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LEGISLAÇÃO PORTUGUEZA o
COLLIGIR A
POR
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ANNO DE 1865
LISBOA ' V
IMPRENSA NACIONAL'
1866
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«As leis serão publicadas 110 periodico official do governo; e esta publicação, a contar do dia
que se fizer na capital, substituirá as vezes da publicação na chancellaria mór do reino, continuando
em tudo o mais a legislação existente a este respeito, emquanto opportunamente se náo prescreverem
as solemnidades que deVieím acompanhar a publicação das leis, e os prasos fixos cm que hão de co-
meçar a obrigar em todos e cada um dos pontos da monarchia.»
Decreto de 19 de agosto de 1833, artigo 2.°
«A* leis começarão a obrigar cm Lisboa e termo tres dias depois d'aquejle em que forem publi-
cadas no Diario do Governo; nas mais terras do reino quinze dias depois daquella publicação; e nas
ilhas adjacentes oito dias depois do da checada da primeira embarcação que conduzir a publicação
official da lei.» Lei de $ de outubro de mi, artigo
«A administração geral da imprensa nacional è auctorisada para dar á estampa e fazer inserir
na Collecção Official, alem dos diplomas legislativos e regulamentares, publicados no Diario do Go-
verno, todos os que tiverem força de obrigar, quer se achem inéditos, quer estejam impressos em
escriptos avulsos, uma vez que, de ordem dos respectivos ministros e secretarios d'estado, sejam para
isso rubricados pelos officiaes maiores daí secrátar&s d'estado por onde os mesmos diplomas se tive-
rem expedido.» Portaria (pelo ministerio do reino) de 3 de setembro de 1850, artigo 2.°
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INDICE
1862
PAU.
Agosto 28 Carta regia (pelo ministerio doa negocios estrangeiros—Diario de Lisboa nº35
entre Portugal e a republica de Nova Granada ou Estados Unidos do Colombia :
1864
Junho ( Lei pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n . º 1 8 0 de 12 de agosto de 1865)
ria, para o concelho de Soure, districto de Coimbra, para todos os effeitos 358
1865
Janeiro 5 Resolução n.° 236 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 9 de
12 de janeiro) declarando que o carbonato de potassa retinado (5 sujeito ao di-
reito de 50 réis p o r kilogramma .......................... 1
5 Resolução n . ° 2 3 7 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 6
réis por kilogramma 1
5 Resolução n.° 238 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario de Lisboa
de 9) declarando que a caima da India em pedaços é admittida sem direitos. . . 2
5 Portaria (pelo ministerio rio reino — inedita) declarando que as juntas geraes não
podem lançar aos concelhos as quotas para as despezas do districto, senão em
harmonia com a lei de 30 de março de l861 527
12 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que a junta geral de cada
districto deve fazer uma só consulta, e um só relatorio, e não tantos quantos
são os ministerios 527
13 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.º 12 de 16) de-
terminando como e quando devem ser entregues aos empreiteiros de obras publicas
14 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 13 de 17) ap-
provando a tabella de preços do transporte de minérios pelas linhas ferreas de
sul e de sueste 2
16 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 18 de 23) auctorisando
a empreza do theatro de S. Carlos a estabelecer uma aula de instrucção prima-
ria gratuita no mesmo theatro 3
16 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Dia rio de Lisboa nº25 de 31) re-
conhecendo Jayme Larcher como descobridor da mina de ferro na serra do Ho-
salgar 3
16 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 26 de 1 de
fevereiro) reconhecendo Jayme Larcher como descobridor da mina de ferro no
Serro da Mina 4
18 Ordem do exercito n.° 2 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 17 de
21) determinando as direcções do mesmo ministerio a que ba de ser dirigida
a correspondencia sobre a administração da fazenda militar, e a dos generaes
encarregados das inspecções dos corpos e armas especiaes 5
18 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 18 de 23) regulando as
formalidades e as condições das licenças para balance 5
IV
governador civil de Faro a propor a junta geral o destino que deviam ter os
bens de uma irmandade extincta 35
pagamento de portagem nas barcas, quer do estado quer das camaras, os empre-
gados na fiscalisação do tabaco 331
4 Portaria (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 32 de 9de-
clarando que só ao governo compete o direito de determinar que uma estrada
seja aberta ou vedada ao transito publico 36
4 portaria (pelo ministerio da guerra —Diario de Lisboa n.° 37 de 15) approvando
as instrucções para as inspecções dos corpos das diversas armas 30
6 Ordem do exercito n.° 5 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa nº 37 de
15) ordenando que os recibos interinos existentes nas pagadorias militares se-
jam impreterivelmente trocados dentro do anno economico a que pertencem e
Hespanha se averbe nos assentamentos de praça o fundamento da concessão da
medalha 39
inspeccionados pela junta de revisão, não devem ser submettidos a nova inspec-
ção, servindo aquelle exame para o recenseamento de qualquer anno a n t e r i o r . . . 532
7 Portaria (pelo ministerio do reino inedito) declarando que um mancebo, recen-
seado e sorteado para recruta, que tomou ordens sacras, nem póde ser compelido
8 Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 51 de 4 de março) ap-
provando o regulamento para o serviço das companhias de guarnição das ilhas 40
8 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa n.° 33 de 10)
sobre modificações no serviço telegraphico da Turquia 44
8. Portaria (pelo ministerio do reino--inedita) declarando que as commissões de re-
censeamento não podem exigir esclarecimentos e informações senão das anctoridades
do concelho onde servem e não das de outro 533
10 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 35 de 13) determi-
nando o cambio para a conversão da divida externa em divida interna 45
10 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que as juntas geraes não
podem extinguir inteiramente as rodas, nem fazer regulamentos para o serviço
dos expostos, que os seus actos illegnes devem ser declarados nullos pelo gover-
VI
14 Resolução n.° 246 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario ..de Lisboa n ° 3 9 de 17)decidindo
14 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa, n.° 42 de 21) concedendo
16. Resolução n.° 247 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 46
de'25) determinando que as mantinhas de seda paguem direitos como lenços de
seda, 5$000 réis por kilogramma > 48
16 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 48 de 1 de
março) fixando a quantidade de vinho do Douro approvado para a exportação 49
21 Resolução n.° 249 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 62
direito de 1$000 réis por kilogramma 76
22 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 69 de 27) determinando
o numero de exemplares das obras dos socios da academia real das sciencias,
Ou das mandadas imprimir por conta d'ella, que hão de dar-se aos auctores d'el-
las e a cada um dos socios da academia. 76
22 Edital (da camara municipal dos Olivaes—Diario de Lisboa n.° 72 de 30) regulando
23 Resolução n.° 251 (pelo conselho geral das alfandegas—Diário de Lisboa n.° 73
de 31) declarando que o tabaco denominado «breva» paga 1#600 réis por kilo-
gramma.. * 79
23 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 76 de 4 de abril) appro-
vando para uso das escolas e taxando os livros Novo epitome da historia de
Portugal, e Compendio de historia de Portugal... 80
23 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 88 de 20 de
abril) approvando os estatutos da associação industrial Villarealense . . i 81
1 1
' 24 Lei (pelo ministerio da fazenda.—Diario de Lisboa n.° 69 de 27) fixando a con- .
tribuição predial para o anno de 1866 81
24 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.°:69 de 27) prorogando
no Porto. 82
24 Lei (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 69 de 27) fixando a contribuição
24 Lei (pelo ministerio das obras publicas—Diário de Lisboa n.° 69 de 27) conce-
dendo á companhia do palacio de crystal um subsídio de 73:550$000 réis 83
2 6 Annuncio (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 69 de 27) sobre a crea-
!
ção de diversas cadeiras de instrucção primaria para serem providas logoque se
realisem os subsidios offerecidos para ellas ; 84
26 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n 0 243 de 26 de
outubro) concedendo a Alonso Gomes, por tempo illimitado, a mina de man-
ganez na herdade de Penedos, concelho de Castro Verde 542
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 71 de 29) re-
conhecendo Jorge Suche como descobridor da mina de chumbo de Abergan no
concelho de Tabuaço 85
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 72 de 30) re-
conhecendo Jorge Suche como descobridor da mina de chumbo do Zambulhal,
, concelho de Tabuaço 86
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 73 de 31) re-
conhecendo Jorge Suche como descobridor da mina de chumbo do Tedo, conce-
lho de Tabuaço 88
28 Resolução n.° 252 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario de Lisboa nº 71
dè 29) declarando que as pelles curtidas estão sujeitas ao direito de 200 réis por
, kilogramma 89
28 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) mandando levantar antos da investigação
mento do Peso da Regua, subtrahindo o livro do recenseamento, e declarando
que o administrador do concelho deve interpor quaesquer recursos com as co-
pias que tiver, aindaque não authenticada ; 543
29 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que não póde ser considerado refractari
IX
culpado em crime que não admittia fiança, não podia apresentar-se sem sorabsolvido544
Abril 11 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 83 de 12) permittindo
18 Mappa (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa nº 90 de 22) dos registos
19 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º 89 de 22) approVando
de pessoa... 132
20 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º-91 de 24) approvando
20 Resolução n.° 256 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 91
de 24) dedarando que as folhas de madeira pagam, direitos como madeira para
marceneria, segundo a sua qualidade 133
21 Annuncio (pela direcção geral dos correios — Diario de Lisboa n.° 91 de 24) pu-
blicando a tabella dos portes a que são sujeitas as correspondências originarias
de Portugal, Açores, Madeira e provincias da costa occidental da Africa, com
destino- á-Prussia, aos estados da união allemã, e aquelles que a Prussia serve de
intermedio, etc. .. 133
nas execuções administrativas se contem pela ultima tabella judicial 547
22 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) -declarando que ais:idespezasidos cemiterios são obrigator
povoações que tiverem construido cemiterios privativos para os seus habitantes. 547
24 Resolução n.° 257 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 92
de 25) declarando que o carbonato dè soda refinado, contendo, 10 por Cento de
soda caustica, deve pagar os direitos marcados para o. carbonato de soda secco
Abril 24 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.º 107 de de
maio) concedendo a Ricardo Jones privilegio por cinco annos, como inventor
de um novo methodo de conservação de substancias animaes e vegetaes 138
25 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 93 de 26) mandando
que a junta do credito publico consulte sobre o modo de tornar extensiva aos
concelhos cabeças de comarca o pagamento ali dos juros das inscripções 138
25 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 108 de 13 de
maio) concedendo a João Baptista Burnay privilegio por quinze annos como
inventor de um processo de distilação dos troncos e raizes das coniferas, que per-
mitte separar a terebinthina e outros productos da distilação 138
26 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 94 de 27) determinan-
do que não fosse provido o logar de chefe do serviço da alfandega de Lisboa,
logar vago 139
de 28) determinando que os commandantes das brigadas de instrucção fiscalisem pessoalmente os exe
18 Lei (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 114 de 20) concedendo á irmandade
22 Resolução n.° 269 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 118
de 26) declarando que os juncos cortados e faceados, que não podem ter applicação senão
serviço deve ser feito, e regulando a faculdade dos governadores civis de prover
em-Casos o m i s s o s . . . . . ...:. ... .... 552
23 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 117 de 24) ordenando
execução o novo horário, approvado em portaria de 19 de Abril . . 169
23 Decreto (peIo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 125 de 3 de junho) approvando òs-arrendamentos feitos n
4
m
Maio 24 Portaria (pelo ministerio das obras publicas -Díario de Lisboa n.° 118 de 26) nomeando a co
24 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n . º 1 1 9 de 27)
;
creando concursos annuaes de gado bovino para as raças puras de Barroso e de
24 Resolução n º270 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 120
de 29) declarando que as ardozias em fórma de livros estão comprehendidas no
artigo 26º dos preliminares da pauta 173
26 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n:°120 de 29) no-
meando a commissão encarregada de organisar o plano de melhoramentos do .
Porto ...: a... 173
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa nº 120 de 29)
nomeando a commissão que ha de organisar o plano de melhoramento de Coim-
bra.................. .a 173
27 Officio (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º 120 de 29) de-
clarando um artigo das condições geraes das empreitadas . 174
29 Portaria (pelo ministerio do Reino inedita) declarando que SÓ 'podem ser sujei-
tos a aluguer os terrenos considerados bens proprios dos concelhos , mandando
incluir no orçamento do concelho de Alijó a dotação para as estradas, e fazendo
outras emendas no mesmo orçamento. ......... . 554
30 Decreto pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.°. 128 de 7 de junho)
tugueses 178
30 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa nº122 de 31) approvandò
das caleiras do aqueducto das aguas livres desde a Porcalhota até ao ponto de
entroncamento no aqueducto da Mata 184
Junho 3 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa n.° 126 de 5)
fazendo constar que se acha aberta a estação do Fundão 184
5 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 128 de 7) or-
denando que o director das obras para o abastecimento das aguas da capital
proponha as providencias precisas para que durante o verão se aproveitem
melhor as dos chafarizes 185
6 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 128 de 7) or-
denando que a commissão encarregada de propor o plano de melhoramentos da
capital tenha em vista a necessidade de construir casas 185
6 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 140 de 26)
concedendo provisoriamente a mina de chumbo da Portella de Carros, a Carlos
Augusto Bom de Sousa 185
6 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—diario de Lisboa n.° 140 de 26)
concedendo provisoriamente a Carlos Augusto Bon de Sousa a mina de chum-
bo de Adorigo, concelho de Tabuaço 185
7 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 130 de 9) regulando
o modo de pagamento dos ordenados dos empregados, e os vencimentos das
classes inactivas sem deducções aquelles, e com o augmento de 25 por cento
a estas, etc 186
7 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 131 de 10) fixando a
congrua dos presbyteros europeus que no Oriente forem encarregados do gover-
no de alguma diocese, ou de alguma missão, e determinando que se dê passa-
gem paga aos presbyteros que forem para a india pôr-se ás ordens do arce-
bispo de Goa 186
7 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 131 de 10) fixando
a congrua do ecclesiastico que for nomeado para substituir o arcebispo de Goa,
no caso de impedimento d este ou de seu fallecimento 187
8 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 133 de 14) abrindo um
credito extraordinario para despezas de policia 187
Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 133 de 14) abrindo um
credito extraordinario para despezas com as obras da padaria militar 188
8 Decreto (pelo ministério das obras publicas — Diario de, Lisboa n.° 134 de 16)
abrindo um credito extraordinario para as despezas da fiscalisação e explora-
ção dos caminhos de ferro 188
8 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 135 de 17) approvando
o regulamento para os actos de philosophia da universidade 189
8 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diário de Lisboa n.° 141 de 27)
abrindo um credito extraordinario para as despezas a fazer com o serviço dos
telegraphos do reino ' 190
8 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 131 de 10) abrindo
um credito extraordinario para pagamento dos saques feitos pelo governador de
Timor, e para o das despezas extraordinarias em soccorros a Cabo Verde 190
9 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 131 de 10) approvando
o regulamento interino para a succursal do banco ultramarino em Loanda 191
9 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 131 de 10) man-
dando elaborar um projecto para o arrendamento em hasta publica da fabrica
de cal do Rio Secco 196
9 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 132 de 12) declarando
que os mancebos sujeitos ao recrutamento da armada que forem admittidos a
servir como substitutos deverão depois completar o tempo de serviço que pes-
soalmente lhe pertença, alem d'aquelle do contrato 196
9 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 132 de 12) no-
meando para a commissão encarregada do estudo da padaria na capital o ge-
rente da companhia lisbonense de moinhos a vapor. 197
9 Portaria (pelo ministério das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 133 de 14) con-
cedendo provisoriamente a Freitas & Dromgaole a mina de manganez na her-
dade da Alparchina, concelho de Ourique 197
9 Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 139 de 22) regulando
o modo por que os conselhos administrativos dos corpos hão de remetter á com-
missão de lanificios as massas para fardamento 198
9 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 166 de 27) determi-
nando que os maritimos admittidos no serviço da armada como substitutos, se
lhes tocar por sorte servir por si, completem o tempo de serviço a que estão obri-
gados pelo contrato, e depois o que lhes tocar pessoalmente 556
10 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 132 de 12) concedendo
a Augusto Archer da Silva o privilegio exclusivo da navegação do rio Quanza
por barcos de vapor 198
10 Ordem do exercito n.° 25 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 133
de 14) regulando a liquidação e entrega do saldo por ajuste de contas ás praças
contratadas que forem despedidas do serviço por incapacidade p h y s i c . . . 201
10 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 139 de 22) mandando
melhorar o rancho dos soldados em Cabo Verde, e pedindo um mappa do ran-
cho distribuido nos ultimas doze mezes 202
XVI
Junho 10 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 134 de 16) mandando
;
pagar os juros de inscripções de assentamento o de coupons nos concelhos ca-
pitaes das comarcas judiciaes 203
10 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 134 de 1(3) ap-
provando o regulamento do banco Lusitano 206
10 Portaria (pelo ministerio da m a r i n h a — D i a r i o de Lisboa n.° 133 de 14 ) indicando
ao governador geral de Cabo Verde como devem ser distribuidos os soccorros
que vão mandar-se-lhe para attenuar a escassez de colheitas no archipelago... 206
10 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 142 de 28) creando
no Ribatejo um concurso annual de gado cavallar nascido e creado em Portugal 206
11 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) mandando proceder contra uma com-
missão de recenseamento que não fez os trabalhos nos prasos legaes, e declarando
que o governador civil devia ter tomado conhecimento das reclamações que con-
tra este abuso se lhe fizeram 356
12 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 137 de 20) mandando lou-
var Manuel Joaquim da Silva Capello pelo offerecimento de livros, pautas, lou-
sas, etc., para a escola da villa d'Alva 208
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 137 de 20) ap-
provando os estatutos da associação de soccorros mutuos denominada protectora
dos artistas de Olhão 208
14 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 166 de 27 de julho)
ordenando que âs praças de marinhagem que em cumprimento de sentença s e r -
virem nos navios do estado, se abone ração de vinho e de aguardente 209
17 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 136 de 19) declarando
que o pagamento de matricula effeituado pelos alumnos como externos, lhes
aproveita para a disciplina que frequentarem como voluntários, pertencendo ao
mesmo anno do curso 209
17 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de
julho) approvando os estatutos da associação philarmonica protectora do monte
pio de Nossa Senhora de Caparica 209
19 Mappa (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 137 de 20) dos
registos de minas, caducos, nos termos do decreto de 13 dc agosto de 1 8 6 2 . . . 211
20 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) determinando que u m a eleição (Jye
havia de ter logar em julho se fizesse pelo recenseamento revisto, comquanto
lhe faltassem ainda as rectificações que podessem ser ordenadas pelos tribunaes
superiores 557
21 A n n u n c i o (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa n.° 139 de 22)
fazendo publico que foi aberta a estação do Pomarão 212
21 Decreto (pelo ministerio da m a r i n h a — Diario de Lisboa n.° 141 de 27) regulando
a alheação das roças da fazenda na provincia de S. Thomé e Principe 212
21 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa, n.° 170 do 1.° de
agosto) concedendo por tempo illimitado á firma Soares Sobrinho & socios a
mina de cobre de Alcalá e Alcalaim, concelho de Evora 212
21 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que os mancebos que vo-
luntariamente assentam praça são levados em conta nos concelhos do seu do-
micilio, mas no anno seguinte aquelle em que tiverem praça 558
27 Portaria (pelo ministerio do reino—-inedita) dispondo que se chamem facultativos
civis para as juntas de revisão, quando estiverem impedidos os militares 558
28 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.º de julho)
abrindo um credito extraordinario para. soccorros á provincia de Cabo Verde. 214
28 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo um credito extraordinario para pagamento das despezas do serviço pu-
blico em Cabo Verde .• 214
28 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo um credito supplementar para pagamento da differença de custo das
rações das praças da armada, durante o segundo semestre do anno economico
corrente 214
28 Resolução n.° 274 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 144
do 1.° de julho) declarando que as garrafas de vidro branco, ainda destinadas
para a exportação de vinhos nacionaes, são sujeitas ao direito de 160 réis por
kilogramma . 215
28 Resolução n.° 275 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 144
do 1.° de julho) declarando que um tecido de linho differente do brim devia ser
sujeito ao direito de 500 réis por kilogramma, como tecido de linho não classi-
ficado 215
29 Decreto (pelo ministerio da justiça — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo u m c r e d i t o supplementar p a r a pagamento dos magistrados aposentados
e do augmento do terço 216
29 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 145 de 3 de julho)
abrindo um credito supplementar para pagamento da differença do preço das
rações de pão e de forragem do exercito nos mezes de abril a junho . . . 216
29 Decreto (pelo ministerio da g u e r r a — Diario de Lisboa n.° 145 de 3 de julho)
abrindo um credito extraordinario para obras no edificio da escola do exercito. 216
29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de ju-
lho) abrindo um credito supplementar para despezas da repartição dos correios. 217
XVII
Junho 29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de ju-
lho) abrindo um credito supplementar para pagamento das despezas da repar-
tição de pesos e medidas 217
29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de ju-
lho) abrindo um credito supplementar para satisfazer á companhia dos canaes
de Azambuja a differença entre o rendimento liquido do canal e o juro do ca-
pitai desembolsado 217
29 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa nº 164 de 25 de julho)
abrindo um credito extraordinario para pagamento do augmento de 20 réis dia-
rios no pret das praças do exercito 217
30 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo creditos supplementares para pagamento do excesso de despeza com as
côrtes, com restituição de direitos de tonelagem, com juros de diversas transac-
ções, com ordenados de empregados aposentados, com a fiscalisação das alfan-
degas, com as quotas pela arrecadação dos rendimentos publicos, e com as ma-
trizes e lançamentos 218
30 Decreto (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo um credito supplementar para pagamento da differença de cambios e
premios de transferencias de fundos a cargo da junta do credito publico 218
30. Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º152 de 11 de
julho) reconhecendo Armand Theophylus Donnet cómo descobridor da mina de
cobre na herdade das Caldeiras, concelho de Elvas 218
30 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 198 de 23 de
agosto) abrindo um credito extraordinario para pagar a despeza da repartição das
matas 558
Julho 1 Ordem do exercito n.° 28 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 147
de 5) declarando que o augmento de pret ás praças do exercito deve começar a
contar-se de 20 de maio 221
1 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 160 de 20) con-
cedendo á firma Soares Sobrinhos & Socios a propriedade da mina de cobre de
Alcala e de Alcalaim, concelho de Evora 221
3 Anuncio (pela direcção geral dos telegraphos —Diario de Lisboa n.° 146 de 4) declarando
dos ás estações para serem transmittidos devem ir fechados 222
bro) auctorisando os commandantes dos navios de guerra, que tocarem no- cabo
de Boa Esperança a despenderem com a policia do paiz as quantias precisas
Julho para a captura dos desertores 559
8 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 152 de 11 ) declarando
que o conselho de districto só póde auctorisar emprestimos rios termos da lei
de 6 de junho de 1864, quando esses emprestimos houverem de ser applicados
nos termos d'ella, e que a dotação para as estradas ha de ser incluida forçosa-
mente nos orçamentos municipaes do anno corrente . . . . 235
8 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa 151 de 10 de
julho) declarando que se acha aberta a estação de Mangualde 236
10 Ordem do exercito n.° 29 (pelo ministerio da guerra —Diario de Lisboa n.° 153 de
12) mandando que sejam indeferidas nos corpos as pretensões das praças de
pret que pretenderem passar para as guardas municipaes se os pretendentes não
tiverem dois annos de serviço e assento sem nota 236
10 Decreto (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 162 de 22) estabelecendo
o direito de 100 réis por kilogramma para o carroá em obra. 237
10 Decreto (pelo ministerio da fazenda —Diario de Lisboa n.° 163 de 24) estabelecendo
o direito de 75 réis por kilogramma para a seda em desperdícios de tear 237
10 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 180 de 22 de agosto)
- determinando que ás praças de pret do exercito que voluntariamente forem ser-
vir no ultramar se abone o pret em moeda forte 238
10 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 180 de 12 de
agosto) concedendo provisoriamente a Jorge Suche a mina de chumbo do Tedo,
concelho de Tabuaço 238
11 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 159 de 19) estabelecendo
o quadro dos officiaes e praças de pret da padaria militar 239
strucções para a recepção e deposito dos productos estrangeiros que têem de ser
depositados no edificio da exposição internacional do Porto 240
11 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 156 de 15) louvando o
conselho director da associação protectora do asylo de D. Pedro V no Campo
Grande, por ter dado casa, mobilia, preparos e gratificação ao professor e pre-
mios para os alumnos da escola da freguezia 248
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 157~de 17) fixando o
quadro e vencimentos dos empregados da contadoria da junta de fazenda de
Cabo Verde 248
11 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 186 de 21 de
agosto) auctorisando a transferencia da propriedade da mina de chumbo de Ser-
radella de R. H. Russell para a companhia de mineração portuense .... 559
recolhidos pelos aferidores devem ser entregues aos inspectores de pesos e me-
didas . . 560
21 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 156 de 15) creando em
Macau um corpo de interpretes de lingua sinica e designando os respectivos ven-
cimentos 249
12 Carta regia (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 157 de 17)
convidando Sua Magestade El-Rei D. Fernando para presidir á commissão dire-
ctora da exposição dos productos nacionaes em Lisboa e dos trabalhos prepara-
torios da de Paris 249
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.°157de 17) or-
denando que o presidente do conselho de ministros e os ministros do reino, fa-
zenda, marinha e obras publicas, façam parte da commissão directora da expo-
sição dos productos nacionaes e a presidam na ausencia de El-Rei, e que sirva de
secretario o conselheiro Rodrigo de Moraes Soares 250
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 157 de 17) creando
a commissão central directora aos trabalhos preparatorios para a exposição de
Paris, dividindo-a em secções, etc 250
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario do Lisboa n.° 157 de 17) creando
um premio de honra de 500$000 réis para ser conferido ao creador nacional
que sobresaír no complexo de fedas as disposições que constituem a industria
cavallar e regulando a fórma da sua concessão 251
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 157 de 17)
abrindo um credito extraordinario para a continuação das obras do porto ar-
tificial de S. Miguel 252
12 Resolução n.° 278 (pelo conselho geral das alfandegas—Diário de Lisboa n.° 157
de 17) declarando que os chailes de lã com barra de seda estão sujeitos aos di-
reitos estabelecidos no n.° 3.° do artigo 24.° dos preliminares da pauta 253
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 162 de 22)
concedendo por tempo illimitado a Carlos Augusto Bon de Sousa a mina de
chumbo de Ádorigo, concelho de Tabuaço. 253
12 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que no impedimento tem-
porário dos recrutas effectivos sejam chamados os supplentes, guardada a ordem
do sorteamento 560
13 Resolução n.° 277 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 154
de 13) declarando que o oleo de côco est áisento de direitos 255
m
Julho 13 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 156 de 15) abrindo,
um credito extraordinario para a conclusão das obras e melhoramentos dos
pharoes 255
15 Ordem da armada n.° 36 (pelo ministerio da marinha —Diario de Lisboa n.° 186
de 12 de agosto) determinando que os militares das provincias ultramarinas
que estão no reino estudando apresentem no começo ao anno lectivo certidão
de matricula em todas as aulas que constituem o anno de estudo, e no fim do
anno lectivo certidão de approvação 255
14 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 157 de 17) isentando
do serviço da armada um mancebo que tinha um irmão com praça no corpo
de marinheiros militares 256
15 Ordem do exercito n.° 30 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 159
de 19) regulando o abono das praças dos corpos da 9ª e 10ª divisão militares
que estiverem addidas aos corpos do continente, e o das praças que do conti-
nente tiverem passagem para as ilhas, e vice-versa, e ordenando que os con-
selhos administrativos ou os individuos que têem a seu cargo utensílios milita-
res, remettam um mappa d'elles ao arsenal do exercito até 31 de julho 256
17- Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 16o de 26) determinando
corpos quando lhes for applicada a exclusão temporaria, que durante as ferias
os da escola polytechnica fiquem ás ordens do commandante da escola do exer-
cito, assim como se perderem o anno, etc 257
18' Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 159 de 19) mandando
isentar um mancebo do serviço da armada por ter um irmão n'elle 257
19 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 186 de 21 de agosto)
determinando que os maritimos matriculados como praticantes dè pilotagem em
. . um navio de commercio, sejam isentos do recrutamento 560
19 Resolução n.° 279 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 161
de 21) declarando que o carbonato de soda contendo partes de soda caustica
deve pagar os direitos segundo a porção d'estas substancias 258
21 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 164 de 25) nomeando
. uma commissão para propor o plano de illuminação das costas do reino 258
21 Decreto (pelo conselho das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 164 de 25)
abrindo um credito extraordinario para as despezas do arrolamento dos vinhos
•do Douro da novidade de 1864 259
21 Annuncio (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 162 do 22) sobre crea-
ção de cadeiras de instrucção primaria em Angra 259
22 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 163 de 24)
declarando legalmente constituido o banco lusitano 259
22 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 164 de 25) approvando
sitano 259
22 Decreto (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 168 de 29) alterando
a organisação das alfandegas de Barca de Alva e de Lagoaça 260
24 Portaria (pelo ministerio da guerra—Diario dc Lisboa n.° 173 de 4 de agosto)
prorogando até 31 de dezembro o praso para as reclamações das prestações pa-
gas ao monte pio militar 260
24 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 176 de 8 de agosto)
nomeando um vogal para a commissão encarregada de propor as medidas para
melhorar-se o estado de Cabo Verde 261
25 Decreto pelo (ministério da marinha—Diario de Lisboa n.° 167 de 28) determi-
nando os castigos que no uitramar devem ser impostos aos diversos crimes de
deserção militar, e determinando os tribunaes para onde póde recorrer-se dos
julgamentos n'estes delictos 261
25 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario dc Lisboa n.° 170 de 1 de agosto)
abolindo os castigos corporaes nas tropas do ultramar, applicando-lhes a legis-
lação do reino, e determinando as provincias onde devem servir as praças decla-
radas incorrigiveis, etc 162
26 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 166 de 27) determi-
nando que seja considerado documento essencial para desembaraçar qualquer
embarcação responsavel por avaria ou abalroamento por quantia não excedente
a 50$000 réis, o recibo d'esta quantia passado pelo capitão do porto 263
26 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 168 de 29) determi-
nando os vencimentos dos empregados civis, ecclesiasticos, judiciaes e militares
em Macau 263
26 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 169 de 31) approvan-
do o contrato feito com João Baptista Burnay, para a concessão de uma parte
do ilheu de Santa Maria, e de uma porção da praia fronteira para deposito de
carvão de pedra 265
26 Portaria (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 186 de 21 de agosto)
' em commissão, e estabelecendo as gratificações dos officiaes encarregados
d'ella .....267
26 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 173 de 4 de agosto)
' mandando servir nos regimentos de artilheria e companhias de artilheria dos
XX
abrindo um credito extraordinario para pagamento dos soldos dos officiaes mili-
tares em commissão no referido ministerio 291
Agosto 10 Portaria (pelo ministerio das obras publicas— Diario de Lisboa n.° 184 de 18) con-
cedendo provisoriamente a Jorge Suche a mina de chumbo de Abergan, conce-
lho de Tabuaço 292
10 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) recommendando a observancia da le-
gislação que prohibe as loterias estrangeiras 562
11 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 180 de 12) regulando
o modo por que devem ser feitas as matriculas dos navios que se destinam aos
portos do Brazil 292
11 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 181 de 14) ap-
provando a reducção das tarifas dos caminhos de ferro de norte e de l e s t e . . . . 293
11 Annuncio (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 180 de 12) sobre ca-
deiras de instrucção primaria, creadas nos districtos de Coimbra, Funchal, Hor-
ta, Leiria, Santarem e Vianna 295
11 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 231 de 12 de outubro)
estabelecendo o modo por que devem ser feitas as matriculas das tripulações dos
navios 562
12 Resolução n.° 282 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 181
de 14) approvando a classificação feita na alfandega de Ponta Delgada de umas
mantas de lã de mais de uma côr 295
12 Resolução n.° 285 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 182
de 16) approvando a classificação de uns tecidos de algodão brancos e lizos, feita
pela alfandega de Lisboa 296
12 Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 189 de 24) dissolvendo
e louvando a commissão encarregada de formular um projecto de lei de monte
pio militar 296
14 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 183 de 17) mandando
isentar do recrutamento maritimo um mancebo que se habilitára para seguir a
carreira de official da marinha mercante 296
14 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 184 de 18) regulando
o modo como póde ser permittida a reexportação dos tabacos 297
14 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 182 de 16) or-
denando que se tomem as providencias precisas para que se não repitam os in-
cendios que se têem manifestado nas propridades confinantes com o caminho
de ferro de sueste, etc 297
16 Resolução n.° 286 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 184
de 18) declarando que um tecido de linho feito em tiras estreitas em formato
de fita percinta de tear devia pagar direitos de 500 réis por kilogramma 298
17 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que a contribuição muni-
cipal directa deve ter por base o ultimo lançamento concluido, embora não seja
o do anno immediatamente anterior 563
18 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 185 de 19) ordenando que
e que as juntas de fazenda remettam ao governo uma conta annual do rendi-
mento do imposto 298
18 Annuncio (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° -185 de 19) sobre a crea-
ção de uma cadeira de instrucção primaria em Assafarge, concelho de Coim-
bra *. 299
19 Ordem do exercito n.° 35 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 189
quantias que adiantarem para o rancho dos soldados 299
19 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 194 de 30) con-
cedendo privilegio de invenção por uma estufa a vapor para melhorar os vinhos
a Jacinta Candida da Veiga e Sousa 299
21 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 199 de 5 de se-
tembro) concedendo privilegio de invenção a H. A. Archereau, J. M. O. T. Despalles
poração, decomposição, calefacção o fusão das materias animaes e vegetaes, etc. 300
28 Ordem do exercito n.° 36 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 196 de
res continue a ser feito pelo arsenal do exercito, e. que nos mappas de gerencia,
dos conselhos administrativos se lancem só os vencimentos e descontos recebi-
dos durante o mez 323
28 Ordem do exercito n.° 36 (pelo ministerio da guerra — Diário de Lisboa n.° 196
de 1 de setembro) regulando o modo de averbar na conta corrente das praças
vindas com passagem de outros corpos, os debitos que ellas tiverem . . . 323
28 Ordem do exercito n.° 36 (pelo ministerio da guerra— Diario de Lisboa n.° 196 de
1 de setembro) determinando que a agencia militar comece a funccionar em 16
de setembro e prohibindo aos militares tomarem parte nas touradas como tou-
readores. 323
30 Resolução n.º 288 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 196
classificado como carroá em obra o pagar 100 réis por kilogramma 323
30 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 198 do 4 de setembro)
; encarregando a João Antonio dos Santos Silva de estudar as vantagens ou in-
convenientes que podem resultar da extensão ou modificação dos direitos de
consumo da alfandega municipal 324
30. Decreto (pelo ministério das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 205 de -12 de Setembro)
approvando os estatutos da companhia o união fabril de Lisboa» 324
30 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 259 de 15 de
novembro) approvando os novos estatutos da companhia B o n a n ç a . . . 565
31 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° -198 de 4 de setembro) de-
clarando gue os vogaes substitutos das commissões de recenseamento não po-
. dem ser chamados a funccionar, quer n'ellas quer nas assembléas eleitoraes, se-
não quando faltarem os proprietarios 327
31 Ordem do exercito n.º 38 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 206
de 13 de setembro) explicando como ha de ser feita a promoção aos postos in-
feriores dos corpos de cavallaria, infanteria e caçadores 328
4 Lei (pela presidencia do conselho de ministros —Diario de Lisboa n.° 208 de 9)
Setembro auctorisando El-Rei a sair do reino e commettendo a regencia d'este a El-Rei
D. Fernando 329
5 Portaria (pelo ministério do reino—Diario de Lisboa n.° 210 de 18) regulando os
exames de admissão, preparatorios da escola do exercito, perante os lyceus de
Lisboa, Coimbra e Porto, para os alumnos militares que se destinam aos differen-
tes cursos d`aquella escola 329
6 Resolução n.° 289 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 201 de
7) declarando que uns paus de faca foram bem classificados como madeira em
bruto e sujeitos ao de 2,5 réis por kilogramma 330
6 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 209 do 16) con-
cedendo por tempo illimitado a Lucas Espaíía a mina de ferro sita em Felguei-
ras, concelho de Bragança 330
9 Portaria (peio ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 204 de 11) prohibindo
os adiantamentos de soldos ou vencimentos aos empregados dependentes do mes-
mo ministerio, salvo os de comedorias aos officiaes que seguem viagem, per-mittindo-os a
de 6 de outubro) declarando que foram bem classificados como toldos uns ob-
jecto apresentados a despacho que, comquanto tivessem armações como as dos
chapéus de sol, não podiam ser classificados como taes, porque não eram ma-
nuaes e communs 353
Setembro 29 Resolução n.° 291 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 226
de 6 de outubro) declarando que uns enfeites de cabeça para senhora deviam
ser classificados como quinquelherias 354
30 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 223 de 3 de outubro)
determinando que os professores de instrucção superior e secundaria remettam
no principio de cada mez ao seu chefe litterario um summario das materias lidas
no mez antecedente. 354
30 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 224 de 4 de outubro) de-
clarando que os estabelecimentos insalubres, perigosos ou incommodos não
mencionados no decreto de 21 de outubro de 1863, estão sujeitos á acção po-
licial das camaras municipaes pela faculdade que lhes coníere o artigo 120º
§ ultimo do codigo administrativo 354
30 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 226 de 6 de
outubro) approvando a proposta da empreza do caminho de ferro de sueste,
para estabelecer um comboio extraordinario de mercadorias quando as cir-
cumstancias assim o exigirem 355
30 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.°224 de 4 de outubro)
pedindo explicações sobre o facto de existirem no Ambriz quatrocentos qua-
renta e tres escravos registados, havendo sido abolida e escravidão por lei de
5 de julho de 1856 355
30 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 224 de 4 de outubro)
mandando informar o governador de S. Thomé e Principe sobre a convenien-
cia de introduzir na provincia crumanos (indigenas da republica de Liberia) 355
30- Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que os rendimentos provenientes d
Outubro 7 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 229 de 10) determi-
nando que continue a cobrar-se o imposto de 500 réis em pipa de vinho ou de
geropiga que entrar no Porto 363
7 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 229 de 10) prohibindo
provisoriamente a admissão no reino de partidas de couros ou de despojos de
animaes provenientes de Inglaterra, Belgica e Hollanda 364
7 Ordem do exercito n.° 45 (Diario de Lisboa n.° 230 de 11) declarando que as dis-
posições do § 6.° do artigo 356.º do regulamento da fazenda militar só são appli-
caveis ás praças de pret, cujo serviço nas fortificações é facultativo 364
7 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que as receitas nos orça-
mentos municipaes devem ser avaliadas pelo termo medio dos tres annos ante-
cedentes, que os orçamentos não podem approvar-se com deficit, que este existe
quando se exageram as receitas, e que as camaras não podem ter cobradores de
rendas 571
7 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 231 de 12) dissolvendo
a camara municipal de Boticas, por ter desobedecido ás ordens do governador
civil e por ter detrahido os dinheiros do concelho 572
9 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 249 de 3 de
novembro) concedendo por tempo illimitado a Alonso Gomes a mina de man-
ganez na herdade dos Escudeiros, concelho de Mertola 364
9 Decreto (pelo ministerio das obras publicas— Diario de Lisboa n.° 250 de 4 de
novembro) concedendo por tempo illimitado a Alonso Gomes a mina de man-
ganez das Cruginhas, concelho de Mertola 365
10 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 230 de 11) declarando
que a disposição do ultimo regulamento das alfandegas, que marca o praso de
tempo por que as fazendas podem demorar-se nos armazens das alfandegas, só
é applicavel aos generos que entraram depois da promulgação do regulamento.. 366
10 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 232 de 13) regulando
o processo para a concessão de baldios nas provincias ultramarinas 367
10 Instrucções (pelo conselho de saude publica—Diario de Lisboa n.° 247 de 31) para
a beneficiação das casas insalubres 369
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 236 de 18) approvando
o regulamento para a escola medico-cirurgica de Nova Goa 371
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 234 de 16) organi-
sando os tribunaes de policia correccional de Damão e de Diu 385
11 Decreto (pelo ministerio da marinha —Diario de Lisboa n.° 234 de 16) determi-
nando que possam ser elegiveis para os cargos de vereadores nos concelhos de
Damão e de Diu os funccionaries publicos de administração e de fazenda, me-
nos os que recebem ordenados das camaras " 380
1.1 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 231 de 12) nomeando
uma commissão para propor a organisação da força militar nas provincias ul-
tramarinas 386
11 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 232 de 12) declarando
o modo por que se deve proceder quando o jurado nomeado pelo tribunal do
commercio para fazer parte do tribunal maritimo se recusar a servir ou faltar
sem causa justificada 386
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 232 de 13) encar-
regando o dr. Levy Maria Jordão de coordenar um codigo de processo crimi-
nal para as provincias ultramarinas 387
12 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 232 de 13) mandando
inverter em inscripções o dinheiro que existia na alfandega do Funchal pro-
veniente da parte dos emolumentos destinados para os trabalhadores da com-
panhia de trabalhos braçaes que se inutilisarem no serviço 387
12 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 232 de 13) ordenando
que a gratificação de 500 réis diarios, dada aos antigos empregados do tabaco
seja paga de modo que a sua importancia junta ao subsidio que recebem não
exceda o ordenado que recebiam do contrato 388
13 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 233 de 14) declarando
que á camara de Belem incumbe mandar limpar o caneiro de Alcantara 388
13 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.°233 de 14) revogando
o artigo 73.° das instrucções de 5 de abril de 1865, e declarando que os guardas
da fiscalisação das alfandegas poderão fardar-se pelo modo que mais conveniente
14 Contrato provisorio (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 242
de 25) para a alteração e modificação dos de 29 de maio de 1860 e 23 de maio
de 1864, feitos com a companhia do caminho de ferro de sueste 389
17- Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 238 de 20) estabelecendo
as regras de policia maritima em relação aos terrenos marginaes dos rios
e praias, e determinando que não possa edificar-se, explorar pedreiras, fazer
aterros ou desaterros ou quaesquer obras nos portos, nas margens dos rios na-
vegaveis e nas costas do mar, sem licença expedida pelo ministerio da mari-
nha, etc 392
17 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 239 de 21) conce-
dendo á misericordia de S. Thomé licença para trocar uma roça por o u t r a s . . . 393
17 Edital com uma postura da camara municipal de Lisboa (Diario de Lisboa n.° 239
7
XXVI
17Portaria (pelo ministerio da fazenda —Diario de Lisboa n.° 262 de 18) recommen-
dando que se activem as cobranças das contribuições em divida 495
18 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 263 de 20) es-
tabelecendo o regulamento provisorio das matas do reino 495
21 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 267 de 24) resolvendo
que aos administradores dos concelhos, cabeça de comarca, compete tomar as
contas dos legados pios, quer cumpridos quer não cumpridos 497
21 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 268 de 25) ap-
provando os estatutos da associação philanthropica e artística das freguezias da
Ajuda e de Belem 497
21 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 285 de 16 de
dezembro) reconhecendo Francisco Guijano como descobridor da mina de man-
ganez no Serro de Serpa, concelho de Castro Verde 498
21 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 285 de 16 de dezembro)
approvando a cessão da mina de cobre de Pecena, freguezia de Monte Trigo, á
companhia de mineração Transtagana, c fazendo a esta concessão provisoria da
dita mina 499
21 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 285 de 16 de
dezembro) reconhecendo a companhia de mineração Transtagana, como cessio-
30 Mappa (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 4 de 5 de janeiro
de 1866) dos privilegios de invenção ou de introducção que podem ser livre-
mente explorados por ter terminado o praso da concessão .512
30 Mappa (pelo ministerio das obras publicas Diario de Lisboa n.° 4 d e 5 d e janeiro
de 1866) das patentes de introducção ou-invenção concedidas em 1865 513
ANNO DE 1865
JANEIRO
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas em sessão de 5 de ja-
neiro de 1865, estando presentes os vogaes —Larcher—Fradesso da Silveira, r e l a t o r =
Abreu— Rodrigues=Couceiro—Nazareth—Costa. D.de L.n.o6, de9dejan.
RESOLUÇÃO N.° 2 3 8
Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas,
commercio e M u s t r i a :
1.° Que d'ora ávante, quando tiver sido approvado o auto de recepção definitivía das
terraplenagens e empedramento de qualquer lanço de estrada construido por empreitada
geral, e quando ò adjudicatario tiver provado que satisfizera as devidas indemnisações
pelos prejuitos causados em propriedades particulares por extracção, transporte ou depo*-
sito de materiaes empregados nas obras a que se referir aquelle auto, se entregue aó a r -
rematante a parte dos décimos retidos nos pagamentos parciaes que for proporcional á im-
portancia das mesmas terraplenagens e empedramento;
2.° Qne a parte restante dos décimos e o deposito definitivo sejam entregues ao em-
p r e i t e i r o quando, depois de approvado o auto de recepção definitiva das obras de arte,
aquelle tiver provado que satisfizera as devidas indemnisações pelos prejuízos causados
em propriedades particulares por extracção, transporte ou deposito de materiaes empnega-
dos nas tnesmas obras de arte, e á vista da quitação geral passada por este ministerio em
que sé declare terem sido satisfeitas todas as obrigações do contrato.
O que se communica ao director geral interino das obras publicas e minas para suâ
intelligencia e devidos effeitos. ..
Paço, em 13 de janeiro de 1 8 6 a . — i o ã » Chrysostomo de Abreu e Sousa.gfa o
director geral interino das obras publicas e minas. de i. n.° a, de« dejaB.
REPARTIÇÃO CENTRAL
presente a Sua Magestade El-Rei o officio do engenheiro chefe .da 2. a divi$ãQ fis-
cal de c a m i o h . o $ f e r r o , de 11 do corrente mez, contendo unja proposta do actual gefçn-
te.^a fiompspbía dos ($#)in|ius do ferro do,sul e sueste, parafeduzir.ps preços de trpns-
pprt# dos mih.ef ios;
Visto q arti&° 39-° do CQiitratQ approvado pela carta de lei de.$9 de maio de 1860, e
o prtjgQ; 3 , ? ' c o n t r a t o approvado pela carta de lei de 23 de maio do anqo proximo pa.Sr
sadí);.. -r'.:
Considerando que ao transporte dos referidos objectos, que se açhaíjfi collocados i)a ,4..a
clas§§.jia resp§çtjv3 l^rifa, corresponde a taxa de 16 réis por ça;da peso 1:OQO kilpgram-
PPPJtijfHBÇtW> e que a rçencjonada proposta reduz esta taxa a 14 réis;
Considerando que esta reducção tende a beneficiar o p e l i c o animar uirça indus-
tria a y i ^ a - n ^ g p í e , e que n^uito converçi desenvolver por todo§ ps m,ejos pos§jyeis;- .
• H,a'pqr q megnao aug^sfo §enhor, çoflformafldo-se çorp 9 mfprfliaçãp do
gefl^jpij approvar a proposta de,que se trata, e auctorisar ,a.su3 expçaçfa, àxaoâ/n.?.
s4>9. Pfíeg9, qe t r ^ p . o r i p (dos mjoerjp$» pelais linhas ferreas dè ,si)j e ^ j e s t è ^ n q jtqxa jje 14
réis p ò r t f i i j e i a d ^ d,e 1:000 kilogrammas e por kilometro.
O qiaé se communica, pelo ministério das obras publicas, commercio e industria, ao
engenheiro chefe da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro, para seu conhecimento e de-
vidos effeitos.
• ' í á ç ò , éni W de janeiro dè I8ft5.í=Joãó Chrysostimo de Abrêu è Sortáa.^.Panrôen-
clielfe5!!^-^.* dívisãQ-fiscal d è eaminhos'de ferro-. • 9.det.n.»i3,deífdeian!
, ^gfiStajàç. JÉlrB.ei, a quem fpi presente o officio em ,què a empreza ,dp reaj. the?-
tro.a^,4i. jQArlç.s p^de a;uct9risaçãp para estabelecera aqla.fjg. jgstrçcg|o pr/maria gratfjjt^
na af^gada,çã,d (lf0 3 dq paesmo theatro; ha por bem, c.o^fóyfppdprse pom jynformaçao
dQ.inspeptor g e r a d o s theatros, cojiceder a auctorisação pedida.
,%ço, ísm ^g íje japeiro de 1 8 6 $ . = D u q u e 'de Lpulé. ,p,deL.n.»^>lie23dÇjan.
Tendo requerido Jayme Larcher que, nos termos do decretó com força de lei de 3 1 dè
dezembrode respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1888, se lhe concedesse
aeertidftodos direitos d e descoberta da mina de ferro, sita na Serra do Rosalgar, freguezia
d@-í)en®al, eoacelíio, de Odemira, districto de Rêja;
• - • Cistos os documentos por onde sè prova que o requerente satisfez aos quesitos dp ar-
Ug©12).0 do citado deereto!
Yisto o relatorio do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do governo exa-
raUtóia posição dovjazigo e verifieou a existencia do deposito,; eomo determina o artigo A 3.°
doiftefeirido dearelo;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, ex-
ptfeS80éÉíf ousai ta de 22 de novembro proximo passado, na qual a mesma secção julga o
reqtt&tente legalmente habilitado na qualidade de descobridor da mina de que se trata :
. Ma por betfnSua Magestade El-Rei., conformando-se com a citada consulta, declarar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina de
£HV^isfta. < *a-Sdria do Rosalgar, fefigaeoja do Cercal, cowúeítto de Odemira, districto de
Beja, iCjya.fiQ^çf o£e,a,çha topographicamente designada na planta que por copia acompanha;
a presente portaria.
2.° Que os limites da demarcação provisoria d'esta mina, notados na planta junta pelos
traços de côr vermelha, formam um pentágono que tem por vertices Monte da Cella de
Cima,. Serra da Caniceira, Serra do Rabo do Lobo, Bico da Serra Grande, e Serro da Era,
abrangendo uma superfície de 779:050 metros quadrados.
4 1865 26 de janeiro
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante seis
mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para organisar!
uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou para
mostrar que possue os fundos necessarios para a lavra d'este jazigo; na intelligencia de
que, não se habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a con-
cessão d'esta mina posta a concurso, na conformidade da lei. ; .-
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos
legaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobridor da mencionada mina.
O que tudo se communica ao supplicante para seu conhecimento e mais effeitos, fi-
cando obrigado a apresentar n'este ministerio certidão de haver feito registar na respectiva
camara municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço, em 16 de janeiro de 1865 .=João Chrysostomo de Abreu e Sows«.=Para Jayme
Larcher. D. deL. n.°2$, d e 3 t d e j a o .
Tendo requerido Jayme Larcher que, nos termos do decreto com força de lei de 31 de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853 se lhe concedesse
a certidão dos direitos de descoberta da mina de ferro sita no Serro da Mina, freguezia do
Cercal, concelho de Odemira, districto de Beja:
Vistos os documentos, por onde se prova que o requerente satisfez a todos os quesitos
dó artigo 12.° do citado decreto;
Visto o relatorio do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do governo exa-
minou á posição do jazigo e verificou a existencia do deposito, como determina o artigo 13.°
do referido decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas emit-
tido em consulta de 22 de novembro proximo passado, na qual a mesma secção julga o
requerente legalmente habilitado na qualidade de descobridor da mina de que se trata: :
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a citada consulta, declarar:
1 Q u e o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina de
ferro sita no Serro da Mina, freguezia do Cercal, concelho de Odemira, districto de Beja,
cuja posição se acha topographicamente designada na planta que por copia acompanha a
presente portaria.
2.° Que os-limites da demarcação provisoria d'esta mina, notados na planta junta pelos
traços de côr vermejha formam um quadrilátero B C D E, que é determinado do seguinte
modo: do Serrinho da Cabana, ponto A, tire-se uma linha norte sul (magnético) e sobre
ella marquem-se 200 metros para norte e 300 metros para sul, ficando assim determinados
os pontos B e C, os outros dois D e E são o Serrinho da Guarita e Serro da Portella do Sado,
abrangendo*uma area de 690:000 metros quadrados.
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante seis
mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para organisar
uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez ou mos-
trar que possue os fundos precisos para a lavra; na intelligencia de que, não se habilitando
n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a concessão d'esta mina posta a
concurso na conformidade da lei.
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos
legaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobridor da mencionada mina.
O que tudo se communica ao supplicante para seu conhecimento e mais effeitos, fi-
cando obrigado a apresentar n5este ministerio certidão de haver feito registrar na rèspe-
ctiva camara municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira va-
lidade. ' :
Paçó, em 16 de janeiro de 1865.—João Chrysostomo de Abreu e Sousa.<==>Para Jayme
Larcher. i>. de i . » , ií»'â a»-®*; r • >
31 de janeiro 1865 5
8
6 1865 26 de janeiro
gratificações, e da deficiencia de alguma garantia futura no caso de uma vida gasta no ser-
viço do estado.,
Quanto a este ultimo ponto não póde o governo tomar desde já providencias algumas,
porque quaesquer que ellas sejam dependem de sancção legislativa, que opportunamente
será pedida.
Quanto porém á mesquinhez das gratificações, como ellas são despeza obrigatoria dos
concelhos, tem o governador civil no artigo ISO.0 do codigo administrativo o meio de as
augmentar, se as camaras municipaes não annuirem ás insinuações que se lhes façam ^ e s -
te assumpto.
As informações que o governador civil dá ácerca da construcção e collocação dos ce-
miterios mostram a necessidade de que elle vigie assiduamente sobre este ramo de serviço.
Não devè admittir-se por modo algum que os cemiterios sejam estabelecidos no centro
das povoações) á menor distancia d'ellas do que a prescriptá nos regulamentos, porque
de similhante tolerancia podem provir graves inconvenientes pára a saude das povoações*
Cumpre portanto que o governador civil inste com as camaras para que ellas attendam ã
necessidade imperiosa da mudança dos cemiterios mal collocados; e que, no caso de ob-
stinada recusa, o governador civil use da faculdade que lhe dá o artigo do codigo acima
citado.
É mister tambem que o governador civil faça sentir ás camaras quanto é indispensavel
que os cemiterios tenham uma decoração adequada; porque é ao desleixo, que a este res-
peito tem havido, que deve attribuir-se em grande parte a reluctancia dos povos pelos en-
terramentos fóra dos templos.
A despeza dos reparos nas casas das aulas de instrucção primaria nem é obrigatoria
para as camaras, nem para as juntas de parochia; mas será fácil ao governador civil fazer
concorrer quaesquer d estas corporações, ou ambas, para uma despeza que é de incontes-
tável utilidade, e que demais não póde ser avultada.
O governo despende já uma crescida somma com a instrucção primaria, e de anno para
anno- melhora este serviço: só mui tarde porém poderá elle attingir o desenvolvimento
de que é susceptível, se b governo não for coadjuvado pelas auctoridades e corporações
locaes. Empregue pois o governador civil todos os meios de influencia que lhe dá o elevado
oàrgo que oecupa, para persuadir ás corporações administrativas que as despezas de simi+
lhante natureza são productivas de incalculáveis vantagens; porque Sua Magestade está cer-
to de que essa influencia, opportuna e convenientemente empregada, dará o resultado que
se deseja. '
A applicação do edificio arruinado do antigo hospital da Villa das Vélas, para uma casa
dè instrucção publica, poderá effectuar-se,, quando ao conhecimento do governo chegue
que existem os meios precisos, fornecidos pela camara ou pela junta de parochia, para as
obras que esse projecto demanda. Cumpre pois que o governador civil consulte aquellas
corporações a similhante respeito, e que informe do que ellas responderem, para se tratar
da Concessão do edificio, quando haja meios para dar-lhe nova applicação.
Em relação á divisão do territorio, serão opportunamente tomadas em conta as obser-
vações do governador civil, e pelo que toca á creação de um posto fiscal da alfandega na
Calheta, officiou-se ao ministerio da fazenda, ao qual estes assumptos pertencem.
O que tudo Sua Magestade manda communicar ao governador civil de Angra para sua
intelligencia.
Paço, em 19 de janeifb de 1865. == Duque de Loulé. d. de l. n.° is, de 23 de jan.
Não sendo suficiente a somma auctorisada pela carta de lei de 25 de junho de 1864,
para occorrer á despeza com as rações para as praças da armada, durante o primeiro se-
mestre do corrente anno economico de 1864-1865, em consequência do subido preço dos
generos de que ellas se compõem, e sendo necessário, por este motivo, fazer uso da au-
ctorisação concedida ao governo no artigo 3.° § 6;° da citada carta de lei de 25 de junho:
hei por bem:.ordenar, ouvido o conselho d'estado, que no ministerio da fazenda se abra
um credito supplementar, a favor do ministerio dos negocios da marinha e do ultramar,
8 1865 26 de janeiro
pela quantia de 25:623$122 réis, para ser applicada ao pagamento da differença entre o
custo das mencionadas rações e a verba designada para esse fim, em relação aos mezes de
julho a dezembro de 1864.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda e o ministro e secretario d i s -
tado dos negocios das obras publicas, commercio e industria, interinamente encarregado
dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido e faça executar. Paço, em 19 de ja-
neiro de 1865. = Rui. — João Chrysostomo de Abreu e Sousa — Joaquim Thomas Lobo
d'Avila. D. de L. n.° 18, de 23 de jan.
.Usando da auctorisação que ao governo foi concedida pelo artigo 8.° da caria de lei de
2 0 de julho de 1864, e tendo ouvido o conselho d'estado: hei por bem ordenar que no
ministerio dos negocios da fazenda se abra um credito supplementar, a favor do ministe-
rio dos negocios da marinha e uitramar, pela quantia de 4:000^(000 réis, para ser applica-
da á compra de material para serviço dos pharoes.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda e o ministro e secretario d i s -
tado dos negocios das obras publicas, commercio e industria, interinamente encarregado
dos da marinha e ultramar, o tenham assim entendido e façam executar. Paço, em 1 9 de
janeiro de 1865. = R E I . — J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa—Joaquim Thomás Lobo
<f Avila. D. de L. n.° 18, de 23 de jan.
RESOLUÇÃO N.° 2 4 0
8
RESOLUÇÃO N.° 2 4 4
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei a próposta da câmatfã munioipal de Lis-
Êtwf, pára feer eleVada a percentagem dos cobradores das rendas da mesma cômafa,
3 por cento, e bem assim o acwrdão consultivo dò conselho dè districto, eonsiderandoft-
légal aquella proposta, por contravir no seu entender ao artigo 181.° do codige-aetoffinis-
tfátiví>: manda Sua Magestade declarar ao governador civil quê não póde a mesma pro-
posta ser approvada, porque determinando o artigo 177.° do mesmo codigo,' que èiú eada
èortéélho seja o thesoureiro o Unico encarregado de arrecadar toâa a receita e de pâgar
túdds às despezási é manifesto que o logar de cobrador das rendas é illegal, e não póde
subsistir em vista da lei citada, que iião permitte a existencia de mais do que um etapre^
gado encarregado da receita e despeza de cada concelho.
Cumpre portanto que o governador civil, fazendo-o assim constar á camara, recôm-
mende tambem que no futuro orçamento reduza o quadro da thesouraria aos limites da
lei, supprimindo quaesquer recebedores ou thesoureiros especiaes de certas e determina-
das rendas, que o codigo não auctorisa.
E para se occorrer á objecção de que o thesoureiro do concelho não póde por si Só ef-
feetuâf & cobrança de todos os rdndimentos municipaes, deve o governador civil prevenir
a camará dè qúe ella póde permittir que o thesoureiro tenha propostos seus, a quem coifr-
riíetta parte das suas funcções, determinando a camara as condições da nomeação dos prtfc
postos, e elevando, dentro dos limites da lei, a percentagem do thesoureiro, quanto -seja
preciso para retribui-los.
Paço, em 21 de janeiro de 1 8 6 5 . = Duque de Loulé; D . DEL. n.° 19, DEATAÊJIN.
•• • r„v. O
••-•• t.-iY
.;'si->irnvíT!
Ç
25 de janeiro 1865 íl
Convindo estabelecer desde já algumas disposições que regulem o serviço interno das
alfandega? de Lisboa e do Porto: manda Sua Magestade El-Rei, que se publiquem e exe-
cutem as instrucções que fazem parte d'esta portaria.
Ó que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se commúnicará
a quem conveniente for,
Paço, em 2 5 d e janeiro Joaquim Thomás Lobo d Avila.
1
'• MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria doestado dos negocios da guerra, que se-
jam approvadas e,tenham a devida execução as instrucções para a escripturação é corres-
pondências dos caserneiros, que fazem parte d'esta portaria, e baixam assignadas pelo .ge-
neral de divisão, chefe da 2. a direcção da mesma secretaria d'estado, José de Pinna Ereire
da Fonseca. . ! •..
: Paço, em 2 5 de jáneiro de 1865.—José Gerardo Ferreira Passos.
lnstrucções para a escripturação e correspondencia dos caserneiros, em conformidade do que se achá dis-
posto no titulo 3.°, capítulos 1.° a 4.°, e seus respectivos artigos, do regulamento da administração
da fazenda militar de 16 de setembro de 1864, inserto na ordem do exercito n.° Cl do mesmo anno.
Artigo 1.° O livro primeiro de que trata o artigo 14.° do regulamento de 1.6 de agosto
de 1864 para o serviço dos caserneiros, publicado na ordem do exercito n.° 41 d'esse an-
no, deverá ter o numero de folhas necessário para se dividir em tantas partes quantas fo-
rem as casernas ao cargo de cada um dos caserneiros, e mai§ em uma outra para o desti-
no; que adiante se indicará. Na primeira folha de cada uma d'essas partes se fará a descri-
pção do edificio conforme o.modelo B, junto ao dito regulamento; na seguinte folha se lan-:
çará a carga dos artigos de mobilia e utensílios entregues ao corpo queoccupar a caserna,
conforme os mappas que pela 2. a direcção do ministerio da guerra forem remettidos aos
caserneiros, dos quaes, pela mesma direcção, se dará conhecimento do augmento ou dimi-
nuição que houver nas cargas, a fim de se escripturarem convenientemente; e daquella
outra ultima parte se lançarão, conforme o modelo A, os artigos que não existirem dis-
tribuidos.
Art. 2.° Os tres livros de que trata o cidado artigo 14.° devem ser, antes.de n'ellas se
começar a sua escripturação, rubricados pelos presidentes dos conselhos administrativos
das divisões militares a cujos districtos as casernas pertencerem, ficando assim alterado,o
disposto na segunda parte do § 1.° do mesmo artigo; e são auctorisados os caserneiros a.
comprarem estes livros, que serão de bom papel almasso, e terão o numero de folhas pre-
cisas para a escripturação, segundo o numero de casernas que estiverem a cargo de cada:
um dos mesmos caserneiros, os quaes requisitarão á 2." direcção as quantias indispensa-
veis para as ditas compras, a fim de se lhes mandarem entregar pelas respectivas pagado-
rias militares por meio de recibos provisores, que serão depois resgatados com as contas
processadas, que os referidos caserneiros devem para esse effeito remetter ein duplicado
á mesma direcção; sendo uma d'ellas documentada com os recibos dos vendedores dos
livros a que se referirem.
Art. 3." A correspondencia relativa ás casernas, hortas ou quaesquer terrenos perten-
centes a essas casernas e aos edificios dos quarteis ao cargo dos caserneiros, será dirigida
á 4." repartição da l . 1 direcção do ministerio da guerra, e á 3. a da 2. a direcção a que dis-
ser respeito aos artigos de mobilia ou utensílios. '•'•}}/
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, em 24 de janeiro de 1 8 6 5 . = O chefe da
2.^ direcção, José de Pinna Freire da Fonseca. D. de L. n.° 4.% de 22 de fev.
' Convindo estabelecer, desde já, algumas disposições que regulem o serviço )nt'á no
dâ áifaridegà municipal de Lisboa: manda Sua Magestade El-Rei, péla dirécçãò : geral' dás'
alfandegas e contribuições indirectas, remetter ao conselheiro director da ditá^ alfandega
as instrucções que fazem parte d'esta portaria, que fará promptamente executar.
Paço, em 26 de janeiro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Thomás Lobo d'Avila.
íl
25 de janeiro 1865
RESOLUÇÃO N.° 2 4 4
O conselho geral das alfandegas :
Visto o recurso interposto por François Lallemant, ácerca da classificação de papel
apresentado a despacho na alfandega de Lisboa em uma caixa, marca F. L., n.° 2:887;
Visto .o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra junta ao recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando .que ha duas qualidades no papel que motivou o recurso, e que a desi-
gnada com a 'letra A não póde julgar-se própria para impressão de livros e jornaes, 'e se
applica antes mais geralmente para envoltório de diversos objectos, e portanto não está
comprehendida na resolução n.° 91, emquanto que a qualidade B é mais similhante ás
a m o s t p s p . 0 3 1 e ê, âo que a amostra 3, a que se refere a citada resolução;
Resolve:
Artigo unico. O papel que é objecto do recurso, e que está designado com a letra A,
deve ser classificado papel de embrulho para pagar o direito de 50 réis por kilogramma,
e o que tem a letra B deve ser classificado papel de impressão, sujeito ao direito de 15-réis
por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas em sessão de 26 de
26 de janeiro 1865 19
j a n e i r o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os v o g a e s = Gonçalves— Rodrigues, relator—Fra-
dêsso da Silveira — Abreu— Couceiro=Nazarelh (vencido era p a r t e ) = C o s t a .
D.deL.n.°24, de 30 de jan.
RESOLUÇÃO a r . » mu
Ó conselho geral das alfandegas:
V l s í o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p e l a viuva Macieira & Filhos, á c e r c a da classificação d e p a p e l
p r o p o s t o a d e s p a c h o na a l f a n d e g a d e Lisboa, e m d u a s caixas, m a r c a M, n . o s 8 0 e 8 1 ;
V i s t o o a p t o da c o n f e r e n c i a dos v e r i f i c a d o r e s ;
Vista a m o s f r a j u n t a ao r e c p r s o ;
Visto o a r t i g o 1Ó.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
C o n s i d e r a n d o q u e o p a p e l d e q u e s e t r a t a é s i m i l h a n t e ás a m o s t r a s n . ° 3 1 e 2 , a q u e
s e r e f e r e a r e s o l u ç ã o n.° 9 1 d ' e s t e c o n s e l h o ;
Resolve:
A r t i g o unico. O p a p e l q u e é o b j e c t o d e r e c u r s o d e v e s e r classificado p a p e l d e i m -
p r e s s ã o , sujeito ao direito d e 1 5 r é i s p o r k i l o g r a m m a .
E s t a r é s ó l u ç â ó foi a d o p t a d a pelo c o n s e l h o g e r á í d a s alfandegas, e m s e s s ã o d e 2 6 de
j a n e i r o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os y o g a e s = G o w . £ a / y e s = = ^
so ^ m m a ~ Ã M e i ^ C m m = M i a f r e ã (vencido e m p a r t é ? ^ » : '
D. de L. n.° 24, de 30 de jan.
T o m a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o o q u e m e r e p r e s e n t o u e m s e u r e l a t o r i o (1) o m i n i s t r o e se-
cretario d ' e s t a d o d o s1 n e g o c i o s da f a z e n d a : hei p o r b e m d e c r e t a r o s e g u i n t e :
?*>••< V —í ; „
(i) Setíhor: — As representações de alguns delegados do thesouro e de um grande numero dos es-
crivães de fazenda, e os exames a que procedi nas tabellas n.°® 3 e 6 annexas ao decreto de 3 de novem-
bro de 1860, Gzeram-me conhecer que algumas injustiças relativas se davam na classificação das tres or-
dens de concelhos de que trata a dita tabella n.° 3, e que mal retribuídos se achavam alguns d'aquelles
funccionarios pejo serviço que lhes eslava distribuido, ao passo que outros o eram com excesso; as-
sentando esta desigualdade nas quotas que se fixaram pela tabella n.° 6 do referido decreto, que foram
calculadas sobre o íermp medio annual da receita realisada.
ConvéncliÍo póis, de que era de uma necessidade absoluta proceder á reforma das indicadas tabel-
las, tratei, em virtude aa auctorisação concedida pelo § unico do artigo 31." do citado decreto, de esta-
belecer para báSe da reforma da tabella n.° 3 o numero de collectaclos nos concelhos e sua riqueza,
coinparando-os entre si dentro dos seus respectivos districtos; adoptando para a reforma da tabella
n.° 6, na parte relativa á$ quotas dos escrivães de fazenda, bases que dessem em resultado a compativel
proporcionalidade na remuneração do serviço prestado.
A experiencia demonstrou que o termo medio da receita realisada não era unia base segura para
se alcançara justa retribuição peio serviço de cobrança a cargo dos escrivães de fazenda: porque, de-
pendendo a maior ou inênor cobrança muitas vezes de circumstancias eventuaes que concorrem para
que em um conbelho de menor rendimento se cobre no mesmo anno maior importancia do que a co-
brada em concelhos de maior rendimento, não podia uma tal cobrança servir de base para assegurar a
justiça relativa que era preciso conservar no calculo das quotas.
Por estas rasões entendi que este calculo devia assentar na receita liquidada d'aquellas contribui-
ções, que tivessem o carácter de permanentes, não tendo tomado em consideração as que são cobradas
eventualmente, porque jsso nos faria incorrer nos mesmos inconvenientes que queremos evitar; não
fica çomtudo, poí* esfè facto, a receita que se realisar eventualmente ,excluída da percentagem que se
estabeíéòé, porque ella tem de lhe ser applicada para o calculo dá quota da cobrança.
Em vista do'exposto, parece-me de rigorosa justiça alterar a tabella n.° 3 junta ao referido de-
creto, passando alguns concelhos da segunda ordem para a primeira, outros da primeira para a segunda,
e finalmente alguhs para a terceira ordem, e d'csta para a segunda, em attenção ao numero de colle-
ctados e á sua riqueza, como mostra a labella que com o n.° 1 sobe á apreciação de Vossa Magestade,
demonstrando a' tabella 2 a quantos, por nijjhar devem ser calculadas as quotas pelo serviço da co-
brança a cargo dos Mencionados esfcrivãés de fazenda, devendo ainda submetter á consideração de
Vossa Magestade, que ais quotas estabelecidas pelo já citado decreto cie 3 de novembro de 186Ô para
estes funccionarios impcp-tavam approximadamente na quantia de 33:600^000 réis, e que aquellas que
me .pareíte' deverèra^se-Jnes fixar se elevam á quantia de 43:200^000 féis, resultando d'aqui um au-
gmento de deSpefca que julgo indispensavel para a condigna remunerâçâo do serviço prestado, e que
aevê^oDCorref' parefia i#elhor administração, fiscalisação e arrecadação dos rendimentos publicos.
Com estes fundamentos tenho a honra de submetter á approvação de Vossa Magestade o seguinte
projecto de decreto.
Secrètaria cFestado dos negocios da fazenda, em 26 de janeiro dt l865.=Joaquim Thomás Lobo
20 1865 26 de janeiro
N.° 1
Concelhos
Districtos
Del. "ordem De 2.» ordem De 3.a ordem
. Concelhos
Districtos
Del." ordem De 2. u ordem Dc 3.® ordem
Concelhos
Districtos
De 1." ordem De 2." ordem De 3. 1 ordem
Maia.
Marco de Ganavezes.
Povoa de Varzim.
Santo Thyrso.
Villa do Conde.
N.° 2
Tabella das quotas que compelem aos empregados no lançamento, arrecadação e fiscalisação
dos rendimentos publicos nos districtos e concelhos do continente do reino
CS o '
Aveiro. 2,3
Agueda 2,5 25
Agueda 3 30 Si
! 4 52 )
Albergaria a Velha 2,5 25
Anadia. Sever 3 28 \ 45
Anadia 3
Mealhada 3 25
Arouca. 3 33 60
Oliveira do Bairro .
Arouca 2 15
Aveiro Castello de Paiva .. 3 25 27
Aveiro 3 25
Estarrej Ílhavo 12 33
Feira . . Vagos 13 36
Oliveira ade Aze- j Macieira
Estarrejade Cambra. 3 36
18 42
meis Oliveira
Feira. de Azemeis. 2,5
Ovar Ovar 2 18 42
Beja. 2,5
Almodovar 2,5 23
Mertola 2,5 23
Almodovar 24 42
Castro Verde 3
Ourique 2,5 24
Aljustrel 3 20
Beja , Beja 2 12 27
Ferreira 2,5 20
Alvito 2,5 18
Cuba Cuba 3 32 39
Vidigueira 3 19
(Barrancos 6 100
Moura j Moura .». 2,3 13 30
(Serpa 2,5 12
Odemira Odemira 3 20 54
Braga 1,3
Barcellos
j Barcellos 11 30
Espozende 2,5 18
Braga Braga 2 8 18
Cabeceiras de Basto. 2,5 15 48
Celorico de Basto Celorico de Basto... 2,3 18
Fafe Fafe 2,5 15 48
Guimarães Guimarães. 2 9 27
Povoa de Lanho- Povoa de Lanhoso . . 2,5 18
so . Vieira 2,5 16 48
Villa Nova de 15
Famalicão. • Villa Nova de Famalicão. 45
Amares 2,5 18
Villa Verde. Terras do Bouro 3 34 42
Villa Verde 2,5 15
Bragança. 3,5
B r a g a n ç a . . . . . . Bragança 12 42
Macedo de Caval- 3 22 51
Macedo de Cavalleiros.
leiros
Miranda 3- 33 60
Miranda Vimioso 3 27
24 1865 26 de janeiro
Comarcas Concelhos
s^ oo
Mirandella. 3
Mirandella
Villa FJor 3
Freixo de Espada á Cinta. 3
Mogadouro
Mogadouro 2,3
Alfandega da Fé 3
Moncorvo Carrazeda de Anciães 2,5
Moncorvo 3
Vinhaes Vinhaes 2,5
1,3
3
Arganil . . . Goes 3,5
(Pampilhosa 7
2,5
Cantanhede.. 3
(Coimbra 2
Coimbra Condeixa a Nova . . 3
Penacova 3
Figueira da Foz Figueira da Foz . . . 2,5
Louzã 3
Í
3
Louzã
3
3
Miranda do Corvo .
Pcnella 2,5
. jPoyares
Soure 3
Montemor "o Y e -i jOliveira
^ -do
r „
Hospital
y 3
lho '(Tábua 3
Soure
Tábua . . .
2,5
Extremoz
Extremoz. ] Borba 2,5
(Villa Viçosa 2,5
i Evora 2
Evora Portel 2,5
Vianna do Alemtejo 3
Montemór o No Arraiollos 2,5
Montémór o Novo . . 2
vo Móra 3
Alandroal 2,õ
Mourão 3
Redondo Redondo 2,5
Reguengos 2,5
2,5
Faro..,
Faro. 2,5
'(Olhão.,
26 de janeiro 1865 25
£2 a2
Lagos 2,5 18
Villa do Bispo 2,5 50
LaffOS. 18
Villa Nova de Portimão... 2,3
Aljezur 3 43
Albufeira 2,5 24
Loulé , Loulé 2,5 14
Lagóa 2,5 18 1
Silves jMonehique _ 3 30 f 45
Silves 2,5 17
Alcoutim 3 40
Castro Marim 3 35 i 4t s5
Tavira Tavira 2 13
Villa Real de S.t0 Antonio. 3 28
Guarda. 2,5
Ceia Ceia 3 20
Celorico da Bei- Celorico da Beira 3 22
ra Fornos de Algodres 3 30
Gouveia 2,5 21
Gouveia Manteigas 60
5
Guarda Guarda 2 14
Almeida 3 28
Pinhel Figueira de Castello Rodrigo 3 20
Pinhel 3 24
Sabugal Sabugal 3 20
Aguiar da Beira 3,5 49
Trancoso Trancoso 25
2,5
Villa Nova de Meda 3 42
Foscôa Villa Nova de Foscôa 3,5 25
Leiria.
Alcobaça. . . . Alcobaça 2,5 13
Caldas da R a i n h a . . . 2,3 17
Caldas da Rainha Óbidos 2,5 13
Peniche 3 30
Alvaiazere 3,5 40
Figueiró dos Vi- Figueiró dos Vinhos 3 26
nhos Pedrogão Grande . . . 3 30
Leiria. Leiria 2 10
Ancião 3 33
Pombal Pombal 16
2,5
Batalha 4 35
Porto de Moz . . Porto de Moz 3 30
Lisboa. 0,7
Alcacer do Sal 2 13
Alcacer do Sa].. Grandola 3 28
S. Thiago do Cacem 3 20
Alcochete 2,5 24
Aldeia Gallega Aldeia Gallega do Ribatejo. 2,5 28
do Ribatejo Barreiro 3 28
Moita 3 20
! Alemquer 2 15
Azambuja 2,5 14 f 33
Cadaval 3 30
(Almada 2 14 i
Almada ] Cezimbra 3 40 f 36
(Seixal 2,5 20
(Cascaes 2,5 17
Cintra , 10
| Cintra
Belem (a) 7
Lisboa , 12
(Oeiras (a) 2,5
(a) A sede da recebedoria d'estes dois concelhos é no de Belem.
1865 26 de Janeiro
S £
a
13
•<
1.*secção.«.
Bairro deli.'
Alcantara.)3. a
t4.a
Bairro deil. a
Alfama. . . |2.»
Lisboá.
I.1
iBairro Alto 12.a
3."
1.'
Bairro do) 2."
Rocio )3.«
(4.a
Olivaes
Sfáfra< Mafra 3 17
Setúbal Setubal 2 9
Lourinhã. 3 40
Torres Vedras. Torres Vedras 2 15
Arruda 2,5 16
Villa f r a n c a . . Villa Franca 2 9
2,5
Campo Maior . 2,5 15
Elvas j Elvas 2 10
(Monforte 2,5 15
[Alter do Chão. 3 18
)Aviz 2,5 12
Frontéira j Fronteira 3 20
I Souzel 3 18
i Ponte do Sor . 3 26
Í Crato 2,5 20
Gavião 3,5 40
Niza 2,5 18
Arronches.... 2,5 16
Castello de Vide. 2,5 18 27
Portalegre. 3 20
Marvão
Portalegre 15
Porto.
Amarante . Amarante 2,5 18
Baião Baião 3 23
uéiras. Felgueiras. 2,5 18
Louzack. 2 24
Louzada 3 30
Paços de Ferreira...
Jíarco de Cana- 2,5 18
Marco de Canavezes.
vezes
j Paredes 2,5 18
Penafiel 2 14
(Penafiel
Bouças (a) 2,5 14
Gondomar (o) -2,5 18
Maia (a) 2,5 22
Vallongo (a) 3
Porto. 2
S
I." bairro . . .
2." » 6
3." » ... 5
'Villa Nova de Gaia . 2 11
Santo Thyrso . . Santo T h y r s o . . . . . . 2,5 17
(Povoa de Varzim . . . 2,5 18
Villa do Condè (.Villa do Conde 18
i
(a) A séie da recebedoria d'estes quatro concelhos é no da Mala.
26 de janeiro 1865 27
Comarcas Concelhos
5 S
1,5
Abrantes 2
Constancia 3
Abrantes. Mação 3
30
Sardoal 3
Benavente 2,5
Í Coruche
2,5
2,5
2
30
33
Salvaterra 2,5
„„.,
Chamusca (Almeirim
(Chamusca
f Cartaxo
Santarem JRio Maior
(Santarem 30
Ferreira do Zezere... 30
Thomar j Thomar 2,5
Villa Nova de Ourem 3
Barquinha 2,5 30
Torres Novas . . {Gollegã 2
Torres Novas
i,5
Arcos de Valle Arcos de Valle de Vez. 12
de Vez Ponte da Barca 2,5 20
Melgaço... Melgaço 3 48
Monção Monção - _ 2,5 18 42
Ponte de Lima.. Ponte de Lima - - 2 12 30
Cóura - - 3 24
Valença. Valença - - 2,5 22 36
Villa Nova da Cerveira , - _ 3 28
Vianna do Cas- Caminha - - 2,5 22
tello Vianna do Castello - - 2 9 21
2,5 3
Alijó - - 3 18
Alijó Murça 1 - _ 3 38
45
Chaves Chaves - - 2,5 15 45
Boticas - _ 3 30
Montalegre Montalegre -
45
- 3 30
S.ta Martha de Penaguião. - - 3 20
Peso da Regua.. Mesão Frio - — 3 30
Peso da Regua - - 2,5 15
Valle Passos Valle Passos - _ 3 16 36
Villa Pouca de
i Mondim de Basto - _ 4 35
Ribeira da Pena - — 4 40 51
Aguiar
Villa Pouca de Aguiar - _ 3 30
Sabrosa - — 3 16
Villa Real. 36
Villa Real - - 2 14
2,5 3 _ h
Armamar - - 3 28
Armamar. Mondim - - 3 45 48
Tabuaço - - 3 38
Castro Daire - - 3 32
Castro Daire
Fragoas _ _ 6 70
57
Carregal - _ 3 26
Santa Comba Dão . . . - - 3 40
S.,a Comba Dão 51
S. João de Areias - • - 3 50
(Mortagua - - 3 43
S. JoSo da Pes-(S. João da Pesqueira, - - 2,5 18
queira (Penedono 51
- - 4 36
- - 2 10
& : : : : : : : : : : : : - - 3 47
33
28 1865 26 de janeiro
.3 li
a
Mangualde. 3 24
Mangualde 'Nellas 3,5 30 48
Penalva do Castello 3 30 )
34
Si
MoimentadaBei Moimenta da Beira. 3
ra Sernancelhe 3,5
Rezende Rezende 3 24 51
Sinfães Sinfães 3 24 45
Tondella Tondella.'. 2,5 18 36
Sátão 3 35
Vizeu 27
Vizeu 2 10
' Vouzella 3 38
Vouzella
Í Oliveira de Frades.
3
3
32
S. Pedro do Sul
Paço, em 26 de janeiro de 1 8 6 5 J o a q u i m Thomás Lobo d'Avila.
D. de L. n.° 26, de 1 de fev.
Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o officio do governador civil, do districto do
Porto, de 14 do corrente mez, incluindo a resposta da camara municipal de Paredes, exi-
gida por portaria d'este ministerio de 24 de novembro de 1864, sobre a falta de cumpri-
mento por parte da referida municipalidade de differentes accordãos da commissão dis-
trictal Sobre materia da recrutamento;
Considerando que a camara, por errada interpretação das disposições da lei de 27 de
julho de 1855, alterou o recenseamento do anno de 1864, que lhe fôra devolvido depois
de approvado pela commissão districtal;
Considerando que segundo o disposto no artigo 4.° da lei de 4 de junho de 1859, só
ás commissões districtaes, creadas pelo artigo 5.°, ficaram pertencendo o exame e fiscali-
sação dos recenseamentos, e a apreciação das causas de isenção ou exclusão, quando estas
não digam respeito a falta de altura ou robustez;
Considerando que da fiel execução dos accordãos da commissão districtal nenhuma res-
ponsabilidade resultava á camara municipal, a quem ficava o direito de recensear no anno
immediato todos os individuos que, por qualquer das circumstancias previstas no arti-
go 12.° da lei de 27 de julho de 18.55 deixassem de ser incluídos no recenseamento de
1864, podendo os lesados por erro ou omissão do recenseamento, recorrer para os tri-
bunaes superiores, como a lei lhes faculta ;
.Considerando que é indispensavel que os tribunaes e corporações se mantenham nos
limites das attribuições que a lei lhes marca, para se evitarem contlictos e para que o ser-
viço publico não seja prejudicado;
Tendo em vista a informação do governador civil do districto do Porto, e conforman-
do-se com o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto d'esle ministerio: ha
por bem resolver:
Que a camara municipal de Paredes seja intimada para no praso de oito dias, contados
da data da intimação, cumprir os accordãos da commissão districtal que invalidaram os
actos irregulares praticados pela camara com relação ao recenseamento de 1864; e que
no caso, não esperado, da falta de execução d'esta real ordem, o governador civil mande
autuar a referida municipalidade e remetter o auto ao poder judicial, com a maior recom-
mendação; dando logo conta por este ministerio, se porventura for pronunciada a dita ca-
mara, para se providenciar como convier.
O que se participa ao governador civil do Porto, para seu conhecimento e devida exe-
cução.
Paço, em 31 de janeiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé. d. adl. n.° 39,dc7 aefer.
VH'4-:
f-V múliCír. .VI• • 7 ' T-'-': 1 "W- —•
. " f. . . . . . : •
- ••'••- • i , . • . . •., ; •. , - •
fevereiro
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
2." DIRECÇÃO
I.A R E P A R T I Ç Ã O
Convindo não só dar ao collegio das missões ultramarinas a mais conveniente organi-
sação, mas sendo igualmente necessário procurar que o edificio em que elle está collocado
tenha as condições e arranjos necessarios em uma casa de educação de missionários, e qúe
em tudo o mais um tal estabelecimento, tanto no seu pessoal como nos seus regulamentos,
corresponda aos importantes fins para que foi creado: Sua Magestade El-Rei ha por bem
encarregar o reverendo bispo eleito de Macau de examinar o sobredito estabelecimento,
e verificar assim o estado dos estudos e o aproveitamento dos alumnos, como a sua edu-
cação physica, moral e religiosa: devendo de tudo dar conta e propor o que lhe parecer
acertado, o que poderá fazer em participações successivas, se assim o julgar mais conve-
niente, e em especial para as providencias que possa reputar urgentes ou mais necessarias.
.. O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa, para
os devidos effeitos, ao superior do mesmo collegio.
Paço, em 1 de fevereiro de 1865. = João Chrysostomo de Abreu e Sousa.
D. de L, n.° 31, de 8 de feT.
i
DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO
Modificações telegraphicas
Os despachos dirigidos para as ilhas de Malta e Corfú, reinos de Tripoli, Egypto, e
pâra a India, China e Australia, devem ser expedidos pela Italia, seguindo uma das vias
Módica ou Otranto.
34 1865 20 de fevereiro
hispano-portugueza
Numero de zonas
até á fronteira
Estações Paizes em que sâo situadas Fronteira de expedição Vias a seguir Sobre-taxa
Os despachos dirigidos alem da estação de Suez, isto é, para as índias, Australiá; ilha
Maurícia1, etei serão ; enviados pelo correio desde aquelle poiilo, não se recebendo pòrém'
taxa algum;} pára porte do correio.
Por cáda stePte de dez palavras ou fracção de serie se pagará- metade da taxa indicada.
A tftrecçãoy a assignatura è todas as indicações sobre o modo de enviar os despachos
enífarãoiém'0 numeío de palavras taxadas. Aos despachos transmittidos para estes pontos
não é applicavel o uso de se expedirem duas ou mais copias dos mesmos despachos dirigr-
dos a differentes^ destinatários pagando uma sobre-taxa".
A direceã©, de um.despacho que houver de expedir-se para Suez pelo telegrapho, e
d'ali pelo correio, deverá fazer-se da seguinte maneira:
Ai admiflístração dos telegraphos da índia não toma responsabilidade alguma pelos er-
ros e pela demora.
A taxa indiana dos despachos enviados pelo telegrapho alem de Bombaim ou de Gilles,
não póde ser paga antecipadamente na Europa. -,
Nos despachos para a India e para Ceylão os números devem ser escriptas por exten-
so. e Gopfados por tantas palavras separadas.
Os despachos para os pontos alem do Egypto devem ser expedidos dois dias antes da
partida do,correio de Suez, e um dia antes d'aqueile em que se esperar a mala em.Àle-.
xandria.;Á taxa para o correio de Alexandria é de 456 réis.
• Os despachos expedidos á Alexandria com a indicação de serem entregues no .cobreio,
sendo destinados para pontos mais afastadas e que chegarem depois da partida da mala,
não serão expedidos pelo telegrapho a Suez senão no caso da taxa correspondente a esta
transmissão ter sido paga antecipadamente em Suez.
As pessoas que esperarem receber despachos das índias, Australia, China, ilha Mau-
rícia, etc. e que1 trâo tiverem agérite rio Egypto'poderão assegurar a sua expedição imme-
diata de Suez, fazendo antecipadamente um deposito, não inferior a 114$00Ò réis nos ban-
cos de Londres, Alexandria ou Egypto. A importancia das taxas será deduzida da depo-
sitada, _ , • •
. Nãp s e d a r á curso a despacíio alguma cujo destinatário não tenha, feito o mencionado,
deposito. '
4 dè* fevereiro 1865 35
Prrissia
Ss"
S'|f
Fronjeiri
Estacões 2 I 'de'
expedição
131
'sg-f
• !\! i' I M>i;'r! • I:
-Jli -J • i-'. •-.•
17 Francd-àjlsjmã l:
Bitburg 16 Xl'
Spandau
Zíhiéiidyrfi; :
14 +
e ^ a ^ e n t h e n j e m ^ i ç o c t ô d i a , completo.
DOS NEGÓCIOS DO
DIUÉCÇÃÒ GÍJK1ÍL Í)K ADMI.SITSTUAÇÃÒ CÍVIL
, . i , - ',;• . ;; . REPAR1XÇÃP — d," SECÇÃQ ,,-.
:, jFõii.pilesente a Sua; Magestade El-Rei o officio do director das obraé, pubficas' no> dis-
tricto de Braga, participando a resolução tomítdá pelos empreiteiros da estrada d e Bi>a!g»:
36 1865 20 de fevereiro
a Guimarães de fecharem ao transito publico parte da mesma estrada até Caldellas; manda
o mesmo augusto senhor que o referido director declare aos empreiteiros:
1.° Que unicamente ao governo compete ordenar que uma estrada seja aberta ou fe-
chada ao transito publico;
2.° Que os empreiteiros se devem regular pelas clausulas e condições geraes de 8 de
março de 1861, e pelas leis e regulamentos de viação publica, não podendo exercer mais
direitos que os conferidos n'aquellas clausulas, leis e regulamentos ;
3.° Que, pelo artigo 31.° das citadas clausulas, os empreiteiros são obrigados, durante
a empreitada, a vigiar pela conservação das obras construídas, devendo participar quaes-
quer transgressões dos regulamentos, para se proceder convenientemente contra os de-
linquentes;
4.° Que dos termos d'este artigo se infere ser obrigação dos empreiteiros preservar e
reparar as obras construídas dos damnos causados, não só pela acção do tempo, como
pelos transeuntes, pois só estes podem infringir os regulamentos policiaes;
5.° Que as obras são feitas em terrenos expropriados pelo estado, pagas á proporção
que se vão construindo, e as estradas são do domínio publico, e por isso o seu uso depen-
dente só das prescripções legaes, e sujeito á fiscalisação da auctoridade, não podendo ser
impedido ou vedado senão nos termos das leis e regulamentos, e nunca por deliberação
dos empreiteiros; - .
6.° Por conseguinte,4 que os empreiteiros da estrada de Braga a Guimarães, na reso-
lução que tomaram, infringem o seu contrato, arrogam direitos que não têem, ficam res-
ponsáveis pelos resultados dos seus actos, e serão compellidos pela auctoridade publica
ao cumprimento das suas obrigações.
O que se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, ao
director das obras publicas do districto de Braga, para sua intelligencia e execução, e para
que solicite do governador civil todo o auxilio de que carecer para execução das ordens
do governo.
. Paço, em 4 de fevereiro de 1 8 6 3 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Soam. == Para o
director das obras publicas do districto de Braga. D. DE l. n.° 32, DE 9 DE ter. . ; •
Attribuições dós generaes encarregados da inspecção dos corpos das diversas armas
Deveres dos generaes encarregados da inspecção dos corpos das diversas armas
' Art. 7. 9 Os referidos generaes farão saber ao corpo que forem inspeccionar, que rece-
berão quaesquer representações ou reclamações que em devidos termos as respectivas
praças lbès queiram apresentar, quando versem sobre injustiças ou faltas que hajam sido
no mesmo corpo commettidas para com os reclamantes.
• Art. 8.° No acto da inspecção devem os generaes d'ella encarregados:
1.° Observar minuciosamente o estado geral da instrucção pratica do corpo sujeito á
sua inspecção, a de todos os officiaes e officiaes inferiores e mais praças, bem como a in-
strucção theorica dos officiaes e officiaes inferiores.
:
2.° Examinar se os uniformes das differentes classes são rigorosamente os do plano
em YÍgor> fazendo desapparecer qualquer alteração que possa dar-se, e exigindo o exacto
ciimprimento.de tudo quanto estiver determinado a tal respeito.
3.° Examinar com toda a attenção o estado de limpeza e conservação de todos os artigos
de armamento, correame, equipamento, arreios e outros quaesquer que estejam em carga
oú á responsabilidade do corpo, classificando n'esse acto os incapazes do serviço, e averi-
guando a legalidade ou origem da ruina, procedendo ao ajustamento e encerramento da
conta respectiva, na conformidade das instrucções de 24 de dezembro de 1841, formándo-
se os competentes mappas pelo modelo das citadas instrucções e em fórma de caderno com
os seguintes titulos: :
1.° Do armamento, correame e equipamento de homens ;
10
38 1865 20 de fevereiro
2.° Dos metaes do grande uniforme das praças, instrumentos bellicos e munições de
guerra;
3.° Dos arreios, correame e equipamento dos cavallos;
4.° Da mobilia, utensílios, e artigos de cama e rancho; •
6.? Das sellas e arreios de picaria.
k inspecção do arsenal do exercito fornecerá a conta necessaria para servir de base a
este-encérrameialjO logoque for exigida.
4.° 'tospeGfíionar-todo -o .edificio' em que o corpo estiver aquartelado, habitítando-seas-
sim a poderem informar sobre o seu estado de conservação, aceio e ordem, suas accom-
modc$|>£s; ^nájfiõe? hygijeíiica.s e iji.ajs p r p p r i e ^ e s relativas ^ qgar|çí> propondo
quaesquer melhoramentos qúe se lhes figurem de íiecessidade.
Farão identicas observações ácerca do hospital, tendo o cuidado dè interrogar Os doentes
;
sobre qualquer cousa que tenham de representar.
0
- Sí : Se -o corpo inspeccionado for de artilheria ou cavallaria, examinar, com a 4eri4a-
attenção, se as cavallariças correspondem ao fim para que são destinadas e se satisfazetn
a Iodas i^s indicações da hygiene hippica. ..
Informal--se minuciosamente de todos os castigos arbitrados e applicados ipor trans-
gressão de disciplina; dando parte para o ministerio da guerra d'aquelles que o tiyerepa
sida em contravenção das disposições do regulamento disciplinar. Procurar tambem co-
nhecer se a subordinação se tem conservado em todo o rigor, e se cada um dos officiaes,
desde o commandante até ao ultimo subalterno, cumpre com exactidão os deveres do peu
posto e não psurpa attribuições que lhe não pertaneenu Procurar igualmente por todos
os meios ao seu alcance conhecer se as informações que os commandantes dos corpos dão
dos sgis§: officiaes- sã<5 exactas; notando aquellas que o não forem, fazendo de tudo a de-
vida menção no relatorio da inspecção. r
:Examinai! com a paais èscruputpsa attenção se no estabelecimento do-rancho sp
•cumpre rigorosamente o plano de administração >em vigor, fiscalisando toda a contabili-
dade relativa. Examinar igualmente se o vestuario das praças é apropriado aos seus fins,
qualía ej3onomia das manufacturas e a regularidade do fornecimento, com pfim de se obter
que o preç© de todos os artigos seja quanto possivel igual nos differentes corpos do exer-
cito. Fiscalisar se todas as praças têem recebido pontualmente os vencimentos que Ihès
sãó mandados distribuir, ordenando as restituições reconhecidamente necessarias p a r i esse
fira e dando parto circumstanciada para o ministerio da guerra de qualquer falta que tive-
rem notadoá-cefca d'esíe objecto.
5.? Examinar toda a escripturação respectiva ao detalhe do serviço, tomando conheci-
mento da legalidade com que o pessoal do corpo tem sido empregado, e fiscalisando se as
praças teem sido iIlegalmente distrahidas do serviço dá escala, òu sé têem sido conferidas
licenças não auctorisadas. Examinar tambem a escripturação do livro de r.egisto do corpo,
verificando a existencia de todos os documentos que legalisem as verbas de saída do effe-
ctivo; em ffidas as suas partes as respectivas instrucções, e se as guias
para a reserva têem sido passadas em tempo competente; bem como se em cada um dos
outros;ramos de esicripturação são Iitteralmente seguidas as instrucções ou regulametos
em vigor. - •
9." Proceder a mais escrupulosa fiscalisação da gerencia do conselho administrativo
relativa ao período decorrido desde o dia do encerramento da anterior inspecção, exami-
nando se hão sido observadas todas as disposições em vigor dos regulamentos de adminis-
tração da fazenda militar, e se a importancia relativa a cada um dos diversos fundoS cor-
responde ou. não A que for achada pelo respectivo balanço, dando immediatamente parte
para o ministerio da guerra quando encontrem differença.'
^0.° Observar durante os differentes trabalhos de cada inspecção qual o regimen in-
terno e as praticas do serviço estabelecidas no corpo que estiverem inspeccionando;.e.se
encontrar algumas que julgue irregulares dará parte ao ministerio da guerra, propondo
as que julgar conveniente substituir, alterar ou fazer cessar, tanto para D regular anda-
mento do serviço, como para uniformidade com as que estiverem em geral adoptadas no's
-outços corpos da respectiva arma ; isto emquanto não for publicado o competente regula-*-
mento, e, quando o tiver sido, examinar se as suas disposições são cumpridas rigorosa-
mente.
Art. 9.° No fim de cada inspecção o general encarregado d'ella confeccionará, depois
de haver tomado conhecimento das circumstancias particulares em que cada um dos offi-
ciaes do corpo se achar, uma relação de todos elles, na qual expenderá a sua opinião ácerca
6 da fevereiro 1865 3:9
da instrucção, capacidade, agilidade e robustez de cada um, devendo ouvir a estes res-
peitos a opinião, tanto do respectivo commandante, como dos facultativos do corpo.
Art. 10.° Finda a inspecção o general d'ella encarregado recolherá ao seu quartel e
ao exercicio das suas funcções permanentes para confeccionar o relatorio que remetterá
ao ministerio da guerra, acompanhado dos documentos que abaixo se indicam; e mandando
n',esta occasião apresentar ao mesmo ministerio os officiaes que lhe houverem sido facul-
tados para aquelle fim, terminando desde logo todos os abonos extraordinarios ; que lhes
tinham sido concedidos por aquella commissão.
Documentos que devem acompanhar o referido relatorio:
N.° 1 Uma copia do officio a que se refere o artigo 5.° d'estas instrucções;
N.° 2 Uma informação respectiva ao commandante do corpo, coliforme ofnodelo n.° i
do decreto de ,14 de setembro de 1846;
3 A relação de que trata o artigo 9.° d'estas instrucções;
N.° 4 p mappa (modelo B) de informação e estatistica da escola regimental, a que. se
refere o regulamento de 19 de fevereiro de 1862;
N.° 5 Os mappas, em fórma de caderno, de encerramento de contas de todos os artigos
em carga ao corpo, de que trata o 3.° quesito do artigo 8.° d'estas instrucções.
§ unico. O relatorio e documentos a que se refere este artigo, juntamente com os of-
ficios que sobre a mesma inspecção houverem anteriormente sido dirigidos ao ministerio
guerra, constituirão o processo d'ella, o qual será apresentado ao respectivo miqistro
para resolver o que tiver por conveniente.
Secretária d'estado dos negocios da guerra, em 4 de fevereiro de 1 8 6 5 . = O chefe da
1 . a direcção, D. Antonio José de Mello. 0rd. do exerc. n.° G, de 6, o D. deL. n.°37, de 15 de FEV.
Art. 9.° Toda a correspondencia deve ser-archiVada pôr ctósaèsrfe íflâàèS àtâótór-
panhadas de uma syBOpse^ ^ que se á a r q u e <d tíúmfefô è data" dò ò f t i i õ , è, í-ésfeiiida-
11
contértí; •'•'•• • I
, a
hispano-portugueza
Nomero de zonas
até á fronteira
• L.
j w
Fronteira Vias
:
Estações de a í« ~
' M
expedição seguir cj:
v.-
, o-
rt:
S5
Adrianopoli......... 19 Franco-italiana V. Í n.
Aleppo ( A s i a ) . . . . . . . . . . 32 » B. —
Augára» ( Á s i a ) . . . . . . . . . . 26 0 B.
Aulona ou V a l l o n a . . . . 19 a B. n.
Bagdad (Asia), . . . ; ; . . . . 36 » B. ' n;;
Beyroutb (Asis). 32 » B. n.
. Bpsna-Serai oú Serajewo 16 » M. ].
Bõurgas 19 » B. ].-
Canea (Ilha dè Candia).. 28 » —
Cavalla.- 19 a B.
Gbunila ou Schurnla 19 » O.T. n.:
Constantinopla......... 20 » B. i n.
Dardanêllos. 20 » B.
Diarbetir (Asia).. 32 » B. ' n.
Elbassan . 19 B. ! n.
» :
Fàva (Asia) * . . ; . . . . . . 39 B. n.:
;
Gallijoli.. .r. 20 B. n.'
Haggi-Cara (Asia) # 35 B. | n.-
l a l a (Asia) . 32 » B. v n.
Janina(Asía)....; 20 » B. ;
Jsinid (Asia) 22 B. ; -
Kilt-Bahar # . . . . . 20 » B. « ' -
Kusteiidjés (Bósnia)..... 20 » 0 . T. : , 1.:
Larissa - . . . . . . . . . 19 » B. :
1.
Metelin (archipelago) 23 « B.
Monstar.'. 15 » M. i -
Mònãstír . . . . > . . . 19 » B. ] --
Mònssul (Asia) 34 » B. ' n.
Nisa... / — 17 B. ; n.
Ouzoundjava.....-.... 19 ~ M B. m.
Philippopolis . . . . . . . . . . 19 » B. •• 1.:
Pristrna # 18 » B. \— '
Rodosto. 20 » B. .
Rutschunck......:...... 19 » 0. T. n.
Saloniki. 19 » B. ;; n .
Scio (Iíha de Chios) 24 » B. n.
Scutarí (Âlbania) 18 B. i n."
Seuiava (Asia) * 36 » B. tn;..
Serres 19 » B. i 1.
Sivas (Asia) 30 » B. n.
Smyma (Asia) 27 » B. n.
Sulina....- 20 » N. ' " .. _ ; -
Tultscha 20 » N. . ' n .
>
Varna 19 )) 0. T. : - •
Volo— 15 » B. ' - "
•Widdino 17 .. » B. - .
Yusgat. . 28 » B. |n.
Determina Sua Magestade El-Rei que as conversões de titulos de divida fundada ex-
terna em titulos de divida fundada interna, que forem solicitadas da junta do credito pu-
blico, depois de decorridos cinco dias, contados da publicação da presente portaria no
Diario de Lisboa, sejam realisados pelo cambio de 54'/a dinheiros esterlinos por 1)51000
réis, como se achava estabelecido pela portaria de 14 de março de 1855, alterada pela de
26 de dezembro de 1860, cujas disposições ficam suspensas.
O qué Sua Magestade manda, pela direcção geral da thesouraria, communicar á junta
do credito publico, para os devidos effeitos.
Paço, em 10 de fevereiro de 1865. —Joaquim Thomás Lobo d"Avila.
D. de L. n.° 3S, de 13 de ter.
"ÍJão sé tendo áté hoje recebido n'este ministerio os orçamentos da receita e ^ d è s p i ^ '
da.proyincia; de.Apgola, conforme á. respectiva junta de fazenda foi. expressamente
mihatfó em portaria circular de 7 de agosto de 1862: manda Sua Magestade;Êl-á$, :J pel3!
secretaria d'estadq\d()s negocios da marinha e ultramar, que a j u n t a da fazenda da i j é f ^ d a '
provincia, pela,primeira via que se offerecer depois da recepção d'esta portaria, dèclare
os itiòtrôôs p'or' qhe'não tem dado cumprimento á citada portaria, a fim de que o governo
de Sua Magestade possa providenciar a tal respeito, e usar do procedimento que lhe pa-
recer conveniente., ( .
Paço, em 11 de fevereiro de 1865. —João Chrysostomo de Ábreii ê Sousa. (2)
D. de L. n.° 40, de 18 de fev.
Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d i s t a d o dos negocios da marinha è ultra-
mar, remetter a,q reitor da universidade de Coimbra uma porção de semente dicinéjipna'
pahúãianá, a fim ae que no jardim botânico da universjdade : se ensaie á cuiturá, dé. u m
genero ,<jl,e plantas tão interessante pára a medicina ; na iritelligènciá de qiie, quàndp últe-
rioitóratè se óbtphtàm sementes ou plantas de outras especíes, serão igualmente remet-
t i d a aómWsmo jçir^im. Jiintós se rémettèm seis exémpTáras de dois numteros da publica-,
'ÇãQjntitOÍafiayCM//Mra dás plantas que dão a gmna^ e successivamente r e i n k t è r a ó Os '
qu'e:'forólri;Sáfndo..'' ; .
P^Vèíín.' 14 : 'de fevereiro dè 1865. = / o ã o Chrysostomo de Abreu e Soiisá..[(&$[.' , j'
4
' : . .D. dei).n.°.37,de
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio, era que o governador civil de Lisboa
remette copia dã deliberação tomada pela camara municipal do concelho dós Olivaes, em
sessão de 28 de dezembro ultimo, para a creação de um logar de cobrador de fóros e con-
tribuições municipaes, e bem assim o accordão consultivo do conselho'de districto, que,
em vista da£ decisões do governo sobre este assumpto, é de parecèr que não Seja coiice-'.
dida ã camara ai auctorisação que pede para a creação d'áqueliè logar.
É Sua Magéstade, attendendo a que pelas portarias de 8 de setembro de âO de
janeiro e l l . d e abril de 1863, e pelo decreto de 10 de .'igosto de 1864, foi declarado á
camará dos Olivaes que os logares de cobradores de rendas eram. illegaes, em vista da dis-
posição terfiiinante do artigo 177.° do codigo administrativo, sègundo o qual o thesoureiro
do concelho é o unico encarregado da arrecadação de todos os rendimentos do concelho;
Attendendo a que o thesoureiro do concelho dos Olivaes recebe n'esta qualidade o
máximo da percentagem estabelecida no artigo 181.° do mesmo codigo, e a que conse-
quentemente o pagamento á custa do concelho a um outro empregado encarregado de
receber uma parte das rendas d'elle daria logar a uma despeza superior á auctorisada na
lei, e violaria a disposição expressa d'este artigo;
Attendendo a que as rasões, em cjue a camara funda o seu pedido não são procedentes,
poisque já se lhe indicou em uma das portarias citadas, que a cobrança dos fóros, rendas
e contribuições, devia ser solicitada pelo thesoureiro ou pessoalmente, ou por propostos
sèus á quetti pagasse, ã similhança do que praticam os recebedores de comarcas com re-
lação às contribuições publicas:
Ha por bem não auctorisar a creação do emprego de cobrador dè rendas e fóros, pro-
posta! pelá cafiHarâ dos Olivaes, o que o governador civil fará constar á camara para sua
intelligencia, e para que nãó renove mais uma pretensão qfté pela quinta vez è indeferida.
Paço», ém 14 de fevereiro de, d 8 6 5 . = D u q u e de Loulé. d. de l. n.» 38, de ig de fe?.
legio por cinco annos como inventores de um novo processo ou aperfeiçoamento na dis-
posição e na construcção dos motores hydraulicos;
Yisto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 18-32;
Considerando que os requerentes satisfizeram todas as suas prescripções;
Hei por bem conceder aos ditos Pedro Francisco Millot e Agostinho Naudin Laplatta
a patente de irivençãç para o objecto acima indicado e pelo espaço de cinco annos, durante;
os quaes os seus direitos, de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da
lei, sendo a patent,e concedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade
ou merecimento í o invento a que diz respeito; pelo que ficam salvos os direitos de ter-
eèiro e os requerentes sujeitos ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto
e ao prévio pagamento dos direitos que deverem, passando-se-lhes diploma pelo : minis-
terio das obras publicas, commercio e industria.
O ministro e secretario d°estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, 14 de fevereiro de 1865. = R E I . = J o ã o
Chrysostomo de Abreu e Sousa. D. do L. n.° 42, de 21 de feY.
I.A SECÇÃO
Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Lisboa uma sociedade
'anonyiná dònomínáda companhia do tabaco e sabão;
vlstòè òs áofcutoentos pelos quaes se prova a subscripção dó capital sociál; .
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
20 de fevereiro 1885 51
. Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio.e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos por que deverá reger-se a
companhia do tabaco e sabão, os quaes, nos termos do artigo 539.° do codigo commercial,
foram, reduzidos a instrumento publico, constam de dezoito artigos e um artigo transitó-
rio, e baixam com este decreto assignadas pelo ministro e secretario d'estado das obras
publicas, commercio e industria; e bem assim dar por constituida a mencionada companhia,
para que possa desde já dar começo ás suas operações, ficando sujeita a registar o instru-
mento do seu contrato de teor e não por extracto no registo publico do commercio,"nos
.{eriBAs do artigo 540.? do codigo commercial; com a expressa clausula de que esta minha
regia approvação poderá ser retirada logoque a mesma sociedade se deixe dos fins para
que foi instituida, não cumpra fielmente os seus estatutos, ou deixe de remetter annual-
mente á direcção geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia so-
cial.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 18 de fevereiro de 1 8 6 5 . = R E i . = / o ã o Chry-
SOStoàlOílák À W e & eSOUSét. ®.deL.ft.«>8M»«demar{0.
Attendendo a que nos artigos 149.° e 152.° do codigo administrativo estabelece a lei
os meios precisos para quebrar a resistencia da camara ás ordens legaes que se lhe expe-
diram; e
Conformando-se com o parecer da secção administrativa do conselho d'estado, e com
o do conselheiro ajudante de procurador geral da corôa, junto do ministerio do reino:
Ha por bem ordenar que o governador civil de Lisboa faça subir sem demora a este
ministerio o orçamento da camara municipal de Setubal para o anno economico corrente,
aceitando-o como ella o apresentar, a fim de que, rejeitada pelo governo a contribuição
sobre o pão, e marcado em seguida á camara um praso curto para substituir a contribui-
ção rejeitada, possa decretar-se a contribuição que haja de substituir aquella, quando a
camara se negue a fazer ella mesma a substituição ordenada.
Paço, em 20 de fevereiro de Í8GS.= Duque de Loulé. D. de L. n.° 49, de 2 de março.
dos contratos e de outros actos da vida civil que se praticam com intervenção de tabel-
Iiães:
Houve por bem resolver, conformando-se com o parecer do conselheiro presidente da
relação de Lisboa, que este magistrado faça constar aos referidos tabelliães e contadores,
bem como aos juizes de todas as varas civeis e dos districtos criminaes da comarca de
Lisboa, que os tabelliães não são obrigados a mandar aos contadores os papeis em que
tenham de haver o salario de raza, nos termos da tabella de 30 de junho de 1864.
Paço, em 20 de fevereiro de 1865. ==Gaspar Pereira da Silva.
[D. de L. n.° 49, de 2 de março*
Tendo requerido Jorge Alberto Adolfo Leuschner que, nos termos no decreto com
força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de
1853,. se lhe concedesse a certidão dos direitos de descoberta da mina de estanho das
Aguas Ferreas de Ramalhoso, no concelho de Amarante, districto do Porto;
Constando pelas informações do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do
governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no campo pelo requerente registado
existe um jazigo, que pela extensão que occupa e suas condições póde ser lavrado por tra-
balhos independentes e deve ser repartido em duas concessões distinctas com as denomi-
nações de Aguas Ferreas de Ramalhoso e Portella da Gaiva;
Considerando que o supplicante, tendo requerido simplesmente ser declarado desco-
bridor.legal de uma mina, não o póde igualmente ser de ambas, sem que para isso se ha-
bilite devidamente;
Considerando que çor despacho de 8 do corrente mez se exigiu do supplicante que
declarasse qual das indicadas concessões escolhia para lhe ser conferido, o titulo de des-
cobridor legal, reservando comtudo o direito de poder requerer igual titulo pelo que res-
peita á outra, uma vez que satisfaça ás disposições da lei e regulamento de minas em vigor;
Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despacho, decla-
rou aceitar ambas as concessões, de que pede a certidão dos direitos de descoberta de
cada uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina de Aguas Ferreas de Ra-
malhoso, por onde consta que o supplicante satisfez a todos os requisitos do artigo 12.°
do citado decreto ;
i Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 31 do mez proximo findo, no qual a mesma secção julga o requerente
habilitado na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata:
Ha p o r bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta, de-
clarar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
das Aguas Ferreas de Ramalhoso, no concelho de Amarante, districto do Porto, cuja posi-
ção se acha topographicamente designada na planta que por copia acompanha esta por-
taria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
pelos traços de côr vermelha, formam um quadrilátero ABCD, traçado pela seguinte ma-
neira: Do ponto A, a parte mais elevada e central da Fraga de Aguas, tire-se uma linha
recta na direcção S. 50" 0 . (magnético) até á margem direita do ribeiro do Ramalhoso, e
ficará determinado o : ponto B; da casa da guarda tire-se uma outra linha parallela, o ponto
C será na margem direita do ribeiro das Icutadas e o ponto D a 400 metros da dita casa;
e unindo estes quatro pontos por meio de linhas rectas, ficará fechado o rectângulo que
abrange uma area de 566:000 metros quadrados;
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante
seis mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para or-
ganisar .uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez,
ou para mostrar que possue os fundos necessarios para a lavra d'este jazigo, na intelli-
14
34 1865 25 dè féVefêiíè
géhtilã dè quê, HSô se habilitando n'êstes termos dentro d^quetle prâão improrõgavelj será
a concessão d'esta mina posta a concurso na conformidade da lei;
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos
legaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobrido!' dá mencionada mina.
O que íildõ sê lbtecommiiftica para seu conhecimento e mais effeitos; ficando obrigado
a apresentar fe'êstè ministerio certidão de haver feito registar na respectiva camara muni»
cipal a presente portaria na sua intêgra, sem o que nâo terá inteira validade.
Paço, ! era â i d e fevereiro de 1 8 6 5 . — / o ã o Chrysostomo de Abreu e S o w s a . = P a r a
Jorge Alberto Adolfo Leuschner. D. de L. n.° n , de 5 de abrii.
RÉÍ>ARTÍÇÃÓ CÊNTRAL
E m virtude da auctorisação concedida ao governo pelo artigo 8.° da <$rta de lei de 20
de junho ultimo; vista a relação de doze cidadãos designados pètâ junta geral do districto
da Horta, de entre os quaes o governo tem de eseolher os quatro vogaes da junta admi-
nistrativa dos fundos destinados á construcção do porto artificial daquella cidade; e confor-
mandò-me côiíi a informação do respectivo governador civil: hei por bém estabelecer uma
jtil?t'a, que será composta dos seguintes vogaes—barão de Sant'Anná, dr. Antonio Maria dè
OliVeifâ, Mânuel José Sequeira e Ladreano Pereira da Silva. Esta junta, qúê será presidida
pelo governador civil da Hortá úu quem sUas Vezés fizer, terá a 'seU cãrgò: gerir Os fim*
dòs dèStinados á fèíturã do referido porto artificiai'; tújla construcção foi ãuctorisadapela
càrtá dè Iqi supracitada; pagar os juros e amortisação do emprestimo auctorisado pelo ar-
tigo dò mesma lei, e todas as despezas quê se fizerem com á construcção da óbra; fi-
cahdb òútftsim auctorisada a receber directamente dás alfandegas e auctoridades compe-
tentes todos os impostos estabelecidos peta referida carta de lei, nò artigo 3.° e séus §§. '
0 8 ministros è secretarios d'estado dos negocios das ObraS publicas, commercio e indus-
tria, e dos negócios da fazenda, assim o tenham entendido e façam executar. Paço dá
Ajuda, em 22 de fevereiro de 1 8 6 5 . = R E I . — João Chrysostomo de Abreu è Sousái^Jbfc
qwm fhbVnás hobò d'Avila. D.dèt.n>*Meite'iíiat$o.
proximo passado, forem inferiores aos que estavam percebendo n'aquellas casas fiscaes os
mesmos empregados, anteriormente á indicada reforma, continuarão a ser abonados, por
meio de folhas addicionaes ás dos ordenados e ás dos emolumentos, das differenças entre
os anteriores e os actuaes ordenados, e os correspondentes emolumentos, calculados por
uma percentagem igual.
Art. 2.° Os empregados que percebiam emolumentos denominados pessoaes, e que
em virtude das disposições do citado decreto n.° 1 passaram a constituir receita do cofre
commum dos emolumentos, serão abonados, por meio de folhas addicionaes ás d'esses ul-
timos emolumentos, de uma importancia equivalente á receita media dos emolumentos
pessoaes que perceberam nos ultimos tres annos civis, findos em 1864.
§ 1.° As compensações de que trata este artigo não têem logar quando os emprega-
dos, por effeito das novas collocações em que estejam ou venham a estar, percebam de
ordenado e de emolumentos communs uma somma igual ou superior á dos vencimentos
que percebiam anteriormente á reforma.
§ 2.° Quando os empregados a que se refere este artigo, não obstante haverem pas-
sado a ter maiores ordenados, ainda assim tenham direito a verificar-se-lhes a compensação
a que o mesmo artigo se refere, levar-se-ha em conta, na respectiva liquidação, aquelles
maiores ordenados, e as correspondentes quotas proporcionaes dos emolumentos do cofre
commum.
Art. 3.° Aquelles empregados que, em virtude de disposições especiaes, estavam sendo
contemplados na distribuição dos emolumentos geraes, continua-lo-hão a ser até que dei-
xem de exercer os logares que exerciam ao tempo em que começaram a ser comprehendi-
dos na mencionada distribuição.
Art. 4.° As liquidações para os abonos de que trata o artigo 2.° serão processadas na
direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda assim o tenha entendido e
faça executar. Paço, em 25 de fevereiro de 1 8 6 5 . = R E I . — Joaquim ThomásLobo d Ávila.
D. de L. n.° 51, de í de março.
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• ••'l)ií)f,fiÍ!Ífv pilutii << íufeí-.n HÍmostil til * <ioi'ioi>.'.i((>(iíi i,í.r.ií*'b oiiRjoi-jôí a oilKiiiim O
&M r-bu-iiAt. ^ . n H { ^b oiú» :í»'/Í»'Í »ÍS mo '.ocmU .ififaná/e
U'.t ir, • J '.i, i| \ '
março
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
'' ORDEM DO EXERCITO X.' 10 ,'.•'.'.'.'[. „'.'.'.
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 15 de março de 1864 r !*
::
Publica-se ao éiercito o seguinte: '' : ,.
. Achando-se vagos os logares de capellães do batalhão de caçadores b.® 11' ^ do'regi-
mento dè infanteria n.° 4, faz-se publico, em conformidade com o disposto1 no artigo 9.°
da carta de lei de 20 de maio de 1863, e nos artigos 8.°,9.° e 10.° do regulamento de 22
de outubro do mesmo anno, que no dia 20 de abril proximo futuro, pelas 11 horas da
manhã, se abrirá na secretaria do quartel general da l . a divisão militar concurso para pre-
enchimento das citadas vacaturas.
Os presbyteros que pretenderem habilitar-se ás indicadas capellanias, deverão apre-
sentar-se no referido concurso, munidos dos documentos exigidos no artigo 11;° do supra-
citado regulamento; e para conhecimento dos mesmos presbyteros se declara que os de-
veres inherentes ao logar de capellão militar, e as honras e vantagens que por lei lhe com-
petem, são as seguintes: .
Deveres
Celebrar missa; confessar e administrar os sacramentos; acompanhar os doentes e
ministrar-lhes consolações religiosas, quando as desejem ou d'ellas careçam, visitando
amiudadamente os hospitaes, nos corpos ou estabelecimentos em que servirem.
Ministrar soccorros espirituaes aos moribundos e aos feridos, comparecendo .nos hos-
pitaes de sangue, nas ambulancias, ou aonde o seu ministerio for reclamado.
Acompanhar os fallecidos nos hospitaes, nos quarteis,dos corpos, nas praças ou esta-
belecimentos onde servirem, até ao seu ultimo jazigo; e depois dos conflictos da guerra,
assistir aos enterramentos que forem ordenados, praticando as orações e ceremonias do
estylo, tendo sempre logar ô simples acompanhamento, ainda quando compareça o paro-
cho respectivo.
Empregar a persuasão, mas principalmente o exemplo, na prégação e sustentação da
moral e religião, e do juramento, aproveitando qualquer opportunidade, para em palavras
concisas, judiciosas e de percepção fácil, imprimir no animo dos militares a consciência do
respeito e dedicação que devem a Deus r á patria, -ao rei e á lei. —
Dar a instrucção primaria nas escolas regimentaes, não só aos adultos, senão tambem
aos .filhos.menores dos militares, e aos da população civil da localidade, empregando me-
thodos accommodados, e tornando appetecivel a instrucção e a educação.
Prestar obediencia aos chefes a quem se acharem subordinados, no concernente ao
desempenho das suas obrigações. £
• Occupar-se exclusivamente das suas obrigações castrenses, hospitalares e de ensino,
sendo-lhes portanto defezas quaesquer outras resultantes de curatos, thesourarias, capel-
lanias ou encargos religiosos que os distráhiam das funcções de seu cargo, nas quaes
lhes é tambem prohibido fazerem-se substituir.
: Guardar sob a sua responsabilidade as alfaias, paramentos e quaesquer objectos desti-
nados ao; culto, recebendo-os do conselho administrativo por inventario.
^Finalmente escrever e conservar um registo authentico dos factos religiosos, quepos-
sarfi interessar civilmente os individuos pertencentes aos corpos ou. estabelecimentos em
que servirem, ou suas familias e herdeiros.
Honras e vantagens
; Terão as honras e soldo de alferes com todas as prerogativas inherentes a este posto,
emquanto não completarem cinco annos de serviço effectivo; as honras e soldo de tenente;
depois de haverem completado cinco annos de serviço effectivo; as de capitão, depois de
haverem completado quinze annos de serviço effectivo, tendo mais o augmento.de 23 por
cento^do-soldcrcPestc posto, quanckHiverem completado vinte- e cinco annos de serviço
effòctivò.-" 1 • • ! ' ••:
Na liquidação do tempo de serviço para os differentes postos, ser-lhes-ha descontado
58 186520de marçd
aquelle tempo qoe tiverem estado em inactividade temporaria por castigo ou sem venci-
.mento, com licença registada, e bem aspim todo aquelle que, segundo as leis, é abatido
aos officiaes do exercito.
Têem direito, segundo os annos de serviço, ás reformas e graças de que gosam os of-
ficiaes do exercito na conformidade das leis.
Os accessos, conferidos de grau em grau e com relação ao tempo de serviço, são, alem
das condições já expressas, subordinados ao principio geral das promoções, pelo qual só
tem direito ás mesmas o que houver patenteado bom comportamento moral, civil e religio-
so, dedicação e ÉptidSo no desempenho dos seus deveres.
Têem, alem do soldo, uma gratificação annual de 72$0QQ réis ? emquanto regem es-
cçlas^imççtae?.
- % d^màrai. de 1 8 6 S . = N o impedimento do sub-chefe da repartição, Fortmqto
Jo$é jpereirçt,, çapitao servindo no ministerio da guerra, d. de l. 52»63, do 6 e 13 d? m»rç0.
Ordena Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ul-
tramar, que os chefes dos departamentos maritimos, tendo em vista as disposições dô re-
gulamento de 25.de agosto de 1859 e as do capitulo 3.° da portaria d'esle ministerio de
19 de dezembro de 1863, procedam desde já ao sorteio da gente maritima dô'fâwâ ê do
archipelago dos Açores, que tenha sido apurada até ao dia 31 de dezembro de 1863, a
fim de pode;r elevSr-se o armamento naval á força votada pela carta de lei de 28 de junho
' de t864 para o anno economico de 1864-1865, e conferir-se baixa ás praças do eorpo de
marinheiros que hajam terminado o tempo legal de serviço.
Outroshn determina o mesmo augusto senhor, que a repartição proporcional dos re-
crutas, qoe competirem ás delegações e freguezias dos differentes districtos, seja feita em
relação ao numero" designado no mappa que d'esta portaria faz parte e baixa assignado
pelo conselheiro director da 1 . a direcção da referida secretaria d'estado.
Paço, em 3 de março de 1 8 6 5 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa.
%
A.á Caminha
Vianna do Castello
Nontfl...» 3.» Porto
4.° Aveiro
5.° Figueira
1." Alcobaça
Centro;. 2.» Lisboa.!
3.° S e t u b a l , . . . .
Í. e . Funchal,
Lagos..
2.° PortimSo
Sul. 3.° Faro '
4." Tavira
5.° yijla Real de Santo. Antonio
lilla Terceira
Ajoatea....... J.« Ilha de S. Miguel .1
3.° Ilha do Faial
ntr
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 3 de março de 1 8 6 5 . ^ A n p r
nio, fíafael Rodrigues Sette. D. de L. N . ' d o março.
ÍOrtfe mai-ço 1865
Não havendo em Lisboa, como cumpre que haja em cidade bem policiada, casa desti-
nada á detenção e correcção de vadios; e parecendo ao governo que para esse fim pode-
ria apropriar-se o actual asylo de mendicidade, modificando convenientemente a sua pri-
mordial instituição: manda Sua Magestade El-Rei, que o governador civil do districto de
Lisboa, de accordo com o provedor do mencionado estabelecimento, organisè um proje-
cto de reforma no sentido indicado, e o submetia com a possivel brevidade á secretaria
d'estado dos negocios do reino.
Paço, em 9 de março de 1865. = Marquez de Sabugosa. b. de L. n.° 6i, de i« de m»r.
Manda Sua Magestade El-Rei que os directores das alfandegas do continente do reino
e das ilhas adjacentes fiquem na intelligencia de que, acbando-se os inspectores das mes-
mas alfandegas Antonio José Duarte Nazareth, Antonio Correia Heredia e Carlos José
Caldeira no exercicio das funcções do seu cargo, deverão dar as convenientes ordens
para que se ministrem áquelles funccionarios todos e quaesquer esclarecimentos por
elles exigidos; assim como se lhes faculte o exame de livros ou documentos, e a inspec-
ção de todos os actos relativos ao serviço tanto interno, como externo das indicadas ca-
sas fiscaes e suas delegações; fazendo que sejam reconhecidos como taes pelos empre-
gados em geral, que desempenham os dois mencionados serviços de administração e fis-
calisação.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se commnoiCará
a quem conveniente for.
Paço, em 10 de março de 1 8 6 5 . = M a t h i a s de Carvalho e Vasconcellos.
D. da L: n.° 57, de l i d« mar.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio, em que o governador civil da ©uarda
dá conta de haver a camara municipal de Ceia posto a concurso o logar de carcereiro, e
provido n'elle Antonio Ferreira, desattendendo o requerimento de Francisco Fettwtndes,
que servia aquelle emprego por nomeação interina do juiz do direito, e apresentava me-
60 1865 20 de marçd
lhores habilitações e maiores garantias de bom serviço; e pede que se declare se às cama-
ras compete a nomeação dos carcereiros, direito de que o governador civil duvida, por
isso que não ha lei alguma que assim o declare, e não póde similhante direito deduzir-se
da circumstancia de pagar a camara a esses empregados, vistoque outros ha que são no-
meados pelo governo ou pelos governadores civis, sem que por isso deixem de ser remu-
nerados pelos cofres dos concelhos.
Em resposta ao supradito officio: manda Sua Magestade declarar ao governador civil,
que pelas antigas leis do reino os carcereiros das cadeias de Lisboa e do Porto eram no-
meados pelo governo, como ainda hoje são, e os das demais villas e cidades pelas camaras
sobre propostas dos alcaides-móres, e que, comquanto não possam ter hoje inteira execu-
ção estas leis pela extincção dos alcaides-móres, e resultem inconvenientes da interferen-
cia das camaras n'este assumpto, é todavia certo que essas leis não foram revogadas e de-
vem ter execução na parte que é praticável, isto é, na parte em que conferem ás camaras
o diréito da nomeação d'esses empregados.
Que alem d'esta rasão ha uma outra, em vista da qual não póde deixar de ter-se como
regular o acto da camara de Ceia, quanto ao direito de nomeação do carcereiro. Em regra
a camara nomeia os empregados a quem paga, regra que se deriva das disposições do ar-
tigo 427. p do codigo administrativo e das leis anteriores que regulam a administração mu-
nicipal, e estando o pagamento de ordenados aos carcereiros a cargo das camaras é logico
e regular que ellas os nomeiem na falta de lei que o contrario disponha.
Verdade é que o governo nomeia os administradores dos concelhos, o governador ci-
vil, o escrivão da administração, e o administrador, os amanuenses e officiaes de diligencias
d'ellá; ,e que estes empregados são todos pagos pelos cofres dos concelhos: mas este des-
vio de regra geral é o resultado de lei expressa; e constituindo uma excepção a essa re-
gra, conflrma-a em vez de invalida-la como o governador civil suppõe.
Que se a camara fez uma nomeação inconveniente, e escolheu para carcereiro um
individuo que não presta as necessarias garantias, esse acto da camara póde ser refor-
mado e corrigido pelo governador civil, na conformidade do que foi resolvido pelos
decretos, sobre consulta do conselho d'estado, de 26 de novembro de 1852 (Diario do
Governo n.° 304), é de 21 de dezembro do mesmo anno (Diario do Governo n.° 14 de
1853).
O que, de ordem de Sua Magestade se participa ao governador civil da Guarda, para
sua intelligencia e.demais effeitos.
Paço, em 10 de março de 1 8 6 5 . = M a r q u e z de Sabugosa, d. de l. n.° 58, do 13 de mar.
Por decreto de 6 do corrente mez de março foram creadas cadeiras de ensino primá-
rio nas seguintes localidades:
Freguezia de S. Vicente de Cuba, no districto de Beja, para o sexo feminino—com o'
subsidio de casa e mobilia pela camara municipal respectiva.
Villa de Odemira, districto de Beja, para o sexo feminino—com o subsidio de casa e
mobilia pela camara municipal respectiva.
Villa de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo feminino—com o subsidio de
casa e mobilia pela camara municipal respectiva.
Freguezia de Cabril, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo mas-
culino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos alumnos
pobres, pela j u n t a 4 e parochia respectiva.
Freguezia de Dornellas, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo
masculino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos alumnos
pobres, pela junla de parochia respectiva.
Freguezia de Pecegueiro, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo
masculino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos alumnos
pobres, pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Portella do Fojo, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o
sexo masculino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos
alumnos pobres, pela.junta de parochia respectiva.
Villa de Ancião, districto de Leiria, para o sexo feminino—com o subsidio de casa e
mobilia pela camara municipal respectiva.
Villa de Castello de Vide, districto de Portalegre, para o sexo feminino—com o subsidio
de casa, mobilia e utensílios, pela camara municipal respectiva.
Freguezia de S. Lourenço, da cidade de Portalegre, para o sexo masculino—com o
subsidio de casa, mobilia e utensílios, pela camara municipal respectiva.
Villa de Valença, districto de Vianna do Castello, para o sexo.feminino—com o subsi-
dio de casa e utensílios, pela camara municipal respectiva.
O provimento d'estas cadeiras não poderá effectuar-se, sem que os governadores civis
dos respectivos districtos hajam verificado e informado que os subsidios offerecidos estão
promptos e satisfazem cabalmente ao fim para que são destinados, na conformidade do
disposto na circular de 22 de dezembro de 1859 (Diario de Lisboa n.° 47); " • -
. , . ., m 1). de L. n.°57, d e l i do março.
10
1$65 16 dê maHpb
(1) Saibam quantos virem estaescriptura, com os estatutos da sociedade do palacio de crystal por-
tuense, que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1865, aos 8 dias do mez de fe-
vereiro, n'esta cidade de Lisboa, na rua Augusta n.° 28, 1.° andar, no meu escriptorio compareceu José
Joaçruiqi da Silva Júnior, solicitador encartado, morador na rua dos Corrieiros n.° 53, freguezia de
S. Nicolau, na qualidade de procurador dos srs. visconde de Pereira Machado e de João Antonio de
Miranda Guimarães, aquelle na qualidade de presidente e este na qualidade de secretario da mêsá iiâ
assembléa geral da dita sociedade, como me fez certo pelo instrumento de procuração e substabeleci-
mento que me apresentou e que fica em meu cartorio para ser copiado nos traslados d'esta escriptura;
e por elle foi dito, em_presença das testemunhas adiante nomeadas e assignadas,, que, na conformidade
da lei e por virtude dos poderes de sua procuração, reduz á presente escriptura os seguintes
TITULO I
Denominação e fins da sociedade
Artigo l. 8 A associação denomina-se a «sociedade do palacio de crystal portuense». Sua éédétè na
cidade do Porto.
Art. 2.° Seu fim é auxiliar os progressos da agricultura, da industria e das artes em Portugal, ,
Art. 3.° N'este intuito propõe-se a sociedade :
A construir um palacio aonde se façam exposições permanentes e extraordinárias, e se ven-
dam os productos da industria e das bellas artes;
2.° A promover a acclimatação de plantas exóticas e de arvoredos;
3.° A promover,o aperfeiçoamento aas raças de animaes domésticos;
4."4 A estabelecer bosques e jardins;
5. A fundar umà academia de musica para concertos e ensino gratuito.
TITULO i f '
Do capital
Art. 4.° O capital da sociedade é de 250:000$000 réis, representado por duas mil e quinhentas ac-
ções de 100£000 réis cada uma.
§ li1. Este capital poderá ser elevado a maior quantia por deliberação da assembléa geral e com a
approvação do governo.
§ 2.° As acções serão nominativas ou ao portador, á opção dos accionistas, quando a totalidade
do seu nominal tiver entrado no cofre.
II! de março 1865
Hei por bem approvar os novos estatutos da sociedade do palacio de crystal portuen-
se, os quaes, nos termos do artigo 539.° do codigo commercial, foram reduzidos a instru-
mento publico, constam de cinco titulos e vinte artigos, e baixam com este decreto assi-
gnados pelo ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria, fi-
cando a mesma soeiedade obrigada a registar o novo instrumento do seu contrato de teor
e não por extracto no registo publico do commercio, nos termos do artigo 540.° do codigo
§ 3.° A direcção determinará o praso em que devem entrar as prestações, mas nunca com menos
de quinze dias de antecipação.
| 4." O accionista quê não pagar as prestações pedidas nos prasos respectivos, será avisado por
carta e por annuncios nos jornaes, para effectuar o pagamento no praso improrogavet de trinta dias
addiciona ndo-se o juro da mora, a rasão de 6 por cento ao anno. Findo este praso perderá o aceionista
todas as prestações com que tiver entrado, a favor da sociedade, deixará de fazer parte d'ella aeila dis-
porá das acções como entender, sem, que por este facto o accionista íique desligado da obrigação, que
tem, de responder in solidum pelo montante das suas acções, emquanto a direcção da sociedade não
approvar novo possuidor.
TITULO III
Da assembléa geral, da direcção e do coaselho fiscal
Art. S.° A assembléa geral compõe-se de todos os accionistas do sexo masculino, que o sejam de
uma ou mais acções nominativas, averbadas com tres mezes de antecipação, ou que tenham deposi-
tado Aos cofres da sociedade acções ao portador com a mesma antecipação.
§ 1." Julgar-se-ha constituida a assembléa geral, se estiverem presentes vinte e cinco accionistas,
que representem uma sexta parte ou mais do fundo social. Não se podendo constituir pelo referido
modo, ficará constituida, feita segunda convocação, quando estiverem presentes trinta accionistas, que
representem pelo menos uma oitava parte do fundo social. Sendo necessário terceira convocação a as-
sembléa funecfonará com o numero de accionistas que se reunirem.
§ 2.° O accionista menor ou interdicto poderá ser representado pelo seu tutor ou curador, uma
sociedade mercantil pelo socio gerente, uma corporação pelo chefe da sua administração, a mulher ca-
sada pelo seu marido e a viuva e solteira por um accionista com sua procuração; não ó admissível ou-
tra qualquer representação.
§ 3.° As deliberações da assembléa geral só serão validas tendo a maioria dos votos presentes.
Art. 6." Compete á assembléa geral:
1.° Eleger por escrutínio secreto a mesa da assembléa geral, que será composta de um presidente,
de um vice-presidente e de dois secretarios, cujas funcções durarão tres annos;
2.° Eleger da mesma fórma a direcção e o conselho fiscal;
3." Deliberar sobre o relatorio e contas annuaes da direcção e resolver os casos omissos;
4.° Approvar o regulamento interno da sociedade e tomar todas as mais providencias necessarias
aos fins da sociedade;
5." A assembléa geral reunir-se-ha ordinariamente duas vezes por anuo, no mez de janeiro e n'aquelie
em quê for o anniversario da inauguração do palacio e extraordinariamente quando a direcção, o con-
selho fiscal, ou quinze accionistas requererem á presidencia a sua convocação.
§ unico. As convocações para a assembléa geral serão feitas em nome do presidente por carias de
um dos sefcretarios, entregues na morada ou escriptorio dos accionistas residentes na cidade do Porto,
e por annuncio pelo menos em dois jornaes diarios da mesma cidade.
Art. 7.° A direcção será composta de sete membros, que elegerão -d6 entre si séu presidente, Se-
cretário e thesoureiro, e de tres substitutos, eleitos triennalmente por maioria absoluta dos votantes.
O primeiro e segundo escrutínio serão livres; o terceiro será forçado quando em nenhum dos «Sasos
anteriores tenha havido maioria absoluta, recaindo então a votação no duplo do numero que houver
para eleger tiradq dos mais votados no segundo escrutínio.
§ Unico. Não poderão ser conjunctamente membros da direcção e do conselho fiscal individuos
que tenham parentesco até o terceiro grau dodireito canonico por consanguinidade ou affinidadé.
Art. 8." A direcção funccionará tres annos e incumbe-lhe:
§ 1." Observar os estatutos e regulamentos da sociedade e executar as deliberações da assembléa
geral.
§ 2." Confeccionar um regulamento para os trabalhos da direcção e submette-lo á approvação do
conselho fiscal, no qual se designarão os cargos especiaes dos directores, que os distribuirão entre si.
| 3.° Administrar os fundos da sociedade.
| 4." Celebrar contratos com approvação do conselho fiscal e velar pela sua pontual e inteira exe-
cução.
§ 5.° Nomear os empregados necessarios para o bom regimen, limpeza e conservação do balaçio
e suas dependencias, e demitti-los quando não cumprirem seus deveres com escrupulosa exactidão.
§ 6.° Tomar, de accordo com as auctoridades administrativas, asjjrovidepcias indispensaveis para
a manutenção da boa ordem e policia nos divertimentos e quaesquer reuniões que haja no palacio e
estabelecimentos annexos.
§ 7." Apresentar annualmente á assembléa geral com o parecer do conselho fiscal o relatorio a con-
tas da gerencia da direcção .
| 8 . ° Propor os melhoramentos que julgar uteis aos fins da sociedade.
I 9.° Franquear mensalmente a escripturação do conselho fiscal. ,,
110.° Tomartodas as providencias conducentes ao engrandecimento da sociedade, dando conta»
á assembléa geral depois de ouvido o conselho fiscal.
64 1865 20 de marçd
commercial; e com a expressa clausula de que esta minha regia approvação lhe poderá
ser retirada, logoque se desvie dos fins para que foi instituida, não cumpra fielmente os
seus estatutos, ou deixe de remetter annualmente á direcção geral do commercio e indus-
tria o relatorio e contas da sua gerencia social.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha as-
sim entendido e faça executar. Paço, em 15 de março de 1865. = R E I . — J o ã o Chrysos-
tomo de Abreu e Sousa. D. DE L. n.° 69, de 27 do março.
nascimento do Nosso Senhor Jesus Christo de 1865, aos 30 dias do mez de janeiro, n'esta cidade do
Porto, rua das Cangostas e meu escriptorio, appareceram presentes os ill.mos srs. visconde de Pereira
Machado e João Antonio de Miranda Guimarães, casados, na qualidade de presidente e secretario da
mesa da assembléa geral da sociedade do palacio de crystal portuense, moradores • n'esta cidade, pes-
soas conhecidas pelas proprias de mim, e testemunhas, de que dou fé; e disseram faziam por esta seu
bastante procurador com poderes de substabelecer ao ill.mo sr. Alfredo Allen, tambem d'esta cidade,
para aceitar quaesquer alterações que tenham de ser offerecidas pela repartição das obras publicas ao
projecto de reforma do estatuto da mesma sociedade do palacio de crystal portuense, e assignar a com-
petente escriptura e assim como todos os mais actos necessarios á approvação pelo governo do referido
estatuto. Em fé do verdade assim o disseram, sendo testemunhas presentes Isaac Newton e José Pinto de
Araujo Carneiro, ambos d'esta cidade, que aqui assignam com os outorgantes, depois de lido este in-
strumento por mim Antonio Ferreira da Silva Barros, tabellião que o subscrevo e assigno em publico
e raso.—Em testemunho de verdade.—Logar do signal publico—Antonio Ferreira da Silva Barros=
Visconde de Pereira Machado, presidente da assembléa=João Antonio de Miranda Guimarães, primeiro
secretario=Isaac Newton —José Pinto de Araujo Carneiro. =Reconheço os signaes supra do tabellião.
— Lisboa, 1 de fevereiro de 1865. — Em testemunho de verdade. — Logar do signal publico. = João
Baptista Ferreira.=Logar do sêllo da taxa de 40 réis = A ! f r e d o Allen, casado, de maior idade, nego-
ciante matriculado na cidade do Porto, etc., etc. Substabeleço os poderes que me são conferidos, na
procuração que antecede, no sr. José Joaquim da Silva Júnior, solicitador encartado n'esta cidade,
para todos os effeitos conformo os poderes na mesma declarados. Lisboa, 6 de fevereiro de 1865. = Al-
fredo Allen.=Trasladados os concertei com os proprios a que me reporto, que ficam em meu poder e car-
torio. E eu Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião do notas «'esta cidade de Lisboa, esta escri-
ptura fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em pu-
blico e raso. — Em testemunho de verdade. = Francisco Vieira da Silva Barradas.
Paço, em 15 de março de 1865. — João Chrysostomo de Abreit e Sousa.
CAPITULO I
Do capital do banco
Artigo 1.° O capital do banco é de 8.000:000£000 réis, dividido em acções de 100&000 réis.
Haverá titulos de uma acção, de cinco acções e de dez acções.
§ 1.° Não se podem emittir titulos de uma acção sem resolução de assembléa geral.
§ 2.° O banco não reconhece mais do que um proprietario a cada titulo.
Art. 2.° As acções serão passadas em nome de pessoa determinada ou ao portador, conforme for
preferido pelos accionistas.
As acções passadas em nome de pessoa determinada podem averbar-se ao portador e vice versa.
Art. 3." O capital do banco de Portugal poderá ser reduzido até á quantia de 5.000:000^000 réis,
precedendo resolução da assembléa geral ordinaria do mesmo banco, e com approvação do governo de-
pendente de confirmação do corpo legislativo.
CAPITULO II
Das operações do banco
Art. 4." O banco descontará letras de cambio e da terra e todos os outros papeis de credito usa-
dos no commercio, uma vez que reunam as condições seguintes:
I Serem considerados pela direcção de segura cobrança no seu vencimento;
II Terem pelo menos duas firmas de inteiro credito ou devidamente garantidas;
III'Serem pagaveis em dia determinado;
IV Não terem a vencer mais do um anno.
§ 1." Não são attendidas para o desconto as firmas dos membros da direcção, ou de casas mer-
cantis ena que elles sejam interessados.
§ 2.° Nenhum director, como individuo ou socio de qualquer firma social, poderá tomar, directa
ou indirectamente, parte em transacção ou emprestimo em que o banco for interessado.
§ 3.° Sobre todos os papeis de que trata o presente artigo se votará por espheras, quando qual-
quer director o requerer.
§ 4.° Os membros da direcção não podem votar nem eslar presentes á votação sobre o papel que
tiver a sua firma, ou a de pessoas com quem tenham as relações mencionadas no artigo 51.° Sobre os
papeis de que trata este § se votará por espheras.
Art. 5.° A direcção á vista do papel apresentado a desconto tomará conhecimento da importancia
06 97 1 8 6 5 20 de marçd
<t
Hei por bem dar a minha regia approvação ao mencionado regulamento, o qual consta
de cinco capítulos e cento e seis artigos, e baixa com este decreto assignado pelo minis-
tro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria.
O mesmo ministro e secretario crestado o tenha assim entendido e faça executar. Paço,
em 15 de mSFÇQ de 1865.—REI. == João Chrysostomo de Abreu e Sousa.
• '-•';,.:. - " c . D. de L. n.° 75, de J de abril.
das obrigações contrahidas para eom o banco por cada uma das firmas que estiverem no caso de ser-
vir de fundamento á operação.
'' Art. f)." O banco poderá descontar notas promissórias garantidas materialmente e que não tenham -
a tançeif mais de We? mezes.
\."Árf. O.bançõ emprestará sobre oiro, prata, jóias, e toda a qualidade de generos, mercadorias,
Jitiilog de èreálto 'publico e particular, e oiitros bens moveis. O praso dos vencimentos dos empresti-
mósj'è'erá\pi'}identeiiiente regulado pela direcção na occasião da transacção, não excedendo a um anno.
"'" í 4'° «SP W emprestará sobre generos ou mercadorias sujeitos a deterioração no praso do empres-
timo.' ' ' , ' ,.
§ '2.b Qilando os géneros ou mercadorias estiverem nas alfandegas, o dono entregaTá o conhecimento
|'3.° '$e ós objectos empenhados não poderem depositar-sc no banco, nem estiverem nas alfande-
gas, a direcção estabelecerá o modo por que hão de iicar á sua disposição.
'. § 4-° Párà os emprestimos sobre generos, mercadorias e outros bens moveis, sujeitos ao risco do
fogo, éxigir-Jséfha a applice do seguro contra este risco.
'Art.8."! O, Banco.poderá emprestar sobre conhecimentos de valores em viagem, estando séguros, e
çqm as outras gàíaniiás que a direcção julgar conveniente.
' ' '" Art. 9.° Q banco' poderá organisar em separado de todas as suas operações e conforme um regu-
lamento ^special, approvado pelo governo, mediante a percepção de um premio ou commissão, segu-
ro^ dè v i q v dotações e annuidades, por conta dos proprios interessados constituídos em mutualidade.
,), 11-° ..Qs fundos recebidos em virtude d'estas operações serão logo convertidos em titulos de divida
publicai fundada portugueza, e n'esta mesma especie serão satisfeitos todos e quaesquer pagamentos açs
interessados."'
".' ' I%." As operações d'esta natureza serão escripturados em separado.
Art/lO.k Os emprestimo? sobre penhores só mente serão feitos até aos limites seguintes:
I Sobre oiro ou prata, segundo o valor real, calculado sobre a avaliação feita pelo contraste do
banco;
II Sobre jóias de brilhantes ou outras, segundo a avaliação feita pelo mesmo contraste;
III Sobre generos, mercadorias, acções de campanhias e outros bens moveis, tres quartas partes
da avaliaçs(íMtk ! pélõ modo: qiic a direcção estabelecer;
VI Sobre titulos de credito do estado e sobre os de particulares, como a direcção entender;
V Sobre acções do banco, metade do nominal.
Art. 11.° O desconto das letras e outros papeis de credito usados no commercio, e juro dos em-
prestimos sobre penhores, não excederá a rasão de o por cento ao anno.
Arf, 1 Importancia dos emprestimos sobre penhores de acções do banco não excederá a decima
parte dó seu capital.
§ unico. A applicação d'esta regra será feita de maneira que todos os accionistas que pretende-
rem emprestimos sobre acções do banco, sejam considerados com a maior igualdade possivel. «-
^ift; 13.° Quando .os penhores oflerecidos forem de tal natureza que possam soffrer considerável
diminuição'rio's'éii valor durante o praso do emprestimo, a direcção attenderá especialmente a esta
circunstancia, para páo perigar a segurança do banco.
j^g .pgáçoas q«p pretenderem contrahir com o banco emprestimos sobre penhores de-
YerSp- ,
I Declarar, debaixo de juramento dos Santos Evangelhos, que são senhores e possuidores, com
livre e geral administração, dos penhores que offerecem, e que esses não estão sequestrados, embar-;
gados, arrestados, penhorados, ou litigiosos, nem são dotaes, nem sujeitos a algum outro onus ou en-
cargo;
II Renunciar o seu fòro, seja ou não privilegiado, obrigando-se a responder em qualquer juizo
em Lisboa, que para esse effeito ficará sendo o do proprio domicilio;
.. I l l Par, nos casos em que isto seja determinado, dois abonadores da identidade das suas pessoas,
e de qúe os penhores lhes pertencem na fórma declarada.
Art. 15.° Quando a operação de desconto ou de emprestimos sobre penhores for feita cona, o go-
verno, poderão os prasos de que trata o n.° 4.° do artigo 4.° e artigo 7." d'este regulamento ser am-
pliados pelo tempo que a direcção"convencionar. ....
Art. 16.° O banco poderá proceder á venda dos penhores, quando os emprestimos lhe nfSo forem
pagos no tempo marcado, sem que para isto careça do consentimento dos devedores.
Esta venda será feita em leilão mercantil, por conta dos mesmos devedores, annunciando-ge publi-
çíjqiqnte, oito .dias antes, e assistindo dois directores, um caixeiro do banco e um porteiro.
O producto, não poderá ser applicado a outros quaesquer pagamentos por mais privilegiados que
pareçam, sem que primeiro o banco seja pago e satisfeito das quantias que sobre os ditos penhores
tiver emprestado, ou de que por direito lhe seja perinittido pagar-se.
, Auti Í7.°,P banca poderá vender tambem do modo marcado no artigo antecedente os bens de raiz
que receÍeii em hypotheca, corno se fossem bens moveis, havendo annuncio publico com trinta dias de
antecedencià.
Art. 18,.° Q.hanço poderá emprestar sobr,e hypotheca de bens de rai? e seus rendimentos.
16'do màriiè 1865 W
CAPITULO III
Da assembléa geral ordinaria
Art. 36.° A assembléa geral do banco de Portugal compõe-se de cento e vinte accionistas do sexo
masculino que~se acharem em Lisboa na occasião da convocação, dos quaes nenhum poderá sér re-
presentado por procuração.
§ 1.° Quando o capital do banco for reduzido a réis 5.000:00011000 a assembléa constará sómente
dos cem maiores accionistas.
§ 2.° A assembléa comprehende:
I Os que têem acções proprias; -
II O marido, por cabeça de sua mulher;
III Por uma sociedade mercantil, um socio gerente;
VI Por uma corporação, cujos bens ou negocios sejam administrados por um só individuo, o seu
administrador.
Art. 37.° Para.se formar a lista dos accionistas que devem compor a assembléa geral, observar-se-
hão as seguintes disposições:
I Não se consideram as acções possuidas por menos de seis mezes;
II Abate-se de cada acção empenhada no banco uma quantia igual á que sobre ella se deve;
III Não são comprehendidos os empregados do serviço do banco; esta disposição não prejudica a
admissão na assembléa dos empregados do banco que ora a têem;
' IV A posse de que trata o n.° I justifica-se pelo averbamento das acções em nome do accionista, -
desde a epocha marcada, ou, se as acções se conservam ao portador, pelo deposito d'ellas no banco
desde a mesma epocha com declaração da pessoa a quem pertencem ;
V Quando as acções forem havidas por herança ou legado, dever-se-ha contar, sendo necessário,
para perfazer os ditos seis mezes, o tempo que tiverem estado na posse do antecessor;
VI No caso de haver entre dois'ou mais accionistas igualdade de numero de acções, prefere a an-
tiguidade do averbamento.
Art. 38.° A assembléa geral tem um presidente, um vice-presidente, dois secretarios, e dois vice-
secretarios, todos eleitos annualmente por escrutínio secreto e maioria relativa. Na falta do presidente
e vice-presidente, fará as suas vezes um dos secretarios pela ordem da categoria.
Art. 39.° As convocações para a assembléa geral fazem-se em nome do presidente por cartas do
primeiro secretario, entregues no domicilio dos accionistas, e por annuncios do mesmo secretario na
folha official do governo.
Art. 40.° O accionista que, sendo convocado á assembléa geral, não podér comparecer, deverá
participar por escripto o seu impedimento ao primeiro secretario, para este convocar aquelle a quem
competir.
Os que faltarem a duas sessões successivas deixarão de sor convocados até que façam saber, por
escripto, ao primeiro secretario, que de novo querem concorrer á assembléa.
"Art. 41.° A assembléa geral poderá funccionar, logoque, chegada a hora indicada, estejam pre-
sentes mais da terça parte dos accionistas que a devem compor; mas nenhuma resolução ou eleição
será valida com menos da quarta parte dos votos conformes dos que o têem iia mesma assembléa.
S I . " ExGeptua-se a maioria relativa, para a qual bastarão vinte votos.
§ 2." Não se poderá recusar votação nominal logoque seja pedida por cinco ou mais accionistas.
Art. 42." A assembléa geral reune-se ordinariamente no dia 20 de janeiro de cada anno, e as de-
mais vezes que for convocada pelo presidente para os fins ou pelos motivos especificados n'este regula-
mento.
Art. 43." Na reunião de 20 de janeiro a assembléa geral procederá em primeiro logar á eleição da
mesa em tres votações distinctas para o presidente, o vice-presidente, e os secretarios e vice-secreta-
rios.
§ unico. A eleição dos secretarios e vice-secretarios se fará por meio de listas de quatro nomes, e
os logares ser3o designados pelo numero dos votos que obtiver cada um dos quatro mais votados.
16 de março 1865 69
Considerando que a gordura de que se trata não é sebo, e apresenta todos os cara-
cteres de banha de porco, que o indice da paula remette para as gorduras não especifi-
cadas ;
Considerando que só por acto do poder legislativo podem ser alterados os direitos
actuaes, qualquer que seja a applicação a que se destinem as materias sobre que elles têem
de recair;
Art. 44.° Depois de eleita a mesa da assembléa geral a direcção apresentará o balanço do anno
findo, acompanhado das demonstrações e contas necessarias para bem se conhecerem as operações
d'esse anno, os seus resultados e o estado do banco, e lerá um relatorio que deverá conter:
I A enumeração resumida do resultado das diversas operações do banco do anno antecece-
dente;
II A opinião da direcção sobre o dividendo;
III As propostas que a direcção julgar convenientes para o melhoramento do serviço do banco, e
para augmentar directa ou indirectamente as vantagens dos accionistas; o balanço, relatorio e docu-
mentos de que trata este artigo, depois de auctorisados e assignados pela direcção, serão presentes á
commissão fiscal, a qual formulará o seu parecer, que será lido na assembléa geral ordinaria em se-
guida á leitura do relatorio da direcção.
Art. 45.° O balanço, os documentos, bem como o relatorio da direcção e o parecer da commissão
fiscal, -serão impressos e distribuidos pelos accionistas com a possivel brevidade.
Art. 46.° No dia em que for feita a distribuição referida no artigo 45.° o primeiro secretario an-
nunciará na folha official, que d'ahi a oito dias se ha reunir a assembléa geral para discutir e delibe-
rar sobre o parecer da commissão fiscal, mencionando que até esse dia estarão patentes para os exa-
mes que os accionistas quizerem fazer os livros geraes do banco, dando-se as necessarias explicações.
O primeiro secretario fiscalisará este serviço.
§ unico. Não é permittido tirar copias nem extracto dos livros e papeis apresentados.
Art. 47.° O primeiro secretario dará conta á assembléa geral de se haverem patenteado aos accio-
nistas os livros geraes do banco, e de se terem dado as explicações pedidas, e d'isto mesmo se fará
menção na acta.
Art. 48.° Aassembléa geral, depois de ouvir a segunda leitura do parecer da commissão fiscal, abrirá
a discussão sobre todo elle, ou sómente sobre a parte relativa ás contas do anno, findo e ao dividendo,
'tendo em vista a conveniencia de resolver na mesma sessão sobre estes dois objectos e passar logo á
eleição da direcção.
Art. 49.° Quando o lucro liquido exceder a rasão de 7 por cento ao anno, poderá o excesso ser
convertido em fundo de reserva.
Art. 60.° Póde ser eleito membro da direcção tão sómente o accionista que for portuguez por nas-
cimento ou naturalisação, e possuir 8:000$000 réis ou mais em acções, que tenham pelo menos seis
mezes de averbamento ao mesmo accionista ou depositadas no banco sendo ao portador.
§ unico. São applicaveis a esta disposição as restricções mencionadas nos n.° 8 1, II, IV e V do
artigo 37." d'este regulamento.
Art. SI." Não podem ser conj unctamente membros da direcção ;
I O pae e o filho, os irmãos, o tio e o sobrinho, os cunhados, o sogro e o genro, o padrasto e o
enteado;
II Os socios de uma casa mercantil.
Art. 52.° Tomadas as resoluções de que trata o artigo 48.° a assembléa geral elegerá f presidente
da direcção, oito directores e dois substitutos'.
A eleição far-se-ha por escrutínio secreto e maioria absoluta.
Art. 53.° A eleição do presidente da direcção faz-se por meio de listas com um só nome, a dos
directores por listas com oito nomes, e a dos substitutos por listas com dois nomes.
§ 1.° Não serão admittidas listas que designarem os votados por outro modo que não seja pelos
seus nomes.
§ 2.° Quando nas listas houver nomes de mais, serão desattendidos os ultimos, e quando houver
de menos serão contados os que tiverem.
Art. 54.° Se no primeiro escrutínio não houver maioria absoluta para todos os membros da direc-
ção, proceder-se-ha a segundo para os que faltarem, e se ainda não se obtiver decidirá a maioria rela-
tiva por escrutínio forçado, escolhendo a assembléa entre os dois mais votados quando se tratar de
um, entre os quatro quando se tratar de dois e assim por diante.
§ unico. No caso de empate preferirá a antiguidade do accionista.
Art. 55.° Em seguida á eleição da direcção será eleita a commissão fiscal, composta de cinco mem-
bros, mas serão eleitos sete, ficando os dois menos votados para supplentes.
A eleição será feita por escrutínio secreto e maioria relativa.
| unico. Não póde ser eleito quem tiver com os membros da direcção as relações mencionadas no
artigo 31.0
Art. 56.» A commissão fiscal funccionará todo o anno e deverá:
I Examinar os balanços, os documentos e relatorios apresentados pela direcção durante a sua ge-
rencia, iuspecionar o estado e policia interna do banco e tudo quanto seja prefciso para conhecer se es-
tão em perfeita execução os regulamentos e as ordens relativas á sua administração;
II Apresentar a sua opinião sobre as contas do anno antecedente, o dividendo, as propostas da
direcção, indicando o que julgar mais fconveniente aos interesses do publico e do banco.
§ unico. Nenhum livro, documento ou esclarecimento se poderá recusar á commissão fiscal.
Art. 57.° Os membros da commissão fiscal poderão assistir ás sessões da direcção, mas sem discu-
tir nem votar sobre os negocios que n'ellas se tratarem.
70 1865 20 de marçd
• Resolve;
. Antigo unico. A gordura a que se refere o recurso está comprehendida nas gorduras-
não especificadas, e sujeita portanto ao direito de 50 réis por kilogramma.
. Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas.em sessão de 16 de
fflaççQ de 1865, estando presentes os vogaes = Gonçalves—Rodrigues—Frqdessa, da
Silveira=Abreu = Couceiro—Nazareth = Costa. D. D E N . ° m, DOn
Art. S8.f> Se aidirefão consultar a commissão fiscal em negocio de interesse do banco, dèveráesta
aconsellvt-la-no assumpto que lhe for proposto.
Art. 59,° A assembléa geral reune-se extraordinariamente:
I Quando o presidente e os secretarios o julgarem necessário; .
II Quando for preciso eleger directores ou substitutos para a direcção, ou vogaes effectivos1 ou
substitutos para a commissão fiscal; . '
• IÍI Quando a reunião for pedida pela direcção ou por tres dos seus membros; . j:
IV Quando a pedirem vinte accionistas em uma representação motivada e por todos assignada, oq
a commissão fiscal.
§ 1.® Os Jignatarios d?essa representação deverão possuir conj lindamente pelo menos 100;000$000
réis em acções, salvo as restricções mencionadas nos n.° 5 1, II e III do artigo 37.°
| 2.° Nas cartas para reunião extraordinaria se indicará resumidamente o motivo.
§ 3.° N'essa sessão não poderá tomar-se resolução alguma definitiva sobre o assumpto estranho
ao da convocação extraordinaria.
• Art, 60.° A assembléa geral poderá ampliar, restringir ou suspender cada uma das operações au-
ctorisadas pela sua carta organica como achar conveniente.
Resolverá sobre todos os objectos que na conformidade; dos regulamentos administrativos depena
derem da sua auctorisação.
Proporá, ao governo os regulamentos especiaes necessarios.
Resolverá sobre quaesquer duvidas na execução dos regulamentos e outras regras der adminis-
tração. " • • • • . • ' •
Tomará todas as medidas que julgar uteis para melhor gerencia do banco e vantagem dos accio-
Distas.
§: unico. As alterações nos regulamentos administrativos não podem ser resolvidas na mesma sesi
são em que se propozerem e ficarão dependentes da approvação do governo.
Art. 61.° O presidente cia assembléa geral é auctorisado a dirigir-se immediatamente a S a i Mages-
tade por meio dos ministros e secretarios d'estado dos diversos ministérios; para tudo quanto'depender
da resolução do governo. . • •
,, Art. 62i.Q Ao pritíaeiro secretario incumbe fiscalisar aguarda e boa ordem do archivo dlàssembléa
geral, o qiuat se conservará em um logar proprio dentro do banco.
A direcção prestará aos secretarios os empregados que lhes forem necessarios.
Art. 63.° Qflando se houver de reunir a assembléa geral, o primeiro secretario mandará fázer uma
relação de duzentos accionistas, que deverá comprehender os que possuírem maior numero, dè acções,
salvo as restricções de que tratam os n . " 1,11 e ILI do artigo 3:7.?- '' \
§:i.°> E 4 a relação será assignada pelo empregado encarregado dos averbamentos e peto guarda-
livros, que se responsabilisarão pela sua exactidão. ,; .-:.
§ 2.° O primeiro secretario fará os exames que julgar necessarios para certificar-se da veracidadc
da dita r e l a t o .
§ 3.° Dos referidos duzentos accionistas serão tirados os qíue deverão compor a assembléa gerali,
na conformidade do artigo 36."*, e se for necessário far-se-ha uma relação supplementar, á qual sérã'o ap-
p l i c a m » as disposições dos §§ antecedentes.
CAPITULO íV , ' «.
Da assembléa geral extraordinaria
Art. 64.° A assembléa geral extraordinaria é convocada para resolver sobre os objectos de- qtte.trata
o artigo 43.° da carta organica do banco de Portugal.
Art. 65.° Serão, convocados á assembléa extraordinaria os accionistas de sexo masculino qiue pos-
suírem pelo menos dois terços da totalidade das acções.
§ unico. Não se comprehenderá n'esta totalidade as acções que o banco possue.
Art. 66.° Sómente serão convocados os accionistas que se acharem em Lisboa e tiverem acções
averbadas seis mezes antes do dia da convocação. • •
Art. 67.° A convocação far-se-ha começando pelos accionistas que tiverem maior numero de ac-
ções e estiverem comprehendidos em os números marcados no artigo 36." d'este regulamento para a
composição da assembléa geral ordinaria.
| unico. No caso de haver entre dois ou mais accionistas igualdade de numero de acções,, prefere
a antiguidade do averbamento. •- ;
Art. 68.° A mesa da assembléa ordinaria do banco servirá para a assembléa extraordinaria. iA con-:
vocação far-se-ha pelo mesmo modo que a da assembléa ordinaria. r .•
' Art. 69.° O accionista, que sendo convocado á assembléa extraordinária não podér comparecei', de-
verá participar por escripto o seu impedimento ao primeiro secretario para este convocar- o accionista
ou accionistas a quem. competir.
Os que faltarem a urna sessão deixarão de ser convocados a outra, salvo se fizerem saber ao pri-
meiro secretario que de novo querem concorrer.
17 de màrçó 1865 H
Foi presente a Sua Magestade El-Rei a consulta, em que o conselho de saude publica
do reino propõe os meios para obstar á venda de remedios secretos vindos de paizes es-'
Àí't. 70.° Se a assembléa houver de eleger alguma commissão a eleição terá logar por maidria re-
lativa.
Art. 71.° A assembléa poderá funccionar logoque, chegada a hora marcada, estejam presentes a
quarta parte dos accionistas convocados, mas nenhuma resolução será valida sem um numero de vo->
tos conformes igual ou superior a dois terços da dita quarta parte.
Art. 72." Não havendo ò numera de votos necessarios para tornar validas as resoluções da assem-
bléa, conforme o artigo antecedente, se convocará nova ré união, na qual se poderão tomar resoluções
por maioria de votos dos accionistas presentes.
CAPITULO V
Da direcção e serviço geral
Art. 73.° Uma direcção composta de um presidente e oito directores ó encarregada da gerencia dos
negócios do banco, em conformidade com a carta organica, os regulamentos administrativos e as reso-
luções dá assernbléa geral.
Art. 74." Haverá dois directores substitutos, que serão chamados a servir nas faltas ou impedi-,
mento dos proprietarios.
| 1.° Quáiido a falta for absoluta ou o impedimento exceder a trinta dias, será ilecessàriamente
chamado o substituto, que servirá sóinente emquanto o impedimento durar.
§ 2.° Quando já se tiverem empregado os dois substitutos eleitos e se carecer de mais, o presidente
da direcção o communicará ao presidente da assembléa geral para que esta eleja outros dois.
Art. 7S.° Cada um dos membros da direcção depositará no banco, como garantia de responsabili-
dade durante a sua gerencia, os titulos de 8:000^000 róis em acções do mesmo banco.
§ 1." Lavrar-se-ha termo d'este deposito, que deverá ser assignado pelos membros da mesa da as-
sembléa geral no acto do juramento de que trata o artigo 100.°, pelo director nomeado e pelo thesou-
reiro; este entregará cautela por elle assignada, em que declare que os mencionados titulos ficam de-
positados para os effeitos do regulamento.
| 2.° Logoque seja dada a sua quitação, os mesmos titulos lhe serão restituídos á vista d'essácau-,
tela precedendo novo termo pelos supraditos assignado.
§ 3.° Se o director tiver fallecido, os titulos serão entregues a quem se mostrar devidamente ha-
bilitado;
Art. 76.° Alem da geral obrigação inherente a todos os directores de vigiarem pelos interesses do
banco, cada um d'elles será encarregado de um ou mais ramos da sua administração, que lhe será de-
signado pela direcção geral, a quem dará conta, como relator, dos negocios pertencentes á sua reparti-
ção, fazendo-se dos respectivos relatorios menção na acta.
Art. 77.° Logoque a direcção entrar em exercicio, elegerá de entre os seus membros o que ha de
servir de vice-presidente até o anno futuro, e o que ha de fazer as actas das suas sessões no mez cor-
rente, e bem assim fará a escala dos que semanal e diariamente devem permanecer rio banco,- de ma-
neira que nos dias de serviço nunca deixem de estar, pelo menos dois directores descia a hora da aber-
tura até se fechar o banco. *"
Faltando o vice-presidente, faz as suas vezes o director mais votado.
Art. 78.° A direcção geral reune-se ordinariamente nas terças e sextas feiras -de cada semana, e
extraordinariamente todas as vezes que for necessário ou o requerer algum dos seus membros.
§ unico. Quando algum dos dias da reunião ordinaria for santificado á direcção reunír-se-ha na
vespera.
Art. 79.° A direcção geral não póde tomar resolução alguma sem que seis dos seus membros se
achem presentes.
As resoluções são tomadas por maioria de votos dos membros presentes.
§ 1.° O presidente tem voto de qualidade no caso de empate.
§ 2.° Os membros da direccão que forem vencidos poderão fazer declarar o seu voto na acta não
sendo motivado, ou sendo-o, em um livro especial.
§ 3." As actas da direcção serão redigidas pelo director secretario em um livro especial rubricado
pelo presidente da assembléa geral no termo da abertura no encerramento e em todas as folhas que
contiver. Este livro será guardado pela direcção em logar reservado.
Art. 80.. Á direcção, em reunião geral, compete:
I Resolver sobre as letras e outros papeis apresentados a desconto e sobre as letras de cambio que
se houverem de tomar;
II Resolver sobre a creação, emissão e amortisação de notas;
III Resolver sobre o estabelecimento das agencias-e correspondências; •!
IY Estabelecer ás regras para se regularem as operações do banco e para delegar nos directores
de serviço diario os poderes necessarios a fim de poderem resolver e fazer executar as differentes ope-i
rações do banco;
V Resolver sobre os negocios que não estiverem comprehendidos nas regras estabelecidas;
72 1865 20 de marçd
trangeiros, remettendo por essa occasião cópia de uma sentença do tribunal de l . a instan-
cia do Sena, pelo qual foi condemnado o pharmaceutico Grimault nas penas de multa e
prisão pela venda de medicamentos falsificados; e Sua Magestade, conformando-se com a
supradita consulta, manda communicar ao conselho que vão ser publicadas no Diario de
Lisboa a consulta e a sentença a que ella se refere, a fim de que o publico, e especialmente
os facultativos, fiquem prevenidos da adulteração e falsificação dos medicamentos da phar-
macia Grimault.
VI Regular o serviço necessário para o bom regimen dos diversos ramos da administração do
banco;
VII Nomear e despedir os empregados e os agentes, e approvar as fianças dos que as deverem
prestar.
Os fieis do thesoureiro geral são nomeados sobre proposta por elle feita.
Art. 81.° Cada um dos directores semanaes é substituído em seus legitimos impedimentos por
qualquer dos outros, segundo a escala respectiva.
Art. 82.° Os directores de semana executam todas as operações do banco, segundo as regras es-
tabelecidas pela direcção geral, salvo as operações mencionadas nos n.°* II, III, V, VI e VII do artigo 80.°
d'este regulamento, que sómente se podem executar em virtude de resoluções da direcção geral.
§ unico. Os directores de semana darão conhecimento em direcção geral de todas as operações do
banco por elles executadas, tendo porém escripturado com a maior clareza a serio das mesmas, e bem
assim as resoluções da direcção geral que as auctorisam.
Art. 83." Cada um dos membros da direcção é obrigado a propor todas as medidas que julgar
uteis ao banco. Incumbe porém com mais especialidade ao presidente e aos directores em cada uma
das ramificações do serviço privativamente a seu cargo, propor as medidas convenientes a melho-
rar a gerencia do banco e tirar mais vantagem dos seus fundos, tanto para o paiz como para os ac-
cionistas.
Art. 84.° Terminadas as operações de cada dia os dois directores de serviço conferirão o resumo
d'ellas e assistirão á conferencia do saldo da caixa do expediente.
Verificarão um volume, pelo menos, de dinheiro em metal ou de notas. ,
Um director fará o exame das casas do banco antes de fechar, para certiíicar-se que não existe mo-
tivo algum de desconfiança.
Havendo tres dias santificados successivos, um dos directores, com o thesoureiro, o porteiro e um
moço, passará no segundo dia a fazer uma visita geral ao banco, para reconhecer se ha motivos de des-
confiança que exijam providencias.
Art. 85." Ao presidente compete:
I Presidir ás reuniões ordinarias e extraordinarias da direcção.
II Inspeccionar todo o serviço do banco e examinar se a carta organica, os regulamentos adminis-
trativos, as resoluções da assembléa geral e da direcção se executam devidamente, e rubricar todos os
livros do banco que não são da competencia da assembléa geral.
§ unico. É auctorisado a dirigir-se immediatamente a Sua Magestade, do mesmo modo que fica
dito a respeito do presidente da assembléa geral no artigo 61.°
Art. o6.° O serviço do banco é diario, salvo nos dias santificados.
Art. 87.° O banco abre-so ás nove horas da manhã. As suas operações começam meia hora depois
e terminam ás tres da tarde.
Os trabalhos do escriptorio principiam ás nove e meia da manhã e acabam ás quatro horas da
tarde.
Art. 88.° As notas do banco, todas as resoluções, ordens e communicações da direcção, todas as
obrigações que o banco contrahir, todas as quitações e outros documentos similhantes que o banco
houver de dar, serão assignados por dois directores*
| unico. Excepluam-se os papeis que a mesa da assembléa geral e o presidente da direcção podem
assignar e os recibos do thesoureiro geral.
Art. 89.° O banco terá um sêllo com um emblema analogo e a legenda «banco de Portugal» para
marcar as letras descontadas e todos os outros papeis que for conveniente sellar.
Art. 90.° Todas as casas de arrecadação de dinheiro ou valores terão tres chaves, duas das quaes
serão entregues á direcção e uma ao thesoureiro.
Art. 91.° Não se poderá metter ou tirar objecto algum da caixa da reserva sem a concorrência de
dois directores e do thesoureiro geral.
í)a entrada òu saída que se elíectuar se lavrará termo por lodos assignado.
§ unico. Este termo será lavrado por empregado do escriptorio.
Art. 92.° A escripturação do banco será feita cora a necessaria indicação, clareza e pontuali-
dade.
A emissão e averbamento das acções, o pagamento dos dividendos e tudo quanto respeita directa-,
mente aos accionistas, se fará com a maior perfeição e promptidão possivel.
A mesma perfeição e promptidão se empregará em todo o serviço do banco.
As pessoas que tiverem negocios no banco sçrão tratadas com a maior urbanidade.
Art. 93.° As operações do banco e os depositos dos particulares são objectos de segredo.
O empregado que o revelar será reprehendido se da revelação não resultar damno, resultando será
despedido.
Art. 94.° Todas as operações necessarias para a creação, emissão e amortisação de notas serão
minuciosamente escripturadas.
As ultimas verificações precisas para a emissão e amortisação serão feitas pela direcção em re-
união geral, lavrando-se termo assignado por todos os membros presentes.
27 de março 1865 73
22
§ unico. As notas que se deverem amortisar não sairão da thesouraria sem serem trancadas e in-
utilisadas.
Art. 95.° As letras e outros papeis que se pretenderem descontar e as propostas de emprestimos
sobre penhores serão apresentados diariamente á direcção até á uma hora da tarde.
Art. 96.° A direcção remetterá mensalmente ao governo o resumo do seu activo e passivo, com
designação das especies existentes e da emissão das suas notas ou obrigações pagaveis ao portador, e
no principio de cada anno remetterá igualmente ao governo uma conta resumida das operações feitas
no anno antecedente e do seu resultado.
Art. 97.° Em julho de cada anno a direcção fará uma divisão de lucros por conta dos do anno
corrente, tomando em consideração a importancia approximada dos lucros respectivos ao semestre
findo.
Depois de fixado pela assembléa geral o dividendo do anno, conforme os artigos 48." e 49.°, a di-
recção fará o dividendo complementar.
Art. 98.° No dia 31 de dezembro de cada anno, sem que se interrompam as operações do banco,
se fecharão as contas d'esse anno e desde logo se procederá á formação do balanço, demonstrações,
contas e relatorio que têem de ser presentes á assembléa geral, conforme o disposto no artigo 44.°
Art. 99." Desde o dia 1 de janeiro, até tomar posse a nova direcção, continuará a do anno ante-
cedente na gerencia dos negocios do banco, sendo as operações d'este periodo escripturadas com a se-
paração conveniente.
A conta respectiva será apresentada á nova direcção, que dará quitação aos directores quesairem,
não tendo duvida; aliás o communicará á assembléa geral.
Art. 100." Todos os membros da direcção novamente eleitos prestarão nas mãos do presidente da
assembléa geral juramento de gerirem os fundos do banco, como melhor entenderem em suas conscien-
cias e de observarem e fazerem observar exactamente a carta organica," os regulamentos administrati-
vos e as resoluções da assembléa geral e da direcção.
Art. 101.° O presidente-da direcção terá a gratificação de 1:000$000 réis por anno, o vice-presi-
dente 7001000 réis, e cada um dos outros directores 600,3000 réis tambem por anno.
O imposto industrial correspondente a estes vencimentos será pago pelo banco.
Alem d'estes vencimentos fixos a direcção distribuirá rateadamente por todos os seus membros
2 por cento do dividendo que se distribuir quando for superior a 6 por cento.
Esta percentagem porém sómente será paga quando houver excesso de lucros depois de distribuido
o dividendo de 6 i/g por cento aos accionistas.
§ 1.° Quando o excesso de lucros de que trata este artigo for inferior a 2 por cento dos lucros lí-
quidos do banco durante o anno, o rateio será feito com a importancia d'esse excesso.
§ 2.° Quando servir algum substituto lhe pertencerá a gratificação e percentagem correspondente
ao tempo que servir, precedendo o deposito das acções a que se refere o artigo 75."
Art. 102.° O numero de empregados do banco e os seus vencimentos serão fixados pela assembléa
geral sobre proposta da direcção.
A assembléa geral determinará do mesmo modo quaes empregados terão de prestar fiança e as
quantias por que deverão ser afiançados.
§-1.° A fiança do thesoureiro geral não poderá ser inferior a 40:000^000 réis.
§ 2." As fianças poderão ser suppridas por depositos.
Art. 103." Os vencimentos e garantias dos agentes serão regulados pela assembléa geral sobre pro-
posta da direcção.
§ unico. Este objecto poderá ser provisoriamente regulado pela direcção, se o julgar necessário.
Art. 104.° As fianças serão revistas todos os annos pela direcção, que fará substituir ou reforçar
as que não achar idóneas.
§ 1.° Nas aclas da direcção se mencionará a resolução tomada sobre cada uma.
§ 2.° A revisão annual das fianças não prejudica a vigilancia constante que a direcção deve ter
sobre a sua idoneidade.
Art. 105." Não podem entrar para o serviço do banco pessoas que tenham com os membros da
direcção, com o guarda livros e o thesoureiro geral relações das especificadas no artigo 51."
| unico. Esta disposição não prejudica os empregados do banco que actualmente existem no ser-
viço do mesmo. .
Art. 106." Todos os empregados prestarão nas mãos do presidente da direcção juramento de zela-
rem os interesses do banco, cumprirem, os regulamentos administrativos e as resoluções da assembléa
geral e da direcção, na parte que lhes competir e de communicarem á direcção do banco tudo quanto
souberem que se tenha feito ou intente fazer em damno do banco, bem como de guardar segredo so-
bre os depositos e transacções do banco.
Lisboa, 16 de fevereiro de 1865. = O presidente, Visconde de Porto Covo da Bandeira=Libanio
Ribeiro da Silva, secretario.
Pagou 560 réis de sêllo de quatorze meias folhas.
Lisboa, 15 de março de 1865, n.° 1 5 0 . = Vinha=Lobo.
Paço, em 15 de março de 1865.=/oõo Chrysostomo de Abreu e Sousa.
7-4 1865 20 de marçd
dèm sêr âviados pelos boticarios em vista de receita de facultativo, em que a formula ve-
nha descripta, e que hajam de ser preparados e manipulados pelos mesmos boticarios;
Que a venda de taes remedios preparados nas pharmacias estrangeiras é, por conse-
quência, criminosa, e sujeita os boticarios ás penas do § 15.° do alvará de 22 de janeiro
d g l t l O síjsfcitadò pelo artigo 252.° do codigo penal :
Ha por bem Ordenar que o conselho de saude façá verificai1 pelos seus delegados, tanto
na-capital comúiiiíts provincias, se nas boticas se acham á venda os medicamentos qúe na
sentença do.tribunal do Sena foram declarados falsificados e adulterados, ou quaesquer
outros cuja vçnda não seja legalmente auctorisada; que igual verificação se faça sempre que
sè'pr<j<Méf"a ^áità das boticas; e que, reconhecida â eiistenòia de algtima tranggfessão
d'essa natureza, se. dè d'ella conhecimento ao poder judicial, para serem impostas âos
transgressores as penas comminàdas nas leis.
Paço dã Ajiidá, em 17 de março de l865:=Marquez ãe Sabugosa,
D. de L. n.° 64, do 20 de março.
:
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUEÈRA "
ORDEM 1»0 EXERCITO N.° I I
Sçeretaria d'estado dos negocios da guerra, 20 de março de 1865:
: Publicasse, ao, exercito 0'seguinte:
Havendo sido approvada, e mandada pôr em execução por decreto de 31 de agosto do
ábfiè p M i t í i o pjfêáâdo, a ordenança pará os exercicios dos regimentos de infanteria de li-
nha e batalhõeSj dÀ'caçadores, e sendò indispensavel por tal motivo íilterar-se o quépârá-
os corpos de artilheria foi ordenado na ordem do exercito n.° 28 de 12 de junho de 1850,
«om respeitoso regulamento de tactica elementar de infanteria, decretado em 1,841: de-
termina Sua Magestade El-Rei que os regimentos de artilheria e companhia de guarnição
das ilhas executem da referida ordenança o seguinte: ..,".'
l . p T o d a a doutrina contida na primeira e segunda parte pára os exercicios dós corpos
de caçadores, com excepção porém dos §§ 178.° e 179.° e cie 186.° a 202.° inclusivè da
primeira palie e toda a secção xi da segunda, substituindo-se tanto n'umá como n'outra
todo o manejo dè arma e exercicio de fogo pelo manejo e exercicio de fogo das carabinas,
mandado executar por portaria de 24 de dezembro ultimo.
Toda a:doutrina contida na terceira parte, exceptuando-se a secção 3. a , aprovei-
tando-se da 4. a «dos fogos» o que for applicavel ás carabinas curtas; mas exceptuando os
l i i â â . 8 ai 138.°, 205.° à 217,°, 257.° a 275.° inclusive das respectivas secções, e toda a
sfiGção^O.fj m&os os §§ âl7.°, 318.°, 319.°, e de 320.° em diante, não entrando h'está
excepção os toques de corneta.
'.".'.' Sba Magestade El-Rei determina que, quando, por circumstancias muito especiaes,
seja concedido a algum official general ou a outro official do exercito escolher para o seu
serviço militar Slgiim câvallo que tenha pr'aça em qualquef- corpo de cavallaria ou arti-
lheria, se observem as disposições seguintes: ;
1.° O cavallo escolhido não será praça cie official inferior;
-2.° O preço minimo por que deverá ser pago será o de 144$000 réis, igual aquelle
21 de iriàrçO 1865 1%
por que são págós os cavallos para os officiaes de cavallaria, e alem d'este minimo pagará
mais o excesso, se o cavallo for avaliado pela respectiva Commissão de remonta, que deve
ser consultada, em preço superior áquelle.
SIUI Magestade El-Rei determina que não sejam substiluidás pôr outras, as gúiás dè as-
sentamentos cdíiféfidás ás praças dos corpos do exercito despedidas do serviço militar, áínda
ÍMeStílÓ tÍO CaSO d e Se allegar O SeU extravio. D. deL.n.»70;de28deniarr.o.
Tendo requerido Jorge Alberto Adolfo Leuschner que, nos termos do decreto com
força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de
1853, se lhe concedesse a certidão dos direitos de descoberta da mina de estanho das
Aguas Ferreas de Ramalhoso, nó concelho de Amarante, districto do Porto;
Constando, pelas informações do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do
governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no campo pelo requerente registado
existe, um jazigo qne pela extensão que occupa e suas condições póde ser lavrado por tra-
balhos independentes e deve ser repartido em duas concessões distinctos com as dètíQmi,-
nfàções de Águas Ferreas e Portella da Gaiva; , , - .
Considerando que o supplicante, tendo requerido simplesmente ser declarado descó-,
btidor legal dè uma mina, não o póde igualmente ser de ambas, sem que para isso sé ha-
Rilite deVidâííiénte ;
Considerando que por despacho de 8 de fevereiro ultimo se exigiu do suppíicãnte
que declarasse qual das indicadas concessões escolhia para lhe ser conferido o titulo de
descobridor legal, reservando comtudo o direito de poder requerer igual titulo, pelo que
respeita á outra, uma vez que satisfaça ás disposições da lei ,e regulamento de minas em
vigor; - . . •- .
Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despacho, de-
clarou aceitar ambas as concessões, de que pède a certidão dos direitos de descoberta
de cada uma;
Vistos os documentos que formam ó processo relativo á mina de Portella da Gáiva,
por onde consta que o supplicante satisfez a todos os quesitos do artigo!2.° do citado
decreto; •
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 31 de janeiro proximo passado^ na qual a mesma secção'jiiJga o re-
querente habilitado na qualidade de descobridor legal da mina de que sé trata: •
Há por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta de-
• clârar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descobértaida mina
de estanho da Portella da Gaiva, no concelho de Amarante, districto do Porto, cuja posi-
ção se acha tòpograpbicamente designada na planta que por copia acompanha esta por-
taria.
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados naiplanta júnta
pelos, traços de côr vermelha, formam um quadrilátero A D E F. Esta demarcaçãtf tem
por limite a SE, a linha A D da concessão das Aguas Ferreas, e sobre ella se formará o
referido quadrilátero, sendo o verlice E a Portella dà Gaiva e F um^ ponto a 10l5 rtietfos,
naidirecção'N. 62° O. magnético da linha limitrophe dós districtos de Villa Real e-Porto,
comprehendendo uma area de 642:000 metros quadrados. v "i
3'.°' Que nos termos do artigõ'14. 0 do citado decreto são concedidos aoisuppHèànte
• seis mezes contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa para; orga;-
nisar uma' companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portugoteé, ou
para mostrar que possue os fundos necessarios para a lavra d'este jazigo; na intelligencia
107 1865 20 de marçd
de que, não se habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a
concessão d'esta mina posta a concurso na conformidade da lei.
4.° Que por este diploma são conferidos ao supplicante para todos os effeitos legaes,
segundo as disposições do predito ^rtigo 15.°, os direitos que lhe competem como desco-
bridor da mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, ficando obrigado
a apresentar n'este ministerio certidão de haver feito registar na respectiva camara muni-
cipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço,, em 21 de março de 1 8 6 3 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa. = P a r a Jorge
AlbertO Adolfo LeUSChner. D . d e L . n.° 80, de 8 de abril.
Constando que nos juizos orphanologicos se não procede muitas vezes á feitura de al-
guns inventarios, em que são interessados menores, ou pessoas equiparadas a elles, por-
que nos referiaos jtiizos não hà noticia do decesso de todos os individuos que deixam her-
circumstancias; e sendo necessário obviar a este inconveniente, que es-
pfjçíàjfflepíe-sé dá nas comarcas populosas, onde os juizes, curadores e esfcriVães lííuitas
ye?e^iflão't^em, conhecimento dos factos 'que tornariam necessaria a sua intérfèrfenciã:
m a p g a ^ i a JVJagestade El-Rei que o governador civil de Lisboa expeça as òrdèns necièssa-
r j a ^ p ^ q i i Ç : ps. regedores de parochia enviem aos juizos dos orphãos, até ao 'dia. 8 çfç
íei^ção das pessoas fallecidas no mez antecedente que d.eixaram herdeiros
m ^ ^ . e ^ j Q u Quiros à elles equiparados; trabalho a que póde servir de base a relação é|tiè
e . ^ s : t ^ : ] d e dâr 'ao escrivão de fazenda, na conformidade do artigo 9.° das instrucções
de.i^iíé/o.utubrp dè 1860, sobre a contribuição de registo. . ....'•
jVIagéstade.quer que o governador civil recommende aos administradores dos éod-
çeljiòs q^e vigjem pelo exacto cumprimento d esta ordem.
. ^ . . . P a ^ ^ i á Í ^ ^ f i ^ a r ç p de Í8Qb.==Marquez de Sabugosa. (1)
{,.../;. > i ; , : ,,'r D. de L. n.° 81, de 10,4e abril*
Attendendo ao que me foi representado pela camara municipal de Torres Vedras, èx-?
pondo os inconvenientes que têem resultado aos povos do seu concelho, de serem julgadas
no juizo de ppliciacorreccional as causas sobre coimas, policia municipal ou transgressões
d e ^ í o s t u r ^ / è pedindo a revogação do decreto de 15 de'maio de 1854, que transferiu
aqúéllei|iy'igamè)átÒ dos juizes eleitos para o magistrado de policia correccional; e Confof-
mando-|^e cbid. á itlformação das auctoridades competentes, que são Concordes nà utilidã-
dç'dáj j)r0villenfcl'a^reclamada: hei por bem, usando da faculdade conferida ao governo pela
i f j f t í é . i o dè' a b t i r à e ' 8 5 9 , revogar o citado decreto de 15 de maio de 1854, na páfte ré-
íãítivà àtí ièohéélhó'dè Torres Vedras, a fim de que nas freguezias que o compõem reverta
para qs r^pectivos juizes eleitos o processo e julgamento das causas de coimas; policia
de posturas.' ./
Ôs mmistròse secretarios d'estado dos negócios do reino e da justiça assim o t é h h a m
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 22 de março de ièSS.—REI. == Marquez
de $abugqka=== Antonio Ayres de Gouveia. d. de l . n.° 71,'do29 de níár.
que no fòro intimo obriga todos os christãos, não só catholicos, mas ainda não catholicos,
e como tal seja muito recommendavel e digna de louvor; não é todavia ordenada pela lei
civil, nem o poderia ser, determinando a carta constitucional da monarchia que ninguém
seja perseguido por motivos de religião, comtantoque respeite a do estado que é a catho-
lica apostolica romana ;
2.° Que o respeito da religião do estado não envolve o dever de observar os preceitos
d'essa religião; mas tão somente a obrigação de não praticar actos externos que tenham
por fim faltar á consideração que é devida aos seus dogmas e preceitos, aos actos ou obr
jectos do culto, e ao caracter religioso dos seus ministros;
3.° Que todo o procedimento que passar alem d'estes limites constitue uma verdadeira
violação da liberdade de consciência e, no caso presente, da liberdade do trabalho, asse-
guradas pela carta constitucional, que o citado Í I V Í S O não alterou, nem podia alterar : .'
Manda que o conselheiro procurador geral da corôa dê aos magistrados do ministerio
publico, seus subordinados, as instrucções convenientes para que, sempre que lhes forem
dirigida^queixas, ou remettidos autos de investigação tendentes a servir de base a proce-
dimento criminal por violação do preceito da guarda dos dias santificados, só requeiram
os competentes processos criminaes quando se mostrar que os actos praticados o foram
com o fim e proposito de offender a religião do estado; achandq-se.em tal caso os aucto-
res d'esses factos comprehendidos na disposição do artigo 130.° n.° 1.° do codigo penal.
Paço, em 23 de março de 1865. — Antonio Ayres de Gouveia.
• I). de JL. n.° 68, de 34 dè niaffb.
RESOLUÇÃOm.0 231
96ftdd-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Villa Rèal urna dssb-
ÊláÇÉd dè Soccorros mutuos denominada «associação industrial villarealense»;
(jtitlSidêt-ando que as associações d'esta natureza contribuem muito para melhorai' â
SbHèdffê associados;
Vista d parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
phblicàS, éblihmercio e industria;
VÍStá 8 informação do governador civil do districto administrativo de Villa Real:
tlêl pdt1 bem dar a minha regia approvação aos estatutos da «associação industrial villa3
rêdlôdsé» (Jile constam de cincoenta artigos e duas tabellas annexas, e baixam asSlgbád&g
pelò Mifjiâtfo e secretario d'estado das obras publicas, commercio einddstrla, ficando é8tâ
ák&ticiáijãd sujeita, nos termos de direito, á fiscalisação administrativa; com expressà Clail-
áUÍÉí dê tjúe a minha regia approvação lhe poderá ser retirada, se se desviar dos fins pàrã
que ê insíjííiida, não cumprir fielmente os seus estatutos ou deixar de remetter annual-
mente â dirécção geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia
sòciál.
O ministro e Secretario d'esfado dás obras publicas, conimercio e indústria O tenha as-
sim entendido e faça executar. Paço, em 23 de março de 1865. = REI. = João Chysos-
tomo de Abreu e Sousa. D. de l. n.° ss, de 2u de ahrii.
Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarvesj etc. Fazemos saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram enós queremos a lei seguinte:
Artigo l.° A contribuição predial respectiva ao anno de 1866 é fixada na importancia
de 1.649:2110000 réis, e será repartida pelos districtos administrativos do continente do
reino, na conformidade do mappa junto, que faz parte d'esta lei.
Art; 2;° Fica revogada a legisiação em contrario;
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira*
mente como n'ella se contém.
Ó ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no paço da Ajuda, aos 24 de março de 1865.=^EL-REI, com rubrica e guar-
da. = Mathias de Carvalho e Vasconcellos.—(Logar do sêllo grande das armas reaes.)
Carta de lei pela qtial Vossa Magestade, tendo sánccionado o decreto das côrtes geraes
de 20 de fevereiro ultimo, que fixa em 1.649:2110000 réis, e distribue pelos districtos
administrativos do continente do reino, a contribuição predial do anno de 1865, manda
cumprir e guardar o mesmo decreto como rrelle se contém; pela fórma retrò declarada.—
Para Vossa Magestade v e r . = P e d r o Affonso de Figueiredo a fez.
úi
82 1865 20 de marçd
Mappa, a que se refere a lei d'esta data, dos contingentes da contribuição predial
que perteucein aos districtos administrativos do continente do reino
e têem de ser repartidos com relação ao anno de 1866
Aveiro 64:6210000
Beja 64:8070000
Braga 107:861^000
Bragança 53:6880000
Castello Branco 49:3130000
Coimbra 79:5590000
Evora 86:0380000
Faro 61:2020000
Guarda 55:4850000
Leiria 49:6450000
Lisboa 405:4000470
Portalegre 75:9010000
Porto 152:3300000
Santarem 119:7340530
Vianna do Castello. 67:2270000
Villa Real 65:2430000
Vizeu 91:1560000
1.649:2110000
fi
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO CE AGRICULTURA
Não se havendo ainda resolvido a questão dos cereaes, estando pendente da approva-
ção das côrtes a proposta do meu governo a tal respeito, e subsistindo por consequência
os fundamentos do decreto de -12 de agosto ultimo, que auctorisou o estabelecimento de
depositos d'aquelles generos nas cidades de Lisboa e Porto: hei por bem prorogar as dis-
posições do referido decreto até ao dia 30 do proximo mez de abril.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e das obras publicas, com-
mercio e industria, assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 24 de março de
Mathias de Carvalho e Vasconcellos— João Chrysostomo de Abreu e Sousa.
D. de L. n.° 69, de 27 de março.
Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° A contribuição pessoal, que se ha de vencer no anno de 1866, é fixada na
importancia de réis 180:000000O, repartida pelos districtos administrativos do'continente
do reino, segundo o mappa que vae annexo a esta lei e que d'ella faz parte.
Art. 2." Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
16 de março 1865 83
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como n'ella se contém.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no Paço da Ajuda, aos 2 4 de março de 1 8 6 5 . = E L - R E I , com rubrica e guar-
da .—Mathias de Carvalho e Vasconcellos. =(Logar do sêllo grande das armas reaes.)
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
de 20-de fevereiro ultimo, que fixa em 180:000^000 réis, e distribue pelos districtos ad-
ministrativos do continente do reino, a contribuição pessoal do anno civil de 1865, manda
cumprir e guardar o mesmo decreto como n'elle se contém, pela fórma retro declarada.
— P a r a Vossa Magestade \ev:—Pedro Affonso de Figueiredo a fez.
