artigos, pronomes, adjetivos, determinados advérbios e
expressões adverbiais, conjunções e numerais.

Trataremos, aqui, dos cinco tipos de dispositivos coesivos do sistema léxico


gramatical da linguagem, seguindo a classificação de Halliday e Hasan. São eles:

 referência, substituição, elipse, que são gramaticais;

 coesão lexical, que envolve o léxico (conjunto de palavras de um idioma);

 conjunções que se situam em uma posição intermediária entre a gramáti-


ca e a escolha lexical, assim como a referência, em alguns momentos.

Coesão gramatical
Os tipos coesivos, a seguir, substituição e elipse, são mais comuns no discur-
so oral do que no escrito. A substituição é a troca de um termo por um prono-
me, advérbio, sinônimo, hiperônimo e outros que tenham valores semelhantes,
enquanto que a elipse consiste em omitir certos elementos em uma unidade
linguística, sem que, por isso, os destinatários deixem de compreendê-la.

Substituição Elipse
Did you find your pen? Do you like chocolate?
- No, I had to buy a new one. -Yes, I do.
(one) substitui a palavra (pen) O verbo auxiliar (do) subentende (like chocolate)

A referência ocorre quando um item no texto aponta para outro elemento,


para sua correta interpretação. Essas ligações abrangem pronomes em geral, es-
pecialmente os demonstrativos, artigos definidos dentre outros.

Referências

Pronominal (geral) Pronomes Demonstrativos


John likes to stay home. He usually reads I like to study. This makes me happy.
books and feeds his birds. * This se refere a toda a sentença anterior (I
* He, his se referem a John like to study)

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Artigos Definidos
There are three people waiting for you. The man on the right is the new manager.
The (man) está se referindo a algum elemento já conhecido dentre aquelas três pessoas (three
people).

As conjunções e os marcadores de discurso não são em si ligações coesivas,


mas expressam certos significados que pressupõem a presença de outros com-
ponentes no discurso. Citamos, dentre as principais, as conjunções aditivas, ad-
versativas, causais, temporais e continuativas.

Conjunções

Aditivas There were many things he wanted to say and there were many people to lis-
ten to.

Adversativas Everybody wanted to travel. Diana, however, preferred to stay.

Causal He didn’t come for the test. Consequently he failed the course.

Temporal My husband was ready for his trip. Before he left he made some
recommendations.

Continuativa Different social situations call for different behaviors. This is something we all
learn as children and we, of course, also learn which behaviors are right for
which situations.

Marcadores de discurso
Pela importância do uso de marcadores de discurso na transição do texto, re-
velando um texto mais bem elaborado, listamos alguns deles a partir da relação
de significado que é criada entre frases, sentenças ou parágrafos.

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Marcadores de discurso

Causa Tempo
Adição Adversidade
consequência sequência
AND (e) BUT (mas) SO (assim) FIRST
(Primeiramente)
*Furthermore *However yet *Therefore
*In addition to *Nevertheless (Portanto) Second, third…
*Moreover (Entretanto) (Em segundo,
(Além disso) *Consequently terceiro……lugar)
Also/too *Although/ *As a result Then/next/after
(Também) though (Embora) (Consequentemente) (A seguir)
Finally
Either…….or Rather than/ Since (Finalmente)
(ou……ou) instead of (Visto que)
(Ao invés de) Formerly/
Neither….nor Before
(Nem……nem) *On the other Because (Anteriormente)
hand (Porque, por causa de)
Both………and (Por outro lado) After
(Tanto….quanto) (Depois/
posteriormente)
Until (Até)
While
Whereas
(Enquanto)
Meanwhile
(Enquanto isso)

Veja um exemplo da utilização desses marcadores:

If you want to drive a car, you need to have a driver’s license. First, get a booklet
describing the traffic laws in your city or state. Next, study this guide and when
you feel secure, go an authorized testing office because written tests are usually
required. After passing this first test you have go through a driving test. Although
it’s not common that people fail it’s recommended that you practice a lot since you
have to pay a high fee to get this driver’s permit. Finally if you are successful you can
start driving around your area until you can venture travel along busy highways.

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Comentário

Nesse texto, que dá algumas sugestões a alguém que queira tirar uma cartei-
ra de motorista, verifique como a coesão é construída através dos marcadores
discursivos.

a) First, next, after, finally: indicam a sequência dos passos para que a
pessoa obtenha a carteira e comece a dirigir.

b) And: une as sentenças indicando uma relação de adição.

c) Because, since: fornecem uma relação de causa e consequência entre as


ideias que estão sendo expostas.

d) Until: apresenta uma relação de tempo entre as sentenças que são ligadas.

Note que a inclusão de marcadores discursivos resulta num texto que é mais
fácil de ser compreendido visto que as relações entre as ideias (sequência, tempo,
adição, causa e consequência) estão sinalizadas.

Coesão lexical
A coesão lexical, que é a forma mais frequente de coesão em um texto, en-
volve o relacionamento de itens lexicais. Qualquer item lexical é potencialmente
coesivo. A coesão lexical pode ser obtida por meio de dois mecanismos: a reite-
ração e a colocação.

Reiteração

Na reiteração, a coesão é obtida por meio da repetição do mesmo item lexical


através de repetição, sinônimos, hiperônimos e hipônimos e termos genéricos,
sendo facilmente identificada. Veja o exemplo abaixo:

Some professional tennis players use obscene gestures and language to call
attention to themselves. Other professional athletes(1) do similar indecent (2)
things (3), to attract attention (4).

1) tennis players = professional athletes (hiperônimo);


2) obscene gestures = indecent (sinônimo);
3) obscene gestures and languages = things (termo genérico);

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Unidades textuais

4) call attention = to attract attention (repetição).

Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente do


que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais específico). Por exemplo:
doença é hiperônimo de resfriado porque em seu significado contém o significa-
do de resfriado, além do significado de mais uma série de palavras como alergia,
catapora etc. Ocorrendo o inverso, temos um caso de hipônimo. Assim, resfriado
é hipônimo de doença, cadeira é hipônimo de assento etc.

A organização do parágrafo
Colocação

Na colocação, a coesão é resultante do uso de termos do mesmo campo de


significado. Geralmente sua análise é mais difícil, porque os itens que se colocam
não envolvem sinonímia, repetição ou itens gerais. O mais importante é que se
situem no mesmo ambiente lexical. Observe o exemplo:

(1) On a camping trip with their parents, teenagers willingly do the household
chores that they resist at home. (2) They gather wood for a fire, help put up the
tent, and carry water from a lake.

Embora os itens (wood for a fire, tent, carry water from a lake) sejam exemplos
de household chores (atividades domésticas), a coesão entre as sentenças 1 e 2 é
dada a partir da associação dessas palavras com o item acampamento (camping
trip), ou seja, com o tópico desse parágrafo.

Para ilustrar os diversos mecanismos de coesão, vamos analisar o parágrafo


abaixo observando como esses elementos tornam o texto mais bem organizado,
facilitando a compreensão.

(1) The modern (2) supermarket is very different from (3) the (4) small grocery
store of yesterday: (5) it’s much bigger and offers the (6) customer a large variety
of services. (7) In addition, (8) shoppers can park (9) their cars easily (10) and pay
by credit card. (11) Supermarket managers also recognize (12) people’s desire for
relaxation (13) so calming music (14) and soft colors are provided. (15) Although
today most (16) people enjoy the convenience of the (17) supermarket, (18)
some miss the uniqueness of (19) grocery stores where (20) attendants would
know you personally.

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Comentários

Vocábulo/expressão A que/quem se refere Tipo de coesão


(1)The Refere-se ao supermercado, Coesão Gramatical: referência
que todos conhecemos por ser com artigo definido.
um estabelecimento que faz
parte do cotidiano das pessoas.
(3) The Refere-se à mercearia, aquele Coesão Gramatical: referência.
pequeno mercado que supre
nossas necessidades mais
imediatas.

(5) it Refere-se ao supermercado. Coesão Gramatical: referência


pronominal.

(9) their Refere-se aos shoppers (com- Coesão Gramatical: referência


pradores). pronominal.

(18) some Refere-se às pessoas, que estão Coesão Gramatical:


subentendidas. Elipse.

(7) In addition Conjunções ou marcadores Coesão Gramatical:


(10), (14) and discursivos que ligam as sen- Conjunções ou marcadores
tenças, estabelecendo uma discursivos de adição.
relação de adição, comple-
mentando ideias.

(15) Although Conjunções ou marcadores Coesão Gramatical:


discursivos que ligam as sen- Conjunções ou marcadores
tenças, estabelecendo uma discursivos de adversidade.
relação de contraste, contra-
pondo ideias.

(13) so Conjunção ou marcador dis- Coesão Gramatical:


cursivo que liga as sentenças, Conjunção ou marcador
estabelecendo uma relação de discursivo de causa/conse-
consequência. quencia.

(2), (11),(17) supermarket A repetição da palavra super- Coesão Lexical:


mercado visa reafirmar o tópi- Reiteração: repetição.
co central do texto.

(4), (19) grocery store A repetição dessa palavra visa Coesão Lexical:
reiterar o contraste entre o su- Reiteração: repetição.
permercado (supermarket) e a
mercearia (grocery store) os quais
são contrastados no texto.

(6) customer X Refere-se às pessoas que com- Coesão Lexical:


(8) shoppers pram. Hiperônimo
Customer (um termo mais ge-
ral) é hiperônimo de shopper
(um termo mais específico).

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Unidades textuais

Vocábulo/expressão A que/quem se refere Tipo de coesão


(8) shoppers X Refere-se às pessoas de um Coesão Lexical:
(12), (16) people modo geral e as pessoas que Hipônimo
compram.
shopper (um termo mais espe-
cífico) é hipônimo de people
(um termo mais geral).

(12), (16) people A repetição da palavra people Coesão Lexical:


(pessoas) visa reafirmar o tópi- Reiteração: repetição.
co central do texto.

(6) customer (8) shoppers Palavras que enfatizam o tema Coesão Lexical:
(12), (16) people tratado neste parágrafo (os su- Colocação.
permercados de hoje versus as
(2), (11), (17) supermarket mercearias) com foco especial
(4), (19) grocery store naqueles estabelecimentos que
(20) attendants vendem (supermarket, grocery
stores), nos clientes (shoppers,
customers, people) e as pessoas
que trabalham naqueles locais
(attendants).

Texto complementar

Das partes para o todo:


do todo para as partes (excerto)
(SIQUEIRA, 1990)

O principal atributo de um texto — para ele ser considerado como tal — é


unidade. A unidade de um texto se define, em princípio, pela sua completu-
de — sem o que o texto não poderá ser reconhecido em sua totalidade, nem
por suas partes.

Observemos como isso se dá, por meio de um texto de Caetano Veloso:

Menino do Rio

Menino do Rio
Calor que provoca arrepio

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Dragão tatuado no braço


Calção corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte
Adoro ver-te
Menino vadio
Tensão flutuante do Rio
Eu canto pra Deus proteger-te
O Havaí
Seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo eu desejo teu desejo
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção como um beijo.

(In: Literatura Comentada. São Paulo,


Abril Cultural, 1981. p. 88.)

Será que esse texto tem unidade, ou seja, fala da mesma coisa do princí-
pio ao fim? Vejamos:

 Quem provoca arrepio?

 Quem tem dragão tatuado no braço?

 Quem usa calção?

 Quem tem o corpo aberto no espaço?

 Quem tem o coração de eterno flerte?

 Quem é visto?

 Quem é a tensão flutuante do Rio?

 A quem Deus deve proteger?

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Unidades textuais

 Quem sonha com o Havaí?

 Quem é visto e desejado?

 Quem toma a canção como um beijo?

A resposta é uma só: o menino do rio.

Sendo assim, podemos dizer que esse texto tem unidade: diversas partes
se juntam e se articulam formando um todo único, que pode ser identificado
em sua totalidade e em suas partes.

A ausência — pela eliminação ou pela não-inclusão — de qualquer uma


das partes constitutivas do texto pode comprometer o sentido de sua men-
sagem. Por isso o texto, como unidade de significação, precisa satisfazer a
uma primeira condição que é apresentar inteireza, completude.

Se um time de futebol não tem onze jogadores, dizemos que ele está in-
completo. O mesmo ocorre com o texto: conseguimos reconhecê-lo quando
incompleto.

Dicas de estudo
O livro Discourse Analysis for English Teachers de Michael McCarthy é um livro
que aborda a análise do discurso em linguagem acessível e voltada à prática
do professor de língua inglesa. Trata de temas como gramática, vocabulário, fo-
nologia, discurso oral e escrito, exemplificando através de pesquisas que foram
realizadas acerca desses temas.

Atividades
1. Ordene as sentenças abaixo, que fazem parte de uma carta de apresentação,
de modo a torná-la coerente.

1. I am attaching my resume for a summary of my experience and


qualifications.

2. Sincerely.

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3. I have been informed of a job opportunity as a bilingual executive


secretary by Ms. Ann Johns. I am very interested in such position because
I have experience in this field besides a very good command of French
and Spanish.

4. Maria da Graça Silva.

5. I look forward to discussing this job opportunity further and how I can
contribute to the success of this organization.

6. Dear Mr. Smith.

2. Utilizando o texto abaixo, nomeie os tipos de coesão gramatical e lexical,


informando a que/quem se referem, transcrevendo-os no quadro, a seguir.

Many young people choose to continue their education at colleges


in Britain, Australia or America. Although studying in English-speaking
countries overseas has clear advantages, it is not without its problems.
If, on one hand, the students can usually benefit from a good level of
education and well qualified professors, on the other hand some learners
may have some difficulties adjusting to a culture that is different from
theirs. So, studying abroad can have advantages and disadvantages and
if you are willing to do it, it’s wise to get as much information as you can.
This is very important if one doesn’t want to risk too much.

Vocábulo/expressão A que/quem se refere Denominação


Although Faz contraste com a sentença Conjunção Adversativa/
anterior “Many young Marcador de Discurso.
people choose to continue
their education at colleges in
Britain, Australia or América”.

English-speaking
countries overseas

(a) For one hand


(b) On the other hand

The (students)

students

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Unidades textuais

Vocábulo/expressão A que/quem se refere Denominação


learners

culture

theirs

so

studying

abroad

it

can

this

one

3. Adicione, no texto abaixo, os marcadores de discurso, constantes do quadro,


a fim de marcar a transição de ideias e torná-lo mais coeso.

And, both………and (observe as relações de adição)


Because (observe as relações de causa e consequência)
Although (observe as relações de contraste)
First, Second, Finally (observe a sequência de ideias)

I have several proposals for cutting down on office staff. _______, I suggest
that we eliminate the secretaries __________ we can easily outsource them.
__________, we can lay off our full time cleaning people ____________ hire
part time workers for this task. _________ we can start voluntary dismissal
plans for _____ American ______ Spanish factories. ___________ we may
have problems in the beginning, we are going to save lots of budget money.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

72
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Principais tipos de texto I

Trataremos de tipos de textos bastante utilizados em nossa sociedade, a


partir do conceito de tipologia textual. Esse termo é utilizado para designar
a forma como o texto se apresenta, ou, segundo Marcuschi (2002, p. 22),
“serve para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela
natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos
verbais, relações lógicas”. Dentre as várias tipologias existentes, abordare-
mos os textos descritivos e narrativos, apresentando e caracterizando-os,
além de propormos algumas atividades de produção.

Texto descritivo
A descrição faz-se presente em nosso cotidiano, tanto em obras de
ficção (poemas, contos, romances), como em outros gêneros (artigos de
jornais e revistas, propagandas, obras de caráter técnico ou científico).

O Texto descritivo tem o objetivo de caracterizar alguma coisa, algum


lugar ou alguma pessoa, oferecendo ao leitor/ouvinte a oportunidade de vi-
sualizar o cenário onde uma ação se desenvolve ou eventuais personagens
presentes. A descrição pode aparecer em textos de modo predominante
ou compor a construção de gêneros/textos que façam uso de vários tipos
de texto. Uma resenha de um livro, por exemplo – que se caracteriza pela
argumentação – apresenta, geralmente, uma parte em que o livro é deta-
lhado, capítulo a capítulo. Nessa seção temos a utilização da descrição.

A descrição pode abranger tanto caracterizações objetivas (físicas, con-


cretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de
quem descreve). O mesmo local pode ser descrito de modo diferente se
a descrição ocorrer no período matutino ou noturno ou se o autor tem
maior ou menor afinidade com esse local.

No trecho abaixo, que descreve uma sala de estar (living room) pode-
mos notar, especialmente pelo uso de adjetivos, tanto descrições mais ob-
jetivas (a round wooden table, four chairs...a coffee table) como mais subje-
tivas (pretty small, old fashioned furniture, tasteless sofa).

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

The living room is pretty small with old fashioned furniture: a round wooden
table, four chairs, a tasteless sofa and a coffee table.

IESDE Brasil S. A.
Os escritores usualmente mesclam descrições subjetivas e objetivas a fim de
proporcionar ao leitor apelos lógicos e emocionais. Biografias, artigos de jornais,
revistas e material publicitário frequentemente apresentam uma mistura de
fatos e opiniões.

Vejamos, a seguir, outros exemplos que ilustram como a descrição pode ser
utilizada em diferentes contextos.

1 – Classificado de emprego – Assistente Administrativo

DESK CLERK
Evening hours, experience wanted
but willing to train. 30-35 hrs/wk.
Apply of The slmn 4 Less Motel,
1140 W Cornhusker. See Pat.

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Principais tipos de texto I

2 – Aluguel de apartamento

Disponível em: <www.


eclassifieds4u.com/montreal/ca-
apartments-condos-for-rent-sale-
wanted-nlmkp2CatId22p1>.
Montreal Downtown Condo

Description

Montreal Downtown Condo, 2-bedrooms,


balcony, 5 appliances, garage, locker, near
metro, 1100/month. July 1st.

3 – Reportagem notificando o desaparecimento de uma pessoa

Police investigate missing person in danger


Times staff report
Article Launched: 07/18/2008 05:56:50 PM MDT

Police are looking for a Fort Bliss soldier who is considered a missing person
in danger.
A 28-year-old Fort Bliss soldier did not report to duty this morning and
at about 12 p.m. police were called to the Chimney Apartments at 200 N.
Festival on a welfare check.
Pfc. Jeneesa Lewis, 28, is described as 5 foot 4 inches tall white female and
weighs about 125 pounds [...]

(Disponível em: <www.elpasotimes.com/ci_9925396?source=most_viewed>.)

Características
Os textos descritivos possuem características linguísticas próprias, sendo que
os elementos mais comumente encontrados são:

Adjetivos

 que descrevem características factuais: brown, round, Brazilian.

 opinativos: beautiful, nice, intelligent.

Advérbios de localização espacial

 My room is upstairs. There, I keep, somewhere, the watch I got from my


grandmother.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Comparações

Analogias (a) e comparativos (b) proporcionam ao leitor/ouvinte uma imagem


daquilo que está sendo descrito.

 A street light is like a star. Both provide light at night and serve no function in
the daytime.

 Her lips are as beautiful as Angelina Jolie’s.

Expressões que fazem uso dos sentidos (audição, olfato, paladar, tato, visão)

Usually, our garden is not very special, though it delivers a special scent(1)
in the evenings. This magical smell(2) reminds me of the times when a bunch
of noisy kids(3) with their stripped school uniform(4) run wildly around the soft
bushes(5) we once had.
1- olfato: um perfume especial 2- olfato: um aroma mágico

3- audição: crianças barulhentas 4 – visão: uniforme escolar listrado

5- tato: arbustos macios

O quadro abaixo lista alguns adjetivos bastante frequentes e que podem lhe
auxiliar na elaboração de um texto descritivo.

Lista de adjetivos inglês/português

Disponível em: <http://br.geocities.com/helcio_englishteacher/adjetivos.html>.


important importante bad mau
interesting interessante beautiful bonito
boring chato, enfadonho handsome bonito
(só para homens)
necessary necessário small pequeno
good bom sincere sincero
big, large grande strong-willed determinado
tall, high alto sympathetic solidário
short baixo, curto pleasant, nice simpático
light leve, claro sensible racional, prático
dark escuro sensitive emotivo, sensível
heavy pesado stubborn teimoso
wide, broad largo lazy preguiçoso
narrow estreito listless apático
deep fundo optimistic otimista
shallow raso greedy ganancioso

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Principais tipos de texto I

rich rico pessimistic pessimista


poor pobre clumsy desajeitado
long comprido selfish egoísta
friendly amigável, amistoso funny engraçado
polite educado loyal leal
impolite mal-educado dumb burro

reliable confiável articulated, articulado


resourceful
honest honesto self-serving oportunista
ambitious ambicioso organized organizado
anxious ansioso messy bagunçado,
bagunceiro
brave corajoso sloppy desleixado
outgoing sociável curious curioso
shy tímido wise sábio
patient paciente experienced experiente
naive ingênuo kind bondoso
faithful fiel daring ousado
responsible responsável moody temperamental
independent independente new novo
witty espirituoso old velho
hard-working trabalhador young jovem
studious estudioso modern moderno
reserved reservado middle-aged de meia idade
withdrawn retraído fast, quick rápido, veloz
insecure inseguro slow lento
talented talentoso illiterate analfabeto
worried preocupado cynical cínico
sexist machista skeptical cético
conservative conservador happy feliz
picky implicante sad triste
noisy barulhento excited empolgado

quiet calmo, quieto exciting empolgante, muito


interessante
expensive caro lovely amável
cheap barato lonely solitário
jealous ciumento smart esperto
envious invejoso

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Escrevendo um parágrafo descritivo


Como vimos no item anterior, a descrição pode ser mais ou menos objetiva
e caracterizar, por exemplo, um local, um objeto ou uma pessoa. A chave para
escrever um texto descritivo de modo adequado é propiciar detalhes suficientes
para auxiliar o leitor a criar uma imagem mental do que está sendo escrito.

Assim, para melhor elaborar um texto descritivo tenha em mente os seguin-


tes itens:

 pense em algo que queira descrever. Por que esse elemento é importante?;

 lembre-se dos sentidos que esse objeto, pessoa ou local lhe evocam;

 esse item sendo descrito é semelhante a outro que tenha visto no presente
ou no passado?;

 o que você sente ao observá-lo/a?;

 que tipo de recursos linguísticos você deve usar para transmitir com maior
fidelidade ao leitor/ouvinte o cenário que está descrevendo — adjetivos
descritivos ou opinativos, comparações, apelos aos sentidos?

A estruturação do texto deve seguir o esquema:

 sentença tópico – aquela que introduz o assunto do parágrafo;

 sentenças de apoio – aquelas que explicam, descrevem e detalham a


sentença tópico;

 conclusão – reitera a ideia principal, repetindo-a com outras palavras

Veja o modelo abaixo:

My tiny diamond ring


On the third finger of my left hand is the ring given to me last year by my
sister Doris. The 14-carat gold band, a bit tarnished by time and neglect, circles
my finger and twists together at the top to encase a small white diamond.
The four prongs that anchor the diamond are separated by pockets of dust.
The diamond itself is tiny and dull, like a sliver of glass found on the kitchen
floor after a dishwashing accident. Just below the diamond are small air holes,

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Principais tipos de texto I

intended to let the diamond breathe, but now clogged with grime. The ring
is neither very attractive nor valuable, but I treasure it as a gift from my older
sister, a gift that I will pass along to my younger sister when time comes.

Sentença tópico: a sentença tópico além de mencionar o objeto a ser


descrito (um pequenino anel de diamante), implica uma certa relação afetiva
(que recebi de minha irmã Doris) tornando esse início mais interessante.

Sentenças de apoio – as sentenças que se seguem fornecem detalhes


sobre o anel: suas partes (The four prongs that anchor the diamond), tamanho
(tiny), cor e tipo (white diamond, 14-carat gold band) e condições (a bit
tarnished by time and neglect; [...but now clogged with grime.). Note que o
autor usa o recurso da Comparação, mais especificamente uma Analogia,
mostrando que o anel não tem nada de especial, pois é comparado a um
caco de vidro encontrado no chão da cozinha (The diamond itself is tiny and
dull, like a sliver of glass found on the kitchen floor after a dishwashing accident)
Essas particularidades fazem com que o leitor crie uma imagem mental do
objeto sendo descrito.

Conclusão – a sentença que conclui o parágrafo reitera a ideia de que


embora o anel não seja atraente ou de valor, é muito estimado por sua
possuidora visto ter sido um presente de sua irmã.

(Disponível em: <http://grammar.about.com/od/developingparagraphs/a/draftdescribe.htm>.)

Texto narrativo – conceito e caracterização


A Narração consiste em contar um fato ou uma estória em que os persona-
gens se relacionam em determinado tempo e espaço, desencadeando um con-
flito, ou, uma trama em que determinado episódio se desenvolve. Esse estilo
retórico (estrutural ou organizacional) nos é bastante familiar, pois contamos e
ouvimos histórias o tempo todo. Os tipos de narrativa mais conhecidos são o
romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula, a lenda, dentre outros.

A narrativa pode acontecer no discurso direto, em que são incluídas as falas


dos personagens (“I don´t want to live with my sister” Henry said) ou no discur-
so indireto, em que o mesmo fato é contado de modo indireto (Henry said “he
didn’t want to live with his sister”).

A história ou fato a ser narrado pode ser apresentada a partir de dois estilos
principais de foco narrativo:
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

 narrador-personagem – aquele que participa da ação, que se inclui na


narrativa.

Narrativa pessoal

My mother is always there for me. When we were children she would give
us total support to our rights and wrongs. I remember one day when I broke
her favorite vase. I was both afraid and embarrassed to tell her and when I
finally did her smile was my comfort and relief.

Narrativa sobre outro personagem

I was walking down the street when I saw a young boy tripping in a big
packet. He stopped for a moment, looked around and opened it. His face got
blank when the sound of a baby crying came out of it.

 narrador-observador – aquele que não se inclui na narrativa, podendo


narrar a ação de modo mais objetivo somente relatando o que vê, ou de
modo onisciente, como alguém que tudo sabe a respeito das pessoas, in-
clusive o que elas sentem, pensam mas não dizem.

Narrador objetivo

September 30, 2006.

Brazilian Jetliner With 150 Aboard Is Missing Over Amazon

By THE ASSOCIATED PRESS

RIO DE JANEIRO, Sept. 29 — A Brazilian jetliner with about 150 people


aboard was reported missing Friday over the Amazon forest after colliding with
a smaller executive jet, aviation authorities said.Wladimir Cazé, spokesman
for the Brazilian aviation authority, told The Associated Press that Gol airlines
Flight 1907 had left Manaus and disappeared after a collision.The Brazilian
aviation agency said the accident occurred in midair about 470 miles south of
Manaus in Para State, in the country’s southwest [...].

(Disponível em: <www.nytimes.com/2006/09/30/world/americas/30brazil.html>.


Acesso em: 20 jul. 2008.)

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Principais tipos de texto I

Narrador onisciente

Hermione hung her head. Harry was speechless. Hermione was the last
person to do anything against the rules, and here she was, pretending she had,
to get them out of trouble. It was as if Snape had started handing out sweets.
– Chapter Ten: Halloween

Book 1: Harry Potter and the Sorcerer’s Stone (2001)

Características
Ao narramos uma história temos que nos preocupar em apresentar ao leitor/
ouvinte onde, quando, como e com quem ocorreu o episódio.

Em uma narração há o predomínio da ação, em que verbos de ação desta-


cam-se. O enredo, ou a história sendo contada, contém personagens que são
representados por substantivos e pronomes e quando o narrador descreve o local
onde e quando a ação ocorre, geralmente se utiliza, respectivamente, de advér-
bios de lugar e tempo.

Exemplo

Yesterday I was home lying in the couch when unexpectedly my best friend,
Peter, came there bringing bad news.

Onde: Home, There Quando: Yesterday Com Quem: I, Peter


Como: Peter brings bad news unexpectedly

Verbos: was lying, came, bringing Substantivos/Pronomes: I, Peter


Advérbio Lugar: there Advérbio de Tempo: yesterday

Escrevendo um parágrafo narrativo


O parágrafo narrativo deve transmitir um fato ocorrido em que existam per-
sonagens que participem direta ou indiretamente. Para que fique mais claro,

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

iremos enumerar, abaixo, os elementos básicos do parágrafo narrativo e como


ele deve ser estruturado.

Elementos básicos

 Fato: o que será narrado.

 Tempo: em que momento o fato ocorreu.

 Lugar: onde o fato se deu.

 Personagens : quem participou do ocorrido ou o observou.

 Causa : motivo que deu origem ao fato.

 Modo: como se deu o fato.

 Consequências.

Estruturação sugerida

1.º Explicar que fato será narrado. Determinar o tempo e o lugar.

2.º Causa do fato e apresentação dos personagens.

3.º Modo como tudo aconteceu.

4.º Consequências do fato.

É bom lembrar que a organização apresentada acima poderá ter a sequência


ligeiramente alterada, como, por exemplo, introduzindo, logo no início, os perso-
nagens. Há também momentos em que a causa do fato não precisa ser explicada
por ser evidente, como um roubo de banco, por exemplo. O mais importante
é manter um fluxo de ideias que permita ao leitor/ouvinte uma compreensão
satisfatória do/a relato/história.

Exemplo

I will never forget the first time I went to dancing class at the university. I
almost can’t dance and I think I have no talent for dancing. At that time, I was
really afraid to attend dancing classes. The steps are so complicated and difficult,
I can’t remember still less dancing well. But after a few days, I was familiar with
that new situation and I found out that dancing could be interesting. After
that, I was not afraid of dancing anymore. Now this experience became part
of my unforgettable memories.

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Principais tipos de texto I

No exemplo acima temos o fato (participar da aula de dança), o lugar (na


universidade), o tempo (algum momento no passado), e a personagem (eu).
Todos esses elementos estão condensados na primeira linha (I will...........at the
university). A causa do fato não é explicada, mas as quatro linhas seguintes
detalham a maneira como tudo aconteceu. Na conclusão (última sentença) a
consequência do fato é exposta (essa experiência tornou-se parte inesquecível
das minhas lembranças).

Texto complementar

Como redigir corretamente em inglês


(SCHÜTZ, 2007. Adaptado)

Introdução
Enrolar, enfeitar a jogada, enfeitar a noite do meu bem, encher linguiça, são
expressões populares usadas para referir-se ao hábito do uso da retórica na
linguagem. Esta tendência, frequentemente observada em português, é um
vício remanescente de séculos passados, quando a linguagem escrita era
uma arte dominada por poucos e a sua função era predominantemente lite-
rária. Retórica era sinal de erudição, e por vezes a forma chegava a se impor
sobre o conteúdo.

Nos tempos modernos, entretanto, com a internacionalização do mundo


e com o crescente desenvolvimento da tecnologia de comunicação, a fun-
cionalidade dos idiomas como meios de comunicação clara e objetiva se
impõe a tudo mais, fato este reconhecido também pelos mais respeitados
representantes da língua portuguesa.

Especialmente no caso do inglês, hoje adotado como língua internacio-


nal, esta tendência é marcante. O inglês moderno na sua forma escrita não
tolera retórica. No comércio internacional, na imprensa escrita, e nos meios
acadêmicos exige-se cada vez mais clareza. Frases longas, adjetivação exces-
siva, tom vago, textos que exigem maior esforço para serem compreendidos,
falta de concisão, todas estas características facilmente são consideradas po-

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

breza de estilo. A beleza do inglês moderno está na substância, na simplicida-


de, na clareza, na riqueza de detalhes e na integridade lógica.

Em paralelo a isso, a redação e editoração de textos via computadores está


criando uma tendência à padronização do inglês na sua forma escrita. Pelo
fato de ter sido um país de língua inglesa (EUA) o berço da informática, os
softwares hoje existentes para processamento ou edição de textos oferecem
recursos avançados para verificação gramatical de textos em inglês. Estes
grammar checkers seguem todos os mesmos preceitos básicos, influindo de
forma semelhante sobre quem redige, e conduzindo lenta e gradativamente
a uma maior padronização na forma de escrever.

Por tudo isso pode-se dizer que redigir bem em inglês é mais fácil do que se
imagina. A primeira condição, que apesar de elementar é muito pouco obser-
vada, é de que o texto seja sempre criado a partir de uma ideia. Em qualquer
língua, o texto escrito deve ser sempre o reflexo de uma ideia, que por sua vez
origina-se em fatos do universo. A ideia é sempre anterior ao texto. Se a ideia não
for clara, o texto também não será.

