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DA

LEGISLAÇÃO PORTUGUEZA o

COLLIGIR A

POR

JOSÉ MÁXIMO DE CASTRO NETO LEITE E VASCONCELLOS

DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE E JUIZ DA RELAÇÃO DE LISBOA


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ANNO DE 1865

LISBOA ' V
IMPRENSA NACIONAL'
1866
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«As leis serão publicadas 110 periodico official do governo; e esta publicação, a contar do dia
que se fizer na capital, substituirá as vezes da publicação na chancellaria mór do reino, continuando
em tudo o mais a legislação existente a este respeito, emquanto opportunamente se náo prescreverem
as solemnidades que deVieím acompanhar a publicação das leis, e os prasos fixos cm que hão de co-
meçar a obrigar em todos e cada um dos pontos da monarchia.»
Decreto de 19 de agosto de 1833, artigo 2.°

«A* leis começarão a obrigar cm Lisboa e termo tres dias depois d'aquejle em que forem publi-
cadas no Diario do Governo; nas mais terras do reino quinze dias depois daquella publicação; e nas
ilhas adjacentes oito dias depois do da checada da primeira embarcação que conduzir a publicação
official da lei.» Lei de $ de outubro de mi, artigo

«A administração geral da imprensa nacional è auctorisada para dar á estampa e fazer inserir
na Collecção Official, alem dos diplomas legislativos e regulamentares, publicados no Diario do Go-
verno, todos os que tiverem força de obrigar, quer se achem inéditos, quer estejam impressos em
escriptos avulsos, uma vez que, de ordem dos respectivos ministros e secretarios d'estado, sejam para
isso rubricados pelos officiaes maiores daí secrátar&s d'estado por onde os mesmos diplomas se tive-
rem expedido.» Portaria (pelo ministerio do reino) de 3 de setembro de 1850, artigo 2.°

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INDICE
1862
PAU.
Agosto 28 Carta regia (pelo ministerio doa negocios estrangeiros—Diario de Lisboa nº35
entre Portugal e a republica de Nova Granada ou Estados Unidos do Colombia :

1864
Junho ( Lei pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n . º 1 8 0 de 12 de agosto de 1865)
ria, para o concelho de Soure, districto de Coimbra, para todos os effeitos 358

1865
Janeiro 5 Resolução n.° 236 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 9 de
12 de janeiro) declarando que o carbonato de potassa retinado (5 sujeito ao di-
reito de 50 réis p o r kilogramma .......................... 1
5 Resolução n . ° 2 3 7 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 6
réis por kilogramma 1
5 Resolução n.° 238 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario de Lisboa
de 9) declarando que a caima da India em pedaços é admittida sem direitos. . . 2

5 Portaria (pelo ministerio rio reino — inedita) declarando que as juntas geraes não
podem lançar aos concelhos as quotas para as despezas do districto, senão em
harmonia com a lei de 30 de março de l861 527
12 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que a junta geral de cada
districto deve fazer uma só consulta, e um só relatorio, e não tantos quantos
são os ministerios 527
13 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.º 12 de 16) de-
terminando como e quando devem ser entregues aos empreiteiros de obras publicas
14 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 13 de 17) ap-
provando a tabella de preços do transporte de minérios pelas linhas ferreas de
sul e de sueste 2
16 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 18 de 23) auctorisando
a empreza do theatro de S. Carlos a estabelecer uma aula de instrucção prima-
ria gratuita no mesmo theatro 3
16 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Dia rio de Lisboa nº25 de 31) re-
conhecendo Jayme Larcher como descobridor da mina de ferro na serra do Ho-
salgar 3
16 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 26 de 1 de
fevereiro) reconhecendo Jayme Larcher como descobridor da mina de ferro no
Serro da Mina 4
18 Ordem do exercito n.° 2 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 17 de
21) determinando as direcções do mesmo ministerio a que ba de ser dirigida
a correspondencia sobre a administração da fazenda militar, e a dos generaes
encarregados das inspecções dos corpos e armas especiaes 5
18 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 18 de 23) regulando as
formalidades e as condições das licenças para balance 5
IV

Janeiro 18 Decreto (pulo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n . ° 27 de 3 de f e v e r e i r o )


concedendo o uso da b a n d a aos empregados civis com g r a d u a ç ã o militar do ar-
senal do e x e r c i t o 6
18 Decreto (pelo m i n i s t e r i o da m a r i n h a — D i a r i o de Lisboa n.° 18 d e 23) concedendo
a João S a m u e l Dorient Bellegarde 170:000 h e c t a r e s de t e r r e n o s baldios em A n -
gola 6
18 P o r t a r i a (pelo ministerio do r e i n o — inedita) declarando q u e a e x p o s i ç ã o dos fi-
lhos illegitimos não é, em regra, p r o h i b i d a , mas sim a dos filhos legitimos, e
q u e as m u l h e r e s inficionadas de v i r u s venenoso p o d e m ser o b r i g a d a s a t r a -
tar-se nos hospitaes, e a crear os filhos 527
18 P o r t a r i a ( p e l o m i n i s t e r i o do reino — inedita) d e c l a r a n d o q u e h a v e n d o - s e s e p a r a -
do a assemblea dos q u a r e n t a m a i o r e s c o n t r i b u i n t e s sem p r o c e d e r á eleição da
c o m m i s s ã o d e r e c e n s e a m e n t o , deve fazer-se n o v a convocação d ' e l l a p a r a s a t i s -
fazer ao p r e c e i t o da lei, e impor-se m u l t a a quem faltar 528
18 P o r t a r i a (pelo m i n i s t e r i o do reino — inedita) c o n t e n d o a mesma d o u t r i n a d a a n - .
tecedente, e d e c l a r a n d o q u e n ã o sendo a p p r o v a d a a p r o p o s t a d o p r e s i d e n t e da
assembléa dos q u a r e n t a m a i o r e s c o n t r i b u i n t e s , deve proceder-se á eleição, e se
a i n d a assim se não a p u r a r o setimo vogal da c o m m i s s ã o d e v e então p r e f e r i r - s e
o mais velho dos mais votados 528-
19 P o r t a r i a (pelo m i n i s t e r i o do r e i n o — Diario de Lisboa n.° 18 d e 23) esclarecendo
o g o v e r n a d o r civil de A n g r a s o b r e o m o d o de a u g m e n t a r as gratificações dos a d -
m i n i s t r a d o r e s dos concelhos, e s o b r e a necessidade de r e m o v e r os cemiterios
p a r a f ó r a das povoações, etc 6
19 Decreto (pelo ministerio da m a r i n h a — D i a r i o de L i s b o a n.° 18 de 23) a b r i n d o '
u m credito s u p p l e m e n t a r p a r a o c c o r r e r á despeza com as r a ç õ e s p a r a as praças
da a r m a d a 7
19 Decreto (pelo ministerio da m a r i n h a — Diario de Lisboa n.° 18 de 23) a b r i n d o
u m c r e d i t o s u p p l e m e n t a r p a r a p a g a m e n t o das despezas do serviço dos p h a r o e s 8

19 D e c r e t o (pelo ministerio da g u e r r a — D i a r i o de Lisboa n.° 18 de 2 3 ) a b r i n d o u m


credito s u p p l e m e n t a r p a r a o c c o r r e r á despeza do excesso do c u s t o das rações
de pão e de forragem do exercito no 2.° trimestre do a n n o e c o n o m i c o 8
19 Resolução n.° 239 (pelo c o n s e l h o geral das alfandegas — D i a r i o de Lisboa n.° 18
de 23) d e c l a r a n d o que os c o l a r i n h o s de lã são s u j e i t o s ao d i r e i t o de 2 $ 0 0 0 réis
por kilogramma 8
19 R e s o l u ç ã o n.° 240 (pelo conselho geral da alfandegas — Diario de L i s b o a n.° 18
de 23) d e c l a r a n d o q u e u m movel de m a d e i r a c h a p e a d o de f o l h a de f e r r o devia
p a g a r direitos c o m o obra de f e r r o batido simples 9
19 Resolução n.° 241 (pelo c o n s e l h o geral das alfandegas — Diario de L i s b o a n.° 18
de 23) d e c l a r a n d o que u m a s peças de lã e de algodão de t e c i d o t r a n s p a r e n t e
e r a m s u j e i t a s ao d i r e i t o de 1$500 p o r kilogramma 9
19 Resolução n.° 2 4 2 (pelo c o n s e l h o geral das a l f a n d e g a s — D i a r i o d e L i s b o a n . ° 18 . .
de 23) d e c l a r a n d o que as conservas alimentícias de h o r t a l i ç a s , e l e g u m e s estão
sujeitas ao d i r e i t o de 35 réis p o r k i l o g r a m m a 9
2 1 P o r t a r i a (pelo ministerio do r e i n o — D i a r i o de Lisboa n.° 19 de 24) declarando q u e
as c a m a r a s m u n i c i p a e s n ã o podem n o m e a r cobradores de r e n d a s 10
2 1 O r d e m do e x e r c i t o n . ° 3 (pelo ministerio da g u e r r a — D i a r i o d e Lisboa n . ° 2 2
de 27) e x p l i c a n d o a o r d e m do e x e r c i t o n.° 8 de 1864, na d i s p o s i ç ã o 6.ª ácerca
da readmissão de s u b s t i t u t o s 10
21 P o r t a r i a (pelo ministerio do r e i n o — i n e d i t a ) d e c l a r a n d o q u e e r a de alta c o n v e n i e n -
cia p u b l i c a q u e na f o r m a ç ã o das commissões de r e c e n s e a m e n t o se tivesse em
v i s t a q u e n` ella fossem r e p r e s e n t a d a s as differentes parcialidades politicas . . . . 5 2 9
24 Decreto (pelo m i n i s t e r i o da m a r i n h a — D i a r i o de Lisboa n.° 116 de 2 3 d e maio)
concedendo a João da Cruz C h a v e s 2 . 0 0 0 h e c t a r e s d e terrenos baldios em C a -
p a n g o m b e (Angola) 529
2 3 P o r t a r i a (pelo ministerio da m a r i n h a — Diario de L i s b o a n . ° 2 3 de 28) encarre-
gando a um e n g e n h e i r o u m p l a n o de m e l h o r a m e n t o s do arsenal d a m a r i n h a . . . 14

25 P o r t a r i a e, i n s t r u c ç õ e s (pelo m i n i s t e r i o da fazenda — Diario de L i s b o a n . ° 2 3 d e


28) r e g u l a n d o o s e r v i ç o i n t e r n o das alfandegas de Lisboa e P o r t o 11
2 5 Decreto (pelo m i n i s t e r i o do reino — Diario de L i s b o a n.° 2 7 de 3 de f e v e r e i r o )
c o m m e t t e n d o ao juizo c o r r e c c i o n a l o j u l g a m e n t o das causas p o r t r a n s g r e s s ã o
d e p o s t u r a s no concelho do M o u r ã o 13
25 P o r t a r i a (pelo ministerio da g u e r r a — Diario de Lisboa n.° 4 3 de 2 2 de f e v e r e i r o )
d a n d o instrucções p a r a a e s c r i p t u r a ç ã o dos caserneiros e s u a c o r r e s p o n d e n c i a . . 16
26 P o r t a r i a (pelo ministerio da f a z e n d a — Diario de Lisboa n . ° 2 3 d e 28) r e g u l a n d o
O serviço interno da alfandega municipal 16

de 30) d e c l a r a n d o q u e o papel s o b r e que versou a questão devia c o n s i d e . a r - s e


coino de impressão e s u j e i t o ao d i r e i t o de 15 réis p o r k i l o g r a m m a 18

de 30) resolvendo a duvida s o b r e a classificação de u m a p o r ç ã o d e papel d e s p a -


chado para consumo 18
26 Resolução n.° 245 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario d e L i s b o a n.° 24
de 30) resolvendo u m a d u v i d a sobre a classificação de u m a p o r ç ã o de papel
posto a d e s p a c h o 19
26 Decreto (pelo m i n i s t e r i o da f a z e n d a — D i a r i o de Lisboa n.° 2 6 de 1 de f e v e r e i r o )
V

classificando os concelhos para o serviço fiscal, e regulando as quotas que per-


tencem aos empregados pela arrecadarão dos rendimentos publicos l9
Janeiro 27 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 23 de 31) declarando
que não podem permittir-se os enterramentos nos jazigos construido nos tem-
plos havendo cemiterio publico na parochia 28
28 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) approvando a decisão do governo
civil de Portalegre, que não reconheceu o privilegio superveniente de um es-
tanqueiro do papel sellado 530
30 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.º 39 de 17 de fevereiro)
^ nomeando uma commissão encarregada de classilicar os productos das provin-
cias ultramarinas que hão do concorrer á exposição do Porto . 29
30 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) ordenando que os governadores civis
remettam annualmente ao tribunal de contas as relações das corporações que
perante elle têem de prestar contas •.•.••••
30 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando ao governador civil da
Guarda, que no mesmo concelho não podem simultaneamente exercer jurisdicção
o administrador effectivo e o administrador substituto 531
31 Portaria (pelo ministerio do reino— Diario de Lisboa n.° 39 do 7 de fevereiro) de-
clarando que ás camaras municipaes não compete alterar o recenseamento para

31 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 30 do 7 de fevereiro)


recommendando a creação e provimento de partidos no districto do Castello
Branco, e declarando que as camaras, sem despedir os facultativos que gasta-
ram a vida no serviço dos concelhos, devem prover ao serviço medico dos mu-
nicipios 30
• Fevereiro 1 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.º 31 do 8) encarregando

por as medidas que lhe parecessem acertadas 33


1 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que devem ser levados
em conta no recenseamento eleitoral as congruas parochiaes e os impostos mu-
nicipaes 531
3. Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 28 de 4) determinando
que o praso de tempo estatuído para a arrecadação no reino dos impostos de
lançamento se applique ás ilhas adjacentes 33
3 Annuncio (da direcção geral dos telegraphos—Diario de Lisboa n.° 28 de 4) acerca
tralia, etc .' 33

governador civil de Faro a propor a junta geral o destino que deviam ter os
bens de uma irmandade extincta 35

pagamento de portagem nas barcas, quer do estado quer das camaras, os empre-
gados na fiscalisação do tabaco 331
4 Portaria (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 32 de 9de-
clarando que só ao governo compete o direito de determinar que uma estrada
seja aberta ou vedada ao transito publico 36
4 portaria (pelo ministerio da guerra —Diario de Lisboa n.° 37 de 15) approvando
as instrucções para as inspecções dos corpos das diversas armas 30
6 Ordem do exercito n.° 5 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa nº 37 de
15) ordenando que os recibos interinos existentes nas pagadorias militares se-
jam impreterivelmente trocados dentro do anno economico a que pertencem e
Hespanha se averbe nos assentamentos de praça o fundamento da concessão da
medalha 39

6 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 49 de 2 de


março) concedendo a E. B.Wilson privilegio de invenção por um aperfeiçoamento na

inspeccionados pela junta de revisão, não devem ser submettidos a nova inspec-
ção, servindo aquelle exame para o recenseamento de qualquer anno a n t e r i o r . . . 532
7 Portaria (pelo ministerio do reino inedito) declarando que um mancebo, recen-
seado e sorteado para recruta, que tomou ordens sacras, nem póde ser compelido
8 Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 51 de 4 de março) ap-
provando o regulamento para o serviço das companhias de guarnição das ilhas 40
8 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa n.° 33 de 10)
sobre modificações no serviço telegraphico da Turquia 44
8. Portaria (pelo ministerio do reino--inedita) declarando que as commissões de re-
censeamento não podem exigir esclarecimentos e informações senão das anctoridades
do concelho onde servem e não das de outro 533
10 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 35 de 13) determi-
nando o cambio para a conversão da divida externa em divida interna 45
10 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que as juntas geraes não
podem extinguir inteiramente as rodas, nem fazer regulamentos para o serviço
dos expostos, que os seus actos illegnes devem ser declarados nullos pelo gover-
VI

nador civil, ao qual compete prover em conselho de districto, no caso de omis-


são da junta, ou quando ella não attende convenientemente ás necessidades do
serviço 533
Fevereiro 10 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) repetindo a declaração de que o man-
cebo que tomou ordens sacras, nem póde ser coinpellido a assentar praça, nem
a pagar o preço de uma substituição ........,.;... 535
11 Edital(do governo civil de Lisboa—Diario de Lisboa n.° 39,de 17) prohibindo
os jogos indecentes, ou incommodos por occasião do çarnaval 45
11 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 40 de 18) suscitando
a Observancia das ordens que recommendam a remessa das contas explicativas
da receita e despeza das provincias ultramarinas, e dos balancetes mensaes dos
respectivos cofres. .. . 46

dando a remessa do orçamento da provincia de Angola ... 46


11 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 40 de 18) ordenando
a remessa do orçamento da provincia de Moçambique. .. 46
13 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que pão, póde ser tirada
a notá-de refractario ao mancebo que allega pão se haver, apresentando em tempo
. por estar fóra do concelho quando se procedeu ao sorteamento,. 536
14 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.°37 de 15) remettendo
ao reitor da universidade uma pouca de semente de cinchona pahudiana para. ser
ensaiada a cultura d'ella no jardim botanico 46
14 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 38 de 16) declarando
que as camaras municipaes não podem ter cobradores para algumas das suas

14 Resolução n.° 246 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario ..de Lisboa n ° 3 9 de 17)decidindo

14 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa, n.° 42 de 21) concedendo

15 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 50 de 3 de


Março) approvando os estatutos da associação dos carpinteiros, pedreiros, etc. 48

16. Resolução n.° 247 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 46
de'25) determinando que as mantinhas de seda paguem direitos como lenços de
seda, 5$000 réis por kilogramma > 48
16 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 48 de 1 de
março) fixando a quantidade de vinho do Douro approvado para a exportação 49

17 Ordem da armada n.° 4 (pelo ministerio da marinha—Diario de, Lisboa n.° 77 de


5 de abril) ordenando que os commandantes dos navios de guerra surtos no Tejo
tenham. em conta as observaçõos meteorologicas do observatorio do infante
D.Luiz. 49
17 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) determinando, o modo como deve ser
. regulada.a antiguidade dos facultativos extraordinarios do hospital de S. José. 536

18 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° de 2 de março) declarando


Vender,. 49
18 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.°49 de2demarço) recommendando
das de hygiene publicas 50
18 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 59 de 14 de
março) approvando os estatutos da companhia denominada do tabaco e sabão 50
20- Ordem do. exercito n.° 6 (pelo ministerio da guerra — Diario t de Lisboa n.° 43 de
22) applicando aos aspirantes da secretaria da 1.ª divisão militar, o que se acha
disposto sobre o concurso para os logares de a r c h i v i s t a s . . 51
20 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 49 de2demarço) man-
dando subir o orçamento da camara de Setubal para ser rejeitada a contribui-
ção sobre o pão e decretada outra, se a camara não substituir aquella 51
20 Portaria (pelo ministerio da justiça - Diario de Lisboa n.° 49 de 2 de março) declarando
.que tenham de levar o salario da rasa ...........V..... 52
21 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diário de Lisboa n.° 77 de 5 de
Abril) considerando proprietario legal da descoberta da mina de estanho das
Aguas Ferreas de Ramalhoso a J / A . A . L e u s c h n e r . . . . . . . . : . . ' . ' . 53
22 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 48 de 1 de
Março) nomeadamente a junta administrativa dos fundos do porto artificial da Horta 54

22 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que osmilitaresnomeadamenteos


26 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 51 de 4 dè março) de-
clarando que os exames feitos no lyceu do Funchal devem ter-se como feitos
em lyceu de d.ª classe ......... 54
24 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que não pode ser conside-
rado refractario o mancebo que não foi intimado para assentar praça como supplente
24 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que o administrador sub-
VII

stituto em exercicio póde votar na eleição da commissão de recenseamento se


estiver recenseado como um dos maiores contribuintes, que o presidente da assembléa
simples, salvo sendo dos quarenta maiores contribuintes, e que na assembléa

d'estes não podem corrigir-se os erros do recenseamento 537


Fevereiro 25 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 51 de 4 de março) es-
tabelecendo que os empregados que pela reforma das alfandegas ficaram tendo
menores vencimentos seriam abonados da differença em folhas addicionaes, etc. 54
25- Decreto (pelo ministerio da.fazenda —Diario de Lisboa n.° 51 de 4 de março) fa-
. zendo differentes rectificações no decreto (1.°) de 7 de dezembro de 1864 e nas
respectivas tabellas 55
Março 2 Annuncio (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n . ° 5 2 e 63 de 6 e de 13)
' ' a b r i n d o concurso para o provimento de alguns Jogares de çapellães dos corpos
do exercito 57
3 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 56 de 6) mandando
proceder ao sorteamento do contingente para o recrutamento maritimo 58
3 P o r t a r i a (pelo ministerio do reino — inedita) mandando emendar o orçamento da
camara municipal de Elvas, supprimir o imposto sobre a farinha e o de aluguer
4 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que as camaras munici-
paes só podem deliberar sobre os assumptos que as leis tornam da sua compentencia,

6 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos—Diario de Lisboa n.° 53 de 7) de-


clarando abertas differentes estações no Algarve 59
9, Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 61 de 16) mandando
• proceder ao estudo de um plano para ser estabelecida no asylo de mendicidade
uma casa de correcção 59
10 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 57 de 11) ordenando
que aos inspectores das alfandegas se ministrem por estas todas as informações
dè que elles carecerem 59
10. Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 58 de 13) declarando
que fóra de Lisboa e Porto compete ás camaras municipaes a nomeação dos
parcereiros . . . . 59
Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 82 de 11 de
- abril) concedendo a F. F. A. Acha rd privilegio por cinco annos como inventor
de um aperfeiçoamento em um mutor electrico 60
10 Decreto (pelo ministerio: das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 82 de 11 de
abril) concedendo a Jaques Wothly privilegio por cinco annos como inventor
de um aperfeiçoamento de um processo de tiragem de provas positivas photo-
graphicas 61

ctos, e que o provimento ficava dependente de se realisarem os subsidios offerecidos pela

11 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que sendo nullo o recenseamento


actos
13. Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 63 de 21) louvando a
camara de Leiria pelo àrranjo de casas para aulas de instrucção primaria, etc.
eoprofessor de latim pelo bom desempenho dos seus deveres 62
15 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 69 de 27)
aprovando os novos estatutos da sociedade do palacio de crystal portuense 62
15 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 75 de 3 de
abril) approvando o novo regulamento administrativo do banco de Portugal... 65
16 Resolução n.° 248 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 62
de 17) declarando que as gorduras com os caracteres de banha de porco estao
16 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que um imposto denominado capus de

15 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que as contas das juntas


de parochia, depois de uma vez tomadas pela camara municipal, não podem ser

17 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 64 de 20) declarando


quaes medicamentos se devem considerar secretos, e mandando exercer fiscali-
sação sobre este assumpto 71

der parte do terreno expropriado . . . 541


17 Annuncio (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 63 de 18) publicando
que se achava creada uma cadeira de instrucção primaria em Armamar para o
sexo feminino, a qual não será provida sem se realisarem os subsidiosofferecidos74

20 Ordem do exercito n.° 14 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 70


de 28) determinando os pontos da ordenança para os exercicios dos regimentos
VIII

de infanteria e batalhões de caçadores, que devem ser executados pelos regi-


mentos de artilheria e pelas companhias das ilhas 74
Março 20 Ordem do exercito n.° 14 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 70
de 28) declarando as condições com que os officiaes podem tomar para si ca-
vallos de praça nos corpos de cavallaria ou artilheria 74
20 Ordem do exercito n.° 14 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n º 7 0
de 28) determinando que não sejam substituídas por outras as guias conferidas
ás praças despedidas do serviço, ainda quando se allegue extravio 75
21 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa nº 80 de 8 de
de Portella da Gaiva 75

21 Resolução n.° 249 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 62
direito de 1$000 réis por kilogramma 76
22 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 69 de 27) determinando
o numero de exemplares das obras dos socios da academia real das sciencias,
Ou das mandadas imprimir por conta d'ella, que hão de dar-se aos auctores d'el-
las e a cada um dos socios da academia. 76
22 Edital (da camara municipal dos Olivaes—Diario de Lisboa n.° 72 de 30) regulando

22 Portaria (pelo ministerio do reino —Diario de Lisboa n.° 81 de 10 de abril) determinando


orphanologico uma relação das pessoas fallecidos que deixaram herdeiros su-
jeitos' áquelle juizo 78
22 Decreto (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 71 de 29) fazendo rever-
ter para os juizes eleitos o julgamento das coimas no concelho de Torres Vedras 78

23 Portaria (pelo ministerio da justiça—Diario de Lisboa n.° 68 de 24) declarando


que o ministerio publico não deve promover processos criminaes por transgres-
são do preceito de guarda dos diás santificados, senão quando se mostrar que
a transgressão teve por fim o proposito de offender a religião do estado 78
23 Resolução n.° 250 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 73
de 31) declarando que o tabaco em massarocas paga 1$600 réis por kilogramma 79

23 Resolução n.° 251 (pelo conselho geral das alfandegas—Diário de Lisboa n.° 73
de 31) declarando que o tabaco denominado «breva» paga 1#600 réis por kilo-
gramma.. * 79
23 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 76 de 4 de abril) appro-
vando para uso das escolas e taxando os livros Novo epitome da historia de
Portugal, e Compendio de historia de Portugal... 80
23 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 88 de 20 de
abril) approvando os estatutos da associação industrial Villarealense . . i 81
1 1
' 24 Lei (pelo ministerio da fazenda.—Diario de Lisboa n.° 69 de 27) fixando a con- .
tribuição predial para o anno de 1866 81
24 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.°:69 de 27) prorogando
no Porto. 82
24 Lei (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 69 de 27) fixando a contribuição
24 Lei (pelo ministerio das obras publicas—Diário de Lisboa n.° 69 de 27) conce-
dendo á companhia do palacio de crystal um subsídio de 73:550$000 réis 83
2 6 Annuncio (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 69 de 27) sobre a crea-
!
ção de diversas cadeiras de instrucção primaria para serem providas logoque se
realisem os subsidios offerecidos para ellas ; 84
26 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n 0 243 de 26 de
outubro) concedendo a Alonso Gomes, por tempo illimitado, a mina de man-
ganez na herdade de Penedos, concelho de Castro Verde 542
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 71 de 29) re-
conhecendo Jorge Suche como descobridor da mina de chumbo de Abergan no
concelho de Tabuaço 85
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 72 de 30) re-
conhecendo Jorge Suche como descobridor da mina de chumbo do Zambulhal,
, concelho de Tabuaço 86
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 73 de 31) re-
conhecendo Jorge Suche como descobridor da mina de chumbo do Tedo, conce-
lho de Tabuaço 88
28 Resolução n.° 252 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario de Lisboa nº 71
dè 29) declarando que as pelles curtidas estão sujeitas ao direito de 200 réis por
, kilogramma 89
28 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) mandando levantar antos da investigação
mento do Peso da Regua, subtrahindo o livro do recenseamento, e declarando
que o administrador do concelho deve interpor quaesquer recursos com as co-
pias que tiver, aindaque não authenticada ; 543
29 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que não póde ser considerado refractari
IX

culpado em crime que não admittia fiança, não podia apresentar-se sem sorabsolvido544

Março 29 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 75 de 3 de abril) declarando o


de S. Thiago 89
30 Resolução n.° 253 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 75
de 3 abril) declarando que as pelles com o preparo necessario para a conservação

do um credito supplementar para sustento de presos e policia das cadeias 90


30 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 85 de 17 de
abril) mandando publicar e pôr em vigor as tarifas do preço dos transportes de
passageiros e de mercadorias nos trens de pequena velocidade, nos caminhos de

30 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que as derramas paro-


chiaes devem ser executivamente cobradas como as municipaes 544
31 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que as camaras municipaes
não podem crear ou supprimir empregos só por simples deliberação sua 544
31 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que é erro approvar orçamentos parochiaes dep
tambem que estes orçamentos sejam approvados pelo conselho de districto . . . 545
31 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que o producto das coi-
mas que se cobram por arrendamento é dotação das estradas municipaes 545
• 31 Portaria (pelo ministerio do reino —inedita) determinando que os mancebos es-
cusos do recrutamento por servirem de amparo aos paes, devem prestar fiança
se quizerem sair do reino 545
Abril 2 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 126 de 5 de
junho) concedendo a François filho privilegio como introductor de machinas a
fim de aproveitar dos animaes mortos todas as substancias applicaveis ás artes.. 91
3 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 80 de 8) determinan-
do o juiz a quem ha de competir a syndicancia do governador da provincia de
Timor, quando a não possa tirar o juiz de direito da comarca de Timor 91
4 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 77 de 5) mandando proceder
tos das transgressões dos regulamentos que forem encontradas 92
5 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.°s 81 e 84 de 10 e de 15)
dando instrucções para o serviço da fiscalisação externa das alfandegas maríti-
mas e da raia 92
5 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 86 de 18) estabelecendo
sobre o preço do transito de passageiros e do transporte de mercadorias pelos
caminhos de ferro 107
6. Resolução n.° 254 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 79
de 7) declarando que o acido acetico pyro-lenhoso está sujeito ao direito esta-
belecido no artigo 138.° da pauta 107
7 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 85 de 17) abrindo um
credito supplementar p a r a o pagamento do excesso de preço das rações de pão
e de forragem nos mezes de janeiro e março . : 108
8 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 81 de 10) ap-
provando as deliberações da commissão do monumento á memoria do Senhor
Dom Pedro IV, ácerca dos premios conferidos aos melhores modelos 108
8 Officio (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 86 de 18) re-
commendando todo o cuidado na conservação das estradas, e que os cantonei-
ros fossem obrigados a cumprir fielmente os seus deveres 108
8 Decreto (pelo ministerio da fazenda —Diario de Lisboa n.° 86 de 18) determinando q
por concurso, e fazendo algumas alterações no decreto (1.°) de 7 de dezembro
de 1864, quanto ás delegações de Alcoutim e de Rosmaninhal 109
8 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 86 de 18) approvando
5 por cento, creado pela lei de 14 de julho de 1863 109
8 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 82 de 11) regulando o
modo por que devem fazer-se os exames de instrucção primaria para a admis-
são nos lyceus 113
10 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 75 de 17) approvando
ferro de leste e de norte, para o effeito de se regular o pagamento das respectivas

10 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 85 de 17) mandando


distribuir pelos asylos da Ajuda, S. João e Santo Antonio 120$000 réis de do-
nativo offerecido por um portuguez residente na Bahia 116
10 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 85 de 17) distribuindo
por os asylos de caridade de Portugal 1:188$340 réis, producto de uma subscripção promovida n
de El-Rei, e o nascimento do Principe Real 116
3
X

Abril 11 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 83 de 12) permittindo

não for definitivamente regulado o commercio de cereães . . 117


11 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 90 de
comissão promotora da instrucção popular de Angra do Heròismò, pela com-

12 O f f i c i o (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa: n ° 85 de 17) com


a portaria de 11 do mesmo ministerio, regulando o modo da recepção definitiv
das obras de arte feitas por empreitada, e a entrega dos depositos e decimos re-
tidos 119
do a commissão que organisou o projecto de codigo regulamentar de credito
predial das provincias ultramarinas 120
18 Resolução n.° 255 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 87de

18 Mappa (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa nº 90 de 22) dos registos

18 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 94 dè 27)

19 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º 89 de 22) approVando

19Decreto (pelo ministerio-do reino —Diario de Lisboa n.° 90 de 22) fixando em


150$000 réis o preço das substituições das recrutas no anno de 1865 127
19 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 90 de 22) louvando a
camara municipal e o administrador do concelho de Tábua, este por haver solicitado e a
mobilia das escolas ... 127

19 Decreto(pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 95 de 28) determinando


O uniforme dos officiaes reformados em commissão no ministerib da guerra.... 128

19 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.º 108 de 13 de maio) es-


, tabelecendo as regras para a compra de cavallos para a remonta dos corpos de
Cavallaria e de artilheria. 128
19 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que o conhecimento dos

19Portaria (ípelo tninisterio do reino — inedita) resolvendo que o conselho de districto


• commette denegação de justiça não conhecendo de recursos para elle interpostos. com o fundamento de qu

20 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.°, 90 de 22) declarando

de pessoa... 132
20 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º-91 de 24) approvando

20 Resolução n.° 256 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 91
de 24) dedarando que as folhas de madeira pagam, direitos como madeira para
marceneria, segundo a sua qualidade 133
21 Annuncio (pela direcção geral dos correios — Diario de Lisboa n.° 91 de 24) pu-
blicando a tabella dos portes a que são sujeitas as correspondências originarias
de Portugal, Açores, Madeira e provincias da costa occidental da Africa, com
destino- á-Prussia, aos estados da união allemã, e aquelles que a Prussia serve de
intermedio, etc. .. 133
nas execuções administrativas se contem pela ultima tabella judicial 547
22 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) -declarando que ais:idespezasidos cemiterios são obrigator
povoações que tiverem construido cemiterios privativos para os seus habitantes. 547

24 Resolução n.° 257 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 92
de 25) declarando que o carbonato dè soda refinado, contendo, 10 por Cento de
soda caustica, deve pagar os direitos marcados para o. carbonato de soda secco

cias, para Cabo Verde, Brazil e Rio da Prata . . . . ,.'.,. 137


XI

Abril 24 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.º 107 de de
maio) concedendo a Ricardo Jones privilegio por cinco annos, como inventor
de um novo methodo de conservação de substancias animaes e vegetaes 138
25 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 93 de 26) mandando
que a junta do credito publico consulte sobre o modo de tornar extensiva aos
concelhos cabeças de comarca o pagamento ali dos juros das inscripções 138
25 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 108 de 13 de
maio) concedendo a João Baptista Burnay privilegio por quinze annos como
inventor de um processo de distilação dos troncos e raizes das coniferas, que per-
mitte separar a terebinthina e outros productos da distilação 138
26 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 94 de 27) determinan-
do que não fosse provido o logar de chefe do serviço da alfandega de Lisboa,
logar vago 139

de 28) determinando que os commandantes das brigadas de instrucção fiscalisem pessoalmente os exe

serviço regimental 139


26 Ordem "do exercito nº 17 (pelo ministerio da guerra— Diario de Lisboa n.° 95 de
28) prohibindo que os officiaes arregimentados façam serviço em cavallos de fi-
leira, e que comprem potros para suas praças 139
26. Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 99 de 3 de maio) regu-
lando o modo por que deve proceder-se quando os industriaes requererem mo-
dificações nos processos de estabelecimentos insalubres que se acharem penden-
tes de resolução 139
26 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 110 do 16 de
maio) permittindo que a companhia de mineração portuense, estabelecida em
Londres, possa ter uma agencia em Portugal, e approvando os estatutos da
mesma companhia 140
26 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 112 de 18 de
maio) approvando a reforma dos estatutos da companhia de illuminação a gaz
conimbricense 141
26 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 118 de 26 de
maio) approvando os estatutos do m o n t e pio Fidelidade 142
26 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 103 de 8 de
maio) reconhecendo Jorge Croft como descobridor da mina de chumbo da her-
dade dos Lobatos 144
26 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que os industriaes que re-
quererem licença para a fundação de estabelecimentos insalubres, podem mo-
dificar os seus requerimentos emquanto não estão decididos 548
26 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) desapprovando o imposto sobre o pao
lançado pela camara de Setubal, e determinando que se a camara o não substi-
tuir por outro no praso de tempo que lhe for marcado, vote o conselho de dis-
tricto a contribuição que ha de substituir aquella 548
27 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 103 de 8 de
maio) concedendo a mina de estanho do Codeço e Cabeço do Raposo, freguezia
dal Aguieira, á companhia de mineração de Traz os Montes 144
27 Annuncio (pelo ministerio do reino —Diario de Lisboa n.° 95 de 28) fazendo pu-
blico que na villa de Mortagua fôra creada uma escola de meninas que não se-
« ria provida sem se realisarem os subsidios de casa e mobilia offerecidos 145
27 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que o governo não ap-
provará o imposto sobre a farinha que a camara de Belem quer lançar, e que o
direito das camaras para lançar impostos não é absoluto, mas sujeito á confir-
mação superior 549
1 Resolução n.° 258 (pelo conselho geral rias alfandegas—Diario de Lisboa n.° 101
de 5) declarando applicavel a uns objectos de madeira^ vime e ferro que não for-
mavam um carrinho completo, o artigo 26.° dos preliminares da pauta 147
1 Resolução n.° 259 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 101
de 5) declarando estar comprehendido no artigo 59.° da pauta uma porção de
Maio arroz descascado, postoque de inferior qualidade 147
I 2 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 109 de 15) con-
cedendo privilegio de introducção por cinco annos a Julio Cordeiro e a J. E. Cha-
bert como introductores de um systema de fabricação de paredes feitas de be-
tume hydraulica comprimido, etc * 148
3 Decreto (pelo ministerio dos negocios estrangeiros—Diario de Lisboa.n." 102 de 6)
abrindo um credito supplementar para pagamento das ajudas de custo a diplo-
maticos 148
3 Ordem do exercito n.° 19 (pelo ministerio na guerra —Diario de Lisboa n.° 112
de 18) fixando o praso de tempo em que os officiaes do exercito servindo em
commissões estranhas áquelle ministerio devem declarar se optam por ellas ou
pelo serviço militar, por lhes pertencer accesso . . . . 148
3 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 128 de 7 de
junho) approvando os estatutos do monte pio reguenguense 148
3 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 139 de 22 de junho) con-
cedendo á cidade da Horta o titulo de «muito leal» e um brazão de a r m a s . . . . 149
5 Lei (peLo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 102 de 6) auctorisando a
XII

camara municipal do Porto para contrahir um emprestimo dc 300:000$000


réis 149
Maio 8 Ordem do exercito n.º 20 (pelo ministerio da. guerra—Diario de Lisboa n.° 114
(le 20) declarando que. do 1.º de junho em diante os soldos dos officiaes arregi-
mentados seriam pagos pelas pagadorias militares das divisões onde estivessem
os respectivos corpos 151
8 Resolução n.º 260 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 106
de 11) declarando que o sabão em pasta apurado e aromatisado esta sujeito ao
direito de 150 réis por kilogramma 152
8 Annuncio (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 104 de 9) sobre cadei-
ras de instrucção primaria creadas nos districtos de Aveiro, Castello DranCo e
Vizeu, e sobre a condição de que dependia o seu provimento 152
8 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) communicando ao governador civil
de Santarem, que é a elle a quem compete approvar os orçamentos das irman-
dades, ainda quando n'elles se disponha de rendimentos atrazados por cobrar 530
9 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) reprehendendo o administrador do
concelho de Mafra por não ler dado conhecimento á justiça de um delicto,;.e de-
clarando que aos administradores não compete resolver se os factos considera-
dos crimes pelas leis envolvem ou não criminalidade * 550
10 Resolução n.º 261 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 109
de 15) declaraudo que estão sujeitas ao direito de 50 réis por kilogramma as
pelles em estado de servir para correames e arreios, etc 153
10 Resolução n.° 262 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 109
de 15) declarando que os torradores de café devem pagar direitos como obra de
ferro batido não especificada. 153
10 Resolução n.° 263 (pelo conselho geral das alfandegas — Diário de Lisboa n.° 110
de 16) declarando que o papel de cores geralmente applicado para embrulhos,
comquanto eventualmente possa servir para cartazes, é sujeito ao direito dc 50
réis por kilogramma 153
10 Resolução n.° 264 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboanº110
de 16) com a mesma doutrina da antecedente . 154
10 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 111 de 17) dissolvendo
e louvando a commissão que fôra encarregada de promover subscripções em fa-
vor dos habitantes de Cabo Verde 154
10 Portaria (pelo ministerio do reino —Diario de Lisboa n.° 109 de lo) determinando
desde quando se conta o praso de oito dias dentro do qual podem recorrer para
o governo os candidatos ás cadeiras dos lyceus excluídos dos concursos pelos
commissarios dos estudos 155
11 Decreto (pelo ministerio da justiça —Diario de Lisboa n.° 109 de l5) abrindo um
credito supplementar para o pagamento integral das côngruas dos ecclesiasticos
do Funchal ' 155
11 Decreto (pelo ministerio da justiça —Diario de Lisboa n.º 109 de 15) abrindo um
credito supplementar para pagamento das despezas com habilitações canonicas,
bulias pontifícias e sagração de prelados 155
11 Decreto (pelo ministerio da justiça—Diario de Lisboa n.º 109 de 15) abrindo um
credito supplementar para sustento de presos e policia das cadeias 156
12 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que o imposto sobro a
farinha lançado pela camara de Evora, era inconveniente e illegal, e mandan-
do emendar o orçamento do concelho na parte relativa á dotação das estradas
municipaes 550
12 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que não podem ser alte-
rados pelo governo os prasos marcados para os actos do recenseamento, mas
que se estes forem feitos fóra de tempo, aos interessados não fica tolhido o di-
reito de recurso 551
13 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—-Diario de Lisboa n.° 109 de 15)
creando uma commissão para investigar das causas da desproporção entre o preço
dos cereaes e o preço do pão 156
13 Portaria (pelo ministerio das obras publicas —Diario do Lisboa n.° 109 de 15 )
creando uma commissão para propor o plano de obras e de plantações para res-
guardar os campos de Leiria das inundações do rio Liz 156
13 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 112 de 18) regulando pro-
visoriamente o modo por que devem ser julgadas as suspeições oppostas pelos
candidatos ao magisterio contra os juizes dos concursos 157
13 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario do Lisboa n.° 119 de 27)
concedendo a José de Saldanha Oliveira e Sousa privilegio por tres annos como
inventor de uma modificação nos cadinhos empregados na fundição dos metaes. 159
15 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 120 de 20) con-
cedendo a F. N. Gishorn, privilegio por quinze annos como inventor de uma
composição melhorada para cobrir o fundo dos navios 159
15 Resolução n.° 265 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 113
de 19) declarando que o assucar expurgado deve pagar direitos como refinado,
125,6 réis por kilogramma 159
17 Resolução n.° 266 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 113
de 19) declarando que as camisolas feitas de lã e de algodão estão sujeitas ao di-
reito marcado no artigo 42." da pauta 160
MX

Maio 17 Decreto(pelo ministerio das obras publicas-Diario de Lisboa nº.114 de.20)creando


em Braga um concurso annual de bois: g o r d o s — . . . . . . 160
17 Portaria (pelo ministerio da guerra —Diario de Lisboa nº 125 de 3 de junho) mandando observ
tancia em que se podem fazer construcções junto ás praças de guerra e pontos
fortificados, e dando providencias para manter no futuro estas, servidões militares .....

17- Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) approvando a deliberação tomada


pelo governador civil de Coimbra, que annullou a distribuição das quotas lancadas

de 30 de março de 1861 551


17 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 136 de 19 de junho) declaclarando
terno lhe aproveite para a. disciplina que frequentar corno voluntário se esta
pertencer ao mesmo curso e epocha de exames. 162
18 Lei (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 114 de 20) auctorisando o
governo a proceder á cobrança dos impostos e rendimentos publicos no anno de
1865-1866 e a applicar o seu producto ás despezas do estado emquanto não for

18 Lei (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 114 de 20) concedendo á irmandade

melitas descalços, etc 163


18 Lei(pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 114 de 20) augmentando os
dos das forças de primeira linha das provincias ultramarinas de Africa, Macau
e Timor, dós officiaes da armada e dos empregados civis com graduação militar.
do ministerio da guerra 164
18 Lei (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 114 de 20) augmentando o
pret diario dos officiaes inferiores e praças das differentes armas, auctorisan-
do o governo a despender 8:000$000 réis no melhoramento do rancho no anno
de 1864-1865 e destinando a somma de 32:000$000 réis para esta despeza nos
annos futuros.. 165
18 D e c r e t o (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 115 de 22) abrindo um
credito extraordinario para despeza de policia preventiva. 166
18 Decreto (pelo ministerio do reino —Diario de Lisboa n.° 115 de 22) abrindo um
credito extraordinario para a compra de cavallos para a guarda municipal do
Porto . . . : 166
19Portaria (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 118 de 26) fazendo al-
terações no regulamento dos ranchos dos soldados em harmonia com a nova
lei que concedeu fundos para o melhoramento d'elles. 167
20 Ordem do exercito n.° 22 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 118
de 26) ordenando que os commandantes dos corpos remetiam de quinze em
quinze dias uma conta da receita e despeza do rancho dos soldados, e do dos
officiaes inferiores 167
20 Ordem do exercito nº 22 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 118
de 26) dispondo que a compra de cavallos para os corpos de cavallaria e de ar-
tilheria passe para as commissões de remonta. 167
22 Resolução n.° 267 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 118
de 26) declarando que os tecidos cuja urdidura ou trama tem seda, mas em nu-
mero de fios inferior a metade dos da urdidura ou trama, são sujeitos ao direito
estabelecido no artigo 24.° dos preliminares da pauta 107
22 Resolução n.° 268 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de L i b o a n.° 118
de 26) declarando que as peças de algodão cru que não têem os caracteres de

22 Resolução n.° 269 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 118
de 26) declarando que os juncos cortados e faceados, que não podem ter applicação senão

22 Portaria (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 129 de 8 de junho) or-


denando que quando os defensores escolhidos pelos accusados se recusassem a desempenhar
22 Annuncio (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 116 de 20) tornando
publico que fôra creada uma cadeira de instrucção primaria em. Touxeinil 169
22 Portaria (pelo ministerio do reino —medita) declarando que aos governadores civis não

serviço deve ser feito, e regulando a faculdade dos governadores civis de prover
em-Casos o m i s s o s . . . . . ...:. ... .... 552
23 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 117 de 24) ordenando
execução o novo horário, approvado em portaria de 19 de Abril . . 169

23 Decreto (peIo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 125 de 3 de junho) approvando òs-arrendamentos feitos n

4
m
Maio 24 Portaria (pelo ministerio das obras publicas -Díario de Lisboa n.° 118 de 26) nomeando a co
24 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n . º 1 1 9 de 27)
;
creando concursos annuaes de gado bovino para as raças puras de Barroso e de

24 Resolução n º270 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 120
de 29) declarando que as ardozias em fórma de livros estão comprehendidas no
artigo 26º dos preliminares da pauta 173
26 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n:°120 de 29) no-
meando a commissão encarregada de organisar o plano de melhoramentos do .
Porto ...: a... 173
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa nº 120 de 29)
nomeando a commissão que ha de organisar o plano de melhoramento de Coim-
bra.................. .a 173
27 Officio (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º 120 de 29) de-
clarando um artigo das condições geraes das empreitadas . 174

prehende os preços de transporte de gados, adubos agricolas, bagagens de pas- _


sageiros, e t c , . . . . , .. '174
27 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa nº 125 de 3 de
junho ) declarando extincto o privilegio que competia á companhia de carruagen
29 Portaria (pelo-ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa 128 de 7 de

Torres Novas. . 177


29 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 139 de 22 de junho) re-
- guiando a ordenança dos calibres das peças de artilheria das baterias de campa-

29 Annuncio (pelo ministerio do r e i n o - D i a r i o de Lisboa n.° 121 de 30) de cadeiras


de instrucção primaria creadas nosdistrictós de Bragança, Evora,Horta e Porto. 178

29 Portaria (pelo ministerio do Reino inedita) declarando que SÓ 'podem ser sujei-
tos a aluguer os terrenos considerados bens proprios dos concelhos , mandando
incluir no orçamento do concelho de Alijó a dotação para as estradas, e fazendo
outras emendas no mesmo orçamento. ......... . 554
30 Decreto pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.°. 128 de 7 de junho)
tugueses 178
30 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa nº122 de 31) approvandò

30 Decreto (pelo ministerio da guerra.— Diario de Lisboa n.° 139 de 22 de junho)


concedendo o uso de banda aos officiaes de secretaria do supremo conselho de
justiça militar 180

30 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) emendando o orçamento do concelho de Chaves

ctificando a dotação das estradas municipaes 555


3 1 P o r t a r i a (pelo ministerio da marinha Diario de Lisboa n.° 124 de 2 de junho)

seguiraprofissão de piloto de navios mercantes 180


31 Resolução n.° 271 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 125
de 3 de junho) declarando que o assucar expurgado devia pagar direitos como
refinado.. 180
3 1 R e s o l u ç ã o n.º 272 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario de Lisboa n.° 125
de 3 de junho) contendo a mesma disposição do antecedente 181
31 Resolução n . º 2 7 3 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 125
de 3 de junho) declarando que os rabos de boi devem pagar direitos de 5 por
cento da valorem. 181
31 Portariai(pelo ministerio do reino — inedita) declarando que loterias e rifas são
uma e a mesma cousa, e que aquellas e estas só podem auctorizar-se para actos
• < Í I - : , . d e beneficiencia ou de protecção ás a r t e s . . 555
Junho 4 Decreto (pelo ministerio da justiça Diario de Lisboa nº 125 de 3 ) concedendo
amnistia por todos os crimes politicos commettidos até á sua .data a 183
4 Decreto(pelomiministeriodas obras publicas—Diario de Lisboa n.° 128 de 7) abrindo

1 Portaria (pelo. ministerio da marinha —Diario de Lisboa n . º 1 2 8 de 7) recomendando


a observancia do decreto de 14 de agosto de 1856,que determina os
casos em que os governadores geraes podem tomarprovidencias legislativas...184

2 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.°126 de 5) conceden-


do escusa do recrutamento maritimo a um.mestre de um navio mercante 184

o engenheiro director das Obras:publicas para o abastecimento das


aguas da capital a proceder aos necessarios trabalhos para o engradecimento
XV

das caleiras do aqueducto das aguas livres desde a Porcalhota até ao ponto de
entroncamento no aqueducto da Mata 184
Junho 3 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa n.° 126 de 5)
fazendo constar que se acha aberta a estação do Fundão 184
5 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 128 de 7) or-
denando que o director das obras para o abastecimento das aguas da capital
proponha as providencias precisas para que durante o verão se aproveitem
melhor as dos chafarizes 185
6 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 128 de 7) or-
denando que a commissão encarregada de propor o plano de melhoramentos da
capital tenha em vista a necessidade de construir casas 185
6 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 140 de 26)
concedendo provisoriamente a mina de chumbo da Portella de Carros, a Carlos
Augusto Bom de Sousa 185
6 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—diario de Lisboa n.° 140 de 26)
concedendo provisoriamente a Carlos Augusto Bon de Sousa a mina de chum-
bo de Adorigo, concelho de Tabuaço 185
7 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 130 de 9) regulando
o modo de pagamento dos ordenados dos empregados, e os vencimentos das
classes inactivas sem deducções aquelles, e com o augmento de 25 por cento
a estas, etc 186
7 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 131 de 10) fixando a
congrua dos presbyteros europeus que no Oriente forem encarregados do gover-
no de alguma diocese, ou de alguma missão, e determinando que se dê passa-
gem paga aos presbyteros que forem para a india pôr-se ás ordens do arce-
bispo de Goa 186
7 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 131 de 10) fixando
a congrua do ecclesiastico que for nomeado para substituir o arcebispo de Goa,
no caso de impedimento d este ou de seu fallecimento 187
8 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 133 de 14) abrindo um
credito extraordinario para despezas de policia 187
Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 133 de 14) abrindo um
credito extraordinario para despezas com as obras da padaria militar 188
8 Decreto (pelo ministério das obras publicas — Diario de, Lisboa n.° 134 de 16)
abrindo um credito extraordinario para as despezas da fiscalisação e explora-
ção dos caminhos de ferro 188
8 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 135 de 17) approvando
o regulamento para os actos de philosophia da universidade 189
8 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diário de Lisboa n.° 141 de 27)
abrindo um credito extraordinario para as despezas a fazer com o serviço dos
telegraphos do reino ' 190
8 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 131 de 10) abrindo
um credito extraordinario para pagamento dos saques feitos pelo governador de
Timor, e para o das despezas extraordinarias em soccorros a Cabo Verde 190
9 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 131 de 10) approvando
o regulamento interino para a succursal do banco ultramarino em Loanda 191
9 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 131 de 10) man-
dando elaborar um projecto para o arrendamento em hasta publica da fabrica
de cal do Rio Secco 196
9 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 132 de 12) declarando
que os mancebos sujeitos ao recrutamento da armada que forem admittidos a
servir como substitutos deverão depois completar o tempo de serviço que pes-
soalmente lhe pertença, alem d'aquelle do contrato 196
9 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 132 de 12) no-
meando para a commissão encarregada do estudo da padaria na capital o ge-
rente da companhia lisbonense de moinhos a vapor. 197
9 Portaria (pelo ministério das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 133 de 14) con-
cedendo provisoriamente a Freitas & Dromgaole a mina de manganez na her-
dade da Alparchina, concelho de Ourique 197
9 Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 139 de 22) regulando
o modo por que os conselhos administrativos dos corpos hão de remetter á com-
missão de lanificios as massas para fardamento 198
9 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 166 de 27) determi-
nando que os maritimos admittidos no serviço da armada como substitutos, se
lhes tocar por sorte servir por si, completem o tempo de serviço a que estão obri-
gados pelo contrato, e depois o que lhes tocar pessoalmente 556
10 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 132 de 12) concedendo
a Augusto Archer da Silva o privilegio exclusivo da navegação do rio Quanza
por barcos de vapor 198
10 Ordem do exercito n.° 25 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 133
de 14) regulando a liquidação e entrega do saldo por ajuste de contas ás praças
contratadas que forem despedidas do serviço por incapacidade p h y s i c . . . 201
10 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 139 de 22) mandando
melhorar o rancho dos soldados em Cabo Verde, e pedindo um mappa do ran-
cho distribuido nos ultimas doze mezes 202
XVI

Junho 10 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 134 de 16) mandando
;
pagar os juros de inscripções de assentamento o de coupons nos concelhos ca-
pitaes das comarcas judiciaes 203
10 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 134 de 1(3) ap-
provando o regulamento do banco Lusitano 206
10 Portaria (pelo ministerio da m a r i n h a — D i a r i o de Lisboa n.° 133 de 14 ) indicando
ao governador geral de Cabo Verde como devem ser distribuidos os soccorros
que vão mandar-se-lhe para attenuar a escassez de colheitas no archipelago... 206
10 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 142 de 28) creando
no Ribatejo um concurso annual de gado cavallar nascido e creado em Portugal 206
11 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) mandando proceder contra uma com-
missão de recenseamento que não fez os trabalhos nos prasos legaes, e declarando
que o governador civil devia ter tomado conhecimento das reclamações que con-
tra este abuso se lhe fizeram 356
12 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 137 de 20) mandando lou-
var Manuel Joaquim da Silva Capello pelo offerecimento de livros, pautas, lou-
sas, etc., para a escola da villa d'Alva 208
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 137 de 20) ap-
provando os estatutos da associação de soccorros mutuos denominada protectora
dos artistas de Olhão 208
14 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 166 de 27 de julho)
ordenando que âs praças de marinhagem que em cumprimento de sentença s e r -
virem nos navios do estado, se abone ração de vinho e de aguardente 209
17 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 136 de 19) declarando
que o pagamento de matricula effeituado pelos alumnos como externos, lhes
aproveita para a disciplina que frequentarem como voluntários, pertencendo ao
mesmo anno do curso 209
17 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de
julho) approvando os estatutos da associação philarmonica protectora do monte
pio de Nossa Senhora de Caparica 209
19 Mappa (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 137 de 20) dos
registos de minas, caducos, nos termos do decreto de 13 dc agosto de 1 8 6 2 . . . 211
20 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) determinando que u m a eleição (Jye
havia de ter logar em julho se fizesse pelo recenseamento revisto, comquanto
lhe faltassem ainda as rectificações que podessem ser ordenadas pelos tribunaes
superiores 557
21 A n n u n c i o (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa n.° 139 de 22)
fazendo publico que foi aberta a estação do Pomarão 212
21 Decreto (pelo ministerio da m a r i n h a — Diario de Lisboa n.° 141 de 27) regulando
a alheação das roças da fazenda na provincia de S. Thomé e Principe 212
21 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa, n.° 170 do 1.° de
agosto) concedendo por tempo illimitado á firma Soares Sobrinho & socios a
mina de cobre de Alcalá e Alcalaim, concelho de Evora 212
21 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que os mancebos que vo-
luntariamente assentam praça são levados em conta nos concelhos do seu do-
micilio, mas no anno seguinte aquelle em que tiverem praça 558
27 Portaria (pelo ministerio do reino—-inedita) dispondo que se chamem facultativos
civis para as juntas de revisão, quando estiverem impedidos os militares 558
28 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.º de julho)
abrindo um credito extraordinario para. soccorros á provincia de Cabo Verde. 214
28 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo um credito extraordinario para pagamento das despezas do serviço pu-
blico em Cabo Verde .• 214
28 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo um credito supplementar para pagamento da differença de custo das
rações das praças da armada, durante o segundo semestre do anno economico
corrente 214
28 Resolução n.° 274 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 144
do 1.° de julho) declarando que as garrafas de vidro branco, ainda destinadas
para a exportação de vinhos nacionaes, são sujeitas ao direito de 160 réis por
kilogramma . 215
28 Resolução n.° 275 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 144
do 1.° de julho) declarando que um tecido de linho differente do brim devia ser
sujeito ao direito de 500 réis por kilogramma, como tecido de linho não classi-
ficado 215
29 Decreto (pelo ministerio da justiça — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo u m c r e d i t o supplementar p a r a pagamento dos magistrados aposentados
e do augmento do terço 216
29 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 145 de 3 de julho)
abrindo um credito supplementar para pagamento da differença do preço das
rações de pão e de forragem do exercito nos mezes de abril a junho . . . 216
29 Decreto (pelo ministerio da g u e r r a — Diario de Lisboa n.° 145 de 3 de julho)
abrindo um credito extraordinario para obras no edificio da escola do exercito. 216
29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de ju-
lho) abrindo um credito supplementar para despezas da repartição dos correios. 217
XVII

Junho 29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de ju-
lho) abrindo um credito supplementar para pagamento das despezas da repar-
tição de pesos e medidas 217
29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 146 de 4 de ju-
lho) abrindo um credito supplementar para satisfazer á companhia dos canaes
de Azambuja a differença entre o rendimento liquido do canal e o juro do ca-
pitai desembolsado 217
29 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa nº 164 de 25 de julho)
abrindo um credito extraordinario para pagamento do augmento de 20 réis dia-
rios no pret das praças do exercito 217
30 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo creditos supplementares para pagamento do excesso de despeza com as
côrtes, com restituição de direitos de tonelagem, com juros de diversas transac-
ções, com ordenados de empregados aposentados, com a fiscalisação das alfan-
degas, com as quotas pela arrecadação dos rendimentos publicos, e com as ma-
trizes e lançamentos 218
30 Decreto (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 144 do 1.° de julho)
abrindo um credito supplementar para pagamento da differença de cambios e
premios de transferencias de fundos a cargo da junta do credito publico 218
30. Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.º152 de 11 de
julho) reconhecendo Armand Theophylus Donnet cómo descobridor da mina de
cobre na herdade das Caldeiras, concelho de Elvas 218
30 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 198 de 23 de
agosto) abrindo um credito extraordinario para pagar a despeza da repartição das
matas 558
Julho 1 Ordem do exercito n.° 28 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 147
de 5) declarando que o augmento de pret ás praças do exercito deve começar a
contar-se de 20 de maio 221
1 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 160 de 20) con-
cedendo á firma Soares Sobrinhos & Socios a propriedade da mina de cobre de
Alcala e de Alcalaim, concelho de Evora 221
3 Anuncio (pela direcção geral dos telegraphos —Diario de Lisboa n.° 146 de 4) declarando
dos ás estações para serem transmittidos devem ir fechados 222

3 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 150 de 8) determinando


sem fiador que se obrigue a responder pela despeza que o alumno fizer no col-
legio, na rasão de 144$000 réis em cada anno, se elle não tomar ordens sacras,
ou ordenado não for servir no ultramar 223
4 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 150 de 8) creando uma
comarca judicial em Quelimane, composta dos districtos de Quelimane e Tete. 223
4 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 160 de 20) ap-
provando os estatutos da caixa portugueza de seguros mutuos sobre a v i d a . . . . 223
5 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 150 de 8) determinando
que no concelho do Crato reverta para os juizes eleitos o julgamento de trans-
gressão de posturas 229
5 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 150 de 8) creando na
provincia de Timor um cirurgião mór, um facultativo de primeira ou de se-
gunda classe e um primeiro pharmaceutico, etc 230
5 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 150 de 8) elevando
Angoche á categoria de governo subalterno, creando ali uma alfandega, um
concelho e julgado, etc 230
5 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 150 de 8) determinando
e proposta do governador gerai, e accumule este logar com o de administrador
do concelho e de membro da junta de justiça, etc 231
5 Decreto (pelo ministerio "da marinha—Diario de Lisboa n.° 151 de 10) creando no
lyceu de Goa mais um logar de substituto para as cadeiras de latim, philoso-
phia, rhetorica e historia 231
5 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 151 de 10) creando
em Goa um tribunal commercial com alçada até 200$000 réis 232
5 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 151 de 10) de-
clarando legalmente constituido o banco do Minho 232
5 Portaria (pelo ministerio do reino —Diario de Lisboa n.° 153 de 12) declarando o
modo por que devem ser indemnisados os mancebos chamados como supplentes
dos refractarios pelo tempo que os substituirem 233
5 Portaria (pelo ministerio do reino —Diario de Lisboa n.° 152 de 11) ordenando
que as camaras municipaes remettam ao administrador do concelho um dupli-
cado do recenseamento eleitoral oito dias depois d'aquelle em que o houverem
recebido das commissões de recenseamento 234
7 Portaria (pelo ministerio da marinha —Diario de Lisboa n.° 152 de 11) determi-
nando que as notas do banco ultramarino sejam recebidas em todas as reparti-
ções publicas em Angola, e dando outras providencias em favor do [mesmo
banco 235
7 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 279 de 9 dc dezem-
xypi

bro) auctorisando os commandantes dos navios de guerra, que tocarem no- cabo
de Boa Esperança a despenderem com a policia do paiz as quantias precisas
Julho para a captura dos desertores 559
8 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 152 de 11 ) declarando
que o conselho de districto só póde auctorisar emprestimos rios termos da lei
de 6 de junho de 1864, quando esses emprestimos houverem de ser applicados
nos termos d'ella, e que a dotação para as estradas ha de ser incluida forçosa-
mente nos orçamentos municipaes do anno corrente . . . . 235
8 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa 151 de 10 de
julho) declarando que se acha aberta a estação de Mangualde 236
10 Ordem do exercito n.° 29 (pelo ministerio da guerra —Diario de Lisboa n.° 153 de
12) mandando que sejam indeferidas nos corpos as pretensões das praças de
pret que pretenderem passar para as guardas municipaes se os pretendentes não
tiverem dois annos de serviço e assento sem nota 236
10 Decreto (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 162 de 22) estabelecendo
o direito de 100 réis por kilogramma para o carroá em obra. 237
10 Decreto (pelo ministerio da fazenda —Diario de Lisboa n.° 163 de 24) estabelecendo
o direito de 75 réis por kilogramma para a seda em desperdícios de tear 237
10 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 180 de 22 de agosto)
- determinando que ás praças de pret do exercito que voluntariamente forem ser-
vir no ultramar se abone o pret em moeda forte 238
10 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 180 de 12 de
agosto) concedendo provisoriamente a Jorge Suche a mina de chumbo do Tedo,
concelho de Tabuaço 238
11 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 159 de 19) estabelecendo
o quadro dos officiaes e praças de pret da padaria militar 239
strucções para a recepção e deposito dos productos estrangeiros que têem de ser
depositados no edificio da exposição internacional do Porto 240
11 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 156 de 15) louvando o
conselho director da associação protectora do asylo de D. Pedro V no Campo
Grande, por ter dado casa, mobilia, preparos e gratificação ao professor e pre-
mios para os alumnos da escola da freguezia 248
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 157~de 17) fixando o
quadro e vencimentos dos empregados da contadoria da junta de fazenda de
Cabo Verde 248
11 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 186 de 21 de
agosto) auctorisando a transferencia da propriedade da mina de chumbo de Ser-
radella de R. H. Russell para a companhia de mineração portuense .... 559
recolhidos pelos aferidores devem ser entregues aos inspectores de pesos e me-
didas . . 560
21 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 156 de 15) creando em
Macau um corpo de interpretes de lingua sinica e designando os respectivos ven-
cimentos 249
12 Carta regia (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 157 de 17)
convidando Sua Magestade El-Rei D. Fernando para presidir á commissão dire-
ctora da exposição dos productos nacionaes em Lisboa e dos trabalhos prepara-
torios da de Paris 249
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.°157de 17) or-
denando que o presidente do conselho de ministros e os ministros do reino, fa-
zenda, marinha e obras publicas, façam parte da commissão directora da expo-
sição dos productos nacionaes e a presidam na ausencia de El-Rei, e que sirva de
secretario o conselheiro Rodrigo de Moraes Soares 250
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 157 de 17) creando
a commissão central directora aos trabalhos preparatorios para a exposição de
Paris, dividindo-a em secções, etc 250
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario do Lisboa n.° 157 de 17) creando
um premio de honra de 500$000 réis para ser conferido ao creador nacional
que sobresaír no complexo de fedas as disposições que constituem a industria
cavallar e regulando a fórma da sua concessão 251
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 157 de 17)
abrindo um credito extraordinario para a continuação das obras do porto ar-
tificial de S. Miguel 252
12 Resolução n.° 278 (pelo conselho geral das alfandegas—Diário de Lisboa n.° 157
de 17) declarando que os chailes de lã com barra de seda estão sujeitos aos di-
reitos estabelecidos no n.° 3.° do artigo 24.° dos preliminares da pauta 253
12 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 162 de 22)
concedendo por tempo illimitado a Carlos Augusto Bon de Sousa a mina de
chumbo de Ádorigo, concelho de Tabuaço. 253
12 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que no impedimento tem-
porário dos recrutas effectivos sejam chamados os supplentes, guardada a ordem
do sorteamento 560
13 Resolução n.° 277 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 154
de 13) declarando que o oleo de côco est áisento de direitos 255
m
Julho 13 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 156 de 15) abrindo,
um credito extraordinario para a conclusão das obras e melhoramentos dos
pharoes 255
15 Ordem da armada n.° 36 (pelo ministerio da marinha —Diario de Lisboa n.° 186
de 12 de agosto) determinando que os militares das provincias ultramarinas
que estão no reino estudando apresentem no começo ao anno lectivo certidão
de matricula em todas as aulas que constituem o anno de estudo, e no fim do
anno lectivo certidão de approvação 255
14 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 157 de 17) isentando
do serviço da armada um mancebo que tinha um irmão com praça no corpo
de marinheiros militares 256
15 Ordem do exercito n.° 30 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 159
de 19) regulando o abono das praças dos corpos da 9ª e 10ª divisão militares
que estiverem addidas aos corpos do continente, e o das praças que do conti-
nente tiverem passagem para as ilhas, e vice-versa, e ordenando que os con-
selhos administrativos ou os individuos que têem a seu cargo utensílios milita-
res, remettam um mappa d'elles ao arsenal do exercito até 31 de julho 256
17- Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 16o de 26) determinando
corpos quando lhes for applicada a exclusão temporaria, que durante as ferias
os da escola polytechnica fiquem ás ordens do commandante da escola do exer-
cito, assim como se perderem o anno, etc 257
18' Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 159 de 19) mandando
isentar um mancebo do serviço da armada por ter um irmão n'elle 257
19 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 186 de 21 de agosto)
determinando que os maritimos matriculados como praticantes dè pilotagem em
. . um navio de commercio, sejam isentos do recrutamento 560
19 Resolução n.° 279 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 161
de 21) declarando que o carbonato de soda contendo partes de soda caustica
deve pagar os direitos segundo a porção d'estas substancias 258
21 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 164 de 25) nomeando
. uma commissão para propor o plano de illuminação das costas do reino 258
21 Decreto (pelo conselho das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 164 de 25)
abrindo um credito extraordinario para as despezas do arrolamento dos vinhos
•do Douro da novidade de 1864 259
21 Annuncio (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 162 do 22) sobre crea-
ção de cadeiras de instrucção primaria em Angra 259
22 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 163 de 24)
declarando legalmente constituido o banco lusitano 259
22 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 164 de 25) approvando
sitano 259
22 Decreto (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 168 de 29) alterando
a organisação das alfandegas de Barca de Alva e de Lagoaça 260
24 Portaria (pelo ministerio da guerra—Diario dc Lisboa n.° 173 de 4 de agosto)
prorogando até 31 de dezembro o praso para as reclamações das prestações pa-
gas ao monte pio militar 260
24 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 176 de 8 de agosto)
nomeando um vogal para a commissão encarregada de propor as medidas para
melhorar-se o estado de Cabo Verde 261
25 Decreto pelo (ministério da marinha—Diario de Lisboa n.° 167 de 28) determi-
nando os castigos que no uitramar devem ser impostos aos diversos crimes de
deserção militar, e determinando os tribunaes para onde póde recorrer-se dos
julgamentos n'estes delictos 261
25 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario dc Lisboa n.° 170 de 1 de agosto)
abolindo os castigos corporaes nas tropas do ultramar, applicando-lhes a legis-
lação do reino, e determinando as provincias onde devem servir as praças decla-
radas incorrigiveis, etc 162
26 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 166 de 27) determi-
nando que seja considerado documento essencial para desembaraçar qualquer
embarcação responsavel por avaria ou abalroamento por quantia não excedente
a 50$000 réis, o recibo d'esta quantia passado pelo capitão do porto 263
26 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 168 de 29) determi-
nando os vencimentos dos empregados civis, ecclesiasticos, judiciaes e militares
em Macau 263
26 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 169 de 31) approvan-
do o contrato feito com João Baptista Burnay, para a concessão de uma parte
do ilheu de Santa Maria, e de uma porção da praia fronteira para deposito de
carvão de pedra 265
26 Portaria (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 186 de 21 de agosto)
' em commissão, e estabelecendo as gratificações dos officiaes encarregados
d'ella .....267
26 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 173 de 4 de agosto)
' mandando servir nos regimentos de artilheria e companhias de artilheria dos
XX

Açores e Madeira officiaes das armas de cavallaria e de infanteria habilitados


com os cursos das respectivas armas 268
Julho 26 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 174 de 5 de
agosto) approvando o regulamento para as exposições e congressos agrico-
las 269
26 Resolução n.° 283 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n ° 182
de 16 de agosto) declarando que a seda, desperdícios de tear, paga 75 réis por
kilogramma 271
26 Resolução n.° 284 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 182
de 16 de agosto) com a mesma disposição antecedente 272
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 167 de 28)
recommendando á camara de Lisboa, que vigie que não sejam desviadas do con-
sumo publico as aguas do aqueducto das aguas livres 272
27 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 168 de 29) nomeando
uma commissão para organisar o plano de obras na margem do Tejo, desde a
estação do caminho de ferro até Alcantara, e desde esta parte até Belem 272
27 Decreto (pelo ministerio da fazenda— Diario de Lisboa n.° 176 de 8 de agosto)
abrindo um credito extraordinario para pagamento dos soldos aos officiaes do
exercito em commissão na escola polytechnica, e nas administrações dos con-
celhos ...V 273
27 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 176 de 8 de agosto)
abrindo um credito extraordinario para pagamento da divida do collegio militar
proveniente da differença entre a receita e a despeza 273
28 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 169 de 31) ap-
provando o novo horario para os caminhos de ferro de norte e de leste 274
28 Ordem do exercito n.° 32 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 171
de 2 de agosto) regulando o modo por que deve ser applicado o subsidio para o
rancho dos soldados, que praças têem direito a elle, e determinando que ao me-
nos uma vez por semana o rancho seja de carne 282
28 Ordem do exercito n.° 32 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 171
de 2 de agosto) declarando que os officiaes caserneiros ou de praças de segunda
ordem nomeados para cargos municipaes ou para jurados, não devem pedir a
sua escusa ao ministerio da guerra, mas ás auctoridades competentes... 282
29 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 173 de 4 de
agosto) recommendando a fiel observancia do decreto de 31 de dezembro de
1864 sobre edificações em Lisboa 282
29 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 176 de 8 de agosto)
mandando remetter á commissão creada para indicar as medidas a tomar em
favor de Gabo Verde, uma serie de observações sobre os melhoramentos que
convem ali introduzir para evitar as seccas periodicas, a fim de que a commis-
são as tenha em conta 282
29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—inedita) concedendo a C. A. Clavel
privilegio por cinco annos como inventor de um processo para a utilisação das
limas grossas usadas 561
Agosto 3 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 198 de 4 de setembro)
mandando observar as instrucções do conselho de saude publica, contendo pro-
videncias para o caso de que o cholera invadisse o paiz 285
4 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 174 de 1) recommen-
dando a pontual execução do decreto de 29 de julho de 1861 286
4 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 183 de 17) estabele-
cendo o regulamento do serviço dos inspectores das alfandegas 287
4 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 192 de 28) re-
a
conhecendo a sociedade Cartaxo Street & C. , como descobridora da mina de
ferro da Serra dos Monges, cnncelho de Montemór o Novo 289
5 Decreto (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 180 de 12) dissolvendo a
camara municipal da Regua, por distrahir fundos do cofre do concelho e viciar
a escripturação 561
7 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 191 de 26) declarando
que ao conselho de saude compete continuar a regular o serviço quarentenario
como lhe parecer conveniente 290
8 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 189 de 24) de-
terminando que a junta geral de Angola consulte sobre as alterações que con-
venha fazer na lei eleitoral, e que sobre esta consulta emittam o seu parecer o
conselho de governo e o governador geral 290
9 Resolução n.° 290 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 179
de 11 ) declarando que o papel de cores sobre que recaiu a decisão devia ser con-siderado
ma.... 290
9
Resolução n.° 291 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 179
de l i ) declarando que os batoques de madeira estavam sujeitos ao direito de 500
réis por kilogramma, como madeira em obra miuda 291
9 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita,' dispondo que o lançamento que deve
servir de base para quotisar as camaras para as despezas do districto, é o ulti-
mo que se achar concluido, embora não seja o do anno immediatamente anterior 561
10 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 183 de 17)
XXI

abrindo um credito extraordinario para pagamento dos soldos dos officiaes mili-
tares em commissão no referido ministerio 291
Agosto 10 Portaria (pelo ministerio das obras publicas— Diario de Lisboa n.° 184 de 18) con-
cedendo provisoriamente a Jorge Suche a mina de chumbo de Abergan, conce-
lho de Tabuaço 292
10 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) recommendando a observancia da le-
gislação que prohibe as loterias estrangeiras 562
11 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 180 de 12) regulando
o modo por que devem ser feitas as matriculas dos navios que se destinam aos
portos do Brazil 292
11 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 181 de 14) ap-
provando a reducção das tarifas dos caminhos de ferro de norte e de l e s t e . . . . 293
11 Annuncio (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 180 de 12) sobre ca-
deiras de instrucção primaria, creadas nos districtos de Coimbra, Funchal, Hor-
ta, Leiria, Santarem e Vianna 295
11 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 231 de 12 de outubro)
estabelecendo o modo por que devem ser feitas as matriculas das tripulações dos
navios 562
12 Resolução n.° 282 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 181
de 14) approvando a classificação feita na alfandega de Ponta Delgada de umas
mantas de lã de mais de uma côr 295
12 Resolução n.° 285 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 182
de 16) approvando a classificação de uns tecidos de algodão brancos e lizos, feita
pela alfandega de Lisboa 296
12 Portaria (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 189 de 24) dissolvendo
e louvando a commissão encarregada de formular um projecto de lei de monte
pio militar 296
14 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 183 de 17) mandando
isentar do recrutamento maritimo um mancebo que se habilitára para seguir a
carreira de official da marinha mercante 296
14 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 184 de 18) regulando
o modo como póde ser permittida a reexportação dos tabacos 297
14 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 182 de 16) or-
denando que se tomem as providencias precisas para que se não repitam os in-
cendios que se têem manifestado nas propridades confinantes com o caminho
de ferro de sueste, etc 297
16 Resolução n.° 286 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 184
de 18) declarando que um tecido de linho feito em tiras estreitas em formato
de fita percinta de tear devia pagar direitos de 500 réis por kilogramma 298
17 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que a contribuição muni-
cipal directa deve ter por base o ultimo lançamento concluido, embora não seja
o do anno immediatamente anterior 563
18 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 185 de 19) ordenando que
e que as juntas de fazenda remettam ao governo uma conta annual do rendi-
mento do imposto 298
18 Annuncio (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° -185 de 19) sobre a crea-
ção de uma cadeira de instrucção primaria em Assafarge, concelho de Coim-
bra *. 299
19 Ordem do exercito n.° 35 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 189
quantias que adiantarem para o rancho dos soldados 299
19 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 194 de 30) con-
cedendo privilegio de invenção por uma estufa a vapor para melhorar os vinhos
a Jacinta Candida da Veiga e Sousa 299
21 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 199 de 5 de se-
tembro) concedendo privilegio de invenção a H. A. Archereau, J. M. O. T. Despalles
poração, decomposição, calefacção o fusão das materias animaes e vegetaes, etc. 300

21 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 206 de 13 de setembro)


determinando o uniforme dos officiaes e aspirantes da repartição de saude do
exercito * 300
22 Decreto (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 192 de 28) estabelecendo
o regulamento para o concurso dos logares do magisterio superior dependentes
do ministerio do reino 300
22 Decreto (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 204 de 11 de setembro)
regulando o serviço medico-veterinario do exercito 307
22 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 230 de 11 de
outubro) concedendo privilegio por dez annos a A. J. B. P. Thierry, como in-
ventor de um processo para a suppressão do fumo nas caldeiras a vapor, nas for-
nalhas industriaes, etc 563
23 Resolução n.°. 287 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 190
de 25) declarando os capachos de cairo feitos em tecido de canhamo sujeitos
ao direito de 250 réis por kilogramma 318
24 Portaria (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 191 de 26) re-
g u l d o provisoriamente a concessão do subsidio aos alumnos que frequentarem
os cursos de veterinaria e de agronomia no instituto geral de agricultura 318
Agosto 24 Annuncio (pela direcção geral dos correios—Diario de Lisboa n.° 291 de 26) de-
clamando quaes são os portas da correspondencia de Portugal, Açores, Madeira
e provincias da Africa occidental com destino á Prussia e estados da união pos-
tal allemã, ou para os estados a que a Prussia serve de entremedio.. 320
24 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 196 de 1 de setembro)
abrindo um credito supplementar para pagamento do excesso de custo das ra-
ções de pão e de forragem no primeiro trimestre do anno economico 322
25 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 231 de 12 de outu-
bro) estabelecendo providencias hygienicas nos navios de guerra para impedir
o desenvolvimento do cholera morbus 564
28 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 193 de 29) recommen-
dando. ao governador geral de Angola, que faça cumprir pontualmente o decreto
de 3 de.novermbro de 1856, que aboliu para os indígenas o trabalho f o r ç a d o . . . . 322

28 Ordem do exercito n.° 36 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 196 de

res continue a ser feito pelo arsenal do exercito, e. que nos mappas de gerencia,
dos conselhos administrativos se lancem só os vencimentos e descontos recebi-
dos durante o mez 323
28 Ordem do exercito n.° 36 (pelo ministerio da guerra — Diário de Lisboa n.° 196
de 1 de setembro) regulando o modo de averbar na conta corrente das praças
vindas com passagem de outros corpos, os debitos que ellas tiverem . . . 323
28 Ordem do exercito n.° 36 (pelo ministerio da guerra— Diario de Lisboa n.° 196 de
1 de setembro) determinando que a agencia militar comece a funccionar em 16
de setembro e prohibindo aos militares tomarem parte nas touradas como tou-
readores. 323
30 Resolução n.º 288 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 196
classificado como carroá em obra o pagar 100 réis por kilogramma 323
30 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 198 do 4 de setembro)
; encarregando a João Antonio dos Santos Silva de estudar as vantagens ou in-
convenientes que podem resultar da extensão ou modificação dos direitos de
consumo da alfandega municipal 324
30. Decreto (pelo ministério das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 205 de -12 de Setembro)
approvando os estatutos da companhia o união fabril de Lisboa» 324
30 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 259 de 15 de
novembro) approvando os novos estatutos da companhia B o n a n ç a . . . 565
31 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° -198 de 4 de setembro) de-
clarando gue os vogaes substitutos das commissões de recenseamento não po-
. dem ser chamados a funccionar, quer n'ellas quer nas assembléas eleitoraes, se-
não quando faltarem os proprietarios 327
31 Ordem do exercito n.º 38 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 206
de 13 de setembro) explicando como ha de ser feita a promoção aos postos in-
feriores dos corpos de cavallaria, infanteria e caçadores 328
4 Lei (pela presidencia do conselho de ministros —Diario de Lisboa n.° 208 de 9)
Setembro auctorisando El-Rei a sair do reino e commettendo a regencia d'este a El-Rei
D. Fernando 329
5 Portaria (pelo ministério do reino—Diario de Lisboa n.° 210 de 18) regulando os
exames de admissão, preparatorios da escola do exercito, perante os lyceus de
Lisboa, Coimbra e Porto, para os alumnos militares que se destinam aos differen-
tes cursos d`aquella escola 329
6 Resolução n.° 289 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 201 de
7) declarando que uns paus de faca foram bem classificados como madeira em
bruto e sujeitos ao de 2,5 réis por kilogramma 330
6 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 209 do 16) con-
cedendo por tempo illimitado a Lucas Espaíía a mina de ferro sita em Felguei-
ras, concelho de Bragança 330
9 Portaria (peio ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 204 de 11) prohibindo
os adiantamentos de soldos ou vencimentos aos empregados dependentes do mes-
mo ministerio, salvo os de comedorias aos officiaes que seguem viagem, per-mittindo-os a

promovidos a officiaes, descontando-se pela sexta parte do vencimento 331


9 Annuncio, (pela direcção geral dos telegraphos—Diario de Lisboa n.° 204 de 11) pu-
. M e a n d o que se acha aberta a estação de Sagres, que se corresponderá com os
navios.,.. 332
11 Portaria (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 210 de 18) regulando
a epocha em que as praças dos corpos devem pedir licença para seguir estudos
superiores, o modo de o fazerem e as condições em que se devem achar 332
12 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 209 de 16) recommen-
dando as repartições fiscaes que não ultrapassem jamais as auctorisações supe-
riores relativas a pagamentos 335
12Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 209 de 16) determinando
nas deve levar-se pelo registo da declaração do descobrimento de minas -335
Setembro 12 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa nº212 de 20) approvando
as tabellas do preço das fainas que no arsenal da marinha se fizerem a pedido
de particulares, e o da indemnisação pelo uso dos' objectos do arsenal que se em-
prestarem .... 335
13 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 208 de 15)
nomeando urna commissão para estudar a exposição internacional do Porto e
fazer um relatorio ácerca d'esse estudo 338
13 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 208 de 15)
determinando que as aguas denominadas da Mata, sejam introduzidas no aque-
dueto das aguas livres 339
13 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 208 de 15) ap-
provando o regulamento provisorio para a admissão dos boletineiros e guarda-
fios do serviço electro-telegraphico 339
13 Officio (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 208 de 15) pe-
dindo ao presidente da associação promotora da industria fabril que indique os
mestres de fabricas e operarios que devem ser mandados estudar á exposição do
Porto 340
13- Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 209 de 16) ap-
provando os estatutos do monte pio «Jesus, Maria, José» 340
13 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 209 de 16) de-
clarando o banco ultramarino habilitado para continuar nas suas operações 341
15 Portaria (pelo ministerio dá guerra —Diario de Lisboa n.° 211 de 19) creando uma
commissão para rever e compilar a legislação militar 341
15 Edital (da camara municipal de Lisboa — Diario de Lisboa n.° 209 de 16) deter-
minando que os predios sejam caiados e pintados do seis em seis annos 341
15 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario do Lisboa n.° 227 de 7 de
outubro) concedendo a Francisco José de Sousa c Silva patente de inventor de
um processo para producção de provas photographicas sobre cartão, esmalte e
porcelana 342
16 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 230 de 11 de outubro)
determinando que possa conceder-se a medalha militar aos militares que, ainda-
que tenham commettido faltas leves, sejam estas anteriores aos annos de exem-
plar comportamento exigidos pelo decreto de 2 de outubro de 1863 343
16 Portaria (pelo ministerio da justiça—Diario de Lisboa n.° 210 de 18) mandando-
organisar mappas sobre o estado das cadeias do reino 343
18. Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 233 de 14) determinan-
do que o julgamento das transgressões de posturas no concelho da Horta reverta
para os juizes eleitos 344
19 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 212 de 20) ordenando
que cessem os emprestimos gratuitos dos objectos do arsenal e as fainas gratui-
tas, o que uma e outra cousa possa fazer-se mediante retribuições segundo as
respectivas tabellas 344
20 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 222 de 2 de outu-
bro) approvando a creação de uma cadeira, de instrucção primaria na freguezia
de Sant'Anna da provincia de S. Thomé e Principe . . 345
21 Alvará (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 242 de 25 de outubro) no
qual Sua Magestade se declara protector do hospital do Espirito Santo de Ta-
vira 345
22 Officio (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 215 de 23) re-
commendando que no caso de sinistro nos caminhos de ferro se participe logo
ás auctoridades administrativas para providenciarem, e que se não alterem os
vestígios dos factos, emquanto a auctoridade judicial não terminar os seus exa-
mes ^ 346
23. Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 216 de 23) ap-
provando o horario do caminho de ferro de sueste, para regular o serviço, a
• contar desde 1 de outubro, e a reducção a duas as quatro viagens que se acha-
vam estabelecidas 346
23 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 279 de 9 de dezem-
bro) mandando inspeccionar pelo conselho do saude naval todos os creados, co-
zinheiros o praças avulsas de marinha, a bordo dos navios de guerra 564
26 Portaria (pelo ministerio da justiça—Diario de Lisboa n.° 218 de 27) recommen-
dando a algumas commissões comarcas encarregadas de propor as alterações na
circumscripção das parochias, a prompta conclusão dos seus trabalhos 348
26 Decreto (pelo ministerio da justiça — Diario de Lisboa n.° 218 de 27) nomeando
tres vogaes para a commissão revisora do codigo commercial para substituirem
outros tres fallecidos.. 350
26 Decreto (pelo ministerio da justiça—Diario de Lisboa n.° 218 de 27) dissolvendo a
commissão revisora do codigo civil, e louvando o seu serviço 350
26 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 221 de 30) mandando
formar uma divisão naval para acompanhar El-Rei na sua saída do reino 352
26 Edital (pela reitoria da universidade de Coimbra—Diario de Lisboa n.° 224 de 4
de outubro) estabelecendo providencias disciplinares contra os estudantes que
não frequentam as aulas ou não mostram aproveitamento, e contra os que são
discolos e turbulentos 359
29 Resolução n.° 290 (pelo conselho geral das alfandegas—Diario de Lisboa n.° 226
XXIV

de 6 de outubro) declarando que foram bem classificados como toldos uns ob-
jecto apresentados a despacho que, comquanto tivessem armações como as dos
chapéus de sol, não podiam ser classificados como taes, porque não eram ma-
nuaes e communs 353
Setembro 29 Resolução n.° 291 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 226
de 6 de outubro) declarando que uns enfeites de cabeça para senhora deviam
ser classificados como quinquelherias 354
30 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 223 de 3 de outubro)
determinando que os professores de instrucção superior e secundaria remettam
no principio de cada mez ao seu chefe litterario um summario das materias lidas
no mez antecedente. 354
30 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 224 de 4 de outubro) de-
clarando que os estabelecimentos insalubres, perigosos ou incommodos não
mencionados no decreto de 21 de outubro de 1863, estão sujeitos á acção po-
licial das camaras municipaes pela faculdade que lhes coníere o artigo 120º
§ ultimo do codigo administrativo 354
30 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 226 de 6 de
outubro) approvando a proposta da empreza do caminho de ferro de sueste,
para estabelecer um comboio extraordinario de mercadorias quando as cir-
cumstancias assim o exigirem 355
30 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.°224 de 4 de outubro)
pedindo explicações sobre o facto de existirem no Ambriz quatrocentos qua-
renta e tres escravos registados, havendo sido abolida e escravidão por lei de
5 de julho de 1856 355
30 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 224 de 4 de outubro)
mandando informar o governador de S. Thomé e Principe sobre a convenien-
cia de introduzir na provincia crumanos (indigenas da republica de Liberia) 355
30- Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que os rendimentos provenientes d

por elles se não pagar contribuição alguma 570


Outubro 2 Proclamação (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 223 de 3) na qual
Sua Magestade El-Rei D. Fernando declara assumir a regencia durante a ausen-
cia de El-Rei 357
2 Decreto (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 223 de 3) estabelecendo
o formulario dos diplomas e actos do governo durante a regencia 357
2 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 229 de 10) no-
meando uma commissão para consultar as reclamações de alguns officiaes sobre
a classificação que lhes foi dada no corpo de engenheria civil 358
2 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 224 de 4) regulando
o modo por que devém ser feitas as arrematações de tarefas e de empreitadas
no arsenal da marinha 358
3 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 228 de 9) negando a confirmação
feito serviços relevantes, não se podendo considerar taes os ordinarios aindaque
diuturnos." 359
4 Decreto (pelo ministerio da justiça —Diario de Lisboa n.° 225 de 5) nomeando
mais um vogal para a commissão encarregada de colligir os documentos que
devam servir de subsidio para o estudo do direito ecclesiastico portuguez 359
4 Decreto (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 226 de 6) abrindo um
credito supplementar para despezas extraordinarias de saude publica 360
4 Portaria (pelo ministerio do reino —Diario de Lisboa n.° 228 de 9) declarando que
escrivão da administração de Angra do Heroismo 360
4 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 243 de 26) de-
terminando que o serviço annual dos afilamentos em Lisboa seja feito de 1 de
julho a 1 de outubro 361
4 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que as misericordias que
se regem pelo compromisso da de Lisboa podem eleger provedor não fidalgo,
não havendo irmão com esta qualidade, ou não querendo ou não podendo acei-
tar os que a têem 570

aspirantes de marinha as disposições da portaria de 5 de setembro relativa aos


exames dos alumnos militares 361
5 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 226 de 6) determinando
que os aspirantes de marinha que quizerem aproveitar-se do beneficia da portaria

5 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 228 de 8) estabele-


cendo providencias para reprimir os abusos dos empregados que faltam á re-
partição ou que se ausentam d'ella sem licença 361
5 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 237 de 19) de-
clarando que os fiscaes do governo junto das companhias de commercio e de
sociedades anonymas têem o direito de assistir ás assembléas geraes e ahi tomar
parte nas discussões 362
6 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 228 de 9) declarando
que as irmandades não podem requerer expropriações por utilidade publica... 363
XXV

Outubro 7 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 229 de 10) determi-
nando que continue a cobrar-se o imposto de 500 réis em pipa de vinho ou de
geropiga que entrar no Porto 363
7 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 229 de 10) prohibindo
provisoriamente a admissão no reino de partidas de couros ou de despojos de
animaes provenientes de Inglaterra, Belgica e Hollanda 364
7 Ordem do exercito n.° 45 (Diario de Lisboa n.° 230 de 11) declarando que as dis-
posições do § 6.° do artigo 356.º do regulamento da fazenda militar só são appli-
caveis ás praças de pret, cujo serviço nas fortificações é facultativo 364
7 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) resolvendo que as receitas nos orça-
mentos municipaes devem ser avaliadas pelo termo medio dos tres annos ante-
cedentes, que os orçamentos não podem approvar-se com deficit, que este existe
quando se exageram as receitas, e que as camaras não podem ter cobradores de
rendas 571
7 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 231 de 12) dissolvendo
a camara municipal de Boticas, por ter desobedecido ás ordens do governador
civil e por ter detrahido os dinheiros do concelho 572
9 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 249 de 3 de
novembro) concedendo por tempo illimitado a Alonso Gomes a mina de man-
ganez na herdade dos Escudeiros, concelho de Mertola 364
9 Decreto (pelo ministerio das obras publicas— Diario de Lisboa n.° 250 de 4 de
novembro) concedendo por tempo illimitado a Alonso Gomes a mina de man-
ganez das Cruginhas, concelho de Mertola 365
10 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 230 de 11) declarando
que a disposição do ultimo regulamento das alfandegas, que marca o praso de
tempo por que as fazendas podem demorar-se nos armazens das alfandegas, só
é applicavel aos generos que entraram depois da promulgação do regulamento.. 366
10 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 232 de 13) regulando
o processo para a concessão de baldios nas provincias ultramarinas 367
10 Instrucções (pelo conselho de saude publica—Diario de Lisboa n.° 247 de 31) para
a beneficiação das casas insalubres 369
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 236 de 18) approvando
o regulamento para a escola medico-cirurgica de Nova Goa 371
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 234 de 16) organi-
sando os tribunaes de policia correccional de Damão e de Diu 385
11 Decreto (pelo ministerio da marinha —Diario de Lisboa n.° 234 de 16) determi-
nando que possam ser elegiveis para os cargos de vereadores nos concelhos de
Damão e de Diu os funccionaries publicos de administração e de fazenda, me-
nos os que recebem ordenados das camaras " 380
1.1 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 231 de 12) nomeando
uma commissão para propor a organisação da força militar nas provincias ul-
tramarinas 386
11 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 232 de 12) declarando
o modo por que se deve proceder quando o jurado nomeado pelo tribunal do
commercio para fazer parte do tribunal maritimo se recusar a servir ou faltar
sem causa justificada 386
11 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 232 de 13) encar-
regando o dr. Levy Maria Jordão de coordenar um codigo de processo crimi-
nal para as provincias ultramarinas 387
12 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 232 de 13) mandando
inverter em inscripções o dinheiro que existia na alfandega do Funchal pro-
veniente da parte dos emolumentos destinados para os trabalhadores da com-
panhia de trabalhos braçaes que se inutilisarem no serviço 387
12 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 232 de 13) ordenando
que a gratificação de 500 réis diarios, dada aos antigos empregados do tabaco
seja paga de modo que a sua importancia junta ao subsidio que recebem não
exceda o ordenado que recebiam do contrato 388
13 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 233 de 14) declarando
que á camara de Belem incumbe mandar limpar o caneiro de Alcantara 388
13 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.°233 de 14) revogando
o artigo 73.° das instrucções de 5 de abril de 1865, e declarando que os guardas
da fiscalisação das alfandegas poderão fardar-se pelo modo que mais conveniente

14 Contrato provisorio (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 242
de 25) para a alteração e modificação dos de 29 de maio de 1860 e 23 de maio
de 1864, feitos com a companhia do caminho de ferro de sueste 389
17- Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 238 de 20) estabelecendo
as regras de policia maritima em relação aos terrenos marginaes dos rios
e praias, e determinando que não possa edificar-se, explorar pedreiras, fazer
aterros ou desaterros ou quaesquer obras nos portos, nas margens dos rios na-
vegaveis e nas costas do mar, sem licença expedida pelo ministerio da mari-
nha, etc 392
17 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 239 de 21) conce-
dendo á misericordia de S. Thomé licença para trocar uma roça por o u t r a s . . . 393
17 Edital com uma postura da camara municipal de Lisboa (Diario de Lisboa n.° 239
7
XXVI

de 21) mandando que em todos os canos de despejo em communicação com a


canalisação da cidade sejam collocados siphões, e estabelecendo regras de poli-
cia ácerca das cavallariças, etc . 394
Outubro 17 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.os 240 a 252 de 27 de
outubro a 7 de novembro) approvando o codigo do credito predial das provin-
cias ultramarinas . . . . 395
. Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 239 de 21) determinando
rem nos hospitaes militares, paguem 240 réis por dia 448
18 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 240 de 23)
nomeando uma commissão para organisar a tabella dos vencimentos eventuaes
dos engenheiros civis, architectos e conductores de obras 448
18 Ordem do exercito n.° 47 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 242
de 25) determinando que o saldo por ajuste de contas a favor das praças con-
tratadas que fallecerem fica sujeito a desconto quando ellas tiverem recebido
uma parte do preço do seu alistamento superior ao tempo por que serviram, e
que o averbamento de baixa ás praças da reserva se faça no dia em que ellas ti-
verem completado tres annos de serviço ! 458
19 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 239 de 21) estabele-
cendo as regras para os concursos de admissão e accesso na secretaria da ma-
rinha 448
19 Edital do governador civil de Lisboa (Diario de Lisboa n.° 239 de 21) ordenando
a limpeza immediata dos predios e saguões na conformidade das posturas da ca-
mara 452
19 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 240 de 23) es-
tabelecendo as regras para os concursos no mesmo ministerio, 453
19 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 258 de 14 de novem-
bro) dispensando os alumnos da escola do exercito, que n'este anno terminarem
o curso, do exame de inglez que farão antes da promoção a tenentes, e determi-
nando que a somma dos valores obtida pelos alumnos nas diversas provas da es-
cola sejam designadas nas cartas, etc. 459
19 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que não podem ser ap-
r
provados os orçamentos municipaes em que não vem a dotação das estradas, nem
auctorisadas despezas facultativas não estando attendidas as obrigatorias, uma
das quaes é a casa para os tribunaes de justiça 572
20 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 241 de 24)recommendando
finitivo das obras a fazer para melhorar a navegação e segurar as suas mar-
gens ". 460
20 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 241 de 24) de-
terminando a fórma dos chanfros de cunhal dos predios que bordam as ruas de
Lisboa 460
20 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 239 de 21) determi-
nando os casos em que nos delictos maritimos os réus podem obter a concessão de
fiança pelo tribunal maritimo 461
20 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 240 de 23) determinando
, que os cirurgiões da guarda municipal de Lisboa façam diariamente a inspec-
ção dos quarteis das companhias 462
20 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 255 de 10 de
novembro) concedendo licença para o estabelecimento de uma linha telegra-
phica entre a mina de S. Domingos de Mertola e o porto do P o m a r ã o . . . . 463
20 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que os defeitos do recen-
seamento eleitoral só podem emendar-se na epocha da revisão, e que terminada
esta, pelo recenseamento tal qual está se hão de fazer as eleições 573
20 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que o imposto em traba-
lho destinado para as estradas caduca não sendo exigido dentro do anno econo-
mico a que pertence, e que estando atrazados os trabalhos das commissões de
viação, podem as camaras lançar esse imposto sem risco de duplicação 574
.21 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 240 de 23) ordenando
que cesse o boletim do ministerio, da fazenda 463
23 Portaria (pelo ministerio da fazenda —Diario de Lisboa n.° 242 de 25) ordenando
que o director das contribuições directas remova de accordo com a repartição
ao correio, os embaraços que tem encontrado a prompta distribuição do papel
sellado pelos diversos pontos do reino 464
23 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 241 de 24) declarando
que os governadores civis devem prohibir as feiras, quando assim lhes for re-
querido pelo delegado de saude 464
23 Portaria (pelo ministerio da justiça—Diario de Lisboa n.° 241 de 24) mandando
consultar os tribunaes sobre o projecto do novo codigo penal 465
23 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 250 de 4 de novembro)
estabelecendo a pauta para as alfandegas da provincia de S. Thomé e Prin-
cipe 465
25 Decreto (pelo ministerio da justiça—Diario de Lisboa n.° 243 de 26) creando um
circulo de jurados na Azambuja 470
25 Decreto (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 243 de 26) prohibindo
XXVII

a concessão de moratorias aos devedores de contribuições e de rendas publi-


cas 471
Outubro 25 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 230 de 4 de novem-
bro) estabelecendo a decima predial na India 472
25 Ordem do exercito n.° 48 (pelo ministerio da guerra —Diario de Lisboa n.° 265
de 10 de novembro) estabelecendo regras para a formação dos processos em
que se perde a medalha militar 472
25 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que não é permitlido aos
administradores dos concelhos a residencia fóra da capital d'elles 574
26 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 244 de 27) regulando
o pagamento dos direitos sobre o pescado 473
27 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.º 246 de 30) determi-
nando que os mappas geraes estatisticos das alfandegas sejam organisados por
annos economicos e publicados dentro do semestre immediato, e dando outras
regras ácerca dos mappas do movimento maritimo, de importação e de expor-
tação, de cabotagem, etc 473
27 Ordem do exercito n.° 49 (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 258
de 14 de novembro) mandando remetter á 2.ª direcção do ministerio os mappas
da importancia do real para o entretenimento das camas, e que sejam requeridas
até 24 de dezembro as liquidações das praças que fizeram parte da expedição
de Angola 472
27 Annuncio (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 245 de 28) fazendo
constar a creação de cadeiras de instrucção primaria 474
27 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) ordenando que seja substituído um
facultativo impossibilitado de servir por molestias, dando-se-lhe pensão alimen-
ticia se a tiver merecido 575
28 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 246 de 30) permit-indo
a admissão em Lisboa das rezes mortas em matadouros habilitados, vindo
acompanhadas de guias dos veterinarios que as inspeccionaram, e determinando
as portas por onde a admissão deve fazer-se 475
28 Decreto (pelo ministerio da guerra—Diario de Lisboa n.° 265 de 22 de novembro)
approvando o regulamento do corpo do estado maior do exercito 575
30 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 247 de 31) regulando
o modo por que deve ser feito o despacho dos generos nacionaes ou naciona-
lisados que se pretender exportar 475
30 Annuncio (pela direcção geral dos telegraphos — Diario de Lisboa n.° 247 de 31)
fazendo publico que estava construida a linha de Vizeu a Lamego . . . . 476
Novembro 2 Portaria (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 250 de 4) declarando
que são applicaveis ás intendencias de marinha do reino e ilhas as tabellas que
lixaram as quantias que têem de pagar aquelles que se servirem de algum obje-
cto pertencente ao estado 477
3 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 262 de 18)
concedendo a G. A. F. des Croats privilegio por cinco annos como inventor de
um novo meio de transporte fluvial e maritimo para evitar a baldeação . . . . . . 477
3 Decreto (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 262 de 18) concedendo
a A. Raphin, privilegio por quinze annos como inventor de um propulsor na-
dante 477
4 Decreto (polo ministerio da justiça — Diario de Lisboa n.° 251 de 6) declarando
que os officios de escrivães das camaras ecclesiasticas, de escrivães dos juizos ec-
clesiasticos e de contadores hão de ser providos por concurso documental na se-
cretaria da justiça, ouvido o prelado diocesano; e regulando a fórma do concurso
e habilitações dos candidatos : 478
4 Annuncio (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 251 de 6) pondo em
praça o exclusivo da venda do papel sellado e fixando as condições aa arrema-
tação 479
4 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario de Lisboa n.° 255 de 10) recommen-
dando ao conselho ultramarino que proponha, com antecedencia, bastante as medidas

escravidão nas colonias 481


7 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 260 de 16) ap-
provando os estatutos da companhia da mina da Telhadella 482
8 Portaria (pelo ministerio da fazenda — Diario do Lisboa n.° 255 de 10) regulando
o modo por que hão de ser renovadas as licenças para a venda do tabaco, e por
que ha de proceder-se á liquidação do respectivo imposto 484
12 Annuncio (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 257 de 13) da creação
de cadeiras de instrucção primaria nos districtos da Guarda, Porto e Villa
Real 487
13 Ordem do exercito n.° 53 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 269 de
27) designando os documentos com que devem ser instruidos os requerimentos
dos que pretenderem a medalha commemorativa da expedição á H e s p a n h a . . . . 438
13 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 288 de 20 de dezem-
bro) determinando que os commandantes dos navios de guerra que tocarem no
Cabo de Boa Esperança recebam a bordo os individuos que os agentes consula-
res lhes apresentarem como desertores 486
14 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) declarando que não podem ser ap-
XXVIII

provados orçamentos supplementares depois de lindo o anno economico a que


respeitam 581
Novembro 14 Decreto (pelo ministerio da marinha — Diario de Lisboa n.° 264 de 21) estabele-
cendo a fórma do processo para a cobrança do imposto sobre os escravos em
Moçambique 488
l5 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 260 de 16) determi-
nando que os recebedores entreguem pontualmente nos cofres centraes os di-
nheiros que tiverem arrecadado 493

de 16) declarando que os porte-monnaies em que o velludo não é a materia prin-


cipal devem pagar como obras de carneira l$000 réis por kilogramma 494
15 Resolução n.° 293 (pelo conselho geral das alfandegas — Diario de Lisboa n.° 260
de 16) declarando que o assucar não expurgado está sujeito ao direito de 75,4 por

17Portaria (pelo ministerio da fazenda —Diario de Lisboa n.° 262 de 18) recommen-
dando que se activem as cobranças das contribuições em divida 495
18 Portaria (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 263 de 20) es-
tabelecendo o regulamento provisorio das matas do reino 495
21 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 267 de 24) resolvendo
que aos administradores dos concelhos, cabeça de comarca, compete tomar as
contas dos legados pios, quer cumpridos quer não cumpridos 497
21 Decreto (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 268 de 25) ap-
provando os estatutos da associação philanthropica e artística das freguezias da
Ajuda e de Belem 497
21 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 285 de 16 de
dezembro) reconhecendo Francisco Guijano como descobridor da mina de man-
ganez no Serro de Serpa, concelho de Castro Verde 498
21 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 285 de 16 de dezembro)
approvando a cessão da mina de cobre de Pecena, freguezia de Monte Trigo, á
companhia de mineração Transtagana, c fazendo a esta concessão provisoria da
dita mina 499
21 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 285 de 16 de
dezembro) reconhecendo a companhia de mineração Transtagana, como cessio-

companhia concessão provisoria da mina 499


21 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) mandando supprimir no orçamento
de Villa Nova de Gaia o imposto sobre os carros, inserir n'elle a dotação para as
estradas, e designar as obras para que se votavam meios 582
22 Portaria (pelo ministerio da fazenda—-Diario de Lisboa n.° 266 de 23) declarando
que as ilhas adjacentes e possessões ultramarinas não são consideradas paizes
estrangeiros para os effeitos do artigo 19.° do decreto de 10 de julho de 1834, e
que as embarcações nacionaes de qualquer lote podem receber dos depositos das
alfandegas mercadorias estrangeiras e conduzi-las para ali 499
22 Portaria (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 281 de 12 de dezembro)
dispensando dois annos de serviço aos actuaes substitutos extraordinarios da
faculdade de medicina, para poderem ser promovidos a ordinarios 500
22 Decreto (pelo ministerio da justiça — Diario de Lisboa n.° 267 de 24) determinando
que quando o procurador regio ante a relação dos Açores houver de perder o
terço do seu ordenado por não servir, reverta este para o delegado que fizer as
suas vezes 500
22 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que nos processos de li-
cença para a fundação de estabelecimentos insalubres de segunda classe, o lo-
cal da fundação não depende da approvação das auctoridades 582
22 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que em materias de re-
crutamento não é admissível outro recurso que não seja o estabelecido na res-
pectiva lei, nem o beneficio de restituição fóra dos casos n'ella expressos 583
23 Ordem do exercito n.° 54 (pelo ministerio da guerra — Diario de Lisboa n.° 270
de 28) provendo sobre o modo por que os conselhos administrativos dos corpos
hão de ter em Lisboa fundos para pagamento das despezas a seus cargos 501
24 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que nos orçamentos das
camaras não podem crear-se empregos, mas que é necessário processo separado,
e rejeitando algumas verbas no orçamento de Chaves 584
27 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 285 de 16 de
dezembro) concedendo provisoriamente a mina de manganez na herdade do Bre-
jo, concelho de Ourique, a João Mendes Cabrita e a outros 501
28 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 275 de 4 de dezembro) de-
terminando que a cadeira de instrucção primaria da freguezia de Santa Catha-
rina do bairro de Alcantara, seja provisoriamente collocada na freguezia do
Soccorro 502
29 Resolução n.° 294 (pelo conselho geral das alfandegas —Diario de Lisboa n.° 275
de 4 de dezembro) declarando que umas peças de algodão branco até onze fios
deviam pagar direitos na rasão de 125 réis por kilogramma 502
29 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 273 de 1 de
dezembro) consultando a associação commercial de Lisboa sobre os obstaculos
que se oppõem ao desenvolvimento do commercio 503
XXIX

Dezembro 29 Decreto (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 10 de 13 de


janeiro de 1866) approvando os estatutos da companhia lisbonense de tabacos. 584

1 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) designando os casos em que os go-


vernadores civis podem suspender os administradores dos concelhos 586
4 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 281 de 12) expropriando
por utilidade publica um pequeno terreno em Villa Franca do Campo 505
6 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que as camaras munici-
paes não podem permittir nem prohibir os matadouros particulares, e que em
relação aos estabelecimentos insalubres cessou a competencia policial das ca-
maras 586
7 Lei (pelo ministerio das obras publicas —Diario de Lisboa n.° 279 de 9) decla-
rando livre a exportação pela barra do Porto de todos os vinhos produzidos em
territorio portuguez 505
7 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) declarando que são elegiveis para
deputados os individuos que, tendo o censo legal, não souberem ler ou escre-
ver; que são igualmente elegiveis para a assembléa dos quarenta maiores con-
tribuintes; que só devem ser recenseados os que têem o censo legal ou titulos
litterarios; que as contribuições municipaes directas e as parochiaes devem ser
levadas em conta no recenseamento, e que não têem n'este ponto arbítrio as
commissões de recenseamento 587
11 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) auctorisando a camara municipal de
Braga a levantar um emprestimo para o cemiterio publico da cidade 588
12 Decreto (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 289 de 21) expropriando
por utilidade publica um terreno de uma propriedade incendiada na rua Nova
d'El-Rei 506
12 Portaria (pelo ministerio do reino—inedita) determinando que não podem ser ap-
provados os orçamentos municipaes em que não venha a dotação das estradas, e
que nos que houverem sido approvados sem esta dotação se emende o erro por
orçamentos supplementares 589
12 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 33 de 12 de fevereiro
de 1866) mandando proceder ás operações do recrutamento para a armada re-
lativo ao anno de 1866 . . . . 589
13 Portaria (pelo ministerio da marinha—Diario de Lisboa n.° 33 de 12 de fevereiro
de 1866) determinando que logoque a algum navio de guerra for designada al-
guma commissão se não permitta mais passagem ou desembarque a alguma
das suas praças 589
14 Portaria (pelo ministerio do reino — Diario de Lisboa n.° 293 de 27) resolvendo
que se não abone gratificação ao professor de instrucção secundaria que não
tendo serviço na propria cadeira, for encarregado da regencia de uma outra... 506
15 Portaria (pelo ministerio da fazenda—Diario de Lisboa n.° 285 de 16) regulando
o modo por que deve ser dividido o producto das multas e tomadias feitas pelos
empregados das alfandegas 507
21 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) resolvendo que os governadores civis
não podem delegar nos secretarios geraes uma parte da sua jurisdicção, conser-
vando a outra, e declarando que o processo preparatorio das contas das cama-
ras municipaes é acto proprio do cargo dos secretarios geraes, e não depende de
delegação dos governadores civis 590
22 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) resolvendo que não podem ser dis-
pensadas as camaras municipaes de inserir nos seus orçamentos a dotação para
as estradas, que o dinheiro ha de conservar-se em cofre, e que o imposto do
trabalho caduca não sendo exigido dentro do anno economico a que pertence.. 591
23 Decreto (pelo ministerio do reino—Diario de Lisboa n.° 296 de 30) abrindo um
credito supplementar para despezas extraordinarias de saude publica 507
22 Decreto (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 294 de 28)
abrindo um credito supplementar para pagamento do juro e amortisação ga-
rantido á companhia de viação portuense pela construcção da estrada de Villa
Nova a Guimarães . 508
23 Lei (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 292 d? 26) estabe-
lecendo o imposto de l$OOO réis em pipa de vinho, geropiga, aguardente e vinagre
entre o thesouro-e as camaras do Porto e Gaia 508
23 Lei (pelo ministerio dos negocios estrangeiros — Diario de Lisboa n.° 292 de 26)
ratificando a convenção celebrada entre Portugal e os ducados de Saxonia Co-
burgo e Gotha para a abolição do direito do albinagio 509
23 Lei (pelo ministerio dos negocios estrangeiros—Diario de Lisboa n.° 292 de 26)
ratificando a convenção feita entre Portugal e differentes estados do continente
da Europa para melhorar e facilitar as correspondencias telegraphicas 509
23 Decreto (pelo ministerio da guerra-—Diario de Lisboa n.° 295 de 29) abrindo
um credito supplementar para pagamento da differença do custo das rações de
pão nos mezes de outubro a dezembro 509
26 Lei (pelo ministerio da fazenda —Diario de Lisboa n.° 296 de 30) prorogando até
30 de junho de 1867 o praso para o giro da antiga moeda, e auctorisando o go-
verno a cunhar 300:000$000 réis em moedas de prata 510
26 Portaria (pelo ministerio do reino — inedita) resolvendo que as juntas de revisão
podem julgar da incapacidade physica de algum recruta em vista de attestados
XXX

de facultativos e informação do administrador do concelho, quando por alguma


circumstancia o comparecimento do recruta se tornar impraticavel 591
Dezembro 26 Tratado (pelo ministerio dos negocios estrangeiros—Diario de Lisboa n.° 55 de
10 de março de 1866) entre Portugal e a Austria, Baden, Baviera, Belgica, Di-
namarca, França, Grecia, Hespanha, Hamburgo, Italia, Paizes Baixos, Prússia,
Rússia, Saxonia, Suecia, Suissa, Turquia e Wurtemberg para o melhoramento
do serviço telegraphico 592
28 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 7 de 10 de ja-
neiro de 1866) elevando a delegação do correio em Sinfães á categoria de di-
recção 510
28 Portaria (pelo ministerio das obras publicas—Diario de Lisboa n.° 7 de 10 de ja-
neiro de 1866) creando uma direcção do correio em Freixo de Espada á Cinta 511

30 Mappa (pelo ministerio das obras publicas — Diario de Lisboa n.° 4 de 5 de janeiro
de 1866) dos privilegios de invenção ou de introducção que podem ser livre-
mente explorados por ter terminado o praso da concessão .512
30 Mappa (pelo ministerio das obras publicas Diario de Lisboa n.° 4 d e 5 d e janeiro
de 1866) das patentes de introducção ou-invenção concedidas em 1865 513
ANNO DE 1865
JANEIRO

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 5 6

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por Francisco Alberto dos Santos, sobre a classificação de
carbonato dè potassa apresentado a despacho na alfandega de Lisboa em uma barrica, mar-
ca F. A. S. n.° 5, procedente do Havre;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que companhou o recurso;
Visto ó artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que a designação de salino é expressa no indice da pauta, que a de per-
lassa é synonymo de salino, e que ambos o são de carbonato de potassa impuro;
Considerando que a especificação de carbonatos refinados de potassa ou de soda não
s« refere aos carbonatos absolutamente puros, mas aquelles que por um processo industrial
têem sido separados das materias insolúveis e da maior parte dos sáes estranhos solúveis;
Considerando que o producto em questão não contém materias insolúveis, está perfei-
tamente descorado, e dos sáes estranhos solúveis contém uma quantidade muito inferior á
que trazem as differentes variedades de salino;
Considerando finalmente que a fixação de direitos é materia legislativa, e que a lei
vigente, quaesquer que sejam as suas consequências, não póde ser alterada pelos seus exe-
cutores;
Resolve:
Artigo unico. O carbonato de potassa, que motivou o recurso, foi bem classificado pela
alfandega de Lisboa como carbonato de potassa refinado, sujeito ao direito de 50 réis por
kilogramma.
Esía resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 5 de
janeiro de 1865, estando presentes os vogaes = Larcher—Rodrigues, relator=íYades-
so da Silveira—Abr eu= Couceiro—Nazar et h= Costa. d. de l. a.» 9, de 12 de jan.

RESOLUÇÃO X." 257

O conselho geral das alfandegas:


Visto o processo de contestação, relativo ao despacho de duas peças de um tecido apre-
sentado para despacho na alfandega de Ponta Delgada por Jeronymo Frederico de Abreu
, Vasconcellos; „
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vistas as amostras que.acompanharam o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que no artigo 178.° da pauta está designado o direito para o oleado ou
tecido não especificado;
Considerando que o objecto da.contestação é oleado em tecido de linho, que não tem
applicação para tapetes de c a s a s ; - • • • ' •
Resolve:
Artigo unico. O tecido a que se refere este recurso deve pagar o direito de 750 réis
por kilogramma, na conformidade do artigo 178.° da pauta geral das alfandegas.
2 1865 26 de janeiro

Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas em sessão de 5 de ja-
neiro de 1865, estando presentes os vogaes —Larcher—Fradesso da Silveira, r e l a t o r =
Abreu— Rodrigues=Couceiro—Nazareth—Costa. D.de L.n.o6, de9dejan.

RESOLUÇÃO N.° 2 3 8

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por L. ítahere, sobre o despacho de cannas da India (bam-
bos) cortadas em pedaços, procedentes cie Bordéus pelo vapor francez Extrernadure, apre-
sentadas a despacho na alfandega de Lisboa;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vistas as amostras que acompanharam ao recurso ;
Vista a resolução n.° 124 d'este conselho;
Visto o artigo 10.° do decreto dè 3 de novembro de 1860;
Considerando que os pedaços de canna da India de que trata este recurso vem simples-
menfe çort9(lQS, porém em bruto e sem algum preparo; .
Considerando que o cumprimento em que vem cortados é superior ao que costumam
ter as bengalas, e qúé por isso tem de haver prejuizo nos desperdícios, quando sç quei-
ram apropriar para bengalas;
Resolve: _ '
Artigo unico. Os pedaços "de cannas da India de que trata este recurso estão compre-
hendidos no artigo 96.° da pauta, e devem ser despacha
Esta resplução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegassem sessão dè S çle
janeiro de 1865, estando presentes os vogaes— Larcher—Abreu, relator =Fradesso dá
$iivçira—Rodrigues === Couceiro — Nazar etfr — Costa. d. de l . n.°«, de ? jan.

MINISTÉRIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIÍUECÇÂO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS '
REPARTIÇÃO BE OBRAS PUBLICAS

Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas,
commercio e M u s t r i a :
1.° Que d'ora ávante, quando tiver sido approvado o auto de recepção definitivía das
terraplenagens e empedramento de qualquer lanço de estrada construido por empreitada
geral, e quando ò adjudicatario tiver provado que satisfizera as devidas indemnisações
pelos prejuitos causados em propriedades particulares por extracção, transporte ou depo*-
sito de materiaes empregados nas obras a que se referir aquelle auto, se entregue aó a r -
rematante a parte dos décimos retidos nos pagamentos parciaes que for proporcional á im-
portancia das mesmas terraplenagens e empedramento;
2.° Qne a parte restante dos décimos e o deposito definitivo sejam entregues ao em-
p r e i t e i r o quando, depois de approvado o auto de recepção definitiva das obras de arte,
aquelle tiver provado que satisfizera as devidas indemnisações pelos prejuízos causados
em propriedades particulares por extracção, transporte ou deposito de materiaes empnega-
dos nas tnesmas obras de arte, e á vista da quitação geral passada por este ministerio em
que sé declare terem sido satisfeitas todas as obrigações do contrato.
O que se communica ao director geral interino das obras publicas e minas para suâ
intelligencia e devidos effeitos. ..
Paço, em 13 de janeiro de 1 8 6 a . — i o ã » Chrysostomo de Abreu e Sousa.gfa o
director geral interino das obras publicas e minas. de i. n.° a, de« dejaB.

REPARTIÇÃO CENTRAL

presente a Sua Magestade El-Rei o officio do engenheiro chefe .da 2. a divi$ãQ fis-
cal de c a m i o h . o $ f e r r o , de 11 do corrente mez, contendo unja proposta do actual gefçn-
te.^a fiompspbía dos ($#)in|ius do ferro do,sul e sueste, parafeduzir.ps preços de trpns-
pprt# dos mih.ef ios;
Visto q arti&° 39-° do CQiitratQ approvado pela carta de lei de.$9 de maio de 1860, e
o prtjgQ; 3 , ? ' c o n t r a t o approvado pela carta de lei de 23 de maio do anqo proximo pa.Sr
sadí);.. -r'.:
Considerando que ao transporte dos referidos objectos, que se açhaíjfi collocados i)a ,4..a
clas§§.jia resp§çtjv3 l^rifa, corresponde a taxa de 16 réis por ça;da peso 1:OQO kilpgram-
PPPJtijfHBÇtW> e que a rçencjonada proposta reduz esta taxa a 14 réis;
Considerando que esta reducção tende a beneficiar o p e l i c o animar uirça indus-
tria a y i ^ a - n ^ g p í e , e que n^uito converçi desenvolver por todo§ ps m,ejos pos§jyeis;- .
• H,a'pqr q megnao aug^sfo §enhor, çoflformafldo-se çorp 9 mfprfliaçãp do
gefl^jpij approvar a proposta de,que se trata, e auctorisar ,a.su3 expçaçfa, àxaoâ/n.?.
s4>9. Pfíeg9, qe t r ^ p . o r i p (dos mjoerjp$» pelais linhas ferreas dè ,si)j e ^ j e s t è ^ n q jtqxa jje 14
réis p ò r t f i i j e i a d ^ d,e 1:000 kilogrammas e por kilometro.
O qiaé se communica, pelo ministério das obras publicas, commercio e industria, ao
engenheiro chefe da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro, para seu conhecimento e de-
vidos effeitos.
• ' í á ç ò , éni W de janeiro dè I8ft5.í=Joãó Chrysostimo de Abrêu è Sortáa.^.Panrôen-
clielfe5!!^-^.* dívisãQ-fiscal d è eaminhos'de ferro-. • 9.det.n.»i3,deífdeian!

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


i ; ; . i i, JMRECjÇÃO GER4L DE INSTRUCÇÃO PI/BLICA
4. a REPARTIÇÃO ;
' '

, ^gfiStajàç. JÉlrB.ei, a quem fpi presente o officio em ,què a empreza ,dp reaj. the?-
tro.a^,4i. jQArlç.s p^de a;uct9risaçãp para estabelecera aqla.fjg. jgstrçcg|o pr/maria gratfjjt^
na af^gada,çã,d (lf0 3 dq paesmo theatro; ha por bem, c.o^fóyfppdprse pom jynformaçao
dQ.inspeptor g e r a d o s theatros, cojiceder a auctorisação pedida.
,%ço, ísm ^g íje japeiro de 1 8 6 $ . = D u q u e 'de Lpulé. ,p,deL.n.»^>lie23dÇjan.

J^TOFRÈRIP DAS OBRAS PUJ3LICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS 15 MINAS
. , . .i iREpARyÍ,Ç,ÃO DE 1JINAS — SECÇÃ/J

Tendo requerido Jayme Larcher que, nos termos do decretó com força de lei de 3 1 dè
dezembrode respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1888, se lhe concedesse
aeertidftodos direitos d e descoberta da mina de ferro, sita na Serra do Rosalgar, freguezia
d@-í)en®al, eoacelíio, de Odemira, districto de Rêja;
• - • Cistos os documentos por onde sè prova que o requerente satisfez aos quesitos dp ar-
Ug©12).0 do citado deereto!
Yisto o relatorio do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do governo exa-
raUtóia posição dovjazigo e verifieou a existencia do deposito,; eomo determina o artigo A 3.°
doiftefeirido dearelo;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, ex-
ptfeS80éÉíf ousai ta de 22 de novembro proximo passado, na qual a mesma secção julga o
reqtt&tente legalmente habilitado na qualidade de descobridor da mina de que se trata :
. Ma por betfnSua Magestade El-Rei., conformando-se com a citada consulta, declarar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina de
£HV^isfta. < *a-Sdria do Rosalgar, fefigaeoja do Cercal, cowúeítto de Odemira, districto de
Beja, iCjya.fiQ^çf o£e,a,çha topographicamente designada na planta que por copia acompanha;
a presente portaria.
2.° Que os limites da demarcação provisoria d'esta mina, notados na planta junta pelos
traços de côr vermelha, formam um pentágono que tem por vertices Monte da Cella de
Cima,. Serra da Caniceira, Serra do Rabo do Lobo, Bico da Serra Grande, e Serro da Era,
abrangendo uma superfície de 779:050 metros quadrados.
4 1865 26 de janeiro

3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante seis
mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para organisar!
uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou para
mostrar que possue os fundos necessarios para a lavra d'este jazigo; na intelligencia de
que, não se habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a con-
cessão d'esta mina posta a concurso, na conformidade da lei. ; .-
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos
legaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobridor da mencionada mina.
O que tudo se communica ao supplicante para seu conhecimento e mais effeitos, fi-
cando obrigado a apresentar n'este ministerio certidão de haver feito registar na respectiva
camara municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço, em 16 de janeiro de 1865 .=João Chrysostomo de Abreu e Sows«.=Para Jayme
Larcher. D. deL. n.°2$, d e 3 t d e j a o .

Tendo requerido Jayme Larcher que, nos termos do decreto com força de lei de 31 de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853 se lhe concedesse
a certidão dos direitos de descoberta da mina de ferro sita no Serro da Mina, freguezia do
Cercal, concelho de Odemira, districto de Beja:
Vistos os documentos, por onde se prova que o requerente satisfez a todos os quesitos
dó artigo 12.° do citado decreto;
Visto o relatorio do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do governo exa-
minou á posição do jazigo e verificou a existencia do deposito, como determina o artigo 13.°
do referido decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas emit-
tido em consulta de 22 de novembro proximo passado, na qual a mesma secção julga o
requerente legalmente habilitado na qualidade de descobridor da mina de que se trata: :
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a citada consulta, declarar:
1 Q u e o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina de
ferro sita no Serro da Mina, freguezia do Cercal, concelho de Odemira, districto de Beja,
cuja posição se acha topographicamente designada na planta que por copia acompanha a
presente portaria.
2.° Que os-limites da demarcação provisoria d'esta mina, notados na planta junta pelos
traços de côr vermejha formam um quadrilátero B C D E, que é determinado do seguinte
modo: do Serrinho da Cabana, ponto A, tire-se uma linha norte sul (magnético) e sobre
ella marquem-se 200 metros para norte e 300 metros para sul, ficando assim determinados
os pontos B e C, os outros dois D e E são o Serrinho da Guarita e Serro da Portella do Sado,
abrangendo*uma area de 690:000 metros quadrados.
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante seis
mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para organisar
uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez ou mos-
trar que possue os fundos precisos para a lavra; na intelligencia de que, não se habilitando
n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a concessão d'esta mina posta a
concurso na conformidade da lei.
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos
legaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobridor da mencionada mina.
O que tudo se communica ao supplicante para seu conhecimento e mais effeitos, fi-
cando obrigado a apresentar n5este ministerio certidão de haver feito registrar na rèspe-
ctiva camara municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira va-
lidade. ' :
Paçó, em 16 de janeiro de 1865.—João Chrysostomo de Abreu e Sousa.<==>Para Jayme
Larcher. i>. de i . » , ií»'â a»-®*; r • >
31 de janeiro 1865 5

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 2
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 18 de janeiro de 1865
Publica-se ao,exercito o seguinte:
Sua Magestade El-Rei determina:
1 Q u e todas as auctoridades militares, conselhos e commissões administrativas, a
quem competir a execução do regulamento da administração da fazenda militar, publica-
do na ordem do exercito n.° 64 de 17 de novembro ultimo, dirijam a esta secretaria d i s -
tado pelas vias competentes as exposições que julgarem convenientes ácerca de quaesquer
duvidas que encontrarem nas differentes disposições do mesmo regulamento, a fim de
serem tomadas ná consideração que merecerem.
vi 2 Q u e toda a correspondencia sobre a administração da fazenda militar seja dirigida
á 2. a direcção da mesma secretaria d'estado.
3.° Que os generaes encarregados da inspecção das armas especiaes, e da dos corpos
de cavallaria e infanteria, remettam á 2. a direcção toda a correspondencia relativa a quaes-
quer faltas ou irregularidades que, no acto das inspecções, encontrarem na escripturação
e gerencia dos fundos a cargo dos respectivos conselhos administrativos.
V , .. D. da L. n.° 77 de Si de jan.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
J.« REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei; sendo-lhe presente o officio do governador civil de Lisboa de 5


do corrente mez, ácerca do despacho de um balancé, proposto na alfandega grande por
Jose Maria Macia, com destino para a sua officina lithographica, sita na rua da Horta Sècca,
e sobre a conveniencia de se regular o processo prelimidSr da licença que tenha de conce-
der-se a este individuo ou a qualquer outro nas mesmas circumstancias, segundo a dis-
posição do artigo 2.° da lei de 4 de junho de 1859: manda que o mesmo governador ci-
j i l observe o seguinte:
. 1.° Que proceda a escrupulosas informações sobre o caracter, moralidade e conceito
publico da pessoa que pretende licença para usar do balancé;
2.° Que a igual informação se proceda para se conhecer da necessidade dos balancés
nos estabelecimentos em que se pretendam montar; e se estas machinas, pela sua força e
construcção, estão em harmonia com a importancia dos estabelecimentos e desenvolvimen-
to do trabalho ;
. 3.° Que previamente á concessão da licença, que será annual, segundo o artigo 1 d o
regulamento da citada lei, cumpre ao impetrante dar fiança idónea ao bom uso e applica-
ção que fizer do balancé;
4.° Que o alvará de licença deve conter: o nome do fiador, a descripção do balancé
com especificação das peças de que se compõe, a expressa prohibição de alienação, tres-
passo, emprestimo ou traasferencia de local para fóra do estabelecimento em que func-
cionar, sem previa licença do governador civil ; com a comminação de ser o dono do es-
tabelecimento, ou a pessoa que adquirir o balancé, autoado e entregue á acção da justiça
como suspeito, quando deixe de cumprir-se este preceito;
5.° Que ao governador civil cumpre solicitar do ministerio das obras publicas, com-
mercio e industria, para o bom desempenho da disposição do .artigo 2.° e da parte do ar-
tigo -4.°, que diz respeito á descripção do balancé, um engenheiro que se incumba d'este
trabalho; na intelligencia de que o mesmo ministerio vae ser prevenido para satisfazer
qualquer, requisição que lhe seja dirigida n'este sentido.
E por ultimo que taes estabelecimentos sejam vigiados cuidadosa e permanentemen-
te pela policia, para se conhecer se os balancés têem differente uso d'aquelle para que se
concedeu licença.
- Paço, em 18 de janeiro de 18Q5.—Duque de Loulé. D. de L. n.° 18, de 23 de jan.

8
6 1865 26 de janeiro

TÒNISTEKID DOS NEGOCIOS DÁ GUERRA


Pedindo-me os empregados, ei vis com graduações militares do arsegafdo exercito, que
lhes conceda o uso do uniforme estabelecido para os empregados com graduações milita-
res da 2. a direcção do ministerio da guerra, por decreto dè 7 de dedetfibfà ulttaó,ljdBlicado
na ordem do exercito n.° 70 do anno proximo passado; e Cfríiforniaridtí-íiíé, âsSlrn fctím as
rasSés e*p6néidas peíôs sUpplicantes, em requerimento datado de 7 do è ó r t á i t e t ò é z j ten-
dentes' a fiiMaitíèntarem similhánte pédido, como com a informação a lál íòspèito ófféPé5-
cidá pglò inspector gèral do dito ai'sènal, em officio n.° 20 de i 1 d'éste mesb h á pofbêiii
determinar qué : os èmpfegados civis- e-dffl graduações militareis db- iíí^crOnadb 'âfèêôál,
fiasséta a téf o iiMfórmti designado no referido decreto, conserVatidò por&m t) tijfibléHÍh
da gola actualmente usado pelos mesmos empregadds. 'r ' ;
O tnlnistro e secretarie d % t a d o dos negocios da guerra o tenha ágsiíii fefiteíldfidõ & faça
executar. Paço, em 18 de janeiro de 1865. = R e í . = ± Jose Gêratdo FVri-eíbá PaSàÓb. - >'•
!
' """ Ord. do èxerc. ri." í, dó èi de jan., è tí. flij í ã n.* 27 8ek $ dè'fev. t

MINISTÉRIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2.» D I R E C Ç Ã O
r
' ' ' ®' i » REPARTIÇÃO ' ' '' " ' ' ' *

Tomando em cdfisitleraáãoíotpB m ê rbprBãènWu Jbão SãrfeugíBórient de Bellegarde,


súbdito francez, pedindo a renovação da concessão de 170:000 hectares de terrenos na
provincia de Angola, que já por segunda vez lhe foi feita, por decrqto de 15 de fevereiro
do atítícr prc&imtí pèlsSèrdo, por isso que tendo coritinuadti a Subèi^tir motiVõs atteHffíveis,
que o privaralii de satisfazer ás condições d a q u e l l a segtinda cori6e§São, déníft) dô jJr&áb
•ijue lhe fdí estabélecido, resultou haver ella tambem cadticadó; ' .1
' ConfOffflândo-me com a consulta do conselho ultramarino de ft dó, Çof^Sríté ifnez, y t M -
do em consideração as disfióaiçõefc da Carta de lei de 21 de agosto d e 188é r e decfeto"cOTi
força de í e f d e f d t í dezembro de 1 8 6 1 : ' - • "»•-: '"^q
Hei por bem conceder novamente ao supplicante os ditos 170:000 hectáfés díi teffòéfts
tíálditíg na deferida provincia, debaixo das tnéstnâs Condires qiie Qzéràiil parfê tfo citado
decreto de 15 de fevereiro do anno proximo pãssadd, com éxcep^ão dô praso j ^ a á ápVê-
sentação d l respectiva cortipanhia organisada, cjaé por esta concéssão'ficã reduzido a ; qua-
tro mezes contados dã data de hoje. ' '!
O ministrd e secretario d'estado dos negocios das tibrâs piibliéas, coiíiifierciid é irtdtiS-
tria, interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenh<'l bnteiidiôcf é
fáçà exeéiitár. PaÇO, em 18 de janeiro de 1 8 ( ) ? 5 . ^ I k i . ^ J ó i w Chtysostoiiib dè AbHu e
SotíSa. " D.ÚeL. n.° 18, de ?á áe jafii; J *

MINISTÉRIO DOS NEGOCIOS BO J&EIN0


DIRECÇÃO GERAL DE AMIÍNISXRAÇÃO CÍVIL
3." REPARTIÇÃO — 1SECÇÃO -•
1
A Stiâ Magestade El-Rei foi presente o relatorio da visita feita pelo goverhador civil de
Angra, aos concelhos dás ilhas da Graciosa è de S. Jorge, em cumprimento dorálitigfl!288íS'
do codigo administrativo; e mostratido-se j}ór esse relatorio qutí nós doiiceltítiê visitá®&fc
pelo magistrado kuperior do districto cotre o serviço administrativo e Ãscal éom brtfetSfitè
regularidade, e que, salva uma ou outra pequena faltà, têem ^ídd cuiíipríaàã áâMtfííiB 1
çõ&â e; ordens dã administração piiblica, tanto quanto o peírftittem os limitados rttotirsos
d J aquelles concelhos: Soa Magestade-Compraz-se em decIárar ao goverífàdo^ ciVil:dtíW-vM
com satisfação o resultado da inspecção a que elle procedeu. • • ••
Entre as causas, a que o goverhador civil attribue qtíè a admiriistfápãò^tfblÍGtfliJb te-
nha tido nos concelhos das ilhas da Graciosa e de S. Jorge maior desenvolvimento, figura
a falta de incentivo aos administradores dos concelhos, resultado da mesquinhez das suas
íl
25 de janeiro 1865

gratificações, e da deficiencia de alguma garantia futura no caso de uma vida gasta no ser-
viço do estado.,
Quanto a este ultimo ponto não póde o governo tomar desde já providencias algumas,
porque quaesquer que ellas sejam dependem de sancção legislativa, que opportunamente
será pedida.
Quanto porém á mesquinhez das gratificações, como ellas são despeza obrigatoria dos
concelhos, tem o governador civil no artigo ISO.0 do codigo administrativo o meio de as
augmentar, se as camaras municipaes não annuirem ás insinuações que se lhes façam ^ e s -
te assumpto.
As informações que o governador civil dá ácerca da construcção e collocação dos ce-
miterios mostram a necessidade de que elle vigie assiduamente sobre este ramo de serviço.
Não devè admittir-se por modo algum que os cemiterios sejam estabelecidos no centro
das povoações) á menor distancia d'ellas do que a prescriptá nos regulamentos, porque
de similhante tolerancia podem provir graves inconvenientes pára a saude das povoações*
Cumpre portanto que o governador civil inste com as camaras para que ellas attendam ã
necessidade imperiosa da mudança dos cemiterios mal collocados; e que, no caso de ob-
stinada recusa, o governador civil use da faculdade que lhe dá o artigo do codigo acima
citado.
É mister tambem que o governador civil faça sentir ás camaras quanto é indispensavel
que os cemiterios tenham uma decoração adequada; porque é ao desleixo, que a este res-
peito tem havido, que deve attribuir-se em grande parte a reluctancia dos povos pelos en-
terramentos fóra dos templos.
A despeza dos reparos nas casas das aulas de instrucção primaria nem é obrigatoria
para as camaras, nem para as juntas de parochia; mas será fácil ao governador civil fazer
concorrer quaesquer d estas corporações, ou ambas, para uma despeza que é de incontes-
tável utilidade, e que demais não póde ser avultada.
O governo despende já uma crescida somma com a instrucção primaria, e de anno para
anno- melhora este serviço: só mui tarde porém poderá elle attingir o desenvolvimento
de que é susceptível, se b governo não for coadjuvado pelas auctoridades e corporações
locaes. Empregue pois o governador civil todos os meios de influencia que lhe dá o elevado
oàrgo que oecupa, para persuadir ás corporações administrativas que as despezas de simi+
lhante natureza são productivas de incalculáveis vantagens; porque Sua Magestade está cer-
to de que essa influencia, opportuna e convenientemente empregada, dará o resultado que
se deseja. '
A applicação do edificio arruinado do antigo hospital da Villa das Vélas, para uma casa
dè instrucção publica, poderá effectuar-se,, quando ao conhecimento do governo chegue
que existem os meios precisos, fornecidos pela camara ou pela junta de parochia, para as
obras que esse projecto demanda. Cumpre pois que o governador civil consulte aquellas
corporações a similhante respeito, e que informe do que ellas responderem, para se tratar
da Concessão do edificio, quando haja meios para dar-lhe nova applicação.
Em relação á divisão do territorio, serão opportunamente tomadas em conta as obser-
vações do governador civil, e pelo que toca á creação de um posto fiscal da alfandega na
Calheta, officiou-se ao ministerio da fazenda, ao qual estes assumptos pertencem.
O que tudo Sua Magestade manda communicar ao governador civil de Angra para sua
intelligencia.
Paço, em 19 de janeifb de 1865. == Duque de Loulé. d. de l. n.° is, de 23 de jan.

, MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


3 . ' DIRECÇÃO

Não sendo suficiente a somma auctorisada pela carta de lei de 25 de junho de 1864,
para occorrer á despeza com as rações para as praças da armada, durante o primeiro se-
mestre do corrente anno economico de 1864-1865, em consequência do subido preço dos
generos de que ellas se compõem, e sendo necessário, por este motivo, fazer uso da au-
ctorisação concedida ao governo no artigo 3.° § 6;° da citada carta de lei de 25 de junho:
hei por bem:.ordenar, ouvido o conselho d'estado, que no ministerio da fazenda se abra
um credito supplementar, a favor do ministerio dos negocios da marinha e do ultramar,
8 1865 26 de janeiro

pela quantia de 25:623$122 réis, para ser applicada ao pagamento da differença entre o
custo das mencionadas rações e a verba designada para esse fim, em relação aos mezes de
julho a dezembro de 1864.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda e o ministro e secretario d i s -
tado dos negocios das obras publicas, commercio e industria, interinamente encarregado
dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido e faça executar. Paço, em 19 de ja-
neiro de 1865. = Rui. — João Chrysostomo de Abreu e Sousa — Joaquim Thomas Lobo
d'Avila. D. de L. n.° 18, de 23 de jan.

.Usando da auctorisação que ao governo foi concedida pelo artigo 8.° da caria de lei de
2 0 de julho de 1864, e tendo ouvido o conselho d'estado: hei por bem ordenar que no
ministerio dos negocios da fazenda se abra um credito supplementar, a favor do ministe-
rio dos negocios da marinha e uitramar, pela quantia de 4:000^(000 réis, para ser applica-
da á compra de material para serviço dos pharoes.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda e o ministro e secretario d i s -
tado dos negocios das obras publicas, commercio e industria, interinamente encarregado
dos da marinha e ultramar, o tenham assim entendido e façam executar. Paço, em 1 9 de
janeiro de 1865. = R E I . — J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa—Joaquim Thomás Lobo
<f Avila. D. de L. n.° 18, de 23 de jan.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


2.« DIRECÇÃO
I . " REPARTIÇÃO

Não sendo suficiente a somma votada na tabella da distribuição da despeza do minis-


terio da guerra, auctorisada pela carta de lei de 25 de junho ultimo, para o anno econo-
mico de 1864-1865, por haverem sido computadas as rações de pão e de forragem por
um preço inferior aquelle em que têem eífectivamente importado no 2.° trimestre do
actual anno economico; e sendo portanto necessário fazer uso da auctorisação concedida
ao governo no § 5.° do artigo 3.° da carta de lei de 2 5 do sobredito m e z : hei por bem or-
denar, ouvindo o conselho (Testado, que no ministerio da fazenda se abra um credito sup-
plementar, a favor do ministerio da guerra, pela quantia de 20:592^395 réis, a fim de
ser applicado ao pagamento da differença de preço das mencionadas rações nos mezes de
outubro a dezembro de 1864.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e da guerra o tenham as-
sim entendido e façam executar, dando conta ás côrtes do uso que fizerem d'esta auctori-
sação. Paço, em 19 de janeiro de 1 8 6 5 . = R E I . = José Gerardo Ferreira Passos^ Joa-
quim Thomás Lobo d'Avila. o. de L. i8, de 23 de jan.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO tf." 2 3 9

O conselho geral das alfandegas: -


Visto o recurso interposto por Fernandes & Machado, sobre a classificação de uns pu-
nhos e collarinhos de lã apresentados a despacho na alfandega do Porto em uma caixa
FoM n.° 30, procedente de Liverpool;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que a designação de malha e ponto de meia a que se refere o artigo 43.°
da pauta geral das alfandegas, é applicavel somente aos tecidos fabricados em teares circu-
lares, e que pela natureza indirecta ou inversa do seu cruzamento se distinguem perfeita-
mente dos tecidos com urdidura e trama, fabricados nos teares horisontaesj
Considerando que os punhos e collarinhos em questão são feitos com um tecido d e la
com urdidura de trama;
31 de janeiro 1865 40

Considerando que o referido tecido é tapado e razo, e comprehendido no artigo 38.°


da pauta; •
Resolve:
Artigo unico. Os punhos e collarinhos de lã que motivaram este recurso foram bem
classificados pela alfandega do Porto, e estão sujeitos ao direito de 2$000 réis por kilogram-
ma, como tecido de lã, razo, não especificado em obra.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 19 de
janeiro de 1865., estando presentes os vogaes=Gonçalves==Nazareth, r e l a t o r = A b r e u =
= Fradesso dq, Silveira=Rodrigues= Couceiro—Costa. d . d«L. n.° t s . d e 2 3 d « j a n .

RESOLUÇÃO N.° 2 4 0

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por,Cazimiro Candido da Cunha, sobre O despacho de um
movei de madeira chapeado no interior e exterior de folha de ferro, e com aros d'este me-
tal, vindo na caixa marca J. P. F., n.° 627, apresentado na alfandega de Lisboa:
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Visto o exame directo a que se procedeu na alfandega;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o movei de que se trata, sendo composto de madeira e ferro, está
comprehendido no artigo 26.° dos preliminares da pauta; %
Resolve:
Artigo unico. O movei de que se trata deve pagar o direito que compete á obra de fer-
ro batido, simples.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 19 de
janeiro de 1865, estando presentes os v o g a e s = Gonçalves ~ Abreu, rehtor—Fradesso
da Silveira== Rodrigues—Couceir(f^=Nazareth— Costa. D. DE L.N.« IS, DE 23 DE jan.

8
RESOLUÇÃO N.° 2 4 4

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto na alfandega de Angra do Heroismo pelo negociante Mimon
Abahbot, ácerca do despacho de onze peças e onze meias peças de um tecido de lã e algo-
dão, procedentes de Liverpool pelo navio inglez Resolution nas caixas marcas B. & F.
n.° 13j e MAB & Sons n.° 2 9 ;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vistas as amostras juntas ao recurso; '.••••.:
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que os tecidos de lã e algodão de que trata este recurso são visivelmen-
te transparentes, porém sem especificação designada na pauta;
Resolve: . •
Artigo unico. Os tecidos de que trata este recurso estão comprehendidos no artigo 39.°
da pauta, e sujeitos ao direito: de 1$500 réis por kilogramma, como tecidos de lã trans-
parentes, como ps da resolução .n.° 59 d'este conselho.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 19 de
janeiro de 1865, estando presentes os v o g a e s = Gonçalves=Abreu, relator—Fradesso da
Silveira == Rodrigues—Couceiro—Nazar eth—Costa. D. DE L. n.° ig, DE 23 DE jan.

RESOLUÇÃO N.° 242

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por Buzaglo & Irmão, sobre a classificação de conservas ali-
mentícias, que apresentou a despacho na alfandega de Lisboa ;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
10 4865 M dè jáúeiro

Vièta ã amostra qué acompanhou o recurso;


Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o artigo 84.° da pauta comprehende, sob a designação de èòhèérvas
ãlimèntièías ãe hortaliças e legumes, áquellas a que se refere o recurso, & Quaesquer ou-
tfás éòlfísfervãs das mesmas substancias, seja qual for o liquido conservador < i ' 11
>17
Resolve: ''
Artigo unico. As conservas alimentícias de hortaliças e legumes, apresentadas á des-
pacho ria atfàtídègà de Lisboa por Buzagló& Irmão, devem pagar ò direito» dè 89 rêiá p®f
!
kilogramma na conformidade do artigo 84.° da pauta geral dás alfândegas;•
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em seséão de 19 de
janeiro de 1865, estando presentes os v o g a e s = Gonçalves—Fradesso da Silveira, relator
= Abreu= Rodrigues=Couceiro=Nazar eth— Costa.
D. de L. n.° 18, de 23 de jan.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL líÉ ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» REPARTIÇÃO —!.« SÈCÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei a próposta da câmatfã munioipal de Lis-
Êtwf, pára feer eleVada a percentagem dos cobradores das rendas da mesma cômafa,
3 por cento, e bem assim o acwrdão consultivo dò conselho dè districto, eonsiderandoft-
légal aquella proposta, por contravir no seu entender ao artigo 181.° do codige-aetoffinis-
tfátiví>: manda Sua Magestade declarar ao governador civil quê não póde a mesma pro-
posta ser approvada, porque determinando o artigo 177.° do mesmo codigo,' que èiú eada
èortéélho seja o thesoureiro o Unico encarregado de arrecadar toâa a receita e de pâgar
túdds às despezási é manifesto que o logar de cobrador das rendas é illegal, e não póde
subsistir em vista da lei citada, que iião permitte a existencia de mais do que um etapre^
gado encarregado da receita e despeza de cada concelho.
Cumpre portanto que o governador civil, fazendo-o assim constar á camara, recôm-
mende tambem que no futuro orçamento reduza o quadro da thesouraria aos limites da
lei, supprimindo quaesquer recebedores ou thesoureiros especiaes de certas e determina-
das rendas, que o codigo não auctorisa.
E para se occorrer á objecção de que o thesoureiro do concelho não póde por si Só ef-
feetuâf & cobrança de todos os rdndimentos municipaes, deve o governador civil prevenir
a camará dè qúe ella póde permittir que o thesoureiro tenha propostos seus, a quem coifr-
riíetta parte das suas funcções, determinando a camara as condições da nomeação dos prtfc
postos, e elevando, dentro dos limites da lei, a percentagem do thesoureiro, quanto -seja
preciso para retribui-los.
Paço, em 21 de janeiro de 1 8 6 5 . = Duque de Loulé; D . DEL. n.° 19, DEATAÊJIN.

. MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N." 3 : <
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 21 de janeiro de 1865
Public8rse ao exercito ò seguinte: ; •
§jifi^ítg§Stad§| JEl^íei manda declarar^ que a segunda parta da disçoéição 6>^ÍBMRè
na ordem do exercito n.° 8 de 1861 se refere unicamente á primeira readmissão dos sub-
stitutos; devendo estas praças, quando quizerem continuai no serviço, ficar sujeitas á dis-
posição do artigo 2.° das instrucções transcriptas na ordem do exercito n.° 49 de 1860.
D. de L. n.° 82, de 87 de jan.

•• • r„v. O
••-•• t.-iY
.;'si->irnvíT!
Ç
25 de janeiro 1865 íl

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


l . 1 DIRECÇÃO
2.» R E P A R T I Ç Ã O

S.endòde spmma conveniencia proceder sem demora no arsenal da marinha áá Obras


e melhoramentos indispensaveis para que as construcções e reparações navaes Se possam
effectuar nas condições exigidas pelos progressos da arte n'estes ultimos tempos, e' pélas
.neGessidades presentes da armada; , ' . ,
Considerando que o dique, carreiras, estaleiros, caès e embarcadouros carecem de ser
r.ecQ[]Strií.idoa por modo tal que satisfaçam a essas necessidades, o que será não só van-
tagem para à marinha de guerra, mas ainda para a mercante;
... Considerando que o alargamento do arsenal sobre o Tejo e a rectificação daquella par-
te dá margem do. río é urgente, nao só para o melhor regimen das aguas, como táiíjbem
para que o arsenaí ganhe a area indispensavel para todos os seus estabelecimentos e offi-
cinas, e para que estas possam devidamente funccionar:
r , lia por. bem Sua Magestade El-Rei determinar que o engenheiro do corpo de enge-
nheria civil, chefe de 2.® classe, João Evangelista de Abreu, elabore, com a maiõr brevi-
dade pqssiveí, qm projecto de todos os referidos melhoramentos.é em conformidadé com
as instrucMes,(}ue lhe,serão çommmunicadas peío inspector geral do mencionado ársé-
a. fiip aei tqú'ç.o governo, .aiqdà na presente sessão, possa propor ás òôríes ás medidas
que fórem confénientes a tal respeito, esperando o mesmo augusto senhor qué o referido
€!^en^irQ,,dê.,n'este trabalho, que lhe ha por muito recommendádó, riòvás pft?vaS dó
seú aiáiricío Merecimento e capacidade.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
mencionado engenheiro civil1 para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, ew 2 3 de janeiro de l865.=João Chrysostomo de Abreu e Sousd.
. D. de L. D." 23, de 28 de-jan.

- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
;
• DIRÊéÇÂÒ GERAL DAS ALFANDEGAS K CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Convindo estabelecer desde já algumas disposições que regulem o serviço interno das
alfandega? de Lisboa e do Porto: manda Sua Magestade El-Rei, que se publiquem e exe-
cutem as instrucções que fazem parte d'esta portaria.
Ó que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se commúnicará
a quem conveniente for,
Paço, em 2 5 d e janeiro Joaquim Thomás Lobo d Avila.

Instrucções que fazem parte da portaria de 25 de jfaneiro de I86S, para regular


o serviço interno nas alfandegas de Lisboa e do Porto
Artigo l.° 0 serviço interno nas alfandegas de Lisboa e do Porto é distribuido por
cinco repartições.
Âjjt.,2. 0 Os directores designam os chefes de serviço e fazem a distribuição dos em-
préfâaob' dó qúadro pará Cada repartiçãoVpodendo alterar essa designação e distribuição,
sempre que o julguem convenientè. : • ' , : :
:
' 'Aftl ; '3. ;6í Os dhéféâ dè sérvií6 u recebéttl ; è' ttim^êmí ás do& difiéGtôréá, é dão-
lhes conta do expediente das suâá repaííiçSés'.•"•' '••'•''
;
M . l: b ' t ) í éinpre^ãfâoà subotdinadós aos tíhefes de âefviçó ríãopoiètá diri^lr-éè aos
a feàpèiíó'dó serviço qué lhes é cbnfiádò, ãétífã péto intermedio áos séiís
;
chefes.' ' "". " 'w • '
^ ^ ' f ^ â ^ ^ f í i ^ â í l í p t f t k d ò w t f ç o fatern-âb a l f a n d e ^ e áseiitf peHen-
1865 35 de janeiro

I A inspecção dos navios que estiverem á carga ou descarga;


II A'direcção do serviço relativo ás entradas, ao recebimento dos manifestos e mais do-
cumentos que os capitães têem de apresentar; a vistoria a bordo, e á descarga das mer-
cadorias destinadas aos armazens da alfandega ou a despacho por baldeação, estiva ou
transito;
III A fiscalisação do embarque dos generos despachados para exportação ou reexpor-
tação, tanto os que1 saírem dos depositos das alfandegas como os que foreíh nacionaes ou
nacionalisados;
IV A inspecção relativa ao desembarque dos passageiros e das suas bagagens;
V A concessão de licenças para ir a bordo dos navios sujeitos á fiscalisação da alfan-
dega;
VI A expedição das guias de transito e reexportação de todas as mercadoriàs sujeitas
á acção fiscal;
.. iVII. Finalmenté, tudo o que é relativo á policia e á fiscalisação das embarcações, des-
de ijiieentoam nos portos, enseadas e ancoradouros até que sáem d'elles.
Art. 6.° Alem do que fica especialmente designado no artigo antecedente, o chefe dè
serviço.da primeira repartição examina como se. faz a distribuição e o serviço do pessoal
da fiscalisação, e superintende em tudo o que é da competencia do chefe fiscal do districto.
Art. 7.° Haverá na primeira repartição um piquete de tres empregados para funccionar
desde o nascer do sol até ás nove horas da manhã, e das tres da tarde até ao pôr dó soíi
i)os dias de expediente Ordinário; e de sol a sol nos dias santificados ou feriados. \ '
. ' j . i: 0 Para o serviço do piquéte formar-se-hão tres grupos com os seguintes empre-
gados de todo 0 quadro: ' 1
O grupo comprehenderá os primeiros officiaes, e os primeiros e segundos verifi-
cadores;
O 2.° grupo comprehenderá os segundos o terceiros officiaes;
0 3.° grupo comprehenderá os aspirantes.
| 2.° De cada um dos tres grupos será diariamente nomeado, pêlo chefe da 3." répar-
tição, è por escala, um empregado para compor o piquete; e não se admittirá escusa al-
guma senão por doença ou mui justificado motivo.
Art. 8.° Ao piquete pertence :
1 Dirigir o serviçó das descargas, e proceder á conferencia das respectivas folhas, nas
horas em que funccionar nos dias de expediente ordinario, e nas horas que forem designa-
das pelo director nos dias feriados ou santificados; :
II Verificar as bagagens a bordo dos navios ou na casa das bagagens, segundo a sua
rocedencia, de modo que haja a menor demora possivel ba expedição d'ellas e no desem-
áraço dos passageiros; •''•
III Fazer o mais serviço que era das attribuições dos antigos Officiaes de dia. ; -
, . Art. 9.° Em qualquer serviço do piquete estarão sempre presentes, pelo menos, dois
dos empregados. ; '
Art. 10.° As visitas dos navios se farão de modo que nenhuma fique adiada dè um
para outro dia, tanto as visitas de entrada como ás de Completa descarga. ''
I unico. O chefe da primeira repartição nomeará dois ou mais turnos Revisitas, quan-
do haja muitos navios a visitar.
A,rt. n . ° A segunda repartirão trata do recebimento, conferencia, distribuição e ar-
recMaíçãó-dás mercadorias, e ássim pertehce-lhe: - .< '
I O serviço dás descargas nos caes e nàs pontes das mercadorias destinadas para os
armazens da alfandega, simplificando-se este serviço de fórma que haja só duas escriptu-
rações e conferencias dos volumes, uma por entrada e outra nos armazens, em substitui-
ção das tres que até agora havia; .
II A conferencia com os manifestos dos volumes descarregados dos navios, tanto dos
que entram para o s depositos, como dos despachados por estiva, baldeação ou transito
pelos caminhos de ferro, ou por outro qualquer modo;
III O expediente dos termos de entrada e franquia dos navios, ,e o do recebimento, : exa-
me e conferencia dos manifestos originaes com as copias; r V
IV O recebimento de todos os despachos de mercadorias passados nas alfandegas do
reino, das ilhas e das possessões ultramarinas, para por elles se fazerem as competentes
declarações nos bilhetes pelos quaes as ditas mercadorias são pedidas a despacho;
'V As declarações nos bilhetes de despacho das mercadorias que forem sujeitas aó
quinto differencial; ' "" i
25 dè janeiro 1865

V I O averbamento dos conhecimentos e a auctorisação para que os volumes pedidos a


dèspacho possam ser conferidos em vista dos mesmos conhecimentos, quando ainda não
tenham entrado nos armazens;
VII A distribuição das mercadorias pelos armazens, a extracção das folhas com que
n'elles devem dar entrada, e a designação das que devem ser despachadas por estiva;
. VIII O^cxpedíente para a entrega das amostras que forem apresentadas pelos capitães
dos navios, separados que sejam os objectos que devam pagar direitos;
IX A conferencia das folhas de descarga passadas pela primeira repartição ;
X A conferencia final das verbas dos navios ou o desembaraço, com referencia ás des-
cargas;
XI O conhecimento das divergências encontradas nas marcas e nos números dos vo-
lumes, podendo o chefe de serviço mandar harmonisa-las, quando não tenham impor-
tancia; ! ; '
XII O exame da escripturação dos livros de descarga e dos de armazem da alfandega
e do lazareto;
XIII O inventario, fechado no 1.° de janeiro e 1." de julho de cada anno, de todos os
volumes existentes em cada um dos armazens, especialisado por marcas e contramarcas.
XIV A. fiscalisação de todos os actos da companhia dos trabalhos braçaes.
Art. 12.° À terceira repartição trata do serviço relativo ao despacho de mercado-
rias, e assim pertence-lhe:
I A nomeação dos verificadores e seus coadjuvantes.
II O processo das verificações.
| I.° Cada turno de verificadores terá um só livro para lançar as verificações, depois
de feitas-pélos dóis verificadores.
O bilhete e a verificação lançada no livro serão assignados por ambos os verificadores.
§ 2.° Logòque o bilhete de despacho for apresentado a um dos verificadores, este lhe
porá o numero,de ordem da apresentação, com a sua rubrica.
No primeiro dia de cada semana começará nova numeração, principiando pelos bilhe-
tes que ficarem da anterior semana, por ordem dá sua antiguidade.
No expediente seguir-se-há rigorosamente a ordem da numeração dos bilhetes, sal-
vos os casos urgentes, com expressa auctorisação do director, que dará a ordem por es-
cripto.
| 3.° Na segunda feira de cada semana, cada turno de verificadores entregará ao res-
pectivo encarregado de mesa uma nota de todos os bilhetes da semana antecedente, aos
quaes cabendo a sua vez para despacho, não foi aproveitada pelos interessados.
, Esta nota indicará somente a quantidade de volumes e o nome doâ donos e dos des-
pachantes d'elles.
, | 4.° Das ditas notas se fará semanalmente uma relação, que será aííixada no logar que
o chefe do serviço da terceira repartição julgar mais conveniente, e ahi estará até ser sub-
stituída pela relação seguinte.
IÍI Auctorisar a saída das mercadorias, concluido o despacho.
IV Mandar fazer reverificações diarias.
V Finalmente, tomar conhecimento do expediente relativo ao despacho das mércado-
rias e bagagens, desde que são pedidas a despacho até á sua saída da alfandega.
... Exceptua-se p expediente que pertence áquarta repartição.
Art. 13.° Ficam subordinados ao.chefe da terceira repartição a delegação do caminho
de ferro, a casa das bagagens, e quaesquer outras estações ou logares onde se fizerem ve-
rificações e. despachos, e a secção volante das reverificações.
Art. 14.° As mesas de despacho são designadas por uma numeração de ordem.
. | unico. Os encarregados d'estas mesas dirigem o serviço e fiscalisam as verificações
que n'elías se fazem. ,
Art. 15.° Cada uma das mesas de despacho e as delegações das estações de Santa Apo-
lonia no caminho de ferro de leste, e das Devezas no do norte, serão dirigidas por um pri-
meiro official, tia falta d'este por um segundo, e na de ambos por um terceiro official.
.. Art. 16.° O empregado da conferencia das mercadorias á porta da saída fica subordi-
nado ao chefe de serviço da terceira repartição.
Art. n . ° A mesa das reverificações será presidida pelo chefe de serviço d'esta re-
partição, ou por quem suas vezes fizer, e no seu impedimento pelo empregado que 0 di-
rector designar, sendo organisado o serviço d'esta mesa pela fórma seguinte.
§ 1.° Os reverificadores serão nomeados diariamente pelo director da alfandega.
25 f|e janeira,

1 2 . ° O director mandará fazer reverificações todos os dias. . ,, ,


I 3.° Haverá n'esta mesa uma secção volante de reverificadpres nomeada tainbeih rdiaT
riamente pelo director, para percorrer as mesas externas de despacho e quaesquer logares
onde se façam verificações, reverificando o processo d'ellas em qualquer estado em ,que
esteja,
| Tanto a secção fixa como a volante dos reverificadores darão diàriattiènté ,cj?rifá
ao chefe de serviço 4'èsta repartição, das reverificações que tiverem feitp, para este á levar
ao conhecimento do director, juntando-Jhe às observações que julgar convenientes.
Art. 18.° As verificações óu conferencias de generos nacionaes ou n.acioha}isadQs; des-
pachados para exporiação pela alfandega de Lisboa, poderão ser feitas nos postos fiácaes
do Barreiro, pacilhas, Belem, é na delegação de Santa Apolonia na estação do caipifthó
de ferro. . "
§ í . ° A verificação ou conferencia será lançada no bilhete do despacho,, o qual cor-
rerá depois pela competente mesa na alfandega, quando os generos forem destinado.S Oat-a
os portos estrangeiros. À vista do despãcho completo, os fiscaes dos ditos poftps $uçto-
rjsfirão o. epibarque das mercadorias. '
§ Se os generos forem para pòrtos nacionaes, logo depois de verificados òli'con-
feridos, serão conduzidos para os navios acompanhados do bilhete de despacho livrei pas-
sado no posto fiscal. D'estes despachos haverá duplicados, que serão diariamente remet-
tidos para a quarta repartição da alfandega. . '
| 3.° Exceptuam-se das disposições d'este artigo a aguardente, e todos os ge/ierOS
que tenham restituição de direitos, cuja verificação sempre será feita na alfandega. '
Art. 19.° .0 directpr da .alfandega do.Porto poderá applicar ás dtèposijçops tdo ar|igo
precedente, nos postos fiscaes que entender conveniente, excepto po qué respeita á expor-,
!
taçãp de yinho, que só póde fazer-se pela mesma alfandega. - '
Art. 20.° A quartâ repartição trata dá contabilidade, e assim pertence-lhe:
I A contagem é Conferencia dos direitos;
II A contagem e divisão do producto das multas e tomadias;
í i í À escripturação de todas as receitas e valores recebidos pelo thesoureiro;
IV A .escripturação dos livros da receita geral e classificada;
V Á escripturação de todas as despezas;
Vi A escripturação dos livros de deposito, ou de qualquer receita ou despeza espe-
cial; :
Vil X cònférencia e revisão dos despachos, tanto das mercadorias armazenadas, Cújno
das que anteriormente se faziam pela meça dos direitos reunidos;
VIII A conferencia, quando o chefe de serviço á julgar conveniente, das mercadorias
descriptas nos bilhetes de despacho, Com os livros dos verificadores e dos armazéns,'fiem
::
' coino as dos livros da entrada da segunda repartição com os dos armazens; '
IX A conferencia dos bilhetes de despacho com as mercadorias, quando a determinar
o chefe de serviço, por quaesquer empregados da repartição; . .
X A conta das isenções dos direitos concedidos aos diplomaticos estrangeiros; ' ; f í :
XI A organisação da estatistica commercial; V ,
XII 4 jpatriçula das companhas de pesca, e a expedição das licenças para pescar';"
' XÚI' finalmente o exame, superintendencia e fiscalisação de todos os livros ef.dbcu-
mentos da alfandega, que tenham relação com a escripturação.
: Aft- 2t.° O director da alfandega mandàrá fazer algumas vezes segunda conferehcia
dasçpntagèns e conferencias de direitos'pelos empregados qúe'desigúár./
Árt. 22.° O chefe da quarta repartição mandará fazer frequentes conferências dos bi-
lhetes $e tonelagem, com os despachos e documentos que servem de base para o caí-
cjjlo |dos diversos direitos de tonelagem. _ H/
A r t 23.° Á quarta repartição, na alfandega do Porto, pertence exclusiVámeftté á es-
crip},uraçãp dos livros dos depositos de vinho, e o mais que tenha relação com a legislação
especial dos vinhos do Douro. ••>-.(
Art. 24.° A quinta repartição trata do expediente geral, e assim pertehcé-lhe: :
I Toda a correspondencia da alfandega;
II Òs assentamentos e termos de posse do pessoal interno ; é externo do districto ps-
)>! !
cal d» alfandega; :: .
m 0 prpceâso.das folhas dos vencimentos dos empregados do serviço itrtèrnó/:o a
conferencia das fplíias dos vencimentos dos empregados de serviço è x t e r r i ò ; ; ' . *'
1s
IV p ponto geraii, feito em presença dos ponlôs das qúatrb rèpártlçiíes) ' ;
25 de jaaeirp 1865 li
Y Os processos de multas e dè tomadias, e o mais expediente contencioso;
VI A conservação do cartorio;
VII O inventario de todos os moveis e utensílios pertencentes á alfandega;
VIII O expediente dos termos de fiança e de quaesquer responsabilidades;
IX A expedição de diplomas de nomeação do pessoal, para que estão auctorisados os
directores das alfandegas; •
•« X A expedição dos alvarás de saída dos navios;
XI O expediente das buscas, certidões, ordens da direcção, annuncios, e de todo 6
mais serviço que pertencia á antiga secretaria, e o què não é distribuido pelas outras re-
partições.
Art. 25.° Em cada uma das repartições e mesas de despacho estará affixado e pa-
tente ao publico o quadro das suas attribuições.
. | unico. Do, mesmo modo as tabellas dos emolumentos e dos salarios da companhia
dóS ífabaíbòsi hfaçiaes estarão affixadàs èm logar publico.
ArtV2Ô.° Os directores distribuirão desde já os empregados que "devem servir nas
delegações das alfandegas, podendo alterar essa distribuição quando o julgarem conve-
niente.
Art. 27. p A correspondencia official das delegações das duas alfandegas de Lisboa e
do Porto será sempre dirigida aos directores das mesmas alfandegas.
Art. 28.° Para os capitães de navios que conduzem cereaes cessa a obrigação de apre-
sentar os manifestos e dar entrada ou pedir franquia na alfandega municipal.
| unico, A descarga será feita pela alfandega municipal, e conferida pela copia dos ma-
nifestos, qué para ali remeiterá a alfandega de Lisboa, seguindo-se para o desembaraço
dos navios o mesmo processo que se faz para os outros generos, cujo despacho pertence á
alfândega municipal.
Art. 29.° Os generos, cujo despacho pertencer á alfandega municipal, mas que tive-
rem entrado na alfandega de Lisboa, por virem dentro de volumes com outros generos
pertencentes ao despacho da alfandega de Lisboa, serão conduzidos para a delegação da
alfandega municipal na praça do Commercio, acompanhados gratuitamente por um g u a ^
da, para ali se despacharem.
Art. 30.° Os direitos cobrados ná alfandega de Lisboai pela pauta da alfandega mu-
nicipal, serão escripturados separadamente, e sobre elles se calculará só 2 por cento para
emolumentos. ^
§ unico. A receita d'esta proveniência será remettida para a alfandega municipal no
fim de cada semana.
Paço, em 25 de janeiro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Thomás Lobo d'Avila.
D. de L. n.° 23 de 28 de jan.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAI/ DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3. a REPARTIÇÃO-1.* SECÇÃO

Attendendo ao que me foi representado pela camara municipal de Mourão, pedindo


que ô proéésso e julgamento das causas relativas a coimas, policia municipal ou transgres- ,
sões jde posturas, seja commeltido no seu concelho aó magistrado dè policia correccional;
e tendo em vista as informações das auctoridades administrativa e judicial, que são con-
formes na conveniencia do pedido da camara municipal: hei por bem, usando da auctori-
sação concedida ao governo pelo decreto com força de lei de 3 de novembro de 1852, de-
cretar o seguinte: . y
Artigo unico. São extensivas ás freguezias que compõem o concelho de Mourão as dis-
posições do decreto com sancção legislativa, de 3 de novembro de 1852, sobre o proces-
so e julgamento no juizo de policia correccional das causas de coimas, policia municipal
ou transgressões de posturas.
,Qs,ininj§tfps p secretarios d'estado dps negocios dp reinoe ecclesiasMÇQs e dç jjjsjtiça
asgim # jénfflW fflíendído e façam executar, fcaço da Ajgda,,em çle jgngiró 4e 1^65.
16 1865 26 de janeiro

1
'• MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria doestado dos negocios da guerra, que se-
jam approvadas e,tenham a devida execução as instrucções para a escripturação é corres-
pondências dos caserneiros, que fazem parte d'esta portaria, e baixam assignadas pelo .ge-
neral de divisão, chefe da 2. a direcção da mesma secretaria d'estado, José de Pinna Ereire
da Fonseca. . ! •..
: Paço, em 2 5 de jáneiro de 1865.—José Gerardo Ferreira Passos.

lnstrucções para a escripturação e correspondencia dos caserneiros, em conformidade do que se achá dis-
posto no titulo 3.°, capítulos 1.° a 4.°, e seus respectivos artigos, do regulamento da administração
da fazenda militar de 16 de setembro de 1864, inserto na ordem do exercito n.° Cl do mesmo anno.

Artigo 1.° O livro primeiro de que trata o artigo 14.° do regulamento de 1.6 de agosto
de 1864 para o serviço dos caserneiros, publicado na ordem do exercito n.° 41 d'esse an-
no, deverá ter o numero de folhas necessário para se dividir em tantas partes quantas fo-
rem as casernas ao cargo de cada um dos caserneiros, e mai§ em uma outra para o desti-
no; que adiante se indicará. Na primeira folha de cada uma d'essas partes se fará a descri-
pção do edificio conforme o.modelo B, junto ao dito regulamento; na seguinte folha se lan-:
çará a carga dos artigos de mobilia e utensílios entregues ao corpo queoccupar a caserna,
conforme os mappas que pela 2. a direcção do ministerio da guerra forem remettidos aos
caserneiros, dos quaes, pela mesma direcção, se dará conhecimento do augmento ou dimi-
nuição que houver nas cargas, a fim de se escripturarem convenientemente; e daquella
outra ultima parte se lançarão, conforme o modelo A, os artigos que não existirem dis-
tribuidos.
Art. 2.° Os tres livros de que trata o cidado artigo 14.° devem ser, antes.de n'ellas se
começar a sua escripturação, rubricados pelos presidentes dos conselhos administrativos
das divisões militares a cujos districtos as casernas pertencerem, ficando assim alterado,o
disposto na segunda parte do § 1.° do mesmo artigo; e são auctorisados os caserneiros a.
comprarem estes livros, que serão de bom papel almasso, e terão o numero de folhas pre-
cisas para a escripturação, segundo o numero de casernas que estiverem a cargo de cada:
um dos mesmos caserneiros, os quaes requisitarão á 2." direcção as quantias indispensa-
veis para as ditas compras, a fim de se lhes mandarem entregar pelas respectivas pagado-
rias militares por meio de recibos provisores, que serão depois resgatados com as contas
processadas, que os referidos caserneiros devem para esse effeito remetter ein duplicado
á mesma direcção; sendo uma d'ellas documentada com os recibos dos vendedores dos
livros a que se referirem.
Art. 3." A correspondencia relativa ás casernas, hortas ou quaesquer terrenos perten-
centes a essas casernas e aos edificios dos quarteis ao cargo dos caserneiros, será dirigida
á 4." repartição da l . 1 direcção do ministerio da guerra, e á 3. a da 2. a direcção a que dis-
ser respeito aos artigos de mobilia ou utensílios. '•'•}}/
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, em 24 de janeiro de 1 8 6 5 . = O chefe da
2.^ direcção, José de Pinna Freire da Fonseca. D. de L. n.° 4.% de 22 de fev.

, MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA •


THESOURO PUBLICO
D I R E C Ç Ã O G E R A L DAS A L F A N D E G A S E C O N T R I B U I Ç Õ E S I N D I R E C T A S . . •

' Convindo estabelecer, desde já, algumas disposições que regulem o serviço )nt'á no
dâ áifaridegà municipal de Lisboa: manda Sua Magestade El-Rei, péla dirécçãò : geral' dás'
alfandegas e contribuições indirectas, remetter ao conselheiro director da ditá^ alfandega
as instrucções que fazem parte d'esta portaria, que fará promptamente executar.
Paço, em 26 de janeiro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Thomás Lobo d'Avila.
íl
25 de janeiro 1865

Instrucções que fazem parte da portaria de 26 de janeiro de 186S, para regular


o serviço interno na alfandega municipal de Lisboa
Artigo d.° O serviço interno cia alfandega municipal de Lisboa é distribuido por qua-
tro repartições.
Art, 2.° O director designa os chefes de serviço e faz a distribuição dos emprega-
dos do quadro para cada repartição,..podendo alterar essa designação e distribuição sem-
pre que o julgar conveniente.
Art. 3.° Os chefes de serviço recebem e cumprem as ordens do director, e dão-lhe
conta do expediente das suas repartições.
Art. 4.° Os empregados subordinados aos chefes de serviço não podem dirigir-se ao
director a respeito do serviço que lhes é confiado senão por intermedio dos seus chefes.
Art. Pertence á primeira repartição :
I Superintender no serviço da fiscalisação externa d'esta alfandega e suas delegações;
II Fiscalisar o serviço das delegações e dos armazens da alfandega;
III Inspeccionar o serviço da companhia dos trabalhos braçaes e dos escaleres;
IV Fiscalisar a responsabilidade dos manifestantes, a que se refere o n.° I do artigo 8.°;
V Fiscalisar o serviço do official de dia.
Art. 6.° Haverá n'esta repartição uma secção volante de reverificações, nomeada sema-
nalmente pelo director, e presidida pelo chefe de serviço ou por quem as suas vezes fizer.
1 1 . ° Esta secção funccionará nas mesas de despacho internas e externas da alfandega,
ou em qualquer local onde se façam verificações. Nas delegações e mesas externas verifi-
cará tambem a contagem e a conferencia dos direitos.
| -2.° Alem d'esta secção de reverificação, o director poderá nomear outra para os
mesmos fins, quando julgue conveniente, de modo que diariamente se façam reverifica-
ções, tanto nos despachos da alfandega como nos das delegações.
Art. 7.° O pessoal da fiscalisação externa, que tem de servir n'esta alfandega, fica de-
pendente da primeira repartição.
Art. 8.° Pertence á segunda repartição:
I O expediente das avenças dos fructos produzidos em Lisboa, o manifesto do vinho
fabricado intramuros da cidade, a liquidação do vinho entrado em mosto, e os manifes-
tos do gado existente na cidade;
II A Gonferencia dos direitos e das avaliações, a da escripturação dos armazens com
os respectivos documentos, e a de todos os documentos de receita;
III A conferencia do mappa semanal do matadouro;
IV A escripturação de todas as receitas e valores recebidos pelo thesoureiro :
V A conferencia das contas do cofre des emolumentos, e das'contas das despezas
eventuaes;
VI A conferencia da receita, da despeza e das folhas da companhia dos trabalhos braçaes.
Art. 9.° Pertence á terceira repartição:
I O processo dos despachos dos generos livres de direitos, e o registo d'esses des-
pachos ;
II A conferencia diaria do livro da receita geral com as notas da receita diaria man-
dadas pelos encarregados das mesas de despacho;
III A conta corrente dos depositantes de cereaes e de legumes;
JV A expedição das guias de moagem para o sul do Tejo;
V A verificação dos livros a cargo dos ajudantes do fiscal da companhia dos trabalhos
braçaes, com relação aos depositos de cereaes e de legumes;
VI Nomear os guardas para as conducções;
VII A indicação dos postos fiscaes aonde se deve pôr o «visto» nos despachos;
VIII A declaração dos cereaes que estão sujeitos ao imposto denominado «da foz»;
IX A escripturação da receita geral e das receitas especiaes;
X A contagem dos direitos.
Art. 10.° O director da alfandega mandára, algumas vezes, fazer segunda conferen-
cia das contagens e conferencias dos direitos pelos empregados que designar.
Art. Pertence á 4. a repartição:
I A correspondencia da alfandega;
II O assentamento e termos de posse dos empregados;
III O processo das folhas dos vencimentos dos empregados;
IV O ponto geral, em vista dos pontos das outras repartições;
1.8 1865 26 de janeiro

V Os processos de multas, de tomadias, e do mais expediente contencioso;


VI A conservação do cartorio; ^
VII O inventario dos moveis e utensílios da alfandega;
VIII O expedientedos termos de fiança, e de qualquer outra responsabilidade;
IX A expedição dos diplomas de nomeação do pessoal que compete ao director da
alfandega;
X A estatistica;
XI A conta corrente dos impressos para o expediente da alfandega;
XII A escripturação das dividas relaxadas ao poder judicial;
XIII A conta da existencia dos cereaes;
XIV A conta das isenções dos direitos concedidas aos diplomaticos estrangeiros;
XV As tabellas dos preços dos cereaes e das carnes verdes; ' -'
XVI Finalmente o expediente das buscas, das certidões, das ordens da direcção, dos
annuncios, e de tudo mais que não está especialmente designado para outras repartições.
Art. 121° Êm cada uma das repartições e mesas de despacho estará-alBxado e pa-
tente ao publico o quadro das suas attribuições.
§ unico. Do mesmo modo as tabellas dos emolumentos e' dos salarios da compaijhia
dos trabalhos braçaes estarão affixadas em logar publico.
Art. 13.° Nas delegações, em que se arrecadar o imposto dò pescado, se harmoni-
sará o processo do despacho com o que se observa nas outras delegações.
Paço, em 26 de janeiro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Thomás Lobo d'Avila.
D. de L. n.° 23, de 28 de jan.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 4 3
O conselho geral das alfandegas:
Visto o recurso interposto por François Lallemant, ácerca da classificação de papel p r o - '
posto a despacho na alfandega de Lisboa em dois batotes, marca L. S. T., n.° 8 17 e Í 8 j
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra junta ao recurso;
Visto 0 artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o dito papel é similhante ao dos n . ° 3 1 e 2 a que se refere a reso-
lução n.° 9 1 ;
Resolve:
Artigo unico. O papel, que é objecto do recurso, deve ser classificado papel de im-
pressão, sujeito áo direito de 15 réis por kilogramma. "
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 26 de
janeiro de 1865, estando presentes os vogaes — Gonçalves^-Rodrigues, vqMoi—Fra-
desso dáSih'eira=Abreu— Couceiro—Nazarelk ( v e n c i d o ) = Costa.
D. do L. n.° 24, de30 de jan.

RESOLUÇÃO N.° 2 4 4
O conselho geral das alfandegas :
Visto o recurso interposto por François Lallemant, ácerca da classificação de papel
apresentado a despacho na alfandega de Lisboa em uma caixa, marca F. L., n.° 2:887;
Visto .o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra junta ao recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando .que ha duas qualidades no papel que motivou o recurso, e que a desi-
gnada com a 'letra A não póde julgar-se própria para impressão de livros e jornaes, 'e se
applica antes mais geralmente para envoltório de diversos objectos, e portanto não está
comprehendida na resolução n.° 91, emquanto que a qualidade B é mais similhante ás
a m o s t p s p . 0 3 1 e ê, âo que a amostra 3, a que se refere a citada resolução;
Resolve:
Artigo unico. O papel que é objecto do recurso, e que está designado com a letra A,
deve ser classificado papel de embrulho para pagar o direito de 50 réis por kilogramma,
e o que tem a letra B deve ser classificado papel de impressão, sujeito ao direito de 15-réis
por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas em sessão de 26 de
26 de janeiro 1865 19
j a n e i r o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os v o g a e s = Gonçalves— Rodrigues, relator—Fra-
dêsso da Silveira — Abreu— Couceiro=Nazarelh (vencido era p a r t e ) = C o s t a .
D.deL.n.°24, de 30 de jan.

RESOLUÇÃO a r . » mu
Ó conselho geral das alfandegas:
V l s í o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p e l a viuva Macieira & Filhos, á c e r c a da classificação d e p a p e l
p r o p o s t o a d e s p a c h o na a l f a n d e g a d e Lisboa, e m d u a s caixas, m a r c a M, n . o s 8 0 e 8 1 ;
V i s t o o a p t o da c o n f e r e n c i a dos v e r i f i c a d o r e s ;
Vista a m o s f r a j u n t a ao r e c p r s o ;
Visto o a r t i g o 1Ó.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
C o n s i d e r a n d o q u e o p a p e l d e q u e s e t r a t a é s i m i l h a n t e ás a m o s t r a s n . ° 3 1 e 2 , a q u e
s e r e f e r e a r e s o l u ç ã o n.° 9 1 d ' e s t e c o n s e l h o ;
Resolve:
A r t i g o unico. O p a p e l q u e é o b j e c t o d e r e c u r s o d e v e s e r classificado p a p e l d e i m -
p r e s s ã o , sujeito ao direito d e 1 5 r é i s p o r k i l o g r a m m a .
E s t a r é s ó l u ç â ó foi a d o p t a d a pelo c o n s e l h o g e r á í d a s alfandegas, e m s e s s ã o d e 2 6 de
j a n e i r o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os y o g a e s = G o w . £ a / y e s = = ^
so ^ m m a ~ Ã M e i ^ C m m = M i a f r e ã (vencido e m p a r t é ? ^ » : '
D. de L. n.° 24, de 30 de jan.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECRETARIA DOESTADO
1.» REPARTIÇÃO

T o m a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o o q u e m e r e p r e s e n t o u e m s e u r e l a t o r i o (1) o m i n i s t r o e se-
cretario d ' e s t a d o d o s1 n e g o c i o s da f a z e n d a : hei p o r b e m d e c r e t a r o s e g u i n t e :
?*>••< V —í ; „
(i) Setíhor: — As representações de alguns delegados do thesouro e de um grande numero dos es-
crivães de fazenda, e os exames a que procedi nas tabellas n.°® 3 e 6 annexas ao decreto de 3 de novem-
bro de 1860, Gzeram-me conhecer que algumas injustiças relativas se davam na classificação das tres or-
dens de concelhos de que trata a dita tabella n.° 3, e que mal retribuídos se achavam alguns d'aquelles
funccionarios pejo serviço que lhes eslava distribuido, ao passo que outros o eram com excesso; as-
sentando esta desigualdade nas quotas que se fixaram pela tabella n.° 6 do referido decreto, que foram
calculadas sobre o íermp medio annual da receita realisada.
ConvéncliÍo póis, de que era de uma necessidade absoluta proceder á reforma das indicadas tabel-
las, tratei, em virtude aa auctorisação concedida pelo § unico do artigo 31." do citado decreto, de esta-
belecer para báSe da reforma da tabella n.° 3 o numero de collectaclos nos concelhos e sua riqueza,
coinparando-os entre si dentro dos seus respectivos districtos; adoptando para a reforma da tabella
n.° 6, na parte relativa á$ quotas dos escrivães de fazenda, bases que dessem em resultado a compativel
proporcionalidade na remuneração do serviço prestado.
A experiencia demonstrou que o termo medio da receita realisada não era unia base segura para
se alcançara justa retribuição peio serviço de cobrança a cargo dos escrivães de fazenda: porque, de-
pendendo a maior ou inênor cobrança muitas vezes de circumstancias eventuaes que concorrem para
que em um conbelho de menor rendimento se cobre no mesmo anno maior importancia do que a co-
brada em concelhos de maior rendimento, não podia uma tal cobrança servir de base para assegurar a
justiça relativa que era preciso conservar no calculo das quotas.
Por estas rasões entendi que este calculo devia assentar na receita liquidada d'aquellas contribui-
ções, que tivessem o carácter de permanentes, não tendo tomado em consideração as que são cobradas
eventualmente, porque jsso nos faria incorrer nos mesmos inconvenientes que queremos evitar; não
fica çomtudo, poí* esfè facto, a receita que se realisar eventualmente ,excluída da percentagem que se
estabeíéòé, porque ella tem de lhe ser applicada para o calculo dá quota da cobrança.
Em vista do'exposto, parece-me de rigorosa justiça alterar a tabella n.° 3 junta ao referido de-
creto, passando alguns concelhos da segunda ordem para a primeira, outros da primeira para a segunda,
e finalmente alguhs para a terceira ordem, e d'csta para a segunda, em attenção ao numero de colle-
ctados e á sua riqueza, como mostra a labella que com o n.° 1 sobe á apreciação de Vossa Magestade,
demonstrando a' tabella 2 a quantos, por nijjhar devem ser calculadas as quotas pelo serviço da co-
brança a cargo dos Mencionados esfcrivãés de fazenda, devendo ainda submetter á consideração de
Vossa Magestade, que ais quotas estabelecidas pelo já citado decreto cie 3 de novembro de 186Ô para
estes funccionarios impcp-tavam approximadamente na quantia de 33:600^000 réis, e que aquellas que
me .pareíte' deverèra^se-Jnes fixar se elevam á quantia de 43:200^000 féis, resultando d'aqui um au-
gmento de deSpefca que julgo indispensavel para a condigna remunerâçâo do serviço prestado, e que
aevê^oDCorref' parefia i#elhor administração, fiscalisação e arrecadação dos rendimentos publicos.
Com estes fundamentos tenho a honra de submetter á approvação de Vossa Magestade o seguinte
projecto de decreto.
Secrètaria cFestado dos negocios da fazenda, em 26 de janeiro dt l865.=Joaquim Thomás Lobo
20 1865 26 de janeiro

Artigo 1.° Desde o dia 1 do corrente m e z em diante é regulada a classificação dos


concelhos dos districtos do continente do reino pela tabella junta n.° 1, que faz p a r t e do
presente decreto, e q u e fica substituindo a tabella n.° 3 annexa ao decreto de 3 d e no-
v e m b r o de 1860.
A r t . 2.° Desde o m e s m o r e f e r i d o dia 1 do c o r r e n t e m e z e m diante as quotas pela co-
brança dos rendimentos publicos, que ficam pertencendo aos e m p r e g a d o s na administra-
ção, fiscalisação e arrecadação dos mesmos rendimentos, serão calculadas pela tabella
n.° 2, q u e faz parte do presente decreto, e que fica substituindo a tabella junta ao decreto
de 12 de abril de 1862.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda assim o t e n h a entendido e faça
executar. Paço, em 2 6 de janeiro de 1865. = R E I . = J o a q u i m Thomás Lobo d'Avila.

N.° 1

Tabella d a classificação dos concelhos conforme o decreto d e 2 6 d e j a n e i r o d e 1 8 6 3

Concelhos
Districtos
Del. "ordem De 2.» ordem De 3.a ordem

Aveiro. Agueda. Albergaria a Velha. .


Estarreja. Anadia. Castello de Paiva.
Feira. Arouca. Ílhavo.
Oliveira de Azemeis. Macieira de Cambra.
Aveiro Ovar. Mealhada.
Oliveira do Bairro.
Sever.
Vagos..

'(Beja. Almodovar. Aljustrel.


1 Moura. Alvito. Barrancos.
Cuba. Castro Verde.
Mertola. Ferreira.
Odemira. Ourique.
Serpa.
Vidigueira.

[Barcellos. Fafe. Amares.


IBraga. Celorico de Basto. Cabeceiras de Basto.
R jGuimarães. Povoa de Lanhoso. Espozende. ~
ura
"a jVilla Nova de Fama- Terras de Bouro.
1 lição. Vieira.
(Villa Verde.

I Bragança. Miranda. Alfandega da Fé.


1 Macedo de Cavalleiros. Mogadouro. Carrazeda.
Bragança Mirandella. Moncorvo. Freixo de Espada á
Vinhaes. Cinta.
Villa Flor. "
Vimioso.
|
/Castello Branco. Certã. Belmonte. '
1 Covilhã. Idanha a Nova. Oleiros.
íFundão. Penamacór.
Castello Branco. / Proença a Nova.
S- Vicente da Beira,
Villa de Bei.
Villa Velha de RodSo.

[Cantanhede. Arganil. Condeixa a Nova'.


Coimbra JCoimbra. Louzã. Goes.
(Figueira da Foz. Oliveira do Hospital. Mira.
26 (le. janeiro 1865 21

. Concelhos
Districtos
Del." ordem De 2. u ordem Dc 3.® ordem

Monteinór o Velho. Tábua. Miranda do Corvo.


Soure. Pampilhosa.
Coimbra Penacova.
Penei la.
Poiares.

Evora. Alandroal. Móra.


Extremoz. Arraiolos. Mourão.
Montémór o Novo. Borba. Vianna do Alemtejo.
Evora Portel.
Redondo.
Reguengos.
Villa Viçosa.

Faro. Lagoa. Albufeira.


Loulé. Lagos. Alcoutim.
Silves. Olhão. Aljezur.
Tavira. Villa Nova de Porti- Castro Marim.
mão. Monchique.
Villa do Bispo.
Villa Real dè Santo An-
tonio.

Guarda. Ceia. Aguiar da Beira.


Sabugal. Celorico da Beira. Almeida.
Figueira de Castello Fornos de Algodres.
Rodrigo. Manteigas.
Gouveia. Meda.
Pinhel.
Trancoso.
Villa Nova de Foscôa.

[Alcobaça. Caldas da Rainha. Alvaiazere.


\Leiria. Figueiró dos Vinhos. Ancião.
Leiria 1 Óbidos. Batalha.
Pombal. Pedrogão Grande.
Porto de Moz. Peniche.
1
Alemquer. Alcacer do Sal. Alcochete.
Bairro de Alcantara. Aldeia Gallega. Barreiro.
Bairro de Alfama. Almada. Cadaval.
iBairro Alto. Arruda. Cascaes.
IBairro do Rocio. Azambuja. Cezimbra.
Belem. Mafra. Grandola.
Cintra. Oeiras. Lourinhã.
Olivaes. Moita.
Setubal. S. Thiago de Cacem.
Torres Tedras. Seixal.
Villa Franca.

Elvas. Alter do Chão. Castello de Vide.


.Portalegre. Arronches. Crato.
Aviz. Gavião.
Portalegre Campo Maior. Marvão.
Fronteira. Monforte.
Niza. Ponte do Sor.
Sousel.

1.° Bairro. Amarante. Paços de Ferreira.


2.° Dito. Baião. Paredes.
3." Dito. Bouças. Vallongo.
Porto Felgueiras.
jPenafiel.
Villa Nova de Gaia. Gondomar.
i Loqzada.
6
22 1865 26 de janeiro

Concelhos
Districtos
De 1." ordem De 2." ordem De 3. 1 ordem

Maia.
Marco de Ganavezes.
Povoa de Varzim.
Santo Thyrso.
Villa do Conde.

Abrantes. Almeirim. Constancia.


Santarem. Benavente. Barquinha.
Torres Novas. Cartaxo. Ferreira do Zezere.
Santarem '. Chamusca. Gollegã.
Coruche. Mação.
Thomar. Rio Maior.
•Villa Nova de Ourem. Salvaterra.
Sardoal.

Arcos de Valle de Vez. Melgaço. Caminha.


Ponte do Lima. Monção. Coura.
Vianna . Vianna do Castello. Ponte da Barca. Villa Nova da Cerveira.
Valença.

Chaves. Alijó. Boticas.


Peso da Regua. Montalegre. Mesãó Frio.
Villa Reai Valle Passos. Sabrosa. Mondim de Basto.
|Villa Real. Santa Martha de Pena- Murça.
guião. Ribeira de Pena.
Villa Pouca dè Aguiar


ÍLamego. Armamar. Fragoas.
S. João da Pesqueira. Carregal. Mondim de Basto.
Tondella. Castro Daire. Mortagua.
Vizeu. Mangualde. Penalva do Castello.
Moimenta da Beira. Penedono.
Vizeu Nellas. Oliveira de Frades.
Rezende. Santa Cornba Dão.
S. Pedro do Sul. S. João de Areias.
Sernancelhe. Sátão.
Sinfães. Tabuaço.
Tarouca'.
Vouzella.
.

Paço, em 2 6 de janeiro de J 8 Q S . = J o á q u i m Thomás Lobo ã'Avila.