Mappa, a que se refere a lei d'es(a data, dos contingentes da contribuição pessoa!
que pertencem aos districtos administrativos do continente do reino
e têem de ser n'elles repartidos em relação ao anno de 1866
Aveiro 2:297$963
Beja 2:351$880
Braga.. 5:485J$í425
Bragança 867$282
Castello B r a n c o — 3:298$032
Coimbra.. 5:174,5(967
Evora 5:505F#169
Faro 4:684)5(038
Guarda 3:179$917
Leiria 4:483^542
Lisboa 88:878^623
Portalegre 5:000$769
Porto 31:043,51367
Santarem 7:000,5(821
Vianna do Castello. 2:264)5(761
Villa Real 3:417)5(016
Vizeu 5:066)5(428
180:000)5(000
Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a ,
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° É-o governo auctorisado a conceder á companhia de commercio denomi-
uada «sociedade do palacio de crystal portuense» um subsidio de 73:550)5(000 réis, para
as despezas da exposição internacional, que deve verificar-se na cidade do Porto no futuro
mez de agosto, podendo emittir as inscripções necessarios para este fim.
Art. 2.° Os productos estrangeiros que forem remettidos á exposição serão sujeitos ao
pagamento dos direitos marcados na pauta das alfandegas, unicamente no caso de não se-
rem reexportados.
84 27 de março
Tendo requerido Jorge Suche que, nos termos do deoreto com força de lei de de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe conce-
desse a certidão dos direitos de descoberta de alguns filões de chumbo, que affloram entre
o alto de Adorigo e o rio Tedo, concelho de Tabuaço, districto de Vizeu;
Considerando que estes filões foram registados por Carlos Augusto Bon de Sousa, como
constra da certidão extrahida da camara municipal de Tabuaço, aos. 28 de outubro tjo an-
no, findo;-
22
86 1865 20 de marçd
Considerando que por escriplura publica lavrada nas notas do tabellião Manuel Car-
neiro Pinto, da cidade do Porto, cedera Carlos Augusto Bon de Sousa ao requerente to-
dos os direitos que resultam do mencionado registo;
Considerando que o supplicante, tendo em vista a grandeza superficial do campo mani-
festado, pede que se lhe façam duas concessões no caso do campo registado abranger a
area para isso necessaria;
Constando pelas informações do engenheiro chefe 2. a classe, João Baptista Schiappa
de Azevedo, que por ordem do governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no
referido campo existe um jazigo que, pela extensão que occupa, e sua condições, póde ser
lavrado por trabalhos independentes, e deve ser repartido em tres concessões distinctas
com as denominações de Abergan, Zabulhal e Tedo;
Considerando que por despacho de 13 do corrente se exigiu do supplicante que de-
clarasse quaes das indicadas concessões escolhia, ou se reservava todas tres, devendo n'estè
caso habilitar-se conforme a lei;
Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despacho de-
clarou aceitar as tres concessões pedindo a certidão dos direitos de descoberta de cada uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina de Abergan, por onde
consta que o supplicante satisfez a todos os quesitos do artigo 12.° do citado decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 7 do corrente, na qual a mesma secção julga o requerente habilitado
na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa, junto do ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Ha pór bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta e pa-
recer do referido fiscal da corôa, declarar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de chumbo de Abergan, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, cuja se acha topogra-
phicamente designada na planta que por copia acompanha esta portaria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
com traços de côr vermelha, formam um pentágono A B C H L, traçado pela seguinte ma-
neira : pelo L, pertencente á demarcação limitrophe de Adorigo, tire-se uma linha para o
ponto M determinado pelo centro da curvatura do rio Tedo, onde n'elle entra o ribeiro do
Zambulhal; sobre esta linha, a partir do ponto L, marquem-se 6 metros na direcção do rio
Tedo, e teremos o ponto A; n'este ponto eleve-se sobre a referida linha L M uma perpen-
dicular passando pelo centro da casa denominada da Quinta da Fome, até encontrar no
ponto B a linha, que, pela esquina NE, da casa arruinada, chamada Cardenho Velho, se
tirar até encontrar o ribeiro do Tedo no ponto F ; una-se o ponto B com a referida esquina
do Cardenho Velho, ponto C, e este unido com o ponto H, lambem pertencente á demar-
cação de Adorigo, fechará com a linha H L o pentágono irregular A B C H L, comprehen-
dendo uma superfície de 382:000 metros quadrados;
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto, são concedidos ao supplicante
seis mezes contados da data da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para. organi-
sar uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou
para mostrar que possue os meios necessarios para a lavra; na intelligencia de que, não
se habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel será a concessão d'esta
mina posta a concurso na conformidade da lei; ,
4.° Por este diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos legaes, se-
gundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como descobri-
dor da mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, ficando obrigado
a apresentar no ministerio das obras publicas, commercio e industria a certidão de haver
feito registar na respectiva camara municipal a presente portaria na sua integra; sem o
que não terá inteira validade.
Paço, em 27 de março de 1 8 5 5 . = / o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa. = P a r a Jorge
Suche. D. de L. n.° 71, de 29 de março.
Tendo requerido Jorge Suche que, nos termos do decreto com força de lei de 31 de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe conce-
16 de março 1865 87
desse a certidão dos direitos de descoberta de alguns filões de chumbo que affloram entre
o alto de Adorigo e o rio Tedo, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu;
Considerando que estes filões foram registrados por Carlos Augusto Bon de Sousa,
como consta da certidão exlrahida da camara municipal de Tabuaço, aos 29 de outubro
do anno findo;
Considerando que por escriptura publica, lavrada nas notas do tabellião Manuel Car-
neiro Pinto, da cidade do Porto, cedera Carlos Augusto Bon de Sousa ao requerente todos
os direitos qúe resultam do mencionado registo;
Considerando que o supplicante, tendo em vista a grandeza superficial do campo ma-
nifestado, pede que se lhe façam duas concessões, no caso do campo registado abranger
a area para isso necessaria;
Constando pelas informações do engenheiro chefe de 2. a classe João Baptista Schiappa
de Azevedo, que por ordem do governo procedeu no respectivo reconhecimento, que no
referido campo existe um jazigo que pela sua extensão que occupa e suas condições póde
ser lavrado por trabalhos independentes, e deve ser repartido em tres concessões distin-
ctas, com as denominações de Abergan, Zambulhal e Tedo;
Considerando qúe por despacho de 13 do corrente se exigiu do supplicante que decla-
rasse quaes das indicadas concessões escolhia, ou se reservava todas tres, devendo n'este
caso habilitar-se conforme a lei;
Considerando que o requerente nos termos e em satisfação do citado despacho decla-
rou aceitar as tres concessões, pedindo a certidão dos direitos de descoberta de cada uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina do Zambulhal, por onde
consta que o supplicante satisfez todos os quesitos do artigo 12.° do citado decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 7 do corrente, na qual a mesma secção julga o requerente habilitado
na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio das obras
publicas, commercio e industria;
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta e pa-
recer do referido fiscal do corôa, declarar :
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de chumbo do Zambulhal, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, cuja posição se
acha topographicamente designada na planta que por copia acompanha esta portaria.
2.° Que os limites de demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
com traços de côr vermelha, formar um quadrilátero A B E D traçado pela seguinte ma-
neira: Pelo ponto L, pertencente á demarcação limitrophe de Adorigo, tire-se uma linha
para o ponto M determinado pelo centro da curvatura do rio Tedo, onde n'elle entra o ribeiro
do Zambulhal. Sobre esta linha, a partir do ponto L, marquem-se na direcção do rio Tedo
600 metros e leremos o ponto A. D'este ponto sobre a mesma linha e direcção marquem-se
900 metros e teremos o ponto D. D'este ultimo ponto eleve-se sobre L M uma perpendi-
cular que encontre em o ponto E o prolongamento da linha C B pertencente á demarca-
ção da mina de Abergan. Este ponto E, unido com B commum a esta demarcação, fe-
chará o referido quadrilátero, que comprehende uma superfície de 652:500 metros qua-
drados.
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante
seis mezes contados da data da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para organisar
uma companhia ou empreza, das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou para
mostrar que possue os meios necessarios para a lavra; na intelligencia de que, não se ha-
bilitando n'estes termos, dentro d'aquelle praso improrogavel, será a concessão d'esta mina
posta a concurso na conformidade da lei.
4.° Que por este diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos legaes,
segundo as disposições do predido artigo 13.°, os direitos que lhe competem como desco-
bridor da mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, ficando obriga-
do a apresentar no ministerio das obras publicas, commercio e industria, a certidão de ha-
ver feito registar na respectiva camara municipal a presente portaria na sua íntegra, sem
o que não terá inteira validade.
Paço, em 27 de março de i86o.—João Chrysostomo de Abreu e So«so.=Para Jorge
Suche. D. do L. n.° 72, de 30 de março.
88 1865 20 de marçd
Tendo requerido Jorge Suche que, nos termos do decreto com força de lei de 31 de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe conce-
desse a certidão dos direitos de descoberta de alguns filões de chumbo que affloram entre
o alto de Adorigo e o rio Tedo, no concelho de Tabuaço, districlo de Vizeu.
Considerando que estes filões foram registados por Carlos Augusto Bon de Sousa,
como consta dá certidão extrahida da camara municipal de Tabuaço, aos 29 de outubro do
anno findo;
Considerando que por escriptura publica, lavrada nas notas do tabellião Manuel Car-
neiro Pinto, da cidade do Porto, cedêra Carlos Augusto Bon de Sousa ao requerente os
direitos que resultam do mencionado registo;
Considerando que o supplicante, tendo em vista a grandeza superficial do campo ma-
nifestado, pede se lhe façam duas concessões no caso do campo registado abranger a area
para isso necessaria;
Constando pelas informaçães do engenheiro chefe da 2. 1 classe* João Baptista Schiappa
de AáevedOj que por ordem do governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no
referido campo existe um jazigo que pela sua extensão e condições póde ser lavrado por
trabalhos independente e deve ser repartido em tres concessões distinctas; com as deno-
minações de Abergan, Zambulhal e Tedo;
Considerando que, por despacho de 13 do corrente, se exigiu do supplicante que de-
clarasse quaes das indicadas concessões escolhia, ou se reservava todas tres, devendo n'este
caso hábilitar-se.conforme a lei;
: Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despachoj de-
clarou aceitar as tres concessões; pedindo a certidão dos direitos de descoberta de cada
uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina do Tedo, por onde se prova
que o supplicante salisfez a todos os quesitos do artigo 12.° do citado decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 7 do corrente, na qual a mesma secção julga o requerente habilitado
na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta e pa-
recer do referido fiscal da corôa declarar:
1.? Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de chumbo do Tedo, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, cuja posição se acha to-
pographicamente designada na planta que por copia acompanha esta portaria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
oõifi traços de côr vermelha, formam um pentágono irregular M D E F G, traçado peia
seguinte maneira: Prolonguem-se os lados A D e B E da demarcação da mina do Zambu-
lhal até encontrar 0 rio Tedo nos pontos M e F, notados na planta junta; pelo ponto M ti-
re-se uma linha na direcção S. 41° 0 . até encontrar o mesmo rio nó ponto G; ficando as-
sim determinado o referido pentágono, comprehendendo uma superfície de 692:500 m e -
tros quadrados;
3.° Que, nos termos do artigo 14.° do citado decreto, são concedidos ao supplicante
seis mezes contados da data da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para organi-
sar uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou
para mostrar que possue os meios necessarios para a lavra, na intelligencia de que não se
habilitando n'esles termos, dentro d'aquelle praso improrogavel, será a concessão d'eslà
mina posta a concurso na conformidade da lei;
4.° Que por este diploma são conferidos ao supplicante* para todos os effeitos Íegaes,
segundo as disposições do predito artigo 13.° os direitos que lhe competem como desco-
bridor da mencionada mina. •
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais eífeitos, ficando obrigado
a apresentar no ministerio das obras publicas, commercio e industria, a certidão de haver
feito registar na respectiva camara municipal a presente portaria ha sua integra, sem o que
não terá inteira validade;
Paço, em 27 de março de 1865.—João Chrysostomo de Ábreu e Sousa,== Pará Jorge
Saches Di de L. n.° 73, de 31 de março.
16 de março 1865 89
do que é cortimentos, deSignando-sô que preparo é a operação que tem só por fim.a con-
servação da pelle, com exclusão do cortimento;
Considerando que as pelles em questão não podem ser classificados como cortidas,
porque apenas têem o preparo necessário para a conservação, sendo esse preparo igual ao
das pelles de arminho e martha, designadamente veni mencionadas no referido ihdice
cpiíjõ pelles preparadas;
Resolve:
Artigo unico. As pelles de que trata o presente recurso estão sujeitas ao direito de 20
por cento ad valorem, estabelecido "no artigo 5.° da pauta geral das alfandegas para as
pelles em bruto ou preparadas, não especificadas.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 30 de
hiarÇo dè 1865, estando presentes os voga es = Gonçalves—Nazareth,vaMov=Fradesso
da Silveira—Abreu, Venàâo—Rodrigues—Couceiro=Costa. d . <io l . n.° is, de a abrfl. ;
M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA M A R I N H A E U L T R A M A R
2.» DIRECÇÃO
1.° REPARTIÇÃO
Sendo nécèssario designar qual seja o juiz de direito a quem deva competir, pg cpri-
fornjiidade do artigo 21,° do decreto com força de lei de 27 de dezembro de 1852, f u n -
strubção^dó processo da syndicancia do governador da provincia de Timor, póisqtyfi çsfa
possessão, ?endp elevada á categoria de provincia por decreto de 17 de setembro dè (186%
riio foi comprehendida nas disposições do decreto de 8 de março de 1855: hei por ppnj,
cop.fprnçiand.o-mc com o parecer do conselho ultramarino em consulta dè 28 <Je março úí-
timò, ordenar o seguinte:
- Artigo 1.° Quando a syndicancia do governador da provincia de Timor •po çoss^t com-
petir ao juiz de direito da comarca de Timor, na fórma do disposto do decreto de 27 de
dezembro de 1852, compete a mesma syndicancia ao juiz de direito da comarca de Ma-
cau, e na sua falta ou impedimento, a um dos juizes de direito das comarcas de Goa, Bar-
dez e Salsete, por turnp sobre esta e ps majs. syndicancias que lfyes são attribuidas pelo
decreto de 8 de março de 1855.
Art. 2.° O juiz a quem competir a syndicancia do governador da provincia de Timor,
não sendo o da comarca de Timor, gosará de todas as vantagens estabelecidas assim no
decreto de 8 de março (íe 1855 como no de 27 de dezembro de 1852.
•• O ministro e secretario d'es.tado dos negocios da marinha e ultramar assim o tenha
entendido' e faça executar. Paço, em 3 de abril de 1865. = R E I . = D u q u e de Loulé.
D. de L. n.° 80, de 8 de abril. "'
92 1865 5 de jtbril
Convindo estabelecer, desde já, algumas disposições que regulem o serviço externo daá
alfandegas do continente do reino e das ilhas adjacentes: manda Sua Magestade ElRei q u e
se publiquem e executem as instrucções que fazem parte d'esta portaria.
5 da abril 1865 93
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communicará
a quem conveniente for.
Paço, em 5 de abril de 1865.=Mathias de Carvalho e Vasconcellos.
10
Instrucções que fazem parte da portaria de S de abril de <865 para regular
o serviço da fiscalisação externa das alfandegas marítimas e da raia
Disposições geraes
Artigo 1.° O serviço da fiscalisação externa das alfandegas consiste na policia fiscal
das costas e enseadas, dos portos e ancoradouros, e da raia sècca.
§ unico. O desempenho d'este serviço pertence:
Ao corpo de guardas das alfandegas, que se compõe de chefes fiscaes, sub-chefes fis-
caes, fiscaes, guardas a cavallo, guardas a pé de 1 . a classe, e de guardas a pé de 2. a classe
(tabella n.° 1);
Ao pessoal da esquadrilha de fiscalisação, que se compõe de commandantes, sub-com-
mandantes, mestres, machinistas, ajudantes de machinistas, fogueiros e de tripulantes (ta-
bella n.° 2);
Ao pessoal do serviço dos escaleres, que se compõe de patrões e remadores (tabella
n.° 3 ) . .
* Art. 2.° O serviço do pessoal da esquadrilha será regulado por instrucções especiaes.
Art. 3.° São de nomeação regia, sobre proposta dos chefes fiscaes, e informações dos
inspectores e dos directores respectivos:
Os sub-chefes fiscaes;
Os fiscaes;
Os commandantes da esquadrilha.
Art. 4.° O serviço da fiscalisação externa é dividido em districtos fiscaes, e subdividido
em divisões e secções, conforme a tabella n.° 4.
i 1.° São encarregados das divisões os sub-chefes fiscaes, e das secções os fiscaes.
| 2.° Os directores das alfandegas, sobre indicação dos chefes fiscaes, proporão quaes-
quer alterações á tabella n.° 4, que as circumstancias locaes ou a experiencia aconselha-
rem.
Art. 5.° Os sub-chefes são immediatamente subordinados ao chefe fiscal, e os fiscaes
aos sub-chefes. Todos se correspondem directamente comos seus immediatos superiores.
Art. 6.° A designação dos sub-chefes, fiscaes e guardas encarregados de postos fiscaes,
para o serviço das divisões, secções, e postos fiscaes, é feita pelos directores das alfande-
gas sobre proposta dos chefes fiscaes.
Art. 7.° Os empregados do serviço externo das alfandegas não podem ser demanda-
dos civil ou criminalmente por factos relativos ás suas funcções, sem auctorisação previa
do governo, nem são responsáveis pelas consequências que resultarem do uso que fize-
rem das armas que lhes são confiadas, em acto de serviço, para protecção dos interesses
da fazenda publica e para defeza própria.
Art. 8.° Os empregados do serviço externo das alfandegas não são obrigados a pagar
á sua custa as despezas de passagem de barcas, pontes, barreiras, e do transito nos ca-
minhos de ferro, quando façam essas despezas por motivo de serviço publico.
§ unico. Estas despezas, devidamente comprovadas, serão pagas pela verba das des-
pezas eventuaes das alfandegas.
Art. 9.° É do dever de todos os empregados fiscaes:
1.° Proceder com moderação e urbanidade no exercicio das suas funcções;
2.° Guardar inviolável segredo nas cousas do serviço publico que o exijam;
3.° Não abandonar o serviço a que estão ligados, sem que tenham pedido a demissão,
que lhes será concedida pelos directores dentro em tres dias, não havendo inconveniente
para o serviço, do que darão superiormente conta.
4.° Colher informações para saber quem sejam as pessoas dadas ao trafico do contra-
bando, e de descaminho de direitos, e os meios que para esse fim empregam, dando de
tudo conta confidencial aos seus superiores;
5.° Requisitar directamente auxilio das auctoridades civis, judiciaes e militares do dis-
tricto, e das fiscaes dos districtos limitrophes.
#36
1865 24 de abril
Dos fiscaes
Dos guardas
A r t . 2 5 . ° A a d m i s s ã o d e g u a r d a s p a r a o c o r p o d a fiscalisação s e r á r e g u l a d a p o r i n -
strucções especiaes.
A r t . 2 6 . ° N o s l o c a e s o n d e h o u v e r a l f a n d e g a s , d e l e g a ç õ e s e p o s t o s fiscaes, s e e s t a b e -
l e c e r ã o q u a r t e i s p a r a a residencia d o s g u a r d a s .
Art. 27.° Os guardas estão sujeitos ás seguintes prescripções:
1 . a N ã o p o d e m sair d a s e c ç ã o a q u e p e r t e n c e m s e m licença d o fiscal.
2 . a Não p o d e m s e r v i r d e n t r o d o districto fiscal o n d e suas m u l h e r e s o u filhos e x e r ç a m
qualquer especie de commercio sobre generos de importação.
O s c h e f e s fiscaes p r o p o r ã o a d e m i s s ã o d o s q u e s e a c h a r e m n ' e s t a s c i r c u m s t a n c i a s n o s
t e r m o s d o n . ° 13.° d o a r t i g o 1 3 . °
3.a Não p o d e m trocar n e m p a g a r o serviço para q u e f o r e m destinados.
A r t . 2 8 . ° Cada g u a r d a t e r á s u a c a d e r n e t a d e serviço, r u b r i c a d a p e l o s u b - c h e f e , o u
p e l o fiscal e m q u e a q u e l l e d e l e g u e esta o b r i g a ç ã o .
§ 1 N a c a d e r n e t a t o m a r á notas d a s o c c o r r e n c i a s d o serviço d e q u e f o r i n c u m b i d o , s e -
g u n d o a s indicações q u e r e c e b a d o fiscal o u d o s u b - c h e f e .
1 2 . ° O s g u a r d a s s ã o o b r i g a d o s a a p r e s e n t a r taes c a d e r n e t a s a q u a l q u e r dos s e u s s u -
periores q u e lh'as exijam.
§ 3 . ° Nas c a d e r n e t a s h a v e r á u m a p a r t e o u c o l u m n a p a r a o b s e r v a ç õ e s , e m q u e o s fis-
caes, s u b - c h e f e s e c h e f e s fiscaes a n n o t a r ã o o q u e j u l g a r e m c o n v e n i e n t e e m r e l a ç ã o a o s e r -
viço d o r e s p e c t i v o g u a r d a .
A r t . 3 1 . ° C u m p r e aos e m p r e g a d o s d a fiscalisação:
1.° F a z e r a c o b r a n ç a d o i m p o s t o d o p e s c a d o n o s l o g a r e s e m q u e a s c o n v e n i ê n c i a s d o
s e r v i ç o a s s i m o e x i j a m , e a u x i l i a r essa c o b r a n ç a n o s p o n t o s e m q u e h o u v e r a l f a n d e g a s o u
delegações;
2 . ° N ã o c o n s e n t i r q u e q u a l q u e r l a n c h a o u b o t e d e navio, q u e n a v e g u e n a s c o s t a s ,
c o m m u n i q u e c o m a t e r r a , salvo r e c o n h e c i d a n e c e s s i d a d e , e e m tal c a s o d a r ã o b u s c a a essa
e m b a r c a ç ã o , t e n d o s e m p r e e m vista o c u m p r i m e n t o d o s r e g u l a m e n t o s d e s a u d e ;
3 . ° Fiscalisar r i g o r o s a m e n t e o s b a r c o s d e p e s c a , e i g u a l m e n t e t o d a s a s e m b a r c a ç õ e s
q u e p o r q u a l q u e r c i r c u m s t a n c i a s e t i v e r e m a p p r o x i m a d o d a costa, o u n a v e g a r e m e n t r e a s
d i f f e r e n t e s ilhas d o a r c h i p e l a g o d o s A ç o r e s , e n t r e a s d o g r u p o q u e f o r m a ó d i s t r i c t o d o
F u n c h a l , o u e m q u a l q u e r d ' e s s a s ilhas d e u n s p a r a o u t r o s p o n t o s d a c o s t a ;
4.° S o c c o r r e r o s n a u f r a g o s , a p r e s e n t a n d o - s e i m m e d i a t a m e n t e n o l o g a r d o s i n i s t r o , e
r e c o l h e r e t o m a r c o n t a dos salvados d o s n a v i o s n a u f r a g a d o s , e v i t a n d o p o r t o d o s o s m e i o s
ao s e u a l c a n c e o s e x t r a v i o s e r o u b o s , a u t u a n d o q u e m o s p r a t i q u e , e d a n d o i m m e d i a t a -
m e n t e p a r t e a s e u s s u p e r i o r e s , a fim d e q u e o d i r e c t o r d a a l f a n d e g a , o u o e n c a r r e g a d o d a
delegação mais proxima, possa providenciar como cumpre.
A r t . 3 2 . ° N o s p o r t o s a fiscalisação m a r i t i m a s e r á r e g u l a d a p e l a s i n s t r u c ç õ e s q u e o s d i -
r e c t o r e s d a s a l f a n d e g a s d e r e m a o s c h e f e s fiscaes r e s p e c t i v o s .
A r t . 3 3 . ° A o s e m p r e g a d o s d a fiscalisação p e r t e n c e :
1.° P ô r o visto n a s g u i a s e n o s b i l h e t e s d e d e s p a c h o , q u e d e v e m exigir a o s c o n d u c t o -
r e s d e m e r c a d o r i a s q u e e n c o n t r a r e m n o s l i m i t e s d o s 2 5 k i l o m e t r o s d a zona fiscal, q u a n d o
a c h a r e m r e g u l a r e s a q u e l l e s d o c u m e n t o s , e i n d i c a n d o n ' e l l e s o s dias p o r q u e ainda tenham
v a l i d a d e , s e g u n d o a distancia q u e h a j a m d e p e r c o r r e r a t é a o p o n t o d o s e u d e s t i n o , calcu-
lando na rasão d e 2 0 kilometros por dia;
2 . ° S e a s g u i a s , e o s b i l h e t e s d e d e s p a c h o t i v e r e m i r r e g u l a r i d a d e s o u s u s c i t a r e m duvi-
d a s , d e v e m os e m p r e g a d o s q u e a r e c o n h e ç a m d e t e r a m e r c a d o r i a , e d i r i g i r - s e c o m o con-
d u c t o r i m m e d i a t a m e n t e á a l f a n d e g a , d e l e g a ç ã o o u p o s t o fiscal q u e t i v e r p a s s a d o e s s e s
documentos, para s e proceder à conferencia com os competentes livros;
3 . " N o t a r n a c a d e r n e t a d e q u e trata o a r t i g o 2 8 . ° t o d o s o s vistos q u e p o z e r e m n a s
guias o u bilhetes d e despacho, c o m as necessarias designações, para semanalmente extra-
h i r d'ella u m a relação, q u e e n v i a r ã o a o c h e f e fiscal;
4 . ° D e t e r t o d a s a s m e r c a d o r i a s q u e , t e n d o t r a n s p o s t o a raia, n ã o s i g a m o c a m i n h o
q u e m a i s directa e n a t u r a l m e n t e c o n d u z a á a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o m a i s p r o x i m a , o n d e
possam s e r despachadas, segundo a sua natureza;
5.° A p p r e h e n d e r t o d o s o s c e r e a e s , q u a n d o s e j a m e m q u a n t i d a d e s u s p e i t a , q u e t r a n s i -
t a r e m d e n t r o d e 2 5 k i l o m e t r o s d a raia, s e m a s c o m p e t e n t e s guias, p a r a m o s t r a r a s u a
p r o c e d e n c i a nacional.
A r t . 3 4 . ° S ó d e d i a é p e r m i t t i d o o d e s e m b a r q u e d e m e r c a d o r i a s n a s m a r g e n s dos rios
c o n f i n a n t e s n a f r o n t e i r a , e a e n t r a d a pela raia sècca.
A r t . 3 5 . ° F ó r a d a zona d e 2 5 k i l o m e t r o s d a raia sècca, e d e 5 k i l o m e t r o s do litoral
p a r a o interior d o paiz, p o d e m t o d o s os g e n e r o s n a c i o n a e s o u nacionalisados transitar livre-
mente, s e m dependencia d e guia o u documento algum.
| unico. S e aos c o n d u c t o r e s d e q u a e s q u e r m e r c a d o r i a s , q u e t r a n s i t e m á q u e m d a s d i t a s
zonas, convier a c o m p a n h a - l a s d e g u i a s d e a l g u m a a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o , p a r a m o s t r a r
q u e s ã o n a c i o n a e s o u nacionalisadas, n ã o s e p o r á d u v i d a e m p a s s a r t a e s g u i a s .
A r t . 3 6 . ° N o s p o s t o s fiscaes, q u e f o r e m d e s i g n a d o s p e l o s d i r e c t o r e s , p o d e r ã o ter des-
p a c h o o s g e n e r o s q u e a h i d e r e m e n t r a d a , e f o r e m d e s t i n a d o s p a r a c o n s u m o das povoações
q u e h a j a e n t r e o s r e f e r i d o s postos e a s d e l e g a ç õ e s d a s a l f a n d e g a s .
A r t . 3 7 . ° A s g u i a s d e livre t r a n s i t o d e e n t r a d a e s a í d a d a s c a v a l g a d u r a s empregadas
n a c o n d u c ç ã o d e g e n e r o s p a r a H e s p a n h a , e d e H e s p a n h a p a r a P o r t u g a l , podem ser con-
cedidas a nacionaes e estrangeiros.
§ 1.° S e o s i n d i v i d u o s n a c i o n a e s o u e s t r a n g e i r o s n ã o f o r e m domiciliados 1 em Portugal,
o u r e s i d i r e m f ó r a d o d i s t r i c t o d a a l f a n d e g a , p r e s t a r ã o fiança idónea p e r a n t e o director oa
e n c a r r e g a d o d a d e l e g a ç ã o p o r o n d e s e p a s s e m a s g u i a s , o u d e p o s i t a r ã o a importancia' dos
direitos q u é deveriam pagar p o r entrada das cavalgaduras.
25
m 1865 S 4 e abril
§ â ^ ^ A & . f H W ^ d e l i v r e t r a n s i t o s e r ã o validas e m q u a n t o a p e s s o a a q u e m f o r a m d a d a s
s e e m p r e g a r n a s r e f e r i d a s c o n d u c ç õ e s , salvo o caso d e d e v e r e m s e r c a s s a d a s p o r i n f r a c ç ã o
que tenha havido.
| 3u° É p e r m i t t i d o r e n o v a r a s g u i a s , q u a n d o o r e c l a m e o i n t e r e s s a d o , p o r h a v e r m u -
dança nas eàvalgaduras q u e e m p r e g u e nas suas conducções.
Das apprehensões
A r t . 3 8 . ° -Nos casos d e a p p r e h e n s ã o e d e t e n ç õ e s o b s e r v a r - s e - h a o s e g u i n t e :
1 S á a a p p r e h e n s ã o c o n s i s t i r e m tabaco, s e r ã o c a p t u r a d o s o s c o n d u c t o r e s , e o b s e r -
v a f s e ^ h ã o a s ; disposições d o respectivo regulamento»
Seildo"de o u t r a s m e r c a d o r i a s , l i m i t a r - s e - h a o a p p r e h e n s o r a i n t i m a r o d e l i n q u e n t e ,
para declarar se contesta ou n ã o a detensão n'esse m e s m o acto, o u dentro d o praso d e
vinte e q u a t r o h o r a s , p e r a n t e a c o m p e t e n t e a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o .
O p r a s o , d a s v i n t e ie q u a t r o h o r a s d e v e c o m e ç a r a c o r r e r d o dia s e g u i n t e á q u e l l e e m
q u e a i n t i m a ç ã o s e r e a l i s a r , n ã o s e n d o santificado o u f e r i a d o , e findar n o i m m e d i a t o , e
q u a n d o e s t e dia f o r santificado o u f e r i a d o , n o p r i m e i r o e m q u e a a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o
funccionar.
3;° S e n d o possivel t o m a r - s e - h ã o , n o acto d a a p p r e h e n s ã o , d u a s t e s t e m u n h a s , q u e d e -
p o n h a m perante o director da alfandega, ou encarregado da delegação respectiva, ácerca
d a s c i r c u m s t a n c i a s q u e s e d e r a m p o r occasião d a a p p r e h e n s ã o .
4.° A s t e s t e m u n h a s s e r ã o l o g o i p i i m a d a s p e l o a p p r e h e n s o r , p a r a s e a p r e s e n t a r e m
n a a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o c o m p e t e n t e s n ' e s s e m e s m o dia, s e n d o possivel, o u n o i m m e -
diato s e n ã o f o r santificado o u i m p e d i d o ; d e c l a r a n d o - s e - l h e s a h o r a e o local e m q u e t ê e m
de comparecer.
• Bí1? Q u a n d o n o acto d a a p p r e h e n s ã o n ã o s e p o s s a m a c h a r t e s t e m u n h a s , o s a p p r e h e n -
soreá s e r ã ò a c r e d j t a d o s a t é p r o v a e m c o n t r a r i o n o q u e d e c l a r a r e m , d e b a i x o d e jurame,ntp,
a respeito:da apprehensão.
6.° Os conductores dos objectos apprehendidos o u detidos serão desde logo interroga-
dos-na presença das testemunhas, havendo-as, sobre a procedencia d o s objectos appre-
hendidos.
7.° O s conductores d e mercadorias a p p r e h e n d i d a s o u detidas s ã o considerados do-
n o s d'ellas p a r a t o d o s o s effeitos l e g a e s , e m q u a n t o s e n ã o p r o v a r o c o n t r a r i o .
Si 0 : O s d o n o s d a s m e r c a d o r i a s e d o s t r a n s p o r t e s são r e s p o n s á v e i s p e l o s a c t o s d o s s e u s
a g e n t e s ; c a i x è i r w e u dop c o n d u c t o r e s d e m e r c a d o r i a s , n o q u e diz r e s p e i t o a o p a g a m e n t o
d o s d i r e i t o s e infracções d o s r e g u l a m e n t o s fiscaes.
Os objectos a p p r e h e n d i d o s o u detidos serão i m m e d i a t a m e n t e transportados.para
a íespeetiva alfandega ou delegação, e quando estas n ã o estejam abertas, serão deposita-
d o s e m p o d e r d e p e s s o a idónea, e m p r e s e n ç a d a a u c t o r i d a d e local o u dos d e l e g a d o s d ' e s t a ,
• A r t . 3 0 ! 0 ' S e o donO o u coriduçtor d a s m e r c a d o r i a s a p p r e h e n d i d a s n ã o c o n t e s t a r p e -
r a n t e o * d i r e c t o r â a a l f a n d e g a , o u s e voluntaria e p r o m p t a m e n t e p a g a r a m u l t a * o d i r e c t o r
o u e n c a r r e g a d o d a d e l e g a ç ã o j u l g a r á válida a t o m a d i a o u d e t e n ç ã o , ficando a s s i m t e r m i -
n a d o <3 p r o c e s s o . ; ,
Art. 40.? Dos despachos d e procedencia d a s tomadias, os quaes serão-intimados á s
p a r t e s i tóa re6ur§ovit'endo h a v i d o contestação.
•••«Art.- Q u a n d o o d e s p a c h o f o r d e i m p r o c e d ê n c i a d a s t o m a d i a s ou d e t e n ç ã o ; s e r á i n -
t i m a d o a o a p p r e h e n s o r , e d ' e l l e c a b e r e c u r s o n a c o n f o r m i d a d e d a lei.
• Disposições disciplinares
Art. disciplina d o c o r p o d o s g u a r d a s c o n s i s t e n a b o a o r d e m , n a p r o m p t a e x e -
cUjgãQ d a s d e t e r m i n a ç õ e s s u p e r i o r e s , p a r e p r e s s ã o , e n o castigo d a s faltas, t r a n s g r e s s õ e s
e dos crimes que se commettam.
permittida reclamação ou queixa alguma d o inferior para eom o s u -
p e r i Q P f S e ^ O í d p p q i ? d e c u m p r i d a s a s o r d e n s r e c e b i d a s , salvos o s c a s o s a q u e s e r e f e r e
o n . ° 3.° d o a r t i g o 4 8 . °
, A r t . 4 4 , ° O s , s u p e r i o r e s s ã o r e s p o n s á v e i s p e l a s faltas d e disciplina q u e p r o c e d a m d e
n f í g í ^ ç n p j ^ s u a , c p m m e t t i d a s p e l o s e m p r e g a d o s q u e Jhes s ã o s u b o r d i n a d o s .
: A r t . 4K,° Q s g u a r d a s q u e d e r e m p a r t e d e d o e n t e s s e r ã o r e c o l h i d o s n o s h o s p i t a e s m i -
l i t a r e s o u civis, s e o p e d i r e m , o u q u a n d o o s s e u s s u p e r i o r e s o j u l g a r e m c o n v e n i e n t e a
5 de abril 1865
b e m da disciplina, p a g a n d o 2 0 0 réis e m cada dia que ali se d e m o r a r e m , o s q u a e s serão
d e d u z i d o s dos seus vencimentos, e pagos aos hospitaes pelas respectivas alfandegas.
| unico. No caso cie ferimento ou d e q u a l q u e r accidente occasionado pelo serviço, a
importancia a p a g a r aos hospitaes pelo t r a t a m e n t o d o s g u a r d a s s e r á satisfeita pela verba
'das despezas eventuaes; recebendo, a l e m d'isso, os m e s m o s g u a r d a s u m a a j u d a d o custo
paga pela dila verba d a s despezas eventuaes, da alfandega, e q u e será regulada s e g u n d o as
circumstancias q u e concorram n o s q u e assim t i v e r e m d e ser r e m u n e r a d o s .
A r t . 46, f i Os chefes fiscaes p o d e m , m a s só p o r motivos muito attendiveis, conceder'
licença aos seus subordinados até oito dias e m cada anno. •
| unico. Os chefes fiscaes t e r ã o muito e m vista n a concessão das licenças q u e estas
n ã o p r e j u d i q u e m o serviço, e serão responsáveis pelos prejuízos q u e r e s u l t e m d e a b u s o nas
licenças q u e c o n c e d a m .
A r t . 47.° O corpo dos g u a r d a s das alfandegas, alem do serviço p r o p r i o d a fiscalisação,
póde e deve, s e m prejuizo d'esta, auxiliar a policia das povoações e c a m i n h o s publicos,
m a n t e n d o a o r d e m e a segurança dos cidadãos, soccorrendo-os e m caso d e necessidade.
Das transgressões
A r t . 48.° C o m m e l t e t r a n s g r e s s ã o d e disciplina, e como tal será p u n i d o :
1.° O s u p e r i o r q u e oífender o u injuriar o inferior p o r palavras o u acções;
2.° Ò s u p e r i o r q u e applicar o u m a n d a r applicar p e n a s injustas o u n ã o auctorisadas
pela lei; -j
3.° O q u e desobedecer o u n ã o executar c o m p r o m p t i d ã o as o r d e n s d o s superio-
r e s , salvo q u a n d o entenda, a b e m . d o serviço, dever s u s p e n d e r sob sua responsabilidade a
e x e c u ç ã o d'essas ordens ou executa-las d e m o d o dilferente d ' a q u e l l e p e l o qual l h e f o r a m
dadas, justificando o p p o r t u n a m e n t e o seu p r o c e d i m e n t o ;
• 4 , ° O q u e não c o n c o r r e r aos actos d o serviço para que f o r c h a m a d o pelas erdeníi g e -
r a e s o u especiaes;
5.° O q u e por palavras, gestos ou acções,faltar ao respeito devido aos seus s u p e r i o r e s ;
6.° O q u e s e ausentar s e m licença estando d e serviço, o u sair, estando d e folga, |)ara
fóra d o s limites da-secção o u djvisão a q u e p e r t e n ç a ;
7.° O q u e a d o r m e c e r estando d e sentinellà;
8.° 0 q u e tiver m a u c o m p o r t a m e n t o civil;
9.° O q u e descontar vencimentos o u fizer outras transacções com o s s e u s superio-
r e s o u inferiores;
10.° O q u e s e n d o casado ou tendo filhos, estes o u a m u l h e r exerçam qualquer especie
de commercio sobre generos d e importação n o districto fiscal e m q u e sirva;
11.° O que não u s a r d o u n i f o r m e e a r m a m e n t o estando d e serviço;
12.° O q u e exigir g r a t u i t a m e n t e pousada ou alimentos e m qualquer casa;
• 13.? O . q u e não conservar e m b o m estado o a r m a m e n t o e o s p e t r e c h o s : p e r t e n c e n t e s á
fazenda .nacional;
14.° O s u p e r i o r q u e p o r q u a l q u e r m o d o e m p r e g a r o s g u a r d a s e m seu particular ser-
viço;;,. .
15.° O q u e e x e r c e r commercio d e c/ualquer especie;
16.° O q u e e x e r c e r industria q u e possa .distrahi-lo d o c u m p r i m e n t o dos seus.deveres.
A r t . 49,° São consideradas circumstancias aggravantes das transgressões:de disciplina:
1.° S e r e m commettidas as transgressões d u r a n t e o serviço;
2.° S e r e m repetidas; •
3.° S e r e m habituaes; •• ;
4.° .Serem taes q u e cheguem a prejudicar a honra e o decoro cío corpo fiscaj, ou.pro-
m o v a m o t r a n s t o r n o da o r d e m publica ;
A falta d e s u b m i s s ã o p r o m p t a á imposição d a s penas.. ; • ,o i -
UNIFORMES E ARMAMENTOS
A r t . S 8 . ° O u n i f o r m e d o c o r p o d o s g u a r d a s d a fiscalisação d a s a l f a n d e g a s é : b o n e t , c a -
s a c o e calças d e s a r a g o ç a , e g a b ã o d e p a n n o d e m e s c l a e s c u r o , t u d o c o n f o r m e o figurino
junto a estas instrucções.
| u n i c o . E x c e p t n a - s e , q u a n t o á s ilhas a d j a c e n t e s , q u e o u n i f o r m e é d e p a n n o azul, e m
logar d e saragoça.
A r t . 5 9 . ° N o v e r ã o a s calças d o s g u a r d a s a p é s ã o d e b r i m c r ú .
Art. 60.° O bonet é r e d o n d o d e 1 2 centímetros d e altura, avivado d e p a n n o prelo,
pala d e couro envernizado, e chapa de metal amarello, com as letras D . F . , e.o n o m e d o
districto d a alfandega e m q u e sirvam os guardas.
E m t e m p o d e c h u v a o b o n e t p ó d e s e r c o b e r t o c o m capa d e o l e a d o .
A r t . 61.° O casaco é a c o l c h e t a d o , u m p o u c o s o b r e p o s t o , c o m u m a c a r r e i r a vertical d e
oito b o t õ e s p r e t o s d e u n h a o u m a s s a .
§ 1.° O c o m p r i m e n t o ê d e t e r m i n a d o p e l a e x t r e m i d a d e d o s d e d o s , t e n d o o b r a ç o e m
p o s i ç ã o vertical.
§ 2 . ° A s a b a s são f o r r a d a s d e o r l e a n p r e t a n a p a r l e a n t e r i o r e p o s t e r i o r , e n a l a r g u r a
de 2 0 centímetros.
1 3 . ° Pels parte anterior tem duas algibeiras.
i 4 . ° A.gpla^e q cajlhão d e p a n n o p r e t o , d e b r u a d o s c o m galão liso d e lã, d e 2 c e n t í m e -
t r o s d e l a r g u r a . T)*cahh3o'e d i r e i t o e a g o l a a c o l c h e t a d a c o m t r e s colchetes.
§ 5 . ° A gola t e m n a p a r t e a n t e r i o r , d o l a d o d i r e i t o a l e t r a N . , e d o l a d o e s q u e r d o o n u -
m e r o q u e o g u a r d a tiver n o l i v r o d o a s s e n t a m e n t o .
8 de abril 1865 101
1t ; Disposição transitória
' A r t . ' 79.® A t é á p u b l i c a ç ã o d o r e g u l a m e n t o definitivo, c o n t i n u a r - s e - h a a o b s e r v a r , n o s
c a s o s o m i s s o s n ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s , o q u e s e a c h a d i s p o s t o n a legislação, e n o s r e g u l a m e n -
t o s e x i s t e n t e s , á c e r c a d o s e r v i ç o e x t e r n o d a s a l f a n d e g a s , n a p a r t e e m q u e n ã o seja c o n t r a -
r i o à o q u e n ' e s t a s m e s m a s i n s t r u c ç õ e s vae d e t e r m i n a d o .
P a ç o , e m 5 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . — M a t h i a s de Carvalho e Vasconcellos.
TABELLA N.° \
A qne se refere"? artigo 1.° das instrucções approvadas por portaria (Testa data
Guardas a pé-
Guardas
Districtos fiscaes Chefes Sub-chefes Fiscaes
fiscaes fiscaes
cavallo
l . a classe
Díèbóai'.'.; 1 3 14 13 86 425
Poito 1 2 9 4 64 200
Funchal 1 1 1 _ IS m
Angra do Heroismo, Ponta Delgada e
porta, . . . . . . . . . i 3 4 6 20 '
70
Vianna do Castello 1 2 4 2 16 75
Figueira 1 2 4 4 14 48
OlhSo 1 2 7 3 33 176
TABELLA N.° 2
Á que se refere ò artigo 1.° dás instrucções approvadas pòr portaria (Tèsta M â
§ 2
3 2 »rt.2
rt 9
IS A
3 'jj •
Districtos fiscaes <4 jSÍSCA «<4o
a aw
es "S ® o
Mestres
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f.° Districto • • í:
Desde a foi dô Minho ^té Peniche. 1 i 3 37
í.« Districto
Desde Peniche até ao cabo de S. Vicente 1 i .2 :
3.° Districto
1 i 3 72
4.° Districto
Ilha da Madeira _ _ 1 12
-
5.° Districto
- 3 à
i 3 3 12 222
TABELLA N.° 3
Á que se refere o artigo 1.° das instrucções approvadas per portaria d'esta data
347
TA.BEL
Designação dos districtos fis
Residencia Limites
Designação Limites dos chefes Designado
Espinho a Ílhavo
LA N.° 4
caes, suas divisões c secções
Seccões fiscaes
27
MODELO N.° \
Registo das tomadias feitas no districto fiscal de
Alfandegas
Numero do talão o s delegações
Datas em que se forem feitas Nomes dos réus Nomes dos apprehensores Designação dos objectos Observações •
foram feitas para onde foram
com denuncia remettidas
MODELO N.° 2
N.° N.
DISTRICTO FISCAL D E _
DISTRICTO FISCAL DE
Em de de 186 foi aceita a
denuncia dada em segredo de Ao apresentante d'este titulo se ha de pagar, sem dependencia da recibo, a parte que for contada
no processo que se instaurar em consequência do facto denunciado constante do talão d'este titulo.
Em de de 186
F. (a)
e em consequência d'essa denuncia se vae proceder ás
competentes diligencias, e quando se verifique o facto
denunciado se dará o premio da lei ao apresentante do
titulo que ora se entrega, para que a todo o tempo conste
o seu direito.
F. (a)
(a) Nome do chefe ou sub-chefe liscal. (a) Nome do chefe ou sub-chefe fiscal.
T H E 8 0 U R 0 PUBLICO
C O N S E L H O G E R A L DAS A L F A N D E G A S
RESOLUÇÃO N.° 2 3 4
C o n s i d e r a n d o q u e o a c i d o e m q u e s t ã o e x c e d e o n u m e r o l e g a l d e seis g r a u s p a r a s e r
admittido como livre;
Resolve:
A r t i g o u n i c o . O acido acético p y r o - l e n h o s õ , s o b r e q u e v e r s a o p r e s e n t e r e c u r s o , c o m o
a c i d o n ã o e s p e c i f i c a d o , está s u j e i t o a o d i r e i t o c o r r e s p o n d e n t e , s e g u n d o o a r t i g o 1 3 8 . ° d a
pauta.
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a pelo c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e m s e s s ã o d e 6 d e
abril d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os v o g a e s = Gonçalves=Couceiro, relator=Fradesso
da Silveira^ Abreu—Nazar elh= Costa. D. de L. n.° 79, de 7 de abrri.
111.™ s r . — S i r v a - s e v . s . a d a r c u m p r i m e n t o á p o r t a r i a a b a i x o t r a n s c r i p t a , relativa a o
serviço d e conservação das estradas a cargo d o governo. -:
«Ministerio d a s o b r a s publicas, c o m m e r c i o e i n d u s t r i a — r e p a r t i ç ã o d e o b r a s p u b l i c a s .
— C o n s t a n d o q u e e m d i f f e r e n t e s districtos d o c o n t i n e n t e d o r e i n o n ã o s e p r e s t a á c o n s e r -
v a ç ã o d a s e s t r a d a s t o d o o c u i d a d o q u e m e r e c e e s t e r a m o d e serviço p u b l i c o , e m q u e o p a i z
8 de abril 1865 109
M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA F A Z E N D A
SECRETARIA D»ESTADO
2 . a REPARTIÇÃO
C o n v i n d o a l t e r a r a l g u m a s d i s p o s i ç õ e s d o d e c r e t o , n . ° 1, d e 7 d e d e z e m b r o d e 1 8 6 4 :
h e i p o r b e m , u s a n d o d a f a c u l d a d e estabelecida n o a r t i g o 7 2 . ° d o m e s m o d e c r e t o , d e t e r -
minar o seguinte:
A r t i g o 1 . ° O s l o g a r e s d e c h e f e d e s e r v i ç o d a s a l f a n d e g a s s e r ã o sempre p r o v i d o s p o r
c o n c u r s o e n t r e o s e m p r e g a d o s d a classe i m m e d i a t a m e n t e inferior, e n u n c a p o r s i m p l e s a n -
tiguidade.
A r t . 2 . ° P o d e m s e r a d m i t t i d o s a t o m a r p a r t e n ' e s t e c o n c u r s o o s p r i m e i r o s verificado-
r e s q u e c o n t a r e m d e z a n n o s d e exercicio n ' e s t a q u a l i d a d e .
A r t . 3 . ° A d e l e g a ç ã o d a a l f a n d e g a d e Olhão e m A l c o u t i m , q u e e r a d e p r i m e i r a o r d e m ,
passa a ser d e segunda ordem.
Art. 4.° A delegação de s e g u n d a o r d e m da alfandega d e Penamacor, e m Rosmani-
nhal, é transferida para Segura.
O m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a fazenda assim o t e n h a e n t e n d i d o e
f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 8 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . —Mathias de Carvalho e Vascon-
cellos. D. de L. n.» 86, de 18 de abril.
M I N I S T E R I O D A S OBRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A ,
DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA — 1.» SECCÃO
S e n d o p r e s e n t e s a S u a M a g e s t a d e El-Rei a s tarifas d o s c a m i n h o s d e f e r r o d o s u l e
sueste, c o m p r e h e n d e n d o duas tabellas respectivas ao transporte d e passageiros e m e r -
c a d o r i a s , c u j a s t a x a s s e a c h a addicionado o i m p o s t o d e t r a i f t i t o a q u e se r e f e r e o a r t i g o 3 4 . °
d o c o n t r a t o a p p r o v a d o p e l a carta d e lei-de 2 9 d e m a i o d e 1 8 6 0 , n a r a s ã o d e 5 p o r c e n t o ,
c o n f o r m e foi fixado p e l a carta d e lei d e 1 4 d e j u l h o d e 1 8 6 3 ; vistos os artigos 3.° e 11.° d o
c o n t r a t o a p p r o v a d o p e l a carta d e lei d e 2 3 d e m a i o d e 1864-: h a p o r b e m o m e s m o a u g u s t o
s e n h o r , 4 c o n f o r m a n d o - s e c o m a i n f o r m a ç ã o d o e n g e n h e i r o c h e f e d a 2 . a divisão fiscal d o s
c a m i n h o s d e f e r r o , a p p r o v a r a r e f e r i d a s tarifas, q u e b a i x a m c o m esta p o r t a r i a e d ' e l l a fa-
(1) Identicas se expediram aos directores de obras publicas de todo os districtos do continente,
intendente das obras publicas do districto de Lisboa, superintendente das- obras do Tejo, e director
das obras da barra da Figueira.
28
#36 1865 24 de abril
z e m p a r t e , a s q u a e s ficam s u b s t i t u i n d o a s d e 4 d e setembro- d e 1 8 6 3 , m e n o s n a p a r t e
q u e r e s p e i t a a o t r a n s p o r t e d e gados, a qual s e r á i g u a l m e n t e s u b s t i t u í d a o p p o r t u n a m e n t e .
O que se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, ao
r e f e r i d o e n g e n h e i r o fiscal, p a r a seu c o n h e c i m e n t o e d e v i d o s effeitos.
P a ç o , e m 8 d e abril d e 1 8 6 5 . — J o ã o Chrysostomo de Abreu é S o M s a . = P ã r a o e n g e -
n h e i r o c h e f e d a 2 . a divisão fiscal d e c a m i n h o s d e f e r r o . A . dei. n.»86, áei8'a« á M
. írivi-H lí/':' , ' i < ' . ' . . K:v rhrirA* A '.í- ,iT-'.
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Tarifa .
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2.» 414 20,7 440 378 18,9 400 324 16,2 340 270 13,5 144
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280 7,2 150
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276 13,8 290 252 12,6 270 216 10,8 230 180 9,0 190 96 4,8 100 O Ei
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IA . . . . 672 33,6 710 648 32,4 680 576 28,8
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610 504 25,2 530 312 15,6 330 144 • 7,2 150 Setubal
2." 504 25,2 030 486 24,3
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510 432 21,6 450 378 18,9 400 234 11,7 250 108 5,4 110 <mei ~ei 3 •3
3.»..... 336 16,8 350 324 16,2 ' 340 14,4 si h
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288 300 252 12,6 270 156 7,8 160 72 3,6 80 c.
IX.... 720 36,0 760 672 33,6 710 600 30,0 630 552 27,6 580 360 18,0 380 552 27,6 580 672 33,6 710 Poceirão
2A.... O ikw
540 27,0 570 504 25,2 530 450 22,5 470 414 20,7 440 270 13,5 - 280 414 20,7 440 504 25,2 530 -S-3 fl rt • .KV"
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18,0 180 Eh es EH
360 380 336 16,8 ' 350 300 15,0 320 276 13,8 290 9,0 190 276 13,8 290 336 16,8 350 p<
1.» 10008 50,4 10060 960 48,0 10010 888 44,4 930 816 40,8 860 648 32,4 680 816 40,8 860 960 48,0 10010 288 14,4 300 Pegões
2.' 756 37,8 790 720 36,0 760 6G6 33,3 700 612 30,6 640 486 24,3 510 612 30,6 640 720 36,0 760 216 10,8 230
3." 504 25,2 530 480 24,0 500 444 22,2 470 408 20,4 430 324 16,2 340 408 20,4 430 480 24,0 500 144 7,2 150
EH-5
IA . . . . 10368 68,8 10440 10320 66,0 10390 10248 62,4 10310 10176 58,8 10240 111008 50,4 10060 10176 58,8 10240 10320 66,0 10390 648 32,4 680 384 19,2 400 Vendas Novas f..
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2 ,,., 10026 51,3 10080 990 49,5 10040 930 46,8 980 882 44,1 930 756 37,8 790 S82 44,1 930 990 49,5 10040 4S6 24,3 510 288 14,4 300 r
3.» 684 34,2 720 660 33,0 690 624 31,2 660 588 29,4 620 504 25,2 530 588 29,4 620 660 33,0 . 690 324 16,2 340 192 9,6 200
1." 10800 90,0 10890 ' 10752 87,0 10810 10680 84,0 10760 10632 81,6 10710 1,-5440 72,0 10510 10632 81,6 10710 10752 87,6 10840 10080 54,0 10130 816 40,8 860 456 22,8 480 Torre da Gadanha
2.» 10350 67,5 10420 10314 65,7 10380 10260 63,0 10320 10224 61,2 10290 10280 64,0 10340 10224 61,2 10290 10314 65,7 10380 810 40,5 850 612 30,6 640 342 17,1 300
3.»..... 900 45,0 950 876 43,8 920 840 42,0 880 816 40,8 860 720 36,0 760 816 40,8 860 876 43,8 920 540 • 27,0 570 408 20,4 430 228 11,4 240
1." 20160 108,0 20270 20112 105,6 20220 20040 102,0 20140 10992 99,6 20090 10800 90,0 10890 10992 99,6 20090 20112 105,6 20220 104-10 72,0 10510 1,5176 58,8 15240 816 40,8 860. 360 18,0 380 Casa Branca
O
2.» 10620 81,0 10700 1058-1 79,2 10660 10530 76,5 10610 10494 74,7 10570 11350 67,5 10420 10494 74,7 10570 10584 79,2 10660 10280 64,0 10340 882 44,1 926 612 30,6 640 270 13,5 fl
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3.» 10080 54,0 10130 10056 52,8 10110 10020 51,0 10070 996 4-9,8 10050 900 45,0 950 996 49,8 10050 10056 52,8 10110 720 36,0 760 588 29,4 408 20,4 430 9,0 H
1.» 20448 122,4 20570 20400 120,0 20520 20328 116,4 20440 20256 112,8 20370 21088 104,4 20190 20256 112,8 20370 20400 120,0 20520 10728 86,4 10810' 15464 73,2 1,5540 1,5104 55,2 10160 648 32,4 288 14,4 300 Alcaçovas . "
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2.» 10836 91,8 10930 10800 90,0 10890 10746 87,3 10830 10692 84,6 10780 10566 78,3 10640 10692 84,G 10780 10800 90,0 10890 10296 64,8 10360 15098 54,9 1.5150 828 41,4 870 486 24,3 216 10,8 230 íí a
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1.» 20640 132,0 20770 20592 129,G 20720 20520 126,0 20650 20448 122,4 20570 20280 114,0 20390 20448 122,4 20570 20592 129,6 20720 10920 96,0 20020 10632 81,6 1.5710 10272 63.6 1.5340 840 42,0 480 24,0 500 192 9,6 200 Vianna
o
2. a
10980 99,0 20080 10944 97,2 20040 10890 91,5 10990 10836 91,8 10930 10710 85,5 10800 10836 91,8 10930 10944 97,2 20040 10440 7 2 , 0 1.0510 10224 61,2 1,5290 954 47.7 10000 630 31,5 660 360 18,0 380 144 7j2 150
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3» 10320 66,0 10390 10296 64,8 10360 10260 63,0 10320 10224 61,2 10290 10140 57,0 10200 10224 61,2 10290 10296 64,8 10360 960 48,0 10010 816 40,8 636 31.8 670 420 2á0 12,0 250 96 4,8 100 & EH
1.» 207S4 139,2 20920 20760 138,0 20900 20688 134,4 20820 20616 130,8 2 0 750 20424 121,2 20550 20616 130,8 20750 2 0 760 138,0 20900 20088 104,4 20190 90,0 1,5890 10440 72,0 10510 50,4 10060 648 > 32,4 680 912 45,6 960 10104 55,2 10160 Evora
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2.» 10818 20070 103,5 20170 10566 78,3 10640 1,5350 67,5 1,5420 10280 .64,0 10340 756 37,8 790 486 24,3 510 684 34,2 720 828 41,4 •5-3
20088 104,4 20190 20070 103,5 20170 20016 100,8 20120 10962 98,1 20060 90,9 10910 10962 98,1 20060 870
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69,0 10450 10044 52,2 10100 900 45,0 950 720 36,0 760 504 25,2 530 324
3.» 10392 69,6 10460 10380 G9,0 10450 10344 67,2 10410 10308 65,4 10370 11212 60,6 10270 10308 65,4 10370 10380 16,2 340 456 22,8 480 552 27,6 580 p.
o
1." 20808 140,4 2S950 20760 138,0 20900 20688 134,4 20820 20616 130,8 20750 20448 122,4 20570 20616 130,8 20750 20760 138,0 20900 20088 104,4 20190 15800 90,0 1.5890 10440 72,0 10510 10008 50,4 10060 648 32,4 680 360 18,0 380 168 8,4 180 10272 63,6 10340 Villa Nova
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2.» 20106 105,3 20210 20070 103,5 20170 20016 100,8 20120 10962 98,1 20060 1.5836 91,8 10930 10962 98,1 20060 20070 103,5 20170 10566 78,3 10640 11350 67,5 1,5420 10280 64,0 10340 756 37,8 790 486 24,3 510 270 13,5 280 126 6,3 130 954 47,7 10000 á•r sa "rt
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3.* 10404 70,2 10470 10380 69,0 10450 10344 67,2 10410 10308 65,4 10370 10224 61,2 10290 10308 65,4 10370 10380 69,0 10450 10044 52,2 10100 900 45,0 950 720 36,0 760 504 25,2 530 324 16,2 340 180 9,0 190 84 4,2 90 636 31,8 670 £« U
O
Ot
EH
1.» 30000 150,0 30150 20952 147,6 30100 20880 144,0 30020 20808 140,4 20950 20640 132,0 20770 20808 140,4 20950 20952 147,6 30100 20280 114,0 2.Í390 2.5016 100,8 2,5120 10632 81,6 10710 10200 60,0 10260 840 42,0 880 552 27,6 580 384 19,2 400 10464 73,2 10540 216 10,8 230 Alvito
20330 10710 85,5 10800 1,5512 75,6 15590 61,2 10290 o
2 A.... 112,5 20360 20214 110,7 20330 20160 108,0 20106 105,3 20210 10980 99,0 20080 20106 105,3 20210 20214 110,7 900 45,0 950 630 31,5 . 660 414 20,7 440 288 14,4 300 10098 54,9 10150 162 8,1 170 d
20250 20270 <2
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3. a
10500 75,0 10580 10476 73,8 10550 10440 72,0 10510 10404 70,2 10470 1.5320 66,0 10390 10404 70,2 10470 10476 73,8 10550 10140 51,0 10200 1.5008 50,4 15060 816 40,8 860 600 30,0 630 420 21,0 440 276 ' 1 3 j8 290 192 9,6 200 732 36,0 770 108 5,4 110
EH
o
162,0 30400 20568 128,4 20700 2.5304 115,2 20420 10944 97,2 20040 10488 74,4 10128
IA . . . . 30288 164,4 30450 30240 162,0 30400 30168 158,4 30330 30096 154,8 30250 20928 146,4 30070 30096 154,8 30250 30240 10560 56,4 10180 840 42,0 880 672 33,6 710 10752 87,0 10840 504 25,2 530 312 15,6 330 Cuba
2» 20466 123,3 20590 20430 121,5 20550 20376 118,8 20500 20322 116,1 20440 2.5096 104,8 20200 20322 116,1 20440 20430 121,5 20550 10926 96,3 20020 10728 86,4 15810 10458 72,9 10530 10116 55,8 10170 846 42,3 890 630 31,5 660 504 25,2 530 10314 65.7 10380 378 18,9 -100 234 11,7 250 & —
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£ * » s O
3.» 10644 82,2 10730 10620 81,0 10700 10584 79,2 10660 10548 77,4 10625 10464 73,2 10540 10548 77,4 10625 10620 81,0 10700 10284 64,2 10350 1.5152 57,6 1,5210 972 48,6 10020 744 37,2 780 564 28,2 590 420 21,0 440 336 16,8 350 876 43.8 920 252 12,6 270 156 ' 7,8 160
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1 ! c.
1» 30696 184,8 30880 30648 182,4 30830 30576 178,8 30760 30504 175,2 30680 30336 166,8 30052 30504 175,2 30680 30648 182,4 30830 20976 148,8 3.0130 2.5688 134,4 2,5820 20328 116,4 20440 10896 94,8 10990 10536 76,8 10610 10248 62,4 10310 10080 54,0 10130 20160 108,0 20270 912 45,6 960 696 34,8 730 408 20,4 430
2," 20772 138,6 20910 20736 136,8 20870 20682 134,1 20820 20628 131,4 20760 20502 125,1 20630 20628 131,4 20760 20736 136,8 20870 20232 111,6 20340 25016 100,8 20120 10746 87,3 10830 10422 71,1 10490 10152 57,6 10210 936 46,8 980 810 40,5 850 10620 81,0 10700 684 34,2 720 522 26,1 550 306 15,3 320 Beja
a
3 10848 92,4 10940 10824 91,2 10920 10788 89,4 10880 10752 87,6 10840 10668 83,4 10750 10752 87,6 10840 10824 91,2 10920 10488 74,4 10560 15344 67,2 15410 10164 58,2 10220 948 47,4 768 38,4 810 624 31,2 660 540 27,5 570 10080 54,0 10130 456 22,8 480 348 17,4 370 204 10,2 210
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/ :O i ' 1 8 deabríl
Tarifa dè meréaèrias con o augmerto ée 5 p f t a i t o de wpste» en ieoiMidade con a arta k ler de M de jull« de 1863
Despeza de repesagem
Pinhal Novo Por wagon completo. líOOO réis
Por cada 100 kilogrammas 60 »
4,03 1—-A" recepção dos direitos terá logar por kilometros; assim 1 kilometro encetado será pago como se fosse percorrido. Exceptua-sp d'está
2,69 Palmella regra toda a distancia percorrida menor de 5 kilometros, a qual se pagará como 5 kilometros inteiros.
2,02 O 2—O peso da tonelada é de 1:000 kilogrammas. As fracções de peso não serão contadas senão por centesimos de tonelada; asspn todo
1,34 d d o peso comprehendido entre 0 e 10 kilogrammas pagará como 10 kilogrammas, entre 10 e 20 kilogrammas pagará como 20 kilogrammas, e
ia d I
Í5 ® "o
7,08 U h . assim suecessivamente.
1,18 E-t rt O í 3——Alem dos preços estipulados n'estas tabellas se pagarão 400 réis por carga e descarga de cada tonelada; isto é, por cada fracção
6,55 2,88 0,14 3,02 de 10 kilogrammas. Guia e registo 20 réis por cada remessa,
4,37 1,92 0,10 2,02 Setuha 4—O preço minimo de percepção por qualquer remessa não poderá em caso algum ser inferior a 120 réis, seja qual for a distancia per-
3,28 1,44 0,07 1,51 o
corrida, e a quantia menor que indique a tabella, incluida a baldeação.
2,18 0,96 0,05 1,01 £"3 ã "d - 5—Applicar-se-ha ás mercadorias não designadas n'estas tabellas o preço do transporte das mercadorias a que mais se assimilharem.
<
11,50 5,05 0,25 5,30
'C 3
o
.o S O 6—Todas as vezes que um volume contiver mercadorias comprehendidas em differentes tabellas, servirá de typo para a cobrança do
írio PI
O EH
transporte a que tiver o preço mais elevado.
1,91 0,84 0,04 0,88 P.
7—O transporte de massas que pesarem mais de 5:000 kilogrammas não é obrigatorio para a empreza; comtudo ella o effectuará
0,67
7,56 11,04 0,55 11,59 13,44 14,11 sempre que o reputar possivel, mediante convénio amigavel com os expeditores.
5,04 7,36 0,37 7,73 9,96 0,45 9,41 I oceirã 0 8 — A empreza não é obrigada a conduzir objectos cujas dimensões não sejam proporcionadas aos meios de transporte de que dispõe
3,78 5,52 0,28 5,80 6,72 0,34 . 7,06 0 e á segurança da marcha dos comboios.
2,52 3,68 0,18 3,86 4,48 0,22 4,70 a is 9 — As mercadorias susceptiveis de se confundirem com outras da mesma classe ou cujo contacto lhes possa
13,26 0,97 20,34 23,58 1,18 24,76 aA wã "0
19,37 <A
EH VI
O EH ser prejudicial, não serão admittidas para conducção a granel, excepto pagando pela carga de um wagon completo,
2,21 0,16 0,20 4,12
3,22 3,38 3,92 isto é, pelo minimo de 5:000 kilogrammas.
13,61 16,32 0,82 17,14 19,20 0,96 20,16 5,76 0,29 6,05 10 — Se a empreza alugar um wagon inteiro para transporte de mercadorias, e não intervier directa ou indi-
9,07 10,88 0,54 11,42 12,80 0,64 13,44 3,84 0,19 4,03 Pegões rectamente na carga e expedição, não responderá por qualquer extravio ou deterioração que porventura occorra,
6,80 8,16 0,41 8,57 9,60 0,48 10,08 2,88 0,14 3,02
0 ficando por este facto isenta de toda a responsabilidade.
v
4,54 5,44 0,27 5,71 6,40 0,32 6,72 1,92 0,10 2,02
â 2 a 11 — Todo aquelle que remetter mercadorias para as estações fará declaração prévia e por elle assignada:
10,60 «5 v •O 1.° Do nome, appellido e morada do expeditor e do consignatário;
23,87 28,63 1,43 ' 30,06 33,68 1.68 35,36 10,10 0,50 S ^
3,97 4,76 0,24 5,00 5,60 0^28 5,88 1,68 0,08 1,76 O 2.° Das marcas, numeração, quantidade e natureza dos volumes;
3." Do peso, se o expeditor o conhecer.
23,52 24,70 26,40 1,32 27,72 12,96 0,55 13,61 7,68 0,38 8,06
21,17 1,18
5,38 Vendas Novas . _ 12—:No_açto da recepção das mercadorias se dará ao expeditor, ou á pessoa por elle encarregada, -um talão no.
15,68 - 0 , 7 8 16,46 17,60 0,88 18,48 . 8,64 0,43 9,07 5,12 0,26
14,11
6,80 3,84 0,19 4,03
quáTsê declare á classe, peso e custo do transporte e demais requisitos convenientes. A entrega da mercadoria na
10,58 11,73 0,59 12,32 13,20 0,66 13,86 6,48 0,32
4,54 2,56 0,13 2,69
estação de chegada não se poderá effectuar senão em troca do dito recibo.
7,06 7,84 0,39 8,23 8,80 0,44 9,24 4,32 0,22
48,63 1,14 23,87 13,47 0,67 14,14
13 — Quando a empreza receber objectos a transportar sob capa sellada, ficará isenta de toda e qualquer respon-
37,13 41,26 2,0G 43,32 46,31 2,32 22,73
6,86 7,70 0,38 8,08 3,78 0,19 3,97 2,24 . 0,11 2,35
sabilidade, entregando-os da mesma fórma com os sellos intactos.
6,17 0,34 7,20
14 —Comquanto a empreza se comprometia a empregar o maior esmero na conducção das mercadorias, declina
30,24 32,64 1,63 34,27 35,04 1,75 36,79 21,61 1,08 22,69 t 16,32 0,82 17,14 comtudo toda a responsabilidade:
20,16 21,76 1,09 22,85 23,36 1,17 24.53 14,40 0,72 15,12 10,88 0,54 11,42 1." No transporte de liquidos em odres ou vasilhas frágeis, taes como garrafões, bilhas, etc. •
15,12 16,32 0,82 17,14 17,52 0,88 18,40 10,80 0,54 11,34 8,16 0,41 8,57 2.° No de generos susceptiveis de se avariarem ou adulterarem no caminho • '
10,08 10,88 0,54 11,42 11,68 0,58 12,26 7,20 0,36 7,56 5,44 0,27 5,71 3.° Pela oxydação produzida pela humidade atmospherica; '
53,05 57,25 2,86 60,11 61,47 3,07 64.54 37,89 1,89 39,78 28,63 1,43 30,06 4.° Pelas avarias resultantes do mau estado das taras;
8,82 9,52 0,48 10,00 10,22 0,51 10,73 6,30 0,32 6,62 4,76 0|24 5,00 5.° Pela abertura dos volumes pelos empregados do estado.
15 — A empreza tem o direito de recusar-se ao transporte de moveis e volumes em mau
39,84 1,99 41,83 42,24 2,11 44,35 28,80 30,24 23,52 1.18 24,70
37,80 1,44 estado de acondicionamento exterior, ou cujas taras sejam inadequadas para conservarem as
26,56 1,33 27,89 28,16 1,41 29,57 19,20 20,16 15,68 0,78 16,46
25,20 0,96 mercadorias que encerrarem. Se apesar d'isto o expeditor insistir na remessa, a empreza será
19,92 1,00 20,92 21,12 22,18 14,40 0,59 12,32
18,90 1,06 0,72 15,12 11,73 obrigada a eftectua-la, ficando porém isenta de toda a responsabilidade, o que fará constai na
13,28 0,66 13,94 14,08 14,78 9,60 0,39 8,23
12,60 0,70 0,48 10,08 7,84 nota da remessa, a qual assignará o expeditor.
63,31 69,89 3,49 73,38 74,10 3,71 77,81 50,52 2,53 53,05 41,26 2,06 43,32
11,03 11,62 0,58 12,20 12,32 0,62 12,94 8,40 0,42 8,82 6,80 0,34 7,20 , . 1 6 T I ? e ,a ertlPreza reparar as taras para a boa conservação das mercadorias, o consigna-
tário satisíaraa despeza quando se lhe mostre que se fez.
43,85 45,12 2,31 47,43 48,00 2,40 50.40 34,56 1,73 36,29 29,28 1,46 30,74 ÍJ— A n a ° s e pagar de contado a importancia do transporte conforme a tabella, a empre-
29,23 30,08 1,50 31,58 32,00 1,60 33.60 23,04 1,15 24,19 19,52 0,98 20,50 Alcacovas za podem recusar-se a conduzir taras vasias, bem como mercadorias susceptiveis de avarias,
21,92 22,56 1,13 23,69 24,00 1.20 25,20 17,28 0,86 18,14 14,64 0,73 15,37 as que carecerem de segunda capa para se conservarem, ou que pelo seu escasso valor não
14,62 15,04 0,75 15,79 16,00 0,80 16,80 11,52 0,58 12,10 9,76 0,49 10,25 chegarem para cobrir o transporte.
76,91 79.15 3,96 83,11 84.20 4.21 88.41 60,62 3,03 63.65 51,36 2,57 53,93 18 — Os consignatarios passarão recibo no acto da recepção das
12,79 13.16 0,66 13,82 14',00 0,70 14,70 10,08 0,50 10,58 8,54 0,43 8,97 mercadorias, cessando desde esse momento a responsabilidade da em-
54.43 32,64 1,63 34,27 3,84 0,19 4,03
preza.
47,88 48,96 2,45 51,41 51,84 2,59 38,40 1,92 39,32
31,92 32,64 1,63 34,27 34,5G 1,73 36^29 25,60 1,28 26,88 21,76 1,09 22,85 2,56 0,13 2,69 Vianna . 19 — A empreza tem o direito de fazer abrir os volumes para ve-
23.94 24,48 1,22 25,70 25,92 1.30 27,2-2 19.20 0,96 20,16 16.32 0,82 17,14 1,92 0,10 2,02 rificar se é ou não exacta," a declaração feita sobre o que encerram. Se
15^96 16,32 0/82 17,14 17,28 0Í86 18,14 12.80 0,64 13,44 10,88 0,54 11,42 1,23 0,06 1,34 esta houver sido falsa e tendente a diminuir o custo do transporte, far-
83,99 85,88 4,29 90,17 90,94 4,55 95,49 67,36 3,37 70,73 57,25 2,86 60,11 6,74 0,34 7,08 se-ha pagar o triplo; se pelo contrario a declaração tiver sido verda-
13,97 14,28 0,71 14,99 15,12 0,76 15,88 11,20 0,56 11,76 9,52 0,48 10,00 1,12 0,06 1,18 deira, a empreza reporá os volumes no estado em que estavam.
20—Toda a mercadoria susceptível de deterioração, que tendo che-
50,90 52,32 2.G2 54,94 55,20 2,76 37,96 41,76 2,09 43,85 36,00 1,80 37,80 18,24 0,91 19,15 22,08 1,10 23,18 gado á estação do destino não for retirada em tempo'opportuno, poderá
33,94 34,88 1 J 4 36,62 36,80 1,84 38,64 27,84 1,39 29,23 24,00 1,20 25,20 12,16 0,61 12,77 14.72 0,74 15,46 Evora ser vendida pela empreza por conta de qufcm pertence. O producto da
25,45 26,16 1,31 27,47 27,60 1,38 28,98 20,88 1,04 21,92 18,00 0,90 18,90 9,12 0,46 9,58 11,04 0,55 11,59 venda será entregue ao proprietario da mercadoria, deduzidas as des-
16,97 17,44 0,87 18,31 18,40 0,92 19,32 13,92 0,70 14,62 12,00 0,60 12,60 6,08 o;3o 6,38 7,36 0,37 7,73 pezas em debito á empreza.
89,92 91,78 4,59 96,37 96,83 4,84 101,67 73,25 3,66 76,91 63,15 3,16 66,31 32,00 1,60 33,60 38.73 1,94 40,67 21—Decorridos que sejam dois mezes sem
14,85 15,26 0,76 16,02 16,10 0,81 16,91 12,18 0,61 12,79 10,50 0,53 14,03 5,32 0,26 5.58 6,44 0,32 6,76 que o consignatário retire as mercadorias, a em-
51,41 52,32 2,62 54,94 55,20 2,76 57,96 41.76 2,09 43,85 36,00 1,80 37,80 0,36 7,56 0,17 3,53 25,44 1,27 76,711
preza terá direito de proceder á venda em has-
ta publica, com prévio annuncio na-folha official.
34.27 34,88 1,74 36,62 36,80 1,86 38,64 27,84 1.39 29,23 24,00 1,20 25,20 0,24 5,04 0,11 2,35 16,96 0,85 17,81 Villa Nova Depois de se haver indemnisado de todas as des-
25,70 26,16 1,31 27,47 27,60 1,38 28,98 20,88 1,04 21,92 18,00 0,90 18,90 0,18 3,78 0,08 1,76 12,72 0,64 13.36
pezas, o saldo do producto, se algum houver, fica-
17,14 17,44 0,87 18,31 18,40 0,92 19.32 13,92 0,70 14,62 12,00 0,60 12,60 0,12 2,52 0,06 1,18 8,48 0.42 8,90!
rá
90,17 91,78 4,59 96,37 96,83 4,84 101,67 73,25 3,66 76,91 63,15 3,16 66,31 0,63 13,26 0,29 6,18 44,63 2,23 4G.8G 1 •á depositado á disDosicào
disposição tde quem de direito per-
0,76 16,02 1G,10 16,91 12,79 11,03 0,11 7 , 7 9 ;
tencer.
14,99 15,26 0,81 12,18 0,61 10,50 0,53 2,21 0,05 1,03 7.42 0,37
55,44 56,16 2,81 58,97 59.04 2,95 61,99 45,60 2.28 47,88 40,32 2,02 42.34 11,04 0,55 11,59 0,38 8,06 29,28 1,46 30.74 4,32 0,22 4,54
36,96 37,44 1,87 39,31 39,36 1,97 41,33 30,40 1,52 31,92 26,88 1,34 28,82 7;36 0,37 7,73 0,26 5^38 19,52 0.98 20.50 2,88 0.14 3,02 Alvito
27,72 28,08 1.40 29,48 29,52 1,48 31,00 22,80 1,14 23=94 20,16 1,01 21,17 5,52 0,28 5,80 o;i9 4/)3 14.64 0,73 15,37 2.16 0,11 0.27
18,48 18,72 0,91 19,66 19,68 0,98 20,6G 15,20 6,7G 15"9G 13,41 0,67 14,11 3,68 0,18 3,86 0,13 2,69 9,76 0,49 10,25 1.44 0.07 1,51
97,25 98.51 4.93 103,44 103,57 5il8 108,75 79,99 4,00 83,99 70,73 3,54 74,27 19,37 0,97 20,34 0,67 14,14 51.36 2,57 53,93 7.58 0Í33 7,96
16,17 1GÍ38 0.82 17,25 17,22 0,86 18,08 13,30 0,67 13,97 11,76 0,59 12.35 3,22 0,16 3,38 o;ii 2.35 8,54 0,43 8,97 1.26 0.06 1,32
61.49 61,92 3,10 65,02 64.80 3,24 68,04 51,36 2.57 * 53,93 46,08 2,30 48,38 0,84 17.64 13,44 0.67 14.11 35,04 1,75 36.79 10.08 0,50 10,58 6,24 0,31 6,55
40,99 41.28 2,06 43,34 43,20 2,16 45,36 34,24 1Í71 35.95 30,72 1,54 32,26 11,20 0,56 11,76 s;96 0',45 9,41 23,3G 1,17 24.53 6.72 0.34 7,06 4,16 0,21 4,37 Cuba
30,74 30,96 1,55 32,51 32.40 1.62 34,02 25;68 1,28 26.96 23,04 1,15 24,19 8,40 0,42 8,82 6,72 0,84 7,06 17,52 0.88 18,40 5.04 0,25 5,29 3,12 0,16 3,28
0,28 448 0,22 11,68 12.26 2,08 0.10
Tarifa
20,64 1,03 21.67 21,60 1,08 22,68 17,12 0,86 17,98 15,36 0,77 16,13 0,58 0,17 3.53 2,18
actu.-il
20.50 5,60 5.88 4,70 3.36
107,86 508,62 5,43 114.01 113.67 5,68 119,35 90,09 4,50 94,59 81,83 4,09 85,92 29,47 1,47 30',94 23,58 1,18 24,76 61.47 3,07 64.54 17.68 0,88 18,56 10,95 0;55 11,50 U
17,93 18,06 0,90 18,96 18,90 0,92 19,85 14,98 0,75 15,73 13,44 0,67 14,11 4,90 0,25 5,15 3,92 0,19 4Í11 10,22 0,51 10,73 2,94 0,14 3,08 1,82 0,09 1,91 5,
70,06 70,08 3,50 73,58 72,96 3,65 76,61 59,52 2,98 62,50 53,76 2,69 56.45 46.5G 24,96 1,25 26.21 21,61 1,08 22,69 43,20 2,16 45,36 < 18,24 0.91 19,15 14,12 0,71 14,83 8,16 0.41 8,57
46,70 46,72 2,34 49^06 48,64 2,43 51,07 39,68 1,98 41,66 35,84 1,79 37,63 31,04 16,64 0,83 17,47 14,40 0,72 15,12 28,80 1,44 30.24 12,16 0Í61 12,77 9,28 0,46 9,74 5,44 0/27 5,71
35,03 35,04 1,75 36,79 36,48 1,82 38,30 29,76 1.49 31,25 26,88 1,34 28,22 28,28 12,48 0,62 1 3 J 0 10,80 0,54 11,34 21.60 1,08 22.68' 9,12 0,46 9.58 6,96 0,35 7,31 4,08 0,20 4Í28
23,35 23,36 1,17 24,53 24,32 1,22 25,54 19,84 0,99 20,83 17,92 0,90 18,82 15,52 8,32 0,42 8,74 7,20 0,36 7^6 14,40 0,72 15.12 [ 6,08 0,30 6Í38 4,64 0 2 3 4,87 2.72 0.14 2,86 Beja.
122,89 122,93 6,15 129,08 127,98 0,40 134,38 104.41 5.22 109,63 94,30 4,72 99,02 81,67 43,78 2,19 45.97 37,89 1.89 39^78 75.78 3,79 79.57 í 32,00 1,60 33,60 24,42 1,22 25,64 14,31 0,62 14,93
20,43 20,44 1,02 21,46 21,28 1,06 22,34 17,36 0,87 18,32 15,68 0,78 16.46 13,58 7,28 0,36 7.64 .6,30 0,32 6,62 12,60 0,63 13.23! 5.32 0,26 5,58 5,06 0,25 5,31 2.38 0,12 2,50 i
8 de abril 1865 113
M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DO R E I N O
DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3.» REPARTIÇÃO
S e n d o n e c e s s á r i o r e g u l a r o m o d o p o r q u e d e v e m f a z e r - s e este a n n o o s e x a m e s d e a d -
m i s s ã o n o s lyceus nacionaes, e o r g a n i s a r o s p r o g r a m m a s d a s disciplinas s o b r e q u e d e v e m
s e r i n t e r r o g a d o s os e x a m i n a n d o s nas p r o v a s o r a e s , e m e x e c u ç ã o d o d i s p o s t o n o | 2 . ° d o
a r t i g o 8 . ° d o d e c r e t o d e 9 d e s e t e m b r o d e 1 8 8 3 ; S u a M a g e s t a d e El-Rei, t o m a n d o e m c o n -
s i d e r a ç ã o as indicações a p r e s e n t a d a s n o s r e l a t o r i o s d e a l g u n s d o s c o m m i s s a r i o s d o s e s t u d o s ,
a c e r c a d o s resultados práticos do systema contido nas instrucções d e 19 d e março do anno
p a s s a d o a r e s p e i t o d e taes e x a m e s , e das m o d i f i c a ç õ e s q u e a p r a t i c a r e c o m m e n d a ; e t e n d o
o u v i d o o c o n s e l h o geral d e i n s t r u c ç ã o p u b l i c a : b a p o r b e m a p p r o v a r a s i n s t r u c ç õ e s e p r o -
g r a m m a s q u e b a i x a m c o m esta p o r t a r i a , a s s i g n a d o s p e l o c o n s e l h e i r o d i r e c t o r g e r a l d e i n -
strucção publica.
P a ç o , e m 8 d e abril d e 1 8 6 5 . —Marquez de Sabugosa.
2 . ° Dias e m q u e s e fizeram os e x a m e s ;
- 3.° N u m e r o total dos candidatos e x a m i n a d o s e m I o d a o e p o c h a e e m cada d i a ;
i . ° I n d i c a ç õ e s s o b r e o s r e s u l t a d o s p r á t i c o s d o s y s t e m a contido n ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s , e
m o d i f i c a ç õ e s q u e a pratica d e v e r e c o m m e n d a r .
S e c r e t a r i a d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d o r e i n o , 8 d e abril d e 1 8 6 5 . = 0 d i r e c t o r g e r a l ,
Adriano de Abreu Cardoso Machado.
S e n d o p r e s e n t e s a S u a M a g e s t a d e El-Rei o officio d o e n g e n h e i r o c h e f e d a l . a d i v i s ã o
fiscal dos c a m i n h o s d e f e r r o , a c o m p a n h a n d o a s p r o v a s j á rectificadas d a classificação q u e
a respectiva e m p r e z a fez das mercadorias transportadas pelo caminhos d e ferro d e leste
e n o r t e , e m c o n f o r m i d a d e c o m o d i s p o s t o n o artigo 5 4 . ° d o r e g u l a m e n t o d a s tarifas, a p -
provado p o r decreto de 10 de novembro d e 1860: ha p o r b e m o mesmo augusto senhor,
c o n f o r m a n d o - s ^ co'm*« i n f o r m a ç ã o d o dito e n g e n h e i r o fiscal, a p p r o v a r a classificação g e -
r a l d a s m e r c a d o r i a s d e q u e s e t r a t a , c o n f o r m e a s tabellas q u e b a i x a m c o m a p r e s e n t e p o r -
taria, e q u e d e v e r ã o s e r a u t h e n t i c a d a s p e l o m e s m o e e g e n h e i r o fiscal, a fim d e r e g u l a r o
p a g a m e n t o d a s r e s p e c t i v a s taxas, s e g u n d o a classe a q u e a s d i t a s m e r c a d o r i a s ficam p e r -
tencóridO.
Ò tfue assiifl s e c o m m u n i c a , p e l o m i n i s t e r i o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a ,
a o r e f e r i d o e n g e n h e i r o , p a r a s u a intelligencia e d e v i d o s effeitos..
P a ç o , e m 1 0 d e abril d e 1 8 6 5 . — J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa.=Para oen-
g e n h e i r o c h é f e d á l.' 1 divisão fiscal d o s c a m i n h o s d e f e r r o . D. d e L . n.° 75, de n d e A T M .
E x i s t i n d o e m d e p o s i t o n o b a n c o d e P o r t u g a l , á o r d e m d o m i n i s t e r i o d o reino, a q u a n -
tia d e 1:188(5(340 r é i s , p r o d u c t o d a s u b s c r i p ç ã o p r o m o v i d a n a c i d a d e d o M a r a n h ã o , etitre
oS p o r t u g u e z e s ali r e s i d e n t e s , c o m o fim d e f e s t e j a r e m o a n n i v e r s a r i o natalicio d e S u a
M a g e s t a d e El-Rei* e o n a s c i m e n t o d e S u a Alteza Real o P r i n c i p e D . C a r l o s ; e h a v e n d o
sido offerecidá a dita quantia (Diario d e L i s b o a n . ° 9 2 , d e 2 6 d e abril d e 1 8 6 4 ) , para: s e r
distríbitídã p e l o s asylos d e c a r i d a d e d e P o r t u g a l q u e m a i s a m e r e c e s s e m : m a n d a Sua Ma-
g é â t ã d e El-Rei, q u é â r e f e r i d a s o m m a seja d i s t r i b u í d a p e l o s asylos c o n s t a n t e s d a r e l a ç ã o
j u n t a , e n t r e g a n d o - s e a cada u m d ' e l l e s a a d d i ç ã o n a m e s m a d e s i g n a d a .
O IjUé s e c o m m u n i c â a o c o n s e l h e i r o c h e f e d a r e p a r t i ç ã o çle c o n t a b i l i d a d e (Teste m i -
n i s t e r i o , p á r a Stíá intelligencia e d e v i d o s effeitos.
P a ç o d a A j u d a , e i n 1 0 d e a b r i l d e 1 8 M a r q u e z de Sabugosa,
41 de abril 1865 117
Relação dos asylos contemplados na distribuição de 1:188^(340 réis, depositados no banco de Portugal,
conforme a portaria da data de boje
M I N I S T E R I O D A S ORRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A
DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO D E AGRICULTURA
(1) Senhor:—Não se havendo ainda approvado a proposta de lei apresentada ás côrtes para resol-
ver definitivamente a questão dos cereaes, o governo faltaria ao seu primeiro dever se não tomasse com
promptidão as providencias que as circumstancias extraordinarias urgentemente reclamam, em pre-
sença de uma crise de subsistencias, cada dia mais aggravada, pelo estado dos depositos de cereaes na-
cionaes, quasi inteiramente exhaustos.
O indeclinável dever do governo é pois, na emergencia do perigo, tomar sobre si a responsabili-
dade dê-propor a «Vossa Magestade as medidas que o possam conjurar.
Com effeito a camara municipal de Lisboa acaba de representar, pedindo instantemente promptas
providencias para evitar uma crise que póde trazer gravíssimas consequências. No mesmo sentido re-
presenta a auctoridade superior do districto do Porto, onde as circumstancias são ainda mais receiosas.
Em confirmação das referidas representações mostram os documentos officiaes, que nos depositos
sujeitos á alfandega municipal de Lisboa existiam apenas no dia 8 do corrente 510:991 kilogrammas
de trigo nacional.
118 1865 11 de abril
Em Em
Em grão farinha pão cozido
- Ministerio d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o . e i n d u s t r i a , e m 1 1 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . = / o ã o
Chrysostomo de Abreu e Sousa. D. d e L , n.° 83, de 12 de abril.
N'esta conformidade entende o governo de Vossa Magestade que é de absoluta necessidade, não só
que se admittam a despacho para consumo os cereaes estrangeiros existentes nos depositos, mas tam-
bem que se permitta a entrada de outros quaesquer que demandem os nossos portos.
Porém cumpre que a medida extraordinaria, exigida pelas necessidades publicas, seja acompa-
nhada de algumas disposições que, attendendo a todos os interesses, a tornem aceitavel e justa.
Em presença das circumstancias actuaes, de tres modos se poderia resolver a questão: ou admit-
tir a despacho immediato e exclusivo os cereaes estrangeiros existentes actualmente nos depositos; ou
permittir-desde já'a importação de todos os cereaes estrangeiros, sem distincção alguma; ou finalmente
permittir a importação, depois de um curto praso de alguns dias.
O despacho immediato e exclusivo dos cereaes estrangeiros existentes actualmente nos depositos,
traria comsigo graves inconvenientes, realisaria sem duvida o abastecimento da capital, mas não a
diminuição dos preços ao ponto que a reclamam instantemente as necessidades dos consumidores, na
presença da carestia das carnes e de todos os outros generos alimentares. A medida que não produzir,
alem do abastecimento dos mercados, a diminuição dos preços dos cereaes é reconhecidamente incom-
pleta. _
Admittir desde já todos os cereaes sem o intermedio de um curto praso, apenas sufficiente para
se fazerem encommendas e receberem as respectivas remessas, traria o risco de um exclusivo de facto
para os cereaes estrangeiros existentes nos depositos, produzindo os mesmos resultados que o exclusivo
de direito.
Portanto abrir os portos mediante um curto praso de dias, no qual possam concorrer os cereaes
que se encommendarem, depois da publicação d'este decreto, será por certo a medida rasoavel.
D'esle modo ficam, sem questão, garantidas as coiweniencias dos consumidores, cuja voz nas cir-
cumstancias da actualidade é a todos os respeitos a mais attendivel; comtudo torna-se ainda indispen-
savel não desconsiderar os interesses dos productores nem mesmo do thesouro publico.
A importação de grandes massas de cereaes, na vespera das colheitas pendentes, poderia incutir
muitos receios nos que não têem confiança no systema do commercio livre. Verdade é, e bem triste,
que o anno para nós vae correndo mal, e que se não póde esperar abundante producção de cereaes.
E tambem certo que as introducções de cereaes estrangeiros, nos annos anteriores, mesmo livres de'
qualquer direito, não affectaram os interesses da nossa lavoura cerealífera; todavia para respeitar ap-
prehensões e colher os resultados da experiencia, parece rasoavel ensaiar um systema de direitos, que
se não podem chamar modicos, differentes comtudo para os portos seccos, porque n'estes o contraban-
do, com todas as suas funestas consequências, seria inevitável, quando os direitos não fossem diminutos.
Por todas estas considerações, os ministros das diversas repartições têem a honra de submetter á
approvação de Vossa Magestade o seguinte projecto de decreto.
12 de abril 1865 119
M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DO R E I N O
DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
4. 1 REPARTIRÃO
C h e g a n d o a o c o n h e c i m e n t o d e S u a M a g e s t a d e El-Rei, q u e a c o m m i s s ã o p r o m o t o r a d e
i n s t r u c ç ã o p o p u l a r creada n a f r e g u e z i a d e S . P e d r o d a c i d a d e d e A n g r a d o H e r o i s m o , e m
v i r t u d e d a circular d e 3 0 d e j u l h o d e 1 8 6 3 ; p r o m o v e r a u m a s u b s c r i p ç ã o , c o m o p r o d u c t o
da q u a l c o m p r á r a a mobilia e o s u t e n s í l i o s n e c e s s a r i o s p a r a o c o n v e n i e n t e exercicio d a es-
cola p u b l i c a d a r e f e r i d a f r e g u e z i a , e c e l e b r á r a n o dia 2 3 d e f e v e r e i r o u l t i m o u m a s e s s ã o
s o l e m n e p a r a e s t r e i a d a n o v a m o b i l i a e utensílios, e p a r a a d i s t r i b u i ç ã o d e varios p r e m i o s
aos alumnos mais distinctos d a q u e l l a escola; e reconhecendo o m e s m o augusto senhor que
é digno d e elogio o m o d o c o m o s e d e s e m p e n h a a q u e l l a c o m m i s s ã o d o e n c a r g o a q u e e s -
p o n t â n e a e p a t r i o t i c a m e n t e s e p r e s t a r a : h a p o r b e m m a n d a r q u e o g o v e r n a d o r civil d o d i s -
t r i c t o d e A n g r a d o H e r o i s m o louve e m s e u r e a l n o m e o s m e m b r o s d a dita c o m m i s s ã o , p e l o
interesse e dedicação q u e l h e m e r e c e o melhoramento e progresso do ensino elementar
dos povos seus concidadãos.
P a ç o , e m 1 1 d e abril d e 1 8 6 5 . — Marquez de Sabugosa. D.dcL.n.°9o, de 22 de abr».
M I N I S T E R I O D A S OBRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A
mo m0 a
Ill. e e x . s r . — S i r v a - s e v. e x . d a r c u m p r i m e n t o , n a p a r t e q u e l h e . d i z r e s p e i t o , á
p o r t a r i a abaixo t r a n s c r i p t a , r e l a t i v a a p r o c e s s o s d e e m p r e i t a d a s g e r a e s .
«Ministerio d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a — r e p a r t i ç ã o d a s o b r a s p u b l i -
c a s . — S u a M a g e s t a d e El-Rei, c o n f o r m a n d o - s e c o m o p a r e c e r d o a j u d a n t e d o p r o c u r a d o r
g e r a l d a corôa j u n t o a e s t e m i n i s t e r i o : h a p o r b e m o r d e n a r q u e o d i r e c t o r g e r a l i n t e r i n o
d a s o b r a s p u b l i c a s e m i n a s e x p e ç a a s o r d e n s c o n v e n i e n t e s aos g o v e r n a d o r e s civis e d i r e -
c t o r e s d e o b r a s p u b l i c a s nos districtos d o r e i n o , a f i m d e q u e , e m r e l a ç ã o a o s p r o c e s s o s
de empreitadas geraes, c u m p r a m e façam cumprir as seguintes disposições:
_,«i. a O a u t o d e r e c e p ç ã o definitiva d a s o b r a s d e a r t e d e q u a l q u e r e m p r e i t a d a s e r á s u b -
m e í t i d o á a p p r o v a ç ã o d o g o v e r n o a c o m p a n h a d o d e u m a justificação (feita p e r a n t e o a d m i -
n i s t r a d o r d o r e s p e c t i v o concelho), pela q u a l o e m p r e i t e i r o p r o v e q u e n a d a d e v e p e l a s in-
d e m n i s a ç õ e s a q u e s e r e f e r e m o s artigos 7.° e 8 . ° d a s clausulas e c o n d i ç õ e s g e r a e s d e 8
de março de 1861.
«2. a A p o r t a r i a q u e s e e x p e d i r a p p r o v a n d o a q u e l l e a u t o e d e c l a r a n d o q u e o e m p r e i - '
t e i r o satisfez t o d a s a s o b r i g a ç õ e s d o s e u c o n t r a t o será considerada c o m o a q u i t a ç ã o g e r a l
m e n c i o n a d a n o a r t i g o 3 4 . ° d a s m e s m a s clausulas.
« 3 . a Uma, copia a u t h e n t i c a d a portaria será p o r esta r e p a r t i ç ã o enviada a o g o v e r n a d o r
civil,~e o u t r a s i m i l h a n t e e n t r e g a r á o d i r e c t o r a o a r r e m a t a n t e , r e c e b e n d o n ' e s s è acto. u m a
q u i t a ç ã o e m q u e e s t e u l t i m o a f f i r m e q u e o g o v e r n o p e l a sua p a r t e c u m p r i u e satisfez t o -
' d a s a s c o n d i ç õ e s d o c o n t r a t o , e q u e o d i r e c t o r l h e e n t r e g o u a copia da p o r t a r i a p a r a s e g u -
r a n ç a d ' e l l e e m p r e i t e i r o , a fim d e nas e s t a ç õ e s c o m p e t e n t e s s e e m b o l s a r d o d e c i m o r e t i d o
d o c u s t o d a s o b r a s d e a r t e e d o deposito definitivo.
4 . a O g o v e r n a d o r civil o r d e n a r á q u e a o e m p r e i t e i r o ( q u a n d o s e a p r e s e n t a r m u n i d o d a
copia d a p o r t a r i a ) seja e n t r e g u e o d e p o s i t o definitivo, e o d i r e c t o r d a s o b r a s p u b l i c a s p r o -
c e d e r á s i m i l h a n t e m e n t e c o m relação a o d e c i m o r e t i d o d o valor das o b r a s d e a r t e .
« 5 . a O g o v e r n a d o r civil d a r á logo c o n h e c i m e n t o a e s t e m i n i s t e r i o d a r e s t i t u i ç ã o d o d e -
p o s i t o ; o d i r e c t o r enviará t a m b e m s e m d e m o r a a q u i t a ç ã o p a s s a d a p e l o a d j u d i c a t a r i o e
participará a entrega d o decimo d e garantia. .
«O q u e s e participa, pela s e c r e t a r i a d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a s o b r a s publicas, c o m -
m e r c i o e i n d u s t r i a , ao d i r e c t o r g e r a l i n t e r i n o d a s o b r a s p u b l i c a s e m i n a s , p á r a s u a intelli-
g e n c i a e d e v i d o s effeitos. '
«Paço, e m 1 1 d e abril d e 1 8 6 5 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa:—Para o dire-
c t o r g e r a l i n t e r i n o d a s o b r a s publicas e m i n a s . » •
30
120 1865 11 de abril
D e u s g u a r d e a v. e x . a D i r e c ç ã o g e r a l d a s o b r a s p u b l i c a s , e m 1 2 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . —
Ill. e e x . m 0 g o v e r n a d o r civil d o districto d e Aveiro . — Caetano Alberto Maia. (1)
mo
D. d e L . n.° 85 do 17 de abril.
M I N I S T E R I O DOS NEGOCIOS DA M A R I N H A E U L T R A M A R
2. a DIRECÇÃO
3. a REPARTIÇÃO
. T e n d o s i d o p r e s e n t e a S u a M a g e s t a d e E l - R e i o p r o j e c t o d o codigo r e g u l a m e n t a r .do
c r e d i t o p r e d i a l d a s p r o v i n c i a s u l t r a m a r i n a s , c o n c l u i d o pela c o m m i s s ã o q u e p a r a esse fim
foi n o m e a d a e m p o r t a r i a d e 4 d e a g o s t o d e 1 8 6 4 : h a p o r b e m o m e s m o a u g u s t o s e n h o r
d i s s o l v e r a dita c o m m i s s ã o , e l o u v a r c a d a u m d o s s e u s v o g a e s p e l o zêlo e intelligencia .com
q u e i d e s e m p n h a r a m o e n c a r g o q u e l h e foi c o m m e t t i d o .
O q u e se communica, pela secretaria d'estado dos negocios d a m a r i n h a e uitramar, ao
c o n s e l h e i r o J o ã o T a v a r e s d e A l m e i d a , p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e satisfação.
P a ç o , e m 1 7 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . — b u q u e de Loulé. (2) D. de L . n.° 93, de 26 de abra.
C O N S E L H O G E R A L DAS ALFANDEGAS'
RESOLUÇÃO N.° 2ÍJÍ5
(1) Idênticos para todos os mais governadores civis dos districtos do çontinea te .e .ilhas, e 'Ãiréçjíó:
res de obras publicas.
(2) Identicas para os conselheiros Levy Maria Jordão, Joaquim Pinto de Magalhães e Luiz José
Mendes Affonso e para" Francisco Luiz Gomes.
Cí. :
- - i
reino»
, nos termos do decreto de 13 de agosto de 4862
••a : íf
• > •...;-I>"/ li •
- I í-tl^ÍKÍlO'1
•-•.-'." . : ; , ..i-.oifioK .;f!!«ii.n»ríi'
At. •
122 1865 11 de abril
DIRECÇÃO GERAL D A S
REPARTIÇÃO DE MI
Districto de
(Concelho de Elvas.
Í
Ferrarias de D. Maria do Carmo e outros no alto da Boa Vista
Colmeal de Papa Sellas, freguezia de Villa Viçosa
Courellas das Herdades de Domingos Alves, na Coutada, freguezia de Villa Viçosa
Portalegre' Lavadouro dos Mouros, freguezia de S. Romão
Concelho de Monforte . (Herdade dosBarquete
Penedos, junto ao rio Caia..
Herdade do
IHerdade
Olivaes de
dosGifVaz e contíguos
Carpinteiros
Districto dej Concelho de Armamar.. Propriedades
Fazenda cie D.deMaria cio Pedro,
Manuel Carmo do
Jusenfe, nosLumiares,
logar de coutos defreguezia
Monfortede S. Martinho..
Vizeu—
2." SECÇÃO
T e n d o r e q u e r i d o J o s é F e r r e i r a P i n t o B a s t o q u e nos t e r m o s d o d e c r e t o c o m f o r ç a d e
lei d e 3 1 d e d e z e m b r o d e -1852 e r e s p e c t i v o r e g u l a m e n t o d e 9 d e d e z e m b r o d e -1853, s e
l h e c o n c e d e s s e a c e r t i d ã o d o s direitos d e d e s c o b e r t a d a m i n a d c c o b r e sita e m Villa Meã,
concelho é districto d e B r a g a n ç a :
Vistos o s d o c u m e n t o s p o r o n d e s e p r o v a q u e o r e q u e r e n t e satisfez a t o d o s os q u e s i t o s
d o a r t i g o 12.° d o citado d e c r e t o ;
V i s t o o r e l a t o r i o d o e n g e n h e i r o João F e r r e i r a B r a g a , e n c a r r e g a d o da i n s p e c ç ã o d e m i -
n a s d o p r i m e i r o districto d o r e i n o , q u e p o r o r d e m d o g o v e r n o e x a m i n o u a posição d o j a -
z i g o e verificou a existencia d o deposito, c o m o d e t e r m i n a o artigo 1 3 . " d o m e s m o d e c r e t o ;
V i s t o o p a r e c e r a e s t e r e s p e i t o h a v i d o d a secção d e m i n a s d o c o n c e l h o g e r a l d e o b r a s
p u b l i c a s e m i n a s , n o q u a l j u l g a o r e q u e r e n t e h a b i l i t a d o na q u a l i d a d e d e d e s c o b r i d o r legal
da m i n a d e q u e s e t r a t a ;
H a p o r b e m S u a M a g e s t a d e El-Rei, c o n f o r m a n d o - s e c o m o m e n c i o n a d o p a r e c e r , d e -
clarar:
1.° Q u e o r e q u e r e n t e é r e c o n h e c i d o c o m o p r o p r i e t a r i o legal d a d e s c o b e r t a d a m i n a d e
c o b r e , , si.la e m Villa Meã, c o n c e l h o e districto d e B r a g a n ç a , cuja p o s i ç ã o s e acha t o p o -
g r a p h i c a m e n i e d e s i g n a d a n a planta q u e p o r copia a c o m p a n h a a p r e s e n t e p o r t a r i a ;
2.° Q u e o s limites da d e m a r c a ç ã o p r o v i s o r i a d a r e f e r i d a m i n a , notados na p l a n t a j u n t a
p e l o s t r a ç o s d e côr v e r m e l h a , f o r m a m u m p e n t á g o n o A R C D E , d e t e r m i n a d o p e l o s e g u i n t e
m o d o : À , u m p o n t o a 6 0 0 m e t r o s a n o r o e s t e m a g n é t i c o da C r u z d o s P e g o e i r o s ; B , G r u z
.dos P r e g r e i r o s ; C , P e n e d o d e S a n t a E u l a l í a ; D , u m p o n t o a " 2 0 0 m e t r o s a n o r t e d e C ; E , "
C r u z d o m i l h o ; c o m p r e h e n d e n d o e s t e p e n t á g o n o a superfície d e 5 7 4 : 5 0 0 m e l r o s q u a -
drados;
3.° Q u e , n o s t e r m o s d o a r t i g o 1 4 . ° d o citado d e c r e t o , s ã o c o n c e d i d o s ao s u p p l i c a n t e
seis m e z e s , c o n t a d o s d a data d a p u b l i c a ç ã o d ' e s t e titulo n o Diario d e L i s b o a , p a r a ' o r g a n i -
sar u m a c o m p a n h i a o u e m p r e z a d a s a u c t o r i s a d a s p e l o codigo c o m m e r c i a l p o r t u g u e z , o u
p a r a m o s t r a r q u e p o s s u e os m e i o s p r e c i s o s p a r a a lavra, n a intelligencia d e q u e , n ã o s e ha--,
bilitando n ' e s t e s t e r m o s d e n t r o d ' a q u e l l e p r a s o i m p r o r o g a v e l , s e r á a c o n c e s s ã o d ' e s t a m i n a
posta 3 concurso na conformidade da l e i ;
4." Q u e p o r e s t e d i p l o m a são c o n c e d i d o s ao s u p p l i c a n t e p a r a t o d o s o s effeitos l e g a e s ,
s e g u n d o a s d i s p o s i ç õ e s d o p r e d i t o artigo 13.°, os d i r e i t o s q u e l h e c o m p e t e m c o m o d e s c o -
bridor da mencionada mina.
O q u e t u d o se l h e c o m m u n i c a p a r a seu c o n h e c i m e n t o e m a i s effeitos, ficando o b r i g a d o
a a p r e s e n t a r n o m i n i s t e r i o cias o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a a c e r t i d ã o d e h a v e r
feito r e g i s t a r n a r e s p e c t i v a c a m a r a m u n i c i p a l a p r e s e n t e p o r t a r i a n a s u a i n t e g r a , s e m o
q u e nãó terá inteira validade.
P a c o , e m 1 8 d e abril d e 1 8 8 5 . Carlos Bento da Silva.= P a r a J o s é F e r r e i r a P i n t o
Basto. D. de L. n.° 91, de 24 do abril.
T e n d o r e q u e r i d o F r a n c i s c o Saraiva d a Costa C o u r a ç a q u e n o s t e r m o s d o d e c r e t o c o m
f o r ç a d e lei d e 3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 e r e s p e c t i v o r e g u l a m e n t o d e 9 d e d e z e m b r o d e
1 8 5 3 , s e l h e c o n c e d e s s e a c e r t i d ã o d o s d i r e i t o s d e d e s c o b e r t a da m i n a d e . c a r v ã o , sita n o
l o g a r da P o v o a , f r e g u e z i a d e P e d o r i d o , concelho d e Castello d e Paiva, districto d e A v e i r o ;
C o n s j d e r a p d o q u e esta m i n a fôra r e q u e r i d a pelo r e q u e r e n t e e m 1 3 d e s e t e m b r o (le
1 8 6 3 , e p o r J o ã o F r a n c i s c o Pinto M o n t e i r o e m 2 5 d o m e s m o m e z e a n n o , e q u e a m b o s p e -
diram ser declarados descobridores legaes;
C o n s i d e r a n d o q u e o s u p p l i c a n t e , t e n d o sido o p r i m e i r o m a n i f e s t a n t e , r e q u e r e r a p e l o
m i n i s t é r i o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , q u e s e p r o c e d e s s e ao r e c o n h e c i -
m e n t o d ' e s l a m i n a , a n t e s d e t e r f i n d a d o o praso, d e oito m e z e s , d e q u e t r a t a o a r t i g o d o .
decreto r e g u l a m e n t a r d e 1 3 de agosto d e 1 8 6 2 ;
Vistos o s d o c u m e n t o s p o r o n d e se p r o v a q u e o r e q u e r e n t e satisfez a t o d o s o s q u e s i t o s
do a r t i g o Í 2 . ° d o cjtado d e c r e t o ;
Visto o relatorio d o e n g e n h e i r o c h e f e ' d e s e g u n d a classe J o ã o Baptista S c h i a p p a d e
Azevedo, e n c a r r e g a d o d a i n s p e c ç ã o d e m i n a s d o s e g u n d o districto d o r e i n o , q u e p o r o r -
d e m d o g o v e r n o e x a m i n o u a posição d o jazigo e v e r i f i c o u a existencia d o d e p o s i t o , c o m o
d e t e r m i n a o a r t i g o 13.° d o m e s m o d e c r e t o ; . ...
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emil-
aMl 1865 125
t i d o e m c o n s u l t a d e 2 7 d e d e z e m b r o p r o x i m o p a s s a d o , n a q u a l j u l g a o r e q u e r e n t e habili-
t a d o n a q u a l i d a d e d e d e s c o b r i d o r legal d a m i n a d e q u e s e t r a t a :
H a p o r b e m S u a M a g e s t a d e E l - R e i , c o n f o r m a n d o - s e c o m a m e n c i o n a d a consulta, d e -
clarar:
1.° Q u e o r e q u e r e n t e é r e c o n h e c i d o c o m o p r o p r i e t a r i o l e g a l d a d e s c o b e r t a d a m i n a d e
car.vão, s i t a n o l o g a r d a P o v o a , f r e g u e z i a d e P e d o r i d o , c o n c e l h o d e Castello d e Paiva, dis-
t r i c t o d e A v e i r o , c u j a posição s e a c h a t o p o g r a p h i c a m e n t e d e s i g n a d a n a planta q u e p o r co-
piaii.acoqapanha a p r e s e n t e p o r t a r i a .
'•2.° Q u e e s l i m i t e s d a d e m a r c a ç ã o p r o v i s o r i a d a r e f e r i d a m i n a , n o t a d o s na p l a n t a j u n t a
pelos traços côr vermelha, formam u m trapesio A B C D , traçado da seguinte maneira:
P e l í esijuiná .SE. d a casa d a quinta d e J e r e m e n d e , direcção E O . m a g n é t i c o , m a r q u e - s e
para o lado de È . a extensão d e 2 5 0 metros e a s u a extremidade será o ponto A m a r c h o
na p l a n t a ; p a r a o lado d e 0 . s e dirija u m a linha d e 4 5 0 m e t r o s , c u j o e x t r e m o será o p o n t o
D . f c e l o p o n t o A . t i r e - s e u m a ljnha p a s s a n d o p e l o p o n t o c u l m i n a n t e d a S e r r i n h a d o T e r -
r e í r o T a r d o s C a r v a l h o s d e S . Gião, linha q u e p r o l o n g a d a 2 0 0 m e t r o s a l e m d o u l t i m o p o n -
to,; |dè,terminará n o s e u e x t r e m o o p o n t o B : p o r e s t e p o n t o tire-se p a r a O . u m a l i n h a d e
«100 m e t r o s , c o j o e x t r e m o C, uiiid.o c o m o p o n t o j á d e t e r m i n a d o , f e c h a r á o r e f e r i d o t r a p e -
sio, a b r a n g e n d o a s u p e r f í c i e d p 9 0 0 : 0 0 0 m e t r o s q u a d r a d o s .
3 . ° Q u e n o s t e r m o s d o a r t i g o 14.° d o citado d e c r e t o s ã o c o n c e d i d o s a o s u p p l i c a n t e
seis me.zes, c o n t a d o s d a data d a publicação d ' e s t e titulo n o Diario d e Lisboa, p a r a o r g a n i -
s a r u m a qoifipanhia o u e m p r e z a d a s a u c t o r i s a d a s p e l o codigo c o m m e r c i a l p o r t u g u e z , o u
p a r a mostj-ar q n e p o s s u e o s f q n d o s precisos p a r a a l a v r a ; n a intelligencia d e q u e , n ã o s e
habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a.concessão d'esta
m i n a posta a c o n c u r s o n a c o n f o r m i d a d e d a l e i .
4.° Q u e p o r este d i p l o m a são c o n f e r i d o s a o s u p p l i c a n t e , p a r a todos o s effeitos l e g a e s ,
s e g u n d o a s d i s p o s i ç õ e s d o p r e d i t o a r t i g o 13.°, o s d i r e i t o s q u e l h e c o m p e t e m c o m o d e s c o -
bridor da piencionada mina.
O q u e t u d o s e l h e c o m m u n i c a p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e m a i s effeitos, f i c a n d o o b r i g a d o
a apresentar n o referido ministerio a certidão d e haver feito registar na respectiva camara
m u n i c i p a l a p r e s e n t e p o r t a r i a n a s u a i n t e g r a , s e m o q u e n ã o t e r á inteira v a l i d a d e .
P a ç o , e m 1 8 d e pbril d e 1 8 6 5 . = C a r l o s Bento da Silva.—Para F r a n c i s c o S a r a i v a d a
Costa C o u r a ç a . D. de L. n.° 94, de 27 de abril.
REPARTIÇÃO CENTRAL
S e n d o p r e s e n t e a S u a M a g e s t a d e E l - R e i u m officio d o e n g e n h e i r o c h e f e d a s e g u n d a
d i v i s ã o fiscal d e c a m i n h o s d e f e r r o , d a t a d o d e 7 d o c o r r e n t e , p r o p o n d o q u e s e j a a p p r o v a d o
o n o v o h o r á r i o q u e o a c o m p a n h a , e q u e d e v e r á r e g u l a r o serviço dos c o m b o i o s das l i n h a s
f e r r e a s d o s u l e s u e s t e e r a m a l p a r a S e t u b a l , n a estação d o p r o x i m o v e r ã o : h a p o r b e m
o m e s m o augusto senhor, conformando-se com a informação do mencionado engenheiro,
a p p r o v a p - p h o r á r i o d e q u e s e t r a t a p a r a t e r vigor d e s d e 1 d e m a i o a t é a o dia 3 1 d e o u t u -
b r o d o c o r r e n t e a n n o , n a intelligencia d e q u e na linha f e r r e a d e B e j a , onde~se p r o p õ e a p e -
n a s u m comboio a s c e n d e n t e e o u t r o d e s c e n d e n t e p o r d i a , s e e s t a b e l e c e r ã o d o i s a s c e n d e n -
tes e dois descendentes, para o q u e bastará tornar mixto o comboio d e mercadorias q u e
s e p r o p õ e e.-Jaze-lo i r até B e j a , d e v e n d o e s t e c o m b o i o p a r t i r d a e s t a ç ã o d o B a r r e i r o á s d u a s
h o r a s e upa q j i a r t ô d a t a r d e , ,e n ã o á s t r e s h o r a s , c o m o s e p r o p õ e , continrianijq e m v i g o r a s
advertências-que seguem o horário approvado p o r portaria d e 6 d e fevereiro d e 1864, p u -
b l i c a d a s n o D i a r i o d e Lisboa n . ° 3 0 d o r e f e r i d o m e z . - ; .
O q u e assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio è industria,
a.0j dito e n g e n h e i r o fiscal p a r a s u a intelligencia e d e v i d o s effeitos.
Paço, e m . 19 d e abril d e 1 8 6 5 . = Carlos Bento da Silva.= P a r a o e n g e n h e i r o c l j p f e
d a s e g u n d a d i v i s ã o fiscal d e c a m i n h o s d e f e r r o .
m 1865 19 de abril
ASCENDENTE
ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias
Mixtos
DESCENDENTE
ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias
Mixto
Beja, 8h-30'
Cuba 9-- 5
Alvito 9 -35
Villa Nova 9 -55
Vianna . . . 10 - 2 0
Alcaçovas . 10 - 3 5
Lavradio 2 - 5 5 - 25 -
RAMAL DE S E T U B A L
ASCENDENTE
ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias Passageiros
Mixtos
DESCENDENTE
ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias Passageiro
Mixto
M i n i s t e r i o das o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , e m 19 d e abril d e 1 8 6 5 . = E r -
nesto de Fa/ria. ~ D. dc L. n.° 89, de 22 de abril.
S e n d o - m e p r e s e n t e s o s e s c l a r e c i m e n t o s p r e s t a d o s p e l o m i n i s t e r i o d a g u e r r a , pelos q u a e s
consta q u e d e s d e 1 d e j a n e i r o a t é 3 1 d e d e z e m b r o d o a n n o p r o x i m o p a s s a d o s e v e r i f i c a r a m
q u i n h e n t a s c i n c o e n t a e oito s u b s t i t u i ç õ e s p o r c o n t r á t o n o s c o r p o s d o exercito, e m v i r t u d e
d a f a c u l d a d e c o n c e d i d a n o a r t i g o 8.° d a lei d e 4 d e j u n h o d e 1859, d e q u e r e s u l t o u o p r e ç o
m e d i o p a r a cada u m a d'ellas d e 1 5 0 $ 0 0 0 r é i s : h e i p o r b e m , e m c u m p r i m e n t o d o a r t i g o 5 5 . ° ,
§ 2.°, d a lei d e 27 d e j u l h o d e 1855, d e c r e t a r o s e g u i n t e :
A r t i g o u n i c o . Ê fixado n o p r e s e n t e a n n o o p r e ç o m e d i o d a s s u b s t i t u i ç õ e s d o s r e c r u t ^ ,
p a r a t o d o s o s effeitos d a s d u a s c i t a d a s leis, n a q u a n t i a d e 1 5 0 $ 0 0 0 r é i s .
O s ministros e secretarios d'estado dos negocios d o reino e da g u e r r a assim o t e n h a m
e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . Paço, e m 1 9 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . = J u l i o Gomes da Silva
Sanches=Marquez de Sá da Bandeira. D0 L . n.° 90, de 22 de abrii.
M I N I S T E R I O DOS NEGOCIOS DA G U E R R A ~
, A r t . 10.° O p r e ç o da r e m o n t a é, p a r a as r e m o n t a s geraes, o q u e dá o m e r c a d o e s e -
g u n d o as instrucções r e c e b i d a s do ministerio da g u e r r a , m a s para as especiaes e e v e n t u a e s
estabelece-se todos os annos u m m á x i m o .
| unico. O p r e ç o m á x i m o d e q u e trata este artigo é igual ao p r e ç o m e d i o da totalidade
da r e m o n t a feita n o anno a n t e r i o r , m a i s t r e s d é c i m o s d'elle.
A r t . 11.° Os cavallos d e v e m satisfazer ás s e g u i n t e s c o n d i ç õ e s :
1. a T e r e m d e altura, p a r a lanceiros l m , 5 2 a l m 5 4 , e para c a ç a d o r e s a cavallo é arti-
lheria, 1'", 4 8 a 1™, 5 2 ;
2 . a Q u a n d o s e j a m capados, a c h a r e m - s e i n t e i r a m e n t e c u r a d o s d e c a s t r a ç ã o ;
3 . a Não t e r e m a clina c o r t a d a ;
4 . a S e r e m sãos, d e boa vista, b e m c o n f o r m a d o s , p r i n c i p a l m e n t e d o peito e m e m b r o s ,
l i m p o s d e defeitos ou aleijões externos, q u e p r e j u d i q u e m ou p o s s a m vir a p r e j u d i c a r o
s e u b o m serviço;
5 . a T e r e m , p e l o m e n o s , q u a t r o a n n o s e n ã o mais d e seis.
| u n i c o . Q u a n d o os cavallos, p o r suas q u a l i d a d e s s u p e r i o r e s , s u p p r è m a diminuição
da altura, ha n'esta u m a tolerancia d e 1 c e n t í m e t r o , a qual só se p ó d e a d m i t t i r p r e c e -
d e n d o auctorisação do m i n i s t r o da g u e r r a , p r o p o s t a pela commissão. E s t a p r o p o s t a d e v e
s e r a c o m p a n h a d a d e u m a informação d a s circumstancias do cavallo, assignada pelos m e m -
b r o s da c o m m i s s ã o , d e c l a r a n d o elles e m s e p a r a d o s e a p p r o v a m ou r e j e i t a m a tolerancia.
A r t . 12.° Nas r e m o n t a s especiaes a c o m p r a é directa e e x c l u e o negociante, c o m o in-
t e r m e d i á r i o do p r o d u c t o r o u c r e a d o r , p a r a c o m a commissão.
| unico. N'estas r e m o n t a s as c o m m i s s õ e s c o m p r a m u n i c a m e n t e os cavallos q u e s e j a m
c r e a d o s e m P o r t u g a l . Esta circumstancia prova-se p o r attestado p a s s a d o pelo i n t e n d e n t e
d e p e c u a r i a do districto, ou pelo a d m i n i s t r a d o r do respectivo concelho; o u p o r certificado
d'este, f u n d a d o n o t e s t e m u n h o d e pessoas d e credito, q u e a b o n e m as declarações dos p r o -
d u c t o r e s ou c r e a d o r e s .
. A r t . 13.° Q u a n d o as c o m m i s s õ e s t e n h a m d e r e m o n t a r e m a l g u m a d a s g r a n d e s feiras
d e gado cavallar, o ministro da g u e r r a assim o m a n d a a n n u n c i a r no Diario d e Lisboa, e
fazer publico p o r editaes n o local da feira.
Art. 14.° As commissões, na r e m o n t a especial, d i r i g e m - s e e m dias fixos e nas e p o -
chas designadas pelo ministerio da g u e r r a , ás sedes dos districtos e concelhos a d m i n i s t r a -
tivos p r o x i m a s dos principaes centros d e p r o d u c ç ã o , c o m p r e h e n d i d o s nas r e s p e c t i v a s cir-
c u m s c r i p ç õ e s , c o m b i n a n d o os s e u s itinerários d e maneira q u e offereçam toda a c o m m o d i -
d a d e aos p r o d u c t o r e s e c r e a d o r e s .
| . l C o m antecipação os itinerários d ' e s t a s c o m m i s s õ e s a n n u n c i a m - s e n o Diario d e
Lisboa, d e s i g n a n d o - s e t a m b e m os dias lixos e m q u e os cavallos d e v e m ser a p r e s e n t a d o s
a e x a m e e a q u e l l e s e m q u e t e n h a m d e s e r e n t r e g u e s nos depositos, ou a o n d e se conven-
cionar.
§ 2.° Os p r e s i d e n t e s d ' e s t a s c o m m i s s õ e s r e m e t t e m copia d o s seus itinerários aos go-
v e r n a d o r e s civis d o s districtos d a s respectivas c i r c u m s c r i p ç õ e s , e p e d e m - l h e s q u e d ê e m
d'elles c o n h e c i m e n t o aos a d m i n i s t r a d o r e s d o s concelhos, e n c a r r e g a n d o estes d e lhes d a r
p u b l i c i d a d e p o r editaes aílixados n a s localidades.
§ 3.° E s t e s itinerários e os annuncios, feitos e m c o n f o r m i d a d e do § 1.° d ' e s t è artigo,
assentam especialmente sobre as estatisticas d e q u e trata o artigo 7.° e as i n f o r m a ç õ e s da-
d a s pelos e n c a r r e g a d o s d'ellas c o m o fim de elucidarem as c o m m i s s õ e s r e l a t i v a m e n t e á
p r o p r i e d a d e , origem d o s cavallos e residencia dos p r o d u c t o r e s e c r e a d o r e s .
Art. 15.° Nas r e m o n t a s especiaes, as c o m m i s s õ e s i n s c r e v e m os c o n c o r r e n t e s , o s q u a e s
d e c l a r a m os s ô u s n o m e s , qualidades d e p r o d u c t o r e s ou creadores, e b e m assim o n u m e r o
d e cavallos q u e t e n c i o n a m a p r e s e n t a r , inteiros o u capados, e q u e t ê e m c o n h e c i m e n t o d a s
condições publicadas pelo ministerio da g u e r r a , e m v i r t u d e do artigo 8.°
A r t . 16.° As c o m m i s s õ e s , nas r e m o n t a s especiaes, e x a m i n a m e negoceiam os cavallos
e no e x a m e e c o m p r a , seguindo a - o r d e m da inscripção, a p r e s e n t a cada u m d o s c r e a d o r e s
o u p r o d u c t o r e s u m cavallo, até se c o m p l e t a r o turno, depois d o que, pelo m e s m o m o d o ,
se o p e r a a r e s p e i t o d e u m s e g u n d o t u r n o e a s s i m s u c c e s s i v a m e n t e até se p e r f a z e r a com-
p r a auctorisada, ou aquella q u e o m e r c a d o offerecer, com as condições m a r c a d a s .
| unico. S e com os cavallos a p r e s e n t a d o s se não p e r f i z e r o n u m e r o p e d i d o p o r e s t a s
commissões, d e v e m ellas r e c o r r e r ás r e m o n t a s g e r a e s .
A r t . 17.° E m t o d a s as r e m o n t a s geraes, especiaes e e v e n t u a e s d e v e m s e g u i r - s e nQ
e x a m e e c o m p r a dos cavallos as s e g u i n t e s r e g r a s :
l . a Cada cavallo é e x a m i n a d o pela c o m m i s s ã o p a r a d o e e m m o v i m e n t o ;
41 de abril 1865 131
2 . a T e r m i n a n d o e s t e e x a m e , cada vogal d a c o m m i s s ã o e s c r e v e e m u m b i l h e t e a l e t r a
A o u R , c o n f o r m e a p p r o v a o u rejeita o cavallo e x a m i n a d o , e s c r e v e n d o t a m b e m o p r e ç o
e m q u e o e s t i m a n o caso d e o a p p r o v a r , e s u b s c r e v e t u d o c o m a s u a r u b r i c a ;
3 . a O p r e s i d e n t e , d e p o i s d e t e r e s c r i p t o o seu b i l h e t e , r e c e b e o s d o s m a i s m e m b r o s ,
e e m p r e s e n ç a d e t o d a a c o m m i s s ã o faz o a p u r a m e n t o d o r e s u l t a d o d a v o t a ç ã o ;
4.a Havendo unanimidade d e approvação, tira-se a media d o s p r e ç o s indicados n o s
b i l h e t e s , e o p r e ç o m e d i o s e r á o p r o p o s t o p e l o p r e s i d e n t e ao v e n d e d o r , q u e s e m d e b a t e d e -
clara s e aceita o u rejeita o dito p r e ç o ;
5 . a N o caso d e s e r aceite o p r e ç o r e a l i s a - s e i m m e d i a t a m e n t e a c o m p r a , i n s c r e v e n d o - s e
logo n o c a d e r n o d a r e m o n t a , s e g u n d o o m o d e l o j u n t o : l . ° s a data d a c o m p r a ; 2.°, classe e
l o g a r d a r e m o n t a ; 3 . ° , o n o m e e p r o f i s s ã o d o v e n d e d o r ; 4 . ° , filiação e n a t u r a l i d a d e d o
a n i m a l ; 5.°, os r e s e n h o s d e t a l h a d o s d o a n i m a l ; 6.°, o p r e ç o c o n v e n c i o n a d o , d e c l a r a n d o
e s p e c i a l m e n t e o v o t o d è c a d a m e m b r o d a c o m m i s s ã o ; 7 . ° , o l o g a r a o n d e o cavallo d e v e
ser conduzido;
6 . 1 N ã o h a v e n d o u n a n i m i d a d e n a a p p r o v a ç ã o , s e a m a i o r i a d e votos é d e r e j e i ç ã o , o
a n i m a l é r e j e i t a d o irilimine, h a v e n d o n ' e s s e c a s o a m a i o r r e s e r v a e m n ã o d e c l a r a r p u b l i -
c a m e n t e o s m o t i v o s d a r e j e i ç ã o , s e estes e n v o l v e r e m a l g u m a d e p r e c i a ç ã o n o valor d o ani-
m a l a p r e s e n t a d o ; m a s s e a r e j e i ç ã o for p o r falta d e a l t u r a o u differença d e i d a d e , p o d e m
declarar-se esses motivos;
7 . a S e h a m i n o r i a d e v o t o s n a rejeição o u e m p a t e n o caso d e r e m o n t a e v e n t u a l , q u e m
r e j e i t a d e c l a r a n o seio d a c o m m i s s ã o o s m o t i v o s e p r o c e d e - s e d e p o i s a n o v o e x a m e e e s -
c r u t í n i o ; s e e s t e n ã o d e r m a i o r i a d e rejeição o u e m p a t e é o cavallo a c e i t e , m a s o p r e ç o d a
c o m p r a é o m á x i m o e s t a b e l e c i d o s e g u n d o o § u n i c o d o a r t i g o 10.°, m e n o s q u a t r o d é c i m o s
d'esse p r e ç o ;
8 . a T o d o e q u a l q u e r cavallo r e j e i t a d o e m u m a r e m o n t a n ã o fica p o r e s s e facto excluído
de concorrer a outra;
9 . a T o d o o cavallo q u e seja a p p r o v a d o p e l a c o m m i s s ã o d e r e m o n t a , m a s q u e s e n ã o
c o m p r e p o r d u v i d a r o d o n o aceitar o p r e ç o p r o p o s t o , p ó d e s e r r e c e b i d o p e l a dita c o m -
missão e m q u a n t o estiver funccionando, s e assim convier ao v e n d e d o r ;
1 0 . ' A s c o m m i s s õ e s c o m p r a m p e l o p r e ç o m á x i m o d a r e m o n t a q u a l q u e r cavallo q u e
e m p o t r o " t e n h a sido p r e m i a d o e m a l g u m a e x p o s i ç ã o d e g a d o a u c t o r i s a d a , u m a v e z q u e
satisfaça a s c o n d i ç õ e s d e b o m serviço.
A r t . 18.° F i c a m s u b s i s t i n d o t o d a s a s disposições s o b r e a r e m o n t a d o e x e r c i t o consi-
g n a d a s n o titulo 5.° d ó r e g u l a m e n t o d a a d m i n i s t r a ç ã o d e f a z e n d a militar, d e c r e t a d o j e m 16
de setembro d e 1864, e q u e não são alteradas expressamente p o r este decreto.
O presidente d o conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios d a
guerra, encarregado interinamente dos negocios da marinha e ultramar, assim o tenha en-
t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 9 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . = R E I . = M a r q u e z de Sá ãaBan-
deira.
1865 . to&M
;
' " " Modelo dò réjjisto de compra ,
Preços
propostos
pelos
membros
. dá Regimèiito
Anno,, Classee logar Filiação Nome commissão .para.ondç,
m'di b dia' ' aá Mmàníi 1 e nalarálidadc' e profissão Resenha do animal e remettido ;
do animal do vendedor o cavallo
í M Í N t e i l i Ò j ) O S N E G O C I O S DÕ R É I N O
DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3.» REPARTIÇÃO
C o n s t a n d o q u e a l g u n s r e i t o r e s d o s lyceus n a c i o n a e s e x i g e m a i d a d e d e d e z a n n o s a o s
a l u m n o s q u e p r e t e n d e m fazer e x a m e d e i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a ; e c o n s i d e r a n d o q u e n e m a
lei n e m os r e g u l a m e n t o s d e t e r m i n a m a i d a d e c o m o r e q u i s i t o p a r a a a d m i s s ã o a tal e x a m e ,
p o r q u e o § inicial do artigo 8 . ° d o d e c r e t o d e 9 d e s e t e m b r o d e 1 8 6 3 , e o a r t i g o 5 4 . ° , n . o s l . °
e 2 . ° d o m e s m o d e c r e t o , m o s t r a m s e r a i d a d e d e d e z a n n o s condição u n i c a m e n t e p a r a a
m a t r i c u l a n o s lyceus, o u p a r a a d m i s s ã o a e x a m e s d e i n s t r u c ç ã o s e c u n d a r i a ; m a s c o n s i d e -
r a n d o p o r o u t r o lado, q u e seria util o b r i g a r t a m b e m o s a l u m n o s d e i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a
a j u n t a r c e r t i d ã o d e i d a d e p a r a o e f f e i t o s ó m e n t e d e s e p o d e r , a n t e s d o despacho^ v e r i f i c a r
a i d e n t i d a d e d a p e s s o a dos r e q u e r e n t e s , o u m a n d a r - l h e s c o r r i g i r a s i n e x a c t i d õ e s e m q u e
m u i t a s vezes c á e m p o r i n e x p e r i e n c i a , c o n f u n d i n d o o r a a n a t u r a l i d a d e c o m a r e s i d e n c i a ,
o r a a s u a n a t u r a l i d a d e c o m a d e s e u s p a e s ; e a t t e n d e n d o a q u e t a l exigencia n ã o s e p o d e -
ria f a z e r p a r a e s t e a n n o , vista a p r o x i m i d a d e d o s e x a m e s nos l y c e u s e m q u e ella n ã o e s -
tava e m u s o : h a S u a M a g e s t a d e E l - R e i p o r b e m m a n d a r d e c l a r a r :
1.° Q u e a a d m i s s ã o a e x a m e d e i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a n ã o d e p e n d e d a i d a d e d o c a n -
didato.
. 2 . ° Q u e n o s l y c e u s , em q u e s e t e m exigido certidão d e idade, c o n t i n u a r á e s t e a n n o e
n o s s e g u i n t e s a e x i g i r - s e tal certidão, u n i c a m e n t e c o m o d o c u m e n t o p a r a v e r i f i c a r a i d e n -
t i d a d e d a p e s s o a , e q u e n o s o u t r o s l y c e u s s e exija o m e s m o d o c u m e n t o p a r a o m e s m o fim
d e s d e o anno d e 1 8 6 6 e m diante.
/
f
' M I S T É R I O D A S O B R A S P U B L I C Á S , C O M M E R C I O É Í N T M T E '
•.••:.•;/•.•>•••,':''•••'• " '' . . . . . . . . f, •)-•;•);:;/
• L I . R E P A R T I Ç Ã O C E M R A L •
C O N S E L H O G E R A L D A S A L F A N D E G A S 7,';'. . W
•, ( k c o n s è l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s : ;
V i s t o 0 p r o c e s s o íie c o n t e s t a ç ã o o c c o r r i d a n a a l f a n d e g a d e Lisboa, s o b r e a classifica-
çãOjâejjíaâ-PQrçãQ deua.adeira ç m folhas,, a p r e s e n t a d a a d e s p a c h o p o r S a l o n B e n s a u d e ;
Yisto o a u t o d a c o n f e r e n c i a d o s v e r i f i c a d o r e s ;
Vista a amostra que acompanhou o Recurso;
Visto o a r t i g o 1 0 . ° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
• 1;* Considerando que no indice remissivo da pauta geral das alfandegas se explica o
que dçve. entender-se por madeira ordinaria ou branca e por madeira para marcenaria;
' 2 . ° C o n s i d e r a n d o , t a n t o e m r e l a ç ã o ao q u e s e acha d i s p o s t o n a m e s m a p a u t a , 'como a o
que-se dispunha nas anteriores, que é a qualidade da madeira e não a das-felhavqae-serve
de base para a imposição d o direito;
3.'° Considerando que a madeira dás folhas de que se trata está comprehendida no
grupo, quês no indice da pauta vem designado como madeira para marcenaria;
f.' R e s o l v e : • ",. . , i
A r t i g o ' u n i c o . A s f o l h a s d e m a d e i r a , q u e f a z è m O o b j e c t o d ' e s t ã c o n t e s t a ç ã o d e y e t a seir.
cláSsiiBcadàs c o m o m a d e i r a p a r a màrceçrâria, eiíi folhas, s u j e i t a s ao direit.Oiae.^SO réife pOí'
;
k i l o g r a m m a , c o m p r e h e n d i d o hó a r t i g o 5 8 . ° d a p a u t á g e r a l d á s alfandegas'. '
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a p e l o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e m s e s s ã o d e 2 0 d e
abril d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s ò s vogaes = Conde d'Avila, p r e s i d e u t e — N a z a r e t h , r e -
D I R E C Ç Ã O G E R A L D O S C O R R E I O S
R E P A R T I Ç Ã O CENTRAL
T e n d o o g o v e r n o d a P r ú s s i a c e l e b r a d o c o m o da S u é c i a e N o r u e g a u m a nova c o n v e n -
ção postal, ç m v i r t u d e d a q u a l f o r a m r e d u z i d o s os p o r t e s d a s c o r r e s p o n d ê n c i a s , q u e h o u -
v e r e m d e s e r e x p e d i d a s d e P o r t u g a l p a r a e s t e s dois u l t i m o s paizes e vice-versa, a c o n t a r
d e 1 d e m a i o p r o x i m o f u t u r o , p u b l i c a - s e n o v a m e n t e a tabella d o s p o r t e s a q u e e s t ã o s u -
jeitas as correspondências originarias d e Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das
134 1865 11 de abril
p r o v i n c i a s p o r t u g u e z a s n a costa o c c i d e n t a l d a Africa, c o m d e s t i n o p a r a a P r ú s s i a , p a r a o s
e s t a d o s d a união p o s t a l a l l e m ã , o . p a r a os p a i z e s a q u e a P r ú s s i a s e r v e d e i n t e r m e d i o , n a
q u a l s e a c h a m i n d i c a d o s o s n o v o s p o r t e s a q u e , d o r e f e r i d o d i a e m d i a n t e , ficam s u j e i t a s
a s c o r r e s p o n d ê n c i a s d e P o r t u g a l -para a S u é c i a e N o r u e g a .
Tabella dos portes a que estão sujeitas as correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos
Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na costa occidental da Africa, com destino para a
Prússia, para os estados da união postal allemã, e para os paizes a qne a Prússia serve de inter-
medio, nos termos da convenção postal de 26 de abril de 1864 e do respectivo regulamento
Correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das pro-
vincias portuguezas na costa occidental da Africa, com destino para a Prússia,
e para os estados da união postal allemã, abaixo declarados
Cartas registadas
Aos portes respectivos se addicionará o premio invariavel de 100 réis em sellos pelo registo.
Os estadas da uniSo postal allemã, que ficam igualados á'Prussia para todos os effeitos da sobredita
convenção, sSo os seguintes: Anhalt, Áustria (comprehendendo a Hungria, Gallicia e Yeneza), Bade,
Baviera, Birkenfeld, Bremen, Brunswick, Francfort sobre o Meno, Hamburgo, Hanover, Hesse gran-
ducal, Hésse eleitoral, Hesse-Homburgo, Hohenzollern, Liechtenstein, Lippe-Detmold, Lubeck, Me-
cklemburgo-Schwerin, Mecklemburgo-Strelitz, Nassau, Oldemburgo, Reuss, Saxe, Saxe-Altemburgo,
Saxe-Coburgo-Gotha, Saxe-Meiningen-Hildburghausen, 8axe-Weimar-Eisenach, Schaumburgo-Lippe,
Schwarzburgo-Rudolstadt, Schwarzburgo-Sonderbausen, Waldeck-Pyrmont e Wurtemberg.
N.B. Pelas cartas ordinarias e amostras de fazendas, bem como pelos joçnaes e outros impressos
originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa com destino para a Prússia e para
os estados da união postal allemã, cobrar-se-hão adiantadamente, em moeda forte, não só os compe-
tentes portes acima indicados, mas tambem o de 50 réis por cada 7y 2 grammas de cartas e amostras,
e o de 10 réis por cadâ 43 grammas de jornaes e outros impressos.
Correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na costa occidental da Africa, em transito
pela Prússia, com destino para os paizes abaixo designados t
Cartas ordinarias e amostras Até 7 7a gr 200 rs., augmentando-se 200 rs. por cada 71/2 gr.
Dinamarca Cartas registadas » 7 ' / * » 300 » ii 200» )i 7i/2»
Jornaes e outros impressos.. D 45 » 40 0 A 40 » 45 .
Egypto:
Cartas ordinarias e amostras » 71/2» 300 » » 300 » ii 7i/2»
Pára: Benta, Birtet-el-Sab, Cair», Damaotar, Damiela, Ka/er-Zajel, Hansonrab, Mi&oHa, Porlo-Said, Ssmmá, Cartas registadas » 45 » 500 ii » 400 » ii 71/2»
Suei, Tantah, Zagasili e Zifla. Jornaes e outros impressos.. 70 » j> 70 » » 45 »
Cartas ordinarias e amostras » 7 Vi " 225 » a 225 » » 71/2 »
Cartas registadas » 7 i / 2 » 325 » 225 »
P a r a : Alexandria o o resto do Egjplo (a) » • » 71/2 »
ÍÍ ii
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 40 9 40 » 45 »
x>
Cartas ordinarias e amostras » 7V2 » 260 a 260 »» ii 71/2 »
a ii
Cartas registadas » 7»/2 » 360 » 260 »
Grécia.... » 71/2 »
a 70 »
Jornaes e outros impressos.. » 45 " 70 » 45 »
»
Cartas ordinarias e amostras " 71/2 » 175 a 175 » a 71/2 »
Hollanda Cartas registadas " 71/2 » 275 » » 175 » ii 7i/ 2 »
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 30 » a 30 .. ii 45 »
[Cartas ordinarias e amostras » 71/2» 225 H » 225 » tf 7V2 »
Ilhas Joilias Cartas registadas » 7V2-» 325 » » 225 » » 7 VÍ »
Jornaes e outros impressos.. >. 4S a 40 » » 40 » ii 45 » 00
Cartas ordinarias e amostras " 7lk » 290 » » 290 » ii 7 V2 - - oOT
s
Noruega Cartas registadas » 71/2 » 390 ii » 290 » a 7 Vi »
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 70 » u 70 » a 45 »
Cartas ordinarias e amostras » 7 V2 ® 225 ii » 225 » » 7V2 »
Rússia Cartas registadas » 71/2 « 400 )) a 300 >. » 71/2 •
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 90 ii » 90 ., » 45 »
Cartas ordinarias e amostras » 71/2 » 240 » » 240 » a 7Vt •
Suécia Cartas registadas » 7 V2 " 340 » a 240 » i) 77» »
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 40 » u 40 » » 45 »
Turquia e Principados do Danúbio:
P a r a : Adrianopolis, Alnandrcla, Anlitari, Bakowa, Bejrouth, Berlad, Botutschani, Bukarcsl, Burgas, Caifa, Candia,'
Canía, Caialla, Cesme, Constantinopla, Czernaroda, Dardancllos. Durazzo, Foksehanj, Galatz, Gallipoli, Giurgeno, Ibraila, Ineboli,
Cartas ordinarias e amostras 77* 240 » » 240 » a 772 »
Ma, Janina, Jassj, Jerusalém, Knstcndje, larnaca, LaUtieh, Hersina, Hjlilene, Pliilippopolis, Piatra, Plojeschli, Proresa, Cartas registadas (b) 772 340 » » 240 » 7 72 »
Relimo, Rbodes, Romano, Rulsthuk, Salonica, Samsoun, Serez, Sinope, Smjraa, Sofia, Sulina, Tekulscb, Tenedos, Trelii- Jornaes e outros impressos.. 45 40 » » 40 .» a 45 »
zonda, Tripoli, InJlsdia, Yalona.Yarna « Volo.
Cartas ordinarias 150 » » 150 » » 7 72 »
P a r % : Belgrado t o resto d a Tnrquia ( e ) ; . . ; Cartas registadas 71/2 250 » 150 » »
772 »
Jornaes e outros impressos.. 45 20 i> * 20 » a 45 >
N.B. Pelas cartas ordinarias e amostrasse fazendas, bem como pelos jornaes e outros impressos originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa, que se
remetterem em transito pela Prússia para os paizes acima indicados, cobrar-se-hSo adiantadamente, em moeda forte, nSo só os portes respectivos, más tambem o de SO réis por
cada 71/2 grammas de cartas e amostras de fazendas, e o de 10 réis por cada 45 grammas de jornaes e outros impressos.
(a) Para Alexandria—franquia obrigatoria das correspondências até ao seu destino. P a r a o resto .do Egypto—franquia obrigatoria atá Alexandria.
{») Í B o t e registam c a r t a s para Alexandreta, Latakieh, Mersina e Tripoli. CO
1 4 Paca Belgrado—franquia obrigatoria ate ao sen destino. P a r a o resto da T n r q u i a — f r a n q u i a obrigatoria t i o sómente até á fronteira aostro-turca. VI
#36 1865 24 de abril
Advertências
'ÍA.Os portes das correspondências que se houverem de expedir para a Prússia, para.òs estados
da união postal'allemã ou para os paizes a qúe a Prússia serve ile:inlermedio, serãò pagos adiantadá-
mente no;continente do reino, e nas ilhas dos Açores e Madeira, por meio de sellos do correio portu-
guez affixados na frente dos sobrescriptos, e em moeda forte nás provincias da costa occidental da
Afriçã."-j !
Todas as correspondências que não forem devidamente franqueadas, deixarão de ter seguimen-
to, e ficarão-retidas até que os remettentes as franqueiem. _• I
3.a Parâ se evitarem enganos conyirá.que sempre se escreva a palavra «Prussia:» na parte supp-
rior dos sobrescriptos das correspondências dirigidas para ali, assim como para os estados" dai união
postai, âílèmã, e igualmente a indicação «Em transito pela Prússia», nos das que por intermedio. d'esfa
houvErèm de ser expedidas para a Dinamarca, Egypto, Grécia, Hollanda, Ilhas Jonias, Noruega] Rús-
sia, Sueçia, Turquia e principados do Danúbio.
^.s cartas, que houverem de ser registadas, apresentar-se-hão bem fechadas e marcadas, pelo
menois gm duas partes, com um mesmo sinete posto em lacre, de maneira que fiquem bem greSas tp-
das Á ãppras dos sobrescriptos. •>: ! 5 .
1
S. ? 0 remettente de qualquer carta registada para a Prússia, ou paizes da união postal ^llemS,
podérá-oxigir que se lhe apresente um recibo comprobativo de ter sido entregue ao destinatário a mes-
ma cãrtà,f pagapdo em sellos no acto. do registo um porte addicional de ,50 réis. ... - 7:-.
;§*. Qsfoffiáes e*mais impressos deverão ser cintados, e não. jcónterão letras, algarismos ou signaes
manjj^riptos, á excepção do nome e domicilio do destinatário, e da assignatura do remettente. Não se
dará.-expediçã.o ^os jornaes e impressos, quê não satisfizerem a estas condições. ,„' ! :'
y.^ Ifem para a Prússia e estados da união postal aliem 5, nem pára òs paizes a- que a Prússia ser-
ve dg ifitèrifiedió," podeni ser remettidas correspondências conténdó dinheiro, jóias, objectos jjlepiosqis,;
ou outroá quaesquer,, sujeitos a direitos de alfandega; as que apparecerem com taes objectos,-[serão re-t
tidtas^è^nviadas official mente á direcção geral dos correios. s
A s : p o ' r r è s p o i j d é h c j a s procedentes da Pnissiá, as dos estados da união postal allemã,'e as qji£
£m;tmsi|o\pelaPrulsia vierem" da Dinamarca, Egypto, Grécia, Hollanda, Ilhas Jonias, Noruega, flus-
|iã'j Sufccla^-Turquia e principados do Danúbio, entregaiv-se-hão 'francas de porte, em conseqÃencfa pç;
ser^estê àlirpago adiantadamente. Exceptuam-se porém-as que tiverem1 sido"devolvidas por havfrqní
ínúdádb ee residencia õs destinatários, pelas quaes sè cobrará em dinheiro, no acto da entrggg, o poste"
•iléyido'.-: j ". ? :. • ;. - • • . v. .'; ' • . < f
. -Reí©r|íç3o central d a d i r e c ç ã o g e r a l dos c o r r e i o s , è m 2 1 d e atiril.de 1 8 6 5 . ^ 0 s e ç r p - ;
tariOj, íJqão g à p t i s l a da Silva Lopes. d. déL. n.°9i, aeaiâeabrn. Í T
r . O c ô n s e l h o geral d a s a l f a n d e g a s : ' •; í
T M s t p s o s r e c u r s o s i n t e r p o s t o s p o r G r a n g e o n & C.° e B o u v r o t D a u p h i n e t & Ç . a , á c e r c a
.de q u ã t t o b a r r i c a s c o n t e n d o c a r b o n a t o d e s o d a s e c c o r e f i n a d o , p r o p o s t a s a d e s p a q h o p à
alfandega d e Lisboa: ' ; i
7 Vistp o auto d e conferencia dos verificadores; j ®
: Vistas as amostras que acompanharam os recursos; j : :
r j ^ f e i » ó a r t i g o 10.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ; j | "F.
:
C o n s i d e r a n d o q u e p é l a analyse a q u e s e p r o c e d e u , s e r e c o n h e c e u q u e o c a r b f f n à t o d a
s o d a solpro q u e v e r s a m e s t a s c o n t e s t a ç õ e s c o n t ê m 1 0 p o r c e n t o d e soda c a u s t i c a ; t , j *
.:. C o n s i d e r a n d o q u e n a c a r t a d e lei d e 1 1 d e j u l h o d e 1 8 6 3 s e e s t a b e l e c e m d i r e i t o s | i -
vérsos para u m e outro productos; . ' -á \
C o n s i d e r a n d o q u e as d i s p o s i ç õ e s d o a r t i g o 2 6 . ° d o s p r e l i m i n a r e s d a p a u t a g e r a l d á s
;alfand.egas n ã o t ê e m r e l a ç ã o c o m o caso p r e s e n t e , p o r q u e ali, p a r a s e fazer a p p l i c a ç ã o p o
. m a i o r ' d i r e i t o , t r a t a - s e s o m e n t e d e m e r c a d o r i a s c o m p o s t a s d e m a t e r i a s p r i m e i r a s , visivel-
mente e x t i n c t a s , o q u é s e n ã o d á c o m o s p r o d u c t o s e m q u e s t ã o ; p o r q u a n t o n e m s e a p r e -
s e n t a m .visivelmente distinctos, n e m se p o d e m c o n s i d e r a r c o m o m a t e r i a s p r i m e i r a s n o s e n -
tidoistricto d a p a l a v r a ; ;
• : 0 á n siderando q u e s e r i a a u c t o r i s a r u m a b u s o , que. convein e v i t a r , s u j e i t a r o s dois p r o -
d u c t o s ; o direito m i n i m o ; T : : j
| ^ C o n s i d e r a n d o q ú e p e l o n - 0 3.° do artigo 4.9 do regulamento, approvado pelo decreto
d è I p í b j u n h o fle 1 8 6 1 , é d a c o m p e t e n c i a d ' e s t e conselho r e s o l v e r t o d a s as contestações
qúe~Ms %sálareh, na applicação da pauta;. i
r l Résolvé:.; s" - - -5 : ;. ;
^ ; ? A / t i j g o lipico. O s p r o d u c t o s c o n t i d o s n a s b a r r i c a s d e qiie t r a i a m e s t e s r e c u r s o s , d e -
^ é í i â j ^ g a r <5| dois d i r e i t o s m a r c a d o s n a c a r t a d ê lei d è 1 1 d e j u l h | d e i á í ^ a j i a o ç a r b p -
(le £ibri| 1865 437
n a t o d e s o d a s e c c o r e f i n a d o e p a r a o s alcalis cáusticos, n a p r o p o r ç ã o e m q u e , p e l a a p a l y s e
;
a q u e "se p r o c e d e u , f o r a m e n c o n t r a d o s . .
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a pelo c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e n j sessão d e 2 4 d e
a b r i l d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os vogaes = Conde -d' Avila, p r e s i d e n t e = = S « « z a s — Gon-
çalves=Abreu—Nazareth=Santos Monteiro= Costa—Couceiro.
i . : .. !. .; D. deL. n.»9Sj, 4e.$5dq4jyil.
Tabella dos portes por que devem ser franqueadas em sellos postaes as correspondências com destino
para as ilhas de éabo Verde, Brazil e Rio da Prata '• '•^•"'fôj-
das corrospondoncias
Pelos paijoetes transatlanticos das carreiras
dè Southampton e Bordéus, subsidiados Pelos paquèles das carreiras'd'o Liverpool"'
pelos governos francez e inglez
Portes Portes
Cartas Até 7 y 2 grammas inclusivè 150 réis Até 71/2 g r a m p i a s i . , y '.réis
\ : E assiui por diante, au- E assim por diante,'"au-
gmentando 150 réis pol- gmentando 80 réis por
eada 7 V2 grammas que cada 71/2 grammas que
acrescerem, ou fracção acrescerem, ou fracção
d'este peso. d'este peso.
• •! <'yu'.r.ihi! O
138 1865 11 de abril
C o n v i n d o a m p l i a r a t o d o s o s concelhos, q u e s ã o cabeças d e c o m a r c a j u d i c i a l , a p r o v i -
dencia adoptada pelo decreto d e 3 0 d e setembro d e 1857, que auctorisou o pagamento
d o s j u r o s d a s i n s c r i p ç õ e s d e a s s e n t a m e n t o n a s capitaes d o s districtos, f a z e n d o - s e e x t e n -
siva e s t a m e d i d a á s i n s c r i p ç õ e s c o m c o u p o n s : h a p o r b e m d e t e r m i n a r S u a M a g e s t a d e E l -
Rei que a junta d o credito publico consulte a este respeito, propondo as instrucções q u e
d e v a m r e g u l a r a e x e c u ç ã o d o d e c r e t o q u e h a j a d e s e r e x p e d i d o p a r a a q u e l l e fim.
O q u e o m e s m o augusto senhor manda, pela direcção geral da thesouraria d o minis-
t e r i o d a f a z e n d a , p a r t i c i p a r á m e n c i o n a d a j u n t a , p a r a o s d e v i d o s effeitos.
P a ç o , e m 2 5 d e a b r i l d e \865.=Conde d'Avila.=Para a j u n t a d o credito publico.
D. de L. n.° 93, de 26 de abril.
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u J o ã o Baptista B u r n a y , s ú b d i t o p o r t u g u e z , r e s i d e n t e
e m Lisboa, p e d i n d o p a t e n t e p o r q u i n z e a n n o s c o m o i n v e n t o r d e u m processo de distillação
dos troncos e raizes das coníferas, lançando nos cylindros de distillação vapor de agua
sob a pressão de duas ou tres atmospheras, disposição que permitte de separar a tere-
binthina e outros productos de distillação;
V i s t o o d e c r e t o c o m força d e lei d è 3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 ;
C o n s i d e r a n d o q u e o r e q u e r e n t e satisfez t o d a s a s suas p r e s c r i p ç õ e s :
H e i p o r b e m c o n c e d e r a o dito João Baptista B u r n a y a p a t e n t e d e i n v e n ç ã o p a r a o o b j e -
cto a c i m a indicado e p e l o e s p a ç o d e q u i n z e a n n o s , d u r a n t e os q u a e s o s s e u s direitos d e
p r o p r i e d a d e á dita i n v e n ç ã o ficarão s o b g u a r d a e d e f e n s a da lei, s e n d o a p a t e n t e c o n c e d i d a
sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade n e m merecimento d o invento a
q u e diz r e s p e i t o , p e l o q u e ficam salvos o s d i r e i t o s d e t e r c e i r o e o r e q u e r e n t e s u j e i t o á s
o b r i g a ç õ e s e c l a u s u l a s c o n t i d a s n o s u p r a c i t a d o d e c r e t o , e a o p r é v i o p a g a m e n t o dos d i r e i -
tos q u e dever, passando-se-fte diploma pelo ministerio das obras publicas, commercio e
industria.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
41 de abril 1865 139
t r i a a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 5 d e abril d e 4 8 6 5 . = R E I . =
Carlos Bento da Silva. D. dc L, „.» 108) d013 do mai0.
S e n d o p r e s e n t e a S u a M a g e s t a d e El-Rei o officio d e 2 5 d J e s t e m e z , e m q u e o c o n s e -
l h e i r o d ' e s t a d o e x t r a o r d i n a r i o d i r e c t o r tia a l f a n d e g a d e Lisboa, e x p õ e q u e o l o g a r d e c h e f e
d e s e r v i ç o d a dita a l f a n d e g a , v a g o p o r f a l l e c i m e n t o d e H e n r i q u e Daniel W e n c k , ~ p ó d e s é r
s u p p r i m i d o s e m p r e j u i z o d o serviço, e c o m o m e i o d e facilitar a a d o p ç ã o d e o u t r a s p r o v i -
d e n c i a s q u e t e n c i o n a p r o p o r : h a p o r b e m o m e s m o a u g u s t o s e n h o r , l o u v a n d o o zêlo d o
referido conselheiro e conformando-se com o seu parecer, ordenar q u e se n ã o prova
a q u e l l e l o g a r a t é q u e a s côrtes r e s o l v a m a s p r o p o s t a s q u e a e s t e r e s p e i t o o p p o r t u n a m e n t e
l h e s h ã o d e s e r p r e s e n t e s ; ficando e n t r e t a n t o a c a r g o d e u m s ó c h e f e d e s e r v i ç o a d i r e c -
ção dos t r a b a l h o s d a l . a e d a 2 . a r e p a r t i ç ã o d a a l f a n d e g a d e L i s b o a , c o m o o m e n c i o n a d o
c o n s e l h e i r o indica.
O q u e S u a M a g e s t a d e m a n d a p a r t i c i p a r - l h e , p e l a secretaria d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a
f a z e n d a , p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e effeitos c o n v e n i e n t e s , a g u a r d a n d o a p r o p o s t a d a s p r o v i -
d e n c i a s a q u e a l l u d e o citado officio.
P a ç o , e m 2 6 d e abril d e 1 8 6 5 . = C o n d e d ' 4 t t í 7 a . . = P a r a o c o n s e l h e i r o d ' e s t a d o e x -
traordinario, director da alfandega d e Lisboa. d. de L. n.» 94, de 27 de abr».' : •
;
(1) Identicas se éxpediram a todos os gôvernadores civis do reino e ilhas.
abril 1865 U 1
T e n d o - m e sido p r e s e n t e o r e q u e r i m e n t o d a c o m p a n h i a c o n i m b r i c e n s e d e i l l u m i n a ç ã o
a gaz, p e d i n d o a a p p r o v a ç ã o d a r e f o r m a d o s e s t a t u t o s p o r q u e até a g o r a s e t e m r e g i d o , é
q u e f o r a m a p p r o v a d o s p o r d e c r e t o d e 2 7 d e o u t u b r o d e 1 8 5 6 , vistos os p a r e c e r e s d o a j u -
d a n t e d o p r o c u r a d o r g e r a l d a corôa j u n t o a o m i n i s t e r i o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o Q
i n d u s t r i a : h e i p o r b e m a p p r o v a r o s novos e s t a t u t o s (1) d a c o m p a n h i a c o n i m b r i c e n s e d e il-
l u m i n a ç ã o a gaz, o s q u a e s , n o s t e r m o s d o artigo 5 3 9 . ° d o codigo c o m m e r c i a l , f o r a m r e d u -
zidos a instrumento publico, constam d e vinte e u m artigos e baixam c o m este decreto
a&sjgnados. pelo m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e f c i p e i n d u s t r i a ,
fiçíin,(í;0:a p i e s m a s o c i e d a d e o b r i g a d a a r e g i s t a r o n o v o i n s t r u m e n t o d o s e u c o n t r a t o efe f e o r
e OlO ..pop,extracto n o registp p u b l i c o d o c o m m e r c i o , nos t e r m o s d o a r t i g o 5 f 0 . ° dj3,codigo
c o m m e r c i a l , e c o m a e x p r e s s a c l a u s u l a d e q u e esta m i n h a r e g i a a p p r o v a ç ã o l h e p ò a e r á
s e r r e t i r a d a , l o g o q u e s e d e s v i e d o s fins p a r a q u e foi i n s t i t u i d a , n ã o c u m p r a fielmente o s
(1) ^aifcam quantos este publico instrumento de reforma de estatutos virem, que no anno do nas-
cimento de Nosso Senhor Jesus Cliristo de 1865, aos 3 dias do mez de fevereiro, n'ès.tà çíáade 'de Lis-
boa e meu escriptorio na rua Áurea n.° 26, compareceram presentes os i l L ^ d r . Jpse' Xavier Silveira
daJíJtojta,; proprietario e advogado, mora.dor na rua de S. Bento n.° 56, freguezia de Santa ízàbél; José
Lfíig Rereifa Crespo, negociante, morador na rua Nova 'do Almada n.° 11, freguezia efe Jiílião, je Ma-
nuel José Correia da Silva, proprietario morador na'rua de S. Bento n.° 306, dániésma freguezia de
Santa Izabel, este na qualidade de procurador do ill.'"° Hardy Hislop, o que fez certo pelo instVúrnentò
d,e, nrocuiação que me apresentou e que fica archivado n'este meu cartorio, estes três, ija qualidade de
memliro.s .(ty commissão eleita pela assembléa geral da companhia conimbricense dá illuminação a gaz,
para ,estp mesmo fim ; e bem assim os ill.m"s João Eduardo Alirends, éhgenheiro, morador fta caléadá
da Estrella ji.° 85, freguezia da Lapa, e José Bento da Costa Leite, negociante, morador'na rya Nova
do, Almada n.° 116. freguezia da Conceição Nova; estes, bem como o já mencionado iil. itó Jò.sé Liiiz
Peneira Crespo, na qualidade de actuaes directores da mesma companhia ; e todos auctorisado^ para a
rçpr,escutarem n'esta escriptura, como consta da certidão que me apresentaram, extràhida dá acta dte
assembléa geral da mencionada companhia e que tambem fica archivada n'esle meii cartorio, ppra con-
jun.çtftmente cç^m a já dita procuração ser transeripta nas copias que se extràhirem d*£sta escriptura';
to,d(Ds.pS;.pijtor'gaútes pessoas que eu tabellião conheço, e logo por elles foi di,to em minha presença e
Jiã.ps.s ,testenii,ijiilias ao diante nomeadas que tendo os accionistas da já desjgnada compánliia delib^àjo
reformar os estatutos por que até agora se têem regido, e discutido e approvado o? aríigP^db prOjecto
de Reforma dos ditos estatutos, e carecendo essa reforma da approvação do governo de Siil'Jtfágestaffèí,
para poder ser levada a effeito, a vem elles illustrissimos outorgantes reduzir á presente escríbtárá para
o indicado JBm, nos termos e pela fórma seguinte : '". ""'• ''
s e u s estatutos, o u d e i x e d e r e m e t t e r a n n u a l m e n t e á d i r e c ç ã o g e r a l d o c o m m e r c i o e i n d u s -
tria o r e l a t o r i o e contas d a s u a gerencia social.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
a s s i m e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 6 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . — C a r l o s Bento
da Silva. - D. de L. n.° 112, de 18 de maio.
' Sendo-me presente os novos estatutos do monte pio Fidelidade, e m substituição áquel-
l e s p o r q u e a t é a g o r a s e t e m r e g i d o esta associação, e q u e f o r a m a p p r o v a d o s p o r alvará
d e 17 d e o u t u b r o d e 1 8 4 5 ; visto o p a r e c e r d o a j u d a n t e do p r o c u r a d o r g e r a l d a c o r ô a j u n t o
a quantia do capital entrado e do dividendo annual de 6 por cento, é que ficam as acções beneficiarias
equiparadas ás pagantes para o effeito de receberem d'essa epocha em diante o dividendo que lhes per-
tencer. -
Art. 12.° A gerencia da companhia é confiada a uma direcção de tres membros, dois effectivos e
um consultivo, que é o substituto nato de qualquer dos effectivos, no caso de algum d'estes se achar
impossibilitado de funccionar por mais de trinta dias.
A direcção delega n'um empregado da sua confiança a direcção dos trabalhos na cidade de Coimbra.
Art. 13.° Havendo desaccordo entre os directores effectivos e o consultivo, appella-se para a assem-
bléa geral.
Art. 14.° A eleição da direcção é annual.
Art. 15." Os.directores effectivos, pelo trabalho da sua gerencia, têem uma percentagem de 10 por
cento sobre os lucros líquidos da companhia, e optam querendo pela quantia de 200$000 réis annuaes.
O director consultivo, quando substitue a qualquer dos effectivos, recebe a parte correspondente ao
tempo dos serviços, e n'este caso o accionista mais votado toma o logar do director consultivo.
Art. 16.° Um dos membros da direcção irá, pelo menos, duas vezes no anno a Coimbra, examinar
o estado da fabrica e observar os trabalhos, recebendo 50$000 réis para as despezas de cada jornadá.
§ unico. Quando em virtude de negocios da fabrica, a estada do director em Coimbra se prolongar,
a assembléa geral determinará a quantia com que deve ser remunerado.
Art. 17." Os directores effectivos depositarão quarenta acções no cofre da companhia durante ò
tempo da sua gerencia. Igual deposito fará o director consultivo quando substituir alguns dos effectivos.
§ unico. Das tres chaves do cofre da companhia, uma estará nas mãos do presidente da assembléa
geral e as duas outras nas dos directores effectivos.
Art. 18.° A assembléa geral nomeia o presidente, vice-presidente e os dois secretarios para dirigi-
rem os trabalhos da mesma assembléa e para a convocarem nos casos determinados pelos presentes es-
tatutos ou exigindo-o a direcção ou quando dez socios possuidores, cada um de quatro ou mais acções,
reclamarem a convocação por proposta documentada.
Art. 19.° A assembléa geral funccionará com qualquer numero de accionistas votantes que se apre-
sente, tendo sido todos os accionistas avisados com a precisa antecedencia, tanto por annuncios publi-
cados na folha official, como por cartas especiaes dirigidas a cada um, declarando n'ellas o fim da
reunião.
Art. 20.° São admissíveis notas por escripto ou por procuração.
1 1 A s procurações só podem ser feitas a accionistas que tenham voto na assembléa geral.
| 2." Nenhum accionista póde aceitar mais do que uma procuração.
Art. 21.° Em tudo mais a companhia regular-se-ha pelo que determina o codigo commercial ácerca
das sociedades anonymas.
É tudo o que contém o projecto de reforma dos estatutos da companhia conimbricense deillumi-
naçSó a gaz, que os outorgantes me apresentaram, e ao qual me reporto, e que fica archivado n'este
meu cartorio junto aos já mencionados documentos.
E disseram finalmente todos os illustrissimos outorgantes que por esta maneira hão por bons es-
tes estatutos pela fórma e com todos os artigos e §§ que ficam exarados n'esta escriptura, e que depois
de obterem a approvação do governo de Sua Magestade, a que para isso os vão submetter, promettem
cumpri-los pontualmente.
E e m testemunho de verdade assim o outorgaram, pediram e aceitaram, sendo testemunhas pre-
sentes Vicente Xavier de Almeida Pinto e Guilherme Augusto Barreiros Cardoso, ambos empregados
n'este escriptorio e moradores n'esta cidade, o primeiro na freguezia e rua de Cima do Soccorro n.° 21,
e o segundo na travessa da Boa Hora n.° 13, freguezia da Encarnação; os quaes aqui assignam c,om os
outorgantes depois d'esta escriptura a todos ser lida por mim tabellião Antonio Joaquim Freire Cardoso,
que a escrevi. D'esta e distribuição 6$040 réis. = José Xavier Silveira da Mola—José Lxúz Pereira Crespo
=Manuel José Correia da Silva—João Eduardo Ahrends=José Bento da Costa Leite — Vicente Xavier
de Almeida, Pinto = Guilherme Augusto Barreiros Cardoso.
Traslado dos documentos mencionados na presente escriptura.
Logar do sêllo de 40 réis.
Saibam quantos este instrumento de procuração virem, que no anno do nascimento de Nosso Se-
nhor Jesus Cnristo de 1864, aos 16 dias do mez de dezembro, n'esta cidade de Lisboa, e meu escriptorio
lia rua. Auréa n.° 26, compareceu presente o ili.mo líardy IIislop, súbdito britannico, proprietario e ne-
ociante, casado e maior, morador no largo do Stephens n.° 2,.freguezia de S.Paulo, pessoa que eu ta-
f éllião conheço, e por elle foi dito em minha presença e na das testemunhas ao diante nomeadas, qué
constitue seu bastante procurador a sou familiar Manuel José Correia da Silva, para em nome d'elle ou-
torgante assignar a escriptura de reforma dos estatutos da companhia conimbricense de illuminação a
íiz, bem como para promover todos os termos e diligencias que forem necessarias para a approvação
os mesmos estatutos, pelo governo de Sua Magestade, requerendo, praticando e assignando tudo que
26 de abril 1865 143
para o indicado fim for necessário, o que elle outorgante haverá por firme e valioso. Assim o outorgou,
sendo testemunhas presentes Vicente Xavier de Almeida Pinto e Jorge Camelier, empregados n'este es-
criptorio, e que aqui assignam com o outorgante, depois d'este instrumento a todos ser lido por mim ta-
bellião Antonio Joaquim Freire Cardoso, que o escrevi, e assigno em publico e razo.—Logar do signal
ublico. —Em testemunho de verdade. = O tabellião, Antonio Joaquim. Freire Cardoso =D'este e sêllo
40 r é i s . = Cardoso — Hardy Hislop = Vicente Xavier de Almeida Pinto = Jorge Camelier.
Logar do sêllo de 40 réis. — Pompilio Augusto Franco, negociante, maior, matriculado no tribu-
nal do commercio d'esta cidade de Lisboa, na qualidade de secretario que sou da companhia conim-
bricense de illuminação a gaz, etc.
Certifico que, revendo o livro das actas das sessões da dita companhia, a acta de fi. IS a fl. 17 é
do teor seguinte:
Acta da sessão da assembléa geral da companhia conimbricense de illuminação a gaz, na noite de
7 de junho, para quando, por ordem do ex.m° presidente e na conformidade dos estatutos, foi transfe-
rida a que por falta de numero não póde verificar-se em 28 do proximo passado maio, tendo sido esta
transferencia annunciada nos jornaes Diario de Lisboa e Jornal do Commercio, para as sete horas da
noite. Presidente, o ex. mo D. João de Portugal da Silveira, secretario, Pompilio Augusto Franco.
Ás oito horas da noite o ex.""J presidente abriu a sessão, estando presentes quinze srs. accionistas
representando 78 votos, sendo: ex.m" D.João dePortugal da Silveira, acções 16, votos 2; dr. João
Antonio Brignoli, 40 — 5; Egidio Maria da Conceição, 40— 5 ; Thomás Antonio de Matos, 40 — 5;
Antonio Augusto Pereira de Miranda, 28 — 3; José Luiz Pereira Crespo, 172 — 10; Henrique Ber-
nardo Pires, 40 — 5; Julio José Pires, 40—5; Joaquim Nunes Ferreira, 12—2; dr. José Xavier Sil-
veira da Mota, 5 2 — 6 ; João Eduardo Ahrends, 4 0 — 5 ; José Bento da Costa Leite, 60 — 7; Candido
de Freitas Tavares, 60 — 7; Pompilio Augusto Franco, 4 0 — 5 ; José Gonçalves Franco, 50—6. Som-
ma, acções 730, votos 78. Foi lida a acta da sessão anterior, que foi approvada sem alteração al-
guma.
A commissão eleita para o exame das contas de gerencia da direcção leu o seu parecer, com o
qual a assembléa se conformou unanimemente.
O ex. mo sr. presidente antes de proceder-se á eleição da nova direcção, propoz que, se bem qua
os estatutos em vigor determinavam que se compozesse de tres membros effectivos, julgava que por es-
pirito de economia e por que os estatutos que vigorariam mais tarde assim o determinariam, só se no-
meassem dois. Pediram a palavra sobre este assumpto os srs. dr. Brignoli, Leite, Pires, Xavier e Mi-
randa; sendo o primeiro a favor da proposta e os seguintes contra, e depois de breve discussão, reco-
nhecendo-se a necessidade de seguir a letra dos estatutos o ex.m" presidente retirou a sua proposta.
Procedeu-se em seguida á eleição da direcção, sub-direcção e conselho consultivo, recebendo-se as lis-
tas em tres urnas ao mesmo tempo.Verificando-se o escrutínio, o ex. mo presidente proclamou eleitos:
directores os illustrissimos senhores; a saber: João Eduardo Ahrends, por 68 votos; José Bento da Costa
Leite, por 28; José Luiz Pereira Crespo, por 64; sub-directores, os illustrissimos senhores; a saber:
dr. José Xavier Silveira da Mota, por 29; Pompilio Augusto Franco, por 36; membros do conselho
consultivo, os ill.mo5 srs. José Gonçalves Franco, por 43; Henrique Bernardo Pires, por 44; Antonio
Augusto Pereira de Miranda, por 34.
Obtiveram tambem votos para os mesmos cargos os seguintes illustrissimos senhores: para dire-
ctores, 23, dr. José Xavier Silveira da Mota; 21, Pompilio Augusto Franco; 10, Antonio^ Augusto Pe-
reira de Miranda; 7, Candido de Freitas Tavares; para sub-directores : 21, José Gonçalves Franco; 21,
José Luiz Alves Bastos; 18, Antonio Augusto Pereira de Miranda; 16, Candido de Freitas Tavares'; o,
Henrique Bernardo Pires; para o conselho consultivo : 21, dr. José Xavier Silveira da Mota; 21, Luiz
Jardim; 10, dr. João Antonio Brignoli; 5, Candido do Freitas Tavares; para directores e sub-directores
entraram nas urnas 14 listas e para o conselho consultivo 13 sómente.
Em seguida o sr. dr. Silveira da Mota deu parte á assembléa de que tinha tido diversas conferen-
cias com o fiscal das obras publicas para a reforma dos estatutos. A assembléa deu voto de confiança
á commissão de que elle fazia parte para, de accordo com a direcção, se entender com o governo sobre
a reforma dos estatutos, e auctorisou tanto a commissão como a direccão para assignarem a escriptura
relativa aos novos estatutos.
Não havendo mais nada que tratar, o sr. presidente levantou a sessão sendo dez horas e meiá da
noite. Lisboa, 7 de junho de 1864. = (Assignado) o secretario, Pompilio Augusto Franco—Silveira.'
Está conforme com o livro de actas, a que me reporto. Lisboa, 6 de dezembro de 1864,=Pompilio
Augusto Franco. . ,
E eu Antonio Joaquim Freire Cardoso, tabellião publico de nçtas n'esta cidade de Lisboa e sua
comarca, por Sua Magestade Fidelíssima,-que Deus guarde, esta fiz extrahir de minhas notas e dos do-
cumentos mencionados n'esta escriptura, ao que tudo me reporto, e a numerei e subscrevi, subscrevo
e assigno em publico e raso.=Em testemunho de verdade, o tabellião, Antonio Joaquirn Freire Cardoso.
Rasa e sêllo 1$920 réis.=Cardoso.
Paço, em 26 de abril de 1865. = Carbs Bento da Silva.
36
#36
1865 24 de abril
r a m i m p o s t a s á c o m p a n h i a F i r m e z a , e a t o d a s as disposições d a s leis e r e g u l a m e n t o s e m v i -
gor, ou que de futuro venham a promulgar-se, devendo a grandeza superficial da d e m a r -
cação d ' e s t a m i n a s e r a m e s m a e limitada d o m e s m o m o d o p o r q u e está d e s i g n a d o n o d e -
c r e t o d e 2 d e j u l h o d e 1 8 5 5 , p u b l i c a d o n a folha official, n . ° 1 6 5 , d e 1 6 d o m e s m o m e z e
anno.
Hei o u t r o s i m p o r b e m d e t e r m i n a r q u e a r e f e r i d a c o m p a n h i a d e m i n e r a ç ã o d e T r a z o s
M o n t e s f i q u e sujeita, n o s t e r m o s d a s u a p r o p o s t a , á s s e g u i n t e s o b r i g a ç õ e s :
1 . a A u g m e n t a r n o p r a s o d e seis m e z e s o capital social d e m a n e i r a q u e fique p e l o m e -
n o s a q u a n t i a d e 20:000,$>000 réis d i s p o n í v e l , p a r a s e r e x c l u s i v a m e n t e a p p l i c a d a á s d e s -
p e z a s d e lavra d ' e s t e j a z i g o .
2 . a E f f e c t u a r p l a n t a ç õ e s d e essencia d e p i n h e i r o e p r o v e r á s u a conservação n o s t e r - -
renos comprehendidos na demarcação d'esta mina, d e modo q u e no futuro possa haver
a s m a d e i r a s d e q u e c a r e c e r e m os t r a b a l h o s d e m i n e r a ç ã o .
3 . a A p r e s e n t a r n o citado m i n i s t e r i o , n a e p o c h a q u e for assignalada, o p r o j e c t o d e u m a
e s t r a d a q u e l i g u e o local d a mina c o m o u t r a q u a l q u e r e s t r a d a concelhia o u d i s t r i c t a l . E s t a
e s t r a d a , c u j o p r o j e c t o fica d e p e n d e n t e d a a p p r o v a ç ã o d o g o v e r n o , s e r á c o n s t r u i d a p o r conta
da c o m p a n h i a e fiscalisada p e l o g o v e r n o .
4 . a P a g a r ao e s t a d o , a l e m d o i m p o s t o p r o p o r c i o n a l d e q u e trata o artigo 40.° d a lei d e
3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 , m a i s 1 p o r c e n t o d o r e n d i m e n t o collectavel.
5 . a . : A p r e s e n t a r n o p r a s o d e seis m e z e s , c o n t a d o s d a data d ' e s t e d e c r e t o , o p l a n o d e
t r a b a l h o s a e x e c u t a r na sobredita m i n a , e b e m a s s i m s u b m e t t e r á a p p r o v a ç ã o d o g o v e r n o u m
- engenheiro idoneo para director technico da m e s m a mina.
6 . a S e a c o m p a n h i a d e m i n e r a ç ã o d e T r a z os Montes n ã o c u m p r i r t o d a s a s c o n d i ç õ e s
g e r a e s e x p r e s s a s na lei e r e g u l a m e n t o d e m i n a s e a s e s p e c i a e s d e s i g n a d a s n ' e s t e d e c r e t o ,
. fica esta c o n c e s s ã o n u l l a e caduca para todos o s effeitos, s e m d e p e n d e n c i a d e p r o c e s s o d e
julgamento de abandono.
O c o n s e l h e i r o C a r l o s B e n t o d a Silva, m i n i s t r o e secretario d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a s
o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço, e m
2 7 d e abril d o 1 8 6 5 . = R E i . = C a r / o s Bento, da Silva. • D . D E L n °á03 DE8DEMAIO
P o r d e c r e t o d e 2 6 d o c o r r e n t e m e z foi c r e a d a u m escola d e m e n i n a s n a f r e g u e z i a e
villa d e M o r t a g u a , districto d e Vizeu, c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia p a r a a escola e a
q u a n t i a d e 3 $ 0 0 0 réis a n n u a e s p a r a o b j e c t o s d e e n s i n o d a s a l u m n a s p o b r e s , pela c a m a r a
municipal respectiva.
E s t a c a d e i r a n ã o s e r á p r o v i d a s e m q u e o g o v e r n a d o r civil d o districto h a j a verificado
e l n f o r m a d o q u e a casa e mobilia offerecidas estão p r o m p t a s e s a t i s f a z e m , n a c o n f o r m i -
d a d e d o d i s p o s t o h a c i r c u l a r d e 2 2 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 9 (Diario d e L i s b o a n . ° 47)*
D. do L. n.°-9S, do 28 de abril.
y;! na - v - ; ,..••• •-,-:••• r - .. .
j IM ' , ! ! ( > : " • ; <>: F V, ' : : ,!.-•;• - ; i f ; - • :;•<•.^-Vq , f - oirtuj !'•; i"
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MAIO
CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS
RESOLUÇÃO N.° 2 8 8 " <
RESOLUÇÃO N.° 2 3 9
. A t t e n d e n d o a o q u e m e r e p r e s e n t a r a m Julio C o r d e i r o , s ú b d i t o p o r t u g u e z e J o s é E u g é -
nio Chabert, engenheiro constructor, súbdito francez, residentes e m Lisboa; pedindo pri-
vilegio p o r cinco a n n o s c o m o i n t r o d u c t o r e s d e u m s y s t e m a d e fabricação de paredes fei-
148 1865 11 de abril
tas de betume hydraulico comprimido, construídas de uma só peça ou por meio de tijolo
massiço ou ôco;
Yisto o d e c r e t o c o m força d e lei d e £ 1 de, d e z e m b r o d e 1 8 5 2 ;
C o n s i d e r a n d o q u e , p o s t a a c o n c u r s á a eo^çpgsão da p a t e n t e , n a c o n f o r m i d a d e d o a r -
t i g o 2 3 . ° d o citado d e c r e t o , c o m r e f e r e n c i a a o p r a s o p o r q u e è p e d i d a , n i n g u é m s e o p p o z ;
C o n s i d e r a n d o q u e o s r e q u e r e n t e s s a t i s f i z e r a m todas as p r e s c r i p ç õ e s d o m e n c i o n a d o
decreto:
Hei p o r b e m c o n c e d e r aos ditos Julio C o r d e i r o e J o s ó Eugertíò C h a b e r t a p a t e n t e d e
i n t r o d u c ç ã o p a r a o o b j e c t o acima indicado e p e l o espaço d e cinco a n n o s , d u r a n t e o s q u a e s
os s e u s d i r e i t o s d e p r o p r i e d a d e á dita i n t r o d u c ç ã o ficarão s o b g u a r d a e d e f e n s a d a lei,
s e n d o a p a t e n t e c o n c e d i d a s e m e x a m e p r é v i o , e s e i n g a r p l i a d^ r e a l i d a d e , p.fiorijiade,
néfii taerècimento d o i n v e n t o a q u e diz r e s p e i t o , p e l o q u e ficam salvos o s direi[of» d e t e r -
•céifo e b r e q u e r e n t e s u j e i t o ás o b r i g a ç õ e s e c l a u s u l a s c o n t i d a s n o s u p r a c i t a d o . d e c r e t o , $
ao p r é v i o p a g a m e n t o dos d i r e i t o s q u e d e v e r , p a a s a n d o - s e - l h e d i p l o m a polo ministerio, d a ?
obras publicas, commercio e industria. • :
O m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o das o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a sssim, o te-
n h a éhteti&iflò e faça e x e c u t a r . Paço, 2 d e m a i o d e 1 8 6 5 , = R E I . ^ C a r l o s B e n t o àa Silva.
f B. doL: n.f 109, de 13 ífiipaio.
1 !
i' . •') . -: . . . , - .
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS '' •"
Hei p o r b e m o r d e n a r , e m c o n f o r m i d a d e da carta d e lei d e 2 5 de j u n h o d e çiuvido
o'-Çofisôlbo d i s t a d o , q u e n o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s da fazenda se. a b r a uER.dçcíétó s u p -
- p l é l n e i i è i r j â' favor d o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s e s t r a n g e i r o s , pela. q u a n t i a d í 9 - W W P P P
r é i s p a r a p a g a m e n t o d e a j u d a s d e c u s t o a diplomaticos. , '
;
0 conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios estrangeiros p dos
d a f a z e n d a assim o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 3 d e m a j o d e 1 8 6 5 . ^ R E J , . =
Gokde â'Avila." D. deL. n.° loa, de ^aio.
D o m L u i z , p o r graça d e D e u s , R e i d e P o r t u g a l e d o s A l g a r v e s , e t c . F a z e m o s s a b e r a
! !
t o'â'ós 'òáliiô^sòs stiKãítos, q u e a s c ô r t e s g e r a e s d e c r e t a r a m e n o s q u e r e m o s .-ariei segdirrtai:
A r t i g o 1.° É a u c t o r i s a d a a c a m a r a m u n i c i p a l - d o P o r t o a c o n t r a h i r u m e m p r e s t i m o a t é
á q u a n t i a d e 300:000)3(000 réis, c o m o j u r o q u e n ã o e x c e d i a ,7 p o f centpr.ao anno,....,
: A r t . 2 . ° © " e m p r e s t i m o s e r á levantado p o r s e r i e s . d e 50:ÔÒQ$0Ó0 'r^iSj.Miilffd^s^àlpro-
p o r ç ã o q u e o d e s e n v o l v i m e n t o d a s o b r a s o exigir, e p r e c e d e n d o licença <ip g o v e r n o
r
s o b r e cónsultâ d o c o n s e l h o d e d i s t r i c t o . . . . . r ' 7 .
A r t . 3 . 0 O e m p r e s t i m o p o d e r á s e r c o n t r a t a d o c o m q u a e s q u e r b a n c o s o u sociedades d e
' c t e d í t ó , p o r c o n c u r s o p u b l i c o , o u p o r m e i o d e a c ç õ e s á o p o r t a d o r , s e g u n d ô ' p a r é c é ^ nie-
I h t í r ' a ' ô ' g o v e r n o , ouvido o c o n s e l h o d e d i s t r i c t o .
150 1865 11 de abril
A r t . 4 . ° N e n h u m a d a s s e r i e s será l e v a n t a d a s e m q u e a c a m a r a m u n i c i p a l a p r e s e n t e o
o r ç a m e n t o e p l a n t a d a o b r a a q u e deva s e r a p p l i c a d a , e s e m q u e u m a o u o u t r o t e n h a m
sido approvados pelo governo.
Art. 5.° O emprestimo será exclusivamente empregado nas obras designadas nas ta-
b e l l a s n . ò s 1 e 2 , q u e ficam f a z e n d o p a r t e d ' e s t a lei; a s a b e r : 1 8 3 : 6 9 3 ^ 0 0 0 r é i s n à s o b r a s
m e n c i o n a d a s n a tabella n . ° 1, e 1 1 6 : 3 0 3 ^ 0 0 0 r é i s n a s o b r a s m e n c i o n a d a s n a tabella n . ° 2 .
| unico. D ' e n t r e a s o b r a s m e n c i o n a d a s n a s tabellas n . ° 5 1 e 2 c o m e ç a r ã o a c o n s t r u i r - s e
d e p o i s da p u b l i c a ç ã o d ' e s t a lei t ã o s ó m e n t e a q u e l l a s q u e , s e n d o m a i s u r g e n t e s e i n d i s p e n -
saveis, p o d é r e m c o n c l u i r - s e a t é a o d i a d a a b e r t u r a d a exposição, q u e t e m d e v e r i f i c a r - s e
e m agosto p r o x i m o f u t u r o , d e v e n d o a e x e c u ç ã o d e t o d a s a s o u t r a s s u b o r d i n a r - s e a o q u e s e
acha disposto n a p a r t e respectiva d o decreto d e 3 1 d e d e z e m b r o d e 1864.
A r t . 6 . ° A s o b r a s s e r ã o d a d a s p o r a r r e m a t a ç ã o e m h a s t a p u b l i c a , o u feitas p o r c o n t a
do concelho, segundo parecer mais conveniente á camara e ao conselho de districto.
A r t . 7 . ° O j u r o d o e m p r e s t i m o s e r á p a g o aos s e m e s t r e s n o s d i a s 3 0 d e j u n h o e 3 1 d e
dezembro d e cada anno.
i Art. 8 . ° Far-se-ha annualmente u m a amortisação d e 3 p o r cento d o nominal d o e m -
p r e s t i m o , a q u a l p o d e r á s e r e l e v a d a s e g u n d o a s forças d o c o f r e d o c o n c e l h o e c o m o p a r e -
cer conveniente á camara.
| u n i c o . S e o e m p r e s t i m o for l e v a n t a d o p o r m e i o d e acções, a a m o r t i s a ç ã o v e r i f i c a r -
s e - h a p o r s o r t e i o p u b l i c o n o dia 3 1 d e d e z e m b r o d e c a d a a n n o . S e t i v e r sido l e v a n t a d o p o r
o u t r o m o d o , f a r - s e - h a a a m o r t i s a ç ã o pela f ó r m a q u e f o r a c c o r d a d a e n t r e a c a m a r a e o s
mutuantes.
Art. 9.° Á segurança e garantia d o emprestimo hypothecará a camara municipal o s
rendimentos municipaes, e especialmente o rendimento do imposto sobre o vinho despa-
chado para consumo d a cidade.
A r t - 1 0 . ° N o o r ç a m e n t o m u n i c i p a l s e r ã o , e m capitulo especial, i n s c r i p t a s a s v e r b a s
necessarias p a r a o pagamento-do juro e da amortisação do emprestimo.
A r t . l í . ° Sã'o d e c l a r a d a s d e u t i l i d a d e p u b l i c a a s e x p r o p r i a ç õ e s q u e f o r e m n e c e s s a r i a s
para se effectuarem as obras d e q u e trata a presente lei.
A r t . 1 2 . ° O s v e r e a d o r e s o u q u a e s q u e r o u t r o s f u n c c i o n a r i o s q u e e f f e c t u a r e m , auxilia-
r e m o u a p p r o v a r e m o desvio d a s q u a n t i a s m u t u a d a s p a r a applicação alheia d a q u e l h e s é
p r e s c r i p t a p é l a p r e s e n t e lei, i n c o r r e r ã o nas p e n a s c o m m i n a d a s n o a r t i g o 5 4 . ° d a lei d e 2 6
de agosto d e 1848.
: A r t . 1 3 . ° F i c a r e v o g a d a a legislação e m c o n t r a r i o .
. Mandámos portanto a todas as auctoridades e mais pessoas, a quem o conhecimento e
e x e c u ç ã o d a r e f e r i d a lei p e r t e n c e r , q u e a c u m p r a m e g u a r d e m e f a ç a m c u m p r i r e g u a r d a r
t ã o i n t e i r a m e n t e c o m o n'ella s e c o n t é m .
O m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d o r e i n o a faça i m p r i m i r , p u b l i c a r e cor-
r e r . Dada n o paço d a Ajuda, aos 5 d e maio d e 1 8 6 5 . = E L - R E I , com rubrica e guarda. =
Julio Gome» da Silva Sanches. = ( L o g a r d o sêllo g r a n d e d a s r e a e s . )
C a r t a d e lei p e l a q u a l Vossa M a g e s t a d e , t e n d o sanccionado o d e c r e t o das c ô r t e s g e r a e s
d e 2 d o c o r r e n t e m e z d e m a i o , q u e auctorisa a c a m a r a m u n i c i p a l d o P o r t o a c o n t r a h i r u m
e m p r e s t i m o até á quantia d e 3 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis, com o juro que não exceda a 7 p o r cento
a o a n n o , p a r a s e r e x c l u s i v a m e n t e e m p r e g a d o nas o b r a s d e q u e c a r e c e o m u n i c i p i o , d e s i -
g n a d a s n a s tabellas q u e f a z e m p a r t e d a p r e s e n t e lei, e d e c l a r a d e utilidade p u b l i c a a s e x -
p r o p r i a ç õ e s q u e f o r e m n e c e s s a r i a s p a r a s e e f f e c t u a r e m a s ditas o b r a s , m a n d a c u m p r i r e
g u a r d a r o m e s m o d e c r e t o - p e l a f ó r m a r e t r ò d e c l a r a d a . — P a r a V o s s a M a g e s t a d e ver.^=
João Pereira a fez.
TABELLA N.° 1 .
Das obras, com orçamentos e plantas, comprehendidas no emprestimo que a camara municipal do Porto
è auctorisada a realisar pela lei d'esta data
1 Continuação da abertura da rua da Boa Vista 52:768^200
SubscripçSo provável S:704^761 47-053^439
2 Continuação da abertura da rua Duque de Bragança 15:469Í400
3 Estrada da Foz'a Lessa 6:000^1000
4 Estrada do Carvalhido á Boa Vista S: 156$000
5 Alinhamento e expropriações na Caneella Velha 2:966$880
76:653^719
41 de abril 1865 151
Transporte 76:6550719
6 Expropriações e abertura de unia rua desde o largo da Aguardente até á rua da
Alegria.. 8:1230342
7 Expropriações e melhoramentos no campo dos Martyres da Patria 7:9150070
8 Conclusão da rua da Alegria 5:3280780
9 Construcção da rua do Pombal 1:69 4J1Õ23
10 Construcção e rebaixamento da rua do Triumpho 4:1230053
11 Construcção da rua do Palacio de Crystal 8:7370936
12 Melhoramentos na praça do Duque de Beja ;..... 2:3210170
13 Abertura da rua de Santa Thereza até á praça de Carlos Alberto 19:1660235
Subscripção provável 9:1660235 io-OOO0OOÒ
14 Alinhamento da rua do Heroismo 2:5000000
15 Continuação da rua de S. Victor até S. Lazaro 4:0000000
Obras que só têem orçamento por já terem planta approvada:
16 Calcetamento da rua das Flores e largo de S. Domingos 6:0560855
17 Calcetamento da rua Chã •... , 2:2210066
18 Calcetamento da rua do Almada 5:6840871
19 Calcetamento da rua dos Martyres da Liberdade 4:3280684
20 Calcetamento da rua Fernandes Thomás 3:864087]
21 Calcetamento da praça de Carlos Alberto 6:9730709
Subscripção provável 2:9730709 4-0000000
22 Calcetamento da rua de Cedofeita 7:8460069
23 Calcetamento da rua do Principe até á rua do Rosario 9520300
24 Calcetamento da rua desde a praça de D. Pedro V até ao Campo Pequeno 1:5070200
25 Calcetamento da rua do Carregal á rua do Paco 4170000
26 Largo de Santo André , 5830201
27 Rua em volta da práça do Duque de Beja 1:7110200
28 Praça da Ribeira T 2:7790000
29 Muro de supporte na praça do Duque de Beja ,..'••• 7460500
30 Resto do pagamento da casa contigua aos paços do concelho 9:6000000
183:6950000
TABELLA N.° 2
Obras que ainda não têem plantas nem orçamentos, comprehendidas no emprestimo que a camara
municipal do Porto é auctorisada a realisar pela lei d'esta data
1 Abertura da rua da Batalha 10:0000000
2 Abertura da rua da Biquinha 80:0000000
3 Mercado do peixe 6: QOO0OOO
4 Alargamento da viella do Carapinho 2:4000000
5 Continuação da rua de Gonçalo Christovão até Sanla Catharina 12:9030000
6 Continuação das escadas da*Victoria t 5:OOO0pOO
116:3050000
P o r d e c r e t o d e 4 d o c o r r e n t e m e z f o r a m c r e a d a s cadeiras d e e n s i n o p r i m a r i o n a s s e -
!g^ntè;s;íocal'idades: ..
! ' ; V , ; ' ^ f t í l e z i a d a Raiva, concelho d e Castello d e P a i v a — p a r a o s e x o m a s c u l i n o , c o m o ^ u b -
r
s i d i Ò 4 e i C a s a e mobilia p e l a j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a . ' ' :;
• ' F r e g u e z i a d e R e a l , c o n c e l h o d e Castello d e P a i v a , districto d e A v e i r o - — p a r a o s e x o
ttasçtiliho, c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia p e l a s j u n t a s d e p a r o c h i a d a s f r e g u e z i a s - d e
!
PaFâizo è í R e a l .