Outra condição é o domínio sobre o idioma falado. Seria difícil tentar re-
digir uma ideia a respeito da qual não conseguimos falar claramente. É por
isso que traduções ou versões a partir de um texto em português, feitas com
a ajuda de dicionário, normalmente produzem resultados desastrosos. A não
ser quando se trata de documentos, e com ressalvas, não deveria existir o
que chamam de tradução literal. Todo texto precisa ser interpretado, isto é: a
ideia precisa ser entendida e então recriada, e diferenças culturais explicadas
sob a nova ótica.

Regras para uma boa redação.

1. Organize suas ideias em itens, faça um outline.

2. Certifique-se de que cada oração tenha um sujeito e que o sujeito


esteja antes do verbo.

Ex.: An airplane crashed yesterday. Ontem caiu um avião.

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Principais tipos de texto I

3. Use frases curtas.

Frase inadequada Forma mais adequada

During my vacation in July, when Last July I went on vacation in


I went to the south of France and the south of France and other
other parts of central Europe, parts of central Europe. I bought
I bought many souvenirs and many souvenirs and saw many
I saw many interesting places, interesting places. Some of the
both the normal tourist sites and places I visited were the normal
the lesser known locations. tourist sites, and others were
lesser known locations.

4. Seja breve e evite o uso de palavras desnecessárias.

Complexo Correto

The multiplicity of functionality is The many functions of the product


really advantageous to the overall will help its sales.
marketability of the product.

5. Seja objetivo, apresente fatos em vez de opiniões.

Subjetivismo vago Correto

Our language teachers are highly Our language teachers are native
qualified. speakers with college education.

[…]

Dicas de estudo
O livro: WRITERS INC – a student handbook for writing and learning, de Sebra-
nek, P., Kemper, D., Meyer é um manual completo com modelos, explicações
sobre vários tipos de texto. Além disso, contém inúmeras informações úteis tais

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

como técnicas de estudo para cada habilidades (compreensão e produção orais;


compreensão e produção escritas), regras de pontuação, pesos e medidas etc. É
um livro de cabeceira para quem gosta ou pretende conhecer mais sobre textos
e sua elaboração.

Atividades
1. Seguindo o esquema abaixo, redija um parágrafo, em inglês, sobre um ani-
mal de estimação, um amigo ou parente querido. Não se esqueça de seguir
as diretrizes detalhadas especialmente quanto criar uma imagem para seu
leitor. Um exemplo de sentença tópico foi dado, mas você poderá substituí-
la dependendo do texto que for elaborar.

Sentença Tópico (1) Tony is my beautiful white Persian cat that I got from a close
friend five years ago.

Sentenças de Apoio (3)

Conclusão (1)

2. Seguindo o esquema abaixo, redija um parágrafo sobre o que você fez em


sua última viagem ou férias.

Lembre-se de incluir os seguintes elementos:

a) estruturação: fato, tempo, lugar, personagens, causa, modo, conse-


quências;

b) foco narrativo: narrador-observador; narrador-personagem;

c) discurso: direto ou indireto.

Use as perguntas abaixo para orientá-lo/a:

a) Onde você foi?

b) Como você viajou?

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Principais tipos de texto I

c) Quem foi com você?

d) O que você fez ou viu ?

e) O que você mais gostou e o que não gostou?

f) Qual foi sua impressão final?

My last vacations

I had a great time on my last vacations.

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Principais tipos de texto II

Trabalharemos com um tipo de texto que é frequentemente utilizado


quando se quer desenvolver, explicar ou discutir um assunto: o texto disser-
tativo. Há dois tipos mais comuns de textos dissertativos: o dissertativo-ex-
positivo, que visa explicar fatos ou transmitir informações e o dissertativo-
argumentativo que tem por objetivo defender uma ideia ou um ponto de
vista. Ao escritor cabe a escolha da tipologia textual que melhor couber ao
conteúdo que pretende abordar, e para isso pode, se for conveniente, redi-
gir um texto de um daqueles tipos mencionados acima, ou ainda de acres-
cer outras tipologias como a narração e descrição. Entretanto, para que o
texto dissertativo seja mais bem compreendido quanto às características
que lhes são próprias, focaremos em seus dois tipos principais.

Texto dissertativo-expositivo
O texto dissertativo-expositivo tem, em princípio, o propósito de trans-
mitir conhecimento ou expor uma ideia ou um conceito. Na elaboração de
uma dissertação, deve-se ter em mente (a) a objetividade: isto é, redigir
um texto direto, sem opiniões pessoais; (b) clareza e concisão: significa
expressar-se com poucas palavras produzindo um texto de fácil compre-
ensão; (c) precisão: buscar a exatidão de informações.

Organização retórica
Nesse tipo de texto, o autor deve limitar-se a expor os conceitos, sem
colocações pessoais. A seguinte estrutura-padrão, é geralmente utilizada:

Introdução – apresentação inicial acerca do assunto a ser tratado


no texto, despertando no leitor a vontade de seguir suas ideias ou
argumentos.

Desenvolvimento – detalhamento das informações que ilustram a


ideia central exposta na introdução.

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Conclusão – retomada da ideia central e avaliação do assunto que foi discu-


tido. As ideias apresentadas e discutidas no desenvolvimento são reafirmadas,
tomando-se uma posição acerca do problema, da tese. É também um momen-
to de expansão, desde que se mantenha uma conexão lógica entre as ideias.

Alguns elementos que enriquecem o Desenvolvimento de um texto são:

 relações de causa e efeito – motivos, razões, fundamentos, alicerces,


consequências, efeitos. Without a car it would be difficult commute from one
job to the other;

 comparações e contrastes – diferenças e semelhanças entre elementos.


Friendship smells like slightly burnt cookies;

 inclusão de fatos – About 25 million people, especially children, die each


year from starvation;

 enumerações e exemplificações – indicação de fatores, funções ou ele-


mentos que esclarecem ou reforçam uma afirmação: The marathon is a
long-distance running event;

 citações – According to Dr. Meiji Nakajima, director of World Health Organization,


the major cause of diseases in African children is malnutrition.

Veja o exemplo abaixo.

Children should not be allowed to watch too much TV. Today with parents
out of the household for longer periods it is very difficult to restrict children
to be in front of a TV screen for hours. This can result in a serious threat to
kids’ health, specially preschoolers. According to the American Academy of
Pediatrics around 15,000 children suffer from neurological problems caused
by TV. Last year it was reported a case of a five-year old boy that fainted while
watching his favorite cartoon.

Relação de causa e efeito: today with parents out of the household for longer
periods it is very difficult to restrict children to be in front of a TV screen for hours.
This can result in a serious threat to kids’ health, especially preschoolers.

Citação: According to the American Academy of Pediatrics around 15,000


children suffer from neurological problems caused by TV.

Exemplificação: Last year it was reported a case of a five-year old boy that
fainted while watching his favorite cartoon.
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Principais tipos de texto II

Logicamente não é necessário que o Desenvolvimento contenha todos esses


elementos. Entretanto, a utilização variada desses recursos certamente enriquece
a redação.

A coesão é dada através de elementos coesivos, tais como marcadores dis-


cursivos (especialmente as conjunções), referentes textuais (pronomes pessoais,
possessivos, relativos, demonstrativos), que propiciam a transição entre senten-
ças e parágrafos, itens lexicais, tais como substantivos e com o emprego de rei-
terações e colocações.

Segue, abaixo, uma tabela com alguns marcadores discursivos que ocorrem,
embora não exclusivamente, em cada uma das divisões da estrutura padrão.

Tabela de marcadores discursivos


Introdução Desenvolvimento Conclusão

To begin Also, Besides, As well As, Therefore


Moreover, Similarly
First Second, At the same time, Finally, Last, Lastly
Further, Next,
Firstly Secondly, In addition, In summary
furthermore
However, Yet, Although As a result
For example
Naturally, Obviously,
As you know

Exemplos

Introdução

Firstly I would like to discuss the origins of this concept...(primeiramente gos-


taria de discutir as origens desse conceito).

Desenvolvimento

After I will highlight the different points of view of researchers (posteriormen-


te vou destacar os diferentes pontos de vista dos pesquisadores).

Obviously, the most important intellectuals will come first (obviamente os


intelectuais mais importantes virão em primeiro lugar).

Conclusão

Finally I will point out similarities and differences between their theories. (Fi-
nalmente, destacarei semelhanças e diferenças entre suas teorias).
91
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Para ficar mais claro, observe um exemplo de parágrafo em que esses marca-
dores estão contextualizados.

Exemplo

Friendship
(1) A dictionary contains a definition of friendship somewhere in the F’s
between the words “fear” and “Friday.” An encyclopedia supplies interesting
facts on friendship. But all the definitions and facts do not convey what
friendship is really all about. The only way to understand friendship is
through experience. It is an experience that involves all the senses.

(2) Friendship can be seen. It is seen in an old couple sitting in the park
holding hands. It is the way they touch, a touch as light as a leaf floating in the
autumn air, a touch so strong that years of living could not pull them apart.

(3) Friendship can be heard. It is heard in the words of two friends who
squeezed in lunch together on an extremely busy day. Friendship can be
heard by those willing to listen.

(4) Friendship is felt in a touch. It is a pat on the back from a teammate, a


high five between classes, the slimy, wet kiss from the family dog. It’s a touch
that reassures that someone is there, someone who cares.

(5) Friendship has a taste. It tastes like homemade bread, the ingredients
all measured and planned, then carefully mixed and kneaded, then the quiet
waiting as the dough rises. Hot from the oven, the bread tastes more than
the sum of its ingredients.

(6) Friendship has a smell. It smells like the slightly burnt cookies your
brother made especially for you. It smells like your home when stepping into
it after being away for a long time.

(7) Finally, more than the other senses, friendship is an experience of


the heart. It is the language of the heart — a language without words, vowels,
or consonants. Like air fills the lungs, friendship fills the heart, allowing us to
experience the best life has to offer: a friend.

(Disponível em: <www.thewritesource.com/studentmodels/ws2k-friendship.htm>.


Acesso em: 2 ago. 2008.)

92
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Principais tipos de texto II

IESDE Brasil S. A.
Comentários

Verifique que na Introdução do exemplo acima (parágrafo 1) é colocada a


ideia central: a amizade deve ser experenciada através dos sentidos (The only
way to understand friendship is through experience. It is an experience that involves
all the senses). Os parágrafos de números 2 a 6, que fazem parte do Desenvolvi-
mento, explicam a ideia central, detalhando cada um dos sentidos menciona-
dos: visão (2) Friendship can be seen ; audição (3) Friendship can be heard; tato(4)
Friendship is felt in a touch; paladar (5) Friendship has a taste; aroma (6) Friendship
has a smell. A Conclusão (7) reitera a ideia central condensando-a a partir das
informações fornecidas no Desenvolvimento: Finally, more than the other senses,
friendship is an experience of the heart e faz um fechamento: Like air fills the lungs,
friendship fills the heart, allowing us to experience the best life has to offer: a friend.

A coesão nesse exemplo é dada especialmente pela reiteração do item lexi-


cal Friendship. Os parágrafos que desenvolvem a ideia central têm uma estru-
turação semelhante. Assim, cada sentido é apresentado: Friendship is felt in a
touch (4), Friendship has a smell(6) etc, sendo explicados: It is a pat on the back
from a teammate ou mais frequentemente comparados: It smells like the slightly
burnt cookies […]

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Escrevendo um parágrafo
dissertativo-expositivo
O parágrafo dissertativo-expositivo deve possuir a estrutura padrão de de-
senvolvimento de parágrafos, ou seja:

 sentença tópico – aquela que introduz o assunto do parágrafo;

 sentenças de apoio – aquelas que explicam, descrevem e detalham a


sentença tópico, podendo incluir ideias secundárias;

 conclusão – reitera a ideia principal, repetindo-a com outras palavras.

Deverá, também, utilizar os recursos coesivos já mencionados, ou seja, a


coesão gramatical (referentes textuais e conjunções) e/ou lexical (reiteração, co-
locação) assegurando a harmonia entre os elementos do texto.

O conteúdo a ser inserido no tema da redação exige criatividade por parte


do escritor e habilidade de ligar os vários conceitos. Uma boa maneira de se ter
ideias é através da leitura de jornais ou revistas da mídia impressa ou da internet,
procurando manter-se sempre atualizados com os acontecimentos no Brasil e ao
redor do mundo.

A partir do texto abaixo, faremos uma análise de sua organização retórica e


estrutura coesiva.

Exemplo

(1) Yellow-spotted lizards are a deadly threat to


IESDE Brasil S. A.

all humans at Green Lake Park. (2)They invaded


the area after the lake dried up many years ago and
their bite is always fatal. (3) Campers and visitors are
made aware of this potential danger, but even so
it was a yellow-spotted lizard that killed the camp
administrator. (4)Local authorities are trying to
restrict the use of certain areas of the park during
the night, when these animals usually appear. (5)
Some people even claim they should be hunted
and confined. (6)While the discussion continues,
one thing is certain: meeting those lizards at
Camp Green Lake means certain death.

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Principais tipos de texto II

Esse parágrafo tem uma estruturação baseada no estilo problema-solução.


Na Introdução (1) a ideia central é exposta, indicando que o tema a ser tratado é
a ameaça dos lagartos pintados de amarelo no Parque Green Lake. No Desenvol-
vimento (2-6) as sentenças 2 e 3 explicam como os lagartos chegaram ao lago,
bem como exemplificam sua periculosidade. Já as sentenças 4 e 5 mostram a
solução apontada por cidadãos e autoridades. Na Conclusão (6), o autor reite-
ra a ideia principal, ou seja, o fato de que os lagartos são uma ameaça mortal,
embora ainda não se tenha decidido o que fazer para combatê-los. A ligação
entre ideias é dada através de itens gramaticais (they), mais comumente de itens
lexicais (campers and visitors, local authorities, some people).

Texto dissertativo-argumentativo
O texto dissertativo-argumentativo – desenvolve uma tese, um conceito.
Com forte valor opinativo (argumentativo) o autor deixa clara a sua posição em
relação ao assunto, procurando fazer com que seu ouvinte/leitor aceite e acredi-
te em seus argumentos.

Para Ingedore Koch, “quando interagimos através da linguagem, temos


sempre fins a serem atingidos” e “pretendemos atuar sobre o(s) outro(s) de deter-
minada maneira” e “obter deles(s) determinadas reações verbais ou não-verbais”
(KOCH, 1992, p. 29). O uso da linguagem deve ser visto como essencialmente
argumentativo, visto que sempre estamos orientando os discursos que produzi-
mos no sentido de determinadas conclusões. Portanto, para essa autora
[...] não há texto neutro objetivo, imparcial: os índices de subjetividade se introjectam no
discurso, permitindo que se capte a sua orientação argumentativa. A pretensa neutralidade de
alguns discursos [...] é apenas uma máscara, uma forma de representação (teatral): o locutor
se representa no texto “como se” fosse neutro, “como se” não tivesse engajado, comprometido,
“como se” não tivesse tentando orientar o outro para determinadas conclusões, no sentido de
obter dele determinados comportamentos e reações. (KOCH, 1992, p. 60, grifo da autora)

Organização retórica
Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argu-
mentos e as estratégias argumentativas.

A tese, ou proposição, é a ideia que defendemos, necessariamente polêmica,


pois a argumentação implica divergência de opinião.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Os argumentos são aquelas ideias que dão suporte à tese. Podem incluir fatos,
exemplos, dados estatísticos, testemunhos etc. contra-argumentos também
podem ser incluídos, sendo discutidos ou rejeitados.

As estratégias são todos os recursos (verbais ou não) utilizados para conven-


cer, persuadir ou gerar credibilidade ao leitor/ouvinte. Dentre as estratégias po-
demos citar a clareza, a precisão linguística, o modo como a sentença tópico e
a conclusão são escritas. Outros exemplos são a antecipação de uma possível
argumentação contrária e a inclusão de possível resposta, a utilização de lingua-
gem agressiva, ironia, perguntas retóricas etc.

Algumas expressões típicas da argumentação ou da linguagem opinativa, se-


guem abaixo.

Expressões típicas da argumentação


Contrastando Comentando

But (mas) Obviously (obviamente)


Yet (entretanto) Naturally (naturalmente)
However (entretanto) Clearly (claramente)
Nevertheless (não obstante) There is no doubt (não há duvida)
On the other hand (por outro lado) It can be said (pode-se dizer)
In spite of this (a despeito disso) It is true that (é verdade que)
Despite (a despeito disso) As everybody knows (como sabemos)
On the other hand( Por outro lado) Most people say/think, (muita gente diz/pensa)

Escrevendo um parágrafo
dissertativo-argumentativo
Na elaboração de um parágrafo dissertativo-argumentativo devemos, pri-
meiramente, levar em consideração a estrutura típica de parágrafos, ou seja:
sentença tópico, sentenças de apoio, conclusão. Entretanto, com base em sua
organização retórica, sugerimos o seguinte esquema básico:

Sentença Tópico Tese – abordagem do tema fundamentada

Sentenças de Apoio Desenvolvimento dos Argumentos (1, 2, 3...) – inserção de fatos, ci-
tações, dados estatísticos etc. devidamente interpretados
Contra-argumentos (opcional)

Conclusão Confirmação da Tese

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Principais tipos de texto II

A coerência do texto é obtida através da sequência da argumentação: alega-


ção principal, fatos que comprovam essa alegação, contra-argumentos ou opini-
ões divergentes sobre o assunto, refutação de argumentos contrários, fortaleci-
mento da tese principal.

Observe, no texto abaixo, como um determinado tema pode ser organizado.

Disponível em: <www.parapal-online.co.uk/


resources/essays.html>. Acesso em: 8 out. 2008.
Tese + Explicação Private cars are becoming a very controversial issue these days but they
are important in our modern lives for two main reasons, poor public
transport and business.

Argumento 1 - Many people in the world live in towns, villages and even cities that do
not have good buses or trains. Without cars these people could not travel
to work, to the shops or do many other important things.
- Also, in many towns and cities buses stop before midnight but in today’s
busy world people are busy twenty four hours a day.

Argumento 2 The next point is that cars help the economy in two ways. Firstly, the
car industry gives many people in the world jobs and helps countries to
develop. Secondly, many people today need cars in their work. Doctors
need to visit patients, salespeople need to visit customers and computer
technicians need to visit businesses.

Conclusão In conclusion, although cars can cause problems it is impossible to live


without them in modern life.

Note a utilização de marcadores discursivos que marcam a transição de senten-


ças e lhes fornecem coerência, estabelecendo basicamente relações de sequência
(the next point, firstly, secondly, in conclusion); adição (also) ou contraste (but).

Digital Juice.

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Texto complementar

What is fact and opinion?


What is a fact?

A fact is something that can be verified and backed up with evidence,


e.g. In 2005, Brazil and FC Barcelona star Ronaldinho was named FIFA World
Footballer of The Year. We can verify these details by looking at FIFA records.

What is an opinion?

An opinion is based on a belief or view. It is not based on evidence that


can be verified, e.g. Wayne Rooney is the best football player in the English
Premier League. Are there players in the English Premier League who are
better than Wayne Rooney?

Facts are often used in conjunction with research and study. The census (a
survey of the population usually conducted by a government department)
is a good example of when facts are used. These facts can be supported
by information collected in the census, e.g. According to UK Government
national statistics in 2004, approximately one in five people in the UK were
aged under 16.

Opinions can be found in many types of writing such as a “Letter to the


Editor” in a newspaper. A reader may write in with an opinion e.g. “24 hour pub
licensing will ruin our community.”Another reader may write in and disagree, e.g.
“24 hour licensing will stop yobbish behaviour by staggering closing hours.”

Mixing fact and opinion

Writers often mix fact and opinion. So it is not always easy to tell whether
something is based on verifiable information or someone’s particular
viewpoint. For this reason, it is important to read with a questioning mind.
Just because someone says something is true – it doesn’t mean it is true?
What do you think?

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Principais tipos de texto II

Here is the first part of an article from the BBC’s news website. Look at how
the article starts out using facts, then moves on to using opinions. The facts
are highlighted in bold and the opinions are in italics. The facts are taken
from a survey which can be verified. The opinions are taken from comments
made by various people such as journalists and writers. They express the
viewpoint of that particular person.

Indians “world’s biggest readers”


Indians are the world’s biggest bookworms, reading on average 10.7 hours
a week, twice as long as Americans, according to a new survey. The NOP
World Culture Score index surveyed 30,000 people in 30 countries from
December 2004 to February 2005.

Analysts said self-help and aspirational reading could explain India’s high
figures.

Britons and Americans scored 50% lower than the Indians’ hours and
Japanese and Koreans were even lower at 4.1 and 3.1 hours respectively.
R Sriram, chief executive officer of Crosswords Bookstores, a chain of
26 book shops around India, says Indians are extremely entrepreneurial and
reading “is a fundamental part of their being”.

The NOP survey of 30,000 consumers aged over 13 saw China and the
Philippines take second and third place respectively in average hours a
week spent reading books, newspapers and magazines.

(Disponível em: <www.bbc.co.uk/skillswise/words/reading/


fact_and_opinion/factsheet.shtml>.)

Dicas de estudo
Recomendo, como dica, o livro O Texto de João Hilton Sayeg Siqueira. Embora
voltado para língua portuguesa, traz informações sobre como ler e elaborar textos,
que podem ser parcialmente aplicáveis à língua inglesa. Os principais tópicos são
coerência e coesão, organização macro e microestrutural e a sumarização textual, os
quais trazem ao leitor uma reflexão sobre a linguagem e sobre a redação de textos.

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Atividades
1. Seguindo o esquema abaixo, redija um parágrafo sobre a punição aos crimino-
sos. Não se esqueça de seguir as diretrizes detalhadas especialmente quanto
à utilização de elementos coesivos. Um exemplo de sentença tópico foi dado,
mas você poderá substituí-la dependendo do texto que for elaborar.

Sentença tópico – Introdução There is no doubt that the Olympic Games,


which beginning on 8th August in Beijing,
China, will be one of the biggest sporting
events in the history.

Sentenças de apoio – desenvolvimento


(use exemplos, contrastes, elementos de
causa-consequência etc).

Conclusão

2. Ordene o parágrafo abaixo, que aborda a qualidade dos alimentos na atuali-


dade. A ideia central a ser defendida, ou seja, a tese, já foi fornecida.

1 – ( ) Moreover, a lot of families would (a) Tese + explicação


rather like to exchange their cell phone
for the latest models than acquiring best
quality nutritional food.

2 – ( ) In conclusion we notice that poor (b) Argumento 1


quality of food is not only the fault of
producers. We, the consumers, have
to decide about what is priority in our
lives: “to have” or “to be”.

3 – ( ) People buy ready-made food (c) Argumento 2


because of modern life styles. If we pay
attention, possessing a brand new car is
more valued than spending money for
our own welfare.

4 – ( ) The media has been discussing (d) Conclusão


the quality of food that we eat. Usually
governmental authorities and food
makers are blamed. Actually, if we think,
we are also responsible since sometimes
we opt for price and convenience over
nutritional value.

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Principais tipos de texto II

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Gêneros do discurso

No mundo globalizado, onde a interação é imediata e as relações inter-


culturais são cada vez mais estreitas, a linguagem se inscreve como me-
diadora de discursos. Desse modo, devido à importância de se conhecer
e saber utilizar as práticas discursivas e sociais correntes, iremos estudar
os gêneros, que são a formalização oral ou escrita de tais práticas. Através
da análise dos gêneros poderemos compreender com maior clareza o que
ocorre quando utilizamos a linguagem para cumprir alguma atividade
social tal como atender a uma ligação telefônica, participar de uma entre-
vista de emprego, escrever uma carta de reclamação ou uma resenha.

Gêneros – apresentação
O termo gênero, amplamente utilizado na retórica (arte da persuasão
através da expressão verbal) e na teoria literária sob outro enfoque, será
aqui abordado a partir da linguística textual. A importância da noção de
gênero deve-se ao fato de que a comunicação verbal somente pode ser
possível através dele. Segundo afirmou Bronckart (1999, p. 103), “a apro-
priação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de
inserção prática nas atividades comunicativas humanas”, o que significa,
em outras palavras, que os gêneros textuais operam, em certos contex-
tos, como formas de legitimação discursiva, já que se situam numa relação
sócio-histórica com fontes de produção que lhes dão sustentação.

Convém esclarecer a diferença entre tipo textual e gêneros, visto que


essa terminologia é frequentemente confundida. Tipo textual é denomi-
nação fornecida a uma sequência definida pela natureza linguística de sua
composição e tem uma representação mais limitada. Em sua análise são
examinados aspectos lexicais, sintáticos, gramaticais e relações lógicas.
São exemplos mais conhecidos a descrição, a narração e a dissertação. Por
outro lado, denomina-se gênero a materialização de textos encontrados em
nosso cotidiano. Esses são dinâmicos e praticamente infinitos, apresentan-
do características sociocomunicativas definidas por seu estilo, função, es-
truturação e conteúdo. Alguns exemplos são: manual de instruções, aula,
sermão, cardápio, horóscopo, telefonema, carta pessoal ou comercial.
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

É importante lembrar que a relação entre esses dois conceitos não é de opo-
sição dicotômica, mas sim de complementação visto que todos os textos são re-
alizados através de um gênero e os gêneros podem conter vários tipos de texto.
Tome-se o caso de um manual de instruções. Como gênero textual, trata-se de
um evento discursivo escrito com uma organização estrutural identificável pela
maioria das pessoas em nossa cultura. Embora esse gênero contenha caracteris-
ticamente um tipo de texto instrutivo, há também outros tipos textuais menos
frequentes como as descrições do produto, por exemplo. Assim, podemos dizer
que, do ponto de vista textual, o manual de instruções é heterogêneo, porém
limitado. Embora opere dentro de padrões sociocomunicativos característicos,
relativamente estáveis, como gênero o manual pode refletir todo o dinamismo
de uma sociedade em constante transformação podendo ter características va-
riáveis dependendo do canal em que é veiculado (CD, impresso, internet), de seu
público-alvo (especialistas, público em geral) e da cultura em que se insere.

Os estudos de gênero vêm de longa data e têm como destaque Bronckart,


Bakhtin, Swales, Bhatia, dentre outros. Vários estudos têm sido realizados nessa
área voltados a aplicações pedagógicas, no contexto acadêmico e empresarial,
especialmente com foco na escrita e na leitura para fins específicos. Diversas
vertentes teóricas em língua materna e língua estrangeira abordaram o tema e
esse tem evoluído. Embora com enfoques diferentes, a maioria desses trabalhos
parece ter em comum os seguintes aspectos: (a) o fato de que a língua reflete
padrões culturais e interacionais da comunidade em que se insere; (b) a noção de
gênero como entidade sociocomunicativa e não simplesmente entidade formal.

Esses conceitos permeiam as pesquisas dos autores Swales (1994) e Bhatia


(1993) que serão privilegiados em nosso trabalho, visto que suas teorias são
complementares, além desses estudos terem sido baseados em pesquisas sobre
textos escritos.

Swales (1994) propõe uma visão integrada de gênero que abrange os parti-
cipantes da comunidade discursiva, os eventos comunicativos e as convenções
socioculturais, cada elemento convergindo na direção de um mesmo propósi-
to comunicativo. Assim, para ele, o conceito chave é o propósito comunicativo
compartilhado pelos membros da comunidade na qual o gênero é praticado. Os
demais aspectos tais como os lexicais (vocabulário), estruturação sintática, canal
e terminologia específicos, embora importantes, não têm a mesma influência
na caracterização do gênero, porém influenciam a sua escolha. Em 2001, com
Askehave, Swales amplia sua visão sobre o propósito comunicativo, em vista
de uma ampla discussão teórica ocorrida desde a apresentação de sua primeira

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Gêneros do discurso

definição, ressalvando que há gêneros que têm o mesmo propósito mas são di-
ferentes em termos de aspectos formais e de organização textual, assim como há
textos idênticos ou quase idênticos com propósitos comunicativos bem diversos.
Também a comunidade discursiva tem sido discutida especialmente a partir dos
gêneros ligados às tecnologias digitais. De acordo com Marcuschi (2004), em di-
versos gêneros surgidos com a internet, os indivíduos são em geral anônimos, e
superficiais nas interações, mesmo que tenham práticas comuns, como por exem-
plo, numa lista de discussão, a noção de comunidade é muitas vezes diluída.

Com a evolução daqueles conceitos, a definição de gêneros de Bhatia (1993,


p. 23), é a mais adequada aos propósitos. Para esse autor, o gênero é
[...] uso da linguagem em um ambiente comunicativo convencionalizado, que fornece sentido
a um conjunto específico de objetivos comunicativos de uma instituição social ou disciplinar,
originando formas estruturais estáveis e impondo limites no uso da léxico-gramática, bem
como em recursos discursivos. (minha tradução)

A fim de ilustrar nossa discussão, citamos, como exemplo, Motta-Roth (2002)


que examinou o gênero resenha acadêmica, chegando às seguintes conclusões
acerca desse gênero específico:

 seu propósito comunicativo – avaliar livros/artigos a partir dos pressu-


postos de cada área de conhecimento (química, economia etc.) a fim de
atender as expectativas de seu público-alvo;

 sua comunidade discursiva – membros da comunidade acadêmica in-


cluindo quem escreve (especialistas, pesquisadores) e quem os lê (estu-
dantes, professores, pesquisadores);

 sua organização retórica contém os seguintes tópicos – (a) apresentação


do livro, (b) descrição do livro, (c) destaque de partes do livro, (d) apresen-
tação de uma avaliação final.

Além dessa análise textual, importante para os leitores desse gênero ou para
quem os escreve, a autora ainda aborda as questões de poder que permeiam
esse gênero. Assim, ela ressalta que os pesquisadores mais experientes são os
escolhidos pelos editores para elaboração de resenhas acadêmicas, enquanto
que os pesquisadores iniciantes (sem poder) constituem o público-alvo dessas.

É importante mencionar que Motta Roth (2002) estudou resenhas no contex-


to acadêmico, ou seja, resenhas de livros e artigos científicos. Resenhas de filmes
ou de livros publicados em jornais ou revistas têm características semelhantes,
mas não seguem exatamente a mesma estruturação, especialmente devido a ter
público-alvo diferente.
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Em suma, devemos ter em mente que gêneros não são entidades formais,
mas sim entidades comunicativas em que predominam os aspectos relativos a
funções, propósitos, ações e conteúdos, além de relações de poder.

Gêneros e sua função social


Em todos os contextos de situação e de cultura há atividades baseadas na
linguagem. Quando dominamos um gênero textual não dominamos uma forma
linguística e sim uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em
situações sociais particulares. A partir de Bakhtin (1986) o gênero é visto como
um evento recorrente de comunicação em que um determinado evento da ativi-
dade humana, que inclui papéis e relações sociais, é mediado pela linguagem.

Segundo Meurer & Motta-Roth (2002) são três os aspectos básicos definido-
res do contexto (sobre o que se fala, quem fala e como se fala), sendo esses reali-
zados através da linguagem. Segundo esses autores, para que se possa expandir
o repertório de gêneros discursivos disponíveis em nossa cultura, devemos ter
consciência desses três aspectos e os utilizarmos de modo articulado a fim de
alcançarmos determinados objetivos comunicativos.

Uma vez que todos os cidadãos estão incluídos em grupos sociais, o estudo de
gêneros irá refletir a prática desses grupos e a sua compreensão permitirá a inclu-
são de novos membros a partir da utilização dos gêneros ali vigentes. Além disso,
o entendimento dos gêneros poderá nos trazer, especialmente a partir do ensino
formal, o desenvolvimento da consciência sobre como a linguagem é utilizada,
permitindo que as pessoas possam influir criticamente na dinâmica social.

É importante ressaltar que, embora convencionalizados, os gêneros refletem


todo dinamismo da sociedade em constante evolução. Daí a necessidade de
compreendê-los a partir de sua situação discursiva, observando o contexto em
que ocorrem. É assim que conseguimos caracterizar os gêneros através de sua
comunidade discursiva, como, por exemplo, os gêneros da mídia (editoriais, re-
senhas, cartas ao editor, notícias esportivas etc) ou ainda gêneros do mundo dos
negócios (memorandos, cartas, relatórios etc).

