Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Confins
Revue franco-brésilienne de géographie / Revista franco-brasilera de geografia
18 | 2013 :
Número 18
A F A C
Résumés
Português Français English
O desafiode pensara cidade em suaperspectiva espacialoferece um conhecimento queenvolve a
construção deuma teoria da práticasócio-espacialurbana,para revelar osentido da realidadecomo
um todo eas oportunidades queestão surgindo nohorizontepara a vida cotidianana cidade.Énesta
perspectiva que se colocou umareflexão críticasobre o significado dareproduçãosocial de longo
prazodo espaço urbano-capaz de iluminara armadilhade reduzir osentido da cidadena
condiçãodereproduçãoforça oude capital,espaçosem sentidoda vida ou dacidadaniae da
experiênciaindividual.Assim, oespaço público comoespaço-tempo na cidade revelouque cada
sujeitoestá localizadoemum espaço específico, construído por uma rede de
significadosexperientesem termos de experiênciacomo uma práticasócio-espacial. Assim, oespaço
a)tem umareal e concretaobjetividade, eb) a dimensão subjetiva: a percepção de queos
cidadãosconstroem sobrea realidade.Estes nãosão independentes epermitem na suadialética a
compreensão dadimensão prática e da dimensão abstratada produçãoespacial.Assim, a cidade
como um produtoda ação humanaé aobjetivaçãoque lhe dáo seu conteúdohistórico e social, é, ao
mesmotempo,o sujeito se tornaconscientedessa produção.
Le défi de penser la ville dans sa perspective spatiale propose un savoir qui porte sur la
construction d'une théorie de la pratique urbaine socio-spatiale, afin de dévoiler le sens de la
réalité dans son ensemble et les possibilités qui se dessinent à l'horizon pour la vie quotidienne
dans la ville. C'est dans cette perspective qu'est placée une réflexion critique sur le sens de la
reproduction sociale à long terme de l'espace urbain - capable d'éclairer le piège consistant à
réduire le sens de la ville à la condition de la reproduction de la force ou du capital, vidé de son
sens d'espace de vie humaine ou de citoyen et l'expérience individuelle. Donc l'espace public
comme espace-temps dans la ville révèle que chaque sujet se situe dans un espace concret,
construit par un réseau de significations vécus au plan du vécu comme une pratique socio-
spatiale. Ainsi l'espace a) a une objectivité réelle et concrète, et b) une dimension subjective: la
prise de conscience que les citoyens construisent sur la réalité. Celles-ci ne sont pas
indépendantes et permettent par leur dialectique de comprendre et la dimension concrète et la
dimension abstraite de la production spatiale. Ainsi, la ville comme un produit de l'action
https://journals.openedition.org/confins/8391 1/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
humaine est l'objectivation qui lui donne son contenu historique et social, est dans le même
temps, le sujet devient conscient de cette production.
Entrées d’index
Index de mots-clés : citoyenneté, droit à la ville, identité abstraite, urbanité
Index by keywords : abstract identity, Citizenship, right to the city, urbanity
Índice de palavras-chaves : cidadania, direito à cidade, identidade abstrata, urbanidade
Texte intégral
Afficher l’image
1 O desenvolvimento deste texto apoia-se na hipótese segundo a qual os conflitos que
eclodem na cidade se realizam como luta pelo espaço. O ponto de partida do raciocínio
toma a cidade como produção histórica revelando a dimensão da vida humana, posto
que todas as relações sociais realizam-se como relações espaço-temporais, significa
afirmar que as contradições do capitalismo são vividas como realidade concreta no
plano da vida cotidiana. Aí se localiza desenvolve-se o “exercício de cidadania” que
concretiza-se como luta pelo direito a cidade.
2 Inaugura-se -nos anos 80- no Brasil, como decorrência do fim da ditadura militar, a
ação dos chamados "movimentos sociais" que colocam em xeque a extrema
desigualdade social decorrente da opção pelo crescimento econômico em detrimento do
desenvolvimento social. Este se materializa na profunda desigualdade sócio-espacial –
o urbano revela acessos diferenciados na cidade – expressa nas relações contraditórias
entre centro e as imensas periferias marcadas pela precarização das habitações,
infraestrutura, e emprego, ao lado da ausência de equipamentos sociais. Também será o
lugar de onde as vozes contrárias a esta situação vão questionar o “direito á cidade”
para todos. Numa fase critica da urbanização esta ação eclode como urgência e tem por
álibi o acesso a moradia, mas para além da resolução da urgência da moradia o que esta
em jogo é a redefinição das diretrizes da produção da cidade como espaço de todos.
