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Vinte Respostas aos Católicos

"Vinte razões por que não sou protestante"

Circula pela internet um artigo de apologética, sob o título acima, que resume o
pensamento da Igreja Católica sobre os protestantes. A pedido de um irmão da Fé
Reformada, elaboramos a devida refutação a cada uma das questões levantadas.
Vejamos:

1- Não sou protestante porque o protestantismo não existe desde o princípio do


Cristianismo. Surgiu 1500 anos depois da era Apostólica. Suas igrejas são locais,
regionais ou nacionais, não existindo uma Igreja Universal.

R - Mas o Cristianismo existe e é dele que fazemos parte. O Cristianismo é Uni -


versal. O católico Martinho Lutero, um dos expoentes da Fé Reformada, teve a
coragem de protestar contra a venda de indulgências, um comércio que estava
denegrindo o Cristianismo. A partir daí, o Cristianismo, sob a graça de Deus, se-
guiu seu caminho livre das heresias.

A ruptura foi necessária num momento em que o catolicismo pretendia se esten-


der por todo o mundo, sempre com a ameaça de colocar na fogueira seus oposito-
res. Então o Cristianismo seguiu seu caminho com a verdade bíblica, tendo uni-
camente Jesus como Senhor, Mediador, Advogado e Intercessor, conforme as
Escrituras.

2 - Não sou protestante porque apesar da afirmação de que somente a Bíblia deve
ser considerada como norma de fé e prática, eles não concordam entre si no to-
cante a pontos importantes, entrando assim, em contradições. São mais de 20.000
mil denominações diferentes. Cada uma pregando uma suposta verdade.

R - Ser a Bíblia a norma de fé e prática do cristão não é uma afirmação dos cren-
tes; é uma declaração da própria Palavra de Deus (Rm 10.17; 2 Tm 2.15; 3.16-17 ;
4.2). Há muitas denominações registradas em cartório, mas existe unidade na fé
em Cristo Jesus. Desprezamos dogmas criados por homens. Não comemos pelas
mãos dos outros. Cada crente examina as Escrituras, e debate, e troca opiniões,
assim como faziam os primeiros cristãos.

Vejam: "Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado
receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram
assim" (Atos 17.11). A Bíblia chama de "nobre" aquele que examina a Palavra e
dela tira suas próprias conclusões. Somos uma só fé, uma só religião, uma só
doutrina.

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Só adoramos o Santo dos santos, Aquele que morreu em nosso lugar. Não lou-
vamos, nem adoramos, nem suplicamos a outros deuses (Mateus 4.10). Se al-
guma denominação ensina outro Evangelho, não faz parte do Corpo de Cristo,
não é considerada cristã, não é Igreja de Jesus.

3- Não sou protestante porque atribuem a si próprios o direito de interpretar a


Bíblia. Acreditam ter uma iluminação pessoal vinda do Espírito Santo sem inter-
mediários, ou seja, sem a Igreja. O mais interessante é a diferença que o Espírito
Santo manifesta em cada uma das centenas (talvez milhares) de ramificações do
protestantismo.

R - Fazemos o que Deus quer que façamos, ou seja, que nos dediquemos à lei -
tura de sua Palavra, e nela meditemos dia e noite (Salmos 1), pois sabemos que
"toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito
e perfeitamente preparado para toda boa obra" (2 Tm 3.16-17).

O acesso à Bíblia não é proibido na Igreja de Cristo. Qualquer um pode ler; tendo
dúvida, pede ajuda aos mais entendidos. Para isso, há escolas dominicais e cur-
sos teológicos. Todo crente deve saber manejar bem a palavra da verdade para
apresentar-se a Deus aprovado (2 Tm 2.15). Deus não quer ignorantes de Sua
Palavra.

Podemos recorrer também ao Espírito Santo que não está preso numa redoma de
ouro e guardado num cofre; Ele está em nós (Sl 51.11; Lc 11.13; At 2.4; Ef 1.13;
Rm 8.9; 1 Co 3.16,19) e nos ajuda em nossas fraquezas, pois Ele é uma Pessoa
(Rm 8.16,26; Lc 12.12; 14.26; 1 Co 2.13). Temos iluminação pessoal? E Jesus
não disse que somos a luz do mundo e sal da terra (Mt 5.13,14)?