Desse modo, conforme já mencionamos, um gênero é muito mais do que um


tipo de texto que tem formas estáveis. Ao contrário, os gêneros se constituem e
se desenvolvem em resposta a certos propósitos sociais.

A partir dessa visão, a aplicação pedagógica dos gêneros, a partir dos PCN é
de grande valia na escola. Se por um lado isso implica em expor os aprendizes às
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Gêneros do discurso

convenções formais de determinado gênero, envolvendo a organização retórica


e aspectos léxico-gramaticais, por outro se propõe a fazer com que o aluno reco-
nheça a sua função social, sua finalidade explícita e possivelmente implícita, de
modo a compreendê-lo e criticá-lo. Afinal, como apontam Kress e Hodge (1979)
a linguagem, além de uma forma de comunicação, pode servir como instrumen-
to de manipulação por quem a usa. Somente com a conscientização do papel da
linguagem em nossa cultura e sociedade, através do gênero, poderemos incluir
o cidadão, tornando-o um leitor ou escritor mais eficiente, permitindo que con-
tribua de modo consciente e crítico com o mundo que o cerca.

Gêneros digitais
O impacto da tecnologia digital no mundo moderno, atinge a sociedade
como um todo. Uma série de gêneros digitais tais como o e-mail, o chat, o blog
estão emergindo impactando a linguagem e a vida social. A principal diferen-
ça que esses novos gêneros parecem trazer é a possibilidade de reunir várias
formas de expressão, agrupando, texto, som e imagem, tornando o texto mais
dinâmico e fornecendo escolha à sua audiência, através dos hiperlinks. Segundo
Yates (2000) as novas tecnologias digitais parecem ter tornado nossa sociedade
textualizada, visto que, com a internet, a comunicação escrita é enfatizada. En-
tretanto, não se trata da comunicação escrita nos moldes tradicionais: observa-
mos uma gama de gêneros híbridos, tais como os escritos com características de
oralização, como os chats e as mensagens eletrônicas (MSN). Marcuschi (2004)
em um ensaio abrangente sobre essa nova forma de textualização, compara
(vide quadro abaixo) gêneros tradicionais e sua contraparte eletrônica, ressal-
tando que ainda não temos gêneros puramente eletrônicos, embora possuam
características próprias advindas da mediação do computador. A rapidez da
comunicação, dentre outros fatores, tende a conferir à linguagem escrita uma
certa informalidade, embora isso não influa em que tenhamos gêneros altamen-
te convencionalizados.

Gêneros textuais emergentes na mídia virtual e suas contrapartes em


gêneros preexistentes.
(Marcuschi, 2004, p. 31)

Gêneros emergentes Gêneros já existentes


1 E- mail Carta pessoal / bilhete /correio
2 Chat em aberto Conversações (em grupos abertos?)
3 Chat reservado Conversações duais (casuais)
4 Chat ICQ (agendado) Encontro pessoais (agendados?)

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Gêneros emergentes Gêneros já existentes


5 Chat em salas privadas Conversações (fechadas?)
6 Entrevista com convidado Entrevista com pessoa convidada
7 E-mail educacional (aula por e-mail) Aulas por correspondência
8 Aula Chat (aulas virtuais) Aulas presenciais
9 Videoconferência interativa Reunião de grupo / conferência / debate
10 Lista de discussão Circulares / séries de circulares (???)
11 Endereço eletrônico Endereço postal
12 Blog Diário pessoal, anotações, agendas

O grande questionamento parece ser se a revisão de princípios teóricos a partir


desse fenômeno mundial, que, segundo o autor, não altera substancialmente a
estrutura da língua. Entretanto, modifica a maneira como os textos são lidos e
elaborados havendo necessidade de um outro olhar para elementos como a line-
aridade (sequenciamento ou encadeamento de ideias), a coerência e a coesão.

A partir do advento da internet, que se tornou um poderoso canal de comu-


nicação, as empresas perceberam que teriam disponível um meio de estar em
contato com todos os elementos de sua cadeia produtiva: clientes, fornecedores,
investidores, empregados etc. vinte e quatro horas por dia. Assim, sentiram a ne-
cessidade de criar uma estrutura textual que servisse aos seus propósitos. Desse
modo surgiram os primeiros sites. Sites são um conjunto de páginas de hipertex-
to (texto que comporta outros textos) acessados através de links ou hiperlinks.

Com o desenvolvimento dos sites, a página inicial passou a ser o primeiro


contato da empresa com seus possíveis interlocutores. Em consequência, essa
página inicial, chamada de home page começou ganhar um formato que se as-
semelha nos diferentes sites de empresas ou individuais, na atualidade.

Observe a página inicial (home page) dos sites das empresas Pfizer (uma in-
dústria farmacêutica) e do Wal-Mart (hipermercado) abaixo:

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Gêneros do discurso

Divulgação: Pfizer.
Divulgação: Wal-Mart.

Notou a semelhança entre elas?

Vamos ver como essas páginas iniciais de sites (home pages) se configuram
como gêneros:

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 seu propósito comunicativo – as home pages são páginas iniciais de


apresentação de sites, servindo como canal de veiculação inicial de infor-
mações;

 sua comunidade discursiva – o público-alvo é variado mas podemos di-


zer que geralmente quem acessa as páginas dessas empresas são clientes,
fornecedores, investidores e funcionários em busca de alguma informa-
ção específica;

 sua organização retórica – você deve ter percebido como essas home
pages são semelhantes. O quadro abaixo compara os elementos estrutu-
rais presentes em ambas empresas.

PFIZER / WAL-MART
Informações comuns Informações diferentes

Layout – imagem central e informações em Layout – a home page da Pfizer tem, em des-
colunas. A cor de fundo escolhida é semelhan- taque, um link de busca.
te: azul que fornece uma sensação de paz. Links – Barra Superior: obviamente, alguns
Barra Superior com links que levam a outras links dessa barra de navegação, que é princi-
páginas de hipertexto com informações adicio- pal do site, são diferentes visando atender às
nais. Essa barra contém alguns links semelhantes necessidades específicas de cada empresa.
(Home, About Pfizer/About us; News & Media/ Pfizer: Products; Research & Development.
Facts and News; Sustainability/Responsibility;
Investors). Wal-Mart: Health & Wellness; Community &
Giving; Diversity; Suppliers.
Distribuição de Informações:
Informações principais e as que requerem
constante atualização estão centralizadas en-
quanto que outros dados (através de links) es-
tão dispostos ao lado direito.
Perceba que, em ambas as empresas (Pfizer,
Wal-Mart) existem comentários sobre alguns tó-
picos colocados na Barra Superior: no Wal-Mart
(Community, Sustainability, Health & Wellness);
na Pfizer (Investor Presentation; Product Pipeline
Update).

Vemos, assim, que temos um gênero criado em função das necessidades co-
municativas de determinada sociedade. Esse gênero, bem como vários outros,
sejam virtuais ou não, estão a serviço da comunidade e para tal estruturam-se a
fim de atender às suas demandas.

110
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Gêneros do discurso

Texto complementar

Why genres matter


(PRICE, 2002. Adaptado)

A genre is born as a response to an audience’s questions, needs,


wishes, fantasies

Writers don’t start genres, audiences do. A niche audience starts the
conversation by asking a certain kind of question over and over in the same
general context. For instance, newspaper editors tend to ask, “What’s the news
item here? When can I release this? Who can I call for more info? ”In response,
publicists came up with the generic press release, a fairly standard approach
to answering those questions in a methodical way, with a heading, release
date, and contact phone number. Through the ongoing virtual conversation
between editors and flacks, a peculiar type of text is developed—a genre.

 How do I do x? Procedure

 What does x mean? Definition

 How is the company doing? Annual report

 What is your original idea? Academic essay

 What can you do for my organization? Resume

 What’s the real crime here, and how will it be solved? Detective novel

Once the audience has gotten your attention with a broad ques­tion, and
persuaded you to write in a particular genre in response to that question,
you discover that, buried inside that larger ques­tion the audience may have
a whole set of follow-up questions, which come up in a certain order. In fact
the follow-up questions often fall into a nested hierarchy. For instance, within
the basic question, “How do I do this?”(which we reply to with a procedure)
are smaller questions such as, “What tools do I need to get ready?”and “What
should my work look like now?”

111
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

In response to questions like these, writers have come up with tool


lists (“You need a Phillips head screwdriver”) and illustrations inside the
steps (“Insert Tab A into Slot B”). So the procedure, as a genre, has a set of
components that must be included and convention — the rough agreement
of thousands of writers over many years — dictates a certain way of organizing
those components.

For instance, to be a procedure, a text must include at least one instruction,


which is a step the reader should take. That step answers the key question,
“What do I do next?”. But a procedure may also contain other elements, each
of which addresses a particular question the reader might ask in this con­text.
Here are some of the follow-up questions that may lead to particular pieces
of a procedure:

 What should I know before I start? Introduction

 What’s the point? Goal

 When should I do this? Context

 What tools do I need? Tool list

 Is there anything I should do before I start? Prerequisites

 What’s the basic idea here? Conceptual overview

 How does this task fit into the larger process I am working on? Process
diagram

 What do I do next? Step

 What should I watch out for? Warning

 What did that term mean, in the step? Definition

 Can you give me a hint? Tip

 Now that I’ve done what you said to do, what’s the result? Result
statement

 Do my results match yours? Illustration

112
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Gêneros do discurso

 What’s that strange gizmo in the corner of the illustra­tion? Callout

 What does this picture show? Caption

 Could you give me an example of the way this step is sup­posed to work?
Example

 I did what you said, but it didn’t work: now what? Troubleshooting

You can see that these questions — and the elements that carry your
responses — follow a rough sequence. If you were creating a diagram of
a generic procedure, you might draw a nested hierar­chy, indicating which
elements were optional, and which were required and in what order — a
document type definition for the genre. In fact genres are informal analogies
of the content models you create for XML delivery. A genre acts as a general
model, an uncodified but widely acknowledged structure, with an implied
style. Each writer, through pressure, inspiration, or laziness, will twist the
model a little, to fit a particular context. But even with these variations, writ­ers
expect that visitors should recognize that the text is following an established
convention with a familiar structure.

Dicas de estudo
Para quem quer ter uma perspectiva geral sobre conceito de gênero reco-
mendo o livro: Gênero, Teorias, Métodos e Debates (2005) organizado por José Luiz
Meurer, Adair Bonini e Désirée Motta-Roth. Nesse periódico, que é uma coletânea
de vários autores, o conceito de gênero textual é discutido sob diferentes perspec-
tivas baseado nos estudos dos pesquisadores. Uma excelente leitura para aqueles
que querem conhecer a prática do uso de gêneros no contexto pedagógico.

Atividades
1. Combine as colunas de modo a estabelecer a organização estrutural (retóri-
ca) da resenha a seguir sobre o livro Zahir de Paulo Coelho:

113
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Disponível em: <www.spiritualityandpractice.com/books/books.php?id=10126>.


Acesso em: 8 out. 2008.
01 Brazilian-born writer Paulo Coelho is the author of The Alchemist and many other quest
novels. He has sold an estimated 65 million books in 150 countries in 60 languages.

02 The unnamed narrator of this story is a wildly successful novelist and celebrity who
lives in Paris with his wife Esther, a war correspondent who speaks four languages. Their
marriage has hit a dry spot and she is restless, wanting to move on in search of her own
happiness. When Esther disappears, he is tormented and traumatized by the mystery
of what has happened to her. Has she been kidnapped, killed, or has she left him for
another lover?

03 The narrator has had has plenty of success in his life: well attended book signings, po-
wer lunches with film industry people, and interviews with journalists. But it all leaves
him with a sour taste in his mouth. He remembers a story by Jorge Luis Borges about a
mystical coin: “A year later, I wake thinking about the story by Borges, about something
which, once touched or seen, can never be forgotten, and which gradually so fills our
thoughts that we are driven to madness. My Zahir is not a romantic metaphor — a blind
man, a compass, a tiger, or a coin. It has a name, and her name is Esther.”

04 The narrator’s struggle is that of a man as trying to come to terms with something he
cannot understand or control: the mystery of Esther’s absence. It is very hard for him
to let go of his feeling that she is the only one who fills his life with meaning. The inner
journey he takes opens him up to new possibilities.

05 Then Mikhail, the last person Esther was seen with, contacts the narrator and promises
to take him to her. Mikhail, a young man who works with unhappily married couples,
has his own spiritual perspective on love.

06 Coelho has not created a masterwork on the level of The Alchemist, but for those who
are willing to travel lightly, there are some interesting insights here on obsessive love,
the emptiness of celebrity-status success, and the courage needed to square off against
the mysteries and rewards of letting go of ego and stepping into the dark unknown.

Livro Número do parágrafo

Apresentação do livro

Descrição do livro

Apresentação de uma Avaliação

2. Retome os conceitos apresentados nesta aula e aponte o propósito comuni-


cativo e a comunidade discursiva dos gêneros abaixo. O primeiro item serve
como exemplo.

Gênero Propósito comunicativo Comunidade discursiva


Manual de Instruções Informar e instruir sobre a insta- Público em geral. Usuários des-
de uma TV lação e utilização desses apare- se equipamento.
lhos eletrônicos.

Editorial de um Jornal

Artigo Acadêmico

Propaganda de
um carro de luxo

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Gêneros do discurso

115
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

116
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Caracterização e emprego
dos gêneros textuais I – textos instrucionais
A aplicação do conceito de gênero textual na leitura e elaboração de
textos possibilita maior eficiência na compreensão e utilização do discurso.
De acordo com Marcuschi (2002 p. 22) “é impossível se comunicar verbal-
mente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comuni-
car verbalmente a não ser por algum texto. Em outros termos, partimos da
ideia de que a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual.”

Gêneros textuais devem ser entendidos como formas textuais que


foram desenvolvidas para que certos atos comunicativos pudessem ser
efetivados. Em outras palavras, gêneros têm propósitos sociais definidos
tais como informar, entreter, se desculpar, instruir etc. Tomemos como
exemplo uma carta. Não escrevemos esse tipo de texto para produzir um
produto que tem data, saudação e fechamento. Elaboramos cartas para
uma finalidade social e comunicativa específica, tais como reclamarmos
de alguma coisa, fecharmos um negócio ou vendermos produtos.

A fim de que o escritor possa comunicar sua mensagem do modo pre-


tendido, viu-se a necessidade do estabelecimento de certas regularidades
organizacionais nos gêneros elaborados de modo a facilitar o processo da
escrita, bem como o da leitura. Se observarmos Receitas Culinárias, notare-
mos que, em sua maioria, são organizadas da seguinte forma: Título, Ingre-
dientes, Modo de Fazer. Essa convenção estrutural não surgiu aleatoriamen-
te, mas em resposta aos propósitos comunicativos a que esse gênero textual
se propõe, ou seja, instruir alguém a realizar um prato culinário. A forma
com que esse gênero se realiza também impõe certas restrições quanto ao
léxico (vocabulário) a ser utilizado – que será aquele voltado ao desempe-
nho de uma tarefa específica – bem como aquele mais bem compreendido
e reconhecido por seu público-alvo (comunidade discursiva). Assim a pre-
paração de pratos, que está intimamente ligada à vida social das pessoas, se
organiza através do gênero Receita Culinária, de modo a cumprir um papel
comunicativo em determinadas sociedades.

Existem vários estudiosos que abordam o conceito de gênero. Embora


suas teorias não sejam conflitantes, adotaremos, nesta unidade, a defini-

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

ção do pesquisador Bhatia (1993 p. 23), que se adapta melhor aos nossos objeti-
vos, visto que esse autor elaborou a sua teoria a partir de gêneros escritos. Assim,
para esse pesquisador o gênero é
[...] uso da linguagem em um ambiente comunicativo convencionalizado, que fornece sentido
a um conjunto específico de objetivos comunicativos de uma instituição social ou disciplinar,
originando formas estruturais estáveis e impondo limites no uso da léxico-gramática, bem
como em recursos discursivos. (minha tradução)

Textos instrucionais – tipos e características


Gêneros que têm predominantemente o foco instrucional são aqueles utili-
zados para instruir alguém a fazer alguma coisa. Explicando como realizar algo
de determinada maneira, esses gêneros utilizam argumentos, conselhos, con-
dições, hipóteses, bem como recomendações e alertas, para cumprir seus obje-
tivos. Exemplares típicos são receitas culinárias, regras de jogos, regulamentos,
bulas de remédio, manuais de instrução, dentre outros.

Convém salientar a diferença entre gêneros instrucionais e tipos de texto ins-


trucionais. Os primeiros cumprem um papel social na comunidade. Assim, um
Manual de Instruções, por exemplo, é um gênero reconhecido por sua função,
que é instruir os usuários sobre a instalação e funcionamento de um equipamen-
to. Tem uma organização retórica (descrição do produto, como instalá-lo, usá-lo,
o que fazer caso haja eventuais problemas etc.) e elementos linguísticos (install
connect, troubleshooting, warning) reconhecidos pela comunidade que o utiliza,
e cumpre um objetivo comunicativo específico. Já um tipo de texto instrucional,
como um bilhete que você pode deixar para seu colega instruindo como abrir
o cofre de seu departamento, embora tenha um objetivo definido, não possui
uma função social reconhecida pela comunidade discursiva que dele faz parte,
e, portanto, não pode ser considerado um gênero.

Os gêneros instrucionais podem incluir subgêneros diversos dentre os quais se


destacam aqueles com características regulatórias, que consistem em comportamen-
tos específicos (usar o cinto de segurança); procedurais, os quais incluem um conjunto
de instruções (como montar um armário); prescritivos, que envolvem um conjunto de
regras escritas por especialistas e que devem ser estritamente seguidas (programa-
ção de computadores); de aconselhamento, que expressam a opinião pessoal sobre
um determinado tópico (seções de perguntas/respostas de revistas femininas).

Tendo esses gêneros emergido para cumprir uma função social determinada,
para que se possa atingir seus objetivos, seus produtores têm que fazer certas
inferências sobre seus usuários em potencial, tais como o conhecimento prévio
118
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

que esses têm sobre o tópico, suas habilidades, crenças e preferências. Além
disso, têm que adequar o nível de linguagem (formal ou informal), o léxico e
a organização discursiva à sua audiência a fim de obter um completo entendi-
mento. A utilização de recursos linguísticos, bem como não-linguísticos (figuras,
fotos, tabelas, diagramas) visa complementar as ideias expostas, garantindo que
a mensagem seja compreendida com uma margem maior de sucesso.

Quanto à organização retórica, esses textos são geralmente sequenciais e ou/cro-


nológicos a fim de que se saiba em que ordem devemos realizar algum evento. Pos-
suem subdivisões (passos) marcados através de subtítulos ou não. Uma receita culi-
nária, por exemplo, geralmente tem subtítulos (passos) explícitos, sendo que cada
um tem uma função determinada: ingredientes (o que utilizar na receita); modo de
preparar (como utilizar esses ingredientes na preparação do prato).

De um modo geral, gêneros instrucionais têm uma linguagem objetiva e são


realizados linguisticamente através de:

 Marcadores discursivos de sequência ou tempo (First, Second , Next, Then,


After, Before, Now.) que organizam o texto provendo-o de coerência e coesão.

 Orações imperativas (Fold the paper, Mix the eggs, Open the case.) as quais
materializam ordens ou instruções.

 Modalizadores (can, could, may, should) que suavizam o imperativo ou o


intensificam (must).

 Expressões de advertência ou recomendação utilizando o condicional If


(If you clean with water you may damage your equipment) ou outras expres-
sões Make sure, Be sure, Ensure (Make sure the oven is not opened during the
first 30 minutes).

Utilização do pronome you, para criar proximidade com o leitor.

Manuais de Instruções –
análise e caracterização
Os Manuais de Instruções são um tipo de gênero instrucional bem co-
nhecido. Eles podem se caracterizar como manuais do usuário, de serviço ou
treinamento. Os manuais técnicos, que destacaremos aqui, têm o objetivo de
fornecer instruções de utilização de um equipamento. Além desses, também
têm o propósito de incrementar a satisfação do cliente, e melhorar a imagem
119
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

da empresa ou do produto, dentre outros. Podemos afirmar, ainda, que um


manual do usuário bem escrito pode servir de propaganda para o produto,
reafirmando a confiança que o cliente deposita no fabricante.

Enquanto esse gênero possui as características típicas dos gêneros instrucionais


quanto aos aspectos linguísticos , sua organização retórica abrange tópicos
que informam ao usuário as características do equipamento (Introduction), as
Operações Básicas (Basic Operations, Advanced Operations), Instalação (Installation);
Precauções de Segurança (Caution, Safety Precautions), Dúvidas Frequentes
(Troubleshooting) além de conter, alertas e notas sobre o mal-uso e perda da
garantia (Warning, Notice).

Para ilustrar, verifique, abaixo o índice do Manual de Instruções do CD/DVD


player da Sony.

Disponível em: <http://portablemedia.manualsonline.com/manuals/mfg/sony/


sony_portable_dvd_player_product_list.html>. Acesso em: 23 ago. 2008.
Table of Contents
Introductions � Changing Audio Soundtrack Language . . . . . . . . . . . . . . . . .32

Introductions
� WARNING . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 � Viewing from another Angle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
� Welcome! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 �3D Surround Effect . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34
� Important Safety Instructions . . . . . . . . . . . .3 � Repeat Play . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35-36
� Precautions . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4-9 � Random Play . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37
� About This Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 � Program Play . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38-39
� Notes on Discs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 �Operation with Audio CD and MP3 disc . . . . . . . . . . . . . .40-42
� Table of Contents . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 � Operation with JPEG disc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43-44
� Identification of Controls . . . . . . . . . . . . . . .12-17 Initial Settings
Main Unit . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12-13 � Selection of Initial Settings . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45
Display Window . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 � Selecting Disc Language . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46
Remote Control . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15-17 � Selecting Rating Level . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47
� Power Connections . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .19-20 � Selecting Area Code . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48
AC Adaptor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18 � Selecting TV Aspect . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Battery Pack . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19-21 � Selecting Menu Language . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50
Basic Operations � Selecting Digital Audio Output . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51-52
� Playing a Disc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21-26 � Others . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53
Basic Playback . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21-23 � Table of Languages and their Code Numbers . . . . . .54
Stopping Play . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 � Area Code List . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55-56
Resume Play . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
Connections
Screen Saver . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
� Connecting to a TV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57
Pause . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25
� Connecting to an amplifier equipped with a Dol-
Skipping Chapters and Tracks . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 by Digital decoder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58
To Scan at Fast Forward or Fast Reverse Playback . . .26 � Connecting to an amplifier equipped with a Dolby
Playing in Slow-Motion . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
Pro Logic Surround . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59
Operation Using GUI Menu Icons � Connecting to an amplifier equipped with a DTS
� General Information about GUI Menu Icons . . . . .27 decoder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60
� Detailed Description of each GUI Menu Icon . . ..28-29 � Connecting to an amplifier equipped with a digi-
tal audio input. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61
Advanced Operations
Reference
� Using a Title Menu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30
� To use the player with car bettery charger . . . .62-64
� Using a DVD Menu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30
� Disc Requirements . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65
� Changing Subtitle Language . . . . . . . . . .31
� Copyright Information . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66
� Before Calling Service Personnel . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67-69
� Specifications . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .70-71

Observando os subtítulos desse manual, podemos localizar os passos da or-


ganização retórica típica de manuais de usuário de produtos eletrônicos.
120
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

a) Características do equipamento (Introduction: Identification of Controls,


Power Connections).
b) Funcionamento do Equipamento (Basic Operations,Operation using GUI
Menu Icons, Advanced Operations, Initial Settings).
c) Instalação (Connections).
d) Precauções de Segurança (Important Safety Instructions, Precautions).
e) Dúvidas Frequentes (Reference – Before Calling Service Personnel).
f) Alertas e notas sobre o mal-uso e perda da garantia (Warning).
Agora, analisando um trecho desse manual categorizado no item (b), acima
(Funcionamento), podemos fazer um levantamento dos elementos linguísticos
ali presentes, os quais são representativos desse gênero.

Divulgação: Sony.
Playing a Disc
NOTES:

Basic Operation
Basic Playback
• Place a disc with the playback side down on the
- Prepare the power supply. spindle, and push gently on the center of the
disc so it goes into position.
1. Open the outer cover and slide the POWER
• Confirm LCD MODE position by pressing LCD
switch to the left to turn unit on.
MODE button.
Power indicator lights and then the indicator will
disappear after 5 seconds. • If no picture on the LCD, check that the LINE
2. Press OPEN to open the disc lid and insert a SELECT switch is set to LINE Out mode. disc so it
disc with the side you want to play label up. Adjusting color intensity
Close the disc lid by hand. • Confirm LCD MODE position by pressing LCD
• If the disc is placed in upside down (and shade.
it is a singlesided disc), “NO DISC” or “DISC ERROR” – ; black and white
appears on the LCD screen.
+ ; color
• If you insert an audio CD, the CD indicator
lights up in the display window. • Power consumption increases with the level of
• After playing back all of the chapters in the color.
title, the DVD player automatically stops and re- Adjusting the brightness
turns to the menu screen.
Use the BRIGHT control slide –/+ to adjust the
3. Press PLAY to start play. brightness.
4. Adjust the volume. – ; dark
+ ; light

21

Linguagem característica
Exemplos
Imperativos
— Prepare the power supply
— Use the color control slide…
Marcadores discursivos (sequência)
Power indicator lights and then the indicator will appear……
Expressões de advertência ou recomendação
If no picture appears on the LCD check……
If you insert an Audio CD……
121
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Observações

Não foram observados modalizadores. A sequência é marcada por números.


A presença de uma figura ajuda a contextualizar o conteúdo.

Regras e regulamentos –
análise e caracterização
Enquanto que os Manuais de Instruções são geralmente produzidos pelos
fabricantes dos equipamentos e têm o objetivo de esclarecer ao usuário como
utilizá-los corretamente, regras e regulamentos são tipos de instruções que têm
a função de trazer normas (Como Jogar Poker) ou determinar regras de compor-
tamento a fim de atender instituições formais ou governamentais (Como Fazer
o Imposto de Renda). Esses gêneros cumprem uma função social reconhecida,
que é instruir a realização de atividades sociais específicas (regras) ou zelar pela
organização de uma cidade, estado ou país e pela segurança e bem-estar de
uma população ou entidade (regulamentos).

Sua organização retórica consiste de uma sequência estabelecida, não tão mar-
cada por funções específicas de partes (installation, troubleshooting) como ocorre
com os manuais, por exemplo, mas relacionando um conjunto de ações que devem
ser realizadas para que determinada tarefa tenha sucesso. Os elementos linguísticos
presentes nesses gêneros são semelhantes aos dos demais gêneros instrutivos.

Observe a análise do texto abaixo extraído de um guia divulgado pela Comis-


são Americana de Segurança de Produtos ao Consumidor, que é uma agência
governamental americana. Esse guia estabelece regras para prevenir incêndios
em residências.

Smoke detectors
 Purchase a smoke detector if you do not have one. Smoke detectors are
inexpensive and are required by law in many localities. Check local codes
and regulations before you buy your smoke detector because some codes
require specific types of detectors. They provide an early warning which is
critical because the longer the delay, the deadlier the consequences.

122
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

 Read the instructions that come with the detector for advice on the
best place to install it. As a minimum detectors should be located near
bedrooms and one on every floor.

 Follow the manufacturer’s instructions for proper maintenance. Smoke


detectors can save lives, but only if properly installed and maintained.

 Never disconnect a detector. Consider relocating the detector rather than


disconnecting it if it is subject to nuisance alarms, e. g. from cooking.

 Replace the battery annually, or when a “chirping” sound is heard.

 Follow the manufacturer’s instructions about cleaning your detector.


Excessive dust, grease or other material in the detector may cause it to
operate abnormally. Vacuum the grill work of your detector.
Place one detector on every floor

Divulgação: CPSC.
Multi- Smoke
story Detector

BR B

LR K

BASEMENT

SINGLE LEVEL

K LR BR BR

DR SMOKE
DETECTOR BR

Make sure detectors are placed either on the


ceiling or 6-12 inches below the celling on
the wall. Locate smoke detectors away from
air vents or registers; high air flow or “dead”
spots are to be avoided.

(Disponível em: <www.cpsc.gov/CPSCPUB/PUBS/556.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2008.)

123
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

A organização retórica desse texto envolve recomendações gerais sobre o


uso de detectores de fumaça, bem como a localização desse tipo de equipamen-
to nas residências. É um guia bem ilustrado, o que auxilia o público em geral, na
compreensão das regras.

Nesses textos, como poderíamos esperar de gêneros que têm um propósito


mais normativo, encontramos um maior número de orações imperativas (Replace
the battery annualy [...]; Purchase a smoke detector if you don’t have one). As regras
são enfatizadas através do uso de algumas expressões tais como: Never discon-
nect a detector; Make sure detectors are placed [...].

Para criar uma relação mais próxima ao leitor e suavizar o tom da linguagem,
o pronome you é esporadicamente utilizado.

Escrevendo textos instrucionais


Considerando que os gêneros textuais cumprem funções comunicativas na
sociedade e se realizam através de (a) seu propósito comunicativo; (b) sua co-
munidade discursiva; (c) sua organização retórica, observe os itens abaixo para a
elaboração de um gênero instrutivo.

Antes da redação do texto, procure caracterizá-lo utilizando o quadro abaixo.


Dois exemplos ilustram essa contextualização.

Exemplo 1 Exemplo 2
Tipo de Gênero Instrucional Receita Culinária. Regras para Jogar Damas.

Propósito Instruir alguém a preparar Instruir alguém a jogar esse


(objetivo principal) um prato. tipo de jogo.

Audiência Pode ser um público mais es- Público em geral.


(comunidade discursiva) pecializado como chefes de
cozinha ou o público em geral.

Estruturação Título, Ingredientes, Modo de Material necessário para o


(organização retórica) Fazer, Dicas. jogo, Participantes, Como Jo-
gar, Objetivo do Jogo, Dicas.

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

Exemplo 1 Exemplo 2
Linguagem Característica Para um público composto Visto tratar-se de um jogo
Imperativos de especialistas recomenda- popular, a linguagem deve
se uma linguagem mais for- ser mais informal.
Explicações ou Descrições mal, para o público em geral
Marcadores Discursivos um estilo mais informal.
(First, Second, Next, After,
Before.)
Modalizadores
(can, could, may, must, should)
Outras expressões
(If...; Make sure, Be sure)
Vocabulário adequado ao
Tópico

Vamos detalhar o Exemplo 2 (Instruções para Jogos) para que você compre-
enda melhor.

Exemplo 2

How to play checkers


1. Checkers is played by two players. Each player begins the game with 12
colored discs. (Typically, one set of pieces is black and the other red)
IESDE Brasil S. A.

125
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

2. The board consists of 64 squares, alternating between 32 dark and 32


light squares. It is positioned so that each player has a light square on
the right side corner closest to him or her.

3. Place your pieces on the 12 dark squares closest to you.

4. Black moves first. Then, players then alternate moves.

5. Moves are allowed only on the dark squares, so pieces always move
diagonally. Single pieces are always limited to forward moves (toward
the opponent).

6. A piece making a non-capturing move (not involving a jump) may


move only one square.

7. A piece making a capturing move (a jump) leaps over one of the


opponent’s pieces, landing in a straight diagonal line on the other
side. Only one piece may be captured in a single jump; however,
multiple jumps are allowed on a single turn.

8. When your opponent captures a piece is captured, it is removed from


the board.

9. If you are able to make a capture, jump. If more than one capture is
available, choose what you prefer.

10. When a piece reaches the furthest row from the player who controls
that piece, it is crowned and becomes a king. One of the pieces which
had been captured is placed on top of the king so that it is twice as
high as a single pieces.

11. Kings are limited to moving diagonally, but may move both forward
and backward. (Remember that single pieces, i.e. non-kings, are
always limited to forward moves.)

12. Kings may combine jumps in several directions -- forward and


backward -- on the same turn. Single pieces may shift direction
diagonally during a multiple capture turn, but must always jump
forward (toward the opponent).

13. A player wins the game when the opponent cannot make a move.
In most cases, this is because all of the opponent’s pieces have been
captured, but it could also be because all of his pieces are blocked in.
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

Tips

a) Checkers (using the U.S. rules) uses the same board as chess. Many
sets comes with the pieces needed to play both games.

b) Many different games can be played using the basic checkers board
and pieces. In fact, it’s not too hard to come up with your own variants.