3 Como fundamento da luta é o questionamento da cidade produzida enquanto valor
de troca à qual os movimentos sociais contrapõem, como seu negativo, a cidade
enquanto valor de uso. Como desdobramento exige-se a redefinição do “espaço público”
e da constituição dos novos termos em que se realiza a “urbanidade” à luz deste direito.
https://journals.openedition.org/confins/8391 2/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
https://journals.openedition.org/confins/8391 3/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
https://journals.openedition.org/confins/8391 5/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
diferente da ágora grega. Se todo espaço requer um centro como condição de sua
produção o sentido do que é o centro se transformou– da participação coletiva se
metamorfoseia em participação representativa, nesta conversão o cidadão se eclipsa e
só sobra a monumentalidade que revela a espetacularização do espaço.
24 Neste processo a cidade contemporânea aponta a passagem do espaço do consumo ao
consumo do espaço marcado pela mediação da troca sob a lógica da mercadoria. Aqui o
uso e as formas de apropriação do espaço da realização da vida se submetem e se
orientam sob os desígnios da troca mercantil no momento histórico em que o espaço-
tempo de realização da mercadoria, e de seu mundo, aparece como condição da
reprodução da sociedade. E assim a concretização da vida pública aparece imersa no
mundo do espetáculo da sociedade de massas, como consciência alienada.
25 O espaço público se restringe a contemplação passiva, mais do que da ação cívica, as
representações, aqui, assumem papel importante na dissimulação da participação do
indivíduo no projeto coletivo da cidade. O espaço público saturado de imagens, signos
do urbano e da vida moderna, age como elemento norteador dos comportamentos e
definidores dos valores que organizam a troca, hierarquizando os indivíduos através de
seu acesso aos lugares da cidade. Aqui a prática sócio-espacial apesar de fundar-se na
realidade, dissimula-a. A cidade atual revela que o homem cria as condições que o
fazem existir ao mesmo tempo em que cria as condições de vida que se opõem a ela pela
redução das possibilidades da apropriação: nas transformações dos usos, no
encolhimento das possibilidades da realização da troca como condição da sociabilidade.
26 É assim que, na análise da cidade, nos confrontamos com as situações que emergem
no seio da realidade como urgência advindas de uma vida cotidiana fragmentada,
realizada em espaços segregados, como aspiração à uma “outra vida” restaurando a
dialética da necessidade e do desejo. Aqui o espaço público se converteria em lugar da
experiência coletiva da troca generalizada pela ação dos indivíduos que lhe dão
significado e conteúdos. Sob o exercício do direto á cidade, o espaço público aparece
como o lugar da realização concreta da história individual como história coletiva, pela
mediação dos lugares de realização da vida. Por isso a dinâmica do processo de
produção do espaço urbano revela o movimento da sociedade em sua totalidade. Essa
idéia aponta a possível passagem da compreensão do espaço público entendido como
aquele da “esfera pública”, para o entendimento do espaço público - enquanto lugar
determinado da cidade - como condição da realização da esfera pública enquanto
momento da prática sócio-espacial.
Os conteúdos da urbanidade
27 O “direito à cidade” no centro da análise cria uma nova inteligibilidade, iluminando
um projeto para a sociedade: a) como produto da crítica radical ao planejamento e a
produção de um conhecimento sobre a cidade que supere a redução da problemática
urbana àquela da gestão do espaço da cidade com o objetivo de restituir a coerência do
processo de crescimento (apoiado no saber técnico que instrumentaliza o planejamento
estratégico realizado sob a batuta do Estado, justificando sua política); b) como
movimento da práxis, na medida em que o cotidiano os homens os relacionam com um
conjunto de objetos que, cada vez mais, regem as suas relações e são convertidos em
elementos distinguidores na construção da sociabilidade ou de sua negação, na medida
em que as relações com os objetos substitui cada vez mais as relações diretas entre as
pessoas produzindo um mundo do espetáculo permanente, da celebração do objeto.
Aqui o homem esta envolto num ambiente saturado de objetos que acaba provocando a
inércia e a sua subjugação - ocultação do sujeito posto que o triunfo do objeto faz
desaparecer. Isto é, na resplandecência do objeto, o homem torna-se ausente e aí o
objeto aparece como sujeito.