F r e g u e z i a e villa d e P r o e n ç a a N o v a , districto d e Castello B r a n c o — p a r a o s e x o f e m i -
n i n o c o m o subsidio d e casa e mobilia p e l a j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a . .,
F r e g u e z i a , e villa d e S. João d a P e s q u e i r a , districto d e V i z e u — p a r a o s e x o f e m i n i n o ,
c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia e 3 $ 0 0 0 r é i s a n n u a e s p a r a objectos d e e n s i n o d a s a l u -
m n a s p o b r e s , pela j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a .
F r e g u e z i a d e T o n d a , concelho d e T o n d e l l a , districto d e V i z e u — p a r a o sexo m a s c u l i n o
c o m o s u b s i d i o d e casa e m o b i l i a e 3 $ 0 0 0 r é i s a n n u a e s p a r a o b j e c t o s d e e n s i n o d o s a l u -
m n o s p o b r e s , pela j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a .
Freguezia d e Fataunços, concelho de Vouzella, districto d e V i z e u — p a r a o sexo mas-
culino, c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia p e l a j u n t a d e p a r o c h i a e 3 # 0 0 0 r é i s a n n u a e s p a r a
o b j e c t o s d e e n s i n o d o s ' a l u m n o s p o b r è s ' p e l a m e s a d á i r m a n d a d e d o •Santissimo S a c r a -
mento da referida freguezia. :.,.,. :-(j
d ! ; . 0 ; p r p v i m e n t o , d ' e s t a s c a d e i r a s nãogodorâ: effectõar-se'sQjpa : «g^e-lífynçáC^ò.-^ipfeitos
•os s u b s i d i o s . r e s p e c t i v o s , n a . c o n f o r m i d a d e ; d o . d i s p o s t o . n a c i r c u l a r d e 2 2 ,de <Íez;êt^pro.,d.e
iÒ àè maió 1865 153
RESOLUÇÃO N.° 2 6 5
RESOLUÇÃO N.° 2 6 4
T e n d o a c o m m i s s ã o n o m e a d a p o r d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 3 p a r a colligir s u b :
s e r i p ç õ e s e donativos e m favor dos h a b i t a n t e s d o a r c h i p e l a g o d e Cabo V e r d e , d a q u a l ftn
r a m m e m b r o s o d u q u e d e P a l m e l l a , o v i s c o n d e d e Condeixa, J o s é I z i d o r o G u e d e s , A n t o -
nio M a r i a B a r r e i r o s A r r o b a s , J o a q u i m J o s é R o d r i g u e s d a C a m a r a , A n t o n i o J o s é d e .Seixas,
J ò s ê M a r i a L o b o d'Avila, F o r t u n a t o C h a m i ç o , M a n u e l J o s é M a c h a d o e J o ã o d e S o u s a M a -
c h a d o , c o n c l u i d o a i n c u m b ê n c i a q u e l h e foi d a d a p e l o s o b r e d i t o d e c r e t o : b e i p o r b e m d a r
p o r dissolvida a m e s m a c o m m i s s ã o , e l o u v a r a cada u m d o s s o b r e d i t o s m e m b r o s ,d'ella
pelo zeloso'empenho c o m q u e se houveram, assim e m procurar as subscripções, como
n o e m p r e g o d o q u e ellas p r o d u z i r a m e r e m e s s a dos i m p o r t a n t e s s o c c o r r o s , c o m q u e séjm
duvida s e salvaram muitos milhares d e vidas; e igualmente hei por b e m louvar:a todas as
41 de abril 1865 155
D e t e r m i n a n d o - s e n o n . ° 4 . ° d a s i n s t r u c ç õ e s d e 2 3 d e abril e 2G d e agosto d e 1 8 6 1 ,
p a r a o s e x a m e s d o s c a n d i d a t o s ás cadeiras d e m a t h e m a t i c a e l e m e n t a r e i n t r o d u c ç ã o á his-
toria n a t u r a l d o s lyceus n a c i o n a e s , q u e , findo o p r a s o dos c o n c u r s o s p a r a a s r e f e r i d a s c a -
d e i r a s , o s c o m m i s s a r i o s dos e s t u d o s d e v e m enviar á direcção g e r a l d e i n s t r u c ç ã o p u b l i c a ,
n o m i n i s t e r i o d o reino, u m a r e l a ç ã o d e t o d o s o s c a n d i d a t o s l e g a l m e n t e a d m i t t i d o s , p a r a
s e r p u b l i c a d a n a folha official d o g o v e r n o , e q u e c m C o i m b r a e P o r t o d e v e m o s r e s p e c t i -
v o s c o m m i s s a r i o s fazer p u b l i c a r iguaes relações r f a l g u m d o s j o r n a e s q u e ali s e i m p r i m i -
r e m ; e d i s p o n d o o n.° 5.° das s u p r a c i t a d a s i n s t r u c ç õ e s , q u e os c a n d i d a t o s e x c l u í d o s d e t a e s
relações p o d e m recorrer ao governo do despacho d o commissario d o s estudos, dentro d o
p r a s o d e oito dias, c o n t a d o s d a data d a p u b l i c a ç ã o d o s n o m e s dos c o n c o r r e n t e s a d m i t t i d o s
ao c o n c u r s o ; e p o d e n d o l e v a n t a r - s e d u v i d a s o b r e . s e este p r a s o p r i n c i p i a a c o r r e r d e s d e a
p u b l i c a ç ã o n a folha official d o g o v e r n o , o u n a s f o l h a s d e C o i m b r a e P o r t o :
S u a M a g e s t a d e El-Rei, c o n f o r m a n d o - s e c o m o p a r e c e r do c o n s e l h o geral d e i n s t r u c ç ã o
publica, ha por b e m resolver:
1.° Q u e o p r a s o d e oito dias, d e q u e trata o n . ° 5 . ° d a s i n s t r u c ç õ e s d e 2 3 d e abril e
2 6 d e a g o s t o d e 1 8 6 1 , principia a c o r r e r d e s d e q u e são p u b l i c a d o s n a folha official d o go-
v e r n o o s n o m e s dos c a n d i d a t o s , n ã o i n c l u i n d o o d i a d a p u b l i c a ç ã o ;
2 . ° Q u e os c o m m i s s a r i o s d o s e s t u d o s d e Lisboa, C o i m b r a e P o r t o , p e r a n t e o s q u a e s
t ê e m d e r e q u e r e r o s candidatos, d e v e m p ô r todo o c u i d a d o e m r e m e t t e r á d i r e c ç ã o geral
d e instrucção publica n o d i a i m m e d i a t o a q u e l l e e m q u e findar o p r a s o d o e d i t o a r e l a ç ã o
d e t o d o s os c a n d i d a t o s a d m i t t i d o s .
P a ç o d a A j u d a , e n r l O d e m a i o d e 1 8 5 5 . = Julio Gomes da Silva Sanches.
D. de L. n.° 109, de 15 de maio.
. U s a n d o d a auctorisação c o n c e d i d a a o g o v e r n o e m o § 3 . ° d o a r t i g o 3.° d a c a r t a d e l e i
d e 2 5 d e j u n h o d e 1 8 6 4 , e t e n d o o u v i d o o c o n s e l h o d ' e s t a d o , n a c o n f o r m i d a d e d o a r t i g o 4.°
d a. m e s m a carta d e l e i : hei p o r b e m d e t e r m i n a r q u e n o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s d a fazen-
da. s e a b r a , a favor d o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s ecclesiasticos e d e j u s t i ç a , u m c r e d i t o s u p -
p l e m e n t a r d a q u a n t i a d e 2 4 : 5 9 1 ^ 6 8 0 réis p a r a p a g a m e n t o integral d a s c ô n g r u a s d o s e c -
clesiasticos d o b i s p a d o d o F u n c h a l n o actual a n n o economico d e 1 8 6 4 - 1 8 6 5 .
O s m i n i s t r o s e s e c r e t á r i o s d ' e s t a d o d o s negocios ecclesiasticos e d e justiça e d o s da
f a z e n d a o t e n h a m a s s i m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o d a A j u d a , 11 d e m a i o d e 1 8 6 5 .
==Rei .—Julio Gomes da Silva Sanches= Conderi'Anila. D . flc L . n.» iw, ao is do maio.
regimen das aguas, e sendo certo que os ditos campos, de sua natureza feraces, sepresta^
riam aos mais productivos aperfeiçoamentos de cultura, com grande vantagem dos seus
cultivadores e conseguintemente dos rendimentos publicos; considerando que o regula-
mento vigente não preenche os fjns com que foi estabelecido: ha por bem Sua Magestade
El-Rei ordenar, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, que seja no-
meada uma oommissão, composta do governador civil do districto de Leiria, que servir^
de presidente, do director das obras publicas do referido districto, e de tres vogaesnomea-
.dos pelo dito governador ciyil, servindo um d'elles de secretario, a qual commissãoorga-
nisará e submetterá com urgencia ao conhecimento do governo um plano geral de obras
e plantaçSes, tendentes a resguardar em toda a sua extensão os mencionados campos dos
damnos causados pelo desgoverno das aguas, e bem assim um projecto de reforma do anr
tigo regulamento, em que se prescrevam as obrigações dos interessados e as regras admi-
nistrativas para o melhoramento e conservação dos mesmos campos.
.0/ que se communica ao indicado governador civil, para sua intelligencia e mais effeitos.
Paço, em 13 de maio de 1865. = Carlos Bento da Silva. d. do l. n.° 109, de is de maio.
Sua Magestade El-Rei, tendo visto a representação que á sua augusta presença ele-
vou o conselho dos decanos da universidade de Coimbra, pedindo, relativamente ás sus-
peições 0ppo§tas ppr candidatos ao magisterio, a resolução das seguintes duvidas:
l . a Se os artigos de suspeição podem ser julgados improcedentes antes de serena1 ad-
mittídps a prova, e neste caso se pertence ao chanceller ou ao tribunal constituido na fórma
da caria regia de 23 de novembro de 1805 o decidir da questão de improcedeneja;
; 2 / SQ no juizo das spspeições devem aggregar-se ao mesmo conselho dois pu quatro
lentes da faculdade de direito;
3, a Se deverá ser ouvido o fiscal da mesma faculdade;
,•. 4,* Se nas suspeições oppostas ao reitor subsiste o § 2.° do titulo 26.° do livro 2.° dos
estatutos velhos;
* S.- Se ppdem ser exigidos os depositos e multas de que tratam os mesmos estatutos,
no caso de não serem provadas as suspeições, ás quaes duvidas acresce outra oferecida
pelo .conselheiro yic.e-rei'tor da universidade em officio de 28 de abril ultimo, quanto ao
modo de proceder, quando todo o conselho dos decanos é dado de suspeito, como acon-
tece no processo de concurso ultimamente aberto para provimento dgs substituições ex-
traordinarias da faculdade de medicina;
Considerando ,que tanto na legislação geral do reino, estabelecida ria ordenação li-
vro 3.°, titulo 21.°, f f 8.° e 9.°, e na novissima reforma judiciaria artigos 760.° e $18.°
i 3.°, como na legislação especial da universidade, que são os estatutos velhos, livro 2.°,
titulo. <26,p princ., e carta regia de 23 de novembro de 1805, se acha adoptado ou reco-
nhecido o prinçjpio de que a questão d.3 improcedência das rasões da suspeição é prejq-
dioisl .da .questão da prova das mesmas rasões;
Considerando que ao chanceller pertence, nos termos da citada carta regia, canheeer
das rasões da suspeição, isto é, se procedem ou não na fórma dos estatutos velhos, li-
vro 2-°, titulo 26.° princ, e instruir o processo no termo peremptório de dez dias, findos
os quaes o levará ao tribunal que tem de julgar as suspeições provadas-ou não provadas;
, Considerando que a duvida de serem aggregados ao conselho dos decanos, constituido
em tribunal de suspeições, quatro ou sómente dois lentes da faculdade de direito, já pela
portaria de 16 de janeiro ultimo foi resolvida n'este segundo sentido, o que vae em har-
ifloqia com a pratica, sem nenhuma opposição estabelecida e continuada, de ser a facul-
dade de direito representada no .conselho dos decanos como uma só e não como duas fa-
culdades;
Considerando que nem a legislação geral exige a audiência do ministerio publico no
processo das suspeições communs, nem a legislação especial da universidade requer a
presença ou audiência do fiscal da faculdade de direito em materia de suspeições nos con-
cursos, as quaes devendo ser julgadas no praso peremptorio estabelecido pela carta regia
158 1865 í) de junho.
RESOLUÇÃO N.° 2 6 6
3.° Que quanto ás pretéritas construcções se prohiba o seu augmento, podendo ellas
porém continuar no statu quo até ulterior resolução.
4.° Que os generaes commandantes das divisões militares, os governador das praças
de guerra, das fortalezas e dos pontos fortificados llquem responsáveis por qualquer in-
fracção, quando lhe não façam de prompto opposição legal.
5.° Finalmente que se ultime sem demora a lombação dos terrenos e edificios adja-
centes ás praças e fortalezas, nos termos do que foi ordenado ao commandante geral de
engenheria, em officio do ministerio da guerra, datado de 14 de maio de 1862; exigindo-
se pelos meios legaes das pessoas que se acharem de posse de similhantes bens, situados
a distancia de 600 braças, l:318' u ,800, em roda da explanada das mesmas praças e for-
talezas, os titulos da sua propriedade.
O presidente do conselho de ministros, ministro o secretario d 5 estado dos negocios da
guerra, encarregado interinamente dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido e
faça executar.
Paço, em 17 de maio de = Marquez de Sá da Bandeira.
Ord. da esc. 11." 23, ilc 31 ilu maio, o D. iloL. n.° 123, do 3 de junho.
Dom Luiz, por graça de Deus, Ilei de Portugal e dos Algarves, -etc. Fazemos saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretarame nós queremos alei seguinte:
Artigo 1.° É o governo auctorisado a proceder á cobrança dos impostos e mais rendi-
mentos publicos, relativos ao anno economico de 1865-1866, e applicar o seu producto
ás despezas do estado correspondentes ao mesmo anno, segundo o disposto nas cartas'de
lei de 25 de junho de 1864 e mais disposições legislativas em vigor, salvas as alterações
estabelecidas n'esta loi. • "
Art. 2.° Os subsidios e vencimentos dos empregados cio estado, dos estabelecimentos
pios e os das classes inactivas de consideração, a que se refere o artigo 3.° da c a r t a d e
lei de 2 5 de junho de 1864, relativos ao anno economico de 1865^1866, serão págos sem
deducção alguma.
Art. 3.° Os vencimentos das classes inactivas de não consideração, no continente do
reino e ilhas adjacentes, serão pagos com o augmento de 25 por cento: do valor nominal
dos respectivos titulos. O
J í.° Os vencimentos do monte pio militar, do exercito e da armada,'até 100$000réis;
serão pagos integralmente. .•.•: •••(
15 de maio 1865 163
Dom Luiz, por graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos:saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1 É concedida á irmandade de Nossa Senhora do Carmo, da cidade de Braga,
a propriedade da igreja da mesma invocação com suas pertenças, que provisoriamente lhe
fôra concedida pela portaria de 17 de setembro de 1835, e bem assim os corredores'infe-
rior e superior do extincto convento dos religiosos carmelitas descalços, que dão servenr
tia para a sacristia, côro, tribuna e torre, e a parte do primeiro andar que corre do nas T
cente ao poente.
Art.:2.° Á irmandade incumbe:
1.° Entregar ao hospital militar os aposentos que com o mesmo partem pelo poente,
e têem actualmente serventia pelo corredor superior que corre do norte a sul;
2.° Tapar á sua custa todas as portas e arcos que communicam o referido corredor
com aquelles aposentos e o resto do edificio occupado pelo hospital militar.
Art. 3.° Esta concessão ficará sem effeito, se a igreja ou suas pertenças, ou a parte
doada do convento, deixarem de ser empregadas no culto e serviço divino, ou a irman-
dade não der cumprimento dentro de um anno ao disposto no artigo 2.°
Art. 4.° Fica revogada toda a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como n'ella se contém.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, a f a ç a
imprimir, publicar e correr. Dada no paço da Ajuda, aos 18 de maio de 1865,=EL-RÉI,
com^ubrica e guarda. — Conde d'Avila.=(Logar do sêllo grande das armas reaes).
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
de 12 do corrente mez, que concede á irmandade de Nossa Senhora do Carmo, da cidade
deBragã, a propriedade da igreja da mesma invocação; manda cumprir e guardar o refe-
rido decreto como n'elle se contêm, pela fórma retrò declarada.—Para Vossa Magestade
vèr, =j= Pedro Affonso de Figueiredo a fez. D.deL. n .»m, deaódemaio.
m 1865 18 dis èafó
Dofn Luiz, pór graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a
todos ós ttbksos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte í
' Artigo 1.° OS officiaes combatentes e não combatentes do exercito, em serviço activo
dO ministerio dà guerra, vencerão os seus soldos pela tabella junta, que faz parte d'esta
lei, segundo os postos ou honras correspondentes que tiverem. .
§ unico1. Os oapitães e officiaes não combatentes com as respectivas honras, depois
dfe dèz annos de Serviço effectivo, na posto de capitão os primeiros, e no de categoria
correspondente os segundos, perceberão mais a quinta parte dos seus soldos, conforme a
referida tabella.
•'> ; ' Aítl 2.° Oâ officiaes de veteranos, reformados e outros sem accesso de postos conti-
nuarão a vencer os seus soldos pela tarifa de 13 de setembro de 1814, pelo modo estabe-
lecido-na èarta de lei de 22 de fevereiro de 1861.
Art: 3.° Os alferes graduados e os alferes alumnos terão o vencimento de 600 réis
diarios.
!
Mt,;-4v° Os officiaes combatentes e não combatentes das classes activas e não activãs
dO^xefaifò-Èontterarão a perceber os seus soldos pela dita tabella, ou pela tarifa de 1814,
c(Wifcrme ; pertencerem áquellas ou a estas classes, quando se acharem: i
l i " Na frequencia dos cursos de estudos de instrucção superior;
2.° Doentes no seu quartel;
3.° Com licença da junta militar de saude.
Art. 5.° Os officiaes das classes activas do exercito receberão os seus soldos pela ta-
fifà # 13 dè setembro de 1814, quando estiverem:
1." Em disponibilidade : . :
Em inactividade temporaria;
' S ^ Pfôsos para conselho de guerra.
Art. 6.° Os officiaes das classes inactivas do exercito, quando estiverem presos para
conseltio dè guerra, continuarão a vencer os soldos que lhes pertencerem, na conformi-
dadfe db ártigo ^. 0 , até final julgamento.
Art. 7.° Os officiaes do exercito, tanto das classes activas como das não activas, per-
ceberão metade dos respectivos- soldos designados na mencionada tabella e na tarifa de
1814;, conforitfe te classes a que pertencerem, quando estiverem:
1.° Presós'em cumprimento de sentença do conselho de guerra;
1
i Gom-íidetiça règistada> que não exceda a seis mezes em cada anno. ;
i unico. Qhaftdo a licença registada exceder no mesmo anno o praso acima designado,
õ'official não terá vencimento algum.
•i' v -íkm 8;10 O abono dos soldos designadas na tabella que faz parte da presente lei co-
meçará a effectuar-se desde 1 de julho de 1865, data em que cessará o abono das gratifi-
cações alimentícias de que tratam as cartas de lei de 1 de julho de 1862 e 27 de abril de
IS864.
• : Art. Os soldos que actualmente vencem os brigadeiros serão alterados na propor-
ção indicada, e que serve de regra para o augmento do soldo proposto.
• -Art. íO.° Pela mesma fórma serão regulados com o augmento respectivo os soldos'dos
offiéiaès da ígiíárda municipal de Lisboa e Porto e o dos almoxarifes de artilheria, v
Art, 4 t.° As:disposições da presente lei são applicaveis a todos os officiaes de qtie se
compõe âforça militar de primeira linha das provincias ultramarinas de Africa, I g n o r e
Matiau.:*• i '
• »i Art., tfâcft iggo igualmente applicaveis as disposições d'esta lei aos officiaes combatentes
e:ii3oi<Mstàljatefites da armada. • >
Art. 13.° Igualmente é applicavel aos empregados'civis com graduação militãt do mi-
nisterio da guerra o que se dispõe no artigo 1.° d'esta léi.
Art. 14.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
n'ella se contêm.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da guerra e da marinha e ultramar
15 de maio 1865 165
do reino, e da fazenda, a façam imprimir, publicar ,e correr. Dada no paço. da Ajuda, aos
1 8 de maio de 1 8 6 5 . = E L - R E I , com rubrica e guarda. — Marquez de Sá da Bandeira—
Julio Gomes da Silva Sanches= Conde d'Avila.=(Logar do sêllo grande das armas reaes).
Cãrtã dê lei pelã íjUãl Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes-ge*
raes de 13 de corrente mez de maio, que augmenta os soldos, conforme a tabella junta,
aos officiaes do exercito em serviço activo do ministerio da guerra; aos officiaes da guarda
municipal de Lisboa e Porto; aos officiaes da força militar de primeira linha das provincias
ultramarinas de Africa, Timor e Macau; aos officiaes da armada; e aos empregados civis
com graduação militar do ministerio da g u e r r a ; manda cumprir e guardar o mesmo de-
creto,,;como n'elle se contém, pela fórma acima declarada. — P a r a Vossa Magestade yer.==
João Mário Piolti a fez. ; .• . .
Tabella dos soldos mensaes que competem aos officiaes das classes activas do exercito, em serviço
no ministerio da gúerrá, de que trata a carta de lei d'esta data
Marechal do exercito -i... .»i, • 2OQ0QQÒ
General do divisão 1440000
General de brigada ; . . '900000
Brigadeiro . ! .^20000
Coronel . ^ . 650000
Tenente coronel ..-.-. . . . - . . . . - ; . . . . . . . . . ; ; . ,•»-» .«r,-,-,—3S0QOO
Major v 540000
Capitão 3Õ0QOO
Tenente ou primeiro tenente 2é0ÔOÒ
Alferes ou segundo tenente 250000
Almoxarifes 180800
Paço da Ajuda, aòs Í 8 de maio de 1865.==Marquet de Sá dá Bandeira=Julio Go-
mes da Silva Sanches= Conde d'Avila. D. de l. n.° ut, de 20 de maio.
b o m Luiz, por gWça de Deús, Rei de Portugal e dós Algarves, etc. Fazemos sábef á
todos Í D S ; n o s s o s subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós quererilôs a léi seguinte;
ArtièP l . 6 O pret diario dos officiaes infériores, pertencentes aos còrpos dás difteren-
tes armas do exercito, e mais praças designadas na tabella junta, que faz parte d'estâ léi,
será regulado na conformidade da mesma tabella.
Art. 2.° O governo poderá despetider no actual anno economico até à quantia d£ réis
8:ÓÕÒ0OOÓ, para ser ápplicada ao melhoramento- do rancho das práçâs dè p í é t do exér-
cito.
Art. 3.° Nó orçamento da despeza do estãdó será consignada annualmente a (jWâtotia
dp 32:0000000 réis, para ser applicada ao melhoramento do rancho flSs píaÇâs dè ftfet
ãó,exército. , . .
Art. 4.° Fica revõgáda a legislação ém contrario. 'VtS '
Máridâmos portanto a todas as auctoridades, á quem o conhecimetttÓefebíEícuçãô dã
referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar, tão inteiramente como
n'ella se contém.
. Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da guerra e da fazenda a façam im-
pHmír, publicar e correr. Dada no paço da Ajuda, aos 18 de maio de 1865;—EL 7 REIJ;com
rubrica e guarda. = Marquez de Sá da Bandeira — Conde d'Avila. = (Logar do sêllo
gr'ande das armas reaes). . ,.., ; ...
-Carta dè Tèi, péla ; qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto,'das .côrtes
rãéS dè 1 3 dó corrente mez, que augmenta, em •conformidade. : da tabella-jipfah.o
ifò 'dós 'offiÈÍaes inferiores e mais praças: dos'corpos rdas differentes a i t ^ s , ^ ? ^ ^ , ; » ^
á è m 'ògovèlrnô despebdér no actualvahnò economico até,ô quantia jd&^íj^G^SyQp,
jráfãffielftòramentoidò ràochq das'.praças de pret do. exencitò, e sendo . c ^ p d g ç ^ j g n f l ^ -
mentè -pâía ! esté mesmo fim no'orçamento ; da despeza do estado a
M s ! ; ' m á n ® cumprir ^ ' g u a r d a r o mesmo decreto !comon'elle se comtém, p^iufóVffl^wima
$eélaràda, : —Pára Vossa Magestade ver<:^<Antomd Joaquim de .
Í6ê 1865 18 de maio
Tabella do pret diario que compete aos officiaes inferiores e inais praças, a <jue se refere
a carta de lei d'csta data
Engenheria Artilheria Cavallaria Infanteria
DesignaçBcs
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Sargento ajudante.. 385 435 385 435 385 435 385 435
Sargento quartel mestre 335 385 335 385 335 385 335 385
Primeiro sargento 295 345 253 285 245 265 235 255
Segundo sargento. 245 295 215 245 205 225 175 195
Furriel 233 275 195 225 185 215 155 175
Clarim m ó r . . 275 31o 275 315
Tambor ou corneteiro mór 165 185 165 185 155 175
Cabo de clarins 215 235 215 235
Cabo de tambores ou de corneteiros 145 155 145 155 135 155
Selleiro e correeiro 125 145 125 145
Coronheiro. 125 145 125 145 125 145
Espingardeiro.-; 125 145 125 145 125 145
Serralheiro e ferreiro 335 385 335 385
Carpinteiro de reparos 125 145
Havendo sido encerrada a sessão legislativa do corrente anno, sem que fosse convertida
em lei a proposta apresentada pelo meu governo á camara dos senhores deputados, em 28
de abril ultimo, para ser auctorisado a despender no actual anno economico até á quantia
de 4 : 0 0 0 ( 5 1 0 0 0 réis, alem dos 1 3 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis votados pela carta de lei de 2 5 de junho de
1864, com o serviço de policia preventiva no continente do reino; e não podendo deixar
de satisfazer-se as despezas impreteriveis d'esta natureza, a que tem de occorrer-se até ao
dia 30 do proximo mez de junho: hei por bem, ouvido o conselho de ministros, decretar
que no ministerio da fazenda seja aberto um credito extraordinario até á mencionada quan-
tia de 4 : 0 0 0 $ Ó 0 0 réis, para ser applicada ás indicadas despezas de policia preventiva no
sobredito anno economico, devendo o mesmo governo dar conta d'esta despeza ás côrtes
na sua proxima reunião.
Os ministros e secretarios doestado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 1 8 de maio de 1 8 6 5 . = R E I . = / M Í « ' O Go-
mes da Silva Sanches=Conde d'Avila. D . de l . n.° n s , de 22 de maio.
Havendo sido encerrada a sessão legislativa do corrente anno, sem que fosse convertida
em lei a proposta apresentada pelo meu governo á camara dos senhores deputados, em 28
de abril ultimo, para ser auctorisado a despender a quantia de 1:080$000 réis com a com-
pra de nove cavallos para a companhia de cavallaria da guarda municipal do Porto; e sendo
da maior urgencia a referida compra, sem a qual a mesma guarda não estará apta para
désemipenhar cabalmente o serviço que lhe incumbe fazer: hei por bem, ouvido o conse-
lho dè ministros, decretar que no ministerio da fazenda seja aberto um credito extraordi-
nario até á referida quantia de 1:080$000 réis, para ser applicada á mencionada compra ;
devendo'o mesmo governo dar conta doesta despeza ás côrtes na sua proxima reunião. :
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 18 de maio de 1 8 6 5 . = R E I . = Julio Go-
mes da Silva Sanches= Conde d? Avila. o. de l . „.<> 145, de 22 de maio.
2ft3
10 de juuho 1865
RESOLUÇÃO N.° 2 6 9
umbellas e chapéus de sol ou chuva, sem attenção á materia de que são feitas, determi-
nando-se que sejam consideradas como peças separadas para armação de chapéus de sol;
Resolve:
Artigo unico. As varetas de junco de que trata este recurso foram bem classificadas
pela maioria dos verificadores da alfandega de Lisboa, e devem pagar o direito marcado
no artigo 172.° da pauta geral das alfandegas como peças separadas para armações de
chapéus de chuva ou de sol.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegassem se§s5o de 22 de
maio de 1865, estando presentes os vogaes—Conde d,Avila=Simas=Gançalvès'=Abreu
=Nazareth—Santos Monteiro=Costa=Couçeiro=Fradesso da Silveira, vencido.
D. de L. n.° 118, de 26 de maio.
para a partida dos comboios; e ficando na intelligencia de que o horário assim modificado
ba de começar a vigorar de 1 de junho proximo futuro em diante.
Paço da Ajuda, em 23 de maio de 1 8 6 5 . = Carlos Bento da, S « 7 m . = P a r a o engenheiro
chefe da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro. D. do L. n.° m , do 2t de maio.
Tendo a junta de fazenda publica do estado da India concedido a varios individuos al-
guns terrenos incultos da provincia de Satary, do mesmo estado, por contrato de arren-
damento a longo praso, sem que a essas concessões precedesse a formalidade de hasta
publica;
Considerando que a provincia de Satary é de todas as do estado da India a que se acha
menos cultivada, sendo pela riqueza de seu solo susceptível de dar abundantes e ricos
productos;
Considerando o alcance que para a civilisação e prosperidade da dita provincia, e em
geral para a do estado da India, devem ter estas nascentes emprezas agricolas, e a conve-
niencia de prestar-lhes todo o possivel auxilio para que o bom resultado d'ellas sirva de
estimulo a novos emprehendedores;
Considerando que o systema de concessão de terrenos por meio de arrendamentos,
preferido pela referida junta da fazenda ao da venda ou emprazamento, não contraria a le-
gislação que, tendo por fito promover o aproveitamento dos terrenos baldios e incultos do
ultramar, os concede por venda ou emphyteuse; poisque a carta de lei de 21 de agosto
de 1856 e o decreto com força de lei de 4 de dezembro de 1861 não impediram os arren-
damentos a longo praso auctorisados pelo alvará de 3 de novembro de 1757; •
Considerando finalmente que efectuadas como se acham as concessões dos referidos
terrenos, e já despendidos na sua exploração consideráveis capitaes, é de instante neces-
sidade e conveniencia firmar a validade d'ellas, e promover assim o desenvolvimento de
taes emprezas, facilitando ao mesmo tempo a realisação de outras:
Hei por bem, usando da faculdade conferida pelo artigo 15.° § 1.° do acto addicional
à carta constitucional da monarchia, depois de ouvir o conselho ultramarino e o de minis-
tros, decretar o seguinte:
Artigo 1.° São approvados os arrendamentos de terrenos na provincia de Satary, do
estado da India, feitos pela junta da fazenda publica do mesmo estado a varios individuos,
desde o anno de 1862 até agora, ficando restrictas essas concessões aos terrenos que de-
vidamente se demarcarem.
§ unico. O governo fará concluir com a maior brevidade possivel a demarcação admi-
nistrativa dos terrenos arrendados.
Art. 2.° São applicaveis ao estado da India, para os casos de venda ou aforamento, as
disposições do decreto com força de lei de 4 de dezembro de 1861, menos quanto á im-
portancia do fòro, a qual será fixada pela respectiva junta da fazenda, segundo a naturèza
dos terrenos.
§ unico. O disposto n'este artigo è igualmente applicavel aos casos de arrendamento.
Art. 3.° Fica, para o especial effeito referido no artigo 1.°, revogada a legislação em
contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 23 de maio de 1865.=BEI.—Marquez.de Sá da Bandeira.
. D. de L. n.» íab, dc 3 doi junho.
'f|! . !
2ft3
10 de juuho 1865
R E P A R T I Ç Ã O D E AGRICULTURA
(1) Identicas para o architecto de 1." classe Joaquim Possidonio Narcizo da Silva, o engenheiro Pe-
dro José Pezarat, o vogal do conselho de saude publica do reino, o dr. Guilherme da Silva Abranches.
43
472' 1865 24 de maio
Tabella dos premios
Premios dos t o u r o s Deducções Premios das vaccas
RESOLUÇÃO N.° 2 7 0
para, nos lermos tio artigo 34.° do ei lado decreto, elaborar o dito plano; devendo a com-
missão requisitar para este íim os empregados technicos que lhe forem precisos-e remet-
ter, como determina o § 2." do mencionado artigo, o referido plano, logoque o tenha con-
cluido, ao respectivo governador civil, com a memoria descriptiva delle, para os effeitos
necessarios.
O que se communica, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas, com-
mercio e industria, ao director das obras publicas do districto de Coimbra para seu conhe-
cimento e devidos effeitos. *
Paço, em 27 de maio de 1865.— Carlos Bento da Silva.— Para o director das obras
publicas do districto de Coimbra. (1) D. DEI., N.° 420, DE 20 DO MAIO.
REPARTIÇÃO CENTRAL
Sendo presente a Sua Magestade El-Rei a parle das tarifas dos caminhos de ferro do
sul e sueste, comprehendendo os preços de transporte para os gados, bagagens dos pas-
sageiros e adubos agricolas, a cujas taxas se acha addicionado o imposto de transito, a que
se refere o artigo 34.° do contrato approvado pela caria de lei de 29 de maio de 1860, na
rasão de 5 por cento, conforme foi fixado pela caria de lei do 14 de julho de 1863; vistos
os artigos 3.° e 11.° do contrato approvado pela carta do lei do 23 de maio de 1864: ha
por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a informação do engenheiro chefe
da segunda divisão fiscal cle caminhos de ferro, approvar as referidas tarifas, que baixam
com esta portaria e d'ella fazem parte; e bem assim as observações e disposições que as
acompanham, as quaes tarifas ficam substituindo as de 4 de setembro de 1863, na parte
que não foi comprehendida na portaria de 8 de abril proximo passado (Diario de Lisboa
n.° 86).
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria,
ao mencionado engenheiro fiscal, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço da Ajuda, em 27 de maio de •1865. = Ca},?o.s Bento da S«7ra.=Para o enge-
nheiro chefe da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro.
í ~ ;(1) Identicas portarias se expediram ao dr. .Toso Simões de Carvalho e ao conductor José Alves dè
Faria.
(2).Identicas se expediram aos directores de obras publicas de todos os districtos do continente, dire-
ctor dàs obras da barra da Figueira, superintendente das obras para melhoramento do Tejo, intendente
interino das obras publicas do districto de Lisboa, e inspectores rias l. a , t.«, .l." o 4." divisõw.
15 de maio 1865 175
Cã -H
O
•S <3 a
Classes •cg «5 <D V tf
o
EH « otCHu H
A 120 6 130
B 60 3 60
C 30 2 30
D Lavradio
20 1 20
A 120 6 130 120 6 130
B 60 3 60 60 3 60
C 30 2 30 30 2 30 Alhos Vedros
D 20 1 20 20 1 20
A 192 10 200 144 7 150 120 6 130
B 96 5 100 72 4 80 60 3 60
€ 48 2 50 36 2 40 30 2 30
20 1 20 Moita
D 32 2 30 24 1 30 A Por cada cavallo, boi, vacca, muar, etc.
A 360 18 380 336 17 350 264 13 280 192 10 200 B Por cada jumento, vitello, etc.
B. 180 9 190 168 8 180 132 7 140 96 5 100
100 84 4 90 66 3 70 48 2 50 C Por cada porco.
C. 90 5 Pinhal Novo
D 60 3 60 56 3 60 44 2 50 32 2 30 D Por cada ovelha, carneiro, cabra, cão, etc.
A 552 28 580 504 25 530 432 22 450 360 18 380 129 10 200
B 276 14 290 252 13 270 216 11 230 180 9 190 96 5 100
C. 138 7 150 126 6 130 108 5 110 90 5 100 48 2 50
5 100 84 4 90 72 4 80 60 3 60 32 2 30 Palmella
D. 92 Alem dos preços marcados n'esta tabella, pagar-se-ha:
A 672 34 710, 648 32 680 576 29 610 504 25 530 312 16 330 144 7 150
B 336 17 350 324 16 340 288 14 300 252 13 270 156 8 160 72 4 80 Pela carga e descarga de cada cabeça de gado grosso 100 réis
-
C 168 8 180 162 8 170 144 7 150 126 6 130 78 4 80 36 2 40 1
96 100 90 52 3 60 Setubal * » » vitella ou jumento 50 »
D 112 6 120 108 5 110 5 84 4 24 1 30
580 360 18 380 " » » porco, carneiro, cão, etc 20 »
A 720 36 760 672 34 710 600 30 630 552 28 552 28 580 672 34 710
6 360 18 380 336 17 350 300 15 320 276 14 290 180 9 190 276 14 290 336 17 350 » » » cordeiro ou cabrito 20 »
C 180 9 190 168 8 180 150 7 160 138 7 150 90 5 100 138 7 150 168 8 180
1
D 120 • 6 130 112 6 120 100 5 110 92 5 100 60 3 60 92 5 100 112 6 120 Poeeirão
480 »
A 1*008 50 1*060 960 48 1*010 888 44 930 816 41 860 648 32 680 816 41 860 960 48 1*010 288 14 300
324 480 »
B 504 25 530 480 24 500 444 22 470 408 20 430 16 340 408 20 430 480 24 500 144 7 150
C 252 13 270 240 12 250 222 11 230 204 10 210 162 8 170 204 10 210 240 12 250 72 . 4 80 300 »
D 168 8 180 160 8 170 148 7 160 136 7 140 108 5 110 136 7 140 160 8 170 48 2 50 Pegões
Pelo registo de g u i a . : . 480
20 »a
A 1*368 68 1*440 1*320 66 1*390 1*248 62 1*310 1*176 59 1*240 1*008 50 1*060 1*176 59 1*240 1*320 66 1*390 648 32 680 384 19 400
B 684 34 720 660 33 690 624 31 660 588 29 620 504 25 530 588 29 620 660 33 690 324 16 340 192 10 200
C 342 17 360 330 17 350 312 16 330 294 15 310 252 13 270 294 15 310 330 17 350 162 8 170 96 5. 100
D 228 11 240 220 11 230 208 10 220 196 10 210 168 8 180 196 10 210 220 11 230 108 5 110 64 3 70 Vendas Novas
A 1,2800 90 1*890 13752 88 1*840 1*680 84 1*760 1*632 82 1*710 1*440 72 1*510 1*632 82 1*710 1*752 88 1*840 1*080 54 1*130 816 41 860 456 23 480
B 900 45 950 876 44 920 840 42 880 816 41 860 720 36 760 816 41 860 876 44 920 540 27 570 408 20 430 228 11 240
C 450 23 470 438 22 460 420 21 440 408 20 430 360 18 380 408 20 430 438 22 460 270 14 280 204 10 210 114 6 120
D 300 15 320 292 15 310 280 14 290 272 14 290 240 12 250 272 14 290 292 15 310 180 9 190 136 7 140 4 80 Montemór
76
A 2 £100 108 2,3270 2*112 106 2*220 2*040 102 2*140 1*992 100 2*090 1*800 90 1*890 1*992 100 2*090 2*112 106 2*220 1*440 72 1*510 1*176 59 1*240 816 41 860 360 18 380
B ljiOSO 54 1*130 1*056 53 1*110 1*020 51 1*070 996 50 1*050 900 45 950 996 50 1*050 1*056 53 1*110 720 36 760 588 29 620 408 20 430 180 9 190
C 540 27 570 528 26 550 510 26 540 498 25 520 450 23 470 498 25 520 528 26 550 360 18 380 294 15 310 204 10 210 90 5 100
D 360 18 380 352 18 370 340 17 360 332 17 350 300 15 320 332 17 350 352 18 370 240 12 250 196 10 210 7 3 Casa Branca
136 140 60 60
A 2*448 122 2*570 2*400 120 2*520 2*328 116 2*440 2*256 113 2*370 2*088 104 2*190 2*256 113 2*370 2*400 120 2*520 1*728 86 1*810 1*464 73 1*540 1*104 55 1*160 648 32 680 288 14 300
B 10224 61 1*290 1*200 00 1*260 1*164 58 1*220 1*128 56 1*180 1*044 52 1*100 1*128 56 1*180 1*200 60 1*260 864 43 910 732 37 770 552 28 580 324 16 340 - 144 7 150
G 612 31 640 600 30 630 582 29 610 564 28 590 522 26 550 564 28 590 600 30 630 432 22 450 366 18 380 276 14 290 162 8 170 72 4 80
D 408 20 430 400 20 420 388 19 410 376 19 400 348 17 370 376 19 400 400 20 420 288 14 300 244 12 260 184 9 190 108 5 110 48 2 50 Alcaçovas
A 2,3640 132 2*770 2*592 130 2*720 2*520 126 2*650 2*448 122 2*570 2*280 114 2*390 2*448 122 2*570 .2*592 130 2*720 1*920 96 2*020 1*632 82 1*710 1*272 64 1*340 840 42 880 480 24 500 192 10 200
B 1*320 66 1*390 1*296 05 1*360 1*260 63 1*320 • 1*224 61 1*290 1*140 57 1*200 1*224 61 1*290 1*296 65 1*360 960 48 1*010 816 41 860 636 32 670 420 21 440 240 12 250 96 5 100
o.> 690 648 680 630 32 660 612 31 640 570 29 600
G . 660 O (J 32 612 31 640 648 32 680 480 24 500 408 20 430 318 16 330 210 11 220 120 6 130 48 2 50
D 440 22 460 432 22 450 420 21 440 408 20 • 430 380 19 400 408 20 430 432 28 450 320 16 •340 272 14 290 212 11 220 140 7 150 80 4 80 32 2 Vianna
30
A 2*784. 139 2*920 2*700 138 2*900 2*088 134 2*820 2*616 131 2*750 2*424 121 2*550 2*616 131 2*750 2*760 138 2*900 2*088 104 2*190 1*800 90 1*890 1*440 72 1*510 1*008 50 1*060 648 32 680 912 46 960 1*104 55 1*160
B 1,3392 70 1*100 1 *380 09 1*450 1*344 07 1*410 1*308 65 1*370 1*212 61 1*270 1*308 65 1*370 1*380 69 1*450 1*044 52 1*100 900 45 950. 720 36 760 504 25 530 324 16 340 456 23 480 552 28 580
C 696 35 730 090 35 730 672 34 710 654 33 690 606 30 640 654 33 690 690 35 730 522 26 550 450 23 470 360 18 380 252 13 270 162 8 170 228 11 240 276 14 290
D 4G1 23 490 460 23 480 448 22 470 436 22 460 404 20 420 436 22 460 460 23 480 348 17 370 300 15 320 240 12 250 168 8 180 108 5 110 152 8 160 184 9 190 Evora
A .. MO 2*950 2.5 760 13S 2.-5 900 2*088 131 2*Sl'0 1(i 131 2*750 2*448 122 2*570 2*616 131 2*750 2*760 •138 2*900 2*088 104 2*190 1*800 90 1*890 1*440 72 1*5Í0 1*008 50 1*060 648 32 680 ~36Õ 18 380 168 8 180 11272 64 1*340
B .. 1,3104 70 1,3-170 1*380 09 1*450 1*344 07 1*410 1 *308 65 1*370 1*224 61 1*2110 1*308 65 1*370 1*380 69 1*450 1*044 52 1*100 900 45 950 720 36 760 504 25 530 324 16 340 180 9 190 84 4 90 636 32 670
C .. 702 35 710 690 35 730 (iTJ 34 710 654 33 690 612 31 •040 654 33 690 690 35 730 522 20 550 450 23 470 360 18 380 252 13 270 162 8 170 90 5 100 42 2 40 318 16 330
D .. 408 23 490 •too 23 •180 448 22 470 430 22 460 408 20 430 436 22 460 460 23 480 348 17 370 300 15 320 240 12 250 168 8 180 108 5 110 60 3 60 28 1 30 212 11 Villa Nova
220
A ... 3,3000 150 3*150 2*952 148 3*100 2*880 144 3*020 2*808 140 2*950 2*040 132 2*77(1 2*808 140 2*950 2*952 148 3*100 2*280 114 2*390 2*016 101 2*120 1*632 82 1*710 1*200 60 1*260 840 42 880 552 28 580 384 19 400 1*464 73 1*540 216 11 230
1,3500 75 1*580 1 *476 74 1 *550 1*440 72 1*510 1*104 70 1*470 1*320 66 1*390 1*404 70 1*470 1*476 74
B ...
702 35 600
1*550 1*140 57 1*200 1*008 50 1*060 816 41 S60 600 30 630 420 21 440 276 14 290 192 10 200 732 37 770 108 5 110
C ... 750 37 790 738 37 780 720 30 700 740 33 690 702 35 740 738 37 780 570 29 600 504 2b 530 408 20 430 300 15 320 210 11 220 138 7 150 96 5 100 366 18 380
468 23 440 54 3 60
D ... 500 25 530 492 25 520 480 24 500 490 22 400 468 23 490 492 25 520 380 19 400 336 17 350 272 14 290 200 10 210 140 7 150 92 5 100 64 0 244 Alvito
70 12 260 36 2 40
A 3.3288 104 3*450 33210 162 3,3400 3'* 108 158 3 3330 3*090 155 3*200 v*9L'8 146 3*070 3*096 155 3*250 3*240 162 3*400 2*568 128 2*700 2*304 115 2*420 1*944 97 2*040 1*488, 74 1*560 1*128 56 1*180 840 42 880 672 34 710 1^752 88 1*840 504 25
1 *700 1*584 79 1*660 1*548 77 1*030 1*404 73 1*540 1,3548 530 312 16 330
B 13014 82 1*730 1*620 81 77 1*630 1*020 81 1*700 1*284 64 1*350 1*152 58 1*210 972 49 1*020 744; 37 780 564 28 59.0 420 21 440 336 17 350 876 44 920 252 13
792 830 774 39 810 37 770 270 156 8 160
C 822 41 861) 810 41 850 40 732 774 39 810 810 41 850 642 32 670 576 29 610 486 24 510 372: 19 390 282 14 300 210 11 220 168 8 180 438 22 460 126 6 130 78 4 80
D 548 27 580 510 27 570 528 26 550 516 26 540 488 24 510 516 26 540 540 27 570 428 21 450 384 19 400 324 16 340 248 12 260 188 9 200 140 7 Cuba
150 112 6 120 292 15 310 84 4 90 52 3 60
A 3-3696 185 3*880 3*0-18 182 3*830 3*570 179 ' 3*700 3*504 175 3*080 3*'í30 167 3*500 3*504 175 3*680 3*048 182 3*830 2*976 149 3*130 2*088 134 2*820 2*328 116 2*440 1*896 95 1*990 1*536 77 1*610 1*248 62 1*310 1)3080 54 1*130 2*Í6Õ 108
91 1*920 1*788 89 1*880 13752 83 1*840 1*008 2*270 912 46 960 696 35 730 408 20 430
B 13848 92 1*940 1*824 83 1*750 1*752 88 1*840 1*824 91 1*920 1*488 74 1*560 1*344 67 1*410 1*164 58 1*220 948; 47 1*000 768 38 810 624 31 660 540 27 570 1*080 54 1*130 456 23 480 348
46 970 91.2 40 900 894 45 940 876 44 920 834 42 880 870 44 17 370 204 10 210
C 924 920 912 46 960 744 37 780 672 34 710 582 29 610 474 24 500 ' 384 19 400 312 16 330 270 14 280 540 27 570 228 11 240 174 9 Beja
616 31 650 008 30 040 590 30 630 584 29 010 550 28 580 584 29 180 102 5 110
D 610 608 30 640 490 25 520 ' 448 22 470 388 19 410 316 16 830 256 13 270 208 10 220 180 9 190 360 18 380 152 8 160 116 6 120 68 3 70
Barreiro
actual 1
Tarifa j
O
O| > o
O ír -
Ck
Lavradio
Estrumes
4,43 0,22 4,65
4,43 0,22 4,65 4,43 0,22 4,05 Allios Vedros A companhia encarrega-se de transportar estrumes, em porções que não sejam inferiores a 50 toneladas, de qualquer ponto da linha.
7,09 0,35 7,44 5,32 0,27 5,58 4,43, 0,22 4,65 Moita O preço por estes transportes de estrumes será de 16 réis por tonelada e por cada kilometro nos primeiros 15 kilometros de percurso ou
13,29 0,66 13,95 12,40 0,02 13,02 9,75 0,49 10,23 7,09 0,35 7,44 Pinhal Novo qualquer parte d'esta distancia, e 8 réis por tonelada e por cada kilometro por qualquer distancia até 40 kilometros alem dos primei-
ros 15.
20,38 1,02 21,40 18,01 0,9."» 19,54 15,95 0,80 16,75 13,29 0,66 13,95 7,09 0,35 7,44 Palmella
O expeditor deverá alem d'isso pagar 200 réis peia carga e descarga, seja qual for a distancia.
24,81 1,24 20,05 23,92 1,20 25,12 21,26 1,06 22,33 18,01 0,93 19,54 11,52 0,58 12,09 5,321 0,27 5,58 Setubal
26,58 1,33 27,91 24,81 1,24 20.05 22,15 1,11 23,26 20,38 1,02 21,40 13,29 0,66 13,95 20,38 1,02 21,40 24,81 1,24 26,05 Poeeirão
37,21 1,86 39,07 35,44 1,77 37,21 32,78 1,64 34,42 30,12 1,51 31,63 23,92 1,20 25,12 30,12 1,51 31,63 35,44 1,77 37,21 10,63 0,53 11,16 Pegões
50,50 2,53 53,03 48,73 2,44 51,17 46,07 2,30 48,38 43,41 2,17 45,58 37,21 1,86 39,07 43,41 2,17 45,58 48,73 2,44 51,17 23,92 1,20 '25,12 14,18 14,88 Vendas Novas
66,45 3,32 69,77 64,08 3,23 07,91 62,02 3,10 65/12 60,25 3,01 63,26 53,16 2,66 55,82 60,25 3,01 63,26 64,68 3,23 67,91 39,87 1,99 41,86 30,12 1,50 31,63 16,83 0,84 17,68 Montemór
79.74 3,99 83,73 77^97 3,90 81,87 75,31 3,77 79,08 73,54 3,68 77,21 66,45 3,32 69,77 73,54 3,68 " 77,21 77,97 3,90 81,87 53,16 2,66 55,82 43,41 2,17 45,58 30,12 1,51 31,63 13,29 0,66 13,95 Casa Branca
90,37 4,52 94,89 88,60 "4,43 93,03 85^94 4,30 90^24 83,28 4,16 87,45 77,08 3,85 80,94 83,28 4,16 87,45 88,60 4,43 93,03 63,79 3,19 66,98 54,05 2,70 56,75 40,76 2,04 42,79 23,92 1,20 25,12 10,63 0,53 11,16 Alcaçovas
97,40 4,87 102,33 95,09 4,78 100,47 93,03 4,65 97^08 90,37 4.52 94,89 84,17 4,21 88,38 90,37 4,52 94,89 95,69 4,78 100,47 70,88 3.54 74,42 60,25 3,01 63,26 46,96 2,35 49,31 31,01 1,55 32,56 17,72 0,89 18,61 7,09 0,35 7,44 Vianna
""102,78 5,14 107,91 101,81) 5,09 ~TÕG,9S 99,23 4,96 .104.19 96,57 4,83 101,40 89,49 4,47 93,96 96,57 4,83 101,40 101,89 5,09 106,98 77,08 3,85 80,94 66,45 3,32 69,77 53,16 2,66 55,82 37,21 1,86 39,07 23,92 1,20 25,12 33,67 1,68 . 35,35 40,76 2,04 42,79 Evora
103,06 5,18 108,85 101,89 5.0H 100,98 99,23 4,96 101,19 116,57 •1,83 101,40 90,37 4,52 94,89 96,57 4.83 101,40 101,89 5,09 106,98 77,08 3,85 80,94 66,45 3,32 69,77 53,16 2,66 55,82 37,21 1,86 39,07 23,92 1,20 25,12 13,29 0,66 13,95 6,20 0,31 6,51 49,96 "49,31 Villa Nova
110,75 5,54 110,29 . 108,98 5,45 114,13 100,32 5,32 111,04 103,60 5,18 108,85 97,46 4,87 102,33 103,66 5,18 10S,85 108,98 5,45 114,43 84,17 4,21 88,38 74,42 3,72 78,15 60,25 3,01 63,26 44,30 2,22 46,52 31,01 1,55 32,56 20,38 1,02 21,40 14,18 0/71 14,88 54,05 2,70 56,75 7,97~ 0,40 8,37 Alvito
" 121,38 0,07 127,45 119,61 5.98 125,59 110,95 122.80 114,29 5,71 120,01 108,09 5,40 113,50 114,29 5,71 120,01 119,61 5,98 125,59 94,80 4,74 99,54 85,06 4,25 89,31 71,77 3,59 75,35 54,93 2,75 57,68 x 41,64 2,08 43,72 31,01 1,55 32,56 24,81 1,24 26,05 64,68 3,23 67,91 18,61 0,93 19,54 11,52 12,091 Cuba
130,44 6,82 143,27 134,07 0,73 i 141,41 132,011 0,00 138,01 129,30 6,47 135,82 123,15 6,16 129,31 129,36 6,47 135,82 134,67 6,73 141,41 109,86 5,49 .115,36 99.23 4,96 104,19 85,94 4,30 90,24 69,99 3,50 73,49 56,70 2,84 59,54 46,07 2,30 48,38 39,87 1,99 41,86 79,74 3,99 83,73 33,67 1,68 35,35 25,69 1,28 26,981 15,061 0,75 | 15,821 Beja
C a r r u a g e a s — Por cada kilometro pagarão: A —Carruagens de quatro rodas não pezando mais de l i / , tonelada, 63 réis—B — D i t a s de duas rodas pezando 1 tonelada, 50 réis — C — P o r cada Vá de tonelada addicional, 63 réis.
Alem dos preços fixados n'esta tabella pagar-se-lia : Pela carga e descarga de cada vehiculo, 300 réis — Pelo registo de guia, 20 réis.
C o m b o i o s e s p e c i a e s e f u n e l u - c s — ' a j u s t e particular.
D. de L. D.» 122 de 31 de maio.
29 de maio 1865 177
D I H U U Ç Ã O G li U A L D O C O M M E R C I O E 1MHJS J IUA
1.» SECÇÃO
ii
i 78 1865 30 de maio
Por decreto de 23 do corrente mez foram creadas cadeiras de ensino primario nas
seguintes localidades:
Freguezia de Rio-frio, concelho e districto de Bragança, para o sexo masculino — com
o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de S. Thiago de Rio de Moinhos, concelho de Borba, districto de Evora, para
o sexo masculino — com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santo Antonio, concelho de S. Roque, ilha do Pico, districto da Horta,
para o sexo masculino — com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santa Luzia, concelho de S. Roque, ilha do Pico, districto da Horta, para
o sexo. masculino — com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de'Fornos, séde do concelho de Marco de Canavezes, districto do Porto, para
o sexo feminino — com o subsidio de casa e utensílios pela camara municipal respectiva.
Nenhuma d'estas cadeiras será provida sem que hajam sido satisfeitos os subsidios su-
pra indicados, na conformidade da circular de 22 de dezembro de 1859 (Diario cie Lisboa
n . ° 47),- D. de L. n.° 121, de 30 dc maio.
REPARTIÇÃO CENTRAL
Sendo presente a Sua Magestade El-Rei um officio do engenheiro chefe da 2.* divisão
fiscal de caminhos de ferro, datado de hontem, acompanhando o horário proposto pelo
director dos caminhos de ferro do sul e sueste, em virtude do que lhe fôra indicado por
portaria de 2 3 do corrente, e em harmonia com o disposto na outra portaria de 19 de
abril, a fim de realisar o serviço de dois trens diarios ascendentes e outros dois descen-
dentes mixtos em toda a extensão dos referidos caminhos de ferro: ha por bem o mesmo
augusto, senhpf approvar o dito horário, que baixa com esta portaria, e d'ella faz parte, e
que ha de regular o. serviço dos comboios dos caminhos de ferro do sul e sueste durante
o verão do corrente anno, devendo começar a vigorar desde o dia 4 do mez de junho
próximo futuro.
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria,"
ao referido engenheiro fiscal para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 30 de maio de 1865. = Carlos Bento cia Silva. =Para o engenheiro chefe
da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro.
2ft3
10 de juuho 1865
Idem (partida) — 5 30 —
Idem (partida) 9 35 6 10 —
Montemór ÍO 5 6 40 —
Idem (partida) 10 45 7 20 —
Evora 11 25 8 0 —
Alcaçovas 11 8 7 45 —
Vianna 11 21 8 0 —
Villa Nova 11 35 8 15 —
Alvito 11 55 8 35 —
Cuba 12 20 9 5 —
Beja 12 45 9 30
DESCENDENTE
ESTACÕES
N.° s N.° l ' N.° 3
h. m. h. m. h. m.
Beja (partida) — 5 45 1 25
Cuba — 6 20 1 50
Alvito — 6 50 2 15
Villa Nova — 7 10 2 35
Vianna — 7 25 2 48
Alcaçovas — 7 40 3 5
Evora (partida) — 7 35 3 0
Casa Branca (chegada) — 8 20 3 40
Idem (partida) — 8 30 3 50
Montemór — 9 0 4 20
Vendas Novas (chegada) — 9 35 4 55
Idem (partida) — 9 40 5 0
Pegões (chegada) — 10 10 5 30
Idem (partida) — — 5 35
Poceirão — 10 35 6 5
7 J5 10 20 6 0
Ramal de Setubal j g ^ í ; 7 30 10 35 6 15
Pinhal Novo (chegada) 7 45 10 55 6 25
Idem (partida) 8 5 u 5 6 35
Moita 8 20 11 20 6 50,
Alhos Vedros 8 28 11 28 6 58
Lavradio 8 35 11 35 7 ^ 5
Barreiro 8 40 11 40 7 ^10
Lisboa (cerca) . . . . 9 50 12 50 8 10
RAMAL D E SETUBAL
ASCENDENTE
ESTACÕES
N.° 2 N.° 4 N.°
h. m. h. m. b. m.
Lisboa (linha directa) 6 0 — 4 45
Barreiro (idem) 7 15 — 6 0
Evora (idem) — 7 35 3 0
Beja (idem) — 5 45 1 25
Pinhal Novo (partida) 8 10 11 10 6 45
Palmella • 8 25 11 25 7 0
Setubal 8 40 11 40 7 15
180 1865 31 (le maio
DESCENDENTE
KILO-
ESTAÇÕES
METROS N.° N.° N.°
li. 11). h. m. h. m.
7 •15 10 20 6 0
6 7 30 10 35 6 15
15 Pinhal Novo (chegada) 7 45 10 50 6 30
115 11 25 8 0 —
152 12 bO 9 30 —
28 Barreiro (idem) 8 40 11 40 7 10
9 ao 12 50 8 10
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento em que o maritimo Fran-
cisco Liborio das Dores, allegando achar-se habilitado para seguir a profissão de piloto
de navios mercantes, o que devidamente comprova, pede para sor Isento do serviço da
armada, para o qual foi recenseado no 2.° districto do departamento do centro;
Conformando-se com o parecer emittido pelo conselheiro ajudante do procurador ge-
ral da corôa junto a este ministerio;
Considerando que o artigo 36.° do regulamento de 2o de agosto de 1859, fazendo re-
cair o sorteamento maritimo tão sómente nos individuos das classes de marinheiros e gru-
metes, exclue consequentemente os pilotos de navios mercantes :
Ha por bem o mesmo augusto senhor conceder ao referido maritimo a isenção pedida.
(X que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do supracitado departamento, para sua intelligencia e devidos effeitos.
Paço, em 31 de maio de i S G o . ^ S í } da Bandeira. D.deL.n.°i34 deadcjunho
- billív.»lií.t'l-j(!i"">'';i-'.i • : ••• .•!;: vi.'. •:»<•. . \y|t • M!J-:- ••' •HJSI. 0\!!f's/.
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.Oitoi^S » l > . U t H " .ftUhVí?
Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'estado dos nego-
cios da fazenda e obras publicas, commercio e industria, hei por bem, ouvido o conselho
de ministros, ordenar o seguinte:
Artigo unico. É aberto no ministerio da fazenda um credito extraordinario a favor do
ministerio das obras publicas, commercio e industria, até á quantia de 30:000^000 réis,
a fim de occorrer ás despezas com estudos, expropriações de aguas e obras necessarias
para o abastecimento na capital, até que as côrtes providenceiem sobre este importante
ramo de serviço publico.
Os ministros e secretarios d'estado das duas referidas repartições assim o tenham as->~
sim entendido e façam executar. Paço, em 1 de junho de 1865.=REI.<=Conde d'Avilá
=Carlos Bento da Silva. D . d e t . n , ° m , d e 7 dejnnho.
Tendo sido, pelo decreto com força de lei de 14 de agosto de 1856, regulado o exer-
cicio do poder dado aos governadores das provincias ultramarinas pelo § 2.° do artigo 15.°
do acto addicional á carta constitucional da monarchia, para providenciar em casos urgen-
. ' tes que não consintam o recurso á metropole: manda Sua Magestade El-Rei, pela secre-
taria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, recommendar ao governador geral dos
estados da India a inteira execução do que está disposto no citado decreto, para que nem
possa haver duvida na validade das suas determinações, nem o governo se veja na neces-
sidade de declarar nullas quaesquer deliberações do mesmo governador geral, por n'ellas
ter excedido os limites das faculdades que a lei lhe deu.
Paço, em 1 de junho de 1 8 6 5 . = Sá da Bandeira. (1) D. l. n.« ias, de i do junho.
Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o requerimento em que o maritimo João
José de Oliveira, allegando ser mestre de um navio mercante desde 1850, o que devida-
mente comprova, pede isenção do serviço da armada, para o qual se acha recenseado no
terceiro districto do departamento do centro;
Conformando-se com o parecer emiltido pelo conselheiro ajudante do procurador ge-
ral da corôa junto a este ministerio; e
Considerando que, pelo artigo 3.° da lei de 22 de outubro de 1851, são obrigados ao
serviço da armada os marinheiros e moços e não os officiaes da marinha mercante:
Ha por bem conceder ao referido maritimo a isenção pedida.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do supracitado departamento, para sua intelligencia c devidos effeitos.
Paço, em 2 de junho de 1865.—-Sá da Bandeira. D . de L. n.° 0 6 , do 5 do junho.
Tendo o engenheiro director das obras para o abastecimento das aguas da capital
submettido, em 18 de janeiro ultimo, á apreciação d'este ministerio o projecto e orça-
mento relativos ao engrandecimento das caleiras do aqueducto das aguas livres; e con-
vindo proceder quanto antes ás obras indispensaveis para que no proximo verão venha a
Lisboa a maior quantidade de agua possivel: ha por bem Sua Magestade El-Rei, tendo em
vista a consulta apresentada pelo conselho das obras publicas, em 13 de fevereiro ultimo/
ácerca dos referidos trabalhos technicos, auctorisar o sobredito engenheiro a proceder
desde já, como propõe, ás obras indicadas no referido projecto com relação á parte do
mencionado aqueducto comprehendida entre o siphão da Porcalhota e o ponto em que no
mesmo aqueducto entronca o da Mata, na extensão de 3:693'",60; podendo despender nes-
tas obras até á quantia de 8:146<§i912 réis, em que devem importar segundo o preço de
10:189$375 réis calculado no citado orçamento para uma extensão de 4:618™,60 de"obra
da mesma natureza.
Paço, em 2 de junho de 1865. — Carlos Betilo da S/fcrt.=Para o engenheiro director
das obras para o abastecimento das aguas da capital. D. de L.n.°127, de o ao junho.
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Carlos Augusto Ron
de Sousa, em que pede a concessão provisoria da mina de chumbo sita na Portella dos
Corvos, concelho de Tabuaço, districto de Vizeu;
Considerando que o requerente foi declarado descobridor legal d'esta mina por por-
taria de 21 de junho ultimo;
Considerando que o supplicante apresentou os documentos em que prova possuir os
fundos necessarios para a lavra;
Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras publicas e minas, ex-
presso em consulta de 23 de maio ultimo, na qual a mesma secção julga o requerente le-
galmente habilitado para a concessão provisoria que solicita :
lia por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina dc chumbo, sita na Portella dos Corvos, concelho dc Tabua-
ço, districto de Vizeu, a Carlos Augusto Bon do Sousa, ficando obrigado no praso de seis
mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, a satisfazer a
todos os preceitos consignados na lei e regulamento do minas em vigor, ficando oulrosim
na intelligencia de que o campo da demarcação d'osla mina é o mesmo e delimitado do
mesmo modo por que se acha marcado na portaria dos direitos de descoberta. .
Paço, em 6 de junho de 1865.—Carlos Bento da Silva.=Para Carlos Augusto Ron
de Sousa. c. de L. n.° MO, de 26 do junho.
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Carlos Augusto Ron
de. Sousa, em que pede a concessão provisoria da mina de chumbo sita em Adorigo, con-
celho de Tabuaço, districto de Vizeu:
46
186 1865 í) de junho.
Considerando qne o requerente foi declarado descobridor legal d'esta mina por porta-
ria de 21 de junho ultimo;
Considerando que o supplicante apresentou os documentos, pelos quaes provou pos-
suir os fundos necessarios para a lavra cVeste jazigo; ~
Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, ex-
presso em consulta de 23 de maio ultimo, na qual a mesma secção julga o requerente le-
galmente habilitado para a concessão que solicita:
Ha por bem ó mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina de chumbo sita em Adorigo, concelho de Tabuaço, districto
de Vizeu, a Carlos Augusto Bon de Sousa; ficando obrigado, no praso de seis mezes, con-
tados da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, a todos os preceitos consignados na
lei e regulamento de minas em vigor, ficando oulrosim na intelligencia de que a de-
marcação d'esta mina é a mesma que se acha consignada na portaria dos direitos de
descoberta.
Paço, em 6 de junho de 1865.—Carlos Bento da Silva.—Pan Carlos Augusto Bon
de Sousa. D. de L . n.° 140, de 2C de junho.,
Devendo começar a vigorar desde 1 de julho proximo futuro em diante a carta de lei
d è ' 1 8 de rtiáio antecedente, publicada no Diario de Lisboa n.° 114 do mesmo mez, que
isentou os subsidios e vencimentos dos empregados do estado e dos estabelecimentos pios,
e os das classes inactivas de consideração, das deducções a que ainda estavam sujeitos, e
melhorou os vencimentos das classes inactivas de não consideração com o augmento de 25
por cento, mandando pagar na sua totalidade as pensões do monte pio do exercito e da ar-
mada até 100$000 réis; manda Sua Magestade El-Rei, péla direcção geral da contabilidade
do thesouro publico, declarar o seguinte:
1.° Que os subsidios e vencimentos dos empregados do estado, dos estabelecimentos
pios, e os das classes inactivas de consideração, a contar do referido dia 1 de julho, serão
pagos sem deducção alguma;
2.° Que os vencimentos das classes inactivas de não consideração, a contar de igual
dia, serão pagos com o augmento de 25 por cento, em que se comprehendem os decreta-
dos por-leis de 19 de agosto de 1861, 4 de abril e 15 de julho de 1863, e 25 de junho de
1864, calculados sobre o valor nominal dos respectivos titulos, o que corresponde a 50
p o r cento-dá importancia a que ficaram reduzidos em virtude das disposições do decreto
de 22 de agosto de 1843;
3.° Que os vencimentos do monte pio do exercito e da armada até 100$000 réis in-
clusivè serão pagos integralmente.
Outrosim manda o mesmo augusto senhor declarar que os titulos de renda vitalicia res-
pectivos deverão ser averbados de conformidade com o que se estabelece nos artigos 2.° e 3.°
O que, pela mesma direcção, se fará constar a todas as auctoridades a quem competir
dar execução ao que fica determinado.
Paço, 7 de junho de 1865. = Conde d'Avila.=Pava a direcção geral da contabilidade
do thesouro 1 publico. D. de L. n.° 130, de 9 de junho.
,,. aCpn,Yindo ao bem da religião e do estado que do reino sejam mandados á Asia alguns
ecclesiasticos que, peia sua illustração e bons costumes, possam ser convenientemente en-
carregados, já do governo de alguma diocese, já da direcção de algumas missões, e dè-
2ft3
10 de juuho 1865
vendo dar-se a taes ecclesiasticos meios com que possam decentemente subsistir e em-
pregar-se no desempenho das funcções que lhes forem incumbidas;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta
constitucional da monarchia;
Ouvindo o conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° Aos presbyteros europeus que nas dioceses do real padroado no Oriente
forem encarregados do governo de alguma diocese, ou nomeados superiores de alguma
missão, se abonará a congrua annual de 800$000 réis, em moeda do reino.
Art. 2.° Aos presbyteros europeus que forem para a India á disposição do reverendo
arcebispo de Goa, primaz do Oriente, se dará passagem, e a ajuda de custo estabelecida
na tabella A, que faz parte da carta de lei de 20 de junho de 1863.
Art. 3." Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de minislros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 7 de junho de •1865.=REi.=A/flrg r Me.z de Sá da Bandeira.
D. do L. n.° 131; d è l O flts jftnko.
Considerando como, em virtude do estipulado no artigo 2.° das notas reversaes que
formam parte intregrante do tratado com a santa sé, assignado em 21 de fevereiro de
1857, está concedida ao reverendo arcebispo de Goa jurisdicção extraordinaria para o go-
verno das dioceses suffraganeas d'aquelle arcebispado, por tempo de seis annos, praso
que ha de ser prorogado até se concluir a circumscripção das dioceses, se este trabalho
se prolongar alem d'aquelle tempo, cessando aquella jurisdicção extraordinaria, á propor-
ção que as differentes dioceses forem sendo providas de bispos;
Considerando como nas mencionadas notas se preveniu o caso de que o reverendo ar-
cebispo falleça, ou se incapacite para exercer aquella jurisdicção, e para este caso se es-
tipulou que pelo governo portuguez seria apresentada uma lista de ecclesiasticos, de en-
tre os quaes o Santo Padre haveria de nomear um para eventualmente exercer a mencio-
nada jurisdicção extraordinaria;
Considerando como um ecclesiastico em que recáem tão altas funcções, aindaque não
seja da ordem espiscopal, deve ter meios de subsistencia correspondentes á sua posição,
tanto mais que se proventura acontecer que elle não venha a exercer a jurisdicção extraor-
dinaria, para cujo exercicio eventual é nomeado, poderá com muita utilidade da igreja, e
até mesmo do estado, ser encarregado do governo de alguma diocese, ou de superinten-
der algumas missões;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta
constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° O sacerdote que, em conformidade ás estipulações do tratado de 21 de fe-
vereiro de 1857, e notas reversaes que d'elle fazem parte, for nomeado para exercer, no
caso de fallecimento, ou legitimo impedimento do reverendo arcebispo de Goa, a jurisdic-
ção delegada sobre as dioceses suífraganeas, receberá a congrua annual de 1:2QO#0OO réis,
moeda do reino, desde o dia em que principiar a sua viagem para a India;
Art. 2.° Ao mesmo sacerdote se dará passagem á custa do estado, ie a competente
ajuda de custo, em conformidade ao disposto na carta de lei de 20 de junho de 1863;.
Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha .entendido
e faça executar. Paço, em 7 de junho de l86S.=RFA.=Marquez de Sá da Bandeira.
D. de L. n.° 131, d e l O de junho.
dida a somma auctorisada pelo credito estraordinario aberto por decreto de 18 de maio
ultimo: hei por bem, ouvido o conselho de ministros, ordenar que no ministerio da fa-
zenda seja aberto novo credito extraordinario até á quantia de2:500;?000 réis, para se
applicar ás supraditas despezas de policia preventiva no actual anno economico, devendo
o meu governo dar conta d'esta despeza ás côrtes na sua proxima reunião.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 8 de junho de i 8 6 5 . = R E r . = / « t o Go-
mes da Silva Sanches—Conde d'Avila. D. DC L 133 de U de junho.
Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'estado dos nego-
cios da fazenda e das obras publicas, commercio e industria: hei por bem, ouvido o con-
selho de ministros, determinar o seguinte:
Artigo 1.° É aberto um credito extrordinario da quantia de 26:000^000 réis para pa-
gamento das despezas feitas a mais durante o actual anno economico com a fiscalisação
da exploração dos caminhos de ferro, e com a da construcção das respectivas linhas, que
deixára de ser attendida no orçamento do estado.
(1) Senhor: — A verba de 10:100fs000 réis, votada no orç.amenlodo presente anno economico para
a fiscalisação da exploração dos caminhos de ferro, quando este serviço se achava restricto a menor es-
cala, tornou-se insuficiente desde que as respectivas linhas começaram a occupar maior extensão, e
foi alem d'isto preciso occorrer ás despezas de fiscalisação da sua construcção, que para o presente anno
não haviam sido tomadas em conta no orçamento, por se suppor que estes trabalhos estariam concluí-
dos no dia 30 de junho do anno proximo passado; mas, não lendo acontecido assim, e sendo portanto
urgente providenciar sobre o pagamento d'esta despeza até o fim do actual anno economico, é indispen-
savel a abertura de um credito extraordinario de 26:000^000 réis, cujo decreío os ministros de Vossa
Magestade, nas repartições da fazenda e das obras publicas, commercio e industria, têem a honra de
submetter á regia approvação de Vossa Magestade.
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, em 8 de junho de 186o.=Cowde d'Avila—
Carlos Bento da Silva.
8 de junho » 1865 189
Art. 2. O governo, na proxima reunião do corpo legislativo, lhe dará conla dos moti-
vos que o obrigaram a adoptar esta providencia, e do uso qiie houver feito do sobredito
credito.
Os ministros e secretarios d'estado das duas referidas repartições assim o tenham en-
tendido e façam executar. Paço, em 8 de junho de Í8QS.=Re\.—Conde d Avila—Car-
los Bento da Silva. D . DE n.° m, DE i e DE j n n h o .
guiada oin conformidade coín o disposto no decreto de 6 de junho de 1854; artigo í.°, e
portaria de 9 de outubro de 1861. ' • :.
Art. 6.° Ficam em tudo o mais em vigor as disposições dos novos estatutos e subsè-
quebte legislação academica quanto á fórma e rigor dos actos e habilitações.' * -:í
Paçoca1 Ajuda, em 8 de junho de 1 8 6 5 J n l i o Gomes da Silva Sanches.; • (•«•des-:-;
0 . d e L . n . ° 13») db 17 dè'jantó).'
• Tomandoferà consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'êstados dos nego-
cios da fazenda e das obras publicas, commercio e industria; hei por bem, ouvindo o con-
telto0'déiiniftiétP0S^ determinar o seguinte: r-:
:
aberto um credito extraordinario da quantia de 76:500^1000 réis'para
Oeftblèref â ^ à e ã p e m dos telegraphos do reino até fim do actual anno eeonomictíy
••q®!,;feto•éwÉepencia da nova organisação d'este serviço, não foi suficiente a vefba dè
•leõUQ^OOOííôls^Olada no orçamento do estado. ' n--;.
Art. 2.° O governo, na proxima reunião do corpo legislativo, lhe dará conta dos mo-
to w s j ^ u d ô ' « b r i g a r a m a adoptar esta providencia e do uso que tiver feito db sõbrfedito
credito. • • ,• • ;; :
n Os õiÍDKtríísie secretarios d'estado das duas mencionadas repartições assirtií'0'téhham
entendido é façám executar. Paço, em 8 de junho de 1865.=REv. == Conde WAvitáh^
éwlO& WejltVda Silva. D. d c L . n . ° 1 4 1 , d e b i t e j n k h o ,
REPARTIÇÃO . ''
Não tendo chegado a ser convertida em lei a proposta apresentada á camara dos sb'nho-
res deputaáóá ern 14 de fevereiro ultimo, pelo ministerio dos negocios damarinhd-e ul-
tramar, para llie>aer votada a quantia de 248:457^151 réis, que despendeu em soccorros
patla.a;,íiffoviBCÍaide Gaba VDr<kv e no pagamento de saques de Timor;* e s e n d e M í è p e n -
savel que a referida quantia seja posta á disposiôão do dito ministerio-,''para'fazeí>#ce ! io
pagamento das despezas correntes, cujos fundos tiveram aquellas applicações: hei por bem,
ouvido o conselho de ministros, decretar que no ministerio da fazenda seja aberto um cre-
dita extrordinarip a favor do referido ministerio, pela designada quantia de 248:457^151
réis, seriiáo'ÍSS5::«08áí452 réis importancia das despezas extrordinarias que tiveram logar
-soccorros para a provincia de Cabo Verde, e 112:988:699 réis importancia dos
sa<pes,'iojtos pejp governador da provincia de Timor; devendo o governo dar conta ás
côrtes, na. proxima rejjoião, da abertura d'este credito extraordinario e da? sua appli-
cação. . • '•;••.:':.:.
.:• As mjíMStros e secretarios doestado dos negocios da marinha e ultramar e ^aífteenda
assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 8 de junho de 186Êj.=s;R®i>..:=
Marqmz M da Bandeira— Conde d' Avila. •„ . D.deL. n.° i3i,doio.aêjuB}io.
(1) S e n h o r : — A verba votada no orçamento do estado para os telegraphos do reino durante o.íjre-
sente anno.economico foi de 100:135'^0Ô réis; mas, tendo o anterior ministerio levàdo:!i,èífeilb,,: por
decreto>dèí)0 de dezembro ultimo, a auctorisação concedida na càrta de lei de 2o de júrihcanUéedente
ara a organisação d'este serviço, resultou o augmento de despeza de 70:500^000 réis q n e v ^ r J ã l l a
Se ^pij& n» o ç ç a m p t o , só pójie ser satisfeita.p,or meip t}'- um çreflitq ex&aor^inaj-jo, ctvjg dp^jreto os
ministros efe Vossa' Magestade nas repartições da fazenda e 'das'0Bras 'obitos.p^blic^isr'jC0jtpjnéfr6Í9
dustria, têem a honra de submetter á regia approvação de Vossa Magestaííè.' ' >>' . •' > o •«•<»
Ministerio d a s obras publicas, commercio e industria, em 8 de j uri h d < dè 4S65 / Coiíâê^ W A ^ i i a =
Carlos, Bento, da Silva. • - . •• -•••.. r •< jiV ..
i
«Hde junho 1864 > i'9i
CAPITULO II •• i :..•:/
Da gérencia e empregados li.." ! i
a
Art. 3. A gerencia da succursal de Loanda é confiada a tres gereqtes que a e ^ r ç e m
jgi^ldade de categoria cumqlatiyamente, cada upi. com os c ^ g q s que seguida
Ijiesvaoidesignados. " . • . ' ...
'/."^rt. '"4'.°, IJm dos gerentes terá a seu cargo o exame e fiscalisação, gepfirpsi ç,fhpr T
.ç^dioF^.i^idas eip .penhpr mercantil á suçcprsal, e a direcção geral do
í e r k q j ^ ç a r g p à caixa, ,e será portanto primeiro Ibego.ureiro; e o
dfldp, ^ i ^ r i j j . t ú r ^ o 'dos Jjyrps! succursal e a correspondencia, séndq pçr^qçgegíinte
tàmbem primeiro guarda livros. ,", .<„
^Qvçrnadpr dq b/ípco. ultramarino designará a cada mem^ç» 4a.ger,eneja as
^ c ç ^ s . ^ u ^ ^ e y ^ ' d x ò w , na'còefpripidàrçle d'estp artigo.. , V.; .
" § 2.'° Os' gerentes auxijjam-se mutuamente no desempenho das s u a s l p ^ c ç õ e ^ e^-fis/jlr
veixi;!ie .accordo os negocios da succiirsal, que acrescerem alem dos
Í ^ ^ Pára ser nomeado gerente é mister ter precedentes commerciaes, abwaío1çiô$,$
I j ^ í l i ^ ç t e s sufficientes para o desempenho d'este cargo. V\ . . ' .
poderá entrar em exercicio sem ser pos§iíidop,dfi;Vmtft.aOr
vil.fcrjliyMt^i.nOj, as quaes serão depositada^ np co/r^ap 1 b?nc,ò i ^iX^S7
boa com as mesmas' formalidades,,e sob as mesmas.estipulações: a. que^e rpfore'çj J '4^.(}q
^igò.4Í-!do^^reguÍgnjpRÍpdotencoV,. ', ,, - . . . . ... M) ' \ i ' i-i' •
.fiada u m gererdes. ye.nçerá p ordenado, de 3;QÇ0^PQ.Q néjg fcntèsifiagQ*
é ^ j p m f ó ^ p é s ménsaes d^ rpis.2^0^000. Os gerentes vencp9ji,|gualmeni^..u.iM.perfiei}t^T
Art. 7.° É absolutamente prohibido aos gerentes, não só a accumulação d'este emprego
cota outro qualquer estranho á succursal, mas tambem o exercicio de commercio de conta
própria ou alheia, que não seja no interesse e por conta do banco nacionalultramarino.
§ 1.° Todo o facto que importar infracção d'este artigo será punido com a demissão
immediata do infractor, sem indemnisação alguma por transporte ao continentè, ou por
qualquer outro motivo.
1 2 ; ° Quando a infracção for devidamente comprovada o gerente infractor perderá em
favor do banco o deposito em acções, determinado no artigo 5.° d'este regulamento, sèin
direito a compensação alguma.
Art. 8.° Alem dos gerentes haverá na succursal os seguintes empregados:
1 Advogado, preferindo-se bacharel formado, vencendo de 400$000 a 600#000 réis.
1 Segundo guarda livros, vencendo 1:200$000 réis.
1 Fiel de thesouraria com a fiança de 6:000$000 réis, vencendo 800$000 réis.
1 Cobrador com fiança de 3:000$000 réis, vencendo 400$000 réis.
1 Guarda dè armazens, caixeiro de fóra, com a fiança de 4:000,^000 réis, vencendo
SOO0OOO réis.
i Porteiro e servente com 240$000 réis.
§ 1.° O quadro dos empregados poderá ser interinamente augmentado pela gerencia
se o desenvolvimento das operações o tornar indispensavel, mas as nomeações ficarão de-
pendentes da approvação do governador do banco ultramarino, o qual, de accordo com o
conselho de administração, designará os respectivos vencimentos, e dará ulteriormente
conta á assembléa geral.
§ 2.° Alem das fianças estipuladas n'esle artigo serão tambem exigíveis fianças aos
empregados extraordinarios, que por suas funcções deverem presta-las. A importancia
d'estas finanças será igualmente fixada pelo governador do banco ultramarino, ouvido o
conselho de administração.
§ 3.° Se algum empregado for absolutamente necessário ao preenchimento de serviço
de thesouraria, ou guarda de armazens antes que possa esperar-se pela decisão do gover-
nador do banco ultramarino, não entrará em caso algum em exercicio sem previamente
haver prestado fiança idónea correspondente á importancia do cargo que é chamado a
exercer.
i 4.° Os vencimentos marcados n'este artigo poderão ser menores nos primeiros dois
annos, on proporcionados ao trabalho que for necessário.
Art. 9." É da obrigação do advogado da succursal:
I Consultar sobre todos os negocios que a gerencia lhe submetter;
II Dirigir qualquer pleito que a gerencia tenha de sustentar perante os tribunaes no
interesse da succursal;
III Habilitar o governador do banco ultramarino com relatorios annuaes, que lhe de-
vem ser remettidos por intermedio da gerencia, a formar juizo seguro sobre a legislação
colonial, que tenha relação com as operações da succursal, indicando as reformas, qué pos-
sam ser promovidas competentemente para alargar a esphera das mesmas operações, òu
assegurar-lbes bons resultados em beneficio do commercio e agricultura da provincia;
IV Redigir as representações, que por interesse da succursal, a gerencia houver de
dirigir ás auctoridades da provincia;
V O advogado poderá fazer parte da commissão consultiva ou entrar em substituição
á gerencia, se o governador assim o determinar; quando se verifique o primeiro caso, sèr-
lhe-ha licito accumular o seu vencimento ordinario com a senha de presença.
Art. 10.° Cumpre aos empregados da succursal terem o maior zêlo e diligencia no
desempenho das suas funcções, guardando absoluto segredo com relação a todas as ope-
rações, e ácerca dos assumptos que á mesma digam respeito; communicar aos gerentes
qualquer facto que chegue ao seu conhecimento, que importe beneficio ou prejuizo para
o estabelecimento; e finalmente tratarem com a maior urbanidade o publico em relações
com a succursal, prestando igualmente respeitosa obediencia ás ordens de seus supériórès.
Art. 11.° Os gerentes e empregados, que forem enviados do reino, e servirem com
reconhecido zêlo e distincção durante seis a nove annos consecutivos, poderão sèr preferi-
dos, nos empregos do banco na metropole ou no desempenho dos logares de visitadores, -
conforme for resolvido pelo governador dó banco ultramarino de accordo cotíií ú cdhsèlbo
de administração. ' " :
8 de junho » 1865 193
CAPITULO III
Da commissão consultiva e de suas attribuições
Art. 12.° É creada em Loanda, junto á succursal do banco, uma commissão consul-
tiva composta de tres membros e tres substitutos, que serão accionistas, pelo menos, de
vinte acções cada um.
' § unico. O governador do banco ultramarino nomeará os membros d'esla commissão
de entre òs residentes de Loanda, escolhendo os que melhor convierem aos interesses do
mesmo banco.
Art. 13.° Incumbe á commissão consultiva:
I Informar e elucidar a gerencia sobre a melhor fórma de effectuar as operações com-
merciaes e de credito com os individuos domiciliados na provincia de Angola, e com se-
gurança para os interesses do banco.
II Dar voto consultivo sobre o chamamento de empregados ordinarios e extraordina-
rios, sobre os vencimentos d'estes ultimos, e sobre as fianças que devem prestar.
III Exercer por turno, e pela ordem indicada pelo governador do banco, e no impe-
dimento dos gerentes as vezes d'estes quando o impedimento exceda a quinze dias.
N'este caso o membro da commissão consultiva, que entrar em exercicio, depositará
ás suas acções no cofre da succursal pela mesma fórma que os gerentes (com a differença
de ser o deposito d'estes. feito no reino), e será chamado o substituto correspondente na
ordem designada pelo governador do banco ultramarino, para preencher o numero da
commissão effectiva;
IV Lavrar actas em livro especial de todas as reuniões da commissão, e remetter co-
pia d'ellas ao governador do banco ultramarino na primeira occasião que se offerecer.
Art. 14.° A commissão consultiva reunirá ordinariamente uma vez por mez, e extra-
ordinariamente quando a gerencia necessite convoca-la e ouvi-la em assumpto de interesse
do banco.
Art. 15.° Os membros effectivos da commissão consultiva vencem nas reuniões men-
saes senhas de presença no valor de 9$000 réis para cada um, e em cada sessão, quando
compareçam á hora previamente designada para a reunião.
§ 1.° O membro da commissão consultiva em exercicio de substituição a qualquer ge-
rente durante o impedimento d'este, vence igualmente uma senha de presença de 4$500
réis por cada dia do referido exercicio.
§ 2.° Quando porém o impedimento ou ausencia do gerente for prolongada alem d e
dois mezes, ou definitiva, vencerá o referido substituto o mesmo que o substituído até á
chegada do novo gerente.
CAPITULO IV
Das operações da succursal
Art. 16.° A emissão de notas, facultada pelo artigo 3.° § 2.° da lei de 16 de maio
de 1864, far-se-ha pela caixa succursal de Loanda, levando porém as notas a assignatura
do governador do banco ultramarino e pelo menos a de dois gerentes.
§ 1 E m q u a n t o não tiverem adaquado desenvolvimento as operações bancarias, a emis-
são será somente de notas de 5$000,1O0OOO e 200000 réis.
§ 2.° As notas serão extrahidas de dois talões, um dos quaes ficará no cofre do banco,
e outro no cofre da succursal. Estes talões serão encadernados e archivados para a com-
petente confrontação.
§ 3.° As notas serão sempre pagas no cofie da succursal, c poderão sê-lo alem d'isso,
nos demais cofres que pela conveniencia das operações bancarias sejam designados pelo
governador do banco ultramarino, de accordo com o conselho de administração e com as
restricções ou formalidades que a experiencia indicar, o que será sempre feito publico no
Diario de Lisboa e nos boletins das respectivas provincias.
| 4.° A emissão poderá ser levada até ao triplo do capital metallico em caixa.
Art. 17.° A gerencia fica desde logo auctorisada :
A A receber dinheiro em deposito para entregar á vista ou a praso no cofre da suc-
cursal mediante o juro que lhe for marcado nas instrucções geraes, de accordo com a lei
e carta organica;
B Fazer emprestimos sobre penhor mercantil de generos ou mercadorias depositadas
nas alfandegas de Loanda ou nos armazens pertencentes ao banco, ou carregadas a bordo
de navios em viagem, e dirigidas á ordem do banco em Lisboa ou de suas agencias sobre
conhecimentos, e a coberto de seguro maritimo e contra fogo.
IM ',) flèijuiihò
| 1.° As mercadorias e generos depositados não deverão ser dos sujeitos a corrupção
proxima, e deverão ser examinados escrupulosamente pelo gerente respectivo, que alem
do conselho, d,qs,.seus collegas recorrerá, quando for mister, a louvação de peritos.
.. | 2.° As despedis de louvação serão pagas pela succursal, por conta dos respeçtiyçs.
depositantes dos generos ou mercadorias. .,, , ... •
Í,3.°, O adiantamento sobre generos não poderá exceder a tres quantas partés,,do va-
lor effectivo, marcado em relação ao valor local, quando este seja inferior ao qu^godér
ser nos portos a que se destinem, sendo os generos exportáveis, ou em relação, Áf^çuslq
ou ao preço facilmente realisavel, quando sejam generos de importação. , .
....! 4.°, Estes adiantamentos, alem do contrato de penhor.poderão ser representfl^òs por
letra, apeita áíird^m da succursal com praso determinado. .".!K1 ',.„„
C Tomar letras de cambio sobre o reino ou sobre as praças aonde o banco tiyeir^'en. :
cias,.çpmgarantia effectiva da realisação do pagamento, seja por meio de penhòfíÇttpèlô
de responsab.ilidade devidamente apreciada pela gerencia; mas no segundo caso ^quantia
confiada,a,pada individuo sapador ou endossante não poderá exceder a
Êxceptuarai->se,d'esta restricção os saques feitos pela junta da fazenda e commandante
das,ejnbarcaçÔes'.;de guerra no cruzeiro ou em serviço (estando estes ultimos.aucto/}|ádÓs
pelo . governo de Sua Magestade) sobre a thesouraria do ministerio da marinha, e..quando
Ues saq.ues nap excederem ,20:000^000 réis. .. . . ; '
,'.{ O cambio OH, premio d"estas letras de cambio ou remessas deverá sempre c o b ^ r ^ p j o
menos, o juro de desembolso provável a rasão de 12 por cento ao anno.. 0 ,' > .,, u ',jl..
D TQí^r letras de bottomaria a,premio, que cubra lo,dos os riscos da víàgè|)^ f i n -
cada que ^eja a existencia de garantia adequada ao valor do casco, fretes e carregamento
das. embarcações sobre que forem negociadas taes letras, e prevenindo, com o segiirQ/na-
rjti.mo o rqspçctiviii) risco. . : . .
É Descontar leiras de duas firmas até tres mezes de praso aos individuos que forènji
relacionados. e,m um registo formulado pelo governador do banco nacional iillraij^ãíinó
cpna approvação do conselho de administração, e dentro dos limites marca'd|^ ri este
registo. , ..; :
F Fazer emprestimos sohre penhores de oiro e prata devidamente c o p t r ^ d ò s pi} ap-
provados pop perito competente até quatro quintas partes do valor, reaj,. caiçjj;lfj$9 pelo.
que se possa immediatamente realisar da sua venda., 7',^,'^ '
: Fa?er emprestimos sobre machinas, industriaes e agricolas em estácío dps"éoipplétó
^pvqvejMífÍ^o:te3,,com penhqr ou garantia pessoal por letra, com 'firmas respongayê^s gt^
metade do valor realisavel, não excedendo cada emprestimo a 2:OOÔ$O0O reis, .sg.pfç jtiVfir
precedido auctorisação especial do governador do banco nacional ultramarino.
H Fazer emprestimos em generos ou em dinheiro p,ara sementeiras ou plantações,
comtantoque dêem a precisa garantia ém letra linuada por pessoa de sufficiente respon-
sabilidade,1 tou petihor correspondente; mas não poderá cada um d-estes emprestimos ex-
c e d a 2.-000#000 réis. ,.í-3í?í
I Encarregar-se põr Conta alheia da cobrança ou de compra de meíaes prètd©8§»,\pe4..
dr&s preciosas, titulos de credito, propriedades oú de qualquer liquidação, tuiátrnefliante
uma commissão convencionada. •> ; • -v
J Dar cartas de credito sobre as agencias do reino, no estrangeiro ôu no uitramar,
coTíí prévio depósito em dinheiro ou valores effectivos e facilmente realisaveis. • • r •>
K Fazer saques para transferencias de fundos sobre o reino e agencias do : banco, me-
diante premio correspondente. -j - r -
• L Guardar em deposito titulos de divida publica e papeis de credito, metaes pceciosos
e jorâs, e encarregar-se da cobrança de juros e dividendos, percebendo commissão, < >
:
CAPITULO V
Disposições geraes , j • >'
Art. 18.° N© edificio destinado á succursal haverá uma casa forte, solidamenfte Con-
strui dá: e á prova de fogo, e fechada com tres chaves diversas entregues aos tres;geréntes.\
Art. 19.° As horas do serviço ordinario no banco serão em todos os dias uteis das íieve
da manhã até ás tres da tarde. -M.* 5.
| unico. Tanto os gerentes, como os empregados, deverão comparecerá hara.deiáfce**'
tura, e entregarem-se ao desempenho das suas respectivas funcções com-aipreeisa dilif
gencia até á hora do encerramento. ', ,-ÍÍ
9 de junho 1865
; Art. 20." A escripturação da succursal estará sempre em dia, e será feita tím partidas
dobradas, e o balanço de cada semestre fechar-se-ha nos mezes do janeiro e julho.
| 4 D'este balanço será enviado um extracto detalhado com todos os elementos pre-
cisos de informação ao governador do banco ultramarino, por cada uma das viagens im-
mediatos dos vapores da carreira para Lisboa.
r
j§>2.p : Alem d'estes balanços deverá em cada mez ser enviado ao mesmo governador
do banco ultramarino por duplicado um exemplar do balancete, relativo ao exèrcicio lio
mez anterior, formulado segundo o modelo que for indicado nas instrucções geraes.,
| 3.° Tanto os balanços geraes como os balancetes deverão ter as assigoaturas.tje lur
dos os gerentes. ; -
;
A r t . 2 1 . ° Alem das indicações que na correspondencia ordinaria da gerencia com o
governador do banco ultramarino deve aquella fazer de tudo quanto possa interessará
apreciação do exercicio da succursal e ao desenvolvimento da prosperidade.d^esta, enviará
a.'gerencia,; com o balanço semestral, um relatorio em que sejam recapituladas todas as
observações que no interesse do banco possam fazer-se pela lição da experiencia. :, •
; ••Este relatorio deve conter: • • • . ., -
I Goih relação ao pessoal, noticia completa de como tiver desempenhado as;suas obri-
gações cada um dos empregados da succursal, das faltas oc-corridas por doença ou por ne*
gligoncia, • - .. . ,
II ©o :elfeito produzido em cada ramo de commercio por cada especie de operações
bàncarias, com indicação d'aquellas a que se deva dar maior amplitude ou qiie seja mis-
tef restringir; e bem assim da conveniencia de iniciar novas operações, fundameiHaflcb
com os dados precisos a opinião que se manifestar, de maneira que o governador éú bapco
ultramarino e o conselho da administração possam resolver esclarecidamente os assum-
ptos relativos a este;
III Informação noticio,sa dos ramos de commercio, industria e agricultura, cujo desen-
volyjnpeitp o b a n c o possa auxiliar ou iniciar: . ,,,.! , ;
IV Indicação das praticas locaes viciosas com relação ao commercio, e iios iriéios mais
adequados para corrigi-las; :. •• •
V Esclarecimentos sobre os estorvos ou inconvenientes, que a legislação e regulamen-
tos lotaés possam "offerecer á solidez ou progresso das operações bancarias; te á ampliação
dás' transacções commerciaes, por maneira que taes esclarecimentos aproveitem ao banco
pát$'promover quanto possa o augmento do commercio colonial, e solicitar dos poderes
publicos á^ providencias ou auxilio necessário para esse effeito :
' VI.^Finalmente, informação circumstanciada dos melhoramentos que rasoavelmente
ptissatííihtròduzir-se nas communicações principalmente com o interior.'?, tado quànto
possa importar ao desenvolvimento da viação publica, e com ella ao commercio emôiis*
tria. : N : êsla informação devem, quanto approximadamento possa, incláir-se alguns eler
rftetitòs' do valor do transito actual, do augmento a esperar da feitura de -certas estradas
oii'abertíira de outras communicações, bem como algum calculo approximativo do custo
dos melhoramentos que se possam recommendar. •
' M i : 22:° Não devendo por consideração alguma representar o banco côr politica, é
ábâolhtatíiente prohibido aos empregadosda succursal e agencias do banco, não © exer-
cicio1 tios seus -direitos'politicos como cidadãos, mas o formarem partido colléctivo e toma-
rem parte activa no vencimento de candidaturas eleitoraes e em todos e'quaesquer factos
pelós quaes sé possa irrogar censura ao banco ou presumir parcialidade politica na sua
gestão. -
;
' Árt. i23.° Incumbe expressamente ao* gerentes-da succursal o (ratarem'COMI a tóbior
deferencia e respeito as auctoridades locaes, devidamente constituídas, auxilia-l«s quando
for mister, e conservarem completa isenção de todas as parcialidades e intrigas locaes
em dissidência com estas auctoridades. Nas suas relações com os habitantes convém que
uma intimidade exagerada não venha prejudicar a serenidade das funcções que exercem,
5 3
ou dimmtór-á Respeitabilidade da posição que ocòtipánv. • <
. CAPITULO VI
•. i. .. Dos visitadores . \\
Havendo-se suscitado duvidas sobre se devem ou não ser obrigados a servir no corpo
de marinheiros da armada real, como effectivos ou supplentes, aquelles individuos que
tendo-se alistado como substitutos no dito corpo, fizerem parte de qualquer contingente
posterior;
2ft3
10 de juuho 1865
REPARTIÇÃO DE AGRICULTURA *
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Leandro José Gon-
çalves de Freitas e João Maria Dromgaole, em que pedem para'a sociedade com firma
Freitas & Dromgaole a concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade da Al-
parchina, freguezia e concelho de Ourique, districto de Beja;
1
Considerando que Francisco Ignacio Ramba obteve a certidão dos direitos de desco-
berta d'esta mina por portaria de 7 de julho ultimo;
Considerando que o descobridor legal d'este jazigo cedeu e transferia para os reque-
rentes todo o direito á mesma mina que lhe provinha da citada portaria, como consta da
escriptura lavrada nas notas do tabellião José Justino de Andrade e Silva aos 23 dias do
mez de dezembro ultimo;
Considerando que os requerentes com o fim de lavrarem esta mina se constituíram em
uma sociedade com firma intitulada Freitas & Dromgaole, como provaram pela escriptura
feita nas notas do mesmo tabellião em data de 18 de janeiro do corrente anno;
Considerando que esta sociedade exhibiu um documento comprovativo de possuir os
fundos que foram julgados necessarios para a lavra d'este jazigo;
Considerando que tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
na folha official, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Yisto o parecer a este respeito havido da secção de minas do conselho geral de obras
publicas e minas:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o alludido parecer, fazer
a concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade de Alparchina, freguezia e
concelho de Ourique, districto de Beja, á sobredita sociedade Freitas & Dromgaole, ficando
obrigada no praso de seis mezes contados da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa
a satisfazer a todas as disposições da lei e regulamento de minas em vigor; ficando outro-
40
1865 lo <de jtiphó
;
Siítq ai . • .. . ^— • i :.!ijí'>;.= - rir-.,!
:
•.:•• • • •• ••: i u f i •;•;! r ; ' '
20 1
^ ^ ^ ^ I S r r E R I O DOS NEGOCIOS DA MABMHÀ E ULTRAMAR '
!
i-' - • •• ••• 2.-' 'DIRECÇÃO "<.':'-.., •.
. . . ' • 3." REPARTIÇiYO '
Tendo-me sido presente a proposta do negociante americano Augusto A«ch®n .Sifra;
pstâândo -prinií^fio para a navegação doido Quanza, a a província de.-AngolasieitaLppEBieio*
de?temcgsftiOMjtosíporÀ' apor entre Loandae:,GahimbOi e entre, Gálumbo e CambíBnb.e. ; t;
•i "'á.ttáRílen.dois vantagens;que á dita provincia devem: resultár d'aque|la nâvtígaiçflo-y^r
•^onsideratjdo que é de urgencia adoptar este meio de transporte, para realisar o qual
o -mencionado* negociante tem procedido a estudos e reunido capitaes; • ;
10 'dè jiínKo 1865 m
Usando tia auctorisação conferida pelo | 1.° dó' artigo 15.° do acto addiciona) á carta
constitucional da monarchia; e tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros: iiei
p'ór bem'Spprovar o contrato n'esta data celebrado entre o governo e o cidadã^anlericano
AuguátÓArcher Silva parâ'ã navegação'cie vapor no rio Quanza, pelo inodoe nos termos
no.mesmo contrato especificados. "•?-' •
:
'O-presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado'd03 negocios da
guerra, e interino dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido : é''fabá^exetiutàr:
Pàçtí, eih-10 de jurihó de = Marquez de Sá da Bandeira' M .{«•' -1
, Çontrato celebrado com o cidadão americano Augusto Arclicr Siíva pára àémprésia^áá1riáftí^Sçao'0-'1
' " ' " ' dè vapor no rio Quanza, provincia de Angola l. ,rw /. ,>
' ' Aos'10 dias do itfez de junho de 1865, no ministerio dos negocios í a "nfelirihèrd ui-
tramar, e gabinete do iil.*"0 e cx."* sr. marquez de Sá da Bandeira, presidpte'dõ>fcofiselte
dè ttfitíistrbs, ministro e secretario d'estado dós negocios da marinha e>uítrarfiíir>í'©stafndo
p i ^ e n f e S j d e uma parte 0 mesmo ex."10 sr. ministro, como primeiro
d'ó'govérno, e de outra parte ©"cidadão americano'Augusto Archer 8ilv&pSBpM0 «cttWW
gante, assistindo a este acto o conselheiro Levy Maria Jordão, ajudanteiídá^^&Q&fi^e 2
rál da'corôa junto a este ministerio; pelo primeiro e segundo outorgantes fói •íMto násmi-
nha presença, e na das testemunhas abaixo mencionadas e assignadas, ^ u e ctXíbíWdavam
ém úm cóhirato para; a empreza da navegação por barcos de vapor no rôo-Qàáiifeaj^ifvin-
cia dfe AiVgola, entre Loanda e Calumbo, e entre'Calumbo e Cambambe; noe ternabâ^áé
condições abaixo indicadas, e se obrigavam a cumprir todas as suas oondi6õe§"s©scláu-
h:V
> Condição J|..ft O cidadão americano Augusto Archer Silva obri'ga-se(^fmnap?no prasò
de doze mezes, a contar d'esla data, uma companhia commercial, pa ra:© § m kl e 'executar
d-pre§éní£ contrato, peló-modo e nos termos adiante 'especificados'.'- ••>1! O J.mVJ
| unico. A companhia será considerada como portugueza;para íôdoSiogíeSfetósi^í^iâb
tal íféá'sujeita ás leis eregulamentos de Portugal,••desistindo o fundadfflWdá.èám^Bnlíia e
os accionistas que forem estrangeiros de todas as suas immunidades e prifitegiô^^m^rtâO
0': que tiv'ér relação com este contrato. • ; • fi o<<
•'< r Cónd: 2. a A empreza ohriga-se a fazer a navegação do rioQuanza,ippowpioi0>W>AT]*i
gõíâ, ptor meio de barcos a vapor, que navegarão entre Loanda e Càláfflfeo, è'iéT)W&'Gá:-
lumbo e Cambambe. ofegai tu! r«v>
•»§ «Bico. A empreza fará em cada anno, pelo menos, quarenta e oito-•Wag&isiedOÈdas
entre Calumbo e Cambambe, e vinte e quatro entre Loanda eCalumbo; salvo qas® de .força
niaior. ; í ^' > >, •. : "1 .j
Cond. : 3. a A empreza obriga-se a ter para este serviço, pelo-menos* dois';barcok dè
vapor;-epnstruidos seguhdo '® systema mais aperfeiçoado, e com a força neoéssarôav
§ 1.° Para o transporte das mercadorias o passageiros-terá, alem -dõsofearcíte de vapor)
asietntoárcações de ferro cie arqueação e construcção convenientes que;forení<nefeessárias.
i !V-|i2sf. Tanto os vapores como as embarcações de ferro serão.examinadosé«xpterihiBníí
t á f o s e m ,Lisboa ou em -Iioanda por agentes do governo, e só poderãois^iômpiíègaílos-n»
:
dita navegação depois de approvados. • •'* • .-(ikinini :»!> nloíiiílíiv
a
Cond. 4. Os preços máximos dos fretes das mercadorias e os daspa^agens^erãò refc
guladósiprovisoriamente pela tabella que faz parte d'este contrato; aquálisenáfiêviste^elo
gávernador geral da.provinciatle Angola, ouvida a junta da'fazendaífiante^dteífebeber '»
approvação definitiva do governo. •••• • sisq t* otn;? -.•;> f-vvr»
-único. As alterações que a empreza julgar conveniente fazer ;nantafeBllíu só ptáte-
rãò.effectuar-se precedendo informação do» governador geral da proviríeisé> confirmação
regiá.• - -'•.ti.-1-; . •••' '•. - A-. v m "nq
a
Cond. S. O preço do transporte dos passígeiros^ por eoníâ ou éfers0F$içè do^eStado;
será um terço menos do que pagarem os passageiros particulares
Cond. 6. a O frete de materiaes de guerra, fardamentos, utensílios, ou quaesquer ou-
tros objectos carregados por conta do estado, será um terço menos do que corresponder a
igual peso de carga da praça.
Cond. 7. a Estando declarado na provincia ile Angola o estado de guerra, terá sempre
preferencia o pessoal e material que ao governo for necessário transportar nos barcos da
companhia.
200 1865 í) de junho.
Tabella provisoria dos preços máximos dos fretes das mercadorias e das passagens, i qual se refere a
condição 4. a do contraio feito n'esla data entre o governo e o cidadão americano Augusto Archer
Silva, para a navegação por barcos de vapor no rio Quanza, provincia de Angola.
H de aguardente, uma
abatidas, uma
50000
20000
10000
Barricas de cal, uma 0040
Polvora, um kilogramma 0025
Fazendas e outras mercadorias, i d e m —
DE CAMBAMBE P A B A LOANDA
50000
Pipas de azeite, uma
Cera, um kilogramma 0020
Marfim, idem 0060
Couros, idem 0020
0300
Café, quinze kilogrammas
lim 0 i d e m 0300
Alí?odãoí P ' 0100
A,goaao
j e m caroço, idem 0200
Gomma copal, idem 0200
Trigo, idem 0150
Ginguba em grão, idem 0150
Mantimentos, idem. 40000
Gado vaccum, cada cabeça 800000
Balsas de madeira, uma
PASSAGEIROS
• a c j a s s e | de Loanda para Calumbo, sem comedorias 10^000
jde Calumbo para Cambambe, idem 10$000
2 3 C l a s s e ! l o a n d a para Calumbo, idem 5)91000
de Calumbo para Cambambe, idem 50000
Os preços das passagens de Calumbo para Loanda e de Cambambe para Calumbo serão
os mesmos que ficam indicados para as respectivas classes.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 10 de junho de 1 8 6 5 . = J t f a r -
quez de Sá da Bandeira—Augusto Archer Silva. D . L . n . ° 13A d e « d o j u n .
f ijpraças 'de pret das guarnições das provincias ultramarinas tenha o melhbrâfrieníb
| ' n o s ultimos tempos tem sido efectuado no das tropas dcffèitíò''0v1IKasaj^jifcefltós':
. f éda Sua -Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha ; è'tilh]amar,
' J t í ^ o governador geral da -provincia de Cabo Verde-faça proceder ao melhoramento do
Tajpho das praças-de pret pelos meios que julgar mais convenientes, propondo
^f}to)ministerio quaesquer medidas-que não estejam ao seu alcance.• . f i;
^ ' - ^ u t r o s i m ordena o mesmo augusto senhor que o alludido governador g e r a l è h ^ ^ é s t à
*|êèfMaria d'estado um mappa,- demonstrando qual tem sido o rancho âistribtiiÔ^tfíM^qN
I ç M ^ a . guarnição em cada um dos ultimos doze mezes, com deSighação de' suá'íjtíârítiradè
'I^Ôâmlade-, -bem como do numero de arranchados e dos que nãoafrãnchamy d é C l a r à f w -
se o motivo por que se lhes faz esta concessão.
CK)<t$?p°> em 10 de junho de 1 8 G 5 . ~ S r f da Bandeira. , p.dei<.fl,««?.d»^dejpDbo.
*»; > » » { , ( » ! ! • . . . - . . • , " ' ' '
(1) Senhor; — No(re.latorio.que- apresentei ás-côrtes, emjdata dg l9d:edeslembro (le 1887, tratando
da providencia de qCtVtórrrei á iniciativa, e que foi' determinada pelo !de'cr'eter cie G de outubro d'esse
anno, relativamente a serem pagos nas capitaes dos districtos os juros das inscripções com assenta-
mento na junta do credito publico, disse èii' que-esfa mêdiday rittiífte outras vantagens, levaria ao in-
terior do reino uma, grapdo porção cj.'aquelles titulos, promoveria em larga escala a sua procura, e con-
correria consegufiifômenie para a elevação do prei o d'feliés. '•'•"
Os factos mostraram logo que me não enganara, c por isso resolvi ampliar a mesma previdencia,
que tão bejn,recebida fôra, ás capitaes dos districtos dos Aeor.es o da Madeira, ,o que teve .logar- peta
por£árta'dè! í61!dê àgosto de 1860. " ' ' " ', ^ -- " ^ •
•'•'''jU&s itòpéHantáá resultados.obtidos desdffentáo aiigmeritarâm consideravelmente de-anão pài>a ãntló.
Asaiplíp^mbosfíatia estatistica que tenho aíhon-ra de,apresentar á elevada consideração ídé-¥o,ss3M&r
qual foi a importancia dosjuros dos referidos titulos, paga nas c a p y ^ . ^ o à d i s -
.thçlçã.JÍP.PÒfl.tíflSRte do reino desde o ; primeiro semestre de 1838, em cjueVcomeçou.aguèíjp^pag^-
'Êeti semestre do anno proximo passado. E s t i estatistica offerece'óè dados'se-
g u i n t e s : i iíifi
<•••: •••'• ,(';«!• • -- " • - ' . • -
'««Kfti MwmWn- *• • «*'•' • < • • • • l:180íS0Q.1861. 2.?.semestre,.
. a » k a i f o . . . . . . 3 : 5 0 7 3 0 0 0 1862Í í.°.'(lito . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48:409áSOO
"l e io j a s Q ^ ^ t ó ' " . ' . í - . m m o '2.° dito . . . ' : . . . . . . 57:088-^00
j 2 . ° dito 5:76»£2ã0 1.» d i t o '.)i«f?i394^600
1863
H'«i<í?ípr, .UiU , •. • A,., . . . . . . . .6::.624iâ7otí 2.?.dito . - •i.-.
0
|.°,iditfl........ 7:,6i33íStóOO si. dito • •
: Artigo 1.° O juro das inscripções de assentamento, que é pago nas capitaes dos dis-
trictos administrativos do continente do reino, por virtude do decreto de 6ido outubro de
18í)7j será de ora em diante pago tambem nos concelhos capitaes das comarcas,judiciaes.
| unico. Nas mesmas localidades serão pagos igualmente os juros das^inscripções'ide
coupons. .«jJífi;*!
:. Art. i 4 ° Os possuidores de inscripções de divida fundada com assentamento, qtaá pre-
tenderem receber os juros na recebedoria da comarca da sua residencia^ devem i&nfcegar
até aos (lias 1 de maio e 1 de novembro aos respectivos escrivães de fòzeqd»:t>a>yrotação,
conforme^o modelo n.° 1, dos números e capitaes das inscripções que possuirfcto;yie'yid&-
mente avflrbadas. Os escrivães de fazenda remetterão as relações que assim reoeteremiá
contadoria'geral da junta do credito publico, para ella processar um reoilàojtem auplikKwto
para o pagamento dos juros. »i .>Y;íLí .>;»«<i3
• • Ai!ti;3;0 Logoque os escrivães de fazenda recebam da coiUadoria . das jaMa.do)t/£dilo
publácoíds,recibos devidamente processados, osentregarão aos possuidores) cbosftitufc¶
' P^rèce-mè' ainda conveniente, parà maior'êsclárecimento;' addicionar a esta estatistica Oijtra que
indique a importancia dos pagamentos reálisaiios tio primeiro e iio: ultimo d 'aquelles séinesjreS"WasM-
pitaes dos diversos districtos do continente do reino, sentindo nâo poder comprobeaâèrnâ irfasbia es-
tatistica a,-importancia paga nos districtos dos Açores e da Madeira por falta dc infqrttíftÇpq.s QOíP-j^tas
ij^aato^ao segundo semestre do aunç lindo. o; ,.!
" . ' rresta segunda estatistica obscrva-se o augmento considerável que se deu no íni&irid joagarilènto
coiti íéíaçao aos mencionados districtos, e verifiéa-se que tal pagamento é'h'oje eífecíiiádtfàtaTOwHWéè,
f ú a n d ò nqiprimeiro semestre de 1858 havia nove. districtos onde não existia umatfiàíài íifecrlpdão.
. : iGçippttova-se a exactidão.das observações expostas pela seguinte fórma:- yyhfii.jsj&Jj
' "Hl lniiiiv.i 1'jfi'J
Juros ^ ' i '"'!' • " m H "
Districtos
Primeiro semestre o , • -mir. '<m «sobcíMi-r
- dc1858 Segundo semeslre
: dc lSGi' 1 U'i
•ti r: ín.;ngify.r.
Aveiro. 30£000 1:8i9,|fj00 r - • : lirfWpOO
Beja... • .» ' (18304000
l^aga.. 124j5oOO G:39l£S0p.,- ií
fagança- 373^730. 1:3m750,
Castello Branco 50^30 l:131$7oÕ « f f i B .
Gisitàbrâ : . ' . . . . . 376,3000 44:653,}í500i ; ; : 14í077p0ff'
Evora 30:051,8750
650&25Q / ; 1163Qá2ííO
i-.oonmo "i - . IrOOÕáOQO.
ria..
gre'.. 8:466$000 ;
Santarem 5:388íà000 5338ftí»00í.
, .Vianna'-. 4:392£00g,. ;
Villa Real. . 5'64á7oÓ
Vizeu umo 3:669,
1:180.5500 2:007^2 50;;r
11". O C'
; : : 7
•>: •'."•;<!:.'"• •!' - ~ " | ' •::-•• '.>Vji;t -ififiSiniiTitr>o:-
Reptas duas estatisticas, não se comprehende o districto do Rorto, p o r q u e - i ^ l e . ^ j a ^ v a f l i ^ i q s
juros" das inscripções antes cio citado decreto de 6 de otitu"bi'o de 1837. , ^ ,"'' ' . '.. ,
É portanto fácil de ver que importando os juros pagos nas capitaes dos tfív^fèH^tíístrrctõs tio
:
còhtrnentfe do reino, no segundo semestre de 1864, em 82:007^230 réis, o capital' Viómíríal ^ á e lhes
corresponde em inscripções ó 5.467:150^000 réis, que se acha espalhado pelas pr.ovSáijflSido e>jptl-
nerçte d© xeino ' Tl í j /
Rfç^uljtaao tSo lisonjeiro em favor do credito publico aconselha mn'a nova prqyadencip como" aotn-
plemèiitô'dàs que forani já adoptadas, e vem a ser pagar nas capitaes dos districtos'qsfútdá nao.,scídas
inscripções dè assentamento, como até aqui; mas tambem das inscripções de coupon3/'éwh#f ! èxtènsiva
eáta di^poáiçãó ás cabeças das ctímarcas judiciaes. ! f . '1 - ni - ; , o h i i w t h l ' » ciliit»! O
Por esta fórma o pagamento dos juros de todos os titulos de divida publica interna póderá fazer-
se em mais cento e uma villas ou cidades, alem das vinte e uma capitaes dos districtos administrativos
em que até agora se realisava unicamente o pagamento dos juros das inscripções de assentamento.
O pagamento dos juros das inscripções de coupons deve produzir os melhores resultados, occasio-
nando necessariamente a procura d'estes titulos, que por sua naturèza mais facilmente se prestam ás
transacções do mercado, e a consequência inevitável será a elevação do seu preço.
Para conseguir pois estes resultados, mediante a fiscalisação que exige tão importante ramo de
serviço publico, peço licença aVossa Magestade para submetter á sua real approvação o projecto de
decreto junto, em que concordou a j u n t a do credito publico.
Ministerio dos negocios da fazenda, em 10 de junho de 1863. = Conde d'Avila.
204 1865 í) de junho.
por elles serem assignados e reconhecidas as assignaturas por tabellião, que declare ha-
verem "estas sido feitas pelos proprios na sua presença. No caso de que o possuidor não
saiba escrever, devem os recibos ser assignados a seu rogo por qualquer pessoa, cuja iden-
tidade seja garantida pelo tabellião, que certificará do mesmo modo a identidade do ro-
gante.
Art. 4.® Os escrivães de fazenda annunciarão o dia no qual devem proceder, com os
recebedores de comarca, á conferencia dos recibos e ao pagamento dos juros das inscri-
pções. No dia que for indicado, apresentarão os possuidores, nas competentes repartições
de fazenda, as inscripções e os recibos com as assignaturas devidamente reconhecidas,
para depois de conferidos os números e capitaes designados nos mesmos recibos com os
números e capitaes das inscripções, ser n'estas imposto o carimbo do semestre cujo paga-
mento se deve fazer.
Art. 5.° Os escrivães de fazenda, depois de verificarem que foi imposto o carimbo em
todas as inscripções, escreverão nos recibos a nota de conferencia, por elles authenticada
com a sua assignatura, e n'esse acto serão pagos os juros pelo recebedor da comarca.
Art. 6.° Os recebedores de comarca remetterão, como passagem de fundos para o co-
fre central do districto os recibos dos juros que houverem pago.
Art. 7.® Os delegados do thesouro lançarão na conta da dotação da junta do credito
publico a importancia dos juros que houver sido paga pelos recebedores, remettendo â
junta os recibos dos juros, que documentem a cifra despendida, a qual será abonada na
escripturação da junta em conta com os thesoureiros pagadores dos respectivos districtos.
Art. 8.° Os portadores de coupons entregarão na epocha marcada no artjgo 1.°, aos
delegados do thesouro nas capitaes dos districtos, ou aos escrivães de fazenda nas comar-
cas, conforme os coupons deverem ser pagos pelo cofre central ou pelas recebedorias, os
coupons que pretenderem receber, com relação ao semestre a pagamento ou aos semes-
tres vencidos. Os coupons, que deverão ser assignados pelos portadores no verso e rela-
cionados nas cautelas (modelo n.° 2), serão conferidos e inutilisados com o carimbo do
semestre em que forem pagos. As cautelas serão entregues aos portadores dos coupons,
assignadas pelos delegados do thesouro ou pelos escrivães de fazenda nas comarcas, re-
servando os signatarios em seu poder os talões das mesmas cautelas.
Art. 9.® Os delegados do thesouro e os escrivães de fazenda, logoque tenham recebido
quaesquer coupons, os enviarão á junta do credito publico, marcando-os novamente com
duas tarjas pretas (modelo n.° 3). Com os coupons será remettida uma relação das caute-
las qUe se tiverem passado, designando-se os números, nomes das pessoas que entrega-
* ram os coupons e importancia total d'estes.
Art. 10.° A contadoria geral da junta do credito publico, lendo recebido os coupons
e feito a devida escripturação, expedirá a necessaria ordem de pagamento sobre o compe-
tente thesoureiro pagador, dando conhecimento da mesma ordem ao respectivo delegado
do thesouro.
§ unico. N'esta ordem serão declaradas as quantias que devam ser satisfeitas, ou pelo
thesoureiro pagador directamente, ou pelos recebedores de comarca. ' 1 "•
Art. 11.° Os delegados do thesouro, depois de terem recebido as communicações de
qUe trata o artigo antecedente, expedirão as convenientes ordens para o pagamento, e em
conformidade farão annunciar o dia em que se hão de pagar, tanto nas cabeças de comarca
como nas capitaes dos districtos, as mencionadas cautelas, as quaes serão resgatadas no
acto do pagamento.
Art. 12.° Os talões das cautelas, que forem passadas em virtude do artigo 8.° serão
logo remettidos aos exactores que houverem de eífecluar o seu pagamento.
Art. 13.° As cautelas pagas pelos recebedores terão o destino marcado nos artigos 6.°
ft 7.® do presente decreto, para os recibos dos juros das inscripções de assentamento.
O conselheiro distado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda assim
o tenha entendido e faça executar. Paço, em 10 dejunho de 1865. E i. = C o n âed'A vila.
2ft3
10 de juuho 1865
MODELO N.°
Comarca de . . .
O abaixo assignado pretende receber os-juros das inscripções de assentamento dos números e ca-
pitaes que vão designados.
Em . . . de . . . de 1 8 0 . . .
(Assignatura.)
MODELO N.
N.° . . . N.°...
o | o
de 70500
Numero
0£0
O S O
O U I O
de coupons
de 10500
G ° 0
Numero
O g O
O g O
O s O
RESUMO O g O RESUMO
De U 5 0 0 O g O De 1,0500
De 7$500 o ^ o De 7*500
De 150000 De 13,3000
MODELO N.° 3
Segundo semestre de 1865
Inscripçno n." 10:080. Capital réis 1:00011000.
A junta do credito publico pagará ao portador d'este coupon quinze mil réis.
. Réis 151000. (n) N.° 20.
(a) Logfir onde se devo pôr o carimbo.
1), dc L. n.° 134, de 16 dè junho.
51
20ê 1865 10 de junho
Tendo .sido presentes a Sua Magestade El-Rei os officios em que o governador geral
da provincia de Cabo Verde tem dado conta do estado do archipelago e pedido soccorros
para occorrer ás necessidades da população, em consequência da insuficiência da ultima
colheita; manda o mesmo augusto senhor, pela secretaria d'estado dos negocios da mari-
Nnha e ultramar, participar ao dito governador geral o seguinte :
l . ? . Q w e immediatamente se lhe vae mandar uma embarcação carregada de milho,
arroz e algum toucinho.
-2.° Que estes generos serão pagos pelo governo em Lisboa, com os meios que tem á
sua disposição.
3.° Que a distribuição gratuita de generos alimentícios só se deve fazer a individuos
incapazes cTè"trabalharem, j ã p o r doentes, já por veltros, já peia^suatenra-id^de. —
4.° Que a todos os homens válidos sç devem negar auxilios gratuitos, dando-lhes po-
rém trabalho regularmente retribuído eín dinheiro com que comprem generos para se ali-
mentarem, o u r a n d o os alimentos pelos preços do mercado, ou parte em dinheiro e parte
em generos.
5.° Que esta ultima disposição tertha porém uma excepção, podendo dar-se como
emprestimo aos individuos válidos os generos necessarios para se sustentarem e ás suas
familias até quinze dias, espaço que se considera suficiente para se fazerem as sementei-
ras annuaes.
6.° Que elle governador póde empregar desde já em jornaes aos homens válidos o di-
riheTfó que 'têm em cofre, proveniente da venda do milho. • '
7.° Que elle governador geral deverá publicar esta portaria no boletim official da pro-
vincia, remettendo-o em grande numero a todas as auctoridades, para lhe dárém à; maior
publicidade. ,..'.
Paço, em 10 de junho de 1865. — Sá da Bandeira. D. DE L. n.° 133, D E « D E junho.
guerra, um decreto regulamentar das remontas dos corpos de cavallaria do exercito, com
o intento de animar a producção e creação dos cavallos portuguezes, convindo portanto
proseguir n'este patriotico empenho, estabelecendo uma serie de providencias qu ; e.actuando
todas no. mesmo sentido possam imprimir energico impulso ao desenvolvimento ,d.a ;isossa
industria hyppica; il
,, Ççnsiderando que das nossas raças cav.allares, sendo apur-adas pelos processos mais
rácionajes de selecção e cruzamento, se podem obter produçtQS que tendwji a jgtiâtolVâ
mesmo exceder, os das mais finas raças estrangeiras; . ,u\
Considerando não só que as disposições naturaes do nosso clima e solo são sufficien-
temente apropriadas para a industria cavaHar, mas tambem que as nossas condições eco-
nomicas, em virtude da presagiosa transformação por que vão passando, demandam o pro-
gressivo incremento d''aqiaeilla .industria;
Considerando que os concursos regionaos, excitando a nobre emulação dos producto-
res e creadores, p e l a ^ s t f i b a i ç ã p úf -r-eçoflapeosas puiblLcas^seqaaáeBa reputar como com-
plemento do systema de medidas que dependem dos poderes publicos, para promover o
melhoramento da nossa industria hyppica ;
Considerando finalmente que a região .do Ribatejo .é da
j ó r ò ã o ^ o é ç r è a ç ã ô equina: . ..•( •
• fteijJoí bem decretar o seguinte: .,.. i,
Artigo'.!'. 0 É creado pelo .presente decreto no Ribatejo um concurso aogipftl de
cavãllar, 'átt qual somente poderão ser admittidos cavallos nascidos e pre?jdps ÍQr^Wt
gálj qualqúer que seja a sua procedencia, uma vez que não tenham meryjis
mais de Seis annos de idade. , : " , .1;
| unico. O concurso realisar-se-ha na Gollegã, por occasião,da feira de S, Martinho,,pp
dia t l derfóvembro. • .... r ,
^'rt. á; 0 Da verba consignada para exposições agricolas no capitulo
do ministerio das obras publicas, commercio e industria será Reduzida $ .
500^(000 a qual se distribuirá pelos'seguintes premios: ,:.,...,.}
, •.:!!•>
500$000
Art. 7." O secretario do jury enviará ao governo, pela referida direcção geral, um re-
latorio circumstanciado do processo do concurso e dos resultados que a sua instituição pro-
duzir sobre o melhoramento das raças cavallares.
Art. 8.° O governador civil de Santarem tomará as providencias necessarias para a
execução das diversas disposições d'este decreto.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenham entendido e faça executar! Paço da Ajuda, 10 de junho de 1 8 6 5 . =
R E I . = C a r l o s Bento da Silva. D. do L. n.° 142, do 28 da JUNHO.
4." REPARTIÇÃO
Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Olhão uma associa-
ção de soccorros mutuos, denominada «sociedade protectora dos artistas de Olhão»;
. Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar a sorte dos asso-
ciados, 'e muito contribuem para a sua moralisação ,•
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Faro:
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio, e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos da sociedade protectora dos
artistas de Olhão, os quaes constam de nove capítulos e setenta e cinco artigos e um artigo
transitorio, e baixam com este decreto assignados pelo ministro e secretario d'estado das
obras públicas, commercio e industria, ficando esta associação sujeita, nos termos de di-
reito, á fiscalisação administrativa, e.bem assim ás disposições das leis de 31 de maio de
1853 e 7 de abril de 1864, pelo que respeita á acquisição de predios rústicos ou urbanos,
com a expressa clausula de que esta minha approvação lhe poderá ser retirada se se des-
viar dos fins para que é instituida, não cumprir fielmente os seus estatutos, ou deixar de
remetter annualmente á direcção geral do commercio e industria o relatorio:.e contas da
sua gerencia.
!
O mesmo ministro e secretario doestado das obras publicas, commercio e industria o
tenhá flssim entendido e faça executar. Paço, em 1 2 de junho de I 8 6 5 . = R E J . = C a r l o s
Bento da Silva. D . de L. n.° 137, de 2 0 de jonho.
2ft3
10 de juuho 1865
Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representaram algumas praças de mari-
nhagem que se acham cumprindo sentença a bordo dos navios do estado; considerando
que é o vinho um alimento julgado necessário para o marinheiro adquirir e conservar a
robustez indispensavel a fim de bem supportar as fadigas inherentes á laboriosa vida do
m a r ; considerando que não ha rasão alguma para excluir das vantagens de tal alimentação
individuos que participam de todos os trabalhos e fadigas com os seus camaradas, pelo fa-
cto unico de estarem cumprindo sentença, como se a ração de vinho podesse reputar-se
u m prazer e n'essa conformidade devessem deixar de gosa-lo aquelles que já estão rece-
bendo outro castigo; conformando-se com a informação dada pelo major general da a r -
mada em seu officio de 6 do corrente mez: ha por bem o mesmo augusto senhor man-
dar que a todas as praças de marinhagem, que em cumprimento de sentença servirem a
bordo dos navios do estado, se abone ração de vinho ou de aguardente igual em tudo ás
que se fornecerem ás outras praças de bordo.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se communica ao
major general da armada para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 14 de junho de 1 8 6 5 . = Sá da Bandeira.
'Ord. d a a r m . n.° 35, do 30 do junho, c D. dc L. 11." 166, de27 de julho.
Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se uma nova associação de
soccorros mutuos, denominada «associação philarmonica protectora do monte pio de Nossa
Senhora do Monte de Caparica»;
Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar a sorte dos asso-
ciados e muito contribuem para a sua moralisação;
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos da associação philarmonica
protectora do monte pio de Nossa Senhora do Monte de Caparica, que constam de treze
S2
1865 1? de junho
capítulos e cincoénta e oito artigos, e baixam.com este decreto assigrMos peio ministro e
secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria; ficando a mesma associa-
ção sujeita, nos termos de direito, á fiscalisação administrativa, e bem assim ás disposi-
ções das leis de 31 de maio de 1853 e 7 de abril de 1864, pelo que respeita á posse dos
predios rústicos ou urbanos, com a expressa clausula de que a minha regia,ap,prp,v,ação
tttérpoderií sei* refírada se se des'viar dos fins para que é instituida, não cumprirJélmeníe
os sétís éstatutõí, óu deixar de remetter annualmente á direcção geral do commeròiq.e ín-
ÔusttfâoifelàtWío é èonlas cia sua gerencia social. ' ' /'';'
^ m ê â M t f í f t i n i s t r o e secretario d'estado das obras publicos, commercio e industria a^,-
sim1 ptenMá etifèndido e faça executar. Paço, em 17 de junho de Í 8 6 5 . = R E L = Çaffp$
} „ , , f d, .de L.
!H*B!'.) !•!! .T 11.1 !l '! I-:... .'17 i ,;: : .! '.Vi ' ' :'' •'!'' • ilhíiiíivul"; /'.-"íhíIflT
•ifii-''i:!'«i !-v< lurikjb^b )• fíii • i i i -' í - J*- •" i - - '• • > | í .-.niiiji "ih c.íui' ',.?nnnt)i!jf:y/ "íi
-o:iíi!fiffi astib sh í.»u •>}; % c«ÍÍH ••'» •<:. .• i •/ ..vkiijpf.'b o«w? ifevtnfa ot
olnornfilog?'- oi> "U ".c*r. -^i-hc ••• •h'sv ! J>r..-'i J .i'ií!-i:í o b f i ^ ^ ^ M »;«<? jesí
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-*Jlno'»K.r, KÍ;iÍ7 '.iffio! .-.•.,'i-iih!):'!' -trr. .M--..-J .••;.. >-.•'• >,<>•': !>>"•}>Ofn >:->W) b -njt
-oifi >íCfsh if,í> .I.>luí.H«ir.J;SN OC obcni'"'11 I ^ U ; : - >.<-i}!> - • • II|> uisflíiíifi u ;V. T V J
-«le o h q òbfirilyoH'). '.èlròhJwn filuofni^nq u onp» •f!.',t!.15'tb lísbítm m;«'l lOfj rA : «tuti(|
NNIF! ' , O H B J Í M J O 7 ONWA' I S J N O N P N L - . ' I / P ' ; < U ! Q H ; - ; ! ! /. « I R I » :)\hiov\r. O Í H ,CINI9JXF> OFIIC-R» O M N
-Í^oiKZíi st» Rf{'«oq.'i crneom r.'o I-^ht» pb '^ínt 'VIU^KH -I<; mí^iTMÍioq ^í>ilqi-i<irf.i auj> v<>»
" .Í:}|H'; <>i. ^('INIO)'!-, "U "li •'•l.rãiriiTir/i-: uh " % ' .íII fíl
N^IFIR, U Í A O F I N O L
-.'-('HL '»!> ..MIÍHSÍ ób \J mo «0'.>í;M
Mappa dos registos das minas lançados nas differentes municipalidades do reino, q,ue caducaram, nos termos do decreto de 13 de agosto de 1862
tjuáJidado
Dhtiíctos G concelhos Localidades dás minas do mineral Nomes dos registadores Da (a do registo
.Concelho de Oliveira de Porto das Vaccas, ao.fundo do logar de Damondes, fre Cobre e chum Manuel Soares da Silva 1? fev. 1864.
Districto de Aveiro be
v Azemeis guezia de Travanca ' •
Cabeço de Moinhos, a pequena distancia da villa de Al- Cobre Antonio Luiz da Costa Metello...; 30 ag. 1864.'
justrel
Fontes dos Pinheiros, na herdade do Salto, freguezia de Manganez . . . Idem Idem.
/Concelho de Aljustrel.. Ervidel
Courella de S. João do Deserto, a pequena.distancia cia Cobre Antonio Feliciano Batalha 4 out. 1864.
Districto de licja.. j villa de Aljustrel
Courella dos Sapateiros. Manganez Manuel Dionysio J ú n i o r . . 4 set. 1864.
Serro de Oiro. Cobre José Dionysio Idem.
^Concelho de Mertola . . Sitio dos Quartijões. . Manganez . . . Manuel Dionysio Sénior . . Tdem.
Serro das Pederneiras Idem Idem Idem.
Serro Gordo Idem Antonio da Palma Revez.. set. 1864.
Mata Filhos. Idem Manuel Antonio da Cruz. . 13 out. 1864,
Herdades dos Galvões e Páo Molle, freguezia de S. Braz Cobre e outros Justiniano José Raminhos. 10 set. 1864.
de Matos '
/Concelho de Alandroal Herdade da Ameixoeira e annexas, freguezia de Nossa Idem. fcíeiTi Idem.
Senhora do Rosario
Nas herdades Assabooiros, Mestre Fernando e Charneca, Ferro, cobre e Manuel João Letras 11 set. 1864.
freguezia de S. Braz de Matos outros metaes
Sitio "cia Cruz dos Caldeireiros, parte da herdade das Bar- Ferro e outros Francisco Maria Alturas. 16 out. 1864.
/Concelho de Extremoz rocas e outras fazendas, nas freguezias de Santa Ma- me taes
Districto de Evora < ria, de Extremoz, e de Santo Antonio, dos Arcos
Herdade da Almargia Grande, freguezia de S. Braz do Cobre. Conde de Mello 9 set. 1864.
Regedouro •
[Concelho de Evora
Herdade da Ganhoteira, freguezia de S. Bento de Po- Cobre e outros Antonio Luckno Batalha 19 out. 1S64.
mares metaes
\Coneelho de V i a n n a . . . Herdade da Almargia da Estrada, freguezia das Alcaço- Cobre Conde de Mello 10 set. 1864.
vas
Canafixal. Jordana, herdade do Mon teco e Morração... São designa.. Francisco Correia de Mendonça, e outros . . . 28 jul. 1862.
Córte, de Manuel Alves ! Idem Gaspar Gomes Rodrigues e outros 1'.* ag. 1862.
Monie Queimado e Serro da Joanna Idem Idem Idem.
/Concelho de Aljezur... Seno das Joinas Idem Idem l o set. 1862.
Canafixal, Jordana, herdade do Monteco e fflorraçiio,.. Idem João Luiz Simões e outros 14 abril 18§3.
Idem, idem Idem José Gaspar de Azevedo Coutinho e outros... 16 jan. 1864.
Districto de Faro. . f ; Serro das Joinas Idem Domingos Flaviano Rodrigues e outros . . . : . 20 jan. 1864.
Morração. Idem Antonio Augusto Lobo de Miranda, r....... •18 a sr. 1864.
• teoneelho de Villa do ÍSitios baixos e altos do Canafixal, Jordana, herdade do Differentesme- João Luiz Simões e José Antonio jjuèiroz . . 18 abril 1863.
V Bispo . . . j Monteco e Morração, ate á praia do Amado taes
[Idem, idem Idem JosérLobo de Miranda 28 jan. 1864.
t,r
Districto de Vizeu. .Concelho de Armamar i Margem esquerda do rio Tejo, nas propriedades de Fran- Chumba ar Antonio Veríssimo Duarte, como;proc. do 17 set. 1864.
j cisco e Manuel Ferreira, freguezia de Santo Adrião gentifero bacharel Alvaro de Araujo de Azevedo Feio
Repartição de minas, em 19 de junho de 1865. = Antonio José de Sousct Azevedo. D. de L. n.° 137, de 20 de,jun.
212 1865 í) de junho.
Annuncia-se que se acha aberta desde hoje, para a correspondencia official o particular,
a estação telegraphica de Pomerão, de serviço limitado e maritimo, devendo por isso abrir
ao amanhecer.
Repartição de contabilidade da direcção geral dos telegraphos do reino, em 21 de ju-
nho de 1 8 6 5 . = 0 chefe da repartição, S. J. Leal Pinto. D. L . n . ° 139, d e 2 2 do j u n h o .
JE
Tendo-me sido presente o requerimento da sociedade com firma intitulada Soares So-
brinhos á- Socios, em que pede que nos termos do decreto com força de lei de 31 de de-
zembro de 1862 o respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a con-
2ft3
10 de juuho 1865
Alcalá, moinho Velho da Estalagem, moinho Velho das Porcas e a Casa Branca, abran-
gendo uma superfície de 1.700:000 metros quadrados.
' ' Õ riainistro. e s secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
T R I ^ assjm o tenha entendido e faça executar. Paço, em 21 de junho de 1 8 6 5 . = ^ R E I . =
Carlos Bento dá 'Silva, d . de l . n.° 170, dc í de açosto,
Mokfefidb súfflciente a somma auctorisada pela carta de lei de 25 de junho de: 1864,
• p á W ^ S í ò f r è f â despeza com às rações para as praças da armada, durante o 2.° semestre,
do corrente anno economico de 1864-1865, em consequência do subido preço dosrgene-
róV âè qué ellas se compõem; e sendo necessário, por-este motivo, fazer uso. da auctori-
sação concedida ao governo no artigo 3.° § 6.° da citada carta de lei de 2o de junho : hei
pórfcétii ordenai1, ouvido o conselho d'estado, que no ministerio da fazenda se abra um
práiirtò supplementar, a favór do ministerio dos negocios da marinha e do uitramar, pela
'qú&ritiá dè 19:181#8000 réis, para ser applicada ao pagamento da differença entre o custo
2ft3
10 de juuho 1865
das mencionadas rações e a verba designada para esse fim em relação aos láêxes de janeiro
a junho de 1865.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da marinha e ufiramar e dos da fa-
zenda assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 de junho de 1 8 6 5 . =
Mi.=Marquez de Sá ãa Bandeira= Conde d'Avila. D. de L. „.<• ^ de j de jull)0.
Usando da auctorisação concedida ao governo pelo artigo 3.° § 8.° da carta de lei de
25 de junho de 1864, hei por bem ordenar, ouvido o conselho d'estado, que no ministe-
rio dos negocios da fazenda se abra um credito supplementar de 37:171^861 réis a favor
do ministerio das obras publicas, commercio e industria, a fim de ser habilitada a direcção
geral dos correios a satisfazer a todas as despezas relativas ao serviço a seu cargo durante
o presente anno economico, para que não foram suficientes algumas das verbas auctori-
sadas, em consequência das alterações feitas nos quadros e vencimentos dos respectivos
empregados em virtude do decreto de 30 de dezembro ultimo, e outras despezas prove-
nientes de melhoramentos introduzidos n'este importante ramo do serviço.
Os ministros e secretarios d'estado das duas mencionadas repartições assim o tenham
entendido e façam executar. Paço, em 29 de junho de 1865. = R E I . = Carlos Bento da
Silva—Conde d'Ávila. d.deL.n.«u6,de;dejuiho.
Tendo requerido Armand Theophilus Donnet que, nos termos do decreto com for,ça:dè
lei d e c i d e dezembro de 1852 e respectivo regulamento.de 9 de dezembro de
lhe concedesse a certidão dos direitos de descoberta da núoade cobre, s i t ú á á a p herd.ad,e
das Caldeiras, freguezia da Ajuda, concelho de Elvas, districto de Portalegre,; . <;
"Vistos os documentos, por onde consta que o supplicante satisfez a todos os -que^itps
do artigo 12.° do referido decreto; . .
2ft3
22- de julho 1865
Visto o relatorio do engenheiro José Augusto Cesar das Neves Cabral, que por ordem
do governo procedeu ao respectivo reconhecimento, e que verificou a existencia do depo-
sito, como determina o artigo 13.° do mesmo decreto;
'Visto o parecer a este respeito havido da secção de minas do conselho geral das obras
publicas e minas, que julga o requerente legalmente habilitado, na qualidade de desco-
bridor da mina de que se trata:
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com o mencionado parecer, de-
clarar:
•l.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
' de cobre, situada na herdade das Caldeiras, freguezia da Ajuda, concelho de Elvas, dis-
tricto de Portalegre, cuja posição se acha topographicamente designada na planta que por
copia acompanha esta portaria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina notados na planta junta
pelos traços de côr vermelha, formam um rectângulo BC DE, que é determinado da se-
guinte maneira: Da capella de S. Rafael tire-se para leste uma recta de 380 metros de
comprimento, e d'este ponto, marcado na planta com a letra A, tire-se uma recta na direc-
ção N. S. e marque-se sobre ella a contar do mesmo ponto, 600 metros para sul e 800
metros para norte; dos pontos extremos d'esta linha designados respectivamente pelas le-
tras B e C levantem-se perpendiculares, marcando sobre cada uma d'ellas e para leste a
extensão de 400 metros que determinará sobre estas linhas os extremos D e E, e com es-
tes quatro pontos ficará determinado o retangulo BC DE que abrange uma superfície de
5(10:000 metros quadrados;
• 3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante
seis mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para or-
ganisar uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez,
ou mostrar que tem os fundos precisos para a lavra; na intelligencia de que não se habi-
litando n'estes termos dentro d'aque!!e praso improrogavel, será a concessão d'esla mina
posta a concurso na conformidade da lei;
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante para todos os effeitos le-
gaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobridor, da mencionada mina.
O que tudo se communica ao supplicante, para seu conhecimento e mais effeitos, fi-
cando obrigado a apresentar n'este ministerio certidão de haver feito registar na respectiva
camara municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço, em 30 de junho de 1865. = Carlos Bento da Silva.=Para Armand Theophilus
Donnet. D. d e L . n.° 152, de 14 de julho.
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- ' )' • ' ' M ' • " -. . • -ilirf!. 0*'0M"T).:
••.ítii;'/>itqiís:>' ;sn <iiíhí- y.inõí !-»tv; .^•^•••^".'bKii-.i oi> 'x''.i t i.^ri!'. ••••tfh\ t?>t hi'/u .-K . -
- .i;>--S'.1.f .'-..irf ,•>!»,»•>•«; u.V.f.'-.'1»!:^! • i; ..-f;!i >. i'>;;!-;:i't
i n i - . ' ! m : m . - ' .;::'!)'!' •••> - .'-;'-.!-li...im .- .;;!>;•, .:,
Tendo-me sido presente o requerimento da sociedade com firma intitulada Soares So-_
brinhos & Socios, em que pede que nos termos do decreto com força de lei de 31 de de-
zembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a con-
cessão definitiva da mina de cobre da Alcalá e Alcalaim, freguezia de S. Braz do Rege-
douro, concelho e districto de Evora; '
Considerando que a sociedade requerente obteve por portaria de 4 de agosto ultimo
a concessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.°
do citado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria
a planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto Antonio de Brito Guerreiro é idoneo para,
segundo as regras de arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho ge-
ral das obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da lei e habilitada a sobredita sociedade para a concessão definitiva do mesmo depo-
sito:
Hei por bem, conformando-me com o parecer da referida secção, conceder por tempo
illimitado á sociedade com firma intitulada Soares Sobrinhos & Socios a propriedade da
mina de cobre de Alcalá e Alcalaim, freguezia de S. Braz do Regedoura, concelho e dis-
tricto de Evora, ficando obrigada em virtude da presente concessão ás seguintes prescri-
pções: V .
i . a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, submettendo-se os
donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos. ^
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem'a
terceiro.
3. a Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa doappa-
recimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra ou incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros.
1865
12 de julho
r
4'Mtí julho 1865
. assegurar 'que âs despezas que o estado faz ctírti a edueâçptà 0fo ciferd'desti-
n a ^ as missões ultramarinas não sejam inutilmente despendidas, sérhsè oL]Èér p jj^pp^-
fante fim para que taes despezas se fazem: Sua Magestade EUHei ba por bem determinar
provisoriamente, e emquanto se não pi^lípa o regulamento do collegio da missão, que
de ora avante nenhum alumno seja admUti.do n'el.le, sem que previamente, por uma es-
criptura publica, seu pae, tutor 5u ôutrá quãlquér pessoa "ãê obrigue a pagar á fazenda pu-
blica a quantia de 144$000 réis, por cada anno que o mesmo alumno estiver no collegio,
se d'elle sair sem ter recebido as sagradas ordens, ou se depois de tardenaddr e intei-
ramente habilitado não for para o ultramar, onde deverá exercer o mi n istfetílv-Sà£hi'dó, ou
empregar-se no ensino em qualquer seminario ecclesiastico, ao menos por t^piViggal ao
que tiver estado no dito estabelecimento, dando-se ao cumprimento da dita obrigação fia-
dor idoneo.
O íjtiê, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, se ^Srti^pâ para
os convenientes effeitos ao superior do sobredito collegio. Páçó, em 3 de juthd W Í 8 & 3 .
= Sá da Bandeira. D. do r,. n.° u 7 , d e s de.juiho.
«caixa portugueza de seguros mutuos sobre a vida», administrado pelo monte pio geral,
em substituição do que foi approvado por decreto de 9 de março de 1864;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Art. 2.° Esta instituição tem por fim facilitar a todas as pessoas, sem distincção de classe, que a
ella quizerem concorrer, a formação de capitaes, tendo por origem as sommas com que os subscripto-
res contribuírem, as capitalisações de seus juros e as quantias que lhes provierem do direito de herança
reciproca ou mutua entre os interessados.
CAPITULO II
Da natureza e duração do seguro
Art. 3.° O contrato de seguro representa tres entidades, que são:
1." O subscriptor;
2.° O segurado;
3.° O interessado.
'Estas entidades podem estar ou não reunidas em uma ou mais pessoas.
O subscriptor é o individuo que, podendo contratar, se compromette a entrar no cofre da caixa
de seguros com certas quantias e debaixo de determinadas condições.
O segurado é a entidade da qual dependem o§ benefícios do contrato, e poderá ser representado
por uma só vida ou pessoa ou consubstanciar-se em duas.
0 interessado é a pessoa que, segundo as condições do contrato de seguro, tem direito á herança
e mais benefícios d'esse contrato.
§ 1.° A extincção, em certo espaço de tempo, da vida do segurado, se o seguro for feito em uma
só viaa ou pessoa, ou o fallecimento de ambas, quando o valor contratado comprehenda duas, é con-
dição sufficiente para o seguro caducar.
§ 2.° À falta de declaração da parte do subscriptor importa elle. ser tido tambem como segurado e
interessado.
1 3.° A pessoa ou pessoas, sobre a vida das quaes se constitue o seguro, são as únicas entidades
que não podem ser substituídas em toda a duração do contrato.
§ 4." Se o subscriptor fallecer antes da liquidação definitiva e outro o venha supprir, o interes-
sado não poderá ser substituído até á referida liquidação sem ter havido declaração legal do primitivo
subscriptor, na qual determine que os respectivos lucros passem a outra pessoa. N'este caso averbar-
se-ha a apólice ao novo subscriptor ou interessado se os houver.
§ õ." No caso do fallecimento do subscriptor sem disposição testamentaria poderá o interessado
pagar as prestações snbsequentes, ou apresentar pessoa que continue a fazer os pagamentos a que o
íallecido se obrigou pelo contrato da subscripção: não sendo o interessado sui júris compete egta fa-
culdade a quem legitimamente o representar.
Art. 4." O contrato de seguro póde fazer-se por qualquer dos seguintes modos:
1.° Com risco de perda de capital e lucros, isto é, com a condição do interessado não receber cousa
alguma da caixa de seguros, se o segurado fallecer antes de expirar o praso do contrato, ou se, por
qualquer outro motivo, o seguro tiver caducado;
2." Com risco de perda de lucros, salvando capital.
N'este caso, se o seguro caducar, o interessado ou seus herdeiros receberão a importancia das
quantias susbcriptas em seu favor, na conformidade do artigo 22.°
3.° Com risco de perda de capital.
Sendo assim, se o seguro caducar por causa de morte o interessado receberá, na competente epocha
da liquidação, os juros dos capitaes entregues e juros d'esses juros. Mas se o seguro tiver caducado por
falta de pagamento das prestações então o interessado só receberá os juros simples vencidos do capital
entrado na caixa.
§ unico. Se o subscriptor não declarar qual a condição com que fáz o seguro, entender-se-ha que
quer correr o risco da perda do capital e lucros.
Art. O seguro póde ser feito por tempo de um a vinte e cinco annos contados desde o 1.° de janeiro,
1.° de abril, l." de julho ou 1.° de outubro até ao dia 31 de dezembro de algum dos annos subsequentes.
§ unico. No acto da inscripção o subscriptor deve declarar se quer ter a faculdade de liquidar
annual ou quinquennalmente, no todo ou em parte, conforme o § 2.° do artigo 18.°, quando o seguro
comprehenda mais de cinco annos, ou se prefere correr todo o risco do tempo que passar até á termi-
nação do praso escolhido.
Nãe havendo esta declaração entende-se que o subscriptor não quer gosar da faculdade de liquidar
antes de acabar o seu contrato.
CAPITULO III
Das subscripções
Art. í>.° O subscriptor tem direito a entrar na caixa de seguros com a subscripção qúe quizer,
unica ou annual não inferior a ES$000 réis e estes em moeda metallica.
Art. 7." As subscripções podem ser pagas por uma só vez, ou nas annuidades comprehendidas na
duração do seguro.
§ 1." O pagamento das subscripções únicas, ou de qualquer das prestações annuaes, deverá reali-
sar-se no escriptorio do monte pio geral até ao dia 31 de dezembro, 31 de março, 30 de junho ou 30
de setembro, conforme a epocha em tiver sido feito o contrato da subscripção.
§ 2.° Os subscriptores podem com antecipação depositar qualquer somma em metal na caixa econo-
mica para vencer o respectivo juro até ao mez em que deve passar á caixa de seguros.
4 de julho 1865 225
Hei por bem approvar o novo regulamento orgânico da caixa portugueza de seguros
mutuos sobre a vida, o qual consta de dez capítulos e cincoenta e tres artigos, e baixa com
§ 3." Os juros de que trata o § antecedente addicionam-se ao capital subscripto quando importa-
rem em 100 réis ou múltiplos d'esta quantia.
| 4.° Estas quantias tambem não poderão em caso algum ser levantadas pelos subscriptores ou in-
teressados, senão quando acabar o praso do tempo a que se referir a respectiva subscripção.
§ 5." Os subscriptores que entrarem antecipadamente com qualquer somma podem designar até ao
dia em que começa o contraio um outro segurado para supprir a falta occasionada pelo fallecimento de
algum que anteriormente tivesse sido nomeado e evitar que o contrato prescreva.
Não existindo porém segurado no dia em que começa o contrato, todas as sommas depositadas re-
verterão a favor das correspondentes sociedades parciaes.
§ 6.° Os subscriptores podem tambem depositar qualquer quantia em metal na caixa economica
do monte pio, para juntarem importancia total das suas annuidades, vencendo o respectivo juro as quan-
tias que depositarem.
§ 7.° Em relação porém ás prestações que derem entrada em inscripções, os juros publicos, pois-
que os não têem da caixa economica, que d'ellas se pagarem até 3Í de dezembro, são propriedade dos
respectivos subscriptores depositantes.
§ 8.° As quantias provenientes das referidas prestações poderão ser levantadas da caixa economica
á vontade dos .respectivos subscriptores.
Art. 8." É permittido aos subscriptores fazerem o pagamento das subscripções em moeda metallica,
vales do correio, recibos legalisados da caixa economica do monte pio geral, em titulos de divida pu-
blica fundada interna de coupons ou de assentamento, com o pertence em branco, todos com o direito
a receber o primeiro semestre do anno a que a se referir o pagamento.
Art. 9.° O fallecimento do segurado ou segurados só desobriga o subscriptor por annuidades de
continuar o pagamento das qne se vencerem posteriormente ao fallecimento.
Art. 10.° O subscriptor que não pagar as prestações dentro do praso marcado no artigo 7.°, ou o
que subscrever durante o trimestre em que começa o contrato, deve pagar, alem das prestações átra-
zadas, mais um por cento por cada mez de atrazo.
§ unico. 0 seguro caduca logoque o atrazo do pagamento das prestações exceda a um anno.
Art. 11.° A direcção do monte pio geral fará publicar por quatro vezes e com -a antecipação de
um mez na folha official do governo, ou em mais alguns jornaes, os números das apólices dos subscri-
ptores que estiverem para completar um anno de atrazo no pagamento das prestações.
Art. 12.° O subscriptor é obrigado a apresentar dentro do praso de quatro mezes, contado do co-
meço do seguro, a certidão original da idade do segurado, que, na sua falta legalisada, poderá ser sup-
prida com certidão de matricula em algum estabelecimento de instrucção publica, assentamento de praça
ou justificação legal.
Não a apresentando n'este praso será o segurado considerado para a liquidação como no estado
menos vantajoso; isto é, na idade em que haja menor risco de morte.
§ I.° Se o segurado porém for socio do monte pio geral, fica dispensado de apresentar a certidão
de idade.
§ 2." Qualquer inexactidão dolosa nas declarações relativas á idade do segurado, faz caducar o
contrato do seguro, revertendo a favor da sociedade a que pertencer as quantias com que tiver contri-
buído e seus respectivos interesses.
Art. 13.° O capital das subscripções e todas as condições do seguro serão expressas n'uma apólice
em duplicado, assignada pelo presidente, um dos secretarios da direcção do monte pio e o subscriptor.
§ unico. A apólice conterá tambem o nome e domicilio do subscriptor, do interessado e do se-
gurado; a filiação, naturalidade e data do nascimento do segurado.
No verso da apólice serão impressos os artigos, que regem as operações do seguro.
CAPITULO IV
Da inversão dos fundos
Art. 14.° Os fundos pertencentes a cada sociedade parcial serão empregados com a maior brevi-
dade possivel em titulos de divida fundada.
Art. 15.° Todos os titulos de divida fundada pertencentes á caixa de seguros serão depositados na
junta do credito publico, com a declaração de serem inalienaveis até ao dia em que tiver logar a liqui-
dação da respectiva sociedade.
A referida declaração será assignada pelo presidente e thesoureiro da direccão.
§ unico. As respectivas cautelas passadas pela junta do credito publico serão guardadas em cofre
de tres chaves, o qual existirá na casa forte do monte pio geral.
Duas das chaves estarão em poder da direcção, e outra na mão do inspector nomeado para este
serviço, por turno de um mez.
Art. 16." Os fundos da caixa de seguros não ficam sujeitos a penhora, embargo ou reclamação
alguma contra os interessados, seja ella de que natureza for.
CAPITULO V
Das liquidações
Art. 17." Para os effeitos da liquidação consideram-se os seguros agrupados em sociedades par-
ciaes. -
§ unico. Fazem parte da mesma sociedade parcial todos os seguros que terminarem no mesmo
1865 12 de julho
estedeerelo assignado pelo ministro e secretario d'estado das obras publicas, commèrcio
o industria, cora a expressa clausula de que esta minha regia approvação poderá ser re-
anno duração do seu contrato social, ou de qualquer dos períodos a que corresponder alguma das
suas liquidações provisorias, - .«»?
Art. 18'.? Nos contratos feitos com a faculdade de liquidar annualmente, alem da liquidação defi-
nitiva na epocha em que termina o contrato, se farão liquidações provisorias com referencia ao'ultimo
dia de deaerabro de cada anno comprehendido na duração do mesmo contrato. Nos seguros contrata-
dos por mais de cinco annos sem a faculdade do liquidar annualmente tambem se farão liquidações
provisorias com referencia ao ultimo dia de cada um tios quinquennios, ou períodos de cinco annos
complètos, que decorrerem desde o 1." de janeiro immediato á epocha da inscripção até ao fita do
contrato.
| 1.° As liquidações provisorias de que trata este artigo serão consideradas como definitivas para
todos os effeitos, quando os subscriptores. aproveitando-so ria faculdade concedida no.§ unico do ar-
tigo 5.", declararem, antes de acabar o anno ou quinquennio. que optam pela liquidação que lhes cor-
responde. • ;
Em' todos os outros casos as liquidações provisorias servirão unicamente para as quantias liqui-
dadas passarem a nova couta, como subscripções únicas, em relação aos annos ou quinquennios subse-
quentes, oti ao tempo que faltar para a terminação do contrato, se esse tempo não chegar à cincõ an-
nos, e se no seguro não estiver a condição de liquidar annualmente. ' -
| 8.* Nos contratos leitos com a condição de resalva dos capitaes, e com faculdade de liquidar
annual ou qtiinquennalmente, póde o interessado receber, no fim de cada anno ou quinquennio, a
p S r t e q u e Ine pertencer, com exclusão do capital, o qual passará a nova sociedade oomo subscripção
unica.
:
• O subscriptor que quizer aprovei tar-se d'esta vantagem deverá declara-lo no acto da sua entrada,
ou antes de acabar o anno ou quinquennio, conforme quiaer gosar d'ella em todos os anqos ou quin-
quennios, o,ú sómente em alguns. "
A r t 19." -A quantia apurada em qualquer liquidação provisoria ou definitiva, por cada seguro que
nãoiiver caducado, comprehenderá o capital accumulado correspondente ás subcripçqes com q u e h d u -
ver contribuído, e urna parte proporcional dos lucros da mutualidade respectiva á sociedade que li-
qviida. •
§ ; unico. O capital accumulado será calculado como se todos os subscriptores elíectuassem os pa-
gamentos em inscripções e os juros d'ellas fossem recebidos na mesma especie de titulos. • '.
Para esse Sm suppõe-se :
4.? -Que todas as inscripções adquiridas em cada anno com o producto das subscripções são com-
prada? pelo mesmo preço;
2.° Que saíram pelo mesuio preço todas as inscripções adquiridas com os juros recebidos nos an-
nos que o seguro tem para a liquidação.
Art. 20.° A importancia dos lucros, a que se refere o artigo antecedente, calcular-se-ha subtrahindo
da totalidade tios fundos de cada sociedade o seguinte :
1.® Os capitaes accumulados correspondentes aos seguros que não tiverem caducado; . . ,
à." Os capitaes dos seguros que tiverem caducado, mas subscriptos com a resalva: dos qiesinos ca-
pitaes;
3.° Os juros dos seguros caducados quando os contratos tiverem sido feitos arriscando só os ca-
pitaes ; estes juros serão simples ou compostos, conforme determina o n.° 3.° do artigo 4.°'
Art. 2i." A repartição dos lucros de cada sociedade parcial pelos seus segurados será feita pela re-
gra dá companhia, de modo que a parte a distribuir a cada um d'elles seja directamente proporcional
ao producto dos seguintes factores: , ;
1.° O capital que o subsíriptor sujeita ao risco; este factor póde ser, segundo a? condições do ar-
tigo 4.°, o capital accumulado ou o excesso d'este sobre a importancia total das subscripções ou o valor
d'estas;
2.° A probabilidade que tem o segurado de fallecer no espaço de tempo que medeia entre o dia
em que começa o contrato e o dia a que SE-refere" a primeira liquidação provisoria; ou entre duas li-
quidações consecutivas quando o seguro é feito com a faculdade de liquidar annual ou quinquennal-
mente; ou a probabilidade que o segurado tinha no principio do contrato de fallecer era torta a dura-
ção do mesmo quando elle tiver sido realisado sem a faculdade de óptár por qualquer das liquidações
provisórias que lhe competirem antes da epocha primitivamente estipulada para a terrginaçíãQ do se-
guro.
§ unico. Os juros dos titulos de divida fundada que se vencerem depois de acabar o praso a que
se refere a liquidação pertencem aos respectivos interessados.
Art. 22.® Os interessados em seguros, que tenham caducado com a clausula de resalva.de capitaes
subscriptos, receberão na epocha de liquidação correspondente á sociedade parcial em que estiyerem
inseri pios, a quantia em inscripções que, na fórma do § unico do artigo 19.?. se considera equivalente
ao valor metâllieo das subscripções pagas ou o valor nominal das inscripções em que tivenem ^fectuado
os s m t {Mgameníes, quando estes se hajam realisado daquella especie de titulos.' .1 ;•; j ;
§ unico. A restituição dos juros simples ou compostos, que houver a^aser por motifíQ de segiirgp
caducados com a condição de reserva de juros, será feita tamijem em inscripções avaliadas segundo o
disposto na parte do § unico do artigo 19.° que se refere á inversão dos juros.
Art. 23." Todos os cálculos relativos ás liquidafcões serão feilos em ordem a que o seu resultado
receba a approvação da assembléa do monte pio .geral defttío do praso de seis mezes a contar de 1 de
janeiro do anno immediato ao da liquidação.
Art, O pagamento aos interessados começará logoque a assenjbléa geral do jrwHer piohtenha
approvado a liquidação dos fundos de qualquer das sociedades parciaes. .,. -,
uniçp. A direcção poderá vender as inscripções necessarias para pagar 'Qf^iQiçipf que prsten-
22- de julho 1865
tirada, se esta associação se desviar dos fins da sua institutição, se as disposições íty regu-
lamento não forem cumpridas fielmente, ou se o monte pio geral não remetter at^riLa-
cerem aos interessados. Os endossos de todas as inscripções serão assignados pelo presidente e thesou-
reirb da direcção.
Art. 25.° A distribuição dos capitaes liquidados terá logar no escriptorio do moftte pio p r a l ou
nas agencias, quando as nouver.
A direcção comtudo eacarregar-se-ha oliiciosamente de remetter quaesquer sommas, comtantoque
essa remessa seja feita á ordem, por conta e risco das pessoas a quem ellas pertencerem.
Art, 26.* Os interessados ou seus herdeiros não têem direitos á liquiaapáo se rjâo apimentarem
certidão que prove que ás. doze horas da noite de 31 de dezembro do ultimo anno 40'perigdò'ã eme
se referir a liquidação o segurado ainda existia, quando o seguro se houver verificado em uipa «4 pes-
soa, ou que, pelo menos vive ura dos individuos sobre cuja vida se fez a subscripção se o fejjttffl sg
effectuou em duas; ou, finalmente, certidão de obito que prove ter sido o fallecimento de qualquer
d'elles depois do referido dia e hora, poisque o fallecimento posterior não tira direitos adquiridos.
§ unico. Estas certidões, pára serem aceitas, devem vir revestidas de todas as formalidades preci-
sas á sua completa authenticidade-
As que forem passadas em paiz estrangeiro ou nas nossas possessões ultramarinas serão legalisa-
da3 pelás auctoridades competentes e poderão ser enviadas em duplicado por differentes vias.
Art. 27.° As certidões a que se refere o artigo antecedente devem ser entregues no escriptorio do
monte pio geral dentro do praso de dois mezes, pelo que respeita aos individuos que estiverem na Eu-
ropa, e quatro mezes com relação aquelles que residirem fóra d'ella, contados da epocha fixada para a
expiração do contrato.
| 1." Iguaes documentos se exigirão no fim de cada quinquennio aos subseriptores de seguros Vpx
mais de cinco annos, ou annualmente quando 110 seguro entrar a condição de poder liquidar êai qual-
quer anno.
§ 2." Faltando os ditos documentos no praso acima estipulado eutender-se-ha para todos of '.-fei-
tos qiie o segurado falleceu antes de findar o praso da liquidação.
Art. 28." Os termos e prasos prefixos para a justificação dos direitos dos interessados s f p íafaef,
e produzem os seus effeitos sem necessidade de notificação previa e pessoal ou de a f q v , alem M'"qae
contiver a apólice.
-Art. 29." Às quantias entradas na caixa de seguros serão eseriptaradas nos livros dssfçftgnjgcA».
Para cada sociedade parcial haverá um d'estes livros.
'• | unico. Concluídas que sejam as operações da liquidação fechar-çe-bão os t w p o í rfjatiyf»? aos
diversos seguros com a declaração correspondente a cada interessado. •
CAPITULO VI
Da administração
Art. 80." A gerencia da caixa de seguros e todas as despezas da sua administração compelem a di-
recção do morite pio geral, sob a fiscalisação da assembléa do mesmo montepio e de cincoínspèetore-
eleitos annualmente pelos subseriptores.
. Aft.31.° Em devida remuneração d'es te encargo o monte pio geral receberá dos subseriptores uma
percentagem de 4 y 2 P ° r cento em moéda metallica ou em inscripções pelo preço do mercado ao áia
do pagamento, calculada sobre a quantia total em que subscreverem por todo o tempo do seguro; ojt
uma percentagem de 3 P o r cento calculada pelo mesmo modo e roais 1 por cento dos lucros espe-
cificados no artigo 20." que lhes couberem nas liquidações definitivas.
' 1 1 'Os 4 i/ 2 ou 3 1f-i por cento serão pagos juntamente com as primeiras entradas.
| 2." A percentagem de í por cento será deduzida 00 acto de se. efectuar o pagamento dús res-
pectivos lucros aos interessados ou a quem os representar.
Art. 32.° Alem das referidas percentagens o subscriptor é obrigado ao p a g a n w i o fcm pwb
apólice no acto de a receber e aose*íto publico que a lei marcar psra estes titulos.
- Art. 33.° Os cargos de inspector e qualquer outra commissão da caixa de seguros sâto electivos r
gratuitos.
CAPITULO VII
Reunião dos subseriptores
Artigo 3 4 O presidente da assembléa do monte pio geral convocará os subseriptores da caixa de
seguros nas epochas e para os fins designados n'este regulamento.
Art. 35.° Constituem-se e são legaes as decisões tomadas pelos subseriptores que em qualquer nu-
mero; se reunirem no local e á hora designada pelo presidente da assembléa geral do monte pip, Sn
avistí publicado pelo menos, no jornal official do governo com antecipação de cinco dias repetido tres
vezes antes da reunião e affixado no logar do costume.
A r t 36." Os subseriptores terão duas reuniões ordinarias, uma em janeiro e outra depois de con-
cluida qualquer liquidação e as extraordinarias que as circumstancias exigirem.
Art. 37." Compete aos subseriptores:
1.° Eleger na primeira reunião ordinaria de janeiro cinco inspectores que h5o de funccionar n'este
anno; esta eleição terá logar acto continuo á approvação da acta da ultima rçunijk); ,
•2.° Eleger nas duas reuniões ordinarias, acabada a leitura do relatorio, seis subseriptores que.
conjuntamente ppm os cinco inspectores, constituirão a commissão revisora;
3.° Recorrer para a assembléa geral do monte pio nos casos que julgarem convenientes;
4.° Dar ou negar a escusa que se lhes pedir dos cargos de inspectores: na ausencia dareunilodos
subseriptores fica este direito á direcção.
m 1865 JO de julho
mente á direcção geral do commercio e industria um relatorio especial ácerca das opera-,
ções de seguros mutuos sobre a vida effectuados pela referida caixa.
Art. 38.° A mesa da assembléa geral, como fiscal necessário da caixa de seguros e do mesmo modo
os cinco inspectores, têem a seu cargo vigiar collectiva ou individualmente os actos da direcção, po- :
dendo exigir todos os esclarecimentos e assistir ás sessões em que se trate de negocios do seguro.
Art. 39.° É da attribuição especial do presidente convocar a reunião dos subscriptores, dirigiras,
discussões e assignar com os secretarios as respectivas actas.
§ unico. N'estas reuniões os membros da mesa só têem voto se forem subscriptores.
Art. 40.° Compete aos secretarios lavrar, em livro especial, as actas, fazer o expediente da mesa
e apurar as votações.
Art. 41.° Compete aos vice-secretarios supprir os secretarios nos seus impedimentos e servir de
escrutinadores.
CAPITULO VIU
Da direcção, suas attribuições e responsabilidade
§ unico. O cargo de inspector é annual, porém dois d'elles devem ser reeleitos e continuar o seu
exercicio por mais um anno. ., -
Art. 47.° A commissão revisora tem a seu cargo examinar o relatorio, contas, livros é gerencia da
direcção em relação á caixa de seguros, dando sobre tudo o seu parecer á assembléa geral do monté
pio, dentro de quinze dias immediatos á sua eleição, para esta o discutir e votar. Não sendo possível a
apresentação do'parecer dentro do referido praso dará parte ao presidente da assembléa : geral em offi-j
cio motivado. ,
§ 1." Os membros da commissão revisora assistem á discussão do parecer, na assembléa geral do
1
monte pio.
§ 2." Os relatorios da direcção, e o parecer da commissão revisora, serão impressos e publicados,
remettendo-se um exemplar ao governo_pela secretaria competente.
CAPITULO X .
Disposições geraes
Art. 48.° As contestações que possam occorrer entre o monte pio e os subseriptores ou interessar
dos serão decididas por meio de árbitros, na fórma que se acha estabelecida nos estatutos do'monte
pio geral.
Art. 49.° Este regulamento não poderá ser alterado sem approvação do governo, sob proposta da
assembléa geral do monte pio, convocada expressamente para esse fim.
Art. S0.° A escripturação respectiva á caixa de seguros estará sempre patente aos subseriptores.
. , Art. 51.° As tabellas de mortalidade adoptadas para as operações da referida caixa são ais de De-
parcieux. •'
Art. 52.° A primeira liquidação da caixa de seguros não poderá verificar-se sem pássár oprimeiYo
quinquennio da existencia da mesma caixa. ••,'?) ,.r.j
• ; Não se admittem até essa epocha seguros que devam terminar antes de expirar, o referido, praso!
Art. 53." A, assembléa do monte p i o geral fica com a faculdade de fazer a liquidação fina^e ,extra-
ordinaria, logoque a gerencia da caixa de seguros mutuos lhe traga perdas directàs. " '' : / } ; f , , ! { ' '
N'este caso a liquidação far-se-ha por sociedades parciaes, como se para cadá uftia d'ellaghòuVéssè
expirado o praso da sua duração. ,! ^ :. - • >
Sala das sessões do monte pio geral, 14 de junho de 186o. =*= Presidente da! assembléa geral> José '
Silvestre Ribeiro=Primeiro secretario, Manuel Augusto de Moraes da Silva—Segundo secrètario, Cae-
tano Alberto de Sori. t , .;' i
Paço, em 4 de julho de 186a.= Carlos Béntò da Silva. ' • •'•'ii''" . '!/
87
1865 5 de julho
ir • \• :
Tendo-me sido presentes os documentos pelos quaes se prova que nos cofres do banco
do Mipho, cujos estatutos foram approvados por decreto de 24 de agosto de 1864, deu
já entrada a quinta parte do seu capital social, na importancia de 120:000^000 réis.
Vista a carta de lei de 15 de junho de 1864;
Yisto "o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem considerar legalmente constituido o banco do Minho e habilitado a func-
cionar,
' ' O iiiínistro é secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 5 de julho de 1865. = R E I . = C a r l o s Bento da
StítóV' '' ' D. deL. n.° 151, de. 10 de julho.. .
5'de julho 1865
CIRCULAR .
nicar ao governador civil do districto de Aveiro, para seu conhecimento e devida exe-
cução. - •: ; : •
Paço, em 5 de julho de 1 8 6 5 . = Julio Gomes da Silva Sanches (1).
• • • • . • D. d e L . n.° 153, de 12 de julho.
|!',|ÍJ"LÀEII(ICA8 portàrias se expediram na mesma data aos demais governadores CIVIÁ'DO Jdóiitinénte
do reínió è imas âdjaééntés. , • : . -; ^,
(2) NA mesma conformidade e data se expediram portarias a todos os governadores civis DO CON-
;
TINENTE E ILHAS ADJACENTES. ; -I •
á de julho 1865
Mãndá Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinhtfbul-
tramar, participar ao governador geral da provincia de Angola que a bordo do vapor Nor-
folck seguem viagem para Loanda OttoBrandt e José Guerreiro de Mendonça, nomeados
gerentes da succursal do banco ultramarino daquella cidade. Por esta occasião ha o mes-
mo augusto senhor por bem determinar:
1.° Que as notas do dito banco-sejam: recebidas e m todas as repartições publicas da
provincia; ^
., 2.° jQue as auctoridadès prestem aos mencionades gerentes toda à protecção e favor
í}$ê carecerem para o desempenho das funcções a seu cargo; •••) .•! • •>!
j 3.°"Que etnquanto os gerentes não tiverem obtido eása para estâbelécerm è¥êfiptdrib
dò baiícb, bs fundos e valores da succursal sejam depositádos no edificio da junfâ défazeffdá'.!
8.° Qiíe logoque esteja aberto o escriptorio do banco, seja collocada, { f ó i f a ^ s t ô 1 ^ ^
rança, dma guarda á porta do respectivo edificio; «<J
6." Finalmente que esta portaria seja publicada no Boletim official da provififâi.^pâlrá
qué às disposições d'ella cheguem ao conhecimento de todas as pessoas quftm^cõitipetir
a sua execução. ^ . - .
Paçoi LÉM 7 de jnlhó de I 8 6 5 . = - S á da Bandeira. D , Á> t. B >J«T'ÁÉ
S e n d o - m e p r e s e n t e a c o n s u l t a (1) d o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s d e 2 3 d e m a r ç o d e
1 8 6 4 , r e l a t i v a m e n t e á c o n t e s t a ç ã o o c c o r r i d a na alfandega d e L i s b o a p o r occasião d o d e s -
(1) Senhor:—A Vossa Magestade vem o conselho gerai das alfandegas, em cumprimento do artigo 4."
do deeretode 10 de junho de 1861, expor mui respeitosamente n'esta consulta a necessidade de se estar
beleeer.pm:direito para o carroá em obra, artigo que o conselho, pelo modo presente n'aquelle citado
deçreto, .entendeu omisso na pauta geral, das alfandegas. -
Dá origem a esta consulta um processo de contestação que em termos de recusa, subiu a este con-
selho jiéla alfândega grande de Lisboa e em que os recorrentes Letourneur e Caron se não conformam
coin A opinião dos verificadores da alfandega, que considerou artigo omisso na pauta o carroá em obra
apresentado >a despacho pelos recorrentes.
A pauta só trata de carroá em obra no cordame e ahi tem o direito de 80 réis por kilogramma,
sendo novo, mas sendo velho é livre, artigo 184." da pauta.
Vindo o carroá em rama tambem é livre, artigo 87.°
O artigo 184.°, tratando de materias vegetaes filamentosas e especificadamente de vime, palma, pias-
sava e palha, não tem o dizer generico «não especificados» que se encontra em muitos outros dizeres
da pauta.
Na conferencia de verificadores, que faz parte do processo de contestação acima mencionado, dois
verificadores foram de opinião que, pela analogia que ha entre o carroá e o ehervae terem os tapetes
de cherva o direito éspecificado de 230 réis por kilogramma, pagassem os de carroá igual direito; sendo
porém o carroá inferior ao cherva e inferiores por consequência as obras que d'elle se fazem, não pa-
rece justo que se estabeleça um direito igual.
Dos esclarecimentos dados a este conselho pelo director da alfandega se reconhece que as duas pe-
c a s s e tapete de carroá que foram objecto da contestação pesaram 68 kilogrammas;
Que uma das peças é de custo na factura de fr. 3,75 por metro e a outra de fr. 2,50; •• • .t
Que a importancia total da mesma factura é de fr. 134,75 ou 24$250 réis, a 180 réis por franco;
Finalmente que estabeiecendo-se igual direito ao que pagam os tapetes de canhamo ou cherva,
tal direito corresponderia a 70 por cento, direito exorbitante, ainda em absoluto para qualquer mer-
cadoria e èxorbitantissimo relativamente a uma de tão insignificante valor e que não fàz affrontíá'a in-
dustria alguma 'do paiz. ;
Uma resolução sob n.° 17 d'este conselho resolveu uma outra contestação sobre um tecido de car-
roá mixto com cherva, ou com outra materia filamentosa mui parecida com a cherva, sendo esta. mate-
ria que mais dominava em tal tecido e se lhe applicou o direito que estabelece o artigo èo.", pelà fórma
que dispCíe o artigo 26.° dos preliminares da pauta.
Assim apresentados os motivos que levaram o conselho a entender artigo omisso na pauta o mr-
10 íle j u l h o 1865 237
p a c h o d e d u a s p e ç a s d e t a p e i e d e c a r r o á , p e r t e n c e n t e s a L e t o u r n e u r e Caron, e x p o n d o o dito
conselho os f u n d a m e n t o s p e l o s q u a e s j u l g a d e n e c e s s i d a d e estabelecer u m d i r e i t o p a r a o
c a r r o á e m o b r a , q u e c o n s i d e r a o m i s s o na p a u t a g e r a l d a s a l f a n d e g a s : h e i p o r b e m , c o n f o r -
m a n d o - m e c o m o p a r e c e r i n t e r p o s t o na r e f e r i d a c o n s u l t a e n o s t e r m o s d o artigo 5 . ° d o r e -
g u l a m e n t o q u e faz p a r t e d o d e c r e t o d e 1 0 d e j u n h o d e 1 8 6 1 , d e t e r m i n a r q u e as d u a s p e -
ças d e t a p e t e s d e q u e se t r a t a s e j a m a d m i l t i d a s a d e s p a c h o , p a g a n d o o direito d e 1 0 0 r é i s
p o r k i l o g r a m m a , e b e m assim q u e o p p o r t u n a n i e n t e se i n s i r a n a classe r e s p e c t i v a da m e s m a
pauta o seguinte dizer: «caroã e m obra, 1 kilogramma, 100 r é i s » .
O c o n s e l h e i r o d ' e s t a d o , m i n i s t r o e s e c r e t a r i o doestado d o s negocios da fazenda, a s s i m
o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço, e m 1 0 d e j u l h o d e 1 8 6 5 . = R E i . = C o w r f e d'Avila.
1). de h. n.° 162, de 22 de jolho.
roá em obra, e demonstrado qual o valor d'este mercadoria, propõe este conselho que para o carroá
em obra se estabeleça o direito de 100 réis por kilogramma; dignando-se Vossa Magestade resolver apre-
sente consulta por decreto real, como Yossa Magestade na sua alta sabedoria entender em beneficio do
commercio.
Conselho geral das alfandegas, em 23 de março de 1864. = Joaquim Larcher—Nuno José Gonçalves
— Joaquim Henriques Fradesso da Silveira= José Alexandre Rodrigues = Sebastião José de Abreu = An-
tonio Maria Couceiro — Matheus Grerprio Rodrigues da Costa.
do decreto de 10 de junho de 1861, propõe o direito que deve pagar a seda era desper-
dícios de tear, por entender ser artigo omisso na pauta geral das alfandegas, pelos funda-
mentos que desenvolve na mesma consulta: hei por bem, conformando-me com o parecer
emittido pelo referido conselho e nos termos do mencionado artigo 5.° do regulamento de
que se trata, determinar que os desperdícios de tear, que tenham até 1 metro de compri-
mento, paguem- o direito de 75 réis por kilogramma, igual ao que paga a seda crua, em
rama, pello ou trama, e que n'esta conformidade se insira opporlunamente este dizer na
pauta das alfandegas.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios cia fazenda assim
q tenha entendido e faça executar. Paço, em 10 de julho de 1 8 6 5 . = R E i . = C o » < / e d'Avila..
1). lie r.. n.° 163, ([p 24 de julho.
CIRCULAR
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Jorge Suche, em que
pede a concessão provisoria da mina de chumbo do Tedo, no concelho de Tabuaço, dis-
tricto de Vizeu;
Considerando que a disposição restricta que limitar a 1 metro o comprimento dos desperdícios de
teâr fiSó dará prejuizo á industria dos serigueiros, e ao mesmo tempo evitará a entrada abusiva do fio
para tecer que tem direito determinado na pauta;
' Considerando que os preços correntes actuaes dos desperdícios de 0 n, ,50 e 1 metro, que o conselho
examinou, são de l|s440 réis por kilogramma, do primeiro, e 2,£700 réis por kilogramma do segundo,
variando os preços com os comprimentos entre os dois limites indicados;
Considerando que ás materias primeiras reclamadas pelas fabricas se deve determinar o menor di-
reito possivel, sem prejuizo das industrias nacionaes, que podem fornecer essas mesmas materias pri-
meira»;
Por todas estas considerações, e tendo em vista as informações obtidas, o conselho geral das alfan-
degas propõe o direito de 75 réis por kilogramma para os desperdícios de tear que tenham até 1 me-
tro de comprimento, direito igual ao que paga a seda crua em rama, pello ou trama. Se por uma parte
Sê notar que os desperdícios são tintos, por outra e coniag;ompensação, se observará que para arama,
pêffo ou Wama, não é limitado o comprimento que para os desperdícios fica restrícto.
Vossa Magestade resolverá o que na sua alta sabedoria lhe parecer mais acertado.
Conselho geral das alfandegas, em 3 de novembro de 1 8 6 4 J o a q u i m Larcher—Sebastião José de
Abreu—Antonio Maria Couceiro—Joaquim Henriques Fradesso da Silveira—José Alexandre Rodrigues
= Sebastião José Ribeiro de Sá—Matheus Gregorio Rodrigues da Costa.
(1) Identicas se expediram aos demais governadores das provincias ultramarinas.
11 (fe julho 1865 m
Considerando que o requerente foi declarado descobridor legal d'esta miria, por por-
taria de 27 de março ultimo;
Considerando que o requerente exhibiu um documento comprovativo de possuir os
fundos necessarios para a lavra d'este jazigo;
Considerando que tendo sido afflxados os éditos nos logares do costume, e publicados
no Diãrid de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão ;-
Visto o parecer da secção de minas, do conselho geral das obras publicas e minas,
emittido em consulta de 4 dò corrente mez, na qdal a mesma secção julga satisfeitas todas
as disposições da lei, e habilitado o requerente para a concessão provisoria da mesma mina:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o citado parecer da refe-
rida secção, fazer a concessão provisoria da mina de chumbo do Tedo, no concelho de Ta-
buaço, districto de Vizeu, a Jorge Suche, ficando obrigado, em virtude da presente con-
cessão, a cumprir no praso de seis mezes, contados da data da publicação d'este titulo no
Diario de Lisboa, todos os preceitos marcados na lei e regulamentos, ficando outrosim na
• intelligencia de que o campo da demarcação d'esta mina é o mesmo, e limitado do mesmo
modo por que foi declarado na portaria dos direitos de descoberta.
O que, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, se lhe communica
para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 10 de julho de 1865.== Carlos Bento da Silva.=Para Jorgê Suette.
D. de L. n.°180, de 12 dè ágôsfo.
Attendendo a que o pão fabricado n'estes ultimos tres annos na padaria militar de Lis-
boa tetó sido superior a todos os respeitos aquelle que anteriormente era fofiiécifltf ém re-
sultado dè arrematação em praça e a que durante o mesmo espaço de tempo se tem obtido
para o estado uma economia effectiva de mais de 38:000^000 réis;
Attendendo a que tendo-se ultimamente posto em praça a arrematação das rações de
páo pará o exercito, os preços pedidos foram tão elevados que não poderam ser aceites
, pelo governo;
Attendendo a que a experiencia tem sufficientemente mostrado que o fornecimento de
pão por administração directa se deve tornar extensivo a todo o exercito, á proporção que
for possivel;
Considerando que o quadro dos officiaes e praças de pret do exercito, destinado pelo
jegulamento de 13 de janeiro de 1863, para o serviço da padaria militar de Lisboa* não
sendo já sufficiente para o desempenho do dito serviço, como se tem reconhecido, ainda
menos poderá satisfazer ás necessidades d'este importante ramo de administração militar,
quando o numero d'aquelles estabelecimentos seja augmentado, e que é por isso indispen-
savel ampliar o referido quadro, sem que comtudo se augmente a força effectiva do exer-
cito, determinada por lei: hei por bem ordenar que o artigo 2.° do decreto de 13 de janeiro
de 1863, que auclorisou o regulamento da padaria militar, seja substituído pelo seguinte?
Art. 2.° O pessoal da padaria militar compor-se-ha de:
Um director, que será official superior ou capitão de qualquer das armas do exercito,
e de uma companhia de administração militar.
§ 1.° O director terá a seu cargo a direcção do estabelecimento, vigilancia dos traba-
lhos, escripturação e respectiva contabilidade.
§ 2.° A companhia de administração militar será composta de:
Capitão <. 1
Tenente.* * 1
Alferes 1
Primeiros sargentos 3
Segundos sargentos 4
Furriel 4
Cabos 24
Soldados 80
Soflimâ US
240 1865 l i de julho
verificados, por meio de uma estampilha, segundo o modelo n.° 6, a qual tambem indicará
o artigo da pauta e o direito n'este fixado aos mesmos productos.
Art. 17.° Concluida a verificação, o primeiro official que superintender este serviço
fará escripturar os bilhetes ii'um livro conforme o modelo n.° 7, nos quaes deverá ser in-
dicado o folio em que ficarem escripturados.
| unico. Estes bilhetes serão enviados á direcção da alfandega, a íim de n'elles se-
rem contados e lançados em receita os respectivos direitos, quando os productos forem
despachados para consumo, ou para pelos mesmos bilhetes serem conferidos aquelles dos
productos que forem despachados por saída, prooessando-se n'esta ultima hypothese o
competente bilhete de reexportação com referencia ao bilhete de consumo.
Art. | 8 . ° Estão sujeitos a ser verificados nos termos do § 3.° do artigo '17.° das in-
strucções que fazem parte da portaria de 25 de janeiro, ultimo os productos a que as pre-
sentes instrucções se referem, comtanto porém que as reverificações se façam ou antes
da abertura da exposição ou depois do seu encerramento.
Art. 19.° Os productos, que vierem á exposição e forem vendidos, não poderão ser
retirados da mesma antes que esta esteja concluida.
Apt. 20." A conferencia dos productos que tiverem de ser reexportados será feita pe-
los verificadores para isso indicados pelo primeiro official que dirigir o serviço, assistindo
sempre os empregados ao acto de serem os mesmos productos enfardados, encaixotados,
ou por qualquer fórma mettidos em envoltorios fechados; todos estes volumes deverão
ser sellados com o sêllo de reexportação.
Art. 2 i . ° Os volumes de que trata o artigo antecedente devem ser remettidos ao caes
de embarque ou á alfandega, com a competente guia de reexportação, acompanhados até
bordo das embarcações por um guarda, e finalmente dever-se-ha observar a tal respeito
o que está estabelecido para o serviço das reexportações em expediente ordinario.
Art. 22. 9 Quando os volumes que vierem á exposição derem entrada na alfandega do
Porto, perceberá a companhia dos trabalhos braçaes os salarios por inteiro, fixados na ta-
bella n.° 2 do decreto n.° 3 de 7 de dezembro de 1864 e segundo as disposições poste-
riores; e quando taes productos forem descarregados ou derem entrada nos locaes a que
se referem os n. os 1." e 2.° do artigo 3.°d'estas instrucções, n'este caso o trabalho da com-
panhia será considerado como feito com os objectos despachados por estiva, para perce-
ber os meios salarios a que se refere a primeira observação da suprameficionada tabella n.° 2.
Art- 23.° A companhia dos trabalhos braçaes é obrigada a fazer as descargas nos caes
e pa§ estações dos caminhos de ferro, carregar os carros ou quaesquer vehiculos com os
productos vindos para a exposição, e bem assim promptificar os artifices, fieis de pesagem
e ps trabalhadores que forem necessarios para a abertura, exame e verificação, por én-
trada e saída dos productos no edificio da exposição, sem que por isso perceba outros sa-
larios alem çj'aque!les que vão indicados no artigo antecedente.
Art. 24.°- O inspector das alfandegas, que dirige a alfandega do Porto, fica auctorisado
parg, pela verba das despezas eventuaes da alfandega, satisfazer as despezas com a com-
pra $os livros e de tudo o mais que for necessário para o expediente da alfapdega no edi-
ficio da exposição, e bem assim para providenciar como for mister nos casos omissos n e s -
tas instrucções dando immediatamente conta á direcção geral das alfandegas e contribui-
ções indirectas do uso que fizer d'esta auctorisação.
Paço, em 11 de julho de 1 8 6 S . = C o n d e d'Avila. d . d e L . n.° m, d e « d » j u i h o .
u de julho - 1865 • 343
.MODELO N.° 1
Requisição n.°
O DIRECTOR, O DIRECTOR.
Alfandega de
D'esta alfandega são remettidos para a do Porto os volumes abaixo descriptos, com
destino á exposição internacional que deve ter logar n'aquella cidade, os quaes vão
cintados e sellados com o sêllo d'esta alfandega, e acompanhados pelos guardas
F. F.
D'esta alfandega são remettidos para o palacio de crystal os volumes abaixo D'esta alfandega são remettidos para o palacio de crystal os volumes abaixo-
mencionados, que vão cintados e sellados com o sêllo da alfandega de mencionados, que vão cintados o seliados com o sêllo da alfandega de
. vindos de _ pelo. . vindos „„
dè. pelo
• e que têem de conservar-se intactos até ao acto da ve- e que têem de conservar-se intactos até ao acto da ve-
rificacão, nos termos do artigo 12.» das instrucções de 11 de julho dc 186a. rificação, nos termos do artigo 12." dos instrucções de 11 de julho de 1865.
«o
oo
„ guarda ...
O n.°. acompanha os volumes acima descriptos, que ficam sob O guarda n.° acompanha os volumes acima descriptos, que ficam sob
sua responsabilidade até d'elles fazer entrega uo edificio do palacio de crystal, sua responsabilidade até d'elles fazer entrega no edificio do palacio de crystal,
cobrando recibo da direcçãò, ou de quem a represente, e declaração da confe- cobrando recibo da direcção, ou de quem a represente, o declaração da confe-
rencia do empregado d'estâ alfandega que ali se achar encarregado d'este serviço, rencia do empregado d'esta alfandega que ali se achar encarregado d'este serviço,
em poder de quem deve ficar o duplicado d'esta guia. ficando este duplicado em poder do mesmo empregado.
Alfandega do Porto, em de de 186o. Alfandega do Porto, em de ! de 1865.
O chefe de serviço, F.. O chefe de serviço, /•'.,
Deram entrada n'este edificio os Conferiram e forain lançados Deram entrada n'este edifico os Conferiram e foram lançados
volumes constantes d'esta guia. no livro de entradas a fl. volumes constantes d'esta guia. no livro de entradas a fl. — _ _
Palacio de crystal, em Palacio de crystal, em
de de 1865. O official da alfandega, de . de 1865. O official da alfandega, .
A direcção, A direcção,
MODELO N.° 4
Livro de entrada e saída, no edificio do palacio de crystal, dos volumes com productos sujeitos a direitos
Entrada Saída
OC
OS
cn
cn
246 1865 li de julho
MODELO N.° 5
TURNO N.°
:
Ç
- • , ... ....
•
MODELO N.° 6
MODELO N.° 7
Livro estabelecido pelo artigo 17.° das instrucções regulamentares de 11 de julho de 1865,
em que têem de ser registados os bilhetes dos productos verificados, e despachados para consumo e para reexportação
i
i Para consumo Para reexportação
\
Quantidade
do peso,
Numero
da medida Taxa Artigos
de ordem Quantidade Imposto Números
Datas dos brato ' ® e s ' S n a E a ° d° s Productos Valores ou dos da 3 por cento para a praça Importancia Numoro dos
dos Importancia 5 porcento
volumes das unidades direitos pauta de da despachos Datas
bilhetes dos addicionaes do total
dos direitos emolumentos receita ou
productos commercio
das guias
/
1
1
V
r
i
i •
1
i
! , • -
r
1.» R E P A R T I Ç Ã O
Sendo necessário que na cidade de Macau, attenta a sua situação, as frequenl.es rela-
ções que as suas auctoridades têem com as do império chinez e a especialidade da sua po-
pulação, haja um corpo de interpretes da lingua synica, apto para o exercicio das func-
ções que lhe forem incumbidas;
Considerando a conveniencia de assegurar aos interpretes que compozerem o referido
corpo, os meios de poderem exclusivamente empregar-se no estudo da mesma lingua;
Considerando a necessidade de habilitar individuos para o preenchimento do quadro
do mencionado corpo;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15. 0 do acto addicional á caria
constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei por bem decretar o seguinte:
- Artigo 1.° É creado na cidade de Macau um corpo de interpretes da lingua synica.
Art. 2.° Este corpo será composto de um primeiro, de um segundo e dois alumnos-
interpretes.
Art. 3.° O primeiro interprete vencerá por anno 1:150^000 réis e 800,4000 réis o se-
gundo interprete.
Art. 4.° Os doisalumnos-interpretes perceberão um subsidio mensal, que não será in-
ferior a 20$000 réis, nem superior a 30$000 réis para cada um, graduado entre estas
duas verbas, segundo os progressos e aproveitamento que mostrarem.
§ unico. Para que estes alumnos-interpreles possnm receber este subsidio, deverão
praticar e achar-se effectivamente praticando na procuratura ou na secretaria do governo
de Macau, devendo outrosim, emquanto prestarem este effectivo serviço, ser contempla-
dos em partes iguaes na distribuição dos emolumentos que pertencem á sua classe.
Art. 5.° Emquanto não forem providos os logares de segundo interprete e de alumnos-
interpretes, poderá a importancia do respetivo ordenado e subsidios empregar-se em pres-
tações a mancebos que se appliquem ao estudo da lingua synica.
' Art. 6.° O governador de Macau submetterá á approvação do governo um regulamento
relativo ao serviço, habilitações e promoções do referido corpo.
Art. 7.° Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d estado dos negocios da
guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 12 de julho de 1865. = REI.=Marquez de Sá da líandeira.
D. (le I.. n.MíiG, dc de julho.
Muito alto e muito poderoso Principe e Senhor D. Fernando II, Rei de Portugal, du-
que de Saxonia Coburgo fíotha. marechal general, meu muifo prezado e querido pae: eu
62 "
250 - 1865 21 de. julho
D. Luiz I, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Àlgarves, etc. envio muito aaudar a
Yossa Magestade, como aquelle que sobre todos amo e prezo. Havendo de realisar-se em
Paris no futuro anno de 1867 uma exposição universal, á qual deverão concorrer os pro-
ductos da industria portugueza; e desejando eu não só proporcionar a Vossa Magestade
mais uma occasião de patentear o interesse que a Vossa Magestade hão constantemente
merecido as industrias e artes d'este reino, mas tambem dar a maior importancia e lustre
á realisação de um acto de que tantas vantagens podem resultar para este paiz: hei por
bem e me apraz convidar a Vossa Magestade para presidir á commissão directora da expo-
sição dos productos nacionaes em Lisboa e dos trabalhos*preparatorios da de Paris, creada
pelo decreto d'esta data. Muito alto e muito poderoso Principe e Senhor D. Fernando II,
Rei de Portuga], duque de Saxonia Coburgo Gotha, marechal general, meu muito amado,
prezado e querido pae, Nosso Senhor haja a augusta pessoa de Vossa Magestade em sua
continua guarda.