(Disponível em: <http://answers.yahoo.com/question/index?qid=20081004222143AAOIigN>.)

Análise Exemplo 2

Tipo de Gênero Instrucional Regras para Jogar Damas

Propósito Instruir alguém a jogar esse tipo de jogo


(objetivo principal)

Audiência Público em geral


(comunidade discursiva)

Estruturação Elementos Necessários para o Jogo (itens 1 e 2)


(organização retórica) Como Jogar (itens 3 a 12)
Objetivo do Jogo/Como Vencer no Jogo (item 13)
Dicas (tips)

Linguagem Na subdivisão: Elementos Necessários para o Jogo vimos


que há uma explicação do material, bem como dos elementos
humanos necessários para o jogo. Há o predomínio do tempo
verbal presente (Each player begins the game. [...]; The board
consists of 64 squares)
Na subdivisão Como Jogar, temos:
1. Imperativos:
Place your pieces... choose what you prefer
(Coloque suas peças)...(escolha o que você preferir)
2. Modais:
Only one piece may be captured in a single jump.(Somente uma
peça pode ser capturada em um único salto)
Single pieces may shift direction... but must always jump forward...
(peças simples podem mudar de direção…mas devem sempre
pular para frente)
3. Expressões de advertência ou condição
If you are able to make a capture, jump
(se você for capaz de fazer uma captura, pule)
4. O texto mistura orações em que predomina a forma impera-
tiva (Place your pieces...), com o tempo presente utilizado para
as explicações (Checkers is played by two players)

Outras observações Os itens são numerados de 1 a 13 não havendo subtítulos que


apontem para as principais funções do jogo.
Não são utilizados Marcadores Discursivos.

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Texto complementar

The genre of technical manuals


(RAMAKER, 2007)

Introduction

Technical writing can be found in many contexts and, whether we realize


it or not, we have all read and written some form of technical writing in our
lives. For instance, you may have read an instruction manual that came with
a new piece of equipment, a financial report for a local organization, or a
proposal detailing how to remedy a specific problem. You may also have
E-mailed directions to your home to a friend or explained a complex task to
a co-worker in writing.

A specific type of technical writing called technical manuals will be discussed


in this document. The type of information and level of detail found in technical
manuals depends largely on the specific topic and intended audience. Like any
form of writing, technical manuals exist for specific reasons and people, and in
specific forms. These are just a few examples of technical manuals;

 User Manuals

 Instruction Manuals

 Service Manuals

 Training Manuals

The following document will discuss what technical manuals are, where
they will be in the future and how the rhetorical situation affects and shapes
the genre.

Why do technical manuals exist?

Technical Manuals exist for various reasons which vary depending on the
specific document and the product and producer it was commissioned by.
Nevertheless, a well-written technical manual of any variety exists to:

 provide Information and Instructions;

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

 enhance the out-of-the-box or off-the-truck experience;

 build and increase customer satisfaction;

 improve corporate and product image;

 help to foster or create brand loyalty;

 increase the likelihood of product accessory purchases or product


upgrades;

 reduce technical support calls;

 reduce product returns.

First and foremost, technical manuals exist to give people information.


Most importantly, the document sets forth the context, intended use, and
expectations of the topic it was written for. Smooth integration of a product
into the lives of individuals and companies is the goal of a technical manual
For example, user manuals explain how a product should be used for
best experience and safest use, thus remove some responsibility from the
producer in the case of misuse.

In some ways, technical manuals are a form of advertising for the producer
as well. While the writing is mainly used to explain complex ideas, procedures,
safety specifications etc., it is also a way to sell an idea or product or to reaffirm
a user’s confidence in the product they have already purchased or ideas they
have already accepted. A superior product and well-written manual reflect
well upon the producer and increase the likelihood of additional purchases
or upgrades in the future.

For whom do technical manuals exist?

Like any other form of writing, technical manuals exist for the audience.
Since this genre of writing covers a variety of topics and products, the
audiences necessarily changes with each specific document. Based on what
the audience does with the document however, some generalizations can
be made in this area.

The primary audiences which technical manuals exist for are the users of
the product. These are the people who will own or work with the product
first hand. These users will have a task in mind when using the product and

129
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

the accompanying document should aid in that process rather than detract
from it with lengthy, unnecessary or misplaced information.

Secondary audiences for technical manuals are the producers or clients


who commission the document. The technical manual is a way to tell users
about their product, how it works, what it is capable of, and how to use it safely
and to its full potential. In some cases, document also contains warnings and
notices that may remove liability in case of misuse.

An additional audience for technical manuals can also be found in potential


clients or owners, and competitors. Competitors may read the document in
an attempt to evaluate the product or idea and make necessary changes to
their counterpart. Potential clients and owners may access the information
in order to decide whether or not to buy the specific product in question by
comparing it to similar products on the market.

How do audiences interact with technical manuals?

As with any genre of writing, the rhetorical triangle signifies that audiences,
authors and writing interact with one another in some way. Not all types of
writing have the same form of interaction. Because technical manuals are
more about the specific product and how it is used to reach a certain goal
or perform an action rather than the writing itself, the rhetorical situation for
technical manuals is greatly different than other popular forms of writing.

There is significantly less interaction between technical manuals and


audiences. The activity or task centered notion of technical manuals forces
the reader to interact with product more than the writing. The lack of
interaction and the weak ties between the audience and writing, affect how
the document is viewed and understood. The writing is seen as a means to
an end and is treated as a tool rather than a form of communication and
expression. In a sense, the writing is ignored or overlooked as a result of the
very product and people it was created for.

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

Dicas de estudo
O livreto How to Teach Instruction and Explanation Text disponibilizado no site
<www.basic-skills-wales.org/bsastrategy/resources/e_how%20to_instruction.
pdf –>, é um pequeno guia preparado por um órgão governamental do país
de Gales (Grã-Bretanha) que contém informações relevantes acerca de como
elaborar uma atividade utilizando textos instrutivos. Recomendado a quem se
interessa em trabalhar com gêneros instrutivos.

Atividades
1. Utilizando o manual do monitor LG L1722P, complete o quadro com as infor-
mações solicitadas.

Screen Adjustment

Making adjustments to the image size, position and operating parameters


of the display is quick and easy with the On Sreen Display Control system. A
short example is given below to familiarize you with the use of the controls.
The following section is an outline of the avaliable adjustments and selections
you can make using the OSD.

Note

 Allow the display to stabilize for at least 30 minutes before making


image adjustments.

To make adjustments in the On Screen Display, follow these steps.

MENU → → AUTO/SELECT →

MENU AUTO/SELECT

131
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

1) Press the MENU Button, then the main of the OSD appears.

2) To access a control, use the or Buttons. When the icon you want
becomes highlighted, press the AUTO/SELECT Button.

3) Use the Buttons to adjust the item to the desired level.

4) Accept the changes by pressing the AUTO/SELECT Button.

5) Exit the OSD by Pressing the MENU Button.

Tipo de Gênero Instrucional

Propósito
(objetivo principal)

Audiência
(comunidade discursiva)

Estruturação
(organização retórica)
*baseado em seu conheci-
mento desse gênero instru-
cional

De qual das partes listadas


no item anterior, o trecho
do manual acima faz parte

Linguagem Característica

Outras observações

2. Com base no quadro abaixo, preencha o quadro que segue, colocando na


ordem correta a receita de feijoada.

Tipo de Gênero Instrucional

Propósito
(objetivo principal)

Audiência
(comunidade discursiva)

132
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais I – textos instrucionais

Estruturação e Linguagem Title Feijoada


Ingredients
A organização retórica já Preparation
está mencionada. Serving size
In a separated panfry, cook cubes of pork tenderloin and
slices of bacon with salt, garlic.
1 lb of pork tenderloin
Feijoada is made with black beans and pork meats.
6 portions
First, add black beans to a medium-sized pot with 2 tbs
oil, salt, garlic, chopped onions and about 6 bay leaves.
some slices of bacon
1 can of black beans (15.5Oz)
Next, add all the sausages sliced and stir medium-heat
until dry all the water.
After, add the cooked meat to the pan with the black
beans and your feijoada is ready!
1 lb of varied pork sausages (prefer smoked sausages)
2 tbs vegetable oil
You can use a can of beans already cooked or learn how
to cook dried beans.
salt, garlic, chopped onions and bay leaves
Then, cook for about 15 minutes in med heat and set
aside.
Finally, cook your feijoada more 10 minutes to meat soak
in the black beans. You can add some pepper sauce to
your feijoada at this point.
(Disponível em: <http://help.berberber.com/forum46/
5276-feijoada-s-recipe.html>.)

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

134
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Caracterização e emprego dos gêneros tex-
tuais II – textos persuasivos/argumentativos
A utilização do conceito de gênero textual na leitura e elaboração de
textos permite ao leitor/escritor melhor entendimento dos mecanismos so-
ciais que se materializam através da linguagem. Gêneros textuais são tipos
estáveis de enunciado que refletem as condições específicas a que a comu-
nicação se propõe. Em outras palavras, é o nome dado ao enunciado que
tem um propósito social específico concretizado por um texto que pode ser
uma carta comercial, uma palestra, uma apresentação, uma biografia etc.

É importante mencionar alguns aspectos importantes na caracteriza-


ção do gênero:

 seu propósito comunicativo, ou seja, a(s) finalidade(s) a que se


propõe;

 sua comunidade discursiva, ou seja, seus usuários ativos (produtores)


ou passivos (leitores/falantes) que dele se apropriam para compartilhar
informações em uma situação comunicativa;

 suas regularidades organizacionais, ou seja, o modo como ele


está organizado estruturalmente. Também há que se relevar os ele-
mentos linguísticos, léxico-gramaticais, que são de certo modo cir-
cunscritos a uma situação de enunciação específica.

Textos persuasivo-argumentativos:
tipos e características
Gêneros textuais que têm como característica principal a persuasão,
são aqueles utilizados para convencer alguém a fazer ou agir de algum
modo, ou fazer alguém aceitar o seu ponto vista. Isso pode ser conseguido
através de apelos emocionais ou de algum tipo de argumentação que o
receptor acredita ser legítimo.

A persuasão pode ocorrer em diversos tipos de discurso, seja para con-


vencer alguém ou para expressar opinião sobre determinado assunto.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Para citar alguns exemplos, temos no discurso jornalístico o editorial e a carta ao


editor; no publicitário as propagandas comerciais e institucionais, no acadêmico
temos as resenhas, as teses e dissertações, dentre muitos outros. Também na
linguagem oral podemos citar uma reclamação a um vendedor, um pedido de
licença a um superior, um pedido de desconto etc.

Textos persuasivo-argumentativos podem ser divididos em duas grandes


categorias: (a) textos argumentativos, que são aqueles que tentam convencer
alguém sobre um ponto de vista (b) textos persuasivos de cunho publicitário
que tentam convencer alguém de algo com finalidades comerciais.

Alguns dos dispositivos utilizados na linguagem persuasiva são:

 fornecer opiniões;

 avaliar e fornecer julgamentos;

 enfatizar um argumento;

 mostrar somente um aspecto de determinado tema, seja positivo ou


negativo;

 apelar às emoções;

 incitar a audiência à ação.

Baseados nesses dispositivos, algumas estratégias que podem ser aplicadas são:

Dar um motivo

Walking is good for your heart.

Fornecer um exemplo

If you walk 10 minutes a day, during your lunchtime, your heart will be much
healthier.

Reiterar, reforçar

By walking routinely you will feel energetic all day long.

Apelar para um sentido de urgência

Don’t wait for long. Start walking now!

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

Citar dados estatísticos

According to experts from the American Society of Cardiologists, people that


walk every day have 30% less chance to have a cardiac arrest.

Citar a opinião de um especialista

Dr. Mitchell Taylor, professor at Harvard Medical school recommends 15 minutes


walk a day for a healthier life.

Os seguintes recursos linguísticos podem ser utilizados a partir dos dispositi-


vos e estratégias que se queira empregar.

Perguntas retóricas – são aquelas questões para as quais já se sabe a resposta.

– Have you asked yourself how many times you waste water?

Repetição – pode ser de palavras ou grupos semânticos. Dependendo do


texto, três vezes é o número ideal.

– Chocolate is good for health. If you eat chocolate you have enough energy for
a long day of hard work. Chocolate is also good for humor.

Uso da modalidade – o uso de elementos linguísticos modalizadores pode-


rão ampliar ou diminuir a intensidade do comprometimento que o autor tem
com o que fala/escreve. Eles poderão dar peso a opiniões ou argumentos e são
utilizados para intensificar ou enfatizar certos pontos.

– It is extremely important for your safety so you must always use a safety belt!

Modalizadores

Probabilidade certain, probable, likely, possible, potentially, unlikely

Obrigação must, ought , should, supposed to, have to

Possibilidade can, be able to, may, might

Certeza definite, will, could, might, undoubtedly, maybe, perhaps

Frequência always, usually, generally, often, sometimes, rarely, never

Intensidade extremely, incredibly, moderately, slightly, scarcely

Confiança convinced, positive, sure, believe, understand, suspect

Advérbios e adjetivos avaliativos – são outros recursos linguísticos que


visam fornecer opinião e fazer comparações.

137
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Adjetivos opinativos reliable, thrilling, unfair, quality, well-made

Adjetivos comparativos best, worst, most complicated, more sensible

Adjetivos modalizadores necessary, essential, probable, certain, likely, definite, vital,


integral, essential, important, required

Advérbios modais possibly, certainly, definitely, ultimately, surely, undeniably

Advérbios implicam em apparently, fortunately,ideally, preferably


comentários e pontos de vista

Advérbios de Intensidade completely, absolutely, extremely, obviously, thoroughly,


totally, mainly, generally, partly, somewhat, almost

Advérbios de ênfase especially, mainly, only, even, just, above all, absolutely,
incredibly, terribly, very, really, simply, quite

Verbos que expressam atitu- improve, benefit, appreciate, solve etc.


des positivas ou negativas

Nominalizações enjoyment, solution, satisfaction, proposal, destruction, belief

Linguagem emotiva slaughter, disregard, advantages, consequences, benefits

Na escrita argumentativa/persuasiva não é necessário o emprego de todos


esses dispositivos, estratégias ou recursos linguísticos. Entretanto, você deve
considerá-los e aplicá-los ao tipo de gênero que irá escrever. Uma carta de recla-
mação, por exemplo, requer mais o uso de estratégias argumentativas (uso de
argumentos) enquanto que a propaganda irá se valer de estratégias persuasivas
(qualificações, apelo à emoção).

Propagandas comerciais e institucionais


A propagandas comerciais ou publicitárias são gêneros do discurso persu-
asivo utilizadas para promover um produto ou serviço comercial com o intuito
de vendê-lo. As propagandas institucionais tem objetivos semelhantes, mas ao
invés de tentar difundir um artigo ou serviço, elas tentam divulgar uma ideia,
fazer um apelo ou criar uma imagem. Em ambos os casos são utilizadas estra-
tégias persuasivas para que seus objetivos sejam atingidos. Além de palavras, a
propaganda utiliza outros recursos tais como imagens, aromas, sons que podem
complementar ou até substituir as palavras.

138
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

A partir da noção de gênero em que são analisados o contexto, a organização


retórica e os aspectos linguísticos, poderemos determinar com maior precisão
como escrever uma propaganda:

Contexto

Determine o propósito e o público-alvo dessa propaganda.

Isso é importante não somente para maior eficiência de sua comunicação, bem
como para escolha das estratégias persuasivas e de uma linguagem adequada.

Organização retórica

 Use um título chamativo: tired of being stuck in the traffic?.

 Liste as características positivas do produto e/ou o seu diferencial


que possam trazer benefícios ao consumidor (preço, confiabilidade,
conveniência): user-friendly, less energy consumption, at low costs ,approved
by health authorities.

 Adicionalmente pode-se incluir: testemunhos ou personalidades que


usam e aprovam o produto: Used by 9 out of 10 Holywood stars!

 Se quiser ser mais enfático, use ao final de sua mensagem:

- a ideia de um bom negócio: 30% off!;

- um sentido de urgência: only today!;

- a sensação de segurança: money-back guarantee!

 Finalize informando ao consumidor o que ele/ela deve fazer para ad-


quirir o produto ou serviço:

Call now; available at the best supermarkets.

Elementos linguísticos

 utilize palavras que apelem aos sentidos e às emoções.

Brush with Tiffy toothpaste and Avoid the Dentist’s Drill!

139
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

 enfatize as características positivas e mostre que benefícios podem


trazer ao consumidor.

With its fast processor and energy-saving devices you can spend less time
and less money doing usual tasks.

 use perguntas retóricas (1), advérbios (2) e adjetivos avaliativos (3),


repetição (4).

Do you want to look younger? (1) Buy X cream (4)! X cream(4) is prepared with
the most exclusive (3) ingredients. X cream will effectively (2) make you much
more attractive (2)!

Exemplo 1 – Propaganda comercial

Veja nesse banner obtido da internet como a persuasão funciona.

Divulgaçao: eCape.
Uso de imagem, que parece indicar alguém que
está feliz utilizando algum serviço veiculado
através do computador/internet

Ênfase no nome do anunciante

Mostra vantagens/benefícios ao consumidor

Adjetivo avaliativo (reliable)

O que fazer para adquirir o produto

140
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

Exemplo 2 – Propaganda institucional Canon

Divulgaçao: Canon.
Esta propaganda institucional da Canon visa demonstrar ao público o que a
empresa realiza na área de responsabilidade social, o que contribui para criar uma
imagem positiva dessa companhia. Nessa propaganda a empresa informa que doa
equipamento e pessoal especializado para o projeto “Eyes on Yellowstone” dotando
o parque de câmeras que permitem ao público admirá-lo através da internet.

Os recursos retóricos utilizados são:

a) benefícios da ação social da empresa, apelando às emoções:

 trazer o mundo ao parque sem ter que gastar com passagens aéreas;

One way of helping to foster Kyosie is by bringing the global community to


one of the greatest parks in the world, without paying for any airline tickets.

 acessibilidade a todos;

reverve. Now anyone can follow packs of wolves as they hunt bison, see if Old
Faithful it erupts on time or walk the trails and view Grizzly bears. From Tokyo to
Tehran, Yellowstone is now accessible twenty-four hours a day.

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

 educação para preservação ambiental

By doing this, we believe we can teach people why it is important to create


and maintain reservation land like Yellowstone.

b) como se informar ou acessar o projeto

To learn more or visit the live camera feeds that have been already set up at
Yellowstone project, you can go to canon.co.jp/kyosieyellowstone today.

Os aspectos linguísticos que podem ser destacados são:

 adjetivos que qualificam e enfatizam a ação;

Greatest parks in the world, global treasure, active, accessible.

 modalizações;

People who could afford, Now anyone can follow, we can teach people.

 nominalizações;

Environmentalism, preservation.

 verbos enfáticos;

Helping, foster, involved.

Cartas ao editor
A seção Cartas ao Editor de um periódico é um espaço aberto aos leitores
que desejarem se manifestar sobre matéria publicada ou qualquer assunto que
tenha sido veiculado naquela publicação. As cartas podem ser transcritas na ín-
tegra ou parcialmente e podem ser ou não escolhidas para publicação, a critério
do Conselho Editorial.

Atualmente, esse gênero é geralmente enviado via correio eletrônico (e-mail),


não havendo necessidade de alguns itens de formatação de cartas tais como
data ou endereço de retorno.

A organização retórica e a linguagem seguem o que já comentamos sobre o


texto argumentativo. Veja um exemplo comentado desse gênero persuasivo.

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

Exemplo

Mayra Budyard 3278 Margin Street Riverside NSW 1234 (6)

The Editor Riverside Times PO Box 45 Riverside 2345

16 May 2008

Dear Sir/Madam

(1) Regarding your article published yesterday (May 15th) I have some
comments to make (2) as a long time dweller (5a) Riverside because of the
extensive impact such a construction would have on the environment, local
population and tourism.

(3b)Firstly, poisonous fumes will pollute the air and destroy the
environment. (5c)Plants and animals will die. Native plants will be removed,
so there will no longer be any natural attractions. The former president Bill
Clinton, who visited with us recently has praised our natural resources. (5b)
Who would like to visit a (5a)polluted city?

(3b)Secondly, many people will be forced to re-locate as their homes


will be destroyed in the path of the freeway. This re-location will be very
disruptive to neighborhood networks and children’s schooling. In addition,
the footbridge will be pulled down and children will be denied safe access
to the park. Other pedestrians will be endangered as they attempt to cross
between the speeding cars.

(3c)As a result of the damage to the environment and disruption to (5a)


the community, tourists will no longer want to visit (5a)Riverside. The tourism
industry will suffer a significant reduction in business. So, I (5c)strongly urge
you to consider these points in your proposal to put a freeway through (5a)
our town.

Yours sincerely
Myra Backyard.

Myra Backyard

(Disponível em: <http://10ss.qtp.nsw.edu.au/teaching_literacy/


english/download/English_pa_oh1.pdf>.)

143
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

1. Mencione qual o artigo que você irá comentar e em que dia/edição foi
publicado.

2. Apresente-se, especialmente se você for um especialista no assunto que


está sendo discutido.

3. Centre-se no seu tópico e use as técnicas do discurso argumentativo, qual


sejam:

a) mencione seu argumento principal e justifique;

b) liste argumentos de suporte;

c) conclua reiterando seu argumento central.

4. Use estatísticas, autoridades no assunto e outros recursos que visem dar


credibilidade ao que você está argumentando.

5. Utilize recursos argumentativos como (a) repetição, (b) perguntas retóri-


cas, (c) linguagem emotiva.

6. Informe um meio pelo qual o editor possa contatá-lo(a) (nome, endereço


residencial, endereço de e-mail, telefone).

Observe o uso de marcadores de discurso: firstly, secondly, as a result, in addition,


so, que fazem a ligação entre sentenças e parágrafos fornecendo coerência e coesão
ao texto.

Exemplo: Regarding your article published yesterday (May 15th).

Mencione qual o artigo que você irá comentar e em que dia/


edição foi publicado.

Escrevendo textos
persuasivo/argumentativos
Ao elaborar um texto persuasivo/argumentativo, você deve considerar espe-
cificamente qual o tipo de gênero que irá abordar e sua função comunicativa, a
qual se realiza através de seu/sua (a) propósito comunicativo; (b) comunidade
discursiva; (c) organização retórica.

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

Desse modo, procure listar: qual o objetivo desse texto (persuadir, opinar,
reclamar, informar pontos de vista etc.), qual o seu público-alvo (homens, mu-
lheres, crianças, especialistas, leigos etc), como o texto está organizado (cada
gênero se organiza de modo diverso dependendo das funções que pretende
cumprir na sociedade.

Além disso, devemos ter em mente os dispositivos , estratégias e recursos lin-


guísticos já mencionados. Para que você visualize melhor, utilize o quadro abaixo,
como modelo. Os itens modalidade, gênero, propósito e audiência, devem servir
de guia para melhor contextualização do gênero que você irá redigir. O item
Estruturação deve servir de guia para organização de sua redação (introdução,
desenvolvimento, conclusão). Finalmente o item Linguagem Característica lista
uma série de recursos linguísticos que podem ser utilizados em seu trabalho.

Textos persuasivos
Modalidade ARGUMENTATIVO/OPINATIVO (cartas de reclamação, pedidos,
cartas do editor, resenhas, editoriais) OU
PERSUASIVO/PUBLICITÁRIO (anúncios publicitários ou institu-
cionais, folhetos ou panfletos comerciais).

Gênero

Propósito
(objetivo principal)

Audiência
(comunidade
discursiva)

Estruturação Introdução – Argumento principal.


(organização retórica) Desenvolvimento – informação de suporte relevantes (1, 2, 3...);
contra-argumentação (opcional).
Conclusão – Resumo ou Reforço da Tese.

Linguagem
característica
Perguntas retóricas
Repetição
Modalizadores
Adjetivos opinativos,
Modalizadores,
Comparativos
Advérbios Modais,
Ênfase, Intensidade
Verbos ou Nominali-
zações de efeito
Linguagem emotiva

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Exemplo 1 – Texto Argumentativo Opinativo

Cars should be banned from the city

1) Cars should be banned in the city center. As we all know, cars create
pollution and cause a lot of deaths and other accidents. Cars are also
noisy.

2) Firstly, cars contribute to most of the pollution in the world. Cars emit
a deadly gas that causes illnesses such as bronchitis and lung cancer.
The deadly gas can also trigger off asthma. Some of theses illnesses
are so bad that people can die from them.

3) Secondly, the city center is very busy. Pedestrians wander everywhere


and cars could hit them. This could cause some pedestrians to die.
Cars today are our streets’ biggest killers.

4) Thirdly cars are very noisy. If you live in or nearby the city center you
may find it hard to sleep at night, or concentrate on your work. The
noise can make it especially difficult to talk to someone.

5) In conclusion, we can live a healthier life and contribute to our


environment if we just decide not to have cars circulating in the city
center. Isn’t it a good decision?

(Disponível em: <http://10ss.qtp.nsw.edu.au/teaching_literacy/english/download/


english_pa_sh1.pdf>. Acesso em: 5 set. 2008. Adaptado.)

Análise Exemplo 1

Textos persuasivos
Modalidade Argumentativo/Opinativo.

Gênero Esse texto é parte de uma carta opinativa enviada a um jornal local e
foi escrita por um adolescente.

Propósito Fornecer opinião sobre a utilização de carros na cidade.


(objetivo principal)

Audiência Público em geral.


(comunidade
discursiva)

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

Textos persuasivos
Estruturação Introdução – Argumento Principal
(organização retórica) Cars should be banned in the city center
Desenvolvimento – Argumentos de apoio (a, b, c) + Justificativas
a) Firstly, cars contribute to most of the pollution in the world.
(argumento de apoio) Cars emit a deadly gas that causes illnesses
such as bronchitis and lung cancer. The deadly gas can also trigger
off asthma. Some of theses illnesses are so bad that people can
die from them (justificativa).
b) Secondly, the city center is very busy. (argumento de apoio)
Pedestrians wander everywhere and cars could hit them. This
could cause some pedestrians to die. Cars today are our streets’
biggest killers. (justificativa).
c) Thirdly cars are very noisy. (argumento de apoio) If you live in
or nearby the city center you may find it hard to sleep at night,
or concentrate on your work. The noise can make it especially
difficult to talk to someone. (justificativa).
*Não há contra-argumentos
Conclusão – Resumo ou Reforço da Tese
d) In conclusion, we can live a healthier life and contribute to our
environment if we just decide not to have cars circulating in the
city center. Isn’t it a good decision?

Linguagem
Característica
Perguntas Retóricas Isn’t it a good decision?
Repetição Palavras: Cars
Grupos Semânticos: die (kill), illnesses (asthma, bronchitis).
Modalizadores Modalizadores que expressam vários graus de modalidade
Adjetivos Should be banned; this could cause, you may find it hard, the noise
Opinativos, can make.
Modalizadores, Adjetivos e Advérbios
Comparativos
Opinativos (As we all know, noisy, deadly, busy, hard, difficult, healthier)
Advérbios Modais, e Organizadores (Firstly, Secondly, Thirdly, In conclusion).
Ênfase, Intensidade
Verbos ou Nominali- Cause, contribute, die, pollution.
zações de Efeito
Linguagem Emotiva As we all know, deadly gas, healthier life.

Exemplo 2 – Texto Persuasivo Publicitário

Clear your debts fast!


IESDE Brasil S. A.

Do you owe more money than you are


making?

Do you have lots of different debts?

147
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Why not make your life easier and combine all of your debts into one easy
affordable monthly payment. For under £100 a month you could borrow £5 000
immediately with no questions asked.

We offer personal loans from £200 — £10.000 at a fixed rate of 12.2% for
the whole of the loan period. It’s quick and easy to apply and you could get
the money within just 2 days!

Yes, that’s right 2 days, so why waste time.


So if you want to clear your debts, make home improvements, go on a
holiday or just buy something you’ve always wanted.
Why not apply today?

Call us now on 0900 7895 2369 for details.


Lines are open from 8.30a.m. – 10p.m. Monday to Friday and 10.00a.m. – 5.00p.m.
Saturdays.

(Disponível em: <www.bbc.co.uk/skillswise/words/reading/


typesoftext/worksheet.shtml>.)

Análise Exemplo 2

Textos persuasivos
Modalidade Persuasivo Publicitário

Gênero Propaganda

Propósito Qualificar um produto fornecendo motivos pelos quais o leitor deve


(objetivo principal) adquiri-lo

Audiência Público em geral, em especial aqueles que precisam de dinheiro


(comunidade
discursiva)

148
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

Textos persuasivos
Estruturação Introdução – Argumento Principal – Frase de Efeito
(organização retórica) Clear your debts now
Desenvolvimento
Problema(s): Do you owe more money than you are making?
Do you have lots of different debts.
Solução/ções/Vantagens
a) Why not make life easier and combines all of your debts into one
easy affordable monthly payment .For under £ 100 a month you
could borrow £5.000 immediately with no questions asked.
b) We offer personal loans from £200 – to £10.000 at a fixed price
rate of 12.2% for the whole of loan period. It is quick and easy to
apply and you can get the money within just 2 days.
Indução à Ação
Yes, that’s right just two days, so why waste time.
Why not apply today?
Conclusão – Resumo ou Reforço da Tese
So if you want to clear your debts, make home improvements, go on
a holiday or just buy something you always wanted.

Linguagem
Característica

Perguntas Retóricas Do you owe more money than you are making?
Do you have lots of different debts?
Why not apply today?

Repetição Palavras: loans, debts


Grupos Semânticos: die (kill)

Modalizadores you could borrow , you can get the money.

Adjetivos Adjetivos e Advérbios


Opinativos, Easy, easier, affordable, quick
Modalizadores,
Comparativos

Advérbios Modais, Immediately, just.


Ênfase, Intensidade

Verbos ou Nominali- owe


zações de Efeito

Linguagem Emotiva Why not make life easier; with no questions asked; you can get the
money within just 2 days.

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Texto complementar

Persuasive writing
When writing an advertisement, your aim is to persuade your readers to
follow a particular course of action – willingly.

There are three elements in this process:

1. you must win the trust of your audience;

2. you must appeal to their emotions (rather than to their intellect);

3. you must rationalise their decision for them, so that they feel
comfortable in making it.

If you succeed in all three areas, you will have engineered their consent to
buy your product or service.

Here are some tips to help you to achieve this desirable state of affairs:

1. Win the Trust of Your Audience

The first step is to show that you are a person who can be trusted – so
try to give your audience something of value – advice, interesting “inside”
information or helpful tips. Indicate why your opinion here should be valued
– give a little detail about your background and your credentials.

To win their trust, you must know something about your audience:

 What sort of people are they?

 How old are they?

 What are their special interests?

You must also try to find some common ground with your audience:

 Begin with a point of common interest e.g. “I’m sure we all want to give
our kids the best start possible...”

150
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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

 Anticipate their responses by using rhetorical questions e.g. “You’re


probably wondering where you’ll find the time to ...”

Use generalisations to persuade your audience to agree with you –


people feel more comfortable when they know that, “80% of families
use ...” or that “8 out of 10 teachers state that parental interest improves
student grades ...”

2. Appeal to the Emotions

We all know that people respond to emotional appeals more readily than
to intellectual appeals, so utilise this in your advertising. There are three steps
to follow:

First, arouse an emotion – anger, fear, resentment, envy, greed, sympathy.

Second, give a reason for the emotion – “your children are precious to
you, don’t risk their future by ...”

Third, give your audience an appropriate course of action to follow – “Call


now to ensure your place in this new ...”

When appealing to the emotions, your most powerful tools are words –
learn to use them to create the desired effect on your readers.

 Words can have literal meanings (denotation) and emotional meanings


(connotation) e.g. a “house” is a building where people live, but a
“home” is much more.

 Some words have strong emotive appeals “built-in”e.g. “chaos” implies


something much stronger than “disruption”.

 Select your facts carefully – choose only those that support your point
of view.

3. Rationalise

This is giving people good reasons to believe what you’re telling them. We
all do this to ourselves everyday. How many times have you said something
like this to yourself, “My old car is going to start costing me money soon; I’d
be better off buying a new one now”?