26 de janeiro 1865 °23

N.° 2

Tabella das quotas que compelem aos empregados no lançamento, arrecadação e fiscalisação
dos rendimentos publicos nos districtos e concelhos do continente do reino

Districtos " Comarcas Concelhos

CS o '

Aveiro. 2,3
Agueda 2,5 25
Agueda 3 30 Si
! 4 52 )
Albergaria a Velha 2,5 25
Anadia. Sever 3 28 \ 45
Anadia 3
Mealhada 3 25
Arouca. 3 33 60
Oliveira do Bairro .
Arouca 2 15
Aveiro Castello de Paiva .. 3 25 27
Aveiro 3 25
Estarrej Ílhavo 12 33
Feira . . Vagos 13 36
Oliveira ade Aze- j Macieira
Estarrejade Cambra. 3 36
18 42
meis Oliveira
Feira. de Azemeis. 2,5
Ovar Ovar 2 18 42
Beja. 2,5
Almodovar 2,5 23
Mertola 2,5 23
Almodovar 24 42
Castro Verde 3
Ourique 2,5 24
Aljustrel 3 20
Beja , Beja 2 12 27
Ferreira 2,5 20
Alvito 2,5 18
Cuba Cuba 3 32 39
Vidigueira 3 19
(Barrancos 6 100
Moura j Moura .». 2,3 13 30
(Serpa 2,5 12
Odemira Odemira 3 20 54

Braga 1,3
Barcellos
j Barcellos 11 30
Espozende 2,5 18
Braga Braga 2 8 18
Cabeceiras de Basto. 2,5 15 48
Celorico de Basto Celorico de Basto... 2,3 18
Fafe Fafe 2,5 15 48
Guimarães Guimarães. 2 9 27
Povoa de Lanho- Povoa de Lanhoso . . 2,5 18
so . Vieira 2,5 16 48
Villa Nova de 15
Famalicão. • Villa Nova de Famalicão. 45
Amares 2,5 18
Villa Verde. Terras do Bouro 3 34 42
Villa Verde 2,5 15

Bragança. 3,5
B r a g a n ç a . . . . . . Bragança 12 42
Macedo de Caval- 3 22 51
Macedo de Cavalleiros.
leiros
Miranda 3- 33 60
Miranda Vimioso 3 27
24 1865 26 de janeiro

Comarcas Concelhos

s^ oo

Mirandella. 3
Mirandella
Villa FJor 3
Freixo de Espada á Cinta. 3
Mogadouro
Mogadouro 2,3
Alfandega da Fé 3
Moncorvo Carrazeda de Anciães 2,5
Moncorvo 3
Vinhaes Vinhaes 2,5

Castello Branco. 3,3


Castello Branco 2 15 j
Castello Branco S. Vicente da Beira . . 3 24 42
(Villa Velha de Rodão 3,5 45 \
í Certã 2,5 18 J
j Oleiros 3,5 55
Certã , 54
) Proença a Nova 5 40
(Villa cíe Rei 3,5 50 j
(Belmonte 3 45 1 39
CovilhS (Covilhã 2 14
Fundão I Fundão 2,5 15 | 48
, (Idanha a Nova
Idanha a wNova.. Penamacor 2,5 18 J 48
2,5 22

1,3
3
Arganil . . . Goes 3,5
(Pampilhosa 7
2,5
Cantanhede.. 3
(Coimbra 2
Coimbra Condeixa a Nova . . 3
Penacova 3
Figueira da Foz Figueira da Foz . . . 2,5
Louzã 3

Í
3
Louzã
3
3
Miranda do Corvo .
Pcnella 2,5
. jPoyares
Soure 3
Montemor "o Y e -i jOliveira
^ -do
r „
Hospital
y 3
lho '(Tábua 3
Soure
Tábua . . .
2,5
Extremoz
Extremoz. ] Borba 2,5
(Villa Viçosa 2,5
i Evora 2
Evora Portel 2,5
Vianna do Alemtejo 3
Montemór o No Arraiollos 2,5
Montémór o Novo . . 2
vo Móra 3
Alandroal 2,õ
Mourão 3
Redondo Redondo 2,5
Reguengos 2,5

2,5
Faro..,
Faro. 2,5
'(Olhão.,
26 de janeiro 1865 25

Districtos Comarcas Concelhos

£2 a2

Lagos 2,5 18
Villa do Bispo 2,5 50
LaffOS. 18
Villa Nova de Portimão... 2,3
Aljezur 3 43
Albufeira 2,5 24
Loulé , Loulé 2,5 14
Lagóa 2,5 18 1
Silves jMonehique _ 3 30 f 45
Silves 2,5 17
Alcoutim 3 40
Castro Marim 3 35 i 4t s5
Tavira Tavira 2 13
Villa Real de S.t0 Antonio. 3 28

Guarda. 2,5
Ceia Ceia 3 20
Celorico da Bei- Celorico da Beira 3 22
ra Fornos de Algodres 3 30
Gouveia 2,5 21
Gouveia Manteigas 60
5
Guarda Guarda 2 14
Almeida 3 28
Pinhel Figueira de Castello Rodrigo 3 20
Pinhel 3 24
Sabugal Sabugal 3 20
Aguiar da Beira 3,5 49
Trancoso Trancoso 25
2,5
Villa Nova de Meda 3 42
Foscôa Villa Nova de Foscôa 3,5 25

Leiria.
Alcobaça. . . . Alcobaça 2,5 13
Caldas da R a i n h a . . . 2,3 17
Caldas da Rainha Óbidos 2,5 13
Peniche 3 30
Alvaiazere 3,5 40
Figueiró dos Vi- Figueiró dos Vinhos 3 26
nhos Pedrogão Grande . . . 3 30
Leiria. Leiria 2 10
Ancião 3 33
Pombal Pombal 16
2,5
Batalha 4 35
Porto de Moz . . Porto de Moz 3 30

Lisboa. 0,7
Alcacer do Sal 2 13
Alcacer do Sa].. Grandola 3 28
S. Thiago do Cacem 3 20
Alcochete 2,5 24
Aldeia Gallega Aldeia Gallega do Ribatejo. 2,5 28
do Ribatejo Barreiro 3 28
Moita 3 20
! Alemquer 2 15
Azambuja 2,5 14 f 33
Cadaval 3 30
(Almada 2 14 i
Almada ] Cezimbra 3 40 f 36
(Seixal 2,5 20
(Cascaes 2,5 17
Cintra , 10
| Cintra
Belem (a) 7
Lisboa , 12
(Oeiras (a) 2,5
(a) A sede da recebedoria d'estes dois concelhos é no de Belem.
1865 26 de Janeiro

S £

trácios Èotaaixas Concelhos

a
13
•<

1.*secção.«.
Bairro deli.'
Alcantara.)3. a
t4.a
Bairro deil. a
Alfama. . . |2.»
Lisboá.
I.1
iBairro Alto 12.a
3."
1.'
Bairro do) 2."
Rocio )3.«
(4.a
Olivaes
Sfáfra< Mafra 3 17
Setúbal Setubal 2 9
Lourinhã. 3 40
Torres Vedras. Torres Vedras 2 15
Arruda 2,5 16
Villa f r a n c a . . Villa Franca 2 9

2,5
Campo Maior . 2,5 15
Elvas j Elvas 2 10
(Monforte 2,5 15
[Alter do Chão. 3 18
)Aviz 2,5 12
Frontéira j Fronteira 3 20
I Souzel 3 18
i Ponte do Sor . 3 26
Í Crato 2,5 20
Gavião 3,5 40
Niza 2,5 18
Arronches.... 2,5 16
Castello de Vide. 2,5 18 27
Portalegre. 3 20
Marvão
Portalegre 15

Porto.
Amarante . Amarante 2,5 18
Baião Baião 3 23
uéiras. Felgueiras. 2,5 18
Louzack. 2 24
Louzada 3 30
Paços de Ferreira...
Jíarco de Cana- 2,5 18
Marco de Canavezes.
vezes
j Paredes 2,5 18
Penafiel 2 14
(Penafiel
Bouças (a) 2,5 14
Gondomar (o) -2,5 18
Maia (a) 2,5 22
Vallongo (a) 3
Porto. 2

S
I." bairro . . .
2." » 6
3." » ... 5
'Villa Nova de Gaia . 2 11
Santo Thyrso . . Santo T h y r s o . . . . . . 2,5 17
(Povoa de Varzim . . . 2,5 18
Villa do Condè (.Villa do Conde 18
i
(a) A séie da recebedoria d'estes quatro concelhos é no da Mala.
26 de janeiro 1865 27

Comarcas Concelhos
5 S

1,5
Abrantes 2
Constancia 3
Abrantes. Mação 3
30
Sardoal 3
Benavente 2,5

Í Coruche
2,5
2,5
2
30

33
Salvaterra 2,5
„„.,
Chamusca (Almeirim
(Chamusca
f Cartaxo
Santarem JRio Maior
(Santarem 30
Ferreira do Zezere... 30
Thomar j Thomar 2,5
Villa Nova de Ourem 3
Barquinha 2,5 30
Torres Novas . . {Gollegã 2
Torres Novas
i,5
Arcos de Valle Arcos de Valle de Vez. 12
de Vez Ponte da Barca 2,5 20
Melgaço... Melgaço 3 48
Monção Monção - _ 2,5 18 42
Ponte de Lima.. Ponte de Lima - - 2 12 30
Cóura - - 3 24
Valença. Valença - - 2,5 22 36
Villa Nova da Cerveira , - _ 3 28
Vianna do Cas- Caminha - - 2,5 22
tello Vianna do Castello - - 2 9 21

2,5 3
Alijó - - 3 18
Alijó Murça 1 - _ 3 38
45
Chaves Chaves - - 2,5 15 45
Boticas - _ 3 30
Montalegre Montalegre -
45
- 3 30
S.ta Martha de Penaguião. - - 3 20
Peso da Regua.. Mesão Frio - — 3 30
Peso da Regua - - 2,5 15
Valle Passos Valle Passos - _ 3 16 36
Villa Pouca de
i Mondim de Basto - _ 4 35
Ribeira da Pena - — 4 40 51
Aguiar
Villa Pouca de Aguiar - _ 3 30
Sabrosa - — 3 16
Villa Real. 36
Villa Real - - 2 14

2,5 3 _ h
Armamar - - 3 28
Armamar. Mondim - - 3 45 48
Tabuaço - - 3 38
Castro Daire - - 3 32
Castro Daire
Fragoas _ _ 6 70
57
Carregal - _ 3 26
Santa Comba Dão . . . - - 3 40
S.,a Comba Dão 51
S. João de Areias - • - 3 50
(Mortagua - - 3 43
S. JoSo da Pes-(S. João da Pesqueira, - - 2,5 18
queira (Penedono 51
- - 4 36
- - 2 10
& : : : : : : : : : : : : - - 3 47
33
28 1865 26 de janeiro

Districtos Comarcas Concelhos

.3 li
a

Mangualde. 3 24
Mangualde 'Nellas 3,5 30 48
Penalva do Castello 3 30 )
34
Si
MoimentadaBei Moimenta da Beira. 3
ra Sernancelhe 3,5
Rezende Rezende 3 24 51
Sinfães Sinfães 3 24 45
Tondella Tondella.'. 2,5 18 36
Sátão 3 35
Vizeu 27
Vizeu 2 10
' Vouzella 3 38
Vouzella
Í Oliveira de Frades.
3
3
32

S. Pedro do Sul
Paço, em 26 de janeiro de 1 8 6 5 J o a q u i m Thomás Lobo d'Avila.
D. de L. n.° 26, de 1 de fev.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3." REPARTIÇÃO —3.a SECÇÃO

Sendo presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento do visconde da Esperança, pe-


dindo que se lhe permitta mandar sepultar no carneiro ou jazigo, que tem no convento do
Carmo, de Cuba, as pessoas da sua familia que vierem a fallecer; poisque, alem de ser
isto um direito que lhe assiste como padroeiro que é do referido convento, nenhum da-
mno póde de similhante permissão resultar para a saude publica, vistoque os enterramen-
tos só poderão ter logar a longos prasos;
, O mesmo augusto senhor, conformando-se com o parecer do governador civil de Beja
e com o do delegado do conselho de saude no mesmo districto, houve por bem indeferir o
alludido requerimento pelas seguintes rasões:
1. a Porque estando determinado, no artigo '13.°dodecrelo de 21 de setembro de 1835,
que desde que se achar estabelecido em alguma parochia o cemiterio geral não serão per-
miltidos os enterramentos fóra d'elle, e havendo em Cuba unrcemiterio com as condi-
ções precisas, o pedido do visconde da Esperança está em opposição com o citado decreto;
2. a Porque a dispensa d'este decreto pedida pelo requerente não só é inconveniente
pela idéa que incute nos povos de que os cemiterios são somente destinados para os po-
bres, mas prejudicial ao concelho de Cuba, que, tendo feito as despezas do estabelecimen-
to do cemiterio, não póde com rasão ser privado do rendimento que elle deve produzir se-
gundo as leis vigentes;
3. a Porque o allegado direito de padroado caducou pela disposição do decreto de 5 de
agosto de 1833, e ainda quando subsistisse não podiam ser mantidas as regalias d'elle que
estivessem em desharmonia com as leis vigentes, e tal é o caso com a de ter a sepultura
em jazigo dentro dos templos.
O que tudo se communica ao sobredito governador civil para seu conhecimento, e para
que n'esta conformidade dê as ordens convenientes á auctoridade administrativa do con-
celho de Cuba; ficando esta portaria servindo de regra para casos similhantes.
Paço da Ajuda, em 27 de janeiro de 1865. — Duque de Loulé.
D. de L. n.° 25, de 31 de jan.
31 de janeiro 1865 29

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2.° DIRECÇÃO
3." REPARTIÇÃO

Tendo-se recommendado aos governadores das provincias ultramarinas, em portaria


circular de 3 de dezembro do anno passado, publicada na folha official n.° 275 de 5 do
mesmo mez, que promovessem a remessa para Lisboa dos principaes productos das res-
pectivas provincias, a fim de concorrerem na exposição internacional que ha de ter logar
na cidade do Porto em agosto do presente anno; e sendo de reconhecida conveniencia que
n'esta capital se dè a taes productos a devida classificação antes de serem enviados para
a cidade do Porto: ha Sua Magestade El-Rei por bem nomear uma commissão, de que será
presidente o conselheiro João Tavares de Almeida, deputado pelo estado da índia, secre-
tario Antonio Julio de Castro Pinto de Magalhães, deputado pela provincia de Angola e
secretario do conselho ultramarino,-e vogaes Antonio José de Seixas, deputado pela dita
provincia, Agostinho Vicente Lourenço, lente da escola polytechnica, e Francisco Rodri-
gues Batalha, negociante, a qual commissão terá a seu cargo dirigir para o indicado fim
todos os trabalhos preparatorios, e propor ao governo as medidas que julgar necessarias,
esperando o mesmo augusto senhor que os individuos nomeados se haverão com o seu
costumado zêlo no desempenho das funcções que lhes são commettidas.
O que se communica, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, ao
conselheiro João Tavares de Almeida, para seu conhecimento e devida execução.
Paço, em 30 de janeiro de 1 8 6 5 . — J o ã o Chrysostomo cie Abreu e Sousa. (1)
D. de L. n.° 39, de 17 de fev.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o officio do governador civil, do districto do
Porto, de 14 do corrente mez, incluindo a resposta da camara municipal de Paredes, exi-
gida por portaria d'este ministerio de 24 de novembro de 1864, sobre a falta de cumpri-
mento por parte da referida municipalidade de differentes accordãos da commissão dis-
trictal Sobre materia da recrutamento;
Considerando que a camara, por errada interpretação das disposições da lei de 27 de
julho de 1855, alterou o recenseamento do anno de 1864, que lhe fôra devolvido depois
de approvado pela commissão districtal;
Considerando que segundo o disposto no artigo 4.° da lei de 4 de junho de 1859, só
ás commissões districtaes, creadas pelo artigo 5.°, ficaram pertencendo o exame e fiscali-
sação dos recenseamentos, e a apreciação das causas de isenção ou exclusão, quando estas
não digam respeito a falta de altura ou robustez;
Considerando que da fiel execução dos accordãos da commissão districtal nenhuma res-
ponsabilidade resultava á camara municipal, a quem ficava o direito de recensear no anno
immediato todos os individuos que, por qualquer das circumstancias previstas no arti-
go 12.° da lei de 27 de julho de 18.55 deixassem de ser incluídos no recenseamento de
1864, podendo os lesados por erro ou omissão do recenseamento, recorrer para os tri-
bunaes superiores, como a lei lhes faculta ;
.Considerando que é indispensavel que os tribunaes e corporações se mantenham nos
limites das attribuições que a lei lhes marca, para se evitarem contlictos e para que o ser-
viço publico não seja prejudicado;
Tendo em vista a informação do governador civil do districto do Porto, e conforman-
do-se com o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto d'esle ministerio: ha
por bem resolver:
Que a camara municipal de Paredes seja intimada para no praso de oito dias, contados
da data da intimação, cumprir os accordãos da commissão districtal que invalidaram os
actos irregulares praticados pela camara com relação ao recenseamento de 1864; e que

(1) Identicas para os outros vogaes da commissão.


8
30 1865 3 1 de janeiiQ

no caso, não esperado, da falta de execução d'esta real ordem, o governador civil mande
autuar a referida municipalidade e remetter o auto ao poder judicial, com a maior recom-
mendação; dando logo conta por este ministerio, se porventura for pronunciada a dita ca-
mara, para se providenciar como convier.
O que se participa ao governador civil do Porto, para seu conhecimento e devida exe-
cução.
Paço, em 31 de janeiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé. d. adl. n.° 39,dc7 aefer.

3." REPARTIÇÃO —3." SECÇÃO

Subiram ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei a consulta do conselho de saude


publica do reino e o relatorio do delegado do mesmo conselho, sobre a epidemia que nos me-
zes de setembro a novembro do anno passado grassou nos concelhos de Certã, Oleiros,
Villa Velha e Proença a Nova; e pela consulta e relatorio viu Sua Magestade que subiu a
2:350 o numero das pessoas atacadas pela epidemia, a 476 o numero dos obitos, e q u e
nem a epidemia teria tomado tamanho incremento, nem avultado tanto a sua mortalidade
se nos concelhos invadidos houvesse os necessarios facultativos, e fossem prestados aòá
doentes os soccorros medicos de que elles careciam.
O relatorio do delegado do conselho de saude mostra que tudo faltou, que os do,entes
estiveram inteiramente entregues ao cuidado de curandeiros e de sangradores, tiveram de
sujeitar-se aos disparatados tratamentos que elles aconselharam, porque as camaras muni-
cipaes dos respectivos concelhos não curaram de prover n'este assumpto como as leis lhes
determinam, e por vezes ha sido recommendado.
O delegado informa qne Proença a Nova tem um medico de oitenta e dois annos, ha
muito tempo entrevado; que Villa de Rei tem um cirurgião de partido ha muitos annos
paralytico com Fheumatismo gotoso; que a Certã tem um facultativo valetudinário e velho,
e apenas em estado de visitar os doentes na villa; e, finalmente, que em Oleiros e Villa Ve-
lha não ha facultaviyo algum, acrescentando o delegado, quanto a este ultimo concelho,
que o informaram de que, comquanto estivesse ali creado um partido, não havia elle sido
provido por serem desviados os concorrentes, no intuito de protegerem os vereadores os
interesses dos sangradores, cujos parentes eram.
. SuaJVIagestade manda chamar a attenção do governador civil do districto de Castello
Branco para este deplorável estado de cousas, e lembrar-lhe a necessidade de compeliir
as camaras a cumprir as disposições do codigo administrativo, creando partidos sufficien-
tes, para que a elles concorram os facultativos legalmente habilitados.
Não deve permittir-se que as camaras despeçam os facultativos velhos ou decrepitos,
que gastaram a sua vida no serviço dos concelhos, porque um tal acto seria uma iniquida-
de, que a auctoridade superior administrativa deveria reprimir logo; mas não póde tam-
bem admittir-se que a existencia, nos concelhos, de facultativos impossibilitados por sua
idade e molestias de exercer a clinica dispense as camaras de satisfazer á obrigação, que
as leis lhes impõem, de prover a que aos povos dos seus concelhos não faltem os soccor-
ros medicos, a que elles têem incontestável direito.
Cúmpre portanto que o governador civil ordene ás camaras que criem novos partidos
para durarem somente emquanto viverem os facultativos impossibilitados de servir; ou
que exonerem estes, concedendo-Ihes pensões vitalícias, e provendo em seguida os partidos
vagos:
Sem duvida a estas providencias ha de objectar-se a falta de meios para custear a nova
despeza que ellas trarão; mas o governador civil deve fazer sentir ás camaras municipaes
que similhante. allegação não poderá ser attendida, ou porque no artigo 137.° do codigo
administrativo está resolvida a objecção, ou porque, provado que fosse que um concelho
qualquer não tinha os meios precisos para occorrer ás suas despezas obrigatórias, que são
a condição da sua existencia, tornar-se-ía indispensavel supprimi-lo, para que os povos
não sentissem sómente os encargos da administração municipal, sem colher os proveitos
. d'ella. .
Quanto ao concelho de Villa Velha, deve o governador civil exigir sem demora da ca-
mara respectiva a copia das condições com que o partido ha de ser provido, e fazer aijrum-
ciar de novo que elle está a concurso, declarando-se nos annuncios que as condições, pòr
dem examinar-se na secretaria da camara, ou na do governo civil, e ahi obter-se quaes-
quer esclarecimentos, e verificar tambem o que têem de real as informações que foram
31 de janeiro 1865 31
prestadas ao delegado de saude, quanto ás difficuldades oppostas ao provimento do
partido.
Sua Magestade quer que o governador civil dè opportuna e successivamente conta das
providencias que adoptar n'este assumpto, que se lhe ha por muito recommendado, para
que possam remover-se quaesquer embaraços que encontrem as ordens que lhes são ex-
pedidas, e para que assim se evite que no anno futuro o districto seja assolado por moles-
tias epidemicas, como o tem sido nos anteriores.
Paço da Ajuda, em 31 de janeiro de 1 8 6 5 . = D u q u e deJLoulé.
D. de L. n.° 30, de 7 de fev.

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fevereiro
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
2." DIRECÇÃO
I.A R E P A R T I Ç Ã O

Convindo não só dar ao collegio das missões ultramarinas a mais conveniente organi-
sação, mas sendo igualmente necessário procurar que o edificio em que elle está collocado
tenha as condições e arranjos necessarios em uma casa de educação de missionários, e qúe
em tudo o mais um tal estabelecimento, tanto no seu pessoal como nos seus regulamentos,
corresponda aos importantes fins para que foi creado: Sua Magestade El-Rei ha por bem
encarregar o reverendo bispo eleito de Macau de examinar o sobredito estabelecimento,
e verificar assim o estado dos estudos e o aproveitamento dos alumnos, como a sua edu-
cação physica, moral e religiosa: devendo de tudo dar conta e propor o que lhe parecer
acertado, o que poderá fazer em participações successivas, se assim o julgar mais conve-
niente, e em especial para as providencias que possa reputar urgentes ou mais necessarias.
.. O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa, para
os devidos effeitos, ao superior do mesmo collegio.
Paço, em 1 de fevereiro de 1865. = João Chrysostomo de Abreu e Sousa.
D. de L, n.° 31, de 8 de feT.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PCBLICO
D I R E C C Ã O G E R A L DA CONTABILIDADE — 1 > REPARTIÇÃO

Tendo chegado ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei a representação do delegado


do thesouro no districto de Ponta Delgada, datada de 9 de dezembro proximo preterito,
pedindo, pelas rasões que allega, se torne extensivo áquelle districto o beneficio consignado
no artigo 5.° da portaria de 18 de janeiro de 1862, que estabeleceu o praso de sessenta
dias para a cobrança dos impostos de lançamento; e conformando-se o mesmo augusto
senhor com o parecer emittido pelas direcções geraes das contribuições directas e da con-
tabilidade, que julga procedentes os fundamentos apresentados pelo indicado funccionario,
não só porque se acha actualmente estabelecido nos districtos das ilhas o mesmo systema
tributário que vrgora no continente do reino, mas por similhante concessão conciliar os in-
teresses da fazenda com a maior commodidade dos contribuintes das respectivas localida-
des: houve por bem ordenar que, pela sobredita direcção geral da contabilidade, se ex-
peçam as ordens necessarias para que o praso estatuído para a arrecadação dos citados
impostos de lançamento no continente do reino se faça extensivo a todos os districtos das
ilhas adjacentes, a fim de ser prorogado por mais trinta dias, alem do que se acha marcado
pelas instrucções em vigor; devendo todavia entender-se que'as cobranças effectuadas
durante a proroga acima designada não ficam por modo algum sujeitas ao pagamento de
3 por cento, e quota fixa de 40 réis, que pelas indicadas instrucções se acha determinado.
,Paço, em 3 de fevereiro de 1865. —Joaquim Thomás Lobo d'Avila.—Vara a direcção
geral da contabilidade do thesouro publico. D de L. n.° 28, de /> de fev.

i
DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO
Modificações telegraphicas
Os despachos dirigidos para as ilhas de Malta e Corfú, reinos de Tripoli, Egypto, e
pâra a India, China e Australia, devem ser expedidos pela Italia, seguindo uma das vias
Módica ou Otranto.
34 1865 20 de fevereiro

hispano-portugueza
Numero de zonas
até á fronteira
Estações Paizes em que sâo situadas Fronteira de expedição Vias a seguir Sobre-taxa

Corfú Ilha de Corfu 16 Franco-italiana. . . Otranto


Malta Ilha de Malta 16 » Módica
Benghazy. Tripoli 32 » Módica 182,4 réis
Tripoli Tripoli 24 íí
»
Módica 91,2 féis
AléXaridiia..'. . . . Egypto 29 Módica
C $ r 6 . . . . . . . . . . . Egypto 32 Módica 136,8 réis
Sueí?í . . . : . . ,'j •Egypto 40 » Módica 34,2 róis

Os despachos dirigidos alem da estação de Suez, isto é, para as índias, Australiá; ilha
Maurícia1, etei serão ; enviados pelo correio desde aquelle poiilo, não se recebendo pòrém'
taxa algum;} pára porte do correio.
Por cáda stePte de dez palavras ou fracção de serie se pagará- metade da taxa indicada.
A tftrecçãoy a assignatura è todas as indicações sobre o modo de enviar os despachos
enífarãoiém'0 numeío de palavras taxadas. Aos despachos transmittidos para estes pontos
não é applicavel o uso de se expedirem duas ou mais copias dos mesmos despachos dirigr-
dos a differentes^ destinatários pagando uma sobre-taxa".
A direceã©, de um.despacho que houver de expedir-se para Suez pelo telegrapho, e
d'ali pelo correio, deverá fazer-se da seguinte maneira:

Nome do expedidor Nome de destinatário


' Estação expedidora. Paiz para onde é dirigido
Poste Suez.

Os despachos para as cidades no interior da India e de Ceyíao, que se quizerem en-


viar pelol cofireíoy de> Suez a Bombaim ou a Galles, e d'ali aos seus destinos, pelo telegra-
pliOy éewpão. ser dirigidos a,um agente n'aquellas cidades, o qual se encarregue de-réce-
beflosré-Eemette-los á administração dos telegraphos das índias.
A;dw?eG0ão.deterá ser da seguinte maneira:

•j. . Nome do expedidor Nome do agente


• ;,.: Estação expedidora. Bombaim ou Galles .
Poste Suez . ... ;

Ai admiflístração dos telegraphos da índia não toma responsabilidade alguma pelos er-
ros e pela demora.
A taxa indiana dos despachos enviados pelo telegrapho alem de Bombaim ou de Gilles,
não póde ser paga antecipadamente na Europa. -,
Nos despachos para a India e para Ceylão os números devem ser escriptas por exten-
so. e Gopfados por tantas palavras separadas.
Os despachos para os pontos alem do Egypto devem ser expedidos dois dias antes da
partida do,correio de Suez, e um dia antes d'aqueile em que se esperar a mala em.Àle-.
xandria.;Á taxa para o correio de Alexandria é de 456 réis.
• Os despachos expedidos á Alexandria com a indicação de serem entregues no .cobreio,
sendo destinados para pontos mais afastadas e que chegarem depois da partida da mala,
não serão expedidos pelo telegrapho a Suez senão no caso da taxa correspondente a esta
transmissão ter sido paga antecipadamente em Suez.
As pessoas que esperarem receber despachos das índias, Australia, China, ilha Mau-
rícia, etc. e que1 trâo tiverem agérite rio Egypto'poderão assegurar a sua expedição imme-
diata de Suez, fazendo antecipadamente um deposito, não inferior a 114$00Ò réis nos ban-
cos de Londres, Alexandria ou Egypto. A importancia das taxas será deduzida da depo-
sitada, _ , • •
. Nãp s e d a r á curso a despacíio alguma cujo destinatário não tenha, feito o mencionado,
deposito. '
4 dè* fevereiro 1865 35

Prrissia

Ss"
S'|f
Fronjeiri
Estacões 2 I 'de'
expedição
131
'sg-f
• !\! i' I M>i;'r! • I:
-Jli -J • i-'. •-.•
17 Francd-àjlsjmã l:
Bitburg 16 Xl'
Spandau
Zíhiéiidyrfi; :
14 +
e ^ a ^ e n t h e n j e m ^ i ç o c t ô d i a , completo.

È ítfgrjíncáéSK&âõ flè' 'sefviçô' limiraad.'


-4-;8igíílficâ'érfa^So de catnirihd aé ffeíío'.

Bepaiftiíjã© cie contabilidade- da direcção geral dostelegraphos do reino, em 3. de fe^


vereiro de 1 8 6 5 . = O chefe, S. / . Leal Pinto. D.deL.n.°í8; de:róe fcf.

DOS NEGÓCIOS DO
DIUÉCÇÃÒ GÍJK1ÍL Í)K ADMI.SITSTUAÇÃÒ CÍVIL
, . i , - ',;• . ;; . REPAR1XÇÃP — d," SECÇÃQ ,,-.

Subiu ao conhecimento de El-Rei o officio, em que o governador civil de FaW, |)árti-;


fiãvEr Site éxtWcta a irffiStoMò da ofdem t tf Ceira1 dtfSV Frâftcíàcõ dà' aldèía- de-
Monoatapirôhéyooacellso de Olhão, solicitai dò gbvértííò Íh!sl¥ti6'ç5ê& síóéve d atístiiio cfffé âè1-1
verão ter os bens da corporação supprimida, na conformidade do que dispõe o artigo 2.°
do decreto de 21 de outubro de 1836; lembrando todavia que seria conveniente entregar
ao parocho daquella freguezia um cálix de prata e um pequeno sino, que elle pede, e os
outros bens da irmandade* aliás, de diminuto valor, ao hospital de^M^ijçbique, que é o es-
tabelecimento de caridade' dódfstrictó raàig utÁ e màià nèceVSi'tá'dò'.
E Sua Magestade, attendendo a que os bens das confrarias e irmandades extinctas de-
véÉ) áe^ ápplfcaf&os a algum eífàbélêoimeíito de caridàdéi de piedade otí dSê;inátruc^fe;^ri-
máfia, t g t t t â ó ' » èxpresètí no'artigò 2.° âo d&retd éitaoò; '
' A t t e n d e n d o a que ô bospítál de Mònchiquè, como esiabelecimento de caí-idade que é';
póde légáft e regularmente receber doação dos berís dâs irmandadès supptiftlidaâ ; '
Attendendo a que no mesmo caso estão as parochias, a cafgiS/ de quém se srchrffn is1'
despezas do culto e as; dàs fábricas dírs rgrejrfs, e a qué os principios'fie boa raSM íHdi-
cam a conveniencia de que os bens d'aquellas corporações sejam applicados, ao menos em
parte, nas parochias onde ellas existiram, como já declarou a portaria de 1 de fevereiro
de 1844:
Hffc^ORífeeife» QonfQrimando-s,e;,6pm a Í0forn^açãoLdp'^oy§rgadQti,çÍYíl,; apct#saTÍOipfa
propor á junta geral, i)a sua.prirçieira sessão,, os^obiecto^moYeis^é^tinados ao culto
e serviço de igreja, que 'pertenceram ã ordfem terceira extinòía',' passem para a parochia de
Moncarapacho, e que os demais bens sejam entregue^ ao hospital de Monchique, para se-
rem os rendimentos d'elles empregados rio tratamento dos enfermos pobres.
PâÇo; em 3 de1 fevereiro de 1861$;=Duque de Loulé. D . dè L n> 32 de 9 de tá.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS' E MUFAS
REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLjCAS ' " ' ' :. , ,

:, jFõii.pilesente a Sua; Magestade El-Rei o officio do director das obraé, pubficas' no> dis-
tricto de Braga, participando a resolução tomítdá pelos empreiteiros da estrada d e Bi>a!g»:
36 1865 20 de fevereiro

a Guimarães de fecharem ao transito publico parte da mesma estrada até Caldellas; manda
o mesmo augusto senhor que o referido director declare aos empreiteiros:
1.° Que unicamente ao governo compete ordenar que uma estrada seja aberta ou fe-
chada ao transito publico;
2.° Que os empreiteiros se devem regular pelas clausulas e condições geraes de 8 de
março de 1861, e pelas leis e regulamentos de viação publica, não podendo exercer mais
direitos que os conferidos n'aquellas clausulas, leis e regulamentos ;
3.° Que, pelo artigo 31.° das citadas clausulas, os empreiteiros são obrigados, durante
a empreitada, a vigiar pela conservação das obras construídas, devendo participar quaes-
quer transgressões dos regulamentos, para se proceder convenientemente contra os de-
linquentes;
4.° Que dos termos d'este artigo se infere ser obrigação dos empreiteiros preservar e
reparar as obras construídas dos damnos causados, não só pela acção do tempo, como
pelos transeuntes, pois só estes podem infringir os regulamentos policiaes;
5.° Que as obras são feitas em terrenos expropriados pelo estado, pagas á proporção
que se vão construindo, e as estradas são do domínio publico, e por isso o seu uso depen-
dente só das prescripções legaes, e sujeito á fiscalisação da auctoridade, não podendo ser
impedido ou vedado senão nos termos das leis e regulamentos, e nunca por deliberação
dos empreiteiros; - .
6.° Por conseguinte,4 que os empreiteiros da estrada de Braga a Guimarães, na reso-
lução que tomaram, infringem o seu contrato, arrogam direitos que não têem, ficam res-
ponsáveis pelos resultados dos seus actos, e serão compellidos pela auctoridade publica
ao cumprimento das suas obrigações.
O que se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, ao
director das obras publicas do districto de Braga, para sua intelligencia e execução, e para
que solicite do governador civil todo o auxilio de que carecer para execução das ordens
do governo.
. Paço, em 4 de fevereiro de 1 8 6 3 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Soam. == Para o
director das obras publicas do districto de Braga. D. DE l. n.° 32, DE 9 DE ter. . ; •

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Em conformidade do disposto no | 3.° do artigo 71.° da organisação do exercito, de
2 3 de junho ultimo: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios
da guerra, approvar e pôr em execução as instrucções ácerca das inspecções aos corpos
das diversas armas, que baixam assignadas pelo chefe da l . a direcção da mesma secretaria:
d'estado, e que fazem parte d'esta portaria.
Paço, em 4 de fevereiro de 1865. = José Gerardo Ferreira Passos.

Instrucções approvadas e mandadas pôr em execução por portaria d'esla data


ácerca das inspecções aos corpos das diversas armas
Disposições geraes
Artigo 1.° Todos os corpos do exercito serão inspeccionados periodica ou extraordi-
nariamente. Na repartição competente do ministerio da guerra haverá registo por onde
conste a epocha em que cada corpo haja tido a ultima inspecção.
| unico. Compete ao ministro da guerra mandar proceder não só a estas inspecções,
designando nas devidas epochas os corpos das diversas armas que têem de ser inspeççio-
nados, como tambem ás extraordinarias que julgar convenientes.
Art. 2.° As inspecções aos corpos de engenheria, infanteria e caçadores não poderão
em regra ser demoradas alem de quinze dias uteis em cada corpo, e aos de artilheria e
cavallaria similhantemente alem de trinta dias uteis tambem em cada corpo.
Art. 3.° Quando for determinada a inspecção, quer periodica quer extraordinaria, a
qualquer corpo ou corpos do exercito, será d'isso prevenido, pelo ministerio da guerra; o
4 (le fevereiro 1865 37
commandante da divisão militar em que estiver aquartelado o corpo ou corpos de que se
tratar, a fim de que nas epochas competentes dê as ordens que a bem do serviço da in-
specção ordenada se tornarem precisas e que lhe forem previamente requisitadas pelos ge-
neraes encarregados das inspecções.
§ unico. Estes generaes, dando conhecimento aos commandantes das respectivas di-
visões militares, do corpo ou corpos que vão inspeccionar, os avisarão dos dias em que de-
verão começar a inspecção de cada um dos corpos, e d 5 aquelies em que precisarão ter
reunida toda á sua força, para os casos de revista e exercicios geraes de inspecção.

Attribuições dós generaes encarregados da inspecção dos corpos das diversas armas

; Art. 4." São attribuições d'estes generaes:


1.° Exigir directamente dos corpos que estiverem inspeccionando, durante o tempo
que durar a inspecção a esses corpos, todos e quaesquer esclarecimentos ou documentos
de qué carecerem para o pontual desempenho da sua commissão.
2.° Resolver as duvidas que lhes forem ponderadas sobre a execução de alguma dis-
posição dos regulamentos ou ordens, quando taes duvidas não sejam de consideração e
que por isso devam .ser submettidas á decisão do ministerio da guerra.
3.° Fazer cessar qualquer abuso que no acto da inspecção encontrarem introduzido
na pratica dos regulamentos e ordens e que não demandem de providencias das estações
superiores, dando d'isto conta no respectivo relatorio.
4.° Dâr conhecimento ao ministerio da guerra por meio de officios, em que expressem
a sua opinião, de todos os factos que forem encontrando no decurso da inspecção, e dos
quaes o respectivo ministro deva ser informado, não só para providenciar promptamente
nos casos em que isso se torne preciso, como para poder avaliar o modo como são desem-
penhados os differentes serviços nos corpos, e o que convirá explicar, alterar ou substituir.
Os referidos officios deverão ser dirigidos ás direcções do ministerio da guerra a que com-
petir segundo o objecto de que tratarem.
§ unico. O prescfipto n'este artigo não altera, pelo que respeita aos commandantes
geraes de engenheria e artilheria, o que se acha determinado ácerca das attribuições que
lhes competem n'esta qualidade.
Art. 5.° Em resultado da inspecção a qualquer corpo, o general encarregado d'ella fará
saber oficialmente ao ministro da guerra o estado em que encontrou o corpo inspeccionado,
citando-lhe as irregularidades, faltas ou alterações da legislação vigente que tiver notado,
e indicando os meios por que de futuro entende se deverá proceder a tal respeito; bem
como proporá para louvor, se julgar merecedor, o commandante do mesmo corpo.
Art. 6.° As attribuições conferidas n'estas instrucções aos generaes encarregados da
inspecção de qualquer corpo cessam, para com esse corpo, logoque findar a sua inspecção.

Deveres dos generaes encarregados da inspecção dos corpos das diversas armas
' Art. 7. 9 Os referidos generaes farão saber ao corpo que forem inspeccionar, que rece-
berão quaesquer representações ou reclamações que em devidos termos as respectivas
praças lbès queiram apresentar, quando versem sobre injustiças ou faltas que hajam sido
no mesmo corpo commettidas para com os reclamantes.
• Art. 8.° No acto da inspecção devem os generaes d'ella encarregados:
1.° Observar minuciosamente o estado geral da instrucção pratica do corpo sujeito á
sua inspecção, a de todos os officiaes e officiaes inferiores e mais praças, bem como a in-
strucção theorica dos officiaes e officiaes inferiores.
:
2.° Examinar se os uniformes das differentes classes são rigorosamente os do plano
em YÍgor> fazendo desapparecer qualquer alteração que possa dar-se, e exigindo o exacto
ciimprimento.de tudo quanto estiver determinado a tal respeito.
3.° Examinar com toda a attenção o estado de limpeza e conservação de todos os artigos
de armamento, correame, equipamento, arreios e outros quaesquer que estejam em carga
oú á responsabilidade do corpo, classificando n'esse acto os incapazes do serviço, e averi-
guando a legalidade ou origem da ruina, procedendo ao ajustamento e encerramento da
conta respectiva, na conformidade das instrucções de 24 de dezembro de 1841, formándo-
se os competentes mappas pelo modelo das citadas instrucções e em fórma de caderno com
os seguintes titulos: :
1.° Do armamento, correame e equipamento de homens ;
10
38 1865 20 de fevereiro

2.° Dos metaes do grande uniforme das praças, instrumentos bellicos e munições de
guerra;
3.° Dos arreios, correame e equipamento dos cavallos;
4.° Da mobilia, utensílios, e artigos de cama e rancho; •
6.? Das sellas e arreios de picaria.
k inspecção do arsenal do exercito fornecerá a conta necessaria para servir de base a
este-encérrameialjO logoque for exigida.
4.° 'tospeGfíionar-todo -o .edificio' em que o corpo estiver aquartelado, habitítando-seas-
sim a poderem informar sobre o seu estado de conservação, aceio e ordem, suas accom-
modc$|>£s; ^nájfiõe? hygijeíiica.s e iji.ajs p r p p r i e ^ e s relativas ^ qgar|çí> propondo
quaesquer melhoramentos qúe se lhes figurem de íiecessidade.
Farão identicas observações ácerca do hospital, tendo o cuidado dè interrogar Os doentes
;
sobre qualquer cousa que tenham de representar.
0
- Sí : Se -o corpo inspeccionado for de artilheria ou cavallaria, examinar, com a 4eri4a-
attenção, se as cavallariças correspondem ao fim para que são destinadas e se satisfazetn
a Iodas i^s indicações da hygiene hippica. ..
Informal--se minuciosamente de todos os castigos arbitrados e applicados ipor trans-
gressão de disciplina; dando parte para o ministerio da guerra d'aquelles que o tiyerepa
sida em contravenção das disposições do regulamento disciplinar. Procurar tambem co-
nhecer se a subordinação se tem conservado em todo o rigor, e se cada um dos officiaes,
desde o commandante até ao ultimo subalterno, cumpre com exactidão os deveres do peu
posto e não psurpa attribuições que lhe não pertaneenu Procurar igualmente por todos
os meios ao seu alcance conhecer se as informações que os commandantes dos corpos dão
dos sgis§: officiaes- sã<5 exactas; notando aquellas que o não forem, fazendo de tudo a de-
vida menção no relatorio da inspecção. r
:Examinai! com a paais èscruputpsa attenção se no estabelecimento do-rancho sp
•cumpre rigorosamente o plano de administração >em vigor, fiscalisando toda a contabili-
dade relativa. Examinar igualmente se o vestuario das praças é apropriado aos seus fins,
qualía ej3onomia das manufacturas e a regularidade do fornecimento, com pfim de se obter
que o preç© de todos os artigos seja quanto possivel igual nos differentes corpos do exer-
cito. Fiscalisar se todas as praças têem recebido pontualmente os vencimentos que Ihès
sãó mandados distribuir, ordenando as restituições reconhecidamente necessarias p a r i esse
fira e dando parto circumstanciada para o ministerio da guerra de qualquer falta que tive-
rem notadoá-cefca d'esíe objecto.
5.? Examinar toda a escripturação respectiva ao detalhe do serviço, tomando conheci-
mento da legalidade com que o pessoal do corpo tem sido empregado, e fiscalisando se as
praças teem sido iIlegalmente distrahidas do serviço dá escala, òu sé têem sido conferidas
licenças não auctorisadas. Examinar tambem a escripturação do livro de r.egisto do corpo,
verificando a existencia de todos os documentos que legalisem as verbas de saída do effe-
ctivo; em ffidas as suas partes as respectivas instrucções, e se as guias
para a reserva têem sido passadas em tempo competente; bem como se em cada um dos
outros;ramos de esicripturação são Iitteralmente seguidas as instrucções ou regulametos
em vigor. - •
9." Proceder a mais escrupulosa fiscalisação da gerencia do conselho administrativo
relativa ao período decorrido desde o dia do encerramento da anterior inspecção, exami-
nando se hão sido observadas todas as disposições em vigor dos regulamentos de adminis-
tração da fazenda militar, e se a importancia relativa a cada um dos diversos fundoS cor-
responde ou. não A que for achada pelo respectivo balanço, dando immediatamente parte
para o ministerio da guerra quando encontrem differença.'
^0.° Observar durante os differentes trabalhos de cada inspecção qual o regimen in-
terno e as praticas do serviço estabelecidas no corpo que estiverem inspeccionando;.e.se
encontrar algumas que julgue irregulares dará parte ao ministerio da guerra, propondo
as que julgar conveniente substituir, alterar ou fazer cessar, tanto para D regular anda-
mento do serviço, como para uniformidade com as que estiverem em geral adoptadas no's
-outços corpos da respectiva arma ; isto emquanto não for publicado o competente regula-*-
mento, e, quando o tiver sido, examinar se as suas disposições são cumpridas rigorosa-
mente.
Art. 9.° No fim de cada inspecção o general encarregado d'ella confeccionará, depois
de haver tomado conhecimento das circumstancias particulares em que cada um dos offi-
ciaes do corpo se achar, uma relação de todos elles, na qual expenderá a sua opinião ácerca
6 da fevereiro 1865 3:9
da instrucção, capacidade, agilidade e robustez de cada um, devendo ouvir a estes res-
peitos a opinião, tanto do respectivo commandante, como dos facultativos do corpo.
Art. 10.° Finda a inspecção o general d'ella encarregado recolherá ao seu quartel e
ao exercicio das suas funcções permanentes para confeccionar o relatorio que remetterá
ao ministerio da guerra, acompanhado dos documentos que abaixo se indicam; e mandando
n',esta occasião apresentar ao mesmo ministerio os officiaes que lhe houverem sido facul-
tados para aquelle fim, terminando desde logo todos os abonos extraordinarios ; que lhes
tinham sido concedidos por aquella commissão.
Documentos que devem acompanhar o referido relatorio:
N.° 1 Uma copia do officio a que se refere o artigo 5.° d'estas instrucções;
N.° 2 Uma informação respectiva ao commandante do corpo, coliforme ofnodelo n.° i
do decreto de ,14 de setembro de 1846;
3 A relação de que trata o artigo 9.° d'estas instrucções;
N.° 4 p mappa (modelo B) de informação e estatistica da escola regimental, a que. se
refere o regulamento de 19 de fevereiro de 1862;
N.° 5 Os mappas, em fórma de caderno, de encerramento de contas de todos os artigos
em carga ao corpo, de que trata o 3.° quesito do artigo 8.° d'estas instrucções.
§ unico. O relatorio e documentos a que se refere este artigo, juntamente com os of-
ficios que sobre a mesma inspecção houverem anteriormente sido dirigidos ao ministerio
guerra, constituirão o processo d'ella, o qual será apresentado ao respectivo miqistro
para resolver o que tiver por conveniente.
Secretária d'estado dos negocios da guerra, em 4 de fevereiro de 1 8 6 5 . = O chefe da
1 . a direcção, D. Antonio José de Mello. 0rd. do exerc. n.° G, de 6, o D. deL. n.°37, de 15 de FEV.

ORDEM DO EXERCITO IV.» O


Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 6 de fevereiro de 4865
Publica-se ao exercito o seguinte:
Sendo necessário, para regularidade das contas de exercicio d'este ^ministerio, que no
fim de cada um d'esses exercicios não existam nas pagadorias militares interinos de des-
peza própria dos annos economicos a que os mesmos exercicios respeitarem, isto è, ,que
antes do fim de cada anno economico estejam resgatados, ou reduzidos a despeza corrente
todos os interinos de despeza própria do anno economico antecedente, que é justamente
o do exercicio que termina, e de que tem de se dar conta as côrtes no praso marcado pelo
acto addicional: determina Sua Magestade El-Rei, cjue os commandantes dos corpos e mais
individuos que collectiva ou separadamente tiverem sacado das pagadorias militares quan-
tias por interinos, sejam de que natureza forem, procedam, sob sua mais estricta respon-
sabilidade, ao respectivo resgate, em tempo de se poder dar cumprimento a esta disposição,
para o que ficam tambem expedidas as convenientes ordens ás competentes repartições
da 2. a djr,ecção d'este ministerio e ás pagadorias militares; na intelligencia de que já os
interinos relativos á despeza própria de 1863-1864 deverão ser resgatados ou reduzidos
a despeza corrente antes do fim de junho proximo futuro, mez em que finda a duração do
respectivo exercicio.
Manda Sua Magestade El-Rei, que aos individuos militares que foram .ou vierem a ser
agraciados cúm a medalha commemorativa da divisão auxiliar á Hespanha, por se acharem
comprehendidos nas disposições dos decretos de 4 de novembro de 1863, 1 de outubro
e 3 de dezembro de 1864, se averbe na casa correspondente do respectivo livro de registo
a nota que a cada um dever pertencer, em harmonia com o serviço que houver feito, pela
fórma seguinte : = M e d a l h a de prata, ou cobre, da divisão auxjíiar á Hespanha, por ter
feito parte da mesma divisão; ordem do exercito n . ° . . . de . . • = = O u = . . . por ter feito
parte ,d,e uma çolumna volante empregada pa pacificação da raia de Portugal; ordem do
é,3fprç$Q'0-° v - de = = O u = . . . pior ter feito parte da divisão dè operações ao sul do Tejo;
ordem dó exercito n . ° , . . de . . . = D. DE T. n.° 37, DEI6DEFER.
40 1865 20 de fevereiro

MINISTERIO DAS OBRAS PURUGAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DE COMMERCIO E I N D U S T R I A - 2 . " SECÇÃO

Attendendo ao que me representou Eduardo Brouri Wilson, súbdito britannicò resi-


dente em Londres, pedindo privilegio por cinco annos como inventor de um aperfeiçoa-
mento feito nas fornalhas e chaminés;
Visto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852;
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem conceder ao dito Eduardo Brouri Wilson a patente de invenção para o
objecto acima indicado, e pelo espaço de cinco annos, durante os quaes os seus direitos
de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente con-
cedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade ou merecimento do in-
vento a que diz respeito; pelo que ficam salvos os direitos de-terceiro e o requerente su-
j e i t a i s obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto o ao prévio pagamento dos
direitos que dever,-passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publicas, commer-
cio e industria.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 6 de fevereiro de 1 8 ( 5 5 . = R E I . = J o ã o Chry-
sostomo de Abreu e Sousa. D. de l. n.° 49, de 2 de março.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Manda Bua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado do negocios da guerra, decla-
rar ao commandante geral de artilheria, que houve por bem approvar, coin as alterações
feitas, o regulamento para o serviço das Companhias de artilheria de guarnição das ilhas,
elaborado pela commissão de aperfeiçoamento do serviço da respectiva arma, que acom-
panhou o officio do dito commandante geral de 21 de dezembro do anno proximo passa-
do, o qual faz parte da presente portaria, e vae assignado pelo chefe da 1 . a direcção da
referida secretaria, e determina o mesmo augusto senhor que se ponha em execução.
Paço, em 8 de fevereiro de 1 8 6 5 . = / o s e Gerardo Ferreira Passos.

Regulamento para o serviço das companhias-da guarnição das ilhas


:
Artigo 1.° As companhias de guarnição das ilhas são consideradas como se fossem re-
gimentos; em tudo que diz respeito ásua contabilidade, administração e serviço; sendo
immediatamente subordinadas ao inspector de material de artilheria da respectiva divisão
militar,1 pela fórma indicada n'este regulamento, organisado em virtude do disposto no
| 1.° do artigo 33.° da carta de lei de 23 de junho de 1864.
Art. 2.° Os inspectores de material das divisões militares, onde so acham as compa-
nhias, são inspectores d'estas e delegados do commandante geral de artilheria.
§ 1.° Como inspectores das companhias cumpre-lhes:
1 I n s p e c c i o n a r uma vez cada anno a companhia ou companhias, sob sua vigilancia,
segundo as instrucções geraes dos inspectores das differentes armas;
2.° Passar uma revista em cada trimestre, para conhecer da administração e regulari-
dade do serviço, seguindo as instrucções ministradas pelo commando geral da arma;
3.° Passar as révistas extraordinarias que julgarem convenientes; 1 ;
• V
4.° Apresèntar annualménte ao commando geral da arma um relatorio cia inspecção,
révistas ordinarias e extraordinarias a que tiverem procedido, e participar immediamerite
todas as occorrencias que assim o exijam.
§ 2.° Como delegados do commandante geral da arma compete-lhes:
l . ° Tomar a respeito das companhias todas as providencias urgentes, e decidir quaes-
quer duvidas que precisem de prompta resolução, communicando ao commando geral as
deliberações que houverem tomado;
li de fevereiro 1865 41

2.° Instruir as pretensões pessoaes dos commandantes de companhias, e darem as suas


informações semestres;
3.° Applicar penas iguaes ás que os commandantes dos corpos podem impor segundo
o regulamento para a execução da carta de lei de 14 de julho de 1856; e bem assim o
que n'esta consideração tenham a satisfazer com relação aos desertores, conforme o dis-
posto na carta de lei de 21 de julho de 1856.
Art. 3.° Os commandantes das companhias são responsáveis pela disciplina, instruc-
ção e administração da força sob seu commando.
§ 1.° Para manter a disciplina cumpre-lhes:
1.° Executar e fazer executar o que se achar prescripto nas leis militares e civis, e nas
ordens geraes do exercito, nas determinações do commando geral da arma, do inspector
de material, como seu delegado, e do commando da divisão militar, a que a companhia
pertencer;
2.° Impor penas (*>rreccionaes iguaes ás que o regulamento para a execução da carta
de lei de 14 julho de 1856 permitte aos officiaes superiores;
3.° Propor como incorrigível qualquer praça da companhia que se ache comprehen-
dida nas disposições do artigo 4.° do capitulo 5.° do citado regulamento, enviando uma
parte ao inspector do material, que requisitará á divisão militar os officiaes, para forma-
rem o conselho de disciplina, procedendo-se em conformidade com o que se acha estabe-
lecido ;
4.° Proceder e seguir o disposto na carta de lei de 21 de julho de 1856 relativamente
a desertores;
5.° Dirigir-se na ausencia do inspector do material á auctoridade militar da localidade,
sobre todos os assumptos que lhes competisse decidir.
, § 2.° Para a instrucção da força sob seu commando compete-lhes:
1.° Manter, sem alteração, a instrucção e administração das companhias, emquanto or-
dem escripta, dimanada das estações superiores, indicadas no n.° 1 d o § 1 d ' e s t e artigo,
não determinar o contrario; se a ordem proceder da divisão militar, a communicará ao
commando geral da arma e ao seu delegado ;
2.° Mandar exercitar, nos trabalhos proprios da arma, a força do seu commando, quan-
do reunida ou dividida em destacamentos, devendo os exercicios ter logar (salvo os casos
extraordinarios), pelo menos, uma vez por semana, na fórma prescripta nas instrucções
para o regulamento dos corpos de artilheria de 1 de fevereiro de 1859;
3.° Permittir que os soldados, que desejem habilitar-se com a instrucção primaria, o
façam nas aulas dos corpos da localidade onde existem as companhias; procurando, quanto
possivel, combinar as conveniências do serviço com a utilidade da instrucção.
| 3.° Para a boa administração das companhias é do seu dever:
•l.° Administrar as companhias segundo as disposições do regulamento da fazenda mi-
litar de 16 de setembro de 1864, tendo em vista a doutrina do artigo 1.° d'este regula-
mento ;
2.° Enviar ao commando geral da arma, logoque haja vacatura de posto de official
inferior na companhia, declarações dos individuos que pretenderem concorrer ao logar
vago, acompanhadas das informações, notas de livros de registo, de culpas e castigos, e
attestados de facultativos, quanto á sua aptidão physica;
3.° Mandar proceder, por um dos subalternos, ao exame dos soldados que desejarem
concorrer aos postos vagos de cabo de esquadra, sujeitando os processos dos exames e a
proposta do preferido á sancção do inspector do material, que approvará ou dará a rasão
por que a não approva; n'este ultimo caso a proposta documentada e o motivo da rejeição
serão enviados ao commandante geral, que resolverá em ultima instancia;
4.° Mandar passar guias para a reserva ás praças que completarem o tempo de serviço,
na conformidade do disposto na ordem do exercito n.° 4 de 1861, e baixas definitivas;
5.° Participar ao commando da divisão militar, ao inspector do material e ao comman-
do geral da arma todas as occorrencias extraordinarias;
6.° Remetter ás diversas auctoridades os papeis que constam da tabella junta.
Art. 4.° As companhias devem receber os mancebos que as auctoridades competentes
enviarem para assentamento de praça.
§ unico. Para receber o juramento dos recrutas, e ouvir em confissão de desohrigaas
praças das companhias, devem os commandantes d'estas pedir providencias á auctoridade
superior militar da localidade.
Art. 5.° Os commandantes das companhias devem dirigir-se ao commandante da divi-
ii
m 1865 18 de fevereiro

são ou sub-divisão militar, pedindo as necessarias providencias para que o serviço de


saude seja feito em harmonia com o que determina o regulamento de saude do exército.
Art. 6.° As companhias devem ter cinco livros para n'elles serem copiadas as corres-
pondências;. sendo: • '
O i . ^ P a r a a correspondencia enviada á l . a secção do commando geral da-artaàf '
O 2.° Para a que for enviada á 2. a secção da-mesma repartição ; ;:
'
; :
... 0 3.° Para aiique-for dirigida ao inspector do material da divisão; '
O 4.° Para a que for remettida ao commando da divisão oú súb-divisão militarí
O 5.° Para a que for mandada a diversas auctoridades.
Art.'U-.Q As.companhias devem ter, alem dos livros designados no artigo antecédfente,
«••OS ipdicatôos ©o artigo 222." do já citado regulamento da fazenda militar, os segúitttes:
i.; Livro de registo, escriplurado segundo as instrucções para os livros mèstrés dÒS
corpos;
; ..Livro de;ordens,.assighado pelo commandante da companhia e*visadb pelos subalter-
nos da mesma;
•. Livpkée .pret individual;
r
-Livro ide culpas e castigos; •
Liivro de escalas de serviço diario;
•Livro! de escalas de destacamentos e diligencias.
!
Todos estes livros são escripturados em conformidade com a regulação.
: •r,-tAfíii8.f'TOáôS os livros das companhias dè guarnição devem ser rubricados pèíb in-
spector do material, que n'elles lavrará os termos de abertura e encerramento, como ástft

Art. 9.° Toda a correspondencia deve ser-archiVada pôr ctósaèsrfe íflâàèS àtâótór-
panhadas de uma syBOpse^ ^ que se á a r q u e <d tíúmfefô è data" dò ò f t i i õ , è, í-ésfeiiida-
11
contértí; •'•'•• • I

i \ . _ - .• y . ... ' • (..


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• k)as!/p ,.'>Í>I!ÍV5:'-;--;-: ^ >m;.-.:/.-. ••hw- • ••' .-.• - v.Hr ;• >n« .•••!
•0:«'»'Jin)2»l> >'•'> 0tj!;i)iluu li JÍIOtí Sji W c •.£.! .'.'-liilVi/iHri l'-.i i*.í tií<> • .j'(iHvvKJ
- _ - • : F.YYIJ I!•}-'. UI! M ei.IIHI^HÍU!') --.d- • r: uriaíf>;i JJT..l « Í;IÍ.''1. "Al %
-IM ÍÍBFMET fib 0lft9fl!Í;ju^-J'I OB AOCFJI R-»Í|'-*I» ••I.JIÍJÍ:-. :.I;!iíi-?:Q;ii«>-> I^IIIINSH/. ' .1
*-Staj}'« Ot«9'f» ".I 0$Í!i; s.»b !íCÍ'i3,íi'.*l1 • : i'A'-i- »•(.-• :h>rA "Ahi'-}; >r>:h-,c) OÍ'» ->í> •}(;!>!
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ir.gol or. 'WTiyííuo )»•„• !••!1 -/ÍH 1
v-.i'. vn-i-i-jb ;Í;ÍI!IIÍ':|tisyii «a sorníai
•j ^Opilíiri * r.cqlirj . ' - I r i ' . ' - i i j '«. i fi' •'• • i u.:» >• •::"> .í::íí-'(»*iili tVAj «nf>r.{!• Tt»qin03B ,0;:í>7
;;/:;-/..•; j^, -/Mc ,>0 M Í C J Í Í ; - ' < ; ! • > < Ir.
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mO^Kjw^' «iiip'•ít-ÁH-kb.'-'».)!< -"Ml.-;; i>r. /*.' ti rí',-IÍ* ->' í>. •; '1 '!-•)•.•••'•! 'irbilrlf ".<'•
j; .'! >.'!(!(/; f';s '^fh .-.'•' '•"!>: '- ! * -f; * í í; * I 'A':' /• >••",'. ' • ' >1^5 V lTt'1''il ;Vj .
ufeu-i y, SVÍÍU. (•'' íVscv-,.' ' • .'i:í-!á - ' •-• ' . : : i-.i-ri^l-rín; ••'•• piq
oninj,')'! (ib 07ÍJÍU;UI ' ÍN.Í; .; :i':i"-• ^ ';!>;K:V<I;Í • ' í; ->í;f• lf""i
; í;bm-V-'ii r-iiTiiiu Í'IT- i:y,'i<j<:n i. : •:•" ÍÍÍÍÍ < «-*- > fi:v _
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•.êBviJiatbb icziwi c .R>iíi 'ílf i*'\u oii.ii'»^» >.>h «?'jf)'!o oisor^ií; u!> '.;fn;lH!inolmt,'! na
•flSHHOOp OB # ifinoKun ob io! iyq>t:i Q:'- ,:>f;!ifi:íi «6«ivib i;b pÍMtefflfuó-roc "Jnqisinc'-] ".o
: zn' OHiil! iOívU/.;; í.{-í-)uô:UX'OO'.!'i; iVsb-ol r.fífiijí;'» {ci^v ob
.wnoi Klbrtfc! ííb ytfiJ-íiMi*» O-!;- 'h-p-.i) ••<* iC.i'--or, SÍ, -•5<->/ví: •»yH->r!s-..f?
Fjiaiioqnw zvbtàirA-mir, &op *•».:•)•>.;)-m %> i';!h afivoh í-,!;i.i!ii;{{inri*> it. -'.{ . li A
' •.:.-is:';n :-.l> Uijq Uíírifiiviie
B^RIDOrM) té oii&ílttQ'.! m IÍYJIÍ.' Í:>U'- n-h O!;!';;IITÍ-F!;J. n 'Í-;Ç|;)';OI <VÍO4 .tui»?u |
• f)l.»Bf»riOl"»(iR è ?i;i->t!'.Í!Íyn-[(i| 'i.''- n '<í,í-/'< h ;r'»«,:'i<!fi.«!i'tui •«> :i'Wií) .r.rjitfuujnsoo >.rb
.'iíjf;i!!i;;'..ol s t lElilíiii •íohóque
.Tabella a que se refere a disposição 6 . a <lo § 3.° do artigo. 3.° do regulamento para o serviço das companhias de artilheria de gnai^i^ão das ilhas
DesignaçSb dos mappas e relações Como devem ser formulados Repartires onde derem ser dirigidos
C2
Mappa da fáíça, movimánto a outros esclarecimentos respecti- , Na conformidade dò-modelo-7;TA, a.gue se refere aordeBrdo - 2.? Repartição daFÍ.';direeeãí>do ministe-
5
CD
vos ao <pessoal;tla companreia, rêfêrido-ab' uítimo de cada mez: exercito m°23, dè í de agosto de 1862. O mappa referido a cada rio da guerra e commando geraifde artilheria.
mez. deve ser remettido no primeiro correio do seguinte mez.
R e l a t o (copia-) das prapbs contratadas a quem compete a gra- Na conformidade do modelo C, mensal. Deve ser remettida 2." Repartição da 1.» direcçS» do ministe-
tificais» de 40 réis diarios,i vencidos no mez de . . . de 1 8 6 . . . logoque esteja processada pelo respectivo commissario de mos- rio da gnerrá. j
tras.
Relação das praças contratadas na . . . quinzena do mez . . . de Na conformidade do modelo D, quinzenal. Deve ser remettida Idem. <
1867-.. í no primeiro correio que houver posterior ao dia 3 e 18 de cada
mez.
Relação das-praças que existem n'este corpo alistadas volunta- Na conformidade do modelo K, annual. Deve ser remettida Idem.
riamente por effeito do disposto no artigo 3.° da lei de 4 de junho até ao fim do mez de fevereiro do anno immediato.
de 1859, desde 1 de janeiro até 31 de dezembro de 1 8 6 . . .
Relação das praças refradtarias que existem n'este: corpo, e que Na conformidade dciriòdelb t , annual. Deve-.ser remettida Idem..
principiaram a.servir os tties annos de castigo, na conformidade até ao fim do mez de fevereiro immediato.
do disposto ntff 2.» do artigo 56." da Jei dè 37 de julho de 185o,
desde 1 de janeiro até 3-1 dfe dezembro de 186...
Relação das praças que existem n'este corpo réadmittidas no.ser- Nà conformidade do modelo M, annual. Deve ser remettida no Idetn..
viço jjor mais tres annos, na'conformidade do disposto nó artigo 10." fim de fevereiro do anrio immediato.
da lei de 27 de julho de 18È5, desde I d e jáneiro áté:3l de dezem- OO
bro d e l 8 6 . . . ' OS:
CJT-
Nota-do numero das praças que existem n'este cõrpo alistadas Na conformidade do modelo N, anrtual. Deve ser remettida no Idem.
pela -lei. de 1840, que completaram o seu tempo de serviço, desde fim de janeiro do anno immediato. •
1 de/jafieiro a t é $ l de dezembro de 1 8 6 . . . , e das que o hão de
completar desde 1 de janeiro até 31 de dezembro de 1 8 6 . . .
Nòta do numero das praças que existem n'este corpo alistadas Na conformidade do modelo O, annual. Deve ser remettida no Idem.
pelaleide 27 de julho ae 1855, que hão de ser licenciadas para a fim de janeiro do anno immediato.
reserva; desde 1 de.janeiro até 31 de dezembro de 1 8 6 . . .
Nòta-do numero de-praças que existem n'este corpo com grati- Na conformidade do modelo P, annual. Deve ser remettida no Idem.
ficações abaixo designadas,> desde 1 de janeiro até 31 de dezembro fim de janeiro do anno immediato.
de 1 8 6 . . . - : .
; R e l a t o dos militares postos em julgamento no . . . t r i m e s t r e Na conformidade dos tnodelos remettidos do ministerio da 5." Repartição da 1." direcçSÓ do ministe^
do corrente anno. • ; guerra . . . rio da guerraí e commando geral lie artilheria^:
"ítèkção dos militares- qfle eommetteram culpas no . . . trimes- Idem • 5 / Reparfição da 1.* direcção do ministft-.
tre do corrente anno, pelas quaes foram castigados. rio da guerra. {
llêlaçao dás praças que ástiveram em tratamento nos hospitaes Na Conformidade do modelo F, mensal. Deve ser remettida Repartiçãè de saude do exercito e com-"
civis no mez de . - . de 186 . . . no primeiro correio posterior ao dia 8 de cada mez. mando geral; de artilheria.
N.-B. Todos -estespffpBiS são remettidos directamente, e sem officio, ás repartições designadas.—Todos os modelos acima designados são os ;de que trata a tabella que veiu
; com a circular, do Ministerio da guerra de 16 de abril de 1863.—Não havendo mappas ou relações a remetter, dar-se-ha parte na conformidade dos modelos H e i .
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 8 de fevereiro de 1 8 6 o . = O cliefe dã l . a direcção, D. Antonio José de Mello. i >t»».
Ord. do eierc. n.° 7 de 23 de fev., e D. de L. n.° 51 de í de março. CO
m 1865 18 de fevereiro

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


Modificações telegraphicas
Turquia

, a

hispano-portugueza
Nomero de zonas
até á fronteira
• L.
j w
Fronteira Vias
:
Estações de a í« ~
' M
expedição seguir cj:
v.-
, o-
rt:
S5

Adrianopoli......... 19 Franco-italiana V. Í n.
Aleppo ( A s i a ) . . . . . . . . . . 32 » B. —

Augára» ( Á s i a ) . . . . . . . . . . 26 0 B.
Aulona ou V a l l o n a . . . . 19 a B. n.
Bagdad (Asia), . . . ; ; . . . . 36 » B. ' n;;
Beyroutb (Asis). 32 » B. n.
. Bpsna-Serai oú Serajewo 16 » M. ].
Bõurgas 19 » B. ].-
Canea (Ilha dè Candia).. 28 » —

Cavalla.- 19 a B.
Gbunila ou Schurnla 19 » O.T. n.:
Constantinopla......... 20 » B. i n.
Dardanêllos. 20 » B.
Diarbetir (Asia).. 32 » B. ' n.
Elbassan . 19 B. ! n.
» :
Fàva (Asia) * . . ; . . . . . . 39 B. n.:
;
Gallijoli.. .r. 20 B. n.'
Haggi-Cara (Asia) # 35 B. | n.-
l a l a (Asia) . 32 » B. v n.
Janina(Asía)....; 20 » B. ;
Jsinid (Asia) 22 B. ; -

Kilt-Bahar # . . . . . 20 » B. « ' -
Kusteiidjés (Bósnia)..... 20 » 0 . T. : , 1.:
Larissa - . . . . . . . . . 19 » B. :
1.
Metelin (archipelago) 23 « B.
Monstar.'. 15 » M. i -
Mònãstír . . . . > . . . 19 » B. ] --
Mònssul (Asia) 34 » B. ' n.
Nisa... / — 17 B. ; n.
Ouzoundjava.....-.... 19 ~ M B. m.
Philippopolis . . . . . . . . . . 19 » B. •• 1.:

Pristrna # 18 » B. \— '
Rodosto. 20 » B. .
Rutschunck......:...... 19 » 0. T. n.
Saloniki. 19 » B. ;; n .
Scio (Iíha de Chios) 24 » B. n.
Scutarí (Âlbania) 18 B. i n."
Seuiava (Asia) * 36 » B. tn;..
Serres 19 » B. i 1.
Sivas (Asia) 30 » B. n.
Smyma (Asia) 27 » B. n.
Sulina....- 20 » N. ' " .. _ ; -
Tultscha 20 » N. . ' n .
>
Varna 19 )) 0. T. : - •
Volo— 15 » B. ' - "

•Widdino 17 .. » B. - .
Yusgat. . 28 » B. |n.

7-# Estação ainda não aberta. r ;f ;


.'".
1. Estação com serviço de dia, limitado. - ; .'
.
n. Estação com serviço de noite. - {
: m..Estação aberta durante a feira, isto é, desde 15 de setembro até 5 de outubro* r ç
As -iniciaes empregadas para assignar a via a seguir significam Y. Vercsorowa, B." Belgráde, 0. T.
Ober-Tomos, M. Metcowich, N. Memerilscheny. : -: ;

: D e Constantinopla p o d e m ser enviados os telegrammas pelo correio aos differentes


p o r t o s da Asia Menor e d a Grécia, o n d e n ã o h o u v e r estações telegraphicas, m e d i a n t e u m a
s o b r e - t a x a fixa d e 2 7 3 , 6 réis. -
l i de fevereiro 1865 45

Em Constantinopla ha duas estações telegraphicas: Stamboul aberta unicamente para


a correspondencia do governo ottomano, e Pera para o serviço internacional.
De Seio a Candia não póde corresponder-se senão pelo correio de Syra, por se achar
interrompida a linha telegraphica entre estes dois pontos.
A estação de Kilit-Bahar abre-se unicamente quando houver interrupção no cabo do
Heílesporito. Os despachos para os Dardanellos devem então pagar uma sobre-taxa fixa de
820,8. réis para despezas de transporte entre este ponto e Babar.
Repartição dè contabilidade da direcção geral dos telegraphos do reino, em 8 de feve-
reiro d e i 805. = = 0 chefe, S. J. Leal Pinto. D. DE L. n.° 33, DE io DE FEV.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


{ DIRECÇÃO GERAL DA THESOURARIA

Determina Sua Magestade El-Rei que as conversões de titulos de divida fundada ex-
terna em titulos de divida fundada interna, que forem solicitadas da junta do credito pu-
blico, depois de decorridos cinco dias, contados da publicação da presente portaria no
Diario de Lisboa, sejam realisados pelo cambio de 54'/a dinheiros esterlinos por 1)51000
réis, como se achava estabelecido pela portaria de 14 de março de 1855, alterada pela de
26 de dezembro de 1860, cujas disposições ficam suspensas.
O qué Sua Magestade manda, pela direcção geral da thesouraria, communicar á junta
do credito publico, para os devidos effeitos.
Paço, em 10 de fevereiro de 1865. —Joaquim Thomás Lobo d"Avila.
D. de L. n.° 3S, de 13 de ter.

GOVERNO CIVIL DO DISTRICTO DE LISBOA


EDITAL

D. João Pedro da Camara, commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa


Viçosa, secretario geral servindo de governador civil do districto administrativo de Lis-
boa, etc.
Convindo suscitar a observancia das providencias de execução permanente, relativas
á prohibição de jogos e brinquedos indecentes ou incommodos, praticados abusivamente
no tempo do carnaval, e que não devem de modo algum tolerar-se, p o r serem contrários á
boa policia, e improprios de umâ capital civilisada; usando da auctorisação que me confere
o artigo227^ n.° 1 d o codigo administrativo, determino que as referidas providencias, con-
signadas em diversos editaes d'este governo civil, sejam de novo publicadas na sua inte-
gra e observadas com pontual execução, nos termos seguintes:
í.° É prohibido atirar nas ruas, ou das janellas, laranjas, ovos, pós, agua, estalos, e
em geral praticar actos que possam molestar as pessoas, ou deteriorar as propriedades
dos cidadãos.
2.° É igualmente prolnbido nas ruas e logares publicos o uso de mascaras e trajos of-
fensivos da religião, da moral e dos bons costumes.
3.° Ficam tambem prohibidas nas ruas e logares publicos as dansas, cujos directores
nao tenham obtido licença da auctoridade competente.
4. 9 Os que contravierem as disposições dos artigos anteriores serão presos, autuados
e remettidos ao poder judicial, para serem punidos na conformidade da lei; c não o po-
dendo ser ém flagrante, formar se-ha4 o auto competente, que será enviado ao juiz,
5.° Aos administradores dos bairros e dos concelhos de Belem e Olivaes incumbe dar
as providencias necessarias para que estas disposições sejam cabalmente observadas, expe-
dindo as ordéris e as instrucções convenientes aos seus subordinados, e fiscalisando pes-
soalmente a execução d'ellas nos respectivos districtos.
E para que chegue ao conhecimento de .todos, e ninguém possa allegar ignorancia,
mandei publicar o presente, que será affixado nos logares do costume.
- Lisbpa, 11 de fevereiro d e l 8 6 5 . = 0 secretario geral servindo de governador civil,
D. João Pedro da Camara. iie l. o.«v»ide i*'s»ter.
12
m 1865 i 4 de fevereiro:
)

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR >


. a.» DIRECÇÃO . ..
2 > REPARTIÇÃO ,

; Não tèndOa^jtiÉítàs de fazenda das provincias ultramarinas satisfeito; côrçtó lhes d i m r .


pria, ás dispoáiçSèS das portarias circulares de i de julho dè 1 1846 è dè 18 de jiilfttf ífé,'
1861, pelas quaes lhes foi ordenada; á remessa' á este ministerio, em epochas detéfnlT-
nâdás, 'dás còíitá'S:'éXplicativas da receita e despeza das mesmas provincias,. e dós balan-
cetes mensaes 1 dos respectivos cofres; e cumprindo que taes dispòâiçõbs sejaái pdifttíàl-
mente observadas, a fim de que o governo tenha exacto conhecimento do estado da fa-
zenda das ditas provincias, e possa tomar a seu respeito as providencias que parecerem
convenientes: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da ma-
rinha e ultramar, a junta de fâienda da provincia de Angola, dando fiel cumprimento
às disposições das citadas portarias, envie com a regularidade.n'ellas prescripta as refe-
ridas contas e balancetes;' tfévéridó estás réferif-sé tá rito ád ctífrè central como aos par-
ciaes da djta.prqyjRçia. t-:
. Paço, .em í l dè fevereiro de 186,5. =João Chrysostòmo de Àbréu e Sousa. (1) ;
p. . D. de L. n.° 40, de 18 dg fev. . ,>

"ÍJão sé tendo áté hoje recebido n'este ministerio os orçamentos da receita e ^ d è s p i ^ '
da.proyincia; de.Apgola, conforme á. respectiva junta de fazenda foi. expressamente
mihatfó em portaria circular de 7 de agosto de 1862: manda Sua Magestade;Êl-á$, :J pel3!
secretaria d'estadq\d()s negocios da marinha e ultramar, que a j u n t a da fazenda da i j é f ^ d a '
provincia, pela,primeira via que se offerecer depois da recepção d'esta portaria, dèclare
os itiòtrôôs p'or' qhe'não tem dado cumprimento á citada portaria, a fim de que o governo
de Sua Magestade possa providenciar a tal respeito, e usar do procedimento que lhe pa-
recer conveniente., ( .
Paço, em 11 de fevereiro de 1865. —João Chrysostomo de Ábreii ê Sousa. (2)
D. de L. n.° 40, de 18 de fev.

ríil / ••!> '.i!'.' n;< .i • -- - " - • • " • • : ~ •*


^líãôise/téndQiâtô hoje recebido n'este ministerio, nas epochas designadas na portífia
circular de 7 de agosto de 1862, os orçamentos da receita e despeza da provincia de.Mo-
çambique, conforme á respectiva junta de fazenda foi expressamente determinado na mesma
circutár': ''máítfdãl^ftà Magestade El-Rei, pela seÇretaria d'esía;do: doà flégociOs dsi tó^rtóha
e'«^íniiK, ! , ^tiera'íàDta defázenda da dita provincia, péla ptimèírá' vErqjuéí sé oífêf^écét-
depois1 da recépçatiã'eèta portaria, declare os motivos por que não tem dado cumprimento 1 !
á «tad"a portátíá, á'fim d e que o governo de Sua Magestade possa providenciar a tal re's- :
pefftó;-^ttóstflaó.^wjcedimfento queltaèparecer'cotivèiiienté. " . ,
Paço, etíí 11 dè'fevereiro'de 1865. = João Chrysostomú de AbVèii e SoUsh. (3j;'
, Di ãeL. n/íÓ. deíí^àrl " ''

3." REPARTIÇÃO ::' • • -•

Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d i s t a d o dos negocios da marinha è ultra-
mar, remetter a,q reitor da universidade de Coimbra uma porção de semente dicinéjipna'
pahúãianá, a fim ae que no jardim botânico da universjdade : se ensaie á cuiturá, dé. u m
genero ,<jl,e plantas tão interessante pára a medicina ; na iritelligènciá de qiie, quàndp últe-
rioitóratè se óbtphtàm sementes ou plantas de outras especíes, serão igualmente remet-
t i d a aómWsmo jçir^im. Jiintós se rémettèm seis exémpTáras de dois numteros da publica-,
'ÇãQjntitOÍafiayCM//Mra dás plantas que dão a gmna^ e successivamente r e i n k t è r a ó Os '
qu'e:'forólri;Sáfndo..'' ; .
P^Vèíín.' 14 : 'de fevereiro dè 1865. = / o ã o Chrysostomo de Abreu e Soiisá..[(&$[.' , j'
4
' : . .D. dei).n.°.37,de

" t'í)'%faéBÍi6a8 8e expediram ás juntas, de fazenda,da India, de Timor, ,e,S. Tliòmé e P V i n ç / n e í , , .u


(2) Idêntica se expecffft/á^únta' dè fázenda iía provincia de' G M ^ b t à ê . . -
m Ii}ènt5'c'ás'Sé expedirárh ás juntas de fazenda da India, Timor, e'S. Thoírié1tePrinfeíjSte1^
(4), Idêntica se. expediu ao director da escola polytechnica de Lisboa. • • \•
14 dftfeveraire 1865 47
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3. 1 REPARTIÇÃO—i.a SECÇÃO

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio, era que o governador civil de Lisboa
remette copia dã deliberação tomada pela camara municipal do concelho dós Olivaes, em
sessão de 28 de dezembro ultimo, para a creação de um logar de cobrador de fóros e con-
tribuições municipaes, e bem assim o accordão consultivo do conselho'de districto, que,
em vista da£ decisões do governo sobre este assumpto, é de parecèr que não Seja coiice-'.
dida ã camara ai auctorisação que pede para a creação d'áqueliè logar.
É Sua Magéstade, attendendo a que pelas portarias de 8 de setembro de âO de
janeiro e l l . d e abril de 1863, e pelo decreto de 10 de .'igosto de 1864, foi declarado á
camará dos Olivaes que os logares de cobradores de rendas eram. illegaes, em vista da dis-
posição terfiiinante do artigo 177.° do codigo administrativo, sègundo o qual o thesoureiro
do concelho é o unico encarregado da arrecadação de todos os rendimentos do concelho;
Attendendo a que o thesoureiro do concelho dos Olivaes recebe n'esta qualidade o
máximo da percentagem estabelecida no artigo 181.° do mesmo codigo, e a que conse-
quentemente o pagamento á custa do concelho a um outro empregado encarregado de
receber uma parte das rendas d'elle daria logar a uma despeza superior á auctorisada na
lei, e violaria a disposição expressa d'este artigo;
Attendendo a que as rasões, em cjue a camara funda o seu pedido não são procedentes,
poisque já se lhe indicou em uma das portarias citadas, que a cobrança dos fóros, rendas
e contribuições, devia ser solicitada pelo thesoureiro ou pessoalmente, ou por propostos
sèus á quetti pagasse, ã similhança do que praticam os recebedores de comarcas com re-
lação às contribuições publicas:
Ha por bem não auctorisar a creação do emprego de cobrador dè rendas e fóros, pro-
posta! pelá cafiHarâ dos Olivaes, o que o governador civil fará constar á camara para sua
intelligencia, e para que nãó renove mais uma pretensão qfté pela quinta vez è indeferida.
Paço», ém 14 de fevereiro de, d 8 6 5 . = D u q u e de Loulé. d. de l. n.» 38, de ig de fe?.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 4 6

O conselho geral das alfandegas:


Yisto o recurso interposto por Julio Maneio de Faria sobre a classificação de uma por-
ção de bengalas, apresentadas a despacho na alfandegai de Ponta Delgada;
Yisto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o àrtigó 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que as bengalas de que trata este recurso no estado em que> se apresen-
tam não são cabos de chapéus de sol, nem obra de madeira não especificada, mas; sim
bengalas simples:
Resolve: . . . . ; • •'.-
Artigo unico. As bengalas em questão devem ser classificadas como taes, sujeitas ao
direito marcado no artigo 185.° dá pauta.
Èsíà resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfândegas, em sessão de 14 de
fevereiro de 1865, estando presentes os vogaes — Gonçalves= Couceiro, r e l a t o r = F r a -
desso da.Silveira=Abreu = Rodrigues=Nazarelh. • D.deL.n.°39,daiTdefov.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—2> SECÇÃO

-,,4ttendenflo ao que mé representaram Pedro Francisco Millot; engenheiro hydraulica;


e Agostinho Naudin Laplatta, subditos francezes, com domicilio em' tisbífa,- pedind&^rWi-'
m 1865 18 de fevereiro

legio por cinco annos como inventores de um novo processo ou aperfeiçoamento na dis-
posição e na construcção dos motores hydraulicos;
Yisto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 18-32;
Considerando que os requerentes satisfizeram todas as suas prescripções;
Hei por bem conceder aos ditos Pedro Francisco Millot e Agostinho Naudin Laplatta
a patente de irivençãç para o objecto acima indicado e pelo espaço de cinco annos, durante;
os quaes os seus direitos, de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da
lei, sendo a patent,e concedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade
ou merecimento í o invento a que diz respeito; pelo que ficam salvos os direitos de ter-
eèiro e os requerentes sujeitos ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto
e ao prévio pagamento dos direitos que deverem, passando-se-lhes diploma pelo : minis-
terio das obras publicas, commercio e industria.
O ministro e secretario d°estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, 14 de fevereiro de 1865. = R E I . = J o ã o
Chrysostomo de Abreu e Sousa. D. do L. n.° 42, de 21 de feY.

I.A SECÇÃO

Sehdo-me presentes os novos eslatutos da associação dos carpinteiros, pedreiros, e.ar-


tes correlativas, em substituição áquelles por que até agora se tem regido esta associação,
e que forem approvados por decreto de 14 de novembro de 1855; visto o parecer do aju-
dante do procurador geral da corôa, junto ao ministerio das obras publicas, commercio e
industria: hei por bem approvar os referidos estatutos, que constam de nove capítulos e
noventa e dois artigos, e baixam com este decreto assignados pelo ministro e secretario
d'estado das obras publicas, commercio e industria; ficando a associação sujeita á fiscali-
sação administrativa, nos termos de direito, com a expressa clausula de que esta minha
regia approvação lhe poderá ser retirada, se se desviar dos fins para que foi instituida,
não cumprir fielmente os seus estatutos, ou deixar de remetter annualmente á direcção
geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia.
O ministro e secretario doestado das obras publicas, commercio e industria o tenha as-
sim entendido e faça executar. Paço, em 15 de fevereiro de 1865. = R E I . = João Chrysos-
tomo ãe Abreu e Sousa. D. de L. n.° r>0, de 3 dó mar.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


•'i;< RESOLUÇÃO N.° 247

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recorso interposto pelo negociante Joaquim José Ribeiro Guimarães, sobre a
classificação de ornas mantinhas de seda apresentadas a despacho na alfandega do Porto,
procedentes de Saint Nazaire;
"Visto o aato da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra junta ao recurso;
Visto o n.° 5.° do artigo 4.° do decreto de 10 de junho de 1861;
' Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que não é applicavel ás mantinhas de seda da questão a remissão que
faz o indice da pauta, para os chales, no dizer «mantas»;
Considerando que estas mantinhas antes se assimilham, pelo seu uso e applicação, aõs
lenços de seda não especificados, aos quaes substituem;
Considerando que os lenços de seda, embora venham embainhados ou com algum ou-
tro acabamento feito á mão, não podem ser classificados como obra de seda;
Resolve:
Artigo unico. As mantinhas de seda de que trata este recurso estão comprehèndidas
para a applicação do direito no artigo 44.° da pauta, e devem pagar, como lenços de se-
da não especificados, 5$000 réis por kilogramma. .
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 16 de
fevereiro de 1865, estando presentes os vogaes = Gonçalves—Abreu, relator=Frades-
so 4q> Silveira— Rodrigues=Couceiro=Nazareth, vencido. D . A E L . H M S , DE25DEFE?.
li de fevereiro 1865 49

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO D E AGRICULTURA

Sendo-me presente a conta, datada de 11 do corrente mez, que a commissão regula-


dora da agricultura e commercio dos vinhos do Douro fez subir ao meu real conhecimento,
contendo o juizo do anno relativo á novidade de 1864, e mais documentos que o acompa-
nham; e considerando que da referida conta e documentos se mostra:
1.° Que foram arrolados 33.568:630,72 litros de vinho (66:578 pipas);
2.° Que daquella quantidade foram qualificados como exportáveis 24.000:197,76
litros (44:924 pipas), ficando 9.584:532,72 litros (17:940y2 pipas) para consumo, tendo
concorrido ás provas somente 33.584:730,48 litros (62:864'/a pipas);
3.° Que na quantidade exportável propõe a commissão reguladora o córte de 5.342:400
litros (10:000 pipas), ficando habilitados para exportação 18.657:797,76 litros (34:924
pipas);
4.° Que a exportação pela foz do Douro foi no anno de 1864 de 19.029:463 litros
(35:619 pipas);
5.° Que a media da exportação dos cinco annos de 1860 a 1864 foi de 16.561:891 li-
tros (31:083 pipás);
Visto o artigo 4.° do decreto com força de lei de 11 de outubro de 1852; e
Conformando-me com o parecer da mencionada commissão:
Hei por bem ordenar que sejam habilitados para exportação universal 18.657:797,76
litros (pipas 34:924) de vinho da novidade de 1864, produzido na demarcação do Douro,
e approvado cotno exportável pelo respectivo jury qualificador.
O ministro e secretario doestado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço da Ajuda, aos 16 de fevereiro de 1865.
= R E I . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa. D . de L. n.° 48, de I de março.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


• Ordem geral n.° 4.—Estando estabelecido que o director do observatorio meteorolo-
gico do Infante D. Luiz, envie quotidianamente um boletim ao arsenal da marinha, an-
nunciando para o dia immediato o tempo provável em Lisboa: os srs. commandantes dos
navios do estado surtos no Tejo devem tomar na devida consideração as communicações
que á esse respeito lhes forem dirigidas pelo inspector geral do sobredito arsenal ou pelo
ajudante de serviço d'esse estabelecimento; acautelando-se por modo a evitar sinistros que
poderiam provir da falta de apercebimento em occasião de temporal.
Quartel general da marinha, 17 de fevereiro de 1 8 6 5 . = Visconde de Soares Franco,
major géiierâl. D. deL. n.°77, de 5 de abril.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3. A R E P A R T I Ç Ã O — 1.» S E C Ç Ã O

Subiu ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei a representação, em que a camara


municipal .de Lisboa pede a revogação da portaria de 12 de agosto de 1864 (Diario de Lis-
boa.n.° 183), na parte em que ordenou que cessasse a compra de pesos para revender,
operação para que a camara pediâ um credito de 700$000 réis; allegando a camara, como
unica rasão do seu pedido, ser mais commodo ás pessoas que têem de aferir pesos encon-
tra-los á venda na própria repartição do afilamento.
E Súa Mágestádé, attendendo a qúe .a compra para revender é um acto de mercancia
menos proprio das camaras municipaés, que não foram instituídas para exercer o com-
mercio; • ,
Attendéndo' a que aquella operação, se fosse auctorisada, tornaria necessário o paga-
m 1865 18 de fevereiro

mento de ordenados aos empregados encarregados da arrecadação e da venda dos pesos,


e aos dá fêpàríiçâo do seu producto, onerandú-se assim o concelho com uma despeza inútil;
Attendendo a que é insignificante o incommodo a que a camara quer obviar, e que não
presta elle solido fundamento para que se ponham de parte os principios acima expen-
didos:
Mand^ dpçlarar ao governador civil de Lisboa que deve ser executada a disposição da
portôrja de 12 de agosto de Í864, ácerca da qual versa a representação acima mencio-
nada? ó que o, mesmo governador civil fará constar á camara municipal para sua intelli-
gencia.
Paço, em 18 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé. D. do l . n.° 49, de a d» março.

3.» REPARTIÇÃO —2.» SECÇÃO

í i Cqflsííiíi.4p ^ relatorio do sub-delegado do conselho de saude, mandado a Collares para


investigar das causas da gravidade e da molestia epidemica que n'aquellas immedjaçoes
« r a s s a y ^ e ^ e . a s u a origem e effeitos se podem attribuir, em grande parte, á falta de po-
Rcia que se noía rias povoações invadidas, e especialmente ao uso da agua inquinada de de-
t r i t p s a i j p a e s ; poisque na Azóia o povo usa das aguas de uma ribeira, que passa no
meio da povoáçâo, carregada de immundicias; no Algueirão a fonte publica fica inferior a
estrumeiras qrçe inquinam a agua a ponto de que no verão se lhe nota a côr» cheiro e gosto
do estrume; è na Abrunheira fica igualmente a fonte inferior ao tanque das lavadeiras, o
que dá azo fi que durante o estio a agua se corrompa ;
,, Çppslandó mais que nas povoações aeimas indicadas ha nos pateos das casas grandes
estrumeiras, é nas ruas d'ellas charcos e pantanos, e que estas causas reunidas concorre-
ram para o. desenvolvimento das febres typhoides que ultimamente ali appareceram;
Sfjndp; indispensavel tomar as providencias precisas para que essas causas de ipsalu-
bridadé desàppareçam, a fim de que não venha a renovar-se com maior intensidade a mo-
lestia éxtintá:
Manda Sua Magestade El-Rei que o governador civil de Lisboa dê as ordens conveni-
entes á camara municipal de Cintra, para que, com a brevidade possivel, cuide de fazer
construir chafarizes ou fontes nas povoações da Azóia, Abrunheira e Algueirão, por fórma
que as SgjiEfê <3Uè àli Be houver de fazer uso sejam puras e limpas, e nao inquinadas de
detrictos animaes;
igualmente recommende á camara e ao administrador do concelho que deem
prompta è^ecuçap às posturas do concelho, que vedam as estrumeiras dentro do povoado,
ou fèqgeira e^ie ás que forem precisas para que similhante abuso, damnoso á saude das
povoações/ftãó continue,
Quéf tagC|bei)^:$ua Magestade que o governador civil estranhe ao administrador do
copcejiiò ã liVflifferènça com que elle tem olhado para o facto de se achar um simples fer-
rador tratando aoénles, e exercendo a profissão medica, facto que sendo um crime ppnido
pelo artigo 23,6.° | 2.° do codigo penal, elle tinha duplicada obrigação de reprimir, oú
coíàó auctoridade de policia, ou como sub-délegado do conselho de saude, e que lhe ordene
levâftté logo os atítbs de investigação necessarios sobre os actos criminosos d'aqaelie in-
dividuo, aos quaes se allude no relatorio do commissario do conselho de saude, e os re-
metta ao ministerio publico, para se instaurar o competente processo criminal. E da exe-
cução d'esta portaria dará d gôveriiadoí civil oppórtunamente conta.
Paço, em 18 de fevereiro de 1865. = Duque de Loulé. D. de L. n.° 49, de 2 de março.

M I N I S T É R I O DAS OBRAS PUBLICAS, GOMMERGIO E INDUSTRIA


pihECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO BO COMMERCIO E INDUSTRIA—1.a SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Lisboa uma sociedade
'anonyiná dònomínáda companhia do tabaco e sabão;
vlstòè òs áofcutoentos pelos quaes se prova a subscripção dó capital sociál; .
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
20 de fevereiro 1885 51
. Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio.e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos por que deverá reger-se a
companhia do tabaco e sabão, os quaes, nos termos do artigo 539.° do codigo commercial,
foram, reduzidos a instrumento publico, constam de dezoito artigos e um artigo transitó-
rio, e baixam com este decreto assignadas pelo ministro e secretario d'estado das obras
publicas, commercio e industria; e bem assim dar por constituida a mencionada companhia,
para que possa desde já dar começo ás suas operações, ficando sujeita a registar o instru-
mento do seu contrato de teor e não por extracto no registo publico do commercio,"nos
.{eriBAs do artigo 540.? do codigo commercial; com a expressa clausula de que esta minha
regia approvação poderá ser retirada logoque a mesma sociedade se deixe dos fins para
que foi instituida, não cumpra fielmente os seus estatutos, ou deixe de remetter annual-
mente á direcção geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia so-
cial.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 18 de fevereiro de 1 8 6 5 . = R E i . = / o ã o Chry-
SOStoàlOílák À W e & eSOUSét. ®.deL.ft.«>8M»«demar{0.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 6
lèeót-ètaria d'estado dos negocios da guerra, 20 de fevereiro de 1865
; Publica-se ao exercito o seguinte:
Spa Magestade El-Rei determina, em harmonia com o disposto no artigo 8.° e § 3-° do
artigo 63." do plano de reforma na organisação do exercito, approvado pela carta de lei de
23 de junho ultimo, que o,disposto na ordem do exercito n.° 56, de 17 de outubro do an-
no proximo passado, relativo aos concurso para os logares de archivistas das secretarias
dos commandos das divisões militares, seja extensivo aos candidatos aos logares de aspiran-
tes da 1 divisão militar. o. de l. n.° í3, de m de r<*.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO .REINO


DIREGÇÂO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
' 3. a REPARTIÇÃO — S E C Ç Ã O

Foram presentes a Sua Magestade El-Rei o officio do governador civil do Lisboa, de d


de outubro ultimo, e a copia da a d a da sessão de 3 de setembro de 1864, na qual a camara
municipal dè Setubal deliberou com o conselho municipal, não supprimir no orçamento
do anno economico corrente o imposto sobre o pão, não obstante as reiteradas ordens que
lhe têem sido expedidas para o substituir por outro mais racional, menos gravoso e que
menos avexe as classes pobres, sobre quem similhante imposto especialmente pesa: e Sua
Magestade
Attendendo a que sê" não póde admittir que se sobrecarregue de impostos o mais
indispensavel alimento dos povos;
Attendendo a que, montando a receita do concelho de Setubal approximadamente a
24'.ÓÔÍ)$ÕÓ0 réis, nove décimos d'esta quantia são tirados de impostos indirectos lança-
dos sobre os generos de consumo, spm que no mesmo concelho se pague um só real mu-
nicipal directo, systema vexatorio e injusto que tende a fazer recair o peso dos encargos
municipaes qiuasi exclusivamente sobre as classes menos abastadas;
Attendendo a que, em relação aos orçamentos de mais de 10:000^000 réis, compete
ao governo ò mesmo direito que o conselho de districto tem sobre os orçamentos de me-
nor somma, e consequentemente o de rejeitar qualquer contribuição municipal que seja
illegal ou inconveniente, ou contraria aos principios de justiça e de proporcional distri-
buição, que não devem perder-se de vista no lançamento das contribuições municipaes;
Attendendo a que a contribuição municipal indirecta lançada sobre a consumo do pão
no cpncelho de Setubal, contribuição de que a camara tira quasi metade da sua receita, é.
repçgpante á doutrina acima expendida e ás regras elementares de economia politica; ...
52 1865 20 de fevereiro

Attendendo a que nos artigos 149.° e 152.° do codigo administrativo estabelece a lei
os meios precisos para quebrar a resistencia da camara ás ordens legaes que se lhe expe-
diram; e
Conformando-se com o parecer da secção administrativa do conselho d'estado, e com
o do conselheiro ajudante de procurador geral da corôa, junto do ministerio do reino:
Ha por bem ordenar que o governador civil de Lisboa faça subir sem demora a este
ministerio o orçamento da camara municipal de Setubal para o anno economico corrente,
aceitando-o como ella o apresentar, a fim de que, rejeitada pelo governo a contribuição
sobre o pão, e marcado em seguida á camara um praso curto para substituir a contribui-
ção rejeitada, possa decretar-se a contribuição que haja de substituir aquella, quando a
camara se negue a fazer ella mesma a substituição ordenada.
Paço, em 20 de fevereiro de Í8GS.= Duque de Loulé. D. de L. n.° 49, de 2 de março.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS
2.» REPARTIÇÃO

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento em que os tabelliães da cidade


de Lisboa pedem que se lhes declare, se são ou não obrigados a mandarem ao contador
os papeis pelos quaes a tabella dos emolumentos e salarios judiciaes lhes concede raza; e
o mesmo augusto senhor, tendo ouvido ácerca d'esta petição os contadores da comarca de
Lisboa, os juizes das seis varas civeis da mesma comarca, dos quaes tres responderam
afirmativamente e tres negativamente, e o conselheiro presidente da relação de Lisboa;
e considerando:
1.° Que a solução d'esta duvida é da exclusiva competencia do poder executivo, já
porque se trata de regular o modo como deve ser executada uma lei que reformou um
ramo de serviço publico, emquanto que as decisões dos tribunaes judiciaes recaindo sobre
questões de direito privado não podem constituir disposição regulamentar, como já foi
declarado pela portaria de 3 de agosto de 1844, nem regra geral de administração appli-
cavel a todos os casos analogos áquelle que tiver sido submettido á decisão judiciaria, só
para o qual esta é obrigatoria;
2.° Que, ainda quando a tabella de 30 de junho passado nos artigos 101.° § 1.° e 116.°,
dos quaes resulta a duvida proposta se exprima, em termos pouco claros, parece, todavia,
que as referencias que n'esses artigos se fazem aos papeis dos tabelliães são applicaveis
só aos casos em que taes papeis se achem incorporados em autos ou por qualquer modo
d'elles façam parte, de sorte que a rasa de taes papeis haja de entrar em regra de custas
judiciaes;
3.° Que, exprimindo-se pela mesma fórma que este artigo 116.° o artigo 19.° do ti-
tulo 11.° das tabellas de 11 de junho de 1844 e de 12 de março de 1845, e o artigo 28.°
do titulo 11.° da tabella de 26 de dezembro de 1848, nunca se entendeu comtudo que
de tal disposição resultasse para os tabelliães o dever de mandarem ao contador os papeis
que tivessem rasa;
4.° Que tendo-se suscitado em 1851, por parte do contador da comarca de Lamego,
uma duvida igual á que agora se suscita, e tendo sido a resolução d'ella solicitada do po-
der executivo, este fez manter a execução da tabella pela já indicada fórma;
5.° Que, se na tabella actual o legislador quizesse estabelecer um modo novò de exe-
cução das disposições supramencionadas, sem duvida estatuiria regras diversas para que,
não havendo rasão alguma que devesse fazer variar o sentido de uma disposição concebida
nos mesmos termos das antecedentes, não continuasse a prevalecer a mesma interpre-
tação ;
6.° Que sendo a tabella uma lei propriamente de imposto, aindaque não applicado
directamente ás despezas geraes do estado, não póde ter, nos casos duvidosos, interpre-
tação extensiva, da qual resulte augmento de encargos em detrimento do publico ;
7.° Que, alem do maior encargo geral que procederia de serem mandados á conta to-
dos os papeis dos tabelliães, em que houver raza, d'ahi nasceriam outros damnos ainda
mais graves, pela demora que necessariamente havia de haver na expedição dos titulos
li de fevereiro 1865 53

dos contratos e de outros actos da vida civil que se praticam com intervenção de tabel-
Iiães:
Houve por bem resolver, conformando-se com o parecer do conselheiro presidente da
relação de Lisboa, que este magistrado faça constar aos referidos tabelliães e contadores,
bem como aos juizes de todas as varas civeis e dos districtos criminaes da comarca de
Lisboa, que os tabelliães não são obrigados a mandar aos contadores os papeis em que
tenham de haver o salario de raza, nos termos da tabella de 30 de junho de 1864.
Paço, em 20 de fevereiro de 1865. ==Gaspar Pereira da Silva.
[D. de L. n.° 49, de 2 de março*

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO BE MINAS—2.a SECÇÃO

Tendo requerido Jorge Alberto Adolfo Leuschner que, nos termos no decreto com
força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de
1853,. se lhe concedesse a certidão dos direitos de descoberta da mina de estanho das
Aguas Ferreas de Ramalhoso, no concelho de Amarante, districto do Porto;
Constando pelas informações do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do
governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no campo pelo requerente registado
existe um jazigo, que pela extensão que occupa e suas condições póde ser lavrado por tra-
balhos independentes e deve ser repartido em duas concessões distinctas com as denomi-
nações de Aguas Ferreas de Ramalhoso e Portella da Gaiva;
Considerando que o supplicante, tendo requerido simplesmente ser declarado desco-
bridor.legal de uma mina, não o póde igualmente ser de ambas, sem que para isso se ha-
bilite devidamente;
Considerando que çor despacho de 8 do corrente mez se exigiu do supplicante que
declarasse qual das indicadas concessões escolhia para lhe ser conferido, o titulo de des-
cobridor legal, reservando comtudo o direito de poder requerer igual titulo pelo que res-
peita á outra, uma vez que satisfaça ás disposições da lei e regulamento de minas em vigor;
Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despacho, decla-
rou aceitar ambas as concessões, de que pede a certidão dos direitos de descoberta de
cada uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina de Aguas Ferreas de Ra-
malhoso, por onde consta que o supplicante satisfez a todos os requisitos do artigo 12.°
do citado decreto ;
i Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 31 do mez proximo findo, no qual a mesma secção julga o requerente
habilitado na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata:
Ha p o r bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta, de-
clarar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
das Aguas Ferreas de Ramalhoso, no concelho de Amarante, districto do Porto, cuja posi-
ção se acha topographicamente designada na planta que por copia acompanha esta por-
taria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
pelos traços de côr vermelha, formam um quadrilátero ABCD, traçado pela seguinte ma-
neira: Do ponto A, a parte mais elevada e central da Fraga de Aguas, tire-se uma linha
recta na direcção S. 50" 0 . (magnético) até á margem direita do ribeiro do Ramalhoso, e
ficará determinado o : ponto B; da casa da guarda tire-se uma outra linha parallela, o ponto
C será na margem direita do ribeiro das Icutadas e o ponto D a 400 metros da dita casa;
e unindo estes quatro pontos por meio de linhas rectas, ficará fechado o rectângulo que
abrange uma area de 566:000 metros quadrados;
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante
seis mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para or-
ganisar .uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez,
ou para mostrar que possue os fundos necessarios para a lavra d'este jazigo, na intelli-
14
34 1865 25 dè féVefêiíè

géhtilã dè quê, HSô se habilitando n'êstes termos dentro d^quetle prâão improrõgavelj será
a concessão d'esta mina posta a concurso na conformidade da lei;
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos
legaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobrido!' dá mencionada mina.
O que íildõ sê lbtecommiiftica para seu conhecimento e mais effeitos; ficando obrigado
a apresentar fe'êstè ministerio certidão de haver feito registar na respectiva camara muni»
cipal a presente portaria na sua intêgra, sem o que nâo terá inteira validade.
Paço, ! era â i d e fevereiro de 1 8 6 5 . — / o ã o Chrysostomo de Abreu e S o w s a . = P a r a
Jorge Alberto Adolfo Leuschner. D. de L. n.° n , de 5 de abrii.

RÉÍ>ARTÍÇÃÓ CÊNTRAL
E m virtude da auctorisação concedida ao governo pelo artigo 8.° da <$rta de lei de 20
de junho ultimo; vista a relação de doze cidadãos designados pètâ junta geral do districto
da Horta, de entre os quaes o governo tem de eseolher os quatro vogaes da junta admi-
nistrativa dos fundos destinados á construcção do porto artificial daquella cidade; e confor-
mandò-me côiíi a informação do respectivo governador civil: hei por bém estabelecer uma
jtil?t'a, que será composta dos seguintes vogaes—barão de Sant'Anná, dr. Antonio Maria dè
OliVeifâ, Mânuel José Sequeira e Ladreano Pereira da Silva. Esta junta, qúê será presidida
pelo governador civil da Hortá úu quem sUas Vezés fizer, terá a 'seU cãrgò: gerir Os fim*
dòs dèStinados á fèíturã do referido porto artificiai'; tújla construcção foi ãuctorisadapela
càrtá dè Iqi supracitada; pagar os juros e amortisação do emprestimo auctorisado pelo ar-
tigo dò mesma lei, e todas as despezas quê se fizerem com á construcção da óbra; fi-
cahdb òútftsim auctorisada a receber directamente dás alfandegas e auctoridades compe-
tentes todos os impostos estabelecidos peta referida carta de lei, nò artigo 3.° e séus §§. '
0 8 ministros è secretarios d'estado dos negocios das ObraS publicas, commercio e indus-
tria, e dos negócios da fazenda, assim o tenham entendido e façam executar. Paço dá
Ajuda, em 22 de fevereiro de 1 8 6 5 . = R E I . — João Chrysostomo de Abreu è Sousái^Jbfc
qwm fhbVnás hobò d'Avila. D.dèt.n>*Meite'iíiat$o.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DÒ REINO


DIRECÇÃO GfeilAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3." REPARTIÇÃO I
Sôa Magestade Kl-Rei, attendendo áo qúe lhe rfcprésenfârám algtins aiutnnosdo lyceu
naéibrtal do Fírtichâl, pedindo qué os exames feitos n aquelle estabelecimento litterario 1 Sê-
jam levados em conta para os exames de habilitação aos cursos de instrucção siiperiõi 1 '
C ô n s M ^ n d t í íjúè èuppóStò no artigo 1.° do decreto d e 9 dê setembro" de 1863 ste não
faç'á expressa tóeftçlo do lyceu nacional do Funchal, como sendo de l . a classe, èoffitúéô
similhante artigo não é mais do qué a reproduccãb dò ártigo 1 d o decreto d e 1 0 d e abril
dè 1860, é qué pela portaria dê 14 dê nòvèmbro de 1860, que intérpréfôu èsteartigb, se
resolveu, pelas rasões n'ella expostas, que o lyceu do Funchal devia ser considerado gófttíí
de ! . a classe, pára o fim dè què sê t r a t a : _ ;

Ha por beto deiferir a pretensão dos s u p p l e n t e s , e declarar que os exames feitos no


lyceu nàCiobá! dô Funchal devèm ser levados em conta para os exames de habilitação aós
cursos de instrucção superior, como exames feitos em lyceu de l . a classe.
PftÇo da Ajuda, em 2 3 de fevereiro de 1 MS.^Duqiie dè Loulé.
D. deL. n.° 51, dè4 dkíjarpò. "

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS
Em observancia do disposto no § unico do artigo 33.° do decreto* com forçà de lei,
n.° 1, de 7 de dezembro proximo findo; hei por bem ordenar o seguinte:
Artigo 1.° Os empregados que tiverem sido ou houverem de ser providos e m logares
das alfandegas, oiijos ordenados estabelecidos pela reforma decretada em 7 d e dezembro
li de fevereiro 1865 55

proximo passado, forem inferiores aos que estavam percebendo n'aquellas casas fiscaes os
mesmos empregados, anteriormente á indicada reforma, continuarão a ser abonados, por
meio de folhas addicionaes ás dos ordenados e ás dos emolumentos, das differenças entre
os anteriores e os actuaes ordenados, e os correspondentes emolumentos, calculados por
uma percentagem igual.
Art. 2.° Os empregados que percebiam emolumentos denominados pessoaes, e que
em virtude das disposições do citado decreto n.° 1 passaram a constituir receita do cofre
commum dos emolumentos, serão abonados, por meio de folhas addicionaes ás d'esses ul-
timos emolumentos, de uma importancia equivalente á receita media dos emolumentos
pessoaes que perceberam nos ultimos tres annos civis, findos em 1864.
§ 1.° As compensações de que trata este artigo não têem logar quando os emprega-
dos, por effeito das novas collocações em que estejam ou venham a estar, percebam de
ordenado e de emolumentos communs uma somma igual ou superior á dos vencimentos
que percebiam anteriormente á reforma.
§ 2.° Quando os empregados a que se refere este artigo, não obstante haverem pas-
sado a ter maiores ordenados, ainda assim tenham direito a verificar-se-lhes a compensação
a que o mesmo artigo se refere, levar-se-ha em conta, na respectiva liquidação, aquelles
maiores ordenados, e as correspondentes quotas proporcionaes dos emolumentos do cofre
commum.
Art. 3.° Aquelles empregados que, em virtude de disposições especiaes, estavam sendo
contemplados na distribuição dos emolumentos geraes, continua-lo-hão a ser até que dei-
xem de exercer os logares que exerciam ao tempo em que começaram a ser comprehendi-
dos na mencionada distribuição.
Art. 4.° As liquidações para os abonos de que trata o artigo 2.° serão processadas na
direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda assim o tenha entendido e
faça executar. Paço, em 25 de fevereiro de 1 8 6 5 . = R E I . — Joaquim ThomásLobo d Ávila.
D. de L. n.° 51, de í de março.

Tendo sido a delegação de segunda ordem em Lagoaça mencionada equivocadamente,


na tabella n.° I, a que se refere o artigo 2.° do decreto n.° I, .de 7 de dezembro ultimo,
como pertencendo á alfandega de Bragança, quando pertence á alfandega de Barca de Alva;
bem como tendo-se deixado de fazer expresso na tabella n.° 7, de que trata o artigo 41.°
do mesmo decreto, que a verba de 1$200 réis, do artigo 3.°, é tambem àpplicavel a todo o
expediente relativo a cada navio de commercio de cabotagem, e na tabella n.° 2 do decreto
de 3, da mesma data de 7 de dezembro, que as verbas de 200 réis, do artigo 13.°, são uni-
camente exigíveis de cada barco:, hei por bem ordenar que nas tres mencionadas tabellas
se façam as rectificações indicadas.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda assim o tenha entendido e
faça executar. Paço, em 25 de fevereiro de 1 8 6 5 . = R E I . — J o a q u i m , Thomas Lobo d Avila.
D. de L. n.° 51, do t de niarpo.
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- i ^ - í i ;o;r.i;!;iu>>.jf 'f;vi'| -Hyo'i r.n .uhurç fll"' .THmi yfc injiJir. onfôftin o '.>up r.
«íí»f-itbj-.HOiifi.wt ;.•>!• * vi ' v.nq z-tis.-tíulOfíVTto:»~<ti't(*»>hR(uifn<t -i-ftoiíuii
- . ' .inVMTíflt'-
•i !f£ flír,'ú":1< l .V:<::,."([•• • - ' i •?<:•• ,il> :«v *.!•• i.>í.iir '•':'.}rt?/» >fí!| >Cl|i/.. J,C .Vi A.
•<•••''} Í"(íf< u'< •»••;»•<>)-s;s:i)!Íiii>'i «i".! - . . i Í ; I f-jJ ^ T í t m
' - i - » :I; • MM t ÍJIJ» «,v w t/\ a u •.{,••;> i!",<''I RO '$*•! «'<•><?> :'ii
niíiifioriníim
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' M- «ra.{ ^-tõ^RbfU^íi kA '•'.} .V'.A
' 1'i'iiillii -.'lOvÍUJÍ >J|f«eV- U ^í.v*t>ilfi"t!ti ísflb $/>"KiIi «•^"••Vjjl»
• ctlítol d im wíiiíyiaCi $;í> -<>í:.hv;'h.í %<.$» í^L i í - h i . i t K l w j i 9 oiteinim O
-i,'V. -sMu-. kS. -..a.í-V.— .»;,•({! - :h "ii IVM .r. M .'íoíucí <:> i:,:i»í

' !ltii:h,. .'ii • • ' n i t.r. ii, iti.:;>(•»'.;•,.1; «H5W1!hÍ'»|í (; ofiíí- OÍiíK»!
:i i(lfl,").\ ':!! V -fii .l : .íí < i!-»t **-ít n|i ' n 'r.ríi-«'! OIH! r. ,1 ".fi !',ii-!ti(;l i;u
- í'l. T»li'C'i'ieí! ')b r, 'r-n':! I,-1-->!ISI;-.::' • ;r ú> '••!• 1 '•••;>IU;VK f, óÍMP.Oi^Ji^q IÍIÍÍ.VI
. i •" ogiiit; ti 'niif MÍÍ-.". 0 kIckÍs) r-:\ o - p - ' . i >\-.i< ..(ie,-i-'ft Mv-rthiiol tnsini »>->ti
' - .''tuf fí auoVilv.t-.í .\U nuiiiaub ,>;<H.;L í :•>• I..J-,'.:; j: »>i!|» .^{^'^ít ii«!V!>íi!-'»}f
, m b oh ir ".ii tii-nif:,! mi ,it!*i.:í;!i')i!f;;> '»!> c c i u í i f t ! n iifi tii/uí! i;bin f; u / i i c b i f).t(i'til)(i\'j/:i
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^ci-iioiíiiii èr)ô-,)ífy'ú\i:m ei; me;»] <y
• ••'l)ií)f,fiÍ!Ífv pilutii << íufeí-.n HÍmostil til * <ioi'ioi>.'.i((>(iíi i,í.r.ií*'b oiiRjoi-jôí a oilKiiiim O
&M r-bu-iiAt. ^ . n H { ^b oiú» :í»'/Í»'Í »ÍS mo '.ocmU .ififaná/e
U'.t ir, • J '.i, i| \ '
março
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
'' ORDEM DO EXERCITO X.' 10 ,'.•'.'.'.'[. „'.'.'.
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 15 de março de 1864 r !*
::
Publica-se ao éiercito o seguinte: '' : ,.
. Achando-se vagos os logares de capellães do batalhão de caçadores b.® 11' ^ do'regi-
mento dè infanteria n.° 4, faz-se publico, em conformidade com o disposto1 no artigo 9.°
da carta de lei de 20 de maio de 1863, e nos artigos 8.°,9.° e 10.° do regulamento de 22
de outubro do mesmo anno, que no dia 20 de abril proximo futuro, pelas 11 horas da
manhã, se abrirá na secretaria do quartel general da l . a divisão militar concurso para pre-
enchimento das citadas vacaturas.
Os presbyteros que pretenderem habilitar-se ás indicadas capellanias, deverão apre-
sentar-se no referido concurso, munidos dos documentos exigidos no artigo 11;° do supra-
citado regulamento; e para conhecimento dos mesmos presbyteros se declara que os de-
veres inherentes ao logar de capellão militar, e as honras e vantagens que por lei lhe com-
petem, são as seguintes: .
Deveres
Celebrar missa; confessar e administrar os sacramentos; acompanhar os doentes e
ministrar-lhes consolações religiosas, quando as desejem ou d'ellas careçam, visitando
amiudadamente os hospitaes, nos corpos ou estabelecimentos em que servirem.
Ministrar soccorros espirituaes aos moribundos e aos feridos, comparecendo .nos hos-
pitaes de sangue, nas ambulancias, ou aonde o seu ministerio for reclamado.
Acompanhar os fallecidos nos hospitaes, nos quarteis,dos corpos, nas praças ou esta-
belecimentos onde servirem, até ao seu ultimo jazigo; e depois dos conflictos da guerra,
assistir aos enterramentos que forem ordenados, praticando as orações e ceremonias do
estylo, tendo sempre logar ô simples acompanhamento, ainda quando compareça o paro-
cho respectivo.
Empregar a persuasão, mas principalmente o exemplo, na prégação e sustentação da
moral e religião, e do juramento, aproveitando qualquer opportunidade, para em palavras
concisas, judiciosas e de percepção fácil, imprimir no animo dos militares a consciência do
respeito e dedicação que devem a Deus r á patria, -ao rei e á lei. —
Dar a instrucção primaria nas escolas regimentaes, não só aos adultos, senão tambem
aos .filhos.menores dos militares, e aos da população civil da localidade, empregando me-
thodos accommodados, e tornando appetecivel a instrucção e a educação.
Prestar obediencia aos chefes a quem se acharem subordinados, no concernente ao
desempenho das suas obrigações. £
• Occupar-se exclusivamente das suas obrigações castrenses, hospitalares e de ensino,
sendo-lhes portanto defezas quaesquer outras resultantes de curatos, thesourarias, capel-
lanias ou encargos religiosos que os distráhiam das funcções de seu cargo, nas quaes
lhes é tambem prohibido fazerem-se substituir.
: Guardar sob a sua responsabilidade as alfaias, paramentos e quaesquer objectos desti-
nados ao; culto, recebendo-os do conselho administrativo por inventario.
^Finalmente escrever e conservar um registo authentico dos factos religiosos, quepos-
sarfi interessar civilmente os individuos pertencentes aos corpos ou. estabelecimentos em
que servirem, ou suas familias e herdeiros.

Honras e vantagens
; Terão as honras e soldo de alferes com todas as prerogativas inherentes a este posto,
emquanto não completarem cinco annos de serviço effectivo; as honras e soldo de tenente;
depois de haverem completado cinco annos de serviço effectivo; as de capitão, depois de
haverem completado quinze annos de serviço effectivo, tendo mais o augmento.de 23 por
cento^do-soldcrcPestc posto, quanckHiverem completado vinte- e cinco annos de serviço
effòctivò.-" 1 • • ! ' ••:
Na liquidação do tempo de serviço para os differentes postos, ser-lhes-ha descontado
58 186520de marçd

aquelle tempo qoe tiverem estado em inactividade temporaria por castigo ou sem venci-
.mento, com licença registada, e bem aspim todo aquelle que, segundo as leis, é abatido
aos officiaes do exercito.
Têem direito, segundo os annos de serviço, ás reformas e graças de que gosam os of-
ficiaes do exercito na conformidade das leis.
Os accessos, conferidos de grau em grau e com relação ao tempo de serviço, são, alem
das condições já expressas, subordinados ao principio geral das promoções, pelo qual só
tem direito ás mesmas o que houver patenteado bom comportamento moral, civil e religio-
so, dedicação e ÉptidSo no desempenho dos seus deveres.
Têem, alem do soldo, uma gratificação annual de 72$0QQ réis ? emquanto regem es-
cçlas^imççtae?.
- % d^màrai. de 1 8 6 S . = N o impedimento do sub-chefe da repartição, Fortmqto
Jo$é jpereirçt,, çapitao servindo no ministerio da guerra, d. de l. 52»63, do 6 e 13 d? m»rç0.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


1* DinECÇÃO
1.» R E P A R T I Ç Ã O

Ordena Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ul-
tramar, que os chefes dos departamentos maritimos, tendo em vista as disposições dô re-
gulamento de 25.de agosto de 1859 e as do capitulo 3.° da portaria d'esle ministerio de
19 de dezembro de 1863, procedam desde já ao sorteio da gente maritima dô'fâwâ ê do
archipelago dos Açores, que tenha sido apurada até ao dia 31 de dezembro de 1863, a
fim de pode;r elevSr-se o armamento naval á força votada pela carta de lei de 28 de junho
' de t864 para o anno economico de 1864-1865, e conferir-se baixa ás praças do eorpo de
marinheiros que hajam terminado o tempo legal de serviço.
Outroshn determina o mesmo augusto senhor, que a repartição proporcional dos re-
crutas, qoe competirem ás delegações e freguezias dos differentes districtos, seja feita em
relação ao numero" designado no mappa que d'esta portaria faz parte e baixa assignado
pelo conselheiro director da 1 . a direcção da referida secretaria d'estado.
Paço, em 3 de março de 1 8 6 5 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa.

MBtFÍbnifl» do eootingente de recrutas do marinhagem pertencentes ao anno economico de 18(HM86i>

%
A.á Caminha
Vianna do Castello
Nontfl...» 3.» Porto
4.° Aveiro
5.° Figueira
1." Alcobaça
Centro;. 2.» Lisboa.!
3.° S e t u b a l , . . . .
Í. e . Funchal,
Lagos..
2.° PortimSo
Sul. 3.° Faro '
4." Tavira
5.° yijla Real de Santo. Antonio
lilla Terceira
Ajoatea....... J.« Ilha de S. Miguel .1
3.° Ilha do Faial

ntr
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 3 de março de 1 8 6 5 . ^ A n p r
nio, fíafael Rodrigues Sette. D. de L. N . ' d o março.
ÍOrtfe mai-ço 1865

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


• Para conhecimento do publico se annuncia que se acham abertas para o serviço, tanto
do estado como dos particulares, as estações de Loulé, Albufeira, Lagoa, Silves, Villa Nova
de Portimão e Lagos.
:
Repartição de contabilidade da direcção geral dos telegraphos do reino, em 6 de março
d e 1 8 6 5 . aaíO éhefe da repartição, S. J. Leal Pinto. d, deL. n.° 53, de? de mar.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3." REPARTIÇÃO

Não havendo em Lisboa, como cumpre que haja em cidade bem policiada, casa desti-
nada á detenção e correcção de vadios; e parecendo ao governo que para esse fim pode-
ria apropriar-se o actual asylo de mendicidade, modificando convenientemente a sua pri-
mordial instituição: manda Sua Magestade El-Rei, que o governador civil do districto de
Lisboa, de accordo com o provedor do mencionado estabelecimento, organisè um proje-
cto de reforma no sentido indicado, e o submetia com a possivel brevidade á secretaria
d'estado dos negocios do reino.
Paço, em 9 de março de 1865. = Marquez de Sabugosa. b. de L. n.° 6i, de i« de m»r.

' MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


i.: -
THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Manda Sua Magestade El-Rei que os directores das alfandegas do continente do reino
e das ilhas adjacentes fiquem na intelligencia de que, acbando-se os inspectores das mes-
mas alfandegas Antonio José Duarte Nazareth, Antonio Correia Heredia e Carlos José
Caldeira no exercicio das funcções do seu cargo, deverão dar as convenientes ordens
para que se ministrem áquelles funccionarios todos e quaesquer esclarecimentos por
elles exigidos; assim como se lhes faculte o exame de livros ou documentos, e a inspec-
ção de todos os actos relativos ao serviço tanto interno, como externo das indicadas ca-
sas fiscaes e suas delegações; fazendo que sejam reconhecidos como taes pelos empre-
gados em geral, que desempenham os dois mencionados serviços de administração e fis-
calisação.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se commnoiCará
a quem conveniente for.
Paço, em 10 de março de 1 8 6 5 . = M a t h i a s de Carvalho e Vasconcellos.
D. da L: n.° 57, de l i d« mar.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» REPARTIÇÃO—1.» SECÇÃO

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio, em que o governador civil da ©uarda
dá conta de haver a camara municipal de Ceia posto a concurso o logar de carcereiro, e
provido n'elle Antonio Ferreira, desattendendo o requerimento de Francisco Fettwtndes,
que servia aquelle emprego por nomeação interina do juiz do direito, e apresentava me-
60 1865 20 de marçd

lhores habilitações e maiores garantias de bom serviço; e pede que se declare se às cama-
ras compete a nomeação dos carcereiros, direito de que o governador civil duvida, por
isso que não ha lei alguma que assim o declare, e não póde similhante direito deduzir-se
da circumstancia de pagar a camara a esses empregados, vistoque outros ha que são no-
meados pelo governo ou pelos governadores civis, sem que por isso deixem de ser remu-
nerados pelos cofres dos concelhos.
Em resposta ao supradito officio: manda Sua Magestade declarar ao governador civil,
que pelas antigas leis do reino os carcereiros das cadeias de Lisboa e do Porto eram no-
meados pelo governo, como ainda hoje são, e os das demais villas e cidades pelas camaras
sobre propostas dos alcaides-móres, e que, comquanto não possam ter hoje inteira execu-
ção estas leis pela extincção dos alcaides-móres, e resultem inconvenientes da interferen-
cia das camaras n'este assumpto, é todavia certo que essas leis não foram revogadas e de-
vem ter execução na parte que é praticável, isto é, na parte em que conferem ás camaras
o diréito da nomeação d'esses empregados.
Que alem d'esta rasão ha uma outra, em vista da qual não póde deixar de ter-se como
regular o acto da camara de Ceia, quanto ao direito de nomeação do carcereiro. Em regra
a camara nomeia os empregados a quem paga, regra que se deriva das disposições do ar-
tigo 427. p do codigo administrativo e das leis anteriores que regulam a administração mu-
nicipal, e estando o pagamento de ordenados aos carcereiros a cargo das camaras é logico
e regular que ellas os nomeiem na falta de lei que o contrario disponha.
Verdade é que o governo nomeia os administradores dos concelhos, o governador ci-
vil, o escrivão da administração, e o administrador, os amanuenses e officiaes de diligencias
d'ellá; ,e que estes empregados são todos pagos pelos cofres dos concelhos: mas este des-
vio de regra geral é o resultado de lei expressa; e constituindo uma excepção a essa re-
gra, conflrma-a em vez de invalida-la como o governador civil suppõe.
Que se a camara fez uma nomeação inconveniente, e escolheu para carcereiro um
individuo que não presta as necessarias garantias, esse acto da camara póde ser refor-
mado e corrigido pelo governador civil, na conformidade do que foi resolvido pelos
decretos, sobre consulta do conselho d'estado, de 26 de novembro de 1852 (Diario do
Governo n.° 304), é de 21 de dezembro do mesmo anno (Diario do Governo n.° 14 de
1853).
O que, de ordem de Sua Magestade se participa ao governador civil da Guarda, para
sua intelligencia e.demais effeitos.
Paço, em 10 de março de 1 8 6 5 . = M a r q u e z de Sabugosa, d. de l. n.° 58, do 13 de mar.

MINISTERIO DAS ORRAS PURLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


. DIRECCÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
*" " ' REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—SECÇÃO " ,

Attendendo ao que me representou Francisco Fernando Augusto Achard, residente


em Paris* pedindo privilegio por cinco annos, para um, aperfeiçoamento ríúm motor ele-
ctrico (embrayage elêctrique); M -.up <•
Visto o decreto com força de lei de 31 de dezembro dè 1852; ^
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem conceder ao dito Francisco Fortunato Augusto Achard a patente de in-
venção para o objecto acima indicado, e pelo espaço de cinco annos, durante os quaes os
seus direitos de propriedade à djta invenção .ficarão .sob guarda e defensa da lei, sendo a
patente concedida sem éxamé -prévio,1 é sertf garántir á Realidade, prioridade ou mereci-
mento do invento a cjue diz respeito; pelo que ficam salvos os direitos de terceiros e o
requerente sujeito ás'obrigações e clausula's contidas no supracitado decreto e ao prévio
pagamento dos direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras p u -
blicas, commercio e industria.
iiQ>mutistro e seòretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim O tenha entendido e faça executar. Paço, 10 de março de 1 8 6 5 . = R E I . ^ = J O #
Chtysostomo de Abreu e Sousa. D. de L. n.° 82, de N do abrii. IFL
i i de março 1865 6* '

Attendendo ao que me representou Jacques Wothly, residente em Paris, pedindo pri-


vilegio por cinco annos, como inventor de um aperfeiçoamento para um novo processo
de tiragem de provas positivas photographicas denominado wothlytypia:
Yisto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1851.
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem conceder ao dito Jacques Wothly a patente de invenção para o objecto
acima indicado, e pelo espaço de cinco annos, durante os.quaes os seus direitos de pro-
priedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente concedida
sem exame prévio, e sem garantir a realidade, prioridade ou merecimento do invento a
que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro e o requerente sujeito ás
obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto e ao prévio pagamento dos direitos
que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publicas, commercio e in-
dustria.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 1 0 de março de 1 8 6 5 . = R E I . = João Chrysos-
tomo de Abreu e Sousa. D . ao L. n.° 82, de N de abr».

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
'. 4.» REPARTIÇX.0 .

Por decreto de 6 do corrente mez de março foram creadas cadeiras de ensino primá-
rio nas seguintes localidades:
Freguezia de S. Vicente de Cuba, no districto de Beja, para o sexo feminino—com o'
subsidio de casa e mobilia pela camara municipal respectiva.
Villa de Odemira, districto de Beja, para o sexo feminino—com o subsidio de casa e
mobilia pela camara municipal respectiva.
Villa de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo feminino—com o subsidio de
casa e mobilia pela camara municipal respectiva.
Freguezia de Cabril, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo mas-
culino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos alumnos
pobres, pela j u n t a 4 e parochia respectiva.
Freguezia de Dornellas, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo
masculino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos alumnos
pobres, pela junla de parochia respectiva.
Freguezia de Pecegueiro, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o sexo
masculino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos alumnos
pobres, pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Portella do Fojo, concelho de Pampilhosa, districto de Coimbra, para o
sexo masculino—com o subsidio de casa e mobilia, e os livros necessarios para uso dos
alumnos pobres, pela.junta de parochia respectiva.
Villa de Ancião, districto de Leiria, para o sexo feminino—com o subsidio de casa e
mobilia pela camara municipal respectiva.
Villa de Castello de Vide, districto de Portalegre, para o sexo feminino—com o subsidio
de casa, mobilia e utensílios, pela camara municipal respectiva.
Freguezia de S. Lourenço, da cidade de Portalegre, para o sexo masculino—com o
subsidio de casa, mobilia e utensílios, pela camara municipal respectiva.
Villa de Valença, districto de Vianna do Castello, para o sexo.feminino—com o subsi-
dio de casa e utensílios, pela camara municipal respectiva.
O provimento d'estas cadeiras não poderá effectuar-se, sem que os governadores civis
dos respectivos districtos hajam verificado e informado que os subsidios offerecidos estão
promptos e satisfazem cabalmente ao fim para que são destinados, na conformidade do
disposto na circular de 22 de dezembro de 1859 (Diario de Lisboa n.° 47); " • -
. , . ., m 1). de L. n.°57, d e l i do março.

10
1$65 16 dê maHpb

Tèodo o commissario dos estudos do districto de Leiria communicado* em seu, officio


de 5 do corrente mez, que a camara municipal de Alcobaça mandára preparar duas casas,
decentemente mobiladas, para as escolas de instrucção publica da villa, e arbitrára ao pro-
fessor de latim, José Francisco Pereira Deville, a gratificação de 70$000 réis, para elle
ensinar tambem a lingua franceza; e informando o mesmo funccionario que este professor
cumpre religiosamente os deveres do magisterio, e não se poupa a trabalho para o mêlhor
aproveitamento dos seus discipulos, sendo que desde 1860 se tem prestado a dar mais
duâs horas de auja por dia, alem das que estão determinadas pela legislação em vigor: ha
Sua Magestade El-Rei por bem ordenar que o governador civil de Leiria louve, em;seu
real nome, os vereadores da camara municipal de Alcobaça, pelo interesse e zêlo coih que
promovem o desenvolvimento e progresso da instrucção entre os povos seus administra-
do^ e bem assim o professor de latim daquella villa, pela sua dedicação e esforços tío en-
sino e adiantamento dos alumnos confiados á sua direcção. . !• . •
: :PaçOí em 13 de março de 1865. — Marquez de Sabugosa.,
D. de t . n.° 65, A» â i de m a r $ .

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA-il.» SECÇÃO

Tendo-me sido presente o requerimento da sociedade do palacio de crystal portuense,


pedindo ^approvação da reforma dos seus estatutos, approvados por decreto de 21 de
agòàto d^ i ê ê l , pelos quaes até agora se tem regido;
Visto o. parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio daâ
Obras publicas, commercio é industria:

(1) Saibam quantos virem estaescriptura, com os estatutos da sociedade do palacio de crystal por-
tuense, que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1865, aos 8 dias do mez de fe-
vereiro, n'esta cidade de Lisboa, na rua Augusta n.° 28, 1.° andar, no meu escriptorio compareceu José
Joaçruiqi da Silva Júnior, solicitador encartado, morador na rua dos Corrieiros n.° 53, freguezia de
S. Nicolau, na qualidade de procurador dos srs. visconde de Pereira Machado e de João Antonio de
Miranda Guimarães, aquelle na qualidade de presidente e este na qualidade de secretario da mêsá iiâ
assembléa geral da dita sociedade, como me fez certo pelo instrumento de procuração e substabeleci-
mento que me apresentou e que fica em meu cartorio para ser copiado nos traslados d'esta escriptura;
e por elle foi dito, em_presença das testemunhas adiante nomeadas e assignadas,, que, na conformidade
da lei e por virtude dos poderes de sua procuração, reduz á presente escriptura os seguintes

Estatutos da sociedade do palacio de crystal portuense

TITULO I
Denominação e fins da sociedade
Artigo l. 8 A associação denomina-se a «sociedade do palacio de crystal portuense». Sua éédétè na
cidade do Porto.
Art. 2.° Seu fim é auxiliar os progressos da agricultura, da industria e das artes em Portugal, ,
Art. 3.° N'este intuito propõe-se a sociedade :
A construir um palacio aonde se façam exposições permanentes e extraordinárias, e se ven-
dam os productos da industria e das bellas artes;
2.° A promover a acclimatação de plantas exóticas e de arvoredos;
3.° A promover,o aperfeiçoamento aas raças de animaes domésticos;
4."4 A estabelecer bosques e jardins;
5. A fundar umà academia de musica para concertos e ensino gratuito.
TITULO i f '
Do capital
Art. 4.° O capital da sociedade é de 250:000$000 réis, representado por duas mil e quinhentas ac-
ções de 100£000 réis cada uma.
§ li1. Este capital poderá ser elevado a maior quantia por deliberação da assembléa geral e com a
approvação do governo.
§ 2.° As acções serão nominativas ou ao portador, á opção dos accionistas, quando a totalidade
do seu nominal tiver entrado no cofre.
II! de março 1865
Hei por bem approvar os novos estatutos da sociedade do palacio de crystal portuen-
se, os quaes, nos termos do artigo 539.° do codigo commercial, foram reduzidos a instru-
mento publico, constam de cinco titulos e vinte artigos, e baixam com este decreto assi-
gnados pelo ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria, fi-
cando a mesma soeiedade obrigada a registar o novo instrumento do seu contrato de teor
e não por extracto no registo publico do commercio, nos termos do artigo 540.° do codigo

§ 3.° A direcção determinará o praso em que devem entrar as prestações, mas nunca com menos
de quinze dias de antecipação.
| 4." O accionista quê não pagar as prestações pedidas nos prasos respectivos, será avisado por
carta e por annuncios nos jornaes, para effectuar o pagamento no praso improrogavet de trinta dias
addiciona ndo-se o juro da mora, a rasão de 6 por cento ao anno. Findo este praso perderá o aceionista
todas as prestações com que tiver entrado, a favor da sociedade, deixará de fazer parte d'ella aeila dis-
porá das acções como entender, sem, que por este facto o accionista íique desligado da obrigação, que
tem, de responder in solidum pelo montante das suas acções, emquanto a direcção da sociedade não
approvar novo possuidor.
TITULO III
Da assembléa geral, da direcção e do coaselho fiscal
Art. S.° A assembléa geral compõe-se de todos os accionistas do sexo masculino, que o sejam de
uma ou mais acções nominativas, averbadas com tres mezes de antecipação, ou que tenham deposi-
tado Aos cofres da sociedade acções ao portador com a mesma antecipação.
§ 1." Julgar-se-ha constituida a assembléa geral, se estiverem presentes vinte e cinco accionistas,
que representem uma sexta parte ou mais do fundo social. Não se podendo constituir pelo referido
modo, ficará constituida, feita segunda convocação, quando estiverem presentes trinta accionistas, que
representem pelo menos uma oitava parte do fundo social. Sendo necessário terceira convocação a as-
sembléa funecfonará com o numero de accionistas que se reunirem.
§ 2.° O accionista menor ou interdicto poderá ser representado pelo seu tutor ou curador, uma
sociedade mercantil pelo socio gerente, uma corporação pelo chefe da sua administração, a mulher ca-
sada pelo seu marido e a viuva e solteira por um accionista com sua procuração; não ó admissível ou-
tra qualquer representação.
§ 3.° As deliberações da assembléa geral só serão validas tendo a maioria dos votos presentes.
Art. 6." Compete á assembléa geral:
1.° Eleger por escrutínio secreto a mesa da assembléa geral, que será composta de um presidente,
de um vice-presidente e de dois secretarios, cujas funcções durarão tres annos;
2.° Eleger da mesma fórma a direcção e o conselho fiscal;
3." Deliberar sobre o relatorio e contas annuaes da direcção e resolver os casos omissos;
4.° Approvar o regulamento interno da sociedade e tomar todas as mais providencias necessarias
aos fins da sociedade;
5." A assembléa geral reunir-se-ha ordinariamente duas vezes por anuo, no mez de janeiro e n'aquelie
em quê for o anniversario da inauguração do palacio e extraordinariamente quando a direcção, o con-
selho fiscal, ou quinze accionistas requererem á presidencia a sua convocação.
§ unico. As convocações para a assembléa geral serão feitas em nome do presidente por carias de
um dos sefcretarios, entregues na morada ou escriptorio dos accionistas residentes na cidade do Porto,
e por annuncio pelo menos em dois jornaes diarios da mesma cidade.
Art. 7.° A direcção será composta de sete membros, que elegerão -d6 entre si séu presidente, Se-
cretário e thesoureiro, e de tres substitutos, eleitos triennalmente por maioria absoluta dos votantes.
O primeiro e segundo escrutínio serão livres; o terceiro será forçado quando em nenhum dos «Sasos
anteriores tenha havido maioria absoluta, recaindo então a votação no duplo do numero que houver
para eleger tiradq dos mais votados no segundo escrutínio.
§ Unico. Não poderão ser conjunctamente membros da direcção e do conselho fiscal individuos
que tenham parentesco até o terceiro grau dodireito canonico por consanguinidade ou affinidadé.
Art. 8." A direcção funccionará tres annos e incumbe-lhe:
§ 1." Observar os estatutos e regulamentos da sociedade e executar as deliberações da assembléa
geral.
§ 2." Confeccionar um regulamento para os trabalhos da direcção e submette-lo á approvação do
conselho fiscal, no qual se designarão os cargos especiaes dos directores, que os distribuirão entre si.
| 3.° Administrar os fundos da sociedade.
| 4." Celebrar contratos com approvação do conselho fiscal e velar pela sua pontual e inteira exe-
cução.
§ 5.° Nomear os empregados necessarios para o bom regimen, limpeza e conservação do balaçio
e suas dependencias, e demitti-los quando não cumprirem seus deveres com escrupulosa exactidão.
§ 6.° Tomar, de accordo com as auctoridades administrativas, asjjrovidepcias indispensaveis para
a manutenção da boa ordem e policia nos divertimentos e quaesquer reuniões que haja no palacio e
estabelecimentos annexos.
§ 7." Apresentar annualmente á assembléa geral com o parecer do conselho fiscal o relatorio a con-
tas da gerencia da direcção .
| 8 . ° Propor os melhoramentos que julgar uteis aos fins da sociedade.
I 9.° Franquear mensalmente a escripturação do conselho fiscal. ,,
110.° Tomartodas as providencias conducentes ao engrandecimento da sociedade, dando conta»
á assembléa geral depois de ouvido o conselho fiscal.
64 1865 20 de marçd

commercial; e com a expressa clausula de que esta minha regia approvação lhe poderá
ser retirada, logoque se desvie dos fins para que foi instituida, não cumpra fielmente os
seus estatutos, ou deixe de remetter annualmente á direcção geral do commercio e indus-
tria o relatorio e contas da sua gerencia social.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha as-
sim entendido e faça executar. Paço, em 15 de março de 1865. = R E I . — J o ã o Chrysos-
tomo de Abreu e Sousa. D. DE L. n.° 69, de 27 do março.

Art. 9.° As funcções de director serão gratuitas.


A r t ; 10." A direcção será responsável pelo deposito dos fundos da sociedade 11'um banco da ci-
dade do Porto, exceptuando pequenas quantias para despezas correntes.
• Art. 11." A direcção se julgará constituida com a presença de quatro membros, e serão validas suas
deliberações tomadas por tres votos conformes. *
. § unico.1 Se depois da competente convocação, duas vezes consecutivas, não se reunirem mais
de tres membros da direcção, convocará esta immediatamente os substitutos e funccionará com aquelle
numero, emquanto algum ou todos os convocados não se apresentarem.
Art. 12." Será chamado o respectivo substituto, ouvido o conselho fiscal, quando algum director
fallecer ou se impossibilitar de concorrer ás sessões por mais de quinze dias ou se faltar, sem motivo
justificado, a duas sessões consecutivas.
Art. 13." Os substitutos serão chamados pela ordem da votação e em caso de igualdade pela ordem
alphabetica dos seus nomes.
• Art. 14.° O conselho fiscal será composto de sete vogaes. Será membro nato o presidente da as-
sembléa geral, e os seis restantes serão eleitos pela assembléa geral todos os tres annos. Na falta de pre-
sidente servirá o vogal mais velho.
Pertehce-lhe:
§ í . ' V e l a r pela boa ordem da escripturação.
• § 2.° Examinar as contas mensaes da direcção e dar sobre ellas o seu parecer annual á assembléa
geral.
§ 3." Fiscalisar todos os actos da direcção.
I 4.° Requerer a convocação da assembléa geral quando a entender necessaria.
!
Art. 15.° Haverá um livro em que serão lançadas respectivamente todas as deliberações da direc-
ção e do conselho fiscal. • " .
' TITULO IV
Da receita e suas applicações
Art. 16." O rendimento do palacio de crystal compõe-se :
1.° Das subvenções que obtiver do governo para as exposições publicas extraordinarias;
2.°.Das licenças para affixação de annuncios nos logares determinados;
3." Da renda dos logares para venda e exposição dentro do palacio, ou da commissão que tiver
da venda de objectos industriaes ou artísticos;
4.°,Do arrendamento de locaes para quaesquer reuniões, concertos, bailes e outros divertimentos,
assim como para cafés e restaurantes;
5.» Do rendimento dos preços de entrada para visitar o palacio e suas dependencias;
6i° Da venda de plantas, arvores, flores, animaes domésticos e de quaesquer productos;
1." E finalmente de todos os proventos que se forem creando para successiva exploração dos di-
versos ramos a que se dedica esta sociedade.
. Art. 17.° A applicação dos fundos*e rendimentos será feita na conformidade d'estes estatutos, e
das deliberações da assembléa geral.
§1.° As ordens de pagamento serão legalisadas pela rubrica de dois directores pelo menos, sem
contar com a do thesoureiro.
§ 2.» Os directores serão solidariamente responsáveis pelo emprego e destino dos fundos é rendi-
mentos sociaes. . .
§ 3.° A receita liquida de todos os encargos será repartida pelos accionistas na proporção das ac-
ções que possuírem. * .
TITULO V
Disposições geraes
Art. 18.° Toda a alteração nos presentes estatutos carecerá da approvação da assembléa geral e
do goveríio. •
Art. 19.? Os directores e empregados da sociedade não poderão com ella celebrar contratos ou trans-
acções algumas. • '
Art. 20.° Sob proposta da direccão, a assembléa geral poderá conferir medalhas ou titulos de so-
cios honorários, oii dos cargos para que aquelles podem ser eleitos, aos estabelecimentos ou individuos
nacionaes ou estràngèiros que prestaram ou prestarem serviços importantes, ou fizerem donativos Va-
liosos á sociedade. ' ,
' "Assim o disse, sendo testemunhas presentes Joaquim Augusto do Nascimento Diàs e José Eduardo
da Silva, empregados n'este escriptorio, que o assignam com o outorgante, a quem conheço, depois de
lhes ser lida esta escriptura por mim tabellião Francisco Viejra da Silva Barradas, que a escrevi. D'esta
6$000 réis.=Jose Joaquim da Silva Júnior=Joaquim Augusto do Nascimento Dias = Josê Eduardo da
St7»a.=Traslado : dos documentos mencionados n'esta escriptura.—Logar do sêllo da taxa de 40 réis.—
Procuração. Saibam os que virem este publico instrumento de procuração bastante, que no anno dó
15 de março 1865 65
>

Tendo em consideração o que me foi representado pela mesa da assembléa geral do


banco de Portugal pedindo a approvação do novo regulamento administrativo (1) pelo qual
o mesmo banco deverá reger-se em substituição ao que actualmente vigora, e que foi ap-
provado por decreto de 6 de maio de 1857;
Visto o artigo 37.° da carta organica do mesmo banco de 6 de maio de 1857;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:

nascimento do Nosso Senhor Jesus Christo de 1865, aos 30 dias do mez de janeiro, n'esta cidade do
Porto, rua das Cangostas e meu escriptorio, appareceram presentes os ill.mos srs. visconde de Pereira
Machado e João Antonio de Miranda Guimarães, casados, na qualidade de presidente e secretario da
mesa da assembléa geral da sociedade do palacio de crystal portuense, moradores • n'esta cidade, pes-
soas conhecidas pelas proprias de mim, e testemunhas, de que dou fé; e disseram faziam por esta seu
bastante procurador com poderes de substabelecer ao ill.mo sr. Alfredo Allen, tambem d'esta cidade,
para aceitar quaesquer alterações que tenham de ser offerecidas pela repartição das obras publicas ao
projecto de reforma do estatuto da mesma sociedade do palacio de crystal portuense, e assignar a com-
petente escriptura e assim como todos os mais actos necessarios á approvação pelo governo do referido
estatuto. Em fé do verdade assim o disseram, sendo testemunhas presentes Isaac Newton e José Pinto de
Araujo Carneiro, ambos d'esta cidade, que aqui assignam com os outorgantes, depois de lido este in-
strumento por mim Antonio Ferreira da Silva Barros, tabellião que o subscrevo e assigno em publico
e raso.—Em testemunho de verdade.—Logar do signal publico—Antonio Ferreira da Silva Barros=
Visconde de Pereira Machado, presidente da assembléa=João Antonio de Miranda Guimarães, primeiro
secretario=Isaac Newton —José Pinto de Araujo Carneiro. =Reconheço os signaes supra do tabellião.
— Lisboa, 1 de fevereiro de 1865. — Em testemunho de verdade. — Logar do signal publico. = João
Baptista Ferreira.=Logar do sêllo da taxa de 40 réis = A ! f r e d o Allen, casado, de maior idade, nego-
ciante matriculado na cidade do Porto, etc., etc. Substabeleço os poderes que me são conferidos, na
procuração que antecede, no sr. José Joaquim da Silva Júnior, solicitador encartado n'esta cidade,
para todos os effeitos conformo os poderes na mesma declarados. Lisboa, 6 de fevereiro de 1865. = Al-
fredo Allen.=Trasladados os concertei com os proprios a que me reporto, que ficam em meu poder e car-
torio. E eu Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião do notas «'esta cidade de Lisboa, esta escri-
ptura fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em pu-
blico e raso. — Em testemunho de verdade. = Francisco Vieira da Silva Barradas.
Paço, em 15 de março de 1865. — João Chrysostomo de Abreit e Sousa.

(1) Regulamento administrativo do banco de Portugal approvado pela assembléa geral

CAPITULO I
Do capital do banco
Artigo 1.° O capital do banco é de 8.000:000£000 réis, dividido em acções de 100&000 réis.
Haverá titulos de uma acção, de cinco acções e de dez acções.
§ 1.° Não se podem emittir titulos de uma acção sem resolução de assembléa geral.
§ 2.° O banco não reconhece mais do que um proprietario a cada titulo.
Art. 2.° As acções serão passadas em nome de pessoa determinada ou ao portador, conforme for
preferido pelos accionistas.
As acções passadas em nome de pessoa determinada podem averbar-se ao portador e vice versa.
Art. 3." O capital do banco de Portugal poderá ser reduzido até á quantia de 5.000:000^000 réis,
precedendo resolução da assembléa geral ordinaria do mesmo banco, e com approvação do governo de-
pendente de confirmação do corpo legislativo.

CAPITULO II
Das operações do banco
Art. 4." O banco descontará letras de cambio e da terra e todos os outros papeis de credito usa-
dos no commercio, uma vez que reunam as condições seguintes:
I Serem considerados pela direcção de segura cobrança no seu vencimento;
II Terem pelo menos duas firmas de inteiro credito ou devidamente garantidas;
III'Serem pagaveis em dia determinado;
IV Não terem a vencer mais do um anno.
§ 1." Não são attendidas para o desconto as firmas dos membros da direcção, ou de casas mer-
cantis ena que elles sejam interessados.
§ 2.° Nenhum director, como individuo ou socio de qualquer firma social, poderá tomar, directa
ou indirectamente, parte em transacção ou emprestimo em que o banco for interessado.
§ 3.° Sobre todos os papeis de que trata o presente artigo se votará por espheras, quando qual-
quer director o requerer.
§ 4.° Os membros da direcção não podem votar nem eslar presentes á votação sobre o papel que
tiver a sua firma, ou a de pessoas com quem tenham as relações mencionadas no artigo 51.° Sobre os
papeis de que trata este § se votará por espheras.
Art. 5.° A direcção á vista do papel apresentado a desconto tomará conhecimento da importancia
06 97 1 8 6 5 20 de marçd
<t
Hei por bem dar a minha regia approvação ao mencionado regulamento, o qual consta
de cinco capítulos e cento e seis artigos, e baixa com este decreto assignado pelo minis-
tro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria.
O mesmo ministro e secretario crestado o tenha assim entendido e faça executar. Paço,
em 15 de mSFÇQ de 1865.—REI. == João Chrysostomo de Abreu e Sousa.
• '-•';,.:. - " c . D. de L. n.° 75, de J de abril.

das obrigações contrahidas para eom o banco por cada uma das firmas que estiverem no caso de ser-
vir de fundamento á operação.
'' Art. f)." O banco poderá descontar notas promissórias garantidas materialmente e que não tenham -
a tançeif mais de We? mezes.
\."Árf. O.bançõ emprestará sobre oiro, prata, jóias, e toda a qualidade de generos, mercadorias,
Jitiilog de èreálto 'publico e particular, e oiitros bens moveis. O praso dos vencimentos dos empresti-
mósj'è'erá\pi'}identeiiiente regulado pela direcção na occasião da transacção, não excedendo a um anno.
"'" í 4'° «SP W emprestará sobre generos ou mercadorias sujeitos a deterioração no praso do empres-
timo.' ' ' , ' ,.
§ '2.b Qilando os géneros ou mercadorias estiverem nas alfandegas, o dono entregaTá o conhecimento
|'3.° '$e ós objectos empenhados não poderem depositar-sc no banco, nem estiverem nas alfande-
gas, a direcção estabelecerá o modo por que hão de iicar á sua disposição.
'. § 4-° Párà os emprestimos sobre generos, mercadorias e outros bens moveis, sujeitos ao risco do
fogo, éxigir-Jséfha a applice do seguro contra este risco.
'Art.8."! O, Banco.poderá emprestar sobre conhecimentos de valores em viagem, estando séguros, e
çqm as outras gàíaniiás que a direcção julgar conveniente.
' ' '" Art. 9.° Q banco' poderá organisar em separado de todas as suas operações e conforme um regu-
lamento ^special, approvado pelo governo, mediante a percepção de um premio ou commissão, segu-
ro^ dè v i q v dotações e annuidades, por conta dos proprios interessados constituídos em mutualidade.
,), 11-° ..Qs fundos recebidos em virtude d'estas operações serão logo convertidos em titulos de divida
publicai fundada portugueza, e n'esta mesma especie serão satisfeitos todos e quaesquer pagamentos açs
interessados."'
".' ' I%." As operações d'esta natureza serão escripturados em separado.
Art/lO.k Os emprestimo? sobre penhores só mente serão feitos até aos limites seguintes:
I Sobre oiro ou prata, segundo o valor real, calculado sobre a avaliação feita pelo contraste do
banco;
II Sobre jóias de brilhantes ou outras, segundo a avaliação feita pelo mesmo contraste;
III Sobre generos, mercadorias, acções de campanhias e outros bens moveis, tres quartas partes
da avaliaçs(íMtk ! pélõ modo: qiic a direcção estabelecer;
VI Sobre titulos de credito do estado e sobre os de particulares, como a direcção entender;
V Sobre acções do banco, metade do nominal.
Art. 11.° O desconto das letras e outros papeis de credito usados no commercio, e juro dos em-
prestimos sobre penhores, não excederá a rasão de o por cento ao anno.
Arf, 1 Importancia dos emprestimos sobre penhores de acções do banco não excederá a decima
parte dó seu capital.
§ unico. A applicação d'esta regra será feita de maneira que todos os accionistas que pretende-
rem emprestimos sobre acções do banco, sejam considerados com a maior igualdade possivel. «-
^ift; 13.° Quando .os penhores oflerecidos forem de tal natureza que possam soffrer considerável
diminuição'rio's'éii valor durante o praso do emprestimo, a direcção attenderá especialmente a esta
circunstancia, para páo perigar a segurança do banco.
j^g .pgáçoas q«p pretenderem contrahir com o banco emprestimos sobre penhores de-
YerSp- ,
I Declarar, debaixo de juramento dos Santos Evangelhos, que são senhores e possuidores, com
livre e geral administração, dos penhores que offerecem, e que esses não estão sequestrados, embar-;
gados, arrestados, penhorados, ou litigiosos, nem são dotaes, nem sujeitos a algum outro onus ou en-
cargo;
II Renunciar o seu fòro, seja ou não privilegiado, obrigando-se a responder em qualquer juizo
em Lisboa, que para esse effeito ficará sendo o do proprio domicilio;
.. I l l Par, nos casos em que isto seja determinado, dois abonadores da identidade das suas pessoas,
e de qúe os penhores lhes pertencem na fórma declarada.
Art. 15.° Quando a operação de desconto ou de emprestimos sobre penhores for feita cona, o go-
verno, poderão os prasos de que trata o n.° 4.° do artigo 4.° e artigo 7." d'este regulamento ser am-
pliados pelo tempo que a direcção"convencionar. ....
Art. 16.° O banco poderá proceder á venda dos penhores, quando os emprestimos lhe nfSo forem
pagos no tempo marcado, sem que para isto careça do consentimento dos devedores.
Esta venda será feita em leilão mercantil, por conta dos mesmos devedores, annunciando-ge publi-
çíjqiqnte, oito .dias antes, e assistindo dois directores, um caixeiro do banco e um porteiro.
O producto, não poderá ser applicado a outros quaesquer pagamentos por mais privilegiados que
pareçam, sem que primeiro o banco seja pago e satisfeito das quantias que sobre os ditos penhores
tiver emprestado, ou de que por direito lhe seja perinittido pagar-se.
, Auti Í7.°,P banca poderá vender tambem do modo marcado no artigo antecedente os bens de raiz
que receÍeii em hypotheca, corno se fossem bens moveis, havendo annuncio publico com trinta dias de
antecedencià.
Art. 18,.° Q.hanço poderá emprestar sobr,e hypotheca de bens de rai? e seus rendimentos.
16'do màriiè 1865 W

CONSELHO GERAL DAS ALFANDÈGAS


RESOLUÇÃO N.° 248

O conselho geral das alfandegas:


Hl" V i s t o s recurso-inter posto por Castro e Silva & Filho, ácerca da classificação de gor-

§ unico. Esta operação será feita por um regulamento especial.


Art- 19.° O banço poderá encarregasse de qualquer empreza de arrecadação e de administração
de rendimentos publicos.
§ Ui)içfl.;Q banco poderá contratar, negociar, garantir ou por qualquer modo tomar todo ou parte
em emprestimos que o governo, municipalidades, estabelecimentos e repartições publicas devidamente
auctorisados tenham de contrahir.
, Art- 20'0 O banco poderá tojnar e negociar letras de cambio, incluindo arbitragens, com as caute-
las necessarias..
Art. 2L° O banco poderá dar cartas de credito por quantias determinadas para dentro ou fóra
do reino com sufficiente garantia.
Art. 22.° 0: banco poderá comprar e vender por conta própria oiro e prata, debaixo de qualquer
fórma, especie ou qualidade que seja, e igualmente poderá comprar e vender as suas: acções e todos
os papeis de credito do estado.
§ unico. A compra de papeis de credito do estado será regulada por maneira que não possa pre-
judicar as outras operações do banco.
Art.. 23." O banco poderá comprar e vender por conta alheia oiro, prata, fundos publicos nacio-
naes e estrangeiros, acções de companhias, mediante as garantias necessarias e a commissão mercan-
til que for convencionada.
Do mesmo modo poderá comprar e vender, por conta*alheia, generos fungíveis, se a assim o resolver.
Art. 24.° Ó banco guardará em deposito dinheiro de particulares ou corporações, abrindó-lhes
conta corrente, e pagará á sua ordem, até á importancia das quantias depositadas, os cheques por
elles passados e as letras do seu aceite em que elles declarem que são pagas no banco.
§ 1.° Todos os depositos são gratuitos, salvo quando a assembléa geral deliberar que possam ven-
cer premio.
§ 2.° Para ter conta corrente de deposito no banco é necessário depositar 100$000 réis ou mais.
§ 3.° As contas correntes serão conferidas pelo menos todos os semestres.
| 4.° Os depositantes escreverão as suas firmas em um livro de signaes.
§ 5.° Nas contas correntes dos depositantes se deverá distinguir o que o banco de Pórtitgal rece-
ber em moeda forte ou fraca, fazendo a devida classificação para se effectuarem as restituições nas
mesmas especies.
§ 6.° A direcção póde, por motivo justificado, mandar fechar uma conta de deposito e restituir o
saldo do depositante, avisando este com antecedencia de oito dias.
Art.. 25.° O banco mandará cobrar gratuitamente, por conta dos depositantes, as letras fe outros
papeis de credito legalmente auctorisados, que elles entregarem para esse fim, sendo pagaveis em Lis-
boa, e declarando a residencia de quem os dever pagar.
§ 1.° As letras e outros papeis que se não pagarem no vencimento serão logo entregues a seus
donos, apontando-se e protestando-se as que estiverem n'esse caso.
§ 2.° O banco não responde pelos erros que houver nas cotas do vencimento.
Art. 26.° O banco poderá guardar em deposito titulos de credito; barras e moeda de oiro e prata,
jóias e outros objectos preciosos. Se estes depositos se fizerem em volumes, sem declaração do con-
teúdo, serão gratuitos, mas sómente se permittirão a quem for depositante de dinheiro ou aceioriiSta de»
banco. , . . - . .
Qs depositos com declaração dos objectos poderão admiltir-se a qualquer pessoa mediante um
premio. A direcção regulará este premio, assim como as demais condições do deposito.
Art. 27.° O banco recebe todos os depositos em dinheiro, judiciaes ou administrativos, que se
houverem de fazer em Lisboa e nas mais teiras onde tiver caixas filiaes ou agencias.
§ unico. Este objecto será regido por um regulamento especial.
Art. 28." Alem do que se dispõe no artigo 2 5 ° o banco poderá encarregar-se de quaesquer outras
cobranças e, pagamentos por conta alheia, assim como de transferencias de dinheiro de ufllas pata d te-
tras terras ou praças nacionaes ou estrangeiras, quando e pelo modo que a direcção julgar conveiíieftíé,
tendo sempre em vista a segurança do banco.
Art. 29.° As operações do banco, que obrigam a desembolso, serão sempre reguladas com attenção
aos fundos que houver disponíveis e de prompta realisação.
§ 1.° A somma das: operações do banco, cujo praso de vencimento for maior de seis mezes, serfiO
feitas com a maior prudência, tendo sempre em vista a natureza dos encargos que o banco tiver a sá1-'
tisfazer; e a sua totalidade não poderá exceder a metade do capital social do mesmo banco-.
2,° As transacções de que podem resultar creditos directos sobrei o estado dependem da aucto-
risação da assembléa geral.
Art. 3Ò.° O banco poderá fundar caixas economicas em quaesquer povoações do reino.
11 1
§ t.° Os estatutos d'estas caixas serão sujeitos á approvação do governo.'
• § 2.° A sua fundação depende da resolução da assembléa geral.
•Àtfc. ái.f.O banco emittirá notas pagaveis, á vista, ao portador em moeda metalliea corrente
paiz representando oiro e prata. •' '
As notas pagaveis em moeda de oiro serão de 1S£€00, de 20,1060 e de o0$OOO réis, e as pagateis
:
em moeda de cobre ou bronze de 10^000 e 28H000 réis. ' '
68 1865 20 de marçd

dura, apresentada a despacho na alfandega do Porto em vinte e seis barris, marca


C. S. & F . ;
Yisto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que a pauta vigente só isenta de direitos o sebo em bruto, coado e e m
resíduo;

Art. 32.° O banco poderá tambem emittir ordens e letras a praso.


Art. 33.« A emissão dás notas, ordens e letras a praso, será feita em proporção tal, que nunca ex-
ponha o banco a differir ou interromper os seus pagamentos.
§ unico. Esta emissão será regulada tendo em vista de uma parte a importancia do papel na cir-
culação e a dos depositos metallicos, e da outra a importancia dos metaes em caixa e a somma dos va-
lores metallicos realisaveis a curto praso.
Art. 34.° O banco estabelecerá caixas filiaes nas povoações do reino onde as julgar convenientes.
§ 1.° Regulamentos especies, sujeitos á approvação do governo, determinarão as operações de que
estas caixas se deverão encarregar e a sua organisação administrativa.
§ 2.° A assemhléa geral resolverá sobre o seu estabelecimentos.
Art. 35.° O banco estabelecerá tambem as agencias e correspondências que forem necessarias para
o desenvolvimento das suas operações, tanto no paiz como nas praças estrangeiras,

CAPITULO III
Da assembléa geral ordinaria
Art. 36.° A assembléa geral do banco de Portugal compõe-se de cento e vinte accionistas do sexo
masculino que~se acharem em Lisboa na occasião da convocação, dos quaes nenhum poderá sér re-
presentado por procuração.
§ 1.° Quando o capital do banco for reduzido a réis 5.000:00011000 a assembléa constará sómente
dos cem maiores accionistas.
§ 2.° A assembléa comprehende:
I Os que têem acções proprias; -
II O marido, por cabeça de sua mulher;
III Por uma sociedade mercantil, um socio gerente;
VI Por uma corporação, cujos bens ou negocios sejam administrados por um só individuo, o seu
administrador.
Art. 37.° Para.se formar a lista dos accionistas que devem compor a assembléa geral, observar-se-
hão as seguintes disposições:
I Não se consideram as acções possuidas por menos de seis mezes;
II Abate-se de cada acção empenhada no banco uma quantia igual á que sobre ella se deve;
III Não são comprehendidos os empregados do serviço do banco; esta disposição não prejudica a
admissão na assembléa dos empregados do banco que ora a têem;
' IV A posse de que trata o n.° I justifica-se pelo averbamento das acções em nome do accionista, -
desde a epocha marcada, ou, se as acções se conservam ao portador, pelo deposito d'ellas no banco
desde a mesma epocha com declaração da pessoa a quem pertencem ;
V Quando as acções forem havidas por herança ou legado, dever-se-ha contar, sendo necessário,
para perfazer os ditos seis mezes, o tempo que tiverem estado na posse do antecessor;
VI No caso de haver entre dois'ou mais accionistas igualdade de numero de acções, prefere a an-
tiguidade do averbamento.
Art. 38.° A assembléa geral tem um presidente, um vice-presidente, dois secretarios, e dois vice-
secretarios, todos eleitos annualmente por escrutínio secreto e maioria relativa. Na falta do presidente
e vice-presidente, fará as suas vezes um dos secretarios pela ordem da categoria.
Art. 39.° As convocações para a assembléa geral fazem-se em nome do presidente por cartas do
primeiro secretario, entregues no domicilio dos accionistas, e por annuncios do mesmo secretario na
folha official do governo.
Art. 40.° O accionista que, sendo convocado á assembléa geral, não podér comparecer, deverá
participar por escripto o seu impedimento ao primeiro secretario, para este convocar aquelle a quem
competir.
Os que faltarem a duas sessões successivas deixarão de sor convocados até que façam saber, por
escripto, ao primeiro secretario, que de novo querem concorrer á assembléa.
"Art. 41.° A assembléa geral poderá funccionar, logoque, chegada a hora indicada, estejam pre-
sentes mais da terça parte dos accionistas que a devem compor; mas nenhuma resolução ou eleição
será valida com menos da quarta parte dos votos conformes dos que o têem iia mesma assembléa.
S I . " ExGeptua-se a maioria relativa, para a qual bastarão vinte votos.
§ 2." Não se poderá recusar votação nominal logoque seja pedida por cinco ou mais accionistas.
Art. 42." A assembléa geral reune-se ordinariamente no dia 20 de janeiro de cada anno, e as de-
mais vezes que for convocada pelo presidente para os fins ou pelos motivos especificados n'este regula-
mento.
Art. 43." Na reunião de 20 de janeiro a assembléa geral procederá em primeiro logar á eleição da
mesa em tres votações distinctas para o presidente, o vice-presidente, e os secretarios e vice-secreta-
rios.
§ unico. A eleição dos secretarios e vice-secretarios se fará por meio de listas de quatro nomes, e
os logares ser3o designados pelo numero dos votos que obtiver cada um dos quatro mais votados.
16 de março 1865 69

Considerando que a gordura de que se trata não é sebo, e apresenta todos os cara-
cteres de banha de porco, que o indice da paula remette para as gorduras não especifi-
cadas ;
Considerando que só por acto do poder legislativo podem ser alterados os direitos
actuaes, qualquer que seja a applicação a que se destinem as materias sobre que elles têem
de recair;

Art. 44.° Depois de eleita a mesa da assembléa geral a direcção apresentará o balanço do anno
findo, acompanhado das demonstrações e contas necessarias para bem se conhecerem as operações
d'esse anno, os seus resultados e o estado do banco, e lerá um relatorio que deverá conter:
I A enumeração resumida do resultado das diversas operações do banco do anno antecece-
dente;
II A opinião da direcção sobre o dividendo;
III As propostas que a direcção julgar convenientes para o melhoramento do serviço do banco, e
para augmentar directa ou indirectamente as vantagens dos accionistas; o balanço, relatorio e docu-
mentos de que trata este artigo, depois de auctorisados e assignados pela direcção, serão presentes á
commissão fiscal, a qual formulará o seu parecer, que será lido na assembléa geral ordinaria em se-
guida á leitura do relatorio da direcção.
Art. 45.° O balanço, os documentos, bem como o relatorio da direcção e o parecer da commissão
fiscal, -serão impressos e distribuidos pelos accionistas com a possivel brevidade.
Art. 46.° No dia em que for feita a distribuição referida no artigo 45.° o primeiro secretario an-
nunciará na folha official, que d'ahi a oito dias se ha reunir a assembléa geral para discutir e delibe-
rar sobre o parecer da commissão fiscal, mencionando que até esse dia estarão patentes para os exa-
mes que os accionistas quizerem fazer os livros geraes do banco, dando-se as necessarias explicações.
O primeiro secretario fiscalisará este serviço.
§ unico. Não é permittido tirar copias nem extracto dos livros e papeis apresentados.
Art. 47.° O primeiro secretario dará conta á assembléa geral de se haverem patenteado aos accio-
nistas os livros geraes do banco, e de se terem dado as explicações pedidas, e d'isto mesmo se fará
menção na acta.
Art. 48.° Aassembléa geral, depois de ouvir a segunda leitura do parecer da commissão fiscal, abrirá
a discussão sobre todo elle, ou sómente sobre a parte relativa ás contas do anno, findo e ao dividendo,
'tendo em vista a conveniencia de resolver na mesma sessão sobre estes dois objectos e passar logo á
eleição da direcção.
Art. 49.° Quando o lucro liquido exceder a rasão de 7 por cento ao anno, poderá o excesso ser
convertido em fundo de reserva.
Art. 60.° Póde ser eleito membro da direcção tão sómente o accionista que for portuguez por nas-
cimento ou naturalisação, e possuir 8:000$000 réis ou mais em acções, que tenham pelo menos seis
mezes de averbamento ao mesmo accionista ou depositadas no banco sendo ao portador.
§ unico. São applicaveis a esta disposição as restricções mencionadas nos n.° 8 1, II, IV e V do
artigo 37." d'este regulamento.
Art. SI." Não podem ser conj unctamente membros da direcção ;
I O pae e o filho, os irmãos, o tio e o sobrinho, os cunhados, o sogro e o genro, o padrasto e o
enteado;
II Os socios de uma casa mercantil.
Art. 52.° Tomadas as resoluções de que trata o artigo 48.° a assembléa geral elegerá f presidente
da direcção, oito directores e dois substitutos'.
A eleição far-se-ha por escrutínio secreto e maioria absoluta.
Art. 53.° A eleição do presidente da direcção faz-se por meio de listas com um só nome, a dos
directores por listas com oito nomes, e a dos substitutos por listas com dois nomes.
§ 1.° Não serão admittidas listas que designarem os votados por outro modo que não seja pelos
seus nomes.
§ 2.° Quando nas listas houver nomes de mais, serão desattendidos os ultimos, e quando houver
de menos serão contados os que tiverem.
Art. 54.° Se no primeiro escrutínio não houver maioria absoluta para todos os membros da direc-
ção, proceder-se-ha a segundo para os que faltarem, e se ainda não se obtiver decidirá a maioria rela-
tiva por escrutínio forçado, escolhendo a assembléa entre os dois mais votados quando se tratar de
um, entre os quatro quando se tratar de dois e assim por diante.
§ unico. No caso de empate preferirá a antiguidade do accionista.
Art. 55.° Em seguida á eleição da direcção será eleita a commissão fiscal, composta de cinco mem-
bros, mas serão eleitos sete, ficando os dois menos votados para supplentes.
A eleição será feita por escrutínio secreto e maioria relativa.
| unico. Não póde ser eleito quem tiver com os membros da direcção as relações mencionadas no
artigo 31.0
Art. 56.» A commissão fiscal funccionará todo o anno e deverá:
I Examinar os balanços, os documentos e relatorios apresentados pela direcção durante a sua ge-
rencia, iuspecionar o estado e policia interna do banco e tudo quanto seja prefciso para conhecer se es-
tão em perfeita execução os regulamentos e as ordens relativas á sua administração;
II Apresentar a sua opinião sobre as contas do anno antecedente, o dividendo, as propostas da
direcção, indicando o que julgar mais fconveniente aos interesses do publico e do banco.
§ unico. Nenhum livro, documento ou esclarecimento se poderá recusar á commissão fiscal.
Art. 57.° Os membros da commissão fiscal poderão assistir ás sessões da direcção, mas sem discu-
tir nem votar sobre os negocios que n'ellas se tratarem.
70 1865 20 de marçd

• Resolve;
. Antigo unico. A gordura a que se refere o recurso está comprehendida nas gorduras-
não especificadas, e sujeita portanto ao direito de 50 réis por kilogramma.
. Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas.em sessão de 16 de
fflaççQ de 1865, estando presentes os vogaes = Gonçalves—Rodrigues—Frqdessa, da
Silveira=Abreu = Couceiro—Nazareth = Costa. D. D E N . ° m, DOn

Art. S8.f> Se aidirefão consultar a commissão fiscal em negocio de interesse do banco, dèveráesta
aconsellvt-la-no assumpto que lhe for proposto.
Art. 59,° A assembléa geral reune-se extraordinariamente:
I Quando o presidente e os secretarios o julgarem necessário; .
II Quando for preciso eleger directores ou substitutos para a direcção, ou vogaes effectivos1 ou
substitutos para a commissão fiscal; . '
• IÍI Quando a reunião for pedida pela direcção ou por tres dos seus membros; . j:
IV Quando a pedirem vinte accionistas em uma representação motivada e por todos assignada, oq
a commissão fiscal.
§ 1.® Os Jignatarios d?essa representação deverão possuir conj lindamente pelo menos 100;000$000
réis em acções, salvo as restricções mencionadas nos n.° 5 1, II e III do artigo 37.°
| 2.° Nas cartas para reunião extraordinaria se indicará resumidamente o motivo.
§ 3.° N'essa sessão não poderá tomar-se resolução alguma definitiva sobre o assumpto estranho
ao da convocação extraordinaria.
• Art, 60.° A assembléa geral poderá ampliar, restringir ou suspender cada uma das operações au-
ctorisadas pela sua carta organica como achar conveniente.
Resolverá sobre todos os objectos que na conformidade; dos regulamentos administrativos depena
derem da sua auctorisação.
Proporá, ao governo os regulamentos especiaes necessarios.
Resolverá sobre quaesquer duvidas na execução dos regulamentos e outras regras der adminis-
tração. " • • • • . • ' •
Tomará todas as medidas que julgar uteis para melhor gerencia do banco e vantagem dos accio-
Distas.
§: unico. As alterações nos regulamentos administrativos não podem ser resolvidas na mesma sesi
são em que se propozerem e ficarão dependentes da approvação do governo.
Art. 61.° O presidente cia assembléa geral é auctorisado a dirigir-se immediatamente a S a i Mages-
tade por meio dos ministros e secretarios d'estado dos diversos ministérios; para tudo quanto'depender
da resolução do governo. . • •
,, Art. 62i.Q Ao pritíaeiro secretario incumbe fiscalisar aguarda e boa ordem do archivo dlàssembléa
geral, o qiuat se conservará em um logar proprio dentro do banco.
A direcção prestará aos secretarios os empregados que lhes forem necessarios.
Art. 63.° Qflando se houver de reunir a assembléa geral, o primeiro secretario mandará fázer uma
relação de duzentos accionistas, que deverá comprehender os que possuírem maior numero, dè acções,
salvo as restricções de que tratam os n . " 1,11 e ILI do artigo 3:7.?- '' \
§:i.°> E 4 a relação será assignada pelo empregado encarregado dos averbamentos e peto guarda-
livros, que se responsabilisarão pela sua exactidão. ,; .-:.
§ 2.° O primeiro secretario fará os exames que julgar necessarios para certificar-se da veracidadc
da dita r e l a t o .
§ 3.° Dos referidos duzentos accionistas serão tirados os qíue deverão compor a assembléa gerali,
na conformidade do artigo 36."*, e se for necessário far-se-ha uma relação supplementar, á qual sérã'o ap-
p l i c a m » as disposições dos §§ antecedentes.

CAPITULO íV , ' «.
Da assembléa geral extraordinaria

Art. 64.° A assembléa geral extraordinaria é convocada para resolver sobre os objectos de- qtte.trata
o artigo 43.° da carta organica do banco de Portugal.
Art. 65.° Serão, convocados á assembléa extraordinaria os accionistas de sexo masculino qiue pos-
suírem pelo menos dois terços da totalidade das acções.
§ unico. Não se comprehenderá n'esta totalidade as acções que o banco possue.
Art. 66.° Sómente serão convocados os accionistas que se acharem em Lisboa e tiverem acções
averbadas seis mezes antes do dia da convocação. • •
Art. 67.° A convocação far-se-ha começando pelos accionistas que tiverem maior numero de ac-
ções e estiverem comprehendidos em os números marcados no artigo 36." d'este regulamento para a
composição da assembléa geral ordinaria.
| unico. No caso de haver entre dois ou mais accionistas igualdade de numero de acções,, prefere
a antiguidade do averbamento. •- ;
Art. 68.° A mesa da assembléa ordinaria do banco servirá para a assembléa extraordinaria. iA con-:
vocação far-se-ha pelo mesmo modo que a da assembléa ordinaria. r .•
' Art. 69.° O accionista, que sendo convocado á assembléa extraordinária não podér comparecei', de-
verá participar por escripto o seu impedimento ao primeiro secretario para este convocar- o accionista
ou accionistas a quem. competir.
Os que faltarem a urna sessão deixarão de ser convocados a outra, salvo se fizerem saber ao pri-
meiro secretario que de novo querem concorrer.
17 de màrçó 1865 H

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3." REPARTIÇAO —3." SECÇÃO

Foi presente a Sua Magestade El-Rei a consulta, em que o conselho de saude publica
do reino propõe os meios para obstar á venda de remedios secretos vindos de paizes es-'

Àí't. 70.° Se a assembléa houver de eleger alguma commissão a eleição terá logar por maidria re-
lativa.
Art. 71.° A assembléa poderá funccionar logoque, chegada a hora marcada, estejam presentes a
quarta parte dos accionistas convocados, mas nenhuma resolução será valida sem um numero de vo->
tos conformes igual ou superior a dois terços da dita quarta parte.
Art. 72." Não havendo ò numera de votos necessarios para tornar validas as resoluções da assem-
bléa, conforme o artigo antecedente, se convocará nova ré união, na qual se poderão tomar resoluções
por maioria de votos dos accionistas presentes.

CAPITULO V
Da direcção e serviço geral
Art. 73.° Uma direcção composta de um presidente e oito directores ó encarregada da gerencia dos
negócios do banco, em conformidade com a carta organica, os regulamentos administrativos e as reso-
luções dá assernbléa geral.
Art. 74." Haverá dois directores substitutos, que serão chamados a servir nas faltas ou impedi-,
mento dos proprietarios.
| 1.° Quáiido a falta for absoluta ou o impedimento exceder a trinta dias, será ilecessàriamente
chamado o substituto, que servirá sóinente emquanto o impedimento durar.
§ 2.° Quando já se tiverem empregado os dois substitutos eleitos e se carecer de mais, o presidente
da direcção o communicará ao presidente da assembléa geral para que esta eleja outros dois.
Art. 7S.° Cada um dos membros da direcção depositará no banco, como garantia de responsabili-
dade durante a sua gerencia, os titulos de 8:000^000 róis em acções do mesmo banco.
§ 1." Lavrar-se-ha termo d'este deposito, que deverá ser assignado pelos membros da mesa da as-
sembléa geral no acto do juramento de que trata o artigo 100.°, pelo director nomeado e pelo thesou-
reiro; este entregará cautela por elle assignada, em que declare que os mencionados titulos ficam de-
positados para os effeitos do regulamento.
| 2.° Logoque seja dada a sua quitação, os mesmos titulos lhe serão restituídos á vista d'essácau-,
tela precedendo novo termo pelos supraditos assignado.
§ 3.° Se o director tiver fallecido, os titulos serão entregues a quem se mostrar devidamente ha-
bilitado;
Art. 76.° Alem da geral obrigação inherente a todos os directores de vigiarem pelos interesses do
banco, cada um d'elles será encarregado de um ou mais ramos da sua administração, que lhe será de-
signado pela direcção geral, a quem dará conta, como relator, dos negocios pertencentes á sua reparti-
ção, fazendo-se dos respectivos relatorios menção na acta.
Art. 77.° Logoque a direcção entrar em exercicio, elegerá de entre os seus membros o que ha de
servir de vice-presidente até o anno futuro, e o que ha de fazer as actas das suas sessões no mez cor-
rente, e bem assim fará a escala dos que semanal e diariamente devem permanecer rio banco,- de ma-
neira que nos dias de serviço nunca deixem de estar, pelo menos dois directores descia a hora da aber-
tura até se fechar o banco. *"
Faltando o vice-presidente, faz as suas vezes o director mais votado.
Art. 78.° A direcção geral reune-se ordinariamente nas terças e sextas feiras -de cada semana, e
extraordinariamente todas as vezes que for necessário ou o requerer algum dos seus membros.
§ unico. Quando algum dos dias da reunião ordinaria for santificado á direcção reunír-se-ha na
vespera.
Art. 79.° A direcção geral não póde tomar resolução alguma sem que seis dos seus membros se
achem presentes.
As resoluções são tomadas por maioria de votos dos membros presentes.
§ 1.° O presidente tem voto de qualidade no caso de empate.
§ 2.° Os membros da direccão que forem vencidos poderão fazer declarar o seu voto na acta não
sendo motivado, ou sendo-o, em um livro especial.
§ 3." As actas da direcção serão redigidas pelo director secretario em um livro especial rubricado
pelo presidente da assembléa geral no termo da abertura no encerramento e em todas as folhas que
contiver. Este livro será guardado pela direcção em logar reservado.
Art. 80.. Á direcção, em reunião geral, compete:
I Resolver sobre as letras e outros papeis apresentados a desconto e sobre as letras de cambio que
se houverem de tomar;
II Resolver sobre a creação, emissão e amortisação de notas;
III Resolver sobre o estabelecimento das agencias-e correspondências; •!
IY Estabelecer ás regras para se regularem as operações do banco e para delegar nos directores
de serviço diario os poderes necessarios a fim de poderem resolver e fazer executar as differentes ope-i
rações do banco;
V Resolver sobre os negocios que não estiverem comprehendidos nas regras estabelecidas;
72 1865 20 de marçd

trangeiros, remettendo por essa occasião cópia de uma sentença do tribunal de l . a instan-
cia do Sena, pelo qual foi condemnado o pharmaceutico Grimault nas penas de multa e
prisão pela venda de medicamentos falsificados; e Sua Magestade, conformando-se com a
supradita consulta, manda communicar ao conselho que vão ser publicadas no Diario de
Lisboa a consulta e a sentença a que ella se refere, a fim de que o publico, e especialmente
os facultativos, fiquem prevenidos da adulteração e falsificação dos medicamentos da phar-
macia Grimault.

VI Regular o serviço necessário para o bom regimen dos diversos ramos da administração do
banco;
VII Nomear e despedir os empregados e os agentes, e approvar as fianças dos que as deverem
prestar.
Os fieis do thesoureiro geral são nomeados sobre proposta por elle feita.
Art. 81.° Cada um dos directores semanaes é substituído em seus legitimos impedimentos por
qualquer dos outros, segundo a escala respectiva.
Art. 82.° Os directores de semana executam todas as operações do banco, segundo as regras es-
tabelecidas pela direcção geral, salvo as operações mencionadas nos n.°* II, III, V, VI e VII do artigo 80.°
d'este regulamento, que sómente se podem executar em virtude de resoluções da direcção geral.
§ unico. Os directores de semana darão conhecimento em direcção geral de todas as operações do
banco por elles executadas, tendo porém escripturado com a maior clareza a serio das mesmas, e bem
assim as resoluções da direcção geral que as auctorisam.
Art. 83." Cada um dos membros da direcção é obrigado a propor todas as medidas que julgar
uteis ao banco. Incumbe porém com mais especialidade ao presidente e aos directores em cada uma
das ramificações do serviço privativamente a seu cargo, propor as medidas convenientes a melho-
rar a gerencia do banco e tirar mais vantagem dos seus fundos, tanto para o paiz como para os ac-
cionistas.
Art. 84.° Terminadas as operações de cada dia os dois directores de serviço conferirão o resumo
d'ellas e assistirão á conferencia do saldo da caixa do expediente.
Verificarão um volume, pelo menos, de dinheiro em metal ou de notas. ,
Um director fará o exame das casas do banco antes de fechar, para certiíicar-se que não existe mo-
tivo algum de desconfiança.
Havendo tres dias santificados successivos, um dos directores, com o thesoureiro, o porteiro e um
moço, passará no segundo dia a fazer uma visita geral ao banco, para reconhecer se ha motivos de des-
confiança que exijam providencias.
Art. 85." Ao presidente compete:
I Presidir ás reuniões ordinarias e extraordinarias da direcção.
II Inspeccionar todo o serviço do banco e examinar se a carta organica, os regulamentos adminis-
trativos, as resoluções da assembléa geral e da direcção se executam devidamente, e rubricar todos os
livros do banco que não são da competencia da assembléa geral.
§ unico. É auctorisado a dirigir-se immediatamente a Sua Magestade, do mesmo modo que fica
dito a respeito do presidente da assembléa geral no artigo 61.°
Art. o6.° O serviço do banco é diario, salvo nos dias santificados.
Art. 87.° O banco abre-so ás nove horas da manhã. As suas operações começam meia hora depois
e terminam ás tres da tarde.
Os trabalhos do escriptorio principiam ás nove e meia da manhã e acabam ás quatro horas da
tarde.
Art. 88.° As notas do banco, todas as resoluções, ordens e communicações da direcção, todas as
obrigações que o banco contrahir, todas as quitações e outros documentos similhantes que o banco
houver de dar, serão assignados por dois directores*
| unico. Excepluam-se os papeis que a mesa da assembléa geral e o presidente da direcção podem
assignar e os recibos do thesoureiro geral.
Art. 89.° O banco terá um sêllo com um emblema analogo e a legenda «banco de Portugal» para
marcar as letras descontadas e todos os outros papeis que for conveniente sellar.
Art. 90.° Todas as casas de arrecadação de dinheiro ou valores terão tres chaves, duas das quaes
serão entregues á direcção e uma ao thesoureiro.
Art. 91.° Não se poderá metter ou tirar objecto algum da caixa da reserva sem a concorrência de
dois directores e do thesoureiro geral.
í)a entrada òu saída que se elíectuar se lavrará termo por lodos assignado.
§ unico. Este termo será lavrado por empregado do escriptorio.
Art. 92.° A escripturação do banco será feita cora a necessaria indicação, clareza e pontuali-
dade.
A emissão e averbamento das acções, o pagamento dos dividendos e tudo quanto respeita directa-,
mente aos accionistas, se fará com a maior perfeição e promptidão possivel.
A mesma perfeição e promptidão se empregará em todo o serviço do banco.
As pessoas que tiverem negocios no banco sçrão tratadas com a maior urbanidade.
Art. 93.° As operações do banco e os depositos dos particulares são objectos de segredo.
O empregado que o revelar será reprehendido se da revelação não resultar damno, resultando será
despedido.
Art. 94.° Todas as operações necessarias para a creação, emissão e amortisação de notas serão
minuciosamente escripturadas.
As ultimas verificações precisas para a emissão e amortisação serão feitas pela direcção em re-
união geral, lavrando-se termo assignado por todos os membros presentes.
27 de março 1865 73

Mas, considerando Sua Magestade que, segundo o preceito expresso do decreto de 3 de


janeiro de 1837, artigo 16.°, n.° 16, não podein ser vendidos remedios especiaes e parti-
culares sem licença previa do conselho, precedendo exame do medicamento para que se
requer licença;
Que nos termos das leis vigentes são considerados remedios particulares todos os que
se não encontram mencionados e auctorisados na pharmacopéa legal do reino;
Que os remedios particulares ou secretos, que se não acham licenciados sómente po-

22
§ unico. As notas que se deverem amortisar não sairão da thesouraria sem serem trancadas e in-
utilisadas.
Art. 95.° As letras e outros papeis que se pretenderem descontar e as propostas de emprestimos
sobre penhores serão apresentados diariamente á direcção até á uma hora da tarde.
Art. 96.° A direcção remetterá mensalmente ao governo o resumo do seu activo e passivo, com
designação das especies existentes e da emissão das suas notas ou obrigações pagaveis ao portador, e
no principio de cada anno remetterá igualmente ao governo uma conta resumida das operações feitas
no anno antecedente e do seu resultado.
Art. 97.° Em julho de cada anno a direcção fará uma divisão de lucros por conta dos do anno
corrente, tomando em consideração a importancia approximada dos lucros respectivos ao semestre
findo.
Depois de fixado pela assembléa geral o dividendo do anno, conforme os artigos 48." e 49.°, a di-
recção fará o dividendo complementar.
Art. 98.° No dia 31 de dezembro de cada anno, sem que se interrompam as operações do banco,
se fecharão as contas d'esse anno e desde logo se procederá á formação do balanço, demonstrações,
contas e relatorio que têem de ser presentes á assembléa geral, conforme o disposto no artigo 44.°
Art. 99." Desde o dia 1 de janeiro, até tomar posse a nova direcção, continuará a do anno ante-
cedente na gerencia dos negocios do banco, sendo as operações d'este periodo escripturadas com a se-
paração conveniente.
A conta respectiva será apresentada á nova direcção, que dará quitação aos directores quesairem,
não tendo duvida; aliás o communicará á assembléa geral.
Art. 100." Todos os membros da direcção novamente eleitos prestarão nas mãos do presidente da
assembléa geral juramento de gerirem os fundos do banco, como melhor entenderem em suas conscien-
cias e de observarem e fazerem observar exactamente a carta organica," os regulamentos administrati-
vos e as resoluções da assembléa geral e da direcção.
Art. 101.° O presidente-da direcção terá a gratificação de 1:000$000 réis por anno, o vice-presi-
dente 7001000 réis, e cada um dos outros directores 600,3000 réis tambem por anno.
O imposto industrial correspondente a estes vencimentos será pago pelo banco.
Alem d'estes vencimentos fixos a direcção distribuirá rateadamente por todos os seus membros
2 por cento do dividendo que se distribuir quando for superior a 6 por cento.
Esta percentagem porém sómente será paga quando houver excesso de lucros depois de distribuido
o dividendo de 6 i/g por cento aos accionistas.
§ 1.° Quando o excesso de lucros de que trata este artigo for inferior a 2 por cento dos lucros lí-
quidos do banco durante o anno, o rateio será feito com a importancia d'esse excesso.
§ 2.° Quando servir algum substituto lhe pertencerá a gratificação e percentagem correspondente
ao tempo que servir, precedendo o deposito das acções a que se refere o artigo 75."
Art. 102.° O numero de empregados do banco e os seus vencimentos serão fixados pela assembléa
geral sobre proposta da direcção.
A assembléa geral determinará do mesmo modo quaes empregados terão de prestar fiança e as
quantias por que deverão ser afiançados.
§-1.° A fiança do thesoureiro geral não poderá ser inferior a 40:000^000 réis.
§ 2." As fianças poderão ser suppridas por depositos.
Art. 103." Os vencimentos e garantias dos agentes serão regulados pela assembléa geral sobre pro-
posta da direcção.
§ unico. Este objecto poderá ser provisoriamente regulado pela direcção, se o julgar necessário.
Art. 104.° As fianças serão revistas todos os annos pela direcção, que fará substituir ou reforçar
as que não achar idóneas.
§ 1.° Nas aclas da direcção se mencionará a resolução tomada sobre cada uma.
§ 2.° A revisão annual das fianças não prejudica a vigilancia constante que a direcção deve ter
sobre a sua idoneidade.
Art. 105." Não podem entrar para o serviço do banco pessoas que tenham com os membros da
direcção, com o guarda livros e o thesoureiro geral relações das especificadas no artigo 51."
| unico. Esta disposição não prejudica os empregados do banco que actualmente existem no ser-
viço do mesmo. .
Art. 106." Todos os empregados prestarão nas mãos do presidente da direcção juramento de zela-
rem os interesses do banco, cumprirem, os regulamentos administrativos e as resoluções da assembléa
geral e da direcção, na parte que lhes competir e de communicarem á direcção do banco tudo quanto
souberem que se tenha feito ou intente fazer em damno do banco, bem como de guardar segredo so-
bre os depositos e transacções do banco.
Lisboa, 16 de fevereiro de 1865. = O presidente, Visconde de Porto Covo da Bandeira=Libanio
Ribeiro da Silva, secretario.
Pagou 560 réis de sêllo de quatorze meias folhas.
Lisboa, 15 de março de 1865, n.° 1 5 0 . = Vinha=Lobo.
Paço, em 15 de março de 1865.=/oõo Chrysostomo de Abreu e Sousa.
7-4 1865 20 de marçd

dèm sêr âviados pelos boticarios em vista de receita de facultativo, em que a formula ve-
nha descripta, e que hajam de ser preparados e manipulados pelos mesmos boticarios;
Que a venda de taes remedios preparados nas pharmacias estrangeiras é, por conse-
quência, criminosa, e sujeita os boticarios ás penas do § 15.° do alvará de 22 de janeiro
d g l t l O síjsfcitadò pelo artigo 252.° do codigo penal :
Ha por bem Ordenar que o conselho de saude façá verificai1 pelos seus delegados, tanto
na-capital comúiiiíts provincias, se nas boticas se acham á venda os medicamentos qúe na
sentença do.tribunal do Sena foram declarados falsificados e adulterados, ou quaesquer
outros cuja vçnda não seja legalmente auctorisada; que igual verificação se faça sempre que
sè'pr<j<Méf"a ^áità das boticas; e que, reconhecida â eiistenòia de algtima tranggfessão
d'essa natureza, se. dè d'ella conhecimento ao poder judicial, para serem impostas âos
transgressores as penas comminàdas nas leis.
Paço dã Ajiidá, em 17 de março de l865:=Marquez ãe Sabugosa,
D. de L. n.° 64, do 20 de março.

DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PÚIíLÍCA


'' - "'•' ' 4. a REPARTIÇÃO -
!
Pôr decreto de 13 do corrente mez foi creada uma escola de meninas na freguezia da
villa de Armamar, districto de Vizeu — com o subsidio de casa e utensílios necessários
p^ra'd.é|éVçicib da dscola e 20000 réis annuaes para objectos de ensino dasnièriinás poL
bres que a frequentarem. . . tit. ..
Esta cadeira não será provida, sem que o governador civil haja verificado e informado
qud ! à fijtèa ti ris utensílios offerecidos estão promptos e satisfazem, ná conformidade da
çirçiijar.de 22 de dezembro de 1859 (Diario cie Lisboa n. 0 47).
• •: ! - . D. do L. n.° 63, d« 18 de mdrço.

:
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUEÈRA "
ORDEM 1»0 EXERCITO N.° I I
Sçeretaria d'estado dos negocios da guerra, 20 de março de 1865:
: Publicasse, ao, exercito 0'seguinte:
Havendo sido approvada, e mandada pôr em execução por decreto de 31 de agosto do
ábfiè p M i t í i o pjfêáâdo, a ordenança pará os exercicios dos regimentos de infanteria de li-
nha e batalhõeSj dÀ'caçadores, e sendò indispensavel por tal motivo íilterar-se o quépârá-
os corpos de artilheria foi ordenado na ordem do exercito n.° 28 de 12 de junho de 1850,
«om respeitoso regulamento de tactica elementar de infanteria, decretado em 1,841: de-
termina Sua Magestade El-Rei que os regimentos de artilheria e companhia de guarnição
das ilhas executem da referida ordenança o seguinte: ..,".'
l . p T o d a a doutrina contida na primeira e segunda parte pára os exercicios dós corpos
de caçadores, com excepção porém dos §§ 178.° e 179.° e cie 186.° a 202.° inclusivè da
primeira palie e toda a secção xi da segunda, substituindo-se tanto n'umá como n'outra
todo o manejo dè arma e exercicio de fogo pelo manejo e exercicio de fogo das carabinas,
mandado executar por portaria de 24 de dezembro ultimo.
Toda a:doutrina contida na terceira parte, exceptuando-se a secção 3. a , aprovei-
tando-se da 4. a «dos fogos» o que for applicavel ás carabinas curtas; mas exceptuando os
l i i â â . 8 ai 138.°, 205.° à 217,°, 257.° a 275.° inclusive das respectivas secções, e toda a
sfiGção^O.fj m&os os §§ âl7.°, 318.°, 319.°, e de 320.° em diante, não entrando h'está
excepção os toques de corneta.

'.".'.' Sba Magestade El-Rei determina que, quando, por circumstancias muito especiaes,
seja concedido a algum official general ou a outro official do exercito escolher para o seu
serviço militar Slgiim câvallo que tenha pr'aça em qualquef- corpo de cavallaria ou arti-
lheria, se observem as disposições seguintes: ;
1.° O cavallo escolhido não será praça cie official inferior;
-2.° O preço minimo por que deverá ser pago será o de 144$000 réis, igual aquelle
21 de iriàrçO 1865 1%

por que são págós os cavallos para os officiaes de cavallaria, e alem d'este minimo pagará
mais o excesso, se o cavallo for avaliado pela respectiva Commissão de remonta, que deve
ser consultada, em preço superior áquelle.

SIUI Magestade El-Rei determina que não sejam substiluidás pôr outras, as gúiás dè as-
sentamentos cdíiféfidás ás praças dos corpos do exercito despedidas do serviço militar, áínda
ÍMeStílÓ tÍO CaSO d e Se allegar O SeU extravio. D. deL.n.»70;de28deniarr.o.

MINISTERIO DÁS OBRAS PUBLICAS, COMMERCÍÓ Ê INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO DE MINAS—2." SECÇÃO . .

Tendo requerido Jorge Alberto Adolfo Leuschner que, nos termos do decreto com
força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de
1853, se lhe concedesse a certidão dos direitos de descoberta da mina de estanho das
Aguas Ferreas de Ramalhoso, nó concelho de Amarante, districto do Porto;
Constando, pelas informações do engenheiro João Ferreira Braga, que por ordem do
governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no campo pelo requerente registado
existe, um jazigo qne pela extensão que occupa e suas condições póde ser lavrado por tra-
balhos independentes e deve ser repartido em duas concessões distinctos com as dètíQmi,-
nfàções de Águas Ferreas e Portella da Gaiva; , , - .
Considerando que o supplicante, tendo requerido simplesmente ser declarado descó-,
btidor legal dè uma mina, não o póde igualmente ser de ambas, sem que para isso sé ha-
Rilite deVidâííiénte ;
Considerando que por despacho de 8 de fevereiro ultimo se exigiu do suppíicãnte
que declarasse qual das indicadas concessões escolhia para lhe ser conferido o titulo de
descobridor legal, reservando comtudo o direito de poder requerer igual titulo, pelo que
respeita á outra, uma vez que satisfaça ás disposições da lei ,e regulamento de minas em
vigor; - . . •- .
Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despacho, de-
clarou aceitar ambas as concessões, de que pède a certidão dos direitos de descoberta
de cada uma;
Vistos os documentos que formam ó processo relativo á mina de Portella da Gáiva,
por onde consta que o supplicante satisfez a todos os quesitos do artigo!2.° do citado
decreto; •
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 31 de janeiro proximo passado^ na qual a mesma secção'jiiJga o re-
querente habilitado na qualidade de descobridor legal da mina de que sé trata: •
Há por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta de-
• clârar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descobértaida mina
de estanho da Portella da Gaiva, no concelho de Amarante, districto do Porto, cuja posi-
ção se acha tòpograpbicamente designada na planta que por copia acompanha esta por-
taria.
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados naiplanta júnta
pelos, traços de côr vermelha, formam um quadrilátero A D E F. Esta demarcaçãtf tem
por limite a SE, a linha A D da concessão das Aguas Ferreas, e sobre ella se formará o
referido quadrilátero, sendo o verlice E a Portella dà Gaiva e F um^ ponto a 10l5 rtietfos,
naidirecção'N. 62° O. magnético da linha limitrophe dós districtos de Villa Real e-Porto,
comprehendendo uma area de 642:000 metros quadrados. v "i
3'.°' Que nos termos do artigõ'14. 0 do citado decreto são concedidos aoisuppHèànte
• seis mezes contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa para; orga;-
nisar uma' companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portugoteé, ou
para mostrar que possue os fundos necessarios para a lavra d'este jazigo; na intelligencia
107 1865 20 de marçd

de que, não se habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a
concessão d'esta mina posta a concurso na conformidade da lei.
4.° Que por este diploma são conferidos ao supplicante para todos os effeitos legaes,
segundo as disposições do predito ^rtigo 15.°, os direitos que lhe competem como desco-
bridor da mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, ficando obrigado
a apresentar n'este ministerio certidão de haver feito registar na respectiva camara muni-
cipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço,, em 21 de março de 1 8 6 3 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa. = P a r a Jorge
AlbertO Adolfo LeUSChner. D . d e L . n.° 80, de 8 de abril.

'CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 249

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por H. Schalck, ácerca da classificação de tecidos de lã que
apresentou para despacho na alfandega de Lisboa em uma caixa, marca L. & W, n.° 2:000;
Visto o auto da.conferencia dos verificadores;
. Vistas as amostras que acompanharam o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o tecido de lã, a que se refere este recurso, tem todas as qualida-
des características dos tecidos de lã rasos não especificados;
Resolve:
Artigo unico. O tecido de lã, de que trata o presente recurso, deve pagar o direito
de 1)5(000 réis por kilogramma, que lhe compete pelo artigo 39.° da pauta geral das alfan-
degas;, como tecido de lã razo não especificado.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 21 de
março de 1865, estando presentes os v o g a e s = Gonçalves=Fradesso da Silveira, relator.
=Abreu—Rodrigues—Nazareth—Costa. d . . „.» d 0 L .
6 2 d 0 2 2 d e m a r f 0

CONSELHO DE SAUDE PUBLICA DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
2.» REPARTIÇÃO

Havendo-me representado a academia real das sciencias de Lisboa a conveniencia de


serem modificadas as disposições do decreto regulamentar de 22 de outubro de 1852, na
parte em que manda conceder aos auctores das obras que se imprimem em separado me-
tade da primeira edição, e só a quarta parte nas reimpressões quando sejam corrigidas ou
acrescentadas, assim como sobre a dadiva dos exemplares das obras que se publicam nas
collecções académicas; e
Attendendo a que o pensamento do legislador foi animar os escriptores na publicação
das obras que possam concorrer para o derramamento das luzes e desenvolvimento dos
conhecimentos humanos;
Attendendo a que a experiencia tem mostrado que as vantagens até agora concedidas
aos auctores não correspondem ao Ímprobo trabalho da composição de obras que, pelo
facto de merecerem a publicação sob os auspícios da academia, se reputam de valor in-
contestável para as sciencias e para as letras;
Attendendo a que o facto da reimpressão prova ter-se esgotado a obra, e assim haver
a academia sido embolsada da despeza que fez com a impressão, não resultando por con-
seguinte das novas propostas daquella corporação scientifica prejuizo algum financeiro,
ao passo que acresce maior incentivo para compensar as fadigas e vigílias dos trabalhos
do pensamento:
Hei por bem, conformando-me com o parecer do conselho geral de instrucção publica,
decretar o seguinte:
Artigo 1.° Das obras, tanto de socios da academia como das pessoas estranhas a ella,
que se mandarem imprimir em separado por conta da academia ou de qualquer das cias-
27 de março 1865 77

ses, dar-se-ha ao auctor ou proprietario do manuscripto metade da primeira edição, que


não poderá de ser mais de seiscentos exemplares.
§ unico. Reimprimindo-se a obra será sempre concedida metade de cada edição ao
auctor ou proprietario do manuscripto.
Art. 2.° Cada socio tem direito a cem exemplares das suas obras que se publicarem
nas collecções académicas.
Art. 3.° Ficam por esta fórma alterados os artigos 59.° f unico, e 60.° do decreto re-
gulamentar de 22 de outubro de 1852.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço da Ajuda, em 22 de março de i%fâ.==HEi.=Marquez de Sabugosa.
I). de L. n.° 69, de 27 de março.

CAMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DOS OLIVAES


Aos 20 dias do mez de outubro de 1864, nos paços do concelho dos Olivaes, sitos no
largo do Leão, a Arroios; achando-se ahi reunidos em sessão publica o ex. rn0 presidente
e mais vereadores abaixo assignados, foi ponderado que sendo os gados uma das mais va-
liosas parcellas do capital destinado a fecundar a importante industria da terra; que exci-
tar e proteger a creação de todas as especies de gado é promover e auxiliar o desenvol-
vimento dos interesses da agricultura; que facilitar a creação de gado lanígero tende a
abastecer o mercado de maior porção da materia prima de u m ramo já muito importante
da nossa industria fabril; que o artigo 5.° da postura de 8 de junho de 1860, contrariando
formalmente os principios elementares da economia rural, não se justifica por nenhuma
consideração plausível; que n'um concelho quasi exclusivamente agricola tornar depen-
dente de fiança previa a creação de gado é uma disposição vexatória e absurda, acrescendo
que não sendo o imposto a que esta licença obriga uma receita municipal, que volva, para
assim dizer, ao contribuinte na fórma de melhoramentos publicos, mas sim em capital
improductivo, unicamente destinado em proveito de um empregado, o que é contra o que
dispõe o codigo administrativo; reflectidas e discutidas todas estas circumstancias, a ca-
mara resolveu approvar a seguinte
POSTURA
Artigo 1.° É permittido a todo o individuo crear qualquer numero de cabeças de gado
lanígero sem dependencia de licença concedida na camara, ficando por esta fórma revo-
gado e de nenhum effeito o disposto no artigo 5.° da postura de 8 de junho de 1860.
Art. 2.° Se algum gado for encontrado em terrenos alheios, em searas de trigo, ce-
vada ou outras quaesquer sementeiras, pagará o dono 480 réis por cabeça, não podendo
exceder o total da multa legal, alem da responsabilidade pelos prejuízos, nos termos da
lei geral.
Art. 3.° Se forem encontrados em terrenos alheios de pastagens pagarão 160 réis por
cabeça, não podendo exceder ao máximo da multa legal, alem da responsabilidade pelos
prejuízos, nos termos da lei geral. '
Art. 4.° Os gados encontrados nos referidos terrenos, e em contravenção ao disposto
nos artigos.2." e 3.°, poderão ser apprehendidos para caução do pagamento da respectiva
multa e das despezas que occasionarem.
Art. 5.° As multas de que tratam os artigos 2.° e 3.° serão applicadas, metade para o
cofre da camara, e metade para os officiaes ou para quem der parte da infracção, legal-
mente comprovada.
E outrosim deliberaram que nos termos do artigo 121.° do codigo administrativo su-
bisse esta postura á approvação do conselho de districto para poder surtir os effeitos le-
gaes.
E para tudo assim constar, mandaram lavrar a presente, que vae pelos vereadores
presenteã'assignada. E eu, José Manuel Mascarenhas, official da secretaria, servindo n o
impedimento do escrivão da camara, a s u b s c r e v i . = 0 vice-presidente, o conselheiro Anto-
nio Maria Couceiro=0 fiscal, José Vaz de Carvalho=Os vereadores, Francisco Manúet
Seromenho—Alexandre José Chaves.
Accordam em conselho de districto, etc.: que vista e examinada a presente postura
lhe prestam a sua approvação para os effeitos legaes, por conter providencias de reconhe-
cida utilidade, que não se oppõem ás leis geraes do reino.
22
78 1865 23:demai'ÇB

. Lisboa, sala do conselho de districto, em sessão de 9 de março de 1 8 6 5 . — O gover-


nador civil, Geraldo José Braamcamp = Antonio Gil=João Gerardo Sampaio Éfrem ==
Antonio Thomas Pacheco. >•
Camara, 22 de marco de 1 8 6 5 . = 0 vice-presidente, o conselheiro Antonio Maria
Gameiro.' •••••< D. de L. n.° 75, de 30 de março.

, , MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


i V: ' DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» REPARTIÇÃO — l. 1 SECÇÃO

Constando que nos juizos orphanologicos se não procede muitas vezes á feitura de al-
guns inventarios, em que são interessados menores, ou pessoas equiparadas a elles, por-
que nos referiaos jtiizos não hà noticia do decesso de todos os individuos que deixam her-
circumstancias; e sendo necessário obviar a este inconveniente, que es-
pfjçíàjfflepíe-sé dá nas comarcas populosas, onde os juizes, curadores e esfcriVães lííuitas
ye?e^iflão't^em, conhecimento dos factos 'que tornariam necessaria a sua intérfèrfenciã:
m a p g a ^ i a JVJagestade El-Rei que o governador civil de Lisboa expeça as òrdèns necièssa-
r j a ^ p ^ q i i Ç : ps. regedores de parochia enviem aos juizos dos orphãos, até ao 'dia. 8 çfç
íei^ção das pessoas fallecidas no mez antecedente que d.eixaram herdeiros
m ^ ^ . e ^ j Q u Quiros à elles equiparados; trabalho a que póde servir de base a relação é|tiè
e . ^ s : t ^ : ] d e dâr 'ao escrivão de fazenda, na conformidade do artigo 9.° das instrucções
de.i^iíé/o.utubrp dè 1860, sobre a contribuição de registo. . ....'•
jVIagéstade.quer que o governador civil recommende aos administradores dos éod-
çeljiòs q^e vigjem pelo exacto cumprimento d esta ordem.
. ^ . . . P a ^ ^ i á Í ^ ^ f i ^ a r ç p de Í8Qb.==Marquez de Sabugosa. (1)
{,.../;. > i ; , : ,,'r D. de L. n.° 81, de 10,4e abril*

Attendendo ao que me foi representado pela camara municipal de Torres Vedras, èx-?
pondo os inconvenientes que têem resultado aos povos do seu concelho, de serem julgadas
no juizo de ppliciacorreccional as causas sobre coimas, policia municipal ou transgressões
d e ^ í o s t u r ^ / è pedindo a revogação do decreto de 15 de'maio de 1854, que transferiu
aqúéllei|iy'igamè)átÒ dos juizes eleitos para o magistrado de policia correccional; e Confof-
mando-|^e cbid. á itlformação das auctoridades competentes, que são Concordes nà utilidã-
dç'dáj j)r0villenfcl'a^reclamada: hei por bem, usando da faculdade conferida ao governo pela
i f j f t í é . i o dè' a b t i r à e ' 8 5 9 , revogar o citado decreto de 15 de maio de 1854, na páfte ré-
íãítivà àtí ièohéélhó'dè Torres Vedras, a fim de que nas freguezias que o compõem reverta
para qs r^pectivos juizes eleitos o processo e julgamento das causas de coimas; policia
de posturas.' ./
Ôs mmistròse secretarios d'estado dos negócios do reino e da justiça assim o t é h h a m
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 22 de março de ièSS.—REI. == Marquez
de $abugqka=== Antonio Ayres de Gouveia. d. de l . n.° 71,'do29 de níár.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


1
, DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA
2.» REPARTIÇÃO . ••
,
' Vmyjdtiáo-s é.sbg'citado duvidas quanto ao modo como se deve entender o avteo;dé 30
á ^ a t ^ n l ' a B ; | 8 ^ ' i e l a t i v a m e n t e ao procedimento que as auctoridades judiciaes dèveítí tfêH
ã r i l ; t í è ' cidadãos que faltam á observancia do preceito da abstenção do trabalho nos
iá^santiiffcàdos: è Sua Magestade El-Rei, considerando ' ••••••••'<. \-\'>.
( Que a observancia do mencionado preceito, comquanto constitua um dever moral,
. q l j ; l / , " , , l,i, < — ' ; . • . . '.' '.V . :.

(1) Identicas se expediram a todos w governadores, civis do reino, e das ilhas, , , ; (.


16 de março 1865 79

que no fòro intimo obriga todos os christãos, não só catholicos, mas ainda não catholicos,
e como tal seja muito recommendavel e digna de louvor; não é todavia ordenada pela lei
civil, nem o poderia ser, determinando a carta constitucional da monarchia que ninguém
seja perseguido por motivos de religião, comtantoque respeite a do estado que é a catho-
lica apostolica romana ;
2.° Que o respeito da religião do estado não envolve o dever de observar os preceitos
d'essa religião; mas tão somente a obrigação de não praticar actos externos que tenham
por fim faltar á consideração que é devida aos seus dogmas e preceitos, aos actos ou obr
jectos do culto, e ao caracter religioso dos seus ministros;
3.° Que todo o procedimento que passar alem d'estes limites constitue uma verdadeira
violação da liberdade de consciência e, no caso presente, da liberdade do trabalho, asse-
guradas pela carta constitucional, que o citado Í I V Í S O não alterou, nem podia alterar : .'
Manda que o conselheiro procurador geral da corôa dê aos magistrados do ministerio
publico, seus subordinados, as instrucções convenientes para que, sempre que lhes forem
dirigida^queixas, ou remettidos autos de investigação tendentes a servir de base a proce-
dimento criminal por violação do preceito da guarda dos dias santificados, só requeiram
os competentes processos criminaes quando se mostrar que os actos praticados o foram
com o fim e proposito de offender a religião do estado; achandq-se.em tal caso os aucto-
res d'esses factos comprehendidos na disposição do artigo 130.° n.° 1.° do codigo penal.
Paço, em 23 de março de 1865. — Antonio Ayres de Gouveia.
• I). de JL. n.° 68, de 34 dè niaffb.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 S 0

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto pelos negociantes Rovere & Pinto, sobre a classificação! da
tabaco em massarocas, vindas em uma barrica, marca R. P. n.° 1 apresentada a despacho
na alfandega de Lisboa; ' • ;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Visto o artigo 7.° da carta de lei de 13 de maio de 18(34;
Considerando que o tabaco em questão, pela fórma e preparo que apresenta, não é o
tabaco em folha de que trata a citada carta de lei, e que no commercio é reconhecido
como tal; -
Considerando que a lei só faz distincção dos tabacos em rolo, em folha ou em charutos,
e remette os"tabacos especiaes para tabacos manipulados;
Resolve: - -
Artigo unico. As massarocas de tabaco, de que trata este recurso, estão comprehen-
didas na 4. a classe da tabella de que trata o artigo 7." da carta de lei de 13 de.njajo de
1864, sujeitas ao direito de 1$600 réis por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 23 de
março de 1865, estando presentes os vogaes = Gonçalves=Abreu, relator =Fradesso da
Silveira=Rodrigues—Couceiro—Nazarelh. D. DO L. n.° 73, DE 3i DE MARÇO.

RESOLUÇÃOm.0 231

O conselho geral das alfandegas: '


Visto o recurso interposto pelos caixas geraes da companhia da fabrica de Xabregas,
sóbre a classificação do tabaco denominado breva, contido na caixa F. T.,c.qhtifa-íqiarca,
2:246, e apresentado a despacho na alfandega de Lisboa; •
Visto o auto da conferencia dos verificadores; "'.-''
Vista a amostra que acompanhou o recurso ;• '.
Visto o artigo 10.° dó decreto de 3 de novembro de 1860; v {. .A
Vista a carta de lei de 13 de maio de 1864; . • ••••>•.
80 1865 20 de marçd

Considerando que o tabaco que motivou o recurso é eEfectivamente manipulado e pre-


parado para uso immediato dos consumidores;
Considerando que somente os tabacos em rolo, em folha ou em charutos têem na ci-
tada lei direitos especiaes, e que quaesquer outras especies de tabacos pagam como mani-
pulados, segundo se vê da respectiva tabella;
Resolve:. .
• i ! Artigo unico. O tabaco imprensado e preparado, de que trata este recurso, está com-
prehendido na 4. a classe da tabella de que trata o artigo 7.° da carta de lei de 13 de maio
de 1864, e sujeito ao direito de 10600 réis por kilogramma.
... Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas em sessão de_23 de
março de 1865, estando presentes os vogaes =Gonçalves—Abreu, relator=Fradesso da
Silveira== Rodrigues— Couceiro=Nazar eth. D. de L. n.° 73, de 31 de março.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
4.» REPARTIÇÃO

Foram presentes a Sua Magestade El-Rei os requerimentos em que o conselheiro An-


tonio José Viale e Luiz Francisco Midosi pedem que sejam taxados e declarados exclusivos
das aulas de instrucção primaria os livros por elles compostos e intitulados Novo epitome
da historia de Portugal, e Compêndio da historia de Portugal. E o mesmo augusto se-
nhor, considerando que os mencionados livros já foram approvados por portaria de 11 de
agosto de 1863 (Diario de Lisboa n.° 188 de 25 do mesmo mez e anno); tendo em vista o
disposto no artigo 3.° § 2.° do decreto com sancção legislativa de 20 de setembro de 1844,
e nos artigos 2.°, 5.° e 9.° do decreto regulamentar de- 31 de janeiro de 1860; e confor-
mando-se com a consulta (1) do conselho geral de instrucção publica de 24 de fevereiro
ultimo: ha por bem determinar:
1.° Que seja adoptado o Novo epitome da historia de Portugal, pelo conselheiro An-
tonio José Viale, para servir de compendio de historia aos alumnos de ensino primario,
(i) Senhor:—Ao conselho geral de instrucção publica foi presente o requerimento em que Anto-
nio José Viale pede a Vossa Magestade seja servido ordenar que o Novo epitome da historia de Portu-
gal, composto por elle, e adoptado, como consta da lista impressa no Diario de Lisboa n.° 188, de 25
de agosto de 1863, depois de taxado passe a ser declarado o compendio exclusivo das aulas de instruc-
ção primaria,, nos termos do artigo 5.° do decreto regulamentar de 31 de janeiro de 1860.
Igualmente examinou o conselho o requerimento em que Luiz Francisco Midosi, auctor do Com-
pendio da historia de Portugal para uso das escolas, já approvado, supplíca ao governo que haja por
bem concedbr ào seu livro a qualificação de «adoptado», a fim de ser lido em todas as aulas publicas
do reino, e servir de texto ás explicações dos professores.
Quanto á primeira petição, á de Antonio José Viale, estando a sua obra adoptada desde o anno de
1863, entende o conselho que póde ser taxada em 200 réis, e que por tres annos successivos deve ser-
vir de compendio de historia aos alumnos do ensino primario, mui especialmente e com grande pro-
veito aos do 2." grau, abstendo-se o conselho de repetir por esta occasião os fundamentos em que fir-
mou o seu voto ácerca dos merecimentos d'este escripto.
Quanto ao requerimento de Luiz Francisco Midosi, em que pede a adopção do seu Compendio da
historia de Portugal, cuja aceitação geral se prova pelo facto de contar dez edições em poucos annos;
Considerando o conselho que n'este pequeno opusculo se encontram reunidas duas qualidades ra-
ríssimas, concisão e clareza, e que o methodo seguido n'elle se recommenda pela sua fácil apropria-
ção á intelligencia tenra dos discipulos;
Considerando que as noções ensinadas n'este compendio são as sufficientes para avivar na memo-
ria infantil os traços principaes da nossa historia, sem confusão, nem derramamento;
Considerando finalmente que, se a multidão sem escolha de livros elementares de ensino é em si mes-
ma e em suas consequências um grande mal, não o seria menor a extrema severidade, constituindo
sem rasão e sem direito um corno monopolio em favor de cerfas obras, sobretudo existindo outras di-
gnas de igual preferencia;
É o conselho geral de instrucção publica de parecer que o Compendio da historia de Portugal para
uso das escolas, por Luiz Francisco Midosi, seja adoptado no ensino elementar por tres annos; e pro-
põe que a obra seja taxada em 100 réis; e julga que, em relação a ella, e em referencia ao -NOVQ epi-
tome da historia de Portugal podem ser applicadas e postas em vigor as disposições do artigo 5.° do re-
gulamento de 31 de janeiro de 1860.
Vossa Magestade ordenará como for mais do serviço publico.
Sala do conserho geral, em 24 de fevereiro de 18Q5. =Manuel, cardeal patriarcha = Luis Augusto
Rebello da Silva = José Maria de Abreu = Justino Antonio de Freitas — Roque Joaquim Fernandes Tho-
más— João de Andrade Corvo = Joaquim Gonçalves Mamede.
84 d0 marjô 1S65
mal especialmente aos do 2»° grau; devendo a adopção durar por espaço de tres annos, e
o preço da venda de cada exemplar ser de 200 réis;
2.° Qtie o Gonipenâio da historia de Portugal, por Luiz Francisco Midosi, seja igual-
mente adoptado por tres annos nas aulas de ensino eíemehtãr, e taxado em 100 réis o
preço.de cada exemplar, posto á venda.
Paço da Ajuda, em 23 de março de 1865. = Marquez de Sabugosa.
D. de L. n.° 70, de l de abril.

M Í M E R I O DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL « O COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—.l." SECÇÃO

96ftdd-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Villa Rèal urna dssb-
ÊláÇÉd dè Soccorros mutuos denominada «associação industrial villarealense»;
(jtitlSidêt-ando que as associações d'esta natureza contribuem muito para melhorai' â
SbHèdffê associados;
Vista d parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
phblicàS, éblihmercio e industria;
VÍStá 8 informação do governador civil do districto administrativo de Villa Real:
tlêl pdt1 bem dar a minha regia approvação aos estatutos da «associação industrial villa3
rêdlôdsé» (Jile constam de cincoenta artigos e duas tabellas annexas, e baixam asSlgbád&g
pelò Mifjiâtfo e secretario d'estado das obras publicas, commercio einddstrla, ficando é8tâ
ák&ticiáijãd sujeita, nos termos de direito, á fiscalisação administrativa; com expressà Clail-
áUÍÉí dê tjúe a minha regia approvação lhe poderá ser retirada, se se desviar dos fins pàrã
que ê insíjííiida, não cumprir fielmente os seus estatutos ou deixar de remetter annual-
mente â dirécção geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia
sòciál.
O ministro e Secretario d'esfado dás obras publicas, conimercio e indústria O tenha as-
sim entendido e faça executar. Paço, em 23 de março de 1865. = REI. = João Chysos-
tomo de Abreu e Sousa. D. de l. n.° ss, de 2u de ahrii.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECRETARIA B'ESTADO

Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarvesj etc. Fazemos saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram enós queremos a lei seguinte:
Artigo l.° A contribuição predial respectiva ao anno de 1866 é fixada na importancia
de 1.649:2110000 réis, e será repartida pelos districtos administrativos do continente do
reino, na conformidade do mappa junto, que faz parte d'esta lei.
Art; 2;° Fica revogada a legisiação em contrario;
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira*
mente como n'ella se contém.
Ó ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no paço da Ajuda, aos 24 de março de 1865.=^EL-REI, com rubrica e guar-
da. = Mathias de Carvalho e Vasconcellos.—(Logar do sêllo grande das armas reaes.)
Carta de lei pela qtial Vossa Magestade, tendo sánccionado o decreto das côrtes geraes
de 20 de fevereiro ultimo, que fixa em 1.649:2110000 réis, e distribue pelos districtos
administrativos do continente do reino, a contribuição predial do anno de 1865, manda
cumprir e guardar o mesmo decreto como rrelle se contém; pela fórma retrò declarada.—
Para Vossa Magestade v e r . = P e d r o Affonso de Figueiredo a fez.

úi
82 1865 20 de marçd

Mappa, a que se refere a lei d'esta data, dos contingentes da contribuição predial
que perteucein aos districtos administrativos do continente do reino
e têem de ser repartidos com relação ao anno de 1866

DISTRICTOS ADMINISTRATIVOS CONTINGENTES

Aveiro 64:6210000
Beja 64:8070000
Braga 107:861^000
Bragança 53:6880000
Castello Branco 49:3130000
Coimbra 79:5590000
Evora 86:0380000
Faro 61:2020000
Guarda 55:4850000
Leiria 49:6450000
Lisboa 405:4000470
Portalegre 75:9010000
Porto 152:3300000
Santarem 119:7340530
Vianna do Castello. 67:2270000
Villa Real 65:2430000
Vizeu 91:1560000
1.649:2110000

Paço, em 24 de março de 1865.—Mathias de Carvalho e Vasconcellos. •


D. de L. n.° 69, de 27 de ma 1(0.

fi
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO CE AGRICULTURA

Não se havendo ainda resolvido a questão dos cereaes, estando pendente da approva-
ção das côrtes a proposta do meu governo a tal respeito, e subsistindo por consequência
os fundamentos do decreto de -12 de agosto ultimo, que auctorisou o estabelecimento de
depositos d'aquelles generos nas cidades de Lisboa e Porto: hei por bem prorogar as dis-
posições do referido decreto até ao dia 30 do proximo mez de abril.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e das obras publicas, com-
mercio e industria, assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 24 de março de
Mathias de Carvalho e Vasconcellos— João Chrysostomo de Abreu e Sousa.
D. de L. n.° 69, de 27 de março.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECRETARIA D'E8TADO

Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° A contribuição pessoal, que se ha de vencer no anno de 1866, é fixada na
importancia de réis 180:000000O, repartida pelos districtos administrativos do'continente
do reino, segundo o mappa que vae annexo a esta lei e que d'ella faz parte.
Art. 2." Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
16 de março 1865 83

referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como n'ella se contém.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no Paço da Ajuda, aos 2 4 de março de 1 8 6 5 . = E L - R E I , com rubrica e guar-
da .—Mathias de Carvalho e Vasconcellos. =(Logar do sêllo grande das armas reaes.)
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
de 20-de fevereiro ultimo, que fixa em 180:000^000 réis, e distribue pelos districtos ad-
ministrativos do continente do reino, a contribuição pessoal do anno civil de 1865, manda
cumprir e guardar o mesmo decreto como n'elle se contém, pela fórma retro declarada.
— P a r a Vossa Magestade \ev:—Pedro Affonso de Figueiredo a fez.

Mappa, a que se refere a lei d'es(a data, dos contingentes da contribuição pessoa!
que pertencem aos districtos administrativos do continente do reino
e têem de ser n'elles repartidos em relação ao anno de 1866

DISTRICTOS ADMINISTRATIVOS CONTINGENTES

Aveiro 2:297$963
Beja 2:351$880
Braga.. 5:485J$í425
Bragança 867$282
Castello B r a n c o — 3:298$032
Coimbra.. 5:174,5(967
Evora 5:505F#169
Faro 4:684)5(038
Guarda 3:179$917
Leiria 4:483^542
Lisboa 88:878^623
Portalegre 5:000$769
Porto 31:043,51367
Santarem 7:000,5(821
Vianna do Castello. 2:264)5(761
Villa Real 3:417)5(016
Vizeu 5:066)5(428

180:000)5(000

Paço, em 24 de março de 1865. = Mathias de Carvalho e Vasconcellos.


D. de L. n.° 69, do 27 do março.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
1.» SECÇÃO

Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a ,
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° É-o governo auctorisado a conceder á companhia de commercio denomi-
uada «sociedade do palacio de crystal portuense» um subsidio de 73:550)5(000 réis, para
as despezas da exposição internacional, que deve verificar-se na cidade do Porto no futuro
mez de agosto, podendo emittir as inscripções necessarios para este fim.
Art. 2.° Os productos estrangeiros que forem remettidos á exposição serão sujeitos ao
pagamento dos direitos marcados na pauta das alfandegas, unicamente no caso de não se-
rem reexportados.
84 27 de março

| unico. O palacio de crystal da cidade do Porto será considerado como armazem de


deposito da alfandega da mesma cidade.
Art. 3.° O governo fará os regulamentos necessarios para a execução do artigo ante-
cedente.
Art. 4.° Fica revogada toda a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
nella se contém.
Qs ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e dos negocios das ohras
publicas, commercio e industria a façam imprimir, publicar e correr-. Dada no paço da
Ajuda, aos 24 de março de 1 8 6 O . = É L - R E I , com rubrica e guarda. = Mathias de Carva-
lho e Vasconcellos—João Chrysostomo de Abreu e Sousa. = ( L o g a r do sêllo grande das
armas reaes.)
Çartq |8i ppjft qual Yfissa Magestade, tendo sapcçi^ado q fjecre.to f}a§ pôr{§s ge-
raes* de 3Q do cprrgnte mez, que apctorisa a cftficessão subsidio çjp réis,
com applicação ás despezas da exppsição internacional que deve verificar-se na cidade do.
Porto no futuro mez do agosto, o manda cumprir e guardar tão inteiramente como n'elle
se cgp.tém, tudo pela fórma retrò declarada. —Para Yfissa Magestade Yér•=fíP.dlisiQ. Vi-
cente de Paulo da. Silva Freitas a fez. D.
de L . .o
n .
69) d e 2 7 d e març0

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
4.» REPARTIÇÃO

Por decreto de 21 do corrente mez foram creadas cadeiras de instrucção primaria,


M grau, nas seguintes localidades:
Costa de Espinho, freguezia de S. Martinho de Anta, concelho da Feira, districto de
Aveiro — com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Argoncilhe, concelho da Feira, districto de Aveiro—como subsidio de
Gasa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
ILogar do Outeiro, freguezia de Travanca, concelho da Feira, districto de Aveiro—com
o subsidio de casa, mobilia e utensílios pela junta de parochia respectiva, e pelo .cidadão
Antonio Valente dp Rezende.
Freguezia de S.Thiago de Riba de Ul, concelho de Oliveira de Azemeis, districto de
Aveiro—com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de S. Martinho de Arada, concelho de Ovar, districto de Aveiro — com o
Ç a s a e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Roccas, conceiho de Sever do Vouga, districto de Aveiro — com o sub-
sidio de"casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Bornes, concelho de Macedo de Cavalleiros, districto de Bragança—com
o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Malhadas, concelho de Miranda, districto de Bragança — com o subsidio
de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santa Comba, concelho de Villa Flor, districto de Bragança— çpiji q sub-
sidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Valle Forno, concelho de Villa Flpr, districto de Bragança—-com o sub-
sidio de casa e utensílios pela junta "de parochia respectiva.
Freguezia de Casegas, concelho da Covilhã, districto de Castello Branco — com o sub-
sidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva-
Freguezia de Verdelhos, concelho da Covilhã, districto de Castello Branco — com 0
subsidio de çasa, mobilia e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de S. Pedro do Esteval, concelho cie Proença a Nova, districto de Çast.eJJp
Branco—com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva- -
Freguezia de Pera, concelho de Silves, districto de Faro — com o subsidio de casa e
mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia do Seixal, concelho de Porto Moniz, districto dp Funchal—com o subsidi?
de casa e mobilia pela camara municipal respectiva. '
27 de março 1865 85

Freguezia de Rio Torto, concelho de Gouveia, districto da Guarda—com o subsidio


de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia da Amoreira, concelho de Óbidos, districto de Leiria — com o subsidio de
casa, mobilia e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de S. Gregorio do Reguengo, concelho e districto do Portalegre — com o
subsidio de casa, mobilia e utensílios pela camara municipal e pela junta de parochia res-
pectiva.
Freguezia de S. Lourenço do Arneiro das Milhariças, concelho e districto de Santarem
— com o subsidio de casa e mobilia pela junla de parochia respectiva.
Freguezia de Nossa Senhora das Misericórdias da villa de Ourem, concelho de Villa
Nova de Ourem, districto de Santarem—com o subsidio de casa e mobília pela junta de
parochia respectiva.
' Freguezia de Ganfey, concelho de Valença, districto de Vianna do Castello-r eom o
subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Gondarem, concelho de Villa Nova da Cerveira, districto de Vianna do
Castello — com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santa Marinha de Villa Verde, concelho de Alijó, districto de Villa Real
— com O subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Queimada, concelho de Armamar, districto de Vizeu—.com o suhsidio
de casa e utensílios, e 2$400 réis annuaes para objectos de ensino dos alumnos pobres,
pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de S. Romão, concelho de Armamar, districto de V i z e u - - c o m o subsidio
0 de casa, mobilia e utensílios, e 2$400 réis annuaes para objectos de ensino dos alumnos
pobres, pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Alcafache, concelho de Mangualde, districlo de Vizeu —com o subsidio
de casa .e utensílios, e 3$000 réis annuaes para objectos de ensino dos alumnos pobres,
pela junta de parochia respectiva.
Freguezia das Antas, concelho de Penedono, districto de Vizeu — com o subsidio de
casa e utensílios, e 3$000 r-éis annuaes para objectos de ensino dos alumnos pobres, pela
junta de parochia respectiva.
Freguezia de Bezelga, concelho de Penedono, districto de Vizeu —com o subsidio de
casa e utensílios, e 3/5000 réis annuaes para objectos de ensino dos alumnos pobres, pela
junta de parochia respectiva.
Freguezia de Pindello, concelho de S. Pedro do Sul, districto de Vizeu — com o. sub-
sidio de casa e utensilios, e 3^000 réis annuaes para objectos de ensino dos alumnos po.-r
bres, pela junta de parochia respectiva.
Freguezia das Arnas, concelho de Sernancelhe, districlo de Vizeu — com o subsidio
de casa e mobilia, e 3$000 réis annuaes para objectos de ensino dos alumnos pobres, pela
junta de parochia respectiva.
Freguezia de Villa Chã de Sá, concelho e districto de Vizeu—com o subsidio de casa
e utensílios, e 3$000 réis annuaes para objectos de ensino dos alumnos pobres, pela junta
de parochia respectiva.
O p r o v i m e n t o á;estas cadeiras não poderá effecluar-se sem q u e s e j a m satisfeitos o s
subsidios respectivos, na conformidade da circular de 22 de dezembro de 1859 (Diario
de Lisboa n . 9 4 7 ) . D. de L. n." 69, de27 d março.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL D A S QBUAS PUBLICAS E MUNJAS
:
REPARTIÇÃO DE MINAS — 2." SECÇÃO

Tendo requerido Jorge Suche que, nos termos do deoreto com força de lei de de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe conce-
desse a certidão dos direitos de descoberta de alguns filões de chumbo, que affloram entre
o alto de Adorigo e o rio Tedo, concelho de Tabuaço, districto de Vizeu;
Considerando que estes filões foram registados por Carlos Augusto Bon de Sousa, como
constra da certidão extrahida da camara municipal de Tabuaço, aos. 28 de outubro tjo an-
no, findo;-
22
86 1865 20 de marçd

Considerando que por escriplura publica lavrada nas notas do tabellião Manuel Car-
neiro Pinto, da cidade do Porto, cedera Carlos Augusto Bon de Sousa ao requerente to-
dos os direitos que resultam do mencionado registo;
Considerando que o supplicante, tendo em vista a grandeza superficial do campo mani-
festado, pede que se lhe façam duas concessões no caso do campo registado abranger a
area para isso necessaria;
Constando pelas informações do engenheiro chefe 2. a classe, João Baptista Schiappa
de Azevedo, que por ordem do governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no
referido campo existe um jazigo que, pela extensão que occupa, e sua condições, póde ser
lavrado por trabalhos independentes, e deve ser repartido em tres concessões distinctas
com as denominações de Abergan, Zabulhal e Tedo;
Considerando que por despacho de 13 do corrente se exigiu do supplicante que de-
clarasse quaes das indicadas concessões escolhia, ou se reservava todas tres, devendo n'estè
caso habilitar-se conforme a lei;
Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despacho de-
clarou aceitar as tres concessões pedindo a certidão dos direitos de descoberta de cada uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina de Abergan, por onde
consta que o supplicante satisfez a todos os quesitos do artigo 12.° do citado decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 7 do corrente, na qual a mesma secção julga o requerente habilitado
na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa, junto do ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Ha pór bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta e pa-
recer do referido fiscal da corôa, declarar:
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de chumbo de Abergan, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, cuja se acha topogra-
phicamente designada na planta que por copia acompanha esta portaria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
com traços de côr vermelha, formam um pentágono A B C H L, traçado pela seguinte ma-
neira : pelo L, pertencente á demarcação limitrophe de Adorigo, tire-se uma linha para o
ponto M determinado pelo centro da curvatura do rio Tedo, onde n'elle entra o ribeiro do
Zambulhal; sobre esta linha, a partir do ponto L, marquem-se 6 metros na direcção do rio
Tedo, e teremos o ponto A; n'este ponto eleve-se sobre a referida linha L M uma perpen-
dicular passando pelo centro da casa denominada da Quinta da Fome, até encontrar no
ponto B a linha, que, pela esquina NE, da casa arruinada, chamada Cardenho Velho, se
tirar até encontrar o ribeiro do Tedo no ponto F ; una-se o ponto B com a referida esquina
do Cardenho Velho, ponto C, e este unido com o ponto H, lambem pertencente á demar-
cação de Adorigo, fechará com a linha H L o pentágono irregular A B C H L, comprehen-
dendo uma superfície de 382:000 metros quadrados;
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto, são concedidos ao supplicante
seis mezes contados da data da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para. organi-
sar uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou
para mostrar que possue os meios necessarios para a lavra; na intelligencia de que, não
se habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel será a concessão d'esta
mina posta a concurso na conformidade da lei; ,
4.° Por este diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos legaes, se-
gundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como descobri-
dor da mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, ficando obrigado
a apresentar no ministerio das obras publicas, commercio e industria a certidão de haver
feito registar na respectiva camara municipal a presente portaria na sua integra; sem o
que não terá inteira validade.
Paço, em 27 de março de 1 8 5 5 . = / o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa. = P a r a Jorge
Suche. D. de L. n.° 71, de 29 de março.

Tendo requerido Jorge Suche que, nos termos do decreto com força de lei de 31 de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe conce-
16 de março 1865 87

desse a certidão dos direitos de descoberta de alguns filões de chumbo que affloram entre
o alto de Adorigo e o rio Tedo, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu;
Considerando que estes filões foram registrados por Carlos Augusto Bon de Sousa,
como consta da certidão exlrahida da camara municipal de Tabuaço, aos 29 de outubro
do anno findo;
Considerando que por escriptura publica, lavrada nas notas do tabellião Manuel Car-
neiro Pinto, da cidade do Porto, cedera Carlos Augusto Bon de Sousa ao requerente todos
os direitos qúe resultam do mencionado registo;
Considerando que o supplicante, tendo em vista a grandeza superficial do campo ma-
nifestado, pede que se lhe façam duas concessões, no caso do campo registado abranger
a area para isso necessaria;
Constando pelas informações do engenheiro chefe de 2. a classe João Baptista Schiappa
de Azevedo, que por ordem do governo procedeu no respectivo reconhecimento, que no
referido campo existe um jazigo que pela sua extensão que occupa e suas condições póde
ser lavrado por trabalhos independentes, e deve ser repartido em tres concessões distin-
ctas, com as denominações de Abergan, Zambulhal e Tedo;
Considerando qúe por despacho de 13 do corrente se exigiu do supplicante que decla-
rasse quaes das indicadas concessões escolhia, ou se reservava todas tres, devendo n'este
caso habilitar-se conforme a lei;
Considerando que o requerente nos termos e em satisfação do citado despacho decla-
rou aceitar as tres concessões, pedindo a certidão dos direitos de descoberta de cada uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina do Zambulhal, por onde
consta que o supplicante satisfez todos os quesitos do artigo 12.° do citado decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 7 do corrente, na qual a mesma secção julga o requerente habilitado
na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio das obras
publicas, commercio e industria;
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta e pa-
recer do referido fiscal do corôa, declarar :
1.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de chumbo do Zambulhal, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, cuja posição se
acha topographicamente designada na planta que por copia acompanha esta portaria.
2.° Que os limites de demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
com traços de côr vermelha, formar um quadrilátero A B E D traçado pela seguinte ma-
neira: Pelo ponto L, pertencente á demarcação limitrophe de Adorigo, tire-se uma linha
para o ponto M determinado pelo centro da curvatura do rio Tedo, onde n'elle entra o ribeiro
do Zambulhal. Sobre esta linha, a partir do ponto L, marquem-se na direcção do rio Tedo
600 metros e leremos o ponto A. D'este ponto sobre a mesma linha e direcção marquem-se
900 metros e teremos o ponto D. D'este ultimo ponto eleve-se sobre L M uma perpendi-
cular que encontre em o ponto E o prolongamento da linha C B pertencente á demarca-
ção da mina de Abergan. Este ponto E, unido com B commum a esta demarcação, fe-
chará o referido quadrilátero, que comprehende uma superfície de 652:500 metros qua-
drados.
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante
seis mezes contados da data da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para organisar
uma companhia ou empreza, das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou para
mostrar que possue os meios necessarios para a lavra; na intelligencia de que, não se ha-
bilitando n'estes termos, dentro d'aquelle praso improrogavel, será a concessão d'esta mina
posta a concurso na conformidade da lei.
4.° Que por este diploma são conferidos ao supplicante, para todos os effeitos legaes,
segundo as disposições do predido artigo 13.°, os direitos que lhe competem como desco-
bridor da mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, ficando obriga-
do a apresentar no ministerio das obras publicas, commercio e industria, a certidão de ha-
ver feito registar na respectiva camara municipal a presente portaria na sua íntegra, sem
o que não terá inteira validade.
Paço, em 27 de março de i86o.—João Chrysostomo de Abreu e So«so.=Para Jorge
Suche. D. do L. n.° 72, de 30 de março.
88 1865 20 de marçd

Tendo requerido Jorge Suche que, nos termos do decreto com força de lei de 31 de
dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe conce-
desse a certidão dos direitos de descoberta de alguns filões de chumbo que affloram entre
o alto de Adorigo e o rio Tedo, no concelho de Tabuaço, districlo de Vizeu.
Considerando que estes filões foram registados por Carlos Augusto Bon de Sousa,
como consta dá certidão extrahida da camara municipal de Tabuaço, aos 29 de outubro do
anno findo;
Considerando que por escriptura publica, lavrada nas notas do tabellião Manuel Car-
neiro Pinto, da cidade do Porto, cedêra Carlos Augusto Bon de Sousa ao requerente os
direitos que resultam do mencionado registo;
Considerando que o supplicante, tendo em vista a grandeza superficial do campo ma-
nifestado, pede se lhe façam duas concessões no caso do campo registado abranger a area
para isso necessaria;
Constando pelas informaçães do engenheiro chefe da 2. 1 classe* João Baptista Schiappa
de AáevedOj que por ordem do governo procedeu ao respectivo reconhecimento, que no
referido campo existe um jazigo que pela sua extensão e condições póde ser lavrado por
trabalhos independente e deve ser repartido em tres concessões distinctas; com as deno-
minações de Abergan, Zambulhal e Tedo;
Considerando que, por despacho de 13 do corrente, se exigiu do supplicante que de-
clarasse quaes das indicadas concessões escolhia, ou se reservava todas tres, devendo n'este
caso hábilitar-se.conforme a lei;
: Considerando que o requerente, nos termos e em satisfação do citado despachoj de-
clarou aceitar as tres concessões; pedindo a certidão dos direitos de descoberta de cada
uma;
Vistos os documentos que formam o processo relativo á mina do Tedo, por onde se prova
que o supplicante salisfez a todos os quesitos do artigo 12.° do citado decreto;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 7 do corrente, na qual a mesma secção julga o requerente habilitado
na qualidade de descobridor legal da mina de que se trata;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a mencionada consulta e pa-
recer do referido fiscal da corôa declarar:
1.? Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de chumbo do Tedo, no concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, cuja posição se acha to-
pographicamente designada na planta que por copia acompanha esta portaria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
oõifi traços de côr vermelha, formam um pentágono irregular M D E F G, traçado peia
seguinte maneira: Prolonguem-se os lados A D e B E da demarcação da mina do Zambu-
lhal até encontrar 0 rio Tedo nos pontos M e F, notados na planta junta; pelo ponto M ti-
re-se uma linha na direcção S. 41° 0 . até encontrar o mesmo rio nó ponto G; ficando as-
sim determinado o referido pentágono, comprehendendo uma superfície de 692:500 m e -
tros quadrados;
3.° Que, nos termos do artigo 14.° do citado decreto, são concedidos ao supplicante
seis mezes contados da data da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para organi-
sar uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez, ou
para mostrar que possue os meios necessarios para a lavra, na intelligencia de que não se
habilitando n'esles termos, dentro d'aquelle praso improrogavel, será a concessão d'eslà
mina posta a concurso na conformidade da lei;
4.° Que por este diploma são conferidos ao supplicante* para todos os effeitos Íegaes,
segundo as disposições do predito artigo 13.° os direitos que lhe competem como desco-
bridor da mencionada mina. •
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais eífeitos, ficando obrigado
a apresentar no ministerio das obras publicas, commercio e industria, a certidão de haver
feito registar na respectiva camara municipal a presente portaria ha sua integra, sem o que
não terá inteira validade;
Paço, em 27 de março de 1865.—João Chrysostomo de Ábreu e Sousa,== Pará Jorge
Saches Di de L. n.° 73, de 31 de março.
16 de março 1865 89

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 282

- O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por A. S. Gardé, sobre a classificação de umas pelles, apre-
sentadas a despacho na alfandega de Lisboa, procedentes de Londres pelo vapor Maria Pia,
na caixa, marca S. G., n.° 1;
Visto o auto-da conferencia dos verificadores; •
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que as pelles, de que trata este recurso, são cortidas com cortimento
diverso, como eram as que motivaram a resolúção n.° 218 d'este conselho;
Resolve:
Artigo unico. As pelles, que fazem o objecto d'este recurso, estão comprehendidas no
artigo 5.° da pauta, e sujeitas ao direito de 200 réis por kilogramma, como pelles corti-
das como cortimento diverso.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 28 de
março de 1865, estando presentes os vogaes=Gonçalves—Fradesso da Silveira—Abreu,
r e l a t o r = C o u c e i r o = N a z a r eth = Costa. ' c d0 L _»7J de 29 de marM

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIRECÇÃO
1." R E P A R T I Ç Ã O

Attendendo a que no concelho denominado de Santa Catharina, da ilha de S. Thiago,


não ha povoação alguma que possa ou mereça considerar-se cabeça de concelho;
Tendo em consideração as representações que me dirigiram a camara municipal e
principaes habitantes do mesmo municipio, pedindo que o sitio de Tarrafal, junto ao po_sto
do mesmo nome, seja declarado cabeça do concelho;
Attendendo a que aquelle local, aindaque em uma extremidade do concelho, offerece
muitas commodidades para n'elle se levantar uma boa povoação, e que aos habitantes de
todo o municipio mais convirá concorrerem ali do que a outro qualquer ponto, aonde só
os chamem as necessidades da administração publica;
Attendendo a que na conveniencia da solicitada mudança são concordes o governador
geral da provincia de Cabo Verde, o juiz de direito e o delegado da comarca de Sotavento:
Hei por bem determinar que o sítio do Tarrafal, junto ao porto do mesmo nome, seja,
para todos os effeitos, considerado cabeça do concelho denominado de Santa Catharina.
O ministro e secretario d'estado dos negocios da marinha e ultramar assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 29 de março de 1865. = R r ; r . Duque de Loulé.
D. de L. n.° 75, de 3 de abril.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2S5

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por Emilio Biel, sobre a classificação de umas pelles por
elle apresentadas a despacho na alfandega do Porto, vindas do Havre no hiate D. Fernando,
em uma caixa com a marca . . . n . ° 11:378;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que foi apresentada;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que na pauta geral das alfandegas se estabelecem direitos diversos para
as pelles preparadas e para as cortidas;
Considerando que no indice remissivo da mesma pauta se destingue o que é preparo
23
1865 30 de março

do que é cortimentos, deSignando-sô que preparo é a operação que tem só por fim.a con-
servação da pelle, com exclusão do cortimento;
Considerando que as pelles em questão não podem ser classificados como cortidas,
porque apenas têem o preparo necessário para a conservação, sendo esse preparo igual ao
das pelles de arminho e martha, designadamente veni mencionadas no referido ihdice
cpiíjõ pelles preparadas;
Resolve:
Artigo unico. As pelles de que trata o presente recurso estão sujeitas ao direito de 20
por cento ad valorem, estabelecido "no artigo 5.° da pauta geral das alfandegas para as
pelles em bruto ou preparadas, não especificadas.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 30 de
hiarÇo dè 1865, estando presentes os voga es = Gonçalves—Nazareth,vaMov=Fradesso
da Silveira—Abreu, Venàâo—Rodrigues—Couceiro=Costa. d . <io l . n.° is, de a abrfl. ;

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

Usando da auctorisação concedida ao governo no § 3.° do artigo 3.° da carta de lei de


25 de junho de 1864, e tendo ouvido o conselho d'estado, na conformidade do artigo 4.°
da mesma carta de lei: hei por bem determinar que no ministerio dos negocios da fazenda
se abra I favor do ministerio dos negocios ecclesiasticos e de justiça um credito supplemen-
tar a quantia de 10:0000000 réis, para occorrer ao pagamento de despezas do capitulo 7.°
«sustento de presos e policia de cadeias» no actual anno economico de 1864-1865, isto
alem da verba de 60:0000000 réis, concedida pela referida carta de lei.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça, e dos da
fázènda, assim o tenham entendido e façam executar. Paço da Ajuda, 30 de março de
de 1 8 5 6 . = R E I . — Antonio Ayres de Gouveia—Mathias de Carvalho e Vasconcellos.
D. de L. n.° 75, de 3 de abril.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Sendo présenitê a Sua Magestade El-Rei o officio datado de 27 do corrente mez, em


que a engenheiro chefe da 1," divisão fiscal de caminhos de ferro declara que se acha con-
clViida à reimpressão das actuaes tarifas dos preços para os transportes de passageiros e
mercadorias nos caminhos de ferro do norte e leste pelos comboios de pequena velocidade,
â cujas taxas se mandou addicionar a importancia correspendente ao imposto de transito,
estabelecido pelâ carta de lei de 14 de julho de 1883: ha por bem o mesmo augusto se-
nhor, tonfôrmando-se com a informação do dito engenheiro fiscal, ordenar que as men-
cionadas tarifas, já impressas e competentemente verificadas, sejam annunciadas e postas
em vigor pela respectiva empreza constructora; ficando o referido engenheiro fiscal aucto-
risado para authenticar com a sua rubrica os exemplares das mencionadas tarifas que se
destinarem a ser affixadas nas estações.
O que se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, as
sobredito engenheiro fiscal, para seu conhecimento e devida execução.
Paco da Ajuda, em 30 de março de 1 8 6 5 . = J o ã o Chfysostomo de Abrm e Soum. —
W g m m v ò chèfe da l * divisão fiscal dos caminhos de ferro. .
D. de L. n.ííS, dè.17 de.íjjril^ '
" abril ; -
l y i p S J E R Í Q D A S ,OBI\AS P U B L I C A S , C O M p i j C I p E. i p U ^ í A
;
DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
R E P A R T I Ç Ã O DO COMMERCIO E I N D U S T R I A — 2 . A SECÇÃO :- ;-V

AttçpdçjidQ ao gue me representou François fils ainé, súbdito fraqcez, residente em


Lisboa* pedindo privilegio por cinco annos como introductor do estabelecimento fy
chinas, a fim de aproveitar dos animaes mortos todas as substancias applicaveis ás artes;
Yi^f9 o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852;
Considerando que posta a concurso a concessão da patente, na conformidade do arti-
go 23.° do citado decreto, com referencia ao praso por que é pedida, ninguém §e oppoz;
Considerando que o requerente satisfez todas as prescripçõçs do mencionado decreto:
Hei por bem conceder ao dito François fils ainé a patente de introducção papa o obje-
cto i n d i c a d o , e pelo espaço de cinco annos, durante os quaes os seus direitos de
propriedade a dita introducção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente con-
cebida prévio, e sem garantir a realidade, prioridade nem merecijpento dò in-
vento a que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro e o réquereníjçsjj-
je^p^s obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto e ao prevjo pagamento dos
direitos qué dever, passando-se-lhe (Jiploma pelo ministerio das obras publicas, commer-
cio e industriai.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tpnha entendido e faça executar. Paço, em 2 de abril de 1 8 6 5 . = R E I . = J o ã o Chrysosto-
mo ãè Abreu e Sousa. D . DE L . .<> m, DE 5 DEJUNUO.
D

M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA M A R I N H A E U L T R A M A R

2.» DIRECÇÃO
1.° REPARTIÇÃO

Sendo nécèssario designar qual seja o juiz de direito a quem deva competir, pg cpri-
fornjiidade do artigo 21,° do decreto com força de lei de 27 de dezembro de 1852, f u n -
strubção^dó processo da syndicancia do governador da provincia de Timor, póisqtyfi çsfa
possessão, ?endp elevada á categoria de provincia por decreto de 17 de setembro dè (186%
riio foi comprehendida nas disposições do decreto de 8 de março de 1855: hei por ppnj,
cop.fprnçiand.o-mc com o parecer do conselho ultramarino em consulta dè 28 <Je março úí-
timò, ordenar o seguinte:
- Artigo 1.° Quando a syndicancia do governador da provincia de Timor •po çoss^t com-
petir ao juiz de direito da comarca de Timor, na fórma do disposto do decreto de 27 de
dezembro de 1852, compete a mesma syndicancia ao juiz de direito da comarca de Ma-
cau, e na sua falta ou impedimento, a um dos juizes de direito das comarcas de Goa, Bar-
dez e Salsete, por turnp sobre esta e ps majs. syndicancias que lfyes são attribuidas pelo
decreto de 8 de março de 1855.
Art. 2.° O juiz a quem competir a syndicancia do governador da provincia de Timor,
não sendo o da comarca de Timor, gosará de todas as vantagens estabelecidas assim no
decreto de 8 de março (íe 1855 como no de 27 de dezembro de 1852.
•• O ministro e secretario d'es.tado dos negocios da marinha e ultramar assim o tenha
entendido' e faça executar. Paço, em 3 de abril de 1865. = R E I . = D u q u e de Loulé.
D. de L. n.° 80, de 8 de abril. "'
92 1865 5 de jtbril

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» REPARTIÇÃO

, Não tendo sido, segundo consta, rigorosamente observados os regulamentos sobre a


cultura do arroz, publicados pelo governo, no intuito de obstar quanto possivel aos pre-
juízos que á saude publica resultam de similhante cultura;
Sendo necessário adoptar em relação ás proximas sementeiras alguma providencia,
que ponha cobro aos inconvenientes que provém da inobservância d'esses regulamentos,
ou mesmo da sua inefficacia; e
Considerando Sua Magestade El-Rei que só por meio de uma inspecção extraordinaria,
commettida a delegados alheios a influencias e preconceitos locaes, e'dotados dos conhe-
cimentos technicos necessarios, se podem de prompto reprimir abusos e iniciar providen-
cias salutares:
Ha por bem ordenar o seguinte:
Artigo 1 O s terrenos que forem destinados para a cultura do arroz serão inspeccio-
nados por delegados especiaes do governo.
Art. 2.° A inspecção terá por fim verificar:
1.° Se as licenças concedidas aos agricultores de arroz o foram nos termos dos regu-
lamentos;
2.° Se as condições das licenças são as precisas para impedir ou ao menos attenuar os
maus effeitos d'essa cultura;
3.° Se essas condições foram cumpridas na sua parte essencial;
4.° Se a experiencia tem provado que ellas são insuficientes e se algumas outras de-
vem ser acrescentadas em beneficio da saude publica;
5.° Se alguns terrenos têem sido cultivados de arroz, sem que os agricultores hajam
obtido licença.
Art. 3.° A inspecção será feita por delegados ou sub-delegados technicos do conselho
de saude, nomeados pelo governo e acompanhados de um magistrado administrativo que
o governador civil do districto cm que for feita a inspecção designar.
| unico. A escolha do governador civil não poderá recair no admininistrador do con-
celho onde estiver situada a sementeira ou sementeiras de arroz que houverem de ser in-
speccionadas, nem nos dos concelhos onde houver igual cultura.
Art. 4.° As auctoridades locaes prestarão aos delegados inspectores todas as informa-
ções e a coadjuvação de que elles carecerem, e os administradores dos concelhos porão á
disposição d'elles os empregados que os mesmos delegados requisitarem.
Art. 5.° Os magistrados administrativos que acompanharem os inspectores formarão
os competentes autos das contravenções que acharem.
Art. 6.° Os delegados inspectores farão relatorios especiaes em relação ás sementeiras
de arroz de cada concelho, e indicarão n'elle's as providencias que deverão tomar-se.
| unico. Os relatorios serão enviados ao governador civil, que os transmittirá logo ao
ministerio do reino com o seu parecer motivado.
Art. 7.° Aos delegados inspectores será abonada uma gratificação diaria pelo tempo
que durar a inspecção.
Art. 8.° A inspecção poderá renovar-se extraordinariamente, se o governo o julgar op-
portuno.
O que, de ordem d'El-Rei, se participa aos governadores civis do reino para seu conhe-
cimento e effeitos convenientes.
. Paço, e m 4 de abril de 1 865. = M a r q u e z de Sabugosa. d. de l. n.° 77, de s de abni.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DrRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Convindo estabelecer, desde já, algumas disposições que regulem o serviço externo daá
alfandegas do continente do reino e das ilhas adjacentes: manda Sua Magestade ElRei q u e
se publiquem e executem as instrucções que fazem parte d'esta portaria.
5 da abril 1865 93
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communicará
a quem conveniente for.
Paço, em 5 de abril de 1865.=Mathias de Carvalho e Vasconcellos.

10
Instrucções que fazem parte da portaria de S de abril de <865 para regular
o serviço da fiscalisação externa das alfandegas marítimas e da raia
Disposições geraes
Artigo 1.° O serviço da fiscalisação externa das alfandegas consiste na policia fiscal
das costas e enseadas, dos portos e ancoradouros, e da raia sècca.
§ unico. O desempenho d'este serviço pertence:
Ao corpo de guardas das alfandegas, que se compõe de chefes fiscaes, sub-chefes fis-
caes, fiscaes, guardas a cavallo, guardas a pé de 1 . a classe, e de guardas a pé de 2. a classe
(tabella n.° 1);
Ao pessoal da esquadrilha de fiscalisação, que se compõe de commandantes, sub-com-
mandantes, mestres, machinistas, ajudantes de machinistas, fogueiros e de tripulantes (ta-
bella n.° 2);
Ao pessoal do serviço dos escaleres, que se compõe de patrões e remadores (tabella
n.° 3 ) . .
* Art. 2.° O serviço do pessoal da esquadrilha será regulado por instrucções especiaes.
Art. 3.° São de nomeação regia, sobre proposta dos chefes fiscaes, e informações dos
inspectores e dos directores respectivos:
Os sub-chefes fiscaes;
Os fiscaes;
Os commandantes da esquadrilha.
Art. 4.° O serviço da fiscalisação externa é dividido em districtos fiscaes, e subdividido
em divisões e secções, conforme a tabella n.° 4.
i 1.° São encarregados das divisões os sub-chefes fiscaes, e das secções os fiscaes.
| 2.° Os directores das alfandegas, sobre indicação dos chefes fiscaes, proporão quaes-
quer alterações á tabella n.° 4, que as circumstancias locaes ou a experiencia aconselha-
rem.
Art. 5.° Os sub-chefes são immediatamente subordinados ao chefe fiscal, e os fiscaes
aos sub-chefes. Todos se correspondem directamente comos seus immediatos superiores.
Art. 6.° A designação dos sub-chefes, fiscaes e guardas encarregados de postos fiscaes,
para o serviço das divisões, secções, e postos fiscaes, é feita pelos directores das alfande-
gas sobre proposta dos chefes fiscaes.
Art. 7.° Os empregados do serviço externo das alfandegas não podem ser demanda-
dos civil ou criminalmente por factos relativos ás suas funcções, sem auctorisação previa
do governo, nem são responsáveis pelas consequências que resultarem do uso que fize-
rem das armas que lhes são confiadas, em acto de serviço, para protecção dos interesses
da fazenda publica e para defeza própria.
Art. 8.° Os empregados do serviço externo das alfandegas não são obrigados a pagar
á sua custa as despezas de passagem de barcas, pontes, barreiras, e do transito nos ca-
minhos de ferro, quando façam essas despezas por motivo de serviço publico.
§ unico. Estas despezas, devidamente comprovadas, serão pagas pela verba das des-
pezas eventuaes das alfandegas.
Art. 9.° É do dever de todos os empregados fiscaes:
1.° Proceder com moderação e urbanidade no exercicio das suas funcções;
2.° Guardar inviolável segredo nas cousas do serviço publico que o exijam;
3.° Não abandonar o serviço a que estão ligados, sem que tenham pedido a demissão,
que lhes será concedida pelos directores dentro em tres dias, não havendo inconveniente
para o serviço, do que darão superiormente conta.
4.° Colher informações para saber quem sejam as pessoas dadas ao trafico do contra-
bando, e de descaminho de direitos, e os meios que para esse fim empregam, dando de
tudo conta confidencial aos seus superiores;
5.° Requisitar directamente auxilio das auctoridades civis, judiciaes e militares do dis-
tricto, e das fiscaes dos districtos limitrophes.
#36
1865 24 de abril

Art. iO.° É prohibido empregar-se no serviço interno e sedentário das alfandegas e


d e l e g a ç õ e s q u a l q u e r i n d i v i d u o d o c o r p o d a fiscalisação e x t e r n a . .
A r t . 1 1 . ° S ã o f o r n e c i d o s p e l a s a l f a n d e g a s , e p a g o s pela v e r b a d a s d e s p e z a s e v e n t u a e s ,
m e d i a n t e r e q u i s i ç ã o d o s c h e f e s fiscaes, o s objectos n e c e s s a r i o s p a r a o e x p e d i e n t e d a fis-
calisação; e b e r a a s s i m o s u t e n s í l i o s dos q u a r t e i s , e p o s t o s fiscaes, p e q u e n o s c o n c e r t o s d e
armamento e correame, e despezas com os barcos e escaleres.
§ u n i c o . Og c o n c e r t o s o u r e p a r o s , a q u e t i v e r d a d o c a u s a a falta d e c u i d a d o : O i i , o
d e s l e i x o d o s gtiarcías, s e r ã o p o r e s t e s p a g o s .
Art. N a s d e l e g a ç õ e s e p o s t o s fiscaes h a v e r á u m livro r u b r i c a d o p e l o d i r e c t o r , n o
q u a l o s c h e f e s e s u b - c h e f e s fiscaes m e n c i o n a r ã o a s vezes q u e ali c o m p a r e c e r e m .

Dos chefes fiscaes

A r t . 1 3 . ° C o m p e t e aos c h e f e s fiscaes: ... ' . . . , . ,,


• 1.° F a z e r a p r o p o s t a p a r a n o m e a ç ã o d e s u b - c h e f e s fiscaes, fiscaes, e c o m m a n d a n t e s d a
esquadrilha; ^ ;
2.° F a z e r a distribuição dos guardas, patrões e r e m a d o r e s pelas divisões e secções, milr
d a n d o - o s d e d i v i s ã o p a r a divisão, o u d e s e c ç ã o p a r a secção, q u a n d o o j u l g a r e m c o n v e n i e n t e ;
3.° P r o p o r a m u d a n ç a d o s s u b - c h e f e s , fiscaes e g u a r d a s , d e u n s p a r a o u t r o s d i s t r i -
ctos, e n o m e s m o districto a d o s s u b - c h e f e s e fiscaes d e u m a s p a r a o u t r a s divisões, e s e c -
ções; ,
4.° A p r o v e i t a r o serviço d a t e l e g r a p h i a electrica a b e m d a fiscalisação; . , ,
5.° E m p r e g a r policia fiscal o c c u l t a ; •
6.° R e c e b e r d e n u n c i a s , e pass'ar o s c o m p e t e n t e s t i t u l o s d e talão á s p e s s o a s q u e i h ' a s
fizerem, p a r a g a r a n t i r - l h e s a r e m u n e r a ç ã o q u e a lei c o n c e d e ; d a n d o i m m e d i a t a m e n t e p a r t e
a o s d i r e c t o r e s d o n u m e r o d o titulo, dia e h o r a e m q u e foi p a s s a d o ; ..,. , ' '
7.° F a z e r p r o c e s s a r a s f o l h a s dos v e n c i m e n t o s d o pessoal da fiscalisação e enviarias, aos
directores; ....;..
,j8.° D a r b u s c a s e m c o n s e q u ê n c i a d e d e n u n c i a s o u s u s p e i t a s b e m f u n d a d a s , d e v e n d o
p r o c e d e r n ' e s t a s diligencias c o m a m a i o r c i r c u m s p e c ç ã o , e s e m p r e n o s t e r m o s e c o m a s
formalidades d a lei; ,
9 . 9 L e v a n t a r a u t o d e n o t i c i a , . q u e r e m e t t e r ã o aos r e s p e c t i v o s d i r e c t o r e s :
I T o d a s a s v e z e s q u e l h e s c o n s t a r q u e n o s e u d i s t r i c t o fiscal h o u v e i n t r o d u c ç ã o d e Con-
t r a b a n d o , o u s e d e u d e s c a m i n h o d e d i r e i t o s , a fim d e s e c o n h e c e r t o d a s a s circumstancia^,
do crime, e p o d e r e m s e r punidos os auctores d'este, b e m como os guardas ou q u a e s q u e r
e m p r e g a d o s fiscaes q u e > p o r connivencia, d e s l e i x o o u o m i s s ã o t i v e r e m o c c a s i o n a d o t a e s
factos;
II N o s casos d e f u g a o u d e s e r ç ã o n o c o r p o d o s g u a r d a s , s i m p l e s o u a g g r a v a d a , è n o s
d e d e s c o n f i a n ç a d e connivencia e m c o n t r a b a n d o o u e m d e s c a m i n h o d e direitos;.
r 1 0 . ° Y e l a r p e l a c o n s e r v a ç ã o e aceio d o a r m a m e n t o , c o r r e a m e , e m a i s o b j e c t o s p e r -
tencentes á fazenda publica;
C o r r e s p o n d e r - s e d i r e c t a m e n t e c o m t o d a s a s a u c t o r i d a d e s civis, judiciaes e milita-
r e s d a localidade, n o q u e s e r e f i r a a o s e r v i ç o ;
1 2 . ° P r o p o r a a d o p ç ã o d e m e d i d a s q u e j u l g a r e m a c e r t a d a s a b e m d a fiscalisação, n ã o
c a b e n d o n a s s u a s a t t r i b u i ç õ e s toma-las d e s d e l o g o ;
Í 3 - 0 Representar ao director sobre a necessidade da demissão d e qualquer dos seus
s u b o r d i n a d o s , e d e s e lhes i m p o r e m a s p e n a s n o s t e r m o s d ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s ;
, , 1 4 . ° F a z e r o s m o d e l o s d e t o d o s o s m a p p a s q u e o s s u b - c h e f e s , fiscaes e g u a r d a s t ê e m
d e e n c h e r s o b r e o serviço. E s t e s m a p p a s t e r ã o i m p r e s s o s a s d i v i s õ e s e d i z e r e s g e r a e s ; . . ,
15.° C o n f e r i r c o m o s l i v r o s d a s a l f a n d e g a s e d e l e g a ç õ e s a s r e l a ç õ e s d o s v i s t o s d § q u é
t r a t a a a r t i g o 3 3 . ° , n . ° 3.°, d ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s , d a n d o p a r t e d e t o d a s a s i r r e g u l a r i d a d e s
que encontrarem; ;'
, 1 6 . ° N a s p r o x i m i d a d e s d a s a l f a n d e g a s è d e l e g a ç õ e s , f a z e r r e c o l h e r a e s t á s pasàè fis-
c a e s , a s m e r c a d o r i a s q u e d a s m e s m a s t e n h a m saído, e ácerca d a s q u a e s h a j a m o t i v o s , p a r a
q u e ellas d e v a m s e r r e v e r i f i c a d a s ; p e d i n d o aos r e s p e c t i v o s d i r e c t o r e s o u e n c a r r e g a d o s â a s
d e l e g a ç õ e s , q u e a s m a n d e m r e v e r i f i c a r n a p r e s e n ç a d ' e í l e s fiscaes, q u e no*uso d ' e s t a 'fa-
c u l d a d e p r o c e d e r ã o c o m p a r t i c u l a r m o d e r a ç ã o , e v i t a n d o q u a n t o possivel t r a n s t o r n o s è ,de T
m o r a s aos donos das mercadorias; " ,
1 7 . ° F a z e r effectiva a disciplina d o s s e u s s u b o r d i n a d o s , n o s t e r m o s c o n s i g n a d o s f r e s -
tas instrucções.
S de abril 1865
A r t . l i . 0 O s c h e f e s fiscaes t e r ã o os s e g u i n t e s livros: d e r e g i s t o d e o r d e n s d e servi-
ço; de correspondencia; de assentamento geral dos empregados, e annotações sobre seu
c o m p o r t a m e n t o ; d e contas d e todos os o b j e c t o s p e r t e n c e n t e s á f a z e n d a n a c i o n a l ; d e con-
certos de a r m a m e n t o e mais utensílios de quarteis; de registo de tomadias; e de denun-
c i a s ; s e g u n d o os m o d e l o s n. o s 1 e 2 q u a n t o aos u l t i m o s dois livros. T o d o s e s t e s livros se-
r ã o r u b r i c a d o s p e l o s d i r e c t o r e s e p a g o s pelas v e r b a s das d e s p e z a s e v e n t u a e s d e cada u m a
d a s a l f a n d e g a s . O d a s d e n u n c i a s s e r á r u b r i c a d o tanto n o c o r p o d o s t i t u l o s c o m o n o s talões.
A r t . 15.° O domicilio d o s c h e f e s fiscaes é n a s p o v o a ç õ e s o u l o g a r e s e m q u e e s t i v e r e m
e s t a b e l e c i d a s as r e s p e c t i v a s a l f a n d e g a s .
§ u n i c o . Os c h e f e s fiscaes d a s a l f a n d e g a s m a r í t i m a s f a r ã o o s e u e s p e d i e n t e n o s
edificios d a s m e s m a s a l f a n d e g a s .
A r t . 16.° Os c h e f e s fiscaes são s u p e r i n t e n d i d o s p e l o s r e s p e c t i v o s d i r e c t o r e s d a s a l f a n -
degas, e c o r r e s p o n d e m - s e c o m e s t e s .
| unico. Os c h e f e s fiscaes d o s districtos d e Lisboa, d o P o r t o , d a Madeira e d o s Aço-
r e s , t a m b e m são s u p e r i n t e n d i d o s p e l o s c h e f e s d e s e r v i ç o da l . a r e p a r t i ç ã o d a s a l f a n d e g a s ,
e é p o r i n t e r m e d i o d'estes q u e se c o r r e s p o n d e m c o m o s d i r e c t o r e s , na c o n f o r m i d a d e d o
a r t i g o 6.° d a s i n s t r u c ç õ e s p a r a o s e r v i ç o i n t e r n o d a s ditas a l f a n d e g a s , d e 2 5 d e j a n e i r o ul-
timo.
. A r t . 17.° Os c h e f e s fiscaes d e v e r ã o p e r c o r r e r f r e q u e n t e s v e z e s o s e u d i s t r i c t o fiscal,
d a n d o conta m e n s a l ao d i r e c t o r d o serviço q u e t i v e r e m feito.
§ unico. Nó districto fiscal dos A ç o r e s , o c h e f e fiscal fará a s visitas s e g u n d o - o p e r m i t -
i a m as c o n d i ç õ e s d ' e s t e a r c h i p e l a g o .

Dos sub-chefes fiscaes

A r t . 18.° O d o m i c i l i o d o s s u b - c h e f e s fiscaes é o q u e v a e d e s i g n a d o n a tabella n.° 4 .


A r t . 19.° No i m p e d i m e n t o d o c h e f e fiscal servirá u m d o s s u b - c h e f e s i n d i c a d o p e l o
director.
A r t . 2 0 . ° O s s u b - c h e f e s fiscaes são r e s p o n s á v e i s p a r a c o m os c h e f e s fiscaes, d o s q u a e s
r e c e b e m d i r e c t a m e n t e a s o r d e n s , p e l o serviço a s e u c a r g o , e na q u a l i d a d e d e c h e f e s d e
divisão c u m p r e - l h e s :
1.° P e r c o r r e r a m i u d a d a s vezes o t e r r e n o c o m p r e h e n d i d o n a sua divisão, d a n d o c o n t a
q u i n z e n a l ao c h e f e fiscal d o serviço q u e h a j a m f e i t o ;
2 . ° D a r t o d o o auxilio aos e m p r e g a d o s d a s d e l e g a ç õ e s d a s a l f a n d e g a s , e satisfazer a s
r e q u i s i ç õ e s q u e a b e m do serviço l h e s s e j a m feitas p e l o s e n c a r r e g a d o s das m e s m a s d e l e -
gações;
3.° D i s t r i b u i r o s e r v i ç o d a s r o n d a s , e f o r m u l a r u m m a p p a s e m a n a l , r e s u m i n d o os q u e
r e c e b a d o s fiscaes, p a r a r e m e t t e r e m ao s e u chefe, d a n d o conta c i r c u m s t a n c i a d a do q u e
t e n h a occorrido, e r e p r e s e n t a n d o o q u e e n t e n d a m a b e m d o s e r v i ç o ;
4.° E x e r c e r , e m relação ás m e r c a d o r i a s d e s p a c h a d a s n a s d e l e g a ç õ e s , a m e s m a a c ç ã o
fiscal q u e v a e c o n s i g n a d a p a r a os c h e f e s fiscaes no n.° 16.° do a r t i g o 13.°, e r e v e r i f i c a r nos
p o s t o s fiscaes, o n d e h a j a d e s p a c h o , as m e r c a d o r i a s n ' e l l e s d e s p a c h a d a s , q u a n d o o j u l g a -
r e m conveniente;
5 . ° R e c e b e r d e n u n c i a s , e p a s s a r os c o m p e t e n t e s t i t u l o s d e talão ás p e s s o a s q u e lh'as
f i z e r e m , d á n d o i m m e d i a t a m e n t e p a r t e a o s e n c a r r e g a d o s d a s r e s p e c t i v a s d e l e g a ç õ e s , e ao
c h e f e fiscal, d o n u m e r o d o titulo, dia e h o r a e m q u e o m e s m o titulo foi p a s s a d o ;
6.° R e p r e s e n t a r ao c h e f e fiscal s o b r e a n e c e s s i d a d e d e d e m i s s ã o d e q u a l q u e r d o s s e u s
s u b o r d i n a d o s , e s u s p e n d e - l o s n o s casos u r g e n t e s , d a n d o i m m e d i a t a m e n t e p a r t e d o oc-
corrido;
7.° E x e r c e r , d e n t r o da divisão, as m e s m a s f u n c ç õ e s q u e o c h e f e fiscal e x e r c e n o dis-
tricto, p e l o q u e r e s p e i t a á fiscalisação.
A r t . 2 1 . ° No districto d e Lisboa u m dos s u b - c h e f e s fiscaes, os fiscaes, g u a r d a s , p a -
t r õ e s e r e m a d o r e s n e c e s s a r i o s p a i a o s e r v i ç o q u e e r a feito p e l o e x t i n c t o c o r p o d e g u a r d a s
d a alfandega m u n i c i p a l , ficarão sob as o r d e n s i m m a d i a t a s d o d i r e c t o r d ' e s t a a l f a n d e g a ,
4
áéisd© c o n s i d e r a d o s c o m o d e s t a c a d o s n a m e s m a . •
| u n i c o . E s t e d e s t a c a m e n t o f o r m a a p r i m e i r a divisão d o m e s m o districto fiscal, n a con-
f o r m i d a d e d a t a b e l l a n . ° 4, p o d e n d o o p e s s o a l q u e a c o n s t i t u e s e r m u d a d o n o s t e r m o s dos
n: o s e 3.° d o a r t i g o 1 3 . °
96 1865 5 de abril

Dos fiscaes

A r t . 2 2 . ° O domicilio d o s fiscaes é o q u e v a e d e s i g n a d o n a tabella n.° 4 .


A r t . 2 3 . ° C o m p e t e aos fiscaes, n a q u a l i d a d e d e c h e f e s d e s e c ç ã o :
•1.° D i s t r i b u i r o s e r v i ç o d o s g u a r d a s , s e g u n d o a s o r d e n s q u e t e n h a m r e c e b i d o dos s u b -
c h e f e s fiscaes, e v i t a n d o q u a n t o possivel q u e elles f a ç a m serviço n o s locaes d a s u a n a t u r a -
lidade;
2 . ° R o n d a r t o d a s o s p o n t o s o n d e h a j a fiscalisação p e r m a n e n t e o u volante, e c o m b i n a r
e s t e s e r v i ç o c o m os c h e f e s d a s s e c ç õ e s l i m i t r o p h e s .
3.° F o r m a r o m a p p a diario d o serviço d o s g u a r d a s , enviando-o s e m a n a l m e n t e a o s u b -
chefe respectivo, referindo as occorrencias dignas d e menção, e lembrando o que lhes p a -
r e c e r c o n v e n i e n t e á c e r c a d a fiscalisação; n o d e t a l h e d o s e r v i ç o t e r ã o m u i t o e m conta a
folga q u e d e v e m t e r o s g u a r d a s , s e g u n d o a n a t u r e z a d o s e r v i ç o q u e l h e s c u m p r e f a z e r ;
4.° R e c e b e r d e n u n c i a s , d a n d o p a r t e d'ellas aos s u b - c h e f e s fiscaes, p a r a e s t e s p a s s a r e m
1
os talões r e s p e c t i v o s , e m a n d a r e m p r o c e d e r á s b u s c a s n e c e s s a r i a s ;
5 . ° P r o c e d e r á s b u s c a s , n o s casos u r g e n t e s , s e m d e p e n d e n c i a d e o r d e m o u a u c t o r i s a -
ção d o s u b - c h e f e , m a s c o m m u n i c a n d o - l h e , e m t o d o o caso,-e n o m a i s c u r t o p r a s o , o ser-
viço q u e fizerem;
6 . ° R e p r e s e n t a r ao s u t h c h e f e s o b r e a n e c e s s i d a d e d e d e m i s s ã o d e q u a l q u e r dos s e u s s u -
b o r d i n a d o s , e s u s p e n d e - l o s nos casos u r g e n t e s , d a n d o i m m e d i a t a m e n t e p a r t e ; e b e m a s -
s i m s o b r e a c o n v e n i e n c i a d e s e r e m m u d a d o s d a secção o u d a d i v i s ã o .

Dos postos fiscaes

A r t . 2 4 . ° O s p o s t o s fiscaes ficam s u j e i t o s a o s fiscaes d a s s e c ç õ e s r e s p e c t i v a s , e s e r ã o


d ' e l l e s e n c a r r e g a d o s os g u a r d a s d e \ . a classe.

Dos guardas

A r t . 2 5 . ° A a d m i s s ã o d e g u a r d a s p a r a o c o r p o d a fiscalisação s e r á r e g u l a d a p o r i n -
strucções especiaes.
A r t . 2 6 . ° N o s l o c a e s o n d e h o u v e r a l f a n d e g a s , d e l e g a ç õ e s e p o s t o s fiscaes, s e e s t a b e -
l e c e r ã o q u a r t e i s p a r a a residencia d o s g u a r d a s .
Art. 27.° Os guardas estão sujeitos ás seguintes prescripções:
1 . a N ã o p o d e m sair d a s e c ç ã o a q u e p e r t e n c e m s e m licença d o fiscal.
2 . a Não p o d e m s e r v i r d e n t r o d o districto fiscal o n d e suas m u l h e r e s o u filhos e x e r ç a m
qualquer especie de commercio sobre generos de importação.
O s c h e f e s fiscaes p r o p o r ã o a d e m i s s ã o d o s q u e s e a c h a r e m n ' e s t a s c i r c u m s t a n c i a s n o s
t e r m o s d o n . ° 13.° d o a r t i g o 1 3 . °
3.a Não p o d e m trocar n e m p a g a r o serviço para q u e f o r e m destinados.
A r t . 2 8 . ° Cada g u a r d a t e r á s u a c a d e r n e t a d e serviço, r u b r i c a d a p e l o s u b - c h e f e , o u
p e l o fiscal e m q u e a q u e l l e d e l e g u e esta o b r i g a ç ã o .
§ 1 N a c a d e r n e t a t o m a r á notas d a s o c c o r r e n c i a s d o serviço d e q u e f o r i n c u m b i d o , s e -
g u n d o a s indicações q u e r e c e b a d o fiscal o u d o s u b - c h e f e .
1 2 . ° O s g u a r d a s s ã o o b r i g a d o s a a p r e s e n t a r taes c a d e r n e t a s a q u a l q u e r dos s e u s s u -
periores q u e lh'as exijam.
§ 3 . ° Nas c a d e r n e t a s h a v e r á u m a p a r t e o u c o l u m n a p a r a o b s e r v a ç õ e s , e m q u e o s fis-
caes, s u b - c h e f e s e c h e f e s fiscaes a n n o t a r ã o o q u e j u l g a r e m c o n v e n i e n t e e m r e l a ç ã o a o s e r -
viço d o r e s p e c t i v o g u a r d a .

Dos patrões e remadores dos escaleres e barcos

Art. 29.° A admissão dos remadores, e o provimento n o s logares d e patrões, serão


regulados p o r instrucções especiaes.
A r t . 3 0 . ° O s p a t r õ e s e r e m a d o r e s t e r ã o u m a c a d e r n e t a p a r a o m e s m o fim d a s d o s
g u a r d a s , c o m o e s t a b e l e c e o a r t i g o 28.°, e são-lhes extensivas, n o q u e f o r a d e q u a d o , a s
disposições c o n s i g n a d a s n ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s a r e s p e i t o d o s g u a r d a s , p r i n c i p a l m e n t e n a p a r t e
disciplinar. .. ' -
5 de abril 1865 97

Disposições especiaes para o serviço nas costas e nos portos maritimos

A r t . 3 1 . ° C u m p r e aos e m p r e g a d o s d a fiscalisação:
1.° F a z e r a c o b r a n ç a d o i m p o s t o d o p e s c a d o n o s l o g a r e s e m q u e a s c o n v e n i ê n c i a s d o
s e r v i ç o a s s i m o e x i j a m , e a u x i l i a r essa c o b r a n ç a n o s p o n t o s e m q u e h o u v e r a l f a n d e g a s o u
delegações;
2 . ° N ã o c o n s e n t i r q u e q u a l q u e r l a n c h a o u b o t e d e navio, q u e n a v e g u e n a s c o s t a s ,
c o m m u n i q u e c o m a t e r r a , salvo r e c o n h e c i d a n e c e s s i d a d e , e e m tal c a s o d a r ã o b u s c a a essa
e m b a r c a ç ã o , t e n d o s e m p r e e m vista o c u m p r i m e n t o d o s r e g u l a m e n t o s d e s a u d e ;
3 . ° Fiscalisar r i g o r o s a m e n t e o s b a r c o s d e p e s c a , e i g u a l m e n t e t o d a s a s e m b a r c a ç õ e s
q u e p o r q u a l q u e r c i r c u m s t a n c i a s e t i v e r e m a p p r o x i m a d o d a costa, o u n a v e g a r e m e n t r e a s
d i f f e r e n t e s ilhas d o a r c h i p e l a g o d o s A ç o r e s , e n t r e a s d o g r u p o q u e f o r m a ó d i s t r i c t o d o
F u n c h a l , o u e m q u a l q u e r d ' e s s a s ilhas d e u n s p a r a o u t r o s p o n t o s d a c o s t a ;
4.° S o c c o r r e r o s n a u f r a g o s , a p r e s e n t a n d o - s e i m m e d i a t a m e n t e n o l o g a r d o s i n i s t r o , e
r e c o l h e r e t o m a r c o n t a dos salvados d o s n a v i o s n a u f r a g a d o s , e v i t a n d o p o r t o d o s o s m e i o s
ao s e u a l c a n c e o s e x t r a v i o s e r o u b o s , a u t u a n d o q u e m o s p r a t i q u e , e d a n d o i m m e d i a t a -
m e n t e p a r t e a s e u s s u p e r i o r e s , a fim d e q u e o d i r e c t o r d a a l f a n d e g a , o u o e n c a r r e g a d o d a
delegação mais proxima, possa providenciar como cumpre.
A r t . 3 2 . ° N o s p o r t o s a fiscalisação m a r i t i m a s e r á r e g u l a d a p e l a s i n s t r u c ç õ e s q u e o s d i -
r e c t o r e s d a s a l f a n d e g a s d e r e m a o s c h e f e s fiscaes r e s p e c t i v o s .

Para o serviço na raia sècca

A r t . 3 3 . ° A o s e m p r e g a d o s d a fiscalisação p e r t e n c e :
1.° P ô r o visto n a s g u i a s e n o s b i l h e t e s d e d e s p a c h o , q u e d e v e m exigir a o s c o n d u c t o -
r e s d e m e r c a d o r i a s q u e e n c o n t r a r e m n o s l i m i t e s d o s 2 5 k i l o m e t r o s d a zona fiscal, q u a n d o
a c h a r e m r e g u l a r e s a q u e l l e s d o c u m e n t o s , e i n d i c a n d o n ' e l l e s o s dias p o r q u e ainda tenham
v a l i d a d e , s e g u n d o a distancia q u e h a j a m d e p e r c o r r e r a t é a o p o n t o d o s e u d e s t i n o , calcu-
lando na rasão d e 2 0 kilometros por dia;
2 . ° S e a s g u i a s , e o s b i l h e t e s d e d e s p a c h o t i v e r e m i r r e g u l a r i d a d e s o u s u s c i t a r e m duvi-
d a s , d e v e m os e m p r e g a d o s q u e a r e c o n h e ç a m d e t e r a m e r c a d o r i a , e d i r i g i r - s e c o m o con-
d u c t o r i m m e d i a t a m e n t e á a l f a n d e g a , d e l e g a ç ã o o u p o s t o fiscal q u e t i v e r p a s s a d o e s s e s
documentos, para s e proceder à conferencia com os competentes livros;
3 . " N o t a r n a c a d e r n e t a d e q u e trata o a r t i g o 2 8 . ° t o d o s o s vistos q u e p o z e r e m n a s
guias o u bilhetes d e despacho, c o m as necessarias designações, para semanalmente extra-
h i r d'ella u m a relação, q u e e n v i a r ã o a o c h e f e fiscal;
4 . ° D e t e r t o d a s a s m e r c a d o r i a s q u e , t e n d o t r a n s p o s t o a raia, n ã o s i g a m o c a m i n h o
q u e m a i s directa e n a t u r a l m e n t e c o n d u z a á a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o m a i s p r o x i m a , o n d e
possam s e r despachadas, segundo a sua natureza;
5.° A p p r e h e n d e r t o d o s o s c e r e a e s , q u a n d o s e j a m e m q u a n t i d a d e s u s p e i t a , q u e t r a n s i -
t a r e m d e n t r o d e 2 5 k i l o m e t r o s d a raia, s e m a s c o m p e t e n t e s guias, p a r a m o s t r a r a s u a
p r o c e d e n c i a nacional.
A r t . 3 4 . ° S ó d e d i a é p e r m i t t i d o o d e s e m b a r q u e d e m e r c a d o r i a s n a s m a r g e n s dos rios
c o n f i n a n t e s n a f r o n t e i r a , e a e n t r a d a pela raia sècca.
A r t . 3 5 . ° F ó r a d a zona d e 2 5 k i l o m e t r o s d a raia sècca, e d e 5 k i l o m e t r o s do litoral
p a r a o interior d o paiz, p o d e m t o d o s os g e n e r o s n a c i o n a e s o u nacionalisados transitar livre-
mente, s e m dependencia d e guia o u documento algum.
| unico. S e aos c o n d u c t o r e s d e q u a e s q u e r m e r c a d o r i a s , q u e t r a n s i t e m á q u e m d a s d i t a s
zonas, convier a c o m p a n h a - l a s d e g u i a s d e a l g u m a a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o , p a r a m o s t r a r
q u e s ã o n a c i o n a e s o u nacionalisadas, n ã o s e p o r á d u v i d a e m p a s s a r t a e s g u i a s .
A r t . 3 6 . ° N o s p o s t o s fiscaes, q u e f o r e m d e s i g n a d o s p e l o s d i r e c t o r e s , p o d e r ã o ter des-
p a c h o o s g e n e r o s q u e a h i d e r e m e n t r a d a , e f o r e m d e s t i n a d o s p a r a c o n s u m o das povoações
q u e h a j a e n t r e o s r e f e r i d o s postos e a s d e l e g a ç õ e s d a s a l f a n d e g a s .
A r t . 3 7 . ° A s g u i a s d e livre t r a n s i t o d e e n t r a d a e s a í d a d a s c a v a l g a d u r a s empregadas
n a c o n d u c ç ã o d e g e n e r o s p a r a H e s p a n h a , e d e H e s p a n h a p a r a P o r t u g a l , podem ser con-
cedidas a nacionaes e estrangeiros.
§ 1.° S e o s i n d i v i d u o s n a c i o n a e s o u e s t r a n g e i r o s n ã o f o r e m domiciliados 1 em Portugal,
o u r e s i d i r e m f ó r a d o d i s t r i c t o d a a l f a n d e g a , p r e s t a r ã o fiança idónea p e r a n t e o director oa
e n c a r r e g a d o d a d e l e g a ç ã o p o r o n d e s e p a s s e m a s g u i a s , o u d e p o s i t a r ã o a importancia' dos
direitos q u é deveriam pagar p o r entrada das cavalgaduras.
25
m 1865 S 4 e abril

§ â ^ ^ A & . f H W ^ d e l i v r e t r a n s i t o s e r ã o validas e m q u a n t o a p e s s o a a q u e m f o r a m d a d a s
s e e m p r e g a r n a s r e f e r i d a s c o n d u c ç õ e s , salvo o caso d e d e v e r e m s e r c a s s a d a s p o r i n f r a c ç ã o
que tenha havido.
| 3u° É p e r m i t t i d o r e n o v a r a s g u i a s , q u a n d o o r e c l a m e o i n t e r e s s a d o , p o r h a v e r m u -
dança nas eàvalgaduras q u e e m p r e g u e nas suas conducções.

Das apprehensões

A r t . 3 8 . ° -Nos casos d e a p p r e h e n s ã o e d e t e n ç õ e s o b s e r v a r - s e - h a o s e g u i n t e :
1 S á a a p p r e h e n s ã o c o n s i s t i r e m tabaco, s e r ã o c a p t u r a d o s o s c o n d u c t o r e s , e o b s e r -
v a f s e ^ h ã o a s ; disposições d o respectivo regulamento»
Seildo"de o u t r a s m e r c a d o r i a s , l i m i t a r - s e - h a o a p p r e h e n s o r a i n t i m a r o d e l i n q u e n t e ,
para declarar se contesta ou n ã o a detensão n'esse m e s m o acto, o u dentro d o praso d e
vinte e q u a t r o h o r a s , p e r a n t e a c o m p e t e n t e a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o .
O p r a s o , d a s v i n t e ie q u a t r o h o r a s d e v e c o m e ç a r a c o r r e r d o dia s e g u i n t e á q u e l l e e m
q u e a i n t i m a ç ã o s e r e a l i s a r , n ã o s e n d o santificado o u f e r i a d o , e findar n o i m m e d i a t o , e
q u a n d o e s t e dia f o r santificado o u f e r i a d o , n o p r i m e i r o e m q u e a a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o
funccionar.
3;° S e n d o possivel t o m a r - s e - h ã o , n o acto d a a p p r e h e n s ã o , d u a s t e s t e m u n h a s , q u e d e -
p o n h a m perante o director da alfandega, ou encarregado da delegação respectiva, ácerca
d a s c i r c u m s t a n c i a s q u e s e d e r a m p o r occasião d a a p p r e h e n s ã o .
4.° A s t e s t e m u n h a s s e r ã o l o g o i p i i m a d a s p e l o a p p r e h e n s o r , p a r a s e a p r e s e n t a r e m
n a a l f a n d e g a o u d e l e g a ç ã o c o m p e t e n t e s n ' e s s e m e s m o dia, s e n d o possivel, o u n o i m m e -
diato s e n ã o f o r santificado o u i m p e d i d o ; d e c l a r a n d o - s e - l h e s a h o r a e o local e m q u e t ê e m
de comparecer.
• Bí1? Q u a n d o n o acto d a a p p r e h e n s ã o n ã o s e p o s s a m a c h a r t e s t e m u n h a s , o s a p p r e h e n -
soreá s e r ã ò a c r e d j t a d o s a t é p r o v a e m c o n t r a r i o n o q u e d e c l a r a r e m , d e b a i x o d e jurame,ntp,
a respeito:da apprehensão.
6.° Os conductores dos objectos apprehendidos o u detidos serão desde logo interroga-
dos-na presença das testemunhas, havendo-as, sobre a procedencia d o s objectos appre-
hendidos.
7.° O s conductores d e mercadorias a p p r e h e n d i d a s o u detidas s ã o considerados do-
n o s d'ellas p a r a t o d o s o s effeitos l e g a e s , e m q u a n t o s e n ã o p r o v a r o c o n t r a r i o .
Si 0 : O s d o n o s d a s m e r c a d o r i a s e d o s t r a n s p o r t e s são r e s p o n s á v e i s p e l o s a c t o s d o s s e u s
a g e n t e s ; c a i x è i r w e u dop c o n d u c t o r e s d e m e r c a d o r i a s , n o q u e diz r e s p e i t o a o p a g a m e n t o
d o s d i r e i t o s e infracções d o s r e g u l a m e n t o s fiscaes.
Os objectos a p p r e h e n d i d o s o u detidos serão i m m e d i a t a m e n t e transportados.para
a íespeetiva alfandega ou delegação, e quando estas n ã o estejam abertas, serão deposita-
d o s e m p o d e r d e p e s s o a idónea, e m p r e s e n ç a d a a u c t o r i d a d e local o u dos d e l e g a d o s d ' e s t a ,
• A r t . 3 0 ! 0 ' S e o donO o u coriduçtor d a s m e r c a d o r i a s a p p r e h e n d i d a s n ã o c o n t e s t a r p e -
r a n t e o * d i r e c t o r â a a l f a n d e g a , o u s e voluntaria e p r o m p t a m e n t e p a g a r a m u l t a * o d i r e c t o r
o u e n c a r r e g a d o d a d e l e g a ç ã o j u l g a r á válida a t o m a d i a o u d e t e n ç ã o , ficando a s s i m t e r m i -
n a d o <3 p r o c e s s o . ; ,
Art. 40.? Dos despachos d e procedencia d a s tomadias, os quaes serão-intimados á s
p a r t e s i tóa re6ur§ovit'endo h a v i d o contestação.
•••«Art.- Q u a n d o o d e s p a c h o f o r d e i m p r o c e d ê n c i a d a s t o m a d i a s ou d e t e n ç ã o ; s e r á i n -
t i m a d o a o a p p r e h e n s o r , e d ' e l l e c a b e r e c u r s o n a c o n f o r m i d a d e d a lei.

• Disposições disciplinares

Art. disciplina d o c o r p o d o s g u a r d a s c o n s i s t e n a b o a o r d e m , n a p r o m p t a e x e -
cUjgãQ d a s d e t e r m i n a ç õ e s s u p e r i o r e s , p a r e p r e s s ã o , e n o castigo d a s faltas, t r a n s g r e s s õ e s
e dos crimes que se commettam.
permittida reclamação ou queixa alguma d o inferior para eom o s u -
p e r i Q P f S e ^ O í d p p q i ? d e c u m p r i d a s a s o r d e n s r e c e b i d a s , salvos o s c a s o s a q u e s e r e f e r e
o n . ° 3.° d o a r t i g o 4 8 . °
, A r t . 4 4 , ° O s , s u p e r i o r e s s ã o r e s p o n s á v e i s p e l a s faltas d e disciplina q u e p r o c e d a m d e
n f í g í ^ ç n p j ^ s u a , c p m m e t t i d a s p e l o s e m p r e g a d o s q u e Jhes s ã o s u b o r d i n a d o s .
: A r t . 4K,° Q s g u a r d a s q u e d e r e m p a r t e d e d o e n t e s s e r ã o r e c o l h i d o s n o s h o s p i t a e s m i -
l i t a r e s o u civis, s e o p e d i r e m , o u q u a n d o o s s e u s s u p e r i o r e s o j u l g a r e m c o n v e n i e n t e a
5 de abril 1865
b e m da disciplina, p a g a n d o 2 0 0 réis e m cada dia que ali se d e m o r a r e m , o s q u a e s serão
d e d u z i d o s dos seus vencimentos, e pagos aos hospitaes pelas respectivas alfandegas.
| unico. No caso cie ferimento ou d e q u a l q u e r accidente occasionado pelo serviço, a
importancia a p a g a r aos hospitaes pelo t r a t a m e n t o d o s g u a r d a s s e r á satisfeita pela verba
'das despezas eventuaes; recebendo, a l e m d'isso, os m e s m o s g u a r d a s u m a a j u d a d o custo
paga pela dila verba d a s despezas eventuaes, da alfandega, e q u e será regulada s e g u n d o as
circumstancias q u e concorram n o s q u e assim t i v e r e m d e ser r e m u n e r a d o s .
A r t . 46, f i Os chefes fiscaes p o d e m , m a s só p o r motivos muito attendiveis, conceder'
licença aos seus subordinados até oito dias e m cada anno. •
| unico. Os chefes fiscaes t e r ã o muito e m vista n a concessão das licenças q u e estas
n ã o p r e j u d i q u e m o serviço, e serão responsáveis pelos prejuízos q u e r e s u l t e m d e a b u s o nas
licenças q u e c o n c e d a m .
A r t . 47.° O corpo dos g u a r d a s das alfandegas, alem do serviço p r o p r i o d a fiscalisação,
póde e deve, s e m prejuizo d'esta, auxiliar a policia das povoações e c a m i n h o s publicos,
m a n t e n d o a o r d e m e a segurança dos cidadãos, soccorrendo-os e m caso d e necessidade.

Das transgressões
A r t . 48.° C o m m e l t e t r a n s g r e s s ã o d e disciplina, e como tal será p u n i d o :
1.° O s u p e r i o r q u e oífender o u injuriar o inferior p o r palavras o u acções;
2.° Ò s u p e r i o r q u e applicar o u m a n d a r applicar p e n a s injustas o u n ã o auctorisadas
pela lei; -j
3.° O q u e desobedecer o u n ã o executar c o m p r o m p t i d ã o as o r d e n s d o s superio-
r e s , salvo q u a n d o entenda, a b e m . d o serviço, dever s u s p e n d e r sob sua responsabilidade a
e x e c u ç ã o d'essas ordens ou executa-las d e m o d o dilferente d ' a q u e l l e p e l o qual l h e f o r a m
dadas, justificando o p p o r t u n a m e n t e o seu p r o c e d i m e n t o ;
• 4 , ° O q u e não c o n c o r r e r aos actos d o serviço para que f o r c h a m a d o pelas erdeníi g e -
r a e s o u especiaes;
5.° O q u e por palavras, gestos ou acções,faltar ao respeito devido aos seus s u p e r i o r e s ;
6.° O q u e s e ausentar s e m licença estando d e serviço, o u sair, estando d e folga, |)ara
fóra d o s limites da-secção o u djvisão a q u e p e r t e n ç a ;
7.° O q u e a d o r m e c e r estando d e sentinellà;
8.° 0 q u e tiver m a u c o m p o r t a m e n t o civil;
9.° O q u e descontar vencimentos o u fizer outras transacções com o s s e u s superio-
r e s o u inferiores;
10.° O q u e s e n d o casado ou tendo filhos, estes o u a m u l h e r exerçam qualquer especie
de commercio sobre generos d e importação n o districto fiscal e m q u e sirva;
11.° O que não u s a r d o u n i f o r m e e a r m a m e n t o estando d e serviço;
12.° O q u e exigir g r a t u i t a m e n t e pousada ou alimentos e m qualquer casa;
• 13.? O . q u e não conservar e m b o m estado o a r m a m e n t o e o s p e t r e c h o s : p e r t e n c e n t e s á
fazenda .nacional;
14.° O s u p e r i o r q u e p o r q u a l q u e r m o d o e m p r e g a r o s g u a r d a s e m seu particular ser-
viço;;,. .
15.° O q u e e x e r c e r commercio d e c/ualquer especie;
16.° O q u e e x e r c e r industria q u e possa .distrahi-lo d o c u m p r i m e n t o dos seus.deveres.
A r t . 49,° São consideradas circumstancias aggravantes das transgressões:de disciplina:
1.° S e r e m commettidas as transgressões d u r a n t e o serviço;
2.° S e r e m repetidas; •
3.° S e r e m habituaes; •• ;
4.° .Serem taes q u e cheguem a prejudicar a honra e o decoro cío corpo fiscaj, ou.pro-
m o v a m o t r a n s t o r n o da o r d e m publica ;
A falta d e s u b m i s s ã o p r o m p t a á imposição d a s penas.. ; • ,o i -

> Das penas disciplinares !> - . 7. '. \


A , ' . . * ^ •• 'A)
A r t . 50.° Os individuos que c o m p õ e m o corpo dos g u a r d a s ficam sujeitos âs< seguintes
penas: -. ;• .• ; • ,•. . . • • ' • „ ' > : • / ' ;
1. a A d v e r t e n c i a y e r b a l e m particular o u e m publico; ' „ " " ~
2 . a R e p r e h e n s ã p verbal e m p a r t i c u l a r o u e m p u b l i c o ; .; ; . ;
3 . a Transferencia p a r a outro districto;
100 1865 5 de abril

4 . a Privação da parte que lhes pertença nos emolumentos d o respectivo cofre;


5 . a S u s p e n s ã o d o exercicio, e d e t o d o s o s v e n c i m e n t o s a t é t r e s m e z e s ;
6.a Demissão.
A r t . 5 1 Alem d a s penas estabelecidas n o artigo precedente, p o d e m ser applicadas
aos guardas as seguintes:
1 . a F a z e r g u a r d a s o u serviço s e m l h e s c o m p e t i r a t é q u i n z e d i a s .
A s g u a r d a s o u serviço d e castigo n ã o p o d e m s e r a p p l i c a d a s e m dias c o n s e c u t i v o s .
2 . a P a s s a r d e g u a r d a a cavallo o u d e l . a classe p a r a a 2 . a c l a s s e d o s g u a r d a s , t e m p o -
r a r i a m e n t e , a t é u m m e z , e s e m limitação d e t e m p o , p r e c e d e n d o p r o p o s t a d o c h e f e fiscal
ao d i r e c t o r .
N ' e s t e c a s o o g u a r d a s e r á a b o n a d o n a folha d a classe e m q u e e s t a v a , m a s - c o m venci-
m e n t o d a 2 . a c l a s s e , e m q u a n t o p o r v a c a t u r a n ã o e n t r e n o q u a d r o d ' e s t a , q u a n d o a baixa
d e classe f o r p e r m a n e n t e .
A r t . 5 2 . ° A s p e n a s d e q u e t r a t a m o s dois p r e c e d e n t e s a r t i g o s p o d e m s e r a g g r a v a d a s ,
a f f i x a n d o - s e n a a l f a n d e g a , e n a s d e l e g a ç õ e s d o r e s p e c t i v o districto fiscal o n d e o e m p r e -
gado servir, a o r d e m que i m p o z e r a pena.
A r t . 5 3 . ° A s u s p e n s ã o n o s casos u r g e n t e s p ó d e s e r i m p o s t a i m m e d i a t a m e n t e p o r q u a l -
q u e r s u p e r i o r a s e u s i n f e r i o r e s , d a n d o logo p a r t e a o d i r e c t o r .
A r t . 5 4 . ° A s p e n a s d e q u e t r a t a m o s artigos p r e c e d e n t e s n ã o s u b t r a h e m o s e m p r e -
g a d o s á a p p l i c a ç ã o d e q u a e s q u e r o u t r a s p e n a s , q u e e m v i r t u d e d o codigo p e n a l o p o d e r j u -
dicial l h e s p o s s a i m p o r .
Art. 55.° As penas disciplinares são impostas, p o r ordem do ministro e secretario
d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a f a z e n d a , a o s c h e f e s fiscaes, e p o r q u a l q u e r d ' e s t e s a o s e m p r e -
gados seus subordinados.
§ unico. A demissão aos empregados q u e têem nomeação regia, e b e m assim a sus-
pensão alem d e u m m e z , deverá s e r proposta ao governo.
A r t . 5 6 . ° A a p p l i c a ç ã o d a s p e n a s d i s c i p l i n a r e s s e r á r e g i s t a d a n o livro d e a s s e n t a m e n t o
d o p e s s o a l q u e t ê e m o s c h e f e s fiscaes.
§ unico. Exceptuam-se as advertências verbaes.
Art. 57.° Se qualquer guarda incorrer n o crime de contrabando, o u n o descaminho
d e direitos, a l e m d a d e m i s s ã o s e r á a u t u a d ç e e n t r e g u e aos t r i b u n a e s , p a r a s e r c a s t i g a d o
c o m o c ú m p l i c e d e r o u b o á f a z e n d a nacional.
• § u n i c o . S e a p a r t i c i p a ç ã o n ' e s t e s c r i m e s f o r feita c o m m ã o a r m a d a , s e r á esta c i r c u m -
stancia a g g r a v a n t e m e n c i o n a d a n o c o m p e t e n t e a u t o d e n o t i c i a .

UNIFORMES E ARMAMENTOS

Corpo de guardas fiscaes

A r t . S 8 . ° O u n i f o r m e d o c o r p o d o s g u a r d a s d a fiscalisação d a s a l f a n d e g a s é : b o n e t , c a -
s a c o e calças d e s a r a g o ç a , e g a b ã o d e p a n n o d e m e s c l a e s c u r o , t u d o c o n f o r m e o figurino
junto a estas instrucções.
| u n i c o . E x c e p t n a - s e , q u a n t o á s ilhas a d j a c e n t e s , q u e o u n i f o r m e é d e p a n n o azul, e m
logar d e saragoça.
A r t . 5 9 . ° N o v e r ã o a s calças d o s g u a r d a s a p é s ã o d e b r i m c r ú .
Art. 60.° O bonet é r e d o n d o d e 1 2 centímetros d e altura, avivado d e p a n n o prelo,
pala d e couro envernizado, e chapa de metal amarello, com as letras D . F . , e.o n o m e d o
districto d a alfandega e m q u e sirvam os guardas.
E m t e m p o d e c h u v a o b o n e t p ó d e s e r c o b e r t o c o m capa d e o l e a d o .
A r t . 61.° O casaco é a c o l c h e t a d o , u m p o u c o s o b r e p o s t o , c o m u m a c a r r e i r a vertical d e
oito b o t õ e s p r e t o s d e u n h a o u m a s s a .
§ 1.° O c o m p r i m e n t o ê d e t e r m i n a d o p e l a e x t r e m i d a d e d o s d e d o s , t e n d o o b r a ç o e m
p o s i ç ã o vertical.
§ 2 . ° A s a b a s são f o r r a d a s d e o r l e a n p r e t a n a p a r l e a n t e r i o r e p o s t e r i o r , e n a l a r g u r a
de 2 0 centímetros.
1 3 . ° Pels parte anterior tem duas algibeiras.
i 4 . ° A.gpla^e q cajlhão d e p a n n o p r e t o , d e b r u a d o s c o m galão liso d e lã, d e 2 c e n t í m e -
t r o s d e l a r g u r a . T)*cahh3o'e d i r e i t o e a g o l a a c o l c h e t a d a c o m t r e s colchetes.
§ 5 . ° A gola t e m n a p a r t e a n t e r i o r , d o l a d o d i r e i t o a l e t r a N . , e d o l a d o e s q u e r d o o n u -
m e r o q u e o g u a r d a tiver n o l i v r o d o a s s e n t a m e n t o .
8 de abril 1865 101

A r t . 6 2 . ° A calça é c o n v e n i e n t e m e n t e l a r g a , e t e m algibeiras a b e r t a s e m a m b a s a s cos-


turas exteriores.
§ u n i c o . A s d o s g u a r d a s a cavallo t ê e m f u n d i l h o s e p r e s i l h a s d e c o u r o p r e t o .
A r t . 6 3 . ° O g a b ã o t e m m a n g a s e c a p u z s e g u r o c o m botões, u m a c a r r e i r a d e seis b o t õ e s
p r e t o s d e u n h a o u masSa, d e 2 5 m i l l i m e t r o s d e d i â m e t r o , e d e q u a t r o f u r o s .
| u n i c o . A r o d a d o g a b ã o dos g u a r d a s a p é fica a 2 2 c e n t í m e t r o s d e a l t u r a d o c h ã o .
O g a b ã o d o g u a r d a a cavallo d e v e s e r a m p l o , e c o m o n e c e s s á r i o c o m p r i m e n t o p a r a c o -
brir os pés e a mala. v
A r t . 6 4 . ° Os g u a r d a s a cavallo u s a m d e e s p o r a s d e f e r r o s e g u r a s c o m c o r r e i a s .
A r t . 6 5 . ° O s distinctivos d a s g r a d u a ç õ e s são o s s e g u i n t e s :
1.° O s chefes fiscaes, s u b - c h e f e s e fiscaes t ê e m b o n e t , casaco e calças d e p a n n o c ô r
d e c a s t a n h a e s c u r o , gola e c a n h ã o d e v e l l u d o p r e t o , s e n d o a g o l a d e b r u a d a d e g a l ã o liso d e
seda, d e igual largura á dos guardas.
N o v e r ã o a s calças são d e b r i m b r a n c o .
2 . ° O distinctivo d e c h e f e fiscal s ã o t r e s c o r d õ e s d e p a s s a m a n e r i a d e oiro, d e 4 milli-
m e t r o s d e d i â m e t r o ; o d e s u b - c h e f e dois; e o d e fiscal u m d o s m e s m o s g a l õ e s , t o d o s g u a r -
n e c e n d o a p a r t e s u p e r i o r d o c a n h ã o , e collocados s e g u n d o indica o figurino.
3 . " O s g u a r d a s d e l . a classe e o s d e cavallo, t ê e m u m a estrella d e m e t a l a m a r e l l o n o
b r a ç o direito, o s p r i m e i r o s , e n o e s q u e r d o os s e g u n d o s , a distancia d e 1 5 c e n t í m e t r o s d a
costura d a manga n o hombro.
Art. 66.° Os guardas usarão d e cabello curto, bigode e p e r a .
Ârt. 67.° Todo o pessoal d o corpo d o s g u a r d a s usará d e u m apito d e p a u escuro.
§ 1 . ° Os g u a r d a s u s a r ã o d o a p i t o p e n d e n t e d e u m c o r d ã o p r e t o , s e g u r o a o p r i m e i r o
b o t ã o d o casaco.
§ 2 . ° O t o q u e d o apito é signal c o n v e n c i o n a d o d e p e d i r s o c c o r r o .
A r t . 6 8 . ° O s c h e f e s fiscaes, s u b - c h e f e s e fiscaes, u s a m d e talim d e c o u r o p r e t o e n v e r -
n i z a d o , d e e s p a d a s d e cavallaria o s c h e f e s e s u b - c h e f e s , e d e i n f a n t e r i a o s fiscaes, p o -
dendo todos usar d e pistolas o u revolvers.
A r t . 6 9 . " Os g u a r d a s a cavallo u s a m d e e s p a d a e d e d u a s pistolas d e c o l d r e s .
Ser-lhes-ha permittido usar d e revolvers.
A r t . 7 0 . ° Os g u a r d a s a p é u s a m d e clavina, e s p a d a - b a y o n e t a , c i n t u r ã o p r e t o , e c a r t u -
cheira n a frente.
A r t . 7 1 . ° N o c o n t i n e n t e d o reino, o s c h e f e s fiscaes e s u b - c h e f e s são o b r i g a d o s a t e r
cavallo.
A r t . 7 2 . ° Os u n i f o r m e s e os cavallos são á c u s t a d o s e m p r e g a d o s ; o s a r m a m e n t o s d p s
g u a r d a s , e x c e p t o os r e v o l v e r s , s ã o f o r n e c i d o s p e l o a r s e n a l d o e x e r c i t o , e m conia d o m i -
nisterio da fazenda.
A r t . 7 3 . ° P a r a q u e h a j a u n i f o r m i d a d e e a e c o n o m i a possiveis, f o r m a r - S e - h a e m cada
d i s t r i c t o fiscal a d u a n e i r o u m a c o m m i s s ã o c o m p o s t a d o c h e f e fiscal, d e u m s u b - c h e f e , d e u m
fiscal, d e u m g u a r d a a cavallo, e d e u m g u a r d a a p é d e l . a classe, a q u a l p r o m p t i f i c a r á
t o d o s o s objectos d e m e t a l e d e f a r d a m e n t o d o s g u a r d a s , m e d i a n t e u m m o d i c o desconto
nos respectivos vencimentos. •
§ unico. Estas commissões serão superintendidas pelos chefes d e serviço das primei-
r a s r e p a r t i ç õ e s d a s a l f a n d e g a s m a r í t i m a s d e l . a classe, e p e l o s d i r e c t o r e s d a s r e s t a n t e s al-
fandegas.
A r t . 7 4 . ° É p e r m i t t i d o a o s a c t u a e s g u a r d a s u s a r , a t é a o fim d e s e t e m b r o p r o x i m o f u -
turo, o fardamento que actualmente têem.
N o 1.° d e o u t u b r o s e g u i n t e t o d o o p e s s o a l d o c o r p o dos g u a r d a s estará c o m p l e t a m e n t e
uniformisado segundo o plano d'estas instrucções.

Remadores e patrões dos escaleres

A r t . 7 5 . ° O u n i f o r m e d o s r e m a d o r e s d o s escaleres é c o n f o r m e o figurino junto, c o m -


p o n d o - s e d e c h a p é u e n v e r n i z a d o d e p r e t o , s i m i l h a n t e ao d e m a r i n h e i r o d a a r m a d a n a c i o n a l ,
t e n d o fita p r e t a e distico indicativo d o d i s t r i c t o d a alfandega a q u e p e r t e n ç a m o s r e m a d o -
r e s ; d e jaleco, colete e calças d e s a r a g o ç a e fita p r e t a n o p e s c o ç o .
§ 1 . ° O jaleco e c o l e t e são a b e r t o s , t ê e m a l g i b e i r a s e x t e r i o r e s e b o t õ e s d e m e t a l a m a -
r e l l o c o m a n c o r a . O jaleco t e m d u a s o r d e n s d e q u a t r o b o t õ e s , e o c o l e t e u m a d e igual
numero. ' —
i 2 . ° A calça é l a r g a , t e n d o a l g i b e i r a s n a s c o s t u r a s e x t e r i o r e s . i' ••<•. • ^
102 1865 » d e Abri!

Art. 76.° O s p a t r õ e s u s a m d e casaco d e s a r a g o ç a , d o c o m p r i m e n t o d e t e r m i n a d o p e l a


e x t r e m i d a d e d o s d e d o s , tendo o b r a ç o e m posição vertical. A s a b a s são f o r r a d a s , e t ê e m
algibeiras, n a f ó r m a q u e s e e s t a b e l e c e n o s | | 2 . ° e 3 . ° d o a r t i g o 6 1 . ° d ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s .
| u n i c o . O casaco t e m n a m a n g a direita u m a c o r ô a e o n u m e r o d o e s c a l e r e m q u e
sirva o p a t r ã o , a m b o s o s distinctivos d e m e t a l d o u r a d o . E m t u d o o r n a i s o u n i f o r m e é c o m o
0 tios r e m a d o r e s , e p o d e n d o u s a r d e b o n e t d o m e s m o p a n n o , c o m o o s c o n t r a m e s t r e s d a
a r m a d a n a c i o n a l , « o i h a s letras iniciaes d o distico q u e vae i n d i c a d o p a r a os c h a p é u s d o s ref-
inadores.
A r t . 77.® D e v e r ã o , t a n t o o s p a t r õ e s -como o s r e m a d o r e s , u s a r ã o d e colete e calça d e
b r i m c r ú , p o d e n d o u s a r d e c h a p é u s d e p a l h a ; e d e i n v e r n o p o d e r ã o u s a r d e j a p o n a s e cal-
ças d e oleadò, b e m c o m o d e camizolas d e m a l h a n o s e r v i ç o o r d i n a r i o . <
• A r t . 7 8 . ° Q u a n d o a n a t u r e z a d o s e r v i ç o exija q u e o s p a t r õ e s e r e m a d o r e s u s e m d e a r -
m a m e n t o s e r á e s t e : clavina, e c i n t u r ã o p r e t o c o m o o d o s g u a r d a s fiscaes d a s a l f a n d e g a s .

1t ; Disposição transitória
' A r t . ' 79.® A t é á p u b l i c a ç ã o d o r e g u l a m e n t o definitivo, c o n t i n u a r - s e - h a a o b s e r v a r , n o s
c a s o s o m i s s o s n ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s , o q u e s e a c h a d i s p o s t o n a legislação, e n o s r e g u l a m e n -
t o s e x i s t e n t e s , á c e r c a d o s e r v i ç o e x t e r n o d a s a l f a n d e g a s , n a p a r t e e m q u e n ã o seja c o n t r a -
r i o à o q u e n ' e s t a s m e s m a s i n s t r u c ç õ e s vae d e t e r m i n a d o .
P a ç o , e m 5 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . — M a t h i a s de Carvalho e Vasconcellos.

TABELLA N.° \
A qne se refere"? artigo 1.° das instrucções approvadas por portaria (Testa data

Guardas a pé-
Guardas
Districtos fiscaes Chefes Sub-chefes Fiscaes
fiscaes fiscaes
cavallo
l . a classe

Alfandegas marítimas de 1." classe

Díèbóai'.'.; 1 3 14 13 86 425
Poito 1 2 9 4 64 200
Funchal 1 1 1 _ IS m
Angra do Heroismo, Ponta Delgada e
porta, . . . . . . . . . i 3 4 6 20 '
70

Alfandegas marítimas de í . ' classe

Vianna do Castello 1 2 4 2 16 75
Figueira 1 2 4 4 14 48
OlhSo 1 2 7 3 33 176

' Alfandega da nata de -t.a classe


:
Elvas 1 2 4 24' 9 40

Alfandegas da raia de l . ' classe


1 2 4 3 20 90
1 2 4 12 18 43
Bragança. 1 2 4 11 11 57
Barca dè 'Àlva 1 2 4 14 12 -•80
Penamacor . . . . . . i 1 2 4 14 : '14 • .46 ,
1 2 .• 4 20 10
Al a Nova 1 2 4 , 18 9 ' ff"

15 31 75 148 350 " 1:440

Paço, em 5 de abril de 1865.—Mathias de Carvalho e Vasconcellos.


5 de abril 1865 101

TABELLA N.° 2
Á que se refere ò artigo 1.° dás instrucções approvadas pòr portaria (Tèsta M â

§ 2
3 2 »rt.2
rt 9
IS A
3 'jj •
Districtos fiscaes <4 jSÍSCA «<4o
a aw
es "S ® o

Mestres
s .2 «.í:
J3o - Oo a9>
S
o
u i s 1

f.° Districto • • í:
Desde a foi dô Minho ^té Peniche. 1 i 3 37
í.« Districto
Desde Peniche até ao cabo de S. Vicente 1 i .2 :

3.° Districto
1 i 3 72

4.° Districto
Ilha da Madeira _ _ 1 12
-

5.° Districto
- 3 à

i 3 3 12 222

P a ç o , e m 5 d e abril d e ' 1 M a t h i a s de Carvalho e Vasconcellos.

TABELLA N.° 3
Á que se refere o artigo 1.° das instrucções approvadas per portaria d'esta data

Districtos fiscaes ReraactoMs:

Alfandegas marítimas de í. a classe


Lisboa.
Porto» 30
'FijncSal.. 10
Angrâ dó Heroismo, Ponta Delgada e Horta 30
Alfandegas marítimas de í." classe
Vianna do Castello 12
Figueira 10 'i
OlhSo............ 50

347

Paço, em 5 de abril de Mathias de Carvalho ejcfsconcellos.


104 1865 5 de abril

TA.BEL
Designação dos districtos fis

Districtos fiscaes Divisões fiscaes

Residencia Limites
Designação Limites dos chefes Designado

1.a Divisão Lanhelas a Vianna.


Vianna Lanhelas a Labruge. Vianna.
2.® » Vianna a Labruge .

1." Divisão Labruge a Espinho.

Porto í Labruge a Ílhavo. Porto ,

Espinho a Ílhavo

(1." DivisSo Ílhavo á foz do rio Liz


Figueira Ílhavo á praia da Consolação Figueira.
Foz do rio Liz á praia da Consolação ..

1." DivisSo Praia da Consolação ao cabo do Espichel.

Praia da Consolação ao cabo Lisboa.


Lisboa. de S. Vicente Districto da alfandega municipal.

\3.a » Cabo do Espichel ao cabo de S. Vicente —

1.» DivisSo Cabo de S. Vicente ao cabo de Santa Maria


Cabo de S. Vicente ao Po- Olhão.
OlhSo marão
Cabo de Santa Maria ao Pomarão

l. a Divisão Pomarão ao Ficalho


PòmarSo á ribeira de Alcar- Aldeia Nova..
Aldeia Nova. rache Ficalho á ribeira de Alcarrache
a
l. Divisão Ribeira de Alcarrache á Senhora da Ajuda..
Ribeira de Alcarrache a Ou- Elvas ,
Elvas. guella 1
[2. » Senhora da Ajuda a Ouguella
1.° Divisão Ouguella a Gallegos
Portalegre. Ouguella a Montalvão Portalegre
Gallegos a Montalvão.

Margem direita do Tejo, em 1.» Divisão


Margem, direita do Tejo, em frente de Mon-
frente de Montalvão, a Penamacor... » talvão, a Penha Garcia
Penamacor. Castello Mendo 2.1 Penha Garcia a Castello Mendo
l. a Divisão Castello Mendo á Barca de Alva
Barca de Alva Castello Mendo a Bruçó — Barca de Alva
Barca de Alva a Bruçó
1." Divisão Bruçó a Valle de Frades
Bragança. Bruçó a Mofreita Bragança.
Valle de Frades a Mofreita
l. a DivisSo Mofreita a Villar Secco
Mofreita a Pitões, na ribei- Chaves...
Chaves.
ra de Beredo
Villar Secco a Pitões
1.» DivisSo Pitões a Valladares
Pitões, na ribeira de Beredo, Valença..
Valença. a Lanhelas 2." Valladares a Lanhelas

P a ç o , e m 5 d e abril d e l865.=Mathias de Carvalho e Vasconcellos.


S de abril 1864 105

LA N.° 4
caes, suas divisões c secções
Seccões fiscaes

Residencia dos sab-chefes Designação Limites Residencia dos fiscaes

Secção Lanhelas a Ancora . Seixas.


Caminha 2 a » Ancora a Vianna Vianna.
t 3.» » Vianna a Fão Espozende.
Povoa de Varzim . . . 4.a » Fão a Labruge Villa do Conde.
1.» Secção Labruge ao forte do Queijo Leca.
1 2.a » Forte do Queijo a Massarellos Foz.
1
» Rio e ancoradouro Porto.
Porto. j 4.a » Massarellos ao Serio Idem.
1 o.a y> Serio á Corticeira Idem.
a
6." » Linha das Barreiras de V." N. e costa até ao Espinho Villa Nova.
i 7." » Espinho a Aveiro Ovar.
1
) Ka » Ria de Aveiro e ancoradouro Aveiro. '
i 9." » Aveiro a Ílhavo Ílhavo.
t 1.» Secção Ílhavo a Buarcos Mira.
Buarcos. 2 a » Buarcos á foz do rio Liz Figueira.
3,- » Foz do rio Liz á Pedreneira Vieira.
í 4." » Pedreneira á praia da Consolação S. Martinho.
í l . a Secção Praia da Consolação á Ericeira Ericeira.
:i.» » Ericeira a S. Julião Cascaes.
I » S. Julião a Alcantara Belem.
I 4.a » Aldeia Gallega ao Seixal Barreiro.
í).a » Seixal ao Cabo do Espichel Trafaria.
1 6." » Rio e ancoradouros Lisboa.
( 7.a » Alcantara a S. Sebastião Campolide.
) 8.a » S. Sebastião á Cruz da Pedra Arroios. .
Lisboa. ] 9.a » Cruz da Pedra á Ribeira Velha Caminho de ferro.
(l().a » Terreiro do Pa"ço a Alcantara Boa Vista.
(li.a )> Cabo do Espichel a OutSo Cezimbra.
)12.a )> Setubal e ancoradouros Setubal.
Setubal H3.a )> Setubal a Sines Sines.
(14." » Sines ao cabo de S. Vicente Villa Nova de Milfontes.
í 1.» Secção S. Vicente á Senhora da Luz Sagres.
PortimSo ] 2.a Senhora da Luz a Albufeira Lagos. -
/ 3.a » Albufeira ao cabo tle Santa Maria Faro.
4.» » Cabo de Santa Maria á Fuzeta Olhão.
- 5.' a Fuzeta a Cacella Tavira.
tonio <;••> » Cacella á foz da ribeira de Odeleite Villa Real de Santo Antonio.
7.a )) Foz de Odeleite ao Pomarão Pomarão.
l . a Seccão Pomarâo ao Córte do Pinto S. Domingos.
S. Domingos . . . 2a )) Córte do Pinto ao Ficalho Aldeia Nova.
3.a )> Ficalho á ribeira de Mortigão Sobral.
Barrancos 4." » Ribeira de Mortigão á ribeira de Alcarrache Amareleja.
Secção Alcarrache a Terena Mourão.
Alandroal 2.» » Terena á Senhora da Ajuda Juromenha.
3." » Senhora da Ajuda á freguezia do Caia Estação do caminho de ferro.
Campo Maior . . 4." » Freguezia do Caia a Ouguella Campo Maior.
1 . » Seccão Ouguelia ao Pinheiro, na ribeira do Soberete Alegrete.
Arronches 2.a » Pinheiro aos Gallegos Portalegre.
H.a » Gallegos a Castello de Vide Portagem.
Castello de Vide 4.a » Castello de Vide a Montalvão Montalvão.
i l . a Secção Margem direita do Tejo, em frente de Montalvão, á ri-
Zibreira. beira Aravil Matpique.
( 2.a Ribeira Aravil a Penha Garcia Rosmaninhal.
3.a » Penha Garcia a Alfaiates Penamacor.
Villar Maior 4.a » Alfaiates a Castello Mendo Aldeia Velha.
- 1." Seccão Castello Mendo á Figueira de Castello Rodrigo Almeida.
drigo 2 a Castello Rod.rigo á Barca de Alva Escalhão.
3.° » Barca de Alva ao Freixo Sabor.
Freixo. •i 4 . a » Freixo a Bruço Lagoaça.
l . a Seccão Bruç.ó a Miranda
Bemposta.
Miranda do Douro . . . • j 2 . a M Miranda a Valle do Frades Vimioso.
j 3.a » Valle de Frades a Bragança Outeiro.
Bragança )) Bragança a Mofreita França.
• i 4."
\ l . a Seccão Moíreita a Moimenta Moimenta.
» Moimenta a Villar Secco ' Villarinbo.
j 3.» » Villar Secco a Santo André Villar Perdizes.
Montalegre )) Santo André a Pitões Tourem.
( 1 / Secção Pitões a Castro Laboreiro
Villar da Veiga.
Britello . . . » Castro Laboreiro a Valladares Melgaço.
( 3» » Valladares a Valença Monção.
d
4." Valença a Lanhelas Lanhelas.

27
MODELO N.° \
Registo das tomadias feitas no districto fiscal de

Alfandegas
Numero do talão o s delegações
Datas em que se forem feitas Nomes dos réus Nomes dos apprehensores Designação dos objectos Observações •
foram feitas para onde foram
com denuncia remettidas

MODELO N.° 2
N.° N.
DISTRICTO FISCAL D E _
DISTRICTO FISCAL DE
Em de de 186 foi aceita a
denuncia dada em segredo de Ao apresentante d'este titulo se ha de pagar, sem dependencia da recibo, a parte que for contada
no processo que se instaurar em consequência do facto denunciado constante do talão d'este titulo.

Em de de 186

F. (a)
e em consequência d'essa denuncia se vae proceder ás
competentes diligencias, e quando se verifique o facto
denunciado se dará o premio da lei ao apresentante do
titulo que ora se entrega, para que a todo o tempo conste
o seu direito.
F. (a)

(a) Nome do chefe ou sub-chefe liscal. (a) Nome do chefe ou sub-chefe fiscal.

D. de L. n.° 5 81 e 84, de 10 e 15 de abril.


8 de abril 1865 107

T H E 8 0 U R 0 PUBLICO

DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIRUIÇÕES INDIRECTAS

C ç n v i n d o regular a liquidação, fiscalisação e c o b r a n ç a d o ipiposto d e 5 p o r ceijíQ, ,eç,-


tabelecido sobre o preço do transito d e passageiros, e do transporte d e mercadoriaspelps
c a m i n h o s d e f e r r o , e m o b s e r v a n c i a d o d i s p o s t o n o a r t i g o 4 . ° d a c a r t a d e l e j d e 1 4 .de J u _
l h p d® 1 8 6 3 , ,e n o n.° I I d ç a r t i g o 3-° d o d e c r e t o ,de 3 1 d e d,ezopabro d o a n n o p p x i j ^ o
findo; h e i p o r b e m d e c r e t a r o s e g u i n t e :
Artigo'1.° A escripturação d o r e n d i m e n t o proveniente do transito d e passageiros e
do transporte d e mercadorias pelos caminhos d e ferro será organisada p o r fórma que,
c o m exactidão e facilidade, d'ella s e p o s s a c o n h e c e r q u a l seja a p a r t e d ' a q u e l l e r e n d i m e n t o
p e r t e n c e n t e a o i m p o s t o d e 5 p o r cento, e s t a b e l e c i d o p e l o a r t i g o 2 . ° d a carta d e lei d e 1 4
de julho d e 1863. '
A r t . 2 . ° F i c a m e s p e c i a l m e n t e e n c a r r e g a d o s o s e n g e n h e i r o s fiscaes, p o r p a r t e d o g o -
v e r n o , j u n t o s a cada u m a d a s c o m p a n h i a s dós c a m i n h o s d e f e r r o , d e fiscalisar a e s c r i p t u r a -
ção a q u e s e r e f e r e o a r t i g o a n t e c e d e n t e , e n o d e s e m p e n h o d ' e s t e d e v e r c u m p r e - l h e s :
I P r p c e d e r a todos o s ,ex;ames c o n d u c e n t e s a p o d e r e m ç§rtific?f a y,er.ac$ade d p r e n -
d i m e n t o d o i m p o s t o d e q u e t r a t a e s t e ,decr,eto;
I Í R u b r i c a r a s g u i a s d e rejgpteçs?, e a s s i g n a r a s c e r t i d õ e s ,<jle r e n d i m e n t o a g o e s e f e :
fere o artjgo 5.°; ' . '
III D a r conta a o g o v e r n o , p e l a d i r e c ç ã o g e r a l d a s a l f a n d e g a s e contrjb.uiç&es i n d i r e c t a s ,
de tudo qúapto entendam a b é m d'este ramo do.serviço publicç.
A r t . 3 . ° À a r r e c a d a ç ã o , e s c r i p t u r a ç ã o e e n t r e g a n a s caixas .centraes $ o po^oisterio
fazepija d o r e n d i m e n t o d o i m p o s t o d e 5 p o r cento s e r ã o f e i t a s p e l o s a g e n t e s ,^as c p m p a r
nhias.dos caminhos d e ferro, sob a impiediata responsabilidade d a s mesmas ^mpanhijaç..
Art*. 4 . ° È m r e m u n e r a ç ã o d ó s s e r v i ç o s a q u e s e r e f e r e o artigo a n t e ç e d e p t e concede,*)
governo ás companhias dos caminhos d e ferro 1 p o r cento das importancias q ^ e entrega-
r e m / n o s t e r m o s do artigo o.°
I u n i c o . À i m p o r t a n c i a d a p e r c e n t a g e m c o n c e d i d a s e r á p a g a n o acto d e s e ,effe,ctua.-
r e m a s entregas, para o q u e se deverão passar as competentes ordens d e auctorisação.
A r t . 5 . ° A s e n t r e g a s d o r e n d i m e n t o d o i m p o s t o d e 5 p o r cento e f f e c t u a r - s e - h ã o m e n -
s a l m e n t e ( d u r a n t e o s p r i m e i r o s d i a s d e cada m e z , e m r e l a ç ã o a o r e n d i m e n t o d o m e z a n -
t e c e d e n t e ) n a s caixas c e n t r a e s d o m i n i s t e r i o d a f a z e n d a , a c o m p a n h a d a s d e g u i a s d e talão,
e c e r t i d õ e s d o r e n d i m e n t o , q u e s e r ã o a s s i g n a d a s p o r a q u e l l e d o s d i r e c t o r e s dà's c o m p a n h i a s
q u e f o r c o m p e t e n t e , p e l o e n g e n h e i r o fiscal p o r p a r t e d o g o v e r n o , e p e l o a g e n t e e n c a r r e -
gado da respectiva escripturação.
§ u n i c o . E s t a s c e r t i d õ e s s e r ã o e n t r e g u e s n a d i r e c ç ã o g e r a l d a c o n t a b i l i d a d e d o minis-
t e r i o d a f a z e n d a , e* a r e s p e i t o d a s q u a e s s e p r o c e d e r á s i m i l h a n t e m e i ^ t e a o q u e s o p r a t i c a
com a s certidões d e rendimentos enviados pelas alfandegas.
A r t . 6 . ° A s c o m p a n h i a s d o s c a m i n h o s d e f e r r o facilitarão o e x a m e d a . e s c r i p t u r a ç ã o
r e l a t i v a á o .imposto d e q u e t r a t a e s t e d e c r e t o , s e m p r e q u e l h e f o r exigido p e l o s emprega.-
d o s fiscaes q u e o g o v e r n o c o m m i s s i o n a r p a r a e s s e fim, s e g u n d o a s l e i s e r e g u l a m e n t o s d a
administração da fazenda publica.
O ministro e secretario d'estado dos negocios d a fazenda assim o tenha entendida e
f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 5 d e abril d e 1 8 6 5 . —^1.=Mathias de Carvalho e Vasconcellos.
D. do L . n.° 86, de 18 de abril.

C O N S E L H O G E R A L DAS A L F A N D E G A S
RESOLUÇÃO N.° 2 3 4

O conselho geral das alfandegas:


Y i s t o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p o r S . P e i r a m , s o b r e a classificação d e q u a t r o b a r r i c a s c o m
~ a c i d o acético p y r o - l e n h o s o , vindo d e L o n d r e s p o l o v a p o r Maria Pia, e a p r e s e n t a d o a d e s -
pacho n a alfandega d e Lisboa;
y i s t o o a u t o d a c o n f e r e n c i a dos v e r i f i c a d o r e s ;
ÍVisto o e x a m e a q u e s e p r o c e d e u n a a m o s t r a q u e a c o m p a n h o u o r e c u r s o ;
Yisto o a r t i g o 1 0 . ° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
#36
1865 24 de abril

C o n s i d e r a n d o q u e o a c i d o e m q u e s t ã o e x c e d e o n u m e r o l e g a l d e seis g r a u s p a r a s e r
admittido como livre;
Resolve:
A r t i g o u n i c o . O acido acético p y r o - l e n h o s õ , s o b r e q u e v e r s a o p r e s e n t e r e c u r s o , c o m o
a c i d o n ã o e s p e c i f i c a d o , está s u j e i t o a o d i r e i t o c o r r e s p o n d e n t e , s e g u n d o o a r t i g o 1 3 8 . ° d a
pauta.
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a pelo c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e m s e s s ã o d e 6 d e
abril d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os v o g a e s = Gonçalves=Couceiro, relator=Fradesso
da Silveira^ Abreu—Nazar elh= Costa. D. de L. n.° 79, de 7 de abrri.

MINISTERIO DOS N E G O C I O S DA GUERRA >


2." DIRECÇÃO
4." REPARTIÇÃO

Não sendo suficiente a somma votada n a tabella da distribuição d a despeza do minis-


terio d a g u e r r a , auctorisada p e l a carta d e lei d e 2 5 d e j u n h o u l t i m o , p a r a o a n n o e c o n o -
m i c o d e 1 8 6 4 - 1 8 6 5 , p o r t e r e m sido c o m p u t a d a s a s r a ç õ e s d e p ã o e d e f o r r a g e m p o r u m
p r e ç o inferior a q u e l l e e m q u e t ê e m e f f e c t i v a m e n t e i m p o r t a d o a s q u e t ê e m sido f o r n e c i d a s
no actual anno economico; e sendo portanto necessário continuar a fazer uso da auctori-
sação c o n c e d i d a a o g o v e r n o n o 1 5 . ° d o a r t i g o 3.° d a carta d e lei d e 2 5 d o s o b r e d i t o m e z :
h e i p o r b e m o r d e n a r , o u v i d o o c o n s e l h o d ' e s t a d o , q u e n o m i n i s t e r i o da f a z e n d a s e a b r a u m
c r e d i t o s u p p l e m e n t a r a favor d o m i n i s t e r i o d a g u e r r a p e l a q u a n t i a d e 1 8 : 1 9 4 $ 1 8 0 r é i s ,
p a r a s e r a p p l i c a d a ao p a g a m e n t o d a d i f f e r e n ç a d o p r e ç o d a s m e n c i o n a d a s r a ç õ e s n o s m e z e s
dè janeiro a março d o corrente anno.
Os ministros e secretarios d'estado d o s negocios da fazenda e da g u e r r a o t e n h a m a s -
s i m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r , d a n d o conta ás côrtes d o u s o q u e fizerem d ' e s t a auctori-
sação. P a ç o , e m 7 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . —Mathias de Carvalho e Vasconcellos=Mar-
quez de Sá da Bandeira. D. de L. n.° 85, de a de abrii.

MINISTERIO D A S OBRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAI, DAS OBRAS PUBLICAS 13 MINAS
REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS

Participando o presidente da commissão do monumento á memoria d e Sua Magestade


I m p e r i a l o . S e n h o r D . P e d r o IV, e m officio d e 6 d o c o r r e n t e , q u e , e m r e s u l t a d o da v o t a -
ção a q u e p r o c e d e u a m e s m a c o m m i s s ã o p a r a o a p u r a m e n t o d o s cinco m o d e l o s q u e d e v e m
s e r p r e m i a d o s , f o r a m v o t a d o s os n . o s 6 , 1 4 , 2 8 , 3 4 e 8 4 , e q u e n a d e s i g n a ç ã o d o s p r e m i o s
foi v o t a d o p a r a 1.° p r e m i o o n . ° 2 8 , e x e c u t a d o p o r D a v i o u d , a r c h i t e c t o , e Elias R o b e r t , e s -
c u l p t o r , f r a n c e z e s ; p a r a 2.° p r e m i o o n . ° 6 , executado p o r A n t o n i o T h o m á s d a F o n s e c a ,
p o r t u g u e z ; p a r a 3.° p r e m i o o n . ° 3 4 , e x e c u t a d o p o r F . A "Gilbert, f r a n c e z ; p a r a 4 . ° p r e -
m i o o n . ° 8 4 , e x e c u t a d o p o r L . P a g a n i , ó F. B a r g a g h i , i t a l i a n o s ; e p a r a 5 . ° p r e m i o o
n . ° 1 4 , e x e c u t a d o p o r A . Bezzi, i t a l i a n o : m a n d a S u a M a g e s t a d e El-Rei, p e l a s e c r e t a r i a d i s -
t a d o d o s n e g o c i o s d a s o b r a s publicas, c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , d e c l a r a r a o r e f e r i d o p r e s i -
d e n t e q u e é a p p r o v a d o , n o s t e r m o s d o m e s m o officio, o r e s u l t a d o d a s ditas v o t a ç õ e s .
O q u e s e l h e c o m m u n i c a p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e m a i s effeitos.
P a ç o , e m 8 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . — J o ã o Chrysostomo de Abreu e S o w s a . — P a r a o p r e s i -
denta da commissão d o m o n u m e n t o á m e m o r i a d e Sua Magestade Imperial o S e n h o r
D. P e d r o IV. - D. de L. n.° 81, de 10 de abril.

111.™ s r . — S i r v a - s e v . s . a d a r c u m p r i m e n t o á p o r t a r i a a b a i x o t r a n s c r i p t a , relativa a o
serviço d e conservação das estradas a cargo d o governo. -:
«Ministerio d a s o b r a s publicas, c o m m e r c i o e i n d u s t r i a — r e p a r t i ç ã o d e o b r a s p u b l i c a s .
— C o n s t a n d o q u e e m d i f f e r e n t e s districtos d o c o n t i n e n t e d o r e i n o n ã o s e p r e s t a á c o n s e r -
v a ç ã o d a s e s t r a d a s t o d o o c u i d a d o q u e m e r e c e e s t e r a m o d e serviço p u b l i c o , e m q u e o p a i z
8 de abril 1865 109

gasta p o r anno u m a quantia superior a 1 0 0 : 0 0 0 $ 0 0 0 réis; e sendo certo q u e os p e q u e -


n o s c o n c e r t o s feitos d i a r i a m e n t e , a o p a s s o q u e m a n t ô e m a c o m m o d i d a d e d e viação, i m -
p o r t a m p a r a o e s t a d o a e c o n o m i a d a s s o m m a s a v u l t a d a s e m q u e s e t r a d u z e m os t r a b a l h o s
de g r a n d e reparação, quando logo n o começo s e não t e m obstado ao progresso das degra-
d a ç õ e s r e s u l t a n t e s d a acção d a s a g u a s , d o t r a n s i t o e d e o u t r a s c a u s a s d e r u í n a : d e t e r m i n a
S u a M a g e s t a d e El-Rei q u e o d i r e c t o r g e r a l i n t e r i n o d a s o b r a s p u b l i c a s e m i n a s c h a m e a
a t t e n ç ã o d e t o d o s os d i r e c t o r e s d e o b r a s p u b l i c a s n o c o n t i n e n t e s o b r e tão i m p o r t a n t e o b j e -
cto, e lhes - o r d e n e q u e , p e l o s m e i o s d e q u e d i s p õ e m , o b r i g u e m o s c a n t o n e i r o s a o p o n t u a l
cumprimento dos seus deveres (marcados no regulamento provisorio d e 2 5 d e junho d e
1 8 4 6 ) , a s s i m n o s e r v i ç o d e c o n s e r v a ç ã o p r o p r i a m e n t e dita, c o m o n o q u e r e s p e i t a a o b r i -
tamento de pedra, e á preparação dos outros materiaes a empregar, e m epochas proprias,
n a s r e p a r a ç õ e s dos l a n ç o s d e e s t r a d a q u e l h e s t e n h a m sido c o n f i a d o s .
«O q u e s e c o m m u n i c a a o d i r e c t o r g e r a l i n t e r i n o d a s o b r a s p u b l i c a s e m i n a s , p a r a s u a
i n t e l l i g e n c i a e d e v i d o s effeitos.
«Paço, e m 4 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . — João Chrysostomo de Abreu e Sousa.=Para o d i r e -
ctor g e r a l i n t e r i n o d a s o b r a s p u b l i c a s e m i n a s . »
D e u s g u a r d e a v . e x . 1 Direcção g e r a l d a s o b r a s p u b l i c a s , e m 8 cie abril d e 1 8 6 5 . =
mo
IIl. s r . d i r e c t o r d a s o b r a s p u b l i c a s d o d i s t r i c t o d e A v e i r o . = Caetano Alberto Maia. ( 1 )
& D. de L. n.° 86, de 18 de abril.

M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA F A Z E N D A
SECRETARIA D»ESTADO
2 . a REPARTIÇÃO

C o n v i n d o a l t e r a r a l g u m a s d i s p o s i ç õ e s d o d e c r e t o , n . ° 1, d e 7 d e d e z e m b r o d e 1 8 6 4 :
h e i p o r b e m , u s a n d o d a f a c u l d a d e estabelecida n o a r t i g o 7 2 . ° d o m e s m o d e c r e t o , d e t e r -
minar o seguinte:
A r t i g o 1 . ° O s l o g a r e s d e c h e f e d e s e r v i ç o d a s a l f a n d e g a s s e r ã o sempre p r o v i d o s p o r
c o n c u r s o e n t r e o s e m p r e g a d o s d a classe i m m e d i a t a m e n t e inferior, e n u n c a p o r s i m p l e s a n -
tiguidade.
A r t . 2 . ° P o d e m s e r a d m i t t i d o s a t o m a r p a r t e n ' e s t e c o n c u r s o o s p r i m e i r o s verificado-
r e s q u e c o n t a r e m d e z a n n o s d e exercicio n ' e s t a q u a l i d a d e .
A r t . 3 . ° A d e l e g a ç ã o d a a l f a n d e g a d e Olhão e m A l c o u t i m , q u e e r a d e p r i m e i r a o r d e m ,
passa a ser d e segunda ordem.
Art. 4.° A delegação de s e g u n d a o r d e m da alfandega d e Penamacor, e m Rosmani-
nhal, é transferida para Segura.
O m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a fazenda assim o t e n h a e n t e n d i d o e
f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 8 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . —Mathias de Carvalho e Vascon-
cellos. D. de L. n.» 86, de 18 de abril.

M I N I S T E R I O D A S OBRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A ,
DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA — 1.» SECCÃO

S e n d o p r e s e n t e s a S u a M a g e s t a d e El-Rei a s tarifas d o s c a m i n h o s d e f e r r o d o s u l e
sueste, c o m p r e h e n d e n d o duas tabellas respectivas ao transporte d e passageiros e m e r -
c a d o r i a s , c u j a s t a x a s s e a c h a addicionado o i m p o s t o d e t r a i f t i t o a q u e se r e f e r e o a r t i g o 3 4 . °
d o c o n t r a t o a p p r o v a d o p e l a carta d e lei-de 2 9 d e m a i o d e 1 8 6 0 , n a r a s ã o d e 5 p o r c e n t o ,
c o n f o r m e foi fixado p e l a carta d e lei d e 1 4 d e j u l h o d e 1 8 6 3 ; vistos os artigos 3.° e 11.° d o
c o n t r a t o a p p r o v a d o p e l a carta d e lei d e 2 3 d e m a i o d e 1864-: h a p o r b e m o m e s m o a u g u s t o
s e n h o r , 4 c o n f o r m a n d o - s e c o m a i n f o r m a ç ã o d o e n g e n h e i r o c h e f e d a 2 . a divisão fiscal d o s
c a m i n h o s d e f e r r o , a p p r o v a r a r e f e r i d a s tarifas, q u e b a i x a m c o m esta p o r t a r i a e d ' e l l a fa-

(1) Identicas se expediram aos directores de obras publicas de todo os districtos do continente,
intendente das obras publicas do districto de Lisboa, superintendente das- obras do Tejo, e director
das obras da barra da Figueira.
28
#36 1865 24 de abril

z e m p a r t e , a s q u a e s ficam s u b s t i t u i n d o a s d e 4 d e setembro- d e 1 8 6 3 , m e n o s n a p a r t e
q u e r e s p e i t a a o t r a n s p o r t e d e gados, a qual s e r á i g u a l m e n t e s u b s t i t u í d a o p p o r t u n a m e n t e .
O que se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, ao
r e f e r i d o e n g e n h e i r o fiscal, p a r a seu c o n h e c i m e n t o e d e v i d o s effeitos.
P a ç o , e m 8 d e abril d e 1 8 6 5 . — J o ã o Chrysostomo de Abreu é S o M s a . = P ã r a o e n g e -
n h e i r o c h e f e d a 2 . a divisão fiscal d e c a m i n h o s d e f e r r o . A . dei. n.»86, áei8'a« á M

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8 de abril TARIFAS DOS CAMINHOS DE FERRO DO SUL E SUESTE, A QUE SE REFERE A PORTARIA DÈ 8 DE ABRIL DE Í86S
Tarifa de passageiros com o augmento de 5 por cento de imposto de transito, em conformidade da lei de M de julho de 1863
Barreiro
o
(3 M
s « "5 "5
ia o o
o
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1.*. 120 6,0 130 Lavradio


2.» 90 4,5 100 «-•a
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,.
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.«t> 1O* õ i l.; Typo por kilometros
3.' 60 3,0 60 ri « B
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1.» Classe.. 24 réis
l.« 120 6,0 130 120 6,0 130 Alhos Vedros -
2.*Dita . . . 18 .
3.« Dita . . . 12 »
90 4,5 • 100 90 4,5 100 rt . 0 d •vw •
3." rt u oH
&
60 3,0 60 60 3,0 60 H f> o
P. . Comboios —Os comboios do correio levam por emquanto carruagens de todas as classes.
Bilhetes—A venda de bilhetes começa meia hora e termina cinco minutos antes da partida de cada comboio. Os passageiros são obri-
l.«,.... gados a apresentar os seus bilhetes sempre que lhes forem exigidos pelos empregados da empreza. Os passageiros que quizerem passar de
192 9,6 200 144 7,2 150 120 6,0 130 Moita uma classe para outra superior poderão faze-lo, informando do mesmo ao conductor do trem, e pagando a differença do preço no fim da via-
2.'..... o gem. Os passageiros que forem encontrados sem bilhetes pagarão a importancia correspondente á classe em que tiverem transitado, mas
144 7,2 150 ' 108 5,4 110 90 4,5 100 "S
® • contando do ponto extremo d'onde tiver partido o comboio. Todo o passageiro que occupar uma classe superior á indicada no seu bilhete pa-
o
3A.... 96 4,8 100 72 3,6 80 60 3,0 60
EHís SCS 1*
o
P.
H ' gará a differença entre o preço de uma e outra.
_ Creanças—As creanças menores de tres annos nada pagam, comtantoque vão ao colo das pessoas que as conduzem. De tres a sete
annos pagam meio preço, mas para a contagem dos logares no mesmo compartimento da carruagem consideram-se duas creanças como occu-
1....... 360 18,0 380 336 13,2 280 pando um só logar.
16,8 350 264 192 9,6 200 Pinhal Novo
O 1. Militares e marinheiros — Os militares e marinheiros, em serviço, pagarão apenas por si e suas bagagens metade dos preços fixados
2." 13,5 280 9,9 rt nas tarifas, apresentando as respectivas guias de marcha da auctoridade competente; e o mesmopara as praças com baixa que recolherem,
270 252 12,6 270 210 <8
•Sa 2ts
198 144 7,2 150
o a>
« ao seu domicilio.
o u õ ;•, i
3.* 180 9,0 190 168 8,4 180 132 6,6 140 . 96 4,8 EI * o K
100 V i:
1.a 27,6 -
552 580 504 25,2 530 432 21,6 450 360 192
18,0 380 9,6 200 Palmella

i
O

Tarifa .
'1
2.» 414 20,7 440 378 18,9 400 324 16,2 340 270 13,5 144

actual
280 7,2 150
'V) «J1 rt
3 A.... S -i "o -

276 13,8 290 252 12,6 270 216 10,8 230 180 9,0 190 96 4,8 100 O Ei
ft .

i
y
IA . . . . 672 33,6 710 648 32,4 680 576 28,8
\ ,
610 504 25,2 530 312 15,6 330 144 • 7,2 150 Setubal
2." 504 25,2 030 486 24,3
o
510 432 21,6 450 378 18,9 400 234 11,7 250 108 5,4 110 <mei ~ei 3 •3
3.»..... 336 16,8 350 324 16,2 ' 340 14,4 si h
O r<
288 300 252 12,6 270 156 7,8 160 72 3,6 80 c.
IX.... 720 36,0 760 672 33,6 710 600 30,0 630 552 27,6 580 360 18,0 380 552 27,6 580 672 33,6 710 Poceirão
2A.... O ikw
540 27,0 570 504 25,2 530 450 22,5 470 414 20,7 440 270 13,5 - 280 414 20,7 440 504 25,2 530 -S-3 fl rt • .KV"
o
3A . . . . uo
18,0 180 Eh es EH
360 380 336 16,8 ' 350 300 15,0 320 276 13,8 290 9,0 190 276 13,8 290 336 16,8 350 p<

1.» 10008 50,4 10060 960 48,0 10010 888 44,4 930 816 40,8 860 648 32,4 680 816 40,8 860 960 48,0 10010 288 14,4 300 Pegões
2.' 756 37,8 790 720 36,0 760 6G6 33,3 700 612 30,6 640 486 24,3 510 612 30,6 640 720 36,0 760 216 10,8 230

3." 504 25,2 530 480 24,0 500 444 22,2 470 408 20,4 430 324 16,2 340 408 20,4 430 480 24,0 500 144 7,2 150
EH-5

IA . . . . 10368 68,8 10440 10320 66,0 10390 10248 62,4 10310 10176 58,8 10240 111008 50,4 10060 10176 58,8 10240 10320 66,0 10390 648 32,4 680 384 19,2 400 Vendas Novas f..
a
2 ,,., 10026 51,3 10080 990 49,5 10040 930 46,8 980 882 44,1 930 756 37,8 790 S82 44,1 930 990 49,5 10040 4S6 24,3 510 288 14,4 300 r
3.» 684 34,2 720 660 33,0 690 624 31,2 660 588 29,4 620 504 25,2 530 588 29,4 620 660 33,0 . 690 324 16,2 340 192 9,6 200

1." 10800 90,0 10890 ' 10752 87,0 10810 10680 84,0 10760 10632 81,6 10710 1,-5440 72,0 10510 10632 81,6 10710 10752 87,6 10840 10080 54,0 10130 816 40,8 860 456 22,8 480 Torre da Gadanha
2.» 10350 67,5 10420 10314 65,7 10380 10260 63,0 10320 10224 61,2 10290 10280 64,0 10340 10224 61,2 10290 10314 65,7 10380 810 40,5 850 612 30,6 640 342 17,1 300

3.»..... 900 45,0 950 876 43,8 920 840 42,0 880 816 40,8 860 720 36,0 760 816 40,8 860 876 43,8 920 540 • 27,0 570 408 20,4 430 228 11,4 240

1." 20160 108,0 20270 20112 105,6 20220 20040 102,0 20140 10992 99,6 20090 10800 90,0 10890 10992 99,6 20090 20112 105,6 20220 104-10 72,0 10510 1,5176 58,8 15240 816 40,8 860. 360 18,0 380 Casa Branca
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2.» 10620 81,0 10700 1058-1 79,2 10660 10530 76,5 10610 10494 74,7 10570 11350 67,5 10420 10494 74,7 10570 10584 79,2 10660 10280 64,0 10340 882 44,1 926 612 30,6 640 270 13,5 fl
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620 180 EH « oP E -
3.» 10080 54,0 10130 10056 52,8 10110 10020 51,0 10070 996 4-9,8 10050 900 45,0 950 996 49,8 10050 10056 52,8 10110 720 36,0 760 588 29,4 408 20,4 430 9,0 H

1.» 20448 122,4 20570 20400 120,0 20520 20328 116,4 20440 20256 112,8 20370 21088 104,4 20190 20256 112,8 20370 20400 120,0 20520 10728 86,4 10810' 15464 73,2 1,5540 1,5104 55,2 10160 648 32,4 288 14,4 300 Alcaçovas . "
O
2.» 10836 91,8 10930 10800 90,0 10890 10746 87,3 10830 10692 84,6 10780 10566 78,3 10640 10692 84,G 10780 10800 90,0 10890 10296 64,8 10360 15098 54,9 1.5150 828 41,4 870 486 24,3 216 10,8 230 íí a
o 0 'rt -

10260 910 732 36,6 770 27,6 16,2 EH « uo EoH


3." 10224 61,2 15290 10200 60,0 10260 10164 5S,2 10220 1.0128 56,4 10180 10044 52,2 10100 10128 56,4 10180 10200 60,0 864 43,2 580 324 144 7,2 150 p<

1.» 20640 132,0 20770 20592 129,G 20720 20520 126,0 20650 20448 122,4 20570 20280 114,0 20390 20448 122,4 20570 20592 129,6 20720 10920 96,0 20020 10632 81,6 1.5710 10272 63.6 1.5340 840 42,0 480 24,0 500 192 9,6 200 Vianna
o
2. a
10980 99,0 20080 10944 97,2 20040 10890 91,5 10990 10836 91,8 10930 10710 85,5 10800 10836 91,8 10930 10944 97,2 20040 10440 7 2 , 0 1.0510 10224 61,2 1,5290 954 47.7 10000 630 31,5 660 360 18,0 380 144 7j2 150
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860 21,0 sí u
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3» 10320 66,0 10390 10296 64,8 10360 10260 63,0 10320 10224 61,2 10290 10140 57,0 10200 10224 61,2 10290 10296 64,8 10360 960 48,0 10010 816 40,8 636 31.8 670 420 2á0 12,0 250 96 4,8 100 & EH

1.» 207S4 139,2 20920 20760 138,0 20900 20688 134,4 20820 20616 130,8 2 0 750 20424 121,2 20550 20616 130,8 20750 2 0 760 138,0 20900 20088 104,4 20190 90,0 1,5890 10440 72,0 10510 50,4 10060 648 > 32,4 680 912 45,6 960 10104 55,2 10160 Evora
o
2.» 10818 20070 103,5 20170 10566 78,3 10640 1,5350 67,5 1,5420 10280 .64,0 10340 756 37,8 790 486 24,3 510 684 34,2 720 828 41,4 •5-3
20088 104,4 20190 20070 103,5 20170 20016 100,8 20120 10962 98,1 20060 90,9 10910 10962 98,1 20060 870
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o
69,0 10450 10044 52,2 10100 900 45,0 950 720 36,0 760 504 25,2 530 324
3.» 10392 69,6 10460 10380 G9,0 10450 10344 67,2 10410 10308 65,4 10370 11212 60,6 10270 10308 65,4 10370 10380 16,2 340 456 22,8 480 552 27,6 580 p.
o

1." 20808 140,4 2S950 20760 138,0 20900 20688 134,4 20820 20616 130,8 20750 20448 122,4 20570 20616 130,8 20750 20760 138,0 20900 20088 104,4 20190 15800 90,0 1.5890 10440 72,0 10510 10008 50,4 10060 648 32,4 680 360 18,0 380 168 8,4 180 10272 63,6 10340 Villa Nova
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2.» 20106 105,3 20210 20070 103,5 20170 20016 100,8 20120 10962 98,1 20060 1.5836 91,8 10930 10962 98,1 20060 20070 103,5 20170 10566 78,3 10640 11350 67,5 1,5420 10280 64,0 10340 756 37,8 790 486 24,3 510 270 13,5 280 126 6,3 130 954 47,7 10000 á•r sa "rt
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3.* 10404 70,2 10470 10380 69,0 10450 10344 67,2 10410 10308 65,4 10370 10224 61,2 10290 10308 65,4 10370 10380 69,0 10450 10044 52,2 10100 900 45,0 950 720 36,0 760 504 25,2 530 324 16,2 340 180 9,0 190 84 4,2 90 636 31,8 670 £« U
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1.» 30000 150,0 30150 20952 147,6 30100 20880 144,0 30020 20808 140,4 20950 20640 132,0 20770 20808 140,4 20950 20952 147,6 30100 20280 114,0 2.Í390 2.5016 100,8 2,5120 10632 81,6 10710 10200 60,0 10260 840 42,0 880 552 27,6 580 384 19,2 400 10464 73,2 10540 216 10,8 230 Alvito
20330 10710 85,5 10800 1,5512 75,6 15590 61,2 10290 o
2 A.... 112,5 20360 20214 110,7 20330 20160 108,0 20106 105,3 20210 10980 99,0 20080 20106 105,3 20210 20214 110,7 900 45,0 950 630 31,5 . 660 414 20,7 440 288 14,4 300 10098 54,9 10150 162 8,1 170 d
20250 20270 <2
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3. a
10500 75,0 10580 10476 73,8 10550 10440 72,0 10510 10404 70,2 10470 1.5320 66,0 10390 10404 70,2 10470 10476 73,8 10550 10140 51,0 10200 1.5008 50,4 15060 816 40,8 860 600 30,0 630 420 21,0 440 276 ' 1 3 j8 290 192 9,6 200 732 36,0 770 108 5,4 110
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162,0 30400 20568 128,4 20700 2.5304 115,2 20420 10944 97,2 20040 10488 74,4 10128
IA . . . . 30288 164,4 30450 30240 162,0 30400 30168 158,4 30330 30096 154,8 30250 20928 146,4 30070 30096 154,8 30250 30240 10560 56,4 10180 840 42,0 880 672 33,6 710 10752 87,0 10840 504 25,2 530 312 15,6 330 Cuba
2» 20466 123,3 20590 20430 121,5 20550 20376 118,8 20500 20322 116,1 20440 2.5096 104,8 20200 20322 116,1 20440 20430 121,5 20550 10926 96,3 20020 10728 86,4 15810 10458 72,9 10530 10116 55,8 10170 846 42,3 890 630 31,5 660 504 25,2 530 10314 65.7 10380 378 18,9 -100 234 11,7 250 & —
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3.» 10644 82,2 10730 10620 81,0 10700 10584 79,2 10660 10548 77,4 10625 10464 73,2 10540 10548 77,4 10625 10620 81,0 10700 10284 64,2 10350 1.5152 57,6 1,5210 972 48,6 10020 744 37,2 780 564 28,2 590 420 21,0 440 336 16,8 350 876 43.8 920 252 12,6 270 156 ' 7,8 160
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1» 30696 184,8 30880 30648 182,4 30830 30576 178,8 30760 30504 175,2 30680 30336 166,8 30052 30504 175,2 30680 30648 182,4 30830 20976 148,8 3.0130 2.5688 134,4 2,5820 20328 116,4 20440 10896 94,8 10990 10536 76,8 10610 10248 62,4 10310 10080 54,0 10130 20160 108,0 20270 912 45,6 960 696 34,8 730 408 20,4 430

2," 20772 138,6 20910 20736 136,8 20870 20682 134,1 20820 20628 131,4 20760 20502 125,1 20630 20628 131,4 20760 20736 136,8 20870 20232 111,6 20340 25016 100,8 20120 10746 87,3 10830 10422 71,1 10490 10152 57,6 10210 936 46,8 980 810 40,5 850 10620 81,0 10700 684 34,2 720 522 26,1 550 306 15,3 320 Beja
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3 10848 92,4 10940 10824 91,2 10920 10788 89,4 10880 10752 87,6 10840 10668 83,4 10750 10752 87,6 10840 10824 91,2 10920 10488 74,4 10560 15344 67,2 15410 10164 58,2 10220 948 47,4 768 38,4 810 624 31,2 660 540 27,5 570 10080 54,0 10130 456 22,8 480 348 17,4 370 204 10,2 210
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Tarifa dè meréaèrias con o augmerto ée 5 p f t a i t o de wpste» en ieoiMidade con a arta k ler de M de jull« de 1863

Typ© por cada IO kilogrammas e por kilometro -1


1.» Classe 0,48
2.a Dita 0,32 Transporte de valores — ajuste particnlar.
3.' Dita - 0,24
4.a Dita 0,16 Armazenagens '
5." Dita 0,842 As mercadorias levadas á estação do seu destino serão entregues dentro de vinte e quatro horas depois da sua chegada; passaflo eâte'
,Çefoaes 0,14 >praso, ficam sujeitas ás taxas seguintes, pelo impedimento forçado do material ou por armazenagem: í .
Por mercadorias não descarregadas 60 réis por hora e por wagon.
Os preços fixados n'esta tabella- correspondem a cada fracção indivisível de 10 kilogrammas : Por mercadorias armazenadas 0,6 por dia por cada 10 kilogrammas.
1.* Classe—-Algodão em rama; cortiça; lã em rama lavada; pelles finas; seda em rama; tripa; renda e analogos. Armazenagem dos volumes — de bagagem 10 réis por dia por cada 10 kilogrammas—minimo de percepção 60 réis.
2.» Classe—:Aves domesticas em canastras, cestos, etc.; caldeiras; cylindros è peças" de machinas; couros seccos e sola; cera;
chá; bolacha; farinaceos; fructas verdes e sêccas; hortaliças; lã e algodão manufacturado; massas; ovos; quinquilharias; queijos; sa- / • A empreza não responde pelos volumes que forem deixados nos seus armazens ou estações, cujo conteúdo possa avariar-se. A meama.em-
patos ; sedas de toda a especie; tabaco fabricado. preza poderá pôr á venda, passadas que sejam quarenta e oito horas, os objectos susceptiveis de avaria; o producto será entregue,'ao con-
3.a Classe— Aço, ferro, chumbo, e cobre; azeite, vinho e toda a qualidade de líquidos envasilhados, com- signatário depois de retida a armazenagem e mais gastos.
prehendendo oleos; batatas* carnes verdes e sêccas; càrvão vegetal; casca de carvalho ou sobro; cebolas; ce-
reaes; couros verdes'; cal em pó; cebo; coke; drogas; lã em rama; legumes; louça; mercearias; madeiras; mel; i Direito de repesagem
neve em.rama; ossos; papel; peixe'salgado e secco; sabão; salitre; unhas e analogos; vidros, etc. O consignatário que quizer verificar o peso das mercadorias que se lhe entregarem pagará a quantia que ao diante se designa, sempre
4.a Classe—Adubos agricolas de toda a especie; alcatrão e analogos; areia; azulejo; > 1. que d'esta conferencia resulte achar-se exactidão no peso designado nas guias e talão, ou que a differença provenha de quebras de peso
cal em pedra; carvão; carvão de pedra; cinzas; cimento; fachina e sepa; gesso; miné- resultante de causas naturaes nas proporções ordinarias, ou que se não possam attribuir a dolo ou incúria. Se porém, feito isto, resultar a
rios; mármores ou outras quaesquer pedras; sal, telha, tijolo, etc. em carros rasos. não combinação de peso, a despeza da repesagem ficará a cargo da empreza, e esta reembolsará ao consignatário a importancia do peso le-
5.* Classe—Caixotes com chapéus, taras vasias e analogas. vado amais.

Despeza de repesagem
Pinhal Novo Por wagon completo. líOOO réis
Por cada 100 kilogrammas 60 »

Comboios especiaes-—ajuste particular.

4,03 1—-A" recepção dos direitos terá logar por kilometros; assim 1 kilometro encetado será pago como se fosse percorrido. Exceptua-sp d'está
2,69 Palmella regra toda a distancia percorrida menor de 5 kilometros, a qual se pagará como 5 kilometros inteiros.
2,02 O 2—O peso da tonelada é de 1:000 kilogrammas. As fracções de peso não serão contadas senão por centesimos de tonelada; asspn todo
1,34 d d o peso comprehendido entre 0 e 10 kilogrammas pagará como 10 kilogrammas, entre 10 e 20 kilogrammas pagará como 20 kilogrammas, e
ia d I
Í5 ® "o
7,08 U h . assim suecessivamente.
1,18 E-t rt O í 3——Alem dos preços estipulados n'estas tabellas se pagarão 400 réis por carga e descarga de cada tonelada; isto é, por cada fracção
6,55 2,88 0,14 3,02 de 10 kilogrammas. Guia e registo 20 réis por cada remessa,
4,37 1,92 0,10 2,02 Setuha 4—O preço minimo de percepção por qualquer remessa não poderá em caso algum ser inferior a 120 réis, seja qual for a distancia per-
3,28 1,44 0,07 1,51 o
corrida, e a quantia menor que indique a tabella, incluida a baldeação.
2,18 0,96 0,05 1,01 £"3 ã "d - 5—Applicar-se-ha ás mercadorias não designadas n'estas tabellas o preço do transporte das mercadorias a que mais se assimilharem.
<
11,50 5,05 0,25 5,30
'C 3
o
.o S O 6—Todas as vezes que um volume contiver mercadorias comprehendidas em differentes tabellas, servirá de typo para a cobrança do
írio PI
O EH
transporte a que tiver o preço mais elevado.
1,91 0,84 0,04 0,88 P.
7—O transporte de massas que pesarem mais de 5:000 kilogrammas não é obrigatorio para a empreza; comtudo ella o effectuará
0,67
7,56 11,04 0,55 11,59 13,44 14,11 sempre que o reputar possivel, mediante convénio amigavel com os expeditores.
5,04 7,36 0,37 7,73 9,96 0,45 9,41 I oceirã 0 8 — A empreza não é obrigada a conduzir objectos cujas dimensões não sejam proporcionadas aos meios de transporte de que dispõe
3,78 5,52 0,28 5,80 6,72 0,34 . 7,06 0 e á segurança da marcha dos comboios.
2,52 3,68 0,18 3,86 4,48 0,22 4,70 a is 9 — As mercadorias susceptiveis de se confundirem com outras da mesma classe ou cujo contacto lhes possa
13,26 0,97 20,34 23,58 1,18 24,76 aA wã "0
19,37 <A
EH VI
O EH ser prejudicial, não serão admittidas para conducção a granel, excepto pagando pela carga de um wagon completo,
2,21 0,16 0,20 4,12
3,22 3,38 3,92 isto é, pelo minimo de 5:000 kilogrammas.
13,61 16,32 0,82 17,14 19,20 0,96 20,16 5,76 0,29 6,05 10 — Se a empreza alugar um wagon inteiro para transporte de mercadorias, e não intervier directa ou indi-
9,07 10,88 0,54 11,42 12,80 0,64 13,44 3,84 0,19 4,03 Pegões rectamente na carga e expedição, não responderá por qualquer extravio ou deterioração que porventura occorra,
6,80 8,16 0,41 8,57 9,60 0,48 10,08 2,88 0,14 3,02
0 ficando por este facto isenta de toda a responsabilidade.
v
4,54 5,44 0,27 5,71 6,40 0,32 6,72 1,92 0,10 2,02
â 2 a 11 — Todo aquelle que remetter mercadorias para as estações fará declaração prévia e por elle assignada:
10,60 «5 v •O 1.° Do nome, appellido e morada do expeditor e do consignatário;
23,87 28,63 1,43 ' 30,06 33,68 1.68 35,36 10,10 0,50 S ^
3,97 4,76 0,24 5,00 5,60 0^28 5,88 1,68 0,08 1,76 O 2.° Das marcas, numeração, quantidade e natureza dos volumes;
3." Do peso, se o expeditor o conhecer.
23,52 24,70 26,40 1,32 27,72 12,96 0,55 13,61 7,68 0,38 8,06
21,17 1,18
5,38 Vendas Novas . _ 12—:No_açto da recepção das mercadorias se dará ao expeditor, ou á pessoa por elle encarregada, -um talão no.
15,68 - 0 , 7 8 16,46 17,60 0,88 18,48 . 8,64 0,43 9,07 5,12 0,26
14,11
6,80 3,84 0,19 4,03
quáTsê declare á classe, peso e custo do transporte e demais requisitos convenientes. A entrega da mercadoria na
10,58 11,73 0,59 12,32 13,20 0,66 13,86 6,48 0,32
4,54 2,56 0,13 2,69
estação de chegada não se poderá effectuar senão em troca do dito recibo.
7,06 7,84 0,39 8,23 8,80 0,44 9,24 4,32 0,22
48,63 1,14 23,87 13,47 0,67 14,14
13 — Quando a empreza receber objectos a transportar sob capa sellada, ficará isenta de toda e qualquer respon-
37,13 41,26 2,0G 43,32 46,31 2,32 22,73
6,86 7,70 0,38 8,08 3,78 0,19 3,97 2,24 . 0,11 2,35
sabilidade, entregando-os da mesma fórma com os sellos intactos.
6,17 0,34 7,20
14 —Comquanto a empreza se comprometia a empregar o maior esmero na conducção das mercadorias, declina
30,24 32,64 1,63 34,27 35,04 1,75 36,79 21,61 1,08 22,69 t 16,32 0,82 17,14 comtudo toda a responsabilidade:
20,16 21,76 1,09 22,85 23,36 1,17 24.53 14,40 0,72 15,12 10,88 0,54 11,42 1." No transporte de liquidos em odres ou vasilhas frágeis, taes como garrafões, bilhas, etc. •
15,12 16,32 0,82 17,14 17,52 0,88 18,40 10,80 0,54 11,34 8,16 0,41 8,57 2.° No de generos susceptiveis de se avariarem ou adulterarem no caminho • '
10,08 10,88 0,54 11,42 11,68 0,58 12,26 7,20 0,36 7,56 5,44 0,27 5,71 3.° Pela oxydação produzida pela humidade atmospherica; '
53,05 57,25 2,86 60,11 61,47 3,07 64.54 37,89 1,89 39,78 28,63 1,43 30,06 4.° Pelas avarias resultantes do mau estado das taras;
8,82 9,52 0,48 10,00 10,22 0,51 10,73 6,30 0,32 6,62 4,76 0|24 5,00 5.° Pela abertura dos volumes pelos empregados do estado.
15 — A empreza tem o direito de recusar-se ao transporte de moveis e volumes em mau
39,84 1,99 41,83 42,24 2,11 44,35 28,80 30,24 23,52 1.18 24,70
37,80 1,44 estado de acondicionamento exterior, ou cujas taras sejam inadequadas para conservarem as
26,56 1,33 27,89 28,16 1,41 29,57 19,20 20,16 15,68 0,78 16,46
25,20 0,96 mercadorias que encerrarem. Se apesar d'isto o expeditor insistir na remessa, a empreza será
19,92 1,00 20,92 21,12 22,18 14,40 0,59 12,32
18,90 1,06 0,72 15,12 11,73 obrigada a eftectua-la, ficando porém isenta de toda a responsabilidade, o que fará constai na
13,28 0,66 13,94 14,08 14,78 9,60 0,39 8,23
12,60 0,70 0,48 10,08 7,84 nota da remessa, a qual assignará o expeditor.
63,31 69,89 3,49 73,38 74,10 3,71 77,81 50,52 2,53 53,05 41,26 2,06 43,32
11,03 11,62 0,58 12,20 12,32 0,62 12,94 8,40 0,42 8,82 6,80 0,34 7,20 , . 1 6 T I ? e ,a ertlPreza reparar as taras para a boa conservação das mercadorias, o consigna-
tário satisíaraa despeza quando se lhe mostre que se fez.
43,85 45,12 2,31 47,43 48,00 2,40 50.40 34,56 1,73 36,29 29,28 1,46 30,74 ÍJ— A n a ° s e pagar de contado a importancia do transporte conforme a tabella, a empre-
29,23 30,08 1,50 31,58 32,00 1,60 33.60 23,04 1,15 24,19 19,52 0,98 20,50 Alcacovas za podem recusar-se a conduzir taras vasias, bem como mercadorias susceptiveis de avarias,
21,92 22,56 1,13 23,69 24,00 1.20 25,20 17,28 0,86 18,14 14,64 0,73 15,37 as que carecerem de segunda capa para se conservarem, ou que pelo seu escasso valor não
14,62 15,04 0,75 15,79 16,00 0,80 16,80 11,52 0,58 12,10 9,76 0,49 10,25 chegarem para cobrir o transporte.
76,91 79.15 3,96 83,11 84.20 4.21 88.41 60,62 3,03 63.65 51,36 2,57 53,93 18 — Os consignatarios passarão recibo no acto da recepção das
12,79 13.16 0,66 13,82 14',00 0,70 14,70 10,08 0,50 10,58 8,54 0,43 8,97 mercadorias, cessando desde esse momento a responsabilidade da em-
54.43 32,64 1,63 34,27 3,84 0,19 4,03
preza.
47,88 48,96 2,45 51,41 51,84 2,59 38,40 1,92 39,32
31,92 32,64 1,63 34,27 34,5G 1,73 36^29 25,60 1,28 26,88 21,76 1,09 22,85 2,56 0,13 2,69 Vianna . 19 — A empreza tem o direito de fazer abrir os volumes para ve-
23.94 24,48 1,22 25,70 25,92 1.30 27,2-2 19.20 0,96 20,16 16.32 0,82 17,14 1,92 0,10 2,02 rificar se é ou não exacta," a declaração feita sobre o que encerram. Se
15^96 16,32 0/82 17,14 17,28 0Í86 18,14 12.80 0,64 13,44 10,88 0,54 11,42 1,23 0,06 1,34 esta houver sido falsa e tendente a diminuir o custo do transporte, far-
83,99 85,88 4,29 90,17 90,94 4,55 95,49 67,36 3,37 70,73 57,25 2,86 60,11 6,74 0,34 7,08 se-ha pagar o triplo; se pelo contrario a declaração tiver sido verda-
13,97 14,28 0,71 14,99 15,12 0,76 15,88 11,20 0,56 11,76 9,52 0,48 10,00 1,12 0,06 1,18 deira, a empreza reporá os volumes no estado em que estavam.
20—Toda a mercadoria susceptível de deterioração, que tendo che-
50,90 52,32 2.G2 54,94 55,20 2,76 37,96 41,76 2,09 43,85 36,00 1,80 37,80 18,24 0,91 19,15 22,08 1,10 23,18 gado á estação do destino não for retirada em tempo'opportuno, poderá
33,94 34,88 1 J 4 36,62 36,80 1,84 38,64 27,84 1,39 29,23 24,00 1,20 25,20 12,16 0,61 12,77 14.72 0,74 15,46 Evora ser vendida pela empreza por conta de qufcm pertence. O producto da
25,45 26,16 1,31 27,47 27,60 1,38 28,98 20,88 1,04 21,92 18,00 0,90 18,90 9,12 0,46 9,58 11,04 0,55 11,59 venda será entregue ao proprietario da mercadoria, deduzidas as des-
16,97 17,44 0,87 18,31 18,40 0,92 19,32 13,92 0,70 14,62 12,00 0,60 12,60 6,08 o;3o 6,38 7,36 0,37 7,73 pezas em debito á empreza.
89,92 91,78 4,59 96,37 96,83 4,84 101,67 73,25 3,66 76,91 63,15 3,16 66,31 32,00 1,60 33,60 38.73 1,94 40,67 21—Decorridos que sejam dois mezes sem
14,85 15,26 0,76 16,02 16,10 0,81 16,91 12,18 0,61 12,79 10,50 0,53 14,03 5,32 0,26 5.58 6,44 0,32 6,76 que o consignatário retire as mercadorias, a em-
51,41 52,32 2,62 54,94 55,20 2,76 57,96 41.76 2,09 43,85 36,00 1,80 37,80 0,36 7,56 0,17 3,53 25,44 1,27 76,711
preza terá direito de proceder á venda em has-
ta publica, com prévio annuncio na-folha official.
34.27 34,88 1,74 36,62 36,80 1,86 38,64 27,84 1.39 29,23 24,00 1,20 25,20 0,24 5,04 0,11 2,35 16,96 0,85 17,81 Villa Nova Depois de se haver indemnisado de todas as des-
25,70 26,16 1,31 27,47 27,60 1,38 28,98 20,88 1,04 21,92 18,00 0,90 18,90 0,18 3,78 0,08 1,76 12,72 0,64 13.36
pezas, o saldo do producto, se algum houver, fica-
17,14 17,44 0,87 18,31 18,40 0,92 19.32 13,92 0,70 14,62 12,00 0,60 12,60 0,12 2,52 0,06 1,18 8,48 0.42 8,90!

90,17 91,78 4,59 96,37 96,83 4,84 101,67 73,25 3,66 76,91 63,15 3,16 66,31 0,63 13,26 0,29 6,18 44,63 2,23 4G.8G 1 •á depositado á disDosicào
disposição tde quem de direito per-
0,76 16,02 1G,10 16,91 12,79 11,03 0,11 7 , 7 9 ;
tencer.
14,99 15,26 0,81 12,18 0,61 10,50 0,53 2,21 0,05 1,03 7.42 0,37

55,44 56,16 2,81 58,97 59.04 2,95 61,99 45,60 2.28 47,88 40,32 2,02 42.34 11,04 0,55 11,59 0,38 8,06 29,28 1,46 30.74 4,32 0,22 4,54
36,96 37,44 1,87 39,31 39,36 1,97 41,33 30,40 1,52 31,92 26,88 1,34 28,82 7;36 0,37 7,73 0,26 5^38 19,52 0.98 20.50 2,88 0.14 3,02 Alvito
27,72 28,08 1.40 29,48 29,52 1,48 31,00 22,80 1,14 23=94 20,16 1,01 21,17 5,52 0,28 5,80 o;i9 4/)3 14.64 0,73 15,37 2.16 0,11 0.27
18,48 18,72 0,91 19,66 19,68 0,98 20,6G 15,20 6,7G 15"9G 13,41 0,67 14,11 3,68 0,18 3,86 0,13 2,69 9,76 0,49 10,25 1.44 0.07 1,51
97,25 98.51 4.93 103,44 103,57 5il8 108,75 79,99 4,00 83,99 70,73 3,54 74,27 19,37 0,97 20,34 0,67 14,14 51.36 2,57 53,93 7.58 0Í33 7,96
16,17 1GÍ38 0.82 17,25 17,22 0,86 18,08 13,30 0,67 13,97 11,76 0,59 12.35 3,22 0,16 3,38 o;ii 2.35 8,54 0,43 8,97 1.26 0.06 1,32

61.49 61,92 3,10 65,02 64.80 3,24 68,04 51,36 2.57 * 53,93 46,08 2,30 48,38 0,84 17.64 13,44 0.67 14.11 35,04 1,75 36.79 10.08 0,50 10,58 6,24 0,31 6,55
40,99 41.28 2,06 43,34 43,20 2,16 45,36 34,24 1Í71 35.95 30,72 1,54 32,26 11,20 0,56 11,76 s;96 0',45 9,41 23,3G 1,17 24.53 6.72 0.34 7,06 4,16 0,21 4,37 Cuba
30,74 30,96 1,55 32,51 32.40 1.62 34,02 25;68 1,28 26.96 23,04 1,15 24,19 8,40 0,42 8,82 6,72 0,84 7,06 17,52 0.88 18,40 5.04 0,25 5,29 3,12 0,16 3,28
0,28 448 0,22 11,68 12.26 2,08 0.10

Tarifa
20,64 1,03 21.67 21,60 1,08 22,68 17,12 0,86 17,98 15,36 0,77 16,13 0,58 0,17 3.53 2,18

actu.-il
20.50 5,60 5.88 4,70 3.36
107,86 508,62 5,43 114.01 113.67 5,68 119,35 90,09 4,50 94,59 81,83 4,09 85,92 29,47 1,47 30',94 23,58 1,18 24,76 61.47 3,07 64.54 17.68 0,88 18,56 10,95 0;55 11,50 U
17,93 18,06 0,90 18,96 18,90 0,92 19,85 14,98 0,75 15,73 13,44 0,67 14,11 4,90 0,25 5,15 3,92 0,19 4Í11 10,22 0,51 10,73 2,94 0,14 3,08 1,82 0,09 1,91 5,

70,06 70,08 3,50 73,58 72,96 3,65 76,61 59,52 2,98 62,50 53,76 2,69 56.45 46.5G 24,96 1,25 26.21 21,61 1,08 22,69 43,20 2,16 45,36 < 18,24 0.91 19,15 14,12 0,71 14,83 8,16 0.41 8,57
46,70 46,72 2,34 49^06 48,64 2,43 51,07 39,68 1,98 41,66 35,84 1,79 37,63 31,04 16,64 0,83 17,47 14,40 0,72 15,12 28,80 1,44 30.24 12,16 0Í61 12,77 9,28 0,46 9,74 5,44 0/27 5,71
35,03 35,04 1,75 36,79 36,48 1,82 38,30 29,76 1.49 31,25 26,88 1,34 28,22 28,28 12,48 0,62 1 3 J 0 10,80 0,54 11,34 21.60 1,08 22.68' 9,12 0,46 9.58 6,96 0,35 7,31 4,08 0,20 4Í28
23,35 23,36 1,17 24,53 24,32 1,22 25,54 19,84 0,99 20,83 17,92 0,90 18,82 15,52 8,32 0,42 8,74 7,20 0,36 7^6 14,40 0,72 15.12 [ 6,08 0,30 6Í38 4,64 0 2 3 4,87 2.72 0.14 2,86 Beja.
122,89 122,93 6,15 129,08 127,98 0,40 134,38 104.41 5.22 109,63 94,30 4,72 99,02 81,67 43,78 2,19 45.97 37,89 1.89 39^78 75.78 3,79 79.57 í 32,00 1,60 33,60 24,42 1,22 25,64 14,31 0,62 14,93
20,43 20,44 1,02 21,46 21,28 1,06 22,34 17,36 0,87 18,32 15,68 0,78 16.46 13,58 7,28 0,36 7.64 .6,30 0,32 6,62 12,60 0,63 13.23! 5.32 0,26 5,58 5,06 0,25 5,31 2.38 0,12 2,50 i
8 de abril 1865 113

M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DO R E I N O
DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3.» REPARTIÇÃO

S e n d o n e c e s s á r i o r e g u l a r o m o d o p o r q u e d e v e m f a z e r - s e este a n n o o s e x a m e s d e a d -
m i s s ã o n o s lyceus nacionaes, e o r g a n i s a r o s p r o g r a m m a s d a s disciplinas s o b r e q u e d e v e m
s e r i n t e r r o g a d o s os e x a m i n a n d o s nas p r o v a s o r a e s , e m e x e c u ç ã o d o d i s p o s t o n o | 2 . ° d o
a r t i g o 8 . ° d o d e c r e t o d e 9 d e s e t e m b r o d e 1 8 8 3 ; S u a M a g e s t a d e El-Rei, t o m a n d o e m c o n -
s i d e r a ç ã o as indicações a p r e s e n t a d a s n o s r e l a t o r i o s d e a l g u n s d o s c o m m i s s a r i o s d o s e s t u d o s ,
a c e r c a d o s resultados práticos do systema contido nas instrucções d e 19 d e março do anno
p a s s a d o a r e s p e i t o d e taes e x a m e s , e das m o d i f i c a ç õ e s q u e a p r a t i c a r e c o m m e n d a ; e t e n d o
o u v i d o o c o n s e l h o geral d e i n s t r u c ç ã o p u b l i c a : b a p o r b e m a p p r o v a r a s i n s t r u c ç õ e s e p r o -
g r a m m a s q u e b a i x a m c o m esta p o r t a r i a , a s s i g n a d o s p e l o c o n s e l h e i r o d i r e c t o r g e r a l d e i n -
strucção publica.
P a ç o , e m 8 d e abril d e 1 8 6 5 . —Marquez de Sabugosa.

Instrucções ácerca dos exames de instrucção primaria para a admissão


nos lyceus nacionaes
Artigo 1 O s exames d e instrucção primaria para a admissão nos lyceus nacionaes
c o m e ç a r ã o n o d i a 1 d e m a i o d o c o r r e n t e a n n o , e t e r m i n a r ã o n o dia q u e o - c o n s e l h o d o l y -
c e u fixar, o qual d e n e n h u m m o d o p o d e r á p a s s a r a l e m d e 1 5 d e j u n h o .
A r t . 2 . ° Os r e q u e r i m e n t o s p a r a a a d m i s s ã o a e x a m e s ó p o d e r ã o s e r r e c e b i d o s n o p r a s o
q u e m e d e i e d e s d e 1 5 a t é 2 5 d e a b r i l inclusivamente, o u a t é ao p r i m e i r o d i a n ã o i m p e -
d i d o , s e o tiver sido o dia 2 5 .
, A r t . 3 . ° Á m e d i d a q u e o s e c r e t a r i o d o l y c e u for r e c e b e n d o os r e q u e r i m e n t o s dos can-
didatos, i r á l a n ç a n d o o s s e u s n o m e s e m u m a lista p e l a o r d e m d a s s u a s a n t i g u i d a d e s .
E s t a lista, d e p o i s d e concluida, s e r á affixada n a p o r t a d o l y c e u .
Art. 4 . ° C o n h e c i d o o n u m e r o d e candidatos q u e h ã o d e fazer e x a m e e m cada lyceu, o
conselho fixará o dia e m q u e findam o s e x a m e s , s e g u n d o o s l i m i t e s p r e s c r i p t ò s n o a r t i g o 1
d e s i g n a r á o s d i a s e m q u e s e h ã o d e e f f e c t u a r , e s t a b e l e c e r á a escala d o s e r v i ç o d o s j u r y s
d e m o d o q u e s e r e p a r t a e q u i t a t i v a m e n t e p o r t o d o s o s p r o f e s s o r e s , e s e concilie e s t e s e r -
viço c o m a r e g u l a r i d a d e d o ensino, p o d e n d o f a z e r - s e o s e x a m e s d e t a r d e e m e s m o e m edi-
ficio d i v e r s o d o lyceu, q u a n d o n ' e l l e n ã o h a j a c o m m o d i d a d e p a r a isso.
i 1.° O s p r o f e s s o r e s s u b s t i t u t o s , q u e n ã o e s t e j a m e m exercicio d o ensino, s e r ã o desi-
gnados para fazerem s e m p r e parte dos jurys dos exames.
| 2 . ° P o d e r ã o s e r t a m b e m e m p r e g a d o s n ' e s t e s e x a m e s o s p r o f e s s o r e s p u b l i c o s d e in-
s t r u c ç ã o p r i m a r i a , q u e f o r e m d e s i g n a d o s p e l o g o v e r n o , sob p r o p o s t a d o s r e i t o r e s d o s lyceus,
e m q u e s e d e r essa n e c e s s i d a d e .
A r t . 5 . ° O conselho d e l y c e u d i s t r i b u i r á o s p r o f e s s o r e s e m t a n t a s m e s a s d e e x a m e
q u a n t a s f o r e m n e c e s s a r i a s p a r a satisfazer d e n t r o d o p r a s o m a r c a d o n o n u m e r o d e e x a m e s
que h o u v e r e m de se fazer.
A r t . 6 . ° Cada j u r y é c o m p o s t o d e t r e s p r o f e s s o r e s . O mais antigo é*o p r e s i d e n t e .
A r t . 7 . ° O c o n s e l h o d o lyceu d e s i g n a o n u m e r o d e a l u m n o s q u e d e v e m s e r e x a m i n a -
d o s e m cada dia.
A r t . 8 . ° O r e i t o r f a z affixar n o edificio d o l y c e u , e p u b l i c a r e m u m a f o l h a d a locali-
d a d e , q u a n d o a h a j a , u m a tabella, c o n t e n d o a d e s i g n a ç ã o d o s dias d o s e x a m e s , o n u m e r o
d o s e x a m i n a d o s e m cada d i a e a c o m p o s i ç ã o d e c a d a j u r y .
A r t . 9 . ° A cada m e s a é d i s t r i b u i d o o m e s m o n u m e r o d e c a n d i d a t o s . A distribuição é
feita p e l a o r d e m d a i n s c r i p ç ã o d o s n o m e s n a lista. P e l a m e s m a o r d e m é c h a m a d o c a d a
candidato.
A r t . 1 0 . ° E m l o g a r d o s c a n d i d a t o s q n e f a l t e m n o d i a q u e l h e s for d e s i g n a d o são c h a -
m a d o s ^ ) e l a ' o r d e m d a inscripção o s q u e s e l h e s s e g u e m , a t é p e r f a z e r o n u m e r o dos q u e
d e v e m s e r e x a m i n a d o s e m cada dia.
i 1.° O s q u e f a l t a r e m d e v e m m a n d a r a o p r e s i d e n t e d a m e s a d o c u m e n t o justificativo
da falta, sob p e n a d e n ã o p o d e r e m s e r a d m i t t i d o s a e x a m e n'essa e p o c h a . N o dia s e g u i n t e
a q u e l l e e m q u e h a j a m faltado u m o u m a i s c a n d i d a t o s c o m m o t i v o j u n t o , o s e c r e t a r i o p u -
#36
1865 24 de abril

blicará os s e u s n o m e s e m u m a lista especial, e m q u e d e c l a r e o d i a d a falta e a s u a j u s t i -


ficação.
E s t a lista áerá a c r e s c e n t a d a á m a n e i r a q u e s e t o r n a r n e c e s s á r i o .
| 2.° N o f i m d e t o d o s o s e x a m e s d o s e s t u d a n t e s ò n s c r i p t o s s e r ã o e x a m i n a d o s o s q u e
f a l t a r a m c o m motivo j u s t i f i c a d o .
E s t e s e x a m e s s e r ã o feitos p e r a n t e a m e s a e m q u e tiver f a l t a d o m a i o r n u m e r o d e a l u -
mnos.
| 3.° O c a n d i d a t o , q u e pela s e g u n d a vez deixar d e c o m p a r e c e r , fica e x c l u í d o d e f a z e r
exame daquella epocha. ,
A r t . 1 1 . ° O e x a m e divide-se e m p a r t e oral e p a r t e e s c r i p t a . A e s c r i p t a p r e c e d e s e m -
p r e a oral, e è feita s i m u l t a n e a m e n t e p o r t o d o s o s a l u m n o s q u e s e s u b m e t t e m a e x a m e n o
m e s m o dia e p e r a n t e o m e s m o j u r y .
A r t . 1 2 . ° A p r o v a e s c r i p t a consta d e d u a s p a r t e s :
1 . a E s c r i p t a d e u m t r e c h o d e d e z linhas, e s c o l h i d o n a Selecta d e C a r d o s o , e d i c t a d o
pelo presidente do jury;
2 . a , S o l u ç ã o d e u m p r o b l e m a a r i t h m e t i c o s i m p l e s e d e uso c o m m u m , e e m q u e o c a n -
didato p o s s a m o s t r a r q u e s a b e p r a t i c a r a s q u a t r o o p e r a ç õ e s e m inteiros e d e c i m a e s .
A r t . 1 3 . ° O s p o n t o s d o p r o b l e m a a r i t h m e t i c o são, p e l o m e n o s , c i n c o e n t a , feitos p e l o
p r o f e s s o r d e m a t h e m a t i c a d o lyceu, e a p p r o v a d o s a n n u a l m e n t e p e l o c o n s e l h o d o m e s m o
lyceu.
O p o n t o q u e d e v e servir e m cada d i a e e m cada j u r y é t i r a d o á s o r t e p e l o p r i m e i r o
c a n d i d a t o dos q u e d e v e m s e r e x a m i n a d o s e m cada j u r y .
| unico. -Quando n a m e s m a sala f u n c c i o n a r e m d u a s o u m a i s m e s a s d e e x a m e s , o t r e -
c h o d e e s c r i p t a e o p r o b l e m a a r i t h m e t i c o são c o m m u n s a t o d o s o s a l u m n o s . N'-este caso o
p r e s i d e n t e m a i s a n t i g o dicta o t r e c h o e faz t i r a r á s o r t e o p r o b l e m a p e l o c a n d i d a t o p r i m e i r o
i n s c r i p t o n a lista.
Art. 14.° Os candidatos t ê e m meia hora para resolverem o problema.
T e r m i n a d a esta p r o v a e a escripta d o t r e c h o , o p r e s i d e n t e d o j u r y r u b r i c a os p a p e i s •
de cada candidato.
A r t . 15.° D e p o i s das provas e s c r i p t a s cada a l u m n o é c h a m a d o pela o r d e m d a sua inscri-
p ç ã o a r e s p o n d e r á p a r t e oral.
A p a r t e oral consta d e :
(a) E x e r c i c i o s p r á t i c o s ;
(b) I n t e r r o g a ç õ e s . •
Os exercicios p r á t i c o s c o n s i s t e m e m :
(a) L e i t u r a d e u m t r e c h o d e d e z a q u i n z e l i n h a s n a Selecta d e C a r d o s o ;
(b) A n a l y s e g r a m m a t i c a l d o t r e c h o lido, l i m i t a d a á distincção d a s o r a ç õ e s , s e u s s u j e i -
tos, v e r b o s , c o m p l e m e n t o s e n a t u r e z a d a s p a l a v r a s q u e e n t r a m n a c o m p o s i ç ã o d o t r e c h o .
A s i n t e r r o g a ç õ e s n ã o e x c e d e r ã o d e vinte m i n u t o s p a r a cada a l u m n o . V e r s a r ã o s o b r e ,
a s s e g u i n t e s disciplinas e p e l a m e s m a o r d e m q u e vão d e s i g n a d a s .
(a) G r a m m a t i c a p o r t u g u e z a ;
(b) Doutrina c h r i s t ã ;
(c) Civilidade;
(d) Historia d e P o r t u g a l ;
(e) Chorographia portugueza;
( f ) S y s t e m a legal d e p e s o s e m e d i d a s .
A r t . 1 6 . ° A s i n t e r r o g a ç õ e s s ã o feitas p e l o j u r y d e n t r o d o s limites f i x a d o s p e l o p r o -
g r a m m a q u e fazem parte d'este regulamento. Das materias do p r o g r a m m a , na parte da
historia, assim c o m o n a da c h o r o g r a p h i a p o r t u g u e z a , n ã o s ã o e s s e n c i a e s p a r a a a d m i s s ã o ,
s e n ã o a s q u e v ã o d e s i g n a d a s e m c a r a c t e r e s itálicos.
A r t . 1 7 . ° Tenaninados o s e x a m e s d e cada d i a , o j u r y resolve á p l u r a l i d a d e d e votos,
e m escrutínio s e c r e t o d e b i l h e t e s , s o b r e o m e r i t o d o s c a n d i d a t o s . O s b i l h e t e s c o n t ê e m a s
p a l a v r a s admittido, adiado.
1 1 . ° O s admittidos s e r ã o g r a d u a d o s p e l o s y s t e m a d e v a l o r e s a d o p t a d o n o a r t i g o 49.°,
i 3.° d o d e c r e t o d e 9 d e s e t e m b r o d e 1 8 6 3 .
| 2 . ° O a l u m n o , c u j o e x a m e fique adiado, p ó d e r e p e t i - l o n a s e p o c h a s s e g u i n t e s .
A r t . 1 8 . ° C o n c l u í d o s todos os e x a m e s e m cada-lyceu, o c o m m i s s a r i o d o s e s t u d o s e n -
via á direcção g e r a l d e i n s t r u c ç ã o publica u m relatorio s o b r e o m o d o p o r q u e e s t e serviço
t e n h a s i d o d e s e m p e n h a d o , e c o n t e n d o t o d o s o s p o r m e n o r e s relativos á :
1.° Distribuição e c o m p o s i ç ã o dos j u r y s ;
8 de abril 1865 115

2 . ° Dias e m q u e s e fizeram os e x a m e s ;
- 3.° N u m e r o total dos candidatos e x a m i n a d o s e m I o d a o e p o c h a e e m cada d i a ;
i . ° I n d i c a ç õ e s s o b r e o s r e s u l t a d o s p r á t i c o s d o s y s t e m a contido n ' e s t a s i n s t r u c ç õ e s , e
m o d i f i c a ç õ e s q u e a pratica d e v e r e c o m m e n d a r .
S e c r e t a r i a d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d o r e i n o , 8 d e abril d e 1 8 6 5 . = 0 d i r e c t o r g e r a l ,
Adriano de Abreu Cardoso Machado.