28 A construção deste novo individualismo que contribui ao aprofundamento da
atomização da sociedade se cria e se desenvolve no bojo da sociedade de consumo,
produzindo-se a partir de uma nova orientação: a existência do hedonismo que dá
legitimidade aos prazeres e satisfações materiais mais íntimas. Esse individualismo
https://journals.openedition.org/confins/8391 6/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
https://journals.openedition.org/confins/8391 7/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
Fonte: http://www.riltonsilva.com.br/2011_05_01_archive.html
37 O direito á cidade, neste contexto, pode ser entendido como um carecimento radical
uma necessidade que surge na contramão da história que transforma a propriedade
comunal em potência abstrata na sociedade capitalista. Na cidade a negatividade da
luta pelo direito à cidade indica a necessidade prática de superação da contradição uso-
troca - esta contradição só se resolveria na superação daquilo que funda o capitalismo, a
propriedade privada. Assim se revela o mesmo horizonte delineado por Marx na
questão judaica; a transformação radical da sociedade deve negar à política primeiro
porque ela reduz o homem a membro de uma sociedade civil submetido ao egoísmo, à
propriedade privada. Segundo porque o político está submetido ao controle burocrático
que escapa ao controle democrático, em terceiro lugar porque o partido político está
submetido a suas alianças.
38 O direito à cidade se insere, portanto, como ação que entra em contradição com o
controle burocrático do Estado. Aqui a urbanidade revela os conteúdos da práxis que
vai na direção da ação que coloca em xeque a totalidade da sociedade submetida à
economia e à política que a sustenta e apóia. Orientada pela idéia de cidadania o debate
e as ações ganham novo contorno. Todavia esse conceito revela limites quando
confrontado com os termos do direito a cidade, defendido por Lefebvre, por exemplo11.
https://journals.openedition.org/confins/8391 8/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
https://journals.openedition.org/confins/8391 9/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
Fonte: http://www.cantareira.org/noticias/participacao-cidada-da-periferia-e-retratada-no-jornal-cantareira
48 Essa orientação do pensamento revela as contradições desse movimento real que liga
a vida à apropriação necessária dos espaços-tempo da realização desta própria vida:
https://journals.openedition.org/confins/8391 10/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
como os espaços – tempo da vida cotidiana. Estes atos reais se referem aos usos dos
lugares da cidade, como dimensão necessária à realização da vida e, nesta perspectiva
se defronta e entra em conflito com as necessidades de reprodução tanto do econômico
quanto do político com táticas diferenciadas ligadas a uma estratégia de classe. Assim
na cidade se produz e se vive, como conflito, a contradição entre necessidades e desejos
da realização da vida e as necessidades sempre renovadas da reprodução do capital e do
poder que o sustenta (inaugurando, no momento atual, uma nova relação entre o
estado e o espaço). Reflexões estas, que tem passado ao largo das análises daqueles que
defendem, incondicionalmente, a gestão democrática da cidade como um projeto
revolucionário e transformador da cidade.
49 Assim se inaugura uma ocultação do papel do Estado no espaço, através das políticas
urbanas, que têm o papel de tornar o espaço da cidade programado pela lógica da
circulação subjugada a uma racionalidade que vai produzir a infra-estrutura, capaz de
permitir a migração do capital de um setor a outro na economia de modo a criar,
continuadamente, as possibilidades, sempre renovadas, da acumulação do capital,
agora, sob a égide do capital financeiro.
50 O debate em torno da gestão democrática da cidade aparece profundamente
ideologizado. Neste sentido, se faz necessário pensar o sentido do direito à cidade. Mas
para pensar o que é o direito à cidade, é preciso pensar o que é a cidade, e no que ela se
tornou. É nesse sentido que a cidade se revela para além de simples ato de morar,
espaços-tempos plenos de conteúdos. Espaços privados (o da casa) não isolados lugares
aonde se realiza a vida na cidade na imbricação de vários espaços-tempos; aqueles do
encontro, de reunião e sociabilidade. Envolve a existência dos pequenos comércios de
bairros que vão estruturando as relações de sociabilidade, os trajetos, enfim, todos os
movimentos e todos os momentos desta vida cotidiana que acontecem enquanto prática
através do espaço pelo uso realizado no plano do vivido através do corpo (e de todos os
seus sentidos), percebidos ora como presença, ora como ausências. Estes fatos impõem
um significado à cidade enquanto realidade, ato e possibilidade da realização da vida
humana.