151
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Tell your would-be customers that they’ll save money in the long run by
spending it now and you’ve given them a reason to act immediately.

Summary

 Emphasise and repeat your key points – use logic and reasoning only
when necessary.

 Be convincing in your presentation, so that your audience forgets to


ask about the points you skip over.

 Use plenty of emotional words and focus on the audience.

Consider how you can use these persuasive techniques to sell your
products or services – or how to avoid being persuaded against your will!

(Disponível em: <www.write101.com/W.Tips57.htm>. Acesso em: 30 ago. 2008.)

Dicas de estudo
O livro Persuasive Writing (Grades 4-8) de Tara McCarthy, embora voltado ao
ensino da escrita persuasiva para crianças de ensino fundamental é uma boa
leitura para quem quer se iniciar no assunto.

Atividades
1. Escreva uma carta ao editor de uma revista de atualidades, protestando con-
tra uma longa reportagem sobre as vantagens da carne na alimentação.

Para melhor organizar as suas ideias, utilize os quadros 1, 2, 3 . Alguns itens já


foram preenchidos para você.

Quadro 1

Textos persuasivos
Modalidade Argumentativo/opinativo

Gênero Carta ao Editor

152
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Textos persuasivos
Propósito
(objetivo principal)

Audiência
(comunidade discursiva)

Quadro 2 – Organize o texto abaixo utilizando o quadro.

Eating meat is a bad idea + It would be much better for you and the
environment to give it up and become a vegetarian. In the first place it is
cruel. You wouldn’t eat cats or dogs and yet you kill and eat cows and sheep.
Secondly, meat is not particularly good for you. It is full of saturated fats that
may lead to heart disease. According to national survey 20% of heart attacks
strikes people who eat meat everyday. Finally, meat eating is extravagant. It
takes more food to feed the animals than we need to eat. If everyone in the
world became a vegetarian there would be no starvation because there
would be enough food to go round. There are a number of reasons why
eating meat is a bad idea. It is cruel, it is unhealthy and it is extravagant. Wes
hould all become vegetarians.

Estruturação
(organização retórica)
Introdução – Argumento
Principal + Justificativa

Desenvolvimento – Argu-
mentos de apoio (a, b, c)
+ Justificativas + Contra-
Argumentos (opcional)

Conclusão – Resumo ou
Reforço da Tese

153
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Quadro 3 – Preencha o quadro abaixo, analisando o texto que você orde-


nou no quadro 2.

Linguagem Característica
Perguntas Retóricas Não tem

Repetição

Modalizadores

Adjetivos Opinativos,
Modalizadores,
Comparativos

Advérbios Modais,
Ênfase, Intensidade

Verbos ou Nominaliza-
ções de Efeito

Linguagem Emotiva

2. Imagine que você é proprietário de uma agência de turismo em sua cidade.


Escreva um folheto turístico enaltecendo as vantagens de alguém visitar esse
local. Ofereça algo diferente: um torneio de golfe, um dia em uma praia deserta,
esportes radicais. Utilize estratégias, recursos e linguagem persuasiva, Lembre-
se também de guiar-se pelo propósito e o público-alvo desse gênero.

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Caracterização e emprego dos gêneros textuais II – textos persuasivos/argumentativos

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Gêneros textuais da área acadêmica

Gêneros textuais são enunciados que têm um propósito social especí-


fico refletindo as necessidades de comunicação de uma determinada co-
munidade. Dentre os vários gêneros presentes na comunidade acadêmica
podemos citar relatos de pesquisa, artigos teóricos, dissertações e teses.
Destacaremos nesta aula os abstracts (resumos de pesquisas) e as rese-
nhas. Trataremos, também, de uma importante habilidade de estudo que
é capacidade de sumarizar, ou seja, de fazer resumos.

É importante ressaltar que o discurso acadêmico privilegia o rigor


científico, ou seja, os gêneros gerados a partir dele devem refletir a ide-
ologia e o direcionamento dessa comunidade. Em outras palavras, são
textos que veiculam um estudo científico e devem, portanto, preocupar-
se com a objetividade e clareza, bem como com reconhecidos métodos
de investigação.

Abstracts – caracterização e escrita


Um abstract, ou resumo de texto científico, é uma versão condensada
de um gênero acadêmico (tese, dissertação, artigo teórico, relato de pes-
quisa ou monografia) que destaca os pontos principais desse texto. São
geralmente curtos (100 palavras) podendo estender-se a no máximo, uma
página. Abstracts são utilizados para informar ao leitor, resumidamente,
do que trata sua pesquisa, a fim de que esse verifique seu interesse em
continuar sua leitura. O uso de palavras-chave (keywords) tornou-se im-
prescindível no mundo moderno, pois com o uso desse dispositivo torna-
se muito mais fácil aos programas de busca eletrônica, existentes na inter-
net, localizar os tópicos de interesse ao pesquisador.

Para se escrever um bom resumo (abstract) de uma dissertação, tese,


relato de pesquisa ou monografia deve-se incluir basicamente:

 contextualização: justificativa ou informação prévia sobre o tópico;

 objetivo: propósito da pesquisa;

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

 método: maneira pela qual o trabalho foi realizado (questionários, entre-


vistas, levantamento estatístico, observação etc);

 resultados: resultados obtidos a partir do método empregado;

 discussão/conclusão: implicações e considerações finais a partir dos re-


sultados obtidos.

Exemplo

O exemplo abaixo refere-se ao resumo do artigo Teachers Teaching Students


from a Multicultural Background: the case of Malaysia. O artigo foi dividido a partir
de suas subdivisões principais, para melhor visualização.

Abstract

Contextualização: teacher educators like talking about the pre-service —


in-service continuum as a way of expressing their views, that inevitably, they
are expected to play a multifaceted role in and outside of the classroom. In
this respect, what is of greater concern is that many teachers are inadequately
prepared to teach ethnically diverse students. Malaysia is a multiracial country
comprising three main races: Malays, Chinese and Indians. All three bring with
them significantly different cultural beliefs, norms and practices. A typical
Malaysian classroom has students from all three races.
Objetivo: the question is: are teachers adequately prepared to teach
students who come from three different cultures? This paper will attempt
to present snapshots of a number of issues concerning teachers currently
teaching students from a multicultural background in Malaysian classrooms.
Metodologia: data for this initial investigation were gathered in 2004
using survey questionnaires.
Resultados: while teachers generally strongly support the notion that
knowing cultures of all races is important in establishing harmony in Malaysia and
believe that they need to be familiar with cultures of the students they teach.
Conclusão: there seems to be a number of issues that are of serious
concern, including those related to syllabus, teacher education, teaching and
learning processes and school climate, if teachers are to teach effectively a
multicultural student body.
Keywords: Malaysia, inter-cultural education, multicultural classrooms.
(Disponível em: <www.palgrave-journals.com/hep/journal/
v18/n4/abs/8300100a.html>. Acesso em: 10 set. 2008.)
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Gêneros textuais da área acadêmica

Comentários

Contextualização: justificando a importância do tema, o autor menciona


a preocupação com a falta de preparação de professores malaios para ensi-
nar alunos de etnias diferentes (Malaios, Chineses e Indianos), como é comum
naquele país, visto que esses aprendizes trazem crenças, normas e práticas
culturalmente diferentes. Essa subdivisão do Abstract é opcional, e, portanto,
pode não estar presente em sua elaboração.

Objetivo: inserido no objetivo encontramos a hipótese principal que nor-


teia a pesquisa: “Os professores estão adequadamente preparados para ensi-
nar alunos de três culturas diferentes?”. O objetivo do artigo é apresentar algu-
mas questões referentes a professores malaios que ensinam alunos advindos
de múltiplas culturas.

Metodologia: nesta subdivisão o autor explica como (usando questioná-


rios) e quando (2004) realizou a pesquisa.

Resultados: a análise das respostas constatou que os professores tem per-


cepção de que o conhecimento das culturas é importante para estabelecer
harmonia, na Malásia.

Conclusão: a conclusão desta pesquisa é uma continuação do trecho


sobre resultados e aponta algumas questões preocupantes que devem ser
resolvidas a fim de que o professor possa ser eficiente em suas aulas. São
elas: programas, formação do professor, processo de ensino-aprendizagem
e ambiente escolar.

Palavras-chave: normalmente são cinco palavras que retratam de forma


objetiva o tema central do artigo.

Seguindo a organização retórica (estruturação) usual do Abstract você


obterá um texto mais bem elaborado e certamente obterá do leitor melhor
compreensão.

Resenha – caracterização e escrita


Uma resenha é uma avaliação crítica de um texto, um evento, um livro, um
filme etc. Geralmente uma resenha é sucinta, raramente excedendo 1000 pa-
lavras, e pode variar em formalidade, profundidade de abordagem do tema e
estilo, dependendo do periódico que irá publicá-la e do público-alvo.
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A resenha acadêmica, por sua vez, é um gênero em que um estudioso ou


pesquisador no assunto tratado analisa e avalia um texto acadêmico, geralmen-
te um livro, a fim de que o possível leitor/comprador verifique se lhe interessa
lê-lo ou adquiri-lo. Usualmente tem um estilo mais formal, adequado ao rigor da
comunidade científica.

A organização retórica (estrutural) da resenha é geralmente a seguinte:

 apresentação (do livro, artigo) – nesta parte o resenhista fornece alguns


dados iniciais tais como nome do periódico, autor, editora, preço, número
de páginas, bem como outras informações de caráter geral tais como: públi-
co-alvo, abordagem geral do tema;

 organização – nesta parte o livro/artigo é comentado de modo geral, ou


capítulo a capítulo (parte por parte);

 destaques de partes (do livro, artigo) – nesta subdivisão o resenhista sa-


lienta as seções de maior relevância para o leitor;

 avaliação – nesta subdivisão faz-se uma avaliação positiva e/ou negativa


do periódico;

  conclusão avaliativa – nesta parte o resenhista conclui com uma


avaliação final.

Embora as subdivisões acima sejam as que mais comumente encontramos


em resenhas, convém observar que nem sempre todas elas estão presentes e
nem sempre ocorrem exatamente na ordem mencionada.

A resenha tem uma linguagem basicamente avaliativa, utilizando-se de adjeti-


vos, advérbios e expressões que expressam opiniões. Veja alguns exemplos abaixo:

Adjetivos brilliant, effective , trustworthy, interesting, unreliable, bad

Superlativos the greatest, the best, the worst

Intensificadores a lot, very much, so much, little

160
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Gêneros textuais da área acadêmica

Verbos que denotam opinião I believe, I think


In my opinion
In my point of view
It should be, it ought to be

Há também um vocabulário característico que tipifica cada subdivisão:

Apresentação do Livro
This book is about...
This article aimed...

Organização do Livro
The first chapter shows...
In the second part...

Destaque de partes
Chapter 2 and 3 bring special ...
I would like to highlight important...

Avaliação positiva/negativa
Although the book cannot offer…(negativa)
The book presents inspirational...(positiva)

Conclusão avaliativa
In conclusion, this book is a well-written and easy-to-follow series…
This book is a valuable resource…

Para que fique mais claro para você, veja o exemplo abaixo de uma resenha
sobre um livro que dá informações aos professores de como ensinar a literatura
clássica em uma sala de aula inclusiva. As subdivisões do texto foram colocadas
em um quadro e comentadas. As sentenças em negrito indicam o vocabulário
característico de cada subdivisão e as palavras destacadas em itálico referem-se
a adjetivos ou expressões avaliativas.

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Disponível em: <http://edrev.asu.edu/brief/sept08.html#7>. Acesso em: 16 set. 2008.


Organização retórica (subdivisões)
Apresentação McKnight, Katherine S. & Berlage, Bradley P. (2007).Teaching the
Classics in the Inclusive Classroom: Reader Response Activities To
Autores do livro, data, Engage All Learners. San Francisco, CA: Jossey-Bass.
nome do lvro, editora Pages: 200 Price: $24.95 ISBN: 978-0-7879-9406-8
McKnight and Berlage have assembled activities for middle
n.º páginas, preço, and high school English classrooms that utilize often-intimidating
ISBN classic texts; these activities can potentially involve all students in
a class with heterogeneous ability levels. This is the kind of book I
wish I had had during my first year of teaching high school English
to students in Special Education when my mentor teacher advised
me to “skip” Shakespeare because his plays would be too difficult.
Students with special needs often retreat into silence when faced
with intimidating and alienating canonical material, and teachers
can feel at a loss, as well. Instead of simply skipping curriculum or
resorting to simplified versions of the original works coupled with
lower-order questions, McKnight and Berlage advocate covering
the classics in their complex entirety and in more creative ways than
just teacher-created quizzes and teacher-centered discussions.

Comentários: na subdivisão “Apresentação”, a resenhista retrata a situação normalmente enfren-


tada pelos professores quando tem que ensinar a literatura clássica para alunos com necessidades
especiais, o que é, segundo ela, intimidador. Nesta parte são informados ao público-alvo: middle
and high school English classrooms (professores do ensino fundamental e médio) e somos informa-
dos de que o livro apresenta uma nova abordagem sobre seu tema central.

Organização Using Rosenblatt’s reader response theory as a framework, the


lessons and approaches in this book are centered on the elicitation
of students’ voices. Divided into sections on pre-reading, during-
reading, and after-reading activities, with additional chapters
on writing and vocabulary activities, this book is organized in a
convenient way for an overwhelmed teacher.

Comentários: na subdivisão “Organização”, a resenhista informa como o livro está ordenado,


avaliando positivamente essa estruturação, a qual facilita a vida do professor, usualmente mui-
to atarefado (overwhelmed).

Destaque de Partes The addition of specific lesson plans and templates, as well as
examples of students’ responses, can help teachers envision how
these strategies might work in their own classrooms.
Chapter 7 contains particularly detailed descriptions of select
activities, anticipation guides among them, for teaching Romeo and
Juliet, which is surely one of the more challenging texts for struggling
readers. Also, it’s particularly helpful that many of their activities
include relevant IRA/NCTE standards addressed in that lesson,
for this helps teachers see that a standards-based lesson need not
sacrifice creativity or imagination.

Comentários: nesta subdivisão são apontados os aspectos mais relevantes do livro (planos e
modelos e o Capítulo 7).

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Gêneros textuais da área acadêmica

Organização retórica (subdivisões)


Avaliação Some educators will be familiar with many of the activities in this
positiva/negativa book but will likely still find it convenient to have them in one
collection and will perhaps find some novel ideas. Some more
familiar activities, like Reader Theater, are combined with the “Making
Memories Lesson Plan,” which has students create scrapbook pages
based on a text’s characters and “Character Book Bag,” which asks
students collect artifacts based on the inferences they make about
key characters. The activities of this book all aim to shrink the
distance between the classics and students’ modern lives.

Comentários: nesta subdivisão a resenhista faz uma avaliação positiva do livro, destacando as
atividades que acredita serem pertinentes.

Conclusão Avaliativa Teaching the Classics in the Inclusive Classroom would be a helpful
supplemental text to middle and high school English teachers, as
well as a useful reference for those in teacher education who wish
to lessen the apprehension their student-teachers might feel about
teaching the classics.
Reviewed by JuliAnna Avila, Ph.D., Assistant Professor, Georgia Southern
University, Statesboro, GA.

Comentários: na Conclusão Avaliativa a resenhista conclui a resenha positivamente destacan-


do sua relevância para professores que lecionam em salas inclusivas.

Resumo artigos – caracterização e escrita


A elaboração de resumos é uma habilidade de estudos de muita relevância
tendo em vista a quantidade de material de leitura que o aluno deve ler e inter-
pretar em sua vida acadêmica.

O resumo tem o propósito de apresentar, de modo mais fiel possível, ideias


ou fatos inseridos em um texto, seletiva e sucintamente. Em geral um bom
resumo deve ser breve (um terço do texto original), omitindo-se exemplos, deta-
lhes e informações secundárias; fiel ao texto original: sem repetir ou colar trechos
do texto, parafraseando o texto mas respeitando as ideias e pontos de vista do
autor; pessoal, isto é, utilizando as suas próprias palavras, e quando remetendo-
se às ideias ou vocábulos/expressões utilizadas pelo autor, fazendo referência
a ele; estruturado de maneira lógica, ou seja, deve trazer a(s) ideia(s) central(is)
apresentados de forma a obtermos um texto coerente.

Além disso, deve-se ter em mente:

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Objetivo do resumo – para quê ele está sendo elaborado (parte de uma mo-
nografia, trabalho escolar, estudo, catálogo de editora etc.);

Público-alvo – quem irá fazer uso dele (você mesmo(a); seu professor; um
cliente etc.)

O Manual de Redação on-line da PUCRS (2008) lista os seguintes passos para


eficiente elaboração de um resumo.

(MANUAL, 2008)

a. ler atentamente o texto a ser resumido, assinalando nele as ideias que


forem parecendo significativas à primeira leitura;

b. identificar o gênero a que pertence o texto (uma narrativa, um texto


opinativo, uma receita, um discurso político, um relato cômico, um
diálogo etc;

c. identificar a ideia principal (às vezes, essa identificação demanda sele-


ções sucessivas, como nos concursos de beleza...);

d. identificar a organização – articulações e movimento – do texto (o


modo como as ideias secundárias se ligam logicamente à principal);

e. identificar as ideias secundárias e agrupá-las em subconjuntos (por


exemplo: segundo sua ligação com a principal, quando houver dife-
rentes níveis de importância; segundo pontos em comum, quando se
perceberem subtemas);

f. identificar os principais recursos utilizados (exemplos, comparações


e outras vozes que ajudam a entender o texto, mas que não devem
constar no resumo formal, apenas no livre, quando necessário);

g. esquematizar o resultado desse processamento;

h. redigir o texto.

Outras dicas

1. Observe a primeira linha de cada parágrafo, e caso o texto seja curto,


as primeiras palavras de cada sentença. Isso lhe ajudará na leitura.

2. Observe os Marcadores Discursivos, especialmente aqueles de Adi-


ção (In addition, Furthermore, Besides, Moreover...),

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Contraste (However, Yet, Nonetheless, Although...) e

Causa/Consequência (Therefore, Thus, So, Then...), pois esses mostra-


rão a relação entre ideias e parágrafos.

3. Inicie seu resumo fazendo referência ao texto/artigo/livro que está re-


sumindo, com frases do tipo: “No livro/artigo/texto........de........., publi-
cado em......., o autor apresenta/ discute/ analisa/ critica/ questiona
o tema ............................”.

Observe o exemplo abaixo que é a Introdução de um relato de pesquisa Mood


State Effects of Chocolate que aborda o efeito do chocolate no humor das pesso-
as. Imagine que esse resumo está sendo feito como parte de uma tarefa escolar.
O público-alvo deste texto são pesquisadores, médicos, estudantes e professo-
res da área de nutrição ou psicologia.

(PARKER; PARKER; BROTCHIE, 2006)

1. Introduction

It is commonly claimed that chocolate has the capacity to lift spirits, to


create highs and make people feel good. In an earlier review of atypical
depression and its constituent feature of hyperphagia (Parker et al., 2002),
we noted the capacity of carbohydrates (including chocolate) to have a
comforting effect and to also promote fell good sensations through the release
of multiple gut and brain peptides. Others have argued that carbohydrate
craving (including chocolate craving) in atypical depression (Moller, 1992)
and in seasonal affective disorder (SAD) (Wurtman and Wurtman, 1989) is a
form os self-medication and, in having an impact on brain neurotransmitters
have antidepressant benefits.

Publication of our earlier paper (Parker et al., 2002) led to considerable


media attention and inquiries both from those with a mood disorder and
inquires both from those with a mood disorder and the general public as
to whether chocolate actually was an antidepressant, so encouraging a
literature review. Use of the single word chocolate in search engines identified
an extraordinarily broad literature warranting integration and encouraging
the current review. While we had an agnostic view about chocolate having
any antidepressant properties, it became apparent that there were many
other topic components of equal importance, resulting in this review going
beyond the initial simple objective. As noted by one journal assessor, aspects

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have some significance for our understanding of the biology of depression,


and for the concept of atypical depression in particular.

In this overview, we consider why people crave and eat chocolate, particulary
in the context of food cravings and emotional eating, and chocolate’s mood
state effects. In the many comprehensive reviews (e. g., Bruinsma and Taren,
1999; Christensen, 1993; Ganley, 1989; Mercer and Holder, 1997; Ottley,
2000; Pelchat, 2002; Rogers and Smit, 2000; Weingarten and Elston, 1990),
explanations of chocolate and carbohydrate cravings vary widely and include
self-medication, homeostatic correction, hedonic experience, addiction to
psychoactive substances and emotional eating theories, but it may be possible
to integrate the disparate theories. We will argue that chocolate craving and
chocolate emotional eating are two separate phenomena — although they can
co-exist in the same individual — and that any mood state effects of chocolate
are as ephemeral as holding a chocolate in one’s mouth.

(Disponível em: <www.chocolate.org/chocolate.pdf>. Acesso em: 17 set. 2008.)

Resumo

1. Introdução

Na Introdução do artigo Mood State Effects of Chocolate de Gordon Parker et


al. (2006) os autores afirmam inicialmente que o chocolate anima as pessoas.
Alguns estudiosos corroboram essa visão (PARKER et al., 2002; MOLLER, 1992;
WURTMAN; WURTMAN, 1989) alegando que o chocolate pode ter um efeito
antidepressivo. Um artigo anterior dos autores chamou a atenção da mídia e
levou-os a fazer uma resenha da literatura sobre o efeito do chocolate na de-
pressão e, em especial na depressão denominada de atípica. Nesse trabalho, os
autores analisam a dependência das pessoas pelo chocolate do ponto de vista
emocional e no contexto de dependência por alimentos. A partir da análise de
estudos de vários pesquisadores, os autores argumentam que a dependência
por alimentos em geral e por chocolate são fenômenos distintos, mas podem
coexistir. Concluem que os efeitos do chocolate sobre o humor são passageiros.

Comentários

É importante iniciar o resumo com referência ao texto original, seu título, autor
e ano. Verifique que a sentença tópico que introduz o parágrafo foi mantida, os
detalhes tais como vários nomes de pesquisadores e resultados das pesquisas,
foram resumidos mas procurou-se ser fiel à ideia original do texto.

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Texto complementar

Resenha, resumo e fichamento.


Vamos tentar entender as diferenças ?
Resenha:

A resenha é um tipo de trabalho que para ser feito é necessário que se tenha
domínio do assunto abordado. “Somente o conhecimento profundo permitirá a
você estabelecer comparações e fornecerá a maturidade intelectual necessária
para a emissão de qualquer julgamento de valor, ou seja, dizer se concorda ou
discorda com as considerações apresentadas pela obra e texto a ser resenha-
do.” Muito utilizado nos meios acadêmicos, esse recurso pode ser utilizado para
relatar qualquer acontecimento da realidade (um filme, uma peça teatral, um
evento esportivo etc), além de livros (inteiros ou parte deles) e textos diversos.

Ao elaborar uma resenha o resenhista tem um objetivo, ou seja sua in-


tenção pode ser, por exemplo, a de fazer publicidade ou a de adquirir co-
nhecimento sobre o objeto. A partir desse objetivo deve-se determinar os
pontos relevantes do objeto a ser resenhado. Por exemplo, ao resenhar um
livro, com o objetivo de promovê-lo, não é relevante informar seu custo de
produção, mas é imprescindível destacar os dados referentes ao autor da
obra. O fragmento abaixo é um exemplo de resenha.
[...] É sensacional! Méritos para o estreante, roteirista e diretor Sylvain Chomet, que
criou um universo charmoso e criativo, no qual opta por espelhar-se no cinema mudo
apresentando uma mistura de raros diálogos, canções e movimentos. Além da simples
história que exibe uma trama cativante e envolvente, o encanto certamente está no
gráfico em 2D, devido aos divertidos traços caricaturados das feições humanas e dos
ambientes com cores leves [...]. (MORGAN, 2004)

Esse fragmento foi extraído da resenha de um filme. Note que os termos


em destaque (sensacional, charmoso, criativo, simples etc.) representam a
opinião do resenhista. Ele procurou (e conseguiu): mostrar as informações
de forma resumida, mostrar as informações mais relevantes e posicionar-se
criticamente em relação ao objeto resenhado.

Resumo:

O resumo, assim como a resenha, deve conter dados selecionados e sucin-


tos sobre o conteúdo de outro texto. A diferença reside no fato de o resumo
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não conter comentários ou avaliações de seu produtor. Noutras palavras, o


resumo é uma redução das ideias contidas num texto, mantendo a fidelidade
ao texto original. Eis algumas dicas para facilitar a produção de um resumo:

a. leia atentamente o texto a ser resumido, certifique-se de tê-lo entendido;

b. utilize a inserção de citações. (Segundo o autor... / Fulano de tal conside-


ra... / De acordo com que afirma...);

c. redija-o em linguagem objetiva, clara e concisa;

d. escreva-o com suas palavras, evitando copiar as frases e expressões con-


tidas no texto original;

e. desconsidere conteúdos facilmente inferíveis; (“Maria era uma pessoa


muito boa. Gostava de ajudar as pessoas.”);

f. ignore expressões explicativas; (“Discutiremos a construção de textos ar-


gumentativos, isto é aqueles nos quais...”);

g. não use expressões que exemplifiquem; (As pessoas deveriam ler, tam-
bém outros autores. Por exemplo...”);

h. não considere as justificativas de uma afirmação; (“Não corra tanto, pois


quando se corre...”);

i. reduza o texto a uma fração do texto original, respeitando a ordem em


que as ideias ou fatos são apresentados.

O fragmento abaixo é um exemplo de resumo.


Leonardo Boff inicia o artigo “A cultura da paz” apontando o fato de que vivemos em uma
cultura que se caracteriza fundamentalmente pela violência. Diante disso, o autor levanta
a questão da possibilidade de essa violência poder ser superada ou não. Inicialmente, ele
apresenta argumentos que sustentam a tese de que seria impossível, pois as próprias
características psicológicas humanas e um conjunto de forças naturais e sociais reforçariam
essa cultura da violência, tornando difícil sua superação [...]. (MACHADO, 2004)

Note que os termos em destaque são citações. Recorrentemente o autor


do resumo afirma que a ideia é do autor do texto original. Perceba, ainda,
que não há opinião do autor do resumo.

Fichamento:

Imaginemos que você tenha alguns livros e textos para ler e resenhar ou
resumir. Caso você não tenha adquirido todos os livros e textos, poderá re-

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correr ao fichamento para organizar a leitura desse material. Quando preci-


sar fazer uma monografia, resenha e outros trabalhos acadêmicos, o ficha-
mento o ajudará a reconstituir a fonte e as ideias apresentadas pelos autores
estudados. Algumas dicas para fazer um fichamento:

a. coloque no cabeçalho – o título genérico ou específico, a letra e/ou nú-


mero indicando a sequência das fichas, caso você utilize mais de uma,
deverá repetir o cabeçalho;

b. insira – referências bibliográficas (nome do autor, título da obra, subtí-


tulo se houver, edição, local da publicação, editora, ano da publicação,
coleção (se fizer parte));

c. no corpo da ficha – redija o texto. Utilize uma linguagem clara, objetiva,


direta, sem subjetivismo (eu penso, eu acho...), resuma o assunto tratado,
abordando o que o autor diz, pensa e o que é novo sobre o assunto;

d. anote o local onde se encontra a obra (biblioteca...).

Exemplos de fichamento:
TEXTOS CIENTÍFICOS (título genérico) –
REDAÇÃO CIENTÍFICA, A prática de Fichamentos, Resumos,
Resenhas (Título específico) página – n.º 1 ou A
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: A prática de
Fichamentos, Resumos, Resenhas.
São Paulo, Atlas, 2004. p.114.
(escrever o texto)

(Disponível em: <www.caminhosdalingua.com/Resenha.html>. Acesso em: 10 set. 2008.)

Dicas de estudo
MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Rese-
nha. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos.


Resumo. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

Os livros Resenha e Resumo que fazem parte da coleção Leitura e Produção de


Textos Acadêmicos, embora abordem os temas com textos em língua portugue-
sa, são uma excelente fonte de informação sobre aqueles gêneros. Em lingua-

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gem acessível e repletos de exemplos são publicações indispensáveis àqueles


que desejam se aprofundar no assunto.

Atividades
1. Ordene as partes do Abstract abaixo de modo a completar o quadro que segue:

Disponível em: <www.ingentaconnect.com/search/article?title=students+teaching&title_type=tka&year_from=1998&year_to=2008&databa


se=1&pageSize=20&index=11>. Acesso em: 10 set. 2008.
(1) This is an evaluation study investigating the experiences of the graduates
of the programme over a period extending from its inception in 2000 until 2003.
The programme runs in an academic year, and has two modules: learning and
teaching in higher education, and designing curricula and assessment strategies.
Sample: The study involved 45 successful graduates of the programme, who
were teachers in a variety of higher education institutions around Ireland. These
programme participants had a variety of experiences in HE teaching ranging
from 1 year to 25 years, and hailed from a diverse mix of subject disciplines,
encompassing apprentice, undergraduate and postgraduate education. Design
and methods: A qualitative questionnaire was distributed to the 45 participants
to establish the difference that the programme has made on these lecturers’
professional practice. The initial qualitative study was conducted in 2005, with a
second stage completed in 2007.
(2) For this study, 25 lecturers returned completed questionnaires; all indicated
that change had been made in their teaching approaches, and a number of
alterations had taken place. Some of these claims lacked evidence and others
provided evidence to support it. The most significant changes identified were
increased reflection on current teaching approaches, the introduction of new
teaching strategies, increased focus on the design and delivery of classes, more
work taking place on course teams, an increase in confidence about learning and
teaching and a more student-centred approach towards teaching.
(3) The principal aim of this study is to explore the self-perception of change
in teaching approaches by lecturers who have graduated from a Postgraduate
Certificate in Third-level Learning and Teaching Programme. Programme
description: This is an evaluation study investigating the experiences of the
graduates of the programme over a period extending from its inception
in 2000 until 2003. The programme runs in an academic year, and has two
modules: learning and teaching in higher education, and designing curricula
and assessment strategies.

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(4) The changes in teaching approaches for these individuals has been
multidimensional and includes the design of new instructional strategies, the
use of new teaching approaches and the alteration of beliefs (pedagogical
assumptions and learning theories) about learning and teaching in higher
education. These findings are significant for the programme team and future
participants, in that they can be used to support this model and the teaching
strategies and format of the programme as it presently stands. In a wider frame,
they are important to allow academic staff to realise opportunities to join forces
with others in their departments, and show them that they are part of a larger
movement to develop a learning society through their work with students.
(5) Within the realm of teaching in higher education (HE), in this new mil-
lennium, there is currently no professional training requirement for teachers
in Ireland; as a result, the majority of teachers in Irish higher education do not
have any teaching qualifications, and essentially are required to learn on the
job, oftentimes relying on how they were taught themselves. However, there
is growing recognition within the sector for the need for training for lecturers
and other academic staff who have a teaching component to their work.

Número do Parágrafo
Contextualização
Objetivo
Metodologia
Resultados
Conclusão

2. Com base na resenha “Teacher’s Essential Guide: effective instruction” desta-


que o que se pede, preenchendo o quadro abaixo:

a) expressões típicas de cada subdivisão (organização retórica);

b) vocabulário (palavras ou expressões) avaliativas;

c) sua conclusão: como o autor avalia a obra? Justifique.

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Organização retórica (subdivisões)

Apresentação
(BURKE, 2008)

Teacher’s Essential Guide: Effective Instruction. New York: Scholastic.