Programmas das disciplinas sobre que devem recair as interrogações


nos exames de admissão nos lyceus
1.° Rudimentos de grammatica portugueza.—Definição e divisão d a g r a m m a t i c a ;
artigos; n o m e substantivo eadjectivo; proposição; conjuncção; interjeição; n ú m e r o s e
g e n e r o s g r a m m a t i c a e s ; g r a u s d e c o m p a r a ç ã o n o s a d j e c t i v o s ; v e r b o s activos e p a s s i v a s ,
t r a n s i t i v o s , intransitivos e r e f l e x o s ; c o n j u g a ç ã o d o s v e r b o s auxiliares ser, ter, haver, e
c o n j u g a ç ã o d o s v e r b o s r e g u l a r e s ; c o n j u g a ç ã o d o v e r b o pôr e s e u s c o m p o s t o s ; e d o s v e r -
b o s estar, caber, querer, servir, servir, ouvir, ver, ir, vir e s e u s c o m p o s t o s ; s y n t a x e ,
c o n c o r d a n c i a d o s u j e i t o c o m o v e r b o , d o adjectivo c o m o s u b s t a n t i v o ; p r i n c i p i o s r u d i m e n -
taes da syntaxe d e regencia.
2 . ° Doutrina christã.—Oração d o m i n i c a l ; s a u d a ç ã o a n g é l i c a ; Salve R a i n h a ; s y m b o l o
dos apostolos; artigos da f é ; m a n d a m e n t o s da lei d e Deus; m a n d a m e n t o s d a santa m a -
dre igreja; obras de misericordia; peccados moríaes; virtudes theologaes; virtudes car-
deaes; b e m a v e n t u r a n ç a s ; dons do Espirito Santo; s a c r a m e n t o s da santa m a d r e igreja;
confissão g e r a l ; acto d e f é ; a c t o d e e s p e r a n ç a ; acto d e c a r i d a d e ; acto d e contrição e acto
de attrição. - •/
3.° Principios de civilidade. — Do aceio e c o m p o s t u r a d o c o r p o ; d o r e s p e i t o p a r a
c o m os s u p e r i o r e s ; d e f e r e n c i a p a r a c o m os i g u a e s e u r b a n i d a d e p a r a c o m os i n f e r i o r e s ;
p r e c e i t o s d e civilidade á m e s a ; r e g r a s a o b s e r v a r n a s r e l a ç õ e s p o r e s c r i p t o e n t r e a s p e s -
soas b e m e d u c a d a s ; d e c o r o q u e s e deve g u a r d a r q u a n d o s e a s s i s t e a o s officios divinos.
4.° Elementos de historia de Portugal.—O c o n d e D . H e n r i q u e , D . T h e r e z a , D . A f -
fonso H e n r i q u e s ; s e p a r a ç ã o d e P o r t u g a l d a c o r ô a d e Gastella; f a c t o s not&vôis d o r e i n a d o
d e D . Alfonso H e n r i q u e s ; r e i s d a dynastia a f f o n s i n a ; factos m a i s notáveis d e c a d a r e i n a d o ;
dynastia d e Aviz; reis d'esta dynastia; o m e s t r e de Aviz; g u e r r a s c o m C a s t e l l a ; batalha
de Aljubarrota; D. Nuno Alvares Pereira; João d a s R e g r a s ; p r i m e i r a conquista d o s p o r -
t u g u e z e s e m A f r i c a ; t o m a d a d e C e u t a : I n f a n t e D. H e n r i q u e ; p r i m e i r o s d e s c o b r i m e n t o s
d o s p o r t u g u e z e s ; D . D u a r t e ; D . Affonso V ; g u e r r a s c o m C a s t e l l a ; D . J o ã o I I ; c o n s p i r a -
ção d a n o b r e z a ; D. M a n u e l ; d e s c o b r i m e n t o s n á u t i c o s ; Vasco d a G a m a ; P e d r o A l v a r e s Ca-
b r a l ; d e s c o b r i m e n t o s d o Brazil; D . J o ã o I I I ; inquisição e m P o r t u g a l ; a d m i s s ã o dos j e s u i -
tas e m P o r t u g a l ; d e c a d e n c i a d a m o n a r c h i a ; D . S e b a s t i ã o ; j o r n a d a d e A f r i c a ; c a r d e a l
D. Henrique; Filippe I I ; prior do Crato; Filippe III; Filippe IV; conjuração d e 1 6 4 0 ; ac-
c l a m a ç ã o d e D . J o ã o I V ; g u e r r a s c o m a H e s p a n h a ; D . Affonso V I ; c o n t i n u a ç ã o d a s g u e r -
ras c o m a H e s p a n h a ; D. Pedro I I ; D . J o ã o V ; principaes m o n u m e n t o s d'este reinado';
D. J o s é ; m a r q u e z d e P o m b a l ; c o n j u r a ç ã o dos T a v o r a s ; t e r r e m o t o d e 1 7 5 5 ; p r i n c i p a e s r e -
f o r m a s d o m a r q u e z d e P o m b a l ; D . Maria I ; invasão f r a n c e z a ; r e v o l u ç ã o d e l 8 2 Q ; i n d e -
p e n d e n c i a d o Brazil; r e g e n c i a da I n f a n t a D . Izabel M a r i a ; D . P e d r o IV; D . M i g u e l ; g u e r -
r a s d a l i b e r d a d e ; D . Maria I I ; D . P e d r o V .
5.° Noções de chorogrqphia de Portugal.—Limites e p o p u l a ç ã o ; r i o s e m o n t a n h a s
p r i n c i p a e s ; c a b o s ; ilhas; l a g o a s ; c l i m a ; p r o d u c ç õ e s e m g e r a l ; divisão a d m i n i s t r a t i v a ; ca-
pitaes dos districtos; antigas p r o v i n c i a s ; divisão ecclesiastica; divisão m i l i t a r ; f o r ç a m i l i -
t a r e n a v a l ; divisão j u d i c i a r i a ; f ó r m a d o g o v e r n o ; p o d e r m o d e r a d o r ; p o d e r l e g i s l a t i v o ;
p o d e r e x e c u t i v o ; p o d e r j u d i c i á r i o ; p o s s e s s õ e s u l t r a m a r i n a s d a A f r i c a , Asia e O c e a n i a ;
p r i n c i p a e s cidades e p o v o a ç õ e s m a i s n o t á v e i s d a m o n a r c h i a p o r t u g u e z a n a E u r o p a e rfas'
v outras partes do mundo.
6.° Systema legal de pesos v medidas.—Medidas lineares d e s u p e r f í c i e ; m e d i d a s d e
c a p a c i d a d e p a r a seccos e l í q u i d o s ; m e d i d a s d e p e s o ; s u a s definições, m ú l t i p l o s e s u b -
multiplos.
• Secretaria d ' e s t a d o dos negocios d o r e i n o , e m 8 d e abril d e 1 8 6 5 . = 0 c o n s e l h e i r o d i -
r e c t o r g e r a l , Adr tano de Abreu Cardoso Machado. D. DE L. n.° 82, DE U DE abril.
1Í6 1865 10 de abril

- M I N I S T E R I O DAS OBRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A


REPARTIÇÃO CENTRAL

S e n d o p r e s e n t e s a S u a M a g e s t a d e El-Rei o officio d o e n g e n h e i r o c h e f e d a l . a d i v i s ã o
fiscal dos c a m i n h o s d e f e r r o , a c o m p a n h a n d o a s p r o v a s j á rectificadas d a classificação q u e
a respectiva e m p r e z a fez das mercadorias transportadas pelo caminhos d e ferro d e leste
e n o r t e , e m c o n f o r m i d a d e c o m o d i s p o s t o n o artigo 5 4 . ° d o r e g u l a m e n t o d a s tarifas, a p -
provado p o r decreto de 10 de novembro d e 1860: ha p o r b e m o mesmo augusto senhor,
c o n f o r m a n d o - s ^ co'm*« i n f o r m a ç ã o d o dito e n g e n h e i r o fiscal, a p p r o v a r a classificação g e -
r a l d a s m e r c a d o r i a s d e q u e s e t r a t a , c o n f o r m e a s tabellas q u e b a i x a m c o m a p r e s e n t e p o r -
taria, e q u e d e v e r ã o s e r a u t h e n t i c a d a s p e l o m e s m o e e g e n h e i r o fiscal, a fim d e r e g u l a r o
p a g a m e n t o d a s r e s p e c t i v a s taxas, s e g u n d o a classe a q u e a s d i t a s m e r c a d o r i a s ficam p e r -
tencóridO.
Ò tfue assiifl s e c o m m u n i c a , p e l o m i n i s t e r i o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a ,
a o r e f e r i d o e n g e n h e i r o , p a r a s u a intelligencia e d e v i d o s effeitos..
P a ç o , e m 1 0 d e abril d e 1 8 6 5 . — J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa.=Para oen-
g e n h e i r o c h é f e d á l.' 1 divisão fiscal d o s c a m i n h o s d e f e r r o . D. d e L . n.° 75, de n d e A T M .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS» DO R E I N O


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

Achando-se depositada n o banco d e Portugal, á o r d e m do ministerio do reino, a quan-


tia1 de; 1 2 0 $ 0 0 0 r é i s , d o n a t i v o o f f e r e c i d o p o r u m c i d a d ã o p o r t u g u e z r e s i d e n t e n a c i d a d e
ds(.Bahia, e e n t r e g u e p e l o n e g o c i a n t e d a p r a ç a d e Lisboa M a n u e l A n t o n i o d e Seixas, e t o
duas parcellas iguaes d e 6 0 $ 0 0 0 réis, a primeira e m 12 d e março d e 1864, e a segunda
e m 1 d e f e v e r e i r o d e 1 8 6 5 , c o m applicação a favor d a s c r e a n ç a s c u j a e d u c a ç ã o e s t e v e a
c a r g o d a s i r í n ã s d a c a r i d a d e : m a n d a S u a M a g e s t a d e El-Rei, q u e a m e n c i o n a d a q u a n t i a s e
d i s t r i b u a d e s d e j á d o m o d o s e g u i n t e : a o asylo d a A j u d a a s o m m a d e 8 o $ 0 0 0 rèisy a o d è
S. Joao a d e 2 0 $ 0 0 0 réis, e a o d e Santo Antonio a d e 1 5 $ 0 0 0 réis.
O q u e Se c o m m u n i c a a o c o n s e l h e i r o c h e f e d a r e p a r t i ç ã o da c o n t a b i l i d a d e d ' e s t e m i n i s -
t e r i o , p á r a s u a intelligencia e d e v i d o s effeitos.
P a ç o d a A j u d a , e m 1 0 d e abril d e 1865. = Marquez de Sabugosa.
D. de L. n.° 85, de 17 de abrii.

E x i s t i n d o e m d e p o s i t o n o b a n c o d e P o r t u g a l , á o r d e m d o m i n i s t e r i o d o reino, a q u a n -
tia d e 1:188(5(340 r é i s , p r o d u c t o d a s u b s c r i p ç ã o p r o m o v i d a n a c i d a d e d o M a r a n h ã o , etitre
oS p o r t u g u e z e s ali r e s i d e n t e s , c o m o fim d e f e s t e j a r e m o a n n i v e r s a r i o natalicio d e S u a
M a g e s t a d e El-Rei* e o n a s c i m e n t o d e S u a Alteza Real o P r i n c i p e D . C a r l o s ; e h a v e n d o
sido offerecidá a dita quantia (Diario d e L i s b o a n . ° 9 2 , d e 2 6 d e abril d e 1 8 6 4 ) , para: s e r
distríbitídã p e l o s asylos d e c a r i d a d e d e P o r t u g a l q u e m a i s a m e r e c e s s e m : m a n d a Sua Ma-
g é â t ã d e El-Rei, q u é â r e f e r i d a s o m m a seja d i s t r i b u í d a p e l o s asylos c o n s t a n t e s d a r e l a ç ã o
j u n t a , e n t r e g a n d o - s e a cada u m d ' e l l e s a a d d i ç ã o n a m e s m a d e s i g n a d a .
O IjUé s e c o m m u n i c â a o c o n s e l h e i r o c h e f e d a r e p a r t i ç ã o çle c o n t a b i l i d a d e (Teste m i -
n i s t e r i o , p á r a Stíá intelligencia e d e v i d o s effeitos.
P a ç o d a A j u d a , e i n 1 0 d e a b r i l d e 1 8 M a r q u e z de Sabugosa,
41 de abril 1865 117

Relação dos asylos contemplados na distribuição de 1:188^(340 réis, depositados no banco de Portugal,
conforme a portaria da data de boje

Districtos Denominações Quantias

Vianna. Asylo de infancia desvalida :


Asylo de D. Pedro V
Braga Conservatorio das orphãs de Tamanca
Asylo da primeira infancia em Guimarães
Asylo da primeira infancia desvalida
Porto. . . . Asylo das raparigas abandonadas
Collegio dos meninos orphãos, no edificio da Graça 500000
Seminario dos meninos desamparados, na rua Chã .-. 500000
Villa Real Asylo de infancia desvalida 200000
Aveiro... Asylo de infancia desvalida, em Aveiro
Asylo de infancia desvalida, em Oliveira de Azemeis
Coimbra.. Asylo de infancia desvalida
Asylo da Ajuda 1200000
Asylo de Santo Antonio 600000
Asylo de S. João 600000
Asylo de mendicidade
Lisboa /Asylo de Nossa Senhora da Conceição para creanças desamparadas. 1200000
Sociedade das casas de asylo para a infancia desvalida. 1200000
Èscola-asylo de D. Pedro V, em Alcantara
Asylo de D. Pedro V para a infancia desvalida do Barreiro 400000
Asylo de D. Pedro V para a infancia desvalida do Campo Grande...
Portalegre.. .•;. Asylo de infancia desvalida, em Elvas
Evora Asylo de infancia desvalida
Angra . . . . . . . . Asylo de infancia desvalida ..
Funchal Asylo de infatícia desvalida
Horta Asylo de infancia desvalida
Pòtítâ D e l g m . Asylo' dè infancia desvalida 201000
1:1880340

Secretaria (Testado dos negocios do reino, em 1 0 de abril de 1 8 6 5 . ^ M a r q u e z de Sa-


bugosa p . do L. n.° 85, de 17 de abril.'

M I N I S T E R I O D A S ORRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A
DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO D E AGRICULTURA

A t t e n d e n d o a o q u e m e r e p r e s e n t a r a m (1) os m i n i s t r o s e secretarios' d ' e s t a d o d a s d i -


versas repartições, h e i p o r bem decretar o seguinte:
A r t . 1 . ° É permittida, d e s d e o d i a 2 0 d o corrente mez em diante, e e m q u a n t o Dão f o r
d e c r e t a d a u m a lei q u e r e g u l e d e f i n i t i v a m e n t e o c o m m e r c i o d e c e r e a e s , a i m p o r t a r ã o p e l o s
p o r t ò s seccos e m o l h a d o s d o r e i n o , d e c e r e a e s e s t r a n g e i r o s , t r i g ò , m i l h o , centeio, ó è v a d á
e aveia, e m g r ã o , f a r i n h a e p ã o cozido, m e d i a n t e o s d i r e i t o s estabelecidos n a tabella j u n t a ,
q u e faz p a r t e d ' e s t e d e c r e t o .
A r t . 2 . ° Os c e r e a e s e s t r a n g e i r o s , a d m i t t i d o s n a c o n f o r m i d a d e d o a r t i g o a n t e c e d e n t e ,
ficam t a m b e m s u j e i t o s aos i m p o s t o s q u e p a g a m os nacionaes d e s p a c h a d o s p a r a consúfiio.

(1) Senhor:—Não se havendo ainda approvado a proposta de lei apresentada ás côrtes para resol-
ver definitivamente a questão dos cereaes, o governo faltaria ao seu primeiro dever se não tomasse com
promptidão as providencias que as circumstancias extraordinarias urgentemente reclamam, em pre-
sença de uma crise de subsistencias, cada dia mais aggravada, pelo estado dos depositos de cereaes na-
cionaes, quasi inteiramente exhaustos.
O indeclinável dever do governo é pois, na emergencia do perigo, tomar sobre si a responsabili-
dade dê-propor a «Vossa Magestade as medidas que o possam conjurar.
Com effeito a camara municipal de Lisboa acaba de representar, pedindo instantemente promptas
providencias para evitar uma crise que póde trazer gravíssimas consequências. No mesmo sentido re-
presenta a auctoridade superior do districto do Porto, onde as circumstancias são ainda mais receiosas.
Em confirmação das referidas representações mostram os documentos officiaes, que nos depositos
sujeitos á alfandega municipal de Lisboa existiam apenas no dia 8 do corrente 510:991 kilogrammas
de trigo nacional.
118 1865 11 de abril

A r t . 3.° Os c e r e a e s , d e q u e trata o a r t i g o 1.°, p o d e r ã o s e r a d m i t t i d o s a d e p o s i t o n a s


a l f a n d e g a s d e L i s b o a e P o r t o , n a c o n f o r m i d a d e tios r e g u l a m e n t o s fiscaes q u e s e a c h a m
e m vigor.
A r t . 4 . ° O g o v e r n o d a r á conta á s c ô r t e s d a s d i s p o s i ç õ e s contidas n ' e s t e d e c r e t o .
A r t . 5 . ° Fica r e v o g a d a a legislação e m c o n t r a r i o .
Os m i n i s t r o s e s e c r e t a r i o s d ' e s t a d o das d i v e r s a s r e p a r t i ç õ e s o t e n h a m assim e n t e n d i d o
e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o d a A j u d a , e m 1 1 d e abril d e Í8Q5.=1\fa. = Duque de Loulé=
Marquez de Sabugosa=Mathias de Carvalho e Vasconcellos—Antonio Ayres de Gouveia
—Marquez de Sá da Bandeira—João Chrysostomo de Abreu e Sousa.

Tabella dos direitos a que se refere o decreto d'esta data

Por 100 kilogrammas

Em Em
Em grão farinha pão cozido

Trigo 600 800


Pelos portos molhados Milho e centeio 500 700
Cevada e aveia. 400 600
Trigo
Pelos portos seccos Milho e centeio 200 400 500
Cevada e aveia.

- Ministerio d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o . e i n d u s t r i a , e m 1 1 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . = / o ã o
Chrysostomo de Abreu e Sousa. D. d e L , n.° 83, de 12 de abril.

N'esta conformidade entende o governo de Vossa Magestade que é de absoluta necessidade, não só
que se admittam a despacho para consumo os cereaes estrangeiros existentes nos depositos, mas tam-
bem que se permitta a entrada de outros quaesquer que demandem os nossos portos.
Porém cumpre que a medida extraordinaria, exigida pelas necessidades publicas, seja acompa-
nhada de algumas disposições que, attendendo a todos os interesses, a tornem aceitavel e justa.
Em presença das circumstancias actuaes, de tres modos se poderia resolver a questão: ou admit-
tir a despacho immediato e exclusivo os cereaes estrangeiros existentes actualmente nos depositos; ou
permittir-desde já'a importação de todos os cereaes estrangeiros, sem distincção alguma; ou finalmente
permittir a importação, depois de um curto praso de alguns dias.
O despacho immediato e exclusivo dos cereaes estrangeiros existentes actualmente nos depositos,
traria comsigo graves inconvenientes, realisaria sem duvida o abastecimento da capital, mas não a
diminuição dos preços ao ponto que a reclamam instantemente as necessidades dos consumidores, na
presença da carestia das carnes e de todos os outros generos alimentares. A medida que não produzir,
alem do abastecimento dos mercados, a diminuição dos preços dos cereaes é reconhecidamente incom-
pleta. _
Admittir desde já todos os cereaes sem o intermedio de um curto praso, apenas sufficiente para
se fazerem encommendas e receberem as respectivas remessas, traria o risco de um exclusivo de facto
para os cereaes estrangeiros existentes nos depositos, produzindo os mesmos resultados que o exclusivo
de direito.
Portanto abrir os portos mediante um curto praso de dias, no qual possam concorrer os cereaes
que se encommendarem, depois da publicação d'este decreto, será por certo a medida rasoavel.
D'esle modo ficam, sem questão, garantidas as coiweniencias dos consumidores, cuja voz nas cir-
cumstancias da actualidade é a todos os respeitos a mais attendivel; comtudo torna-se ainda indispen-
savel não desconsiderar os interesses dos productores nem mesmo do thesouro publico.
A importação de grandes massas de cereaes, na vespera das colheitas pendentes, poderia incutir
muitos receios nos que não têem confiança no systema do commercio livre. Verdade é, e bem triste,
que o anno para nós vae correndo mal, e que se não póde esperar abundante producção de cereaes.
E tambem certo que as introducções de cereaes estrangeiros, nos annos anteriores, mesmo livres de'
qualquer direito, não affectaram os interesses da nossa lavoura cerealífera; todavia para respeitar ap-
prehensões e colher os resultados da experiencia, parece rasoavel ensaiar um systema de direitos, que
se não podem chamar modicos, differentes comtudo para os portos seccos, porque n'estes o contraban-
do, com todas as suas funestas consequências, seria inevitável, quando os direitos não fossem diminutos.
Por todas estas considerações, os ministros das diversas repartições têem a honra de submetter á
approvação de Vossa Magestade o seguinte projecto de decreto.
12 de abril 1865 119

M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DO R E I N O
DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
4. 1 REPARTIRÃO

C h e g a n d o a o c o n h e c i m e n t o d e S u a M a g e s t a d e El-Rei, q u e a c o m m i s s ã o p r o m o t o r a d e
i n s t r u c ç ã o p o p u l a r creada n a f r e g u e z i a d e S . P e d r o d a c i d a d e d e A n g r a d o H e r o i s m o , e m
v i r t u d e d a circular d e 3 0 d e j u l h o d e 1 8 6 3 ; p r o m o v e r a u m a s u b s c r i p ç ã o , c o m o p r o d u c t o
da q u a l c o m p r á r a a mobilia e o s u t e n s í l i o s n e c e s s a r i o s p a r a o c o n v e n i e n t e exercicio d a es-
cola p u b l i c a d a r e f e r i d a f r e g u e z i a , e c e l e b r á r a n o dia 2 3 d e f e v e r e i r o u l t i m o u m a s e s s ã o
s o l e m n e p a r a e s t r e i a d a n o v a m o b i l i a e utensílios, e p a r a a d i s t r i b u i ç ã o d e varios p r e m i o s
aos alumnos mais distinctos d a q u e l l a escola; e reconhecendo o m e s m o augusto senhor que
é digno d e elogio o m o d o c o m o s e d e s e m p e n h a a q u e l l a c o m m i s s ã o d o e n c a r g o a q u e e s -
p o n t â n e a e p a t r i o t i c a m e n t e s e p r e s t a r a : h a p o r b e m m a n d a r q u e o g o v e r n a d o r civil d o d i s -
t r i c t o d e A n g r a d o H e r o i s m o louve e m s e u r e a l n o m e o s m e m b r o s d a dita c o m m i s s ã o , p e l o
interesse e dedicação q u e l h e m e r e c e o melhoramento e progresso do ensino elementar
dos povos seus concidadãos.
P a ç o , e m 1 1 d e abril d e 1 8 6 5 . — Marquez de Sabugosa. D.dcL.n.°9o, de 22 de abr».

M I N I S T E R I O D A S OBRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A

DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS


: :
REPARTIÇÃO DE ORRAS PUBLICAS • '

mo m0 a
Ill. e e x . s r . — S i r v a - s e v. e x . d a r c u m p r i m e n t o , n a p a r t e q u e l h e . d i z r e s p e i t o , á
p o r t a r i a abaixo t r a n s c r i p t a , r e l a t i v a a p r o c e s s o s d e e m p r e i t a d a s g e r a e s .
«Ministerio d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a — r e p a r t i ç ã o d a s o b r a s p u b l i -
c a s . — S u a M a g e s t a d e El-Rei, c o n f o r m a n d o - s e c o m o p a r e c e r d o a j u d a n t e d o p r o c u r a d o r
g e r a l d a corôa j u n t o a e s t e m i n i s t e r i o : h a p o r b e m o r d e n a r q u e o d i r e c t o r g e r a l i n t e r i n o
d a s o b r a s p u b l i c a s e m i n a s e x p e ç a a s o r d e n s c o n v e n i e n t e s aos g o v e r n a d o r e s civis e d i r e -
c t o r e s d e o b r a s p u b l i c a s nos districtos d o r e i n o , a f i m d e q u e , e m r e l a ç ã o a o s p r o c e s s o s
de empreitadas geraes, c u m p r a m e façam cumprir as seguintes disposições:
_,«i. a O a u t o d e r e c e p ç ã o definitiva d a s o b r a s d e a r t e d e q u a l q u e r e m p r e i t a d a s e r á s u b -
m e í t i d o á a p p r o v a ç ã o d o g o v e r n o a c o m p a n h a d o d e u m a justificação (feita p e r a n t e o a d m i -
n i s t r a d o r d o r e s p e c t i v o concelho), pela q u a l o e m p r e i t e i r o p r o v e q u e n a d a d e v e p e l a s in-
d e m n i s a ç õ e s a q u e s e r e f e r e m o s artigos 7.° e 8 . ° d a s clausulas e c o n d i ç õ e s g e r a e s d e 8
de março de 1861.
«2. a A p o r t a r i a q u e s e e x p e d i r a p p r o v a n d o a q u e l l e a u t o e d e c l a r a n d o q u e o e m p r e i - '
t e i r o satisfez t o d a s a s o b r i g a ç õ e s d o s e u c o n t r a t o será considerada c o m o a q u i t a ç ã o g e r a l
m e n c i o n a d a n o a r t i g o 3 4 . ° d a s m e s m a s clausulas.
« 3 . a Uma, copia a u t h e n t i c a d a portaria será p o r esta r e p a r t i ç ã o enviada a o g o v e r n a d o r
civil,~e o u t r a s i m i l h a n t e e n t r e g a r á o d i r e c t o r a o a r r e m a t a n t e , r e c e b e n d o n ' e s s è acto. u m a
q u i t a ç ã o e m q u e e s t e u l t i m o a f f i r m e q u e o g o v e r n o p e l a sua p a r t e c u m p r i u e satisfez t o -
' d a s a s c o n d i ç õ e s d o c o n t r a t o , e q u e o d i r e c t o r l h e e n t r e g o u a copia da p o r t a r i a p a r a s e g u -
r a n ç a d ' e l l e e m p r e i t e i r o , a fim d e nas e s t a ç õ e s c o m p e t e n t e s s e e m b o l s a r d o d e c i m o r e t i d o
d o c u s t o d a s o b r a s d e a r t e e d o deposito definitivo.
4 . a O g o v e r n a d o r civil o r d e n a r á q u e a o e m p r e i t e i r o ( q u a n d o s e a p r e s e n t a r m u n i d o d a
copia d a p o r t a r i a ) seja e n t r e g u e o d e p o s i t o definitivo, e o d i r e c t o r d a s o b r a s p u b l i c a s p r o -
c e d e r á s i m i l h a n t e m e n t e c o m relação a o d e c i m o r e t i d o d o valor das o b r a s d e a r t e .
« 5 . a O g o v e r n a d o r civil d a r á logo c o n h e c i m e n t o a e s t e m i n i s t e r i o d a r e s t i t u i ç ã o d o d e -
p o s i t o ; o d i r e c t o r enviará t a m b e m s e m d e m o r a a q u i t a ç ã o p a s s a d a p e l o a d j u d i c a t a r i o e
participará a entrega d o decimo d e garantia. .
«O q u e s e participa, pela s e c r e t a r i a d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a s o b r a s publicas, c o m -
m e r c i o e i n d u s t r i a , ao d i r e c t o r g e r a l i n t e r i n o d a s o b r a s p u b l i c a s e m i n a s , p á r a s u a intelli-
g e n c i a e d e v i d o s effeitos. '
«Paço, e m 1 1 d e abril d e 1 8 6 5 . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa:—Para o dire-
c t o r g e r a l i n t e r i n o d a s o b r a s publicas e m i n a s . » •
30
120 1865 11 de abril

D e u s g u a r d e a v. e x . a D i r e c ç ã o g e r a l d a s o b r a s p u b l i c a s , e m 1 2 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . —
Ill. e e x . m 0 g o v e r n a d o r civil d o districto d e Aveiro . — Caetano Alberto Maia. (1)
mo

D. d e L . n.° 85 do 17 de abril.

M I N I S T E R I O DOS NEGOCIOS DA M A R I N H A E U L T R A M A R
2. a DIRECÇÃO
3. a REPARTIÇÃO

. T e n d o s i d o p r e s e n t e a S u a M a g e s t a d e E l - R e i o p r o j e c t o d o codigo r e g u l a m e n t a r .do
c r e d i t o p r e d i a l d a s p r o v i n c i a s u l t r a m a r i n a s , c o n c l u i d o pela c o m m i s s ã o q u e p a r a esse fim
foi n o m e a d a e m p o r t a r i a d e 4 d e a g o s t o d e 1 8 6 4 : h a p o r b e m o m e s m o a u g u s t o s e n h o r
d i s s o l v e r a dita c o m m i s s ã o , e l o u v a r c a d a u m d o s s e u s v o g a e s p e l o zêlo e intelligencia .com
q u e i d e s e m p n h a r a m o e n c a r g o q u e l h e foi c o m m e t t i d o .
O q u e se communica, pela secretaria d'estado dos negocios d a m a r i n h a e uitramar, ao
c o n s e l h e i r o J o ã o T a v a r e s d e A l m e i d a , p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e satisfação.
P a ç o , e m 1 7 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . — b u q u e de Loulé. (2) D. de L . n.° 93, de 26 de abra.

C O N S E L H O G E R A L DAS ALFANDEGAS'
RESOLUÇÃO N.° 2ÍJÍ5

O conselho geral das alfandegas :


Y i s t o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p e l o n e g o c i a n t e R o b e r t o A u g u s t o Mesquita H e n r i q u e s , ácerca
d o c a r b o n a t o d e s o d a a p r e s e n t a d o a d e s p a c h o n a alfandega da H o r t a ; . •
V i s t o o a u t o d a c o n f e r e n c i a dos v e r i f i c a d o r e s ; .
Vista a a m o s t r a q u e a c o m p a n h o u o r e c u r s o ;
V i s t o o a r t i g o 10.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
Considerando q u e o producto d e q u e se trata está privado d e todas as materias estra-
nhas que acompanham o carbonato d e soda e m bruto, o qual é negro e muito i m p u r o ; :
Resolve:
Artigo unico. O carbonato d e soda, que é objecto"do recurso, deve s e r considerado
«refinado, secco» sujeito ao direito d e 1 0 réis p o r kilogramma.
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a p e l o conselho g e r a l d a s alfandegas, e m sessão d e 1 8 d e
a b r i l d o 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os v o g a e s = Gonçalves=Rodrigues,Fradesso
da Silveira—Abreu—Nazareth—Costa. D.deL.n.°87, dei9deabrii. .

(1) Idênticos para todos os mais governadores civis dos districtos do çontinea te .e .ilhas, e 'Ãiréçjíó:
res de obras publicas.
(2) Identicas para os conselheiros Levy Maria Jordão, Joaquim Pinto de Magalhães e Luiz José
Mendes Affonso e para" Francisco Luiz Gomes.
Cí. :
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••• ,v ^ (i-ij niav.k* 'à,. • m í o í . O h i c iil-ni'^!
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• • . . .A :,V<ií i.iii.h :.!j i: ••bl/V

reino»
, nos termos do decreto de 13 de agosto de 4862

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At. •
122 1865 11 de abril

DIRECÇÃO GERAL D A S
REPARTIÇÃO DE MI

Mappa dos registos das minas lançados nas differentes municipalidades do

Districtos e concelhos LociiJidades das minas

Valle da Silga e Alto do Mourão.


Districto de (Concelho de Oliveira de
Aveiro . . ( Azemeis Senrado, do logar da Costa, freguezia de S. Thiago Riba U1
Monte Meão, logar do Feirai, freguezia de Cocujães
Concelho de Almodovar.. Serro da Serpa, no rochedo do alto monte do mesmo, na herdade do Monte Velho
Concelho de Castro Verde Quinta de Maria das Dores Lança
Altura da Chada dos Negros
Volta Falsa
Serro da mina do Oiro
Serro Gordo
Vargem do Álamo
Serro Pegado e Corralinho
Courella do Casarão
Districto de Serro das Gatas
Beja.. Concelho de Mertola.
Pocilgo dos Porcos
Herdade de Joaquim José Pereira
Soalheira da serra de Casevre
Herdade dos Colgadeiros
Valle de Fevereira
Fontinha da Córte
Courella da Fornalha
Dita de José Madeira
; \ Concelho de Ouri que. Serro da Eira, herdade do Monte Ruivo, freguezia de Ourique
Herdades dos Galvões e Pão Molle, freguezia de S. Braz
Dita da Ameixieira, freguezia do Rosario
Defeza denominada da Granja, freguezia do Rosario
Na fazenda denominada da Pipeira
Defeza da Granja, nos logares denominados Mocissos, Ferrarias, Cova do Monge e
Veio do \'ento, passando a herdade do Casco, freguezia de Nossa Senhora do
/Concelho de Alandroal..( Rosario
Na herdade das Saimeiras, freguezia de S. Braz dos Matos, com ramificações para
os predios confinantes; do lado de éste com herdades das Ferrarias, Assaboei-
ros e outras; do norte com herdades Charneca, Botelhos, Monte Novo da Rou-
quinha, Courella do fòro e Cortiço; sul com herdades Soudo, Bentinha, Santo
Ildefonso, Lourenço Alcaide; e oeste com as herdades de Ameixieira, Parreiras
e Junceira
Concelho de Arraiollos.., [Herdade da Gorda, matriz do Vimieiro
' (Dita do Codeçal de Baixo, freguezia da Igrejinha
'Dita da Ruivina, freguezia de S. Thiago de Rio de Moinhos; confronta com as
Concelho de Borba. herdades da Salgada, Serrado e Bouças
Dita das Nogueiras, freguezia de S. Thiago de Rio de Moinhos; confronta com a
herdade da Vigaria, e com as de Machado e Travassos
Horta do Pinheiro, em Mão pelo Chão, freguezia de Extremoz
Districto de Olival nos coutos da. villa de Extremoz para o Outeiro das Figueiras, Olival de Ma-
Evora... nuel Joaquim Caldeira, e estacaria de Nicolau das Quintinhas, freguezia de Ex-
Concelho de Extremoz... > tremoz
Cruz dos Caldeireiros, atravessando o filão por parte da herdade das Barrocas, fa-
zendas de José Luiz Fernandes e de outros proprietarios, freguezias matriz e de
Santo Antonio dos Arcos
Herdade da Mousinha
Herdade das Murteiras e Feijoas
Concelho de Evora. Herdade de Sou reis
Herdade da Sega
Herdade de Monie Novo, freguezia de S. Manços
Concelho dp Vinirn } Herdade da Engerinha, freguezia do Aguiar .
Lonceino de Vianna j H e r d a d e das Casas, freguezia de Aguiar.
Herdade da Lagôa, freguezia de Pardaes

Districto de
(Concelho de Elvas.
Í
Ferrarias de D. Maria do Carmo e outros no alto da Boa Vista
Colmeal de Papa Sellas, freguezia de Villa Viçosa
Courellas das Herdades de Domingos Alves, na Coutada, freguezia de Villa Viçosa
Portalegre' Lavadouro dos Mouros, freguezia de S. Romão
Concelho de Monforte . (Herdade dosBarquete
Penedos, junto ao rio Caia..
Herdade do
IHerdade
Olivaes de
dosGifVaz e contíguos
Carpinteiros
Districto dej Concelho de Armamar.. Propriedades
Fazenda cie D.deMaria cio Pedro,
Manuel Carmo do
Jusenfe, nosLumiares,
logar de coutos defreguezia
Monfortede S. Martinho..
Vizeu—

R e p a r t i ç ã o d e m i n a s , e m 1 8 d e abril d e Antonio José de Sousa Azevedo.


41 de abril 1865 123

OBRAS PUBLICAS E MINAS


NAS—1." SECÇÃO

reino, que caducaram, nos termos do decreto de 13 de agosto de 1862


Qualidade do mineral Nomes dos registadores Data do registo

Chumbo Francisco Soares de Albergaria Pinto de Carvalho, Domin 16 de dezembro de 1863.


gos José da Silva e Manuel Marques da Silva
Cobre José Monteiro de Oliveira 29 de dezembro de 1863.
Chumbo Manuel Ferreira de Pinho 17 de janeiro de 1864.
Manganez D. Francisco Guijarro 4 de janeiro de 1864.
Enxofre e outro metaes.. Manuel Domingues 15 de agosto de 1864.
Chumbo e cobre Antonio Miguel James 18 de dezembro de 1863.
Cobre Manuel Dionysio Júnior 10 de janeiro de 1864.
Idem Idem Idem.
Manganez Antonio da Palma Ruivo 2 de janeiro de 1864.
Idem Cbristovão Pablos e outros de fevereiro de 1864.
Idem Manuel Antonio da Cruz 5 de fevereiro de 1864.
Idem Idem Idem.
Idem Idem Idem.
Idem André Rodrigues Branco 16 de abril de 1864.
Idem Rafael Martins Domingues de maio de 1864.
Idem Christovão Ximenes Idem.
Chumbo argentino Antonio Maria Fidié e D. Miguel Angel de Leon 13 de maio de 1864.
Manganez José Maria Nogueira Palma 10 de junho de 1864.
Idem Germano Domingues 29 de junho de 1864.
Idem João Martins Idem.
Idem Francisco Manuel Fragoso Idem.
Manganez e outros metaes Domingos Gomes 10 de janeiro de 1864.
Cobre e mais metaes José Rodrigues Tocha 8 de janeiro de 1864.
Idem Idem . Idem.
Idem Firmo José Conrado 1 de abril de 1864.
Idem Idem - Idem.
Idem Francisco Teixeira de Sampaio 9 de junho de 1864.

Idem Francisco Maria Alturas 27 de junho de 1864.

Chumbo e outros metaes. Idem 14 de janeiro de 1864.


Cobre e outros metaes... Padre Antonio Maria Lança. 5 de fevereiro de 1864.
Cobre e outros metaes... Francisco Maria Alturas— 1 de março de 1864.
Idem. Idem Idem.
Idem Idem 28 de janeiro de 1864.
Idem. Idem Idem.

Ferro e outros metaes. José Rodrigues Tocha. 28 de janeiro de 1864.

Cobre e outros metaes Antonio Luciano Batalha 18 de dezembro de 1863.


Cobre e estanho João de Brito Pimenta de Almeida , 22 de janeiro de 1864.
Cobre e ferro Joaquim José Padrão 4 de junho de 1864.
Cobre e outros metaes José Maria da Silva Idem.
Idem José Vicente Callixto 11 de agosto de 1864.
Idem Bernardino Martins da Silva 16 de março de 1864.
Diversos metaes Idem Idem.
Cobre, ferro e outros metaes.. José Rodrigues Tocha . 18 de janeiro de 1864.
Differentes metaes Firmo José Conrado . 30 de março de 1864.
Idem Idem Idem.
Idem Idem 30 de abril de 1864. .
Idem Idem Idem.
1 ,
Ferro e estanho José Nunes daSilva, como proc." ' do ex. "°visconde do Cartaxo 20 de janeiro de 1864.
Cobre Eládio Léon 18 de julho de 1864.
Carvão Francisco Linalheira Collaço, João Antonio Moreira, José 14 de março de 1864.
Pinto e Augusto Luiz Berthelot
Chumbo e outros metaes Francisco Maria Alturas 3 de abril de 1864.
Prata, chumbo e outros metaes., Firmo José Conrado 19 de abril de 1864.
Prata e zinco Bernardo Bastos e José Barbosa de Pinhas . 6 do junho de 1864.

D. de L. n.° 90, de 22 de abril.


31
124 1865 11 de abril

2." SECÇÃO

T e n d o r e q u e r i d o J o s é F e r r e i r a P i n t o B a s t o q u e nos t e r m o s d o d e c r e t o c o m f o r ç a d e
lei d e 3 1 d e d e z e m b r o d e -1852 e r e s p e c t i v o r e g u l a m e n t o d e 9 d e d e z e m b r o d e -1853, s e
l h e c o n c e d e s s e a c e r t i d ã o d o s direitos d e d e s c o b e r t a d a m i n a d c c o b r e sita e m Villa Meã,
concelho é districto d e B r a g a n ç a :
Vistos o s d o c u m e n t o s p o r o n d e s e p r o v a q u e o r e q u e r e n t e satisfez a t o d o s os q u e s i t o s
d o a r t i g o 12.° d o citado d e c r e t o ;
V i s t o o r e l a t o r i o d o e n g e n h e i r o João F e r r e i r a B r a g a , e n c a r r e g a d o da i n s p e c ç ã o d e m i -
n a s d o p r i m e i r o districto d o r e i n o , q u e p o r o r d e m d o g o v e r n o e x a m i n o u a posição d o j a -
z i g o e verificou a existencia d o deposito, c o m o d e t e r m i n a o artigo 1 3 . " d o m e s m o d e c r e t o ;
V i s t o o p a r e c e r a e s t e r e s p e i t o h a v i d o d a secção d e m i n a s d o c o n c e l h o g e r a l d e o b r a s
p u b l i c a s e m i n a s , n o q u a l j u l g a o r e q u e r e n t e h a b i l i t a d o na q u a l i d a d e d e d e s c o b r i d o r legal
da m i n a d e q u e s e t r a t a ;
H a p o r b e m S u a M a g e s t a d e El-Rei, c o n f o r m a n d o - s e c o m o m e n c i o n a d o p a r e c e r , d e -
clarar:
1.° Q u e o r e q u e r e n t e é r e c o n h e c i d o c o m o p r o p r i e t a r i o legal d a d e s c o b e r t a d a m i n a d e
c o b r e , , si.la e m Villa Meã, c o n c e l h o e districto d e B r a g a n ç a , cuja p o s i ç ã o s e acha t o p o -
g r a p h i c a m e n i e d e s i g n a d a n a planta q u e p o r copia a c o m p a n h a a p r e s e n t e p o r t a r i a ;
2.° Q u e o s limites da d e m a r c a ç ã o p r o v i s o r i a d a r e f e r i d a m i n a , notados na p l a n t a j u n t a
p e l o s t r a ç o s d e côr v e r m e l h a , f o r m a m u m p e n t á g o n o A R C D E , d e t e r m i n a d o p e l o s e g u i n t e
m o d o : À , u m p o n t o a 6 0 0 m e t r o s a n o r o e s t e m a g n é t i c o da C r u z d o s P e g o e i r o s ; B , G r u z
.dos P r e g r e i r o s ; C , P e n e d o d e S a n t a E u l a l í a ; D , u m p o n t o a " 2 0 0 m e t r o s a n o r t e d e C ; E , "
C r u z d o m i l h o ; c o m p r e h e n d e n d o e s t e p e n t á g o n o a superfície d e 5 7 4 : 5 0 0 m e l r o s q u a -
drados;
3.° Q u e , n o s t e r m o s d o a r t i g o 1 4 . ° d o citado d e c r e t o , s ã o c o n c e d i d o s ao s u p p l i c a n t e
seis m e z e s , c o n t a d o s d a data d a p u b l i c a ç ã o d ' e s t e titulo n o Diario d e L i s b o a , p a r a ' o r g a n i -
sar u m a c o m p a n h i a o u e m p r e z a d a s a u c t o r i s a d a s p e l o codigo c o m m e r c i a l p o r t u g u e z , o u
p a r a m o s t r a r q u e p o s s u e os m e i o s p r e c i s o s p a r a a lavra, n a intelligencia d e q u e , n ã o s e ha--,
bilitando n ' e s t e s t e r m o s d e n t r o d ' a q u e l l e p r a s o i m p r o r o g a v e l , s e r á a c o n c e s s ã o d ' e s t a m i n a
posta 3 concurso na conformidade da l e i ;
4." Q u e p o r e s t e d i p l o m a são c o n c e d i d o s ao s u p p l i c a n t e p a r a t o d o s o s effeitos l e g a e s ,
s e g u n d o a s d i s p o s i ç õ e s d o p r e d i t o artigo 13.°, os d i r e i t o s q u e l h e c o m p e t e m c o m o d e s c o -
bridor da mencionada mina.
O q u e t u d o se l h e c o m m u n i c a p a r a seu c o n h e c i m e n t o e m a i s effeitos, ficando o b r i g a d o
a a p r e s e n t a r n o m i n i s t e r i o cias o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a a c e r t i d ã o d e h a v e r
feito r e g i s t a r n a r e s p e c t i v a c a m a r a m u n i c i p a l a p r e s e n t e p o r t a r i a n a s u a i n t e g r a , s e m o
q u e nãó terá inteira validade.
P a c o , e m 1 8 d e abril d e 1 8 8 5 . Carlos Bento da Silva.= P a r a J o s é F e r r e i r a P i n t o
Basto. D. de L. n.° 91, de 24 do abril.

T e n d o r e q u e r i d o F r a n c i s c o Saraiva d a Costa C o u r a ç a q u e n o s t e r m o s d o d e c r e t o c o m
f o r ç a d e lei d e 3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 e r e s p e c t i v o r e g u l a m e n t o d e 9 d e d e z e m b r o d e
1 8 5 3 , s e l h e c o n c e d e s s e a c e r t i d ã o d o s d i r e i t o s d e d e s c o b e r t a da m i n a d e . c a r v ã o , sita n o
l o g a r da P o v o a , f r e g u e z i a d e P e d o r i d o , concelho d e Castello d e Paiva, districto d e A v e i r o ;
C o n s j d e r a p d o q u e esta m i n a fôra r e q u e r i d a pelo r e q u e r e n t e e m 1 3 d e s e t e m b r o (le
1 8 6 3 , e p o r J o ã o F r a n c i s c o Pinto M o n t e i r o e m 2 5 d o m e s m o m e z e a n n o , e q u e a m b o s p e -
diram ser declarados descobridores legaes;
C o n s i d e r a n d o q u e o s u p p l i c a n t e , t e n d o sido o p r i m e i r o m a n i f e s t a n t e , r e q u e r e r a p e l o
m i n i s t é r i o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , q u e s e p r o c e d e s s e ao r e c o n h e c i -
m e n t o d ' e s l a m i n a , a n t e s d e t e r f i n d a d o o praso, d e oito m e z e s , d e q u e t r a t a o a r t i g o d o .
decreto r e g u l a m e n t a r d e 1 3 de agosto d e 1 8 6 2 ;
Vistos o s d o c u m e n t o s p o r o n d e se p r o v a q u e o r e q u e r e n t e satisfez a t o d o s o s q u e s i t o s
do a r t i g o Í 2 . ° d o cjtado d e c r e t o ;
Visto o relatorio d o e n g e n h e i r o c h e f e ' d e s e g u n d a classe J o ã o Baptista S c h i a p p a d e
Azevedo, e n c a r r e g a d o d a i n s p e c ç ã o d e m i n a s d o s e g u n d o districto d o r e i n o , q u e p o r o r -
d e m d o g o v e r n o e x a m i n o u a posição d o jazigo e v e r i f i c o u a existencia d o d e p o s i t o , c o m o
d e t e r m i n a o a r t i g o 13.° d o m e s m o d e c r e t o ; . ...
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emil-
aMl 1865 125

t i d o e m c o n s u l t a d e 2 7 d e d e z e m b r o p r o x i m o p a s s a d o , n a q u a l j u l g a o r e q u e r e n t e habili-
t a d o n a q u a l i d a d e d e d e s c o b r i d o r legal d a m i n a d e q u e s e t r a t a :
H a p o r b e m S u a M a g e s t a d e E l - R e i , c o n f o r m a n d o - s e c o m a m e n c i o n a d a consulta, d e -
clarar:
1.° Q u e o r e q u e r e n t e é r e c o n h e c i d o c o m o p r o p r i e t a r i o l e g a l d a d e s c o b e r t a d a m i n a d e
car.vão, s i t a n o l o g a r d a P o v o a , f r e g u e z i a d e P e d o r i d o , c o n c e l h o d e Castello d e Paiva, dis-
t r i c t o d e A v e i r o , c u j a posição s e a c h a t o p o g r a p h i c a m e n t e d e s i g n a d a n a planta q u e p o r co-
piaii.acoqapanha a p r e s e n t e p o r t a r i a .
'•2.° Q u e e s l i m i t e s d a d e m a r c a ç ã o p r o v i s o r i a d a r e f e r i d a m i n a , n o t a d o s na p l a n t a j u n t a
pelos traços côr vermelha, formam u m trapesio A B C D , traçado da seguinte maneira:
P e l í esijuiná .SE. d a casa d a quinta d e J e r e m e n d e , direcção E O . m a g n é t i c o , m a r q u e - s e
para o lado de È . a extensão d e 2 5 0 metros e a s u a extremidade será o ponto A m a r c h o
na p l a n t a ; p a r a o lado d e 0 . s e dirija u m a linha d e 4 5 0 m e t r o s , c u j o e x t r e m o será o p o n t o
D . f c e l o p o n t o A . t i r e - s e u m a ljnha p a s s a n d o p e l o p o n t o c u l m i n a n t e d a S e r r i n h a d o T e r -
r e í r o T a r d o s C a r v a l h o s d e S . Gião, linha q u e p r o l o n g a d a 2 0 0 m e t r o s a l e m d o u l t i m o p o n -
to,; |dè,terminará n o s e u e x t r e m o o p o n t o B : p o r e s t e p o n t o tire-se p a r a O . u m a l i n h a d e
«100 m e t r o s , c o j o e x t r e m o C, uiiid.o c o m o p o n t o j á d e t e r m i n a d o , f e c h a r á o r e f e r i d o t r a p e -
sio, a b r a n g e n d o a s u p e r f í c i e d p 9 0 0 : 0 0 0 m e t r o s q u a d r a d o s .
3 . ° Q u e n o s t e r m o s d o a r t i g o 14.° d o citado d e c r e t o s ã o c o n c e d i d o s a o s u p p l i c a n t e
seis me.zes, c o n t a d o s d a data d a publicação d ' e s t e titulo n o Diario d e Lisboa, p a r a o r g a n i -
s a r u m a qoifipanhia o u e m p r e z a d a s a u c t o r i s a d a s p e l o codigo c o m m e r c i a l p o r t u g u e z , o u
p a r a mostj-ar q n e p o s s u e o s f q n d o s precisos p a r a a l a v r a ; n a intelligencia d e q u e , n ã o s e
habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel, será a.concessão d'esta
m i n a posta a c o n c u r s o n a c o n f o r m i d a d e d a l e i .
4.° Q u e p o r este d i p l o m a são c o n f e r i d o s a o s u p p l i c a n t e , p a r a todos o s effeitos l e g a e s ,
s e g u n d o a s d i s p o s i ç õ e s d o p r e d i t o a r t i g o 13.°, o s d i r e i t o s q u e l h e c o m p e t e m c o m o d e s c o -
bridor da piencionada mina.
O q u e t u d o s e l h e c o m m u n i c a p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e m a i s effeitos, f i c a n d o o b r i g a d o
a apresentar n o referido ministerio a certidão d e haver feito registar na respectiva camara
m u n i c i p a l a p r e s e n t e p o r t a r i a n a s u a i n t e g r a , s e m o q u e n ã o t e r á inteira v a l i d a d e .
P a ç o , e m 1 8 d e pbril d e 1 8 6 5 . = C a r l o s Bento da Silva.—Para F r a n c i s c o S a r a i v a d a
Costa C o u r a ç a . D. de L. n.° 94, de 27 de abril.

REPARTIÇÃO CENTRAL

S e n d o p r e s e n t e a S u a M a g e s t a d e E l - R e i u m officio d o e n g e n h e i r o c h e f e d a s e g u n d a
d i v i s ã o fiscal d e c a m i n h o s d e f e r r o , d a t a d o d e 7 d o c o r r e n t e , p r o p o n d o q u e s e j a a p p r o v a d o
o n o v o h o r á r i o q u e o a c o m p a n h a , e q u e d e v e r á r e g u l a r o serviço dos c o m b o i o s das l i n h a s
f e r r e a s d o s u l e s u e s t e e r a m a l p a r a S e t u b a l , n a estação d o p r o x i m o v e r ã o : h a p o r b e m
o m e s m o augusto senhor, conformando-se com a informação do mencionado engenheiro,
a p p r o v a p - p h o r á r i o d e q u e s e t r a t a p a r a t e r vigor d e s d e 1 d e m a i o a t é a o dia 3 1 d e o u t u -
b r o d o c o r r e n t e a n n o , n a intelligencia d e q u e na linha f e r r e a d e B e j a , onde~se p r o p õ e a p e -
n a s u m comboio a s c e n d e n t e e o u t r o d e s c e n d e n t e p o r d i a , s e e s t a b e l e c e r ã o d o i s a s c e n d e n -
tes e dois descendentes, para o q u e bastará tornar mixto o comboio d e mercadorias q u e
s e p r o p õ e e.-Jaze-lo i r até B e j a , d e v e n d o e s t e c o m b o i o p a r t i r d a e s t a ç ã o d o B a r r e i r o á s d u a s
h o r a s e upa q j i a r t ô d a t a r d e , ,e n ã o á s t r e s h o r a s , c o m o s e p r o p õ e , continrianijq e m v i g o r a s
advertências-que seguem o horário approvado p o r portaria d e 6 d e fevereiro d e 1864, p u -
b l i c a d a s n o D i a r i o d e Lisboa n . ° 3 0 d o r e f e r i d o m e z . - ; .
O q u e assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio è industria,
a.0j dito e n g e n h e i r o fiscal p a r a s u a intelligencia e d e v i d o s effeitos.
Paço, e m . 19 d e abril d e 1 8 6 5 . = Carlos Bento da Silva.= P a r a o e n g e n h e i r o c l j p f e
d a s e g u n d a d i v i s ã o fiscal d e c a m i n h o s d e f e r r o .
m 1865 19 de abril

Horário a que se refere a portaria d'csta daía

ASCENDENTE

ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias
Mixtos

Lisboa (vapor) 7h - 1 5 ' 4h _ 30'


Barreiro (partida) 8-15 3b - 0' •30
Lavradio : 8. -20 3 - 7 •35
Alhos Vedros 8 -27 3-16 •42
Moita 8-35 3 -25 •SO
Pinhal Novo (chegada) 8 -50 3 -45 • 5
Mudança de carruagem para Setubal
Idem (partida) 8 -55 3 -50 6-10

Palm ella. O horário de Palmella e Setubal,


Ramal de Setubal Setubal.. partindo deLisboa,acha-serio fim.

Poeeirão 9h - 20' 4h - 201


Pegões 9 -40 4-40
Vendas Novas 10 - 1 5 5-20
Montemór 10 - 4 5 6 - 0
Casa Branca (chegada), 11 -10 6 -30
Mudança de carruagem para Beja
Idem (partida) 11 - 3 0 6 -40

Evora (chegada). 12h _ 10' 7h_20'

Alcaçovas ll'i -55'


Vianna 12 -10
Villa Nova 12 -23
Alvito 12 -50
Cuba 1 -15
Beja (chegada). 1 -40

DESCENDENTE

ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias
Mixto

Beja, 8h-30'
Cuba 9-- 5
Alvito 9 -35
Villa Nova 9 -55
Vianna . . . 10 - 2 0
Alcaçovas . 10 - 3 5

Evora (partida) 10h-20' lh _ 0'

Casa Branca (chegada) 11b — 0' Ih-45'


Mudança de carruagem
Idem (chegada) ' lí -15 1 -55
Montemór 11 -40 2 -25
Vendas Novas 12 -15 3-10
Pegões 12 -45 3 -50
Poeeirão 1 - 3 4 -15

Setubal . . j O horário de Setubal e Palmella,


Ramal de Setubal ,i para Lisboa acha-se no fim
Palmella

Pinhal Novo (chegada) Ih - 30', 4h _ 40' -

Mudança de carruagem para Setubal


Idem (partida) 1 -35 4 - 50
Moita 1 -50 5 - 10 -

Alhos Vedros 1 -58 5 - 18 -

Lavradio 2 - 5 5 - 25 -

Barreiro (chegada) 2-10 5 - 30 -

Lisboa (idem) 3-10 6 - 30 —


19 (le abril 1865 127

RAMAL DE S E T U B A L

ASCENDENTE

ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias Passageiros
Mixtos

Barreiro (partida) 8h - l o ' 511-30'


Lavradio 8-20 5 - 3 5
Alhos Yedros 8 - 2 7 5 - 4 2
Moita 8 - 3 5 5 - 5 0
Pinhal Novo (chegada) 8 - 5 0 6 - 5
Idem (nartida) 9 - 0 11»-40' 6-10
Palmella 9 - 1 5 1 - 5 5 5 - 2 5
Setubal (chegada) 9 - 3 0 2-10 6 - 4 0

DESCENDENTE

ESTAÇÕES
Passageiros
Mercadorias Passageiro
Mixto

Setubal (partida) 8h - 20' 12i>-50' 4h - 15/


Palmella 8 -35 1 - 5 4 - 3 0
Pinhal Novo (chegada) 8 - 5 0 1 -20 4 - 4 5
Idem (partida) 9 - 5 1 - 3 5 4 - 5 0
Moita 9 - 2 2 1 - 5 0 5 - 1 0
Alhos Vedros 9 - 2 8 1 - 5 8 5 - 1 8
Lavradio 9 - 3 5 - 2 - 5 5 - 2 5
Barreiro (chegada) 9 - 4 0 2-10 5 - 3 0

M i n i s t e r i o das o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , e m 19 d e abril d e 1 8 6 5 . = E r -
nesto de Fa/ria. ~ D. dc L. n.° 89, de 22 de abril.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO R E I N O


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
2 . a REPARTIÇÃO

S e n d o - m e p r e s e n t e s o s e s c l a r e c i m e n t o s p r e s t a d o s p e l o m i n i s t e r i o d a g u e r r a , pelos q u a e s
consta q u e d e s d e 1 d e j a n e i r o a t é 3 1 d e d e z e m b r o d o a n n o p r o x i m o p a s s a d o s e v e r i f i c a r a m
q u i n h e n t a s c i n c o e n t a e oito s u b s t i t u i ç õ e s p o r c o n t r á t o n o s c o r p o s d o exercito, e m v i r t u d e
d a f a c u l d a d e c o n c e d i d a n o a r t i g o 8.° d a lei d e 4 d e j u n h o d e 1859, d e q u e r e s u l t o u o p r e ç o
m e d i o p a r a cada u m a d'ellas d e 1 5 0 $ 0 0 0 r é i s : h e i p o r b e m , e m c u m p r i m e n t o d o a r t i g o 5 5 . ° ,
§ 2.°, d a lei d e 27 d e j u l h o d e 1855, d e c r e t a r o s e g u i n t e :
A r t i g o u n i c o . Ê fixado n o p r e s e n t e a n n o o p r e ç o m e d i o d a s s u b s t i t u i ç õ e s d o s r e c r u t ^ ,
p a r a t o d o s o s effeitos d a s d u a s c i t a d a s leis, n a q u a n t i a d e 1 5 0 $ 0 0 0 r é i s .
O s ministros e secretarios d'estado dos negocios d o reino e da g u e r r a assim o t e n h a m
e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . Paço, e m 1 9 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . = J u l i o Gomes da Silva
Sanches=Marquez de Sá da Bandeira. D0 L . n.° 90, de 22 de abrii.

DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA


4." REPARTIÇÃO

T e n d o o c o m m i s s a r i o d o s e s t u d o s d o districto d e C o i m b r a participado, e m officio d e


1 0 d o c o r r e n t e m e z , q u e a c a m a r a m u n i c i p a l d a villa d e T á b u a resolvêra, a instancias d o
r e s p e c t i v o a d m i n i s t r a d o r d o concelho, i n c l u i r n o o r ç a m e n t o p a r a o a n n o e c o n o m i c o d e
1 8 6 5 - 1 8 6 6 a v e r b a d e 1 0 0 $ 0 0 0 r é i s c o m a p p l i c a ç ã o unica a o a r r a n j o d e casa e c o m p r a
d e mobilia p a r a as escolas p u b l i c a s d e e n s i n o p r i m a r i o do m u n i c i p i o , v o t a n d o - s e i g u a l v e r b a
n o s a n n o s s e g u i n t e s a t é q u e t o d a s a s escolas s e a c h e m c o n v e n i e n t e m e n t e r e p a r a d a s e m o -
b i l a d a s : S u a M a g e s t a d e El-Rei, c o n s i d e r a n d o q u e a r e s o l u ç ã o indicada r e v e l a d e c i d i d o e m -
128 1865 11 de abril

p e n h o d a q u e l l a municipalidade e m r e m o v e r u m dos males q u e muito affectam a concor-


r ê n c i a dos i n d i v i d u o s q u e d e v e m r e c e b e r a i n s t r u c ç ã o e l e m e n t a r n a s e s c o l a s d o e s t a d o ,' e
A t t e n d e n d o a q u e as diligencias e m p r e g a d a s p e l o r e s p e c t i v o a d m i n i s t r a d o r d o c o n c e -
lho perante a camara, para ser tomada similhante resolução, importam t a m b e m verdadeiro
zêlo d a p a r t e d ' e s t e f u n c c i o n a r i o pelo p r o g r e s s o d o e n s i n o :
H a p o r b e m m a n d a r q u e o g o v e r n a d o r civil d e C o i m b r a s i g n i f i q u e aos m e m b r o s d a é a -
m a r a m u n i c i p a l e a o a d m i n i s t r a d o r d o concelho d e T á b u a a s u a r e a l satisfação e m c ò n h e -
c e r o m o d o d i g n o c o m o u n s e o u t r o p r o m o v e m o m e l h o r a m e n t o m a t e r i a l d a s estíolás p u -
b l i c a s d o m e s m o c o n c e l h o , c o n t r i b u i n d o assim p a r a q u e ellas p o s s a m c o r r e s p o n d e r p r o f i -
c u a m e n t e a o fim d a s u a instituição. ' ;
P a ç o , e m 1 9 d e abril d e 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches. ;; í 1
D, de L. n.° 90,-.de.23 daaljrik;'.

M I N I S T E R I O DOS NEGOCIOS DA G U E R R A ~

Hei p o r b e m determinar q u e o uniforme descripto n o artigo 4.° do plano d e unifor-


mes, approvado pelo decreto d e 3 1 d e março d e 1856, com as alterações contidas-no Se-
creto d e 1 1 d e s e t e m b r o d e 1 8 6 1 , i n s e r t o n a o r d e m d o e x e r c i t o n . ° 2 2 d o mesrtió a n n o , s e
t o r n e e x t e n s i v o aos officiaes m i l i t a r e s r e f o r m a d o s , e m p r e g a d o s e m c o m m i s s ã o no.jfainiste-
r i o d a g u e r r a , c o m a unica d i f f e r e n ç a d e s e r t r i p a r t i d a a gola d a c à s á c o c i a s t e s officiaes'.
O p r e s i d e n t e d o conselho d e m i n i s t r o s , m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s ' d a
g u e r r a , e n c a r r e g a d o i n t e r i n a m e n t e d o s d a m a r i n h a e u l t r a m a r , o t e n h a assim' entétodidô e
f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 9 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . — R e i . = = Marquez de Sá da Báiidéira.:
Ord. do ex. n.c^17 de 26, e D. de L. n . ° 9 5 , de 28_de a i n l ^

ORDEM DO EXERCITO N.° 1 8


Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 28 de abril de 1864
Publica-se ao exercito o seguinte:
S e n d o d e g r a n d e u t i l i d a d e n a c i o n a l e d a m a i o r conveniencia p a i a o e x e r c i t o , r e g u l a r d e
u m m o d o e x p r e s s o , claro e p o s i t i v o o s p r i n c i p i o s q u e s e d e v e m s e g u i r n a c o m p r a dos c a -
vallos a n n u a l m e n t e n e c e s s a r i o s p a r a o serviço d o s c o r p o s d e cavallaria e a r t i l h e r i a , c o n c i -
l i a n d o as p r e c i s a s e definitivas p r o v i d e n c i a s s o b r e t ã o i m p o r t a n t e o b j e c t o coifl os ; í f l t e r e s -
s é s e c o n ó m i c o s d o paiz, d e m o d o q u e s e t o r n e m m a i s p r o v e i t o s a s a s s u a s d e s p e z a s m i l i -
t a r e s , e s t a b e l e c e n d o - s e a c e r t a d a s m e d i d a s q u e a n i m e m , p r o m o v a m e t o r n e m d e bottl ertitp
a c r e a ç ã o d o g a d o cavallar d e r a ç a s a p u r a d a s , p e l a c e r t e z a d o s p r o d u c t o r e s e c f e á d o r é s
e n c o n t r a r e m n o e x e r c i t o m e r c a d o s e g u r o , o n d e p o s s a m o f f e r e c e r os s e u s p r o d u c t o s c r e a d o s
s e g u n d o a s m e l h o r e s i n d i c a ç õ e s d a sciencia h i p p i c a ; e s e n d o d e e s p e r a r q u e d ' e s t a m a n è i r á
e m p o u c o s a n n o s a r e m o n t a p a r a o exercito s e p o d e r á r e a l i s a r , n ã o s ó c o m v a n t a g e f i s e c o -
n o m i c a s , m a s t a m b e m t o r n a n d o - a i n d e p e n d e n t e d e f o r n e c i m e n t o s e s t r a n g e i r o s , èbndiÇfro
e s t a q u e p ó d e t e r g r a n d e influencia s o b r e o f u t u r o m i l i t a r d o p a i z , p e l o e m p r e g o d è r e -
c u r s o s p r o p r i o s n o d e s e n v o l v i m e n t o d a força da a r m a d e c a v a l l a r i a : hei p o r b e r n d e e r e t à f
o seguinte: •> •
Artigo l . ° Para assegurar aos productores e creadores nacionaes u m m e r c a d o certo,
são v e n d i d o s e m h a s t a publica, l o g o q u e t e n h a m c o m p l e t a d o oito a n n o s d e s e r v i ç o , o s c a -
v a l l o s d e fileira dos r e g i m e n t o s d e cavallaria e artilheria, c r e a d o s e m P o r t u g a l , o s q u a e s
d e v e m s e r s u b s t i t u i d o s , tafito q u â n t ó seja possivel, p o r o u t r o s f à m f M n c r e a d o s n o p a i z .
§ u n i c o . P a r a t e r l o g a r a v e n d a d e q u e t r a t a e s t e artigo, d e v e p r e c e d e r a u c t o r i s a ç ã o
do ministerio da guerra.
A r t . 2 . ° E m t o d a á r e m o n t a p a r a o e x e r c i t o t ê e m preféi-fencià o â P á l i o s 'pos-
s u i n d o á s c o n d i ç õ e s p r o p r i a s p a r a o serviço m i l i t a r , s e j a m c r e a d o s n ó paiz, è iiiâis éàjíè-
c i a l m e n t e a q u e l l e s q u e p r o v e n h a m d e cavallos è e g u á s a p p r o v a d o s . E s t a s citçdtií$0èí§3
prt»vam-se p o r a t t e s t a d o p a s s a d o p e l o i n t e n d e n t e d e p e c u a r i a r e s i d e n t e n o r e s ^ & í í ó ã f s l -
;
tricto a d m i n i s t r a t i v o . -/ -,fi!
A r t . 3.° Á s r e m o n t a s p a r a os c o r p o s d e cavallaria e artilheria, feitas pó>f cbnMfêfcffêS,'
são d e t r e s e s p e c i e s : g e r a e s , e s p e c i a e s e e v e n t u a e s . : :
ÍQ de abril 1865 í$9

§ 1.° A s r e m o n t a s g e r a e s e í í e c t u a m - s e n a s g r a n d e s feiras d e g a d o cavallar, c o m p r a n -


dÒ-sè cavallos d e q u a l q u e r p r o c e d e n c i a .
| 2 . ° A s r e m o n t a s especiaes f a z e m - s e nos m e r c a d o s e s t a b e l e c i d o s n a s r e g i õ e s d o paiz
e m q u e h a j a m a i o r c r e a ç ã o d e g a d o cavallar.
i 3 . ° A s r e m o n t a s e v e n t u a e s c o n t i n u a m a s e r feitas n o s c o r p o s d e cavallaria e a r -
tilheria.
Art.'4.° O continente do reino é dividido e m tres grandes circumscripções d e r e -
m o n t a : a p r i m e i r a c o m p r e h e n d e o s districtos d a l . : l , 2.% 3 . a e 6 . a divisões m i l i t a r e s ; a
s e g u n d a o s d a 7 . a e 8 . a ; e a t e r c e i r a os d a 4 . a e 5 . a divisões.
| unico. E m cada u m a d ' e s t a s c i r c u m s c r i p ç õ e s faz-se e s p e c i a l m e n t e a r e m o n t a d o s ca-
vallos fiara os c o r p o s d e cavallaria e a r t i l h e r i a n'ella e s t a c i o n a d o s .
A r t . 5:.o : H a t r e s c o m m i s s õ e s d e r e m o n t a , e n c a r r e g a d a s das r e m o n t a s geraeá e espe-
ciaes, u m a p a r a cada c i r c u m s c r i p ç ã o .
§ 1 C a d a -uma d ' e s t a s c o m m i s s õ e s c o m p õ e - s e d e u m official g e n e r a l ou official supe-^
r i o r , p r e s i d e n t e ; d e u m capitão o u s u b a l t e r n o e d e u m v e t e r i n a r i o m i l i t a r , c o m o v o g a e s . '
U m s a r g e n t o , u n i d o á c o m m i s s ã o , faz a e s c r i p t u r a ç ã o e o e x p e d i e n t e , s o b a d i r e c ç ã o d o
capitão ou subalterno, q u e é o secretario.
| 2'.° : P o d e m unir-se a estos c o m m i s s õ e s officiaes d o s c o r p o s , q u e t e n h a m d e r e m o n -
t a ^ pára se instruírem n o s processos da remonta e c o m m a n d a r e m as necessarias praças
dè' pret' d e s t i n a d a s a o t r a t a m e n t o dos cavallos e s u a c o n d u c ç ã o p a r a o s c o r p o s q u e lhos s e -
jam destinados.
Art. 1 6.° A s r e m o n t a s e v e n t u a e s n o s c o r p o s d e cavallaria e a r t i l h e r i a c o n t i n u a m a s e r
feitas p e l o s r e s p e c t i v o s conselhos a d m i n i s t r a t i v o s , e m c o m m i s s ã o , a q u e s e r e ú n e , v o t a n d o
Como vogal, o v e t e r i n a r i o d o r e g i m e n t o .
Art. : 7 . ° Os g e n e r a e s c o m m a n d a n t e s d a s divisões m i l i t a r e s r e q u i s i t a m dos i n t e n d e n t e s
p e c u á r i o s , na c o n f o r m i d a d e do-artigo 14.° d o s e u r e s p e c t i v o r e g u l a m e n t o , d e c r e t a d o e i h ' 1 2
d e m a r ç o d e 4 8 6 2 , a estatistica d o s cavallos p a e s , é g u a s fantis e p o t r o s e x i s t e n t e s nos dis-
t r i c t o s d a s s u a s divisões.
. Art. 8.° O ministerio da guerra, attendendo ás necessidades da remonta, e fendo e m
vista as estatisticas d e q u e trata o a r t i g o a n t e c e d e n t e e b e m assim a s i n f o r m a ç õ e s c o n v e -
n i e n t e s , fâz p u b l i c o todos o s a n n o s :
1.° O n u m e r o e e s p e c i e d e cavallos cuja c o m p r a p r o x i m a m e n t e d e v e f a z e r - s e em cada
circtuhscripção;
2.° A s epochas do exame e recepção d o s cavallos;
3.° Ó p r e ç o m á x i m o d a s r e m o n t a s e s p e c i a e s e e v e n t u a e s ;
4.° A s c o n d i ç õ e s d e r e s p o n s a b i l i d a d e d o s v e n d e d o r e s , c o m r e l a ç ã o a o s casos r e d h i -
bitorios.
§ 1 . ° O s c a s o s r e d h i b i t o r i o s , r e p u t a d o s t a e s e q u e u n i c a m e n t e dão logar a a c ç ã o p o r
p a r t e d o g o v e r n o , s ã o os s e g u i n t e s :
1.° F l u x ã o p e r i o d i c a ;
2 . ° Molestia a n t i g a d e p e i t o ;
3.° Immobilidade;
-4.° P u l m o e i r a :
5.° Rouquidão chronica;
6.° B i r r a n e r v o s a ; -
7.° R o t u r a s ;
8.° Manqueira intermittente p o r esfalfamento d e peito;
Epilepsia o u mal caduco; - -
10.° M o r m o ;
11.° L a p a r õ e s .
| 2 . ° O p r a s o p a r a o g o v e r n o i n t e n t a r acção r e d h i b i t o r i a principia a c o n t a r - s e no dia
segtiinté a o d a e n t r e g a d o s cavallos e é d è t r i n t a dias p á r a o s casos d e fluxão p e r i o d i c a e
d è è^ilepsia óil lnal c a d u c o , e d e n o v e dias p a r a o s Outros casos.
:
A r t . 9.° A v e r b a d e r e m o n t a c o n s i g n a d a n a lei a n n u a l d a s d e s p e z a s do estado, desti-
n a d a p a r á á coiripra d o s cavallos d o s c o r p o s d e cavallaria e a r t i l h e r i a , é em regia dividida
eKô d u á s p â H è S fgusíès; u m a applicada á s r e i h o n t a s g e r a e s e a o u t r a á s especiaes';
§ 1.° O m i n i s t r o d a g u e r r a p ó d e a l t e r a r a divisão d ' e s t a v e r b a , conforme^aS í í f -
Curtistábcias. •>.;.: «
1 2 . ° A s r e m o n t a s e v e n t u a e s c o n t i n u a m a s e r feitas pelos f u n d o s que áctuâlmente lhós
:
estão c o n s i g n a d o s . • :
130 1865 11 de abril

, A r t . 10.° O p r e ç o da r e m o n t a é, p a r a as r e m o n t a s geraes, o q u e dá o m e r c a d o e s e -
g u n d o as instrucções r e c e b i d a s do ministerio da g u e r r a , m a s para as especiaes e e v e n t u a e s
estabelece-se todos os annos u m m á x i m o .
| unico. O p r e ç o m á x i m o d e q u e trata este artigo é igual ao p r e ç o m e d i o da totalidade
da r e m o n t a feita n o anno a n t e r i o r , m a i s t r e s d é c i m o s d'elle.
A r t . 11.° Os cavallos d e v e m satisfazer ás s e g u i n t e s c o n d i ç õ e s :
1. a T e r e m d e altura, p a r a lanceiros l m , 5 2 a l m 5 4 , e para c a ç a d o r e s a cavallo é arti-
lheria, 1'", 4 8 a 1™, 5 2 ;
2 . a Q u a n d o s e j a m capados, a c h a r e m - s e i n t e i r a m e n t e c u r a d o s d e c a s t r a ç ã o ;
3 . a Não t e r e m a clina c o r t a d a ;
4 . a S e r e m sãos, d e boa vista, b e m c o n f o r m a d o s , p r i n c i p a l m e n t e d o peito e m e m b r o s ,
l i m p o s d e defeitos ou aleijões externos, q u e p r e j u d i q u e m ou p o s s a m vir a p r e j u d i c a r o
s e u b o m serviço;
5 . a T e r e m , p e l o m e n o s , q u a t r o a n n o s e n ã o mais d e seis.
| u n i c o . Q u a n d o os cavallos, p o r suas q u a l i d a d e s s u p e r i o r e s , s u p p r è m a diminuição
da altura, ha n'esta u m a tolerancia d e 1 c e n t í m e t r o , a qual só se p ó d e a d m i t t i r p r e c e -
d e n d o auctorisação do m i n i s t r o da g u e r r a , p r o p o s t a pela commissão. E s t a p r o p o s t a d e v e
s e r a c o m p a n h a d a d e u m a informação d a s circumstancias do cavallo, assignada pelos m e m -
b r o s da c o m m i s s ã o , d e c l a r a n d o elles e m s e p a r a d o s e a p p r o v a m ou r e j e i t a m a tolerancia.
A r t . 12.° Nas r e m o n t a s especiaes a c o m p r a é directa e e x c l u e o negociante, c o m o in-
t e r m e d i á r i o do p r o d u c t o r o u c r e a d o r , p a r a c o m a commissão.
| unico. N'estas r e m o n t a s as c o m m i s s õ e s c o m p r a m u n i c a m e n t e os cavallos q u e s e j a m
c r e a d o s e m P o r t u g a l . Esta circumstancia prova-se p o r attestado p a s s a d o pelo i n t e n d e n t e
d e p e c u a r i a do districto, ou pelo a d m i n i s t r a d o r do respectivo concelho; o u p o r certificado
d'este, f u n d a d o n o t e s t e m u n h o d e pessoas d e credito, q u e a b o n e m as declarações dos p r o -
d u c t o r e s ou c r e a d o r e s .
. A r t . 13.° Q u a n d o as c o m m i s s õ e s t e n h a m d e r e m o n t a r e m a l g u m a d a s g r a n d e s feiras
d e gado cavallar, o ministro da g u e r r a assim o m a n d a a n n u n c i a r no Diario d e Lisboa, e
fazer publico p o r editaes n o local da feira.
Art. 14.° As commissões, na r e m o n t a especial, d i r i g e m - s e e m dias fixos e nas e p o -
chas designadas pelo ministerio da g u e r r a , ás sedes dos districtos e concelhos a d m i n i s t r a -
tivos p r o x i m a s dos principaes centros d e p r o d u c ç ã o , c o m p r e h e n d i d o s nas r e s p e c t i v a s cir-
c u m s c r i p ç õ e s , c o m b i n a n d o os s e u s itinerários d e maneira q u e offereçam toda a c o m m o d i -
d a d e aos p r o d u c t o r e s e c r e a d o r e s .
| . l C o m antecipação os itinerários d ' e s t a s c o m m i s s õ e s a n n u n c i a m - s e n o Diario d e
Lisboa, d e s i g n a n d o - s e t a m b e m os dias lixos e m q u e os cavallos d e v e m ser a p r e s e n t a d o s
a e x a m e e a q u e l l e s e m q u e t e n h a m d e s e r e n t r e g u e s nos depositos, ou a o n d e se conven-
cionar.
§ 2.° Os p r e s i d e n t e s d ' e s t a s c o m m i s s õ e s r e m e t t e m copia d o s seus itinerários aos go-
v e r n a d o r e s civis d o s districtos d a s respectivas c i r c u m s c r i p ç õ e s , e p e d e m - l h e s q u e d ê e m
d'elles c o n h e c i m e n t o aos a d m i n i s t r a d o r e s d o s concelhos, e n c a r r e g a n d o estes d e lhes d a r
p u b l i c i d a d e p o r editaes aílixados n a s localidades.
§ 3.° E s t e s itinerários e os annuncios, feitos e m c o n f o r m i d a d e do § 1.° d ' e s t è artigo,
assentam especialmente sobre as estatisticas d e q u e trata o artigo 7.° e as i n f o r m a ç õ e s da-
d a s pelos e n c a r r e g a d o s d'ellas c o m o fim de elucidarem as c o m m i s s õ e s r e l a t i v a m e n t e á
p r o p r i e d a d e , origem d o s cavallos e residencia dos p r o d u c t o r e s e c r e a d o r e s .
Art. 15.° Nas r e m o n t a s especiaes, as c o m m i s s õ e s i n s c r e v e m os c o n c o r r e n t e s , o s q u a e s
d e c l a r a m os s ô u s n o m e s , qualidades d e p r o d u c t o r e s ou creadores, e b e m assim o n u m e r o
d e cavallos q u e t e n c i o n a m a p r e s e n t a r , inteiros o u capados, e q u e t ê e m c o n h e c i m e n t o d a s
condições publicadas pelo ministerio da g u e r r a , e m v i r t u d e do artigo 8.°
A r t . 16.° As c o m m i s s õ e s , nas r e m o n t a s especiaes, e x a m i n a m e negoceiam os cavallos
e no e x a m e e c o m p r a , seguindo a - o r d e m da inscripção, a p r e s e n t a cada u m d o s c r e a d o r e s
o u p r o d u c t o r e s u m cavallo, até se c o m p l e t a r o turno, depois d o que, pelo m e s m o m o d o ,
se o p e r a a r e s p e i t o d e u m s e g u n d o t u r n o e a s s i m s u c c e s s i v a m e n t e até se p e r f a z e r a com-
p r a auctorisada, ou aquella q u e o m e r c a d o offerecer, com as condições m a r c a d a s .
| unico. S e com os cavallos a p r e s e n t a d o s se não p e r f i z e r o n u m e r o p e d i d o p o r e s t a s
commissões, d e v e m ellas r e c o r r e r ás r e m o n t a s g e r a e s .
A r t . 17.° E m t o d a s as r e m o n t a s geraes, especiaes e e v e n t u a e s d e v e m s e g u i r - s e nQ
e x a m e e c o m p r a dos cavallos as s e g u i n t e s r e g r a s :
l . a Cada cavallo é e x a m i n a d o pela c o m m i s s ã o p a r a d o e e m m o v i m e n t o ;
41 de abril 1865 131

2 . a T e r m i n a n d o e s t e e x a m e , cada vogal d a c o m m i s s ã o e s c r e v e e m u m b i l h e t e a l e t r a
A o u R , c o n f o r m e a p p r o v a o u rejeita o cavallo e x a m i n a d o , e s c r e v e n d o t a m b e m o p r e ç o
e m q u e o e s t i m a n o caso d e o a p p r o v a r , e s u b s c r e v e t u d o c o m a s u a r u b r i c a ;
3 . a O p r e s i d e n t e , d e p o i s d e t e r e s c r i p t o o seu b i l h e t e , r e c e b e o s d o s m a i s m e m b r o s ,
e e m p r e s e n ç a d e t o d a a c o m m i s s ã o faz o a p u r a m e n t o d o r e s u l t a d o d a v o t a ç ã o ;
4.a Havendo unanimidade d e approvação, tira-se a media d o s p r e ç o s indicados n o s
b i l h e t e s , e o p r e ç o m e d i o s e r á o p r o p o s t o p e l o p r e s i d e n t e ao v e n d e d o r , q u e s e m d e b a t e d e -
clara s e aceita o u rejeita o dito p r e ç o ;
5 . a N o caso d e s e r aceite o p r e ç o r e a l i s a - s e i m m e d i a t a m e n t e a c o m p r a , i n s c r e v e n d o - s e
logo n o c a d e r n o d a r e m o n t a , s e g u n d o o m o d e l o j u n t o : l . ° s a data d a c o m p r a ; 2.°, classe e
l o g a r d a r e m o n t a ; 3 . ° , o n o m e e p r o f i s s ã o d o v e n d e d o r ; 4 . ° , filiação e n a t u r a l i d a d e d o
a n i m a l ; 5.°, os r e s e n h o s d e t a l h a d o s d o a n i m a l ; 6.°, o p r e ç o c o n v e n c i o n a d o , d e c l a r a n d o
e s p e c i a l m e n t e o v o t o d è c a d a m e m b r o d a c o m m i s s ã o ; 7 . ° , o l o g a r a o n d e o cavallo d e v e
ser conduzido;
6 . 1 N ã o h a v e n d o u n a n i m i d a d e n a a p p r o v a ç ã o , s e a m a i o r i a d e votos é d e r e j e i ç ã o , o
a n i m a l é r e j e i t a d o irilimine, h a v e n d o n ' e s s e c a s o a m a i o r r e s e r v a e m n ã o d e c l a r a r p u b l i -
c a m e n t e o s m o t i v o s d a r e j e i ç ã o , s e estes e n v o l v e r e m a l g u m a d e p r e c i a ç ã o n o valor d o ani-
m a l a p r e s e n t a d o ; m a s s e a r e j e i ç ã o for p o r falta d e a l t u r a o u differença d e i d a d e , p o d e m
declarar-se esses motivos;
7 . a S e h a m i n o r i a d e v o t o s n a rejeição o u e m p a t e n o caso d e r e m o n t a e v e n t u a l , q u e m
r e j e i t a d e c l a r a n o seio d a c o m m i s s ã o o s m o t i v o s e p r o c e d e - s e d e p o i s a n o v o e x a m e e e s -
c r u t í n i o ; s e e s t e n ã o d e r m a i o r i a d e rejeição o u e m p a t e é o cavallo a c e i t e , m a s o p r e ç o d a
c o m p r a é o m á x i m o e s t a b e l e c i d o s e g u n d o o § u n i c o d o a r t i g o 10.°, m e n o s q u a t r o d é c i m o s
d'esse p r e ç o ;
8 . a T o d o e q u a l q u e r cavallo r e j e i t a d o e m u m a r e m o n t a n ã o fica p o r e s s e facto excluído
de concorrer a outra;
9 . a T o d o o cavallo q u e seja a p p r o v a d o p e l a c o m m i s s ã o d e r e m o n t a , m a s q u e s e n ã o
c o m p r e p o r d u v i d a r o d o n o aceitar o p r e ç o p r o p o s t o , p ó d e s e r r e c e b i d o p e l a dita c o m -
missão e m q u a n t o estiver funccionando, s e assim convier ao v e n d e d o r ;
1 0 . ' A s c o m m i s s õ e s c o m p r a m p e l o p r e ç o m á x i m o d a r e m o n t a q u a l q u e r cavallo q u e
e m p o t r o " t e n h a sido p r e m i a d o e m a l g u m a e x p o s i ç ã o d e g a d o a u c t o r i s a d a , u m a v e z q u e
satisfaça a s c o n d i ç õ e s d e b o m serviço.
A r t . 18.° F i c a m s u b s i s t i n d o t o d a s a s disposições s o b r e a r e m o n t a d o e x e r c i t o consi-
g n a d a s n o titulo 5.° d ó r e g u l a m e n t o d a a d m i n i s t r a ç ã o d e f a z e n d a militar, d e c r e t a d o j e m 16
de setembro d e 1864, e q u e não são alteradas expressamente p o r este decreto.
O presidente d o conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios d a
guerra, encarregado interinamente dos negocios da marinha e ultramar, assim o tenha en-
t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 9 d e a b r i l d e 1 8 6 5 . = R E I . = M a r q u e z de Sá ãaBan-
deira.
1865 . to&M
;
' " " Modelo dò réjjisto de compra ,

Preços
propostos
pelos
membros
. dá Regimèiito
Anno,, Classee logar Filiação Nome commissão .para.ondç,
m'di b dia' ' aá Mmàníi 1 e nalarálidadc' e profissão Resenha do animal e remettido ;
do animal do vendedor o cavallo

863,, iRei[nontà-.ge-i Paes incogni- Vicente Bei- Sexo—cavallo capão. Regimpnto


à hof. ! ral,.na feira , tos rão (alqui- Idade—5, annos. 8,de ca-
dé'S. Marti- Oriiindo de la dor). Altura—Ím,50. vallaria.
nho da Gol- terras da Bei- Cores e signaes—cas-
legã'.. :•• • ra. tanho claro e calça-
do do pó direito, fer-
ro (AL) na direita.

Ou: Filho do Ma- Francisco Al- etc.


Remonta es- rialva (caval- ves Pereira
;
'{jéb'íál dfe' lo de Alter) e (lavrador)
• • Âzátnbtljá'. da egua hes-
panhola Ci-
gana. ,
Nascido em Al-
ter e creado
nos Campos
de Azambu-
ja-

Ou: ' etc. João de Sou- etc.


Rem.ta even- . sa Falcão
: ttial (lavrador)
gtaflfcnlo
•de cavalla-
ria. ,.

D. d&L, n.° 108, de,13,de ipaio.,


-.hf !

í M Í N t e i l i Ò j ) O S N E G O C I O S DÕ R É I N O
DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3.» REPARTIÇÃO

C o n s t a n d o q u e a l g u n s r e i t o r e s d o s lyceus n a c i o n a e s e x i g e m a i d a d e d e d e z a n n o s a o s
a l u m n o s q u e p r e t e n d e m fazer e x a m e d e i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a ; e c o n s i d e r a n d o q u e n e m a
lei n e m os r e g u l a m e n t o s d e t e r m i n a m a i d a d e c o m o r e q u i s i t o p a r a a a d m i s s ã o a tal e x a m e ,
p o r q u e o § inicial do artigo 8 . ° d o d e c r e t o d e 9 d e s e t e m b r o d e 1 8 6 3 , e o a r t i g o 5 4 . ° , n . o s l . °
e 2 . ° d o m e s m o d e c r e t o , m o s t r a m s e r a i d a d e d e d e z a n n o s condição u n i c a m e n t e p a r a a
m a t r i c u l a n o s lyceus, o u p a r a a d m i s s ã o a e x a m e s d e i n s t r u c ç ã o s e c u n d a r i a ; m a s c o n s i d e -
r a n d o p o r o u t r o lado, q u e seria util o b r i g a r t a m b e m o s a l u m n o s d e i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a
a j u n t a r c e r t i d ã o d e i d a d e p a r a o e f f e i t o s ó m e n t e d e s e p o d e r , a n t e s d o despacho^ v e r i f i c a r
a i d e n t i d a d e d a p e s s o a dos r e q u e r e n t e s , o u m a n d a r - l h e s c o r r i g i r a s i n e x a c t i d õ e s e m q u e
m u i t a s vezes c á e m p o r i n e x p e r i e n c i a , c o n f u n d i n d o o r a a n a t u r a l i d a d e c o m a r e s i d e n c i a ,
o r a a s u a n a t u r a l i d a d e c o m a d e s e u s p a e s ; e a t t e n d e n d o a q u e t a l exigencia n ã o s e p o d e -
ria f a z e r p a r a e s t e a n n o , vista a p r o x i m i d a d e d o s e x a m e s nos l y c e u s e m q u e ella n ã o e s -
tava e m u s o : h a S u a M a g e s t a d e E l - R e i p o r b e m m a n d a r d e c l a r a r :
1.° Q u e a a d m i s s ã o a e x a m e d e i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a n ã o d e p e n d e d a i d a d e d o c a n -
didato.
. 2 . ° Q u e n o s l y c e u s , em q u e s e t e m exigido certidão d e idade, c o n t i n u a r á e s t e a n n o e
n o s s e g u i n t e s a e x i g i r - s e tal certidão, u n i c a m e n t e c o m o d o c u m e n t o p a r a v e r i f i c a r a i d e n -
t i d a d e d a p e s s o a , e q u e n o s o u t r o s l y c e u s s e exija o m e s m o d o c u m e n t o p a r a o m e s m o fim
d e s d e o anno d e 1 8 6 6 e m diante.
/
f

21 de abril 1865 iâ3


; 3 . ° Q u e a s c e r t i d õ e s d e idade, j u n t a s a r e q u e r i m e n t o s d e e x a m e d e i n s t r u c ç ã o p ç i m a -
riai p p s s a m ^ m e d i a n t e d e s p a c h o do, r e i t o r , s e r r e s t i t u í d a s n o s a l u m n o s q u e . a s p e d i r e m
para documentar requerimentos.de instrucção secundaria.
P a ç o d a A j u d a , e m 2 0 d e abril d e l865. = Julio Gomes da Silva Sanches.
D. de L. n.° 90, de 22 do abril.

' M I S T É R I O D A S O B R A S P U B L I C Á S , C O M M E R C I O É Í N T M T E '
•.••:.•;/•.•>•••,':''•••'• " '' . . . . . . . . f, •)-•;•);:;/

• L I . R E P A R T I Ç Ã O C E M R A L •

S u a M á g é á t a d e Èí-Kei, conformaricio-se c o m a informação""do é n g e n h e f r o cííefe'(3à"|ri-


m e i r a divisão fiscal d e c a m i n h o s d e f e r r o : h a p o r b e m a p p r o v a r a r e s o l u ç ã o t o m a d a p e l a
e m p r e z a c o n s t r u c t o r a dos c a m i n h o s d e . f e r r o d e l e s t e e n o r t e , t o r n a n d o e x t e n s i v a á l i n h a
f è i f e r ã o " n o r t e ú Védúè^SWãè p r í m è i r a a ttífcéira clãsâe,- q u e f o f a feita ffiHftÉjPWJKI^
p a r a d t r a n s p o r t e d a s c a r n e s s a l g a d a s é f u m ã d a s j ' a p p r o v a d a p o r portarias d a i l í t d » f e v e -
reiro do anno proximo passado; • ; • .
O q u e assim s e communica, peio ministerio d a s obras publicas, commercio e industria,
ao dito e n g e n h e i r o fiscalrpara s e u c o n h e c i m e n t o a d e v i d o s . effeitos. —
P a ç o , e m 2 0 d e abril d e I86õ.=Carlos Bento da Silva.==Para o e n g e n h e i r o c h e f e
d a p r i m e i r l f d i v i s ã o fiscal &e'6atóinhos d e f e r r o . ' ' ''''''bVdeLn^M/lioMdòBrii.-

C O N S E L H O G E R A L D A S A L F A N D E G A S 7,';'. . W

. R E S O L U Ç Ã O N.° 2Í»6 ; .:.'!.

•, ( k c o n s è l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s : ;
V i s t o 0 p r o c e s s o íie c o n t e s t a ç ã o o c c o r r i d a n a a l f a n d e g a d e Lisboa, s o b r e a classifica-
çãOjâejjíaâ-PQrçãQ deua.adeira ç m folhas,, a p r e s e n t a d a a d e s p a c h o p o r S a l o n B e n s a u d e ;
Yisto o a u t o d a c o n f e r e n c i a d o s v e r i f i c a d o r e s ;
Vista a amostra que acompanhou o Recurso;
Visto o a r t i g o 1 0 . ° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
• 1;* Considerando que no indice remissivo da pauta geral das alfandegas se explica o
que dçve. entender-se por madeira ordinaria ou branca e por madeira para marcenaria;
' 2 . ° C o n s i d e r a n d o , t a n t o e m r e l a ç ã o ao q u e s e acha d i s p o s t o n a m e s m a p a u t a , 'como a o
que-se dispunha nas anteriores, que é a qualidade da madeira e não a das-felhavqae-serve
de base para a imposição d o direito;
3.'° Considerando que a madeira dás folhas de que se trata está comprehendida no
grupo, quês no indice da pauta vem designado como madeira para marcenaria;
f.' R e s o l v e : • ",. . , i
A r t i g o ' u n i c o . A s f o l h a s d e m a d e i r a , q u e f a z è m O o b j e c t o d ' e s t ã c o n t e s t a ç ã o d e y e t a seir.
cláSsiiBcadàs c o m o m a d e i r a p a r a màrceçrâria, eiíi folhas, s u j e i t a s ao direit.Oiae.^SO réife pOí'
;
k i l o g r a m m a , c o m p r e h e n d i d o hó a r t i g o 5 8 . ° d a p a u t á g e r a l d á s alfandegas'. '
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a p e l o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e m s e s s ã o d e 2 0 d e
abril d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s ò s vogaes = Conde d'Avila, p r e s i d e u t e — N a z a r e t h , r e -

. ):,;.,,,..,.. : . - . de L . d e , 3 4 d^ljirU.; V."

D I R E C Ç Ã O G E R A L D O S C O R R E I O S

R E P A R T I Ç Ã O CENTRAL

T e n d o o g o v e r n o d a P r ú s s i a c e l e b r a d o c o m o da S u é c i a e N o r u e g a u m a nova c o n v e n -
ção postal, ç m v i r t u d e d a q u a l f o r a m r e d u z i d o s os p o r t e s d a s c o r r e s p o n d ê n c i a s , q u e h o u -
v e r e m d e s e r e x p e d i d a s d e P o r t u g a l p a r a e s t e s dois u l t i m o s paizes e vice-versa, a c o n t a r
d e 1 d e m a i o p r o x i m o f u t u r o , p u b l i c a - s e n o v a m e n t e a tabella d o s p o r t e s a q u e e s t ã o s u -
jeitas as correspondências originarias d e Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das
134 1865 11 de abril

p r o v i n c i a s p o r t u g u e z a s n a costa o c c i d e n t a l d a Africa, c o m d e s t i n o p a r a a P r ú s s i a , p a r a o s
e s t a d o s d a união p o s t a l a l l e m ã , o . p a r a os p a i z e s a q u e a P r ú s s i a s e r v e d e i n t e r m e d i o , n a
q u a l s e a c h a m i n d i c a d o s o s n o v o s p o r t e s a q u e , d o r e f e r i d o d i a e m d i a n t e , ficam s u j e i t a s
a s c o r r e s p o n d ê n c i a s d e P o r t u g a l -para a S u é c i a e N o r u e g a .

Tabella dos portes a que estão sujeitas as correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos
Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na costa occidental da Africa, com destino para a
Prússia, para os estados da união postal allemã, e para os paizes a qne a Prússia serve de inter-
medio, nos termos da convenção postal de 26 de abril de 1864 e do respectivo regulamento

Correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das pro-
vincias portuguezas na costa occidental da Africa, com destino para a Prússia,
e para os estados da união postal allemã, abaixo declarados

Cartas ordinarias e amostras de fazendas Jornaes e outros impressos

Peso Franquia obrigatória em sellos Peso Franquia obrigatória em sellos

Até 7 V2 gram. inclusivè Até 45 gram. inclusivè 20 réis


Até 15 » » 300 » Até 90 » » 40 »
Até 221/í » » 450 » Até 135 » » 60 »
E assim por diante, au- E assim por diante, au-
gmentando-se 150 réis gmentando-se 20 réis
por cada 7V2 grammas. por cada 45 grammas.

Cartas registadas

Aos portes respectivos se addicionará o premio invariavel de 100 réis em sellos pelo registo.

Os estadas da uniSo postal allemã, que ficam igualados á'Prussia para todos os effeitos da sobredita
convenção, sSo os seguintes: Anhalt, Áustria (comprehendendo a Hungria, Gallicia e Yeneza), Bade,
Baviera, Birkenfeld, Bremen, Brunswick, Francfort sobre o Meno, Hamburgo, Hanover, Hesse gran-
ducal, Hésse eleitoral, Hesse-Homburgo, Hohenzollern, Liechtenstein, Lippe-Detmold, Lubeck, Me-
cklemburgo-Schwerin, Mecklemburgo-Strelitz, Nassau, Oldemburgo, Reuss, Saxe, Saxe-Altemburgo,
Saxe-Coburgo-Gotha, Saxe-Meiningen-Hildburghausen, 8axe-Weimar-Eisenach, Schaumburgo-Lippe,
Schwarzburgo-Rudolstadt, Schwarzburgo-Sonderbausen, Waldeck-Pyrmont e Wurtemberg.

N.B. Pelas cartas ordinarias e amostras de fazendas, bem como pelos joçnaes e outros impressos
originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa com destino para a Prússia e para
os estados da união postal allemã, cobrar-se-hão adiantadamente, em moeda forte, não só os compe-
tentes portes acima indicados, mas tambem o de 50 réis por cada 7y 2 grammas de cartas e amostras,
e o de 10 réis por cadâ 43 grammas de jornaes e outros impressos.
Correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na costa occidental da Africa, em transito
pela Prússia, com destino para os paizes abaixo designados t

Franquia obrigatoria em sellos


ty.
Designação dos paizes Natureza das correspondências S.

Cartas ordinarias e amostras Até 7 7a gr 200 rs., augmentando-se 200 rs. por cada 71/2 gr.
Dinamarca Cartas registadas » 7 ' / * » 300 » ii 200» )i 7i/2»
Jornaes e outros impressos.. D 45 » 40 0 A 40 » 45 .
Egypto:
Cartas ordinarias e amostras » 71/2» 300 » » 300 » ii 7i/2»
Pára: Benta, Birtet-el-Sab, Cair», Damaotar, Damiela, Ka/er-Zajel, Hansonrab, Mi&oHa, Porlo-Said, Ssmmá, Cartas registadas » 45 » 500 ii » 400 » ii 71/2»
Suei, Tantah, Zagasili e Zifla. Jornaes e outros impressos.. 70 » j> 70 » » 45 »
Cartas ordinarias e amostras » 7 Vi " 225 » a 225 » » 71/2 »
Cartas registadas » 7 i / 2 » 325 » 225 »
P a r a : Alexandria o o resto do Egjplo (a) » • » 71/2 »
ÍÍ ii
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 40 9 40 » 45 »
x>
Cartas ordinarias e amostras » 7V2 » 260 a 260 »» ii 71/2 »
a ii
Cartas registadas » 7»/2 » 360 » 260 »
Grécia.... » 71/2 »
a 70 »
Jornaes e outros impressos.. » 45 " 70 » 45 »
»
Cartas ordinarias e amostras " 71/2 » 175 a 175 » a 71/2 »
Hollanda Cartas registadas " 71/2 » 275 » » 175 » ii 7i/ 2 »
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 30 » a 30 .. ii 45 »
[Cartas ordinarias e amostras » 71/2» 225 H » 225 » tf 7V2 »
Ilhas Joilias Cartas registadas » 7V2-» 325 » » 225 » » 7 VÍ »
Jornaes e outros impressos.. >. 4S a 40 » » 40 » ii 45 » 00
Cartas ordinarias e amostras " 7lk » 290 » » 290 » ii 7 V2 - - oOT
s
Noruega Cartas registadas » 71/2 » 390 ii » 290 » a 7 Vi »
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 70 » u 70 » a 45 »
Cartas ordinarias e amostras » 7 V2 ® 225 ii » 225 » » 7V2 »
Rússia Cartas registadas » 71/2 « 400 )) a 300 >. » 71/2 •
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 90 ii » 90 ., » 45 »
Cartas ordinarias e amostras » 71/2 » 240 » » 240 » a 7Vt •
Suécia Cartas registadas » 7 V2 " 340 » a 240 » i) 77» »
Jornaes e outros impressos.. » 45 » 40 » u 40 » » 45 »
Turquia e Principados do Danúbio:
P a r a : Adrianopolis, Alnandrcla, Anlitari, Bakowa, Bejrouth, Berlad, Botutschani, Bukarcsl, Burgas, Caifa, Candia,'
Canía, Caialla, Cesme, Constantinopla, Czernaroda, Dardancllos. Durazzo, Foksehanj, Galatz, Gallipoli, Giurgeno, Ibraila, Ineboli,
Cartas ordinarias e amostras 77* 240 » » 240 » a 772 »
Ma, Janina, Jassj, Jerusalém, Knstcndje, larnaca, LaUtieh, Hersina, Hjlilene, Pliilippopolis, Piatra, Plojeschli, Proresa, Cartas registadas (b) 772 340 » » 240 » 7 72 »
Relimo, Rbodes, Romano, Rulsthuk, Salonica, Samsoun, Serez, Sinope, Smjraa, Sofia, Sulina, Tekulscb, Tenedos, Trelii- Jornaes e outros impressos.. 45 40 » » 40 .» a 45 »
zonda, Tripoli, InJlsdia, Yalona.Yarna « Volo.
Cartas ordinarias 150 » » 150 » » 7 72 »
P a r % : Belgrado t o resto d a Tnrquia ( e ) ; . . ; Cartas registadas 71/2 250 » 150 » »
772 »
Jornaes e outros impressos.. 45 20 i> * 20 » a 45 >

N.B. Pelas cartas ordinarias e amostrasse fazendas, bem como pelos jornaes e outros impressos originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa, que se
remetterem em transito pela Prússia para os paizes acima indicados, cobrar-se-hSo adiantadamente, em moeda forte, nSo só os portes respectivos, más tambem o de SO réis por
cada 71/2 grammas de cartas e amostras de fazendas, e o de 10 réis por cada 45 grammas de jornaes e outros impressos.
(a) Para Alexandria—franquia obrigatoria das correspondências até ao seu destino. P a r a o resto .do Egypto—franquia obrigatoria atá Alexandria.
{») Í B o t e registam c a r t a s para Alexandreta, Latakieh, Mersina e Tripoli. CO
1 4 Paca Belgrado—franquia obrigatoria ate ao sen destino. P a r a o resto da T n r q u i a — f r a n q u i a obrigatoria t i o sómente até á fronteira aostro-turca. VI
#36 1865 24 de abril

Advertências

'ÍA.Os portes das correspondências que se houverem de expedir para a Prússia, para.òs estados
da união postal'allemã ou para os paizes a qúe a Prússia serve ile:inlermedio, serãò pagos adiantadá-
mente no;continente do reino, e nas ilhas dos Açores e Madeira, por meio de sellos do correio portu-
guez affixados na frente dos sobrescriptos, e em moeda forte nás provincias da costa occidental da
Afriçã."-j !
Todas as correspondências que não forem devidamente franqueadas, deixarão de ter seguimen-
to, e ficarão-retidas até que os remettentes as franqueiem. _• I
3.a Parâ se evitarem enganos conyirá.que sempre se escreva a palavra «Prussia:» na parte supp-
rior dos sobrescriptos das correspondências dirigidas para ali, assim como para os estados" dai união
postai, âílèmã, e igualmente a indicação «Em transito pela Prússia», nos das que por intermedio. d'esfa
houvErèm de ser expedidas para a Dinamarca, Egypto, Grécia, Hollanda, Ilhas Jonias, Noruega] Rús-
sia, Sueçia, Turquia e principados do Danúbio.
^.s cartas, que houverem de ser registadas, apresentar-se-hão bem fechadas e marcadas, pelo
menois gm duas partes, com um mesmo sinete posto em lacre, de maneira que fiquem bem greSas tp-
das Á ãppras dos sobrescriptos. •>: ! 5 .
1
S. ? 0 remettente de qualquer carta registada para a Prússia, ou paizes da união postal ^llemS,
podérá-oxigir que se lhe apresente um recibo comprobativo de ter sido entregue ao destinatário a mes-
ma cãrtà,f pagapdo em sellos no acto. do registo um porte addicional de ,50 réis. ... - 7:-.
;§*. Qsfoffiáes e*mais impressos deverão ser cintados, e não. jcónterão letras, algarismos ou signaes
manjj^riptos, á excepção do nome e domicilio do destinatário, e da assignatura do remettente. Não se
dará.-expediçã.o ^os jornaes e impressos, quê não satisfizerem a estas condições. ,„' ! :'
y.^ Ifem para a Prússia e estados da união postal aliem 5, nem pára òs paizes a- que a Prússia ser-
ve dg ifitèrifiedió," podeni ser remettidas correspondências conténdó dinheiro, jóias, objectos jjlepiosqis,;
ou outroá quaesquer,, sujeitos a direitos de alfandega; as que apparecerem com taes objectos,-[serão re-t
tidtas^è^nviadas official mente á direcção geral dos correios. s
A s : p o ' r r è s p o i j d é h c j a s procedentes da Pnissiá, as dos estados da união postal allemã,'e as qji£
£m;tmsi|o\pelaPrulsia vierem" da Dinamarca, Egypto, Grécia, Hollanda, Ilhas Jonias, Noruega, flus-
|iã'j Sufccla^-Turquia e principados do Danúbio, entregaiv-se-hão 'francas de porte, em conseqÃencfa pç;
ser^estê àlirpago adiantadamente. Exceptuam-se porém-as que tiverem1 sido"devolvidas por havfrqní
ínúdádb ee residencia õs destinatários, pelas quaes sè cobrará em dinheiro, no acto da entrggg, o poste"
•iléyido'.-: j ". ? :. • ;. - • • . v. .'; ' • . < f
. -Reí©r|íç3o central d a d i r e c ç ã o g e r a l dos c o r r e i o s , è m 2 1 d e atiril.de 1 8 6 5 . ^ 0 s e ç r p - ;
tariOj, íJqão g à p t i s l a da Silva Lopes. d. déL. n.°9i, aeaiâeabrn. Í T

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS ;' " U


> ^ ... } • RESOLUÇÃO N.° 237 j ::

r . O c ô n s e l h o geral d a s a l f a n d e g a s : ' •; í
T M s t p s o s r e c u r s o s i n t e r p o s t o s p o r G r a n g e o n & C.° e B o u v r o t D a u p h i n e t & Ç . a , á c e r c a
.de q u ã t t o b a r r i c a s c o n t e n d o c a r b o n a t o d e s o d a s e c c o r e f i n a d o , p r o p o s t a s a d e s p a q h o p à
alfandega d e Lisboa: ' ; i
7 Vistp o auto d e conferencia dos verificadores; j ®
: Vistas as amostras que acompanharam os recursos; j : :
r j ^ f e i » ó a r t i g o 10.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ; j | "F.
:
C o n s i d e r a n d o q u e p é l a analyse a q u e s e p r o c e d e u , s e r e c o n h e c e u q u e o c a r b f f n à t o d a
s o d a solpro q u e v e r s a m e s t a s c o n t e s t a ç õ e s c o n t ê m 1 0 p o r c e n t o d e soda c a u s t i c a ; t , j *
.:. C o n s i d e r a n d o q u e n a c a r t a d e lei d e 1 1 d e j u l h o d e 1 8 6 3 s e e s t a b e l e c e m d i r e i t o s | i -
vérsos para u m e outro productos; . ' -á \
C o n s i d e r a n d o q u e as d i s p o s i ç õ e s d o a r t i g o 2 6 . ° d o s p r e l i m i n a r e s d a p a u t a g e r a l d á s
;alfand.egas n ã o t ê e m r e l a ç ã o c o m o caso p r e s e n t e , p o r q u e ali, p a r a s e fazer a p p l i c a ç ã o p o
. m a i o r ' d i r e i t o , t r a t a - s e s o m e n t e d e m e r c a d o r i a s c o m p o s t a s d e m a t e r i a s p r i m e i r a s , visivel-
mente e x t i n c t a s , o q u é s e n ã o d á c o m o s p r o d u c t o s e m q u e s t ã o ; p o r q u a n t o n e m s e a p r e -
s e n t a m .visivelmente distinctos, n e m se p o d e m c o n s i d e r a r c o m o m a t e r i a s p r i m e i r a s n o s e n -
tidoistricto d a p a l a v r a ; ;
• : 0 á n siderando q u e s e r i a a u c t o r i s a r u m a b u s o , que. convein e v i t a r , s u j e i t a r o s dois p r o -
d u c t o s ; o direito m i n i m o ; T : : j
| ^ C o n s i d e r a n d o q ú e p e l o n - 0 3.° do artigo 4.9 do regulamento, approvado pelo decreto
d è I p í b j u n h o fle 1 8 6 1 , é d a c o m p e t e n c i a d ' e s t e conselho r e s o l v e r t o d a s as contestações
qúe~Ms %sálareh, na applicação da pauta;. i
r l Résolvé:.; s" - - -5 : ;. ;
^ ; ? A / t i j g o lipico. O s p r o d u c t o s c o n t i d o s n a s b a r r i c a s d e qiie t r a i a m e s t e s r e c u r s o s , d e -
^ é í i â j ^ g a r <5| dois d i r e i t o s m a r c a d o s n a c a r t a d ê lei d è 1 1 d e j u l h | d e i á í ^ a j i a o ç a r b p -
(le £ibri| 1865 437
n a t o d e s o d a s e c c o r e f i n a d o e p a r a o s alcalis cáusticos, n a p r o p o r ç ã o e m q u e , p e l a a p a l y s e
;
a q u e "se p r o c e d e u , f o r a m e n c o n t r a d o s . .
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a pelo c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e n j sessão d e 2 4 d e
a b r i l d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os vogaes = Conde -d' Avila, p r e s i d e n t e = = S « « z a s — Gon-
çalves=Abreu—Nazareth=Santos Monteiro= Costa—Couceiro.
i . : .. !. .; D. deL. n.»9Sj, 4e.$5dq4jyil.

DIRECÇÃO GERAL DOS CORREIOS ; - ,7


...,.„ . REPARTIÇÃO CENTRAI' •„•• , !•>!!
, ,:;Annjjpcia-se q u e , p a r á fapilitar a f r a n q u i a d a s c o r r e s p o n d ê n c i a s p e l p s . p ^ ^ ! . d a g
çarréÍF3,á ,trj|nsatlantiças, p o d e r ã o o s r e m e t t e n t e s q u e assim o p r e f e r i r e m p i a g í u r ^ t f
çjjiiá por.imeio d e sellos p o s t a e s , affixacjps n o s s o b r e s ç r i p t o s d a s c o r r e s p o n d e r e i s . . . ' . ' , , ' ;
O f p ^ o e p o r t e s c o m p e t e n t e s c o n s t a m d a t a b e l l a abaixo t r a n s c r i p t a . ; . 'X..'•:•!
L à o p a f - s . e - b f o é m q u a j q u e r das c a i x a s d a p e q u e n a p.os|a,' n a d a estaçãq,poi^tèí.'^^. jjarr
r e i f o dÒÍPãÇQ e n a d a a d m i n i s t r a ç ã o c e n t r a l d o c o r r e i o , a s c o r r e s p o n d ê n c i a s . J p ^ ç ^ u ^ i d a s
do m o d o acima indicado, a d v e r t i n d o p o r é m q u e ficarão d e l i d a s p a r a a seguinj.p
aquellas q u e d e r e m e n t r a d a n a m e s m a a d m i n i s t r a ç ã o d e p o i s d a h o r a ã n r ç j u n c ^ í i fiir&fcç
fecharem ás malas.
A s c o r r e s p o n d ê n c i a s q u e a p p a r e c e r e m ^ s u f f i c i e n t e m e n t e f r a n q u e a d a s ficarão t a m b e m
d e t i d a s e s e r ã o e n v i a d a s p o r navios d e véla se, d e p o i s d e p u b l i c a d o s n o Diario d e Lisboa,
os n o m e s d o s d e s t i n a t á r i o s , n ã o for c o m p l e t a d a a f r a n q u i a q u e á s m e s m a s c o m p e t i r .

Tabella dos portes por que devem ser franqueadas em sellos postaes as correspondências com destino
para as ilhas de éabo Verde, Brazil e Rio da Prata '• '•^•"'fôj-

Para serem expedidas

das corrospondoncias
Pelos paijoetes transatlanticos das carreiras
dè Southampton e Bordéus, subsidiados Pelos paquèles das carreiras'd'o Liverpool"'
pelos governos francez e inglez

Portes Portes
Cartas Até 7 y 2 grammas inclusivè 150 réis Até 71/2 g r a m p i a s i . , y '.réis
\ : E assiui por diante, au- E assim por diante,'"au-
gmentando 150 réis pol- gmentando 80 réis por
eada 7 V2 grammas que cada 71/2 grammas que
acrescerem, ou fracção acrescerem, ou fracção
d'este peso. d'este peso.

Joríiaes Por cada um 20 réis Por cada um. . ÍÓ réis

Pubjicacões, p e r i ó d i c a s . . . . . . . Até 30 grammas inclusivè. 20 réis Até 30 grammasinclusivè. 10. réis


E assim por diante;-àit-, '1 ''
mentan do 2 0 r gmentando 10 réis por • A'«• •
C T S S S ^ w S S J ?cada 30 ~ grammas que
p° cada 30 granjmas , que-1 ;
prospectos, annuncios, ou[ ,acrescerem,' ou fracção acrescerem, qú.-fátjffiÇQ, •
quaesquer avisos impressos, d'este peso: d'este peso. ' ' '.' '' ' ;'
gríiyados .qij lithogr^phados.
••'• • •• • « ••'' • • fl'-
tição c e n t r a l d a d i r e c ç ã o g e r a l d o s correios e _ stak d ò r'éino;"eij|L
d e Í B B S ^ O chefé' d a r e p a r t i ç ã o , . J<fão Baptista da Silva

• .1 I ' :' ii'

• •! <'yu'.r.ihi! O
138 1865 11 de abril

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
R E P A R T I Ç Ã O DO COMMERCIO E I N D U S T R I A — 2 . " SECÇÃO

Attendendo a o q u e m e r e p r e s e n t o u Ricardo Jones, súbdito britannico residente e m


L o n d r e s , p e d i n d o p r i v i l e g i o p o r cinco a n n o s c o m o i n v e n t o r d e u m novo methodo de con-
servação da substancias animaes e vegetaes;
V i s t o o d e c r e t o c o m força d e l e i d e 3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 ;
C o n s i d e r a n d o q u e o r e q u e r e n t e satisfez todas a s s u a s p r e s c r i p ç õ e s :
H e i p o r b e m c o n c e d e r ao dito R i c a r d o J o n e s a p a t e n t e d e i n v e n ç ã o p a r a o o b j e c t o a c i m a
i n d i c a d o e p e l o espaço d e cinco annos, d u r a n t e o s q u a e s o s s e u s d i r e i t o s d e p r o p r i e d a d e
á d i t a i n v e n ç ã o ficarão sob g u a r d a e d e f e n s a d a lei, s e n d o a p a t e n t e c o n c e d i d a s e m e x a m e
p r é v i o e s e m g a r a n t i r a r e a l i d a d e , p r i o r i d a d e n e m m e r e c i m e n t o d o i n v e n t o a q u é diz r e s -
peito ; p e l o q u e ficam salvos os d i r e i t o s d e t e r c e i r o e o r e q u e r e n t e s u j e i t o ás o b r i g a ç õ e s
e clausulas contidas n o supracitado decreto e ao prévio pagamento dos direitos q u e dever,
passaindo-se-lhé d i p l o m a p e l o m i n i s t e r i o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a .
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
t r i a a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço, e m 2 4 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . =
Carlos Bento da Silva. D. AE L. n.° 107, do « de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DA THESOURARIA

C o n v i n d o a m p l i a r a t o d o s o s concelhos, q u e s ã o cabeças d e c o m a r c a j u d i c i a l , a p r o v i -
dencia adoptada pelo decreto d e 3 0 d e setembro d e 1857, que auctorisou o pagamento
d o s j u r o s d a s i n s c r i p ç õ e s d e a s s e n t a m e n t o n a s capitaes d o s districtos, f a z e n d o - s e e x t e n -
siva e s t a m e d i d a á s i n s c r i p ç õ e s c o m c o u p o n s : h a p o r b e m d e t e r m i n a r S u a M a g e s t a d e E l -
Rei que a junta d o credito publico consulte a este respeito, propondo as instrucções q u e
d e v a m r e g u l a r a e x e c u ç ã o d o d e c r e t o q u e h a j a d e s e r e x p e d i d o p a r a a q u e l l e fim.
O q u e o m e s m o augusto senhor manda, pela direcção geral da thesouraria d o minis-
t e r i o d a f a z e n d a , p a r t i c i p a r á m e n c i o n a d a j u n t a , p a r a o s d e v i d o s effeitos.
P a ç o , e m 2 5 d e a b r i l d e \865.=Conde d'Avila.=Para a j u n t a d o credito publico.
D. de L. n.° 93, de 26 de abril.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—-L. 1 SECÇÃO

A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u J o ã o Baptista B u r n a y , s ú b d i t o p o r t u g u e z , r e s i d e n t e
e m Lisboa, p e d i n d o p a t e n t e p o r q u i n z e a n n o s c o m o i n v e n t o r d e u m processo de distillação
dos troncos e raizes das coníferas, lançando nos cylindros de distillação vapor de agua
sob a pressão de duas ou tres atmospheras, disposição que permitte de separar a tere-
binthina e outros productos de distillação;
V i s t o o d e c r e t o c o m força d e lei d è 3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 ;
C o n s i d e r a n d o q u e o r e q u e r e n t e satisfez t o d a s a s suas p r e s c r i p ç õ e s :
H e i p o r b e m c o n c e d e r a o dito João Baptista B u r n a y a p a t e n t e d e i n v e n ç ã o p a r a o o b j e -
cto a c i m a indicado e p e l o e s p a ç o d e q u i n z e a n n o s , d u r a n t e os q u a e s o s s e u s direitos d e
p r o p r i e d a d e á dita i n v e n ç ã o ficarão s o b g u a r d a e d e f e n s a da lei, s e n d o a p a t e n t e c o n c e d i d a
sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade n e m merecimento d o invento a
q u e diz r e s p e i t o , p e l o q u e ficam salvos o s d i r e i t o s d e t e r c e i r o e o r e q u e r e n t e s u j e i t o á s
o b r i g a ç õ e s e c l a u s u l a s c o n t i d a s n o s u p r a c i t a d o d e c r e t o , e a o p r é v i o p a g a m e n t o dos d i r e i -
tos q u e dever, passando-se-fte diploma pelo ministerio das obras publicas, commercio e
industria.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
41 de abril 1865 139

t r i a a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 5 d e abril d e 4 8 6 5 . = R E I . =
Carlos Bento da Silva. D. dc L, „.» 108) d013 do mai0.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECRETARIA DOESTADO
2. A REPARTIÇÃO

S e n d o p r e s e n t e a S u a M a g e s t a d e El-Rei o officio d e 2 5 d J e s t e m e z , e m q u e o c o n s e -
l h e i r o d ' e s t a d o e x t r a o r d i n a r i o d i r e c t o r tia a l f a n d e g a d e Lisboa, e x p õ e q u e o l o g a r d e c h e f e
d e s e r v i ç o d a dita a l f a n d e g a , v a g o p o r f a l l e c i m e n t o d e H e n r i q u e Daniel W e n c k , ~ p ó d e s é r
s u p p r i m i d o s e m p r e j u i z o d o serviço, e c o m o m e i o d e facilitar a a d o p ç ã o d e o u t r a s p r o v i -
d e n c i a s q u e t e n c i o n a p r o p o r : h a p o r b e m o m e s m o a u g u s t o s e n h o r , l o u v a n d o o zêlo d o
referido conselheiro e conformando-se com o seu parecer, ordenar q u e se n ã o prova
a q u e l l e l o g a r a t é q u e a s côrtes r e s o l v a m a s p r o p o s t a s q u e a e s t e r e s p e i t o o p p o r t u n a m e n t e
l h e s h ã o d e s e r p r e s e n t e s ; ficando e n t r e t a n t o a c a r g o d e u m s ó c h e f e d e s e r v i ç o a d i r e c -
ção dos t r a b a l h o s d a l . a e d a 2 . a r e p a r t i ç ã o d a a l f a n d e g a d e L i s b o a , c o m o o m e n c i o n a d o
c o n s e l h e i r o indica.
O q u e S u a M a g e s t a d e m a n d a p a r t i c i p a r - l h e , p e l a secretaria d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a
f a z e n d a , p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e effeitos c o n v e n i e n t e s , a g u a r d a n d o a p r o p o s t a d a s p r o v i -
d e n c i a s a q u e a l l u d e o citado officio.
P a ç o , e m 2 6 d e abril d e 1 8 6 5 . = C o n d e d ' 4 t t í 7 a . . = P a r a o c o n s e l h e i r o d ' e s t a d o e x -
traordinario, director da alfandega d e Lisboa. d. de L. n.» 94, de 27 de abr».' : •

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 17
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 26 de abril de 1865
Publica-se ao exercito o seguinte: : .;
S u a M a g e s t a d e E l - R e i d e t e r m i n a q u e o s c o m m a n d a n t e s d a s b r i g a d a s d e cavallaria, e i n -
fanteria d e i n s t r u c ç ã o e m a n o b r a fiscalisem p e s s o a l m e n t e o s e x e r c i c i o s n o c a m p o , t r a b a -
lhos d e s e c r e t a r i a e m a i s serviço r e g i m e n t a l a q u e t ê e m d e satisfazer os c a p i t ã e s h a b i l i t a n -
dos ao posto d e major, para assim p o d e r e m , depois da informação dos c o m m a n d a n t e s dos
c o r p o s , em. q u e o s r e f e r i d o s c a p i t ã e s e x e r c e r e m o tirocínio, b a s e a r c o m p e r f e i t o conheci-
m e n t o d e causa o p a r e c e r q u e s ã o o b r i g a d o s a d a r p e l a s i n s t r u c ç õ e s d e 2 2 d e o u t u b r o d e
1864, m a n d a d a s adoptar p o r decreto da m e s m a data e publicadas na o r d e m d o exercito
n.° 6 2 d o r e f e r i d o a n n o .

Sua Magestade El-Rei manda declarar: ,


Q u e fica e x p r e s s a m e n t e p r o h i b i d o aos officiaes d e cavallaria a r r e g i m e n t a d o s faze-
r e m s e r v i ç o e m cavallos d e fileira, salvo e m casos d e f o r ç a m a i o r , q u e s e r ã o e m s e g u i d a
communicados ao ministerio da guerra.
2 . ° Q u e fica i g u a l m e n t e p r o h i b i d o aos m e s m o s officiaes c o m p r a r e m p a r a suas; p r a ç a s
cavallos p o t r o s , d e v e n d o os c o n s e l h o s a d m i n i s t r a t i v o s d o s c o r p o s solicitar a d i f f e r e n ç a d o s
p r e ç o s , q u a n d o n ã o p o s s a m o b t e r n o m e r c a d o cavallos p r o m p t o s , p a r a o s d i t o s officiaes,
p e l a q u a n t i a d e 144$000 r é i s q u e está fixada. • D. de L. n.° 95, de28 de abrii.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» R E P A R T I Ç Ã O - 3 . » SECÇÃO ; ' ' :

. 'Tendo c h e g a d o a o c o n h e c i m e n t o d e S u a M a g e s t a d e El-Rei, q u e e m alguiis g o v e r n o s


civis s e t e m a d m i t t i d o q u e o s i n d u s t r i a e s q u e r e q u e r e m licença p a r a a f u n d a ç ã o d e esta-
i4<j 1865 26 de abril

belecifnentôs insalubres, incommodos ou perigosos, modifiquem, antes do julgamento, as


c o n d i ç õ e s c o m q u e a r e q u e r e r a m , t o m a n d o - s e c o n h e c i m e n t o d ' e s s a s modificações e r e s o l -
v e n d o - a s s e m q u e , e m r e l a ç ã o a ellas, s e s i g a m o s t r a m i t e s r e g u l a r e s , o q u e p ó d e d a r oc-
casião a q u e s e j a m p r e j u d i c a d o s o s d i r e i t o s d è terceiro o u d o estado s e m a u d i ê n c i a dos in-
t e r e s s a d o s : m a n d a S u a Magestade d e c l a r a r ao g o v e r n a d o r civil cie L i s b o a , , e m h a r m o n i a c o m
o p a r e c e r d o c o n s e l h e i r o a j u d a n t e d o p r o c u r a d o r g e r a l d a corôa j u n t o d o . m i n i s t e r i o d o r e i -
no, q u e , q u a n d o s e a p r e s e n t a r a l g u m r e q u e r i m e n t o p r o p o n d o m o d i f i c a ç õ e s nos t e r m o s a c i m a
ditos, d e v e m o s r e q u e r i m e n t o s j u n l a r - s e aos p r o c e s s o s p e n d e n t e s , e d e v o l v e r e m - s e estes
a o s a d m i n i s t r a d o r e s dos concelhos, p a r a q u e , -com r e l a ç ã o a essas modificações, sigam a s
f o r m a l i d a d e s d e á c r i p t a s n o s a r t i g o s 6.° a 13.°, 18.° e 19.° d o d e c r e t o d e 2 1 d e o u t u b r o d e
í 6 6 â , s ' é g ^ n d o a n a t u r e z a d a s licenças.
P a ç ^ e n i ' 2 6 d è àbril d e 1 8 6 8 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches ( 1 ) :
' ' D. de L. d e 3 'dé'maío. -

MíííféíÉíirO J)AS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


!
'íí>ÍRE'CÇÀO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
.. [ REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA — I.a SECÇÃO !•••':• >.•
; T o m a n d o e í n c o n s i d e r a ç ã o o q u e m e foi r e p r e s e n t a d o p e l a d i r e c ç ã o d e u m a c o m p a -
n h i a à e c o m m e r c i o ' e s t a b e l e c i d a e m L o n d r e s , e cfue se d e n o m i n a « c o m p a n h i a d è m i n e r a ç ã o
p0Ctue®se»f(Opor|te,mining c o m p a n y limited), c u j o fim é a lavra e e x p l o r a ç ã o d a m i n a d e
c h u i p b p , d e S e r r a d e l l a , . situada n a p r o x i m i d a d e d e Penafiel, d i s t r i c t o a d m i n i s t r a t i v o d o
P o r t o , a q u a l foi c o n c e d i d a a R o b e r t H e n r y R u s s e l l ;
Y i s t o s os d o c u m e n t o s , p o r o n d e s e p r o v a q u e a r e f e r i d a c o m p a n h i a foi r e g i s t a d a , n a
c o n f o r m i d a d e d a s leis q u e n a I n g l a t e r r a r e g e m as s o c i e d a d e s a n o n y m a s o u d e r e s p o n s a b i -
l i d a d e limitada, n o r e g i s t o publico d e c o m p a n h i a s p o r acções (Joint Stock C o m p a n y ) ;
Vistos o s d o c u m e n t o s , p o r o n d e se p r o v a q u e a s u b s c r i p ç ã o d e acções j á e l f e c t u a d a é
r e p u t a d a s u f i c i e n t e p a r a c o m e ç a r o s t r a b a l h o s d e e x p l o r a ç ã o d a referida m i n a ;
Yisto o d e c r e t o d e 3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 e r e g u l a m e n t o d e 9 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 3 ;
Yisto o p a r e c e r d o a j u d a n t e d o p r o c u r a d o r g e r a l d a c o r ô a j u n t o ao m i n i s t e r i o d a s o b r a s
publicas, commercio e industria: >
!
H e i ^ ' o r ' b e m -permittir q u e a r e f e r i d a c o m p a n h i a , c u j o s e s t a t u t o s b a i x a m c o m esfcè d e -
ct^tçLÍ a's$g'tiâfdos p e l o m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o ie i n -
cfífemâj;'*® c o M â t o d e cento e seis artigos, p o s s a e s t a b e l e c e r e m P o r t u g a l u m a a g e n c i a o u
dèíéè'aéSó'qae'õpére e m s e u nome, com as seguintes condições:
• í1.® Q u e te r e p r e s e n t a n t e s e m P o r t u g a l d a r e f e r i d a c o m p a n h i a t e r ã o o c a r a c t e r , (po-
â é r e s 'è feçvflâa^es d e d i r e c t o r e s , e s e r ã o c o n s t i t u í d o s d e m o d o q u e r e p r e s e n t e m a com-,
p í í h f í i á ' e n i t o d o s 'os actos d o s ê u c o m m e r c i o , j u d i c i a e s e e x t r a j u d i c i a e s ; •
2.a Q u e os directores delegados da companhia e residentes e m Portugal assignarão
t e r m o , n o q u a l d e c l a r e m e m n o m e d a c o m p a n h i a , q u e todas a s q u e s t õ e s suscitadas e n t r e
a c o m p a n h i a e o g o v e r n o , o u e n t r e ella e p a r t i c u l a r e s , s e r ã o unica e e x c l u s i v a m e n t e deci-
d i d a s s e g u n d o a s leis g e r a e s d o r e i n o e as especiaes q u e r e g u l a r e m t u d o q u a n t o f o r r e l a -
t i W - á 'eontteí&So e x p l o r a ç ã o d e m i n a s , :pelos t r i b u n a e s p o r t u g u e z e s j u d i c i a e s o u a d m i -
n t e M t i v o s , ootíforme a s u a c o m p e t e n c i a ;
3 . a Q u e e s t e t e r m o s e r á ratificado n o p r a s o d e dois m e z e s p e l a a s s e m b l é a .geral ida
cftfrtipãriliia; ;
4 . a Q u e t a n t o o s p r o d u c t o s das m i n a s , c o m o a s m a c h i n a s , i n s t r u m e n t o s , edificios, ca-
pitaes'è'quaesquer o u t r o s b e n s o u v a l o r e s q u e a c o m p a n h i a p o s s u i r e m P o r t u g a l , s e r ã o a
p r i m e i r a e-especial g a r a n t i a d e q u a l q u e r r e s p o n s a b i l i d a d e e m q u e pelos s e u s a c t o s a - m e s m a
c o m p a n h i a i n c o r r a , o u s e j a c o m o s p a r t i c u l a r e s , o u seja c o m o e s t a d o ;
5.a Q u e a minha regia approvação poderá s e r retirada, logoque a companhia, p o r
q u a l q u e r m o t i v o , d e i x e d e existir ou s e dissolva, n ã o c u m p r a fielmente q u a l q u e r d a s con-
dições a c i m a indicadas, ó u q u a n d o o i n t e r e s s e p u b l i c o o e x i g i r : p o d e n d o t a m b e m n ' e s t e
u l t i m o caso s e r a l t e r a d a s a s c o n d i ç õ e s d'esla m i n h a r e g i a c o n c e s s ã o .
O m i n i s t r o e s e c r e t a r i o doestado dos-negocios d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s -
tria a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço, e m 2 6 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . =
ÇfirlOS Bento fia Silva, " D.doL n.°liO,dei6demaio.
r

;
(1) Identicas se éxpediram a todos os gôvernadores civis do reino e ilhas.
abril 1865 U 1

T e n d o - m e sido p r e s e n t e o r e q u e r i m e n t o d a c o m p a n h i a c o n i m b r i c e n s e d e i l l u m i n a ç ã o
a gaz, p e d i n d o a a p p r o v a ç ã o d a r e f o r m a d o s e s t a t u t o s p o r q u e até a g o r a s e t e m r e g i d o , é
q u e f o r a m a p p r o v a d o s p o r d e c r e t o d e 2 7 d e o u t u b r o d e 1 8 5 6 , vistos os p a r e c e r e s d o a j u -
d a n t e d o p r o c u r a d o r g e r a l d a corôa j u n t o a o m i n i s t e r i o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o Q
i n d u s t r i a : h e i p o r b e m a p p r o v a r o s novos e s t a t u t o s (1) d a c o m p a n h i a c o n i m b r i c e n s e d e il-
l u m i n a ç ã o a gaz, o s q u a e s , n o s t e r m o s d o artigo 5 3 9 . ° d o codigo c o m m e r c i a l , f o r a m r e d u -
zidos a instrumento publico, constam d e vinte e u m artigos e baixam c o m este decreto
a&sjgnados. pelo m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e f c i p e i n d u s t r i a ,
fiçíin,(í;0:a p i e s m a s o c i e d a d e o b r i g a d a a r e g i s t a r o n o v o i n s t r u m e n t o d o s e u c o n t r a t o efe f e o r
e OlO ..pop,extracto n o registp p u b l i c o d o c o m m e r c i o , nos t e r m o s d o a r t i g o 5 f 0 . ° dj3,codigo
c o m m e r c i a l , e c o m a e x p r e s s a c l a u s u l a d e q u e esta m i n h a r e g i a a p p r o v a ç ã o l h e p ò a e r á
s e r r e t i r a d a , l o g o q u e s e d e s v i e d o s fins p a r a q u e foi i n s t i t u i d a , n ã o c u m p r a fielmente o s

(1) ^aifcam quantos este publico instrumento de reforma de estatutos virem, que no anno do nas-
cimento de Nosso Senhor Jesus Cliristo de 1865, aos 3 dias do mez de fevereiro, n'ès.tà çíáade 'de Lis-
boa e meu escriptorio na rua Áurea n.° 26, compareceram presentes os i l L ^ d r . Jpse' Xavier Silveira
daJíJtojta,; proprietario e advogado, mora.dor na rua de S. Bento n.° 56, freguezia de Santa ízàbél; José
Lfíig Rereifa Crespo, negociante, morador na rua Nova 'do Almada n.° 11, freguezia efe Jiílião, je Ma-
nuel José Correia da Silva, proprietario morador na'rua de S. Bento n.° 306, dániésma freguezia de
Santa Izabel, este na qualidade de procurador do ill.'"° Hardy Hislop, o que fez certo pelo instVúrnentò
d,e, nrocuiação que me apresentou e que fica archivado n'este meu cartorio, estes três, ija qualidade de
memliro.s .(ty commissão eleita pela assembléa geral da companhia conimbricense dá illuminação a gaz,
para ,estp mesmo fim ; e bem assim os ill.m"s João Eduardo Alirends, éhgenheiro, morador fta caléadá
da Estrella ji.° 85, freguezia da Lapa, e José Bento da Costa Leite, negociante, morador'na rya Nova
do, Almada n.° 116. freguezia da Conceição Nova; estes, bem como o já mencionado iil. itó Jò.sé Liiiz
Peneira Crespo, na qualidade de actuaes directores da mesma companhia ; e todos auctorisado^ para a
rçpr,escutarem n'esta escriptura, como consta da certidão que me apresentaram, extràhida dá acta dte
assembléa geral da mencionada companhia e que tambem fica archivada n'esle meii cartorio, ppra con-
jun.çtftmente cç^m a já dita procuração ser transeripta nas copias que se extràhirem d*£sta escriptura';
to,d(Ds.pS;.pijtor'gaútes pessoas que eu tabellião conheço, e logo por elles foi di,to em minha presença e
Jiã.ps.s ,testenii,ijiilias ao diante nomeadas que tendo os accionistas da já desjgnada compánliia delib^àjo
reformar os estatutos por que até agora se têem regido, e discutido e approvado o? aríigP^db prOjecto
de Reforma dos ditos estatutos, e carecendo essa reforma da approvação do governo de Siil'Jtfágestaffèí,
para poder ser levada a effeito, a vem elles illustrissimos outorgantes reduzir á presente escríbtárá para
o indicado JBm, nos termos e pela fórma seguinte : '". ""'• ''

Projecto de reforma dos estatutos da companhia conimbricense de illupiiuaçãp gaai


$r,tigo ,1." A presente sociedade anonyma denomina-se «companhia conimbricense de illuminação
a gaz», a sua séde é em Lisboa.• ' '
Artigo 2.° Esta empreza tem por fim a illuminação a gaz da cidade de Coimbra, na conformidade
do contrato celebrado em 13 de outubro de 1851 entre a camara municipal da dita çidad& e Çardy
Hislop.
.Art. 3,° O fundo social é de -150:000^000 réis divididos em acções de 25^000 réis cadfi uma, en-
trando n'este numero 2:000 acções beneficiarias pelas quaes Hardy Hislop cedeu o seu privilégio á com-
panhia- .. ' •.<.... « - •J--
| l.° O iundo social poderá ser elevado a 200:000^000réis quando o desenvolvimento da empreza
v ;
assim o exija, precedendo approvação da assembléa geral. '
| fiS.Np caso do § antecedente, crear-se-hão titulos representando quatro ou oito .{ificões.
$ut. ,4.° A importancia das acções, no caso de ser elevado ó capital da comp^úpia, serí^á.tisfeita
çm ;&ú.a,ti;ò prestações, sendo a primeira de ÍO^OOO réis, no'acto d.ajiisçripção e ^s„outrás Irei
5$Ó00 cada uma, com intervallo de tres mezes. ' . • . >- . .. i.
A r t . y \ o s spcios que fartarem ao pagamento das prestações determinadas ^'estés ^statuíqs nos
prasos convencionados ser-lhes-hão annulladas as acções e substituídas por oiitras, 'jtfé áérâo'ven'^das
em hasta publica, indemnisando-se a companhia das prestações em debito e dos juros étiffiS"-
gandp ,ap proprietário o remanescente.' ' " ' ' ' ' ' ' "
.".'§ unifió. Exceptua-se o caso de força maior. . ' ' '
Art. ,6.° A companhia durará por tempo indeterminado, salvo os casos previstos no codigo çom-
ipercial. ' ''
Art. 7." As acções são transmissíveis por endosse ou herança. ".'."•
Art. 8.° A assembléa geral é formada cios accionistas que tiverem quatro ou mais açções aveitbadaá
com Hm mez de antecedencia. ' . ' ' . ' ''•
Art.-S).° Cada socio possuidor de quatro acções tem um voto, se possuir oito acções tem dois vo-
tos, .e d'ahi para cirna um voto mais por cada oito acções, não podendo comtudo termaiis 'dè"dez Votos,
sálvo o çaso de.representar outro accionista, pelo que terá os votos que a este competirem,' '." ' '•"'"'
Art. 10." A assembléa geral reunir-se-ha todos os annos, no mez de fevereiro, para ouvir lqr ó re-
latorio e as contas da gerencia do anno findo e em acto continuo nomear uma commissão de tres ihem-
brfts parça,examinar as contas; e por todo o mez de março haverá outra reunião,da ãsseníbléa ijáraí,
era qiie a commissão apresenta o seu parecer e são discutidas as contas da gerencia'ífo ,á'nnp, pròpe-
(dendp-se.em seguida á eleição para os cargos da companhia. !'''"
Art. il.° Os lucros annuaes, são divididos pelas acções pagantes, e quando a sp^mad^estesjperfizef
142 1865 11 de abril

s e u s estatutos, o u d e i x e d e r e m e t t e r a n n u a l m e n t e á d i r e c ç ã o g e r a l d o c o m m e r c i o e i n d u s -
tria o r e l a t o r i o e contas d a s u a gerencia social.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
a s s i m e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 6 d e abril d e 1 8 6 5 . = R E I . — C a r l o s Bento
da Silva. - D. de L. n.° 112, de 18 de maio.

' Sendo-me presente os novos estatutos do monte pio Fidelidade, e m substituição áquel-
l e s p o r q u e a t é a g o r a s e t e m r e g i d o esta associação, e q u e f o r a m a p p r o v a d o s p o r alvará
d e 17 d e o u t u b r o d e 1 8 4 5 ; visto o p a r e c e r d o a j u d a n t e do p r o c u r a d o r g e r a l d a c o r ô a j u n t o

a quantia do capital entrado e do dividendo annual de 6 por cento, é que ficam as acções beneficiarias
equiparadas ás pagantes para o effeito de receberem d'essa epocha em diante o dividendo que lhes per-
tencer. -
Art. 12.° A gerencia da companhia é confiada a uma direcção de tres membros, dois effectivos e
um consultivo, que é o substituto nato de qualquer dos effectivos, no caso de algum d'estes se achar
impossibilitado de funccionar por mais de trinta dias.
A direcção delega n'um empregado da sua confiança a direcção dos trabalhos na cidade de Coimbra.
Art. 13.° Havendo desaccordo entre os directores effectivos e o consultivo, appella-se para a assem-
bléa geral.
Art. 14.° A eleição da direcção é annual.
Art. 15." Os.directores effectivos, pelo trabalho da sua gerencia, têem uma percentagem de 10 por
cento sobre os lucros líquidos da companhia, e optam querendo pela quantia de 200$000 réis annuaes.
O director consultivo, quando substitue a qualquer dos effectivos, recebe a parte correspondente ao
tempo dos serviços, e n'este caso o accionista mais votado toma o logar do director consultivo.
Art. 16.° Um dos membros da direcção irá, pelo menos, duas vezes no anno a Coimbra, examinar
o estado da fabrica e observar os trabalhos, recebendo 50$000 réis para as despezas de cada jornadá.
§ unico. Quando em virtude de negocios da fabrica, a estada do director em Coimbra se prolongar,
a assembléa geral determinará a quantia com que deve ser remunerado.
Art. 17." Os directores effectivos depositarão quarenta acções no cofre da companhia durante ò
tempo da sua gerencia. Igual deposito fará o director consultivo quando substituir alguns dos effectivos.
§ unico. Das tres chaves do cofre da companhia, uma estará nas mãos do presidente da assembléa
geral e as duas outras nas dos directores effectivos.
Art. 18.° A assembléa geral nomeia o presidente, vice-presidente e os dois secretarios para dirigi-
rem os trabalhos da mesma assembléa e para a convocarem nos casos determinados pelos presentes es-
tatutos ou exigindo-o a direcção ou quando dez socios possuidores, cada um de quatro ou mais acções,
reclamarem a convocação por proposta documentada.
Art. 19.° A assembléa geral funccionará com qualquer numero de accionistas votantes que se apre-
sente, tendo sido todos os accionistas avisados com a precisa antecedencia, tanto por annuncios publi-
cados na folha official, como por cartas especiaes dirigidas a cada um, declarando n'ellas o fim da
reunião.
Art. 20.° São admissíveis notas por escripto ou por procuração.
1 1 A s procurações só podem ser feitas a accionistas que tenham voto na assembléa geral.
| 2." Nenhum accionista póde aceitar mais do que uma procuração.
Art. 21.° Em tudo mais a companhia regular-se-ha pelo que determina o codigo commercial ácerca
das sociedades anonymas.
É tudo o que contém o projecto de reforma dos estatutos da companhia conimbricense deillumi-
naçSó a gaz, que os outorgantes me apresentaram, e ao qual me reporto, e que fica archivado n'este
meu cartorio junto aos já mencionados documentos.
E disseram finalmente todos os illustrissimos outorgantes que por esta maneira hão por bons es-
tes estatutos pela fórma e com todos os artigos e §§ que ficam exarados n'esta escriptura, e que depois
de obterem a approvação do governo de Sua Magestade, a que para isso os vão submetter, promettem
cumpri-los pontualmente.
E e m testemunho de verdade assim o outorgaram, pediram e aceitaram, sendo testemunhas pre-
sentes Vicente Xavier de Almeida Pinto e Guilherme Augusto Barreiros Cardoso, ambos empregados
n'este escriptorio e moradores n'esta cidade, o primeiro na freguezia e rua de Cima do Soccorro n.° 21,
e o segundo na travessa da Boa Hora n.° 13, freguezia da Encarnação; os quaes aqui assignam c,om os
outorgantes depois d'esta escriptura a todos ser lida por mim tabellião Antonio Joaquim Freire Cardoso,
que a escrevi. D'esta e distribuição 6$040 réis. = José Xavier Silveira da Mola—José Lxúz Pereira Crespo
=Manuel José Correia da Silva—João Eduardo Ahrends=José Bento da Costa Leite — Vicente Xavier
de Almeida, Pinto = Guilherme Augusto Barreiros Cardoso.
Traslado dos documentos mencionados na presente escriptura.
Logar do sêllo de 40 réis.
Saibam quantos este instrumento de procuração virem, que no anno do nascimento de Nosso Se-
nhor Jesus Cnristo de 1864, aos 16 dias do mez de dezembro, n'esta cidade de Lisboa, e meu escriptorio
lia rua. Auréa n.° 26, compareceu presente o ili.mo líardy IIislop, súbdito britannico, proprietario e ne-
ociante, casado e maior, morador no largo do Stephens n.° 2,.freguezia de S.Paulo, pessoa que eu ta-
f éllião conheço, e por elle foi dito em minha presença e na das testemunhas ao diante nomeadas, qué
constitue seu bastante procurador a sou familiar Manuel José Correia da Silva, para em nome d'elle ou-
torgante assignar a escriptura de reforma dos estatutos da companhia conimbricense de illuminação a
íiz, bem como para promover todos os termos e diligencias que forem necessarias para a approvação
os mesmos estatutos, pelo governo de Sua Magestade, requerendo, praticando e assignando tudo que
26 de abril 1865 143

ao ministerio das o b r a s publicas, c o m m e r c i o e i n d u s t r i a : b e i por b e m a p p r o v a r o s referi-


d o s estatutos, q u e constam d e q u i n z e capítulos e setenta e oito artigos e u m artigo transi-
tório, e b a i x a m c o m este decreto assignados pelo ministro e secretario d'estado das obras
publicas, c o m m e r c i o e industria, ficando a associação sujeita á fiscalisação administrativa
nos t e r m o s d e direito, c o m a expressa clausula d e q u e esta m i n h a r e g i a approvação l h e
p o d e r á s e r r e t i r a d a , s e s e d e s v i a r d o s fins p a r a q u e foi instituida, não c u m p r i r fielmente
os s e u s estatutos, ou deixar d e r e m e t t e r a n n u a l m e n t e á direcção geral d o c o m m e r c i o e in-
d u s t r i a o relatorio e contas d a sua gerencia.
O m i n i s t r o e secretario d ' e s t a d o d a s obras publicas, c o m m e r c i o e industria o t e n h a

para o indicado fim for necessário, o que elle outorgante haverá por firme e valioso. Assim o outorgou,
sendo testemunhas presentes Vicente Xavier de Almeida Pinto e Jorge Camelier, empregados n'este es-
criptorio, e que aqui assignam com o outorgante, depois d'este instrumento a todos ser lido por mim ta-
bellião Antonio Joaquim Freire Cardoso, que o escrevi, e assigno em publico e razo.—Logar do signal
ublico. —Em testemunho de verdade. = O tabellião, Antonio Joaquim. Freire Cardoso =D'este e sêllo
40 r é i s . = Cardoso — Hardy Hislop = Vicente Xavier de Almeida Pinto = Jorge Camelier.
Logar do sêllo de 40 réis. — Pompilio Augusto Franco, negociante, maior, matriculado no tribu-
nal do commercio d'esta cidade de Lisboa, na qualidade de secretario que sou da companhia conim-
bricense de illuminação a gaz, etc.
Certifico que, revendo o livro das actas das sessões da dita companhia, a acta de fi. IS a fl. 17 é
do teor seguinte:
Acta da sessão da assembléa geral da companhia conimbricense de illuminação a gaz, na noite de
7 de junho, para quando, por ordem do ex.m° presidente e na conformidade dos estatutos, foi transfe-
rida a que por falta de numero não póde verificar-se em 28 do proximo passado maio, tendo sido esta
transferencia annunciada nos jornaes Diario de Lisboa e Jornal do Commercio, para as sete horas da
noite. Presidente, o ex. mo D. João de Portugal da Silveira, secretario, Pompilio Augusto Franco.
Ás oito horas da noite o ex.""J presidente abriu a sessão, estando presentes quinze srs. accionistas
representando 78 votos, sendo: ex.m" D.João dePortugal da Silveira, acções 16, votos 2; dr. João
Antonio Brignoli, 40 — 5; Egidio Maria da Conceição, 40— 5 ; Thomás Antonio de Matos, 40 — 5;
Antonio Augusto Pereira de Miranda, 28 — 3; José Luiz Pereira Crespo, 172 — 10; Henrique Ber-
nardo Pires, 40 — 5; Julio José Pires, 40—5; Joaquim Nunes Ferreira, 12—2; dr. José Xavier Sil-
veira da Mota, 5 2 — 6 ; João Eduardo Ahrends, 4 0 — 5 ; José Bento da Costa Leite, 60 — 7; Candido
de Freitas Tavares, 60 — 7; Pompilio Augusto Franco, 4 0 — 5 ; José Gonçalves Franco, 50—6. Som-
ma, acções 730, votos 78. Foi lida a acta da sessão anterior, que foi approvada sem alteração al-
guma.
A commissão eleita para o exame das contas de gerencia da direcção leu o seu parecer, com o
qual a assembléa se conformou unanimemente.
O ex. mo sr. presidente antes de proceder-se á eleição da nova direcção, propoz que, se bem qua
os estatutos em vigor determinavam que se compozesse de tres membros effectivos, julgava que por es-
pirito de economia e por que os estatutos que vigorariam mais tarde assim o determinariam, só se no-
meassem dois. Pediram a palavra sobre este assumpto os srs. dr. Brignoli, Leite, Pires, Xavier e Mi-
randa; sendo o primeiro a favor da proposta e os seguintes contra, e depois de breve discussão, reco-
nhecendo-se a necessidade de seguir a letra dos estatutos o ex.m" presidente retirou a sua proposta.
Procedeu-se em seguida á eleição da direcção, sub-direcção e conselho consultivo, recebendo-se as lis-
tas em tres urnas ao mesmo tempo.Verificando-se o escrutínio, o ex. mo presidente proclamou eleitos:
directores os illustrissimos senhores; a saber: João Eduardo Ahrends, por 68 votos; José Bento da Costa
Leite, por 28; José Luiz Pereira Crespo, por 64; sub-directores, os illustrissimos senhores; a saber:
dr. José Xavier Silveira da Mota, por 29; Pompilio Augusto Franco, por 36; membros do conselho
consultivo, os ill.mo5 srs. José Gonçalves Franco, por 43; Henrique Bernardo Pires, por 44; Antonio
Augusto Pereira de Miranda, por 34.
Obtiveram tambem votos para os mesmos cargos os seguintes illustrissimos senhores: para dire-
ctores, 23, dr. José Xavier Silveira da Mota; 21, Pompilio Augusto Franco; 10, Antonio^ Augusto Pe-
reira de Miranda; 7, Candido de Freitas Tavares; para sub-directores : 21, José Gonçalves Franco; 21,
José Luiz Alves Bastos; 18, Antonio Augusto Pereira de Miranda; 16, Candido de Freitas Tavares'; o,
Henrique Bernardo Pires; para o conselho consultivo : 21, dr. José Xavier Silveira da Mota; 21, Luiz
Jardim; 10, dr. João Antonio Brignoli; 5, Candido do Freitas Tavares; para directores e sub-directores
entraram nas urnas 14 listas e para o conselho consultivo 13 sómente.
Em seguida o sr. dr. Silveira da Mota deu parte á assembléa de que tinha tido diversas conferen-
cias com o fiscal das obras publicas para a reforma dos estatutos. A assembléa deu voto de confiança
á commissão de que elle fazia parte para, de accordo com a direcção, se entender com o governo sobre
a reforma dos estatutos, e auctorisou tanto a commissão como a direccão para assignarem a escriptura
relativa aos novos estatutos.
Não havendo mais nada que tratar, o sr. presidente levantou a sessão sendo dez horas e meiá da
noite. Lisboa, 7 de junho de 1864. = (Assignado) o secretario, Pompilio Augusto Franco—Silveira.'
Está conforme com o livro de actas, a que me reporto. Lisboa, 6 de dezembro de 1864,=Pompilio
Augusto Franco. . ,
E eu Antonio Joaquim Freire Cardoso, tabellião publico de nçtas n'esta cidade de Lisboa e sua
comarca, por Sua Magestade Fidelíssima,-que Deus guarde, esta fiz extrahir de minhas notas e dos do-
cumentos mencionados n'esta escriptura, ao que tudo me reporto, e a numerei e subscrevi, subscrevo
e assigno em publico e raso.=Em testemunho de verdade, o tabellião, Antonio Joaquirn Freire Cardoso.
Rasa e sêllo 1$920 réis.=Cardoso.
Paço, em 26 de abril de 1865. = Carbs Bento da Silva.
36
#36
1865 24 de abril

ãssiíh é n t é h d i d o e faça e x e c b t â r . Paço, é m 2 6 d è a b r i l d e l 8 6 5 . = = R E i . ^ = C « r M Bento


dá Silva. - ti. dis L. n.° 1Í8, dè 26 de inaio.

iilRECÇÃO (GERAL DAS OBRAS PÚBLICAS È k l i \ A S


REPARTIÇÃO DE MINAS — 2. a SECÇÃO . .

TendO ] J o r g e C r o f t r e q u e r i d o q u e , n ó s t e r m o s d ó d e c r e t o coln força d e l«i d e 31;'dêj3d-


- à e t à t í r o dfe i S H â fe r e s ^ e c t i V o r e g i ^ a t h e n t o d e 9 d è d e z e i h b r o d'e 18o'), s e Lhè coticedfesse
a c e r t i d ã o d o s d i r e i t o s d e d e s c o b e r t a d a m i n a d e c h u m b o , sita n a h e r d a d e d o s L o b a t o s ,
concelho d e Arronches, districto d e Portalegre; '
V i s t o s o s d o c i i m e n t o s , p o r o n d e s e p r o v a q u e o r e q u e r e n t e satisfez a t o d o s o s q u e s i t o s
dõ artigo 12.° d õ citâdo decreto; .
Visto o relatorio d o e n g e n h e i r o e n c a r r e g a d o d a i n s p e c ç ã o d è m i n a s !dp q u a r t o d i s t H t t ô
d o r e i n o , q u e p o r O r d e m d o g o v e r n o e x a m i n o u a p o s i ç ã o d o jazigo e v e r i f i c o u a e x i s t e n c t ó
d o dfeppsitb; c o m o d e t e r m i n a o a r t i g o 13.° d o m e s m o d e c r e t o ;
Visto ô parecer á este respeito havido d a secção d e minas do conselho geral d e obras '
p u b l i c a s e m i n a s , n o q u a l a m e s m a secção julga o r e q u e r e n t e h a b i l i t a d o iia q u a l i d a d e (18
d e s c o b r i d o r legal d a m i n a d e q u e s e t r a t a ;
Hâ p ô r b e m S u a Magestade El-Rei, conformando-se c o m o mencionado parecer, d e -
clarar:
1 Q u e o r e q u e r e n t e é r e c o n h e c i d o c o m o p r o p r i e t á r i o legal d á d e s c o b e r t a d a rláihá d è
c h u m b o sita n a h e r d a d e dos L o b a t o s , concelho d e A r r o n c h e s , districlo d e P o r t a l e g r e , c u j a
jydsiçãó s e ãchà t o p o j g r a p h i c a m e n t e d e s i g n a d a n a p l a n t a q u e p o r copia a c o m p a n h a a p r e -
sente portaria.
, 2 . ° Q u e o s limites-da d e m a r c a ç ã o p r o v i s o r i a da r e f e r i d a m i n a , n o t a d o s n a p l a n t a j u n t a
jielos t r a ç o s d e c ô r v e r m e l h a , f o r m a m u m r e c t â n g u l o Á B C D , t r a ç a d o pela s e g u i n t e m a -
n e i r a : p e l o IVÍbnte dos L o b a t o s t i r e - s e u m a linha n a direcção N . 55° E-, S . 3 5 ° O . , e m à r -
q u e - s e p a r á . N . 55° E . 6 Ò 0 m e t r o s , e p a r a S . 55° 0 . 4 0 0 m e t r o s ; n ' e s t e s p o n t o s , a s s i m iífar-
c a d o s I e v a n t e m - s e p e r p e n d i c u l a r e s e c o n t e - s e s o b r e estas p a r a S . 3 3 " É . 3 3 0 métVosJè
para N. 33° 0 . 1 3 0 metros, e unindo-se p o r meio d e l i n h a s rectas estes quatro referidos
pontos, ficará fechado o sobredito rectângulo q u e c o m p r e h e n d e a area d e 5 0 0 : 0 0 0 m e -
t r o s .qúadradoá.
. 3 . ° Q u e n o s t e r m o s d o a r t i g o 1 4 . ° d o citado d e c r e t o s ã o c o n c e d i d o s a o suppÍVcátíte
s e i s m e z e s c o n t á d o s d a data d a p u b l i c a ç ã o d ' e s t e t i t u l o n o Diario d e Lisboa, p a r a o r g a n i -
s a r u m a comjoanhia o u e m p r e z a d a s a u c t o r i s a d a s p e l o c o d i g o c o m m e r c i a l p o r t u g u e z o u
p a r a m o s t r a r q u e póssúfe o s m e i o s n e c e s s a r i o s p a r a a lavra, n a intelligencia d e rjaé, h S ó
se h a b i l i t a n d o n ' e s t e s t e r m o s d e n t r o d'aquelle p r a s o i m p r o r o g a v e l , s e r á a c o n c e s s ã o d ' e s t à
miná posta a coúcurso, na c o n f o r m i d a d e da lei.
4.° Q u e p o r é'ste d i p l o m a s ã o c o n f e r i d o s a o s u p p l i c a n t e , p a r a t o d o s o s effeitos legaes 5 ,
s e g u n d o a s disposições d o p r e d i t o artigo 13.°, os d i r e i t o s q u e l h e c o m p e t e m c o m o d e s c o -
bridor da mencionada mina. ,;
O q u e t u d o s e l h e c o m m u n i c a r p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e m a i s effeitos, f i c a n d o o b r i -
g a d o a á p r e s e r i t a r n o m i n i s t e r i o das o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , a certidão d e
h a v e r feito r e g i s t a r n a r e s p e c t i v a c a m a r a m u n i c i p a l a p r e s e n t e p o r t a r i a n a s u a i n t e g r a ,
:
s e m o q u e não terá inteira validade. '
P a ç o , ;em 2 6 d e abril d e 1 8 6 5 . — Carlos Bento da Silva.—Para J o r g e C r o f t .
D. de L. n.° 103, do 8 de maio.

Tendo-me sido presente o resultado do concurso a q u e se procedeu n o ministerio das


o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a p a r a a a d j u d i c a ç ã o d a s m i n a s d e e s t a n h o d o Code'ço
è C a b e ç o d e ftaposo, f r e g u e z i a d e S . M a r t i n h o d e A n g u e i r a , c o n c e l h o d e M i r a n d a d o í),pu-
r o , d i s t r i c t o d e Bragança; ; j.
Vistas as propostas, u m a d e Jorge Croft e outra p o r parte da companhia d e minera-
çã'o d e T r a z os M o n t e s ;
. V i s t o o p a r e c e r d o a j u d a n t e do p r o c u r a d o r g e r a l da corôa j u n t o d o m e s m o m i n i s t e r i o s
Hei p o r b e m a d j u d i c a r a c o n c e s s ã o d a m i n a d e e s t a n h o d o C o d e ç o e m S . M a r t i h b o d è
A n g u e i r a , c o n c e l h o d e Miranda d o D o u r o , districto d e B r a g a n ç a , á citada c o m p a n h i a d e
m i n e r a ç ã o d e T r a z o s Montes, ficando sujeita aos m e s m o s e n c a r g o s e o b r i g a ç õ e s 'Cftie f o -
41 de abril 1865 145

r a m i m p o s t a s á c o m p a n h i a F i r m e z a , e a t o d a s as disposições d a s leis e r e g u l a m e n t o s e m v i -
gor, ou que de futuro venham a promulgar-se, devendo a grandeza superficial da d e m a r -
cação d ' e s t a m i n a s e r a m e s m a e limitada d o m e s m o m o d o p o r q u e está d e s i g n a d o n o d e -
c r e t o d e 2 d e j u l h o d e 1 8 5 5 , p u b l i c a d o n a folha official, n . ° 1 6 5 , d e 1 6 d o m e s m o m e z e
anno.
Hei o u t r o s i m p o r b e m d e t e r m i n a r q u e a r e f e r i d a c o m p a n h i a d e m i n e r a ç ã o d e T r a z o s
M o n t e s f i q u e sujeita, n o s t e r m o s d a s u a p r o p o s t a , á s s e g u i n t e s o b r i g a ç õ e s :
1 . a A u g m e n t a r n o p r a s o d e seis m e z e s o capital social d e m a n e i r a q u e fique p e l o m e -
n o s a q u a n t i a d e 20:000,$>000 réis d i s p o n í v e l , p a r a s e r e x c l u s i v a m e n t e a p p l i c a d a á s d e s -
p e z a s d e lavra d ' e s t e j a z i g o .
2 . a E f f e c t u a r p l a n t a ç õ e s d e essencia d e p i n h e i r o e p r o v e r á s u a conservação n o s t e r - -
renos comprehendidos na demarcação d'esta mina, d e modo q u e no futuro possa haver
a s m a d e i r a s d e q u e c a r e c e r e m os t r a b a l h o s d e m i n e r a ç ã o .
3 . a A p r e s e n t a r n o citado m i n i s t e r i o , n a e p o c h a q u e for assignalada, o p r o j e c t o d e u m a
e s t r a d a q u e l i g u e o local d a mina c o m o u t r a q u a l q u e r e s t r a d a concelhia o u d i s t r i c t a l . E s t a
e s t r a d a , c u j o p r o j e c t o fica d e p e n d e n t e d a a p p r o v a ç ã o d o g o v e r n o , s e r á c o n s t r u i d a p o r conta
da c o m p a n h i a e fiscalisada p e l o g o v e r n o .
4 . a P a g a r ao e s t a d o , a l e m d o i m p o s t o p r o p o r c i o n a l d e q u e trata o artigo 40.° d a lei d e
3 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 2 , m a i s 1 p o r c e n t o d o r e n d i m e n t o collectavel.
5 . a . : A p r e s e n t a r n o p r a s o d e seis m e z e s , c o n t a d o s d a data d ' e s t e d e c r e t o , o p l a n o d e
t r a b a l h o s a e x e c u t a r na sobredita m i n a , e b e m a s s i m s u b m e t t e r á a p p r o v a ç ã o d o g o v e r n o u m
- engenheiro idoneo para director technico da m e s m a mina.
6 . a S e a c o m p a n h i a d e m i n e r a ç ã o d e T r a z os Montes n ã o c u m p r i r t o d a s a s c o n d i ç õ e s
g e r a e s e x p r e s s a s na lei e r e g u l a m e n t o d e m i n a s e a s e s p e c i a e s d e s i g n a d a s n ' e s t e d e c r e t o ,
. fica esta c o n c e s s ã o n u l l a e caduca para todos o s effeitos, s e m d e p e n d e n c i a d e p r o c e s s o d e
julgamento de abandono.
O c o n s e l h e i r o C a r l o s B e n t o d a Silva, m i n i s t r o e secretario d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d a s
o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço, e m
2 7 d e abril d o 1 8 6 5 . = R E i . = C a r / o s Bento, da Silva. • D . D E L n °á03 DE8DEMAIO

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
í . » REPARTIÇÃO

P o r d e c r e t o d e 2 6 d o c o r r e n t e m e z foi c r e a d a u m escola d e m e n i n a s n a f r e g u e z i a e
villa d e M o r t a g u a , districto d e Vizeu, c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia p a r a a escola e a
q u a n t i a d e 3 $ 0 0 0 réis a n n u a e s p a r a o b j e c t o s d e e n s i n o d a s a l u m n a s p o b r e s , pela c a m a r a
municipal respectiva.
E s t a c a d e i r a n ã o s e r á p r o v i d a s e m q u e o g o v e r n a d o r civil d o districto h a j a verificado
e l n f o r m a d o q u e a casa e mobilia offerecidas estão p r o m p t a s e s a t i s f a z e m , n a c o n f o r m i -
d a d e d o d i s p o s t o h a c i r c u l a r d e 2 2 d e d e z e m b r o d e 1 8 5 9 (Diario d e L i s b o a n . ° 47)*
D. do L. n.°-9S, do 28 de abril.
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f>iHU ah , v . K v''..'?.• ;-i :q ' . : v
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r,&>•>">' tfr; nOífri^arv'.; ú '..•=;'!:• > • •/^v;-, / - v . < ,-íjir: >í. 1 "*;-'-
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•'!!< ;-j'í ' ;.::'.'.:*;'i •.!•! : r; :<-h Al: L''.i
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fjfi ncffi[<rn ^al^-s^-vh •;i-'/:Í .«Ki ;:!; : •"•;••••• .;•• :: '•:! • (-T A' ' À-
Ifíi! T í i i ^ H ^ v ^ r ' Í j n í; v v ; : h.
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>'-f,.'i!' 'íi :•'.;':.•^'í' . .u-iv «h Oí-v.-tv^iR.-ít' .sW-!,'ii',i|Ojó'i'j; jjicl ' . t t

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MAIO
CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS
RESOLUÇÃO N.° 2 8 8 " <

O consèlho geral das alfandegas:


V i s t o o r e c u r s o d e A m o u r o u s , F r è r e s d C . a , n e g o c i a n t e s d ' e s t a p r a ç a , relativo á clas-
sificação d o s o b j e c t o s contidos e m u m a caixa m a r c a AN. n . ° 8 : 0 5 2 , p r o p o s t o s a d e s p a c h o
n a a l f a n d e g a d e Lisboa, c o m o obra de vime;
Visto o auto da conferencia dos verificadores; ^
Visto o e x a m e directo a que se p r o c e d e u ;
V i s t a a disposição d o a r t i g o 2 6 . ° d o s p r e l i m i n a r e s d a p a u t a g e r a l d a s a l f a n d e g a s ;
V i s t o o a r t i g o 10.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
C o n s i d e r a n d o q u e os o b j e c t o s e m q u e s t ã o e c o n t i d o s n a caixa, d e p o i s d e l i g a d o s u n s
a o s o u t r o s , n ã o c o n s t i t u e m u m v e h i c u l o c o m p l e t o p a r a s e l h e p o d e r d a r a classificação d e
carrinho não especificado, m e s m o p o r a c a b a r ;
Considerando s e r e m os m e s m o s objectos compostos d e madeira, vime e ferro;
Resolve:
Artigo unico. Aos objectos compostos d e diversas materias, sobre q u e versa a p r e -
s e n t e c o n t e s t a ç ã o , é applicavel o a r t i g o 2 6 . ° d o s p r e l i m i n a r e s d a p a u t a g e r a l d a s a l f a n - .
degas.
Est$ resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, e m sessão d e 1 d e
m a i o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s o s vogaes=Conde d'Avila, p r e s i d e n t e = S « m a s = S « w -
tos Monteiro, r e l a t o r = Gonçalves=Abreu—Nazar eth~Óosta = Couceiro=Fradesso
• da Silveira, " D. do L. n.° 104, de 5 de maio.

RESOLUÇÃO N.° 2 3 9

O conselho geral das alfandegas:


V i s t o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p e l o n e g o c i a n t e J o ã o A u g u s t o d a Silva Carvalho, á c e r c a d o
d e s p a c h o d è d e z saccas d e a r r o z , m a r c a AA, e q u i n z e m a r c a O U , a p r e s e n t a d a s a d e s p a -
cho na alfandega d o F u n c h a l ;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a a m o s t r a q u e a c o m p a n h o u o r e c u r s o ;
Visto o artigo 1 0 . ° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
C o n s i d e r a n d o q u e e s t e a r r o z , e s t a n d o d e s c a s c a d o e l i m p o , q u a n t o s u a i n f e r i o r quali-
dade o permitte, está p r o m p t o para o consumo immediato;
, Resolve:
Artigo unico. O arroz d e q u e trata este r e c u r s o está c o m p r e h e n d i d o n o artigo 5 9 . °
da pauta, e deve pagar como arroz descascado o direito correspondente.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral d a s alfandegas, e m sessão d e 1 d e
m a i o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s os vogaes=Conde d'Avita, p r e s i d e n t e = S i m a s = A b r e u ,
r e l a t o r = Gonçalves= Rodrigues—Nazareth—Santos Monteiro=Costa=Couceiro=
Fradesso da Silveira. d . de i. n.° w, de s de maio.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇAO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—2.» SECÇÃO

. A t t e n d e n d o a o q u e m e r e p r e s e n t a r a m Julio C o r d e i r o , s ú b d i t o p o r t u g u e z e J o s é E u g é -
nio Chabert, engenheiro constructor, súbdito francez, residentes e m Lisboa; pedindo pri-
vilegio p o r cinco a n n o s c o m o i n t r o d u c t o r e s d e u m s y s t e m a d e fabricação de paredes fei-
148 1865 11 de abril

tas de betume hydraulico comprimido, construídas de uma só peça ou por meio de tijolo
massiço ou ôco;
Yisto o d e c r e t o c o m força d e lei d e £ 1 de, d e z e m b r o d e 1 8 5 2 ;
C o n s i d e r a n d o q u e , p o s t a a c o n c u r s á a eo^çpgsão da p a t e n t e , n a c o n f o r m i d a d e d o a r -
t i g o 2 3 . ° d o citado d e c r e t o , c o m r e f e r e n c i a a o p r a s o p o r q u e è p e d i d a , n i n g u é m s e o p p o z ;
C o n s i d e r a n d o q u e o s r e q u e r e n t e s s a t i s f i z e r a m todas as p r e s c r i p ç õ e s d o m e n c i o n a d o
decreto:
Hei p o r b e m c o n c e d e r aos ditos Julio C o r d e i r o e J o s ó Eugertíò C h a b e r t a p a t e n t e d e
i n t r o d u c ç ã o p a r a o o b j e c t o acima indicado e p e l o espaço d e cinco a n n o s , d u r a n t e o s q u a e s
os s e u s d i r e i t o s d e p r o p r i e d a d e á dita i n t r o d u c ç ã o ficarão s o b g u a r d a e d e f e n s a d a lei,
s e n d o a p a t e n t e c o n c e d i d a s e m e x a m e p r é v i o , e s e i n g a r p l i a d^ r e a l i d a d e , p.fiorijiade,
néfii taerècimento d o i n v e n t o a q u e diz r e s p e i t o , p e l o q u e ficam salvos o s direi[of» d e t e r -
•céifo e b r e q u e r e n t e s u j e i t o ás o b r i g a ç õ e s e c l a u s u l a s c o n t i d a s n o s u p r a c i t a d o . d e c r e t o , $
ao p r é v i o p a g a m e n t o dos d i r e i t o s q u e d e v e r , p a a s a n d o - s e - l h e d i p l o m a polo ministerio, d a ?
obras publicas, commercio e industria. • :
O m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o das o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a sssim, o te-
n h a éhteti&iflò e faça e x e c u t a r . Paço, 2 d e m a i o d e 1 8 6 5 , = R E I . ^ C a r l o s B e n t o àa Silva.
f B. doL: n.f 109, de 13 ífiipaio.
1 !
i' . •') . -: . . . , - .
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS '' •"
Hei p o r b e m o r d e n a r , e m c o n f o r m i d a d e da carta d e lei d e 2 5 de j u n h o d e çiuvido
o'-Çofisôlbo d i s t a d o , q u e n o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s da fazenda se. a b r a uER.dçcíétó s u p -
- p l é l n e i i è i r j â' favor d o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s e s t r a n g e i r o s , pela. q u a n t i a d í 9 - W W P P P
r é i s p a r a p a g a m e n t o d e a j u d a s d e c u s t o a diplomaticos. , '
;
0 conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios estrangeiros p dos
d a f a z e n d a assim o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 3 d e m a j o d e 1 8 6 5 . ^ R E J , . =
Gokde â'Avila." D. deL. n.° loa, de ^aio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 19
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 3 de maio de 1865
. S q a M ^ g e ^ è El-Rei m a n d a d e c l a r a r : : :/
Q ú e b s òmcíâeà d o exercito, s e r v i n d o e m c o m m i s s õ e s e s t r a n h a s a o m i n i s t e r i o d s g f l e w p ,
a q u e m s e p r o p o z e r a opção d e q u e t r a t a o a r t i g o 6 o . 0 1 1 . ° d a r e f o r m a n a o r g a n i s a n d o
e x e r c i t o d e 2 3 d e j u n h o u l t i m o , p o r l h e s p e r t e n c e r accesso, d e v e r ã o r e s p o n d e r n o p r a s o
d e q u i n z e dias os q u e estiver,em n o districto da l . a divisão militar, e os q u e e s t i v e r e m n o s
^ t f i p t o s .das o u t r a s divisões m i l i t a r e s n o p r a s o d e trinta dias, findos o s q u a e s , não ti-
v e r e m o p t a d o , s e ticará e n t e n d e n d o q u e p r e f e r e m a s ditas c o m m i s s õ e s a o s e r v i ç o n j j l i t a r ,
p a r a s e p r o c e d e r a s e u r e s p e i t o n a c o n f o r m i d a d e d o q u e e s t a t u e o r e f e r i d o a r t i g q e, s e u | ;
Qfip.fis offljCiaes q u e o p t a r e m p e l o serviço m i l i t a r , e r e c e b e r e m guia p a r a s e a p ^ e s é n -
taí-ein à ó n d è l h e s .Competir, e o n ã o fizerem nos i n d i c a d o s p r a s o s , s e m m o t i v o l e g q j m e n t e
j u s t i f i c a d o , ,se p r ò t e d e r á a s e u r e s p e i t o n a c o n f o r m i d a d e d a s leis m i l i t a r e s e m vigor.
. .. . .. D. de L.a.® lia, de IS.demaio.

MNISTERIÕ DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E i N D U S À l A


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
I '''''<• . 'RÊPARTIÇFTO B O COMMERCIO £ I N B U S J R I A . — d . a SBCÇÃO » . i'.i , ! s/
S e n d o - m e p r e s e n t e s .os e s t a t u t o s coni .que p r e t e n d e f u n d a r - s e e m R e g u e n g o s u m a a s -
sociação d e s o c c o r r o s m u t u o s d e n o m i n a d a « m ô n t e p i o r e g u e n g t i è n s é » ;
C o n s i d e r a n d o q u e a s associações d ' e s t a n a t u r e z a t e n d e m a m e l h o r a r a s o r t e d o s asso-
ciados, a m u i t o c o n t r i b u e m p a r a a s u a moralisação.;
Yisto.o p a r e c e r d o a j u d a n t e d o p r o c u r a d o r g e r a l d a corôa j u n t o ao m i n i s t e r i o d a s o b r a s
publicas-, .commercio e i n d u s t r i a ; . ;
5 cie maio Í49
Vista. á i n f o r m a ç ã o d o g o v e r n a d o r civil d o districto adtoinistrãtivo d è E v o r a :
t i è i p o r b e m d a r a m i n h a regia a p p r o v a ç ã o a o s e s t a t u t o s d o m o n t e p i o r e g u e n g u e h s e ,
q u e c o n s t a m d e d e z c a p í t u l o s e s e s s e n t a e s e t e artigos, e b a i x a m c o m e s t e d e c r e t o , assi-
g n a d o s p e l d m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a ; fl-"
c â n d o ^ ' i p ó s m a associação sujeita n ó s t e r m o s d è direito á fiscalisação a d m i n i s t r a t i v a ; ePbèiti
a s s i m á s díèp.osiçoes da lei de. 7 d e a b r i l d e 1 8 6 4 , p e l o q u e r e s p e i t a á ácqtiiSíçW tíè' prt3-
díok r p s í i ç p s o ú u r b a n o s , c o m a e x p r e s s a clausula d e q u e a m i n h a regia áppròtfáÇãô l h e
pbalél-a sfef r e t i r a d a s e s e d e s v i a r d o s fins p a r a qjue ê i n s t i t u i d a , n ã o c u m p H r ' f i e l m e n t e ' tis
s ê u s èãtátutos, oii deixar d e r e m e t t e r a n n u a l m e n t e á direcção g e r a l d o c o m f f l é r b i o e irtdíis-
t r i a 'd r e l a t ó r i o e contas d a s u a g e r e n c i a social. '
O.jministro e s e c r e t a r i o d'estaçlo d a s o b r a s p u b l i c a s , c o m m e r c i o e induètrisi 0 tétiha
âàsihi ejitêhdidó e façà e x e c u t a r . P a ç o , e m 3 d e m a i o d è 1 8 6 5 . = = REí.=+Carlos Bento
da Silva, D, d e L . n.° 12g,ae'f a'eiiií)Íio,

- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO *


i
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA
2.» REPARTIÇÃO . . > . .;1t...

Q u e r e n d o conferir á cidade da H o r t a , n a ilha d o Faial, u m t e s t e m u n h o a u t h e n t i c t i d o


a p r e ç o e m q u e t e n h o o s notáveis e efficazes s e r v i ç o s q u e o s s e u s h a b i t a n t e s preátáratti
á.çaukâ d o t n r o n o constitucional, h ã o só c o r r e n d o e m g r a n d e n u m e r o a alistar-se ' h á s fi-
leiras dèátibadas á defendéi" t ã o justa causa n a luta contra a u s u r p a ç ã o , iíiàs t ó h t r i b i i i h d ò
g e n e r o s a m e n t e c o m o s s e u s h a v e r e s e c o m o t r a b a l h o d e s e u s b r a ç o s par& o éátábélÊtéi-
íiièntó d e u t h á r s e n a l d e m a r i n h a , o n d e f o r a m r e p a r a d o s a l g u n s navios d a e x p e d i ç ã ó q u e
t a n t o c o o p e r o u p a r a o t r i u m ^ h o dos p r i n c i p i o s l i b e r a e s , 'côntiniiando c o n s t a n t e m e n t e ' 6 s
m e s m o s h a b i t a n t e s á d a r i m m e n s a s p r o v a s d e sua 1 l e a l d a d e ; e c o n f o r m a n d o - m e ' c á n o s
p a r e c e r e s d o s c o n s e l h e i r o s a j u d a n t e d ó p r o c u r a d o r geral d a ' c o r ô a j u n t o d o n i i: h i s t é n ó ' f l õ
r e i n o , e ' g o v e r n a d o r civil d o d i s t r i c t o d a H o r t a : hei p o r b e m f á z è r r h e f è ê á' feidâde d a
H'0'rtà d e titulo d e « m u i t o l e a l » , e o u t r ô s i m m e p r a z p e r m i t t i r , vista á i n f i r m a ç ã o ' ' d o
t è i d e àrriVas P o r t u g a l , q u e â i h é s m a c i d a d e d ' o r a e m d i a n t e possa u s a r , ! éih' deVidS fóri
ma, do seguinte brazão d e armas; a s a b e r : u m escudo esquartelado, téndo n o primeiro
q u a r t e l , e m c a m p o d e p r a t a , as q u i n a s d e P o r t u g a l ; n o s e g u n d o , e m cámiJo ainil,- b b u s t o
d è p r à t â d è S u a M a g e s t a d e I m p e r i a l o S e n h o r D . P e d r o IV, m e u a u g u s t b avô> d è ' tóuito
sâVidáèá m Í m o r i á ; e n o c o n t r a c h e f e a corôa e s c e p t r o d e oiro, allusivoS a o facto d â s u a
a b d i c a ç ã o ; n o terceiro, e m c a m p o azul, u m livro d e p r a t a t e n d o escripta e t o Ifetrás fczttes
a d a t a . d e 2 9 d e a b r i l d e 1 8 â 6 , e m allusão á 'carta constitucional d a ' m o n a r c h i a , " te n o
q u a r t o , e m c a m p o d e p u r p u r a , u m castello d e p r a t a , e p o u s a d o sobre, elle tim áçóf t a m -
b e m d e p r a t a . O r l a azul còib a l e g e n d a e m l e t r a s d e oiro «D. L u i z I á fauiW leál 'cidàde
d a i f o r í a », c o r ô a diicaí; é p o r t i m b r e "um b r a ç o d e p r a t a a r m a d o d e u m a èfepadá d o m e s -
:
m'òmetal.. .; , , .•"••; '
'Ò M h t e t r ó e ^ècVetario doestado d o s negocios d o r e i n o - a s s i m ' o t e n h a e n t e n d i d o 'é feÇa
é x e b t ó á r ^ à ç b d a A j u d a , e m 3 d e m a i o d e Í 8 6 5 . = R E i = í = ' . / f t / f o Gomes da SMtía SáWh&é'.
".,,, . ... D. de L. n.° l!)9 de2STde Jnifliò'.'

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL '


3. a REPARTIÇÃO — l . a SECÇÃO

D o m L u i z , p o r graça d e D e u s , R e i d e P o r t u g a l e d o s A l g a r v e s , e t c . F a z e m o s s a b e r a
! !
t o'â'ós 'òáliiô^sòs stiKãítos, q u e a s c ô r t e s g e r a e s d e c r e t a r a m e n o s q u e r e m o s .-ariei segdirrtai:
A r t i g o 1.° É a u c t o r i s a d a a c a m a r a m u n i c i p a l - d o P o r t o a c o n t r a h i r u m e m p r e s t i m o a t é
á q u a n t i a d e 300:000)3(000 réis, c o m o j u r o q u e n ã o e x c e d i a ,7 p o f centpr.ao anno,....,
: A r t . 2 . ° © " e m p r e s t i m o s e r á levantado p o r s e r i e s . d e 50:ÔÒQ$0Ó0 'r^iSj.Miilffd^s^àlpro-
p o r ç ã o q u e o d e s e n v o l v i m e n t o d a s o b r a s o exigir, e p r e c e d e n d o licença <ip g o v e r n o
r
s o b r e cónsultâ d o c o n s e l h o d e d i s t r i c t o . . . . . r ' 7 .
A r t . 3 . 0 O e m p r e s t i m o p o d e r á s e r c o n t r a t a d o c o m q u a e s q u e r b a n c o s o u sociedades d e
' c t e d í t ó , p o r c o n c u r s o p u b l i c o , o u p o r m e i o d e a c ç õ e s á o p o r t a d o r , s e g u n d ô ' p a r é c é ^ nie-
I h t í r ' a ' ô ' g o v e r n o , ouvido o c o n s e l h o d e d i s t r i c t o .
150 1865 11 de abril

A r t . 4 . ° N e n h u m a d a s s e r i e s será l e v a n t a d a s e m q u e a c a m a r a m u n i c i p a l a p r e s e n t e o
o r ç a m e n t o e p l a n t a d a o b r a a q u e deva s e r a p p l i c a d a , e s e m q u e u m a o u o u t r o t e n h a m
sido approvados pelo governo.
Art. 5.° O emprestimo será exclusivamente empregado nas obras designadas nas ta-
b e l l a s n . ò s 1 e 2 , q u e ficam f a z e n d o p a r t e d ' e s t a lei; a s a b e r : 1 8 3 : 6 9 3 ^ 0 0 0 r é i s n à s o b r a s
m e n c i o n a d a s n a tabella n . ° 1, e 1 1 6 : 3 0 3 ^ 0 0 0 r é i s n a s o b r a s m e n c i o n a d a s n a tabella n . ° 2 .
| unico. D ' e n t r e a s o b r a s m e n c i o n a d a s n a s tabellas n . ° 5 1 e 2 c o m e ç a r ã o a c o n s t r u i r - s e
d e p o i s da p u b l i c a ç ã o d ' e s t a lei t ã o s ó m e n t e a q u e l l a s q u e , s e n d o m a i s u r g e n t e s e i n d i s p e n -
saveis, p o d é r e m c o n c l u i r - s e a t é a o d i a d a a b e r t u r a d a exposição, q u e t e m d e v e r i f i c a r - s e
e m agosto p r o x i m o f u t u r o , d e v e n d o a e x e c u ç ã o d e t o d a s a s o u t r a s s u b o r d i n a r - s e a o q u e s e
acha disposto n a p a r t e respectiva d o decreto d e 3 1 d e d e z e m b r o d e 1864.
A r t . 6 . ° A s o b r a s s e r ã o d a d a s p o r a r r e m a t a ç ã o e m h a s t a p u b l i c a , o u feitas p o r c o n t a
do concelho, segundo parecer mais conveniente á camara e ao conselho de districto.
A r t . 7 . ° O j u r o d o e m p r e s t i m o s e r á p a g o aos s e m e s t r e s n o s d i a s 3 0 d e j u n h o e 3 1 d e
dezembro d e cada anno.
i Art. 8 . ° Far-se-ha annualmente u m a amortisação d e 3 p o r cento d o nominal d o e m -
p r e s t i m o , a q u a l p o d e r á s e r e l e v a d a s e g u n d o a s forças d o c o f r e d o c o n c e l h o e c o m o p a r e -
cer conveniente á camara.
| u n i c o . S e o e m p r e s t i m o for l e v a n t a d o p o r m e i o d e acções, a a m o r t i s a ç ã o v e r i f i c a r -
s e - h a p o r s o r t e i o p u b l i c o n o dia 3 1 d e d e z e m b r o d e c a d a a n n o . S e t i v e r sido l e v a n t a d o p o r
o u t r o m o d o , f a r - s e - h a a a m o r t i s a ç ã o pela f ó r m a q u e f o r a c c o r d a d a e n t r e a c a m a r a e o s
mutuantes.
Art. 9.° Á segurança e garantia d o emprestimo hypothecará a camara municipal o s
rendimentos municipaes, e especialmente o rendimento do imposto sobre o vinho despa-
chado para consumo d a cidade.
A r t - 1 0 . ° N o o r ç a m e n t o m u n i c i p a l s e r ã o , e m capitulo especial, i n s c r i p t a s a s v e r b a s
necessarias p a r a o pagamento-do juro e da amortisação do emprestimo.
A r t . l í . ° Sã'o d e c l a r a d a s d e u t i l i d a d e p u b l i c a a s e x p r o p r i a ç õ e s q u e f o r e m n e c e s s a r i a s
para se effectuarem as obras d e q u e trata a presente lei.
A r t . 1 2 . ° O s v e r e a d o r e s o u q u a e s q u e r o u t r o s f u n c c i o n a r i o s q u e e f f e c t u a r e m , auxilia-
r e m o u a p p r o v a r e m o desvio d a s q u a n t i a s m u t u a d a s p a r a applicação alheia d a q u e l h e s é
p r e s c r i p t a p é l a p r e s e n t e lei, i n c o r r e r ã o nas p e n a s c o m m i n a d a s n o a r t i g o 5 4 . ° d a lei d e 2 6
de agosto d e 1848.
: A r t . 1 3 . ° F i c a r e v o g a d a a legislação e m c o n t r a r i o .
. Mandámos portanto a todas as auctoridades e mais pessoas, a quem o conhecimento e
e x e c u ç ã o d a r e f e r i d a lei p e r t e n c e r , q u e a c u m p r a m e g u a r d e m e f a ç a m c u m p r i r e g u a r d a r
t ã o i n t e i r a m e n t e c o m o n'ella s e c o n t é m .
O m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o d o s n e g o c i o s d o r e i n o a faça i m p r i m i r , p u b l i c a r e cor-
r e r . Dada n o paço d a Ajuda, aos 5 d e maio d e 1 8 6 5 . = E L - R E I , com rubrica e guarda. =
Julio Gome» da Silva Sanches. = ( L o g a r d o sêllo g r a n d e d a s r e a e s . )
C a r t a d e lei p e l a q u a l Vossa M a g e s t a d e , t e n d o sanccionado o d e c r e t o das c ô r t e s g e r a e s
d e 2 d o c o r r e n t e m e z d e m a i o , q u e auctorisa a c a m a r a m u n i c i p a l d o P o r t o a c o n t r a h i r u m
e m p r e s t i m o até á quantia d e 3 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis, com o juro que não exceda a 7 p o r cento
a o a n n o , p a r a s e r e x c l u s i v a m e n t e e m p r e g a d o nas o b r a s d e q u e c a r e c e o m u n i c i p i o , d e s i -
g n a d a s n a s tabellas q u e f a z e m p a r t e d a p r e s e n t e lei, e d e c l a r a d e utilidade p u b l i c a a s e x -
p r o p r i a ç õ e s q u e f o r e m n e c e s s a r i a s p a r a s e e f f e c t u a r e m a s ditas o b r a s , m a n d a c u m p r i r e
g u a r d a r o m e s m o d e c r e t o - p e l a f ó r m a r e t r ò d e c l a r a d a . — P a r a V o s s a M a g e s t a d e ver.^=
João Pereira a fez.

TABELLA N.° 1 .
Das obras, com orçamentos e plantas, comprehendidas no emprestimo que a camara municipal do Porto
è auctorisada a realisar pela lei d'esta data
1 Continuação da abertura da rua da Boa Vista 52:768^200
SubscripçSo provável S:704^761 47-053^439
2 Continuação da abertura da rua Duque de Bragança 15:469Í400
3 Estrada da Foz'a Lessa 6:000^1000
4 Estrada do Carvalhido á Boa Vista S: 156$000
5 Alinhamento e expropriações na Caneella Velha 2:966$880
76:653^719
41 de abril 1865 151

Transporte 76:6550719
6 Expropriações e abertura de unia rua desde o largo da Aguardente até á rua da
Alegria.. 8:1230342
7 Expropriações e melhoramentos no campo dos Martyres da Patria 7:9150070
8 Conclusão da rua da Alegria 5:3280780
9 Construcção da rua do Pombal 1:69 4J1Õ23
10 Construcção e rebaixamento da rua do Triumpho 4:1230053
11 Construcção da rua do Palacio de Crystal 8:7370936
12 Melhoramentos na praça do Duque de Beja ;..... 2:3210170
13 Abertura da rua de Santa Thereza até á praça de Carlos Alberto 19:1660235
Subscripção provável 9:1660235 io-OOO0OOÒ
14 Alinhamento da rua do Heroismo 2:5000000
15 Continuação da rua de S. Victor até S. Lazaro 4:0000000
Obras que só têem orçamento por já terem planta approvada:
16 Calcetamento da rua das Flores e largo de S. Domingos 6:0560855
17 Calcetamento da rua Chã •... , 2:2210066
18 Calcetamento da rua do Almada 5:6840871
19 Calcetamento da rua dos Martyres da Liberdade 4:3280684
20 Calcetamento da rua Fernandes Thomás 3:864087]
21 Calcetamento da praça de Carlos Alberto 6:9730709
Subscripção provável 2:9730709 4-0000000
22 Calcetamento da rua de Cedofeita 7:8460069
23 Calcetamento da rua do Principe até á rua do Rosario 9520300
24 Calcetamento da rua desde a praça de D. Pedro V até ao Campo Pequeno 1:5070200
25 Calcetamento da rua do Carregal á rua do Paco 4170000
26 Largo de Santo André , 5830201
27 Rua em volta da práça do Duque de Beja 1:7110200
28 Praça da Ribeira T 2:7790000
29 Muro de supporte na praça do Duque de Beja ,..'••• 7460500
30 Resto do pagamento da casa contigua aos paços do concelho 9:6000000
183:6950000

P a ç o d a A j u d a r e m 5 d e m a i o d e 1 8 6 5 J u l i o Gomes da Silva Sanches.

TABELLA N.° 2

Obras que ainda não têem plantas nem orçamentos, comprehendidas no emprestimo que a camara
municipal do Porto é auctorisada a realisar pela lei d'esta data
1 Abertura da rua da Batalha 10:0000000
2 Abertura da rua da Biquinha 80:0000000
3 Mercado do peixe 6: QOO0OOO
4 Alargamento da viella do Carapinho 2:4000000
5 Continuação da rua de Gonçalo Christovão até Sanla Catharina 12:9030000
6 Continuação das escadas da*Victoria t 5:OOO0pOO
116:3050000

P a ç o d a A j u d a , e m 5 d e m a i o d e 1 8 6 5 . — J u l i o Gomes da Silva Sanches.