4- Não sou protestante porque a doutrina não tem unidade, as igrejas não são in -
falíveis em questões de moral e fé. Suas hierarquias não são rígidas, os preceitos
são secundários. A salvação está em somente crer em Cristo, mas sabemos que
não basta somente crer, pois, é preciso viver a fé, e vivê-la em santidade. Daí os
Mandamentos. Daí a moral que a Igreja ensina. Dizer que a salvação vem so-
mente do crer em Cristo, é continuar vivendo vida injusta ou dissoluta, é mentir à
própria consciência.

R - E os papas são infalíveis? E as histórias repugnantes sobre diversos papas? E


a diabólica Inquisição? E o perdão pedido aos chineses, aos aborígenes, a Gali -
leu? Não é o reconhecimento de erros cometidos pelo catolicismo? A rigidez moral
do catolicismo funciona?

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E o caso de assédio e violência sexual de sacerdotes católicos contra religiosas,
em 23 países, para ficar só neste exemplo? Ensinamos o que ensina a Palavra. A
fé no Senhor Jesus envolve arrependimento dos pecados; sem isso não há perdão
nem salvação. A santidade faz parte da vida cristã. Quem nos convence do pe-
cado é o Espírito Santo (João 16.8). As boas obras são decorrentes dessa fé sal -
vífica.

QUEM NELE CRÊ NÃO SERÁ JULGADO; QUEM NÃO CRÊ JÁ ESTÁ CONDE-
NADO, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus (palavras de Jesus
(Jo 3.18). Vejam também Romanos 10.9. Acontece que o catolicismo ensina a
salvação pelas obras; mas não somos salvos pelas obras, mas para as boas
obras (Ef 2.8). Ademais, "o justo viverá pela fé" (Romanos 1.17)

5- Não sou protestante porque apesar deles lerem a Bíblia (embora sem alguns
livros e com interpretações diversas) não possuem nenhuma autoridade superior
Infalível, para declarar que uma palavra tem tal sentido, e exprime tal verdade.

R - Qual seria a autoridade infalível na Terra? Só surgiu um homem assim: Jesus


Cristo, porque não tinha a mancha do pecado. A Palavra diz: "Seja Deus verda -
deiro, e todo homem mentiroso", e que "não há um justo, nem um sequer" (Rm
3.4,10). Não temos um PAPA falível, mas temos um Papai do Céu infalível capaz
de suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19). "O Senhor é o meu Pastor e
nada me faltará" (Salmo 23).

6 - Não sou protestante porque eles negam a Tradição oral. Sendo que na própria
Bíblia, Paulo recomenda os ensinamentos de viva voz (Tradição) que nos foram
transmitidos por Jesus e passam de geração em geração no seio da Igreja, sem
estarem escritos na Bíblia. Confira em (2 Tim 1,12-14).

R - Negamos a Tradição Oral porque ela foi a maior fonte de problemas já na teo -
logia do Antigo Testamento, torcendo as palavras já escritas na Torah; e ela tam -
bém tem sido comprovadamente a maior fonte de heresias no meio da Igreja Ro -
mana. No caso do Antigo Testamento, dizia Jesus aos fariseus: "MC 7.9 - "E dizia-
lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição".

Note-se que Deus não deixou nada escrito, tanto no Antigo Testamento como no
Novo. Mas a existência de ESCRITURA deixada por Moisés e outros homens de
Deus limitou todos os sermões de Jesus a somente o que estava escrito. Ele
combatia tudo o que se afastasse do que estava escrito. Paulo e os demais após-
tolos podiam aconselhar os irmãos a seguir o que dissessem, pois estavam VI-
VOS e seu testemunho era real.

Após suas mortes, tudo o mais que alguém poderá dizer que ouviu deles é mera
especulação. Tome-se por exemplo a Igreja da Galácia: tinha sido evangelizada e

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fundada PESSOALMENTE pelo apóstolo (At 18:23), mas isso não impediu que os
crentes ali logo perdessem a fé genuína para os judaizantes, obrigando Paulo a,
POR ESCRITO, trazê-los de volta à verdadeira fé:

"(GL 4:11) - Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco". "(GL
4:18) - É bom ser zeloso, mas sempre do bem, e não somente quando estou pre-
sente convosco" "(GL 5:7,8) - Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obe-
deçais à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chamou". E Paulo
termina sua pregação, por estar ausente, por meio de documento escrito: "(GL
6:11) - Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão".