Pages: 128 Price: $12.99 ISBN: 9780439934541

Based on classic and current research, Effective Instruction is a concise


teacher-oriented book written by an experienced teacher, Jim Burke. This
simply written and clearly formatted reference, one in The Teacher’s Essential
Guide series, offers practical instructional advice. This volume addresses typical
challenges that many teachers face, such as: how to use assessment to improve
instruction, how to increase student engagement and comprehension and
how to design effective lessons.
a) Expressões Típicas:

b) Vocabulário Avaliativo

Organização

Burke offers a wide variety of suggestions on multiple topics in a short, teacher-friendly volume.
After a brief introduction citing the National Research Council on how people learn, this easy-
to-read guide starts with a self assessment on effective instruction posing questions that
directly correspond to the book’s ten chapters, fitting into the three major themes: instruction,
classroom culture, and curriculum. Readers are encouraged to start with the most urgently
needed areas, rather than proceed cover to cover. With a consistent and predictable approach,
each chapter begins with a handy five point summary called “Guiding principles,” and succinctly
develops the main ideas followed by multiple brief examples explaining each point.

a) Expressões Típicas:

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b) Vocabulário Avaliativo:

Destaque de partes

Clear and utilitarian illustrations and charts throughout the book include sentence starters,
lesson patterns, a graphic organizer handout, student behavior guidelines, classroom grouping
options and a student-written yearly planning chart.

a) Expressões Típicas:

b) Vocabulário Avaliativo:

Avaliações

Although many classroom examples come from a senior high English


perspective, the teaching suggestions are general enough to transfer to almost
any instructional situation. Advice such as “analyze your teaching pattern” and
“consider students’ developmental needs” is applicable to both new and veteran
teachers alike, and demonstrates that the author has worked with pre-service
and experienced teachers as well as teaching for years in his own classroom.
The book has a decisively language arts bent, with multiple classroom examples
given for English, history, social sciences and art; the author minimally includes
illustrative stories in mathematics and science, such as biology and health.

Consistent throughout the book is the author’s insistence that teachers design
their lessons with students and learning outcomes in mind. Burke assumes that
teachers have the freedom to practice their craft and gives them the tools to do
it. In practice, certain advice may not be applicable for some teachers depen-
ding on their situations. For example, some districts may use predetermined tex-
tbooks with very scripted lessons so that Burke’s chapter on Curriculum Basics:
Teach Skills and Knowledge in Context may not be fully usable by its teachers.

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a) Expressões Típicas:

b) Vocabulário Avaliativo:

Conclusão avaliativa

However, whatever the range of circumstance, these wonderful ideas can be seen as objectives
to be attained gradually or practices to be implemented immediately. Even if a teacher cannot
follow every piece of valuable advice this year, this is a book to keep and refer to each year as a
self measure and a list of attainable goals to remember.
Reviewed by Cathleen M. Alexander, University of California, Davis.

a) Expressões Típicas:

b) Vocabulário Avaliativo:

Sua conclusão: como o autor avalia a obra?

3. Elabore um resumo do extrato de texto abaixo, que é a continuação do relato


de pesquisa sobre os efeitos do chocolate no humor.
2. Chocolate

2.1 Chocolate composition

Chocolate is manufactured from cocoa mass (the base product produced by


the processing of the cocoa bean), cocoa butter (the natural fat from the cocoa
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bean) and added sugar. Cocoa butter melts at room temperature to provide
the creamy “melt in the mouth” sensation. Europeans added sugar to appeal
to their palate when chocolate was introduced from America. Dark chocolate
contains these three elements, milk chocolate contains extra milk solids and
fats, and white chocolate is akin to milk chocolate without the cocoa base.
2.2 Chocolate craving
Chocolate is the most commonly craved food and, for most chocolate
cravers, non-chocolate substitutes are inadequate (WEINGARTEN; ELSTON,
1991). Chocolate is not a natural product, and thus its appeal depends on its
individual constituents and their unique combination. Chocolate is sweet,
raising the possibility of confusion between chocolate craving and sweet
craving, but it also contains fat (ROZIN et al., 1991). Similarly, other foods that
are commonly craved (e.g., ice cream, doughnuts, cakes, biscuits) also taste
sweet and might be misjudged as rich in sugar, but most of their calories are
provided by fat. Drewnowski et al. (1992) have therefore suggested that the
term “carbohydrate craving” is a misnomer when applied to such foods.
2.3 Psychoactive properties of chocolate
Because chocolate craving has some features of addiction, attempts have
been made to identify any psychoactive ingredients. Several candidates
have been identified (the biogenic stimulant amines caffeine, theobromine,
tyramine and phenylethylamine), but their concentrations are too low
to have a significant psychoactive effect and they are also present in
higher concentrations in non-craved foods (BNF Nutrition Bulletin, 1998;
HETHERINGTON; MACDIARMID, 1993; HURST et al., 1982; ROZIN et al., 1991;
WEINGARTEN; ELSTON, 1991; OTTLEY, 2000).
Comparisons of subjects ingesting milk chocolate, dark chocolate, white
chocolate and cocoa powder (powdered cocoa mass with some cocoa
butter extracted) have demonstrated that milk chocolate is most preferred. If
psychoactive substances were involved, then cocoa powder should equally
satisfy craving and dark chocolate should be the most preferred (MICHENER;
ROZIN, 1994).
Chocolate contains two analogues of anandamine similar to the
cannabinoid responsible for euphoria from cannabis. However, any association
with pleasure from chocolate is likely to be indirect as the analogues inhibit
breakdown of endogenously produced anandamine (TOMASO et al., 1996).
(Disponível em: <www.chocolate.org/chocolate.pdf>. Acesso em: 17 set. 2008.)

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Gêneros textuais no mundo dos negócios

Gêneros textuais são eventos comunicativos que tem um propósito


social específico e são criados para atender as necessidades de comunica-
ção de uma determinada comunidade ou cultura. Dentre os vários gêne-
ros presentes no mundo dos negócios podemos citar contratos comerciais,
atas, memorandos, ofícios. Destacaremos nesta aula cartas, e-mails comer-
ciais, classificados e cartas solicitando emprego, bem como o currículo
vitae. O objetivo principal é fornecer um panorama da organização retórica
(estrutura) e aspectos linguísticos (especialmente vocabulário) que podem
ser utilizados na produção de gêneros inseridos no discurso comercial.

Cartas e e-mails comerciais –


caracterização e escrita
A comunicação na área de negócios pode ser obtida por vários meios
tais como presencialmente, por telefone, videoconferências, cartas e e-
-mails. A correspondência comercial é um dos tipos mais frequentes de
envio de mensagens no mundo dos negócios considerando-se a neces-
sidade do registro de informações que pode, eventualmente, esclarecer
dúvidas, confirmar um compromisso ou alguma obrigação legal.

Cartas ou e-mails
Com o advento da internet e o uso de e-mails para enviar e receber
mensagens, frequentemente ficam as dúvidas:

 é melhor escrever uma carta ou um e-mail?;

 existe diferença na redação daquelas duas modalidades?;

 o e-mail é mais informal do que uma carta?

Inegavelmente, o e-mail tem sido o meio mais frequente de transmis-


são de mensagens escritas, sejam pessoais ou comerciais. Parece-nos,
atualmente, que escrever cartas é uma coisa do passado. No entanto, é
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importante ressaltar que o e-mail é um canal de envio de mensagens eletrônico.


E-mails e cartas podem conter o mesmo tipo de conteúdo com o mesmo grau de
formalidade. As diferenças ficam por conta, especialmente, do layout. Uma carta
contém informações completas sobre o destinatário (empresa, nome, endereço)
e deve incluir a data. No e-mail, basta digitar o endereço eletrônico: a data é
automaticamente inserida. Então, não existe diferença entre cartas e e-mails?
Basicamente, não, embora se devam ressaltar alguns pontos.

Primeiramente há o caso da área legal. Alguns documentos tais como con-


tratos, compromissos de compra e venda e outros, que exigem assinaturas, nem
sempre são aceitos se enviados por meio eletrônico. Órgãos governamentais
também costumam receber um maior número de correspondências impres-
sas ao invés de por meio eletrônico. Geralmente opta-se pelo envio de cartas
quando a ocasião exige maior formalidade. Cartas comerciais tendem a ser mais
formais do que e-mails. A tendência à informalidade dos e-mails parece estar
ligada à rapidez com que se pretende passar a mensagem ao destinatário, e em
consequência disso é aceita, na maioria das vezes, uma linguagem mais simples,
repleta de frases incompletas e abreviaturas. Finalmente, um outro fato impor-
tante é pessoalidade. Alguns tipos de comunicações como convites de casamen-
to, cartões de natal e cartas de recomendação serão bem recebidas, se impressas
e enviadas pelo correio, pois o receptor considerará o cuidado do remetente em
escrevê-las e enviá-las. É importante ponderar sobre esses itens antes de esco-
lher o meio através do qual você irá enviar a sua mensagem.

Cartas e e-mails comerciais:


estruturação e redação
Escrever mensagens na área comercial exige um estilo próprio para cada si-
tuação, seja um pedido, uma reclamação, uma venda etc. Quando estamos redi-
gindo um documento comercial deve-se presumir que sua audiência não dispõe
de muito tempo, e portanto, concisão é importante. O tipo de linguagem esco-
lhida deve ficar entre o formal e o informal, o que deve ser avaliado dependendo
do tipo de mensagem e do grau de intimidade partilhado pelo emissor (aquele
que envia) e pelo receptor (aquele que recebe).

Daremos, a seguir, algumas dicas de como estruturar a sua correspondência


comercial. Lembramos que os mesmos exemplos aplicam-se aos e-mails, guar-
dadas as considerações que fizemos anteriormente.

178
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Gêneros textuais no mundo dos negócios

Estruturação
Você pode ter vários objetivos ao escrever uma correspondência comercial.
Existem estilos de cartas específicos tais como carta de solicitação, resposta à so-
licitação, reclamação, ajuste, pedidos de compras, cotações, cobrança e muitos
outros. Para cada um é um gênero distinto, pois possui um propósito comunica-
tivo, uma audiência e uma estruturação diferenciada.

Visto não podermos comentar toda essa gama de cartas, traçaremos um


perfil da estruturação mais comum e apresentaremos algumas frases que são
comumente utilizadas.

Veja esse exemplo desta carta que é uma resposta a uma solicitação de um
cliente (reply to inquiry):

(BLACKWELL, 2001)
NIPPON VIDEO �9 Kanda – Mitoshiro � Chiyoda-Ku, Tokyo 101-0053

November 30, 2001.

Kim Chang Park


Korea Vídeo
receiver´s
70 Sorin-dong
information
Chongro-Ku
Seoul, Republic of Korea

greeting Dear Mr. Park:

Opening/
Thank you for your interest in Nippon Video
thank you

Nippon Video is one of the largest suppliers of videotapes in Asia. We have 15


company offices in Japan, and a wide network of manufacturing and distribution centers
information in Japan, Korea, Taiwan, and the Philippines. We have an excellent reputation
for quality, efficiency, and service at low cost.

offer I am enclosing a brochure that explains our products and services, along with a
additional current price list. Please get in touch with if you would like further information.
information I hope we can be of service to you.

Sincerely

closing
Hiroshi Endo
Marketing Manager

enclosure Enc.

179
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Cartas comerciais geralmente são criadas em estilo bloco. Isto significa que
deve ter um alinhamento à esquerda, sem reentrâncias pontos. Geralmente,
essas são as suas partes principais:

 Cabeçalho (letterhead)

Cartas comerciais são escritas em papel timbrado. Esse timbre se localiza ge-
ralmente no início ou final do papel.

 Data (date)

A data é usualmente escrita

 no estilo americano: mês, dia, ano September 29th 2008 ou

 no estilo britânico: dia, mês, ano 29th September 2008.

Atualmente não é necessário inserir vírgulas entre dia e ano, nem incluir a
marca de número ordinal (-st 21st;-nd 22nd,- rd 23rd, -th 24th), podendo a data
ser escrita simplesmente September 29 2008.

 Destinatário (receiver’s information)

Nome completo, cargo, nome e endereço da empresa.

Na correspondência comercial deve-se tratar um homem por Mr. e uma


mulher por Ms. Não se usa habitualmente os pronomes de tratamento Mrs.
(senhora – casada) ou Miss (senhorita – solteira), para uma mulher, pois muitas
vezes não sabemos se essa pessoa é solteira ou casada. Esses pronomes devem
sempre vir acompanhados do sobrenome do nosso destinatário, por exemplo,
Mr. Silveira ou Ms. Johnson. O cargo deve vir na linha abaixo, seguido do nome e
do endereço da pessoa. Veja os exemplos:

Mr. Taylor Ms. Schwartz


Sales Manager Marketing Director
EXECUTEC INC. WONDERLINK
23 Park Avenue 457 Britz Lane
New York, NY Miami, Florida
USA USA

 Saudação (Greeting)

O conhecido Prezados Senhores é expresso por Dear Sirs, mas independente


se o destinatário é conhecido ou não, pode ser expresso pelo pronome de tra-
tamento Mr. (senhor) ou Ms. (senhora) seguido pelo sobrenome da pessoa (Mr.
Green, Ms. Kepler). Os quadros 1 e 2 listam, respectivamente, o modo britânico e
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Gêneros textuais no mundo dos negócios

americano de escrever a saudação dependendo do grau de formalidade e o tipo


de saudação utilizado dependendo do destinatário.

Quadro 1
Estilo e formalidade
Inglês Britânico e Americano
Britânico Americano

Formal Dear Sir (s), Dear Sir:


Dear Madam/Mesdames, Gentlemen:
Dear Sir/Madam, Dear Mr. Brown:
Dear Ms. Smith:

Informal Dear Mr. Brown, Dear Mr. Brown:


Dear Ms. Smith, Dear Ms. Smith:

Pessoal Dear Mr. Brown, Dear Mr. Brown:


My dear Brown, My dear Mr. Brown:
Dear Jim, Dear Mr. Brown:
Dear George:

Observe que, no inglês britânico usa-se vírgula após a Saudação, enquanto


que no inglês americano se usa dois pontos. Atualmente é comum não encon-
trarmos nenhum tipo de pontuação ao final da saudação.

Ex.: uma carta para a senhora Fernanda da Silva, ficaria assim:

Britânico Americano

Formal Dear Madam, Dear Ms. Silva:

Informal Dear Ms. Silva, Dear Ms. Silva:

Pessoal Dear Mr. Silva, Dear Ms. Silva:


My dear Silva, My dear Ms. Silva:
Dear Fernanda, Dear Fernanda:

Quadro 2
Dear Sirs.................................. Para uma empresa ou departamento
Dear Sir.................................... Para um homem se não se sabe seu nome
Dear Madam.......................... Para uma mulher se não se sabe seu nome
Dear Sir/Madam................. Para uma pessoa se você não sabe se é homem ou mulher
Dear Mr. Smith...................... Para um homem se você sabe nome/sobrenome
Dear Mrs. Smith.................... Para uma mulher casada
Dear Miss Smith................... Para uma mulher solteira
Dear Ms. Smith................... Para uma senhora ou senhorita
Dear John............................... Para um amigo ou alguém que você conheça bem
181
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Abaixo alguns exemplos de Saudações independente se você sabe o nome


da pessoa ou não. Os exemplos estão na modalidade do inglês britânico, mas
aplicam-se ao inglês americano, também.

1 3
Mr. John Smith The Sales Manager
Sales Manager ABC Trading Co
ABC Trading Co 39 Park Lane
39 Park Lane 2348498 New York, NY
2348498 New York, NY USA
USA
Dear Mr. Smith, Dear Sir or Madam,

2 4
Ms. Ann Taylor ABC Trading Co
Export Manager 39 Park Lane
ABC Trading Co 2348498 New York, NY
39 Park Lane USA
234849 New York, NY
USA
Dear Ms. Taylor, Dear Sirs,

No Exemplo 1 conhecemos o destinatário e seu cargo (Mr. John Smith, Sales


Manager) e portanto o saudamos com Dear, mais o pronome Mr. e seu sobreno-
me (Smith): Dear Mr. Smith.

No Exemplo 2 conhecemos o destinatário e seu cargo (Ms. Ann Taylor, Export


Manager) e, portanto, a saudamos com o Dear, mais o pronome Ms. e seu sobre-
nome (Taylor): Dear Ms. Taylor.

No Exemplo 3 não conhecemos o nome destinatário, somente seu cargo


(Sales Manager) e, portanto, não sabemos se essa pessoa é um homem ou uma
mulher. Para tornarmos nossa saudação neutra, usamos o Dear, mais os prono-
mes Sir or Madam: Dear Sir or Madam.

No Exemplo 4 não conhecemos o nome destinatário, somente o nome da em-


presa. Assim, generalizamos e usamos o Dear, mais o pronome Sirs: Dear Sirs.

 Abertura (Opening)

A abertura da carta é geralmente a introdução e pode expressar um agradeci-


mento por uma correspondência anterior (Thank you for your e-mail of September
15th), ou uma apresentação (We are a Brazilian company in the export business...),
ou qualquer frase que expresse uma abordagem inicial.

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 Corpo (body)

O corpo da carta deve ser direto e abordar os principais tópicos a que esta se des-
tina. Se for uma carta de reclamação, por exemplo, deve conter o motivo da recla-
mação e um pedido de ressarcimento. No caso do exemplo anterior (Nippon Video)
que é uma resposta a uma solicitação de um possível cliente, a empresa fornece
informações sobre si (company information), bem como oferece informações adicio-
nais que podem ser úteis ao solicitante (offer additional information).

 Fechamento (closing)

Cartas comerciais devem incluir um fechamento, que corresponde ao nosso


Atenciosamente. Embora, em português, não tenhamos muitas alternativas, em
inglês elas são bem variadas e também diferem no inglês britânico e americano.
Observe, no quadro abaixo, as opções de fechamento formais, informais e pes-
soais no inglês britânico ou americano.

Tipos de Fechamento
Britânica Americana

Formal Yours faithfully, Very truly yours,


Sincerely yours,
Yours very truly,

Informal Yours sincerely, Sincerely yours,


Yours truly, Sincerely,
Cordially yours,
Best regards,
Regards,

Pessoal Yours sincerely, Sincerely yours,


Sincerely, With kind regards,
With best wishes, With best regards,
Yours, Sincerely,
Yours,

Note o uso da vírgula ao final do Fechamento, embora, também não haja


necessidade de inseri-la.

 Anexo(s) (enclosure)

O anexo ou anexos (enclosure or attachment) devem ser mencionados na


carta, caso existam, utilizando-se das abreviações Enc. (enclosure) ou Attach.
(attachment), opcionalmente seguido do número de anexos que são enviados.
Ex.: Attach. (2) ou Enc. (2)
183
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Aspectos linguísticos
A fim de auxiliá-lo(a) na redação de cartas comerciais, anote algumas frases úteis.

Quando a carta se refere a um contato anterior:


Thank you for your letter/e-mail...
With reference to ... your letter of / dated...
In reply to...

Quando se quer dizer a razão pela qual está escrevendo:


I am writing to/ inquire about.../to confirm that.../ to apologize for/about
In reply to...
With reference to...

Anexando documentos:
I am enclosing…
Enclosed is …

Quando se quer fazer um pedido:


I am writing to inquire about...
I would like further information about...
I would be grateful if you could send me...
I am interested in your...

Quando se quer pedir desculpas:


I am writing to apologize for/about
I am sorry for...
Unfortunately, we have been unable to...
This is due to...

Quando se quer reclamar:


I am writing to complain about...
I am not satisfied with...
I must therefore insist that...

Como terminar uma carta:


I look forward to hear from you soon.
Thank you for your attention.
Your promptness in replying will be much appreciated.

184
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Embora todas as sentenças acima tenham sido escritas na primeira pessoa (I)
você pode utilizar a primeira pessoa do plural (We), bastando conjugar o verbo
adequadamente. Assim, ao invés de dizer I am writing... você pode escrever We
are writing..., especialmente se você se dirige a outra pessoa, em nome de sua
empresa.

Veja o exemplo da carta de solicitação abaixo, cuja resposta foi dada no exem-
plo da Nippon Video.

Exemplo de uma Carta de Solicitação


November 20, 2001.

Mr. Hiroshi
Marketing Manager
NIPPON VIDEO
9 Kanda-Mitoshiro
Chiyota-Ku
Tokyo, 101-0053

Dear Mr. Hiroshi,

We are writing to inquire about your range of videotapes. We are a small-


sized Korean company dealing with audio-video products.

We would be grateful if you could send us your latest brochure and price
list for our consideration.

We look forward to hearing from you soon.

Yours sincerely,

Kim Chang Park

Cartas de apresentação
As cartas de apresentação devem servir como uma propaganda do candidato
enfatizando suas principais qualificações. Esse tipo de carta é usualmente utili-
zado para anexar um Curriculum Vitae.

Para escrever adequadamente essas cartas você deve:

 ler o anúncio classificado e verificar qual o perfil do profissional requerido


por determinada empresa ou instituição;
185
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 observar que tipo de qualidades pessoais (boa comunicação, esforçado/a)


e que tipo de experiência está se buscando. Se você possuir tais caracte-
rísticas, mencione-as.

Estruturação

Para organizar Cartas de Apresentação, siga os seguintes passos:

 diga onde você viu o anúncio classificado;

 mencione porquê você está se candidatando;

 faça um breve relato de sua experiência;

 liste suas competências pessoais/profissionais;

 inclua um fechamento que demande ação (coloque-se à disposição para


uma entrevista ou esclarecimentos adicionais).

Veja o exemplo abaixo:

October 21, 2008.

FABRIC INC
2345 Prince Wales St.
Galveston, Texas 77550

According to your advertisement in “USA Today” , you are looking for a


middle school teacher and I believe I am qualified for such a job.

My work routine comprises collaborating with parents and students,


assessing students performance, attending staff meetings, preparing
assignments, lessons and instructional materials as well as assisting
students. I have additional experience with Distance Education.

The enclosed resume provides all the details of my education and


experience and lists people from whom you can obtain references.

I am available for a personal interview when convenient to you.

Best regards,

Anne Busch

Enc.: Resume

186
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Currículo Vitae – caracterização e escrita


Geralmente denominamos Currículo Vitae (CV) aquele documento que contém
informações sobre uma pessoa que a qualificam para o mercado de trabalho.
Embora esse seja o nome mais conhecido, temos, em inglês além do CV, o Resume
que é um resumo da vida profissional de uma pessoa.

Tanto o Currículo Vitae, quanto o Resume são utilizados nos pedidos de


emprego. Eles têm o mesmo objetivo que é informar ao possível emprega-
dor alguns fatos sobre a formação, experiência, competências e realizações
do candidato. A diferença principal está no modo como as informações são
apresentadas. O Resume é um breve resumo da história de trabalho, principal
formação educacional e competências que poderão ser relevantes ao futuro
empregador. O candidato poderá preparar um Resume específico para cada
tipo de cargo a que esteja concorrendo, enfatizando, assim algumas caracte-
rísticas que podem ser importantes para uma empresa e não para outra. O CV,
por sua vez, lista em detalhes todos os dados contidos no Resume, acrescen-
tando outras informações. Por esse motivo um CV é geralmente mais longo. As
categorias mais usuais presentes em currículos e resumes são: nome, endereço,
telefone, e-mail; objetivo; formação educacional; experiência profissional; in-
formação adicional; referências.

Há vários tipos de Currículo e CV:

 cronológico (chronological) – que é o tipo mais comum, lista a experi-


ência e a formação do candidato da mais recente para a mais antiga. As
categorias que deverão ser listadas são: objetivo, experiência profissional,
formação, afiliações profissionais, cursos, idiomas. Esse tipo de currículo é
mais apropriado quando a experiência profissional e a formação refletem
um crescimento;

 funcional (Functional) – destaca as habilidades específicas e realizações


profissionais, que poderão ser apresentadas por ordem de importância
e sem a preocupação com a cronologia dos fatos. As categorias que de-
verão ser listadas são: experiência de trabalho e/ou habilidades técnicas,
formação, afiliações profissionais, cursos, idiomas. Este formato é adequa-
do quando o candidato pretende fazer uma mudança de carreira, quando
está retornando ao mercado de trabalho e deve ser evitado quando o em-
pregador for uma daquelas organizações mais tradicionais tais como na
área governamental ou de educação;

187
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 combinado (combination chronological/functional) – este tipo está se


tornando popular por combinar as características do CV cronológico com
o funcional. As categorias principais que deverão ser listadas são: objetivo
profissional, formação, experiência de trabalho, outros cursos e idiomas;

 focado (targeted) – direcionado a um cargo específico que o candidato


esteja buscando. As categorias principais que devem ser listadas são: ob-
jetivo, habilidades, realizações, experiência profissional e formação. Visto
que esse formato é direcionado, ele pode não ser útil caso se esteja procu-
rando várias alternativas de trabalho.

Daremos, a seguir, um exemplo de currículo no formato cronológico, que


parece ser o mais adequado para a área de educação.

Karen Carrington
2715 Oleander Avenue
Galveston, Texas 77550
Telephone: 1-409-555-1212 Home
E-mail: karenc@somedomain.com
Seeking secondary school teaching position

Enthusiastic educator with a strong commitment to the student learning


experience. Possess excellent communication and presentation skills. Active
in collaboration with staff members on all levels.

Experience in:
* Interactive Learning * Classroom Management
* Curriculum Design & Development * Student Assessment
* Cooperative Learning * Interactive Learning
* Student Motivation * Multicultural Awareness

188
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Education & Certifications

Bachelor of Arts, Major- English – University of Texas, Austin, TX (2004)


Secondary Education Certification.

Computer Skills: MSWord, Internet, Power Point, Excel, Publisher.

Teaching experience

MC GUNTER HIGH SCHOOL, Round Rock, TX 9/2004-5/2006.

 Instrumental in founding a Science Club to increase interest and


participation in science among students.

 Established and maintained positive relationships with colleagues,


students and parents to foster an environment of support.

 Participated in extra-curricular activities, including: after school


tutoring, UIL and Student Council.

 Assessed students’ progress on a daily basis.

 Designed and implemented lesson plans in four classes: Journalism,


English I, Remedial English, and Literature.

MC GUNTER HIGH SCHOOL, Round Rock,TX 9/2003-12/2003 Student


Teacher.

Assumed all responsibilities of classroom teacher, including such tasks


and collaborating with parents and students, assessing students, attending
staff meetings, designing lesson plans and curriculum, recording attendance
and assisting students.

Activities & Honors

Teacher of the Year – Mc Gunter High School – 2005.

Affiliations

National Educators Association.

(Disponível em: <www.rogers-resume-help-center.com/sample-teachers-resume.html>.)

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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Como você deve ter notado, as categorias que constam desse exemplo são:

 objetivo e perfil (seeking secondary school teaching position). Nessa ca-


tegoria a candidata menciona suas qualificações e destaca sua experiência;

 formação (education & certification). Aqui é apresentado o nível de for-


mação adicional e cursos relevantes;

 experiência em educação (teaching experience). Nesta categoria são


listadas as escolas onde a candidata trabalhou bem como suas principais
realizações profissionais;

 outras atividades/prêmios (activities & honors). Aqui é apresentada a


nomeação da candidata à professora do ano.

Algumas frases que podem ser úteis ao escrever um CV/Resume são:

Successful experience in… as………. Experiência bem-sucedida em……


como….

Gained hands-on experience as… Ganhei experiência prática como………

Motivated and enthusiastic…… Motivado(a) e entusiasmado(a).......

Participated in……. Participei de…….


Assisted in…. Auxiliei em……
Worked on….. Trabalhei em….
Worked as….. Trabalhei como...
Organized….. Organizei……….

Managed/Supervised…….. Gerenciei/Supervisionei
Trained………. Treinei……….

Represented the company in………. Representei a empresa em...

More than … years’ experience in... Mais do que…… anos de experiência em

Promoted from…..……to………. Promovido(a) de………. para ……….

Specialized in…………………. Especializado(a) em………….

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Texto complementar

Writing effective e-mail


(HEAPS, 2008. Adaptado.)

By Stacie Heaps

Professional Writer and Editor

Because businesspeople are extremely busy, it is easy to simply ignore (or


even delete) messages that don’t seem urgent or as important as the many
other things that fight for our attention each day. To help prevent your e-mail
message from being ignored or deleted without even having been read,
follow the steps outlined below.

Choose your subject carefully

The subject line of your e-mail is of utmost importance, as it is what will


determine whether the person reads, files, forwards, ignores, or deletes your
e-mail message. Especially with the threat of viruses and other malware,
people are less likely to open e-mail messages from people they don’t
immediately recognize.

Include necessary information

In addition to stating your purpose in the subject line of your e-mail, you
should also summarize your purpose in the first paragraph of the body of the
message, particularly if your message is more than a paragraph or two long.
Tell readers the information they need to know and what you want or need
them to do based on the information you are sending them. In particular,
make sure to include information such as important contact people or relevant
deadlines. If the e-mail is more than a couple of paragraphs long, reiterate
what you need done and by when in the last paragraph of the e-mail.

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Maintain a professional tone

It is amazing how many businesspeople who would spend hours making


a presentation or project polished and professional will dash off an e-mail
that is so informal and unbusinesslike to clients, colleagues, and hired
professionals. Though e-mail is admittedly more relaxed than a ten-page
business proposal, you should still keep the tone of your message professional
by using standard capitalization and punctuation, checking your spelling,
and generally avoiding shortened or cutesy words, phrases, and symbols.
Use standard fonts and font sizes, and don’t use all caps anywhere in your
message. If you need to emphasize a word or phrase, use italics or bold (or
rarely, bold italics).

Not: im trying to get a final count for the workshop tomorrow. p.m. if you
plan to attend plz let me no. Thnx.

But: I’m trying to get a final count for the workshop tomorrow afternoon. If
you plan to attend, please let me know. Thanks.

Keep in mind that e-mail is not private

Many companies can and do periodically or systematically read employee


e-mails. Furthermore, anything you send through e-mail can be forwarded
to countless recipients, can be posted on any number of Web sites, or can be
printed and publicly displayed or distributed for untold numbers of people
to see both in- and outside of the workplace. Consequently, before hitting
the send button, make sure you are writing something that you don’t mind if
other people know that you wrote.

Follow up

For information that is time sensitive or urgent, follow your e-mail


message with a phone call. You never know when someone might be in
an all-day meeting, unexpectedly out of the office for a day (or longer), or
swamped with other work. You don’t want your e-mail to get buried with
all the others.

Dicas de estudo
ASHLEY, A. Oxford Handbook of Commercial Correspondence. Oxford: Oxford
University Press, 2003.
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Esse manual de correspondência comercial, com sua nova versão, editada em


2003, traz inúmeros exemplos de correspondências comerciais separadas por
tópicos: cartas de pedidos, reclamações, cotações, congratulações, agradeci-
mentos etc. Além disso aborda temas específicos tais como cartas para a área de
importação/exportação além de outras áreas. É ideal para aqueles que precisam
elaborar cartas/e-mails na área de negócios.

Atividades
1) Escreva a resposta à seguinte carta.

BRAZICAR LTD

Av. Das Nações Unidas, 2458 São Paulo SP Brazil Phone: 5467-3989
http.:// www.brazicar.com.br

November 20, 2008.

Ms. Beatrice Bonni


Export Manager
BEGREEN LTD
Via Apia 15
Rome
Italy

Dear Ms. Bonni,

With reference to your advertisement in last month’s Export Times


Magazine, could you please send me a copy of your latest catalogue? We
are sales representatives dealing with car parts in the domestic Brazilian
market.

Please also inform if it is possible to make purchases online.

Thank you for your attention.

Best regards,

Antonio Carlos Pereira


Sales Manager

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2) Numere as partes do Resume, a partir das alternativas abaixo:

(1) informações pessoais (nome, endereço, telefone, e-mail).

(2) objetivo e perfil.

(3) experiência profissional.

(4) formação.

(5) informações adicionais.

Disponível em: <www.bestsampleresume.com/sample-teachers-resume/sample-teachers-resume-3.html>. Adaptado.


( ) Andover Elementary School, Wrentham MA 2001 – 2002
Temporary Teaching Placement
� Served as a temporary teacher for a class of 9 year olds on a one-year contract.
Prepared English and History assignments reviewed and corrected all homework
with an emphasis on providing feedback to each student.
� Devised lessons, which captured the children’s imaginations for e.g.: Preparing
scenes from well-known works or scenes from historical events and having the
children act them out.
� Tutored three children after school that were having difficulties in making their grades.
South Boston Elementary School, Boston MA 2000 – 2001
Teaching Assistant
� Assisted the teaching staff of South Boston Elementary School by preparing lessons
in English, History, and Geography.
� Corrected assignments and provided reports to each teacher on the grades achieved
by each class.
� Assisted course tutors in the preparation of lessons for individual tutoring sessions.
Co-ordinated presentations and demonstrations as part of the teaching curriculum.

( ) Richard Anderson
1234, West 67 Street,
Carlisle, MA 01741,
(123)-456 7890.