Paço, aos 12 de julho de 1865. = D e Vossa Magestade, bom filho, irmão e a m i g o =
L u i z . = Carlos Bento da Silva. n. doL.n.°i57,dei7dejfiiho.
Para cumprimento das disposições contidas no § unico do artigo 2.° do decreto da data
de boje, e achando-se providenciado, pela carta regia da mesma data, o que respeita á
presidencia da commissão directora da exposição dos productos nacionaes: hei por bem
determinar que o presidente do conselho de ministros, ^ministro e secretario d'estado in-
terino dos negocios da marinha e ultramar, e os ministros e secretarios d'estado dos nego-
cios do reino, da fazenda e das obras publicas, commercio e industria, façam parte da dita
commissão e desempenhem os logares'de presidente na ausencia de Sua Magestade El-Rei
o Senhor D. Fernando II, meu augusto pae. Ordeno outrosim, que sirva de secretario da
dita commissão o conselheiro Rodrigo de Moraes Soares, director geral do commercio e'
industria, e de vice-secretario o conselheiro João Palha de Faria Lacerda, chefe da repar-
tição do commercio e industria, no respectivo ministerio.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado interino dos ne-
gocios da marinha e uitramar, e os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino,
da fazenda e obras publicas, commercio e industria, assim o tenham entendido e façam
executar. Paço, em 12 de julho de l865.=EEi.=Marguez de Sá da Bandeira=Julio
Gomes do Silva Sanches =Conde d'Avila = Carlos Bento da Silva,.
D. de L. n.° 157, de 17 d« julho.
Sendo da maior conveniencia que os productos de todas as nossas industrias sejam de-
vidamente representados na exposição universal que ha de abrir-se em Paris no anno dè
1867;
Considerando que é de absoluta necessidade regular com a indispensavel antecipação
os trabalhos preparatorios que demanda a selecção e expedição dos referidos productos;
Considerando que do estado da exposição internacional, que deve reslisar-se na cidade
de Porto no corrente anno, podem colher-se valiosos elementos para o bom resultado d'este
empenho:
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° É creada uma commissão central directora dos trabalhos preparatorios para
a exposição universal que ha de abrir-se em Paris em maio de 1867.
Art. 2:° Esta commissão terá a seu cargo organisar os necessarios programmas, re-
gular a fórma de admissão dos productos, fazer a selecção dos qjie deverão ser remettidos
• á exposição, coordenar o catalogo dos mesmos productos, e propor ao governo as medidas
que julgar convenientes para os effeitos indicados.
§ unico. Disposições especiaes regularão a constituição da mesa.
Art. 3.° Dividir-se-ha a commissão central nas seguintes secções:
1 . a Secção—Industria agricola;
2. a Secção—Industria fabril;
3. a Secção—Industria extractiva, construcções e machinas a vapor;
4. a Secção—Bellas artes;
•12 de julho 1865 251
REPARTIÇÃO DE AGRICULTORA
líEPARTlÇÃO DE CONTABILIDADE
Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'estado dos ne-
(1) Senhor: — Para construcção de um porto artificial na cidade de Ponta Delgada, na ilha de
S. Miguel, foi o governo auctorisado polo artigo 2.° da carta de lei de 9 de agosto de 1860 a contrahir
um emprestimo até á quantia de 600:000§000 réis, devendo applicar-se ao pagamento do respectivo
juro e amortisação os impostos designados no artigo 4." e seu | da referida lei, e pelo artigo 8." da
mesma lei foi o governo auctorisado a estabelecer uma junta administrativa, a qual teria a seu cargo
realisar este emprestimo e pagar o competente juro e amortisação, recebendo directamente das alfan-
degas os impostos destinados para similhante fim; ficando igualmente auctorisado o governo, pelo ar-
tigo 9." da citada lei, a confeccionar os regulamentos necessarios para a sua boa execução.
Fazendo uso d'estas auctorisações creou o governo, por decreto de 12 de dezembro d'aquelle anno,
a j u n t a administrativa das obras do mencionado porto e promulgou o regulamento da 6 de julho de
1861 para a administração das mesmas obras.
Organisada assim a administração das obras e feitos os trabalhos necessarios para se lhes poder
dar começo, contratou a junta com o banco união do Porto um emprestimo de 200:000^000 réis por
escriptura" de 30 de outubro de 1862 e outro de 400:000^000 réis por escriptura de 13 de julho de
1863, perfazendo" ambos a totalidade de 600:000^000 réis, auctorisada pela lei.
D'esta totalidade só tem a junta precisado receber a quantia de 366:683$í27G réis, por lhe terem
sido poderoso auxilio as sobras dos impostos creados pela dita lei, depois de deduzidos os encargos tios
emprestimos contratados, sobras que ajunta tem applicado ás obras em virtude da auctorisação que
solicitou e que-o governo entendeu poder-lhe conceder até preencher o limite dos 600:000^000 réis, au-
ctorisados pelas côrtes.
Sendo 550:517M31 réis a quantia total que a j u n t a tem despendido até ao fim de abril ultimo
com a ccnstruccão e administração das obras, restava-lhe n'aquella data unicamente a verba de réis
49:4821569. "
A junta pondera que as obras estão longe de concluídas, e que comquanto se não possa fixar já o
seu custo, que todavia excederá os 600:000^000 réis, pede auctorisação para n'ellas despender a parte
que resta receber dos emprestimos contratados, e bem assim as futuras e identicas sobras dos impostos.
N'estas circumstancias torna-se urgente providenciar para que, emquanto o poder legislativo não
resolver sobre este objecto, tão importantes trabalhos não soffram interrupção, o que traria gravíssimos
prejuízos, tendo elles attingido o conveniente desenvolvimento; havendo operarios engajados, e cujo
•12 de julho 1865 253
gocios da fazenda e das obras publicas, commercio e industria: hei por bem ordenar, ou-
vido o conselho de ministros, que no ministerio da fazenda se abra um credito extraordi-
nario a favor do ministerio das obras publicas, commercio e industria, pela quantia de
100:0000000 réis, com destino á continuação das obras do porto artificial em.construcção
na cidade de Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel.
Os ministros e secretarios d'estado das duas referidas repartições assim o tenham en-
tendido e façam executar. Paço, em 12 de julho de 1865. =REi.=Conde d'Avila—Car-
los Bento da Silva. „. dpT„ n/M57; ^ 17 dejaiho.
C O N S E L H O G E R A L DAS ALFANDEGAS
M I N I S T E R I O DAS O B R A S P U B L I C A S , C O M M E R C I O E I N D U S T R I A
DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO D E MINAS—2." SECÇÃO
vencimento, nos termos dos respectivos contratos, não póde suspender-se; perdendo-se a estação pró-
pria para o progresso das obras, deteriorando-se sem proveito algum um valioso material fixo e circu-
lante e expondo-se a uma mina certa, com os temporaes do inverno, os ultimos trabalhos feitos, por
falta da sua consolidação. -
Em vista do exposto, e attendendo a que o artigo 6.° da citada lei, nas palavras logoque esteja amor-
tisado completamente o emprestimo referido e qualquer outro que seja necessário para o acabamento d'esta
obra previu o caso (aliás frequente em trabalhos de similhante natureza) de não chegar a verba para
elles calculada, julga em tal conjunctuiaque a abertura do um credito extraordinario dg IQOiOOOjjSOOO
réis, que se reajise pelo producto das sobras dos impostos que a j u n t a for cobrando e quando estas nSo
cheguem pela parte que for ^necessaria da quantia que resta receber dos emprestimos contratados, é o
unico meio de, sem encargos para o thesouro, habilitar a mesma junta a continuar as obras até que
as côrtes deliberem sobre este objecto.
Por todas estas rasões temos a honra de submetter á approvação de Vossa Magestade o seguinte
projecto de decreto.
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, em 12 de julho de 1865—Conde d'Avila
= Carlos Bento dn Silva.
f»3
1865 12 de julho
provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.° do citado
decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a planta
em que está indicado o plano geral, da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto, Simão Augusto Guerreiro, é idonéo para,
segundo as regras de arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do concelho ge-
ral das'obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da leie habilitado o requerente para a concessão definitiva do referido deposito:
Hei por bem, conformando-me com o parecer da referida secção, conceder por tempo
illimitado a Carlos Augusto Bon de Sousa a propriedade da mina de chumbo de Adorigo,
concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, ficando obrigado em virtude da presente conces-
são ás seguintes prescripções:
1. a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, submettendo-se
os donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos.
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem a
terceiro»
3. a Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra e incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros.
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que occasionar pelas aguas accumuladas nos
seu» trabalhos, se, tendo sido intimado, não as seccar no tempo que se lhe marcar.
5t a Bar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes, contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior.
, (k a Ter a mina em estado de lavra activa.
7. a Dar as providencias necessarias, no praso que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruína pela má direcção dos trabalhos.
8. a Não difficultar ou impossibilitar, por uma lavra ambiciosa, o ulterior aproveita-
mento do mineral.
9. a Não suspender os trabalhos da mina, com intenção de a abandonar, sem antes dar
parte ao governador civil respectivo, e deixar a sustentação dos trabalhos em bom es-
tada.
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem eu estabele-
cerem as leis.
11. a Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria, todos os seis me-
zes a contar da data d'este decreto, o relatorio dos trabalhos feitos no período anterior.
12. a Não admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos de lavra sem licença do
governo» precedendo informação da secção de minas do conselho geral de obras publicas
e xúifiàs.
13. a Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações e
dos operarios. Estas obras serão as que ordenar o governador civil respectivo, ouvindo o
engenheiro encarregado da inspecção das minas do districto, e no caso de não assentimento
•do concessionario as que o governo ordenar, ouvindo a secção de minas do conselho gg-
ral de obras publicas e minas.
l'4. a Executar as obras que, nos termos expressos na anterior condição, se prescre-
verem para evitar o extravio das aguas e das regas.
i $ . a Não exlrahir do solo senão as substancias uteis indicadas n'este decreto e as que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito.
16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitli-los.
17. â Pagar ao estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidos pela lei de 31
de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares de
17 de junho de 1858 e 15 de abril de 1862.
18. a Cumprir todos os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos em tudo
que possa ser-lhe applicado.
Hei outrosim por bem determinar que para os fins acima designados sqja concedido o
terreno q,ue se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto e que é limitado
pelas linhas rectas que formam o quadrilátero FGHL, traçado da seguinte maneira: to-
ffletà-se os pontos FG, da concessão da Portella dos Corvos sobre a estrada qué conduz da
ppvoação de Adorigo para Tabuaço, e 150 metros a contar do cruzamento (festa estrada
com o caminho que conduz á povoação de S. Martinho marque-se o ponto H, e o ponto L
•12 de julho 1865 255
marque-se sobre o Alto dos Louços, e ficará assim determinado o referido quadrilátero
F G H L com a superfície de 634:200 metros quadrados.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e, indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 12 de julho de 1 8 6 5 . = á E i . = =
Carlos Bento da Silva. D. de L. n.° 162; DE 22 de joiho.
Não tendo sido sufficiente a somma de 4:000)5000 réis auctorisada pela carta de lei de
20 de julho de 1864, com applicação para o melhoramento dos pharoes do reino, e sendo
de urgente necessidade Cóncltiir durante a presente esiação as obras qtfê para aquelle fim
se começaram e estão por concluir: hei por bem, tendo ouvido o conselho de ministros,
ordenar que no ministerio da fazenda seja aberto um credito extraordinário a favor qo,mi-
nisterio dos negocios da marinha e ultramar, da quantia de 4:000^000. réjs, para ser-ap-
plicada á conclusão das obras para o melhoramento dos pharoes e compra do materjal pre-
eisp para o serviço dos mesmos, devendo o governo dar conta ás côrtes na proxima re-
união do decretamento d'este credito extraordinario e da sua applicação; ....
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da marinha e uitramar e da fazencla
assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 13 de julho de 1865.=RjEi.!^r^Mr-
quez de Sá da Bandeira= Conde d'Avila,. d. de l . n.° is»; d e « d * í f l f c o .
que abrem matricula, o que dá logar a prolongarem muito o curso scientifico; e convindo
pôr termo a esta irregularidade, de que resulta desvantagem para o serviço: manda Sua
Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, que o
major general da armada faça saber a todos os militares das sobreditas provincias, que se
acham no reino com licença para estudar, e aquelles a quem de futuro for concedida, que
no principio de cada anno lectivo devem apresentar certidão de se haverem matriculado
em todas as aulas, que segundo a organisação da escola constituem o anno de estudo que
a cada um competir para concluir o respectivo curso; e que não o fazendo se lhes retirará
immediatamente a licença para estudar; e que da mesma sorte no fim do anqo lectivo de-
verão apresentar certidão de haverem sido approvados em todas as aulas em que estive-
rem matriculados, e que não o fazendo se lhes retirará igualmente a licença para estudos;
exceptuando unicamente n'este anno os que mostrarem que foram approvados em todas
as aulas em que se matricularam, embora deixassem de o fazer em todas as que constitui-
rem o respectivo anno de estudos.
Paço, em 14 de julho de 1 8 6 5 . = Sa da Bandeira. D.deL.n.°i80,dei2deago»to.
I.' DIRECÇÃO
Í.» R E P A R T I Ç Ã O
Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o requerimento em que Manuel Lourenço,
filho de Manuel Lourenço Carrajola, pede ser isento do serviço da armada, para o qual se
acha apurado no segundo districto do departamento do sul;
Considerando que o requerente comprova ter um irmão alistado no corpo de mari-
nheiros;
Considerando que a portaria de 19 de dezembro de 1863, no seu artigo 10.° § 8.°,
manda excluir do apuramento maritimo os individuos que, na armada ou no exercito, ti-
verem irmãos alistados:
Hei por bem, conformando-me com o parecer do conselheiro ajudante geral do pro-
curador geral da corôa junto a este ministerio, determinar que o referido Manuel Lou-
renço seja isento do serviço da armada.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do supracitado departamento, para sua intelligencia e devidos effeitos.
Paço, em 14 de julho de 1 8 6 5 . = S « da Bandeira. ». de l. «7, de n dejuiho.
Sendo os pagamentos das despezas do ministerio da guerra nas ilhas adjacentes effe-
ciuados pelos cofres centraes dos districtos, em presença dos recibos em duplicado, seja
qual for a natureza da despeza;
Considerando que o ajustamento das coutas das despezas que entram nas resultas ge-
raes é feito pelo modo prescripto na portaria de 12 de maio de 1836, publicada na ordem
do exercito n.° 4 de 19 do mesmo mez;
Considerando que os recibos pelos quaes se sacarem fundos dos cofres centraes, para
pagamentos d'essas despezas, não podem ser resgatados por aquellas resultas geraes;
Determina Sua Magestade El-Rei o seguinte:
1.° Que ás praças dos corpos da 9. a e 10. a divisões militares, que estiverem addidas
a quaesquer corpos do continente e vice-versa,-seja feito o abono de seus respectivos ven-
cimentos por meio de mostras addicionaes á do corpo em que se achem addidas, devendo
o commissario de mostras que verificar o abono fazer a conveniente communicação áquelle
que fiscalisar o corpo a que a praça pertence.
2.° Que ás praças que dos corpos do continente tiverem passagem para os corpos das
ilhas adjacentes, ou d'estes para aquelles, se abonem os respectivos vencimentos até ao
dia em que seguirem viagem para seu destino.
•12 de julho 1865 257
Por decreto de 18 do corrente mez foi a escola de ensino mutuo da cidade de Angra
do Heroismo convertida em escola primaria de ensino simultaneo, com exercicio na fre-
guezia de S. Bento da mesma cidade, e foi creada uma outra cadeira de ensino primario
na freguezia rural de S. Matheus, concelho de Angra, não devendo esta ultima ser pro-
vida sem que a camara municipal, junta de parochia ou qualquer outra corporação haja
promplificado casa e mobilia para os exercicios escolares e habitação do professor.
D. de Í . A.«M, d« 33 de £dfcú.
Tendo-me sido presentes os documentos pelos quaes se prova que nos cofres, do banco
lusitano já deu entrada a quinta parte do valor correspondente a 2.000:0000000 réis;
Vista a disposição do artigo 5.° dos estatutos do banco, approvado por decreto da data.
de hoje;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa, junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem considerar legalmente constituido o banco lusitano, e habilitado a func-
cionar.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria, assim ® te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 22 de julho de í 8 6 5 . = R E I . — C a r l o s Bento d®
Silva. D. de h. n.° 163, de 8» de julho.
Attendendo ao que me foi representado pelo banco lusitano, pedindo quô seja apprôi
vada a reforma do artigo 33.° dos seus estatutos, e a alteração feita no artigo V dos me$b
moa estatutos, para o fim de poder o banco constituir-se e dar principio ás suas o p e r a ç ^
com uma quantia inferior á que primitivamente foi fixada;
Vistos os documentos, pelos quaes se prova o cumprimento do artigo 45.° dos estatu-
tos, approvados por decreto de 24 de agosto de 1864; .
Visto o parecer d ó ajudante do procurador geral da corôa junto, ao ministério das*obras
publicas, commercio e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação á mencionada reforma do artigo 33." e á
alteração do artigo 5.° dos estatutos do banco lusitano, as quaes foram reduzidas-a instru-
1865 lie julho
Reforma do artigo 33.° dos estatutos do bauco lusitano, c alteração do artigo o." dos estatutos do
mesmo banco, que fazem parte do decreto da data de boje
Art. 33.° O banco terá sempre em caixa em moeda corrente de prata ou oiro pelo me-
nos um terço do que dever por deposito, e se vier a ser de emissão, igual terço pelo que
dever pelos seus proprios titulos em circulação.
I a REPARTIÇÃO
«5
1865 12 de julho
' Tendo sido pela carta de lei de 14 de julho de 1856 abolidos no exercito do reino os
castigos de varadas e os de pancadas com espada de prancha, e sendo justo extinguir tam-
bem nas, províncias ultramarinas aquelles castigos; econvindo outrosim pôr em harmonia
oô rêgulàméntos disciplinares das tropas crestas provincias com os do exercito do reino,
em 'conformidade com o disposto na parte final do artigo 2.° da referida carta de lei: hei
por bem determinar o seguinte:
Artigo 1.°ÍÉ' extensiva ás provincias ultramarinas a carta de lei de 14 de julho de 1856,
que rtò exercito do reino aboliu os castigos de varadas e os de pancadas de espada de
prancha.
Art. 2.° É applicado o regulamento disciplinar do exercito do reino de 30 de setem-
bro de 1856 ás tropas das provincias ultramarinas, comas modificações abaixo indicadas.'
Art. 3.° Para qualquer praça de pret que se achar servindo em alguma das provincias
ultramarinas ! sér considerada incorregivel, é preciso que nos ultimos doze mezes anterio-
res téhhá cdíhmettido mais de cinco transgressões de disciplina, que hajam sido punidas
com algumas das penas mencionadas no referido regulamento.
Art. 4,° A punição do conselho de disciplina será fundamentada e intimada ao accusado.
' ' A r t . T e r m i n a d o que seja o processo do conselho de disciplina, será entregue ao
commandante do corpo, o qual com a sua opinião o remetterá ao governador da provincia,
á ^'uétti'compete confirmar ou não a decisão do conselho.
' ArtÁd.®' À^praçà de pret que for julgada incorregivel irá completar o seu tempo de
effectivo serviço n'outra provincia ultramarina, como se acha determinado na tabella que
fa2párt8'd'éstè decreto e vae assignada pelo ministro e secretario d'eslado dos negocios da
guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar.
iV:
Art.'?; 0 : As'despezas de transporte de ida serão por conta dos cofres da provincia em
qúè ò^ncorregivel for servir sentenciado e as do seu regresso pelos cofres da provincia
para onde voltar.
' Art. 8.° O disposto n'este decreto não altera as regras da disciplina em vigor em cada
uma das provincias ultramarinas, com relação aos condemnados a degredo pelos tribunaes
civis e que tiverem praça nas guarnições do ultramar.
Art. 9.° Os incorregiveis das guarnições do ultramar, que na provincia para onde pas-
sarem a'Servir florem novamente julgados, não poderão por sentença voltar a provincia de
onde tiverem sido enviados, e serão sentenciados para qualquer outra.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
gtieritf é ihteribamente encarregado dos da marinha e uitramar, assim o tenha entendido
é teçâ dxècutai*.' Paço, em 25 de julho de 1 8 6 5 . M a r q u e z de Sá da Bandeira.
26 de julho 4865 m
1.» DIRECÇÃO
2. A R E P A R T I Ç Ã O
Vencimento annual
Governador 3:7500000
Secretario 7000000
Official da secretaria 4000000
Procurador da cidade 6000000
Primeiro interprete 1:1500000
Segundo dito 8000000
Dois alumnos interpretes 6000000
Primeiro lingua 3000000
Segundo dito 1800000
Amanuenses (cada um) 1860000
Primeiro official 1800000
Segundo dito 1530000
Letrado china: 2160000
Cirurgião mór 7020000
Facultativo de 1 . a classe 4320000
Primeiro pharmaceutico 432(5000
Professor da escola de pilotagem 7000000
Escrivão da junta de fazenda 7800000
Contador 6040000
Primeiro escripturario 3600000
Segundo dito 3000000
Primeiro amanuense 1830000
Segundo dito 1530000
Porteiro 1830000
Continuo 1290600
Thesoureiro da junta 4000000
Fiel 2660250
Amanuense 1530000
Escolhedor de dinheiro 930840
Recebedor das decimas 4500000
Ajudante 2660250
Amanuense • 1530000
Juiz de direito 2:3000000
Delegado 5600000
Escrivães (cada um) ; ' — 4500000
Dito dos orphãos 2000000
Contador 1800000
Official de diligencias (cada um) 1080000
Carcereiro 1800000
"28 de julho 1865 265
Bispo 2:3000000
Gonego (cada um) 3000000
Meio conego 1800000
Parochos das igrejas de Macau (cada um) 3000000
Dito em Singapura 3460800
Consul de Siam 6900000
Secretario do consulado 3000000
Superintendente dos colonos chinas 6120000
Interprete 3060000
Nota.—As gratificações, a que tiverem direito os empregados civis e ecclesiasticos designados
n'esta tabella, serão reguladas pejas leis que as estabeleceram sem augmento algum.
Tabelle B dos soldos e prets dos militares da guarnição de Macau, a que se refere
o decreto d'esta data e que d'elle faz parte
Vencimentos mensaes
Coronel 650000
Tenente coronel 580000
Major 540000
Capitão 300000
Tenente ou primeiro tenente 280000
Alferes ou segundo tenente 250000
Cirurgião mór 300000
Cirurgião ajudante 280000
Cirurgião do batalhão nacional 70500
Almoxarife 210250
Vencimentos diarios
Sargento ajudante 0455
Sargento quartel mestre 0365
Primeiro sargento 0300
Segundo sargento • 0275
Furriel 0195
Cabo de esquadra , 0170
Anspeçada 0145
Soldado 0130
Artífice 0105
Mestre de musica 10170
Musico 0470
Corneteiro mór ..'. 0185
Corneteiro 0155
Aprendiz de musica 0065
Caba de tambores do batalhão nacional 0155
Tambor do dito batalhão 0145
Nota.—As gratificações a que tiverem direito quaesquer dos officiaes, cujos postos v5o designa-
dos n'esta tabella, serSo reguladas pelas leis que as estabeleceram, sem augmento algum.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 26 de julho de l 8 6 5 . = M í / -
quez de Sá da Bandeira. n. dc i. n.° it», dc 29 a^uiho.
2.* REPARTIÇÃO
Tendo-me sido presente a proposta do negociante d'esta capital, João Baptista Burnay,
súbdito belga, pedindo a concessão de uma parte do ilhéu de Santa Maria, no porto da ci-
dade da Praia de S.Thiago na provincia de Cabo Verde e de uma porção da praia fronteira
ao mesmo ilhéu, a fim de estabelecer ali um deposito de carvão de pedra;
66
266 1865 li de julho
Aos 26 dias do mez de julho de 186o, no ministerio dos negocios da marinha e ultra-
mar egaBifiètè'db ill. mo e éx."10 sr. tíiarquez dè Sá da Bândeirâv-presidente (}o conselho
de ministros, ministro e secretario d'est ; ádo dos negocios dá marinha e ultramar, estando
presente, de uma parte o mesmo ex. mo ministro como primeiro outorgante por parte do
governo e da outra parte osubditõ belga João Baptista Burnay, negociante da praça de
foêbòá, segundo outorgante, assistindo a este acto o conselheiro Levy Maria Jordão., aju-
'Ifâfótê do procurador geral da corôa junto a este ministerio, pelo primeiro e segundo ou-
W g a h t e foi dito na minha presença e na das testemunhas abaixo mencionadas e assigna-
Gáfe,'ijúe concordavam nas condições do contrato, pelo qual é concedido ao segundo.ou-
tttKgâhte metade do ilhéu de Santa Maria, na provincia de Cabo Verde e bem assim uma
pÒTçSf) da praia fronteira ao mesmo ilhéu, para o estabelecimento de um deposito d e c a r -
Vãb dè pedra, nos termos abaixo indicados e se obrigavam a cumprir as mesmas condi-
• ç6es> clausulas.
Condição 1.® O governo concede a João Baptista Burnay metade do ilhéu de Santa
Mariky no porto da cidade da Praia de S. Thiago e mais uma parte da praia fronteira, para
o estabelecimento de um deposito de carvão de pedra, bem como a licença necessaria para
unir o ilhéu com a mesma praia, por meio de um paredão construido no ponto escolhido
•peto concessionario, de accordo com o governador geral da provincia, a fim de ser for-
ttíàda uma bacia queoffereça abrigo e segurança ás embarcações que se destinarem aò ser-
' Víçb do predito estabelecimento.
• Condição 2-.a Deverá o concessionario previamente apresentar ao governador geral da
jtfóvincia o plano do estabelecimento que pretende formar para, em vista d'elle,- lhe ser
'dè&gnada a area da concessão.
' :: Condição 3.® Obriga-se o concessionario a concluir as obras do dito estabelecimento
dèàtro do praso que for accordado cóm o mesmo governador geral, tendo em.attenção, a
Importancia das construcções e a facilidade de as levar a effeito.
• i Condição 4. a O concessionario não poderá ceder ou .trespassar n'outro individuo, ou
• erii companhia ou sociedade, a presente concessão'sem approvação do governo.
Condição 5-.a Quando por motivo de utilidade publica o governo necessitar de alguma
pórção de terreno concedido, o concessionário será d'elle expropriado e indemnisadopelo
. governo sópiente das bemfeitorias que daquella parle houver feito.
;/Condição 6 ^ Caducará esta concessão quando o concessionario não der começo aos
trabalhos necessarios para o dito estabelecimento dentro do praso de um anno, contado
da data do presente contrato.
Condição 7." O concessionario em tudo o qúe disser respeito á mesma concessão re-
nuncia aos direitos e immunidades que lhe possam competir como estrangeiro e fica pai-a
esse fim sujeito ás leis de Portugal e em tudo equiparado aos nacionaes.
.• Condição 8. a É permittida ao concessionario, livre de direitos, porém sob a fiscalisação
da competente auctoridade, a importação por espaço de dez annos, de barcos de vapor
destinados ao reboque das lanchas empregadas no serviço do estabelecimento de peque-
nas embarcações de ferro e de machinas movidas por vapor, ou outra qualquer força, bem
Como dof material que for necessário para a laboração do mesmp estabelecimento.
Condição' 9; a O carvão que entrar no deposito estabelecido pelo concessionario não é
• Sujeito ao pagamento do imposto dos 3 por cento auctorisado por decreto de 2Ò;de setem-
bro de 1858, devendo todavia pagar o mesmo imposto que se acha estabelecido ou v i e r a
26 de julho 1865 m
estabelecer-se para o carvão de pedra importado na ilha de S. Vicente, ,para um igual es-
tabelecimento que n'ella existe.
Condição 10. a Terão livre transito pelos caes que o concessionario fizer construir, e
pelo paredão que unir o ilhéu de Santa Maria á praia fronteira, todos os objectos e mer-
cadorias pertencentes ao estado, e tambem os empregados publicos é suas bagagens.
1 unico. Uma tabella, approvada pelo governador geral da provincia, sob proposta do
concessionario, estabelecerá os preços que deverão pagar, pela sua passagem,,por baga-
gens e mercadorias, os particulares que quizerem utilisar-se dos ditos caes e paredão,
Condição l l . a Durará esta concessão por espaço de noventa e nove annos contados
desde a data d'este contrato. Findo este praso reverterão ao estado os terrenos concedi-
dos com todas as bemfeitorias existentes e para elle reverterão pela mesma fórma fal lindo
o concessionario, ou quando por qualquer circumstancia deixar de funccionar:o estabele-
cimento.
E com estas condições hão por feito e concluido o dito contrato, ao quat assistiu, como
fica declarado, o conselheiro Levy Maria Jordão, ajudante do procurador geral da corôa
junto a este ministerio, sendo testemunhas presentes Antonio Maria Campelo, chefe do
gabinete do ministro e João Bernardino Luiz Rodrigues, chefe da 2. a repartiçãó.da 2. a di-
recção do ministerio. E eu Manuel Jorge de Oliveira Lima, do conselho.de Sua Magestade,
official maior director da 2. a direcção da secretaria d'estaclo dos negocios da marinha e ul-
tramar, em firmeza dè tudo e para constar onde convier fiz escrever, rubriquei e subscrevi
o presente termo de contrato, que vão assignar commigo os mencionados outorgantes e
mais pessoas já referidas, depois de lhes ser lido. = Marquez de Sá da Bandeira—João
Baptista Burnay. = Fui presente, dr. Levy Maria Jordão=Antonio Maria Cámpelo=
João Bernardino Luiz Rodrigues=Manuel Jorge de Oliveira Lima.
D. de L. n.° 169," de 31 de julho.
um dos outros officiaes a de 100000 réis, e cada uma das praças de pret de veteranos a
gratificação de 100 réis diarios, pagas provisoriamente pela verba das despezas eventuaes;
3.° Que os commandantes dos corpos estacionados fóra de Lisboa remettam directa-
mente á agencia militar as requisições que houverem de fazer para os respectivos corpos,
e que dirijam, pela secretaria d'estado dos negocios da guerra, quaesquer representações
que hajam de fazer ácerca do serviço da mesma agencia;
4.° Que o chefe da agencia militar, a quem compete dirigir o respectivo serviço, e es-
cripturação, logoque receba as requisições dos corpos, as faça registar e as distribua a
cada um dos. membros da commissão para estes lhes darem o andamento conveniente; re-
ceberem os objectos requisitados, faze-los chegar bem acondicionados aos seus destinos, e
apresentarem ao mesmo chefe em seguida uma nota da qual conste o andamento succes-
s ã o de cada uma das requisições, para com estes elementos se fazer a escripturação con-
veniente, da qual deve constar: o corpo a que pertence a requisição, quando entrada na
agencia, quando entregue ao official encarregado de lhe dar andamento, quando entre-
gue no arsenal, quando recebidos os objectos, quando remettidos ao seu destino e p o r que
meio, e quando recebidos nos corpos, conforme a indicação dos mesmos ;
5.° Que a agencia militar começará a funccionar logoque se ache constituida;
6.° Que os officiaes dos corpos em commissão em Lisboa fechem as suas contas den-
tro de sessenta dias, contados d'esta data, devendo em seguida o marechal commandante
da 1 . a divisão militar fazer recolher aos corpos a que pertencerem os ditos officiaes.
Paço, em 26 de julho de 1 8 6 5 . = S á da Bandeira.
Ord. do eserc. n." 32 de 28 de julho; e D. de X,. n.° 186 de 21 de agosto.
Attendendo ás differentes representações que á minha real presença têem subido, pelo
commando geral de artilheria, mostrando-se a grande falta que ha de officiaes subalternos
na mesma arma e os graves embaraços que d'aqui provém, para os diversos serviços a seu
cargo serem feitos com a precisa regularidade;
Considerando que não ha meio de, em um periodo de tempo pouco considerável, preen-
cher aquellas vacaturas com officiaes proprios da dita arma;
Considerando que os officiaes das armas de cavallaria e infanteria, habilitados com os
respectivos cursos de estudos, estão nas condições de adquirirem com facilidade os co-
nhecimentos práticos, mais indispensaveis, para fazerem com proveito o serviço de fileira
nos corpos de artilheria;
Considerando finalmente que, estando completos os quadros d'aquellas armas, a falta
temporaria de um official subalterno em cada um dos respectivos corpos não occasiona
dificuldades sensíveis para o serviço das mesmas:
Hei por bem, emquanto se não adoptam providencias definitivas para melhorar as con-
dições da arma de artilheria, pelo que respeita âo preenchimento das vacaturas que ha de
officiaes subalternos, determinar provisoriamente o seguinte:
1.° Serão mandados destacar dos corpos de cavallaria einfanteria, para servirem tem-
porariamente nos regimentos e companhias de artilheria dos Açores e Madeira, o numero
de officiaes subalternos habilitados com o curso de estudos das respectivas armas ou com
o dè qualquer das armas especiaes, que for indispensavelmente exigido pelas necessida-
des do serviço da arma de artilheria, não devendo este numero exceder a um por cada
corpo de cavallaria e infanteria, e preferindo-se para este serviço os alferes.
2.° Durante o tempo que estes officiaes estiverem servindo na arma de artilheria se-
rão considerados, nos corpos a que pertencerem, como destacados e em serviço extraor-
dinario e nos de artilheria onde servirem como addidos. O seu accesso e todos os mais
direitos serão regulados na arma a que respectivamente pertencerem como se effectiva-
mente estivessem servindo n'ella, e serão abonados de soldcre gratificação e de todos os
mais vencimentos, como se de facto pertencessem ao quadro effectivo dos officiaes de ar-
tilheria.
3.° Estes officiaes regressarão aos corpos das armas a que pertencerem, quando o seu
serviço for desnecessário na arma de artilheria, quando o requererem com motivo justifi-
cado, ou quando lhes pertencer a promoção ao posto de capitão.
4.° O governo submetterá este decreto á approvação das côrtes na parte em que de-
pender de sancção legislativa.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
•12 de julho 1865 269
Algarve Faro.
'.Evora.
Alemtejo (Beja.
(Portalegre.
(Guarda.
Beira Alta ]Vizeu.
(Castello Branco, ., X/ •!'
. :Víllbl) ífoV
í Coimbra.
Beira B a i x a — jAveiro.
(Leiria.
• >.•,•;•- i '
Extremadura . . Lisboa. .' • • i>;i i
Santarem.
Porto.
Minho Braga. ... m
Vianna.
67
1865 12 de julho
RESOLUÇÃO N.° 2 8 5
Considerando que a seda a que se refere este recurso está no caso de ser considerada
como desperdícios de tear;
Resolve:
Artigo unico. A seda a que se refere este recurso deve pagar o direito de 75 réis por
kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 26 de ju-
lho de 1865, estando presentes os vogaes=Corcd!e d'Avila,-presiáenle=Fradesso da Sil-
veira, r e l a t o r = $imas=Abreu— Nazareth— Santo* Monteiro—Costa=Couceiro.
H. (le L. n.° 182, de 16 de a?osto
Convindo na presente estação calmosa prevenir por aquelles meios que desde já se
podem empregar, que o publico venha a soffrer os incommodos resultantes da escassez
de agua, e podendo dar-se o caso de desvio das aguas do aqueducto por qualquer motivo,
sendo por isso urgente que se providencie sobre este objecto: manda Sua Magestade
El-Rei declarar á camara municipal de Lisboa, que muito convém que o administrador
d'aquelle aqueducto empregue todo o zêlo e actividade, a fim de vigiar que não sejam des-
viadas aquellas aguas dos fins de utilidade publica a que se destinam: podendo o mesmo
administrador entender-se com o engenheiro director das obras para o abastecimento da
capital, a fim«de melhor se conseguir aquelle fim.
Paço, em 27 de julho de \ 86o. —Carlos Bento da Silva. = P a r a a camara municipal
de Lisboa. o, T„ n.°167, dc 28 de julho.
M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA F A Z E N D A
REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE
Hei por bem determinar que no ministerio dos uegocios da fazenda se abra um credito
extraordinario até á quantia de 5:800$000 réis para pagamento dos soldos dos officiaes
do exercito em commissão na escola polytechnica e nas administrações de alguns conse-
lhos dos districtos do reino no actual anno economico., conforme dispõe o n.° 2.° do artigo
•1.° da carta de lei de 23 de junho de 1864.
Os ministros e secretarios d'eslado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 27 de julho de 1865.=REI. = Julio Go-
mes da Silva Sanches—Conde d'Avila. D. A . . L . « . » I 7 « , ÍESDEAGO»!.,.
M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA G U E R R A
2." DIRECÇÃO
REPARTIÇÃO
Não tendo sido votada pelas côrtes, em consequência da sua dissolução, uma proposta
que lhe foi apresentada na sessão de 1 de maio ultimo, em que se pedia auctorisação para
satisfazer a divida dc 3:463$426 réis, que no dia 1 do corrente mez tinha o collegio mili-
tar, proveniente da differença entre a sua receita ordinaria e a sua despeza legal; e sendo
necessário prover de remedio para que aquelle estabelecimento possa continuar a fazer
face ás suas despezas, amortisando o debito em que está para com diversos: hei por bem,
visto dar-se o caso de que falia o artigo í>4.° do regulamento de contabilidade publica de'
• 12 de dezembro de 1863, e depois de ter ouvido o conselho de ministros, determinar que
no ministerio da fazenda se abra a favor do ministerio da guerra um credito extraordina-
rio pela referida importancia de 3:4631426 réis, a qual será exclusivamente applicada ao
pagamento da citada divida, submettendo-o depois á approvação das côrtes e dando-lhes
conta do uso que se fez da somma levantada por este credito.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda o da guerra o lenham as-
sim entendido e façam executar. Paço. em 27 de julho de 1 8 6 5 . = R r i . = M a r cjuez de Sá
da Bandeira — Conde d'Avila. D, rle L. n.° I7<», de 8 de acosto.
68
m 1865 li de julho
Tendo a companhia real dos caminhos de ferro portuguezes feito subir á presença d e
Sua Magestade-El-Rei um novo horário, pelo qual a mesma companhia pretende que de
ora em diante seja regulado o serviço dos comboios nas duas linhas ferreas de leste e
norte:
Considerando que as alterações que se notam n'esta proposta são igualmente vantajo-
sas para o publico e para a companhia, por isso que o maior numero de comboios que se
offerece ao publico hão de elevar o numero dos passageiros, sem que a companhia tenha
dè augmentar o percurso diario dos comboios;
Vistó o artigo 36. 0 do contrato approvado pela carta de lei de 5 de maio de 1860: ha
por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a informação do engenheiro chefe
da J.* divisão fiscal de exploração de caminhos de ferro, constantes do seu officio datado
de hontem, approvar o referido horário, que baixa com esta portaria e d'ella faz parte, a
fim de começar a ter execução desde o dia 6 do proximo mez de agosto em diante, prece-
dendo oá convenientes annuncios, que serão feitos pela companhia.
O q u e se annuncia, pela secretaria d 5 estado dos negocios das obras publicas, commer-
ci©' ^TOdMstriã, ao referido engenheiro fiscal, para sua intelligencia e fins convenientes.
'"Sto^JÉÉÈÍaS de julho de 1863.^= Carlos Bento da S«7wa.=Para o engenheiro chefe
da l . 1 divisão fiscal da exploração de caminhos dè íferro. D.L.n»m áeéiaejnih^.'v
ii!ii'itl'(J U i l l ! . ' c l : ; ) ! i i J ' , - i i i • " ' " ' •'••• -'b •' •••. -.'.•• -'.O
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276 1865 li de julho
U N H A DO
Servií» dtisik li ile,
MOVIMENTO UE
Distancias
kilonwtricas N.° 2-—Mixto
Estardes
Entre
as Transito Chcyada Paragem 1'arlida
estacões
Manhã Manhã,
Lisboa - - - 7 h 15'
3,5
Poço do Bispo . 9' 7h 24' 1' 7 25
3,0
Olivaes 6 7 31 x> 7 33
3,0 6 7 39 7 41
Sacavem 2
8,0
Povoa . 14 7 oo 1 7 56
4,0 8 8 4 8 5
Alverca 1
4,5 8
Alhandra 8 13 2 8 15
4,0
Villa Franca 8 8 23 2 8 25
6,5
Carregado 11 8 36 2 8 38
10,5
Azambuja 16 8 54 3 8 57
7,8 9 10 9 11
6,0 Ponte do Reguengo. 1 13 1
Sant/Anna 1 11 9 22 1 9 23
14,0
Santarem 23 9 46 6 9 52
9,5
Valle de Figueira . . 18 10 10 1 10 11
10,0 17
8,0 Mato de Miranda... 10 28 1 10 29
4,5 Torres Novas 14 10 43 2 10 45
14,0 Entroncamento 8 10 53 28 11 21
!Thomar (Paialvo). 30 11 51 11 53
9,0 Tarde Tarde
Chão dc Mayy 22 12 15 1 12 16
9,o
Cacharias 22 12 38 4 12 42
10,3
Albergaria 30 1 12 1 1 13
12,0 Yermoil 20 1 33 2 1 35
8,0 Pombal 14 1 49 i 2 1 51
16,0 Soure 27 2 18 j 2 2 20
16,0 Formoselha 29 2 49 2 2 51
10,0 Taveiro 17 3 8 1
6,0 3 9
71,0
r;
Coimbra 13 3 22 29 3 51
Souzella 12 4 3 1 4 4
11,0 Mealhada 21 4 25 2 4 27
8,5
Mogofores 16 4 43 2 4 45
7,5
Oliveira do Bairro. 14 4-89 1 5 -
20,5
Aveiro. 34 5 34 0 5 39
15,0
Estarreja 24 6 3 2 6 5
13,5
Ovar ..' 23 6 28 4 6 32
11,0 Esmo ri % 20 6 52 2 6 54
8,5
tíranja 17 7 11 2 7 13
7,5
Valladaros 18 7 31 4 7 35
4,5
Villa Nova de Gaia ! 11 7 46 - •r
lOii 25' 2'i6'
12h 31'
"28 de julho 1865 277
COMBOIOS—IDA
0
N 8 --Mixto
K.» 4 --Mixto N.° 6 -- M i x t o /
Gorreio
Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida
14 1 59 6 2 5 14 7 54 - 2 7 36 •19 10 3 10 4
27 2 32 10 2 48 27 8 23 _ 10 8 33 21 10 25 10 30
22 3 4 2 3 6 22 8 55 - 2 8 57 18 10 48 1 10 49
21 3 27 2 3 29 21 9 18 - 2 9 20 15 11 4 1 11 5
17 3 46 2 3 48 17 9 37 _ 2 9 39 13 11 18 1 l i 19
10 3 38 _ _ 10 9 49 _ 31 10 20 8 1 1 27 12 11 39
Manhã Manhã
- - - - 35 10 55 - 2 10 57 26 12 5 2 12 . 7
_ 26 11 23 _ 2 íl 25 20 12' 27 1 12 28
Manhã
- _ _ _ 25 11 50 Ih 3 0 1 20 19 12 47 4 12 31
Manhã
- _ - - 32 1 52 - 2 1 54 25 1 17 •• 1 1 18
_ _ _ 24 2 18 - 2 2 20 18 1 36 1 1 37
_ _ _ 17 2 37 - 2 2 39 12 1 49 1 1 30
- _ _ — 32 3 11 - 2 3 13 23 2 13 1 2 14
_ 35 3 48 - 2 3 50 25 2 39 1 2 40
_ _ _ _ 20 4 10 _ 2 4 12 16 2 56 2 37
_ _ 14 4 26 Ih 4 5 30 11 3 8 7 3 15
— _ _ 17 5 47 _ 2 5 49 12 3 27 1 3 28
— _ _ _ 28 6 17 — 4 6 21 19 3 47 1 3 48
_ _ _ 20 6 41 - 2 6 43 14 4 2 4 3
18 7 1 _ 2 7 3 12 4 15 1 4 16
_ _ 44 7 47 - 6 7 53 32 4 48 4 ' 4 52
_ „ _ 30' 8 23 _ 2 8 25 22 5 14 1 3 15
_ „ _ 30 8 55 _ 6 9 1 20 5 33 5 37
_ 25 9 26 - 2 9 28 17 3 54 5 35
20 9 48 - 2 9 50 14 6 9 1 6 10
_ 21 10 11 _ 2 10 13 17 6 27 6 30
- - - - 13 10 26 - - - - 10 6 40 - - -
66
1865 28 cie julho
MOVMENTO DE
Distancias
kilometricas N.° 2 -- M i x t o
Estações
Entre
as Transito Chegada Paragem ^Partida
Manhã
Villa Nova de Gaia _ - - 7h 55'
4,5 8h 6 ' - 1' 8 7
Valladares 11'
T2IT .1,5- Grsfíjà. 13 - 20 - 1 - 21
8,5
JSsmoriz 17 - 38 - 1 - 39
U0 Òvar 21 9 - - 2 9 2
13,5
15,0
Estarreja 25 27 - 2 - 29
26 55 - 5 10 -
20,5 Aveiro i.
10 35
Oliveira do Bairro. 35 - 1 - 36
'7,5 Mogofores 15 - 51 - 23
, 8,5 Mealhada. 17 11 10 - '2 11 12
11,0 Sòuzella 22 - 34 - 1 - 35
7,5 Coimbra 15 ~ 50 - 24- 12 14
6,0 Taveiro 12 12 26 - 1 - 27
30,0 Formoselha 17 - 44 - 2 - 46
£6,0 29 1 15 - 2 1 17
16,0 Soure - 48 - 2 - 50
: 8,0 Pombal 31
17 2 7
12,0 Yermoil - 4 2 11
10,5 Albergaria. 28 - 39 - 1 - 40
: 9,5 Cacharias 20 3 - - 5 3 5
9,0 Chão de Maçãs . . . . 19 - 24 - 1 - 25
14,0 Thomar (Paialvo).. lo - 40 - 2 - 42
4,5 Entroncamento . . . 23 4 5 - 31 4 36
: 8,0 Torres Novas 8 - 4-4 - 2 - 46
:
10,0 Matò de Miranda ; . 16 5 2 - 1 5 3
9,5 Valle de Figueira.. 18 - 21 - 1 - 22
14,0 Santarem 17 - 39 - 6 - 45
6,0 Sant'Anna. 25 6 10 - 2 6 12
7,5 Ponte do Reguengo 11 - 23 - 1 - 24
10,5 Azambuja 14 - 38 - 2 - 40
6,5 Carregado 17 - 57 - 3 7 -
4,0 Villa- Franca 14 7 14 - 2 - 16
i 4,5 Alhandra . . . . 9 - 25 - 3 - 28
Alvèrca 8 - 36 - 1 - 37
• 4,0 P o v o a . . . . i . . . . . . . 8 - 45 - 2 - 47
i 8,0 Sacavem 15 8 2 - 2 8 4
, 3,0 Olivaes 7 - 11 - 2 - 13
• 3,0 Poço do Bispo . . . . 7 - 20 - 3 - 23
; 3,5 Lisboa 7(3 - 33 - -
10b 33/ 2 h 5'
12h 38'
Çontiriuam em vigor ás mesmas ádvertehcias que acompanhavam os horarios precedentes, publicados nos Dia
í ,-
•Ministério das obras publicas, commercio e industria, 28 de julho de 1864. = Ernesto de Faria.
26 de julho 1865 m
COMBOIOS —VOLTA
N.° 25 - M i x t o
N.° 23—Mixto tírçtmsír
Correio
—
Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida
• • iii
24 - 29 2 - 31 17 7 11 2 7 13 - - - . -
28 - 59 Ih 5 6 4 20 - 33 1 - 34 - • i: •i - 1
t.>:. •
28 6 32 10 - 42 23 - 57 5 8 2 - - - , -
40 7 A2 2 7/ 24 31 oa 33 1 34 1 . " 'í
16 _ 40 - 2 - 42 12 - 46 1 - 47 ' - - • ' . >;.Mi 1
20 8 2 - 6 8 8 14 9 1 1 9 2 - - - , -
26 - 34 -
2 - 36 19 - 21 1 - 22 -
~ .1 - ,-L •
15 _ 51 - 29 9 20 12 - 34 5 - 39 -
14 9 34 - 34 10 8 10 - 49 1 _ 50 - —
I
23 10 31 -
2 _ 33 15 10 5 1 10 6 -
24 12 20 _ 2 12 22 16 11 14 I 11 15 -
40 1 2 _ aí 1 53 29 - 44 1 - 45 - - -
28 2 21 _ 6 2 27 19 12 4 5 12 9 - ; j-; |
24 _ 51 _ 2 _ 53 18 - 27 2 _ 29 -
y v •
22 3 15 _ 2 3 17 13 — 42 1 - 43 - • i.
33 _ 50 _ 50 4 40 21 1 4 20 1 24 - _ . •>•, .l l h 40'
11
20
29
4 51
0 13
_ 44
_ 2
_ 2
_ 2
_ 53
5 15
_ 46
9
15
17
_ 33
-
2 9
50
2
2
2
-
-
2 11
35
52
10'
17
22
l l h oO 1 '
12 11
— 47. • ; '2'
4''
, 12 25
-J49
24 6 10 _ 10 6 20 16 - 27 6 - 33 21 1 10 15 1 25
27 _ 47 _ 2 _ 49 23 - 56 2 - 58 30 - 55 5 2 -
14 7 3 _ 1 7 4 - _ - - 14 2 14 1 2 15
17 _ 21 3 _ 24 - 21 3 19 2 3 21 i7 . --32~. -3—,.
20 44 _ 2 _ 46 16 _ 37 2 — 39 20 - 55 3 - 58
13 _ 59 2 8 1 12 _ 51 2 — 53 14 3 12 2 3 14
9 8 10 7 - 17 8 .4 1 2 4 3 10 - 24 3 - 27
ii 28 i _ 29 8 _ 11 1 - 12 11 - 38 1 - 39
10 — 39 2 _ 41 8 _ 20 2 _ 22 10 - 49 2 •••• i- i51
18 _ 59 _ 2 9 1 13 _ 35 2 - 37 18 4 9 2 ' 4 11
7 •• 9 8 2 10 7 _ 44 2 - 46 ' 7 - 18 1 -49
8 18 _ 2 _ 20 7 _ 53 2 - 55 8 - 27 2 , - ?9
7(3 - 30 - 7(3 5 5 - 7(3 - 39 .. - ..
12t 55' 5h 20' 9b 15' ih 25' 3b59' 4-& j l
m is' 1011.50/ "IM^/""
•' V '! >
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m 1865 28 de julho
L I N H A
Serviço desde 6 de
MOVIMENTO DE
Distancias
kilometricas N.° 2 -•Mixto
De Entre
as Transito Cliegada Paragem Partida
Lisboa
estações
Manhã Manhã
4,5 Entroncamento 10b 53' 20' l l h 13'
106,3 -
MOVIMENTO DE
Distancias
kilometricas N." 1 - Mixto
Estações
De Entre
Badajoz Transito Chegada Paragem Partida
Manhã
Badajoz » - - - 9h 25'
•16,0 16,0 28' 9'» 53' 14' 10 7
Elvas.
35,5 19,5 38 - 45 2
Santa Eulalia - 47
54,0 18,5 34 11 21 2
Assumar 11 23
66,5 12,5 21 - 44 4 - 48
15,0 Portalegre
81,5 Crato 25 12 13 0 12 18
97,0 15,5 27 - 45 2
Chança - 47
117,5 20,5 35 1 22 3
Ponte de Sor - 25
134,5 17,0 39 2 4 2 2 6
11,5 Bemposta
146,0 Abrantes 21 - 27 12 - 39
151,5 5,5 - 52 3
13 - 55
162,5 11,0 Tramagal 22 3 17 O
O 3 20
170,5 8,0 Praia 24 - 44 6 - 30
174,5 4,0 Barquinha 4 -
Entroncamento 10 - -
5h 37' 58'
6h 35'
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, 28 de julho de 1865. — Ernesto de Faria.
22- de julho 1865
UE L E S T E
agosto de 1865
COMBOIOS-IDA
Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transilo Chegada Paragem' Partida
23 2 9 1 2 10 - 35 7 17 2 7 19 - 35 2 33 _ 21 2 54
12 2 22 _ 10 2 32 - 18 7 37 - 36 8 13 - 18 3 12 _ 15 3 27
25 2 57 _ 2 2 59 - 37 8 50 - 2 8 52 - 37 4 4 _ 2 4 6
45 3 44 _ 4 3 48 - 58 9 50 - 6 9 56 - 58 5 4 _ 6 5 10
50 4 38 _ 2 4 40 lh 2 10 58 - 2 11 - lh 2 6 12 2 6 14
Tarde
38 5 18 _ o 5 23 - 50. 11 50 - 31 12 21 - 50 7 4 — 2 7 28
Tarde
44 6 7 _ 4 6 11 - 46 1 7 - 8 1 15 - 46 8 14 —
12 8 26
27 6 38 _ 2 6 40 - 40 1 55 - 5 2 - - 40 9 6 - 6 9 12
34 7 14 - 2 7 16 1 - 3 - - 5 3 5 1 - 10 12 - 4 10 16
Manhã
44 8 _ _ 15 8 15 - 50 3 55 1 35 5 30 - 50 11 6 Ih 45 12 51
Manhã
35 8 50 - - - - 48 6 18 - - - 48 1 39
6h 46' 50' 9b 4 ' 3h 29' 9h 6' 3h 23'
7h 36' 12h 33' 12'' 29'
COMBOIOS—VOLTA
Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida
Tender alguns commandantes das divisões militares representado ácerca dos inconve-
nientes que resultam para o serviço militar, quando os officiaes empregados nas praças de
SPgunda classe, ou em caserneiros, são nomeados para cargos municipaes jurados ou mem-
bros do conselho de familia, e tendo outros feito subir a este ministerio diversos requeri-
mentos! de officiaes reclamando contra taes nomeações, por se julgarem d'ellas isentos;
declarasse; que os individuos em questão, quando se julguem ao abrigo da lei, devem re-
clamar ás commissões de recenseamento para os cargos "municipaes e jurados e para os
de memb.ros de conselho de familia ao respectivo juiz do inventario, Picando prohibidajjor
desnecessaria a remessa a este ministerio de requerimentos sobre as preditas reclamações.
D. de L. n.° 171, de 2 de agosto.
Sua Magestade El-Rei, tendo em consideração os trabalhos feitos pela commissão no-
meada por portaria de 3 de junho ultimo, com o fim de propor ao governo as medidas
convenientes para soccorrer os habitantes das ilhas de Cabo Verde que se achavam em
29- de julho 1865
(1) Reflexões, a que se refere a portaria d'esta data, ácerca dos melhoramentos
que convirá introduzir no archipelago de Calio Verde
No estado actual do archipelago do Cabo|Verde um dos problemas mais importantes a resolver é
achar os meios de evitar ou pelo menos de diminuir consideravelmente os males resultantes do effeito
das sêccas que occorrem com frequencia nas ilhas que o constituem.
A sua resolução não é fácil, mas é digna de ser procurada com o maior interesse e cuidado.
Numerosas são as questões a considerar para esta resolução, e de entre todas é sem duvida uma
das mais importantes aquella que se refere ás producções agricolas; não sómente eomo meio depor
algum modo proteger as ilhas contra as causas que ali originam a repetida falta de chuvas, como tam-
bem para se obterem generos alimenticios e commerciaes cuja producção não seja tão affectada pelas
sêccas.
Para,obter estes resultados convirá proceder:
1.° Á arborisação das montanhas das ditas ilhas, e para este fim á escolha das plantas indígenas ou
exóticas apropriadas e á dos meios policiaes a empregar para defender o seu crescimento e .conser-
vação ; ,
2.° A ampliação da cultura das plantas jiteis que resistem ás sêccas e que já estão introduzidas
nas ilhas, taes como a purgueira, á qual se deve dar todo o possivel desenvolvimento; a palmeira ta-
mareira, cuja cultura, sendo feita em escala conveniente, poderá ser um recurso tão util como é para
os arabes desde tempo immemorial a cultura do nopal, ou cactus cocinilifer, que póde emprehender-se
em grande, com certeza de excellente resultado, poisque a experiencia feita nos annos de 1837 a 1840
mandando o governo levar das ilhas Canarias algumas d'aqueltas plantas, bem como os insectos, teve
em resultado a producção na ilha de S. Nicolau de uma porção de cochonilha, a qual analysada em
Lisboa pelo dr. Bernardino A. Gomes, foi achada de excellente qualidade, sendo para notar que, da cul-
tura da cochonilha, principiada nas Canarias haverá trinta e cinco annos, resulta para estas ilhas.uma
exportação annual d'este insecto no valor de muitos contos de réis;
3.° Á introducção nas ilhas de especies cie plantas que, no crescimento e producção, sejam menos
affectadas pela falta de chuvas.
Algumas d'estas especies estão indicadas em uma memoria, que será presente á commissão, man-
dada imprimir pelo congresso dos E s t a i s Unidos da America em 1838 e escripta pelo dr. Perrine,
sobre a introducção de algumas de varias especies uteis de plantas tropicaes nos ditos Estados.
O doutor que, na qualidade de consul dos Estados Unidos, residiu durante alguns annos na cidade
de Campeche, no estado de Yucatan, citando Humboldt, diz que este celebre viajante era exacto quando
affirmou que a agave americana, denominada no México magney de pulque. cresce nos mais áridos ter-
renos e até nas pedreiras apenas cobertas de terra vegetal, e que nunca é affectada pelas sêccas, nem
pela saraiva, nem pelo frio excessivo que se experimenta durante o inverno nas cordilheiras do Méxi-
co; que esla planta é lima das mais uteis producções com que a natureza enriqueceu os montes este-
reis da America equinoccial, que a sua cultura tem vantagem real sobre a do milho, da. balata^.etc^;
assegurando o mesmo famoso viajante que, no anno de 1793, o imposto sobre a bebida fermentada de-
nominada pulque, que se achava arrematado, rendia pára o estado mais de 800:000 difrOs. "«
O dr. Perrine recommenda tambem como muito valiosa a agave sisalana, dè cujas' fitrras se'tirà ò
linho de Sisal, assim chamado por ser exportado pelo porto de Sisal, no Yucatan; com què sé'f^bri-
cain cordas e cabos de que se faz geral consumo. Elle aponta ainda outras plantas, ; t/qe provavel-
mente devem prosperar nas ilhas de Cabo Verde, cuja latitude é quasi a mesma que a do Bstãdo die
Yucatan. '
Uma das obras que conviria fazer n'estas ilhas seria a construcção de albufeiras, nós logares em
que a configuração dos terrenos o permittisse, a fim de que as aguas pluviaes retidas n'ellas"ém grán-
des massas podessem servir durante o estio para os gados beberem e tambem para algumas regas. Da
vantagem d'estes depositos ha exemplos no Alemtejo, onde existem algumas alhufêiras'importantes, e
ria Extremadura hespanhola, onde as ha em muito maior numero, sendo algumas de vásta exténsão e
de grande proveito quando faltam as aguas nos rios e ribeiras.
O desenvolvimento das industrias já implantadas nas mesmas ilhas e o estabelecimento de outras
que ali possam prosperar, poderia tambem contribuir para se tornarem menos sensiveis os effeitos das
:
séecas.
Ha nos mares do archipelago grande abundancia de peixe, e por conseguinte ^' io^us^ríá'dà jrâfój}
seria uma d'aquellas cujo desenvolvimento convém promover. " '•'•'"
N'este sentjdo está o governo fazendo diligencias para que no Algarve sejam coÍJ)fr'àtâ<íòsrâI£trfrs
cáhiques para irem pescar nos mares das referidas ilhas em logar de irem á costa' de Mafrh^Os^coi^o
284 1865 11 de agosto
actualmente praticam; e iguaes diligencias se estão empregando para ajustar alguns pescadores da Po-
voa de Varzim a exercerem a sua industria nos mesmos mares.
Das pescarias feitas em Cabo Verde não só se poderiam aproveitar para o consumo immediato, como
tambem para fazer grandes salgas, que sairiam muito economicas, empregando-se para este fim o sai,
que tanto abunda nas ilhas, das quaes se serviriam os povos como sustento e para exportar.
A pesca do coral, que hoje é feita por gente estrangeira, conviria torna-la industria indigena.
O concurso de navios estrangeiros a ilha de S.Vicente, e tambem á ilha de S. Thiago, e a neces-
sidade que têem de encontrar ali artistas que se occupem dos diversos generos dc trabalhos relativos
ao reparo das embarcações, dá logar a uma industria, que merece ser attendida.
Por meio do estabelecimento nas ilhas de novas industrias e pelo desenvolvimento d'aquellas que
já existem, como a fabricação de pannos de algodão e outras, se poderia proporcionar emprego a um
numero considerável cie pessoas dos dois sexos, que por este meio grangeariam a subsistência e mais
recursos independentemente das irregularidades cias estações.
São estas reflexões destinadas a chamar a attenção da commissão, sobre as differentes questões
aqui indicadas, sendo para esperar do seu zêlo que, considerando-as e discutindo-as, lhes additará ou-
tras e proporá successivamente as medidas que se lhe offereçam como mais conducentes a libertar os
habitantes das ditas ilhas dos terriveis effeitos da falta de chuvas, ou a minorar os males que d'ellas
são consequência.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, 29 de julho de 18òS.—Mumel Jorge de
Oliveira Lima.
• A G O S T O • * . -
' ' : , . - . ••..•.•• ••!'':•• -I-il. • :;!•• •
1
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO ' <
••• - •• • «(CJ/H-.V •.•
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» REPARTIÇÃO—3.» SECÇÃO .'!'
CIRCULAR •
Convindo tomar desde já algumas providencias policiaes para o caso que. a cholera
morbus invada o paiz: manda Sua Magestade El-Rei remetter ao governador civil de Lis-
boa os exemplares juntos das instrucções dadas pelo conselho de saude publica do reino,,
a fim de que o governador civil recommende ás camaras e aos administradores dós conce-
lhos a exacta observancia d'essas instrucções e de que vigie assiduamente o seu compor-
tamento, tornando effectiva a responsabilidade dos funccionarios administrativos que se
encontrarem negligentes ou descuidados em assumpto de tão transcendente importancia.
Paço, em 3 de agosto de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches (I). .
(1) Identicas se expediram a todos os governadores civis dos districtos do reino e ilhas.
286 1865 4 de agosto
Mafida áuá Màgestáde El-Rei, pela direcção geral das alfandegas tí òõiitfibtíiçSes indi-
ífecíás; què:;ós; inspectores das alfandegas observem, no exercicio do séu cafgOj áS itistrúc-
ções regulamentares approvadas por esta portaria, e-qúe da mesma faiem parte.
Páço, em 4 de agdsto de 1865.—Conde d'Avila.
XIII Dar conta ao governo do bom ou mau serviço que prestem, e possam continuar
a prestar os empregados, sem excepção de classe ou categoria, do serviço interno e externo
das alfandegas.
Art. 2.° Cumpre mais aos inspectores:
I Inspeccionar o serviço da fiscalisação relativa ao tabaco;
II Assistir, sempre que lhes seja possivel sem prejuizo do serviço aos actos dos con-
cursos, tanto de admissão como de promoção dos empregados, sem comtudo tomarem
parte alguma nas decisões dos jurys;
III Conhecer quanto esteja ao seu alcance a legislação das alfandegas das nações es-
trangeiras, e os melhoramentos efectuados n'essas nações relativamente aos diversos ser-
viços das mesmas alfandegas;
IV Estudar, o movimento commercial em todas as suas relações entre Portugal e o
reino'vizinho, com o fim de se habilitarem a propor ao governo o que tiverem por con-
veniente, tanto a bem dos interesses do estado como dos do commercio interno e externo,
e da maior commodidade dos povos raianos; .
Y: Inspeccionar o serviço da esquadrilha da fiscalisação das alfandegas; procédendo em
tudo de accordo com o que lhes fica prescripto para o mais serviço de inspecção;
VI Requisitar aos directores das alfandegas, aos chefes fiscaes, sub-chefes e fiscaes dos
districtos, e bem assim ás auctoridades administrativas, judiciaes e militares, e aos empre-
gados subordinados ao ministerio das obras publicas e do conselho de saude, publica do
reino, o auxilio e quaesquer esclarecimentos que lhes forem precisos, para cabal e re- -
guiar desempenho de seus deveres, e comprovada vantagem do serviço publico;
VII Finalmente cumpre aos inspectores:
Dirigir ao governo, finda que seja a inspecção de cada districto fiscal e secção da esqua-
drilha, ura relatorio circumstanciado de tudo quanto tiverem praticado ou houver occorrido;
Os relatorios serão coordenados por fórma tal que n'elles facilmente se distinga a ex-,
posição: do estado em que for encontrado qualquer ramo do serviço; do modo por que
ficára organisado; de qual seja o conceito formado a respeito dos empregados; e das pro-
videncias que no entender dos inspectores convenha adoptar;
VIII Preparar os elementos para a compilação de todas as leis e disposições relativas
ao serviço das alfandegas.
Art. 3.° Para o serviço da inspecção das alfandegas constituirão estas tres divisões,
pertencendo:
Á primeira divisão, os districtos fiscaes das alfandegas de Lisboa, e municipal d'esta
cidade, Olhão, Aldeia Nova, Elvas, Portalegre e Penamacor;
Á segunda divisão, os districtos fiscaes das alfandegas da Barca de Alva, Bragança, Cha-
ves, Valença, Vianna do Castello, Porto e Figueira;
Á terceira divisão, os districtos fiscaes das alfandegas de Ponta Delgada, Angra do He-
roismo, Horta é Funchal.
| unico. As alfandegas dirigidas por inspectores, bem como as respectivas delegações,
são inspeccionadas pelos proprios inspectores que as dirigirem, não havendo ordem es-
pecial do governo que incumba a outro esse serviço.
Art. 4.° A designação do inspector, que ha (le servir em cada uma das divisões é feita
pelo ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, sobre proposta da direcção geral
das alfandegas e contribuições indirectas, por fórma que um mesmo inspector não func-
cione mais de dois annos successivos n'uma mesma divisão, em inspecção ordinaria.
Art. S.° A inspecção do serviço fiscal do tabaco será exercida, a saber :
I A do serviço do primeiro e segundo districtos fiscaes, pelo inspector que funccionar
na segunda divisão;
II A do serviço do terceiro e quarto districtos, pelo inspector que funccionar na pri-
meira divisão;
^. III A do serviço nas ilhas adjacentes, pelo inspector que funccionar na terceira di-
visão. ; . . .
I unico. Ò.s districtos fiscaes do tabaco são os estabelecidos pelo aitigo 67.° do re-
gulamento de 22 de dezembro de 1864.
. Art. 6.° A correspondencia official dos inspectores das alfandegas, relativamente ao
desempenho dos deveres que lhes são impostos, e das faculdades que lhes são concedidas
por estas instrucções, será dirigida á direcção geral das alfandegas e contribuições indire-
ctas, sem prejuizo do disposto no n.° VIII do artigo 1.° d'estas instrucções.
Art. 7."' O serviço da inspecção será regulado por fórma que, alem das visitas extraor-
4 tle agosto 1865 289
dinarias, nunca deixe de ser inspeccionada, pelo menos, uma vez por anno cada uma das
alfandegas, suas delegações e mais estações fiscaes.
Paço, em 4 de agosto de 1863.=Conde d'Avila. D. do L. a.o 183j dc 17 do aí:05i0.
72
29Q 1865 9 de agosto
CIRCULAR
Sua Magestade El-Rei ha por bem determinar qqe a junta geral da provincia de Angola
consnlie sobre todas as alterações que convenha fazer na lei eleitoral, attentas as espeçíçi-
lidadps (jft ç^qyincia, para que os deputados eleitos pelos circulos da mesma província
a representem, espeçificando-se todos os objectos em que seja acertado
altear q legislação actnal, como póde ser o modo de verificar p censo, p de fazer o recen-,
seaj^nto, ^.rçultas, e ainda outros: e quer Sua Magestade que,: sobjVa mesma consulta,
seja ouvido o conselho do governo, cujo parecer deverá ser remettido á competente.'sèprè-
taria distado, na mesma occasião em que vier a consulta da junta geral, e que igualmente
infprme com ft seu parecer particular o governador geral da provincia; o'qué ò mesmo
augusto senhor manda, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, par-
ticipar, para os devidos effeitos, ao governador geral da provincia de Angola (l).
Paço, em 8 de agosto de 1863 ,=Sáda Bandeira. D. j,. n.» i89> ^ ^ d(? wl0r
RESOLUÇÃO N.° 2 8 i
Visto o recurso interposto por Frederico Peny Vidal, relativo á classificação d è bato-
ques de madeira, vindos de New Yorck em uma caixa, marca «^B/1, ptopoátos a despacho
na alfandegadeLisboa, com a denominação de madeira em obra; >; •
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o recorrente não contesta a classificação, e só pretpnde demonstrar
que os direitos são excessivos, declarando até que tentava o recurso pára provar ao seu
committente que seguira todas as instancias;
Considerando que a missão do conselho, resolvendo os recursos, consiste na applica-
ção aos factos da legislação em vigor;
Considerando que o indice remissivo da pauta comprehende na obra miúda os bato-
ques de madeira; : ,
Resolve:
Artigo unico. Os batoques de madeira sobre que versa a presente contestação foram
bem classificados na alfandega de Lisboa como madeira em obra miúda, sujeita ao diíeito
de 500 réis por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada em sessão do conselho geral das alfandegas, de 9 de
agosto de 1865, estando presentes os v o g a e s = C o n d e d'Avila, presidènte==Sa»íos ilfon-
teiro, r e l a t o r = Simas==Abreu=Nazareth==Costa==Coiiceiro.
- D. de L. ò'.H7ii éê li Sé á$èhS..
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Jorge Suche, em que
pede axoncessão provisoria da mina de chumbo de Abergan, no concelho de Tabuaço,
districto de Vizeu;
Gonsiderando que o requerente, por portaria de 27 de março ultimo, fôra declarado
descobridor legal d'esta mina;
. Considerando que o requerente provou por um documento authentico que possuia os
fundos necessarios para a lavra d'este jazigo;
Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 4 do corrente mez, em que a mesma secção julga satisfeitas todas as
disposições da lei e habilitado o requerente para a concessão provisoria da mesma mina:
-Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o citado parecer da refe-
rida secção, fazer a concessão provisoria da mina de chumbo de Abergan, no concelho de
Tabuaço, districto de Vizeu, a Jorge Suche, ficando obrigado, em virtude da presente con-
cessão, a satisfazer no praso de seis mezes, contados da data da publicação d'este titulo
na folha official, a todos os preceitos consignados na lei e regulamentos em vigor, ficando
outrosim na intelligencia de que o campo da demarcação d'esta mina é o mesmo e limi-
tado do mesmo modo por que foi declarado na portaria dos direitos de descoberta.
O que, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, assim se lhe com-
munica para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 10 de agosto de 1865.—Carlos Bento da Silva.—Para Jorge Suche.
D. do L. n.° 184, de 18 de agosto.
Havendo chegado a este ministerio repetidas reclamações contra o modo por que são
feitas as matriculas das tripulações dos navios que seguem dos portos do reino para os do
Brazil, originando amiudadas contestações entre os agentes consulares e os capitães e equi-
pagens dos navios do commercio; e
; Considerando que provém d'ahi factos, cujas deploráveis consequências cumpre ata-
lhar, removendo a causa;
- Considerando que é origem de taes factos a phrase geralmente adoptada nas matriculas
segue viagem para. ..ede lá para onde convier, ou es t'outra analoga segue viagem para...
e de lá para onde lhe convier voltando depois a Lisboa;
Considerando que taes declarações constituem quanto á equipagem um contrato, e que
a auctoridade só tem por dever, n'estes casos, impedir os equívocos e sophismas, esclare-
cendo os menos instruidos ácerca do alcance lalitudinario que póde dar-se ás obrigações
a que elles se sujeitam, por isso que, se tal annuencia provém de verdadeira ignorancia
-no modo de interpretar a referida declaração, vicia na essencia o contrato em que interveiu:
Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ul-
tramar, conformando-se com parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da
corôa junto a este ministerio, que os intendentes de marinha dos diffentes departamentos
tomem as providencias necessarias para que, nas matriculas dos navios que se destinam
aos portos do Brazil, se declare^ sempre que for possivel, especificadamente, quaes os
portos aonde o navio tem de tocar, e não podendo ser assim, que se diga segue viagem
para... e de lá para outro (ou outros) portos do mesmo império, ou segue viagem para...
v dè lá para outros portos da America, ou finalmente, conforme as variadas circumstan-
cias que se podem dar, se empreguem termos claros e os mais apropriados, declarando-se
a obrigação do regresso ao porto de saída, e esclarecendo sempre os tripulantes de qual
póde ser o mais lato sentido das palavras empregadas.
Ordenando outrosim o mesmo augusto senhor que, quando por exigencia de uma parte
e annuencia de outra, houver de se inscrever a formula segue viagem para. ..ede lá para
11 de agosto 1865 293
onde convier, se instruam então os tripulantes, de modo não possam allegar ignorancia,
de que por tal fórma é licito ao armador exigir que do primitivo porto do destino con-
tinuem a servir no navio em viagem para qualquer ponto da terra, como melhor convier
ao mesmo armador.
Paço, em 11 de agosto de 1 8 6 3 . = Sá da Bandeira. d. do l . n.° iso, do u do agosto.
Tendo a companhia real dos caminhos de ferro portuguezes feito subir á presença de
Sua Magestade El-Rei uma proposta de reducção nas tarifas dos caminhos de ferro de leste
e norte, para o transporte de passageiros em carruagens de terceira classe e de certos ge-
neros de recovagem com destino a Lisboa pelos comboios de grande velocidade;
Gonsiderando que os preços propostos, comparados com os das tabellas em vigor, dão
em resultado uma differença importante para menos;
Considerando que, sendo esta reducção acompanhada de um pequeno augmento no mí-
nimo de percepção estabelecido pelo artigo 92.° do decreto de 11 de novembro de 1860,
este augmento de 80 a 100 réis por cada peso'de zero até 40 kilogrammas apenas poderá
prejudicar os expedidores das tres ou quatro estações proximas a Lisboa;
Considerando que a reducção de que se trata, sendo feita em beneficio do publico em
geral, deve ser facultativa, ficando em todo o caso aos expedidores o direito de pagar pela
nova tabella especial, ou pela antiga e ordinaria, como lhes convier;
Considerando que o governo deve favorecer e ajudar todos as tentativas de diminuição
nos preços dos transportes, sempre que d'ahi possam resultar vantagens e não prejúizòs
para o publico, para as companhias e para o proprio governo:
Ha o mesmo augusto senhor por bem, conformando-se com a informação do respectivo
engenheiro fiscal e ouvido o ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria, approvar a reducção proposta para os passageiros
e mercadorias, conforme a tabella que baixa com esta portaria e d'ella faz parte.
O que se communica pelo referido ministerio ao engenheiro chefe da l . à divisão fiscal
de exploração de caminhos de ferro para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 11 de agosto de 1865. — Carlos Bento da Silva. —Para o engenheiro chefe
da l . a divisão fiscaPde exploração de caminhos de ferro.
73
294 1865 11 de seetmbro
Poçojdo Bispo...
Olivaes.... . . ..... 7,00
Sacarem..'.. 9,00
Povoa 12,00
Alverca 14,00
Alhandra 16,00
Villa Franca 18,00
Carrçg^f wm
Azambuja....... 25,W
Reguengo 29,00
Sant'Anna 31,00
Santarem 38,00
Valle de Figueira. 42,00
Mato de Miranda. - 43,00
Torres ^Novás.... i 43,00
Entrònéameato... 47,00
Paialy.o.....•.. 32,00.
Chão de Maçãs-... 56,00
Cacharias........ 60,00
Alijergstrià/.....: 64,00
Vermoil 69,00
... ..... 72,00
Sourp. 7o,0(j
Formdselha'.... 7S,00
TSíéiWi.íV^lii.'» T-:> 78,00
Coimbra 80,00
Souze^la. f..:. 83,00
Mealhada.,... ...... '87,00
Mogòfoirès.'....... ôó,od
Oliveira de Barros.. 93,00
Aveiro j ..... 100,00
Estarreja. 103,00
Ovar 109,00
Esmoriz 113,00
Granja. . i w i i . . . : 116,>dó
Valladarez.->..:v.; 119,00
Villa Nova de .Gaia. 121,00
Barquinha........,. 48,00
Çraia. 32,00
Tíattíágaí..; . .. 36,00
Abrantes 58,00
Bemposta.. , 1 63,00
Pòriíe dè Sor. 70,00'
Chança 78,00
Crato 79,00
Portalegre 79,00
Assumar 83,00
Santa Eulalia 90,00
Elvas 97,00
Badajoz 103,09
a i
Minimum de percepção—100 réis.
' Os expositores dos generos acima mencionados que desejem desfructar d'èstá reduc-
ção terão dè apresentar as suas mercadorias nas estações expedidoras tres horas antes' (fá
partida dos comboios.
Os preços de transporte da estação*do caes dos Soldados á estação central da rua dos
Fanqueirò.s'j5ão,os seguintes:
Cdnast¥a!oólh creação pbr cada 10 kilogrammas . 1 , . . . . . . 1 . . . . . . — . . . . . â f t i f ê i s P
Fôr ç ^ l O - I d f ó ^ a m t í f á á . . . . . . . . . . . . . : . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ÍÒ í>;
MmàiMâcpereépção v............. : . . . . . . . . . ' ' . ' l : . f '
Por cada canastra vasia desde a estação central da rua dos Fanqueiros á estação do > v
caè»'ciò's'SòFdaàos . . . . • ' . : : . ' • ; . . . . . . . . . r J v . : / IO' »
" ^ W á c h t j s - pefe a l f á n ^ g á ; ntónicipaí sêhãò-feitbt í cfiègâdW d'ej tõdtò cÔtòBbíoá;-
Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o requerimento em que o maritimo da ci-
dade de Aveiro, Manuel dos Santos Salgado, pede isenção do serviço da armada;
Considerando que da informação, dada pela competente auctoridade maritima, consta
que o requerente pretende seguir a carreira de official da marinha mercante e trata de
adquirir as habilitações necessarias para esse fim;
Considerando que o artigo 36.° do regulamento de 25 de agosto de 1859, fazendo re-
cair o sorteamento maritimo tão sómente nos individuos das classes de marinheiros e grií-
mètes, exclue consequentemente os officiaes da marinha mercante:
Ha por bem, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador
geral da corôa j u n t o s este ministerio, determinar que o referido Manuel dos Santos Sal-
gado seja isento do serviço da armada.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, se participa ao con-
selheiro chefe do departamento do norte para seu conhecimento e devidos effeitos.
1
Paço, èm 14 de agosto de 1 8 6 5 . = S á da Bandeira, ' D. d8 l. n.° i83, dc n do agosto.
14 de agosto 1865 297
Convindo remover duvidas que têem sido suscitadas por algumas alfandegas, acercado
modo como depois da publicação do regulamento de 22 de dezembro dè i 8 6 4 deva ser
permittida a reexportação de tabacos; ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se
com o parecer do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições indirectas, or-
denar o seguinte:
A reexportação de tabacos para paizes estrangeiros sómente póde ser concedida'pelas
alfandegas de Lisboa, do Porto, do Funchal, da Horta, de Angra e de í»ontá pelgàdá, me-
diante as seguintes condições: ' . •
1. a Que a reexportação seja efectuada em navios de lotação não inferior a 120 metros
!
cúbicos. • •
a
2. Que os reexportadores fiquem obrigados a exhibir na alfandega èjn que èífectua-
rem o despacho e dentro de prasos que serão fixados no máximo, segundo a tabella C,
que faz parte da pauta geral das alfandegas, a competente certidão passada pela alfandega
do porto onde se realisar o desembarque, sendo authenticada pôlo agente consular por-
tuguez, na sua falta pelo agente consular de alguma nação amiga, e na falta d'elle pela au-
ctoridade local.
3. a Que no caso de não ser apresentada a indicada certidão, ficarão os reexportadores
sujeitos ao pagamento de uma multa igual á importancia dos direitos e mais imposições
que deviam ser pagos se a quantidade de tabaco reexportado tivesse sido despachada por
entrada.
Quanto á exportação e reexportação de tabacos para as ilhas adjacentes, observar-
se-ha o que se acha estabelecido para as das outras mercadorias, por isso que os docu-
mentos officiaes, em virtude dos quaes se effectuam aquellas operações, offerecem s u f i -
ciente garantia á fiscalisação.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se Gómmunicará
a quem conveniente for.
Paço, em 1 4 de agosto de 1 8 6 5 . = C o n d e $ Avila. D. de L. n.° m, de I S de acosto.
CIRCULAR
édflSillerâhdo qUe; poh décfeío com força de lei d e 2$ dè' agosto de 18S8j foi estabe-
lecido nas provincias ultramarinas um imposto sobre cada escravo valido;
Considerando quê a c o b r a h ç á d ^ s t e impbsfo; apèáar dá sua nMicidade, comparado
com o que se paga no Brazil, tem-sido muito descurada ena algumas provincias, resultando
a s s i ç i ^ ^ i i t e E a ^ d ^ l f a e . n o s ; r e n d i m e i n t p g . p u b l i c o s ^ . ; ,.;„...• •,
... .(iOnsideKando que o citado decreto teve em vista a, necessidade de occorrer ás .despezas
dimeferidas; provincias, com.os seus proprios recursos,; e que. pão é. justo qjue a mejtròpole
preste ãubsidiosráquellas ondeios tributos se, não exigem ou se não satisfazem; ., j,
• h Considerando que a indemnisação a que têem direito, èm virtude do artigo.,iâ.°dd.,dè-
ereío com, força de;lei de 29 de abíil de; 1858, as.pessoas que possuírem escravos no dja
em que-ficaír abolido o estado, de escravidão, só poderá;ser .abonada áquelles senhores dè
escravosqrie os tiverem registado na conformidade do décretOide 14 de dezemliro.de 4,
ei qne, justificarem que os- ppssuem legitimamente;, e em conformidade dás 'disposições.
d'este mesmo decreto;, e,que.portanto são os mesmos senhores,de escravos os mais inte-
ressados :em> pagar regularmente o, mencionado imposto, ,a fim de cobrarem pi* respectivos
recibosíqileídcomo. documento de posse, podêrão apresentar .nas estações çpmpe.tèntés : '
- iwMaada Sua Magestade,El : Rei, pela secretaria dtestadç) dos ijego.cios d^ màr^tijifi e lil-
i; Bar decreto de 16 do corrente mez de agosto foi creada uma cadeiràíde ensinoprin
naaijio paifa o sexo masculino na freguezia de Assafarge, concelho e disfrictede Coimbra*;
com Q.subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva. Esta. cadteira[nãoíseiiá-
provida emquanto não tiver sido satisfeito o referido subsidio, na conformidade dátíirítolar
de.'22ide dezembro de 1859 (Diario de Lisboa n.° 47). 0. a^Un.»-^, á^swagésW.
" >\ •. • ; • .•••:•••. . - •• ••• • •;•• v • i-i.iítij.'' > <
Tendo a experiencia demonstrado que algumas das disposições dos decretos regula-
mentares de 27 de setembro de 1854, 21 de abril de 1858 e 14 "de maio de 1862 carecem
de ser reformadas, para se evitarem os inconvenientes resultantes da deficiencia dos meios
ali estabelecidos para a justa apreciação e escolha dos concorrentes;
Considerando que o tirocínio de dois annos depois da primeira nomeação, exigido pela
lei n'algumas das escolas superiores, é indispensavel que se torne effectivo em todas; por-
que fôra prejudicial ao progresso e aperfeiçoamento do ensino scientifico confiar só das
provas dè um concurso o futuro de uma carreira, onde os membros d'ella tem garantida
a perpetuidade dos logares; e
Conformando-me com o parecer do conselho geral de instrucção publica:
Hei por bem decretar o regulamento, que baixa assignado pelo ministro e secretario •
d'estado dos negocios cio reino, para os concursos aos logares do magisterio de instruc-
ção superior, dependentes do ministerio do reino.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço da Ajuda, em 22 de agosto de 1 8 6 5 . = R E i . = , / e < t o Gomes da Silva
Sanches.
ou suspensão previstas pelo artigo 181.° do decreto com sancção legislativa de 20 de se-
tembro de 1844, segundo a gravidade do caso.
§ unico. As multas não podem exceder a quantia fixada pelo artigo 489.° do codigo
penal. >
Art- 5.° Se durante os actos do concurso faltar um numero tal de vogaes effectivos,
que não bastem os supplentes para preencher os dois terços exigidos pelo artigo 3.° d este
regulamento, póde o jury continuar a funccionar, comtantoque seja presente a todos esses
ãfilos!até á sua conclusão a maioria absoluta dos vogaes com que ò jury sé constituirá eri-
trando n'este numero metade e mais um dos lentes da faculdade, escolas e academia,' em
que se verificar o concurso.
Art. 6.° São consideradas analogas para os effeitos dos §§ 1.°, 2.°, 4.° e 5.° do ar-
tigo 3.°:
I Na universidade de Coimbra as faculdades de theologia e direito, preferindo para a
primeira qs, lentes proprietarios e substitutos das cadeiras de direito natural e direito ec-
clesiastico, e para a segunda os de historia ecclesiastica e theologia moral; ha faculdade
de meHicina as escolas medico-cirurgicas; nas de mathematica e de philosophia as çpr-
respondentes cadeiras da escola polytechnica;
II Na escola polytechnica a faculdade de mathematica da universidade para as cadei-
ras d.'esta,$sciplina e a faculdade de philosophia para as de sciencias physicq-chimicas e
histórictííháturaes e a faculdade de direito o u 3 . a classe da academia real das sciencias para
a cadeira de economia politica;
III Nas escolas medico-cirurgicas de Lisboa e Porto a faculdade de medicina da uni-
versidade é as duas escolas entre si;
i y No Curso superior de letras a 2. a classe da academia real das sciencias, de.'Lisboa';
^ Na academia polytechnica do Porto para a secção de mathematica a faculdade (le
mathematica da universidade e os lentes proprietarios e substitutos das correspondentes
cadeiras da escola polytechnica; para a de philosophia a faculdade de philosophia da uni-
versidade e'os lentes proprietarios e substitutos das cadeiras correspondentes da escola-
polytfichnica, para a de commercio a faculdade de direito da universidade.
Art. 7." O reitor da universidade de Coimbra e os directores dos outros estabeleci-
mentos scientificos são os presidentes do jury do concurso; e tem voto sendo lentes effecti-
vos ou jubilados da faculdade, escolas ou academia, a quem pertencer o logar que se ha
dè prover, e u'este caso conta-se o presidente para a constituição do jury.
§ unico. O presidente do jury tem voto de qualidade se na votação de que trata o a r r
tigo 5.° se der empate.
' Art. 8." Os candidatos, que pretenderem ser admittidos ao concurso, apresentam den-
tro do práso fixado no programma os seus requerimentos na secretaria da universidade
de CqÍDBpra, escolas e academias em que tiver de provar-se o logar vago.
•' ' ' " l i.® Estes requerimentos são instruidos com os seguintes documentos;
I Attestados de bom procedimento moral civil e religioso; certidão de facultativo de
naò padecer molestia contagiosa; e documento de haver satisfeito á lei do recrutamento
(carta de lei de 27 de julho de 1855, artigo 54.°, e portaria de 9 de julho de lSsu) ;
II Carta de doutor e certidão das informações de bacharel formado e de licenciado ou
doutor pela universidade de Coimbra, para a admissão ao concurso nas faculdades acadé-
micas;
III Carta de doutor, licenciado ou bacharel formado pela universidade de Coimbra,
ou carta do curso completo das escolas medico-cirurgicas de Lisboa ou Porto ou de dou-
tor em medicina pelas faculdades estrangeiras, habilitado nos termos do artigo 2.° da carta
de lei de 24 de abril de 1861', para a admissão ás. escolas medico-cirurgicas ;
IV Diploma de um curso completo de instrucção superior, em que sé comprehenda a
frequencia e exame das disciplinas que constituem as cadeiras ou secção a que- os candi-
datos se propõem, para admissão ao concurso na escola polytechnica, no curso superior
de letras e na academia polytechnica;
V Diploma de um curso completo de instrucção superior nos termos do n.° lV, pu de
úm (^ufsp àas academias de bellas artes, pu do ensino do 2.° grau dos institutos indus-
triaes! em que se comprehenda a frequencia è exame de dèsenho, geometria descriptiva
e physica para a admissão ao concurso das cadeiras de desenho na universidade dè. Cóinl-
l»ra, na escpla e na academia polytechnica.
' ' 12.'° Ós candidatos podèm juntar aos seus requerimentos todos os mais documenttís
que comprovem o seu merecimento scientifico, ou os serviços feitos ás letra^.
14 de agosto 1865 303
Art.. 9.° Findo o praso do concurso, o reitor da universidade e os directores dos ou-
tros estabelecimentos scientificos convocam os conselhos academicos e escolares para se
constituir o jury do concurso, nos termos do arligo 3.°, e lhe serem presentes os requeri-
mentos documentados de todos os candidatos.
1 1 N a mesma ou na immediata sessão procede o jury ao exame dos documentos dos
candidatos e vota a respeito de cada um sobre o seguinte quesito:
Está o candidato habilitado pelos seus documentos para ser admittido ao concurso?
§ 2.° O resultado d'esta votação é lançado em livro especial pelo secretario da univer-
sidade, escolas e academia, que assiste a todas as votações do concurso e lavra as actas
das sessões do jury, que são assignadas por todos os vogaes presentes.
§ 3.° Para ser admittido ás provas do concurso é necessário que o candidato reúna a
maioria absoluta do numero dos votantes.
§ 4.° Nos requerimentos dos candidatos lança-se o despacho formulado n'e.ále$ ter-
m o s — habilitado ou escusado.
Art. 10.° Na mesma sessão em que se procede a esta votação, ou em outra imme-
diata, o jury designa os dias em que devem ser dadas as provas do concurso, a ordem que
n'ellàâ se ha d è seguir e as mais disposições regulamentares que for necessário adoptar.
§ unico. O presidente do jury faz logo affixar, na porta da sala destinada para os actos
do concurso e n'um jornal da localidade, um edital contendo aquellas resoluções, e òs no-
mes dos membros do jury effectivos e supplentes e dos candidatos admittidos. Uma copia
authentica d'este edital é enviada á direcção geral de instrucção publica para seu conhe-
cimento e para se publicar na folha official do governo.
•Art. H . ° As provas do concurso consistem:
I Em duas lições de uma hora cada uma sobre pontos tirados á sorte quarenta e oito
hohas antes;
II N'uma dissertação impressa sobre materia escolhida livremente pelos .candidatos
de entre as questões mais importantes das sciencias, que fazem parte das faculdades, sec-
ções ou cadeiras que elles se. propõem professar;
• - III'Em Interrogações sobre o objecto dos pontos das lições e da dissertação;
IV Ém trabalhos práticos. ^
i;i:;
''Àrtv'12. 0 As lições do concurso versam sobre os seguintes objectos tirados á sorte:
I Universidade de Coimbra:
. FACULDADE'DE THEOLOGIA
1.» LIÇÃO ;.
2.» LIÇÃO
FACULDADE DE MEDICINA • • i
FACULDADE DE MATHEMATICA
1
FACULDADE DE PHILOSOPHIA ' '
, 1." LIÇÃO
SECÇÃO CIRURGICA
l . 1 LIÇÃO
Anatomia—Operações cirúrgicas—Obstétrica. .
2.» LIÇÃO
1." LIÇÃO
8.» LIÇÃO
Pathologia e therapeutica internas.
Medicina legal e hygiene publica.
IV Curso superior de letras:
As lições de que consta o concurso para cada uma das cadeiras d'este cursò Saó à's se-
guintes: '.I. l: l<
Para a d . a e 5. a cadeiras, uma em historia patria e universal, outra em historia univer-
sal philosophica ;
Para a 2. a e 3. a cadeiras uma em litteratura grega e latina e suas origens, outra sobt-e
litteratura moderna da Europa e especialmente a litteratura portugueza;
14 de agosto 1865 305
SECÇÃO DE MATHEMATICA
SECÇÃO DE PHILOSOPHIA
. . SECÇÃO DE COMMERCIO
tos as interrogações que julgarem necessarias sobre a execução do processo que for obje-
cto d'essas provas.
| unico. As provas praticas são as mesmas para todos os candidatos, e feitas nos mes-
mos dias.
Art. 18.° Todo o candidato que faltar a tirar ponto, ou a alguma das provas no dia e
hora marcada, sem ter prevenido o presidente do jury, perde o direito ao concurso a que
tiver sido admittido.
Art. 19.° Se o candidato, antes de tirar ponto ou de principiar alguma das provas do
concurso, prevenir o presidente do jury do motivo justificado que o inhibe de. cojmparecer,
o mesmo presidente convoca logo o jury, que verificado que o impedimento .é.iegitirpp,
póde espaçar até quinze dias o concurso do candidato impedido, continuando sem inter-
rupção as provas dos outros concorrentes.
§ unico. O candidato que, por justificado motivo, faltar á lição para que houver tirado
ponto, ó obrigado, quando seja admittido a nova lição, a tirar outro ponto.
'Art. Se por alguma causa extraordinaria os actos do concurso forem interrompi-,
dos, as provas já dadas não se repetem. .
Art. 2 l . ° Concluídas as provas de todos os candidatos, na conformidade d'este regu-
lamento, procede o jury em acto continuo na sala das sessões do conselho academico e es-
colar, ao julgamento dos concorrentes. , . / . " '
§ unico. A esta sessão assistem todos os membros do j u r y ; mas somente votam os
lentes da faculdade, escolas e academia, onde se verificou o concurso e os supplentes que
funccionaram em logar dos effectivos. .
Art. 22.° Havendo um só candidato, procede-se à votação sobre o moritp litterario
para a admissão ao magisterio" por espheras brancas e pretas em duas urnas, n uma das
quaes se lançam as espheras que exprimem o juizo da votação e n'outra as que ficam iri-
uti|isadas.
| unico. O candidato que n'esta votação não obtiver a maioria absoluta de espheras
brancas fica excluído d'este concurso. . ., '.
Art. 23.° Havendo mais de um candidato procede-se a segunda votação, pára estabe-
lecer a preferencia de um concorrente sobre todos os outros.
Art. 24.° Para se verificar a preferencia entre os diversos candidatos vota-se em es-
crutínio secreto sobre todos, em tantas urnas quantos são os candidatos, tendo cada uma
o nome de um d'elles.
| 1.° Para este fim antes de se proceder ao escrutínio são distribuídas a cada um dos
membros do jury tantas espheras quantos candidatos, sendo uma só branca para cxprii.nir
a preferencia e pretas todas as mais. O mesmo se observa nos escrutínios de que traiam
os l i 3.° é 4.° d'este artigo.
1 2 . ° O candidato que obtém a maioria absoluta de espheras brancas é classificado em
primeiro logar.
| 8.° Se nenhum candidato obtém no primeiro escrutínio .maioria absoluta de votos,
procede-se em acto continuo a segundo escrutínio, do qual se exclue o candidato menos vo-
tado no primeiro.
1 4.° Se ainda n'este caso nenhum concorrente tiver maioria absoluta, prOcede-sé suc-
cessivamente a tantos escrutínios quantos sejam necessarios, excluindo sempre de Cada
um o menos votado dos candidatos até que a ultima votação se verifique entre dois con-
correntes unicamente.
§ 5.° Se houver empate entre mais de dois candidatos o jury procede áo exame com-
parativo dos documentos de todos elles; e vota sobre cada um por espheras em urnas se-
paradas. O éscrutinio abre-se só depois de feita a votação sobre todos os candidatos,. Fica
excluído o que obtiver menor numero de espheras brancas.
| 6.° Se ainda n'esta votação se der empate, prefere para entrar nos escrutínios, de
que tratam Òs §§ 3.° e 4.°, o candidato que for mais velho.
Art. 25.° Quando na mesma faculdade, escola e academia houver mais de um logar
para prover, e forem mais de um os concorrentes repetem-se as votações, de que trata o
artigo 24." tantas vezes quantas o numero d'esses logares,, começando sempre pelos de
maior categoria.
Art. 26.° Em todas estas votações servem de escrutinadores os dois membros mais an-
tigos do jury.
§ 1.° No livro dos concursos, o secretario consigna o resultado dos diversos escrutínios,
declarando Os votos que obteve cada candidato.
14 de agosto 1865 307
i 2.° No mesmo livro se lançam na sua integra as deliberações do jury e se faz men-
ção dos protestos e reclamações dos vogaes do jury e dos candidatos sobre a validade dos
actos do concurso.
Art. 27." Concluídas as funcções do jury, o presidente faz um relatorio circumstan-
ciado sobre lodo o processo do concurso c merito mora! e litterario dos candidatos,- tendo
em vista as suas habilitações moraes e scientificas e as provas dadas perante o mesmo ju-
ry, e acompanha esta informação official com as copias aulhenticas dos programmas do con-
curso e das actas dè todas as sessões e conferencias do jury, com exemplares em duplicado
das dissertações impressas e mais provas escriptas dos candidatos e com todos os docu-
mentos com que elles tiverem instruído os seus requerimentos. ''
I unico. O processo assim preparado é remettido pelo presidente do jury ao ministe-
rio do reino, pela direcção geral de instrucção publica.
Art. 28.° O governo, ouvido o conselho geral de instrucção publica, approva O processo
do Concurso; ou, sob proposta do mesmo conselho, manda abrir novo concurso sempre
que se verificar que as formulas legaes não foram observadas, ou que o resultado do jul-
gamento do jury está em manifesto desaccordo com as provas escriptas e com os docu-
memtos e habilitações dos candidatos.
| unico. Quando houver mais de unia vncatura n uma faculdade, escola e academia, e
para todas se tiver aberto o mesmo concurso, a renovação d'este acto póde verificar-se
sómente com relação aos ultimos logares, se parecer que a" votação fôra em tudo justa e
regular quanto aos primeiros.
Art. 29.° A primeira nomeação de cada candidato não lhe dá direito de accesso senão
nos lermos do artigo 4.° §§ 1.° e 3." da lei de 19 de agosto de 1853 e artigo 1.° § unico
da lei de 12 de junho de 1855.
§ 1.° Durante o praso de dois annos, estabelecido pelo § 3.° da lei dè 19 do agosto de
1853, os substitutos e demonstradores, que não tiverem serviço de regencia de cadeira
correspondente a um anno lectivo por vacatura ou impedimento dos proprietarios das ca-
deiras a que estiverem adstricíos, são obrigados a ler um curso ordinario ou extraordina-
rio cómó prova de habilitação.
i 2.° Este serviço é regulado pelos conselhos academicos e escolares e póde ser des-
empenhado n'um anno só ou no decurso do tirocínio estabelecido no § antecedente:
| 3.° D'estes cursos ordinarios ou extraordinarios são os substitutos e demonstrado-
res obrigados a apresentar dentro de cada anno lectivo ao conselho da faculdade, escola e
academia um relatorio em que mencionem as materias professadas a ordem e methodo
seguido.
. Art; 30.° Os candidatos ao magisterio podem dar de suspeitos os vogaes dosjurys dos
concursos e dos conselhos academicos e escolares, quando haja fundamento legal. .
§ unico. Um regulamento especial fixa os casos em que as suspeições podem ter lo-
gar e o processo que se ha de seguir.
Art. 31.° Continua em observancia na escola polytechnica o disposto no artigo 82.°
do decreto de I I de janeiro de 1837, em conformidade com os § | 1.° 2.° e 3.° do ar-
tigo 29.° d'este regulamento. .,
Art. 32.° Ficam revogadas todas as disposições dos anteriores regulamentos, sobre
concursos, que não fazem parte do presente decreto.
Secretaria d'estado dos negocios do reino, em 22 de agosto de 1865. =Julio Gomes,,
da Silva Sanches. D. dc L; n.° Í92, de 38,de agosto.
Art. 2.° Os facultativos veterinarios são membros natos das commissões de remonta.
N'esta conformidade cumpre-lhes examinar com a maior minuciosidade os animaes apre-
sentados ás mesmas commissões e declarar se elles têem as condições necessarias para o
serviço a que são destinados, dando o seu voto sobre o valor dos que houverem de ser
comprados.
Art. 3.° Cada veterinario arregimentado terá sob sua responsabilidade um livro, es-
cripturado na conformidade do modelo n.° 1, no qual lançará a historia dos animaes com-
prados e alistados nos corpos e as mais indicações no mesmo modelo estabelecidas.
§ unico. O commandante respectivo proporcionará todos os precisos meios para levar
a effeito esta disposição.
Hygiene hippica
Art. 4.° Os veterinarios militares terão como dever principal do seu cargo indicar as
regras da hygiene hippica, promover a sua immediata execução e fiscalisa-la, observando
as regras seguintes:
1 . a Prescrever o regimen alimentar que for mais conveniente aos animaes, segundo as
exigencias da sua idade e organisação e dos serviços em que forem empregados; tendo em
consideração as quadras do anno e mais circumstancias que devam influir na alteração do
dito regimen.
2. a Promover o alojamento dos animaes em cavallariças salubres e apropriadas ao nu-
mero e corpulência d'elles.
3. a Diligenciar que sejam tratados e ensinados com docilidade, convenientemente lim-
pos e que não usem de arreios que lhes entorpeçam os movimentos ou os possam ferir.
4. a Propor ao commandante o horário das rações de grão e datas de agua em harmo-
nia com as necessidades do serviço e os preceitos da hygiene.
Inspecções de forragens
Art. 5.° Os veterinarios militares são obrigados a inspeccionar com muita attenção
todos os alimentos destinados a arraçoamenlo dos animaes dos respectivos corpos, e n'esta
conformidade cumpre-lhes:
1.° Indicar a qualidade das forragens que devem ser arrematadas, prescrevendo a
este respeito as condições dos contratos e vigiando se essas condições se cumprem no acto
em que os fornecedores entregam os generos arrematados.
2.° Revistar os armazens onde as forragens são guardadas, investigando se esses de-
positos satisfazem ás condições da sua conservação e propondo o modo de se remover qual-
quer inconveniente.
11 de agosto 1865 309
Regimen de verde
Art. 6.° Na epocha própria os veterinarios prescreverão o regimen de verde aos ani-
maes que estiverem nas circumstancias de serem a elle submettidos, conformãndo-se com
as seguintes regras:
1 1 . ° Quando o verde for dado nos quarteis permanentes, os veterinarios observarão
as disposições relativas ás inspecções de forragens, designadas no artigo
§ 2.° Se os animaes forem comer o verde nas cavallariças dos fornecedores ou n'outra
qualquer localidade fóra do quartel permanente, os veterinarios irão préviamente inspec-
cionar os alojamentos e forragens destinados aos animaes, dando parte por escripto aos.
respectivos commandantes do resultado dos exames a que procederam e que servirão dè
base á decisão que se tomar. ; . , . ...
Art. 7.° Logoque começar o regimen de verde, os veterinarios farão inspecções amiu-
dadas aos animaes, para verificar o estado d'elles e prescrever as alterações que as cir-
cumstancias demandarem.
Art. 8.° Terminado que seja o regimen de verde os veterinarios dirigirão árepartição
de saude do exercito relatorios circumstanciados sobre os effeitos geraes do regimen, for-
ragens que n'elle se incluíram, condições geologicas e climatológicas da localidade, assim
como os resultados do dito regimen nas differentes raças e idades dos animaes.
, . Art. 9.° Á hora determinada pelas conveniências do serviço haverá todos os dias exame
dos animaes que tiverem adoecido, para terem baixa á enfermaria ou serem considerados
convalescentes, conforme as circumstancias.
Art. 10.° Em continuação á parada semanal de cavallos ou muares, passada pelo res-
pectivo commandante, os facultativos veterinarios inspeccionarão todos os cavallos ou mua-
res presentes na parada.
1 1 . ° Para os effeitos de que trata este artigo os veterinarios examinarão attentamente
cada um dos animaes, e por essa occasião serão apontados os que estiverem incapazes do
serviço activo, e cujas circumstancias não podérem ter sido apreciada? em algumas das
visitas ordinarias.
§ 2.° Os animaes poderão ser julgados incapazes do serviço activo por dois motivos:
í.° Por estarem magros e enfraquecidos, e n'este caso serão retirados do serviço activo
até se restabelecerem;
2.° Por achaques, defeitos e velhice, e então serão apontados para serem, vendidos.
| 3.° N'esla mesma occasião poderão ser apreciadas as condições de doença que de-
mande a baixa dos animaes á enfermaria para tratamento.
§ 4.° Do resultado das inspecções semanaes os veterinarios lançarão as cqmpètentes
notas n'um caderno especial, para informarem no relatorio mensal a repartição de saude
do exercito. . '
Policia sanitaria
Art. 11.° Os facultativos veterinarios militares são os fiscaes technicos da saude hip-
pica dos respectivos regimentos, cumprindo-lhes portanto empregar todos os meios ao seu
alcance para que as molestias se não aggravem nos animaes que as soffrerem, ou. se não
communiquem por falta de observancia dos preceitos estabelecidos com esse intuito pela
sciencia. . , ^ ..
Art. 12.° Para os fins de que trata o artigo antecedente, e com base para a observan-
cia da prophylaxia, os veterinarios militares capitularão as doenças dos animaes em: cw-
raveis, contagiosas e inficiosas. . , ,\ '
..:§ l.° Ácerca das molestias curáveis tomarão as devidas cautelas para que se não ag-
gravem ou recrudesçam, diligenciando collocar os animaes em enfermarias que tenham, to-
das as condições para o bom êxito do tratamento e que alem d'isso disponham dè um com-
partimento proprio para os tratadores.
73
310 1865 11 de agosto
Art'.' ii! 6 , O péssòál dd serviço clínico veterinario cotnpõe-se dos veterinarios, dos fer^
radores, e aprendizes do mesmo officio. ' '
"Aríi ÍÈ da exclusiva competencia dós veterinarios dirigir o tratamento dos ani-
máés1 dóelhtés, na cónfdrmidáde das disposições «Teste regulamento.
| 1.°- Os ferradores e aprendizes são subordinados aos veterinarios pâí"a Os auxiliar no
serviçò clinifeo como enfermeiros sendo por esse facto isentos de qiialquer outro quelhes
posàa còihpètir.
J 2.° Os soldados a quem pertencerem os animaes que passarem ás enfermarias ficãhi
sob as ordens dos veterinarios, para coadjuvarem os enfermeiros no tratamento.
"Art. 16.° A entrada dos animaes nas enfermarias será feita mediante uma bãjxá, con-
forme o modelo n.° 2, e do mesmo modo para a saída haverá a alta, conforme o rííodélo
n.° 3.
Art. 17.° Existirá nas enfermarias um livro de entradas e saídas dos animaes doentes,
no qual sé lançarãò, ha conformidade do modelo n.° 4, ás competentes notas. '
Art. 18.° Cada animal qué estiver em tratamento ria enfermaria terá uma papeleta
confòfmtí otnôdéío n.° 5 , e m qué1 Sé fará a historiá da dóénçá é se éscrefetá á presWí-'
pçáo 'dós Medicamentos é das dietas, assim Cóínò à autópsia quando o ariirtíáí tivèí* stfc-
cumbido a doença não inficiosa.
| ufiíco; Estas papeletas serão enviadas no fita de cada trimestre á repàrt-ição de ááude
do exercito.
Art. 19.° Os vetérinarios visitarão diariamente os animaes doentes naà énférmariãs,
ou mais vêzes se fôr prècrso, e fiscálisarao o cumpriméhtó das suas preScripçííes, tánto
na applicação dos medicamentos e das dietas, como na observancia de todas às disposições
relativas à hygiene e policia sanitaria.
Art. 20.° Sómente por excepção e sob a responsabilidade do veterinário, poderão ser
22 de agôsto 1865
tratados animaes doentes nas respectivas companhias, quando as molestias forem de pe-
quena importancia.
Art. 2 1 O s veterinarios enviarão no fim de cada mez á repartição de saude do exer-
cito, poij intervenção dos cirurgiões de divisão ou de brigada da respectiva divisão miljtar,
um tiiappa nosologico (modelo n.° 6), acòmpárrhando-o de uma parttôi^àçao s$brè'ó es-
tado i&riitário dos animafes, eòm referencia ás inspecções a que, èni^-ittuflétfódíàoòâ^ó'
no artigo 10..^ tiverem procedido, ê óridè tambem poderão ser acresdebtatías';fíUàésfíiier
obáerva^oes concernentes á marcha Ou tnelhoramento do Sèrvíçoj ás! éVárttuplÍaãdfes^que
houvèrem óccorrido, efe. ' : : :
• -
Art. 22.° Em caso de epizootia ou deenzootia os veterinarios padèlf^^éj^iifàftàjttfifâr
COftfóíitos veterinários militaí-eá,oú com ós civis da localidade quando hSò litíiviEi^d-àiitiel-
lés ;.'.séhçlo o hOhorárió d'estes satisfeito pelo cofre do conselho administrativo Còhfèítne á'
tabefla estabelecida para os intendentes dá pecuaria, pelo regulamento dè 12 ! dtí,tóárçõ
de 1862. !? • í[i;r< í j ' ,
Prèscripções
Ãft: 2'3.0' Os veterinários farão as prescripções dos medicamentos!píelb foriíi\ilaHb ge-
râl' qúte lhes ha de ser distribuido pela repartição de saude do exercito, pqdèód;ó'fc,óntyiidd
prescrever em casos excepcionaes, alguma nova formula, que mencionâtííò pbr! éixtérrèd
na i*èápecliva'papeleta. ' ; ;; : ;
Art. fíaverá umlivro (modèló n.° 7), no qual os veterinarios règístárSò às'fttf-
mulas que prescreverem, com designação dás quantidades. Este livro sérá feriado à^ph&r-*
macia que fornecer os medicamentbs, tocando ao pharmaceutico enchei*' ás^as^á íels'^-' -
ctivas aos preços. , '•' : ' !<•
r :
^ § T.° Estes fdrnédimenfos serão feitos mediante arrematação publica,' 'com as bèndi-
çÕe.i qub se julgarem mais VahfàjbSas e sempre precedendo licitação, qúànddissb sgjâ p ô ^
Siyel. A arrematação dependerá immediatamente dsi approvação dd coifeelhtíadtóitíisÇratÍi
: ; r ;í!
Vo,'ohyÍ'do ô párdcer tíófèterinário.' '' ' " ;r:'
No'fim dè cadâ mez, a'conta dò pharmaceutico será satisfeita ^'Wstâ^dò Hi^JídÔ
receituário, precedendo' a devida cohfèrenciá : para se conhecer a sua ! é x â C t í d â ó . ! •
I 3,° Quando na localidade onde se acharem os regimentos de artilhèriá ôfrti^ijítôáli
laria : tíbuvér pharmacia militar, a esta sérá entregue o fOrhèCimênto è' á Stía' irtf)bftânc\a
entrará no cofre dos fundos da repartição de saude do exercito, no fim de cada mez; pélo
preço por que tiverem sido adquiridos os medicamentos.
Art. 25.° Os veterinarios, sem faltarem ás indicações da sciencia, economisarão quanto
for possivel as despezas do receituário. Com este (im ficam auctorisados a mandar fazer
directamente a acquisição dos meios simples, de cuja despeza formarão conta mensal para
ser satisfeita pelo conselho administrativo, depois de devidamente verificada.
: SIDEROTECHNIA
Do serviço siderotechnico
Art. 29.° Compele aos veterinários militares dirigir e inspeccionar o serviço de forjar
e ferrar. Para esse fim haverá em cada um dos regimentos de artilheria montada e de ca-
vallaria uma officina com todos os utensílios e ferramentas correspondentes.
Art. 30.° Os veterinarios terão o encargo da instrucção e escolha dos ferradores e
aprendizes de ferrador, para que elles satisfaçam ao seu serviço proprio de modo a pres-
tarem todas as garantias.
§ unico. Emquanto por novas providencias se não regular este serviço, os veterinarios
darão parte na occasião da remessa de alguns dos mappas nosologicos do que houverem
posto em pratica para o adiantamento dos ferradores e aprendizes, e do proveito que tive-
rem colhido dos seus esforços.
Disposições geraes
-MO (Í'> !.' I>' : i í ' . R : h : . i . ' K t : i.,;'!'iíilíJ'ii'. "T; ; :ÍÍ;Í!-:?:,V S >••.•::;ii;ji»-n i;,J« .<•,/.
_• . ' •: ••::Í[V> i
t f i ' O ' , ! í !<'>;•-IÍÍ -.i; \ ; h k e * . .«[»!') .ii;';^:. ehnís wisví
; • 'lil-í-d;/';;- (fíq cnrriTj]:^ ' l
>.i;;-.-.I'iOi;: - ! ; Í \ ? ' C H , I cicq FII^íjiíí; • rTF .1
-ít!í] v ?f,| H>h«:j(ytq «'iJÍterBju «ib nitir.im frtni • • :-:tn,)ii\{r-êsft fi/ni; r.fc;,."< .<,:>'w,;
,-;(ilíi:jfitíi')ií un só ni¥iin.t«intrif"os tnsq••• ttí'ií.;i!ÍnK aob.obãe o nril^i;"!; Kv-ii t;-<;|Sr,'.:
•Vft /:':»:•( ,0C iyl O «;hfiamTti'> cv:q êt-iuU'fili'•ir^íf.q .-..:;:.;:!••?!! ' <»...í
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.G-jiJod obmçv.mv sb 'W-aoqtrif),-. oq w:» bJ»»o- ab t;iMj.oh!.Htv );i'iu«;;:rií'ii; '' ".AÍ. ni.
obfiS'Kííiiv f ; / ! 0 i s l í ' i J o h i i f l í í í i J *.ib •.! n o h m v s í i c ' j a<> i y t n r.olíioinmkf.i''.!. t.roii -i:
oHvmwlb-ú ob wirMúm <soJ.'j9[d» 3u'!?not« ;;fi'iijf)C-r!:<1 .ofejiaiifí: eis ^udlèi'iwr • tuo.
- '• . - / . -I- ".a fiHodst s-oíiriôlín.ví
22 de agosto 1865
MODELO N.° 1
Regimento de
Resenhas.. Côr
(<»)
Outros signaes Tempo que teve de praça dias
Raça Fez serviço dias
Ferro - Deixou de fazer serviço: - -.-—
ALISTAMENTO Antes do ensino dias. .. ...
Por doença dias .'' ' "
Em de de 18 LIQUIDAÇÍO
Vencimento diario a •
Despeza do curativo alem do vencimento !
Remontas Deixou de amortisar í.^j^yji..'>
Pagou pelo serviço dias a . . . i . * J ( 6 ) :
Despeia'
índole Consti- Confor- Préstimo Valor Desenvolvi-
mento
Deterioração Accidentes Moles- Cansas Duração extraordinária
tias
tuição mação que féi-
78
m 1865 %% áp agosto
MODELO N.° 2
(a) Deve declarar-sè no fim da feserih^ á raeaj do animal, a sua prOcêdencia e o seu temperamento.
Artigos que vão pára a enfermaria para servirem no animal, pertencentes á companhia:
Cobertores • ;
Cilha . H ' :•••• : !
'- Cabeçadas
•'. PwsjEtesde *
• Gerrefttes de ferro
• s RstUXOS* i.í- :-i<;
!
••>•- li- • MODELO N.° 3
O facultativo veterinario,
MODELO N.° 4 ! , ; :
Entrada
"T- Resenhas
dos animaes Molestia
Dia Jjlez Anno Companhia NumeriJ Como saiu Diaj 'Anno
de agosto 1865 315
MOPELO N ^ . 5
Enfermaria veterinaria do regimento de papeleta n.°
,r
.. - — "" "Resenha do animal
! ;
. . Molestia; | .- r -—
I 0 facultativo veterinarios .ill
| •
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MODELQ Q,
Saíram
• Moine
daamolastias
a a
a •£
5
316 1865 de agosto
MODELO N.° 7
Livro do receituário
Data
Nnmero ou formulas
e quantidades Preço " Importancia total
Dia Mez. i Aiíno
i11
\
-
MODELO N.° 8
Cavallos Valor
Procedencia Incapazes disponí- Numero de entradas dos cavallos
dos cavallos veis para nas ènfermarias Mortos disponíveis
durante o anno serviço o serviço com molestias para o serviço
Observações
sobre molestias
predominantes
e serviço
cm que foram
empregados
os cavallos
22 de agosto 1865 317
TABELLA N.° 1
I
250 »
500
125
Caixa de botica... < 30
Flor de macella 500
Gutta-percha em massa. 250
Iíermes mineral 30
.Nitrato de prata fundido 2 kilogrammas
Nitrato de potassa 60 grammas
Perchlorureto de ferro 2 kilogrammas
Sublimado corrosivo 60 grammas
Sulfato de soda 60
Sulfato de cobre 500 »
Sulfato de ferro (proto) 500 »
Tartaro emetico 500 »
Tuthia preparada 500
Tintura de atoes composta
Tintura de cantharidas 500 »
Tintura vulneraria (formula de Bouchardat) 500
Unguento de althea Uma
Unguento de cantharidas (untura forte) do formulário de Bou- Dois
chardat Uma
Vinho aromatico Um
I
Colhér de tutenagre Uma
Duas
Duas
Tres
Copos graduados até 4 onças 30 grammas
Balança e pesos desde 1 até 60 grammas Dois
Gral de vidro com mão Um
(Agulhas grandes de passar sedenhos Duas
Agulhas pequenas Duas
Agulhas de sutura 64 grammas
Alegras Um
Alfinetes para sangria Tres
Bisturis rectos Uma
Bisturis curvos sobre o dorso Duas
Borrachinhas
'\Estopa de injecção
em rama. 2 kilogrammas
Canulas
Facas dedeferrar
estanhoá ingleza Seis
Cera para encerar
Facas de autopsias linhas Uma
Elevador
Ferros para mechanico
cauterisação actual. Quatro
Escalpelos
Flames de tres de dissecção
paus Úm
lEspatuias de ferro(dc folha).
Funis de garrafa Dois
„ . de
Caixa , cirurgia..
. • /Esponjas
s f n J fim
KFunis de
grandes
ram30a 8para
grammas cada uma
clysteres. Um
Grosas de grosar cascos Uma
Lancetas. Seis
Limas de limar ferro. Unia
Linhas para suturas. 30 grammas
Ourelos. 20 metros
I Palmatória Uma . ,
lPinças de dissecção. Tres
79
M 1865 , 23 de agosto
Sua Magestade El-Rei ha por bem determinai* que emquanto; se não* ordena o contra-
rio, se dè Execução ao regulamento provisorio das disposições do artigo 47.° do decreto
com forçja de lei de 29 de dezembro de 1864, concernentes á concessão do subsidio aos
alumnos que frequentarem os cursos de veterinaria o de agronomia no instituto geral de
agricultura.
14 de agosto 1865 319
Ministerio d a s o b r a s publicas, c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , e m 2 4 d e a g o s t o d e 1 8 6 5 . =
Carlos Bento da Silva. , D. do L. N.« m, DO 26 do agosto.
Tabella dos portes á que estão sujeitas as correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos
Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na costa occidental da ílfrica, com destino para a
Prússia, para os estados da união postal allemã, e para os paizes a que a Prússia serve de inter-
medio, nos termos da convenção postal de 26 de abril de 1864 e do respectivo regulamento
Cartas registadas
Aos portes respectivos se addiciona™ o premio invariavcl do 100 réis em sellos pelo registo. •
Os estados da união postal allemS, que ficam igualados á. Prússia para todos os effeitos da sobredita
convenção, são os seguintes: Anhalt, Áustria (comprehendendo a Hungria, Galileia e Veneza), Bade,
Baviera, Birkenfeld, Bremen, Brunswick, Francfort sobre o Mono, Hamburgo, Hanover, Hesse graii-
ducal, Hesse eleitoral, Hesse-Iíomburgo, ílohenzolteni, Liechtenstein, Lippe-Detmold, Lubeck, Me-
cklemburgo-Schwerin, Meckleniburgo-Strelitz, Nassau, Oldemburgo, Reuss, Saxe, Saxe-Altemburgo,
Saxe-Coburgo-Golha, Saxe-Meiningcn-IIildburghauseu, Saxc-Weimar-Eisenach, Schaumburgo-Lippe,
Sclrwarzburgo-Rudolsladt, Sclnvarzburgo-Sonderliausen, Waldeck-Pyrmont e Wurtemberg.
N.B. Pelas cartas ordinarias e amostras de fazendas, bem como pelos jornaes e outros impressos,
originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa com destino para a Prússia e para
os. estados da união posUl allemã, cobrar-se-hão adiantadamente, em moeda forte,, não só os compe-
tentes portes acima indicados, mas tambem o de 50 réis por cada 7 g r a m m a s de cartas e amostras,
e o de 10 réis por cad<r45 grammas de jornaes e outros impressos. ~ •
Correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na gosta occidental da Africa, em transito
pela Prússia, com destino para os paizes abaixo designados
Designação dos paizes Natureza das correspondências Franquia obrigatoria em sellos
Cartas ordinarias e.amostras gr. 175 rs., augmentando-se 175 rs. por ca
Dinamarca jCartas registadas » 275 » j> 175 J> »
u 30 »
772 »
(Jornaes e outrosimpressos. » 30 » » 45 »
Egypto:
i Cartas ordinarias e amostras 71/o ))300 )> » 300 » )>
772
P a r a : Bcnka, Birket-el-Sab, Cairo, Damanhour, Damiela, líafor-Zajct, Mansourah, Miliolla, Porto—Said, Samanoud, ! Cartas registadas » 500
ã*
i> » 400 »
Suez, Tanlah, Zajasik e Zifla.
}> 772
/Jornaes e outfos impressos. » 70 » » 70 » )i 45'
(Cartas ordinarias e amostras 7 VÍ » 225 a » 225 )) ))
772
P a r a : Alexandria e o resto do Egjplo ( a ) • , ']Cartas registadas 71/2 » 325 i> » 225 » » 772
(Jornaes e outros impressos. 45 » 40 » » 40 » )>
4o
(Cartas ordinarias e amostras 7 Vz 260 260 » )>
7 72
Grécia. . ] Cartas registadas 7 VÍ, » 360 » » 260 » ;;
772
(Jornaes e outros impressos. 45 a 70 i) )) 70 )) )>
45
(Cartas ordinarias e amostras 71/-1 » 175 » )> 175 )) »
7 '/•>
Hollanda. .)Cartas registadas ,
71/2 M 275 » » 175 » » 7 v;
'Jornaes e outros impressos, 45 » 30 » » 30 )) » 4o
i Cartas ordinarias e amostras 7 V: , » ,175 » » 175 » n 772
Lauenburgo (ducado de) . Cartas registadas 7'/: 1 » 275 » » 175 » }) 772
(Jornaes e outros impressos. » 30 » »
,
45 30 )) » 45
[Cartas ordinarias e amostras 7 V2 » 225 » » 225 « » 7 72
Ilhas Jonias * . •Cartas registadas 772 » 325 » » 225 )) )> 7 72
/ j o r n a e s e outros impressos, 4o 40 « D 40 j, u 45' OO
(Cartas ordinarias eamostras 7VÍ. j) 270 » )> 270 » » 7 72 02
UT
Noruega . . (Cartas registadas 7i/., )) 370 » 270 » )) ,772
(Jornaes e outros impressos. 45 ~ » 70 » » 70 )> » 45
'Cartas ordinarias o amostras 7i/o
7
» 225 » 225 )) » 7 72
Rússia.. Cartas registadas Vã » 400 n » 300 » 772
Jornaes e outros impressos. 45 » 90 » » 80 » » 4o
Cartas ordinarias e amostra 7i/o, » 17o » 175 » » 71 /,
Schleswig-Holstein Cartas registadas 7i/-> » 275 » )) 175 )) n 7 72
Jornaes e s a t r o s impressos. 45 n 30 » )> 30 )> )> 4o
Cartas ordinarias e amostras 7V* » 240 )) n 240 » » 7 72
Suécia Cartas registadas 772 » 340 » » 240 » . » 772
Jornaes e outros impressos. 45 » 40 )) )) 40 » 45
Turquia e Principados do Danúbio:
P a r a : Adrianopolis, Alcxandreta, Aaliíari, B a t o t a , Bejrouth, Berlad, Botatschani, Bukarest, Bargas, Caifa, Candia,
Canía, Cavalla, Cesme, Constantinopla-, Czernatoda, Dardanellos, Dnrazzo, Foksclianj, Galatz, Gallipoli, Giurgcw, Ibraila, 'Cartas ordinarias e amostras 772 » 240 » i> 240 » »
Ineboli, JalTa, Janina, Jassj, Jerusalém, Kustendje, tarnaca, Latakich, Hessina, Mjlilenc, Philippopolis, Piatra, Plojesclili, > Cartas registadas (b) » 340 U
i V2
77, )) 240 » » 7 72
PrcTcsa, Itctimo, Rliodes, Romano, Kulschuk, Salonica, Samsoun, Serez, Sinopo, Smjrna, Sofia, Sulina, Tckutsch, Tcncilos, Jornaes e outros impressos.. 45 » 40 >i )> 40 » ))
45
Trcbizonda, Tripoli, Tullscba, Valona, íarna e Volo.
(Cartas ordinarias 772 » 150 » » 150 n »
P a r a : Belgrado e o resto da Turquia ( c ) . » 250 a » 77í
| Cartas registadas 772 150 Í) »
7 72
[Jornaes e outros impressos.. 45 » 20 » » 20 » » 4o
Js.B. Pelas cartas ordinarias e amostras de fazendas, bem como pelos jornaes e outros impressos originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa que
se^ remetterem em transito pela Prússia para os paizes acima indicados, cobrar-se-hão adiantadamente, em moeda forte, nSo só os portes respectivos, mas tambem o de oO
réis p o r cada 7 72 grammas de cartas e amostras de fazendas, e o de 10 réis por cada 45 grammas de jornaes e outros impressos.
(a) Para Alexandria—franquia obrigatoria das correspondências ató ao seu destino. Para o resto do Egypto —franquia obrigatoria ato Alexandria. W
(i>) Não se registam cartas para Alcxandreta, Lalakieh, Messina e Tripoli.
(c) Para Belgrado —franquia obrigatoria até ao seu destino. Para o resto da Turquia—franquia obrigatoria ião sómenleaté á fronteira austro-turca. IsS
322 1865 11 de agosto
Advertências
t. 1 Os porles das correspondências que se houverem de expedir para a Prússia, para os estados
da união postal allemã ou para os paizes a que a Prússia serve de intermedio, serão pagos adiantada-
mente no continente do reino, e nas ilhas dos Açores e Madeira, por meio de sellos do correio portu-
guez aíGxados na frente dos sohrescriptos, e em moeda forte nas provincias da costa occidental da
Africa.
2." Todas as correspondências que não forem devidamente franqueadas, deixarão de ter seguimen-
to, e ficarão retidas até que os remettentes as franqueiem.
Para se evitarem enganos convirá que sempre se escreva a palavra «Prússia» na parte supe-
rior dos sohrescriptos das correspondências dirigidas para ali, assim como para os estados da união
postal allemã, e igualmente a indicação «Em transito pela Prússia'), nos das que por intermedio d'esta
houverem de ser expedidas para a Dinamarca, Egypto, Grécia, Uollanda, Ilhas Jonias, Noruega, Rús-
sia, Suécia, Turquia e principados do Danúbio.
4." As cartas, que houverem de ser registadas, apresentar-se-hão bem fechadas e marcadas, pelo
menos em duas partes, com um mesmo sinete posto em lacre, de maneira que fiquem bem presas to-
das as dobras dos sohrescriptos.
5." O reinettente de qualquer carta registada para a Prússia, ou paizes da união postal allemã,
poderá exigir que se lhe apresente um recibo comprobativo de ter sido entregue ao destinatário a mes-
ma carta, pagando em sellos no acto do registo um porte addicional de 50 réis.
6." Os jornaes e mais impressos deverão ser cintados, e não conterão letras, algarismos ou signaes
manuscriptos, á excepção do nome e domicilio do destinatário, e da assignatura do remettente. Não se
dará expedição aos jornaes e impressos, que não satisfizerem a estas condições.
7.a Nem para a Prússia o estados da união postal allemã, nem para os paizes a que a Prússia, ser-
ve de intermedio, podem ser remettidas correspondências contendo dinheiro, jóias, objectos preciosos,
ou outros quaesquer, sujeitos a direitos de alfandega; as que apparecerem com taes objectos, serão re-
tidas e enviadas oficialmente á direcção geral dos correios.
8." As correspondências procedentes da Prússia, as dos estados da união postal allemã, e as que
em transito pela Prússia vierem da Dinamarca, Egypto, Grécia, HoHanda, Ilhas Jonias, Noruega, Rús-
sia, Suécia, Turquia e principados do Danúbio, entregar-se-hão francas de porte, em consequência de
ser este ali pago adiantadamente. Exceptuam-se porém as que tiverem siao devolvidas por haverem
mudado de residencia os destinatários, pelas quaes se cobrará em dinheiro, no acto da entrega, o porte
devido.
Repartição central da direcção geral dos correios, em 24 de "agosto de 1 8 6 5 . = 0 chefe
da repartição, João Baptista da Silva Lopes. D. Je L. n.0191) do 26 do agosto.
Não sendo sufficiente a somma votada para o fornecimento das rações de pão e de for-
ragem, por terem sido computadas por um preço inferior ao seu custo, e sendo por isso
necessário fazer uso da auctorisação concedida ao governo no § 5.° do artigo 3.° da carta
de lei de 25 de junho de 1864: hei por bem ordenar, ouvido o conselho d'estado, que nq
ministerio da fazenda se abra um credito supplementar a favor do ministerio da guerra,
pela quantia de 23:276$200 réis, a fim de ser applicado ao pagamento da differença do
preço das mencionadas rações no primeiro trimestre do actual anno economico.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda ,e da guerra o tenham
assim entendido e façam executar, dando conta ás côrtes do uso que fizerem d'esta aucto-
risação. Paço, em 24 de agosto de 1865.—Rei. —Marquez de Sá da Bandeira= Conde
4 Avila. D. de L. n.° -19G, do 1 de setembro.
Tendo-se suscitado duvida, por parte de alguns dos conselhos administrativos dos
corpos do exercito, sobre o modo de averbar na conta corrente das praças vindas com pas-
sagens de outros corpos, ou de outras situações, os débitos de algumas d'ellas, provenien-
tes de abonos que foram feitos aos conselhos dos corpos d'onde saíram, conforme se acha
disposto 110 | 4.° do artigo 352.° do dito regulamento: determina Sua Magestade que taes
débitos sejam lançados por extenso e algarismo no registo respectivo, não devendo todavia
essa.importancia entrar na columna das addições dos débitos por artigos fornecidos ás
mesmas praças pelos conselhos dos corpos onde estiverem servindo, porquanto' o lãhÇa-
mento-da supramencionada verba n'aquelle registo tem por fim conhecer-se a conta! éxacta
dos débitos das praças; devendo os conselhos administrativos, concluido que seja ! cípaga-
mento por meio de deducção nas mostras, lançar a competente verba, que assim o atteste.
Sua Magestade El-Rei determina que a agencia militar dos corpos em Lisboa co-
mece a funccionar no dia 16 de setembro proximo futuro, e que?os commandantes dos
corpos estacionados fóra da capital remetiam as suas requisições á referida agencia desde
o dito dia.
Por determinação de Sua Magestade El-Rei fica prohibido aos officiaes e maiss pra-
ças do exercito tomarem parte em touradas publicas como toureadores.
D. de L. n.° i96, de i de setembro
Sendo-me presentes os estatutos (1) com que pretende fundar-se em Lisboa uma so-
ciedade anonyma denominada «companhia união fabril»;
Vistos os documentos pelos quaes se prova a subscripção do capital social;.
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
(1) Saibam quantos virem esta escriptura com os estatutos da companhia união fabril, que no
anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1863, no dia 1 do mez de junho, n'esta cidade
de Lisboa, na rua Augusta n.° 28 1.° andar, no meu escriptorio, compareceram os srs. visconde da
Junqueira, José Dias Leite Sampaio, negociante c proprietario, morador na travessa do Pateo do Sal-
danha, freguezia da Ajuda; William Gruis, negociante, morador na rua do Chiado n.° 56, freguezia
do Sacramento; Anselmo Ferreira Pinto Bastos, proprietario, morador no pateo dos Lencastres n.° 2,
freguezia de Santa Catharina, meus conhecidos. E j)or elles foi dito em presença das testemunhas adiante
nomeadas e assignadas: que, por accordo entre elle primeiro outorgante e os seus crédores, se resolveu
formar e estabelecer uma companhia para os fins e nos termos abaixo declarados. Que elles outorgan-
tes, por si, e em nome dos crédores, que os auctorisam para celebrar esta escriptura, como consta do
documento n'este acto apresentado, e que ha de ser copiado nos traslados d'ella, outorgam e reduzem
ao presente instrumento os seguintes
11 de agosto 1865 325
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:
73
Estatutos da companhia denominada «união fabril»
CAPITULO I
Fins, duração e capital da companhia
Artigo 1.° A companhia tem por fim o fabrico de sabão e sabonetes de todas as qualidades, vélas
de stearina, oleo de purgueira e todos os mais oleos já conhecidos ou que venham a descobrir-se, e o
commercio de todos estes productos, e bem assim o fabrico e commercio do tabaco.
Art. 2.° A duração da companhia será por tempo indeterminado, e a sede de suas operações para
todos os effeitos legaes na cidade de Lisboa.
Art. 3.° O capital da companhia é fixado em 200:000^000 réis, dividido em mil acções de 2001000
réis cada uma, as quaes serão logo emittidas.
Art. 4.° O fundo da companhia poderá ainda ser augmentado por deliberação da assembléa geral
e com auctorisação do governo.
Art. S.° As acções partilham em perfeita igualdade dos lucros ou prejuízos da companhia, eserSo
assignadas pelos directores, sendo selladas com o sêllo da companhia e transmissíveis por simples en-
dosso.
Art. 6.° Os accionistas não serão obrigados nos termos de direito por mais do valor de suas acções.
Art. 7.° Os possuidores de acções são considerados, para todos os effeitos, accionistas da compa-
nhia com adhesão ás decisões da assembléa geral, em conformidade com estes estatutos e com os ter-
mos de direito.
Art. 8.° Os herdeiros ou crédores de qualquer accionista não poderão sob pretexto algum fazer
embarbo ou penhora em objectos ou valores da companhia, requerer partilha dos mesmos, nem in-
gerir-se na sua administração.
CAPITULO II
Da administração da companhia
Art. 9." A administração dos negocios da companhia é conferida a uma direcção composta de tres
únicos directores, eleitos péla assembléa geral á pluralidade de votos, nos termos seguintes. A primeira
direcção durará tres annos. No fim do terceiro anno a sorte designará quai dos directores deverá ser
substituído. No fim do quarto anno se fará igual pr.ocesso para o mesmo fim, sendo nos mais annos
substituído o mais antigo. Não impede comtudo esta designação a reeleição do membro sorteado.
Art. 10.° Em seguida á eleição dos tres directores, far-se-ha a de tres substitutos, que deverão sub-
stituir os proprietarios em seu impedimento.
Art. 11.° A nomeação de todos os empregados da companhia e seus ordenados será feita pela di-
recção, a qual terá tambem a seu cargo a admissão e despedida dos operarios da mesma companhia.
Só póde ser eleito director o accionista que possuir dez ou mais acções.
Art. 12.° Cada um dos membros da direcção, que estiver em serviço, depositará dez acções na
caixa da companhia, as quaes ficam inalienaveis por todo o tempo que servir, sem prejuizo da perce-
pção de seus dividendos.
Art. 13.° As assignaturas dos membros da direcção legalisam qualquer acto da companhia.
Art. 14.° A direcção reunir-se-ha, pelo menos duas vezes por semana e todas as mais que for pre-
ciso, e de suas deliberações se lavrará acta no livro respectivo.
Art. 15.° São attribuições da direcção :
1." Fazer organisar a escripturação da companhia por partidas dobradas;
2.° Ordenar aos mestres das fabricas os productos que devem fabricar;
3.° Observar e fazer com que se observem as deliberações da assembléa geral, pedindo a sua con-
vocação quando julgue necessário. , •
4." Fazer depositar no banco de Portugal, ou em outro estabelecimento de credito, os fundos da
companhia, menos a parte indispensavel para despezas miúdas.
õ.° Apresentar todos os annos, a começar no proximo futuro, á assembléa geral, até o dia 31 de
janeiro, o relatorio, balanço e contas das operações do anno anterior, fechadas em 31 de dezembro,
declarando no relatorio o estado financeiro da companhia, e os melhoramentos que julgue necessário
fazer.
Art. 16.° A direcção representa a companhia em todos os seus actos, poderá demandar e ser de-
mandada, e é auctorisada nos termos de direito em tudo que julgar conveniente aos interesses da
companhia.
Art. 17.° Dando-se legitimo impedimento em qualquer dos membros da direcção, será chamado
para o substituir o substituto mais votado, o qual ficará sujeito á caução e deposito que prescreve o
artigo 12.°
Art. 18.° Os membros da direcção não contrahem obrigação alguma pessoal pelos actos de sua
gerencia, respondendo unicamente péla execução do seu mandato.
CAPITULO III
Da assembléa geral
Art. 19.° A assembléa geral é a reunião de todos os possuidores de uma ou mais acções da com-
panhia, averbadas em seu nome seis mezes antes da sessão.
326 1865 11 de agosto
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos por que deverá reger-se a
companhia união fabril, os quaes nos termos do artigo 539.° do codigo commercial foram
§ Os accionistas não podem ser representados na assembléa geral senão por quem tenha di-
reito a fazer parto da mesma.
§'2.° Nenhum accionista poderá representar, alem do seu voto, mais do que um outro por procu-
ração. Os substabelecimentos de procuração níío são permittidos. "
Art. 20.° As reuniões da assembléa geral serão duas em cada anno, no domicilio da companhia, a
primeira em fevereiro e a segunda trinta dia.s depois daquella, o alem d'isso extraordinariamente quando
a direcçSO o julgar conveniente; ou quando seja requerida ao seu presidente por um numero de accio-
nistas ntinca menor ao representativo de um quarto do capital emittido dà companhia.
Art. 21.° A convocação da assembléa geral será sempre feita por meio de cartas a cada um dos ac-
cionistas é annuncios no Diario de Lisboa e em outro jornal mais lido na capital, com oito dias de an-
tecedencia ao da reunião da mesma.
Art. 22.° Quando á primeira reunião não tenha concorrido numero de accionistas que represen-
tem pelo menos ametade das acções emittidas, far-se-ha nova convocação pelo mesmo modo do artigo
antecedente e será constituida a assembléa peral com o numero de accionistas presentes.
Art. 23.° Os accionistas, ainda mesmo os ausentes ou dissidentes; ficam obrigados ás decisões da
assembléa geral, uma vez que estas sejam vencidas por maioria absoluta dos accionistas presentes.
Art<-24.° Na primeira reunião da assembléa gorai,-o presidente será nomeado de entre' os accio-
nistas á pluralidade de votos, bem como o substituto, eleições que se repetirão na primeira reunião da
assembtéá:geral de cada anno.
§ unico.' Servirá de secretario o accionista que o presidente designar e de escrutinadores os ac-
cionistas' que representarem maior numero de acções. No caso de recusa serão os immediatos, e em ul-
:
timo caso decidirá a sorte. ° •
Art. ;23.° A ordem do dia será designada pela mesa da assembléa geral, e só poderão ser n'ella dis-
cutidas as propostas da mesma: ou as que lhe tiverem sido apresentadas com anteredencia pelo menos
de oito dias á reunião da assembléa geral, com assignaturas pelo menos de vinte accionistas.'
Art. 26." As deliberações da assembléa geral serão convertidas em actas lançadas no livro respe-
ctivo e rubricadas pelo presidente e secretario.
Art. 27.° Compete á assembléa geral N
1.° Approvar ou rejeitar as contas da direcção, as quaes devem ser apresentadas á mesma assem-
bléa, acompanhadas de um relatorio em que mostre o estado da companhia;
2.° Nomear uma commissão de tres membros para examinar as contas antes de as approvar;
3.° Fixar definitivamente o dividendo;
4.° Nomear os membros da direcção, quando estes se devam substituir, tudo nos termos dos pre-
sentes estatutos.
§ unico. Os membros da dirpcçâo não podem fazer parte de commissão alguma em qUe tenha de
v
se emittir opinião sobre os seus actos. <
Art. <28.° Quando a reunião da assembléa geral tiver por fim a alteração dos presentes estatutos,
se fará d'isso especial menção nas cartas convoeatorias para a mesma, não sendo comtudo valida adita
alteração sern approvação do governo. '•••;
Art. 29.° A nomeação da direcção será sempre feita por escrutínio secreto, sendo a decisão no pri-
meiro escrutínio por maioria absoluta, bastando a relativa no segundo.
Art. 30.° As actas da assembléa geral serão assignadas pelo seu presidente e secretario,1 assim como
as certidões-que forem exigidas. ••• -
' " - CAPITULO IV . . ..
Balanços e contas annuaes • " =•*
Art. 31.° Todos os annos sociaes começarão 'erri 1 de janeiro e finalisarão em 31 dè'dezembro de
cada anno, excepto no -primeiro, que começará logoque os estatutos sejam approvados pelo governo.
§ unico. Os balanços serão fechados em 31 de dezembro de cada anno. O balanço será presidido
è assignado pela direcção, e esta o sujeitará á approvação da assembléa geral, acompanhado do respe-
ctivo relatorio.
Art. 32.° Antes da segunda reunião annual da assembléa geral estarão os livros e contas patentes
por tres'dias para serem examinados por todos os accionistas que os quizerem ver, os quaes só n'este
período têem direito a exarnina-Ios, não podendo comtudo d'elles tirar copias nem extractos.-
Art. 33.° Os dias em que os livros e contas devem estar patentes serão annunciados nos jornaes, a
que se refere o artigo 21.°
Art. 34.° Depois de approvadas as contas separar-se-ha 5 por cento dos lucros para depreciação
de machinas, fôrmas e utensílios e o restante será repartido pelos accionistas.
Art. 3S.° Cada um dos directores terá uma gratificação annual e u má percentagem sobre os lucros
- partiveis, devendo a assembléa geral marcar o quantum.
Art. 36.° A epocha de pagamento do dividendo será fixada pela direcção.
CAPITULO V '
Da liquidação da companhia
Art. 37.° Quando o fundo da companhia for'reduzido ametade por perdas edamnos, poder-se-ha
dissolver a companhia se assim o decidir a assembléa geral.
Art. 38." A dissolução da companhia só poderá ser determinada.em reunião da assembléa geral,
a que tenham assistido os accionistas que representem dois terços do capital emittido, • ; ,
357
14 de agosto 1865
Art..39." No caso de liquidação da companhia, a assembléa geral, de accordo com a direcção, no-
meará um ou mais liquidatários. ' : < ' . "
Art. 40.° Os liquidatários poderão, em virtude da decisão da assembléa geral, transferir para uma
outra sociedade ou eompánhia os direitos e obrigações da companhia dissolvida.'; : •
Art. 41.° Durante a liquidação continuarão as attribuições da assembléa geralfje,sp,epialinentft para
approvar as respectivas contas e dar quitação aos liquidatários.
Art. 42." Durante a gerencia dos liquidatários cessa a da dirécçSo, não dèixândo ! p6r issò'dé áér
esta ouvida em todos os actos da liquidação. • •• ;. •• .<«•.• ->•' -
Assim o disseram, outorgaram e aceitaram, sendo testemunhas presentes :Joaqiúm; Augusto do
Nascimento Dias e José Eduardo da Silva, empregados n'este escriptorio, os quaes as$ígnam çqra pç
outorgantes, depois de lhes ser lida esta escriptura por. mim tabellião Francisco Vieir'a dá Silva feaçrá-
dás, que a escrevi.—D'esta 6j000 r é i s = Visconde da Junqueira=AnseImo Fei-reira Pintò'Bciétós>& Wil-
liam Gruis=Joaquim Augusto do Nascimento Dias=José Eduardo da Silva. .!'"• twí'-:
Traslado do documento mencionado n'esta escriptura : .• : ír
Aos 26 dias do mez de abril de 1865, n'esta cidade de Lisboa e escriptorio sito narúa do largo'do
Corpo Santo n.° 16, primeiro andar, aonde se reuniram os credores á massa concordada do sr. visconde
da Junqueira, estando presentes os ill.mus srs. Anselmo Ferreira Pinto Bastos, "William Gruis, Thomás
de Aquino Sá e Seixas, Robert & Son, representado por seu procurador José Antonio Rodrigues Cha-
ves, João Joaquim de Andrade Bastos, representado por seu procurador João Maria Balby, e Joaquim
Galdino Felgueiras; e tendo sido feita a chamada, se determinou se procedesse á nomeação da direcção
da companhia união fabril, a qual direcção deve funccionar no primeiro triennio da formação da dita
companhia e saíram eleitos os seguintes ill.mos srs.: o ex.m0 sr. visconde da Junqueira com 8 votos;
ill.mo sr. William Gruis com 8 votos; ill.m" sr. Anselmo Ferreira Pinto Bastos com 7 votos. Do que se
lavrou a presente acta que vae por todos os mesmos senhores credores assignada.
Lisboa, 26 de abril de 1S65.
Igualmente os mesmos srs. credores determinaram que os mesmos iil.™08 srs. directores nomea-
dos ficarão desde já auctorisados a assignarem todos os actos relativos á formação da mesma companhia
união fabril.
Lisboa, data supra. = Visconde da Junqueira —Anselmo Ferreira Pinto Bastos —William Gruis —
Por procuração de João Joaquim de Andrade Bastos, Antonio da Silva Milheiro =-Pot procuração de
Robert & Son, Arnaldo E. Vrpia = Thomás de Aquino'de Sá e Seixas = João Maria Balby = José Anto-
nio Rodrigues Chaves = Joaquim Galdino Felgueiras.
Conformâmo-nos com a deliberação tomada pelos credores acima, como se estivessemos presentes.
= Carruthers Sf C." = Manuel de Oliveira Bastos = Guilherme José de Moraes = Antonio Ferreira de
Simas.
Logar do sêllo da causa publica.
Pagou 40 réis de sêllo.
Lisboa, 28 de abril de 1865. —N.° 77. = Vinha —Lobo.
Trasladado o concertei com o proprio, a que me reporto, que fiea em meu poder e cartorio. E eu
Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião publico de notas n'esta cidade de Lisboa, esta escriptura
fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em publico e
raso. = 0 tabellião, Francisco Vieira da Sika Barradas.
Rasa 1|580 réis —Sêllo 220 ré is —Somma 1^800 réis.
Paço, em 30 de agosto de 186o. = Cartes Bento da Silva.
328 1865 11 de agosto
Tendo-tne sido presente o requerimento de Lucas Espana, em que pede, que nos ter-
mos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 o respectivo regulamento
de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a concessão definitiva da mina de ferro, no sitio
de Felgueiras, termo de Guadramil, 110 concelho e districto de Bragança;
Considerando que o requerente obteve por portaria de 27 de outubro ultimo a con-
cessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos do artigo 25.° do citado decreto,
apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a planta em que
está indicado o plano geral de lavra;
Considerando que Henrique Sergant, engenheiro proposto pelo requerente, está ha-
bilitado íparaj segundo as regras da arte, dirigir os trabalhos da referida mina ;
Vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho geral de obras
publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposições da lei e ha-
bilitado,o requerente para a concessão definitiva da sobredita mina:
Hei por bem, conformando-me com parecer da referida secção, conceder por tempo
illimitado a Lucas Espana a propriedade da mina de ferro, no sitio de Felgueiras, termo
dè, Guadramil, concelho e districto de Bragança, ficando obrigado ás seguintes prescri-
pções :
. 1 . a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras da arte, submettendo-se os
donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas dos regulamentos;
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem a
terceiro;
3.il. Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra ou incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros;
• 4A Resarcir aos vizinhos os prejuízos que se occasionaram pelas aguas accumuladas
nos seus trabalhos^.se tendo sido intimado não as seccar no tempo que se lhe marcar; •
• .iSí!1/ 'Dar t prineipio. aos trabalhos dentro do praso de dois mezesj contados da data do
preseateideereto;: ficando saLya;a circumstancia de forçá maior; -
6. a Ter a mina em estado de lavra activa;
7. a Dar as providencias necessarias, no-praso qne lhe for designado, quando a mina
ameaçar, juijè^pela p á . direcção dos trabalhos;
13 de setembro 1865 331
Annuncia-se que se acha aberla desde hoje em diante, para a correspondencia, tanto
official como particular, a estação telegraphica de Sagres, com serviço limitado electro-se-
maphorico desde o romper do dia até ao anoitecer.
As estações semaphoricas correspondem-se com os navios por meio de signaes do co-
digo de Marryat, emquanto se não adopta o novo codigo universal de signaes.
Os despachos são enviados aos destinatários por meio do telegrapho electrico.
O preço d'estes despachos é o mesmo que o dos despachos telegraphicos.
A taxa d'estes despachos deverá ser satisfeita pelos destinatários, e quando estes se
recusarem a pagar ficarão inhibidos d'ahi em diante de receber correspondencia alguma
que houver de ser-lhes transmittida pelas estações semaphoricas.
A direcção geral dos telegraphos recebe de quaesquer companhias, consignatarios e
particulares as indicações que julgarem convenientes para se dar andamento a todos os
avisos que se houverem de enviar aos navios no mar ou que d'elles se receberem, ou da
passagem dos mesmos navios que se acharem á vista dos postos semaphoricos.
Repartição de contabilidade da direcção geral'dos telegraphos do reino, em 9 de se-
tembro de 1 8 6 5 . = O chefe da repartição, S. J. Leal Pinto. D. de L. n.° 204, de u de setembro.
85
334 1865 11 de setembro
Relação dos alumnos militares da escola polytechnica (ou do exercito) que pretendem
passar para a escola do exercito (ou polytechnica)
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Succedendo, que não obstante as recommendações feitas em diversas epochas aos de-
legados do thesouro e aos thesoureiros pagadores dos districtos administrativos do conti-
nente do reino e ilhas adjacentes, aos chefes das differentes alfandegas e ao da casa da
moeda e papel sellado, ainda se apresentam requisições para legalisação de algumas des-
pezas realisadas a mais das auctorisações concedidas; e sendo de absoluta necessidade não
só evitar de todo esse inconveniente, como tambem introduzir a economia possivel r$s
despezas diversas a cargo dos cofres dependentes do ministerio da fazenda: manda Sua
Magestade El-Rei, pela direcção geral da contabilidade do thesouro publico, que se ex-
peçamos mais terminantes ordens ás referidas auctoridades, para que não ultrapassem ja-
mais as auctorisações superiores relativas a pagamentos, e reduzam á cifra estrjctamente
indispensavel as despezas de que se trata.
Paço, em 12 de setembro de 18 65.= Antoni o Maria de Fontes Pereira de Mello.—
Para os delegados do thesouro, thesoureiros pagadores e mais auctoridades alludidas.
D. de L. n.° 209, de i« de sei.
Havendo representado o governador geral da provincia de Angola, que não tem emOr
lumento designado na respectiva tabella da secretaria d'aquelle governo o registo das de-
clarações de descobrimento de minas e os diplomas de posse de terrenos;
Considerando que é conveniente remunerar o acréscimo de trabalho que tem resul-
tado aos empregados das secretarias dos governos do uitramar das leis ultimamente pro-
mulgadas sobre a concessão de minas e terrenos baldios;
Conformando-me com a consulta do conselho ultramarino de 13 de janeiro do cor-
rente anno;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta con-
stitucional da monarchia;
Tendo ouvido o -conselho de ministros:
Hei por bem ordenar que, nas secretarias dos governos das provincias ultramarinas,
os diplomas de posse de terrenos e o registo das declarações de descobrimento de minas,
paguem o emolumento de 4$200 réis.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e uitramar; assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 12 de setembro de 1 8 6 õ . = R E i , = Fí'sco»d.e
da Praia Grande. D. de L. n.° 209, de ie de set.
1. DIRECÇÃO
2.» REPARTIÇÃO
Hei por bem approvar as tabellas que, sob os n. os 1, 2 e 3, fazem parte d'este decreto
e baixam assignadas pelo ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha
e ultramar, nas quaes se fixa o preço das diversas fainas que no arsenal de marinha se ef-
fectuarem a pedido de particulares ou de companhias, e a indemnisação pelo uso dos ob-
jectos que se emprestarem no referido estabelecimento.
O mesmo ministro e secretario d'estado interino dos negocios <la marinha e ultramar
assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 1 2 de setembro de 1 8 6 5 . < = REI. = Vis-
conde da Praia Grande.
336 1865 11 de setembro
TABELLA N.° 1
Das quantias (pie devem pagar os particulares pelo embarque e desembarque de volumes
feito com o emprego da cabrca por vapor ou dos guindastes do arsenal da marinha
Quantias
por
tonelada
métrica
Volumes pesando:
Desde 1 até 2, por cada tonelada.
Idem de 2 até 4 por cada dita
Idem de 4 até 6, por cada d i t a . . . 3 £000
Idem de 6 até 10, por cada dita... 30500
Idem de 10 até 15, por cada dita . 40500
Idem de IS até 20, por cada dita.. 6 £000
Idem de 20 até 23, por cada dita.. 80000
Idem de 25 até 30, por cada dita.. 100000
Mais de 30, o que se convencionar,
OBSERVAÇÕES
As fracções de tonelada pagam como se fosse uma tonelada completa.
Havendo diversos volumes a embarcar ou desembarcar, applicar-se-ha a tabella a cada um dos vo«
lumes separadamente.
A applicação da tabella será regulada pelo peso que vier designado para cada volume nas respe-
ctivas facturas.
O pessoal necessário para os trabalhos pertencerá ao arsenal, e a tripulação do navio coadjuvará
quanto possivel as fainas dentro do mesmo navio.
O volume descarregado sobre a ponte, se for destinado a sair pela porta do arsenal, será conduzido
até lá pelo pessoal do arsenal. A partir d'esse ponto todas as mais despezas de transporte, descarga de
•wagons e carga em carros, etc., será feita á custa do particular.
Quando os volumes houverem de ser baldeados de uma embarcação para outra, será applicada a
tabella, com o desconto de 20 por cento, nas quantias correspondentes.
Mastreação
Quantias
Por cada mastro real:
De um navio qualquer de porte até 300 toneladas 200000
Idem idem de 300 a 700 ditas 300000
Idem idem de 700 a 1:000 ditas 400000
Idem idem de 1:000 a 1:500 ditas 500000
Idem idem de 1:500 para cima .*
OBSERVAÇÕES
O mastro deve ser conduzido á custa do armador até debaixo da cabrea; todas as mais operações
de lingar, elevar e collocar o mesmo mastro, serão feitas pelo pessoal do arsenal.
Cumpre ao armador collocar o navio, seguindo as indicações do inspector geral do arsenal, devi-
damente amarrado, em posição conveniente para receber e tirar o mastro ou mastros, e por sua conta
correm todas as despezas para isso necessarias.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 12 de setembro de 1863.=Visconde da
Praia Grande.
TABELLA N.10 2
Das quantias qne devem pagar os navios que entrarem no dique do arsenal da marinha
Tonelagem Quantias
N.B. As quantias'incluídas na tabella abrangem o preço da entrada e saída dos navios, esgo-
tamento do dique o uso das escoras e cabos.
2.° Pela demora que tiverem os navios no dique, alem da quantia estabelecida na tabella, pagarão
mais por tonelada 200 réis cada vinte e quatro horas.
3." Começará a contar-se esta demora desde que o dique ficar estanque, e lindará quando se abri-
rem as portas para sair o navio.
4.° Se o navio, depois de fabricado no fundo, não podér sair do dique por falta de maré ou outro
qualquer impedimento de força maior, deixará de pagar a demora no dique.
5.° Não se consideram como tempo de demora no dique os domingos e dias santificados, salvo ha-
vendo n'esses dias (com permissão da auctoridade competente) trabalhos no navio.
0.* As fracções do dia, até doze horas, são contadas por meio dia: passando de doze horas, pagarãq
o dia inteiro.
7." O mínimo que se conta para a demora de qualquer navio, que entrar no dique, são tres dias
completos.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 12 de setembro de 18QS.=Visconde da
Praia Grande.
TABELLA N.° 3
Das quantias que tem de pagar quem se utilisar dos objectos abaixo designados,
pertencentes ao arsenal da marinha
Por uma barcaça de virar de querena (das maiores), sem estar virando de querena
Idem sendo das menores 60000
Idem (das maiores) virando de querena com tres apparelhos
Idem com um ou dois apparelhos 180000
Idem (das menores) com tres apparelhos mooo
Idem idem com um ou dois apparelhos m o oo
Por uma lancha (das maiores) 6:0000
Idem das menores 40000
Por um escaler (dos maiores) 40000
Idem dos menores
Por um batelão para suspender cascos ou objectos pesados do fundo 500000
Idem por um menor para suspender ferros ou receber cargas 30000
Por uma barca de agua (das maiores) 20^000
Idem das menores 100000
Por uma amarração com boia 60000
Idem sem boia 7^000
Por uma bandeira de nação, de oito pannos
Por uma dita de seis pannos 10600
Por uma dita de quatro pannos 10000
Por uma dita de dois pannos 0600
Por uma dita de regimento de signaes 10000
Por um mastaréu de gavea de corveta ou brigue, para servir dejmastro para guindar quaes-
quer volumes 30000
Por um mastaréu de gavea de fragata ' 40000
Por um mastaréu de joanete de fragata 30000
Por um dito de corveta ou brigue
Por uma corrente ou amarra para fundas, a fim de suspender quaesquer navios^ou objectos
do fundo. 100000
Por um cadernal grande de tres a quatro gornes 20000
Por um dito de dois gornes 10500
Idem de um cadernal pequeno de dois ou tres gornes. 10000
Idem de um dito de patarrás 10000
Por um patarrás
Por um colhedor ou cosedura
Por uma estralheira
Por uma talha dobrada 10800
Por uma dita singela 10400
Por uma prancha de querena
Por uma dita de vento
Por um cabrestante de madeira 100000
Por um dito de ferro
Por um macaco hydraulico 30000
Por um dito não hydraulico 10500
Por uma costaneira de corrente em auxilio de virar.. 10000
Por uma liiiga de corrente 10000
10000
Por uma bomba de incêndio
POr uma dita de porão ou de cavouco
Por uma zorra
85
338 1865 11 de setembro
CABOS
Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representou a camara municipal de Lis-
boa, sobre a progressiva diminuição das nascentes que alimentam o aqueducto das aguas
livres: ha por bem ordenar que o engenheiro director das obras para o abastecimento das
aguas da capital faça introduzir no referido aqueducto as aguas denominadas da Mata, fi-
cando salvos aos proprietarios marginaes os direitos que possam ter em vista do decreto
de 3 de julho de 1758.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus^
tria, se communica aoso bredito engenheiro para sua intelligencia e devidos effeitos. Paçò,
em 13 de setembro de 1865. = Conde de Castro.—Para o engenheiro director das.obras
para o abastecimento das aguas da capital. D. de L . n.° AOS, D E I S de «et.
Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o projecto de regulamento provisorio, da-
tado de 8 do corrente, proposto pelo conselheiro director geral dos telegraphos do reino,
para a admissão de boletineiros e guardas-fios para o serviço electro-telegraphico: ha por
bem determinar, que emquanto se não fizerem os regulamentos para a completa execução
do decreto com força de lei de 30 de dezembro ultimo, que organisou a direcção geral
dos telegraphos do reino, se ponha em pratica o mencionado regulamento provisorio.
O que, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, se communica ao re-
ferido funccionario para seu conhecimento e execução.
Paço, em 13 de setembro de 1 8 6 5 . = Conde de Castro.—Para o conselheiro director
geral dos telegraphos do reino.
Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Lisboa uma nova as-
sociação de soccorros mutuos, denominada «monte pio de Jesus Maria José»;
Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar a sorte dos asso-
ciados e muito contribuem para a sua moralisação;
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
Yisto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos do monte pio de Jesus Maria
José, os quaes constam de oito capítulos e setenta artigos, e baixam com este decreto as-
signados pelo ministro e secretario d'eslado das obras publicas, commercio e industria, fi-
cando a mesma associação sujeita nos termos de direito á fiscalisação administrativa, e
bem assim ás disposições das leis de 31 de maio de 1853 e 7 de abril de 1864, pelo que
respeita á acquisição de predios rústicos ou urbanos; com a expressa clausula de que a
minha regia approvação lhe poderá ser retirada se se desviar dos fins da sua instituição,
não cumprir fielmente os seus estatutos ou deixar de remetter annualmente á direcção
geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia.
1
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 13 de setembro de 1 8 6 5 . — M i . = C o n d e de
Castro. D. dc L. n.° 209, dc 16 do set.
15 ile setembro 1865 341
Aos 26 dias do mez de julho de 1855, n'esta cidade de Lisboa e paços do concelho d'el-
la, estando ahi reunidos o presidente e vereadores da camara municipal, abaixo assigna-
dos, foi ponderado, que cumprindo attender ao estado de ruina e pouco aceio em que se
acham grande parle das paredes externas dos predios da cidade e do mesmo modo as in-
teriores dos saguões e das escadas do serviço geral dos inquilinos, depois de examinado
e discutido este negocio, accordaram no seguinte:
Artigo 1.° São obrigados todos os proprietarios de predios, silos no concelho de Lis-
boa, a conservar sempre rebocadas todas as paredes exteriores dos seus predios.
'•;-• Art. 2.° Os mesmos proprietarios são tambem obrigados a limpar, caiando ou pintando
de seis em seis annos todas as paredes exteriores dos referidos predios, a lavar-lhes as can-
tarias e a pintar as grades das janellas.
§ unico. Nas disposições dos dois artigos antecedentes ficam comprehendidas, .não só
as casas, mas tambem as faces externas dos muros dos pateos, jardins, quintas, cercas e
quintaes.
85
342 1865 11 de setembro
Art. 3.° Os mesmos proprietarios são tambem obrigados a conservar sempre limpas
todas as paredes das escadas de serventia geral dos seus predios commum a mais de um
morador.
Art. 4.° As disposições d'esta postura só começarão a obrigar depois de 1 de outubro
do anno de 1855, sendo depois d'este dia obrigados á limpeza dos respectivos predios,
mencionada no artigo 2.°, todos os proprietarios que o não tiverem feito durante os ulti*
mos seis annos.
Art. 5.° Os transgressores de qualquer das obrigações aqui impostas depois de inti-
mados; incorrerão na multa de 6$000 réis pela primeira vez e na de 12$000 réis pelas
reincidências.
E como a presente postura não possa obrigar nem produzir effeito legal, sem que se
cumpra o determinado no § 1.° do artigo 121.° do codigo administrativo, deliberaram ou-
trosim que ella subisse á approvação do conselho de districto. E para tudo assim constar
se mandou lavrar a presente, que vae por todos assignada.
E eu Nuno de Sá Pamplona, escrivão da camara a subscrevi.—O presidente, Manuel
Salustiano Damasceno Monteiro=João de Matos Pinto=Antonio Esteves de Carva-
lho=Francisco Manuel de Menclonça = Joaquim Candido da Costa=José Antonio Pe-
reira Serzedello= Geraldo José Braamcamp.
(1) Identicas, mutatis mutandis, para os procuradores régios junto das relações do Porto e Açores.
344 1865 11 de setembro
CADEIA D A COMARCA D E
(doestado
Se está em edificio jda c a m a r a municipal .
(particular
(Salas
N u m e r o de aposentos de que è composta] Quartos
(Enxovias.....
Se t e m enfermaria ."
Se tem caDelia ou oratorio
(Bom
Salubridade] Soffrivel
!
(Mau
capacidade. s X v d : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
(Mau
(Bom
S e g u r a n ç a .]SofFrivel
N u m e r o medio dos presos q u e c o n t é m . (Mau
j feminino .............................
N u m e r o medio do movimento a n n u a l d e l S e x o masculino
presos í Sexo feminino
Se é cadeia de transito
N u m e r o medio "annual dos presos dei Sexo masculino
transito i Sexo f e m i n i n o
Qual é o modo de conseguir uma b o a t P o r melhoramentos e r e p a r o s no edificio a c t u a l . .
prisão (Por conslrucç.ão de edificio novo
Despeza provável com os reparos .
Despeza provável com a nova construcção D . d o L . n.° 210, do 18 do set.
Attendendo ao que me foi representado por parte da camara municipal da Horta, ácerca
dos inconvenientes que têem resultado aos povos do seu concelho de serem julgadas no
juizo de policia correccional as causas de coimas, policia municipal ou transgressões de
posturas; e conformando-me com a informação das auctoridades administrativa e judicial
do respectivo districto, as quaes são concordes na utilidade de fazer cessar os inconvenien-
tes apontados: hei por bem, usando da faculdade que me concede a lei de 18 de abril de
1859, revogar o decreto de 11 de agosto de 1854 na parte relativa ao concelho da Horta,
a fim de que nas freguezias que o compõem reverta para os competentes juizes eleitos o
processo e julgamento das causas de coimas, policia municipal ou transgressões de postu-
ras, que por aquelle referido decreto fôra commettido ao magistrado de policia correccional.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da justiça assim o lenham
entendido e façam executar. Paço no Porto, em 18 de setembro de 1 8 6 5 . = R E I . = J O Í I -
quim Antonio de Aguiar=Augusto Cesar Barjona de Freitas.
D. do L. n.° 233, dc 1 4 d c o o t .
Havendo sido approvadas por decreto de 12 do corrente mez as tabellas dos preços
que têem de pagar os individuos que se utilisarem de algum objecto pertencente ao arse-
nal de marinha; e
29 de setembro 1865 345
Considerando que convém zelar por todos os modos os interesses da fazenda nacional
em tão importante ramo da publica administração; e
Considerando que o emprestimo de qualquer dos objectos mencionados na tabella n.° 3,
ou a pratica das fainas incluídas nas tabellas n. os 1 e 2, produz sempre depreciações, com
grave prejuizo para o estado :
Ha por bem Sua Magestade El-Rei ordenar, pela secretaria d'estado dos negocios da
marinha e ultramar, o seguinte:
1 Q u e cessem d'ora avante todos os emprestimos gratuitos que se costumavam fazer
de objectos pertencentes ao arsenal, e que se não proceda tambem gratuitamente a qual-
quer faina d'aquellas que vem designadas nas tabellas referidas;
2.° Que o inspector geral do arsenal de marinha fique auctorisado a emprestarquaes-
quer objectos que haja disponíveis no estabelecimento a seu cargo e a mandar executar
qualquer trabalho ou faina, exigindo a correspondente retribuição, segundo as menciona-
das tabellas.
Paço, em 19 de setembro de l8Qo.—Visconde da Praia Grande.
D. dc L . n.° 312, de 2 0 d e set.
2.» DIRECÇÃO
1." R E P A R T I Ç Ã O
Eu El-Rei faço saber aos que este meu alvará virem, que attendendo ao que me repre-
sentou a mesa do hospital do Espirito Santo da cidade de Tavira, e querendo conferir-lhe
um publico testemunho do apreço em que tenho o mesmo estabelecimento pelos fins hu-
manitários da sua instituição: hei por bem, em vista da informação do governador civil do
districto de Faro, declarar-me protector do hospital do Espirito Santo da cidade de
Tavira.
E para que assim fique constando authenticamente no archivo do mesmo estabeleci-
mento e possa esta real mercê surtir todos os seus effeitos se passou o presente diploma.
—Pagou de direitos de mercê e addicionaes a quantia de 12$320 réis, como fez conslar
de um conhecimento em fórma, n.° 394, passado em 20 de setembro corrente na recebe-
doria da receita eventual.
Dada no paço, em 2 1 de setembro de 1 8 6 5 . = E L - R E I . = Joaquim Antonio de Aguiar.
Alvará pelo qual Vossa Magestade ha por bem declarar-se protector do hospital do Es-
pirito Santo da cidade de Tavira, pela fórma retrò declarada. —Para Vossa Magestade ver.
— P o r despacho de 18 de março de 1864. = João Correia de Oliveira Caupers o fez.
D . d e L. n.° 2 4 2 , de 2 5 d e o u t .
88
346 1865 11 de setembro
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio do engenheiro chefe da 2. a divisão
fiscal da exploração dos caminhos de ferro, com data de 21 do corrente, acompanhando
o novo horário proposto pela companhia do caminho de ferro de sueste, para o serviço
que deve começar a regular desde 1 de outubro proximo futuro em diante; e confor-
mando-se o mesmo augusto senhor com a informação dada a este respeito pelo referido
engenheiro fiscal: ha por bem approvar o horário proposto pela dita companhia, para
começar a vigorar no dia 1 de outubro futuro, reduzindo a duas as quatro viagens que
actualmente se acham estabelecidas, havendo para este fim dois comboios na linha dire-
cta, sendo um ascendente e outro descendente, partindo aquelle do Barreiro ás oito horas
e quinze minutos da manhã para chegar a Evora ás doze horas e quinze minutos, e a Beja
ás duas horas e dez minutos da tarde, e partindo d'esta cidade ás oito horas e trinta mi-
nutos da manhã para chegar ao Barreiro ás duas horas e quarenta cinco minutos da tarde;
na intelligencia porém de que a reducção do numero dos trens diarios não deverá servir de
precedente na confecção do horário que regular o serviço do caminho de ferro de sueste
no verão do anno proximo futuro, no qual se deverão restabelecer os quatro comboios
. diarios geraes que hoje circulam daquella linha.
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e indus-
tria, ao dito engenheiro fiscal, para sua intelligencia e devidos effeitos.
Segunda divisão fiscal de construcção de caminhos de ferro. — N.° 40. — III.™0 e ex. mo sr.^—Levo
àò conhecimento de v. ex. a que, na tarde do dia 18 do corrente mez, se deu um triste accidente sobre
•ó caminíio de ferro em construcção de Beja ao Algarve, d'onde resultou a morte de tres trabalhado-
res e alguns feridos.
. Inclusa remetto a v. ex. a a parte original do conductor João Martiniano T h o m á s Dias.
' É m todo o caso da parte dos engenheiros da companhia nenhuma falta houve, cumprindo ás a u -
ctoridades locaes o fazerem as diligencias para descobrir o malfeitor.
Deus guarde a v. ex." Lisboa, 22 de setembro de 1865.—Ill. m o e ex. mo sr. conselheiro director ge-
ral das obras publicas. = O engenheiro fiscal da construcção, João Evangelista de Abreu.
13 de setembro 1865 347
CO ASCENDENTES
o PREÇOS DOS BILHETES
H
;
Classes N.° l N.° 2
S ESTAÇÕES
d
w 1." 2.a 3.a Manhã Tarde
t
b. m. h. m.
- 0 - - 0 - Lisboa (vapor) 7 - 2 -
- 0 - - 0 - - 0 - Barreiro 8 15 3 5
2 0170 0140 0100 Lavradio 8 22 3 10
5 0170 0140 0100 Alhos Vedros 8 28 3 17
O on JHi.fi Moita 8 35 3 25
15 0420 0320 0230 Pinhal Novo (chegada), entroncamento . 8 55 3 40
V -p— Idem (partida) 9 5 3 45
0330
23 0620 0480 9 25 4 -
Ramal de Setubal ;;;;;;;;;; 4 15
28 0750 0570 0390 j
1
9 40
30 0800 0610 0420 Poeeirão 9 35 — _
h . m. h. m.
- 0 - - 0 - - 0 - Beja (partida) — _ 8 30
17 0430 0320 0210 Cuba - - 9 15
29 0730 0550 0370 Aivito - — 9 45
38 0960 0720 0480 Villa Nova - - 10 10
45 10130 0850 0570 Vianna — — 10 30
52 10310 0980 0660 Alcaçovas - _ 10 50
90 20270 10700 10130 E v o r a (partida) :.. - _ 10 50
64 10610 10210 0810 Casa B r a n c a (chegada), entroncamento - - 11 25
Idem (partida) - _ 11 40
79 10990 10490 10000 Montemór - _ 12 10
97 20440 10830 10220 Vendas Novas - _ 12 45
112 20820 20120 10400 Pegões - — 1 15
124 30120 20340 10560 Poeeirão — _ 1 40
152 30830 20870 10910
Rama! de Setubal I ^ J j - ; ; ; ; ; ; ; ; ;
7 50 1 35
146 30680 20760 10840 8 3 1 50
139 30500 20630 10750
Pinhal Novo (chegada), entroncamento 8 15 â -
Idem (partida 8 20 2 10
146 30680 20760 10840 Moita 8 35 2 25
149 30750 20820 10880 Alhos V e d r o s . . . 8 43' 2 33
,152 30830 20870 10920 Lavradio 8 49 2 40
154 30920 20950 10980 Barreiro 8 53 2 45
- 0 - - f i - - 0 - Lisboa (chegada) 9 50 3 45
348 1865 11 de setembro
R A M A L DE SETUBAL
li. m. h. m.
Lisboa. 7 - 2 -
ISO 100
Pinhal Novo
Palmella
Í Barreiro
hiVora..
Beja...
8
12
2
9
9
15
15
10
10
25
3
_
_
3
4
_
_
45
-
5
1.» 2. a
3. a
Manhã Tardo
h. m. h. m.
Setubal (partida) 7 50 1 35
150 HO 80 Palmella 8 3 1 50
330 250 160 Pinhal Novo (chegada) 8 15 2 -
/Beja.... 2 1 0 - -
12 15 - -
Linha d i r e c t a f c j
8 53 2 45
(Lisboa . 9 50 3 45
Foi presente a Sna Magestade El-Rei o eslado dos trabalhos das commissões comar-
cas, creadas por decreto de 21 de abril de 18G2, para proporem a alteração da actual cir-
cunscripção das parochias; e
Attendendo à urgente necessidade de serem ultimados aquelles trabalhos, para pro-
ceder-se á mais conveniente divisão, união e suppressão das mesmas parochias, no uso da
auctorisação concedida pela lei de 4 de junho de 1859, em harmonia com a de 2 de de-
zembro de 1840, a fim de cessarem os graves inconvenientes da divisão actual, e estabe-
lecer-se uma base-solida para a adopção e execução de providencias e importantes refor-
mas que os interesses da publica administração instantemente reclamam;
Attendendo a que, não obstante as repetidas instancias feitas pela direcção geral dos
negocios ecclesiasticos, não chegaram ainda á respectiva secretaria d'estado"os projectos
relativos ás comarcas constantes da relação junta, assignada pelo conselheiro director ge-
ral daquella direcção; e
Attendendo a que esta falta parece indicar que as commissões das alludidas comarcas
não têem procedido no desempenho do encargo que lhes foi incumbido com a regularidade
e diligencia recommendada nos artigos 2.° e 3.° do sobredito decreto de 21 de abril de
1862:
Houve Sua Magestade por bem resolver que, pela direcção geral dos negocios eccle-
siasticos, se expeçam sem demora as communicações necessarias aos governadores civis
dos districtos a que pertencem as mencionadas comarcas, para que:
1.° Recommendem ás respectivas commissões o emprego de toda a actividade, zêlo e
diligencia que se deve esperar das pessoas que as compõem, para, no praso mais breve
que for possivel, concluírem os seus trabalhos, tendo o maior numero de sessões compa-
13 de setembro 1865 349
tivel com a natureza d'elles e com o desempenho das outras funcções publicas que os res-
pectivos vogaes exercem, reunindo-se pelo menos uma vez em cada semana, na conformi-
dade do artigo 2.° do decreto de 21 de abril de 1862;
2.° Ordenem aos administradores dos concelhos que, no fim de cada semana, lhes
apresentem uma conta exacta dos trabalhos feitos durante ella; e
3.° Enviem á competente secretaria d'estado relatorios quinzenaes dos mesmos tra-
balhos e dos meios empregados para a conclusão d'elles; representando por essa occasião
sobre a necessidade de adoptar quaesquer providencias, que julgarem convenientes para
conseguir-se o resultado que se pretende e não couberem na sua jurisdicção.
E porquanto das commissões de que se trata fazem parte os ecclesiasticos nomeados
pelos reverendos prelados djpocesanos, e os delegados dos procuradores régios:
Houve Sua Magestade outrosim por bem resolver, que os mesmos prelados sejam con-
vidados para especialmente chamarem para este assumpto a attenção d'aquelles ecclesias-
ticos, e ordenar que o conselheiro procurador geral da corôa o mande particularmente re-
commendar aos sobreditos delegados.
Paço, em 26 de setembro de 1 8 6 A u g u s t o Cesar Barjona de Freitas.
DISTRICTO DE B E J A
Beja, Moura.
DISTRICTO DE BRAGA
Barcellos, Braga, Celorico de Basto, Fafe, Guimarães, Povoa de Lanhoso, Villa Nova
de Famalicão, Villa Verde.
DISTRICTO DE CASTELLO BRANCO
Certã.
DISTRICTO DE COIMBRA
DISTRICTO D E EVORA
DISTRICTO D E FARO
;
Faro.
DISTRICTO DA GUARDA
DISTRICTO D E L E I R I A
Caldas, Figueiró dos Vinhos.
DISTRICTO D E LISBOA
DISTRICTO DE SANTAREM .
;t DISTRICTO D E VIANNA /
DISTRICTO D E V I L L A R E A L •
i* DISTRICTO DE VIZEU
esta parte do projecto, que seu auctor depois alterou. Accordou porém a commissão pela experiencia
da discussão e conveiu o illustrado redactor, em q u e se adiassem os trabalhos d'ella; porque u m a ' r e -
vi são feita assim por partes não podia ser tão profícua, como importava que o fosse em obra de tão
g r a n d e tomo. Cumpria q u e lhe fosse presente todo o projecto concluido o impresso, p o r q u e só assim
podia a commissão c o n f r o n t a r os logares parallelos e obter um systema harmonico de doutrinas sem re-
petições e excreseencias inúteis e sem antinomias, sempre prejudiciaes á intelligencia e á boa execução
das leis. Deliberou pois a commissão suspender os seus trabalhos de revisão até que o projecto fosse
concluido e impresso, do que tudo dei conta ao governo, como ordenava o decreto da nomeação da com-
missão.
E m 1859 apresentou o illustrado redactor o seu projecto concluido e impresso. O governo refor-
çou a commissão revisora com a nomeação de novos membros, por ter m o r r i d o um e por se ter inha-
bilitado outro dos membros primitivos da commissão. Assim como depois fez outras nomeações de
novos membros em diversas occasiões.
A commissão organisada com a maior parte dos seus membros residentes em Lisboa, a l briu de
novo as suas sessões lia secretaria d'eslado dos negocios ecclesiasticos e de justiça em 9 de março de
Í860, e os seus trabalhos c o r r e r a m sempre regularmente, mostrando os membros da commissão o maior
zêlo e assiduidade quanto o permiUiam a cada um d'elles o estado da própria saude e outras occupa-
ções de que este serviço os não eximia.
As sessões foram duas p o r s p m a n a ao principio da segunda epocha, e pouco depois t r e s ; era Coim-
bra porém foram diarias, e tanto u m a s como outras durando quatro horas pouco mais ou menos. A com-
missão celebrou em Lisboa trezentas e quarenta o quatro sessões, afóra as muitas que tivera em Coim-
bra, como consta dos officios que tive a honra de dirigir á secretaria d'estado dos negocios ecclesiasti-
cos e de justiça e dos tres livros das actas das sessões de Lisboa, que ficam archivados na secretaria
de v. ex."
A commissão, comquanto tivesse em muito subido apreço o projecto do codigo, pelo indubitável
merecimento intrínseco d'elle, e pela auctoridade gravíssima do seu auctor, entendeu que não devia
p o u p a r esforços p a r a aperfeiçoar a obra, quanto coubesse em suas foi ças. E assim, fez duas revisões
doutrinaes e uma terceira principalmente de redacção, para que esta, por alguma expressão, ou pala-
v r a , ou período pouco correcto ou obscuro, não desse occasião a falsas interpretações e cavilações dos
preceitos do codigo. Estas tres revisões foram sempre feitas seguindo passo a passo os artigos do projecto.
O trabalho foi longo, Ímprobo e difficil corno podem avaliar v. ex.° e aquelles que, com mão diurna
e n o c t u r n a , estão costumados a versar a legislação do paiz e a consagrar longas vigílias ao estudo com-
parado das legislações dos outros povos. Não tenho a vaidade de interpor juízo s o b r e o merecimento
absoluto do resultado dos trabalhos de u m a commissão composta de sujeitos de cujas luzes, alta intel-
ligencia e sinceros desejos de serem uteis á patria ninguém duvida. A estes desejos, em mim ardentís-
simos, devi talvez que os meus illustres collegas me elevassem, com assentimento do governo de Sua
Magestade, do logar mais obscuro que me pertencia, ao honroso cargo de seu presidente. Não é a mim
q u e pertence, nem fôra aqui o logar proprio para isso, avaliar tão vasta e difficil o b r a . O governo d e
Sua Magestade, depois de a apreciar devidamente, decidirá se a deve propor á approvação do poder
legislativo, e este deliberará se a deve converter em lei do paiz.
Com relação porém á nossa legislação civil actual posso afoutarnente asseverar, que o. projecto da
commissão lhe é muito superior. l J ara o provar basta dizer, que no projecto fica cocliíicada toda a le-
gislação civil com methodo, precisão e clareza; quando a actual, por insuficiente, a que se acha es-
cripta, é.pela maior parte, controversa sendo os jurisconsultos forçados a recorrer nos.casos omissos
aos estylos, usos e costumes, aos argumentos de maior rasão ou de analogia, ás leis romanas e aos códi-
gos das na.ções civilisqdas, como determinam a lei de 18 de agosto de 17(39 e os estatutos da universi-
dade de 1772. Ainda m a i s : é mister qne o jurisconsulto consulte, alem das" nossas diversas collecções
e dos codigos estrangeiros, as obras dos nossos reinicolas, para conhecer a pratica dos tribunaes, a s
interpretações e opiniões dos doutores que o guiem n'este cahos onde pugnam todos os elementos. O q®e.
produz infelizmente incerteza dos direitos civis, litígios sem conta e dá occasião a. funestas dissenções
das familias.
Apesar d'estes e de outros defeitos da legislação civil em vigor, convém notar que a c o m m i s s ã o
teve por ella toda a veneração e respeito, como base,da nossa vida civil, e aceitou-a eni tudo que não
repugnava ao estado actual da sciencia do direito e das outras sciencias auxiliares como pedra de to-
que das novas doutrinas inseridas no projecto de codigo. NVstas circumstancias a commissão a t t e n d e u
á^ nossas instituições politicas e administrativas, que a cada passo brigam com a legislação- civil em
vigol' e acostou-se sempre que póde á experiencia das outras nações," testificada pelos seus codiigos mo-
dernos e pelos commentadores d'estes. Não quiz arriscar-se a temerários cominettímentos em materia
de que depende a segurança pessoal e real dos cidadãos.
Se considero agora o projecto á luz da legislação comparada, tambem me parece póde affirmar-se
sem temeridade, que não tem elle maiores lacunas do que os mais adiantados códigos modernos, e q u e
não será menos conforme áos solidos principios da philosophia do direito e da economia publica..
Não quero dizer com isto que o projecto do codigo é isento de defeitos, antes tenho poi' g r a n d e -
mente provável que em obra tão longa e difficil se encontrem muitos descuidos, e que estes p a r e ç a m
maiores a alguem, no nieio de tantas e tão encontradas opiniões, como ha sobre muitos pontos d e di^
reito civil. E n t r e os proprios memtyrps da commissão houve não raro opiniões oppostas, vencecida-se-
as materias algumas vezes por maioria de votos, como se póde ver das actas das sessões. Se o projecto.
352 1865 11 de setembro
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
EDITAL
for convertido em lei, a experiencia irá dizendo em q u e logares deverá ser abrogado, derogado, obro-
gado ou sobrogado. Ahi está o poder legislativo para o f a z e r .
Como corollario de tudo o que deixo dito peço licença para ainda dizer, que n'estas c i r c u m s t a n -
cias a principal questão que têem a decidir o governo e o parlamento me parece ser e s t a : Qual é p r e -
ferível, a legislação civil codificada no p r o j e c t o ou a actual dispersa pelas ordenações do reino, assen-
tos da casa da supplicação, leis extravagantes, e s u p p r i d a nos innumeros casos omissos ou pelas leis e
j u r i s p r u d ê n c i a dos romanos (difficilmente applicaveis ao viver civil dos nossos tempos depois de quinze
séculos que têem decorrido) ou pelos codigos modernos, muitas vezes qrn desaccordo entre s i ?
A commissão revisora entrega ao governo de Sua Magestade e á nação o f r u c t o dos seus trabalhos
no projecto de codigo civil portuguez. E por feliz se darâ ella se esses trabalhos merecerem a a p p r o -
vação do governo, do parlamento e dos jurisconsultos illustrados do paiz, e se convertido em lei c o n -
t r i b u i r p a r a a prosperidade da nação portugueza, que foi a ultima aspiração que teve cm vista.
Deus guarde a v. ex. a Lisboa e sala das sessões, 6 de setembro de 1865. — ]ll. m ° e ex. m o sr. minis-
tro e secretario d'estado dos negocios ecclesiasticos e de j u s t i ç a . = 0 presidente da commissão, Vicente
Ferrer Neto Paiva.
Copia da acta a qne se refere o officio supra
Sessão de 30 de agosto de 1865. —Presidencia do sr. F e r r e r — Á s oito e meia horas da noite, es-
tando presentes os srs. Ferrer, Marreca, Pequito, Branco, Soure, F e r r e i r a Lima, Gil, Mártens F e r r ã o
e José Julio, o sr. presidente abriu a sessão. Foi lida e approvada a acta da sessão a n t e r i o r .
O secretario apresentou e distribuiu pelos membros presentes da commissão os respectivos exem-
plares da ultima edição do projecto de codigo civil.
E m seguida declarou a commissão concluídos os seus trabalhos, resolvendo que o sr. presidente
remetta ao governo o projecto no estado em que está. O sr. José Julio declarou que o sr. Herculano não
comparecia por estar ausente de Lisboa, mas o auctorisára a declarar que adheria ás resoluções q u e a
commissão tomasse n'esta sessão; de tudo o que se lavrou esta acta que vae assignada pelo presidente
da commissão e por todos os membros presentes d'el)a. = Vicente Ferrer Neto Pàivar, presidente —Joa-
quim. Filippe de Soure = João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Mártens = Antonio de Oliveira Mar-
reca=José Antonio Ferreira Lima = Antonio Gil = Antonio Maria Branco = Antonio Pequito Seixas de
Andrade — José Julio de Oliveira Pinto, secretario.
29 de setembro 1865 353
4.° Para que esta policia paternal possa ser levada a effeito deverão os lentes, profes-
sores e chefes dos estabelecimentos notar com exactidão as faltas de frequencia de seus
discipulos, relata-las e julga-las com imparcialidade nos conselhos das faculdades, e dar
conta mensalmente d'aquelles que se houverem assignalado por seu merito ou demerito
litterario ou moral, na fórma dos §§ 3.° e 4.° do artigo 6.° do predito regulamento.
5.° Os empregados subalternos de policia academica deverão ser diligentes, e ao mesmo
tempo discretos, na averiguação dos delictos ou contravenções commettidos por pessoas
académicas, e dar-me parte circumstanciada de todos, capturando aquellas pessoas que
encontrarem em flagrante delicto. Guardando a maior consideração e delicadeza para com
as que se conduzirem com termos, maneiras e palavras de homens bem educados, inti-
marão para comparecerem na minha presença as que, com vestidos indecentes, termos e
maneiras grosseiras, e palavras descomedidas, desmentirem aquella qualidade, a fim de
serem reprehendidas, e ficarem os seus nomes e faltas notados no livro competente, na
fórma do artigo 14.° do citado regulamento.
6.° As auctoridades administrativas, judiciaes e militares deverão participar-me todos
os acontecimentos criminosos em que forem envolvidas algumas d'aquellas pessoas, pres-
tarem-me os auxilios que forem invocados, e coadjuvar as rondas de policia academica,
na fórma do artigo 21.° do mesmo regulamento. Este auxilio e coadjuvação sincera e effe-
ctiva que de todos espero serão o meio mais seguro de prevenir os crimes, poupando-assim
a triste necessidade de os castigar. -
Espero que sejam raríssimas as occasiões de se fazer applicação de alguma das dispo-
sições penaes do regulamento de policia academica; porque confio plenamente no bom
senso, brios e pundonor da academia; e o exemplar procedimento que ella teve no anno
lectivo findo, que justamente lhe mereceu os elogios do governo de Sua Magestade, será
um ponderoso incentivo qne a estimule a continuar a merecer igual honra para satisfação
de seus mestres, gloria da universidade, consolação de suas familias e esperança segura
da patria.
E para que chegue á noticia de todos será este affixado nos geraes da universidade e
do lyceu, e publicado no Diario de Lisboa e em algum periodico d'esta cidade.
Paço das escolas, em 26 de setembro de 1 8 6 3 . — E u Joaquim José da Encarnação e
Silva, segundo official, servindo de secretario, o subscrevi.=José Ernesto de Carvalho
E Rego, VÍCe-reÍtOr. D. do L. n.° m, de * do outubro.
~ «
88
354 1865 11 de setembro
RESOLUÇÃO N.° 2 9 1
Considerando quanto importa conhecer até que ponto e de que modo são exequíveis
e executados nos differentes estabelecimentos publicos de instrucção secundaria e superior
os programmas do ensino: ha Sua Magestade El-Rei por bem determinar, que no primeiro
dia de cada mez todo o professor que reger cadeira em qualquer dos mencionados esta-
belecimentos, apresente ao respectivo chefe litterario, para que este o faça Jogo subir ao
ministerio do reino, pela direcção geral de instrucção publica, um summario das materias
t u e tiver dado em cada um dos dias lectivos do mez anterior.
Paço, em 30 de setembro de 1 8 6 5 . ^ J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. d e L . n.° 223, de 3 de out.
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio do engenheiro chefe da 2 / divi-
são fiscal dos caminhos de ferro, com data de 23 do corrente, em que submette á appro-
vação do governo uma proposta feita pela companhia do caminho de ferro de sueste, para
estabelecer um comboio extraordinario de mercadorias, quando a affiuencia d'ellas, por
effeito da baldeação, possa dar logar à demora do comboio de passageiros; e conforman-
do-se o mesmo augusto senhor com a informação dada a este respeito pelo referido enge-
nheiro fiscal: ha por bem, em additamento á portaria de 23 d'este mez, que estabeleceu o
novo horário, que deve regular o serviço dos comboios de 1 de outubro futuro em diante,
approvar a proposta feita pela dita companhia, para estabelecer, quando as circumstancias
o exigirem, um comboio extraordinario de mercadorias, a fim de não interromper a regu-
laridade que deve observar-se na partida dos Irens de passageiros.
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria
ao referido engenheiro fiscal para sua intelligencia e devidos effeitos.
• Paço, em 30 de setembro de 1863.=Conde de'Castro—Para o engenheiro chefe da
2." divisão fiscal dos caminhos de ferro. ' d. de L. n.° 226, de 6 de out.
. ; .
• Mvii!! ii
.'lioab th .«.á ali
. • \ - V - ' . V • -
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OUTUBRO
MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO
DIRECÇÃO GERAL 1*E ADMINISTRAÇÃO POLITICA
L. A R E P A R T I Ç Ã O
Portuguezes!—Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Luiz I, meu sobre todos muito amado
e prezado filho, acaba de sair do reino para visitar seu augusto sogro o Rei de Italia e outros
soberanos da Europa, tendo sido para esse fim auctorisado pela carta de lei de 4 de se-
tembro do corrente anno.
Em virtude do artigo 2.° da citada lei e das leis de 7 de abril de 1846 e 12 de feve-
reiro de 1862, assumo a regencia do reino, e exerce-la-hei durante a ausencia de Sua Ma-
gestade El-Rei.
Entrando no exercicio da regencia e em conformidade com a carta constitucional da
monarchia, juro manter a religião catholica apostólica romana, a integridade do reino, obser-
var e fazer observar a constituição politica da nação portugueza e mais leis do reino, e
prover ao bem geral da nação, quanto em mim couber; juro igualmente guardar fideli-
dade a El-Rei o Senhor D. Luiz I, e entregar-lhe o governo logoque regresse ao reino.
Este juramento será por mim reiterado perante as côrtes geraes da nação portugueza
na sua proxima reunião no dia 6 de novembro.
Tenho resolvido que os actuaes ministros e secretarios d'estado continuem no exer-
cicio de suas respectivas funcções. »
Paço das Necessidades, em 2 de outubro de 1865.=REI, Regente. == Joaquim Anto-
nio de Aguiar—Augusto Cesar Barjona de Freitas=Antonio Maria de Fontes Pereira
de Mello= Visconde da Praia Grande = Conde de Castro. D. de L. n.° 223, do 3 de out.
(1) Identicas para JóSo Chrysostomo de Abreu e Sousa, José Victorino Damazio, José Diogo Mas-
carenhas Mousinho de Albuquerque, Antonio Cardoso Avelino.
389
14 de outubro. 1865
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, manda declarar ao governador civil
da Guarda, para seu conhecimento e da camara municipal do Sabugal, que não póde ser
approvada, a pensão por ella concedida ao seu antigo escrivão Julio Antonio Vieira:
1.° Porque, segundo a disposição da ordenação, livro 1.°, titulo 66.°, § 20.° e da porta*
ria regulamentar de 23 de agosto de 1859, as pensões municipaes só podem ser concedi-
das aos empregados que prestaram serviços relevantes e distinctos; .:
2.° Porque do alvará se não mostra que o agraciado fizesse jamais áo concelho ser-
viços daquella natureza, não podendo considerar-se dislincto e relevante o serviço ordi-
nario, por diuturno que seja; • : ' .
3.° Porque os serviços militares que se diz haver prestado o ex^escrivão, aindaque
relevantes fossem, não podiam ser tomados em conta na concessão de pensões municipaes*
que só podem assentar em serviços prestados em beneficio especial do concelho, e não
nos geraes prestados aò estado, os quaes devem ser remunerados segundo a legislação que
rege n'estas materias, se n'esses serviços se derem os requisitos que as leis'exigem.
Paço, em 3 de outubro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. de L. n.°st8, de 5'de ott.
Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'eslado dos nego-
cios do reino e da fazenda, e usando da faculdade conferida ao governo pelo § 4.° do ar-
tigo 3.° da carta de lei de 25 de junho de 1864, em vigor para o anno economico corrente
pela carta de lei de 18 de maio de 1865: hei por bem, ouvido o conselho d'estado, decre-
tar em nome de EI : Rei o seguinte:
Artigo unico. É aberto no ministerio da fazenda, a favor do ministerio do reino, um
credito supplementar até â quantia de 12:000^000 réis, em que poderão importar as des-
pezas extraordinarias de saude publica no anno economico de 1865-1866.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço das Necessidades, em 4 de outubro de 1865.—REI, Re-
gente. =Joaquim Antonio de Aguiar—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L. n.° 226, do 6 do out.
. Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o requeri-
mento de Maria da Gloria de Abreu Lopes e Gertrudes Emília de Abreu Lopes, pedindo
a confirmação da pensão de 150$000 réis que lhes fôra concedida pela camara*municipal
de Angra do Heroismo, pelos serviços prestados por seu pae Manuel Bernardo de Abreu
Lopes, escrivão que foi da administração do concelho da mesma cidade: manda o mesmo
augusto senhor declarar ao governador civil, em resposta ao seu officio de 18 de setembro
ultimo, e para sua intelligencia e da camara municipal de Angra, que não póde ser con-
firmada a pensão concedida:
1.° Porque a ordenação, livro 1.°, titulo 66.°, § 20.°, c a portaria dè 23 de agosto de
1859, somente auctorisam a concessão de pensões aos empregados dos concelhos; e o es-
crivão da administração, comquanto seja pago dos seus ordenados pelo cofre da camara,
como o são os outros funccionarios, não é empregado municipal; mas da administração
geral do estado, o que em relação aos amanuenses das administrações foi ha pouco decla-
rado pela portaria de 4 de julho de 1865;
2.° Porque os diplomas citados exigem que as pensões assentem em serviços feitos
em proveito especial do concelho, e aos serviços do escrivão da administração falta esta
qualidade essencial, poisque não compete a este empregado funcção alguma municipal,
mas apenas funcções da administração geral do estado;
3.° Porque as pensões hão de ter por base serviços relevantes e distinctos, e do alvará
"não consta que taes serviços existam, vistoque não podem considerar-se relevantes os que
são só diuturnos;
4.° Finalmente, porque os serviços militares que o fallecido escrivão "prestou, se fo-
rem de natureza tal que dêem direito ás filhas a serem remuneradas por elles, ha deessa
remuneração ser dada pelo estado e não pela camara, a quem não incumbe uma tal obri-
gação.
Paço, em 4 de outubro de 1 8 6 5 J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. do L. n.° 228, de 9 de out.
(1) S e n h o r ; — As despezas extraordinarias de saude publica, taes como gratificações aos delegados
e sub-delegados technicos do conselho de saude e aos encarregados da policia sanitaria em Lisboa, sa-
larios dos guardas privativos de saude a bordo dos navios em quarentena, despezas com a policia sani-
taria a cargo do governo civil de Lisboa e outras que eventualmente possam apparecer d u r a n t e o actual
anno economico, calculam-se em 12:000^000 réis.
P a r a occorrer áquellas despezas está o governo auctorisado a a b r i r creditos supplementares pela
carta de lei de 25 de j u n h o de 1864, artigo 3.°, § 4.° em vigor para o anno economico de 1865-1866
pela carta de lei de 18 de maio de 1865.
Por estas r a s õ e ^ o s ministros de Vossa Magestade nas repartições dos negocios do r e i n o e da fa-
zenda têem a h o n r a de submetter á approvação de Vossa Magestade o seguinte decreto.
Ministerio dos negocios do reino, em 4 de o u t u b r o de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio d'Aguiar—Anto-
nio Maria de Fontes Pereira de Mello.
14 de outubro. 1865 361
Para que aos aspirantes de marinha possa aproveitar ainda este anno o beneficio que
lhes concede a portaria d'esta data e ministerio, applicando-lhes as disposições da de 5 de
setembro proximo preterito, relativa aos exames dos alumnos militares: manda Sua Ma-
gestade El-Rei, Regente em nome do Rei, que os requerimentos para exames dos mesmos
aspirantes possam ser apresentados aos reitores dos lyceus de Lisboa, Coimbra e Porto,
até ao dia 11 do corrente, e que os outros prasos estabelecidos na citada portaria sejam pro-
rogados por mais quatro dias alem do termo n'ella fixado, o que terá logar só este anno,
devendo nos seguintes regular os prasos de que trata a mencionada portaria.
Paço, em 5 de outubro de Joaquim Antonio de Aguiar.
D. de L. n.° 226, de 6 de ont.
tivos na sua repartição e se apresentar ao quarto, será abonado do vencimento dos dias em
que faltou, e se ao quarto dia ou antes remetter certidão de facultativo comprovativa da
sua doença, continuará a ser abonado a*té trinta dias, ficando porém dependente o abono
do vencimento, relativo ao mais tempo em que se conservar ausente, da apresentação de
nova certidão;
O empregado a quem durante um mez se considerarem justificadas tres faltas pela
simples parte de doente, não poderá no decurso do mesmo mez ser abonado do venci-
mento correspondente ás mais faltas que fizer por igual motivo, senão apresentando certi-
dão do facultativo que o tratar nos termos do artigo antecedente;
0< empregado que for encontrado fóra da sua casa no dia em que a pretexto de doen-
ça deixar de comparecer na repartição, será pela primeira vez suspenso do exercicio e
vencimento por oito dias, e no caso de reincidência o governo haverá para. com elle mais
severa demonstração, conforme as circumstancias;
Ao empregado que faltar á sua repartição sem licença, ou sem justificar as faltas que
fizer, será descontado ó vencimento dos dias em que deixar de comparecer, e se faltar mais
de trinta dias consecutivos, sem haver obtido licença, será suspenso ou demittido, como
parecer mais justo;
O empregado que, sem licença do respectivo chefe, se ausentar da repartição antes de
findarem os trabalhos, será suspenso, do exercicio e vencimento por espaço de oito dias;
se estas faltas*se repetirem poderá haver a seu respeito mais severo procedimento;
O empregado que estiver com parte de doente, com certidão ou sem ella, poderá ser
oficialmente visitado no seu domicilio por um ou mais facultativos, precedendo auctori-
sação do ministro; reconhecendo-se que a doença não é verdadeira, o empregado será
desde logo suspenso e o governo procederá depqis corno, julgar mais conveniente.
O que o mesmo augusto senhor manda, pela secretaria d'estado dos negocios da fa-
zenda, participar ao conselheiro official maior da mesma secretaria e secretario geral do
ministerio, para que lhe faça dar inteiro cumprimento, communicando esta resolução a to-
das as repartições dependentes d'este ministerio.
Paço, em 5 de outubro de 1 8 6 5 . — Antonio Maria de Fontes Pereira cfcj MeUo.=
Para o conselheiro official maior da secretaria d'estado dos negocios da fazenda e secreta^
íio geral- do. ministerio. D.dew.aMídeeideoo»,
i . Considerando q u e todas aquellas associações que não podem ter existencia. legal sem
pifeviaauctorisação do governo, estão sujeitas á fiscalisação da administração publica exer-
cida pelo. modo que ao mesmo governo parecer mais conveniente; e
Vista a representação do conselheiro Antonio José Coelho Louzada, com data de 5 do
corrente mez, dando conhecimento das duvidas que se suscitaram na assembléa geral da
companhia de seguros denominada «segurança», em sessão de 16 de agosto passado,
ácerca do direito que aos fiscaes do governo assiste de tomarem parte nas discussões da$
assembléas geraes das,referidas associações:
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pelo ministerio das obças pu-
blicas, commercio e industria, que o governador civil do districto administrativo do Porto
faça constar á direcção e á mesa da assembléa geral da companhia de seguros denominada
«segurança», que tendo o referido conselheiro Antonio José Coelho Louzada sido nomea-
do, por portaria de 19 de dezembro de 1861, para exercer na cidade do Porto as func-
ções de fiscal das sociedades ano.nymas ou companhias de commercio e das sociedades de
soccorros mutuos e caixas economicas; cumpre que o referido funccionario seja sempre
considerado como representante da auctoridade publica em tudo quanto for relativo ao
ejerçiçi&da commissão de que está incumbido; com a obrigação de fiscalisar o fiel.cum-
primento, da lei social de taes sociedades; e podendo por isso não só assistir, qugpijo o
julgar conveniente, ás sessões das assembléas geraes dos associados, mais tambem abj. emit-
tir opinião sobre todas as questões que se referirem á execução ou interpretação dos es-
tatutos, dando conhecimento ap governo de qualquer violação dos mesmos estatutos, sem
? da outubro 1865 m
que por modo algum, pelas opiniões emittidas pelo fiscal, fique tolhido o direito que só
aos associados pertence de tomar qualquer deliberação.
Manda igualmente o mesmo augusto senhor, qtie esta determinação seja applicada a
todas as: associações da natureza indicada, sempre que junto d'ellas se achar algum fiscal
por parte do governo e se suscitarem as duvidas que deram motivo a» esta regia deter-
minação.
Paço> em 5 de outubro de 1 8 6 5 . = C o n d e de Castro. D. DE L. n.° 237, de 19 de oot.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente èm nome dq : Rei, <0 officio,do director
da alfandega do Porto, datado de 30 de junho ultimo, em que pedia ser esc.larecidp.sobre
se devia continuar a cobrar-se o imposto de 500 réis em pipa de vinho, geropiga ou aguar-
dente, que der entrada nos armazens do Porto, ou Villa Nova de Gaia, creado, pelfl carita
de lei de 11 de outubro de 1852, com applicação a melhoramentos no,districto «inhatejí-p
do, alto. Douro; e o mesmo augusto senhor, considerando que o artigo -l^ida.carta.de lei
de 18 de maio do corrente anno auetorisou a cobrança; dos impostos e mais rendímentas
publicos, relativos ao anno economico de 1865-1866, applicando o seu.prqdpcto,ás des-
pezas do estado, correspondentes ao mesmo anno, segundo o disposto na, car.ta>de Ipi de
25 de junho de 1864, e mais disposições legislativas em vigor; considerando quq o. im*
posto de que se trata está comprehendido na mesma; auctorisação, por issQi que já se
achava, incluído na, citada carta de lei de 25 de junho de 1864: ha por bem, çonformau*
dorse com o parecer do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições indire-
ctas, mandar declarar, que deve. continuar a,proceder-se á cobrança do referido,.imposto,
visto,^açhar-se,auctorisada por lei a sua percepção. .;
. 0,que, pela-direcção geral das alfandegas e contribuições indirect^^sQtComipqniGa ao
director'da alfandega do Porto,, para seu conhecimento e devidos effejtos;
Paço, em 7 de outubro de 1865.= Antonio Maria de Fontes Pereira de MeU&j. ,1
Declara-se:
Que as disposições do § 6.° do artigo 356.° do regulamento de fazenda militar de 16
de setembro de 1864 devem ser applicadas a todas as praças de pret, ás quaes o serviço
nas obras militares é facultativo, mas não áquellas para quem elle è obrigatorio e prescri-
pto nas respectivas organisações. D. de L. n.° 230, de n de out.
Tendo-me sido presente o requerimento de Alonso Gomes, em que nos termos do de-
creto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de de-
zembro de 1853 pede se lhe faça a concessão definitiva da mina de manganez, sita na her-
dade dos Escudeiros, freguezia de Albernôa, concelho de Mertola, districto de Beja;
Considerando que o requerente, por portaria de 14 de dezembro ultimo, obteve a con-
cessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.° do ci-
tado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a
planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto Domingos Fernandes é idoneo para, segundo
as regras de arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho ge-
ral das obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da lei, e habilitado o requerente para a concessão definitiva do mesmo deposito: .
Hei por bem em nome de El-Rei, conformando-me com o parecer da referida secção,
conceder por tempo illimitado a Alonso Gomes a propriedade da mina de manganez, sita
na herdade dos Escudeiros, freguezia de Albernôa, concelho de Mertola, districto de Beja,
ficando obrigado em virtude da presente concessão ás seguintes prescripções:
1. a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras da arte, submettendo-se
os donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos;
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem a
terceiro;
3. a Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra e incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros;
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que occasionar pelas aguas accumuladas nos
seus trabalhos, se, tendo sido intimado, não as seccar no tempo que se lhe marcar;
14 de outubro. 1865 365
5. a Dar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior;
6. a Ter a mina em estado de lavra activa;
7. a Dar as providencias necessarias no praso que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruina pela má direcção dos trabalhos; : • .•<••
8. a Não difiicultar ou impossibilitar por uma lavra ambiciosa o ulterior aproveita-"
mento do mineral;
9. a Não suspender os trabalhos da mina com intenção de a abandonar, sem antes dar
parte ao governador civil respectivo e deixar a sustentação dos trabalhos em bom estado-;
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem ou estabele-
cerem as leis;
11. a Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria, todos os seis
mezes, a contar da data d'este decreto, o relatorio dos trabalhos feitos no período anterior;
•12.a Não admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos da lavra, sem licença do
governo, precedendo informação da secção de minas do conselho geral de obras publicas
e minas;
13. a Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações e
dos operarios; estas obras serão as que ordenar o governador civil, ouvindo o engenheiro
encarregado da inspecção das minas do districto, e no caso de não assentimento do con-
cessionario, as que o governo ordenar, ouvindo a secção de minas do conselho geral de
obras publicas e minas;
'14. a Executar as obras que, nos termos expressos na anterior condição, se prescreve-
rem pàra evitar o extravio das aguas e das regas;
15. a Não extrahir do solo senão as substancias uteis, indicadas n'este decreto, e as que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito;
16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquisa de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitti-los:
17. a Pagar ao estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidos pela lei de
31 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares de
17 de junho de 1858 e 15 de abril de 1862;
18. a Cumprir todos os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos em
• tudo que possa ser-lhe applicado.
Hei Outrosim por bem determinar que, para os fins acima designados, seja concedido
o terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto, e que é limi-
tado pelas linhas rectas que formam o pentágono BDEFG, cujos vertiCes são os pontos
B e D, ambos limites da demarcação da mina do Curralão e Zambujeiro; o ponto E, monte
dos Escudeiros; o ponto F, que fica a 500 metros ao sul do monte dos Escudeiros; e o
ponto G, que é o alto da Malhada; comprehendendo a superfície de 220:000 metros qua-
drados. •
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio industria assim o te-
nham entendido e faça executar. Paço, em 9 de outubro de 1865.=REI, Regente. =
Conde de Castro. D. det. n.«249,deÍ deno?.
Tendo-me sido presente o requerimento de Alonso Gomes, em que pede que nos ter-
mos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de
9 de dezembro de 1853, se lhe faça a concessão definitiva da mina de manganez denomi-
nada das Cruginhas, situada na freguezia de Alcarea Ruiva, concelho de Mertola, districto
de Beja ;
Considerando que o requerente, por portaria de 16 de julho do anno proximo passado',
obteve a concessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no ar-
tigo 25.° do citado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e
industria a planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto, Domingos Fernandes, é idoneo para, se-
gundo as regras da arte, dirigir ds trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho ge-
ral das obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da lei e habilitado o requerente para a concessão do mesmo deposito:
Hei por bem, em nome de El-Rei, conformando-me com o parecer da referida secção,
conceder por tempo illimitado a Alonso Gomes a propriedade da mina de manganez de-
366 1865 ÍO Ôè òutubro
ioitíiiiada das Crúginbas, situada ha freguezia de Alcarea Ruiva, concelho dè Mértola, dis-
tricto de Beja, ficando obrigado em virtude da prese ! hte concessão às seguintes prescri-
pções: ! "
; ' f l. a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, siíbmeftendq-se
os donos, empregados e trabalhadores ás regras d e policia designadas nos regulamentos;
• ; 2. a Responder por todòs os damnos e prejuizòs que por Causa da lavra resultarem a
terceiro;
•'»•• 3. a :-Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro pór càusa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra ou incorporação em f i o s ,
•arroios ou desaguadouros:
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que se occasionarem pelas aguas accúmuladas
n o s seus trabalhos, se tendo sido intimado as não seccar no tempo que se lhe ínarcar;
• S. a Dár principio aos trábàlhos dentCo do praso de dois mezes, contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior;
-6. a Ter á mina em estado de lavra activa;
7. a Dar as providencias necessarias no praso que lhe for designado, quando a ríiina
ameaçar'ruina pela má direcção dos trabalhos;
• - 8. a -Não-difficultar ou impossibilitar por uma lavra ambiciosa o ulterior aproveitamento
do n r i t e â l : ; : .
! a
9. Não suspendei' os trabalhos da mina com intenção de a abandonar, sem antés dár
parte ao governador civil respectivo e deixar a sustentação dos trabalhos em bom estado;
• 10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem óu estabele-
cerem as leis;
• Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria, todos os seis
mezes, a contar d'esta data, o relatorio dos trabalhos feitos no periodo anterior;
'12. a Nãò admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos da mina sem licença do
governo, precedendo informação do conselho de minas;
13. a Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações e
dos operarios; estas obras serão as que ordenar o governador civU respectivo, òuVindo o
inspector das minas do districto, e no caso de não assentimentod o concessionario as que
o govemorordenar ouvindo o conselho de minas;
14. a Executar as obras que nos termos expressos na anterior condição se prescreve-
r e m para evitar o extravio das aguas e das regas; -
i::: -I5. a Não extrahir do solo senão as substancias uteis indicadas n'este decreto e as que
sè acharem associadas com ellas no mesmo deposito;
'i 16.?. Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o ígov-erno julgue conveniente permitti-los;
;,: l'7. a Pagar ao estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidas'pela lei de
31 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares
ú é 17 de-junho de 1858 e 15 de abril de 1862;
.18-.* ®imprir todos os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos em tudo
q u e possa ser-lhe applicado.
Hei outrosim por bem determinar que para os fins acima designados seja concedido o
terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto e que é limitado
pelas linhas rectas que formam o hexágono A B C D E F , cujos verticés são: Serro Ag'udo,
® ponto B la;200 metros ao norte d'èste Serro, Serrinho das Canellas, Curralão, Pontal do
Pego<fo Linho 'e o ponto F n'a volta da ribeira de Alvacarega e comprehendendo uma sú-
f^rfiiáê de'240í000 metros quadrados.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio'e indus-
tria assina 'ofenha entendido e faça executar. Paço, em 9 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , Re-
gentQí^Wonde-de Castro. D.DEL.n.^50;'de4denoT.
têeni Shtiafcetfâdás, por mais teihpo que os prasos de três e cinco annos, estabelecidos no
artigo 6.° do decreto n.° 8 de 7 de dezembro do anno proximo passado, e dotivíndo Iiarmo-
nisar o cumprimenio da lei com os interesses do commercio: ha por bem o mesmo au-
'gtfsto Senhor, conforhiandose corri o parecer do conselheiro director geral das alfandegas
e contribuições indirectas, maridár declarar qiie, torrtándoetn consideração as reclamtfçõtes
'dós supp!icantès, sé déve entender que os prasos marcados no artigo 6.° db decreto n.° 8
dè 7 de dezembro de 1864 são applicaveis aos generos e mercadorias éHtradoè dfepòté da
publicação do citado decreto, vigorando para aquelles que já a esse tempo seachaVám eta
(fepositò às disposições ahteribrmente em éxecução.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se commúhvca a
quetA Competir para sua devida execução.
Páço, em 10 de otatubro de 1865. ±=Àntónio Maria de Fontes Pfreirú de Mello.
D. de L. n.° 230, áe Í1 de out.
Rèfiifàinento para execução flo artigo 6.° do decreto (2.°) de \ dè dezembro dè Í86Í
sòfiré concessões de terrenos baldios, ou outros pertencentes ao estado, nas
provincias de Cabo Verde, Angola, Moçambique e estado da India,, a que se refere
o decreto d esta data
Artigd 1As_ççmçessões para aforamento de terrenos baldios ou outros pertencentes
ad estado, rias pfiívíbcms cfê Cabo verde, Angola, Moçambique wcmao dá inclla, aiíctdri-"
sadás pelo decreto (2.°) dè 4 de dezembro de 1861, artigos 1.° e 2.°, cártá de lei de 7 dê
abril de 1863, e décreto com força de lei de 23 de maio do corrente annti, terão effeito
sótiiéfrte quando os concessioharios se mostrem habilitados Cora os mèios necessarios pará
áínténtadá culturá'.
Art. 2.° Se á concessão proceder por acto do governo dá metropole, na fófrriá dtí ar-
tigo 1.° do sdbredito decreto hão poderá verificâr-se antes de estai- satisfeita a condição do
artigo antecedente e de ser devidamente communicada ao governador géfál respectivo;
Art. 3.° Quando a concessão for requerida ao governador geral, nos termos do ar-
tigo 2.° d;o mesmo decreto, será por elle resolvida em conselho e regulada em harmcSfliá
com os meios de que os concessionarios dispozerem.
Art. Obtida a concessão e habilitado o concessionario com Os meios necessarios
fiátá á projectada cultura, deverá elle designar pór escripto, se ainda o não tiver feito,
qual a localidade dò' districto ou districtos ou divisões territoriaes eril que pretende se lhe
faÇà effectiva a iiiékmaconcessão, e O governador geral fará expedir a ordem necessária á
auctoridade respectiva, pára qiiè esta proceda na medição, demarcação e confrontação dos
terrenos. Umà cbpíâ dó título da concessão e o requerimento em que foreni designados os
tettêrios, Sérãb jutitÈfrhénte com aquella ordem remettidos á auctoridade shbáltèrná'.
Art. 5.° Esta allbtoHdttde, mandando atituál' os referidos papeis pelo escrivão d'áritè
sij oii, não o teiidôj^òf pesSòa por ella nomeada é jut-ameiHada párâ êsSè éfféito, áhnbn-
ciará no districto, por edital affixado nos logares publicos do costutae, cjue se há de pfo-
368 1865, 12 de outubro
ceder era sua presença na medição, demarcação e confrontação dos terrenos depois de
findo o praso de vinte dias.
| 1.° Uma copia do edital será junta ao processo, certificando-se n'este a affixação do
mesmo edital pelo official que a tiver feito e incorporando-se tambem o auto ou autos, de-
vidamente assignados, da medição, demarcação e confrontação dos terrenos.
§ 2.° A medição será feita pelo engenheiro da provincia, mediante ordem do gover-
nador geral, ou, na sua falta, por quem melhor possa substitui-lo e for nomeado pelo mesmo
governador.
Art. 6.° O perito ou peritos, nomeados pelo governador geral, prestarão juramento
perante a auctoridade que presidir á medição e ao passo que esta se fizer serão cravados
os marcos necessarios segundo a extensão e configuração do terreno, o que constará pelo
processo no auto ou autos respectivos, declarando-se juntamente o methodo empregado
na medição, de sorte que em todo o tempo possa verificar-se se foi ou não excedida a area
da concessão; e para o mesmo fim se explicará o sitio em que foram cravados os marcos,
assignalados por objectos perduráveis, rios, vertentes, pantanos, morros e outros similhan-
tes, havendo-os e a distancia de marco a marco, assim como a direcção a que demorarem.
§ unico. Serão exceptuados da medição o sterrenos que estiverem preoccupados, ou
em que os indígenas costumarem fazer as suas sementeiras e plantações.
Art. 7.° Feita a medição, demarcação e confrontação dos terrenos, subirá o processo
ao governador da provincia para examinar se as diligencias ordenadas estão em fórma re-
gular,- e sendo assim devolverá o mesmo processo á auctoridade local, ordenando-lhe a
posse e entrega dos referidos terrenos ao concessionario.
| unico. Se ao governador da provincia parecer que as supramencionadas diligencias
devem ser repetidas por faltas que n'ellas haja, assim ó ordenará, observando-se as for-
malidades prescriptas para as primeiras.
Art. 8." Se dentro do praso marcado no edital, ou por occasião de se proceder á me-
dição dos terrenos, esta for impugnada, a auctoridade local sobreestará em todo o ulte-
rior procedimento em respeito á porção de terreno sobre que tiver recaído a impugnação,
proseguindo todavia na medição, demarcação e confrontação dos terrenos, ácerca dos quaes
se não offerecer duvida.
Art. 9.° A auctoridade local mandará reduzir a escripto, em separado do processo, as
reclamações verbaes oppostas á medição das quaes, bem como das offerecidas por escri-
pto, fará remessa com informação sua, ao governador da provincia, e este, ouvido o agente
' do ministerio publico, resolverá as mesmas reclamações se forem de interesse geral; e
sendo de interesse particular, remetterá os reclamantes para os tribunaes judiciaes, onde
o ministerio publico promoverá como parte principal os termos do respectivo processo.
§ 1.° A resolução que versar sobre reclamações de interesse geral, será communicada
á auctoridade local e junta ao processo para se proceder nos seus termos.
, § 2.° Removida em favor da fazenda, por sentença passada em julgado, a reclamação de
interesse particular, poderá ser entregue ao concessionario o respectivo terreno, mediante
as diligencias necessarias, se ainda lhe não tiver sido inteirada a concessão e elle o pretender.
Art. 10.° Se o concessionario requerer outros terrenos em logar d'aquelles sobre que
tiver havido impugnação, o governador geral lhe deferirá depois de haver tomado conhe-
cimento da mesma impugnação na fórma do artigo antecedente, ordenando as diligencias
e mais termos prescriptos para a medição, demarcação e confrontação dos mesmos terrenos.
Art. 11.° Ao processo será junto a ordem de que trata o artigo 7.° para a posse è en-
trega dos terrenos, bem como o auto ou autos devidamente assignados, respectivos a es-
tas diligencias, e apenas ultimado subirá o mesmo processo ao governador geral que,
achando-o regular, ordenará a devida remessa á junta da fazenda, indo por appenso o pro-
cesso relativo ás reclamações de interesse geral de que trata o artigo 9.° . ;
Art. 12.° Recebido o processo, fará a junta da fazenda expedir carta ao concessiona-
rio .em conformidade do artigo 38.° e §§ 1.° e 2.° da lei de 21 de agosto de 1856, na qual
serão declaradas a situação, medição, demarcação e confrontação dos terrenos, importan-
cia do respectivo fòro e penas comminadas no artigo 4.° e § 1.° do decreto de 4 de dezem-
bro de Í864 e tambem as clausulas expressas nos artigos 10.°, 11.°e•§§, 12.°, 13.", 14.°.
e 17.° da citada lei de 21 de agosto de 1856, devendo ser registada na secretaria do go-
verno da. provincia, contadoria geral e perante a auctoridade da divisão ou divisões terri-
toriaes a que pertencer a concessão, segundo o artigo 48.° da mesma íei. •
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, em 10 de outubro de 1865,
= Visconde, da Praia Grande. D.de fc.n.»a32, dei3deout.
14 de outubro. 1865 369
R E G R A S G E R A E S DE BENEFICIAÇÃO
As paredes das casas que forem caiadas ou tiverem estuque estragado serão raspadas
e rebocadas e seguidamente caiadas com duas ou tres demãos de cal. Se estiverem forra-
das de papeis pintados antigos, sujos e não envernisados serão primeiramente arrancados
os papeis e inutilisados.
A mesma operação se fará aos tectos, portas, alisares e onde haja forro de papel.
As paredes e tectos das casas muito immundas, ou que tenham signaes de humidade
de cano de despejo, serão alem de muito bem raspadas, caiadas com agua de cal viva, á
qual se juntará uma pequena porção de chlorureto de cal. Se for porém excessiva a humi-
dade das paredes, convirá reboca-las com gesso, secca-las em toda a sua superfície com uma
pá de ferro em brasa, dando-lhes depois com broxa ordinaria uma demão da seguinte pre-
paração:
Cera amarella 100 grammas :
Terebinthina 4 kilogrammas
Esta preparação depois de derretida deve ser applicada quente; sobre as paredes as-
sim preparadas, podem-se collar papeis ou fazer quaesquer pinturas.
ii
Os estuques, portas, alisares, caixilhos, frisos e rodapés que estejam pintados a oleo,
serão lavados com agua e sabão ou com potassa dissolvida em agua, e se necessário for
com a preparação seguinte:
Chlorureto de cal . . . 500 grammas
(ou 1 arratel approximadamente).
Agua 8 canadas
(tudo misturado em vaso de barro ordinario).
Quando porém a madeira não for pintada ou polida será caiada ou lavada com a so-
bredita preparação,
370 Í865 1,0, d^ outjfbço
Hl
~ . IV
As casas das pias ou das latrinas serão caiadas com agua de cal viva misturada com
chlorureto de cal, do mesmo modo que foi dito na instrucção i. Todas as pias deverão ser
munidas de siphões; no caso porém que os senhorios se não préstem a adoptar este me-
lhoramento aconselhado pelo bem da saude publica em geral e pela dos inquilinos em par-
ticular, deverá o aceio ser mais rigoroso n'esies logares, lavando-os e caiando-os mais de
uma vez, e lançando nas pias cal em pó misturada com porção igual de pó ou cisco de
carvão.
Devem-se preferir sempre os desinfectantes que forem mais baratos e fáceis de obter;
a cá!, o carvão, os chloruretos e principalmente a caparrosa verde (sulphato; de ferro),
têem as condições rèqueridas.
v
Limpas e beneficiadas, uma por uma, todas as casas de qualquer habitação, incluindo
tambem as escadas (principalmente as que dão serventia a mais de uni morador com pias
de despejo nos patamares) pelo modo apontado nas instrucções anteriores, deverão con-
servar-se as janellas abertas por algum tempo para estabelecer a ventilação; no entretanto
sè farl á frmpeza da mobilia é trastes da casa com pannos seccos ou com agua, conforme
:f
forem ou não susceptiveis de lavagem. ' ' .
Os moveis de madeira não pintados ou polidos serão lavados com agua e sabão ou com
dissolução fraca de potassa.
VII
As lojas, pateos, saguões, cavallariças e curraes serão raspados, bem varridos e la-
vados ou regados mais do que uma vez, segundo o seu estado de immundicia, com a pré-
paração mencionada na instrucção n e as paredes raspadas, rebocadas e depois bem caia-
das. Se houver estrumeira ou depositos de immudicia, serão removidos immediatamente
para longe da. casa, lançando-lhes, á medida que se forem tirando, cal ou gesso ipi-slurado
com igual porção de pó de carvão e u m pouco de. sulphato de f e w ou de chlorureto de
cal. logares que servem de deposito de immundicias, basta lançar cal viva depois da
remoção ou despejo. •
14 de outubro. 1865 401
Da mesmo modo se deve praticar quando proximo da casa existam aguas sujas, empft"
çadas, urinas, residuos de fabricas, etc. .
VIII
Concluídas d'este modo as beneficiações das casas, que serão ma,is,ou mçnos, rigoroí&s,
segando as indicações dos sub-delegados technicos do conselho de saude.» 0,u dos facujta,-
tivos encarregados das visitas domiciliarias preventivas da cholera-morbus, çjg&Qtft que
todos os habitantes e particularmente os chefes de familia, conservem.aS Qíis^ a^iijiibiÇi-i
neficiadas em aceio e boas condições hygienicas, o que facilmente alcançarão praticando
o seguinte:
1.° Arejando as casas, abrindo as janellas todos os dias de manhã e de tarde, por al-
gumas horas, segundo a estação.
2.° Sacudindo e arejando as roupas das camas todas as manhãs. " : • ;
3.° Varrendo diariamente o sobrado, layando-o pelo menos de oito em oito dias no
verão e de quinze em qninze no inverno, ou mais a miúdo onde for preciso, aproveitando
para isso dias claros e seccos, tendo o cuidado de fazer a lavagem depressa e enxugando
logo, a fim de que se não conserve a humidade por muito tempo, principalmente nos quar-
tos de cama. ., '
4.° Evitando com o maior cuidado que em casa se conservem aguas sujas, urinas,
terias pútridas ou ainda quaesquer drogas ou fazendas mal cheirosas ou eiicommodáí^Yas.
5.° Tendo o maior cuidado em vasar diariamente na carroça do-li^o todçs òs, destro-
ços de hortaliças, cascas, etc., do serviço domestico, cobripdo-as, epiqu.apto se não Çaz o
despejo com uma mistura de partes iguaes de cal e pó de.carvão ou fisco de.càvyão e
de cinza. Nos povoados onde não houver carroças de lixo serão estas materias leva/ias,
logar afastado das habitações. . . '•.••ty*' :
6.° Removendo promptamente a roupa suja para o logar mais afastado das. q,u?rtos da
cama, sendo conveniente que no local escolhido, bem como na latrina, se cojisev.yem pra-
tos ou travessas de barro com chlorureto de cal, segundo, a formnlfj ^ d a .nq % in-
strucção v. .•.•••' "• •
7.° Vigiando que as bacias de retrete se conservem sempre bem ; %Adas e cpjg. ç> fupdo
coberto de agua simples ou de cal. ;
8.° Não consentindo dentro de casa, nem aves, nem animaes immundos..
9.° Escolhendo o local da casa mais conveniente e afastado do quarto da cama, para
depositar durante a noite as ferramenlas, instrumentos de officio, tintas, drogas, pelles,
ossos e quaesquer cousas fétidas ou putresciveis que a necessidade obrigue a g u , ^ a f erp
domicilio.
Está conforme- Secretaria do conselho de saude publica do reino, em 10 de outu-
bro de 4 $ 6 5 . = 0 secretario, José Pedro Antonio Nogueira. D . D O L . N . ° 2 4 7 , DEu DEOO{.
negocios da marinha e ultramar, e usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 13.°
do acto addicional á carta constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem, em nome do Rei, approvar o regulamento da escola medico-cirurgica do
estado da India, o qual regulamento faz parte d'este decreto, e baixa assignado pelo mi-
nistro e secretario d'estado dos negocios da marinha e ultramar.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
em H de outubro de 1865.=REI, Regente.=Visconde da Praia Grande.
CAPITULO II
Do conselho escolar
Art. 8.° O conselho escolar será constituido pelos lentes proprietarios, sob a presi-
dencia do director.
Art. 9.° Servirá de secretario o lente que para esse fim for nomeado pelo governador
geral, sobre proposta do conselho escolar.
. Art. 10,° O conselho reunir-se-ha:
•l.° Antes da abertura geral das aulas, a fim de votar sobre os novos programmas do
futuro anno lectivo, e examinar a conta da receita e despeza do anno findo;
2.° Logoque se encerrarem as aulas, para tomar as disposições necessarias aos exames ;
3.° Dois dias antes dos exames, para resolver sobre as reclamações de que trata o § 1
do artigo 116.°; •
geral do serviço d e saude das provincias ultramarinas, n a parte em que são applicaveis aos facultativos
e pharmaceuticos do q u a d r o de saude da India.
Por todas estas rasSes tenho a h o n r a de s u b m e t t e r á approvaçSo de Vossa Magestade o seguinte
depreto. ,
Secrètaria d'estado dos negocios da m a r i n h a e ultramar, em 11 de outubro de 1 8 6 3 , = Visconde da
Praia Grande.
11 de outubro 1865 373
100
4.° Depois de concluídos os exames, a fim de discutir o orçamento da receita e des-
peza para o anno seguinte e nomear o lente que deve recitar um discurso de inauguração
do proximo anno lectivo, no dia da abertura geral das aulas;
5.° No dia da abertura geral das aulas, em sessão publica, para conferir os prémios
aos alumnos.
§ unico. O conselho reunir-se-ha extraordinariamente quando for convocado pelo seu
presidente.
Art. n . ° As sessões ordinarias effectuar-se-hão em dias feriados não santificados, e
as extraordinarias só por motivos urgentes em dias lectivos, mas a horas em que não pre-
judiquem outros serviços escolares.
| unico. Os avisos de convocação serão feitos em nome do presidente, e assignados
pelo secretario.
Art. 12.° Não poderá haver sessão sem que esteja presente a maioria do conselho.
Art. 13.° Os negocios serão decididos á pluralidade de votos; no caso de empate terá
o presidente voto de qualidade.
§ unico. A votação effectuar-se-ha em escrutínio secreto nos casos designados n'este
regulamento, e n'aquelles em que por proposta de algum vogal o conselho assim o re-
solver.
Art. 14.° Formar-se-ha em cada sessão uma acta provisoria, a qual será depois lan-
çada em livro proprio pelo secretario, e assignada pelos vogaes que assistiram á mesma
sessão.
Art. 15.° O conselho corresponder-se-ha directamente com o governador geral do es-
tado e com o conselho de saude naval e do ultramar. A correspondencia será firmada
pelos membros presentes á sessão respectiva.
Art. 16. 0 São attribuições do conselho:
1.° Superintender especialmente e immediatamente nos estudos da escola, para que
estes mais se aperfeiçoem, e se observem os seus regulamentos;
2.° Prefixar as horas das aulas e o modo de se effectuarem os exercicios litterarios e
os exames;
3.° Approvar os programmas apresentados pelos lentes para o ensino nas respectivas
cadeiras;
4.° Escolher os compêndios, sem dependencia de superior resolução;
5.° Abonar as faltas dos alumnos;
6.° Coordenar os regulamentos especiaes, necessarios para a disciplina e economia da
escola, e para o completo desenvolvimento do methodo do ensino, os quaes serão commu-
nicados ao conselho de saude naval e do ultramar para serem presentes ao governo;
7.° Remetter com igual destino ao mesmo conselho um relatorio annual do estado
do ensino, mencionando as causas do progresso ou decadencia da escola, e incluindo a es-
tatistica respectiva;
8.° Cuidar na administração scientifica e economica da escola;
9.° Conferir diplomas de habilitação aos individuos que, tendo frequentado os cursos
escolares, pelo tempo e modo designados n'este regulamento, estiverem aptos pára exer-
cer a medicina e cirurgia, ou a pharmacia.
CAPITULO III
Do director
Art. 17.° O director do serviço de saude do estado da India será o director da escola.
Art. 18.° Compete ao director:
1.° Executar e fazer executar os regulamentos da escola e as resoluções do conselho
escolar;
2.° Assignar e fazer expedir a correspondencia para todas as auctoridades;
3.° Rubricar os livros e documentos de despeza da escola, e assignar os diplomas que
houverem de ser expedidos em nome do conselho;
4.° Inspeccionar as differentes repartições da escola;
5.° Convocar o conselho escolar;
6.° Dar conta, .em cada sessão do conselho, de todo o expediente e mais occorrencias
do serviço que sobrevierem à sessão antecedente;
7.° Auctorisar com o seu despacho as matriculas dos alumnos e as certidões que
tiverem de ser passadas pelo secretario.
404 1 8 6 5 , 12 de outubro
: r. CAPITULO V
Do secretario
Art. 24.° Será secretario da escola e do conselho o lente que for nomeado, seguqd^i
o disposto qp, grtigo 9.° .. .
; | vinicq.,;0 logar-4e secretario dev;erá ser exercido 4>elo. mesmo lênte pofisçis annos
consecutivos; findo este praso poderá ser outro nomeado, para aquelle cargo, se ç ÇQftffa
lho o julgar conveniente, ou se o lente que estiver servindo pedir a exoneração do ípgar
de secretario. -
. : .Art. ^S-0..Compete, ao secretario:
Í.° O expediente das matriculas, termo.s dos examçs, relações d,as açtas do çqnselhqi,
cqpsultas, relatorios e ipais papeis que,tenham de ser expedidos ena virtqde de resoluções
dò Conselho escolar, ou das disposições d'este regulamento;
U da outubro 1865 375
Art. 40.° Na bibliotheca da escola haverá uma collecção de livros, estampas e jornaes
de medicina, pharmacia e sciencias accessorias, preferindo-se os que forem mais neces-
sarios ao estudo.
Art. 41.° O conselho escolar deliberará sobre a escolha de livros, estampas e jornaes
scientificos indicados por qualquer dos lentes, a fim de se augmentar a bibliotheca com
as producções de maior merito, e ordenará a despeza respectiva nos limites da verba para
esse fim designada no orçamento.
Art. 42.° Todos os dias não santificados estará aberta a bibliotheca desde as oito ho-
ras da manhã até duas horas depois de fechadas as aulas; podendo n'ella ser admittidas
todas as pessoas que quizerem utilisar-se da leitura dos livros e jornaes.
Art. 43.° Os livros estarão collocados nas estantes, segundo a ordem dos differentes
ramos scientificos; serão numerados, marcados com o sêllo da escola e relacionados em
dois catalogos, n'um por ordem alphabetica em relação aos respectivos auctores e nó ou-
tro segundo as materias de que tratam. •
Art. 44.° Somente os empregados da escola poderão tirar os livros das estantes e col-
locados nos seus logares.
Art. 45.° Nenhum livro, estampa ou jornal poderá sair da bibliotheca, excepto para o
serviço das aulas durante as lições e com previa requisição, por escripto, dos respectivos
lentes.
Art. 46.° Será bibliothecario o lente substituto.
11 de outubro 1865 377
100
Art. 47.° O continuo estará na bibliotheca quando não fizer falta a outros serviços de
que for encarregado.
Art. 48.° Cumpre ao bibliothecario e na sua falta ao continuo, conservar o maior so-
cego no interior e vizinhanças da bibliotheca, admoestando ou fazendo sair d'ella, sendo
necessário, os individuos que perturbarem o silencio.
Art. 49.° O bibliothecario será responsável perante o conselho pela execução do dis-
posto no artigo 42.° e pelos livros, estampas e jornaes pertencentes á bibliotheca.
CAPITULO X
Do gabinete anatomico
Art. 56.° A casa para as dissecções servirá para os exercicios práticos dos estudantes
da 1." e 8. a cadeiras ás preparações anatómicas para demonstração nas aulas, ás autopsias,
e a outros trabalhos de igual natureza.
Art. 57.° Esta casa será franqueada, precedendo auctorisação do director da escola,
ás auctoridades que requisitarem um local apropriado para exames medico-Iegaes em
' cadaveres e igualmente aos individuos particulares que pretenderem fazer estudos de
anatomia.
Art. 58.° Compete ao lente de anatomia a inspecção da casa das dissecções, que deverá
ser conservada no maior aceio e convenientemente ventilada.
Art. 59.° Os cadaveres do hospital contíguo á escola serão conduzidos para a casa das
dissecções durante o anno lectivo, devendo os lentes da l . a e.8. a cadeiras aproveita-los
quanto for possivel para as demonstrações praticas e cuidar em que os alumnos se exer-
citem nas dissecções. .
CAPITULO XII ;
Do gabinete de instrumentos cirúrgicos
Art. 60.° N'esle gabinete, que estará a cargo do lente de medicina operatoria* haverá
os instrumentos necessarios ás lições da 8. a cadeira, os quaes serão comprados segundo o
exposto no artigo 38.°
TO te , i i 'à'é outuÈro
CAPITULO XIV
:
,"*/'."" ' Do laboratorio pharmaceutico
iv Art.:,65.- Depois de constituídos os differentes gabinetes, já mencionados n'este r e :
gulamento, formar-se-ha um laboratorio convenientemente disposto, e com os apparelhos
necessarios!para as operações chimicas e pharmaceuticas, em que deverão exercitar-se os
alumnos da 3 / cadeira.
§ unico. Emquanto não estiver organisado este laboratorio os éxéreieiòs práticos db
pharmacia serão feitos na botica do hospital militar e fornecidas pélo deposito de medi-
camentos as substancias empregadas n'esses exercicios.
. Art. Gl)." O primeiro pharmaceutico terá a seu cargo o arranjo e conservação do la-
boratório. :
CAPITULO XV
• • : • !;i Da habilitação dos alumnos para o curso medico-cirurgico .
. : Art. 67-.° Para ser admittido alumno ao curso medico-cirurgico são necessarios Os do-
cumentos seguintes:
1.° Certidão, em que o requerente prove ter mais de dezeseis annos de idade;
2.° •Certidão de approvação na l . a classe da lingua latina;
• Í3.°< Dita de approvação em philosophia racional e moral;
4.° Dita de approvação na l . a classe da lingua franceza;
5.° Dita de approvação nas disciplinas do 1 a n n o da escola mathematica e militar
de Goa.
CAPITULO XVI
Das matriculas
p
Art;;i68.j A 'matricula, tanto para o curso medico-cirurgico, Comopárá o pharmaceu-
1
tico, começará em 15 de junho e terminará em 30 do mesmo mez. \ "-"
| unicOi Passado o praso marcado n'este artigo, poderão ser admittidos até 15 de ju-
lho os; estudantes que provarem, por documento autheritico, perante o director, não lhes
ter sido possivel matricular-se. em tempo competente; sendo-lhes marcadas as faltas dós
:
dias em que já tiver havido aulas.
<?
..-, Art. éj9. Haverá dois livros destinados para matriculas, nos quaes sé inscreverá o
nome, filiação, naturalidade e idade do matriculado, a data da matricula e a declaração de
se,ra pjrimgip, segunda ou mais vezes que se matricula na mesma cadéíràí'UincTeStésli-
vras,servirá/para o curso medico-cirurgico e o outro para o curso pharmaceutico. 1 :
.ío^uniçoi^A. matricula será afeita pelo secretario e assignada por elle e pelo alumno.
Art. 70.° Ós alumnos que pretenderem matricular-se no 1.° anno do-curso'ftied : cò-
cirurgico deverão dirigir seus requerimentos ao di-rector, instruidos com as certidões exi-
gidas no artigo 67.°
Art. 71.° Os alumnos, comprarão,na escola os compêndios das disciplinas ensinadas
nas cadeiras que houverem de cursar.
:viT§:»niçQ.,sJQ director não despachara requerimento algum para mâtrictíiá sètaqtte o
alumno apresente uma declaração (passada gratisi peló secretario),- em : qtié ; ífibstre ; ter'
comprado os compêndios da cadeira em que pretender matricular-se-. '' •
Art. 72.° Á vista do despacho do director, o secretario abrirá as "matriculas aos estu-
1865 3f9
•dantes, fiâ ordem por que elles se forem apresentando, oú seguindo âlphabeticámente à
ordem dos nomes quando se apresentarem mais de um ao mesmo tempo. N'es;te acto
sefá pa^a a propina-mencionada' no artigo 34.° e respectivos emolumentos, conforme o ar-
tigo^1.0 • ' •
Art. 73.° Para a matricula do segundo anno é indispensavel a apresentaçã© dás cer-
tidões de approvação na l . a cadeira, e na aula de principios de physica e chimica e intro-
ducção á 'historia natural. Esta certidão será passada pela escola mathematica ;e : miirtár
de Goa. 1 • ' •' • • '• 1
Art. 74.° Para a abertura das matriculas nos 3.°, 4.° e 5.° annos ségtór-fee-í)ia'oíAésmo
processo que no 1.° anno, consistindo os documentos de-habilitação nas certidões de ap-
provação nos exames do anno lectivo antecedente. ' "
Art. 75.° Concluida a abertura das matriculas o secretario remetterá aoslefatés'de
cadauma das cadeiras uma lista dos nomes dos alumnos que houverem de frequentar -as
aulas respectivas e outra ao continuo da escola para por ella tomar o ponto. • •
•• Art. 76.° No fim de cada anno lectivo o secretario fechará as matriculas a todos os es-
tudantes que tiverem provado o anno, em conformidade do artigo 103.°; lavrando o' res-
pectivo termo de encerramento na mesma pagina em que tiver feito a abertura. N'e'ssá
occasião os alumnos pagarão a quantia exigida no artigo 34.° para o encerramento das
matriculas e o respectivo emolumento, conforme o artigo 28.° . :•
Art. 77.° As disciplinas professadas nas nove cadeiras, de que trata o artigo - Í . ^ e s t e
regulamento, constituem o curso medico-cirurgico, e serão distribuidas por cinco ánnos le-
ctivos do modo seguinte: ; / -
:
1.» A n n o •. i . í =; • • ísí»
2.° A n n o •• - •• '•'<
4. a Cadeira—Idem. ' • '•>••••• ••-;>: = i-,,^ .-
2. a Cadeira—Physiologia ehygiene. •• - ^ í s í ^ . ;^ 1
• • 3. a Cadeira—Materia medica e pharmacia. ,-mi i;,::; •<;!.:« ..
3.° A n n o " '' '
feitas por um ou mais alumnos, e o tempo restante empregado pelo professor na explica-
ção da lição seguinte.
| unico. As aulas de clinica poderão durar por mais tempo, quando a observação dos
doentes, o seu tratamento ou alguma operação cirurgica assim o exigirem para melhor in-
strucção dos alumnos.
Art. 82.° Os estudantes poderão expor por escripto ou verbalmente aos lentes as
dpvidas que tiverem sobre a materia explicada no dia antecedente. Estas duvidas serão
logo resolvidas, ou no dia immediato quando não convier interromper a prelecção.
Art. 83.° O lente da l . a cadeira começará as lições pelo estudo da anatomia geral, e
passará depois ao da anatomia descriptiva. Este estudo será acompanhado da demonstra-
ção no caderno todas as" vezes que for possivel, e na falta d'este ou ainda conjuncta-
mente com elle, o lente servir-se-ha, como meio supplementar, das estampas, do mane-
quim, ou das peças do gabinete anatomico. Os alumnos do primeiro anno farão exame de
anatomia theorica e pratica.
Art. 84.° As preparações que tiverem de servir na demonstração da l. a cadeira se-
rão feitas pelo lente substituto, com a antecedencia necessaria, sendo coadjuvado pelos
alumnos da mesma cadeira, os quaes deverão praticar as dissecções todas as vezes que
houver cadaver.
Art. 8S.° O lente da l . a cadeira regerá tambem a 9. a , o da 4. a terá a seu cargo a 6. a
e o da S. a a 7. a
Art. 86.° Os alumnos do 2.° anno frequentarão a aula da l . a cadeira, cursarão durante
o anno lectivo a 2." e 3. a cadeiras, segundo o disposto no artigo 88.", e findo o anno lectivo
farão tambem exame de anatomia pratica.
Art. 87.° O lente da 2. a cadeira começará o curso pela physiologia e termina-lo-ha
pela hygiene.
Art. 88.° O lente da 3. a cadeira explicará primeiro a materia medica, empregando
nas demonstrações as substancias medicinaes e ensinará depois a pharmacia, compelindo
ao primeiro pharmaceutico a demonstração e explicação dos instrumentos e apparelhos
usados na pharmacia e a direcção dos exercicios práticos dos alumnos no respectivo labo-
ratorio, aos quaes deverão elles assistir em duas tardes de cada semana.
§ unico. No impedimento ou falta do primeiro pharmaceutico pertencerá o serviço es-
colar ao segundo pharmaceutico que for proposto pelo conselho da escola e nomeado pelo
governador geral, devendo n'este caso ser-lhe abonada a respectiva gratificação do ensino.
Art. 89.° Os alumnos do 3.° anno frequentarão a 4. a , 5. a e 6. a cadeiras e farão exame
das duas primeiras, e exercitar-se-hão nos curativos aos doentes da enfermaria de clinica
cirurgica, sendo dirigidos e coadjuvados pelos alumnos do 5." anno.
Art. 90.° O lente da 8. a cadeira praticará as operações no cadaver e fará que os estu-
dantes as pratiquem do mesmo modo, explicará os methodos e processos operatórios mais
usados, assim como descreverá os instrumentos e apparelhos correspondentes ás opera-
ções. Terminado este estudo, que deverá durar a primeira metade do anno lectivo, tratará
da arte obstreticia, servindo-se dos instrumentos, estampas e manequim para as demon-
strações. Dará tambem lições de cirurgia forense, que por este modo ficará separada da
9. a cadeira.
Art. 91.° Os alumnos do 4.° anno serão obrigados á frequencia da 6.", 7. a e 8. a cadei-
ras e sómente ao exame d'esta ultima.
Art. 92.° A escolha dos doentes para o estudo da 6. a e 7. a cadeiras será feita pelos
respectivos lentes, de maneira que os alumnos possamjjobservar o maior e mais variado nu-
mero de molestias.
Art. 93.° Os doentes das enfermarias em que houver as aulas de clinica serão distri-
buidos durante todo o anno lectivo, pelos alumnos do 4.° e 5.° annos, devendo cada en-
fermo ser observado particularmente por um estudante, o qual não ficará por isto dispen-
sado da observação dos outros doentes distribuidos aos demais alumnos.
Art. 94.° Os estudantes do 4.° e annos deverão fazer um diario clinico de cada
um dos respectivos doentes, narrando a historia, symptomas, marcha e terminação da
doença, o tratamento e as dietas applicadas; mencionando tudo o que se notar na autopsia
no caso de fallecimento e juntando-lhe reflexões sobre o que tiver occorrido. Estes dia-
:
rios serão guardados pelos lentes e apresentados nos exames.
Art. 95.° Os lentes das clinicas farão com que os alumnos diagnostiquem as differen-
tes doenças, declarem os respectivos prognosticos e indiquem as dietas e tratamentos
apropriados. Dois dias em cada semana serão destinados para a discussão sobre os diarios
14 de outubro. 1865 381
CAPITULO XVIII
Do curso pharmaceutico
Art. 98.° Este curso será de tres annos, e disposto pelo seguinte modo:
1.°Anno—frequencia da 3. a cadeira;
2.° Anno—frequencia e exame da 3. a cadeira e pratica na botica;
3.° Anno—pratica na botica.
Art. 99.° Os individuos que pretenderem matricular-se no 1 a n n o do curso pharma-
ceutico deverão apresentar as certidões de que trata o artigo 67.° d'este regulamento, ex-
cepto a 3. a e 5. a , e ser-lhes-ha applicavel a disposição do § unico do artigo 68.°
| unico. Na matricula dos alumnos do 1.° anno do curso pharmaceutico se procederá
conforme o que se acha disposto no capitulo xvi d'este regulamento para os alumnos do
1 a n n o do curso medico-cirurgico.
Art. 100.° A matricula do 2." anno do curso pharmaceutico será concedida em vista
de certidão, que mostre que o alumno provou a frequencia e encerrou a matricula do l . °
anno. Não se abrirá a matricula do 3." anno sem que o alumno apresente certidão de ap-
provação nos exames do 2.° Os alumnos não farão acto grande sem apresentarem certidão
de frequencia do 3." anno de pratica pharmaceutica, e pagarão em todos oá tres annos as
propinas exigidas no artigo 34.° e mais os emolumentos de que trata o artigo 28.°
Art. 101.° Os alumnos pharmaceuticos frequentarão as respectivas aulas conjuncta-
menle com os do curso medico-cirurgico e farão tambem os exercicios práticos mencio-
nados no § unico do artigo 88.° Nos dois ultimos annos do curso os alumnos, dirigidos
pelo 1.° pharmaceutico, coadjuvarão, na botica do hospital, a] preparação dos medica-
mentos.
CAPITULO X I X
Da frequencia das aulas e das ferias
Art. 1 0 2 / O alumno que n'um anno lectivo tiver dado em cada aula vinte faltas sem
causa, ou trinta por causa justificada, perderá o anno na cadeira em que houverem sido
marcadas.
1 1 . ° O alumno que der de seis até dezenove faltas não justificadas ficará preterido na
ordem da matricula para os exames e sómente os fará depois dos alumnos preteridos que
menos faltas tiverem dado na mesma cadeira.
| 2.° O alumno que for reprovado duas vezes na mesma cadeira não poderá mais ser
admittido á matricula.
_ Art. 103.° No fim de cada anno lectivo os lentes apresentarão ao conselho escolar às
listas dos estudantes que frequentarem as suas aulas, afim de serem confrontadas còm as
do continuo e se contarem as faltas. O conselho designará depois os alumnos que estive-
r e m no caso de fazer exame e os que perderem o anno, declarando-o assim na acta. Esta
declaração servirá para o secretario se regular a respeito dos alumnos habilitados para fe-
charem as matriculas.
| unico. O conselho terá em vista o merecimento dos estudantes quando tratar de ava-
liar os motivos por elles dados para lhes justificar as faltas.
Art. 104.° A abertura geral das aulas effectuar-se-ha em um dos primeiros dias de
julho, e o encerramento será em 15 de março, constituindo o anno lectivo todo o espaço
de tempo decorrido entre aquellas duas datas. As matriculas fechar-se-hão desde 15 até
31 de março, e no dia 1 de abril começarão os exames.
Art. 105.° São feriados para todas as aulas durante o anno lectivo, excepto para as de
clinica, os domingos e dias santificados, as quintas feiras das semanas em que não houver
outro feriado, desde o dia de Natal até ao dia de Reis, a segunda e a terça feira depois do
domingo da quinquagesima desde o sabbado de Ramos até o domingo da Paschoela, os dias
412 1865, 12 de outubro
de grande g a l a e os de luto nacional. É tambem feriado para todas as aulas o tempo que
decorre desde 15 de março até à abertura geral. •
CAPITULO XX •r^í.iv
; ; ;
" • fia policia das átilàs * "
Art. 106.° O aceio das aulas e officinas da escola estará a cargo: do servente^ sob a in-
specçln do CQntinuo.
Art. 107.° As aulas serão publicas e estarão abertas em todos os dias do anno lectivo,
nas horas indicadas pelo conselho, segundo os programmas designados no n.° 2.° do ar-
tigo 16.°, publicados com a antecedência de oito.dias.
Art. 108." O continuo evitará quê nà proximidade das aulas se faça tumulto, ou se
converse em yoz alta de modo que perturbe as lições. ;• :
Art. 109.° O servente da escola, durante o tempo das aulas, estará proximo d'estas
para executar o serviço que lhe: for ordenado pelos lentes.
Art. 110.° Os logares nas aulas serão numerados e distribuidos aos alumnos'segundo
a qrdem dag matriculas. Na aula da 3.* cadeira, os alumnos do curso pharmaceutico occu-
pava* tambem os logares segundo a respectiva matricula em seguimento aos do curso me-
dico-cirurgico.
!..••: Art;; 1 l , í U m quarto de hora depois da entrada de :cada lente para a sua aula, o con-
tínua facà a .çhaniada dos estudantes, marcando faltas áquelles que não estiverem presen-
tes. Os lentes tomarão iguaes notas para o fim designado no artigo 103.° . • , : ; (í
,•.-: . Art. i i 2 . ° Os lentes serão obrigados a dar aula todos os dias não mencionados no ar-
t i g o ! 0$.°,::
.§,unjgçr, O director poderá conceder até oito dias de licença aos lentes que.a pedirem
allegando mqtivos attendiveis. Quando pelos mesmos motivos lhes for necessário mais
tempo de licença, o solicitarão ao governad- r geral, ouvido o conselho da escola.
Art.. 113.° Todo o individuo que durante os exercicios .escolares perturbar a ordem
e.o socego será admoestado pelos lentes. , ; •
§ | , . ° Aquelle que, depois de advertido, continuar a praticar actos queoffe.ndamadis-
«iplina.íescpJsr será intimado para ,sair immediatamente da aula, ou do edificio da escola,
-gegW^o^as circumstancias. ..'...
| 2.° Se os actos de desobediencia forem taes que se devam classificar de insubordi-
nação e violência, quando forem praticados,por estudantes, serão esses reprehendidos pe-
rante o conselho da escola ou expulsos por um ou dois annos, segundo a gravidade dos
factos; devendo instaurar-sé um processo perante otnesmo conselho, ao qual compete de-
pio alumno* com:recqrso para o gpvernador geral, do . e s t a d o . ^ forem in-
.jl^i^app.^êtíanhps % escola os auctores d'aquelles açtos, ; o director dará parte. ^..auctori-
dades competentés para se proceder na conformidade da lei contra os culpados. • ,
horas im tos do exame. A este acto deverá sempre, e s t p presente o secretario da escola e
mais os estudantes da respectiva turma.
-i Art-.-149.° O secretario, logo em seguida á extracção dos pontos, rerçetterá uma copia
dos taesmos ao presidente e exarniiiadoras. .-
- 'Art. Í20. 9 Se não comparecer ajgum ou alguns 4os estudantes d a n a d o s . papa tirar
ponto, serão admittidos em seu Jogar, oqtrosjque se açbeippresenteg, j$gu}3pfjp,ja prefe-
renciado numero da matricula. ; . !
i.j Art. i 2 J - ° , 0 alumno, que não comparecer no.dia designado para,ítjr,ar:poqtp,,0u_ que,
tendo-o tirado, não se apresentar ao e^aqoe, na.o; ser,á novamente ?dii)iitif}q a tirar jppfljp
sem jqstificar, perante.o conselho escolar, a causa por que não compareceu. AdmjUida a
justificação, o conseLho designará o dia em que deverá effectuar-se p gxame. ' ' . . . . ; ,
. • Art.. - 1 2 2 O s , / j p m e s serão feitos por tres lentes,, servindo de. presidente o lente da
í^dejjjají/e de argqentes outros dois por se^i turno.
Art. 123.° Cada arguente poderá interrogar sohre q objecto dq p o n ^ .e spbrfi ?^ ge-
neralidades das. disciplinas da cadeira, a cada um dos e p m i n a n á o s , pqr espaço .fô p e i a
hora, e nunca menos de vinte minutos, não contando o tempo da demonstração.
§ unico. Nos exames de clinica é indeterminado o tempo de cada um.
Art. 124.° Nos exames da l . a e 8. a cadeiras, alem das provas theoricas, communs a
todos os outros ex^in.es, jarão ps estucjan.tes todos os exercicios práticos que lhes forem
exigidos pelos examinadores relativamente á materia do ponto."
.. .. 123..° Nos exames da 3- a padeira haverá tambem provas praticas sobre oifo me-
4ic a fflpn|os escolhidos pelo presidente na occasião do exame.
.; § unicp. Alem do que fica determinado, os.aliirnnos pharmaceujtiços; exefiiitgrão uma
formula de pharmacia, tirada á sorte vinte e quatro horas antes, e serão interrogadps gobre
.a,pte§ipa furmuja, a qqpj será presente na occasião do exame. . . ; . •, •
.:••Art; : ,126.° Os exames da 6. a .e 7..a cadeiras versarão sobre dois diarios, feitos pof f$.da
fiStu^apte, do 5. 0 anpo em cada lima das referidas cadeiras, e sobre dois doentes,
estudante escolhidos e distribuidos pejos examinadores pouco antes da hopa mar,caíjfl paia
qg.exames... .• ., . . • : ;
r u:Á'ri, Depois jJe designados os dois doentes para cada alqmno, est£ os interro-
gará .a.fijpí.(le f i z e r a hjstpria da molestia, habilitando-se assim para responder aos exaipi-
p$fjqr,e;s pjj occasião do exame.- À este jnterrogatorio assistirão os examinadores, os qu.aes
não permittirão que os estudantes consultem livro algum ou qualquer individuo.
...;.f;4rt : .J28.^Çada. estudante da 9. a cadeira apresentará no exame um relatorio na^dico-
Ifgçl gobre a : jnatefia do ponto. ,
Art. 129.° Os exaníes serão publicos. . .
; , 1 3 P > ° 4 n t e s da. votação os examinadores pedirão aoslentes inforçiações a respeito
4a, applicação dos examinandos durante o curso. , •
'Art- ,131.° Proceder-se-ba por escrutínio secreto á votação sobre os exames. O. alumno
q ú ç o b t i v e r todos os yolos a favor, será approvado plenamente; o qjio se Uver disliijguido
. itafliodurante, Q anpp corpo, AOS exames, e merecer melhor quaJiÀcagãp,seiá approvado
'jtffflfljntWQ £om louvo?:;, Q; que tiver doi.^ yoto^ 9 favor e um c o n t r a , s e r á a p p r o v f f d p pelei
maior parte; e o que tiver todos ou a maior parte dos votos contra será reprovado.
-Q secretario assistirá á. votação, e lançará o resultadq.fjos exames iiq livro
dos termos dús exames, o quaí será assignado pelos examinadores., 1 :: ^ . ...
- • • CAPITULO XXII
. ^ r t . ,13^? .Hayerái. em cada uma das cadeiras um premio de livros, classificado como
prjp^iro, pvérnio^ e , u m honorifico como se,giindq premio.
Art.'l34l° ,0, primeiro premio será conferido ao alumno que, pela cppta do anno epi
ç ^ . ç f l d e j r a ^ e pe),Q ,exa,me respectivo,, mais se tjvçr distinguido. O segundo premio será
c^çjffjiâo^iíói a i n ^ i f t . i m e d i a t o em merecimento. O alumno, que,não t i v e r . a p p r o r
váao'ptenàmenié cotn 'louvor, não poderá ser premiado. -, , .•
Ai;t. 1 3 5 ; ° , n a escola livros de medicina e cirurgia destinádospara premios.
a escolha dos livros que devem con§.tiUjir ©s premios.
Art.' ; lá7:° Ós'lentes apresentarão ao conselho, na ultima sessão depois dos exames,
yjt^a l i ^ estudantes que d.urante o curso lectivo e nos exames .mais se distinguiram
384 1865, 12 de outubro
CAPITULO XXIII
Bos actos grandes e dos diplomas de habilitação
CAPITULO XXIV
Do continuo e do servente
Art. d 53.° Haverá um continuo encarregado de vigiar as officinas da escola, de tomar
o ponto aos alumnos e de tudo o mais que lhe está incumbido nos diversos capítulos d'este
regulamento. Servirá lambem de porteiro da escola.
Art. 154.° Este logar será provido por concurso perante o conselho escolar.
Art. 155.° O continuo terá o ordenado mensal de 30 xerafins.
Art. 156.° Haverá um servente, o qual terá a seu cargo a limpeza interna do edificio
da escola e tudo o mais que lhe é determinado n'este regulamento.
Art. 157.° O servente cumprirá as ordens do continuo no tjue disser respeito ao ser-
viço da escola, e perceberá mensalmente o ordenado de 20 xerafins.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 11 de outubro de 1865.
— Visconde da Praia Grande. d. de l . n.° 236, de is de out.
2.» DIRECÇÃO
1.» REPARTIÇÃO
Considerando que a disposição do artigo 79.° da novissima reforma judicial, pela qual
os tribunaes de policia correccional devem ser compostos, alem do respectivo juiz, de
quatro vogaes e mais dois substitutos, se não poderia executar nos concelhos de Damão
e Diu, pela falta de sufficiente numero de individuos hábeis, entre os quaes se não dessem
as incompatibilidades legaes;
Considerando que nos mesmos concelhos, já antes da execução da dita novissima re-
forma, se julgou necessário acommodar a organisação de similhantes tribunaes ás circum-
stancias especiaes d'aquelles concelhos;
Considerando que, attentas taes circumstancias, podem os mesmos tribunaes exercer
as funcções que lhes competem só com dois vogaes, alem do respectivo juiz;
Considerando que sobre a necessidade de similhante providencia representou a camara
municipal de Damão, e em parte foi provisoriamente attendida pelo governador geral do
estado da India;
Usando da faculdade que me é concedida pelo f 1.° do artigo 15.° do acto addicional
á carta constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei por bem, em nome de El-Rei, decretar o seguinte:
Artigo 1.° Os tribunaes de policia correccional de Damão e Diu serão compostos de
dois vogaes, alem do respectivo juiz, de entre todos os cidadãos que pela legislação que
estiver em vigor forem elegíveis para a camara municipal.
| unico. Alem dos dois vogaes effectivos, serão igualmente eleitos doi§ substitutos.
- Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
O ministro e secretario'd'estado interino dos negocios da marinha e uitramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço,-em 11 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , R e g e n t e . =
Visconde da Praia Grande. D. d0 l. n.° 234, de ie de ont.
100
1865 11 de outnbfrò
2.» DIRECÇÃO
Sèndd heCèsáario dar util,a hoVã organisação á força militar das provincias niirathari^
rias," de Éodò que possa satisfazer cabalmente ás éxfgehcias do serviço publico: herpOií
bfeih', éíh nome de El-Rei, hoínear ijma commissão de que serão vogaes 0 brigadeiro do
cito do reino João Tavares de Almeida, que servirá de presidente, o conselheiro ajudante
do ptocurádór gerál dá corôa jurito do ministerio da marinha Levy Maria Jordão-, José Ma-
ria Lobdd'AviÍa, coronel da provincia deCabo Verde, Luiz Travassos Valde^ tenente co-1'
ronel do corpo do eslado maior do sobredito exercito, Ricardo Carlos Clanehy, major, Af-
fonso dè CáãtHó, è Estanislau Xavier da Assumpção e Almeida, capitães servindo estè ul-
timo de secretario, a qual, tendo presentes as circumslancias especiaes de òáda provincia,
ihè apresenta fá urn plano para a reorganisação das tropas do uitramar e proporá a reforma
dá legislação penal, a fim de que, tomando-se por base os principios de justiça e humani-
dade, seja garantida a disciplina militar. •:
O mlhislro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e uitramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 11 de outubro de 1 8 0 5 . R i i i í ' R e g e n t e . ^
Visconde da Praia Grande. • b.éeh.n.''àl,-a<stíá»oau
1." DIRECÇÃO
a.» REPARTIÇÃO -
«2DIRECÇÃO
1.» REPARTIÇÃO '
Constando que na alfandega do Funchal existe, sem emprego, e com prejuizo dos in-
teressados, uma somma já considerável remanescente das quatro partes destinadas pelo
artigo 4.° do decreto de 14 de julho de 1836, para os trabalhadores da companhia braçal
da paesma.alfandega q,ue se inutilisassem no serviço, quando aliás devêra ter sido gonver-
iida. èm fupdp? publjjjqViPOS 'termos do artigo 134.° do decrelo de,3 de jfyiejro d e l 8 3 4 í
ò q^ie teria:,aiigipenià^o.qfundo dó cofre especial: Sua Magestade El-Rei, Regente emnpnae
do Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro director gera;! des alfandegas e coth
tribuições indi.reçtas, manda que o director da mencionada alfandega empregue em in-
scripções (Jé apsiepiamenío, que serão averbadas a favor do respectivo cofre* a alludida^som-
ma, dando conta.de assim o.haver,cumpmlo. Ordena outrosim Sua Magestade que effer
çtuada a compra das inscripções, remetia uma conta do estado do cofre, com designação
388 1865, 12 de outubro
dos encargos que pesam sobre elle, e mensalmente uma conta desenvolvida da receita e
despeza do mesmo cofre, relátiva ao mez antecedente.
Paço, em 12 de outubro de 1865.—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello,
D.ide L. n.° 232, de 13 de out.
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, quer que o governador civil de Lis-
boa faça constar á camara municipal de Relem, que a limpeza do caneiro de Alcantara é
encargo da camara e não do estado, não tendo applicação alguma á bypolhese a disposi-
ção do artigo 3.° do decreto de 31 de dezembro de 1864;
Que se a camara se recusa a tomar as providencias que se lhe recommendarem, não
obstante aá reclamações dos vizinhos do concelho e as circumstancias melindrosas da saude
publica, o governo fará proceder á limpeza por conta da camara e lançará mão da provi-
dencia do artigo 157.° do codigo administrativo para quebrar a resistencia opposta a me-
14 de outubro. 1865 389
didas dè imperiosa necessidade que a camara devêra ter tomado ha muito, sem insinua-
ção do governo;
Que finalmente vigie o governador civil se este ultimo aviso dado acamara é inefficaz,
e dê conta por este ministerio para se proceder convenientemente.
O que tudo, de ordem de El-Rei, se participa ao governador civil para seu conheci-
mento e em resposta ao seu officio de 12.
Paço, em 13 de outubro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. de Ij. n.° 233, de U de oaJ.
vadós tióiheu poder : assistiu tambem a este actó o bacharel Antonio Cardoso Avelino;
ajudapte do procurador geral da corôa junto a este ministerio. Pelos outorgantes foi dito
na minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas e assignadas que entre si'tinham
elles ajustado e coriçordadq no seguinte contraio para a alteração do contrato approvado,
péla carta : dé'lèi de 29 de maio de 1860, e do contraio approvado pela cartaUle lei;de 23
de maio de 1864, e se obrigavam em nome das pessoas a quem representavam a cumpriir
:
todas as clausulas e condições seguintes: ;
•Artigo 1-.° ' A subvenção que o estado pagou á companhia do caminho de ferro de sueste'
pela construcção das linhas das Vendas Novas a Evora e Beja em virtude do artigo 27.° do
contrato de 29 de maio de 1860, e a subvenção que o estado é obrigado a pagar á mesma
companhia pela construcção das linhas de flvoria.ao Grafo e dp, Beja; á fronteira de Hespa-
nha e ao Algarve, em virtude do artigo 8.° do contraio de 23 de maio de 1860, ficam sub-
stituídas pela garantia de um producto bruto fixado em 3:600(5(000 réis pçr kilometro a
que o governo se obriga, nos termps, pelo modo e nos prasos estipulados nas diversas con-
dições d'este contrato.
' Art. 2.° : A responsabilidade do governo pela garantia estipulada no artigo antecedente
unicamente começa no dia 1 de julho do anno de 1869, se se verificarem arftbas as se-i
gtíintes condições:
:
• 1.® Que no dia 1 de jfilho do anno de 1869 estejam completamente acabadas edefini-
tivàmerite rebebidas pelo governo as linhas de Evora ao Crato, de Beja á margem direita
dó Guadiana e de Beja a Faro;
• ^ . " Qheíno referido diá 1 de julho de 1869 tenham decorrido seis mezes completos
dè exploração etn todas as linhas mencionadas na condição 1 d'este artigo.
:
§ l';°- Se no dia 1 de julho de 1869 as linhas ferreas referidas na condição•IAnão es-
tiverem completamente acabadas, ó governo unicamente garante o producto bruto kiló-
metribo d e ã : 0 0 0 $ 0 0 0 réis, e só com relação aos kilometros explorados com seis mezes
de antecipação.
;
I 2." Concluída a construcção de todas as linhas e exploradas por seis mezes come-
çará'd èpòis doestes o producto garantido a ser de 3:600^(000 réis.
§ 3.° A garantia do governo durará por espaço de cincoenta annos, a contar de 1 de
jxilhodc 186»'.
~;: íl® O : disposto no 1 1 . ° d'esle artigo não isenta a companhia das penas em que inr
cofrer por não concluir as obras tios prasos estipulados nos contratos de 29 de .maia d e
1860 e 23 de maio de 1864.
Art. SA'Ai liquidação dasquarítias com que o governo for obrigado a preencher o pro-
ducto bruto de 3:000(51000 réis ou de 3:600$000 réis por kilometro, será feita de seis em
éèis-ííiéíes, e o pagamento do deficit liquidado, quando o houver, será feito no.praso de
quinze dias depois da liquidação. : ,
§. 4-Vipara este effeito a companhia' até ao dia 5 dè cada mez,: logoque principie a ex-
ploração parcial ou total das linhas, mandará ao governo uma conta particularisada do ren-
dimento bruto no mez anterior, e de seis em seis mezes uma conta do rendimento bruto
total, n'esses mezes, com o pedido do deficit, se o houver.
§BfíQ governo sempre que o julgar conveniente póde mandar procpder ao e j á m e
da escripturação da companhia e dos documentos justificativos da mesma escriptu-
ração.
§ 3.® Na liquidação ordenada por este artigo não se lançará como receita o producto
SíÓí.Wèiíto' de transito á que ella é obrigada pelo artigo: 34.° do contrato dé -29 de fpaip
pago á actual companhia e esta não tenha podido satisfazer por não ter havido o excesso
ao producto bruto kilometrico previsto no citado artigo 8.°
Art. 12.° Pelos artigos do presente contrato ficam respectivamente alterados, modifi-
cados, declarados ou substituidos os artigos 26.°, 27.°, a segunda parte do § 2.° do artigo
62.°, o artigo addicional do contrato de 29 de maio de 1860, e o artigo 8.° e § 3.° do ar-
tigo 15.° do contrato de 23 de maio de 1864. Todos os outros artigos d'estes dois contra-
tos, com as suas clausulas e condições, vantagens, penas e encargos, ficam em pleno vigor,
como se n'este contrato fossem inseridos e estipulados.
Art; 13.° A companhia poderá elevar o capital social á somma que entender necessa-
ria para execução do presente contrato.
Art. 14.° Este contrato fica dependente da approvação das côrtes, e será definitivo lo-
goque as mesmas côrtes o approvem e seja convertido em lei.
Logo em seguida foi presente o documento pelo qual a companhia é auctorisada a le-
vantar do banco de Portugal o deposito de 90:000^000 réis a que se refere este contrato,
bem como os certificados a que se refere o n.° 2.° do artigo 6.°
Todos estes documentos ficam archivados na repartição central d'este ministerio.
E com as referidas condições deram os outorgantes por feito e concluido este contrato,
ao qual assistiu, como fica dito, o bacharel Antonio Cardoso Avelino, ajudante do procu-
rador geral da corôa junto a este ministerio, sendo testemunhas presentes João Palha de
Faria Lacerda, chefe da repartição do commercio, e Pedro Roberto Dias da Silva, chefe da
repartição de, contabilidade. E eu Antonio Augusto de Mello Archer, servindo interina-
mente de secretario do ministerio das obras publicas, commercio e industria, em firmeza
de tudo e para constar onde convier fiz escrever, rubriquei e subscrevi o presente termo
dè contrato, que vão assignar commigo os mencionados outorgantes e mais pessoas já re-
feridas depois de lhes ter sido lido.
Pelos outorgantes foi mais dito que o disposto no § 4.° do artigo 2.° se deve entender
com referencia á diferente penalidade estipulada nos contratos actualmente em vigor para
os dois casos diversos da não conclusão das obras ou da interrupção da exploração.
E com esta declaração deram por findo este contrato. = Antonio Maria de Fontes Pe-
reira de Mello—Conde de Castro=Julius Beer.=Fui presente, Antonio Cardoso Ave-
lino = João Palha de Faria Lacerda=Pedro Roberto Dias da Silva=Antonio Augusto
de Mello Archer. D . de L , n.o 243) de 25 de out .
rios navegaveis, e nas costas do mar até onde chegar o colo do praiamar de aguas vivas,
sem previa licença do governo, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultra-
mar, sob as condições que forem julgadas opportunas e convenientes.
Art. 2.° A infracção do disposto no artigo 1.° será punida com a multa de 20$000
réis. A reincidência será punida com a prisão de oito dias a um mez. A obra começada
será desde logo embargada, segundo os termos ordinarios.
Art. 3.° Fica prohibido deitar, ou mandar deitar, nasjocalidades designadas no ar-
tigo 1.° entulhos, lixos ou qualquer despejo.
§ unico. As disposições d'este artigo comprehendem os empregados das camaras mu-
nicipaes ou os funccionarios que sendo encarregados de ordenar, dirigir ou effectuar des-
pejos de entulhos, lixos ou outros objectos, infringirem a mesma disposição.
Art. 4.° Será punida com a multa de 2(51000 até 20$000 réis á infracção prevista rtò
artigo 3.°, e com prisão de dois dias a um mez no caso de reincidência, conforme o maior
ou menor prejuizo que resultar da infracção commettida.
Art. 5.° Quando se der alguma das infracções previstas nos artigos antecedentes, le-
vantará logo o respectivo capitão do porto um auto de noticia, que remetterá immediata-
mente ao competente delegado do procurador regio com o rol das testemunhas, reque-
rendo procedimento correccional contra, os infractores, e communicará tambem immedia-
tamente ao intendente de marinha do departamento todo o occorrido, para assim chegar
ao conhecimento do governo.
Art. 6." Fica por este modo substituído o disposto no decreto de 19 de outubro de
1864.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e ultramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 17 de outubro de 1865.=REI, Regente. —
Visconde da Praia Grande. D. de L. n.° J38, de 20 de ont.
a . « DIRECÇÃO
I.- REPARTIÇÃO
Tendo reqaerido Pedro Zeferino Barbosa Paiva que se concedesse a necessaria aucto-
risação para poder trocar as suas duas roças, denominadas Bobo e Uba Nova, por outra
da santa casa da misericordia da cidade de S. Thomé, denominada Guegue;
Considerando que tendo-se procedido ás necessarias avaliações, se achou valerem as
duas roças a quantia de 1:500)5000 réis e a da santa casajl:950#000 réis, e que o suppli-
cante oíferece pagar a differença;
Considerando que o supplicante se obriga, feita a troca, a dar de renda pelas duas ro-
ças a quantia de 220$000 réis annuaes, quando não haja quem mais offereça em praça;
Considerando que a irmandade da dita santa casa, sendo ouvida sobre a troca propos-
ta, declarou ser esta de muita utilidade e conveniencia para aquelle estabelecimento;
Considerando que todas as informações havidas foram pela conveniência da troca, por
assegurar á santa casa um augmento de rendimento da quantia de 170^000 réis sobre o
que actualmente percebe ;
Conformando-me com o parecer do conselho ultramarino:
Hei por bem em nome d'EI-Réi conceder a necessaria licença á santa casa da miseri-
cordia da cidade de S. Thomé, para trocar a sua roça Guegue pelas duas supramenciona-
das Bobo e Uba Nova, pagando o actual dono d'estas á mesma santa casa a quantia de réis
450$000 pela differença do valor e segurando a renda annual de 220#000 réis pelas duás
roças Bobo e Uba Nova pelo espaço de vinte annos, com hypotheca especial ria; roça
Guegue.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e uitramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 17 de outubro de 1865.=REI, R e g è n t e . = W s -
conde da Praia Grande D . D E L . N . ° S 3 9 , D E 2 I DE out.
100
1865 47 deonfubro
1
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MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTÍIAMÃR
2.» DIRECÇÃO ^ ." ','//' j ? .'<'
• ' 3;* REPARTIÇÃO 1 ,•>:•; i(' >2 , -jl •
CAPITULO II
Da installação do registo e seus effeitos
Art. 5.® O registo predial será installado nas provincias ultramarinas no dia qtíe for fi-
xado por decreto especial, praticados os actos preparatorios mencionados no artigo se-
guinte.
Art. 6.° Á installação do registo precederá:
1.° A distribuição dos livros, modelos A, B, C, D, E, juntos no fim d'este codigo;
2.° A rubrica do mesmos livros;
3.° A visita das conservatórias.
Art. 7.° O fim da visita é verificar:
1.° Se o local escolhido pelos conservadores é suficiente;
2.° Se n'elle existem devidamente arrumados os livros mencionados no artigo ante-
cedente;
3.° Se n'elle existem o livro de receita e despeza (modelo I) e os cadernos de talão
impressos (modelo L);
4.° Se tudo mais que toca ao material do serviço está em boa ordem e collocação.
§ unico. A visita será feita, por determinação do governador geral, pelo respectivo
juiz de direito da comarca e presidente da camara municipal, que participarão ao mesmo
governador o estado das conservatórias.
Art. 8.° São effeitos dâ installação do registo no dia marcado (artigo 5,°):
1.° Tornar desde esse dia obrigatorio este codigo;
2.® Fazer cessar o registo das hypotheeás e outros estabelecidos pelos decretos de 26
de outubro de 1836 e 3 de janeiro de 1837 e mais providencias correlativas.
Art. 9.° Os livros do registo a que se refere o n.° 2.° do artigo antecedente serão,
com os seus Índices e mais papeis respectivos, transferidos por inventario e depositados
no archivo da respectiva conservatória, no estado em que estiverem dentro de trinta dias
contados do da installação do registo predial. Os conservadores lavrarão termo no livro dos
ultimos registos, declarando quantos são os livros recebidos e as circumstancias externas
que n'elles encontrarem.
| unico. A estes actos assistirão tambem o juiz de direito da respectiva comarca e pre-
sidente da camara municipal, devendo assignar com o conservador o termo a que se re-
fere a segunda parte d'este artigo.
CAPITULO III
Dos direitos e encargos geraes sujeitos ao registo
CAPITULO VI
Das conservatórias do registo, funccionarios encarregados do mesmo e sua responsabilidade
Art. 18.° Haverá em cada comarca judicial uma conservatória, para n'ella se fazerem
os registos prediaes relativos aos predios situados n'essa comarca. A medida que se forem
creando novas comarcas serão igualmente creadas novas conservatórias.
§ unico. No estado da India haverá mais uma conservatória no julgado de Damão
outra no de Diu, servindo de conservadores os respectivos delegados do procurador da
corôa e fazenda.
Art. 19.° O serviço de cada conservatória será feito por um conservador, um ajudante
privativo e um amanuense. Estes dois prestam juramento nas mãos do conservador.
Art. 20.° São conservadores natos em cada conservatória os delegados do procurador
da corôa e fazenda emquanto não forem creados conservadores privativos.
, Art. 21.° Os conservadores e seus ajudantes têem fé publica em juizo tanto nas decla-
rações escriptas que assignarem relativas a objectos de sua competencia, como nas certi-
dões e certificados que passarem.
Art. 22.° Os ajudantes dos conservadores, não só coadjuvarão estes em todo o serviço
da conservatória, mas subslitui-los-hão em todos os impedimentos ou faltas. Sendo bacha-
reis formados em direito, serão preferidos para os logares de delegados do procurador da
corôa e fazenda, em igualdade de circumstancias.
Art; 23.° Os ajudantes dos conservadores serão nomeados por decreto real, com pre-
cedencia de concurso de trinta dias perante o ministerio da marinha e ultramar e interina-
mente pelos governadores geraes, nos termos da legislação em vigor na provincia.
Art. 24.° Os amanuenses das conservatórias serão nomeados pelos governadores ge-
raes sobre proposta do conservador e servem para coadjuvar este em lodo o serviço re-
lativo á conservatória.
Art. 25." Os conservadores não podem concorrer aos logares da magistratura judicial
sem mostrarem que têem em dia e devidamente escripturado e arrumado o registo pre-
dial e que têem bem desempenhado as suas funcções.
- § unico. Esta disposição é appliçavel ao ajudante que sendo bacharel formado, pre-
tender ser despachado delegado do procurador da corôa e fazenda.
Art. 26:° Os conservadores terão a gratificação, e os ajudantes e amanuenses os venci-
mentos marcados na tabella n.° 1 junto a este codigo.
Art: 27.° Os conservadores e seus ajudantes serão civil e solidariamente responsáveis
pela indemnisação dos prejuízos que causarem no exercicio de suas funcções, ao estado ou
aos particulares, sem que fiquem por isso isentos da responsabilidade penal em que in-
correrem.
Art. 28.° Os conservadores e seus ajudantes podem ser demittidos, transferidos ou
suspensos pelas faltas commettidas,, segundo a sua gravidade, ignorancia, erro, culpa ou
dolo, nos termos d'esle codigo.
Art. â9.° A demissão ou suspensão de conservador importa a demissão oú suspensão
de delegado do procurador da corôa e fazenda, ou vice-versa a d'este a d'aquelle.
Art. 30.° Os conservadores e seus ajudantes serão responsáveis pela boa ordem, guarda
e cónservação de todos os livros, documentos e mais papeis pertencentes á conservatória.
Art. 31.° O conservador ou ajudante de novo despachado deverá assegurar-se ao en-
trar rio exercicio do seu cargo da existencia real de todos os registos, Índices ou repertó-
rios e mais livros decretados n'este codigo, dos quaes se fará o competente inventario, ás-
sistindó a elle e assignando-o o respectivo juiz de direito é presidente da camara municipal.;
Art. 32.° Os conservadores r eceberão por via dos governadores geraes ás ordens dò
governo relativas ao exercicio de suas funcções, que lhes serão dadas pelo. ministerio da
marinha e ultramar.
CAPITULO VII
Do serviço nas conservatórias
Art. 33.° O serviço das conservatórias começará ás nove horas"da manhã é terminará
áÉ; íjhatro horas da tarde e terá logar todos os dias não feriados. '' ; .
§ 1.°' Serão nulios os registos tomados antes ou depois das horas fixadas e ós conser-
vadores responsáveis por perdas e damnos, alem das penas estabelecidas no codigo pe-
nal, no caso de falsidade. Exceptua-se a especie prevista no artigo 38.°
1 2 . ° Se pelo numero de concorrentes não podér fazer-se o registo nó mesmo dia,
14 de outubro. 1865 399
CAPITULO VIII
Dos livros do registo, seus requisitos, descripção, conservação e reforma
| unico. Se depois de começada esta numeração e rubrica o juiz de direito a não po-
der concluir, a continuará quem o substituir legalmente ou a pessoa a quem este der com-
missão, e o escrivão fará d'isso menção nos termos de abertura e encerramento.
Art. 47.° Ao conservador incumbe especialmente a guarda e conservação em boa or-
dem 'e recato de todos os livros e documentos pertencentes á sua conservatória. Todos os
dias, ao fechar do registo, o conservador guardará debaixo de chave em logar seguro lodos
os livros, e bem assim os documentos apresentados que no mesmo dia não podessem ser
inscriptos ou averbados no livro competente.
SECÇÃO i
Do diario
Art. 48.° O diario tem por fim certificar quantos titulos e requerimentos para certidões
foram apresentados, e a ordem chronologica da sua apresentação.
Art. 49.° A primeira pagina do diario immediata á do termo de abertura e as seguintes
serão cortadas na parte superior por linhas horisontaes, deixando entre ellas espaço suffi-
ciente para n'elle se indicar o titulo do livro e o anno em que se faz o serviço. O resto da
pagina será cortado por linhas verticaes, formando espaços" para se indicar n'eilas o numero
de ordem de apresentação, o mez e dia d'esta, o nome do requerente por si, ou por ou-
trem, a qualificação externa do titulo, a rubrica do conservador ou do empregado que to-
mou a annotação, e a referencia ao registo.
> | unico. Uma linha horisontal será passada immediatamente por baixo do encerra-
mento, com que deve terminar n'este livro o serviço de cada dia.
SECÇÃO N
Dos livros das descripções prediaes c lijpotliecan
Art. 50.° Os livros de registo B e C serão de grande formato, na conformidade dos res-
pectivos modelos.
| 1.° A primeira pagina será destinada ao termo de abertura, a seguinte para o pri-
meiro registo que se apresentar.
| 2.° Cada pagina será cortada por linhas horisontaes, e depois por linhas verticaes da
cabeça á extremidade, de modo que offereça tres colurnnas, contendo a primeira um es-
paço igual ao das outras duas.
Art. 5 1 A pagina immediata ao termo de abertura do livro modelo B é especialmente
destinada á descripção predial, que será feita.na primeira columna.
§ 1.° A paginá e columna parallela é destinada ás inscripções prediaes.
§ 2.° Nas segundas columnas das paginas parallelas se lançarão os averbamentos cor-
relativos. Nas terceiras as annotações respectivas a cada averbamento, e referencias a ou-
tros livros.
Art. 52.° Cada uma das descripções prediaes terá o seu numero privativo e perma-
nente pela ordem chronologica das apresentações.
§ unico. Cada um dos averbamentos e annotações terá tambem na mesma ordem nú-
meros seguidos á sua collocação especial e correlativa.
Art. 53.° N'este livro, conforme a maior ou menor probabilidade de movimento pre-
dial, se deixarão algumas folhas em branco, começando depois d'ellas em numero de or-
dem seguido qualquer nova descripção predial.
Art. 54.° Não havendo nas paginas em branco doeste livro, deixadas entre um numero
de ordem de descripção predial e outro seguinte, espaço sufficiente para se continuar o
registo, se abrirá no mesmo livro, ou, se este se achar findo, em outro da mesma classe,
novo registo immediato ás folhas em branco do ultimo que estiver feito, e remissivo ao nu-
mero de ordem da respectiva descripção predial.
Art. 55.° Quaesquer declarações que por factos supervenientes alterem as condições
características da descripção predial, ou as ampliem ou modifiquem, serão lançadas na co-
lumna dos averbamentos por ordem successiva de datas, e serão consideradas por averba-
mento á mesma descripção.
§ 1.° O mesmo se observará quanto ás alterações causadas por incêndio, tremor de
terra, inundação e outros casos de força maior que extingam ou deteriorem alguma parte
do objecto da descripção predial.
§ 2.° Todas as declarações que, sem factos supervenientes, forem precisas, como re-
ctificação, emenda ou referencia,' serão tomadas na terceira columna por annotação.
Art. 56.° Cada pagina do livro de hypothecas (modelo C) será no seu começo cortada
11 de outubro 1865 401
-por uma linha horisontal, constituindo espaço sufflciente para n'elle se lançar o titulo do
livro.
i A pagina será cortada depois por linhas verticaes, e comprehenderá tres espaços
em branco, um para as inscripções, outro para os averbamentos, outro para as notas mar-
ginaes, sendo de metade o primeiro, e de um quarto os dois restantes.
§ 2." Por baixo da ultima inscripção hypothecaria se passarão duas linhas horisontaes, para
nos respectivos espaços que ellas formarem se designar o anno, mez e dia em que se continua
o registo. O mesmo se praticará por baixo de cada um dos averbamentos ou annotações.
SECÇÃO I I I
Dos índices real e pessoal
Art. S7.° O livro do indice real será organisado e distribuido por concelhos, o do in-
dice pessoal pelas letras do alphabeto.
§ 1.° As paginas do livro do indice real serão cortadas por linhas horisontaes e verti-
caes, para conter, alem do titulo e concelho: -l.°, o numero de ordem da indicação; 2.°, o
numero de ordem da descripção predial, livro e pagina; 3.°, a natureza do predio; 4.°, o
valor do mesmo; 5.°, o nome do proprietario; 6.°, a data da indicação; 7.°, qualquer an-
notaçao ou observação sobre actos ou contratos, como simples referencia aos livros de re-
gisto.
§ 2.° Se o predio já se achar no indice real, será feita sómente referencia na columna
das annotações ao numero e paginas correlativas do novo registo.
Art. 58.° As paginas do livro do indice pessoal serão cortadas tambem por linhas ho-
risontaes e verticaes, para conter, alem do titulo e letra do alphabeto: 1.°, os nomes das
pessoas inscriptas, activa ou passivamente, nos registos; 2.°, profissão e domicilio; 3.°,
referencia ao competente livro ou livros e paginas; 4.°, referencia aos nomes correlativos
do mesmo indice, que figuram nos registos; 5.°, qualquer annotação que cancelle no todo
ou em parte a transcripção pessoal.
§ 1.° Se o nome da mesma pessoa se achar já no indice pessoal, se addicionará mais a
esse nome o livro e paginas em que fica a nova inscripção.
§ 2.° Se na mesma inscripção predial figurar mais de uma pessoa, activa ou passiva-
mente, o nome de cada uma será lançado distiftctamente no indice pessoal com referencia
reciproca.
Art. S9.° Todas as indicações de predios no indice real, como de nomes no indice pes-
soal, tomarão um novo numero de ordem especial, os predios com relação ao concelho a
que pertencerem, os nomes com relação á respectiva letra do alphabeto. '
Art. 60.° As indicações serão synopticas e remissivas, exceptuadas as dos nomes, que
serão sempre transcriptos com os seus prenomes e appellidos.
Art. 61.° Entre uma indicação real ou pessoal e a sua immediata se deixará um espaço
em branco, que se marcará por uma linha horisontal, e as paginas terão mais as linhas
verticaes indispensaveis, conforme os modelos D e E.
Art. 62.° Esgotadas as folhas destinadas a um concelho no livro do indice real, ou as
destinadas a uma letra do alphabeto no indice pessoal, o registo continuará em livro imme-
diato da mesma classe, averbando-seo transporte no logar competente do livro antecedente.
SECÇÃO I V
Da reforma decennal dos Índices
Art. 63.° Os Índices serão reformados de dez em dez annos; eliminando-se do pes-
soal (quanto seja possivel) os nomes das pessoas que, activa ou passivamente, deixem de
existir para os registos, seja por morte, seja por actos de transmissão ou alienação inter
vivos, e do indice real os predios distinctos que houverem sido posteriormente reunidos
em um só, ou divididos em parcellas constituitivas de novos predios.
§ unico. Dos que houverem sido completamente destruídos se fará sómente referencia
ao solo ou area de terreno.
Art. 64.° Na reforma do indice realjprocurarão os conservadores ligar as synopses
prediaes por ordem de suas confrontações, dando-lhes uma nova numeração seguida em
cada concelho, indicando porém sempre o numero de ordem da distribuição predial e o
de policia, se o tiver.
Art. 65.° Na reforma do indice pessoal aperfeiçoarão, quanto seja compativel com o
serviço do registo, a ordem alphabetica de collocação e de precedencia entre nomes da
mesma letra.
100
402 1865 17 de outubro
y>:; •:•'!'• • ••'.:• l v
Art. 66.° Os índices anteriores ficarão archivados, para serem consultados sempre que
!
seja necessário. -."•>
CAPITULO I X
Dos casos em que deve negar-se o registo definitivo, e só admittir-se o próviiorio
para o processo criminal, mandará dar vista ao ministerio publico para. promover os ter-
mos legaes. .. . ,
CAPITULO X
Do registo provisorio
Art. 77.° Haverá um registo provisorio, que-será feito no mesmo livro em que fprem
lançados os registos definitivos, e debaixo do numero de ordem que lhe pertenegi;.
Art. 78.° Podem requerer o registo provisorio:
1.° Os que quizerem constituir hypotheca sobre seus predios ou direitos prediaes;
2.° Os que propozerem em juizo acção sobre bens immoveis, ou que diga respeito a
qualquer onus ou direito predial;
3.° Os que. tiverem feito contraio de edificação ou de reducção 4e te^-as incultas ao
estado de cultura;
4.° Aquelles a quem o conservador recusar o registo definitivo, nos termos do arti-
go. 67.°
Art. 79.° Os registos provisorios de que trata o n.° 1.° do artigo antecedente serão
feitos á vista de simples declarações, escriptas e assignadas pelos donos dos predios a que
respeitam, sendo a assignatura reconhecida por tabellião.
• 1 1 . ° Se aquelles não souberem ou não podérem escrever, será a declaração escripta
por terceira pessoa a rogo do declarante, e pela mesma assignada e por duas testemunhas
na presença do mesmo declarante, e de um tabellião que assim o certifique e reconheça
as assignaturas no proprio documento. Estas declarações deverão conter os dizeres neces-
sarios para que possa fazer-se- o registo da inscripção e tambem o da descripção, se. ainda
- o não houver.
| 2.° Os registos de que trata o n.° 2.° gerão feitos á vista das certidões que ( mpstrem
que as respectivas acções se acbam propostas no juizo contencioso. • ...
| 3.° Os registos de que trata o n.° 3.° serão feitos á face dos respectivos c o n ^ t o s de
edificação ou de reducção de terras ao estado de cultura.
| 4.° Os registos de que trata o n.° 4.° serão feitos á vista da declaração em que se ti-
ver recusado o registo definitivo.
Art. 80.° O registo provisorio é facultativo, excepto para as escripturas de dotç para
casamento ou de promessa de arrhas ou apanagios, para aquellas acções que, propostas
em juizo contencioso, não podem ser levadas ao registo definitivo, e para o caso previsto
no n.° 4.° do artigo 78.°
" • SECÇÃO I
Da conversSo do registo provisorio em definitivo
Art. 84.° O registo provisorio das acções poderá ser renovadoj provand,o^sepor certi-
dão que o processo tem estado em continuo andamento.
r
" f i m i c o . Tambem se póde renovar o registo á vista de certidão que prpye a,annullação
do processo; mas n'este caso caducará não tendo sido a acção instaurada no praso de ses-
senta dias.
Art. 85.° Os prasos relativos ao registo provisorio das acções serão contados sempre
da data das sentenças ou accordãos, em virtude dos quaes é feito o registo provisorio ou
a reforma d'elle. , , , •• ••',.
'' :''Â¥t."86.° Nó registo; provisorio de hypotheca por despezas de construcção ou cuitura
poderá declarar-se o prápo peio qual ficará vigorando, sem que seja convertido em defini-
404 1865, 12 de outubro
livo, não obstante a disposição do artigo 177.°, § 2.°, que será observada se não houver a
declaração.
| unico. Este registo póde ser convertido em definitivo pela averbação do titulo, que
prove achar-se satisfeito pelo construCtor ou cultivador o contrato que deu logar ao re-
gisto.
Art. 87.° O registo provisorio de que trata o artigo 82.° póde ser renovado sem nume-
ro limitado de vezes, emquanto não for averbado de definitivo.
CAPITULO X I
Do modo de fazer o r e g i s t o e m geral
Art. 88.° Os actos de inscripção, averbamento e cancellação nos registos nunca serão
praticados pelos conservadores officiosamente, mas sempre a requerimento da parte, sal-
vos os basos expressamente exceptuados n'este codigo.
Art. 89.° O registo será sempre feito por extracto, e á vista dos titulos e declarações
dos registantes.
§ 1.° As partes poderão, para mais clareza, exactidão e brevidade, apresentar-se na
conservatória munidas das minutas dos respectivos extractos, em que-comprehenderão
não só as circumstancias que constarem dos titulos, mas todas as de que por fóra d'elles
tiverem conhecimento, e lhes for conveniente mencionar no registo.
§ 2.° Estas minutas serão assignadas pelos apresentantes, e por ellas se guiará o con-
servador, se, depois de confrontadas com os titulos, as não achar em opposição com o que
n'ellas for expresso, porque no caso contrario fará e lançará os extractos pelos titulos e
declarações.
Art. 90.° Os extractos, antes de lançados ho„respectivo livro, serão feitos pelo conser-
vador ou ajudante, em minutas, mas este não poderá passa-los ao livro, sem serem ap-
provados por aquelle, estando presente.
SECÇÃO I
Quanto á «lcscrijtçuo
Art. 93.° O extracto quanto á inscripção, alem do seu numero de ordem e data por
anno, mez e dia, assim do titulo como da sua apresentação ao registo, deve conter:
1.° O nomé, estado, profissão e domicilio: (a) do detentor nas bypothecase onus reaes;
17'aé outubro 1865 4t)5
(b) do transtnittente, nos titulo^ de transmissão; (c) do réu, nas acções e sentençaà; (d)
do executado, nas penhoras.
2.° O nome, estado, profissão e domicilio: (a) das pesáoas a favor de quem são cónsti-
tuidas as hypothecas e onus reaes, ou a designação dos predios a que pertencem ás ser-
vidões reaes; (b) da pessoa a favor de quem a transmissão é feita, nós casos de transmis-
sões immoveis; (c) do auctor, nas acções e sentenças; (d) do exequente, nas penhoras.
3.° A quantia garantida pelas hypothecas, ou pela qual foi feita a transmissão, òu por
cujo pagamento a acção foi instaurada.
4.° As condições que acompanharem a hypotheca, transmissão ou onus real.
5.® O numero do maço do respectivo anno em que fica o titulo ou declaração, pela
qual fòi feita a inscripção ou designação do cartorio ou archivo publico onde o titulo
existe.
§ unico. O conservador, e na sua falta o ajudante, fará todas estas declarações, conforme
constarem do titulo a registar. Quando alguma for omittida poderá ser punido segundo a
gravidade do caso e intenção ou culpa que n'ella tiver havido.
Art. 94.° Os registos serão feitos sem emenda nem rasura. As entrelinhas indispensa-
veis e que tiverem cabimento serão resalvadas á margem da pagina fóra dascolumnas.
Se não tiverem cabimento o registo será trancado na parte escripta, com a simples nota de
inutilisada, que o conservador rubricará, depois o começará de novo.
Art. 95.° O conservador e no seu impedimento o ajudante assignará as descripções e
inscripções prediaes e hypothecarias com o nome por inteiro; os averbamentos e annota-
ções serão só rubricados com o seu appellido.
Art. 96.° A cada um dos predios pela primeira vez submettidos ao registo se destina-
rá uma ou mais folhas do livro competente para a designação e descripção predial debai-
xo de numero de ordem seguido. A inscripção do titulo e todas as inscripções superve-
nientes serão lançadas debaixo de outro numero de ordem correlativo ao respectivo espa-
ç o e m branco da mesma folha ou folhas (artigos o2.° e 53.°). .
Art. 97.° Os registos serão feitos na folha do livro competente á medida que forem
requeridos, (artigos 50.° e 51.°).
§ unico. A prioridade das inscripções, segundo o seu numero de ordem especial e
correlativo, fixará a sua antiguidade. As inscripções de hypothecas que forem requeridas
no mesmo dia serão consideradas como lançadas debaixo do mesmo numero de ordem.
Art. 98.° Quando diversos predios designados forem objecto do mesmo titulo, a in-
scripção será feita sobre cada um d'elles, com precedencia da respectiva descripção pre-
dial se ainda não estiver feita.
Art. 99.° Sempre que o conservador tomar uma inscripção como provisoria, nos ter-
mos d'este codigo, assim o declarará expressamente tanto-no contexto do registo como por
annotação.
Art. 100.° Nos casos de troca ou subrogação de uns por outros predios, a inscripção
será feita em cada um d'elles e com referencia reciproca.
Art. 101.° Nos casos em que algum dos predios por troca ou subrogação perca o onus
real, e este passe para outro, far-se-ha a competente inscripção d'esse onus sobre o pre-
dio para que passou, e será cancellada a inscripção d'elle no predio sobre que deixou de
existir.
SECÇÃO III
E m r e l a ç ã o e s p e c i a l a o s d o m í n i o s e m a i s direitos c o n s t i t u t i v o s o u t r a n s l a t i v o * d e p r o p r i e d a d e
Art. 102.° São comprehendidos no registo de propriedade todos ós titulos que não fo-
rem constitutivos de hypothecas.
Art. 103.° São registos de propriedade provisores:.
1.° Os que resultarem de acções propostas em juizo sobre bens immoveis determina-
dos, ou que forem relativos a qualquer direito real especificado (artigos 78.°, n.° 2.°, e
79.°, 12.°); ,„ , -
' 2.° Os que o conservador abrir de qualquer titulo, cuja legalidade tiver achado duvi-
dosa (artigos 67.° e 68.°); " \ \ ^ ,
,, 3.° Os de dote para casamento sobre predios determinados(artigp.8Ú. tt ).' : ,
, § unico. Os registos p r o v i s o r e s , d e que irata o n.° 1 s e r ã o feitqsa yjstá^e<jéftidõ^s.
que mostrem estar ás respectivas acções .propostas em juizo (artigo § 3,°), ,.. j..
Os de que trata o n.° á vista da declaração do conservador q^p tjver recusado o re-
gisto definitivo (citado artigo, 4.°). '
$>M 1805 tf&fttóto
Art. 125.° A hypotheca legal ou necessaria que a lei reconhece a favor da fazenda na-
cional, camaras municipaes, estabelecimentos publicos e outras pessoas, só pelo facto da
existencia da obrigação a que serve de garantia (artigo 243.°), não produz effeitos jurídicos
sem que seja registada em quaesquer immoveis do devedor ou responsável, contra quem
a hypotheca legal é constituida (artigo 219.°).
Art. 126.° Este registo sómente póde ser requerido nas conservatórias pelas pessoas
legitimamente interessadas ou os seus representantes, taes são:
1.° Por parte da fazenda nacional, camaras municipaes e estabelecimentos publicos
(artigo 244.?, n.° 1.°), o ministerio publico, syndicos ou quaesquer pessoas encarregadas
de promover a defender os interesses dos mesmos estabelecimentos;
2.° Por parte do menor, do ausente ou do interdicto (citado artigo, n.° 2.°), o tutor,
curadoròu administrador, e não cumprindo estes, a diligencia do registo se eífectuará nos
termos do artigo;
3.® Por parte da mulher casada (artigo citado, n.° 3.°), ella mesma sem dependencia
de auctorisação do marido, os dotadores, pae, irmãos, ex-tutores ou filhos maiores;
4.° Por parte do crédor de alimentos (artigo citado, n.° S.°), o proprio alimentado;
5.° Por parte dos co-herdeiros legatarios, constructores e cultivadores (artigo citado,
n.°5 7.°, 8.° e 9.°), os proprios interessados ou seus cessionários.
Art. 127.° Os responsáveis têem a faculdade de designar os bens que hão de ficar gra-
vados com o encargo hypothecario, bem como o direito a exigir que este se limite aos que
forem indispensaveis para garantir a sua gerencia ou responsabilidade (artigo 246.°).
§ unico. Feita legalmente esta designação e reducção, e registada devidamente a hy-
potheca sobre esses bens designados, se cancellarão os registos que d'ella se tiverem já
feito nos immoveis do devedor, não comprehendidos daquella designação.
Art. 128.° A prestação da hypotheca dos funccionarios responsáveis, de quetrataoar-
tigo 244.°, n.° 1.°, assim como a fórma do processo para essa prestação, será opportuna-
mente regulada por decreto especial.
Art. 129.° No estado de viuvez, só á viuva, e bem assim só aos filhos, quando maio-
res,; & aos menores devidamente auctorisados, pertence requerer a conversão da hypothe-
ca legal. . . . . . .
Art. 130.° Nos casos de casamento das menores, deve á sua celebração preceder sem-
pre o registo provisorio de hypotheca, assim como averbar-se de definitivo, antes da en-
trega de quaesquer bens ao marido (artigos 80." e 267.°, §§ 1.° e 2.°).
Art. 131.° Se o dote consistir em bens immoveis estimados, o marido não poderá re-
querer nem o conservador tomar-lhe registo de domínio sobre esses bens, sem que haja
precedido registo de hypotheca para segurança do mesmo dote.
Art. 132.° Para que a entrega de bens moveis dotaes possa ser tomada em considera-
ção para o registo da hypotheca legal cios bens do marido, é necessário em todo o caso
que esses moveis sejam individualisados na escriptura dotal, inventario, formal de parti-
lhas ou em relação que acompanhe a mesma escriptura, e fique archivada no cartorio do
tabellião respectivo.
§ unico,. A estimação porém poderá limitar-se ao valor total dos ditos moveis.
; Art. 133.° Fica sempre salva a todo o tempo ao marido a reducção ou substituição da
hypotheca. >
Art, 134,° A mulher casada por contrato dotal não póde, em qualquer acto ou con-
trfitQ posterior, renunciar nem prejudicar o seu direito de hypotheca legal, e poderá, du-
rante a çonstancia do matrimonio, requerer independentemente de auctorisação do mari-,
do o registo d'ella sobre quaesquer bens do marido, assim como requerer o reforço, quan-,
do a hypotheca seja ou se torne insufficiente,
17 de outubro 1864 1 8 6 5
SECÇÃO "VI
E m r e l a ç ã o e s p e c i a l ú p o s s e niio t i t u l a d a e s u a j u s t i f i c a ç ã o
Art. 135.° Para os effeitos do n.° 6.° do artigo 10.° a posse não titulada somente se
considera como provada, para ser registada, precedendo justificação julgada por .sentença,
com precedencia de citação edital por trinta dias a pessoas incertas, e de publicação de
annuncio no periodico da cabeça da comarca, havendo-o, e não o havendo, no periodiçò
official do governo, e com intervenção do ministerio publico.
i unico. É competente para estas justificações o juiz de direito da comarca em que ò
predio, objecto da posse, se achar situado. '
Art. 136.° Apparecendo alguem a requerer contra a justificação da pósse ou sendo
impugnada pelo ministerio publico, ficará contenciosa até sentença que passe emjulgado.
Qualquer impugnação será deduzida por embargos.
Art. 137.° Os embargos só poderão ser deduzidos depois de feita a justificação p o r
testemunhas e documentos que provem actos possessorios. i(
Art. 138.° Nenhuma justificação de posse será procedente, provando-se:
1.° Uma detenção de uso, usufructo, consignação, simples arrendamento, mandato,
mera administração, favor ou qualquer outro titulo precário;
2.° A existencia de uma inscripção de propriedade sobre o mesmo objecto a favor de
outra pessoa.
Art. 139.° Os embargos poderão conter a allegação de algumas das circumstancias
mencionadas no artigo antecedente e outras quaesquer tendentes ao mesmo fim.
Art. 140.° Dos artigos de justificação se dará copia ao advogado do opponente, se o
houver, e ao ministerio publico, para em cinco dias improrogaveis poderem deduzir, que-
rendo, embargos á mesma justificação, os quaes serão rejeitados in liminenão sendo apre-
sentados n 5 esse praso.
§ unico. Deduzindo-se embargos serão contestados pelo justificante no mesmo praso;
seguir-se-ha audiência de julgamento, em que poderão ser reperguntadas as testemunhas
da justificação, e inquiridas outras, se o rol d'ellas tiver sido entregue no cartorio do es-
crivão cinco dias antes da dita audiência.
Art. 141." As custas judiciaes d'este processo serão pagas pelos justificantes, mas as
acrescidas desde os embargos serão pagas pelos embargantes, quando, desprezados os
mesmos embargos, a justificação for julgada por sentença, salvo sendo embargante o mi-
nisterio pubiico.
Art. 142.° Das sentenças proferidas sobre os embargos cabem os recursos legaes.
CAPITULO XII
Da rectificação dos assentos do registo
Art. 143.° Os erros materiaes do registo, que o não alterem substancialmente, pode-
rão ser rectificados por iniciativa do proprio conservador, de officio ou a requerimento
de qualquer dos interessados.
Art. 144.° Para que possa em qualquer dos casos do artigo antecedente fazer-se à re-
ctificação, deverá o conservador convocar lodos os interessados activa e passivamente por
meio de officios, designando o dia e hora em que devem comparecer na conservatória, e
o fim para que. Os conservadores das diversas conservatórias coadjuvar-se-hão reciproca-
mente, para que esses officios sejam devidamente entregues aos interessados residentes no
districto de qualquer d'ellas.
| unico. Os interessados podem comparecer pessoalmente, ou por procurador bastan-
te, cuja procuração ficará archivada na secretaria.
Art. 145.° Reunidos os interessados no dia e hora designados, se concordarem todoS
entre si e com o conservador em fazer-se a rectificação, effectuar-se-ha ella, reduzindo-se
o accordo a termo por todos assignado, do qual o conservador fará um extracto, que lan-
çará em annotação no livro respectivo, em logar correspondente da columna das annola-
ções, dando a cada um dos interessados um cerlilicado d'essa annotação. O termo ficará
archivado na secretaria.
§ 1.° Se todos ou alguns dos interessados deixarem de comparecer no dia e hora de-
signados, nem por isso deixará a rectificação de fazer-se, se para isso houver logar.
§ 2.° Se os interessados não concordarem entre si e com o conservador
s
ácerca dá re-
102
1 :,. . ' •<.
1865 17 de outubro
ctificação, sómente poderá fazer-se precedendo decisão do juiz que o determine, nos ter-
mos do artigo 7 1 e seguintes.
CAPITULO XIII
Dos effeitos do registo ou da sua omissão em geral
. Art. 14ò.° Os titulos e direitos sujeitos ao registo não serão attendidos em juizo, nem
prejudicam a terceiro, sem estarem registados.
§ unico. Considera-se terceiro, para os effeitos d'este codigo, o que não entreveiu no
acto.ou contrato registado, salvo tendo havido causa dos que n'elle intervieram.
Árt. Í47.° v Éxceptuam-se da disposição do artigo ancedente:
1.° Os titulos de transacção de propriedade immovel, quando seja indeterminada;
• Ás acções meramente possessórias (artigo 164.°);
3.° Ós privilegios declarados no artigo 219.°, salva a excepção n'elle consignada;
4.°-Os de onus reaes durante um anno a contar da installação das conservatórias;
5.° Õs privilegios do banco ultramarino, nos termos e durante o praso marcado na
carta de lei de 16 de maio de 1864;
6.° Os titulos de dominio ou propriedade durante tres annos;
7. 6 03 titulos e quaesquer documentos registados antes da installação das conservató-
rias, devendo dentro d'este praso ser levadas ao novo registo (em que se fará referencia
aó afiíèrior), sob pena de findo o praso incorrerem na comminação do artigo antecedente.
_ Art. 148.° Os titulos e direitos registados não surtem effeito emquanto a terceiros, se-
não' desde á (lata do registo.
I unico. Considera-se como data do registo, para todos os effeitos que deve produzir,
a nota d è apresentação do diario.
Art. 1491.0 Os effeitos do registo definitivo subsistem emquanto não for cancellado; os
do registo provisorio emquanto não for cancellado ou não caducar pelo lapso de tempo
sem.renovação.
. Art- 150-° As descripções prediaes nunca poderão ser cancelladas, mas só declaradas,
ampliadas pu registadas nos termos d'este codigo.
Áít. 1SÍ.° Os effeitos dos registos prediaes subsistem emquanto estes não forem legal-
mente extinctos.
SECÇÃO I
È m r e l a ç ã o e s p e c i a l a o s domínios e m a i s direitos constitutivos o u trànslativos d e propriedade
Art. 152.° Inscripto em dia anterior ou com prioridade de tempo na ordem da apre-
sentação qualquer titulo translativo sem clausula suspensiva, não poderá ser inscripto de-
pois qualquer outro titulo pelo qual o mesmo transmittente aliene ou grave o mesmo pre-
dio, salva a extincção legal da primeira inscripção.
Art. 153.° Feita uma inscripção predial conforme o artigo 10.° para conservação e não
adquisição do dominio, por se achar consolidado sem dependencia de registo antes da mes-
ma lei, não será admittida a diversa pessoa, que se intitule proprietaria do mesmo predio,
outra inscripção, bem a de um titulo translativo ou constitutivo, que não provenha de pes-
soa primeiro inscripta, salva a extincção legal da primeira inscripção.
SECÇÃO LI
. Em rélação especial ás hypothecas
0
Art'. 154. As hypothecas sendo registadas são causa legitima de preferencias, nos ter-
mos do artigo 219.°
Art. Í5S.° As hypothecas não registadas são unicamente admittidas a pagamento nos
mesmos termos em que forem os credores communs do devedor (artigo 317.°).
Art. 156.° A hypotheca necessaria ou legal a favor do estado, camaras municipaes, es-
tabelecimentos publicos e outras pessoas, não produz effeitos jurídicos sem ser registada
em 'quaesquer immoveis do devedor ou responsável contra quem a hypotheca legal é con-
stituida (áríigo 125.°).
SECÇÃO III
Em relação especial aos onus reaes
Art. 157.° Os onus reaes não serão reconhecidos em juizo sem terem sido registados,
nem podem ser oppostos á crédores, cujas hypothecas tiverem prioridade no registo.
17 de outubro 1865 4ÍÍ
Art. 158." Os ohus reaes, não registados ao tempo da installação das conservatórias,,
só poderão ser oppostos a terceiros, durante o praso de um anno, a contar d'esse dia (ar-
tigo 147.°, n.° 4.°).
Art. 1S9.° Nenhuma servidão règistavel (artigo 11.°, n.° 1.°), que ap térifpp da publica-
çfO'd'éète código estiver constituida por meio de convenção expressa pq ; possè, poderá ser
opp'osítÈf á terceiro só não fôr registada dentro de uni anno a contar dá itístàlíarçãÓ!;dás. con-
servatórias.
SECÇÃO IV
Em relação especial & posse
• , • • - }. ! 'J . • • . . • i .
Art. 160.° Ninguém póde requerer em juizo a posse de um predio não se achando na
posse effectiva d'este, sob pena de nullidade; mas, julgando-se com direito a ella, só a
póde requerer juntando ao requerimento certificado de haver inscripto o acto jurídico em
que se funda.
Art. 161.° A inscripção porém do titulo translativo da propriedade sem condiçãq.sus-
pensiva importa a adquisição da posse jurídica como effectiva, sem dependencia de outra
formalidade. , .
§ 1 M a s o possuidor effectivo não será expellido sem sua audiência, e poderá;embar-
gar a entrega judicial, impugnando o dominio positivo ou presumptivo do transmittente.
2'.° Estes embargos serão desprezados in limine, não tendo o embargante feito com-
provar é registar á sua posse. •
Art. 162.° A posse não póde ser^invocada em juizo para prova da propriedade emquanto'
não sê mostrar registada, mas depois do registo deve o seu começo para todos os effeitos
legaes ser contado segundo as disposições da legislação civil.
Art. 163.° Não será reconhecida em juizo a posse de bens comprehendidos no n.°: 5.°
do artigo 10.° sem que a transmissão se ache registada.
Art. 164.° Para as acções meramente possessórias não será necessário certidão do re-
gisto de posse.
CAPITULO XIV
Da extincção do registo
SECÇÃO I
n o cancellamento
SECÇÃO II
Do caiiccllaiiieuto total e parcial .
SECÇÃO III
Do c a n c e l l a m c n t o do r e g i s t o provisorio
Art. 181.° Dos requerimentos para certidões se tomará nota de apresentação no dia-
rio, e poderão as partes faze-los em duplicado, para que este se lhes entregue com decla-
ração de apresentado.
Art. 182.° Os conservadores passarão com a brevidade possivel as certidões e certifi-
cados que lhes forem requeridos, não os podendo demorar por mais.de tres dias.
| unico. Se passado este praso taes certidões não forem entregues, poderão os interes-
sados verificar por declaração de duas testemunhas o facto da recusa em auto exarado por
qualquer tabellião ou escrivão do julgado, para servir de prova no processo competente.
Art. 183.° Logoque a certidão pedida se tenha passado, será averbada a nota de apre-^
sentação no diario com declaração da entrega, que o interessado assignará.
Art. 184.° Na mesma folha d'estes requerimentos, e sem dependencia de despacho al-
gum se passarão as certidões pedidas, continuando-se em outras folhas do sêllo compe-
tente.
Art. 185. 0 As certidões dos livros de registo poderão ser extrahidas pelos amanuenses
das conservatórias, mas em todo o caso serão assignadas pelos conservadores ou seus aju-
dantes, depois-de serem por estes revistas e concertadas, fazendo-se expressa declaração.
Art. 186.° Dos documentos ou titulos archivados poderão tambem passar-se certidões,
como dos livros de registo.
Art. 187.° Os conservadores devem entregar ás parles que tiverem requerido registo
certificados passados em fórma de certidão, contendo precisamente a transcripção dos ex-
tractos que tiverem sido lançados, sendo conferidos com o registo e depois assignados pe-
los conservadores.
§ 1.° Estes certificados constituem a prova da effectividade do registo.
§ 2.° Havendo desconformidade dos certificados com os titulos registados ou com as
notas n'estes lançadas, observar-sc-ha, na parte applicavel, o que se acha disposto nos ar-
tigos 143.° a 145.°
Art. 188.° Os certificados poderão ser passados pelos amanuenses, sendo porém sem-
pre assignados pelos conservadores ou ajudantes depois de conferidos com o seu original,
fazendo-se n'elles menção da conferencia.
Art. 189.° O conservador não entregará aos requerentes o certificado do registo que
fizer, sem que na presença d'elles leve ao indice real o predio descripto, se for primeira
a descripção, e ao indice pessoal a pessoa que activa ou passivamente for mencionada na
inscripção.
Art. 190.° Nos casos de destruição ou extravio do certificado, as partes poderão re-
querer certidão, que terá o mesmo effeito. Qualquer outra pessoa que n'isso tiver inte-
resse poderá pedir as certidões que lhe forem necessarias, extrahidas fielmente do livro
de registo.
Art. 1 9 1 Q u a n d o sobre o mesmo predio uma nova hypotheca se inscrever depois da
outra cuja inscripção se não ache cancellada, o conservador deverá declarar, assim nos cer-
tificados como nas certidões que passar, que a hypotheca é segunda (artigos 52.° e 97.°)
Art. 192." Nas certidões que se passarem restrictamente de inscripções hypothecarias,
ainda não cancelladas pelos pagamentos parciaes que se tiverem feito por coata da divida,
deverão os conservadores mencionar essa circumstancia, sempre que ella conste dos aver-
bamentos feitos ás mesmas inscripções, declarando n'esses casos a importancia dos paga-
mentos averbados.
CAPITULO XVI
Da estatistica do registo predial
Art. 193.° Os conservadores remetterão ao ministerio da marinha e ultramar, dentro
de trinta dias, immediatos ao ultimo de cada anno, por intermedio dos governadores ge-
raes, a estatistica remissiva de todos os predios descriptos e de seus valores fixados no re-
gisto ou calculados para este, a do movimento do registo de propriedade, e a do movi-
mento do registo das hypothecas, tudo em conformidade dos modelos F, G e H.
Art. 194.°. Estas estatisticas serão extrahidas dos índices real e pessoal, e d'ellas se
irão colligindo em cadernos avulsos os esclarecimentos necessarios para se fazer um tombo
geral synoptico de toda a propriedade predial registada e seu valor, com distincção á di-
vida hypothecaria.
io:s
414* 1865 17 de outubro
CAPITULO XVI
Dos emolumentos das conservatórias, sua cobrança, escripturação e applicação
Art. 195.° Pelo registo predial se hão de pagar em todas as-conservatórias os emolu-
mentos constantes da tabella n.° 2 annexa ao presente codigo.
Art. 196.° Os conservadores são obrigados a mandar escripturar em livro especial a
somma dos emolumentos de registo que forem recebidos em cada dia, e na pagina paral-
lela as despezas que houverem feito com o expediente, declarando o que lica em caixa
para o dia seguinte (modelo I).
1 1 . ° Em dia de distribuição se dará como despeza a somma que for distribuída.
I 2.° A distribuição será feita no primeiro dia de cada mez, podendo comtudo o con-
servador permittir que ella se faça em cada semana, ou de quinze em quinze dias, se as-
sim o tiver por mais conveniente.
§ 3.° A declaração de saldo negativo a transportar para o dia seguinte será rubricada
em cada dia pelo conservador ou seu ajudante.
| 4.° Este livro será previamente numerado e rubricado em todas as suas folhas pelo
conservador, e terá o competente termo de abertura e encerramento, assignado pelo mes-
mo conservador.
Art. 197.° Os emolumentos serão sempre satisfeitos pela pessoa que exigir nas con-
servatórias o acto por que elles sejam devidos.
§ unico. Se os emolumentos forem pagos em nome e no exclusivo interesse de outrem
•o recibo do talão é prova authentica para se exigir do interessado a importancia sa-
tisfeita.
Art. 198.° Haverá em todas as conservatórias livros de recibos com talão impressos, e
rubricadas as folhas no alto do talão pelo conservador.
§ unico. D'estes livros serão separados os recibos que devem ser entregues ás pessoas
que fizerem pagamento dos emolumentos. ,
Art. 199.° Os espaços em branco do recibo e seu talão serão preenchidos conforme o
modelo L:
1.° Com a sua numeração;
2.° Com o nome da pessoa que requerer o registo;
3.° Com a somma total que pagar de emolumentos;
4.° Com o numero de ordem do dia da apresentação no diario:
5.° Com a rubrica do conservador.
Art. 200.° Se no acto de se encherem os espaços em branco do recibo e talão alguns
d'elles se inutilisarem, será renovada a escripta no recibo e talão immediato em numera-
ção seguida, como se o numero antecedente não fosse inutilisado. Se a escripta se inutilisar
depois de separado o recibo do talão será collado a este e passar-se-ha por cima de ambos
a palavra inutilisado.
Art. 201.° Em quaesquer actos do registo o conservador contará separadamente a cor-
respondente verba de emolumentos, mas o recibo do talão comprehenderá toda a somma
por quaesquer actos constitutivos, ou complementares do mesmo registo.
Art. 202.° A distribuição dos emolumentos nas conservatórias será feita do modo se- -
guinte:
1.° Deduzir-se-hão da somma total as despezas do expediente, renda de casa, livros,
estantes e mais arranjos necessarios para a boa ordem do archivo;
2.° Deduzir-se-ha igualmente a parte que o governo designar até final embolso da im-
portancia da quota dos livros por elle fornecidos ás ditas conservatórias, nos termos do ar-
tigo 43.° d'este codigo;
3.° A somma restante será dividida igualmente entre o ajudante e amanuense na pro-
porção dos seus ordenados.
Art. 203.° A rasa será sempre contada por linhas, conforme a dita tabella n.° 2; mas
cada uma das linhas não poderá ser integralmente contada, tendo menos de trinta letras.
- § unico. O excesso de letras será reduzido a linhas, e contado como se fossem escri-
ptas em linhas distinctas, excepto as de palavras que por erro ou equivoco resalvado no
texto se acharem repetidas ou rectificadas.
Art. 204.° Aos conservadores ou aos seus.ajudantes compete fazer a contagem da rasa
e mais emolumentos do registo.
Art. 205.° As notas de apresentação no diario não serão contempladas para a contagem
dos emolumentos.
17 de outubro 1864 415
Art. 206.° São applicaveis ás certidões que se extrahirem dos antigos livros de registo
as laxas fixadas na tabella n.° 2, annexa a este codigo.
i unico. Os emolumentos relativos a buscas n'esses livros serão contados em confor-
midade com a tabella judicial em vigor.
CAPITULO XVIII
Recopilação dos deveres, faltas, crimes e penas dos funccionarios encarregados
do registo predial
Art. 207.° Os actos de serviços que constituem deveres dos conservadores são, quanto
ao registo:
1.° Verba de apresentação no diario e no titulo (artigos 48.° e 14.°) e nota do encer-
ramento em cada dia no mesmo livro (artigo 37.°);
2.° Exame dos titulos quanto ás solemnidades externas constitui tivas, segundo a lei,
da sua autbenticidade e legalidade (artigo 13.° e outros);
3.° Conferencia do titulo apresentado ao registo com o seu duplicado, se este for ne-
cessário, a fim de se verificar a sua perfeita igualdade (artigo 14.°);
4.° Extracto da sua substancia quanto á descripção predial, para se fazer, se ainda não
estiver feita, ou para n'ella se additarem quaesquer circumstancias que a alterem ou am-
pliem (artigos 91.° e 92.°);
5." Extracto da sua substancia quanto á inscripção predial, para que a natureza do con-
trato ou transmissão e suas condições sejam registadas (artigo 93.°);
6.° Annotação do registo nos Índices real e pessoal (artigo 189.°);
I.°- Averbamento hypothecario sobre a inscripcão da propriedade (artigos 115.°, 1'16.°
e 121.°);
8.° Averbamentos, cancellações e annotações em todos os livros, nos termos d'este co-
digo;
9.° Certificados e certidões (artigos 178.° a 192.°);
- 10.-° Numeração e rubrica de todas as folhas dos titulos registados e seus duplicados,
antes de se fazer enlrega de um d'elles á parle (artigo 14.°);
I I . ° Reforma dos Índices real e pessoal de dez em dez annos (artigo 63.°);
12.° Organisação e remessa ao ministerio da-marinha e ultramar das estatisticas pre-
diaes e seus valores conhecidos pelo registo (artigo 193.°);
13.° Observancia de todos os outros deveres prescriptos no presente codigo.
Art. 208.° Podem ser suspensos por um mez até um anno os conservadores qúe com-
metterem as faltas seguintes:
1.° Não requisitando os livros necessarios para o serviço das conservatórias, nos ter-
mos d'este codigo;
2.° Abrindo ou encerrando as conservatórias fóra das horas marcadas n'este codigo;
3.° Não comparecendo na conservatória durante as horas do registo sem motivo justi-
ficado ;
4.° Não tratando os requerentes com urbanidade, repellindo-os da conservatória ou
não Jhes dando, com relação aos livros de registo, os esclarecimentos de que precisarem;
Não guardando em boa ordem e recato todos os livros e mais documentos perten-
centes á sua conservatória ou n'ella archivados;
6.° Principiando qualquer registo sem a previa nota da apresentação no diario, ou
concluindo o registo sem o averbar no indice pessoal, ou tambem no indice real, se a in-
scripção for acompanhada da descripção predial;
7.° Não verificando a perfeita igualdade dos titulos quando lhe devam ser apresenta-
dos em duplicado;
8.° Não verificando as solemnidades legaes extrínsecas dos titulos apresentados ao re-
gisto;
9.° Não comprehendendo nos extractos para a descripção do predio alguma das cir-
cumstancias essenciaes para firmar a sua identidade, natureza, extensão, limites e valor;
10.° Não comprehendendo nas inscripções toda a substancia do acto ou contrato con-
forme ao titulo que se apresentar;
11.° Não exigindo dos requerentes, escriptas e assignadas as declarações complemen-
tares indispensaveis para a descripção predial hypothecaria;
12.° Não lançando os registos no livro ou columna competente, em conformidade com
este codigo;
416* 1865 17 de outubro
13.° Cancellando quaesquer registos com preterição dos requisitos essenciaes e que
importam nullidade;
14.° Não resalvando á margem com rubrica qualquer emenda, borrão ou entrelinha
nas descripções, inscripções prediaes e averbamentos ou annotações prediaes ou pessoaes;
15.° Tomando registos definitivos nos casos em que os deve tomar provisorios, ou to-
mando estes em logar d'aquelles, ou deixando de declarar que são provisorios quando os
tomar como taes ;
•16.° Dando certificados dos registos que não estejam conformes com o original ou com
as notas de apresentação e de registo lançadas nos mesmos titulos;
•17.° Omittindo alguma circumstancia essencial que se ache registada, ou praticando
qualquer outra inexactidão nas certidões que passar com referencia a titulos ou documen-
tos archivados na conservatória;
18.° Deixando de numerar e rubricar todas as folhas dos documentos depois de apre-
sentados a registo;
19.° Ante-datando ou post-datando a apresentação no diario, quando seja por mero
lapso de anno, mez ou dia, que se manifeste pelo registo antecedente e subsequente, ou
pela confrontação com o diario e annotação nos documentos;
20.° E m geral deixando de praticar aquelles actos que devem preceder ou acompa-
nhar quaesquer registos.
| unico. Será suspenso, e responderá por perdas e damnos, se algum dos interessa-
dos alcançar sentença que julgue a nullidade do registo, o conservador que admittir a elle
qualquer titulo sem que se prove que pelo mesmo titulo nenhuns direitos se devem á fa-
zenda nacional, e sendo divida hypothecaria com estipulação de juros, sem que se tenha
feito o competente manifesto.
Art. 209.° As faltas declaradas no artigo antecedente poderão ser causa da demissão
quando forem aggravadas com as circumstancias seguintes:
1.° O concurso de faltas ou omissões da mesma ou de diversa natureza junto á frequen-
cia em todas ou em algumas d'ellas;
2.° Segunda reincidência em qualquer das mesmas;
3.° O damno resultante em prejuizo da fazenda publica ou das pessoas interessadas
no registo, quando o mesmo damno lenha sido julgado por sentença;
4.° A ante-data ou post-data nas inscripções e averbamentos quando d'ella resultar
preferencia ou rateio;
5.° As omissões dos requisitos essenciaes, assim da descripção predial como da in-
scripção dos domínios ou das hypothecas.
1 1 P o d e m tambem ser causa de demissão:
1.° Deixar de sair da conservatória para poder de alguma pessoa, ou ainda para sua
própria casa, de seu ajudante, escrivão ou empregados, os livros do registo;
2.° Tomar registos fóra das horas prescriptas n'este regulamento;
3.° Contar emolumentos com excesso ou indevidos.
| 2.° E m qualquer caso ou em qualquer tempo, verificando-se suspensão de conser-
vador imposta primeira e segunda vez, á terceira será demittido.
Art. 210.° A suspensão e demissão de que tratam os artigos antecedentes não eximem
os conservadores da responsabilidade civil e criminal em que incorrerem pelos seus actos
(artigo 27.°), e quando se recusem a quaesquer actos do seu officio poderão os interessa-
dos verificar esta recusa pelo m o d o indicado no artigo 182.°, § unico.
Art. 211.° Os ajudantes dos conservadores, quando exercerem as attribuições d'estes,
ou ainda no exercicio de suas proprias, poderão ser suspensos ou demittidos nos lermos
dos artigos 208.° e 209.°
CAPITULO X I X
Da inspecção das conservatórias
Art. 212.° Os governadores geraes, todos os annos, no mez de janeiro, e quando o
julguem necessário por conveniencia do serviço publico, ou mesmo a requerimento do con-
servador e ajudante, para o fim de que trata o artigo 25.°, mandarão inspeccionar todas
as conservatórias por uma commissão composta do juiz de direito, presidente da camara;
municipal, escrivão de fazenda, onde o houver, e tres negociantes ou pessoas habilitadas,,
para fazer um exame do estado da escripturação do anno anterior em todos os livros, sua
regularidade e arranjo da conservatória, etc., e dar o seu parecer ao governo em um r e -
latorio circumstanciado.
17 de outubro 1865 417
§ unico. Este relatorio será enviado por copia ao ministerio da marinha e ultramar
pelo governador geral, e será tambem publicado no boletim do governo.
Art. 213.° De cada inspecção se lavrará termo em um livro especial para isso desti-
nado, fazendo-se menção somente da inspecção feita, dos nomes dos empregados que ser-
viram na conservatória em todo esse anno, e tempo que serviram, e será assignado por
todos os vogaes da commissão e empregados da conservatória.
i unico. Uma copia authentica d'este termo acompanhará sempre o relatorio de que
trata o artigo antecedente.
PARTE SEGUNDA
Dos privilegios e hypothecas
CAPITULO I
Disposições geraes relativas a privilegios e hypothecas
Art. 214.° Privilegio creditorio é a faculdade que a lei concede a certos crédores de
serem pagos com preferencia a outros independentemente do registo de seus predios.
Art. 215.° Hypotheca é o direito concedido a certos crédores de serem pagos pelo va-
lor de certos bens immobiliarios do devedor, e com preferencia a outros crédores, achan-
do-se os seus creditos devidamente registados.
§ unico. São para este effeito considerados immoveis os navios, devendo o registo ser
feito na conservatória em cujo districto o mesmo navio estiver matriculado.
Art. 216.° Os crédores têem direito de ser pagos pelo preço da totalidade dos bens do
devedor, todas as vezes que não houver causa legitima de preferencia.
Art. 217." São causas legitimas de preferencia:
1.° Os privilegios;
2.° As hypothecas;
Art. 218.° Não ha outros privilegios e hypothecas senão os expressamente declarados
n'este codigo.
Art. 219.° Os privilegios dão direito á preferencia, independentemente de registo, sal-
va a excepção consignada nos artigos 10.°, n.° 8.° e 230.°, n.° 2.°
As hypothecas são causa legitima de preferencia somente sendo registadas.
Art. 220.° Todas as disposições do presente codigo relativas a privilegios e hypothe-
cas em nada alteram o que se acha determinado no codigo commercial a respeito de navios.
CAPITULO II
Dos privilegios em geral e suas diversas especies
3.° O credito por sementes ou emprestimos para exploração agricola, relativo sómente
ao ultimo anno, ou sómente ao corrente;
4.° O credito por soldadas de creados de lavoura relativo a um anno, epor dividas de
jornaes de operários relativo aos ultimos tres mezes;
5.° O credito por premio de seguro relativo ao ultimo anuo e ao corrente.
§ 1.° Para que se verifique o privilegio de que fazem menção os n.os 1.° e 2.° d'este
artigo é necessário que os onus respectivos de emphyteuse, censo, quinhão ou arrenda-
mento se achem registados. Esse privilegio principia a existir na data do registo, sem que
possa retrotrahir-se á data do credito, se este for mais antigo.
| 2 . " Para que se verifique o privilegio de que tratam os n.°5 3.° e 4.° d'este artigo é
necessário que sejam especificados os immoveis a que esses creditos forem applicados.
Art. 224.° Gosam privilegio mobiliario especial na renda dos predios urbanos, consti-
tuindo uma classe :
1.° O credito por divida de fóros, censos e quinhões, relativo aos dois ultimos annos e
ao corrente;
2.° O credito por premio de seguro, relativo ao ultimo anno e ao corrente.
| unico. Ao privilegio de que faz menção o n.° 1.° é applicavel a disposição do § 1.°
do artigo antecedente.
Art. 225.° Gosam privilegio mobiliario especial, constituindo uma classe:
1.° O credito por despezas de transporte, no valor dos objectos transportados;
2.° O credito por despezas de pousada ou hospedagem, no valor dos moveis que o de-
vedor tiver na hospedaria:
3.° O credito pelo preço de quaesquer moveis ou machinas, e valor do concerto na
importancia dos mesmos;
4.° O credito por divida de renda ou damníficação causada pelo locatario, ou prove-
niente de qualquer encargo declarado no arrendamento do predio urbano, relativo ao ul-
timo anno e ao corrente, AO valor dos moveis existentes no predio;
5.° O credito proveniente de premio de seguro de moveis ou mercadorias, relativo ao
ultimo anno e ao corrente, no valor dos objectos segurados.
§ unico. O privilegio de que trata o n.° 1 d ' e s t e artigo acaba quando os objectos trans-
portados saírem do poder d'aquelle que os transportou ;
O do n.° 2.° quando os objectos saírem da hospedaria;
O do n.° 3.° quando os moveis comprados ou concertados saírem da mão do comprador;
O do n.° 4.° quando os moveis saírem do respectivo predio;
O do n.° 5.° quando os moveis ou mercadorias passarem a poder de terceiro; salvo po-
rém o caso, nas differentes hypotheses d'este §, de se provar dolo ou fraude na saída dos
objectos referidos.
Art. 226.° Gosam tambem privilegio mobiliario especial, constituindo uma classe:
1.° O credito pelo preço de materias primas no valor dos productos fabricados, posto
que não sejam os mesmos que se fabricaram com as materias primas em divida, comtanto-
que sejam do mesmo genero d'aquelles que taes materias podem produzir:
2." O credito por salarios de operarios fabris, relativo aos ultimos tres mezes, no va-
lor dos mesmos productos;
3.° O credito pelo premio do seguro relativo ao ultimo anno e ao corrente, no valor
dos productos segurados.
§ unico. Para que possa verificar-se o privilegio de que trata o n.° 1.° é necessário-que
os objectos se conservem em poder do devedor, ou que não tenham saído com dolo ou
fraude em prejuizo do crédor.
Este privilegio extingue-se não sendo reclamado dentro de um anno.
Art. 227.° Gosam de privilegio geral sobre os moveis:
1 O credito por despezas do funeral do devedor, segundo a condição e costume da
terra;
2.° O crédito por despezas feitas com o luto da viuva e filhos do fallecido, segundo a
sua condição;
3.° O credito por despezas com honorários de facultativos e remedios para a ultima
doença do devedor, não excedendo a seis mezes de duração;
4.° O credito para sustento do devedor e pessoas de sua familia a quem tivesse o de-
ver de alimentar, relativamente aos ultimos seis mezes;
5.° O credito proveniente de ordenados, salarios e soldadas de creados e outros fami-
liares, relativo a um anno;
17 de outubro 1865 419
6.° O credito de salarios ou ordenados devidos a mestres de sciencias ou artes que ti-
verem ensinado os filhos do devedor, ou pessoas a quem tenha o dever de dar educação,
relativo aos ultimos seis mezes.
Art. 228.° Os creditos por impostos em divida á fazenda nacional gosam privilegio mo-
biliario em todas as classes.
Art. 229.° O crédor pignoraticio, devidamente apossado do penhor, tem privilegio para
ser pago da sua divida pelo preço do objecto ou objectos empenhados, até onde chegar o
referido preço, sendo considerado pelo resto como crédor chirographario.
CAPITULO IV
Dos privilegios immobiliarios
Art. 230.° São creditos privilegiados sobre os immoveis do devedor, aindaque estes
se achem onerados com hypotheca:
1.° Ós creditos por impostos em divida á fazenda nacional, pelos ultimos tres annos,
e no valor dos bens em que recaírem os mencionados impostos;
2.° Os creditos provenientes de despezas feitas para a conservação dos predios nos ul-
timos tres annos, com relação áquelles a que essas despezas foram applicadas, não exce-
dendo a quinta parte do seu valor, sendo registados;
3.° Os creditos provenientes de custas judiciaes, feitas no interesse commum dos. cré-
dores, no valor do predio com relação ao qual foram feitas.
CAPITULO V
Das hypothecas em geral
Art. 231.° A hypotheca onera os bens sobre que recáe, e os sujeita directa e immedia-
tamente ao pagamento das obrigações a que servem de garantia, qualquer que seja o pos-
suidor dos mesmos.
Art. 232.° Quando o pagamento a que está sujeita a hypotheca houver de ser feito em
prestações, e o devedor dei;;ar de satisfazer alguma d'ellas, consideram-se vencidas todas,
e póde desde logo exigir-se o seu pagamento.
Art. 233." A hypotheca é de sua natureza indivisível, subsiste em todos e cada um dos
predios hypothecados, e em cada uma das partes que os constituem, salvo o caso de se
designar no competente titulo constitutivo da hypotheca a parte do predio ou predios que
fica onerada com a hypotheca.
Art. 234.° Só podem ser hypothecados, lendo a propriedade aquelle que constitue a
hypotheca:
1.° Os immoveis que estiverem no commercio, e os seus accessorios que por direito
se consideram da mesma natureza;
2.° As servidões reaes activas;
3.° O usufructo dos mesmos bens e seus accessorios, durante o tempo em que o de-
vedor póde gosar d'elle;
4.° O diminio directo e ulil nos bens emphyleuticos;
5.° E os outros direitos prediaes.
Art. 235.° São considerados accessorios para os effeitos do n.° 1.° do artigo anterior
e portanto comprehendidos na hypotheca :
1.° Os objectos moveis collocados por um modo permanente, seja para ornamento, ou
commodidade, seja para serviço de alguma industria, aindaque essa collocação seja poste-
rior á constituição da hypotheca;
2.° As bemfeitorias que consistirem em novas plantações, poços, minas, obras de gos-
to, de represas, de encanamento, de reparação, de emhellezamento, de transformação, ou
elevação de edificios e outras similhantes;
3.° Or, fructos pendentes, ou aindaque já colhidos não levantados nem éncelleiradoS;
4.° As rendas vencidas e ainda não pagas, qualquer que seja a causa da falta do paga-
mento, e as que se vencerem até que o crédor seja inteiramente pago do seu credito, e bem
assim o preço dos fructos já vendidos, mas ainda não pagos;
5.° As quantias devidas pelos seguradores em relação aos predios ou aos ditos moveis,
quando o sinistro tenha acontecido depois de constituição da hypotheca; >
6.° As quantias devidas por indemnisação liquidada de valor do todo ou de parte dos
predios hypothecados, em rasão de expropriação por utilidade publica, ou de prejuízos.
420* 1865 17 de o u t u b r o
CAPITULO v i
Das hypothecas necessarias ou legaes
§ unico. Os creditos registados na fórma d'este artigo não perdem por este facto o pri-
vilegio, e poderão obter no concurso hypothecario o pagamento que no concurso privile-
giario não tiverem podido alcançar.
Art. 246.° As hypothecas necessarias poderão ser registadas em todos os bens do de-
vedor, quando não forem especificados no titulo respectivo os immoveis hypothecados;
o devedor porém poderá exigir que o registo se limite aos bens indispensaveis para garan-
tir a responsabilidade ou obrigação, e terá a faculdade de designar para ficarem gravados
com o encargo os que mais lhe convierem.
CAPITULO VII
Das hypothecas voluntarias ou convencionaes
Art. 247.° As hypothecas voluntarias convencionaes nascem do mutuo accordo das
partes.
i unico. Estas hypothecas tambem podem ser constituídas por doação, testamento, ou
por qualquer disposição inter vivos ou de ultima vontade.
Art. 248.° O devedor não fica inhibido pela hypotheca de poder hvpothecar de novo
o predio; mas n'esse caso, realisando-se o pagamento de qualquer das dividas, o predio
fica hypothecado ás restantes, não só em parte, mas na sua totalidade.
Art. 249.° O predio commum entre diversos proprietarios não póde ser hypothecado
na sua totalidade sem consentimento de todos, mas cada um póde hypothecar isoladamente
a parte que n'elle tiver, se for divisível; e só a respeito d'ella vigora a indivisibilidade da
hypotheca.
CAPITULO VIII
Da constituição das hypothecas
Art. 250.° A hypotheca de que faz menção o artigo 244.°, n.° l . ° é constituida pela no-
meação do funccionario, segundo a fórma estabelecida nas leis fiscaes.
| unico. Esta hypotheca póde ser substituída por deposito em dinheiro ou em titulos.
Art. 251.° Quando não houver deposito nem bens designados para segurança da fa-
zenda, poderá a hypotheca a favor da mesma ser registada em quaesquer bens immoveis
do responsável, salvo a este sempre o direito de requerer que ella seja reduzida aos justos
limites, nos termos do artigo 246.°
Art. 252.° A hypotheca a favor do menor e demais pessoas mencionadas no n.° 2.° do
artigo 244.° é constituida pela nomeação do tutor, curador ou administrador.
Art. 253.° Verificada a nomeação de que trata o artigo antecedente, o conselho de fa-*
milia, lendo em vista a importancia dos moveis e clos rendimentos que o nomeado houver
de receber, e podér accumular até ao fim da tutela ou administração, fixará o valor da hy-
potheca que ha de ficar onerando os bens do tutor, curador ou administrador, designará
os immoveis sobre que deve ser registada, e fixará o praso rasoavel dentro do qual se ha
de fazer o registo.
Esta deliberação do conselho será sempre motivada.
| unico. Na bypothese d'este artigo, e em todos os casos em que segundo a lei não de-
ve ser nomeado conselho de familia, as attribuições d'elle poderão ser exercidas pelo res-
pectivo juiz de direito, com audiência do curador geral.
Art. 254.° Quando o tutor, curador ou administrador entenderem que ha excesso no
valor fixado para a hypotheca, poderão recorrer da decisão do conselho de familia, inter-
pondo aggravo de petição ou instrumento.
§ unico. Se o valor lixado parecer insuficiente, ou se os immoveis designados não of-
ferecerem bastante garantia, poderão tambem recorrer, nos termos d'esle artigo, o sub-
tutor, o curador, qualquer dos membros do conselho de familia ou parentes do tutelado.
Art. 255.° Quando o conselho de familia, fixando o valor da hypotheca, que ha de fi-
car onerando os bens do tutor, não designar desde logo os bens sobre que deva registar-
se, será o tutor nomeado intimado para no praso de dez dias fazer por termo a designação
dos immoveis que quer sujeitar ao encargo, e isto aindaque elle ou o sub-tutor, curador
ou qualquer vogal do conselho de familia tenha interposto aggravo pelo excesso ou insuf-
iciência do valor fixado, devendo n'este caso lavrar-se termo em separado para se juntar
aos autos, quando baixarem.
Art. 256.° Se o tutor, curador ou administrador não indicar dentro do praso acima de-
signado os bens que hão de ficar hypothecados, ou os não indicar sufficientes, o conselho
iOS
422* 1865 17 de outubro
de familia designará quantos bastem dos que lhe constar que pertencem ao nomeado, e
n'elles recairá a hypotheca, veriflcando-se o registo d'ella em qualquer conservatória em
cujo districto se acharem situados os bens.
Art. 257.° É permittido ao conselho de familia escusar absolutamente da hypotheca o
tutor, curador ou administrador, ou admittir-lhe uma hypotheca inferior ao valor dos mo-
veis e rendimentos a que se refere o artigo 253.° ou dispensa-lo só do prévio cumprimen-
to das formalidades para se constituir a hypotheca, a fim'de entrar desde logo.
§ unico. Esta escusa porém não importa renuncia de hypotheca, e o conselho de fami-
lia a poderá cassar logoque o tutor, curador ou administrador tenha desmerecido a con-
fiança em virtude da qual lhe foi concedida.
Art. 258.° Quando o conselho de familia cassar a escusa da hypotheca, ao tutor, cu-
rador ou administrador, será a mesma hypotheca constituida pelo modo prescripto no ar-
tigo 253.°
Art. 259.° Depois de designados, na conformidade dos artigos antecedentes, os bens
sobre que deve recair a hypotheca, será intimado o tutor, curador ou administrador para
dentro de um praso rasoavel a arbítrio do conselho de familia, tendo em vista as distan-
cias, apresentar no cartorio do escrivão a competente certidão do registo, a qual será pelo
mesmõ escrivão junta aos autos.
Art. 260.° Se esse certificado se não juntar no praso indicado, o escrivão fará logo,
sob sua responsabilidade, conclusos ou autos com a certidão da intimação, e o juiz por seu
despacho ordenará ao escrivão que, extrahindo certidão da deliberação do conselho em
que é fixado o valor da hypotheca e se designam os bens, em que tem de recair, e da de-
signação que d'elles haja feito o tutor, no caso em que a lei lhe faculta faze-la, a apresente
ao conservador para se verificar o registo de officio á custa do nomeado, juntando-se logo
certidão d'elle aos autos, devendo o juiz no mesmo despacho condemnar logo o tutor, cu-
rador ou administrador na multa de 10$000 a 50$000 réis conforme a gravidade do caso,
mandando remetter a competente certidão ao respectivo magistrado do ministerio publico
para promover a sua cobrança nos termos marcados no codigo do processo.
Art. 261.° De todas as deliberações tomadas pelo conselho de familia, ou pelo juiz
quando fizer as suas vezes, nas diversas hypotheses dos artigos antecedentes, podem os
interessados mencionados no artigo 254.° inlerpor o recurso no mesmo indicado c pela
fórma ahi declarada.
Art. 262.° Interposto o recurso a que se refere o artigo antecedente, o conselho de fa-
milia ou o juiz, deliberando sobre elle, poderá reformar a sua decisão ou ratifica-la; no
primeiro caso poderá recorrer de officio o curador geral, no segundo seguirá seus termos
o recurso interposto.
Art. 263.° Quando houver mais de um tutelado ou administrado á proporção que o
tutor ou administrador for fazendo a cada um a entrega de seus respectivos bens e co-
brando recibo das contas geraes, poderá requerer ao conselho de familia auctorisação para
o cancellamento do registo hypothecario pelo valor correspondente á responsabilidade que
termina.
Art. 264. A hypotheca a favor da mulher casada, de que trata o n.° 3.° do artigo 244.°
é constituida pela respectiva escriptura dotal.
- Art. 265.° A hypotheca de que trata o artigo antecedente, quando consistir em bens
expressamente designados para garantia do dote, só n esses mesmos bens poderá ser re-
gistada.
§ unico. Se por qualquer motivo esta hypotheca se tornar inefficaz, tanto a mulher
como aquelles que a dotaram poderão requerer que a mesma seja reforçada.
Na falta porém de designação de bens ou de se reforçar a hypotheca, será a mesma
registada em quaesquer immoveis pertencentes ao marido, salvo o seu direito de pedir a
reducção aos justos limites, na fórma acima estabelecida.
Art. 266.° A hypotheca constituida por escriptura dotal, se a principio tiver sido re-
gistada na totalidade dos bens immoveis do marido, poderá depois, a requerimento d'este,
ser reduzida ás suas devidas proporções e só-registada em tantos bens, quantos bastem
para effectiva garantia, desonerados todos os outros que constituirem o. patrimonio do
marido.
Art. 267.° A renuncia do direito do registo ou de qualquer outro que d'ahi provenha
e que a mulher fizer a favor do marido ou de terceiras pessoas, será considerada nulla a
todos os respeitos.
Art. 268.° Para o casamento das menores, por contrato dotal, não se passará alvará
17 de outubro 1865 423
de consentimento sem que, alem dos outros documentos que forem exigidos por lei, o re-
querimento vá instruído com a certidão de registo hypothecario. O escrivão que sem isso
o passar perderá o officio.
§ 1.° Não é permittido deferir a requerimento para entrega de bens, na hypothesede
casamento de menor, sem que se mostre averbado de definitivo o registo provisorio da
hypotheca de que faz menção o artigo 264.°
§ 2.° O tutor que sem despacho fizer a mencionada entrega de bens ou de rendimen-
tos responderá por elles como se tal entrega não houvera feito.
Art. 269.° A hypotheca a favor da viuva de que trata o n.° 4.° do artigo 244.° é con-
stituida pelo titulo promissorio dos alfinetes, arrhas ou apanagios.
Art. 270.° A hypotheca a favor da pessoa que tem direito aos alimentos de que trata
o n.° 5.° do artigo 224.°, é constituida pelo titulo d'onde resulta a obrigação de os prestar.
Havendo bens designadamente onerados com essa obrigação, sobre elles será regis-
tada a hypotheca, mas se não forem designados bens alguns, ou se designar a totalidade de
um patrimonio, poderá a mencionada hypotheca ser registada sobre todos os moveis do
devedor, ou sobre todos os que compozerem a totalidade do patrimonio, salvo sempre o
direito de pedir a reducção, nos termos do artigo 251.°
Art. 271.° A hypotheca mencionada nos titulos dos estabelecimentos de credito pre-
dial será registada nos bens que ahi forem designados.
Art. 272.° A hypotheca mencionada no n.° 7.° do artigo 224.° é constituida pelo titulo
legal da partilha e será registada nos bens respectivos.
Art. 273.° A hypotheca mencionada nos n.°' 8.° ej9.° do artigo 224.° é constituida pe-
los respectivos titulos e será registada nos bens do legado a primeira e a segunda nos bens
immoveis do devedor, com relação aos quaes houverem sido feitas as despezas de edifica-
ção ou arroteamento.
Art. 274.° As hypothecas voluntarias são constituídas pelo instrumento do contrato
respectivo, e bem assim por testamento ou qualquer disposição inter vivos, e podem so-
mente ser registadas nos bens que esses titulos especificadamente designarem, ou em
quaesquer immoveis do devedor, testador ou doador, na falta de designação; salvo o di-
reito de reducção, conforme o artigo 251.°
Art. 275.° Quando se offerecer duvida ácerca do valor dos bens pará constituir a hy-
potheca, poderá ter logar a avaliação previa dos mesmos pela fórma em direito estabele-
cida; mas essa avaliação não poderá ser requerida sem que se mostre feito o registo pro-
visorio da hypotheca a que pertence.
CAPITULO IX
Da alienação de predios hypothecados, e processo da expurgação
ou exoneração das hypothecas covencionaes ou legaes
Art. 276.° Nenhuma inscripção hypothecaria obsta a qualquer inscripção predial por
transmissão gratuita ou onerosa posterior, mas permanece no predio a garantia hypothe-
caria, qualquer que seja o possuidor.
Art. 277." Aquelle que tiver de novo adquirido um predio hypothecado, e quizer con-
seguir a exoneração ou expurgação da hypotheca ou hypothecas, o poderá conseguir:
1.° Pagando integralmente aos crédores hypothecarios as dividas a que o mencionado
predio estiver hypothecado;
2.° Entrando no deposito com a quantia que tiver dado pelo predio, se a acquisição
d'elle tiver sido feita em hasta publica;
3.° Declarando em juizo que está prompto a entregar aos crédores, para pagamento de
suas dividas, até á quantia que deu pelo predio, ou aquella em que o estima, quando a ac-
quisição d'elle não tiver sido feita por titulo oneroso;
4.° Requerendo que o predio seja posto em praça, para entregar aos crédores até á
maior quantia que se offerecer por elle.
| unico. O direito que têem os novos adquirentes dos predios hypothecados, de os ex-
purgar ou exonerar das hypothecas sobre os mesmos inscriptas, comprehende as hypothe-
cas de toda a especie.
Art. 278.° O novo possuidor que quizer expurgar o predio da hypotheca solicitará
do conservador certidão, em que este declare, em presença do indice real e pessoal
e dos livros de registo, quaes são os crédores hypothecarios inscriptos sobre o mesmo
predio.
- Art. 279.° Com a certidão de que se trata no artigo antecedente o novo possuidor do
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predio fará requerimento ao juiz de direito da comarca em que estiver situado o mesmo
predio, declarando qual dos meios facultados no artigo 277.° prefere para o exonerar da
hypotheca, e concluindo por pedir que os credores constantes da referida certidão sejam
citados para virem a juizo receber a parte que lhes pertencer do valor do predio.
Art. 280.° Distribuindo o requerimento, a citação será feita aos credores, ou pessoal-
mente, ou por éditos com o praso de trinta dias, segundo o domicilio for ou não conhecido
em juizo, nos termos da lei.
§ unico. Accusada a citação assignar-se-hão duas audiencias aos credores, a fim de re-
ceberem a parte que lhes pertencer do valor do predio, ou requererem o que for a bem
da sua justiça.
Art. 281.° Se o valor realisado do predio chegar para pagamento de todos os crédo-
res, a parte que a cada um pertencer será paga no cartorio do escrivão, lavrando-se nos
autos termos de entrega, ou por mandado ou precatorio, quando haja precedido deposito,
e o predio será julgado livre e exonerado das hypothecas, e se lhes dará baixa no respe-
ctivo livro do registo.
Art. 282.° Se o novo possuidor do predio preferir para o expurgar o meio facultado
no n.° 2.° do artigo 277.° e o valor do predio não chegar para integral pagamento dos cre-
dores hypothecarios, depositado o sobredito valor, sobre elle serão exercidos os direitos
dos interessados, e o predio será julgado livre e exonerado das hypothecas sobre o mesmo
inscriptas, seguindo-se depois os termos legaes do processo do concurso, mas em acto con-
tinuo e sem dependencia de novas citações aos credores inscriptos.
Art. 283.° Consistindo a obrigação garantida por hypotheca em prestações periódicas,
não sendo d'aquellas que constituem onus real da propriedade, opera-se a exoneração pelo
deposito de um capital correspondente a essas prestações, feito em moeda metallica, fun-
dos publicos ou de bancos legalmente constituídos.
§ 1.° O capital depositado reverterá em proveito do depositante ou de quem o repre-
sentar, uma vez extincta por qualquer modo a obrigação que o motivou.
§ 2.° Durante o tempo do deposito o crédor receberá os juros ou dividendos dos titu-
los depositados, cuja escolha fica dependente da vontade do depositante, garantindo elle
ao crédor um juro legal.
Art. 284.° Quando o novo possuidor se não quizer obrigar á satisfação integral de to-
dos os encargos que oneram o predio recentemente adquirido, nem tiver posto em pratica
algum dos meios indicados no artigo 277.° para expurgar a hypotheca, ou quando se obri-
gar só até á concorrência do preço que deu pelo referido predio, se se reconhecer que esse
preço é inferior á importancia dos onus e dividas que sobre elle pesam; qualquer dos in-
teressados tem direito a requerer que o predio seja posto em hasta publica, a fim de ser
arrematado pelo maior preço que se podér obter sobre aquelle que o novo possuidor tiver
dado por elle, ou em que o estimar.
Art. 285.° Quando, na hypothese do artigo antecedente, o valor de que ahi se trata
não for coberto em praça, os direitos dos interessados serão exercidos sobre esse mesmo
valor, salva a acção contra o devedor originário pelo que ficar restando.
Quanto á parte de que não forem embolsados pelo producto da hypotheca, serão elles
considerados como crédores chirographarios.
Art. 286.° No caso de que o novo possuidor pretenda expurgar o predio pelo meio in-
dicado no n.° 3." do artigo 277.°, sómente se entenderá o valor do.predio conformando-se
os crédores com as declarações do possuidor, ou depois de ter ido á praça, se os crédores
usarem da faculdade que lhes concede o artigo 284.°
Art. 287.° Se o possuidor pretende a expurgação nos termos do n.° 4.° do citado ar-
tigo 277.°, irá o predio á praça independentemente de avaliação, podendo o mesmo pos-
suidor, no praso de tres dias, remir, depositando a importancia do maior lanço.
Art. 288.° Qualquer interessado tem direito de requerer que o predio seja posto em
hasta publica, a fim de ser arrematado pelo maior preço que se podér obter sobre aquelle
que o novo possuidor tiver dado por elle, ou sobre aquelle em que o estimar: -
1.° Quando o novo possuidor, depois de requerer a citação dos crédores para se effe-
ctuar a expurgação, declarar que apenas se obriga á satisfação da parte das dividas e en-
cargos que oneram o predio;
2.° Quando, tendo feito citar os crédores para a expurgação, não fizer accusar as res-
pectivas citações, ou se, tendo-as feito accusar na audiência competente, não proseguir até
á terceira seguinte nos lermos regulares da mesma expurgação;
3.° Quando, tendo escolhido para expurgar o predio o meio facultado em o n.° 3.° do
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artigo 132.°, se reconhecer que o preço é inferior á importancia dos onus e dividas que pe-
sam sobre o mesmo predio.
Art. 289.° Na hypothese do n.° 3.° da artigo antecedente, feilo pelo interessado o re-
querimento para rjue o predio seja posto em hasta publica, o juiz verificando ou fazendo
verificar pelo respectivo contador, á face das certidões dos onus e creditos hypothecarios,
se o valor do predio é ou não inferior á importancia do capital e juros devidos dos mesmos
onus e créditos, deferirá como for de justiça.
Art. 290.° Arrematado o predio e posto em deposito o producto da arrematação, so-
bre elle exercerão os crédores os seus direitos, precedendo ao levantamento do mesmo
producto a graduação dos ditos crédores e despacho do juiz, nos precisos termos dos ar-
tigos 311.°, 312.°, 313.°, 3 1 5 ° , 316.°, 317.°, 340.° e 342.°, attendidos os direitos de pre-
ferencia ou os de rateio, mas em acto continuo, e sem dependencia de novas citações aos cré-
dores inscriptos.
Art. 291.° Aindaque o crédor que tiver requerido a arrematação do predio venha de-
pois a desistir d'ella, não deixará por isso a mesma arrematação de progredir nos seus ter-
mos regulares, quando alguns dos outros crédores se oppozer á desistencia.
Art. 292.° O direito dos crédores que, tendo sido citados, não vierem a juizo, será jul-
gado á revelia, e depositada a somma que lhes tocar em virtude da sentença.
§ unico. Fica salva a accão ordinaria de preferencia nos termos e casos do § unico do
artigo 344.°
Art. 293.° Quando porém a referida somma não for bastante para pagamento integral
do capital e juros devidos, conservam sempre como crédores chirographarios, relativa-
mente á importancia não paga, todo o seu direito contra o devedor.
Art. 294.° Realisado que seja o pagamento dos crédores que tiverem acudido a juizo,
e realisado tambem o deposito com relação aos que deixaram de comparecer, será o pre-
dio julgado livre e exonerado da hypotheca, e se lhe dará baixa no competente livro de re-
gisto.
Art. 295.° A sentença porém nunca será proferida sem que se mostre que foram ci-
tados todos os crédores, constantes da certidão do conservador.
Art. 296." O crédor que, tendo o seu credito registado, deixar por qualquer motivo
de ser incluído na certidão do conservador, ou sendo incluído deixar de ser citado, não
perderá os seus direitos como crédor hypothecario, qualquer que tenha sido a sentença
proferida em relação aos outros crédores.
Art. 297.° São applicaveis á expurgação das hypothecas legaes as disposições dos ar-
tigos antecedentes com as seguintes declarações:
1. a Serão citados para ella os crédores e interessados, ou quem legitimamente os re-
presentar, assistindo sempre o ministerio publico quando não for parte principal;
2. a Nas dos tutores e curadores serão citados os sub-tutores e sub-curadores, e o cu-
rador geral respectivo;
3. a Na dos dotes feitos por terceira pessoa serão tambem citados os dotadores;
4. a Arrematado o predio, ou verificado o seu valor, será a parte correspondente á hy-
potheca legal depositada, e convertida a sua importancia em titulos de divida fundada,
averbando n'elles o encargo; devendo porém os titulos, depois de averbados, ser entregues
ao depositante.
§ unico. A conversão será legalisada com as respectivas certidões do preço corrente
dos titulos.
Art. 298.° Com a certidão da sentença, que tiver julgado o predio livre e exonerado
das hypothecas, poderá o possuidor solicitar cio conservador competente o cancellamento
dos respectivos registos.
Art. 299.° Aquelle que quizer exonerar a sua propriedade adquirida por contrato an-
terior á execução do presente codigo, deverá proceder conforme o que no mesmo se de-
termina, exercendo o seu direito dentro do praso de um anno, contado segundo os termos
do artigo 158.° '
CAPITULO X
Da extincção dos privilegios e hypothecas
SECÇÃO I
Do c o i i e u r s o tios c r e d o r e s s o b r e m o v e i s
Art. 305.° Os crédores que têem privilegio especial sobre certos e determinados mo-
veis preferem aos que têem privilegio geral sobre todos os moveis do devedor.
Art. 306.° As dividas á fazenda nacional provenientes de impostos têem privilegio que
prefere ao de todos os crédores que o tiverem sobre certos e determinados moveis ou so-
bre a generalidade d'elles.
Art. 307.° O credito por despezas de funeral e honorários de facultativos prefere a to-
dos os privilegios sobre moveis especiaes ou geraes, menos ao da fazenda nacional.
Art. 308.° No concurso entre privilegios especiaes sobre moveis da mesma classe, a
preferencia será determinada segundo a ordem por que se acham numerados cada um dos
creditos nas suas respectivas classes.
O mesmo se observará no concurso de privilegios mobiliarios geraes entre si.
Art. 309.° Concorrendo crédores que tenham todos privilegio mobiliario especial so-
bre os mesmos objectos, e tendo tambem a mesma numeração, o pagamento será feito
ratéando-se entre cada um d'elles o valor do objecto ou objectos sobre que recaírem os
privilegios.
O mesmo terá logar a respeito de privilegios mobiliarios geraes da mesma classe e com
igual numeração.
Art. 310.° Em todos os concursos entre crédores privilegiados, de qualquer natureza
que sejam, a preferencia será sempre exercida sobre o producto liquido, depois de pagas
as respectivas custas, as despezas do transporte ou quaesquer outras que forem inheren-
tes á liquidação que se fizer para pagamento dos crédores.
SECÇÃO II
Do ccncurso dos crédores sobre immoveis
Art. 311.° Pelo preço dos bens immoveis do devedor serão pagos com preferencia os
seguintes:
1.° Os crédores que tiverem privilegio sobre os immoveis;
2.° Os que tiverem hypotheca registada nos termos da presente lei.
Art. 312.° No concurso de privilegios immobiliarios entre si serão os creditos gradua-
dos pela ordem da sua numeração na presente lei.
Art. 313.° Quando concorrerem diversos crédores por despezas feitas para a conser-
vação da causa, na conformidade do n.° 2.° do artigo 230.°, se a importancia total dos cré-
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ditos de todos exceder o valor da quinta parte, a que se refere o mencionado numero, a
quantia que se dever pagar por essa despeza será rateada por todos na devida proporção,
e pelo resto que deixar de lhes ser pago serão considerados como crédores communs.
Art. 314.° Nas hypothecas não póde haver concurso, senão entre aquellas que recaírem
no mesmo predio, ou o devedor tenha ou não mais bens livres ou onerados.
Art. 315.° O crédor ou crédores que, lendo concorrido nos termos do artigo antece-
dente, deixarem de ser pagos da totalidade ou de uma parte das suas dividas pelo produ-
cto da hypotheca, serão considerados como crédores communs a respeito da quantia de
que não forem embolsados, embora o devedor tenha ainda outros bens livres.
Art. 316.° No concurso de hypothecas entre si o pagamento será feito segundo a prio-
ridade do numero de ordem do registo, e se o numero for o mesmo será o pagamento fei-
to pro rata.
Art. 317.° As hypothecas, aindaque legalmente constituídas, não se achando regista-
das, serão unicamente admittidas a pagamento nos mesmos termos em que o forem os
crédores communs do devedor, seja qual for a qualidade do titulo de que resultam as di-
vidas.
Art. 318.° A arrematação, adjudicação voluntaria ou transmissão de algum predio, por
qualquer modo feita, não prejudica os privilegios especiaes sobre os moveis que se acha-
vam dentro do mesmo predio ao tempo da arrematação, adjudicação ou transmissão, e
continuarem ainda a existir ahi depois d'isso, comtantoque não tenham decorrido mais de
trinta dias.
Art. 319.° Os onus reaes, registados em numero anterior ao do registo da hypotheca
da qual resultou a expropriação, ou em data anterior á da transmissão indicada no artigo
antecedente, acompanham o predio alienado, e do seu valor total será deduzida a impor-
tancia dos onus referidos.
Art. 320.° Os onus que tiverem sido registados em data posterior á da transmissão não
acompanham o predio.
§ unico. Os mesmos onus, registados em numero posterior ao da hypotheca, sómente
acompanham o predio e determinam a deducção de que trata o artigo ántecedente, quan-
do depois de pagos todos os creditos hypothecarios anteriores, houver excedente no valor
do predio, e n'este caso determinam a deducção até á concorrência d'esse valor.
Art. 321.° A expropriação, por qualquer modo que se verifique, torna exigíveis desde
a data d'ella todas as obrigações que oneram o predio expropriado.
Art. 322.° Não haverá differença alguma no concurso entre os creditos que forem re-
presentados por qualquer dos titulos que, nos termos da presente lei, podem ser admitti-
dos ao registo.
CAPITULO XII
Do processo para a exigencia dos creditos hypothecarios
Art. 323.° Os creditos hypothecarios, que constarem de titulos admissíveis ao registo
definitivo, mostrando-se effectivamente registados, e depois de vencidas as respectivas di-
vidas, constituem a base do processo pai a a expropriação da competente hypotheca.
| unico. São exceptuados d'esta regra os creditos que resultam de escriplos particu-
lares, embora admissíveis no registo hypothecario.
Art. 324.° Os titulos de que trata o artigo antecedente, dizendo respeito a dividas já
vencidas ou julgadas como taes, têem força_ de sentença executiva, e serão processados
como causas summarias, e com as modificações constantes dos artigos seguintes.
Art. 325.° O crédor, cuja divida resultar de algum dos titulos a que se refere a regra
estabelecida no artigo 323.°, fará citar o devedor para que lhe pague dentro de dez dias,
sob pena de se proceder no fim d'elles a penhora em todos os bens que constituem a hy-
potheca.
Art. 326.° O devedor será citado em sua própria pessoa no domicilio que constar da
certidão do registo, ou no logar em que for encontrado, sendo d'aquelles em que se po-
dem verificar citações.
| unico. Serão competentes para fazer a citação os escrivães e officiaes de diligencias
do juiz de direito ou do juiz ordinario da comarca ou julgado aonde residir o devedor, e
bem assim qualquer outro funccionario da mesma comarca ou julgado, auctorisado a fazer
citações, ou que se achar mais prompto, á escolha do exequente.
Art. 327.° Se o devedor executado não for encontrado fóra da casa da sua habitação,
e achando-se ausente, ou fóra d'ella por qualquer motivo, ou se estiver doente, será feita
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a citação na pessoa que se apresentar para recebe-la por ter procuração do devedor, e na
falta d'essa pessoa se verificará a citação immediatamente na de qualquer familiar ou vi-
zinho, e bem assim na pessoa do curador geral dos orphãos e ausentes, que defenderá os
direitos do executado, emquanto este não comparecer em juizo por si ou por seu bastante
procurador.
Art. 328.° Se o devedor não pagar dentro do mencionado praso de dez dias, e não
deduzir embargos, terá logar a penhora de que trata o artigo 325.°
Art. 329.° Os embargos, que o executado póde deduzir dentro do praso de dez dias,
são unicamente os que forem fundados:
d.° Em falsidade do titulo constitutivo da hypotheca;
2.° Em nullidade ou extincção da mesma hypotheca;
3.° Em novação ou pagamento provado immediatamente por documento legal.
| unico. Articulando-se nos embargos offerecidos unicamente materia diversa da que
fica mencionada no artigo antecedente, serão desprezados in limine, e se mandará proce-
der á penhora nos bens da hypotheca para continuarem os termos da execução.
Art. 330.° Se os embargos contiverem a materia declarada no artigo antecedente, po-
derão ser recebidos com suspensão da execução ou sem ella.
No primeiro caso correm nos proprios autos, e no segundo em separado, e se manda-
rá proceder á penhora e proseguir nos lermos do processo executivo.
Art. 331.° Ou os embargos sejam recebidos com ou sem suspensão da execução, se-
rão meramente contestados pelo exequente dentro de cinco dias, dando-lhe para isso co-
pia d'elles o escrivão, e logo decididos pelo respectivo juiz de direito sem allegações flnaes,
fazendo-se-lhe para isso os autos conclusos.
Art. 332.° De qualquer decisão definitiva, proferida sobre os embargos, poderão as
partes interpor appeliação para o tribunal competente; mas será sempre recebida no ef-
feito devolutivo sendo interposta pelo executado, e a execução correrá seus termos.
Art. 333.° De quaesquer despachos interlocutórios proferidos pelo juiz, ou seja nos
proprios autos ou em requerimentos avulsos que se lhes devam juntar, não cabe outro re-
curso que não seja o de aggravo no auto do processo.
Art. 334.° A avaliação do predio que houver de ser arrematado lerá logar nos termos
de direito, salvo o caso de se achar já feita judicialmente; mas ainda n'esta hypothese a
avaliação se poderá repetir, achando o juiz que assim convém, se a contar desde a primeira
tiverem decorrido mais de dez annos.
Art. 335.° O predio hypolhecado posto em praça será arrematado logoque haja lan-
çador que cubra a importancia de quatro quintas partes do valor da avaliação.
| unico. Não havendo lançador que cubra essa importancia, será transferida para ou-
tro dia a arrematação do predio, annuriciando-se previamente que será arrematado pelo
maior preço que podér obter em praça.
Art. 336.° Se o crédor exequente, depois de ter mandado pôr o predio segunda vez
em praça entender que lhe convém a adjudicação do mesmo na importancia de quatro
quintas partes do valor da avaliação, poderá requerer ao juiz que lb'o adjudique para pa-
gamento da sua divida, o que terá logar se o executado, que o juiz mandará ouvir, não
declarar no praso de tres dias que quer offerecer lançador ao predio.
Art. 337.° Não havendo requerimento do crédor para se verificar a adjudicação, nem
declaração do executado de que pretende offerecer lançador, voltará o predio á praça,
declarando-se com toda a clareza nos editaes e annuncios em jornaes (havendo-os) que o
predio será effectivamente arrematado a quem maior lanço offerecer, aindaque seja infe-
rior ao valor por que teria sido feita a adjudicação, se o exequente o requeresse.
Art. 338.° A arrematação do predio terá sempre logar pela raiz, seja qual for o valor
do mesmo e a quantia pela qual corre a execução, salvo se o crédor requerer que lhe se-
jam adjudicados os rendimentos.
Art. 339.° Se da respectiva certidão do registo constar que nenhuma outra hypotheca
se acha registada sobre o predio arrematado, provando o crédor por certidão authentica
que do referido predio se não devem nenhuns impostos á fazenda nacional, será immedia-
tamente pago pelo producto da arrematação.
CAPITULO XIII
Do concurso de preferencias
que tocar à cada um dos diversos crédores, só poderá ter logar depois de julgados os di-
reitos de preferencia.
Art. 341.° Para o julgamento das preferencias, na hypothese do artigo antecedente
serão cilados pessoalmente ou por éditos todos os crédores que tiverem creditos hypothe-
carios registados sobre os bens penhorados, e bem assim a fazenda nacional com relação
a impostos devidos, para que venham a juizo deduzir seus artigos, e lhes juntem os do-
cumentos que tiverem.
| unico. O praso para os credores que forem citados pessoalmente será de vinte dias
para todos, sem que se lhes mande dar vista dos autos, e será de mais dez dias para os
crédores que forem citados por éditos.
Art. 342.° Findo que seja o praso acima referido, se farão logo os autos conclusos ao
juiz, que em vista da lei e das certidões do registo fará a classificação de todos os credo-
res que tiverem deduzido artigos, e bem assim de todos os outros que foram citados e os
não deduziram á sua revelia.
Art. 343." Durante o praso a que se referem os artigos antecedentes poderá qualquer
dos crédores, que houverem de ser graduados, deduzir em requerimento dirigido ao juiz
da execução o que se lhes offerecer contra os documentos que lhe conste terem sido jun-
tos por algum dos outros crédores a seus articulados ou r e q u e r i m e n t o s . " " *
N'este caso o juiz, se o julgar necessário, poderá mandar ouvir em termo breve o cre-
dor a quem o requerimento disser respeito, dando-se-lhe copia do mesmo.
§ unico. Sempre que as partes quizerem examinar alguns documentos por si ou por
seus advogados, o escrivão lhes facilitará esse exame no cartorio, e lhes dará tambem, sem
dependencia de despacho, quaesquer certidões que lhe sejam pedidas.
Art. 344.° Decidido o concurso, não será admittido outro de novo nem disputa, qual-
quer que seja, sobre o producto dos bens arrematados.
i unico. Fica sempre salva porém a acção ordinaria de preferencia, nos termos-do an-
tigo direito e jurisprudência do reino, ao crédor que por impossibilidade resultante da
distancia, ou por outro qualquer legitimo impedimento, não tiver vindo disputar prefe-
rencias no concurso d'ellas.
Art. 345.° Se nos bens hypothecados, ou no producto d'elles que se achar em depo-
sito, existirem algumas penhoras que não tenham sido contempladas no concurso, o juiz
que o decidiu será o competente para ordenar o levantamento d'ellas, ainda mesmo que
tenham sido mandadas fazer por outros juizos.
Art. 346.° São applicaveis a todo o processo de expropriação que se contém n'este ti-
tulo as disposições geraes sobre as execuções e expropriações particulares, não sendo in-
compatíveis com as que ficam mencionadas nos artigos antecedentes.
CAPITULO XIY
Disposições especiaes
Art. 347.° Ficam abolidos, como contrários ao credito predial:
1.° O beneficio da restituição por inteiro;
2.° A rescisão por lesão, qualquer que seja a natureza d'esta;
3.° A revogação de doação por ingratidão ou supervivencia de filhos, salvo tendo-se
estipulado e registado a condição resolutoria. « :
Art. 348.° São isentas de insinuação as doações e d'ella dispensadas as que á data
d'este codigo ainda não tiverem sido insinuadas nos termos da anterior legislação.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 17 de outubro de 1 8 6 5 . =
Visconde da Praia Grande.
100
430* 1865 17 de outubro
Réis fortes
Réis fortes
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.Viíli?» fi- ;,~t;>flfL'Ví U>'i ii :. , -i'; .. .. . •• < • / :
.f.rfOiij!'- ri OiivÍÍHlf: i .' ' • "íí*f
Termo de abertura
Tem este livro quatrocentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento, e ha de servir para n'elle se lançarem as notas de apresentação dos titulos
e requerimentos para certidões na conservatória de . . . ; vão todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . q u e este termo
lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . . '
O escrivão, F... O juiz de direito, F...
DIARIO " A N N O D E 186
TERMO BE ENCERRAMENTO
Tem este livro quatrocentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; acham-se todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . ,
do que dou fé eu F . . . , qire este termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . .
O escrivão, F... O juiz de direito, F...
17 de outubro 433
•feriei* •
L1VK0 B
TERMO DE ABERTURA
Tem este livro seiscentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento e ba de
servir para ii'elle se tomarem as descripções e inscripções prediaes, seus averbamentos e annotações,
na conservatória de ....; vSo todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina porF.,-., do
que dou fé eu F . . q u e este termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F.
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . .
. '•: i- li':'
DESCRIPÇÃO PREDIAL
Anno de 1 8 6 . . , 5 de janeiro, teve logar a apresen- N.° 1 — Anno de 1 8 6 . . aos N.° 1 — Ao averbamento
tação n.° 10 do diario a pag. . . . de um titulo, por 15 de . . . verifiquei em presença n.° 1.
occasião da qual, e á vista do mesmo titulo e mais do documento que me apresen- Tomei nota no indice real
esclarecimentos que exigi do apresentante, fiz o pre- tou o senhorio util inscripto sob sob n.° . . . R. M.
sente extracto de descripção prediíl. n.° 13, que esta quinta se chama
Quinta denominada de Santo Antonio; compõe-se hoje Quinta das Águias.
de casas de habitação, celleiro, adega, lagar, abegoa- 0 documento é uir.a escriptura
ria, casa de malta e mais pertenças; tem terras dè se- publica, lavrada nas notas do ta-
meadura, pomar, vinha, horta, jardim, olival, pinhal, bellião F . . . livro . . . a pag. 48
castanheiros e outras arvores silvestres, ao todo perto e seguintes. R. M-
de seis mil arvores fructiferas e infrúctiferas.
Foi dono, anterior á transmissão para o actual pos- N.° 3 — A n n o de 1 8 6 . . aos N.° 3 —Ao averbamento
suidor, Miguel Dias, casado, lavrador, morador em . . . 5 de agosto verifiquei em pre- n.° 3.
por titulo de . . . sença do titulo objecto da inscri- Tomei nota noindicereal.
Calculei o valor venal d'este predio, em presença pção n.° 2, que o valor d'este pre-
dos referidos documentos apresentados e da declara- dio é de quatorze contos de réis. R.M.
ção do apresentante, em sete contos e duzentos mil R. M.
réis, e o seu rendimento liquido annual em trezentos «
mil réis.
A declaração e minuta do apresentante ficam archi-
vadas n'esta conservatória no maço S.° do corrente
anno. Os mais documentos foram entregues ao apre-
sentante p o r serem extrahidos de archivos publicos,
sendo um com data de 3 de maio de 1841, extrahido
do livro de notas do tabellião F . . . , no julgado de
e outro extrahido do processo de inventario a que se
procedeu por fallecimento de Miguel Dias, cartorio
ao escrivão do juizo de direito da comarca de . . .
Esta descripção fica annotada no indice real, f r e -
guezia de Nossa Senhora da Luz, a pag. 38.
0 conservador, F. A. R. M. -
17 de outubro 1865 435
INSCRIPÇÃO PREDIAL
N.° 1 — Certifico que em 5 de janeiro de 186.. teve N." 1—Á inscripção n.*l.
logar a apresentação n.° 10 do diario a pag , sen- Tomei nota no indice pes-
do apresentante Joaquim Dias, casado, negociante, soal, letra P, pag. . . .
morador em . . . , freguezia de . . , . , cuja identidade e R. M.
legitimidade verifiquei e reconheci, e por virtude do
titulo de . . . , com data de . . . , e mais esclarecimentos
que me apresentou, inscrevi a favor do dito apresen-
tante o dominio directo no predion. 0 103, sendo Irans-
miltente Miguel Dias, casado, lavrador, e morador . .
e pertencendo o dominio utíi aos herdeiros de João de
Paiva, moradores na freguezia de . . . . que pagam de /
fòro dez mil réis e uma gallinlia.
Os documentos por virtude dos quaes foi feita esta
inscripção ficam uns archivados n'esta conservatória
no maço n.° 5 do corrente anno, e outros em poder
do apresentante, como vae declarado na respectiva
descripção predial n.° 105.
Ficam annotados e transcriptos no indice pessoal os
nomes das pessoas que activa ou passivamente figu-
ram n'esta inscripção, e de tudo dei certificado ao
apresentante.
0 conservador, F. A. R. M.
• N.° 2 —Certifico que em 5 de agosto de 186.. teve N.° 1 — Foi hypothecado pela N.° 1—A inscripção n.° 2.
logar a apresentação n.° . . . d'esse dia no diario a quantia de seis contos de réis, Tomei nota no indice pes-
pag. . . . , sendo apresentante Antonio Maria Dias, sol- como se vê da inscripção hypo- soal, letra .; -, gag
teiro, medico, morador em . . . , freguezia de . . . , cuja thecaria, livro C, n.° 131.
identidade e legitimidade verifiquei e reconheci, e por R. M.
virtude de uma escriptura publica celebrada em . . . N.° í — Ao averbamento
de . . . de . . . nas notas do tabellião . . . vim na cer- n.° i.
teza de que o mesmo apresentante comprou o domi- Tomei nota no indice pes-
nio directo ao actua] senhorio do predio n.° 10S, Joa- soal, letra ...,pag. . . .
quim Dias, casado, negociante, morador em . . . , fre-
guezia de . . . , pelo preço de quatorze contos de réis,
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TEKMO DE E N C E H I U M K N T O
Tem este livro seiscentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; acham-se to-
das numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . : , do que dou fé eu F...", que este termo li-
vrei e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . . •. • , ' < • .
.. 7 dè . . . de mil oitoçentos sessenta c . . . .
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17 de outubro 437
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Modelo l
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LIVRO C
LIVRO D A S HYPOTHECAS
TERMO DE ABERTURA . . . . . . u
Tem este livro quatrocentas paginas, incluidas a d'este termo e a do termo de encerramento, e ha
de servir para n'elle se registarem as hypothecas da conservatória de . . v S o todas as folhas nume-
radas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . . , que este termo lavrei, e vae
ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de mil oitocentos sessenta e . . .
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438* 1865 17 de outubro
REGISTO DE
INSCRIPÇÕES HYPOTHECARIAS
186... Março 11 74
N.° 121 — Certifico que n'este dia teve logar a apresentação n.° S do mesmo dia no diario, sendo apresentante
F . . . , casado, negociante, morador em . . . , freguezia de . . . , cuja identidade e legitimidade verifiquei e reconheci,
e por virtude de escriptura publica que exhibiu, celebrada em . . . de . . . de 1 8 6 . . . , mostrou ter hypotheca con-
vencional sobre o predio n.° 105, descripto a pag. . . . do livro B, constituida por F . . . , casado, proprietario, mo-
rador em . . . , freguezia de . . . , dono o possuidor do mesmo predio, inscripto ern o n.° 2 correlativo, e que esta
hypotheca é a segurança da quantia de seis contos de réis a juro de cinco por cento ao anno, lermos em que não
duvidei tomar a presente inscripção definitiva e averba-la, como eífectivamente averbei no dito livro B, n.° . . .
Verifiquei a authenticidade e legalidade do documento apresentado, o qual, tendo sido por mim rubricado em
todas as folhas e depois annotado com a declaração de registado, restitui ao apresentante sem que ficasse duplicado,
por ser extrahida a mesma escriptura da nota do tabellião F . . . , a pag. . . . do seu livro d'ellas, n.° . . .
^ ^ . O u t r o s k i j verifiquei, em presença do respectivo documento que fica archivado n'esta conservatória, maço . . .
d'este anno, que se fez da mesma escriptura o competente manifesto fiscal.
HYPOTHECAS
AVERBAMENTOS ANNOTAÇÕES
N.° 1—Amortisada esta divida hypothecaria na im- N.° 1 — Á inscripção hypothecaria n.° 121 lancei no
portancia de dois contos de réis, como verifiquei em indice pessoal letra . . . os nomes das pessoas que activa
presença de documentos authenticos, cujas folhas foram e passivamente figuraram n'este registo. B . M.
por mim numeradas e rubricadas, e ficam em poder do
devedor os originaes depois de conferidos com o seu du-
plicado, que vae ser archivado n'esta conservatória sob
n.° . . . , maço D, do corrente anno. R. M.
186... Dezembro 11
186... Abril
.m/iiptá O
N.° 3 — F o i paga completamente esta divida, como íme
foi presente por escriptura de distrate, paga e quitaç
de . . . de . . . de 1 8 6 . . . , nas notas do tabellião F..".
n'estes termos a requerimento de F . . . , cuja identidade e
direito reconheci e verifiquei, cancellei a presente inscri-
pção n.° 121, na qual são interessados F . . . e F . . . - ; o
que vae ser annotado á respectiva inscripção de dominio,
livro B, pa'g. . . . R. M.
440* 1865 17 de outubro
TERMO DE ENCERRAMENTO
Tem este livro quatrocentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; acbam-se
todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . d o que dou fé eu F . . q u e
este termo lavrei e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . .
Modelo I»
LIVRO D
INDICE R E A L
TERMO DE ARERTURA
Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento, o ha de
.servir para n'elle serem indicados por concelhos os predios que se registarem na conservatória de . . . ;
vSo todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . . , que
este termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo-dito F . . . -
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . .
INDICE REAL
CONCELHO DE . . .
de descripção predial
a®
Numero de ordem
-a O
Natureza,
qualidade Valor Nomo do possuidor Data AnnotapBes
63 e alterações do predio da indicação supervenientes
2. do predio
fl ©
i."
24 26 Quinta.... 6:000^000 Manuel Antonio Dias 1864 Posse comprovada.
13,35 Janeiro 2
2.»
Diogo Nunes 1870 Compra.
Fevereiro 18
3.»
Antonio Feliciano M a r t i n s . . . 1880 Herança,
Abril 6
4.»
8:000$000 João Manuel de Carvalho 1886 Avaliação, legado.
Março 12
6.°
10:000^000 Francisco Manuel 1900 Arrematação.
Agosto G
7.»
Antónia Maximina 1901 Dote.
Janeiro 13
110
442* 1865 17 de outubro
. . . . . Modelo D
LIVRO D
INDICE! R E A L ,
TERMO DE ABERTURA
Tem esíe livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento^ e ha de
servir páçá tfélle serem indicados por concelhos os predios que se registarem na conservatória d e . i . ;
vão tòdas ás folhas nuiiieradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F..., que
este termo lavrei, e vae assignado por mim é pelo dito F . . . .
... de... de mil oitocentos sessenta e . . .
O escrivão, F... , O juiz de direito, F,..
INDICE BE AL
Concelho d e . . .
aa ai
..•g.e -
a> 2 Nataeza, Valor Annotações
s.a CA O. qualidade e alteraçBes Nome do possuidor Data da indicação
do predio supervenientes
do predio
a^ s «
B B-o
z a 3
1.»
26 Quinta 6:0003000 Manuel Antonio Dias 1864 Posse com-
24 13,35 Janeiro 2 provada.
2.°
Diogo Nunes 1870 Compra.
Fevereiro 18
' 3.»
Antonio Feliciano Martins 1880 Herança.
.ir. • Abril 6
4°
8:000g000 João Manuel de Carvalho 1886 Avaliação,
Si;; Março 12 legado.
5.°
Miguel Dias 1887 Subrogação-
Outubro 15
6.°
10:000#000 Francisco Manuel 1900 Arremata-
Agosto 6 ção. ' ,
TERMO DE ENCERRAMENTO
I
Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; ácham-se todas
as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . . , que este termo
lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . d e . . . d e mil oitocentos sessenta e . . .
TEBMO DE ABERTURA • T
Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento, e ha dè
servir para n'elle sereiji indicados pelas letras do alphabeto os nomes das pessoas inscriptas activa ou
passivamente nos registos da conservatória d e . . . ; vão todas as folhas numeradas e rubricadas b a pri-
meira pagina por F . . . . j do que dou fé eu F . . . , que este termo lavrei, e vae ser assignado por.mimie
;
pelo dito F . . . — - j
. . . d e . . . de mil oitocentos sessenta e . . . i í ;
O escrivão, F.. O juiz de direito, f . . .
INDICE PESSOAL— L E T R A F
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TERMO DB ENCERRAMENTO
Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; >e
%odas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F..., do que dou fé eu F qjie
•Bste termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pélo dito F...
de . . . dè mil Oitocentos sessenta e . . .
O escrivÃo, F... O juiz de direito, F...
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444 1865 i7 de outubro
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Domínio ou propriedade
Hypotheca
Habitação
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Censo ou pensão •2 cs a
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17deoutubro 1865 «445
Modelo ti
Anno de . . . '
Concelho de . . . j
Conservatória de . .> : • f
Mappa estatístico dos predios registados e de seus valores
S e os predios eram
a '
Predios rústicos
Total
Total.....
Total geral
'Modelo H
Anno de . . .
Concelho de . . .
Conservatória de . . .
Mappa estatístico do registo das hypothecas
Valor Valor
Total.
Predios urbanos
Total
Total geral.....
: 1.864
Conservatória da comarca de
!5
Conta da receita e despeza effectuada nos dias iáfra mencionados
: i
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RECEITA DESPEZA
Quantias
I
17 de oufufcro 1365
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448* 1865 17 de outubro
Dispondo o artigo 45." das instrucções regulamentares do serviço externo das alfan-
degas, approvadas por portaria de 5 de abril do corrente anno, que os guardas da fiscali-
sação, que derem parte de doentes e forem recolhidos nos hospitaes militares ou civis,
paguem 200 réis em cada dia que ali se demorarem, e reconhecendo-se ser este subsidio
inferior ao que se acha estabelecido para as praças de pret do exercito que são tratadas
nos mesmos hospitaes: ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, con-
formando-se com o parecer do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições
indirectas, determinar que o subsidio marcado no referido artigo 45.° seja elevado a 240
réis diarios, com relação aos guardas que forem recolhidos tão somente nos hospitaes mi-
litares; ficando d'esta fórma alterado o disposto no citado artigo.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se çommunicarà
a quem competir.
Paço, em 18 Cteoutubro do 1885.—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D, í o L. n.° 339, 'le 21 do out.