Se isso aconteceu num curto período de tempo, ainda em vida do Apóstolo que
evangelizou os gálatas pessoalmente e em sua ausência se perderam, o que não
dizer de séculos de ignorância quando a Igreja de Roma inclusive PROIBIA a lei -
tura da Bíblia por seus seguidores?

A maior prova da falha da tradição oral está na Cronologia dos Dogmas, com dou-
trinas humanas criadas em épocas muito tempo após a morte dos apóstolos,
sendo que não se encontra nenhum documento anterior prescrevendo tal doutrina
na Igreja Primitiva (tais como Purgatório, Assunção de Maria, Concepção Imacu-
lada de Maria, Oração pelos mortos, etc).

Acreditar na Tradição Oral que nunca foi registrada na Igreja do primeiro século é
combater o próprio ensino de Paulo, que escrevia cartas e mandava que fossem
lidas em todas as Igrejas, intercambiando com outras que já havia escrito: "CL
4:16 - E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na
igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também". "1TS 5:27 -
Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos".

E outra coisa importante: este argumento católico se baseia na carta a Timóteo,


certo? Vejamos tal carta em sua totalidade:

Em todas as orientações que foram dadas sobre comunicação oral, os apóstolos


ordenavam sobre pronomes pessoais: "palavras que de MIM tendes ouvido";

Paulo nunca mandou alguém a obedecer quem não fosse apóstolo e queria que
fosse ensinado o que saiu dele mediante TESTEMUNHAS: "(2Tm 2:2) - E o que
de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam
idôneos para também ensinarem os outros".

Paulo recomenda a perfeição do obreiro de Deus pela Palavra escrita e não incluiu
a tradição em pé de igualdade: "(2Tm 3:16,17) - Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em

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justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra".

Mais um detalhe: para ser apóstolo, deveriam existir dois requisitos básicos: "(At
1:20-22) - Porque no livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação,
E não haja quem nela habite. Tome outro o seu bispado. É necessário, pois, que,
dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus
entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que
de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua
ressurreição".

Nenhum outro homem, além dos doze, merecia tal título. Paulo foi chamado
Apóstolo dos Gentios devido ao seu chamado, não se considerava como um dos
doze e depois dele nenhum outro homem mereceu este título, por não preencher
os requisitos básicos do apostolado. Portanto, a autoridade apostólica morre com
o último apóstolo, João, restando seus ensinamentos escritos, o que aliás foi o
mais importante critério para determinação do Cânon do Novo Testamento pela
Igreja Primitiva.

7- Não sou protestante porque algumas denominações batizam crianças, outras


não as batizam; algumas observam o domingo; outras, o sábado; algumas têm
bispos; outras não os têm; algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da
comunidade à própria congregação; algumas fazem cálculos precisos para definir
a data do fim do mundo. Outras não se preocupam com isto, etc.

R - Se divergências operacionais ou de entendimento da Escritura fossem critérios


para determinação de legitimidade, nunca a Igreja de Roma poderia ter tal título. O
simples fato de ter um nome único de denominação não excluiu a verdade que os
católicos possuíssem verdadeira bagunça doutrinária, ontem e hoje.

Exemplos: a Inquisição era considerada divina a seu tempo, hoje é considerada


ignorância pelos próprios católicos; as ordens de padres têm, cada uma, estilos de
vida próprios e ensinos de santidade diferentes, como os franciscanos, os
dominicanos, os adeptos da Tradição, Família e Propriedade (que negam a
submissão ao papa), a Renovação Carismática (que para muitos padres ainda é
mal vista e tratada como facção).

Curiosamente, existe um livro chamado "Como Lidar com as Seitas", do padre


Paulo H. Gozzi, que diz textualmente, ao tratar das divergências internas da Igreja
de Roma: "Há lugar para todo mundo na Igreja, para cada jeito de viver a fé e a
comunhão. Há variedade de serviços, de dons, de atividades, mas o Espírito que
dá essa diversidade é o mesmo.