( ) During the summers of 1999 and 2000 I participated in a Community Programme that
provided extra tuition to local underprivileged children and assisted within the camp
organising games and entertainment.
Obtained a TEFL (Teaching English as a Foreign Language) Certificate in 2000.

( ) To obtain a teaching position in an elementary school.


A highly energetic and enthusiastic individual, specialising in English and History.
Dedicated to providing the best education and care to children aged 7 – 10 years.

( ) University of Boston, Boston MA 1997 – 2000


Bachelor of Arts in Elementary Education, Graduated with Honours

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3) Complete a carta de apresentação, a seguir, considerando o anúncio abaixo.


Use as palavras do box.

ENGLISH TEACHER
Irving Center Institute
Bilingual applicants are encouraged to apply.
ICI is currently accepting applications for an English Teacher at its Meadow Mountain Youth
Center located in Garrett County, MD. A $3,000 hiring bonus is available plus a yearly retention
bonus. This is a State position with good benefits and a competitive salary scale.
For detailed information and to download the official State application (MS-100), go to www.
djs.state.md.us and click on Current Job Announcements, or call 410 230-3260. To apply: Mail
MS-100 application along with a copy of certification to Irving Center Institute, One
Center Plaza-OHR, 2nd Floor, 120 W. Fayette St., Baltimore, MD 21201. EOE

Additional / resume / students’ performance / interview / parents and students/ assign-


ments / available / qualified / education / lessons and instructional materials.

October 10, 2008.


Irving Center Institute
One Center Plaza-OHR, 2nd Floor,
120 W. Fayette St.,
Baltimore, MD 21201.
Dear Sirs,
According to your advertisement in “Monster”, you are looking for a bilingual English teacher
and I believe I am_________________ (1) for such a job.
My work routine comprises preparing _________________ (2), assessing _________________.
(3) and collaborating with _________________ (4) I have _________________ (5)experience
with Lego system.
The enclosed _________________ (6) provides all the details of my_________________ (7)and
experience and lists people from whom you can obtain references.
I am_________________ (8) for a personal_________________ (9) when convenient to you.
Yours truly,
Mary Smith
Enc. Resume

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Textos, gêneros e o ensino

Discutiremos o conceito de gênero textual e sua aplicação pedagógica.


Apresentaremos, primeiramente, os PCN (Parâmetros Curriculares Nacio-
nais) de 1998 e PCNEM (Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio)
de 2000 e os PCN + (complemento dos PCNEM) de 2006. Esses documentos
são diretrizes governamentais que norteiam os currículos e seus conteúdos
mínimos. Em seguida, veremos os gêneros do discurso que são abordados
nessas diretrizes. Também apresentaremos algumas orientações sobre a es-
colha dos gêneros textuais que podem ser selecionados e utilizados como
ferramenta de aprendizagem da língua inglesa expondo, finalmente, uma
sequência didática para aplicação de gêneros em sala de aula.

Gêneros do discurso
e PCN / PCNEM / PCN+
O estudo de gêneros textuais e o termo gênero não são conceitos
novos. Se observarmos a história, Platão e Aristóteles já abordavam o
tema, embora centrado nos gêneros literários. O trabalho com o discurso
no âmbito da literatura perdurou por vários séculos até que o termo foi re-
descoberto com outro foco, a partir do século XX. Bakhtin, em sua famosa
obra Os Gêneros do Discurso (2000), foi um dos grandes pensadores que
abordou o gênero a partir de uma perspectiva interacional. Para esse
autor, as pessoas, em sociedade, utilizam a língua a partir de seu interesse
e objetivo específico de determinada atividade. Assim, visto que os gêne-
ros são construídos na interação dos indivíduos, os enunciados linguís-
ticos se realizarão de maneiras diferentes, dependendo de como ocorre
essa interação. A esse modo diverso de organização do discurso, Bakhtin
denomina gênero. O que para esse autor, são formas padrão de linguagem
que possuem enunciados relativamente estáveis e uma estruturação par-
ticular a partir de relações estabelecidas entre os interlocutores.

Com esse impulso, os estudos na área da linguística textual começa-


ram a ganhar peso, deslocando o foco do estudo da gramática e de frases

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isoladas para a análise de situações concretas de uso da linguagem. Os textos,


materializados em gêneros funcionam de modos mais diversos possíveis em
situações cotidianas e em resposta a determinada demanda de comunicação.
Esses eventos comunicativos institucionalizados que podem ocorrer na moda-
lidade oral ou escrita são a expressão concreta dos modos de se relacionar de
determinada cultura ou sociedade.

Através desses estudos e de muitos trabalhos desenvolvidos na linha vi-


gotskiana socioconstrutivista de autores como Schneuwly e Dolz (2004) e ou na
linha interacionista socioconstrutivista de Bronckart (2000) tem-se hoje em dia
como consenso que gêneros textuais são meios eficazes de se ensinar a leitura
e a produção textual apropriando-se dos textos ou dos eventos comunicativos
que realmente circulam na sociedade, integrando textos conhecidos desde a
época da antiguidade, como cartas até os gêneros emergentes advindos do uso
da internet como blogs e sites. Esse é um dos motivos que levaram os PCN e
PCNEM, complementado pelo PCN+ priorizar o trabalho com esses eventos co-
municativos, tanto para língua materna como para a língua estrangeira.

Os PCN (1998), PCNEM (2000) complementados pelos Parâmetros Curricula-


res Nacionais+ / Ensino Médio (PCN+) (2006), foram elaborados a partir da nova
Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e visam subsidiar técnicos e professores, particu-
larmente os que têm um menor contato com a produção pedagógica atual. A
Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 1996 determina, da seguinte forma,
a composição dos níveis escolares: educação básica composta pela educação
infantil, ensino fundamental e ensino médio.

Esses parâmetros, que consideram a diversidade da cultura brasileira, foram


elaborados para auxiliar a elaboração do currículo, tendo em vista um projeto pe-
dagógico que priorizasse a cidadania do aluno e que servisse de estimulo e apoio
à reflexão sobre as práticas diárias e o planejamento de aulas. São indicadores
para todas as escolas do país para que se garanta um ensino de boa qualidade.

A base teórica desses documentos está apoiada no Construtivismo Intera-


cionista e sociointeracionista. O Construtivismo Interacionista é uma teoria que
discorre sobre o modo como as pessoas constroem o conhecimento. O principal
estudioso dessa área é Jean Piaget, que era biólogo embora tenha encontrado na
psicologia um apoio para suas pesquisas. Segundo esse autor, o modo como as
pessoas adquirem o conhecimento não é predeterminado, mas acontece na rela-
ção do sujeito com seu objeto de conhecimento, ou seja, o conhecimento é obtido
através de uma sequência de ações e interações do indivíduo com o mundo que

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Textos, gêneros e o ensino

o cerca. O Construtivismo de base sociointeracional tem como principal expoen-


te Vigotsky. Para esse intelectual, formado em Letras e Psicologia, os indivíduos
se constituem através de sua interação com outros indivíduos em determinada
cultura. Por essa razão, esse autor entende que o aprendizado envolve sempre a
interação com outros indivíduos e a interferência direta ou indireta deles. Assim,
em contraste com o pensamento de Piaget, para Vigotsky o conhecimento é cons-
truído no relacionamento entre os indivíduos em sociedade, tendo o professor
papel fundamental como mediador da construção do conhecimento.

Aqueles parâmetros recomendam que o aluno explore três tipos de conheci-


mento: o conhecimento textual, de mundo e o sistêmico objetivando que esse
aprendiz adquira a competência comunicativa. Em outras palavras, esses docu-
mentos expressam que tanto o conhecimento sistêmico da língua, ou seja, seus
aspectos formais e normativos sejam ensinados, mas que também sejam desen-
volvidos a consciência social do aluno (conhecimento de mundo) e as compe-
tências linguísticas (conhecimento textual) que permitam a ele ser linguistica-
mente e socialmente apropriado em quaisquer situações comunicativas sejam
orais ou escritas, formais ou informais.

Os PCN, PCEM e PCN+ incluem a língua estrangeira e conferem a ela o status


de disciplina formativa, obrigatória na grade curricular, diferentemente de como
vinha acontecendo anteriormente, em que era considerada uma mera atividade,
muitas vezes sem caráter de aprovação. Participa, então do conjunto de conhe-
cimento que permitem ao aluno o contato com várias culturas, integrando-o e
inserindo-o assim a um mundo cada vez mais globalizado.

Os PCN do ensino fundamental (terceiro e quarto ciclos) divulgados em


1998, consideram que a aprendizagem da língua inglesa propicia a construção
da cidadania além de possibilitar “uma reflexão sobre a função social de Língua
Estrangeira e sobre as limitações impostas pelas condições de aprendizagem”.
Tendo um caráter formativo, destaca que o desafio do professor é “de partir da
heterogeneidade de experiências e interesses dos alunos para organizar formas
de desenvolver o trabalho escolar de maneira a incorporar seus diferentes níveis
de conhecimento e ampliar as oportunidades de acesso a ele”. As orientações di-
dáticas abrangem a prática integrada de todas as habilidades comunicativas ou
seja compreensão oral e escrita e produção oral e escrita. Já os PCNEM do ensino
médio (2000), tem como foco a preparação do aprendiz para o mercado de tra-
balho já que apresenta etapas que “culminarão com o domínio de competências
e habilidades que permitirão ao aluno utilizar esse conhecimento e múltiplas
esferas de sua vida pessoal, acadêmica e profissional”. Nesse contexto o profes-

199
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

sor deverá ter como objetivo “tornar possível a seu aluno atribuir e produzir sig-
nificados, principal objetivo do ato de linguagem”. No ensino médio nota-se a
preocupação com a capacitação do aluno a utilizar ferramentas computacionais
e ao acesso a internet como modo de atualizá-lo com as informações do que
acontece pelo mundo. Prioriza-se nesse nível, a leitura (em especial) e a com-
preensão de textos orais e escritos presentes em diferentes situações da vida
cotidiana. Finalmente nos PCN+ (2006), vemos uma preocupação com a inclusão
via tecnologia, o que implica não somente na inclusão digital, mas na inserção do
aluno nas novas linguagens e formas linguísticas que surgiram com a internet.
Esse documento discute longamente o letramento do aluno com base nas novas
dinâmicas virtuais trazidas pela virtualização da informação, nas novas manei-
ras de aprender e as diferentes formas de se comunicar que acarretam em uma
linguagem própria (MSN, blogs), aspectos de multimodalidade da comunicação
(hyperlinks, áudio, vídeo, imagens) e nas consequências da exclusão digital, criti-
cando o ensino tradicional com base na gramática. Sugere a utilização integrada
das habilidades (comunicação oral, leitura, prática escrita) contextualizadamen-
te e com base em situações autênticas, orientando, ainda para a elaboração de
atividades que levem a consciência crítica do aluno.

É no âmbito dos parâmetros do Ensino Médio que encontramos explicitamente


sugestão do contato com diferentes gêneros textuais tais como, no PCNEM (2000)
“...(slogans, quadrinhos, poemas, notícias de jornal...” com a finalidade de conso-
lidação do conceito e o reconhecimento de que um texto só se configura como
tal a partir da articulação de determinados elementos, de uma intencionalidade,
explícita ou não, e de um contexto moldado por variáveis socioculturais” e no
PCN+(2006) de um modo geral, percebe-se na proposta de utilização de gêneros
a intenção de organizar um ensino mais contextualizado e integrado com sua rea-
lidade social, e menos fragmentado, possibilitando ao aluno sua integração com a
sociedade e contribuindo para seu crescimento pessoal e profissional.

Que tipo de gêneros textuais escolher?


Dentre os vários conceitos que já lhe foram atribuídos poderíamos dizer que
gêneros textuais são os diferentes eventos comunicativos de linguagem que cir-
culam em sociedade, sejam mais formais ou informais, orais ou escritos. Gêneros
textuais são a materialização de textos através de formas linguísticas geralmente
estáveis, cumprindo um papel comunicativo. Assim, uma carta e um relatório são
gêneros, um conto também o é; uma entrevista e uma aula também são gêne-
ros assim como sermões e instruções de jogos. Considerando que gêneros são
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Textos, gêneros e o ensino

instrumentos de comunicação essenciais na vida em sociedade, pode-se afirmar


que todas as pessoas dominam pelo menos alguns gêneros. Deve-se ressaltar que
quanto maior for o número de gêneros que os indivíduos dominem nas várias es-
feras discursivas (discurso jornalístico, religioso, de negócios), mais estarão prepa-
rados para exercer sua cidadania. Na escola, isso é particularmente importante se
considerarmos que estamos lidando com indivíduos em formação. Visto que há
certas imprecisões no entendimento do que seria um gênero textual, trataremos
desse tema, a seguir.

Diferenças entre tipos de textos e gêneros


Os conceitos de tipos de textos e gênero são alvos de vários equívocos concei-
tuais. Até nos PCN que sugerem a utilização de gêneros textuais para o ensino da
língua estrangeira percebe-se uma certa mistura de conceitos. Não conseguindo
distinguir formalmente tipos de texto e gêneros esses documentos sugerem o uso
de sequências discursivas, exemplificando como: narrativa, descrição, exposição,
argumentação e conversação ao mesmo tempo em que recomendam o uso de
gêneros textuais tais como entrevistas, debates, palestras, contos, novelas etc.

Marcuschi (2002) define tipos textuais por sua natureza linguística, ou seja ,
os tipos textuais são definidos pela sua natureza linguística, pelo predomínio de
uma determinada sequência de base. Para ele, os gêneros são “uma espécie de
armadura comunicativa geral, preenchida por sequências tipológicas de base”,
as quais podem ser bastante heterogêneas, mas relacionadas entre si. Segun-
do esse autor os tipos textuais abrangem algumas categorias conhecidas como:
narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. O conjunto de categorias
para designar tipos textuais é limitado e sem tendência a aumentar.

Em contraste, gêneros textuais são textos concretizados que encontramos


em nossa vida diária, apresentando padrões organizacionais característicos,
objetivos comunicativos definidos, sendo praticamente infinitos em suas pos-
sibilidades. São formas textuais escritas ou orais bastante estáveis, histórica e
socialmente situadas. Um gênero pode abrigar vários tipos de texto. Um manual
de instruções, por exemplo, possui tipos de textos instrutivos, quando indica,
por exemplo, como operar determinado equipamento. Também possui tipos de
texto descritivos quando apresenta as peças ou componentes do produto. Do
mesmo modo, uma resenha de livro tem partes constituídas de textos descriti-
vos quando apresenta o livro resenhado e textos persuasivos/argumentativos
quando é fornecida opinião acerca do material resenhado.

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Os quadros 1 e 2, abaixo, correlacionam tipos de texto e gêneros, para


melhor clareza.

O quadro 1, abaixo, elaborado por Winter, mostra a correlação entre tipos tex-
tuais (narrativos, descritivos, expositivo, argumentativo, diretivo, preditivo) com
sua ocorrência em gêneros (romances, manuais didáticos, horóscopo etc).

Quadro 1 – Tipos Textuais

Texto narrativo (romances, contos, novelas, depoimentos, relatórios etc.)

Texto descritivo (guias de viagem)

Texto expositivo ou explicativo (manuais didáticos, obras de divulgação)

Texto argumentativo (propaganda, editorial, artigo)

Texto diretivo ou injuntivo (receitas, bulas, guias, manuais de instrução)

Texto preditivo (horóscopo, previsão do tempo)

O quadro 2, agrupado por Dolz e Schneuwly (apud BARBOSA, 2000) traz um


tipo de organização semelhante ao quadro 1, abordando gêneros que tem pre-
dominantemente um tipo de texto específico, como, por exemplo, uma fábula
em que prevalece o tipo de texto narrativo (ordem do narrar).

Quadro 2 – Agrupamento de gêneros

Gêneros da ordem do narrar (contos de fadas, fábulas, lendas, narrativas de aventura, contos,
piadas etc.)

Gêneros da ordem do relatar (diários, autobiografia, notícias, reportagens, biografia etc.)

Gêneros da ordem do argumentar (textos de opinião, carta de leitor, carta de reclamação,


ensaio, resenha crítica etc.)

Gêneros da ordem do expor (seminários, conferências, verbetes de enciclopédia, texto expli-


cativo, tomada de notas, relato de experiência científica etc.)

Gêneros da ordem do instruir ou prescrever (receitas, instruções, bulas, regulamentos etc.)

Para ilustrar a relação tipos de texto versus gênero, daremos, a seguir, um


exemplo de tipos de textos materializado no gênero Bula de Remédio. Bulas
de Medicamentos são gêneros que tem o objetivo comunicativo de orientar o
paciente e o médico quanto a correta utilização do medicamento. Possui uma
estruturação conhecida, visto que podemos nomear algumas de suas partes,
como, por exemplo, os componentes da fórmula, posologia, indicações, contra-
indicações etc. Observe algumas das partes da bula do medicamento Perlane,
destacadas abaixo.

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A parte Description (Descrição), abaixo, como o próprio nome indica, insere


um tipo de texto descritivo, pois informa, de modo detalhado os principais prin-
cípios ativos da fórmula.
Description

PERLANE® is a sterile gel of hyaluronic acid generated by Streptococcus


species of bacteria, chemically cross-linked with BDDE, stabilized and
suspended in phosphate buffered saline at pH = 7 and concentration of 20 mg/
mL. The largest fraction of gel particles size is between 940 and 1090 microns.
(Disponível em: <www.fda.gov/cdrh/pdf4/P040024S006c.pdf>.)

A parte Adverse Experiences (Reações Adversas) é um tipo de texto narrativo,


pois relata os resultados de estudos realizado com o produto.
Adverse Experiences

In two U.S. studies (i.e., Study MA-1400-01 and Study MA-1400-02) involving
433 patients at 25 centers, the adverse outcomes reported in patient diaries
during 14 days after treatment are presented in Tables 1-4. The physician
diagnosed adverse events identified in these studies at 72 hours after injection
are presented in Table 5. In Study MA-1400-01, 150 patients were injected with
PERLANE® on one side of the face and RESTYLANE ® on the other side of the
face. In study MA-1400-02, 283 patients were randomized to receive either
PERLANE® or RESTYLANE® injection on both sides of the face. Table 6 presents
all investigator-identified adverse experiences recorded at study visits 2
weeks or more after injection in studies MA-1400-01, MA-1400-02, 31GE 0101
and 31GE 0002. In Study 31 GE 0101, 150 Canadian patients were injected
with both PERLANE® and Hylaform®. In Study 31 GE002, 68 Swedish patients
underwent both PERLANE® and Zyplast® injections.

Finalmente, a parte Warnings (Advertências) é essencialmente um tipo de


texto instrutivo, visto que indica o que fazer no caso de surgirem problemas es-
pecíficos advindos do uso do medicamento.

Warnings

 Defer use of PERLANE®at specific sites in which an active inflammatory


process (skin eruptions such as cysts, pimples, rashes, or hives) or
infection is present until the process has been controlled.

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 PERLANE® must not be implanted into blood vessels. Localized superficial


necrosis may occur after injection in or near dermal vessels, such as the
glabellar area. It is thought to result from the injury, obstruction, or
compromise of blood vessels.

Vemos que esses três tipos de texto, não têm uma função comunicativa
específica além de dar suporte linguístico (uma descrição, uma narração, uma
instrução) para determinado tipo de comunicação, neste caso o gênero Bula
de Medicamento.

Como escolher gêneros


Conforme já dissemos, gêneros textuais aparecem em números incontáveis,
sejam na modalidade oral como na escrita. Bakhtin tentou classificá-los a partir
do que ele denomina de uso particular ou público da linguagem. Classifica-os,
assim em (a) gêneros primários: que são aqueles que fazem parte do uso coti-
diano da linguagem na esfera particular tais como: bilhetes , cartas , diálogos e
(b) gêneros secundários: que são textos , geralmente na modalidade escrita , que
fazem parte de um uso mais oficializado da linguagem tais como: palestras, con-
ferências, editoriais, reportagens. O autor sugere que o aluno se aproprie desses
dois tipos, passando gradualmente dos gêneros primários, para os secundários
a medida em que amplia seu letramento.

Marcuschi (2008) relaciona abrangentemente alguns gêneros, nas modalida-


des escrita e oral, utilizando o critério de domínios discursivos (científico, jorna-
lístico, religioso, saúde, comercial) que são esferas da vida social ou institucional.
O autor ressalta que alguns gêneros podem fazer parte de vários domínios dis-
cursivos como entrevistas ou cartas, por exemplo.

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Textos, gêneros e o ensino

Gêneros textuais por domínios e modalidades

Domínios Modalidades de uso da língua


discursivos
Escrita Oralidade
Científico Artigos científicos; Verbetes de en- Conferências; Discussões; Exposições;
ciclopédias; Relatórios científicos; Aulas; Entrevistas de campo; Exames
Notas de aula; Nota de rodapé; Diá- orais; Exame final; Conferências; De-
rios de campo; Teses; Dissertações; bates; Discussões; Exposições; Comu-
Monografias; Artigos de divulgação nicações; Aulas participativas; Aulas
cient.; Tabelas; Mapas; Gráficos; Re- expositivas; Entrevistas de campo;
sumos de artigos; Resumos de livros; Seminários de iniciantes; Seminários
Resumos de conferências; Resenhas; avançados; Seminário temático; Co-
Comentários; Biografias; Projetos; lóquios; Prova oral; Arguição de tese;
Solicitação de bolsa; Cronograma de Arguição de mestrado; Entrevista de
trabalho; Organograma de atividade; seleção de curso; Aula de concurso.
Monografia de curso; Monografia de
disciplina; Definição; Autobiografias;
Manuais de ensino; Bibliografia; Ficha
catalográfica; Currículo vitae; Memo-
rial; Parecer técnico; Parecer sobre
tese; Parecer sobre artigo; Parecer
sobre projeto; Carta de apresentação;
Carta de recomendação; Ata de reu-
nião; Sumário; Índice remissivo; Índi-
ce onomástico; Dicionário.

Jornalístico Editoriais; Notícias; Reportagens; Ar- Entrevistas; Notícias de rádio e TV;


tigos de opinião; Entrevistas; Edito- Reportagens ao vivo; Comentários;
riais; Nota; Comentário; Crônica po- Apresentações; Entrevistas jornalísti-
licial; Crônica esportiva; Entrevistas cas; Entrevistas televisivas; Entrevis-
jornalísticas; Anúncios classificados; tas radiofônicas; Entrevista coletiva;
Anúncios fúnebres; Cartas do leitor; Discussões; Debates; Apresentações;
Carta ao leitor; Resumo de novelas; Programa radiofônico; Boletim do
Reclamações; Capa de revista; Expe- tempo; depoimentos.
diente; Boletim do tempo; Sinopse
de novela; Resumo de filme; Cartoon;
Caricatura; Enquete ; Roteiros; Errata;
Charge; Programação semanal; Agen-
da de viagem; Roteiro de viagem.

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Domínios Modalidades de uso da língua


discursivos
Escrita Oralidade
Religioso Orações; Rezas; Catecismo; Homilias; Sermões; Confissão; Rezas; Cantorias;
Hagiografias; Orações; Cânticos reli- Orações; Lamentações; Benzeções;
giosos; Missal; Bulas papais; Jaculató- Cantos medicinais.
rias; Penitências; Encíclicas papais.

Saúde Receita médica; Bula de remédio; Pa- Consulta; Entrevista médica; Conse-
recer médico. lho médico.

Comercial Nota de venda; Fatura; Nota de Publicidade e feira; Publicidade de TV;


compra; Anúncio; Publicidade; Nota Publicidade de rádio; Refrão de feira;
de venda; Fatura; Nota de compra; Refrão de carro de venda de rua.
Classificados; Comprovante de paga-
mento; Nota promissória; Nota fiscal;
Boleto; Boletim de preços; Logomarca;
Comprovante de Renda; Carta co-
mercial; Parecer de consultoria; For-
mulário de compra; Carta-resposta
comercial; Memorando; Nota de ser-
viço; Controle de estoque; Controle
de venda; Copyright; Bilhete de avião;
Bilhete de ônibus; Carta de represen-
tação; Certificado de garantia; Ates-
tado de qualidade; Lista de espera;
Balanço comercial.

Industrial Instruções de montagem; Descrição Ordens.


de obras; Código de obras; Avisos.

Instrucional Receitas caseiras; Receitas culiná- Aulas em vídeo; Aulas pelo rádio;
rias; Manuais de instrução; Regras de Aconselhamentos.
jogo; Regulamentos; Contratos; For-
mulários Editais; Advertência; Glos-
sário; Verbete; Placa; Mapa Catálogo;
Papel timbrado; Diploma; Certificado
de Especialização; Certificado de pro-
ficiência; Atestado de participação;
Epígrafe.

Jurídico Contratos; Leis; Regimentos; Estatutos; Tomada de depoimento; Arguição;


Certificados; Certidões; Acórdãos; Declarações; Exortações.
processos; Contratos; Certidão de
bons antecedentes; Certidão negati-
va; Atestados; Certificados; Diplomas;
Normas; Regras Pareceres.

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Textos, gêneros e o ensino

Domínios Modalidades de uso da língua


discursivos
Escrita Oralidade
Publicitário Propagandas; Publicidades; Anúncios; Publicidade na TV; Publicidade no rá-
Cartazes. dio.

Lúdico Piadas; Jogos; Adivinhas; Palavras Fofocas; Piadas; Adivinhas; Jogos te-
cruzadas; Histórias em quadrinhos; atrais.
Fotonovelas;

Interpessoal Cartas pessoais; Cartas comerciais; Recados; Conversações espontâneas;


Cartas abertas; Cartão de visita. Telefonemas; Convites.

Ficcional Poemas; Diários; Contos; Mito; Peça Fábulas; Contos; Lendas; Poemas; De-
de teatro; Lenda. clamações; Encenações.

Militar Ordem do dia; Regulamentos. Comandos.

Além dessa extensa lista, temos atualmente, com a internet, o surgimento


dos gêneros digitais tais como aulas virtuais, listas, discussão, blogs, sites etc.
Esses gêneros poderão ser explorados por analogia e comparação aos gêneros
já estabelecidos, visto que segundo Marcuschi (2004) muitos se assemelham a
gêneros já conhecidos (aula virtual X aula presencial; blog X diário). Nesse con-
texto muitos caminhos poderão ser percorridos em busca da aprendizagem, es-
pecialmente considerando a dinâmica do meio virtual impregnado de múltiplas
formas de expressão tais como hiperlinks, imagens, vídeo, áudio etc.

Atrelado a isso está o aluno que nasceu e foi criado sendo usuário de toda
essa tecnologia, além das pessoas que dela se utilizam para as mais variadas
finalidades. Saber lidar com esses gêneros digitais não deixa de ser uma forma
de inclusão numa sociedade que caminha para meios de transmissão e portabi-
lidade da comunicação cada vez mais rápidos.

Através da leitura atenta dos PCN podemos chegar a conclusão do que é re-
comendado. Entretanto, cabe ao professor atuar no sentido de gerar possibilida-
des para que os estudantes se apropriem de características discursivas e linguís-
ticas de gêneros variados que façam parte de situações reais, que circulem na
sociedade. Fala-se em diversidade de gêneros, mas devido ao número ilimitados
dos mesmos, fica difícil escolher uns em detrimento de muitos outros.

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Entretanto, nos parece que a escolha tem a ver com uma análise de nossa si-
tuação de ensino e do perfil de nossos alunos: idade, sexo, nível escolar. Através
desse panorama, deve-se contemplar a diversidade de discursos (jornalístico,
publicitário etc.), a variedade dos gêneros textuais nas modalidades oral (entre-
vistas, seminários, apresentações etc.) e escrita (propagandas, currículo, manu-
ais etc.); informais (piadas, convites etc.) e formais (regulamentos, memorandos
etc.), além dos gêneros digitais (blogs, sites etc.), já citados.

Partindo dos princípios da teoria bakhtiniana, segundo os quais a língua vive


e evolui sócio-historicamente, devemos apresentar ao aluno a variedade de gê-
neros que lhe permita adquirir habilidades e competências de leitura, da prática
escrita e da comunicação oral, de modo prazeroso. Cabe ao professor auxiliar o
aluno a perceber que o domínio dos gêneros poderá levá-lo a seu desenvolvi-
mento pessoal e ampliar sua capacidade de exercer a cidadania.

Finalmente, temos que ter como princípio norteador na formação do edu-


cando através dos gêneros, um cidadão inserido na sociedade em que atua, crí-
tico e transformador. Alguém que estamos preparando para atuar em prol e no
desenvolvimento de seus interesses e da comunidade em que atua.

Aplicação pedagógica de gêneros textuais


A fim de estimular o aluno a se apropriar de gêneros diversos, vamos listar as
propostas de alguns autores.

Dolz & Schneuwly (2004) cujo interesse está voltado ao ensino da oralidade, pro-
põem o ensino com base em sequências didáticas, baseados em gêneros textuais
diversos, priorizando aqueles da esfera pública (conforme Bakhtin), ou seja, confe-
rências, apresentações, seminários. Segundo esses autores essas atividades devem
permitir progressão das capacidades iniciais dos alunos até o domínio do gênero.
Com base nesses estudiosos, a professora Rasga, propõe a seguinte sequência, que
embora voltada à língua portuguesa, também se aplica à língua inglesa:

 apresentação da proposta;

 partir do conhecimento prévio dos alunos;

 contato inicial com o gênero textual em estudo;

 produção do texto inicial;

 ampliação do repertório;
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Textos, gêneros e o ensino

 organização e sistematização do conhecimento – estudo detalhado dos


elementos do gênero, suas situações de produção e circulação;

 produção coletiva;

 produção individual;

 revisão e reescrita.

A proposta de Bronckart (apud MARCUSCHI, 2008) voltada aos gêneros escri-


tos sugere uma sequência em quatro fases:

1. elaborar um modelo didático – escolhendo um gênero, analisando suas


atividades discursivas (participantes, contexto de uso), suas sequências
típicas, ou seja a sua estrutura e seus aspectos linguísticos (vocabulário,
sintaxe);

2. identificar as capacidades adquiridas – verificar se os alunos se apropria-


ram das características do gênero apresentadas no item 1;

3. elaborar e conduzir atividades de produção – praticar o gênero;

4. avaliar as novas capacidades adquiridas – verificar se a produção dos alu-


nos incorporou os passos ensinados de maneira que esse conhecimento
possa ser aplicado a outros gêneros.

Finalmente iremos apresentar a proposta de Ramos (2004) com embasamen-


to teórico em Swales (1990) e Bhatia (1993). Seu trabalho apresenta as seguintes
fases e subfases:

 Apresentação

 Contextualização (quem usa, como usa, quando usa o gênero).

 Familiarização (exposição a exemplos típicos do gênero).

 Detalhamento

Exploração do gênero quanto à organização retórica (estruturação) e aspec-


tos linguísticos (gramática e vocabulário).

 Aplicação

 Apropriação: apresentação de vários exemplos do gênero para aplica-


ção dos conceitos estudados.

 Consolidação: produção ou transferência do gênero para situações da


vida real.
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Vemos que todas as propostas priorizam a familiarização com o gênero e


progressivamente levam os alunos a praticá-los e produzi-los. A diferença é que
Bronckart e Dolz & Schneuwly trabalham com gêneros na língua materna, o pri-
meiro dedutivamente e os segundos indutivamente. O modelo de Ramos não
difere muito das propostas anteriores mas será a escolhida para o exemplo que
iremos apresentar por ter base e ter sido testada em língua inglesa.

Para exemplificar, vamos trabalhar com o gênero propaganda a partir da pro-


posta de Ramos:

Divulgação: My Professional Adversiting.

Gênero propaganda
1. Apresentação (contextualização)
(contextualização) (a) Divulgar um produto ou um serviço.
(a) Qual objetivo de se escre- (b) Os interessados em comprar um produto ou um serviço.
ver uma propaganda? (c) revistas, jornais, folhetos, internet.
(b) Quem lê esse gênero? (familiarização)
(c) Onde é normalmente pu- (a) Essa propaganda trata da oferta de empréstimo de um Banco
blicado? para aquisição de moradia. Tem forte apelo emocional caracteri-
(familiarização) zado pela utilização da foto de uma família. Além disso, contém
(a) Quais são as características as vantagens que o comprador terá se optar pelo empréstimo
desse gênero em especial. naquele Banco específico.
Pode ter sido publicada numa revista, jornal, internet ou em
folhetos distribuídos em casas ou nas ruas.