Sendo da mais reconhecida urgencia pôr termo á irregularidade que actualmente existe
nos vencimentos que percebem os engenheiros civis, architectos e conductores de obras
publicas, dando prompta execução n'esta parte ao plano de organisação do corpo de en-
genheria civil e seus auxiliares, approvado por decreto de 3 de outubro de 1864: manda
Sua Magestade El-Rei que seja nomeada uma commissão, composta do ministro e secreta-
rio d'estado honorário, inspector de divisão, João Chrysostomo de Abreu e Sousa, do en-
genheiro chefe de l . a classe Carlos Ribeiro, e do engenheiro chefe de 2. a classe Nuno Au-
gusto de Brito Taborda, os quaes passarão sem perda alguma de tempo a organisar a ta-
bella dos vencimentos eventuaes, de que trata o artigo 63.° do referido plano de organi-
sação, reunindo-se para esse fim immmediatamente em uma das salas do ministerio das
obras publicas, e dando preferencia a este trabalho sobre qualquer outro de que se achem
encarregados. Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei espera do reconhecido zêlo
e intelligencia dos nomeados satisfarão cabalmente a esta importante incumbência do ser-
viço publico, que lhes ha por muito recommendada.
Paço, em 18 de outubro de 1 8 6 5 . = C o n d e de Castro. D. DEL. n . ° 2 3 D E out.
CAPITULO III
Dos concursos na 3.2 direcção
Art. 15.° Os candidatos aos logares de aspirantes deverão apresentar, alem dos docu-
mentos exigidos no artigo 13.° para a admissão dos amanuenses, curso da escola do com-
19 dè outubro 186S
mercio, e satisfazer ás provas praticas, que constarão da redacção e copia de qualquer pe-
ça official, e da resolução de problemas de escripturação mercantil.
| unico. Para tudo o mais os candidatos a aspirantes ficam sujeitos ás disposições con-
tidas no artigo 13.° e seus §§.
Art. 16.° Os candidatos a officiaes, quer primeiros quer segundos,jdeverãgsaU^azji'
ás provas praticas, que constarão de dissertações sobre assumptos de administrãçãoTdé fa-
zenda, de marinha e do ultramar, systema de contabilidade usado no ministerio da mari-
nha e nas repartições de fazenda do ultramar.
§ unico. São rasões de preferencia para ã admissão ou promoção a officiaes, quér pri-
meiros quer segundos, alem das marcadas nos f f 4.° e 6.° do artigo 10.°, ter o candidato
exercido o cargo de escrivão deputado de junta de fazenda no uitramar.
CAPITULO IV
Disposições geraes
Art. 17.° Aos concursos de segundos officiaes da l. a è 2. a direcções sãoàdmlfifífòSos
amanuenses das duas direcções, e alem d'estes todo o candidato que apresentar diploma
de bacharel formado em qualquer das faculdades da universidade de Coimbra^ e u carta
de curso completo da escola polytechnica de Lisboa ou do Porto, com distincção. .
Art. 18.° Aos concursos de segundos officiaes da 3." direcção são admittidos os aspi-
rantes, e alem d'estes todo o candidato que apresentar diploma de bacharel formado em
mathematica ou philosophia pela universidade de Coimbra ou curso completo da escola po-
lytechnica de Lisboa ou do Porto, com distincção.
Art. 19.° A classificação obtida pelos candidatos n u m concurso não póde, em tempo
algum, ser addnzida como rasão de preferencia para a admissão ou promoção nos quadros
da secretaria, por occasião de novo concurso.
_ Art., 20.° Sob nenhum pretexto poderá, depois da publicação d"(istaregulam.(mto*.ser
admittido ou promovido qualquer individuo nos quadros da secretaria d'estado, senji pre-
viamente haver satisfeito ás condições de concurso prescriptas no mésnjio regulamento,
salvo o disposto no artigo 13.°, § 1.° do decreto de 6 de setembro d é l á & j .
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 19 de outubro de 1865. =
Visconde da Praia Grande.
MODELO N.° 1
Relação a que se refere o n.° 2.° do artigo 10.° do regulamento de 19
de outubro de 1865
- I .. . - •, ... - - . .n ,,
Classificáção
Nomes dos candidatos
i . a prova S.» prôvi ikg "proVa
N B. B. S. 0. B. S. B. S.; S.
N B. S. S. B. B.S.
.li, . •• r , :
'' ' - Os vogaes dõ jury,
F. . • ^ ' -'1
r , , . : F... ••• ! -
F...
MODELO N.° 2
: j
Relação a que se refere o n.° 3.° do artigo 10.° do regulaniènto dô 49 •
v
d e outubro de 1865 ' ;;
. -U • ••• i' •• •,!•: ' • - ,,•,;. . ; ,1, i . ')
MODELO N.° 3
Relação a que se refere o n.° 4.° do artigo 10.° do regulamento de 19
de outubro de 1865
Informaçties
Nomes dos candidatos Chefe que informou
Serviços Intelligencia Aptidão
N B. s. B.
MODELO N.° 4
Classificação de serviços a que se refere o n.° 5.° do artigo 10." do regulamento
de 19 de outubro de 1865
Serviu como
F... A s n i r s n t p da
Aspirante S » fdirecção
da á. l i r p r r ã o íj escrivão deputado da junta de fa-
z c n d a J e Ango]a _ P r e f e r e n c i a d a , ei-
(Serviu como amanuense na repartição de fa-
a z e n d a d o Porto or d o i s aI nos G o n t a d e z
F. Ammiipnsedi2
Amanuense da direccão)
direccão a n n o s d e b, o n l s'e rPv i f 0 n o m j?n i s t"e r i o d a ma _
( rinha.
1
mandados da auctoridade; e como taes incorrerão na pena de prisão até tres mezes, de-
cretada no artigo 188.° do codigo penal.
' 4.° Os administradores dos bairros fiscalisarão escrupulosamente por si e por seus su-
bordinados o exacto cumprimento d'estas determinações, fazendo autuar os contravento-
res, e relaxando-os ao poder judicial, para ser-lhes correcionalmente imposta a pena legal.
E para que chegue ao conhecimento de todos, mandei publicar o presente, que será
affixado nos logares do estylo.
Lisboa, 19 de outubro de 1865. = 0 governador civil, Geraldo José Braamcamp.
D. da L. n.° 239, de S i de out.
CAPITULO II
Do concurso'aos logares de amanuensès
Art. 9.° Os logares de amanuenses serão providos por concurso nos indivíduos que
satisfizerem as seguintes condições:
, l . a Dezoito annos completos de idade;
2." Bom comportamento moral e civil;
3. a Ler e escrever bem e correctamente ;
4. a Grammatica portugueza; -
5. a Principios geraes de arithmetica elementar;
, 6. a Conhecimento sufficiente de uma das linguas franceza ou ingleza. ,
§ unico. Os requerentes, para serem admittidos a concurso, juntarão tambem folha
corrida e documentos, pelos quaes provem que têem cumprido as disposições da lei do
17 de outubro 1865 455
recrutamento, e que estão livres e quites com a fazenda publica, se houverem sido exa-
ctores d'ella.,
Art. iO.° Os pontos sobre que hão de versar as provas dos amârtuenses das duas di-
recções geraes e da repartição, central comprehenderão as seguintes'ma terias:
1, a ; Fórma de letra e correcção da escripta, verificada em um periodo de qualquer clás-
sico portuguez; V • .
2. a Analyse grahimátical de algumas orações do mesmo periodo;
,3. a Traducção de um periodo de francez para portuguez;
4. a Resolução de um problema de arithmetica.
. A r t . H . 0 As provas para os amanuenses da repartição de contabilidade versarão so*
bré pontos deduzidos dás seguintes matérias:
1. a Fórma de letra e correcção de escripta, verificada em um periodo de qualquer*
clássico portuguez;
2. a Traducção de um periodo de francez para portuguez;
3.* Resolução de um problema de arithmetica applicada á escripturação mercantil.-
CAPITULO III
Do concurso aos logares de segundo official
Art. 12." Os logares de segundo official serão todos providos por concurso.
'§ unico. As habilitações que qualquer individuo deverá apresentar para ser admit-
tido, a concurso serão as seguintes :
Nas direcções: - r- - t.
1. a Documento justificativo de bom comportamento moral e civil;
; v 2.* Carta oii;pertiflcadb.de qualquer curso superior de sciencias nafurãeá, pbysrco-ma-
themáticas ou de admihistração, obtido na universidade de Coimbra, nas escoias é rios
institutos do reino, ou em qualquer escola estrangeira acreditada.
JN'a repartição central:
f. a documento justificativo de bom comportamento moral e citil; -
2. a Carta oti certidão de approvação nas disciplinas das seis cadeiras communs a lodos-
os lyceus, do reino;
3. a Conhecimento das linguas franceza, ingleza ou allemã;
4. a Certidão de approvação nas cadeiras de principios de mathematica e de introduc-
ção ás.sciencias naturaes;
5. a È ; aleiti d'istri oS documentos que se refere o § unico do artigo 9.° •
Na repartição de contabilidade: :
1.a Documento justificativo de bom corriportámento moral e civil;
2. a Curso da escola do commercio-ou de qualquer instituto ou curso commercial que
venha a estabelecer-se, ou approvação em principios de mathematica e conhecimento de
escripturação mercantil; .
,el.a É alem d'isto os documentos exigidos no § unico do artigo 9.° : ; .»: - ; ..
JLrt. Í3. 6 Nas direcções, as provas para os segundos officiaes versafcãô sobre pontos
dédtizidòs das àèguihtés materias: : t -r.t •••• -i
1. a Traducção de um periodo de portuguez para francez;
2. a Traducção de um periodo de inglez para portuguez; .'i
3. a Resolução dé'um problema de arithmetica; - •
4. a Dissertação ácerca de qualquer assurripto de interesse geral,:• que dependáldoíco-
nhêèimeriíos que cõiistituém as habilitações mencionadas no n.° 2.° dò f unico do artigo 12.°
7
Art. I'4.° Nà Repartição central, as provas para os segundos officiaes versàrão sobre
pontos deduzidos das seguintes materias:
" t . a f f a d u c ^ o dè utti periodo dè portuguez para francez; ^ ; ,.
2. a Traducção de um periodo dè inglez para portuguez; • -
3. a Resolução de um problema de arithmetica;
• 4. a Dissertação ácerca de qualquef assumpto que dependa de conhecimentos obtidos
na frequencia das seis cadeiras dos lyceus.
Art. 15.° Na repartição de contabilidade as provas para os segundos officiaes versarão
sobre pontos deduzidos das seguintes materias: .•:•.• i
:
l . â Trádncçao "(fe francez para 'portuguez; v- • •.
2. a Resolução de um problema de arithmetica;
3. a Solhção de quaesquer questões de escripturação por partidas dobradas.
456* 1865 17 de outubro
CAPITULO IV
Das vantagens dos candidatos que possuírem habilitações superiores
às exigidas para serem admittidos a concurso
CAPITULO TRANSITORIO
Concurso dos actuaes amanuenses
Art. 23.° O concurso entre os actuaes amanuenses, na conformidade do que deter-
mina o artigo 32.° do decreto com força de lei de 5 de outubro de 1859, comprehende
provas documentaes e escriptas.
§ unico. As provas documentaes compõem-se de attestações de bojpm e effectivp serviço.
17 de outubro 1865 457
Art. 24.° As attestações de bom e effectivo serviço serão passadas pelos chefes das
repartições em que os amanuenses tiverem exercido as suas funcções.
§ 1.° O bom e effectivo serviço depende de tres condições:
1. a Bom comportamento;
2. a Assiduidade;
3. a Intelligencia.
§ 2.° Nas attestações referir-se-hão os chefes que as passarem a estas tres condições.
I 3.° O amanuense em que faltar alguma daa ditas condições não tem direito ao at-
testado de bom e effectivo serviço.
Art. 25.° As provas por escripto versarão sobre a redacção de um documento official.
Art. 26.° N'este concurso são motivos de preferencia :
1.° A antiguidade;
2.° As qualificações que houverem obtido em concursos anteriores;
3.° Os serviços extraordinarios.
Art. 27.° Não são applicaveis ao concurso de que trata este capitulo as disposições dos
artigos 1.° e 2.° d'este regulamento, as quaes serão substituídas pelas seguintes.
§ unico. Quando houver de se prover um logar de segundo official, pela direcção com-
petente se mandarão avisar os interessados, indicando-se-lhes o dia em que devem entregar
os seius requerimentos, e aquelle em que se deve realisar o concurso.
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, 19 de outubro de 1865. = Conde
de Castro.
TABELLA N.° 1
CONCURSO P A B A A M A N U E N S E S D A S DIRECÇÕES E R E P A R T I Ç Ã O C E N T R A L
PONTOS Valores
máximos
1.» Fórma de letra e correcção de escripta, verificada em um período de qualquer clássico por-
tuguez 10
2.° Analyse grammatical de algumas orações do mesmo período ( 12
3." Traducçâo de um periodo de francez para portuguez 6
4." Resolução de um problema de arithmetica 12
VALORES SUPPLEMENTARES
40
_____
1." Carta de qualquer curso superior de sciencias, incluindo o curso de agronomos e veterina-
rios lavradores do instituto agricola e o curso superior de letras 12
2." Certificado de approvação nas seis cadeiras communs a todos os lyceus do reino. 8
3.° Curso completo do instituto industrial de Lisboa e da escola industrial do Porto 5
4.° Curso completo da aula do commercio de Lisboa 5
Conhecimento das linguas franceza, ingleza e allemã:
Para a repartição central 12
Para as direcções • 6
TABELLA N.° 2
CONCURSO P A R A A M A N U E N S E S D A R E P A R T I Ç Ã O D E CONTABILIDADE
PONTOS
1." Fórma de letra e correcção de escripta, verificada em um periodo de qualquer livro .por-
tuguez. . . . . . 86
2.° Traducçâo de um periodo de francez para portuguez ..
3.° Resolução de um problema de arithmetica applicada á escripturação mercantil 16
30
VALORES SUPPLEMENTARES
- PONTOS • .
4
I. TráducçSo de um periodo de~portUguez para francez .....,............, 10
< Traducçâo de um periodo de inglez para portuguez :V. V.'. t 1 0
3.° Resolução de um problema de arithmetica '..' i . . . . . . . . J . . .v:. , i ; 1 2 "
Djssertação ácerpa de qualquer assumpto de intéresse geral que dependa dos cojibecjtnen-.! ,
' tósque constitiiêih ás habilitações legaes...... ..i..v. .
100
458* 1865 17 de outubro
TUOARA SUPPLEMENTARES
N. B. Quando as distincções se avaliarem pelo numero d'ellas, contar-se-hão para cada uma de
1.* classe 3 valores e 2 para as de 2." classe. •••,.••
TABELLA N.° 4
C O N C U R S O P A R A OS S E G U N D O S O F F I C I A E S D A R E P A R T I Ç Ã O CENTRAL
: PONTOS
Conhecimento das tres linguas franceza, ingleza e allemã, comprovado por documento au-
thpntiM 10
N.B. Nas distincções regulam as disposições da tabella n.° 3.
TABELLA N.° 5
C O N C U R S O P A R A OS S E G U N D O S O F F I C I A E S D A R E P A R T I Ç Ã O D E CONTARILIDADE
PONTOS
TABELLA N.° 6
C O N C U R S O P A R A S E G U N D O S O F F I C I A E S D E E N T R E OS A C T U A E S A M A N U E N S E S
VALORES SUPPLEMENTARES
1." Que os alumnos que terminarem no presente anno qualquer dos cursos da escola
do exercito sejam dispensados de provas sobre a lingua ingleza, ficando porém inhibidos
de promoção ao posto de tenente, emquanto não apresentarem certidão de approvação
n'esta lingua em exame feito em qualquer dos estabelecimentos publicos do reino, e que
sejam tambem dispensados do exame especial de habilitação de que trata o artigo 40.° do
decreto-de 24 de dezembro de 1863.
2.° Que a somma dos valores obtidos por cada alumno nas diversas provas da escola,
e o numero da qualificação obtida pela conta escolar de todo o curso sejam designados nas
cartas dos cursos.
3.° Que os alumnos que n'esle anno terminarem o curso em menos tempo do que o
fariam pelo decreto de 12 de janeiro de 1837, não prejudiquem aquelles que o termina-
riam regularmente.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e ultramar, encar-
regado da pasta dos negocios da guerra durante o impedimento do respectivo ministro, o
tenha assim entendido e faça executar. Paço, em 1 9 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , Regente.
= VÍSCOnãe da Praia Grande. Ord. d o e x c . n . ° 4 9 , de 27 de out., e D . d o L . n.° 258, de 14 dc nov. .
Sendo certo que a carta de lei de 9 de julho de-1849, que auctorisou o governo a crear
uma auctoridade especial para superintender na direcção e administração dos melhora-
mentos do rio Tejo, segundo as attribuições technicas e administrativas que o governo de-
terminasse, teve em vista subordinar a um plano systematico a execução das obras que
para tal fim se emprehendessem e o complexo de medidas que se estabelecessem para a
sua conservação e policia do rio;
Attendendo a que por decreto de 3 0 d o mesmo mez foi nomeada aquella auctoridade,
á qual se deram as precisas instrucções sobre os estudos a que devia proceder, e bem assim
sobre as obras que, nos termos da referida lei, devia executar desde logo;
Considerando que, em vista dos estudos e observações a que pela superintendencia do
Tejo se tem procedido, não convém de modo algum continuar a emprehender obras des-
tacadas, sem se fixar o systema geral dos trabalhos que deverão executar-se para se con-
seguir o desejado melhoramento em beneficio da navegação e da agricultura:
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, declarar ao superintendente
do Tejo, que muito convém que elle active quanto possivel os trabalhos technicos que de-
vem constituir o projecto geral definitivo e completo das obras que convirá levar a effeito
para melhorar a navegação d'aquelle rio e sustentar suas margens para segurança dos cam-
pos adjacentes, bem como para demarcação das mesmas margens, tudo em conformidade
das citadas lei e instrucções, a fim de que, submettendo-o á approvação do governo, possa
este aprecia-lo, e tomar quanto antes a resolução mais conveniente sobre tão importante
objecto.
Paço, em 20 de outubro de 1 8 6 5 . = C o n d e de Castro.—Vara o superintendente das
obras do Tejo. . ». de L. n.° 24I, do 34 de out.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o officio de 19 de agosto
ultimo do intendente das obras publicas do districto de Lisboa, perguntando qual a fórma
e dimensões que se devem dar ao chanfrado dos ângulos ou esquinas das edificações da ca-
pital, de que trata o artigo 3S.°, § 6.° do decreto de 31 de dezembro de 1864. O mesmo
augusto senhor, conformando-se com o parecer do conselho das obras publicas, expresso
na consulta de 29 d e setembro ultimo, manda, pela secretaria d'estado dos negocios das
obras 5 publicas, commercio e industria, declarar ao referido intendente:
1.° Que os chanfros de cunhal nos predios urbanos ou rústicos que bordam as ruas
de Lisboa podem ser rectilíneos ou curvilíneos, comtantoque as praças ou cruzamentos
das ruas tenham uma disposição symetrica 011 regular, e a distancia minima, medida em
17 de o u t u b r o 1865 461
linha recta, seja fie 4 m ,oO entre os vivos das arestas, limites dos chanfrados, salvas as exi-
gências topographicas do plano legal de edificação;
2.° Que a prescripção supra invariavelmente se observe nos arruamentos novos, e
bem assim nas edificações novas em arruamentos antigos, quando estes façam parte do
plano legal de edificações:
3.° Que tanto nas edificações novas em arruamentos antigos, que não estejam no caso
do disposto no § antecedente, co mo OITI cj i.i o o squer reedificaçoes urbanas nos mesmos
arruamentos, seja commettido ao prudente alvitre da auctoridade, a quem compete o
exame e approvação dos projectos, o fixar a dimensão dos chanfros em termos qne, sem
deixar de cumprir a lei, chanfrando os cunhaes, se combine o interesse publico com o
minimo prejuizo dos particulares.
Paço, em 20 de outubro de 1 8 6 8 . = C o n d e de Castro.—Para o intendente das obras
publicas do districto de Lisboa. D D 9 L . N . ° S U DOAI DCOAT.
(1) O despacho do presidente deve ser proferido logo em acto continuo á inquirição, e havendo
de passar-se mandado de soltura, deve ser passado e executado tambem em acto continuo.
21 il<? outuLio 18C5 463
SECRETARIA D'ESTADO
2.» REPARTIÇÃO
lecção que se distribue pelas auctoridades e repartições publicas, não parecendo por isso
indispensavel aco ntinuação do dito Boletim,, cuja despeza, em vista daquella em que im-
portaram os dois primeiros números ultimamente publicados, póde calcular-seapproxima-
damente em 2:000$000 réis annuaes, comprehendendo as gratificações que foram aucto-
risadas para a sua composição e collaboração; convindo fazer todas as economias que o es-
tado da fazenda publica reclama e que não prejudiquem de qualquer fórma a regularidade
do serviço: ba por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, determinar que
cesse a publicação do Boletim do ministerio da fazenda, e bem assim o abono das gratifi-
cações arbitradas aos empregados encarregados da sua composição, ficando por esta fórma
revogada a citada portaria de 10 de setembro de 1864.
O que se participa, pela secretaria d'estado dos negocios da fazenda, ao respectivo con-
selheiro official maior e secretario geral do ministerio, para que n'esta conformidade ex-
peça as ordens que forem necessarias.
Paço, em 21 de outubro de Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.=
Para o conselheiro official maior da secretaria d'estado dos negocios da fazenda e secreta-
rio geral do ministerio. D. DE L. n.° 240, DE 23 DE ont.
THESOURO PUBLICO
D I R E C Ç Ã O G E R A L DAS C O N T R I B U I Ç Õ E S D I R E C T A S
Não tendo sido possivel organisar em devido tempo o serviço para a conducção do pa-
pel sellado aos diversos pontos do reino e ilhas adjacentes, de modo que a sua venda po-
desse ser feita sem interrupção em toda a parte, como requerem as commodidades dos
povos e os interesses da fazenda nacional; e tendo ponderado repetidas vezes a administra-
ção dos correios as diíficuldades que encontra para levar a effeito o transporte d'aquelle
- papel, d'onde proveiu ainda esta vez a necessidade de arrematar por mais um anno o ex-
clusivo da dita venda: sendo certo finalmente que este exclusivo póde interessar princi-
palmente ás fabricas de tabaco, e que nem todas se acham em circumstancias de o dispu-
tar em praça, d'onde resultará uma certa desigualdade dentro da mesma industria:
manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, qne o director geral das contri-
buições directas, entendendo-se com a administração dos correios, procure remover, de
accordo com ella, todas as diíficuldades praticas que até agora se têem encontrado, a fim
de que este serviço publico se possa fazer administrativamente com a promptidão e regu-
laridade que são indispensaveis.
Paço, em 23 de outubro dc 1 8 6 5 A n t o n i o Maria, de Fontes Pereira de Mello. =
Para o director geral das contribuições directas. D . D E L . N . ° 2 Í 2 , DO25DE*OUT.
(1) Identicas, mutatis mutantis, aos conselheiros procurador geral da corôa e presidente das rela-
ções de Lisboa, Porto e Açores, bem como ao vice-reitor da universidade de Coimbra, vice-presidente
da academia real das sciencias, e presidente da associação dos advogados de Lisboa.
- 116
466* 1865 17 de o u t u b r o
Art. 24.° Ficam salvas as disposições dos tratados vigentes, relativos ás vantagens
concedidas aos navios das nações com quem Portugal se acha ligado por estes tratados.
1
Art. 25.° Os direitos estabelecidos por este regulamento serão pagos em moeda pro-
vincial.
Art. 26.° Continuam em vigor no estabelecimento de Ajuclá as actuaes disposições
commerciaes até que sejam especialmente alteradas ou revogadas.
Art. 27.° Ficam revogadas todas as disposições em contrario.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 2 3 de outubro de 1865.
-^.Visconde da Praia Grande.
ANIMAES
Gado asnal ' um imo
Cavallar 3 $000
Muar 2^000
Todos os mais animaes não especificados livre
BEBIDAS FERMENTADAS
Vinho, aguardente, genebra, licores e mais bebidas espirituosas, de pro-
ducção estrangeira 7. almude
De producção portugueza, 1 por cento ad valorem.
Cerveja, cidra, hydromel e mais bebidas fermentadas 800
FARINACEOS
Farinha de trigo kilogramma 10
Bolacha 15
Arroz 20
Massas 50
Legumes 10
GENEROS COLONIAES
Assucar não refinado
Dito refinado em qualquer estado 50
Café e cacau, entrada prohibida.
Chá 800
Tabaco em folha 100
Dito manufacturado. 150
Charutos de qualquer qualidade milheiro
GRASSINAS
Azeite almude í$200
Carnes salgadas, incluindo o toucinho kilogramma 50
Ditas fumadas ou por qualquer modo preparadas. 100
Banha de porco 50
Manteiga de vacca 120
Queijo de qualquer qualidade 100
Sabão e sabonetes . , 40
LÃS E PELLOS
Tecidos de lã lisos, rasos ou sarjados, ainda mesmo em chales
Ditos de pello, como pannos e suas imitações, ainda mesmo em chales.. 10000
27 de outubro 1865 469
Unidades Direitos
em réis
ARTIGOS DIVERSOS
Fogo de artificio kilogramma 10200
Polvora grossa em barris « 120
Dita fina chamada de caça o 400
Calçado de qualquer qualidade, para homem ou para senhora par 300
Dito para creança o 150
Livros brochados ou encadernados, em qualquer idioma livre
Medicamentos
Peixe de toda a qualidade, por qualquer fórma preparado kilogramma
»
Sementes, fructas e plantas livre
Cal, telha, tijolo e vidro em chapa
Carvão de pedra , tonelada 100
EXPORTAÇÃO
Café kilogramma 20
Cacau » 10
Côco milheiro 500
Farinha de mandioca kilogramma 5
Maeidra—5 por cento ad valorem.
Aves de qualquer qualidade uma
Outros animaes de qualquer especie — um, 50
Todos os mais generos ..,....._ livre
118
470 1865 13 de novembro
Tabella das taras a descontar no peso dos volumes com mercadorias que devem
direitos por peso liquido nas alfandegas de provincia
Bólacha
Í Latas e cavas cobertas de couro . . .
Barricas 6
Café e cacau (Barricas ordinarias 12
Carne e peixe salgado. (Barris estanques 30
Chá., ' Sacas 1
Barris ou celhas 30
Fazendas quaesquer Caixas com ou sem capa 30
Fardo ou pacote simples 2
Ferragpm qualquer .Fardo com arcos de ferro 5
Molhados (Caixas ou caixões 12
Queijos Caixas e barris 6
Sabão. Caixas
Pipas ou meias pipas e barris 20
10
Tabaco Caixas
Rôlo 20
10
Vidros e louças., (Caixas ou barricas 12
j Gigos 20
Por decreto da mesma data foram nomeados para fazerem parte da commissão revi-
sora do codigo commercial os bachareis José Julio de Oliveira Pinto e Antonio Pequito Sei-
xas de Andrade.
Direcção geral dos negocios de justiça, em 25 de outubro de 1865.=r/osé Julio de
Oliveira Pinto> director geral. d. do l. n.° 243, de 26 do out.
Tendo por alvará com força de lei de 27 de junho de 1808 sido lançado o imposto de
10 por cento no rendimento liquido dos predios urbanos de todas as possessões ultrama-
rinas, com excepção dos do estado da India em attenção á decadencia em que daquella
epocha se achava;
.Considerando que o incontestável incremento de riqueza publica, que desde então se
tem dado no referido estado, não permitte que continue em vigor uma isenção que, sen-
do boje injustificável, constituiria uma desigualdade odiosa entre os subditos do dito es-
t a d o ^ os das demais provincias ultramarinas;
Considerando que as crescentes despezas do serviço publico, provenientes assim das
4-72 1865 2o de outubro
-Tendo subido á presença de Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, a re-
presentação do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições indirectas, data-
da de 25 do corrente mez, sobre o estado em que se encontram os trabalhos preparato-
rios para a publicação dos mappas estatisticos do commercio de Portugal com as snas pos-
sessões ultramarinas e as nações estrangeiras, expondo o que tem acontecido com as ante-
riores publicações dos referidos mappas; o ultimo dos quaes respeitando ao anno de 1861,
foi impresso em 1864, e distribuido já no corrente anno; e propondo providencias para
que a publicação seja annual e não interrompida, e a distribuição dos mappas relativos a
cada um anno economico possa effectuar-se nas epochas cm que se distribuem outros do-
cumentos ao parlamento;
Considerando o mesmo augusto senhor que as publicações de similhante natureza
para serem proveitosas devem ser promptas e não interrompidas;
Considerando que, continuando, como até agora, a haver interrupção de dois e mais
annos com relação ao periodo que os mappas têem comprehendido, e decorrendo o mes-
mo e ainda maior espaço antes de se imprimirem, não preenchem o fim principal para
que são destinados, tornando inútil a despeza para esse fim votada na lei annual;
•Considerando que uma das causas que têem concorrido para o atrazo na publicação é a
multiplicidade de mappas que as collecções comprehendem,. os quaes servindo para com-
provar a intelligencia de quem a finai dirige a sua organisação, pouco importam para os
esclarecimentos que se precisam obter; t
Considerando finalmente, que não devendo cessar a publicação, deve ella fazer-se to-
dos os annos, e de maneira que harmonisando com o orçamento do estado e as contas do
rendimento das alfandegas, contenha ao mesmo tempo os esclarecimentos relativos ao com-
mercio e navegação:
Ha por bem, conformando-se com o parecer do sobredito conselheiro director geral,
alterando em parte as instrucções approvadas pela portaria de 17 de fevereiro de 1862,
determinar o seguinte :
Art. 1.° Os mappas geraes estatisticos do commercio de Portugal com as suas posses-
sões ultramariuas e as nações estrangeiras, continuarão a ser organisados na direcção ge-
ral das alfandegas e contribuições indirectas, mas por annos economicos, principiando no
actual de 1865-1866, á vista dos elementos obtidos das alfandegas, as quaes ficam res-
ponsáveis a presta-los nas epochas, e pelo modo que for indicado pela direcção geral, se-
gundo as circumstancias de cada uma.
i unico. A publicação dos mappas de um anno economico será effectuada no principio
do 2.° semestre do anno seguinte.
118
474 1865 13 de novembro
Convindo que a commissão creada por portaria de 4 de maio do anno proximo findo,
para liquidar o direito ao pret dobrado das praças que fizeram parle da expedição á pro-
vincia de Angola em 1860, termine os seus trabalhos até ao fim do corrente anno: manda
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, que os commandantes dos corpos do exer-
cito façam constar ás praças que fizeram parte da mencionada expedição e ainda não re-
ceberam a importancia de suas liquidações, as requeiram pelo ministerio dos negocios da
marinha e uitramar, até ao dia 24 do proximo futuro mez de dezembro.
D. de L. n.° 258, de 14 de nov.
Por decreto de 24 do corrente mez foram creadas cadeiras de ensino primario nas se-
guintes localidades: '
Villa de Albergaria a Velha, districto de Aveiro—para o sexo feminino, com osubsi-
dio de casa, mobilia e utensílios pela junta de paroebiá respectiva.
Freguezia de Sobral, concelho de Moura, districto de Beja—para o sexo masculino,
com o subsidio de casa, mobilia e 6$000 réis annuaes para concertos e livros pela junta de
parochia respectiva.
Freguezia de. Santo André, de Palme, concelho de Barcellos, districto de Braga —
para o sexo masculino, com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respe-
ctiva.
li) de novembro 1865 475
Tendo o conselho de saude publica do reino, sobre uma representação da camara mu-
nicipal de Lisboa, ponderado a necessidade de se prohibir a introducção, pelas portas da
cidade, da carne de rezes mortas fóra do matadouro publico, visto constar que as rezes
ali rejeitadas eram mortas nos matadouros dos concelhos vizinhos, e introduzida depois na
cidade para consumo a carne, de que podiam provir graves inconvenientes para a saude,
pela epidemia aphtosa que grassa no gado bovino; e não convindo que haja prohibição
absoluta da entrada de carnes verdes pelas barreiras, por isso que de tal medida proviria
naturalmente a carestia d'aquelle genero, o que nas actuaes circumstancias seria bem pre-
judicial á saude publica: ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, or-
denar o seguinte:
1.° Que sejam admittidas a consumo as rezes inteiras e a carne das decepadas nos
matadouros fóra de Lisboa, uma vez que estes se achem legalmente habilitados, e as car-
nes venham acompanhadas de guias passadas por veterinarios que tenham inspeccionado
as rezes, nos termos do artigo 5.° do regulamento de 15 de janeiro de 1857;
2.° Que as rezes mortas e as carnes verdes de rezes abatidas em matadouros não habi-
litados, deixarão de ser admittidas a despacho pelas portas, uma vez que não preceda ve-
rificação dos veterinarios, que as deverão rejeitar quando lhes parecerem impróprias pa-
ra a alimentação;
3.° Que durante a actual epizootia seja admittida apenas a carne muscular, e excluídas
as linguas, vísceras e pesunhos das rezes mortas;
4.° Finalmente, que a admissão de carnes será por emquanto sómente permittida
pelas portas de Arroios, S. Sebastião da Pedreira, Alcantara e caes da alfandega munici-
pal, como se acha determinado no artigo 7.° do regulamento citado.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communica
ao director da mencionada alfandega, para seu conhecimento e mais effeitos necessarios.
Paço, em 28 de outubro de 1865. = Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. do L. n.° 2»C, de 30 de out.
pelos postos fiscaes do Barreiro, Cacilhas, Belem e estação do caminho de ferro de norte
e leste, dependentes da alfandega de Lisboa, causa graves embaraços e transtornos ao mesmo
commercio, sem o menor proveito ou segurança para a fazenda publica; por isso que tor-
nando dependente a ultimação do despacho da previa verificação ou conferencia ^aquel-
las estações fiscaes para depois de pagos os direitos, voltar ali novamente o bilhete, a fim
dos generos poderem seguirão destino, quando aliás seria mais rápido que a nota da ve-
rificação de conferencia fosse feita depois de concluido o despacho: ha por bem Sua Ma-
gestade El-Rei Regente em nome do Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro
director geral das alfandegas e contribuições indirectas, determinar que o despacho e res-
pectivo pagamento dos direitos de exportação dos generos de que se trata preceda á veri-
ficação ou conferencia nas mencionadas estações fiscaes, que se realisará á vista do pro-
prio bilhete, no qual os respectivos empregados, achando-o.exacto, lançarão a competente
nota de conferencia e embarque.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communica ao
conselheiro d'estado extraordinario director da alfandega de Lisboa, para seu conheci-
mento e effeitos necessarios.
Paço, em 30 de outubro de 1805. = /ln<oft?'o Maria de Fontes Pereira de Mello. =
Para o conselheiro d'estado extraordinario director da alfandega de Lisboa.
D. d e L . n.° 247, de 31 de out.
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NOVEMBRO
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
1.» DIRECÇÃO
1
2.° REPARTIÇÃO . • • '
direitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a pa-
tente concedida sem exame prévio, e sem garantir a realidade, prioridade ou merecimento
do invento a que diz respeito; pelo que ficam salvos os direitos de terceiro, e o reque-
rente sujeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto, e ao prévio paga-
mento dos direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publi-
cas, commercio e industria. . ...
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 3 de novembro de 1 8 6 5 . = R E I , R e g e n t e . =
Conde de Castro. D. dc L. n.° 26-2, de is de nov.
de ser vereador da camara municipal, juiz ordinario, juiz eleito, regedor ou cabo de poli-
cia ou outro qualquer encafgo comprehendido na generalidade d'este privilegio, no qual
se não inclue a isenção do recrutamento, poisque a elle todos ficam sujeitos.
8. a Que cumprirão pontualmente as determinações que lhes forem expedidas pela di-
recção geral das contribuições directas ácerca da venda do papel sellado e arrecadação do
seii producto, removendo, se necessário for, de uns para outros estabelecimentos proximos
aonde se effectue a dita venda, o papel sellado de qualquer qualidade que seja, que se co-
nheça haver de mais em alguns d'esses pontos alem do que se julgar preciso para o con-
sumo em dois: mezes.
9. a Que determinarão a todos os seus vendedores de papel sellado, que apresentem
aos visitadores do thesouro publico, inspectores de contribuições, delegados do thesouro,
escrivães de fazenda, ou quaesquer outros empregados fiscaes ou administrativos'por
quem forem visitados, as folhas ou mappas em que estiver lançado o papel sellado que re-
ceberem, podendo os referidos empregados conferir e examinar o papel sellado que se der
por existente, assim como todo o mais que for achado.
10. a Que serão obrigados a entrar no primeiro dia util do mez de dezembro do cor-
rente anno com metade da quantia, em moeda corrente do paizw que se obtiver em praça
em resultado da licitação, que deve assentar, para cada districto, nas importancias desi-
gnadas no mappa que acompanha estas condições e com a outra metade ho primeiro dia
util do mez de julho de 1866, devendo esta segunda entrada ser recebida por deposito até
se proceder á liquidação do que produzir a venda do papel sellado no primeiro semestre
do dito anno de 1866, afim de que, quando haja saldò a favor dos contratadores, ser-lhes
restituído pelo dito deposito, e no caso porém de haver saldo a favor da fazenda, este dará
immediatamente entrada no referido cofre central. Pelo producto da venda do papel sel-
lado no segundo semestre se procederá similhantemente a outra liquidação e em resultado
d'ella o saldo, que apresentar entre esse producto e a importancia da segunda entrada,
será restituído aos contratadores ou por elles logo entregue no cofre central, conforme
esse saldo for a favor ou contra os mesmos contratadores.
Quando porém o resultado da licitação exceder ao dobro das quantias designadas no.
referido mappa, proceder-se.-ha com respeito á primeira entrada da mesma maneira que
fica estabelecida para a segunda.
11. a Que para garantia e segurança do fiel cumprimento d'estas condições e dos pre-
juizos^que possam resultar á fazenda publica, quando se dè falta no seu cabal desempenho
depositarão na junta do credito publico, em inscripções, a quantia que no mencionado
mappa vae designada para cada districto, as quaes inscripções serão averbadas na dita
junta com este encargo, até que os ditos contratadores sejam julgados quites e correntes
com a mesma fazenda; ficando porém livre o vencimento e pagamento dos respectivos ju-
ros, que se fará regularmente á pessoa ou pessoas a quem pertencer.
12. a .Que remelterão á direcção geral das contribuições directas, ou á repartição para
onde vier a passar a escripturação do rendimento do papel sellado, contas por trimestres
da venda do papel sellado, especificando não só as qualidades que ficam em ser, mas tam-
bem as respectivas ás transacções. Estas contas deverão ser remettidas no mez immediato
a cada trimestre, exceptuando as que respeitam aos districtos das ilhas que deverão ser
no menor praso possivel.
13. a Que nas contas que apresentarem da venda do papel sellado nas ilhas será a
moeda fraca reduzida a patacas, pelo que respeita aos Açores a 1$200 réis cada uma, e a
1$000 réis quanto á Madeira, devendo para a entrega e respectiva escripturação que ha
de realisar-se em moeda forte ser repiítada cada pataca na rasão de 875 réis. 1
14. a Que remetterão á administração geral da casa da moeda e papel sellado, a té ao
fim de cada mez, quanto ás provincias do continente, e quanto ás das ilhas com a brevi-
dade possivel, um mappa que mostre, em cada estabelecimento de venda do papel sella-
do, a existencia das differentes classes do papel sellado no mez antecedtente. -
15. a Que em cada mez só poderão requisitar á administração da casa da moeda e pa-
pel sellado a porção de papel sellado que junta á que tiver ficado em ser no mez antece-
dente, não exceda em valor á metade do valor nominal do deposito de que trata a condi-
ção l l . s Quando porém.cm consequência do augmento de consumo for necessário aucto-
risar maiores requisições de papel sellado, os contratadores o representarão ao governo,
pela direcção geral das contribuições directas, a fim de lhes ser concedida essa auctorisa-
ção, mediante um augmento proporcional do dito deposito.
16. a Que o presente contrato de fornecimento e venda de papel sellado terá a dura-
li) de novembro 1865 481
ção de um anno a contar de 1 de janeiro até fim de dezembro de 1866; ficando comtudo
ao governo a faculdade de o rescindir quando os contratadores faltarem ao cumprimento
do mesmo contrato, não podendo porém fóra d'este caso nenhuma das partes rescindi-lo
ou altera-lo senão por commum accordo.
Direcção geral, das contribuições directas, em 4 de novembro de 1 8 6 5 M a m e i
Ignacio Moreira Freire.
Quantias,
em Deposito
Districto moeda corrente em titulos
do paiz a que se refere
a que se refere a condifão H . "
a condição 10. a
2." REPARTIÇÃO
convenientemente, proponha o que lhe parecer necessário regular e providenciar com an-
tecedencia, para que em tempo opportuno possa verificar-se a completa aboli,ção do estado
de escravidão em todas as provincias portuguezas do uitramar.
Paço, em 4 de qovembro de Í86íi. = Visconde da Praia Grande.
D. do L. n.° 255, do 10 deáoT.
Sendo-me presentes os estatutos (i) com que pretende fundar-se em Lisboa uma com-
parçlúa de commercio ou sociedade anonyma, denominada «companhia da mina de Telha-
della», cujo fim é a lavra da mina de cobre, chumbo.e zinco, situada no concelho de Al-
bergaria a Velha, districto de Aveiro;
Vistos os documentos pelos quaes se prova a subscripção do capital social;
. Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
, 'Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:
Hei por bem, em nome de El-Rei, dar a minha regia approvação aos estatutos por que
devêra reger-sè a mencionada companhia damiria de Telhadella, os quaes, nos termos do
artigo 539.° do codigo commercial, se acham reduzidos a escriptura publica, constam de
sete capítulos e cincoenta artigos, e baixam com este decreto assignados pelo ministro e
secretário d'estado das obras publicas, commercio e industria; e bem assim dar por con-
stituida a mencionada companhia para que possa desde já dar começo ás suas operações,
(1) Saibam quantos virem esta escriptura com os estatutos da companhia da mina de Telhadella,
que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1805, aos 2 dias do mez de outubro,
n'esta cidade ile Lisboa, na rua Augusta, n.° 28, 1.° andar, no meu escriptorio, compareceram'Caj'los
Ferreira dos Santos Silva, casado, negociante, morador na praça do Principe Real, freguezia das iMer-
cês; JóSò da Gaiiia Barros, morador na rua de S. Roque, n.° 81, 2." andar, e. Francisco Ribeiro da Cú-
ii'ha, sòlteiro, morador na rua da Magdalena, n.° 125,2." andar, aquelle presidente e estes secretarios da
mesa provisoria da assembléa geral dos accionistas da companhia da mina de Telhadella è todos nieus
conhecidos. E por elles foi dito, em presença das testemunhas adiante nomeadas e assignadas que "em
se§Sãó/dH assembléa -geral dos ditos accionistas de 11 de setembro proximo passado foram auctorisados
para reduzir a escriptura publica os estatutos da sobredita companhia, yotados e approvados na mesma
sessão, e para solicitar a sua approvação pelo governo de Sua Slagestâde Fidelíssima; qiiè na confor-
midade da auctorisação que lhes foi dada elles outorgantes por si e em nome dós mais interessados,
reduzem á presente escriptura os seguintes
CAPITULO I
Da creação, nome, séde, fins, duração e capital
Artigo 1," É creada uma sociedade industrial, denominada «companhia da mina de Telhadella».
Art. 2,° A séde da companhia é.em Lisboa.
Art. 3.° O fim da companhia é a lavra da mina de cobre, chumbo e zinco de Telhadella, ho con-
celho'Be Albérgaria a Velha, districto de Aveiro.
Art. 4." A duração da companhia é indefinida. Qualquer accionista tem entretanto o direito de
provocar, ácerca da sua liquidação ou continuação, a decisão da assembléa geral, quando estiverem
despendidas tres quartas paries do capital social emittido em acções antes da descoberta de alguma massa
mineral importante e remuneradora.
Art. 5.° 0 capital social é de 100:000^000 réis representado por 2:000 acções de 50*000 réis cada
uma, e dividido èrn duas emissões de 50:000^000 réis, ou 1:000 acções.
§ unico. A segunda emissão será feita logoque os accionistas da primeira tiverem desembolsado
27 por cento sobre o nominal das "suas acções. •
Art. 6.° Tambein formam parte do capital social os direitos que o concessionario Hermann Lou-
renço Feuerheerd tem na mina de Telhadella e que transfere á companhia na conformidade do contrato
particular já feito entre ambas as partes.
;
CAPITULO II
Das acções e dos accionistas
Art. 7.u As acções serão sempre nominativas e concordes com os competentes registos ,e talões. Tanto
o? titulos de acções como os seus talões, numerados e assignados por tres directores, çontprão aàeçlfci
8 de novembro 1864 483
fic.ando sujeita a registar o instrumento do seu contraio de teor e não por extracto, no re-
gisto publico do commercio, nos termos do artigo 540.° do codigo commercial, e ao cum-
primento da legislação especial de minas, com a expressa clausula de que esta minha re-
gia approvação poderá ser retirada se a companhia se desviar dos íins para que é institui-
da, não cumprir fielmente os seus estatutos, ou deixar de remetter annualmente á direc-
ção geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia.
O ministro e secretario destado das obras publicas, commercio e industria :o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 7 de novembro de 1865.==REI, Regente. ==
Conde de Castro. UP do L. n.° m, de 16 do nov.
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei Regente em nome do Rei a representa-
ração da importancia nominal que representam, do nome do accionista proprietario e das prestações
pagas.
Art. 8." As acções transmiltem-sc logo depois de paga a primeira prestação por indosso ou por
qualquer òutro modo legal de cessão ou successão. Em qualquer caso a transmissão deve ser registada
nos livros da companhia, e emquanto as acções não estiverem integralmente pagas, precederá para a
mesma transmissão approvação da direcção. A falta d'esla approvação conserva aos primitivos sub-
seriptores a responsabilidade original.
Art. 9." E accionista da companhia o possuidor de lima ou mais acções.
Art. -10." Cada accionista lem direito a uma parte na propriedade do activo social, e na reparti-
ção dos lucros líquidos da companhia na proporção do numero de acções que possuir.
Art. 11.° Os accionistas da primeira emissão na occasião de se fazer a segunda preferem nas ijo-
vas acções ao par na proporção das acções que cada um tiver; sendo as que sobejarem pelas recusas
dos primitivos accionistas vendidas por conta da companhia. - .
Art. 1.2.° Os accionistas são obrigados ao pagamento integral do capital das acções que possuirem,
e só responsáveis pelo montante das mesmas acções nos termos do artigo 543.° do codigo commercial.
Art. 13.° Os accionistas são obrigados ao pagamento da sua subscripção, quando forem para isso
convidados pela direcção.
§ unico. Cada prestação não póde ser superior a 9 por cento, nem chamada.íom menor intervallo
de trinta dias.
Art. '14.° Os accionistas, que nos prasos estipulados pela direcção, não pagarem as respectivas
prestações, serão de novo e em carta fechada convidados ,ifaze-lo dentro de um mez. Não o cumprindo
assim, perderão o direito ás prestações que tiverem pago, ficando livre á administração da companhia
emittir de novo essas acções, quando e pelo modo que julgar mais conveniente, mas subsistindo sem-
pre a responsabilidade nos primiítivos accionistas emquanto não foram legalmente substituidos.
CAPITULO III
Das obrigações e dos seus possuidores
Art. 1S.° Depois de celabrada a escriptura do contrato previsto no artigo 6.° Hermann Lourenço
Feuerheerd receberá como garantia o representação dos direitos que lhe são conferidos pela compa-
nhia mil titulos denominados «obrigação do íerço dos lucros da companhia da mina de Telhadella», os
quaes serão revestidos com as mesmas solemnidades e processados do mesmo modo que as acções; de-
clarando-se n'elles que cada um dá direito á percepção de uma rniilesima parte do terço dos lucros
líquidos (como os consideram os artigos 1.°, 2." e 3.° das instrucções de 17 de junho de 1858) que a
companhia auferir da lavra, tratamento do minério ou qualquer transacção sobre os productos das-mi-
nas, cujos direitos o mesmo Hermann Lourenço Feuerheerd transferiu á companhia, qualquer que ve-
nha a ser o capital d'ella.
Art. 16.° Os titulos de que traía o artigo antecedente, são como as acções, nominativos e sujeitos
no caso de transmissão, a averbamento nos livros da companhia.
Art. 17.° Os possuidores de uma ou mais obrigações têem (sujeiíos ás mesmas condições que os
accionistas) o direito de assistir á assembléa geral da companhia, em cujas discussões podem tomar
parte. O seu voto porém é indirecto e collcctivo, equivalente a metade dos votos dos accionistas que
estiverem presentes em cada assembléa geral. Para esse fim, no principio de cada Sessão, os possuido-
res de'obrigações presentes, sé estiverem representantes de duzentos, o cincoenta d'esses titulos, ao
menos, elegerão, procedendo como no § 2.° do artigo 24.°, entre o d'entre si, por escrutínio secreto,
um que vote por todos n'aquella sessão. Se for um só o possuidor de obrigações presente, esse votará
como oiandatario de todos quando represente ao menos duzentos o cincoenta dos titulos respectivos.
Se porém depois de abertos os trabalhos, se não podér cumprir esta primeira parte obrigatoria (Telles
os possuidores de obrigações ficarão privados de voto na mesma sessão.
Ai't. 18.° Os possuidores de obrigações têem direito a que sáia sempre d'elles um membro para a
diracção, nos termos do artigo 37.°
Art. 19.° No caso de liquidação da companhia ou alienação de toda ou parte da propriedade ou
484 1865 13 de novembro
direitos que lhe tenham resultado dos que Hermann Lourenço Feuerheerd transfere á companhia, es-
sas propriedades ou direitos passarão para os novos possuidores com o mesmo encargo com que a com-
panhia os possuia em relação aos possuidores das mil obrigações emittidas.
Art. 20.° No caso de não convir á companhia continuar na lavra, ou fazer transacção com a mina
de Telhadella, os possuidores das obrigações terão o direito de entrar na posse e lavra particular d'essa
mina por conta e risco proprio.
Art. 21." No caso em que o desenvolvimento que \enha a tomar a lavra da inina de Telhadella
exija o augmento do capita! da companhia, o que poderá ter logar por deliberação da assembléa geral
e approvação do governo, os accionistas das primeiras duas emissões terão, como no artigo 1L°, a pre-
ferencia nas novas acções ao par, depois de deduzido um terço, tambem ao par, para os possuidores
de obrigações e estas representarão sempre o direito a um terço dos lucros da companhia, na confor-
midade do artigo lo."
Art. 22.° As 3:500 libras ou 15:7500000 réis, que na escriptura prevista no artigo 6.° a compa-
nhia se obriga a pagar a Hermann Lourenço Feuerheerd, como compensação dos trabalhos e despezas
feitas com os direitos cedidos á companhia, serSo pagos annualmente (alé se preencher aquella quan-
tia) pelos lucros líquidos, quando os houver, e só pelas forças do qué exceder ao terço que pertence
aos possuidores de obrigações e mais o equivalente a 6 por cento do capital desembolsado pelos ac-
cionistas.
CAPJTULO IV
Da assembléa geral
Art. 23.° A assembléa geral é a reunião de todos os accionistas e possuidores de obrigações, ou
seus procuradores, que forem respectivamente tambem accionistas ou possuidores de obrigações (salvo
o caso em que o marido representa a mulher, o pae representa o filho menor e o tutor o tutelado),
comtantoque os seus titulos, acções ou obrigações lhes estejam averbados nos livros da companhia com
antecipação de sessenta dias. Ninguém póde representar em assembléa geral mais do que um accionista
ou possuidor de obrigações ausente, e só o poderá fazer com procuração directa. É na assembléa geral
que reside todo o direito do superintendencia e resolução definitiva dos negocios da companhia, quando
rtão encontrar as leis do reino e os presentes estatutos. As suas decisões, tomadas á pluralidade dos
votos presentes, são obrigatórias tanto para os accionistas como para os possuidores de obrigações.
Art. 24.° Todos os possuidores de um ou mais titulos de acções ou obrigações lêem direito a to-
mar parte nas discussões da assembléa geral.
1 1 . ° Só os accionistas possuidores de cinco ou mais acções têem voto directo.
p 2.° Cada cinco acções dão direito a um voto.
§ 3.° Os possuidores de obrigações votam por modo indirecto, elegendo no começo de cada sessão
u seu mandatario nos termos do artigo 17.°
• Art. 25.° A assembléa geral reune-se ordinariamente uma vez por anno, entro os fins de janeiro
a principios de fevereiro, mas póde reunir-se extraordinariamente quando a direcção, a commissão fis-
cal, accionistas que reprcscnleui um quinto das acções cmittida?, ou poluidores de obrigações repre-
s e n t a n t e s de um dcchno dos mesmos titulos., o requererem ao prer.identc da mesma assembléa,
Art. 26." A assemblea geral é sempre convocada por m&io de annuncios publicados no jornal offi-
cial do governo Com antecipação de quinze dias e simultaneamente por meio de cartas fechadas, diri-
gidas a cada um dos accionistas e possuidores de obrigações, nas quaes se apontem expressamente os
objectos que ha a tratar na reunião.
Art. 27.° A assembléa geral julga-se constituida logoque esteja presente utn terço dos accionistas,
que n'ella podem ter voto e que representem urn terço ao menos das acções emittidas.
Art. 28." Se em consequência da primeira convocação, uma hora depois da lixada para a reunião,
a assembléa geral não se tiver podido constituir nos termos do artigo antecedente, póde-se fazer se-
gunda convocação em annuncios e cartas com antecipação de oito dias e só então póde a assembléa
constituir-se e deliberar, seja qual for o numero dos accionistas presentes e acções que representem.
li) de novembro 1865 485
1 unico. Exceptuam-se as hypotheses de alteração dos estatutos, augmento do capital social ou dis
solução da companhia, nas quaes nenhuma deliberação será valida sem estarem presentes ou repre"
sentados metade dos accionistas que n'ella tenham voto, e que representem metade das acções emit
tidas.
Art. 29.° Os trabalhos da assembléa geral são dirigidos por uma mesa composta de presidente e
primeiro e segundo secretarios, para o impedimento dos quaes ha tambem um vice-presidente, um pri-
meiro e segundo vice-secretarios, todos eleitos annualmente pela mesma assembléa em escrutínio se-
creto na sua sessão ordinaria.
Art. 30.° Nenhuma assembléa geral póde votar sobre objecto que não tenha sido dado para or-
dem do dia nas respectivas cartas convocatorias.
Art. 31.° Qualquer assembléa geral, uma vez devidamente convocada, póde continuar trabalhos
em tantas sessões quantas forem necessarias para concluir os que foram dados para ordem do dia, nos
termos do artigo 28.°, sem mais dependencia dos intervallos e cartas convocatorias de que trata o ar-
tigo 26.", subsistindo apenas n'este caso os annuncios.
Art. 32.° Ao presidente da assembléa geral, e na sua falta ao vice-presidente, compete:
1.° Designar dia e hora para a reunião da assembléa geral;
2.° Ordenar á direcção que faça os annuncios e cartas de convocação para ella;
3.» Dirigir os trabalhos da mesma assembléa.
Art. 33." Aos secretarios, e na sua falta aos vice-secretarios, compete:
1." Fazer a correspondencia da mesa;
2.° Verificar as listas dos accionistas e possuidores de obrigações;
3.° Redigir as actas (que assignarão com o presidente), nas quaes devem fazer a expressa menção
dos nomes dos accionistas e possuidores de obrigações presentes, com o numero de titulos que cada
um representar.
Art. 3i.° Á assembléa geral ordinaria.compete:
Eleger todos os annos a commissão fiscal nos termos dos artigos 43.° e 44.°;
2.° Eleger de dois em dois annos a direcção, nos termos dos artigos 37.°, 38.° e 39.°;
3.° Discutir e votar o balanço da situação activa e passiva da companhia, as contas, inventarios,
orçamentos e quaesquer propostas que se contenham nos relatorios da direcção e commissão fiscal, ou
que sejam apresentadas pelos socios;
4.° Fixar sobre proposta da direcção e quando haja logar para isso, o dividendo.
Art. 3S.° Oito dias antes de começar a discussão do balanço annual, a direcção deve ter impressos
e remetter aos accionistas ou possuidores de obrigações, todos os documentos que por essa occasião
ella e a commissão fiscal tiverem de apresentar á assembléa geral. Da mesma fórma todos os livros das
contas da companhia e documentos que a comprovam estarão com igual antecipação francos aos ac-
cionistas ou possuidores de obrigações que os quizerem examinar.
CAPITULO V
Da direcção
Art. 36.° A administração geral e gerencia dos negocios da companhia é confiada a uma direccão,
iuja séde é em Lisboa.
Art. 37.° A direcção é composta de quatro accionistas e um possuidor de obrigações, eleitos pela
assembléa geral em escrutínio secreto. Haverá outros tantos substitutos para supprirem pela ordem dos
mais votados os directores proprietarios, como elles e na mesma sessão eleitos, mas em votação separada
e só depois de apurada e proclamada a eleição da direcção.
§ unico. Dois dos directores poderão ter a sua residencia na cidade do Porto, como logar mais pro-
ximo do local da mina e funccionar ali como gerentes da companhia debaixo das ordens da direcção em
Lisboa, á qual prestarão todos os esclarecimentos que ella pedir.
Art. 38.° No apuramento da direcção serão proclamados directores os quatro accionistas mais vo-
121
486 1865 13 de novembro
tados e o possuidor de obrigações que entre outros possuidores dos mesmos titulos, igualmente vota-
dos, tiver alcançado maior numero de votos-, salvo o parentesco que entre elles haja até o quarto grau,
contado pelo direito canonico.
Art. 39.° Qualquer accionista ou possuidor de obrigação ou obrigações é elegível director. Entre-
tanto para que.o eleito possa entrar em exercicio deve depositar na caixa da companhia averbadás em
seu nome vinte acções ou vinte obrigações, conforme tiver sido apurado director accionista ou pos-
suidor de obrigações.
Art. 40.° A direcção, que é sempre e em qualquer tempo revogável pela assembléa geral, é eleita
de dois em dois annos depois da approvação das respectivas contas annuaes. Só é permittida a reelei-
ção de dois dos quatro directores accionistas e do director possuidor de obrigações;
Art. 4-1.° A direcção é obrigada:
1.° A reunir-se ao menos uma vez por semana, lavrando em livro especial actas das suas reuniões
e deliberações, que não serão validas sem a conformidade de tres votos;
2.° A não processar documento que signifique responsabilidade social, sem que vão n'elle assigna-
dos ao menos dois dos quatro directores accionistas;
3.° Á cumprir quanto dispõem as leis e regulamentos ácerca dos concessionarios e exploradores
de minas e em geral as disposições d'estes estatutos;
4." A ter a escripturação em dia, regularmente arrumada por partidas dobradas, conforme ao co-
digo commercial, e sempre patente á commissão fiscal, junta ou a qualquer dos seus membros de
per si;
5.° A ter os fundos depositados num estabelecimento de credito, preferindo aquelle que, em igual-
dade de seguranças, der premio pelo deposito;
6.° A dar annualmente conta da sua gerencia á assembléa geral, apresentando relatorio desenvol-
vido da administração, balanço das contas, inventarios e descripção e orçamento provável dos trabalhos
do anno seguinte, documentos de que deve dar conhecimento á commissão fiscal oito dias antes dos
annuncios de convocação da assembléa geral;
7.° A apresentar em todas as reuniões da assembléa geral uma lista dos accionistas e possuidores
de obrigações, com a indicação do numero de titulos que cada um possue averbados em seu nome
cpm.antecipação de sessenta dias;
8.° A não fazer com a companhia transacções por conta própria sem auctorisação da assembléa
geral, dada para certas e determinadas operações;
9.° A não fundar estabelecimentos ou quaesquer officinas de tratamento minério sem approvação
da assembléa geral. '
Art. 42.° A direcção tem direito:
1.° A administrar e arrecadar os haveres da companhia;
2.° A nomear, demittir e fixar ordenados a todos os empregados;
3.° A fazer alterar e vigiar a execução dos regulamentos que julgar necessarios para cada um dos
ramos de serviço;
4.° Á gratificação annual de 1:000^000 ou 200^000 réis cada director, emquanto não estiverem
completamente pagas as 3:500 libras ou 45:750^000 réis de que trata o artigo 22." e depois d'isso só
á percentagem de 3 por cento sobre os lucros líquidos, mas de modo que cada director não receba an-
nualmente gratificação inferior a 200$000 réis. . . " " . .
CAPITULO VI ~
Da commissão fiscal
Art. 43.° É creada uma commissão fiscal, composta de tres accionistas, com as mesmas1 incompa-
tibilidades de que trata o artigo 38.°, eleita pela assembléa geral ordinaria em escrutínio secreto, mas
separadamente e aptes da eleição dos directores. Haverá outros tantos substitutos parasiipprirem, pela
13 de novembro 1865 4#7
Por decreto de 7 do corrente mez foram creadas cadeiras de ensino primario para o
sexo masculino nas seguintes localidades: -
- Freguezia "de Bouça Cova, concelho de Pinhel, districto da Guarda— com o subsidio
djí casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santo Antonio da Lomba, concelho de Gondomar, districto do Porto —
com p subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santa Maria de Paços, concelho de Sabrosa, districto de Villa Real—com
o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
O provimento d'estas cadeiras não poderá effectuar-se sem que tenham sido .satisfeitos
os subsidios supra indicados, na conformidade da circular de 22 de dezembro de 1859.
(Diario de Lisboa n.° 47.) D. ã e L . 2 5 7 j de 13 denor .
ordem dos mais votados, os proprietarios commissarios, como elles e na mesma sessão eleitos, mas em
votação separada e só depois de apurada e proclamada a eleição da commissão.
Art. 44.° Á eleição para a commissão fiscal prefere á eleição para a direcção.
Art. 45.° Os firise attribuições da commissão fiscal junta ou de cada um de seus membros per si
são, todas as vezes qtie ó julgar conveniente: ' <
'
1.° Examinar os livros da companhia e as operações da direcção;
2." Verificar o estado da carteira e caixa e sua conformidade com a escripturação;
3." Penetrar nos estabelecimentos, armazens, depositos, escriptorios op outras dependencias da
companhia; ,,
:
Exigir a comparência dós agentes e empregados da companhia, e na sua'falta pedir a expensas
da mesma companhia a assistência de agentes e empregados estranhos, quando para o bom desempe-
nho da sua commissão julgar indispensaveis as suas informações.
Art. 46.° A informação fiscal é obrigada a fazer á assembléa geral ordinaria um relatorio annual
em que consigne o resultado das suas observações durante o anno e emittir parecer ácerca do relato-
rio, balanço, inventarios e propostas da direcção, para o que deve ser pela mesma direcção hábiiitada
nos termos do artigo 41.', n.° 6.° Tambem a mesma commissão, quatorze dias antes do lixado para a
reunião da assembléa geral, deve transmittir á direcção copia do seu relatorio fiscal, para que possa
ser convenientemente impresso com o dos directores.
CAPITULO V i l
Disposições geraes
Art. 47.° O anno social da companhia é contado de 1 de janeiro a 31 de dezembro.
Art. 48.° Dos lucros líquidos da companhia (depois de pagas as 3:500 libras ou 15:7500000 réis
de que tratam os artigos 6." e 22.°), deduzida a percentagem da direcção, se tirará annualmente o equi-
valente a iQ por cento para um fundo de reserva, cuja applicação será fixada pelas assembleas geraes.
Art. 49.° Dentro de quinze dias depois de qualquer resolução da assembléa geral, os documentos
que lhe disserem respeito serão affixadosjia casa da companhia ,èm logar aceessivel ao publico, onde
permanecerão no deèurso dè toda uma gerencia completa; a saber:
1." Os apuramentos das eleições:
l » , O s nomes dos accionistas ou possuidores de obrigações, que estiverem presentes em cada as-
sembléa geral, com o numero de titulos que representam;
3.° Os relatorios da direcção e commissão fiscal, balanços, propostas e resoluções, que a assembléa .
geral tomar a tal respeito^
4." Em geral os documentos que a companhia é obrigada a apresentar no tribunal de commercio
ou no ministerio das obras publicas, commercio e industria.
§ unico. Toda e qualquer pessoa, accionista ou não, tem direito a ir a qualquer dia de trabalho,
e nas horas ordinarias d'elle, á casa da companhia consultar os ditos documentos aíBxados.
Art. 50.° Nenhuma alteração feita n'estes estatutos poderá começar a ter execução sem preceder
a approvação do governo.
Assim o disseram, outorgaram e aceitaram, sendo testemunhas presentes Joaquim Augusto do
Nascimento Dias e José Eduardo da Silva, empregados n'este escriptorio, que assignam com os outor-
gantes depois de lhès ser lida esta escriptura por mim tabellião Francisco Vieira da Silva Barradas,
que.' a escrevi. D'ésta 60000 réis.=Carto* Ferreira dos Santos Silw=Joãó âa Gama Barró$=Frnto-
cisco Ribeiro da Cunha—Joaquim Augusto do Nascimento Dias=José Eduardo da Sika.
E eu, Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião publico de notas n'esta cidade d e Lisboa, esta
escriptura fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em
piibircoe' razo.
Em testemunho de verdade—Fmncisco Vieira da Silm Barradas.
Paço, em 7 de novembro de 1865.=Co«dfl de Castro.
488 1865 13 de novembro
MODELO G
Relação nominal de todos os individuos collectados no 2.° semestre de 1864,-
d.° do anno economico de 1864-1865
o
Importancia das decimas
l£ i§ Imposto
- Nomes sobre Multas To lai Observações
•£=>S§ escravos
ta Predial Industrial De fóros De juros
0
Moçambique,... de . . . de 1 8 . . .
(Assignatura de todos os membros da junta do lançamento.)
122
im 14' de novembrè
MODELO D
Ruas e propriedades 2 o
N.° 1
Rua das Amoreiras
i e 2 Propriedade dè António Thomás, sita na rua das Amorei-
ras; consta de casas baixas com duas lojas, foreira á ca-
mara municipal em 600 réis annuaes. Arrendada a pri-
meira a José Antonio, taberneiro, por 30$000 réis an-
nuaes, 6 a segunda por conta do senhorio, e louvada em
2511000 réis.
Decima predial ao senhorio
Industrial ao inquilino pela taberna
Decima de fóros ao senhorio directo
Imposto sóbre escravos
Mulfa por não ter dado a declaração competente.
N.° 2
3,4,5 Propriedade de Manuel Joaquim Soeiro, sita na mesma
rua; consta de Casas altas e baixas, com os n.°* 3, 4 e 5.
; Toda por conta do senhorio, que é negociante de peque-
no trato, e é foreira a João Francisco Torres em 400 róis
annuaes.
3e6 Decima predial e de industria como negociante
7 De fòro ao directo senhorio
8 Imposto sobre escravos
9 Multa.ao senhorio por não dar exacta declaração
BESUMO
O recebedor, . . . aásgfg»
O secretario da junta do lança- crsggsp O recebedor, . . .
mento, . . . ce^S» O secretario dajunta do lançamento,...
......... MODELO F ,. ..
A junta do lançamento da decima do districto de; . . . certifica que a importancia das collectas,
comprehendendo o imposto sobre escravos no . . . semestre de 1 8 . . . do anno economico dè 18. . - 1 8 . .
foi de . . . (por extenso), sendo:
De decima predial £
• De decima industrial. f •
De decima^ de fóros . . . . : . . . . . . .; . '
De der.ima de juros 'f
De impostos sobre escravos $
De multas $
O que tudo perfaz á dita quantia de . . . , como consta dos respectivos lançamentos e livfo de ar-
recadação, que n'esta data é entregue áo competente recebedor, de que passou recibo no verso.
. . . d e . . . de 1 8 . . . . - - r
Recebi o livro da arrecadação da decima e do imposto sobre escravos, o qual consta de .... co-
nhecimentos com os n.°*... a . . . , todos na importancia de como declara a certidão, alem da res-
pectiva verba do sêllo com que devem ser carimbados.
. . . de . . . de 1 8 . . .
0 recebedor,
MODELO G
1864-1865
Resumo do rendimento dãs differentes decimas e do imposto sobre escravos
da provincia de Moçambique no . . . semestre do anno
economico de 18. . . - 1 8 . . . - :
Decimais •
.
~—7 Ilnportd - i
Districtos De capitaes sobre Total
Predial De fóros Industrial • escravos—
Gratuitos A juro
Moçambique • $ &
Cabo Delgado • ê £ . * $
Quelimanel í
& $ 0 - #
Sena
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Lourenço Marques. s>
. J, ... . 0 . ... . - -J . -
492 1865 13 de novembro
MODELO H
DISTRICTO DE . . .
Decima Cobrança
Somma...
MODELO I
AVISO
Pela repartição competente se annuneia que no dia . . . do . . . se abrirá o cofre para a arrecada-
ção das collectas da . . . e do imposto sobre escravos no . . . semestre de 1 8 . . e que o mesmo cofre
se conservará aberto pelo espaço de trinta dias, a contar da data da abertura, desde as nove horas da ma-
nhã até ás tres da tarde, a fim de se receberem as importancias do lançamento
. . . em . . . de . . . de 1 8 . . .
O recebedor,
MODELO J
conhecimentos
conhecimentos
Importancias recebidas
Números
Datas
pagos
Somma
dos
dos
MODELO L
Relação dos collectados que não pagaram nos dias marcados no edital de . . . d e . . . em
consequência do que são por este modo chamados a satisfazer dentro de . . - em que
novamente se abre o cofre, sob pena de serem compellidos a pagar mais 3 por cento
e as custas da execução
<
MODELO M
N.° . . .
• Certifico que dos livros da arrecadação das decimas e do imposto sobre òscraVos,"d'estc districto,
consta que . . . se acha responsável pela quantia seguinte, addição em que foi collectíidô nò ,; ..'. feemcs-
tre de 1 8 . . . do anno economico de 1 8 . . .--18... pela qual deve ser executado com mais 3 por cento,
que se addicionain por não ter pago á bóca do cofre, sendo:
Decima predial.,,, #
Decima industrial $
Decima de fóros $
Decima de juros í>
Imposto sobre escravos .,. • #
Somma réis #
E outrosim certifico que se fez o competente aviso, como consta da nota que se acha no verso do
respectivo conhecimento. • .
Namoros
Komcs dos collectados das certidões . Importancias Patas dos pagamentos f.
!
' : :• 'Í •';;•!>.;.
Importam em . . .
Recebi as relações constantes d'esta relação . . . de . . . de 1 8 . . .
O...
MODELO O
Certifico haver, cobrado desde o dia . . . até . . . dos collectados nVste districto, de decimas e do
imposto sobre escravos, tudo pertencente á fazenda, a quantia de . . . D. Sol. n."ãat, de21 denw.
não existam fóra dos ditos cofres, sob pretexto algum, as receitas provenientes dos ren-
dimentos publicos.
Paço, em 15 de novembro de 1865.=4w?om'o Maria de Fontes Pereira de. Mello. =
Para a direcção geral da contabilidade do thesouro publico. D . de n.° aró, de u de nov.
RESOLUÇÃO N.° 2 9 5
u
'•' " ." 'T ' ' -> •• >•"'• " í/.'âe L\ií} âéÓí dé'lí (Íé ndv!
: ' '. r " . . •••••. iú, • • ,'í! r/l • • i I' i •. i
li) de novembro 1865 495
,Achando-se por cobrar nos districtos do continente do reino era 30 de junho ultimo a
avultada somma de 758:506^723 réis, proveniente das contribuições prediiaí, pfíssqal é
industrial, de que pertence a exercicios lindos a de 317:259^407 réis,, coíligindo-se .(Teste
facto que a arrecadação não foi effectuada com aquelle zêlo que o interesse da fazenda pu-
blica,reclama; e sendo indispensavel proseguir com a maior actividade, na cobrança não só
d'aquellas contribuições, mas de todos os rendimentos e mais impostos que estão emdjvi-
da, empreganclo-se para esse fim os meios energicos que as leis auctorisar»: manda Sua
Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, que pela direcção geral da contabilidade do
.thesouro publico se expeçam aos respectivos delegados do thesouro as ordens necessárias,
p r a que activem com a maior efficacia as referidas cobranças, servindo-se para esse effei-
to dos recursos que têem ao seu alcance, e que reputarem mais conducentes para a prom-
pta grrecadação que tanto é mister promover.
Paço, em 17 de novembro de 18(jti.—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello —
Para a direcção geral da contabilidade do thesouro publico. D - d o t u ^ m deisdenov.
(1) È o decreto que organisou o corpo de engenheria civil e seus auxiliares. Boletim de novem-
bro, paginá &65.
m 1865 18 (le novembro
I unico. O administrador geral das matas, ouvidos os chefes das repartições compe-
tentes, submetterá annualmente ao governo aquella tabella, motivando a alteração dos
preços, quando esta alteração se verificar.
Art. 9.° Não se poderá fazer acquisição de objecto algum para a administração das ma-
tas nacionaes, sem a requisição por escripto do chefe da respectiva repartição, e sem
que essa requisição seja approvada pelo administrador geral, se o objecto importar em
mais de 10$000 réis, salvos os casos de extraordinaria urgencia, de que s e d a r á parte
depois da compra effectuada e das rasões que para isso houve.
Art. 10.° E expressamente prohibido a todos e quaesquer empregados da adminis- :
tração das matas nacionaes receberem ou pagarem quaesquer quantias por conta da dita
administração, uma vez que para esse effeito não houverem sido superiormente auctorisa-
dos, e bem assim se prohibe aos mesmos empregados de entrarem directa ou indirecta-,
mente em quaesquer contratos, tanto de venda dos productos florestaes como de forne-
cimento de quaesquer objectos que digam respeito á referida administração.
Paço, em 18 de novembro cie 1865. = Conde de Castro. d0 L. „.» 263| do 20 Jo U0I.
Constando a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, por oliicio do conselheiro
enfermeiro mór do hospital de S. José, que entre os administradores dos concelhos de
Tábua e Oliveira do Hospital se suscitara questão sobre serem ou não os administradores
dos concelhos cabeças de comarca os únicos competentes para tomarem as CQDtas de le-
gados pios, quer cumpridos qtier não cumpridos; o mesmo augusto senhor, conforman-
do-se com o parecer do conselheiro procurador geral da corôa, de 11 de julho de 1853;
e attendendo a que é pelas contas que se mostra ou o cumprimento dos legados pios ou a
falta d'elle, para n'este ultimo caso se seguir o processo e dar applicação áquelles legados,
segundo as prescripções das leis, d'onde resulta que não é nem póde ser diversa a conta
dos legados pios cumpridos da dos não cumpridos;
Attendendo a que esta doutrina se deduz tambem da combinação do artigo 1.° do de-
creto de 24 de dezembro de 1852 com o artigo 1.° do decreto de 5 de novembro de
1851:
Manda declarar ao governador civil de Coimbra, para que o faça constar aos administra-
dores dos concelhos do seu districto, que as contas de todos os legados pios hão de ser
prestadas perante os administradores dos concelhos, cabeças de comarca, devendo os ad-
ministradores dos outros concelhos enviar aos clas cabeças de comarca copia das disposições
pias que se encontrarem nos testamentos que fizerem registar, á fim de que o administra-
dor do concelho, cabeça de comarca, possa exercer a fiscalisação que em tal assumpto lhe
compete.
Paço, em 21 de novembro de 1865. = Joaquim Antonio de Aguiar.
D. dc L. iu° 267, du 24 d$ nor.
Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Beleín uma associa-
ção de soccorros mutuos denominada «associação philanthropica e artística das freguezias
de Belem e da Ajuda»; . : •„• ... :
Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar, a sorte dos as-
sociados e muito contribuem para a sua moralisação; í . .: ,:í," : v
;
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:
124
498 1865 13 de novembro
Hei por bem, em nome de El-Rei, dar a minha regia approvação aos estatutos da as-
sociação philanthropica e artística das freguezias de Belem e da Ajuda, os quaes constam de
quatorze capítulos e cem artigos, e baixam com este decreto assignados pelo ministro e
secretario d"estadò das obras publicas, commercio e industria, licando a mesma associa-
ção sujeita,nos termos de direito, á fiscalisação administrativa, e bem assim ás disposi-
ções dás. leis de 31 de maio de 1883 e de 7 de abril de 1864, pelo que respeita á acqui-
sição de predios rústicos 'ou urbanos, com a expressa clausula de que a minha regifc ap-
provação lhe poderá ser retirada, se se desviar dos fins para que é instituida, não cum-
prir fíelínente os seus estatutos, ou deixar de remetter annualmente á direcção'geral do
cóiiimercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia.
<9 ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 21 de novembro de 1865.=REI, R e g e n t e . =
Goúãe 'de Castro. D. de L. n.° 268, de 25 de noT.
Tendo requerido Francisco Quijano, que nos termos do decreto com força de lei de 31
de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro dè 1853, se lhe con-
ceda a certidão dos direitos de descoberta da mina de manganez, sita no serro da Serpa,
concelho de Castro Yerde, districto de Beja;
Vistos os documentos por onde se prova que o requerente satisfez a todos os quesitos
do artigo 1 12.° do citado decreto;
Vistb o relatorio do engenheiro encarregado da inspecção de minas do 4.° districto do
reino, que por ordem do governo examinou a posição do jazigo e verificou a existencia do
deposito, còmo determina o artigo 13.° do mesmo decreto;
"Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras publicas e minas, emit-
tido em çonâulta de 7 do corrente mez, na qual julga o requerente habilitado na qualidade
de descobridor legal da mina de que se trata:
íla pôr bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, conformando-se com a
menciònada consulta, declarar:
1.° Que o requerente é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de manganez, Sita no serro da Serpa, concelho de Castro Verde, districto de Beja, cuja
posição Se acha topographicamente designada na planta, que por copia acompanha a p r e -
sente portaria;
2.°: Qúe os limites da demarcação provisoria da referi da mina, notados na planta junta
pelos traços de côr vermelha, formam um rectângulo ABCD traçado pela seguinte ma-
neira: pelo cume do serro do Zambujal tire-se uma linha de direcção NE. SO. e: mar-
quem-se fBO metros para SO. e igual distancia para NE., ficando assim determinados os
pontbs designados pelas letras A e B. Do encontro (ponto D) da margem direita do bar-
ráttico' do Tfesta Com a margem esquerda da ribeira de Cobres tire-se uma linha para NE.
de 300 metros de comprimento e ficará assim determinado o ponto C, que com os pontos
A B e D formarão o referido rectângulo com uma area de 270:000 metroé quadrados pro-
ximamente.
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado'decreto são concedidos ao supplicante seis
mezes, contados da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para organisar uma com-
panhia au empreza das auctorjsadas pelo codigo commercial portuguez, ou para mostrar
que possue os fundos precisos para a lavra; na intelligencia de que, não se' "habilitando
n'estes termos dentro d'aquelle praso, improrogavel, será a concessão d'esta mina posta a
concurso na conformidade da lei.
4.° Que'por este diploma são conferidas ao supplicante para todos os effeitos legaes,
segundo às disposiçoes do predito artigo 13.?, os direitos que lhe competem como desco-
bridor dâ mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, içando obrigado
a apresentai no referido ministerio a certidão de haver feito registar na respectiva cantara
municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço, em 21 de novembro de 18§§.=kConde de Castro.Pará Francisco Guijarro.
i).'dc L. n." 285, d e 16 de dez.
22 de novembro 1865
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente, em nome do Rei, o requeri-
mento da companhia de mineração transtagana, em que pede a concéSgão provisoria da
mina de cobre da Commenda, freguezia de Monte de Trigo, no concelho'dè Portel, dis-
tricto dè Evora; "'' 1
Considerando que por portaria de 6 de maio do anno íindo foi José Joaçjpjm de Lenhos
Sousa e Castro declarado descobridor legal d'esta mina, e que por ésc^ipíjirà^lavfaíj^iys
notas do tabellião Francisco Vieira da Silva Barradas cedera e transfe'ríra á companhia re-
querente todo o direito e acção que resultam da citada portaria; '' v ;
Considerando que a companhia requerente se acha habilitada com os fundos jiecçssa-
rios pára a lavra d'esta mina; ''' " ' " iíIíli 1 : '
.Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costunie e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta cqncèssãó,1 '
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras pubiicqs é ininas, ex-
presso em consulta dè 30 de maio ultimo, na qual a mesma secção julga a çompanlíiía re-
querente legalmente habilitada para a concessão que solicita:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina de cobre da Commendá, freguezia de Monte àe: Trigo, no
concelho de Portel, districto de Evora, á companhia de mineração trtnstagâna;' ficapdo
obrigada no praso de seis mezes, contados da publicação deste titulo 'noDiàriô^eLisbpa,
a tqdos os preceitos consignados na lei e regulamento de minas em'vigor; ficando Outrò-
sim; ria intelligencia de que a demarcação d'esta mina é a mesma què se acíia consignâda
11 iMí
na portaria dos direitos (le descoberta. ",'
pâço, em 21 de novembro de 1865. = Conde de Castro.= Para a companhia de mi-
neração transtagana. D.'deL.n.°?BS i e i f l ^ d i j i . ' ' '
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o requeri-
mento da companhia de mineração transtagana, em que pede a concessão'provisória1 da
mina de cobre de Pecena, freguezia de Monte de Trigo, no concelho de Portel, districto
;
de Evora. ' .. -i —
Considerando que por portaria de 6 de maio do anno findo foi José Joaquim de Lemos
Sousa e Castro declarado descobridor legal d'esta mina, è qne por escrijoturà lavrada nas
notas do tabellião Francisco Vieira da Silva Barradas cedera e transferira á compâiihia re-
,
querente todo o direito e acção que resultam da citada portaria; ' ''
Considerando que a companhia requerente está habilitada com os fundos necessarios
para a lavra d'esta mina;
Considerando que tendo tido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas dó conselho geral das obras publicas e minas, ex-
presso em consulta de 30 d-e maio ultimo, na qual a mesma secção julga a companhia re-
1
querente legalmènte habilitada para a concessão qne solicita: ' ' "'
tía por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina de cobre da Pecena, freguezia de Mónte dè Trigo, iio con-
ceito de Portel, districto de Evora á companhia de mineração transtagana; ficaridò q ^ i -
gada no praso de seis mezes, contados da publicação d'este titulo nó Diario dét,tèbÓq"; á
todos os preceitos consignados na lei e regulamento de minas em vigor ; ficàridb/outrosim
na intelligencia de que a demarcação d'esta mina é a mesma que sè acjí$ cóhsigtíádà iía
portaria dos direitos d;e descoberta. . " ' " '
o* Paço/em 21 de novembro de 1865. — Conde de Castro.=Para a companhia de mi-
neração transtagana. de t';.»:» jwl/do l i f r i p f '
r Tendo subido á ' p r e s e n ç a de Sua Magestade El-Rei, Regente em iiòme do; Rei; o re-
querimento de Bernardo José Pereira, mestre do biató p o r t n g u i e i ^ t ^ ^ ^ ò i ò t ^ . d è
47, mc 391, pedindo que se lhe permitia recebèr do deposito dâ^áífàridéèa de ^isíÒa; e
500 1865 22 ile novembro
conduzir para Loanda, mercadorias estrangeiras, o que lhe foi negado na mesma alfande-
ga, com fundamento na disposição do artigo 19.° do capitulo 5.° do decreto de 10 de ju-
lho de 1834, modificada pelo decreto de 14 de agosto de 1844, em consequência da em-
barcação medir menos de 61 n,c , 7 70;
Considerando que, tanto o decreto de 10 de julho de 1834 no artigo citado, como o
de 14 de agosto de 1844, se referem muito explicitamente á reexportação para paizes
estrangeiros.
Considerando que a circumstancia das mercadorias estrangeiras, saídas dos depositos
das alfandegas de Lisboa e Porto, com destino para as alfandegas das ilhas adjacentes e das
possessões portuguezas ultramarinas, pagarem pela saída direilosde reexportação, na con-
formidade do artigo 40.° das instrucções preliminares da pauta geral das alfandegas, não
converte as mesmas ilhas e possessões em paiz estrangeiro;
Considerando que, sendo fechados nas alfandegas do continente os manifestos e despa-
chos dos carregamentos que vão para as ilhas e possessões ultramarinas, e remettidos dire-
ctamente aos chefes das alfandegas para onde se destinam, os quaes devem accusar o rece-
bimento, têem as alfandegas da saída, por estes factos, garantia contra qualquer desvio, e
muito mais valiosa do que a simples lotação do navio;
Considerando quanto é conveniente animar a navegação e o commercio entre a metro-
pole e as possessões, uma vez que fiquem seguros os legitimos interesses do estado:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o parecer do conselheiro di-
rector geral das alfandegas e contribuições indirectas, mandar declarar:
1 , Q u e as ilhas adjacentes e possessões ultramarinas portuguezas não se comprehen-
dem na regra estabelecida no artigo 19.° do capitulo 5.° do decreto de 10 dejulho de 1834,
modificada pelo decreto dc 14 de agosto de 1844;
2." Que as embarcações nacionaes, de qualquer lotação, podem receber dos depositos
das alfandegas de Lisboa e Porto, e conduzir para as ilhas adjacentes e possessões ullra-
mariuas, mercadorias estrangeiras, devendo os manifestos e despachos ser fechados nas
alfandegas dos portos da saída, accusando o recebimento d'clles as dos portos para onde se
destinarem, conforme foi estabelecido pelo § 2.° do artigo 1.° e pelo artigo 3.° do decreto
de 21 de outubro de 1852.
O que, pela direccão geral das alfandegas c contribuições indirectas, será communica-
do a quem convier.
Paço, ein 22 de novembro de 1865.=Aníom'o Maria de Fontes Pereira de Mello.
D, dc I,. n.° 8W de "23 nor.
Tendo visto a proposta da faculdade de medicina, para que os tres actuaes substitutos
extraordinarios d'ellas possam ser promovidos á classe de ordinarios, dispensando-se-lhes
os dois annos de serviço exigidos no artigo 4.° da lei de 19 de agosto de 1853;
• Considerando que a dispensa proposta proposta é auctorisada pela lei de 12 de junho
de 1855, quando se verificar a urgencia da promoção;
Considerando que, alem de estarem vagas na faculdade tres substituições ordinarias,
acham-se impedidos já em côrtes, já em commissões scientificas dentro e fóra do reino,
sete lentes da mesma faculdade, d'onde se torna manifesta a urgencia da promoção;
Considerando que o artigo 29.° § 1.° do regulamento de 22 de agosto ultimo, emquanto
exige para as promoções dos substitutos extraordinarios a regencia da cadeira por espaço
de um anno, dentro do biennio de que trata a lei de 19 de agosto de 1853, ou depois
d'elle, não é applicavel nas circumstancias em que o serviço exige urgentemente a dis-
pensa do mesmo biennio:
Ha Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, por bem, conformando-se com
a proposta da faculdade de medicina e com o parecer do conselheiro vice-reitor da uni-
versidade, conceder a dispensa dos dois annos para poderem ser promovidos á substitui-
ções ordinarias os actuaes substitutos extraordinarios da mesma faculdade.
O que assim se participa ao conselheiro vice-reitor da universidade de Coimbra para
sen conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 22 de novembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
I). de L. n.° 281, dó f t de d«?,
27 dè novembro 1865 501
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA
1." REPARTIÇÃO
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o requerimento
(1) Senhor:—O decreto de 25 de agosto de 1845 determina nos artigos 1." e 2.°, que quando os
delegados do procurador regio, por mais de trinta dias, estiverem ausentes do exercicio dos seus loga-
res, e estes forem servidos por serventuários interinos, cuja escolha não pertença aos mesmos delega-
dos, estes só recebam duas terças partes do seu ordenado, sendo a outra terça parte para o serven-
tuário.
A mesma disposição é applicavel pelo artigo 9.° do mesmo decreto aos magistrados do ministerio
publico perante os tribunaes superiores, mas com uma modificação; é que n'esse caso a terça parte
do ordenado reverte para a fazenda nacional. A rasão d'esta modificação está em não se ter supposto
a possibilidade de ser nomeado serventuário interino para estas substituições, que estão determinadas
na lei, e competem a magistrados especiaes.
Não se attendendo porém a que esta rasão não se dava com referencia á procuradoria regia junto
da relação dos Açores, aonde não havendo ajudante nem secretario, a substituição do procurador regio
tinha de ser feita*por meios differentes dos estabelecidos para as outras procuradorias regias. É assim
que, pela portaria de 18 de março de 1880, o procurador regio junto da relação dos Açores, ó substi-
tuído pelo seu delegado na comarca de Ponta Delgada, sendo este por seu turno substituído por um
serventuário nomeado pelo juiz de direito da comarca.
Besulta d'aqui uma notável anomalia: é que durando a substituição por mais de trinta dias, o de-
legado do procurador regio na comarca de Ponta Delgada perde a terça parte do ordenado para o seu
serventuário, mas não recebe em compensação a terça parte que perde o procurador regio, a qual re-
verte em proveito da fazenda; de sorte que pelo facto de ser investido em funcções mais importantes
e de maior responsabilidade, aquelle delegado não só não recebe mais nada, mas ainda perde uma
parte do seu vencimento, tanto em ordenado como em emolumentos.
É por isso que tenho a honra de propor a Vossa Magestade o seguinte projecto de decreto.
Secretaria a'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça, em 22 de novembro de 1865,=Àtigusto
Cesar Barjona de Freitas.
124
1865 29 de novembro
de Francisco Ignacio Romba, Domingos Gomes e João Mendes Cabrita, em que pedem a
concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade de Brejo,-concelho de Ouri-
que, districto de Beja; •
Considerando que os dois primeiros requerentes foram declarados descobridores le-
gaes d'estâ mina por portaria de 7 de julho de 1864, e que por escriptura lavrada nas no-
tas do tabellião José Justino de Andrade e Silva, aos 22 dias do mez de dezembro ultimo,
associaram a si João Mendes Cabrita e com elle outorgaram um contrato, no qual são. iguaes
as entradas, a partilha nos lucros e a responsabilidade nas perdas;
Considerando que esta sociedade provou possuir os fundos necessarios para a lavra
d'este jazigo;
Considerando que foram affixados os éditos nos logares do costume e publicados no
Diario de Lisboa, e que nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio das obras
publicas, commercio e industria; ;
Vista a consulta da secção de minas do conselho geral das obras publicas e atinas, na
qual a mesma secção julga satisfeitos todos os quesitos da lei e habilitados os requerentes
para obterem a concessão que solicitam:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com os referidos parecer e con-
sulta, fazer a concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade do Brejo, con-
celho de Ourique, districto de Beja, a Francisco Ignacio Romba, Domingos Goifies e João
Mendes Cabrita, ficando obrigados a cumprir todos os preceitos da lei e regulamento de
minas em vigor; ficando outrosim na intelligencia de que o campo de demarcação d'esta
mina é o já citado na portaria de direitos de descoberta. .
Paço, em 27 de novembro de 1863. —Conde de Castro. — Para Francisco Ignacio
Romba, Pomingos Gomes e João Mendes Cabrita. D. de L. n.° 285, de 16 de dez.
godão branco que apresentou a despacho na alfandega de Lisboa, vindas do Havre no va-
por Ville de Paris;
Visto o auto de conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que as quatro peças de tecido de algodão que originaram este recurso
não têem nem a finura nem a transparência própria e peculiar dos tecidos denominados
« cambraias»;
Resolve:
Artigo unico. As quatro peças de que trata o presente recurso devem ser classificadas
como algodão branco até onze fios, devendo pagar o correspondente direito de 125 réis
por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 29 de
novembro de 1865, estando presentes os vogaes=Simas = Ser zedello Júnior, r e l a t o r =
Santos Monteiro=Abreu= Nazar eth= Costa=Fradesso da Silveira=Couceiro.
D. de L. n.° 275, de 4 de dez.
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pelo ministerio das obras
publicas, commercio e industria, que a direcção da associação commercial de Lisboa, pro-
cedendo a um inquerito, ou empregando quaesquer outros meios que julgue convenientes,
informe o governo com toda a brevidade possivel ácerca dos obstaculos que se oppõem
ao desenvolvimento do commercio e navegação, e designadamente sobre os seguintes
pontos:
1.° Que influencia tem exercido a pauta geral das alfandegas em vigor sobre o com-
mercio?
2.° Sobre que classe de productos se podem reduzir os direitos das alfandegas, sem
comprometter os legitimos interesses das industrias nacionaes ou os do thesouro?
3.° Quaes são as reducções que mais directamente podem aproveitar aos consumi-
dores?
4.° Quaes são as materias primas ou productos manufacturados cuja exportação póde
ser promovida para os paizes estrangeiros com mais vantagem?
5.° Que reclamações convém fazer aos governos dos paizes estrangeiros, ou seja quanto
aos direitos das alfandegas que pesam actualmente sobre os nossos productos, ou seja
quanto ás leis e regulamentos que dizem respeito á navegação?
6.° Que effeitos têem produzido sobre o commercio e navegação os direitos differen-
ciaes?
O que, pelo referido ministerio, manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do
Rei, communicar ao presidente da direcção da associação commercial de Lisboa para sua
intelligencia e devidos effeitos, esperando o mesmo augusto senhor que a associação se
não recusará a dar mais esta prova do seu zêlo pelo serviço publico, e do seu interesse
pelo desenvolvimento do commercio e da industria nacional.
Paço, em 29 de novembro de l8QS. = Conde de Castro. = P a r a o presidente da asso-
ciação commercial de Lisboa. (1) D. DE L. n.° 273, DE I DE DEZ.
(1) Identicas se expediram para os presidentes das associações commerciaes do Porto, Figueira,
Vianna do Castello, Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra, Setubal, Funchal, Angra do Heroismo e
Ponta Delgada.
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Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal e Algarves, etc., em nome de El-
Rei, fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decretaram
e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° É livre a exportação pela barra do Porto de todos os vinhos produzidos em
territorio portuguez.
§ unico. Os vinhos que se exportarem pela barra do Porto pagarão os direitos estabe-
lecidos para a exportação dos outros vinhos do continente do reino.
Art. 2.° O governo fará os regulamentos necessarios para a execução da presente lei.
Art. 3.° Ficam revogados os decretos de 11 de outubro de 1852 emais legislação con-
traria ás disposições d'esta lei.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da re-
ferida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
n'ella se contém.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e in-
dustria e dos negocios da fazenda, a façam imprimir, publicar e correr. Dada no paço das
Necessidades, aos 7 de dezembro de 1865. = R E I , R e g e n t e . = C o n d e de Castro=Antonio
Maria de Fontes Pereira de Mello.
Carta -de lei, pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes ge-
raes de 1 do corrente mez, que permitte a livre exportação pela barra do Douro de todos
os vinhos produzidos em territorio portuguez, o manda cumprir como n'elle se contêm,
tudo na fórma declarada. Para Vossa Magestade ver.= Augusto de Faria a fez.
. D. d e L . n.° 279, d» 9 dè dei.
m
506 1865 13 de n o v e m b r o
Havendo o reitor do lyceu nacional de Angra do Heroismo pedido ser esclarecido so-
bre se devia abonar ao professor da cadeira de introducção á historia natural alguma gra-
tificação; pela regencia da cadeira de arithmetica e geometria plana, durante o tempo em
que èsíevê fechada a sua aulâ por não ter discipulos:
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, tendo em vista a disposição clara e
terminante do artigo 26.° do decreto de 25 de junho de 1851, segundo o qual pertence ao
professor desoccupado, por não ter serviço da cadeira própria, desempenhar o serviço de
qualquer outra que lhe for incumbida, sem perceber por isso gratificação .alguma;
Considerando que similhante disposição não foi nem podia ser revogada pelo: decreto
de 26 de dezembro de 1860, porquanto n'esle não designa gratificação para os professo-
res desoccupados e somente se concede nos artigos 5.° e 7.° gratificação aos professores
substitutos, ou aos proprietarios que accumulam outro serviço com o da sua cadeira;
Considerando que na hypothese de que se trata não existe accumulação de serviço,
porque o,professor de introducção não tinha alumnos n'esta disciplina;
Considerando que foi a ésta accumulação de trabalho que se attendeu no n.° IV da por-
taria de 10 de setembro de 1863;
. Considerando finalmente, que pela portaria de 6 de dezembro de 1839-se idéclarou
em. referencia á universidade, que os lentes desoccupados e sem exercicio^; deviam sèr
nomeados para lerem nas cadeiras a que faltassem proprietarios ou substitutos, e que em
vista d'esta analogia e do que se ordena no § 1.° do artigo 3.° do regulamento ide 9 de se-
tembro de 1863 em vigor, os professores dos lyceus se não dévem considerar fixos em
certas e-determinadas cadeiras, mas podem ser encarregados do serviço de qualquer del-
ias, conforme o exigirem as conveniências, determinações estas que estão na inteira com-
petencia do governo, segundo o artigo 170.° do decreto com sancção legislativa de 20 de
setembro de 1844: ••'• i • • ; • . .
Ha por bem, conformando-se com o parecer do conselho geral de instrucção publica,
declarar e ordenar que ao professor de introducção do lyceu nacional de Angra nenhuma
gratificação è devida por haver regido a aula de arithmetica e geometria plana durante o
tempo em que não teve serviço da cadeira própria.
li) de n o v e m b r o 1865 507
1
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
'•- , •
THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS
. ,'jj.. v Tpmápdo em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios ,d'estado c(os ne-
gocios do reino e da fazenda, e usando da faculdade conferida ao governo pelo | 4.° do ar-
f
• ' (1) Senhor .•-^•'Pòr deefeto de 4 de outubro do presente anno foi aberto um credito supplemenlar
até á'quantia de:i2tOOWOOO réis para despezas extraordinarias de saude/ ; ,
, Acl%se quasi, despendida esta verba em consequência das providencias quej o gpverno fçi obrigado
a tomar, já pelo appárècirnento da cholera morbus cm Elvas, jápara.evitar quanto possivel què, quando
se manifestasse em outros pontos, encontrasse elementos para o seu 'maior desenvolvimento; Àlem 'disso
'é: indispensavel nâo'abandonar todas as medidas que a sciencia aconselha' e que o èonselho de saude
propõe, vistoque a epidemia de que se trata ainda fàz e s t r a g o s no paiz vizinho e:nos ameaça de perto.
.. . N'estas circumstancias pois yê-se o governo obrigado a propor a abertura de. novo credito sup-
plementar por igual quantia, e tem a honra de submetter á approvação de .Vossa Mages tade o seguinte
' aebreto. ' /
Ministério dos negocios do reino, em 23 de dezembro de 1865. ^Joaquim Antonio de Aguiar ^An-
tonio Maria de Fontes Pereira de Mello. ..
508 de dezembro
tigo 3.° da caria de lei de 25 de junho de 1864 em vigor para o actual anno economico
pela carta de lei de 18 de maio de 1865: hei por bem, ouvido o conselho d'estado, decre-
tar em nome de El-Rei o seguinte:
Artigo unico. É aberto no ministerio da fazenda, a favor do ministerio do reino, um
credito supplementar até á quantia de 12:000$000 réis para despezas extraordinarias de
saude publica no corrente anno economico de 1865-1866.
- Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço das Necessidades, em 23 de dezembro de 1 8 6 5 . = R E I ,
Regente. = Joaquim Antonio de Aguiar=Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L. n.° 29G, de 30 de dez.
. Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome de El-
Rei. Fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decreta-
ram e nós queremos a lei seguinte:
r Artigo 1.° O vinho, a geropiga, a aguardente e o vinagre que derem entrada pelas
barreiras sêccas e molhadas da cidade do Porto e de Villa Nova de Gaia, pagarão, qualquer
que seja a sua procedencia ou destino, o imposto de i&OOO réis por pipa legalmente pa-
reada, emquanto se não determinar para o commercio o uso das medidas de capacidade.
§ unico. O producto do referido imposto será dividido pela fórma seguinte: para a
camara municipal do Porto 40:000^000 réis; para a camara municipal de Villa Nova de
Gaia 3:000$000 réis; e o resto para o thesouro.
Art. 2.° Esta lei principiará a ler execução em todo o reino tres dias depois da publi-
cação d'ella no Diario de Lisboa.
Art. 3.° Fica revogado o decreto de 14 de julho de 1832, as cartas de lei de 5 de
maio de 1837, 7 de abril de 1838 e 12 de agosto de 1853, e mais legislação contraria á
presente lei.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da pre-
sente lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiraménte como
n'eHa se contém.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e in-
dustria, e da fazenda, a façam imprimir, publicar e correr. Dada no paço das Necessidades,
aos 23 de dezembro de 1865.=EL-REI, Regente, com rubrica e g u a r d a C o n d e de Cas-
tro=Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes ge-
raes de 19 do corrente, que estabelece o imposto de 1$000 réis por pipa legalmente pa-
reada, de vinho, goropiga, aguardente e vinagre que entrarem pelas barreiras sêccas e
molhadas da cidade do Porto e de Villa Nova de Gaia, o manda cumprir e guardar como
n'elle se contém, tudo pela fórma retrò declarada.—Para Vossa Magestade ver. —Ro-
drigo Vicente de Paulo da Silva Freitas a fez. n, de n.° 292, do 26 de dez.
li) de n o v e m b r o 1865 509
Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc. em nome de El-
Rei. Fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decreta-
ram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° Ê approvada, para ser ratificada pelo poder executivo a convenção cele-
brada entre Portugal, a Áustria, o gran-ducado de Raden, a Baviera, a Relgica, a Dinar
marca, a França, a Grécia, a cidade livre de Hamburgo, o Hanover, a Hespanha, a Italia,
os Paizes Baixos, a Prússia, a Rússia, a Saxonia, a Suécia, a Confederação suissa, a Tur-
quia e Wurtemberg, e assignada em Paris em 17 de maio do presente anno, a fim de me-
lhorar e facilitar a permutação das correspondências telegraphicas entre os differentes
paizes.
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como n'ella se contém.
O ministro e secretario d'estado dos negocios estrangeiros a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no Paço das Necessidades, em 23 de dezembro de 1 8 6 5 . = E L - R E I , Regente,
com rubrica e guarda. = Conde de Castro.
Carta de lei pela.qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes ge-
raes de 21 do corrente mez, que approva, para ser ratificada pelo poder executivo, a con-
venção celebrada entre Portugalediversaspotencias, e assignada em Paris em 17 de maio
do presente anno, a fim de melhorar e facilitar a permutação das correspondencias>tele-
graphicas entre os differentes paizes, o manda cumprir e guardar como n'elle se contém,
tudo pela fórma acima declarada.—Para Vossa Magestade v e r . = J u l i o Firmino Júdice
Biker a fez. D. de L. n.° 292, de 26 de dez.
p o m Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome d'El-
Rpi,Fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decreta-
ram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo É o governo auctorisado a prorogar até 30 de junho de 1867 os prasos es-
tabelecidos no artigo 8.° e seus §§ da,carta de lei de 29 de julho de 1854 paia a troca e
giro das moedas de oiro e prata mandadas retirar da circulação pela mesma lei.
Art. 2.° É igualmente auctorisado o governo a mandar cunhar no ais moedas de prata
até á quantia de 300:000$000 réis.
Art. 3.° É tambem renovado, até 30 de junho de i867, o beneficio concedido aos par-
ticulares, bancos e associações pelo artigo 2.° da lei de 24 de abril de 1856.
Art. 4.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da re-
ferida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como nella se contém. -
O niinistro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no paço das Necessidades, aos 26 de dezembro de 1865. = E L - R E I , Regente
— Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.= Logar do sêllo grande das armas reaes.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o- decreto das côrtes ge-
raes de 21 de dezembro corrente, que auctorisa o governo não só a prorogar até 30 de
junljo de 1867 os prasos estabelecidos para a troca e giro das moedas antigas mandadas
retirar da circulação, mas tambem a fazer cunhar até á quantia de 300:000^000 réis em
novasjaoedas de prata, renovando o.beneficio coneedido aos particulares, bancos e as-
sociações pelo artigo 2.° da lei de 24 de abril de 1856, manda cumprir e guardar o mesmo
decreto como n'elle se contém, pela fórma retrò declarada.—Para Vossa Magestade ver.
= Pedro Affonso de Figueiredo a fez. D. ae L. n.° 296, DE 30 DE DEI.
Sua Magestade El-Rei Regente em nome do Rei, conformando-se com a proposta que
á sua real presença fez subir o conselheiro director geral dos correios e postas do reino
em 7 do corrente mez: ha por bem determinar, em vista do disposto do | unico do ar-
tigo 7.° do regulamento postal, approvado por decreto de 4 ; de maio de 1853, que a de-
legação do correio de Rezende, em Sinfães, seja elevada á categoria de direcção; o que,
pçlp ministerio das obras publicas, commercio e industria, se communica ao dito conse-
lheiro director geral, para seu conhecimento e mais devidos effeitos.
Paço, em 28 d® dezembro de 1865.—Conde de'Castro.== Para o conselheiro dire
ctor geral dos correios e postas do reinb. D.det. n.°7,de ia4ejW .
li) de n o v e m b r o 1865 511
Sua Magestade El-Rei Regente em nome do Rei, conformando-se com a proposta que
á sua real presença fez subir o conselheiro director geral dos correios e postas do reino,
em 30 de novembro ultimo: ha por bem determinar, em vista do disposto no § unico do
artigo 7.° do regulamento postal approvado por decreto de 4 de maio de 1853, que na
villa de Freixo de Espacjaá Cinta seja creada uma direcção de correio, subordinada á ad-
ministração central do correio de Villa Real ; o que, pelo ministerio das obras publicas,
commercio e industria, se corpmunica ao referido conselheiro director geral. parà aea co-
nhecimento e mais devidos efeitos. ^ .
ÍPaço, em 28 de dezembrp de 1865. — Conáe de Ça$tro.=*Vm o conselheiro dir®*
ctqr geraj dos cor-reios è postas doreíno; âei. a.n, d» io d»
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Mappa dos privilegios de invenção e de introducção concedidos nos termos dos decretos de 16 de setembro de 1837 e 31 de dezembro de 1852,
-a
a os quaes por ter findado o praso da concessão podem ser livremente explorados
1.° Por decreto de 4® de setembro de « 9 3 9
*o
(T>
-a Prasos
Objectos privilegiados Nomes dos inventores ou introductores Catas da concessão
O
C3
Termo
Annos
Machina portátil com fogão no interior da caldeira de distillação de vinhos José de Almeida e Silva 12 marco 1 8 3 0 . . . 15 12 março 1865
Machina de lavagem de areias auríferas Luiz Francisco Deferrari 12 março 1 8 3 0 . . . 15 12 março 1865
Fabricação de tijolos para limpar metaes (melhoramentos) Ignacio Antonio da Silva Lisboa 8 agosto 1850. . . . 15 8 agosto 1865
Novo motor para substituir o vapor e quaesquer outros motores até agora conhecidos, que de- Manuel Joaquim Soares e José 23 setembro 1850 15 23 setembro 1865
nominam motu-continuQ Joaquim de Oliveira
Plano inclinado simplificado para tirar os navios do mar para terra, afimde se concertarem.. Antonio José de Sampaio 23 setembro 1850 15 23 setembro 1865
P o r decreto de 3 1 dc dezembro de l § S t
Machinas de cozer. William OrrinGrover e Wil- 13 dezembro 1854 10an. 11 fevereiro 1865
liam Emerson Baker, dos e 60
ira Estados Unidos dias
«o Antonio José Gomes
oo Systema de montagem de cabriolets de duas e quatro rodas •17 fevereiro 1860 5 17 fevereiro 1855
Novo processo para a fabricação do gêlo artificial pela vaporisação do Frederico Augusto de Vas- 26 março 1860 . . 5 26 março 1865
ether . concellos Almeida Pereira
Cabral
Sècca artificial de fructas verdes e enxugo de cereaes. Rodrigo Soares Castello 31 março 1 8 6 0 . . 5 31 março 1865
Branco
Fabrico de lagedo e tijolos, tijoleiras, canos e telhas de asphalto de aze- Marquez da Bemposta e Sub- 20 julho 1 8 6 0 . . . 5 20 julho
• 1865
che serra e Luiz Germano
Charbonel Salle
Novo systema de illuminação—Lime-Light Duque de Saldanha 4 setembro 1860 5 4 setembro 1865
Machina para engradar madeira com applicação á construcção de predios Visconde da Charruada 4 setembro 1860 5 4 setembro 1S65
Machina de descascar cevada e reduzi-la a cevadinha Eduardo Ellicot 27 outubro 1860 5 27 outubro 1865
Machina em ponto pequeno do mesmo teor do da camara obscura, para Joseph Grifiits 10 novembro 1860 5 10 novembro 1865
tirar retratos ou vistas photographicas em ponto grande
Machina de furar madeira com applicação á construcção de predios e Visconde da Charruada 17novembrol860 5 17 novembro 1865
moveis, systema de Bernier
Machina de moldar madeira em curvas e contra-curvas, com applicação Visconde da Charruada.... íí)novembroí860 5 19 novembro 1865
á construcção de predios e moveis, systema de Bernier
Machina de fazer peças de madeira em redondo, com applicação a di- Visconde da Charruada.... 31 dezembro 1860 5 31 dezembro 1865
versos trabalhos e construcções
Machina de apparelhar, aplainar e entalhar sobrado, de moldar direito Augusto Cesar de Almeida.. 31 dezembro 1860 5 31 dezembro 1865
e executar em madeira outros trabalhos accessorios
%
Patentes de invenção e introducção concedidas no anno de 1865, em virtude do decreto de 31 de dezembro de 1852
Aperfeiçoamento feito nas fornalhas das chaminés Eduardo Bronri Wilson . 7 fevereiro 1 8 6 5 . . 5 7 fevereiro 1870
Novo processo ou aperfeiçoamento na disposição e na construcção dos Pedro Francisco Millot e 14 fevereiro 1863 5 14 fevereiro 1870
motores hydraulicos Agostinho Nandin Laplatta
Novo processo de tiragem de provas positivas photographicas denomi- Jacques Wothly 11 março 1 8 6 5 . . . 5 11 março 1870
nadas wothlytypia
Aperfeiçoamento de um motor electrico (embrayage eléctrique) Francisco Fernando Augusto 11 março 1 8 6 5 . . . 5 11 março 1870
Achard
Novo methodo de conservação das substancias animaes e vegetaes Ricardo Jones 24 abril 1865 . . . . 5 24 abril 1870
Processo de distillação dos troncos das coníferas, lançando nos cylindros João Baptista Burnay 25 abril 1865 . . . . 15 25 abril 1880
de destillação vapor de agua sob pressão de duas ou tres atmospheras,
disposição que permitte de separar a terebinthina e outros productos
de distillação
Systema de fabricação de paredes feitas de betume hydraulico compri- Julio Cordeiro e José Eugé- 2 maio 1865 5 2 maio 1870
mido, construídas de uma só peça, ou por meio de tijolo massiço ou õco nio Chabert
Estabelecimentos de machinas, a fim de utilisar dos animaes mortos to- François fils ainé 3 maio 1865 5 3 maio 1870 '
das as substancias applicaveis ás artes
Modificação adoptada para os cadinhos empregados na fundição dos me- José de Saldanha Oliveira e l o maio 1865 3 15 maio 1868
taes Sousa
oc
Composição melhorada para cobrir o fundo dos navios Frederico Neuton Gisborne 15 maio 1 8 6 5 . . . . 15 15 maio 1870 CT3
Processo para a utilisação das limas e grosas usadas Carlos Adolfo Clavel 29 julho 1 8 6 5 . . . . 5 29 julho 1870 cn
Estufa de vapor a banho para purificar e melhorar completamente qual- Jacinta Candida da Veiga e 19 agosto 1 8 6 5 . . . 9 19 julho 1874
quer vinho no espaço de quinze a trinta dias, segundo for o seu es- Sousa
tado, mesmo de deterioração parcial
Systema de aquecimento proprio para communicar o calor ás materias Henrique Adolfo Archereau, 21 agosto 1 8 6 5 . . . 5 21 agosto 1870
vegetaes, animaes e mineraes, bem como ás misturas d'estas materias, João Maria Olesino Tamin
de modo que se opereasuadesseccação,vaporisação, reducção, calefac- Despalles e José Susini
çãó, fusão ou mesmo, sendo precise, a sua volatilisação, executando-se
tudo em vasos fechados e ao abrigo do contacto do ar atmospherico
Systema para applicações feitas aos meios processos e apparelhos, tendo Alfredo João Baptista Thier- 22 agosto 1 8 6 5 . . . 10 22 agosto 1875
como resultado industrial a suppressão do fumo dos fogões e caldei- rv Júnior
ras de vapor, e geralmente nas fornalhas industriaes onde se queimam
materias fuliginosas
Producção de provas photographicas sobre cartão vulgarmente chamado Francisco José de Sousa e 15 setembro 1865 5 15 setembro 1870
de lustro, de esmalte ou porcelana Silva
Propulsor nadante (propulseur à nageoires), systema Raphin Ambrosio Raphin .. 7 novembro 1865 15 7 novembro 1880
Novo meio de transporte fluvial e maritimo (ou caminhos de ferro flu- Gilberto Augusto Fournier 7 novembro 1865 5 7 novembro 1870
rt. vial e maritimo) para evitar a baldeação feita pela mão dos homens, des Corats
§g bem como as cargas e descargas
Apparelho destinado á extincção dos incendios Affonso Vignon e Francisco 13 dezembro 1865 5 13 dezembro 1870
Filippe Carlier
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Repartição do commercio e industria, em 30 de dezembro de 1 8 6 5 . = / o « o Palha de Faria Lacerda. b. de l. n.°*, do 5 de jan. w
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ANNO D E 1862
Jtes contratantes haverá reciproca liberdade altas partes contratantes recíproca libertad
de commercio e navegação. Os subditos de de comercio y navegacion. Los ciudadanos
Portugal e suas provincias ultramarinas, e de la Nueva Granada, y los súbditos de Por-
os cidadãos de Nova Granada poderão mu- tugal y sus provincias ultramarinas, podrán
tua e livremente entrar com os seus navios entrar libremente con sus buques y carga-
e cargas nos portos, rios e logares dos ditos mentos en los puertos, rios y lugares de di-
territorios, respectivamente,.onde quer que chos territorios respectivamente, donde se
o commercio estrangeiro é ou vier a ser per- permita ó se permitiere en adelante ei co-
mittido. Os ditos subditos e cidadãos terão mercio estranjero. Dichos ciudadaflos y súb-
igualmente liberdade de passar, pousar e re- ditos tendrán igualmente libertad de transi-
sidir em qualquer parte dos ditos territo- tar, permanecer e residir en cualquiera parle
rios, a fim de tratar de seus negocios; e go- de dichos territorios para atender á sus ne-
sarão para esse fim a mesma segurança e gocios; y gozarán con este fin de la misma
protecção que os naturaes do paiz onde re- seguridad y proteccion que los naturales dei
sidem, sob condição de se sujeitarem ás leis país en que residan, bajo la condicion de que
e ordenanças que ahi regerem, especial- se sujetarán a las leys y decretos que allí ri-
mente aos regulamentos commerciaes em jan, y especialmente á los reglamentos de
vigor. comercio vijentes.
Art. 3.° Os navios portuguezes que aporta- Art. 3.° Los buques neo-granadinos que
rem, carregados ou em lastro, nos portos de entren en los puertos dei reino ó de las pro-
Nova Granada, não pagarão outros ou maiores vincias ultramarinas de Portugal, cargados
direitos de tonelagem, pharoes, pilotagem, ó en lastre, no pagarán oiros ó mas altos de-
ancoradouro, quarentena e salvação, em caso rechos en razon de toneladas, faro, pilotage,
de avaria ou naufrágio, ou quaesquer outros puerto, quarentena y salvamento, en caso de
encargos e direitos de qualquer natureza que avaria ó naufrajio, ni otros impuestos ó de-
sejam, que os que pagam nos ditos portos os rechos, sea cual fuere su naturaleza ó deno-
navios de Nova Granada da mesma proce- minacion, que los que pagan en dichos puer-
dencia; e reciprocamente os navios de Nova tos los buques portugueses de la misma pro-
Granada que aportarem aos portos do reino cedencia ; y reciprocamente, los buques por-
e provincias ultramarinas de Portugal, car- tugueses- que entren cn los puertos de la
regados ou em lastro, não pagarão outros Nueva Granada, cargados ó en lastre, no pa-
ou maiores direitos de tonelagem, pharoes, garán otros ó mas altos derechos en razon
pilotagem, ancoradouro, quarentena e sal- de toneladas, faro, pilolaje, puerto, cuaren-
vação, em caso de avaria ou naufragio, ou tena y salvamento, en caso de avaria ó nau-
quaesquer outros encargos e direi tos de qual- frajio, ni otros impuestosó derechos, sea cual
quer natureza que sejam, que os que pagam fuere su naturaleza ó denominacion, que los
nos ditos portos os navios portuguezes da que pagan en dichos puertos los buques
mesma procedencia. neo-granadinos de la misma procedencia.
Art. 4.° Não se imporão outros nem maio- Art. 4.° No se impondrán otros ó mas al-
res direitos na importação em Nova Granada tos derechos á la importacion en Portugal y
de genero algum que seja producto natu- sus provincias ultramarinas de ningun gé-
ral ou de manufactura do reino e provincias nero, producto natural ó manufacturado de
ultramarinas de Portugal; nem outros ou la Nueva Granada; ni se impondrán otros ó
maiores direitos serão impostos na importa- mas altos derechos á la importacion en la
ção em o reino e provincias ultramarinas de Nueva Granada de ningun género, producto
Portugal de nenhum genero de producção natural ó manufacturado dei reino ó de las
natural ou da manufactura da Nova Grana- provincias ultramarinas de Portugal, sino
da, alem d'aquelles que pagam ou vierem a aquelles que pagan ó pagaren en adelante
pagar iguaes generos de producção natural iguales géneros, productos naturales ó ma-
ou âe manufactura de qualquer outro paiz nufacturados de cualquier otro país estran-
estrangeiro. jero. '
Nem se estabelecerão outros ou maiores No se estabelecerán otros ó mas altos de-
direitos, encargos ou alcavallas de qualquer rechos, impuestos ó gabelas de cualesquiera
natureza ou denominação que sejam, no tran- naturaleza ó denominacion que sean, en ei
sito por os rios, canaes e estradas da repu- trânsito por los rios, canales ó caminos dei
blica de Nova Granada, e do reino e provin- reino y provincias ultramarinas de Portugal
cias ultramarinas de Portugal, de qualquer y de la republica de la Nueva Granada, de
genero de producção natural ou de manufa- ningun género, producto natural ó manufa-
ctura dos dois estados respectivamente, alem cturado de los dos estados respectivamente,
d'aquelles que pagam ou vierem a pagar no sinó aquelles que pagan ó pagaren en ade-
28 de agosto 4865 517
mesmo caso iguaes generos de producção lante, en igual caso, los mismos géneros,
natural ou de manufactura da nação mais productos naturales ó manufacturados de la
favorecida. nacion mas favorecida.
Nem se estabelecerá prohibição alguma Ni se estabelecerá prohibicion alguna á Ia
na importação ou exportação de qualquer importacion ó exporiacion de ningun géne-
genero de producto natural ou de manufa- ro, producto natural ó manufacturado dei
ctura da republica de Nova Granada ou do reino y provincias ultramarinas de Portu-
reino e provincias ultramarinas de Portugal, gal, ó de la república de la Nueva Granada,
respectivamente, em algum d'elles, que do respectivamente en uno y otrò estado, que
mesmo modo se não estabeleça igualmente dei mismo modo no se establesca igualmente
para todas as outras nações estrangeiras. para las demas naciones estranjeras. -
Nem se estabelecerão outros ou maiores Ni se estabelecerán otros ó mas altos de-
direitos ou encargos em qualquer dos dois rechos ó impuestos en cualquiera de los dos
paizes sobre a exportação de quaesquer ge- países, para la esportacion de ninguna clase
neros para a republica de Nova Granada ou de géneros para ei reino de Portugal y sus
para o reino e provincias ultramarinas de provincias ultramarinas, ó para la república
Portugal respectivamente, alem dos que pa- de la Nova Granada respectivamente, sinó
gam pela exportação de iguaes generos para los que se pagan para la exportacion de igua-
outro paiz estrangeiro. les géneros para oiro país estranjero.
E fica entendido e convencionado que, seja Y queda entendido y convenido que sea
qual for o systema ou maneira de impor e qual fuere ei sistema ó la manera de impo-
perceber os direitos de importação e de ex- ner y percibir los derechos de importacion
portação em Nova Granada, e em Portugal y exportacion en Portugal y sus provincias
e suas provincias ultramarinas, não deverá ultramarinas, y en la Nueva Granada, no de-
ter o effeito de impor, nem poderá exigir-se, berá tener ei afecto de imponer, ni podrá
em um e outro paiz, direito differencial al- exijirse en uno ni otro país, ningun derecho
gum ou maior pela importação ou exporta- diferencial ó mas alto para la importacion ó
ção dos generos, productos naturaes ou de exportacion de los géneros, productos natu-
manufacturas dos dois estados, respectiva- rales ó manufacturados de los dos estados,
mente, do que aquelle que pagarem iguaes respectivamente, que los que pagan por la
generos, importados e exportados, de pro- importacion, iguales géneros, productos na-
ducção natural ou manufactura da nação turales ó manufacturados de la nacion mas
mais favorecida. favorecida.
Art. 5.° Pagar-se-hão os mesmos direitos, Art. 5.° Se pagarán los mismos derechos,
e serão concedidos os mesmos favores, de- y se concederán los mismos favores, des-
ducções e privilegios pela importação em cuentos y privilejios para la importacion en
Nova Granada de qualquer genero de pro- ei reino y provincias ultramarinas de Portu-
ducção natural ou manufactura de Portu- gal, de cualquier género, producto natural
gal e suas provincias ultramarinas, quer a ó manufacturado de la Nueva Granada, ya
dita importação seja feita em navios portu- sea que la importacion se haga en buques
guezes, quer em navios neo-granadinos; e neo-granadinos ó portugueses, y reciproca-
reciprocamente se pagarão os mesmos direi- mente, se pagarán los mismos derechos, y
tos, e serão concedidos os mesmos favores, se concederán los mismos favores, descuen-
deducções e privilegios pela importação em tos, y privilejios para la importacion en la
o reino e provincias ultramarinas de Portu- Nueva Granada de cualquier género, produ-
gal de qualquer genero de'producção natu- cto natural ó manufacturado de Portugal y
ral ou manufactura da republica de Nova sus provincias ultramarinas, ya sea "que la
Granada, quer a dita importação se faça em importacion se baga en buques portugueses
navios da dita republica ou em navios por- ó neo-granadinos.
tuguezes.
Art. 6.° Toda a sorte de mercadorias e Art. 6.° Toda a clase de-mercancias y
artigos de commercio que legalmente podem artículos de comercio que puedan ser legal-
ser exportados ou reexportados dos portos mente exportados ó reexportados de los
de uma das altas partes contratantes para puertos de una de las altas partes contra-
qualquer paiz estrangeiro em navios nacio- tantes para cualquier país estranjero en bu-
naes, poderão igualmente ser exportados ou ques nacionales, podrán igualmente ser ex-
reexportados dos ditos portos em os navios portados ó reexportados de los mismos puer-
da outra parte respectivamente, sem pagar tos en los buques de la otra parte, respecti-
outros ou maiores direitos, ou encargos de vamente, sin pagar otros ó mas altos dere-
qualquer modo ou denominação que sejam, chos ó impuestos, de cualquiera clas.e ó de-
518 1865 28 de agosto
do que se as ditas mereadorias ou artigos de nominacion que sean, que si las dichas mer-
commercio fossem exportados ou reexpor- cadorias ó artículos de cbmercio fuesen ex-
fados em navios nacionaes. portados ó reexportados en buques nacio-
naes. • -
Art. 7.° Os negociantes, capitães de na- Art. 7.° Los comerciàntes, capitariès de
vios e outros subditos e cidadãos dos dois buques y otros ciudadanós ó súbditos de los
estados; respectivamente, terão plena liber- dos países, respectivamente, tendrán plena
dade dè manejar por si, ou por intervenção libertad de manejar sus negocios, por si fnis-
jàe seus agentes, em todos os portos de um mos, ó por meio de sus agentes, en todos
p outro paiz aberto ao commercio estrangei- los puertos de uno y otro país, abiertos ai
ro, tanto com respeito às consignações e comercio estranjero, tanto con respectó á
vfendà por grosso e miúdo de seus effeitos las consignaciones y ventàs pof mayõr y me-
e mercadorias, como com respeito á carga, nor de sus efectos y mercadorias, como con
descarga e despachos de seus navios, e ou- respecto á la Carga, descarga "y despacho de
tros negocios, devendo em todos estes casos sus buques ó otros negocios, debiendo èn
ser tratados como os subditos ou cidadãos todos estos casos ser tratados comò ciudada-
dó paiz em que residem, ou pelo menos co- nos ó súbditos dei país en que residan, ó
mo o Sejam os subditos Ou cidadãos da na- considerados al menos bajo igual pié que
ção mais favorecida. los ciudadanós ó súbditos de la naúioíí mas
:
. favorecida.
~'M> Art. 8.° Os subditos e' cidadãos 'de uma Art. 8.° No podrán ser deténidos, em-
ód oíitrà clas altas partes contratantes, com bargados, ni ocupados para hinguna espedi-
suás embarcações, tripulações, mercadorias cion militar, ni para usôs públicos, ó parti-
: e effeitos commerciaes que lhes pertençam, culares, cualesquiera que sean; los ciúdada-
não poderão ser embargados, detidos, nem nos ó súbditos de una v btra de lás dos altas
occupados para nenhuma expedição militar, partes contratantes, ni Sus embarcaciones,
nem para o serviço publico ou particular, tripulaciones, mercadorias y efectos comer-
qúalquer que seja, sem se conceder aos in- ciales, sin conceder á los intêresados una
teressados uma justa e sufficiente indemni- justa y suficiente indemnisacion.
sação.
Art. 9." Fica expressamente entendido Art. 9." Queda expresaménte entendido
que nenhuma das estipulações conteúdas no que ningnna de las estipulâcionés conteni-
presente tratado será applicavel á navega- das en ei presente tratado, será aplicable á
ção e commercio costeiro ou de cabotagem, la navcgacion y comercio -costánert) ó de ca-
dé qualquer dos dois paizes, que cada uma botaje de cualquiera de los dos países, que
das altas partes contratantes se reserva. cada una de las altas partes contratantes ex-
clusivamente se reserva.
Os navios porém dos dois paizes poderão Sin embargo, los bdques de los dos paí-
desçárregar párte das suas mercadorias em ses podrán descargar parte de su cárgamento
" ú'm porto dos domínios de qualquer das al- en un puerto dei territorio de cualquiera de
tas partes contratantes, onde o commercio las altas partes contratantes abierto al co-
estrangeiro fer permittido, e d'ahi proseguir mercio estranjero, y seguir de allí con ei
com o resto da sua carga para qualquer ou- resto de su cargamento á otro ó otros puer-
tro, ou outros portos dos mesmos domínios, tos de dicho territorio, abierto tambièn al
onde da mesma fórma o commercio estran- comercio estranjero, sin pagar en tales casos
geiro seja permittido, sem em taes casos pa- otros ó mas altos derechos que los que pa-
gar maiores ou diversos direitos do que pa- garian los buques nacionales em semejantes
gàríám os navios nacionaes em similhantes circunstancias, y podrán tambien cargar de
circumstancias; e poderão tambem carregar la misma manera en diferentes puertos, en
do mesmo modo em differentes portos na un rriismo viaje, para otros países,
mesma viagem para outros paizes. Lqueda estipulado y entendido que serán
E 'fica estipulado e entendido que serão considerados y lenidos por búques neo-gra-
considerados e tidos por navios portuguezes nadinos ó portugueses, aquelles que estu-
e n'èo-graiiadinos, aquelles que forem mu- vieren previstos de patentes ó pnsaportes y
nidos de passaporte ou paténte, e documen- documentos necesarios, segun l;aS leys f or-
tos necessarios, na conformidade das leis e denanzas dei país á qué p e r t e n e t e n .
, ordenações do paiz a qué pertencerem.
Art. 1Õ.° Se uma dás altas partes contra- Art. 10.° Si alguna de las dos altas pár-
tantés vier a conceder a outra nação qual- tes contratantes llegar á otorgar á otra na-
quér- favor, privilegio ou isenção em com- cion algun favor, privilejio ó exeiicion con
Í8 de agosto 1865 519
Art. i3.° Desejando as altas partes con- Art. 13." Desejando las dos altas partes
tratantes evitar toda a desigualdade no que contratantes evitar toda desigualdad en lo
diz respeito a suas relações officiaes interna- relativo á sus relaciones oficiales internacio-
cionaes, convieram era conceder a seus en- nales, convienen en conceder á sus envia-
viados, ministros e agentes publicos os mes- dos, ministros y agentes públicos los mismos
mos favores, immunidades e isenções de que favores, inmunidades y exenciones que go-
gosam ou gosarem os das nações mais favo- zan ó gozaren los de las naciones mas favo-
recidas; e fica entendido e estipulado que recidas; y queda entendido y estipulado que
quaesquer favores, immunidades ou privile- cualesquiera favores, inmunidades ó privi-
gios que Portugal ou a Nova Granada lenha lejios que la Nueva Granada ó Portugal ten-
por conveniente outorgar aos enviados, mi- gan por conveniente otorgar á los enviados,
nistros e agentes diplomaticos de outras na- ministros y agentes diplomaticos de otras po-
ções, serão ipso facto extensivos aos de uma tencias, se harán, por ei mismo hecho, ex-
ou outra das partes contratantes. tensivas á los de una ó otra de las partes con-
tratantes.
Art. 14. 0 Cada uma das altas partes con- Art. 14.° Cada una de las altas partes con-
tratantes terá a liberdade de nomear consu- tratantes tendrá la libertad de nombrar con-
les, vice-consules e agentes consulares para sules, vice consules, y agentes consulares en
os portos da outra onde o commercio estran- los puertos de la otra, abiertos al commer-
geiro seja permittido, os quaes gosarão den- cio estranjero; los cuales disfrutarán dentro
tro dos seus respectivos districtos consula- de sus respectivos distritos consulares de to-
res de todos os poderes, direitos, immuni- dos los poderes, derechos, inmunidades y
dades e privilegios concedidos aos da nação prerogativas concedidas á los de la nacion
mais favorecida. mas favorecida.
Mas, para que os consules, vice-consules Pero para que los consules, vice consules
£ agentes consulares possam funccionar co- y agentes consulares puedan desempenhar
mo taes, deverão apresentar a sua nomeação sus funciones, deberán presentar su nombra-
ou patente em devida fórma ao governo do miento ó patente en debida forma al gobier-
paiz, a fim de obter o preciso exequatur; e no cerca dei cual estén acreditados, á fin de
concedido este, serão tidos e considerados obtener ei correspondiente exequatur; y
como taes, consules, vice-consules e agentes concedido este, serán reputados y conside-
consulares por todas as auctoridades, magis- rados como tales consules, vice consules, y
trados e habitantes do districto consular da agentes consulares, por todas las autorida-
sua residencia. des, magistrados y habitantes dei distrito
consular de su residencia.
Sem embargo, cada uma das partes con- Cada una de las partes contratantes se re-
tratantes se reserva o direito de exceptuar serva, sin embargo, ei derecho de exceptuar
aquelles portos ou logares, onde não se jul- aquellos puertos y lugares en donde no crea
gue conveniente a admissão e a residencia de conveniente la admision y residencia de ta-
taes funccionarios; fica entendido porém les funcionários; bien entendido que en tal
que n'esse caso a exclusão ou recusa de ad- caso la esclusion ó negalivà de admilir-los
mittidos, deverá ser commum ou geral para deberá ser comun ó general para todas las
todas as nações. naciones.
Art. 15.° Os referidos consules, vice-con- Art. 15.° Los referidos consules, vice con-
sules e agentes consulares, assim como seus sules y agentes consulares, asi como sus se-
secretarios, officiaes e pessoas empregadas cretarios, oficiales y personas agregadas al
nos consulados (não sendo essas pessoas sub- servido de los consulados (no siendo estas
ditos ou cidadãos do paiz da residencia do personas ciudadanós ó súbditos dei país en
consul) serão isentos de todo o serviço pu- donde ei consul reside), eslarán exentos de
blico e tambem de contribuição, pessoal ou todo servicio público, y tambien de contri-
de quaesquer outros impostos, exceptuando bucion personal, ó de cualesquiera otros im-
aquelles a que pelo exercicio do commercio puestos, exceptuando aquellos á que, alejer-
ficam sujeitos pelas leis e usos do paiz os in- cer ei comercio, están sujetos por las leye_s
dividuos particulares da sua nação nos mes- y usos dei pais, los individuos particulares
mos logares, relativamente a suas transac- de su nacion, relativamente á sus transacio-
ções commerciaes. nes mercantiles.
E aqui fica declarado, que no caso de of- Y queda aqui declarado que en caso de
fensa contra as leis, os ditos consules, vice- ofensa contra las leyes, dicho consul, vice
consules ou agentes consulares poderão ser consul ó agente consular, podrá ser castiga-
ou punidos conforme ao direito, ou manda- do conforme á derecho, ó mandado salir dei
28 de agosto 1865 521
dos sair, declarando o governo offendido ao país, manifestando ei gobierno ofendido al
outro as rasões do seu procedimento. otro las razones de su procedimiento.
Os archivos e papeis dos consulados serão Los archivos y papeies dei consulado se-
respeitados inviolavelmente e por nenhum rán inviolablemente respetados, y bajo nin-
pretexto poderá qualquer magistrado ou pes- gun pretesto podrá embargarlos, ó interve-
soa alguma embarga-los, ou de outro modo nir en manera alguna en ellos ningun ma-
intervir a respeito d'elles. gistrado ni otra persona cualquiera.
Art. 16.° Os consules, vice-consules e Art. 16.° Los consules, vice consules, y
agentes consulares terão a faculdade de re- agentes consulares tendrán la facultad de re-
querer o auxilio das auctoridades locaes para querir ei auxilio de las autoridades dei pais
a prisão, detenção e custodia dos desertores en que residan, para ei arresto, detencion y
dos navios de guerra e mercantes da sua na- custodia de los desertores de los buques de
ção. Para esse fim os ditos consules, vice- guerra y mercantes de su nacion, con este
consules e agentes consulares poderão diri- objeto, los dichos consules, vice consules y
gir-se ás auctoridades competentes e pedir agentes consulares podrán dirijirse á las au-
por escripto os ditos desertores, provando toridades competentes y pedir por escrito
pela exbibição da matricula dos marinheiros, los referidos desertores, exhibiendo ei rol
rol de equipagem ou por qualquer outro do- dei buque ó otros documentos públicos para
cumento publico, que taes individuos recla- probar con ellos que los hombres pedidos for-
mados pertencem á tripulação do navio de man parte de Ia tripulacion dei buque de
onde se allega terem desertado: e quando donde se alega que desertaron; y en cual-
por esta fórma fique comprovada a reclama- quier caso en que se pruebe por estos m é -
ção, não se recusará a entrega dos deserto- dios la reclamacion, no serehúsará la entre-
res. Os desertores, apenas presos, serão pos- ga de los desertores, que una vez arrestados
tos á disposição dos ditos consules e poderão se tendrán á disposicion de los dichos con-
ser detidos nas cadeias publicas a rogo e á sules, y podrán poner-se en las cárceles pú-
custa dos que os reclamarem, para haverem blicas á peticion y á costa de los que los re-
de sér restituídos aos navios a que perten- claman, para ser restituídos á los buques á
ciam-, ou mandados para o seu paiz, por um que pertenezcan, ó enviados á su país, en un
navio da sua nação, ou por qualquer outro. buque de su nacion, ó en cualquier otro.
Se porém não forem mandados para o seu Pero si esto envio no se verificare dentro
paiz dentro de dois mezes contados do dia de dos meses, contados desde ei dia de su
da prisão, serão postos em liberdade, e não arresto, serán puestos en libertad, y no vol-
tornarão a ser presos pela mesma causa. veran â ser arrestados por la misma causa.
Mas acontecendo que o desertor ou deser- Mas, se aconteciese que ei desertor ó de-
tores tenham commettido algum crime ou sertores hubiesen cometido algun crimen ó
oífensa contra as leis do paiz, será demo- ofensa contra Ias leys dei pais, se suspen-
rada a entrega até que o tribunal, a que o derá la entrega, basta que ei tribunal á quien
caso estiver aífecto, pronunciar a sentença, pertenezca ei conocimiento de la causa haya
e a sentença se execute. pronunciado sentencia, y esta se haya ejecu-
tado.
Art. 17.° Os subditos e cidadãos de cada Art. 17.° Los ciudadanos y súbditos de
uma das altas partes contratantes poderão cada una de Ias altas partes contratantes po-
dispor de seus bens moveis, que se acharem drán disponer de sus bienes muebles que se
dentro da jurisdicção da outra, por testamen- encontraren dentro de la jurisdicion d e la
to, doação ou por qualquer outro modo; e otra, por testamiento, donacion, ó de cual-
os seus representantes poderão succeder nos quier otro modo; y los que los representen
ditos bens particulares, por testamento ou podrán heredar los dichos bienes particula-
ab intestato, e poderão tomar posse d'elles, res, por testamiento ó ab intestato, podrán
por si ou por seus procuradores, e dispor li- tomar posesion de ellos por si ó por sus pro-
vremente dos mesmos, pagando sómente aos curadores, y disponer libremente de los mis-
respectivos governos o que os habitantes do mos, pagando tan solo á los respectivos go-
paiz em que os bens estiverem forem obri- biernos lo que los habitantes dei pais, en
gados a pagar em iguaes casos. que se encontraren los referidos bienes, es-
tuvieren obligados á pagar en iguales casos.
E se por morte de alguma pessoa, que Y si por muerte de alguna persona, que
possua bens de raiz dentro do territorio de posea bienes raices en ei territorio de una
uma das altas partes contratantes, esses bens de las altas partes contratantes, hubioren de
de raiz tiverem dè passar, conforme as leis pasar dichos bienes, conforme'á las leyes
do paiz, a um súbdito ou cidadão da outra dei país, á un ciudadano ó súbdito de la otra
130
1865 28 da agosto
parte, e a dita pessoa os não podér possuir parte, y este no pudiera poseerlos por.su ca-
por sua qualidade de estrangeiro, ser-lhe-ha lidad (le estranjero, se le dará ei tiempo se-
dado o tempo marcado peias leis do paiz, fialado en las leves dei país, ó si estas no
ou se estas o níjo tiverem marçadp, ser-lhe- lo hubieren determinado, se le.senalará un
ha dado o tempo rasoavel para vender ou de plazo racional para vender, ó disponer de
qualquer outro modo dispor dos ditos bens cualquier otro modo de dichos bieoes raices,
de raiz, e retirar ou exportar o seu produ- y sacar ó exportar su producto siq grava.-,;
cto sem gravame, e sem ter de pagar para men, y sin tener que pagar á los respectivos
os respectivos governos outro algum direi- gobiemos ningun otro derecho además de
to alem dos, que em iguaes casos são im- los que en iguales casos . sean/;irnp uestos á
postas aos habitantes do paiz onde os ditos los habitantes dei país en ; que estuvierensi-
bens de raiz forem situados. tuados los dichos bienes raices.
Art. 18." As altas partes contratantes se Art. 18.° Las altas partes contratantes se
obrigam a dar reciprocamente protecção aos obligan á dispensar reciprocamente su pro^
individuos, subditos ou cidadãos de cada teccion á las personas de los ciudadanós ó
uma d'ellas, de quaesquer profissões, que súbditos de cada una de ellas, de todas pro-
transitem ou residam*nos territorios sujei- fesiones, transeuntes ó habitantes ep los ter-
tos á jurisdicção de uma ou outra, permit- ritorios sujetos á ,1a jurisdjccion de. una ó;
tindo-lhes recorrer aos tribunaes de justiça, otra, dejando abierios y libres los tribunales,
que lhes estarão abertos e livres, para tra?. de justicia para sus recursos judiciaies, en
lar, de seus negocios judiciaes, da mesma los mismos términos usados y acpstuinbra-
fórma e como costumam faze-lo os subditos dos para los ciudadanós ó subdftqs. dei país,
ou cidadãos do paiz em conformidade com as y de conformidad con las leyes vijentes,
leis vigentes..
.Art. 19.° Convieram as altas partes con- Art. 19.° Las alias partes- contratantes
tratantes na mutua entrega de réus de pira- convienen en entregarse reciprocamente los,
teria, incêndio, furto ou roubo, falsificação reos de piratería, incêndio, hurto ó robQ,
de- moeda ou de documentos publicos, ve. falsificacion de moneda ó de documientos
nefiçio., rapto, estupro ou assassinato que públicos, envenenamientp, rapto, estupro ò
de uma nação se refugiarem na outra. asesinato que cie una nacion, ; se refujiareu
en la otra. ...,". ,
: Para a entrega entender-se-hão entre si osr Para tal devolucion se entendrán entre si,
juizes ou tribunaes por meio de requisitó- los juzgados ó tribunales, por medio de re-
rias, com especificação de prova ou indicio quisitórias, con especificacion de ia pyuçbi*
sufficiente que conforme as leis do paiz em ó principio de prueba que con arreglo á las
que secommetteu odelicto, seja bastantepara leves dei país en que se haya cometido, ei
justificar a prisão e começar causa crime; o delito, sea suficiente para justificar ei ar-
sendo necessário, recorrerá um governo ao resto y enjuiciamienlo, y en caso necesario
outro, -exigindo a extradicção do réu; fica ocurrirá ei un gobierno al otro, exijiendo la
entendido porém que nunca poderá impor- extraclicion dei reo; pêro- no podrá impo-
se a pena de morte a estes réus pelo crime nerse pena de muerte á tales reos por ei
ou crimes commettidos antes da entrega, delito ó delitos que hubieren cometido antes
sendo isto condição indispensavel para que de la exíradicion; y esta será copdícion íq-
se verifique a dita extradicção. dispensable para verificar la entrega. ,
As, despezas da prisão, detenção e entre- Los gastos de arresto, detencion y entre-
ga dos. réus reclamados em virtude d'este ga de los reos reclamados .en virtud de este
artigo ficam a cargo da parte que solicite a artículo serán de cargo de la parte que so-
extradicção. • : ^ licita la extradicion.
Quando seja reclamado um réu que tenha Cuando fuere reclamado un reo que ade-
de. ser julgado por outro dejicto commettido rnas deba ser juzgado en ei país en que se
no paiz ejii que se tiver refugiado, não se hubiere refugiado, no será. entregado hasta
fará entrega d'elle senão depois de julgado despues de juzgadoy sentenciado, y. de haber
& sentenciado, e, executada que seja a sen- sido ejecutada la sentencia,
tença. • Art. 20.° La republica de la Nupva Gra-
Art. 20.° O reino de Portugal e a repu- nada y ei reino de Portugal se comprometen
blica de Nova Granada se çompromettem a á mantener para siempre, prohibido ei tra-
continuar prohibido para sempre o trafico fico esterior de esclayos. • . .,
exteriQr de escravos.
Art. 21.° Sua Magestade Fidelíssima e a Art. 21.° La republica de Nueva Granada
republica de Nova Granada, desejando fazer y Su Majestad Fidelísima t)l de Portugal^
28 <ie. agosto 1865 523
tão duráveis, quanto seja possivel as relações deseando hacer tan duradera.s.como sea pos-,
que se estabelecem entre as duas partes em sible las relaciones que se estabeleceu entre
virtude do presente tratado, e que.nunca las dos partes por medio deí presente trala-
baja motivo para se fazerem guerra uma á do, y que jamás haya motivo, para que. los
outra, declaram solemnemente e estipulam dos estados se hagao la guerra,.déçlaj-ausor
o seguinte: lemnemente y estipulan lo siguienie : V
. 1.° Se um ou mais subditos ou cidadãos 1.°.Si .uno o mas ciudadanq$,.'à.sf^tjós
de pma das altas partes contratantes inffin- de una de ias. altas.parles coníratantes^.n-,
gir qualquer dos artigos d'esle tratado, se- frinjirse cualquiera de los artículos d e . e s f ô
rão os mesmos subditos ou cidadãos pes- tratado, serán ei ó el^çs pe.rsqnaífp.eijte
soalmente responsáveis por aquella -infrao responsables de la infraçoion, sin,.qú,e pojf.
ção, e a boa harmonia e correspondencia esto sean interrumpidaslas relaciones clç
entre as duas nações não serão por isso in- buena armonia, y la correspondência entre,
terrompidas, obrigando-se cada uma das di- las dos naciones, obligandose cada una de
tas partes a não proteger de nenhum modo dichas partes á no protejer ;de rnodp alguno
os offensores e a não sanccionar tal violação. á los ofensores, y á no.sançjppar ía viola-
• ••! .•. : • cion. • ^ >• ^ .
,2.9 Se (o que não é de esperar) infeliz- 2.° Si (lo que no es d.e esperarse) desg^a-
mentg.algum ou alguns dos artigos do pre-. ciadamente llegaren á ser de çuaíqujer mp-
sente'tratado vier a ser por qualquer modo do, violados ó infringidos. alg:ui)Q ó algupos
violados ou infringidos, nenhuma das duas de los artículos dei presente tratadçi, hin-'
partes contratantes poderá declarar guerra á guua de las dos partes contràlautftspod0,
outra, nem ordenar ou auctorisar nenhum declarar la guerra á la otra, rií disponer o,
acto de.represalia ou hostilidade, por aggra-, aulorisar actos de represália .ó hostilidad,
vos de injurias ou damnos. A parte que of- por.agravios provenientès djò; iiqqrja^ Arde
fendida se considerar, apresentará á outra danos. La parte que se considere ofendida
uma exposição das ditas injurias e damnos presentará á la otra una exposicion de dichas
provados por competentes documentos, e injurias ó danos, probada com documentos
pedirá justiça e satisfação. . competentes y pedirá justicia y satisfaccion.
3.° Se a parte requerida recusar fazer 3.° Se la parte requerida se negará á ha-
justjça á outra, ou dar-lhe a satisfação pedi- cer justicia á la .otra, ó á darle ,la;Sç\tisfec-
da, ; ambas, .submetterão a qqestão ao juizo cion pedida, ambas someterán ja çu^stíon «
de um governo amigo de urna e outra, e se al juicio de un gobiernp amigo desuna y
conformarão com a decisão que elle d e r ; otra, y se. cqnformarán çon la. decisioq que
este pronuncie. . ' .. ".'•",.'",
.; Em todos os casos de controvérsia que 4.° En todos los casos de controvérsia en
as altas partes contratantes não possam con- que no p'uedan avenirse las dos alias partes
ciliar por via diplomatica, recorrerão á de- contratantes por medio de ía.s vias dipjoma-
cis^p. dé"um arbitro para ajustar pacifica e ticas, ocuri iráná decision de un arbitro para,'
definitivamente as suas desavenças. arreglar pacifica y definitivamente çus d|fe J
rencias. , ', .' V'
Art. 22,° O presente tratado .durará e es- Art. 22.° EI presente tratado, (Jurará
tara em plena força e vigor por espaço de fendrá fuerza y vigor por ,ei, téròijin^ tíe
seis annos, contados do dia da trqca das ra- seis anos, contados desde ei dia én'.quq jãs
tificações, e por um.anno mais depois que ralificaciones sean canjòadas, y por uri.anoi
uma das partes contratantes tiver intimado mas depues de que una dè Ias partes notifi-
á outra a. sua intenção de terminar o mesr que á la otra su intencion de haçerlQ termi-
m o ; reservando-se cada uma das partes con- nar. Cada una'.de las partes contratantes ,se
tratantes o direito de fazer essa intimação reserva ei derecho de hacer táí notifica cion
em qualquer tempo depois de ter expirado en cualquier tiempo despues de la espira-
o referido termo de seis annos; e do mesmo cion dei referido término de seis anos; y dei
modo fica ajustado entre ellas, que um anuo mismo modo queda convenido que un ano
depois de ser recebida por uma d'ellas ; da despues de que por una depilas se reqiba la
outra parte:,ajdita intimação» este tratado notiflpacion de ]a: otra, jàs, estipqifi.çion^.de
cessará, esuas estipulações terminarão intei- este tratado pe^árán còmpl^tampn^te^/cqn^á
rapiçníe,, com a excepção, porém da do arti- excepcpi.dei artículo. ,'guia.a^cÍQ^s
go 1 q u e é perpetuo. perpetua.; ! " . V ,'j'.' . ,.
O presente tratado será ratificado por Sua . EI presente, tratadó. ser.á r ^ t l ^ ^ d ^ pòr, éí
Magestade Fidelissima e o m a approvação pòder ejecutivq deJa républi^a dp ^ W,evá
(ias. Qôjr^s, e pelo poder executivo (la repu- Çranada, previa lá apirb^âqiop^del çcgagçésqi
524 1865 28 de agosto
blica de Nova Granada com previa approva- y por Su Majestad Fidelisima ei Rey de Por-
ção do congresso; e as ratificações serão tugal, con aprobacion de las cortes; y las
trocadas em uma das capitaes da Europa, ratificaciones serán canjeadas en alguna de
em Washington, ou em Bogotá, no praso de Ias capitales de Europa, en Bogotá ó en Was-
dois annos contados da data da assignatura, hington dentro de dos anos contados desde
ou antes, se for possivel. ei dia de la firma, ó antes, si fuere posible.
Em testemunho do que, os plenipotenciá- En testimonio de lo cual los plenipoten-
rios o assignaram e sellaram com os seus si- ciários lo firmaron y sellaron con sus respe-
netes respectivos. ctivos sellos.
Feito na cidade de Washington, aos 9 dias Hecho en la ciudad de Washington, á los
do mez de abril do anno de 1 8 5 7 . = ( L . S.) 9 dias dei mes de abril dei ano de 1857. =
3. C. de Figanière e Morão=P. A. Her- (L. S.) P. A. Herran=J. C. de Figanière
ran. e Morão.
E sendo-me presente o mesmo tratado, cujo teor fica acima inserido, e bem visto, con-
siderado e examinado por mim tudo o que n'elle se contém, e tendo sido approvado pelas
côrtes, e ouvido o conselho d'estado, o ratifico e confirmo, assim no todo como em cada
uma das suas clausulas e estipulações, e pela presente o dou por firme e valido para ha-
ver de produzir o seu devido effeito, promettendo observa-lo e cumpri-lo inviolavelmente,
e faze-lo cumprir e observar por qualquer modo que possa ser. Em testemunho e firmeza
do sobredito fiz passar a presente carta, por mim assignada, passada com o sêllo grande
. das minhas armas, e referendada pelo meu ministro e secretario d'estado abaixo assi-
gnado.
Dada no palacio da Ajuda, aos 28 dias do mez de agosto do anno do nascimento de Nosso
Senhor Jesus Christo de 1862.=EL-REI, com rubrica e guarda.—Marquez de Loulé.
NOTAS REVERSAES
bahia das Agulhas, ou no porto onde estiver la premiera en la Bahia de las Agujas, ó en
estabelecida a alfandega; na segunda, no ei puerto en donde estuviere estabelecida la
porto da cidade; em Angola e Benguella, aduana; en la segunda, en ei puerto de la ciu-
nos portos de Loanda, Benguella e Ambriz; dad. En Angola y Benguela, en los puertos
na Costa Oriental de Africa, nos portos de de Loanda, Benguela y Ambriz. En la costa
Moçambique, Ibo, Quilimane, fnhambane e oriental de Africa, en ios puertos de Mozam-
Lourenço Marques; na India Oriental, nos bique, Ibo, Quelimane, Inambane y Lorenzo
poctos de Goa, Damão e Diu, Archipelago Marques. En la India Oriental,-en los puertos
de Solor e Timor, no porto de Dilly; e os de Goa, Damão y Dio, Archipelago de Solor
generos seguintes só podem ser importados y Timor, en ei puerto de Dilly: y que los ar-
nas referidas possessões, sendo de produc- tículos siguientes son de prohibidaMmporta-
ção portugueza e levados em navios portu- cion en las referidas posesiones, excepto
guezes: polvora, sal, rapé e todas as quali- cuando son de produccion portuguesa y lle-
dades de tabaco em pó, zuartes e chitas vadas en buques portugueses: polvora, s»l,
azues, aguardente de vinho e vinho. Poden- rapé-y toda a clase de tabaco en polvo, zara-
do admittir-se vinhos estrangeiros em cai- zas y telas azules de algodon (chitas y zuar-
xas ou ototros volumes que não contenham tes), aguardiente de uva y vino. Que los vi-
menos de vinte e quatro garrafas de meia nos estranjeros pueden admitirse en cajas ó
canada (medida de Lisboa) ou quarenta e otros envases que DO contengan ménos de
oito-de quartilho; emquanto ás peças de ar- veinte y cuatro garrafas de media canada
tilheria, projectis e mixtos incendiários são (medida de Lisboa), ó cuarenta y ocho de
geralmente prohibidos. cuartillo, y que las piezas de artilleria, pro-
jectiles y mistos incendiários son geiieral-
mente prohibidos.
E liça do mesmo modo mutua e clara- Y dei mismo modo queda mútua y clara-
mente entendido, que quando o reino de mente entendido que si de parte de Portu-
Portugal venha em qualquer tempo a con- gal se hiciese en cualquier tiempo en favor
ceder a alguma nação favor mais amplo em de otra nacion cualquiera alguna ampliacion
commercio e navegação nas suas provincias en ei comercio y navegacion de sus provin-
ultramarinas, a republica de Nova Granada cias ultramarinas, la republica de lá Nueva
gosará do mesmo favor sob as mesmas con- Granada gozará igualmente de ella en los
dições. mismos términos,
O abaixo assignado aproveita esta occa- Renueva ei infrascrito á s. e. ei senor con-
sião para renovar ao ex. m0 sr. general Her- sejero de Figanière y Morão los sentimentos
ran os protesto da sua mui distincta consi- de aprecio y consideracion con que tiene ei
deração e estima. honor de ser su muy atento, obediente ser-
Legação de Sua Magestade Fidelíssima vidor. —P. A. Herran.=k s. e. ei sr. con-
nos Estados Unidos da America. Washin- sejero de Figanière y Morão, plenipotenciá-
gtos, a 9 de abril de 1857.=Joaquim Cesar rio de S. M. F.
de Figanière e Morão.=Ao ex. mo sr. gene-
ral Pedro Alcantara Harran, plenipotenciá-
rio da republica de Nova Granada.
PROTOCOLO PR0T0C0L0
A M O DE 1865'
M I N I S T E R I O D O S N E G O C I O S DO R E I N O .
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
•' ' . » l n : i • 3." R E P A R T I Ç Ã O - I . " SECÇÃO • • « :tt-:>
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil de Aveih) re-
metté dois relatorios ê duas consultas da junta geral do districto relativas abanno proiifnd'
passado, sendo parte d'estes documentos para o ministerio do reino e outra párte pcirá o
ministerio dás obras publicas, pòr versarem sobre assumptos da competencia d'este mi-
nisterio; e - '!
Sua Magestade, ordenando que se accuse ao supradito magistrado a recepção db : seu
officio e dos papeis que com este vieram, quer que se declare ao governador civil que o
artigo 218.° do codigo administrativo manda que ajunta geral faça annualmente um só re-
latorio e uma só consultarem que exponha ao governo, que é um só e não tantos quantos
áaòfíá miiitèteriós, o qué fíòhver deliberado e quaes são as nèceséidWás'éfàVthôfáá/éfttos
a que haja de atttender-se, ; é qiíaès ós meios de os conseguir; quenò&terffiostfá léii devêra
a1 junta ter feito uma' èó consulta; em que tratasse dos assumptos da competencia dõ íiíi- :
nife'tèrèrió do reino e dos de qualquer outro, poisque as consultas daà juntaè geraes; Sèridõ'*
impressas e distribuídas ás estações publicas, ahi encontra cada uma d'elíás a parte qu'e
;
lhe diz respeito. ' '
E para que assim se observe para o futuro fará o governador civil ém tèínpo Oppor-;
tunò as convenientes communicações ajunta geral. -
Paço, ém 12 dè janéiro de 186%.—Duque de Loulé.
votados, como para casos analogos estabelece o artigo 90.° do mencionado decreto, ex-
cluindo a nomeação á sorte, como o governador civil propõe, porque se não pratica em ca-
sos similhantes.
Paço da Ajuda, em 18 de janeiro do 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.
Condições com as quaes é feita a João da Cruz Chaves a concessão de 2:000 hectares
de terrenos baldios em Capangombe, provincia de Angola, a qne se refere
o decreto d'esta data
l . a Que os terrenos de que trata esta concessão poderão ser dados em um ou mais
pontos do dito sitio de Capangombe, ficando o concessionario sujeito ás disposições dos
artigos 3.° e 4.° do decreto de 4 de dezembro de 1861, confirmado pela carta de lej de
7 de abril de 1863, relativas ao effectivo aproveitamento dos mesmos terrenos. '' ' \
• ; 2.'?! Que o fôró qúe deve pagar pelos terrenos concedidos será de 10 réis ^br beçtare,
:
estabelecido no títado decreto de 4 de dezembro de 1861. ' ; '' ' ' ' ' '!
"3.- Que é permittida ao concessionario a importação livre de direitos, por dez annos,;
sob a fiscalisação da auctoridade competente, de iodos os materiaes, máchinas ! e utènsfc
lios destinados para a cultura dos ditos'terrenos, bem como para á cÕnsirtíc^ãp^dpsMi;
ficios e officinas e para o transporte dos generos da sua producção, limitandq-se'$elo, qiíe
respeita a quaesquer embarcações de véla ou movidas a vapor, ás que fqrém empFègadás'
na navegação de cabotagem ou rios rios da provincia. ' '"'.. "
4.®' Que é concedida a isenção de direitos por todo o algodão que exportar o conces-
sionario durante o praso estabelecido no artigo 1.° de outro decreto com força de' léi de
4 de dèzembro de 1861, e nos termos do mesmo artigo. • i
': Que é permittido ao concessionario ter armamento para a defeza dosterrenòs.cpn-'
cedidos ou dos seus estabelecimentos agricolas, devendo ser determinado pólo governa-
dor geíal'da provincia em conselho o numero assim como a qualidade dos 'efitds ártna-'
mentos, na conformidade do artigo 20.° da lei de 21 de agosto de 1856:
6.® O concessionario deverá solicitar dentro do praso de um anno1 a demarcação e me-
dição dos terrenos, tomar d'elles posse e dar começo á sua cultura, para òs fins designa-
dos no artigo 4.° do citado decreto de 4 de dezembro de 1861.
'' 7' Que se porventura para se fundar alguma povoação ou para quaesquer obras dè
utilidade publica, como igrejas, hospitaes, alfandegas, caes, fortes, quarteis, étci, fot-mis-'
ter expropriar alguma ou algumas porções dos terrenos concedidos o'concessiona rio, haò'
podeTá exigir indemnisação alguma pelos mesmos terrenos que forem expropriadòs; ma^s.
só lhe será diminuído proporcionalmente o fòro e pago o valor das bemfeitori^s qué ri'çjles'
tiver feito.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 24 de janeiro de 1 8 6 5 . =
João Chrysostomo de Abreu e Sousa. D. DE L . n.° H6, DE 23 DE MAIO.
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil de Vi-
zeu dá as rasões por que não remetteu ao tribunal de contas a relação das corporações que
perante este as deviam prestar com relação ans annos de 1860 a 1864: manda Sua Ma-
gestade declarar ao governador civil que, podendo variar e variando de facto de umanno
para outro o rendimento d'essas corporações, e sendo este o regulador da competencia do
tribunal, é manifesta a necessidade de que as relações de que trata o artigo 45.° do de-
creto de 19 de agosto de 1859 sejam annualmente enviadas ao tribunal, que não póde at-
ter-se em assumptos de jurisdicção a documentos officiaes que não digam respeitoso anpo
economico a que as contas pertencem.
Assim ficará entendendo o governador civil, que demais d'isso deverá remetter, sem
demora ao tribunal as relações que ali faltam respectivas aos annos de 1860 a 1864.
Paço, em 30 de janeiro de iÍfà5.=Duque de Loulé.
Manda Sua Magestade El-Rei declarar ao secretario geral servindo de governador ci-
!
tí1 (levantarem,; ém resposta ao officio em que elle consulta o góvernó sobré se ós efopre-
i
532 1865 7 de fevereiro
gados na fiscalisação do tabaco são obrigados a pagar passagem nas barcas do estado, ou
nas das camaras municipaes, poisque a lei de 29 de maio de 1843 sómente isenta d'esse
pagamento os militares e os correios; que os empregados daquella fiscalisação foram con-
siderados como empregados das alfandegas pelos artigos 69. 0 e 70.° do decreto de 22 de
dezembro de 1864; e que pelo decreto de 7 de dezembro do mesmo anno são os empre-
gados das alfandegas dispensados do pagamento,de portagem nos barcos das camaras ou
do estado quando transitam em serviço, d'onde se conclue que não póde exigir-se aos
empregados na fiscalisação do tabaco os direitos de passagem a que o governador civil
allude.
Paço, em 3 de fevereiro de 18G5.—Duque de Loulé.
2.1 REPARTIÇÃO
Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representou Mathilde Rosa de Freitas
Lima, pedindo que se não invalide a decisão da junta revisora da capital, que julgou seu
filho Carlos Frederico de Freitas Lima inhabil para o serviço militar, para que fôra re-
censeado no anno de 1861 pelo bairro de Alfama, e que na conformidade da mesma deci-
são se mande eliminar o nome do dito seu filho do recenseamento do bairro de Alcantara,
em que tambem foi inscripto no anno de 1860; e *
Considerando que o acto de sujeitar o mancebo, de que se trata, a uma nova inspecção
seria contrario â expressa disposição do artigo 6.° da lei de 4 de junho de 1859, segundo
o qual compete ás juntas revisoras apreciar e julgar em primeira e ultima instancia iodas
as causas de exclusão por falta de altura e de robustez:
Houve por bem resolver que o nome do dito m a n c e k f s e j a eliminado do recensea-
mento do bairro de Alfama, onde foi indevidamente inscripto, e que, julgando-se valida
para todos os seus effeitos a resolução do referido tribunal, se ponham as notas necessa-
rias no recenseamento do baiifo de Alcantara, a fim de que o íilho da supplicante fique
escuso da obrigação do serviço militar.
O que se participa ao governador civil de Lisboa, para sua intelligencia e como resposta
ã sua informação de 30 de janeiro ultimo n.° 46.
Paço, em 7 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.
sado um documento que occultava a circumstancia mais essencial, qual era a de declarar
1
que o individuo a quem o mesmo documento se refere, se não formava parte do contin-
gente distribuido ao concelho de Agueda, nem por isso se podia julgar isento do serviço
na qualidade de supplente; ficando o governador civil na intelligencia.de que n'esta data
se insta com o .ministerio da justiça para não conceder mais licenças aos ordinandos para
tomarem ordens sacras sem previa informação dos governadores civis.
Paçç, em 7 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.
Que em 1860 a junta deliberou supprimir a roda da Feira, ficando uma só em Aveiro
para todo'o districto, e essa mesma foi emfim extincta lambem em 186.1, por deliberação
da mesma junta, que substituiu a roda por um denominado hospicio OU asylo, cujo pes-
soal é de uma directora e de duas amas de leite;
' 1 Que esta mudança na organisação d'este serviço consistiu apenas na troca de nome, ê
na extincção da roda; poisque as exposições continuaram a ser feitas do mesmo modo,.á
porta do edificio e nas proximidades, não resultando da deliberação da junta outro efeito
mais do que aggravar para os infelizes expostos os riscos da exposição; '
Que na sessão ordinaria de outubro de 1864 alterara ainda a junta as suas anteriores
deliberações, supprimindo por ultimo, a contar de 31 de dezembro, o asylo dos expostos,
e estabelecendo que as creanças encontradas abandonadas ou expostas fossem pelos ad-
ministradores dos concelhos ou pelos presidentes das camaras entregues directamente ás
amas, que com antecedencia se tivessem matriculado para tomar a seu cargo a creação dos
expostos;
Que considerava esta deliberação illegal, exorbitante e inconveniente: illegal porque, o
systema' das rodas, achando-se estabelecido pelas leis, não póde deixar de existir,, em-
quanto t ã o for competentemente alterada a legislação sobre este assumpto; exorbitante
porque' na'faculdade concedida ás juntas geraes de designar os locaes das rodas nãó se
comprehende a de as extinguir inteiramente* antes esta faculdade é pela disposição, da .lei.
manifestamente excluída; inconveniente porque o logar e hora da exposição, a falta de
áiíiás, ã ausencia d'ellas, ainda quando as haja matriculadas, a superveniente suppressap
do leite, e inil outras circumstancias, podem impedir que por muito tempo se preste ás
infelizes creanças expostas o alimento, agasalho e cuidados de que tanto carecem, au-
gmentando-se assim as causas da mortalidade, já tão grande «'esta classe.
!
Expõe mais o governador civil que a experiencia tem confirmado as apreciações, quç
èilé faz-do plano da junta geral, e mostrado a impossibilidade de se executar; poisque a
falta de amas é tal, que os expostos estão muitas vezes no asylo por quinze dias e mais,
sem se encontrarem amas que os tomem, havendo até concelhos no districto em que nem
ttftia só ama se apresentou á matricula; que a necessidade de conservar o asylo parece a
elle indeclinável; mas que este se acha mal situado e desprovido das cousas as mais indis-
pensáveis; porque a junta se ncgára a auctorisar a despeza de 60$000 réis que lhe fôra
pedida para roupas, berços, etc.;
-' :: Qúé'finalmente a junta somente derramára pelos concelhos, para. pagaijaento das des-
pezas dos expostos, 4:300$000 réis, contando com o pagamento integral da quantia de réis
1:991$000 que as camaras do districto deviam ao cofre d'elle, e bem ássim com o paga-
mento das prestações annuaes na importancia de 245$000 réis que têem de satisfazer as
camaras da Anadia e da Mealhada, por effeito da moratoria que a junta iIlegalmente lhes
Concedeu; mas que este systema de equilibrar.a receita com a despeza é vicioso; porque
as dividas das camaras, apesar de toda a diligencia que se empregué, não são cobradas na
suá totalidade dentro do anno economico, o que a junta não ignorava, porque entre os seus
vogaes ha alguns presidentes de camaras, e porque as contas e documento?' que 1 foram
apresentados á mesma junta lhe demonstravam isto por um modo evidente;' '
• Que a administração dos expostos no districto não justificava esta severidade da junta,
poisque os documentos mostravam que a despeza que era em 1852 de mais de 8:ÕOO$OOÓ
réis, se achava reduzida á de 4:800$000 réis, e p numero de expostos que n'aquelle anno
subira a 831, no de 1864 fôra de 423; . . ' " ' .
- Que a falta de meios para o pagamento das despezas com os expostos nos ultimos me-
zes do anno economico podia e devia trazer sérios embaraços para o governador civil, pelo
!
que pedia elle providencias promptas sobre este melindroso assumpto, prevenindo o go-
verno de que não dava execução á deliberação da junta que supprimíra o asylo, Sem or-
dens superiores.
E Sua Magestade El-Rei, tomando na devida consideração as judiciosas observações do
governador civil; e
Attendendo a que, se compete ás juntas geraes, pelo artigo 2.° do decreto de 19 de se-
tembro de 1836, determinar o numer-Q e local das rodas que devem existir no districto,
supprimindo, creando ou transferindo-as como lhe parecer conveniente, não se compre-
hende n'esta faculdade a de extinguir completamente as mesmas rodas; poisque uma simi-
'lb>ante' intelligencia dada.áquelle artigo ficaria em manifesta discordância com, as outras
-prescripções do mesmo decreto, e especialmente com as do artigo 7,°, cujo fira é tornar
uniforme em todos os districtos a administração dos expostos pelo modo,antes prescripto;
40 de fevereiro 1865 535
Attendendo a. que no artigo 216.°, n.° 8.° do codigo administrativo, se dá ás juntas ,o di-
r e i t o sómente de designar os logares em que as rodas têem de ser estabelecidas, disposi-
ção concebida_em termos taes, que exclue a faculdade que a junta geral do districto de.
Aveiro se arrogou, e tira toda a duvida, se a póde haver, quanto á intelligencia qqe deve
dar^se á legislação anterior;, ^ ... .>.
Attendendo a que, o artigo 345.° do codigo penal, punindo a exposição< e abandono dos
menqres de sete annos, em qualquer logar que não seja o estabelecimento publiç,o, desti-
rmÍQ.á recepção dos expostos, mantem -solemnemente. a instituição das rpdjfê; , . . r , | f ,
Attendendo a que a ifaculdade de publicar instrucções e regulamentos p a r a . a s ^ e p u n
ção das leis, concedida ao governo pelo artigo 74.°, § 12.° da-carta cpnstitucioqal, inão
póde ser exercida por alguma auctoridade ou corporação sem expressa disposição de lei,
e não a ha, dando ás juntas geraes o direito de fazer regulamentos sobre expostos, ou so-
bre qualquer outro assumpto de inter-esse para o districto;
Attendendo a que é nulla, por contraria ás leis, a resolução da junta geral de Aveiro,
qçe, supprimiu inteiramente no districto os estabelecimentos destinados a receber os.ex-
p.pstos, substituindo as rodas por um systema impraticável e de perigpsas epnseijuenejas
para a classe dos expostos, como um triste e recente exemplo mostrou.já;, . <i(i . f„
. . , Attendendo a que as deliberações tomadas pelas corporações adjmioi.strativas fqça.dps
licites das suas attribuições legaes não devem, nem podem ser executadas pejas auctori-
dades delegadas do governo, ao qual incumbe a fiel execução das leis, antes devem ser
declaradas nullas e sem effeito, nos termos do artigo 229.°, n.° 19." dò codigo adpainis-
tratiyo; , -:
.Attendendo a que ao governador civil, em conselho de districto, compete exeícéf as
funcções da junta geral, quando esta não vota os meios precisos para as despezas do dis-,
trjc^Oj ou os vota insulficientes, como já fõi declarado nas portarias de 2 «le junho d^.l852|i
18.de outubro de 1860 e 8 de maio de 1863;: , . ;r*. "
, .,ji.'ttendendo,,finalmente, a que é urgente prover por meio de providenciasígã§quadas,
á ^ i n e n t a ç ã o e conservação dos expostos, e emendar^ nos. termos, das.lei?, q?.ac,to§ da
jurjíá geral de Aveiro menos conformes com ellas: , . ,.",-: , ,
fja por bem, concordando com o parecer do conselheiro ajudante do.,prqçurajdpfgerak
da cqçôa, junto do ministerio do reino, resolver; .. •
". i . ° Que o governador civil, em conselho de districto, deçíare nulla a çlplifyera,Cábrea
junta geral que supprimiu inteiramente as rodas no districto, e restabeleçais que, lhe
parecerem absolutamente indispensaveis: V1 • . .
Que com a mesma formalidade, derrame pelos concelhos as ,qimtia§ qu<j.fpr.em,
precisas pára ser-,paga a despeza do serviço dos expostos, , e para cobrir..o, àefiçit/qyg ,re-
sjjltar ou da falta de pagamento integral das dividas das camaras com, que a j p n t a çpntou,.
ou da compra de roupas e moveis qne forem necessarios para as casas das rodas; .'„ '..,
3.° Que. d'estas providencias dê o governador civil conhecimento, á junta geral,,.que
em harmonia com ellas deverá propor ao governo, e submetter à sua approvação os regu-
lamentos dos expostos do districto.
Paço, em 10 de fevereiro de 186%. = Duque de Loulé.
• V .!•:..:- • 2. A REPARTIÇÃO ;
!I ;!•.'< '•: .
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o conselheiro enfermeiro mór,
remettendo um requerimento do medico extraordinario do hospital de S. José, Duarte Au-
gusto de Abranches Bisarro, que pede quatro mezes de licença para visitar algumas das
principaes cidades da Europa, sem prejuizo da sua antiguidade, informa ácerca d'este as-
sumpto, e indica as disposições regulamentares que lhe parecem a elle enfermeiro mór
applicaveis ao supplicante e aos seus collegas nomeados para logares idênticos por decreto
de 15 de .março de 1864.
E porque do officio do enfermeiro mór se deprehende que no hospital se considera
como principio regulador da antiguidade dos facultativos extraordinarios a ordem p o r q u e
foram propostos, ou aquella por que os nomes dos nomeados foram escriptos no decreto
de nomeação, quando são outras as regras n'este assumpto: manda Sua Magestade decla-
rar ao enfermeiro mór que já em portaria de 21 de novembro de 1856 se disse que a an-
tiguidade dos facultativos se determinava pela data da posse,- quando para mais de um a
posse era do mesmo dia, pela data da carta do provimento; se as cartas eram da mesma
data, pela prioridade do grau academico ou do acto complementar da habilitação scienti-
fica; e em igualdade de todas estas circumstancias pela maior idade, e que por estes prin-
cipios tem de regular-se a antiguidade dos facultativos nomeados por decreto de 15 de
março de 1864, e não pela ordem da collocação dos nomes nas propostas ou nos decretos,
que é circumstancia indifferente.
Quanto á licença que o medico Bisarro pede não haverá duvida em conceder-lh'a, mas
sem á clausula da reserva da antiguidade, porque contando-se esta segundo os regulamen-
tos vigentes pelo serviço feito, seria manifestamente injusto conservar a antiguidade a quem
não satisfez ás condições de que ella depende, e em detrimento de outros que prestaram
o serviço, cuja unica recompensa ella é.
Assim o fará pois o enfermeiro mór constar ao requerente para seu governo.
Paço, em 17 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.
gos civis, é manifesto que devia o governador civil lé-la cumprido, tal qual está, sem fa-
zer-lhe restricções e limitações, que nem a sua letra nem o seu espirito comportam;
Que deve portanto dar sem demora execução á lei intimando o administrador de Borba,
e quaesquer outros que estiverem nas mesmas circumstancias, para que dentro de um curto
praso de tempo se encartem regularmente, e applicar aos que não satisfizerem á intimação •
a pena do artigo 8.° da mesma lei.
O que se participa ao governador civil de Evora para sua intelligencia e para q a e lhe
fique servindo de regra. N
Paço, em 22 de fevereiro.de 1 8 6 D u q u e de Loulé.
2.* REPARTIÇÃO
Manda Sua Magestade El-Rei participar ao governador civil de Lisboa, que pèlo exame
da representação de Francisco Joaquim Peres sobre irregularidades commettidas na elei-
ção da commissão recenseadora do concelho de Setubal, e pelos documentos e informa-
ções q u e a acompanham se mostra o seguinte:.
1.° Que concorreram áquelle acto no dia 14 de janeiro ultimo trinta e dois dos quarenta
maiores contribuintes, e não trinta e um somente, como atíirma o dito Peres, por não con-
tar n'esse numero o administrador substituto, que todavia estava recenseado como tal;
2.° Que d'aquelles eleitores saíra um sem ter votado por ter sido objecto de questão se
o podia ou não fazer validamente sendo surdo até ao ponto de não poder entender o que
se passava na assembléa, e alem d'isso por não saber ler nem escrever;
3.° Que o administrador substituto tomou parte na votação fazendo vencimento a fa-
vor da parcialidade que rejeitava a proposta do presidente;
4.° Que este não usára de voto de qualidade, como queria o supplicante apoiado por
outros eleitores;
5.° Que ficaram fazendo parte da commissão quatro cidadãos inelegíveis para os car-
gos municipaes.
Em vista do que o mesmo augusto senhor:
Considerando que, comquanto o cidadão que não votou tivesse direito de o fazer por es-
tar recenseado como um dos quarenta maiores contribuintes é certo que nas respostas que
deu ao presidente quando este lhe pedia o voto se expressou em termos taes, que era im-
possível apurar o sentido em que votava, dando provas inequívocas de uma rudeza muito
proxima da imbecilidade;
Considerando que a circumstancia de ser um dos quarenta maiores contribuintes admi-
nistrador substituto não o impedia devotar na eleição da commissão recenseadora, porque
este acto é para os cidadãos comprehendidos daquella classe, alem de um importante di-
reito, um dever indeclinável;
Considerando que supposto fosse mais regular que o administrador substituto se absti-
vesse de accumular as funcções d'estecargo comas de eleitor da commissão recenseadora,
fazendo-se substituir quanto ás primeiras pela fórma estabelecida na lei, já que o não po-
dia fazer quanto ás segundas, é comtudo manifesto que na falta de disposição legal prohi-
bitiva da dita accumulação não póde esta ser havida como rasão que invalide o acto de que
se trata;
Considerando que ao presidente da assembléa dos quarenta maiores contribuintes não
lâi
538 1865 3 de màrçó
cabe Voto, de qualidade, porque a lei lb'o não confere, nem ainda o voto simples quando
não é,d'áqueiíe numero como na hypothese presente, conforme já foi declarado nas porta-
rias de 18 de janeiro de 1864 e 18 do corrente mez;
' Considerando que todos os cidadãos eleitos para a commissão estavam èffeciivamente
recenseados como elegíveis para os cargos municipaes, exceptuando somente'^cidadão
José Joaquim Leite, e não era n'aquelle acto que se podia rectificar qualqueVirregulari-
dade dò recenseamento;
Considérando que o mencionado cidadão que foi eleito substituto ainda naô funccio-
nou, nem deverá ser chamado a funccionar na commissão, segundo o que foi já determi-
nado em portaria de 11 do corrente expedida ao governador civil de Lisboa sobre este
mesmo objecto: ba Sua Magestade por bem, conformando-se com o parecer do conselheiro
ajudante do procurador geral da corôa junto d'este ministerio, mandar, pela secretaria de
estaclo dos .negocios do reino declarar ao mesmo governador civil, em resposta ao seu offi-
cio de i 5 dó presente mez, que em deferimento da representação de que se tràtarião ha
mais qué providenciar. .
Páçp da ÁjUda, em 24 de fevereiro de l8Q5.=Daque de Loulé.
Nem basta dizer que a contribuição directa é odiosa á população, para com esta ásser-
ção gratuita sustentar um systema tributário, cujo menor defeito é qiíasi que isentar dos
encargos municipaes os habitantes mais abastados do concelho. A maior parte dós conce-
lhos do reino pagam sem reljjclancia contribuição directa municipal, etódós a contribuição
.directa para o thesouro, e depois d'estes factos não póde admittir-sé a asserção dá Camara.
Quando porém esta fosse verdadeira, nem por isso o erro deveria subsistir, pórqtíe aííiis-
..são das auctoridades, e sobretudo a dos corpos de eleição popular, não é lisóhjéár os
preconceitos e desvairadas idéas das povoações, mas aconselha-las é dirigi-lás segundo os
verdadeiros principios de administração e de governo. - •
O imposto de terrado nos termos em que está lançado, não póde subsistir nó orça-
mento futuro, porque exigindo-o a camara por todo o gado que se vender no concelho, vem
a considerar como susceptível de aluguel cu de terrado toda a area do mesmo concelho,
quando é certo que similhante imposto só póde exigir-se pela occupação de terrenos que
fazem parte dos proprios municipaes, e não pela venda feita em terrenos particulares òu
nas ruas e praças publicas, que são de uso commum de todos, e que não podem ser susce-
ptiveis de aluguel. - . - X, ;
O denominado imposto de terrado não é rnais do que uma contribuição lançada,ao fa-
cto da venda do gado no concelho, e tem por fim acobertar com aquelle nome um imposto
illegal, ou porque recáe sobre a venda do gado em pé, que não é vçnda a retalho, ou por-
que abrange todo o gado vendido, quer para consumo, quer para exportação, quer para
Creação.
A camara inclue de novo a verba para sermões de quaresma, allegando que esta des-
peza é resultado de um contrato feito entre ella e a junta de parochia de Villa.Boim.Se o
contrato foi legalmente feito e superiormente approvado, aquella verba deve continuara
subsistir nos orçamentos; mas cumpre que a camara declare a data do contrato e a do ac-
ébrdão do conselho de districto que o auctorisou e approvou. •. -a <. •
' Dependendo da boa organisação do orçamento municipal a regular gerencia, do conce-
lho e a possibilidade de melhorar progressivamente a sua administração; Sua Magestade
éspera que a camara empregará todo o seu cuidado eattenção em que.o orçamento futuro
satisfaça plenamente ao seu fim e aos verdadeiros interesses do concelho.
' O que tudo se participa ao governador civil de Portalegre, para sua intelligencia e da
camara, á qual transmittirá copia d'esta portaria. . . .
Paço, em 3 de março de 1865.—Duque de Loulé. > . ;
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio, em que o secretario geral, servindo de
governador civil de Villa Real, dá conta de que a camara municipal da Regua deliberára
mandar á córte uma commissão especial encarregada de solicitar dos poderes publicos
uma commissão de inquerito sobre a questão dos vinhos do Douro, pagar a cada um dos
commissarios 5á>000 réis diarios á custa do concelho, convidar por meio de circular as
camaras municipaes do districto a tomarem deliberações identicas, e a encarregar os mes-
mos .commissarios de as representarem na capital.
Sua Magestade sentiu ver, por estes actos irregulares dá camara hmniéipâl da Réfgua,
qtj,e.EÍa'o são ali bem comprehendidos os direitos e as obrigações das camaras; nem a lègis-
laçãó que as regula. - , "; •
. Òs assumptos sobré que as camaras municipaes têem diréifo de deliberàr acham-Se de-
terminados nos artigos 120.° e 127.° do codigo administrativo, e afóra os quéahi são men-
cionados, sobre nenhuns outros podem as camaras tomar resoluções ou deljbet-áções, SàlvO
o caso de serem para isso auctorisadas pelas leis ou pelos regulamentos, como expressa-
mente se diz no artigo 123.°, n.° 15.°, e no artigo 129.° do mesmo código. ••
Ora nem o codigo, nem lei ou regulamento algum auctorisam as camaras muriicipaeá
a deliberar sobre as questões geraes do.commercio, ou sobre as medidas, quéí tiãóinte-
ressando exclusivamente os seus concelhos, abrangem os interesses de todo o reinó; 6'âté
as relações do commercio externo, circumstancias que se "dão na questão dos vinhos do
Douro, e d'aqui resulta que a deliberação da camara da Regua, de que acima sè fez men-
ção, é consequentemente nulla e irregular por defeito de competencia, f o r isso que as ca1-
mejfas, que são creação das leis, nãotêem outra jurisdicção, nem mais faculdades db! que
ás.gue, ellas lhes dão; ao inverso dos simples cidadãos que derivam da sua liberdàde'na-
tural ò direito de fazer tudo o que as leis lhes não vedam.
<540 1865 14 de março
2.» REPARTIÇÃO
Tendo requerido o mancebo José, filho de José Caetano Gomes, recenseado no anno
de 1860 pelo concelho de Por.te de Lima, e julgado apto para o serviço militar pela junta
revisora do districto de Vianna, que seja reputada valida para todos os seus effeitos a de-
cisão da junta revisora do Porto, que em fevereiro de 1864 o qualificou como incapaz para
o mesmo serviço, paça que tambem fôra apurado pelo segundo bairro d'esta cidade;
. Attendendo Sua Magestade El-Rei a que o domicilio legal do recorrente é, segundo o
artigo 13.° da lei de 27 de julho de 1855, no concelho de Ponte de Lima, onde residia
com seus paes ao tempo das operações do recrutamento de 1860, em que está inscripto, e
a que .o mesmo recorrente foi indevidamente recrutado no Porto, onde tinha apenas resi-
dencia accidental, e quando já excedia a idade exigida na lei para o serviço militar;
Considerando que, se o acto do apuramento do supplicante pelo districto do Porto foi
illegal, eih vista da lei, nullas e de nenhum effeito devem ser todas as suas consequências;
Considerando que o recorrente, previamente ao assentamento de praça, deve ser no-
vamente inspeccionado, e n'essa occasião poderá allegar, e serem tomadas na devida con-
sideração as causas de exclusão que sobrevieram ao acto da primeira inspecção que o ap-
provou;
Tendo em vista as informações dos governadores civis de Vianna e do Porto, e o pa-
recer do ajudante do procurador geral da corôa, junto d'este ministerio:
Houve por bem resolver que se considere em pleno vigor, para todos os effeitos, a re-
solução da junta revisora de Vianna do Castello de 3 de abril de 1860, que julgou o sup-
plicante apto para o serviço militar.
E assim o manda participar ao governador civil de Vianna, para sua intelligencia e de-
vida execução.
Paço," em H de março de 1 8 6 5 . — M a r q u e z de Sabugosa.
não é medida de retalho, d'onde resulta que tambem sob este ponto de vista a contribui-
ção lançada é irregular.
A referencia do governador civil ao mappa publicado no Diario de Lisboa n.° 79 de
1864 não justifica o que se fez em Proença a Nova, porque não se segue necessariamente
que seja legal um imposto só porque vem mencionado em um mappa, que não é mais do
que um compendio de factos; tanto assim que no mappa de 1864-1865 ha de tambem
apparecer o imposto denominado capuz de cacifo, comquanto seja illegal o seu lançamen-
t o ; e porque a legalidade de um acto não se afere por exemplos, mas pelas regras e pelos
principios estabelecidos nas leis.
Por estas considerações determina Sua Magestade que o governador civil, tendo em
vista o que acima fica ponderado, faça corrigir no futuro orçamento da camara de Proença
a irregularidade notada.
Paço, em 15 de março de 1 8 6 5 . = i l i a r q u e z de Sahiujom.
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o processo de expropriação, por utilidade
publica, da propriedade denominada do Pomar, pertencente ao marquez de Ponte de Li-
ma, propriedade que a camara municipal daquella villa pretende adquirir, para ali con-
struir um mercado, abrir ruas lateraes e alhear uma parte do terreno expropriando para
n'elle se fazerem edificações;
O mesmo augusto senhor, considerando que, comquanto se verifique a necessidade
dos melhoramentos que a camara projecta e a utilidade publica da expropriação, não póde
esta ser decretada, tendo como tem de ser convertida uma parte do terreno expropriando
! 1
em propriedade particular; , . ' ,
Considerando .que nem a disposição do § 21.° do artigo 145.° da carta constitucional,
nem a lei de 23 de julho de 1850 auctorisam similhante applicação da propriedade indi-
vidual expropriada, pela rasão suprema de utilidade publica;
Considerando que a camara contou com o producto da venda da pârte do terreno 1 que
destinou ás edificações particulares, para occorrer ás despezas da expropriação è ás da
construcção do mercado, e que eliminados estes meios soffre a proposta da camara'uma
sensível e importante alteração, que torna necessário,modificar profundamente a mésma
:
proposta: ' '' '
133
542 1865 26 (le março
Tendo-me sido presente o requerimento de Alonso Gomes, em que pede que, nos ter-
mos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento
de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a concessão definitiva da mina de manganez sita
ne herdade.dos Penedos, freguezia de S. Marcos, concelho de Castro Verde, districto de
Beja; '
Considerando que o requerente obteve a concessão provisoria d'esta mina, por porta-
ria de' 21 d e janeiro de 1862, e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.° dò
citado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a
planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que Domingos Fernandes, engenheiro proposto pelo requerente, está
habilitadopara, segundo as regras da arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida do conselho de minas, na qual o mes-
ma conselho julga satisfeitas todas as disposições da lei, e habilitado o requerente para a
concessão definitiva d'esta mina:
. Hei por bem, conformando-me com o parecer do referido conselho, conceder a Alonso
Gomes, por tempo illimitado, a propriedade da mina de manganez, sita na herdade dos Pe-
nedos, freguezia de S. Marcos, concelho de Castro Verde, districto de Beja, ficando obri-
gado em virtude da presente concessão ás seguintes prescripções:
l . a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, submettendo-se
os donosj empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos.
• 2." Responder por todos os damnos e prejuízos que por çausa da lavra resultarem a
terceiro.
a
; 3. Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
páfççipienito de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra, oíi incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros.
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuizos que se occasionaram pelas aguas accumuladas
nos seus trabalhos, se, tendo sido intimado, não as sèccar no tempo que se lhe marcar.
5. a Dar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes, contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior.
6. a Ter a mina em estado de lavra activa.
, J. a Çar as providencias necessarias no praso que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruina pela má direcção dos trabalhos.
8. a Não difficultar òu impossibilitar, por uma lavra ambiciosa, o ulterior aproveita-
mento do mineral.
9. a Não suspender os trabalhos da mina com intenção de á abandonar, sem antes dar
parte governador civil respectivo, e deixar á sustentação dos trabalhos em'bom estado.
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecém ou esíâbele-
cerem as Íeis.
41,® Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria todos os seis me-
zes, a contar d'esta data, o relatorio dos trabalhos feitos no.periodo anterior.
12. a 'ííão admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos de laVra sem licença do
i ;
governo, precedendo informação do conselho dè minas.
a
; 13. Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações
e dos operarios; estas obras serão as que ordenar o governador civil respectivo, ouvindo
o inspector das minas do districto, e no caso de não assentimento do concessionario as que
ó governo ordenar, ouvindo o conselho de minas.
ti de agosto 1865 543
. ,1.4,a Executar as obras que nos termos expressos na anterior condição se prescre-
verem par^i eyitàr o extravio das aguas e ! das regas.
p . Nao extrahir c|o solo senão as substancias uteis indicadas n'esle decreto, e ás que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito.
: 16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitti-los. \
í,7. a Pagar áo estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidos pela lei de
•11 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares
de 17 de junho de 1858 è 15 de abril de 1862*. ' '
18. a Cumprir todós os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos epi tudo
que possa ser-lhe applicado.
Hei outrosim pôr bem determinar que para os fins acima designados seja concedido
o terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto, e que abrange
:
um pentágono À B C ' D E , formado do seguinte modo: ' '" "
Dos Penedões tire-se uma linha para o rumo nordeste magnético e prolqnguem-se 100
metros até ao ponto T. Por este ponto tire-se uma linha nordeste sueste magnético, è a
partir d'este ponto contem-se 350 metros para sueste e 270 para noroeste, e ficarão de-
terminados os pontos A e B. Este ultimo ponto una-se com o alto do Curralão (ponto C) e
o ponto A com o ponto E, tomado no encontro do caminho do monte do Salto com o ca-
minho de S. Marcos para a serra da Senhora de Arcelli. D'este ponto tire-se uma linha na
direcção sul 14 graus oeste, e marque-se sobre ella a distancia de 430 metros o ponto D.
Unindo finalmente este com o ponto C ficará fechado o referido pentágono, comprehen-
.dpfldp uífla area de 914:300 qietros quadrados.
... ,.0 cgnselheiro João Chrysostomo de Abreu e Sousa, ministro e: secretario d'estado dos
negocios das obras publicas, commercio e industria assim o tenha entendido e faça exe-
cutar. Paço da Ajuda, EM 26. de março de 1 8 6 4 . = R E I . = J o ã o Chrysostomo 4e Abreu, e
Sousa. D. d,e L. D.f 44?, dp 36 da put. ,
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio n.° 95, com data de 21 do corrente, que
o governador civil de Villa Real dirigiu por este ministerio, dando conta dè haver ò prèsi-
dente da commissão recenseadora do concelho do Peso da Regua subtratiido o l i y r o é pá-
peis relativos ao recenseamento, desviando-os da repartição competente e çonservandp-os
èm seu poder, do que resulta a impossibilidade em que se vê o administrador do concelho,
de authenticar uma copia que tem do mesmo recenseamento, e com a qual pretende in-
struir um recurso para o poder judiciário; e o mesmo augusto senhor ha'por berii appro-
var a deliberação tomada em similhantes circumstancias pelo mesmo governador civil, re-
commendando ao administrador do concelho que interpozesse o recurso competente, jun-
tando-lhe a copia do recenseamento no estado em que se achava, se em tempo util não po-
desse ser-authenticada,; e que no mesmo recurso expozesse e demonstrasse as rasões por
que o.nãó fez, e : requerendo ao juiz as diligencias necessarias para o ser; e approvando ou-
trosim Sua Magestade as ordens dadas pelo governador civil ao mesmo administrador
para proceder a autos de noticia e de investigação, pelo crime em-que incorrera o presi-
dènte da commissão recenseadora, determina que o resultado de similhante diligencia seja
effeetivamente remettido á auctoridade judicial competente para todos os effeitos legaes.
Paço da Ajuda, em 28 de março de 1 8 6 5 . — M a r q u e z de Sabugosa. .
Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representou Antonio José da Costa; do
concelho dos Arcos de Valle de Vez, pedindo ser admittido a pagar o preço de uma substi-
tuição simples, sem os tres quintos, pena imposta aos refractarios; e <
544 1865 31 de niarçò
\ 3. a REPARTIÇÃO—l. a SECÇÃO
Sua Magestade El-Rei viu o officio, em que o governador civil da Guarda dá conta dos
motivos por que foram approvados os orçamentos da junta de parochia de Folgosinho,
depois de findos os annos economicos a que diziam respeito; e Sua Magestade manda de-
clarar ao governador civil, que, se a junta não apresentou em tempo competente o seu
orçamento, deveram as contas ser-lhe tomadas pelo ultimo legalmente approvado, na con-
formidade, dò que determina o artigo 154.° do codigo administrativo, applicavel á admi-
nistração parochial pelo artigo 333.° do mesmo codigo; até porque approvar orçamentos
depois das despezas feitas, e unicamente para as tornar abonáveis, é annullar completa-
mente a fiscalisação e reduzir o orçamento a uma pura formalidade.
Sua Magestade notou tambem qúe os orçamentos fossem approvados pelo conselho
de districto, não obstante a disposição terminante do artigo 326.° § unico dò codigo
administrativo, que commette este acto ao governador civil, sem dar n'elle ingerenCia
alguma do conselho de districto; e quer que para o futuro se cumpra fielmente a dispo-
sição do codigo,, e que o governador civil fique prevenido de que a nenhuma auctoridade
é permittido declinar para outra o exercicio de funcções publicas que as leis lhe encar-
regam.
Paço, em 31 de março de 1865. = Marquez de Sabugosa.
2. a REPARTIÇÃO
Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o officio de 27 do corrente mez,: do gover-
nador civil de Aveiro, sobre a duvida que se lhe offerece na concessão de passaportes para
paizes estrangeiros, solicitados por differentes mancebos isentos do recrutamento; em vir-
tude. da disposição do n.° 2.° do artigo 8.° da lei de 27 de julho de 1855; attendendo a que
taes; isenções são conferidas condicional e temporariamente e cessam na fórma da ultima
parte.do citado,artigo, logoque os mancebos a quem aproveitam deixarem de ter o am-
paro das pessoas por amor das quaes lhes houver sido concedida a isenção; e bem assim
a que os individuos n'estas circumstancias estão sujeitos ao serviço militar e podem ser
chamados a assentar praça d'um momento para outro: ha por bem resolver que o gover-
nador civil proceda a respeito d'elles, segundo as regras prescriptas no artigo 55.° da ci-
lada lei, e que se exerça toda a possível fiscalisação para poderem ser compellidos ao ser-
viço todos aquelles que, residindo no paiz ou fóra d'elle, tenham perdido o, direito ao bene-
ficio de que gosavam. ; , ,., .• i ,. •
O que. se participa ao dito magistrado para seu conhecimento e execução. i .
Paço, em 31 de março de 1 8 6 S . = M a r q u e z de Sabugosa.