D. deL. n." 102, de 6 de maio,

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 2 0

, Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 8 de maio de 1865


!
Publica-se ao exercito o seguinte: ' .
T e n d o sido d e t e r m i n a d o q u e os v e n c i m e n t o s d o s officiaes a r r e g i m e n t a d o s t o r n e m a
s e r satisfeitos p e l a s p a g a d o r i a s d a s d i v i s õ e s m i l i t a r e s e m q u e o s r e s p e c t i v o s c o r p o s s e
a c h a r e m estacionados, c o m o s e praticava a n t e r i o r m e n t e a s e t e m b r o d e 1 8 5 1 , e m q u e p a s -
s a r a m a s e r satisfeitos pela p a g a d o r i a d a l . a divisão; d e c l a r a - s e q u e o s v e n c i m e n t o s d o s
m e n c i o n a d o s officiaes, relativos a o c o r r e n t e m e z , s e r ã o satisfeitos e m 1 d e j u n h o p r o x i m o
f u t u r o p e l a f ó r m a a c i m a i n d i c a d a , e assim s u c c e s s i v a m e n t e n o dia 1 d e cada m e z o s d o
mez antecedente. D. de L. n.° 414, de 20 de maio.
38
152 1865 ode^io

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 6 0

• O ponselho geral das alfandegas: ,


' ' ! V i s t o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p o r S a n g s t e r & C. a , ácerca d e u m a p o r ç ã o d e s a b ã o a r o n u H
tíéado.'que a p r e s e n t a r a m a d e s p a c h o n a a l f a n d e g a d e Lisboa, i m p o r t a d a d e L o n d r e s rbqí<$çi
d o vapor ' M a r t e P f a • em d u a s caixas m a r c a S. G. n.° 5 1 6 7 e 1 6 8 , c o n t r a m a r c a ' S72 d e
186o; : vi • '"..'. "'
. l i s t o ò auto'da conferencia dos verificadores; . .
• Vistas as a m o s t r a s que acompahharam o processo d e r e c u r s o ;
V j s t o o a r t i g o 10.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ; •.;
C o n s i d e r a n d o q u e os p e d a ç o s d e s a b ã o d e q u e s e trata s ã o v i s i v e l m e n t e d i f f e r e n t e s d o s
q u e . f i z e r a m o objecto da resolução n.° 1 7 5 d'esle conselho, já p o r s e r e m perfeitamente
moldados e d e dimensões muito mais pequenas por terem a pasta muito mais apurada e
sfrbmátísada;;.e j á p o r q u e n o e s t a d o e m q u e s e a p r e s e n t a m p r e e n c h e m c o m p l e t a m e n t e o
fim a q u e se ídgàtinam o s s a b o n e t e s ; • :
" C o n s i d e r a n d o q u e a lei, fixando u m maior direito p a r a a i m p o r t a ç ã o d o s s a b o n e t e s d o
<jjí0_.parâ'a d o s a b ã o , c u m p r e e v i t a r q u e a s u a disposição s e j a s o p h i s m a d a ;
; . Resolvo: ; :." .
-Artigo unico.. Ós p e d a ç o s d e pasta d e s a b ã o a p u r a d a e a r r o m a t i s a d a s o b r e q p e verga
ó ^ r e s e n j e r e c u r s o , e s t ã o - s u j e i t o s a o d i r e i t o d e 1 5 0 r é i s p o r k i l o g r a m m a , q u e s ê a c h a fir
:
il^p.jijò. a r t i g o 1 5 4 . ° d a p a u t a geral d a s a l f a n d e g a s p a r a os s a b o n e t e s . '
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral d a s a l f â n d e g a s , e m sessão d e 8 d è
m a i o d e 1 8 6 5 , ' e s t a n d o p r e s e n t e s o s v o g a e s = C o « d é cl'Avila, p r e s i d e n t e ^ S í m a p — f à o r f c
pa«íi;es> r,elator = Abreu=Nazareth=Costa = Santos Monteiro = Couceiro = Fraâesso
M"SÍÍVeÍra\ , D. do L. n.° d06, de 11 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
'•"•'"''• • 4. a REPARTIÇÃO V :
'

P o r d e c r e t o d e 4 d o c o r r e n t e m e z f o r a m c r e a d a s cadeiras d e e n s i n o p r i m a r i o n a s s e -
!g^ntè;s;íocal'idades: ..
! ' ; V , ; ' ^ f t í l e z i a d a Raiva, concelho d e Castello d e P a i v a — p a r a o s e x o m a s c u l i n o , c o m o ^ u b -
r
s i d i Ò 4 e i C a s a e mobilia p e l a j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a . ' ' :;
• ' F r e g u e z i a d e R e a l , c o n c e l h o d e Castello d e P a i v a , districto d e A v e i r o - — p a r a o s e x o
ttasçtiliho, c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia p e l a s j u n t a s d e p a r o c h i a d a s f r e g u e z i a s - d e
!
PaFâizo è í R e a l .
F r e g u e z i a e villa d e P r o e n ç a a N o v a , districto d e Castello B r a n c o — p a r a o s e x o f e m i -
n i n o c o m o subsidio d e casa e mobilia p e l a j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a . .,
F r e g u e z i a , e villa d e S. João d a P e s q u e i r a , districto d e V i z e u — p a r a o s e x o f e m i n i n o ,
c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia e 3 $ 0 0 0 r é i s a n n u a e s p a r a objectos d e e n s i n o d a s a l u -
m n a s p o b r e s , pela j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a .
F r e g u e z i a d e T o n d a , concelho d e T o n d e l l a , districto d e V i z e u — p a r a o sexo m a s c u l i n o
c o m o s u b s i d i o d e casa e m o b i l i a e 3 $ 0 0 0 r é i s a n n u a e s p a r a o b j e c t o s d e e n s i n o d o s a l u -
m n o s p o b r e s , pela j u n t a d e p a r o c h i a r e s p e c t i v a .
Freguezia d e Fataunços, concelho de Vouzella, districto d e V i z e u — p a r a o sexo mas-
culino, c o m o s u b s i d i o d e casa e mobilia p e l a j u n t a d e p a r o c h i a e 3 # 0 0 0 r é i s a n n u a e s p a r a
o b j e c t o s d e e n s i n o d o s ' a l u m n o s p o b r è s ' p e l a m e s a d á i r m a n d a d e d o •Santissimo S a c r a -
mento da referida freguezia. :.,.,. :-(j
d ! ; . 0 ; p r p v i m e n t o , d ' e s t a s c a d e i r a s nãogodorâ: effectõar-se'sQjpa : «g^e-lífynçáC^ò.-^ipfeitos
•os s u b s i d i o s . r e s p e c t i v o s , n a . c o n f o r m i d a d e ; d o . d i s p o s t o . n a c i r c u l a r d e 2 2 ,de <Íez;êt^pro.,d.e
iÒ àè maió 1865 153

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 6 1
;
, , . 0 c o n s e l h o g e r a l das a l f a n d e g a s : '
"Yisto. o r e c u r s o i n t e r p o s t o n a alfandega d e Lisboa p e l o s n e g o c i a n t e s LétoUt-neur é-Ca-
r o h , á è b r é o d e s p a c h o d e u m a s p e l l e s c u r t i d a s , contidas n a caixa m a r c a L . & <G: n . 0 ' 1 8 3 >
v i t i d a s . d é ' L o n d r e s n o v a p o r Açor; •".•'"••
y i s t p o a u t o d a conferencia d o s v e r i f i c a d o r e s ;
Vista a arnostra q u e a c o m p a n h o u o r e c u r s o ;
j f i s t o p artigo 10.° d o / d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ; ' V' : :
'Còiisiderando q u e as p e l l e s d e q u e t r a t a e s t e r e c u r s o v e m curtidas^ prejpiàra-âas e ' e n -
g r a x a d a s p o r u m a f ó r m a b e m d i s t i n c t a do p r e p a r o q u e t e m a sola ; • >' •
C o n s i d e r a n d o q u e n o e s t a d o e m q u e s e a p r e s e n t a m são p r o p r i a s p a r a c o r r e a m e s , a r -
r e i o s e o u t r o s u s o s , c o m o os q u e t ê e m os a t a n a d o s o u v a q u e t a s ;
Resolve:
A r t i g o u n i c o . A s pelles d e q u e trata este r e c u r s o estão c o m p r e h e n d i d a s n o a r t i g o 5 . °
da p a u t a e d e v e m p a g a r , c o m o a t a n a d o s , o direito d e 5 0 réis p o r k i l o g r a m m a . • . O-
"Esta r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a p e l o conselho g e r a l d a s alfandegas', e m • s e s s ã o d© M) d e
m a i o d e 1 { 865, e s t a n d o p r e s e n t e s ; ós vogaes Conde d'Avita, p r e s i d e n t e =-.A&ré«* r e l a t o r
Simas = Gonçalves = Nazarelh= Santos Monteiro = Costa = Couceiro=Fmâesso dá
Silveira. ' D. de L. n . M 0 9 , - 3 ^ 5 atflnaío.

RESOLUÇÃO N.° 202 .. ;

' O conselho geral das alfandegas: • .' -.Y-.- .


V i s t o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p e l o s n e g o c i a n t e s K r e i b i g & F i n g e r , relativo á classificação
dos t o r r á d o r e s d e café q u e a p r e s e n t a r a m p a r a d e s p a c h o n a a l f a n d e g a d e Lisboa ; •; :
:
V i s t o o a u t o d a conferencia dos v e r i f i c a d o r e s ; •... . j ,
Visto o àppárelho que acompanhou o processo; -:r.< -;•>:-
V i s t o o a r t i g o 10.° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
' C o n s i d e r a n d o q u e os a p p a r e l h o s d e q u e t r a t a esta c o n t e s t a ç ã o s ã o torrwtores «sitàes,
qúe devem s e r despachados como obra de f e r r o ; - Y•
Resolve: „
A r t i g o u n i c o . Os t o r r á d o r e s a q u e s e r e f e r e este r e c u r s o d e v e m p a g a r o: d i r e i t o d e -
t e r m i n a d o pelo a r t i g o 101.° d a p a u t a g e r a l d a s alfandegas, p a r a a obra d e f e r r o b a t i d o n ã o
especificada. -:.• •
ESta r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a p e l o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e m s e s s ã o d e l # d e
m a i o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o . p r e s e n t e s os vogaes = Conde d'Avila, p r e s i d e n t e — F r a d e s s o da
Sih/0iray^kt(jr^Sin^ts=Gonçalves=='AWeu==Nazareth=Saiaos Moriteitfò==>Gosta
= C0UCeÍr0. D. de L. h:» f09;46.ÍSáe-raai(j. '' '

RESOLUÇÃO N.° 2 6 5

O conselho geral das alfandegas:


Visto o r e c u r s o i n t e r p o s t o p o r viuva Macieira & F i l h o s , á c e r c a d a classificação d o p a -
p e l d e cores, contido n!uma caixa m a r c a M, n . ° 2 0 5 , p r o p o s t a a d e s p a c h o n a a l f a n d e g a d e
Lisboa;
:
Visto o â u t o d a conferencia dos v e r i f i c a d o r e s ;
1
V i s t a s as amostras que acompanharam o recurso;
' Visto;ò artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860; .• rvc
C o n s i d e r a n d o q u e a d i f f e r e n ç a d o direito estabelecido n a p a u t a g e r a l das a l f a n d e g a s
p a r a O p a p é l d e i m p r e s s ã o t e m p o r f u n d a m e n t o b e n e f i c i a r o p a p e l q u e s é destina ? "á.im-
p r e s s ã o d è livros e j o r n a e s ; ' • '
!
C o f t s i d e r a n d o q u e o p a p e l d e cores, d e q u e trata a r e s o l u ç ã o n . ° 2 4 3 d'eS'te:Conselho,
foi classificado c o m o p a p e l d e e m b r u l h o p e l o 'motivo d e n ã o s e r p r o p r i o p a r a d i v r o s e j ô r -
ííães, nias a n t e s m a i s g e r a l m e n t e e m p r e g a d o p a r a e n v o l t ó r i o s ; • • • •..: ,>» * •:
" : C o n s i d e r a n d o q u e o p a p e l d e c o r e s , q u e é o b j e c t o d a p r e s e n t e corrtestação,-esíá n a s
154 1865 11 de abril

m e s m a s circumstancias d'aquelle, não só porque é proprio para livros e jornaes, mas t a m -


b e m p o r q u e a s u a m a i o r applicação é p a r a e n v o l t o r i o s , m u i t o e m b o r a p o s s a s e r v i r p a r a a
i m p r e s s ã o d e c a r t a z e s e o u t r o s p a p e i s avulsos, c i r c u m s t a n c i a q u e s e p ó d e d a r c o m t o d a s
as outras qualidades d e papel designadas na p a u t a ;
Resolve:
: A r t i g o u n i c o . A o p a p e l d e q u e trata e s t e r e c u r s o é a p p l i c a v e l a r e s o l u ç ã o n i ° 2 4 3
d ' e s t e c o n s e l h o , -para p a g a r o d i r e i t o d e 5 0 r é i s p o r k i l o g r a m m a , e s t a b e l e c i d o n ò a r -
tigo 1 2 4 . ° d a p a u t a g e r a l das a l f a n d e g a s , p a r a o p a p e l d e e m b r u l h o d e todas a s q u a l i d a d e s
e cores.
E s t a r e s o l u ç ã o foi a d o p t a d a p e l o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , em- s e s s ã o d e 1 0 d e
m a i o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s o s v o g a e s = Conde d'Avila, p r e s i d e n t e — N a z a r e t h , r e -
l a t o r == Simas—Gonçalves—Abreu—Santos Manteiro = Costa—Couceiro—Fraâpsso
da Silveira. D. A» L. n.° no, de IE de maio. ,

RESOLUÇÃO N.° 2 6 4

O conselho geral das alfandegas:


V i s t o o r e c u r s o i n t e r p o s t o p e l o s n e g o c i a n t e s R a b i l h a s & I r m ã o s , á c e r c a d a classifica-
- ç ã o ; d e p a p e l d e c o r e s c o n t i d o e m d u a s caixas m a r c a R & E _ n . o s 1 5 7 e 1 5 8 , p r o p o s t a s a
-despacho n a alfandega d e Lisboa:
V i s t o o auto, d a c o n f e r e n c i a d o s v e r i f i c a d o r e s ;
Visto a a m o s t r a q u e a c o m p a n h o u o r e c u r s o ;
Visto o artigo 1 0 . ° d o d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 0 ;
C o n s i d e r a n d o q u e a d i f f e r e n ç a d o direito e s t a b e l e c i d o n a p a u t a g e r a l d a s a l f a n d e g a s
para o papel d e impressão, t e m p o r fundamento beneficiar o papel q u e se destina á i m -
p r e s s ã o d e livros e j o r n a e s ;
C o n s i d e r a n d o q u e o p a p e l d e cores, d e q u e t r a t a a resolução n . ° 2 4 3 d ' e s t e c o n s e l h o ,
foi classificado c o m o p a p e l d e e m b r u l h o p e l o m o t i v o d e n ã o s e r p r o p r i o p a r a livros-e j o r -
naes, mas antes mais geralmente e m p r e g a d o p a r a envoltorios;
Considerando q u e o papel d e cores, que é objecto da p r e s e n t e contestação, está n a s
m e s m a s c i r c u m s t a n c i a s d ' a q u e l l e , n ã o só p o r q u e n ã o é p r o p r i o p a r a livros e j o r n a e s , m a s
t a m b e m p o r q u e a sua maior applicação é para envoltorios, muito embora possa servir para
a i m p r e s s ã o d e c a r t a z e s e o u t r o s p a p e i s avulsos, c i r c u m s t a n c i a q u e s e p ó d e d a r c o m t o d a s
as outras qualidades d e p a p e l designadas na pauta ;
Resolve: • , . ~
A r t i g o u n i c o . A o p a p e l d e q u e t r a t a e s t e r e c u r s o é applicavel a r e s o l u ç ã o n . ° 2 4 3 d ' e s t e
c o n s e l h o , - p a r a p a g a r o direito d e 5 0 r é i s p o r k i l o g r a m m a , e s t a b e l e c i d o n o a r t i g o 1 2 4 . ° d a
p a u t a g e r a l d a s a l f a n d e g a s , p a r a o p a p e l d e e m b r u l h o d e t o d a s a s q u a l i d a d e s e cores.
••••., E á t a r e s o l u ç ã o f o i a d o p t a d a p e l o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s , e m s e s s ã o d e 1 0 d e
m a i o d e 1 8 6 5 , e s t a n d o p r e s e n t e s o s v o g a e s = C o n d e d'Avila, p r e s i d e n t e = N a z a r et h, r e -
l a t o r = S i m a s — Gonçalves—Abreu— Santos Monteiro— Costa=Couceiro=Fradesso
da Silveira. D. de L. n.° HO, de 16 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIRECÇÃO
1.» REPARTIÇÃO ~ '

T e n d o a c o m m i s s ã o n o m e a d a p o r d e c r e t o d e 3 d e n o v e m b r o d e 1 8 6 3 p a r a colligir s u b :
s e r i p ç õ e s e donativos e m favor dos h a b i t a n t e s d o a r c h i p e l a g o d e Cabo V e r d e , d a q u a l ftn
r a m m e m b r o s o d u q u e d e P a l m e l l a , o v i s c o n d e d e Condeixa, J o s é I z i d o r o G u e d e s , A n t o -
nio M a r i a B a r r e i r o s A r r o b a s , J o a q u i m J o s é R o d r i g u e s d a C a m a r a , A n t o n i o J o s é d e .Seixas,
J ò s ê M a r i a L o b o d'Avila, F o r t u n a t o C h a m i ç o , M a n u e l J o s é M a c h a d o e J o ã o d e S o u s a M a -
c h a d o , c o n c l u i d o a i n c u m b ê n c i a q u e l h e foi d a d a p e l o s o b r e d i t o d e c r e t o : b e i p o r b e m d a r
p o r dissolvida a m e s m a c o m m i s s ã o , e l o u v a r a cada u m d o s s o b r e d i t o s m e m b r o s ,d'ella
pelo zeloso'empenho c o m q u e se houveram, assim e m procurar as subscripções, como
n o e m p r e g o d o q u e ellas p r o d u z i r a m e r e m e s s a dos i m p o r t a n t e s s o c c o r r o s , c o m q u e séjm
duvida s e salvaram muitos milhares d e vidas; e igualmente hei por b e m louvar:a todas as
41 de abril 1865 155

m a i s p e s s o a s q u e c o n c o r r e r a m p a r a o m e s m o fim, j á solicitando s u b s c r i p ç õ e s , j á contri-


b u i n d o ellas, o u p o r o u t r a q u a l q u e r f ó r m a .
O p r e s i d e n t e d o c o n s e l h o d e m i n i s t r o s , m i n i s t r o e s e c r e t a r i o d ' e s t a d o dos n e g o c i o s d a
g u e r r a , e i n t e r i n a m e n t e e n c a r r e g a d o d o s da m a r i n h a e u l t r a m a r , a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o
e faça e x e c u t a r . Paço, e m 1 0 d e m a i o d e 4 8 6 5 . — R E I . = M a r q u e z de Sá da Bandeira.
11. ile L. n.° H l, dis 17 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
X» REPARTIÇÃO

D e t e r m i n a n d o - s e n o n . ° 4 . ° d a s i n s t r u c ç õ e s d e 2 3 d e abril e 2G d e agosto d e 1 8 6 1 ,
p a r a o s e x a m e s d o s c a n d i d a t o s ás cadeiras d e m a t h e m a t i c a e l e m e n t a r e i n t r o d u c ç ã o á his-
toria n a t u r a l d o s lyceus n a c i o n a e s , q u e , findo o p r a s o dos c o n c u r s o s p a r a a s r e f e r i d a s c a -
d e i r a s , o s c o m m i s s a r i o s dos e s t u d o s d e v e m enviar á direcção g e r a l d e i n s t r u c ç ã o p u b l i c a ,
n o m i n i s t e r i o d o reino, u m a r e l a ç ã o d e t o d o s o s c a n d i d a t o s l e g a l m e n t e a d m i t t i d o s , p a r a
s e r p u b l i c a d a n a folha official d o g o v e r n o , e q u e c m C o i m b r a e P o r t o d e v e m o s r e s p e c t i -
v o s c o m m i s s a r i o s fazer p u b l i c a r iguaes relações r f a l g u m d o s j o r n a e s q u e ali s e i m p r i m i -
r e m ; e d i s p o n d o o n.° 5.° das s u p r a c i t a d a s i n s t r u c ç õ e s , q u e os c a n d i d a t o s e x c l u í d o s d e t a e s
relações p o d e m recorrer ao governo do despacho d o commissario d o s estudos, dentro d o
p r a s o d e oito dias, c o n t a d o s d a data d a p u b l i c a ç ã o d o s n o m e s dos c o n c o r r e n t e s a d m i t t i d o s
ao c o n c u r s o ; e p o d e n d o l e v a n t a r - s e d u v i d a s o b r e . s e este p r a s o p r i n c i p i a a c o r r e r d e s d e a
p u b l i c a ç ã o n a folha official d o g o v e r n o , o u n a s f o l h a s d e C o i m b r a e P o r t o :
S u a M a g e s t a d e El-Rei, c o n f o r m a n d o - s e c o m o p a r e c e r do c o n s e l h o geral d e i n s t r u c ç ã o
publica, ha por b e m resolver:
1.° Q u e o p r a s o d e oito dias, d e q u e trata o n . ° 5 . ° d a s i n s t r u c ç õ e s d e 2 3 d e abril e
2 6 d e a g o s t o d e 1 8 6 1 , principia a c o r r e r d e s d e q u e são p u b l i c a d o s n a folha official d o go-
v e r n o o s n o m e s dos c a n d i d a t o s , n ã o i n c l u i n d o o d i a d a p u b l i c a ç ã o ;
2 . ° Q u e os c o m m i s s a r i o s d o s e s t u d o s d e Lisboa, C o i m b r a e P o r t o , p e r a n t e o s q u a e s
t ê e m d e r e q u e r e r o s candidatos, d e v e m p ô r todo o c u i d a d o e m r e m e t t e r á d i r e c ç ã o geral
d e instrucção publica n o d i a i m m e d i a t o a q u e l l e e m q u e findar o p r a s o d o e d i t o a r e l a ç ã o
d e t o d o s os c a n d i d a t o s a d m i t t i d o s .
P a ç o d a A j u d a , e n r l O d e m a i o d e 1 8 5 5 . = Julio Gomes da Silva Sanches.
D. de L. n.° 109, de 15 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

. U s a n d o d a auctorisação c o n c e d i d a a o g o v e r n o e m o § 3 . ° d o a r t i g o 3.° d a c a r t a d e l e i
d e 2 5 d e j u n h o d e 1 8 6 4 , e t e n d o o u v i d o o c o n s e l h o d ' e s t a d o , n a c o n f o r m i d a d e d o a r t i g o 4.°
d a. m e s m a carta d e l e i : hei p o r b e m d e t e r m i n a r q u e n o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s d a fazen-
da. s e a b r a , a favor d o m i n i s t e r i o d o s n e g o c i o s ecclesiasticos e d e j u s t i ç a , u m c r e d i t o s u p -
p l e m e n t a r d a q u a n t i a d e 2 4 : 5 9 1 ^ 6 8 0 réis p a r a p a g a m e n t o integral d a s c ô n g r u a s d o s e c -
clesiasticos d o b i s p a d o d o F u n c h a l n o actual a n n o economico d e 1 8 6 4 - 1 8 6 5 .
O s m i n i s t r o s e s e c r e t á r i o s d ' e s t a d o d o s negocios ecclesiasticos e d e justiça e d o s da
f a z e n d a o t e n h a m a s s i m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o d a A j u d a , 11 d e m a i o d e 1 8 6 5 .
==Rei .—Julio Gomes da Silva Sanches= Conderi'Anila. D . flc L . n.» iw, ao is do maio.

U s a n d o da a u c t o r i s a ç ã o c o n c e d i d a ao g o v e r n o e m o § 3 . ° d o artigo 3 . ° d a carta d e lei


d e 2 5 d e j u n h o d e 1 8 6 4 , e t e n d o o u v i d o o conselho d ' e s t a d o , n a c o n f o r m i d a d e d o artigo 4 . °
d a m e s m a carta d e l e i : h e i p o r b e m d e t e r m i n a r q u e n o m i n i s t e r i o dos n e g o c i o s da f a z e n -
d a s e a b r a , a favor do m i n i s t e r i o d o s negocios ecclesiasticos e d e justiça, u m c r e d i t o s u p -
p l e m e n t a r da q u a n t i a d e 2:250)$Í000 r é i s p a r a p a g a m e n t o " d e d e s p e z a s , n o actual a n n o eco-
n o m i c o d e 1 8 6 4 - 1 8 6 5 , c o m habilitações canónicas, e x p e d i ç ã o d e b u l i a s pontifícias e sn-
gração d e prelados apresentados nas dioceses d o reino.
on
156 1865 í) de junho.

Os ministros e secretarios d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça e dos dafa*


zenda assim o tenham entendido e façam executar. Paço da Ajuda, 11 de maio de 1865.
= R e i . — Julio Gomes da Silva Sanches= Conde ã'Avila. D. de L. n.° 309, de 15 de maio.

Usando da auctorisação concedida ao governo em o f 3.° do artigo 3.° da carta de lei


de 25 de junho de 1864, e tendo ouvido o conselho d'estado na conformidade do artigo 4.°
da mesma carta de lei: hei por bem determinar que no ministerio dos negocios da fazenda
se abra, a favor do ministerio dos negocios ecclesiasticos e de justiça, um credito supple-
mentar da quantia de 10:500^000 réis para occorrer ao pagamento de despeza do capi-
tulo 7.°, sustento de presos e policia de cadeias, no actual anno economico de 1864-1865,
isto alem da verba de 60:000$000 réis concedida pela referida carta de lei, e da quantia
de 10:000^000 réis, importancia do credito supplementar aberto por decreto de 30 de
março de 1865.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça e dos da
fazenda assim o tenham entendido e façam executar. Paço da Ajuda, 11 de maio de 1865.
= R E I . = J u l i o Gomes da Silva Sanches— Conde d'Avila. D. de L . D . » 1 0 9 , de I S de maio.

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


Tendo-se admittido por decreto de 11 de abril ultimo os cereaes estrangeiros, com o
intuito de beneficiar as classes menos abastadas, proporcionando-lhes, a preços rasoaveis,
o principal genero da sua alimentação; e sendo certo que, apesar de se haverem realisado
importantes despachos dos ditos cereaes, nem por isso o preço do pão cozido, em deshar-
monia com o preço do trigo em grão, tem descido da altura a que chegou, quando se re-
presentava aos poderes publicos que estavam completamente esgotados os depositos de
cereaes; considerando que o governo tem por seu primeiro dever velar os interesses pu-
blicos, examinando as causas de que póde resultar o compromettimento d'elles e provi-
denciando, dentro da esphera das suas attribuições, sem offensa dos principios da liber-
dade de qualquer industria, consignados na lei fundamental do estado: ha por bem Sua
Magestade El-Rei ordenar, pelo ministerio das obras publicas, commercio o industria, que
seja nomeada uma commissão especial, para lhe propor quaesquer medidas tendentes ao
fim indicado, abrindo préviamente um inquerito ácerca dos seguintes quesitos:
1.° De que modo se acha organisada na capital a industria da padaria?
2.° Que processos se empregam na fabricação do pão?
3.° Qual póde ser a relação entre o preço industrial do pão cozido e o preço do grão?
Determina Sua Magestade que a referida commissão seja composta de Rodrigo de Mo-
raes Soares, director geral do commercio e industria; de João de Andrade Corvo, Caetano
Maria da Silva Beirão, João Ignacio Ferreira Lapa e Silvestre Bernardo Lima, lentes do in-
stituto agricola; de Sebastião José de Abreu, vogal do conselho geral do commercio, agri-
cultura e industria; e de Custodio Manuel Gomes, chefe de repartição da alfandega muni-
cipal; servindo o primeiro de presidente e o ultimo de secretario.
Outrosim determina o mesmo augusto senhor, que a commissão fique auctorisada a
requisitar os meios necessarios e a obter das diversas repartições os esclarecimentos que
julgar indispensaveis para conseguir cabalmente os fins da sua nomeação, fazendo subir
ao conhecimento do governo opportunamente, e com a possivel brevidade, um relatorio
circumstanciado dos seus trabalhos.
Finalmente confia Sua Magestade que a commissão desempenhará a sua importante
incumbência, como é de esperar do reconhecido zêlo e provada intelligencia de cada um
de seus membros.
O que se communica ao presidente da mencionada commissão, para assim o fazer con-
star aos nomeados e para os mais effeitos convenientes.
Paço, em 13 de maio de 1 8 6 5 . = C a r l o s Bento da Silva. D. d e L . n . ° 109, deisat>maio.

Chegando ao conhecimento do governo diversas informações, das quaes consta q u e o s


campos de Leiria, marginaes do rio Liz até á sua foz, estão quasi arruinados pela falta do
41 de abril 1865 157

regimen das aguas, e sendo certo que os ditos campos, de sua natureza feraces, sepresta^
riam aos mais productivos aperfeiçoamentos de cultura, com grande vantagem dos seus
cultivadores e conseguintemente dos rendimentos publicos; considerando que o regula-
mento vigente não preenche os fjns com que foi estabelecido: ha por bem Sua Magestade
El-Rei ordenar, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, que seja no-
meada uma oommissão, composta do governador civil do districto de Leiria, que servir^
de presidente, do director das obras publicas do referido districto, e de tres vogaesnomea-
.dos pelo dito governador ciyil, servindo um d'elles de secretario, a qual commissãoorga-
nisará e submetterá com urgencia ao conhecimento do governo um plano geral de obras
e plantaçSes, tendentes a resguardar em toda a sua extensão os mencionados campos dos
damnos causados pelo desgoverno das aguas, e bem assim um projecto de reforma do anr
tigo regulamento, em que se prescrevam as obrigações dos interessados e as regras admi-
nistrativas para o melhoramento e conservação dos mesmos campos.
.0/ que se communica ao indicado governador civil, para sua intelligencia e mais effeitos.
Paço, em 13 de maio de 1865. = Carlos Bento da Silva. d. do l. n.° 109, de is de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA

Sua Magestade El-Rei, tendo visto a representação que á sua augusta presença ele-
vou o conselho dos decanos da universidade de Coimbra, pedindo, relativamente ás sus-
peições 0ppo§tas ppr candidatos ao magisterio, a resolução das seguintes duvidas:
l . a Se os artigos de suspeição podem ser julgados improcedentes antes de serena1 ad-
mittídps a prova, e neste caso se pertence ao chanceller ou ao tribunal constituido na fórma
da caria regia de 23 de novembro de 1805 o decidir da questão de improcedeneja;
; 2 / SQ no juizo das spspeições devem aggregar-se ao mesmo conselho dois pu quatro
lentes da faculdade de direito;
3, a Se deverá ser ouvido o fiscal da mesma faculdade;
,•. 4,* Se nas suspeições oppostas ao reitor subsiste o § 2.° do titulo 26.° do livro 2.° dos
estatutos velhos;
* S.- Se ppdem ser exigidos os depositos e multas de que tratam os mesmos estatutos,
no caso de não serem provadas as suspeições, ás quaes duvidas acresce outra oferecida
pelo .conselheiro yic.e-rei'tor da universidade em officio de 28 de abril ultimo, quanto ao
modo de proceder, quando todo o conselho dos decanos é dado de suspeito, como acon-
tece no processo de concurso ultimamente aberto para provimento dgs substituições ex-
traordinarias da faculdade de medicina;
Considerando ,que tanto na legislação geral do reino, estabelecida ria ordenação li-
vro 3.°, titulo 21.°, f f 8.° e 9.°, e na novissima reforma judiciaria artigos 760.° e $18.°
i 3.°, como na legislação especial da universidade, que são os estatutos velhos, livro 2.°,
titulo. <26,p princ., e carta regia de 23 de novembro de 1805, se acha adoptado ou reco-
nhecido o prinçjpio de que a questão d.3 improcedência das rasões da suspeição é prejq-
dioisl .da .questão da prova das mesmas rasões;
Considerando que ao chanceller pertence, nos termos da citada carta regia, canheeer
das rasões da suspeição, isto é, se procedem ou não na fórma dos estatutos velhos, li-
vro 2-°, titulo 26.° princ, e instruir o processo no termo peremptório de dez dias, findos
os quaes o levará ao tribunal que tem de julgar as suspeições provadas-ou não provadas;
, Considerando que a duvida de serem aggregados ao conselho dos decanos, constituido
em tribunal de suspeições, quatro ou sómente dois lentes da faculdade de direito, já pela
portaria de 16 de janeiro ultimo foi resolvida n'este segundo sentido, o que vae em har-
ifloqia com a pratica, sem nenhuma opposição estabelecida e continuada, de ser a facul-
dade de direito representada no .conselho dos decanos como uma só e não como duas fa-
culdades;
Considerando que nem a legislação geral exige a audiência do ministerio publico no
processo das suspeições communs, nem a legislação especial da universidade requer a
presença ou audiência do fiscal da faculdade de direito em materia de suspeições nos con-
cursos, as quaes devendo ser julgadas no praso peremptorio estabelecido pela carta regia
158 1865 í) de junho.

de 23 de novembro de 1805 não admittem essencialmente uma formalidade com que a


mesma carta regia não contava quando marcou aquelle praso;
Considerando que o disposto nos estatutos velhos, livro 2.°, titulo 26.°, § 2.° relativa-
mente á suspeição posta ao reitor, foi confirmado pelos §§ 9.° e 37.° da reformação, e não
foi alterado nem pela carta regia, que não tratou d'este caso, nem por alguma outra dis-
posição, salvo que os lentes de cânones, em que ahi se falia, são hoje substituidos pelos da
faculdade de direito, e o conselho de deputados e conselheiros pelo conselho de decanos;
Considerando que os depositos das multas nas suspeições estabelecidas na antiga le-,
gislação commum (ordenação, livro 3.°, titulo 22.°) foram abolidos pelo artigo 284.° do
decreto n.° 24 de 16 de maio de 1832, e as proprias multas (expressamente abolidas, quanto
ás faltas dos estudantes, pela carta regia de 26 de setembro de 1787), já estavam em des-
uso, sendo que a carta regia de 23 de novembro de 1805 não só as não menciona como
pena dos que não provam ou não deduzem juridicamente as suspeições, mas estabelece
uma pena diversa, que é a de não serem admittidos á prova de habilitação que houverem
requerido;
Considerando que as suspeições oppostas aos vogaes do conselho dos decanos não se
regulam pela citada carta regia de 23 de novembro de 1805, que trata somente dos lentes
ou juizes do concurso; mas são reguladas pelo § 8.° da reformação dos estatutos velhos,
em cujos termos não podem ser accusados todos os vogaes d'aquelle conselho constituido
em tribunal de suspeição, devendo sempre ficar dois que juntamente com o reitor ou vice-
reitor julguem as mesmas suspeições;
Considerando que na hypothese de serem, contra a lei', dados de suspeitos simultanea-
mente todos os vogaes do conselho dos decanos, devem ficar servindo os dois que legal-
mente devam proceder;
Tendo ouvido o conselho geral de instrucção publica:
Ha por bem resolver, emquanto a materia não é por outra fórma regulada para os casos
futuros:
1.° Que o julgamento da questão, se estão ou não provados os artigos da suspeição,
tem logar unicamente quando não hajam sido julgados improcedentes;
2.° Que ao chanceller pertence nas suspeições oppostas a juizes do concurso o pro-
nunciar a procedencia das suspeições, ficando a prova d'estas para o julgamento do tribu-
nal constituido na fórma da carta regia de 23 de novembro de 1805, não obstando porém
a decisão de procedencia proferida pelo chanceller a que o referido tribunal depois da mais
ampla discussão as julgou improcedentes;
3.° Que ao conselho dos decanos devem aggregar-se unicamente dois lentes da facul-
dade de direito, como foi decidido pela portaria de 16 de janeiug ultimo;
4.° Que não é essencial a presença ou audiência do fiscal da faculdade de direito nes-
tes processos;
5.° Que o disposto no livro 2.°, titulo 26.°, f 2.°, dos estatutos velhos, no caso da sus-
peição opposta ao reitor ainda vigora, com a differença de serem os lentes decanos ahi
mencionados substituidos pelos da faculdade de direito, e o conselho que nomeia os adjun-
tos pelo conselho dos decanos;
6.° 'Que os depositos e multas, ordenados nos estatutos velhos, estão abolidos;
7.° Que as suspeições oppostas aos vogaes do conselho dos decanos se regulam pelo
I 8.° da reformação de 1612, e n'estes lermos não podem ser todos recusados, devendo
ficar sempre dois vogaes irrecusáveis, que julguem com o reitor as suspeições dos outros
membros do conselho;
8.° Que, no caso de contra a lei lerem sido recusados simultaneamente todos os vo-
gaes do conselho dos decanos, ficam juizes irrecusáveis das suspeições oppostas aos mes-
mos vogaes os dois que legalmente precedem;
9." Finalmente que, depois de julgados suspeitos alguns vogaes do conselho dos de-
canos, se dá n'estes um verdadeiro impedimento, que deverá ser supprido na fórma orde-
nada. .
O que assim se participa, pela secretaria d'eslado dos negocios do reino, ao conselheiro
vice-reitor da universidade de Coimbra, para seu conhecimento e execução.
Paço da Ajuda, em 13 de maio de 1865. — Julio Gomes da Silva Sanches.
IV de L. n.° 112, de 18 d í maio.
15 de maio 1865 159

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
R E P A R T I Ç Ã O DO C O M M E R C I O E I N D U S T R I A — 2.» SECÇÃO

Attendendo ao que me representou José de Saldanha Oliveira e Sousa, bacharel for-


mado nas faculdades de mathematica e philosophia, residente em Lisboa, pedindo privile-
gio p o r t r e s a n n o s como inventor de u m a modificação adoptada para. os cadinhos empre-
gados na fundição dos metaes;
Yisto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852:
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem conceder ao dito José de Saldanha Oliveira e Sousa a patente de inven-
ção para o objecto acima indicado, e pelo espaço de tres annos, durante os quaes os seus
direitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente
concedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade nem merecimento do
invento a que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro, e o requerente
sujeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto e ao prévio pagamento
dos direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publicas, com-
mercio e industria.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 15 de maio de 1 8 6 5 . = R E I . = Carlos Bento da
Silva. D. L. n.° 119 de 27 de maio.

Attendendo ao que me representou Frederico Newton Gisborn, súbdito britannico, re-


sidehte em Londres, pedindo privilegio por quinze annos, como inventor de uma compo-
sição melhorada para cobrir o fundo dos navios;
Visto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852;
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem conceder ao dito Frederico Newton Gisborn a patente de invenção para
o objecto acima indicado, e pelo espaço de quinze annos, durante os quaes os seus direitos
de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente con-
cedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade, nem merecimento do in-
vento a que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro, e o requerente su-
jeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto, e ao prévio pagamento dos
direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publicas, commer-
cio e industria.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar.
Paço, em 15 de maio de 1 8 6 5 . = R E I . = Carlos Bento da Silva.
D . d e L . n . ° 120, d e 20 de m a i o .

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 261!

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso, interposto por Buzaglo & G. a , ácerca da classificação de assucar apre-
sentado a despacho na alfandega do Porto, e procedente de Londres em o navio Beta;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Visto o resultado do ensaio a que se procedeu na amostra junta ao recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o assucar de que se trata está completamente expurgado de mate-
rias estranhas;
Resolve:.
-Artigo unico. O* assucar que é objecto do recurso foi bem classificado pela alfandega
do Porto «assucar refinado», e está sujeito ao direito de 125,6 por kilogramma, segundo
o artigo 72.° da pauta geral das alfandegas.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão ,de 15 de
40
160 1865 í) de junho.

maio de 1865, estando presentes os vogaes= Simas—Rodrigues, relator >=G5orepa/t>es


=Abreu = Nazareth = Costa=Santos Monteiro —Couceiro=Fradesso da Silveira.
í). dè L. n.° 113, de 19 de maio.

RESOLUÇÃO N.° 2 6 6

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por Emilio Bril, sobre a classificação dè umas camizolaâ dS
malha, apresentadas a despacho na alfandega do Porto em dezesete fardos, marca Pi A.,
n.°8 1 a 17;
: !
Vistò o auto da conferencia dos verificadores; <
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do décreto de 3 de novembro de 1860;
Gonsiderando que no artigo 26.° dos preliminares da pauta geral das alfandegas Sê
declara que as mercadorias compostas de diversas materias primeiras, Visivelmente iiis-
tihctas, estão sujeitas ao maior direito dos correspondentes ás materias de que s8o fcohl-
postas;
Considerando que as camizolas que fazem objecto d'esta contestação feão manufaòtú-
radas com lã e algodão;
Gonsiderando que a obra de lã de malha e ponto de meia é a que está sujeítâ â iháíó-
res direitos;
Resolve:
Artigo unico. As camizolas de lã e algodão, que motivaram este recurso, foram bem
classificadas pela maioria dos verificadoores da alfandega do Porto, e estão sujeitas ao di-
reito marcado no artigo 42.° da pauta geral das alfandegas para a obra de lã de malhú e
ponto de meia.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas; em sessão de 17 de
maio de 1865, estando presentes os \ogstes—Simas=Nazareth,rehtor=Gohiçalées—
Abreu— Rodrigues^ Costa — Santos Monteiro—Couceiro—Fradesso da Silveiral
. • ' • • • D. de L. li. 0 113, dfe 19 dte íiiàio:

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E UVDUSTRIA
REPARTIÇÃO DE AGRICULTURA

Tendo subido ao meu real conhecimento uma representação da camará municipal de


Braga, na qual, ponderando a conveniencia de se incitar, pélâ adjudicação de premios; como
se faz nos paizes mais adiantados, o progressivo desenvolvimento da industria pecuaria,
termina pedindo que daquella cidade, e por occasião da feira annual de S. João, se esta-
beleça um concurso de gado bovino; sendo certo que é da mais reconhecida conveniencia
promover a industria da engorda do gado bovino, attentos os vantajosos resultados, que já
se experimentam, da exportação do gado gordo pelâ barra d'o ÍPorto; e não podendo duvi-
dar-se de que estas vantagens, e os meios que se empregarem para lhes dar incremento,
hão de reflectir necessariamente em todas as provincias do norte, porque os premios con-
cedidos aos que se-occuparem da industria da engorda vão indirectamente animar* nas res-
pectivas localidades, os que exercem a industria da producção e da creação dos gados:
por todas estas rasões hei por bem decretar o seguinte: ;
Artigo 1.° É creado na cidade dè Braga um concurso annual de bois gordosj no qual
se distribuirão ás seis juntas de bois, que mais se distinguirem, seis premios: o primeiro
de 80)5000 réis, o segundo de 40$000 réis, e os quatro restantes de 20$000 réis,cada hm.
J unico* A importancia dos ditos premios será deduzida da verba consignada-para as
exposições agricolas no capitulo 8.° do orçamento do ministerio das obras publica^ com-i
mercio e industria. j
Art. 2.° O concurso de que trata o artigo antecedente realisar-seglía no dia 24 de j u -
nho, e por occasião da feira annual de S. João; podendo ser admittidos a elle os gados de
quaesquer raças e procedências, uma vez que não tenham mais de oito annbs de id£$©,-; •
Art. 3.° Os premios serão adjudicados por um jury composto do governador civil do
41 de abril 1865 161

districto, que servirá de presidente; do presidente da camara municipal; do veterinario do


districto, intendente de pecuaria, que servirá de secretario; e de quatro proprietários ou
negociantes de gados, nomeados dois pelo governador civil e dois pelo presidente da ca-
mara.
Art. 4.° Os premios serão adjudicados, por sua ordem, ás juntas de bois mais gordos
que se apresentarem; entendendo-se por mais gordos os que tiverem maior peso; sendo
esta circumstancia determinada pela balança, no caso de contestação.
Art. 5.° O concurso será annunciado por editaes, assignados pelo governador civil,
com antecipação de vinte dias, pelo menos.
Art. 6.° Compete ao governador civil, ao presidente da camara, e ao veterinario, in-
tendente de pecuaria, a designação do local e hora em que se deve fazer a exposição dos
gados, ficando o mesmo veterinario encarregado de indicar o modo como devem ser ex-
postos os gados, e de regular o processo do concurso.
Art. 7.° A camara municipal fornecerá um livro, no quai se devem lançar as actas do
concurso annual de que se trata.
Art. 8.° Terminado o concurso, o veterinario do districto enviará ao governo um re-
latorio acompanhado da acta, a que se refere o artigo antecedente, narrando todas as cir-
cumstancias do concurso, e os resultados da sua instituição.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço da Ajuda, em 17 de maio de 1 8 6 5 . =
REI. = Carlos Bento da Silva. D . d e L . n.° 1 U ) de 20 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Tendo-se suscitado duvidas sobre a intelligencia que deva dar-se ás prescripções con-
tidas na portaria do ministerio da guerra, com data de 13 de março de 1863, publicada
na ordem do exercito n.° 13 do mesmo anno:
Considerando que em todos os povos cultos existem restricções ao pleno direito de
propriedade nos terrenos adjacentes ás praças de guerra, até uma certa distancia, a fim de
impedir que o inimigo se possa d'ellas approximar, a coberto do fogo das suas baterias, e
que os pontos fortificados diminuam da sua importancia, com immediato detrimento da
defeea do estado;
Considerando que pelo artigo 65.° das ordenanças militares de 20 de fevereiro de 1708,
excitado pela resolução de 4 de julho de 1754, foi geralmente prohibido lavrar, semear ou
plantar sob as muralhas dos corpos das praças, assim como fóra d'ellas, ou nas contra-
escarpas ou fossos, sendo somente permittido faze-lo na distancia de 15 braças, 32 m ,970,
fóra da estrada coberta, e nada menos;
Considerando que esta prohibição foi ulteriormente ampliada pelo artigo 22.°, titulo 2.°
do regulamento provisional do real corpo de engenheiros de 12 de fevereiro de 1812, á
edificação de casas, levantamento de muros, vallados, valias, caminhos cobertos e quaes-
quer outras construcções similhantes, dentro da demarcação de 600 braças, 1:318™,800,
em roda da explanada das praças de guerra ou fortalezas;
Considerando que o mesmo regulamento prescreve, que os proprietarios não levan-
tem edificação alguma na referida area, sem previamente requererem licença pelo minis-
terio da guerra, sob pena de serem obrigados a demolir á sua custa a obra emprehendida;
Considerando que se deve ter em vista, que é menos oneroso para os proprietários o
effeito da prohibição de edificarem nos terrenos adjacentes ás praças de guerra, do que o
uso do •direito que o estado tem de mandar demolir por contrariar o systema de defeza das
mesmas praças;
Tendo sido ouvidos o conselheiro procurador geral da corôa e o conselheiro ajudante
adjunto ao ministerio da guerra: hei por bem, conformando-me com a consulta da secção
administrativa do conselho d'estado, com data de 21 de março ultimo ordenar o seguinte:
1.° Que se dê inteira observancia ao regulamento de 12 de fevereiro de 1812, na
.psarte que determina a distancia em que se podem fazer construcções junto das praças de
guerra, fortalezas e pontos fortificados.
2.° Que a portaria do ministerio da guerra de 13 de março de 1863 seja promptamente
executada em todos os casos que de futuro occorrerem, de infracção das disposições ci-
tadas.
162 1865 í) de junho.

3.° Que quanto ás pretéritas construcções se prohiba o seu augmento, podendo ellas
porém continuar no statu quo até ulterior resolução.
4.° Que os generaes commandantes das divisões militares, os governador das praças
de guerra, das fortalezas e dos pontos fortificados llquem responsáveis por qualquer in-
fracção, quando lhe não façam de prompto opposição legal.
5.° Finalmente que se ultime sem demora a lombação dos terrenos e edificios adja-
centes ás praças e fortalezas, nos termos do que foi ordenado ao commandante geral de
engenheria, em officio do ministerio da guerra, datado de 14 de maio de 1862; exigindo-
se pelos meios legaes das pessoas que se acharem de posse de similhantes bens, situados
a distancia de 600 braças, l:318' u ,800, em roda da explanada das mesmas praças e for-
talezas, os titulos da sua propriedade.
O presidente do conselho de ministros, ministro o secretario d 5 estado dos negocios da
guerra, encarregado interinamente dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido e
faça executar.
Paço, em 17 de maio de = Marquez de Sá da Bandeira.
Ord. da esc. 11." 23, ilc 31 ilu maio, o D. iloL. n.° 123, do 3 de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAI, DE INSTRUCÇÃO Hl.IC.l
3. 1 REPARTIÇÃO

Tendo-se duvidado se os alumnos que frequentaram nos lyceus nacionaes, na classe


de voluntários, uma disciplina, e estudaram particularmente outra disciplina pertencente
ao mesmo anno daquella, são obrigados ao pagamento de uma só ou ao de duas matri-
culas; Sua Magestade El-Rei, considerando que, segundo o artigo 55.° § 4.° do regula-
mento dos lyceus, as matriculas dos alumnos externos são as mesmas dos voluntários,
d'onde se segue que as d'estes não podem importar em mais que as d'aquelles, como vi-
ria a acontecer se o alumno que reúne as duas qualidades fosse obrigado ao pagamento das
duas propinas: ha por bem mandar declarar que o pagamento de matricula, effectuado
pelo alumno como externo lhe aproveita para a disciplina que frequentar como voluntá-
rio, uma vez que as disciplinas pertençam ao mesmo anno do curso e á mesma epocha ; de
exames, nos termos do artigo 34.° § 3.° do regulamento de 9 de setembro de 1863.
Paço, em 17 de maio de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.
D. de L. n.° 136, de 19 dc junho.

MINISTÉRIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECRETARIA DOESTADO
4." REPARTIÇÃO

Dom Luiz, por graça de Deus, Ilei de Portugal e dos Algarves, -etc. Fazemos saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretarame nós queremos alei seguinte:
Artigo 1.° É o governo auctorisado a proceder á cobrança dos impostos e mais rendi-
mentos publicos, relativos ao anno economico de 1865-1866, e applicar o seu producto
ás despezas do estado correspondentes ao mesmo anno, segundo o disposto nas cartas'de
lei de 25 de junho de 1864 e mais disposições legislativas em vigor, salvas as alterações
estabelecidas n'esta loi. • "
Art. 2.° Os subsidios e vencimentos dos empregados cio estado, dos estabelecimentos
pios e os das classes inactivas de consideração, a que se refere o artigo 3.° da c a r t a d e
lei de 2 5 de junho de 1864, relativos ao anno economico de 1865^1866, serão págos sem
deducção alguma.
Art. 3.° Os vencimentos das classes inactivas de não consideração, no continente do
reino e ilhas adjacentes, serão pagos com o augmento de 25 por cento: do valor nominal
dos respectivos titulos. O
J í.° Os vencimentos do monte pio militar, do exercito e da armada,'até 100$000réis;
serão pagos integralmente. .•.•: •••(
15 de maio 1865 163

1 2 . ° No augmento de 25 por cento acima mencionado comprehendem-se os decreta-


dos por leis de 19 de agosto de 1861, 4 de abril e 15 de julho de 1863 e 25 de junho de
1864.
Art. 4.° A auctorisação concedida no artigo 1 d ' e s t a lei durará até que pelas côrtes
sejam votadas as leis de receita e despeza para o referido anno economico.
Art. 5.° Fica o governo auctorisado a despender até 100:000^000 réis para pagar
parte dos mezes em atrazo dos vencimentos aos empregados da provincia de Angola.
Art. 6.° Fica o governo tambem auctorisado a continuar os subsidios indispensaveis ás
provincias ultramarinas de Timor, Moçambique e Angola, já votados nos annos anteriores.
Art. 7.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandamos portanto a todas as auctoridades a quem o conhecimento e execução da re-
ferida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira^-,
mente como n'ella se contém.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda* a faça
imprimir, publicar e correr. Dada no paço da Ajuda, aos 1 8 de maio de 1 8 6 5 . = E L - R E I ,
com rubrica e guarda. — Conde d'Ávila. = (Logar do sêllo grande das armas reaes). ...
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
de 13 do corrente mez, que auctorisa o governo a proceder á cobrança dos impostos e mais
rendimentos publicos relativos ao anno economico de 1865-1866 e applicar o seu producto
ás despezas do estado correspondentes ao mesmo anno, até que, pelo corpo legislativo,
sejam votadas as leis de receita e despeza para o referido anno economico; manda cum-
prir e guardar o mesmo decreto como n'elle se contém, pela fórma retrò declarada.—Para
Vossa Magestade v e r . = P e d r o Affonso de Figueiredo a fez. D. de L. n.° m, de 20 de maio.

Dom Luiz, por graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos:saber a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1 É concedida á irmandade de Nossa Senhora do Carmo, da cidade de Braga,
a propriedade da igreja da mesma invocação com suas pertenças, que provisoriamente lhe
fôra concedida pela portaria de 17 de setembro de 1835, e bem assim os corredores'infe-
rior e superior do extincto convento dos religiosos carmelitas descalços, que dão servenr
tia para a sacristia, côro, tribuna e torre, e a parte do primeiro andar que corre do nas T
cente ao poente.
Art.:2.° Á irmandade incumbe:
1.° Entregar ao hospital militar os aposentos que com o mesmo partem pelo poente,
e têem actualmente serventia pelo corredor superior que corre do norte a sul;
2.° Tapar á sua custa todas as portas e arcos que communicam o referido corredor
com aquelles aposentos e o resto do edificio occupado pelo hospital militar.
Art. 3.° Esta concessão ficará sem effeito, se a igreja ou suas pertenças, ou a parte
doada do convento, deixarem de ser empregadas no culto e serviço divino, ou a irman-
dade não der cumprimento dentro de um anno ao disposto no artigo 2.°
Art. 4.° Fica revogada toda a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como n'ella se contém.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, a f a ç a
imprimir, publicar e correr. Dada no paço da Ajuda, aos 18 de maio de 1865,=EL-RÉI,
com^ubrica e guarda. — Conde d'Avila.=(Logar do sêllo grande das armas reaes).
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
de 12 do corrente mez, que concede á irmandade de Nossa Senhora do Carmo, da cidade
deBragã, a propriedade da igreja da mesma invocação; manda cumprir e guardar o refe-
rido decreto como n'elle se contêm, pela fórma retrò declarada.—Para Vossa Magestade
vèr, =j= Pedro Affonso de Figueiredo a fez. D.deL. n .»m, deaódemaio.
m 1865 18 dis èafó

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


REPARTIÇÃO CENTRAL
2.» SECÇÃO

Dofn Luiz, pór graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a
todos ós ttbksos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte í
' Artigo 1.° OS officiaes combatentes e não combatentes do exercito, em serviço activo
dO ministerio dà guerra, vencerão os seus soldos pela tabella junta, que faz parte d'esta
lei, segundo os postos ou honras correspondentes que tiverem. .
§ unico1. Os oapitães e officiaes não combatentes com as respectivas honras, depois
dfe dèz annos de Serviço effectivo, na posto de capitão os primeiros, e no de categoria
correspondente os segundos, perceberão mais a quinta parte dos seus soldos, conforme a
referida tabella.
•'> ; ' Aítl 2.° Oâ officiaes de veteranos, reformados e outros sem accesso de postos conti-
nuarão a vencer os seus soldos pela tarifa de 13 de setembro de 1814, pelo modo estabe-
lecido-na èarta de lei de 22 de fevereiro de 1861.
Art: 3.° Os alferes graduados e os alferes alumnos terão o vencimento de 600 réis
diarios.
!
Mt,;-4v° Os officiaes combatentes e não combatentes das classes activas e não activãs
dO^xefaifò-Èontterarão a perceber os seus soldos pela dita tabella, ou pela tarifa de 1814,
c(Wifcrme ; pertencerem áquellas ou a estas classes, quando se acharem: i
l i " Na frequencia dos cursos de estudos de instrucção superior;
2.° Doentes no seu quartel;
3.° Com licença da junta militar de saude.
Art. 5.° Os officiaes das classes activas do exercito receberão os seus soldos pela ta-
fifà # 13 dè setembro de 1814, quando estiverem:
1." Em disponibilidade : . :
Em inactividade temporaria;
' S ^ Pfôsos para conselho de guerra.
Art. 6.° Os officiaes das classes inactivas do exercito, quando estiverem presos para
conseltio dè guerra, continuarão a vencer os soldos que lhes pertencerem, na conformi-
dadfe db ártigo ^. 0 , até final julgamento.
Art. 7.° Os officiaes do exercito, tanto das classes activas como das não activas, per-
ceberão metade dos respectivos- soldos designados na mencionada tabella e na tarifa de
1814;, conforitfe te classes a que pertencerem, quando estiverem:
1.° Presós'em cumprimento de sentença do conselho de guerra;
1
i Gom-íidetiça règistada> que não exceda a seis mezes em cada anno. ;
i unico. Qhaftdo a licença registada exceder no mesmo anno o praso acima designado,
õ'official não terá vencimento algum.
•i' v -íkm 8;10 O abono dos soldos designadas na tabella que faz parte da presente lei co-
meçará a effectuar-se desde 1 de julho de 1865, data em que cessará o abono das gratifi-
cações alimentícias de que tratam as cartas de lei de 1 de julho de 1862 e 27 de abril de
IS864.
• : Art. Os soldos que actualmente vencem os brigadeiros serão alterados na propor-
ção indicada, e que serve de regra para o augmento do soldo proposto.
• -Art. íO.° Pela mesma fórma serão regulados com o augmento respectivo os soldos'dos
offiéiaès da ígiíárda municipal de Lisboa e Porto e o dos almoxarifes de artilheria, v
Art, 4 t.° As:disposições da presente lei são applicaveis a todos os officiaes de qtie se
compõe âforça militar de primeira linha das provincias ultramarinas de Africa, I g n o r e
Matiau.:*• i '
• »i Art., tfâcft iggo igualmente applicaveis as disposições d'esta lei aos officiaes combatentes
e:ii3oi<Mstàljatefites da armada. • >
Art. 13.° Igualmente é applicavel aos empregados'civis com graduação militãt do mi-
nisterio da guerra o que se dispõe no artigo 1.° d'esta léi.
Art. 14.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
n'ella se contêm.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da guerra e da marinha e ultramar
15 de maio 1865 165

do reino, e da fazenda, a façam imprimir, publicar ,e correr. Dada no paço. da Ajuda, aos
1 8 de maio de 1 8 6 5 . = E L - R E I , com rubrica e guarda. — Marquez de Sá da Bandeira—
Julio Gomes da Silva Sanches= Conde d'Avila.=(Logar do sêllo grande das armas reaes).
Cãrtã dê lei pelã íjUãl Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes-ge*
raes de 13 de corrente mez de maio, que augmenta os soldos, conforme a tabella junta,
aos officiaes do exercito em serviço activo do ministerio da guerra; aos officiaes da guarda
municipal de Lisboa e Porto; aos officiaes da força militar de primeira linha das provincias
ultramarinas de Africa, Timor e Macau; aos officiaes da armada; e aos empregados civis
com graduação militar do ministerio da g u e r r a ; manda cumprir e guardar o mesmo de-
creto,,;como n'elle se contém, pela fórma acima declarada. — P a r a Vossa Magestade yer.==
João Mário Piolti a fez. ; .• . .

Tabella dos soldos mensaes que competem aos officiaes das classes activas do exercito, em serviço
no ministerio da gúerrá, de que trata a carta de lei d'esta data
Marechal do exercito -i... .»i, • 2OQ0QQÒ
General do divisão 1440000
General de brigada ; . . '900000
Brigadeiro . ! .^20000
Coronel . ^ . 650000
Tenente coronel ..-.-. . . . - . . . . - ; . . . . . . . . . ; ; . ,•»-» .«r,-,-,—3S0QOO
Major v 540000
Capitão 3Õ0QOO
Tenente ou primeiro tenente 2é0ÔOÒ
Alferes ou segundo tenente 250000
Almoxarifes 180800
Paço da Ajuda, aòs Í 8 de maio de 1865.==Marquet de Sá dá Bandeira=Julio Go-
mes da Silva Sanches= Conde d'Avila. D. de l. n.° ut, de 20 de maio.

b o m Luiz, por gWça de Deús, Rei de Portugal e dós Algarves, etc. Fazemos sábef á
todos Í D S ; n o s s o s subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós quererilôs a léi seguinte;
ArtièP l . 6 O pret diario dos officiaes infériores, pertencentes aos còrpos dás difteren-
tes armas do exercito, e mais praças designadas na tabella junta, que faz parte d'estâ léi,
será regulado na conformidade da mesma tabella.
Art. 2.° O governo poderá despetider no actual anno economico até à quantia d£ réis
8:ÓÕÒ0OOÓ, para ser ápplicada ao melhoramento- do rancho das práçâs dè p í é t do exér-
cito.
Art. 3.° Nó orçamento da despeza do estãdó será consignada annualmente a (jWâtotia
dp 32:0000000 réis, para ser applicada ao melhoramento do rancho flSs píaÇâs dè ftfet
ãó,exército. , . .
Art. 4.° Fica revõgáda a legislação ém contrario. 'VtS '
Máridâmos portanto a todas as auctoridades, á quem o conhecimetttÓefebíEícuçãô dã
referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar, tão inteiramente como
n'ella se contém.
. Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da guerra e da fazenda a façam im-
pHmír, publicar e correr. Dada no paço da Ajuda, aos 18 de maio de 1865;—EL 7 REIJ;com
rubrica e guarda. = Marquez de Sá da Bandeira — Conde d'Avila. = (Logar do sêllo
gr'ande das armas reaes). . ,.., ; ...
-Carta dè Tèi, péla ; qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto,'das .côrtes
rãéS dè 1 3 dó corrente mez, que augmenta, em •conformidade. : da tabella-jipfah.o
ifò 'dós 'offiÈÍaes inferiores e mais praças: dos'corpos rdas differentes a i t ^ s , ^ ? ^ ^ , ; » ^
á è m 'ògovèlrnô despebdér no actualvahnò economico até,ô quantia jd&^íj^G^SyQp,
jráfãffielftòramentoidò ràochq das'.praças de pret do. exencitò, e sendo . c ^ p d g ç ^ j g n f l ^ -
mentè -pâía ! esté mesmo fim no'orçamento ; da despeza do estado a
M s ! ; ' m á n ® cumprir ^ ' g u a r d a r o mesmo decreto !comon'elle se comtém, p^iufóVffl^wima
$eélaràda, : —Pára Vossa Magestade ver<:^<Antomd Joaquim de .
Í6ê 1865 18 de maio

Tabella do pret diario que compete aos officiaes inferiores e inais praças, a <jue se refere
a carta de lei d'csta data
Engenheria Artilheria Cavallaria Infanteria

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Sargento ajudante.. 385 435 385 435 385 435 385 435
Sargento quartel mestre 335 385 335 385 335 385 335 385
Primeiro sargento 295 345 253 285 245 265 235 255
Segundo sargento. 245 295 215 245 205 225 175 195
Furriel 233 275 195 225 185 215 155 175
Clarim m ó r . . 275 31o 275 315
Tambor ou corneteiro mór 165 185 165 185 155 175
Cabo de clarins 215 235 215 235
Cabo de tambores ou de corneteiros 145 155 145 155 135 155
Selleiro e correeiro 125 145 125 145
Coronheiro. 125 145 125 145 125 145
Espingardeiro.-; 125 145 125 145 125 145
Serralheiro e ferreiro 335 385 335 385
Carpinteiro de reparos 125 145

Paço da Ajuda, aos 18 de maio de 1865.— Marquez de Sá da Bandeira. = Conde


d'Avila. D. de L. n.° 114, d e 20 d e m a i o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

Havendo sido encerrada a sessão legislativa do corrente anno, sem que fosse convertida
em lei a proposta apresentada pelo meu governo á camara dos senhores deputados, em 28
de abril ultimo, para ser auctorisado a despender no actual anno economico até á quantia
de 4 : 0 0 0 ( 5 1 0 0 0 réis, alem dos 1 3 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis votados pela carta de lei de 2 5 de junho de
1864, com o serviço de policia preventiva no continente do reino; e não podendo deixar
de satisfazer-se as despezas impreteriveis d'esta natureza, a que tem de occorrer-se até ao
dia 30 do proximo mez de junho: hei por bem, ouvido o conselho de ministros, decretar
que no ministerio da fazenda seja aberto um credito extraordinario até á mencionada quan-
tia de 4 : 0 0 0 $ Ó 0 0 réis, para ser applicada ás indicadas despezas de policia preventiva no
sobredito anno economico, devendo o mesmo governo dar conta d'esta despeza ás côrtes
na sua proxima reunião.
Os ministros e secretarios doestado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 1 8 de maio de 1 8 6 5 . = R E I . = / M Í « ' O Go-
mes da Silva Sanches=Conde d'Avila. D . de l . n.° n s , de 22 de maio.

Havendo sido encerrada a sessão legislativa do corrente anno, sem que fosse convertida
em lei a proposta apresentada pelo meu governo á camara dos senhores deputados, em 28
de abril ultimo, para ser auctorisado a despender a quantia de 1:080$000 réis com a com-
pra de nove cavallos para a companhia de cavallaria da guarda municipal do Porto; e sendo
da maior urgencia a referida compra, sem a qual a mesma guarda não estará apta para
désemipenhar cabalmente o serviço que lhe incumbe fazer: hei por bem, ouvido o conse-
lho dè ministros, decretar que no ministerio da fazenda seja aberto um credito extraordi-
nario até á referida quantia de 1:080$000 réis, para ser applicada á mencionada compra ;
devendo'o mesmo governo dar conta doesta despeza ás côrtes na sua proxima reunião. :
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 18 de maio de 1 8 6 5 . = R E I . = Julio Go-
mes da Silva Sanches= Conde d? Avila. o. de l . „.<> 145, de 22 de maio.
2ft3
10 de juuho 1865

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Tendo sido approvadas pelas côrtes as propostas apresentadas pelo governo, para se
augmentar o pret dos officiaes inferiores e de outras praças dos corpos das differentes ar-
mas do exercito, e para se votar a quantia de 32:000^000 réis annuaes para auxilio dos
ranchos dos corpos, conforme as cartas de lei de 18 do corrente mez, sendo o fim d'estas
beneficas medidas melhorar a alimentação das praças de pret: manda El-Rei^ pela secre-
taria d'estado dos negocios da guerra, que se façam as seguintes alterações no regula-
mento para administração dos ranchos dos corpos do exercito, datado de 30 de janeiro de
1863, publicado na ordem do exercito n.° 6 do mesmo anno:
No titulo 1.° «do rancho dos soldados» o § 4.° (artigo 1.°) fica substituído pelo seguinte:
4.° Os fundos do rancho comprehendem: o desconto de 45 réis diarios feito no pret
de cada praça e mais o rendimento'de hortas ou terrenos que estiverem na posse de qual-
quer corpo e a quantia que o ministro da guerra mandar abonar para melhoramento do
rancho.
O auxilio para rancho dos corpos das guarnições de Lisboa, Porto e Elvas será de 10
réis diarios por praça.
O auxilio extraordinario para o rancho dos soldados não excederá a 10 réis diarios por
praça, contando-se para este fim o rendimento das hortas ou outros terrenos de que esti-
verem de posse os corpos.
No titulo 2.° «do rancho dos officiaes inferiores» o § 54.° (artigo8.°) será substituído
pelo seguinte:
54.° O desconto de 95 réis diarios feito no pret de cada official inferior, ou, de cada
praça de pret que tenha a consideração ou graduação de official inferior, formará o fundo
do rancho.
Paço, 19 de maio de 1 8 6 5 . = S á da Bandeira.
Ord. do ex. n.° de 20 e D. de L. n.° 148, de26 de maio.

ORDEM DO EXERCITO N.° 2 2


Secretaria (Testado dos negocios da guerra, 20 de maio de 1865
Publica-se ao exercito o seguinte:
Convindo colligir todas as informações precisas para conhecer qual é o estado da ad-
ministração dos ranchos nos corpos do exercito, a fim de se melhorar quanto possivel a
alimentação dos soldados, assumpto este que exige a maior solicitude da parte dos respe-
ctivos chefes e merece a mais especial attenção do governo: determina Sua Magestade El-
Rei que os commandantes dos corpos remetiam á 2. a direcção do ministerio da guerra,
nos dias 1 e 16 de cada mez, um mappa ou conta da receita e despeza do rancho-dos sol-
dados e outro da dos officiaes inferiores, relativa á quinzena antecedente, conforme o mo-
delo R da ordem do exercito n.° 6 de 1863, declarando os commandantes no fim dos refe-
ridos mappas o que se lhes offerecer, para que se possa resolver opportunamente o que
convenha para o fim que se tem em vista.

Os conselhos administrativos dos corfos de cavallaria e artilheria ficam dispensados


de comprar os cavallos para os officiaes dos respectivos corpos, passando este serviço para
as commissões de remonta, as quaes o deverão realisar á proporção que lhes forem for r
necidos os fundos precisos para o dito fim. , D. (i0 n.° ns, de 26 de maio.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 267

O conselho geral das alfandegas:


> Visto o recurso interposto pelo negociante José Ellerton ácerca do despacho de tres
42
168 1865 de m^io

fardos de cazimiras, marca P X n.° 750/52, contra-marca 316/65, apresentados na alfan-


dega de Lisboa;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra junto ao processo;
- •'• Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860; M
Considerando que o artigo 24.° dos preliminares da pauta geral das alfandegas esta?
belece : os direitos dos tecidos, em que entra seda na ordidura ou na trama;.
-Considerando' que o n.° 3.° do dito artigo determina o direito que devem pagar.06 te?
eidos, como aquelle a que se refere o recurso, em que o numero de fios.de seda é infe,-;
rior a metade do numero total dos fios da ordidura ou da trama; ;;
Resolve: • •
Artigo unico. Os tecidos apresentados a despacho na alfandega de Lisboa em ires far-
dos com a marca e contra-marca acima designadas, devem pagar os direitos determinados
pelo D'.' '3.° do artigo 24.° dos preliminares da pauta geral das alfandegas.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 22 de
ftiaió de 1865, estando presentes os vogaes — Conde d Avila—Fradesso da Silveira, re-
l a t o r = S m a s = Gonçalves—Abreu—Nazareih— Santos Monteiro—Costa<==Gouceiro.
D. de L. n.° 118, de 26 de máiò.

.FH}J»JÍ!-;NÍÍ>. RESOLUÇÃO N.° 2 6 8 '

O éonselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto pela companhia do fabrico de algodões de Xabregas, sobrç
a classificação de fazendas contidas no fardo marca F. A. X. n.° 300, vindo de Liverpool
no vapor inglez Braganza, e apresentado a despacho na alfandega de Lisboa;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vistas as amostras que acompanharam o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o tecido de que se trata não tem os caracteres das cassas, e d'ellas
se distingue pelo fio, e outras essenciaes circumstancias;
Considerandp que pelo exame directo do mesmo tecido, e pela comparação com ou-
tros, se reconhece que ella é uma das qualidades de algodão cru que frequentemente ap-
parecem no mercado;
!
Resolve:
1
Artig® unico. A fazenda de que trata este recurso está comprehendida no artigo 47.®
da pauta,5 sdjeita ao direito de 100 réis por kilogramma, como tecido de algodão de onze
fiés,!fàpado;'cru,' não especificado.
' ' Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 22 de
iaaiO'de 1 1865, : estando presentes os vogaes=Cowde d'Avila—Abreu, relator=? Simas^p
GonçalvesNazareth— Santos Monteiro=Costa—Couceiro—Fradesso da Silveira.
'• ' ~Uv D. de L. n.° 188, de 26 de maio.

RESOLUÇÃO N.° 2 6 9

O conselho geral das alfandegas:


1
Visto o recurso interposto pelo negociante Roberto Freire de Andrade, ácerca da clas-
sificação de um fardo marca F. A., n.° 35, contendo varetas de junco propostas ^.despa-
cho na alfandega de Lisboa;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que no indice da pauta geral das alfandegas, na designação de juncos,
sómente vem especificados os juncos, inteiros ou cortados, mas não os preparados;
Considerando que os juncos que fazem o objecto d'esta contestação não são simples-
mente cortados, mas sim preparados e faceados, que não podem ter outra applicação a não
ser para varetas de chapéus de sol ou de chuva, e que pelo preparo e banho tinturial que
receberam são uma perfeita imitação das varetas de barba de toaleia; - !
Considerando que no mesmo indice da pauta se faz menção expressa de varetas para
2ft3
10 de juuho 1865

umbellas e chapéus de sol ou chuva, sem attenção á materia de que são feitas, determi-
nando-se que sejam consideradas como peças separadas para armação de chapéus de sol;
Resolve:
Artigo unico. As varetas de junco de que trata este recurso foram bem classificadas
pela maioria dos verificadores da alfandega de Lisboa, e devem pagar o direito marcado
no artigo 172.° da pauta geral das alfandegas como peças separadas para armações de
chapéus de chuva ou de sol.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegassem se§s5o de 22 de
maio de 1865, estando presentes os vogaes—Conde d,Avila=Simas=Gançalvès'=Abreu
=Nazareth—Santos Monteiro=Costa=Couçeiro=Fradesso da Silveira, vencido.
D. de L. n.° 118, de 26 de maio.

; , ;. • MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA v

Convindo obviar quanto possivel que as praças do exercito em julgamento de conselho


de disciplina, por deserção ou incorrigibilidade, não tenham defensores que as auxiliem
na exposição dos factos e disposições benevolas das leis que possam protege-ías: maneia
Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da guerra, em harmonia com
a doutrina implicitamente comprehendida no § 3.° do artigo 12.° da carta de lei de.21 de
julho de 1856, e artigo 45.° do regulamento de 30 de setembro do mesmo anno, deter-;
minar que quando os defensores oficiosamente escolhidos pelos accusados se r e ç u ^ e w a
preencher a missão para que foram convidados, o commandante respectivo nomeie plficial-
mente um nos termos da lei, que será considerado desobediente ás ordens. dos.guperiorçs
se não cumprir o serviço que lhe foi indicado; e manda outrosim o mesmo augusto, senhqr
que os formularios publicados nas ordens do exercito n.° 29 de 1857 e n.° 35 de 185$ Se-
jam rectificados no sentido da doutrina exposta na parte em que tratam da nomeação idos
defensores dos réus e respectivo auto de comparência. .
Paço, em 22 de maio de 1 8 t i 5 . = S a da Bandeira. •,,, ;
Ord. doexere. n . ° 2 i de 5, e i . d e L . n . o ^ d e j f i d e j u f l l j p , . . , ,

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIUECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
4.« REPARTIÇÃO ' '
! . ' í....1.
Por decreto de 15 do corrente mez de maio foi creada uma cadeira de ensipo prjflyirjo
na.freguezia de Trouxemil, concelho e districto de Coimbra, com o subsjdio de çásá e
mobilia pela junta de parochia respectiva. " , ,
ISstg'f^deira não será provida sem que o governador civil do referido districto h a ^ ve-
rificado e informado qu§ o subsidio da junta de parochia está prompto e $atisfáz, na ppnT
formidade do disposto na circular de 22 de dezembro de 1859 (Diario dei Lisboa n.° 47). ;
D. de L. n.° 116, de 20 (le m a j p . . , .

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Constando a Sua Magestade El-Rei que a companhia do caminho dè ferro do sul e


sueste não tem dado cumprimento ás disposições da portaria de 19 de abril ultimo, que
approvou o novo horário para serviço daquella linha, a contar de 1 de maio .em diante:
manda o mesmo augusto senhor, pelo ministerio das obras publicas, commercio e indus-
tria, que o engenheiro chefe da 2." divisão fiscal de caminhos de ferro faça constar á mes-
ma companhia,'que deve dar execução á portaria de que se trata, por fórma que o segundo
comboio descendente da linha de Reja, não pare na Casa Branca, mas siga até ao Barreiro,
podendo para esse fim ser alterada, como for conveniente, a hora actualmente marcada
170 1865 í) de junho.

para a partida dos comboios; e ficando na intelligencia de que o horário assim modificado
ba de começar a vigorar de 1 de junho proximo futuro em diante.
Paço da Ajuda, em 23 de maio de 1 8 6 5 . = Carlos Bento da, S « 7 m . = P a r a o engenheiro
chefe da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro. D. do L. n.° m , do 2t de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2.» DIRECÇÃO
1.» R E P A R T I Ç Ã O

Tendo a junta de fazenda publica do estado da India concedido a varios individuos al-
guns terrenos incultos da provincia de Satary, do mesmo estado, por contrato de arren-
damento a longo praso, sem que a essas concessões precedesse a formalidade de hasta
publica;
Considerando que a provincia de Satary é de todas as do estado da India a que se acha
menos cultivada, sendo pela riqueza de seu solo susceptível de dar abundantes e ricos
productos;
Considerando o alcance que para a civilisação e prosperidade da dita provincia, e em
geral para a do estado da India, devem ter estas nascentes emprezas agricolas, e a conve-
niencia de prestar-lhes todo o possivel auxilio para que o bom resultado d'ellas sirva de
estimulo a novos emprehendedores;
Considerando que o systema de concessão de terrenos por meio de arrendamentos,
preferido pela referida junta da fazenda ao da venda ou emprazamento, não contraria a le-
gislação que, tendo por fito promover o aproveitamento dos terrenos baldios e incultos do
ultramar, os concede por venda ou emphyteuse; poisque a carta de lei de 21 de agosto
de 1856 e o decreto com força de lei de 4 de dezembro de 1861 não impediram os arren-
damentos a longo praso auctorisados pelo alvará de 3 de novembro de 1757; •
Considerando finalmente que efectuadas como se acham as concessões dos referidos
terrenos, e já despendidos na sua exploração consideráveis capitaes, é de instante neces-
sidade e conveniencia firmar a validade d'ellas, e promover assim o desenvolvimento de
taes emprezas, facilitando ao mesmo tempo a realisação de outras:
Hei por bem, usando da faculdade conferida pelo artigo 15.° § 1.° do acto addicional
à carta constitucional da monarchia, depois de ouvir o conselho ultramarino e o de minis-
tros, decretar o seguinte:
Artigo 1.° São approvados os arrendamentos de terrenos na provincia de Satary, do
estado da India, feitos pela junta da fazenda publica do mesmo estado a varios individuos,
desde o anno de 1862 até agora, ficando restrictas essas concessões aos terrenos que de-
vidamente se demarcarem.
§ unico. O governo fará concluir com a maior brevidade possivel a demarcação admi-
nistrativa dos terrenos arrendados.
Art. 2.° São applicaveis ao estado da India, para os casos de venda ou aforamento, as
disposições do decreto com força de lei de 4 de dezembro de 1861, menos quanto á im-
portancia do fòro, a qual será fixada pela respectiva junta da fazenda, segundo a naturèza
dos terrenos.
§ unico. O disposto n'este artigo è igualmente applicavel aos casos de arrendamento.
Art. 3.° Fica, para o especial effeito referido no artigo 1.°, revogada a legislação em
contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 23 de maio de 1865.=BEI.—Marquez.de Sá da Bandeira.
. D. de L. n.» íab, dc 3 doi junho.

'f|! . !
2ft3
10 de juuho 1865

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIUECÇÃO G E R A L D A S OBRAS P U B L I C A S E MINAS
R E P A R T I Ç Ã O D E MINAS

Devendo proceder-se ao plano geral dos melhoramentos da capital, em conformidade


com o artigo 34.° do decreto de 31 de dezembro de 1864: ha por bem Sua Magestade El-
Rei nomear uma commissão composta do engenheiro chefe de l . a classe Joaquim Julio
Pereira de Carvalho, do architecto de l . a classe Joaquim Possidonio Narcizo da Silva, do
engenheiro proposto pela camara municipal Pedro José Pézerat, do vogal do conselho de
saude publica do reino, indicado pelo mesmo conselho, o dr. Guilherme da Silva Abran-
ches, para elaborar os projectos que forem precisos para execução do dito plano, tendo
em vista o disposto no artigo 35.° e | | subsequentes do citado decreto; devendo a com-
missão requisitar para este fim os empregados technicos de que carecer, e enviar a este
ministerio, para os offeitos necessarios, o referido plano geral, que dá por muito recom-
mendado.
O que se communica, pela secretaria d'eslado dos negocios das obras publicas, com-
mercio e industria, ao engenheiro chefe de l . a classe Joaquim Julio Pereira de Carvalho*
para sua intelligencia e devidos effeitos.
Paço, em 24 de maio de \8Ç>i). = Carlos Bento da Silva.=Para o engenheiro chefe
de 1 classe Joaquim Julio Pereira de Carvalho (1). ». (iei,.n.Mis.de 26de maio.

R E P A R T I Ç Ã O D E AGRICULTURA

Sendo da mais reconhecida conveniencia promover o melhoramento da industria pe-


cuaria, mormente na parte que respeita á producção e creação do gado bovino, não só por
ser este o que mais se accommoda ás naturaes condições do paiz, mas ainda porque, con-
correndo poderosamente para o desenvolvimento da riqueza rural, se destina por fim á sa-
tisfação das necessidades da alimentação publica;
Considerando que as raças bovinas de Barroso e de Miranda se distinguem entre as
demais, pelas suas vantajosas aptidões, esta para o trabalho e aquella para a engorda;
Considerando que o aperfeiçoamento das raças, sendo uma condição essencial do maior
préstimo e valor dos gados, não se obtém s e m a intervenção dos mais apurados e castiços
reproductores;
Considerando que a instituição de concursos, com adjudicação de premios, excitando,
a rivalidade dos productores e creadores, é incontestavelmente o mais efficaz instrumento
do progresso pecuário;
Considerando finalmente que a insignificante importancia das despezas que exigem es-
tes certames ruraes se reproduz nos mais fecundos resultados, tanto para o thesouro pu-
blico que a adianta, como para os particulares, pelos quaes ella se distribue; por todas
estas ponderações:
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° São creados pelo presente decreto concursos annuaes de gado bovino,
para as raças puras de Barroso e Miranda, aos quaes somente serão admittidos:
1.° Os touros que já houverem padreado e que não excederem a idade de seis annos;
2.° As vaccas fecundas que não tiverem mais de oito annos.
Art. 2.° Nos concursos será distribuída, em premios, a quantia de 460$000 réis, de-
duzida da verba consignada no capitulo 8.° do orçamento do ministerio das obras publi-
cas, commercio e induslria para exposições agricolas.
Art. 3.° Ao concurso dos louros seguir-se-ha o concurso das vaccas, ao qual somente
serão admittidas as que houverem sido cobertas pelos touros premiados.
Art. 4.° Dos premios ganhos pelos touros deduzir-se-ha uma parte, qifè será applicada
em beneficio da instituição dos touros communs; e a outra parte será destinada aos p r e -
mios das vaccas, na conformidade da seguinte tabella, pela qual se regulará a distribui-
ção dos mesmos premios, tanto para a raça barrosã, como para a mirandeza.

(1) Identicas para o architecto de 1." classe Joaquim Possidonio Narcizo da Silva, o engenheiro Pe-
dro José Pezarat, o vogal do conselho de saude publica do reino, o dr. Guilherme da Silva Abranches.
43
472' 1865 24 de maio
Tabella dos premios
Premios dos t o u r o s Deducções Premios das vaccas

II. 0 30j>00Q réis


dOjSOOO 'réis , 30J5000 réis. Í2 0 20$000 »
100000 >.
í 1.0 260000 » •
£•—80*000' » 25$000 » 12 0 ÍÍUOOO »
(3.° 9^000 »
n.° 20$000 »
3 60#000 » 20jà000 » . . jã.° . 14#000 ,»..
(3.0 ti£000 »

. Art. Quando os touros não forem communs, e pertencerem a particulares, os do-


nos dos touros terão direito aos premios por inteiro, uma vez que possuam mais.de vinte
vaccas de creação.
§ unicoi Quando os touros de particulares se empregarem na cobrição das vaccas
de outros possuidores os donos dos mesmos touros somente terão direito ás deducções
mencionadas na tabella do artigo antecedente.
Art. 6-.S Compete aos governadores civis de Villa Real e Bragança, ouvidas as respe-
ctivas camaras municipaes e os intendentes de pecuaria, designar annualmente o dia e as
localidades onde se deve proceder ao concurso dos touros.
| unico. Nunca se procederá duas vezes successivas ao concurso dos louros na mesma
localidade.
Art. 7.° O concurso das vaccas realisar-se-ha em seguida ao concurso dos touros, me-
diando nunca menos de oito dias, e sempre nas localidades que os administradores dos
touros premiados indicarem, competindo ás respectivas camaras designar o dia em que se
devam effectuar os mesmos concursos e tomar as demais providencias que para esse fim
forem necessarias.
Art. 8.° Os premios serão conferidos aos louros por um jury presidido pelo adminis-
trador do respectivo concelho e composto de tres vogaes nomeados pela camara municipal
e do intendente de pecuaria, que servirá de secretario.
| único. Quando por qualquer impedimento o intendente de pecuaria não podér com-
parecer, será nomeada pelo administrador do concelho pessoa competente, para servir de
secretario.
Art. 9.° Os premios destinados ao concurso das vaccas de creação serão conferidos
-por tom jury t e cinco individuos, composto de um vereador da respectiva camara muni-
cipal, por ella designado, de dois creadores, nomeados tambem pela mesma camara, do
regedor da parochia e de um secretario indicado pelo vereador presidente.
- Art: 10.° Não poderão fazer parte do jury a que alludem os artigos antecedentes as
pessoas que directamente forem interessadas na distribuição dos premios.
Art: H . ° Terminados os concursos, em livros, que para esse effeito as camaras.mu-
nicipaes devem fornecer, os respectivos secretarios lavrarão as competentes actas, nas
quaes se fará menção de todas as circumstancias que occorreram no processo dos concur-
sos; as quaes actas se enviarão por copia, pelos presidentes das camaras aos governado-
res civis e por estes ao ministerio das obras publicas, commercio e industria.
Art. 12.° Ê ás camaras municipaes dos concelhos em que os concursos so realisarem
que competem as diversas attribuições prescriptas n'este decreto, exceptuando a dispo-
sição do artigo 6.°, que se refere ás diversas camaras comprehendidas nas regiões de Bar-
roso e Miranda* onde se produzem e criam as raças de gado bovino, conhecidas por aquel-
las duas denominações.
Art-. 13.° Os governadores civis de Villa Real e Bragança, requisitando com a devida
antecipação as quantias destinadas aos premios, que serão distribuidos no acto dos> con-
fcurátisj providenciarão para que se dè inteiro cumprimento ás diversas disposições d'este
dectetoi - ,,i
!>'' : 'ArtM4. 6 Os intendentes de pecuria enviarão opportunamente ao governo um re-
latorio annual, com a descripção dos gados premiados, ponderando os,resultados da in-
stituição dos concursos de que se trata, sobre o melhoramento das raças que a elles são ad-
mittidas, e fazendo quaesquer observações tendentes ao aperfeiçoamento da mesma insti-
tuição. •
2ft3
10 de juuho 1865
O ministro e secretario (Testado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria o tenha assim entendido e faça executar. Paço da Ajuda, em 24 de maio de 1805.—
REI.=CARlos Bento da Silva. D.deL.n.»ii9, de27demiio.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS

RESOLUÇÃO N.° 2 7 0

O conselho geral das alfandegas;


Visto o recurso interposto pelos negociantes Viuva Macieira & Filhos, sobre a classi-
ficação de uns objectos em formato de livros contendo tres pequenas ardozias cada um,
com caixilhos de madeira, lápis e capa como a de livros;
Visto o auto da conferencia dos verificadores:
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860:
Considerando que estes objectos, sendo na apparencia livros, contém porém, em vez
de folhas de papel, collecções de tres pequenas ardozias para escripta, pelo qiítè não po&fetfi
ser classificados, nem como livros em branco, nem como carteiras pára algibeira, as quaes
o indice da pauta remette para quinquilherias:
Resolve:
Artigo unico. Os objectos de que trata este recurso estão comprehendidos no artigo 26.°
dos preliminares da pauta, sujeitos ao maior direito do correspondente á materia dte que
são compostos.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas em sessão de 24 de
maio de 1865, estando presentes os vogaes = Conde d'Avila = Abreu, relator = Simas
— Nazaré th — Santos Monteiro = Costa = Couceiro — Fradesso da Silveira.
D. de L. n.° 120, de 29 de maio.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA

DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS


REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS

Cumprindo dar execução ao que dispõe o artigo 50.° do decreto de 31 de dezembro de


1864, sobre a formação do plano dos melhoramentos da cidade do Porto: ha por bem Suà
Magestade El-Rei nomear uma commissão, composta do director das obras publicas d'a-
quelle districto, do engenheiro proposto pela camara municipal Gustavo Adolpho Gonçal-
ves e Sousa, e do delegado do conselho de saude publica do reino no mesmo districto, o
dr. João Vieira Pinto, para, nos termos do artigo 34.° do citado decreto, elaborar © dito
plano, devendo a commissão requisitar para este fim os empregados technicos qufe lhe
forem precisos, e remetter a este ministerio, para os mais effeitos, o referido plano, que
dá por muito recommendado.
O que se communica, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicos; ewft-
mercio e industria, ao director das obras publicas do districto do Porto, para sua intelli-
gencia e devidos effeitos.
Paço, em 26 de maio de 1865.= Carlos Bento da Silva — Para o director das-obras
publicas do districto do Porto.
Identicas para o engenheiro Gustavo Adolpho Gonçalves e Sousa, e delegado do con-
selho de saude publica do reino no districto do Porto, o dr. João Vieira Pinto.
D. do L. n.° 120," d e 20 de maio.

Tendo representado a camara municipal de Coimbra, em conformidade com o disposto*


no § 1.° do artigo 52.° do decreto de 31 de dezembro de 1864, que se mahdê procêdèr ãõ
plano dos melhoramentos daquella cidade: ha por bem Sua Magestade El-Rei nomear uma
commissão composta do director das-obras publicas do districto de Coimbra, do vogal pifõ^
posto pela dita camara, o eonductor da 4. a classe José Alves de Faria, e do déltígdtiò do
conselho de saude publica do reino no mesmo districto, o dr. .Tosé Simões dè Carvalho,
174 1865 í) de junho.

para, nos lermos tio artigo 34.° do ei lado decreto, elaborar o dito plano; devendo a com-
missão requisitar para este íim os empregados technicos que lhe forem precisos-e remet-
ter, como determina o § 2." do mencionado artigo, o referido plano, logoque o tenha con-
cluido, ao respectivo governador civil, com a memoria descriptiva delle, para os effeitos
necessarios.
O que se communica, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas, com-
mercio e industria, ao director das obras publicas do districto de Coimbra para seu conhe-
cimento e devidos effeitos. *
Paço, em 27 de maio de 1865.— Carlos Bento da Silva.— Para o director das obras
publicas do districto de Coimbra. (1) D. DEI., N.° 420, DE 20 DO MAIO.

111."10 sr.—Sirva-se v. s. a tomar conhecimento da portaria abaixo transcripta, sobre a


intelligencia de um artigo das clausulas e condições geraes de empreitadas:
«Manda Sua Magestade El-Rei, que o director geral interino clas obras publicas e mi-
nas faça saber aos directores de obras publicas nos districtos do reino, que as prescripções
a que se refere o artigo 23.° cias clausulas e condições geraes de empreitadas, de 8 de-
março de 1861, só dependerão de-resolução do governo, quando os adjudicatarios contra
ellas houverem reclamado.
«O que se communica ao director geral interino das obras publicas e minas, para sua
intelligencia e devidos effeitos. Paço, em 24 de maio de 1 8 6 5 . = Carlos Bento da Silva.
«Para o director geral interino das obras publicas e minas».
Deus guarde a v. s. a Direcção geral das obras publicas, em 27 de maio de 1865.—
Ill. mo sr. director das obras publicas do districlo de Aveiro— Caetano Alberto Maia. (2)
D. de L, n.° 120, de 29 de maio.

REPARTIÇÃO CENTRAL

Sendo presente a Sua Magestade El-Rei a parle das tarifas dos caminhos de ferro do
sul e sueste, comprehendendo os preços de transporte para os gados, bagagens dos pas-
sageiros e adubos agricolas, a cujas taxas se acha addicionado o imposto de transito, a que
se refere o artigo 34.° do contrato approvado pela caria de lei de 29 de maio de 1860, na
rasão de 5 por cento, conforme foi fixado pela caria de lei do 14 de julho de 1863; vistos
os artigos 3.° e 11.° do contrato approvado pela carta do lei do 23 de maio de 1864: ha
por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a informação do engenheiro chefe
da segunda divisão fiscal cle caminhos de ferro, approvar as referidas tarifas, que baixam
com esta portaria e d'ella fazem parte; e bem assim as observações e disposições que as
acompanham, as quaes tarifas ficam substituindo as de 4 de setembro de 1863, na parte
que não foi comprehendida na portaria de 8 de abril proximo passado (Diario de Lisboa
n.° 86).
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria,
ao mencionado engenheiro fiscal, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço da Ajuda, em 27 de maio de •1865. = Ca},?o.s Bento da S«7ra.=Para o enge-
nheiro chefe da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro.

í ~ ;(1) Identicas portarias se expediram ao dr. .Toso Simões de Carvalho e ao conductor José Alves dè
Faria.
(2).Identicas se expediram aos directores de obras publicas de todos os districtos do continente, dire-
ctor dàs obras da barra da Figueira, superintendente das obras para melhoramento do Tejo, intendente
interino das obras publicas do districto de Lisboa, e inspectores rias l. a , t.«, .l." o 4." divisõw.
15 de maio 1865 175

Tarifas a que se refere a portaria (Testa data


Barreiro

Cã -H
O
•S <3 a
Classes •cg «5 <D V tf
o
EH « otCHu H

A 120 6 130
B 60 3 60
C 30 2 30
D Lavradio
20 1 20
A 120 6 130 120 6 130
B 60 3 60 60 3 60
C 30 2 30 30 2 30 Alhos Vedros
D 20 1 20 20 1 20
A 192 10 200 144 7 150 120 6 130
B 96 5 100 72 4 80 60 3 60
€ 48 2 50 36 2 40 30 2 30
20 1 20 Moita
D 32 2 30 24 1 30 A Por cada cavallo, boi, vacca, muar, etc.
A 360 18 380 336 17 350 264 13 280 192 10 200 B Por cada jumento, vitello, etc.
B. 180 9 190 168 8 180 132 7 140 96 5 100
100 84 4 90 66 3 70 48 2 50 C Por cada porco.
C. 90 5 Pinhal Novo
D 60 3 60 56 3 60 44 2 50 32 2 30 D Por cada ovelha, carneiro, cabra, cão, etc.
A 552 28 580 504 25 530 432 22 450 360 18 380 129 10 200
B 276 14 290 252 13 270 216 11 230 180 9 190 96 5 100
C. 138 7 150 126 6 130 108 5 110 90 5 100 48 2 50
5 100 84 4 90 72 4 80 60 3 60 32 2 30 Palmella
D. 92 Alem dos preços marcados n'esta tabella, pagar-se-ha:
A 672 34 710, 648 32 680 576 29 610 504 25 530 312 16 330 144 7 150
B 336 17 350 324 16 340 288 14 300 252 13 270 156 8 160 72 4 80 Pela carga e descarga de cada cabeça de gado grosso 100 réis
-
C 168 8 180 162 8 170 144 7 150 126 6 130 78 4 80 36 2 40 1
96 100 90 52 3 60 Setubal * » » vitella ou jumento 50 »
D 112 6 120 108 5 110 5 84 4 24 1 30
580 360 18 380 " » » porco, carneiro, cão, etc 20 »
A 720 36 760 672 34 710 600 30 630 552 28 552 28 580 672 34 710
6 360 18 380 336 17 350 300 15 320 276 14 290 180 9 190 276 14 290 336 17 350 » » » cordeiro ou cabrito 20 »
C 180 9 190 168 8 180 150 7 160 138 7 150 90 5 100 138 7 150 168 8 180

1
D 120 • 6 130 112 6 120 100 5 110 92 5 100 60 3 60 92 5 100 112 6 120 Poeeirão
480 »
A 1*008 50 1*060 960 48 1*010 888 44 930 816 41 860 648 32 680 816 41 860 960 48 1*010 288 14 300
324 480 »
B 504 25 530 480 24 500 444 22 470 408 20 430 16 340 408 20 430 480 24 500 144 7 150
C 252 13 270 240 12 250 222 11 230 204 10 210 162 8 170 204 10 210 240 12 250 72 . 4 80 300 »
D 168 8 180 160 8 170 148 7 160 136 7 140 108 5 110 136 7 140 160 8 170 48 2 50 Pegões
Pelo registo de g u i a . : . 480
20 »a
A 1*368 68 1*440 1*320 66 1*390 1*248 62 1*310 1*176 59 1*240 1*008 50 1*060 1*176 59 1*240 1*320 66 1*390 648 32 680 384 19 400
B 684 34 720 660 33 690 624 31 660 588 29 620 504 25 530 588 29 620 660 33 690 324 16 340 192 10 200
C 342 17 360 330 17 350 312 16 330 294 15 310 252 13 270 294 15 310 330 17 350 162 8 170 96 5. 100
D 228 11 240 220 11 230 208 10 220 196 10 210 168 8 180 196 10 210 220 11 230 108 5 110 64 3 70 Vendas Novas

A 1,2800 90 1*890 13752 88 1*840 1*680 84 1*760 1*632 82 1*710 1*440 72 1*510 1*632 82 1*710 1*752 88 1*840 1*080 54 1*130 816 41 860 456 23 480
B 900 45 950 876 44 920 840 42 880 816 41 860 720 36 760 816 41 860 876 44 920 540 27 570 408 20 430 228 11 240
C 450 23 470 438 22 460 420 21 440 408 20 430 360 18 380 408 20 430 438 22 460 270 14 280 204 10 210 114 6 120
D 300 15 320 292 15 310 280 14 290 272 14 290 240 12 250 272 14 290 292 15 310 180 9 190 136 7 140 4 80 Montemór
76
A 2 £100 108 2,3270 2*112 106 2*220 2*040 102 2*140 1*992 100 2*090 1*800 90 1*890 1*992 100 2*090 2*112 106 2*220 1*440 72 1*510 1*176 59 1*240 816 41 860 360 18 380
B ljiOSO 54 1*130 1*056 53 1*110 1*020 51 1*070 996 50 1*050 900 45 950 996 50 1*050 1*056 53 1*110 720 36 760 588 29 620 408 20 430 180 9 190
C 540 27 570 528 26 550 510 26 540 498 25 520 450 23 470 498 25 520 528 26 550 360 18 380 294 15 310 204 10 210 90 5 100
D 360 18 380 352 18 370 340 17 360 332 17 350 300 15 320 332 17 350 352 18 370 240 12 250 196 10 210 7 3 Casa Branca
136 140 60 60
A 2*448 122 2*570 2*400 120 2*520 2*328 116 2*440 2*256 113 2*370 2*088 104 2*190 2*256 113 2*370 2*400 120 2*520 1*728 86 1*810 1*464 73 1*540 1*104 55 1*160 648 32 680 288 14 300
B 10224 61 1*290 1*200 00 1*260 1*164 58 1*220 1*128 56 1*180 1*044 52 1*100 1*128 56 1*180 1*200 60 1*260 864 43 910 732 37 770 552 28 580 324 16 340 - 144 7 150
G 612 31 640 600 30 630 582 29 610 564 28 590 522 26 550 564 28 590 600 30 630 432 22 450 366 18 380 276 14 290 162 8 170 72 4 80
D 408 20 430 400 20 420 388 19 410 376 19 400 348 17 370 376 19 400 400 20 420 288 14 300 244 12 260 184 9 190 108 5 110 48 2 50 Alcaçovas
A 2,3640 132 2*770 2*592 130 2*720 2*520 126 2*650 2*448 122 2*570 2*280 114 2*390 2*448 122 2*570 .2*592 130 2*720 1*920 96 2*020 1*632 82 1*710 1*272 64 1*340 840 42 880 480 24 500 192 10 200
B 1*320 66 1*390 1*296 05 1*360 1*260 63 1*320 • 1*224 61 1*290 1*140 57 1*200 1*224 61 1*290 1*296 65 1*360 960 48 1*010 816 41 860 636 32 670 420 21 440 240 12 250 96 5 100
o.> 690 648 680 630 32 660 612 31 640 570 29 600
G . 660 O (J 32 612 31 640 648 32 680 480 24 500 408 20 430 318 16 330 210 11 220 120 6 130 48 2 50
D 440 22 460 432 22 450 420 21 440 408 20 • 430 380 19 400 408 20 430 432 28 450 320 16 •340 272 14 290 212 11 220 140 7 150 80 4 80 32 2 Vianna
30
A 2*784. 139 2*920 2*700 138 2*900 2*088 134 2*820 2*616 131 2*750 2*424 121 2*550 2*616 131 2*750 2*760 138 2*900 2*088 104 2*190 1*800 90 1*890 1*440 72 1*510 1*008 50 1*060 648 32 680 912 46 960 1*104 55 1*160
B 1,3392 70 1*100 1 *380 09 1*450 1*344 07 1*410 1*308 65 1*370 1*212 61 1*270 1*308 65 1*370 1*380 69 1*450 1*044 52 1*100 900 45 950. 720 36 760 504 25 530 324 16 340 456 23 480 552 28 580
C 696 35 730 090 35 730 672 34 710 654 33 690 606 30 640 654 33 690 690 35 730 522 26 550 450 23 470 360 18 380 252 13 270 162 8 170 228 11 240 276 14 290
D 4G1 23 490 460 23 480 448 22 470 436 22 460 404 20 420 436 22 460 460 23 480 348 17 370 300 15 320 240 12 250 168 8 180 108 5 110 152 8 160 184 9 190 Evora
A .. MO 2*950 2.5 760 13S 2.-5 900 2*088 131 2*Sl'0 1(i 131 2*750 2*448 122 2*570 2*616 131 2*750 2*760 •138 2*900 2*088 104 2*190 1*800 90 1*890 1*440 72 1*5Í0 1*008 50 1*060 648 32 680 ~36Õ 18 380 168 8 180 11272 64 1*340
B .. 1,3104 70 1,3-170 1*380 09 1*450 1*344 07 1*410 1 *308 65 1*370 1*224 61 1*2110 1*308 65 1*370 1*380 69 1*450 1*044 52 1*100 900 45 950 720 36 760 504 25 530 324 16 340 180 9 190 84 4 90 636 32 670
C .. 702 35 710 690 35 730 (iTJ 34 710 654 33 690 612 31 •040 654 33 690 690 35 730 522 20 550 450 23 470 360 18 380 252 13 270 162 8 170 90 5 100 42 2 40 318 16 330
D .. 408 23 490 •too 23 •180 448 22 470 430 22 460 408 20 430 436 22 460 460 23 480 348 17 370 300 15 320 240 12 250 168 8 180 108 5 110 60 3 60 28 1 30 212 11 Villa Nova
220
A ... 3,3000 150 3*150 2*952 148 3*100 2*880 144 3*020 2*808 140 2*950 2*040 132 2*77(1 2*808 140 2*950 2*952 148 3*100 2*280 114 2*390 2*016 101 2*120 1*632 82 1*710 1*200 60 1*260 840 42 880 552 28 580 384 19 400 1*464 73 1*540 216 11 230
1,3500 75 1*580 1 *476 74 1 *550 1*440 72 1*510 1*104 70 1*470 1*320 66 1*390 1*404 70 1*470 1*476 74
B ...
702 35 600
1*550 1*140 57 1*200 1*008 50 1*060 816 41 S60 600 30 630 420 21 440 276 14 290 192 10 200 732 37 770 108 5 110
C ... 750 37 790 738 37 780 720 30 700 740 33 690 702 35 740 738 37 780 570 29 600 504 2b 530 408 20 430 300 15 320 210 11 220 138 7 150 96 5 100 366 18 380
468 23 440 54 3 60
D ... 500 25 530 492 25 520 480 24 500 490 22 400 468 23 490 492 25 520 380 19 400 336 17 350 272 14 290 200 10 210 140 7 150 92 5 100 64 0 244 Alvito
70 12 260 36 2 40
A 3.3288 104 3*450 33210 162 3,3400 3'* 108 158 3 3330 3*090 155 3*200 v*9L'8 146 3*070 3*096 155 3*250 3*240 162 3*400 2*568 128 2*700 2*304 115 2*420 1*944 97 2*040 1*488, 74 1*560 1*128 56 1*180 840 42 880 672 34 710 1^752 88 1*840 504 25
1 *700 1*584 79 1*660 1*548 77 1*030 1*404 73 1*540 1,3548 530 312 16 330
B 13014 82 1*730 1*620 81 77 1*630 1*020 81 1*700 1*284 64 1*350 1*152 58 1*210 972 49 1*020 744; 37 780 564 28 59.0 420 21 440 336 17 350 876 44 920 252 13
792 830 774 39 810 37 770 270 156 8 160
C 822 41 861) 810 41 850 40 732 774 39 810 810 41 850 642 32 670 576 29 610 486 24 510 372: 19 390 282 14 300 210 11 220 168 8 180 438 22 460 126 6 130 78 4 80
D 548 27 580 510 27 570 528 26 550 516 26 540 488 24 510 516 26 540 540 27 570 428 21 450 384 19 400 324 16 340 248 12 260 188 9 200 140 7 Cuba
150 112 6 120 292 15 310 84 4 90 52 3 60
A 3-3696 185 3*880 3*0-18 182 3*830 3*570 179 ' 3*700 3*504 175 3*080 3*'í30 167 3*500 3*504 175 3*680 3*048 182 3*830 2*976 149 3*130 2*088 134 2*820 2*328 116 2*440 1*896 95 1*990 1*536 77 1*610 1*248 62 1*310 1)3080 54 1*130 2*Í6Õ 108
91 1*920 1*788 89 1*880 13752 83 1*840 1*008 2*270 912 46 960 696 35 730 408 20 430
B 13848 92 1*940 1*824 83 1*750 1*752 88 1*840 1*824 91 1*920 1*488 74 1*560 1*344 67 1*410 1*164 58 1*220 948; 47 1*000 768 38 810 624 31 660 540 27 570 1*080 54 1*130 456 23 480 348
46 970 91.2 40 900 894 45 940 876 44 920 834 42 880 870 44 17 370 204 10 210
C 924 920 912 46 960 744 37 780 672 34 710 582 29 610 474 24 500 ' 384 19 400 312 16 330 270 14 280 540 27 570 228 11 240 174 9 Beja
616 31 650 008 30 040 590 30 630 584 29 010 550 28 580 584 29 180 102 5 110
D 610 608 30 640 490 25 520 ' 448 22 470 388 19 410 316 16 830 256 13 270 208 10 220 180 9 190 360 18 380 152 8 160 116 6 120 68 3 70
Barreiro
actual 1
Tarifa j

O
O| > o
O ír -
Ck
Lavradio
Estrumes
4,43 0,22 4,65
4,43 0,22 4,65 4,43 0,22 4,05 Allios Vedros A companhia encarrega-se de transportar estrumes, em porções que não sejam inferiores a 50 toneladas, de qualquer ponto da linha.
7,09 0,35 7,44 5,32 0,27 5,58 4,43, 0,22 4,65 Moita O preço por estes transportes de estrumes será de 16 réis por tonelada e por cada kilometro nos primeiros 15 kilometros de percurso ou
13,29 0,66 13,95 12,40 0,02 13,02 9,75 0,49 10,23 7,09 0,35 7,44 Pinhal Novo qualquer parte d'esta distancia, e 8 réis por tonelada e por cada kilometro por qualquer distancia até 40 kilometros alem dos primei-
ros 15.
20,38 1,02 21,40 18,01 0,9."» 19,54 15,95 0,80 16,75 13,29 0,66 13,95 7,09 0,35 7,44 Palmella
O expeditor deverá alem d'isso pagar 200 réis peia carga e descarga, seja qual for a distancia.
24,81 1,24 20,05 23,92 1,20 25,12 21,26 1,06 22,33 18,01 0,93 19,54 11,52 0,58 12,09 5,321 0,27 5,58 Setubal
26,58 1,33 27,91 24,81 1,24 20.05 22,15 1,11 23,26 20,38 1,02 21,40 13,29 0,66 13,95 20,38 1,02 21,40 24,81 1,24 26,05 Poeeirão
37,21 1,86 39,07 35,44 1,77 37,21 32,78 1,64 34,42 30,12 1,51 31,63 23,92 1,20 25,12 30,12 1,51 31,63 35,44 1,77 37,21 10,63 0,53 11,16 Pegões
50,50 2,53 53,03 48,73 2,44 51,17 46,07 2,30 48,38 43,41 2,17 45,58 37,21 1,86 39,07 43,41 2,17 45,58 48,73 2,44 51,17 23,92 1,20 '25,12 14,18 14,88 Vendas Novas
66,45 3,32 69,77 64,08 3,23 07,91 62,02 3,10 65/12 60,25 3,01 63,26 53,16 2,66 55,82 60,25 3,01 63,26 64,68 3,23 67,91 39,87 1,99 41,86 30,12 1,50 31,63 16,83 0,84 17,68 Montemór
79.74 3,99 83,73 77^97 3,90 81,87 75,31 3,77 79,08 73,54 3,68 77,21 66,45 3,32 69,77 73,54 3,68 " 77,21 77,97 3,90 81,87 53,16 2,66 55,82 43,41 2,17 45,58 30,12 1,51 31,63 13,29 0,66 13,95 Casa Branca
90,37 4,52 94,89 88,60 "4,43 93,03 85^94 4,30 90^24 83,28 4,16 87,45 77,08 3,85 80,94 83,28 4,16 87,45 88,60 4,43 93,03 63,79 3,19 66,98 54,05 2,70 56,75 40,76 2,04 42,79 23,92 1,20 25,12 10,63 0,53 11,16 Alcaçovas
97,40 4,87 102,33 95,09 4,78 100,47 93,03 4,65 97^08 90,37 4.52 94,89 84,17 4,21 88,38 90,37 4,52 94,89 95,69 4,78 100,47 70,88 3.54 74,42 60,25 3,01 63,26 46,96 2,35 49,31 31,01 1,55 32,56 17,72 0,89 18,61 7,09 0,35 7,44 Vianna
""102,78 5,14 107,91 101,81) 5,09 ~TÕG,9S 99,23 4,96 .104.19 96,57 4,83 101,40 89,49 4,47 93,96 96,57 4,83 101,40 101,89 5,09 106,98 77,08 3,85 80,94 66,45 3,32 69,77 53,16 2,66 55,82 37,21 1,86 39,07 23,92 1,20 25,12 33,67 1,68 . 35,35 40,76 2,04 42,79 Evora
103,06 5,18 108,85 101,89 5.0H 100,98 99,23 4,96 101,19 116,57 •1,83 101,40 90,37 4,52 94,89 96,57 4.83 101,40 101,89 5,09 106,98 77,08 3,85 80,94 66,45 3,32 69,77 53,16 2,66 55,82 37,21 1,86 39,07 23,92 1,20 25,12 13,29 0,66 13,95 6,20 0,31 6,51 49,96 "49,31 Villa Nova
110,75 5,54 110,29 . 108,98 5,45 114,13 100,32 5,32 111,04 103,60 5,18 108,85 97,46 4,87 102,33 103,66 5,18 10S,85 108,98 5,45 114,43 84,17 4,21 88,38 74,42 3,72 78,15 60,25 3,01 63,26 44,30 2,22 46,52 31,01 1,55 32,56 20,38 1,02 21,40 14,18 0/71 14,88 54,05 2,70 56,75 7,97~ 0,40 8,37 Alvito
" 121,38 0,07 127,45 119,61 5.98 125,59 110,95 122.80 114,29 5,71 120,01 108,09 5,40 113,50 114,29 5,71 120,01 119,61 5,98 125,59 94,80 4,74 99,54 85,06 4,25 89,31 71,77 3,59 75,35 54,93 2,75 57,68 x 41,64 2,08 43,72 31,01 1,55 32,56 24,81 1,24 26,05 64,68 3,23 67,91 18,61 0,93 19,54 11,52 12,091 Cuba
130,44 6,82 143,27 134,07 0,73 i 141,41 132,011 0,00 138,01 129,30 6,47 135,82 123,15 6,16 129,31 129,36 6,47 135,82 134,67 6,73 141,41 109,86 5,49 .115,36 99.23 4,96 104,19 85,94 4,30 90,24 69,99 3,50 73,49 56,70 2,84 59,54 46,07 2,30 48,38 39,87 1,99 41,86 79,74 3,99 83,73 33,67 1,68 35,35 25,69 1,28 26,981 15,061 0,75 | 15,821 Beja
C a r r u a g e a s — Por cada kilometro pagarão: A —Carruagens de quatro rodas não pezando mais de l i / , tonelada, 63 réis—B — D i t a s de duas rodas pezando 1 tonelada, 50 réis — C — P o r cada Vá de tonelada addicional, 63 réis.
Alem dos preços fixados n'esta tabella pagar-se-lia : Pela carga e descarga de cada vehiculo, 300 réis — Pelo registo de guia, 20 réis.
C o m b o i o s e s p e c i a e s e f u n e l u - c s — ' a j u s t e particular.
D. de L. D.» 122 de 31 de maio.
29 de maio 1865 177

D I H U U Ç Ã O G li U A L D O C O M M E R C I O E 1MHJS J IUA

llKl'AltTIÇÃO 1)0 COMMERCIO K I.NUUSTIUA

Touiaudo em consideração o que me foi representado pela companhia dc carruagens


omnibus de Lisboa, ailegando a impossibilidade em que se encontra de dar pontual cumpri-
mento ás condições que lhe foram impostas pela carta dè lei dc 17 dè julho de 1855, em
compensação do privilegio exclusivo que pela mesma lei lhe foi concedido, e que deverá
terminar em 31 dezembro do anno corrente;
Considerando que desde o momento em que a companhia não póde cumprir pontual-,
mente as condições da lei, nenhuma rasão justifica a continuação do privilegio exclusivo,
como a companhia reconhece na sua representação de 28 de abril;
Yisto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem declarar que da data do presente decreto em diante cessa o privilegio,
que pela lei de 17 de julho de 1855 fôra concedido á companhia de carruagens omnibus
de Lisboa, para o estabelecimento de carreiras regulares entre Lisboa, Belem, Bemtica,
Sete Rios e Cintra, e bem assim entre Lisboa, Mafra, Lumiar c Poço do Bispo.
O ministro e secretario d'eslado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 27 de maio de 1805.=RJ<;I. = Carlos Bento da
Silva. ' D. lio L. n.° 125, de 3 dc junho.

1.» SECÇÃO

' Sendo-me presente o requerimento do monte pio de Nossa Senhora da Nazareth, de


Torres Novas, pedindo a approvação da reforma dos seus estatutos, approvados por de-
creto de 15 de abril de 1863, pelos quaes até agora se tem regido;
Yisto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministério das obras
publicas, commercio e industria:
Hei por bem approvar os novos estatutos do monte pio de Nossa Senhora da Nazareth,
de Torres Novas, os quaes constam de- quatorze capítulos e setenta e nove artigos, e bai-
xam com este decreto assignados pelo ministro e secretario doestado das obras publicas,
commercio e industria, ficando esta associação sujeita á fiscalisação administrativa nos ter-
mos de direito, com a expressa clausula de que esta minha regia approvação lhe poderá
ser retirada se se desviar dos fins para que foi instituida, não cumprir fielmente os seus
estatutos, ou deixar de z'emetter annualmente á direcção geral do commercio e industria
o relatorio e contas da sua gerencia social.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido u faça executar. Paço, em 29 de maio de 1 8 0 5 . = R E I . = Carlos Bento
. da Silva. D. do L. n.° 128 dc 7 do junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Tendo a commissão do aperfeiçoamento da arma de artilheria feito subir á minha pre-
sença uma proposta para se regular a ordenança dos calibres das bôcas de fogo, e confor-
mando-me coín a mesma proposta: hei por bem determinar, que as baterias de artilheria
de campanha sejam armadas com peças estriadas do systema francez dos calibres 8 e 12
centímetros; que as baterias de montanha sejam armadas com peças curtas de 8 centíme-
tros, do mesmo systema; e que se proceda á fundição das peças de artilheria que forem
necessarias, conforme o referido systema.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'eslado dos negocios da
guerra, encarregado interinamente dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido e
laça executar. Paço, em 29 de maio de 1865.—REI.—Marquez de Sá da Bandeira.
' ' Ord. do exore, n." 27 de 19, e D. dc L. n.° 139, dc 22 do junho.

ii
i 78 1865 30 de maio

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
i . 1 REPARTIÇÃO

Por decreto de 23 do corrente mez foram creadas cadeiras de ensino primario nas
seguintes localidades:
Freguezia de Rio-frio, concelho e districto de Bragança, para o sexo masculino — com
o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de S. Thiago de Rio de Moinhos, concelho de Borba, districto de Evora, para
o sexo masculino — com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santo Antonio, concelho de S. Roque, ilha do Pico, districto da Horta,
para o sexo masculino — com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santa Luzia, concelho de S. Roque, ilha do Pico, districto da Horta, para
o sexo. masculino — com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de'Fornos, séde do concelho de Marco de Canavezes, districto do Porto, para
o sexo feminino — com o subsidio de casa e utensílios pela camara municipal respectiva.
Nenhuma d'estas cadeiras será provida sem que hajam sido satisfeitos os subsidios su-
pra indicados, na conformidade da circular de 22 de dezembro de 1859 (Diario cie Lisboa
n . ° 47),- D. de L. n.° 121, de 30 dc maio.

MINISTERIO UAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA — 2 . a SECÇÃO

Sendo-me presente o requerimento da associação philanthropica das artes portuenses,


pedindo a approvação da reforma dos seus estatutos approvados por decreto de 7 de no-
vembro de 186Q, pelos quaes até agora se tem regido; visto o parecer do ajudante do
procurador geral da corôa junto ao ministério das obras publicas, commercio e industria:
hei por bem approvar os novos estatutos da associação philanthropica das artes portuenses,
os p a e s çonstam de onze capítulos e quarenta e tres artigos e baixam com este decreto
assignados pelo ministro e secretario d i s t a d o das obras publicas, commercio e industria,
ficando esta associação sujeita á fiscalisação administrativa nos termos de direito, còm a
expressa clausula de que esta minha regia approvação lhe poderá ser retirada, se se des-
viar dos fins para que foi instituida, não cumprir fielmente os seus estatutos, ou deixar de
REMETTER, annualmente á direcção geral do commercio e industria o relatorio e contas da S U B
gerencia spci^l.
O ministro e secretario d'estado das; obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faca executar. Paço, em 30 de maio de 1 8 6 5 . = R E I . = Carlos Bento
da Silva. d. „.» 12g d e 7 fojunho.

REPARTIÇÃO CENTRAL

Sendo presente a Sua Magestade El-Rei um officio do engenheiro chefe da 2.* divisão
fiscal de caminhos de ferro, datado de hontem, acompanhando o horário proposto pelo
director dos caminhos de ferro do sul e sueste, em virtude do que lhe fôra indicado por
portaria de 2 3 do corrente, e em harmonia com o disposto na outra portaria de 19 de
abril, a fim de realisar o serviço de dois trens diarios ascendentes e outros dois descen-
dentes mixtos em toda a extensão dos referidos caminhos de ferro: ha por bem o mesmo
augusto, senhpf approvar o dito horário, que baixa com esta portaria, e d'ella faz parte, e
que ha de regular o. serviço dos comboios dos caminhos de ferro do sul e sueste durante
o verão do corrente anno, devendo começar a vigorar desde o dia 4 do mez de junho
próximo futuro.
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria,"
ao referido engenheiro fiscal para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 30 de maio de 1865. = Carlos Bento cia Silva. =Para o engenheiro chefe
da 2. a divisão fiscal de caminhos de ferro.
2ft3
10 de juuho 1865

Horário a que se refere a portaria d'csta data


ASCENDENTE
ESTACÕES
N.° 2 N.° 4 N.° 6
li. m. h. m. b. m.
Lisboa (vapor) •. 6 0 2 30 ' 4 45
Barreiro (partida) 7 15 3 43 6 0
Lavradio 7 20 3 50 6 5
Alhos Vedros 7 27 3 57 6 12
Moita 7 35 - 4 5 6 20
Pinhal Novo (chegada) 7 50 4 20 6 35
rdèiii (partida) . . 8 5 4 30 ' 6" ~W
8 25 11 23 7 0
Ramal de Setubal
8 40 11 40 7 15
Poceirão 8 35 5 0
!
Pegões (chegada) 8 55 5 20 — :

Idem (partida) — 5 30 —

Vendas Novas (chegada) 9 30 6 5 • —

Idem (partida) 9 35 6 10 —

Montemór ÍO 5 6 40 —

Casa Branca (chegada) ÍO 35 7 10, —

Idem (partida) 10 45 7 20 —

Evora 11 25 8 0 —

Alcaçovas 11 8 7 45 —

Vianna 11 21 8 0 —

Villa Nova 11 35 8 15 —

Alvito 11 55 8 35 —

Cuba 12 20 9 5 —

Beja 12 45 9 30
DESCENDENTE
ESTACÕES
N.° s N.° l ' N.° 3
h. m. h. m. h. m.
Beja (partida) — 5 45 1 25
Cuba — 6 20 1 50
Alvito — 6 50 2 15
Villa Nova — 7 10 2 35
Vianna — 7 25 2 48
Alcaçovas — 7 40 3 5
Evora (partida) — 7 35 3 0
Casa Branca (chegada) — 8 20 3 40
Idem (partida) — 8 30 3 50
Montemór — 9 0 4 20
Vendas Novas (chegada) — 9 35 4 55
Idem (partida) — 9 40 5 0
Pegões (chegada) — 10 10 5 30
Idem (partida) — — 5 35
Poceirão — 10 35 6 5
7 J5 10 20 6 0
Ramal de Setubal j g ^ í ; 7 30 10 35 6 15
Pinhal Novo (chegada) 7 45 10 55 6 25
Idem (partida) 8 5 u 5 6 35
Moita 8 20 11 20 6 50,
Alhos Vedros 8 28 11 28 6 58
Lavradio 8 35 11 35 7 ^ 5
Barreiro 8 40 11 40 7 ^10
Lisboa (cerca) . . . . 9 50 12 50 8 10

RAMAL D E SETUBAL

ASCENDENTE
ESTACÕES
N.° 2 N.° 4 N.°

h. m. h. m. b. m.
Lisboa (linha directa) 6 0 — 4 45
Barreiro (idem) 7 15 — 6 0
Evora (idem) — 7 35 3 0
Beja (idem) — 5 45 1 25
Pinhal Novo (partida) 8 10 11 10 6 45
Palmella • 8 25 11 25 7 0
Setubal 8 40 11 40 7 15
180 1865 31 (le maio

DESCENDENTE
KILO-
ESTAÇÕES
METROS N.° N.° N.°

li. 11). h. m. h. m.
7 •15 10 20 6 0
6 7 30 10 35 6 15
15 Pinhal Novo (chegada) 7 45 10 50 6 30
115 11 25 8 0 —

152 12 bO 9 30 —

28 Barreiro (idem) 8 40 11 40 7 10
9 ao 12 50 8 10

Os comboios n.°8 1 e 2 cruzarão cm Vendas Novas.


Os comboios n."B 3 e 4 cruzarão em Pegões.
Em caso nenhum deverá partir algum comboio antes da chegada do outro.
Em cada comboio haverá carruagens de l. a , 2.a e 3. a classes.

Ministerio das obras publicas, commercio e industria, em 30 de maio de 186S.=Emeslo de Faria.


D. do L. n.° 122, do 31 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DÀ GUERRA


Attendendo ao que me representaram os officiaes da secretaria do supremo conselho
de justiça militar, hei por bem conceder-lhes o uso de banda, e determinar que fique alte-
rado n'esta parte o plano de uniformes decretado em 21 de março de 1864.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios
da guerra, encarregado interinamente dos da marinha e ultramar, o tenha assim enten-
dido e faça executar, Paço, em 30 dc maio de 1 8 6 5 . = R E I = M a r q u e z de Sá da Bandeira.
Ord. do exore. n. 27, de 19 dc jan., c D. dc L. n.° 139 dc 22 dc junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


1.» DIRECÇÃO
1.' REPARTIÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento em que o maritimo Fran-
cisco Liborio das Dores, allegando achar-se habilitado para seguir a profissão de piloto
de navios mercantes, o que devidamente comprova, pede para sor Isento do serviço da
armada, para o qual foi recenseado no 2.° districto do departamento do centro;
Conformando-se com o parecer emittido pelo conselheiro ajudante do procurador ge-
ral da corôa junto a este ministerio;
Considerando que o artigo 36.° do regulamento de 2o de agosto de 1859, fazendo re-
cair o sorteamento maritimo tão sómente nos individuos das classes de marinheiros e gru-
metes, exclue consequentemente os pilotos de navios mercantes :
Ha por bem o mesmo augusto senhor conceder ao referido maritimo a isenção pedida.
(X que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do supracitado departamento, para sua intelligencia e devidos effeitos.
Paço, em 31 de maio de i S G o . ^ S í } da Bandeira. D.deL.n.°i34 deadcjunho

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 7 1

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposlo pelos negociantes Viuva de Leão Amzalack d- Filhos, sobre
a classificação dc dois feixes com assucar, marca B, contramarca m/n:>, apresentados a
despacho na alfandega de Lisboa, vindo dc Londres pelo vapor Abôr;'
2ft3
10 de juuho 1865

Visto o auto da conferencia dos verificadores;


Vista a analyse chimica, a que se procedeu na amostra que acompanhou o recurso;
• Visto o artigo 10." do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que, em resultado da mesma analyse, se reconheceu que este assucar
está inteiramente expurgado de materias estranhas;
Resolve:
Artigo unico. O assucar de que trata este recurso está comprehendido no artigo 72.°
da pauta, e deve pagar, como refinado em qualquer estado, o direito de 125,6 réis por
kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 31 de
maio de 1865, estando presentes os vogaes—Conde d'Avila, presidente—Abreu, rela-
t o r = Simas—Gonçalves=Nazareth= Santos Mo?iteiro=Costa—Couceiro—Fradesso
da Silveira. D. de L n „ 123j d0 3 d0 jUUh0.

RESOLUÇÃO IV." 272


O conselho geral das alfandegas:
Visto o recurso interposto pelo negociante M. S. Seruya, sobre a contestação havida na
alfandega de Lisboa da classificação dada a dez caixas com assucar de Havana, marca B,
contramarca 465/«5, vindo de Londres pelo vapor Açor;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a analyse chimica, a que se procedeu na amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que, em resultado da mesma analyse, se reconheceu que este assucar
está inteiramente expurgado de todas as materias estranhas;
Resolve :
Artigo uuico. O assucar das dez caixas de que trata este recurso está comprehendido
no artigo 72.° da pauta, e deve pagar, como refinado em qualquer estado, o direito de
125,6 réis por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 31 de
maio de 1865, estando presentes os vogaes—Conde d'Avila, pmúdmie—Abreu, rela-
t o r = Simas=tíonçalves —Nazareth=Santos Monteiro—Costas Couceiro =FradessQ
da Silveira. D. de L. n.° de 3 de junho.

RESOLUÇÃO N.° 275

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por José Joaquim Carneiro, ácerca da classificação de cinco
fardos contendo rabos de boi, propostos a despacho na alfandega de Lisboa;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vistas as amostras que acompanharam o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o direito estabelecido no artigo 7.° da pauta geral das alfandegas
para as crinas em bruto, ou preparadas, só póde ser applicavel quando se apresentam se-
paradas do couro dos animaes; '
Considerando que os rabos de boi, que fazem objecto d'esta contestação, não estão
n'este caso, porque a crina encontra-se presa ao couro do animal, dando-se ainda a cir-
cumstancia de ser este a parte mais pesada d'aquelle despojo;
Considerando que na mesma pauta se estabeleceu um direito especial para os despojos
e productos de animaes não classificados;
Considerando que os despojos em questão não têem classificação na dita pauta;
Resolve:
Artigo unico. Os rabos de boi, que fazem objecto d'esla contestação, devem pagar o
direito de 5 por cento ad valorem, mencionado no artigo 23.° da pauta geral das alfande-
gas para ns despojos' e productos de animaes, não classificados.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegassem sessão de 31 de
maio de 1865, estando presentes os vogaes=Conde d'Avila, pres\dente=Nazareth, re-
la t o r = Simas = Gonçalves—Abreu=Santos Monteiro—Costa= Couceiro=Fradesso
da Silveira, D. de L. n.° 125, de 3 de junho.
45
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JUNHO
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA
1
2." REPARTIÇÃO : ' .'

Desejando eu que n'esta occasião da eleição de deputados ás côrtes geraes da nação'


portugueza cessem malquerenças nascidas de passadas lutas politicas, para que a vontade
da nação na escolha dos seus representantes possa manifestar-se livremente, sem que lhe
obstem inimisades e odios, a que convém pôr termo: hei por bem, usando da faculdade
que mp concede o artigo 74.° § 8.° da carta constitucional da monarchia, e tendo ouvido o
conselho d'estad.o decretar o seguinte:
Artigo 1.° Ê concedida amnistia geral e completa para todos os crimes commettidos
até á data doeste decreto, contra o exercicio dos direitos politicos dos cidadãos, quer taes
cripaes sejam comprehendidos no livro 2.°, titulo 3.°, capitulo 5.° do codigo penal, quer
o sejam no decreto com força de lei de 30 de setembro de 1852, ou na lei de 2,3 de no-
vembro de 1859.
Art. 2.° Todos os processos formados para a punição de taes crimes ficam sem effeito,
seja qual for o estado em que se achem.
Art. 3.° As pessoas que por taes crimes estiverem presas á ordem de qualquer aucto-
ridade, com processo ou sem elle, serão immediamente soltas. .
Os ministros e secretarios d'estado das diversas repartições assim o tenham entendido
e façam executar. Paço, em 1 de junho de 1865.=REI. —Marquez de Sá da Bandeira.
—Julio Gomes da Silva Sanches— Conde d'Avila=Carlos Bento da Silva.
D. do L. n.° 125, de 3 de junho.

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'estado dos nego-
cios da fazenda e obras publicas, commercio e industria, hei por bem, ouvido o conselho
de ministros, ordenar o seguinte:
Artigo unico. É aberto no ministerio da fazenda um credito extraordinario a favor do
ministerio das obras publicas, commercio e industria, até á quantia de 30:000^000 réis,
a fim de occorrer ás despezas com estudos, expropriações de aguas e obras necessarias
para o abastecimento na capital, até que as côrtes providenceiem sobre este importante
ramo de serviço publico.
Os ministros e secretarios d'estado das duas referidas repartições assim o tenham as->~
sim entendido e façam executar. Paço, em 1 de junho de 1865.=REI.<=Conde d'Avilá
=Carlos Bento da Silva. D . d e t . n , ° m , d e 7 dejnnho.

(1) Senhor: — O decreto de 23 de junho de 1864 rescindiu o contrato de 30 de setembro de 1858


feito para o abastecimento das aguas de Lisboa, e o governo de Vossa Magestade nas portarias de 25 de
junho e 28 de julho do referido anno de 1864 ordenou que se procedesse aos estudos e trabalhos indis-
pensaveis, não só para a melhor distribuição das aguas actuaes, mas para se realisar o abastecimento
da capital com as de Cintra e Alviela. Alem d'isso foi tambem necessário ordenar que se alargasse a
caleira do aqueducto das aguas livres, se completasse o túnel das Francezas, e outras obra?.para
levar a agua ao hospital de S. José e ao parque de Sanla Clara. A estiagem do mesmo ánnó 'âé : 1864
obrigou o governo a expropriar extraordinariamente differentes aguas. I'ara estaá despezas, peías riúàes
o governo se tornou responsável, não ha verba no orçamento; epor isso temos a honra de submetter á
approvação de Vossa Magestade o seguinte decreto para abrir um credito extraordinario de 30;0QO$000
réis, até que as côrtes providenceiem sobre tao importante ramo de serviço publico.
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, em 1 de junho de 1865—Conde d'Avila=
Carlos Bento da Silva. •'•'•• '
184 1865 í) de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." D I R E C Ç Ã O
í . " REPARTIÇÃO

Tendo sido, pelo decreto com força de lei de 14 de agosto de 1856, regulado o exer-
cicio do poder dado aos governadores das provincias ultramarinas pelo § 2.° do artigo 15.°
do acto addicional á carta constitucional da monarchia, para providenciar em casos urgen-
. ' tes que não consintam o recurso á metropole: manda Sua Magestade El-Rei, pela secre-
taria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, recommendar ao governador geral dos
estados da India a inteira execução do que está disposto no citado decreto, para que nem
possa haver duvida na validade das suas determinações, nem o governo se veja na neces-
sidade de declarar nullas quaesquer deliberações do mesmo governador geral, por n'ellas
ter excedido os limites das faculdades que a lei lhe deu.
Paço, em 1 de junho de 1 8 6 5 . = Sá da Bandeira. (1) D. l. n.« ias, de i do junho.

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o requerimento em que o maritimo João
José de Oliveira, allegando ser mestre de um navio mercante desde 1850, o que devida-
mente comprova, pede isenção do serviço da armada, para o qual se acha recenseado no
terceiro districto do departamento do centro;
Conformando-se com o parecer emiltido pelo conselheiro ajudante do procurador ge-
ral da corôa junto a este ministerio; e
Considerando que, pelo artigo 3.° da lei de 22 de outubro de 1851, são obrigados ao
serviço da armada os marinheiros e moços e não os officiaes da marinha mercante:
Ha por bem conceder ao referido maritimo a isenção pedida.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do supracitado departamento, para sua intelligencia c devidos effeitos.
Paço, em 2 de junho de 1865.—-Sá da Bandeira. D . de L. n.° 0 6 , do 5 do junho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


D I R E C Ç Ã O G E R A L DAS ORRAS P U B L I C A S E MINAS
REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS

Tendo o engenheiro director das obras para o abastecimento das aguas da capital
submettido, em 18 de janeiro ultimo, á apreciação d'este ministerio o projecto e orça-
mento relativos ao engrandecimento das caleiras do aqueducto das aguas livres; e con-
vindo proceder quanto antes ás obras indispensaveis para que no proximo verão venha a
Lisboa a maior quantidade de agua possivel: ha por bem Sua Magestade El-Rei, tendo em
vista a consulta apresentada pelo conselho das obras publicas, em 13 de fevereiro ultimo/
ácerca dos referidos trabalhos technicos, auctorisar o sobredito engenheiro a proceder
desde já, como propõe, ás obras indicadas no referido projecto com relação á parte do
mencionado aqueducto comprehendida entre o siphão da Porcalhota e o ponto em que no
mesmo aqueducto entronca o da Mata, na extensão de 3:693'",60; podendo despender nes-
tas obras até á quantia de 8:146<§i912 réis, em que devem importar segundo o preço de
10:189$375 réis calculado no citado orçamento para uma extensão de 4:618™,60 de"obra
da mesma natureza.
Paço, em 2 de junho de 1865. — Carlos Betilo da S/fcrt.=Para o engenheiro director
das obras para o abastecimento das aguas da capital. D. de L.n.°127, de o ao junho.

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


Annuncia-se que se acha aberta, desde hoje, para a correspondencia tanto official como
particular, a estação de Fundão com serviço limitado.
Repartição de contabilidade, em 3 de junho de 1 8 6 5 . = 0 chefe da repartição, S. J.
Leal Pinto. D. de L. n.° ias, de Ei de junho.

(1) I d e n t i c a s se e x p e d i r a m a todos os g o v e r n a d o r e s das p r o v i n c i a s ultramarinas,


O de junho 1865 185

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO G E R A L DAS OBRAS P U B L I C A S E MINAS
REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS

Sendo conveniente adoptar'as medidas necessarias para o melhor aproveitamento, du-


rante o verão, das aguas que alimentam os chafarizes de Lisboa, parle das quaes se inuti-
lisa correndo para o Tejo: ha por bem Sua Magestade El-Rei ordenar que o engenheiro
sub-director cías obras para o abastecimento das aguas da capital trate de estudar e propor,
quanto antes, a este ministerio o systema das obras que deverão emprehender-se para se
alcançar aquelle aproveitamento.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria, se communica ao sobredito engenheiro para sua intelligencia e devidos effeitos.
Paço, em 5 de junho de 1 8 0 5 . = Carlos Bento da Silva.= Para o engenheiro director
das obras para o abastecimento das aguas da capital. D. i e L . n.- M <ic 7 de junho.

Sendo de toda a conveniencia e necessidade que no plano geral dos melhoramentos da


capital, a que se mandou proceder pela portaria de 24 de maio ultimo, se attenda á forma-
ção de quarteirões ou de habitações destinadas ás classes operarias, visto o preço elevado
a que tem chegado o aluguer dos predios; e desejando o governo melhorar por todos os
modos as condições economicas de tão uteis e laboriosas classes, cujo bcm-estar tem sem-
pre em vista: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios das obras
publicas, commercio e industria, que a respectiva commissão, nos projectos que elaborar
para execução do mesmo plano, comprehenda o que diz respeito ás mencionadas habita-
ções, tendo era attenção não só as disposições contidas no artigo 35.° e §§ subsequentes do
decreto de 31 de dezembro de 18G4, como tambem as mais condições de economia e ar-
ranjos indispensaveis ás familias d'aquellas classes.
Paço, em 6 de junho de 1 8 6 5 . = Carlos Bento da Silva.= Para o conselheiro presi-
dente da commissão encarregada do plano geral dos melhoramentos da capital.
I). de L. n.° 128, do 7 de junho.

REPARTIÇÃO DE JIINAS —2.« SECÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Carlos Augusto Ron
de Sousa, em que pede a concessão provisoria da mina de chumbo sita na Portella dos
Corvos, concelho de Tabuaço, districto de Vizeu;
Considerando que o requerente foi declarado descobridor legal d'esta mina por por-
taria de 21 de junho ultimo;
Considerando que o supplicante apresentou os documentos em que prova possuir os
fundos necessarios para a lavra;
Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras publicas e minas, ex-
presso em consulta de 23 de maio ultimo, na qual a mesma secção julga o requerente le-
galmente habilitado para a concessão provisoria que solicita :
lia por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina dc chumbo, sita na Portella dos Corvos, concelho dc Tabua-
ço, districto de Vizeu, a Carlos Augusto Bon do Sousa, ficando obrigado no praso de seis
mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, a satisfazer a
todos os preceitos consignados na lei e regulamento do minas em vigor, ficando oulrosim
na intelligencia de que o campo da demarcação d'osla mina é o mesmo e delimitado do
mesmo modo por que se acha marcado na portaria dos direitos de descoberta. .
Paço, em 6 de junho de 1865.—Carlos Bento da Silva.=Para Carlos Augusto Ron
de Sousa. c. de L. n.° MO, de 26 do junho.

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Carlos Augusto Ron
de. Sousa, em que pede a concessão provisoria da mina de chumbo sita em Adorigo, con-
celho de Tabuaço, districto de Vizeu:
46
186 1865 í) de junho.

Considerando qne o requerente foi declarado descobridor legal d'esta mina por porta-
ria de 21 de junho ultimo;
Considerando que o supplicante apresentou os documentos, pelos quaes provou pos-
suir os fundos necessarios para a lavra cVeste jazigo; ~
Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, ex-
presso em consulta de 23 de maio ultimo, na qual a mesma secção julga o requerente le-
galmente habilitado para a concessão que solicita:
Ha por bem ó mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina de chumbo sita em Adorigo, concelho de Tabuaço, districto
de Vizeu, a Carlos Augusto Bon de Sousa; ficando obrigado, no praso de seis mezes, con-
tados da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, a todos os preceitos consignados na
lei e regulamento de minas em vigor, ficando oulrosim na intelligencia de que a de-
marcação d'esta mina é a mesma que se acha consignada na portaria dos direitos de
descoberta.
Paço, em 6 de junho de 1865.—Carlos Bento da Silva.—Pan Carlos Augusto Bon
de Sousa. D. de L . n.° 140, de 2C de junho.,

, MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


v THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DA CONTABILIDADE—REPARTIÇÃO CENTRAL

Devendo começar a vigorar desde 1 de julho proximo futuro em diante a carta de lei
d è ' 1 8 de rtiáio antecedente, publicada no Diario de Lisboa n.° 114 do mesmo mez, que
isentou os subsidios e vencimentos dos empregados do estado e dos estabelecimentos pios,
e os das classes inactivas de consideração, das deducções a que ainda estavam sujeitos, e
melhorou os vencimentos das classes inactivas de não consideração com o augmento de 25
por cento, mandando pagar na sua totalidade as pensões do monte pio do exercito e da ar-
mada até 100$000 réis; manda Sua Magestade El-Rei, péla direcção geral da contabilidade
do thesouro publico, declarar o seguinte:
1.° Que os subsidios e vencimentos dos empregados do estado, dos estabelecimentos
pios, e os das classes inactivas de consideração, a contar do referido dia 1 de julho, serão
pagos sem deducção alguma;
2.° Que os vencimentos das classes inactivas de não consideração, a contar de igual
dia, serão pagos com o augmento de 25 por cento, em que se comprehendem os decreta-
dos por-leis de 19 de agosto de 1861, 4 de abril e 15 de julho de 1863, e 25 de junho de
1864, calculados sobre o valor nominal dos respectivos titulos, o que corresponde a 50
p o r cento-dá importancia a que ficaram reduzidos em virtude das disposições do decreto
de 22 de agosto de 1843;
3.° Que os vencimentos do monte pio do exercito e da armada até 100$000 réis in-
clusivè serão pagos integralmente.
Outrosim manda o mesmo augusto senhor declarar que os titulos de renda vitalicia res-
pectivos deverão ser averbados de conformidade com o que se estabelece nos artigos 2.° e 3.°
O que, pela mesma direcção, se fará constar a todas as auctoridades a quem competir
dar execução ao que fica determinado.
Paço, 7 de junho de 1865. = Conde d'Avila.=Pava a direcção geral da contabilidade
do thesouro 1 publico. D. de L. n.° 130, de 9 de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2.» DIRECÇÃO
L." REPARTIÇÃO

,,. aCpn,Yindo ao bem da religião e do estado que do reino sejam mandados á Asia alguns
ecclesiasticos que, peia sua illustração e bons costumes, possam ser convenientemente en-
carregados, já do governo de alguma diocese, já da direcção de algumas missões, e dè-
2ft3
10 de juuho 1865

vendo dar-se a taes ecclesiasticos meios com que possam decentemente subsistir e em-
pregar-se no desempenho das funcções que lhes forem incumbidas;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta
constitucional da monarchia;
Ouvindo o conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° Aos presbyteros europeus que nas dioceses do real padroado no Oriente
forem encarregados do governo de alguma diocese, ou nomeados superiores de alguma
missão, se abonará a congrua annual de 800$000 réis, em moeda do reino.
Art. 2.° Aos presbyteros europeus que forem para a India á disposição do reverendo
arcebispo de Goa, primaz do Oriente, se dará passagem, e a ajuda de custo estabelecida
na tabella A, que faz parte da carta de lei de 20 de junho de 1863.
Art. 3." Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de minislros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 7 de junho de •1865.=REi.=A/flrg r Me.z de Sá da Bandeira.
D. do L. n.° 131; d è l O flts jftnko.

Considerando como, em virtude do estipulado no artigo 2.° das notas reversaes que
formam parte intregrante do tratado com a santa sé, assignado em 21 de fevereiro de
1857, está concedida ao reverendo arcebispo de Goa jurisdicção extraordinaria para o go-
verno das dioceses suffraganeas d'aquelle arcebispado, por tempo de seis annos, praso
que ha de ser prorogado até se concluir a circumscripção das dioceses, se este trabalho
se prolongar alem d'aquelle tempo, cessando aquella jurisdicção extraordinaria, á propor-
ção que as differentes dioceses forem sendo providas de bispos;
Considerando como nas mencionadas notas se preveniu o caso de que o reverendo ar-
cebispo falleça, ou se incapacite para exercer aquella jurisdicção, e para este caso se es-
tipulou que pelo governo portuguez seria apresentada uma lista de ecclesiasticos, de en-
tre os quaes o Santo Padre haveria de nomear um para eventualmente exercer a mencio-
nada jurisdicção extraordinaria;
Considerando como um ecclesiastico em que recáem tão altas funcções, aindaque não
seja da ordem espiscopal, deve ter meios de subsistencia correspondentes á sua posição,
tanto mais que se proventura acontecer que elle não venha a exercer a jurisdicção extraor-
dinaria, para cujo exercicio eventual é nomeado, poderá com muita utilidade da igreja, e
até mesmo do estado, ser encarregado do governo de alguma diocese, ou de superinten-
der algumas missões;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta
constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° O sacerdote que, em conformidade ás estipulações do tratado de 21 de fe-
vereiro de 1857, e notas reversaes que d'elle fazem parte, for nomeado para exercer, no
caso de fallecimento, ou legitimo impedimento do reverendo arcebispo de Goa, a jurisdic-
ção delegada sobre as dioceses suífraganeas, receberá a congrua annual de 1:2QO#0OO réis,
moeda do reino, desde o dia em que principiar a sua viagem para a India;
Art. 2.° Ao mesmo sacerdote se dará passagem á custa do estado, ie a competente
ajuda de custo, em conformidade ao disposto na carta de lei de 20 de junho de 1863;.
Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha .entendido
e faça executar. Paço, em 7 de junho de l86S.=RFA.=Marquez de Sá da Bandeira.
D. de L. n.° 131, d e l O de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


REPÀKTÍÇÀO CENTRAL
Sendo de urgente necessidade occorrer ao pagamento dãs despezas de policia preven-
i r á èpiè' ííVeíèm dè fàzér-Se até ao fim do corrente itflez de junho, é achanfio-sè j&ííè&pen-
188 1865 í) de junho.

dida a somma auctorisada pelo credito estraordinario aberto por decreto de 18 de maio
ultimo: hei por bem, ouvido o conselho de ministros, ordenar que no ministerio da fa-
zenda seja aberto novo credito extraordinario até á quantia de2:500;?000 réis, para se
applicar ás supraditas despezas de policia preventiva no actual anno economico, devendo
o meu governo dar conta d'esta despeza ás côrtes na sua proxima reunião.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 8 de junho de i 8 6 5 . = R E r . = / « t o Go-
mes da Silva Sanches—Conde d'Avila. D. DC L 133 de U de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


a." DIRECÇÃO
4.* REPARTIÇÃO

Havendo-se obtido conhecidas vantagens da padaria militar estabelecida em Lisboa,


para o fornecimento das rações de pão aos corpos do exercito e seus destacamentos nos
districtos da primeira divisão militar, tanto a respeito do menor preço por que têem saído
as rações daquella especie, comparado com o que custavam por virtude de arrematação
em hasta publica, como por haver melhorado sensivelmente a principal alimentação do
soldado, em consequência da superior qualidade do páo que lhe é subministrado; cum-
prindo empregar os meios que ainda se necessitam para a continuação d'esses resultados
economicos, melhorando as condições do edificio em que se acha a dita padaria, pela con-
clusão quanto antes das obras n'ella começadas, a fim de estas se não inutilisarem, propor-
cionando-se tambem por esse modo ás respectivas officinas as commodidades e arranjos
necessarios pára a sua laboração; e não havendo na actual lei das despezas verba alguma
com applicação ás de que se trata: hei por bem, visto dar-se o caso de que falia o artigo 54-.°
do regulamento de contabilidade publica de 12 de dezembro de 1863, e depois de ter ou-
vido o conselho de ministros, determinar que no ministerio da fazenda se abra a favor do
ministerio da guerra, um credito extraordinario da quantia de 5:000$000 réis, com ex-
clusiva applicação á despeza proveniente das mencionadas obras, submettendo-o depois á
approvação das côrtes, dando-se-lbes conta do uso que se fez da somma levantada por
esse credito.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e da guerra o tenham as-
sim entendido e façam executar. Paço, em 8 de junho de 1865. =Rei.=Marquez de Sá
da Bandeira.= Conde d'Avila. n. de L. „.» J33j de H de junho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'estado dos nego-
cios da fazenda e das obras publicas, commercio e industria: hei por bem, ouvido o con-
selho de ministros, determinar o seguinte:
Artigo 1.° É aberto um credito extrordinario da quantia de 26:000^000 réis para pa-
gamento das despezas feitas a mais durante o actual anno economico com a fiscalisação
da exploração dos caminhos de ferro, e com a da construcção das respectivas linhas, que
deixára de ser attendida no orçamento do estado.

(1) Senhor: — A verba de 10:100fs000 réis, votada no orç.amenlodo presente anno economico para
a fiscalisação da exploração dos caminhos de ferro, quando este serviço se achava restricto a menor es-
cala, tornou-se insuficiente desde que as respectivas linhas começaram a occupar maior extensão, e
foi alem d'isto preciso occorrer ás despezas de fiscalisação da sua construcção, que para o presente anno
não haviam sido tomadas em conta no orçamento, por se suppor que estes trabalhos estariam concluí-
dos no dia 30 de junho do anno proximo passado; mas, não lendo acontecido assim, e sendo portanto
urgente providenciar sobre o pagamento d'esta despeza até o fim do actual anno economico, é indispen-
savel a abertura de um credito extraordinario de 26:000^000 réis, cujo decreío os ministros de Vossa
Magestade, nas repartições da fazenda e das obras publicas, commercio e industria, têem a honra de
submetter á regia approvação de Vossa Magestade.
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, em 8 de junho de 186o.=Cowde d'Avila—
Carlos Bento da Silva.
8 de junho » 1865 189

Art. 2. O governo, na proxima reunião do corpo legislativo, lhe dará conla dos moti-
vos que o obrigaram a adoptar esta providencia, e do uso qiie houver feito do sobredito
credito.
Os ministros e secretarios d'estado das duas referidas repartições assim o tenham en-
tendido e façam executar. Paço, em 8 de junho de Í8QS.=Re\.—Conde d Avila—Car-
los Bento da Silva. D . DE n.° m, DE i e DE j n n h o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
2.» R E P A R T I Ç Ã O

Sendo-me presente a representação da faculdade de philosophia, para que os actos


d'ella sejam feitos pelas cadeiras e não pelos annos como até aqui se praticava;
Considerando que a approvação ou reprovação de estudantes examinados simultanea-
mente em materias tão diversas, como são a physica, a botanica e a zoologia, não póde si-
gnificar a sua proficiência ou falta de aproveitamento em cada uma d'essas disciplinas, sendo
portanto as certidões que de taes exames se lhes passam documentos insuficientes para
demonstrarem o seu verdadeiro merecimento e aptidão litteraria relativamente aos diver-
sos ramos da faculdade ; '
Considerando que o jury examinador melhor póde certificar-se da capacidade especial
dos estudantes, se concentrar a sua attenção em disciplinas determinadas;
Considerando que da alteração proposta pela faculdade de philosophia resultará a tri-
plice vantagem de serem os alumnos mais conscienciosamente examinados, de ser a deci-
são do jury mais precisa e bem definida, e de ser melhor de manter a disciplina acade-
mica em cada uma das aulas, tirando-se aos estudantes a esperança de que a distincção
com que hajam frequentado uma d'ellas os subtráhia á pena devida pelo desleixo com que
tenham frequentado a outra;
_ Considerando que só com relação á formatura é rasoavelmente admissível que o acto
abranja todas as materias do 5.° anno, por ser o remate do curso em que o estudante
deve mostrar maior copia de conhecimentos geraes, alem dos especiaes das respectivas ca-
deiras;
Visto o disposto no artigo 9.° da carta de lei de 12 de agosto de 1854; e
"'Tendo ouvido o conselho geral de instrucção publica:
Hei por bem approvar o regulamento para os actos da faculdade de philosophia, que
baixa assignado pelo ministro e secretario d'estado dos negocios do reino.
O mesmo ministro e secretario d'estado o tenha assim entendido éfaça executar. Paço
da Ajuda, em 8 de junho de 1 8 6 5 . = R E I . = . M i ' o Gomes da Silva Sanches.

Regulamento para os actos da faculdade de philosophia na universidade de Coimbra


Artigo 1.° Os actos da faculdade de philosophia são feitos por cadeiras separadamente.
1 1 E x c e p t u a - s e o acto de formatura, que comprehende as duas cadeiras do 5.° anno.
§ 2.° O grau de bacharel é conferido depois do acto da ultima cadeira do 4.° anno aos
alumnos que n'elle houverem sido approvados na classe de ordinarios.
Art. 2.° A todos os actos de ordinarios e voluntários assistem tres examinadores, in-
cluindo o presidente, o qual argumenta sempre na primeira parte do ponto.
| unico. Exceptua-se o acto de formatura, a que assistem quatro examinadores, in-
cluindo o presidente, o qual argumenta na dissertação que versa sobre uma questão im-
portante de chimica organica, de physica ou de zoologia.
Art. 3.° Os alumnos que pretenderem obter carta de formatura em philosophia são
sempre obrigados a fazer o acto do 5.° anno na classe de ordinarios.
Art. 4.° Aos actos dos obrigados assistem dois examinadores, alem do presidente, que
não argumenta.
Art. 5.° A ordem de precedencia nos actos é a dos annos e das cadeiras de queSe com-
põe o curso da faculdade.
1 unico. Esta ordem porém com relação aos alumnos voluntários e obrigados, nos cur-
sos administrativo e preparatorios para as faculdades de mathematica e de medicina, é re-
190 1865 8 do junho

guiada oin conformidade coín o disposto no decreto de 6 de junho de 1854; artigo í.°, e
portaria de 9 de outubro de 1861. ' • :.
Art. 6.° Ficam em tudo o mais em vigor as disposições dos novos estatutos e subsè-
quebte legislação academica quanto á fórma e rigor dos actos e habilitações.' * -:í
Paçoca1 Ajuda, em 8 de junho de 1 8 6 5 J n l i o Gomes da Silva Sanches.; • (•«•des-:-;
0 . d e L . n . ° 13») db 17 dè'jantó).'

MINISTÉRIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

• Tomandoferà consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'êstados dos nego-
cios da fazenda e das obras publicas, commercio e industria; hei por bem, ouvindo o con-
telto0'déiiniftiétP0S^ determinar o seguinte: r-:
:
aberto um credito extraordinario da quantia de 76:500^1000 réis'para
Oeftblèref â ^ à e ã p e m dos telegraphos do reino até fim do actual anno eeonomictíy
••q®!,;feto•éwÉepencia da nova organisação d'este serviço, não foi suficiente a vefba dè
•leõUQ^OOOííôls^Olada no orçamento do estado. ' n--;.
Art. 2.° O governo, na proxima reunião do corpo legislativo, lhe dará conta dos mo-
to w s j ^ u d ô ' « b r i g a r a m a adoptar esta providencia e do uso que tiver feito db sõbrfedito
credito. • • ,• • ;; :
n Os õiÍDKtríísie secretarios d'estado das duas mencionadas repartições assirtií'0'téhham
entendido é façám executar. Paço, em 8 de junho de 1865.=REv. == Conde WAvitáh^
éwlO& WejltVda Silva. D. d c L . n . ° 1 4 1 , d e b i t e j n k h o ,

. M T O T E R I O D,OS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAE'T' .


I • - 5.A D I R E C Ç Ã O .

REPARTIÇÃO . ''

Não tendo chegado a ser convertida em lei a proposta apresentada á camara dos sb'nho-
res deputaáóá ern 14 de fevereiro ultimo, pelo ministerio dos negocios damarinhd-e ul-
tramar, para llie>aer votada a quantia de 248:457^151 réis, que despendeu em soccorros
patla.a;,íiffoviBCÍaide Gaba VDr<kv e no pagamento de saques de Timor;* e s e n d e M í è p e n -
savel que a referida quantia seja posta á disposiôão do dito ministerio-,''para'fazeí>#ce ! io
pagamento das despezas correntes, cujos fundos tiveram aquellas applicações: hei por bem,
ouvido o conselho de ministros, decretar que no ministerio da fazenda seja aberto um cre-
dita extrordinarip a favor do referido ministerio, pela designada quantia de 248:457^151
réis, seriiáo'ÍSS5::«08áí452 réis importancia das despezas extrordinarias que tiveram logar
-soccorros para a provincia de Cabo Verde, e 112:988:699 réis importancia dos
sa<pes,'iojtos pejp governador da provincia de Timor; devendo o governo dar conta ás
côrtes, na. proxima rejjoião, da abertura d'este credito extraordinario e da? sua appli-
cação. . • '•;••.:':.:.
.:• As mjíMStros e secretarios doestado dos negocios da marinha e ultramar e ^aífteenda
assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 8 de junho de 186Êj.=s;R®i>..:=
Marqmz M da Bandeira— Conde d' Avila. •„ . D.deL. n.° i3i,doio.aêjuB}io.

— — . , ., . • •....;•..• ..1 ',, fl(!í;

(1) S e n h o r : — A verba votada no orçamento do estado para os telegraphos do reino durante o.íjre-
sente anno.economico foi de 100:135'^0Ô réis; mas, tendo o anterior ministerio levàdo:!i,èífeilb,,: por
decreto>dèí)0 de dezembro ultimo, a auctorisação concedida na càrta de lei de 2o de júrihcanUéedente
ara a organisação d'este serviço, resultou o augmento de despeza de 70:500^000 réis q n e v ^ r J ã l l a
Se ^pij& n» o ç ç a m p t o , só pójie ser satisfeita.p,or meip t}'- um çreflitq ex&aor^inaj-jo, ctvjg dp^jreto os
ministros efe Vossa' Magestade nas repartições da fazenda e 'das'0Bras 'obitos.p^blic^isr'jC0jtpjnéfr6Í9
dustria, têem a honra de submetter á regia approvação de Vossa Magestaííè.' ' >>' . •' > o •«•<»
Ministerio d a s obras publicas, commercio e industria, em 8 de j uri h d < dè 4S65 / Coiíâê^ W A ^ i i a =
Carlos, Bento, da Silva. • - . •• -•••.. r •< jiV ..
i
«Hde junho 1864 > i'9i

....[-,•:, 8.».DIRECÇÃO • >


•''• ' 3 . " REPARTIÇÃO • . • ' • '

sMo'.presente a Sua Magestade El-Rei o officio de 6 do cprrepte.ijpez, èiq que o


,Í?ançQ'nacjonal.i4Uramarino submette á r.egiá approvação
tefínò pára a succursal do ditò banco, creada na cidade de Loanda, epi
IffhfàJ.G de maio de 1864; e conformando-se q n j e s i p o ' à i y j u ^ ^ W ^ l b ! o
fi^eií^f,^9,'ÇQpseIlieiró ajudante 4o procurador geral da corôa junto ao minjlterjpQds ne-
gocios'tia marinha e ultramar: ha por bem approvar o referido ^guíapiejDla^tjtjeHD^,^-
tado de 5 tie njaifl. ultj^tio, çpnsta de 24 artigop, e está assignâdopelo
j^ò' qon^elhõ. de administração do banco; çj qjje se ç ^ p i j ^ i ç â L p e l a
s è c r e w i à créstádò dos"negò'ciòs: da márifih^ e ultramar, ao mençioh^Ó gov|jfpàí)j,.para
o s f i n § , _ "i,' ' ' •' í
P â $ v è m ' 9 dé'jun^o fá.^fâi}. ^ ' M a r q u e z 4$. §4.4$ Bandeira. ,

Regulamento para a succursal do banco ultramarinoriacidadfe de Loanda, aò ijual se i^ferè àportavia


1
.' do ministerio dos negocios da marinha e uitramar de 9 de junho de
- - ; CAPITULO I " .
' Do estabelecimento dá succursal *, V
.mi:;)-:-,,-. íi |-.;.vi
9
v.k: Artigo l- A sucGnrsaJrdo: banco nacional ultramarino, creada na íiidaideAde. Loanda
pelf);Plftjg€i;2/0 da carta de Lei d e 16 de mato de 1864, começara a funccionar ©aí agostpás)

Art. 2.° Esta succursal é destinada a praticar as operações de credito; cômmerfliaL,


agrio^layiprediai;e rnovel, auctorisadas no capitulo 4.° dos estatutos do baniao, approvados
por..^cneto de 42 de agosto de 1864. .r = «in
• - l i;»9' .Q desenvolvimento d'estas operações será gradualmente determinado pelo go<-
y e j i n a t e dó.banco ultramarino, . ouvida .o conselho de administração. ; i . ! ; :
§ 2.° Fica porém desde já auctorisada a gerencia da succursal a fazer as operações
designadas. i)o capitulo 4.° d'este regulamento.

CAPITULO II •• i :..•:/
Da gérencia e empregados li.." ! i
a
Art. 3. A gerencia da succursal de Loanda é confiada a tres gereqtes que a e ^ r ç e m
jgi^ldade de categoria cumqlatiyamente, cada upi. com os c ^ g q s que seguida
Ijiesvaoidesignados. " . • . ' ...
'/."^rt. '"4'.°, IJm dos gerentes terá a seu cargo o exame e fiscalisação, gepfirpsi ç,fhpr T
.ç^dioF^.i^idas eip .penhpr mercantil á suçcprsal, e a direcção geral do
í e r k q j ^ ç a r g p à caixa, ,e será portanto primeiro Ibego.ureiro; e o
dfldp, ^ i ^ r i j j . t ú r ^ o 'dos Jjyrps! succursal e a correspondencia, séndq pçr^qçgegíinte
tàmbem primeiro guarda livros. ,", .<„
^Qvçrnadpr dq b/ípco. ultramarino designará a cada mem^ç» 4a.ger,eneja as
^ c ç ^ s . ^ u ^ ^ e y ^ ' d x ò w , na'còefpripidàrçle d'estp artigo.. , V.; .
" § 2.'° Os' gerentes auxijjam-se mutuamente no desempenho das s u a s l p ^ c ç õ e ^ e^-fis/jlr
veixi;!ie .accordo os negocios da succiirsal, que acrescerem alem dos
Í ^ ^ Pára ser nomeado gerente é mister ter precedentes commerciaes, abwaío1çiô$,$
I j ^ í l i ^ ç t e s sufficientes para o desempenho d'este cargo. V\ . . ' .
poderá entrar em exercicio sem ser pos§iíidop,dfi;Vmtft.aOr
vil.fcrjliyMt^i.nOj, as quaes serão depositada^ np co/r^ap 1 b?nc,ò i ^iX^S7
boa com as mesmas' formalidades,,e sob as mesmas.estipulações: a. que^e rpfore'çj J '4^.(}q
^igò.4Í-!do^^reguÍgnjpRÍpdotencoV,. ', ,, - . . . . ... M) ' \ i ' i-i' •
.fiada u m gererdes. ye.nçerá p ordenado, de 3;QÇ0^PQ.Q néjg fcntèsifiagQ*
é ^ j p m f ó ^ p é s ménsaes d^ rpis.2^0^000. Os gerentes vencp9ji,|gualmeni^..u.iM.perfiei}t^T

no ffm ae cãaâ um anno do seu exercício. Não serão porém tidos ém c f t ^ t à f f t f l r f p i t y


putação d'esta percentagem lucros derivados de transacções, cuja solução esteja em liti-
gio, ou que ameacem evidente risco.
192 1865 9 da junho

Art. 7.° É absolutamente prohibido aos gerentes, não só a accumulação d'este emprego
cota outro qualquer estranho á succursal, mas tambem o exercicio de commercio de conta
própria ou alheia, que não seja no interesse e por conta do banco nacionalultramarino.
§ 1.° Todo o facto que importar infracção d'este artigo será punido com a demissão
immediata do infractor, sem indemnisação alguma por transporte ao continentè, ou por
qualquer outro motivo.
1 2 ; ° Quando a infracção for devidamente comprovada o gerente infractor perderá em
favor do banco o deposito em acções, determinado no artigo 5.° d'este regulamento, sèin
direito a compensação alguma.
Art. 8.° Alem dos gerentes haverá na succursal os seguintes empregados:
1 Advogado, preferindo-se bacharel formado, vencendo de 400$000 a 600#000 réis.
1 Segundo guarda livros, vencendo 1:200$000 réis.
1 Fiel de thesouraria com a fiança de 6:000$000 réis, vencendo 800$000 réis.
1 Cobrador com fiança de 3:000$000 réis, vencendo 400$000 réis.
1 Guarda dè armazens, caixeiro de fóra, com a fiança de 4:000,^000 réis, vencendo
SOO0OOO réis.
i Porteiro e servente com 240$000 réis.
§ 1.° O quadro dos empregados poderá ser interinamente augmentado pela gerencia
se o desenvolvimento das operações o tornar indispensavel, mas as nomeações ficarão de-
pendentes da approvação do governador do banco ultramarino, o qual, de accordo com o
conselho de administração, designará os respectivos vencimentos, e dará ulteriormente
conta á assembléa geral.
§ 2.° Alem das fianças estipuladas n'esle artigo serão tambem exigíveis fianças aos
empregados extraordinarios, que por suas funcções deverem presta-las. A importancia
d'estas finanças será igualmente fixada pelo governador do banco ultramarino, ouvido o
conselho de administração.
§ 3.° Se algum empregado for absolutamente necessário ao preenchimento de serviço
de thesouraria, ou guarda de armazens antes que possa esperar-se pela decisão do gover-
nador do banco ultramarino, não entrará em caso algum em exercicio sem previamente
haver prestado fiança idónea correspondente á importancia do cargo que é chamado a
exercer.
i 4.° Os vencimentos marcados n'este artigo poderão ser menores nos primeiros dois
annos, on proporcionados ao trabalho que for necessário.
Art. 9." É da obrigação do advogado da succursal:
I Consultar sobre todos os negocios que a gerencia lhe submetter;
II Dirigir qualquer pleito que a gerencia tenha de sustentar perante os tribunaes no
interesse da succursal;
III Habilitar o governador do banco ultramarino com relatorios annuaes, que lhe de-
vem ser remettidos por intermedio da gerencia, a formar juizo seguro sobre a legislação
colonial, que tenha relação com as operações da succursal, indicando as reformas, qué pos-
sam ser promovidas competentemente para alargar a esphera das mesmas operações, òu
assegurar-lbes bons resultados em beneficio do commercio e agricultura da provincia;
IV Redigir as representações, que por interesse da succursal, a gerencia houver de
dirigir ás auctoridades da provincia;
V O advogado poderá fazer parte da commissão consultiva ou entrar em substituição
á gerencia, se o governador assim o determinar; quando se verifique o primeiro caso, sèr-
lhe-ha licito accumular o seu vencimento ordinario com a senha de presença.
Art. 10.° Cumpre aos empregados da succursal terem o maior zêlo e diligencia no
desempenho das suas funcções, guardando absoluto segredo com relação a todas as ope-
rações, e ácerca dos assumptos que á mesma digam respeito; communicar aos gerentes
qualquer facto que chegue ao seu conhecimento, que importe beneficio ou prejuizo para
o estabelecimento; e finalmente tratarem com a maior urbanidade o publico em relações
com a succursal, prestando igualmente respeitosa obediencia ás ordens de seus supériórès.
Art. 11.° Os gerentes e empregados, que forem enviados do reino, e servirem com
reconhecido zêlo e distincção durante seis a nove annos consecutivos, poderão sèr preferi-
dos, nos empregos do banco na metropole ou no desempenho dos logares de visitadores, -
conforme for resolvido pelo governador dó banco ultramarino de accordo cotíií ú cdhsèlbo
de administração. ' " :
8 de junho » 1865 193

CAPITULO III
Da commissão consultiva e de suas attribuições
Art. 12.° É creada em Loanda, junto á succursal do banco, uma commissão consul-
tiva composta de tres membros e tres substitutos, que serão accionistas, pelo menos, de
vinte acções cada um.
' § unico. O governador do banco ultramarino nomeará os membros d'esla commissão
de entre òs residentes de Loanda, escolhendo os que melhor convierem aos interesses do
mesmo banco.
Art. 13.° Incumbe á commissão consultiva:
I Informar e elucidar a gerencia sobre a melhor fórma de effectuar as operações com-
merciaes e de credito com os individuos domiciliados na provincia de Angola, e com se-
gurança para os interesses do banco.
II Dar voto consultivo sobre o chamamento de empregados ordinarios e extraordina-
rios, sobre os vencimentos d'estes ultimos, e sobre as fianças que devem prestar.
III Exercer por turno, e pela ordem indicada pelo governador do banco, e no impe-
dimento dos gerentes as vezes d'estes quando o impedimento exceda a quinze dias.
N'este caso o membro da commissão consultiva, que entrar em exercicio, depositará
ás suas acções no cofre da succursal pela mesma fórma que os gerentes (com a differença
de ser o deposito d'estes. feito no reino), e será chamado o substituto correspondente na
ordem designada pelo governador do banco ultramarino, para preencher o numero da
commissão effectiva;
IV Lavrar actas em livro especial de todas as reuniões da commissão, e remetter co-
pia d'ellas ao governador do banco ultramarino na primeira occasião que se offerecer.
Art. 14.° A commissão consultiva reunirá ordinariamente uma vez por mez, e extra-
ordinariamente quando a gerencia necessite convoca-la e ouvi-la em assumpto de interesse
do banco.
Art. 15.° Os membros effectivos da commissão consultiva vencem nas reuniões men-
saes senhas de presença no valor de 9$000 réis para cada um, e em cada sessão, quando
compareçam á hora previamente designada para a reunião.
§ 1.° O membro da commissão consultiva em exercicio de substituição a qualquer ge-
rente durante o impedimento d'este, vence igualmente uma senha de presença de 4$500
réis por cada dia do referido exercicio.
§ 2.° Quando porém o impedimento ou ausencia do gerente for prolongada alem d e
dois mezes, ou definitiva, vencerá o referido substituto o mesmo que o substituído até á
chegada do novo gerente.
CAPITULO IV
Das operações da succursal
Art. 16.° A emissão de notas, facultada pelo artigo 3.° § 2.° da lei de 16 de maio
de 1864, far-se-ha pela caixa succursal de Loanda, levando porém as notas a assignatura
do governador do banco ultramarino e pelo menos a de dois gerentes.
§ 1 E m q u a n t o não tiverem adaquado desenvolvimento as operações bancarias, a emis-
são será somente de notas de 5$000,1O0OOO e 200000 réis.
§ 2.° As notas serão extrahidas de dois talões, um dos quaes ficará no cofre do banco,
e outro no cofre da succursal. Estes talões serão encadernados e archivados para a com-
petente confrontação.
§ 3.° As notas serão sempre pagas no cofie da succursal, c poderão sê-lo alem d'isso,
nos demais cofres que pela conveniencia das operações bancarias sejam designados pelo
governador do banco ultramarino, de accordo com o conselho de administração e com as
restricções ou formalidades que a experiencia indicar, o que será sempre feito publico no
Diario de Lisboa e nos boletins das respectivas provincias.
| 4.° A emissão poderá ser levada até ao triplo do capital metallico em caixa.
Art. 17.° A gerencia fica desde logo auctorisada :
A A receber dinheiro em deposito para entregar á vista ou a praso no cofre da suc-
cursal mediante o juro que lhe for marcado nas instrucções geraes, de accordo com a lei
e carta organica;
B Fazer emprestimos sobre penhor mercantil de generos ou mercadorias depositadas
nas alfandegas de Loanda ou nos armazens pertencentes ao banco, ou carregadas a bordo
de navios em viagem, e dirigidas á ordem do banco em Lisboa ou de suas agencias sobre
conhecimentos, e a coberto de seguro maritimo e contra fogo.
IM ',) flèijuiihò

| 1.° As mercadorias e generos depositados não deverão ser dos sujeitos a corrupção
proxima, e deverão ser examinados escrupulosamente pelo gerente respectivo, que alem
do conselho, d,qs,.seus collegas recorrerá, quando for mister, a louvação de peritos.
.. | 2.° As despedis de louvação serão pagas pela succursal, por conta dos respeçtiyçs.
depositantes dos generos ou mercadorias. .,, , ... •
Í,3.°, O adiantamento sobre generos não poderá exceder a tres quantas partés,,do va-
lor effectivo, marcado em relação ao valor local, quando este seja inferior ao qu^godér
ser nos portos a que se destinem, sendo os generos exportáveis, ou em relação, Áf^çuslq
ou ao preço facilmente realisavel, quando sejam generos de importação. , .
....! 4.°, Estes adiantamentos, alem do contrato de penhor.poderão ser representfl^òs por
letra, apeita áíird^m da succursal com praso determinado. .".!K1 ',.„„
C Tomar letras de cambio sobre o reino ou sobre as praças aonde o banco tiyeir^'en. :
cias,.çpmgarantia effectiva da realisação do pagamento, seja por meio de penhòfíÇttpèlô
de responsab.ilidade devidamente apreciada pela gerencia; mas no segundo caso ^quantia
confiada,a,pada individuo sapador ou endossante não poderá exceder a
Êxceptuarai->se,d'esta restricção os saques feitos pela junta da fazenda e commandante
das,ejnbarcaçÔes'.;de guerra no cruzeiro ou em serviço (estando estes ultimos.aucto/}|ádÓs
pelo . governo de Sua Magestade) sobre a thesouraria do ministerio da marinha, e..quando
Ues saq.ues nap excederem ,20:000^000 réis. .. . . ; '
,'.{ O cambio OH, premio d"estas letras de cambio ou remessas deverá sempre c o b ^ r ^ p j o
menos, o juro de desembolso provável a rasão de 12 por cento ao anno.. 0 ,' > .,, u ',jl..
D TQí^r letras de bottomaria a,premio, que cubra lo,dos os riscos da víàgè|)^ f i n -
cada que ^eja a existencia de garantia adequada ao valor do casco, fretes e carregamento
das. embarcações sobre que forem negociadas taes letras, e prevenindo, com o segiirQ/na-
rjti.mo o rqspçctiviii) risco. . : . .
É Descontar leiras de duas firmas até tres mezes de praso aos individuos que forènji
relacionados. e,m um registo formulado pelo governador do banco nacional iillraij^ãíinó
cpna approvação do conselho de administração, e dentro dos limites marca'd|^ ri este
registo. , ..; :
F Fazer emprestimos sohre penhores de oiro e prata devidamente c o p t r ^ d ò s pi} ap-
provados pop perito competente até quatro quintas partes do valor, reaj,. caiçjj;lfj$9 pelo.
que se possa immediatamente realisar da sua venda., 7',^,'^ '
: Fa?er emprestimos sobre machinas, industriaes e agricolas em estácío dps"éoipplétó
^pvqvejMífÍ^o:te3,,com penhqr ou garantia pessoal por letra, com 'firmas respongayê^s gt^
metade do valor realisavel, não excedendo cada emprestimo a 2:OOÔ$O0O reis, .sg.pfç jtiVfir
precedido auctorisação especial do governador do banco nacional ultramarino.
H Fazer emprestimos em generos ou em dinheiro p,ara sementeiras ou plantações,
comtantoque dêem a precisa garantia ém letra linuada por pessoa de sufficiente respon-
sabilidade,1 tou petihor correspondente; mas não poderá cada um d-estes emprestimos ex-
c e d a 2.-000#000 réis. ,.í-3í?í
I Encarregar-se põr Conta alheia da cobrança ou de compra de meíaes prètd©8§»,\pe4..
dr&s preciosas, titulos de credito, propriedades oú de qualquer liquidação, tuiátrnefliante
uma commissão convencionada. •> ; • -v
J Dar cartas de credito sobre as agencias do reino, no estrangeiro ôu no uitramar,
coTíí prévio depósito em dinheiro ou valores effectivos e facilmente realisaveis. • • r •>
K Fazer saques para transferencias de fundos sobre o reino e agencias do : banco, me-
diante premio correspondente. -j - r -
• L Guardar em deposito titulos de divida publica e papeis de credito, metaes pceciosos
e jorâs, e encarregar-se da cobrança de juros e dividendos, percebendo commissão, < >

:
CAPITULO V
Disposições geraes , j • >'
Art. 18.° N© edificio destinado á succursal haverá uma casa forte, solidamenfte Con-
strui dá: e á prova de fogo, e fechada com tres chaves diversas entregues aos tres;geréntes.\
Art. 19.° As horas do serviço ordinario no banco serão em todos os dias uteis das íieve
da manhã até ás tres da tarde. -M.* 5.
| unico. Tanto os gerentes, como os empregados, deverão comparecerá hara.deiáfce**'
tura, e entregarem-se ao desempenho das suas respectivas funcções com-aipreeisa dilif
gencia até á hora do encerramento. ', ,-ÍÍ
9 de junho 1865
; Art. 20." A escripturação da succursal estará sempre em dia, e será feita tím partidas
dobradas, e o balanço de cada semestre fechar-se-ha nos mezes do janeiro e julho.
| 4 D'este balanço será enviado um extracto detalhado com todos os elementos pre-
cisos de informação ao governador do banco ultramarino, por cada uma das viagens im-
mediatos dos vapores da carreira para Lisboa.
r
j§>2.p : Alem d'estes balanços deverá em cada mez ser enviado ao mesmo governador
do banco ultramarino por duplicado um exemplar do balancete, relativo ao exèrcicio lio
mez anterior, formulado segundo o modelo que for indicado nas instrucções geraes.,
| 3.° Tanto os balanços geraes como os balancetes deverão ter as assigoaturas.tje lur
dos os gerentes. ; -
;
A r t . 2 1 . ° Alem das indicações que na correspondencia ordinaria da gerencia com o
governador do banco ultramarino deve aquella fazer de tudo quanto possa interessará
apreciação do exercicio da succursal e ao desenvolvimento da prosperidade.d^esta, enviará
a.'gerencia,; com o balanço semestral, um relatorio em que sejam recapituladas todas as
observações que no interesse do banco possam fazer-se pela lição da experiencia. :, •
; ••Este relatorio deve conter: • • • . ., -
I Goih relação ao pessoal, noticia completa de como tiver desempenhado as;suas obri-
gações cada um dos empregados da succursal, das faltas oc-corridas por doença ou por ne*
gligoncia, • - .. . ,
II ©o :elfeito produzido em cada ramo de commercio por cada especie de operações
bàncarias, com indicação d'aquellas a que se deva dar maior amplitude ou qiie seja mis-
tef restringir; e bem assim da conveniencia de iniciar novas operações, fundameiHaflcb
com os dados precisos a opinião que se manifestar, de maneira que o governador éú bapco
ultramarino e o conselho da administração possam resolver esclarecidamente os assum-
ptos relativos a este;
III Informação noticio,sa dos ramos de commercio, industria e agricultura, cujo desen-
volyjnpeitp o b a n c o possa auxiliar ou iniciar: . ,,,.! , ;
IV Indicação das praticas locaes viciosas com relação ao commercio, e iios iriéios mais
adequados para corrigi-las; :. •• •
V Esclarecimentos sobre os estorvos ou inconvenientes, que a legislação e regulamen-
tos lotaés possam "offerecer á solidez ou progresso das operações bancarias; te á ampliação
dás' transacções commerciaes, por maneira que taes esclarecimentos aproveitem ao banco
pát$'promover quanto possa o augmento do commercio colonial, e solicitar dos poderes
publicos á^ providencias ou auxilio necessário para esse effeito :
' VI.^Finalmente, informação circumstanciada dos melhoramentos que rasoavelmente
ptissatííihtròduzir-se nas communicações principalmente com o interior.'?, tado quànto
possa importar ao desenvolvimento da viação publica, e com ella ao commercio emôiis*
tria. : N : êsla informação devem, quanto approximadamento possa, incláir-se alguns eler
rftetitòs' do valor do transito actual, do augmento a esperar da feitura de -certas estradas
oii'abertíira de outras communicações, bem como algum calculo approximativo do custo
dos melhoramentos que se possam recommendar. •
' M i : 22:° Não devendo por consideração alguma representar o banco côr politica, é
ábâolhtatíiente prohibido aos empregadosda succursal e agencias do banco, não © exer-
cicio1 tios seus -direitos'politicos como cidadãos, mas o formarem partido colléctivo e toma-
rem parte activa no vencimento de candidaturas eleitoraes e em todos e'quaesquer factos
pelós quaes sé possa irrogar censura ao banco ou presumir parcialidade politica na sua
gestão. -
;
' Árt. i23.° Incumbe expressamente ao* gerentes-da succursal o (ratarem'COMI a tóbior
deferencia e respeito as auctoridades locaes, devidamente constituídas, auxilia-l«s quando
for mister, e conservarem completa isenção de todas as parcialidades e intrigas locaes
em dissidência com estas auctoridades. Nas suas relações com os habitantes convém que
uma intimidade exagerada não venha prejudicar a serenidade das funcções que exercem,
5 3
ou dimmtór-á Respeitabilidade da posição que ocòtipánv. • <

. CAPITULO VI

•. i. .. Dos visitadores . \\

•)!,í ti : $4.° 0 governador do banco.ultramanno poderá escolher .qpporti^mpnta^sejfl


d'entre os empregados do banco, seja d'entre pessoas estranhas, um ou mais v i s i t a r e s
196 1865 í) de junho.

em quem delegará o exame e fiscalisação do exercicio e escripturação da succursal e


agencias.
1 1 . ° Estes visitadores terão uma gratificação ou remuneração, que será fixada de ac-
cordo com o conselho de administração.
§ 2.° Tanto os gerentes da succursal, como todos e quaesquer chefes de agencias e
empregados, serão obrigados a apresentar os livros da escripturação, correspondencia e
todos os documentos respeitantes ao banco que lhes forem pedidos pelos visitadores, for-
necendo a estes toda a informação que possa esclarecer o desempenho das funcções que
os visitadores têem de exercer.
§ 3.° Os visitadores poderão, lendo para isso motivo justificado, suspender tempora-
riamente qualquer gerente ou empregado até á resolução definitiva do governador, e to-
mar todas e quaesquer providencias conducentes a garantir a segurança do capital do
banco e de suas transacções.
§ 4.° Os visitadores, alem da communicação regular, na correspondencia com o go-
vernador, de todos os factos que resultarem do seu exame e fiscalisação, farão no fim da
sua visita um relatorio circumstanciado ao mesmo governador de tudo quanto fez objecto
dá sua inspecção, propondo as medidas que julguem util adoptar em beneficio do estabe-
lecimento.
Lisboa, 5 de maio de 1 8 6 5 . = 0 governador, Francisco de Oliveira Chamiço=Q
vice-governador, Antonio Thomas Pacheco—Os membros do conselho de administração,
Antonio José de Seixas—Archibaldo Turner—Augusto Frederico Ferreira—Eduardo
Cairns — Flamiam José Lopes Ferreira dos Anjos=Francisco lzidoro Vianna— João
Gomes Roldan=Luiz Jacinto Soares—Narciso de Freitas Guimarães.
'' D . de L . n . ° 131, de 10 de j u n h o .

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Tendo subido á presença de Sua Magestade El-Rei repetidas queixas de proprietarios


e rendeiros de estabelecimentos de cozer cal, situados no districto de Lisboa e especial-
mente no concelho de Belem, ponderando quanto se torna prejudicial ao desenvolvimento
da sua industria o fornecimento que se está fazendo aos particulares, e por conta do es-
tado, de cal fabricada nos fornos do Rio Secco; e desejando o mesmo augusto senhor at-
tender, pela fórma que for possivel, aos interesses do publico em geral, assegurando a li-
berdade do commercio do genero de que se trata, sem gravame para o serviço do estado:
ha por bem mandar, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, que o in-
tendente interino das obras publicas do districto de Lisboa trate sem demora de elaborar
um projecto, que fará subir á approvação do governo, para o arrendamento em hasta pu-
blica dos fornos de cozer cal e estabelecimentos-accessorios, silos em Rio Secco, sendo
condição essencial do respectivo contrato a obrigação imposta ao arrematante de forne-
cer toda a cal que lhe for requisitada para as obras a que haja de proceder-se por conta
do estado; a fim de se conhecer, conforme o resultado que der a praça, qual a resolução
definitiva que convirá adoptar.
O que assim se communica, pelo referido ministerio, ao dito intendente interino, p a r a
seu conhecimento c devida execução.
Paço da Ajuda, em 9 de junho de 1 8 6 5 . = C a r l o s Bento da Silva. - - P a r a o intendente
interino das obras publicas do districto de Lisboa. D . DE L . n . ° m , DE ío DE JUNHO.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


1.' DIRECÇÃO
1." R E P A R T I Ç Ã O

Havendo-se suscitado duvidas sobre se devem ou não ser obrigados a servir no corpo
de marinheiros da armada real, como effectivos ou supplentes, aquelles individuos que
tendo-se alistado como substitutos no dito corpo, fizerem parte de qualquer contingente
posterior;
2ft3
10 de juuho 1865

Considerando que, se o facto de haver servido como substituto isentasse do dever de


servir por si mesmo, importaria uma grave injustiça com prejuizo de terceiro;
Considerando que o decreto com força de lei de 22 de outubro de 1851 não previu o
caso sujeito;
Sua Magestade El-Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do pro-
curador geral da corôa junto a este ministerio :
Ha por bem declarar que todo o maritimo a quem couber por sorte o serviço da ar-
mada, depois de n'ella ler sido admiltido como substituto, deverá, depois de completar o
tempo de serviço do seu contrato, servir alem d'isso por si o tempo a que, segundo a lei,
for obrigado.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa aos
chefes dos departamentos maritimos, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 9 de junho de 1 8 6 5 . = S d da Bandeira.
D. de L. n.° 132, de 12 de junho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA

REPARTIÇÃO DE AGRICULTURA *

Tendo a commissão encarregada do estudo da padaria na capital reconhecido a conve-


niencia de que o gerente da companhia lisbonense de moinhos a vapor fizesse parte da
mesma commissão, a fim de a auxiliar com os variados e extensos conhecimentos, que o
ditò gerente possue na especialidade de que se trata: ha por bem Sua Magestade El-Rei,
pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, nomear vogal da mencionada
commissão ao referido gerente José Thomás de Oliveira Júnior.
O que se participa ao presidente da commissão para os fins convenientes.
Paço, em 9 de junho de 1865.=Carlos Bento da Silva.
D. de L. n.° 133, de 13 de jnnho.

DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS


REPARTIÇÃO DE MINAS—2.' SECÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Leandro José Gon-
çalves de Freitas e João Maria Dromgaole, em que pedem para'a sociedade com firma
Freitas & Dromgaole a concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade da Al-
parchina, freguezia e concelho de Ourique, districto de Beja;
1
Considerando que Francisco Ignacio Ramba obteve a certidão dos direitos de desco-
berta d'esta mina por portaria de 7 de julho ultimo;
Considerando que o descobridor legal d'este jazigo cedeu e transferia para os reque-
rentes todo o direito á mesma mina que lhe provinha da citada portaria, como consta da
escriptura lavrada nas notas do tabellião José Justino de Andrade e Silva aos 23 dias do
mez de dezembro ultimo;
Considerando que os requerentes com o fim de lavrarem esta mina se constituíram em
uma sociedade com firma intitulada Freitas & Dromgaole, como provaram pela escriptura
feita nas notas do mesmo tabellião em data de 18 de janeiro do corrente anno;
Considerando que esta sociedade exhibiu um documento comprovativo de possuir os
fundos que foram julgados necessarios para a lavra d'este jazigo;
Considerando que tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
na folha official, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Yisto o parecer a este respeito havido da secção de minas do conselho geral de obras
publicas e minas:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o alludido parecer, fazer
a concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade de Alparchina, freguezia e
concelho de Ourique, districto de Beja, á sobredita sociedade Freitas & Dromgaole, ficando
obrigada no praso de seis mezes contados da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa
a satisfazer a todas as disposições da lei e regulamento de minas em vigor; ficando outro-
40
1865 lo <de jtiphó

sim"ba intelligencia''de que-o cafiiptf-tla demarcação d'esta mina é o m e s t ò o è delimitado


do mesmo modo poV qne fói determinado na portaria dos direitos de déSGObertai •
•> '-O que tudds&fcommunicá a predita sociedade para sou conhecimento'e mate effeitos.
Paço, em 9 de junho de 1865. — Carlos Benlo da Silva.=Para a sociedadte ; FreitáS
'vi; - D.aíL.^i^-deii^juÁfô.

'.ÍL-^ÍINÍSTEKLÒ-.DOS'NÈGOGIOS DA GUERRA ' ' 'Í-ÇÍ


^'Tehdtí^medidia ultimamente adoptada, de se tornarem a satisfazer do 1.° de ffiaiò ul-
timo em diaíite iõs vencimentos da oficialidade dos corpos arregimentados pelas pagadri-
rias das divisões militares em que têem os seús respectiv-osqóarteis; cáusádó a algurtâdos
seus.coiíselhos administrativos a difficuldade de fazerem pontualmente a remessa á com-
missão encarregada do fornecimento dos lanificios de metade da quantia quê quinzenal-
mente recebem das sobreditas pagadorias para massas de fardamento, como lhes foi de-
t e r i ç i i i e j l p ^ ^ p d a : p a r t e dq.n,° ; (j.? da ordem do exercito n.° 1-9 d,e i p doTeferjdpjmez
de maio, em consequência de qne nem sempre se proporcionam os meios de sê realisa-
rem economica e pçntaakneníe essas.remessas, poi1 filia de transacções commerciaes en-
tre a capital ewa maior parte das terras em que os corpos se acham estacionados, incon-
veniente este que, posto já se dessé anteriormente á ailudida medida, todavia eslava re-
de.a^:cjor.isaçãQ dada pelos mesmos conselhos aos officiaes ,çi.i}e se
a c ^ â ^ ^ LisMa 'çommissionfldos.peips corpos, de-serem.elles que e n t r e g ^ s e i ^ ' | ( C ( m -
m i s ^ o ^ e jlíiygçj^s as quantias que lhes competisse,.receber, ; se.rvindó-sé par^. essje.nui
a ^ ^ j ú f i . è ^ ^ p r o p n i e h t e s d.os soldos que.os ditos officiaes recebiam da pagadoria <3| pr|r.
^ ç i ^ q j ^ j ^ o paria os'officiaes d'esses corpos, porquanto estes o haviam dos mesmos çpfo
selnos'peíòs fontíòs das preditas .massas; e cumprindo remover taes embaraços,'.sopré 0
quaes algiins_co.mman,dantes dos corpos têem. já representado, de sorte que ,s.e."^ap?'re-
tarde a entrega a commissão de lanificios das sommas que |»rvènt'pra 'jíéva r e g j i % ^ 0 n t e
receber; manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado cios negocios dá guerra,
que''ds i: cdhselhõs administrativos dos corpos do exercito no continente do reino enviem,
a contar do dia l o do corrente mez em diante, com toda a regularidade, á commissão de
lanificios em logar do dinheiro effectivo que até agora lhe remelliam, um recibo proviso-
rio da quantia co^e^òfadeiftê ã:"mèta&e'~flò!Vèhcíftfènfo para rtíássa' 'aê fardamento, a fim
de lhe ser satisfeita pela pagadoria da primeirra divisão, transferindo-se depois esses do-
cumentos para as pagadorias das divisões em que os corpos estiverem collocados, para
queiS» senlvatómiali Beiencontreflaíotal importancia em,que forem liquidadas as respécti-
vasTÍàstriCas f f e tossiras;, nas relações das quaes á massa para fardamento continuais a
abbaáâaífpéiTiràlfeirov -recebendo;porém os conselhos' unicamente metade d'ella;; úistoqaé
outra parte igual é representada ; h'aquélles recibos previsorios, que passam a sfer sattsfei-
tasiçdafstefeiia»«pagadoria da primeira:divisão militar,-à qual para ser: a tempolhafejlítada
para isso com os fundos necessarios, cumpre qhe os ditos conselhos remetlam.Sv dire*
ç8o!d?«ste ministerio, com a necessaria antecipação, notas dteclaratorias-doà valoíes dtiè re-
cibosprovisfflritjsie quinzenas a que respeitam; > •: :/í
Pafcoj^iivÔ de junho de 1865. = Sá dá Bandeira. ' i :.:
Ord. do ex. n.° 27 de 19, e 1). d o X . n.° 139, Vlo 22 dó jàrihò'. " n t '

;
Siítq ai . • .. . ^— • i :.!ijí'>;.= - rir-.,!
:
•.:•• • • •• ••: i u f i •;•;! r ; ' '
20 1
^ ^ ^ ^ I S r r E R I O DOS NEGOCIOS DA MABMHÀ E ULTRAMAR '
!
i-' - • •• ••• 2.-' 'DIRECÇÃO "<.':'-.., •.
. . . ' • 3." REPARTIÇiYO '
Tendo-me sido presente a proposta do negociante americano Augusto A«ch®n .Sifra;
pstâândo -prinií^fio para a navegação doido Quanza, a a província de.-AngolasieitaLppEBieio*
de?temcgsftiOMjtosíporÀ' apor entre Loandae:,GahimbOi e entre, Gálumbo e CambíBnb.e. ; t;
•i "'á.ttáRílen.dois vantagens;que á dita provincia devem: resultár d'aque|la nâvtígaiçflo-y^r
•^onsideratjdo que é de urgencia adoptar este meio de transporte, para realisar o qual
o -mencionado* negociante tem procedido a estudos e reunido capitaes; • ;
10 'dè jiínKo 1865 m

Usando tia auctorisação conferida pelo | 1.° dó' artigo 15.° do acto addiciona) á carta
constitucional da monarchia; e tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros: iiei
p'ór bem'Spprovar o contrato n'esta data celebrado entre o governo e o cidadã^anlericano
AuguátÓArcher Silva parâ'ã navegação'cie vapor no rio Quanza, pelo inodoe nos termos
no.mesmo contrato especificados. "•?-' •
:
'O-presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado'd03 negocios da
guerra, e interino dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido : é''fabá^exetiutàr:
Pàçtí, eih-10 de jurihó de = Marquez de Sá da Bandeira' M .{«•' -1

, Çontrato celebrado com o cidadão americano Augusto Arclicr Siíva pára àémprésia^áá1riáftí^Sçao'0-'1
' " ' " ' dè vapor no rio Quanza, provincia de Angola l. ,rw /. ,>

' ' Aos'10 dias do itfez de junho de 1865, no ministerio dos negocios í a "nfelirihèrd ui-
tramar, e gabinete do iil.*"0 e cx."* sr. marquez de Sá da Bandeira, presidpte'dõ>fcofiselte
dè ttfitíistrbs, ministro e secretario d'estado dós negocios da marinha e>uítrarfiíir>í'©stafndo
p i ^ e n f e S j d e uma parte 0 mesmo ex."10 sr. ministro, como primeiro
d'ó'govérno, e de outra parte ©"cidadão americano'Augusto Archer 8ilv&pSBpM0 «cttWW
gante, assistindo a este acto o conselheiro Levy Maria Jordão, ajudanteiídá^^&Q&fi^e 2
rál da'corôa junto a este ministerio; pelo primeiro e segundo outorgantes fói •íMto násmi-
nha presença, e na das testemunhas abaixo mencionadas e assignadas, ^ u e ctXíbíWdavam
ém úm cóhirato para; a empreza da navegação por barcos de vapor no rôo-Qàáiifeaj^ifvin-
cia dfe AiVgola, entre Loanda e Calumbo, e entre'Calumbo e Cambambe; noe ternabâ^áé
condições abaixo indicadas, e se obrigavam a cumprir todas as suas oondi6õe§"s©scláu-
h:V
> Condição J|..ft O cidadão americano Augusto Archer Silva obri'ga-se(^fmnap?no prasò
de doze mezes, a contar d'esla data, uma companhia commercial, pa ra:© § m kl e 'executar
d-pre§éní£ contrato, peló-modo e nos termos adiante 'especificados'.'- ••>1! O J.mVJ
| unico. A companhia será considerada como portugueza;para íôdoSiogíeSfetósi^í^iâb
tal íféá'sujeita ás leis eregulamentos de Portugal,••desistindo o fundadfflWdá.èám^Bnlíia e
os accionistas que forem estrangeiros de todas as suas immunidades e prifitegiô^^m^rtâO
0': que tiv'ér relação com este contrato. • ; • fi o<<
•'< r Cónd: 2. a A empreza ohriga-se a fazer a navegação do rioQuanza,ippowpioi0>W>AT]*i
gõíâ, ptor meio de barcos a vapor, que navegarão entre Loanda e Càláfflfeo, è'iéT)W&'Gá:-
lumbo e Cambambe. ofegai tu! r«v>
•»§ «Bico. A empreza fará em cada anno, pelo menos, quarenta e oito-•Wag&isiedOÈdas
entre Calumbo e Cambambe, e vinte e quatro entre Loanda eCalumbo; salvo qas® de .força
niaior. ; í ^' > >, •. : "1 .j
Cond. : 3. a A empreza obriga-se a ter para este serviço, pelo-menos* dois';barcok dè
vapor;-epnstruidos seguhdo '® systema mais aperfeiçoado, e com a força neoéssarôav
§ 1.° Para o transporte das mercadorias o passageiros-terá, alem -dõsofearcíte de vapor)
asietntoárcações de ferro cie arqueação e construcção convenientes que;forení<nefeessárias.
i !V-|i2sf. Tanto os vapores como as embarcações de ferro serão.examinadosé«xpterihiBníí
t á f o s e m ,Lisboa ou em -Iioanda por agentes do governo, e só poderãois^iômpiíègaílos-n»
:
dita navegação depois de approvados. • •'* • .-(ikinini :»!> nloíiiílíiv
a
Cond. 4. Os preços máximos dos fretes das mercadorias e os daspa^agens^erãò refc
guladósiprovisoriamente pela tabella que faz parte d'este contrato; aquálisenáfiêviste^elo
gávernador geral da.provinciatle Angola, ouvida a junta da'fazendaífiante^dteífebeber '»
approvação definitiva do governo. •••• • sisq t* otn;? -.•;> f-vvr»
-único. As alterações que a empreza julgar conveniente fazer ;nantafeBllíu só ptáte-
rãò.effectuar-se precedendo informação do» governador geral da proviríeisé> confirmação
regiá.• - -'•.ti.-1-; . •••' '•. - A-. v m "nq
a
Cond. S. O preço do transporte dos passígeiros^ por eoníâ ou éfers0F$içè do^eStado;
será um terço menos do que pagarem os passageiros particulares
Cond. 6. a O frete de materiaes de guerra, fardamentos, utensílios, ou quaesquer ou-
tros objectos carregados por conta do estado, será um terço menos do que corresponder a
igual peso de carga da praça.
Cond. 7. a Estando declarado na provincia ile Angola o estado de guerra, terá sempre
preferencia o pessoal e material que ao governo for necessário transportar nos barcos da
companhia.
200 1865 í) de junho.

Cond. 8. a A conducção das malas do correio, e correspondencia official do governo,


será feita gratuitamente.
Cond. 9." O governo concede á empreza, durante vinte annos, a contar da data d'este
contrato, o privilegio da navegação de vapor do rio Quanza pelo modo estabelecido na
condição 2. a
| unico. Fica entendido que por este privilegio não é prejudicada a navegação do rio,
feita por embarcações que não sejam movidas pelo vapor.
Cond. ÍO. a Será permittido á empreza cortar gratuitamente madeiras das matas per-
tencentes ao estado, e situadas nas margens do rio Quanza, para serem exclusivamente
empregadas no serviço da navegação, na construcção de pontes, pequenos barcos, e em
combustivel das cozinhas de bordo e das machinas dos vapores.
§ unico. A empreza fica sujeita aos regulamentos e instrucções que o governo julgar
necessarios para fiscalisar o córte d'estas madeiras.
Cond. H . a O governo concede que o embandeiramento portuguez dos barcos de va-
per seja féito gratuitamente.
Cond. 12." É concedido á empreza, durante o espaço fixado na condição 9. a , impor-
tar livres de direitos as embarcações, machinas, caldeiras e amarrações de que carecer
para a navegação a que se obriga, assim como os materiaes indispensaveis para o concerto
e limpeza unicamente dos seus barcos.
| unico. A empreza fica sujeita aos regulamentos e instrucções que o governo julgar
necessarios para fiscalisar o despacho dos objectos acima indicados.
Cond. 43. a O governo obriga-se a fazer transportar para Loanda, pelo modo que for
accordado entre o governo e a empreza, dois barcos de vapor destinados á navegação a que
se refere este contrato.
Cond. 14. a O governo obriga-se a facilitar na alfandega de Loanda a carga e descarga
dos generos transportados a bordo dos barcos da empreza, e a permittir que esta, se lhe
convier, tenha uma ponte sua, onde se faça toda a verificacão.
Cond. 45. a O governo concede á empreza que os seus barcos entrem e sàiam de noite
do porto de Loanda sem dependencia de visita.
Cond. 16. a Não será exigida á carga transportada nos barcos da companhia a fiança a
que se refere o § 3.° do artigo 7.° do decreto de 10 de dezembro de 1836.
Cond. I 7 . a Se a empreza deixar de cumprir as condições d'este contrato, salvo os ca-
sos de força maior devidamente comprovados, o governo poderá, tendo ouvido o conselho
ultramarino, rescindir o mesmo contrato por decreto seu, sem dependencia de processo
nem intimação previa. ~
Cond. 18. a No caso de dissolução ou liquidação da companhia, ficarão pertencendo ao
governô as pontes construídas pela empreza para serviço dos seus barcos.
Cond. 19. a É concedido á empreza o praso de vinte e quatro mezes, a contar da data
d'este contrato, para começar a navegação pelo modo por que se obriga a faze-la,
I unico. Se a empreza não começar a navegação dentro do dito praso, será por esse
facto considerado rescindido este contrato.
E com estas condições hão por feito e concluido o dito contrato, ao qual assistiu como
fica declarado, o conselheiro Levy Maria Jordão, ajudante do procurador geral da corôa
junto a este ministerio, sendo testemunhas presentes Antonio Maria Campelo, chefe do
gabinete do ministro, e Antonio Pedro de Carvalho, sub-chefe interino da 3. a repartição da
2. a direcção do ministerio.
E eu, Manuel Jorge de Oliveira Lima, do conselho de Sua Magestade, official maior di-
rector da 2. a direcção da secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em fir-
meza de tudo e para constar onde convier, fiz escrever, rubriquei e subscrevi o presente
termo de contrato, que vão assignar commigo os mencionados outorgantes e mais pes-
soas já referidas, depois de lhes ser Mo.—Marquez de Sá da Bandeira—Augusto Ar-
cher Silva—Fui presente, Dr. Levy Maria Jordão=Antonio Maria Campelo=Anto-
nio Pedro de Carvalho—Manuel Jorge de Oliveira Lima,
2ft3
10 de juuho 1865

Tabella provisoria dos preços máximos dos fretes das mercadorias e das passagens, i qual se refere a
condição 4. a do contraio feito n'esla data entre o governo e o cidadão americano Augusto Archer
Silva, para a navegação por barcos de vapor no rio Quanza, provincia de Angola.