As diferenças existem para o enriquecimento espiritual de uns e outros, jamais


para dividir e separar uns dos outros. Quem não gosta do jeito de um grupo, não

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precisa participar dele, participe de outro. Quando é que vamos aprender a viver
em paz e harmonia e pluralismo, aceitando o jeito diferente de cada um ser o que
é, dentro da mesma Unidade?" (páginas 64 e 65 da referida obra, 4a. edição da
editora Paulus).

É bom mesmo que esse padre pense assim, pois ele diz na página 39, ao falar
sobre o Saravá - o Baixo Espiritismo: "Não devemos fazer acusações injustas,
achando que essas religiões são do demônio (...) E nessa cultura tribal foram
criando mitos e lendas religiosas que explicam os mistérios da vida, passando
tudo isso de pai para filho. Essas religiões africanas são belas, puras e merecem o
nosso profundo respeito".

Garanto que o Vaticano não pensa assim. Pelo menos três padres que
conhecemos pensam BEM DIFERENTE disso... e onde está a unidade doutrinária,
afinal não é um livro publicado por uma editora católica, que não imprime nada
que seja protestante?

Não vamos mais longe: e o Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe e não
existem possessões demoníacas, contrariando o próprio Evangelho? Onde está a
orgulhosa unidade católica, já que um herege como este não é excomungado por
chamar o próprio Jesus de mentiroso?

E, quanto ao hiato entre Cristo e os protestantes, temos a afirmar duas coisas:

Esse hiato existe doutrinariamente e historicamente somente com a Igreja Católica


de Roma, pois Jesus nunca fundou denominação alguma com base em Roma
(cuja fundação foi num concílio presidido por um imperador romano, 3 séculos
depois de Cristo) e também o fundamento não foi Pedro, foi o próprio Cristo,
segundo afirmação do próprio apóstolo em sua carta

(1PE 2:3,4,6) - "Se é que já provastes que o SENHOR é benigno; E, chegando-


vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com
Deus eleita e preciosa", Por isso também na Escritura se contém: "Eis que ponho
em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será
confundido".

Paulo disse a mesma coisa: 1Co 3:11 -" Porque ninguém pode pôr outro
fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo". EF 2:20 -
"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo
é a principal pedra da esquina.

Mais importante que o hiato temporal, é o hiato Doutrinário, e nesse aspecto a


Igreja Protestante ficou muito mais perto de Cristo ao voltar-se SOMENTE aos
escritos apostólicos, recusando as dezenas de dogmas errados da igreja de
Roma, mediante o lema "SOLA SCRIPTURA".

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8- Não sou protestante porque há passagens da Bíblia que eles não aceitaram
como tais; a Eucaristia, por exemplo, Jesus disse claramente: Isto é o meu corpo
(Mateus 26,26) e Isto é o meu sangue (Mateus 26,28).

R - Jesus também disse, claramente: "Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por
mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens" (Jo 10.9). Só um louco
interpretaria literalmente essa palavra e admitiria que Jesus é uma porta e que os
cristãos são ovelhas comedoras de capim. Ele disse: "Eu sou a videira verdadeira
[fonte de vida espiritual], e meu Pai é o agricultor; vós sois os ramos" (Jo 15.1,2,5)

Nem por isso admitimos que Jesus é uma árvore, o Pai é um plantador de arroz, e
os cristãos são ramos. Está claro que essas expressões são figurativas. Ao dizer
"Isto é o meu corpo" estava dizendo, realmente "Isto representa o meu corpo". Se
levarmos em conta a interpretação literal, Jesus ao levantar o pão estaria
levantando seu próprio corpo.

Ademais, naquela oportunidade, como todas as vezes por ocasião da ceia do


Senhor, o pão continua com gosto e sabor de pão, bem como o vinho continua
com o cheiro e sabor de vinho. Esses elementos não se transformam numa
mágica no corpo de Jesus.