Manda Sua Magestade El-Rei devolver ao governador civil do Porto o recurso do me-
dico Ricardo José da Silva Lisboa, contra o procedimento da mesa da misericordia da Po-
iso
546 1865 Í9 de ábríl
voa de "Varzim, que o demittiu de facultativo do seu hospital pelo fundamento, segundo se
àlíega, dè haver elle tomado a seu cargo o tratamento dos doentes do deputado Bento de
Ifrèitas Soares, emquanto este se achava em côrtes, e declarar áo referido magistrado:
Que já em offiçio de 20 de fevereiro ultimo se lhe disse que a nomeáçãò e Remissão
4ÒS'empregados das irmandades não era assumpto do contencioso administrativo,. èitarij
do-se-lhe até os decretos que, sob consulta da secção do contencioso do conseítló dè es-
tado assim 0 resolveram; i .
$ u e senció esta a opinião do governo, é do dever do governador civil, confio á'génfe d'ó
mesmp governo, çonformar-se com ella, seja qual for 3 opinião dó conselho de'distí.íctbl
a((as pòúco ségurã, porque considerado o provimento do partido cotHo íirii cóúvf ato, ,h&m
competiria ap conselho de districto conhecei da sua execução, neni a mesá podéfíà íesr-
Ií-io jpof seu {taro. arbítrio, convertendo-se em juiz é parte ào meSmò feínpò; ' , " ;
„', Qué.naó sendo á consulta do conselho de districto exigida no caso présértté por á^driiã
djçjjQsiçao d.é lei, deve o governador civil prescindir d'elia e dar seguimento íé^al áb pró-
cesso: ' ' . _ '
Que foi irregular a remessa do processo á secretaria d'estado, çorqu^ .nem ao^ffrèt-
nador civil é permittido declinar pàrá o governo o exercicio das su'á's funcções, nem àeste
insinuar ao magistrado administrativo qual deve ser a decisão a tomar em um negocio que
póde subir ao conhecimento do mesmo governo por via de recurso;
Que.instruído pois o processo com a resposta do recorrente sobre as arguições que se '
lhe fazem, formalidade essencial que falta ainda n'elle, deverá o governador civil proferir
em termo breve a decisão que entender justa, em vista das allegações e provai das jpar-
tes, e o governo confirmará ou emendará depois esse despacho, se os interessados não se
conformando com elle, recorrerem á sua superior intervenção.
Paço, em 19 de abril de 1865.—Julio Gomes da Silva Sanches.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio do governador civil de Lisboa, remet-
tendo o recurso interposto pelo administrador do concelho de Cezimbra, do accordão da
camara municipal do mesmo concelho, que se negára a revogar as posturas em virtude
das- quaes se acha estabelecido o monopolio da pèsca em favor de certos e determinados
armadores, recurso em que o conselho de districto proferiu um accordão interlocutorio,
no qual reconhecendo-se a necessidade de. serem revogadas algumas das-disposições.das
posturas, se entendeu todavia que este acto devia ficar subordinado á promulgação de re-
gulamentos que evitassem a anarchia possivel no exercicio d'esta industria, concluindo-se
por solicitar-se do governo os esclarecimentos precisos na materia sujeita.
E Sua Magestade, attendendo a que os regulamentos a que o conselho de districto al-
lude, se fossem precisos, seriam da competencia do governo e não da da camara ou da do
córtsfelhP1 dè dfétriótó, è a' qtfé consequentemente' não'há necessidade* dè' prestai éSciare-
èittíéírtbá alguns ao tribunal sobre assumpto estranho á súá corrtptetencia ; ' • 1
Attendendo a que o conselho de districto, sem commetter uma verdadeira denegação
de justiça, hão podia recusar-se a julgar as questões contenciosas submettidas à sua deci-
são, sob pretexto de que faltam regulamentos, cuja necessidade ou utilidade está fóra da
sua alçada, ou de que é mister evitar males e inconvenientes que se lhe antolham prová-
veis, pWqúe uma ou outra cousa são funcções do governo e não dos tribunaes;
Attendendo a que a industria da pesca se exerce na extensa costa do reino em plena
libéfdíade, seni que até agora a experiência tenha mostrado a necessidade de regulamert-
tâ^lâ, e nenhum fundamento plausível existe para que a cósta de Cezimbra faça excepção
a regra geral:
Attendendo á que, se a experiencia mostrar á necessidade de regulamentos e de pro-
videncias, alem d'aquellas que se encontram nas leis do reino, o governo ha de ^roVetf
como entender justo, sem que seja mister que o (ionselho de districto desperte a suaf soli-
citude: ' •
Manda devolver ao governador civil o sobredito processo de.recurso, a fim de que o
submetia de novo á decisão do tribunal e o faça julgar definitivamente como for de direi-
to, feito o que dará cumprimento á parte final da portaria de 13 de maio ultimo.
Paço, em 19 de abril de 1865.—Julio òomes da Silva Sanches.
ti de agosto 1865 547
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil da
Guarda pergunta se os emolumentos devidos pelas execuções administrativas hão de ser
contados pela tabella judicial de 12 de março do mesmo anno, que erà a vigente na data
da publicação dos decretos de 13 de agosto de 1844 e de 30 de dezembro de 1845, ou se
hão de contar-se pela tabella actual de 30 de junho de 1864; o mesmo augusto senhor con-
formando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa junto
do ministerio do reino, manda declarar ao governador civil que, comquanto a referência
que na artigo 10.° do decreto de 30 de dezembro de 1845, se faz á tabella de março de
1844, que então regia, possa considerar-se como equivalente á incorporação d'ella nó
mesmo decreto e á determinação de por essa tabella se contarem sempre os emolumentos,
sem attenção ás posteriores, todavia attendendo-se a que na portaria de 22 de outubro dè
1853 se ordenou que os emolumentos pelas execuções administrativas 1 fossém contados
pela tabella vigente, na epocha do pagamento, por issó que assim cómo os empregados
administrativos substituíram os judiciaes no serviço de que se trata, era justo que a nova
tabella substituisse a antiga para á contagem dos emolumentos; attendendo-sè mais a qué
no decreto de 3 de novembro de 1860 se determina que os emolumentos de qúe sé trata
continuem a cobrar-se pela tabella judicial vigente, modo de dizer de qué se deduz que
é sempre pela ultima tabella judicial que deve regular-se a contagem dè emolumentos ou
de salarios nas execuções administrativas; attendendo-se a que esta tem sido a pratica se-
guida em todas as administrações e juizos; é pela tabella de 30 de junho de 1864 que de-
vem contar-se os emolumentos dos empregados administrativos nas mesmas execuções.
Paço,em 22 de abril de 1865.-=,M?'o Gomes da Silva Sanches. '
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o secretario géral, servindo de
governador civil de Villa Real, dando conta dos embaraços qué tem encontrado á constrúc 1
ção de cemiterios no districto, embaraços que principalmente consistem na falta de meíos
das camaras municipaes, propõe que as despezas do estabelecimento dos cemitérios dei-
xéiil de figurar no orçamento municipal, passando para os orçamentos parochiaes, e Vo-
tando as juntas de parochia as derramas precisas para custear esta despeza, poisque ha-
vendo já em algumas parochias cemiterios especiaes á custa d'ellas, parece menos justo
que estas freguezias concorram para a despeza dos cemiterios que faltam, o que necessa-
riamente sutícederá considerada èssa despeza como municipal.
Em resposta a este officio manda Sua Magestade declarar ao governador civil, que não
põde ser admittida a sua indicação, porque contraria a disposição expressa das leis.
No decreto de 21 de setembro de 1835, artigos 9.°, 10.° e 12.° diz-se mui terminan-
temente que os cemiterios serão estabelecidos em terrenos dos concelhos ou na falta d e s -
tes nos que as camaras adquirirem, e no artigo 133.°, n.° 6.° do codigo administrativo, que
as despezas da construcção e conservação dos cemiterios são obrigàtorias dos concelhos.
Transferir pois as despezas dos cemiterios do concelho para a parochia é inverter Os ter-
mos das leis, o que o govérno não póde nem deve auctorisar.
O decreto citado permitte é verdade ás povoações construir á sua custa cemiterios pri-
vativos para uso particular dos seus habitantes; mas nem esse decreto nem lei alguma es-
tabelece que as povoações que se aproveitarem d'essa faculdade sejam dispensadas de con-
correr para a despeza dos cemiterios do concelho, despeza que é geral para todos os vizi-
nhos d'ellè, como as de quaesquer outros estabelecimentos municipaes, e sem lei que es-
tabeleça similhante privilegio não póde elle ser tolerado; até porque admittido, com re-
lação aos cemiterios, que as diversas fracções de um concelho só devem ser obrigadas a
pagar a despezá d'elles, segundo o proveito que d'essa despeza colhem, será indispensa-
vel tornar este principio extensivo a todos os outros serviços municipaes, e ratear a receita
para cada Iogarejó, o que tornará a administração municipal impraticável.
• Se às parochias se prestam voluntariamente a construir os Cemiterios para usò dos
seus moradores o encargo da camara diminue, e póde mesmo desâpparecer; mas este acto
vóliintariò das povoações não exonera a camara da obrigação de construir á custa' do con-
celho os cemiterios das parochias que não quizerem ou não podérem tê-los privativos.
Cumpre pois que o governador civil dê as instrucções convenientes n'este sentido, e
qúè recorde ás camaras que o verdadeiro meio de attenuar a despeza dos cemiteVios é es-
colher o local de modo que elles possam ser communs a mais do que Uma parochia.
1865 2(3 de abril
REPARTIÇÃO - I . A SECÇÃO
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o orçamento do concelho de Setubal para
o anno economico de 1864-1865, e verificando-se que vem no orçamento incluído como
receita o imposto sobre o pão e farinha, não obstante haver-se dito repetidas vezes á ca-
mara que não podia continuar a ser tolerada uma contribuição de similhante natureza, e
terem sido desattendidas pelas portarias de 30 de julho de 1864 e de 20 de fevereiro de
1865 as instancias da camara, para que fosse conservado o imposto acima dito:
Manda Sua Magestade devolver ao governador civil de Lisboa o mesmo orçamento para '
que elle proceda nos termos seguintes:
1." Fará constar á camara de Setubal que não é approvado pelo governo o imposto lan-
çado sobre o trigo ou farinha d'elle e sobre o milho, centeio e cevada, pelo que deverá
ella votar outro imposto para occorrer á despeza ou diminuir esta em concorrente quantia;
2.° Marcará á camara um praso de tempo que não excederá a quinze dias, para que
ella vote nova contribuição e emende o orçamento na fórma que fica i n d i c a d o .
ti de agosto 1865 549
3." Exigirá, findo que seja o praso marcado, a remessa do orçamento ao governo civil,
e se examinado elle se vir tjue não cumpriu a camara ás ordens que se lhe éxpèdiràm,
submetterá immediatamente o governador civil o orçamento ao conselho de districto, pára.
qué este vote a contribuição precisa para occorrer á despeza do conselho, tendo ém atten-
ção a que o imposto do pão ha de ter sido recebido em virtude da auctorisação dada no
orçamento antecedente, é que portanto só terá de votar-se nova contribuição pèlp tempo
qué restar do anno economico; • . . .
4.° Remettérá em seguida a este ministerio o orçamento assim preparado,1 para que a
deliberação do conselho seja approvada por decreto*, nos termos do f Unico do artigo 154.°
dó codigo administrativo. '
O que tudo se participa ao governador civil de Lisboa, para seu conhecimento e para'
qúe tenha prompta execução.
Paço, em 26 de abril de 18655.=Julio Gomes da Silva Sanches.
3." R E P A R T I Ç Ã O — 1 . " S E C Ç Ã O
concelhos e a decima parte de toda a receita municipal que restar depois de deduzidas ás
quantias indicadas. . .
Ora as muiias por transgressões de posturas figuram no orçamento por 5Õ$000 réis;
os rendimentos proprios, de que tem de deduzir-se terça, e que são os descriptos sob h. os
í , 2 , 3, 4, 6, 7, 8 , 1 4 , 1 6 , 1 7 e 18, montam a 4:7230030 réis, e a terça d'ellesà í:57'4034'3
réis. .. , :;v
. ; Deduzida da receita ordinaria e extraordinaria do concelho, na importancia de réis
Í7:4$4$712, a terça, ficam 15:9100369 réis, e deduzida tambem a decima d'ésfâ sótimiá
oq .1:5910036 réis, resulta que as tres verbas, de que se compõe a dotação da viação mu-
nicipal, montam a 3:2150379 réis, e não a 1:8810442 réis. , . .; , •;'
.. Alei citada dispõetambem no artigo 16.° n.° 1.°, que o imposto da prestação éttí tW-
b,alho, devido pelos habitantes e proprietarios do concelho, nos termos do artigòi 136." do
codigo, forme dotação especial das estradas. , "
Este imposto, que póde ser de um a tres dias de serviço, segundo páiièèe!f còrivetífetlté'
á gamara, e cuja importancia em réis deve ser calculada no orçamentò segundo d p'rè<Jtí
médio dos salarios e jornaes, tambem falta no orçamento, que não põdé pór isso séi* ap-
provado, em vista da disposição terminante do artigo 9.° § 2.° da í'éi dè 6 de j'unb'o dé
; :
1864.
Para que se emendem pois estes defeitos devolverá o governador civil o orçamento á
camara, recommendando-lhe que o reforme em termo breve, e de modo que possa ser ap-
provado antes de começar o anno economico futuro.
Paço, em 12 de maio de 1865. = Julio Gomes da Silva Sanches.
Sua Magestade El-Rei, ficando inteirado do conteúdo no officio de. 5 do corrente mez,
em que o governador civil de Braga, a requisição da commissão recenseadora dó Concelho
da Povoa de Lanhoso, pede providencias para se alongar o praso das reclamações soí>re o
recenseamento visto não ter sido possivel áquella commissão ultimar ás operáções dá rc^
visão no tempo competente, manda, pela secretaria d'estado dos negocios do reino, partici-
par ao sobredito magistrado em vista do parecer do'conselheiro ajudante do prócifrádOr
gerál' da corôa, que á providencia pedida não cabe nás attribuições dp gbvérnó, porquê' ó
praso pàrá as reclamações, como todos os outros marcados para as differentes operações
do recenseamento, está fixado por lei, e só por lei póde conseguinteménté ser alteràdtí, como
se tem declarado em numerosas decisões d'este mininisterio. Se, cóiiio Sé informa, a com-
missão, ainda não deu cumprimento ao artigo 11.° da lei de 23 de novembro de 1859, se-
gpndó o qual devêra ter publicado até ao dia 19 de fevereiro as copias do recenseaixiento
e páténíeádo ao publico o livro original para que podessem ter logar aS reclamações iii-
cprreu ná penalidade estabelecida, no artigo 127.° do decreto de 30 de setembro de 1852,
que lhe deve ser logo imposta pela fórma declarada no artigo 41." f 5.° da citadà lei. E cómó
ao impedido não corre tempo, e é evidente que os interessados em qualquer íéctificaòãó
dô recenseamento têem estado impossibilitados de reclamar e recorrer para os tribunaes
por falta dá publicação do recenseamento, logoque esta se verificar, o que ò governado*-'
çiyii deve immediatamente Ordenar, para que não se aggravem mais ás consequências dó
desleixo da commissão, ficam os mesmos interessados habilitados para usar dos recursos
competentes, não obstante o lapso de tempo, cabendo aos tribunaes o precisar o álcanbe
d'esle. facto para os effeitos devidos.
Paço da Ájudá, em 12 dè maio de 1865. = Julio Gomes da Silva Sàúches. "
Téndo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio de 15 de màiói eni qdé o séér©-'
tariB. gerai servindo d'é governador civil de Coimbra dá conta de qtíé,.éhi seSsão dtl con-
selho dè diètriicto de 6 de maio corrente, fôra declarada núlla á defliBèraóátiâàjhÍM^ral
1865 12 de maio
<3p districto, que, em menoscabo da lei de 30 de março de 1861, distribuíra por modo di-
verso no prescripto n'ella as quotas com qué os concelhos têem de concorrer para as des-
pezas do .districto; e participa tambem que na proxima sessão do conselho de districto
seçia .feita nova.distribuição, em harmonia com a lei, aguardando-se no entretanto a res-
ppsla.dp governo ao mesmo officio: manda Sua Magestade declarar ao supradito magis-
trado, que o governo approva a deliberação por elle tomada de annullar a decisão da junta
geral ofensiva da lei de 30 de março, porque essa deliberação se acha conforme com as
ordens que, ao governador civil se expediram em portaria de 26 de dezembro de 1863,
e.eqmasldisposições dos artigps 105.°, 214. ò e 229.° n.° 19.° do codigo administrativo; !
Que, sendo urgente prover ao pagamento das despezas com os expostos e com outros
serviços do districto, e dependendo este acto da distribuição das quotas pelos concelhos,
cumpr£ : .que ; o governador civil proceda logo a fazer esta distribuição em conselho de dis-
tricto, rios termos do artigo 212.° § 1.° do codigo, e que, feito isto, submetta ao governo
Oiplaíip.da distribuição para ser approvado por decreto, na conformidade do que deter-
min£;0 do citado artigo 212.° do codigo.
O que se participa ao secretario geral servindo de governador civil de Coimbra, para
spa intelligencia e execução.
Paço, em 17 de maio de 1 8 6 5 . = J u l i o Gornes da Silva Sanches.
3.» R E P A R T I Ç Ã O — 3 . » S E C Ç Ã O
Foi presente a Sua Magestade El-Rei a consulta em que o conselho de saude publica
do reino se queixa de que, tendo apparecido um caso de varíola no Funchal em um ma-
rinheiro do hiale Oliveira 3.°, o governador civil do districto, não só tomasse as provi-
dencias que lhe pareceram necessarias sem consultar e ouvir o delegado do conselho, mas
declarasse a este officialmente, que pediria o seu parecer quando lhe parecesse opportuno;
d'onde resultava que o governador civil se convertia em juiz dos casos em que era oppor-
tuno, e, necessário recorrer ás indicaççes e auxilio do delegado de saude, annullando assim
a jurisdicção que a lei dá a este funccionario.
.'. Foi igualmente presente a El-Rei a resposta do governador civil á consulta do conse-
lho de saude, resposta em que o dito magistrado sustenta que nenhuma disposição de lei
o obriga a recorrer ao delegado de saude para aconselhar-se nas providencias que houver
de tomar em assumptos que demandem conhecimentos technicos, bastando recorrer ao
voto de qualquer facultativo da sua confiança, e que sendo, como é, delegado do governo,
a quem pertence a direcção superior de todo o serviço administrativo, é a elle, e não ao
delegado do conselho a quem compete prover em quaesquer eventualidades que no serviço
de saude se derem, etc.
, E §na Magestade, vendo pela resposta do governador civil e pela consulta do conselho
de, saude, que estas, auctoridades discordam sobre os limites da sua competencia no ser-
viço, que d'esta discordância hão de necessariamente resultar conflictos, sempre prejudi-
cjaes ao serviço publico, e que é por isso indispensavel designar clara e explicitamente os
limites da jurisdicção de cada uma, para que haja na administração do estado a regulari-
dade precisa; e
. Considerando que no decreto de 3 de janeiro de 1837, que é a lei organica da repar-
tição de saude, se determina mui clara e explicitamente (artigo 6.°) que ao conselho de
saude compete a fiscalisação superior era tudo o que respejta aos diversos,ramos da saude,
ficando apenas subordinado á secretaria d'estado dos negocios do reino, disposição com
qqeíconcorda o decreto de 8 de setembro de 1859, artigo 4.°;
Considerando que, pelo artigo 17.° do citado decreto de 3 de janeiro, aos delegados'
do conselho competem, nos seus respectivos districtos, as mesmas attribuições que em
todo o reino ao conselho de saude, especialmente inspeccionar e fiscalisar tudo o que diz
respeito á saude e hygiene publica;
Considerando que no artigo 3 1 d o mesmo decreto se determina que os facultativos,
nos casos de molestias contagiosas ou.epidemicas, dêem immediatamente conta aos dele-
gados de saude, para que provejam como convier; '
Considerando que do conjuncto d'estas disposições e de outras correlativas do decreto
. de; 3,.de janeiro de;1837, resulta evidentemente que nos districtos a direcção do serviço
de saude é da competencia dos delegados do conselho, e não da dos governadores civis;
; .Considerando que é inadmissiyel a doutrina sustentada pelo governador çivil d o F u n -
de maio 1864 553
chal, de que sendo delegado do governo, é a elle a quem compete superintender e regular
o serviço sanitario, como um ramo, que é, de administração geral, porque a delegação ha
de ser exercida nos termos das leis e regulamentos, e cessa sempre que por umas òú por
outros se attribue a funccionarios especiaes uma parte d'ella, como é o casd com o ser-
viço de saude, com o de instrucção publica, com o fiscal, etc.; '
Considerando que ê igualmente inadmissível o principio de que aos governadores civis
é licito consultar nos assumptos que demandam conhecimentos technicos os facultativos
dos. concelhos, deixando de parte o delegado de saude, porque seria um manifesto' conL
trasenso que o legislador creasse_ empregados com habilitações especiaes, e pèrmittisse
ao; mesmo tempo ás auctoridades' prescindir de seus serviços, e chamár pessoais sem ca-
:
racter e sem responsabilidade legaes;
Considerando que as conclusões que logicamente se deduzem doS artigos citados dó
decreto de 3 de janeiro se acham confirmadas pelo artigo 230.° do codigo administrativo,
onde se determina que, quanto ás repartições que têem chefes especiaes immediatamente
subordinados ao governo, as funcções dos governadores civis se limitam á dár conta áò
governo dos abusos de que tiverem noticia, sem poderem exigir contas, relatorios oú : in-
formações sobre o modo por que o serviço é feito, porquanto a superintendencia' directa
e immediata compete ás auctoridades a quem essas repartições estão sujeitas (portaria de
24 de julho de 1862), e tal é a hypothese da repartição de saude nos districtos a quaj tem
por chefe especial o conselho immediatamente subordinado ao governo;
Considerando que a faculdade concedida aos governadores civis no artigo 234.° do co-
digo administrativo de prover extraordinariamente nos assumptos de serviço, se acha li-
mitada por duas condições expressas no mesmo artigo; a saber: que o caso seja omissál,
e que seja tambem urgente; e que d'estas duas clausulas da lei se segue que os ditos itia-
gistrados nunca podem tomar providencias que deroguem as leis ou os regulamentos do
governo, porque não se dá a hypothese de omissão, nem considerar como urgentes me-
didas cuja falta não arrisca nenhum importante interesse do estado, comijuantogéjam^uítòife
:
e acèitaveis; . '
Considerando finalmente que no artigo 16.° n.° 18.° do decreto de 3 de janeiro é ex-
presso que ao conselho de saude compete fiscalisar o serviço de todos os empregadçsde
saude, e suspende-los no caso de faltarem aos seus deveres, que igual faculdade1 conipete
aos delegados do mesmo conselho com relação aos empregados de saude nos districtos',
pela disposição expressa do artigo 17.° do citado decreto, é que d'estas disposições com-
binadas com as do n.° do artigo 224.° do codigo administrativo, resulta que os gover-
nadores civis não podem ordenar a suspensão dos empregados de saude, que.não estãò,
na phrase do codigo, sob a sua inspecção:
Manda declarar ao governador civil do Funchal, para que lhe sirva de regra para o fu-
1
turo:
1.° Que lhe não compete regular ou dirigir o serviço de saude, quer maritimo, quer
terrestre, porque n'este assumpto a competencia è do conselho de saude e dos seuá de-
legados. ''
2.° Que lhe não é permitlido revogar ou modificar os regulamentos sanitarios^ por-
que estes actos pertencem ao governo ou ao conselho de saude, segundo á natureza dós
mesmos regulamentos. "' ,
3.° Que não deve alterar ou revogar as ordens dadas pelo conselho de saude aos áèus
subordinados, poisque 0 conselho responde por ellas para com o governo, e os sêus em-
pregados para com o conselho, de quem são dependentes.
4." Que em relação ao serviço de saude deve limitar as suas funcções a dar conta de
quaesquer faltas ou abusos de que tiver conhecimento, para que o governo proveja, sem
todavia se ingerir em indicar o modo por que o serviço deve ser feito.
5.° Que The não compete suspender do exercicio das suas funcções os empregados de
saude, porque, segundo a lei organica d'esta repartição, este meio. dê correççãOj icoinpete
ás auctoridades superiores sanitarias, e não ao governador civil, a quem não tòça ^uper- -
intender ou fiscalisar immediatamente o serviço de taes empregados. . •
6.° Que em quaesquer casos extraordinarios e urgentes em que tenha de,prover; pèíà
faculdade que lhe dá o artigo 243.° do codigo administrativo, deve fazé-ló dentro do.ç li-
mites da lei acima indicada, e n'este caso e em quaesquer outros, em que careça dè i.njfpr-
mações. technicas, recorrer sempre ao delegado de saude, e só na falta ou impedimento
d'este a facultativo diverso. '' T''^'.'f,'
Paco, em 22 de maio de 1865.—Julio Gomes da Silva Sanches."' "'
138
m 1865 de maio
t
•: • •} T . . r i 3.» R E P A R T I Ç Ã O - r i . » SECÇÃO
.... • iVfaoda Sua Magestade El-Rei devolver ao governador civil de Villa Real o orçamento
4 a camara municipal de Alijó para o anno de 1865-1866, a fim de que o mesmo magis-
trado faça reformar este orçamento na conformidade das indicações que seguem.
Quanto á receita, é mister emendar o modo por que estão lançados os impostos sobre
p cons,umq da carne e do vinho, porque o methodo de que a camara lançou mão está em
jOiráp^çtn^.CQD) Ò artigo 142.° do codigo administrativo. ' '
. 'Segundo a disposição expressa d'esf,a lei, QS impostos municipaes indirectos só podem
reca/r ; sobre o facto da venda a retalho; ora o ímpòsto. lançado por cabeça de gado ou por
pipa de vinho não satisfaz a este preceito da lei, porque nem'a pipa é medida de retalho,
nem a , venda do gado em pé póde ser considerada venda de carne a retalho se'm caviUaçãó
dá.le|a sem inversão dos.termos da lingua.
, . Np mespflo caso está o imposto pelo uso dos terrenos em que se fázem as feiras. Este
jflipqstò nãó póde ser lançado em relação a&s generos que se expõem á venda, mas sim
.èm relação ao espaço de terreno occupado, porque a não ser assim o imposto tonia a na-
tureza de contribuição indirecta, que será nulla por estar em desharmonia com o artigo do
codigo(àçima citado, e perde a qualidade dè aluguer, circumstancia unica por que póde ser
sustentado.
E tambem para notar que o aluguer ou terrado só póde exigir-se pelo uso de terrenos
denominados «Proprios dos concelhos», isto é, pelos terrenos que não são destinados parà
.o qsp. commum, de todos, mas para produzirem rendas pára os concelhos ; nao é porém le-
gitimo o aluguer pelo uso das praças ou rocios dos'concelhos, cujo destino' é1 outro, e no
orçamento não se vê indicada a qualidade ou natureza dos rocios porque sé exige alUguer,
o que convém esclarecer.
. , Â,s dividas activas do concelho, que no orçamento anterior vieram descriptas na impor-
tancia de 3,: 3250915 réis, apparecem no orçamento de 1865-1866 figurando por réis
4:7820273, e com a circumstancia notável de se verificar pela confrontação dos dois or-
çamentos,. ,que no espaço de um anno se não cobrou um real só de muitas das dividas des-
criptas. ,".
, Isto prova ou que ellas não foram relaxadas aos juizos competentes, como ordena a lei
de 1C> de junho dè 1843, ou qué depois do relaxe nenhuma diligencia se tem empregado
para levar a effeito a cobrança. Quer pois Sua Magestade que o governador Civil exija de-
larações, explicitas da camara a similhante respeito, e que examine se em'relação ás divl-
â as relaxadas (se com effeito as ha), se tem dado negligencia por parte do administrador
dó concelho. '
Quanto á despeza é mister eliminar a verba de 3OO0OÒO réis, destinada para o paga-
mento do facultativo do concelho, porque este logar não está legalmente creado, vistoque
nãp sç observaram as disposições das leis explicadas ao governador civil na portaria de 12
jufhÓ dè I8.b4,.artigo 2.°, e que no orçameíito não podem incluir-se verbas que não es-
tejam íègàlmente auctorisadas. ' •' ' '
,E tambem indispensavel dar cumprimento ao artigo 16.° da lei de 6 de junho de 1864,
de ^ué a camara se esqueceu, e incluir no orçamento a somma necessaria para as despe-
zas da víaijão municipal, a fim de que essa somma possa ser empregada nas estradas do
çoncelho £ue a commissão de viação do districto indicar, tendo-se muito em vista a dispo-
sição dos n. 03 2, 4 e 5 do citado artigo.
Falta igualmente no orçamento a prestação de trabalho, devida pelos habitantes ou
proprietarios do concelho, nos termos do artigo 138.° do codigo administrativo e dó n.° 1.°
do artigo 16.° da lei citada, falta esta que impede a approvação do orçamento eni vista da
'disposição terminante do artigo 9.°, 1 2.° da lei de 6 de junho.
Cumpre portanto que a camara de Alijó determine dentro do máximo fixado no artigo
17.° daquella lei, qual è a prestação em trabalho com que hão de contribuir os habitan-
tès;óiU proprietarios do concelho, e que fixada a quota e descripta no orçamento se avalie
èm réis' pelo preço medio dos salarios e jornaes, e se leve á columna competente do orça-
mento.
.', ' Na portaria de 12 de junho já citada disse-se á camara que era um erro disseminar
por muitâs obras a verba destinada para melhoramentos municipaes, poisque d'essa disse-
ipjúàçãó resultava que ficassem incompletas!, que viessem â custar mais dinheiro e que de-
mandassem maior pessoal para as fiscalisar. Não obstante esta advertencia o erro repete-
se no orçamento faturo, o que Sua Magestade manda lembrar á camara para qtie corrija
de maio 1865 555
este defeito do orçamento, porque na verdade o é applicar para cincoenta e tres obras di-
versas 7:687^000 réis. ' ' ' ;
O que tudo sé participa ao governador civil de Villa Real para seu conhecimento e da
câmara municipal, á qual recommendará que proceda á reforma do Orçamento ejjí termo
breve, para que possa ter execução no começo do anno economico. " ' ' '
Paço, em 29 de maio de 1865.=.Julio Gomes da Silva Sanches.
Sua Magestade El-Rei manda devolver ao governador civil de Villa Real o orçamento
do concelho de Chaves para o anno de 1865-1866, a fim de que'seja pela respectiva ca-
1
mara corrigido^ nos termos seguintes:
1.° Reduzir o imposto sobre o vinho, azeite, vinagre, geropiga e aguardente á medida
de litro ou meio litro, que é a medida de retalho, porque dois decalitros ou o decalitrò du-
plp, como a .camara lhe chama, correspondem a mais de um alrnude, que nunCa fioi nem
póde ser medida de retalho;
2.° Supprimir no orçamento as denominações dos pesos e das medidas antigas, por r
que os decretos de 13 de dezembro de .1852 e de 20 de setembro de 1860, vedam que
essas denominações se empreguem nos documentos officiaes; . '
3.° Modificar ou supprimir os impostos lançados por cargas, sacos ou carradas de ge-
neros, vistoque os impostos municipaes indirectos não podem recair senão sobre a venda
axetalho, qualidade que falia na que é feita por carga, carrada ou saco;
:4.° Supprimir a verba de 30$000 réis destinada para gratificar ao rodeiro trabalhos
de escripturação da camara, porque a escripturação è serviço do escrivão e da secretaria
da, camara, que tem para isso pessoal sufficientes • :
5.° Elevar a verba destinada para viação municipal a L:302$726i<réis, UDS termos do
artigo 16.° da lei de 6 de junho de 1864, e emendar a designação d'esta verba que,ha de
ser apenas destinada para a viação municipal, provendo a camara a outras obras do conce-
lho, como fontes, calçadas, praças, etc., por outros meios e não por aquelles a que a lei ci-
tada dá uma applicação especial.
O que, de ordem de El-Rei, se participa ao governador civil de Villa Real, para sua
intelligencia e da camará, a quem tránsmittirá copia d'esta portaria.; '
Paço, em 30 de maio de 1865 . = Julio Gomes da Silva Sanches.
Foi premente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil de Angra con-
sulta o governo sobre sé póde ser auctorisada uma rifa deobjectos de commercio quèprè-
tende fazer a firma commercial Cunha & C. a , poisque tendo elle governador civil indefe-
rido 0 requerimento que n'esse sentido lhe fôra feito replicaram os interessados "expondo
rasões que, comquanto lhe não parecessem procedentes, julgavà todavia dever submetter
ao conhecimento do governo. 'r' ' . M'; : ' . ^
:
' Ê Sua^Mágéstade, tendo ouvido o conselheiro ajudante do procurador ^erâl da corôa
jutttô do ministerio do reino, e confbrmando-se com o páreóér!tíaestèrfaaà^íáfrai'dtíp^ânàã
declarar âp governador civilpara sua intelligencia: : ' " ' ., ' "
Que loterias e rifas são uma e á mesma cousa, e consequentemente éstas e'aquellas
estão comprehendidas na disposição do artigo 272.° do codigo penal; nãó pod!éhdó sèr àti-
ctórisadas sénão quando têem'por fim actos de beneficencia ou de protecção ás ártès';
Que a disposição do § 1.° do artigo 270.° do mesmo codigo abrange umaís e' Outras,
no qúe concorda o artigo 15.° do decreto de 10 dezembro de 1861, empregando os dois
termos como synonymbs e sujeitando ao mesmo sêllo os bilhetes quer aas loterias, quèr
das rifas;
Que é inteiramente destituído de fundamento o argumento a contrario sensif qiie os
réqúerentes deduzem d'este decreto, pretendendo que estabelecendo elle 6 sêlló pelosbi-
lhetes, pago que elle seja não póde negar-se a licença para qualquer rifa ou loteriá;pois-
qUe é cousa corrente que as taxas do sêllo só são fixadas para o caso qué 6's actPs taxados
sèjàm ou venham a sèr auctorisados pela legislação do reino, sem <jué d'éssaj3 taxáè; se
f>ossá tirar por conclusão que todos os actos taxados são lícitos ou podem livrèméntp §«}r
!
praticados pelos cidadãos;
: !
' Qué não podem ser consideradas pcírticylares sem inversão do áentjqjo j j j ^ j n ò ' dos
1865 14 de juniio
"termos dá lingua as loterias ou rifas cujos bilhetes são sellados e expostos á venda ao pu-
blico, .tendo só aquelle caracter segundo a opinião do jurisconsulto citado pelos requeren-
tes as rifas que sé fazem no intimo das familias por mero passatempo e sem animo de ; lu-
cro ou'8e especulação mercantil;
Que deve portanto sei indeferida a replica dos supplicantes, por contraria á í ei;, para o
que se devolve ao governador civil o requerimento por elle enviado a este mihisterjo.
Paço, em 31 de maio de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.
Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento em que o bacharel An-
tonio de Gouveia Osorio se queixava da commissão do recenseamento eleitoral dp concelho
dè Sátap, no corrente anno, por não ter concluido os trabalhos a seu cargo, e dado d'elles
conhecimento aos interessados dentro do praso legal, sem. embargo das repetidas instan-
cias qué o supplicante para esse fim lhe dirigira; V..,.,
Verificando-se pela informação do governador civil de Vizeu, e pelá própria' resposta
da commissão ouvida sobre o assumpto, que comquanto ella se tivesse installado nó dia 18
de janeiro, conforme determina a lei, não proseguíra com regularidade no desempenho
da sua missão, vindo a fazer publicas as listas do recenseamento, e a patentear o livro d'eile
aos interessados já depois de ter expirado o praso para as reclamações e passado o dia em
que o resultado (fellas devêra ter sido publicado;
Considerando Sua Magestade que a defeza que a commissão arguida offerece, ;fundada
em que não podéra reunir-se com pontualidade por causa da intemperie da estação, é
completamente inadmissível, e não póde por modo algum desculpar o desleixo com que
se houve no cumprimento de tão importantes deveres, privando assim os eleitores dos
meios de recurso que lhes facultam as leis;
Considerando mais que a portaria de 13 de abril de 1852, invocada pelo; governador
civil a. favor da commissão recenseadora, sobre ser alheia ao caso de qqe se trata, está re-
vogada pela posterior legislação; e
. Conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa
junto do ministerio do reino, manda que o governador civil do districto de Vizeu faça pro-
ceder pela fórma estabelecida nos artigos 41.° e seguinte^ da lei de 23 de novembro de
1859 á imposição e cobrança das multas que se acham comminadas no artigo 121,.° do de-
creto eleitoral, e em que por sua negligencia incorreram a commissão,.recenseadora do
cóncèlho dè Sátão, no anno de 1865, e o administrador do mesmo concelho:
21 de 'unho 18G5 557
Sua Magestade ordena outrosim que o governador civil de Vizeu fique por sua parte
entendendo que era do seu dever e competencia ter deferido ao requerimento que por
esta occasião lhe dirigira o bacharel Antonio de Gouveia Osorio, vistoque se não tratava
de um recurso interposto da decisão da commissão recenseadora, mas de uma providencia
administrativa que lhe cumpria ter adoptado logoque lhe constou não se haver concluido
o recenseamento no praso legal, porque a doutrina de que a auctoridade administrativa
não tem ingerencia alguma nos actos das commissões recenseadoras, depois da sua instal-
lação, é cabalmente insustentável em presença da legislação eleitoral, que a encarrega aliás
de fiscalisar e promover o seu cumprimento, quer adoptando as providencias comprehen-
didas nos limites das suas attribuições, quer interpondo os recursos competentes.
Paço da Ajuda, em 14 de junho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio que o governador civil de Villa Real di-
rigiu a este ministerio em 17 de junho corrente, pedindo que se lhe declare por qual dos
dois recenseamentos se deve proceder á proxima eleição de um deputado pelo circulo da
capital d'aquelle districto, se pelo recenseamento do anno de 1864, se pelo que respeita
ao presente anno, vistoque poderãoaté ao dia 8 de julho, vespera da eleição, ser apresen-
tadas á competente commissão recenseadora, em consequência da prorogação que houve
nos respectivos prasos, as sentenças judiciaes para quaesquer alterações que tenham de
ser feitas no actual recenseamento; e
Considerando que o recenseamento eleitoral do presente anno se acha ha muito con-
cluido no concelho de Villa Real, restando apenas fazer-lhe as rectificações ordenadas pelos
tribunaes superiores, e que forem apresentadas até ao dia 8 de julho proximo, em conse-
quência da alteração que houve nos prasos legaes para as diversas operações do recensea-
mento;
Considerando que a commissão recense.adora deve no dia 2 do mesmo mez de julho
proceder á extracção dos cadernos do dito recenseamento, para o effeito declarado no ar-
tigo 44.° do decreto de 30 de setembro de 1852, aindaque a esse tempo não estejam no-
tadas todas as decisões dos recursos interpostos;
Considerando finalmente que no dia 9 de julho já o recenseamento deve estar defini-
tivamente concluido, por haver expirado o ultimo praso prorogado; e
Conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa
junto do ministerio do reino:
Manda Sua Magestade declarar ao governador civil de Villa Real, que é pelo recensea-
mento do corrente anno de 1865 que indubitavelmente se deve proceder á eleição do de-
putado pelo circulo de Villa Real; cumprindo que, se ainda no acto d'essa eleição se apre-
sentar a decisão de algum recurso que não tenha sido antes d'isso notada no recensea-
mento, seja essa decisão attendida nos termos do artigo 63.° n.° 2.° do citado decreto
eleitoral. '
Paço de Mafra, em 20 de junho de 1865. = Jiãio Gomes da Silva Sanches.
mente transmittidos aos diversos governadores civis para as fazer abonar no respectivo
anno,'freguezia e concelho, foi iIlegalmente levado em conta á freguezia da Ereira no anno
de 1863 o mancebo Antonio da Silva Tavares, que assentou praça em fevereiro ultimo;
, . Que o mesmo mancebo deverá ser abonado ao contingente distribuido á freguezia dó
'sèii'domicilio, depois de incluído nas relações a que acima se allude e no anno.que for de-
signado nas mesmas, as quaes opportunamente se enviaram ao governador civil; e
Qne.n^èsta conformidade não póde ser levado em conta á freguezia de Vallada, cbncfe-
íhb dó Cartaxo, no anno de 1864, o referido voluntário.
Paço, ém 21 de junho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanckes.
DomLuiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a
iodos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
: ..iArtigo 1.° A freguezia de Tapens, que faz actualmente parte do concelho de Pombal,
districto de Leiria, fica pertencendo ao concelho de Soure, districto de Coimbra, j5ara to-
dos os effeitos administrativos, judiciaes e politicos.
Ar|,. 2.° Fica revogada toda a legislação em contrario.
. Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da re-
ferida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
n'ella se contém.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e dos ecclesiasticos e de jus-
tiça a façam imprimir, publicar e correr. Dada no paço, em 25 de junho de 1864.—RRI,
(com rubrica e guarda). =Duque de Loulé—Gaspar Pereira da Silva.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
.de. 16 de junho corrente, que altera a divisão territorial, passando a freguezia de Tapens
do concelho de Pombal, districto de Leiria, para o concelho de Soure, districto de Coim-
bra;,manda cumprir e guardar o mesmo decreto como n'elle se contém, pela fórma retrò
declarada.—ParaVossa Magestade ver. = .loão Pereira a fez (1).
D. de L. n.° 180, de 12 de agosto,
2.® REPARTIÇÃO
REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE
(1) Tendo sido publicada esta léi com incorrecções no Diario dè Lisboa n.° 146, de 1864, de novo
sè publica devidamente emendada.
n tik jnibo 1865
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 11 de julho de 1865.—REI. =
Carlos Bento da Silva. D. de l. n.° i s s , d e 21 do agosto.
2.» REPARTIÇÃO
Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o officio de 13 de junho ultimo, em que o
governador civil de Aveiro pergunta se, dado o impedimento do mancebo Antonio que
foi sorteado no concelho de Agueda com o n." 1 para o recrutamento de 1863, conside-
rado refractario por não se haver apresentado para assentar praça, e q u e actualmente está
na cadeia do concelho de Sever do Vouga cumprindo a pena de dois mezes de prisão pelo
crime de roubo, deve esperar que o mesmo individuo acabe de cumprir a pena em que
foi condemnado para o compellir depois a assentar praça ou chamar desde já o supplente
respectivo para preencher a falta temporaria d'aquelle recruta; attendendo a que as vaca-
turas acontecidas no numero de recrutas effectivos, são preenchidas pelos supplentes,
qualquer que seja a causa d'ellas, nos termos do § unico do artigo 44." da lei de 27 de ju-
lho de 1855; attendendo a que o preenchimento do contingente não póde ser demorado
pelo facto do refractario ler commettido um crime por que foi condemnado n'uma pena
temporaria, e a que o refractario não Oca desobrigado de servir pelo tempo que lhe com-
pete depois de ter sofírido a pena em que incorreu; conformando-se com o parecer do
ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio do reino: ha por bem resolver
que no caso de impedimento temporário dos recrutas effectivos sejam chamados os sup-
plentes, guardada a ordem do sorteamento para preencherem as faltas d'aquelles, sendo
despedidos do serviço logoque os primeiros assentarem praça.
E assim o manda participar ao governador civil para seu conhecimento e mais effeitos.
Paço, em 12 de julho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.
: Sua Magestade El-Rei, a quem foi preseute o requerimento em que o maritimo de Villa
Nova de Portimão, Joaquim José de Sant'Anna, pede isenção do serviço da armada;
Considerando que o requerente comprova ter sido matriculado em um navio de com-
mercio, na qualidade de praticante de pilotagem;
Considerando que o artigo 36.° do regulamento de 25 de agosto de 1859, fazendo re-^
cair o sorteamento maritimo tão sómente nos individuos das classes de marinheiros e gru-
metes, exclue consequentemente os officiaes da marinha mercante :
Ha por bem determinar que o referido Joaquim José de Sant'Anna seja isento do .ser-
viço da armada.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do departamento do sul, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 19 de julho de 1865. = Sá da Bandeira. D . d e L . n.° iso, de 2i de agosto.
9 de agosto 1865 561
Tendo-se verificado pelo balanço que por ordem do governador civil do districto de
Villa Real foi dado ao cofre da camara municipal do Peso da Regua e pelo exame da res-
pectiva escripturação, que no cofre do concelho faltam 9720174 réis, provenientes dos
rendimentos ordinarios, e 10:3010361 réis provenientes do imposto creado pela lei de
20 de julho de 1855, para a obra do caes da villa; tendo-se verificado mais, que para en-
cobrir o desvio d'esta ultima quantia fez a camara escripturar, como despeza, 9:4770370
réis, despeza que realmente não foi feita, porque não se encontraram no archivo da ca-;
mara folhas processadas, ordens ou mandados de pagamentos, documentos ou quitações
que justificassem as verbas de despeza lançadas nos livros competentes; verificando-se fi-
nalmente que a somma destinada para as obras do caes se achava depositada no banco
mercantil do Porto, e que d'ali foi levantada por meio de cheques e por este modo des-
viada do seu destino legal; e mostrando estes deploráveis factos que a camara municipal
do Peso da Regua não póde continuar na gerencia do concelho, nem merecer já a con-
fiança dos seus administrados: hei por bem dissolver a mesma camara e ordenar que, nos
termos do artigo 107.° do codigo administrativo, se proceda a nova eleição dentro de
trinta, dias.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço da Ajuda, em 5 de agosto de 1865. = R E I . = Julio Gomes da Silva San-
ches. D. de L. n.° 180, de 12 do agosto.
Sua Magestade El-Rei viu a informação do governador civil da Guarda, ácerca do des-
equilíbrio que se nota entre a receita e a despeza effectuada com relação aos expostos no
anno economico de 1863-1864, desequilíbrio que deu motivo aos reparos feitos pelo tri-
bunal de contas em accordão de 7 de março ultimo, publicado no Diario de Lisboa n.° 164;
e consistindo a explicação dada por aquelle magistrado em provir o desequilíbrio do atrazo
em que se acha o lançamento da contribuição predial, que é a base das collectas lançadas
ás camaras para o pagamento das despezas dos expostos: manda Sua Magestade declarar
ao governador civil que não é procedente esta rasão, e que se elle tivera dado conheci-
mento do facto ao governo, haver-se-ia providenciado por modo adequado.
O lançamento da contribuição predial é com effeito a base das collectas a lançar ás ca-
maras, mas é o lançamento feito e não o que ba de fazer-se.
140
592 1 8 6 5 25 de agosto
Se havia pois atrazo n'este serviço, cumpria ao governador civil apresentar ajunta ge-
ral osdadós e informações que possuia, para que em vista d'ellas se fizesse a distribuição
pelos concelhos, até porque constituindo os pagamentos ás amas alimentos dos expostos,
é palpavel que não podem elles atrázar-se sem gràve risco para a vida d'esta classe des-
valida, que tem sempre merecido e deve merecer a especial protecção das auctoridades.
, Çumpre pois que o governador civil, tendo em vista e$tes principios, cuide dp .fazer
çeçs.ar o atrazo de pagamentos, e muito particularmente o de mais de um anno que se dá
nos concelhos dè Geia, Celorico e Foscôa, provendo a que se distribuam as collectas ás
camaras pelos lançamentos que se acharem concluidos, embora digam respeito a anno
economico anterior, e que a entrada no cofre do districto se realise com a menor (}§mora
possivel. . . .
jp^go,,.enj.9 çí??g° s t P de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.
:
• Ghegando ao conhecimento do governo que, em contravenção da legislação vigente, e
em manifesto prejuizo da loteria auctorisada da santa casa da misericordia de Lisbóa, sé
estão 'vendeivdò' publica e escandalosamente por todo o reino bilhetes e cautelas de lote-
rias èstrángéiras, Sem que por parte das auctoridades administrativas sé empreguem
meia&.algnBs de repressão, o que bem denota o culpável desleixo com que se tem descu-
rado este importante serviço policial, aliás por muitas vezes recommendado aos governa-
dores civis dos districtos : e tornando-se indispensavel pôr cobro, de uma vez para sem-
pre, áquelle intolerável abuso: manda Sua Magestade EI Rei suscitar ao governador civil
de Lisboa a rigorosa observancia das disposições dos decretos de 3 de junho de 1841 e
5 de novembro de 1851 e artigos 270.° e seguintes do codigo penal, afim de que o mesmo
magistrado expeça com urgencia as necessarias instrucções aos administradores seus su-
bordinados, recommendando-lbes mui expressa e terminantemente que, desde já e amiu-
dadas vezes, procedam com a maior actividade nas diligencias para a apprehensão dos bi-
lhetes, e cautelas de que se trata, assim como das machinas e utensílios empregados no fa-
brico d'estas; nos termos do artigo 19.° do citado decreto de 5 de novembro, autuando os
cóntravehiores, e remettendo logo os respectivos autos ao agente do ministerio publico.
E quero; mesmo augusto senhor que assim se communique ao referido governador civil,
torhàndò-o immediatamente responsável pelo escrupuloso e pontual desempenho d'esta
real ordem.
Paço da Ajuda, em 10 de agosto de 1865. = Julio Gomes da Silva Sanches.
' D. de L. n.° 222, de 2 de out.
Have,n$o chegado a este ministerio repetidas reclamações contra o modo por que são.
feitas as matriculas das tripulações nos navios que seguem dos portos do reino para o Bra-
zil, qriginando amiudadas contestações entre os agentes consulares eos capitães e equipa-
gens! ^dps.návips do commercio, e. considerando que provém d 'ahi factos, cujas deploráveis
consequências cumpre atalhar, removendo a causa; considerando que é origem de taes
factos¥phrase geralmente adoptada nas matriculas «segue viagem p a r a . . . e de lá para
onde convier», ou est'outra análoga « segue viagem p a r a . . . e de lá para onde convier,
voUqnab depois a Lisboa»; considerando que taes declarações constituem quanto á equi-
pagéhf um contrato e que a auctoridade só tem por dever n'estes casos impedir os equí-
vocos çsbphismas, esclarecendo os menos instruidos ácerca do alcance latitudinario que
póde dar-se ás obrigações a que elles se sujeitam, por isso que se tal annuencia provém
dè Vèrdádeira ignorância no modo de interpretar a referida declaração, vicia na essencia o
c o n t r a t e m que interveiu: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos ne-
gócios da marinha e, ultramar, conformandó-se com o parecer do conselheiro ajudante do
procurador geral da corôa junto a este ministerio, que os intendentes de marinha dos dif-
terentes departamentos tomem as providencias necessarias para que, nas matriculas dos
navios que se destinam aos portos do Brazil, se declare, sempre que for possivel, espèci-
ficadáménté! quaes os portos onde o navio tem de tocar, e não podendo-sesr assim, que.se
ti de agosto 1865 563
diga «segue viagem para-... e, de lá para outro (ou outros) portos do mesmo império*,
ou <í segue viagem par-a. .. e de, lá para outros portos da America», ou finalifiente, con-
forme as variadas circumstancias que se podem dar, se empreguem, termos cíatos e ò:s
mais,apropriados, declarando-se a obrigação do regresso ao porto de saída, eésclárecendo
sempre os tripulantes de qual póde ser o mais lato sentido das palavra.Vempi-egádas; or-
denando outrosim o mesmo augusto senhor que, quando por exigencia de uma 'parte e
annuencia de outra, houver de se inscrever a formula a segue viagem para... ede lápara
onde convier», se instruam então os tripulantes, de modo que não possam allegar igno-
rância, de/que pór tal fórma é licito ao armador exigir que do primitivo porfo çk> destino
continuem a servir no navio em viagem para qualquer ponto cia terra, corno mèíhor con-
vier ao mesmo armador.
Paço, em H de agosto de 1865. = Sá da Bandeira b , d ç L . u . o j 3 i , de l ã de ont.
M I N I S T E R I O D O S N E G O C I O S DO R E I N O :
Attendendo ao que me representou Alfredo João Baptista Pedro Thierry Júnior, súb-
dito francez residente em Paris, pedindo privilegio por dez annos como inventor dè um
systema para applicações feitas aos meios, processos e apparelhos, tendo como resultado *
industrial a suppressão do fumo nos fogões de caldeiras a vapor e geralmente nai: for-
nalhas industriaes, onde se queimam materias fuliginosas; •
Visto o déCreíp com força de lei de 31 de dezembro de 1852; .«
Considerando qtie o requerente satisfez todas as suas prescripções: \
Hei por bem conceder ao dito Alfredo João Baptista Pedro Thierry Júnior a paftástede
invenção para o abjecto acima indicado e pelo espaço de dez annos, dbránte os quáès os
seus direitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei; sendo a
patente concedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade ou mereci-
mento do invento a que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro e o re-
querente sujeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto e ao prévio pa-
564 1865 25 de agosto
gamento dos direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras pu-
blicas, commercio e industria.
O ministro e secretario d'eslado das obras publicas, commercio e industria assim o le-
nha entendido e faça executar. Paço, em 22 de agosto de 1 8 6 5 . = R E I C a r l o s Bento
da Silva. D. (le L. n.° 230, dc 11 de out.
Saibam quantos esta escriptura com o teor dos estatutos da companhia de seguros Bo-
nança virem, que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Ghristo de 1865, aos 24
dias do mez de agosto, n'esta cidade de Lisboa, na rua Augusta n.° 141, 1.° andar, em
meu escriptorio, compareceram o conselheiro João Rebello da Costa Cabral, casado, juiz
da relação de Lisboa, morador na rua do Monte de Santa Catharina n.° 52, freguezia da
mesma invocação; Joaquim Eugénio Lartigue, viuvo, primeiro official da repartição de fa-
zenda do districto de Lisboa, morador na rua dos Caetanos n.° 7, freguezia de Nossa Se-
nhora das Mercês; e Antonio José Rodrigues Leitão, solteiro, negociante, morador na
rua e freguezia da Magdalena n.° 191; os quaes outorgam, o primeiro como presidente
e os outros como secretarios da assembléa geral da referida companhia, e a todos conheço
pelos proprios, do que dou minha fé. E por elles outorgantes foi dito na presença das
testemunhas adiante nomeadas e assignadas: que, tendo a assembléa geral da mencionada
companhia de seguros Bonança resolvido alterar e reformar os seus estatutos, assim o
fizera pelo modo facultado e segundo o disposto no respectivo artigo 41.°; e que, em
conformidade da lei e para os devidos effeitos, os mesmos outorgantes na qualidade que
representam reduzem á presente escriptura os novos estatutos que me apresentaram, e
são os seguintes:
Estatutos da companhia de seguros Bonança
CAPITULO I
Sa companhia, sua natureza, capital e duração
CAPITULOU
Das operações da companhia
. Art. 9.° Os riscos e seguros que a companliia houver de tomar, se forem marítimos,
não excederão em qualquer viagem de um só navio a mais de 16:000^1000 réi§, e havendo;
conveniencia em tomar maior quantia deverá resegurar-se o excedente; se forem seguros,
terrestres, nunca irão alem de 30:000^000 réis tomados sobre o mesmo edificio, compre-
hendidos os generos, mobilia e fazenda n'elle existentes. Sobre mobílias nunca excederão
a 10:000^000 réis em um só edificio; e sobre fazendas existentes em um unico predito não
poderá o seguro tomado passar de 12:000^000 réis. Sobre generos ou fazendas existen-
tes nas alfandegas ou em armazens d'ellas dependentes, sobre seguros de transportes dp,
mercadorias por terra e agua, fica ao prudente arbítrio da direcção o poder elevar a quantia
segurada até onde ella julgar conveniente, não excedendo porém a 30:000$00Q réis. So-
bre estancias, carvoarias ou cortiça só poderá tomar-se seguro até 4:000$000. réis em
cada propriedade. Sobre materias inflammaveis poderá a direcção tomar ou recusar os
seguros que lhe forem propostos, observando comtudo as regras que ficam prescriplas.
Os seguros sobre theatros não são admittidos.
| unico. Na cifra dos riscos maritimos de que trata este artigo não se comprehen-
dem as quantias que os agentes da companhia no ultramar, nos termos das suas instruc-
ções, possam ter tomado em navios da carreira, attenta a impossibilidade que ba em po-
d e s s e elfectuar o reseguro do excedente.
Art. 10.° Para o seguro de vidas publicará a companhia as competentes tabellas com
as respectivas instrucções, precedendo para umas e outras approvação da assembléa geral
e confirmação regia. ,
CAPITULO III
Dos accionistas '
Art. 11.° É accionista qualquer nacional ou estrangeiro que possua unaa ou mçjs ac-
ções devidamente averbadas. •
.. Art. 12.° Nenhum accionista poderá possuir mais de oitenta acções. Ejceptuam-se po-
rém os actuaes accionistas que possuirem maior numero de acções, o qual todaviq n^o po r
derá ser augmentado. . '.,
597
ti de agosto 1865
cinco vogaes para examinar o relatorio e contas da gerencia do anno findo. Na segunda,
que será dias depois, resolve-se ácerca do parecer da commissão de exame de contas, e
do dividendo; e depois discutir-se-ha qualquer proposta submeltida á sua deliberação,
concluindo pela eleição da nova direcção.
§ 1.° Todas as eleições serão feitas pela fórma marcada no artigo 22.°
| 2.° A mesa é composta de um presidente, um vice-presidente, dois secretarios e
dois vice-secretarios.
| 3.° A ausencia ou impedimento de qualquer vogal da mesa será supprida pelo im-
mediato, chamando a presidencia um accionista para desempenhar o logar vago.
§ 4.° Os accionistas poderão examinar os livros, relatorio e contas nos oito dias em
que estiverem patentes; mas não lhes é permittido tirar copia ou extracto.
Art. 21.° A assembléa reune-se extraordinariamente nos casos designados n'estes es-
tatutos, ou quando o seu presidente com a mesa julgar conveniente a sua convocação,
quando ésta for pedida pela direcção, no caso previsto no § unico do artigo 13.°, ou quando
for pedida por quinze accionistas, os quaes tenham, pelo menos, duzentas acções averba-
das em seu nome.
| unico. No ultimo caso d'este artigo deverá a assembléa geral ser requerida ao seu
presidente, declarando-lhe o objecto e motivando o pedido, e nomeando os requerentes
dois d'entre elles para sustentar na discussão a justiça ou conveniencia da sua pretensão.
Art. 22.° A eleição do presidente, vice-presidente, secretarios e vice-secretarios da
assembléa geral, e dos membros da direcção e seus supplentes, e a dos accionistas que de-
vam formar a commissão de exame de contas ou outra qualquer, será feita por escrutínio
secreto, em listas separadas. No primeiro escrutínio requer-se a maioria absoluta, no se-
gundo basta a relativa.
Art. 23.° Alem das mais attribuições definidas, compete á assembléa geral, sobre pro-
posta dá direcção, fixar os quadros dos empregados da companhia e approvar os seus or-
denados.
Art. 24.° As decisões sobre qualquer assumpto, discutido em assembléa geral, serão
tomadas por maioria de votos presentes, e no caso de empate proceder-se-ha a nova dis-
cussão e votação, na mesma ou em outra assembléa que para esse fim será convocada.
, CAPITULO V
Da direcção
Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o officio e m qoe,o
•governador civil de Santarem consulta sobre a providencia que deva tomar-se no caso de
se reger alguma misericordia pelo compromisso da de Lisboa, no qual é expresso que o
provedor será fidalgo, e de não haver entre os irmãos pessoa com esta qualidade, a quem
possa Confiar-se o governo; e Sua Magestade, conformando-se com o parecer do ajudante
do procurador geral da corôa junto d'este ministerio, manda declarar ao governador civil
qué a providencia radical a tomar é insinuar ás misericórdias que se regem pelo compro-
misso da de Lisboa, a conveniencia de organisar compromissos novos, nos quaes se sup-
primam esta e outras disposições inconvenientes que se encontram no compromisso da de
Lisboa, o qual, na maxima parte dos seus capítulos, não está já accommodado ás necessir
dades do tempo presente. Como porém esta providencia é morosa, e por outro lado não
seja rasoavel admittir que a falta de pessoa nobre com os predicados para desempenhar o
7 dè ontnbro 1865 571
cargo de provedor seja motivo bastante para deixar de fazer-se a eleição das mesas na
epocha ordinaria, o que equivaleria a afastar das condições normaes estes importantes es-
tabelecimentos por força de uma circumstancia manifestamente insignificante para a boa
administração d'elles: determina Sua Magestade que todas as vezes que se der impossibi-
lidade de cumprir o alludido preceito do compromisso da misericordia dè Lisboa, põr não
haver pessoa nobré que possa ser escolhida, ou queira aceitar o cargo de provedor, se te-
nham por elegíveis quaesquer irmãos que, independentemente daquella qualidade, reunam
as outras necessarias para o serviço de que se trata.
Paço, em 4 de outubro de Joaquim Antonio de Aguiar.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei, regente em nome do Rei, a representação da ca-
mara municipal de Bragp, ácerca do orçamento do concelho para o anno economico cor-
rente, e bem assim o officio em que o governador civil do districto, apoiando aquella re-
presentação, pede tambem que o orçamento seja approvado independentemente das cor-
recções ordenadas em portaria de 8 de agosto ultimo.
Comquanto seja das intenções do governo coadjuvar as camaras no exercicio das suas
importantes funcções, e facilitar-lhes em vez de tolher-lhes a sua acção beneflca, não póde *
todavia o governo desviar-se das regras prescriptas nas leis, nem auctorisar o contrario do
que ellas prescrevem, sejam quaes forem os motivos que se adduzam, porque nenhuns ha
que possam antepor-se ás disposições legislativas.
A representação da camara versa principalmente sobre tres pontos:
1.° Djspensa de inserir no orçamento municipal a dotação das estradas;
2.° Approvação dos impostos indirectos como se achavam nos ultimos orçamentos;
3.° Adiamento da conclusão do tribunal judicial para o tempo em que for auctorisado
o emprestimo que a camara destina para esta obra.
Pelo que toca ao primeiro assumpto da representação, basta que a camara tenha pre-
sente a disposição terminante e expressa do artigo 9.° da lei de 6 de junho de 1864, para
reconhecer logo a impossibilidade legal de ser deferida n'esta parte a sua representação.
A lei citada,.ordenando que se não approve orçamento algum sem que n'elle venha a
dotação das estradas, não torna o cumprimento d'este preceito dependente de alguma for-
malidade ou circumstancia, e ainda menos de que se ache concluido o plano geral das es-
tradas; e tanto basta para que o governo não possa adiar a execução da lei e faze-la su-
bordinada a actos que o legislador não teve em vista.
Haveria mesmo manifesto desaccordo com a intenção da lei, se fosse attendida a repre-
sentação da camara, poisque se espaçaria por muito tempo a observação de um preceito
que a lei fez de immediata execução, no intuito de colligir fundos, que podessem ser em-
pregados logoque o plano das estradas fosse approvado, e de fazer sentir praticamente aos
povos os resultados beneficos da lei citada.
Acresce a isto, que em portaria de 8 de julho do anno corrente, publicada no Diario
de Lisboa n.° 152 de 11 de julho, se ordenou ao governador civil do Porto que fizesse cum-
prir a disposição do artigo 9.° da lei de 6 de junho de 1864. e seria um facto anormal.que
í
20 de outubro 1865
Foi presente a Sua Magestade El-Rei Regente o officio do governador ciVil db' díStW^ò
de Lisboa, de 22 de agosto ultimo, acompanhado da copia de ontro que líí& dilfigírá^d^l1-
ministrador do concelho de Cintra com o resultado da investigação à q t í é prpcèdêrá^érra
conhecer das inexactidões e irregularidades, que em um protesto que lhe^Ôí0prèáentado
contra a validade da recente eleição de um deputado pelo circulo n. 0 109,'Cintra, sfe!W-
ziam commettidas nâ ultima revisão do recenseamento politico d'aquelle 'conéelhó. l i -
gando o mencionado administrador de concelho necessaria a adopção de providenciai ffáík
que os actos das proximas eleições municipaes nãó soffram ali transtorno, riém provòáuem
novos protestos e desintelligencias; e " '•<-"""•''
.. Considerando o mesmo augusto senhor que as irregularidades á que se áíludè d í i M
respeito, umas aos actos propriamente eleitoraes, outras á organisação e revisão dô feeeh'-
spamento; •'.'"'. './': ' ' '"' '' 1
. Considerando que das primeiras tomou já conhecimento a junta preparatoria da ca-
mara dos senhores deputados, nos termos do artigo 103.° do decreto d e 3 0 ' dè èétémbirô
! u
de 1852, julgando-as improcedentes e approvando a eleição; ' , / , .''"i'
'Considerando que das segundas deveriam conhecer os tribuna és jbâiciaès,; ná cÒnfBr-
midade do mesmo decreto, se em tempo os interessados ho u vessèfti ihterjtósfcl ós'recursos
competentes;
Considerando que quaesquer que sejam as omissões ou defeitos que hoje possam en-
contrar-se no recenseamento arguido, é certo estar elle definitivamente concluido, tendo
143
dg o u t o n o
:
3.»REPARTIÇÃO —3,".SECÇÃO • •>. ! " } i i ": «
u , 0 wSjq^ r Ma§9stade
m q u ' q q e . o governador civil tenha tolerado a residencia do adminis-
trador ao concelho fóra da sédè d^èktè,' facto dè què nao podiam deixar de pro vir incóh-
mifPêmw
imw&rn
nao tenha ei]
!
sif-
no mti-.Ho.-í -iod :.IÍJ. :r.oJ.">j-'-b í^í.mo í: mr-há -•••)> -iM^.^riGJuri ohiK jí-bi-aolí
38 (je putubro 1865 575
§ unico. Será sempre chefe do estado maior do corpo um official superior do mesmo.
Art. 3.° Poderão ser empregados com preferencia:
1.° Na secretaria do commando em chefe, quando o houver;
Em ajudantes de campo dos generaes;
3.° Em trabalhos-topographicos e photographicos militares,
• Art. 4.° Poderão ser empregados:
1
1.° No instituto geographico;
2.° Quando o commandante em chefe de um exercito ou corpo de exercito em ope-
rações tiver de mandar parlamentarios ao exercito inimigo, tiver de nomear agentes para
tratar de armistícios, troca de prisioneiros, preliminares de paz e outras commissões;
3.° Finalmente em todas as commissões especiaes do serviço para que forem aptos
em consequência das suas habilitações scientificas.
. Art. 5.° Aos officiaes nomeados para commissões especiaes serão fornecidas pelo
commando do corpo as necessarias instrucções, e bem assim os instrumentos, cartas e
mais auxiliares para bom desempenho do serviço de que forem encarregados.
§ unico. Quando no deposito de instrumentos do corpo não houver os que forem pre-
cisos para as differentes commissões serão estes fornecidos pelo ministerio da guerra, pre-
cedendo requisição do general commandante.
Art. 6.° Os officiaes do corpo do estado maior ficam sempre sujeitos ao general seu
commandante, qualquer que seja a situação em que se acharem, e lhe darão conta, não só
dos trabalhos scientificos de que forem incumbidos, como do local da sua residencia.
Art. 7.° Dado o caso de neutralidade de Portugal, quando succeda haver guerra entre
duas: óu mais nações, os officiaes do corpo do estado maior serão de preferencia escolhi:
dos para nos respectivos estados maiores dos exercitos em campanha estudarem as opera-
ções de guerra.
CAPITULO III
[Deveres dos officiaes do corpo do estado maior empregados no serviço dos diversos
estados maiores, tanto em tempo de guerra como no de paz
Art. 8.° O chefe do estado maior de uma divisão militar territorial é o encarregado
da execução de todo o serviço; como tal ê o intermedio entre o general que commanda a
divisão, e todos os seus subordinados; as ordens portanto que forem dadas pelo chefe do
estado maior em nome do commandante da divisão serão consideradas como proprias d'este
general. É pois da competencia do chefe do estado maior de uma divisão militar terri-
torial:
1.° Dirigir os trabalhos do expediente da secretaria da divisão, na conformidade do
respectivo regulamento, e ao mesmo tempo expedir as ordens do general sobrè todo o
serviço, militar;
2.° Determinar, segundo as disposições do commandante da divisão^ o serviço das
guarnições, transmittir as instrucções aos commandantes das forças destacadas ou em di-
ligencia, e a quaesquer individuos encarregados de commissões especiaes;
3. a Distribuir o santo, senha e contrasenha á guarnição do ponto onde estiver o quar-
tel general ;
4.° Elaborar memorias sobre a defensa do territorio da divisão e projectos relativos
ás posições por elle reconhecidas ou por outros officiaes' para esse fim commissionados,
trabalhos estes que devem ser remettidos ao governo ou ao commandante em chef e, quan-
do o houver, e enviada uma copia ao commandante do corpo do estado maior;
5.° Commetter ao sub-chefe do estado maior trabalhos analogos aos indicados no nu-
mero antecedente;
6.° Estudar quaes as localidades máis vantajosas no districto da divisão para o estabe-
lecimento de depositos e hospitaes, recursos que podem prestar e meios de communica-
ção, segundo as hypotheses prováveis da guerra;
7." Acompanhar o commandante da divisão, quando elle assim o exigir, em todos os
actòs do serviço, especialmente nas revistas e inspecções aos corpos, praças de guerra e
estabelecimentos da sua dependencia, bem como assistir aos campos de instrucção; •
8.° Exercer finalmente dentro do respectivo districto todas as attribuições do chefe
do estado maior de uma divisão de exercito, cumulativamente com as que são indicadas
nos números antecedentes.
Art. 9.° O sub-chefe do estado maior é o immediato ao respectivo chefe do estado
14 de novembro 1865 577
á defensa como ao ataque, as linhas ferreas existentes dentro da area das mesmas opera-
ções, e segundo as circumstancias suggerir as precauções que julgar mais conveniántes;
16.° Visitar repetidas vezes os quarteis, acantonamentos, acampamentos1, prisões; hos-
pitaes e depósitos, para informar o general do que tiver observado, e muito principal-^
mente os pontos avançados, para verificar se o serviço é feito com o cuidado é regulari-
dade recommendada; P
17.° Auctorisar os pagamentos extraordinarios determinados pelo general;
1'8.° Auctorisar a satisfação das requisições de fardamento, equipamento, armamento,
munições de guerra e de bôca e transportes; '<• • ''»••
/Propor a nomeação de um. official, a quem pertença cuidar no alojamento do
quartel general e respectivos empregados;
20.° Antecipar as providencias sobre quaesquer meios precisos para o bom exitò dô'
plano ou empreza que o general tiver em vista executar; •-
:
21.* Communicar ao official chefe de engenheiros junto ao corpo do exercito as» or-
dens relativas aos pontos que; hão de ser fortificados, e objecto ou objectos da forti®caç3©,-
e a fOÊça de homens e artilheria com que serão guarnecidas aS obras; o mesfrio terá logar
á'»BSpeitG de>ífuaesquer outros trabalhos de serviço d'estas armas que forem necessarios;
22.° Observar os trabalhos de sitio, das praças de guerra e cidades fortificadas-/«om--
municando aos chefes de engenheria e de artilheria do mencionado corpo ide exercito o
jbensâmento do general sobre o modo da.execução das suas ordens nás 'diffierentès hypo-
theses a que for preciso attender; r : , ..
Adiantar-se nas marchas, ou mandar os seus adjuntos para reconheteerétn d ter-
reno que tiver de Ser occupado, quer passageiramente, quer por maior intervallo de tém-'
po, fazendo levantar á simples vistá um esboço do terreno em que serão indicadas ás col-
locado es dos corpos, postos de segurança e de policia, do quartel general, parquè's, arma-
zens, hospitaes, bagagens e quaesquer outros objectos importantes, a cuja segurança pro-
verá em conformidade das ordens que tiver recebido, e de accordo com os chefes de
engenheria e de artilheria; í ' !
24.° Communicar em dia de acção, com summa clareza e concisão, as o r d e n a d o :ge->
nerali;relativas ás posições qué cada divisão, brigada, columna ou corpo deve occúpar,
defender ou atacar, em dadas hypotheses; os objectos que tem a considerár Segundo as
circumstancias que occorrerem, e as manobras que devem executar, fiscalisandt» os : por-
menoreis da> execução de taes ordens ;
• -25.° Encarregar aos officiaes do estado maior, seus adjuntos, de commissões de con*
fiança, taes como escolha de posições, direcção de marchas, e outras operações1 de guerra1,
em sunlma dos trabalhos da parte scientifica que mais directamente pertencer ao estado
maior; :
26; p Redigir os relatorios das batalhas, acções e combates, e fazer colligir ós necessa-
rios elementos para se escrever a historia da campanha; , í
27.° 'Finalmente tomar todas as providencias que julgar convenientes áobetiá dO'ser-
viço, conforme com ás ordens é as instrucções do general; M • ,•».
Distribuir o expediente aos seus adjuntos, pela fórma mais conveniente'para o
seu regular andamento.
Art. 14.° O sub-chefe de um estado maior é destinado a auxiliar o respectivo cheffe do
estadc maior no desempenho das attribuições que a este competem, a executar'qualquer
outro serV-içó de que convenha ser encarregado, e a. substitui-lo no seu impedimento;,
Art. 15.° As attribuições do chefe do estado maior de uma divisão do exercito: em
campanha, em relação á divisão a que pertence, são as mesmas que as do chefe dò estado
maior-réspectivamente ao corpo do exercito, com o qual se corresponderáidipéctaôíente
e de quem receberá as instrucções precisas.
Art. 16.° É com a designação de adjuntos que os officiaes do corpo do,estado maior
são empregados no expediente e serviço dos quarteis generaes dos corpos- divisão, dè
exercito^ sob as ordens dos respectivos chefes do estado maior. rí
,• Art; 17.° As ordens transmittidas pelos mencionados adjuntos sérão cohsidectfdas
como provindas do general, cujo nome será sempre invocado na transmissão'das. mesmas
ordens. • ' ,s •j
Art. 18.Q Os officiaes do corpo do estado maior, quando forem incumbidos de dirigir
alguma expedição ou movimento de tropas, terão todo o cuidado em fazer eumjírir, in-
strucções que lhes tenham sido dadas pelo general, tornando responsável peta falta,do seu
cumprimento ao commandante da força que houver de as executar: , «.«>-.'/r • f
28 àé outubro 1865 m
Art'. 19. 0 Òs offl'6'iáes do corpo do estado maior serão sempre estífi^ptftôsos pa tráins-
mispãp de ordens, principalmente em frente do inimigo, c u j o s - ^ o ^ i á é n t ô ^ ^ B ^ W l d - ^ - :
procurarãoconhecer: para dè tudó darem conta; exacta aô/^eneràl òu:(dfflciâFy^&èm forem
enviíiaós;' devendo, quando estes o exigirem, è sempré qué as drcUtfiyí^neíâs-e-^ã^Vdádé'
do assumpto o permittirem, deixarem-lhe por escripto as ordens de que forem '{Míá-'
! 1:
dores. ' , ' ' ' ' ^
-Ml:..:-- • -.,•.- ' CAPITULO IV ' V:!'! 1
CAPITULO V
Do chefe dos estado málóí- do corpo
-i 11 ( Í| «> • afrèjgésò d'è! todó; o e)ípe!diènte ida secretária' dó dòrpo,1; proásqfljoô estatJ ctotfaixo
dSs^èuaSÕi^âèfeóg^fficiak^ii empregados, o secretario e'archiTÍ8tá;'ib líi-.if;,! m p :•.'>u)
1865 28deoutubr<>
... <2.° Assigi^r toda a correspondencia, excepto a que pela sua natureza deve ser assi-
gnada pelo general commandante;
; ,3.° Coadjuvar este no bom andamento de todo o serviço do corpo, propóndo-lhe para
as differentes commissões os officiaes que lhe parecerem mais aptos para as desempe-
nharem; .
4.° De accordo com o general commandante procurar reunir todos os elementos ne-
cessarios para se escreverem memorias históricas das nossas guerras, fundamentando-as
com juizos críticos;
5.° Colligir e coodernar todos os trabalhos existentes para a defensa do paiz;
' 6.° Colligir os dadõs estatisticos dos principaes exercitos da Europa.
1
' CAPITULO VI
Do secretario e archivista
A r t . 2 4 . ° Ao secretario do corpo do estado m a i o r pertence todo o serviço da r e s p e -
ctiva secretaria sob a direcção do chefe do estado maior. Igualmente lhe pertence a con-
servação da bibliotheca e arrecadação dos instrumentos.
Art. 2o.° O archivista, alem dos deveres que lhe são proprios, exercerá o logar de
amannense, e como subordinado ao secretario o coadjuvará no desempenho das suas func-
ções e o substituirá no caso de impedimento.
CAPITULO VIII
i Dos. reconhecimentos militares e exercicios technicos nos campos de instrucção
o - ' A;rt. 35l p Competem aos officiaes do corpo do estado maior os reconhecimentos mili-
tares, que hajam de fazer-se em campanha, da força e posição do inimigo. Sempre que as
14 de novembro 1865 581
;!
Wan8á Suâ Magestade El-Rei, Regente em riome do Rei, devolver aó gòVerrtíldor citil
d t f ^ ò f t ^ ò orçamento da camara iriunicipal'rle Gaia, a fim de que o referido mágíátrádd'
fãçíi refoVmár ò mesmo orçamento segundo as indicações que st; seguem:
, l . a Supprimir a conti ibuição lançada aos carros que transitam pelas ruas da villa, for-
que essa éorttriftàição, estando ehi hianifeslo desaccoído comi as' ílifepòsijõS^ 'm)s árti-
g<&'f :42'.° e'1'4^.6 dPCódigo'administrativo, não póde, ser approvaVlav i'omo répétídas fpzéá'
s'èf ha'ílèçráfãdò á Camâra. E Sná Magestade quer qué o governado!* civil'de cóhíip.cihíént'0'
á' carrila'. "dè qué se"no orçaihento vier de rióvo esia c'óniriboiçnò,; apezar !5á; ó'rd!éhi!para
a é l i & i r i á r í ^ e agbra sé repete, ella será supprimida pelo' governo, e a pàWè dá despèzr
facultativa que for mister para equilibrar a receita com a despeza. s: tí >: • • •••.-[
' ^.^'Tnclíiir nó' o'rl'ámento a verba çftie':ha!fle'cÒrisiituir a dóíaçãó especiáí das'estadas,
na conformidade-dá lei de 6 de junho de 1864, artigo 16.° , '
-'••fr.® tíesigriar ás obrarem qué hão dè despender-se quaesquer quantias do^oWcáho,
i r ó r ^ é o mbdO póPqbe^^èta-parte vem organisado o orçamento é inádmisèivélj pof ini i!
póHáírsí iiègíiÇão d'etoda a fisc'álisá'çãb supériòi".' ' !' • i 1 "'"'"'l''
: :: : :
' SBá Má gèstadé dè terniinÈ( máis que"0 governador civil faça reformar «'dfyáMêiWó^ftf
termo breve, e que-, põr^b.Cáéião da remessa d'elle a esiè ministerio,'lémBrè^^cbhgêWlB-
de districto a necessidade de explicar os fundamentos por qbe elle cónstíftá pèm^au^íherito
de ordenados a algnns empregados do concelho, e rejeita esse augmento com relação ao
cirurgião do primeiro circuio e ao boticário.
Paço, em 21 de novembro de 1865. = Joaquim, Antonio de Aguiar.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, a consulta em que o
conselho de saude publica do reino pede ser esclarecido sobre a intelligencia do artigo 2.°
dw-dtterewdè 21 de otfíubro dè 1863, porque dá cbóiLinàçao d^sEé ãrtigtí cM^si éjiigra-
phe<da''tat(elM'â.^!annexa ao òitadó decreto, se hão tirado ihducçoes' dive^fe ^^WtídfenWé1
uns qtíbip èoflsélhb de Sãude ãe de^e liiriitár restriciámènte á's èbndicõeá (fd^eâraill^M^fl-'
Miirtdastóàfesâe^:* cl&sersew se! eíhbàraçar com o locábda fnMácãó, p e - f e b ^ a ^ i i 1
rejeitado"pêta1 cil-chmàtanfciá dè ter proximas" algumas hábitafÇõesVéntêhdéftQd
a lo^lidad©!destióádá'para á fundação pódeífeèr apreèfadá fíeló eònàtelHói;d'Mò'è OT^pmíf
technicbã., exemplo d^-qué se'aNétiá'estabéleéidò nas QegisIá^De^ esfranhás'^ diíftjw éiSffl^
nós se praticou; emqtianto estiveram' em vigor ós detííetòs dè 2*7 dè;ágôêtp!dè 1855 é 1 ® 5
3 de 0Uttit)P0' de ÍSeOi- pbíàquei de outra Sorte séria mistí^ touitàs vezés i i i i ^ r áíòá1 eáfabe-
22 de ilovembrò 1865 ' 583
lecimentos industriaes de 2. a ciasse condições tão onerosas que tornariam a sua fundação
impossível no local designado. > :; >: -
i E Sua Magestade, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procur
rador geral da corôa junto do ministerio do reino, manda declarar do conselho: de saude,;
qne a primeira opinião é a que deve ser seguida, por isso que é a que se Coaduna com a
letra e-o espirito da lei vigente sobre-o assumpto. . . v O»:H u un.-.-.
O decreto de 21 de outubro de 1863, classificando os estabelecimentos insalubi;©SK,ín-,
còmmodos ou perigosos, segundo o grau em que estes inconvenienieS;Se podem melles»
dá-, e permittindo que os de 2.*. classe possam fúndar-se junto das habitações', m^&iCPfllt
as'círt}dições precisas'para que não seja prejudicada a saude publica, manifeslament^iPOí'
fóra'de questão o local da fundação, e deixou de o considerar como rasão legal, para; impe?
dir esses estabelecimentos no centro das povoações ou junto das habitações. >!- '!: •;.
• íí'Se outra fosse a intelligencia do decreto, não linha rasão de ser a classificação do§ es-
tabelecimentos industriaes, que viria a tornar-se um acto inútil e formula vã, o.que é ^em-
pre temeridade suppor nas leis. , ' , • ': ..
' "A epigraphe da tabella 2.;l não está em desaccordo com a doutrina da artigo 2irrdo.de?
creto citado, porque daquella e d'este se tira a illaçãp de que os eslcjbeleciment^&indps?
triaes de 2. a classe podem èstar proximos das habitações, mas que as condições qua lhes
forem impostas devem ser taes que não resulte prejuizo da tolerancia do legislador; quando
porém houvesse discordância entre a tabella e o artigo do deci eto, a regra .seria subordi-
nar aquella a este, e não éste áquella. ,y
Não colhe tambem o argumento de que, admittido o principio de'não dever ser sub-
metido á approvação das auctoridades o local escolhido para a fundação dos estabeleci-
mentos de 2. a classe, será forçoso muitas vezes impor a estas condições taes que tornem
a fundação impraticável no local designado; antes.-o argumento è,contraproducente,' por-
que se a auctoridade tem esse meio indireto de impedir taes estabelecimentos junto das
habitações quando assim convém, não ha necessidade de que ella o faça por um meio di-
rectpi $ubmettendo ;á sqaapprovação,o local,da fundação. • ( < j o f ^ V f x /•£</
Ás' funcções das auctoridades sanitaria' e administrativa consistem'ern í/npor éfós Indus-
triaes todas as condiçõeside segurança para preservar a saude pujbiieftí?e o commodo dos
cidadãos, sem se preocçuparem das despezas que essas condições,podem exigir.
Se ellas são taes qué'tornam impraticável a fundação de algurtí estabelecimento no lo-
gâl-'designado, a cobsequencia será que o industrial procurará oulroimaisíadequafdo^
i
'Se elle porém se sujeita a essas condições julgadas suíficientes paraacámtelai' tjualsqueç
risco, a missão da auctoridade está cumprida; ir mais alem seria um gravame injustificá-
vel. -,
. > Não obstam a estas conclusoes as legislações estrangeiras, e a nossa antérj,or a qiié é
vigente, porque umas e outras se fundam em principios diversos d'aquelles que se tiveram
ein vista no decreto de 21 de outubro de 1863. i
:
' •'ii.^ssim se participa ao conselho de saude para sua intelligencia,
Paço, em 22 de novembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, manda remetter ao governador civil
de Villa Real os orçamentos supplementares ao do anno economico de 1865-1866, orga-
niáados pela camara de Chaves, e bem assim a copia do decreto que approvou esses orça-
mentos, e declarar ao governador civil, para seu conhecimento e da camara, que os or-
çamentos não são o meio legal de crear empregos municipaes, os quaes só podem ser re-
gularmente 1 creados por meio de processo separado e distincto'do orçamento, processo
em que o conselho de districto ha de ser ouvido consultivamente quando a creação de
empregos tiver de verificar-se em concelhos, cujo orçamento depender de approvação do
governo; e só depois de haver sido preenchida esta formalidade, e de concedida a appro-
vação pelo governo, ou pelo conselho de districto, segundo a importancia do orçamento,
è que n'este devem ser incluídas as verbas respectivas de receita e de despeza.
Por inobservância d'esta formalidade deixou de ser approvada a verba destinada para
o partido de uma parteira habilitada pelas escolas de medicina.
Quanto ás verbas destinadas para o pagamento dos empregados encarregados de lacrar
as garrafas da agua de Vidago e de repesar a carne, alem de terem o mesmo defeito, não
se mostra concludentemente a necessidade de taes empregos.
O sêllo das garrafas das aguas mineraes nem impede a falsificação d'estas, nem ha
rasão para estabelecer para este genero fiscalisação diversa da que ha para os outros s.u-,
jeitos à acção da camara.
No mesmo caso está o repeso, operação incommoda e inútil, porque se os pesos são,
como íião podem deixar de ser, aferidos, os compradores fiscalisarão que o peso seja exacto,
sem que se torne necessário substituir esta fiscalisação, que é a mais efficaz, por outra
official* que de mais d'isso póde a todo o instante ser exercida na casa da venda da carne.
Paço, em 24 de novembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
brico e venda de tabacos; visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao
ministério das obras publicas, commercio e industria: hei por bem, eín nome de El-Rei,
Art. 8." O accionista que não satisfizer qualquer prestação que lhe for exigida, perderá a favor
da companhia as prestações com que tiver entrado. '
'§ i.° As acções em que se verificar esta falta serão annulladas por annuncio publico, feito na f o -
lha official do governo, ficando o accionista responsável por qualquer diminuição que a companhia
soffra com a nova emissão.
§ 2.» Estas acções, depois de annulladas poderão ser substituídas por novas acções, que a direòção
poderá emittir. i
Art. 9." Emquanto as acções não estiverem integralmente pagas, não são transmissíveis. •
Art. 10.° Ainda depois de integralmente pagas as acções sómente são transmissíveis por meio de
leilão, feito perante a direcção da companhia, no dia que ella fixar de accordo com o accionista ven-
dedor, sendo preferidos sempre, em igualdade de preço, os accionistas que licitarem.
Art. l i . 0 No caso de fallecimento, as acções do accionista fallecido serão amortisadas pela direcção,
segundo o valor do ultimo balanço, o qual será pago aos herdeiros em um praso que não exceda a
um anno. >
§ unico. A direcção poderá emittir de novo as acções que assim amortisar. ''
Art. 12." A direcção.será composta de dois directores eleitos pela assembléa geral.
§ unico. Para ser director é necessário possuir 40:000^000 réis em acções, as quaes serio inalie-
naveis durante a gerencia, e para esse effeito serão depositadas no cofre da companhia, servindo de
caução á responsabilidade do director, sem prejuizo da cobrança dos dividendos.
Art. 13.° O director, impedido por ausencia ou molestia, poderá delegar as suas attribuições no
outro director ou, com approvação d este, em um accionista.
Art. 14." Todos os actos da' direcção serão assignados pelos dois directores, ou por um só na hy-
pothese prevista no artigo antecedente.
Art. 15.° Havendo empate entre os dois directores, a decisão do ponto controvertido pertence á
assembléa geral.
Art. 16." A direcção estabelecerá os regulamentos necessarios para o serviço da companhia. '
Art. 17.° A direcção íica auctorisada plenamente para a gerencia e administração de todos os ne-
gocios da companhia, bem como para nomear os empregados, estipular-lhes vencimentos, para outorgar
quaesquer contratos e para representar a companhia em juizo, como auctora ou como ré."
Art. 18.° A assembléa geral da companhia será composta dos quatro maiores accionistas, alem dos
directores, emquanto o fundo da companhia for inferior a 300:000^000 réis e dos seis maiores, quando
o fundo da companhia exceder aquella quantia.
§ unico. Nenhum accionista póde fazer parte da assembléa geral sem que, tenha as suas acções
averbadas em seu nome seis mezes antes da convocação da assembléa, em que tomar parte.
Art. 19.° A assembléa delibera validamente com metade e mais um dos accionistas que à devem
Compor.
§ unico. Não se reunindo este numero, far-se-ha nova convocação com antecipação de quinze dias,
e na segunda reunião a assembléa delibera validamente com qualquer numero dos accionistas presentes.
Art. 20." Quando se reunir a assembléa geral, servirá de presidente o director mais velho, e de se-
cretario o accionista mais moço.
'Art. 21." A assembléa geral reunir-se-ha annualmente logoque a direcção tenha promptas as con-
tas do anno anterior para as examinar e votar, bem como para tomar todas as resoluções que forem
convenientes.
Art. 22." A assembléa geral, depois de findo o exercicio da actual direcção, elegerá os directores
de cinco em cinco annos.
§ unico. A reeleição é permittida.
Art. 23." A duração da companhia é por tempo indefinido.
Art. 24.° A dissolução da companhia sómente terá logar pela resolução affirmativa da assembléa
geral, convocada expressamente e em duas reuniões com o intervallo de quinze dias, sendo a convoca-
ção feita directamente aos accionistas, e annunciada em tres jornaes.
Art. 25.° Fazem parte da assembléa geral, que deve examinar a proposta para a dissolução, todos
os accionistas da companhia.
Art. 26.° A resolução da assembléa geral para a dissolução da companhia só se votará na segunda
reunião e será valida, se reunir a maioria dos votos dos accionistas que possuírem metade do fundo
da companhia.
Art. final. São directores da companhia pelo espaço de doze annos elles outorgantes, seus funda-
dores, José Maria Eugénio de Almeida e João Paulo Cordeiro.
§ unico. Os dois directores nomeados n'este artigo poderão accordar entre si por escripto a no-
meação do director, que no caso de fallecimento ou impedimento permanente de um d'elles o deve
substituir para completar os doze annos de gerencia marcados n'este artigo. ..
Assim 0 disseram, outorgaram e aceitaram e se obrigam a cumprir por si e pelos qne ádheri^em
a estes estatutos e assignam com as testem unhas presentes Joaquim Augusto do Nascimento Dias e José
Eduardo da Silva, empregados n'este escriptorio, depois de lhes ser lida es ta: escriptura por mj|n ta-
bellião Francisco Vieira da Silva Barradas, que a escrevi.—D'esta 6£000 réis.—Jose Mari a Eugénio de
Almeida—João Paulo Cordeiro=Joaquim Augusto do Nascimento Dias—José Eduardo da Silva.=E ep
Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião publico de notas n'esta cidade de Lisbúa, esta escriptura
fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em; publico
eraso.
Em testemunho de verdade—Francisco Vieira da Silva Barradat.
:
Rasa 880—Sellos 160 —Réis 1£040. " - . •
Paço, em 29 de novembro de 1865. = Conde de Castro.
M 1865 ,6 dezembro
approvar ô s estatutos por que deverá r e g e s s e a mencionada companhia, os quaes, nos ter-
mos dí> artigo 53&.° do codigo commercial, foram reduzidos a instrumento publico, COPr
stam-de vinte e.seis artigos e um artigo final e baixam com este decreto assignados pelo
•-ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria, com a.condição
expressa de qne os fundadores apresentarão no já referido ministerio, no prasode umanno,
a^cbntar da data d'este decreto a relação authentica de todos os accionistas subscriptores
4
do':fundb' á)c'iál, sem b que a companhia não poderá julgar-se constituida, e farão registar
o instrumento do seu contrato, de teor e não por extracto, no registo publico do "com-
mercio, nos termos do artigo SiO.° do codigo commercial. Esta minha regia auctorisação
poderá sef-fetirada sé a companhia se desviar dos fins para que é constituida, não'cum-
' ^ r í f fieÍríietttB óS seus estatutos ou deixar de remetter annualmente á dirécçao geral do
commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia social. ,/
, . O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
'triaólienha assim entendido e faça executar. Paço, em 29 de novembro de 1865.=:REI,
Regente. = Conde de Castro. D;deL.n.»ip,d«^çj»."''
" í è f t d t í ^ f d o dáda uma intelligencia demasiado lata á faculdade que o''artigo 24â.° do
codigp,administrativo concede aos governadores civis de suspenderem os administradores
dos concelhos do exercicio das suas funcções, entendendo-se, menos judiciosamente, que
"esta'-'providencia, restricta por sua natureza aos casos urgentes, póde applicar-se quando
simplesmente se trata de substituir e de mudar por conveniencia de serviço algum pu al-
gim's : admTnjstradòres de concelho; e sendo certo que da execução que se : ha dádó à este
artigo do codigo, suspendendo-se e nomeando-se administradores para os concelhos'sem
causa imperiosa qu& justifique essa providencia, resultam graves inconvenientes para o
serviço publico, poisque os magistrados superiores administrativos se tornam assim.árbi-
tros quasi' absolutos do pessoal da administração, e collocam muitas vezes o governo em
circumstancias difficeis por falta do conhecimento de factos que aconselhariam.diversá re-
solução'! nianda Sua' Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, declarar ao governador
civil de Aveiro, que os administradores dos concelhos só podem ser suspe'nsps~dó exer-
cicio das suas funcções em casos urgentes e que demandem a prompta substituição d esses
magistrados pór algum motivo grave de segurança ou de conveniencia publica, d e natu-
reza tal, que não permitta a demora de recorrer-se ao governo, e que quando estas-cir-
cuttístàUcias- se iião derem, dève a mudança no pessoal da administração que se julgar
precisa, ser proposta ao governo, e não se effeituar sem resolução d'elle..' ( 'V ' '
Assim se participa ao governador civil supradito, para que de futuro se proceda nos
termos acima indicados. ; ' •
'Paço; iio 1.° de dezembro de 1 8 6 S . = J o a q u i m Antonio de Aguiar (1). ; '
(1) Identicas para todos os governadores civis dos districtos do continente,,do reiiio e das ilhas
adjacentes. * ',. i , , "
26'dè dezembro 1 8 6 5 587
•••>'.íV>7 'II, • ' : •• • • •• :; I • " • ' . • ! • • • " ' i ,:-/lÍ ,'AÍ i • ? 'jí; ' iil!'!1-
OJ> Í R ; JÍ- DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLIFLÇA;,, , .,5,...,.,,. ,
1 F E> (ÍI ' REPARTIÇÃO : • . " • ' ' I T I ! - I ! J I ' Í I i\ '< , 'I:! Í""IÍV • •
., . ^ S ^ i ^ . a ^ j o i ^ ^ í ^ e ^ . á e Sua Magèstade El-Rei Régenté à / e p ^ ç ^ » ^ ^ q ^ e ( t a ç o i h -
pànháva o officio do governador civi de Vizeu dè 4 de novembro" ultimo, V em q u è V p r e -
sidente da commissão recenseadora do concelho de Castro Daire expunha diversas duvidas
que se lhe offerecem em materia de recenseamento: e conformando-se o mesmo augusto
senhor com o parecèrtáb cbhselheird 'àjudánte'do pfacuràdbi'geHF&í corôa junto do mi-
nisterio do reino, manda, em nome do Rei e em resolução das duvidas expostas, declarar
giveisà titulei dè possuírem o censo legal individuoS ! que não estejam collectados nos coiií-
petentes lançamentos nem apresentem conhecimentos das contribuições respectivas pas-
sados em seu proprio nome, embora conste ás commissões que effectivãmente pagam
essas contribuições como herdeiros de algum contribuinte, postoque fallecido,'inscriptò
ainda nos lançamentos, poisque aos interessados compete promover a suâ inscripção no
logar d'aquelles que representam.
' 4.° Que as contribuições directas municipaes e parochiaes, em que se comprehenderá
as côngruas dos parochos não podem deixar de ser computadas para a verificação do censo
eleitoral, como já tem sido declarado em portarias de 28 de janeiro de 1861, 7 de feve-
reiro de 1863 e 21 de fevereiro de 1865.
5.° Que a lei de 23 de novembro de 1859 não alterou as condições censiticas estabe-
IéCidas no decreto de 30 de setembro de 1852, Iimitando-se n'esta parte a harnionisar
as suas disposições com a letra das leis tributarias posteriormente publicadas, como tam-
bem foi declarado pelo decreto de 28 de novembro de 1859.
6.° Que por estas rasoes é completamente erronea a doutrina que invoca o presidente
da commissão de recenseamento do concelho de Castro Daire, de que as commissões re-
censeadoras tenham a livre faculdade de attender ou desattender ás contribuições que nãò
sejam a-predial e industrial e lhes cumpre aliás computar em todo o caso as que se acham
comprehendidas nas disposições genericas e regras estabelecidas no artigo 27.° do decreto
eleitoral.
7.° Finalmente que não cabendo ao governo influir nas decisões do poder judicial, a
quem compete á solução definitiva de todas as duvidas suscitadas nas operações de recen-
seamento, qtiè lhe são apresentadas nos termos e prasos legaes, estão fóra da sua alçada
os meios de remover os inconvenientes que podem resultar de julgamentos oppostos, jul-
gamentos a que as commissões em todo o caso devem, nos expressos termos do artigo 17.°
§ 2.° e artigo 18.° da lej eleitoral, dar inteiro e opportuno cumprimento.
O que assim se participa ao governador civil do districto de Vizeu, pára que dando co-
nhecimento do conteúdo d'esta portaria ao presidente da commissão recenseadora do con-
celho de Castro Daire, lhe faça constar que é muito irregular que as commissões de recen-
seamento consultem directamente o governo, poisque é á auctoridade administrativa do
concelho e á do districto que em regra devem dirigir-se para as esclarecer em quaesquer
duvidas e esta ultima ao governo, quando encontre difficuldade na resposta.
Paço, das Necessidades em 7 de dezembro de 1 8 6 5 J o a q u i m Antonio dè Aguiar.
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, a quem foi presente a representação
da camara municipal de Braga, pedindo auctorisação para levantar por empréstimo a quan-
tia dè 2:320$000, nos termos da lei de 17 de julho de 1857, a fim de com este quantiá e
com Outras que existém em cofre levar a effeito a construcção do cemiterio dá cidade no
sitio ao levante dos Arcos, como lhe fôra recommendado;
Tendo em vista a disposição da lei citada, a qual destina a quantia acima indicada para
a construcção' do cemiterio; e
Attendendo a que pelos impostos creados pelas leis de 22 de agosto de 1853 e de 1 de
agosto de 1854, póde satisfazer-se o juro e amortisação daquella quantia quando venha a
ser levantada por emprestimo:
Ha por bem conceder á camara de Braga a auctorisação que ella solicita; o que sé par-
ticipa ao governador civil de Braga para seu conhecimento, e para que assim o faça con-
star â mesma camara. !,
Parecendo porém colligir-se da representação da camara, que a amortisação da parte
do emprestimo, anteriormente contrahido e ainda em divida, póde ser reduzida a 80 por
cento, comquanto sobejem rendimentos para a fazer subir a maior escala;
Quer Sua Magestade que o governador civil lembre á camara que o producto dos im-
postos creados pelas leis supracitadas ha de Ser integralmente applicado ao serviço dos em-
prestimos contrahidos, e que consequentemente satisfeito por esse producto o juro dos
4:325|$I464 réis em divida, todo o resto ha de ser empregado na amortisação d e s t â som-
1
ma, ainda quando a amortisação venha a exceder a 50 por cento. \ V.^J,
11
Pàço, èm i 1 de deizèmbro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar. '"
13 (le dezembro 1865 589
Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o officio em que o go-
vernador civil de Leiria, dando conta de que as camaras do districto deixaram de incluir
nos seus orçamentos a dotação para as estradas, por entenderem que este acto dependia
da approvação do plano gerai d ellas, e participando que algumas das camaras haviam vo-
tado para obras municipaes sommas mais avultadas do que aquellas que a lei de 6 de ju-
nho de 1864 destina para a viação municipal, pergunta se as mesmas camaras podem ser
dispensadas no anno economico corrente do cumprimento do artigo 16.° da lei citada, em
attenção a que já estão despendidos em grande parte os rendimentos dos concelhos.
Em resposta a este officio, manda Sua Magestade declarar ao governador civil, que o
preceito do artigo 16.° da lei de 6 de junho de 1864, não sendo dependente de alguma
formalidade, e podendo ter prompta e immediata execução, foi manifesto erro approvar
os orçamentos municipaes em que elle não se mostrou cumprido, muito principalmente
dispondo a mesma lei de um modo terminante no artigo 9.° o contrario do que se fez.
Que este erro, podendo emendar-se por meio de orçamentos supplementares, e não ca-
bendo nas faculdades do governo suspender a execução das leis, ou dispensar alguem do
seu cumprimento; é evidente que não podem ser attendidas as representações das cama-
ras municipaes, a que o governador civil allude.
Que não obsta a circumstancia de terem algumas camaras destinado para obrasdo con-
celho sommas mais avultadas do que as que hão de constituir a dotação das estradas, por-
que se as camaras continuam a ter a faculdade de emprehender obras por conta dos Conce-
lhos, deixaram de a ter em relação ás estradas dos concelhos nas quaes os rendimentos
d'estes não podem ser empregados senão por virtude de deliberação da commissão de via-
ção municipal, e em vista de planos e de estudos, que tornem proveitosa a applicação d e s -
ses rendimentos, e não póde por fórma alguma julgar-se satisfeito o preceito da lei de 6
de junho ou com o dispêndio em obras diversas das estradas, ou com o emprego n'eslas
de dinheiros dos concelhos, sem ordem legal e sem planos e nexo, o que dará origem a
que as quantias despendidas em taes obras sejam em pura perda.
Que o conselho de districto nem tem faculdade para dispensar as camaras do cumpri-
mento das leis, sejam quaes forem as rasões que para isso se adduzam, e quando o faça,
deve a sua deliberação ser annullada pelo governador civil, nos termos do codigo adminis-
trativo.
Paço, em 12 de dezembro de 1865. —Joaquim Antonio de Aguiar.
Havendo repetidas vezes succedido que algumas praças embarcadas nos navios do es-
tado pedem guia de desembarque nas vesperas da saída dos seus respectivos navios;,e
considerando que são grandes os inconvenientes que resultam de tal facto, e reclamam
providencias que obstem a tão grave transtorno do serviço: manda Sua Magestade El-Rei,
Regente em nome do Rei, que: 1 d e s d e que se destinar commissão para qualquer navio
de guerra, não se permitia mais desembarque nem passagem para outro navio de prqça
alguma de qualquer categoria senão por ordem d'este ministerio ou por motivo de doen-
ça ; 2.°, quando no hospital da marinha se verificar que foi falsa a allegação de doente feita
por algumas das referidas praças, e que já então não possa seguir viagem por haver saído
o navio a que pertencer, seja essa praça, sendo avulsa, despedida do serviço, o o seu nome
1865
tí de n o v e m b r o
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, manda significar ao governador civil
d e Santarem,- iCQmo j r ^ í u ç ã o do seu officio de 22 do corrente mez, sobre a duvida que
se offerecc na inspecção ide u.m recruta que se acha alienado, e que terá cie ser conduzido
amarrado para a junta revisora o examinar, que. em vista da impossibilidade que jie dá
ippa se:verificar a inspecção do dito recruta, e uma vez que o estado d'elle não pérmitta
a sua comparência na junta n'aigum intervallo lúcido, póde o mesmo tribunal julgar da
t;nc» 1865 26 de dezembro
inhabilidade physica do recruta era presença das attestações juradas dos facultativos e da
informação do administrador do concelho, em que se declarem verdadeiras as circumstan-
cias em que se diz estar o mesmo recruta.
Paço, em 26 de dezembro de 1865.—Joaquim, Antonio de Aguiar.
Sa Majesté le Roi de Portugal et des Al- Sua Magestade El-Rei de Portugal e dos
garves, Sa Magesté l'Empereur d'Autriche, Algarves, Sua Magestade o Imperador de
Roi de Hongrie et de Bohême, Son Altesse Áustria, Rei de Hungria e de Bohemia, Sua
Royale le Grand Duc de Bade, Sa Majesté le Alteza Real o Gran-Duque de Baden, Sua Ma-
Roi de Bavière, Sa Majesté le Roi des Belges, gestade o Rei de Baviera, Sua Magestade o
Sa Majesté le Roi de Danemark, Sa Majesté Rei dos Belgas, Sua Magestade o Rei de Di-
la Reine des Espagnes, Sa Majesté l'Empe- namarca, Sua Magestade a Rainha das Hes-
reur des Français, Sa Majesté le Roi des Hel- panhas, Sua Magestade o Imperador dos
lènes, la Vil le libre de Hambourg, Sa Ma- Francezes, Sua Magestade o Rei dos Helle-
jesté le Roi de Hanovre, Sa Majesté le Roi nos, a Cidade livre de Hamburgo, Sua Ma-
d'Itaiie, Sa Majesté le Roi des Pays-Bas, Sa gestade o Rei de Hanover, Sua Magestade o
Majesté le Roi de Prusse, Sa Majesté l'Em- Rei de Italia, Sua Magestade o Rei. dos Pai-
pereur de toutes les Russies, Sa Majesté le zes Baixos, Sua Magestade o Rei da Prússia,
Roi de Saxe, Sa Majesté le Roi de Suède et Sua Magestade o Imperador de todas as Ruj-
de Norvège, la Confédération Suisse, Sa Ma- sias, Sua Magestade o Rei de Saxonia, Sua
jesté l'Empereur des Ottomans, Sa Magesté Magestade o Rei de Suécia e Noruega, a Con-
le Roi de Wurtembeag, également animes federação Suissa, Sua Magestade o Impera-
du désir d'assurer aux correspondances télé- dor dos Ottomanos, Sua Magestade o Rei de
graphiques, échangées entre leurs états res- Wurtemberg, igualmente animados do de-
pectifs les avantages d'un tarif simple et ré- sejo de garantir ás correspondências telegra-
duit, d'améliorer les conditions actuelles de phicas, trocadas entre os seus respectivos
estados, todas as vantagens de uma tarifa
la télégraphie internationale, et d'établirune
simples e módica, de melhorar as condições
entente permanente entre leurs états, tout
actuaes da telegraphia internacional, e esta-
en conservant leur liberté d'action pour les
belecer um accordo permanente entre os seus
mesures qui n'intéressent point l'ensemble
estados, conservando porém a sua liberdade
du service, ont résolu de conclure une con-
de acção relativamente ás providencias que
vention à cet effet, et ont nommé pour leurs não interessarem ao conjuncto d'este serviço,
plénipotenciaires, savoir: resolveram concluir uma convenção para este
effeito, e nomearam para seus plenipoten-
:
ciários, a saber:
Sa Majesté le Roi de Portugal et des Al- Sua Magestade El-Rei de Portugal e dos
garves : mr. le vicomte de Paiva, pair du Algarves: ao sr. visconde de Paiva, par do
royaume, grand croix de l'ordre de Notre reino, gran-cruz da ordem de Nossa Senhora
Dame de la Conception de Villa Viçosa, da Conceição de Villa Viçosa, grande official
grand officier de 1'ordre impérial de la Lé- da ordem imperial da Legião de Honra, etc.,
14 de n o v e m b r o 1865 593
gion d'Honneur, etc., etc., son envoyé ex- etc., etc., seu enviado extraordinario e mi-
traordinaire et ministre plénipotentiaire nistro plenipotenciário junto de Sua Mages-
près Sa Majesté 1'Empereur des Français.. tade o Imperador dos Francezes.
Sa Magesté l'Empereur d'Autriche, Roi Sua Magestade o Imperador de Áustria,
de Hongrie et de Bohême: mr. le prince Ri- Rei da Hungria e de Bohemia: ao senhor
chard de Metternich Winneburg, duc de principe Ricardo de Metternich Winneburg,
Portella, comte de Konigswart, son cham- duque de Portella, conde de Konigswart, seu
bellan et conseiller intime actuei, grand d'Es- camarista e conselheiro intimo actual, grande
pagne de première classe, grand croix de de Hespanha da primeira classe, gran-cruz
son ordre impérial de Léopold, de l'ordre da sua ordem imperial de Leopoldo, da or-
d'Albert de Saxe, grand officier de 1'ordre dem de Alberto de Saxonia, grande official
de Léopold de Belgique, Chevalier de l'ordre da ordem de Leopoldo da Belgica, cavalleiro
impérial de la Légion d'Honneur, etc., etc., da ordem imperial da Legião de Honra, etc.,
son ambassadeur extraordinaire près Sa Ma- etc., etc., seu embaixador extraordinario
jesté 1'Empereur des Français. junto de Sua Magestade o Imperador dos
Francezes.
Son Altesse Royale le grand duc de Bade: Sua Alteza Real o Gran-Duque de Baden:
son conseilleur intime actuei mr. le baron ao seu conselheiro intimo actual, o sr. barão
Ferdinand Alesina de Schweizer, grand Fernando Alesina de Schweizer, gran-cruz
croix de 1'ordre du lion de Zahringen, grand da ordem do Leão de Zahringen, grande of-
officier de 1'ordre impérial de la Légion ficial da ordem imperial da Legião de Hon-
d'Honneur, etc., etc., son envoyé extraordi- ra, etc., etc., etc, seu enviado extraordinario
naire et ministre plénipotentiaire près Sa e ministro plenipotenciário junto de Sua Ma-
Majesté 1'Empereur des Français. gestade o Imperador dos Francezes.
Sa Majesté le Roi de Bavière: m r . le ba- Sua Magestade o Rei de Baviera: ao sr. ba-
ron Auguste de "Wendland, son chambellan, rão Augusto de Wendland, 'seu camarista,
grand commandeur de 1'ordre du Mérite de gran-commendador da ordem do Merito da
la Couronne, grand croix de son ordre de St. Corôa, gran-cruz da sua ordem de S. Miguel,
Michel, grand officier de 1'ordre impérial de grande official da ordem imperial da Legião
la Légion d'Honneur, etc., etc., son envoyé de Honra, etc., etc., etc., seu enviado extra-
extraordinaire et ministre plénipotentiaire ordinario e ministro plenipotenciário junto
près Sa Majesté 1'Empereur des Français. de Sua Magestade o Imperador dos France-
zes.
Sa Majesté le Roi des Belges: mr. le ba- Sua Magestade o Rei dos Belgas: ao sr. ba-
ron Eugène Beyens, officier de son ordre de rão Eugénio Beyens, official da sua ordem
Léopold, commandeur de 1'ordre impérial de Leopoldo, commendador da ordem impe-
de la Légion d'Honneur, commandeur du rial da Legião de Honra, commendador de
nombre extraordinaire des ordres de Char- numero extraordinario das ordens de Carlos
les III et dlsabelle la Catholique d'Espagne, III e de Izabel a Catholicade Hespanha, etc.,
etc., etc., son envoyé extraordinaire et mi- etc., etc., seu enviado extraordinario e minis-
nistre plénipotentiaire près Sa Majesté 1'Em- tro plenipotenciário junto de Sua Magestade
pereur des Français. o Imperador dos Francezes.
Sa Majesté le Roi de Danemark: mr. le Sua Magestade o Rei de Dinamarca: ao
comte Leon de Moltke-Hvitfeldt, son cham- sr. conde Leão de Moltke Hvitfeldt, seu ca-
bellan, commandeur de 1'ordre du Dane- marista, commendador da ordem do Dane-
brog et décoré de la croix d'argent, grand brog, e condecorado com a cruz de prata,
croix des ordres du Sauveur de Grèce, de gran-cruz das ordens do Salvador da Grécia,
la Conception de Villa Viçosa de Portugal, da Conceição de Villa Viçosa de Portugal, de
d'Isabel la Catholique d'Espagne, comman- Izabel a Catholica de Hespanha, commenda-
deur de 1'ordre de la Tour et de 1'Épée du dor da ordem de Torre e Espada de Portu-
Portugal, officier d'ordre de Léopold de gal, official da ordem de Leopoldo da Belgi-
Belgique, etc., etc., son envoyé extraordi- ca, etc., etc., etc., seu enviado extraordina-
naire et ministre plénipotentiaire près Sa rio e ministro plenipotenciário junto de Sua
Majesté 1'Empereur des Français. Magestade o Imperador dos Francezes.
Sa Majesté la Reine des Espagnes: "mr. Sua Magestade a Rainha das Hespanhas:
Alexandre Mon, ancien président du conseil ao sr. Alexandre Mon, antigo presidente do
des ministres et de la chambre des députés, conselho de ministros e da camara dos depu-
dèputé aux cortês, grand croix de 1'ordre tados, deputado ás côrtes, gran-cruz da real
royal de Charles III, de 1'ordre impérial ordem de Carlos III, da ordem imperial da
de la Légion d'Honneur, etc., etc., son Legião de Honra, etc., etc., etc., seu embai-
5.72
1865 19 de outubro
conseiller privé, grand croix des ordres im- seu conselheiro privado, gran-cruz das or-
périaux de St. Alexandre Newsky et de l'Ai- dens imperiaes de Santo Alexandre Newsky
gle Blanc, Chevalier de 1'ordre de St. Wiadi- e da Águia Branca, cavalleiro da ordem de
mir de secondiènie classe, grand croix de Santo Wladimiro de segunda classe, gran-
1'ordre impérial de Sainte Anne et des or- cruz da ordem imperial de Sant'Anna e das
dres de la Légion d'Honnéur, de.PAigle Rou- ordens da Legião de Honra, da Águia Ver-
ge de Prusse, de la Couronne de Fer d'Au- melha de Prússia, da Corôa de Ferro de Áus-
triche, duDanebrogdeDanemark, desGuel- tria, do Danebrog de Dinamarca, dos Guel-
pbes du Hanovre, etc., etc., son ambassa- fos de Hanover, etc., etc., etc., seu embai-
deur extraordinaire et plénipotentiaire près xador extraordinario e plenipotenciário junto
Sa Majesté 1'Empereur des Français. de Sua Magestade o Imparador dos France-
zes.
Sa Majesté le Rpi.de Saxe: mr. le baron Sua Magestade o Rei de Saxonia: ao sr. ba-
Albin Léon de Seebacti, son conseiller inti- rão Albino Leão de Seebach, seu conselheiro
me et chambellan, grand croix de son ordre intimo e camarista, gran-cruz- da sua ordem
royál du Mérite, grand officier de 1'ordre im- real do Merito, grande official da ordem im-
périal de la Légion d'Honneur ; décoré de perial da Legião de Honra, c0ndecorado.com
l ? ordre de la Couronne de Fer d'Autriche a ordem da Corôa de Ferro de Áustria, de
de première classe, de 1'ordre de l'Aigle primeira classe, com a ordem da Águia Ver-
Rouge de Prusse de secondième classe, melha de Prússia, de'segunda classe, gran-
grand croix de 1'ordre de la Branche Ernes- cruz da ordem do Ramo Ernestino de Sa-
tide de Saxe, des ordres de FAigle Blanc et xonia, das ordens da Águia Branca e de
de Sainte Anne de Russie, décoré de 1'ordre Sant'Anna da Rússia, condecorado com a or-
du -Medjidié de seconde classe, etc., etc., dem de Medjidié, de segunda classe, etc.,
son; envoyé extraordinaire et ministre pléni- etc., etc., seu enviado extraordinario e 'mi-
potentiaire près Sa Majesté 1'Empereur des nistro plenipotenciário junto de Sua Mages-
trançais, r ir •> •• •• -. tade 0 Imperador dos Francezes.: ; !
Sa Majesté le Roi de Suéde et de Nórvè- Sua Magestade o Rei de.Sueciae Norue^
gecmr. Georges Nicolas, Baron Adelswàard. ga: ao sr. Jorge Nicolau, Barão Adelsward,
'gírnnd croix de 1'ordre de l'Étoile Polaire de gran-cruz da ordem da Estrella Polar de
Suòde, grand croix de Tordre de St. Olaf de Suécia, gran-cruz da ordem de Santo Olavo
Norvège, grand officier de 1'ordre impérial de Noruega, grande official da ordem impe-
de la Légion d'Honneur, etc., etc., son en- rialjda Legião de Honra, etc., etc., etc., seu
voyé extraordinaire et ministre plénipoten- enviado extraordinario e ministro plenipo-
tiaire près Sa Majesté 1'Empereur des Fran- tenciário junto de Sua Magestade o Impera-
çais;- dor dos Francezes. ;; ::
Lá Confederatron Suisse: mr. Kern, en- A Confederação Suissa: ao sr. Kern; en-
voyé extraordinaire et ministre plénipoten- viado extraordinario e ministro plenipoten-
tiaire de la dite Conféderation près Sa Ma- ciário da sobredita Confederação junto de
jesté 1'Empereur dès Français. Sua Magestade o Imperador dos France-
zes.. .
• Sa Majesté 1'Empereur des Ottomans: Es- Sua Magestade o . Imperador dos Ottoma-
seid Mouhammed Djemil Pachá, muchir et nos: ao sr. Esseid Mouhammed Djemil Pa-
membre :du grand conseil de líempire, 'dé- chá, muchir. e membro do grande conselho
•coré des ordres impériaux de Medjidié de do império, condecorado com as ordens im-
première classe, de 1'Osmanié de seconde periaes de Medjidié de primeira classe, de
classe, grand croix de 1'ordre impérial de la Osmanié de segunda, classe, gran-cruz da
Légion d'IIonneur, des ordres d'Isabelle la ordem imperial da Legião de Honra, das or-
Catholique d'Espagne, de la Couronne ;de dens de> Izabel a Catbolica de Hespanha, da
Fer d'Autriche, de 1'Aigle Blanc de Russie, Corôa de Ferro de Áustria, da Águia Bran-
des Sts. Mau rice. et Lazare d'Italie, de 1'Étoile ca da Rússia, de S. Mauricio e S. Lazaro de
Polaire de Su!è'dejl dè-Léopold de Belgique, Italia, da Estrella Polar de Suécia, de Leo-
du Léon Neèrlandais,.etc., etc., son ambas- poldo da Belgica, do Leão Neerlandez, etc.,
sadeur extraordiuarre • èt plenipotentiaire etc., etc., seu embaixador extraordinario e
près Êja.-Mflj^té. 1'^npereur des Franjais, plenipotenciário junto de.: Sua Magestade o
ef,',près,Sa.MajestéAg-, Reine des Espagnes. Imperador dos Francezes e de Sua Magesta-
de a Rainha das Hespanha.
Sa Majesté le Roi de Wu r tember g, mr. le Sua Magestade o Rei do Wurtemberg: ao
baron Jean Auguste de Waechter, son .con- sr. João Augusto de Waechter, seu conse-
.seiller d'état et chambellan, commandeur lheiro d'estado e camarista, commendador
5.72
1865 19 de outubro
de son ordre de la Couronne, grand croix da sua ordem da Corôa, gran-cruz da sua or-
de son ordre royal de Frédéric, etc., etc., dem real de Frederico, etc., etc., etc., seu
son envoyé extraordinaire et ministre plé- enviado extraordinario e ministro plenipoten-
nipotentiaire près Sa Majesté 1'Empereur ciário junto de Sua Magestade o Imperador
des Français. dos Francezes.
: Os quaes, depois de haverem reciproca-
Lesquels, après s être communiqué leurs
pleins pouvoirs, trouvós en bonne et due mente communicado os seus plenos poderes,
forme, sont convenus d'appliquer aux cor- achados em boa e devida fórma, convieram
respondances télégraphiques des états con- em applicar ás correspondências telegraphi-
tractants les dispositions ci-après. cas dos estados contratantes as disposições
seguintes:
TITRE I TITULO I
Du réseau international Da rede internacional
Article 1 " Les hautes parties contractan- Artigo 1.° As altas partes contratantes
tes s'engagent à affecter au service télégra- obrigam-se a empregar para o serviço tele-
phique international des fils spéciaux, en graphico internacional fios especiaes em nu-
nombre suffisant pour assurer une rapide mero sufficiente, para garantir a transmissão
transmission des dépêches. rapida dos despachos.
Ces fils seront ètablis dans les meilleures Estes fios serão estabelecidos nas melho-
conditions que la pratique du service aura res condições conhecidas pela pratica do ser-
fait connaitre. viço.
Les villes entre lesquelles 1'échange des As cidades, entre as quaes a troca das cor-
correspondances est continu ou très-actif se- respondências for continua ou muito activa,
ront successivement, et autant que possible, serão successivamente, e tanto quanto pos-
reliées par des fils directs, de diamètre su- sivel, ligadas por fios directos de diâmetro
périeur, et dont le service demeurera dégagé superior, cujo serviço ficará desligado das
du travail des bureaux intermédiaires. estações intermedias.
Art. 2 e Entre les villes importantes des Art. 2.° Entre as cidades importantes dos
états contractants, le service est, autant que estados contratantes o serviço será, tanto
possible, permanent le jour et la nuit, sans quanto possivel, permanente de dia e de
aucune interruption. noite,' sem interrupção alguma.
Les bureaux ordinaires, à services de jour As estações ordinarias com serviço de dia
complet, son ouverts au public: completo estarão abertas ao publico:
Du l c r avril au 30 septembre, de 7 heures De 1 de abril até 30 de setembro, desde
du matin à 9 heures du soir; as 7 horas da manhã até ás9 horas da noite;
Du 1®'' octobre au 31 mars, de 8 heures De 1 de outubro até 31 de março, desde
du matin à 9 heures du soir. as 8 horas da manhã até ás 9 horas da
noite.
Les heures d'ouverture des bureaux à ser- As horas da abertura das estações com
vice limité sont fixées par les administrations serviço limitado serão fixadas pelas admi-
respectives des états contractants. nistrações respectivas dos estados contratan-
tes.
L'heure de tous les bureaux d'un même A hora de todas as estações do mesmo
état est celle du temps moyen de la capitale estado é a do tempo medio da capital d'esse
de cet état. estado.
Art. 3 e L'appareil Morse reste provisoire- Art. 3.° O apparelho Morse fica proviso-
ment adopte pour le service des fils interna- riamente adoptado para o serviço dos fios in-
tionaux. ternacionaes.
T1TRE II TITULO II
De la correspoudance Da correspondencia
SECTION I SECÇÃO I
Conditions généralcs Condições geraes
Art. 4 e Les hautes parties contractantes Art. 4.° As altas partes contratantes re-
reconnaissent à toutes personnes le droit de conhecem em toda e qualquer pessoa o di-
correspondro au mqyen des télégraphes in- reito de corresponder-se por meio dos tele-
ternationaux. graphos internacionaes.
Art. 5 o Elles s'engagent à prendre toutes Art. 5.° Obrigam-se a tomar todas as dis-
les dispositions nécessaires pour assurer le posições necessarias para garantir o sigillo
26'dè dezembro 1865 597
secret des correspondances et leur bonne das correspondências e sua boa expedi-
expédition. ção.
Art. 6 e Les hautes parties contractantes Art. 6.° As altas partes contratantes de-
déclarent toutefois n'accepter, à raison du claram todavia não aceitarem responsabilida-
service de la télégràphie internationale, au- de alguma pelo serviço da telegraphia inter-
cune responsabilité. nacional.
SECÇÃO II
SECTION II Do deposito
B o dépôt Art. 7.° Os despachos telegraphicos serão
Art. 7° Les dépêches télégraphiques sont classificados em tres categorias:
classées en trois catégories: 1. a Despachos de estado; aquelles que
1® Dépêches d'état: celles qui émanent emanarem do chefe do estado, dos minis-
duchef de 1'état, des ministres, des comman- tros, dos commandantes em chefe das for-
danis en chef des forces de terre ou de mer, ças de terra e de mar, dos agentes diploma-
et des agents diplomatiques ou consulaires ticos ou consulares dos governos contratan-
des gouvernements contractants. tes.
Les dépêches des agents consulaires qui Os despachos dos agentes consulares
exercent le commerce ne sont considérées que exercerem o commercio não serão con-
comme dépêches d'état que lorsqu'el!es trai- siderados como despachos destado senão
tent d'affaires de service. quando tratarem de negocios de serviço.
2" Dépêches de service: celles qui éma- 2. a Despachos de serviço; os que emana-
nent des administrations télégraphiques des rem das administrações telegraphicas dos
états contractants, et qui sont relatives soit estados contratantes, e que forem relativos
au service de la télégràphie internationale, quer ao serviço da telegraphia internacional,
soit à des objects d'intérêt public délerminés quer a objectos de interesse publico, deter-
de concert par les dites administrations. minados de accordo pelas ditas administra-
ções.
3® Dépêches privées. 3. a Despachos particulares,
Art. 8 e Les dépêches d'état ne sont ad- Art. 8.° Os despachos de estado não serão
mises comme telles que revêtues du sceau admittidos como taes senão quando forem
ou du cachet de l'autorité qui les expédie. revestidos do sêllo ou sinete da auctoridade
que os expedfr.
L'expediteur d'une dépêche privée peut O expedidor de um despacho particular
toujours être tenu d'établir Ia sincérité de poderá sempre ser obrigado a provar a iden-
la signature donl la dépêche est revêtue. tidade da assignatura que se achar no mes-
mo despacho.
Art. 9 e Toute dépêche peut être rédigée Art. 9.° Qualquer despacho póde ser re-
en l'une quelconque des langues usilées sur digido em alguma das linguas usadas no ter-
le territoire des états contractants. ritorio dos estados contratantes.
. Chaque état reste libre de désigner, par- Fica livre a cada estado designar de entre
mi les langues usitées sur son territoire, cel- as linguas usadas no seu territorio aquellas
les qu'il considére comme propres à Ia cor- que considerar como mais apropriadas á cor-
respondance télégraphique. respondencia telegraphica.
Les dépêches d'état et de service peuvent Os despachos de estado e de serviço po-
être composées en cbiffres ou en leitrés se- dem ser compostos em cifra ou letras con-
crètes, soit en totalité, soit en partie. vencionaes, quer no todo, quer em parte.
Les dépêches privées peuvent aussi être Os despachos particulares podem tambem
composées en chiffres ou en lettres secrétes, ser compostos em cifra ou letras convencio-
lorsqu'elles sont échangées entre deux états naes, quando forem trocados entre dois es-
contractants qui admettent ce mode de cor- tados contratantes, que admittirem este mo-
respondance, et dans les conditions déter- do de correspondencia, e nas condições de-
minées par le réglement de service dont il terminadas pelo regulamento de serviço de
est fait mention à Particle 54 ci-après. que faz menção o artigo 54.°
La réserve mentionnée dans le paragra- A reserva mencionada no paragrapbo su-
phe ci-dessus ne s'applique pas aux dépêches pra não é applicavel aos despachos de tran-
de transit. . sito.
Les dépêches en.langage ordinaire ne Os despachos em linguagem vulgar não
peuvent contenir ni combinaisons de mots, podem conter combinações de palavras, con-
ni construclions, ni abréviations inusiiées. strucções, nem abreviaturas desusadas;
Art. 10® La minute de la dépêche doit Art. 10.° A minuta do despacho deve ser
149
t;nc»
1 8 6 5 26 de dezembro
Art. 11® La transmission des dépêches a Art. 11.° A transmissão dos despachos
lieu dans 1'ordre snivant: terá logar na ordem seguinte:
1® Dépêches d'état; 1.° Despachos d e estado;
2® Dépêches de Service; 2.° Despachos de serviço;
i ;í
3® Dépêches privées. 3.° Despachos particulares.
Une dépêbhe commencée ne peut être in- Principiado um despacho não; poderá, ser
terrompue pbur faire place à une communi- interrompido, para dar logara uma commu-
cation d'urí rang supérieur qn'en cas d'ur- nicação de ordem superior, senão em caso de
gèncé ahstilue. urgencia absoluta.
Les dépechès de même rang sont tra-ns- Os despachos da mesma classe serão tranr
mises par le bureau de départ dans 1'ordre mitlidos pela estação que tiver de os expedir
de leur dépôt, et, par les bureaux intermé- segundo a ordem da sua entrega, e pelas.es-
diáires, iláns 1'ordre de leur réception. tações intermedias segundo a .ordem da sua
recepção. :
Entre deux bureaux en relation directe, Entre duas estações em relação directa.os
les dépêches de même rang sont transmises despachos da mesma classe serão transmit-
'dafis' forflreálternatif. tidos alternadamente. •
II peut être toiitefois dérogé à cette régie, Esta regra poderá co catado, ser alterada
dans hntêrét dela célérité des transmissions, a bem da celeridade das transmissões nas
sur les lignes dont le travail est continu ou linhas cujo serviço for continuo, ou que fo-
qui sont desservies par des appareils spé- rem servidas por apparelhos especiaes. /
oiaiix. • •
Art. 12® Lesbureaux dontle service n'est Art. 12.° As estações cujo serviço nao.for
póihtperttiânent ne pèuveht prendre clôture permanente,.,não poderão fechar.. antfis. de
avant d'a vóir; trarismis toutes leurs dépêches haverem iransmiUido todos psdespachosip.-
internationales à un bureau permanent. lernacionaes a uma estação permanente, • •
Ces dépêches sont immédiatement échan- Estes despachos serão immediatamente
gées, à leur tour de réception, entre les bu- trocados, segundo a ordem da sua recepção,
reaux perhlanents des différents états. entre as estações permanentes dos differen-
tes estados.
' Art. '13® Chaque gouvernement reste ju- Art. 13. 9 Cada governo será juiz para com
ge, viá-à^vis dèTexpéditeur, de la direction o expedidor da direcção que convirá dar aos
quMl CoiWient de donner aux dépêches, tant despachos,.tanto no serviço ordinario, como
datis >le Service ordinaire quau cas d'inter- no caso de interrupção ou de accumulação
ruption ou (1'encombremenl des vois babi- -nas viashabitualmente,segui,das, : . .,. •...
tuelletnent suivies. :
Art. 14 e Lorsqu'il sè produit, au coUrsde Art. 14.°.Quando no decurso i^transmjs-
la transmission d'uhe dépêche, une inter- •sSo.de. um .despacho, se i n ^ e r r p m ^ f á m as
túptioh dafis les communications têlégra- communicações; telegraphicas, a estação .des-
phiques, le bureau à partir duque! Tinter- de a qual tiver Íogar a interrupção. expedirá
ruption ;B'est produite expédie immédiate- j m media tamen te-o, despachp^elp,^rçíp^'eii
ment- la: dépêche par lá poste, ou par un por; qualquer .outro meio ;mais'ra^pido, (Jp
moyen de transport plus rapidé, s'il en dis- transporte, se d'elle. podér dispor. V,
pose.
26 de dezembro 4865 599
IlTadresse, suivant les circonstances, soit Dirigi-lo-ha, segundo as circumstancias,
au premier bureau télégraphique en mesure quer á primeira estação telegraphica habili-
de. la réexpédier par le télégraphe, soit au tada a reexpedi-lo pelo telegrapho, quer á
bureáu de destinãtion, s o i t a u destinataire estação do destino, quer .finalmente ao pro-
même. prio destinatário.
Dès qúe la communication estrétablie, la Logoque a communicação estivei! resta-
dépêche est de nouveau transmise par la voie belecida o despacho será de novo transmit-
télégraphique, à moins qu'il n'en ait étépré- tido pela via telegraphica, salvo quando pre-
cédemment accusé rèCeption. cedentemente tiver sido accusada a sua re-
cepção.
Arú 15® Tout expéditeur peut, en jústi- Art. 15.° Qualquer expedidor póde* justi-
fiátítdesa qualité, arrêter, s'il en est encore ficando a sua identidade, fazer sustar, se ain-
temps, la transmissora de la dépêche qu'il a da for tempo, a transmissão do despacho que
dèposée. ' tiver entregue. . ,: i :
SECTION IV SECÇÃO IV '
. De Ia remisse A destinãtion Da remessa dos despttChos n o s e u destino
reau, pour lui être délivrée sur sa réclama- ção para lhe ser entregue quando o recla-
tion. mar.
Si la dépêche n'a pas èté réclamée au bout Se o despacho não for reclamado den-
de six semaines, elle est anéantie. tro do praso de seis semanas, será inutili-
sado.
Le même régie s'applique aux dépêches A mesma regra será applicavel aos des-
adressées bureau restant. pachos destinados a serem demorados na es-
tação.
SECTION V SECÇÃO V
D n coutrfilc D a fiscalisação
Art. 19® Lés hautes parties contractantes Art. 19.° As altas partes contratantes re-
se rèservent la faculte d'arrêter la transmis- servam-se a faculdade de sustar a transmis-
sion de toute dépêche privée qui paraitrait são de qualquer despacho particular, que pa-
dangereuse pour la sécurité de 1'état, ou qui recer perigoso para a segurança do estado,
serait contraire aux lois du pays, à 1'ordre ou que for contrario ás leis do paiz, á or-
publip. ou aux bonnes moeurs, à charge d'en dem publica ou aos bons costumes, devendo
avertir immédiatement 1'expéditeur. avisar immediatamente o expedidor.,
Ce controle est exercé par les bureaux té- Esta fiscalisação será exercida pelas esta-
légraphiques extrêmes ou intermédiaires, ções telegraphicas extremas ou intermedias,
sauf recours à 1'administration centrale, qui salvo o recurso para a administração central
prononce sans appel. que decidirá sem appellação.
Art. 20® Chaque gouvernement seréserve Art. 20.° Cada governo reserva-se tambem
aussi la faculté de suspendre le service de la a faculdade de suspender o serviço da tele-
télégraphie internationale pour un temps in- graphia internacional por tempo indetermi-
déterminé, s'il le juge nécessaire, soit d'une nado, se o julgar necessário, quer de uma
maniére générale, soit seulement sur cer- maneira geral, quer sómente para certas li-
tames lignes et pour certaines natures de nhas e para certas classes de correspondên-
correspondances, à charge par lui d'en avi- cias, com a obrigação de prevenir immedia-
ser immédiatement chacun des autres gou- tamente cada um dos outros governos con-
vernements contractants. tratantes.
SECTION VI SECÇÃO VI
D o s urchives " Dos archivos
Art. 21® Les originaux et les copies des Art. 2 1 O s originaes e as copias dos des-
dépêches, les bandes de signaux ou pièces pachos, as fitas de signaes ou peças analo-
analogues sont conservés dans les archives gas serão conservadas nos archivos das es-
des bureaux au moins pendant une année, à tações pelo menos durante um anno, a con-
eompter de leur date, avec toutes les pré- tar da sua data, com todas precauções neces-
cautions nécessaires au point de vue du se- sarias, pelo que respeita ao sigillo.
cret:
Passé ce délai, on peut les anéanlir. Findo este praso poderão inutilisar-se. ;
Art. 22® Les originaux et les copies des Art. 22.° Os originaes e as copias dos des-
dépêches ne peuvent être communiqués pachos não poderão ser communicados se-
qu'à 1'expéditeur ou au destinataire, après não ao expedidor ou ao destinatário, depois
constatation de son idenlité. de verificada a sua identidade.
L'expéditeur et le destinataire ont le droit O expedidor e o destinatário têem a fa-
de se faire délivrer des copies certifiées con- culdade de extrahir copias authenticas do
formes de la dépêche qu'ils ont transmise despacho que houverem transmittido ou re-
ou recue. cebido.
SECTION VII SECÇÃO VII
De certaines dépéehes spéciales D e certos despachos e s p e c i a e s
Art. 23® Tout expéditeur peut affranchir Art. 23.° Qualquer expedidor póde fran-
lá réponse qu'il demande à son correspon- quear a resposta que pede ao seu correspon-
dam. dente.
II peut se faire adresser cette réponse sur Póde determinar que a resposta seja diri-
un point quelconque du territoire des états gida a um ponto qualquer do territorio dos
contractants. estados contratantes.
Fauté d'indication fournie dans la dépê- No caso de falta de indicação no mesmo
ché même, ou par une dépêche ultérieure despacho ou por um despacho ulterior, mas
arrivée en temps utile, la réponse est trans- chegado em tempo util, a resposta será trans-
26 de dezembro 1865 m
mise au bureau d'origine, pour être remise mittida para a estação originaria, a fim de
à destinãtion par les soins de ce bureau. ser levada ao seu destino por via d'esta es-
tação.
" Lorsque la réponse n'a pas été présentée Quando a resposta não for apresentada
dans les huit jours qui suivent la date de la dentro dos oito dias seguintes á data do des-
dépêche primitive, le bureau destinataire en pacho primitivo, a estação destinatária in-
informe 1'expéditeur par une dépêche qui formará o expedidor por um despacho que
tient lieu de réponse. Toute réponse présen- servirá de resposta. Qualquer resposta apre-
tée après ce délai, est considérée et traitée sentada, expirado esse praso, será conside-
comme une nouvelle dépêche. rada e tratada como um novo despacho.
Art. 24 e L'expéditeur de toute dépêche Art. 24.° O expedidor de qualquer des-
a la faculté de la recommander. pacho terá a faculdade de o recommen-
dar.
Lorsqu'une dépêche est recommandée, le Quando um despacho for recommendado
bureau de destinãtion transmet par la voie a estação de destino transmittirá, pela via te-
télégraphique, à l'expéditeur même, la re- legraphica, ao proprio expedidor a reproduc-
production intégrale de la copie envoyée au ção integral da copia enviada ao destinatário,
destinataire, suivie de la double indication seguida da dupla indicação da hora exacta
de 1'heure précise de Ia remise et de la per- da entrega e da pessoa^em cujas mãos essa
sonne entre les mains de laquelle cette re- entrega se verificou.
mise a eu lieu. Se a entrega se não tiver effectuado, este
Si la remise n'a pu être effectuée, ce dou- duplo aviso será substituído pela indicação
ble avis est remplacé par l'indication des das circumstancias que obstaram á entrega,
circonstances qui se sont opposées à la re- com as necessarias indicações para que o ex-
mise et par les renseignements nécessaires pedidor possa fazer seguir o sen despacho,
pour que l'expéditeur puisse faire suivre sa se ainda for possivel.
dépêche, s'il y a lieu. A transmissão do despacho dè retorno ef-
La transmission de la dépêche de reíour fectuar-se-ha com precedencia sobre os ou-
s'effectue par priorité sur lesautres dépê- tros despachos da mesma classe.
ches de même rang.
L'expéditeur d'une dépêche recomman- O expedidor de um despacho recommen-
dée peut se faire adresser la dépêche de re- dado póde determinar que lhe seja dirigido
tour sur un point quelconque du territoire o despacho de retorno para um ponto qual-
des états contractants en fournissant les in- quer do territorio dos estados contratantes,
dications nécessaires, comme en matière de ministrando as indicações necessarias como
réponse payée. em materia de resposta paga.
Art. 25B La recommandation est obliga- Art. 25.° A recommendação é obrigato-
toire pour les dépêches composées en chif- ria para os despachos compostos em cifra ou
fres ou en lettres sécrètes. letras convencionaes.
Art. 26° Lorsqu'une dépêche porte la Art. 26.° Quando o despacho-tiver a de-
mention faire suivre, sans autre indicalion, signação/aça seguir, sem nenhuma outra
le bureau de destinãtion, après 1'avoir pré- indicação, a estação do destino, depois de o
sentée à 1'adresse indiquée, la réexpédie ter apresentado na direcção indicada, o re-
immédiatement, s'il y a lieu, à Ia nouvelle exportará immediatamente, se isso tiver lo-
adresse qui lui est désignée au domicile du gar, para nova direcção que lhe for designa-
destinataire; il n'est toutefois tenu de faire da no domiciliododestinatário; comtudo não
cette réexpédition que dans les limites de será obrigado a fazer estareexpedição senão
Pétat auquel il appartient, et il traite alors nos limites do estado a que pertencer: o des-
la dépêche comme une dépêche intérieure. pacho será então considerado como despa-
cho interior.
Si aucune indication ne lui est fournie, il Se nenhuma indicação lhe for ministrada,
garde la dépêche en dépôt. Si la dépêche o despacho será guardado em deposito. Se
est réexpédie, et le second bureau né trouve o despacho for reexpedido e a segunda es-
pas le destinataire à 1'adresse houvelle, la tação não encontrar o destinatário, segundo
dépêche est conservée par ce bureau. a nova direcção, o despacho será conservado
n'essa estação.
Si la mention faire suivre est accompa- Se a designação faça seguir, for acom-
gnée d'adresses successives, la dépêche est panhada de direcções successivas, o despa-
successivement transmise à chacune des des- cho será successivamente transmittido para
tinations indiquées, jusqu'à la derniêre s'il y cada uma das direcções indicadas até i Ulti-
150
t;nc»
1865 26 de dezembro
a lieu, et le dérnier bureau se conforme aux ma, se isso tiver logar, e a ultima estação
dispositions du paragraphe précédent. terá de conformar-se com as disposições do
paragrapho precedente.
Tòute persónne peut demander, en four- Qualquer pessoa póde pedir, dando as jus-
nissant les justifications nécessaires, que les tificações necessarias, que os despachos que
dépêches qui arriveraient á un bureau télé- chegarem a uma estação telegraphica para
gràphique; pour lui être remises dans le lhe serem entregues dentro da area da.dis-
rayón de distribution de ce bureau, lui tribuição d'esta estação., lhe sejam reexpor-r
soiént réexpédiées à l'adresse quelle aura tados para a direcção que ella tiver indicado
indiquèe ôu dans les conditions des paragra- ou com as clausulas dos paragraphos antece-r
phos précédents. dentes.
Art'. 27? Les dépêches télègraphiques Art. 27.° Os despachos'telegraphicos po-
peuvent être adressées: dem ser dirigidos:
Soit à plusieurs destinataires dans des Ou a muitos destinatários em diversas lo-
localités différentes; • calidades: . .. o . '
áoit à plusieurs destinataires dans une Ou a muitos destinatários na mesma .loca^
même localité; lidade;
' Sóit à un même destinataire, dans des Ou ao mesmo deslinatario em localidades
localités differentes, ou à plusieurs domici- diversas, ou a mais de um d o m i c i l i o m e s -
les dáns la même localité. ma localidade.
Dans les deux premiers cas, chaque Nos dois primeiros casos cada exemplar
exemplaire de la dépêche ne doit porter que do despacho deverá unicamente conter a di-
Tadrésse qui lui est propre, á moins que recção que lhe for relativa, salvo quando o
1'expéditeur n'ait -demande le contraire. expedidor pedir o contrario.
Les^ dépêches à destination de plusieurs Os despachos com destino a differentes
états doivent être déposées en autant d'ori- paizes devem ser depositados em tantos ori-
ginaux qu'il y a d'états différents. ginaes quantos forem os paizes a que se di-
rigirem.
Art. 28" Dans Tapplication des articles Art. 28.° Para a applicação dos artigos
précédents, on combinerales facilités don- precedentes combinar-se-hão as vantagens
nées au públic pour les réponses payées, concedidas ao publico relativamente ás res-
les dépêches recommandées; les dépêches postas pagas, aos despachos recommendados,
à faire suivreet les dépêches multiples. aos despachos a seguir, e finalmente aos des-
pachos múltiplos.
Art. 29® Les hautes parties contractantes Art. 29.° As altas partes contratantes obri-
s'engagent à prendre les mesures que com- gam-se a adoptar as providencias necessa-
portera la remise à destination des dépê- rias para a remessa ao seu de.slino .dos des-
ches expédrées, de la mer, par 1'intermé- pachos expedidos do mar, por intermedio
diaire des sémaphores établis ou à établir dos postes semaphoricos já estabelecidos ou
sur le 'littoral de l'un quelconque des états que se estabelecerem no litoral de .qual quer
qui auront pris part à la présenteíconven- dos estados que houver tomado; parte na
tion. ' presente convenção.
Section I SECTION I
Art. 30 e Les hautes parties contractantes Art. 30.° As altas partes .contratantes, de-
déclarent adopter, pour la formation des claram adoptar para a formação das tarifas
tarifs internationaux, les bases ci-après : internacionaes, as bases seguintes:.
La taxe applicabíe à toutes les corres- A taxa applicavel a todas as correspond en-
pondances échangéés, <par la même voie, cias trocadas pela mesma, via s,erá unifqrmé
ehtré les buréaux de quelconque des deux entre as estações de qualquer dqs estados
états jwntfaCtants sera uniforme. contratantes.; . , , '. ...
Un même état pourra toutefois être sub- Qualquer estado poderá comtudo ser sub-
divise, ; póur l'application de la taxe unifor- dividido para a .applicação da (axa uniforme
me, èn deux grandes divisions territoriales quando muito em duas grándes .divisões ter-
au plus. ritoriaes. . . .
Les états contractants se rèservent d'ail- Os estados contratantes r§servam-se alem
26 dè dezeiúbfò 1865
1-eurs toute liberte d'action à l'égard de leurs d'isso toda a liberdade de acção relativamen-
possessions ou de leurs colonies situées hors te ás suas possessões ou colonias situadas
d'Europe. fóra dá Europa.
Le minimum de la taxe s'applique à la O minimo da taxa será applicado ao des-
dépêche dont Ia loQgueur ne dépasse pas pacho cuja extensão não exceder a vinte pa-
vingt mots. lavras. , i - í
Lá taxe applicable à la dépêche de vingt A taxa applicavel ao. despacho contendo
mots s'accroit de moitié par chaque série vinte palavras, será augmentada de metade
indivisible de dix mots au-dessus de vingt. por cada serie indivisível de dez palavras aci-
ma de vinte. ..,.. , . • .
Le franc est 1'unité monétaire qui sert à O franco é a unidade monetaria adoptada
la composition des tarifs internationaux. para a composição das tarifas internacio-
naes. ; • : . / - ; . M,^'..;;
Le tarif des correspondances échangées A tarifa das correspondências trocadas en-
entre deux points quelconques des états tre dois pontos de qualquer dos estados conV
contractants doit être composé de telle sorte tratantes deve ser composta de.modo que a
que la taxe de la dépêche de vingt mots soit taxa do despacho de vinte pa,la.vras seja sem-
toujours un multiple du demi-franc. pre múltipla de meio franco.
"II sera perçu pour í franc: Cobrar-se-ha por I françq: ..;
En Autriche, 40 kreuzer (valeur autri- Na Áustria, 40 kreuzer (Valor austríaco);
chienne);
Dans le grand-duché de Bade, en Baviére No gran-ducado de Baden,.na Baviera e : no
et en Wurtemberg, 28 kreuzer; Wurtemberg, 28 kreuzer; , >:
En Danemark, 35 skillings; Na Dinamarca, 35 skillings; ,
En Espagne, 0,40 écu; . Na Hespanha-, 0,40 escudo;.. ,
En Grèce 1,11 drachme; Na Grécia, 1,11 drachma;
• - En Hanovre, Prttsse, Saxe, 8 silbergros; No Hanover, Prússia, ^Saxonia, 8 silber-
• \
gros; . .;; ;
Dans les Pays-Bas, 50 cents; Nos Paizes Baixos, 50 cêntimo^;
En Portugal, 192 réis; Em Portugal, 192 réis; .. V ...
En Russie, 25 copeks; Na Rússia, 25 copeks ;. . ....... ,
En Suéde, 72 ceres; . Na Suécia, 72 ocres; . ' .
En Norvège, 22 skillings. Na Noruega, 22 skillings.
Art. 31° Le taux de la taxe est établie à Art. 31.° A importancia, da taxa será es-
état, de concert entre les gouvernements ex- tabelecida de estado para estado, de accordo
tremes et les gouvernements intermédiaires. entre os, governos extremos e os governos
Le tarif immédiatement applicable aux intermédios. .• .
correspondances échangées entre les états A tarifa immediatamente applicavel ás
contractants est fixè conformément aux la- correspondências trocadas entre, os estados
bleaux annexés à la présente convention. contratantes será fixada conforme astabellas
Les taxes inserites dans ces tableaux pour- annexas á presente convenção. •. •
rótit, toujours et à toute époque, être ré- As taxas ínscriptas n estas tabellas pode-
duites d'un commun accord entre tel ou tel rão sempre e em qualquer epocha ser redu-
des-gouvernements intéressés; mais toute zidas, de commum accordo entre, tal pu iai
mòdiflcation d'ensemble ou de détail ne dos governos interessados; comtudo qual-
séra exécutoire qu'un mois au moins après quer modificação, no todo pu em parte, não
sa notification. poderá ter execução senão um mez pelo
menos depois da sua modificação.
SECTION II SECÇÃO II
. I»e 1'application des taxes n a applicação das taxas
Art. 32 e Tout ce que l'expéditeur écrit Art. 32.° Tudo quanto o expedidor escre-
sur la minute de sa dépêche, pour être trans- ver naminuta do seu despacho para ser irãns-
mis; entre dans le calcul de lá taxe, sauf ce mittido entrará na contagem dataxa, salyo ó
qui est dit au paragraphe 7 de 1'article sui- que se estabelece noparpgrapbo.7.°doar,-
vant. : tigo seguinte. . .w " ,.
Art. 33 e Le maximum de longueur d'un Art. 33.° A maxima extensão de unrçpa?
mot est fixé à sept syllabes: l'excédant est lavra é fixada em sete syllabas, o excedente
cotnpté pour un mot.' ' • ; será contado por uma pplayjra. • , , , V,
• Lés expressions réunies par un trait d'u- As expressões reunidas por um traço d è
5.72
1865 19 de outubro
nion sont comptées pour le nombre de mots união, serão contadas pelo numero das pa-
qui servent à les former-. lavras que as formarem.
Les mots séparés par une apostrophe sont As palavras separadas por uma apostro-
comptés comme aulant de mots isolés. phe serão contadas como se fossem palavras
isoladas.
Les noms propres des villes et de" per- Os nomes proprios de cidades, de pes-
sonnes, les noms de lieux, places, boule- soas, de localidades, praças, passeios"(bou-
vards, etc., les titres, prènoms, particules levards), etc., os titulos, pronomes, partícu-
et qnalifications, sont comptés pour le nom- las e qualificações, serão contados pelo nu-
bre de mots employés à les exprimer. mero de palavras empregadas para os desi-
gnar.
Les nombres écrits en chiffres f sont com- Os números escriptos em algarismo serão
ptés pour autant de mots qu'ils contiennent contados por tantas palavras quantas vezes
de fois cinq chiffres, plus un mot pour l'ex- contiverem cinco algarismos, e por mais uma
cédant. palavra pelo que exceder.
Tout caractère isolé, lettre ou chiffre, est Qualquer caracter isolado, letra ou alga-
compté pour un mot; il en est de même du rismo, será contado por uma palavra; o mes-
soulignè. mo succederá sendo sublinhado.
Les signes que les appareils expriment Os signaes que os apparelhos expressarem
pâr un seul signal (signes de ponctuation, por um só signal (signaes de pontuação, tra-
trails d'union, apostrophes, guillemets, pa- ços de união, apostrophes, comas, parenthe-
renthèses, alinéa) ne sont pas comptés. sis, paragraphos) não se contarão.
Sont toutefois comptés pour un chiffre: Todavia serão contados por um algarismo
les points, les virgules et les barres de divi- os pontos, virgulas, traços de divisão que
sion qui entrent dans la formation des nom- entrarem na formação dos números.
bres.
Art. 34° Le compte de mots s'établit de Art. 34.° A contagem das palavras será
la manière suivante, pour les dépêches en estabelecida da seguinte maneira para os des-
chiffres ou en lettres sécrètes. pachos em cifra ou letras convencionaes.
Tous les caractéres, chiffres, lettres ou Todos os caracteres, algarismos, letras ou
signes, employés dans le texte chiffré, sont signaes empregados no texto em cifra serão
additionnés. Le total divisé par cinq donne sommados. O total dividido por cinco dará
pour quotient le nombre de mots qu'ils re- por quociente o numero de palavras que re-
présentent; 1'excédant est compté pour un presentarem; o excedente será contado por
mot. uma palavra.
On y ajoute, pour obtenir le nombre total Acrescenta-se-lhe, para obter o numero
des mots de la dépêche, les mots en langage total das palavras do despacho, as palavras
ordinaire de 1'adresse, de la signature, et em linguagem vulgar da direcção, da assi-
du texte s'il y a lieu. gnatura e do texto, se tiver logar.
Le compte en est fait d'après les régies A contagem effectuar-se-ba segundo as re-
de 1'article précédent. gras do artigo precedente.
Art. 35® Le nom du bureau de départ, la Art. 35.° O nome da estação de partida,
date, 1'heure et la minute du dépôt sont a data, a hora e minuto da entrega são trans-
transmis d'office au destinataire. mittidos por obrigação aos destinatários.
Art. 36® Toute dépêche rectificative, com- Art. 36.° Todo o despacho de rectifica-
plétive, et généralement toute communica- ção, complemento e em geral qualquer com-
tion échangée avec un bureau télégraphique municação trocada com uma estação telegra-
à 1'occasion d'une dépêche transmise ou en phica na occasião de transmiltir um despa-
cours de transmission, est taxée conformé- cho ou durante a transmissão, será taxada
ment aux régies de la présente convention, conforme as regras da presente convenção,
à moins que cette communication n'ait été salvo se esta communicação tiver sido ne-
rendue nêcessaire par une erreur de ser- cessaria por erro de serviço.
vice.
Art. 37® La taxe est calculée d'après la Art. 37.° A taxa será calculada segundo
voie la moins couteuse entre le point de dé- a via menos custosa entre o ponto de partida
part de la dépêche et son point de destina- do despacho e o ponto de destino.
tion.
Les hautes parties contractantes s'enga- As altas parles contratantes compromet-
gent à éviter, antant qu'il sera possible, les tem-se a evitar tanto quanto possivel as va-
variations de taxe qui pourraient résulter riantes de taxa que porventura possam, re-
14 d e n o v e m b r o 1865 605
des interruptions de service des conducteurs sultar das interrupções de serviço dos con-
sous-marins. ductores sub-marinos.
SECTION III SECÇÃO III
D e s taxes spéeialcs Das taxam especiaes
Art. 38° La taxe de recommandation est Art. 38.° A taxa de recommendação será
égale à celle de la dépêche. igual á dos despachos.
Art. 39 e La laxe des réponses payées et Art. 39." A taxa das respostas pagas e des-
dépêches de retour, à diriger sur un point pachos de retorno, que se dirigirem para u m
autre que le lieu d'origine de la dépêche ponto diverso do logar originário do despa-
primitive, est calculée d'après le tarif qui cho primitivo, será calculada segundo a ta-
est applicable entre le point d'expédition de rifa que for applicavel entre o ponto da ex-
la réponse ou de la dépêche de retour et pedição da resposta, ou do despacho de re-
son point de destinãtion. torno e o seu ponto de destino.
Art. 40" Les dépêches adressées à plu- Art. 40.° Os despachos dirigidos a mui-
sieurs destinataires ou à un même destina- tos destinatários, ou a um mesmo destinatá-
taire, dans des localilés desservies par des rio em localidades servidas por differentes
bureaux différents, sont taxées comme au- estações, serão taxados como outros tantos
tant de dépêches séparées. despachos separados.
Les dépêches adressées, dans une même Os despachos dirigidos para a mesma lo-
localité à plusieurs destinataires, ou à un calidade a muitos destinatários ou a um mes-
même destinataire à plusieurs domiciles, mo destinatário em muitos domicilios, com
avec ou sans réexpédition par la poste, sont ou sem reexpedição pelo correio, serão ta-
taxées comme une seule dépêche; mais il xados como um só despacho; cobrar-se-ha
est perçu, à titre de droit de copie, outre porém, a titulo de copia, alem do porte do
les droits de poste, s'il y a lieu, autant de correio, se isso tiver logar, tantas vezes meio
•fois un demi-franc qu'il y à de destinations franco quantas forem as direcções do despa-
moins une. cho, menos uma. ;
Art. 41 e II est perçu, pour toute copie Art. 41." Cobrar-se-ha por qualquer co-
délivrée conformément à l'article 22 e , un pia entregue, conforme o artigo 22.°, um di-
droit fixe d'un demi-franc par copie. reito fixo de meio franco por cada copia.
Art. 42 e Les dépêches recommandées, à Art. 42.° Os despachos recommendados
envoyer par la poste ou à déposer poste res- que forem enviados pelo correio, ou para âli
tante, sont afiranchies, comme lettres char- serem demorados, serão franqueados como
gées, par le bureaux télégraphique d'arri- cartas registadas pela estação telegraphica
vée. da chegada.
Le bureau d'origine perçoit les taxes sup- A estação originaria arrecadará as seguin-
plémentaires suivantes: tes taxas supplementares:
Un demi-franc par dépêche à déposer Meio franco por despacho que dever ser
poste restante, dans la localité desservie, ou demorado no correio de uma localidade ser-
à envoyer par la poste, dans les limites de vida por linha telegraphica, ou que for en-
1'état qui fait d'expédition; viado pelo correio, dentro dos limites do es-
tado que fizer a expedição;
Un franc par dépêche à envoyer, hors de Um franco por despacho qué se enviar fó-
ces limites, sur le territoire des états con- ra d'estes limites no' territorio' dos estados
tractants; contratantes;
Deux francs et demi par dépêche à en- Dois francos e meio por despacho que se
voyer au delà. enviar para maior distancia.
Les dépêches non recommandées sont Os despachos não recommendados serão
expédiées comme lettres ordinaires par le expedidos como cartas ordinarias pela esta-
bureau télégraphique d'arrivée. Les frais de ção telegraphica da chegada. Os portes do
poste sont acquittés, s'il y a lieu, par le des- correio serão pagos, havendo logar, pelo des-
tinataire, aucune taxe supplémentaire n'é- tinatário, não se havendo cobrado alguma
tant perçue par le bureau dorigine. taxa supplementar pela estação originaria.
Art. 43- e La taxe des dépêches à échan- Art. 43.° A taxa dos despachos que se tro-
ger avec lest navires en mer, par l'intermé- carem com os navios no mar, por intermedio
diaire des sémaphores, sera fixée conformé- dos postes semaphoricos, será fixada confor-
mant aux régies générales de la présente me as regras geraes da presente convenção,
convention, sauf, pour ceux des états con- salvo, para aquelles estados contratantes que
tractants qui auront organisé ce mode de tiverem organisado este modo de correspon-
di
< IH
606 .1865 se do dekeimbtò
j^ikíMí'. pepception' 'des. taxes a lieu Art. 44.° A cobrança das taxais tèrá lbgâif
au idèp.art. i-, . , . . no acto da partida.. , ;
ín^ptxt jtputefpis perçus à Tarrivéé sur.le des- Serão tòdavia òobràdos á chegádà dò dés-
tinátairPv,.. .. ...• : •• •, tínatario:', . ..' ' ;
La, taxie des dépêches expédiéès, de,lá : A taxa dos despachos expedidos'do
mer,;par ; rintermédiaire des sémaphores; mar ppr intermedio dos postes1 éétóàpbori-
, ...':. ,. . ... .... /', cos; ' ' " f '
.^^V^a t p e cbmplémentaireâes dépêches 2.° A taxa compleniérttkrdpè dé§pià'chos
à fairç su i?,re; ..., ' . ' . , , a sèguir; :,
, . ;30;La;:taxe complèmentaire des réponses , 3.° À taxa coiiiplementar das respbstas
P I Í ^ A Q j j t . 1'étendue excède la longUeur pagas, ,cujá extensão exceder a distancia fifàn-
alfranchie; queada;
...i^iLe^frais detransport, audelà des bu- 4.° As despezas de transporté,' alem'dás
rea l ip; : íéiégraphiqties, .par. un moyeh pias esíáÇÕ.estelegraphicas, bbr mèío riíiàis rápido
£apjde qfiç: la poste,, dans les états ou un ser- que o' do correio, nos esífrdbs Pndè Sé hpu-
v|ee 4®-,çette n.atuçé est õrganisé.....' , ver oí^ahisado um serviço d'esta na turézá.'
KiíTpi^tefpjs, rexpéditéur d'unè dépêcbe,re- *; ToçiaViá o. expedidor dè utó dèspácho
çpmniílfidee peut àffrançbir çe, tránsport contftóèndadô' poderá' T r a f í ^ i ^ ' ^áte•'•tràii^-
mpyenpfç>n,t le dépôt, d'une somme qui est porte .medianté õ depositò"Ôé umtí sbthma;,
déteçfninée par le bureau d'oi igine, sâuf qué sérá determinada pela éstãçãó Prigina-
liquidatión ultérieure. La . dépêche dè'ré- ria, salvo liquidação ulterior: O déspáòhb dè
toui; .faiti.cpnnaitre le. montant des firais dè- retorno fará conhecer a importanciádas dé£-
hoursés. • . ' ...'.. pézàs desembolsadas. : ?i . "
Daps tpus les cas ou il doit y avoir perce- Em todos os casos, ém "qtiè deve tèr logar
pí,jqp 3 jjârrivée, la dépèçhe p'est dèlivrèe a cobrança á chegada, o déspachó só será eú-
afl fiçístinatâire que coritrè payement de la treguè ad destinatário depois dfe verificado o
taxe due. pagamento dá taxa devida.
SECTION V SECÇÃO V
Des (ranchiseK Da franquia
Art. 45* Les déppches rèlativès au,ser : Art. 45.° Os despachos1 relátivp's á ó s e r -
'Yi,çe-j^.fj61égraph^ipterpáiònâ9x,des' ètáts viço dos telegraphos intérn'acionáéè dPS 6s'-
(^ptrí\Çjt^j[.ts sont n' , án,smisesenfrânchisè , sur tadós cPntratantesi serão tránSniittidos' ^ra-
tpul.íç reseau.des dits états. t#tá'tóèhtè'!fcpbrè''tòda a • 'flitóá'-eâ-
'. •','. tadosV ' • • ' • ' • • •• i •: •'>••< •••'
SÉCTIÓN VI SECÇÃO V | ••-' <J ,r, I P . , . t r . '
Des détaxes et rembourseménts Da restituição das taxas e reembolios
..Art.j'46® Est restituéé à réxpédiieur par Art. 46.° Será restituída ao 'expedidor
1'état qui í'a perçué, sauf recours cpntrè lés pelo estado qué á tiver arrècàdado, salvo r e -
autíjBç, çljatSjS.ljíj, a li,eu, la.taxe detouiedé- curso contra ps outros estados, se isso tivér
pêché dónt lá transmission télegifàphique n'a logar, a taxa' de quálquèt- dèá^ácho 'Cuja
pas été effectuéé. transmissão telegraphica se nào tiver tea-
; M
•; i; • .•,,••!•' •• '• : I Í S a d O . ' ' "r" '
. ,'ij Ar^.j,47®; Est; rèmboursée .l'exj^é'ditèpr , Art., 47.° Será reèmbolsjidô o èXfièáiâor
pá^retat qui l-a pèrçuè, sauf i^ecpúrs contre pelo estado que houver fétfò' à' tiôbrárifâ,
le£,autré§ états,.s"il y a.lieu, Íá;taxe intégralé áalVò-"réçíáràof .èontrá -os'óiitWfe''feSfâdos^-sè
de .toulp jfjfépéfjbe recòjnrpandéò (jui, çar isso tiver ío^fái4,' da taxâ ihtègfâl de qualquer
suifé,-q.'iln r^tãrd' notáme, oú dè,'graves, et- despacho rècómtaénfladb ^tiéú jp&r-tfritídê
re,urjs.djp,tj;áps^riissiqh, ^'f^u.martifèstèment dè demora nòtàvèl, otíerfbslraves defráns-
rpfijpjrr lpnPtsjéí, ^ m ó . í t j ^ ú ^ l e retà^d bu miâsãó, não;tivpr|)Pdi'do naáíiifegtàmenteprés-
^çj^^pié.[^çutôljíe, un"'etai, ou à énbfliér ó; setf objecto, comtáhto'qilé:â'dè'rrlPrà
.qne. .cb^paginie^nvèe quin'aiuràit pás ou erfo tóíb s'éjáJ imfjútavet. à' um estadó! PU a
çepté iès disppsi tíoris dè típrèèéníé éontetó- utóà, companhia partièUlár l<jiie nãò hoúVér
tíòn.' i ; ^ • 'à'éeià'dÔ'aádisíí)âé5'èsdá pr«jáiBátôinMVâíi(8d.
i'G, dè dezembro 1865 607
Art. 48® Toute réclamation doit être for- Art. 48.° Qualquer reclamação deve ser
mée, sous peine de déchéance, dans les trois apresentada, sob pena de prescripção, du-
mois de la perception. rante os tres mezes da cobrança.
Ce délai est porté à dixmois pour les cor- Este praso será de dez mezes para,as cor-
respondances échangées avec des pays situés respondências trocadas com paizes situados
hqrs d'Europe. fóra dá Europa. ' ' • •
:
) , TITREÍV PAirEE i'y
•ti' - 'Se la comptabilité internationale Da contabilidade internacional } .
À'rt. 49® Lés hautes parties Contractàntes Art. 49.° As altas partes contratantes da-
se doivent réciproquement compte des taxes rão reciprocaménte cOntâ dás táfcas àrréíà1
p e i d e s par chacúne d'elles. dadás por cada uma d'ellaS; •
Ée's. tákes âífèrentes aux drôits de copie As taxas correspondentes : aos direitos de
tt^dé transpor t aú delà des lignes sont dévo- cópia e de transporte, alem daá linhas, serão
lués àTétat qui á délivré les copies ou effe- devolvidas áo estado què tiverèntrégádo as
ctué |e transport. , copias ou effectuado ó transporte:
Chaque état crédito 1'état limitrophé du Cáda estado creditará o estado limitrophé
íporitant des taxes dè toutes les dépêches da importancia das taxásde tódò's'0s despa-
q u ' i i i u i a transmises, calculées depuis la chos que lhe tiverem ádótrànSmittidbS; cal-
Iftmtíèfe' de ces deux états jusqu'à destinà- culados desde a frónteirâ d'estes'dois* esfá-
tión.' dos até ao seu destino.
Ces taxes peuvent être réglées de com- Estas taxas podem ser reguladas d e Gpih-
mun áccord, d'après le nombre des dépêches mum accordo, segundo o numero dOs des-
qui ijpt franchi cette frontière, abstraction pachos que tiverem atravessado a frontèirá,
râité(,du nombre desmóts et des frais accéb- fázendõ-se abstracção do numerd dè palavras
SÓireSÍ Dáns cé 'Caseies párts de fétátiimi- é das despezas áCcesS0riá£--N'eáté caso^as
tfõpfie' ét de chacuri des états súiváhis, f i l y quótas-partes do estádo liiHifróphe; e 'dè
a lieu, sont déterminées par des móyenhès cada um dos estados seguíbteS; s'é fesò tiVér
ètablies contradictoirement. logar, serão determinadas pelas medias es-
tabelecidas contradictóriámente.
Ãrl' 50® Les taxes pérçues d'ávance pour Art. 50.° As taxaá' recebidas ádiáritàdà-
reponáes payées et. recommendations' sont mente pelas respostas' pagas, e récomnien-
rèparíies, entrè les divôrs états, confòrmé- dações, serão repartidas entre os diversos
iáfent àux dispositions delarticléprêcédent, estados conforme as disposições do artigo
les réponses et les dépêches de retodr êtánt precedente; as respostas e os despachos de
tráitéés, dans les coípptés, comsné des dépê- retorno serão considerados nas contas cdmo
ches órdínáires qui aúraient été expédiées despachos ordinarios'que houvessem sido
par l'état qui a pèrçu. expedidos pelo estado qUe recebeu.
Lorsque la transmission n'a pas eu lieu, Quando a transmissão não tiver tido effei-
lá taxe est acqhise à 1'office qui l'a pérçue, to, a taxa pertencerá á estação que a arre-
sauf les droits de 1'expéditeur. _ ; cadou, salvo os direitos do expedidor.; i
Art. 51° Lorsqu'Une. dépêche, quelíèque Art. 5 1 Q u a n d o utíi ddspacho,.qualtfuer
sóit; : a été transmise p a i une vòiè diffé^eb te que seja, tiver sido transmiitSdt) ^ori^ia di-
d'e céitó qui a seHí d è base a lá tãxé; la dif- versa daquella que servid'de base â: taxada
fé'ré'ò6é dè taxe est'áupportée par foffice qtíi differença d'esta recairá sobre'a éstáçãoíque'
a dêtburné i'â.dépêche. tiver desviado o despacho. .,
. ; k h . 52 ô Lè íèglement réciproque deã- Art; 52.® A regularisaçãõ reciproca >dak
córiiptès' áMíé'tf'à 1'éxpirátion de chaque contas terá effeito no fim de cada mez. • < • >:
mois. O encontro e a liquidação do saldo serão
Le décompte et la liquidation du solde se realisados no fim de cada trimestre. - >
forità la fin dechaque trimestre. »Art. 53.° O saldoresultante da liquidàção
Art. 53® Le solde résultant dè' la liquida- será pago na moeda corrente: doestado, a'
tion est payé en morinaiócóuraòte dè 1-état favor do qual o mesmó ssaldó forí estàbêle-
á'ff ptfôm á l t ó éérébldé^st établí;' • cido. !• : .! •]• . f i J l l l l !l>»ij!:-.i.!:--il !
no ,.-ii>in-|i:! »:••••' í.ia ir v • ••• • .••! i; • :• 'íi'!Íí;vr '.• :: ;
il í i ; . j [jlfl[ÍI': '1.1, 'I • .! -si; V ' ! • •!,;!:. •• ..t ; '•. >i H! «tri
" d > - » l f i ! ' t í < i rií.5 '•!•:..• -••..:.•: i !.!! •' . • ' ->íi • .' •', 'iii; i-, .-'iilí^i:' f.(|. •
' ftllf t;l»t:-. ((! >".' • I>j»'-!(;.v«j ! . . ', • "ir." - i -iiioq
5.72
1865 19 de outubro
TITRE V . TITULO V
Dispositions générales Disposições geraes
SEÇTIONI SECÇXO I
Des dispositions eompléitientaires Disposições complementares
Art. 54° Les disposition de la préseate Art. 54.° As disposições da presente eon r
convention seront complétées, en ce qui venção serão completadas, no que toca ás re-
concerne les régies de détail du service in- gras praticas do serviço internacional, por
ternational;'par Un règlement commun qui um regulamento commum, que será feito de
sera artfêtó de concert entre les administra- accordo entre as administrações telegraphi-
tions. télégraphiques des états contractants. cas dos estados contratantes.
Les dispositions de ce règlement entre- As disposições d'este regulamento come-
ront en vigueur en même temps que la pre- çarão a vigorar ao mesmo tempo que a pre-
sente convention; elles pourront être, à tou- sente convenção, e poderão ser em qualquer
te éspoque, modifiées d'un commun accord epocha modificadas de commum accordo pe-
par les dites administrations. las ditas administrações.
Art. 56 e L'administration de l'état ou, en Art. 53. 0 A administração do estado, on-
vertu de l'article 56 a ci-après, aura eu lieu de, em virtude do artigo 56.° seguinte, tiver
la dernière conférence," sera chargée des logar a ultima conferencia, será encarregada
mesures d'exécution relatives aux modifica- da execução das providencias relativas ás
tions à apporter d'un commun accord au rè- modificações que houverem de ser effectua-
glement. das de commum accordo no regulamento.
Toutes les demandes de modifications se- Todas as propostas para modificações se-
ront adressées à cette administration, qui rão dirigidas a esta administração, a qual con-
consultera toutes les autres, et, après avoir sultará as demais, e depois de alcançado o as-
obtenu leur assentiment unanime, promul- sentimento unanime, promulgará as altera-
guera les changements adoptés, en flxant la ções adoptadas, fixando a data para a sua
date de leur application. applicação.
SECTION II SECÇÀO II
Art. 36° Laprésente convention sera sou- Art. 56.° A presente convenção será sub-
mise à des révisions périodiques, ou toutes mettida a revisões periódicas, nas quaes se-
les puissances qui y ont pris part seront re- rão representados todos os estados que a ella
présentées. adherirem.
A cet effet, d e s conférences auront lieu Para este effeito haverá conferencias suc-
successivement dans la capitale de chacun cessivamente, na capital de cada u m dos es-
des états contractants, entre les délégués des tados contratantes, entre os delegados dos
dits états* . ditos estados.
La première réunion aura lieu en 1868, à A primeira reunião terá logar em 1868
Yienne. emVienna.
Art. 57® Les hautes parties contractan- Art. 57.° As altas parles contratantes, a
tes, afin d'assurer, par uuéchange de com- fim de assegurarem por meio de uma troca
munications réguíières, la bonne adminis- de communicações regulares a boa adminis-
tration de leur service commun, s'engagent tração do seu serviço commum, obrigam-se
à se transmettre réciproquement tous les a transmittir reciprocamente todos os docu-
documents relatifs à leur administration in- mentos relativos á sua administração inter-
térieur et à .se communiquer tout perfe- na, e a communicarem-se qualquer melho-
ctionnement qu'elles viendroient à y intro- ramento que vierem a introduzir.
duire.
Chacune d'elles enverradirectement à tos- Cada uma d'ellas enviará directamente a
tes les oufres: todas as outras:
l ° P a r le télégraphe: 1 P e l o telegrapho :
La notification immédiate des interru- A notificação immediata das interrupções
ptions qui se seraient produites sur son ter- que se effectuarem no seu territorio, ou nas
ritoire, ou sur les lignes des états et des linhas dos estados e das companhias parti-
compagnies privées, auxquels elle servira culares, ás quaes servirá de intermedio para
d'intermédiaire pour leur correspondance a sua correspondencia com cada um dos es-
avec chacun des états contractants. tados contratantes.
2° Par la poste: 2.° Pelo correio:
14 de n o v e m b r o 1865 609
Art. 59" Les hautes parties contractantes Art. 59.° As altas partes contratantes re-
se réservent respectivemente le droit de servam-se respectivamente o direito d e effe-
prendre, séparément entre elles, des arran- ctuar separadamente entre ellas contratos
gements particuliers de toute nature, sur les particulares, de qualquer natureza, nos pon-
points du service qui n'intéressent pas Ia gé- tos do serviço que não interessarem á gene-
néralité des états, notamment: ralidade dos estados, e especialmente: :
Sur la formation des tarifs: Sobre a formação das tarifas;
Sur l'adoption d'appareils ou de vocabu- Sobre a adopção dos apparelhos oíi voca-
laires spéciaux entre des points et dans des bulários especiaes entre pontos e em deter-
cas déterminés; minados casos;
Sur 1'application du système des timbres- Sobre a applicação do systema especial de
;
dépêche; estampilhas telegraphicas;
Sur la perception des taxes à 1'arrivée; Sobre a arrecadação das taxas á chegada';
Sur le service de la remise des dépêches Sobre o serviço da remessa dos despachos
à destinãtion; ao seu destino;
Sur 1'extension du droit de franchise aux Sobre a extensão do direito de franquia
dépêches de service qui concernent la mé- nos despachos concernentes ao serviço da
téorologie et tous autres objets d'intérêtpu- meteorologia e quaesquer outros objectos de
blic. interesse publico. .
SECTION IV SECÇÃO IV
Des>dhésions D a s adheaSes
Art. 60° Les états qui n'ont point pris Art. 60." Os estados, que não tiverem to-
part à la presente convention, seront admis mado parte na presente convenção, serão
à y adhérer sur leur demande. admittidos a adherir^a ella logoque o solici-
Cette adhésion sera notifiée par la voie tem.
diplomatique à celui des états contractants Esta adhesão será notificada pela via di-
au sein duquel la derniére conférence aura plomatica ao estado contratante, no qual se
été tenue, et, par cet état, à tous les au- houver effectuado a ultima conferencia, e por
tres. este estado a todos os mais.'
Elle emportera, de plein droit, accession Esta adhesão importará o direito pleno de
à toutes les clauses et admission à tous les accessão a todas as clausulas e á admissão a
avantages stipulés par la présente conven- todas as vantagens estipuladas na presente
tion. • convenção.
Art. 61® Les hautes parties contractantes Art. 61.° As altas partes contratantes
s'engagent à imposer, autant que possible, compromettem-se a impor, tanto quanto
les régies de la présente convention aux com- possivel, as regras da presente convenção
5.72 1 8 6 5 19 de outubro
Art. 62 e La présente convention sera mise Art. 62.° A presente conyenpãp spr&pos.-
en exécution à partir du l e r janvier 1866, et ta em execução a começar de 1 de janeiro
demeurera en vigueur pendant un temps in- de 1866, e ficará em vigor durante um tempo
déterminé et jusquà l'expiration d'une an- indeterminado, e até á expiração de um anno,
née à partir du jour ou la dénonçiation en a contar do dia em que for denunciada.. ;
serait faite. -
Art. 63 a et dernier. La présente conven- Art. 63.° A presente convenção será rati-
tion sera ratifiée et les ratifications en seront ficada, e as ratificações trocadas em Paris,
échangées à Paris, dans le plus bref déíai dentro do mais breve praso possivel',. .
possible. . ... - .
En foi de quoi, les plénipotentiaires res- Em fé do que os plenipotepciarios respe-'
pectife.l'ont signée et y pnt apposé le cachet ctivos a assignaram e sellaram cójn o sinete
de leurs armes. das suas armas. . ,,
Fait à Paris, en vingt expedjteurs, le 17 Feita em Paris, em vinte a.utpgraplios,
mai'.j!865.=(L. S.) Paiva = (h. S.) Met- aos 17 de maio de 1 8 6 5 . = ( L . § . ) ' fmá—
ternich — (L. S.) Baron A. Schweizer = (L. S.) Metternich=(L. S.) Barão Sçhjbei-
4e Wendland—(h. S.) Ba- zer—(L. S.) Barão de Wep:dbnd~'(h.%)
ron $ugi-.Qfflens<=?Qj, S.) Çomfe Moltke Barão Eug. Beyens={L. Çònde Mqllke
Hvitfeidt = (L. S.j Alexandra '4jf<w?==.(Lf Hwtfeldt=(L. S.) Alexandre S.);.
S O ^ t i P f l f ê f f t . S . ) PhocÍQ#Ro- Br.quyn .de Lhuys=QL. S.) ^fiociorj, .Ropcé'
§.-). Bçwórç. ==(L. S.) J. H. Heeren=(L'. é.):'Ba^g:jC-\
Gi: S-) Nigra^ÇL. S-) de, finsingen—{)u. :MffrftW&í'§•).'fôr, '•
Lightenv'elt= (L. S.) Gollz==(h. S.) Bud-. ghtenvelt=(L. S.) Go/fz=(L'.' S.) Bíidbefy:
berg=(L. S.) BaronSeebach= (L.S.) Ba- = (L. S.) Barão Seebach= (L. S.) Barão
ron Adelsward — (L.r S.) Kern — (L. S.) Adclsward=(L. S.) Kern=(L. S.) Djemil
Djemil=(L. S.)-ffiaeehter. -> = ( L . S.) Waechier. . .
'"'í"' .••' .. • : • •'-•!• ••:!i•;•- ' ••• ••) :: ! .-.-i '!!v -i-S-, •
I*;.'»' . ' J L I I ; ! í . i I N - : : obti-.o »% TCIÍK'!'.) M I J I ; t r t h ; r í ' ' » H I ' > » .'iiMianb BÍ L-.HJPÒI, T I B - >U
V
T
in'j •• .!•• .;c. :•••'! «ir» latiiíii-- i'i(t)i;ii!-. >;'• • '-..'uoil -ni:•<•••>'-fii-í i. -,JIÍI-'I ir.«j . ) ' » , : i d i ! ' > !
.' !'.!(T --f •{)>.! : .-.!:•,:>•' Í 'il;- . _
: • «•••lit.io /.'li,! i<«(í'íl; i-.V-.':- >.i ; • >.: "?..'}(• ,r.".h.iirim>
i. •y.iiVh), r •< -iÁl. I. i>r.'.*>)r,ti'. .'M ':;in.-j - ••"/•: iíí?hi. !'! r-siw.M, ."li e AVQ! í
•>'• - I j r.if ''.'-iilliiin'- • ' . r n ^ m u <1- ífibol -Tl.j 'lijij >.v!:Blnfi7t
, .. .uí;'_inOViKi'i " .fjoil
> •'(. " ?•:.» . Í Í / - .J'L/
!«!' "«I.-J , i«' =.!!:r- r, ••'-!..K..i-»H'S>Y!-p '!f<- ;.íi.!i;i: . xjllli í »••
"•;'>•[ :.f; ••• ,i-i.íi..-.i I ••••'<•; r"t: ;!• ;>U = "ti--', -«in*».^.-.'.!' I •>!..•-.:•„•:•>
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cAxm/u.
"> Í!'Í mff»iii»!mlf!f - t m l í-é rniiiiiitiirô (.1 í. ar;- HMÍI) nt/il m i «5s> íIM-^MEÍ
'f»ni, « ih M<.!> ni K SllgM jloÍMW/Ill>5 M M> 'thi!i!;'l
«slfiaimxai boxbTíí
liotottUIVfttiq-f» «»'.NÍftIUI0<j«9*10j *0l !UO(f lcj'3 SUpiiíb > JlIHi.'" ! iLlj) ,'i!MV ôiídiraist SXSl .ÉiJ»
. " . (./Oiifnud 8Í) floítftníJsáb
"7~
.•fl.iJí./iViIO iiúiltuuuail
: '• tijs f/jh
| »iin"..-l
•. i . • Uleb s'j| f.,"0) 3aTS wagnsii:». «."MaluKrfieíw.i sal hio*! •ubnltj/.
iup ori .'«fib ôJiwl wo*!' 00,£ I - -thtBt^ilnos
3b ítjntá <-:'j| oiisvei! ;
-KaraiMnteuAaoiifJ,'! :
U-i -i/i,t "jtiyi wjuii
n«vr. oiiit!tnno,.i . •.
.?l«b , bb -''t ' lnwimiJ iii|> - 'íif;í.i'-'ii>••:!!. ) -mo'!
.Iiutbl' 0U,K i . . y!([lll'i i;li'Il/. I!!>iíiij'i '
IK),I • , . . . W l J u , . , . , ! > .t.JOÍ 1 l ! f / l »
r
'.i|i ••k: • i">! Ui-y- '!•• mil ii vi"nf^iioijf/mn:; -ol nioTi
.Wilili 00,1' i •••ii'ÍMir.:-iLi-rib.!i/. •f«»i(iIJ"l '
iW.I 1. '.. . i>vr. -'Inol i;i«><0
!
• ! . ,<li..!ii'»lBtI fl ••»/.: wigi:/.D vi •'•• >i!i : , ' > i i . * M im»'lf
..'UpiyljhJ
I M } " A N ' N ' É X ' 0 . S . ' - T '
"('..t j^. »•>•.„. Í M l i i . ? • » ' iHf I '!)(!'[
.áni'i>'.'U(i'l >1 W t zíiit^iWii!'"' *v..i;í!K:tny*'inii:) ««il ino'J j
;l«Kí'»qiiio.? sol í» • ) l ú .wtio'/. hl ,0ÍÍ6JJ'f ( . .oníjsqiíl
oóx n'í rí sbttoili]'.:'M'f.sifpi!ifiiir.'>>) rítíifA iirtiilUT
ii: vlmfvKfl 1
iiiiK'>ii>iO !'I . w c »H*»s«;*ri9Í> >.! i.teí<i!t')}W!fir< «lí^iiioll
•>ÍII[IIÍ)T Í;Í ."hóii* i.í . 'iffi:!t f.L •:,.;/. . Í .•IVTILL I;f I
-TIÍ) U Í)miA I i lílfiicjijiu.* i: •'• ••! )'• •Kj.-.inH'!, •.. .i.i
••Í;JIÍ!IJ;U! I
;i-1 -Í f.jii• • / .— ti»»: .-.4 - .Jalil Hln4' -
00, £ ! t» // !'5 ti. •?!:.•! i ííil ;
00, 1 :.. rf!f'r!!v<-;.':--n-.;f -'ÍJÍOI ; S0»1«>
r/>l ânummoa s/sT oo.t; , í«i;í>t»-n|e luti : •iuol 1110'} í. . . . ,.1Ç7t1Kll
T
,(IOÍ(l J'l 9t> ílfiJà
S tiO.C. .... -til* ti
. j (iO.S j . eo-iii6lK'j<{'.'-nin . r.-.JiJal
. m o í< ,| . . .'."'•r/V'/.
j tal. ;)C,t;> Jnr»%1'JVfc.fj ÍIJJI K"'.íff;i j3ti.j?'jn"0 g''i •|UO ^
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' ii.l JH 'liUtl'I art* «9'.ig»i/ul;j;i ^Rf»-n.»{.-.Tto-i vú i » t o « J .
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Ir.líj í.oí «uot vr/R «»3(ii>l>uoqmtoo «si t a n t /nq
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ub y.r.i -íuo'] .it j j
.saciiuii,'.» J •- I
«o! yr/& siiimuno-j juTitíCM; «Vj:-.j:!il:f>lW.< i--f; ; . '/A f.-jjíiOJ HM.''! — .....wr:
.iKiinU'l;)fjstiilíia:ti1uí. !
iftO,»; • líiofjí^nc-i *slí!oJ iuo'l ;.b?ji'j
100,1 I «?oafil)iif.qswoa «« á;>l«ol laol . OMÍiií
-oa'b'1 MopinT
•IDELS «9$ «PÓ» asm «AÀGNCDAÀ TÓSIISBUÂIJEATTO^ «<>I I U O 9 isqo-.
^ivi3â sb íslosqioiint OO.i {..,. 9'unttR «I ?íi fioilqsaxVJ í -.taaiMiInap
niihBleV-obloK ab líi
.86*iiqnio5 íion
* jsl) 'Ãjlils }«'j8107!;iJ illp «930CblK)tí«rm03 gol iuol ,, . .„
M ;>?7à ànomoioa 9*«T:Ó^Ç íKiifiUI SWMÍIOhU "
ANNEXES
Tahleaux des taxes fixées jmui' servir à la formation des tarifs iulcrnationaux, en exécution
de 1'article 31° de la convention signè à Paris la date de ce jour
Taxes terminales
(La taxe terminale est celle qui revient à, chaque état pour les correspondances en provenance ou
à destination de ses bureaux.)
Designation Taxo
Indiealion d e s correspondances Observalíons
des états Francs
S
Pour les correspondances qui traversent les états de
Bavière.. 3,00 idem.
1,00
l'Union Austro-Germanique
tíelgique... Pour toutes les autres 1,50
Danemark.
Espagne. . .
SPour les correspondances échangées avec le Danemark
3,00
|Pour toutes ses correspondances 2,50
Pour les correspondances échangées avec le Danemark,
France.
Í 1'Italie, la Norvège, la Suède et les états composant
1'Union Austro-Germanique, àTexception de laPrusse
Pour toutes les autres
Pour les correspondances échangées avec le Danemark, 2,00
3,00
l'Union
3,00 idem.
0,50
Pour les correspondances échangées avec 1'Italie et la 1,00
Suisse, par la Belgique et la France 1,06
Pour toutes les autres
Portugal Pour toutes ses correspondances 3,00 Idem,
Pour les correspondances qui traversent les états de 2,50
1
Prusse 1'Union
Pour toutes
Pour les autres
les correspondances échangées avec tous les états
Russie (d'Euro- contractants, à l'excepcion de la Turquie 5,00 La taxe est portée à 8
Pe) fr. pour les stations du
Caucase.
Saxe. Pour toutes ses correspondances 3,00 Taxe commune avec les
autres états deTUnion.
Suède Pour toutes ses correspondances 3,00
Suisse Pour toutes ses correspondances 1,00
Turquie (d'Ea-
rope) Pour les correspondances échangées avec tous les états
contractans, à 1'exception de Ia Russie 4,00 Principautés de Servie
et de Moldo-Valachie
non comprises.
Pour les correspondances qui. traversent les états de
Wurtemberg et l'Union 3,00 Taxe commune avec les
Hohenzollern Pour les correspondances échangées avec la France, autres états de 1'Union.
1'Italie et la Suisse 1,00La taxe de 1 fr , pour
la France, est commu-
ne avec les outres états
de 1'Union.
26 de dezembro 1865 613
ANNEXOS
Quadro das taxas fixadas para servirem à íoritfação das tarifas iateraacionaes, e m eieeução
do artigo 3 1 . ° da convenção a s s i g n a d a e m P a r i s e m data d e hoje
A
Taxas terminaes
(Taxa terminal é aquella que pertence a cada estado para as correspondências provenientes ou com
destino para as suas estações.)
Designação Taxa
Indicação das correspondências OhserraçBes
dos estados Francos
3
D'esí^iáçío : ''' , l i Taxa
Indicação das correspondências.
dos estados Francos
; f''< :'! j . . . . . . . wh
Áustria Para tódás :as correspondências e em todas as direcções 3,00' Eáta taxa é commum
aos e£tad'òi :<dá 'Uniíó
' Âustro-Germaniçapa-
rá todo o despacho
.í ••'ii-7 • que Os atravessar.
Designation • Tale
Indication des correspondances Obsomlions
des états Francs
E sendo-me presente a mesma convenção, cujo teor fie a acima inserido, e bem visto,
pelas côrtes geraes, è ouvido o conselho «Testado, a ratifico e confirmo, assim no todo co
lida pará haver de produzir o seu devido effeito, promettendo observa-la e cumpri-la in
munho e firmeza do sobredito, fiz passar a presente carta, por mim assigriada, passada
secretario d'estado abaixo assignado, a qual ficará depositada em Paris e servirá de ratifi
Dada no palacio das Necéssidades, aoá 36 de dezembro do anno do nascimento de
de Castro.
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36 de dezembro 1865 617
Designação Taxa
Indicação das correspondências ObserraçSes
dos estados
Francos
considerado e examinado por mim tudo o que n'elía se contém, e tendo sido approvada
mo em cada uma das suas clausulas e estipulações, e peia presente a dou por firme e va-
violavelmente, e faze-la cumprir e observar por qualquer modo que possa ser. Em teste-
com o sêllo grande das armas reaes, e referendada pelo conselheiro d'estado ministro e
cação para cada uma das potencias signatarias da sobredita convenção.
Nosso Senhor Jesus Ghristo de 1865.—EL-REI, Regente, com rubrica e guarda.—Conde
D. de L. o.* 85, de 10 de maroo.
184
/
REPERTORIO ALPHARETICO
, DA
DE
EXECUÇÃO PERMANENTE * \
A N N O D E 1865
PUBLICADAS NO . '
fazenda e designados os vencimentos dos empre- ] Cal — ordenou-se que o intendente das obras pu-
gados: D. 11 jul. 186o (M. M . — D . L. 137 de 17) blicas de Lisboa elaborasse um regulamento para
Coll. pag. 248. o arrendamento em hasta publica, dos fornos de
Cabo Verde—Approvado o contrato de cessão a cal do Rio Secco, pertencentes ao estado: P. 9 jun.
J. B. Burnay, de metade do ilhéu de.Santa Maria 1865 (M. 0 . P. —D. L. 131 de 10) Coll. pag. 196.
no porto da cidade da Praia, para estabelecimento Camara municipal de Lisboa — foi-lhe prohibido
de um deposito de carvão.de pedra: D. 26 jul. 1865 comprar pesos e medidas para revender: P. 18 fev.
(M. M.—D. L. 169 de 31) Coll. pag. 265.- 1865 (M. R. - D. L. 49 de 2 março) Coll. pag. 49.
Mandou-se remetter á commissão nomeada de Cintra — recommendou-se-lhe que fi-
para propor as medidas convenientes para soccor- zesse construir fontes e chafarizes em algumas po-
rer os habitantes do archipelago, a memoria do dr. voações do concelho: P. 18 fev. 1865 (M. R . — D .
Barririe, e umas reflexões sobre os melhoramentos L. 49 de 2 março) Coll. pag. 50.
a introduzir ali, para serem estudados: P. 29 jul. de Setubal — mandou-se subir o orçamento
1865 (M. M. — D. L. 176 de 8 agosto) Coll. pag. pai-a ser rejeitada a contribuição indirecta sobre o
283. pão, e marcado praso de tempo para a substituir:
Cadeias—pediram-se informações sobre o es- P. 20 fev. 18B5 (M. R. — D. L. 49 de 2 março) Coll-
tado d'ellas, por rneio dos delegados dos procurado- pag. 51.
res régios nas comarcas: P. 16 set. 1865 (M- J . — de Alcobaça — louvada pelas providencias
D. L. 210 de 18) Coll. pag. 344. que tomou para promover o desenvolvimento da
Cadeiras de instrucção primaria —creadas em instrucção publica no concelho: P. 13 março 1865
S. Vicente de Cuba, Odemira, Pampilhosa, Anciáo, (M. R. — D. L. 65 de 21 março) Coll. pag. 62.
Castello de Vide e Valença, para o sexo feminino, de Tábua—louvada por incluir no seu or-
e em Cabril, Dornellas, Pecegueiro, Portella do çamento a quantia de 100^000 réis para mobilia e
Fojo e S. Lourenço de Portalegre, para o sexo mas- casas das escolas: P. 19 abril de 1865 (M. R . — D .
culino : Ann. (M. R. — D. L. 57 de 11 marco 1865) L. 90 de 22) Coll. pag. 127.
Coll. pag. 61. do Porto — auctorisada para levantar um
Creada uma para o sexo feminino em Ar- emprestimo de 300:000^000 réis para melhora-
mamar: Ann. (M. R. — D. L. 63 de 18 março 1865) mentos da cidade, designados nas tabellas annexas:
Coll. pag. 74. L. 5 maio 1865 (M. R. —D. L. 102 de 6 maio)
Annuncio da creação de trinta e uma nos Coll. pag. 149.
districtos de Aveiro,. Bragança, Castello Branco, de Belem—declarou-se-lhe que era da sua
Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Portalegre, Santa- obrigação a limpeza do caneiro de Alcantara, e
rem, Vianna, Villa Real, Vizeu: Ann. (M. R. — D. que seria esta feita por conta da camara se ella se
L. 69 de 27 março 1865) Coll. pag. 84. negasse a ordenar a limpeza: P. 13 out. 1865. (M.
Annuncio da creacâo de uma em Mortagua: R. — D . L. 233 de 14) Coll. pag. 388.
(M. R.—D. L. 95 de 28 abril 1865) Coll. pag. 145. do Porto —competem-lhe 40:0000000 réis
• Annuncio de terem sido creadas seis na fre- do imposto sobre o vinno, geropigá e aguardente,
guezia da Raiva, na de Real, na de Tonda e na de que entrar na cidade ou em Villa Nova de Gaia: L.
Fataunços, para o sexo masculino, em Proença a 23 dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 292 de 26) Coll.
Nova e"em S. João da Pesqueira, para o sexo fe- pag. 508.
minino: Ann. (M. R. —D. L . 104 de 9 maio 1865) de Gaia—pertencem-lhe 3:000#000 réis no
Coll. pag. 152. producto do imposto no vinho que entrar no Porto
Annuncio da creação de uma em Trouxe- ou na villa: L. 23 dez. 1865 (M. O. P . — D . L.
mil, concelho de Coimbra (M. R . — D . L. 116 de 292 de 26) Coll. pag. 508.
20 maio 1865) Coll. pag. 169. da Regua—dissolvida por ter desviado do
Annuncio da creação de cinco nos distri- cofre do concelho 10:301^361 réis, e por ter vi-
ctos de Bragança, Evora, Horta e Porto: Ann. (M. ciado a escripturação: D. 5 agosto 1865 (M. R.—
R. — D. L. 121 de 30 maio 1863) Coll. pag. 178. D. L. 180 de 12) Coll. pag. 561.
A de ensino mutuo de Angra foi conver- de Boticas — dissolvida por haver desobe-
tida em escola de ensino simultaneo, e creada uma decido ás ordens legaes da auctoridade administra-
cadeira de ensino primario em S. Matheus, conce- tiva, e por desviar da sua legal applicação os di-
lho de Angra: Ann. (M. R. — D. L. 162 de 22 jul. nheiros do concelho: D. 7 Out. 1865 (M. R.—D.