D E LOANDA P A R A CAMBAMBE Réis fortes

H de aguardente, uma

abatidas, uma
50000
20000
10000
Barricas de cal, uma 0040
Polvora, um kilogramma 0025
Fazendas e outras mercadorias, i d e m —
DE CAMBAMBE P A B A LOANDA
50000
Pipas de azeite, uma
Cera, um kilogramma 0020
Marfim, idem 0060
Couros, idem 0020
0300
Café, quinze kilogrammas
lim 0 i d e m 0300
Alí?odãoí P ' 0100
A,goaao
j e m caroço, idem 0200
Gomma copal, idem 0200
Trigo, idem 0150
Ginguba em grão, idem 0150
Mantimentos, idem. 40000
Gado vaccum, cada cabeça 800000
Balsas de madeira, uma
PASSAGEIROS
• a c j a s s e | de Loanda para Calumbo, sem comedorias 10^000
jde Calumbo para Cambambe, idem 10$000
2 3 C l a s s e ! l o a n d a para Calumbo, idem 5)91000
de Calumbo para Cambambe, idem 50000

Os preços das passagens de Calumbo para Loanda e de Cambambe para Calumbo serão
os mesmos que ficam indicados para as respectivas classes.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 10 de junho de 1 8 6 5 . = J t f a r -
quez de Sá da Bandeira—Augusto Archer Silva. D . L . n . ° 13A d e « d o j u n .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEAI DO EXERCITO IV.0 20*
Secretaria (Testado dos negocios da guerra, 10 de junho de 1865
Publica-se ao exercito o seguinte:
Tendo-se suscitado duvidas sobre o destino que deve dar-se ao saldo que por ajuste
de contas de vestuario tiverem a receber as praças alistadas por contrato, em execução
do disposto no artigo 8.° da lei de 4 de junho de 1859, quando forem despedidas do ser-
viço militar por incapacidade physica; Sua Magestade El-Rei, conformando-se com os pa-
receres do conselheiro procurador geral da corôa e do conselheiro ajudante, adjunto ao
ministerio da guerra, manda declarar aos commandantes dos corpos do exercito:
1.° Que as praças contratadas despedidas do serviço militar por incapacidade physica
têem direito ao saldo com a sobredita proveniência, no caso de não haverem recebido uma
somma superior á parte do preço do seu alistamento correspondente ao tempo que tive-
rem servido.
2.° Que esta liquidação será feita pela seguinte maneira: dividir-se-ha a importancia
fixada para o alistamento por contrato pelo numero de dias dos cinco annos de serviço
effectivo a que estavam obrigadas as sobreditas praças, e o quociente multiplicar-se-ha
pelo numero de dias de serviço por ellas prestado. Da comparação do resultado d'esta ope-
ração com a somma total das parcellas que tiverem sido pagas ás mesmas praças, por conta
do preço do alistamento, se conhecerá se são ou não devedoras, e n'este caso receberão
1865 10 dçjunho

p ^ j ^ p ^ q p ç s e ^ p t a ou p.arte cVelje, segundo, o seu credito, e a'aq.uell,e flçará; asfaypf


1 1
" f l p f p o a parte.não recebitja do mesmo saldp. i : ; .;.'„•':'••" "
Que às dita^prpç^s que, em vista ida comparação, a q « $ sejefèfje.o n,° 2,°, tivepem
direito á parte ainda não recebida do preço do alistamento correspondente ao tempo que
sérvirarrí, seja paga, pelo fundo da remissão do serviço militar, a differença a seu favor de-
f p i f r â e deduzida qualquer .quantia de. que forem devedoras, • • v . - t e h ^ í m i u m rójtafc.
000<-S .•:,•;:?» ' .!:';}«d«Í'M1: 1 .
«Mí*>r-> . :— . . i r . • •> -.i--nv::f
O.ÍOi» " . . . . . . . • !'!•!=>» m - . w r i o l
1 5
MINISTÉRIO DOS NEGOCIOS DiV MARINHA E ULTfíÃMAR ^
IH M |.>., 2.= DIRECCÃO
" . •.; ' '•: ... 7
• •';•
a
2, REPARTIÇÃO , ; .-,. ií{{f J
Uií,i
'Sendo de equidade e conveniencia para o serviço publico que o regimen aljn!fêtiíí<$o

f ijpraças 'de pret das guarnições das provincias ultramarinas tenha o melhbrâfrieníb
| ' n o s ultimos tempos tem sido efectuado no das tropas dcffèitíò''0v1IKasaj^jifcefltós':
. f éda Sua -Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha ; è'tilh]amar,
' J t í ^ o governador geral da -provincia de Cabo Verde-faça proceder ao melhoramento do
Tajpho das praças-de pret pelos meios que julgar mais convenientes, propondo
^f}to)ministerio quaesquer medidas-que não estejam ao seu alcance.• . f i;
^ ' - ^ u t r o s i m ordena o mesmo augusto senhor que o alludido governador g e r a l è h ^ ^ é s t à
*|êèfMaria d'estado um mappa,- demonstrando qual tem sido o rancho âistribtiiÔ^tfíM^qN
I ç M ^ a . guarnição em cada um dos ultimos doze mezes, com deSighação de' suá'íjtíârítiradè
'I^Ôâmlade-, -bem como do numero de arranchados e dos que nãoafrãnchamy d é C l a r à f w -
se o motivo por que se lhes faz esta concessão.
CK)<t$?p°> em 10 de junho de 1 8 G 5 . ~ S r f da Bandeira. , p.dei<.fl,««?.d»^dejpDbo.
*»; > » » { , ( » ! ! • . . . - . . • , " ' ' '

(tOOÃÍ; . . ' j ;••..- , .

. ' ', V MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


'".-; .'j- .iiiUÍ1!!;:» • ••-• r :
iU,.: . ' ••• •' • { • • • •'•'•••<. • -."-•
DIRECÇÃO GERAL DA THESOURARIA . i;

Tomando em consideração o relatorio (1) do ministro ,^secretario d'estado-dos nego-


cios aa fazenda, hei por bem decretar o seguinte:

(1) Senhor; — No(re.latorio.que- apresentei ás-côrtes, emjdata dg l9d:edeslembro (le 1887, tratando
da providencia de qCtVtórrrei á iniciativa, e que foi' determinada pelo !de'cr'eter cie G de outubro d'esse
anno, relativamente a serem pagos nas capitaes dos districtos os juros das inscripções com assenta-
mento na junta do credito publico, disse èii' que-esfa mêdiday rittiífte outras vantagens, levaria ao in-
terior do reino uma, grapdo porção cj.'aquelles titulos, promoveria em larga escala a sua procura, e con-
correria consegufiifômenie para a elevação do prei o d'feliés. '•'•"
Os factos mostraram logo que me não enganara, c por isso resolvi ampliar a mesma previdencia,
que tão bejn,recebida fôra, ás capitaes dos districtos dos Aeor.es o da Madeira, ,o que teve .logar- peta
por£árta'dè! í61!dê àgosto de 1860. " ' ' " ', ^ -- " ^ •
•'•'''jU&s itòpéHantáá resultados.obtidos desdffentáo aiigmeritarâm consideravelmente de-anão pài>a ãntló.
Asaiplíp^mbosfíatia estatistica que tenho aíhon-ra de,apresentar á elevada consideração ídé-¥o,ss3M&r
qual foi a importancia dosjuros dos referidos titulos, paga nas c a p y ^ . ^ o à d i s -
.thçlçã.JÍP.PÒfl.tíflSRte do reino desde o ; primeiro semestre de 1838, em cjueVcomeçou.aguèíjp^pag^-
'Êeti semestre do anno proximo passado. E s t i estatistica offerece'óè dados'se-
g u i n t e s : i iíifi
<•••: •••'• ,(';«!• • -- " • - ' . • -
'««Kfti MwmWn- *• • «*'•' • < • • • • l:180íS0Q.1861. 2.?.semestre,.
. a » k a i f o . . . . . . 3 : 5 0 7 3 0 0 0 1862Í í.°.'(lito . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48:409áSOO
"l e io j a s Q ^ ^ t ó ' " . ' . í - . m m o '2.° dito . . . ' : . . . . . . 57:088-^00
j 2 . ° dito 5:76»£2ã0 1.» d i t o '.)i«f?i394^600
1863
H'«i<í?ípr, .UiU , •. • A,., . . . . . . . .6::.624iâ7otí 2.?.dito . - •i.-.
0
|.°,iditfl........ 7:,6i33íStóOO si. dito • •

-''•jOHèSttt^pfeiifeos' 'gniftorze.Semestres decorFidós uiri aiigmento gradual e^prbgFeSsivoiâ^Stóíítft^í-


itftHte, CQiíio a^oaba de nqtar^$e,;a somma dos juros pagoç, noisagund^^emegtíe.ds
quasi'^tènt£i.yeze>a.somma dos que foram p,agps.no primeiro semestre de43»$.,.,.., .«ís ... ,"(j ,,s,
10 de juuho 1865 2ft3

: Artigo 1.° O juro das inscripções de assentamento, que é pago nas capitaes dos dis-
trictos administrativos do continente do reino, por virtude do decreto de 6ido outubro de
18í)7j será de ora em diante pago tambem nos concelhos capitaes das comarcas,judiciaes.
| unico. Nas mesmas localidades serão pagos igualmente os juros das^inscripções'ide
coupons. .«jJífi;*!
:. Art. i 4 ° Os possuidores de inscripções de divida fundada com assentamento, qtaá pre-
tenderem receber os juros na recebedoria da comarca da sua residencia^ devem i&nfcegar
até aos (lias 1 de maio e 1 de novembro aos respectivos escrivães de fòzeqd»:t>a>yrotação,
conforme^o modelo n.° 1, dos números e capitaes das inscripções que possuirfcto;yie'yid&-
mente avflrbadas. Os escrivães de fazenda remetterão as relações que assim reoeteremiá
contadoria'geral da junta do credito publico, para ella processar um reoilàojtem auplikKwto
para o pagamento dos juros. »i .>Y;íLí .>;»«<i3
• • Ai!ti;3;0 Logoque os escrivães de fazenda recebam da coiUadoria . das jaMa.do)t/£dilo
publácoíds,recibos devidamente processados, osentregarão aos possuidores) cbosftitufc&para

' P^rèce-mè' ainda conveniente, parà maior'êsclárecimento;' addicionar a esta estatistica Oijtra que
indique a importancia dos pagamentos reálisaiios tio primeiro e iio: ultimo d 'aquelles séinesjreS"WasM-
pitaes dos diversos districtos do continente do reino, sentindo nâo poder comprobeaâèrnâ irfasbia es-
tatistica a,-importancia paga nos districtos dos Açores e da Madeira por falta dc infqrttíftÇpq.s QOíP-j^tas
ij^aato^ao segundo semestre do aunç lindo. o; ,.!
" . ' rresta segunda estatistica obscrva-se o augmento considerável que se deu no íni&irid joagarilènto
coiti íéíaçao aos mencionados districtos, e verifiéa-se que tal pagamento é'h'oje eífecíiiádtfàtaTOwHWéè,
f ú a n d ò nqiprimeiro semestre de 1858 havia nove. districtos onde não existia umatfiàíài íifecrlpdão.
. : iGçippttova-se a exactidão.das observações expostas pela seguinte fórma:- yyhfii.jsj&Jj
' "Hl lniiiiv.i 1'jfi'J
Juros ^ ' i '"'!' • " m H "
Districtos
Primeiro semestre o , • -mir. '<m «sobcíMi-r
- dc1858 Segundo semeslre
: dc lSGi' 1 U'i
•ti r: ín.;ngify.r.
Aveiro. 30£000 1:8i9,|fj00 r - • : lirfWpOO
Beja... • .» ' (18304000
l^aga.. 124j5oOO G:39l£S0p.,- ií
fagança- 373^730. 1:3m750,
Castello Branco 50^30 l:131$7oÕ « f f i B .
Gisitàbrâ : . ' . . . . . 376,3000 44:653,}í500i ; ; : 14í077p0ff'
Evora 30:051,8750
650&25Q / ; 1163Qá2ííO
i-.oonmo "i - . IrOOÕáOQO.
ria..
gre'.. 8:466$000 ;
Santarem 5:388íà000 5338ftí»00í.
, .Vianna'-. 4:392£00g,. ;
Villa Real. . 5'64á7oÓ
Vizeu umo 3:669,
1:180.5500 2:007^2 50;;r
11". O C'
; : : 7
•>: •'."•;<!:.'"• •!' - ~ " | ' •::-•• '.>Vji;t -ififiSiniiTitr>o:-
Reptas duas estatisticas, não se comprehende o districto do Rorto, p o r q u e - i ^ l e . ^ j a ^ v a f l i ^ i q s
juros" das inscripções antes cio citado decreto de 6 de otitu"bi'o de 1837. , ^ ,"'' ' . '.. ,
É portanto fácil de ver que importando os juros pagos nas capitaes dos tfív^fèH^tíístrrctõs tio
:
còhtrnentfe do reino, no segundo semestre de 1864, em 82:007^230 réis, o capital' Viómíríal ^ á e lhes
corresponde em inscripções ó 5.467:150^000 réis, que se acha espalhado pelas pr.ovSáijflSido e>jptl-
nerçte d© xeino ' Tl í j /
Rfç^uljtaao tSo lisonjeiro em favor do credito publico aconselha mn'a nova prqyadencip como" aotn-
plemèiitô'dàs que forani já adoptadas, e vem a ser pagar nas capitaes dos districtos'qsfútdá nao.,scídas
inscripções dè assentamento, como até aqui; mas tambem das inscripções de coupon3/'éwh#f ! èxtènsiva
eáta di^poáiçãó ás cabeças das ctímarcas judiciaes. ! f . '1 - ni - ; , o h i i w t h l ' » ciliit»! O
Por esta fórma o pagamento dos juros de todos os titulos de divida publica interna póderá fazer-
se em mais cento e uma villas ou cidades, alem das vinte e uma capitaes dos districtos administrativos
em que até agora se realisava unicamente o pagamento dos juros das inscripções de assentamento.
O pagamento dos juros das inscripções de coupons deve produzir os melhores resultados, occasio-
nando necessariamente a procura d'estes titulos, que por sua naturèza mais facilmente se prestam ás
transacções do mercado, e a consequência inevitável será a elevação do seu preço.
Para conseguir pois estes resultados, mediante a fiscalisação que exige tão importante ramo de
serviço publico, peço licença aVossa Magestade para submetter á sua real approvação o projecto de
decreto junto, em que concordou a j u n t a do credito publico.
Ministerio dos negocios da fazenda, em 10 de junho de 1863. = Conde d'Avila.
204 1865 í) de junho.

por elles serem assignados e reconhecidas as assignaturas por tabellião, que declare ha-
verem "estas sido feitas pelos proprios na sua presença. No caso de que o possuidor não
saiba escrever, devem os recibos ser assignados a seu rogo por qualquer pessoa, cuja iden-
tidade seja garantida pelo tabellião, que certificará do mesmo modo a identidade do ro-
gante.
Art. 4.® Os escrivães de fazenda annunciarão o dia no qual devem proceder, com os
recebedores de comarca, á conferencia dos recibos e ao pagamento dos juros das inscri-
pções. No dia que for indicado, apresentarão os possuidores, nas competentes repartições
de fazenda, as inscripções e os recibos com as assignaturas devidamente reconhecidas,
para depois de conferidos os números e capitaes designados nos mesmos recibos com os
números e capitaes das inscripções, ser n'estas imposto o carimbo do semestre cujo paga-
mento se deve fazer.
Art. 5.° Os escrivães de fazenda, depois de verificarem que foi imposto o carimbo em
todas as inscripções, escreverão nos recibos a nota de conferencia, por elles authenticada
com a sua assignatura, e n'esse acto serão pagos os juros pelo recebedor da comarca.
Art. 6.° Os recebedores de comarca remetterão, como passagem de fundos para o co-
fre central do districto os recibos dos juros que houverem pago.
Art. 7.® Os delegados do thesouro lançarão na conta da dotação da junta do credito
publico a importancia dos juros que houver sido paga pelos recebedores, remettendo â
junta os recibos dos juros, que documentem a cifra despendida, a qual será abonada na
escripturação da junta em conta com os thesoureiros pagadores dos respectivos districtos.
Art. 8.° Os portadores de coupons entregarão na epocha marcada no artjgo 1.°, aos
delegados do thesouro nas capitaes dos districtos, ou aos escrivães de fazenda nas comar-
cas, conforme os coupons deverem ser pagos pelo cofre central ou pelas recebedorias, os
coupons que pretenderem receber, com relação ao semestre a pagamento ou aos semes-
tres vencidos. Os coupons, que deverão ser assignados pelos portadores no verso e rela-
cionados nas cautelas (modelo n.° 2), serão conferidos e inutilisados com o carimbo do
semestre em que forem pagos. As cautelas serão entregues aos portadores dos coupons,
assignadas pelos delegados do thesouro ou pelos escrivães de fazenda nas comarcas, re-
servando os signatarios em seu poder os talões das mesmas cautelas.
Art. 9.® Os delegados do thesouro e os escrivães de fazenda, logoque tenham recebido
quaesquer coupons, os enviarão á junta do credito publico, marcando-os novamente com
duas tarjas pretas (modelo n.° 3). Com os coupons será remettida uma relação das caute-
las qUe se tiverem passado, designando-se os números, nomes das pessoas que entrega-
* ram os coupons e importancia total d'estes.
Art. 10.° A contadoria geral da junta do credito publico, lendo recebido os coupons
e feito a devida escripturação, expedirá a necessaria ordem de pagamento sobre o compe-
tente thesoureiro pagador, dando conhecimento da mesma ordem ao respectivo delegado
do thesouro.
§ unico. N'esta ordem serão declaradas as quantias que devam ser satisfeitas, ou pelo
thesoureiro pagador directamente, ou pelos recebedores de comarca. ' 1 "•
Art. 11.° Os delegados do thesouro, depois de terem recebido as communicações de
qUe trata o artigo antecedente, expedirão as convenientes ordens para o pagamento, e em
conformidade farão annunciar o dia em que se hão de pagar, tanto nas cabeças de comarca
como nas capitaes dos districtos, as mencionadas cautelas, as quaes serão resgatadas no
acto do pagamento.
Art. 12.° Os talões das cautelas, que forem passadas em virtude do artigo 8.° serão
logo remettidos aos exactores que houverem de eífecluar o seu pagamento.
Art. 13.° As cautelas pagas pelos recebedores terão o destino marcado nos artigos 6.°
ft 7.® do presente decreto, para os recibos dos juros das inscripções de assentamento.
O conselheiro distado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda assim
o tenha entendido e faça executar. Paço, em 10 dejunho de 1865. E i. = C o n âed'A vila.
2ft3
10 de juuho 1865

MODELO N.°
Comarca de . . .
O abaixo assignado pretende receber os-juros das inscripções de assentamento dos números e ca-
pitaes que vão designados.

BelOOíOOO De 8000000 „ De 1:000,?000 De 300000

Números Números Números Números

Em . . . de . . . de 1 8 0 . . .
(Assignatura.)

MODELO N.
N.° . . . N.°...

Districto de . . . Comarca de . . . Districto de . . . Comarca de . . .


' o w o
Recebi do sr. . . . coupons abaixo meneio- 0 = 0 Recebi do sr. . . . coupons abaixo mencio-
o
C i 0 ) nados no valor d e . . .[para serem devidamente
nados no valor de . . . para serem devidamente Q ^ Q
pagos logoque forem conferidos na contadoria
pagos logoque forem conferidos na contadoria
da junta do credito publico.
a
da junta do credito publico. O
G g OO
De 1,3500 0 ° 0 De U500 H
De 70500 # G S O De 7^500 £
De 15$000 a p s O De 15$000 S
Total j 0 « 0 Total..... T-
q!"O
Repartição de . . . de . . . de 1 8 6 . . . Repartição de . . . de . . . de 1 8 6 . .

REVERSO DO MODELO N.° 2


w o
Numero Numero Numero sss
de coupons dc coupons de coupons
de i # 5 0 0 de 7 # 5 0 0 del3j?000 .13 «i s
o ^ o
dècoupons

o | o
de 70500
Numero

0£0
O S O
O U I O
de coupons
de 10500

G ° 0
Numero

O g O
O g O
O s O
RESUMO O g O RESUMO
De U 5 0 0 O g O De 1,0500
De 7$500 o ^ o De 7*500
De 150000 De 13,3000

MODELO N.° 3
Segundo semestre de 1865
Inscripçno n." 10:080. Capital réis 1:00011000.
A junta do credito publico pagará ao portador d'este coupon quinze mil réis.
. Réis 151000. (n) N.° 20.
(a) Logfir onde se devo pôr o carimbo.
1), dc L. n.° 134, de 16 dè junho.
51
20ê 1865 10 de junho

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
. .,„...„.. REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA — 1.» SECÇÃO

Tendo'em consideração o que me foi representado pela mesa da assembléa geral do


banco lusitano, pedindo a approvação do regulamento pelo qual o mesmo banco deverá
reger-se/depois de legalmente constituido, nos termos dos seus estatutos, approvados
por decreto de 24 de agosto de 1864;
Vistos os documentos, por onde se prova que este regulamento foi discutido e appro-
vado em assembléa geral;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
pul)lÍfa^ XíMia£££.Í0 e jndustria:
Hei por bem dar a minha regia approvação ao mencionado regulamento, o qual consta
de cinco capítulos e oitenta e seis artigos, que baixam com este decreto'assignados pelo
ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria.
O mesmo ministro e secretario d'estado o tenha assim entendido e faça executar. Paço,
em 10 de junho de 1865. = REi. = Car£os Bento da Silva. D . d e L . n . « i 3 4 , d e w d e junho.

/!> . ... .....

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DÀ MARINHA E ULTRAMAR


•.., . 2." DIRECÇÃO
2.» REPARTIÇÃO . . ,

Tendo .sido presentes a Sua Magestade El-Rei os officios em que o governador geral
da provincia de Cabo Verde tem dado conta do estado do archipelago e pedido soccorros
para occorrer ás necessidades da população, em consequência da insuficiência da ultima
colheita; manda o mesmo augusto senhor, pela secretaria d'estado dos negocios da mari-
Nnha e ultramar, participar ao dito governador geral o seguinte :
l . ? . Q w e immediatamente se lhe vae mandar uma embarcação carregada de milho,
arroz e algum toucinho.
-2.° Que estes generos serão pagos pelo governo em Lisboa, com os meios que tem á
sua disposição.
3.° Que a distribuição gratuita de generos alimentícios só se deve fazer a individuos
incapazes cTè"trabalharem, j ã p o r doentes, já por veltros, já peia^suatenra-id^de. —
4.° Que a todos os homens válidos sç devem negar auxilios gratuitos, dando-lhes po-
rém trabalho regularmente retribuído eín dinheiro com que comprem generos para se ali-
mentarem, o u r a n d o os alimentos pelos preços do mercado, ou parte em dinheiro e parte
em generos.
5.° Que esta ultima disposição tertha porém uma excepção, podendo dar-se como
emprestimo aos individuos válidos os generos necessarios para se sustentarem e ás suas
familias até quinze dias, espaço que se considera suficiente para se fazerem as sementei-
ras annuaes.
6.° Que elle governador póde empregar desde já em jornaes aos homens válidos o di-
riheTfó que 'têm em cofre, proveniente da venda do milho. • '
7.° Que elle governador geral deverá publicar esta portaria no boletim official da pro-
vincia, remettendo-o em grande numero a todas as auctoridades, para lhe dárém à; maior
publicidade. ,..'.
Paço, em 10 de junho de 1865. — Sá da Bandeira. D. DE L. n.° 133, D E « D E junho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E UVDUSTRIA
REPARTIÇÃO DE AGRICULTURA

Tendo o governo instituído as caudelarias nacionaes, cujas vantagens, já bem pátèntes,


sãp geralmente reconhecidas, e havendo-se ha pouco tempo publicado, pelo ministerio da
2ft3
10 de juuho 1865

guerra, um decreto regulamentar das remontas dos corpos de cavallaria do exercito, com
o intento de animar a producção e creação dos cavallos portuguezes, convindo portanto
proseguir n'este patriotico empenho, estabelecendo uma serie de providencias qu ; e.actuando
todas no. mesmo sentido possam imprimir energico impulso ao desenvolvimento ,d.a ;isossa
industria hyppica; il
,, Ççnsiderando que das nossas raças cav.allares, sendo apur-adas pelos processos mais
rácionajes de selecção e cruzamento, se podem obter produçtQS que tendwji a jgtiâtolVâ
mesmo exceder, os das mais finas raças estrangeiras; . ,u\
Considerando não só que as disposições naturaes do nosso clima e solo são sufficien-
temente apropriadas para a industria cavaHar, mas tambem que as nossas condições eco-
nomicas, em virtude da presagiosa transformação por que vão passando, demandam o pro-
gressivo incremento d''aqiaeilla .industria;
Considerando que os concursos regionaos, excitando a nobre emulação dos producto-
res e creadores, p e l a ^ s t f i b a i ç ã p úf -r-eçoflapeosas puiblLcas^seqaaáeBa reputar como com-
plemento do systema de medidas que dependem dos poderes publicos, para promover o
melhoramento da nossa industria hyppica ;
Considerando finalmente que a região .do Ribatejo .é da
j ó r ò ã o ^ o é ç r è a ç ã ô equina: . ..•( •
• fteijJoí bem decretar o seguinte: .,.. i,
Artigo'.!'. 0 É creado pelo .presente decreto no Ribatejo um concurso aogipftl de
cavãllar, 'átt qual somente poderão ser admittidos cavallos nascidos e pre?jdps ÍQr^Wt
gálj qualqúer que seja a sua procedencia, uma vez que não tenham meryjis
mais de Seis annos de idade. , : " , .1;
| unico. O concurso realisar-se-ha na Gollegã, por occasião,da feira de S, Martinho,,pp
dia t l derfóvembro. • .... r ,
^'rt. á; 0 Da verba consignada para exposições agricolas no capitulo
do ministerio das obras publicas, commercio e industria será Reduzida $ .
500^(000 a qual se distribuirá pelos'seguintes premios: ,:.,...,.}

Premio d e i i o n r a . . . . . . JConstará de uma taca de prata, no valor de réis 250$000


1.° >....." 100$000
,.6($000
Premios pecuniários... 3.° :......!. 400000
4.° 30$000
'-(í>: 0 -..... 20)3000

, •.:!!•>
500$000

Art.'3.° O premio de honra será conferido ao productor ou.creador q u ç . a p r e s e ^ r oã


seis melhores cavallos; o 1 p r é m i o pecuniário ao productor ou creador^que apresepj^r.ps
melhores dois cavallos; o 2.° ao concorrente que apresentar o melhor ^VftllQ. j Q s ^ t a n -
tes premios serão conferidos áos concorrentes que apresentarem os cayÉjllqs ^pijflg^atos
fim-wierito. '
| unico. Os cavallos que n'este concurso obtiverem qualquer premjó.pãp p,p$ecf^ set1
J f r b m M o s ségurida vez, com igual ou inferior premio, podendo comtudp sar>cqhiei$p>ty,-
dós coixi bs premios superiores. ,1 . ,1
Art. '4.° A nacionalidade e procedencia dos cavallos, e bem assim, a pir^m^tappiíi;d,0£
concorrentes ao premio de honra e ao primeiro premio pecuniário s e r e p pjpdgotqre^.ojj
creadores, prova-se por attestação passada por duas testemunhas., com abonação da : ix$r
pèctivaauctoridade administrativa. • . . • • . , . ,„.,-.
Art. 5.° Os premios serão conferidos por um jury composto do governador cj^il^ç
Santarém, 1 que servirá de presidente, do official superior, presidente
morit-a db exercito, do presidente da camara da"Gollegã, de dois productores,o^.ççeaft^
res, nomeados pelo governador civil e que não sejam directamente i p t e ç e s s . a f j o s ^ í ^ t r i -
p.rémips, db veterinario militar, vogal da commissão âe<rejpi)ntí|, eifióli^jftt
Ôtotè^rpectiaria-tio tíiátricto de Santarem, que servirá de secretario.' ,. .' , ...
A r t j ê . 0 -Terminado 'O concurso será lavrada, pelo secretario, a respectiva acta,'que
ficará archivada na secretaria da camara da Gollegã, em livre que a mesma camara forne-
cerá, sendo enviada copia da dita acta ao governo, pela direcção geral do commercio e in-
dustria.
208 1865 í) de junho.

Art. 7." O secretario do jury enviará ao governo, pela referida direcção geral, um re-
latorio circumstanciado do processo do concurso e dos resultados que a sua instituição pro-
duzir sobre o melhoramento das raças cavallares.
Art. 8.° O governador civil de Santarem tomará as providencias necessarias para a
execução das diversas disposições d'este decreto.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenham entendido e faça executar! Paço da Ajuda, 10 de junho de 1 8 6 5 . =
R E I . = C a r l o s Bento da Silva. D. do L. n.° 142, do 28 da JUNHO.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS D a REINO


DIRECÇÃO GERAL D E INSTRUCÇÃO PUBLICA

4." REPARTIÇÃO

Chegando ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei, que o cidadão. Manuel Joaquim


da Silva Capello, residente em Villa Alva, districto de Beja, offerecêra para a escola pu-
blica de ensino primario da mesma villa uma numerosa collecção de differentes livros,
pautas, lousas, papel e outros utensílios, a fim de serem distribuidos pelos alumnos po-
bres, e alem d'isso dois premios pecuniários que deverão ser conferidos no fim do anno
escolar, um ao alumno que mais se distinguir pela sua assiduidade na frequencia, e outro
ao que d'elle se tornar digno pelo seu talento e applicação: manda o mesmo augusto se-
nhor, que o governador civil do referido districto transmita em seu real nome, ao men-
cionado cidadão, os merecidos elogios pelo serviço que acaba de prestar, facilitando ás
creanças da sua localidade os meios directos e indirectos de poderem adquirir na escola
primaria mais util e proveitosa instrucção.
Paço da Ajuda, em 12 de junho de 1 8 6 5 J u l i o Gomes da Silva Sanches.
D. de L. n.° 137, de 20 de juoho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
, " REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E I N D U S T R I A — d . a SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Olhão uma associa-
ção de soccorros mutuos, denominada «sociedade protectora dos artistas de Olhão»;
. Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar a sorte dos asso-
ciados, 'e muito contribuem para a sua moralisação ,•
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Faro:
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio, e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos da sociedade protectora dos
artistas de Olhão, os quaes constam de nove capítulos e setenta e cinco artigos e um artigo
transitorio, e baixam com este decreto assignados pelo ministro e secretario d'estado das
obras públicas, commercio e industria, ficando esta associação sujeita, nos termos de di-
reito, á fiscalisação administrativa, e.bem assim ás disposições das leis de 31 de maio de
1853 e 7 de abril de 1864, pelo que respeita á acquisição de predios rústicos ou urbanos,
com a expressa clausula de que esta minha approvação lhe poderá ser retirada se se des-
viar dos fins para que é instituida, não cumprir fielmente os seus estatutos, ou deixar de
remetter annualmente á direcção geral do commercio e industria o relatorio:.e contas da
sua gerencia.
!
O mesmo ministro e secretario doestado das obras publicas, commercio e industria o
tenhá flssim entendido e faça executar. Paço, em 1 2 de junho de I 8 6 5 . = R E J . = C a r l o s
Bento da Silva. D . de L. n.° 137, de 2 0 de jonho.
2ft3
10 de juuho 1865

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


1." DIRECÇÃO
3.» REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representaram algumas praças de mari-
nhagem que se acham cumprindo sentença a bordo dos navios do estado; considerando
que é o vinho um alimento julgado necessário para o marinheiro adquirir e conservar a
robustez indispensavel a fim de bem supportar as fadigas inherentes á laboriosa vida do
m a r ; considerando que não ha rasão alguma para excluir das vantagens de tal alimentação
individuos que participam de todos os trabalhos e fadigas com os seus camaradas, pelo fa-
cto unico de estarem cumprindo sentença, como se a ração de vinho podesse reputar-se
u m prazer e n'essa conformidade devessem deixar de gosa-lo aquelles que já estão rece-
bendo outro castigo; conformando-se com a informação dada pelo major general da a r -
mada em seu officio de 6 do corrente mez: ha por bem o mesmo augusto senhor man-
dar que a todas as praças de marinhagem, que em cumprimento de sentença servirem a
bordo dos navios do estado, se abone ração de vinho ou de aguardente igual em tudo ás
que se fornecerem ás outras praças de bordo.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se communica ao
major general da armada para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 14 de junho de 1 8 6 5 . = Sá da Bandeira.
'Ord. d a a r m . n.° 35, do 30 do junho, c D. dc L. 11." 166, de27 de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3.» REPARTIÇÃO

Tendo-se duvidado se os alumnos que frequentaram nos lyceus nacionaes, na classe


de voluntários, uma disciplina, e estudaram particularmente outra disciplina pertencente
ao mesmo anno daquella, são obrigados ao pagamento de uma só ou ao de duas matricu-
las; Sua Magestade El-Rei, considerando que segundo o artigo 55.° § 4.° do regulamento
dos lyceus, as matriculas dos alumnos externos são as mesmas dos voluntários, d'onde se
segue que as d'estes não podem importar em mais que as d'aquelles, como viria a aconte-
cer se o alumno que reúne as duas qualidades fosse obrigado ao pagamento das duas pro-
pinas: ha por bem mandar declarar que o pagamento de matricula, effectuado pelo alu-
mno como externo, lhe aproveite para a disciplina que frequentar como voluntário, uma
vez que as disciplinas pertençam ao mesmo anno do curso e á mesma epocha de exames,
nos termos do artigo 34.° | 3.° do regulamento de 9 de setembro de 1863.
Paço, em 17 de j u n h o d e 1865.—Julio Gomes da Silva Sanches.
D. de L. n.° 136, do 19 de junho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—l. a SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se uma nova associação de
soccorros mutuos, denominada «associação philarmonica protectora do monte pio de Nossa
Senhora do Monte de Caparica»;
Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar a sorte dos asso-
ciados e muito contribuem para a sua moralisação;
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos da associação philarmonica
protectora do monte pio de Nossa Senhora do Monte de Caparica, que constam de treze
S2
1865 1? de junho

capítulos e cincoénta e oito artigos, e baixam.com este decreto assigrMos peio ministro e
secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria; ficando a mesma associa-
ção sujeita, nos termos de direito, á fiscalisação administrativa, e bem assim ás disposi-
ções das leis de 31 de maio de 1853 e 7 de abril de 1864, pelo que respeita á posse dos
predios rústicos ou urbanos, com a expressa clausula de que a minha regia,ap,prp,v,ação
tttérpoderií sei* refírada se se des'viar dos fins para que é instituida, não cumprirJélmeníe
os sétís éstatutõí, óu deixar de remetter annualmente á direcção geral do commeròiq.e ín-
ÔusttfâoifelàtWío é èonlas cia sua gerencia social. ' ' /'';'
^ m ê â M t f í f t i n i s t r o e secretario d'estado das obras publicos, commercio e industria a^,-
sim1 ptenMá etifèndido e faça executar. Paço, em 17 de junho de Í 8 6 5 . = R E L = Çaffp$
} „ , , f d, .de L.

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•ifii-''i:!'«i !-v< lurikjb^b )• fíii • i i i -' í - J*- •" i - - '• • > | í .-.niiiji "ih c.íui' ',.?nnnt)i!jf:y/ "íi
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<y< lliao'K < 'h í , / ) f > : > i ! : : -. S r;..f"11».ít; íí; iuh
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-*Jlno'»K.r, KÍ;iÍ7 '.iffio! .-.•.,'i-iih!):'!' -trr. .M--..-J .••;.. >-.•'• >,<>•': !>>"•}>Ofn >:->W) b -njt
-oifi >íCfsh if,í> .I.>luí.H«ir.J;SN OC obcni'"'11 I ^ U ; : - >.<-i}!> - • • II|> uisflíiíifi u ;V. T V J
-«le o h q òbfirilyoH'). '.èlròhJwn filuofni^nq u onp» •f!.',t!.15'tb lísbítm m;«'l lOfj rA : «tuti(|
NNIF! ' , O H B J Í M J O 7 ONWA' I S J N O N P N L - . ' I / P ' ; < U ! Q H ; - ; ! ! /. « I R I » :)\hiov\r. O Í H ,CINI9JXF> OFIIC-R» O M N
-Í^oiKZíi st» Rf{'«oq.'i crneom r.'o I-^ht» pb '^ínt 'VIU^KH -I<; mí^iTMÍioq ^í>ilqi-i<irf.i auj> v<>»
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' '-ofâé *<>& ^ho-; ii •i»;'f'",di'»íif r, mtibiioj .f."9-iulKu- y• ' «o oup QbnRi5»feiiiíjo3
- ' :'6)?)fHilnúm mu f, n-tcq ni&itiriiaoa obum 9 mbnh
. . fiodarJ r 'b ÕYiJr^teinicnlíc oní i^ib oh iivió 'íubuit;!'» 'op oh oílofjííhohíi e nfeiY
omiáflííír OS; otmij BÓIO'» RF> Í B T I V ' lobnsn-in-ju O H Y J I N I B O I F I ob 'ss-BICQ o O I È I V
•" • :«i-!!aí!!irfi nhT>nm<h ,^:;»ildrrq >mf'o
DIRECÇÃO GERAL D A S OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO D E MINAS — 1 . " SECÇÃO

Mappa dos registos das minas lançados nas differentes municipalidades do reino, q,ue caducaram, nos termos do decreto de 13 de agosto de 1862
tjuáJidado
Dhtiíctos G concelhos Localidades dás minas do mineral Nomes dos registadores Da (a do registo

.Concelho de Oliveira de Porto das Vaccas, ao.fundo do logar de Damondes, fre Cobre e chum Manuel Soares da Silva 1? fev. 1864.
Districto de Aveiro be
v Azemeis guezia de Travanca ' •
Cabeço de Moinhos, a pequena distancia da villa de Al- Cobre Antonio Luiz da Costa Metello...; 30 ag. 1864.'
justrel
Fontes dos Pinheiros, na herdade do Salto, freguezia de Manganez . . . Idem Idem.
/Concelho de Aljustrel.. Ervidel
Courella de S. João do Deserto, a pequena.distancia cia Cobre Antonio Feliciano Batalha 4 out. 1864.
Districto de licja.. j villa de Aljustrel
Courella dos Sapateiros. Manganez Manuel Dionysio J ú n i o r . . 4 set. 1864.
Serro de Oiro. Cobre José Dionysio Idem.
^Concelho de Mertola . . Sitio dos Quartijões. . Manganez . . . Manuel Dionysio Sénior . . Tdem.
Serro das Pederneiras Idem Idem Idem.
Serro Gordo Idem Antonio da Palma Revez.. set. 1864.
Mata Filhos. Idem Manuel Antonio da Cruz. . 13 out. 1864,
Herdades dos Galvões e Páo Molle, freguezia de S. Braz Cobre e outros Justiniano José Raminhos. 10 set. 1864.
de Matos '
/Concelho de Alandroal Herdade da Ameixoeira e annexas, freguezia de Nossa Idem. fcíeiTi Idem.
Senhora do Rosario
Nas herdades Assabooiros, Mestre Fernando e Charneca, Ferro, cobre e Manuel João Letras 11 set. 1864.
freguezia de S. Braz de Matos outros metaes
Sitio "cia Cruz dos Caldeireiros, parte da herdade das Bar- Ferro e outros Francisco Maria Alturas. 16 out. 1864.
/Concelho de Extremoz rocas e outras fazendas, nas freguezias de Santa Ma- me taes
Districto de Evora < ria, de Extremoz, e de Santo Antonio, dos Arcos
Herdade da Almargia Grande, freguezia de S. Braz do Cobre. Conde de Mello 9 set. 1864.
Regedouro •
[Concelho de Evora
Herdade da Ganhoteira, freguezia de S. Bento de Po- Cobre e outros Antonio Luckno Batalha 19 out. 1S64.
mares metaes
\Coneelho de V i a n n a . . . Herdade da Almargia da Estrada, freguezia das Alcaço- Cobre Conde de Mello 10 set. 1864.
vas
Canafixal. Jordana, herdade do Mon teco e Morração... São designa.. Francisco Correia de Mendonça, e outros . . . 28 jul. 1862.
Córte, de Manuel Alves ! Idem Gaspar Gomes Rodrigues e outros 1'.* ag. 1862.
Monie Queimado e Serro da Joanna Idem Idem Idem.
/Concelho de Aljezur... Seno das Joinas Idem Idem l o set. 1862.
Canafixal, Jordana, herdade do Monteco e fflorraçiio,.. Idem João Luiz Simões e outros 14 abril 18§3.
Idem, idem Idem José Gaspar de Azevedo Coutinho e outros... 16 jan. 1864.
Districto de Faro. . f ; Serro das Joinas Idem Domingos Flaviano Rodrigues e outros . . . : . 20 jan. 1864.
Morração. Idem Antonio Augusto Lobo de Miranda, r....... •18 a sr. 1864.
• teoneelho de Villa do ÍSitios baixos e altos do Canafixal, Jordana, herdade do Differentesme- João Luiz Simões e José Antonio jjuèiroz . . 18 abril 1863.
V Bispo . . . j Monteco e Morração, ate á praia do Amado taes
[Idem, idem Idem JosérLobo de Miranda 28 jan. 1864.
t,r
Districto de Vizeu. .Concelho de Armamar i Margem esquerda do rio Tejo, nas propriedades de Fran- Chumba ar Antonio Veríssimo Duarte, como;proc. do 17 set. 1864.
j cisco e Manuel Ferreira, freguezia de Santo Adrião gentifero bacharel Alvaro de Araujo de Azevedo Feio

Repartição de minas, em 19 de junho de 1865. = Antonio José de Sousct Azevedo. D. de L. n.° 137, de 20 de,jun.
212 1865 í) de junho.

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


NOTIFICAÇÕES TELEG U AFHICAS

Annuncia-se que se acha aberta desde hoje, para a correspondencia official o particular,
a estação telegraphica de Pomerão, de serviço limitado e maritimo, devendo por isso abrir
ao amanhecer.
Repartição de contabilidade da direcção geral dos telegraphos do reino, em 21 de ju-
nho de 1 8 6 5 . = 0 chefe da repartição, S. J. Leal Pinto. D. L . n . ° 139, d e 2 2 do j u n h o .
JE

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


Xa REPARTIÇÃO

Havendo representando o governador e a junta de fazenda da provincia de S. Thomé


e Principe, que tem prejudicado os rendimentos publicos a execução do decreto com força
de lei de 23 de julho de 1862, no qual se determinou que as roças do estado, cujo valor
não excedesse a 400/5000 réis, fossem vendidas, sem licitação em praça, aos rendeiros
por vinte vezes a renda que pagassem n'aquella da la;
Considerando que, em virtude do mesmo decreto, tem sido adjudicadas aos rendeiros
algumas roças por um preço muito inferior ao que obteriam, se fossem vendidas em hasta
publica;
Considerando porém que apesar de algum prejuizo que a fazenda publica possa sof-
frer, convém que continuem a ser preferidos os rendeiros das roças de pequeno valor e
importancia;
Considerando que é urgente attender ás representações das mencionadas auctorida-
des, a fim de proseguir na venda das ditas roças, como o exigem os interesses particula-
res e os do estado;
Conformando-me com o parecer do conselho ultramarino, dado em consulta de 30 de
setembro de 1864;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo lo. 0 do acto addicional á carta
- constitucional da monarchia;
Depois de ouvir o conselho de ministros, hei por bem determinar o seguinte:
Artigo 1.° Na compra das roças do estado, ou dos quinhões das mesmas roças, da pro-
vincia de S. Thomé e Principe, a que se refere o decreto de 18 de dezembro de 1854,
cuja renda não for superior a 15$000 réis, serão preferidos com relação aos terrenos por
elles respectivamente cultivados os actuaes rendeiros ou sub-rendeiros, quando provem
ter cumprido todas as obrigações dos seus correspondentes contratos.
§ unico. Estas roças ou quinhões serão vendidos, sem licitação em praça, aos mes-
mos rendeiros ou sub-rendeiros, se o requererem, por vinte vozes a dita renda.
Art. 2.° Quando as roças ou quinhões estiverem arrendados por um preço superior
ao marcado no artigo antecedente, serão ainda neste caso preferidos cin igualdade de
circumstancias os actuaes rendeiros ou sub-rendeiros, nos termos do § 2." do artigo 5.°
do referido decreto de 18 de dezembro de 1864.
Art. 3.° Ficam por esta fórma alterados os artigos 1.° e 2.° do decreto de 23 de julho
de 1862, e revogada toda a legislação em contrario.
O marquez de Sá da Bandeira, presidente do conselho de ministros, ministro e secre-
tario d'estado dos negocios da guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e.ul-
tramar assim o tenha entendido c faça executar. Paço, em 21 de junho de 1 8 6 5 . = R E r . —
Marquez de Sá da Bandeira. D . d c L . n . ° u i , de 2 7 ^ janho.

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIUECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO DE MINAS—2." SECÇÃO

Tendo-me sido presente o requerimento da sociedade com firma intitulada Soares So-
brinhos á- Socios, em que pede que nos termos do decreto com força de lei de 31 de de-
zembro de 1862 o respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a con-
2ft3
10 de juuho 1865

cessão definitiva da mina de cobre de Alcalá e Alcalaim, freguezia de S. Braz do Regedouro,


concelho e districto de Evora;
Considerando que a sociedade requerente obteve por portaria de 4 de agosto ultimo
a concessão provisoria d'esta mina, e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.°
do citado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria
a planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto Antonio de Brito Guerreiro é idoneo, para,
segundo as regras da arte,.dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho geral
de obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposições
da lei, e habilitada a sobredita sociedade para a concessão definitiva do mesmo deposito:
Hei por bem, conformando-me com o parecer da referida secção, conceder por tempo
illimitado á sociedade com firma intitulada Soares Sobrinhos & Socios, a propriedade da
mina de cobre de Alcalá e Alcalaim, freguezia de S. Braz do Regedouro, concelho e dis-
tricto de Evora; ficando obrigada em virtude da presente concessão ás seguintes pre-
scripções : .
1. a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, submettendo-se
os donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos.
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultar a ter-
ceiro.
3. a Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do appa-
recimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra, ou incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros ;
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que se occasionarem pelas aguas accumuladas
nos seus trabalhos, se, tendo sido intimado, não as seccar no tempo que se lhe marcar.
5. a Dar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes, contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior.
v
6. a Ter a mina em estado de lavra activa.
7. a Dar as providencias necessarias no praso que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruida pela má direcção dos trabalhos.
8. a Não difficultar ou impossibilitar, por uma lavra ambiciosa, o ulterior aproveita-
mento do mineral.
9. a Não suspender os trabalhos da mina com intenção de abandonar, sem antes dar
parte ao governador civil respectivo, e deixar a sustentação dos trabalhos em bom es-
tado.
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem ou estabele-
cerem as leis.
H . a Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria todos os seis me-
zes, a contar d'esta data, o relatorio dos trabalhos feitos no período anterior.
12. a Não admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos de lavra sem licença do
governo, precedendo informação do conselho geral das obras publicas e minas. ,
13." Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações
e dos operarios. Estas obras serão as que ordenar o governador civil respectivo, ouvindo
o engenheiro encarregado da inspecção das minas do districto, e no caso de não assenti-
mento do concessionario as que o governo ordenar, ouvindo o conselho geral das obras
publicas e minas.
14. a Executar as obras que nos termos expressos na anterior condição se apresenta-
rem para evitar o extravio das aguas das regas.
13. a Não extrahir do solo senão as substancias úteis indicadas n'este decreto, e as que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito.
16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitti-los.
17. a Pagar ao estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidos pela lei de
31 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares
de 17 de junho de 1858 e 15 de abril de 1862.
18. a Cumprir todos os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos em tudo
que possa ser-lhe applicado. ,
Hei outrosim por bem determinar que para os fins acima designados seja concedido o
terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente deGreto, e q u e é limitado
pelas linhas rectas que formam um quadrilátero A B C D, cujos vertices são: monte de
§14 1865 28 de junho

Alcalá, moinho Velho da Estalagem, moinho Velho das Porcas e a Casa Branca, abran-
gendo uma superfície de 1.700:000 metros quadrados.
' ' Õ riainistro. e s secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
T R I ^ assjm o tenha entendido e faça executar. Paço, em 21 de junho de 1 8 6 5 . = ^ R E I . =
Carlos Bento dá 'Silva, d . de l . n.° 170, dc í de açosto,

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO ' ^ :


NOTIFICAÇÕES TELEGRAPHICAS .
• «' í '
que se acha aberta, desde hoje, para a correspondencia official e parti-
cular,; a elação telegraphica de Peniche com serviço limitado. . . <M
; ! f ; ^ e ^ r t i ç a p de contabilidade,, em 27 de junho de 1865. = 0 chefe da repartição, S: J.
£ ê h l pifytÓ. D. d o L . n.° 142, d e 2 8 d e ' j u n l i o :

í MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


• 2 . a DIRECÇÃO '
REPARTIÇÃO

; , é o t i s i d e r a ç â o a crise alimenticia que na província de Cabo Verdeestá pro-


âuzinuó á escassez das ultimas colheitas em varias ilhas do archipelago, e sendivda nia-
sipw qrge.nçia acudir com ,os precisos soccorros á população das mésmas ilhas: hei por
Bej^/^pdçV,ouvido o conselho dè ministros, ordenar que no ministerio dá:'ftft&nda seja
abórtp 'tjjri credito extraordinario a favor dp ministerio dos negocios da marinha e ultra-
mar, tlá 'quantia de 40:000^000 réis, para ser empregada nos soccorros com : que mais
convenientemente se remedeiem as necessidades da referida população, devendo o governo
d:art conta, á.s côrtes, na proxima reunião, do decretamento d'este credito extraordinario e
:
dá sriá applicação.
, Os ministros e secretarios d'estados dos negocios da marinha e ultramar, e dosda fa-
zenda, assim d tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 de junho de 1865.
J^arçfuez de Sá da Bandeira—Conde d'Avila. D. DE l. N.» I M , DE 1 DE JU»>O. • •

Attendendo á grande diminuição que nos rendimentos da fazenda publica da provincia


dg,Cabo Verde tem produzido a repetida escassez das ultimas colheitas, e as suas naturaes
conseqnénciáèj e sendo de urgente necessidade prover ao regular pagamento das despezas
publicas da nMmiâ provincia, supprindo a actual deficiencia dos recursos do respectivo co-
fre1': Héí pòr líem, tendo ouvido o Conselho de ministro's, ordenar que no ministerio fla fa-
zenda seja aberto,, a favor do ministerio dos negocios da marinha e ultramar, um credito
extraordinário pela quantia de 2i:000$000 réis, para ser applicado ao pagamento das des-
pezas publicas da província de Cabo Verde, devendo o governo dar conta ás côrtes, na pro-
xjmá feupiãp, do decretamento d'este credito extraordinario e da sua applicação.
" 7 ! Òs r míriisfros e secretarios d J éstado dos negocios da marinha e ultramar e da fazenda
assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 de junho de 1865. ==REI. ==
'Mârqúei-âê Sá dá Bandeira^ Conde d'Avila. 0 . d e L . n.° « 4 , de i d e jniho.

5.« DIRECÇÃO '<'

Mokfefidb súfflciente a somma auctorisada pela carta de lei de 25 de junho de: 1864,
• p á W ^ S í ò f r è f â despeza com às rações para as praças da armada, durante o 2.° semestre,
do corrente anno economico de 1864-1865, em consequência do subido preço dosrgene-
róV âè qué ellas se compõem; e sendo necessário, por-este motivo, fazer uso. da auctori-
sação concedida ao governo no artigo 3.° § 6.° da citada carta de lei de 2o de junho : hei
pórfcétii ordenai1, ouvido o conselho d'estado, que no ministerio da fazenda se abra um
práiirtò supplementar, a favór do ministerio dos negocios da marinha e do uitramar, pela
'qú&ritiá dè 19:181#8000 réis, para ser applicada ao pagamento da differença entre o custo
2ft3
10 de juuho 1865

das mencionadas rações e a verba designada para esse fim em relação aos láêxes de janeiro
a junho de 1865.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da marinha e ufiramar e dos da fa-
zenda assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 de junho de 1 8 6 5 . =
Mi.=Marquez de Sá ãa Bandeira= Conde d'Avila. D. de L. „.<• ^ de j de jull)0.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS ' i :


' „ !:•"' •
• i . RESOLUÇÃO N.° 2 7 4 ; W
O conselho geral das alfandegas: ' 'VJ.^-VJ
Visto'o recurso interposto por M. Gatt, sobre a classificação tí'e tres' g ^ O í ^ n í ^ a r f a -
fas, sem marca e sem numero, apresentados a despacho na alfandega grand^dè' LísbqhV è
vindos do Havre no vapor francez Ville de Brest; *=" ''1 »
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso; '" ''
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860 ;
Considerando que o vidro das garrafas de que trata este processo é branco e lino, e
portanto não póde nunca sor comprehendido na designação a que se refere o artigo 120.°
da pauta geral das alfandegas, de vasilhas de vidro ordinario, preto ou verde;
Considerando qué a allegação do recorrente, de que as garrafas em questão são im-
portadas expressamente com o fim de n'ellas se exportarem vinhos nacionaes, nada tem
com a classificação d'este producto, estando esta hypothese prevenida nos artigos 12.° e
13.° dos preliminares da mesma pauta;
Resolve:
Artigo unico. Ás garrafas de vidro branco, de què trata o presente tàcíirsd;'fôraffbem
classificadas pela maioria dos verificadores da alfandega de Lisboa e devtem; j)ãg&r l'60rêis
pòf kilogramma, como obra de vidro, não especificada, soprada ou m o l d a d a . ; ' »•»>'
Esta, resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sésSãb' d è 28 áé
junho de 1865, estando presentes os v o g a e s = Conde d'Avila, prcsidente^A T azrtretó.:,rela-
tor'='Simas—Gonçalves Abreu—Costa—Santos Monteiro— Couceiro.'
D. de L. n.° Íií,' dè í í e j a i b ò .

RESOLUÇÃO N.° 27ÍJ '/''"."V' '

O conselho geral das alfandegas: - •-


Visto o recurso que interpoz o negociante d'esta praça Daniel Àppleton, sobre a clas-
sificação que fôra dada na alfandega de Lisboa a duas peças de um tecido de linho, vindas
de Liverpool pelo vapor Castellion, na caixa marca Ji,K, n.° 7:166;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
"' Vista a amostra que acompanhou o recurso; •: • 1 •
0
Vistb o artigo ÍO. do decreto de 3'de novembro de 1860; ; •>viu?.~ •
7 Coiísiderando que o fecidó em questão é differènte do brim, no fio; cuia e-preparo'; '
""Resolve: ": ^-''i •:•>•.'!-•,
Artigo unico. O tecido de que trata este recufsó festá comprehendida no' artigo SOI?
dà páiità' é sujeito ao direito de 500 réis por kilogramma, como tecidos ^eimtonãoHáas>-
sificados, '' ' .'• •)'>''- •
Eètá resolução foi adoptada pelò conselho geral das alfandegas,'' em sèssBo de' '>%& «te
junho'de 1865, estando presentes os vogaes=Cowde d'Avila, pfreadéBtetej^reéí, rela*
0 = ÈMas^Gonçdlves== Nazareth-^ Úósta=±Santos Monteiro^daueeir^i .<•>, .-.„! .:,

^ - ' < • •: . • •:••.•.•/•. . 1 1 , . ' • • M a l r r- uU-


• -V V v. ; - • •; • . í.M-s-.E ••!• «S tp« ^ ot;'.^ 1
216 1865 í) de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA
REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

Usando da auctorisação concedida ao governo em o § 3.° do artigo 3.° da carta de lei


de 25 de junho de 1864, e tendo ouvido o conselho d'estado, na conformidade do ar-
tigo 4.° da mesma carta de lei: hei por bem determinar que no ministerio dos negocios
da fazenda se abra, a favor do ministerio dos negocios ecclesiasticos e de justiça, um cre-
dito supplementar da quantia de 12:000^000 réis para occorrer ao pagamento dos venci-
mentos dos magistrados aposentados e do augmento da terça parte dos ordenados conce-
dido aos magistrados em virtude da carta de lei de 17 de agosto de 1853, pertencendo
d,a dita .quantia ao capitulo iv, tribunaes de segunda instancia, 7:000$000 réis; ao ca-
pitulo v, juizos de primeira instancia, 3:000$000 réis; e ao capitulo vi, ministerio publico,
2:0000000 réis.
Os ministro e secretarios d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça e dos da fa-
zenda assim o tenham entendido e façam executar. Paço da Ajuda, 29 de junho de 1865.
= R E I . = J u l i o Gomes da Silva Sanches—Conde d,'Avila. p . d e L . n.° I M , d e i d e j u i h o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


2.» DIRECÇÃO
4.» REPARTIÇÃO

Não sendo sufficiente a somma votada na tabella da distribuição da despeza do minis-


terio da guerra, auctorisada pela carta de lei de 25 de junho ultimo, para o anno econo-
mico de 1864-1865, por terem sido computadas as rações de pão e de forragem por um
preço inferior aquelle por que têem sido fornecidas, e sendo por isso necessário fazer uso
da auctorisação concedida ao governo no § 5.° do artigo 3.° da carta de lei de 25 do sobre-
dito mez: hei por bem ordenar, ouvido o conselho d'estado, que no ministerio da fazenda
se abra um credito supplementar a favor do ministerio da guerra pela quantia de réis
19:200$378, para ser applicada ao pagamento da differença do preço das mencionadas ra-
ções nos mezes de abril a junho do corrente anno.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e da guerra o tenham as-
sim entendido e façam executar, dando conta ás côrtes do uso que fizeram d'esta auctori-
sação. Paço, em 29 de junho de 1865.=?= R E I . = M a r q u e z de Sá da Bandeira—Conde
d'Avila. D. de L. n.° 145, de 3 de julho.

Não sendo sufficiente a quantia de 6:310$000 réis, auctorisada pelo decreto de 20 de


outubro ultimo para as despezas com os melhoramentos indispensaveis no edificio da es-
cola do exercito, e para a compra de diversos instrumentos e apparelhos precisos ao de-
senvolvimento pratico de ensino; e faltando ainda preparar-se aquartelamento para os sol-
dados empregados no serviço da mesma escola, arrecadação para os differentes arma-
mentos, armazens para a artilheria e munições, e alguns gabinetes para o serviço dosin-
structores e repetidores: hei por bem ordenar, ouvido o conselho de ministros, que no
ministerio da.fazenda se abra, a favor do ministerio da guerra, outro credito extrordina-
rio pela quantia de 2:000$000 réis, a fim de ser applicada á continuação das sobreditas
obras, as quaes muito convém se achem concluídas até á abertura das aulas no proximo
m e z de outubro.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e da guerra o tenham as-
sim entendido e façam executar, dando conta ás côrtes do uso que fizerem d'esta aucto-
risação. Paço, em 29 de junho de 1865.== R E I . = M a r q u e z de Sá da Bandeira== Conde
(F Avila: D. de L. n.° 145, de 3 de julho
29.de junho 1865 217

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

Usando da auctorisação concedida ao governo pelo artigo 3.° § 8.° da carta de lei de
25 de junho de 1864, hei por bem ordenar, ouvido o conselho d'estado, que no ministe-
rio dos negocios da fazenda se abra um credito supplementar de 37:171^861 réis a favor
do ministerio das obras publicas, commercio e industria, a fim de ser habilitada a direcção
geral dos correios a satisfazer a todas as despezas relativas ao serviço a seu cargo durante
o presente anno economico, para que não foram suficientes algumas das verbas auctori-
sadas, em consequência das alterações feitas nos quadros e vencimentos dos respectivos
empregados em virtude do decreto de 30 de dezembro ultimo, e outras despezas prove-
nientes de melhoramentos introduzidos n'este importante ramo do serviço.
Os ministros e secretarios d'estado das duas mencionadas repartições assim o tenham
entendido e façam executar. Paço, em 29 de junho de 1865. = R E I . = Carlos Bento da
Silva—Conde d'Ávila. d.deL.n.«u6,de;dejuiho.

Usando da auctorisação concedida ao governo no § 8.° do artigo 2." da carta de lei de


2 5 de junho«de 1864, hei por bem ordenar, ouvido o conselho d'estado, que no ministe-
rio dos negocios da fazenda seja aberto um credito supplementar da quantia de 5:967)51695
réis a favor do ministerio das obras publicas, commercio e industria, para completo paga-
mento das despezas pertencentes á repartição de pesos e medidas, relativas ao presente
anno economico.
Os ministros e secretarios d'estado das duas mencionadas repartições assim o tenham
entendido e façam executar. Paço, em 29 de junho de 1 8 6 5 . = R E I . = C a r l o s Bento da
Silva—Conde d'Avila. D . d e L . n.° m, de 4 de joibo.

Usando da auctorisação concedida ao governo no § 8.° do artigo 2.° da carta de lei de


13 de julho de 1863, hei por bem ordenar, ouvido o conselho d'estado, que noministerio
dos negocios da fazenda seja aberto u m credito supplementar pela quantia de 10:138^231
réis a favor do ministerio das obras publicas, commercio e industria, para, na conformi-
dade do contraio de 30 de novembro de 1844, satisfazer á companhia dos canaes de Azam-
buja a differença entre-o rendimento liquido do canal, importante em 1:644$855 réis no
anno economico de 1863-1864 e a somma de 11:783^086 réis, juro de 5 por cento do ca-
pital desembolsado pela mesma companhia.
Os ministros e secretarios d'estado das duas,mencionadas repartições assim o tenham
entendido e façam executar. Paço, em 29 de junho de 1865. = R E I . — C a r l o s Bento da
SUva= Conde d'Avila. • D. d e L . n.° 146, d e 4 d e j u l h o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


2.» DIRECÇÃO
4. a REPARTIÇÃO '

Estando as praças da companhia de saude do exercito equiparadas pelo artigo 27.° do


decreto com força de lei de 6 de outubro de 1851 ás praças do batalhão de engenheiros,
e competindo-lhes por effeito do disposto no mesmo artigo o abono das vantagens conce-
didas a todas as praças dos corpos das diversas armas do exercito pela carta 'de lei'de 2 3
de junho de 1864, que lhes augmentou o vencimento com 20 réis diarios, sendo 15 réis
para pret e 5 réis para fardamento, e não havendo verba votada para esta despeza: hei
por bem ordenar, ouvido o conselho de ministros, que no ministerio da fazenda se abra
a favor do ministerio da guerra um credito extraordinario pela quantia de 819$800 réis,
a fim.de ser applicada ao pagamento do referido augmento até ao fim do actual anno eco-
nomico, dando o governo conta ás côrtes do uso que fizer d'esta auctorisação.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e da guerra assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 29 de junho de 1865.=Rtei.==Afar^<es
de Sá da Bandeira=Conde d'Avila. r», de t,. »•.« m, de ab de joiiio. ;
54
218 1865 í) de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


DIRECÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE
; ... . ;:•.. ,:' - REPARTIÇÃO CENTRAL .
;
•' Usando dá auctorisação concedida ao governo em o § 2.° do artigo 2.° da >carta'áe léi
'de''Í3 ; de julhóMe 1863, e tendo ouvido o conselho d'estado nos termos-do aetigo ^.' 0 'da
mèSm&4eií ; bè*!por bem ordenar que no ministerio dos negocios da fazenda se atoam «as
&égú'ífittes'®e'ditos supplementares relativos ás despezas do dito ministerio, no exercicio
7
í ) e : 8 8 : 0 5 7 | 1 2 0 réis, para pagamento do excesso da despeza que se liquidí)» contas
côrtes, alem dá verba de 79:942$880 réis, descripta no capitulo 2.° da tabella da distri-
buição da despeza do dita ministerio, approvada por decreto de 16.de julho de 4;8ê'3.;
' : • ÍDe;i :498j|033 réis, para pagamento do excesso da despeza que se liquidcMS ipeiá sec-
Çao l. i a #o artigo 29.°, com a restituição de direitos de tonelagem pelas d.iversasálfander
gas, alem da verba de 8:000$000 réis, concedida na mesma secção da supracitada tabeWa':
De 122:604$270 réis, para pagamento do excesso de despeza com os juros por di-
versas transacções da thesouraria, alem da verba de 328:462^000 réis descripta no ar-
tigo 25.'° da mesma tabella;
•De 7:877$063 réis, pará pagamento dos ordenados dos empregados aposentados por
lei, aíofíi cia Verba de 2:070$000 réis, descripta no artigo 39.° da dita tabella;
De '2:155 f ?58i réis, para pagamento do excesso das despezas com a fiscalisação das
alfandegas, alem da verba de 487:434^668 réis, descripta no 1 1 c a p i t u l o da mèsma ta-
bella ;
. ' 'íDe 64:S94áíl36 réis, para pagamento do excesso das despezas com as quotas da arre-
cadação dosrendimentos publicos nas repartições de fazenda dos districtos e concelhos,
alem da verba de 146:386^339 réis, auctorisada no capitulo 13.° da mencionada tabella;
E de 28:428$200 réis, para pagamento do excesso da despeza com as matrizes, lança-
mento e repartição das contribuições, alem da verba de 33:045$454 réis, descripta no ca-
pitnlo.1'5. 0 da mesma tabella.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, assim
o ténhá èntèndido e faça executar. Paço, aos 30 de junho de 1865.=^REi.=Co«de d'Avila.
" D. de L. n . ° 144, de 1 de julho.

Usando da auctorisação concedida ao governo em o § 1,° do artigo 2.° da ;carta de lei


de 13 de julho de 1863, que vigorou para o exercicio de 1863-1864, e tendo ouvido o
cõnselhó^d'e'stado, nos termos do artigo 3.° da mesma lei: hei por bem determinar que
no ministerio dos negocios da fazenda se abra um credito supplementar de 53:691$482
réis, a favor da junta credito publico, com applicação ao pagamento do excesso de des-
peza que se liquidou no dito anno economico de 1863-1864, quanto á somma da verba
auctorisada pela referida lei, para pagamento da differença de cambios e premios de trans-
ferencia de fundos.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, assim
o tenha entendido e faça executar. Paço, aos 30 de junho de 1 8 6 5 . = R E i . = C o n d e d'Avila.
D. de L. n.° 144, de 1 de julho. •

. MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


" • DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
, , ,, , '...... REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS ' , .

Tendo requerido Armand Theophilus Donnet que, nos termos do decreto com for,ça:dè
lei d e c i d e dezembro de 1852 e respectivo regulamento.de 9 de dezembro de
lhe concedesse a certidão dos direitos de descoberta da núoade cobre, s i t ú á á a p herd.ad,e
das Caldeiras, freguezia da Ajuda, concelho de Elvas, districto de Portalegre,; . <;
"Vistos os documentos, por onde consta que o supplicante satisfez a todos os -que^itps
do artigo 12.° do referido decreto; . .
2ft3
22- de julho 1865

Visto o relatorio do engenheiro José Augusto Cesar das Neves Cabral, que por ordem
do governo procedeu ao respectivo reconhecimento, e que verificou a existencia do depo-
sito, como determina o artigo 13.° do mesmo decreto;
'Visto o parecer a este respeito havido da secção de minas do conselho geral das obras
publicas e minas, que julga o requerente legalmente habilitado, na qualidade de desco-
bridor da mina de que se trata:
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com o mencionado parecer, de-
clarar:
•l.° Que o supplicante é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
' de cobre, situada na herdade das Caldeiras, freguezia da Ajuda, concelho de Elvas, dis-
tricto de Portalegre, cuja posição se acha topographicamente designada na planta que por
copia acompanha esta portaria;
2.° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina notados na planta junta
pelos traços de côr vermelha, formam um rectângulo BC DE, que é determinado da se-
guinte maneira: Da capella de S. Rafael tire-se para leste uma recta de 380 metros de
comprimento, e d'este ponto, marcado na planta com a letra A, tire-se uma recta na direc-
ção N. S. e marque-se sobre ella a contar do mesmo ponto, 600 metros para sul e 800
metros para norte; dos pontos extremos d'esta linha designados respectivamente pelas le-
tras B e C levantem-se perpendiculares, marcando sobre cada uma d'ellas e para leste a
extensão de 400 metros que determinará sobre estas linhas os extremos D e E, e com es-
tes quatro pontos ficará determinado o retangulo BC DE que abrange uma superfície de
5(10:000 metros quadrados;
• 3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos ao supplicante
seis mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario de Lisboa, para or-
ganisar uma companhia ou empreza das auctorisadas pelo codigo commercial portuguez,
ou mostrar que tem os fundos precisos para a lavra; na intelligencia de que não se habi-
litando n'estes termos dentro d'aque!!e praso improrogavel, será a concessão d'esla mina
posta a concurso na conformidade da lei;
4.° Que pelo presente diploma são conferidos ao supplicante para todos os effeitos le-
gaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobridor, da mencionada mina.
O que tudo se communica ao supplicante, para seu conhecimento e mais effeitos, fi-
cando obrigado a apresentar n'este ministerio certidão de haver feito registar na respectiva
camara municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço, em 30 de junho de 1865. = Carlos Bento da Silva.=Para Armand Theophilus
Donnet. D. d e L . n.° 152, de 14 de julho.
íír

•HHsiUi c<À>-hVi'j% Iiji!fi<f:iV'- (jÍJfct',ij!J'i- li...•rú1»/-. !ii, Ii|!iv:;:i t!:.i'lt'!^.( ; ••'•::> l', T''•'i'i,l!>!] !; ' í'
. -<.'»<í»J) *.i!;.»I)«biJfíup /•i»pft;t%rt-íáfl ,, íi!iwji '-.le-í u*t;; se; ••'• ;:i;jsi!.hiij

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•-Mt>: - t i( ,1,' í / í í ii, i'i • . ' •i
JULHO
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
ORDEM DO EXERCITO N.° 28 v >,-
Secretaria (Testado dos negocios da guerra, 1 de julho de 1865 '
Publica-se ao exercito o seguinte:
Determinando a carta de lei de 18 de maio ultimo um augmento no pret dos officiaes
inferiores dos corpos das differentes armas do exercito e mais praças designadas na ta-
bella que, com a mesma carta de lei, foi publicada na ordem do exercito n.° 22, de;20 do
dito mez, deve o referido augmento ser abonado desde este dia, em relações de mostras
addicionaes, comprehendendo umas o vencimento até 31 do sobredito mez de maio, e
outras o vencimento do mez de junho proximo lindo.
• N'estas relações devem ser abatidas as quantias que tiverem, sido abonadas, durante
os indicados períodos, para subvenção do rancho de que trata aquella carta de lei; de-
vendo taes relações ser desde logo entregues aos respectivos commissarios de mostras,
para que estes, depois da competente verificação, as enviem a esta secretaria d'estado,
para conhecer-se a importancia d'este augmento de despeza e prover-se ao .seu paga-
mento. í). de L. n.° «7, de 5 (le julho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO DE MINAS—2.» SECÇÃO -

Tendo-me sido presente o requerimento da sociedade com firma intitulada Soares So-_
brinhos & Socios, em que pede que nos termos do decreto com força de lei de 31 de de-
zembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a con-
cessão definitiva da mina de cobre da Alcalá e Alcalaim, freguezia de S. Braz do Rege-
douro, concelho e districto de Evora; '
Considerando que a sociedade requerente obteve por portaria de 4 de agosto ultimo
a concessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.°
do citado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria
a planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto Antonio de Brito Guerreiro é idoneo para,
segundo as regras de arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho ge-
ral das obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da lei e habilitada a sobredita sociedade para a concessão definitiva do mesmo depo-
sito:
Hei por bem, conformando-me com o parecer da referida secção, conceder por tempo
illimitado á sociedade com firma intitulada Soares Sobrinhos & Socios a propriedade da
mina de cobre de Alcalá e Alcalaim, freguezia de S. Braz do Regedoura, concelho e dis-
tricto de Evora, ficando obrigada em virtude da presente concessão ás seguintes prescri-
pções: V .
i . a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, submettendo-se os
donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos. ^
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem'a
terceiro.
3. a Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa doappa-
recimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra ou incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros.
1865
12 de julho

4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que se occasionarem pelas aguas accumuladas


nos seus trabalhos, se tendo sido intimado não as seccar no tempo que se lhe marcar.
5. a Dar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes, contados da data do
decreto da concessão, ficando salva a circumstancia de força maior.
6. a Ter a mina em estado de lavra activa.
7.® Dar as providencias necessarias pó pia só que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruina pela má direcção dos traballios".
8. a Não dificultar ou impossibilitar poi' uma lavra ambiciosa o ulterior aproveita-
mento do mineral/ . i. :
9. a Não suspender os trabalhos da mina com intenção de a abandonar, sem antes dar
parte ao governador civil respectivo, e deixar a sustentação dos trabalhos em bom estado.
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem ou estabele-
cerem as leis.
^ ... l l . a Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria todos os seis mezes,
a èòilrar dwesVá data, o relatorio dos trabalhos feitos rio período anterior.
|'2 ; â ádhittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos cia lavra, sem licença do
precedendo informação do conselho geral de obras publicas e minas.
^ EsíàBétecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações
é cídá opeforiòé. Estas obras serão as que ordenar o governador civil respectivo, ouvindo
o, engenheiro encarregado da inspecção das minas do districto, e no caso de não assenti-
niBhtôi Ho. fetíficfessiobario, ás que 0 governo ordenar, ouvindo o conselho geral de obras
p1ibficá's e mifiâs.
1íl. 1 : j^éétttór as ôbras que, nos termos expressos na anterior condição,; se prescre-
Vèrfeih pàíã'évílat' o extravio das aguas e das regas.
'' l'5'.a Nã9 êktrahir do solo senão as substâncias uteis indicadas n'este decreto, e as que
se atíBâfiem associadas com ellas no mesmo deposito.
16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis
quando o governo julgue conveniente permitti-los.
'ab estado è;-aos proprietarios do solo os impostos estabelecidos pela lei
de 31 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos "regulamenta-
res de 17 de junh'd dè 1838 è 15 de abril de 1862.
18. a Cumprir todos os mais preceitos da cilada lei e respectivos regulamentos em tudo
que possa ser-lhe applicado.
•' r ffèt bútfôsfm por beíh determinar que para os fins acima designados seja concedido o
tSfVeho ,^ue: se acha ifidrcádo na planta que baixa com o presente decreto, e que & .limi-
tado pélas litthas rectas que formam um quadrilátero A BC D, cujos vertices são: Monte de
Âteala, Síoiíitíò Telho da Estalagem, Moinho Velho das Porcas e a Casa Branca,' abrangendo
uma superfície de 1.700:000 metros quadrados.
e "secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio, e indus-
trí^a^stni o tènhá entendido e faça executar. Paço, em 1 de julho de 1865.<=RÉi.=Cí»r-
fòè fflhlbW Silva. D. de L. n.° i6Ò,'de20 íe'jálho.

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


Âcttàrído-se terminados os trabalhos de construcção da linha telegraphica de Vizeu á
Guarda, annuncia-se ao publico que se acha aberta esta linha á correspondencia em com-
iitíWfôraóMècta entre estas duas cidades. . ! ;.
' ' ' P'éra. 'difefeção geral dos telegraphos do reino se pede aos srs. expedidores que hou-
véPeth llè enviar déspâchtíè á$ estações telegraphicas, a M de serem transmittidos aos seu?
déátftíófe, < p tís fciliéctatn fechados em sobrescriptosv porque, só aásim a mesma'direcção
poderá tomar sobre si a responsabilidade do sigillo das transmissões. •:
' dia c t í i i t á t í i l i d a ^ e m - S d e jutho de tôes.'=0;bhBfe dá sreparti^o é. t

r
4'Mtí julho 1865

MINISTÉRIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


1
'2.» DIRECÇÃO
1." REPARTIÇÃO - . . . \

. assegurar 'que âs despezas que o estado faz ctírti a edueâçptà 0fo ciferd'desti-
n a ^ as missões ultramarinas não sejam inutilmente despendidas, sérhsè oL]Èér p jj^pp^-
fante fim para que taes despezas se fazem: Sua Magestade EUHei ba por bem determinar
provisoriamente, e emquanto se não pi^lípa o regulamento do collegio da missão, que
de ora avante nenhum alumno seja admUti.do n'el.le, sem que previamente, por uma es-
criptura publica, seu pae, tutor 5u ôutrá quãlquér pessoa "ãê obrigue a pagar á fazenda pu-
blica a quantia de 144$000 réis, por cada anno que o mesmo alumno estiver no collegio,
se d'elle sair sem ter recebido as sagradas ordens, ou se depois de tardenaddr e intei-
ramente habilitado não for para o ultramar, onde deverá exercer o mi n istfetílv-Sà£hi'dó, ou
empregar-se no ensino em qualquer seminario ecclesiastico, ao menos por t^piViggal ao
que tiver estado no dito estabelecimento, dando-se ao cumprimento da dita obrigação fia-
dor idoneo.
O íjtiê, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, se ^Srti^pâ para
os convenientes effeitos ao superior do sobredito collegio. Páçó, em 3 de juthd W Í 8 & 3 .
= Sá da Bandeira. D. do r,. n.° u 7 , d e s de.juiho.

Considerando que na provincia de Moçambique, cujo vasto territorio iibnáitl^fitíQáSó


comarca, ha apenas um juiz de direito, o qual mal póde dar o necessário expedienfò aos
nuitaerosos negocios da sua competencia ;
Considerando que um só juiz de direito, em região tão extensa-, e étía qde às còitomU-
nièáções^ao tão difficeis, não póde fazer afc correições que ás leis d e t e n h a m e qúé são
de graiidissima utilidade em todos os ramos da administração judicial;
Usando da faculdade concedida pelo f i . ° doartigo 15." do acto addicional ácartacon-
stitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Sei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° É creada na provincia de Moçambique a comarca de Quelimatíe, a qual
comprehenderá os districtos de Quelimane e de Tete.
Art. 2.° Haverá n'està comarca um juiz de direito, um delegado doftfoifarador da cçf-
rôa e fazenda, que será bacharel formado em direito, dois escrivães e dois officiaes de di-
ligencias.
Art. 3.° Todos estes empregados gosarão das mesmas vantagens que competem a
iguaes empregados na comarca de Moçambique. •'.<•'
Art- 4.° A primeira nomeação, tanto do juiz como do delegado, poderá ser 'feita sem
dependencia de concurso.
Art. 5.° Fica revogadas legislação em contrario.
O presidente do conselho dè ministros, ministro e secretario desladó dq§ neí^ò'çií)§da
guerra, interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha enteaáiá&
e faça executar. Paço. em 4 de julho de 186O. — REI. —Marquez de Sá da Bandeira. ••
n . d e L . n.° itfo, d"e 8 dis jSlho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO K INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—1." SECÇÃO

Sendo-me presente o,novo regulamento orgânico (1) do estabelecimento .denominado

Regulamento orgânico da caixa portugueza de seguros mutuos sohre a vida


CAPITULO l
^ Da denominação e to d'esta instituição !
Artigo 1,° É fundádâ 'èttí Lisboa pelo monte pio geral e por este geridã uma «'caíiá por{ugu$S de
M^li^^iA^foois fcoblVè tifo», paã-ft ò.jcàso upicó ,de sobífeXrtVeteítliu
m 1865 4 de julho

«caixa portugueza de seguros mutuos sobre a vida», administrado pelo monte pio geral,
em substituição do que foi approvado por decreto de 9 de março de 1864;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Art. 2.° Esta instituição tem por fim facilitar a todas as pessoas, sem distincção de classe, que a
ella quizerem concorrer, a formação de capitaes, tendo por origem as sommas com que os subscripto-
res contribuírem, as capitalisações de seus juros e as quantias que lhes provierem do direito de herança
reciproca ou mutua entre os interessados.
CAPITULO II
Da natureza e duração do seguro
Art. 3.° O contrato de seguro representa tres entidades, que são:
1." O subscriptor;
2.° O segurado;
3.° O interessado.
'Estas entidades podem estar ou não reunidas em uma ou mais pessoas.
O subscriptor é o individuo que, podendo contratar, se compromette a entrar no cofre da caixa
de seguros com certas quantias e debaixo de determinadas condições.
O segurado é a entidade da qual dependem o§ benefícios do contrato, e poderá ser representado
por uma só vida ou pessoa ou consubstanciar-se em duas.
0 interessado é a pessoa que, segundo as condições do contrato de seguro, tem direito á herança
e mais benefícios d'esse contrato.
§ 1.° A extincção, em certo espaço de tempo, da vida do segurado, se o seguro for feito em uma
só viaa ou pessoa, ou o fallecimento de ambas, quando o valor contratado comprehenda duas, é con-
dição sufficiente para o seguro caducar.
§ 2.° À falta de declaração da parte do subscriptor importa elle. ser tido tambem como segurado e
interessado.
1 3.° A pessoa ou pessoas, sobre a vida das quaes se constitue o seguro, são as únicas entidades
que não podem ser substituídas em toda a duração do contrato.
§ 4." Se o subscriptor fallecer antes da liquidação definitiva e outro o venha supprir, o interes-
sado não poderá ser substituído até á referida liquidação sem ter havido declaração legal do primitivo
subscriptor, na qual determine que os respectivos lucros passem a outra pessoa. N'este caso averbar-
se-ha a apólice ao novo subscriptor ou interessado se os houver.
§ õ." No caso do fallecimento do subscriptor sem disposição testamentaria poderá o interessado
pagar as prestações snbsequentes, ou apresentar pessoa que continue a fazer os pagamentos a que o
íallecido se obrigou pelo contrato da subscripção: não sendo o interessado sui júris compete egta fa-
culdade a quem legitimamente o representar.
Art. 4." O contrato de seguro póde fazer-se por qualquer dos seguintes modos:
1.° Com risco de perda de capital e lucros, isto é, com a condição do interessado não receber cousa
alguma da caixa de seguros, se o segurado fallecer antes de expirar o praso do contrato, ou se, por
qualquer outro motivo, o seguro tiver caducado;
2." Com risco de perda de lucros, salvando capital.
N'este caso, se o seguro caducar, o interessado ou seus herdeiros receberão a importancia das
quantias susbcriptas em seu favor, na conformidade do artigo 22.°
3.° Com risco de perda de capital.
Sendo assim, se o seguro caducar por causa de morte o interessado receberá, na competente epocha
da liquidação, os juros dos capitaes entregues e juros d'esses juros. Mas se o seguro tiver caducado por
falta de pagamento das prestações então o interessado só receberá os juros simples vencidos do capital
entrado na caixa.
§ unico. Se o subscriptor não declarar qual a condição com que fáz o seguro, entender-se-ha que
quer correr o risco da perda do capital e lucros.
Art. O seguro póde ser feito por tempo de um a vinte e cinco annos contados desde o 1.° de janeiro,
1.° de abril, l." de julho ou 1.° de outubro até ao dia 31 de dezembro de algum dos annos subsequentes.
§ unico. No acto da inscripção o subscriptor deve declarar se quer ter a faculdade de liquidar
annual ou quinquennalmente, no todo ou em parte, conforme o § 2.° do artigo 18.°, quando o seguro
comprehenda mais de cinco annos, ou se prefere correr todo o risco do tempo que passar até á termi-
nação do praso escolhido.
Nãe havendo esta declaração entende-se que o subscriptor não quer gosar da faculdade de liquidar
antes de acabar o seu contrato.
CAPITULO III
Das subscripções
Art. í>.° O subscriptor tem direito a entrar na caixa de seguros com a subscripção qúe quizer,
unica ou annual não inferior a ES$000 réis e estes em moeda metallica.
Art. 7." As subscripções podem ser pagas por uma só vez, ou nas annuidades comprehendidas na
duração do seguro.
§ 1." O pagamento das subscripções únicas, ou de qualquer das prestações annuaes, deverá reali-
sar-se no escriptorio do monte pio geral até ao dia 31 de dezembro, 31 de março, 30 de junho ou 30
de setembro, conforme a epocha em tiver sido feito o contrato da subscripção.
§ 2.° Os subscriptores podem com antecipação depositar qualquer somma em metal na caixa econo-
mica para vencer o respectivo juro até ao mez em que deve passar á caixa de seguros.
4 de julho 1865 225

Hei por bem approvar o novo regulamento orgânico da caixa portugueza de seguros
mutuos sobre a vida, o qual consta de dez capítulos e cincoenta e tres artigos, e baixa com

§ 3." Os juros de que trata o § antecedente addicionam-se ao capital subscripto quando importa-
rem em 100 réis ou múltiplos d'esta quantia.
| 4.° Estas quantias tambem não poderão em caso algum ser levantadas pelos subscriptores ou in-
teressados, senão quando acabar o praso do tempo a que se referir a respectiva subscripção.
§ 5." Os subscriptores que entrarem antecipadamente com qualquer somma podem designar até ao
dia em que começa o contraio um outro segurado para supprir a falta occasionada pelo fallecimento de
algum que anteriormente tivesse sido nomeado e evitar que o contrato prescreva.
Não existindo porém segurado no dia em que começa o contrato, todas as sommas depositadas re-
verterão a favor das correspondentes sociedades parciaes.
§ 6.° Os subscriptores podem tambem depositar qualquer quantia em metal na caixa economica
do monte pio, para juntarem importancia total das suas annuidades, vencendo o respectivo juro as quan-
tias que depositarem.
§ 7.° Em relação porém ás prestações que derem entrada em inscripções, os juros publicos, pois-
que os não têem da caixa economica, que d'ellas se pagarem até 3Í de dezembro, são propriedade dos
respectivos subscriptores depositantes.
§ 8.° As quantias provenientes das referidas prestações poderão ser levantadas da caixa economica
á vontade dos .respectivos subscriptores.
Art. 8." É permittido aos subscriptores fazerem o pagamento das subscripções em moeda metallica,
vales do correio, recibos legalisados da caixa economica do monte pio geral, em titulos de divida pu-
blica fundada interna de coupons ou de assentamento, com o pertence em branco, todos com o direito
a receber o primeiro semestre do anno a que a se referir o pagamento.
Art. 9.° O fallecimento do segurado ou segurados só desobriga o subscriptor por annuidades de
continuar o pagamento das qne se vencerem posteriormente ao fallecimento.
Art. 10.° O subscriptor que não pagar as prestações dentro do praso marcado no artigo 7.°, ou o
que subscrever durante o trimestre em que começa o contrato, deve pagar, alem das prestações átra-
zadas, mais um por cento por cada mez de atrazo.
§ unico. 0 seguro caduca logoque o atrazo do pagamento das prestações exceda a um anno.
Art. 11.° A direcção do monte pio geral fará publicar por quatro vezes e com -a antecipação de
um mez na folha official do governo, ou em mais alguns jornaes, os números das apólices dos subscri-
ptores que estiverem para completar um anno de atrazo no pagamento das prestações.
Art. 12.° O subscriptor é obrigado a apresentar dentro do praso de quatro mezes, contado do co-
meço do seguro, a certidão original da idade do segurado, que, na sua falta legalisada, poderá ser sup-
prida com certidão de matricula em algum estabelecimento de instrucção publica, assentamento de praça
ou justificação legal.
Não a apresentando n'este praso será o segurado considerado para a liquidação como no estado
menos vantajoso; isto é, na idade em que haja menor risco de morte.
§ I.° Se o segurado porém for socio do monte pio geral, fica dispensado de apresentar a certidão
de idade.
§ 2." Qualquer inexactidão dolosa nas declarações relativas á idade do segurado, faz caducar o
contrato do seguro, revertendo a favor da sociedade a que pertencer as quantias com que tiver contri-
buído e seus respectivos interesses.
Art. 13.° O capital das subscripções e todas as condições do seguro serão expressas n'uma apólice
em duplicado, assignada pelo presidente, um dos secretarios da direcção do monte pio e o subscriptor.
§ unico. A apólice conterá tambem o nome e domicilio do subscriptor, do interessado e do se-
gurado; a filiação, naturalidade e data do nascimento do segurado.
No verso da apólice serão impressos os artigos, que regem as operações do seguro.

CAPITULO IV
Da inversão dos fundos
Art. 14.° Os fundos pertencentes a cada sociedade parcial serão empregados com a maior brevi-
dade possivel em titulos de divida fundada.
Art. 15.° Todos os titulos de divida fundada pertencentes á caixa de seguros serão depositados na
junta do credito publico, com a declaração de serem inalienaveis até ao dia em que tiver logar a liqui-
dação da respectiva sociedade.
A referida declaração será assignada pelo presidente e thesoureiro da direccão.
§ unico. As respectivas cautelas passadas pela junta do credito publico serão guardadas em cofre
de tres chaves, o qual existirá na casa forte do monte pio geral.
Duas das chaves estarão em poder da direcção, e outra na mão do inspector nomeado para este
serviço, por turno de um mez.
Art. 16." Os fundos da caixa de seguros não ficam sujeitos a penhora, embargo ou reclamação
alguma contra os interessados, seja ella de que natureza for.

CAPITULO V
Das liquidações

Art. 17." Para os effeitos da liquidação consideram-se os seguros agrupados em sociedades par-
ciaes. -
§ unico. Fazem parte da mesma sociedade parcial todos os seguros que terminarem no mesmo
1865 12 de julho

estedeerelo assignado pelo ministro e secretario d'estado das obras publicas, commèrcio
o industria, cora a expressa clausula de que esta minha regia approvação poderá ser re-

anno duração do seu contrato social, ou de qualquer dos períodos a que corresponder alguma das
suas liquidações provisorias, - .«»?
Art. 18'.? Nos contratos feitos com a faculdade de liquidar annualmente, alem da liquidação defi-
nitiva na epocha em que termina o contrato, se farão liquidações provisorias com referencia ao'ultimo
dia de deaerabro de cada anno comprehendido na duração do mesmo contrato. Nos seguros contrata-
dos por mais de cinco annos sem a faculdade do liquidar annualmente tambem se farão liquidações
provisorias com referencia ao ultimo dia de cada um tios quinquennios, ou períodos de cinco annos
complètos, que decorrerem desde o 1." de janeiro immediato á epocha da inscripção até ao fita do
contrato.
| 1.° As liquidações provisorias de que trata este artigo serão consideradas como definitivas para
todos os effeitos, quando os subscriptores. aproveitando-so ria faculdade concedida no.§ unico do ar-
tigo 5.", declararem, antes de acabar o anno ou quinquennio. que optam pela liquidação que lhes cor-
responde. • ;
Em' todos os outros casos as liquidações provisorias servirão unicamente para as quantias liqui-
dadas passarem a nova couta, como subscripções únicas, em relação aos annos ou quinquennios subse-
quentes, oti ao tempo que faltar para a terminação do contrato, se esse tempo não chegar à cincõ an-
nos, e se no seguro não estiver a condição de liquidar annualmente. ' -
| 8.* Nos contratos leitos com a condição de resalva dos capitaes, e com faculdade de liquidar
annual ou qtiinquennalmente, póde o interessado receber, no fim de cada anno ou quinquennio, a
p S r t e q u e Ine pertencer, com exclusão do capital, o qual passará a nova sociedade oomo subscripção
unica.
:
• O subscriptor que quizer aprovei tar-se d'esta vantagem deverá declara-lo no acto da sua entrada,
ou antes de acabar o anno ou quinquennio, conforme quiaer gosar d'ella em todos os anqos ou quin-
quennios, o,ú sómente em alguns. "
A r t 19." -A quantia apurada em qualquer liquidação provisoria ou definitiva, por cada seguro que
nãoiiver caducado, comprehenderá o capital accumulado correspondente ás subcripçqes com q u e h d u -
ver contribuído, e urna parte proporcional dos lucros da mutualidade respectiva á sociedade que li-
qviida. •
§ ; unico. O capital accumulado será calculado como se todos os subscriptores elíectuassem os pa-
gamentos em inscripções e os juros d'ellas fossem recebidos na mesma especie de titulos. • '.
Para esse Sm suppõe-se :
4.? -Que todas as inscripções adquiridas em cada anno com o producto das subscripções são com-
prada? pelo mesmo preço;
2.° Que saíram pelo mesuio preço todas as inscripções adquiridas com os juros recebidos nos an-
nos que o seguro tem para a liquidação.
Art. 20.° A importancia dos lucros, a que se refere o artigo antecedente, calcular-se-ha subtrahindo
da totalidade tios fundos de cada sociedade o seguinte :
1.® Os capitaes accumulados correspondentes aos seguros que não tiverem caducado; . . ,
à." Os capitaes dos seguros que tiverem caducado, mas subscriptos com a resalva: dos qiesinos ca-
pitaes;
3.° Os juros dos seguros caducados quando os contratos tiverem sido feitos arriscando só os ca-
pitaes ; estes juros serão simples ou compostos, conforme determina o n.° 3.° do artigo 4.°'
Art. 2i." A repartição dos lucros de cada sociedade parcial pelos seus segurados será feita pela re-
gra dá companhia, de modo que a parte a distribuir a cada um d'elles seja directamente proporcional
ao producto dos seguintes factores: , ;
1.° O capital que o subsíriptor sujeita ao risco; este factor póde ser, segundo a? condições do ar-
tigo 4.°, o capital accumulado ou o excesso d'este sobre a importancia total das subscripções ou o valor
d'estas;
2.° A probabilidade que tem o segurado de fallecer no espaço de tempo que medeia entre o dia
em que começa o contrato e o dia a que SE-refere" a primeira liquidação provisoria; ou entre duas li-
quidações consecutivas quando o seguro é feito com a faculdade de liquidar annual ou quinquennal-
mente; ou a probabilidade que o segurado tinha no principio do contrato de fallecer era torta a dura-
ção do mesmo quando elle tiver sido realisado sem a faculdade de óptár por qualquer das liquidações
provisórias que lhe competirem antes da epocha primitivamente estipulada para a terrginaçíãQ do se-
guro.
§ unico. Os juros dos titulos de divida fundada que se vencerem depois de acabar o praso a que
se refere a liquidação pertencem aos respectivos interessados.
Art. 22.® Os interessados em seguros, que tenham caducado com a clausula de resalva.de capitaes
subscriptos, receberão na epocha de liquidação correspondente á sociedade parcial em que estiyerem
inseri pios, a quantia em inscripções que, na fórma do § unico do artigo 19.?. se considera equivalente
ao valor metâllieo das subscripções pagas ou o valor nominal das inscripções em que tivenem ^fectuado
os s m t {Mgameníes, quando estes se hajam realisado daquella especie de titulos.' .1 ;•; j ;
§ unico. A restituição dos juros simples ou compostos, que houver a^aser por motifíQ de segiirgp
caducados com a condição de reserva de juros, será feita tamijem em inscripções avaliadas segundo o
disposto na parte do § unico do artigo 19.° que se refere á inversão dos juros.
Art. 23." Todos os cálculos relativos ás liquidafcões serão feilos em ordem a que o seu resultado
receba a approvação da assembléa do monte pio .geral defttío do praso de seis mezes a contar de 1 de
janeiro do anno immediato ao da liquidação.
Art, O pagamento aos interessados começará logoque a assenjbléa geral do jrwHer piohtenha
approvado a liquidação dos fundos de qualquer das sociedades parciaes. .,. -,
uniçp. A direcção poderá vender as inscripções necessarias para pagar 'Qf^iQiçipf que prsten-
22- de julho 1865

tirada, se esta associação se desviar dos fins da sua institutição, se as disposições íty regu-
lamento não forem cumpridas fielmente, ou se o monte pio geral não remetter at^riLa-

cerem aos interessados. Os endossos de todas as inscripções serão assignados pelo presidente e thesou-
reirb da direcção.
Art. 25.° A distribuição dos capitaes liquidados terá logar no escriptorio do moftte pio p r a l ou
nas agencias, quando as nouver.
A direcção comtudo eacarregar-se-ha oliiciosamente de remetter quaesquer sommas, comtantoque
essa remessa seja feita á ordem, por conta e risco das pessoas a quem ellas pertencerem.
Art, 26.* Os interessados ou seus herdeiros não têem direitos á liquiaapáo se rjâo apimentarem
certidão que prove que ás. doze horas da noite de 31 de dezembro do ultimo anno 40'perigdò'ã eme
se referir a liquidação o segurado ainda existia, quando o seguro se houver verificado em uipa «4 pes-
soa, ou que, pelo menos vive ura dos individuos sobre cuja vida se fez a subscripção se o fejjttffl sg
effectuou em duas; ou, finalmente, certidão de obito que prove ter sido o fallecimento de qualquer
d'elles depois do referido dia e hora, poisque o fallecimento posterior não tira direitos adquiridos.
§ unico. Estas certidões, pára serem aceitas, devem vir revestidas de todas as formalidades preci-
sas á sua completa authenticidade-
As que forem passadas em paiz estrangeiro ou nas nossas possessões ultramarinas serão legalisa-
da3 pelás auctoridades competentes e poderão ser enviadas em duplicado por differentes vias.
Art. 27.° As certidões a que se refere o artigo antecedente devem ser entregues no escriptorio do
monte pio geral dentro do praso de dois mezes, pelo que respeita aos individuos que estiverem na Eu-
ropa, e quatro mezes com relação aquelles que residirem fóra d'ella, contados da epocha fixada para a
expiração do contrato.
| 1." Iguaes documentos se exigirão no fim de cada quinquennio aos subseriptores de seguros Vpx
mais de cinco annos, ou annualmente quando 110 seguro entrar a condição de poder liquidar êai qual-
quer anno.
§ 2." Faltando os ditos documentos no praso acima estipulado eutender-se-ha para todos of '.-fei-
tos qiie o segurado falleceu antes de findar o praso da liquidação.
Art. 28." Os termos e prasos prefixos para a justificação dos direitos dos interessados s f p íafaef,
e produzem os seus effeitos sem necessidade de notificação previa e pessoal ou de a f q v , alem M'"qae
contiver a apólice.
-Art. 29." Às quantias entradas na caixa de seguros serão eseriptaradas nos livros dssfçftgnjgcA».
Para cada sociedade parcial haverá um d'estes livros.
'• | unico. Concluídas que sejam as operações da liquidação fechar-çe-bão os t w p o í rfjatiyf»? aos
diversos seguros com a declaração correspondente a cada interessado. •

CAPITULO VI
Da administração
Art. 80." A gerencia da caixa de seguros e todas as despezas da sua administração compelem a di-
recção do morite pio geral, sob a fiscalisação da assembléa do mesmo montepio e de cincoínspèetore-
eleitos annualmente pelos subseriptores.
. Aft.31.° Em devida remuneração d'es te encargo o monte pio geral receberá dos subseriptores uma
percentagem de 4 y 2 P ° r cento em moéda metallica ou em inscripções pelo preço do mercado ao áia
do pagamento, calculada sobre a quantia total em que subscreverem por todo o tempo do seguro; ojt
uma percentagem de 3 P o r cento calculada pelo mesmo modo e roais 1 por cento dos lucros espe-
cificados no artigo 20." que lhes couberem nas liquidações definitivas.
' 1 1 'Os 4 i/ 2 ou 3 1f-i por cento serão pagos juntamente com as primeiras entradas.
| 2." A percentagem de í por cento será deduzida 00 acto de se. efectuar o pagamento dús res-
pectivos lucros aos interessados ou a quem os representar.
Art. 32.° Alem das referidas percentagens o subscriptor é obrigado ao p a g a n w i o fcm pwb
apólice no acto de a receber e aose*íto publico que a lei marcar psra estes titulos.
- Art. 33.° Os cargos de inspector e qualquer outra commissão da caixa de seguros sâto electivos r
gratuitos.
CAPITULO VII
Reunião dos subseriptores
Artigo 3 4 O presidente da assembléa do monte pio geral convocará os subseriptores da caixa de
seguros nas epochas e para os fins designados n'este regulamento.
Art. 35.° Constituem-se e são legaes as decisões tomadas pelos subseriptores que em qualquer nu-
mero; se reunirem no local e á hora designada pelo presidente da assembléa geral do monte pip, Sn
avistí publicado pelo menos, no jornal official do governo com antecipação de cinco dias repetido tres
vezes antes da reunião e affixado no logar do costume.
A r t 36." Os subseriptores terão duas reuniões ordinarias, uma em janeiro e outra depois de con-
cluida qualquer liquidação e as extraordinarias que as circumstancias exigirem.
Art. 37." Compete aos subseriptores:
1.° Eleger na primeira reunião ordinaria de janeiro cinco inspectores que h5o de funccionar n'este
anno; esta eleição terá logar acto continuo á approvação da acta da ultima rçunijk); ,
•2.° Eleger nas duas reuniões ordinarias, acabada a leitura do relatorio, seis subseriptores que.
conjuntamente ppm os cinco inspectores, constituirão a commissão revisora;
3.° Recorrer para a assembléa geral do monte pio nos casos que julgarem convenientes;
4.° Dar ou negar a escusa que se lhes pedir dos cargos de inspectores: na ausencia dareunilodos
subseriptores fica este direito á direcção.
m 1865 JO de julho

mente á direcção geral do commercio e industria um relatorio especial ácerca das opera-,
ções de seguros mutuos sobre a vida effectuados pela referida caixa.

Art. 38.° A mesa da assembléa geral, como fiscal necessário da caixa de seguros e do mesmo modo
os cinco inspectores, têem a seu cargo vigiar collectiva ou individualmente os actos da direcção, po- :
dendo exigir todos os esclarecimentos e assistir ás sessões em que se trate de negocios do seguro.
Art. 39.° É da attribuição especial do presidente convocar a reunião dos subscriptores, dirigiras,
discussões e assignar com os secretarios as respectivas actas.
§ unico. N'estas reuniões os membros da mesa só têem voto se forem subscriptores.
Art. 40.° Compete aos secretarios lavrar, em livro especial, as actas, fazer o expediente da mesa
e apurar as votações.
Art. 41.° Compete aos vice-secretarios supprir os secretarios nos seus impedimentos e servir de
escrutinadores.
CAPITULO VIU
Da direcção, suas attribuições e responsabilidade

Art. 42.° É da competencia da direcção:


•l.° Prover á administração economica da caixa de seguros em conformidade do regulamento e de-
cisões da assembléa geral do monte pio;
2.° Conhecer da legalidade dos documentos que llie forem apresentados, respectivos á caixa de
seguros; :
3.° Poder, recusar qualquer subscripção que se lhe apresente, sem que seja obrigada a declarar o
motivo da recusa;
4.® Vender as inscripções de que trata o § unico do artigo 2í.° para o iim ali designado;
. 5." Publicar todos os semestres uma conta das subscripções que tiver recebido, da sua applicação
e do preço pòr que houver comprado os titulos de divida fundada;
ti.0 Conhecer da legalidade das habilitações das pessoas que se julgarem com direito a ter parte
em alguma liquidação; ° • ,
7.° Entregar a cada subscriptor uma apólice na conformidade do artigo Í3.° e seu §;
8.° Designar os dias de secções ordinarias para tratar de negocios da caixa de seguros;
9.° Poder estabelecer agencias, quando e aonde julgar conveniente para tratar de negocios da
caixa de seguros;
10.° Nomear os empregados necessarios para o expediente, propondo á assembléa geral do monte
pio o respectivo vencimento, impondo-lhes e fiscalisando as fianças;
11.® Dar juntamente com os inspectores os necessarios balanços para se verificar a importancia
dos valores e das fianças dos empregados que as deverem prestar;
12." Apresentar em cada uma das sessões ordinarias da assembléa geral do monte pio um relato-
rio circumstanciado do estado da caixa de seguros e da liquidação que se tiver elíectuado depois da
ultima^sessão da mesma assembléa;
13." Prover dentro dos limites das suas attribuições o augmento e regularidade da caixa de se-
guros;
14." Fazer entrega á nova direcção de todos os valores a seu cargo, pertencentes á caixa de segu-
ros, d'isto se lavrará auto, que será assignado pelos membros de ambas as direcções e competentes in-
spectores.
Art. 43." Compele ao presidente da direcção:
1.° Dirigir a discussão:
2.° Assignar a correspondencia com as auctoridades superiores e presidente da assembléa geral;
3.° Assignar com um dos secretarios as apólices dos seguros e com o thesoureiro as declarações dc
que falia o artigo 15."
Aos secretarios:
1." Fazer as actas e lavra-las em um livro especial:
2.° Assignar as apólices;
3." Tratar do expediente da direcção:
Fiscalisar a escripturação.
Ao thesoureiro:
1.° Receber e pagar á vista dos documentos em fórma:
2.° Assignar as declarações de que falia o artigo lo. 0 , e tudo o mais que estiver determinado
n'este regulamento ou regimento interno.
Art. 44.° A direcção responde solidariamente para com a assembléa geral por todos os actos da
sua administração.
Art. 45." A responsabilidade da direcção pelas quantias das subscripções só começa depois do pa-
gamento d'ellas se ter effectuado no escriptorio do monte pio, na conformidade do disposto no § 1.» do
artigo 7.". . • -
CAPITULO IX
Dos inspectores e commissão revisora

Art. 46.° Aos inspectores compete: • ••••• . t r •


Vigiar collectiva ou individualmente os actos da direcção, respectivos á caixa de seguróisj
2.° Assistir ás suas sessões, e exigir d'ella os necessarios esclarecimentos em relação aos interesses
da caixa de seguros;
3.° Fazer parte da commissão revisora; •i
Dar, na reunião dos subscriptores, todas as informações ao sou alcance.
i I.
de1 julho 1865

O m e s m o m i n i s t r o e secretario d ' e s t a d o das o b r a s publicas, c o m m e r c i o e / i n d u s t r i a o


t e n h a a s s i m e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço, e m 4 d e j u l h o d e 1 8 6 5 . =R.ei.=Carlos
Bento da Silva. D. deL. n.°160, de20dejolho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3." REPARTIÇÃO—1," SECÇÃO ^
A t t e n d e n d o ao q u e m e foi r e p r e s e n t a d o p e l a camara m u n i c i p a l d o Grato, e x p o n d o o s
i n c o n v e n i e n t e s q u e t ê e m r e s u l t a d o a o s p o v o s d o s e u c o n c e l h o d e s e r e m j u l g a d o s n o juizo 1
d e policia correccional a s c a u s a s s o b r e c o i m a s , policia m u n i c i p a l o u t r a n g r e s s õ e s d e p o s -
turas, e pedindo a revogação do decreto de 8 de janeiro de 1859, què transferiu a q u e l l e
j u l g a m e n t o d o s j u i z e s eleitos pará o m a g i s t r a d o d e policia c o r r e c c i o n a l ; e c ò n f o r m a n d o - m e
c o m a i n f o r m a ç ã o d a s a u c t o r i d a d e s c o m p e t e n t e s , q u e s ã o c o n c o r d e s na utilidade da ' p r o -
videncia r e c l a m a d a : h e i p o r bem, u s a n d o d a f a c u l d a d e conferida ao g o v e r n o p e l a lei d e 1 8
d e abril d o dito a n n o , r e v o g a r o citado d e c r e t o d e 8 d e j a n e i r o d e 1 8 5 9 , a fim d e q u e n a s
f r e g u e z i a s q u e c o m p õ e m o c o n c e l h o d o C r a t o r e v e r t a p a r a os r e s p e c t i v o s j u i z e s eleitos o
p r o c e s s o e j u l g a m e n t o d a s c a u s a s d e c o i m a s , policia m u n i c i p a l o u t r a n s g r e s s õ e s d e p o s -
turas.
O ministro e secretario d'estado d o s negocios do reino e interinamente encarregado
d o s d a j u s t i ç a , a s s i m o tenha e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço d e Mafra, e m 5 d e j u l h o d e
1 8 6 5 . = R E I . === Julio Gomes da Silva Sanches. D . DEL.N.»i5o, DÉSDE JOIHÓ.

§ unico. O cargo de inspector é annual, porém dois d'elles devem ser reeleitos e continuar o seu
exercicio por mais um anno. ., -
Art. 47.° A commissão revisora tem a seu cargo examinar o relatorio, contas, livros é gerencia da
direcção em relação á caixa de seguros, dando sobre tudo o seu parecer á assembléa geral do monté
pio, dentro de quinze dias immediatos á sua eleição, para esta o discutir e votar. Não sendo possível a
apresentação do'parecer dentro do referido praso dará parte ao presidente da assembléa : geral em offi-j
cio motivado. ,
§ 1." Os membros da commissão revisora assistem á discussão do parecer, na assembléa geral do
1
monte pio.
§ 2." Os relatorios da direcção, e o parecer da commissão revisora, serão impressos e publicados,
remettendo-se um exemplar ao governo_pela secretaria competente.

CAPITULO X .
Disposições geraes

Art. 48.° As contestações que possam occorrer entre o monte pio e os subseriptores ou interessar
dos serão decididas por meio de árbitros, na fórma que se acha estabelecida nos estatutos do'monte
pio geral.
Art. 49.° Este regulamento não poderá ser alterado sem approvação do governo, sob proposta da
assembléa geral do monte pio, convocada expressamente para esse fim.
Art. S0.° A escripturação respectiva á caixa de seguros estará sempre patente aos subseriptores.
. , Art. 51.° As tabellas de mortalidade adoptadas para as operações da referida caixa são ais de De-
parcieux. •'
Art. 52.° A primeira liquidação da caixa de seguros não poderá verificar-se sem pássár oprimeiYo
quinquennio da existencia da mesma caixa. ••,'?) ,.r.j
• ; Não se admittem até essa epocha seguros que devam terminar antes de expirar, o referido, praso!
Art. 53." A, assembléa do monte p i o geral fica com a faculdade de fazer a liquidação fina^e ,extra-
ordinaria, logoque a gerencia da caixa de seguros mutuos lhe traga perdas directàs. " '' : / } ; f , , ! { ' '
N'este caso a liquidação far-se-ha por sociedades parciaes, como se para cadá uftia d'ellaghòuVéssè
expirado o praso da sua duração. ,! ^ :. - • >
Sala das sessões do monte pio geral, 14 de junho de 186o. =*= Presidente da! assembléa geral> José '
Silvestre Ribeiro=Primeiro secretario, Manuel Augusto de Moraes da Silva—Segundo secrètario, Cae-
tano Alberto de Sori. t , .;' i
Paço, em 4 de julho de 186a.= Carlos Béntò da Silva. ' • •'•'ii''" . '!/
87
1865 5 de julho

; ; MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


•-r;: -r • . 2.» DIUECÇÃO ''' < " •
1.» R E P A R T I Ç Ã O

Sendo indispensavel fixgr o quadro do pessoal do serviço de saudp da provincia de Ti-


mor em attenção ás necessidades e recursos dá mesma provinciá; "
Considerando que os facultativos .habilitados só têem.de ali exercer, a sua profissão em
relação á limitada população não indigena, attenta á repugnância que os naturaes do paiz
mostram, por emquanto, em procurar e seguir os conselhos da sciencia;
. • . Dóosiii&reoáo portanto que com um pequeno numero de facultativos se pçcprrg fgcil-
mfôtííe a.o seiiwfio de saiido daquella provincia:
, • JJsando da faculdade concedida pelo 11.° do artigo 15.° do acto addicional 9 carta çorir
stituciona] da monarchia;
«•-Tendo puvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei po.r bem decretar o seguinte:
JírtigQ .Haverá na provincia de Timor um cirurgião mór, um facullatjvp.de pri-
naeirstou de sôguiída classe e um primeiro pharmaceutico.
; ^Apfc â ^ E s t e s facultativos e pharmaceuticos são igualados em vencimentos pniais vanr
tageps iaG§;4í.prQvincia de Angola. !
Àrt. 3.° São-lhes igualmente applicaveis as disposições geraes sobre o serviço de sarççle
da uUrwnar, -. -V : ' '
•.•[: Ajrt-.; 4Í? -Fica revogada a legislação em contrario,., .(.-..J-U-
(^presidente do conselho de ministros, ministro e secretario ^'estado dós^çgcicjpg^
guerra e interinamente encarregado dos da marinha e uitramar, assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 5 de julho de 1865. = REI.=Marquez de Sá da Bandeira.
D. de L. n.° 150, de 8 do julho.

Attendendo a que n porto de Angoche, na provincia de Moçambique, assim pelas suas


favoraveis condições, como pela natureza do territorio que lhe fica adjacente, é já procu-
rado pete«ommereio e promette tornar-se de grande importancia commercial1; r
„f> jÇpxigjdpr^pdo quanto por este motivo e pelo augmento de população que 'd$ye espe-
ç ^ s p ^ ó . d í í o poptOv.convém estabelecer ali as auctoridades e força publica necessarias
para regalar ia sua administração e assegurar a confiança na protecção devida ás pessoas
:
e'propriedades; .••.>.'
0-
faculdade concedida pelo 11.° do artigo 15. doacto addicional á carta con-
stitucional ' ^ m o n a r c h i a ;
tfcéífiàq ouvido .0 conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem decretar o seguinte : - . . ,
Artigo 1.° A ilha de Angoche e o territorio circumvizinho é elevado á categoria de
governo subalterno, immediatamente snjeitõ-ào governador geral da provincia de Moçam-
bique. ="o
| unico. O mesmo governador geral, em conselho do governo, fixará provisoriamente
^iiftitès ajstnctb. ' ' -L ' .
'Ârtl 2:'®' A capital do districto será estabelecida na Ponta do Parapato, na mârgém $ $
ptentripnal do porto de Angoche, logoque ali se tenham feito as edificações e outras obras
indispensaveis.
^AH.^ ^ ^ .creàda no pòrto dè Angóche uma alfandega em tudo igual á delnhambane.
Arí.' t) districto 'dè Angoche formará um municipio e um julgado^ os qtiaefeTse in-
staaftnffio •ftír0porção. l (jue no mesmojistrieto. fçrJiçiyeod.Q habitantes jagtpspaff ^ p è r - ^
cicio dos cargos municipaes e judiciaes. e •
hp^ver numero sufBciente de cidadãos jhabeis p á r a s e «íeger
seja ppss.ivel h5iverá ç^rtçeíbo ^nja é^tíúíisfãp
WéBW&l a quem'provisoriamente ço,mpe.tirão as átiri^çôies .qlpe ppr lei ca-
. maras municipaes. o' - , •>.> .•
de Angochè ^eneerá' titoa de

Art. 7-° Fica revogada a legislação em c o n í r ^ o , . . . V


3 de juího 4865 23Í

O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado'dos negocios da


guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar assim o'tpnha^èntendido
e fáça.execuitar. Paço, em 5 de julho de 1863. — REX. = Marquez de Sá dà BMdeirà.
D. d e L . n.° í5 ( q ) .d [ e8 (}pijBl|i(|.

ir • \• :

Sèhdb actualmente o procurador dos negocios synicos enrMacau o vèrè^r.iíScaÍ d ^


camara .municipal, e convindo por isso remover de prompto as perigosas çollis^eçluèj po-
dem réstilíár de ser o governo obrigado a receber da elèiçãó popular um e m p r ^ a â ^ p ç j p
qual é responsável, por effeito das suas attribuições politicas e administrativas, m a s ^ ú é
não póde demittir, quando assim for necessário, sem dissolver a corppra^Ép'mjiíílfiipal
de que o mesmo faz parte; ,, •<:•• . • KJ M ,o<J JÍ>B
Úáando da auctorisação conferida pelo § do artigo 15.° do acto aqdiç/onal á'fcarta
constitucional da monarchia; ' '" "•' ,' ' . ' ' '
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros; " , . ^
1
" . fleipor' bem dèçretar.ò seguinte: ' . .'
0
' Àrtigp l . Ò procurador dos negocios synicos na cidade do Santo N o r a f e ^ l ^ è ^ s ^ e j ^ -
cau sera'de nomeação regia, sob proposta do governador, feita 'de entr^lô^éjfe^yef^ffl^i
vereadores e terá de ordenado annual 600^000 réis. "' " .
' .'§: unico. Este funccionario continuará provisoriamente a exercer as funcções gúe lhe
competeip pelo actual regulamento em vigor, emquanto se não pozer epa éxèçúç^ò ò^dé'''
que trátã d artigo do presente decreto. ' 'V! /
' j Àrt.'i2f°i O mesmo procurador accumular! como até agora, o cárgò de ^toitíisfrador
dÔ':con!ceftib de Macau e o dè membro da junta de justiça.' 1
/'
Art..3.® As causas commerciaes em que os réus forem chins serão decididas [)ór âr-
bitfos';etfj' conformidade do codigo, perante 0.procurador dos negocios synicos.' '*V .....
' : ArC&r.° O governador dè Macau, em conselho, formtdará novo re|jplamenty)páraf ^
procuratura dos negocios synicos e o submetterá sem demora á approvação do governo^'*1
Art. B.° Fica revogada a legislação em contrario. ' : ' '\-'"r
O marquez de Sá da Bandeira, presidente do conselho de ministros, mjnistfQ ^lsíícré-^
tario d'estado dos negocios da guerra e interinamente encarregado dos.da^marinhá 1 ^ ul-
tramar .assim o tenha entendido e faça executar. Paço em 8 de julho de: Í 8 § p r p = f t | / . =
Márqueçde.Sá da Bandeira. \ . ' D.deL.i

Tçrçdp mostrado a experiencia os graves inconvenientes, que resultam/Je,haver. pí>. ly-


ceu ôe-Gèatím èó substituto para as tres cadeiras de latim, de philosophia^ rfetorica e
de historia, e sendq d^^od.^,^ pr^encja rgmover .os e s t q r ^ s que,píjr tal motivo obstam ao
desenvolvimento dos'estudos è deixató p o r ' a t t è h ^ r '"as nècessidades q*ue lhes correspon-
dem; usando da auctorisação conferida pelo f f . 9 do artigo 15. ? dè acio addicional á carta
CQnstj{iy»ÍQjaal da.mpn^fchia; hei por bem, £oaselhp u / t r ^ f j f l p . g p de
mit)Ístf^)decretar,o..seguime: , , .. • ... •: i»-. .<*>!if/ --i.
Art v ; Í.°. flaverá nfl--lyceu de Goa dois substitutos para as tres c a d ^ i r ^ ^ - l ^ i j p j , ^ jpb^,
losophia e rhetorica e de historia, um dos quaes será especial pjira » çad#jrça? jfft ÍatjtWi pom
awçssQ-gm a piesmq, e Qjjtro para .as duas outras cadeiras,. £om acc.es^),;^^ $ primeira
d'estas que vagar. . ...•,í;-;.:Vi
v ,Art, Ô substituto da cadeira de latim é. o.brigado a auxilia o pçpjfffispf ; pfj $§fjnço
diario da inesma, do modo que determinar e regular o conselho do lyceu. ' „.,, ; .
rk ^eaçÍTO^iJífl^^ todgs.g^.p^ais y ^ / j f a ^ ^ ^ ã ^ i g ^ a ^ s . ^ i ^ ^ ^ M ^ a t í ^ o s -
Í ^ ^ . " . ^ r f i v ^ t o ^ l ^ i s l a ç ã p em & > p t r a g i o r , , ^ , nhjhn&tns «rfn.-tf
.flja,r(jupz (le Sà c(aBandeira, presidente do conselho de ministros, ministro e. sççji^
tariotféstado dos negocios da guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ul-
tramar assim o tenha entendido e^faça executar. Paço, em 5 de julho de 1 8 6 5 . = R E I . =
Marquez de Sá da Bandeira. D. de L. n.° ISI, de IO de juího.
232 1865 5 de julho
i ••.

; Tendo em attenção as vantagens que para o commercio têem resultado da instituição


dos tribunaes commerciaes ;
Considerando que esta instituição, limitada a principio ás cidades de Lisboa e Porto,
foi tornada extensiva a todo o reino e ilhas adjacentes pelo decreto de 6 de março de 1850;
Considerando que já pelo reconhecido beneficio que resulta dos mesmos tribunaes se
estabeleceram tambem na cidade de Loanda, pelo decreto de 30 de dezembro de 1852, e
na de Macau, pela carta de lei de 7 de abril de 1863;
... Considerando que pelas mesmas rasões se torna conveniente applicar tal instituição ao
estado da India;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta con-
stitucional da monarchia;
r . Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Héi por bem decretar o seguinte:
. Artigo 1.° É creado na cidade de Nova Goa um tribunal commercial de primeira in-
stancia, composto de um juiz presidente, de seis jurados e de tres substitutos.
Art. 2.° Será juiz presidente do tribunal o de direito da respectiva comarca, e servirá
de secretario o delegado do procurador da corôa e fazenda da mesma comarca, de escri-
vão- p de diçeito que for nomeado pelo presidente da relação sobre proposta do juiz pre-
sidente, do tribunal commercial, e de officiaes de diligencias os do juizo de direito.
Art. 3.° O tribunal do commercio de Nova Goa exerce jurisdicção ordinaria e conten-
ciosa ;na respectiva comarca, conhece por appellação das sentenças arbitraes proferidas
•nos termos.do artigo 1032.° do codigo commercial nas outras comarcas doestado da India
e nas de Timor, Moçambique e Quilimane, e tem competencia para a matricula dos nego-
ciantes, registos commerciaes, fallencias ou suas dependencias em respeito tambem ás co-
marcas de Bardez e Salsete, que para este fim são consideradas do districto do mesmo
tribunal.
Art. 4. b A alçada do tribunal é de 200$000 réis; nas superiores a esta quantia cabe
appellação para a relação do districto e da decisão d'esta o recurso de revista, quando haja
logar a elle, nos termos da legislação em vigor.
Art. 5.° Na ordem do progresso se observará o codigo commercial e mais leis poste-
riores, em vigor.
Art- 6.° Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocjos da
guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 5 de julho de 1 8 6 5 . = R E I . = M a r q u e z de Sá da Bandeira.
D. de li. n.° 151, de 10 de julho.

MINISTÉRIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—4.a SECÇÃO

Tendo-me sido presentes os documentos pelos quaes se prova que nos cofres do banco
do Mipho, cujos estatutos foram approvados por decreto de 24 de agosto de 1864, deu
já entrada a quinta parte do seu capital social, na importancia de 120:000^000 réis.
Vista a carta de lei de 15 de junho de 1864;
Yisto "o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem considerar legalmente constituido o banco do Minho e habilitado a func-
cionar,
' ' O iiiínistro é secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 5 de julho de 1865. = R E I . = C a r l o s Bento da
StítóV' '' ' D. deL. n.° 151, de. 10 de julho.. .
5'de julho 1865

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
2.» REPARTIÇÃO

CIRCULAR .

Sendo necessário estabelecer de um modo regular e permanente as regras que devem


observar-se na execução do § 2.° do artigo 61.° da lei de 27 de julho de 1855, ácerca do
modo por que devem ser indemnisados os mancebos recenseados e chamadosa fazer ser-
viço no exercito como supplentes dos refractarios, por todo o tempo que òs substitiliránr:
ha Sua Magestade El-Rei por bem, em vista da proposta feita a este ministerio pelo Sós
negocios da guerra e do expendido na consulta da secção administrativa do conselho d i s -
tado sobre o assumpto, com a qual se conforma, ordenar o seguinte:
Artigo 1.° O recruta supplente alistado no exercito, quando lhe não couber servir em
nome de algum refractario, ou em seu proprio nome, e que elle mesmo não seja refracta-
rio, logoque lhe compita baixa, tem direito a receber pelos fundos que existem no Cofre,
provenientes das execuções e remissões dos refractarios do respectivo contingente, e tííe-
diante ordem do ministerio da guerra, a quantia correspondente ao tempo que serviu. Só
lhe poderá ser concedida baixa, estando completo o mesmo contingente e nas duas hypo-
theses seguintes:
1.° Quando se remir do serviço militar ou assentar praça algum refractario;
2.° Quando se tiver cobrado por uma ou mais execuções a somma equivalente ao preço
1 ; ! 1
fixado para a remissão do serviço militar no respectivo anno. '
§ 1.° Verificada qualquer das hypotheses em que póde ser concedida baixa !ao recruta
supplente, terá a preferencia para esta concessão o supplente de numerb mais áltó. ,
| 2.° O recruta supplente, a quem competir baixa nos termos d'este artigo, poderá
continuar no serviço militar até completar o tempo de cinco annos, como praça efféfctiva do
exercito e tres na reserva, recebendo a quantia correspondente aos ditos cihco'jirinos; Nó
caso porém de preferir a baixa, deverá a quantia que deixar de receber ter a applicação
marcada no artigo 8.° da lei de 4 de junho de 1859.
Art. 2.° Os recrutas supplentes que forem licenciados para a reserva, por haverem Ul-
timado o tempo de serviço effectivo, estando completo o contingente a qúe pertencerem,
terão direito a receber rateadamente o saldo que existir em cofre, proveniente das execu-
ções dos refractarios ou da remissão do seu serviço, não excedendo nunca o preçó da re-
missão a quota proporcional que lhes tocar.
§ unico. Do saldo a que se refere este artigo será deduzida a importancia dos tres quin-
tos correspondentes aos tres annos que os refractarios servem a mais, para ter a applica-
ção marcada no artigo 8.° da citada lei de 4 de junho de 185§.
Art. 3.° O producto das execuções e das remisssões dos refractarios, emquanto o.còn-
. tingente não estiver completo, continuará á disposição do ministerio da guerra, a fim de
ter opportunamente o destino competente.
Art. 4.° No tempo de serviço a que são obrigados os refractarios, será levado èm conta
o tempo correspondente ao producto das respectivas execuções, quando forem capturados
e compellidos a assentar praça, por se não baver cobrado a somma equivalente ao seu
serviço. . f ,
| unico. Aquelles que não tiverem supplentes no serviço militar, terão direito á' res-
tituição do producto da venda de seus bens; ficando porém sujeitos a servir todo o tempo
a que estão obrigados.
Art. 5.° Os governadores civis do continente no reino e ilhas, logoque se ache com-
pleto o contingente de qualquer conselho dos seus districtos, indicarão ao ministerio do
reino os nomes dos recrutas supplentes que, nos termos do artigo 1.°, tiverem direito á
baixa, por algumas das circumstancias designadas nos n.°5 1.° e 2.° do mesmo artigo, e
bem assim os nomes d'a<jiielles que, tendo sido licenciados para a reserva, têem direito a
receber o saldo de que trata o artigo 2.°, citando as datas das competentes guias-edasre-
lações que remetteram ao dito ministerio, aonde se acharem mencionadas as ,quantias de-
positadas nos respectivos cofres, por effeito da execução dos refractarios òu da remissão
do seu serviço. * - - .
O que Sua Magestade manda, pela secretaria d'estado dos negocios do reino, coihmu-
234 1865 li de julho

nicar ao governador civil do districto de Aveiro, para seu conhecimento e devida exe-
cução. - •: ; : •
Paço, em 5 de julho de 1 8 6 5 . = Julio Gomes da Silva Sanches (1).
• • • • . • D. d e L . n.° 153, de 12 de julho.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA


1.* REPARTIÇÃO
8
C I R C U L A R . ' * '' ''"'" '

presente: a Sua Magestade El-Rei haverem algumas (commissões. de,rgCjén^-


.n^qtõ^os ; eieitores e elegíveis para deputados e para os çargos ; municipaes. .fe.paro,cni3es
'^vV^Q.à^fièsentár, finda a rev.isão annual do mencionado, recenseamento, o,4u.p|.içâ"dp
remettido ao.respectivo governador civil, .como. estava em uso.;por .yirtuge
dó preceito Jdo artigo 32.° do codigo administrativo, fundando-se essas commissões é m p | b
{[h^^;sei;;.iipppsta tal obrigação, nem pelo decreto de 30 de setembro de 1852,-pw) peia
lçarú-fi^'lei dè 23 de novembro de 1859,• e : ..
:,..Y fíQn§iae.rando Sua Magestade que, comquanto pela portaria circular de i t de.jupbò de
'185$ se déç|iarasse deverem considerar-se revogados pelo decreto de 30 de setenibrq de
,lSb2 ;qs ar|igos 18.° a 46.° do codigo administrativo, que commettiam ás. camaras muni-
cipaes !a;jre;YÍsão annual do recenseamento, artigos entre os quaes se comprehende o de
qúe' se' trata, nem por isso no citado decreto, ou na lei de 23 de novembro ; dè. se
encontra disposição alguma que expressamente revogue o artigo 32.° do çodigi). adijiinis-
traÇjyíj, acrescendo que o preceito n'elle estabelecido não contraria as prescripções d'aquel-
Íes iíòis diplomas; •-,,•••
Considerando que a doutrina da mencionada portaria circular de Í7 de junho de ÍÔ53
não è portanto applicavel ao artigo 32.° ou a outro qualquer do codigo administrativo, evi-
dentemente conciliável com a letra, espirito e systema da actual legislação.eleitoral ;
' • 1'Considerando que os livros originaes do recenseamento', logo depois d'esle concluido
e/rectfflcàdÒ^pelas respectivas commissões, são remettidos ás camaras municipaes, onde
ficamraççhiyâdos na conformidade do artigo 37.°, $ 2.° do decreto eleitoral, o que colloca
estas corporações nas circumstancias de poderem satisfazer ao preceito do citado artigo
do çpcjigo. administrativo; . ».
!f "jCo^siderando finalmente que da tircumstancia de ser hoje commum o recenseapient0
p ^ , 3 s ' . e l e i ^ e s de deputados e dos cargos municipaes e parochiaes resulta manifesta con-
veniencia e necessidade de habilitar as auctoridades superiores administrativas, é os con-
selhos de districto com ó conhecimento que do mesmo recenseamento devem ter, não só
.^ara. poderem verificar se os cidadãos eleitos para taes cargos estão effeetivamente.com-
.prejlé^aj.ápljno respectivo recenseamento com a qualidade de elegíveis, rqas.para outros
fins fla'competencia dos governadores civis, taes como a nomeação de regedores.dè paro-
çbia,^spus,substitutos; e ' . . ... " ,
. ' ,^pnfòrmándo-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da. corôa
junto dó ministerio do reino: , . ...!'.'
,., Manda Sua Magestade El-Rei suscitar a observancia do artigo 32." do codigo adminis-
trativo, para que em conformidade d'elle os presidentes das camaras municipaes, dentro
praso, ,dè dez dias, contados da recepção do recenseamento nos seus archivos, remetiam
áo réspéciivò administrador de concelho ou bairro, para este enviar ao governador civil,
um dup^içfiflo do mesmo recenseamento, cobrando.recibo da entrega d'elle. iV.'_
. O . qiié, assim se participa ao governador civil do districto de Lisboa, pára sèú conheci-
mento e effeitos devidos. ' , . .. \
i ...Paçp^. em 5 de julho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomesda, Silva Sanches (2). ', (
; j-i i>ií iíii • . . ' . . . , ; • , D. de L. n.° l S Í , . d M l dp julho, •

!; oi: :'!:;• r:-' ' • • • • : . i . .' «. -'.. --. '


-'•' •• *'• 'i \ ;• li i : - •. ' ; : ú l " ' V ti T i d - r - v :

|!',|ÍJ"LÀEII(ICA8 portàrias se expediram na mesma data aos demais governadores CIVIÁ'DO Jdóiitinénte
do reínió è imas âdjaééntés. , • : . -; ^,
(2) NA mesma conformidade e data se expediram portarias a todos os governadores civis DO CON-
;
TINENTE E ILHAS ADJACENTES. ; -I •
á de julho 1865

MINISTÉRIO DÓS NEGÓCIOS DA MARINHA É U L T I M A R


2.» D I R E C Ç Ã O

' ' 3 * REPARTIÇÃO

Mãndá Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinhtfbul-
tramar, participar ao governador geral da provincia de Angola que a bordo do vapor Nor-
folck seguem viagem para Loanda OttoBrandt e José Guerreiro de Mendonça, nomeados
gerentes da succursal do banco ultramarino daquella cidade. Por esta occasião ha o mes-
mo augusto senhor por bem determinar:
1.° Que as notas do dito banco-sejam: recebidas e m todas as repartições publicas da
provincia; ^
., 2.° jQue as auctoridadès prestem aos mencionades gerentes toda à protecção e favor
í}$ê carecerem para o desempenho das funcções a seu cargo; •••) .•! • •>!
j 3.°"Que etnquanto os gerentes não tiverem obtido eása para estâbelécerm è¥êfiptdrib
dò baiícb, bs fundos e valores da succursal sejam depositádos no edificio da junfâ défazeffdá'.!
8.° Qiíe logoque esteja aberto o escriptorio do banco, seja collocada, { f ó i f a ^ s t ô 1 ^ ^
rança, dma guarda á porta do respectivo edificio; «<J
6." Finalmente que esta portaria seja publicada no Boletim official da provififâi.^pâlrá
qué às disposições d'ella cheguem ao conhecimento de todas as pessoas quftm^cõitipetir
a sua execução. ^ . - .
Paçoi LÉM 7 de jnlhó de I 8 6 5 . = - S á da Bandeira. D , Á> t. B >J«T'ÁÉ

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


D I R E C Ç Ã O G E R A L D E A D M I N I S T R A Ç Ã O C I V I L

3." REPARTIÇÃO —1.» SÊCÇÃcf

Perguntando o governador civil do Porto se as camaras municipaes podem, por vir-


tude da disposição do artigo 19.° da lei de 6 de junho de 1864, levantar ttesttejá empres-
timos de quantia inferior a 5:000^000 réis com auctorisação do eonsèthõ de dístrictbv fe
applicar as sommas assim obtidas ao concerto de estradas ou caminhos munitipaes-Jiianda
Sua Magestade El-Rei responder ao governador civil, que da combinação do artigo,19.°
opm outros da lei citada, manifestamente se reconhece que os fundos levantados,pqr eflSeitp
das auctorisações daquella lei, para o concerto ou construcção das estradas municipaes bu
de, terceira ordem, só podem ser applicados nos precisos termos d'ella; istti éysó pbtJfem
ser empregados nas estradas classificadas pela commissão de viação m^nícipàl ç emJvi§ta
dós projectos por ella approvados, como é'de ver do artigo 3.° da referidâ lei,:.e es{5èeiaí-
mente do artigo 7.° do decreto de 31 de dezembro de 1864 (Diario dte Lisboa. 10 de
1865), que torna dependentes da approvação da mesma commissão todáá-as obíâs tiás es-
tradas de terceira ordem, com excepção apenas das peguenas repàra^Si/.tíMdlà'
gue que, emquanto estes actos preparatorios não estiverem feitos não devem ser; auctori-
sados pelo conselho de districto emprestimos alguns contratados peías camaras* como
muito bem entendeu o governador civil. E porque do officio citado se deprehentfg-qafe
rios orçamentos de algumas camaras municipaes do districto do Porto, níb tehi'. Sídtyjpse-
rida a dotação especial para as estradas de terceira ordem, não obstante opreGeito expresso
dó artigo 9.° § 2.° da lei de 6 de junho de 1864, segundo o qual devem ser rejeitados os
orçamentos dos concelhos em que não venha essa dotação especial e d imposto do : serviço
dás cousas e das pessoas dos habitantes do concelho, nos termos dps àrtigoS 48'. 0 'éU7.°
da mesma lei: determina Sua Magestade El-Rei que o governador civil faça,logo1 corrigir
esté í i r ó e emendar os orçamentos municipaes organisados em desharmoniacématíei ci-
tada ^jjirévénindo o governador civil ás Camaras municipaes; de que a dotação5 espfeáà! das
estradas de terceira ordem, quando pão vènha a feer emprègàdá'
ha de ficar em cofre, para ter em tempo opportuno a applicação qúe !V
• 0 qué tudo se participa ao governador civil do Porto para sua inteiiigeneia^f. ui«
;
H f e érii.8 dè j u l t t o ' d é - Í 8 6 5 . = ^ i t o Gomes da Silva Sanches. - • •" - - •
1865 iod,.j»!h,

:, DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


A n n u n c i a - s e q u e s e acha a b e r t a d e s d e h o j e , p a r a a c o r r e s p o n d e n c i a official e parlicu-,
lar, a estação t e l e g r a p h i c a d e Mangualde, c o m s e r v i ç o d e dia l i m i t a d o .
R e p a r t i ç ã o d e c o n t a b i l i d a d e , 8 d e j u l h o d e 1 8 6 5 . — O c h e f e d a r e p a r t i ç ã o , S. J. Leal
PÍntO. , D, d e L . n.° 151 de.lQ de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 2 9
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 10 de julho de 1865 .<.;<;
N ã o p o d e n d o s e r a d m i t t i d a s n a s g u a r d a s m u n i c i p a e s d e L i s b o a e P o r t o as p r a ç a s
d o s c o r p o s d o e x e r c i t o q u e t e n h a m nota n o livro m e s t r e e n ã o h a j a m c o m p l e t a d o p e l o
m e n o s d o i s a n n o s d e s e r v i ç o effectivo, c o m o é e x p r e s s o no a r t i g o 1.° da carta d e lei d e 1 3
d e j u l h o . d e 1 8 6 3 : d e t e r m i n a Sua Magestade El-Rei, q u e s e j a m d e c i d i d a s n o s c o r p o s as
p r e t e n s õ e s d a s p r a ç a s q u e e s t e j a m n ' a q u e l l a s c i r c u m s t a n c i a s , p o r isso q u e n ã o p o d e n d o
s e r jdefeiiidas s p s e r v i r ã o p a r a a u g m e n t a r o e x p e d i e n t e .
•i, S u a M a g e s t a d e E l - R e i , a t t e n d e n d o ás r e p e t i d a s duvidas o f f e r e c i d a s s o b r e a p r o m p t i -
ficação e p a g a m e n t o d e t r a n s p o r t e s e s p e c i a l m e n t e p e l a s vias f e r r e a s , o r d e n a q u e s e d e -
c l a r e n a s r e s p e c t i v a s r e q u i s i ç õ e s , q u a n d o os i n d i v i d u o s a t r a n s p o r t a r f o r e m a c o m p a n h a d o s
d e familia, a i d a d e d e cada u m d o s filhos q u e c o m s i g o l e v a r e m .
D. dc L. n.° 1".3, d e 12 de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECRETARIA D»E8TADO
1." REPARTIÇÃO

S e n d o - m e p r e s e n t e a c o n s u l t a (1) d o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s d e 2 3 d e m a r ç o d e
1 8 6 4 , r e l a t i v a m e n t e á c o n t e s t a ç ã o o c c o r r i d a na alfandega d e L i s b o a p o r occasião d o d e s -

(1) Senhor:—A Vossa Magestade vem o conselho gerai das alfandegas, em cumprimento do artigo 4."
do deeretode 10 de junho de 1861, expor mui respeitosamente n'esta consulta a necessidade de se estar
beleeer.pm:direito para o carroá em obra, artigo que o conselho, pelo modo presente n'aquelle citado
deçreto, .entendeu omisso na pauta geral, das alfandegas. -
Dá origem a esta consulta um processo de contestação que em termos de recusa, subiu a este con-
selho jiéla alfândega grande de Lisboa e em que os recorrentes Letourneur e Caron se não conformam
coin A opinião dos verificadores da alfandega, que considerou artigo omisso na pauta o carroá em obra
apresentado >a despacho pelos recorrentes.
A pauta só trata de carroá em obra no cordame e ahi tem o direito de 80 réis por kilogramma,
sendo novo, mas sendo velho é livre, artigo 184." da pauta.
Vindo o carroá em rama tambem é livre, artigo 87.°
O artigo 184.°, tratando de materias vegetaes filamentosas e especificadamente de vime, palma, pias-
sava e palha, não tem o dizer generico «não especificados» que se encontra em muitos outros dizeres
da pauta.
Na conferencia de verificadores, que faz parte do processo de contestação acima mencionado, dois
verificadores foram de opinião que, pela analogia que ha entre o carroá e o ehervae terem os tapetes
de cherva o direito éspecificado de 230 réis por kilogramma, pagassem os de carroá igual direito; sendo
porém o carroá inferior ao cherva e inferiores por consequência as obras que d'elle se fazem, não pa-
rece justo que se estabeleça um direito igual.
Dos esclarecimentos dados a este conselho pelo director da alfandega se reconhece que as duas pe-
c a s s e tapete de carroá que foram objecto da contestação pesaram 68 kilogrammas;
Que uma das peças é de custo na factura de fr. 3,75 por metro e a outra de fr. 2,50; •• • .t
Que a importancia total da mesma factura é de fr. 134,75 ou 24$250 réis, a 180 réis por franco;
Finalmente que estabeiecendo-se igual direito ao que pagam os tapetes de canhamo ou cherva,
tal direito corresponderia a 70 por cento, direito exorbitante, ainda em absoluto para qualquer mer-
cadoria e èxorbitantissimo relativamente a uma de tão insignificante valor e que não fàz affrontíá'a in-
dustria alguma 'do paiz. ;
Uma resolução sob n.° 17 d'este conselho resolveu uma outra contestação sobre um tecido de car-
roá mixto com cherva, ou com outra materia filamentosa mui parecida com a cherva, sendo esta. mate-
ria que mais dominava em tal tecido e se lhe applicou o direito que estabelece o artigo èo.", pelà fórma
que dispCíe o artigo 26.° dos preliminares da pauta.
Assim apresentados os motivos que levaram o conselho a entender artigo omisso na pauta o mr-
10 íle j u l h o 1865 237

p a c h o d e d u a s p e ç a s d e t a p e i e d e c a r r o á , p e r t e n c e n t e s a L e t o u r n e u r e Caron, e x p o n d o o dito
conselho os f u n d a m e n t o s p e l o s q u a e s j u l g a d e n e c e s s i d a d e estabelecer u m d i r e i t o p a r a o
c a r r o á e m o b r a , q u e c o n s i d e r a o m i s s o na p a u t a g e r a l d a s a l f a n d e g a s : h e i p o r b e m , c o n f o r -
m a n d o - m e c o m o p a r e c e r i n t e r p o s t o na r e f e r i d a c o n s u l t a e n o s t e r m o s d o artigo 5 . ° d o r e -
g u l a m e n t o q u e faz p a r t e d o d e c r e t o d e 1 0 d e j u n h o d e 1 8 6 1 , d e t e r m i n a r q u e as d u a s p e -
ças d e t a p e t e s d e q u e se t r a t a s e j a m a d m i l t i d a s a d e s p a c h o , p a g a n d o o direito d e 1 0 0 r é i s
p o r k i l o g r a m m a , e b e m assim q u e o p p o r t u n a n i e n t e se i n s i r a n a classe r e s p e c t i v a da m e s m a
pauta o seguinte dizer: «caroã e m obra, 1 kilogramma, 100 r é i s » .
O c o n s e l h e i r o d ' e s t a d o , m i n i s t r o e s e c r e t a r i o doestado d o s negocios da fazenda, a s s i m
o t e n h a e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . Paço, e m 1 0 d e j u l h o d e 1 8 6 5 . = R E i . = C o w r f e d'Avila.
1). de h. n.° 162, de 22 de jolho.

T e n d o - m e sido p r e s e n t e a consulta (1) d o c o n s e l h o g e r a l d a s a l f a n d e g a s d e 3 d e n o -


v e m b r o d e 1 8 6 4 , n a qual, d a n d o c u m p r i m e n t o ao a r t i g o o.° d o r e g u l a m e n t o q u e faz p a r t e

roá em obra, e demonstrado qual o valor d'este mercadoria, propõe este conselho que para o carroá
em obra se estabeleça o direito de 100 réis por kilogramma; dignando-se Vossa Magestade resolver apre-
sente consulta por decreto real, como Yossa Magestade na sua alta sabedoria entender em beneficio do
commercio.
Conselho geral das alfandegas, em 23 de março de 1864. = Joaquim Larcher—Nuno José Gonçalves
— Joaquim Henriques Fradesso da Silveira= José Alexandre Rodrigues = Sebastião José de Abreu = An-
tonio Maria Couceiro — Matheus Grerprio Rodrigues da Costa.

Consulta a que se refere o decreto supra


Senhor:—O conselho geral das alfandegas, em cumprimento do artigo 5." do decreto de 10 de ju-
nho do 1861 e depois de ter satisfeito ás formalidades no dito artigo prescriptas, vem propor o direito
para a seda ein desperdícios de tear, materia omissa na pauta geral das alfandegas, expondo respeito-
samente a Vossa Magestade os fundamentos da sua proposta.
A pauta permitte pelo seu artigo 43.0 a livre entrada dos desperdícios de seda.
Nunca sobre este ponto se ofiereceu contestação, nunca se reclamou deliberação do conselho, por-
que as alfandegas se encarregaram de interpretar a lei. o comprehenderam na isenção os desperdícios
de tear.
Appareceram porém ha pouco os desperdícios de tear com dimensões muito superiores áquellas
que de ordinaria tinham, c em presença do fio, cujo comprimento *é de 1 metro, nasceram os escrú-
pulos, e applicou-se o direito do fio tinto aquelle que suscitara esses escrupulos, e ao que d'antes en-
trara sempre livre, tendo o comprimento de 50 centímetros. D'aqui a contestação e a obrigada inter-
venção do conselho geral das alfandegas.
Não concorda o conselho com a interpretação dada pelas alfandegas ao artigo da pauta, que exime
do pagamento de direito a seda em desperdícios, e por este motivo não póde tomar em consideração as
allegações dos despachantes, quando se fundam nas praticas estabelecidas.
Os desperdícios de seda, que a pauta considera, são os productos das operações anteriores á tece-
dtira, que se apresentam geralmente em massa ennovellada, na qual os fios naturaes primitivos estão
collados uns aos outros pela gomrna da seda. Quando se extrahe dos casulos o fio.continuo, fica sem-
pre em desperdícios uma porção de seda, de que são compostas as primeiras camadas do casulo e os
invólucros das chrysalidas. A estes desperdícios, que servem para tecidos de baixo preço, e tambem a
outros que resultam da fiação, foi concedida a isenção, que a pauta indica, e não aos productos que
resultam de operações posteriores, para as quaes se applicu o fio melhor c contínuo que o-casulo
fornece.
Se houvesse duvida sobre esta maneira de interpretar a pauta, bastaria* para destruir essa
duvida considerar o que nas fabricas da lã e do algodão se entende por desperdícios, e deduzir por
analogia o que em relação ;i seda se deve deduzir.
Verificada por este modo a omissão, poisque a pauta não sc refere aos desperdícios de tear, nem
offerece analogias aproveitáveis para a determinação do direito;
Considerando que os desperdícios de seda, fornecidos pelos teares nacionaes, não satisfazem ás ne-
cessidades da industria dos serigueiros, para a qual estes desperdícios são materia primeira;
Considerando que as exigencias do consumo não podem n'este caso augmentar a producção, por-
que o producto é derivado, secundário, c tem limites na quantidade, que não dependem da procura
directa;
Considerando que os desperdícios dc lear são perfeilamente earacterisados pelo fecho de uma teia,
e pelo signal do atado de outra;
Considerando que estes desperdícios são de ordume ou pello, e nunca podem ser formados pelo
fio torcido, a que a pauta applica o direitPde 2$500 réis por kilogramma, porque este fio, vulgar-
mente conhecido como torçaí, é aggregado de fios de pello ou trama, com torso especial, nunca se em-
prega na tecelagem, e não póde portanto apparecer em desperdícios de tear;
Considerando que os desperdícios de tear, do comprimento não superior a 1 metro, são exclusi-
vamente empregados, como materia primeira, para as obras de serigueiro;
Considerando que os desperdícios regulares de tear se apresentam geralmente com o comprimento
de 50 centímetros, e chegam a ter I metro proximamente os que são fornecidos pelos teares de Jacquard;
m 1865 JO de julho

do decreto de 10 de junho de 1861, propõe o direito que deve pagar a seda era desper-
dícios de tear, por entender ser artigo omisso na pauta geral das alfandegas, pelos funda-
mentos que desenvolve na mesma consulta: hei por bem, conformando-me com o parecer
emittido pelo referido conselho e nos termos do mencionado artigo 5.° do regulamento de
que se trata, determinar que os desperdícios de tear, que tenham até 1 metro de compri-
mento, paguem- o direito de 75 réis por kilogramma, igual ao que paga a seda crua, em
rama, pello ou trama, e que n'esta conformidade se insira opporlunamente este dizer na
pauta das alfandegas.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios cia fazenda assim
q tenha entendido e faça executar. Paço, em 10 de julho de 1 8 6 5 . = R E i . = C o » < / e d'Avila..
1). lie r.. n.° 163, ([p 24 de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


•2.» DIRECÇÃO
. 2." REPARTIÇÃO

CIRCULAR

Copia.—Achando-se determinado que os officiaes do exercito do reino, servindo nas


províncias ultramarinas, sejam abonados em moeda forte dos soldos a que têem direito
no mencionado exercito, e cumprindo que o mesmo se pratique para com as praças de
pret que pertencendo ao referido exercito voluntariamente se offerecem para o serviço das
ditas provincias, quando ali não tenham maiores vencimentos: manda Sua Magestade El-
Rei, pela secretaria d'eslado dos negocios da marinha e ultramar, que as praças nas indi-
dieadas circumstancias que se acham servindo nas provincias ultramarinas, ou de futuro
ali forem servir, sejam abonadas do vencimentos em tudo iguaes aos que actualmente per-
tencem ás do exercito do reino em serviço das guarnições dc Lisboa, Porto ou Elvas,
quando os não tenham maiores nas ditas provincias.
O que se participa ao governador geral da provincia de Cabo Verde, para seu conhe-
cimento e devidos effeitos.
Paço, em 10 de julho de -1865.= Sá da Bandeira (1). D. de L. n.° 1803 de 12 de agosto.

MINISTERIO DAS ORRAS PURLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECCÃO GERAL D A 8 OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO CE MINAS - 2." SECÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Jorge Suche, em que
pede a concessão provisoria da mina de chumbo do Tedo, no concelho de Tabuaço, dis-
tricto de Vizeu;
Considerando que a disposição restricta que limitar a 1 metro o comprimento dos desperdícios de
teâr fiSó dará prejuizo á industria dos serigueiros, e ao mesmo tempo evitará a entrada abusiva do fio
para tecer que tem direito determinado na pauta;
' Considerando que os preços correntes actuaes dos desperdícios de 0 n, ,50 e 1 metro, que o conselho
examinou, são de l|s440 réis por kilogramma, do primeiro, e 2,£700 réis por kilogramma do segundo,
variando os preços com os comprimentos entre os dois limites indicados;
Considerando que ás materias primeiras reclamadas pelas fabricas se deve determinar o menor di-
reito possivel, sem prejuizo das industrias nacionaes, que podem fornecer essas mesmas materias pri-
meira»;
Por todas estas considerações, e tendo em vista as informações obtidas, o conselho geral das alfan-
degas propõe o direito de 75 réis por kilogramma para os desperdícios de tear que tenham até 1 me-
tro de comprimento, direito igual ao que paga a seda crua em rama, pello ou trama. Se por uma parte
Sê notar que os desperdícios são tintos, por outra e coniag;ompensação, se observará que para arama,
pêffo ou Wama, não é limitado o comprimento que para os desperdícios fica restrícto.
Vossa Magestade resolverá o que na sua alta sabedoria lhe parecer mais acertado.
Conselho geral das alfandegas, em 3 de novembro de 1 8 6 4 J o a q u i m Larcher—Sebastião José de
Abreu—Antonio Maria Couceiro—Joaquim Henriques Fradesso da Silveira—José Alexandre Rodrigues
= Sebastião José Ribeiro de Sá—Matheus Gregorio Rodrigues da Costa.
(1) Identicas se expediram aos demais governadores das provincias ultramarinas.
11 (fe julho 1865 m

Considerando que o requerente foi declarado descobridor legal d'esta miria, por por-
taria de 27 de março ultimo;
Considerando que o requerente exhibiu um documento comprovativo de possuir os
fundos necessarios para a lavra d'este jazigo;
Considerando que tendo sido afflxados os éditos nos logares do costume, e publicados
no Diãrid de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão ;-
Visto o parecer da secção de minas, do conselho geral das obras publicas e minas,
emittido em consulta de 4 dò corrente mez, na qdal a mesma secção julga satisfeitas todas
as disposições da lei, e habilitado o requerente para a concessão provisoria da mesma mina:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o citado parecer da refe-
rida secção, fazer a concessão provisoria da mina de chumbo do Tedo, no concelho de Ta-
buaço, districto de Vizeu, a Jorge Suche, ficando obrigado, em virtude da presente con-
cessão, a cumprir no praso de seis mezes, contados da data da publicação d'este titulo no
Diario de Lisboa, todos os preceitos marcados na lei e regulamentos, ficando outrosim na
• intelligencia de que o campo da demarcação d'esta mina é o mesmo, e limitado do mesmo
modo por que foi declarado na portaria dos direitos de descoberta.
O que, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, se lhe communica
para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 10 de julho de 1865.== Carlos Bento da Silva.=Para Jorgê Suette.
D. de L. n.°180, de 12 dè ágôsfo.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


1.» DIRECÇÃO
2. a REPARTIÇÃO

Attendendo a que o pão fabricado n'estes ultimos tres annos na padaria militar de Lis-
boa tetó sido superior a todos os respeitos aquelle que anteriormente era fofiiécifltf ém re-
sultado dè arrematação em praça e a que durante o mesmo espaço de tempo se tem obtido
para o estado uma economia effectiva de mais de 38:000^000 réis;
Attendendo a que tendo-se ultimamente posto em praça a arrematação das rações de
páo pará o exercito, os preços pedidos foram tão elevados que não poderam ser aceites
, pelo governo;
Attendendo a que a experiencia tem sufficientemente mostrado que o fornecimento de
pão por administração directa se deve tornar extensivo a todo o exercito, á proporção que
for possivel;
Considerando que o quadro dos officiaes e praças de pret do exercito, destinado pelo
jegulamento de 13 de janeiro de 1863, para o serviço da padaria militar de Lisboa* não
sendo já sufficiente para o desempenho do dito serviço, como se tem reconhecido, ainda
menos poderá satisfazer ás necessidades d'este importante ramo de administração militar,
quando o numero d'aquelles estabelecimentos seja augmentado, e que é por isso indispen-
savel ampliar o referido quadro, sem que comtudo se augmente a força effectiva do exer-
cito, determinada por lei: hei por bem ordenar que o artigo 2.° do decreto de 13 de janeiro
de 1863, que auclorisou o regulamento da padaria militar, seja substituído pelo seguinte?
Art. 2.° O pessoal da padaria militar compor-se-ha de:
Um director, que será official superior ou capitão de qualquer das armas do exercito,
e de uma companhia de administração militar.
§ 1.° O director terá a seu cargo a direcção do estabelecimento, vigilancia dos traba-
lhos, escripturação e respectiva contabilidade.
§ 2.° A companhia de administração militar será composta de:
Capitão <. 1
Tenente.* * 1
Alferes 1
Primeiros sargentos 3
Segundos sargentos 4
Furriel 4
Cabos 24
Soldados 80
Soflimâ US
240 1865 l i de julho

| 3.° O quadro d'esta companhia só será preenchido á medida que as necessidades


do serviço assim o exijam, e tanto os officiaes como as praças de pret que d'ella fizerem
parte serão tirados dos differentes corpos do exercito e considerados como destacados dos
mesmos corpos, pelos quaes não perceberão vencimento algum, emquanto permanecerem
na referida companhia.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra e encarregado interinamente dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido
e faça executar. Paço, em 11 de julho de 1 8 6 5 . = R E I . — M a r q u e z de Sá da Bandeira.
Ord. do exerc. n." 30, de l!i e D. de L. n.° IS!», de 19 de julho. ,,

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Em execução do disposto no artigo 3.° da carta de lei de 24 de março ultimo: ha por


bem Sua Magestade El-Rei approvar as instrucções regulamentares para recepção e des-
pacho dos productos estrangeiros, que têem de ser depositados no edificio da exposição
internacional na cidade do Porto e que fazem parte d'esta portaria.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communicará
a quem conveniente for.
Paço, em 11 de julho de i86õ.~ Conde tf Avila.

lnstrucções regulamentares para a recepção e o despacho dos productos


estrangeiros, que têem de ser depositados iio edificio da exposição internacional
na cidade do Porto, e que fazem parle da portaria da data d estas
Artigo 1 O edificio da exposição internacional na cidade do Porto é considerado para
todos os effeitos da mesma exposição, como armazem de deposito da alfandega daquella
cidade, conforme o disposto no § unico do artigo 2.° da carta de lei de 24 de março pro-
ximo findo.
Art. 2.° Os productos estrangeiros, que concorrerem á exposição podem ser admit-
tidos pelas seguintes alfandegas: de Lisboa, do Porto, de Valença, de Chaves, de Bra-
gança, da Barca de Alva, de Penamacor, de Portalegre, de Elvas, de Aldeia Nova.
• Art. 3.° Os volumes importados por qualquer das alfandegas a que se refere o artigo
antecedente devem ser recebidos e escripturados por entrada na alfandega do Porto, pela
mesma fórma que está estabelecida para o expediente ordinario.
J unico. Ficam exceptuados, quanto á recepção directa na alfandega:
1.° Os volumes conduzidos a bordo de navios que não trouxerem outra carga. Estes
volumes poderão ser descarregados fóra do quadro da alfandega do Porto, no local desi-
gnado pela direcção da mesma alfandega, e d'ahi conduzidos para o edificio da exposição.
2.° Os volumes que forem transportados pelo caminho de ferro, ou derem entrada
pelas barreiras da cidacle, os quaes igualmente poderão ser enviados directamente aó edi-
ficio da exposição.
Art. 4.° Nenhum volume será remettido da alfandega do Porto para o edificio da ex-
posição sem requisição previa da direcção respectiva, assignada por um de seus membros
e feita com as designações constantes do modelo n.° 1.
§ unico. As requisições não mencionarão volumes de diversas procedências tonduzi-
dos em navios ou em comboios diversos.
Art. 5.° Os volumes remettidos da alfandega do Porto, das barreiras e da estação do
caminho de ferro para o edificio da exposição, irão estampilhados, cintados eselladõscom
o sêllo da alfandega, levando uma numeração de ordem, independentemente de qualquer
outra, para por ella se lhes dar entrada no livro de que trata o artigo 9.°
i unico. Exceptuam-se, quanto ao sêllo e á estampilha, os volumes que forem por
transito das outras alfandegas a que se refere o artigo 2.° e aquelles que por sua natureza
não possam receber aquellas indicações.
11 da julho 1864 241
Art. 6.° Nas alfandegas de Lisboa e de Elvas observar-se-ha ; com o transito de volu-
mes para a exposição, o que se acha estabelecido nas instrucções approvadas pelo decreto
de 28 de novembro de 1864.
1 1 . ° Nas outras alfandegas mencionadas no artigo 2.° os directores farão pesar e sel-
lar os volumes que ahi forem apresentados com destino á exposição e os remetterão á al-
fandega do Porto com indicação exposição internacional no Porto acompanhados de um
ou mais guardas, segundo o exigirem as circumstancias, os quaes guardas deverão trazer
uina guia em duplicado conforme o modelo n.° 2.
| 2.° Os directores das alfandegas prevenirão telegraphicamente a direcção da alfan-
dega do Porto das remessas de que trata o § antecedente.
Art. 7.° A alfandega do Porto enviará, sob a devida fiscalisação, para o edificio da ex-
posição, os volumes que n'ella derem entrada com esse destino directamente, ou indire-
ctamente pelas barreiras e pela estação do caminho de ferro e que lhe forem requisitados
nos termos do artigo 4.° acompanhados de uma guia em duplicado, conforme o modelo
n.° 3, na qual será passado o recibo indicado n'este documento, que deve ser entregue
pelo guarda daquella alfandega.
Art. 8.° Os duplicados das guias e os correspondentes recibos de que trata o artigo an-
tecedente servirão de base á responsabilidade da direcção da companhia de commercio
denominada «sociedade do palacio de c-rystal portuense, para o pagamento dos direitos
que vierem a ser devidos á fazenda publica, pelos productos expostos, segundo o ulte-
rior destino que estes tiverem.
Art. 9.° Um dos empregados de que trata o artigo 14.° cVestas instrucções será en-
carregado de conferir por entrada os volumes, fazendo as competentes declarações nas
guias de remessa e escripturando a entrada no livro do modelo n.° 4.
§ unico. Este empregado, sempre que observar que os sellos dos volumes estão que-
brados ou tiver motivos para desconfiar que os volumes foram abertos ou trocados, dará
immediatamente conta do occorrido ao primeiro official encarregado de dirigir o serviço
fiscal, para os effeitos convenientes.
Art. 10.° Estão sujeitos ás mesmas prescripções estabelecidas para os productos es-
trangeiros os vinhos, as aguardentes e os licores nacionaes, quando seus donos não prefe-
rirem pagar os direitos de consumo no acto de apresentarem os líquidos na alfandega ou
nas barreiras.
Art. 11.° A verificação dos productos que têem de ser expostos, será feita por entrada
nos termos do artigo 14.° do capitulo 6.° do decreto de 10 de julho de 1834, e do § 12.°
do artigo 3. 5 do decreto n.° 8 de 7 de dezembro de 1864.
| unico. Esto serviço principiará logoque os volumes depositados forem postos á dis-
posição dos empregados da alfandega encarregados de proceder á competente verificação,
e seguirá sem interrupção, por fórma que não fiquem productos alguns fóra dos respe-
ctivos envoltorios sem ser verificados.
Art. 12.° Nenhum volume póde ser aberto, nem sêllo algum póde ser tirado, senão
dentro do edificio da exposição, e na presença dos verificadores, do expositor e de um dos
membros da direcção da exposição, ou de quem representar qualquer d'estesinteressados.
Art. 13.° As verificações serão lançadas nos bilhetes de despacho e registadas no livro,
modelo n.° 5; seguindo-se em tudo o mais o systema que se está observando na alfandega
a tal respeito.
Art. 14.° A direcção da alfandega nomeará: um primeiro official para superintender
em todo o serviço fiscal por parte da alfandega no edificio da exposição, dois empregados
para o serviço da escripturação, os verificadores e coadjuvantes que forem necessarios.
1 1 . ° Quando as conveniências do serviço da alfandega exijam que o pessoal que tenha
de ir funccionar no edificio da exposição não seja exclusivamente tirado do quadro da
mesma casa fiscal, a direcção da alfandega assim o communicará telegraphicamente á di-
recção geral das alfandegas e contribuições indirectas, a fim de se providenciar como
convier.
1 2.° O serviço fiscal, por parte da alfandega, no edificio da exposição, começará ao
nascer do sol e findará ao pôr do sol e póde ser feito nos dias santificados quando assim
for indispensavel.
Art. 1S.° Compete ao primeiro official, a que se refere o artigo antecedente, distri-
buir os verificadores e numerar, com uma numeração de ordem, os bilhetes em que têem
de ser lançadas as verificações.
Art. 16.° Os verificadores collocarão o numero de ordem da verificacão nos productos
60
242 1865 li de julho

verificados, por meio de uma estampilha, segundo o modelo n.° 6, a qual tambem indicará
o artigo da pauta e o direito n'este fixado aos mesmos productos.
Art. 17.° Concluida a verificação, o primeiro official que superintender este serviço
fará escripturar os bilhetes ii'um livro conforme o modelo n.° 7, nos quaes deverá ser in-
dicado o folio em que ficarem escripturados.
| unico. Estes bilhetes serão enviados á direcção da alfandega, a íim de n'elles se-
rem contados e lançados em receita os respectivos direitos, quando os productos forem
despachados para consumo, ou para pelos mesmos bilhetes serem conferidos aquelles dos
productos que forem despachados por saída, prooessando-se n'esta ultima hypothese o
competente bilhete de reexportação com referencia ao bilhete de consumo.
Art. | 8 . ° Estão sujeitos a ser verificados nos termos do § 3.° do artigo '17.° das in-
strucções que fazem parte da portaria de 25 de janeiro, ultimo os productos a que as pre-
sentes instrucções se referem, comtanto porém que as reverificações se façam ou antes
da abertura da exposição ou depois do seu encerramento.
Art. 19.° Os productos, que vierem á exposição e forem vendidos, não poderão ser
retirados da mesma antes que esta esteja concluida.
Apt. 20." A conferencia dos productos que tiverem de ser reexportados será feita pe-
los verificadores para isso indicados pelo primeiro official que dirigir o serviço, assistindo
sempre os empregados ao acto de serem os mesmos productos enfardados, encaixotados,
ou por qualquer fórma mettidos em envoltorios fechados; todos estes volumes deverão
ser sellados com o sêllo de reexportação.
Art. 2 i . ° Os volumes de que trata o artigo antecedente devem ser remettidos ao caes
de embarque ou á alfandega, com a competente guia de reexportação, acompanhados até
bordo das embarcações por um guarda, e finalmente dever-se-ha observar a tal respeito
o que está estabelecido para o serviço das reexportações em expediente ordinario.
Art. 22. 9 Quando os volumes que vierem á exposição derem entrada na alfandega do
Porto, perceberá a companhia dos trabalhos braçaes os salarios por inteiro, fixados na ta-
bella n.° 2 do decreto n.° 3 de 7 de dezembro de 1864 e segundo as disposições poste-
riores; e quando taes productos forem descarregados ou derem entrada nos locaes a que
se referem os n. os 1." e 2.° do artigo 3.°d'estas instrucções, n'este caso o trabalho da com-
panhia será considerado como feito com os objectos despachados por estiva, para perce-
ber os meios salarios a que se refere a primeira observação da suprameficionada tabella n.° 2.
Art- 23.° A companhia dos trabalhos braçaes é obrigada a fazer as descargas nos caes
e pa§ estações dos caminhos de ferro, carregar os carros ou quaesquer vehiculos com os
productos vindos para a exposição, e bem assim promptificar os artifices, fieis de pesagem
e ps trabalhadores que forem necessarios para a abertura, exame e verificação, por én-
trada e saída dos productos no edificio da exposição, sem que por isso perceba outros sa-
larios alem çj'aque!les que vão indicados no artigo antecedente.
Art. 24.°- O inspector das alfandegas, que dirige a alfandega do Porto, fica auctorisado
parg, pela verba das despezas eventuaes da alfandega, satisfazer as despezas com a com-
pra $os livros e de tudo o mais que for necessário para o expediente da alfapdega no edi-
ficio da exposição, e bem assim para providenciar como for mister nos casos omissos n e s -
tas instrucções dando immediatamente conta á direcção geral das alfandegas e contribui-
ções indirectas do uso que fizer d'esta auctorisação.
Paço, em 11 de julho de 1 8 6 S . = C o n d e d'Avila. d . d e L . n.° m, d e « d » j u i h o .
u de julho - 1865 • 343

.MODELO N.° 1

Requisição n.°

Que fàz a sociedade do palacio de crystal portuense a alfandega do Porto, d f s veljimçs


abaixo descríptos, a fim de serem conduzidos para o edificio da expes^ãó 1

» Designação dos volumes


Designação
Marcas Números Procedencia Nome dos exgositorea t
transportes
Quantidade Qualidade

Edificio do palacio de crystal portuense, em de ' de 1868.

O DIRECTOR, O DIRECTOR.

MODELO N." á ";/>'<

Alfandega de
D'esta alfandega são remettidos para a do Porto os volumes abaixo descriptos, com
destino á exposição internacional que deve ter logar n'aquella cidade, os quaes vão
cintados e sellados com o sêllo d'esta alfandega, e acompanhados pelos guardas
F. F.

Designação dos volumes Qualidade


Marcas o números das
dos volumes Peso ííome do expositor ou expedidor
Quantidade Qualidade mercadorias

- T" »- . J _ ai» j jjf jg...


S§0 ao todo _ _ ; • volume».
Alfandegi de . . . . em de. de 186S, .
0 DIRECTOR,
MODELO N.° 3

ALFANDEGA DO PORTO ALFANDEGA DO PORTO


a REQUISIÇÃO N.»
REQUISIÇÃO N.»_ 2. REPARTIÇÃO DUPLICADO DA GUIA N."- •2.» REPARTIÇÃO GUIA N.°-

D'esta alfandega são remettidos para o palacio de crystal os volumes abaixo D'esta alfandega são remettidos para o palacio de crystal os volumes abaixo-
mencionados, que vão cintados e sellados com o sêllo da alfandega de mencionados, que vão cintados o seliados com o sêllo da alfandega de
. vindos de _ pelo. . vindos „„
dè. pelo
• e que têem de conservar-se intactos até ao acto da ve- e que têem de conservar-se intactos até ao acto da ve-
rificacão, nos termos do artigo 12.» das instrucções de 11 de julho dc 186a. rificação, nos termos do artigo 12." dos instrucções de 11 de julho de 1865.

Numeração Descripção dos volumes Numeração Descripção dos volumes


do Contra-imireas do "
Coutra-marcas ordem
ordem Quantidade Qualidade Marcas Num oros Quautidade Qualidade Marcas Nmneros

«o
oo

„ guarda ...
O n.°. acompanha os volumes acima descriptos, que ficam sob O guarda n.° acompanha os volumes acima descriptos, que ficam sob
sua responsabilidade até d'elles fazer entrega uo edificio do palacio de crystal, sua responsabilidade até d'elles fazer entrega no edificio do palacio de crystal,
cobrando recibo da direcçãò, ou de quem a represente, e declaração da confe- cobrando recibo da direcção, ou de quem a represente, o declaração da confe-
rencia do empregado d'estâ alfandega que ali se achar encarregado d'este serviço, rencia do empregado d'esta alfandega que ali se achar encarregado d'este serviço,
em poder de quem deve ficar o duplicado d'esta guia. ficando este duplicado em poder do mesmo empregado.
Alfandega do Porto, em de de 186o. Alfandega do Porto, em de ! de 1865.
O chefe de serviço, F.. O chefe de serviço, /•'.,
Deram entrada n'este edificio os Conferiram e forain lançados Deram entrada n'este edifico os Conferiram e foram lançados
volumes constantes d'esta guia. no livro de entradas a fl. volumes constantes d'esta guia. no livro de entradas a fl. — _ _
Palacio de crystal, em Palacio de crystal, em
de de 1865. O official da alfandega, de . de 1865. O official da alfandega, .
A direcção, A direcção,
MODELO N.° 4

Livro de entrada e saída, no edificio do palacio de crystal, dos volumes com productos sujeitos a direitos

Entrada Saída

Numero Numero Numero dos bilhetes


Numero Quantidade e qualidade
Data Contra-marea Marcas da guia do guarda
de ordem dos volumes Data Numero do guarda conductor
de remessa ronductor Para consumo Para reexportação

OC
OS
cn

cn
246 1865 li de julho

MODELO N.° 5

Livro das verificações

TURNO N.°

JData Numero Marcas Artigo Peso, Taxa


da de ordem e números DescripçSo dos productos da pauta medida dos
verificação do bilhete dos vojumes ou gnidade direitos

:
Ç

- • , ... ....

MODELO N.° 6
MODELO N.° 7

Livro estabelecido pelo artigo 17.° das instrucções regulamentares de 11 de julho de 1865,
em que têem de ser registados os bilhetes dos productos verificados, e despachados para consumo e para reexportação

Verificação por enirada Despachos de saida

i
i Para consumo Para reexportação
\
Quantidade
do peso,
Numero
da medida Taxa Artigos
de ordem Quantidade Imposto Números
Datas dos brato ' ® e s ' S n a E a ° d° s Productos Valores ou dos da 3 por cento para a praça Importancia Numoro dos
dos Importancia 5 porcento
volumes das unidades direitos pauta de da despachos Datas
bilhetes dos addicionaes do total
dos direitos emolumentos receita ou
productos commercio
das guias

/
1

1
V

r
i
i •

1
i

! , • -
r

'D. de'L. n.° iSS de ií de julho.


248 1865 li de julho

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
í." REPARTIÇÃO

Tendo chegado ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei que o conselho director da


associação protectora do asylo de D. Pedro V, no Campo Grande, accedendo ao convite
que lhe fizera o commissario dos estudos do districto de Lisboa, resolvera offerecer casa
e mobilia adequada para a escola publica de ensino primario daquella freguezia, e alem
d'isso uma gratificação annual de 20,->000 réis para o professor, dois premios pecuniários
para os alumnos que mais se distinguirem pela sua applicação e frequencia durante o anno
escolar, e livros, papel, tinta, pennas e mais preparos indispensaveis para o ensino das
creanças pobres; e reconhecendo o mesmo augusto senhor quanto é digna de elogio esta
resolução pelas vantagens que d'ella devem resultar ao melhoramento litterario e mate-
rial da escola de que se trata: ha por bem mandar que o governador civil de Lisboa louve,
em seu real nome, os membros do referido conselho director por esta nova prova de zêlo
e interesse que lhes merece a instrucção popular.
Paço, em 11 de julho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.
D. de L. u.° 156, de IS de jnlho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2.' DIRECÇÃO
2." REPARTIÇÃO

Considerando que o estado da escripturação da contadoria da junta da fazenda da pro-


vincia de Cabo Verde reclama providencias adequadas para que aquella repartição fiscal,
incumbida de superintender á arrecadação, administração e distribuição da receita publica,
satisfaça ao seu fim, como é mister;
Considerando que, para o desempenho dos variados serviços que á mesma repartição
incumbem, não é sufficiente o pessoal que lhe fôra fixado no quadro approvado pelo de-
creto de 7 de outubro de 1852, como já representou a junta da fazenda daquella provin-
cia em officio de 24 de maio de 1862, e agora confirma o actual governador geral por o f -
ficio de 20 de março ultimo:
Considerando que, em rasão da reconhecida insuficiência do dito quadro, tem o go-
verno auctorisado a pratica de serões devidamente retribuídos, bem como a admissão tem-
poraria de alguns empregados;
Considerando que a somma actualmente despendida com os referidos serões e empre-
gados temporários dá sobejamente para pagamento do pessoal com que é augmentado o
quadro proposto;
Usando da auctorisação concedida pelo artigo 1 5 . 0 1 l.° do acto addicional ;< carta
constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° O' quadro e vencimento dos empregados da contadoria da junta da fazenda
da provincia de Cabo Verde são os que se acham designados na tabella que d'este decreto
faz parte, assignada pelo presidente do Conselho do ministros, ministro e secretario d i s -
tado dos negocios da guerra, e interinamente encarregado dos da marinha e do ultramar.
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
em 11 de julho de 1 8 6 5 . = R E I . = M a r q u e z de Sá da Bandeira.
12 de .julho 1865 249
Tabella do quadro e vencimento dos empregados da contadoria da junta de fazenda
da provincia de Cabo Verde, a que se refere o decreto d'esta data
^Contador 400#000
1 Primeiro escripturario 3600000
4 Segundos escripturarios, a 240$000 réis 960)51000
4 Amanuenses, a 200$000 réis 800$000
4 Praticantes, a 72#000 réis ".: 288$000
1 Porteiro 1500000
1 Continuo 86$400
1 Servente ....' 72$000
17 3:116^400

Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em I I de julho de 1 8 6 5 . =


Marquez de Sá da Bandeira. d. I „ n,» 157. d e 17 de jaiho.

1.» R E P A R T I Ç Ã O

Sendo necessário que na cidade de Macau, attenta a sua situação, as frequenl.es rela-
ções que as suas auctoridades têem com as do império chinez e a especialidade da sua po-
pulação, haja um corpo de interpretes da lingua synica, apto para o exercicio das func-
ções que lhe forem incumbidas;
Considerando a conveniencia de assegurar aos interpretes que compozerem o referido
corpo, os meios de poderem exclusivamente empregar-se no estudo da mesma lingua;
Considerando a necessidade de habilitar individuos para o preenchimento do quadro
do mencionado corpo;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15. 0 do acto addicional á caria
constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei por bem decretar o seguinte:
- Artigo 1.° É creado na cidade de Macau um corpo de interpretes da lingua synica.
Art. 2.° Este corpo será composto de um primeiro, de um segundo e dois alumnos-
interpretes.
Art. 3.° O primeiro interprete vencerá por anno 1:150^000 réis e 800,4000 réis o se-
gundo interprete.
Art. 4.° Os doisalumnos-interpretes perceberão um subsidio mensal, que não será in-
ferior a 20$000 réis, nem superior a 30$000 réis para cada um, graduado entre estas
duas verbas, segundo os progressos e aproveitamento que mostrarem.
§ unico. Para que estes alumnos-interpreles possnm receber este subsidio, deverão
praticar e achar-se effectivamente praticando na procuratura ou na secretaria do governo
de Macau, devendo outrosim, emquanto prestarem este effectivo serviço, ser contempla-
dos em partes iguaes na distribuição dos emolumentos que pertencem á sua classe.
Art. 5.° Emquanto não forem providos os logares de segundo interprete e de alumnos-
interpretes, poderá a importancia do respetivo ordenado e subsidios empregar-se em pres-
tações a mancebos que se appliquem ao estudo da lingua synica.
' Art. 6.° O governador de Macau submetterá á approvação do governo um regulamento
relativo ao serviço, habilitações e promoções do referido corpo.
Art. 7.° Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d estado dos negocios da
guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 12 de julho de 1865. = REI.=Marquez de Sá da líandeira.
D. (le I.. n.MíiG, dc de julho.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO I>0 GABINETE

Muito alto e muito poderoso Principe e Senhor D. Fernando II, Rei de Portugal, du-
que de Saxonia Coburgo fíotha. marechal general, meu muifo prezado e querido pae: eu
62 "
250 - 1865 21 de. julho

D. Luiz I, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Àlgarves, etc. envio muito aaudar a
Yossa Magestade, como aquelle que sobre todos amo e prezo. Havendo de realisar-se em
Paris no futuro anno de 1867 uma exposição universal, á qual deverão concorrer os pro-
ductos da industria portugueza; e desejando eu não só proporcionar a Vossa Magestade
mais uma occasião de patentear o interesse que a Vossa Magestade hão constantemente
merecido as industrias e artes d'este reino, mas tambem dar a maior importancia e lustre
á realisação de um acto de que tantas vantagens podem resultar para este paiz: hei por
bem e me apraz convidar a Vossa Magestade para presidir á commissão directora da expo-
sição dos productos nacionaes em Lisboa e dos trabalhos*preparatorios da de Paris, creada
pelo decreto d'esta data. Muito alto e muito poderoso Principe e Senhor D. Fernando II,
Rei de Portuga], duque de Saxonia Coburgo Gotha, marechal general, meu muito amado,
prezado e querido pae, Nosso Senhor haja a augusta pessoa de Vossa Magestade em sua
continua guarda.
Paço, aos 12 de julho de 1865. = D e Vossa Magestade, bom filho, irmão e a m i g o =
L u i z . = Carlos Bento da Silva. n. doL.n.°i57,dei7dejfiiho.

Para cumprimento das disposições contidas no § unico do artigo 2.° do decreto da data
de boje, e achando-se providenciado, pela carta regia da mesma data, o que respeita á
presidencia da commissão directora da exposição dos productos nacionaes: hei por bem
determinar que o presidente do conselho de ministros, ^ministro e secretario d'estado in-
terino dos negocios da marinha e ultramar, e os ministros e secretarios d'estado dos nego-
cios do reino, da fazenda e das obras publicas, commercio e industria, façam parte da dita
commissão e desempenhem os logares'de presidente na ausencia de Sua Magestade El-Rei
o Senhor D. Fernando II, meu augusto pae. Ordeno outrosim, que sirva de secretario da
dita commissão o conselheiro Rodrigo de Moraes Soares, director geral do commercio e'
industria, e de vice-secretario o conselheiro João Palha de Faria Lacerda, chefe da repar-
tição do commercio e industria, no respectivo ministerio.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado interino dos ne-
gocios da marinha e uitramar, e os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino,
da fazenda e obras publicas, commercio e industria, assim o tenham entendido e façam
executar. Paço, em 12 de julho de l865.=EEi.=Marguez de Sá da Bandeira=Julio
Gomes do Silva Sanches =Conde d'Avila = Carlos Bento da Silva,.
D. de L. n.° 157, de 17 d« julho.

DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—2.» SECÇÃO

Sendo da maior conveniencia que os productos de todas as nossas industrias sejam de-
vidamente representados na exposição universal que ha de abrir-se em Paris no anno dè
1867;
Considerando que é de absoluta necessidade regular com a indispensavel antecipação
os trabalhos preparatorios que demanda a selecção e expedição dos referidos productos;
Considerando que do estado da exposição internacional, que deve reslisar-se na cidade
de Porto no corrente anno, podem colher-se valiosos elementos para o bom resultado d'este
empenho:
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° É creada uma commissão central directora dos trabalhos preparatorios para
a exposição universal que ha de abrir-se em Paris em maio de 1867.
Art. 2:° Esta commissão terá a seu cargo organisar os necessarios programmas, re-
gular a fórma de admissão dos productos, fazer a selecção dos qjie deverão ser remettidos
• á exposição, coordenar o catalogo dos mesmos productos, e propor ao governo as medidas
que julgar convenientes para os effeitos indicados.
§ unico. Disposições especiaes regularão a constituição da mesa.
Art. 3.° Dividir-se-ha a commissão central nas seguintes secções:
1 . a Secção—Industria agricola;
2. a Secção—Industria fabril;
3. a Secção—Industria extractiva, construcções e machinas a vapor;
4. a Secção—Bellas artes;
•12 de julho 1865 251

5." Secção—Productos das colonias.


I unico. Cada unia d'estas secções lerá um presidente e um secretario.
Art. 4.° A mesa e os presidentes e secretarios das secções, conjunctamente com dois
vogaes tirados de cada uma das secções, formarão um conselho director.
Art. 5." O governo nomeará, se o julgar conveniente, pessoas competentes para irem
estudar a exposição internacional do Porto, tendo em vista o proveito que d'esses estudos
se possa colher em relação á exposição universal de Paris.
Art. 6.° O governo, alem da commissão nomeada pelo presente decreto, nomeará as
commissões que julgar convenientes para procederem a estudos especiaes sobre os pro-
ductos que devam ir á exposição.
Art. 7.° O governo apresentará ás côrtes, na sua proxima reunião, timá proposta de
lei, pedindo os meios que julgar necessarios para a execução d'este decreto.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado interino dos ne-
gocios da marinha e ultramar, e os ministros e secretarios d estado dos negocios do reino,
da fazenda e das obras publicas, commercio e industria, assim o tenham entendido e façam
executar. Paço, em 12 de julho de 1865. = R E I . = Marquez de Sá da Bandeira=Julio
Gomes da Silva Sanches= Conde d'Avila—Carlos Bento da Silva.
D. dc L. n.° 1S7, de 17 de julho.

REPARTIÇÃO DE AGRICULTORA

Convindo insistir no patriotico intento de activar o melhoramento das raças cavallares,


tanto para satisfazer as exigencias da progressiva actividade economica do paiz, como para
assegurar no exercito a fácil remonta de bons cavallos;
Considerando que o aperfeiçoamento da producção e creação d'estes animaes depende
simultaneamente de um complexo de condições, taes como a discreta selecção dos repro-
ductores, a regular construcção dos estábulos, e a indispensavel uberdade dos pastos;
Considerando que a reunião das referidas condições demanda perseverantes e intelli-
gentes cuidados, a par de arriscados c despendiosos adiantamentos da capital;
Considerando finalmente que nos paizes que nos podem servir de norma se estão ma-
nifestando as mais assignaladas vantagens, provenientes dos concursos em que se adjudi-
cam as recompensas, não sómente em attenção aos productos, mas ao complexo das con-
dições industriaes de que elles procedem:
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° É creado um premio de honra para ser adjudicado annualmente, em con-
curso publico, ao productor e creador nacional que sobresair na boa disposição do com-
plexo de todas as disposições que constituem a industria cavallar.
| unico. O premio consistirá em uma taça de oiro ou prata, no valor de 5000000 réis,
cjuantia que será deduzida da verba consignada no capitulo 8.° do orçamento do ministerio
das obras publicas, commercio e industria, para exposições agricolas.
Art. 2.° O concurso estará aberto desde julho a dezembro de cada anno, não se po-
dendo receber propostas dos concorrentes alem do ultimo dia d'aquelle mez. As propos-
tas serão entregues na direcção geral do commercio e industria.
| 1.° Sómente serão admittidos ao concurso os productores e creadores nacionaes que
possuírem ha mais de um anno, a contar da data da proposta, uma peára de éguas de ven-
tre não menor de vinte cabeças.
| 2.° Nas propostas, acompanhadas dos documentos authenticos, que provem as cir-
cumstancias mencionadas no § antecedente, deverão os concorrentes declarar o seu nome
e naturalidade, a quantidade de gado cavallar que possuem, e a situação das proprieda-
des em que estão collocados os seus estabelecimentos.
| 3.° O concorrente premiado sómente poderá ser admiltido novamente,a concurso
passados tres annos; e sómente lhe poderá ser conferido novo premio se, no seu estabe-
lecimento, houver estabelecido notáveis melhoramentos,
| 4.° Os concorrentes, cujos estabelecimentos hajam sido examinados pela commissão
mencionada no seguinte artigo, e que não tenham tido premio, sómente poderão ser pre-
miados nos concursos subsequentes, se houverem de algum modo aperfeiçoado as condi-
ções dos seus estabelecimentos.
Art. 3.° Por todo o mez de janeiro, o governo nomeará uma commissão composta de
pessoas competentes, para ir ás diversas localidades em que os concorrentes tiverem os
252 1865 li de julho

seus estabelecimentos, a fim de examinar e notar o estado em que os mesmos estabele-


cimentos se acharem.
Art. 4.° Até ao fim do mez de maio, a commissão fará subir ao conhecimento do go-
verno, pela direcção geral do commercio e industria, um relatorio contendo:
1." A descripção minuciosa dos estabelecimentos que ella, em vista do que determina
o artigo precedente, houver examinado, declarando a quantidade, raças e qualidade dos
gados que n'elles se mantiverem;
2.° A indicação dos melhoramentos de que os estabelecimentos são susceptiveis;.
3.° O juizo comparativo das condições e gados existentes em cada um dos estabele-
cimentos ;
4.° Finalmente, o seu parecer ácerca do concorrente a quem deve ser adjudicado o
premio de honra.
Art. O governo, na conformidade do parecer da commissão, adjudicará o premio
de honra, por meio de uma portaria expedida pelo ministerio das obras publicas, com-
mercio e industria, a qual será enviada até ao mez de junho, com a taça de que trata o
§ unico do artigo 1.°, ao governador civil do districto em que residir o concorrente pre-
miado.
Art. 6.° O governador civil, logoque receber a remessa que se refere no artigo ante-
cedente, assim o fará constar ao concorrente premiado, prevenindo-o para que elle, ou
pessoa por elle devidamente auctorisada, se apresente em dia determinado ao governo
civil, a fim de receber o premio de honra que o mesmo governador civil, em sessão so-
lemne, a que serão convidadas as auctoridades e pessoas principaes da terra, lhe deverá
entregar, lendo previamente a portaria, que tambem lhe entregará, ficando no archivo
daquella repartição uma copia authentica.
Art. 7.° No fim da solemnidade o governador civit mandará lavrar uma acta, cuja co-
pia enviará ao governo, ficando o original guardado no archivo do governo civil.
| unico. O relatorio da commissão, a portaria e acta publicar-se-hão na folha official
do governo.
O ministro e secretario d estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, 12 de julho de 1$&5.=RFA. = Carlos
Bento da Silva. n, <jeLi„,» J37;del7dejiiíj>o-

líEPARTlÇÃO DE CONTABILIDADE

Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'estado dos ne-
(1) Senhor: — Para construcção de um porto artificial na cidade de Ponta Delgada, na ilha de
S. Miguel, foi o governo auctorisado polo artigo 2.° da carta de lei de 9 de agosto de 1860 a contrahir
um emprestimo até á quantia de 600:000§000 réis, devendo applicar-se ao pagamento do respectivo
juro e amortisação os impostos designados no artigo 4." e seu | da referida lei, e pelo artigo 8." da
mesma lei foi o governo auctorisado a estabelecer uma junta administrativa, a qual teria a seu cargo
realisar este emprestimo e pagar o competente juro e amortisação, recebendo directamente das alfan-
degas os impostos destinados para similhante fim; ficando igualmente auctorisado o governo, pelo ar-
tigo 9." da citada lei, a confeccionar os regulamentos necessarios para a sua boa execução.
Fazendo uso d'estas auctorisações creou o governo, por decreto de 12 de dezembro d'aquelle anno,
a j u n t a administrativa das obras do mencionado porto e promulgou o regulamento da 6 de julho de
1861 para a administração das mesmas obras.
Organisada assim a administração das obras e feitos os trabalhos necessarios para se lhes poder
dar começo, contratou a junta com o banco união do Porto um emprestimo de 200:000^000 réis por
escriptura" de 30 de outubro de 1862 e outro de 400:000^000 réis por escriptura de 13 de julho de
1863, perfazendo" ambos a totalidade de 600:000^000 réis, auctorisada pela lei.
D'esta totalidade só tem a junta precisado receber a quantia de 366:683$í27G réis, por lhe terem
sido poderoso auxilio as sobras dos impostos creados pela dita lei, depois de deduzidos os encargos tios
emprestimos contratados, sobras que ajunta tem applicado ás obras em virtude da auctorisação que
solicitou e que-o governo entendeu poder-lhe conceder até preencher o limite dos 600:000^000 réis, au-
ctorisados pelas côrtes.
Sendo 550:517M31 réis a quantia total que a j u n t a tem despendido até ao fim de abril ultimo
com a ccnstruccão e administração das obras, restava-lhe n'aquella data unicamente a verba de réis
49:4821569. "
A junta pondera que as obras estão longe de concluídas, e que comquanto se não possa fixar já o
seu custo, que todavia excederá os 600:000^000 réis, pede auctorisação para n'ellas despender a parte
que resta receber dos emprestimos contratados, e bem assim as futuras e identicas sobras dos impostos.
N'estas circumstancias torna-se urgente providenciar para que, emquanto o poder legislativo não
resolver sobre este objecto, tão importantes trabalhos não soffram interrupção, o que traria gravíssimos
prejuízos, tendo elles attingido o conveniente desenvolvimento; havendo operarios engajados, e cujo
•12 de julho 1865 253

gocios da fazenda e das obras publicas, commercio e industria: hei por bem ordenar, ou-
vido o conselho de ministros, que no ministerio da fazenda se abra um credito extraordi-
nario a favor do ministerio das obras publicas, commercio e industria, pela quantia de
100:0000000 réis, com destino á continuação das obras do porto artificial em.construcção
na cidade de Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel.
Os ministros e secretarios d'estado das duas referidas repartições assim o tenham en-
tendido e façam executar. Paço, em 12 de julho de 1865. =REi.=Conde d'Avila—Car-
los Bento da Silva. „. dpT„ n/M57; ^ 17 dejaiho.

C O N S E L H O G E R A L DAS ALFANDEGAS

RESOLUÇÃO i\.° 278


O conselho geral das alfandegas:
Visto o recurso interposto por Jacinto Ignacio Machado, ácerca da classificação de cha-
les de lã, com barra de seda, propostos a despacho na alfandega de Ponta Delgada;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra junta ao recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que a excepção consignada no indice da pauta para os tecidos de lã trans-
parentes, contendo seda, abrange sómente os que no artigo 39.° vem designados por teci-
dos de lã abertos transparentes não especificados;
Considerando que os chales e lenços têem direito especifico, e não pertencem á gene-
ralidade acima indicada;
Resolve:
Artigo unico. Os chales, que são objecto do recurso, devem ser especificados «chales
de lã, não especificados, com um quarto de seda», para pagarem o direito que lhes com-
pete, segundo o n.° 3.° do artigo 24.° das instrucções preliminares á pauta geral das al-
fandegas.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 12 de
julho de 1865, estando presentes os v o g a e s = Simas, vice-presidente—Rodrigues, rela-
to!^ Abreu—Nazareth — Santos Mont.e.iro= Fradesso da Silveira—Costa—Couceiro.
D. de L. o." 157, de 17 de julho.

M I N I S T E R I O DAS O B R A S P U B L I C A S , C O M M E R C I O E I N D U S T R I A
DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO D E MINAS—2." SECÇÃO

. Tendo-me sido presente o requerimento de Carlos Augusto Ron de Sousa, em que


nos termos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regula-
mento de 19 de dezembro de 1853, pede que se lhe faça a concessão definitiva da mina
de chumbo de Adorigo, concelho de Tabuaço, districto de Vizeu;
Cousiderando que o requerente obteve por portaria de 6 de junho ultimo a concessão

vencimento, nos termos dos respectivos contratos, não póde suspender-se; perdendo-se a estação pró-
pria para o progresso das obras, deteriorando-se sem proveito algum um valioso material fixo e circu-
lante e expondo-se a uma mina certa, com os temporaes do inverno, os ultimos trabalhos feitos, por
falta da sua consolidação. -
Em vista do exposto, e attendendo a que o artigo 6.° da citada lei, nas palavras logoque esteja amor-
tisado completamente o emprestimo referido e qualquer outro que seja necessário para o acabamento d'esta
obra previu o caso (aliás frequente em trabalhos de similhante natureza) de não chegar a verba para
elles calculada, julga em tal conjunctuiaque a abertura do um credito extraordinario dg IQOiOOOjjSOOO
réis, que se reajise pelo producto das sobras dos impostos que a j u n t a for cobrando e quando estas nSo
cheguem pela parte que for ^necessaria da quantia que resta receber dos emprestimos contratados, é o
unico meio de, sem encargos para o thesouro, habilitar a mesma junta a continuar as obras até que
as côrtes deliberem sobre este objecto.
Por todas estas rasões temos a honra de submetter á approvação de Vossa Magestade o seguinte
projecto de decreto.
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, em 12 de julho de 1865—Conde d'Avila
= Carlos Bento dn Silva.
f»3
1865 12 de julho

provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.° do citado
decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a planta
em que está indicado o plano geral, da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto, Simão Augusto Guerreiro, é idonéo para,
segundo as regras de arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do concelho ge-
ral das'obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da leie habilitado o requerente para a concessão definitiva do referido deposito:
Hei por bem, conformando-me com o parecer da referida secção, conceder por tempo
illimitado a Carlos Augusto Bon de Sousa a propriedade da mina de chumbo de Adorigo,
concelho de Tabuaço, districto de Vizeu, ficando obrigado em virtude da presente conces-
são ás seguintes prescripções:
1. a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, submettendo-se
os donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos.
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem a
terceiro»
3. a Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra e incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros.
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que occasionar pelas aguas accumuladas nos
seu» trabalhos, se, tendo sido intimado, não as seccar no tempo que se lhe marcar.
5t a Bar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes, contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior.
, (k a Ter a mina em estado de lavra activa.
7. a Dar as providencias necessarias, no praso que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruína pela má direcção dos trabalhos.
8. a Não difficultar ou impossibilitar, por uma lavra ambiciosa, o ulterior aproveita-
mento do mineral.
9. a Não suspender os trabalhos da mina, com intenção de a abandonar, sem antes dar
parte ao governador civil respectivo, e deixar a sustentação dos trabalhos em bom es-
tada.
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem eu estabele-
cerem as leis.
11. a Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria, todos os seis me-
zes a contar da data d'este decreto, o relatorio dos trabalhos feitos no período anterior.
12. a Não admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos de lavra sem licença do
governo» precedendo informação da secção de minas do conselho geral de obras publicas
e xúifiàs.
13. a Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações e
dos operarios. Estas obras serão as que ordenar o governador civil respectivo, ouvindo o
engenheiro encarregado da inspecção das minas do districto, e no caso de não assentimento
•do concessionario as que o governo ordenar, ouvindo a secção de minas do conselho gg-
ral de obras publicas e minas.
l'4. a Executar as obras que, nos termos expressos na anterior condição, se prescre-
verem para evitar o extravio das aguas e das regas.
i $ . a Não exlrahir do solo senão as substancias uteis indicadas n'este decreto e as que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito.
16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitli-los.
17. â Pagar ao estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidos pela lei de 31
de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares de
17 de junho de 1858 e 15 de abril de 1862.
18. a Cumprir todos os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos em tudo
que possa ser-lhe applicado.
Hei outrosim por bem determinar que para os fins acima designados sqja concedido o
terreno q,ue se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto e que é limitado
pelas linhas rectas que formam o quadrilátero FGHL, traçado da seguinte maneira: to-
ffletà-se os pontos FG, da concessão da Portella dos Corvos sobre a estrada qué conduz da
ppvoação de Adorigo para Tabuaço, e 150 metros a contar do cruzamento (festa estrada
com o caminho que conduz á povoação de S. Martinho marque-se o ponto H, e o ponto L
•12 de julho 1865 255

marque-se sobre o Alto dos Louços, e ficará assim determinado o referido quadrilátero
F G H L com a superfície de 634:200 metros quadrados.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e, indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 12 de julho de 1 8 6 5 . = á E i . = =
Carlos Bento da Silva. D. de L. n.° 162; DE 22 de joiho.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO jV.° 277

0 conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto pelo negociante Guilherme Kemp Larbeòk, r è J t ê S è t ó è f è
dos fabricantes de sabão Kemp & C.a sobre a classificação de seis pipas, mârea.^8/>, con-
tendo oleo de coco, apresentadas a despacho na alfandega de Lisboa, vindas de I/ondres,
a bordò do navio inglez Star of the West;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Visto a amostra que acompanhou o recwso<
Visto o relatorio da commissão de peritos que procedeu á analyse chimica d'estas sub-
stancias ;
Visto, o artigo'10.° do decreto de 3 de novembro de 1860; .
Considerando que a referida commissão, na conclusão do seu relatório, Saciara que
este producto deve ser classificado como oleo de côco; '
Considerando que o indice remissivo da pauta remette o oleo de côco para ós oleos fi-
xos concretos; . . .
Resolve: (, .
Artigo unico. A substancia de que trata este recurso está comprehendida no artigo 89.°
da pauta e isenta de qualquer direito, como oleo fixo concreto. ' ...,',.'. .','..
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, eni sessão de <13 de
julho de 1865, estando presentes os v o g a e s = Simas, vice-presidenle=Í6reto J relator
=Nazar et,h=Santos Monteiro=Fradesso da. Silveira = Costa = Couceiro.
1). de L. n.° 164, de 13 de jaliio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


REPARTIÇÃO DO GABINETE
3.» DIRECÇÃO

Não tendo sido sufficiente a somma de 4:000)5000 réis auctorisada pela carta de lei de
20 de julho de 1864, com applicação para o melhoramento dos pharoes do reino, e sendo
de urgente necessidade Cóncltiir durante a presente esiação as obras qtfê para aquelle fim
se começaram e estão por concluir: hei por bem, tendo ouvido o conselho de ministros,
ordenar que no ministerio da fazenda seja aberto um credito extraordinário a favor qo,mi-
nisterio dos negocios da marinha e ultramar, da quantia de 4:000^000. réjs, para ser-ap-
plicada á conclusão das obras para o melhoramento dos pharoes e compra do materjal pre-
eisp para o serviço dos mesmos, devendo o governo dar conta ás côrtes na proxima re-
união do decretamento d'este credito extraordinario e da sua applicação; ....
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da marinha e uitramar e da fazencla
assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 13 de julho de 1865.=RjEi.!^r^Mr-
quez de Sá da Bandeira= Conde d'Avila,. d. de l . n.° is»; d e « d * í f l f c o .