Se assim fosse, Jesus teria engolido a Si próprio. Jesus não entra em nós pela
ingestão do Seu corpo, mas entra em nossa vida quando O aceitamos de todo o
nosso coração como Senhor e Salvador (Rm 10.9).

9- Não sou protestante porque os supostos intérpretes da Bíblia não aceitam a


real presença de Cristo no pão e no vinho consagrado, sendo que em (João 6,51)
Jesus afirma: O pão que eu darei, é a minha carne para a vida do mundo. Aos
judeus que zombavam, o Senhor tornou a afirmar: Em verdade, em verdade vos
digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue,
não tereis a vida em vós. Pois a minha carne é uma verdadeira comida e o meu
sangue é uma verdadeira bebida.

R - A leitura e interpretação da Bíblia não devem ser privilégio de um grupo


governante como na seita testemunhas-de-jeová e no catolicismo. Todos podem
ler e interpretar livremente a Palavra de Deus, que é dirigida a todos
indistintamente. Sobre o assunto eucaristia já falamos anteriormente.

O pão não se transforma no corpo de Cristo. Ademais, Jesus instituiu a ceia em


MEMÓRIA, para recordação do Seu sacrifício na cruz. Vejam: "Fazei isto em
memória de mim" (1 Co 11.24-25). O sacrifício de Jesus não pode e não deve ser
RENOVADO TODOS OS DIAS. Vejam: "Pois Cristo padeceu uma única vez pelos
pecados" (1 Pe 3.18). Ele não precisa morrer outras vezes.

Então, o culto da ceia do Senhor não objetiva crucificá-LO outra vez, mas recordar
a Sua morte expiatória. "Comer a minha carne e beber o meu sangue" não pode

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ser interpretado literalmente, pois Deus não aprovaria um ato de antropofagia
(comer carne humana com suas vísceras, cabelos e unhas). Nem sempre o
significado de um texto é o significado literal, como mais acima foi explicado.

Quando lemos que Ele é a pedra angular, o real fundamento da Igreja (1 Co 3.11;
Ef 2.20) não podemos entender que Jesus seja realmente uma pedra. São figuras
de linguagem. Vejamos os comentários de Norman Geisler em seu Manual
Popular de Dúvidas: "Há muitas indicações em João 6 de que Jesus literalmente
queria dizer que a sua ordem para comer a sua carne deveria ser considerada de
uma maneira figurada.

Primeiro, Jesus afirmou que a sua declaração não deveria ser tomada com um
sentido materialista, quando ele disse: "as palavras que eu vos tenho dito são
espírito e são vida" (Jo 6.63).

Segundo, seria um absurdo e um canibalismo considerá-la com um sentido físico.


Terceiro, Ele não estava falando da vida física, mas da "vida eterna" (Jo 6.54).
Quarto, ele chamou a si de "o pão da vida" (Jo 6.48) e contrastou esse pão com o
pão físico (o maná) que no passado os judeus comeram no deserto (Jo 6.58).
Quinto, Ele usou a figura do "comer" a sua carne paralelamente à idéia de
"permanecer" nele (cf.Jo 15.4-5), que representa outra figura de linguagem.

Sexto, se comer a sua carne e beber o seu sangue fosse tomado literalmente, isso
seria contradizer outros mandamentos das Escrituras, que ensinam a não comer
carne humana nem sangue (cf. At 15.20)". Ademais, a salvação não está em
comer o corpo de Jesus, mas em crer e obedecer (Jo 3.18,36; 5.24; 6.35; 7.38;
11.25; Atos 10.43; 13.39;16.31; Rm 1.16;10.9).

10- Não sou protestante porque os mesmos não reconhecem o primado de Pedro,
sendo que o próprio Jesus disse;Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta pedra (Kepha)
edificarei a minha Igreja; (Mateus16,18).

R - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt. 16.13-20). O
catolicismo vale-se dessa passagem para afirmar que os papas são sucessores
de Pedro. Nenhum dos modos de entender essa passagem dá suporte à posição
católica. "Sobre esta pedra" poderá referir-se à firme declaração de Pedro, de que
Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16).