1865) Coll. pag. 259. L. 231 de 12) Coll. pag. 572.
Aviso de se haverem creado dez nos distri- de Chaves — foi-lhe negada auctorisação
ctos de Coimbra, Funchal, Horta, Santarem, Lei- para crear empregados encarregados de lacrar aS
ria e Vianna do Castello: Ann. (M. R.—D. L. 180 garrafas de agua de Vidago, e de repesar a 'cariie
de 12 agosto 1865) Coll. pag. 295. por inúteis: P. 24 nov. ,1865 (M. R.—inedita)
Aviso da creação de uma em Assafarge, con- Coll. pag. 584.
celho de Coimbra: Ann. (M. R. — D. L. 185 de 19 de Braga —foi-lhe permittido levantar o
agosto 1865) Coll. pag. 299. resto de um emprestimo com applicação ás despe-
Approvada a creação de uma na freguezia zas do cemiterio publico: P. 11 dez. 1865 (M. R.
de Sant'Anna, provincia de S. Thomé e Principe : ineditaJ Coll. pag. 587.
P. 20 set. 1865 (M. M. — D. L. 222 de 2 out.) Coll. Camaras — não podem allerar o recenseamento
pag. 345. para o recrutamento depois de approvado pela com-
Aviso da creação de treze nos districtos de missão districtal: P. 31 jan. 1865 (M. R. —D. L.
Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Guarda, Porto e 39 de 7 fev.) Coll. pag. 29.
Villa Real: Ann. (M. R . — D . L. 245 de 28 out. Não podem demittir os facultativos decré-
1865) Coll. pag. 474. pitos nem dar-lhes pensões vitalicias; mas devem
Creadas tres nos districtos da Guarda, Porto prover ao serviço medico dos concelhos pela crea-
e Villa Real: Ann. (M. R.— D. L. 257 de 13 nov. ção de novos partidos: P. 31 jan. 1865 (M. R . —
1865) Coll. pag. 487. D. L. 30 de 7 fev.) Coll. pag. 30.
- — Auctorisada a mudança da da freguezia de As nomeações de empregados que inconve-
Santa Catharina de Lisboa para a do Soccorro: D. nientemente fizerem, podem ser corrigidas pelos go-
28 nov. 1865 (M. R.—D. L. 275 de 4 dez.) Coll. vernadores civis: P. 10 março 1865 (M. R . — D .
pag. 502. L. 58 de 13) Coll. pag. 60.
G
c 6
Camaras**-n&o podem levantar emprestimos para Caminhos de ferro — approvado o horário dgs
obras das: estradas sem que.esteja feita a classifica- linhas de sul, sueste et-ramal de,Setubal, para
ção, doestas,'» approvados os respectivos planos e durar desde 1 de maio até 31 de outubro:,,Pi 19
OTpaíWMosii. P-.íí jul. 4865 (M. R. — D. L..432 de abril 1865 (M. O,. 1Y-- 1,>.. L. 8!) de 22) Coll,.pag.
I*)iColl. pag.: 233. , • " ; 125 a 127.- . =• ,i..i;. .'.,.,.:., ; I 'Í •
•í-'-^TÍ- Ppdèiu-fazer posturas sobre os. estabeleei- •; Approvada a reduçção feita Ao preço do
jnéatós.ítasaldtoes,- .incaiMiitodos ou- porigososi não transporte das carnes salgadas e fumadas, na lipljá
nlèncionailosmodecreto de 21 de outubro de 1863'. do norte: P. 20 abril 1865 (M. O. P . r ^ D . .L. « 1
P. 3Q.«ét,il865 (Mi R : — D. L. 224 de 4 out.) Coll. de 24) Coll. pag. 133. ;
pag. 3ò'&U i-; •<••: i;: —.— Modificado o horário dos do sul e de;suaste,
! —rfJNSft póthjm conceder pensões senão por ser- quanto ao segundo comboio descendente,<Ja',linhá
viços relevantes e-Uisfinctos, não tendo este cara- de Beja: P. 23 maio 1865 (M- 0 . P — D. L. 117
cter os ordinarios aindaque diuturnos; não podem de 24) Coll. pag. 169. ...
tambem concede-las a empregados que não são pro- • Approvado o novo horário dos de-leste,e
prialnente-.do.carçceiho, nem por serviços que não norte, a comecar de 6 de agosto em diante: Pi 28
ftíkram ieitos:em proveito especial, dos concelhos: jul. 1865 (M. Ò. P. — D. L. 169 de 31) Coll. pag.
PP. 3 e 4 out. 1865 (M. R. — D. L. 228 de 9 out.) 274.
Coll. pag. 3Ç0. • : Approvada a reducção nas tarifas .dos do
: —h—Não-podem deliberar sobre questões geraes norte e leste, para o transporte de passageiros de
a
do^ôommencia, ou sobre medidas que não interes- 3. classe: P. 11 agosto 1865 (M. 0 . P . - r D ; L.
sam .éxclusjvámente.os.seus concelhos e abrangem 181 de 14) Coll. pag. 293. . ,
os interesses.de todo.o rei.no; não podem lambem Approvadas as tarifas dos do sul e de suesfej
eoniiertar-separa tomar deliberação em commum, comprehendendo o transporte de gados e adubos
jjtorquS eMe Acto tem. p.oi\ consequência fazer pres- de terras: P. 27 maio 1865 (M..O- P. — D . L. 125
são sobre os poderes publicos: P. 4 marco 1865 (M-. de 3 jun.) Coll. pag. 174 e 175. .. . . ,
fò —iíít»aiiM) Colj. pag. 539.. —— Approvado o horário dos de sui.e de sues-
• "7ff^ii?íãoi:ppdem julgar'de.-novo as coutas das te, para o serviço de dois. trens diarios,.ascenden-
juntas;de parochia,, approvadas pelas vereações an- tes ei descendentes em toda a linha: 1Y3Q maio
tecedentes:; P_. 15 março 1865 (M. R.—'inedita) 1865 (M. O. P. — D. L. 122 de 31) Coll. pag.' 178
Coll. pag. 541. a 180. ,..../.
r,n-r-frfrsN80};podem crear, nem supprimir, empre- Recommendou-se ao fiscal da exploração do
gos^ sem cbhfirmação superior: P. 31 março 1865 de sueste, que empregasse as medidas,,convenien-
(M.. R. —inedita) Coll. pag. 544. tes para se evitar a repetição de incendios nas pro-
.r i O direitói que ellas têeio de escolher os im- priedades confinantes do caminho.de ferro, pela
postos com qtte.hão de sçr pagas as despezas dos projeccão do fogo das locomotivas-', P- 1(4 agosto
conce}heçj''HãO!é absoluto, mas sujeita á approva- 1865 (Mv 0 . P. — D: i,., 182 de 16)-Coll, pag,,>297.
ção: (^auctoridade superior, que póde rejeitar ou Ordenou-se que se levantassem autos de in-
approvar a-, escolha das uainara8;:P. 27 abril 1865 vestigação por occasião de um sinistro;,qup houve
(M-. R. — inedita) Col 1 •. pag. fiift. no caminho em construcção de Beja a f a r o , jrççqça*
Devem substituir os facultativos de partido mendando-sft que assim se procedesse Sempre em
i® ipon ••molestias estiverem j impossibilitados de casos similhantes; Off. 22-set. 1865 (M. 0 . p.—D.
esen)penhaj"as.suas funcções, concedendo-lhcs ou L. 215 de 23) Coll. pag. 346. ' . '
nSo .pensões, segundo os serviços, d'elles: P. 27 out. ——Approvou-se o novo horário do.de sueste,
1865 (M. R. — inedita) Coll., pag^ 575. para .começar DO 4.°.de outubro, e reduziram-se a
' f - N ã o podem lançar impostos,sobre o transito dois os comboios, uni ascendente e outro descen-
de. carros.pelas .ruas das povoações: P. 21 nov. dente, mas durante o inverno sómente: p. 23 s e t
186!Jt{W.,R„Minedila) Coll. pag..'5S2. 1865 (M. O. P . — D . L. 216 de 25) Coll. pag. 347.
Não podem 'permittir-.nem prohibir os ma- Auctorisada a empreza do de sueste a esta-
tadouros ipatílculares, porque comofistabelecimen- belecer um comboio extraordinario de mercado-
tostfnsatub.re^efctão fóra da.sua accão policial: P. rias, quando a afflueneia d'ellas, demorar pgr ef-
6,dez.. 18,65 ( M . R . — inedita) Calf.. pag. 586. feito da baldeação, os trens de passageiros: P. 30
•I i-Não'lhes. compete a policia sobre os esta- set. 1865 (M. O. P..— D. L. 226 de 6 out.) Coll.
belecimentos insalubres ou perigosos, menciona- pag. 355.
dos.jias.tabellagidos respectivos decretos: P. C dez. • — C o n t r a t o provisorio com a companhia de
1§65 (M, li!-, — inedita) Coll. pag. 5S.6. sueste, para a alteração e modificação dos de 29
determinou-se que as notas da impor- de maio de 1860 e de 23 de maio de'i86&: Contr.
tancia, dp real destinado;para o seu entretenimento 14 out. 1865 (M. 0 . P. —D. L. 242 de 25) Coll.
nas praças de guerra, e as contas relativas a este pag. 388 a 392.
assumpto., fossam remettidas ao ministerio da guer- Camisolas de lã e de algodão—pagam direitos
r a ; Ord. exerc. n.°.49 de 27 out. 1865 (M. G.—D. como obra de lã dc malba e ponto de meia: Res.
L. 238 de 14 nov,) Coll;. pag; 474. n.° 266 de 17 maio 1805 (C.G. das A. —D. L. H 3
Caminhos de ferro — regulada, a cobrança do im- de 19) Coll. pag. 160..
ppsto de transito por elles de passageiros e de trans- Capitanias dos portos—o emprestimo-dos obje-
porte de. mercadorias : ,D,-,5 abril 1865 (M. F.— ctos do estado que n'ôlles haja é sujeito a aluguçl
D . . L . 8 6 de 1;8.abril).Coll. pag. 107. ; regul.ado.pelns tabellas do decreto de 12 de setem-
Approvação das tarifas dos do norte e de bro de 1865: P. 2 nov. 1865 (M- M.—D. £', 250
leste: P. 3Q rnafço 186,3t(M. O. P. — D. L. 85. de de 4) Coll.'pag, 477. - j; ' , '
17 abril) Coll. pag. 90. , >. Carbonato de potassa refinado —direitos que pa-'
w Das dos, caminhos ,do sul e de sueste, com ga: Res. n.° 236 d.e.5 jan. 1865 (C. G. das A.—'
o imposto de; transi to: P. 8 abril 1863 (M. 0. P.— D. L. 9 de 12) Coll. pag. 1. .
D. L. 86 de 18) Coll. pag. 109, 111 e 112. de soda em bruto negro e impuro—èiconsi-;
Approvada a classificação das mercadorias, derado.como refinado secco e paga 10 réis,-por ki-
feita pela empreza dps caminhos de ferro do norte logramma: Res. n.° 255 de 18 abri) 1865 (C. G.
e de leste: P. 10 abril 1865 (M. O. P. — D. L. 75 das. A.—D. L. 07 de 19 abril) Coll. pag. 120.
de 17) Coll. pag. 116. -,'.... de soda secco refinado contendo soda,caug-i
G 7 G
tica— direitos que paga: Res. n.° 257 de 24 abril monta : Ord. ex. n.° 22 de 20 maio 1863 (M. G. —
1865 (C. G. das A.—I). L. 92 de 25) Coll. pag. 136. D. L. 118 de 26) Coll. pag. Í67.
_ Carcereiros—são nomeados pelas camaras muni- Cavallos—estabelecido um .'premio de oOO^ftto
cipaes á excepcão dos de Lisboa t Porto: P. 10 réis para ser adjudicado por concurso ao creàapr
março 1865 (M. R.—D. L. 58 de -13) Coll. pag. 60. nacional que sobresaír no complexo, d?s disposi-
Carqa—não é medida de retalho: P. 30 maio ções que constituem a industria cayallar: D. J2 jjil.-
1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 555. 1865 (M. O. P. — D. L. 157 de 17) ÇoÍL.pae. ?5l.
prohibidos os jogos e brinquedos in- Cemiterios — não devem consentir-se dentro,das
commodos ou indecentes, os trajes offensivos da mo- povoações: P. 19 jan. 1865 (M. R. — f i . L. 18 de '
ral e.dqs bons costumes etc.: Ed. do gov. civ. de 23) Coll. pag. 7. :. . .
Lisb. .11 fev. 1865. (D. L. 39 de 17.) Coll. pag. 45. Sãodespezaobrigatoria doa conçelJjos enáp
Carnes verdes—regulada a admissão em Lisboa, das parochias,'• e não póde o governo transferí-iá
das provenientes de rezes decepadas em matadou- d'aquelles para estas : P. 22 abril 1865 (íl. R.—iné-
ros habilitados, e em matadouros não habilitados, dita) Coll. pag. 547.
estabelecida para estas a inspecção por veterinarios • Construídos pelas parochias para uso pri-
e designadas provisoriamente as portas para a ad- vativo dos seus habitantes, não dispensam estas dè
missão: P. 28 out. 1865 (M. F.—D. L. 246 de 30) contribuir para as despezas de construcção dosado
Coll. pag. 475. concelho: P. 22 abril 1865 (M. R. — medita) CpÍl.
..Carrada — não é medida de retalho: P. 30 maio pag. 547.
1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 555. Censo eleitoral — devem computar-se e levasse
Carros,—o transito d'elles pelas ruas das povoa- em conta n'elle a contribuição municipal e a con-
ções não póde ser base de impostos municipaes: grua parochial: P. 1 fev. 1865 (M. & — m e d i t a )
P. 21 nov. 1865 (M- R . - i n e d i t a ) Coll. pag. 582. Coll. pag. 531. ,. • -.'
Gàsas insalubres—beneficiação, modo pratico de Cereaes—prorogada até 30.de abril a faculdade
a fazer : Instr. do cons. de saud. publ. 10 out. 1865 de lazer deposito d'elles em Lisboa e no Porto:' D. 24
(D/L. 247 de 31) Coll. pag. 369 e 371. março 1865—D. L. 69 de 27) Coll. pag. 82.
Caserneiros—instrucções para á s u a escriptura- Admittida a importação d'elles em grão, fa-
ção e correspondencia: P. 25 jan. 1865 (M. G.— rinha ou páo pelos portos seccos e molhados,' me-
D. L. 43 de 22 fev. (Coll. pag. 10. diarite o pagamento de direitos, emquanto por lei
—— Devem remetter ao arsenal do exercito um não for regulado este commercio: D. 11 abril 1?65
mf)ppa dos utensílios e mobilia da .fazenda que ti- (M. O . P . — D . L. 83 de 12) Coll. pae. J17. ..
verem a seu cargo com referencia a 30 do junho: Permittidos os depositos d'elles em Lisboa
Ord. éx.. 30 de 15 jul: 1865 (M. G. — D. L . Í 5 9 de e no Porto, e determinadp que os cereaes admitti-
tó) Coll. pag. 257. dos por importação fiquem, como os nacionaes, su-
. •—-- Nomeados para algum cargo municipal ou jeitos a direitos de consumo: D. 11 abril 186o (M.
para jurados etc. devem pedir a sua escusa ás au- O. P . - D . L. 83 de 12) Coll. pag. 117.
ctoridades competentes e não ao ministerio da guer- Certidão de idade—não é necessaria nos exames
ra: Ord. ex. 32'de 28 jul. i$65 —D. L. 171 de 2 de instrucção primaria senão para prova de identi-
agosto)'Coll. pag. 282. dade de pessoaerestitue-sesendo pedida: P. 2Ô'abríI
.. Casimiras—com seda na urdidura ou na trama, 1865 (M. R. — D. L. .90 de 22) Coll. 132.
sendo os fios de seda inferiores a metade dos da ur- —— de matricula em todas as aulas de cada anno
didura ou da trama, que direito pagam : Res. n.° 267 lectivo devem apresentar os níilitares das provincias
de 22.maio 1865 (C..G. das A.—D. L. 118 de 26) ultramarinas que estão no reino a estudar com li-
Coll. pag. 167.. cehcá. pena de lhes ser retirada esta: P. 14 jul. 1865
. 'Causas commerciaes — em que os chinas forem (M.*M. — D. L. 180 de 12 agosto) Coll. pag. 25o.
reus, -são decididas çor árbitros perante o procura- Chales de lã com barra de seda— devem ser clas-
dor dos negocios siuicos de Macau: D. 5 jul. 1865 sificados como chales de lã não especificados com
art. 3,° (M. M. —D. L. 150 de 8) Coll. pag. 231. um quarto de seda, e pagam o. direito estabelecido
' Càvallariças — determinou-se as condições que no n.° 3 do artigo 24.° das instrucções prelimina-
deviam ler "as lojas destinadas para ellas : P. eait. res da pauta: Res. n.° 278 de 12 jul. 1865 (C. G.
17, out. 1865 (C. M. L. — D. L. 239 de 12) Coll. das A. —D. L. 157 de 17) Coll. pag. 253.
pag. 394. Cholera morbus — recommendada a observancia
Cavallos de praça — só excepciónalmentepodem das instrucções do conselho de saude publica con-
ser escolhidos pelos officiaes do exercito para o seu tendo medidas policiaes: P. 3 agosto 1865 (M. R.
serviço militar, e quando tirados por que preço são — D. L. 198 de 4 set.) Coll. pag. 285. . '
pagos: Ord. ex. 11 de 20 marco 1865 (M. G.—D. L. Publicadas as instrucções do' conselho de
70 de 28) Coll. pag. 74. saude, para a beneficiação das casas insalubres, da-
. — r Estabelecidas providencias para a compra tadas de 1853: An. 10 out. 1865 (Cons. dè Saud.—
dòs que são precisos para. a remonta da cavallaria, D, L. 247 de 31) Coll. pag. 369.
para a venda dosinutilisados, estabelecida a prefe- Deram-se instrucções para serem observa-
rencia para os cavallos creados no paiz, e designa- das nos navios de guerra a fim de attenuar os effei-
dos,os vicios redhibitorios que devem servir de fun- tos da epidemia : P. 2S agosto 1865 (M. M. — D . L.
damento ás acções por parte do governo, etc.: D. 19 231 de 12 out.) Coll. pag. 564.
abril 1865 (M. G. Ord. ex. n.° 18 de 28 —D. L. 108 Clérigos de ordens sacras — tendo antes d'ellas
de "13 maio) Coll. pag. 128:a 132. sido recenseados para o recrutamento, não podem
...... De fileira não podem ser empregados pelos ser forçados depois ou a assentar praça ou apagar
òfli.c]aès arregimentados dc cavallaria no seu ser- uma substituição : P. 7 fev. 1865 (M.*R. — inedita)
viço,: O i d . e x . r i ° 1'7 de-26 abril 1S6'5(M. G — D. Coll. pag. 532. P. 10 fev. 1865 (M. R.—inedita)
L.,95 4é 2^) ,Coll. pag. Í39. Coll. pag. 535.
-—-'' potros — não podem os officiaes de caval- Cobradores—não podem as camaras municipaes
laria. comprar para suas praças: Ord. ex. n.° 17 de nomear para arrecadarem as rendas d'eilas: P. 21
2.6 abril 1865 (M. G. — D. L. 95 de 28) Coll. pag. jan. 1865 (M. R.—D. L. 19 de 24) Coll. pag. 10
139. ,". ' . - . ' " ' . P. 14 fev. 1865 (M. R.—D. L. 38 de 16) Coll. pag.
.' - — r A compra d'.eUes, pára os officiaes dos cor- 47 P. 7 out. 1865 (M..R. inedita) Coll. pag. 571.
pos de cavallaria passou pára as commissões de re- Cobrança dos impostos em divida—reco/nmen- i
G
c 8
dou-se toda a actividade n'ella: P. 17 nov. 186o 1865, Ord. exerc. n.° 35 de 19 (M. G. — D. L. 189
(M. F . — D . L. 262 de 18) Coll. pag. 495. de 24) Coll. pag. 296.
Codigo civil—remetteram-se exemplares d'elle Commissão — nomeada uma para estudar a ex-
aos tribunaes soperiores, universidade, academia posição do Porto e para fazer o relatorio do que
réál 'das sciencias e associação dos advogados de visse: D. 13 set. 1865 (M. O. P.—D. L. 208 de
Lisboa, para que fizessem por escripto as observa- 15) Coll. pag. 338.
ções que lhes òccorressem: PP. 23 out. 1865 (M. J. Nomeando outra para colligir e rever a le-
—D. L. 241 de 24) Coll. pag. 465. gislação penal militar: P. 15 set.1865 (M. G.— D.
Regulamentar do credito predial do ultra- L. 211 de 19, Ord. exerc. n.» 42 de 16) Coll.pag. 341.
mar — louvada e dissolvida a commissão que o ela- Revisora do codigo commercial nomeados
b o r o u : P. 17 abril 1865 (M. O. P. — D . L . 9 3 d e tres vogaes para substituírem os que fallecerem:
26) Coll. pag. 120. D. 26 set. 1865 (M. J . ^ D . L. 218 de 27) Coll. pag.
1
—— Approvado o do credito predial das provin- 350.
cias ultramarinas : D. 17 out. 1865 (M. M.— D.L. Revisora do codigo civil dissolvida e louva-
250 a 252 de 23 out. a 7 nov.) Coll. pag. 395 a447. da: D. 26 set. 1865 (M. J.—D. L. 218 de 27) Coll.
De processo criminal das provincias ultra- pag. 350.
marinas—encarregado Levy Maria Jordão de apre- Nomeada uma para consultar sobre a jus-
sentar um projecto d'elle: D. 11 out. 1865 (M. M. tiça das reclamações de alguns empregados do mi-
— D. L. 232 de 13) Coll. pag. 387. nisterio das obras publicas quanto á collocação que
Coimas — commettido o julgamento d'ellas no lhes foi dada no corpo de engenheria civil: P. 2
cóiicelho de Mourão, ao juizo correccional: D. 25 out. 1865 (M. 0. P.—D. L. 229 de 10) Coll. pag.
jan. 1865 (M. R. — D. L. 27 de 3 fev.) Coll. pag. 15. 358.
No concelho de Torres Vedras aos juizes elei- Nomeando um vogal para a encarregada de
tos : D. 22 marco 1865 (M. R. - D. L. 71 de 29) colligir os documentos que devam servir de subsi-
Coll. p^g. 78. dio ao estudo do direito ecclesiastico portuguez:
No concelho do Crato aos juizes eleitos: D. 5 D. 4 out. 1865 (M. J. —D. L. 225 de 5) Coll. pag. 359.
jul. 1865 (M. R . — D . L. 150 de 3) Coll. pag. 229. Nomeada uma para propor um plano de me-
:
Nó concelho daHorta aos juizes eleitos: D. 18 lhor organisação da forca militar nas provincias ul-
set. 1865(M.R. — D. L . 2 3 3 de 14out.) Coll.pag. tramarinas: D. 11 out.' 1865 (M. M. — D. L. 231
344. . " de 12) Coll. pa* 386.
Aindaque arrendadas fazem parte da dota- Nomeada outra para organisar a tabella dos
ção das estradas de terceira ordem : P. 31 marco vencimentos eventuaes dos engenheiros civis, ar-
1865 (M. R.—inedita.) Coll. pag. 545. chitectos econductores de obraspublicas: P. 18 out.
Commandantes—dos navios doestado, surtos no 1865 (M. O. P . - D . L. 240 de 23) Coll. pag. 448.
Tejo, devem terem conta as communicações que lhes Revisora do codigo commercial—nomeados
forem feitas pelo arsenal ácerca do tempo provável para ella mais dois vogaes: Ann. 25 out. 1865 (M.
no dia immediato: Ord. ger. n.° 4 de 17 fev. 1865 J.— D. L. 243 de 26) Coll. pag. 471.
(M. M. —D. L. 77 de 5 abril) Coll. pag. 49. Commissões comarcas para proporem as altera-
De brigadas de instrucção—devem fiscali- ções na actual circunscripção das parochias—re-
sar pessoalmente os exercícios no campo, trabalhos commendou-se a algumas a prompta remessa dos
de secretaria e serviço regimental a que têem de sa- seus trabalhos: P. 26 set. 1865 (M. J.—D. L. 218
tisfazer os capitães que se habilitam para majores : de 27) Coll pag. 348.
Ord. ex. n.° 17 de 26 abril 1865 (M. G. —D. L. 95 De recenseamento eleitoral — não podem
de 28) Coll. pag. 139. chamar para funccionar como vogaes d'ellas, aos
Commissão encarregada de promover subscri- substitutos, senão quando faltarem os proprieta-
pções para os habitantes de Cabo Verde — dissol- rios: P. 31 agosto 1865 (M. R. —D. L. 198 de 4
vida e louvada: D. 10 maio 1865 (M. M. —D. L. set.) Coll. pag. 327.
111 de 17) Coll. pag. 154. Se não forem eleitas na primeira reunião
- Nomeada uma para propor as medidas con- dos quarenta maiores contribuintes devem estes ser
venientes para que o preço do páo cozido esteja convocados de novo para o mesmo acto impondo-
em harmonia com o preço dos cereaes: P. 13 maio se aos qne faltarem as multas legaes: PP. 18 jan.
1865 (M. O. P. — D. L. 109 de 15) Coll. pag. 156. 1865 (M. R. — inéditas) Coll. pag. 528.
! Nomeada outra para propor o plano das obras Não podendo pela eleição apurar-se o sé-
necessarias para que os campos de Leiria margi- timo vogal d'ellas preferem os mais velhos dos mais
naes do rio Liz sejam resguardados dos damnos cau- votados: P. 18 jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll.
sados pelo desgoverno das aguas: P. 13 maio 1865 pag.. 528.
(M. 0 . P . — C . L. 109 de 15) Coll. pag. 156. É de alta conveniencia publica que n'ellas sejam
Nomeada uma central directora dos traba- representadas todas as parcialidades politicas: P. 21
lhos preparatorios para a exposição internacional jan. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 529.
de.Paris e estabelecidas as regras para o seu servi- Não podem fazer requisições de documen-
ço i D. 12 jul. 1865 (M. 0 . P.—D. L. 157 de 17) tos e de informações senão ás auctoridades dos con-
Coll. pag. 250. celhos onde servem, nem podem averiguar ex officio
Nomeada outra pa ra propor o plano de illu- as quotas ern que os individuos dos seus concelhos
minação das costas e do serviço dos pharoes: P. 21 estão collectados em quaesquer outros: P. 8 fev.
jul. 1865 (M. M. — D. L. 164 de 25) Coll. pag. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 533.
258. Na eleição d'ellas póde votar o administra-
Creada e nomeada uma para propor o plano dor do concelho substituto, ainda estando em exer-
geral das obras na margem do Tejo, tendo em con- cicio, se estiver recenseado como um dos quarenta
sideração o regimen das águas, o serviço dosarsenaes, maiores contribuintes: P. 24 fev. 1865 (M. R.— ine-
alfandegas, o interesse do commercio e o transito dita) Coll. pag. 537.
publico: P. 27 jul. 1865 (M.M.—D. L. 168 de 29) Não póde o governo prorogar-lhes os pra-
Coll. pag. 272 P. 19 agosto 1865 — D . L. 186 de 21) sos fixados nas leis para os actos do recenseamen-
Coll. pag. 299. to, e incorrem na penalidade n'ellas estabelecida
Dissolvida e louvada a que preparou uma se não derem os trabalhos promptos nos dias de.
proposta de léi de monte pio militar: P. 12 agosto terminados: P. 12 maio 1865 (M. R. — inedita)Coll-
G 9 C
pag. 551 P. 14 jun. 1865—M. R. —inedita) Coll. roso e de Miranda—estabelecido um annualmente,
pag. 556. para ter logar no dia e localidade que se designar:
Commissões—têem sómente as attribuições decla- D. 24 maio 1865 (M. O. P.—D. L. 119 de 27) Coll.
radas na lei e no decreto eleitoral, e não têem a fa- pag. 171.
culdade de recensear aquelles que nominalmente Concurso de gado cavallar portuguez — estabele-
não estiverem collectados no concelho, òu não mos- cido um annualmente no Ribatejo, que ha de rêali-
trarem que o estão em outro, embora as commis- sar-se na Gollegã por occasião da feirai de S. Mar-
sões saibam que elles têem o rendimento legal: P. tinho: D. 10 jun. 1865 (M. O. P. — D. L. 142 de
7 dez. 1865.(M. R.—inedita) Coll. pag. 587. 28) Coll. pag. 206 a 208.
Não têem arbitrio para attender ou desattender no Para o provimento de logares de capei lies
recenseamento as contribuições que não forem pre- de corpos do exercito: Ann. 2 março 1865 (M. G.
dial ou industrial, poisque devem cingir-se á dis- — D. L. 52 e 63 de 6 e 13) Coll. pag. 57.
posição das leis: P. 7 dez. 1865 (M. R.—inedita) Para o provimento dos logares do magiste-
Coll. pag 587. rio superior nas escolas dependentes do ministerio
Companhia do tabaco e sabão — auctorisada a do reino, regulamento para elle: D. 22 agosto 1865
creação d'ella e approvados os seus estatutos: D. 18 (M. R. — D. L. 192 de 28) Coll. pag. 301 a 307.
fev. 1865 (M. 0 . P. —D. L. 59 14 marco) Coll. pag. Concursos—Na secretaria da marinha e do ul-
50. tramar, regulada a sua fórma: P. 19 out. 1865 (M.
De mineração portuense — approvados os M. — D. L. 239 de 21) Coll. pag. 448 a 452.
seus estatutos, e auctorisada a lavrar a' mina de Na secretaria do ministerio das obras pu-
chumbo de Serradella, concelho de Penafiel: D. 26 blicas, commercio e industria: P. 19 out. 1865
abril 1865 (M. O. P . — D . L. 110 de 16 maio) Coll. (M. 0 . P.—D. L. 240 de 23) Coll. pag. 453 a 459.
pag. 140. —i— Para os logares de escrivães das camaras
De illuminação a gaz conimbricense — ap- e dos juizos ecclesiasticos, regulada a fórma d'elles:
provada a reforma dos seus estatutos: D. 26 abril D. 4 nov. 1865 (M. J. — D.L. 251 de 6) Coll. pag.
1865 (M. 0. P. — D. L. 112 de 18 maio) Coll. pag. 478.
141. Congrua de 800$000 réis—foi estabelecida para
- — De carruagens omnihus — declarado extin- os presbyteros europeus que governarem alguma
cto o seu privilegio: D. 27 maio 1865 (M. O. P.— diocese do padroado do Oriente: D. 7 jun. 1865
D. L. 125 de 3 jun.) Coll. pag. 177. (M. M- — D. L. 131 de 10) Coll. pag. 186.
——União fabril — approvados os seus estatutos: de 1:200,£000 réis—recene o ecclesiastico
D. 30 agosto 1865 (M. 0. P.—D. L. 205 de 12 set.) europeu que no caso de fallecimento ou de impe-
Coll. pag. 324. dimento do arcebispo de Goa exercèr a sua juris-
Da mina de Telhadella—approvados os seus dicção: D. 7 de jun. 1865 (M. M. — D. L. 131 de
estatutos: D. 7 nov. 1865 (M. O. P. — D. L. 260 de 10)'Coll. pag. 187.
16) Coll. pag. 482. Leva-se em conta no recenseamento eleito-
Lisbonense de tabacos — approvados os seus ral: P. 1 fev. 1865 (M. R. —inedita) Coll. pag.
estatutos: D. 29 nov. 1865 (M. O. P.—D. L. 10 531. P. 7 dez. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag.
de 13 jan. 1866) Coll. pag. 584. 587.
Bonança — approvada a reforma dos seus es- Conselho de districto — commette denegação de
tatutos: D. 30 agosto 1865 (M. 0. P. — D. L. 259 justiça negando-se a tomar conhecimento de nego-
de 15 nov.) Coll. pag. 565. cios contenciosos submettidos ao seu exame, sob o
Companhias de artilheria de guarnição nas ilhas: pretexto que a materia do recurso carece de ser
regulamento para o seu serviço : P. 8 fev. 1865 (M. sujeita a regulamentos: P. 19 abril 1865 (M. R.—
G. Ord. ex. 7 de 23 —D. L. 51 de 4 março) Coll. —inedita) Coll. pag. 546.
pag. 40 a 43. Vota as contribuições para as despezas dós
Ordenou-se que se observasse parte da or- concelhos quando as camaras, rejeitada alguma
denança para os exercicios dos regimentos de in- das que propozeram, se nega a substitui-la no
fanteria e dos batalhões de caçadores: Ord. ex. 11 praso de tempo que lhes é assignado: P. 26 abril
de 20 março 1865 (M. G.—D. L. 70 de 28) Coll. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 548.
pag. 74. de saude—não póde sujeitar á sua appro-
Foram mandados servir n'ellas os officiaes vação o local da fundação dos estabelecimentos in-
subalternos de cavallaria ou de infanteria com o salubres de 2 . ' classe: P. 22 nov. 1865 (M. R.—
curso das respectivas armas, ou com o curso das inedita) Coll. pag. 582.
armas especiaes considerando-se como destacados: Conselhos administrativos dos corpos, praças e
D. 26 jul. 1865 (M. G.—D. L. 173 de 4 agosto) estabelecimentos dependentes do ministerio da
Coll. pag. 268. guerra—devem remetter ao arsenal um mappa da
Concelho de Santa Catharina em Cabo Verde — mobilia e utensílios da fazenda que tiverem a seu
designado o sitio do Tarrafal,- para cabeça d'elie r cargo: Ord. exerc. n.° 30 de 15 jul. 1863 (M. G.
D. 29 marco 1865 (M. M. — D. L. 75 de 3 abril) — D. L. 159 de 19) Coll. pag. 257.
Coll. pag. 89. Regulou-se o modo por que deviam aver-
Concelhos—classificação d'elles para o serviço bar na conta corrente das praças vindas com pas-
fiscal: D. 26 jan. 1863 (M. F. — D. L. 26 de 1 fev.) sagem de outros corpos, o debito d'ellas prove-
Coll. pag. 20 a 22. niente de abonos que tiverem recebido: Ord.
Que não têem meios para occorrer ás suas exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G. —D. L.
despezas obrigatórias devem ser supprimidos: P. 31 196 de 1 set.) Coll. pag. 323,
jan. 1865 (M. R. — D. L. 30 de 7. fev.) Coll. pag. Regulou-se o modo por que os dos corpos
30. de fóra da capital devem fázer os pagamentos em
• Creado um em Angoche: D. 5. jul. 1865 Lisboa, de transacções que aqui ténham: Ord.
art. 4." (M. M. —D. L. 150 de 8) Coll. pag. 230. exerc. n.° 54 de 23 nov. 1865 (M. G.—D. L. 27Ó
Concurso de bois gordos—estabelecido um an- de 28) Coll. pag. 501.
nual em Braga por occasião da feira de S. João: Conselhos regimentaes—regulando o modo como
D. 17 maió 1865 (M. 0. P.—D. L. 114 de 20) Coll. hão de transferir para a commissão' de lanificios
pag. 160. as massas para fardamentos, aue recebem dos pa-
* ^ — de gado bovino das raças puras de Bar- gadores militares; P. 9, ord. ejjerc. n.° 27 de
B 10 G
19 jun. 186S (M. G.-T-D. L. 139 de 22) Coll. pag. Contribuições directas municipaes—o seu lançar
198. ; , mento e cobrança faz-se pelas matrizes concluídas',
Conselhos regimentaes—Ordenou-se que os map:- aindaque não sejam as do anno economico imme-
pas de gerencia d'elles só contivessem os venci- diatamente .'anterior: P. 17 agosto 1865 (M. Ri—r
mentos e despontes recebidos durante o mez a que inedita) Coll. pag. 563. •>., .•'
dizem-respeito, e gue o mesmo se fizesse .com os Não póde admittir-se que se não lancem a
mappas trimestraes: O r d d o oxerc. n.? 36 de 28 titulo de que são odiosâs, ou porque esta rasão é
agosto 1865: (M. G. — D. E. 196 de 1 set.) Coll. produzida por quem tem interesse -em as não pa-
pag. 323. gar, ou porque admittida ella séria forçoso sup-
• Conselhos de disciplina — ordenqu-se q\ie se no- primir as contribuições de repartição : P. >19. tiut.
measse officÍEilménte defensor, -aos reus julgados 1865 (M-iR. — inedita) Coll. pag. 572.
n'elles, quando os'defensores officiosamente esco- São attendiveis no recenseamento eleito-
lhidos se,recusassem a desempenhar a.sua missão: r a l : P, 1 fev. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag.
P. 22: maio, Ord. exerc. n.« 24 de 5 jun. 1865 (M. 331; P. 7 dez. 1865, inedita. Coll. pag; 587.; ^ •
GI— D. L. 129 de 8) Coll. pag. 169. Convenção — com os ducados de Saxonia Co-
Conservas alimentícias — q u e direitos pagam: burgo e Gotha, para a abolicãp-do direito de al-
Res. to." 242 de 19 jan. 1865 C. G. das A. —D. L. binagio, approvada: L. 23 dez. 1865 ,(M. N.-E.—
18 de 23) Coll. pag. 9. - D. L. 292 de 26) Coll. pag. 509.
ConHa—não devem a ella ser mandados pelos Coin a Áustria, Baden, Baviera, Belgica,
tabelliães os papeis em que tenham de haver o sa- Dinamarca, França, Grécia, Hamburgo,' Hanover,
laíio de rasa;: P. 20 fev. 1865 (M. J. — D. L. 49 Hespanha, Italia," Paizes Baixos, Prússia, Rússia,
de 2 márço) Coll. pag. 52. Saxonia, Súecia, Suissa, Turquia e Wurtemberg,
-<.-!:. .! dás camaras e estabelecimentos pios — para melhorar e facilitar as correspondências tele-
não póde o-governador civil delegar no secretario graphicas, approvada: L . 23 dez. 1865 (M. N. E.
geral <0 julgamento d'ellas : P. 21 dez. 1865 (M. R. —D. L. 292 de. 26) Coll. pag. 509; Carta Regia 26
— medita) Coll. pag. 590. dez- 1865 (D. L. 55 de 10 março 1866);Cóll. pagí.
-i—- O'processo preparatório d'ellas é funcção 592. -'-il
do officio de secretario; geral, que não depende de Coroá (tapetes de)—estabelecido o direito de 100
'delegação "do 'governador civil: P. 21 dez. 1865 réis por kilogramma, para as obras feitas d-ellé :
(M. R. — inedita) .Coll. -pag. 590. D. 10 jul. 1865'(M. F. — D. L. 162 de 22) Gol 11
Contas da juntas de parochia — approvadas por pag. 237; Res. n.° 288 de 30 agosto 1865 (G. G. das
uma vereação, ; não podem ser de novo examinadas A.—D. L. 196 de 1 set.) Coll. pag/323. • ••• "
e julgadas pelas-vereações subsequentes: P. 15 de Correio — publicada a tabella dos.portes da cor-
março 186.5 (M. iR. —inedita). Coll. pag. 541. respondencia entre Portugal, Madeira, Açores e
Na falta de orçamento do anno a que ellas possessões na costa occidental de Africa, e a.Prús-
respeitam, devem tomar-se pelo ultimo approvado sia, estados da união postal allemã, paizes'a que b
competentemente..: P. 31-iuarço (M. R. i—inedita) Prússia serve de intermedio, e a Suécia, e Norue-
Coll. pagl 545. ., ga: Ann. 21.abril 1865 (Dir. ger. dos c o r r . ~ D . .
!
As dos legados pios quer cumpridos quer L. 91 de 24) Coll. pag. 133 a 136. • • .
llSo cumpridos,; são tomadas pelos administrado- Publicada a tabella indicando o nlodo por
res dosconcelhos calieça de comarca: P. 21 nov. que devem ser franqueadas as correspondências
1865 P . L. 267-;de 24) Coll. pag. 497. paia Cabo Verde, Brazil e Rio da Prata, pelos pa-
Cofttadofies dpg juizos ecclesiaslicos — regulada, quetes: Ann. 24 abril 1865 (Dir. -ger. dos cor —
a fórma, de-provimento d'estes officios, por meio D. L. 92 de 25) Coll. pag. 137. '
de concurso: D. 4 nov; 1865 (M; J.—D. L. 251 Publicada a tabella dos portes das corres-
de 6) .Coll. pag. 478. pondências de Portugal, Madeira, Açores e p w
: < Contadoria rda junta de fazenda de Cabo Yerde vincias da costa occidental de Africa, com destino
— onganisada.de. novo, e designados os vencimen-' á Prússia, aos paizes da união postal allemã, e
;tos.dO§ empregadçs: D. 11 jul. de 1865 (M. M.— áquelles á que a Prússia serve de intermedio:-Ann.
D. L. 157 de ; 17 jul.) Coll. pag, 248. ; . 24 agosto 1865 (Dir. ger. dós cori". — D. L. 191 de
Contencioso .administrativo — não é assumpto 26) Coll. pag. 320 a 322. : ... •
.d^elle a nomeação ou a demissão dos empregados Elevada á categoria de direcção à delega-
das irmandades e confrarias: P. 19 abril 1865 (M. ção de Resende em Sinfães: D. 28 dez. 1865 (M.
R. —inedita) Coll. pag. 545. Ò. P. — D. L. 7 de 10 jan. 1866) Coll. pa?. 510.
Contrato com a companhia de sueste — innovan- Creada em Freixo de Espada á Cinta uma
,do os-de 29 de maio de 1860 e de 23 de maio de direccão: D. 28 dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 7 de
,1864: Contr. 14 out. 1865 (M, O. P. — D. L. 242 10 jan. 1866) Coll. pag. 511.
de 25) Coll- pag, 389 a 392. Corso — recommendada a observancia das .dis-
Contribuição municipal indirecta sobre o consu- posições que prohibem armar navios em corso, e
mo do pão — é injusta e vexatória, e repugnante admitti-los ou ás suas presas nos jjortos do reinb
aos principios elementares de economia politica : e domínios: P. 4 agosto 1865 (M. M.-^-D.-L. 174
P.,20 fev. 1865 (M. R. — D . L. 49 de 2 marco) de 5) Coll. pag. 286. '
Coll. pag. 5Í. , . Creadores nacionaes -U estabelecido um premio
tÇohtribuição pessoal —fixada a sua importancia de 500$000 réis para aquelles que-sobresaírem
parado anno de 1866: L. 24 marco 1865 (M. F.— no complexo das disposições que constituem a in-
D. L. 69 de 27) Coll. pag. 82. dustria cavallar, premio que ha de seradjudicado
Contribuição predial — fixada a sua importancia em còncurso publico na direcção' gerardo com-
para,o aijno de 1866 : L. 24 marco 1863 (M. F.— mercio e industria: D. 12 jul. 1865 (M. O.
D. L- ,69 de 27) Coll. pag. 81. D. .L. 157 de 17) Coll. pag. 251. ;;
• Cç^tribuição ejn serviço de pessoa ou de cousas— Creados de Bordo dos-navios de guerra-^orde-
caduca não sendo exigida dentro.do respectivo anno nou-se que fossem inspeccionados péla commissão
economico, e p;o(Jem as camaras aceitar n'este caso de saude naval para se verificar a sua Mbustezj:
o servido dos povos sem perigo de duplicação : P. P. 23. set. 1865 (M. M.—D. t . 269 de 9 dez?)'Coll.
20 out. 1865 (,M. R inedita) Coll, pag.574; P. pag. 564. i '•: , •
22 dez.. 1865, inedita. Coll. pag. 591. Credito supplementar —aberto "um pelo minis-
G li D
terio da fazenda pára occorrer á'-despeza das ra- Credito supplementar—Aherto outro,, pelo mi-r
bões para as praças da armada: D. 19 jan. 18tío nisterio da marinha paia pagamento:daidifferença
(M. LJ 1'8-de 23) Coll. pag.' 7.-.' «.• entre o custo das rações da arrtíída, .e a verba
- Credito supplementar—aberto outro pelo minis- designada para esse fim noorioaroehto.com relação
terio da fazenda para material doservioó dos pha? aos mezes derjarieiro a junhq: jJ5t 28,jmn 1865 (li,
roes: Di'19 jan.'1865 (M.<M,-^.D. L.°18 de 23) M.— D. L. 144 de 1 jul.) CjoHl.p9fr.ai4.. ,, „
Coll. pag. 8. : ! • . , • : •'-- - v-c.,;- . Aberto outro íió.niilviítejfio, da jtritifa para
•—^'Aberto-ou-tro pelo ministerio da: falenda pagamento dos ordenados dos nfâSistrac|oS!aÇoêen-
para p&gamento'de tacões e forragens para' o exer- tados e do augmento do terço-aos» que {Continuam
cito: 'D. 19 jan. 1865" (M. G.i-^D.-L. 18 de-23) rio serviço : D.- 29 jun. t868.í(iH:!.Jt«?D...Lvi4fc
Coll, pag. 8. ! 'V de 1 jul.) Coll. pag. 216... i <'í - H\ ; 'mu-
Aberto oufcra pelo ministerio da justiçá ' aberto outro pára pagamento :do:excesso de
parà' sBstfento de presos e policia das cadeias: D. preço das rações de pão-e.de-forragpns.do-exercita
30 márfb 1865 (M. J. - D. L. 75 de 3 abril) Coll. nos mezes de abril a juiiho : JV-39.jiôUijS6íl (BI. &.!
:
pag. 90. — D. L. 145 de 3 jul.) Coll. pag. 216r.V
-^—Aberto outro pelo ministerio da guerra -••-—^ Aberto outro no ministerio, da .guerra para
pára pagamento do excesso de preço nas rações de obras na escola do exercito: D'..29 jun. J865 (M. G.:
pão é dê forragens: D. 7 abril de. 186o (M*. G:.—' —.D. L. 145 de 3) Coll. pag-216. •. :. . .). -
D. L. 85 de 17) Coll. pag. 108. ' —— Aberto outro no ministerio das* obras pu-
'.' Aberto outro pelo ministerio dos negocios blicas para o pagamento de'excesso;dè' despeza nó.
estrangeiros para pagamento de ajudas de custo a serviço do correio : D. 29 jun. 1865 (M. O. P. — D.L..
diplomaticos: D. 3'maio 1865 (M. N. E.—D. L. 146 de 4 jul.) Coll. pag; 21/7.; --/.-.-. . ••/
102 de 6) Coll. pag. 148. Aberto outro no ministerio,, idas ojbrasi pú^
— A b e r t o outro pelo ministerio dá justiça blicas para pagamento de:despeza& daviepartigão
paVa págamento das côngruas dos ecclesiasticos no do pesos e de medidas : D,;29 j t é . 1865'^L 0.:P.
Funchal: D. 11 maioi'1865 (M. j ; — D . L. d09 D. L. 146 dè 4 jul.) Goll. pag, 2i6; >: •' ?
de 13) Coll. pag, 155. Aberto outro,no.ministerio das Obras pu-
—— Aberto -outro pelo ministerio da justiça blicas para pagamento á companhia .dç canal da,
para o pagamento de despezas com habilitações ,' Azambuja da differença èntre o.rendiíflSníffído.ca*;
càhoníèás, expedição de bulias e sagracão de pre- nal e juro do capital por ella desembolsado i-,D. 39-
lados: D: 11 maio" de 1865 (M- J. —D.*L. 109 de .jun, 1865 (M; O, P. —:D.. L.:146i dq^cjulvJ-.GolI.
15) Coll. pag:-155. • -.i. .pag. .216., •; . :• . - on ^-tivit v. .
— ^ A b e r t o outro pelo ministerio da justiça . Aberto,.outro no ministerio, dia.'guerra-para
pará pagamehto de acréscimo de despeza com o oipagámèíito do augmento-de: píetnás-rpràças,'da:
sustento de presos e policia das cadeias:-.D. 11 companhia de saude : D, 29:jiiuH8^5 (Jtf. ft. -rr DJ
maió 4S65-M). L. 109 dè 15) Coll: pag. 156. L. 164 de 25 jul.) Coll. pag. 216.
Aberto outro pelo ministerio do reino para Aberto outro no ministerio da fazenda para
despezas de-policia preventiva: D. 18 maio 1865 .pagamentodo excesso de dqppezafeita comas côrtes,
(M. R.—D. L. 115 de 22) Coll. pag. 166. • para pagamento da restififição de direitos de tone-
^ — A b e r t o outro pelo ministerio do reino para lagem, para juros de operações de thesouraria, para
a cdínpra de cavallos pára a guarda municipal do Apagamento de ordenados a emprBgadosaposentadOs,
Porto: D. 18 maio 1865 (M. R.—D: Li 115 de 22) para despezas de.-fiscalisação das alfândegas, para
Coll. pag. 168,. pagamento dó excesso de despeza ;com as quotas.
Aberto outro pelo ministerio das òbras pu-: ;de cobrança dos rendimentos publicos e;(!om as
blicas-pàra despezas ae estudos,.expropriações de matrizes e.lançamentos: D, 30-junho',1865 (M, F.
aguas é obras necessarias pará o abastecimento de — D. L. 144 dè 1 jul.) Coll. pag. .218: . , •
Lisboa: D. 1 jun. 1865 (M. 0. P . - D . L. 128 de — . A b e r t o outro para pagamento do excesso de-
7) Coll. pag. 183. despeza com a differença de cambios.,0-premios dei
—: Aberto outropara despezas de policia pre- transaccões: D- 30 jun. 1865 (M. F . r - D . L. 144
ventiva pelo ministerio do reino: D: 8 jun. 1865; de 1 jul!) Coll. pag. 218. • '. . . . • ,--
(Mv R.—D. L. 133 de 14) Coll. pag. 187 - ^ r Aberto outro extraordinario^ no ministe-
Aberto outro pelo ministerio da guerra rio das obras publicas para a .continõação.dâs obras
para-obras na padaria militar: D. 8 jun.--1865 *(M. do porto artificial de Ponta Delgada; D. 12 jul.-
GV-^D. L. 133 dei 44) Coll. pag. 188, 1865 (M. O. P. — D. L. 137 de 17) Coll. pag. 332.
Aberto outrd pelo ministerio das obras pu- Aberto outro extraordinario pelo: ministe-
biieasipara pagamento das despezas eom a fiscáli- rio de marinha para as obras e melhoramentos dos
sàCãóíe exploratíão dos caminhos de ferro: D! 8 de pharoes e compra de materiaes." D, 13 jul. 1865.
jun/,1865 (M- Ò . ' P , — D . 1 , 1 3 4 dè 14) Coll. pag. (M. M. — D. L. 156 de 15 jul.) Coll. pag. 255.
188. i Aberto outro extraordinario pejo ministe-
—— Aberto outro pelo ministerio das obras pu- rio das obras publicas para pagamento das despe-
blicas-pára ás despezas dos telegraphos do reino : zas do arrolamento e das provas do vinho do Douro
Di 8 jun. 1865 (M. O. P. —Di L. 141 de 27) Coll. da novidade de 1864: D. 21 jul. 1865 (M. O. P-.'
pag. 190. •• •'• —D. L. 164 de 2o) Coll. pag. 259. .
Aberto outro pelo ministerio da mar"inha: Aberto outro extraordinario no-ministerio
para soccorros á provincia de Cabo Verde, e paga- da guerra para pagamento.dos.soldos, dos officiaes
mento dos saques de Timor: D. 8 jun. 1865 (M. M. em commissão ina escola polytechnica e nas admi-i
—D. L. 131 de 10) CollVpag. 190. nistracões de alguns concelhos: D..27 jul. 1865
Aberto outro pelo ministerio da marinha (M. E'. -r-iD. L. 176 de 8,agosto) Coll. pag, 273.
parSbsoccorrer os< habitántes de Cabo-Verde :.D. —— Aberto outro extraordinario,no ministerio
28jun'J 1865 (MÍ M,—DV L. 144 de l j u l . ) CÔIL dá guerra para pagamento da divida'do collegio mi-
J
pag. 214: ' •• '•-- -' • I' ^ • litai' proveniente da differepça entre a sua- receita,
- - ^ - ' A b e r t o íoiitro rpeloí ministerio da marinhá e a sua despeza: D. 27 jul,1865 (,M. G. — D; L.
para pagamento dftèkdespezaS publicas- ém Cabo 17.6 de 8.agosto) Coll. pag,,27<3.- ,
Verde: D. 28 jun,.1865 (M. M-.^-D. L. 144 de 1 '—r- Aberto) Outro extraordinario np ministerio»
juk)'GolL.pag. 214. - -'iii'' ><; .-• das obras.publicas para pagamento, dos çpldes aos-
D 12 E
officiaes militares em commissão no mesmo minis- Derramas parochiaes—cobram-se executiva-
terio: D. 10; agosto 186o (M. O. P. — D. L. 183 de mente como as contribuições municipaes: P. 30
17) Coll. pag. 291. março 1865 (M. R. -— inedita) Coll. pag. 544.
" Credito supplementar—aberto outro no ministe- municipaes-—serve-lhes de base o ultimo
rio' da guerra para pagamento da differença de lançamento concluido, aindaque não seja o do anno
preços das rações de pão e de forragens do exer- economico immediatamente anterior, e nSo deve
cito; D. 24 agosto 1865 (M. G . ~ D . L. 196 de 1 demorar-se a sua cobrança a titulo de não estar
set:) Coll. pag. 322. concluido o lançamento do ultimo anno: P. 17
——- Aberto outro no ministerio do reino para agosto 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 563.
despezas ! extrabrdiharias de saude publica: D. 4 Despejos — prohibiu-se que se fizessem nas sar-
out. 1865 (M. R. — D. L. 226 de 6) Coll. pag. 360. getas das ruas: P. Ed. 17 out. 1865 (C. M. L . —
'—— Aberto outro em favor do ministerio do D. L. 239 de 12) Coll. pag. 394.
reino para despezas extraordinarias de saude pu- Recommendada a observancia da postura
blica: D. 23 dez. 1865 (M. R. —D. L. 296 de 30) que os prohibe nos saguões:.Ed. 19 out. 1865 (G.
Coll. pag. 507. C. L. —D. L. 239 de 21) Coll. pag. 452.
Aberto outro no ministerio das obras pu- Despezas facultativas — não póde permittir-se
blicas para pagamento á companhia de viação por- que as camaras as façam emquanto não têem at-
tuense dos juros e amortisação do capital empre- tendido ás obrigatórias: P. 19 out. 1865 (M. R.—
gado na estrada de Villa Nova a Guimarães : D. 23 inedita) Coll. pag. 572.
dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 294 de 28) Coll. pag. Despojos de animaes—vedada a admissão d'elles
508. • - quando provenham dos paizes onde grasse epizoo-
Aberto outro no ministerio da guerra para tia: P. 7 out. 1865 (M. F. — D. L. 229 de 10) Coll.
pagamento datâifferença do preço das rações de pão pag. 364.
e de forragens do exercito: D. 23 dez. 1865 (M. G. Deserção — commettida nas provincias ultrama-
—D. L. 295 de 29) Coll. pag. 509. rinas, como se pune: D. 25 jul. 1865 (M. M. — D.
Aberto um extraordinario no ministerio das L. 167 de 28) Coll. pag. 261.
obras piiblicás para legalisar a despeza da admi- Desertores da armada — ordenou-se que os na-
nistração geral das matas em 1863-1864: D. 30 vios de guerra que tocassem na cidade do'Cabo de
juw. 1865 (M. O.P. — D. L. 198 de23 agosto) Coll. Boa Esperança recebessem os que lhes entregassem
pag. 558. " os agentes consulares, etc.: P. 13 nov. 1865 (M.
i Grumarias (pretos livres da Libéria) — pediram- M. — D. L. 288 de 20 dez.) Coll. pag. 486.
s,e informações ao governador de S. Thomé, sobre Ordenou-se mais que os commandantes dos
o serviço'•(Telles e sobre a conveniencia de pro- navios de guerra que tocassem no Cabo ficassem
moverá sua introducção na provincia: P. 30 set: auctorisados a despender com a policia local as
1865 (M. M.—D. L. 224 de 4 out.) Coll. pag. 355. quantias necessarias para conseguir a prisão dos
desertores: P. 7 jul. 1865 (M. M. —D. L. 279 de
9 dez.) Coll. pag. 559.
Dias santificados — a violação do preceito da
D guarda d'elles só póde dar occasião a processo cri-
minal quando com esse acto se ligue o proposito
Decima-—de predios urbanos estabelecida na In- de offender a religião do estado: P. 23 março 1865
dia a contar do 1." de julho de 1866 ern diante: D. (M. J.—D. L. 68 de 24) Coll. pag. 79.
25 out. 1865 (M. M. — D. L. 250 de 4 nov.) Coll. Direitos de consumo — encarregado João Anto-
pag. 471. nio dos Santos Silva de estudar o modo de modi-
Delegação de jurisdicção — não podem os gover- ficar ou de supprimir os que se pagam em Lisboa:
nadores civis fazer, nos respectivos secretarios, de P. 30 agosto 1865 (M. F. — D. L. 198 de 4 set.)
uma parte da sua auctoridade, conservando a outra: Coll. pag. 324.
P. 21 dez. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 590. de mercê — devem pagar os administrado-
• Delegado do procurador regio — o que nos Aço- res de concelho, mesmo sendo militares, porque
res substituir o procurador regio recébe um terço nenhuma excepção faz a lei em favor dos milita-
dó ordenado d'este; nos casos em que o perdia para res que exercem empregos civis: P. 22 fev. 1865
a fazenda: D. 22 nov. 1865 (M. J. —D. L. 267 de (M. R. — inedita) Coll. pag. 536.
24) Coll. pag. 501. Divida fundada externa — cambio para a con-
Deliberações—das corporações administrativas versão em divida interna: P. 10 fev. 1865 (M. F.
tomadas fóra dos limites das suas attribuições são — D. L. 35 de 13) Coll. pag. 145.
nullas, e devem ser declaradas taes pelo governa- Divisão naval — organisada uma para acompa-
dor civíli P. 10 fev. 1865 (M. R. — inedita) Coll. nhar El-Rei na sua viagem fóra do reino: P. 26
pag. 533. set. 1865 (M. M.— D. L. 221 de 30) Coll. pag.
—— das camaras municipaes sobre assumptos 351.
estranhos ás suas funcções ou tomadas por meio de territorial — alterada, transferindo-se a
concerto prévio, são nullas : P. 4 março 1865 (M. freguezia de Tapães do concelho de Pombal para
R. — inedita) Coll. pag. 539. a de Soure, para todos os effeitos : L. de 25 jun.
das camaras municipaes que modificam os 1864 (M. R. — D. L. 180 de 12 agosto 1865) Coll.,
orçamentos — dependem da approvação do gover- pag. 558.
no ou do conselho de districto, segundo a impor-
tancia d'elles: P. 31 marco 1865 (M. R. — inedita)
Coll: pag. 544. E
Deposito de carvão — approvado o contrato feito
com J. B.'Burnay para o estabelecimento d'elle no Elegíveis — para vereadores, são, nos concelhos
ilhéu de Santa Maria, no porto da cidade da Praia de Diu e de Damão os funccionarios de adminis-
dè S. Thiago: D. 26 jul. 1865 (M. M. —D. L. 169 tração ou de fazenda, menos os que receberem or-
de 31) Coll. pag. 265.. denados das camaras: D. 11 out. 1865 (M. M.—
de pinho—podem as camaras municipaes D. L. 234 de 16) Coll. pag. 386.
fazer posturas ácerca d'elles: P. 30 set. 1865 (M. —— para deputados e para á assembléa dos qua-
R. — D. L. 224 de 4 out.) Coll. pag. 354. renta maiores contribuintes —são os que não sà-
E 13
bem ler nem escrever se tem o censo legal: P. 7 .. Empregos—não podem ser creados nos orçamen-
dez. 1865 (M. R. —inedita) Coll. pag. 587. tos municipaes, mas em processo distincto sujeito;
Eleição supplementar para um deputado — deve á approvação do governo ou do conselho de dis-
fazer-se pelo recenseamento revisto, ainda quando tricto segundo a importancia do orçamento: P. 24
falte notar n'elle as ratificações ordenadas pelos nov. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag, 58|4. ,
tribunaes superiores, se a eleição tiver logar em Empreitadas — modificado iO artigo 23." dqs con-
j u l h o : P. 20 jun. 1865 (M. K.— inedita). Coll. dições geraes de 8 de março de 1861, no sentido
pag. 557. de ser sómente necessaria a intervençâodo, governo
Eleições—ordenou-se que as juntas geraes do ul- no caso de reclamacão do empreiteiro ,* P. ; s4 maio
tramar consultassem sobre as modificações a fazer 1865 (M. O. P.—,D. L. 120 de 29).Coll. pag. 174..
na lei eleitoral em vista das circumstancias pecu- no arsenal da marinha — regulamento ipara
liares de cada provincia, e que sobre a consulta ellas: P. 3 out. 1865 (M. M-^-D- L- 224 de 4) Coll.
fosse ouvido o conselho do governo e o governador pag. 358. • •„...' i, ,. ;, , : . . .
geral: P. 8 agosto 1865 (M. M. —D. L. 189 de 24 Empreiteiros— os das estradas não pqdçpi vedar
agosto) Coll. pag. 290. o uso d'ellas ao publico durante a empreitada: P.,
Embarcações nacionaes — qualquer que seja a 4 fev. 1865 (M. O. P —D. L . 3 2 d e 9) Coll,,pag. 36,
sua lotação podem receber dos depositos das al- de obras publicas — regulado o, modo d£
fandegas do Porto e de Lisboa, e conduzir para as recepção definitiva d'ellas, a restituição dos depo-
ilhas adjacentes e possessões ultramarinas, merca- sitos é do decimo retido do custo das qbras: P. l i
dorias estrangeiras: P. 22 nov. 1865 (M. F. — D. abril 1865 (M. O. P.—D. L. 85de 17) Coll. pag: 1(9.
L. 266 de 23) Coll. pag. 499. Emprestimo de 300:0001000 réis —auctorisada
Emolumentos—pagam-se nas secretarias das pro- a camara municipal do Porto, a contralii-lo para
vincias ultramarinas pelos diplomas de posse de melhoramentos da cidade: L. 5 maio 1865 (M. ft;
terrenos e pelo registo de minas 4,£200 réis: D. 12 — D. L. 102 de 6) Coll. pag. 1&9. ,;:;.. \ ,
set. 1865 (M. M. — D. L. 209 de 16) Coll. pag. 335. Não póde auctorisar-se algum quando para
— - Nas execuções administrativas contam-se elle se determinam impostos jáapplicados v para ga-
pela tabella judicial de 30 de junho de 1864: P. rantias de outros: P. 19 out. 1865 (M. R.,—inedita)
22 abril 1865 (M. R . - i n e d i t a ) Coll. pag. 547. Coll. pag. 572.
Empregados das alfandegas que pelas novas re- : Foi auctorisada a camara de Braga para ler
formas ficaram collocados em posições inferiores vantar um para o cemiterio puíjlico, em execução
ás que tinham — mandaram abonar-se-lhes os seus da lei de 17 de julho 1857: P. 11 dez.1865 (M. R.
antigos vencimentos: D. 25 fev. 1865 (M. F.—D. —inedita) Coll. pag. 588. .. -•(•.•-.:
L. 51 de 4 março) Coll. pag. 55. Enfeites de cabeça para senhoras-r-sendo de ma-;
municipaes— ; as suas nomeações são sujei- teriaes de pequeno valor pagam 370,réis.tior kilo-
tas á correcção dos governadores civis: P. 10 gramma : Res. n.° 291 de 29 set. 1863 (C. G. das A.
março 1865 (M. R.—D. L. 58 de 13) Coll. pag. 60. — D. L. 226 de 6 out.) Coll. pag. 354.
—<— das repartições dependentes do ministerio Epidemias locaes — são principalmente devidas
da fazenda — regras para o abono das faltas que á falta de aceio das povoações, á existencia de focos
derem, e para a fiscalisação do seu serviço: P. 5 de infecção n'ellas, e ao desprezo das regras de.hyv
de out. 1865 (M.F.—D, L. 228 de 8) Coll. pag. 361. giene publica: P. 25 out. 1865 (M. R.—inedita)
- — de administração ou de fazenda —podem Coll. pag. 574.
ser eleitos vereadores nos concelhos de Diu e de Equipamento—os artigos d'elle, quer de homens,
Damão, salvo recebendo ordenados das respectivas quer de cavallos ou dei muares, devem continuara
camaras: D. 11 out. 1865 (M. M. - D. L. 234 de 16) ser fornecidos pelo arsenal: Ord. do exerc. n.° 36
Coll. pag. 386. de 28 agosto 1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 set.) Coll.
- — do antigo contrato do tabaco — não podem pag. 323. •, . ..„;
receber do thesouro em gratificações e subsidios Escolas do exercito e polytechnica—ordenou-se
. maior somma do que anteriormente tinham de or- que os seus alumnos não regressassem aos corpos
denado : P . 12 out. 1865 (M. F. — D. L. 232 de 13) senão no caso de exclusão temporaria ou. perpetua
• Coll. pag. 388. d'eilas, e que durante as ferias fossem instruidos
- — fiscaes—devem apresentar-se fardados den- nos exercicios militares na primeira : ,,P. 17 jul.
tro de sessenta dias, revogada a disposição das in- 1865, Ord. do exerc. n.° 31 de 24 (M. G.—fi. L.
strucções de 5 de abril de 1865, que commettia a 165 de 26) Coll. pag. 257. : • .
compra de fardamentos a uma commissão, salvo —— do exercito—regulado provisoriamente o
n'aquellas alfandegas onde o fornecimento de far- seu serviço: P. e Instr. 11 set. 1865, Ord. do exerc.
damentos tiver sido arrematado: P. 13 out. 1865 n.°40de 13 (M.G.—D.L. 21Qde 18) ; Coll.pag.332.
(M. F. — D. L. 233 de 14) Coll. pag. 389. medico-cirurgica do estado da, ífldia ou de
—— na fiscalisação do tabaco — são isentos do Nova Goa—organisada de novo: D. 11 out. 1865
pagamento de portagem nas barcas de passagem, (M. M. — D- L. 236 de 18) Coll. pag. 371 a 385.
quer das camaras quer do estado: P. 3 fev. 1865 Declarou-se que os ^alumnos da do exercito
(M. R.—inedita) Coll. pag. 531. que terminavam o curso nleste anno eram dispén-
—— das irmandades e confrarias — a sua no- sados do exame de inglez,, mas que não poderiam
meação ou demissão não é assumpto de conten- ser promovidos a tenentes sem mostrarem appro-
cioso administrativo: P. 19 abril 1865 (M. R.— vação n'esta lingua em algum dos estabelecimentos
inedita) Coll. pag. 545. scientificos do reino: Ord. do ex,erc..n.° 49 de 27
- — - da repartição de saude — não podem ser out. 1865 (M. G.—D. L. 2o8 de l4) Coll, pag. 459.
suspensos do exercicio das suas funcções pelos go- - — Ordenou-se que nas cartas dos,iyii-sps se de-
vernadores civis: P. 22 maio 1865 (M. R. — iné- clarasse a somma total de, valores, obtidos por. cada
dita) Coll. pag. 552. alumno nas diversas provas da escola : . Ôrd. ido
Empregos—não podem ser creados nem suppri- exerc. n.° 49 de.27 out. 1865 (HL G. —D. 258
midos pór simples deliberações das camaras; mas de 14) Coll. pag. 459. "" '
dependem a creação e suppressão de confirmação Escravidão — ordenou-se que o conselho ultra-
ou dó governo ou do conselho de districto, se- marino consultasse sobre as providencias a tpmar
gundo a importancia do orçamento: P. 31 março com antecipação, para que cesse o.estaçlo da-es-
1865 (M. R. — inedita) Coll. pag: 544. cravidão na epocha determinada no dqcreto de 29
>
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de abril-tíe 4888: P. 4 nov,1865 (M. M. —D. L. D. 30 agosto 1865 (M. O. P. — D, L. 205 de 12 set.)
255 de 1'Q) Cõlii'pag. 481;. Coll, pag, 324 a 327., • n .[,'. • ;',;.;-!.
. E s c t e o i - ^ Ordefvou-se que se arrecadasse-pon- Estatutos-^ Ao monte pio -Jesus Mariat José,' ap-
tUaliítenténc impOstò sobre elles,- e que se remet- provados : D. 13 :set. 1865 (M. O.- Pj-r+D.-L. 209.
tesse ao 'gbvertíó -èlrna conta do seu-rendimento an-* de 16) Cõii/ pag. 340.. • • , : . -;,;•-„• -.. „P
niiai': P; 18 ágóiifo 186» (M. M. — D. L. 185 de 19) da companhia da mina de Talhadellanapr.'
GólU-'pag."298.';' i -''' -- - . provados: D,. 7 nov. 1865 (M. 0., P . ^ D . L., 260Í
^^-^- fliíthdotSeípròcèder contra quem permittiu de 16) Coll. pag. 482.
rto ArriÈrii rê&ísto Nelles depois de abolida a es- da associação phiiantrophica e artisticaiiias
cravidão': P: '30''áét'. 1865 (M.M. —D. L . 2 2 4 de freguezias-de Belem e dn Ajuda, approvados:;;D.
4 'ontí^Gõlh pag/ 355. • > ;; ' 21 nov. 1865 (M: O. P. ^ - D , L. 268.de,25) Cpll.;
àfipKÍvoú-sè o regulamento feito pelo go- pag.-497. I• .:. ,.'.-„ ...,
vernador geral de Moçambique para a arrecada- da companhia lisbonense de tabacosíiftppro-
do''itó:pOstó-<isObre os escravos da provincia, vados: D; 29 nòv. 1,865 i(M. O: P. — 10 d:e 13-
ccjmmettendo-se 0 processo ás jun,tas das decimas: jan. 1866) Coll. pag. 584. • .. ....•».»-, .
D":;i4'tówi.-'Í868 (MvM.-^D. L. 264 de 21) Coll. —— da companhia bonança, approvados :'D;.30
pág. 488 a 4 9 3 ; - : agosto 1865 (M. O. P . ^ D . L. 259 de . l i no.vi) Coll.
, jE&riètíes^1 dás 'ijbnaras' ecclesiasticasregulada pag. 565 a 570. . : ••.•'•) , >.
â fórfaa' do'prtyíim'en to d'estes logares por meio de Estradas^ determinadas as epochas em;iqvte^aos
cbftfcuWd: :-b.- '4 íiov. 186S (M. J. — D. L. 251 de 6) empreiteiros d'ellás devem entregar-se os;,décimos
mi.píLp.m. <•'•< •• • - ,• retidos: P. 13 jan. 1865 (M. 0 . P - — D . L.;12 de
' . ''dpfejtrtzos ecclesiasticos—regulada a fórma 16) Coll. pag.'2. . , , ,1
dtf pifóv-itffentó d'estes òfficiòs por meio de con- —f— O uso d'ellas só póde ser vedado ao publica
curso publico: D.Í:4 nov. 1865 (M. J.—-D. L. 251 por actos do governo, e não pelos empreiteiros, a'
de-6) Gôllv jiagJ '478. - - título de-evitarem damnos n'ellas : iP. «4ifevni865
'• Esíátfekiitiieúttísimalxibres—sis (M.
modificações
O. P.— D. queL. 32'de 9) Coll. pag. 36/ -
1
prtícessóS-apresentarem òs industi'iaes'antes de Recommendou-se todo o cuidado na.' Qon-:
concedida ou negada a licença, devem seguir os: serváçãò d'ellas e que se fizessem immediatamente
mesihòs tráitrítes tjue o processo primitivo: P. 26 as pequenas reparações, obrigando-se os cantonei-
abril 1865 (M. R'.<—D. li; 99 de 3 maio) Coll. ros a cumprirem'fielmente o respectivo; regula-
pág. : i 4 0 . ' - - ' : mento : P. 4 abril 1865 (M. O. P.—D. L.-86 de 18)
— - a acção policial das camaras só foi coar- Coll. pag. 108. } .
ctada- em relação aos mencionados no decreto de A dotação d'eilas ba de ser impreterivel-
21 'de ouiubrb'dei863, todos os outros podem ser mente inserida nos orçamentos municipaes e ficar
o6jecto- íde • poêtíi j<as: PP. 30 ísét, e 6 dez. 1865 (M. em deposito quando não venha a ser empregada
R. — D. L. 224 de 4 e ihêdita) Coll. pag. :354 e dentro do respectivo anno feconomieoi.Pl 8 jul>
586.' - r •-. ; 1865 (M. R. —D. L. 152 de 11) Coll; pag: 233 ; P.
] :
' 7— i -nôs-dè isègunda clas'se'o local da fundação 19 out. 1865, Coll. pag. 572.; P. 21 nov. 1865j.
deiíxóu de ser rasão legal para impedir esses: esta- Coll. pag- 582; P. Ú dez. 1865, Coll, pag...589;
belecimentos, -é este ponto não é da competencia P. 22 dez, 1865, Coll. pag, 591. =: ,' : , ! ..
das auctoridades, que só devem designar as condi- Para. as construir ou reparar nãb podem
ções 'qu'e fóréftí -tíecessarias para guarda da saude as camaras levantar emprestimos, emquanto se
pdblícá: 1 P.'22'nbv. 1865'('M. R. —inedita) Coll. não tiver feito a classificação, e não estiverem ap-
pag". 582. ' provados os.planos e orçamentos: P.-8 jul. 1865
• Estado maiof-do exercitò—^appróvado o regu- (M. R. — D. L. 152 de 11) Coll. pag-,-235.
lamento d'elle: D. 28 out. 1865 (M. G. — D. L. 265 Formam .dotação das de terceira òrdem as
dè'22 nW:) Cdlli'pag/575. •••- •- : ' rendas coimeiras e a decima parte da renda: dos
- Estanqueiro'Ao papel sellado — nomeado para bens proprios dos concelhos, que restavndepois de
fes^e SWÍâteiVdèpbis de ! ter sido' eleito ou nomeado deduzida a teres.: P.'.3i março iSôS^M/íft. T—íne-
paVá'.jilgUbi'-cargri do concelho, nãb póde escusar- dita) Coll. pag". 545. = ,.f. ..,;..:,
sVòfliB eáse fUttdâiiiento: P. 28 jan. 1865 (M. R.— - - — A execução do artigo 16." da lei de 6 de
iheàita) Còllv pag,- 530.: junho de 1864, não depende de alguma fornialir
Estatutos — da associação dos pedreiros, carpin- dade para ter immediata execução,'e- é por isso
teiros e artes correlativas: D. 15 fev. 1865 (M. O. erro, que deve.emendar-se, não inserir no orçamento
ç : ^'D.-L'., 50 de 3 março) Coll. pag. 48. a dotação para as estradas: P. 12 dez.11865. (M.R.
;
• -—-^NoVòs5 da'sociedade dò palacio de crystal: — inedita) Coll. pag. 589; P. 22 dez. 1863, Coll.
D: 15 'niártd '1865 (M. 0 . P : — D . L. 69 de 27) pag 591. , • .• .., ,'j '.
CqlK pag'...f>!2 a j 64. .'""' •' A conservação eni cofre dos fundos desti-
>- NbVos'.dà compànhia' de illuminação a gaz nados para as estradas é uma consequência forçosa
còtiitohriceriseí B. 26 abril 1865 (M. O. P. — D. L. das disposições da lei de 6 de junho, vistoque nem
112; de 18 maio) Col 1. pag. 141 a 143. podem ser applicados pelas- camaras, nem pela:com-
í-do ráónté pio Fidelidade: D. 26 abril 1865 missão de viação, sem plantas e orçamentos: E. 22
(M.'O. P. — D: L'. 118 de'26 mâio) Coll. pag. 143. dez,1865 (M," R.?—inedita) Coll. pag. 591. ; , ...
" — - dòiriónte^io reguenguense: D. 3 maio 1865 — O imposto em tr-abalho destinado,paraellas
(M. 0.'P.—DV L, 128 de 7 jun.) Coll. pag. 148. só é devido e pago dentro do anno economico.a
- — A p p r o v a d o s òs do mbnte piò de Nossa Se- que pertence,, e não passa de.um; anno pára o ou-
nhora daNazareth': D. 29 maio 1865 (M. O. I 1 .— tro :• P. 22-dez; 186o.,(M. .'R.:-^i»edi'íajl( Colli-.pag.
D. L. 1'28-dé'í jdni) CollJ^pag. 1 7 7 . - - 59-1; P..20íóutl865,iColl; pag. 57.4.- .. .•i.,!-.ij-:-.-/
- ' • ^ f - A p i r t o v a á o s osdáassociaçãóphilatitrophiòa Estrume—-prohibiu-se a conservayaçSo »d'elíe
1
das artes portderisesvD- 30 maio 1865 (M. O. P. por piais de vinte e quatro horas,- nas..cayalUri-
— D. L , ,128 de 7 jun.) Coll. pàg. 178.1;' V i • 1 çasj estábulos, lojas, etc.: P. edit...i7 AUjtvdí^S
'—^'Modificados òà do banco lusitanb-nos ivti- (C, M: Lisb..-^D. L.:239 de 12) CftH. ipag,l3R4y.:.
.gos5'* e 33;°: : D. 22:jul. 1865 (MvO.-P.—DJ-Li Exámes no lyceu do Funchal —são. .considera-
164 de 25) Coll. pag. 259. dos ooàto feitos em-lyceu de l, a .classe:, P,, 23 f%v.
—— Approvados ós dá compafthia uniãò,;faíbril: 1865 (M. R.v-D. L.:5Ííde»4 «karçia)-Co},l. pivg..S4l-
E 15 E
Exames de admissão nos lyceus—regulado o brigadas de instrucção fiscalisassem-pessoalmente,
modo por que devem fazer-se: P. e instr. 8 abril os exercicios no campo, trabalhos de secretaria e
1865 (M. R. — D. L. 82 de 11) Coll. pag. 113 a serviço regimental dós capitães que se habilitam
115. para majores: Ord. exerc. 17 de 26 abril 1865
de instrucção primaria—não dependem da (M. G. — D. L. 95 de 28) Coll. pag. 139. ;:
idade dos candidatos, exigindo-se a certidão de Exercito — regulou-se o serviÇo das companhia^
idade iúnicámente como documento p^ra provar a de artilheria da guarnição das'ilhas:; Ord. exerci
identidade de pessoa: P. 20 de abril 1865 (M. R. n.° 7 de 23 fev, 1865 (M. G.—DÍL. .5i'd8 4imarço)
— D. L . 9 0 de 22) Coll. pag. 132. Coll. pag. 40 a 43. ••••-.. .. ..'.
de admissão, preparatorios da escola do Ordenou-se que estais companhias obser-
exercito;•para os alumnos «íilitares — regulada a vassem a parte da ordenança para os.exercicios
fórma' e tempo para elles: P, 5 set. 1863 (M. R. dos regimentos de infanteria e dos batalhões de ca-
^-Di L..210 de 18) Coll. pag. 329. çadores: Ord. exerc. n.° l i de 20 março 1865 (M.
; —— Applicada esta providencia aos aspirantes G. — D. L. 70 de 28) Coll, pag» 74. , . - .
de marinha, que quizerem seguir o curso da res- -—i- Abriu-se concurso pára'o provimento de
pectiva arma: P. 5 out. 1865 (M. fl. —D. L. 226 logares de capellães dos cúrposdo exercitb: Ann.
de 6)'Coll. pag. 361. 2 marco 1865 (M. G . - - D . h, 52 e 63 dè 6 e 1»)
Execuções por dividas fiscaes — a suspensão d'el- Coll. pag. 57. • ..'. . • .•>•
• las foi prohibida, e a que tiver sido concedida não Ordenou-se que os conselhos de disciplina
' póde durar mais de tres mezes, contados da data nomeassem defensores officiaes aos réuá,i quando
:
da concessão: D. 25 out. 1865 (M. F.—D. L. 243 os defensores oficiosamente escolhidos se recusas»
de 26) Coll. pag. 471. sem á defeza: P. 22 março 1865, Ord. exerc. n.°
' administrativas — os emolumentos n'el)as 24 de 5 jun. (M. G. — D. L. 129 de. 8) Coll. pag.
1
contam-se pela tabella judicial vigente ao tempo 169. .a .
em que a- conta é feita: P. 22 abril 1865 (M. R.— Declarou-se que as guias de assentamento
inedita) Coll. pag. 547. dadas ás praças que têem baixa, não se substituíam
Exercito — as praças que querem continuar no por outras, ainda no caso de perda: Ord: exerc.
serviço a que disposições íicarn sujeitas: Ord. exerc. n.° 11 de 20 março 1865 (M. G.—D. L. 70 de 28)
n.° 3 de 21 jan. 1865 (M. G. — D. L. 22_de 27) Coll. pag. 75. ••!.
Coll. pag. 10." — r - Deram-se instrucções sobre O modo de fa-
—— Providencias para o fornecimento dos seus zer a inspecção dos corpos das. differentes armas
fardamentos pela commissão de laneficios, e para do exercito : P. 4 fev. 1865,' Ord. exerc. n."> 5 dè
a passagem de fundos das pagadorias, para a mes- 6 (M. G.—D. L. 37 de 15)4ioIl.' pag. 3«1a 39.
ma commissão: P. 9 jun. 1865, Ord. exerc. n.° Determinou-se que aoS; agraciados com a
27 de 19 (M- G. —D. L. 139 de 22) Coll. pag. medalha commemorativa da divisão auxiliar ã Hesu
198. . panha se notasse na casa correspondente do respe-
—— Regulada a fórma dos concursos para o ctivo livro de registo o motivo da concessão .:' Ord;
provimento dos logares de archivistas das secreta- exerc. n.° 5 de 6 fev. 1865 (M. G. — D. L. 37 de
rias;das divisões militares: Ord. exerc. n.° 6 de 20 16) Coll. pag. 39. •;!.••. - '
fev. 1865 (M. G. — D. L. 43 de 22) Coll. pag. 51. Ordenou-se que os -fencimeritos do .inonte
—— Regulado o calibre das baterias de campa- pio militar até 100£000 réis fossem pagos semi des-
nha e de montanha: D. 29 maio 1865, Ord. exerc. conto, e que excedendo esta quantia se pag&ssen}
n.° 27 de 12 (M. G. - D . . - L . 139 de 22 jun.). Coll. com mais 25 por cento do nominal dos respectivos
pag. 177. titulos: L. 18 maio 1865: (M. F . D J . L s 1 1 4 dè
—Regulou-se-a escripturação e correspon- 20) Coll. pag. 162 • ;j ,.-., . •
dencia dos caserneiros: P. 25 jan. 1865 (M. G.— ——Declarou-se que os officiaes getoeraes não
D; L; 43 de 22 fev.) Coll. pag. 16. deviam tomar para seu serviço os cavallos de praça,
• —.— Determinou-se que os cavallos de praça só salvo excepcionalmente, e pagando-os então por
excepcionalmente podessem ser escolhidos pelos of- aquillo em que fossem avaliados sobre 144&000
fif^aes para o serviço, e regulou-se o preço por réis: Ord. exerc. n.° 11 de 20 março (M. G. —D.
que deviam ser pagos, quando fossem escolhidos: L. 70 de 28) Coll. pag. 74. -: .
Ord. exerc. n.° 11 de 20 marco 1865 (M. G. — D. Fixou-se o tempo em que os officiaes mi-
L. 70 .de 28) Coll. pag, 74. litares, empregados em commissões estranhas ao
! 1 Deram-se providencias para a compra dos ministerio da guerra, chamados a optai- entre as
que são precisos para a remonta da cavallaria, e commissões e o serviço do exercito, deverão res*
• para a venda dos mutilisados, estabeleceu-se a pre- ponder: Ord. exerc. ri." 19 de 3 maio 1865 (M. G".
ferencia para os cavallos creados no paiz. e deter- —D. L. 112 de 18) Coll. pag. 148. .
jninaram-se os vícios redhibitorios que influem — - Determinou-se que os officiaes arregimen-
n'estes contratos: D. 19 abril 1865, Ord. exerc. tados recebessem os soldos pelas pagadorias mili-
n.° 18 de 28 (M. G.—D. L. 108 de 13 maio) Coll. tares das divisões onde estiverem os respectivos
pag. 128 a 132. corpos: Ord. exerc. n.° 20 de 8 maio 1865 (Mi G.
— r - Ordenou-se que os cavallos de fileira não — D. L. 114 de 20) Coll. pag. 151. ;
podessem ser empregados pelos officiaes arregi- Augmentaram-se os soldos aos officiaes em
mentados no seu serviço: Ord.exerc. n.° 17 de 26 effectivo serviço, aos das guárdas municipais e aos
abril 1865 (M. G. — D. L. 95 de 28) Coll. pag. das tropas de primeira linha das provincias de
139. Africa, Macau e Timor: L. 18. maio 1865 (M. G>
-rr-r-' Determinou-se que os officiaes não com- — D. L. 114 de 20) Coll. pag. 164. .i . ;
prassem potros para suas praças:; Ord. exerc. n.° Recommendou-se que as pagadorias mili-
17 de 26 abril 1865 (M. G.--D. L. 95 de 28) Coll. tares resgatassem os recibos; de vencimentos inte-
pag. 139. rinos antes de terminar o anno economico a que
.... —rrr Commetteu-se ás commissões de remonta elles respeitam : Ord. exerc., ..n,0 5 de 6 fev. 1865
compra de cavallos para os officiaes: Ord. exerc. (M. G. — D. L. 37 de 16) Cbll.lpag. 39..
n.° 22 de 20 maio 1865 (M. G.—D. L. 118 de 26) Regulou-se o modo de fazer o.ajustamento
Coll. pag. 167. de contas ás praças do exercito contratadas e dèspe-
•t-Hrrf Determinou-se que os commandantes de didas por incapacidade physica: Ord. exerc. n.4 25
E -16 E
de 10 jun, 1865 (M. G. —D. L. 133 de 14) Coll. P. 10 jul. 1865 (M. M.—D. L. 180 de 12 agosto)
pag. 201. Coll. pag. 238.
'Exercito—suscitou-se a observancia do regula- Exercito — lixado o quadro da padaria militar:
mento de 12 de fevereiro de 1812, que marca a D. 11 jul. 1865 (M. G. Ord. exerc. n.° 30 de 1 5 -
distancia em que podem fazer-se construcções D. L. 159 de 19) Coll. pag. 239.
junto ás praças de guerra e pontos fortificados: Regulado o modo por que ha de fazer-se
D. 17 maio 1865 (Ord. exerc. n.° 23 de 31 maio — o abono ás praças dos corpos das 9.° e 10." divisões
D. L. 125 de 3 jun.) Coll. pag. 161. militares que estiverem addidas aos corpos do con-
Augmentou-se o pret aos officiaes inferiores tinente : Ord. exerc. n.° 30 de 15 jul. 1865 (M. G.
e mais pragas dos corpos do exercito: L. 18 maio — D. L. 159 de 19) Coll. pag. 256.
1865 (M. G. — D. L. 114 de 20 maio) Coll. pag. 165. Ordenou-se qfce os conselhos administra-
Determinou-se que no orçamento se incluís- tivos dos corpos, praças e estabelecimentos depen-
se uma verba de 32:000^000 réis para melhora- dentes do ministerio da guerra que tenham a sea
mento do rancho dos soldados: L. 18 maio 1865 cargo artigos de mobilia ou utensílios da fazenda
(M. G-—D. L. 114 de 20 maio) Coll. pag. 165. remettessem ao arsenal do exercito um mappa d'el-
• Derâm-se providencias para execução d'esta les, com referencia a 30 de junho: Ord. exerc.
lei modificando-se o regulamento de 30 jan. 1863: n.° 30 de 15 jul. 1865 (M. G. —D. L. 159de 19)
Ord. exerc. n.° 22 de 20 maio 1865 (M. G. — D. L. Coll. pag. 257.
118 de 26) Coll. pag. 167. Determinou-se que os alumnos das escolas
Ordenou-se que os commandantes dos cor- doexercito, e polytechnica só regressassem aos cor-
pos remettessem, ao ministerio da guerra em cada pos no caso de exclusão temporaria ou perpetua
uinzena a conta da receita e despeza dos ranchos: dss escolas, e que durante as ferias ou no caso de
S rd. exerc. n.° 22 de 20 maio 1865 (M. G. — D. L.
118 de 26) Coll. pag. 167.
perda de anno fossem instruidos nos exercicios mi-
litares na escola do exercito, podendo os alumnos
Fixou-se em 150#000 réis o preço das sub- officiaes ir servir Aos corpos: Ord. exerc. n.° 31
stituições em 1865 : D. 19 abril 1865 (M. R.—D. de 24 jul. 1865 P. 17 (M. G. —D. L. 165 de26) Coll.
L. 90 de 22).Coll. pag. 127. pag. 257.
Mandou-se que os regimentos de artilheria Prorogado até 31 de dezembro o praso para
observassem a ordenança dos exercicios dos regi- os contribuintes do monte pio militar reclamarem
mentos de infanteria com algumas modificações: as prestações com que tiverem contribuído: P. 24
Ord. exerc. n.° 11 de 20 maio 1865 (M. G. —D. jul. 1865,' Ord. exerc. n.° 33 de 1 agosto (M. G.—
L. 70 de 28 março) Coll. pag. 74. D. L. 173 de 4) Coll. pag. 260.
—— Duvidas sobre regulamento da administra- Determinaram-se as penas que haviam de
ção da fazenda militar — ordenou-se que fossem re- ser impostas aos diversos crimes de deserção mili-
mettidas ao ministerio da guerra pela 2." direccão: tar commettidos nas provincias ultramarinas: D. 25
Ord. exerc. n.° 2 (M. G. —D. L. 21 jan. 1865) Coll. jul. 1865 (M. M. — D. L. 167 de 28) Coll. pag. 261.
pag. 5. Prohibiu-se no uitramar o castigo de va-
—i— Ordenou-se que se fizesse a tombação dos radas, substituiu-se quanto aos incorrigiveis por
terrenos e edificios adjacentes ás praças de guerra degredo para provincia diversa: D. 25 jun. 1865
epontos fortificados: D. 17 maio 1865 (Ord. exerc. (M. M. — D. L. 170 de 1 agosto) Coll. pag. 262.
n.' 23 de 31 (M. G. — D. L. 125 de 3 jun.) Coll. Creou-se uma agencia militar para receber
pag. 161. e satisfazer as requisições dos corpos do exercito,
-—Decretou-se o uniforme para os emprega- cessando o serviço dos officiaes em commissão em
dos civis d« arsenal do exercito que têem gradua- Lisboa: P. 26 jul. 1865, Ord. exerc. n.° 32 de 28
ções militares: D. 18 jan. 1865 Ord. exerc. n.° 4 (M. G.—D. L. 186 de 21 agosto) Coll, pag. 267.
de 31 (M. G.—D. L. 27 de 3 fev.) Coll. pag. 6. Destacaram-se dos corpos de cavallaria e de
Decretou-se o uniforme dos officiaes mili- infanteria officiaes subalternos, com o curso de es-
tares reformados do ministerio da guerra empre- tudos das respectivas armas especiaes para servirem
gados em commissão n'este ministerio: D. 19 abril temporariamente nos corpos de artilheria e nas
1865, Ord. exerc. n.° 17 de 26 (M. G.—D. L. 95 companhias da Madeira e dos Açores : 'D. 26 j*l.
de 28) Coll. pag. 128. 1865 (M. G.—D. L. 173 de 4 agosto) Coll. pag.
Decretou-se o uniforme dos officiaes da se- 268.
cretaria do supremo conselho de justiça militar Deram-se providencias ácerca do rancho
permittindo-se-lhe o uso de banda: D. 30 maio 1865 dos soldados, declarando-se que o subsidio de 10 réis
Ord. exerc. n.° 27 de 19 jun. (M. G. — D. L. 139 de era o máximo abono quando houvesse deficit, que
22) Coll. pag. 180. não tinham direito a elle os officiaes inferiores e
Designou-se o dia desde quando começava que nos domingos o rancho seria de carne: Ord.
o augmento de pret, e mandaram-se processar as exerc. n.° 32 de 28 jul. 1865 (M. G. — D. L. 171
competentes relações de mostras: Ord. exerc. n.° 28 de 2 agosto) Coll. pag. 282.
de 1 jul. 1865 (M. G. — D. L. 147 de 5) Coll. pag. Declarou-se que os officiaes das praças de
221. segunda classe e os caserneiros nomeados para car-
Determinou-se que fossem decididas nos gos municipaes ou para jurados e vogaes de con-
corpos as pretensões das praças que quizessem pas- selhos de familia deviam pedir as suas escusas ás
sar ás%uardas municipaes quando os requerentes auctoridades competentes, e não ao ministerio da
tivessem nota nos livros ou menos de dois annos de guerra: Ord.exerc. n.°32de28jul. 1865(M. G.—
serviço : Ord. exerc. n.° 29 de 10 jul. 1865 (M. G. D. L. 171 de 2 agosto) Coll. pag. 282.
—D. L. 153 de 12) Coll. pag. 236. Proveu-se a restituição ás pagadorias mili-
Ordenou-se que nas requisições de transpor- tares das quantias por ellas adiantadas para ran-
tes, quando os individuos a transportar fossem com cho, ordenando-se que a restituição se fizesse á
familia, se declarasse a idade de cada um dos filhos proporção que se fossem recebendo os fundos do
que comsigo levassem : Ord. exerc. n.° 29 de 10 jul. rancho e não por uma só vez: Ord. exerc. n.° 35
1865 (M. G. - D . L. 153 de 12) Coll. pag. 236. de 19 agosto 1865 (M. G. - D. L. 189 de 24) Coll.
Ás praças d'elle que voluntariamente forem pag. 299.
servir no ultramai' abona-se o pret em moeda forte Designou-se uniforme para os officiaes e as-
igual ao das guarnições de Lisboa, Porto e Elvas: pirantes da repartição de saude: D, 21 agosto 1865
E 17 E
Ord. exerc. n.° 38 de 31 (M. G. — D. L. 206 de 13 dos cursos se declarasse a somma de valores, qy,e
set.) Coll. pag. 300. durante todo o curso cada estudante obteve: Ord-
Exercito — regulou-se o serviço medico-vetc- exerc. n.° 49 de 27 out. 1865 (M. G. — D. L; 258
rinnrio militar: D. 22 agosto 186o, Ord. exerc. de 14 nov.) Coll. pag. 459.
n.' 37 de 30 (M. G. - D. L. 204) Coll. pag. 307 Exercito — deram-se as instrucções necessarias
a 318. sobre a fórma do organisar os processas para a
0
— O r d e n o u - s e que os conselhos administrati- concessão da medalha militar: Ord. exerceu," ' 48
vos só incluíssem nos mappas mensaes e trimestraes de 25 out. 1863 (M. G.—D. L. 265 de 10 nov.)
os vencimentos e descontos recebidos durante o mez Coll. pag. 472. . , .' ''",',:,;'.;
ou o trimestre a que os mappas respeitassem : Ord. Determinou-se a repartição do minisiériò
exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G. — D. L. 196 da guerra aonde deviam ser remettidos os esclare-
dè { set.) Coll. pag. 323. cimentos relativos á applicação dos dinheiros des-
Ordenou-se que os artigos de equipamento tinados para o entretenimento das,camas dòs des-
quer de pessoas quer de cavallos ou de muares con- tacamentos nas praças de guerra: Ord. exerc-n.»
tinuassem a ser fornecidos peloarsenal: Ord. exerc. 49 de 27 out. 1865 (M. G.—D.L. 258 de 14 ; novi)
n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 Coll. pag. 474. .... ';. '
set.) Coll. pag. 323. Marcou-se praso dentro dó, qúal ás praças
Regulou-se o modo de averbar na conta cor- que fizeram parte da expedição,,a Angôja.eifl Í$6Ó
rente das praças vindas de outros corpos os débi- deviam requerer pelo ministerio da marinha à liqui-
tos d'ellas, provenientes de abonos que receberam: dação do pret dobrado a que tinham direito: Òrã.
Ord. exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G. — D. exerc. n.° 49 de 27 out. 1865 (M. G.—JD. ; L.,25p
L. 196 de 1 set.) Coll. pag. 323. de 14 nov.) Coll. pag. 474. :..,,,.••'.
Determinou-se queaagencia militar come- Declarou-se que documentos eramiiylis-
çasse a funccionar em 16 de setembro : Ord. exerc. pensaveis para a concessão da medalha commemo-
n.° 36 de 28 agosto-1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 rativa da divisão auxiliar á Hespanha : Ord. exerc.
set.) Coll. pag. 323. n.° 53 de 13 nov. 1865 (M. G. — D. L. 269 de 27)
Prohibiu-se que os officiaes e praças do Coll. pag. 488. ,,
exercito tomassem parte em touradas como tou- Estabeleceu-se o modo por que os conselhos
readores : Ord. exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. administrativos dos corpos de fóra da capital de-
G.—D. L. 196 de 1 set.) Coll. pag. 323. viam mandar fazer n'ella os pagamentos de que
Declarou-se que a promoção dos officiaes carecessem: Ord. exerc. n.° 54 de 23 nov. 1865
inferiores seria feita por concurso entre os indivi- (M. G. — D. L. 270 de 28) Coll. pag. 501.'
duos da classe immediatamente inferior áquella em Approvado o regulamento do corpo de, es-
que houver vacatura, dentro do mesmo regimento tado maior: D. 28 out. 1865 (M. G . — D . L. 265
ou batalhão : Ord. exerc. n.° 38 de 31 agosto 1865 de 22 nov.) Coll. pag. 575. ": ' J
(M. G. - D. L. 206 de 13 set.) Coll. pag. 328. Exportação—permittida a do vinho do reínp
Regulou-se a fórma e tempo em que os pela barra do Porto: L. 7 dez. 1865 (M- O. P . —
alumnos militares haviam de fazer em algum dos D. L. 279 de 9) Coll. pag. 505f, . .!, : ' , ,
lyceus de Lisboa, Coimbra e Porto os exames de Exposição de filhos legitimos — é prohibida,[n$p
admissão na escola do exercito: P. 5 set. 1865 assim a dos illegitimos, antes para elles fqram in-
M. R. —D. L. 210 de 18) Coll. pag. 329. stituida.? as rodas: P. 18jan. 1865 (M. R.—inédita)
Regulou-se provisoriamente o serviço da coii. pag. 527. . ,•'/",,;;//..,...„.,
escola do exercito: P. e instr. 11 set. 1865," Ord. Exposição internacional no Porto—creada unia
exerc. n.°40 de 13 (M. G.—D. L. 210 de 18) Coll. commissão para classificar os productos! das pro-
pag. 332. vincias ultramarinas que a ella devem concorrer:
-=—Declarou-se que a medalha militar podia P. 30 jan. 1865 (M. M.—D. L. 39 de 17 fev.) Coll.
ser concedida aos officiaes e soldados, que tives- pag- 29-
sem commettido faltas leves, comtantoque fos- Os productos estrangeiros que concorre-
sem anteriores aos annos de exemplar comporta- rem a ella só ficam sujeitos áo pagamento de ,di-
mento exigidos pelo decreto de 2 de outubro de rei tos, não sendo reexportados: L: 24/março 1865
1863: D. 16 set. 1865. Ord. exerc. n.° 45 de 7 (M. O. P . - D . L. 69 de 27) Coll. p^g. 83.. „;
(M. G.—D. L. 230 de 11) Coll. pag. 343. Regulamento e instrucções; para a recepção
——- Declarou-se que ás praças de pret, para e despacho dos productos estrangeiros que hãode
quem ò serviço nas obras militares era facultativo, concorrer a ella: P. 11 jul. 186o (M. F.— n / C .
era applicavel o § 6.° do artigo 356." do regula- 155 de 14) Coll. pag. 240. , , ,
mento da fazenda militar: Ord. exerc. n.° 45 de Nomeada uma commissão para a ..estudar
7 out. 1865 (M. G. — D. L. 230 de 11) Coll. pag. e apresentar em relatorio a sua opinião: D . l á s ç t .
364. 1865 (M. O. P . - D . L. 208;de 15) Coll. p'a'g."á3,8,
Declarou-se que o saldo por ajuste de con- Proveu-se para que fosse visitada pelos
tas das praças contratadas que fallecerem fica su- mestres e operarios mais distinctos por < sua apti-
jeito a encontro com a parte do preço do alista- dão profissional: Off. 13 set. 1865 (M. Õ. P.—D.
mento, que for superior ao tempo por que servi- L. 208 de 15) Coll. pag. 340. , j;.".
ram: Ord. exerc. n.° 47 de 18 out. 1865 (M. G. Exposição universal de Paris — convidado El-
— D. L. 242 de 25) Coll. pag. 458. Rei D. Fernando para presidente da çommissãq di-
Ordenou-se que o averbamento de baixa rectora da exposição dos productos nacionaes: C.
no serviço militar, ás praças que completarem os R. 12 jul. 1865 (M. O. P — D . L . 157:de 17) Coll.
tres annos na reserva, se faça no dia em que estes pag- 249. , .,. ; '
terminarem, e que o respectivo titulo se archive, se Determinou-se que o presidente, do conse-
não for pedido no mesmo dia: Ord. exerc. n.° 47 lho de ministros, e os das obras publicas, reino e
de 18 out. 1865 (M. G. — D. L. 242 de 25) Coll. justiça, fizessem parte da commissão directora, e
pag. 458. a presidissem na falta de El-Rei, :e nomeou-se o
Dispensaram-se os alumnos da escola do secretario e vice-secretario : D. 12 jul. 1865 (M. O,
exercito, que terminavam o curso, de fazerem exa- P. — D. L. 157 de 17) Coll. pag. 250..,', .,.,.
me de inglez, devendo porém faze-lo antes de pas- —— Creada a commissão central directora dos
sarem a tenentes, e determinou-se que nàs cartas trabalhos preparatorios para ella, e estabelecidas
F 18 G
âs:regràs jiai-ã; ò seu serviço: D. 12 jul. 1865 (M. Fiança—em que casos se ádmitte nos delictos
J
O. L . 157 de 17) Coll. pag. 250. maritimos, quem a concede e arbitra a sua impor-
' ' Exposições agricolas—regulado este serviço: D. tancia: P. 20 out. 1865 (M. M.—D. L. 239 de 21)
26 jul. 1865 (M. O.'P. — D. L. 174 de 5 agosto) Coll. pag. 460.
'6011. pag1.'' 269-'âl;27t-. São obrigados a presta-la os rtiàncfebòs es-
' Expostos— riáb "podem as juntas geraes estabe- cusos do recrutamento por servirem deamparó áos
'lècei" r,é;gaià'ú)êntòs pará, o serviço d'elles; mas só paes quando queiram sair do r e i n o P . 31 março
'proprios'aógoverno, nem tambem supprimir in- 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 5&S..s-! -ni -. • ,
teiramente as rodas ou estabelecimentos destinados Fiscaes do governo junto-dasassociações!por<elle
'pári r 6 rébéliimeriíô d'elles:'P. 10 fev. 1865 (M.R. auctorisadas—podem assistir ás assembléas'geraes
^ M é d i i i i / e m i ^ g . 533: ' • e ahi tomar parte nas discussões sèni tolherem o
páffl-bptojão por utilidade publica— não póde direito de voto dos associados: P. 5 out. 1865 (M.
serrèqtiéridà^Vélas irmandades ou co-nfrariás, ou O. P. — D. L.'237' de 19) Coll. pag..H863-.!
pBròuVás éòVporáções particulares: P. 6 out. 1865 Formidarió para os actos da regencia- durante ;a
XMVW.í-D/ L-. 8á8-de 9) Coll. pag. 363. ausencia de El-Rei: D. 2-out. 1865 (M. fi.^iD.
• Decretada uma em favor da junta de paro- L. 223 de 3) Coll. pag. 357/ -í •[• ; •
^tíia^eS^Pédròye Villa f r a n c a do Campo, de um Fornalhas e chaminés — conéesSão de um'privi-
í é i m é i b ferèW da capella dos lazaros: D. 4 dez. legio por cinco annos a Eduardo Brouri Wilson
í l . ^ D l L. '281 de 12) Coll. pag. 505. eomo inventor de um aperfeiçoamento.n'ellas': D.
;^.lii^'PédrétóliJà'f,t»utrá em favor da camara mu- 6 fev. 1865 (M. O. P.—D. L.:49 de 2-março) Coll.
riicipál dè Lisboa; de uma propriedade incendia- pag. 40.
da, na rua Novad'El-Rei: D. 12 dez. 1865 (M. R. Forms de cal do Rio Secco—ordenou-se aó in-
L. 289 de'21') Coll. pag. 506. tendente das obras publicas de Lisboa,'.que ela-
'•' 'ÍÍÍÍ—'Naò pòdè' decretar-se com o fim de que borasse o regulamento para o arrendamento d'elles
tii^a''pá^fe âò' 'lèrileílp expropriado se venda, e se em hasta publica : P. 9'jun. 1865 (M.'0.*P. —D.
CoiiVgrfcfém 'pràpriedade particular: P. 17 marco L. 131 de 10) Coll. pag. 196. • - '
1863 (ML R.—inedita) Coll. pag. 541.
:..". F G
Fácidtátívos—os decrépitos e velhos não podem Gado lanígero — póde ser creado, sem licença da
•stír dámittidos' dois partidos, salvo concedendo-se- camara, no concelho dos Olivaes; penas pelos da-
lhes pensões vitalícias: P. 31 jan. 1865 (M."R.— mnos que causar nas sementeiras ou pastagens:
D. I . 30 dé-7'Iev.) Coll. pag. 30. Port. 22 marco 1865: C. M. dos Oliv. —D. L. 75
——- Vèièritiáíios militares—fazem parte - das de 30) Coll. pag. 77.
commissões de remonta : D. 22 agosto 1865; art. 2.° Garrafas de vidro branco e fino —pagam direi-
' O r d . t o r c : 'ii."1l7 de 30 (M. G . - D . L. 204) Coll. tos como obra de vidro não especificada, soprada
^ág."307. . v. ou moldada, ou 160 réis por kilogramma: Res.
• '-i^-^ExitráÍDrdinarios do lióspital de S. José — n.° 274 de 28 jun. 1865 (C. G. das A.—D. L. 144
a sua antiguidade não se regula pela ordem da pro- de 1 jul.) Coll. pag. 215.
%òStà 'óu pela1 dá •'nomeação, mas pela posse, pela- Geropiga— a que 'entrar no Porto ou em. Gaia
data dO'diplònla, pela prioridade do grau academi- paga l | 0 0 0 réis por pipa, imposto dividido entre
ca,'Veta ultimo1 caso pela idade: P. 17 fev. 1865 as camaras das duas terras e o thesouro: L. 23
-(M.R.—feeâitó/Coll. pag. 536. dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 292 de 26) Coll. pag.
De partido, das camaras devem ser substi- 508, • . . - •
1ffidbs'ttuariíIo nãb podem satisfazer ás obrigações Gorduras — direitos que devem pagar não sendo
'do ãbtíBíifttWáié-Çorimpossibilidade physica: P. 27 sebo em bruto, coado e em resíduo: Res. <n.° 248
' M ! 1865-'(ÍIÍ.--R.L-inedita):Coll. pag. 575. de 16 março 1865 (C. G. das A.-4). L. 62 de 17)
•Faia —enrBrdio paga direi tos como madeira em Coll. pag. 67. , •': - -:
'brdto tia TasSõ: de 2,5 réis por kilogramma : Res. Gratificações dos administradores dos Concelhos
â89 "dè 6 set. 1865 (C. G. das A. — D. L. 201 de 7) — augmento d'ellas como póde fazer-se : P. 19 jan.
Coll: pag. 330. 1865 (M. R. —D. L. 18 de 23) Coll-.pag. 7. -.•;
Fainas — no arsenal da marinha, approvadas as Governadores civis — devem remetter annual-
tabellas que fixam o preço d'ellas, quando se eífe- mente ao tribunal de contas as relações das corpo-
ctuárfem1 ai pedido de particulares ou de compa- rações que perante elle têem de pfeta-las ; : P. 30
nhias —D. L. 212,de 20) jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 531.
Coll; fíag. 385 a'338. — Devem declarar nullas, e não' exècutar as
—L-'Oídéíiõu-se que nenhuma se fizesse gratui- deliberações das juntas geraes, exorbitantes das
tamente : 'P i /-l6 set.'186o (M. M. - D. L. 212 de 20) suas attribuições legaes : P. 10 fev. 1865-(M.- R.—
Coll. pag. 344. inedita) Coll. pag-. 533.
' — M a n d a r a m - s e applicar as disposições do de- Compete-lbes exercer, em conselho'de dis-
çífeto de 12 de setembro ao emprestimo dos obje- tricto, as funcções da junta geral, quando esta ou
ctos doestado existentes nas intendências de ma- não vota os meios precisos para as despezas do
linha' e capitanias dos portos: P. 2 nov. 1865, M. districto ou os vota insuficientes: P..10 fevi 1865
M.—D. L. 250 de 4) Coll. pag. 477. (M- R- — inedita) Coll. pag. 533.
Faltas dos empregados dependentes do ministe- —— Não devem declinar para o governo a deci-
rio-tia-fazenda-^ Como se abonam: P. 5 out. 1865 são de questões perante elles pendentes, nem soli-
(M.'P.;—D. L. 228 de 8) Coll. pag. 361. citar do governo insinuações sobre-O modo de; de-
_ Feiras — auctorisados os governos civis a prohi- cidir questões que podem subir ao conhecimento
bidos' qnaiidò ãfesim lhes for requerido pelos delega- do mesmo governo por via de recurso :'-P, 19 abril
dos do conselho de saude emquanto durarem as 1865 (M, R. - inedita) Coll. pag. 545.
circumstancias sànitarias extraordinarias: P. 23 - — - É da sua competencia a approvação dos
out. Í865 (M.R.—D.' L. 241 de 24) Coll. pag. 464. orçamentos das irmandades, ainda 'quando n'elles
H 19 I
se disponha de rendimentos antigos por cobrar: Horário — modificado quanto ao segundo com-
P. 8 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 550. boio descendente da linha de Beja, e mandado vi-
,Governadores civis—não lhes compete dirigir gorar desde o 1.° de junho : P. 23 maio 1865 (M.
o serviço, de saude nos districtos, nem alterar ou O. P — D . L. 217 de 24) Coll. pag. 169.
revogar os regulamentos de saude, nem alterar as . Approvado o dos caminhos de ferro do sul
t>rdens'doí conselho de saude, nem suspender os e de sueste com relação a dois trens ascendentes
empregados subordinados do conselho: P. 22maio e descendentes em toda a linha .- P. 30 maio-ii865
1865 (M- R. — inedita) Coll. pag. 552. (M. O. P . - D . L . 122 de 31) Coll. pag. 478 a 180. .
—-.Só podem prover extraordinariamente em D a s l i n h a s f e r r e a s d e • l e s t e ie<iior1fe a p p r o -
qasos omisgos e urgentes, e a omissão não se dá vado um novo para começar a r e g e r d e 6 dè'BtgôSh>
havendo lei ou regulamento do governo: P. 22 em diante: P. 28 jul. 1865 (M. 0. P. — D . L. 169
maio 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 552. <te 31) Coll. pag. 274. •*.. - -H
:. . NSe podem ingerir-se no serviço de sau- Approvado o do caminhe de sueSte'para
de, e apenas dar conta ao governo dos abusos que comecar no 1.° de outubro :! P. 23 set. 1865 (M.
chegarem á sua noticia: P. 22 inaio 1865 (M. R. O. P."—D. L. 216 de 25) Coll, pag. 346. "
— inedita) Coll. pag. 552. Horta — conferido á cidade o-titulo de muito leal
—n Devem tomar providencias para que as e determinado o seu brasão ide armas : 'D. 3 'maio
commissões de recenseamento cumpram nos pra- 1865 (M. R . - D . .L. 139 de 22 jun.) Coll. pag: 149i
sos legaes as disposições das leis: P. 14 jun. 1865 Hospital dó Espirito Santp dè Tavira-declarou-
(M, Ri—tinedita) Coíl. pag. 555. se El-Rei protector d'elle : ;-Alv. .21'set; 1865 (M,
Devem promover o aceio e limpeza das po- R. —D. L. 242 de 25 out.)>CoU. pag. 34'5J '=
voações e o removimento dos focos de infecção, Hospitaes—aquelles em que forein tratados guar-
que são a causa das epidemias locaes: P. 25 out. das da fiscalisação da alfandega, recebem5 200 réis
ái&65 (M..B. — inedita) Coll. pag. 574. sendo civis e 240 réis sendo militares -por cadàdia
—— Não podem suspender os administradores de tratamento : P. 18 out. 1865 (M.F.—D. L. 239
dos concelhos senão em caso urgente que demande de 21) Coll. pag. 4i8.
a prompta substituição d'estes magistrados, e não
permitta recurso ao governo: P. 1 dez. 1865 (M.
R. —inedita) Coll. pag, 586. I ,
:: Não podem delegar uma parte,da sua ju-
risdicção nos respectivos secretarios., e conservar Idade—a maior é motivo depreferençia no c&SB
a outr.a, muito menos em materia de con tas : P. 21 de empate na eleição do sétimo vogal daslcoiwmisr
de£- 1865 (M. R . - i n e d i t a ) Coll. pag. 590. sões de recenseamento: P. 18 j a n ; 1865 (Íh'R'.~í-
í—:—das provincias ultramarinas — ordenou-se- inedita) Coll. pag. 528. -
Ihes a: observancia fiel do decreto de 14 de agosto Imposto de transito de passageiros e de transporte
de 1856, que regula os casos urgentes em que po- de mercadorias pelos caminhos de ferro — regu-
demprpvidenciar : P. 1 jun. 1865 (M. M.—D. L. lada a sua cobranca: D. 5 àbril.1865 (M. F . —D.
128 de 7) Coll. pag.. 184. L. 86 de 18) Coll. pag. 107. -!'<
• Gratificações — determinou-se que as que se abo- sobre os escravos—recommendááa a sua
nam aos empregados do tabaco não excedessem com cobrança, c ordenou-se queas juntas de fazenda-do
o subsidio ao ordenado que esses empregados le- uitramar remettessem ao governo uma conta «Ip
nham no antigo contrato : P. 12 out. 1865 (M. F. rendimento annual d'elle desde à sua creaçSo: P.
-rr D. Ir. 232 de 1.3) Coll. pag. 388. 18 agosto 1865 (M. M.—D. L. 183 dè 19) Coll.
. — — N ã o são devidas aos professores de instruc- pag. 290.
ção publica que, por não terem serviço na cadeira sobre o vinho e geropiga que entrar 'noí
pi;opria, forem encarregados da regencia de alguma armazens no Porto ou em Gaia — dève continuara
outra:. P. 14 dez. 486o (M. R. — D. L. 293 de 27) cobrar-se durante o anno economico de 4865-1866:
ÇolJ. pag. 506. P. 7 out. 1865 (M. F. — D. L. 229.de 10) CoW.
•—-— Não devem as camaras dar a quem lhejfa- pag. 363.
ça a escripturação ou coadjuve o escrivão, porque —— sobre a pesca — paga-se no local Onde o
é obrigação d'este similhante serviço: P..30 maio peixe é exposto á venda pararentrar no* consumo,:
18,65 (jVli ,R. —inedita) Coll. pag. 555, e em Lisboa só póde exigir-tse a differença a ináior,
..Qvqrtkt municipal de Lisboa —ordenou-se que quando a haja, levando-seam.contò ecpBô egíiter
oç facultativos d'ella fizessem diariamente a inspec- anteriormente pago: P. 26 out;.1865 (M. ÍV—B;
ção dos quarteis das companhias ilogo depois de L. 244 de 27) Coll. pag. 473. •• : - ,
íiçcolherpp] as guardas: P. 20 out. 1865 (M. R.— —— de consumo sobre o vinbo, geropiga è.agual--
D. L 240 de 23) Coll. pag. 462. dente que entrar no Porto — qual é, é ; còmoso'dis-
, Gy.ar.dqs da fiscalisação das alfandegas — que fo- tribue: L. 23 dez. 1865 (M.4X P,—iD. Ii. 292 de
rpm'recplhidos nos bospitaes, pagam por dia de 26) Coll. pag. 508.
tratamento 200 réis aos hospitaes civis, e 240 réis dc consumo sobre -a farinha —ufio : devem
aos militares: P. 18 out. 1865 (M. F. —D. L. 239 as camaras municipaes lançar: PP.'3 março, 26 e
de 21.) Coll. pag. 448. 27 abril e 12 maio 1865 (M. R.—inedÁtas) Coll.
,, tíúias de assentamento dadas ás praças que têem pag. 538, 548, 549 e 550--
bftixa do exercito —não se,substituem por outras . - — da prestação de trabalho— deve ser'inse-
aindaque se allegue perda d'ellas : Ord. exerc. rido nos orçamentos muiiicipáese avaliado em r-éis
n.° 11 de 20 marco 1865 (M. G.—D. L. 70 de 28) pelas tarifas, levando-se a Somma á respectiva co-
Col|. pag. 75. lumna e capitulo do orçaraènto: P. 12 maio 186S
(M. R. — inedita) Coll. pag. 550. ' •••»
da prestação em trabalho destinado p a r a
H estradas — caduca não sendo exigido dentro do anno
economico a que respeita: PP. 20 oét. e 22 ièt.
Horário — o das Íinhas ferreas de sul, sueste e 1865 (M. R. — inéditas) Coll. pag: 574 e 691. ;
r,amal de Setubal, desde 1 de maio até 31 d.e outu- s o b r e os c a r r o s q u e t r a n s i t a m pelâfe r u a s
bro, jappróv^dq: P Í ? abril 1865 (M. O. P . —D. das povoações—não podem ias camaras lança-lo:
L 89 de 22) Coll. pag. 125 a 127. P. 21 nov. 1865 (M. R. — inedita) Coll. jiag. 583
1 20 J
Impostos municipaes indirectos — não podem ser na: Ann. (M. R.—D. L. 57 de 11 março 1865)
lançados por fórma que recaiam sobre os vende- Coll. pag. 61.
dores, e não sobre os consumidores: PP. 3 março, Instrucção primaria—adoptaram-se para uso das
27 abril e 12 maio 1865 (M. R. —inéditas) Coll. escolas e taxaram-sc os livros Novo epitome da his-
pag. 538, 549 e 550. toria de Portugal e o Compendio da historia dè Por-
. — r Não podem ter por base o preço dos gene- tugal : P. 23 de marco 1865 (M. R.— D. L. 76 de 4
ros, iporque se tornam incertos e variaveis quanto abril) Coll. pag. 80." .'••:••
ábase, e perturbam as relações do commercio in- Regulado o modo por que hão de fazer-se
terno: P. 15 março 1865 (M. R.— inedita) Coll. os exames d'ella para a admissão nos lyceus: P. e ,
pag. 540. instr. 8 abril 1865 (M. R . — D . L. 82 de 11) Coll.
•T nem medidas que não sejam de retalho: pag. 113 a 115.
PP. 15 março, 29 e 30 maio 1865 (M. R.—inédi- Os exames d'ella não dependem da idade
tas) Coll. pag. 540, 554 e 555. dos candidatos, não sendo precisa a certidão de ida-
:—— não podem lançar-se sobre o gado ven- de senão como documento comprovativo de iden-
dido por cabeça, ou no vinho vendido por pipa, tidade : P. 20 abril 1865 (M. R — D. L. 90 de 22)
porque não são as vendas d'esta natureza feitas a Coll. pag. 132.
retalho: P. 29 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll. Mandado louvar Manuel Joaquim da Silva
pag. 554. Capello, de villa de Alva, por ter offerecido livros,
—— e rendimentos publicos — auctorisado o go- papel, lousas, premios pecuniários, etc., para a es-
verno a recebe-los durante o anno economico de cola da villa: P. 12 jun. 1865 (M R . — D . L. 237
1865-1866, e a applica-los ás despezas publicas, de 20) Coll. pag. 208.
durando a auctorisação sómente emquanto não - — Louvado o conselho director da associa-
fosse votado o orçamento: L. 18 maio 1865 (M. F. ção protectora do asylo de D. Pedro V, por offere-
—D. L. 114 de 20) Coll. pag. 162. cer casa, mobilia e uma gratificação de 20$000 réis
— - de lançamento — fixado o praso de sessenta para o professor da freguezia do Campo Grande, e
dias para a cobranca d'elles nos districtos das ilhas dois premios pecuniários para os alumnos mais
adjacentes: P. 3 fev. 1865 (M. F. — D. L. 28 de 4 distinctos: P. 11 jul. 1865 (M. R. — D. L. 156 de
fev.) Coll. pag. 33. 15) Coll. pag. 248.
Incendios—nas propriedades confinantes com o Auctorisada a mudança da cadeira de en-
caminho de ferro de sueste recommendou-se ao fis- sino primario de Santa Catharina de Lisboa, para
cal da exploração que tomasse as medidas para os a freguezia do Soccorro : D. 28 novembro 1865
evitar: P. 14 agosto 1865 (M. O. P. — D. L. 1821de (M. R. — D. L. 275 de 4 dez.) Coll. pag. 502.
16) Coll. pag. 297. publica—declarou-se que os concorrentes
Inscripções—mandou-se consultar a junta do ás cadeiras de mathematica elementar, e de intro-
credito publico sobre o modo de se pagar os juros ducção á historia natural dos lyceus, excluídos dos
d'ellas nos concelhos cabeças de comarca: P. 25 concursos pelos commissarios dos estudos, podiam
abril 1865 (M. F . — D . L. 93 de 26) Coll. pag. recorrer para o governo dentro de oito dias, que
138. se contam da publicação na folha official dos no-
—— Ordenou-se que os juros d'ellas fossem pa- mes dos candidatos : P. 10 maio 1865 (M. R.—D.
gos no concelhos capitaes de comarcas judiciaes, L. 109 de 15) Coll. pag. 155.
uer as inscripções fossem de assentamento, quer Declarou-se que nos lyceus as matriculas
e coupons: D. 10 jun. 1865 (M. F. — D. L. 134 pagas pelo alumno externo lhe aproveitavam paia
de 16) Coll. pag. 203 a 205. a disciplina que frequentasse como voluntário, sen-
Mandou-se converter n'ellas os fundos exis- do do mesmo anno do curso: P. 17 maio 1865
tentes na alfandega do Funchal destinados para (M. R. — D. L. 136 de 19) Coll. pag. 162.
soccorrer os trabalhadores da companhia braçal Ordenou-se que os professores de instruc-
que se inutilisassem no serviço: P. 12 out. 1865 ção secundaria e superior dessem no começo de
(M. F.—D; L. 232 de 13) Coll. pag. 387. cada mez um summario das materias que tiverem
Inspecção dos corpos das diversas armas do exer- lido no mez antecedente: P. 30 set. 1865 (M. R.
cito— instrucção sobre o modo por que deve ser —D. L. 223 de 3 out.) Coll. pag. 354.
feita; P. 4 fev. 1865, Ord. exerc. n.° 5 de 6 (M. G. Os professores d'ella não têem direito a
— D. L. 37 de 15) Coll. pag. 36 a 39. gratificação, quando não regendo a sua cadeira por
Inspectores das alfandegas — podem exigir del- falta de discipulos^ foram encarregados da regen-
ias todos os esclarecimentos de que carecerem, e cia de uma outra: P. 14 dez. 1865 (M. R. — D. L.
examinar os livros e documentos relativos ao ser- 293 de 27) Coll. pag. 506.
viço interno e externo: P. 10 março 1865 (M. F. Intendencia de marinha—declarou-se que os ob-
— D. L. 57 de 11) Coll. pag. 59. jectos do estado que n'ellas haja, quando empres-
Regulado o seu serviço por meio de in- tados a alguem, produzam aluguer regulado pelas
strucções regulamentares: P . ' 4 agosto 1865 (M. tabellas do decreto de 12 de setembro de 1865: P.
F. —D. L. 183 de 17) Coll. pag. 287 a 289. 2 nov. 1865 (M. M. — D. L. 250 de 4) Coll. pag.
Instrucção popular — mandou-se que fosse lou- 477.
vada a commissão d'este titulo, que em Angra pro- Irmandade da ordem terceira de Moncarapacho
moveu uma subscripção para a compra de mobilia — auctorisado o governador civil de Faro, a pro-
da escola publica da freguezia de S. Pedro: P. 11 por á junta geral a applicação dos bens d'ella para
abril 1865 (M. R.—D. L. 90 de 22) Coll. pag. 119. o hospital de Monchique, e para a parochia onde
primaria — auctorisada a empreza do thea- existiu: P. 3 fev. 1865 (M. R. —D. L . ' 3 2 de 9)
tro de S. Carlos a estabelecer uma escola d'ella no Coll. pag. 35. ,
mesmo theatro: P. 16 jan. 1865 (M. R. —D. L. de Nossa Senhora do Carmo de Braga —
18 de 23) Coll. pag. 3. foi-lhe concedida a igreja do convento do Carmo e
A despeza com os edificios necessarios para as pertenças d'ella para ser empregada no culto
ella não é obrigatoria nem para as camaras, nem divino: L. 18 maio 1865 (M. F.—D. L. 114 de 20)
para as juntas de parochia: P. 19 jan. 1865 (M. Coll. pag. 163'. '
R. — D. L. 18 de 23) Coll. pag. 7. Irmandades extinctas—applicação que devem
Cadeiras d'ella creadas algumas nos distri- ter os seus bens: P. 5 fev. 1865 (M. R.—D. L. 32
f
ctos de Beja, Coimbra, Leiria, Portalegre e Vian- de 9) Coll. pag. 35.
L 21 M
Loterias—quaes se consideram particulares: P.
J 31 maio 1865 (M. R . — m e d i t a ) Coll.pag. 555.
Recommendou-se de novo a execução da
Jazigos de familia—não podem ser permiltidos legislação que prohibe e pune as estrangeiras: P.
dentro dos templos, onde houver cemiterio publi- 10 agosto 1865 (M. R . - D . L. 222 de 2out.) Coll.
co: P. 27 jan. 186o (M. R.—D. L. 25 de 31) Coll. pag. 562.
pag. 28. Lyceu do Funchal — considerado de primeira
. Junta administrativa do porto artificial da Horta classe quanto aos exames n'elle feitos. P. 23 fev.
— nomeação dos seus vogaes: D. 22 fev. 1865 (M. 1865 (M. R.— D. L. 51 de 1 março) Coll. pag. 54.
O. P.—D. L. 38 de 1 março) Coll. pag. 54. —— De Goa — creado n'elle mais um logar de
; revisora — no recrutamento do exercito, substituto para as tres cadeiras de latim, philoso-
no impedimento dos facultativos militares, são cha- phia e rhetorica: D. 5. jul. 1865 (M. M.—D. Li
mados a ella os civis: P. 27 jun. 1865 (M. R.— 151 de 10) Coll. pag. 231.
inedita) Coll. pag. 558.
—— de fazenda do ultramar — recommendou-
se-lhes a remessa regular das contas explicativas
da receita e despeza, e a remessa dos balancetes M
mensaes dos cofres: P. 11 fev 1865 (M. M. — D.
L. 40 de 18) Coll. pag. 46.
Recommendou-se a algumas a remessa, nas Macau — determinou-se que o procurador dosne->
epochas determinadas, dos orçamentos das respe- gocios sinicos fosse do nomeação regia e com" o or-
ctivas provincias: P. 11 fev. 1865 (M. M.—D. L. denado de 600$000 réis, accumulando o cargo dè
40 de 18) Coll. pag. 46. administrador do concelho,.etc.: D. 5 jul. 1865 (M.
Juntas geraes — devem fazer um só relatorio, e M. — D. L. 150 de 8) Coll. pag. 231.
uma só consulta, e não tantos quantos são os mi- Creado ali um corpo de interpretes de lin-
nisterios: P. 12 jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll. gua si nica, e designados os ordenados do primeiro
pag. 527. e do segundo interpretes e dos alumnos : D* 12 jul.
Não podem lançar aos concelhos as quotas 1865 (M. M.—D. L. 156 de 15) Coll. pag. 249.
para as despezas do districto, senão em harmonia Regulados de novo os vencimentos dos em-
com a lei de 30 de março de 1861, e devem ser pregados civis, ecclesiasticos e militares da colo-
annulladas as suas deliberações em contrario: PP. nia: D. 26 jul. 1865 (M. M.—D. L. 168 de 29)
x
5 jan. e 17 maio 1865 (M. R.—inéditas) Coll. pag. Coll. pag. 263.
527 e 551. Madeira em folhas para marcenaria—que direito
Não podem fazer regulamentos para o ser- paga: Resol., n.° 256 de 20 abril 1865 (C. G. das
viço dos expostos, mas só propo-los ao governo, A. —D. L. 91 de 24) Coll. pag. 133.
nem tambem supprimir inteiramente as rodas: P. Magisterio superior— regulada a fórma do pro-
10 fev. 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 533. vimento dos logares d'elie por méio de concurso
Jurado — nomeado pelo tribunal do commercio, em todos os estabelecimentos litterarios dependen-
para fazer parte do tribunal maritimo, que se re- tes do ministerio do reino: D. 22 agosto 1865 (M.
cusar a este serviço, procedimento contra elle : P. R.—D. L. 192 de 28) Coll. pag. 301 a 307.
11 out. 1865 ( M . M . - D . L.?232 de 13) Coll. pag. Mantas de tecido de lã de mais de uma côr —
386. não podem ser classificadas como cobrejões nem
Jurados—um circulo d'el!es foi creado no jul- pagar direitos como taes: Resol. n.° 282 de 11
gado dá Azambuja: D. 25 out. 1865 (M. J. — D. agosto 1865 (C. G. das A . — D . L. 181 de 14) Coll.
L. 243 de 26) Coll. pag. 470. pag. 295. •
Mantinhas de seda — devem pagar direitos como
lenços de seda: Resol. n.° 247 de 16 fev. 1865 (C.
G. das A. —D. L. 46 de 25) Coll. pag. 48.
L Mappa dos registos das minas feitos perante as
camaras municipaes: 18 abril 1865 (M. O. P.—
D. L. 90 de 22) Coll. pag. 122 e 123.
Legados pios—as contas, quer dos cumpridos Dos registos de minas que caducaram: 19
quer dos não cumpridos, hão de ser tomadas pelos jun. 1865 (M. O. P.—D. L. 137 dè 20) Coll. pag'.
administradores dos concelhos, cabeças de comar- 211.
ca: P. 21 nov. 1865 (M. R. —D. L. 267 de 24) Coll. Dos privilegios de invenção concedidos cujo
pag. 497. praso findou: 30 dez. 1865 (M: O. P.—D. L. 4 de
Licenças para balancés quem as concede, por que 5 jan. 1866) Coll. pag. 512. V
tempo é com que condicões: P. 18 jan. 1865 (M. De invenção e introducção concedidos no
R . — D . L. 18 de 23) Coll. pag. 5. anno de 1865: 30 dez. 1865 (M.O. P — D . L. 4 : de
Para estabelecimentos insalubres — as mo- 5 jan. 1866) Coll. pag. 513.
dificações que nos processos d'ellas apresentarem os Mappas estatisticos do commercio de Portugal,
industriaes devem seguir os mesmos tramites que do movimento maritimo, de importação, exporta-
o processo primitivo: P. 26 abril 1865 (M. R.— ção, baldeação e transito; do commercio dè cabota-
D. L . 99 de 3 maio) Coll. pag. 139. gem—prescriptas as regras pata a sua organisação
- Para a venda de tabaco—providencias para e estabelecido o tempo em que devem serpublica- •
a renovação d'ellas em janeiro de cada anno: P. 3 dos: P. 27 out. 1865 (M. F . — D . L. 246 de 30)
nov. 1865 (M. F.—D. L. 255 de 10) Coll. pag. 484. Coll. pag. 473.
Legislação penal militar — nomeada uma com- Matadouros de fóra de Lisboa—a carne das re-
missão para a colligir e rever: P. 15 set. 1865, Ord. zes n'elles decepadas só póde ser admittida a con-
exerc. n.° 42 de 16 (M. 6. —D. L. 211) Coll. pag. sumo na capital com guias dos habilitados, e com
341. previa inspecção de veterinarios! vinda dos não ha-
Loterias — são o mesmo que rifas e só podem ser bilitados: P. 28 out. 1865 (M. F . — D . L. 246: de
auctorisadas para actos de beneficencia ou de pro- 30) Coll. pag. 475.
teccão ás artes : P. 31 maio 1865 (M. R. —inedita) Licenceados nos termos da legislação rela-
Coll. pag. 555. tiva a estabelecimentos insalubres, não podem as
M M
co'ttio'm'átèria'accèssoria: R<ís. n.°292 de 15 nov. Praças que fizeram parte da expedição de Angola-
1865 (C. G. das A.—D. L. 260 de 16) Coll. pag. 494. em 1860 — marcou-se-lhes tempo em que reque-
. Postura da camara municipal de Lisboa —orde- ressem a liquidação do pret dobrado a que tenham
nando qúeaSparedes exteriores das casas sejam direito: Ord. exerc'. n.° 49 de 27out. 1865 (M. G.
íébòcaídáá e caiadas de seis em seis annos, publi- —D. L. 258 de 14 nov.) Coll. pag. 474.
cádáí de'noVò:! Ed; 15 set. 1865 (C. M. —D. L. avulsas de marinha—ordenou-se que fos-
209'de.16) Coll.' pag, 342. sem todas inspeccionadas pelo conselho de saude
— p o d e t n as camaras fazer em relaçáo a quaes- naval, para se verificar a sua robustez e agilidade:
quer ' estabelecimentos incommodos ou perigosos P. 23 set. 1865 (M. M. — D. L. 279 de 9 dez.) Coll.:
náOimencjonaldòs no'decreto de 21 de outubro de pag. 564.
1863: !-PJ30: set. >1865 (M. R.— D. L. 224 de 4 dos navios de guerra em commissão—não
out.) Coll. pag. 354. só lhes permitte, designada esta, desembarque ou
' • da camara municipal de Lisboa—ordenando passagem, salvo por ordem do ministerio da ma-
a'collocação de syphões nos canos que communi- rinha, ou por doença, que ha de ser verificada no
qúein' com os canos • geraes, que os depositos de hospital da marinha: P. 13 dez. 1865 (M. M. — D.
estrume se removessem todas as vinte e quatro ho- L. 33 de 12 fev. 1866) Coll. pag. 589.
ras,' ©determinando as condicões que devem terás Praças de guerra — mandado observar o regula-
«ávallariças: Ed'. 17 out. í865 (C. M. — D. L. mento de 12 de fevereiro de 1812, que marca a
239 de 12) Coll: pag: 394. distancia em que se podem fazer construcções junto
Braças do: exercito' que quizerem continuar no ás praças de guerra, quanto ao futuro; respeita-
serviço — disposição a que ficam sujeitas: Ord. das as construcções existentes, que não aevetn
exercvin'.® 3 de 21'jan. 1865 (M. G. — D. L. 22 augmentar-se, e ordenada a tombação dos terrenos
de 27) Coll., pag. 10. adjacentes ás fortalezas: D. 17 maio 1865 (Ord.
Praças contratadas e despedidas do serviço por exerc. n.° 23 de 31 maio — D . L. 125 de 3 jun.)
incapacidade pfiysica—como se lhes faz o ajuste Coll. pag. 161.
dè: contas'de vestuario: Ord. exerc. n.° 25 de 10 Praias — não podem n'ellas fazer-se obras, ater-
jun. 1865 (M/G*—D.L. 133 de 14) Coll. pag. 201. ros ou desaterros, explorar pedreiras, ou lançar
—— de marinhagem—cumprindo sentença a entulhos sem licença do ministerio da marinha:
bordo dos navios de guerra abona-se-lhe ração de pena de prisão e de multa: D. 17 out. 1865 (M.
vinhb;ou de aguardente: P. 14 jun. 1865, Ord. M. — D. L. 238 de 20 out.) Coll. pag. 392.
Arm. n.° 35 de 30 (M. M.—D. L. 166 de 27 jul.) Predios em construcção — récommendou-se ao
Coll; pag» 208; intendente das obras publicas de Lisboà, que fizes-
-r-1— do exercito que forem voluntariamente ser- se cumprir o artigo 35.° do decreto de 31 de de-
vir no uitramar—abona-se-lhes o pret como ás zembro de 1864: P. 29 jul. 1865 (M. O. P. — D. L.
guarnições dè Lisboa; Porto e Elvas, se no ultramar 173 de 4 agosto) Coll. 282.
o nãó tiverem maior: P. 10 jul. 1865 (M. M.— D. Presbyteros europeus que forem servir na India
L. 180 de 12 agosto) Coll. pag. 238. dá-se-lhes passagem gratuita e ajuda de custo: D. 7
- : — dos corpos da 9." e 10.a divisõés militares jun. 1865 (M. M. — D. L. 131 de 10 jun.) Coll.
átididaS aos corpos do continente — regulado o pag. 187.
modoi por íjuè lhqs. devem ser abonados os respe- Que dirigirem alguma diocese no oriente
ctivos vencimentos: Ord. exerc. n.° 30 de 15 jul. recebem a congrua de 800$000 réis: D. 7 jun. 1865,
1865 (MV G; — D , D; 159 de 19) Coll. pag. 256. art. 1.° (M. M.— D. L. 131 de 10 jun.) Coll. pag.
— ^ - incorrigiveis dos corpos do ultramar—co- 187.
mo são punidas: D. 25 jul. 1865 (M: M. — D . L. Que no caso de fallecimento ou impedi-
170 de 1 agosto) Coll. pag. 262. mento do arcebispo de Goa exercerem a sua juris-
••ttt-t dos corpos do ultramár que desertam — dicção delegada, recebem de congrua 1:200$000
penás a que ficam: sujeitas e fórma de processo: réis e ajuda de custo e passagem gratuita: D. 7 jun.
D-. 25:jul,; 1865: (M'. M.—D. L. 167 de 28) Coll. 1865 (M. M. — D. L. 131 de 10 jun.) Coll. pag.
pag. 261. 187.
: q u e tiverem passagem de um corpo para Pret augmentado — o dos officiaes inferiores e
outro—como se averbam n'este os débitos prove- mais praças dos corpos das differentes armas do
nientes.deabonos que tiverem recebido: Ord. exerc. exercito: L. 18 maio 1865 (M. G. — D. L. 114 de
n;° 36 dè 28 agosto 1865 (M. G-—D. L. 196 de 1 20 maio) Coll. pag. 165.
set.) Coll. pag. .323. Designou-se o dia desde o qual o augmento
— É-lhes prohibido tomar parte em toura- devia ter logar, e mandaram-se processar relações
das como::toiireadores: Ord. exerc. n.° 36 de 28 de mostras addicionaes por elle: Ord. exerc. n.° 28
agosto 1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 set.) Coll. pag. de 1 jul. 1865 (M. G . — D . L. 147 de 5 de julho)
323. Coll. pag. 221.
—— áquellas para quem o serviço nas obras Em moeda forte e igual ao das guarnições
militares. é'facultativo—são applicaveis as dispo- de Lisboa, do Porto e de Elvas abona-se ás praças
sições do § 6.° do artigo 356.° ao regulamento da do exercito que voluntariamente forem servir no
fazendaimilitar: Ord. exerc. n.° 45 de 7 out. 1865 uitramar: P. 10 julho 1865 (M. M. — D. L..180
(M. G. — D: L. 230 de 11) Coll. pag. 364. de 12 agosto) Coll. pag. 238.
contratadas qúe falleceram tendo recebido Presidencia das commissões de recenseamento
do. preço,do: alistamento maior somma do que a eleitoral — não póde ser commettida aos vogaes
que corresponde ao tempo de serviço—faz-se-lhe substitutos senão na falta dos proprietários: P. 31
o desconto no ajustamento de contas: Ord. exerc. agosto 1865 (M. R. — D. L. 198 de. 4 set.) Coll.
n.° 47'de .18 ouíM865 (M. G. — D. L. 242 de 25) pag. 327. -
Coll. pag. 458. Privilegio — o dos estanqueiros do pápel sellado
• 1 -ri—, o averbamento de que satisfizeram ao ser-
:
não se guarda, sendo superveniente: P. 28 jan..,
viço na,reserva, deve fazer-sé-lhè no livro no dia 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 530.'
em que .findarem os tres annos de serviço na re- Privilegio de invenção — concedido um por aper-
serva, embora as praças não peçam o titulo no feiçoamento nas fornalhas e chaminés, a E. B.Wil-
mesmo d i a : Ord: exerc. n.° 47 de 18 out. 1865 son: D. 6 fev. 1865 (M. O. P.—D. L.49 de 2 março).
(M. G. - D. L. 242 do 25) Coll. pag.-459. Coll. pag. 40.
p 27 »
PriOilè^io de invenção— concedido outro a Pe- ventor de um systema de suppressão de fumo nas
dro Francisco Millot e a Agostinho Naudin Laplat- Caldeiras, fogões, fornalhas industriaes, etc.: D.22
ta, por aperfeiçoamento na disposição e construc- agosto 1865 (M. O. P. —D. L. 230 de 11 out.) Coll.
ção dos motores hydraulicos: D. 14 fev. 1863 (M. pag.563. •! . •
O. P. — D. L. 42 de 21 fev.) Coll. pag. 48. Proclamação de el-rei D. Fernando, como regente
Concedido outro a Francisco Fernando Au- do reino — assumindo a regencia pela sâida de El-
gusto Achard, por um aperfeiçoamento em um mo- Rei D; Luiz: 2 out. 1865 (M. R. — D. L. 223 de 3
tor electrico: D. 10 março 1863 (M. O. P . — D . L. out.) Coll. pag. 357.
82 de 11 abril) Coll. pag. 60. Procurador regio nos Açores -—determinou-se
—— Concedido outro a Jaques Wothly, por um que o delegado que o substituisse recebesse o-terço
aperfeiçoamento, por um novo processo de tiragem do ordenado d'elle, que até agora revertia para a
de provas photographicas: D. 10 março 1865 (M. fazenda: D. 22 nov. 1863 (M. J.— D. L. 267de 24
0 . P. — D. L. 82 de 11 abril) Coll. pag. 61. nov.) Coll. pag. 501.
/'-—— Concedido outro a François fils ainé como Professores de instrucção secundaria e superior
introductor do estabelecimento de machinas para — são obrigados a dar no começo-de cadá mez um
aproveitar dos animaes mortos todas as substancias summario das materias que no mez antecedente
applicaveis ás artes: D. 2 abril 1855 (M. O. P. — tiverem lido nas cadeiras: P. 30 set. 1865 (M. R.
D. L. 126 de 5 jun.) Coll. pag. 91. D. L. 223 de 3 out.) Coll. pag. 354.
- Concedido outro a Ricardo Jones, comoin- — - não têem direito a gratificação quando por
ventor de um processo de conservação de substan- falta de serviço na cadeira própria forem encarre-
cias animaes e vegetaes: D. 24 abril 1865 (M. O. gados da regencia de uma outra : P. 14 dez. 1865'
P. — D; L. 107 de 12 de maio) Coll. pag. 138. M. R. —D. L. 293 de 27 dez.) Coll. pag. 506. í
-1—— Concedido outro a João Baptista Burnay, Punhos e collarinhos de lã— que direito pagam:
còmò inventor de um processo de distillação dos Res. n.» 239 de 19 jan. 1865 (C. G. das A.—D- L.
troncos e raizes das coníferas, etc.: D. 25 abril 1865 18 de 23 jan.) Coll. pag. 8.
(M. O. P. — D. L. 108 de 13 maio) Coll. pag. 138.
Concedido outro a Julio Cordeiro e J. R.
Chabert, como introductores de um systema de fa-
bricação de paredes feitas de betume hydraulico, Q
etc.: D. 2 maio 1865 (M. O. P. — D. L. 109 de 15
maio) Coll. pag. 147. Quarentenas — declarou-se que ao conselho: de
Concedido outro a José de Saldanha e Oli- saude competia regula-las, sem embargo do regula- -
veira é Sousa, como inventor de uma modificação mento de 14 de janeiro de 1864Í: D. í-íígoslo 1865
nos cadinhos empregados na fundição dos metaes: (M. R. — D . L . 191 de 26) Coll. pag. 290. • i
D. 15 maio 1865 (M. O. P. — D. L. 119 de 27 Quilimane—creada ali uma comarca judicial e
maio) Coll. pag. 159. designado o pessoal para ella, b qual ptfde na pri-
[' — - Concedido outro a Frederico Newton Gis- meira vez ser nomeado sem concurso: D. 4-'jul:
born, como inventor de uma composição melho- 1865 (M. M. - D. L. 150 de 8) Coll. pag. 223.
rada piara cobrir o fundo dos navios: D. 15 maio Quotas— para as despezas dos districtos devem
1865 (M. O. P. — D. L. 120 de 20 maio) Coll. pag. ser distribuídas pelos concelhos nos termos daiei
159. , de 30 de março de 1861, e annulladas as delibera-
-—'— Concedido a Augusto Archer da Silva, para çõès das juntas geraes, em contrario: P. 5 jan. e
a naVegaçSo por meio de barcos a V a p o r do rio 17 maio 1865 (M. R. — inedita) Colk pag. 527 e
Quanza em Angola: D. 10 jun. 1865 (M. M. — D. 551. "
L, 132 de 12 jun.) Coll. pag. 198. —-Declarada a nullidaded'aquelle acto da junta
Concedido a Jacinta Candida da Veiga e geral, faz o governador civil a distribuição ém con-
Sousá, como inventora de uma estufa de vapor a selho de districto, e é depois approvada pelo go-
banho para purificar e melhorar qualquer vinho verno: P. 17 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll.
em quinze a trinta di'as: D. 19 agosto 1865 (M. O. pag. 551.
P . — D. L. 194 de 30 agosto) Coll. pag. 299. Deve servir-lhes de base ò lançamento que
Concedido a Henrique Adolfo Archereau estiver feito, e não o que houver de concluir-se, ,
e a outros, como inventores ae um systema dtí aque- ainda mesmo que aquelle lançahiénto não seja o'
cimento das materias animaes, mineraes e vegetaes, do anno immediatamente anterior: 'P. 9 agosto
de modo que se opere a sua desecação, evaporação, 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 561. ;
dpcompbsição, reducção, calefacção, etc., pôr meio pelá arrecadação dós rendimento's públi-
de vasos fechados sem contacto do ar: D. 21 agosto cos—regulada de novo a sua distribuição: D. 26
1865 (M. O. P. - D. L. 199 de 5 set.) Coll. pag. jan. 1865 (M. F.—D. L. 26 de 1 fev.) Coll. pag.
300. 20 a 28.
—— Concedido a Francisco José de Sousa e
Silva, cómo inventor de um processo pára a pro-
ducção de provas photographicas sobre cartão de R
lústrò,de esmalte ou de porcelana: D. 15 set. 1865
(M. O. P. — D. L. 227 de 7 out.) Coll. pag. 342. Rabos de boi — pagam direitos como despojos de
Concedido a Gilberto Augusto Fournier des animaes não classificados: Res. n.° 273 de 3Í maio
Corats, como inventor de um caminho de ferro 1865 (C. G. das A. — D . L.I125 de 3 jun.) Coll.
fluvial e maritimo: D. 3 nov. 1865 (M. O. P. — pag. 181.
D. L. 262 de 18 nov.) Coll. pag. 477. Ração de vinho ou de aguardente—deve atoo-
—— Concedido á Ambrosio Raphin, como in- nar-se ás praças de marinhagem que se acham
ventor de um propulsor nadante: D. 3 nov. 1865 cumprindo sentença a bordo dos navios de guerra:
(M. O. P. - D. L. 262 de 18 nov.) Coll. pag. 477. P. 14 e Ord. arm. n.° 35 de 30 jun. 1865 (M. M.
——Concedido a Carlos Adolfo Clavel, comoin- —D. L. 166 de 27 jul.) Coll. pag. 209.
Vérftor de um processo para utilisar limas grossas Rancho — determinou-se que .no orçamento se
usadâs: D. 29 jul. 1865 (M. O. P. — D. L. 189 de inserisse uma verba de 32:000^000 réis, para me-
24 agosto) Coll. pag. 561. lhoramento d'elle: L. 18 maio 1868 (M. G.-^D.
Concedido a A. J. B. P. Thierry, cotíiõ in- L. 114 dè 20) Coll. pag. 165. • •
K R
<B<mcM -4 providencias fiara a execuçãio d'esta Recenseamento, eleitoral—por, aquelle,,çuja-^vi-
RI; modificado .o; regulamento de 30 de jan, 1863: são' estiver concluida deve fazer-se- a eleição ísuph
Ord)éJíerc,:ft.°.:22 de 20 maio 1865 (M. G.—D. L. plementar de algum deputado, ainda-m^smo que
118 de 26) Coll. pag. 167. falte a notar fio recenseamento as rectificações or-
l i t e r V OrdenoUTgeíçuè os commandantes dos cor- denadas pelos tribunaes superiores: P. 2Q jun. 186$
pió§ ibmbttesséHí eraneada quinzena a conta da, re* (M. ^-rineditã) Coll, pag. 557.
éeife éídespezá dos. rahchós dos soldados e: dos of- — r - Não se attende n'elle o rendimento /provar
ficiaes inferiores: Ord. exerc. n.° 22 de 201 maio niente de alimentos, se. estiver, isento ,de contri-
186» Li 118 de 26) Coll. pag. 167. buições: P. 30 set. 1865 ,(M. R. —inedito) Coll.
dei pret da provincia de Cabo pag. 370. , ,.. , .". ... ,,0r<-...
Verde—rtoommendou-se ao governador geral que - — í Os erros e inexactidões que n!e|Já possia bji-
otatilHoiassfe ttenvlasfee um mappa do rancho, dis- vér só podem emenda.r-se na epocha d^ rgyi&So, e
tribuido nos doze mezes antecedentes: P. 10 jun. concluida esta o reoenseamento ha de servir parsj to-
486S <jM-. Mswfiwfo.. 179 de. 22) Coll. pag. 202... das as eleições, sejam quaes forem os seusdefeitos:
:'iif-ftíwiDdclaron-se q®e o subsidio de 10 réis era P; 20 out. 1865 (M. R.—inedita) CoÍ(,.p^g.:533>
otmdjeÍDEto rabono para o auxilio no caso de deficit, : Das irregularidades d'elle não p<)dp: conbfr
cjiielífèceiteídéviaií^erttrar no cofre do rancho, que cer-se fóra da epocha da revisão, e os:apto£,-dâs
as quantidades dèiéiajn continuar a ser as mesmas e commissões de recenseamento passam ,em: julgadq
Oíjranéhffi^piaAveaipiôEisemana de carne, que os of- se d'elles se não interpõe recurso: P. 20 out.,1865
ficiaes -inferioresiiiítatinham subsidio de 10 réis : (M. R. — inedita) Coll, pag. 573. . -
OMi exebci (n.»!32f'de-28 jul. 1865 (M. G- — D . L. — No dos elegíveis devem ser incluido$os in-
171 pag. 282. •: dividuos que tiverem habilitações litterarias, ba
Ohdenourae que -as quantias adiantadas a renda'necessaria, sem attenção á circumstancia'
páríírancho?péIaS pagadorias militares fossem ali de saberem QU não ler e escrever, e a mesm^,re-
repostas pelos conselhos administrativos .dos cor> gra deve observar-se com a lista dog- quarenta-
pos á proporção que os fundos do rancho se fos- maiores contribuintes: P.\ 7 dez. 1865 (lq. fl.tr!
sem recebendo, e não por uma vez só : Ord. exerc. inedita) Coll. pag. '5.87. „. v , .....
n.° 35 de 19 agosto 18654M. G.—D. L. 189 de 24) — — Não devem ser inseri pios n^lie.sççliftjios,
Coll. pag. 299. individuos, qiie esteja® collectados no l^nç.í.WTlt.Q
Recebedores-^-determinou-se que não retivessem do cóncelhoi ou que apresentem conhecipjeritps.
06; furidos.proyienieptes de rendimentos publicos, e de contribuições passados em seu, nomp, erobqra
qiiesos entregassem promptamente aos cofres cem conste ás commissões que os que não apresentam
t r a è í : P. 457nov. 1865: (M. F . — D , L. 260 de 16) estes documentos,, têem o rendimento legal, como
Coll. p a g . q ;í herdeiros de outrem: P. 7 dez, -1865 (M, fli — ih(•-
i ÍRecéita das camaras municipaes — é vexatorio dita) Coll: pag..587. . ,- . ,
eiiqjuat»ltira4laitoda: Ou na maxima parte de*im- As condições censiticas d'elle pJLo, foratfl
pcrçtos itídiréetos ivPi 20 fev;,1865 (M. R — D. L. alteradas pela lei'de 23 nov. 1859, que sji tratou
49 d í 2 roaoçó)<Goll: pag. 51. ' de harmonisar as disposições do decreto eleitor^]
!<•/BedensehmÍMb eleitoral—deve ser remettido por com as nossas leis, tributarias: P. ,7 dçz. ,-Í9ftS.
copiát aoiigavemadorrícivil, pelos presidentes das R.— inedita) Coll. pag.'587. , ' >0
eamárásfíraunMipãesvdez dfas depois de o haverem Não compete ao governo remover os
recebida r P . 5ijuWJ865 (M.R.—D. L. 152 de 11) convenientes; que em relação ao recense^tnento po-
dem provir de julgamentos encontrados dps tiifju-
Não se chegando a eleger a commissão naes de j u s t i ç a : P. 7 dez. 1865 (M. J t . ^ t ^ à f t )
dleliç p&r,3questõe$teStrè os quarenta maiores con- Coll. pag. 587. .•- :;: '; r , ; . ÇK "
tribuintes/.deyém!eStes ser convocados segunda vez, Recibos interinos passados ás pagadorias milita-
impoUdp-sfciaulfcfrjaos que faltaram á primeira con- res—devem ser impreterivelmente :resga^ado8;an.-
vócàção»'ím>(fattaíênjíU segunda ; : P. 18 j a n , 1865 íes de findo, o anno economico a que respeitam:
(M. R.—inedita) Coll. pag. 528. Ord. exerc.' n.°.5 de 6 fev. 1865 (M. (*.,—D.%.
Mip-dífl^irtleirAllaníCohVBnieilcia,publica que nas 37 de 16) Coll. pag; 39, , : l i .(Í ' ..'(
commissões,' ai; quem elle está commettido sejam , Recrutamento — não podem as camaras munici-
representada*,todas as fracções e.parcialidades po- paes alterar o recenseamento para elle depois ,de
liticas : P. <81 jan. : 1865 (M. R. - inedita) Coll. approvado pelas commissões districtaes, iprfiyideh:
pag. 529. .íV.M' cia para o caso em que o alterem .e,desobedeçam
-,—íf-t- Deveaithitelle levar-se em. conta as contri- á ordem para o reporem no anterior,,estado :,í?.
bbições municipaes e as côngruas parochiaes: PP. 31 jan. 1865 (M- R.-V D. L, 39 de 7: íeyij /Çbll.
1 f e v . ^ '.7 dezi: 186:5 (M. R. —inéditas) Coll. pag, pag. 29. ••-•. • - '(.".</• W H
531 e 587.' maritimo de 1863-1864 — mandou-se pjrp-
As irregularidades d'elle, quanto aos qua- ceder ao sorteio e distribuiu-se o contifl;aen.te pe-
renta maiores contribuintes, não podem ser recti- los districtos maritimos: P. 3 marco 1863. (5j[. iM.
ficadas na assembléa d ? estes: P. 24 fev. 1865 (M. — D.-L. 5á de 6) Coll. pag. 58. ' ..,, , '.,,
R. — inedita) C611. pag. 537. - — f i ? a d o ; em-150^000 réis o preço,.^as^iji)-
iMT^MTSubtrahindooliivro d'elle no intuito d e í m - stituições em 1865:',D: de Í9 abrjl 18fi5 MM'.wk-
ipiedáj-Héclamações ou recursos, podem : estes inter- D;. L , 90 de 22) Cóll. pag;. 1.27. , , •, .'.'..
por-tse aotnilas tfHpias/do mesmo,recenseamento, ——;sSo isentos do maritimo os pi.lçitQS d.opfla,-
aindaque não authenticadas; expondo-se :na peti- vios<mercantes: p. 31 maio, í'865 (M. M. —, E)'.-,L.
çSét.dB/rteursaiçi.íçíiiiisa daifalta d'esta formalidade: 1 124 de 2 junho) Coll. pag.. 180, , , ; j \-j
•Pf.:S8;març0'1865,íjtf-'B.^—inedita) Coll. pag. 543. — — n ã o são ;sUj.éitos.:,a, elle os.ofíÍGj^sLda j n à -
j i ^ í t ^ '®ão ,pé»/Je--,'© governo prorogar. os prasos ,i;inha mercanlje : PP.r.de 2 junho e Í^ag,Qstõ.4865
.p&r^6à',flífferfiní.e$iacfosfd'el.le, por isso que são fi- (M. M. — D L . 126 de 5 junho e Í83 de ÍQ ago^ój
xados na lei,'"sroagíia ^circumstancia de:não ter a Coll. pag. 184 e 296. '; ., „ ^
commUeôaipublicajflo o recenseamento nos prasos -7TT- n o , . m a r i t i m o o s s u b s t i t u t o s ^ . g u ^ m ^ f y ^ s
legaes, nSQcimpede.áos ititeressados o direito de re- couber p o r sortç o,seryiço da a r m a d a ^ - t,^Ri,de
clamação'^ de;*êcurso: t \ 12 maio d 865 (Mi R —
s e r v i r p o r t o d o o t e m p o ,do c o n t r a t o V i e w / s e g u i d a
inedita) Coll. pag. 551.- • ' !
o teiqpo a q u e p e l a l e i ,sãe p e s s o a l m e n t e , p b r i g a d o s :
R 29 M
P. 9 junho 1865 (M: M.—D. L. 132 de 12 jtín.) ções d'elle com referencia- 30 anno de 1866; P.
Coll. pag. 197. Í2 dez. 1865 (M. M. —D. Li. 33 de 12 fev. 1866)
Recrutamento — estabelecidas as regras sobre o Coll. pag. 589. •'..-
' modo pbr que devem ser iridemnisados os mance- Recrutamento—as juntas de revisão podem jul-
bos obrigados a fazer serviço no exerci to comdsup- gar da incapacidade physiqa-dosirecrutas, em vista
pleníes dos refractarios: P. circ. 5 jun. 1865 (M. dè attestações juradas de facultativos e -de inforr
R. — D; L. 153 de 12 jul.) Coll. pag. 233. mações dos administradores ,de concelho, quando
—— hháritimo— são d'elle isentos os que já ti- a inspecção dos recrutas for-impraticável'por iiâo
verem um irmão com praça no corpo de marinhei- poderem estes comparecer;-na;junta:-R;!-26 dez.
ros militares: PP. de 14 e 18 juj. 1865 (M. M. — 1865 Qll.-R.—inedita) CoHripa». 591.:, í.-,.; , Li
D. L. 157 de 17 e 159 de 19) Coll. pag. 256 e Recurso dos despachos do's cou|misSari©s:do3 eíf
297. ;' • • . - • • • tudos que excluem alguem-do concurso cadei-
' - à inspecção da junta de revisão não se re- ras dos lyceus —- como se conta -o praso-para a in-
pete e aproveita ao tòaiícebo inspeccionado ermré- terposição d'elle: P. 10 roaioi.1865 (iSL-ft^^Ií,
lacão aó recenseamento de qualquer anno: P: 7 L; 109 de 15) Coll. pag. 1S5J, Í,' . a
fev; 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 532. para o governo em materia de recrutamenro
vos mancebos que tomaram -ordens sacras não ha: P. de 22 nov. 1 8 6 5 - i n e d i t a )
nèiii podfem ser compellidos a assentar praça, nem Coll. pag»-583. - t •!. i'. -',: . •-./' .{-,:• -
a pagar o preço de uma substituição, cujo paga- Regedores de parochia-^'devem, remetter até-
iiíehto só é obrigatorio para os refractarios: PP. dia 8 de cada mez aos juizos 0>rphano)ogicps a. re-
de'7 e 10 fev. 1865 (M. R. — inéditas) Coll. pag. lação dos obitos do mez antecedentes. J?j. jli.maifi®
333 è 535. 1865 (M. R. —D. L-. 81 de lOj/deJiiíil); CoUÍ
—I—não póde ó governo mandar tirar á nota pag- 78. ... ; ,
dê -refractario e isentar do pagamento dos tres quin- Regencia commettida a El-Rei-D.. Fe/nando du-
tos dá substituição ao mancebo que allega não se rante a ausencia fóra do reino,-de ElíRei 4 Luiz:,
haver' apresentado por estar ausente do concelho L. de 4 setembro-1865 (Presid-. do ;coúp. ^e-min.'
na epocha do sorteamento : P.' 13 fev. 1865 (M. R. — D. L. 208 de 9) Coll. pag. 329. , . ..j
— irtedita) Coll. pag. 536. proclamação de El-Rei D., Fernando assu-
—7— hão póde ser considerado refractarios man- mindo-a: 2 out.: 1865 (M. 223-det 3,)!
cebo que não foi intimado para assentar praça na Col. pag. 357. .>.,. . ; ?;; .,fc
quáTidade de supplente: PP. 24 fev; e 29 marco — - designado o formulario,para>í>s-aí;t<xs d'elía:
1865' (M. R. —inéditas) Coll', pag. 537 e 543, D. 2 out. 1865: (M. R.—..D:- iL..)!?23ide(?) Cpílr
ò réeenseamehto para elle feito fóra do domi- pag. 357.'.. ; - . ..,,„ R - J„,, I.J
cilifcrlegal do mancebo recenseado é nullo, e nul- Regimentos de artilheria.—.-mandQUrse «que ob-
los São tátabem todos os actos subsequentes, como servassem a ordenança dosr^xerciciç? dçsrçgi^enT.
sorteamento, inspecção, etc.: P. 11 marco 1855 . tos de infanteria, com alaurnas modificações::, Órdí
(Mv R. —inedita) Coll. pag. 540. exerc. n.° 11 de 20 marco 1865 (,M., 70
' '•o mancebo ausente e homisiado por crime de 28) Coll. pag. 74. .-„ .';.-,,-.:,., .,,
qiie nao admitte fiança não póde ser considerado Regulamento da administíaçga de fayep/ia mjlit' ;
refractário emquanto não é absolvido : P. 29 tar—duvidas ácerca d'elle devem1 -dirigidas ao
março 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 543. ministerio da guerra, pela 2t" djjpcçfto: Ord- exercs-
-os mancebos isentos por servirem de am- n.° 2 (M. G.—D. L. 17 de 21 jah.-,i86^)<-CoÍl0
paro aoá paes se pretenderem sair do reino hão de pag- 5- , i. . , .,, - - '
prestar fiança nos termos do artigo 55.° dâ lei de das alfandegas de Lisboa e do.Porto,—ser-
27' ab julho de 1855: P. 31 março 1865 (M. R. - viço interno : P.: e inst. de 25^jpin..,1865i(^L F. V
inedita) Coll. pag. 545. * D.'L. 23 de 28) Coll. pag. 11 a. 15., n, : .
maritimo—ó mancebo admittido como sub- do serviço interno.da, alfandega municipal
stituto, sendo chamado depois por lhe tocar a sorte, de Lisboa: P. e inst. 26,jan/ 1865 (Íí f F.-r-P.,
ha de servir o tempo da substituição, e o que por L. 23 de 28) Coll. pag. 16.a;18. ; ,:
si lhe couber: P. 9 jun. 1865 (M. M. — D. L. 166 - — dos caserneiros sobre .escripturação e cor-
de 27) Coll. pag. 556. respondencia : P. 25 janeiro ;Í86íí;. (M., G- D.i
os voluntários levam-se em conta ás fregue- L. 43 de 22 fev.) Coll. pag! lèj*;-. , ' , , , 4i( ' : ,
zias onde teriham domicilio e descontam-se no con- das companhias de, artjjheri^ 4a giwnifi^ò
tingente do anno immediato áquelle em que assen- das ilhas: Ord. exerc. n.° 7 dq,23fev. 1865,(0.L.
tararfi' praça : P. de 21 jun. 1865 (M. R. — inedi- 51 de 4 março) Coll. pag. 40 a 4 3 . - j . : , ,,.
ta) Coll.-pag. 557. do banco de Portugal: D. de 15 mai^q 1865
——no impfedimento dos facultativos militares (M. O. P. — D. L. 75 de 3 abj-il) Col|.,pag. 65;a73.
da junta revisora, chamam-se facultativos civis: do serviço externo-das. alfandegas do,.con-
P. 27 jdn. 1865 (M. R.— inedita) ColI.*pag. 558. tinente do reino e das ilhas; adjacentes,» Pfc
os supplentes devem ser chamados, mesmo abril 1865 (M. F. — D. L. 81 84 de'10 e ,dè <15)
nó cas'o de impedimento temporário dos recrutas Coll. pag. 92 a 96, .. ,.'
effectivos, guardada porém a ordem do sorteamen- —— dos actos da faculdade de philosophia da
to: P. 12 jiíl. 1865 (M. R. —inedita) Coll. pag. universidade: D. 8 jun. 1865 (M. R —D. L. de
560.'/ i7) coii.,pag. 189. , , „ „ , . ,,„.,;;„,„;,
•"•' ' ' ' Maritimo —são d'elle isentos os matricula- da succursal do bqçco.j ultramarino: em
dos como praticantes de pilotagem : P. dc 19 jul. Loanda: P. 9 jun. 1865 (M. S t - L , U 3 t de
1865 (M: M. - D. L. 186 de 21 agosto) Coll, pag. 10) Coll. pag. 191 a. 196. Y„, .'„, ( , , % . . '!
560:- "•'<• - ^ d a caixa. de,segurqs m^pjps.ttOTe 3,,vidai
'"•',. . ' 'irão são n'èlle àdmissiveis recursos fóra dos administrada pelo monte, pío,|^eráu,D v ,4 jul-
prasos legaes e dos tribunaes competentes, riem o 1865 (Mi Oi P. -rr D. L. 16Q ae, ^OV Coll. 'pàg,'
beneficio da restituição fóra dos casos expressos a 229. , ,
no' § '2.° do- artigo 40." da lèi de 27 de julho de para a recepção e .despacho dõs prbdúclbs
18g5-í P.,2Í2 nov. 1865 (M. ;R. — inedita) Coll; estrangeiros que vieram á exposÍMQ.internacipnal
pag. 583. do Porto: P;- de ll,-,jul. íáoo (M. B.'—DuL. 135
^ — m a r i t i m o — i n a n d o u - s e p r o c e d e r á s o p e r a - de 14) Coll. pag. 240.
8
M 30 S
Regulamento das exposições agricolas: D. 26 jul. Remonta para os corpos de cavallaria e de arti-
1865: (M. O. P . - D . L. 174 de 5 agosto) Coll. pag. lheria— providencias sobre o modo por que deve
269 a 271. ser feita: D. 19 abril 1865, Ord. exerc. n.° 18 de
-r*—dos concursos para o provimento dos lo- 28 (M. G. — D. L. 108 de 13 maio) Coll. pag. 128
gares do magisterio superior nos estabelecimentos a 132.
litterarios dependentes do ministerio do reino : D. - — - São vogaes das commissões d'ella os facul-
22 agosto 1865 (M. R. — D. L. 192 de 28) Coll. pag. tativos veterinarios militares: D. 22 agosto 1865,
301 a 307. Ord. exerc. n.° 37 de 30 (M. G. — D. L. 204 de 11
do serviço medico-veterinario militar: D. set.) Coll. pag. 307.
22 e Ord. exèrc. n.° 37 de 30 agosto 1865 (M. G.— Réus de delictos maritimos —podem ser presos
D. L. 204) Coll. pag. 307 a 318. á ordem do tribunal maritimo nos casos em que
para' a concessão do subsidio aos alumnos não é admissível fiança, ou nos ein que sendo ad-
que1 frequentarem Os cursos de veterinaria e de missível se não presta: P. 20 out. 1865 (M. M.—
agronomia no instituto geral de agricultura : P. D. L . 239 de 25) Coll. pag. 460.
24 agosto 1865 (M. O. P.—D. L. 191 de 26) Coll. Restituição — O beneficio d'ella nos processos de
pag. 318. - recrutamento não é admittido senão nos casqs ex-
^iii—provisorio da escola do exercito: P. de 11 pressos no § 2.° do artigo 40.° da lei de 27 julho
e Ord. exerc.n.° 40 de 13 set. 1865 (M. G.—D.L. de 1855: P. 22 nov. 1865 (M. R.—inedita) Coll.
210 de 18) Coll. pag. 332. pag. 583.
"J provisorio da admissão dos boletineiros é Rifas — São o mesmo que loterias, e não podem
gúardàBos para b serviço electro-telegraphico: P. ser auctorisadas senão as que têem por fim actos
13 sfet. 1865 (M. O P. — D . L. 208 de 15) Coll. de beneficencia ou de protecção ás artes: P. 31
pag. 339. maio 1865 (M. R. — inedita).Coll. pag. 555.
para a concessão de baldios no ultramar e Só podem ser consideradas particulares
paTa à rriediçãoe entrega dos terrenos aos conces- aquellas que se fazem no intimo das familias por
siOhárioS: "10 out; 1865 (M. M. — D. L. 232 de mero passatempo e sem animo de lucro: P. 3 l
13) Coll. pag. 367 e 368. maio 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 555.
dá escola medico-cirurgica de Nova Goa: Rio Quanza — concedido o privilegio por vinte
D: 11 out. 1865 (M. M.—D. L. 236 de 18) Coll. annos a Augusto Archer da Silva, da navegação
pag. 371 a 385. d'elle por meio de barcos de vapor: D. 10 jun. 1865
-• ! do credito predial das provincias ultrama- (M. M. — D. L. 132 de 12) Coll. pag. 198 a 201.
rinas: D. 17 out. 1865 (M. M. — D. L. 250 a 252 Nas margens dos navegaveis não podem fa-
de 23 out. e 7 nov.) Coll. pag. 395 a 447. zer-se obras, ediflcar-se, explorar-se pedreiras, lan-
1
—— dos concursos da secretaria da marinha e çar entulhos, etc., sem licença do governo pelo mi-
ulttàttar: P: 19 out. 1865 (M. M. - D. L. 239 de nisterio da marinha: D. 17 out. 1865 (M. M.—1
21) Coll. pag. 448 a 452. D. L. 238 de 20) Coll. pag. 392.
:—-- tias concursos tio ministerio das obras pu- Roças do estado na provincia de S. Thomé e Prín-
blicas, commercio e industria : P. 19 out. 1865 (M. | cipe — providencias para a sua venda, dando-se
O. P. —D. L . 240 de 23) Coll. pag. 454 a 458. i preferencia aos rendeiros ou sub-rendeiros: D. 21
dás alfandegas de S. Thomé e Principe: D. ' jun. 1865 (M. M. — D. L. 141 de 27) Coll. pag. 212.
23 out. 1865 (M. M. —D. L. 249 de 3 nov.) Coll. Auctorisada a troca de duas de utn parti-
pag. 465 a 470. : cular com outra da misericordia de S. Thomé: D.
para o lançamento e arrecadacão do im- 17 out. 1865 (M. M. —D. L. 239 de 21) Coll.
posto, sobre os escravos na provincia de Moçambi- pag. 393.
q u e : ti. 14 nov. 1865 (M. M. — D. L. 264 "de 21) Rodas dos expostos — não podem ser absoluta-
Coll, pag. 488 a 493. mente supprimidas pelas juntas geraes: P. 10 fev.
-i para o serviço technico e administrativo das 1865 (M. R. - inedita) Coll. pag. 533.
rriatas do reino: P.'l8 nov. 1865 (M. O. P. — D. L.
263 de 20) Coll. pag. 495 à 497.
V-1—Ldò estado maior do exercito — approvado :
P. 28 out; 1865 (to. G. — D. L . 265 de 22 nov.) s
Coll. pag. 575 a 581.
Sègúlàmentos — não podem as juntas geraes fa- Sabão aromatisado, moldado em dimensões pe-
zer para o serviço dos expostos, mas propo-los ao quenas com a pasta mais apurada — paga direitos
governo: P. 10 fév. 1865 (M. R.—inedita) ColJ. como sabonetes: Res. n.° 260 de 8 maio 1863 (C. G.
pag- 531. das A. —D. L. 106 de 11) Coll. pag. 152-
'jRéi-^fbi auctorisado a sair do reino para visitar Saco —Não é medida de retalho: P. 30 maio 1865
alguns soberanos da Europa: L. 4 de set. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 555.
( P , € . M.-^-D. L. 208 de 9) Coll. pag. 329. Saguões — Recommendada a observancia da pos-
Relatorios das juntas" geraes — devem ser um por tura que os manda ter limpos, e prohibe os despe-
cada anno, e.não tantos quantos os ministerios; P. jos n'elles: Ed. 19 out. 1865 (G. C. L. — D. L. 239
12 jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 527. de 21) Coll. pag. 452.
Remedios secretos — são considerados taes os que Saude — O serviço d'ella nos districtos é dirigido
se não encontram auctorisados na pharmacopea le- pelos delegados do conselho, e não pelo governa-
gal do reino: P. 17março 1865 (M. R. — D . L . 64 dor civil: P. 22 maio 1865 (M.|R. — inedita) Coll.
de 20) Coll. pag. 73. pag. 552.
• Não podem ser vendidos sem previa licença Os regulamentos d'ella não podem ser mo-
do conselhóífle saude, nem aviados senão em vista dificados, revogados ou alterados pelo governa-
de receita de facultativo em que a formula venha dor civil: P. 22 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll.
descripta: P. Í7 março 1865 (M. 11. — D. L. 64 de pag- 552.
20) Coll. pag. 73, Secretaria da marinha — fórma dos concursos
."- Os. preparados nas pharmacias estrangei- para o provimento' dos logares d'ella: P. 19 out.
ras não podem ser vendidos pelos boticarios: P. 17 1865 (M. M. — D. L. 239 de 21) Coll. pag. 448'
março 1865 (M. R. — D . L. 64 de 20) Coll. pag. a 452.
• das obras publicas —fórma dos concursos
s 31 T
para o provimento dos logares d'ella: P. 19 out. Suspensão do exercicio de funcções — não. póde
1865 (M. O. P. — D. L. 240 de 23) Coll. pag. 453 ser imposta pelos governadores, civis aos adminis-
a 458. tradores de conselho senão em caso urgente que
Secretario geral do governo civil — é funcção do demande a prompta substituição d'estes funcciona-
seu officio o processo preparatório das contas das rios e não permitia recorrer ao governo,: P. 1 dèz.
camaras e estabelecimentos pios, e não delegação 1865 (M. lt. —inedita) Coll. pjag. 586, .. , í V ' . ,
do governador Civil: P. 21 dez. 1865 (M. K.— ine- Syndicancia do governadqr de Timor —? designa-
dita) Coll. pag. 590. do qual é o jury competente para a tirar: E). 3 abril
Seda, em desperdícios de tear — é sujeita ao di- 1865 (M. M.—D. L. 80 de 3) Coll. pag. 91.
reito de 75 réis por kilogramma: D. 10 jul. 1865,
Res. n.°5 283 e 284 de 26 jul. (M. F. — D. L. 163
de 24, C. G. das A.—D. L. 182 de 18 agosto) Coll.
pag. 237, 271 e 272. T v
Seguros mutuos sobre a vida—approvado o re-
gularnénto da caixa d'elles junto do monte pio ge- Tabaco em massarocas—que direitos paga: Res.
ral: D. 4 jul. 1865 (M. O. P. — D. L. 160 de 20) n.° 250 de 23 marco 1865 (C. G. das A . — D . L .
Coll. pag. 223 a 229. 73 de 31) Coll. pag. 79. .
Sêllo—Applicado ao estado da India o decreto Imprensado e preparado denominado bre-
de 10 de dezembro de 1861, que regula este im- va •— que direitos paga: Res. n.° 251 de 23 março
posto no reino: D. 24 out. 1865 (M. M.—D. L. 250 1865 (C. G. das A. —D. L. 73 dè 31) Çoll, pag. ^
de 4 nov.) Coll. pag. 470. Determinadas as condições conr.que póde
Semente de cinchona pahudiana — remettida á ser reexportado, e designadas as alfandegas por on-
universidade para ser ensaiada a cultura daquella de a reexportação póde fazer-se: P. 14. agosto 1865
planta no jardim botânico: P. 14 fev. 1865 (M. M. (M. F. — D. L. 184 de 18) Coll. pag. 297. "
— D. L. 37 de 15) Coll. pag. 46. Ordenou-se que os antigos empregados d'elle
Siphões— Ordenou-se que fossem collocados em não recebessem em gratificação e subsidio maior
todos os canos que do interior das casas commu- somma do que recebiam quando eram empregados
nicassem com os canos geraes: P. Ed. 17 out. 1865 do contrato: P. 12 out. 1865 (M. F. —D. L. ,232
(C. M. L. — D. L. 239 de 12) Coll. pag. 394. de 13) Coll. pag. 388. . . , ', :
Sociedade do palacio de crystal— approvados os Providencias sobre o modo de renoyar no
seus novos estatutos: D. 15 março 1865 (M. O. P. começo de cada anno as licenças para a venda d.'el-
— D. L. 69 de 27) Coll. pag. 62. le: P. 8 nov. 1865 (M. F . — D ; L . 255de 10) Coll.
. Concedido á mesma sociedade um subsidio pag. 484.
para as despezas da exposição internacional: L. 24 Tabellas das fainas do arsenal da marinha: D. 12
marco 1865 (M. O. P. — D. L. 69 de 27) Coll. set. 1865 (M. M. — D. L. 212 de 20) Coll. pag. 335
pag.'83. à 338.
protectora dos artistas de Olhão —appro- Tabelliães — não são obrigados a mandar á conta
vados os seus estatutos: D. 12 jun. 1865 (M. 0 . P. os papeis em que receberem o salario de rasa. P.
—D. L: 137 de 20) Coll. pag. 208. 20 fev. 1865 (M. J. —D. L. 49 ,de 2 março) Coll.
Soda—a que tiver mistura de carbonato de soda pag. 51. .:
e soda caustica paga os direitos na proporção em Tapães (freguezia de)—transferida para .todos
que estas substancias estiverem. Res. n.° 279 de 19 os effeito do concelho de Pombal para o de Soure:
jul. 1865 (C. G. das A. —D. L. 161 de 21) Coll. L. 25 jun. 1864 (M. R. — D. L. 180 de 12 agosto
pag. 258. 1865) Coll. pag. 558.
Soldos dos officiaes arregimentados — são pagos Tarifas dos preços dos transportes.de passagei-
de I de junho em diante pelas pagadorias das divi- ros e de mercadorias nos caminhos de ferro do
sões militares em que estiverem os respectivos cor- norte e de leste — mandadas pôr em vigor: P. 30
pos : Ord. exerc. n.° 20 de 8 maio 1865 (M. G. — março 1865 (M. O. P. —D. L. 85 de 17 abrii) Coll.
D. L. 114 de 20) Coll. pag! 151. pag. 90.
Foram augmentados os dos officiaes do exer- dos caminhos de ferro do. sul e de suçste
cito em activo serviço, os dos officiaes das guardas com o imposto de transito —approvadas: P. 8 abril
municipaes e os das forças de primeira linha das 1865 (M. O. P.—D. L. 86 de 18) Coll. pag.109,
provincias de Africa de Macau e de Timor: L. 18 111 e 112. . .., ... , .,,•'
maio 1865 (M. G.—D. L. 114 de 20) Coll. pag. 164. dos caminhos de ferro de sul e sueste comr
Subscripções feitas no Brazil, distribuída a sua prehendendo o transporte de gados, bagagens ;dqs
importancia por differentes asylos da capital edo passageiros e adubos agricolas—approvadas: P.
reino: P. 10 abril 1865 (M. R. —D. L. 85 de 17) 27 maio 1865 (M. O. P.—D. L. 125 de 3 jun.) Coll.
Coll. pa». 116 e 117. pag. 174 e 175. .'.,: .'
Subsidios para Angola, Moçambique e Timor au- dos caminhos de ferro de norte e leste para
ctorisado o governo a continua-los no anno eco- passageiros de 3." classe—reducção: P . l l agosto
nomico de 1865-1866: L. 18 maio 1865 (M. F.— 1865 (M. O. P. — D. L. 181 de 14) Coll. pag. 293.
D. L. 114 de 20) Coll. pag. 162. Tecidos de algodão e de lã transparentes—que
Substituições no recrutamento — fixado em réis direitos pagam : Res. n.° 241 de 19 jan. 1865 (C.
150,3000 o preço d'ellas em 1865: D. 19 abril 1865 G. das A. —D. L. 18 de 23) Coll. pag. 9.
(M. R, —D. L. 90 de 22) Coll. pag. 127. - — - de lã rasos não especiíicáidosT—que direi-
Substitutos—aos actuaes extraordinarios da fa- tos pagam : Res. ,n.° 249 de 21 marco 1865 (C.G.
culdade de medicina foram dispensados dois annos das A. —D. L. 62 de 22) Coll. pag. 76.. .•,;, ,
de serviço que deviam ter para serem promovidos: de linho differentes do.brim UO fio,, cura
P. 22 nov. 1865 (M. R. — D. L. 281 de 12 dez.) e preparo — pagam de direitos 500 réis p.oi: kilp:
Coll. pag. 500. Res. n.° 275 de 28 jun. 1865 (C. G. das A.—D.;L,
Suspeições oppostas aos juizes dos concursos — 144 de 1 jul.) Coll. pag. 213. • ,
ao reitor da universidade e aos vogaes do conselho . de linho em formato de fita ou percinta
dos decanos, regulada a fórma por que hão de ser feita a tear—são sujeitos ao direito, de 500 <Téis por
decididas: P. 13 maio 1865 (M.R. —D. L. 112 de kilogramma: Res. n.° 286 de 16 agosto 1865 (C.
18) Coll. pag. 158. G. das A. —D. L. 184 de 18) Coll. pag. 298.
T D
Tejo— Ordenou-se ao superintendente das obras aos de Angola: D. 5 julho 1865 (M. M.-—.D. L.
d'ell^',q1ie:'apii98èátà8SlB' qtiánfo antes o projecto ge- 150 de 8 jul.) Coll. pag. 230. • , , .
M'definitivo dás mesmas obras: P. 20 out. 1865 Titulos de dividafundada—externa, cambiopára
(M/0;-P: — D. Ê.'241;,de 24) Coll. pag. 460. :
a conversão em divida interna: P. 10-,fev. 1865
1
TaegrajM^•ABÚtírifcio sobre o modo de dirigir (M. F. — D. L. 35 de 13 fev.) Coll. pag. 45.i :
participações pàrá Mlalta, Corfu; Tripoli, Egypto, Toldos para carros — não podem ser classifica-
Ítídiâ'''Cbiná''Áustràlia: Ann. 3 fev. 1865 (Dir. dos como chapéus de sol e umbellas, aindaque as
G; Hos t - ^ f f i f . 2B'He' 4) Coll. pag. 33 a 35. armações d'elles sejam do systema analogo,ao des-
'Síodiflòaçõeâ telegraphicas em relaçãoá Tur- tas; e devem pagar os direitos estabelecidos -nos
quia: Ann. 8 fev. 1865 (Dir. G. dos T. —D. L. artigos 101.° e 172." da pauta: Res. n.°. 290 dei29
33 de 10) Coll. pag. 44. set. 1865 (C. G. das A. —D. L. 226 de ôloutu) Coll,
Annunciou-se a'abertura de algumas esta- pag. '353. ' ' -;
ções no Algarve: Ann. 6^marco 1865 (Dir. G. dos Tomadias nas alfandegas — regulada^.fôrma.da
T.— D. L. 53 de 7) Coll. pag.' 59. distribuição d'ellas pelos empregados, denunciantes
'-:!A l Brítiiici'ó daMábertura da estacão no Fun- e pessoas que houverem tomado parte nas diligen-
dfio': Ani. 3 jún.1865 (Dir. G. dos T:—D. L. 126 cias : P. 15 dez. 1865 (M. F. — D. L. 38S.de 16)
de£) Coll. pag. ,184. Coll. pag. 507. < ':
>uLiii.:Atiíniin'èió':dá* 'abertura da estação de Po- Tombação dos terrenos e edificios adjacentes, ás
w m 1 8 6 5 (Dir: G. dos T. — D. L. gráçaí de guerra, e pontos fortificados — ofdeilou-
1-39 de 82) Coll! pag. 212 . se q*ue fosse feita sem demora: D. 17 e Ord. exerc.
""^-'AttfttSicKs^i^bertura-de uma estação em n.° 23 de 31 maio 1865 (M. G.— D. L. 125 de 3
P.fenMbv AíipV'27 jun. 1865 (Dir. G. dos T.—D. jun.) Coll. pag. 161.
Li.,;,l!42id§-28') !GO11.; pag. 214. Torradores de café usuaes — pagain direitos co-
,. AViso da que se acha aberta ao serviço a mo obra de ferro batido : Res. n.° 262 de 10 maio
Klíbb-èíítWV4í!éu'fe á Guarda: Ann. 3 jul. 1865 de 1865 (C. G. das A.—D. L, 109 dè 13) Colí.
fBjrvKJ.''ôòs'T: —^Dl*L. 146 de 4) Coll. pag. 222. pag. 153.
e^tár aberta a estação de Man- Touradas — prohibido aos officiaes e praças do
gualde1: 'Ann. & ilíl. 4865 (Dir. G. dos T.—D. L. exercito tomar parte n'ellas, como toureadores:
151 de 10) Coll. pag. 236. Ord. exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. tG.:.—D.
''''-^-^'Ncítitíia de séachar aberta a estação de Sa- L. 196 de 1 set.) Coll. pag. 323. >
gVes 'com serviço - limitado eleetro-semaphorieo : Transportes — determinou-se que nas requisi-
Âna'. 9'set: 1865 (Í>ir. G. dos T.— D. L. 204 de 11) ções d'elles se declarasse a idade dos filhos dos mi-
Coll. pag.. 331. litares que os acompanham : Ord. exerc. n.° 29 de
'provisoriamente a admissão dos 10 jul. 1865 (M. G.—D. L. 153 de 12) Coll. pag,
boletineiros é gúardaíios para o serviço electro- 236. - o-
telegraphico: P. 13 set. 1865 (M. O. P. — D. L'. Tratado de commercio e de navegação-entre
tÓ8 de , 'lS^Góll.pag ; . 339. Portugal e a republica de Nova Granada,--ou Esta-
' ; ' Auctorisado James Masson a estabelecer dos Unidos de Colombia — approvado o de 9 de
lima' linha tfelégráp^ica entre Pomarão e a mina abril de -1857 : Cart. reg. 28 agosto 1862 ,(M.. E.
de S. Domingos: D. 20 out. 1865 (M. O. P. — D. — D. L. 35 de 15 fev. 1866) Coll. pag. 515 a 526.
L. i 295 de ! a0inov.)'Coll. pag. 463. para regular o serviço telegraphico-electrico
' Á-vísó'!de -se^achar construida a linha de — entre Portugal e a França, Áustria, Raden, Ba-
Vfeéii Í-Laítoéí&i: Ann. 30 out: 1865 (Dir. G. dos viera, Dinamarca, Belgica, Hespanha, Grécia-, Ham-
T,—D. L. 247 de 31) Coll. pag. 476. burgo, Italia, Paizes Baixos, l5russia, Rússia, Sa-
'.<-iJ^',Apj)roVada'a eonvenção feita coní a Aus- xonia, Suécia, Suissa, Turquia e Wurtemberg:
tiria 'fe; òutrps' "estados da Europa para melhorar e Cart. reg.- 26 dez. 1865 (M. E.—D. L. 55 de 10
facilitar 'a--íBênmUtaçgo de correspondências tele- março 1866) Coll. pag. 592 a 617. :',.-
gk^h-tóâsi. L1. 23 Uz. 1865 (M. N. E. —D. L.<292 Tribunaes de poíicia correccional—organisação
de 26) Coll. pag. 509. dos de Diu e de Damão: D. 11 out. 1865 (M. M —
Tir-rdão oiiy âfoagUel—só póde exigir-se pela D. L. 234 de 16) Coll. pag, 385, -,-
ò.cctopàçáó dè 'terrenos què fazem parte dos pro- Tribunal commercial — creado um .em Nova
prios municipaes,'e não pela venda feita em ter- Goa, composto de seis jurados, presidido pelo. juiz
renos particulares, ou nas ruas e praças publicas: de direito e com alçada até 200^000 réis: D. 5
P-.;'3 março i'865: (M. R. — inedita) Coll. pag. jul. 1865 (M.M.—D.L. 151 de 10) Coll. pag. 232-
maritimo—providencia para o caso que
—— Não póde ter por base a qualidade dos ge- se recuse ou falte o jurado nomeado pelo tribunal
ri éfósvqUè. sé èxpõémá venda, mas ò espaço de ter- do commercio, a tomar parte nas discussões do
reno occupado: P. 29 maio 1865 (M. R.— inedita) tribuna] maritimo: P. 11 out'.'1865 (M. M-^-Di
ColUpàg; 554; •: •!; L. 232 de 13) Coll. pag. 386.
;•>•',•••!• . Nãá póde/e-xigir-se pela occupação dos ter- O presidente d'elle concede ou nega fiança
réiíôs ^destinados para uso commum, mas só por por delictos maritimos segundo as regras pres.cri-
aauelles';ífue sãoidfestinados para produzir rendas ptas no decreto de 10-de dezembro de 1852, arbií-
pára1 tis'«oticéllíòs: ÍP. 29 maio 1865 (M. R. — ine- tra a fiança em quantia nunca menor de 50$000
dita) Collpag. 554! • réis e prende á sua ordem os réus em casos que
Thesoureiros 'dos^oncelhos — são os únicos en- não admittem fiança, ou quando esta é admíssiyel
càníágaàò's'-da cobrança das rendas dos concelhos, e não é prestada: P. 20 out. 1865 (M. M.—D. L.
que devem fazer- pessoalmente ou por propostos 239 de 21) Coll. pag. 461. - i. ' -.. •
seus'á síbiilhanÇa dos recebedores de comarca: P.
14'-fevereiro 1865 (M. R. — D. L. 38 de 16 fev.)
Cólí.!pagi 47 J
devem pronnover a cobrança dos rendimen- u
tos municipaes, como os recebedores fiscaes: P. 7
out. 1865 (M. Ri — inedita) Coll. pag. 571.
1
Timor — fixado >o' quadro do pessoal do serviço Uniforme dos empregados civis do arsenal do
de saude da provincia, e íguàládos os vencimentos exercito, que têem graduações'militares ; D. 18
V 33 V
e Ord. exerc.-n.0 4 de 31 jan. 1863 (M. G.—D. L. litares de Macau — regulados de novo: D. 26 jul.
27 de 3 fev.) Coll. pag. 6. 1865 (M. M. — D. L. 168 de 29) Coll. pag. 263.
dos officiaes militares reformados do minis- Prohibidos no ministerio da marinha os
terio da guerra, empregados em commissão n'este adiantamentos por conta d'elles,.'salvas duas exce-
ministerio: D. 19 e Ord. exerc. n.° 17 de 26 abril pcões: P. 9 set. 1865 (M. M. — D . L. 204 de 11)
1865 (M. G.—D. L. 95 de 28) Coll. pag. 128. Coll. pag. 331.
dos officiaes da secretaria do supremo con- Vereadores — no concelho de Damão e Diu, po-
selho de justiça militar, alterado permittindo-se- dem ser os empregados de administração e de fa-
lhes o uso de banda: D. 30 maio e Ord. do exerc. zenda, salvo os que receberem ordenados das refe-
n.° 27 de 19 jun. 1865 (M- G. — D. L. 139 de 22) ridas camaras: D. 11 out. 1865 (M. M. — D. L.
Coll. pag. 180. 234 de 16) Coll. pag. 386.
dos officiaes e aspirantes da repartição de Veterinaria — regulou-se o serviço medico vete-
saude do exercito: D. 21 e Ord. exerc. n.° 38 de rinario militar: D. 22 e Ord. exerc. n.° 37 de 30
31 agosto 1865 (M. G.—D. L. 206 de 13 set.) Coll. agosto 1865 (M. G.—D. L. 204 de 11 set.) Coll. pag.
pag. 300. 307 a 318.
Universidade — dispensaram-se aos substitutos Regulou-se a concessão do subsidio aos
extraordinarios actuaes de medicina, dois annos de alumnos que frequentarem os cursos de veterina-
serviço para poderem ser promovidos a substitutos ria e de agronomia no instituto geral de agricul-
ordinarios: P. 22 nov. J865 (M. R.—D. L. 281 tura: P. 24 agosto 1865 (M. O. P.—D. L. 191 de
de 12 dez.) Coll. pag. 500. 26) Coll. pag. 318 a 320.
Vinagre — o que der entrada no Porto ou em
Gaia, pára 1$000 réis por pipa, imposto que é di-
vidido entre as camaras dos dois concelhos e o the-
V I souro: L. 23 dez-, 1865 (M. O. P. — D. L. 292 de
26) Coll. pag. 508.
Varadas — abolido o castigo d'ellas nas provin- Vinho do Douro—approvadas para a exportação
cias ultramarinas, e substituído, para os incorregi- 34:924 pipas da novidade de 1864: D. 16 fev. 1865
veis, por degredo para provincia Aversa: D. 25 (M. O. P. — D. L. 48 de 1 março) Coll. pag. 49.
jul. 1865 (M. M.—D. L. 170 de 1 agosto) Coll. pag. Que entrar nos armazens do Porto ou de
262. Gaia, deve por elle cobrar-se o imposto de 500 ,
Varetas de junco — não são consideradas como réis por pipa, durante o anno de 1865-1866: P. 7
junco simplesmente cortado, mas como peças se- out. 186a (M. F. — D. L. 229 de 10) Coll. pag.
paradas da armação de chapéus de chuva ou de 363.
sol: Res. n.° 269 de-22 maio 1865 (C."G. das A. —;— Permittida a exportação d'elle pela barra
— D L. 118 de 26) Coll. pag. 168. do Porto a todo o que for produzido em territorio
Vencimentos dos empregados do estado—são pa- portuguez: L. 7 dez. 1865 (M- O. P. — D. L. 279
gos no anno economico de 1865-1866, sem deduc- de 9) Coll. pag. 505.
ção alguma: L. 18 maio 1865 (M. F. — D. L. 114 Fixado o imposto de consumo que ha de
de 20) Coll. pag. 162. pagar o que entrar no Porto pelas barreiras sêccas
das classes inactivas de consideração e não ou molhadas: L. 23 de dez. 1865 (M. O. P- —D.
consideração — como são pagos: L. 18 maio 1865 L. 292 de 26) Coll. pag. 508.
(M. F. — D. L. 114 de 20) Coll. pag. 162. Voto de qualidade — não tem o presidente da as-
Foram dadas instrucções para o cumpri- sembléa dos quarenta maiores contribuintes, nem
mento da lei acima citada: P. 7 jun. 1865 (M. F. mesmo voto simples quando não está recenseado
— D. L. 130 de 9) Coll. pag. 186. n'esta qualidade : P. 24 fev. 1865 (M. R.—inedita)
dos empregados ecclesiasticos, civis e mi- Coll. pag. 537.