ORDEM DA ARMADA N.° 3 6

Quartel general da marinha, em 15 de julho de 1865


Constando que alguns dos militares das provincias ultramarinas, que se acham no reino
com licença para estudar, só frequentam parte das cadeiras de que se compõe o anno em
256 - 1865 21 de. julho

que abrem matricula, o que dá logar a prolongarem muito o curso scientifico; e convindo
pôr termo a esta irregularidade, de que resulta desvantagem para o serviço: manda Sua
Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, que o
major general da armada faça saber a todos os militares das sobreditas provincias, que se
acham no reino com licença para estudar, e aquelles a quem de futuro for concedida, que
no principio de cada anno lectivo devem apresentar certidão de se haverem matriculado
em todas as aulas, que segundo a organisação da escola constituem o anno de estudo que
a cada um competir para concluir o respectivo curso; e que não o fazendo se lhes retirará
immediatamente a licença para estudar; e que da mesma sorte no fim do anqo lectivo de-
verão apresentar certidão de haverem sido approvados em todas as aulas em que estive-
rem matriculados, e que não o fazendo se lhes retirará igualmente a licença para estudos;
exceptuando unicamente n'este anno os que mostrarem que foram approvados em todas
as aulas em que se matricularam, embora deixassem de o fazer em todas as que constitui-
rem o respectivo anno de estudos.
Paço, em 14 de julho de 1 8 6 5 . = Sa da Bandeira. D.deL.n.°i80,dei2deago»to.

I.' DIRECÇÃO
Í.» R E P A R T I Ç Ã O

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o requerimento em que Manuel Lourenço,
filho de Manuel Lourenço Carrajola, pede ser isento do serviço da armada, para o qual se
acha apurado no segundo districto do departamento do sul;
Considerando que o requerente comprova ter um irmão alistado no corpo de mari-
nheiros;
Considerando que a portaria de 19 de dezembro de 1863, no seu artigo 10.° § 8.°,
manda excluir do apuramento maritimo os individuos que, na armada ou no exercito, ti-
verem irmãos alistados:
Hei por bem, conformando-me com o parecer do conselheiro ajudante geral do pro-
curador geral da corôa junto a este ministerio, determinar que o referido Manuel Lou-
renço seja isento do serviço da armada.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do supracitado departamento, para sua intelligencia e devidos effeitos.
Paço, em 14 de julho de 1 8 6 5 . = S « da Bandeira. ». de l. «7, de n dejuiho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DÁ GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 3 0
Secretaria (Testado dos negocios da guerra, IS de julho de 1865

Sendo os pagamentos das despezas do ministerio da guerra nas ilhas adjacentes effe-
ciuados pelos cofres centraes dos districtos, em presença dos recibos em duplicado, seja
qual for a natureza da despeza;
Considerando que o ajustamento das coutas das despezas que entram nas resultas ge-
raes é feito pelo modo prescripto na portaria de 12 de maio de 1836, publicada na ordem
do exercito n.° 4 de 19 do mesmo mez;
Considerando que os recibos pelos quaes se sacarem fundos dos cofres centraes, para
pagamentos d'essas despezas, não podem ser resgatados por aquellas resultas geraes;
Determina Sua Magestade El-Rei o seguinte:
1.° Que ás praças dos corpos da 9. a e 10. a divisões militares, que estiverem addidas
a quaesquer corpos do continente e vice-versa,-seja feito o abono de seus respectivos ven-
cimentos por meio de mostras addicionaes á do corpo em que se achem addidas, devendo
o commissario de mostras que verificar o abono fazer a conveniente communicação áquelle
que fiscalisar o corpo a que a praça pertence.
2.° Que ás praças que dos corpos do continente tiverem passagem para os corpos das
ilhas adjacentes, ou d'estes para aquelles, se abonem os respectivos vencimentos até ao
dia em que seguirem viagem para seu destino.
•12 de julho 1865 257

Sua Magestade El-Rei determina:


Que os conselhos administrativos dos estabelecimentos dependentes do ministerio da
guerra, das divisões militares, das praças de guerra e dos corpos do exercito, caserneiros
e quaesquer individuos que tenham a seu cargo alguns artigos de mobilia ou utensílios
pertencentes á fazenda militar remetiam ao arsenal do exercito, até ao dia 31 do corrente
mez, um mappa dos referidos artigos a seu cargo, com referencia ao dia 30 de junho ul-
timo, para, no mesmo arsenal, serem conferidos com as respectivas contas,
D. de L. n.• 159, de 19 de jullio.

Sua Magestade El-Rei, em observancia do decreto coin força de lei de 24 de dezembro


de 1863, que reorganisou a escola do exercito, e do regulamento provisorio d'esta escola,
decretado em 26 de outubro do anno proximo passado: ha por bem, conformando-se
com o parecer do conseího geral de instrucção militar, determinar, pela secretaria d i s -
tado dos negocios da guerra: 1.°, que os alumnos militares das escolas polytechnica e
do exercito não recolham aos corpos senão quando lhes for applicada a exclusão tempora-
ria ou perpetua das escolas; 2.°, que os alumnos militares da escola polytechnica durante
as ferias grandes passem a ficar sob as ordens do commandante da escola do exercito,
onde serão instruidos nos exercicios militares, cumprindo ao director da escola polytechnica
passar-lhes as competentes guias; 3.°, que quando algum alumno militar da escola polyte-
chnica perder o anno, seja qual for o motivo, se lhe passará guia para logo se apresentar
ao commandante da escola do exercito, a fim de ahi receber a instrucção nos exercicios
militares; 4.°, que os alumnos da escola polytechnica que forem officiaes poderão ser man-
dados em commissão fazer serviço nos corpos de infanteria, cavallaria e artilheria, se o
conselho de instrucção da escola do exercito assim o entender; 5.°, finalmente, que os
alumnos militares tanto da escola do exercito como da escola polytechnica, que durante o
corrente anno lectivo de 1864-1865 recolheram aos corpos por quaesquer circumstancias,
se apresentem immediatamente ao commandante da escola do exercito para o fim supra
indicado nos n. os 2.° e 3.°, cumprindo aos commandantes das divisões mandar-lhes passar
as respectivas guias.
Paço, em 17 de julho de 1865.—Sá da Bandeira.
Ord. <io ex. n.° 3i de 2í, e D. de l . u.* 16S; d » 2 6 de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


I.» DIRECÇÃO
1." REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o requerimento em que o maritimo do


terceiro districto do departamento do centro, João Claudino, filho de João Henriques,
pede isenção do serviço da armada;
Considerando que, pelas informações havidas a respeito do requerente, consta ter elle
um irmão alistado no corpo de marinheiros;
Considerando que a portaria de 19 de dezembro de 1863, 110 seu artigo 19.° f 8.°,
manda excluir do apuramento maritimo os individuos que na armada ou no exercito tive-
rem irmãos alistados:
Ha por bem, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador ge-
ral da corôa junto a este ministerio, determinar que o referido João Claudino seja isento
.do serviço da armada.
O que, pela secretaria d'eslado dos negocios da marinha e uitramar, se participa ao
chefe do supracitado departamento, para sua intelligencia e devidos effeitos. •
Paço, em 18 de julho de 1 8 6 5 . = S o da Bandeira. i». de l . n.° m, de 19 de julho.
258 - 1865 21 de. julho

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO IV." 2 7 9

O conselho geral das alfandegas: • •< . •


' Visto o recurso interposto por Eduardo Ollive, sobre a classificação de duas barricas*
marca C, n.° 8:257,18, contendo sodá, apresentada a despacho na alfandega de Lisboa, -e
vindas de Bordeaux no vapor francez Guienne;
Visto 0 auto da conferencia dos verificadores;
Vistas a amostra que acompanhou o recurso;
Visto b resbltado da analyse chimica a que se procedeu no instituto industrial;
Visto b artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Çonsiderando que a soda de que se trata contém 21,820 por cento de soda caustica e
78,180 de carbonato de soda, como se reconheceu pela analyse chimica;
Considerando que pela resolução n.° 257 d'este conselho, em 24 de abril ultimo, e
em qúeçtíó idêntica, se resolveu sobre o modo pratico de a resolver;
Considerando que os fundamentos que motivaram aquella resolução são anplicaveis á
presepté hypothese:
Resolvei
Artigo unico Os productos contidos nas barricas de que trata este recurso devem pa*
gàr ês dóis direitos marcados na carta de lei de 11 de julho de 1863, segundo a proporção
rêspéctiva." * .
' Éstá résplução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 19 de
julho dè 1860, estando presentes os vogaes=Conde d'Avila, presidente—,/IÍWÉSM, rela-
t o r ^ Simas==>Nazareth=Fradesso da Silveira—Costa—Couceiro.
D. d e L . 11." 161, dè 21 d e julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


l . a DIRECÇÃO
R E P A R T I Ç Ã O DOS P H A R O E S

Sendo de reconhecida necessidade adoptar um systema de trabalhos, taes que as cos-


tas do reino e das ilhas adjacentes sejam conveniente e devidamente illuminadas, como é
essencial áf navegação e ao commercio maritimo;
Considerando que a carta de lei de 20 de julho de 1864, transferindo do ministerio
das obras publicas, commercio e industria, para o da marinha e ultramar, o serviço dos
pharoes, nem organisou definitivamente, tal serviço, nem fixou um plano geral de illumi-
nação maritima;
r
Considerando quanto insta que sejam postos em execução os melhoramento^ reclama-
dos pela navegação, por modo que Portugal fique a par das outras nações n'este impor-
tante ramo da publica administração:
Ha por bem Sua Magestade El-Rei nomear, pela secretaria d'estado dos negocios da
marinha e ultramar, uma commissão composta do visconde da Praia Grande de Macau, ia-
tendeb le da marinha de Lisboa; dos conselheiros Filippe Folque, director do observato-
rio astronomico de marinha; Antonio Rafael Rodrigues Sette, director da direcção çlp
ministerio dá marinha; José Victorino Damasio, director geral dos telegraphos; e de Fran-
cisco Marra"Pereira da Silva, inspector dos pharoes; Joaquim Henriques Fradesso da Sil-
veira, director do observatorio meteorologico do Infante D. Luiz; e de Affonso de Castro,
interinamente encarregado da repartição dos pharoes; a qual commissão eseolfoerà o presi-
dente 6 secretario, e estudando com o zêlo necessário e reconhecida intelligencia 4o? dif-
ferentes vogaes tudo o que è relativo ao importante assumpto da illuminaç^oi
formule e redija um plano geral para a completa organisação d'este serviço, a que pren-
dem os mais valiosos interesses commerciaes e os ainda mais graves da segurança dos na-
vegadores.
Paço, em 21 de julho de 1865.—Sd da Bandeira. D, d e L . n.° m, de 25 d e j u i h o .
22- de julho 1865

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE '

Sendo insuficiente a verba de 6:000$000 réis votada no orçamento do estocte para as


despezas da commissão reguladora da agricultura e commercio dos vinhos do. Douro, set
anno economico de 1864-1865: hei por bem determinar, ouvido o conselho de ministros,
que no ministerio dos negocios da fazenda se abra um credito extraordinario pela quantia
de 4:88909.55 réis a favor do ministerio das obras publicas, commercio, ç i n d u s t r i a ^ fim
de occorrer ao pagamento de todas as despezas effectuadas com o serviço do arrolamento,
provas da novidade da 1864, e mais despezas da mencionada commissão, para que não foi
bastante o respectivo credito votado.
Os ministros e secretarios d'estado das duas referidas repartições assim Q tenham çntQnr
dido e façam executar. Paço, em 21 de julho de 1865.—REI.=Car los Bento da Silvai
Conde d'Avila. D. DE L . „ O M > DE A5 IE J^O.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
REPARTIÇÃO

Por decreto de 18 do corrente mez foi a escola de ensino mutuo da cidade de Angra
do Heroismo convertida em escola primaria de ensino simultaneo, com exercicio na fre-
guezia de S. Bento da mesma cidade, e foi creada uma outra cadeira de ensino primario
na freguezia rural de S. Matheus, concelho de Angra, não devendo esta ultima ser pro-
vida sem que a camara municipal, junta de parochia ou qualquer outra corporação haja
promplificado casa e mobilia para os exercicios escolares e habitação do professor.
D. de Í . A.«M, d« 33 de £dfcú.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA - 1 . " SECÇÃO

Tendo-me sido presentes os documentos pelos quaes se prova que nos cofres, do banco
lusitano já deu entrada a quinta parte do valor correspondente a 2.000:0000000 réis;
Vista a disposição do artigo 5.° dos estatutos do banco, approvado por decreto da data.
de hoje;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa, junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem considerar legalmente constituido o banco lusitano, e habilitado a func-
cionar.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria, assim ® te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 22 de julho de í 8 6 5 . = R E I . — C a r l o s Bento d®
Silva. D. de h. n.° 163, de 8» de julho.

Attendendo ao que me foi representado pelo banco lusitano, pedindo quô seja apprôi
vada a reforma do artigo 33.° dos seus estatutos, e a alteração feita no artigo V dos me$b
moa estatutos, para o fim de poder o banco constituir-se e dar principio ás suas o p e r a ç ^
com uma quantia inferior á que primitivamente foi fixada;
Vistos os documentos, pelos quaes se prova o cumprimento do artigo 45.° dos estatu-
tos, approvados por decreto de 24 de agosto de 1864; .
Visto o parecer d ó ajudante do procurador geral da corôa junto, ao ministério das*obras
publicas, commercio e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação á mencionada reforma do artigo 33." e á
alteração do artigo 5.° dos estatutos do banco lusitano, as quaes foram reduzidas-a instru-
1865 lie julho

mento publico, na conformidade do artigo 539.° do codigo commercial, e baixam com


este decreto assignadas pelo ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio
e industria; ficando em vigor todas as outras disposições dos mencionados estatutos, e fi-
cando igualmente o banco obrigado ao cumprimento das disposições do já citado decreto
de 24 de agosto de 1864.
- O mesmo ministro e secretario d'estado o tenha assim entendido e faça executar. Paço,
em 22 de julho de 1 8 6 5 . = R E I . = Carlos Bento da Silva.

Reforma do artigo 33.° dos estatutos do bauco lusitano, c alteração do artigo o." dos estatutos do
mesmo banco, que fazem parte do decreto da data de boje

Art. 33.° O banco terá sempre em caixa em moeda corrente de prata ou oiro pelo me-
nos um terço do que dever por deposito, e se vier a ser de emissão, igual terço pelo que
dever pelos seus proprios titulos em circulação.

Art. 5.° O banco lusitano funceionará e julgar-se-ha constituido logoque um uumero


de subseriptores que represente pelo menos a somma de 2.000:0000000 réis tenha reali-
sado a quinta parte do valor nominal das suas acções.
Paço, em 22 de julho de 1 8 6 o . = Carlos Bento da Silva. d. n.<,mi ueíâdejuiho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECIIETAHIA DOESTADO
2.» REPARTIÇÃO

Devendo ter a alfandega de Bragança onze aspirantes, e a da Barca de Alva sele, em


conformidade da tabella n.° 5, que faz parte do decreto n.° 1 com força de lei de 7 de de-
zembro de 1864; e tendo sido declarado pelo decreto de 25 de fevereiro do corrente anno,
que a delegação de Lagoaça, dependente da alfandega de Bragança, segundo a tabella n.° 1,
que tambem faz parte do precitado decreto, pertence á alfandega da Barca de Alva; como
assim augmentem os encargos do serviço d'esta ultima casa fiscal emquanto diminuem
n'aquella: hei por bem, em virtude da auctorisação concedida ao governo pelo artigo 20.°
do referido decreto de 7 de dezembro de 1864, determinar que cada uma das sobreditas
alfandegas tenha nove aspirantes, sendo transferidos do quadro da primeira para o da se-
gunda dois empregados da indicada classe.
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, assim
o tenha entendido e faça executai'. Paço, em 22 de julho de i865.=REI.=Conde d'Avila.
D. de L. n.° 168. dc 29 de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Havendo tínalisado o praso estabelecido na portaria de 24 de dezembro de 1863, pu-
blicada na ordem do exercito n.° 1 de 1864, para os officiaes militares e empregados ci-
vis do exercito, contribuintes para o estabelecimento do monte pio militar, reclamarem as
prestações com que tiverem contribuído, como lhes faculta a carta de lei de 28 de junho
de 1843, inserta na ordem do exercito n.° 25 d'esse anno: manda Sua Magestade El-Rei,
pela secretaria. d'estado dos negocios da guerra, prorogar desde a data em que esta por-
taria se publicar na ordem do exercito, até ao fim de dezembro proximo futuro, o praso
para as reclamações clas sobreditas prestações, a fim de se decidirem convenientemente,
não só as que diversos contribuintes têem dirigido por ,este ministerio, ás quaes se não
tem podido attender, por haverem sido feitas depois que findou o praso designado na
mencionada portaria de 24 de dezembro de 1863, mas tambem as que, dentro do praso
por'esta marcado, forem competentemente dirigidas ao mesmo ministerio.
Paço, em de julho de 1865. — Sá da Bandeira.
Ord. do ex. ii." 33 de 1, e D, de L. n.° 173, de 4 de agosto.
2 5 de julho 1865 261

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIRECÇÃO
i. a REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, attendendo ao merecimento do engenheiro florestal Bernardino


de Barros Gomes, ha por bem nomea-lo membro da commissão creada por portaria de 3
de junho ultimo, para propor as medidas convenientes para melhorar o estado da provin-
cia de Cabo Verde; o que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se
manda participar ao mesmo Bernardino de Barros Gomes.
Paço, em 24 de julho de 186o. = Sa da Bandeira. D. de l. n.° ne, de 8 de agosto.

I a REPARTIÇÃO

Achando-se ainda em execução nas provincias ultramarinas a ordenança de 9 de abril


de 1803, pela qual se procede ao julgamento dos crimes de deserção, e convindo substi-
tuir aquella ordenança por modo analogo ao que está actualmente adoptado no exercito do
reino; conformando-me com o parecer do conselho ultramarino, e usando da faculdade
concedida pelo § 1.° do artigo 13. 0 do acto addicional á carta constitucional da monarchia,
depois de ouvir o conselho de ministros: hei por bem determinar o seguinte :
Artigo 1 É extensiva ás provincias ultramarinas a carta de lei de 21 de julho de 1856, -
que no exercito do reino regula os castigos que devem ser applicados aos diversos crimes
de deserção militar, com as alterações abaixo designadas.
Art. 2.° Qualquer praça de pret que se achar servindo em alguma das provincias ul-
tramarinas e que desertar, irá como soldado completar o tempo de serviço effectivo que
ainda lhe faltar, ou seja determinado pelo seu alistamento ou por sentença, em outra pro-
vincia ultramarina, como vae indicado na tabella que d'este decreto faz parte.
Art. 3.° O recurso, a que se refere o artigo 13.° da mencionada carta de lei, fica es-
tabelecido do modo seguinte :
1.° Na provincia de Gabo Verde, para o supremo conselho de justiça militar do reino;
2.° Na de S. Thomé e Principe e na de Angola, para o conselho superior de justiça
militar d'esta provincia;
3.° Na de Moçambique, para a respectiva junta de justiça;
4.° No estado da India, Macau e Timor, para o supremo conselho de justiça militar
do dito estado.
Art. 4.° Depois da sentença definitiva passada em julgado, será o processo remettido
ao commandante do corpo, o qual, com a sua informação, o enviará ao governador da res-
pectiva provincia.
Art. 5.° As praças de pret, depois do julgamento final, serão postas desde logo á dis-
posição do governador da provincia, o qual lhes dará o conveniente destino.
Árt. 6.° As despezas de transporte de ida serão por conta dos cofres da provincia em
que o desertor for servir sentenciado e as do seu regresso pelos cofres da provincia para
onde voltar.
Art. 7.° O disposto n'este decreto não altera a disciplina em vigor com relação aos
condemnados a degredo pelos tribunaes civis e que tiverem praça nas guarnições do ul-
tramar.
Art. 8.° Os desertores das guarnições do ultramar, que na provincia para onde passa-
rem a servir forem novamente julgados, não poderão por sentença voltar á provincia de
onde tiverem sido enviados e serão sentenciados para qualquer outra.
. Art. 9.° Fica revogada a legislação em contrario.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, assim o tenha entendido
e faça executar. Paço, em 2o de julho de 1 8 6 5 . = R E I . — M a r q u e z de Sá da Bandeira.

«5
1865 12 de julho

Tabella a que se refere o artigo 2.° do decreto d'esta data


• designando as provincias em que as praças de pret das guarnições do ultramar devem ir servir
quando sentenciadas pelo crime de deserção

•Desertores das provincias de: Devem ir servir nas provincias de:

Cabft-Y^de.. S. Thomé ou Angola.


S, T h o q é , . . . Angola.
Angola. S. Thomé.
Moçambique. India ou Timor.
India.,.,.,.. Timor ou Moçambique.
Macau Timor.
Timor Moçambique.

Secretaria d'estado dos negocios da mgrinha e uitramar, em 25 de julho de 1 8 6 5 . =


MavquèzãeSáda Bandeira. D . DE L. n.° « 7 , de as DE juího.

' Tendo sido pela carta de lei de 14 de julho de 1856 abolidos no exercito do reino os
castigos de varadas e os de pancadas com espada de prancha, e sendo justo extinguir tam-
bem nas, províncias ultramarinas aquelles castigos; econvindo outrosim pôr em harmonia
oô rêgulàméntos disciplinares das tropas crestas provincias com os do exercito do reino,
em 'conformidade com o disposto na parte final do artigo 2.° da referida carta de lei: hei
por bem determinar o seguinte:
Artigo 1.°ÍÉ' extensiva ás provincias ultramarinas a carta de lei de 14 de julho de 1856,
que rtò exercito do reino aboliu os castigos de varadas e os de pancadas de espada de
prancha.
Art. 2.° É applicado o regulamento disciplinar do exercito do reino de 30 de setem-
bro de 1856 ás tropas das provincias ultramarinas, comas modificações abaixo indicadas.'
Art. 3.° Para qualquer praça de pret que se achar servindo em alguma das provincias
ultramarinas ! sér considerada incorregivel, é preciso que nos ultimos doze mezes anterio-
res téhhá cdíhmettido mais de cinco transgressões de disciplina, que hajam sido punidas
com algumas das penas mencionadas no referido regulamento.
Art. 4,° A punição do conselho de disciplina será fundamentada e intimada ao accusado.
' ' A r t . T e r m i n a d o que seja o processo do conselho de disciplina, será entregue ao
commandante do corpo, o qual com a sua opinião o remetterá ao governador da provincia,
á ^'uétti'compete confirmar ou não a decisão do conselho.
' ArtÁd.®' À^praçà de pret que for julgada incorregivel irá completar o seu tempo de
effectivo serviço n'outra provincia ultramarina, como se acha determinado na tabella que
fa2párt8'd'éstè decreto e vae assignada pelo ministro e secretario d'eslado dos negocios da
guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar.
iV:
Art.'?; 0 : As'despezas de transporte de ida serão por conta dos cofres da provincia em
qúè ò^ncorregivel for servir sentenciado e as do seu regresso pelos cofres da provincia
para onde voltar.
' Art. 8.° O disposto n'este decreto não altera as regras da disciplina em vigor em cada
uma das provincias ultramarinas, com relação aos condemnados a degredo pelos tribunaes
civis e que tiverem praça nas guarnições do ultramar.
Art. 9.° Os incorregiveis das guarnições do ultramar, que na provincia para onde pas-
sarem a'Servir florem novamente julgados, não poderão por sentença voltar a provincia de
onde tiverem sido enviados, e serão sentenciados para qualquer outra.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
gtieritf é ihteribamente encarregado dos da marinha e uitramar, assim o tenha entendido
é teçâ dxècutai*.' Paço, em 25 de julho de 1 8 6 5 . M a r q u e z de Sá da Bandeira.
26 de julho 4865 m

Tabella a que se refere o artigo 6." do decreto d'esta data


designando as provindas em que as praças de pret das guarnições do ultramar devem ir servir
quando sentenciadas como incorregiveis

Incorrigiveis das provincias de: Devem ir servir nas provincias.dè.: '

Cabo Verde. S. Thoméj)u Angola. .'./'.? >


S. Thomé i . . . . . ; . . . ^ . . . . . v. Angola. • - . ; •. V,
Angola, S. Thomé. • ...
Moçambique India ou Timor. . ';
iA
India Timor óu Moçambique. ••( t
Macau Timor. ' Vi'-'? . ir
Tiinor Moçambique. ,!'. : . . ., L-.

Secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, em 2o de julho de 4865.=


Marquez de Sá da Bandeira. D. de L. n.° no, DE i de agosto.

1.» DIRECÇÃO
2. A R E P A R T I Ç Ã O

Havendo o decreto regulamentar de 30 de agosto de 1839 concedido aos capjfães do?


portos jurisdicção e competencia ern materia de avarias e ahi leoa mento, praticado^ pelos
navios do commercio, quando o valor dos prejuízos causados rião excederem a quantia dp
5O$O0O réis, auctoridade que já anteriormente fôra atlribuida ao inspector geral do arse-
nal da marinha pela portaria do 7 de junho de 1811; e ; • •.
• Considerando que é o fim de tal disposição abreviar a decisão de queslõesde* pouca
importancia e evitar as despezas de processos perante a jurisdicção ordinaria commercial.;
Considerando que tem essa determinação produzido salutares resultados, §em até
apparecer reclamação contra o referido exercicio e jurisdicção dos capitães dós portps.; ,,
Considerando porém que alguns proprietarios de embarcações se recusam a p^gíir a
quantia devida pelo damno causado conforme a sentença do capitão do ppfjpili,'. ...• •
Considerando que seria illudir manifestamente o citado regulamento de 3Q.de 'ágpsta
de 1839, submetter taes questões a uma execução ordinaria, eque proviria gr^ve prejuízo,
para a navegação e para os interessados com alongar os termos do c u m p r i n \ ^ Q deci-
são d& uma jurisdicção verdadeiramente.excepcional; , [
Tendo em vista a representação feita pelo intendente da marinha do Lfebfi^er^ IQ.fie.
junho ultimo, sobre a parte dada pelo capitão do porto tambem de Lishoa:, , V i
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro aju-
dante do procurador geral da corôa junto ao ministerio da marinha e uitramar, err\itiido,
em consulta de 26 de junho.proximo passado, ordenar que havendo, alguni? e m b ^ r c ^ a
responsável, em virtude de resolução do capitão do porto, por quantia nãb.e^ced^pie a
50$Q0ft réis, em consequência de damno causado por avaria ou. abalroamento,.,
rada como documento essencial, a fim de desembaraçar essa embarcação parai^ir^.bwrai
oU para navegar no porto e rio, não se empregando .em navegação alta ou costeira,:are.-»
cibo em que provar haver satisfeito integralmente.a quantia que dever, na conformi(|a{le
da predita resolução do capitão do porto onde fizer o damno. ..,, .: ,
O. que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se communica aos
intendentes da marinha dos differentes departamentos, para seu conhecimento. § necessa-
rios effeitos. :
Paço, em 26 de julho de 1 8 6 5 . — S á da Bandeira. D . DER„N.<N6E, D E ^ D E J A I H O .

8.» DIRECÇÃO ' í ;


A
L. REPARTIÇÃO . "
. li';; <••; . '

Considerando a instante necessidade e rigorosa justiça de melhorar a soítadofcgeif*i->


dofès do estado na cidade de Macau, regulando os seus vencimentos.com a dàvidaiaklw-'
ção á desproporção em que a maior parte d'elles se acha com a carestia
íôá dè cónsumo na mesma q^ade; . .• ,
264 1865 li de julho

Tendo em vista as informações dadas pelos governadores daquella cidade em datas


22 de setembro de 1862 e 25
de 22 2 3 de março do corrente anno.
- Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do dc acto addicional á carta con-
stitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo i.° Os vencimentos dos funccionarios ecclesiasticos, civis e militares da cidade
de Macau, e os prets das praças da guarnição da mesma cidade, serão regulados pelas ta-
bellas A e B, que fazem parte d'este decreto, e com elle baixam assignadas pelo ministro
e secretario d'estado dos negocios da marinha e ultramar.
Art. 2.° Fica revogada toda a legislação em contrario.
O presidente do concelho de ministros, ministro e secretario d'estado
d'estai dos negocios da
guerra, e interino dos da marinha e uitramar, assim o tenha entendido entendii e faça executar.
Paço, em 26 de julho de 1 8 6 5 . = R E I . = M a r q u e z de Sá da Bandeira.

Tabella A dos vencimentos dos empregados civis e ecclesiasticos de Macau,


á qnal se refere o decreto d'esta data, e que d'elle faz parte

Vencimento annual
Governador 3:7500000
Secretario 7000000
Official da secretaria 4000000
Procurador da cidade 6000000
Primeiro interprete 1:1500000
Segundo dito 8000000
Dois alumnos interpretes 6000000
Primeiro lingua 3000000
Segundo dito 1800000
Amanuenses (cada um) 1860000
Primeiro official 1800000
Segundo dito 1530000
Letrado china: 2160000
Cirurgião mór 7020000
Facultativo de 1 . a classe 4320000
Primeiro pharmaceutico 432(5000
Professor da escola de pilotagem 7000000
Escrivão da junta de fazenda 7800000
Contador 6040000
Primeiro escripturario 3600000
Segundo dito 3000000
Primeiro amanuense 1830000
Segundo dito 1530000
Porteiro 1830000
Continuo 1290600
Thesoureiro da junta 4000000
Fiel 2660250
Amanuense 1530000
Escolhedor de dinheiro 930840
Recebedor das decimas 4500000
Ajudante 2660250
Amanuense • 1530000
Juiz de direito 2:3000000
Delegado 5600000
Escrivães (cada um) ; ' — 4500000
Dito dos orphãos 2000000
Contador 1800000
Official de diligencias (cada um) 1080000
Carcereiro 1800000
"28 de julho 1865 265

Bispo 2:3000000
Gonego (cada um) 3000000
Meio conego 1800000
Parochos das igrejas de Macau (cada um) 3000000
Dito em Singapura 3460800
Consul de Siam 6900000
Secretario do consulado 3000000
Superintendente dos colonos chinas 6120000
Interprete 3060000
Nota.—As gratificações, a que tiverem direito os empregados civis e ecclesiasticos designados
n'esta tabella, serão reguladas pejas leis que as estabeleceram sem augmento algum.

Secretaria d'estado dos negocios damaririha e ultramar, 26 de julho de 1865.—Mar-


quez de Sá da Bandeira.

Tabelle B dos soldos e prets dos militares da guarnição de Macau, a que se refere
o decreto d'esta data e que d'elle faz parte

Vencimentos mensaes
Coronel 650000
Tenente coronel 580000
Major 540000
Capitão 300000
Tenente ou primeiro tenente 280000
Alferes ou segundo tenente 250000
Cirurgião mór 300000
Cirurgião ajudante 280000
Cirurgião do batalhão nacional 70500
Almoxarife 210250
Vencimentos diarios
Sargento ajudante 0455
Sargento quartel mestre 0365
Primeiro sargento 0300
Segundo sargento • 0275
Furriel 0195
Cabo de esquadra , 0170
Anspeçada 0145
Soldado 0130
Artífice 0105
Mestre de musica 10170
Musico 0470
Corneteiro mór ..'. 0185
Corneteiro 0155
Aprendiz de musica 0065
Caba de tambores do batalhão nacional 0155
Tambor do dito batalhão 0145
Nota.—As gratificações a que tiverem direito quaesquer dos officiaes, cujos postos v5o designa-
dos n'esta tabella, serSo reguladas pelas leis que as estabeleceram, sem augmento algum.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 26 de julho de l 8 6 5 . = M í / -
quez de Sá da Bandeira. n. dc i. n.° it», dc 29 a^uiho.

2.* REPARTIÇÃO

Tendo-me sido presente a proposta do negociante d'esta capital, João Baptista Burnay,
súbdito belga, pedindo a concessão de uma parte do ilhéu de Santa Maria, no porto da ci-
dade da Praia de S.Thiago na provincia de Cabo Verde e de uma porção da praia fronteira
ao mesmo ilhéu, a fim de estabelecer ali um deposito de carvão de pedra;
66
266 1865 li de julho

Êòhsiderando a grande utilidade que do estabelecimento do citado deposito deve pro-


vir hão só para aquelle porto, mas tambem para a provincia em geral, já pela affluencia
d e barcos a vapor, que necessariamente ali hão de ir procurar combustivel, já pelo grande
fruttrero de braços que no dito estabelecimento encontrarão trabalho;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta
' Constitucional da monarchia, e tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
''' Hèi por bem approvar o contrato n'esla data celebrado entre o governo e o negociante
crèstã capital João Baptista Burnay, para o dito estabelecimento de deposito de carvão de
pedrá no referido ilhéu, pelo modo e nos termos no mesmo contrato especificados.
O,presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios
da guerra e interinamente encarregado dos da marinha e uitramar, assim o tenha enten-
dido e faça executar. Paço, em 26 de julho de 1 8 6 5 . = R E I . — M a r q u e z de Sá da Ban-
ãèfrá.

Aos 26 dias do mez de julho de 186o, no ministerio dos negocios da marinha e ultra-
mar egaBifiètè'db ill. mo e éx."10 sr. tíiarquez dè Sá da Bândeirâv-presidente (}o conselho
de ministros, ministro e secretario d'est ; ádo dos negocios dá marinha e ultramar, estando
presente, de uma parte o mesmo ex. mo ministro como primeiro outorgante por parte do
governo e da outra parte osubditõ belga João Baptista Burnay, negociante da praça de
foêbòá, segundo outorgante, assistindo a este acto o conselheiro Levy Maria Jordão., aju-
'Ifâfótê do procurador geral da corôa junto a este ministerio, pelo primeiro e segundo ou-
W g a h t e foi dito na minha presença e na das testemunhas abaixo mencionadas e assigna-
Gáfe,'ijúe concordavam nas condições do contrato, pelo qual é concedido ao segundo.ou-
tttKgâhte metade do ilhéu de Santa Maria, na provincia de Cabo Verde e bem assim uma
pÒTçSf) da praia fronteira ao mesmo ilhéu, para o estabelecimento de um deposito d e c a r -
Vãb dè pedra, nos termos abaixo indicados e se obrigavam a cumprir as mesmas condi-
• ç6es> clausulas.
Condição 1.® O governo concede a João Baptista Burnay metade do ilhéu de Santa
Mariky no porto da cidade da Praia de S. Thiago e mais uma parte da praia fronteira, para
o estabelecimento de um deposito de carvão de pedra, bem como a licença necessaria para
unir o ilhéu com a mesma praia, por meio de um paredão construido no ponto escolhido
•peto concessionario, de accordo com o governador geral da provincia, a fim de ser for-
ttíàda uma bacia queoffereça abrigo e segurança ás embarcações que se destinarem aò ser-
' Víçb do predito estabelecimento.
• Condição 2-.a Deverá o concessionario previamente apresentar ao governador geral da
jtfóvincia o plano do estabelecimento que pretende formar para, em vista d'elle,- lhe ser
'dè&gnada a area da concessão.
' :: Condição 3.® Obriga-se o concessionario a concluir as obras do dito estabelecimento
dèàtro do praso que for accordado cóm o mesmo governador geral, tendo em.attenção, a
Importancia das construcções e a facilidade de as levar a effeito.
• i Condição 4. a O concessionario não poderá ceder ou .trespassar n'outro individuo, ou
• erii companhia ou sociedade, a presente concessão'sem approvação do governo.
Condição 5-.a Quando por motivo de utilidade publica o governo necessitar de alguma
pórção de terreno concedido, o concessionário será d'elle expropriado e indemnisadopelo
. governo sópiente das bemfeitorias que daquella parle houver feito.
;/Condição 6 ^ Caducará esta concessão quando o concessionario não der começo aos
trabalhos necessarios para o dito estabelecimento dentro do praso de um anno, contado
da data do presente contrato.
Condição 7." O concessionario em tudo o qúe disser respeito á mesma concessão re-
nuncia aos direitos e immunidades que lhe possam competir como estrangeiro e fica pai-a
esse fim sujeito ás leis de Portugal e em tudo equiparado aos nacionaes.
.• Condição 8. a É permittida ao concessionario, livre de direitos, porém sob a fiscalisação
da competente auctoridade, a importação por espaço de dez annos, de barcos de vapor
destinados ao reboque das lanchas empregadas no serviço do estabelecimento de peque-
nas embarcações de ferro e de machinas movidas por vapor, ou outra qualquer força, bem
Como dof material que for necessário para a laboração do mesmp estabelecimento.
Condição' 9; a O carvão que entrar no deposito estabelecido pelo concessionario não é
• Sujeito ao pagamento do imposto dos 3 por cento auctorisado por decreto de 2Ò;de setem-
bro de 1858, devendo todavia pagar o mesmo imposto que se acha estabelecido ou v i e r a
26 de julho 1865 m
estabelecer-se para o carvão de pedra importado na ilha de S. Vicente, ,para um igual es-
tabelecimento que n'ella existe.
Condição 10. a Terão livre transito pelos caes que o concessionario fizer construir, e
pelo paredão que unir o ilhéu de Santa Maria á praia fronteira, todos os objectos e mer-
cadorias pertencentes ao estado, e tambem os empregados publicos é suas bagagens.
1 unico. Uma tabella, approvada pelo governador geral da provincia, sob proposta do
concessionario, estabelecerá os preços que deverão pagar, pela sua passagem,,por baga-
gens e mercadorias, os particulares que quizerem utilisar-se dos ditos caes e paredão,
Condição l l . a Durará esta concessão por espaço de noventa e nove annos contados
desde a data d'este contrato. Findo este praso reverterão ao estado os terrenos concedi-
dos com todas as bemfeitorias existentes e para elle reverterão pela mesma fórma fal lindo
o concessionario, ou quando por qualquer circumstancia deixar de funccionar:o estabele-
cimento.
E com estas condições hão por feito e concluido o dito contrato, ao quat assistiu, como
fica declarado, o conselheiro Levy Maria Jordão, ajudante do procurador geral da corôa
junto a este ministerio, sendo testemunhas presentes Antonio Maria Campelo, chefe do
gabinete do ministro e João Bernardino Luiz Rodrigues, chefe da 2. a repartiçãó.da 2. a di-
recção do ministerio. E eu Manuel Jorge de Oliveira Lima, do conselho.de Sua Magestade,
official maior director da 2. a direcção da secretaria d'estaclo dos negocios da marinha e ul-
tramar, em firmeza dè tudo e para constar onde convier fiz escrever, rubriquei e subscrevi
o presente termo de contrato, que vão assignar commigo os mencionados outorgantes e
mais pessoas já referidas, depois de lhes ser lido. = Marquez de Sá da Bandeira—João
Baptista Burnay. = Fui presente, dr. Levy Maria Jordão=Antonio Maria Cámpelo=
João Bernardino Luiz Rodrigues=Manuel Jorge de Oliveira Lima.
D. de L. n.° 169," de 31 de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA ,


Tendo sido adoptadas para o serviço da recepção dos artigos fornecidos pelo arsenal
do exercito e commissão de lanificios, e bem assim para receber os soldos' dos officiaes dos
corpos, estacionados fóra da capital differentes disposições que se acham insertas nas or-
dens do exercito n.° 45 de 1840, n.° 37 de 1843 e n.° 18 de 1861 e nas c i r c u l o s de 1.1
de outubro de 1858 e 9 de setembro de 1862, e havendo-se ultimamenté detérçarnado
que os vencimentos dos officiaes arregimentados sejam effectuados pelas pagadorias á'as
divisões militares em que os ditos corpos se acharem estacionados, ficando por ésfetíjotivo
o serviço dos officiaes em commissão em Lisboa reduzido apenas á recepção dos lanificios
e artigos fornecidos pelo arsenal do exercito, eá compra de alguns artigos para ós çoípós;
Considerando que este serviço só por si é muito limitado para absorver o emprego èx-
clusívo de um offiyal por cada um dos corpos estacionados fóra da capital e que sem pre-
juizo do regular andamento das requisições, póde elle ser feito por officiaes reformados,
e em muito menor numero, mediante o abono de uma gratificação;.coné.e^uip<$ú.-^''i>or
ésta fórma aproveitar o bom serviço que os trinta e dois officiaes em commissão.,dós. cor-
pos podem prestar na fileira, alliviando-se assim aquelle de que se achâjá''sobrecâ^Ff^ádòs
ós seus camaradas arregimentados; , *
Considerando que a despeza a fazer com o abono da mencionada gratificação $ com-
pensada pela economia que resulta de não se fazer annualmente, comó se esta pràtíçandó,
o transporte dos ditos officiaes em commissão, das suas familias e dós seus impedidos,
desde as povoações onde existem os quarteis dos corpos á que pertencem até tisboa, e
desde esta capital para as ditas povoações, e convindo por todos estes motivos alterar as
referidas disposições:
Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da«guerra :
1.° Que o serviço até ao presente incumbido aos officiaes dos corpos em commissão
em Lisboa fique exclusivamente a cargo de uma commissão especial, que será denomi-
nada «agencia militar dos corpos em Lisboa», a qual ficará immediatamente subordinada
á 2. a direcção da secretaria d'estado dos negocios da guerra e será composta dè um offi-
cial superior como chefe e quatro officiaes, capitães ou subalternos, todos da bíàsse de
reformados, tendo tres officiaes inferiores de veteranos pára o serviço de escripturação e
úm cabo tambem de veteranos para continuo;
2.° Que o chefe da agencia militar perceba a gratificação giensal de IS^OpÔ réíf,,' cada
268 1865 li de julho

um dos outros officiaes a de 100000 réis, e cada uma das praças de pret de veteranos a
gratificação de 100 réis diarios, pagas provisoriamente pela verba das despezas eventuaes;
3.° Que os commandantes dos corpos estacionados fóra de Lisboa remettam directa-
mente á agencia militar as requisições que houverem de fazer para os respectivos corpos,
e que dirijam, pela secretaria d'estado dos negocios da guerra, quaesquer representações
que hajam de fazer ácerca do serviço da mesma agencia;
4.° Que o chefe da agencia militar, a quem compete dirigir o respectivo serviço, e es-
cripturação, logoque receba as requisições dos corpos, as faça registar e as distribua a
cada um dos. membros da commissão para estes lhes darem o andamento conveniente; re-
ceberem os objectos requisitados, faze-los chegar bem acondicionados aos seus destinos, e
apresentarem ao mesmo chefe em seguida uma nota da qual conste o andamento succes-
s ã o de cada uma das requisições, para com estes elementos se fazer a escripturação con-
veniente, da qual deve constar: o corpo a que pertence a requisição, quando entrada na
agencia, quando entregue ao official encarregado de lhe dar andamento, quando entre-
gue no arsenal, quando recebidos os objectos, quando remettidos ao seu destino e p o r que
meio, e quando recebidos nos corpos, conforme a indicação dos mesmos ;
5.° Que a agencia militar começará a funccionar logoque se ache constituida;
6.° Que os officiaes dos corpos em commissão em Lisboa fechem as suas contas den-
tro de sessenta dias, contados d'esta data, devendo em seguida o marechal commandante
da 1 . a divisão militar fazer recolher aos corpos a que pertencerem os ditos officiaes.
Paço, em 26 de julho de 1 8 6 5 . = S á da Bandeira.
Ord. do eserc. n." 32 de 28 de julho; e D. de X,. n.° 186 de 21 de agosto.

Attendendo ás differentes representações que á minha real presença têem subido, pelo
commando geral de artilheria, mostrando-se a grande falta que ha de officiaes subalternos
na mesma arma e os graves embaraços que d'aqui provém, para os diversos serviços a seu
cargo serem feitos com a precisa regularidade;
Considerando que não ha meio de, em um periodo de tempo pouco considerável, preen-
cher aquellas vacaturas com officiaes proprios da dita arma;
Considerando que os officiaes das armas de cavallaria e infanteria, habilitados com os
respectivos cursos de estudos, estão nas condições de adquirirem com facilidade os co-
nhecimentos práticos, mais indispensaveis, para fazerem com proveito o serviço de fileira
nos corpos de artilheria;
Considerando finalmente que, estando completos os quadros d'aquellas armas, a falta
temporaria de um official subalterno em cada um dos respectivos corpos não occasiona
dificuldades sensíveis para o serviço das mesmas:
Hei por bem, emquanto se não adoptam providencias definitivas para melhorar as con-
dições da arma de artilheria, pelo que respeita âo preenchimento das vacaturas que ha de
officiaes subalternos, determinar provisoriamente o seguinte:
1.° Serão mandados destacar dos corpos de cavallaria einfanteria, para servirem tem-
porariamente nos regimentos e companhias de artilheria dos Açores e Madeira, o numero
de officiaes subalternos habilitados com o curso de estudos das respectivas armas ou com
o dè qualquer das armas especiaes, que for indispensavelmente exigido pelas necessida-
des do serviço da arma de artilheria, não devendo este numero exceder a um por cada
corpo de cavallaria e infanteria, e preferindo-se para este serviço os alferes.
2.° Durante o tempo que estes officiaes estiverem servindo na arma de artilheria se-
rão considerados, nos corpos a que pertencerem, como destacados e em serviço extraor-
dinario e nos de artilheria onde servirem como addidos. O seu accesso e todos os mais
direitos serão regulados na arma a que respectivamente pertencerem como se effectiva-
mente estivessem servindo n'ella, e serão abonados de soldcre gratificação e de todos os
mais vencimentos, como se de facto pertencessem ao quadro effectivo dos officiaes de ar-
tilheria.
3.° Estes officiaes regressarão aos corpos das armas a que pertencerem, quando o seu
serviço for desnecessário na arma de artilheria, quando o requererem com motivo justifi-
cado, ou quando lhes pertencer a promoção ao posto de capitão.
4.° O governo submetterá este decreto á approvação das côrtes na parte em que de-
pender de sancção legislativa.
O presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
•12 de julho 1865 269

guerra e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar, o tenha assim entendido


e faca executar. Paço, em 26 de julho de 1865.=REf. == Marquez de Sá da Bandeira.
Orrl. dn o\c. n." 33, dc 1. i> II. d e L . n.° 173. d e 4 d e a í o s t o .

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E TÍVDUSTRTA
REPARTIÇÃO 1)K AGRICULTORA

Sendo indispensavel estabelecer as regras praticas para a execução das disposições do


artigo 40.° do decreto de 29 de dezembro de 1864, em virtude das quaes foram instituí-
das as exposições e congressos agricolas: hei por bem approvar o seguinte regulamennto,
que faz parte d'este decreto e baixa assignado pelo ministro e secretario d'estado dos ne-
gocios das obras publicas, commercio e industria.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
em 26 de julho de 1865.==RRI.===C<M70.<? Bento da Silva,

Regulamento das exposições agricolas


CAPITULO I
Disposições geraes

Artigo 1.° São instituídas exposições agricolas geraes, provinciaes e especiaes.


§ 1." No fim das exposições geraes e provinciaes celebrar-se-hão congressos agricolas;
I 2.° As juntas geraes de districto concorrerão com metade das despezas para as ex-
posições geraes e provinciaes, ficando auctorisadas a fazer, para esse effeito, as competen-
tes derramas pelas camaras municipaes.
§ 3.° Fica revogado o decreto com força de lei de 16 de dezembro de 1852, relativo
ás exposições de gados. (Artigo 49.° do decreto com forca de lei de 29 de dezembro de
1864.)
Art. 2." Haverá duas exposições geraes, uma em Lisboa, outra no Porto, nas quaes
serão admittidos todos os productos agricolas do continente do reino, ilhas adjacentes e pos-
sessões ultramarinas.
| unico. A primeira exposição geral effectuar-se-ha em Lisboa, durante o anno de 1868,
e a segunda no Porto, passados cinco annos, a contar daquella data, e d'ahi por diante se
effectuarão exposições geraes, no fim de todos os quinquennios, alternadamente, uma vez
em Lisboa e outra no Porto.
Art. 3.® Haverá todos os annos, excepto nos que se realisarem as exposições geraes,
uma exposição provincial ou regional. Para este effeito são determinadas, no continente
do reino e ilhas adjacentes, as seguintes:

Regiões e districtos que comprehendem

Algarve Faro.
'.Evora.
Alemtejo (Beja.
(Portalegre.
(Guarda.
Beira Alta ]Vizeu.
(Castello Branco, ., X/ •!'
. :Víllbl) ífoV
í Coimbra.
Beira B a i x a — jAveiro.
(Leiria.
• >.•,•;•- i '
Extremadura . . Lisboa. .' • • i>;i i
Santarem.
Porto.
Minho Braga. ... m
Vianna.
67
1865 12 de julho

•-'-i.íín; Traz 08 M o n t e s l S W ' 3 ' ,


(Villa Real.
Ponta Delgada.
Açores < Angra do Heroismo.
(Horta.
Madeira Funchal.
i ^ í f d / e r n o determinará, com a antecipação de um anno, a região em "que se deve
realisar a exposição, pçovinpial.,
§ 2.° São excluídas' d'està rotação as cidades de Lisboa e Porto, onde sómente se de-
verão effectuar as exposições geraes.
„>í.- J-,:y, N ^ v ç g i õ e s , que comprehendem mais de um districto, as exposições provinciaes
por turno, de modo que successivamente se contemplem todas as capitaes
çífÍftnÇfttçs districtos.
| Qp^ndo mais convenha, poderão as exposições effectuar-se fóra das capitaes dos
districtos, em povoações notáveis, que para esse effeito ofíereçam mais commodidades.
.... . i r a n d o o. governo determinar, na conformidade do § í.° do artigo, prece-
dente, o local das exposições provinciaes, designará ao mesmo tempo a verba que as jun-
tas geraes deverão derramar para as ditas exposições, indicando tambem a verba com
que para igual fim o governo deve concorrer.
Art. 5.° Da verba destinada para exposições, na tabella que faz parte do decreto de
29 de dezembro de 1864, o governo deduzirá a quantia que julgar necessaria para as ex-
posições especiaes que se effectuarão pelo modo e nas localidades que o governo desi-
gnar.
Art>.@.°. Ag entradas no recinto das exposições geraes e provinciaes não serão gratui-
ta^, e o,producto d'ellas applicar-se-ha para as despezas das mesmas exposições.

..r'. ' CAPITULO II


nas exposições geraes e provinciaes

J t f f c u l r C©m a devida antecipação o governo nomeará duas commissões, uma admi-


nistrativa e outra technica, para dirigirem os trabalhos das exposições geraes, declarando
iiífc apto, da popieação, os.meios de que ellas poderão dispor, para levar a effeito as ditas

. Art. 8.° A commissão administrativa será composta de seis vogaes e um presidente,


qgfc^epi sempre, em Lisboa, o director geral do commercio e industria, e no Porto, o go-
l e i ^ p r çjyft
^jfiOmWHS^WEaeará de .entre seus membros um thesoureiro e um secretario.
§ 1.° Compete á commissão administrativa:
D g s j g p r o local da exposição:
. , ; ; v E l a b o r a r e mandar executar o projecto do edificio e decorações correspondentes,;
3.° Estabelecer e arrecadar a taxa das entradas:
4.° Auctorisar e ordenar todas as despezas;
5.° Organisar o programma da distribuição dos premios;
6.° Finalmente, providenciar ácerca de tudo o que for concernente á parte adminis-
trativa e policial das exposições.
§ 2.° A commissão, terminada a exposição, apresentará a conta da sua gerencia, devi-
damente documentada, a qual será publicada na folha official.
Art. 9.° A commissão technica será composta rJe nove membros, entrando n'este
numero o presidente e o secretario, que a mesma commissão d,'entre si nomeará.
1 1 . ° Incumbe a esta commissão:
1.° Organisar o programma da exposição, classificando os productos que n'ella se de-
vem admittir, e designando os premios que se hão de distribuir, e as condições com que
devem ser adjudicados;
2.° Nomear as commissões de jurados que têem de conferir os premios;
3.° Estudar e relatar, finalmente, os resultados da exposição.
I 2.° Em cada uma das commissões de jurados entrará um ou mais vogaes da com-
missão technica.
Art. 10.° São applicaveis ás exposições provinciaes as disposições relativas ás exposi-
ções geraes, exceptuando o que respeita á. presidencia da commissão administrativa em
22- de julho 1865

Lisboa, a qual presidencia competirá ao governador civil do districto em que se verificar


a exposição.
CAPITULO III . , ::
Dos congressos agricolas • i
0
A r t i J l . Por occasião das exposições geraes celebrar-se-ha um congresso agrjpola,
em que poderão tomar assento: . -.f .
Os vogaes das commissões technicas e administrativas: ;/ i .
2.° Os expositores;
3.° Os representantes das sociedades agricolas;
4.° Os pares do reino, deputados ás côrtes, os lentes e professores de ensino superior
e secundário, os jornalistas, e todas as pessoas distinctas pelas suas luzes ou pela sua ri-
queza rural.
Art. 12.° O governo nomeará a mesa da assembléa geral do congresso, que será.com-
posta de um presidente, de um vice-presidente, de um secretario e de um. vice-seerélario.
§ unico. A mesa, reunida com a devida antecipação, annunciará o loeal, dia-&bera
em que se deve reunir o congresso, publicando conjuntamente o regulamentòinífafiM*#?
suas sessões.
Art. 13.° Serão submettidos á consideração do congresso os seguintes quesitos*:
-1.° Quaes são as medidas geraes, dependentes dos poderes publicos, que as necessi-
dades da nossa agricultura reclamam com mais urgencia''? . /
2.° Quaes são as causas principaes que impedem o progresso agricola do paiz, e quaes*
os meios que se elevem empregar para as remover?
3.° Qual é o ramo da nossa agricultura que offerece o mais esperançoso futuro.?
Art. '14.° Na primeira reunião o congresso procederá á nomeação de tres commissões,
compostas de quinze vogaes cada uma, para darem o seu parecer ácerca dos quesitos.men-
cionados no artigo antecedente. •
| L.° No fim de vinte e quatro horas, o mais tardar, as commissões apresentarão os
seus pareceres, para serem discutidos e votados nas tres sessões immediatas. • ; '
1 2 . ° Nas duas sessões anteriores á apresentação dos pareceres, o coBgresso.poderá
occupar-se de quaesquer assumptos de interesse agricola.
Art. 15.° Os pareceres das commissões, os discursos (na sua integra ou por extracto)
dos que tomarem parte nas discussões, as deliberações do congresso e as actas das suas
sessões será tudo enviado pela mesa ao governo, para ser publicado e convenienj^ente
distribuido. ' ' ": ' :!í
Art. 16.° São applicaveis ás exposições provinciaes as disposições concernentes ás ex-
posições geraes, exceptuando:
1.° A nomeação da mesa. que será feita pelo governador civil do districto em que se
effeçtuar a exposição;
2.° A extensão dos quesitos, que será restricta á região a que a exposição se limitar.
Art, 17.° Ficam a cargo da mesa as despezas que houverem de fazer-se com os .arran-
jos para a celebração do congresso, devendo a sua importância deduzir-se da TOBba^es--
tinada ás respectivas exposições. ,..•; ;:
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, 26 de julho de 186$.—Gí«/>/fl8
Bento dá Silva. D. deL. D.» I74,!de5-dè «&««£•'•

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


... t ,.

RESOLUÇÃO N.° 2 8 5

O conselho geral das alfandegas: . ,


Visto o recurso interposto por H. Adolpho Bahr ácerca da classificaÇãó*dè'seda que
apresentou para despacho na alfandega de Lisboa, em um fardo marca H. A. B., n.° 26,
vinda de Bordeaux pelo paquete francez tíêarn :
Visto o auto da.conferencia dos verificadores;
y i s t a a amostra que acompanhou o recurso; . i!
Visto o artigo 10.° do. decreto de 3 de novembro de 1860; - .., •
Visto o decreto de 10 de julho de 1865, que resolve a consulta de 3 de-noveítóf^íte;
1864;•
172 1865 r , d, julho

Considerando que a seda a que se refere este recurso está no caso de ser considerada
como desperdícios de tear;
Resolve:
Artigo unico. A seda a que se refere este recurso deve pagar o direito de 75 réis por
kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 26 de ju-
lho de 1865, estando presentes os vogaes=Corcd!e d'Avila,-presiáenle=Fradesso da Sil-
veira, r e l a t o r = $imas=Abreu— Nazareth— Santo* Monteiro—Costa=Couceiro.
H. (le L. n.° 182, de 16 de a?osto

RESOLUÇÃO X." ATM

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por Cordeiro d- Irmão ácerca da classificação de seda que
apresentou para despacho na alfandega de Lisboa, em um fardo, marca C. I. n." 105,
contramarca 94 8/64;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Visto o decreto de 10 de julho de 1865, que resolve a consulta de 3 de novembro de
1864;
Considerando que a seda a que so refere este recurso está no caso de ser considerada
como desperdícios de tear:
Resolve:
Artigo unico. A seda a que se refere este recurso deve pagar o direito de 75 réis por
kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 26 de ju-
lho de 1865, estando presentes os vogaes =Conde d'Avila, presidente—Fradesso da Sil-
veira, relator — Smas=Abrea= Nazareth—Santos Monteiro—Costa— Couceiro.
I). (le I.. n.° 18-2. de 16 de agosto.

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


, . DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO OK OBRAS PUBLICAS

Convindo na presente estação calmosa prevenir por aquelles meios que desde já se
podem empregar, que o publico venha a soffrer os incommodos resultantes da escassez
de agua, e podendo dar-se o caso de desvio das aguas do aqueducto por qualquer motivo,
sendo por isso urgente que se providencie sobre este objecto: manda Sua Magestade
El-Rei declarar á camara municipal de Lisboa, que muito convém que o administrador
d'aquelle aqueducto empregue todo o zêlo e actividade, a fim de vigiar que não sejam des-
viadas aquellas aguas dos fins de utilidade publica a que se destinam: podendo o mesmo
administrador entender-se com o engenheiro director das obras para o abastecimento da
capital, a fim«de melhor se conseguir aquelle fim.
Paço, em 27 de julho de \ 86o. —Carlos Bento da Silva. = P a r a a camara municipal
de Lisboa. o, T„ n.°167, dc 28 de julho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


1." DIRECÇÃO
2.- «EPARTICÃO

Havendo o engenheiro chefe de 2. 3 classe, João Evangelista de Abreu, apresentado


um plano de melhoramento do arsenal da marinha, na conformidade do que foi prescripto
na portaria de 22 de janeiro ultimo, e sendo conveniente que todos os trabalhos de con-
strucção que n'esta capital houverem de ser feitos na margem do Tejo sejam executados
•12 de julho 1865 273

segundo um plano geral, em que, tumaudu-se em consideração us preceitos da sciencia


pelo que respeita ao regimen das aguas do mesmo rio. se atíenda a diversas necessidades,
taes como: ao serviço dos arsenaes da marinha e do exercito, ao das alfandegas, ao trafico
mercantil, ao transito publico, ao svstema de defensa do porto d'es!a capital, ao nfornio-
seamento e limpeza da cidade, á hygiene publica, ele.: manda El-Rei, pela secretaria.bes-
tado dos negocios da marinha e uitramar, organisar para este fim uma commissão,>e no-
mear para a constituirem os seguintes funccionarios, designados pelos differentes minis-
terios; a saber: pelo ministerio do reino, Augusto Cesar de Almeida, vereador da camara
municipal de Lisboa, e Pedro José Pezerat, engenheiro da mesma camara; pelo ministe-
rio da fazenda, Jacinto Augusto de SanfAnna e Vasconcellos, official da respectiva secre-
taria d'estado, e Rodrigo José de Lima Felner, 1.° official do thesouro publico; pelo mi-
nisterio da guerra, Ljdislau Miceno Machado Alvares da Silya e Domingos Pinheiro Bor-
ges, capitães de engenheria; pelo ministerio da marinha e ultramar, Francisco Maria Pe-
reira da Silva, capitão de fragata da armada, e João Evangelista de Abreu, engenheiro
chefe de 2. a classe; e pelo ministerio das obras publicas, Manuel José Julio Guerra, inspe-
ctor de divisão do corpo de engenheria civil, e Manuel Alfonso Espergueira, engenheiro
subalterno de 2. a classe; devendo esta commissão, depois de escolher d'entre os seus
membros um presidente e um secretario, discutir e propor um plano geral das obras que
convirá fazer na margem clo Tejo; primeiramente desde a estação do caminho de ferro de
leste até á foz do rio de Alcantara; e em segundo logar desde este rio até á Torre de Belem,
attendendo-se n'esta segunda parte do plano á construcção de docas, de estaleiros de con-
strucção naval, e ao projecto de um caminho de ferro.
Paço, em 27 de julho de 186%. —Sá da Bandeira. 0. dl! L.u."i68,des»dejuiho.

M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA F A Z E N D A

REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

Hei por bem determinar que no ministerio dos uegocios da fazenda se abra um credito
extraordinario até á quantia de 5:800$000 réis para pagamento dos soldos dos officiaes
do exercito em commissão na escola polytechnica e nas administrações de alguns conse-
lhos dos districtos do reino no actual anno economico., conforme dispõe o n.° 2.° do artigo
•1.° da carta de lei de 23 de junho de 1864.
Os ministros e secretarios d'eslado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço da Ajuda, em 27 de julho de 1865.=REI. = Julio Go-
mes da Silva Sanches—Conde d'Avila. D. A . . L . « . » I 7 « , ÍESDEAGO»!.,.

M I N I S T E R I O DOS N E G O C I O S DA G U E R R A
2." DIRECÇÃO
REPARTIÇÃO

Não tendo sido votada pelas côrtes, em consequência da sua dissolução, uma proposta
que lhe foi apresentada na sessão de 1 de maio ultimo, em que se pedia auctorisação para
satisfazer a divida dc 3:463$426 réis, que no dia 1 do corrente mez tinha o collegio mili-
tar, proveniente da differença entre a sua receita ordinaria e a sua despeza legal; e sendo
necessário prover de remedio para que aquelle estabelecimento possa continuar a fazer
face ás suas despezas, amortisando o debito em que está para com diversos: hei por bem,
visto dar-se o caso de que falia o artigo í>4.° do regulamento de contabilidade publica de'
• 12 de dezembro de 1863, e depois de ter ouvido o conselho de ministros, determinar que
no ministerio da fazenda se abra a favor do ministerio da guerra um credito extraordina-
rio pela referida importancia de 3:4631426 réis, a qual será exclusivamente applicada ao
pagamento da citada divida, submettendo-o depois á approvação das côrtes e dando-lhes
conta do uso que se fez da somma levantada por este credito.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda o da guerra o lenham as-
sim entendido e façam executar. Paço. em 27 de julho de 1 8 6 5 . = R r i . = M a r cjuez de Sá
da Bandeira — Conde d'Avila. D, rle L. n.° I7<», de 8 de acosto.
68
m 1865 li de julho

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Tendo a companhia real dos caminhos de ferro portuguezes feito subir á presença d e
Sua Magestade-El-Rei um novo horário, pelo qual a mesma companhia pretende que de
ora em diante seja regulado o serviço dos comboios nas duas linhas ferreas de leste e
norte:
Considerando que as alterações que se notam n'esta proposta são igualmente vantajo-
sas para o publico e para a companhia, por isso que o maior numero de comboios que se
offerece ao publico hão de elevar o numero dos passageiros, sem que a companhia tenha
dè augmentar o percurso diario dos comboios;
Vistó o artigo 36. 0 do contrato approvado pela carta de lei de 5 de maio de 1860: ha
por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a informação do engenheiro chefe
da J.* divisão fiscal de exploração de caminhos de ferro, constantes do seu officio datado
de hontem, approvar o referido horário, que baixa com esta portaria e d'ella faz parte, a
fim de começar a ter execução desde o dia 6 do proximo mez de agosto em diante, prece-
dendo oá convenientes annuncios, que serão feitos pela companhia.
O q u e se annuncia, pela secretaria d 5 estado dos negocios das obras publicas, commer-
ci©' ^TOdMstriã, ao referido engenheiro fiscal, para sua intelligencia e fins convenientes.
'"Sto^JÉÉÈÍaS de julho de 1863.^= Carlos Bento da S«7wa.=Para o engenheiro chefe
da l . 1 divisão fiscal da exploração de caminhos dè íferro. D.L.n»m áeéiaejnih^.'v

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' iiltu yigdll-íi •• Í:ibu: v ^ ' , -.i 'i!•• •.;[> I :>••> -"•(•-• .>L U>i/i/.' >. )\,xi;]..;*>•
'tlnlfr i i ; 0 ' l l f>V«<|- •!, M<-' • I. i;f! 1 • .••••: • A - '.! i - ii:.': :.JÍ' I f i f t í í l l>() •'•Jli'.<ifj-!VI . iti.í
't'»XÇl í . " i e » ! í l i t i n r . t.it! -HÍ; • • ^ • . i l i . i - ; i-i -.^r ; •.iib , 'íii ! ''i ".fi »VIÍ».-V>"i«
j i C n i i-.!i| j'"!-! : - i V i - . v i l i f i ' - í-*ií--'{ -»mjí ii':, • !• b < . nbpfHbn/ft!; -m1-' •?»; '<Vt
-
•>Jt í k í i l . l i i q ..•>5if;i<i.ú'"n'iHiM'« :»!•• il. ..yjní <• I >-A- .i .-Ui •
•>up'SKltilirfiíit^» ^iVHHtMiti•.*;» "fi<-i.'tló-..-v 'U.1 (»•.< i--' i>íi ^«'M-I1' > ,S'.íJHtvttjo.-iv-jt- vtf í l
-líiiiliíotvu/'! tdiboio nui -riiau^ <:!.• JÍ wííwííú: yn s o v . í i 1 Ai: <>b ..ihyi"iuau u«f
y» Kbwílqip •iMmwmhy.z br* Íkíi;- k 'j:Â 'ÚZi-^iti íb mw) Klíjy ut;
-v*íi!!-obífyí) .-.< >.i;U i t f u R íi - í o q y í s ( - í ' I K í - í ! H < : > 5 ! ' í . . ' ; F t í . / i ? i iú> u.h-iiíM.iif; ,
. _ ' ' .«.»)jl>-.»T. -tH'? iíVt.d^-liftf/1?! MílUíuis-U." v-íl iif - > . ! } p v i i Mn' - •
r?.b mBjíuyi.M S it-tHi;«.!-. • -:IÍ ^ <il>M>"Vji_ i f i i V i í i i i t i >0

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276 1865 li de julho

Horário a «juc se relerc

U N H A DO
Servií» dtisik li ile,

MOVIMENTO UE

Distancias
kilonwtricas N.° 2-—Mixto
Estardes
Entre
as Transito Chcyada Paragem 1'arlida
estacões
Manhã Manhã,
Lisboa - - - 7 h 15'
3,5
Poço do Bispo . 9' 7h 24' 1' 7 25
3,0
Olivaes 6 7 31 x> 7 33
3,0 6 7 39 7 41
Sacavem 2
8,0
Povoa . 14 7 oo 1 7 56
4,0 8 8 4 8 5
Alverca 1
4,5 8
Alhandra 8 13 2 8 15
4,0
Villa Franca 8 8 23 2 8 25
6,5
Carregado 11 8 36 2 8 38
10,5
Azambuja 16 8 54 3 8 57
7,8 9 10 9 11
6,0 Ponte do Reguengo. 1 13 1
Sant/Anna 1 11 9 22 1 9 23
14,0
Santarem 23 9 46 6 9 52
9,5
Valle de Figueira . . 18 10 10 1 10 11
10,0 17
8,0 Mato de Miranda... 10 28 1 10 29
4,5 Torres Novas 14 10 43 2 10 45
14,0 Entroncamento 8 10 53 28 11 21

!Thomar (Paialvo). 30 11 51 11 53
9,0 Tarde Tarde
Chão dc Mayy 22 12 15 1 12 16
9,o
Cacharias 22 12 38 4 12 42
10,3
Albergaria 30 1 12 1 1 13
12,0 Yermoil 20 1 33 2 1 35
8,0 Pombal 14 1 49 i 2 1 51
16,0 Soure 27 2 18 j 2 2 20
16,0 Formoselha 29 2 49 2 2 51
10,0 Taveiro 17 3 8 1
6,0 3 9
71,0
r;
Coimbra 13 3 22 29 3 51
Souzella 12 4 3 1 4 4
11,0 Mealhada 21 4 25 2 4 27
8,5
Mogofores 16 4 43 2 4 45
7,5
Oliveira do Bairro. 14 4-89 1 5 -
20,5
Aveiro. 34 5 34 0 5 39
15,0
Estarreja 24 6 3 2 6 5
13,5
Ovar ..' 23 6 28 4 6 32
11,0 Esmo ri % 20 6 52 2 6 54
8,5
tíranja 17 7 11 2 7 13
7,5
Valladaros 18 7 31 4 7 35
4,5
Villa Nova de Gaia ! 11 7 46 - •r
lOii 25' 2'i6'
12h 31'
"28 de julho 1865 277

a portaria desta data


NORTE
ngoslo de 181)5

COMBOIOS—IDA

0
N 8 --Mixto
K.» 4 --Mixto N.° 6 -- M i x t o /
Gorreio

Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida

Manbã Manhã Tarde Tarde Tarde Tarde


- _ _ llh 15' - 4h 15/ — _ 8M5'
11' l l h 26' 2' 11 28 12' 4h 27' - 3' 4 30 8' 8h 23' 1' 8 24
8 11 3 6 2 11 38 9 4 39 - 2 4 41 6 8 30 1 8 31
7 11 45 2 11 47 8 4 49 - - 3 4 52 6 8 37 1 8 38
Tarde Tarde
18 12 5 2 12 7 19 3 11 - 3 5 14 12 8 50 8 31
10 12 17 1 12 18 11 5 25 - 1 5 26 8 8 59 1 9 -
11 12 29 6 12 35 12 5 38 - 8 5 46 8 9 8 1 9 9
9 12 44 2 12 46 11 5 57 - 21 6 18 7 9 16 1 9 17
14 1 - 3 1 3 14 6 32 - 26 6 58 10 9 27 1 9 28
20 1 23 4 1 27 20 7 18 - 4 7 22 15 9 43 1 9 44
17 1 44 1 1 45 17 7 39 - 1 7 40 _ - -

14 1 59 6 2 5 14 7 54 - 2 7 36 •19 10 3 10 4
27 2 32 10 2 48 27 8 23 _ 10 8 33 21 10 25 10 30
22 3 4 2 3 6 22 8 55 - 2 8 57 18 10 48 1 10 49
21 3 27 2 3 29 21 9 18 - 2 9 20 15 11 4 1 11 5
17 3 46 2 3 48 17 9 37 _ 2 9 39 13 11 18 1 l i 19
10 3 38 _ _ 10 9 49 _ 31 10 20 8 1 1 27 12 11 39
Manhã Manhã
- - - - 35 10 55 - 2 10 57 26 12 5 2 12 . 7
_ 26 11 23 _ 2 íl 25 20 12' 27 1 12 28
Manhã
- _ _ _ 25 11 50 Ih 3 0 1 20 19 12 47 4 12 31
Manhã
- _ - - 32 1 52 - 2 1 54 25 1 17 •• 1 1 18
_ _ _ 24 2 18 - 2 2 20 18 1 36 1 1 37
_ _ _ 17 2 37 - 2 2 39 12 1 49 1 1 30
- _ _ — 32 3 11 - 2 3 13 23 2 13 1 2 14
_ 35 3 48 - 2 3 50 25 2 39 1 2 40
_ _ _ _ 20 4 10 _ 2 4 12 16 2 56 2 37
_ _ 14 4 26 Ih 4 5 30 11 3 8 7 3 15
— _ _ 17 5 47 _ 2 5 49 12 3 27 1 3 28
— _ _ _ 28 6 17 — 4 6 21 19 3 47 1 3 48
_ _ _ 20 6 41 - 2 6 43 14 4 2 4 3
18 7 1 _ 2 7 3 12 4 15 1 4 16
_ _ 44 7 47 - 6 7 53 32 4 48 4 ' 4 52
_ „ _ 30' 8 23 _ 2 8 25 22 5 14 1 3 15
_ „ _ 30 8 55 _ 6 9 1 20 5 33 5 37
_ 25 9 26 - 2 9 28 17 3 54 5 35
20 9 48 - 2 9 50 14 6 9 1 6 10
_ 21 10 11 _ 2 10 13 17 6 27 6 30
- - - - 13 10 26 - - - - 10 6 40 - - -

3ií 36' 47' 12b 50' Sh 21 9h 19' Ih 6'

4h 43/ 18h 11/ 10h 25' ,

66
1865 28 cie julho

MOVMENTO DE

Distancias
kilometricas N.° 2 -- M i x t o

Estações
Entre
as Transito Chegada Paragem ^Partida

Manhã
Villa Nova de Gaia _ - - 7h 55'
4,5 8h 6 ' - 1' 8 7
Valladares 11'
T2IT .1,5- Grsfíjà. 13 - 20 - 1 - 21
8,5
JSsmoriz 17 - 38 - 1 - 39
U0 Òvar 21 9 - - 2 9 2
13,5
15,0
Estarreja 25 27 - 2 - 29
26 55 - 5 10 -
20,5 Aveiro i.
10 35
Oliveira do Bairro. 35 - 1 - 36
'7,5 Mogofores 15 - 51 - 23
, 8,5 Mealhada. 17 11 10 - '2 11 12
11,0 Sòuzella 22 - 34 - 1 - 35
7,5 Coimbra 15 ~ 50 - 24- 12 14
6,0 Taveiro 12 12 26 - 1 - 27
30,0 Formoselha 17 - 44 - 2 - 46
£6,0 29 1 15 - 2 1 17
16,0 Soure - 48 - 2 - 50
: 8,0 Pombal 31
17 2 7
12,0 Yermoil - 4 2 11
10,5 Albergaria. 28 - 39 - 1 - 40
: 9,5 Cacharias 20 3 - - 5 3 5
9,0 Chão de Maçãs . . . . 19 - 24 - 1 - 25
14,0 Thomar (Paialvo).. lo - 40 - 2 - 42
4,5 Entroncamento . . . 23 4 5 - 31 4 36
: 8,0 Torres Novas 8 - 4-4 - 2 - 46
:
10,0 Matò de Miranda ; . 16 5 2 - 1 5 3
9,5 Valle de Figueira.. 18 - 21 - 1 - 22
14,0 Santarem 17 - 39 - 6 - 45
6,0 Sant'Anna. 25 6 10 - 2 6 12
7,5 Ponte do Reguengo 11 - 23 - 1 - 24
10,5 Azambuja 14 - 38 - 2 - 40
6,5 Carregado 17 - 57 - 3 7 -
4,0 Villa- Franca 14 7 14 - 2 - 16
i 4,5 Alhandra . . . . 9 - 25 - 3 - 28
Alvèrca 8 - 36 - 1 - 37
• 4,0 P o v o a . . . . i . . . . . . . 8 - 45 - 2 - 47
i 8,0 Sacavem 15 8 2 - 2 8 4
, 3,0 Olivaes 7 - 11 - 2 - 13
• 3,0 Poço do Bispo . . . . 7 - 20 - 3 - 23
; 3,5 Lisboa 7(3 - 33 - -
10b 33/ 2 h 5'

12h 38'

Çontiriuam em vigor ás mesmas ádvertehcias que acompanhavam os horarios precedentes, publicados nos Dia
í ,-
•Ministério das obras publicas, commercio e industria, 28 de julho de 1864. = Ernesto de Faria.
26 de julho 1865 m
COMBOIOS —VOLTA

N.° 25 - M i x t o
N.° 23—Mixto tírçtmsír
Correio

Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida
• • iii

Tarde Tarde Manhã


- - 3t 15' - _ - 6h 15' - - • -~T"
li' ' )jl. 26' 1' • _ 27 10' 6h 25' 1' ' — 26 - -
14 - 41 - 2 - 43 12 - 38 1 - 39 - - •r-
20 4 3 _ 2 4 5 14 _ 53 1 — 54 - _ -- " - -

24 - 29 2 - 31 17 7 11 2 7 13 - - - . -
28 - 59 Ih 5 6 4 20 - 33 1 - 34 - • i: •i - 1
t.>:. •
28 6 32 10 - 42 23 - 57 5 8 2 - - - , -
40 7 A2 2 7/ 24 31 oa 33 1 34 1 . " 'í
16 _ 40 - 2 - 42 12 - 46 1 - 47 ' - - • ' . >;.Mi 1
20 8 2 - 6 8 8 14 9 1 1 9 2 - - - , -

26 - 34 -
2 - 36 19 - 21 1 - 22 -
~ .1 - ,-L •
15 _ 51 - 29 9 20 12 - 34 5 - 39 -

14 9 34 - 34 10 8 10 - 49 1 _ 50 - —
I
23 10 31 -
2 _ 33 15 10 5 1 10 6 -

38 11 11 - 3 11 14 25 - 31 1 - 32 . - L-' - <•— '


39 _ 53 _ 3 _ 56 25 - 57 1 - 58 - _ - ? r -

24 12 20 _ 2 12 22 16 11 14 I 11 15 -

40 1 2 _ aí 1 53 29 - 44 1 - 45 - - -

28 2 21 _ 6 2 27 19 12 4 5 12 9 - ; j-; |
24 _ 51 _ 2 _ 53 18 - 27 2 _ 29 -
y v •
22 3 15 _ 2 3 17 13 — 42 1 - 43 - • i.
33 _ 50 _ 50 4 40 21 1 4 20 1 24 - _ . •>•, .l l h 40'
11
20
29
4 51
0 13
_ 44
_ 2
_ 2
_ 2
_ 53
5 15
_ 46
9
15
17
_ 33
-

2 9
50
2
2
2
-
-

2 11
35
52
10'
17
22
l l h oO 1 '
12 11
— 47. • ; '2'
4''
, 12 25
-J49
24 6 10 _ 10 6 20 16 - 27 6 - 33 21 1 10 15 1 25
27 _ 47 _ 2 _ 49 23 - 56 2 - 58 30 - 55 5 2 -
14 7 3 _ 1 7 4 - _ - - 14 2 14 1 2 15
17 _ 21 3 _ 24 - 21 3 19 2 3 21 i7 . --32~. -3—,.
20 44 _ 2 _ 46 16 _ 37 2 — 39 20 - 55 3 - 58
13 _ 59 2 8 1 12 _ 51 2 — 53 14 3 12 2 3 14
9 8 10 7 - 17 8 .4 1 2 4 3 10 - 24 3 - 27
ii 28 i _ 29 8 _ 11 1 - 12 11 - 38 1 - 39
10 — 39 2 _ 41 8 _ 20 2 _ 22 10 - 49 2 •••• i- i51
18 _ 59 _ 2 9 1 13 _ 35 2 - 37 18 4 9 2 ' 4 11
7 •• 9 8 2 10 7 _ 44 2 - 46 ' 7 - 18 1 -49
8 18 _ 2 _ 20 7 _ 53 2 - 55 8 - 27 2 , - ?9
7(3 - 30 - 7(3 5 5 - 7(3 - 39 .. - ..
12t 55' 5h 20' 9b 15' ih 25' 3b59' 4-& j l
m is' 1011.50/ "IM^/""
•' V '! >

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1 .
rios n.°' 1, de 1861, e n.° 2S7> de 1864. i oty.;
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m 1865 28 de julho

L I N H A
Serviço desde 6 de

MOVIMENTO DE

Distancias
kilometricas N.° 2 -•Mixto

De Entre
as Transito Cliegada Paragem Partida
Lisboa
estações

Manhã Manhã
4,5 Entroncamento 10b 53' 20' l l h 13'
106,3 -

110,3 4,0 Barquinha 10' 11 23 2 11 25


8,0 Praia 15 11 40 2 11 42
118,5
Tarde Tarde
1,0 19 12 1 2 12 3
129,5 Tramagal. . . . . . .
135,0 15,5 Abrantes 10 12 13 8 12 21
146,5 1,5 Bemposta 22 12 43 2 12 45
163,5 17,0 Ponte de S o r . . . 35 1 20 3 1 23
184,0 20,5 Chança 40 2 3 2 2 5
25,3 30 2 33 4 2 39
199,3 Crato
15,0 35 3 14 4 3 18
214,5 Portalegre
12,5 22 3 40 3 3 43
227,0 Assumar
18,5 ' 28 4 11 2 4 13
245,5 Santa Eulalia..
19,5 32 4 45 10 4 55
263,0 Elvas
16,0 2o 5 20
281,0 Badajoz - -

5t> 23' 44'


6 h 7'

MOVIMENTO DE

Distancias
kilometricas N." 1 - Mixto

Estações
De Entre
Badajoz Transito Chegada Paragem Partida

Manhã
Badajoz » - - - 9h 25'
•16,0 16,0 28' 9'» 53' 14' 10 7
Elvas.
35,5 19,5 38 - 45 2
Santa Eulalia - 47
54,0 18,5 34 11 21 2
Assumar 11 23
66,5 12,5 21 - 44 4 - 48
15,0 Portalegre
81,5 Crato 25 12 13 0 12 18
97,0 15,5 27 - 45 2
Chança - 47
117,5 20,5 35 1 22 3
Ponte de Sor - 25
134,5 17,0 39 2 4 2 2 6
11,5 Bemposta
146,0 Abrantes 21 - 27 12 - 39
151,5 5,5 - 52 3
13 - 55
162,5 11,0 Tramagal 22 3 17 O
O 3 20
170,5 8,0 Praia 24 - 44 6 - 30
174,5 4,0 Barquinha 4 -
Entroncamento 10 - -

5h 37' 58'
6h 35'

Ministerio das obras publicas, commercio e industria, 28 de julho de 1865. — Ernesto de Faria.
22- de julho 1865

UE L E S T E

agosto de 1865

COMBOIOS-IDA

N.° 8 -Mixto N.° 5—Suppleméntar N.° 32—Supplementar

Correio Mercadorias Mercadorias ,'. .-y.

Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transilo Chegada Paragem' Partida

Tarde Manhã Manhã Manhã Tarde Tarde


- Hh27' lh 47' lh 14' - 41' 30' 11' 15' 5b 45' - lh 16'
Manhã
12 1 26 _ 2 1 28 - 16' 6 1 - 2 6 3 - 16' li' 26' _ 4' 1 30
17 1 45 - 1 1 46 - 24 6 27 - 15 6 42 - 26 1 56 - 2 1 58

23 2 9 1 2 10 - 35 7 17 2 7 19 - 35 2 33 _ 21 2 54
12 2 22 _ 10 2 32 - 18 7 37 - 36 8 13 - 18 3 12 _ 15 3 27
25 2 57 _ 2 2 59 - 37 8 50 - 2 8 52 - 37 4 4 _ 2 4 6
45 3 44 _ 4 3 48 - 58 9 50 - 6 9 56 - 58 5 4 _ 6 5 10
50 4 38 _ 2 4 40 lh 2 10 58 - 2 11 - lh 2 6 12 2 6 14
Tarde
38 5 18 _ o 5 23 - 50. 11 50 - 31 12 21 - 50 7 4 — 2 7 28
Tarde
44 6 7 _ 4 6 11 - 46 1 7 - 8 1 15 - 46 8 14 —
12 8 26
27 6 38 _ 2 6 40 - 40 1 55 - 5 2 - - 40 9 6 - 6 9 12
34 7 14 - 2 7 16 1 - 3 - - 5 3 5 1 - 10 12 - 4 10 16
Manhã
44 8 _ _ 15 8 15 - 50 3 55 1 35 5 30 - 50 11 6 Ih 45 12 51
Manhã
35 8 50 - - - - 48 6 18 - - - 48 1 39
6h 46' 50' 9b 4 ' 3h 29' 9h 6' 3h 23'
7h 36' 12h 33' 12'' 29'

COMBOIOS—VOLTA

N.° 3 —Mixto N.° 51—Supplemenlar N.° 33—Supplementar

Correio Mercadorias Mercadorias

Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida Transito Chegada Paragem Partida

Tarde Noite Noite


_ ^ 4h _ - - 7h 30' - —
12h 0'
32' 4h 37' 14' - 51 O'' 50' 8h 20' 30' 8 50 Oh 50' Oh 50' 20/ 1 10
43 5 34 2 5 36 1 6 9 56 17 10 13 1 10 2 20 2 2 22
45 6 21 3 6 24 1 - 11 12 4 11 17 1 - 3 22 4 3 26
24 _ 48 o - 53 _ 42 12 _ 8 12 8 - 43 4 9 8 4 17
29 7 6 7 28 — 50 - 58 10 1 8 - 50 5 7 23 5 30
35 8 3 2 8 5 - 53 2 1 3 2 4 - 53 6 23 3 6 26
47 52 5 - 57 1 0 3 9 45 3 54 1 5 7 31 8 7 39
41 9 38 2 9 40 1 - 4 54 2 4 56 1 - 8 39 12 8 51
22 in 2 10 10 12 - 40 5 36 15 5 51 - 40 9 31 54 10 25
13 10 23 2 - 27 - 15 6 6 1 6 7 - 20' 10 45 2 - 47
23 m 2 - 52 _ 33 - 40 1 - 41 - 37 11 24 20 11 44
22 ii 14 4 - 18 _ 26 7 7 2 7 9 - 28 12 l á 4 12 16
9 27 - - 9 7 •18 - - 15 •12 31 -

6h 23' 57' 9h 30' 2h 18' 9h 51' 21' 40'


7h 22' l l h 48' 12h 31'

D. de L. n.° I6«, de 31 de julho,


70
m 1865 29 de julho

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


O R D E M D O E X E R C I T O N.° 3 2
^ ^Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 28 de julho de 1865
Constando que a portaria de 19 de maio ultimo, publicada na ordem do exercito n.° 22,
tem sido diversamente entendida nos corpos do exercito; manda Sua Magestade El-Rei
declarar p.seguinte:
Que õ subsidio de 10 réis para auxilio do rancho é o máximo a abonar, quando haja
deficit.
Paraisrcoiibecer o deficit, deve entrar na receita cftr rancho: —•••
1.° A contribuição das praças;
2.? O producto das hortas ou terrenos, se os houver;
A importancia da massa votada para azeite e lenha;
4.° Quaesquer quantias que eventualmente tenham entrado no cofre do rancho.
Declara-se mais que o auxilio concedido em nada altera as quantidades dos generos-
qtaejas ordens têem estabelecido, para que o rancho seja abundante, substancial e bem;
temperado.
" O auxilio é somente em relação á carestia dos generos.
Pelo menos uma vez por semana, ao domingo, o rancho será de carne.
„i Tamb,em se declara que os officiaes inferiores e as praças que tenham a consideração
de officiaes inferiores não têem direito ao subsidio de que se trata, em vista do augmento
que a lei de 18 de maio lhes concedeu em seus vencimentos.

Tender alguns commandantes das divisões militares representado ácerca dos inconve-
nientes que resultam para o serviço militar, quando os officiaes empregados nas praças de
SPgunda classe, ou em caserneiros, são nomeados para cargos municipaes jurados ou mem-
bros do conselho de familia, e tendo outros feito subir a este ministerio diversos requeri-
mentos! de officiaes reclamando contra taes nomeações, por se julgarem d'ellas isentos;
declarasse; que os individuos em questão, quando se julguem ao abrigo da lei, devem re-
clamar ás commissões de recenseamento para os cargos "municipaes e jurados e para os
de memb.ros de conselho de familia ao respectivo juiz do inventario, Picando prohibidajjor
desnecessaria a remessa a este ministerio de requerimentos sobre as preditas reclamações.
D. de L. n.° 171, de 2 de agosto.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


, DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MII\A8

REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS

., (àpnstando n'este ministerio que se construem actualmente na capital alguns predios,


na execução dos quaes não se observam as disposições do artigo 35." do decreto de 31 de
dézembro do anno passado: manda Sua Magestade El-Rei que o intendente das obras pu-
blicos do districto de Lisboa, procedendo aos competentes exames e em conformidade
c o m o artigo, 39.° do referido decreto dê as providencias precisas para que se cumpra a
M ; devendo dar conta ao governo da maneira por que executar a presente portaria.
/ . Paço, em 29 de julho de 1865.== Carlos Bento da Silva, = P a r a o intendente das
òjbr^ publiftas do districto de Lisboa. D . DE L . . ° 173, DE 4 DESGOSTO.
P

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


.1.. 2." DIRECÇÃO
, 1." REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, tendo em consideração os trabalhos feitos pela commissão no-
meada por portaria de 3 de junho ultimo, com o fim de propor ao governo as medidas
convenientes para soccorrer os habitantes das ilhas de Cabo Verde que se achavam em
29- de julho 1865

m i s e r i a , e m c o n s e q u ê n c i a da falta d e p r o d u c ç õ e s alimentícias, e a t t e n u a r os e f f e i t o s da ca-


l a m i d a d e q u e a c o m m é l t e u as ditas ilhas', t r a b a l h o s d e q u e t ê e m r e s u l t a d o p r o p o s t a s q u e
t ê e m sido g e r a l m e n t e a d o p t a d a s pelo g o v e r n o e p o s t a s e m e x e c u ç ã o : m a n d a , p e l a s e c r e t á -
ria d ' e s t a d o d o s negocios da m a r i n h a e u l t r a m a r , louvar todos os m e m b r o s dá ú i e s m a c o m -
m i s s ã o pelas p r o v a s de zêlo, intelligencia e dedicação q u e t ê e m d a d o no d e $ ^ n p e n h o , d b
e n c a r g o q u e lhes foi c o m m e t t i d o . ''.' . ' . ' \
0. m ç s m o a u g u s t o s e n h o r , c o n s i d e r a n d o q u e é da m a i o r i m p o r t a n c i a , táfitb n o
vesse especial d o s povos do a r c h i p e l a g o de Cabo V e r d e , c o m o no i n t e r e s s e ^â. nàqtfo,''es-
t u d a r ás m e d i d a s q u e convirá a d o p t a r p a r a q u e , n o f u t u r o , s e p o s s a m evi.tar óií p ^ t ó i j a e -
n o s m i n o r a r os inales q u e aos r e f e r i d o s p o v o s r e s u l t e m da falta de chuvas^ fáçto
c o r r e f r e q u e n t e m e n t e e q u e , o b s t a n d o á p r o d u c ç ã o d o s f r u c t o s alímenticiós^ Çraô c o p i s i g p
a m i s e r i a e a f o m e ; m a n d a r e m e t t e r á m e n c i o n a d a c o m m i s s ã o a s e r i e d.e.rçij.e^jes ( f y r e l á -

(1) Reflexões, a que se refere a portaria d'esta data, ácerca dos melhoramentos
que convirá introduzir no archipelago de Calio Verde
No estado actual do archipelago do Cabo|Verde um dos problemas mais importantes a resolver é
achar os meios de evitar ou pelo menos de diminuir consideravelmente os males resultantes do effeito
das sêccas que occorrem com frequencia nas ilhas que o constituem.
A sua resolução não é fácil, mas é digna de ser procurada com o maior interesse e cuidado.
Numerosas são as questões a considerar para esta resolução, e de entre todas é sem duvida uma
das mais importantes aquella que se refere ás producções agricolas; não sómente eomo meio depor
algum modo proteger as ilhas contra as causas que ali originam a repetida falta de chuvas, como tam-
bem para se obterem generos alimenticios e commerciaes cuja producção não seja tão affectada pelas
sêccas.
Para,obter estes resultados convirá proceder:
1.° Á arborisação das montanhas das ditas ilhas, e para este fim á escolha das plantas indígenas ou
exóticas apropriadas e á dos meios policiaes a empregar para defender o seu crescimento e .conser-
vação ; ,
2.° A ampliação da cultura das plantas jiteis que resistem ás sêccas e que já estão introduzidas
nas ilhas, taes como a purgueira, á qual se deve dar todo o possivel desenvolvimento; a palmeira ta-
mareira, cuja cultura, sendo feita em escala conveniente, poderá ser um recurso tão util como é para
os arabes desde tempo immemorial a cultura do nopal, ou cactus cocinilifer, que póde emprehender-se
em grande, com certeza de excellente resultado, poisque a experiencia feita nos annos de 1837 a 1840
mandando o governo levar das ilhas Canarias algumas d'aqueltas plantas, bem como os insectos, teve
em resultado a producção na ilha de S. Nicolau de uma porção de cochonilha, a qual analysada em
Lisboa pelo dr. Bernardino A. Gomes, foi achada de excellente qualidade, sendo para notar que, da cul-
tura da cochonilha, principiada nas Canarias haverá trinta e cinco annos, resulta para estas ilhas.uma
exportação annual d'este insecto no valor de muitos contos de réis;
3.° Á introducção nas ilhas de especies cie plantas que, no crescimento e producção, sejam menos
affectadas pela falta de chuvas.
Algumas d'estas especies estão indicadas em uma memoria, que será presente á commissão, man-
dada imprimir pelo congresso dos E s t a i s Unidos da America em 1838 e escripta pelo dr. Perrine,
sobre a introducção de algumas de varias especies uteis de plantas tropicaes nos ditos Estados.
O doutor que, na qualidade de consul dos Estados Unidos, residiu durante alguns annos na cidade
de Campeche, no estado de Yucatan, citando Humboldt, diz que este celebre viajante era exacto quando
affirmou que a agave americana, denominada no México magney de pulque. cresce nos mais áridos ter-
renos e até nas pedreiras apenas cobertas de terra vegetal, e que nunca é affectada pelas sêccas, nem
pela saraiva, nem pelo frio excessivo que se experimenta durante o inverno nas cordilheiras do Méxi-
co; que esla planta é lima das mais uteis producções com que a natureza enriqueceu os montes este-
reis da America equinoccial, que a sua cultura tem vantagem real sobre a do milho, da. balata^.etc^;
assegurando o mesmo famoso viajante que, no anno de 1793, o imposto sobre a bebida fermentada de-
nominada pulque, que se achava arrematado, rendia pára o estado mais de 800:000 difrOs. "«
O dr. Perrine recommenda tambem como muito valiosa a agave sisalana, dè cujas' fitrras se'tirà ò
linho de Sisal, assim chamado por ser exportado pelo porto de Sisal, no Yucatan; com què sé'f^bri-
cain cordas e cabos de que se faz geral consumo. Elle aponta ainda outras plantas, ; t/qe provavel-
mente devem prosperar nas ilhas de Cabo Verde, cuja latitude é quasi a mesma que a do Bstãdo die
Yucatan. '
Uma das obras que conviria fazer n'estas ilhas seria a construcção de albufeiras, nós logares em
que a configuração dos terrenos o permittisse, a fim de que as aguas pluviaes retidas n'ellas"ém grán-
des massas podessem servir durante o estio para os gados beberem e tambem para algumas regas. Da
vantagem d'estes depositos ha exemplos no Alemtejo, onde existem algumas alhufêiras'importantes, e
ria Extremadura hespanhola, onde as ha em muito maior numero, sendo algumas de vásta exténsão e
de grande proveito quando faltam as aguas nos rios e ribeiras.
O desenvolvimento das industrias já implantadas nas mesmas ilhas e o estabelecimento de outras
que ali possam prosperar, poderia tambem contribuir para se tornarem menos sensiveis os effeitos das
:
séecas.
Ha nos mares do archipelago grande abundancia de peixe, e por conseguinte ^' io^us^ríá'dà jrâfój}
seria uma d'aquellas cujo desenvolvimento convém promover. " '•'•'"
N'este sentjdo está o governo fazendo diligencias para que no Algarve sejam coÍJ)fr'àtâ<íòsrâI£trfrs
cáhiques para irem pescar nos mares das referidas ilhas em logar de irem á costa' de Mafrh^Os^coi^o
284 1865 11 de agosto

tivas a este assumpto, q u e acompanham esta p o r t a r i a ; b e m como um exemplar da m e m o -


ria mandada imprimir pelo congresso dos Estados Unidos da America, em 1838, escripta
pelo dr. Perrine, s o b r e a introducção de algumas de varias especies uteis de plantas tro-
pícaes nos ditos e s t a d o s ; e chamar a attenção da mesma commissão, não somente sobre
o objecto principal aqui tratado, como sobre o conteúdo d'esta m e s m a memoria e das r e -
flexões supra indicadas, a fim de que a commissão, depois de as considerar, discutir e ad-
ditar como julgar conveniente, proponha o p p o r t u n a e successivamente ao governo a ado-
pção d e m e d i d a s , e m favor dos povos do dito archipelago, que j u l g a r mais p r o p r i a s p a r a
p r o d u z i r e m o fim indicado.
Sua Magestade El-Rei confia nos sentimentos de patriotismo e p h i l a n t r o p i a dos m e m -
bros da commissão, e p o r isso espera que prestarão a este a s s u m p t o toda a sua attenção.
Paço, e m 2 9 de julho d e 1 8 6 5 . = S á da Bandeira. D . deL. n.° m, de 8 de agosto.

actualmente praticam; e iguaes diligencias se estão empregando para ajustar alguns pescadores da Po-
voa de Varzim a exercerem a sua industria nos mesmos mares.
Das pescarias feitas em Cabo Verde não só se poderiam aproveitar para o consumo immediato, como
tambem para fazer grandes salgas, que sairiam muito economicas, empregando-se para este fim o sai,
que tanto abunda nas ilhas, das quaes se serviriam os povos como sustento e para exportar.
A pesca do coral, que hoje é feita por gente estrangeira, conviria torna-la industria indigena.
O concurso de navios estrangeiros a ilha de S.Vicente, e tambem á ilha de S. Thiago, e a neces-
sidade que têem de encontrar ali artistas que se occupem dos diversos generos dc trabalhos relativos
ao reparo das embarcações, dá logar a uma industria, que merece ser attendida.
Por meio do estabelecimento nas ilhas de novas industrias e pelo desenvolvimento d'aquellas que
já existem, como a fabricação de pannos de algodão e outras, se poderia proporcionar emprego a um
numero considerável cie pessoas dos dois sexos, que por este meio grangeariam a subsistência e mais
recursos independentemente das irregularidades cias estações.
São estas reflexões destinadas a chamar a attenção da commissão, sobre as differentes questões
aqui indicadas, sendo para esperar do seu zêlo que, considerando-as e discutindo-as, lhes additará ou-
tras e proporá successivamente as medidas que se lhe offereçam como mais conducentes a libertar os
habitantes das ditas ilhas dos terriveis effeitos da falta de chuvas, ou a minorar os males que d'ellas
são consequência.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, 29 de julho de 18òS.—Mumel Jorge de
Oliveira Lima.
• A G O S T O • * . -
' ' : , . - . ••..•.•• ••!'':•• -I-il. • :;!•• •
1
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO ' <
••• - •• • «(CJ/H-.V •.•
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» REPARTIÇÃO—3.» SECÇÃO .'!'

CIRCULAR •

Convindo tomar desde já algumas providencias policiaes para o caso que. a cholera
morbus invada o paiz: manda Sua Magestade El-Rei remetter ao governador civil de Lis-
boa os exemplares juntos das instrucções dadas pelo conselho de saude publica do reino,,
a fim de que o governador civil recommende ás camaras e aos administradores dós conce-
lhos a exacta observancia d'essas instrucções e de que vigie assiduamente o seu compor-
tamento, tornando effectiva a responsabilidade dos funccionarios administrativos que se
encontrarem negligentes ou descuidados em assumpto de tão transcendente importancia.
Paço, em 3 de agosto de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches (I). .

Instrucções a que se refere a circular


Ill. mo e ex. m0 s r . — A cholera morbus asiatica, que tantas victimas acaba de fazer em
Alexandria, parece abandonar esta cidade para visitar os demais portos do Mediterrâneo.
Comquanto haja fundadas rasões para esperar que aquelle flagello não chegue a aço-
metter a Europa meridional, manda a prudência, aconselha a provada insalubridade de
Lisboa e incita-nos o exemplo das outras nações, que tomemos desdé já ás necessarias
providencias hygienicas e preventivas, no intuito de resistirmos áquelle commum inimigo,
se acaso elle nos acommetter, o que Deus não permittá.
Às providencias que o conselho de saude publica do reino julga dè necessidade ado-
ptar desde já em Lisboa, quanto á policia sanitaria muncipal, são quasi as mesmas que in-
dicou á ex. ma camara municipal de Lisboa, em officio de 5 de outubro de 1853, quando a
segunda epidemia de cholera morbus ameaçou Portugal.
Estas providencias resumem-se no seguinte:
1.° Limpeza rigorosa das ruas, praças, mercados, saguões, caes, boqueirões e canos
de despejo.
2.° Caiação das casas particulares edos saguões, remoção dos depositos de lamas, das
materias pútridas e de outros quaesquer focos de infecção. -
3.° Destruição de todas as estrumeiras e depositos de agua pútrida que se encontra- ;
rem nos quintaes e pateos; prohibição da creação de animaes immundos e da divagação
d'elles pelas ruas.
4.° Policia rigorosa das cavallariças, com o fim de não serem consentidos depositos de
estrume maiores do que permittem as posturas municipaes.
5.° Acquisição da necessaria quantidade de agua potavel para uso dos habitantes e
serviço da limpeza. ,
6.° Rigorosíssima escolha das rezes que devem ser abatidas no matadouro e conser-
vação d'este edificio no maior estado de limpeza. ., , -I
7.° Conservar a melhor policia nos cemiterios da capitalv i,.,
O conselho bem sabe que estas indicações são de execução permanente; todavia qaando
se receia a invasão de uma epidemia, julga dever chamar a attenção da ex. ma camâra para'
tal assumpto, a fim de lhe pedir as mais terminantes ordens para que o serviço e ^vigi-
lancia redobrem de vigor.

(1) Identicas se expediram a todos os governadores civis dos districtos do reino e ilhas.
286 1865 4 de agosto

Deus guarde a v. ex. a Conselho de saude publica do reino, 28 de julho de 1 8 6 5 . =


Ill. e ex. m0 sr. presidente da camara municipal de Lisboa.=Pelo fiscal, o vogal João
mo

José de Sousa e Silva.

Instrucções a que se refere a circular


111.™0 s r . — A cholera morbus parece abandonar Alexandria para visitar os demais
portos do Mediterrâneo.
Comquanto haja fundadas rasões para esperar que tal flagello não acommetterá a Eu-
ropa meridional, n^nda a prudençia, açopselha a provada insalubridade de Lisboa, e in-
cita-nos o exemplo dás outras nações, a que se tomem desde já as necessarias providen-
cias hygienicas e preventivas,no, intuito d.e resistirmos áquelle. commum inimigo.
O conselho de saude publica do reino, na data de.hoje, officiou á camara municipal de
Lisboa, fazendo-lhe as necessarias indicações, quanto á necessidade de redobrar a vigilan-
cia sobre a policia sanitaria municipal.
Y. ; s. a e os sub-delegados seus subordinados devem, pela sua parte, dar cumprimento
áo SjegpinteP '
; 1. 'Fáfab..inspecção ás hospedarias, estalagens e casas de malta, obrigando por meios.
suaSpnqs^esé necessário for por intimação administrativa, para que se conserve n'estes
^fêfóleferaáéÈSbs o nécèssario aceio e'sómente numero.'de pessoas que rasoavelménte com-,
pòrtaíèlà, l! Ò| depositos de água em casas dos aguadeiros devem ser rigorosamente pro-
!
hibidos. , ' , ' . '
r !
' 2 .<>' 'O 'varejo ás lojas dè venda de alimentos e de bebidas será frequentíssimo e'rigo-
roso. Os mercados serão inspeccionados mais amiudadas vezes, e bem assim os talhos e
logares de venda de peixe.
3.° O inspector e os sub-delegados technicos vigiarão pelo exacto cumprimento das
posturas municipaes, respectivas á limpeza publica, dando logo parle á camara municipal
de qualqyeç transgressão que encontrarem.
• i : 3 Visitação mais"frequentemente as boticas e procederão nos termos da lei contra as
pessòaà qti'è não só venderem, remedios secretos não auctorisados, ou 'exercerem' lltegal-
^ í w r ^ a t i a coinò' cbnitra, ,as' quef tambem exercerem iIlegalmente a arte. dè curar.
' c a d a um no s'euscircúlo sanitário, á respectiva auctoridadeadministra-.
tivá ;na wiifóínúdââe ào artigo 1.° do decreto de 21 de outubro de 1863, né-'
nfíÈÉitF^táoyfêdiiãàéntó^iQdíd^ii^ai ,ÍÍinccionàr previa licença.
6.° . Requererão igualmente nos setis circulos sanitarios^ a visita policial aos estabele-
cMeiajtó : jn^sWíaes,de 'qiie tlfi|a ; o artigo 33.° do citado decreto, a fim de. sé verificar se
das respeçjthtas litienças.
' '•:7?*rÂVmg:rarãò 'cfiámtoeníe' qilà}', e; Restado sanitario dos respectivos circulos, a fim
de darem parte immediata ao concelho dè qualquer caso de molestia suspeito que possa
occorrer.. . . , \
sL^/ífâÉidò vista'dè presente officio a todos os sub-delegados seus subordinados,'.re-
commenda^-llies-ha a pontual observancia do que nella fica determinado. • ..
r
'Déíís |v guárde a v. s'.a Conselho de saude publica do reino, 28 de julho de 1865.—
111.™0 sr .inspector do districto oriental sanitario da capital. (Idêntico para o do occidental.)'
Pélò'fiècálj p r vogal João José de Sousa e Silva. p . d e L . n.° i98, de 4 de set.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA 15 ULTRAMAR


l. a DIRECÇÃO
í.-í! ..••..'•.,• • . 2." REPARTIÇÃO . . .
Podendo offerecer-se duvida da parte de alguma.auctoridade arespeito.de considerar
como subsistentes as disposições do decreto. d e 2 9 d e julho, de 1861, em presença dàs cir-
cumstapojas^fim que actualmente se acham" os Estados Unidos da America: manda Sua
i\fageptad«dElrRei, peja secretaria d : estado dos negocios da marinha e uitramar, declarar
a4eâos>os'governadores das pEOvinciasíuteamarinas, ao majorgenerat da'armada e íntert-
dentes de marinha, que continua a subsistir em pleno vigor o referido decreto de 2& de '
julho d e _ l M l , ao. qual cumpre que dêem. e façam dar a mais pontual o estricta execução.
Paço, . e m A de agosto de 1865. Sá da Bandeira. d. deL. n.° m, de i de agosto.
4 dè ágòsto Í8Ó5

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECCÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Mafida áuá Màgestáde El-Rei, pela direcção geral das alfandegas tí òõiitfibtíiçSes indi-
ífecíás; què:;ós; inspectores das alfandegas observem, no exercicio do séu cafgOj áS itistrúc-
ções regulamentares approvadas por esta portaria, e-qúe da mesma faiem parte.
Páço, em 4 de agdsto de 1865.—Conde d'Avila.

regulamentares do serviço a cargo do inspector diaS í


approvadas péla portaria de 4 de agosto de 186d
Artigo 1.° Cumpre aos inspectores das alfandegas: 1 r
:

I Examinar se á'escripturação relativa aos diversos ramos do servido dás álfàndègas,


das delegações e dos postos fiscaes onde se fazem despachos, está em dia, e e t í í t ú d ô r e -
gúlarmente feita; * • •"
"lf Conferir os Valbres existentes nos cofres da receita geral, dos dè'pcrèitos, dòs ètób-
fumentos, e dè quaesquer outras procedências, com as éscripturações réspéctiVâs;
m Conhecer se aos valores entrados nos diversos cofres se dá regular e legal dôs-
tino;
IV Examinar se os differentes ramos do serviço, quer interno, quer éxtèfno dais íflfan-
degaS, sãó desempenhados em conformidade com as leis e os regulsíittentòS èth frgor.
N'estè exame terão muito especialmente em vista á fórma por que se M e m á s vérrficâÇoéá.
e as reverificações; •*•.;•.'
' V Tomai-conhecimento de qúàesqúer queixas ou representações. qilè líie^1 foríéltiii dí^
rígidas, tanto pêlos empregados, qualquer que seja a categoria, comô'p'éfós' : i)sli%éill^è^
relativamente ao serviço, e dar d'elías conhecimento aògovernó, cont i istía 0$iniád a tal
respeito;
VI Indagar se se praticam vexames e abusos contra os justos intêfèis^és (fõ5 éstáícíd'otí
dós particulares, dando de tudo igualmente Conta ao governo;
VII Fazer constar aos directores das alfandegas e aos chefes fiscaes dos districtos aã'
irregiílaridadés, faltas, transgressões ou os crimes praticados pelos empregados seus
subordinados, para que sejam impostas aos mesmos empregados as ptínas em quetivê-
reiii'incorrido é a que se referem o titúlo 5.° do decreto n.° 1 de 7 dedézembrti ( f e / 8 6 4
e os regulamentos respectivos;
VIII Suspender, em caso grave e urgente, os directores e mais empregados do ser-
viço interno e externo das alfandegas, dando immediamente parte ao governo pelh séBrè-
tariá d'èstado dos negócios da fazenda e ao director da alfandega respectiva', qúahdo a
suspènsão recair em empregados seus subalternos; ''
IX Representar ao governo sobre a conveniência: 1 • ' , . ' '
l1.0 De transferir de uma para outra alfandega ou de um' parâ oútro districto dsí em-
pi*èjgádbs'de serviço interno e externo das. sflfandègàs, nos termos estatiêtècídóâ'nó 1 dláçír'ètó.!
n.° f - c l e ' 7 de dezembro de 186*4; . ; ' r:r;
2.° De estabelecer, supprimir, transfèrir ou separar'alfandegas, défe&açoe^, poètos
fiscaes e quarteis dós guardas, tudo' para que a fiscalisação melhor se e'xerça, conciliada
:
qaáfltò possivel com a commodrdade dos povos e do commercio; ;;
3.° De augmentar ou reduzir o numero do pessoal do serviço interticréf éiíeWÕ das'
!
alfandegas; • - 1"' '. ; .
X Lançar por escripto no livro de termos de visita de inspecção, que havêrá eiilbádá'
alfàúflegã e delegação, as faltas e irregularidades qúe encontrarem, e bem assim o rtiõdo
de reparar taes faltas ou irregularidades, prescrevendo o expediente quç deya seguir-âê,
podfendo exigif dos directores, chefes fiscaes e encarregados das delega^ci^s co^iák au-
thenticas de tudo quanto deixarem escripto no desempenho d'estás itfstríiç^es; . '
;
XI" Irivéstrgatf as causas dós descaminhos de direitos'e do contrabando; è propôr qúàes-
que^ proVideTicías (}úe às removam e evitem prejuízos na receita p u b f i ç ^ ; .
-KH' Examinar Se nas"propostas dè admissões e promoções dos empré^átiôS^dS dtfédto-
res das alfandegas e os chefeã fiscaes procederam com imparcialidade è j í i s f i ^ r ' e . b é m ;
assim'sè cumpriram Os preceitos das leis e as respectivas ihstrúcções';
288 1865 4 de agosto

XIII Dar conta ao governo do bom ou mau serviço que prestem, e possam continuar
a prestar os empregados, sem excepção de classe ou categoria, do serviço interno e externo
das alfandegas.
Art. 2.° Cumpre mais aos inspectores:
I Inspeccionar o serviço da fiscalisação relativa ao tabaco;
II Assistir, sempre que lhes seja possivel sem prejuizo do serviço aos actos dos con-
cursos, tanto de admissão como de promoção dos empregados, sem comtudo tomarem
parte alguma nas decisões dos jurys;
III Conhecer quanto esteja ao seu alcance a legislação das alfandegas das nações es-
trangeiras, e os melhoramentos efectuados n'essas nações relativamente aos diversos ser-
viços das mesmas alfandegas;
IV Estudar, o movimento commercial em todas as suas relações entre Portugal e o
reino'vizinho, com o fim de se habilitarem a propor ao governo o que tiverem por con-
veniente, tanto a bem dos interesses do estado como dos do commercio interno e externo,
e da maior commodidade dos povos raianos; .
Y: Inspeccionar o serviço da esquadrilha da fiscalisação das alfandegas; procédendo em
tudo de accordo com o que lhes fica prescripto para o mais serviço de inspecção;
VI Requisitar aos directores das alfandegas, aos chefes fiscaes, sub-chefes e fiscaes dos
districtos, e bem assim ás auctoridades administrativas, judiciaes e militares, e aos empre-
gados subordinados ao ministerio das obras publicas e do conselho de saude, publica do
reino, o auxilio e quaesquer esclarecimentos que lhes forem precisos, para cabal e re- -
guiar desempenho de seus deveres, e comprovada vantagem do serviço publico;
VII Finalmente cumpre aos inspectores:
Dirigir ao governo, finda que seja a inspecção de cada districto fiscal e secção da esqua-
drilha, ura relatorio circumstanciado de tudo quanto tiverem praticado ou houver occorrido;
Os relatorios serão coordenados por fórma tal que n'elles facilmente se distinga a ex-,
posição: do estado em que for encontrado qualquer ramo do serviço; do modo por que
ficára organisado; de qual seja o conceito formado a respeito dos empregados; e das pro-
videncias que no entender dos inspectores convenha adoptar;
VIII Preparar os elementos para a compilação de todas as leis e disposições relativas
ao serviço das alfandegas.
Art. 3.° Para o serviço da inspecção das alfandegas constituirão estas tres divisões,
pertencendo:
Á primeira divisão, os districtos fiscaes das alfandegas de Lisboa, e municipal d'esta
cidade, Olhão, Aldeia Nova, Elvas, Portalegre e Penamacor;
Á segunda divisão, os districtos fiscaes das alfandegas da Barca de Alva, Bragança, Cha-
ves, Valença, Vianna do Castello, Porto e Figueira;
Á terceira divisão, os districtos fiscaes das alfandegas de Ponta Delgada, Angra do He-
roismo, Horta é Funchal.
| unico. As alfandegas dirigidas por inspectores, bem como as respectivas delegações,
são inspeccionadas pelos proprios inspectores que as dirigirem, não havendo ordem es-
pecial do governo que incumba a outro esse serviço.
Art. 4.° A designação do inspector, que ha (le servir em cada uma das divisões é feita
pelo ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, sobre proposta da direcção geral
das alfandegas e contribuições indirectas, por fórma que um mesmo inspector não func-
cione mais de dois annos successivos n'uma mesma divisão, em inspecção ordinaria.
Art. S.° A inspecção do serviço fiscal do tabaco será exercida, a saber :
I A do serviço do primeiro e segundo districtos fiscaes, pelo inspector que funccionar
na segunda divisão;
II A do serviço do terceiro e quarto districtos, pelo inspector que funccionar na pri-
meira divisão;
^. III A do serviço nas ilhas adjacentes, pelo inspector que funccionar na terceira di-
visão. ; . . .
I unico. Ò.s districtos fiscaes do tabaco são os estabelecidos pelo aitigo 67.° do re-
gulamento de 22 de dezembro de 1864.
. Art. 6.° A correspondencia official dos inspectores das alfandegas, relativamente ao
desempenho dos deveres que lhes são impostos, e das faculdades que lhes são concedidas
por estas instrucções, será dirigida á direcção geral das alfandegas e contribuições indire-
ctas, sem prejuizo do disposto no n.° VIII do artigo 1.° d'estas instrucções.
Art. 7."' O serviço da inspecção será regulado por fórma que, alem das visitas extraor-
4 tle agosto 1865 289

dinarias, nunca deixe de ser inspeccionada, pelo menos, uma vez por anno cada uma das
alfandegas, suas delegações e mais estações fiscaes.
Paço, em 4 de agosto de 1863.=Conde d'Avila. D. do L. a.o 183j dc 17 do aí:05i0.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


Tendo requerido a sociedade com firma intitulada Cartaxo, Street & C. a que nos ter-
mos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de
9 de dezembro de 1853, se lhe concedesse a certidão dos direitos de descoberta da mina
de ferro sita na Serra dos Montes, concelho de Montemór o Novo, districto de Evora;
Considerando que, tendo fallecido o visconde do Cartaxo, um dos membros d'esta so-
ciedade, se acha a parte que elle representava garantida por seus filhos e herdeiros, como
Itldo consta da escriptura lavrada nas notas do tabellião João Baptista Scola aos 20 de
maio proximo passado;
Vistos os documentos por onde se prova que a sociedade requerente satisfez aos que-
sitos do artigo 12.° do citado decreto;
Visto o relatorio do engenheiro encarregado da inspecção de íhinas do 4.° districto do
reino que por ordem do governo examinou a posição do jazigo e verificou a existencia do
deposito, como determina o artigo 13.° do mesmo decreto:
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, que
julga a mesma sociedade habilitada na qualidade de descobridora legal da mina.de que se
trata:
Ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se com o mencionado parecer, de-
clarar :
1.° Que a sociedade requerente é reconhecida como proprietaria legal da descoberta
da mina de ferro sita na Serra dos Monges, concelho de Montemor ò Novo* districto de
Evora, cuja posição se acha topographicamente designada na planta que por copia acom-
panha a presente portaria.
2;° Que os limites da demarcação provisoria da referida mina, notados na planta junta
pelos traços de côr vermelha, comprehendem um quadrilátero BCDE, formado pela se-
guinte maneira: pelo ponto A, culminante do caminho da Portella, tire-se uma linha NE.
SO. e tome-se sobre ella para SOJ 200 metros e igual distancia para NE., ficando assim
marcados respectivamente os pontos B e E ; do ponto B tire-se uma linha para o ponto de
bifurcação dos dois caminhos, o que conduz directamente a S. Luiz e o que conduz ás Caei-
ras, ficando assim determinado o ponto C; d'este ponto tire-se finalmente uma linha para
o encontro dos dois caminhos que conduz ao do convento dos monges e outro da herdade
da Torre para o Monte de Monfurado, e por esta fórma ficará determinado o ponto D. e
com elle o lado DE. do referido quadrilátero, que abrange a superfície de 813:000 metros
quadrados.
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado decreto são concedidos, a sociedade sup-
plicante seis mezes, contados da data da publicação d'esta portaria no Diario' de Lisbo,a,.
para mostrar qúe possue os fundos precisos para a lavra d'este jazigo, na intelligencia de
que não se habilitando n'estes termos dentro d'aquelle praso improrogavel será a conces-
são d'esta mina posta a concurso, na conformidade da lei.
4.° Que por este diploma são conferidos á mesma sociedade, para todos os effeitos le-
gaes, segundo as disposições do predito artigo 13.°, os direitos que lhe competem como
descobridora da mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, ficando obrigada
a apresentar no ministerio das obras publicas, commercio e industria a certidão de haver
feito registar na respectiva camara municipal a presente portaria na sua integra, sem o
que não terá inteira validade.
Paço, em 4 de agosto de 186$. =\Carlos Bento da Silva. = P a r a a. sociedade Cartaxo,
Street & C.a D. dc L. n.° 19-2, de 28 de agasto.

72
29Q 1865 9 de agosto

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO > t ' . ''


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.» REPARTIÇÃO—3.a SECÇÃO

HavQnçlQ $ çommissão que elaborou o regulamento de 14 de janeiro dp 4Ç64x sqbi^e o


serviço quarentenario, proposto um complexo de medidas que deviam Servir dè1 garantia
á saude publica, e em vista das quaes a mesma commissão redigiu as modificações a f^zer
nq regimépdas quarentenas; e j$o tendo sido postas em prptipa esS^s'providencias com-
p l e m e n t e s , nem q podendo ser dpsde já, por isso que ellas dependem da mjslhor orgaj;
nisãção g e p l do serviço de saude maritimo e de meiòs que o governo nqo temfá suá dis-
posição,1 representando o conselho de saude publica do reino, em consultas dè í ? de feve-
reirocie 1864 e de 4 do corrente mez, a necessidade imperjpsa de ser modijjcàdo ácjuelle
regulamento de 14 de janeiro de 1864, o qual, sem as providencias completares hao dá
garantias sufficientes á saude publica, medida que elle teria já tomado se o governo não
houvera assumido a faculdade de regular o serviço quarentenario, e attendendo a que pélò
artigo 16. a , | 19.° do decreto de 3 de janeiro de 1837 confirmado por lei de' 37 de
abrril do mesmo anno, ao conselho de saude compete regular as quarentenas e à qué pstà
disposição legal não foi ainda revogada competententemente: hei por bem declarar que
ao conselho de saude publica do reino compete continuar a regular o serviço quarentena;
rio como lhe parecer conveniente.
O mipistro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
'executar. Paço da Ajuda, em 7 de agosto de 1865.=REI. = Julio Gomes da Silva San-
che;s. D. dq J,. n.° 191, de de agostyi. ' '

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIRECÇÃO
1.4 REPARTIÇÃO

CIRCULAR

Sua Magestade El-Rei ha por bem determinar qqe a junta geral da provincia de Angola
consnlie sobre todas as alterações que convenha fazer na lei eleitoral, attentas as espeçíçi-
lidadps (jft ç^qyincia, para que os deputados eleitos pelos circulos da mesma província
a representem, espeçificando-se todos os objectos em que seja acertado
altear q legislação actnal, como póde ser o modo de verificar p censo, p de fazer o recen-,
seaj^nto, ^.rçultas, e ainda outros: e quer Sua Magestade que,: sobjVa mesma consulta,
seja ouvido o conselho do governo, cujo parecer deverá ser remettido á competente.'sèprè-
taria distado, na mesma occasião em que vier a consulta da junta geral, e que igualmente
infprme com ft seu parecer particular o governador geral da provincia; o'qué ò mesmo
augusto senhor manda, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, par-
ticipar, para os devidos effeitos, ao governador geral da provincia de Angola (l).
Paço, em 8 de agosto de 1863 ,=Sáda Bandeira. D. j,. n.» i89> ^ ^ d(? wl0r

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO 5V.° 8 8 0 - , -
!
'O, copseljtio geral das alfandegas: ... • f "
Yisto o recurso interposto por Henrique Burnay, ácerca da classificação!tjó,p?p,ei
cores, contido em treze caixas com a marca H B n.°5 91 a 103, propostas a despacho ha
alfandega de Lisboa;
Visto o auto de conferencia dos verificadores;

(1) Identicas a todos os governadores da provincias ultramarinas.


10 de agosto 1865 mi
Vistas as amostras que acompanharam 0 recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de«1860;
Considerando que o papel em questão è igual ao que motivou as resoluções d'este con-
selho, n.°8 263 e 2 6 4 ;
Considerando que nàs ditas resoluções s e estabeleceu que o referido pá$3lfttèsléel4(âJ
silicado como papel de embrulho; ' •••>': ;
' Resolve: v :•••"•
Artigo unico. O papel de que trata o presente recurso foi bem classificado1 p é M veri-
ficadores da alfandega de Lisboa e está sujeito ao direito de 50 réis pOl-kifegfãíjáteíéf; í i a r -
cado no artigo 124.° da pauta geral das alfandegas, para o papel de eúibVUlho dè ládÚbââ
cores e qúalidádes. ' ; • ;(
Esta resolução foi adoptada em sessão do conselho geral das alfâridegaá; d& ÍS;dlé'
agosto de 1865, estando presentes os v o g a e s = Conde d'Avila, présidêhfê^ÍVttM^eíA,
r ê l a t ò r ^ Simas—Abreu== Santos Monteiro=Coèta= Couceiro. '••
1>. 46 L. nA im, ki tí íè àgúfô •

RESOLUÇÃO N.° 2 8 i

O conselho geral das alfandegas:

Visto o recurso interposto por Frederico Peny Vidal, relativo á classificação d è bato-

ques de madeira, vindos de New Yorck em uma caixa, marca «^B/1, ptopoátos a despacho
na alfandegadeLisboa, com a denominação de madeira em obra; >; •
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o recorrente não contesta a classificação, e só pretpnde demonstrar
que os direitos são excessivos, declarando até que tentava o recurso pára provar ao seu
committente que seguira todas as instancias;
Considerando que a missão do conselho, resolvendo os recursos, consiste na applica-
ção aos factos da legislação em vigor;
Considerando que o indice remissivo da pauta comprehende na obra miúda os bato-
ques de madeira; : ,
Resolve:
Artigo unico. Os batoques de madeira sobre que versa a presente contestação foram
bem classificados na alfandega de Lisboa como madeira em obra miúda, sujeita ao diíeito
de 500 réis por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada em sessão do conselho geral das alfandegas, de 9 de
agosto de 1865, estando presentes os v o g a e s = C o n d e d'Avila, presidènte==Sa»íos ilfon-
teiro, r e l a t o r = Simas==Abreu=Nazareth==Costa==Coiiceiro.
- D. de L. ò'.H7ii éê li Sé á$èhS..

MINISTERIO DAS OBRAS PÚBLICAS, COMMERCIO È INDÚSTRIA


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE
Usando da auctorisação concedida ao governo no § 2.° do artigo 1.? dã carta de lei de
23 de junho de 1864: hei por bem ordenar, ouvido o conselho de ministros, qué no mi-
nisterio dos negocios da fazenda seja aberto um credito extraordinario até á quantia de
15:000^000 réis á favor do ministerio das obras publicas, commercio e industria,' pfeffa
pagamento dos soldos dos tres mezes de j u l h o s setembro do corrente anno âôs officiaes
militares qne depois da nova reforma na organisação do exército continuam e m commissão
napeferidó ministério-das obras publicas. ••:» •->•'•• n
• 0 s ministros é secretarios d'estado das^ duas mencionadas repartistes asátaf o lêfihám 1
entendido e façam executar. Paço, em 1;0 de agosto de t86S.=^REiv=Sí<5to!rtC8 B m d ã a
SUvax^Gonde d'Avila. j>. d* ti.
292 1865 11 de agosto

DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS


REPARTIÇÃO DE MINAS —2." SECÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento de Jorge Suche, em que
pede axoncessão provisoria da mina de chumbo de Abergan, no concelho de Tabuaço,
districto de Vizeu;
Gonsiderando que o requerente, por portaria de 27 de março ultimo, fôra declarado
descobridor legal d'esta mina;
. Considerando que o requerente provou por um documento authentico que possuia os
fundos necessarios para a lavra d'este jazigo;
Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral de obras publicas e minas, emit-
tido em consulta de 4 do corrente mez, em que a mesma secção julga satisfeitas todas as
disposições da lei e habilitado o requerente para a concessão provisoria da mesma mina:
-Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o citado parecer da refe-
rida secção, fazer a concessão provisoria da mina de chumbo de Abergan, no concelho de
Tabuaço, districto de Vizeu, a Jorge Suche, ficando obrigado, em virtude da presente con-
cessão, a satisfazer no praso de seis mezes, contados da data da publicação d'este titulo
na folha official, a todos os preceitos consignados na lei e regulamentos em vigor, ficando
outrosim na intelligencia de que o campo da demarcação d'esta mina é o mesmo e limi-
tado do mesmo modo por que foi declarado na portaria dos direitos de descoberta.
O que, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, assim se lhe com-
munica para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 10 de agosto de 1865.—Carlos Bento da Silva.—Para Jorge Suche.
D. do L. n.° 184, de 18 de agosto.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


I.» DIRECÇÃO
2." REPARTIÇÃO

Havendo chegado a este ministerio repetidas reclamações contra o modo por que são
feitas as matriculas das tripulações dos navios que seguem dos portos do reino para os do
Brazil, originando amiudadas contestações entre os agentes consulares e os capitães e equi-
pagens dos navios do commercio; e
; Considerando que provém d'ahi factos, cujas deploráveis consequências cumpre ata-
lhar, removendo a causa;
- Considerando que é origem de taes factos a phrase geralmente adoptada nas matriculas
segue viagem para. ..ede lá para onde convier, ou es t'outra analoga segue viagem para...
e de lá para onde lhe convier voltando depois a Lisboa;
Considerando que taes declarações constituem quanto á equipagem um contrato, e que
a auctoridade só tem por dever, n'estes casos, impedir os equívocos e sophismas, esclare-
cendo os menos instruidos ácerca do alcance lalitudinario que póde dar-se ás obrigações
a que elles se sujeitam, por isso que, se tal annuencia provém de verdadeira ignorancia
-no modo de interpretar a referida declaração, vicia na essencia o contrato em que interveiu:
Manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ul-
tramar, conformando-se com parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da
corôa junto a este ministerio, que os intendentes de marinha dos diffentes departamentos
tomem as providencias necessarias para que, nas matriculas dos navios que se destinam
aos portos do Brazil, se declare^ sempre que for possivel, especificadamente, quaes os
portos aonde o navio tem de tocar, e não podendo ser assim, que se diga segue viagem
para... e de lá para outro (ou outros) portos do mesmo império, ou segue viagem para...
v dè lá para outros portos da America, ou finalmente, conforme as variadas circumstan-
cias que se podem dar, se empreguem termos claros e os mais apropriados, declarando-se
a obrigação do regresso ao porto de saída, e esclarecendo sempre os tripulantes de qual
póde ser o mais lato sentido das palavras empregadas.
Ordenando outrosim o mesmo augusto senhor que, quando por exigencia de uma parte
e annuencia de outra, houver de se inscrever a formula segue viagem para. ..ede lá para
11 de agosto 1865 293

onde convier, se instruam então os tripulantes, de modo não possam allegar ignorancia,
de que por tal fórma é licito ao armador exigir que do primitivo porto do destino con-
tinuem a servir no navio em viagem para qualquer ponto da terra, como melhor convier
ao mesmo armador.
Paço, em 11 de agosto de 1 8 6 3 . = Sá da Bandeira. d. do l . n.° iso, do u do agosto.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO CENTRAL

Tendo a companhia real dos caminhos de ferro portuguezes feito subir á presença de
Sua Magestade El-Rei uma proposta de reducção nas tarifas dos caminhos de ferro de leste
e norte, para o transporte de passageiros em carruagens de terceira classe e de certos ge-
neros de recovagem com destino a Lisboa pelos comboios de grande velocidade;
Gonsiderando que os preços propostos, comparados com os das tabellas em vigor, dão
em resultado uma differença importante para menos;
Considerando que, sendo esta reducção acompanhada de um pequeno augmento no mí-
nimo de percepção estabelecido pelo artigo 92.° do decreto de 11 de novembro de 1860,
este augmento de 80 a 100 réis por cada peso'de zero até 40 kilogrammas apenas poderá
prejudicar os expedidores das tres ou quatro estações proximas a Lisboa;
Considerando que a reducção de que se trata, sendo feita em beneficio do publico em
geral, deve ser facultativa, ficando em todo o caso aos expedidores o direito de pagar pela
nova tabella especial, ou pela antiga e ordinaria, como lhes convier;
Considerando que o governo deve favorecer e ajudar todos as tentativas de diminuição
nos preços dos transportes, sempre que d'ahi possam resultar vantagens e não prejúizòs
para o publico, para as companhias e para o proprio governo:
Ha o mesmo augusto senhor por bem, conformando-se com a informação do respectivo
engenheiro fiscal e ouvido o ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria, approvar a reducção proposta para os passageiros
e mercadorias, conforme a tabella que baixa com esta portaria e d'ella faz parte.
O que se communica pelo referido ministerio ao engenheiro chefe da l . à divisão fiscal
de exploração de caminhos de ferro para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 11 de agosto de 1865. — Carlos Bento da Silva. —Para o engenheiro chefe
da l . a divisão fiscaPde exploração de caminhos de ferro.

Tabella a que se refere a portaria (Testa data


1.° Passageiros entre Lisboa e Villa Nova de Gaia.—Bilhetes de 3. a classe de Lisboa
a Villa Nova de Gaia e vice versa a 2$000 réis.
Estes bilhetes vender-se-hão sómente para os comboios que partem de Lisboa ás qua-
tro horas e quinze minutos da tarde e de Villa Nova de Gaia ás tres horas e quinze minu-
tos da tarde.
Os portadores d'estes bilhetes não têem direito: 1.°, a viajar em outros comboios que
não sejam os acima mencionados; 2.°, a ficar em qualquer das estações intermedias. Em
qualquer d'estes dois casos pagarão a differença que houver entre o preço dos. bilhetes or-
dinarios e aquelles de que sejam portadores; 3.°, a não passar a outra classe superior, sé|-
não pagando o bilhete ordinario por completo, para o que se considerará nullo o bilhete
reduzido.
2.° Mercadorias de consumo diario no mercado de Lisboa a grande velocidade.—As
fructas frescas, caça morta, peixe fresco, creação, hortaliças, legumes frescos, ramos, de flo-
res, leite, ovos, mariscos e carnes frescas procedentes de qualquer estação com destino
a Lisboa pagarão pela seguinte tarifa: :, ,

73
294 1865 11 de seetmbro

Desde ás estações seguintes á de Lisboa Preço


por 10 kilogrammas

Poçojdo Bispo...
Olivaes.... . . ..... 7,00
Sacarem..'.. 9,00
Povoa 12,00
Alverca 14,00
Alhandra 16,00
Villa Franca 18,00
Carrçg^f wm
Azambuja....... 25,W
Reguengo 29,00
Sant'Anna 31,00
Santarem 38,00
Valle de Figueira. 42,00
Mato de Miranda. - 43,00
Torres ^Novás.... i 43,00
Entrònéameato... 47,00
Paialy.o.....•.. 32,00.
Chão de Maçãs-... 56,00
Cacharias........ 60,00
Alijergstrià/.....: 64,00
Vermoil 69,00
... ..... 72,00
Sourp. 7o,0(j
Formdselha'.... 7S,00
TSíéiWi.íV^lii.'» T-:> 78,00
Coimbra 80,00
Souze^la. f..:. 83,00
Mealhada.,... ...... '87,00
Mogòfoirès.'....... ôó,od
Oliveira de Barros.. 93,00
Aveiro j ..... 100,00
Estarreja. 103,00
Ovar 109,00
Esmoriz 113,00
Granja. . i w i i . . . : 116,>dó
Valladarez.->..:v.; 119,00
Villa Nova de .Gaia. 121,00
Barquinha........,. 48,00
Çraia. 32,00
Tíattíágaí..; . .. 36,00
Abrantes 58,00
Bemposta.. , 1 63,00
Pòriíe dè Sor. 70,00'
Chança 78,00
Crato 79,00
Portalegre 79,00
Assumar 83,00
Santa Eulalia 90,00
Elvas 97,00
Badajoz 103,09
a i
Minimum de percepção—100 réis.
' Os expositores dos generos acima mencionados que desejem desfructar d'èstá reduc-
ção terão dè apresentar as suas mercadorias nas estações expedidoras tres horas antes' (fá
partida dos comboios.
Os preços de transporte da estação*do caes dos Soldados á estação central da rua dos
Fanqueirò.s'j5ão,os seguintes:
Cdnast¥a!oólh creação pbr cada 10 kilogrammas . 1 , . . . . . . 1 . . . . . . — . . . . . â f t i f ê i s P
Fôr ç ^ l O - I d f ó ^ a m t í f á á . . . . . . . . . . . . . : . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ÍÒ í>;
MmàiMâcpereépção v............. : . . . . . . . . . ' ' . ' l : . f '
Por cada canastra vasia desde a estação central da rua dos Fanqueiros á estação do > v
caè»'ciò's'SòFdaàos . . . . • ' . : : . ' • ; . . . . . . . . . r J v . : / IO' »
" ^ W á c h t j s - pefe a l f á n ^ g á ; ntónicipaí sêhãò-feitbt í cfiègâdW d'ej tõdtò cÔtòBbíoá;-

Ministerio das obras publicas, commercio e industVia, éttl dèágòstfrcfè'


Ernesto de Faria. D. de L. n.» 181i d0
^ de agosto.
18 de agõstó 1866

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


;
DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA < "
a !l
, ••• . .. , 2. REPARTIÇÃO ", *' '' ' ' • ,
• •• ' i; • ' • > ; i,j'.i| • MVtfi",» •
Por decreto de 8 do corrente mez foram creadas cadeiras de ensino fpimteiil) Jjas ssb
guintes localidades: - ; • » , i j r- if».-
;

Freguezia de Santo.André, concelho de Poiares, districto, de Coimbíia-rr para'*) VSexo


feminino, com o subsidio de casa e mobilia pela camara municipal respectiva.
Freguezia de S. José das Levegadas, concelho de Poiares, districto ideísDjmbrar^t)ara
o ãexo masculino, com o subsidio de casa e mobilia pela j u n t a d e parophia pespèctiva.'
Freguezia de Santa Maria de Arrifana,^concelho de Poiares, districtoide£joimbra-^-par^
o sexo masculino, com o subsidiode casa e mobilia pela junta de parochia nespèctiva.)
Freguezia de S. Miguel, concelho de Poiares, districto de Coimbra—para o seS0:BíaSt;
culino, com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.. -
Freguezia e concelho de Sant'Anna, districto do Funchal — p a r a ' o sexo. masculino,
cora o subsidio de casa e mobilia pela camara municipal respectiva. .- j •;,!:;••.-
^Freguezia do Capello, ilha do Faial, concelho e districto da H o r t a p a r a o sexo <ma6i
culino, com o subsidio de casa, mobilia e utensílios pela junta de parochia respectiva.i •
Freguezia da Praia do Almoxarife, ilha do Faial, concelho e districto da Horta-r-para
o sexo masculino, com o subsidio de casa, mobilia e utensílios pela junta de parochiaresi-
pectiva. ),.;..,,
Freguezia de Santa Margarida do Arrabal, concelho e districto de Leiria—para o sexo
masculino, com o subsidio de casa, mobilia e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santo Estevão, concelho .de Benavente, districto de Santarem—para o
sexo masculino, com.'o:subsidio dê casa e mobilia pela camara'ffiunjcip^respectiva.
Freguezia de S. Pedro da Torre, concelho de Valença, districto de Vianna do Castello
—para o sexo masculino, com ; o subsidio da casa e utensílios pela junta, de parpchiaíres-
pèctiva. . .. . . ;
O provimento d'estas cadeiras não poderá effectuar-se sem que tenham sido satisfek
tos os subsidios supra indicados, na conformidade da circular de 22 de.de?eeibrq:cle:i35íi>.
(Diario de Lisboa n.° 47). D. de L.ri.°180,!de12 dè agdato;: ;

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS ' í


RESOLUÇÃO N.° 282
O conselho geral das alfandegas:
Visto, o recurso interposto por Jacinto Ignacio Machado, relativo á cla^si&çação de vinte
mantas de tecido de lã de mais de uma côr, propostas a despacho na alfandega de Ponta
Delgada;
Visto o auto da conferencia dos empregados que intervieram no despacho e na mesma
confereacia, na qual não houve discrepância de opinião;
. VÃsta,a amostra que acompanhou o recurso; . ; .:.;
Vista a resolução d'éste conselho n.° 16, publicada no Diario n.° 7 âp 0, fle j^neif-ode
1861; . . ' • ' • • ' " . • , » " '
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860; .. .
Considerando que os cobrijões a que se refere o artigo 42.° da pauta, e como taes co-
nhecidos no ipercado, são de um tecido especial e muito diverso do tecido dqs: objectos da
;
qgest^o.; . .«, . . „,. .. ,
Considerando que os referidos objectos são em todas as cirçuDftSt,ançia£ i g i ^ ^ a i q u É i ^
s o ^ e ^ e . recaiuapencionadaresolução n.° 16; . .. ! J.jf
.;.'Resolve: • ..,, y ' . . i :• jf;^-;
Artigo unico. Os Òbjéctos sobre que versa a presen^ çpptps.tfíç^Q pjps^^
C3dos,na(al&n4eg£ de;Çonta,D,çlg3d?.e.n\ visa da resolução;. n.,° 46,4'e^e < çcgi^p i . i , l
" Esta respli^çã^ foi; ^opjtg.da em se^s^o do; conselho. gera}, das,' . ^ I f ^ ç ^ j k :
' agosto d e l 8 6 5 , estando préseníès'Q$wg^s==='Conded'Avila, p r e s i d è n t p ^ ^
íe?'ró, relator = Simas == Gonçalves=Abreu— Rodrigues = Nazareth = Costa — Cou-
ceiro. D. deL. n.° 181, de M de agosto.
296 1865 11 de agosto

RESOLUÇÃO N.° 28S

0 conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por Daniel Appleton, ácerca da contagem de fios de duzen-
tas e quarenta peças de tecidos de algodão branco, lisos, propostos a despacho na alfan-
dega de Lisboa; -
Visto o auto da conferencia dos verificadores; .
Visto o éxame a que se procedeu nas peças remettidas para amostra com o respectivo
processo;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que a questão é toda de facto e que unicamente se resolve pela conta-
gem dos fios que o tecido contém na urdidura em 5 millimetros;
Considerando que o exame a que se procedeu confirmou a contagem dos fios feita na
alfandega;
Resolve: . • ~
Artigo unico. Na contagem de fios do tecido de algodão branco, a que se refere o pre-
sente recurso, não houve erro na alfandega de Lisboa, estando sujeito ao direito de 175
réis por kilogramma, por conter o mesmo tecido doze fios na urdidura em 5 milli-
metros.
Esta resolução foi adoptada em sessão do conselho geral das alfandegas de 12 de agosto
de 1865, estando presentes os v o g a e s = Conde d'Avila, presidente—Santos Monteiro,
r e l a t o r = S i m a s — Gonçalves=Abreu=Nazareth—Costa— Couceiro.
D. de L. n.° 18í, do 16 de agosto.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Tendo a commissão nomeada por portaria de 3 de agosto de 1863, publicada na ordem
do exercito n.° 33 de 17 do mesmo mez e anno, e pela disposição inserta na ordem do
exercito n.° 37 de 22 de setembro tambem de 1863, apresentado o projecto de proposta
dè lei para estabelecimento de um monte pio militar, que fôra encarregada de formular:
manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da guerra, dar por
findos os trabalhos d'esta commissão, e louvar o zêlo, intelligencia e dedicação com que
se houve cada um dos seus membros.
Paço, em 12 de agosto de 1 8 6 5 . — S á da Bandeira-
Ord, do exerc. n.° 35, do 19, e D. de L. n.° 189, de 24 de agosto,

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA f E ULTRAMAR


1." DIRECÇÃO
1." REPARTIÇÃO • • „

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o requerimento em que o maritimo da ci-
dade de Aveiro, Manuel dos Santos Salgado, pede isenção do serviço da armada;
Considerando que da informação, dada pela competente auctoridade maritima, consta
que o requerente pretende seguir a carreira de official da marinha mercante e trata de
adquirir as habilitações necessarias para esse fim;
Considerando que o artigo 36.° do regulamento de 25 de agosto de 1859, fazendo re-
cair o sorteamento maritimo tão sómente nos individuos das classes de marinheiros e grií-
mètes, exclue consequentemente os officiaes da marinha mercante:
Ha por bem, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador
geral da corôa j u n t o s este ministerio, determinar que o referido Manuel dos Santos Sal-
gado seja isento do serviço da armada.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, se participa ao con-
selheiro chefe do departamento do norte para seu conhecimento e devidos effeitos.
1
Paço, èm 14 de agosto de 1 8 6 5 . = S á da Bandeira, ' D. d8 l. n.° i83, dc n do agosto.
14 de agosto 1865 297

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


DIRECÇÃO G E R A L DAS A L F A N D E G A S E C O N T R I B U I Ç Õ E S I N D I R E C T A S

Convindo remover duvidas que têem sido suscitadas por algumas alfandegas, acercado
modo como depois da publicação do regulamento de 22 de dezembro dè i 8 6 4 deva ser
permittida a reexportação de tabacos; ha por bem Sua Magestade El-Rei, conformando-se
com o parecer do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições indirectas, or-
denar o seguinte:
A reexportação de tabacos para paizes estrangeiros sómente póde ser concedida'pelas
alfandegas de Lisboa, do Porto, do Funchal, da Horta, de Angra e de í»ontá pelgàdá, me-
diante as seguintes condições: ' . •
1. a Que a reexportação seja efectuada em navios de lotação não inferior a 120 metros
!
cúbicos. • •
a
2. Que os reexportadores fiquem obrigados a exhibir na alfandega èjn que èífectua-
rem o despacho e dentro de prasos que serão fixados no máximo, segundo a tabella C,
que faz parte da pauta geral das alfandegas, a competente certidão passada pela alfandega
do porto onde se realisar o desembarque, sendo authenticada pôlo agente consular por-
tuguez, na sua falta pelo agente consular de alguma nação amiga, e na falta d'elle pela au-
ctoridade local.
3. a Que no caso de não ser apresentada a indicada certidão, ficarão os reexportadores
sujeitos ao pagamento de uma multa igual á importancia dos direitos e mais imposições
que deviam ser pagos se a quantidade de tabaco reexportado tivesse sido despachada por
entrada.
Quanto á exportação e reexportação de tabacos para as ilhas adjacentes, observar-
se-ha o que se acha estabelecido para as das outras mercadorias, por isso que os docu-
mentos officiaes, em virtude dos quaes se effectuam aquellas operações, offerecem s u f i -
ciente garantia á fiscalisação.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se Gómmunicará
a quem conveniente for.
Paço, em 1 4 de agosto de 1 8 6 5 . = C o n d e $ Avila. D. de L. n.° m, de I S de acosto.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO DE OBRAS PDBLICAS
Constando a Sua Magestade El-Rei, que varios incendios se têem manifestado nas pro-
priedades confinantes com o caminho de ferro do sueste, pela projecção do fogo das loco-
motivas; e sendo da maior urgencia adoptar as precisas providencias para evitar a repeti-
ção d'aquelles accidentes: ha por bem Sua Magestade El-Rei ordenar que o fiscal da ex-
ploração do referido caminho de ferro, tendo em vista as disposições do regulamento de
31 de dezembro do anno passado (publicado no Diario de 10 de janeiro ultimo), as clau-
sulas.dos contratos celebrados com a empreza em 29 de maio de 1860 e 1 1 de junho de
1864 e bem assim os regulamentos de 23 de outubro de 1856 (Diario de 31 de outubro)
e de 5 de dezembro de 1860 (Diario de 15 de dezembro), bem como quaesquer outras
disposições applicaveis, empregue promptas e efficazes medidas para que se evitem quaes 1
quer abusos, descuidos ou contravenções, quer da parte dos empregados da empreza,;
quer da parte do publico, que possam originar factos d a q u e l l a ordem, fazendo sentir á
primeira que nos termos dos seus contratos e em conformidade das leis e regulamentos
portuguezes a que está sujeita, é responsável por quaesquer damnos ou prejuízos; que
causar, filhos de culpa ou negligencia dos seus empregados; cumprindo que o sobredito
fiscal solicite todo O auxilio das auctoridades, a fim de melhor se conseguir o desejado fim.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas commercio e industria,
se communica ao fiscal da exploração do caminho de ferro de sueste, para sua intelligen-
cia e mais effeitos; devendo dar conta a este ministerio do modo por que houver cum-
prido a presente portaria, e propor quaesquer medidas que dependam de superior resolução.
Paço, em 14 de agosto de 1 8 6 5 , = C a r l ó s Bento da S í 7 m . = P a r a o fiscal de explora-
ção do caminho de ferro de sueste. D. de Xi, n.° 182, de 16 de atrosto.
74 "
298 Í865 18 de agosto

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 286
!
j Vo.jMhséíbo geral das alfândegas: ' ' • .
. '' f i s í ò ^.cúrsot,íiitèri)pstp por Justino Simões de Carvalho, áotire a érâssifibsíiç9ó'dé
tííífe^^ááliniftW ^prçsebtado" a despacho na: alfandega de Lisboa,' vindo1 dd 'Háft&rtd
vapor francez Vilíeâe Malaga, ha caixa marca T. C. L., n.° 3 5 Í ; ; ' ' ir'
.... yis^j,o,auto (Jla conferencia dos verificadores; '•»••"•'!>
:
' q j i é acompanhou prèçrirsó;;'
" ' " ' Y M y V a r i i è ò ' 40'." dP'âe«reíõ'de 3 de tíovembró <fe-' 1 8 6 0 ; ' •: : .
.. .^Considerando, que não é o uso ou applicação que porventura possa dnr-tiè a ^ o b j è c t ò á
âpféséntãdbs á déspacho : o fuOdámento que deve reger para a imposição do respectivo di-
rejlp,, e mepos quando estes têem um direito definido e expresso;
'. bi! 'Considerando íjué ó tecido de linho que sé apresenta é em/formato de fita ottpercinta
fçltà á tear; ."'.-.' ; ' . '
; CÓnsideirando que a§ fitas de linho têem um direito designado na classe 7. a, d'a'páuta-;
"Resolve:' . 1 -
Artigo''ririicó. O tecido de linhò feito a tear em tiras estreitas ou perçintáà; de qúè
tr^ta este recurso, está comprehendido no artigo 50.° da pauta e deve pagar comó fitas o
to-ett^fe^OÓ réis p o H a l o g f á m m a .
._Êrstó^résoitlçãò. foi' ''ádòptãdà pelo conselho géral das alfandegas, 'em séssãO' ; de , 'Í6 de
ágòstó d e ' í # 6 5 , èsfando presentes òs vog'aés=Conde dAvilá, p r é s i d e h t ê ^ M r e u ' j rela**
t p r = S i m a s = S a n t o s Monteiro= Costa=Couceiro. D. do L. n.° I S I , de I S de agosto.'

MfJ^ISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR .


2 . a DIRECÇÃO
2. A R E P A R T I Ç Ã O

CIRCULAR

édflSillerâhdo qUe; poh décfeío com força de lei d e 2$ dè' agosto de 18S8j foi estabe-
lecido nas provincias ultramarinas um imposto sobre cada escravo valido;
Considerando quê a c o b r a h ç á d ^ s t e impbsfo; apèáar dá sua nMicidade, comparado
com o que se paga no Brazil, tem-sido muito descurada ena algumas provincias, resultando
a s s i ç i ^ ^ i i t e E a ^ d ^ l f a e . n o s ; r e n d i m e i n t p g . p u b l i c o s ^ . ; ,.;„...• •,
... .(iOnsideKando que o citado decreto teve em vista a, necessidade de occorrer ás .despezas
dimeferidas; provincias, com.os seus proprios recursos,; e que. pão é. justo qjue a mejtròpole
preste ãubsidiosráquellas ondeios tributos se, não exigem ou se não satisfazem; ., j,
• h Considerando que a indemnisação a que têem direito, èm virtude do artigo.,iâ.°dd.,dè-
ereío com, força de;lei de 29 de abíil de; 1858, as.pessoas que possuírem escravos no dja
em que-ficaír abolido o estado, de escravidão, só poderá;ser .abonada áquelles senhores dè
escravosqrie os tiverem registado na conformidade do décretOide 14 de dezemliro.de 4,
ei qne, justificarem que os- ppssuem legitimamente;, e em conformidade dás 'disposições.
d'este mesmo decreto;, e,que.portanto são os mesmos senhores,de escravos os mais inte-
ressados :em> pagar regularmente o, mencionado imposto, ,a fim de cobrarem pi* respectivos
recibosíqileídcomo. documento de posse, podêrão apresentar .nas estações çpmpe.tèntés : '
- iwMaada Sua Magestade,El : Rei, pela secretaria dtestadç) dos ijego.cios d^ màr^tijifi e lil-

• • I: i-rf.' Que os [governadores ; das provincias ultramarinas, ordenem a. cobrança, dç/jnlpòstò'


síène. Osieseitavos' validos^ que estiver em, divida, e dêem, as providencias n è ç e ^ a p á s páraj
que ía.suai arrecadação se faça com regularidade;. ..•>•.. : .. i ; i , ; ri " '"
->n$SvQae :as juntas, da. fazenda : publica ^emettam ao ministerio ç[a .naarinjiai'|è '^tíryaíiçi^r.
uma contando reudimento annual d'este imposto desde, a sua;creação,; e q u i p a r á qlíutúpp,
em cadaíanno enviem, o mappa do rendimento do,mesmo;.impiosto r è ç 0 i ^
ção;do qué ficou por cobrar, e o motivo porque. -• ;''..' ''' :
Raço, em 18.de.agosto de 1 8 6 S . = Sa da Bandeira.,, , , -D.^VW ^^«p^».,,.-
i 9 de agosto 1865 299

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
' ' 4.aREPARTIÇÃO ' r
'"' . .

i; Bar decreto de 16 do corrente mez de agosto foi creada uma cadeiràíde ensinoprin
naaijio paifa o sexo masculino na freguezia de Assafarge, concelho e disfrictede Coimbra*;
com Q.subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva. Esta. cadteira[nãoíseiiá-
provida emquanto não tiver sido satisfeito o referido subsidio, na conformidade dátíirítolar
de.'22ide dezembro de 1859 (Diario de Lisboa n.° 47). 0. a^Un.»-^, á^swagésW.
" >\ •. • ; • .•••:•••. . - •• ••• • •;•• v • i-i.iítij.'' > <

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR (


; ;
Í. L." DIRECCÃO •R";'("- • I I"
2.» REPARTIÇÃO y

. . . Convindo que, na commissão nomeada por portaria de 27 de julho ultimçj pek>mihisr


ter.io da marinha e .uitramar, se achem individuos especiaes nas diíferentessscieacias,.que
interessam na realisação dos melhoramentos que urge fazer na margem norteado Tejo:. 1
Considerando quanto importa attender ás prescripções da hygiene em asstanptQ der tão
subida importancia: , >
;Ha Sua Magestade; El-Rei por bem nomear vogal da mesma commissão Q conselheiro
presidente do conselho de saude naval e do ultramar, dr. Manuel Maria RodriguesiBaStos:
• ••.Oiique, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha^ ultramaip^ se cômmufiifia.iaQi
presidente . da referida commissão, para seu conhecimento e neoessariasieffeit(5S>,^ 1 -. Jii
v.-PaOOí em 19 de agosto de 1 8 6 5 . = S á da.Bandeira. ' D . * # 0 * * - :

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA • V"''


ORDEM DO EXERCITO N.° 5I5 yY
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 19 de agosto de 1865
Publica-se ao exercito, o seguinte: l.k
Sua Magestade El-Rei determina que as quantias que, na conformidade do n.° 9.° d o
artigo 2.° do regulamento para a administração dos ranchos dos corpos [do,exercito/ in-
serto na o r d e m d o exercito n.° 6, de 31 de janeiro de 1863, têem.sido ou.de futura.forem
mandadas entregar, por* adiantamento aos respectivos conselhos adminjstratiyos, eia re-
sultado das solicitações, d e que trata o dito n.° 9.°,. devem ser repostasjfloç cofres,, da&pa-
gadorias, pelas quaes effectivãmente se entregaram, á medida; qu.e nos eQ&e^-dQ^mesmíis,.
conselhos administrativos, forem, entrando as importancias quinzenalmentei descontadas ás i
praças arranchadas, sem que de fórma alguma se espere pela existencia n'elles<da!8qmi]aa,
tofak das quantias..adiantadas, .ficando por;este modo alterada a disposição-dí»iEi^• i-0í'; do
artigo ciíado do .sobredito regulamento,.quanto a ser feita a reversão dQiuma sáiVez^. i r t í ; ,
• '•...'• !•• D. ciafc.n^ 189, SífSi.SeigaUú; • ;

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLI€AS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIJRECÇÃIO GERAL 1)0 CQSLLIERÇAO E; INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—2.» SECÇÃO

Attendendo ao que mè representou Jacinta 'Cândida da Veiga ~e Sousa, residente em


Lisboa, pedindo privilegio, por nove annos, como inventora de uma estufa de vapor a
bwha[para<puri0ar ^melhorar cmpletoinfflt$-iq#q(qiter-iPinbo^noy^tP^ 4$ GVMW o,
trinta, dias, segundo for o seu estado, mesmo de4etmprqção,pqpeialyr.. i,c-?*«• i• «ol-- s.»•:-j
Vistoso,decreto com ; força de lei de 3 1 de dezembro áe.l852:; i i, -
300 1865 11 de agosto

Considerando que a requerente satisfez todas as suas prescripções:


Hei por bem conceder á dita Jacinta Candida da Veiga e Sousa a patente de invenção
para o objecto acima indicado e pelo espaço de nove annos, durante os quaes os seus di-
reitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei; sendo a patente
concedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade ou merecimento do
invento a que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro e a requerente su-
jeita ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto e ao prévio pagamento dos
direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publicas, commèrcio
e industria.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 19 de agosto de 1865. = R E I . — C a r l o s Bento da
Silva. D. de L. n.° 194, de 30 de agosto.

Attendendo ao que me representaram Henrique Adolfo Archereau, João Maria One-


simo Tamin Despalles e José de Susini, residentes em Paris, pedindo privilegio por cinco
annos como inventores de um systema de aquecimento proprio para communicar o calor
ás materias vegetaes, animaes e mineraes, bem como ás misturas d'estas materias, de
modo quèse opere a sua desecção, evaporação, decomposição, reducção, calfacção, fusão,
ou mesmo sendo preciso a sua volatisação, executando-se tudo em vasos fechados e ao
abrigo do contacto do ar atmospherico;
Visto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852;
Considerando que os requerentes satisfizeram todas as suas prescripções;
Hei por bem conceder aos ditos Henrique Adolpho Archereau, João Maria Onesimo
Tamin Despalles e José de Susini a patente de invenção para o objecto acima indicado, e
pelo espaço de cinco annos, durante os quaes os seus direitos de propriedade á dita inven-
ção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente concedida sem exame prévio e sem
garantir a realidade, prioridade ou merecimento do invento a que diz respeito, pelo que
ficam salvos os direitos de terceiro, e os requerentes sujeitos ás obrigações e clausulas con-
tidas no supracitado decreto e ao prévio pagamento dos direitos que deverem, passando-
se-lhes diploma pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 21 de agosto de 1 8 6 5 . — R E i . = C a r f o s Bento
da Silva. D. de L. n.° 199, do 5 de setembro.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Attendendo a que os officiaes e aspirantes da repartição de saude do exercito não têem
uniforme, hei por bem determinar, nos termos do que a similhante respeito elles ponde-
raram e supplicaram, que os mesmos officiaes e aspirantes tenham o uniforme designado
por decreto de 7 de dezembro ultimo, inserto na ordem do exercito n.° 70 do anno pro-
ximo passado, para os empregados da 2. a direcção do ministerio da guerra, com a diffe-
rença de ser carmezim a gola, canhões, vivos e forro dos casacos dos sobreditos officiaes
e aspirantes.
O presidente de conselho de ministros, ministro e secretario d'estado dos negocios da
guerra, encarregado interinamente das da marinha e ultramar, o tenha assim entendido e
faça executar. Paço, em 21 de agosto de 18QS.—REI.—Marquez de Sá da Bandeira.
Ord. do exerc. n.° 38, do 31 do>gosto; e D. de L. n.°200, de 13 de setembro.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
......... 2.* REPARTIÇÃO

Sendo de reconhecida vantagem determinar, por um systema uniforme para todos os


estabelecimentos de instrucção superior dependentes do ministerio do reino, as condições e
provas que devem exigir-se aos candidatos para a sua admissão ás funcções do magisterio;
14 de agosto 1865 301

Tendo a experiencia demonstrado que algumas das disposições dos decretos regula-
mentares de 27 de setembro de 1854, 21 de abril de 1858 e 14 "de maio de 1862 carecem
de ser reformadas, para se evitarem os inconvenientes resultantes da deficiencia dos meios
ali estabelecidos para a justa apreciação e escolha dos concorrentes;
Considerando que o tirocínio de dois annos depois da primeira nomeação, exigido pela
lei n'algumas das escolas superiores, é indispensavel que se torne effectivo em todas; por-
que fôra prejudicial ao progresso e aperfeiçoamento do ensino scientifico confiar só das
provas dè um concurso o futuro de uma carreira, onde os membros d'ella tem garantida
a perpetuidade dos logares; e
Conformando-me com o parecer do conselho geral de instrucção publica:
Hei por bem decretar o regulamento, que baixa assignado pelo ministro e secretario •
d'estado dos negocios cio reino, para os concursos aos logares do magisterio de instruc-
ção superior, dependentes do ministerio do reino.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço da Ajuda, em 22 de agosto de 1 8 6 5 . = R E i . = , / e < t o Gomes da Silva
Sanches.

Regulamento para o concurso aos logares do magisterio superior dependentes


do ministerio do reino
Artigo 1 O primeiro provimento de todos os logares do magisterio na universidade de
Coimbra, escola- polytechnica, escolas medico-cirurgicas de Lisboa e Porto, curso supe-
rior de leiras e academia polytechnica do Porto, é feito por concurso publico, e a nomea-
ção deve recair em pessoas de reconhecida probidade, talento e aptidão. (Carta de lei de
19 de agosto de 1853, artigo 2.°)
1 1 . ° O reitor da universidade e os directores dos outros estabelecimentos'scientificos
logoque houver vacatura convocam os conselhos academicos e escolares para sé ordenar o
programma do concurso, que é enviado ao governo, o qual, ouvido o conselho geral de
instrucção publica, o manda publicar na folha official.
§ 2.° O praso do concurso é de sessenta ou noventa dias, segundo for determinado no
programma, contados do immediato áquelle em que a sua publicação se fizer na folha of-
ficial. (Decretos de 5 de dezembro de 1836, artigo 97.°, e de 13 de janeiro de 1837j ar-
tigo 168.°)
Art. 2.° O concurso é feito perante o conselho academico e escolar em que se der a
vacatura, o qual é o jury de todas as provas por que hão de passar os candidatos. .
• Art. 3.° Para constituir o jury são necessarios dois terços, pelo menos, ido numero
dos lentes proprietarios e substitutos ordinarios, de que se compõe o conselho academico
e escolar, que estiverem em effectivo exercicio, quando se abrir o concurso.
§ 1.° Para occorrer á falta ou impedimento legal durante as provas do concurso, de
algum dos vogaes do jury, quando d'ahi resulte ficar este em numero inferior ao que. pre-
screve o presente artigo, são designados tres supplentes de entre os lentes jubilados da
própria faculdade, escola e academia.
§ 2.° Se na própria faculdade, escola e academia houver mais do numero exigido pôr
este artigo para constituir o jury, só se nomeiam tantos supplentes quantos forem neces-
sarios pára que sejámpresentes a todas as provas e votações do concurso mais tres vogaes *
alem dos dois terços.
| 3.° Os lentes jubilados votam só no caso de funccionarem como supplentes.
| 4.° Na falta ou impedimento dos lentes jubilados são designados pela sorte, para
este serviço extraordinario, lentes em effectivo exercicio nas faculdades, escolas e acade-
mias analogas e membros de corporações scientificas.
| 5.° No caso de ser par o numero dos membros effectivos do jury, se lhe addiciona
umsupplente.
, § 6.° Os vogaes effectivos e supplentes do jury são obrigados a assistir a todas as pro-
vas publicas do concurso. O que faltar a alguma d'ellas, aindaque sejacom justificado mo-
tivo, fica inhibido de votar no mesmo concurso. . . . . .
' Art. 4.° Os vogaes do jury effectivos e supplentes que deixarem dè assistir a todas as
..provas e votações dos candidatos, ou de justificar legalmente .a sua f^lta; ou, depois de
haverem concorrido a qualquer parte d'este acto, se subtrahirem ao desempenho âe al-
guma das obrigações impostas por esse regulamento, são punidos com as penas de multas
302 1865 11 de agosto

ou suspensão previstas pelo artigo 181.° do decreto com sancção legislativa de 20 de se-
tembro de 1844, segundo a gravidade do caso.
§ unico. As multas não podem exceder a quantia fixada pelo artigo 489.° do codigo
penal. >
Art- 5.° Se durante os actos do concurso faltar um numero tal de vogaes effectivos,
que não bastem os supplentes para preencher os dois terços exigidos pelo artigo 3.° d este
regulamento, póde o jury continuar a funccionar, comtantoque seja presente a todos esses
ãfilos!até á sua conclusão a maioria absoluta dos vogaes com que ò jury sé constituirá eri-
trando n'este numero metade e mais um dos lentes da faculdade, escolas e academia,' em
que se verificar o concurso.
Art. 6.° São consideradas analogas para os effeitos dos §§ 1.°, 2.°, 4.° e 5.° do ar-
tigo 3.°:
I Na universidade de Coimbra as faculdades de theologia e direito, preferindo para a
primeira qs, lentes proprietarios e substitutos das cadeiras de direito natural e direito ec-
clesiastico, e para a segunda os de historia ecclesiastica e theologia moral; ha faculdade
de meHicina as escolas medico-cirurgicas; nas de mathematica e de philosophia as çpr-
respondentes cadeiras da escola polytechnica;
II Na escola polytechnica a faculdade de mathematica da universidade para as cadei-
ras d.'esta,$sciplina e a faculdade de philosophia para as de sciencias physicq-chimicas e
histórictííháturaes e a faculdade de direito o u 3 . a classe da academia real das sciencias para
a cadeira de economia politica;
III Nas escolas medico-cirurgicas de Lisboa e Porto a faculdade de medicina da uni-
versidade é as duas escolas entre si;
i y No Curso superior de letras a 2. a classe da academia real das sciencias, de.'Lisboa';
^ Na academia polytechnica do Porto para a secção de mathematica a faculdade (le
mathematica da universidade e os lentes proprietarios e substitutos das correspondentes
cadeiras da escola polytechnica; para a de philosophia a faculdade de philosophia da uni-
versidade e'os lentes proprietarios e substitutos das cadeiras correspondentes da escola-
polytfichnica, para a de commercio a faculdade de direito da universidade.
Art. 7." O reitor da universidade de Coimbra e os directores dos outros estabeleci-
mentos scientificos são os presidentes do jury do concurso; e tem voto sendo lentes effecti-
vos ou jubilados da faculdade, escolas ou academia, a quem pertencer o logar que se ha
dè prover, e u'este caso conta-se o presidente para a constituição do jury.
§ unico. O presidente do jury tem voto de qualidade se na votação de que trata o a r r
tigo 5.° se der empate.
' Art. 8." Os candidatos, que pretenderem ser admittidos ao concurso, apresentam den-
tro do práso fixado no programma os seus requerimentos na secretaria da universidade
de CqÍDBpra, escolas e academias em que tiver de provar-se o logar vago.
•' ' ' " l i.® Estes requerimentos são instruidos com os seguintes documentos;
I Attestados de bom procedimento moral civil e religioso; certidão de facultativo de
naò padecer molestia contagiosa; e documento de haver satisfeito á lei do recrutamento
(carta de lei de 27 de julho de 1855, artigo 54.°, e portaria de 9 de julho de lSsu) ;
II Carta de doutor e certidão das informações de bacharel formado e de licenciado ou
doutor pela universidade de Coimbra, para a admissão ao concurso nas faculdades acadé-
micas;
III Carta de doutor, licenciado ou bacharel formado pela universidade de Coimbra,
ou carta do curso completo das escolas medico-cirurgicas de Lisboa ou Porto ou de dou-
tor em medicina pelas faculdades estrangeiras, habilitado nos termos do artigo 2.° da carta
de lei de 24 de abril de 1861', para a admissão ás. escolas medico-cirurgicas ;
IV Diploma de um curso completo de instrucção superior, em que sé comprehenda a
frequencia e exame das disciplinas que constituem as cadeiras ou secção a que- os candi-
datos se propõem, para admissão ao concurso na escola polytechnica, no curso superior
de letras e na academia polytechnica;
V Diploma de um curso completo de instrucção superior nos termos do n.° lV, pu de
úm (^ufsp àas academias de bellas artes, pu do ensino do 2.° grau dos institutos indus-
triaes! em que se comprehenda a frequencia è exame de dèsenho, geometria descriptiva
e physica para a admissão ao concurso das cadeiras de desenho na universidade dè. Cóinl-
l»ra, na escpla e na academia polytechnica.
' ' 12.'° Ós candidatos podèm juntar aos seus requerimentos todos os mais documenttís
que comprovem o seu merecimento scientifico, ou os serviços feitos ás letra^.
14 de agosto 1865 303

Art.. 9.° Findo o praso do concurso, o reitor da universidade e os directores dos ou-
tros estabelecimentos scientificos convocam os conselhos academicos e escolares para se
constituir o jury do concurso, nos termos do arligo 3.°, e lhe serem presentes os requeri-
mentos documentados de todos os candidatos.
1 1 N a mesma ou na immediata sessão procede o jury ao exame dos documentos dos
candidatos e vota a respeito de cada um sobre o seguinte quesito:
Está o candidato habilitado pelos seus documentos para ser admittido ao concurso?
§ 2.° O resultado d'esta votação é lançado em livro especial pelo secretario da univer-
sidade, escolas e academia, que assiste a todas as votações do concurso e lavra as actas
das sessões do jury, que são assignadas por todos os vogaes presentes.
§ 3.° Para ser admittido ás provas do concurso é necessário que o candidato reúna a
maioria absoluta do numero dos votantes.
§ 4.° Nos requerimentos dos candidatos lança-se o despacho formulado n'e.ále$ ter-
m o s — habilitado ou escusado.
Art. 10.° Na mesma sessão em que se procede a esta votação, ou em outra imme-
diata, o jury designa os dias em que devem ser dadas as provas do concurso, a ordem que
n'ellàâ se ha d è seguir e as mais disposições regulamentares que for necessário adoptar.
§ unico. O presidente do jury faz logo affixar, na porta da sala destinada para os actos
do concurso e n'um jornal da localidade, um edital contendo aquellas resoluções, e òs no-
mes dos membros do jury effectivos e supplentes e dos candidatos admittidos. Uma copia
authentica d'este edital é enviada á direcção geral de instrucção publica para seu conhe-
cimento e para se publicar na folha official do governo.
•Art. H . ° As provas do concurso consistem:
I Em duas lições de uma hora cada uma sobre pontos tirados á sorte quarenta e oito
hohas antes;
II N'uma dissertação impressa sobre materia escolhida livremente pelos .candidatos
de entre as questões mais importantes das sciencias, que fazem parte das faculdades, sec-
ções ou cadeiras que elles se. propõem professar;
• - III'Em Interrogações sobre o objecto dos pontos das lições e da dissertação;
IV Ém trabalhos práticos. ^
i;i:;
''Àrtv'12. 0 As lições do concurso versam sobre os seguintes objectos tirados á sorte:
I Universidade de Coimbra:

. FACULDADE'DE THEOLOGIA

1.» LIÇÃO ;.

Logares theologicos—Eloquência sagrada—Theologia symbolica—Theologia mística.

2.» LIÇÃO

Theologia moral—Theologia litúrgica—Theologia exegetica do p t i g o e novo testa-


mento.
FACULDADE DE DIREITO
:
"! 4.» LIÇÃO • ..!(1.:...

Direito natural e das gentes—Direito publico universal e direito portuguez—Econo-


mia politica.
2. A LIÇÃO

Direito civil portuguez-^Direito administrativo-^Direito criminal.

FACULDADE DE MEDICINA • • i

4." LIÇÃO ' . <,

IJistologte.e physiologia geral—Pathologia geral, therapeutica gerai-^Anatomia pa-


thoIÒgiÒa. 1
2.» L I Ç Ã O .

Historia natural medica, materia medica—Pathologia medica, therapéutiò*.ái&jija ~


Medicina legal, hygiene publica.
304 1865 11 de agosto

FACULDADE DE MATHEMATICA

1.» LIÇÃO ' V : I "'Í. II -


r,f
, Mechanica racional—physica mathematica. - í •
. -".'ii I 'i i
2.» LIÇÃO ' ' •• ' • '

Geodesia—Astronomia pratica—Mechanica celeste. 'P'-

1
FACULDADE DE PHILOSOPHIA ' '

, 1." LIÇÃO

Chimica, analyse chimica—Physica experimental e dos imponderáveis.

' 2." LIÇÃO


Anatomia e physiologia comparadas, zoolagia e botanica—Mineralogia e geologia.
II Escola polytechnica: '
As lições de que consta o concurso para cada uma das cadeiras da escola são as se-
guintes:
Para as quatro primeiras cadeiras d a mathematica uma em mechanica, outra em as-
tronomia ou geodosia;
Para a geometria descriptiva, uma em geometria descriptiva, outra em geometria a
tres dimensões;
Para a cadeira de physica experimental uma em physica, outra em chimica inor-
gânica; ~
Para as duas cadeiras de chimica uma em chimica organica e analyse, ou chimica in-
orgânica outra em physica;
Para as cadeiras de mineralogia e geologia e de montanistica, docimasia e metallurgia
uma em mineralogia ou geologia e outra em montanistica, docimasia e metallurgia;
Para a cadeira de anatomia e physiologia comparada e zoologia, uma n'esta .disciplina
e outra em chimica organica;
Para a cadeira de anatomia e physiologia vegetal uma em botanica e outra em agro-
nomia ;
Para a cadeira de economia politica uma n'esta disciplina e outra em direito adminis-
trativo ou commercial;
III Escolas medico-cirurgicas de Lisboa e P o r t o :

SECÇÃO CIRURGICA
l . 1 LIÇÃO

Anatomia—Operações cirúrgicas—Obstétrica. .

2.» LIÇÃO

Pathologia e therapeutica externas—Anatomia pathologica—Medicina legal e hygiene


publica.
SECÇÃO MEDICA _ "

1." LIÇÃO

Physiologia—Historia natural medica—Anatomia pathologica. ' • •1, !''»'

8.» LIÇÃO
Pathologia e therapeutica internas.
Medicina legal e hygiene publica.
IV Curso superior de letras:
As lições de que consta o concurso para cada uma das cadeiras d'este cursò Saó à's se-
guintes: '.I. l: l<
Para a d . a e 5. a cadeiras, uma em historia patria e universal, outra em historia univer-
sal philosophica ;
Para a 2. a e 3. a cadeiras uma em litteratura grega e latina e suas origens, outra sobt-e
litteratura moderna da Europa e especialmente a litteratura portugueza;
14 de agosto 1865 305

Para a 4.* cadeira uma em philosophia e outra em historia universal philosophica.


V Academia polytechnica do Porto:

SECÇÃO DE MATHEMATICA

Uma lição em mechanica racional ou applicada, outra em astronomia ou geodésia.

SECÇÃO DE PHILOSOPHIA

Uma lição em physica ou chimica, outra em mineralogia e geologia, ou em anatomia


e physiologia comparada e zoologia e bolanica. ;

. . SECÇÃO DE COMMERCIO

Uma lição em economia politica e industrial e direito administrativo, outra em direito


commercial.
§ unico. Para as cadeiras de desenho na universidade de Coimbra, escola polytechnica
e academia polytechnica uma lição em geometria descriptiva e provas praticas, na confor-
midade do artigo 14.°
Art. 13.° Os pontos para cada lição não podem ser menos de trinta e comprehendem
as materias e questões mais importantes de cada sciencia formuladas como these, sem re-
ferencia a livros de texto.
§ 1.° Os pontos são ordenados pelos conselhos das faculdades da universidade, esco-
las e academia e estão patentes na secretaria dos ditos estabelecimentos por espaço de vinte
dias, antes de começarem as provas do concurso.
§ 2.° Nenhum ponto póde repetir-se no mesmo concurso.
I 3.° As materias que tiverem sido escolhidas pelos candidatos; ,para thema das dis-
sertações não podem ser objecto de lição no mesmo concurso.
Art. 14.° As provas praticas de que trata o artigo 11.°, n.°IV, versam sobre anatomia
humana e comparada, clinica interna e externa, physica, chimica, botanica, geometria des-
criptiva, desenho e n'outros ramos de sciencias applicadas; e são determinadas nos pro-
grammas de que trata o artigo 10.°
| d.° A sua execução tem logar perante dois membros, pelo menos, do jury, nos dias
para este fim designados, e póde continuar por tantos quantos forem necessarios.
| 2.° Os candidatos são tambem obrigados a dar por escripto conto d'estes processos
práticos. Este relatorio é feito na sala onde as provas forem dadas, perante dois membros
do jury, e por elles rubricado em todas as suas paginas nesse acto, e entregue ao presi-
dente do mesmo jury para ser tomado em consideração e fazer parte do processo do con-
curso.
| 3.° São concedidas tres horas aos candidatos para satisfazer á prova escripta de que
trata o § antecedente.
| 4.° O objecto das provas praticas é.tirado á sorte no acto mesmo de eomeçarem es-
tas, seguindo-se o disposto no § 2.° do artigo 15.° Os pontos não podem ser menos de
dez, e são patentes, na conformidade do § 3.° do artigo 13.°
Art. 15.° Em acto continuo á exposição oral de cada ponto, os candidatos são inter-
rogados por espaço de uma hora por dois membros do jury, por elle designados, sobre o
objecto da mesma lição.
§ 1.° Em cada dia lêem dois ou tres candidatos.
§ 2.° O ponto é tirado em presença de tres membros do jury na sala dos concursos
pelo candidato que a sorte decidir que seja o primeiro a fazer a leitura.
§ 3.° Se todos os candidatos lerem no mesmo dia, o ponto é o mesmo para todos; é
porém diverso para cada um se os candidatos forem tantos que não possam ler n'esse
mesmo dia.
| 4.° Quando o ponto é o mesmo para todos os candidatos, nenhum póde ouvir os
que o precedem.
Art. i6.° No dia destinado para a sustentação da dissertação os candidatos são inter-
rogados sobre a doutrina d'ella por dois ou tres membros do jury por elle nomeados.
§ d.0 Estas interrogações duram hora e meia.
| 2.° N'esta prova observa-se o que fica disposto no § 1 d o artigo 15.°
Art. 17.° Durante as provas praticas os membros do jury podem dirigir aos candida-
306 1865 , 22 de agosto

tos as interrogações que julgarem necessarias sobre a execução do processo que for obje-
cto d'essas provas.
| unico. As provas praticas são as mesmas para todos os candidatos, e feitas nos mes-
mos dias.
Art. 18.° Todo o candidato que faltar a tirar ponto, ou a alguma das provas no dia e
hora marcada, sem ter prevenido o presidente do jury, perde o direito ao concurso a que
tiver sido admittido.
Art. 19.° Se o candidato, antes de tirar ponto ou de principiar alguma das provas do
concurso, prevenir o presidente do jury do motivo justificado que o inhibe de. cojmparecer,
o mesmo presidente convoca logo o jury, que verificado que o impedimento .é.iegitirpp,
póde espaçar até quinze dias o concurso do candidato impedido, continuando sem inter-
rupção as provas dos outros concorrentes.
§ unico. O candidato que, por justificado motivo, faltar á lição para que houver tirado
ponto, ó obrigado, quando seja admittido a nova lição, a tirar outro ponto.
'Art. Se por alguma causa extraordinaria os actos do concurso forem interrompi-,
dos, as provas já dadas não se repetem. .
Art. 2 l . ° Concluídas as provas de todos os candidatos, na conformidade d'este regu-
lamento, procede o jury em acto continuo na sala das sessões do conselho academico e es-
colar, ao julgamento dos concorrentes. , . / . " '
§ unico. A esta sessão assistem todos os membros do j u r y ; mas somente votam os
lentes da faculdade, escolas e academia, onde se verificou o concurso e os supplentes que
funccionaram em logar dos effectivos. .
Art. 22.° Havendo um só candidato, procede-se à votação sobre o moritp litterario
para a admissão ao magisterio" por espheras brancas e pretas em duas urnas, n uma das
quaes se lançam as espheras que exprimem o juizo da votação e n'outra as que ficam iri-
uti|isadas.
| unico. O candidato que n'esta votação não obtiver a maioria absoluta de espheras
brancas fica excluído d'este concurso. . ., '.
Art. 23.° Havendo mais de um candidato procede-se a segunda votação, pára estabe-
lecer a preferencia de um concorrente sobre todos os outros.
Art. 24.° Para se verificar a preferencia entre os diversos candidatos vota-se em es-
crutínio secreto sobre todos, em tantas urnas quantos são os candidatos, tendo cada uma
o nome de um d'elles.
| 1.° Para este fim antes de se proceder ao escrutínio são distribuídas a cada um dos
membros do jury tantas espheras quantos candidatos, sendo uma só branca para cxprii.nir
a preferencia e pretas todas as mais. O mesmo se observa nos escrutínios de que traiam
os l i 3.° é 4.° d'este artigo.
1 2 . ° O candidato que obtém a maioria absoluta de espheras brancas é classificado em
primeiro logar.
| 8.° Se nenhum candidato obtém no primeiro escrutínio .maioria absoluta de votos,
procede-se em acto continuo a segundo escrutínio, do qual se exclue o candidato menos vo-
tado no primeiro.
1 4.° Se ainda n'este caso nenhum concorrente tiver maioria absoluta, prOcede-sé suc-
cessivamente a tantos escrutínios quantos sejam necessarios, excluindo sempre de Cada
um o menos votado dos candidatos até que a ultima votação se verifique entre dois con-
correntes unicamente.
§ 5.° Se houver empate entre mais de dois candidatos o jury procede áo exame com-
parativo dos documentos de todos elles; e vota sobre cada um por espheras em urnas se-
paradas. O éscrutinio abre-se só depois de feita a votação sobre todos os candidatos,. Fica
excluído o que obtiver menor numero de espheras brancas.
| 6.° Se ainda n'esta votação se der empate, prefere para entrar nos escrutínios, de
que tratam Òs §§ 3.° e 4.°, o candidato que for mais velho.
Art. 25.° Quando na mesma faculdade, escola e academia houver mais de um logar
para prover, e forem mais de um os concorrentes repetem-se as votações, de que trata o
artigo 24." tantas vezes quantas o numero d'esses logares,, começando sempre pelos de
maior categoria.
Art. 26.° Em todas estas votações servem de escrutinadores os dois membros mais an-
tigos do jury.
§ 1.° No livro dos concursos, o secretario consigna o resultado dos diversos escrutínios,
declarando Os votos que obteve cada candidato.
14 de agosto 1865 307

i 2.° No mesmo livro se lançam na sua integra as deliberações do jury e se faz men-
ção dos protestos e reclamações dos vogaes do jury e dos candidatos sobre a validade dos
actos do concurso.
Art. 27." Concluídas as funcções do jury, o presidente faz um relatorio circumstan-
ciado sobre lodo o processo do concurso c merito mora! e litterario dos candidatos,- tendo
em vista as suas habilitações moraes e scientificas e as provas dadas perante o mesmo ju-
ry, e acompanha esta informação official com as copias aulhenticas dos programmas do con-
curso e das actas dè todas as sessões e conferencias do jury, com exemplares em duplicado
das dissertações impressas e mais provas escriptas dos candidatos e com todos os docu-
mentos com que elles tiverem instruído os seus requerimentos. ''
I unico. O processo assim preparado é remettido pelo presidente do jury ao ministe-
rio do reino, pela direcção geral de instrucção publica.
Art. 28.° O governo, ouvido o conselho geral de instrucção publica, approva O processo
do Concurso; ou, sob proposta do mesmo conselho, manda abrir novo concurso sempre
que se verificar que as formulas legaes não foram observadas, ou que o resultado do jul-
gamento do jury está em manifesto desaccordo com as provas escriptas e com os docu-
memtos e habilitações dos candidatos.
| unico. Quando houver mais de unia vncatura n uma faculdade, escola e academia, e
para todas se tiver aberto o mesmo concurso, a renovação d'este acto póde verificar-se
sómente com relação aos ultimos logares, se parecer que a" votação fôra em tudo justa e
regular quanto aos primeiros.
Art. 29.° A primeira nomeação de cada candidato não lhe dá direito de accesso senão
nos lermos do artigo 4.° §§ 1.° e 3." da lei de 19 de agosto de 1853 e artigo 1.° § unico
da lei de 12 de junho de 1855.
§ 1.° Durante o praso de dois annos, estabelecido pelo § 3.° da lei dè 19 do agosto de
1853, os substitutos e demonstradores, que não tiverem serviço de regencia de cadeira
correspondente a um anno lectivo por vacatura ou impedimento dos proprietarios das ca-
deiras a que estiverem adstricíos, são obrigados a ler um curso ordinario ou extraordina-
rio cómó prova de habilitação.
i 2.° Este serviço é regulado pelos conselhos academicos e escolares e póde ser des-
empenhado n'um anno só ou no decurso do tirocínio estabelecido no § antecedente:
| 3.° D'estes cursos ordinarios ou extraordinarios são os substitutos e demonstrado-
res obrigados a apresentar dentro de cada anno lectivo ao conselho da faculdade, escola e
academia um relatorio em que mencionem as materias professadas a ordem e methodo
seguido.
. Art; 30.° Os candidatos ao magisterio podem dar de suspeitos os vogaes dosjurys dos
concursos e dos conselhos academicos e escolares, quando haja fundamento legal. .
§ unico. Um regulamento especial fixa os casos em que as suspeições podem ter lo-
gar e o processo que se ha de seguir.
Art. 31.° Continua em observancia na escola polytechnica o disposto no artigo 82.°
do decreto de I I de janeiro de 1837, em conformidade com os § | 1.° 2.° e 3.° do ar-
tigo 29.° d'este regulamento. .,
Art. 32.° Ficam revogadas todas as disposições dos anteriores regulamentos, sobre
concursos, que não fazem parte do presente decreto.
Secretaria d'estado dos negocios do reino, em 22 de agosto de 1865. =Julio Gomes,,
da Silva Sanches. D. dc L; n.° Í92, de 38,de agosto.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 57
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 30 de agosto de 1865

Publica-se ao exercito o seguinte:


Attendendo á conveniencia instante de submetter a preceitos regulamentares, : de a c -
cordo com os dictames dos conhecimentos actuaes e as necessidades reconhecidas pela'
pratica, o serviço medico-veterinarío do exercito, de modo que este serviço comece a dar
melhores garantias de efficacia e corresponda aos seus fins de salubridade e economia:
hei por bem approvar o Regulamento do serviço medico-veterinario militar, que Com este
308 1865 22 (le agosto

baixa assignado pelo presidente do conselho de ministros e ministro e secretario d'eslado


dos negocios da guerra.
O mesmo presidente do conselho de ministros e ministro e secretario d'estado dos ne-
gocios da guerra o tenha assim entendido e faça executar. Paço, em 22 de agosto de 1865.
REI.—Marquez de Sá da Bandeira.

Regulamento do serviço medico-veterinario militar


Artigo 1.° O serviço dos facultativos veterinarios consta de tres ordens de funcções:
l.a hippologicas, 2. a hippiatricas, 3. a siderotechnicas.
i 1.° As funcções hippologicas comprehendem todo o serviço relativo ás remontas, ao
alistamento e á hygiene dos cavallos e muares do exercito.
§ 2.° As funcções hippiatricas abrangem todo o serviço relativo aos mesmos animaes
em estado de doença.
§ 3.° As funcções siderotechnicas comprehendem quanto é relativo á instrucção e ao
exercicio da arte de ferrar e forjar.
HIPPOLOGIA
Da remonta dos cavallos e muares para os corpos de cavallaria
e artilheria do exercito

Art. 2.° Os facultativos veterinarios são membros natos das commissões de remonta.
N'esta conformidade cumpre-lhes examinar com a maior minuciosidade os animaes apre-
sentados ás mesmas commissões e declarar se elles têem as condições necessarias para o
serviço a que são destinados, dando o seu voto sobre o valor dos que houverem de ser
comprados.
Art. 3.° Cada veterinario arregimentado terá sob sua responsabilidade um livro, es-
cripturado na conformidade do modelo n.° 1, no qual lançará a historia dos animaes com-
prados e alistados nos corpos e as mais indicações no mesmo modelo estabelecidas.
§ unico. O commandante respectivo proporcionará todos os precisos meios para levar
a effeito esta disposição.
Hygiene hippica

Art. 4.° Os veterinarios militares terão como dever principal do seu cargo indicar as
regras da hygiene hippica, promover a sua immediata execução e fiscalisa-la, observando
as regras seguintes:
1 . a Prescrever o regimen alimentar que for mais conveniente aos animaes, segundo as
exigencias da sua idade e organisação e dos serviços em que forem empregados; tendo em
consideração as quadras do anno e mais circumstancias que devam influir na alteração do
dito regimen.
2. a Promover o alojamento dos animaes em cavallariças salubres e apropriadas ao nu-
mero e corpulência d'elles.
3. a Diligenciar que sejam tratados e ensinados com docilidade, convenientemente lim-
pos e que não usem de arreios que lhes entorpeçam os movimentos ou os possam ferir.
4. a Propor ao commandante o horário das rações de grão e datas de agua em harmo-
nia com as necessidades do serviço e os preceitos da hygiene.

Inspecções de forragens

Art. 5.° Os veterinarios militares são obrigados a inspeccionar com muita attenção
todos os alimentos destinados a arraçoamenlo dos animaes dos respectivos corpos, e n'esta
conformidade cumpre-lhes:
1.° Indicar a qualidade das forragens que devem ser arrematadas, prescrevendo a
este respeito as condições dos contratos e vigiando se essas condições se cumprem no acto
em que os fornecedores entregam os generos arrematados.
2.° Revistar os armazens onde as forragens são guardadas, investigando se esses de-
positos satisfazem ás condições da sua conservação e propondo o modo de se remover qual-
quer inconveniente.
11 de agosto 1865 309

3.° Verificar quando assim o entenderem e no acto em que se distribuem as forra-


gens aos animaes, se ellas são dadas convenientemente.

Regimen de verde

Art. 6.° Na epocha própria os veterinarios prescreverão o regimen de verde aos ani-
maes que estiverem nas circumstancias de serem a elle submettidos, conformãndo-se com
as seguintes regras:
1 1 . ° Quando o verde for dado nos quarteis permanentes, os veterinarios observarão
as disposições relativas ás inspecções de forragens, designadas no artigo
§ 2.° Se os animaes forem comer o verde nas cavallariças dos fornecedores ou n'outra
qualquer localidade fóra do quartel permanente, os veterinarios irão préviamente inspec-
cionar os alojamentos e forragens destinados aos animaes, dando parte por escripto aos.
respectivos commandantes do resultado dos exames a que procederam e que servirão dè
base á decisão que se tomar. ; . , . ...
Art. 7.° Logoque começar o regimen de verde, os veterinarios farão inspecções amiu-
dadas aos animaes, para verificar o estado d'elles e prescrever as alterações que as cir-
cumstancias demandarem.
Art. 8.° Terminado que seja o regimen de verde os veterinarios dirigirão árepartição
de saude do exercito relatorios circumstanciados sobre os effeitos geraes do regimen, for-
ragens que n'elle se incluíram, condições geologicas e climatológicas da localidade, assim
como os resultados do dito regimen nas differentes raças e idades dos animaes.

SERVIÇO DE VISITA QUOTIDIANA.