51 Esse entendimento contrapõe-se a existência da propriedade privada que delimita e
esvazia as possibilidades da relação da vida humana. A cidade produzida enquanto
mercadoria, como legado do desenvolvimento do capitalismo, que ao se estender,
ampliou sem limites o mundo da mercadoria, englobou primeiramente os lugares da
cidade para contemporaneamente, produzir a própria cidade enquanto mercadoria e
com ela, o empobrecimento e esvaziamento dos espaços públicos, a normatização dos
momentos do lazer e do ócio. Nessa condição, a cidade invadida e produzida, sob a
égide do valor de troca, como condição e existência da extensão da propriedade privada
sinaliza ao mesmo tempo a reprodução ampliada do capital e o esvaziamento da
urbanidade.
52 Nessa direção os movimentos sociais apontam as necessidades urgentes de uma
mudança da cidade, de uma cidade vivida enquanto perda e privação, estranhamento e
caos. Nesta direção os movimentos sociais se definem como recusa, colocando o direito
à cidade no centro da luta, orientando-a. Os movimentos sociais nas cidades são, assim,
a própria negatividade, isto é, têm a potência da negatividade diante desse processo
enfocando o conflito violento, na cidade entre sua produção enquanto valor de uso e a
exigência da acumulação do capital em produzi-la enquanto valor de troca. 12
53 Os movimentos sociais de moradia, ao colocarem a propriedade privada do solo no
centro da luta apontam a necessidade de transformação radical da sociedade. É assim
que consciência subjetiva desse processo revela a dialética do mundo.
Bibliographie
A Otília, Urbanismo em fim de linha, EDUSP, São Paulo, 1998.
B Jean (et alli), Citoyennété et urbanité, Paris, Ed. Esprit, 1991.
B Walter, Rua de Mão Única, São Paulo, Brasiliense, 1987.
B Walter, “Paris capital do século XIX”, in Walter B ,Flávio K (org.),
São Paulo, Ática, 1985.
https://journals.openedition.org/confins/8391 11/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
C Nestor, Imaginários urbanos, Buenos Aires, Editorial Universitária de Buenos Aires,
1999.
C Ana Fani A.,O lugar no/do mundo, São Paulo, Hucitec, 1996; segunda edição
www.fflch.usp.br/dg.gesp, São Paulo Labur edições, 2009
C Ana Fani A.,A (re)produção do espaço urbano, São Paulo, EDUSP, 1996.
C Ana Fani A.,Espaço e tempo na metrópole, São Paulo, Contexto, 2001
C Ana Fani A., “O direito á cidade e a construção da metageografia”, in Revista Cidades,
GEU, vol1,n.1, 2004, Presidente Prudente, grupo de estudos Urbanos, pp221-247
C José Murilo, Cidadania no Brasil, o longo caminho, Civilização Brasileira, Rio de
janeiro, 2004
C R ’ , Pour la ville, Paris, CERAS, 1995.
C Michel de, A invenção do cotidiano, (1.Artes de fazer), Petrópolis, Vozes, 1994.
C L Paul-Henri, La fin des villes : mythe ou réalité, Paris, Ed. Calmann Lèvy,
1982.
D Guy, La societé du spetacle, Paris, Éditions Gallimard (Folio), 1992.
D Jean, Lieux et non lieux, Paris, Galilée, 1977.
H Agnes, A filosofia radical, São Paulo, Ed. Brasiliense, 1983
H Max, E clipse da razão, Editorial Labor do Brasil, Rio de Janeiro, 1976. página139.
L Henri,La production de l’espace, Paris, Anthopos, 1986.
L Henri,Le droit à la ville suivi de L'espace et politique, Paris, Éditions Anthropos,1971
L G Jacques e G Louis, Crise de l’urbain, futur de la ville (Colloque de Royaumont),
Paris, Ed. Economica, 1985.
M Ermínia,Metrópole na periferia do capitalismo, São Paulo, Hucitec, 1996.
M José de Souza, A sociabilidade do homem simples, São Paulo, Hucitec, 2000.
M T.H., “Cidadania e classe social”, in Cidadania, classe social e status, Ed. Zahar, Rio
de Janeiro, 1967, cap.3.