Admitida a hipótese de a referência ser a pessoa de Pedro, este (Petros, pedra,


em grego) seria apenas uma pedra no fundamento apostólico da Igreja (Mt 16.18),
não a rocha. Pedro admitiu que Cristo é a principal pedra, a pedra principal,
angular, preciosa, de esquina (1 Pe 2.7-8). E mais:

No primeiro concílio em Jerusalém, Pedro apenas introduziu o assunto (At 15.6-


11). Tiago teve participação mais importante: assumiu a reunião, deu seu parecer
e fez um pronunciamento final (At 15.13-21).

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Paulo não diz que Pedro é a coluna da Igreja, mas que as "colunas" (no plural)
são "Tiago, Cefas e João" (Gl 2.9);

Paulo declarou que a Igreja é edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e


profetas, sendo ele mesmo, Jesus Cristo, a pedra angular" (Ef 2.20);

Pedro não instituiu o celibato, pois era casado (Mt 8.14);

Pedro não era e não se considerava infalível, pois foi advertido por Paulo porque
ele não procedia "corretamente segundo a verdade do Evangelho" (Gl 2.14);

A Bíblia diz que Cristo é o fundamento da igreja cristã, e que "ninguém pode
lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3.11);

A Igreja primitiva perseverou na "doutrina dos apóstolos", e não na de Pedro (At


2.42). Finalmente, Pedro não aceitava adoração (o beija-mão, o ajoelhar-se aos
pés) conforme Atos 10.25-26.

11- Não sou protestante porque eles não aceitam o sacramento do perdão e da
reconciliação. Sendo que Jesus entregou aos Apóstolos e seus sucessores, a
faculdade de perdoar ou não os pecados, e agir em nome dele. Àqueles a quem
perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não perdoardes,
não serão perdoados" (Jo 20,23)

R - Pecadores não possuem poderes para perdoar pecados. O perdão dos


pecados passa necessariamente pelo arrependimento sincero, e nenhum humano
teria condições de saber quem está realmente arrependido. Só Deus pode perdoar
pecados. Nem perdoamos nem vendemos perdão.

Tiago 5.16 fala que devemos relatar nossas fraquezas uns aos outros, buscar
auxílio mútuo em oração. É claro, mediante arrependimento os pecados serão
perdoados por Deus. A Bíblia se explica a si mesma. Veja: "Se o meu povo... se
humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter de seus maus caminhos,
então eu ouvirei dos céus, e PERDOAREI OS SEUS PECADOS..." (2 Cr 5.17).

Não se vê Pedro e Paulo, ou qualquer apóstolo, antes ou depois da ascensão de


Jesus, perdoando pecados. Quando perguntaram a Pedro como proceder para ser
justificado, ele respondeu: "Arrependei-vos e convertei-vos, para que SEJAM

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APAGADOS OS VOSSOS PECADOS, e venham os tempos de refrigério pela
presença do Senhor".

Quando os escribas afirmaram que só Deus pode perdoar pecados, Jesus não
corrigiu (Mc 2.7-12). Assim como os sacerdotes não podem salvar pecadores, mas
podem anunciar a salvação dos arrependidos, segundo a Palavra, da mesma
forma não podem perdoar pecados, mas proclamar o perdão dos que se
arrependem, segundo a Palavra. Assim podemos entender João 20.23.

12- Não sou protestante porque Jesus disse que edificaria sua Igreja sobre Pedro
(Mateus 16,18), e as igrejas protestantes são constituídas sobre Lutero, Calvino,
Knox, Wesley,etc...Entre Cristo e estas denominações há um hiato...Somente a
Igreja Católica remonta até Cristo.

R - Uma pessoa humana não poderia ser a pedra de sustentação da Igreja de


Cristo. Somente o próprio Cristo é a pedra angular (At 4.11; Ef 2.20), pedra
espiritual (1 Co 10.4), pedra principal de esquina (1 Pe 2.7). Cristo é o fundador de
Sua Igreja, "pois ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto,
o qual é Jesus Cristo" (1 Co 3.11).

"Não somos estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da


família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular. Nele todo o edifício bem
ajustado cresce para templo santo no Senhor; e nele também vós juntamente sois
edificados para morada de Deus no Espírito" (Ef 2.19-22).