210
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Textos, gêneros e o ensino

Gênero propaganda
2. Familiarização (1) Estruturação
(1) Como esse texto é estrutu- - Há uma frase apelativa em destaque. Bring Your Family Home.
rado e quais são suas partes? - Possui várias imagens (de uma família, de uma casa), tam-
(2) Quais são as características bém de cunho apelativo.
linguísticas? - Contém as razões do porquê escolher aquele serviço da-
quele prestador de serviços (o Banco) tais como: programa
de primeiro comprador; programa de gestão do dinheiro; cré-
dito, empréstimos de débito consolidado; empréstimos para
reforma.
- Menciona o fornecedor do serviço: The Comunity Bank of
Spotsylvania.
(2) Utiliza-se de
� imperativos (para induzir o leitor a ação)
- bring your family home;
- come in for our free first time buyers guide.
� adjetivos apelativos (apelo aos sentimentos)
- perfect (credit);
- we make buying a home easy;
-Free first time buyers guide.
� palavras apelativas (apelo aos sentimentos)
- repetição da palavra home (lar), que tem um cunho mais
afetivo, utilizada ao invés de house (casa);
- family.
� uso de pronomes you, your
(para dirigir-se especificamente ao leitor, com a ideia de
personalizar a comunicação)
- Bring your family home;
- We have a home loan for you.

211
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Gênero propaganda
3. Consolidação Apropriação (não exemplificado com outros textos aqui)
Apropriação (reaplicação dos - Análise Crítica: a propaganda pode implicar que se você
itens 1 e 2 com outras propa- não conseguir financiamento para comprar a casa não será
gandas) e discussão das seme- uma pessoa feliz, nem conseguirá atender às necessidades
lhanças e diferenças verificadas de sua família.
em relação ao modelo apresen-
tado nas etapas 1 e 2. Do ponto
de vista crítico discutir quem
estaria excluído dessa situação.
Consolidação (prática) Consolidação
Sugestão: escrever uma pro- DON’T BUY HOUSES, BUY HOMES
paganda.
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Há múltiplas vantagens na aprendizagem de gêneros em etapas. Primeira-


mente, os alunos irão gradualmente se apropriar do gênero partindo de seus
aspectos mais gerais e contextuais (para que serve, quem lê, por que lê?). Poste-
riormente, eles serão conscientizados do papel da linguagem (tipos de texto, es-
truturas gramaticais e vocabulário) escolhidas para aquele gênero específico. Na
última etapa, verifica-se se aquele gênero foi apropriado pelo aluno a partir de
uma produção do aprendiz, autêntica e contextualizada, procurando repetir as
etapas abordadas no trabalho com o gênero. Desse modo estimulamos o apren-
diz a mobilizar várias competências como análise, identificação, reconhecimen-
to, comparação, classificação, além de tornar a aprendizagem mais significativa
e, em consequência mais facilmente incorporada ao seu repertório.

Cabe ao professor, no papel de mediador, assistir ao aluno em todas as etapas


do trabalho com gêneros, auxiliando-o a resgatar os aspectos específicos que
212
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Textos, gêneros e o ensino

fazem dos textos, veículos de comunicação a serviço da comunidade. Ao mesmo


tempo deve-se incluir uma perspectiva crítica no sentido de levantar se aquele
gênero cumpre seu papel social, ou seja, se o objetivo serve aos interesses da
comunidade e quem serão os beneficiados com sua utilização (a população em
geral? determinados segmentos ou comunidades? o governo? as empresas? de-
terminadas empresas?). O letramento escolar, com base na construção do conhe-
cimento a partir da exploração de gêneros, poderá trazer a consciência linguísti-
ca, ou seja, a adequação da linguagem em contextos sociais diversificados.

Nesse contexto, a língua inglesa tem um valor agregado visto que através
dela, especialmente pela internet, se tem acesso a informações de natureza di-
versa sobre todas as nações do globo. É por intermédio da língua inglesa que cir-
culam grande parte das informações sobre diversas áreas do conhecimento seja
comercial, acadêmica, literária etc. É ainda a língua franca que permite conhecer
a diversidade e as diferenças desse mundo globalizado.

Texto complementar

Introdução
(BORTONE, 2008)

O mundo mudou. Os currículos ficaram obsoletos, no entanto, muitos


professores continuam a ensinar como se ensinava há cem anos.

Imagine que um brasileiro tivesse dormido um século (de 1907 a 2007) e


acordasse agora. O mundo seria uma grande surpresa para ele. Celulares, ar-
ranha-céus, uma enorme quantidade de carros circulando, fast-food, com cer-
teza, iria se perder em um shopping. Ao entrar numa casa, ele não conseguiria
entender o que é uma televisão ou um computador. Ao assistir a televisão, fi-
caria escandalizado com as cenas íntimas entre casais que nossas crianças as-
sistem. Mas, quando ele se deparasse com uma aula de língua portuguesa em
uma de nossas escolas, finalmente teria uma sensação de tranquilidade. “Ah,
isso eu conheço!”, pensaria, ao ver um professor com um giz na mão à frente
de vários alunos de cadernos abertos. “É igualzinho a escola que eu frequentei.”
Essa história, com algumas variações, é contada em inúmeras palestras e cursos
de reciclagem de professores. Ilustra como a escola se mantém fossilizada, num

213
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

mundo que não pára de mudar. Essa escola, tão bem organizada ao longo de
mais de dois séculos, já não responde às necessidades do mundo atual.

Hoje, mais do que nunca é preciso ensinar meu aluno a aprender e isto
significa: é necessário ensinar meu aluno a pensar, a resolver, a inferir, a de-
duzir, a relacionar, a extrapolar, a reconhecer, a se posicionar, a ter senso crí-
tico, a refletir, a julgar e a argumentar.

E quais seriam as condições para que a escola desenvolvesse estas habi-


lidades?

Uma primeira condição é que houvesse escolarização real e efetiva. Toda a


escola, direção, professores, corpo discente e suas famílias deveriam engajar-
se em um amplo projeto de leiturização, que propusesse formas alternativas
e produtivas para tornar não só os alunos, como também os professores, (in-
dependente de sua área de atuação) cada vez mais proficientes nos diversos
tipos de textos. Desse modo, a leitura não se resumiria à decodificação de
sons em letras, mas trabalharia as habilidades cognitivas e metacognitivas
que incluiriam a capacidade de interpretar ideias, de fazer analogias, de per-
ceber o aspecto polissêmico da língua, seus diversos sentidos, entre eles a
ironia, de construir inferências, de combinar conhecimentos prévios com a
informação textual, de alterar as previsões iniciais, de refletir sobre o que foi
lido, sendo capaz de tirar conclusões e fazer julgamentos sobre as ideias ex-
postas, entre outros.

Uma segunda condição é que haja um material de leitura disponível e de


qualidade. Como é possível tornar nossos alunos letrados sem uma boa bi-
blioteca, sem a leitura de revistas e jornais, ou seja, sem um ambiente real de
letramento? É necessário, portanto, que os alunos tenham acesso constante a
bons livros didáticos e paradidáticos, obras técnicas e teóricas, grandes nomes
da literatura nacional e mundial, dicionários, enciclopédias, jornais e revistas,
além dos diversos tipos de textos socialmente funcionais como: catálogos, re-
ceitas, ofícios, relatórios, formulários, cardápios, legislações, entre outros.

Dicas de estudo
Sugiro a todos lerem os PCN de Língua Estrangeira do Ensino Fundamental e
Médio disponíveis nos sites abaixo:

214
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Textos, gêneros e o ensino

(PCN) Ensino Fundamental (1998): <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/


pdf/pcn_estrangeira.pdf>.

(PCNEM) Ensino Médio (2000): <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/


14_24.pdf>.

(PCN+) Ensino Médio (2006): <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/


book_volume_01_internet.pdf>.

Lá vocês encontrarão os pressupostos teóricos que embasam esses parâme-


tros, as sugestões sobre o uso de gêneros textuais orais e escritos e a integração
de habilidades, recomendações aos professores sobre o planejamento e utilização
pedagógica do conteúdo proposto. Sugiro, em especial, a leitura atenta do PCN+
visto conter uma visão mais alinhada com as demandas da sociedade atual.

Atividades
1) A partir do perfil do aluno e do objetivo de aula, indicado no quadro, informe
que tipo de gêneros poderiam ser escolhidos:

Perfil do Aluno Objetivo da Aula Gênero Escolhido


6.º ano ensino fundamental. Orientar o aluno a seguir ins-
truções.

9.º ano ensino fundamental. Conhecer a história de vida do


aluno.

1.º ano ensino médio. Estimular o senso crítico.

3.º ano ensino médio. Atualidades do mundo con-


temporâneo, visando prepará-
los para tópicos comumente
solicitados nos vestibulares.

2) Seguindo as etapas propostas por Ramos (2004), prepare atividades explo-


rando a propaganda abaixo:
Divulgação: My Professional
Adversiting.

215
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Gênero propaganda
1. Apresentação
(contextualização) (contextualização)
(a) Qual objetivo de se escre-
ver uma propaganda?
(b) Quem lê esse gênero?
(c) Onde é normalmente pu-
blicado?
(familiarização) (familiarização)
(a) quais são as características
desse gênero em especial?

2. Familiarização (1) Estruturação


(1) Como esse texto é estrutu-
rado (quais são suas partes?

(2) Quais são as características (2) Características linguísticas


linguísticas?

3. Consolidação
Apropriação (reaplicação dos Apropriação
itens 1 e 2 com outras propa-
gandas) e discussão das se-
melhanças e diferenças verifi-
cadas em relação ao modelo
apresentado nas etapas 1 e 2.
Do ponto de vista crítico discu-
tir quem estaria excluído dessa
situação.
Sugestão: compare esta propa-
ganda com a que foi dada como
exemplo na Aplicação Pedagó-
gica de Gêneros Textuais.
Consolidação (prática) Consolidação
Sugestão: escrever uma pro-
paganda que promova uma
loja de tatuagem e piercing.

216
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Textos, gêneros e o ensino

217
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

218
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Gabarito

O texto – conceitos e abordagens


1.

Extrato Tipo de Texto Justificativa


1 Carta Comercial. Não pode ser considerado um texto
porque, apesar de a organização
textual ser típica de uma carta
comercial, seu conteúdo não é
comunicativo, visto tratar-se de
um trecho da música “Yesterday”,
dos Beatles. Assim, não cumpre a
função principal de um texto que é
transmitir uma mensagem.

2 Receita Culinária. Pode ser considerado um texto por-


que tem estruturação (Ingredien-
tes, Modo de Preparo) e linguagem
compatíveis com o tipo de texto
(Add, Pour, Mix.) é comunicativo.

3 Diálogo. Solicitação de informações Não pode ser considerado um texto


sobre como chegar a um determi- porque não tem coerência e, possi-
nado lugar. velmente, a pessoa não conseguirá
encontrar o local solicitado.

2.
Sentença Estilo Situação
(1) How are you doing Fred? INF ( 4 ) Reserva em Hotel.

(2) Dear Sir or Madam. F ( 3 ) Conversa Telefônica.

(3) I’m sorry, Mr. Smith is not available


at the moment. F ( 5 ) Relatório Comercial.

(4) Can I come and stay for a night? INF ( 1 ) Cumprimento.

(5) Margaret Anderson, Director of


Personnel has requested this report
on employee benefits satisfaction. F ( 2 ) Saudação em cartas comerciais.

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3.
Sentença Estilo Correspondente Estilo
(1) How are you doing Fred? I ( 3 ) Sorry, John isn’t in right now. F

(2) Dear Sir or Madam. F ( 2 ) Hi Mark. I

(3) I’m sorry, Mr. Smith is not available F ( 4 ) I would like to reserve a room F
at the moment. for the night.

(4) Can I come and stay for a night? I ( 5 ) The personnel boss has asked to I
write if the workers are happy with
their benefits.

(5) Margaret Anderson, Director of F ( 1 ) How do you do? F


Personnel has requested this report
on employee benefits satisfaction.

Tipos de texto e gêneros


1.

( Extrato 1 ) B
( Extrato 2 ) A
( Extrato 3 ) D
( Extrato 4 ) C
2.
Extrato 1( c, a, b ) (a) Carta/E-mail comercial

Extrato 2( d, e ) (b) Carta/E-mail pessoal

Extrato 3( b, e ) (c) Anúncio de Venda

Extrato 4( f ) (d) Folheto de Instruções

(e) Carta ao Editor

(f ) Reportagem Jornalística

Diferenças organizacionais e linguísticas


de textos em língua materna e língua estrangeira
1.

a) It was snowing and I called off the meeting.

220
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Gabarito

b) They say a heavy rain will fall tomorrow.

c) She turned off the equipment because they were not listening to it.

2.

a) dois exemplos de falsos cognatos:


lunch (almoço) lanche = snack ;
novels (romances, livros de ficção), novela = soap opera.

b) dois exemplos de phrasal verbs:


get down (começar a fazer ) take down (anotar).

c) dois exemplos de nominalizações:


very serious problems (problemas muito sérios), Maths studies (estudo de ma-
temática); interesting sci fi novels (romances de ficção interessantes).

d) dois exemplos de expressões convencionalizadas:


right now (já, neste momento); hanging out (saindo, encontrando); take
care (se cuida).

Unidades textuais
1. 6, 3, 1, 5, 2, 4

2.

Vocábulo/Expressão A que/quem se refere Denominação


Although Faz contraste com a sentença Coesão Gramatical:
anterior “Many young people Conjunção Adversativa/
choose to continue their Marcador de Discurso
education at colleges in Britain,
Australia or América”.

English-speaking Britain, Australia, America e Coesão Lexical:


countries overseas também outros países não Reiteração: hiperônimo
mencionados no texto.

221
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Vocábulo/Expressão A que/quem se refere Denominação


(a) For one hand (a) the students can usually Coesão Gramatical:
benefit from a good level of Conjunção Adversativa/
education and well qualified Marcador de Discurso
professors.
(b) On the other hand (b) some learners may have
some difficulties adjusting to
a culture that is different from
theirs.

The (students) Many young people. Coesão Gramatical:


Referência – artigo definido

students Many young people. Coesão Lexical:


Reiteração: hipônimo

learners students. Coesão Lexical:


Reiteração: sinônimo

culture Britain, Australia, America e Coesão Lexical:


também outros países não Reiteração: sinônimo
mencionados no texto.

theirs A palavra omitida é culture. Coesão Gramatical:


Elipse

so Refere-se a todas as senten- Coesão Gramatical:


ças anteriores mostrando a Conjunção ou marcador
consequência das ideias ali discursivo de causa/
contidas. consequência

studying Reitera a ideia contida na Coesão Lexical:


segunda linha [...studying in Reiteração: repetição
English-speaking ...]

abroad English-speaking countries Coesão Lexical:


overseas. Reiteração: hiperônimo

it studying abroad. Coesão Gramatical:


Referência

can A palavra omitida é get. Coesão Gramatical:


Elipse

this Get as much information as Coesão Gramatical:


you can. Referência

one Many young people, além de Coesão Gramatical:


qualquer pessoa não men- Substituição
cionada no texto.

222
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Gabarito

3.

I have several proposals for cutting down on office staff. First, I suggest that
we eliminate the secretaries because we can easily outsource them. Second,
we can lay off our full time cleaning people and hire part time workers for
this task. Finally, we can start voluntary dismissal plans for both American and
Spanish factories. Although we may have problems in the beginning, we are
going to save lots of budget money.

Principais tipos de texto I


1.

Sentença Tópico (1) Tony is my beautiful white Persian cat that I got from a close
friend five years ago.

Sentenças de Apoio (3) He walks around the house with pride and grace with
a delicacy of a ballet dancer. His pride, however, does no
extend to his appearance for he spends most of his time
indoors watching television and growing fat. Tony is also
picky about visitors befriending some and repelling others,
causing, sometimes, the most embarrassing situations.

Conclusão (1) Anyway, he is my overnight company, my partner during


my ups and downs so I have to forgive him for his casual
obnoxious habits.

2. Narrativa pessoal (uma possibilidade), com narrador-personagem no discurso


indireto.

My last vacations

I had a great time on my last vacations. I spent one week on the most fantastic
beach ever. I went there with a group of friends from college. We used to spend
the day on the beach surfing or hanging out with pretty girls and in the evening
we went dancing or met some new friends at a restaurant or in a bar. Heavy rains
made us stay indoors for two days, but even without the beach atmosphere, we
could enjoy ourselves by playing cards or board games. Finally it was time to go
home, but I felt perfectly relaxed and ready for another school term.

223
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

Principais tipos de texto II


1.

Sentença Tópico – Introdução As every knows the Olympic Games, which


took place in Beijing, China, was one of the
greatest sporting events of the decade.

Sentenças de Apoio – Desenvolvimento More than two million people were estimated
(use exemplos, contrastes, elementos de to get in the city and around 9,000 athletes
causa-consequência). competed in 37 different places.
As usual, few countries like China, the USA
and Russia received most of the medals.
However, we can always have some
surprises, such as when a small country
beats the favorite ones.

Conclusão Anyway it always pays the effort of attending


this kind of sports events for the energy and
drive you see in the athletes besides.

2.

1. C

2 . D

3. B

4. A

Tese + Explicação The media has been discussing the quality


of food that we eat. Usually governmental
authorities and food makers are blamed.
Actually, if we think, we are also responsible
since sometimes we opt for price and
convenience over nutritional value.

Argumento 1 People buy ready-made food because of


modern life styles. If we pay attention,
possessing a brand new car is more valued
than spending money for our own welfare.

Argumento 2 Moreover, a lot of families would rather like


to exchange their cell phone for the latest
models than acquiring best quality nutri-
tional food.

Conclusão (1 ou mais sentenças) In conclusion we notice that poor quality of


food is not only the fault of producers. We,
the consumers, have to decide about what
is priority in our lives: “to have” or “to be”.

224
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Gabarito

Gêneros do discurso
1.

Livro Número do parágrafo

Apresentação do livro 1

Descrição do livro 2, 3, 4, 5

Apresentação de uma Avaliação 6

2.

Gênero Propósito comunicativo Comunidade discursiva


Manual de Instruções Informar e instruir sobre a insta- Público em geral. Usuários des-
de uma TV lação e utilização desses apare- se equipamento.
lhos eletrônicos.

Editorial de um Jornal Discutir a(s) notícia(s) ou fato(s) Público em geral. Leitores de


mais relevantes abordados por um periódico específico.
aquele periódico, a partir de
uma análise crítica.

Artigo Acadêmico Apresentar o resultado de uma Estudantes, pesquisadores, pro-


pesquisa acadêmica ou discutir fessores.
teorias.

Propaganda de um Veicular informações sobre um Público em geral, especialmen-


carro de luxo produto a fim de convencer um te aqueles com maior poder
determinado público a adquiri-lo. aquisitivo.

Caracterização e emprego
dos gêneros textuais I – textos instrucionais
1.

Tipo de Gênero Instrucional Manual de Instruções de Produtos Eletrônicos.

Propósito Instruir alguém a melhor utilizar esse produto.


(objetivo principal)

Audiência Público em geral.


(comunidade discursiva)

Estruturação Introdução, Instalação, Operações Básicas, Dúvidas Fre-


(organização retórica) quentes, Precauções de Segurança, Alertas sobre mal-
uso do equipamento.
*baseado em seu conheci-
mento desse gênero instru-
cional.

225
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

De qual das partes listadas Operações Básicas.


no item anterior, o trecho
do manual acima faz parte.

Linguagem Característica 1. Imperativos:


Allow the display to stabilize
Press de MENU buttons.
2. Expressões de advertência ou condição
When the item you want becomes highlighted, press the
AUTO/SELECT Button.
3. Emprego do pronome you, de modo esporádico para
criar proximidade com o leitor.

Outras observações O texto é mais pontual e normativo não utilizando qual-


quer modalizador (may, can).

2.

Tipo de Gênero Instrucional Receita culinária.

Propósito Instruir alguém a preparar esse prato típico da culinária


(objetivo principal) brasileira (feijoada).

Audiência Público em geral.


(comunidade discursiva)

Estruturação e Linguagem Title Feijoada


A organização retórica já Ingredients
está mencionada. � 1 lb of varied pork sausages (prefer smoked sausages)
� 1 lb of pork tenderloin
� some slices of bacon
� 1 can of black beans (15.5Oz)
� 2 tbs vegetable oil
� salt, garlic, chopped onions and bay leaves
Preparation
Feijoada is made with black beans and pork meats.
You can use a can of beans already cooked or learn how
to cook dried beans..
First, add black beans to a medium-sized pot with 2 tbs
oil, salt, garlic, chopped onions and about 6 bay leaves.
Then, cook for about 15 minutes in med heat and set
aside.
In a separated panfry, cook cubes of pork tenderloin and
slices of bacon with salt, garlic.
Next, add all the sausages sliced and stir medium-heat
until dry all the water.
After, add the cooked meat to the pan with the black
beans and your feijoada is ready!
Finally, cook your feijoada more 10 minutes to meat
soak in the black beans. You can add some pepper sauce
to your feijoada at this point.
Serving size
6 portions.
226
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Gabarito

Caracterização e emprego dos gêneros textuais II –


textos persuasivos/argumentativos
1.

Textos persuasivos

Disponível em: www.kirklees-ednet.org.uk/subjects/english/resources/texttypes/persuasivetexts.pdf>.


Modalidade argumentativo/opinativo.
Gênero Carta ao Editor.
Propósito Expor ponto de vista tentando provar os malefícios do uso da carne
(objetivo principal) na alimentação.
Audiência Público em geral.
(comunidade
discursiva)
Estruturação Introdução – Argumento Principal + Justificativa
(organização retórica) Eating meat is a bad idea + It would be much better for you and the
environment to give it up and become a vegetarian.
Desenvolvimento – Argumentos de apoio (a, b, c) + Justificativas
a) In the first place it is cruel. You wouldn’t eat cats or dogs and yet
you kill and eat cows and sheep.
b) Secondly, meat is not particularly good for you. It is full of
saturated fats that may lead to heart disease. According to national
survey 20% of heart attacks strikes people who eat meat everyday.
(uso de estatísticas, opinião de autoridades).
c) Finally, meat eating is extravagant. It takes more food to feed the
animals than we need to eat. If everyone in the world became a
vegetarian there would be no starvation because there would be
enough food to go round.
*Não há contra-argumentos
Conclusão – Resumo ou Reforço da Tese
There are a number of reasons why eating meat is a bad idea. It is cruel,
it is unhealthy and it is extravagant. We should all become vegetarians.
Linguagem
Característica
Perguntas Retóricas Não tem
Palavras: meat, vegetarian
Repetição
Grupos Semânticos: die (kill),
You wouldn’t eat cats or dogs; there would be no starvation ;
Modalizadores saturated fats that may lead to heart disease; We should all become
vegetarians.
Adjetivos
Opinativos,
Cruel, good, saturated, unhealthy, extravagant
Modalizadores,
Comparativos
Advérbios Modais,
Full of, everyone in the world,
Ênfase, Intensidade
Verbos ou Nominali-
Cause, contribute, die, pollution, starvation,
zações de Efeito
You wouldn’t eat cats or dogs and yet you kill and eat cows and sheep.
Linguagem Emotiva
It takes more food to feed the animals than we need to eat.
227
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Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I

2. Este é apenas um exemplo do uso das estratégias aprendidas. Existem múlti-


plas combinações que você poderá fazer para elaborar o seu texto.

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228
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Gabarito

Gêneros textuais da área acadêmica


1.

Número do Parágrafo

Contextualização 5

Objetivo 3

Metodologia 1

Resultados 2

Conclusão 4

2.

Apresentação

Expressões Típicas:
Based on classic and current research…
This volume addresses typical…

Vocabulário Avaliativo:
- concise teacher-oriented
- practical instructional advice

Organização

Expressões Típicas:
- book’s ten chapters, fitting into the three major themes:
- each chapter begins with..
- …illustrations and charts throughout the book include...

Vocabulário Avaliativo:
- wide variety of suggestions
-teacher-friendly volume
easy-to-read guide
-consistent and predictable approach
- Clear and utilitarian illustrations

Destaque de Partes

Expressões Típicas
…illustrations and charts throughout the book include...

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Vocabulário Avaliativo
- and predictable approach
- Clear and utilitarian illustrations lesson patterns

Avaliações

Expressões Típicas
- Although many classroom examples come from a
senior high English perspective…
– The book has a decisively language arts bent…

Vocabulário Avaliativo
Positivo
- Consistent throughout the book is the author’s insistence that teachers design their lessons with
students and learning outcomes…
Negativo
- In practice, certain advice may not be applicable for some teachers depending on their situations.
- The author minimally includes illustrative stories in mathematics and …

Conclusão Avaliativa

Expressões Típicas:
a) Expressões Típicas
- However, whatever the range of circumstance…

Vocabulário Avaliativo:
- these wonderful ideas…
- every piece of valuable advice this year…

Sua conclusão: como o autor avalia a obra?

Embora com ressalvas (The author minimally includes…; certain advice may not be applicable.) o
autor acredita que o livro está repleto de wonderful ideas e o recomenda até mesmo como obra
de referência (this is a book to keep and refer to each year...)

3. Resumo

No item 2 do artigo Mood State Effects of Chocolate de Gordon Parker et al.


(2006) é dividido em três partes. Na parte 1, Composição do Chocolate, é
mencionado que o chocolate é composto de cacau, manteiga de cacau e
açúcar. O chocolate preto tem esses três elementos, enquanto o tipo ao leite
tem mais gordura e leite e o branco é semelhante a esse último, não pos-
suindo, entretanto, base de cacau. Na parte 2, Compulsão por Chocolate, o
estudo de vários autores demonstram que o chocolate é o tipo de alimento

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Gabarito

que tem o maior número de dependentes dentre outros tipos de alimentos


que embora classificados como doces tem sua base a gordura, o que torna
inadequada a generalização de alguns autores para inclusão desses alimen-
tos como dependência de carboidratos. Na parte 3, Propriedades Psicoativas
do Chocolate, ao estudar o efeito dessas substâncias conclui-se que a con-
centração dessas substâncias é muito baixa para causar um efeito de depen-
dência, sendo o chocolate ao leite o preferido.

Gêneros textuais no mundo dos negócios


1.

November 25, 2008.

Mr. Antonio Carlos Pereira


Sales Manager
BRAZICAR LTD
Av. Das Nações Unidas, 2458
São Paulo SP
Brazil

Dear Mr. Pereira

Thank you for your letter of November 20th.

We are an Italian company dealing with car parts for over 30 years. We have
offices in almost every European country and have a large choice of parts
to suit your needs.

Enclosed is our catalogue and price list for your appreciation.

For purchases online please check our site http.://www.begreen.com.

We look forward to hearing from you

Yours sincerely,

Beatrice Bonni

2. 3, 1, 5, 2, 4

231
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3.

Qualified / assignments, lessons and instructional materials / students’ performan-


ce / parents and students / additional / resume / education / available / interview.

October 10, 2008.

Irving Center Institute

One Center Plaza-OHR, 2nd Floor,

120 W. Fayette St.,

Baltimore, MD 21201.

Dear Sirs,

According to your advertisement in “Monster”, you are looking for a bilingual


English teacher and I believe I am Qualified for such a job.

My work routine comprises preparing assignments, lessons and instructional


materials, assessing students’ performance and collaborating with parents
and students. I have additional experience with Lego system.

The enclosed resume provides all the details of my education and experience
and lists people from whom you can obtain references.

I am available for a personal interview when convenient to you.

Yours truly,

Mary Smitha

Enc. Resume

Textos, gêneros e o ensino


1.

Perfil do Aluno Objetivo da Aula Gênero Escolhido


6.º ano ensino fundamental. Orientar o aluno a seguir ins- Receitas culinárias, Regras de
truções. Jogos.

9.º ano ensino fundamental. Conhecer a história de vida do Diário, Blog, Biografia.
aluno.

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Gabarito

Perfil do Aluno Objetivo da Aula Gênero Escolhido


1.º ano ensino médio. Estimular o senso crítico. Propagandas, Editoriais, Re-
senhas.

3.º ano ensino médio. Atualidades do mundo con- Notícias, Reportagens, Sites.
temporâneo, visando prepará-
los para tópicos comumente
solicitados nos vestibulares.

2.

Gênero propaganda
1. Apresentação (contextualização)
(contextualização) (a) Divulgar um produto ou um serviço.
(a) Qual objetivo de se escre- (b) Os interessados em comprar um produto ou um serviço.
ver uma propaganda? (c) revistas, jornais, folhetos, internet.
(b) Quem lê esse gênero? (familiarização)
(c) Onde é normalmente pu- Essa propaganda trata de oferta de diversos tipos de seguro.
blicado? Pode ter sido publicada numa revista, jornal, Internet.
(familiarização)
(a) quais são as características
desse gênero em especial?

2. Familiarização (1) Estruturação


(1) Como esse texto é estrutu- - Há uma frase apelativa em destaque “Save up to 45% on
rado (quais são suas partes?) your insurance guaranteed” (economize 45%).
– Possui imagem de uma pessoa feliz num carro novo con-
versível.
- Apresenta as vantagens em obter aquele seguro (mais ba-
rato, ligações gratuitas, prestações baixas, atendimento aos
sábados).
- Indica quem é e como contatar o prestador do serviço:
Sunner Insurance: 888-555-5555 8130 Suite A, S. Lewis.
(2) Quais são as características (2) Características linguísticas
linguísticas? (a) imperativos (para induzir o leitor a ação):
- save up to 45%;
- combine your policies and save up to $500!
(b) adjetivos apelativos (apelo à economia e facilidade);
- free, low, lowest;
- instant, easy.
(c) palavras apelativas (apelo aos sentimentos):
Client care team (nosso grupo de “cuidado/atenção” aos clien-
tes).
(d) uso de pronomes you, your (para dirigir-se especifica-
mente ao leitor, com a ideia de personalizar a comunicação).

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Gênero propaganda
3. Consolidação Apropriação
Apropriação (reaplicação dos Esta propaganda tem basicamente a mesma estrutura (frase
itens 1 e 2 com outras propa- apelativa, vantagens do produto/serviço, fornecedor do ser-
gandas) e discussão das se- viço). Entretanto a propaganda de financiamento não indica
melhanças e diferenças verifi- o endereço do fornecedor (talvez seja um banco conhecido e
cadas em relação ao modelo com várias filiais) e esta sim.
apresentado nas etapas 1 e 2. As imagens em ambos anúncios mostram pessoas saudáveis
Do ponto de vista crítico discu- e felizes (provavelmente como resultado da compra daquele
tir quem estaria excluído dessa produto/serviço).
situação.
Os elementos linguísticos se repetem:
Sugestão: compare esta pro-
paganda com a que foi dada a) imperativos – incitando o leitor à ação;
como exemplo na Aplicação b) adjetivos e palavras apelativas (mostrando as vantagens
Pedagógica de Gêneros Tex- que são mais impactantes dependendo do produto/serviço
tuais. oferecido – no exemplo da casa os valores familiares, o cui-
Consolidação (prática) dado com o bem estar da família, no exemplo do seguro a
facilidade e economia);
Sugestão: escrever uma pro-
paganda que promova uma c) personalização através do emprego dos pronomes you,
loja de tatuagem e piercing. your): essas palavras voltam o texto diretamente para o lei-
tor. Assim, a propaganda não vende somente o serviço para o
consumidor, vende para você.
Em ambas as propagandas pode-se inferir que as pessoas que
não adquirirem aqueles serviços não estarão felizes (a do ban-
co implica em não satisfazer as necessidades da família; a do
seguro implica em perder dinheiro). Assim, as propagandas
apelam àqueles valores comuns à nossa sociedade (família,
beleza, poder, dinheiro, valorização profissional, relaciona-
mento afetivo) como modo de nos sensibilizar e nos conven-
cer a aceitar seus argumentos e comprar ou adquirir algum
bem/serviço.
Consolidação
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São Paulo: EDUC, 2000.

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erros no processo de escrita em Língua Inglesa e suas teorias. Revista Mi-
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tros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental.
Língua estrangeira moderna. Brasília: MEC, 1998.

_____. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Pa-


râmetros Curriculares Nacionais, códigos e suas tecnologias. Língua estrangei-
ra moderna. Parte II. Brasília: MEC, 2000, p. 24-32.

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Anotações

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