M Karl, Manuscritos Economico - Filosóficos de 1844, Bogotá, Editorial Pluma, 1980
M Karl, A questão judaica, Ed. Moraes, São Paulo, s/d.
M C , Cadernos MCIDADES nº 1 a 6, Brasília, 2004.
O A., La banque mondiale et les villes- du dévelloppment à l ajustement, Paris, Kathala,
1995
P Tierry L., Homo urbanus, Paris, Essai Éditions du Félin, 1990.
R Orlando, Geografia e Civilização, Livros Horizonte, Lisboa, 1992
R Marcel, La ville et ses territoires, Paris, Gallimard, 1990.
S Milton, A natureza do espaço (razão e emoção), São Paulo, Hucitec, 1996.
S Décio, “Cidadania e capitalismo”, in Crítica marxista, n. 16, p. 9-38 Boitempo, São Paulo,
2003.
S J Orlando,Q R LC, A Sérgio (org), Governança e poder local, Ed.
Renevan, Rio de Janeiro, 2004.
S José B. e alli., A cidade e o urbano, Fortaleza, Edições UFC, 1997.
S Edward, Geografias pós-modernas, Rio de janeiro, Zahar Editores, 1993.
S Maria Adélia A. (e outros), Metrópole e Globalização, São Paulo, Ed. CEDESP, 1999.
V Pedro e S Mello e S , Novos estudos de Geografia Urbana brasileira,
Salvador, Editora Universidade federal da Bahia, 1999.
Notes
1 Aqui refiro-me a uma diferença entre “exercício de cidadania” que é uma ação como produto da
consciência em torno das contradições vividas concretamente na vida cotidiana, do “discurso da
cidadania”.
2 Este assunto foi alvo de pesquisa apresentada no livro “Espaço e tempo na metrópole”, Editora
Contexto, 2001.
3 a equalização do desigual se refere aqui a tratar todos os cidadãos como se fossem iguais,
todavia sua renda define acessos diferenciados para cidadãos que em tese, tem os mesmos
direitos mas o exercem de forma desigual como decorrência dos fundamentos desiguais da
sociedade capitalista.
https://journals.openedition.org/confins/8391 12/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
4 A cidade é o lugar da realização possível do desejo. Esse se refere as possibilidades de
realização da vida humana em sua plenitude, sem separações e normas rígidas que tornam o ato
de habitar um uma ação reduzida àquela da moradia sob o signo da realização do valor e da
norma da dominação que se realiza com a extensão da propriedade privada no espaço.
5 “Governances” in Les annales de la recherche urbaine n°80-81, décembre de 1998.p. 3-25.
6 T.H.Marshall, Cidadania e classe social, in Cidadania, classe social e status, Ed. Zahar, Rio de
Janeiro, 1967, cap.3.
7 José Murilo de Carvalho, cidadania no Brasil: o longo caminho, Civilização brasileira, Rio de
janeiro, 2004.
8 “as liberdades civis se configuraram como fenômeno essencial e necessário à reprodução do
capital, pois o poder político continua nas mãos dos grandes bancos e das instituições ou
sociedades financeiras porisso os governos de esquerda sempre tiveram que se adaptar ao poder
da classe capitalista gerindo a economia dentro dos limites fixados pelos interesses econômicos e
políticos da classe social” Décio Azevedo de Saes, Cidadania e capitalismo: uma crítica á
concepção liberal de cidadania, in Crítica marxista nº 16, Boitempo, março de 2003 p. 9-38
p. 25/26.
9 op cit, idem, p. 38.
10 A filosofia radical, Editora Brasiliense, p. 143.
11 em várias obras, dentre elas “Le droit à la ville” de 1968.
12 Todavia os movimentos sociais na cidade guardam diversos conteúdos, em alguns momentos,
são, mesmo, capturados pela lógica do Estado.
Auteur
Ana Fani Alessandri Carlos
Professora no Departamento de Geografia da USP, anafanic@usp.br
Droits d’auteur
Confins – Revue franco-brésilienne de géographie est mis à disposition selon les termes de la
https://journals.openedition.org/confins/8391 13/14
10/10/2019 Espaço público e “nova urbanidade” no contexto do direito á cidade
licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes
Conditions 4.0 International.
https://journals.openedition.org/confins/8391 14/14