13- Não sou protestante porque Jesus prometeu à sua Igreja que estaria com ela
até o fim dos tempos (Mateus 28,20), e os mesmos se afastam da única Igreja de
Cristo, para fundar novas igrejas; que se vão dividindo, subdividindo e esfacelando
cada vez mais, empobrecendo e pulverizando a mensagem do Evangelho.

R - Jesus Cristo conviveu numa época onde havia diversos tipos de


denominações entre os judeus: saduceus, fariseus, herodianos e os zelotes. Não
existe NENHUMA, sequer uma crítica a essa divisão por parte do Senhor Jesus
em todos os Evangelhos.

Nesse ponto, não importa se os nomes das placas são diferentes; importa se o
Evangelho é pregado em sua forma mais pura: 1Co 1:23 - "Mas nós pregamos a
Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos".

Nunca, em momento algum, Cristo determinou que denominações seriam prova


de inautenticidade, mas sim Ele prezava que as diferentes denominações não
tivessem ERROS DOUTRINÁRIOS para com as Escrituras... e esse é justamente
o ponto onde a Igreja de Roma erra, preocupando-se somente com o nome da
placa. Matam-se os mosquitos, mas dá-se passagem ao elefante...

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14- Porque o subjetivismo protestante entra pelos caminhos do racionalismo e
vêm a ser os mais ousados roedores das Escrituras (tal é o caso de Bultmann,
Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...) Outros preferem adotar cegamente o
sentido literal, sem o discernimento dos expressionismos próprios dos antigos
semitas ; o que distorce, de outro modo, a genuína mensagem Bíblica.

R - No dia que a Igreja de Roma excluir o Padre Quevedo, que diz que o diabo
não existe, no dia que a Igreja de Roma excluir os padres que acreditam em
reencarnação, como os exibidos no Fantástico de 11 de Novembro/2001, no dia
que a Igreja de Roma excluir o padre Gozzi que acha belo e puro o Candomblé,
nesse dia eu vou acreditar que a Igreja de Roma não aceita SUBJETIVISMOS em
seu meio... antes disso... é mera HIPOCRISIA E FALÁCIA.

15- Não sou protestante porque quem lê um folheto protestante dirigido a Igreja
Católica, lamenta o baixo nível das argumentações, sendo imprecisas, vagas, ou
mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações;
baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos etc.

R - A acusação recai sobre o acusador. Vemos nessas VINTE RAZÕES os erros


pelos quais somos acusados. Ou seja, o baixo nível da argumentação, quase
inexistência de uma base bíblica; um modo tendencioso de nivelar todas as
denominações evangélicas, classificando-as como seitas.

Em resumo, dizendo que fora do catolicismo não há salvação. São os mesmos


erros cometidos no tempo de Martinho Lutero. O catolicismo seria o guardião da
verdade. Mas Jesus disse claramente que quem nele crê não será condenado.

A Bíblia diz claramente que a salvação é pela graça, mediante a fé (Ef 2.8). Não
vem pelo batismo, nem pela ingestão do pão, nem pelo casamento, pelo crisma ou
por qualquer outra obra. O ladrão da cruz apenas creu, e foi salvo (Lc 23.43). Uma
coisa é acusação, outra é apontar as heresias e apresentar argumentos bíblicos.

16- Não sou protestante porque: eles protestam, criticam, censuram a fé Católica
para substituí-la pela negação, pela revolta contra a autoridade do Papa etc. Esse
é o laço que os une, pois a essência do protestantismo é a negação da Igreja
Católica.

R - É um erro a expressão "fé católica". Não existe fé católica nem fé evangélica,


mas simplesmente a fé no Senhor Jesus, o nosso Salvador. Milhões substituíram
a fé católica pela fé em Jesus. Ninguém será salvo por pertencer a esta ou àquela
denominação. A salvação é pessoal e depende de nossa fé em Jesus Cristo (Jo
3.18; Rm 10.9; At 16.31).

Não atacamos o Papa ou quem quer que seja. Quem assim faz não está se
comportando como verdadeiro cristão. O Papa é autoridade máxima no
catolicismo, mas não no Cristianismo. Logo, como não pertencemos ao

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catolicismo não estamos sob a autoridade papal. Negamos a Igreja Católica, mas
não negamos a Cristo Jesus.

17 -Não sou protestante porque cada qual dá à Escritura o sentido que julga dar, e
assim se vai diluindo e pervertendo cada vez mais a mensagem revelada. Lêem
apenas, mas tem grandes dificuldades de estudarem a Bíblia e as antigas
tradições do Cristianismo.

R - Carece de prova a afirmação de que cada evangélico dá a interpretação que


deseja dos textos bíblicos. As denominações evangélicas possuem teólogos,
faculdades de teologia, escolas bíblicas, toda uma estrutura para orientar, ensinar,
tirar dúvidas. Não há nenhuma norma proibindo a leitura da Bíblia, como
aconteceu antigamente no catolicismo.

Julgamos que todos são capazes de entender a Palavra de Deus (2 Tm 3.16-17).


Dizer que temos grandes dificuldades "de estudar" a Bíblia é faltar com a verdade.
É exatamente o contrário. Os evangélicos estão sempre portando a sua Bíblia.
Ocorre o contrário no catolicismo, onde a maioria não tem o hábito de pelo menos
ler as Escrituras.

18- A grande razão pela qual o protestantismo se torna inaceitável ao Cristão


que reflete é o subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais
seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (conforme João 14,26 e João
16,13I), é o principal ponto fraco ou calcanhar de Aquiles do protestantismo.

R - Muito pelo contrário, o protestantismo tem-se tornado aceitável pelos que


descobrem a verdade. É inegável o crescimento real dos protestantes no Brasil.
Todos os que vieram do catolicismo optaram pelos referenciais seguros
apresentados pela igreja evangélica porque extraídos diretamente da Palavra. A
Bíblia Sagrada é o ponto forte dos protestantes (1 Tm 2.2.15; 3.16-17).

19- Não sou protestante porque esta diluição do protestantismo e a perda dos
valores típicos do Cristianismo, estão na lógica do principal fundador Martinho
Lutero; que apregoava o livre exame da Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes
exclusivas da inspiração subjetiva de cada protestante; cada qual tira das
Escrituras "o que bem lhe convém".

R - A objeção acima é uma repetição. Já falamos sobre o livre exame que é uma
bênção, pois Deus ordena que todos leiam a Sua Palavra. Vejamos. "Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15). "Bem-
aventurados aquele que lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta
profecia..."(Ap 1.3);

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"Bem-aventurado o homem que...tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei
medita de dia e de noite" (Salmo 1.1-2); "Examinais as Escrituras..." (Jo 5.39);
"Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado
receberam a palavra, EXAMINANDO CADA DIA nas Escrituras..." (Atos 17.11).
Logo, cai por terra o argumento do livre exame. A Escritura é para ser lida e
examinada livremente.

Não retiramos das Escrituras o que bem nos convém, porque nela tudo convém.

20- Concluindo! Não sou protestante porque Maria Santíssima disse: Desde
agora, todas as gerações me chamarão de Bem-aventurada; (Lucas 1.48), e nos
cultos protestantes, seu nome, sequer é mencionado. Caiu no esquecimento.
Quem cumpre (Lucas 1.48) é somente a Igreja Católica Apostólica Romana.

R - Deus não divide sua glória com ninguém (Is 42.8). Ele é soberano e somente a
Ele devemos adorar (Mt 4.10). Maria morreu. A tentativa de comunicação com os
mortos é abominação ao Senhor (Is 8.19; Dt 18.10-12). Na parábola do rico e
Lázaro, Jesus informa que os mortos nada podem fazer pelos vivos (Lc 16.19-11).
Bem-aventurada quer dizer feliz. Maria foi uma pessoa feliz.

Jesus chamou de bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os


misericordiosos, os limpos de coração, etc (Mt 5). Então, por ter sido chamada de
bem-aventurada, Maria não ficou investida das prerrogativas de mãe de Deus,
mãe da humanidade, assunta aos céus, advogada nossa, sempre virgem,
imaculada, depositária de preces, rainha dos céus, trono de sabedoria, etc .O
nome da santa Maria é pronunciado por qualquer cristão, observando-se tudo o
que a Bíblia diz sobre ela.

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