Inspecções sanitarias

, . Art. 9.° Á hora determinada pelas conveniências do serviço haverá todos os dias exame
dos animaes que tiverem adoecido, para terem baixa á enfermaria ou serem considerados
convalescentes, conforme as circumstancias.
Art. 10.° Em continuação á parada semanal de cavallos ou muares, passada pelo res-
pectivo commandante, os facultativos veterinarios inspeccionarão todos os cavallos ou mua-
res presentes na parada.
1 1 . ° Para os effeitos de que trata este artigo os veterinarios examinarão attentamente
cada um dos animaes, e por essa occasião serão apontados os que estiverem incapazes do
serviço activo, e cujas circumstancias não podérem ter sido apreciada? em algumas das
visitas ordinarias.
§ 2.° Os animaes poderão ser julgados incapazes do serviço activo por dois motivos:
í.° Por estarem magros e enfraquecidos, e n'este caso serão retirados do serviço activo
até se restabelecerem;
2.° Por achaques, defeitos e velhice, e então serão apontados para serem, vendidos.
| 3.° N'esla mesma occasião poderão ser apreciadas as condições de doença que de-
mande a baixa dos animaes á enfermaria para tratamento.
§ 4.° Do resultado das inspecções semanaes os veterinarios lançarão as cqmpètentes
notas n'um caderno especial, para informarem no relatorio mensal a repartição de saude
do exercito. . '
Policia sanitaria

Art. 11.° Os facultativos veterinarios militares são os fiscaes technicos da saude hip-
pica dos respectivos regimentos, cumprindo-lhes portanto empregar todos os meios ao seu
alcance para que as molestias se não aggravem nos animaes que as soffrerem, ou. se não
communiquem por falta de observancia dos preceitos estabelecidos com esse intuito pela
sciencia. . , ^ ..
Art. 12.° Para os fins de que trata o artigo antecedente, e com base para a observan-
cia da prophylaxia, os veterinarios militares capitularão as doenças dos animaes em: cw-
raveis, contagiosas e inficiosas. . , ,\ '
..:§ l.° Ácerca das molestias curáveis tomarão as devidas cautelas para que se não ag-
gravem ou recrudesçam, diligenciando collocar os animaes em enfermarias que tenham, to-
das as condições para o bom êxito do tratamento e que alem d'isso disponham dè um com-
partimento proprio para os tratadores.
73
310 1865 11 de agosto

§ 2.°' Qfuátído as molestias se manifestarem com álgum caracter de contagiosas ou in-


ficiosas, mandarão promptamente isolar os doentes e tomarão todas as precauções parà
que não as communiquem aos outros animaes ou aos tratadores, se ellas forem transmis-
síveis ao homem.
§ 3.° N'esse caso o veterinario exigirá do commandante de companhia ou,bateria todo
ò/^fétó,',Q'ájlbiíes,.cabcíçadãs.e çobertoíeô que houí'èrem servido no animal, guardando-os
ri^mà atíèfcátfáÇãò especial ate qué sejam desinfectados ou inutilisados, confòiírie as pre1-*
visões do | 4.° do artigo 13.° , •, ' "
:
Âs^enferniarias ondç forem tratados os animaes acommettidós de riiòiestras re-
putadas infi.ciosas serão desinfectadas e beneficiadas todas as vezes que os mesilios animdés
tívèrerri tíado àltá coin um destino qualquer.
Àí.t. lâi.® 'Lògoque algum animal seja definitivamente havido como atacado de moles-
tia Ínficiôkã, transmissível ao homèm, os veterinarios, observadas rigorosamente as dispo-
sições dós J f é 3.° do artigo antecedente, proporão aò commandante do córpo a' morte
do animal.
. I l . ô ''Em vista da proposta do veterinario, o commandante mandará immiediatairiéote.
reunir urfíà junta, composta do commandante dá companhia òu bateria a qae o animal per-
tencer, de um dos cirurgiões do corpo e do veterinario, e com voto aflirmativo da maioria
da jurtta òrdenará a morte dó animal. " . ' .
; | ^." rO. íètérinârio lavrará um auto, em que se declare o dia, â hora e O local émqueí'
ò ániíharfói'morto, á resenha, o valor e o tempo de serviço, assim, comò a natureza, cau-
sas e duração dá moléstia.
§ 3.° Este auto, assignado pelos vogaes da junta, será archivado no respectivo regi-
mento, enviando-se copia pelas vias competentes á repartição de saude do exercito.
| 4.° A mesma commissão de que trata o f 1.° procederá á inspecção e inutilisação
dos objectos que houverem servido no animal mandado matar, tendo presente a relação
de todos, esses artigos.
'§ ftão se consentirá que sejam esfolados os cadaveres dos animaes'que houvèrem
succuhitadò ás molestias inficiosas, e tomar-se-hão promptas providencias pára que se pro-
ceda desde logo á incineração ou ao enterramento em còvas profundas, feitas em logares
distáritès ddâ qítèrtéís e das povoações. " ' '
" ' HIPPIATRÍA : ,""."
Serviço clinico veterinario

Art'.' ii! 6 , O péssòál dd serviço clínico veterinario cotnpõe-se dos veterinarios, dos fer^
radores, e aprendizes do mesmo officio. ' '
"Aríi ÍÈ da exclusiva competencia dós veterinarios dirigir o tratamento dos ani-
máés1 dóelhtés, na cónfdrmidáde das disposições «Teste regulamento.
| 1.°- Os ferradores e aprendizes são subordinados aos veterinarios pâí"a Os auxiliar no
serviçò clinifeo como enfermeiros sendo por esse facto isentos de qiialquer outro quelhes
posàa còihpètir.
J 2.° Os soldados a quem pertencerem os animaes que passarem ás enfermarias ficãhi
sob as ordens dos veterinarios, para coadjuvarem os enfermeiros no tratamento.
"Art. 16.° A entrada dos animaes nas enfermarias será feita mediante uma bãjxá, con-
forme o modelo n.° 2, e do mesmo modo para a saída haverá a alta, conforme o rííodélo
n.° 3.
Art. 17.° Existirá nas enfermarias um livro de entradas e saídas dos animaes doentes,
no qual sé lançarãò, ha conformidade do modelo n.° 4, ás competentes notas. '
Art. 18.° Cada animal qué estiver em tratamento ria enfermaria terá uma papeleta
confòfmtí otnôdéío n.° 5 , e m qué1 Sé fará a historiá da dóénçá é se éscrefetá á presWí-'
pçáo 'dós Medicamentos é das dietas, assim Cóínò à autópsia quando o ariirtíáí tivèí* stfc-
cumbido a doença não inficiosa.
| ufiíco; Estas papeletas serão enviadas no fita de cada trimestre á repàrt-ição de ááude
do exercito.
Art. 19.° Os vetérinarios visitarão diariamente os animaes doentes naà énférmariãs,
ou mais vêzes se fôr prècrso, e fiscálisarao o cumpriméhtó das suas preScripçííes, tánto
na applicação dos medicamentos e das dietas, como na observancia de todas às disposições
relativas à hygiene e policia sanitaria.
Art. 20.° Sómente por excepção e sob a responsabilidade do veterinário, poderão ser
22 de agôsto 1865

tratados animaes doentes nas respectivas companhias, quando as molestias forem de pe-
quena importancia.
Art. 2 1 O s veterinarios enviarão no fim de cada mez á repartição de saude do exer-
cito, poij intervenção dos cirurgiões de divisão ou de brigada da respectiva divisão miljtar,
um tiiappa nosologico (modelo n.° 6), acòmpárrhando-o de uma parttôi^àçao s$brè'ó es-
tado i&riitário dos animafes, eòm referencia ás inspecções a que, èni^-ittuflétfódíàoòâ^ó'
no artigo 10..^ tiverem procedido, ê óridè tambem poderão ser acresdebtatías';fíUàésfíiier
obáerva^oes concernentes á marcha Ou tnelhoramento do Sèrvíçoj ás! éVárttuplÍaãdfes^que
houvèrem óccorrido, efe. ' : : :
• -
Art. 22.° Em caso de epizootia ou deenzootia os veterinarios padèlf^^éj^iifàftàjttfifâr
COftfóíitos veterinários militaí-eá,oú com ós civis da localidade quando hSò litíiviEi^d-àiitiel-
lés ;.'.séhçlo o hOhorárió d'estes satisfeito pelo cofre do conselho administrativo Còhfèítne á'
tabefla estabelecida para os intendentes dá pecuaria, pelo regulamento dè 12 ! dtí,tóárçõ
de 1862. !? • í[i;r< í j ' ,
Prèscripções
Ãft: 2'3.0' Os veterinários farão as prescripções dos medicamentos!píelb foriíi\ilaHb ge-
râl' qúte lhes ha de ser distribuido pela repartição de saude do exercito, pqdèód;ó'fc,óntyiidd
prescrever em casos excepcionaes, alguma nova formula, que mencionâtííò pbr! éixtérrèd
na i*èápecliva'papeleta. ' ; ;; : ;
Art. fíaverá umlivro (modèló n.° 7), no qual os veterinarios règístárSò às'fttf-
mulas que prescreverem, com designação dás quantidades. Este livro sérá feriado à^ph&r-*
macia que fornecer os medicamentbs, tocando ao pharmaceutico enchei*' ás^as^á íels'^-' -
ctivas aos preços. , '•' : ' !<•
r :
^ § T.° Estes fdrnédimenfos serão feitos mediante arrematação publica,' 'com as bèndi-
çÕe.i qub se julgarem mais VahfàjbSas e sempre precedendo licitação, qúànddissb sgjâ p ô ^
Siyel. A arrematação dependerá immediatamente dsi approvação dd coifeelhtíadtóitíisÇratÍi
: ; r ;í!
Vo,'ohyÍ'do ô párdcer tíófèterinário.' '' ' " ;r:'
No'fim dè cadâ mez, a'conta dò pharmaceutico será satisfeita ^'Wstâ^dò Hi^JídÔ
receituário, precedendo' a devida cohfèrenciá : para se conhecer a sua ! é x â C t í d â ó . ! •
I 3,° Quando na localidade onde se acharem os regimentos de artilhèriá ôfrti^ijítôáli
laria : tíbuvér pharmacia militar, a esta sérá entregue o fOrhèCimênto è' á Stía' irtf)bftânc\a
entrará no cofre dos fundos da repartição de saude do exercito, no fim de cada mez; pélo
preço por que tiverem sido adquiridos os medicamentos.
Art. 25.° Os veterinarios, sem faltarem ás indicações da sciencia, economisarão quanto
for possivel as despezas do receituário. Com este (im ficam auctorisados a mandar fazer
directamente a acquisição dos meios simples, de cuja despeza formarão conta mensal para
ser satisfeita pelo conselho administrativo, depois de devidamente verificada.

Enfermarias e material do serviço

Art. 26.° O necessário para o serviço clinico comprehende as enfermarias, as Offici-


nas, os utensílios e uma ambulancia veterinaria, que acompanhará o regimento nas suas
marchas.
Art. 27.° Em cada regimento de cavallaria e de artilheria haverá pelo menos tres en-
fermarias, a saber:
l . a Enfermaria geral, onde serão tratadas as molestias não contagiosas ou inficiosas;
2- a Uma enfermaria para molestias contagiosas;
3. a Uma enfermaria para molestias inficiosas.
§ unico. Cada uma das enfermarias estará munida dos utensílios proprios para lim-
peza d'ellas, para agasalho e aceio dos animaes, e para se ministrarem os medicamentos.
Estes utensílios não poderão passar de umas para outras enfermarias e terão,, para se não
confundirem, uma marca especial.
Art. 28.° A ambulancia veterinaria de cada corpo compõe-se de uma caixa de botica,
de uma caixa de instrumentos cirúrgicos e accessorios e de um malote de lona embreado
contendo apparelhos de sujeição, ferraduras e outros objectos auxiliares do tratamento
dos animaes, conforme a tabella n.° 1.
312 1865 11 de agosto

: SIDEROTECHNIA
Do serviço siderotechnico

Art. 29.° Compele aos veterinários militares dirigir e inspeccionar o serviço de forjar
e ferrar. Para esse fim haverá em cada um dos regimentos de artilheria montada e de ca-
vallaria uma officina com todos os utensílios e ferramentas correspondentes.
Art. 30.° Os veterinarios terão o encargo da instrucção e escolha dos ferradores e
aprendizes de ferrador, para que elles satisfaçam ao seu serviço proprio de modo a pres-
tarem todas as garantias.
§ unico. Emquanto por novas providencias se não regular este serviço, os veterinarios
darão parte na occasião da remessa de alguns dos mappas nosologicos do que houverem
posto em pratica para o adiantamento dos ferradores e aprendizes, e do proveito que tive-
rem colhido dos seus esforços.
Disposições geraes

Art. 3 1 P a r a dar cumprimento ás diversas disposições d'este regulamento, os vete-


rinarios militares, na parte que não dependa d'elles, dirigirão aos commandantes propos-
tas fundamentadas.
i unico. Estas propostas serão decididas pelos commandantes no que for da sua alça-
da, ou serão base para solicitação de providencias pelas vias competentes. N'um e n e u -
tro caso as mesmas propostas serão copiadas n'um livro numerado e rubricado pelo major
do corpo e depois remettidas com direcção ao ministerio da guerra, afim de poderem ser
apreciadas è m ultima instancia.
Art. 32.° Os veterinarios são obrigados a inspeccionar gratuitamente os cavallos pra-
ças dos officiaes de quaesquer armas, que lhes forem apresentados no quartel á hora da
visita diaria, prescrevendo-lhes tambem tratamento.
Art. 33.° No fim de cada anno, os veterinarios militares arregimentados enviarão á
repartição de saude do exercito um mappa (modelo n.° 8) com os dados relativos ás indi-
cáções constantes do mesmo mappa, afim de servirem de base á estatistica que na mesma
repartição será organisada.
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, em 22 de agosto de 1 8 6 5 . = S á da Ban-
deira^ ., .

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.G-jiJod obmçv.mv sb 'W-aoqtrif),-. oq w:» bJ»»o- ab t;iMj.oh!.Htv );i'iu«;;:rií'ii; '' ".AÍ. ni.
obfiS'Kííiiv f ; / ! 0 i s l í ' i J o h i i f l í í í i J *.ib •.! n o h m v s í i c ' j a<> i y t n r.olíioinmkf.i''.!. t.roii -i:
oHvmwlb-ú ob wirMúm <soJ.'j9[d» 3u'!?not« ;;fi'iijf)C-r!:<1 .ofejiaiifí: eis ^udlèi'iwr • tuo.
- '• . - / . -I- ".a fiHodst s-oíiriôlín.ví
22 de agosto 1865
MODELO N.° 1
Regimento de

• Registo do cavallo n.°

REMONTA BAIXA '


Idade ;
Altura ENCEBBAMENTO ' K-H

Resenhas.. Côr
(<»)
Outros signaes Tempo que teve de praça dias
Raça Fez serviço dias
Ferro - Deixou de fazer serviço: - -.-—
ALISTAMENTO Antes do ensino dias. .. ...
Por doença dias .'' ' "
Em de de 18 LIQUIDAÇÍO
Vencimento diario a •
Despeza do curativo alem do vencimento !
Remontas Deixou de amortisar í.^j^yji..'>
Pagou pelo serviço dias a . . . i . * J ( 6 ) :

Preço da compra Réis (а) Morreu de , ou foi vendido por in-


capaz ou por ordem do governo, ou passou ao re-
P RIOCEDENCIA
OCEDENCIA gimento n.°
(б) Suppõe-se: 1.°, que o cavallo amortrsa - em
das de
Foi creado nas manadas oito annos o capital empregado n^.compra, isto é,
com pastos V.8 por anno; 2.°, que pagá comserviço o seu ven-
Recolhido a cimento quando está incorporado na fileira-

Qualidades Estado Molestias.

Despeia'
índole Consti- Confor- Préstimo Valor Desenvolvi-
mento
Deterioração Accidentes Moles- Cansas Duração extraordinária
tias
tuição mação que féi-

78
m 1865 %% áp agosto

MODELO N.° 2

Regimento Ççwpanftia (ou bateria)


A enfermaria regimental veterinaria receberá çonnj^anhja j u e tem
^T%5l^as'Mguíníê3 (2J:*' " :
Yae abonado companhia até ; / 'i/.í.i^iii
Quartel de de 18:
j
O major,

(a) Deve declarar-sè no fim da feserih^ á raeaj do animal, a sua prOcêdencia e o seu temperamento.

Artigos que vão pára a enfermaria para servirem no animal, pertencentes á companhia:
Cobertores • ;
Cilha . H ' :•••• : !
'- Cabeçadas
•'. PwsjEtesde *
• Gerrefttes de ferro
• s RstUXOS* i.í- :-i<;
!
••>•- li- • MODELO N.° 3

'., ^ l ^ è g i m e n t í » ; ' Coinpanhia n.°


:
Alta a ' " n.° que tem a resenhas seguintes:
Entrou a'está enfermaria em de de 18 , e vae abonado até

O facultativo veterinario,

Artigos que recolhem á companhia com o


Cobertores
Cilha
Cabeçadas
Prisões de
Estiixes , O facultativo veterinario, ;

MODELO N.° 4 ! , ; :

LivrQ de r e g i s t o de entradas q saídas dós cavallojs ou m u a r e s nas pnfernjaria^

Entrada
"T- Resenhas
dos animaes Molestia
Dia Jjlez Anno Companhia NumeriJ Como saiu Diaj 'Anno
de agosto 1865 315

MOPELO N ^ . 5
Enfermaria veterinaria do regimento de papeleta n.°
,r
.. - — "" "Resenha do animal
! ;
. . Molestia; | .- r -—
I 0 facultativo veterinarios .ill

Anno, mez e dia '


Historia pregressa da molestia
Remedios
i; 'Di< tas
, e symptomas diarios
i
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MODELQ Q,

Enfermaria veterinaria do reaimento


oifrorfinffrrj-íT o)) • cr " .--• •'•-(•.; '..••;: i aaqoirra
Mappa nosologico, referido ao mez de de 18

Saíram

• Moine
daamolastias
a a
a •£
5
316 1865 de agosto

MODELO N.° 7

Livro do receituário

Data
Nnmero ou formulas
e quantidades Preço " Importancia total
Dia Mez. i Aiíno

i11

\
-

MODELO N.° 8

REGIMENTO DE CAVALLARIA N.°

Synopse estatistica com referencia ao artigo 33.° dó regulamento


do serviço medico veterinario

Cavallos Valor
Procedencia Incapazes disponí- Numero de entradas dos cavallos
dos cavallos veis para nas ènfermarias Mortos disponíveis
durante o anno serviço o serviço com molestias para o serviço

Observações
sobre molestias
predominantes
e serviço
cm que foram
empregados
os cavallos
22 de agosto 1865 317

TABELLA N.° 1

Material de uma ambulancia

Designação dos objectos Quantidades' '

Acetato de chumbo > • • 1 kilogramma


Acido azotico • • • 250 grammas
Acido sulfurico concentrado 250
Álcool camphorado — 1 kilogramma
Alúmen calcinado 60 grammas
Alúmen crystallisado 1 kilogramma "
Ammonia • • 125 grammas
Aniz estreitado 125 »
Camphora em pó 60
Chlorureto de cal 500
Creosota pura 250
Elixir calmante de Lebas 500
Emplastro adhesivo em rolo 250 »
Essência de terebinthina 500
Ether sulfurico 500 »

I
250 »
500
125
Caixa de botica... < 30
Flor de macella 500
Gutta-percha em massa. 250
Iíermes mineral 30
.Nitrato de prata fundido 2 kilogrammas
Nitrato de potassa 60 grammas
Perchlorureto de ferro 2 kilogrammas
Sublimado corrosivo 60 grammas
Sulfato de soda 60
Sulfato de cobre 500 »
Sulfato de ferro (proto) 500 »
Tartaro emetico 500 »
Tuthia preparada 500
Tintura de atoes composta
Tintura de cantharidas 500 »
Tintura vulneraria (formula de Bouchardat) 500
Unguento de althea Uma
Unguento de cantharidas (untura forte) do formulário de Bou- Dois
chardat Uma
Vinho aromatico Um

I
Colhér de tutenagre Uma
Duas
Duas
Tres
Copos graduados até 4 onças 30 grammas
Balança e pesos desde 1 até 60 grammas Dois
Gral de vidro com mão Um
(Agulhas grandes de passar sedenhos Duas
Agulhas pequenas Duas
Agulhas de sutura 64 grammas
Alegras Um
Alfinetes para sangria Tres
Bisturis rectos Uma
Bisturis curvos sobre o dorso Duas
Borrachinhas
'\Estopa de injecção
em rama. 2 kilogrammas
Canulas
Facas dedeferrar
estanhoá ingleza Seis
Cera para encerar
Facas de autopsias linhas Uma
Elevador
Ferros para mechanico
cauterisação actual. Quatro
Escalpelos
Flames de tres de dissecção
paus Úm
lEspatuias de ferro(dc folha).
Funis de garrafa Dois
„ . de
Caixa , cirurgia..
. • /Esponjas
s f n J fim
KFunis de
grandes
ram30a 8para
grammas cada uma
clysteres. Um
Grosas de grosar cascos Uma
Lancetas. Seis
Limas de limar ferro. Unia
Linhas para suturas. 30 grammas
Ourelos. 20 metros
I Palmatória Uma . ,
lPinças de dissecção. Tres
79
M 1865 , 23 de agosto

Designação dos objectos Quantidades

- P o r t a - t a i r s t t c o S . . . . . . . . . . . . . . V . . . .7 ....".'.". i . . . . . . . .777! Dois


iSaca-balas Um
Caixa de. cirurgia. iSpeculum-oris Um
. Vélas de stearina .7 7.
'Apparelho de peias com a sua corrente de ferro, moderno, para ~Quatro
sujeitar os animaes '. *
Cravos inglezes.. , Um
Cravos portuguezes 1 ;,..... Duzentos
Parcas de ferrar á ingleza..: , Cem
Ferraduras de despalme Quatro
'\Franqueletes de couro Seis
Joelheiras de couro enchumaçadas Seis
Peias de lã ....... Seis
Prisões de linho • ,.... Quatro
Prisões de couro Seis
4Talas de sabugo para castrações
Quatro
Seis pares

Secretaria (Testado dos negocios da guerra, em 22 de agosto de 1 8 G 5 . = S á cla Ban-


deira. , D. de L. n.° 204, de H de setembro.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO I V 2 8 7

O conselho geral das alfandegas:


Visto o processo de contestação que teve logar na alfandega de Ponta Delgada, por oc-
casião do despacho de uns capachos pertencentes aos negociantes Julio Maneio de Faria' &
Filho;
yisto D auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o processo; ,
Vista a resolução n.° 45 d'este conselho;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1800;
Considerando que estes capachos sãò de cairo, porém feitos n ; um tecido de canhamo;
Considerando que as mercadorias compostas de differentes materias primeiras, estão
sujeitas ao direito de maior valor das correspondentes ás materias de- que são compostas,
como prescreve o artigo 26.° dos preliminares da pauta;
Resolve;
Artigo unico. Os capachos de que trata este processo estão comprehendidos no ar-
tigo $0.° da pauta, sujeitos ao direito de 250 réis por kilogramma, cómo já foi resolvido
pela citada resolução.
Esta resolução foi adoptada em sessão do conselho geral das alfandegas, de 23 de
agosto de 1'865, estando presentes os vogaes=Conde d'Avila, presidente—Abreu, re-
hlor =^Sinias== Bodrigues=Santos Monteiro=Costa==^ Couceiro.
D. de L. n.° 190. de 25 de agosto.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E UIIVAS
REPARTIÇÃO DE AGÍÚCULTURA i;

Sua Magestade El-Rei ha por bem determinai* que emquanto; se não* ordena o contra-
rio, se dè Execução ao regulamento provisorio das disposições do artigo 47.° do decreto
com forçja de lei de 29 de dezembro de 1864, concernentes á concessão do subsidio aos
alumnos que frequentarem os cursos de veterinaria o de agronomia no instituto geral de
agricultura.
14 de agosto 1865 319

O que se communica ao director geral do commercio e industria, para sua intelligen-


cia e mais effeitos
Paço da Ajuda, em 24 de agosto de 4865.—Carlos Bento da Silva.

Regulamento provisorio das disposições do decreto com força de lei de 29 dc


dezembro de 1864
Artigo 'I.° O governo prestacionará com o subsidio mensal de 12$000 réis dez alu-
mnos para frequentarem seis o Curso de veterinaria e quatro o de agronomia, no instituto
geral de agricultura (artigo 47.° do decreto com força de lei de 29 de dezembro de 1864).
Art. 2.° O subsidio de que trata o artigo antecedente será concedido por meio de con-
curso documental, ao qual sómente poderão ser admittidos os requerentes que possuirem
as seguintes habilitações litterarias comprovadas por titulo authenlico, passado por qual-
quer lyceu do reino; a saber: exame e approvação de instrucção primaria, de grammatica
latina, de lingua franceza, de mathematicas elementares e de introducção á historia na-
tural.
§ unico. Os concorrentes deverão juntar os titulos que possuirem de outras quaesquer
habilitações litterarias, alem das que ficam declaradas.
Art. 3.° Os requerentes para serem admittidos a concurso deverão tambem mostrar
por certidão authentica, que não têem menos de quinze annos de idade completos, que
são robustos e sadios e que não padecem molestia contagiosa.
Ari. 4.° O concurso estará aberto desde 1 até ao ultimo dia inclusivè do mez de se-
tembro de cada anno, mas se o ultimo for feriado terminará o concurso no penúltimo dia.
Art. 5.° Os requerimentos instruidos com os documentos mencionados nos artigos 2.°
e 3.° serão entregues na direcção geral do commercio e industria, repartição de agri-
cultura.
§ unico. Os requerimentos poderão tambem ser entregues nos governoscivis dos dis^
trictos, até ao dia 20 de setembro, para serem por aquellas repartições enviados imme-
diatamente á direcção geral do commercio e industria.
Art. 6.° Os requerimentos devidamente relacionados serão enviados no dia 1 ou no
immediato do mez de outubro ao director do instituto geral de agricultura.
Art. 7.° Será publicada rio Diario de Lisboa a relação dos requerentes approvados pelo
governo, os quaes se deverão matricular nos respectivos cursos até ao dia 20 de ou-
tubro.
Art. 8." Os alumnos subsidiados pelo governo serão suspensos da mezada, logoque
hajam dado oito faltas sem mo li vo justificado, e bem assim serão privados inteiramente
do subsidio:
1.° Logoque se reconheça que, sem motivo justificado, se inhabilitaram para ser admit-
tidos, segundo o regulamento escolar ao exame de qualquer das disciplinas em que se
matricularam;
2.° Logoque sejam reprovados duas vezes na mesma disciplina;
3.° Logoque sejam reprovados no exame de duas disciplinas;
4.° Quando depois de serem reprehendidos tres vezes pelo director do instituto, em
consequência do seu mau comportamento, se mostrarem incorregiveis;
5.° Finalmente, logoque hajam sido pronunciados em algum crime.
Art. 9.° O director do instituto, ouvido o conselho escolar, applicará as disposições
do artigo precedente aos alumnos que n'ellas forem comprehendidos, dando parte ao go-
verno para se declararem vagos os respectivos logares.
Art. 10.° As vacaturas dos logares de pensionistas do governo, motivadas pela priva-
ção do subsidio ou por elles haverem terminado o curso, serão preenchidas annualmente
pelo modo declarado n'este regulamento.
Art. 11.° Aos alumnos agronomos será abonado subsidio durante o anno de pratica,
que tiverem na quinta regional, para onde forem mandados.
Art-. 12.° A primeira prestação do subsidio será paga pelo cofre do instituto, logoque
os alumnos se matricularem; as onze prestações restantes serão pagas no meiado dos me-
zes subsequentes pelo dito cofre.
• § unico. As folhas dos vencimentos dos alumnos serão processadas na secretaria do
instituto, visadas pelo intendente e auctorisadas pelo director do mesmo instituto.
1865 24 de agosto

Ministerio d a s o b r a s publicas, c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , e m 2 4 d e a g o s t o d e 1 8 6 5 . =
Carlos Bento da Silva. , D. do L. N.« m, DO 26 do agosto.

DIRECÇÃO GERAL DOS CORREIOS


REPARTIÇÃO CENTRAL

Tendo os governos prussiano e dinamarquez celebrado u m novo accordo postal e m


p r o v e i t o s a s c o r r e s p o n d ê n c i a s e n t r e P o r t u g a l , D i n a m a r c a , e N o r u e g a , e p o d e n d o os d u c a -
d o s d e L a u e n b u r g o e S c h l e s w i g - H o l s t e i n a p r o v e i t a r t a m b e m e s t e m e s m o accordo, s e g u n d o
acaba d e d e c l a r a r o d i r e c t o r g e r a l dos c o r r e i o s da P r ú s s i a , p r e v i n e - s e o p u b l i c o d e q u e a s
c a r t a s a s s i m o r d i n a r i a s c o m o r e g i s t a d a s , as a m o s t r a s d e f a z e n d a s e os i m p r e s s o s q u e d e 1
d e s e t e m b r o p r o x i m o f u t u r o e m d i a n t e h o u v e r e m d e s e r r e m e t t i d o s para os ditos e s t a d o s ,
d e v e r ã o s e r f r a n q u e a d o s , p o r m e i o d e sellos, c o m os p o r t e s q u e r e s p e c t i v a m e n t e s e a c h a m
i n d i c a d o s na s e g u i n t e tabella :

Tabella dos portes á que estão sujeitas as correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos
Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na costa occidental da ílfrica, com destino para a
Prússia, para os estados da união postal allemã, e para os paizes a que a Prússia serve de inter-
medio, nos termos da convenção postal de 26 de abril de 1864 e do respectivo regulamento

Correspondências o r i g i n a r i a s de Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das p r o -


vincias p o r t u g u e z a s na costa occidental da Africa, com destino p a r a a Prússia,
e p a r a os e s t a d o s d a u n i ã o p o s t a l a l l e m ã , a b a i x o d e c l a r a d o s

Cartas ordinarias e amostras de fazendas Jornaes e outros impressos

Poso Franquia obrigatoria cm sellos Poso Franquia obrigaloria em sellos

Até 7y 2 gram. inclusivè Até 45 grani, inclusivè 20 réis


Até IS » » 300 » Até 90 » » 40 ).
Até 221/2 * 450 » Até 135 » a CO »
E assim por diante, au- E assim por diante, au-
gmentando-se 150 réis gmentando-se 20 réis
por cada l 1 /^ grammas. por cada 45 grammas,

Cartas registadas

Aos portes respectivos se addiciona™ o premio invariavcl do 100 réis em sellos pelo registo. •

Os estados da união postal allemS, que ficam igualados á. Prússia para todos os effeitos da sobredita
convenção, são os seguintes: Anhalt, Áustria (comprehendendo a Hungria, Galileia e Veneza), Bade,
Baviera, Birkenfeld, Bremen, Brunswick, Francfort sobre o Mono, Hamburgo, Hanover, Hesse graii-
ducal, Hesse eleitoral, Hesse-Iíomburgo, ílohenzolteni, Liechtenstein, Lippe-Detmold, Lubeck, Me-
cklemburgo-Schwerin, Meckleniburgo-Strelitz, Nassau, Oldemburgo, Reuss, Saxe, Saxe-Altemburgo,
Saxe-Coburgo-Golha, Saxe-Meiningcn-IIildburghauseu, Saxc-Weimar-Eisenach, Schaumburgo-Lippe,
Sclrwarzburgo-Rudolsladt, Sclnvarzburgo-Sonderliausen, Waldeck-Pyrmont e Wurtemberg.

N.B. Pelas cartas ordinarias e amostras de fazendas, bem como pelos jornaes e outros impressos,
originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa com destino para a Prússia e para
os. estados da união posUl allemã, cobrar-se-hão adiantadamente, em moeda forte,, não só os compe-
tentes portes acima indicados, mas tambem o de 50 réis por cada 7 g r a m m a s de cartas e amostras,
e o de 10 réis por cad<r45 grammas de jornaes e outros impressos. ~ •
Correspondências originarias de Portugal, das ilhas dos Açores e Madeira, e das provincias portuguezas na gosta occidental da Africa, em transito
pela Prússia, com destino para os paizes abaixo designados
Designação dos paizes Natureza das correspondências Franquia obrigatoria em sellos

Cartas ordinarias e.amostras gr. 175 rs., augmentando-se 175 rs. por ca
Dinamarca jCartas registadas » 275 » j> 175 J> »
u 30 »
772 »
(Jornaes e outrosimpressos. » 30 » » 45 »
Egypto:
i Cartas ordinarias e amostras 71/o ))300 )> » 300 » )>
772
P a r a : Bcnka, Birket-el-Sab, Cairo, Damanhour, Damiela, líafor-Zajct, Mansourah, Miliolla, Porto—Said, Samanoud, ! Cartas registadas » 500
ã*
i> » 400 »
Suez, Tanlah, Zajasik e Zifla.
}> 772
/Jornaes e outfos impressos. » 70 » » 70 » )i 45'
(Cartas ordinarias e amostras 7 VÍ » 225 a » 225 )) ))
772
P a r a : Alexandria e o resto do Egjplo ( a ) • , ']Cartas registadas 71/2 » 325 i> » 225 » » 772
(Jornaes e outros impressos. 45 » 40 » » 40 » )>
4o
(Cartas ordinarias e amostras 7 Vz 260 260 » )>
7 72
Grécia. . ] Cartas registadas 7 VÍ, » 360 » » 260 » ;;
772
(Jornaes e outros impressos. 45 a 70 i) )) 70 )) )>
45
(Cartas ordinarias e amostras 71/-1 » 175 » )> 175 )) »
7 '/•>
Hollanda. .)Cartas registadas ,
71/2 M 275 » » 175 » » 7 v;
'Jornaes e outros impressos, 45 » 30 » » 30 )) » 4o
i Cartas ordinarias e amostras 7 V: , » ,175 » » 175 » n 772
Lauenburgo (ducado de) . Cartas registadas 7'/: 1 » 275 » » 175 » }) 772
(Jornaes e outros impressos. » 30 » »
,
45 30 )) » 45
[Cartas ordinarias e amostras 7 V2 » 225 » » 225 « » 7 72
Ilhas Jonias * . •Cartas registadas 772 » 325 » » 225 )) )> 7 72
/ j o r n a e s e outros impressos, 4o 40 « D 40 j, u 45' OO
(Cartas ordinarias eamostras 7VÍ. j) 270 » )> 270 » » 7 72 02
UT
Noruega . . (Cartas registadas 7i/., )) 370 » 270 » )) ,772
(Jornaes e outros impressos. 45 ~ » 70 » » 70 )> » 45
'Cartas ordinarias o amostras 7i/o
7
» 225 » 225 )) » 7 72
Rússia.. Cartas registadas Vã » 400 n » 300 » 772
Jornaes e outros impressos. 45 » 90 » » 80 » » 4o
Cartas ordinarias e amostra 7i/o, » 17o » 175 » » 71 /,
Schleswig-Holstein Cartas registadas 7i/-> » 275 » )) 175 )) n 7 72
Jornaes e s a t r o s impressos. 45 n 30 » )> 30 )> )> 4o
Cartas ordinarias e amostras 7V* » 240 )) n 240 » » 7 72
Suécia Cartas registadas 772 » 340 » » 240 » . » 772
Jornaes e outros impressos. 45 » 40 )) )) 40 » 45
Turquia e Principados do Danúbio:
P a r a : Adrianopolis, Alcxandreta, Aaliíari, B a t o t a , Bejrouth, Berlad, Botatschani, Bukarest, Bargas, Caifa, Candia,
Canía, Cavalla, Cesme, Constantinopla-, Czernatoda, Dardanellos, Dnrazzo, Foksclianj, Galatz, Gallipoli, Giurgcw, Ibraila, 'Cartas ordinarias e amostras 772 » 240 » i> 240 » »
Ineboli, JalTa, Janina, Jassj, Jerusalém, Kustendje, tarnaca, Latakich, Hessina, Mjlilenc, Philippopolis, Piatra, Plojesclili, > Cartas registadas (b) » 340 U
i V2
77, )) 240 » » 7 72
PrcTcsa, Itctimo, Rliodes, Romano, Kulschuk, Salonica, Samsoun, Serez, Sinopo, Smjrna, Sofia, Sulina, Tckutsch, Tcncilos, Jornaes e outros impressos.. 45 » 40 >i )> 40 » ))
45
Trcbizonda, Tripoli, Tullscba, Valona, íarna e Volo.
(Cartas ordinarias 772 » 150 » » 150 n »
P a r a : Belgrado e o resto da Turquia ( c ) . » 250 a » 77í
| Cartas registadas 772 150 Í) »
7 72
[Jornaes e outros impressos.. 45 » 20 » » 20 » » 4o
Js.B. Pelas cartas ordinarias e amostras de fazendas, bem como pelos jornaes e outros impressos originários das provincias portuguezas na costa occidental da Africa que
se^ remetterem em transito pela Prússia para os paizes acima indicados, cobrar-se-hão adiantadamente, em moeda forte, nSo só os portes respectivos, mas tambem o de oO
réis p o r cada 7 72 grammas de cartas e amostras de fazendas, e o de 10 réis por cada 45 grammas de jornaes e outros impressos.
(a) Para Alexandria—franquia obrigatoria das correspondências ató ao seu destino. Para o resto do Egypto —franquia obrigatoria ato Alexandria. W
(i>) Não se registam cartas para Alcxandreta, Lalakieh, Messina e Tripoli.
(c) Para Belgrado —franquia obrigatoria até ao seu destino. Para o resto da Turquia—franquia obrigatoria ião sómenleaté á fronteira austro-turca. IsS
322 1865 11 de agosto

Advertências

t. 1 Os porles das correspondências que se houverem de expedir para a Prússia, para os estados
da união postal allemã ou para os paizes a que a Prússia serve de intermedio, serão pagos adiantada-
mente no continente do reino, e nas ilhas dos Açores e Madeira, por meio de sellos do correio portu-
guez aíGxados na frente dos sohrescriptos, e em moeda forte nas provincias da costa occidental da
Africa.
2." Todas as correspondências que não forem devidamente franqueadas, deixarão de ter seguimen-
to, e ficarão retidas até que os remettentes as franqueiem.
Para se evitarem enganos convirá que sempre se escreva a palavra «Prússia» na parte supe-
rior dos sohrescriptos das correspondências dirigidas para ali, assim como para os estados da união
postal allemã, e igualmente a indicação «Em transito pela Prússia'), nos das que por intermedio d'esta
houverem de ser expedidas para a Dinamarca, Egypto, Grécia, Uollanda, Ilhas Jonias, Noruega, Rús-
sia, Suécia, Turquia e principados do Danúbio.
4." As cartas, que houverem de ser registadas, apresentar-se-hão bem fechadas e marcadas, pelo
menos em duas partes, com um mesmo sinete posto em lacre, de maneira que fiquem bem presas to-
das as dobras dos sohrescriptos.
5." O reinettente de qualquer carta registada para a Prússia, ou paizes da união postal allemã,
poderá exigir que se lhe apresente um recibo comprobativo de ter sido entregue ao destinatário a mes-
ma carta, pagando em sellos no acto do registo um porte addicional de 50 réis.
6." Os jornaes e mais impressos deverão ser cintados, e não conterão letras, algarismos ou signaes
manuscriptos, á excepção do nome e domicilio do destinatário, e da assignatura do remettente. Não se
dará expedição aos jornaes e impressos, que não satisfizerem a estas condições.
7.a Nem para a Prússia o estados da união postal allemã, nem para os paizes a que a Prússia, ser-
ve de intermedio, podem ser remettidas correspondências contendo dinheiro, jóias, objectos preciosos,
ou outros quaesquer, sujeitos a direitos de alfandega; as que apparecerem com taes objectos, serão re-
tidas e enviadas oficialmente á direcção geral dos correios.
8." As correspondências procedentes da Prússia, as dos estados da união postal allemã, e as que
em transito pela Prússia vierem da Dinamarca, Egypto, Grécia, HoHanda, Ilhas Jonias, Noruega, Rús-
sia, Suécia, Turquia e principados do Danúbio, entregar-se-hão francas de porte, em consequência de
ser este ali pago adiantadamente. Exceptuam-se porém as que tiverem siao devolvidas por haverem
mudado de residencia os destinatários, pelas quaes se cobrará em dinheiro, no acto da entrega, o porte
devido.
Repartição central da direcção geral dos correios, em 24 de "agosto de 1 8 6 5 . = 0 chefe
da repartição, João Baptista da Silva Lopes. D. Je L. n.0191) do 26 do agosto.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


2. 1 DIRECÇÃO
4.» REPARTIÇÃO

Não sendo sufficiente a somma votada para o fornecimento das rações de pão e de for-
ragem, por terem sido computadas por um preço inferior ao seu custo, e sendo por isso
necessário fazer uso da auctorisação concedida ao governo no § 5.° do artigo 3.° da carta
de lei de 25 de junho de 1864: hei por bem ordenar, ouvido o conselho d'estado, que nq
ministerio da fazenda se abra um credito supplementar a favor do ministerio da guerra,
pela quantia de 23:276$200 réis, a fim de ser applicado ao pagamento da differença do
preço das mencionadas rações no primeiro trimestre do actual anno economico.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda ,e da guerra o tenham
assim entendido e façam executar, dando conta ás côrtes do uso que fizerem d'esta aucto-
risação. Paço, em 24 de agosto de 1865.—Rei. —Marquez de Sá da Bandeira= Conde
4 Avila. D. de L. n.° -19G, do 1 de setembro.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS BA MARINHA E ULTRAMAR


3 * REPARTIÇÃO
1
Constando a Sua Magestade El-Rei, por officios do governador geral da provincia de
Angola e por outras informações officiaes, que em alguns dos concelhos da mesma provin-
cia têem sido infringidas as disposições contidas na portaria dc 31 de janeiro de 1839 e
no decreto de 3 de novembro de 1856, que ordenaram que aos habitantes jpdigenas de
condição livre fosse guardado o direito que, pela constituição do estado, pertence a todos
os portuguezes, sem distincção de naturalidade, de raça ou de côr, de disporem volunta-
353
14 de agosto 1865
riamente do sen proprio trabalho: manda o mesmo augusto senhor, pela secretaria d'estado
dos negocios da marinha e ultramar, que o governador geral da provincia de Angola, cum-
prindo o que se acha ordenado no referido decreto ,e o que foi recommendado na portaria
de 22 de setembro de 1858, faça cessar os abusos que ultimamente tem havido de obri-
gar os indígenas livres ao trabalho de carreto com um salario muito limitado.
,• Paço, em 28 do agosto de 1865. = S á da Bandeira. d. dcL. n.» 193, de 39 do agosto.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA ;


ORDEM DO EXERCITO N.° 56 ,
Secretaria d'éstado dos negocios da guerra, 28 de agosto de £863 ''

Publica-se ao exercito o seguinte:


Sua Magestade El-Rei determina:
1.° Que os artigos de equipamento individual de homens e dos cavallos e muares, de
que tratam os artigos 252.° e 253.°, constantes da tabella n.° 29 do regulamento da fazenda
militar de 16 de setembro de 1864, continuem a ser fornecidos pelò arsenal do exercito
até ulterior determinação.
2.° Que iios mappas de gerencia dos conselhos administrativos só sejam lançados em
receita os vencimentos e descontos recebidos durante o mez a que disserem respeito, e
não os vencimentos e descontos pertencentes ao mesmo mez que sómente se receherem
no mez seguinte; sendo a mesma disposição applicada aos balanços trimestres, nos quaes
só se deve lançar o que se receber no trimestre respectivo.

Tendo-se suscitado duvida, por parte de alguns dos conselhos administrativos dos
corpos do exercito, sobre o modo de averbar na conta corrente das praças vindas com pas-
sagens de outros corpos, ou de outras situações, os débitos de algumas d'ellas, provenien-
tes de abonos que foram feitos aos conselhos dos corpos d'onde saíram, conforme se acha
disposto 110 | 4.° do artigo 352.° do dito regulamento: determina Sua Magestade que taes
débitos sejam lançados por extenso e algarismo no registo respectivo, não devendo todavia
essa.importancia entrar na columna das addições dos débitos por artigos fornecidos ás
mesmas praças pelos conselhos dos corpos onde estiverem servindo, porquanto' o lãhÇa-
mento-da supramencionada verba n'aquelle registo tem por fim conhecer-se a conta! éxacta
dos débitos das praças; devendo os conselhos administrativos, concluido que seja ! cípaga-
mento por meio de deducção nas mostras, lançar a competente verba, que assim o atteste.

Sua Magestade El-Rei determina que a agencia militar dos corpos em Lisboa co-
mece a funccionar no dia 16 de setembro proximo futuro, e que?os commandantes dos
corpos estacionados fóra da capital remetiam as suas requisições á referida agencia desde
o dito dia.

Por determinação de Sua Magestade El-Rei fica prohibido aos officiaes e maiss pra-
ças do exercito tomarem parte em touradas publicas como toureadores.
D. de L. n.° i96, de i de setembro

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 288
;
, 0 conselho geral das alfandegas:
Visto o recurso interposto na alfandega do Porto pelo negociante Guilherme Wilby,
isobre a classificação de um tecido de materia vegetal filamentosa que o despachante de-
nomina palmeira de Africa e os verificadores abacá, vindo no fardo W P W n . ° ,3Í ;
324 1865 11 de agosto

Visto o auto da conferencia dos verificadores;


Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o decreto de 10 de julho de 1865;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que este tecido é feito da mesma materia (carroá) que deu motivo à con-
sulta d'este conselho, e que foi resolvida no citado decreto (diario n.° 162 do corrente
anno);
Resolve:
Artigo unico. O tecido de que trata este recurso está comprehendido, como carroá
em obra, na disposição do decreto supracitado, e sujeito ao direito de 100 réis por kilo-
gramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 30 de agosto
de 1865, estando presentes os vogaes = Conde d'Avila, presidente=ií&rew, r e l a t o r = S i -
mas =Rodrigues=Santos Monteiro — Costa = Couceiro, d . do l . n.° i9o, de 20 de setembro.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA
1.» REPARTIÇÃO

Convindo estudar as vantagens ou inconvenientes que possam resultar da extincção ou


modificação dos direitos de consumo, que se cobram na alfandega municipal de Lisboa,
bem como o modo de substituir o rendimento proveniente dos mesmos direitos com me-
nor gravame do contribuinte; e attendendo Sua Magestade El-Rei ao merecimento e intel-
ligencia de João xintonio dos Santos e Silva, chefe de serviço da alfandega d'esla cidade,
e aos conhecimentos especiaes que adquiriu no exercicio do emprego de director da pri-
meira das citadas alfandegas: ha por bem encarrega-lo de proceder sobre o assumpto, de
que se trata, aos necessarios estudos, de cujo resultado dará opportunamente conta; es-
perando o mesmo augusto senhor do seu zêlo pelo serviço publico, que no desempenho
d'esta commissão corresponderá á confiança que deposita na sua dedicação aos interesses
do paiz.
O que manda parlicipar-lhe, pela secretaria d'estado dos negocios da fazenda, -para
seu conhecimento e effeitos necessarios.
Paço, em 30 de agosto de 1 8 6 5 . = C W e d'Avila. =?ardi João Antonio dos Santos
. 0 Silva. D. do L. n.° 198, do 4 de set.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—l.a SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos (1) com que pretende fundar-se em Lisboa uma so-
ciedade anonyma denominada «companhia união fabril»;
Vistos os documentos pelos quaes se prova a subscripção do capital social;.
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;

(1) Saibam quantos virem esta escriptura com os estatutos da companhia união fabril, que no
anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1863, no dia 1 do mez de junho, n'esta cidade
de Lisboa, na rua Augusta n.° 28 1.° andar, no meu escriptorio, compareceram os srs. visconde da
Junqueira, José Dias Leite Sampaio, negociante c proprietario, morador na travessa do Pateo do Sal-
danha, freguezia da Ajuda; William Gruis, negociante, morador na rua do Chiado n.° 56, freguezia
do Sacramento; Anselmo Ferreira Pinto Bastos, proprietario, morador no pateo dos Lencastres n.° 2,
freguezia de Santa Catharina, meus conhecidos. E j)or elles foi dito em presença das testemunhas adiante
nomeadas e assignadas: que, por accordo entre elle primeiro outorgante e os seus crédores, se resolveu
formar e estabelecer uma companhia para os fins e nos termos abaixo declarados. Que elles outorgan-
tes, por si, e em nome dos crédores, que os auctorisam para celebrar esta escriptura, como consta do
documento n'este acto apresentado, e que ha de ser copiado nos traslados d'ella, outorgam e reduzem
ao presente instrumento os seguintes
11 de agosto 1865 325

Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:

73
Estatutos da companhia denominada «união fabril»

CAPITULO I
Fins, duração e capital da companhia
Artigo 1.° A companhia tem por fim o fabrico de sabão e sabonetes de todas as qualidades, vélas
de stearina, oleo de purgueira e todos os mais oleos já conhecidos ou que venham a descobrir-se, e o
commercio de todos estes productos, e bem assim o fabrico e commercio do tabaco.
Art. 2.° A duração da companhia será por tempo indeterminado, e a sede de suas operações para
todos os effeitos legaes na cidade de Lisboa.
Art. 3.° O capital da companhia é fixado em 200:000^000 réis, dividido em mil acções de 2001000
réis cada uma, as quaes serão logo emittidas.
Art. 4.° O fundo da companhia poderá ainda ser augmentado por deliberação da assembléa geral
e com auctorisação do governo.
Art. S.° As acções partilham em perfeita igualdade dos lucros ou prejuízos da companhia, eserSo
assignadas pelos directores, sendo selladas com o sêllo da companhia e transmissíveis por simples en-
dosso.
Art. 6.° Os accionistas não serão obrigados nos termos de direito por mais do valor de suas acções.
Art. 7.° Os possuidores de acções são considerados, para todos os effeitos, accionistas da compa-
nhia com adhesão ás decisões da assembléa geral, em conformidade com estes estatutos e com os ter-
mos de direito.
Art. 8.° Os herdeiros ou crédores de qualquer accionista não poderão sob pretexto algum fazer
embarbo ou penhora em objectos ou valores da companhia, requerer partilha dos mesmos, nem in-
gerir-se na sua administração.
CAPITULO II
Da administração da companhia
Art. 9." A administração dos negocios da companhia é conferida a uma direcção composta de tres
únicos directores, eleitos péla assembléa geral á pluralidade de votos, nos termos seguintes. A primeira
direcção durará tres annos. No fim do terceiro anno a sorte designará quai dos directores deverá ser
substituído. No fim do quarto anno se fará igual pr.ocesso para o mesmo fim, sendo nos mais annos
substituído o mais antigo. Não impede comtudo esta designação a reeleição do membro sorteado.
Art. 10.° Em seguida á eleição dos tres directores, far-se-ha a de tres substitutos, que deverão sub-
stituir os proprietarios em seu impedimento.
Art. 11.° A nomeação de todos os empregados da companhia e seus ordenados será feita pela di-
recção, a qual terá tambem a seu cargo a admissão e despedida dos operarios da mesma companhia.
Só póde ser eleito director o accionista que possuir dez ou mais acções.
Art. 12.° Cada um dos membros da direcção, que estiver em serviço, depositará dez acções na
caixa da companhia, as quaes ficam inalienaveis por todo o tempo que servir, sem prejuizo da perce-
pção de seus dividendos.
Art. 13.° As assignaturas dos membros da direcção legalisam qualquer acto da companhia.
Art. 14.° A direcção reunir-se-ha, pelo menos duas vezes por semana e todas as mais que for pre-
ciso, e de suas deliberações se lavrará acta no livro respectivo.
Art. 15.° São attribuições da direcção :
1." Fazer organisar a escripturação da companhia por partidas dobradas;
2.° Ordenar aos mestres das fabricas os productos que devem fabricar;
3.° Observar e fazer com que se observem as deliberações da assembléa geral, pedindo a sua con-
vocação quando julgue necessário. , •
4." Fazer depositar no banco de Portugal, ou em outro estabelecimento de credito, os fundos da
companhia, menos a parte indispensavel para despezas miúdas.
õ.° Apresentar todos os annos, a começar no proximo futuro, á assembléa geral, até o dia 31 de
janeiro, o relatorio, balanço e contas das operações do anno anterior, fechadas em 31 de dezembro,
declarando no relatorio o estado financeiro da companhia, e os melhoramentos que julgue necessário
fazer.
Art. 16.° A direcção representa a companhia em todos os seus actos, poderá demandar e ser de-
mandada, e é auctorisada nos termos de direito em tudo que julgar conveniente aos interesses da
companhia.
Art. 17.° Dando-se legitimo impedimento em qualquer dos membros da direcção, será chamado
para o substituir o substituto mais votado, o qual ficará sujeito á caução e deposito que prescreve o
artigo 12.°
Art. 18.° Os membros da direcção não contrahem obrigação alguma pessoal pelos actos de sua
gerencia, respondendo unicamente péla execução do seu mandato.

CAPITULO III
Da assembléa geral

Art. 19.° A assembléa geral é a reunião de todos os possuidores de uma ou mais acções da com-
panhia, averbadas em seu nome seis mezes antes da sessão.
326 1865 11 de agosto

Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos por que deverá reger-se a
companhia união fabril, os quaes nos termos do artigo 539.° do codigo commercial foram

§ Os accionistas não podem ser representados na assembléa geral senão por quem tenha di-
reito a fazer parto da mesma.
§'2.° Nenhum accionista poderá representar, alem do seu voto, mais do que um outro por procu-
ração. Os substabelecimentos de procuração níío são permittidos. "
Art. 20.° As reuniões da assembléa geral serão duas em cada anno, no domicilio da companhia, a
primeira em fevereiro e a segunda trinta dia.s depois daquella, o alem d'isso extraordinariamente quando
a direcçSO o julgar conveniente; ou quando seja requerida ao seu presidente por um numero de accio-
nistas ntinca menor ao representativo de um quarto do capital emittido dà companhia.
Art. 21.° A convocação da assembléa geral será sempre feita por meio de cartas a cada um dos ac-
cionistas é annuncios no Diario de Lisboa e em outro jornal mais lido na capital, com oito dias de an-
tecedencia ao da reunião da mesma.
Art. 22.° Quando á primeira reunião não tenha concorrido numero de accionistas que represen-
tem pelo menos ametade das acções emittidas, far-se-ha nova convocação pelo mesmo modo do artigo
antecedente e será constituida a assembléa peral com o numero de accionistas presentes.
Art. 23.° Os accionistas, ainda mesmo os ausentes ou dissidentes; ficam obrigados ás decisões da
assembléa geral, uma vez que estas sejam vencidas por maioria absoluta dos accionistas presentes.
Art<-24.° Na primeira reunião da assembléa gorai,-o presidente será nomeado de entre' os accio-
nistas á pluralidade de votos, bem como o substituto, eleições que se repetirão na primeira reunião da
assembtéá:geral de cada anno.
§ unico.' Servirá de secretario o accionista que o presidente designar e de escrutinadores os ac-
cionistas' que representarem maior numero de acções. No caso de recusa serão os immediatos, e em ul-
:
timo caso decidirá a sorte. ° •
Art. ;23.° A ordem do dia será designada pela mesa da assembléa geral, e só poderão ser n'ella dis-
cutidas as propostas da mesma: ou as que lhe tiverem sido apresentadas com anteredencia pelo menos
de oito dias á reunião da assembléa geral, com assignaturas pelo menos de vinte accionistas.'
Art. 26." As deliberações da assembléa geral serão convertidas em actas lançadas no livro respe-
ctivo e rubricadas pelo presidente e secretario.
Art. 27.° Compete á assembléa geral N
1.° Approvar ou rejeitar as contas da direcção, as quaes devem ser apresentadas á mesma assem-
bléa, acompanhadas de um relatorio em que mostre o estado da companhia;
2.° Nomear uma commissão de tres membros para examinar as contas antes de as approvar;
3.° Fixar definitivamente o dividendo;
4.° Nomear os membros da direcção, quando estes se devam substituir, tudo nos termos dos pre-
sentes estatutos.
§ unico. Os membros da dirpcçâo não podem fazer parte de commissão alguma em qUe tenha de
v
se emittir opinião sobre os seus actos. <
Art. <28.° Quando a reunião da assembléa geral tiver por fim a alteração dos presentes estatutos,
se fará d'isso especial menção nas cartas convoeatorias para a mesma, não sendo comtudo valida adita
alteração sern approvação do governo. '•••;
Art. 29.° A nomeação da direcção será sempre feita por escrutínio secreto, sendo a decisão no pri-
meiro escrutínio por maioria absoluta, bastando a relativa no segundo.
Art. 30.° As actas da assembléa geral serão assignadas pelo seu presidente e secretario,1 assim como
as certidões-que forem exigidas. ••• -
' " - CAPITULO IV . . ..
Balanços e contas annuaes • " =•*
Art. 31.° Todos os annos sociaes começarão 'erri 1 de janeiro e finalisarão em 31 dè'dezembro de
cada anno, excepto no -primeiro, que começará logoque os estatutos sejam approvados pelo governo.
§ unico. Os balanços serão fechados em 31 de dezembro de cada anno. O balanço será presidido
è assignado pela direcção, e esta o sujeitará á approvação da assembléa geral, acompanhado do respe-
ctivo relatorio.
Art. 32.° Antes da segunda reunião annual da assembléa geral estarão os livros e contas patentes
por tres'dias para serem examinados por todos os accionistas que os quizerem ver, os quaes só n'este
período têem direito a exarnina-Ios, não podendo comtudo d'elles tirar copias nem extractos.-
Art. 33.° Os dias em que os livros e contas devem estar patentes serão annunciados nos jornaes, a
que se refere o artigo 21.°
Art. 34.° Depois de approvadas as contas separar-se-ha 5 por cento dos lucros para depreciação
de machinas, fôrmas e utensílios e o restante será repartido pelos accionistas.
Art. 3S.° Cada um dos directores terá uma gratificação annual e u má percentagem sobre os lucros
- partiveis, devendo a assembléa geral marcar o quantum.
Art. 36.° A epocha de pagamento do dividendo será fixada pela direcção.

CAPITULO V '
Da liquidação da companhia
Art. 37.° Quando o fundo da companhia for'reduzido ametade por perdas edamnos, poder-se-ha
dissolver a companhia se assim o decidir a assembléa geral.
Art. 38." A dissolução da companhia só poderá ser determinada.em reunião da assembléa geral,
a que tenham assistido os accionistas que representem dois terços do capital emittido, • ; ,
357
14 de agosto 1865

r e d u z i d o s a i n s t r u m e n t o publico, constam de cinco capítulos e q u a r e n t a e dois artigos, e


b a i x a m com este decreto assignados pelo ministro e secretario d'estado das obras publicas,
commercio e industria, c bem assim dar por constituida a mencionada companhia, para q u e
possa desde já dai' começo ás suas operações, íicando sujeita a registar o; instrurnento do
s e u contrato d e teor e não por extracto no registo publico do commçRGÍQj:-nos--termos-.d®
artigo 540. Q do codigo commercial; com a e x p r e s s a clausula de que esta m i n h a regia\apr
provação lhe poderá ser r e t i r a d a logoque s e desvie dos íins para q u e é instituida, n ã o c u m -
pra fielmente os seus estatutos, ou deixe d e r e m e t t e r annualmente á direcção g e r a l do
commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia. ;í : ! . . .
O m e s m o ministro e secretario d'estado Q tenha assim entendido e ; faç?;exeçutar.-PaçQ,
e m 3 0 . d e agosto de 4865.<=?Rei. = Carlos Bento da Silva. d,de l . n.-»aaet, <b> ia

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA^.MZENDA-' ^ ' •


SECftETAliIA D'ESTADO . ; • ' . . y .
: 1
2.» REPARTIÇÃO i ••
-.<;•'. -, ••• . . i -i '
Foi p r e s e n t e a Sua Magestade El-Rei o officio d e 13 de j u l h o ultimo, eco. q u e o gover-
n a d o r civil de Lisboa dava p a r t e de haver uma das commissões recenseadoras d ' e s t e dis-
tricto, por occasião da r e c e n t e eleição geral de deputados, n o m e a d o para a presidencia de
a l g u m a s assembleas eleitoraes, de preferencia aos vogaes effectivos da m e s m a commissão,

Art..39." No caso de liquidação da companhia, a assembléa geral, de accordo com a direcção, no-
meará um ou mais liquidatários. ' : < ' . "
Art. 40.° Os liquidatários poderão, em virtude da decisão da assembléa geral, transferir para uma
outra sociedade ou eompánhia os direitos e obrigações da companhia dissolvida.'; : •
Art. 41.° Durante a liquidação continuarão as attribuições da assembléa geralfje,sp,epialinentft para
approvar as respectivas contas e dar quitação aos liquidatários.
Art. 42." Durante a gerencia dos liquidatários cessa a da dirécçSo, não dèixândo ! p6r issò'dé áér
esta ouvida em todos os actos da liquidação. • •• ;. •• .<«•.• ->•' -
Assim o disseram, outorgaram e aceitaram, sendo testemunhas presentes :Joaqiúm; Augusto do
Nascimento Dias e José Eduardo da Silva, empregados n'este escriptorio, os quaes as$ígnam çqra pç
outorgantes, depois de lhes ser lida esta escriptura por. mim tabellião Francisco Vieir'a dá Silva feaçrá-
dás, que a escrevi.—D'esta 6j000 r é i s = Visconde da Junqueira=AnseImo Fei-reira Pintò'Bciétós>& Wil-
liam Gruis=Joaquim Augusto do Nascimento Dias=José Eduardo da Silva. .!'"• twí'-:
Traslado do documento mencionado n'esta escriptura : .• : ír
Aos 26 dias do mez de abril de 1865, n'esta cidade de Lisboa e escriptorio sito narúa do largo'do
Corpo Santo n.° 16, primeiro andar, aonde se reuniram os credores á massa concordada do sr. visconde
da Junqueira, estando presentes os ill.mus srs. Anselmo Ferreira Pinto Bastos, "William Gruis, Thomás
de Aquino Sá e Seixas, Robert & Son, representado por seu procurador José Antonio Rodrigues Cha-
ves, João Joaquim de Andrade Bastos, representado por seu procurador João Maria Balby, e Joaquim
Galdino Felgueiras; e tendo sido feita a chamada, se determinou se procedesse á nomeação da direcção
da companhia união fabril, a qual direcção deve funccionar no primeiro triennio da formação da dita
companhia e saíram eleitos os seguintes ill.mos srs.: o ex.m0 sr. visconde da Junqueira com 8 votos;
ill.mo sr. William Gruis com 8 votos; ill.m" sr. Anselmo Ferreira Pinto Bastos com 7 votos. Do que se
lavrou a presente acta que vae por todos os mesmos senhores credores assignada.
Lisboa, 26 de abril de 1S65.
Igualmente os mesmos srs. credores determinaram que os mesmos iil.™08 srs. directores nomea-
dos ficarão desde já auctorisados a assignarem todos os actos relativos á formação da mesma companhia
união fabril.
Lisboa, data supra. = Visconde da Junqueira —Anselmo Ferreira Pinto Bastos —William Gruis —
Por procuração de João Joaquim de Andrade Bastos, Antonio da Silva Milheiro =-Pot procuração de
Robert & Son, Arnaldo E. Vrpia = Thomás de Aquino'de Sá e Seixas = João Maria Balby = José Anto-
nio Rodrigues Chaves = Joaquim Galdino Felgueiras.
Conformâmo-nos com a deliberação tomada pelos credores acima, como se estivessemos presentes.
= Carruthers Sf C." = Manuel de Oliveira Bastos = Guilherme José de Moraes = Antonio Ferreira de
Simas.
Logar do sêllo da causa publica.
Pagou 40 réis de sêllo.
Lisboa, 28 de abril de 1865. —N.° 77. = Vinha —Lobo.
Trasladado o concertei com o proprio, a que me reporto, que fiea em meu poder e cartorio. E eu
Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião publico de notas n'esta cidade de Lisboa, esta escriptura
fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em publico e
raso. = 0 tabellião, Francisco Vieira da Sika Barradas.
Rasa 1|580 réis —Sêllo 220 ré is —Somma 1^800 réis.
Paço, em 30 de agosto de 186o. = Cartes Bento da Silva.
328 1865 11 de agosto

os respectivos vogaes substitutos, e propunha por isso que se declarasse competentemente


o verdadeiro sentido da lei sobre este ponto para se evitar a repetição de taes irregulari-
dades; e
Considerando Sua Magestade que o facto referido é completamente irregular, como com
rasão assim o qualifica o governador civil, não só porque a qualidade de substituto importa
o direito e obrigação de servir sómente no impedimento do funccionario effectivo, mas
tambem porque o artigo 24.°, § 4.°, do decreto de 30 de setembro de 1852, mandando
eleger um vice-presidente e seis substitutos no mesmo acto, em que se elegem os vogaes
da commissão recenseadora, expressamente dispõe que elles substituirão, nas suas faltas,
o presidente e mais membros da commissão:
Ha por bem, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador
geral da corôa junto do ministerio do reino, mandar declarar ao governador civil do dis-
tricto de Lisboa, em harmonia com a opinião por elle tambem emittida no seu officio su-
pracitado, que é com effeito fóra de toda a duvida que os vogaes substitutos das commis-
sões recenseadoras não devem ser chamados a funccionar, quer nas operações do recen-
seamento, quer na presidencia das assembléas eleitoraes, senão quando faltarem os pro-
prietarios, ou conforme o disposto no artigo 43.° do citado decreto de 30 de setembro de
1852, quando estes não forem sufficientes para essa presidencia por ser maior o numero
das assembléas.
Paço da Ajuda, em 31 de agosto de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.
D. do L. n.° 198, de 4 dc set.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 58
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 31 de agosto de 1865
Tendo-se dado differentes interpretações ao preceito consignado no artigo 4.° do ca-
pitulo 2.° do regulamento de 15 de julho de 1863, para a promoção aos postos de inferio-
res dos corpos de cavallaria, infanteria e caçadores do exercito, publicado na ordem n.° 32
de 13 de agosto do dito anno: manda Sua Magestade El-Rei declarar, que o preenchi-
mento das vacaturas que occorrerem será feito por meio de concurso unicamente entre os
individuos da classe immediatamente inferior áquella aonde houver vacatura, e que se
acharem servindo effectivamente no respectivo corpo, como claramente é expresso no ci-
tado artigo 4.° D. de L. n.° 206, de 13 de set.
SETEMBRO
PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. F a z e m o s s a b e r a
todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a.lei seguinte:
Artigo i.° Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Luiz I é auctorisado, na conformidade
do artigo 77.° da carta constitucional, para poder sair do reino quando as circumstancias
o aconselhem, com o fim de visitar alguns soberanos da Europa.
Art. 2 . ° Emquanto Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Luiz I estiver fóra d o reino,
será regente Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Fernando II, conforme o disposto na carta
de lei de 7 de abril de 1846.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e e x e c u ç ã o d a
referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
n'ella se contém.
Os ministros e secretarios d'estado de todas as repartições a façam imprimir, publi-
car e correr. Dada no paço da Ajuda, em 4 de setembro de 1 8 6 5 . = E L - R E I . = Marquez
de Sá da Bandeira^ Julio Gomes da Silva Sanches= Conde d'Avila=Carlos Bento
da Silva.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes ge-
raes de 1 de setembro de 1865, que auctorisa a Vossa Magestade para poder sair do reino,
e dispõe que, durante a ausencia de Vossa Magestade, seja regente do reino Sua Mages-
tade El-Rei o Senhor D. Fernando II, manda cumprir e guardar o referido decreto como
n'elle se contém, pela fórma retrò declarada. = Para Vossa Magestade v e r . = P e d r o Ma-
ria de Alcantara Hennah a fez. c. de L. n.»208, de 9 do set.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3.a REPARTIÇÃO
Devendo effectuar-se no proximo mez de outubro, em execução do disposto no artigo 8 3 . °
do decreto de 26 de outubro de 1864, regulamentar do de 24 de dezembro de 1 8 6 3 , pe-
rante os lyceus nacionaes de Lisboa, Coimbra e Porto, exames de admissão, preparatorios
da escola do exercito, para os alumnos militares que se destinam aos differentes cursos da
mesma escola: ha por bem Sua Magestade El-Rei determinar:
1.° Nos primeiros cinco dias uteis do proximo mez de.outubro haverá nos lyceus na-
cionaes de Lisboa, Coimbra e Porto,' exames das disciplinas que constituem o curso geral
dos lyceus para os alumnos pertencentes ao exercito;
2.°- Os alumnos de que trata o numero anterior, que pretenderem fazer alguns exames
nos mencionados lyceus, deverão requerer aos respectivos reitores até ao dia 28 do cor-
rente mez, instruindo os seus requerimentos com os documentos legaes;
3.° Os alumnos que houverem sido reprovados na mesma epocha dos exames, ou hou-
verem perdido o anno, não poderão agora ser admittidos a exame, por ser isso expressa-
mente prohibido pelos regulamentos em vigor;
4.° Os alumnos examinados poderão requerer até ao dia 8 de outubro, perante a uni-
versidade de Coimbra e escola polytechnica de Lisboa, a sua admissão aos exames de ha-
bilitação, a fim de se matricularem a tempo nos cursos a que se destinarem;
5.° As disposições da presente portaria continuarão a ter execução nos futuros e x a m e s
lectivos, emquanto não for revogado e alterado o citado artigo 83.° d o decreto d e 2 6 d e
outubro de 1864.
Paço, em 5 de setembro de 18Qo.=Joaquim Antonio de Aguiar.
D. de L. n.° 210, de 18 de setembro.
83
330 1865 11 de setembro

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 289

O conselho geral das alfandegas:.. . - «•..•; •»


Yisto o récurso interposto por J . 'H." Ahdersen^ sobre a classificação de cincoenta paus
de faia, propostos a despacho na alfandega do Porto;
Yisto o auto da conferencia dos verificadores;
Vistas as informações rèèèbidas dá respectiva alfandega, ácèrCa dá> fórma, dimensões
e mais-circumstancias dos ditos paus;
' Visto ô ; Srtigó 10." do decreto de 3 de novembro de 186Ó;
•Considerando que á madeira de que se trata faltam todas as qualidades que competem
ás especies que na pauta têem direito diferente da madeira em bruto, e que a respeito
d'esta ò direito é unico; qualquer que seja a sua qualidade;
Resolve
. Artigo uflíco. Os cincoenta paus de faia, que motivaram o recurso, foram bem clas-
sificados' nd alfandega do Porto como madeira em bruto, para pagar o direito de 2,5 reis
por kilogramma.
:
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas em sessão de 6 de
setembro--de-1865, estando presentes os vogaes = S-iwas, vice-prosidente=Rodrigues,
relator — Santos Monteiro = Costa = Couceiro. d. do l. n.° 201, de 7 de set.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIUECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
\ REPARTIÇÃO DE MINAS —2." SECÇÃO

Tendo-tne sido presente o requerimento de Lucas Espana, em que pede, que nos ter-
mos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 o respectivo regulamento
de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a concessão definitiva da mina de ferro, no sitio
de Felgueiras, termo de Guadramil, 110 concelho e districto de Bragança;
Considerando que o requerente obteve por portaria de 27 de outubro ultimo a con-
cessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos do artigo 25.° do citado decreto,
apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a planta em que
está indicado o plano geral de lavra;
Considerando que Henrique Sergant, engenheiro proposto pelo requerente, está ha-
bilitado íparaj segundo as regras da arte, dirigir os trabalhos da referida mina ;
Vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho geral de obras
publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposições da lei e ha-
bilitado,o requerente para a concessão definitiva da sobredita mina:
Hei por bem, conformando-me com parecer da referida secção, conceder por tempo
illimitado a Lucas Espana a propriedade da mina de ferro, no sitio de Felgueiras, termo
dè, Guadramil, concelho e districto de Bragança, ficando obrigado ás seguintes prescri-
pções :
. 1 . a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras da arte, submettendo-se os
donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas dos regulamentos;
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem a
terceiro;
3.il. Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra ou incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros;
• 4A Resarcir aos vizinhos os prejuízos que se occasionaram pelas aguas accumuladas
nos seus trabalhos^.se tendo sido intimado não as seccar no tempo que se lhe marcar; •
• .iSí!1/ 'Dar t prineipio. aos trabalhos dentro do praso de dois mezesj contados da data do
preseateideereto;: ficando saLya;a circumstancia de forçá maior; -
6. a Ter a mina em estado de lavra activa;
7. a Dar as providencias necessarias, no-praso qne lhe for designado, quando a mina
ameaçar, juijè^pela p á . direcção dos trabalhos;
13 de setembro 1865 331

• 8. a : Não difficultar ou impossibilitar por uma lavra ambiciosa o ulterior aproveita-


mento do mineral;
9.*1 Não suspender;os trabalhos da mina com intenção de a abandonar^ sem antes dar
parte aõ governador civil respectivo e deixar a sustentação dos trabalhos;em bom estado;;
. IQi® Satisfazer pela mina e seus^productos os impostos que estabelecem->OH estabele-
cerem as.leis;. •• , -: . ii- ... . - • • ;•;
11. a Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio eindustriatodos.<©s:8e : is : me-
zes a contar d'esta data o relatorio dos trabalhos feitos no período anterionj « U s •>!:•: i-' <
12. a Não admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos da lavra, >sêm;licenç'á do
governo, precedendo informação da secção de minas do conselho geral de obras publicas
e minas;
13. a Estabelecer as obras necessarias para segurança das povoações e dos operarios;
estas obras serão as que ordenar o governador civil respectivo, ouvindo.o ; engenheiro en-
carregado da inspecção de minas do districto, e no caso de não assentimento do concessio-
nario, as que o governo ordenar, ouvindo a secção de minas do conselho geral de obras
publicas e minas;
. . 14/' Executar as obras que nos termos expressos na anterior condição-seprescreve-
rem para evitar o extravio das aguas e das regas; — : •,«• •
15. a Não extrahir do solo senão as substancias uteis indicadas n'este decreto, e as que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito;
16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitti-los: . .... ... : •
17. a Pagar ao estado e aos proprietarios do solo os impostos estabelecidos pela lei de
3 1 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares
de 47 d e junho de 1858 e 15 de abril de 1862; • ? - • .
18. a Cumprir todos os demais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos; em
tudo q u e possa ser-lhe applicado. , .• '.. r
Hei outrosim por bem determinar que, para os fins acima designados,:seja conòedido.
o terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto, e que -ó li-
mitado pelas linhas rectas que formam o quadrilátero ABCD traçado pelmseguinte ma-n
neira: Pelo meio da igreja de Guadramtl, marcado na planta com a letra Atire-se uma li-"
nha para.o ponto culminante B da Fraga, denominado do Queirogal; por este-uliimoponto.
tire-se uma linha na direcção norte sul (magnético) emarquem-separa o norte 800 metros
cujo extremo é o ponto C; n'este ultimo ponto levante-se uma perpendicular para oeste
(tambem magnético) com a extensão de 500 metros, cujo extremo D unido com o refe-
rido ponto A fechará o referido quadrilátero comprehendendo uma superfície de 374:825
metros quadrados.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 6 de setembro de:Í865<===lW.=^
Conde de Castro. • . • D. de L. n.° 209, de 10 da set.

;: , MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR,:


l . a DIRECÇÃO • :; . .
a
' l. REPARTIÇÃO "'-'•••• ' - • • ' ' ; ' .

Havendo um grande pumero de empregados d'este ministerio requeridoadia.ntainefitos'


por conta do que têem a vencer; e
Considerando que de taes adiantamentos póde resultar prejuizo á fazenda publica;
Considerando que os servidores do estado recebem em dia, e são por isso pouco atten-
diveis aquelles pedidos toa maioria dos casos; ••,; 1 !'i i s
Convindo fixar as regras que devem seguir-se na concessão de taes adiantamentos,
quando solicitados, fóra das circumstancias previstas em varias leis sobre jôste assumpto:
- Ha por bem, Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a proposta.do conselheiro di-
reçtpr d^terceira direcção. d'este ministerio,, ordenar: »..-•,;...
..Que,, alem das comedorias que é estylo abonar aos officiaes que seguem.viagem, 8f);i)ãa.>
façam piais adiantamentos alguns, por conta dos vencimentos futuros, a qualquer dos em-
pregados dependentes.d',este..ministerio, salvas as excepções seguintes: , . ,j,
332 1865 11 de setembro

1. a Aos officiaes militares ou empregados civis, nomeados para servirem fóra de


Lisboa;
2. a Aos aspirantes a guardas marinhas, aos alumnos aspirantes a cirurgiões, e a quaes-
quer outros empregados com graduações militares, quando forem promovidos a officiaes.
Os adiantamentos, assim concedidos, sobre os soldos ou ordenados, serão descontados
pela sexta parte dos vencimentos do empregado que houver requerido o adiantamento.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se communica ao
referido conselheiro director da terceira direcção, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 9 de setembro de 186§.=Visconde da Praia Grande.
D. de L. n.° 204, de 11 de setembro

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


NOTIFICAÇÕES TELEGRAPHICAS

Annuncia-se que se acha aberla desde hoje em diante, para a correspondencia, tanto
official como particular, a estação telegraphica de Sagres, com serviço limitado electro-se-
maphorico desde o romper do dia até ao anoitecer.
As estações semaphoricas correspondem-se com os navios por meio de signaes do co-
digo de Marryat, emquanto se não adopta o novo codigo universal de signaes.
Os despachos são enviados aos destinatários por meio do telegrapho electrico.
O preço d'estes despachos é o mesmo que o dos despachos telegraphicos.
A taxa d'estes despachos deverá ser satisfeita pelos destinatários, e quando estes se
recusarem a pagar ficarão inhibidos d'ahi em diante de receber correspondencia alguma
que houver de ser-lhes transmittida pelas estações semaphoricas.
A direcção geral dos telegraphos recebe de quaesquer companhias, consignatarios e
particulares as indicações que julgarem convenientes para se dar andamento a todos os
avisos que se houverem de enviar aos navios no mar ou que d'elles se receberem, ou da
passagem dos mesmos navios que se acharem á vista dos postos semaphoricos.
Repartição de contabilidade da direcção geral'dos telegraphos do reino, em 9 de se-
tembro de 1 8 6 5 . = O chefe da repartição, S. J. Leal Pinto. D. de L. n.° 204, de u de setembro.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Não se achando em harmonia com os preceitos do decreto com força de lei de 24 de
dezembro de 1863, que reorganisou a escola do exercito, e com o regulamento provisorio
d'esta escola, decretado em 26 de outubro de 1864, tanto a disposição do artigo 1.° do
decreto de 10 de dezembro de 1851, que prohibe a frequencia de estudos aos militares
que não estão promptos na escola de pelotão, como a disposição inserta na ordem do exer-
cito n.° 67 de 1852, sobre a epocha em que as praças dos corpos podem requerer licença
para estudos superiores, o modo de o fazerem, e condições em que se devem achar; Sua
Magestade El-Rei manda, pela secretaria d'estado dos negocios da guerra, que emquanto
não estiver definitivamente regulado este assumpto, se observem as instrucções proviso-
rias que baixam assignadas pelo chefe da 1 . a direcção do ministerio da guerra, e que fazem
parte d'esta portaria.
Paço, em 11 de setembro de 186$. = Conde de Torres Novas.

Instrucções provisorias a que se refere a porlaria desta data


Artigo 1.° Os militares dos corpos do exercito de Portugal, que se acharem frequen-
tando as escolas polytechnica e do exercito, não precisam requerer nova licença para es-
tudos, senão quando hajam de passar de uma para outra escola. N'este caso os seus re-
querimentos devem ser remettidos ao ministerio da guerra, pelo menos doze dias antes
de findar o praso das respectivas matriculas, por via do director ou commandante da es-
cola que frequentarem, e documentados com certidão de idade, quando os alumnos não a
15 ile setembro 1865 333

lenhara já apresentado na 3. a repartição da l . a direcção do referido ministerio, sendo cada


um dos mesmos requerimentos acompanhado da informação do dito director ou comman-
dante, na qual se declarem as disciplinas que o requerente ultimamente frequentou e o apro-
veitamento que obteve, tudo enviado em uma relação segundo o modelo A.
Art. 2.° Os militares que interromperam os estudos, ou que pela primeira vez pre-
tenderem frequentar os de instrucção superior, devem requerer a licença ao ministerio
da guerra pelas vias competentes, sendo os requerimentos das praças de engenheria e de
artilheria enviados pelos commandantes geraes e os das de infanteria e de cavallaria pelos
generaes das divisões militares respectivas e uns e outros acompanhados de uma relação
por corpos, modelo B, competentemente informados pelos commandantes dos mesmos
corpos e pelos generaes que os remetterem e instruidos com certidão de idade, original e
reconhecida e com as certidões de approvação em todos os preparatorios, marcados para
a matricula, na classe de ordinario,-nos estabelecimentos que pretenderem frequentar; fi-
cando porém os requerentes dispensados da habilitação de instrucção militar, exigida no
artigo do decreto de 10 de dezembro de 1851.
1 1.° As praças dos corpos do exercito habilitadas com o curso do real collegio mili-
tar, como alumnos internos, e que tenham já apresentado na secretaria da guerra a respe-
ctiva carta, instruirão os requerimentos unicamente com a certidão do exame de habilita-
ção, se já o houverem feito.
| 2.° Os militares que não tiverem sido approvados em todos os preparatorios, e que
se achem habilitados a fazer exame dos que lhes faltarem durante os primeiros dias de
outubro, devem declarar esta circumstancia nos seus requerimentos, especificando os exa-
mes a que se propõem, e juntando certidão comprovativa das disciplinas em que já tenham
approvação.
Art. 3.° Os militares que pedirem licença para estudos, mas que antes do assenta-
mento de praça hajam obtido approvação em alguma disciplina que faça parte do curso
que pretendem seguir, juntarão lambem aos requerimentos as respectivas certidões de ap-
provação, e bem assim uma nota em que declarem: os estabelecimentos de instrucção su-
perior que frequentaram, em que classe e em que annos e as disciplinas em que se ma-
tricularam em cada um dos annos lectivos, com o resultado do aproveitamento em cada
uma d'ellas.
Art. 4.° A remessa dos requerimentos dos militares com praça anterior ao dia 1 de
setembro será regulada de maneira que os requerimentos tenham entrada na secretaria da
guerra até ao dia 20 do mesmo mez de setembro; e a dos requerimentos dos militares
que houverem assentado praça depois d'aquelle dia será tambem regulada de modo que
as pretensões possam ser recebidas na mesma secretaria antes dos dias 6, 10 ou 18 de ou-
tubro, segundo os pedidos forem para estudos na universidade de Coimbra e academia po-
lytechnica do Porto, escola polytechnica ou escola do exercito.
| unico. Os prasos marcados n'este artigo para a remessa dos requerimentos poderão
ser alterados pelos commandantes geraes das armas especiaes e pelos commandantes das
divisões militares, quando se derem circumstancias excepcionaes.
Art. 5.° Os commandantes das divisões militares ficam auctorisados a conceder licen-
ças ás praças dos corpos que lh'as requererem, para irem nas respectivas epochas fazer
exames nos lyceus de Lisboa, Porto e Coimbra, das disciplinas que lhes faltarem, exigidas
para a admissão nos estabelecimentos de instrucção superior.
Art. 6.° O commandante da escola do exercito mandará submetter os alumnos que se
destinam aos cursos de engenheria civil, e de infanteria e cavallaria, ás mesmas inspecções
de saude, a que pelas portarias de 12 de março de 1846 e de 28 de novembro de 1853'
devem ser submettidos os mais alumnos da dita escola, e os alumnos militares da escola
polytechnica.
Secretaria d'eslado dos negocios da guerra, em 11 de setembro de 1865. = ; 0 chefe
da 1 . a direcção, D. Antonio José de Mello.

85
334 1865 11 de setembro

MODELO A (Artigo 1.°)

Relação dos alumnos militares da escola polytechnica (ou do exercito) que pretendem
passar para a escola do exercito (ou polytechnica)

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MODELO B (Artigo 2.°)

Relação das praças do regimento ou batalhão n.° . . . que pretendem frequentar


as escolas polytechnica ou do exercito,
a universidade de Coimbra e a academia polytechnica do Porto

Nascimento
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Ord. do exerc. n.° 40, de 13, e D. de L. n.° 210, de 18 de set.


13 de setembro 1865 335

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


DIRECÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE
2." REPARTIÇÃO

Succedendo, que não obstante as recommendações feitas em diversas epochas aos de-
legados do thesouro e aos thesoureiros pagadores dos districtos administrativos do conti-
nente do reino e ilhas adjacentes, aos chefes das differentes alfandegas e ao da casa da
moeda e papel sellado, ainda se apresentam requisições para legalisação de algumas des-
pezas realisadas a mais das auctorisações concedidas; e sendo de absoluta necessidade não
só evitar de todo esse inconveniente, como tambem introduzir a economia possivel r$s
despezas diversas a cargo dos cofres dependentes do ministerio da fazenda: manda Sua
Magestade El-Rei, pela direcção geral da contabilidade do thesouro publico, que se ex-
peçamos mais terminantes ordens ás referidas auctoridades, para que não ultrapassem ja-
mais as auctorisações superiores relativas a pagamentos, e reduzam á cifra estrjctamente
indispensavel as despezas de que se trata.
Paço, em 12 de setembro de 18 65.= Antoni o Maria de Fontes Pereira de Mello.—
Para os delegados do thesouro, thesoureiros pagadores e mais auctoridades alludidas.
D. de L. n.° 209, de i« de sei.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR-


2. a DIRECÇÃO
3. a REPARTIÇÃO

Havendo representado o governador geral da provincia de Angola, que não tem emOr
lumento designado na respectiva tabella da secretaria d'aquelle governo o registo das de-
clarações de descobrimento de minas e os diplomas de posse de terrenos;
Considerando que é conveniente remunerar o acréscimo de trabalho que tem resul-
tado aos empregados das secretarias dos governos do uitramar das leis ultimamente pro-
mulgadas sobre a concessão de minas e terrenos baldios;
Conformando-me com a consulta do conselho ultramarino de 13 de janeiro do cor-
rente anno;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta con-
stitucional da monarchia;
Tendo ouvido o -conselho de ministros:
Hei por bem ordenar que, nas secretarias dos governos das provincias ultramarinas,
os diplomas de posse de terrenos e o registo das declarações de descobrimento de minas,
paguem o emolumento de 4$200 réis.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e uitramar; assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 12 de setembro de 1 8 6 õ . = R E i , = Fí'sco»d.e
da Praia Grande. D. de L. n.° 209, de ie de set.

1. DIRECÇÃO
2.» REPARTIÇÃO

Hei por bem approvar as tabellas que, sob os n. os 1, 2 e 3, fazem parte d'este decreto
e baixam assignadas pelo ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha
e ultramar, nas quaes se fixa o preço das diversas fainas que no arsenal de marinha se ef-
fectuarem a pedido de particulares ou de companhias, e a indemnisação pelo uso dos ob-
jectos que se emprestarem no referido estabelecimento.
O mesmo ministro e secretario d'estado interino dos negocios <la marinha e ultramar
assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 1 2 de setembro de 1 8 6 5 . < = REI. = Vis-
conde da Praia Grande.
336 1865 11 de setembro

TABELLA N.° 1

Das quantias (pie devem pagar os particulares pelo embarque e desembarque de volumes
feito com o emprego da cabrca por vapor ou dos guindastes do arsenal da marinha
Quantias
por
tonelada
métrica
Volumes pesando:
Desde 1 até 2, por cada tonelada.
Idem de 2 até 4 por cada dita
Idem de 4 até 6, por cada d i t a . . . 3 £000
Idem de 6 até 10, por cada dita... 30500
Idem de 10 até 15, por cada dita . 40500
Idem de IS até 20, por cada dita.. 6 £000
Idem de 20 até 23, por cada dita.. 80000
Idem de 25 até 30, por cada dita.. 100000
Mais de 30, o que se convencionar,

OBSERVAÇÕES
As fracções de tonelada pagam como se fosse uma tonelada completa.
Havendo diversos volumes a embarcar ou desembarcar, applicar-se-ha a tabella a cada um dos vo«
lumes separadamente.
A applicação da tabella será regulada pelo peso que vier designado para cada volume nas respe-
ctivas facturas.
O pessoal necessário para os trabalhos pertencerá ao arsenal, e a tripulação do navio coadjuvará
quanto possivel as fainas dentro do mesmo navio.
O volume descarregado sobre a ponte, se for destinado a sair pela porta do arsenal, será conduzido
até lá pelo pessoal do arsenal. A partir d'esse ponto todas as mais despezas de transporte, descarga de
•wagons e carga em carros, etc., será feita á custa do particular.
Quando os volumes houverem de ser baldeados de uma embarcação para outra, será applicada a
tabella, com o desconto de 20 por cento, nas quantias correspondentes.

Mastreação
Quantias
Por cada mastro real:
De um navio qualquer de porte até 300 toneladas 200000
Idem idem de 300 a 700 ditas 300000
Idem idem de 700 a 1:000 ditas 400000
Idem idem de 1:000 a 1:500 ditas 500000
Idem idem de 1:500 para cima .*

OBSERVAÇÕES
O mastro deve ser conduzido á custa do armador até debaixo da cabrea; todas as mais operações
de lingar, elevar e collocar o mesmo mastro, serão feitas pelo pessoal do arsenal.
Cumpre ao armador collocar o navio, seguindo as indicações do inspector geral do arsenal, devi-
damente amarrado, em posição conveniente para receber e tirar o mastro ou mastros, e por sua conta
correm todas as despezas para isso necessarias.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 12 de setembro de 1863.=Visconde da
Praia Grande.

TABELLA N.10 2
Das quantias qne devem pagar os navios que entrarem no dique do arsenal da marinha

Tonelagem Quantias

200 toneladas. 200J 000


300 2.400000
400 2800000
3200000
Navios do lote até / 31500 0 00
800 4000000
1:000 5000000
\1:200 6000000
15 ile setembro 1865 337

N.B. As quantias'incluídas na tabella abrangem o preço da entrada e saída dos navios, esgo-
tamento do dique o uso das escoras e cabos.
2.° Pela demora que tiverem os navios no dique, alem da quantia estabelecida na tabella, pagarão
mais por tonelada 200 réis cada vinte e quatro horas.
3." Começará a contar-se esta demora desde que o dique ficar estanque, e lindará quando se abri-
rem as portas para sair o navio.
4.° Se o navio, depois de fabricado no fundo, não podér sair do dique por falta de maré ou outro
qualquer impedimento de força maior, deixará de pagar a demora no dique.
5.° Não se consideram como tempo de demora no dique os domingos e dias santificados, salvo ha-
vendo n'esses dias (com permissão da auctoridade competente) trabalhos no navio.
0.* As fracções do dia, até doze horas, são contadas por meio dia: passando de doze horas, pagarãq
o dia inteiro.
7." O mínimo que se conta para a demora de qualquer navio, que entrar no dique, são tres dias
completos.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 12 de setembro de 18QS.=Visconde da
Praia Grande.

TABELLA N.° 3
Das quantias que tem de pagar quem se utilisar dos objectos abaixo designados,
pertencentes ao arsenal da marinha

Qualidade dos objectos Por dia

Por uma barcaça de virar de querena (das maiores), sem estar virando de querena
Idem sendo das menores 60000
Idem (das maiores) virando de querena com tres apparelhos
Idem com um ou dois apparelhos 180000
Idem (das menores) com tres apparelhos mooo
Idem idem com um ou dois apparelhos m o oo
Por uma lancha (das maiores) 6:0000
Idem das menores 40000
Por um escaler (dos maiores) 40000
Idem dos menores
Por um batelão para suspender cascos ou objectos pesados do fundo 500000
Idem por um menor para suspender ferros ou receber cargas 30000
Por uma barca de agua (das maiores) 20^000
Idem das menores 100000
Por uma amarração com boia 60000
Idem sem boia 7^000
Por uma bandeira de nação, de oito pannos
Por uma dita de seis pannos 10600
Por uma dita de quatro pannos 10000
Por uma dita de dois pannos 0600
Por uma dita de regimento de signaes 10000
Por um mastaréu de gavea de corveta ou brigue, para servir dejmastro para guindar quaes-
quer volumes 30000
Por um mastaréu de gavea de fragata ' 40000
Por um mastaréu de joanete de fragata 30000
Por um dito de corveta ou brigue
Por uma corrente ou amarra para fundas, a fim de suspender quaesquer navios^ou objectos
do fundo. 100000
Por um cadernal grande de tres a quatro gornes 20000
Por um dito de dois gornes 10500
Idem de um cadernal pequeno de dois ou tres gornes. 10000
Idem de um dito de patarrás 10000
Por um patarrás
Por um colhedor ou cosedura
Por uma estralheira
Por uma talha dobrada 10800
Por uma dita singela 10400
Por uma prancha de querena
Por uma dita de vento
Por um cabrestante de madeira 100000
Por um dito de ferro
Por um macaco hydraulico 30000
Por um dito não hydraulico 10500
Por uma costaneira de corrente em auxilio de virar.. 10000
Por uma liiiga de corrente 10000
10000
Por uma bomba de incêndio
POr uma dita de porão ou de cavouco
Por uma zorra
85
338 1865 11 de setembro

Qualidade dos objectos Por dia

Por uma cabrilha 40000


Por uma patesca grande
Por uma dita pequena f
Por uma boia
Por um apparelho real completo (grande).
Por um dito pequeno
Por uma gaiola para cavallo
Por lanternas de illuminação (a dúzia)
Por cadeirinha ou maca
ANCORAS

Uma ancora com o peso de 3:500 a 2:500 kilogrammas .


Uma dita com o peso de '2:500 a 1:500 ditos
Uma dita com o peso de 1:500 a 500 ditos,.
Uma dita com o peso menor de 500 ditos
C O R R E N T E S DE F E R R O OU A M A R R A S

Por cada metro de corrente de ferro ou amarra

CABOS

Por cada metro de cabo de mais de 0,0833 pollegada de grossura.


Dito de menos de 0,083 dita
Por câda metro de espia de cairo 10015
VIRADORES
m
Um virador da grossura de 0 ,2, por cada metro.
Um dito dita de 0ra,16, por dito £015
Um dito dita de 0™,13, por dito $010

CACHORROS P A R A D E I T A R NAVIOS AO MAR


Grandes (por oito dias).
Pequenos (idem) 1500000

Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 12 de setembro de 1865.—Visconde


da Praia Glande. D. de L. n.° 812, de 20 de set.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
Devendo ter logar proximamente na cidade do Porto a exposição internacional portu-
gueza, promovida por iniciativa da sociedade do palacio de crystal portuense, e convindo
que este grande concurso da industria seja devidamente estudado, attentas as vantagens
que de tal estudo podem resultar para o progressivo melhoramento e adiantamento do tra-
balho nacional: hei por bem nomear para este effeito uma commissão, que será composta
de João de Andrade Corvo, lente da escola polytechnica e do instituto agricola de Lisboa,
socio effectivo da academia real das sciencias, membro do jury da exposição internacional
de Londres de 1862; Joaquim Henriques Fradesso da Silveira, director do observatorio
meteorologico do Infante D. Luiz, lente da escola polytechnica de Lisboa e chefe da repar-
tição dos pesos e medidas; Joaquim Julio Pereira de Carvalho, engenheiro chefe de 1 . a clas-
se, director do instituto industrial de Lisboa; José Maria da Ponte e Horta, lente da escola
polytechnica e membro do jury da exposição internacional de Londres de 1862; João
Ignacio Ferreira Lapa, lente de l . a classe do instituto agricola de Lisboa; da qual o pri-
meiro vogal nomeado servirá de presidente, devendo os referidos commissarios dividir
entre si o trabalho que lhes écommettido, tomando por base o systema de classificação
adoptado pela commissão central da mencionada exposição, formulando em sfeguida um re-
latorio circumstanciado do resultado da importante incumbência que rrie apraz confiar ao
seu zêlo e intelligencia.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 13 de setembro de 1865. = R E \ . , = Conde de
Castro. D. de L ^ s 208, de 15 de set.
13 de setembro 1865 339

DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS


REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS

Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representou a camara municipal de Lis-
boa, sobre a progressiva diminuição das nascentes que alimentam o aqueducto das aguas
livres: ha por bem ordenar que o engenheiro director das obras para o abastecimento das
aguas da capital faça introduzir no referido aqueducto as aguas denominadas da Mata, fi-
cando salvos aos proprietarios marginaes os direitos que possam ter em vista do decreto
de 3 de julho de 1758.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus^
tria, se communica aoso bredito engenheiro para sua intelligencia e devidos effeitos. Paçò,
em 13 de setembro de 1865. = Conde de Castro.—Para o engenheiro director das.obras
para o abastecimento das aguas da capital. D. de L . n.° AOS, D E I S de «et.

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO REINO


ADMINISTRAÇÃO C E N T R A L — R E P A R T I Ç Ã O C E N T R A L

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o projecto de regulamento provisorio, da-
tado de 8 do corrente, proposto pelo conselheiro director geral dos telegraphos do reino,
para a admissão de boletineiros e guardas-fios para o serviço electro-telegraphico: ha por
bem determinar, que emquanto se não fizerem os regulamentos para a completa execução
do decreto com força de lei de 30 de dezembro ultimo, que organisou a direcção geral
dos telegraphos do reino, se ponha em pratica o mencionado regulamento provisorio.
O que, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria, se communica ao re-
ferido funccionario para seu conhecimento e execução.
Paço, em 13 de setembro de 1 8 6 5 . = Conde de Castro.—Para o conselheiro director
geral dos telegraphos do reino.

Projecto de regulamento provisorio para a admissão de boletineiros e guardas-fios


para o serviço electro-telegraphico, a que se refere a portaria supra
Artigo 1.° Para o serviço das estações de maior movimento serão admittidos para bo-
letineiros, quando houver necessidade, os individuos que tendo servido no exercito com-
pletaram sem nota o seu tempo legal de serviço, não excederem a trinta e cinco annos de
idade, souberem ler e escrever, e possuirem saude e a necessaria robustez para o serviço.
| unico. Á falta de individuos que servissem no exercito serão admittidos outros que
tenham de dezoito a trinta annos de idade, bom comportamento, souberem ler e escrever,
e tiverem saude e a necessaria robustez para o serviço. •
Art. .2.° Para o serviço das estações de pouco movimento serão preferidos para bole-
tineiros os .guardas-fios que tendo prestado bom serviço por espaço pelo menos de cinco
annos se achem cansados, ou os que se tiverem impossibilitado por desastre occorrido no
serviço e não possam por isso continuar a ser guardas-fios; e não havendo individuos Doestas
circumstancias serão admittidos dos mencionados no artigo 1.° e seu § unico.
Art. 3.° Para os logares de guardas-fios serão nomeados aquelles individuos, que tendo
sido empregados como trabalhadores na construcção de linhas telegraphicas, tiverem mos-
trado aptidão para estes trabalhos, prestado bom serviço, tido bom comportamento, e que
tenham saude e a precisa robustez para o serviço e a idade marcada para os boletineiros,
sendo em igualdade de circumstancias preferidos os que tiverem servido sem nota no
exercito, ou souberem ler e escrever. •
1 1 . ° Não havendo individuos que tenham sido empregados em construcções de linhas
serão admittidos outros que tenham as mais condições exigidas no presente,artigo, tendo
preferencia, em'igualdade de circumstancias, os individuos da localidade.
| 2.° Para localidades'insalubres serão preferidos individuos que já estejam aclimata-
dos n'ellas.
Art. 4.° Os individuos que pretenderem ser admittidos a boletineiros ou a guardas-
fios entregarão os seus requerimentos na direcção geral dos telegraphos, ou aos chefes
340 1865 11 de setembro

das secções telegraphicas, acompanhados de documentos por onde provem os quesitos


que se exigem para a admissão.
Art. 5.° Na direcção geral dos telegraphos haverá uma escala geral dos individuos que
tiverem requerido ser admittidos a boletineiros e outra dos que pretenderem ser guar-
das-fios, por ordem de antiguidade, que será marcada pela data da entrada dos seus re-
querimentos na direcção geral, ou entrega d'elles aos chefes das secções telegraphicas,
para a ella se recorrer quando for necessário prover algum dos referidos logares.
Art. 6.° Todo o individuo que pertencendo-lhe por escala o logar de boletineiro ou
de guarda-fio, não lhe convier ir para a localidade que lhe for destinada, passará pela pri-
meira vez para o fim da mesma escala, para esperar que do novo lhe pertença ser admit-
tido, e pela segunda vez enlender-se-ha que desiste da pretensão.
Art. 7.° Os individuos que tendo requerido entrar para boletineiros, forem admittidos
a guardas-fios, por assim convir tanto a elles como ao serviço, não perderão o direito de
passar a boletineiros quando lhes competir na respectiva escala.
Direcção geral dos telegraphos do reino, em 8 de setembro de 1865. = 0 director ge-
ral, José Victorino Damazio. D. DC L. N.» 2O8; DE D0 SCT.

DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO BO COMMERCIO E INDUSTRIA — 2." SISCÇÃO
mo mo
Ill. e ex. sr.—Sendo um dos mais importantes fins das exposições industriaes o
exame e estudo comparativo dos productos expostos, e convindo por. isso, para o desen-
volvimento da industria, que a exposição internacional do Porto seja visitada por aquelles
mestres de fabricas e operarios que, pela sua intelligencia e aptidão profissional, mais se
tenham distinguido, vou rogar a v. ex. a , que na qualidade de presidente da associação pro-
motora da industria fabril me indique os seus nomes, sendo muito para desejar que n'essa
indicação sejam contemplados os principaes centros fabris do paiz.
Confio pois que v. ex. a , que tantas provas tem dado do interesse que toma pelos pro-
gressos do trabalho nacional, se dignará coadjuvar-me n'este empenho com as suas luzes
e provada intelligencia.
Deus guarde a v. ex. a Ministerio das obras publicas, commercio e industria, 13 de se-
tembro de 1865.—III." 10 e ex."10 sr. conde d'Avila, presidente da associação promotora da
industria fabril. = Conde cie Castro. D . de l. n.° aos, do is de set.

REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA-!."SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Lisboa uma nova as-
sociação de soccorros mutuos, denominada «monte pio de Jesus Maria José»;
Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar a sorte dos asso-
ciados e muito contribuem para a sua moralisação;
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
Yisto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:
Hei por bem dar a minha regia approvação aos estatutos do monte pio de Jesus Maria
José, os quaes constam de oito capítulos e setenta artigos, e baixam com este decreto as-
signados pelo ministro e secretario d'eslado das obras publicas, commercio e industria, fi-
cando a mesma associação sujeita nos termos de direito á fiscalisação administrativa, e
bem assim ás disposições das leis de 31 de maio de 1853 e 7 de abril de 1864, pelo que
respeita á acquisição de predios rústicos ou urbanos; com a expressa clausula de que a
minha regia approvação lhe poderá ser retirada se se desviar dos fins da sua instituição,
não cumprir fielmente os seus estatutos ou deixar de remetter annualmente á direcção
geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia.
1
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim o te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 13 de setembro de 1 8 6 5 . — M i . = C o n d e de
Castro. D. dc L. n.° 209, dc 16 do set.
15 ile setembro 1865 341

Tornando em consideração o que me foi representado pelo governador do banco na-


cional ultramarino, participando ter dado entrada nos cofres do banco somma superior á
que foi exigida no § unico do artigo 1 d a lei de 16 de maio de 1864, a fim de que o mesmo
banco podesse dar principio ás suas operações; vistos os pareceres dos ajudantes do pro-
curador geral da corôa junto aos ministerios das obras publicas, commercio e industria e
da marinha e uitramar: hei por bem declarar o banco nacional ultramarino nas condições
normaes e legaes de continuar as suas operações, visto acliar-se preenchida a clausula do
I unico do artigo 1.° da mencionada lei de 16 de maio de 1864.
Os ministros e secretarios d'estado das obras publicas, commercio e industria e da ma-
rinha e ultramar o tenham assim entendido e façam executar. Paço, em 1 3 de setembro
de 1 8 6 5 . = R Ê I . = Conde de Castro—Visconde da Praia Granda.
D. de L; n.° 309, de 16 de set.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Gonsiderando que é manifesta a todos os respeitos a necessidade de colligir e rever a
legislação penal militar em vigor, já por ser antiga e inútil, já por complicada e dispersa,
de modo que seja substituída por codigos em que com a maior clareza e concisão se fir-
mem, conforme as luzes do século, os mais solidos principios de direito e disciplina, pro-
vendo-se á boa e prompta administração da justiça, segundo o systema constitucional da
monarchia: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da guerra,
encarregar da revisão e compilação da legislação penal militara uma commissão, que de-
verá considerar-se permanente até concluir tão importantes trabalhos, a qual será presi-
dida pelo general de divisão conde de Mello, e composta do conselheiro ajudante do pro-
curador geral da corôa junto do ministerio da guerra, Diogo Antonio Correia de Sequeira
Pinto, Silvério Henriques Bessa, tenente coronel do corpo do estado maior, chefe da S.^re^
partição da l . a direcção do mesmo ministerio, João Leandro Valladas, tenente coronel do
batalhão de caçadores n.° 7, Luiz Travassos Valdez, tenente coronel do corpo do estado
maior, e João Pinto Carneiro, major do regimento de infanteria n.° 10, que servirá de se-
cretario.1
Outrosim ordena o mesmo augusto senhor que esta commissão, reunindo-se n*uma
das salas do ministerio da guerra, se occupe desde logo de dar começo aos seus trabalhos,
regulando as suas sessões com relação á urgencia, importancia e gravidade do assumpto.
Paço, em 15 de setembro de 1865.—Torres Novas.
Ord. do ei. n.° 42 do 16, o D. do L. n.° 2H, de 19 de set.

CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA


E D I T A L

. A camara municipal de Lisboa novamente faz publicar a seguinte


POSTURA

Aos 26 dias do mez de julho de 1855, n'esta cidade de Lisboa e paços do concelho d'el-
la, estando ahi reunidos o presidente e vereadores da camara municipal, abaixo assigna-
dos, foi ponderado, que cumprindo attender ao estado de ruina e pouco aceio em que se
acham grande parle das paredes externas dos predios da cidade e do mesmo modo as in-
teriores dos saguões e das escadas do serviço geral dos inquilinos, depois de examinado
e discutido este negocio, accordaram no seguinte:
Artigo 1.° São obrigados todos os proprietarios de predios, silos no concelho de Lis-
boa, a conservar sempre rebocadas todas as paredes exteriores dos seus predios.
'•;-• Art. 2.° Os mesmos proprietarios são tambem obrigados a limpar, caiando ou pintando
de seis em seis annos todas as paredes exteriores dos referidos predios, a lavar-lhes as can-
tarias e a pintar as grades das janellas.
§ unico. Nas disposições dos dois artigos antecedentes ficam comprehendidas, .não só
as casas, mas tambem as faces externas dos muros dos pateos, jardins, quintas, cercas e
quintaes.
85
342 1865 11 de setembro

Art. 3.° Os mesmos proprietarios são tambem obrigados a conservar sempre limpas
todas as paredes das escadas de serventia geral dos seus predios commum a mais de um
morador.
Art. 4.° As disposições d'esta postura só começarão a obrigar depois de 1 de outubro
do anno de 1855, sendo depois d'este dia obrigados á limpeza dos respectivos predios,
mencionada no artigo 2.°, todos os proprietarios que o não tiverem feito durante os ulti*
mos seis annos.
Art. 5.° Os transgressores de qualquer das obrigações aqui impostas depois de inti-
mados; incorrerão na multa de 6$000 réis pela primeira vez e na de 12$000 réis pelas
reincidências.
E como a presente postura não possa obrigar nem produzir effeito legal, sem que se
cumpra o determinado no § 1.° do artigo 121.° do codigo administrativo, deliberaram ou-
trosim que ella subisse á approvação do conselho de districto. E para tudo assim constar
se mandou lavrar a presente, que vae por todos assignada.
E eu Nuno de Sá Pamplona, escrivão da camara a subscrevi.—O presidente, Manuel
Salustiano Damasceno Monteiro=João de Matos Pinto=Antonio Esteves de Carva-
lho=Francisco Manuel de Menclonça = Joaquim Candido da Costa=José Antonio Pe-
reira Serzedello= Geraldo José Braamcamp.

APPROVAÇÃO DO CONSELHO DE DISTRICTO

Accordão em conselho de districto, etc. Que vista e examinada a presente postura,


lhe prestam a sua approvação para os effeitos legaes, por isso que as suas disposições,
sem offender as leis geraes do reino, tendem a aformosear a cidade com vantagem da saude
publica; declarando porém que ficam isentas de ser caiadas ou pintadas as paredes dos
predios que estiverem forradas de azulejo ou mármore, ou de qualquer outro revesti-
mento que possa ser lavado.
Lisboa, sala do conselho de districto em sessão de 20 de agosto de 1 8 5 5 . = 0 gover-
nador civil, Conde da Ponte=Sd Nogueira—Moraes= Gamboa e Liz.
E para que chegue ao conhecimento de todos os interessados, se mandou publicar esta
postura no presente edital, o qual será affixado nos logares mais publicos e que são do
estylo.
Camara, 3 de setembro de 1855. = 0 presidente, Manuel Salustiano Damasceno
Monteiro, •
Camara, 15 de setembro de 1 8 6 5 . = 0 presidente, Barão de Alemquer.
D. de L. n.° 209, de 16 de set.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA — 1.» SECÇÃO

Attendendo ao que me representou Francisco José de Sousa e Silva, pedindo privi-


legio por cinco annos, como inventor de um processo para a producção de provas photo-
graphicas sobre cartão, vulgarmente chamado de lustro, de esmalte ou de porcelana:
Visto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852;
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem conceder ao dito Francisco José de Sousa e Silva a patente de invenção
para o objecto acima indicado, e pelo espaço de cinco annos, durante os quaes os seus
direitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente
concedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade ou merecimento , do
-invento a que dizrespeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro, e o requerente
sujeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto, e ao prévio pagamento
dos direitos que dever, passandò-se-lhe diploma, pelo ministerio das obras publicas, com-
mercio e industria. • .• >
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria assim .o
tenha entendido e faça executar.. Páço, em 1 5 de setembro de 1 8 6 5 . = R E I . . = C o n d e de
Castro, D. de L. n.° 227, de 7 de outubro; '
13 de setembro 1865 343

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


Desejando conciliar quanto possivel as mais claras prescripções da justiça e da equi-
dade com o generoso pensamento que presidiu ao decreto de 2 de outubro"(fel863,-que 1
instituiu a medalha militar, por modo que á sua salutar severidade correspondam disposi-
ções moderadoras, que sem enfraquecer a moralidade do exercito, lhe afiancem o galardão
merecido, isentando tambem alguns de seus membros de qualquer suspeição menos jus-
tificada; .
Gonsiderando outrosim .que o § 5.° do artigo 4.° do supracitado decreto não está cla-
ramente expresso no tocante á contagem do tempo de serviço sem nota alguma, e que a sua
litteral execução excluiria de uma graça apreciavel pela sua importante significação offi-
ciaes e praças de pret que tendo commettido leves faltas no encetar da sua carreira mili-
tar, extremaram depois um comportamento irreprehensivel por quinze, vinte annos e
mais;
Tendo finalmente em consideração a consulta que sobre objecto analogo fez subir à
minha presença o supremo conselho de justiça militar, em que o mesmo tribunal, reuni-
das ambas as secções, foi de parecer que a falta commettida e expiada antes do periodo
necessário para se cumprirem vinte annos de serviço com boas informações só poderia pre-
judicar a concessão da ordem de Aviz, se a lei expressamente o declarasse:
Hei por bem determinar que a todos os officiaes e praças de pret, que tenham servido
Sem nota o numero de annos necessarios para a concessão da medalha militar, possa sei"
a mesma concedida, quando uns e outras hajam commettido leves faltas, com a imprete-
rível condição porém de serem estas anteriores aos annos de exemplar comportamento
exigidos pelo decreto de 2 de outubro de 1863, e de lhes não haverem correspondido cas-
tigos de mais de quinze dias contínuos de prisão, ou vinte dias interrompidos.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da guerra e da marinha e ultramar
assim o tenham entendido e façam executar. Paço, em 16 de setembro de I 8 6 5 . = R E I . =
Conde de Torres Novas= Visconde da Praia Grande.
Ord. do exerc. n.° 45 de 7, e D. de L. D." 230 de l i de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA
2. a REPARTIÇÃO

Sendo não só de grande conveniencia, mas de urgente necessidade, conhecer o es-


tado em que se acham todas as cadeias do reino, para que, devidamente habilitado Comas
informações e esclarecimentos precisos, o governo possa quanto antes tomar sobre este
raniõ importante do serviço publico as providencias adequadas, que estiverem dentro dos
limites de suas attribuições e propor ao parlamento aquellas que carecerem de approva-
ção' legislativa: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dosnegocios eeclei
siastibos e de justiça, remetter ao procurador regio junto da relação de Lisboa cento e.qua-
réntá exemplares impressos do mappa adjunto, no qual se acham formulados os quesitos
necessarios sobre o estado das referidas cadeias; a fim de que o sobredito procurador re-
gio, distribuindo os mesmos mappas pelos seus delegados nas comarcas da mencionada
relação, em numero igual aos dos julgados, que as compõem, ordene aos ditos delegados,
que com todo o zêlo, brevidade e exactidão satisfaçam aos quesitos exarados nos referi-
dos mappas, com respeito ás cadeias da cabeça da comarca; e que, distribuindo pelos seus
sub-delegados nos juizos ordinarios respectivos o numero restante de exemplares, lhes
exijam que do mesmo modo satisfaçam aos mencionados quesitos no que respeita ás ca-
deias dos seus julgados; cumprindo que o sobredito procurador regfó, logóqtfe lhe sejam
devolvidos os mappas de que se trata, com a resposta aos quesitos n'elles formulados,
os remetta á mesma secretaria d'estado para os effeitos convenientes.
Paço, em 16 de setembro de 1856.—Augusto Cesar Barjona de Freitas (1).

(1) Identicas, mutatis mutandis, para os procuradores régios junto das relações do Porto e Açores.
344 1865 11 de setembro

Mappa a que se refere a portaria supra

CADEIA D A COMARCA D E

(doestado
Se está em edificio jda c a m a r a municipal .
(particular
(Salas
N u m e r o de aposentos de que è composta] Quartos
(Enxovias.....
Se t e m enfermaria ."
Se tem caDelia ou oratorio
(Bom
Salubridade] Soffrivel

!
(Mau
capacidade. s X v d : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
(Mau
(Bom
S e g u r a n ç a .]SofFrivel
N u m e r o medio dos presos q u e c o n t é m . (Mau
j feminino .............................
N u m e r o medio do movimento a n n u a l d e l S e x o masculino
presos í Sexo feminino
Se é cadeia de transito
N u m e r o medio "annual dos presos dei Sexo masculino
transito i Sexo f e m i n i n o
Qual é o modo de conseguir uma b o a t P o r melhoramentos e r e p a r o s no edificio a c t u a l . .
prisão (Por conslrucç.ão de edificio novo
Despeza provável com os reparos .
Despeza provável com a nova construcção D . d o L . n.° 210, do 18 do set.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3. 1 REPARTIÇÃO — 1.» SECÇÃO

Attendendo ao que me foi representado por parte da camara municipal da Horta, ácerca
dos inconvenientes que têem resultado aos povos do seu concelho de serem julgadas no
juizo de policia correccional as causas de coimas, policia municipal ou transgressões de
posturas; e conformando-me com a informação das auctoridades administrativa e judicial
do respectivo districto, as quaes são concordes na utilidade de fazer cessar os inconvenien-
tes apontados: hei por bem, usando da faculdade que me concede a lei de 18 de abril de
1859, revogar o decreto de 11 de agosto de 1854 na parte relativa ao concelho da Horta,
a fim de que nas freguezias que o compõem reverta para os competentes juizes eleitos o
processo e julgamento das causas de coimas, policia municipal ou transgressões de postu-
ras, que por aquelle referido decreto fôra commettido ao magistrado de policia correccional.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da justiça assim o lenham
entendido e façam executar. Paço no Porto, em 18 de setembro de 1 8 6 5 . = R E I . = J O Í I -
quim Antonio de Aguiar=Augusto Cesar Barjona de Freitas.
D. do L. n.° 233, dc 1 4 d c o o t .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


I.» DIRECÇÃO
2." REPARTIÇÃO

Havendo sido approvadas por decreto de 12 do corrente mez as tabellas dos preços
que têem de pagar os individuos que se utilisarem de algum objecto pertencente ao arse-
nal de marinha; e
29 de setembro 1865 345

Considerando que convém zelar por todos os modos os interesses da fazenda nacional
em tão importante ramo da publica administração; e
Considerando que o emprestimo de qualquer dos objectos mencionados na tabella n.° 3,
ou a pratica das fainas incluídas nas tabellas n. os 1 e 2, produz sempre depreciações, com
grave prejuizo para o estado :
Ha por bem Sua Magestade El-Rei ordenar, pela secretaria d'estado dos negocios da
marinha e ultramar, o seguinte:
1 Q u e cessem d'ora avante todos os emprestimos gratuitos que se costumavam fazer
de objectos pertencentes ao arsenal, e que se não proceda tambem gratuitamente a qual-
quer faina d'aquellas que vem designadas nas tabellas referidas;
2.° Que o inspector geral do arsenal de marinha fique auctorisado a emprestarquaes-
quer objectos que haja disponíveis no estabelecimento a seu cargo e a mandar executar
qualquer trabalho ou faina, exigindo a correspondente retribuição, segundo as menciona-
das tabellas.
Paço, em 19 de setembro de l8Qo.—Visconde da Praia Grande.
D. dc L . n.° 312, de 2 0 d e set.

2.» DIRECÇÃO
1." R E P A R T I Ç Ã O

Sendo presente a Sua Magestade El-Rei o officio do governador da provincia de S. Tho-


mé e Principe, de 1 de agosto ultimo, dando conta de haver estabelecido na freguezia
de Sant'Anna uma cadeira de instrucção primaria, que funcciona desde 3 de julho lindo,
e cujas vantagens são já reconhecidas pelo grande numero de alumnos que a frequentam:
manda o mesmo augusto senhor, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultra-
mar, communicar ao governador interino daquella provincia, que ha por bem approvar,
não só a creação da cadeira a que se refere, como a nomeação e ordenados que estabele-
ceu ao professor respectivo.
Outrosim manda louvar em seu real nome a junta de parochia e o conselheiro Almei-
da, pelo auxilio que prestaram, offerecendo a mobilia precisa para a casa em que func-
ciona aquella escola.
Paço, em 20 de setembro de 1865.— Visconde da Praia Grande.
D. de L, n.° 222, do 2 dc out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA
2.A REPARTIÇÃO

Eu El-Rei faço saber aos que este meu alvará virem, que attendendo ao que me repre-
sentou a mesa do hospital do Espirito Santo da cidade de Tavira, e querendo conferir-lhe
um publico testemunho do apreço em que tenho o mesmo estabelecimento pelos fins hu-
manitários da sua instituição: hei por bem, em vista da informação do governador civil do
districto de Faro, declarar-me protector do hospital do Espirito Santo da cidade de
Tavira.
E para que assim fique constando authenticamente no archivo do mesmo estabeleci-
mento e possa esta real mercê surtir todos os seus effeitos se passou o presente diploma.
—Pagou de direitos de mercê e addicionaes a quantia de 12$320 réis, como fez conslar
de um conhecimento em fórma, n.° 394, passado em 20 de setembro corrente na recebe-
doria da receita eventual.
Dada no paço, em 2 1 de setembro de 1 8 6 5 . = E L - R E I . = Joaquim Antonio de Aguiar.
Alvará pelo qual Vossa Magestade ha por bem declarar-se protector do hospital do Es-
pirito Santo da cidade de Tavira, pela fórma retrò declarada. —Para Vossa Magestade ver.
— P o r despacho de 18 de março de 1864. = João Correia de Oliveira Caupers o fez.
D . d e L. n.° 2 4 2 , de 2 5 d e o u t .

88
346 1865 11 de setembro

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO CENTRAL — l . a SECÇÃO

Em resposta ao officio (1) datado de hoje, em que v. s. a participa o desgraçado aconte-


cimento que teve logar no caminho de ferro em construcção de Beja a Faro, no dia 18 do
corrente mez, ordena s. ex. a o ministro que v. s. a sem perda de tempo informe se as au-
ctoridades administrativas e judiciaes procederam aos autos, exames e diligencias legaes
para verificar a causa do sinistro, seus effeitos e auctor ou auctores, e se os feridos foram
soccorridos convenientemente.
:
Igualmente ordena s. ex. a que v. s. a , sempre que no futuro se repitam tão funestos ca-
sos, deverá immediatamente participar ás auctoridades administrativas e judiciaes e tomar
todas as providencias para que de modo algum sejam alterados os vestígios do sinistro,
pois tudo se deve conservar no mesmo estado até que a auctoridade judicial tenha con-
cluido todos os exames legaes. E n'este sentido deve v. s. a dar instrucções aos seus sub-
ordinados.
Deus guarde a v. s. a Direcção geral das obras publicas, em 22 de setembro de 1865.
—Ill. m 0 sr. fiscal da construcção do caminho de ferro de sueste. — Caetano Alberto Maia.
D. de L. n.° 215, de 23 de set.

REPARTIÇÃO CENTRAL—3. a SECÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio do engenheiro chefe da 2. a divisão
fiscal da exploração dos caminhos de ferro, com data de 21 do corrente, acompanhando
o novo horário proposto pela companhia do caminho de ferro de sueste, para o serviço
que deve começar a regular desde 1 de outubro proximo futuro em diante; e confor-
mando-se o mesmo augusto senhor com a informação dada a este respeito pelo referido
engenheiro fiscal: ha por bem approvar o horário proposto pela dita companhia, para
começar a vigorar no dia 1 de outubro futuro, reduzindo a duas as quatro viagens que
actualmente se acham estabelecidas, havendo para este fim dois comboios na linha dire-
cta, sendo um ascendente e outro descendente, partindo aquelle do Barreiro ás oito horas
e quinze minutos da manhã para chegar a Evora ás doze horas e quinze minutos, e a Beja
ás duas horas e dez minutos da tarde, e partindo d'esta cidade ás oito horas e trinta mi-
nutos da manhã para chegar ao Barreiro ás duas horas e quarenta cinco minutos da tarde;
na intelligencia porém de que a reducção do numero dos trens diarios não deverá servir de
precedente na confecção do horário que regular o serviço do caminho de ferro de sueste
no verão do anno proximo futuro, no qual se deverão restabelecer os quatro comboios
. diarios geraes que hoje circulam daquella linha.
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e indus-
tria, ao dito engenheiro fiscal, para sua intelligencia e devidos effeitos.

(1) íll.™0 s r . — L e v o ao conhecimento de v. s.a que na tarde do dia 18 do corrente no caminho de


ferro em construcção para o Algarve, entre os kilometros 2 a 3, houve uin desgraçado accidente cau-
sado por uma pedra de grande dimensão que algum malvado poz sobre os carris. Vindo os trabalhado-
res do balastro sobre os carros que vinham na frente da machina Elvas; e vendo que se faziam signaes
para p a r a r e r e p a r a n d o no perigo se lançaram muitos trabalhadores dos carros abaixo, mas com tal
precipitação que resultou ficarem tres mortos e dois muito feridos; a machina obedeceu aos signaes, e
sè elles se nàO"tivessem precipitado não havia a lamentar tal desastre.
Deds guarde a v. s. a Beja, 19 de setembro de 1 8 6 S . = I l t . m o sr. José Joaquim de Almeida, dignís-
simo: engenheiro a d j u n t o da 2." divisão fiscal de c o n s t r u c ç ã o . = O conductor, João Martiniano Tho-
más Dias.

Segunda divisão fiscal de construcção de caminhos de ferro. — N.° 40. — III.™0 e ex. mo sr.^—Levo
àò conhecimento de v. ex. a que, na tarde do dia 18 do corrente mez, se deu um triste accidente sobre
•ó caminíio de ferro em construcção de Beja ao Algarve, d'onde resultou a morte de tres trabalhado-
res e alguns feridos.
. Inclusa remetto a v. ex. a a parte original do conductor João Martiniano T h o m á s Dias.
' É m todo o caso da parte dos engenheiros da companhia nenhuma falta houve, cumprindo ás a u -
ctoridades locaes o fazerem as diligencias para descobrir o malfeitor.
Deus guarde a v. ex." Lisboa, 22 de setembro de 1865.—Ill. m o e ex. mo sr. conselheiro director ge-
ral das obras publicas. = O engenheiro fiscal da construcção, João Evangelista de Abreu.
13 de setembro 1865 347

Paço, em 23 de setembro de 1865.=Conde de Castro. = Para o engenheiro chefe


da 2. a divisão fiscal dos caminhos de ferro. -

Horário"a que se refere a portaria supra


C A M I N H O D E F E R R O DO S U E S T E D E PORTUGFÀL
Serviço a comecar desde o dia 1 de outubro de 1865

CO ASCENDENTES
o PREÇOS DOS BILHETES
H
;
Classes N.° l N.° 2
S ESTAÇÕES

d
w 1." 2.a 3.a Manhã Tarde
t
b. m. h. m.

- 0 - - 0 - Lisboa (vapor) 7 - 2 -
- 0 - - 0 - - 0 - Barreiro 8 15 3 5
2 0170 0140 0100 Lavradio 8 22 3 10
5 0170 0140 0100 Alhos Vedros 8 28 3 17
O on JHi.fi Moita 8 35 3 25
15 0420 0320 0230 Pinhal Novo (chegada), entroncamento . 8 55 3 40
V -p— Idem (partida) 9 5 3 45
0330
23 0620 0480 9 25 4 -
Ramal de Setubal ;;;;;;;;;; 4 15
28 0750 0570 0390 j
1
9 40
30 0800 0610 0420 Poeeirão 9 35 — _

42 10100 0830 0570 Pegões 9 55 - -


57 10480 10120 0760 Vendas Novas i0 3a !». —

75 10930 10460 0990 Montemór 11 10 _ _


90 20310 10740 10170 Casa B r a n c a (entroncamento) 11 35 _ _
Idem 11.50 _ ' -
116 20960 20230 10500 Evora (chegada) 12 15 _ _
102 2,0610 10970 10330 Alcaçovas - -
110 20810 20120 10430 Vianna 12 25 _ —
117 20990 20250 10510 Villa Nova 12 40 - -
125 30190 20400 10620 Alvito ^ í 10 - —
137 30490 20630 10770 Cuba 1 40 w. _
154 30920 20950 10980 Beja (chegada) 2 10 - -

cn PREÇOS DOS BILHETES DESCENDENTES


o
as ,
s Classes ESTAÇÕES
N.° 2 N.° 3
J
3. 1.» 2.a 3." Manhã Tarde

h . m. h. m.

- 0 - - 0 - - 0 - Beja (partida) — _ 8 30
17 0430 0320 0210 Cuba - - 9 15
29 0730 0550 0370 Aivito - — 9 45
38 0960 0720 0480 Villa Nova - - 10 10
45 10130 0850 0570 Vianna — — 10 30
52 10310 0980 0660 Alcaçovas - _ 10 50
90 20270 10700 10130 E v o r a (partida) :.. - _ 10 50
64 10610 10210 0810 Casa B r a n c a (chegada), entroncamento - - 11 25
Idem (partida) - _ 11 40
79 10990 10490 10000 Montemór - _ 12 10
97 20440 10830 10220 Vendas Novas - _ 12 45
112 20820 20120 10400 Pegões - — 1 15
124 30120 20340 10560 Poeeirão — _ 1 40
152 30830 20870 10910
Rama! de Setubal I ^ J j - ; ; ; ; ; ; ; ; ;
7 50 1 35
146 30680 20760 10840 8 3 1 50
139 30500 20630 10750
Pinhal Novo (chegada), entroncamento 8 15 â -

Idem (partida 8 20 2 10
146 30680 20760 10840 Moita 8 35 2 25
149 30750 20820 10880 Alhos V e d r o s . . . 8 43' 2 33
,152 30830 20870 10920 Lavradio 8 49 2 40
154 30920 20950 10980 Barreiro 8 53 2 45
- 0 - - f i - - 0 - Lisboa (chegada) 9 50 3 45
348 1865 11 de setembro

R A M A L DE SETUBAL

PREÇOS DOS BILHETES ASCENDENTES

Classes N.° 1 N.» 4


ESTAÇÕES
1
l. 2. a 3. a Manhã Tarde

li. m. h. m.
Lisboa. 7 - 2 -

ISO 100
Pinhal Novo
Palmella
Í Barreiro
hiVora..
Beja...
8
12
2
9
9
15
15
10
10
25
3
_
_
3
4
_
_
45
-
5

330 250 160 Setubal (chegada) 9 40 4 15

PREÇOS DOS BILHETES DESCENDENTES

Classes N.° 2 N.° 3


ESTAÇÕES

1.» 2. a
3. a
Manhã Tardo

h. m. h. m.
Setubal (partida) 7 50 1 35
150 HO 80 Palmella 8 3 1 50
330 250 160 Pinhal Novo (chegada) 8 15 2 -
/Beja.... 2 1 0 - -

12 15 - -
Linha d i r e c t a f c j
8 53 2 45
(Lisboa . 9 50 3 45

Ministerio das obras publicas, commercio e industria, em 23 de setembro de 1 8 6 5 . = N a ausencia


do conselheiro secretario do ministerio, Augusto de Faria. D. de L. n.° 216, de 25 do set.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS
2. a REPARTIÇÃO

Foi presente a Sna Magestade El-Rei o eslado dos trabalhos das commissões comar-
cas, creadas por decreto de 21 de abril de 18G2, para proporem a alteração da actual cir-
cunscripção das parochias; e
Attendendo à urgente necessidade de serem ultimados aquelles trabalhos, para pro-
ceder-se á mais conveniente divisão, união e suppressão das mesmas parochias, no uso da
auctorisação concedida pela lei de 4 de junho de 1859, em harmonia com a de 2 de de-
zembro de 1840, a fim de cessarem os graves inconvenientes da divisão actual, e estabe-
lecer-se uma base-solida para a adopção e execução de providencias e importantes refor-
mas que os interesses da publica administração instantemente reclamam;
Attendendo a que, não obstante as repetidas instancias feitas pela direcção geral dos
negocios ecclesiasticos, não chegaram ainda á respectiva secretaria d'estado"os projectos
relativos ás comarcas constantes da relação junta, assignada pelo conselheiro director ge-
ral daquella direcção; e
Attendendo a que esta falta parece indicar que as commissões das alludidas comarcas
não têem procedido no desempenho do encargo que lhes foi incumbido com a regularidade
e diligencia recommendada nos artigos 2.° e 3.° do sobredito decreto de 21 de abril de
1862:
Houve Sua Magestade por bem resolver que, pela direcção geral dos negocios eccle-
siasticos, se expeçam sem demora as communicações necessarias aos governadores civis
dos districtos a que pertencem as mencionadas comarcas, para que:
1.° Recommendem ás respectivas commissões o emprego de toda a actividade, zêlo e
diligencia que se deve esperar das pessoas que as compõem, para, no praso mais breve
que for possivel, concluírem os seus trabalhos, tendo o maior numero de sessões compa-
13 de setembro 1865 349

tivel com a natureza d'elles e com o desempenho das outras funcções publicas que os res-
pectivos vogaes exercem, reunindo-se pelo menos uma vez em cada semana, na conformi-
dade do artigo 2.° do decreto de 21 de abril de 1862;
2.° Ordenem aos administradores dos concelhos que, no fim de cada semana, lhes
apresentem uma conta exacta dos trabalhos feitos durante ella; e
3.° Enviem á competente secretaria d'estado relatorios quinzenaes dos mesmos tra-
balhos e dos meios empregados para a conclusão d'elles; representando por essa occasião
sobre a necessidade de adoptar quaesquer providencias, que julgarem convenientes para
conseguir-se o resultado que se pretende e não couberem na sua jurisdicção.
E porquanto das commissões de que se trata fazem parte os ecclesiasticos nomeados
pelos reverendos prelados djpocesanos, e os delegados dos procuradores régios:
Houve Sua Magestade outrosim por bem resolver, que os mesmos prelados sejam con-
vidados para especialmente chamarem para este assumpto a attenção d'aquelles ecclesias-
ticos, e ordenar que o conselheiro procurador geral da corôa o mande particularmente re-
commendar aos sobreditos delegados.
Paço, em 26 de setembro de 1 8 6 A u g u s t o Cesar Barjona de Freitas.

Relação das comarcas cujas commissões não apresentaram ainda os competentes


projectos para a divisão, união e suppressão das parochias,
á qual se refere a portaria d'esta data
DISTRICTO D E AVEIRO

Agueda, Anadia, Arouca, Aveiro, Oliveira de Azemeis.

DISTRICTO DE B E J A

Beja, Moura.
DISTRICTO DE BRAGA

Barcellos, Braga, Celorico de Basto, Fafe, Guimarães, Povoa de Lanhoso, Villa Nova
de Famalicão, Villa Verde.
DISTRICTO DE CASTELLO BRANCO
Certã.
DISTRICTO DE COIMBRA

Coimbra, Montemor o Velho, Soure, Tábua.

DISTRICTO D E EVORA

Extremoz, Evora, Montemor o Novo, Redondo. _ . ':

DISTRICTO D E FARO
;
Faro.
DISTRICTO DA GUARDA

Celorico da Beira, Gouveia, Guarda, Pinhel, Trancoso, Villa Nova de Foscôa.

DISTRICTO D E L E I R I A
Caldas, Figueiró dos Vinhos.
DISTRICTO D E LISBOA

Lisboa, Setubal, Torres Vedras, Villa Franca de Xira.

DISTRICTO DO PORTO '

Baião, Felgueiras, Louzada, Marco de Canavezes, Penafiel, Porto.


350 1865 11 de setembro

DISTRICTO DE SANTAREM .

Benavente, Santarem.,. Chamusca, Thomar, Torres Novas,

;t DISTRICTO D E VIANNA /

Monção, Ponte de Lima.

DISTRICTO D E V I L L A R E A L •

Montalegre, Peso da Regua, Villa Real, Alijó,

i* DISTRICTO DE VIZEU

Castro Daire, Rezende, Santa Comba Dão, Tondella, Vouzella.


Secretaria d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça, direcção geral dos nego-
cios ecclesiasticos, em 20 de setembro de 1 8 6 5 L u i z de Freitas Branco, director geral.
D. de L. n.° 218, de 27 de, set.
:1

DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA


2. a REPARTIÇÃO

Tendo fallecido tres dos membros da commissão revisora do codigo commercial, no


meada por decreto de 13 de julho de 1859: hei por bem nomear, para fazerem parte da
mesma commissão, o conselheiro João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Márteus, mi-
nistro d'estado honorário, lente cathedratico da faculdade de direito na universidade de
Coimbra e deputado ás côrtes; o dr. José Dias Ferreira, lente substituto da fapuldade de
direito na mesma universidade e deputado ás côrtes; e o bacharel José Joaquim AÍ vares
de Faria, juiz da relação commercial.
. ^Ojministrp e, secretariç d'est^do .dos negocios ecclesiasticos e de justiça o tenha, assim
énténdMÒ "e'fáça executará Paço,' em 26 de setembro de 1 8 6 5 . = R E i . = Í M 0 M s í a Cesar
Barjona de Freitas. D. de L. n.° ais, de 27 de set.

Havendo a commissão revisora do projecto do codigo civil portuguez concluido o tra-


balho de que havia sido encarregada por decreto de 8 de agosto de 1850, e ao qual tinha
dado começo em 9 de março de 1860, como consta da exposição que o presidente d'ella
dirigiu ao meu governo em data de 6 do corrente: hei por bem dissolver a mesma com-
missão, cujos membros se houveram no desempenho do encargo que lhes foi dado com
summa intelligencia, inexcedivel zêlo, dedicação e amor pátrio, do que me comprazo em
lhes dar publico testemunho. . , . . .••'••
O ministro e secretario d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 26 de setembro de 1865. = REI.=Augusto Cesar
Barjona de Freitas (1). D. de L. n.° ai8, de 27 de set.

(1) Copia do officio a qnc se refere o decreto d'esla data


10 m
111." e ex. " s r . — A commissão revisora do projecto de codigo civil portuguez deu por concluídos
os seus trabalhos na sessão do dia 30 do proximo passado mez de agosto, segundo consta da acta que
tenho a honra de remetter por copia a v. exi a O projecto de codigo acha-se impresso e prompto para
subir á presença do governo de Sua Magestade. -;."•!• • -
P o r decreto de 8 de agosto de 1850 foi encarregado o ex.no conselheiro visconde de Seabra de re-
digir um projecto de codigo civil, e nomeada uma commissão para o discutir e aprimorar quanto fosse
possivel, como o exigia a importancia de uma obra, da qual dependem as garantias dos direitos,, civis
dos cidadãos, a tranquillidade das familias e a boa ordem do estado/ ' - ••.'-. í
A commissão reuniu-se em Coimbra em 1851, logoque o illustrado redactor apresentou o plano ge-
ral do projecto, que ella discutiu em muitas sessões, d ^ que tudo dei conta ao governo, remettendo-lne
o plano approvado pela commissão. !
Passado algum tempo o illustrado redactor apresentou á commissão o livro 1.° da p a r t e l . a do seu
projecto. A commissão 1 réúniu-se è m Coimbra segunda vez, e em muitas e repetidas sessões discutiu
13 de setembro 1865 381

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


Tenda Sua Magestade El-Rei resolvido sair brevemente d'este reino em viagem, a, al-
gumas côrtes estrangeiras, ha por bem determinar a formação de uma divisão naval, cont-

esta parte do projecto, que seu auctor depois alterou. Accordou porém a commissão pela experiencia
da discussão e conveiu o illustrado redactor, em q u e se adiassem os trabalhos d'ella; porque u m a ' r e -
vi são feita assim por partes não podia ser tão profícua, como importava que o fosse em obra de tão
g r a n d e tomo. Cumpria q u e lhe fosse presente todo o projecto concluido o impresso, p o r q u e só assim
podia a commissão c o n f r o n t a r os logares parallelos e obter um systema harmonico de doutrinas sem re-
petições e excreseencias inúteis e sem antinomias, sempre prejudiciaes á intelligencia e á boa execução
das leis. Deliberou pois a commissão suspender os seus trabalhos de revisão até que o projecto fosse
concluido e impresso, do que tudo dei conta ao governo, como ordenava o decreto da nomeação da com-
missão.
E m 1859 apresentou o illustrado redactor o seu projecto concluido e impresso. O governo refor-
çou a commissão revisora com a nomeação de novos membros, por ter m o r r i d o um e por se ter inha-
bilitado outro dos membros primitivos da commissão. Assim como depois fez outras nomeações de
novos membros em diversas occasiões.
A commissão organisada com a maior parte dos seus membros residentes em Lisboa, a l briu de
novo as suas sessões lia secretaria d'eslado dos negocios ecclesiasticos e de justiça em 9 de março de
Í860, e os seus trabalhos c o r r e r a m sempre regularmente, mostrando os membros da commissão o maior
zêlo e assiduidade quanto o permiUiam a cada um d'elles o estado da própria saude e outras occupa-
ções de que este serviço os não eximia.
As sessões foram duas p o r s p m a n a ao principio da segunda epocha, e pouco depois t r e s ; era Coim-
bra porém foram diarias, e tanto u m a s como outras durando quatro horas pouco mais ou menos. A com-
missão celebrou em Lisboa trezentas e quarenta o quatro sessões, afóra as muitas que tivera em Coim-
bra, como consta dos officios que tive a honra de dirigir á secretaria d'estado dos negocios ecclesiasti-
cos e de justiça e dos tres livros das actas das sessões de Lisboa, que ficam archivados na secretaria
de v. ex."
A commissão, comquanto tivesse em muito subido apreço o projecto do codigo, pelo indubitável
merecimento intrínseco d'elle, e pela auctoridade gravíssima do seu auctor, entendeu que não devia
p o u p a r esforços p a r a aperfeiçoar a obra, quanto coubesse em suas foi ças. E assim, fez duas revisões
doutrinaes e uma terceira principalmente de redacção, para que esta, por alguma expressão, ou pala-
v r a , ou período pouco correcto ou obscuro, não desse occasião a falsas interpretações e cavilações dos
preceitos do codigo. Estas tres revisões foram sempre feitas seguindo passo a passo os artigos do projecto.
O trabalho foi longo, Ímprobo e difficil corno podem avaliar v. ex.° e aquelles que, com mão diurna
e n o c t u r n a , estão costumados a versar a legislação do paiz e a consagrar longas vigílias ao estudo com-
parado das legislações dos outros povos. Não tenho a vaidade de interpor juízo s o b r e o merecimento
absoluto do resultado dos trabalhos de u m a commissão composta de sujeitos de cujas luzes, alta intel-
ligencia e sinceros desejos de serem uteis á patria ninguém duvida. A estes desejos, em mim ardentís-
simos, devi talvez que os meus illustres collegas me elevassem, com assentimento do governo de Sua
Magestade, do logar mais obscuro que me pertencia, ao honroso cargo de seu presidente. Não é a mim
q u e pertence, nem fôra aqui o logar proprio para isso, avaliar tão vasta e difficil o b r a . O governo d e
Sua Magestade, depois de a apreciar devidamente, decidirá se a deve propor á approvação do poder
legislativo, e este deliberará se a deve converter em lei do paiz.
Com relação porém á nossa legislação civil actual posso afoutarnente asseverar, que o. projecto da
commissão lhe é muito superior. l J ara o provar basta dizer, que no projecto fica cocliíicada toda a le-
gislação civil com methodo, precisão e clareza; quando a actual, por insuficiente, a que se acha es-
cripta, é.pela maior parte, controversa sendo os jurisconsultos forçados a recorrer nos.casos omissos
aos estylos, usos e costumes, aos argumentos de maior rasão ou de analogia, ás leis romanas e aos códi-
gos das na.ções civilisqdas, como determinam a lei de 18 de agosto de 17(39 e os estatutos da universi-
dade de 1772. Ainda m a i s : é mister qne o jurisconsulto consulte, alem das" nossas diversas collecções
e dos codigos estrangeiros, as obras dos nossos reinicolas, para conhecer a pratica dos tribunaes, a s
interpretações e opiniões dos doutores que o guiem n'este cahos onde pugnam todos os elementos. O q®e.
produz infelizmente incerteza dos direitos civis, litígios sem conta e dá occasião a. funestas dissenções
das familias.
Apesar d'estes e de outros defeitos da legislação civil em vigor, convém notar que a c o m m i s s ã o
teve por ella toda a veneração e respeito, como base,da nossa vida civil, e aceitou-a eni tudo que não
repugnava ao estado actual da sciencia do direito e das outras sciencias auxiliares como pedra de to-
que das novas doutrinas inseridas no projecto de codigo. NVstas circumstancias a commissão a t t e n d e u
á^ nossas instituições politicas e administrativas, que a cada passo brigam com a legislação- civil em
vigol' e acostou-se sempre que póde á experiencia das outras nações," testificada pelos seus codiigos mo-
dernos e pelos commentadores d'estes. Não quiz arriscar-se a temerários cominettímentos em materia
de que depende a segurança pessoal e real dos cidadãos.
Se considero agora o projecto á luz da legislação comparada, tambem me parece póde affirmar-se
sem temeridade, que não tem elle maiores lacunas do que os mais adiantados códigos modernos, e q u e
não será menos conforme áos solidos principios da philosophia do direito e da economia publica..
Não quero dizer com isto que o projecto do codigo é isento de defeitos, antes tenho poi' g r a n d e -
mente provável que em obra tão longa e difficil se encontrem muitos descuidos, e que estes p a r e ç a m
maiores a alguem, no nieio de tantas e tão encontradas opiniões, como ha sobre muitos pontos d e di^
reito civil. E n t r e os proprios memtyrps da commissão houve não raro opiniões oppostas, vencecida-se-
as materias algumas vezes por maioria de votos, como se póde ver das actas das sessões. Se o projecto.
352 1865 11 de setembro

posta das corvetas Mindello, Sagres e Sá da Bandeira, e nomear commandante da mesma


divisão o chefe de esquadra graduado visconde de Soares Franco, que tomará desde logo
a direcção superior d'esta força, içará a respectiva insígnia no primeiro dos" mencionados
navios, e procederá de modo que a divisão sob o seu mando fique com a maior brevidade
apercebida convenientemente e prompta a desempenhar, com a devida segurança e deco-
ro, aqueiJa importante commissão de serviço.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se communica ao
referido visconde de Soares Franco, major general da armada, para seu conhecimento e
necessarios effeitos.
Paço, em 26 de setembro de 186%. —Visconde da Praia Grande.
D. de L. n.° 221, de 30 de set.

UNIVERSIDADE DE COIMBRA
EDITAL

O dr. José Ernesto de Car-valho e Rego, do conselho de Sua Magestade, commendador


da ordem dè Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa, lente de prima jubilado da facul-
dade de theologia, vice-reitor da universidade de Coimbra, etc.
Faço saber o seguinte:
1.° Logoque por informação dos lentes, professores, e chefes de estabelecimentos,
empregados de policia, ou por outros fidedignos, chegar ao meu conhecimento que algum
estudante da universidade ou do lyceu nacional de Coimbra deixa de-frequentar as aulas-
com assiduidade, ou. frequentando-as não mostrar applicação, ou é discolo e turbulento,
será intimado para vir á minha presença, a fim de ser advertido do errado caminho que
trilha, e admoestado para que se desvie d'elle, seguindo o do homem de bem, na fórma
do 1 2 . ° do artigo 2.° do regulamento de policia academica de 25 de novembro de 1839.
2.° Se esta primeira admoestação não produzir o effeito desejado serão suas faltas,
tanto litterarias como moraes, participadas oficialmente a seus paes, tutores ou outras pes-
soas a quem pertencer, com recommendação para o fazerem recolher a sua casa por aucto-
ridade própria, na fórma do mesmo §.
3.° Se esta recommendação ainda não produzir effeito, e elle continuar no mesmo ca-
minho, ver-me-hei na dura necessidade de o fazer riscar da matricula, e manda-lo sair de
Coimbra, como prescreve o citado §.

for convertido em lei, a experiencia irá dizendo em q u e logares deverá ser abrogado, derogado, obro-
gado ou sobrogado. Ahi está o poder legislativo para o f a z e r .
Como corollario de tudo o que deixo dito peço licença para ainda dizer, que n'estas c i r c u m s t a n -
cias a principal questão que têem a decidir o governo e o parlamento me parece ser e s t a : Qual é p r e -
ferível, a legislação civil codificada no p r o j e c t o ou a actual dispersa pelas ordenações do reino, assen-
tos da casa da supplicação, leis extravagantes, e s u p p r i d a nos innumeros casos omissos ou pelas leis e
j u r i s p r u d ê n c i a dos romanos (difficilmente applicaveis ao viver civil dos nossos tempos depois de quinze
séculos que têem decorrido) ou pelos codigos modernos, muitas vezes qrn desaccordo entre s i ?
A commissão revisora entrega ao governo de Sua Magestade e á nação o f r u c t o dos seus trabalhos
no projecto de codigo civil portuguez. E por feliz se darâ ella se esses trabalhos merecerem a a p p r o -
vação do governo, do parlamento e dos jurisconsultos illustrados do paiz, e se convertido em lei c o n -
t r i b u i r p a r a a prosperidade da nação portugueza, que foi a ultima aspiração que teve cm vista.
Deus guarde a v. ex. a Lisboa e sala das sessões, 6 de setembro de 1865. — ]ll. m ° e ex. m o sr. minis-
tro e secretario d'estado dos negocios ecclesiasticos e de j u s t i ç a . = 0 presidente da commissão, Vicente
Ferrer Neto Paiva.
Copia da acta a qne se refere o officio supra
Sessão de 30 de agosto de 1865. —Presidencia do sr. F e r r e r — Á s oito e meia horas da noite, es-
tando presentes os srs. Ferrer, Marreca, Pequito, Branco, Soure, F e r r e i r a Lima, Gil, Mártens F e r r ã o
e José Julio, o sr. presidente abriu a sessão. Foi lida e approvada a acta da sessão a n t e r i o r .
O secretario apresentou e distribuiu pelos membros presentes da commissão os respectivos exem-
plares da ultima edição do projecto de codigo civil.
E m seguida declarou a commissão concluídos os seus trabalhos, resolvendo que o sr. presidente
remetta ao governo o projecto no estado em que está. O sr. José Julio declarou que o sr. Herculano não
comparecia por estar ausente de Lisboa, mas o auctorisára a declarar que adheria ás resoluções q u e a
commissão tomasse n'esta sessão; de tudo o que se lavrou esta acta que vae assignada pelo presidente
da commissão e por todos os membros presentes d'el)a. = Vicente Ferrer Neto Pàivar, presidente —Joa-
quim. Filippe de Soure = João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Mártens = Antonio de Oliveira Mar-
reca=José Antonio Ferreira Lima = Antonio Gil = Antonio Maria Branco = Antonio Pequito Seixas de
Andrade — José Julio de Oliveira Pinto, secretario.
29 de setembro 1865 353

4.° Para que esta policia paternal possa ser levada a effeito deverão os lentes, profes-
sores e chefes dos estabelecimentos notar com exactidão as faltas de frequencia de seus
discipulos, relata-las e julga-las com imparcialidade nos conselhos das faculdades, e dar
conta mensalmente d'aquelles que se houverem assignalado por seu merito ou demerito
litterario ou moral, na fórma dos §§ 3.° e 4.° do artigo 6.° do predito regulamento.
5.° Os empregados subalternos de policia academica deverão ser diligentes, e ao mesmo
tempo discretos, na averiguação dos delictos ou contravenções commettidos por pessoas
académicas, e dar-me parte circumstanciada de todos, capturando aquellas pessoas que
encontrarem em flagrante delicto. Guardando a maior consideração e delicadeza para com
as que se conduzirem com termos, maneiras e palavras de homens bem educados, inti-
marão para comparecerem na minha presença as que, com vestidos indecentes, termos e
maneiras grosseiras, e palavras descomedidas, desmentirem aquella qualidade, a fim de
serem reprehendidas, e ficarem os seus nomes e faltas notados no livro competente, na
fórma do artigo 14.° do citado regulamento.
6.° As auctoridades administrativas, judiciaes e militares deverão participar-me todos
os acontecimentos criminosos em que forem envolvidas algumas d'aquellas pessoas, pres-
tarem-me os auxilios que forem invocados, e coadjuvar as rondas de policia academica,
na fórma do artigo 21.° do mesmo regulamento. Este auxilio e coadjuvação sincera e effe-
ctiva que de todos espero serão o meio mais seguro de prevenir os crimes, poupando-assim
a triste necessidade de os castigar. -
Espero que sejam raríssimas as occasiões de se fazer applicação de alguma das dispo-
sições penaes do regulamento de policia academica; porque confio plenamente no bom
senso, brios e pundonor da academia; e o exemplar procedimento que ella teve no anno
lectivo findo, que justamente lhe mereceu os elogios do governo de Sua Magestade, será
um ponderoso incentivo qne a estimule a continuar a merecer igual honra para satisfação
de seus mestres, gloria da universidade, consolação de suas familias e esperança segura
da patria.
E para que chegue á noticia de todos será este affixado nos geraes da universidade e
do lyceu, e publicado no Diario de Lisboa e em algum periodico d'esta cidade.
Paço das escolas, em 26 de setembro de 1 8 6 3 . — E u Joaquim José da Encarnação e
Silva, segundo official, servindo de secretario, o subscrevi.=José Ernesto de Carvalho
E Rego, VÍCe-reÍtOr. D. do L. n.° m, de * do outubro.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS


RESOLUÇÃO N.° 2 9 0

O conselho geral das alfandegas:


Yisto o recurso interposto por H. Juhel na alfandega de Lisboa, sobre a classificação
de um toldo para carro, vindo de Londres pelo navio Adele, na caixa marca D. D. 698;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Visto o exame directo a que se procedeu;
Vistos os documentos exigidos da alfandega e remettidos em officio de 16 do corrente;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que os chapéus de sol e umbrellas, a que se refere a pauta no artigo 172."
são os de uso commum e manual, não comprehendendo toldos, aindaque as armações
d'elles sejam de systema analogo ás dos chapéus de sol e umbrellas;
Considerando que a uma parte do objecto sobre que se contesta é applicavel a dispo-
sição do artigo 26.° dos preliminares, assim como á peça separada, sendo como é ferro
forjado e envernizado em obra, está marcado o direito no artigo 101.° da pauta, tendo sido
n'estes termos que foi feita a verificação pelos verificadores do despacho;
Resolve:
Artigo unico. O objecto que deu logar ao presente recurso foi bem classificado na al-
fandega de Lisboa pelos verificadores do despacho.
Esta resolução foi adoptada em sessão do conselho geral das alfandegas, de 29 de
setembro de 1865, estando presentes os vogaes — Simas=Santos Monteiro, r e l a t o r =
A breu=Nazaré th=Costa=Couceiro. D. de L. n.° 226, de 6 de out.

~ «
88
354 1865 11 de setembro

RESOLUÇÃO N.° 2 9 1

0 conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto na alfandega de Lisboa por E. Pauphilet, sobre a classifica-
ção de uns enfeites para cabeça de sfenhora, vindos com outros objectos na caixa marca E.
P. & F., procedente do Havre;
Visto o auto da conferencia dos Verificadores;
Visto a amostra que acompanhou o recurso;
Vista a informação prestada pelo chefe da alfandega em officio de 16 decorrente mez;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que os objectos, que motivaram o presente recurso, sendo compostos
de diversos materiaes de diminuto valor, são similhantes ou iguaes a muitos outros a que é
applicavel o artigo 185.° da pauta;
Resolve:
Artigo unico. Aos enfeites qne deram motivo ao presente recurso é applicavel o ar-
tigo 185.° da pauta geral das alfandegas, para serem despachados como quinquilberias
não especificadas, sujeitas ao direito de 370 réis por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegassem sessão de 29 de
setembro de 1865, estando presentes os v o g a e s = Simas = Santos Monteiro, r e l a t o r =
Abreu=Nazar eth= Costa,= Couceiro. . D. deL.i.° 226, de 6 de out.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA

Considerando quanto importa conhecer até que ponto e de que modo são exequíveis
e executados nos differentes estabelecimentos publicos de instrucção secundaria e superior
os programmas do ensino: ha Sua Magestade El-Rei por bem determinar, que no primeiro
dia de cada mez todo o professor que reger cadeira em qualquer dos mencionados esta-
belecimentos, apresente ao respectivo chefe litterario, para que este o faça Jogo subir ao
ministerio do reino, pela direcção geral de instrucção publica, um summario das materias
t u e tiver dado em cada um dos dias lectivos do mez anterior.
Paço, em 30 de setembro de 1 8 6 5 . ^ J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. d e L . n.° 223, de 3 de out.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL


3. a REPARTIÇÃO—1." SECÇÃO

Manda Sua Magestade El-Rei declarar ao governador civil de Lisboa, em resposta ao


seu officio de 21 de setembro ultimo, que a providencia n'elle reclamada contra os de-
posites de pinho existentes na villa de Oeiras é da competencia da camara municipal, a
quem toca prover a todos os assumptos de policia urbana, pela faculdade ampla que lhe
confere o artigo 120.°, § ultimo, do codigo administrativo, e porque o decreto de 21 de
outubro de 1863 somente tolheu a acção policial das camaras em relação aos estabeleci-
mentos industriaes insalubres, incommodos.ou perigosos, ácerca dos quaes proveu, d'onde
resulta que todos os outroç estão sujeitos á legislação geral de policia, que é a acima in-
dicada.
., Cumpre pois que o governador civil dè n'esta conformidade as convenientes instruc-
ções á camara, e ordene ao administrador do concelho que requeira a publicação de pos-
tura adequada, quando a camara se não preste a faze-la por deliberação própria.
Paço, em 30 de setembro de 1865.—Joaquim Antonio de Aguiar.
D. de L. n.° 224, de i de tfut.
13 de setembro 1865 355

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio do engenheiro chefe da 2 / divi-
são fiscal dos caminhos de ferro, com data de 23 do corrente, em que submette á appro-
vação do governo uma proposta feita pela companhia do caminho de ferro de sueste, para
estabelecer um comboio extraordinario de mercadorias, quando a affiuencia d'ellas, por
effeito da baldeação, possa dar logar à demora do comboio de passageiros; e conforman-
do-se o mesmo augusto senhor com a informação dada a este respeito pelo referido enge-
nheiro fiscal: ha por bem, em additamento á portaria de 23 d'este mez, que estabeleceu o
novo horário, que deve regular o serviço dos comboios de 1 de outubro futuro em diante,
approvar a proposta feita pela dita companhia, para estabelecer, quando as circumstancias
o exigirem, um comboio extraordinario de mercadorias, a fim de não interromper a regu-
laridade que deve observar-se na partida dos Irens de passageiros.
O que assim se communica, pelo ministerio das obras publicas, commercio e industria
ao referido engenheiro fiscal para sua intelligencia e devidos effeitos.
• Paço, em 30 de setembro de 1863.=Conde de'Castro—Para o engenheiro chefe da
2." divisão fiscal dos caminhos de ferro. ' d. de L. n.° 226, de 6 de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIRECÇÃO
2.' REPARTIÇÃO

Tendo o governador geral da provincia de Angola, em officio n.° 202, de 7 de junho


ultimo, enviado a este ministerio, em satisfação á portaria circular que lhe foi expedida
em 1? de junho de 1864, a nota dos escravos existentes na provincia; e vendo-se da
mesma nota que no districto do Ambriz existem actualmente 443 escravos registados,
quando pela lei de 5 de julho de 1856 foi abolido completamente o estado de escravidão
n'aquelle districto: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da
marinha e ultramar, que o sobredito governador geral declare quaes as rasões por que não
tem sido cumprida a lei, e faça proceder com todo o rigor contra quem houYer permittido
o registo de escravos no Ambriz, o que tem sido um abuso, que de modo algum póde
tolerar-se.
Paço, em 30 de setembro de 1865.=Visconde da Praia Grande.
D. de L. n.° 224, de 4 de out.

Constando extra-officialmente n'este ministerio que alguns proprietarios da ilha do


Principe têem engajado para o trabalho da agricultura os pretos livres denominados cru-
manos (indígenas da terra da republica da Libéria), e que estão satisfeitos com o bom ser-
viço prestado por estes laboriosos trabalhadores; e convindo^auxiliar, quanto possivel, a
introducção do trabalho livre na provincia de S. Thomé e Principe, não só para que se
substitua por elle o trabalho forçado dos escravos, mas para que com o augmento dos
braços destinados aos trabalhos ruraes se promova o desenvolvimento da agricultura e a
prosperidade da provincia: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos ne-
gocios da marinha e ultramar, que o governador da referida provincia informe o quo lhe
constar sobre este assumpto, e indique o que julgar conveniente adoptar-se para .ser pro-
movida a introducção dos supracitados crumanos na provincia.
Paço, em 30 de setembro de 1865.=Visconde da Praia Grande.
D. de L. n . ° 224, de 4 de out.
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OUTUBRO
MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO
DIRECÇÃO GERAL 1*E ADMINISTRAÇÃO POLITICA
L. A R E P A R T I Ç Ã O

Portuguezes!—Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Luiz I, meu sobre todos muito amado
e prezado filho, acaba de sair do reino para visitar seu augusto sogro o Rei de Italia e outros
soberanos da Europa, tendo sido para esse fim auctorisado pela carta de lei de 4 de se-
tembro do corrente anno.
Em virtude do artigo 2.° da citada lei e das leis de 7 de abril de 1846 e 12 de feve-
reiro de 1862, assumo a regencia do reino, e exerce-la-hei durante a ausencia de Sua Ma-
gestade El-Rei.
Entrando no exercicio da regencia e em conformidade com a carta constitucional da
monarchia, juro manter a religião catholica apostólica romana, a integridade do reino, obser-
var e fazer observar a constituição politica da nação portugueza e mais leis do reino, e
prover ao bem geral da nação, quanto em mim couber; juro igualmente guardar fideli-
dade a El-Rei o Senhor D. Luiz I, e entregar-lhe o governo logoque regresse ao reino.
Este juramento será por mim reiterado perante as côrtes geraes da nação portugueza
na sua proxima reunião no dia 6 de novembro.
Tenho resolvido que os actuaes ministros e secretarios d'estado continuem no exer-
cicio de suas respectivas funcções. »
Paço das Necessidades, em 2 de outubro de 1865.=REI, Regente. == Joaquim Anto-
nio de Aguiar—Augusto Cesar Barjona de Freitas=Antonio Maria de Fontes Pereira
de Mello= Visconde da Praia Grande = Conde de Castro. D. de L. n.° 223, do 3 de out.

Sendo indispensavel estabelecer o formulário com que durante a minha regencia em


nòme de Sua Magestade Fidelíssima o Senhor D. Luiz, Rei de Portugal e dos Algarves,
etc., devem ser expedidos os diplomas e actos do governo e das auctoridades que man-
dam em nome do mesmo augusto senhor: hei por bem, tendo em vista a carta constitu-
cional da monarchia portugueza, o acto addicional e as leis de 7 de abril de 1846, 12 de
fevereiro de 1862 e 4 de setembro do corrente anno, decretar em nome de El-Rei o se-
guinte:
1.° A promulgação das leis será feita com esta formula «D. Fernando, Rei Regente
dos Reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome de El-Rei. Fazemos saber a todos os
subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei se-
guinte:»..
2.° A formula das cartas patentes e de quaesquer outros diplomas do governo, ou car-
tas e titulos dos tribunaes, que se costumam expedir em nome expresso do Rei, será:
«D. Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome de El-Rei».
3.° A formula dos alvarás será: «Eu El-Rei, Regente èm nome do Rei, faço saber:®.
4.° As cartas regias para subditos portuguezes dirão no logar competente: «Eu El-
Rei D. Fernando, Regente em nome do Rei»; para estrangeiros dirão:«Eu El-Rei D. Fer-
nando, Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome do Rei:».
5.° Os decretos terão a formula ordinaria, acrescentando-se á expressão preceptiva as
palavras: «Em nome de El-Rei».
6.° As portarias do governo terão este formulário: «Manda Sua Magestade El-Rei,
Regente em nome do Rei, pela secretaria d'estado dos negocios, etc.».
Nas portarias expedidas pelos tribunaes, nos casos do estylo, se usará da formula:
«Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pelo tribunal, etc.».
7.° As supplicas, representações e mais papeis, que me forem dirigidos, ou immedia-
358 1865, 12 de outubro

tamente ou pelos tribunaes, empregarão o tratamento de «Magestade» e principiarão


«Senhor».
A direcção externa será: «A Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei».
Toda a correspondencia official deve ser expedida sob o titulo de «Serviço nacional
e real».
Os ministros e secretarios d'estado de todas as repartições assim o tenham entendido
e façam executar. Paço das Necessidades, em 2 de outubro de 1865. = REI, R e g e n t e . =
Joaquim, Antonio de Aguiar=Augusto Cesar Barjona de Freitas=Antonio Maria de
Fontes Per eh'a de Mello = Visconde da Praia Grande=Conde de 'Castro.
D. dc L. n.° 223, de 3 de ont.

MINISTERIO DAS ORRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
2.» SECÇÃO

= Tendo diversos officiaes empregados no ministerio das obras publicas, commercio e


industria, reclamado,contra a classificação que lhes foi dada no corpo de engenheria civil:
ha Sua Magestade El-Rei por bem nomear uma commissão composta do general José Feli-
ciano da.-Silva Costa, do inspector de divisão do corpo de engenheria civil João Chrysos-
tomo de Abreu e Sousa, do engenheiro chefe de l . a classe do mesmo corpo José Victo-
rino Damazio, do engenheiro chefe de 2. a classe José Diogo Mascarenhas Mousinho de
Albuquerque, e do ajudante do procurador geral da corôa junto do supradito ministerio, a
qual commissão, avocando todos os processos que existirem no mesmo ministerio relati-
vos a similhantes reclamações, consultará sobre ellas com a maior brevidade que lhe for
possivel.
O que se communica ao general José Feliciano da Silva Costa, para seu conhecimento
e execução. Paço, 2 de outubro de 1865. = Conde de Castro = o general José Feli-
ciano da Silva Costa (1). o. de L. n.° 229, de io de ont.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


DIRECÇÃO
2." REPARTIÇÃO

Cumprindo estabelecer o-systema que deve seguir-se no arsenal de marinha com as


arrematações de tarefas e empreitadas, auctorisadas pelo artigo 8.° do respectivo regula-
mento, por modo que de taes actos derive verdadeira economia para a fazenda, sem pre-
juizo dos operarios ou empreiteiros, por falta de exacto conhecimento das condições a
que se obrigam, ou insciencia dos deveres que lhes resultam de taes contratos;
Considerando que o methodo ensaiado na arrematação da empreitada das obras inter-
nas da corveta Duque da Terceira, e n'outras pequenas embarcações, tem produzido ex-
cellentes resultados, mostrando quanto convém que em todas as referidas arrematações,
que houverem de se fazer no arsenal da marinha, se proceda de modo analogo; manda
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei:
l .° Que, para proceder ás arrematações de quaesquer obras mandadas fazer por conta
do arsenal de marinha, se reunam, em fórma de jury, o inspector geral do mesmo arse-
nal como presidente, o director das construcções navaes e o chefe da repartição .do ponto
geral como secretario, e perante o jury assim constituido haja de effectuar-se a licitação
das obras para aceitar a proposta que mais convier aos interesses da fazenda, lavrando-se
de tudo a competente acta;
2.° Quando por legitimo impedimento não podér comparecer ao acto da arrematação
algum dos membros do jury, será substituído pelo seu substituto legal;
3.° Que o jury ouça os mestres e mais peritos que reputar necessarios para fazerem

(1) Identicas para JóSo Chrysostomo de Abreu e Sousa, José Victorino Damazio, José Diogo Mas-
carenhas Mousinho de Albuquerque, Antonio Cardoso Avelino.
389
14 de outubro. 1865

as devidas explicações aos apresentantes de propostas e tambem para obter quaesquer


esclarecimentos de que precisar para resolver scientemente;
4.° Quando se aceitar alguma proposta de obra, cujo valor exceda 200$000 réis, se
estatuirá uma condição em virtude da qual o arrematante indemnise a fazenda da falta de
cumprimento das obrigações a que se sujeitar, quer pela delonga dos prasos fixados, quer
por alguma outra inobservância das mesmas condições, exigindo-se-lhes fiançaidonea; se
o Valor da obra não chegar a 200$000 réis será a fiança substituída por uma parte oú pela
totalidade da importancia da mesma obra, que só depois de concluida será complétámente
satisfeita.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, se communica ao
conselheiro inspector geral interino do arsenal da marinha para seu conhecimento e de-
vidos effeitos.
Paço, em 3 de outubro de 1863.== Visconde da Praia Grande. .
D. de l . n.0 224, a'e « aetint.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3 . A R E P A R T I Ç Ã O — 1.» S E C Ç Ã O

Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, manda declarar ao governador civil
da Guarda, para seu conhecimento e da camara municipal do Sabugal, que não póde ser
approvada, a pensão por ella concedida ao seu antigo escrivão Julio Antonio Vieira:
1.° Porque, segundo a disposição da ordenação, livro 1.°, titulo 66.°, § 20.° e da porta*
ria regulamentar de 23 de agosto de 1859, as pensões municipaes só podem ser concedi-
das aos empregados que prestaram serviços relevantes e distinctos; .:
2.° Porque do alvará se não mostra que o agraciado fizesse jamais áo concelho ser-
viços daquella natureza, não podendo considerar-se dislincto e relevante o serviço ordi-
nario, por diuturno que seja; • : ' .
3.° Porque os serviços militares que se diz haver prestado o ex^escrivão, aindaque
relevantes fossem, não podiam ser tomados em conta na concessão de pensões municipaes*
que só podem assentar em serviços prestados em beneficio especial do concelho, e não
nos geraes prestados aò estado, os quaes devem ser remunerados segundo a legislação que
rege n'estas materias, se n'esses serviços se derem os requisitos que as leis'exigem.
Paço, em 3 de outubro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. de L. n.°st8, de 5'de ott.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS
2.A R E P A R T I Ç Ã O

Attendendo ao que me representou o presidente da commissão creada por -decreto de


10 de janeiro de 1861, para colligir os documentos que possam servir de subsidio ao es-
tudo do direito ecclesiastico portuguez, e confiando na intelligencia, zêlo e mais circums-
tancias recommendaveis que concorrem na pessoa do dr. João José de Mendonça Cortez,
lente substituto da faculdade de direito na universidade de Coimbra: liei por bem, em nome
de. El-Rei, nomea-lo para fazer parte da mesma commissão.
O ministro e secretario d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça assini o (.enha
entendido e faça executar.' Paço, em 4 de outubro de 1 8 6 5 . = R E Í , Regeole—, Augusto Ce-
sar Barjona de Freitas. D.de<i,.n.oM5,de5-ai>ocít.
360 1865, 12 de outubro

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


DIUECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
REPARTIÇÃO D E CONTABILIDADE

Tomando em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios d'eslado dos nego-
cios do reino e da fazenda, e usando da faculdade conferida ao governo pelo § 4.° do ar-
tigo 3.° da carta de lei de 25 de junho de 1864, em vigor para o anno economico corrente
pela carta de lei de 18 de maio de 1865: hei por bem, ouvido o conselho d'estado, decre-
tar em nome de EI : Rei o seguinte:
Artigo unico. É aberto no ministerio da fazenda, a favor do ministerio do reino, um
credito supplementar até â quantia de 12:000^000 réis, em que poderão importar as des-
pezas extraordinarias de saude publica no anno economico de 1865-1866.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço das Necessidades, em 4 de outubro de 1865.—REI, Re-
gente. =Joaquim Antonio de Aguiar—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L. n.° 226, do 6 do out.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL


3. A R E P A R T I Ç Ã O - ! . ' SECÇÃO

. Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o requeri-
mento de Maria da Gloria de Abreu Lopes e Gertrudes Emília de Abreu Lopes, pedindo
a confirmação da pensão de 150$000 réis que lhes fôra concedida pela camara*municipal
de Angra do Heroismo, pelos serviços prestados por seu pae Manuel Bernardo de Abreu
Lopes, escrivão que foi da administração do concelho da mesma cidade: manda o mesmo
augusto senhor declarar ao governador civil, em resposta ao seu officio de 18 de setembro
ultimo, e para sua intelligencia e da camara municipal de Angra, que não póde ser con-
firmada a pensão concedida:
1.° Porque a ordenação, livro 1.°, titulo 66.°, § 20.°, c a portaria dè 23 de agosto de
1859, somente auctorisam a concessão de pensões aos empregados dos concelhos; e o es-
crivão da administração, comquanto seja pago dos seus ordenados pelo cofre da camara,
como o são os outros funccionarios, não é empregado municipal; mas da administração
geral do estado, o que em relação aos amanuenses das administrações foi ha pouco decla-
rado pela portaria de 4 de julho de 1865;
2.° Porque os diplomas citados exigem que as pensões assentem em serviços feitos
em proveito especial do concelho, e aos serviços do escrivão da administração falta esta
qualidade essencial, poisque não compete a este empregado funcção alguma municipal,
mas apenas funcções da administração geral do estado;
3.° Porque as pensões hão de ter por base serviços relevantes e distinctos, e do alvará
"não consta que taes serviços existam, vistoque não podem considerar-se relevantes os que
são só diuturnos;
4.° Finalmente, porque os serviços militares que o fallecido escrivão "prestou, se fo-
rem de natureza tal que dêem direito ás filhas a serem remuneradas por elles, ha deessa
remuneração ser dada pelo estado e não pela camara, a quem não incumbe uma tal obri-
gação.
Paço, em 4 de outubro de 1 8 6 5 J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. do L. n.° 228, de 9 de out.

(1) S e n h o r ; — As despezas extraordinarias de saude publica, taes como gratificações aos delegados
e sub-delegados technicos do conselho de saude e aos encarregados da policia sanitaria em Lisboa, sa-
larios dos guardas privativos de saude a bordo dos navios em quarentena, despezas com a policia sani-
taria a cargo do governo civil de Lisboa e outras que eventualmente possam apparecer d u r a n t e o actual
anno economico, calculam-se em 12:000^000 réis.
P a r a occorrer áquellas despezas está o governo auctorisado a a b r i r creditos supplementares pela
carta de lei de 25 de j u n h o de 1864, artigo 3.°, § 4.° em vigor para o anno economico de 1865-1866
pela carta de lei de 18 de maio de 1865.
Por estas r a s õ e ^ o s ministros de Vossa Magestade nas repartições dos negocios do r e i n o e da fa-
zenda têem a h o n r a de submetter á approvação de Vossa Magestade o seguinte decreto.
Ministerio dos negocios do reino, em 4 de o u t u b r o de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio d'Aguiar—Anto-
nio Maria de Fontes Pereira de Mello.
14 de outubro. 1865 361

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
3 . a SECÇÃO

Tomando em consideração as repetidas representações em que a camara municipal de


Lisboa tem requerido, diversas modificações no regulamento approvado por decreto de
7 de março de 1861 para o afilamento de pesos e medidas;
Considerando que o serviço dos atilamentos dos pesos e medidas dos estabelecimentos
da cidade de Lisboa não póde ser effectuado completamente e com o devido rigor no pe-
ríodo para esse íim designado pelo artigo 6.° do referido regulamento; e
Considerando igualmente que pelo artigo 13.° do decreto de 29 de dezembro de. 1860
compete ao governo determinar as epochas em que deve ser feito annualmente: o afila-
mento: .
Hei por bem, em nome de El-Rei, determinar que o serviço annual do afilamento dos
pesos e medidas da cidade de Lisboa seja feito durante o periodo comprehendido entre i
de julho e 1 de outubro.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria e dos negocios estrangeiros assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 4 de
outubro de 1865.=REI, R e g e n t e . = Conde de Castro. D. DEL. n.° 243, DE 26 DE out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
3 . a REPARTIÇÃO . •

Havendo o ministro e secretario d'estado dos negocios da marinha e ultramar repre-


sentado como instante a necessidade de ampliar aos aspirantes de m a r i n h a i s providen-
cias da portaria de 5 de setembro proximo preterito, relativa aos exames dos alumnos mi-
litares: manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pela secretaria d'estado
dos negocios do reino, que as disposições da citada portaria sejam applicadas aos aspiran-
tes de marinha que se propozerem a seguir o curso da sua arma.
Paço, em 5 de outubro de 1 8 6 5 J o a q u i m Antonio de Aguiar. '
D d e L . n . ° 2 2 6 , de 6 de out.

Para que aos aspirantes de marinha possa aproveitar ainda este anno o beneficio que
lhes concede a portaria d'esta data e ministerio, applicando-lhes as disposições da de 5 de
setembro proximo preterito, relativa aos exames dos alumnos militares: manda Sua Ma-
gestade El-Rei, Regente em nome do Rei, que os requerimentos para exames dos mesmos
aspirantes possam ser apresentados aos reitores dos lyceus de Lisboa, Coimbra e Porto,
até ao dia 11 do corrente, e que os outros prasos estabelecidos na citada portaria sejam pro-
rogados por mais quatro dias alem do termo n'ella fixado, o que terá logar só este anno,
devendo nos seguintes regular os prasos de que trata a mencionada portaria.
Paço, em 5 de outubro de Joaquim Antonio de Aguiar.
D. de L. n.° 226, de 6 de ont.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


SECRETAKIA D'ESTADO
2. A REPARTIÇÃO

Constando que em algumas repartições dependentes do ministerio da fazenda, a par


de muitos funccionarios zelosos pelo serviço publico, ha empregados que commetteín fal-
tas e praticam abusos que é indispensavel coliibir: determina Sua Magestade El-Rei, Re-
gente em nome do Rei, o seguinte:
O empregado que, com parte de doente, deixar de comparecer até tres dias consecu-
362 1865, 12 de outubro

tivos na sua repartição e se apresentar ao quarto, será abonado do vencimento dos dias em
que faltou, e se ao quarto dia ou antes remetter certidão de facultativo comprovativa da
sua doença, continuará a ser abonado a*té trinta dias, ficando porém dependente o abono
do vencimento, relativo ao mais tempo em que se conservar ausente, da apresentação de
nova certidão;
O empregado a quem durante um mez se considerarem justificadas tres faltas pela
simples parte de doente, não poderá no decurso do mesmo mez ser abonado do venci-
mento correspondente ás mais faltas que fizer por igual motivo, senão apresentando certi-
dão do facultativo que o tratar nos termos do artigo antecedente;
0< empregado que for encontrado fóra da sua casa no dia em que a pretexto de doen-
ça deixar de comparecer na repartição, será pela primeira vez suspenso do exercicio e
vencimento por oito dias, e no caso de reincidência o governo haverá para. com elle mais
severa demonstração, conforme as circumstancias;
Ao empregado que faltar á sua repartição sem licença, ou sem justificar as faltas que
fizer, será descontado ó vencimento dos dias em que deixar de comparecer, e se faltar mais
de trinta dias consecutivos, sem haver obtido licença, será suspenso ou demittido, como
parecer mais justo;
O empregado que, sem licença do respectivo chefe, se ausentar da repartição antes de
findarem os trabalhos, será suspenso, do exercicio e vencimento por espaço de oito dias;
se estas faltas*se repetirem poderá haver a seu respeito mais severo procedimento;
O empregado que estiver com parte de doente, com certidão ou sem ella, poderá ser
oficialmente visitado no seu domicilio por um ou mais facultativos, precedendo auctori-
sação do ministro; reconhecendo-se que a doença não é verdadeira, o empregado será
desde logo suspenso e o governo procederá depqis corno, julgar mais conveniente.
O que o mesmo augusto senhor manda, pela secretaria d'estado dos negocios da fa-
zenda, participar ao conselheiro official maior da mesma secretaria e secretario geral do
ministerio, para que lhe faça dar inteiro cumprimento, communicando esta resolução a to-
das as repartições dependentes d'este ministerio.
Paço, em 5 de outubro de 1 8 6 5 . — Antonio Maria de Fontes Pereira cfcj MeUo.=
Para o conselheiro official maior da secretaria d'estado dos negocios da fazenda e secreta^
íio geral- do. ministerio. D.dew.aMídeeideoo»,

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DÒ COMMERCIO E INDUSTRIA

i . Considerando q u e todas aquellas associações que não podem ter existencia. legal sem
pifeviaauctorisação do governo, estão sujeitas á fiscalisação da administração publica exer-
cida pelo. modo que ao mesmo governo parecer mais conveniente; e
Vista a representação do conselheiro Antonio José Coelho Louzada, com data de 5 do
corrente mez, dando conhecimento das duvidas que se suscitaram na assembléa geral da
companhia de seguros denominada «segurança», em sessão de 16 de agosto passado,
ácerca do direito que aos fiscaes do governo assiste de tomarem parte nas discussões da$
assembléas geraes das,referidas associações:
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pelo ministerio das obças pu-
blicas, commercio e industria, que o governador civil do districto administrativo do Porto
faça constar á direcção e á mesa da assembléa geral da companhia de seguros denominada
«segurança», que tendo o referido conselheiro Antonio José Coelho Louzada sido nomea-
do, por portaria de 19 de dezembro de 1861, para exercer na cidade do Porto as func-
ções de fiscal das sociedades ano.nymas ou companhias de commercio e das sociedades de
soccorros mutuos e caixas economicas; cumpre que o referido funccionario seja sempre
considerado como representante da auctoridade publica em tudo quanto for relativo ao
ejerçiçi&da commissão de que está incumbido; com a obrigação de fiscalisar o fiel.cum-
primento, da lei social de taes sociedades; e podendo por isso não só assistir, qugpijo o
julgar conveniente, ás sessões das assembléas geraes dos associados, mais tambem abj. emit-
tir opinião sobre todas as questões que se referirem á execução ou interpretação dos es-
tatutos, dando conhecimento ap governo de qualquer violação dos mesmos estatutos, sem
? da outubro 1865 m

que por modo algum, pelas opiniões emittidas pelo fiscal, fique tolhido o direito que só
aos associados pertence de tomar qualquer deliberação.
Manda igualmente o mesmo augusto senhor, qtie esta determinação seja applicada a
todas as: associações da natureza indicada, sempre que junto d'ellas se achar algum fiscal
por parte do governo e se suscitarem as duvidas que deram motivo a» esta regia deter-
minação.
Paço> em 5 de outubro de 1 8 6 5 . = C o n d e de Castro. D. DE L. n.° 237, de 19 de oot.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


DIUECÇÃQ GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3 . 1 REPARTIÇÃO—2. a SECÇÃO

Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, conformando-se com a consulta da


secção administrativa do conselho d'estado, manda declarar ao governador civil de Braga,
que não póde ser auctorisada a expropriação requerida pela misericórdia da villa de Fafe,
de um terreno pertencente a José Antonio da Veiga e Castro, terreno que a misericordia
julga necessário para concluir as obras do seu hospital, porque, segundo o preceito ex-
presso da lei de 23 de julhp de 1850 e da lei fundamental do estadp,, ap expropriações
não podem ser auctorisadas senão por motivo de utilidade publica, devidamente compro-
vada e as misericórdias, sendo corporações particulares, aquillo que redunda,em sejQ be-
neficio' não póde considerar-se como de utilidade publica, que no sentido- das, leis,só se
dá,nos actos que interessam a sociedade em geral, ou alguma fracção- importante. cí'ellá,
como.q districto, o concelho.ou a parochia, tfonde se segue que as misericórdias, que não
representam, sociedade.em geral, ou alguma das suas fracções, não.têemidip§it.0i^reques-
rer expropriação por utilidade publica.
Paço, em 6 de outubro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. d a l f j n ^ ^ . d â í - a e ^ t .

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DA. FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS' ' ' '

Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente èm nome dq : Rei, <0 officio,do director
da alfandega do Porto, datado de 30 de junho ultimo, em que pedia ser esc.larecidp.sobre
se devia continuar a cobrar-se o imposto de 500 réis em pipa de vinho, geropiga ou aguar-
dente, que der entrada nos armazens do Porto, ou Villa Nova de Gaia, creado, pelfl carita
de lei de 11 de outubro de 1852, com applicação a melhoramentos no,districto «inhatejí-p
do, alto. Douro; e o mesmo augusto senhor, considerando que o artigo -l^ida.carta.de lei
de 18 de maio do corrente anno auetorisou a cobrança; dos impostos e mais rendímentas
publicos, relativos ao anno economico de 1865-1866, applicando o seu.prqdpcto,ás des-
pezas do estado, correspondentes ao mesmo anno, segundo o disposto na, car.ta>de Ipi de
25 de junho de 1864, e mais disposições legislativas em vigor; considerando quq o. im*
posto de que se trata está comprehendido na mesma; auctorisação, por issQi que já se
achava, incluído na, citada carta de lei de 25 de junho de 1864: ha por bem, çonformau*
dorse com o parecer do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições indire-
ctas, mandar declarar, que deve. continuar a,proceder-se á cobrança do referido,.imposto,
visto,^açhar-se,auctorisada por lei a sua percepção. .;
. 0,que, pela-direcção geral das alfandegas e contribuições indirect^^sQtComipqniGa ao
director'da alfandega do Porto,, para seu conhecimento e devidos effejtos;
Paço, em 7 de outubro de 1865.= Antonio Maria de Fontes Pereira de MeU&j. ,1

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364 1865, 12 de outubro

Constando ao governo que se tem desenvolvido em grande escala a epizootia mortífera,


que na Inglaterra, Belgica e Hollanda grassa nos animaes da especie bovina, havendo já o
conselho de saude publica do reino, dentro dos limites das suas attribuições, tomado a
providencia de obrigar a quarentena o gado de que se trata, procedente d'aquelles paizes; e
sendo o mesmo conselho de opinião, que absolutamente se prohiba a admissão dos des-
pojos de animaes que d'ali vierem: ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome
do Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro director geral das alfandegas e con-
tribuições indirectas, determinar que fique provisoriamente vedada, nos portos portugue-
zes, a admissão para consumo, ou para deposito, de quaesquer partidas de couros e despo-
jos de animaes procedentes de Inglaterra, Belgica e Hollanda, emquanto durar a referida
epizootia, e se não ordenar o contrario.
O que se communica a quem competir, para os devidos effeitos.
Paço, em 7 de outubro de 1865. = Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L. n.° 2-29, de 10 de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.°

Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 7 de outubro de 1865

Declara-se:
Que as disposições do § 6.° do artigo 356.° do regulamento de fazenda militar de 16
de setembro de 1864 devem ser applicadas a todas as praças de pret, ás quaes o serviço
nas obras militares é facultativo, mas não áquellas para quem elle è obrigatorio e prescri-
pto nas respectivas organisações. D. de L. n.° 230, de n de out.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO D E MINAS — 2 . » SECÇÃO

Tendo-me sido presente o requerimento de Alonso Gomes, em que nos termos do de-
creto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de de-
zembro de 1853 pede se lhe faça a concessão definitiva da mina de manganez, sita na her-
dade dos Escudeiros, freguezia de Albernôa, concelho de Mertola, districto de Beja;
Considerando que o requerente, por portaria de 14 de dezembro ultimo, obteve a con-
cessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.° do ci-
tado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a
planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto Domingos Fernandes é idoneo para, segundo
as regras de arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho ge-
ral das obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da lei, e habilitado o requerente para a concessão definitiva do mesmo deposito: .
Hei por bem em nome de El-Rei, conformando-me com o parecer da referida secção,
conceder por tempo illimitado a Alonso Gomes a propriedade da mina de manganez, sita
na herdade dos Escudeiros, freguezia de Albernôa, concelho de Mertola, districto de Beja,
ficando obrigado em virtude da presente concessão ás seguintes prescripções:
1. a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras da arte, submettendo-se
os donos, empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos;
2. a Responder por todos os damnos e prejuízos que por causa da lavra resultarem a
terceiro;
3. a Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra e incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros;
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que occasionar pelas aguas accumuladas nos
seus trabalhos, se, tendo sido intimado, não as seccar no tempo que se lhe marcar;
14 de outubro. 1865 365

5. a Dar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior;
6. a Ter a mina em estado de lavra activa;
7. a Dar as providencias necessarias no praso que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruina pela má direcção dos trabalhos; : • .•<••
8. a Não difiicultar ou impossibilitar por uma lavra ambiciosa o ulterior aproveita-"
mento do mineral;
9. a Não suspender os trabalhos da mina com intenção de a abandonar, sem antes dar
parte ao governador civil respectivo e deixar a sustentação dos trabalhos em bom estado-;
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem ou estabele-
cerem as leis;
11. a Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria, todos os seis
mezes, a contar da data d'este decreto, o relatorio dos trabalhos feitos no período anterior;
•12.a Não admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos da lavra, sem licença do
governo, precedendo informação da secção de minas do conselho geral de obras publicas
e minas;
13. a Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações e
dos operarios; estas obras serão as que ordenar o governador civil, ouvindo o engenheiro
encarregado da inspecção das minas do districto, e no caso de não assentimento do con-
cessionario, as que o governo ordenar, ouvindo a secção de minas do conselho geral de
obras publicas e minas;
'14. a Executar as obras que, nos termos expressos na anterior condição, se prescreve-
rem pàra evitar o extravio das aguas e das regas;
15. a Não extrahir do solo senão as substancias uteis, indicadas n'este decreto, e as que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito;
16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquisa de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitti-los:
17. a Pagar ao estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidos pela lei de
31 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares de
17 de junho de 1858 e 15 de abril de 1862;
18. a Cumprir todos os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos em
• tudo que possa ser-lhe applicado.
Hei Outrosim por bem determinar que, para os fins acima designados, seja concedido
o terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto, e que é limi-
tado pelas linhas rectas que formam o pentágono BDEFG, cujos vertiCes são os pontos
B e D, ambos limites da demarcação da mina do Curralão e Zambujeiro; o ponto E, monte
dos Escudeiros; o ponto F, que fica a 500 metros ao sul do monte dos Escudeiros; e o
ponto G, que é o alto da Malhada; comprehendendo a superfície de 220:000 metros qua-
drados. •
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio industria assim o te-
nham entendido e faça executar. Paço, em 9 de outubro de 1865.=REI, Regente. =
Conde de Castro. D. det. n.«249,deÍ deno?.

Tendo-me sido presente o requerimento de Alonso Gomes, em que pede que nos ter-
mos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de
9 de dezembro de 1853, se lhe faça a concessão definitiva da mina de manganez denomi-
nada das Cruginhas, situada na freguezia de Alcarea Ruiva, concelho de Mertola, districto
de Beja ;
Considerando que o requerente, por portaria de 16 de julho do anno proximo passado',
obteve a concessão provisoria d'esta mina e que satisfez aos preceitos consignados no ar-
tigo 25.° do citado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e
industria a planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que o engenheiro proposto, Domingos Fernandes, é idoneo para, se-
gundo as regras da arte, dirigir ds trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida da secção de minas do conselho ge-
ral das obras publicas e minas, na qual a mesma secção julga satisfeitas todas as disposi-
ções da lei e habilitado o requerente para a concessão do mesmo deposito:
Hei por bem, em nome de El-Rei, conformando-me com o parecer da referida secção,
conceder por tempo illimitado a Alonso Gomes a propriedade da mina de manganez de-
366 1865 ÍO Ôè òutubro

ioitíiiiada das Crúginbas, situada ha freguezia de Alcarea Ruiva, concelho dè Mértola, dis-
tricto de Beja, ficando obrigado em virtude da prese ! hte concessão às seguintes prescri-
pções: ! "
; ' f l. a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, siíbmeftendq-se
os donos, empregados e trabalhadores ás regras d e policia designadas nos regulamentos;
• ; 2. a Responder por todòs os damnos e prejuizòs que por Causa da lavra resultarem a
terceiro;
•'»•• 3. a :-Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro pór càusa do ap-
parecimento de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra ou incorporação em f i o s ,
•arroios ou desaguadouros:
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuízos que se occasionarem pelas aguas accúmuladas
n o s seus trabalhos, se tendo sido intimado as não seccar no tempo que se lhe ínarcar;
• S. a Dár principio aos trábàlhos dentCo do praso de dois mezes, contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior;
-6. a Ter á mina em estado de lavra activa;
7. a Dar as providencias necessarias no praso que lhe for designado, quando a ríiina
ameaçar'ruina pela má direcção dos trabalhos;
• - 8. a -Não-difficultar ou impossibilitar por uma lavra ambiciosa o ulterior aproveitamento
do n r i t e â l : ; : .
! a
9. Não suspendei' os trabalhos da mina com intenção de a abandonar, sem antés dár
parte ao governador civil respectivo e deixar a sustentação dos trabalhos em bom estado;
• 10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecem óu estabele-
cerem as leis;
• Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria, todos os seis
mezes, a contar d'esta data, o relatorio dos trabalhos feitos no periodo anterior;
'12. a Nãò admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos da mina sem licença do
governo, precedendo informação do conselho de minas;
13. a Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações e
dos operarios; estas obras serão as que ordenar o governador civU respectivo, òuVindo o
inspector das minas do districto, e no caso de não assentimentod o concessionario as que
o govemorordenar ouvindo o conselho de minas;
14. a Executar as obras que nos termos expressos na anterior condição se prescreve-
r e m para evitar o extravio das aguas e das regas; -
i::: -I5. a Não extrahir do solo senão as substancias uteis indicadas n'este decreto e as que
sè acharem associadas com ellas no mesmo deposito;
'i 16.?. Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o ígov-erno julgue conveniente permitti-los;
;,: l'7. a Pagar ao estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidas'pela lei de
31 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares
ú é 17 de-junho de 1858 e 15 de abril de 1862;
.18-.* ®imprir todos os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos em tudo
q u e possa ser-lhe applicado.
Hei outrosim por bem determinar que para os fins acima designados seja concedido o
terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto e que é limitado
pelas linhas rectas que formam o hexágono A B C D E F , cujos verticés são: Serro Ag'udo,
® ponto B la;200 metros ao norte d'èste Serro, Serrinho das Canellas, Curralão, Pontal do
Pego<fo Linho 'e o ponto F n'a volta da ribeira de Alvacarega e comprehendendo uma sú-
f^rfiiáê de'240í000 metros quadrados.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio'e indus-
tria assina 'ofenha entendido e faça executar. Paço, em 9 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , Re-
gentQí^Wonde-de Castro. D.DEL.n.^50;'de4denoT.

MINÍSTÈRIO IÍOS NEGOCIOS DÂ FAZENDA ;


' ' ' tííRÍiCÇSO GERAL DAS ALFANDEGAS É 'ÇÒNTRÍBUIÇÕÈS INDIRECTAS .

Sendo presente-a Sua Magestade El-Rei, Regenle em nome dó Rei, o requerimento


em que alguns negociantes da praça de Lisboa pedem, pelas rasões que allegam, lhi j s sejam
permiUido demorar nos armazens da alfandega da mesma cidade as mercadorias >que ali
'M nW óutúbro 1865 m

têeni Shtiafcetfâdás, por mais teihpo que os prasos de três e cinco annos, estabelecidos no
artigo 6.° do decreto n.° 8 de 7 de dezembro do anno proximo passado, e dotivíndo Iiarmo-
nisar o cumprimenio da lei com os interesses do commercio: ha por bem o mesmo au-
'gtfsto Senhor, conforhiandose corri o parecer do conselheiro director geral das alfandegas
e contribuições indirectas, maridár declarar qiie, torrtándoetn consideração as reclamtfçõtes
'dós supp!icantès, sé déve entender que os prasos marcados no artigo 6.° db decreto n.° 8
dè 7 de dezembro de 1864 são applicaveis aos generos e mercadorias éHtradoè dfepòté da
publicação do citado decreto, vigorando para aquelles que já a esse tempo seachaVám eta
(fepositò às disposições ahteribrmente em éxecução.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se commúhvca a
quetA Competir para sua devida execução.
Páço, em 10 de otatubro de 1865. ±=Àntónio Maria de Fontes Pfreirú de Mello.
D. de L. n.° 230, áe Í1 de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DÀ MARINHA te U Í M À M A R


2." DIRECÇÃO
2.A REPARTIÇÃO

Convindo, em conformidade do artigo 6.° do decreto de 4 de dezetóbro de 1861, qué


permitte a concessão de terrenos baldios ou incultos nas possessões Ultramarinas, 'regu-
lai4 jó processo administrativo que deve ser observado para a mèdiçãtí e entrega dós ditos
tetrenós aos concessíonaHos: hei por bem, em nome de El-Rei, confortaáhdo-me com b
parecer do conselho ultramarino, que sobre este assumpto foi ouvido, determinar que sé
Obseíve O regulamento que d'este decreto faz parte e baixa assignado pelo ministro e se-
cretário d'estado interino dos negocios dá marinha e uitramar.
O ihesmo ministro e secretário d'estado assim o tenha entendido è faça executar. Pa-
ço,- em LI) de outubro !de Í865.=REI, Regente. = Visconde da Praia Grande.

Rèfiifàinento para execução flo artigo 6.° do decreto (2.°) de \ dè dezembro dè Í86Í
sòfiré concessões de terrenos baldios, ou outros pertencentes ao estado, nas
provincias de Cabo Verde, Angola, Moçambique e estado da India,, a que se refere
o decreto d esta data
Artigd 1As_ççmçessões para aforamento de terrenos baldios ou outros pertencentes
ad estado, rias pfiívíbcms cfê Cabo verde, Angola, Moçambique wcmao dá inclla, aiíctdri-"
sadás pelo decreto (2.°) dè 4 de dezembro de 1861, artigos 1.° e 2.°, cártá de lei de 7 dê
abril de 1863, e décreto com força de lei de 23 de maio do corrente annti, terão effeito
sótiiéfrte quando os concessioharios se mostrem habilitados Cora os mèios necessarios pará
áínténtadá culturá'.
Art. 2.° Se á concessão proceder por acto do governo dá metropole, na fófrriá dtí ar-
tigo 1.° do sdbredito decreto hão poderá verificâr-se antes de estai- satisfeita a condição do
artigo antecedente e de ser devidamente communicada ao governador géfál respectivo;
Art. 3.° Quando a concessão for requerida ao governador geral, nos termos do ar-
tigo 2.° d;o mesmo decreto, será por elle resolvida em conselho e regulada em harmcSfliá
com os meios de que os concessionarios dispozerem.
Art. Obtida a concessão e habilitado o concessionario com Os meios necessarios
fiátá á projectada cultura, deverá elle designar pór escripto, se ainda o não tiver feito,
qual a localidade dò' districto ou districtos ou divisões territoriaes eril que pretende se lhe
faÇà effectiva a iiiékmaconcessão, e O governador geral fará expedir a ordem necessária á
auctoridade respectiva, pára qiiè esta proceda na medição, demarcação e confrontação dos
terrenos. Umà cbpíâ dó título da concessão e o requerimento em que foreni designados os
tettêrios, Sérãb jutitÈfrhénte com aquella ordem remettidos á auctoridade shbáltèrná'.
Art. 5.° Esta allbtoHdttde, mandando atituál' os referidos papeis pelo escrivão d'áritè
sij oii, não o teiidôj^òf pesSòa por ella nomeada é jut-ameiHada párâ êsSè éfféito, áhnbn-
ciará no districto, por edital affixado nos logares publicos do costutae, cjue se há de pfo-
368 1865, 12 de outubro

ceder era sua presença na medição, demarcação e confrontação dos terrenos depois de
findo o praso de vinte dias.
| 1.° Uma copia do edital será junta ao processo, certificando-se n'este a affixação do
mesmo edital pelo official que a tiver feito e incorporando-se tambem o auto ou autos, de-
vidamente assignados, da medição, demarcação e confrontação dos terrenos.
§ 2.° A medição será feita pelo engenheiro da provincia, mediante ordem do gover-
nador geral, ou, na sua falta, por quem melhor possa substitui-lo e for nomeado pelo mesmo
governador.
Art. 6.° O perito ou peritos, nomeados pelo governador geral, prestarão juramento
perante a auctoridade que presidir á medição e ao passo que esta se fizer serão cravados
os marcos necessarios segundo a extensão e configuração do terreno, o que constará pelo
processo no auto ou autos respectivos, declarando-se juntamente o methodo empregado
na medição, de sorte que em todo o tempo possa verificar-se se foi ou não excedida a area
da concessão; e para o mesmo fim se explicará o sitio em que foram cravados os marcos,
assignalados por objectos perduráveis, rios, vertentes, pantanos, morros e outros similhan-
tes, havendo-os e a distancia de marco a marco, assim como a direcção a que demorarem.
§ unico. Serão exceptuados da medição o sterrenos que estiverem preoccupados, ou
em que os indígenas costumarem fazer as suas sementeiras e plantações.
Art. 7.° Feita a medição, demarcação e confrontação dos terrenos, subirá o processo
ao governador da provincia para examinar se as diligencias ordenadas estão em fórma re-
gular,- e sendo assim devolverá o mesmo processo á auctoridade local, ordenando-lhe a
posse e entrega dos referidos terrenos ao concessionario.
| unico. Se ao governador da provincia parecer que as supramencionadas diligencias
devem ser repetidas por faltas que n'ellas haja, assim ó ordenará, observando-se as for-
malidades prescriptas para as primeiras.
Art. 8." Se dentro do praso marcado no edital, ou por occasião de se proceder á me-
dição dos terrenos, esta for impugnada, a auctoridade local sobreestará em todo o ulte-
rior procedimento em respeito á porção de terreno sobre que tiver recaído a impugnação,
proseguindo todavia na medição, demarcação e confrontação dos terrenos, ácerca dos quaes
se não offerecer duvida.
Art. 9.° A auctoridade local mandará reduzir a escripto, em separado do processo, as
reclamações verbaes oppostas á medição das quaes, bem como das offerecidas por escri-
pto, fará remessa com informação sua, ao governador da provincia, e este, ouvido o agente
' do ministerio publico, resolverá as mesmas reclamações se forem de interesse geral; e
sendo de interesse particular, remetterá os reclamantes para os tribunaes judiciaes, onde
o ministerio publico promoverá como parte principal os termos do respectivo processo.
§ 1.° A resolução que versar sobre reclamações de interesse geral, será communicada
á auctoridade local e junta ao processo para se proceder nos seus termos.
, § 2.° Removida em favor da fazenda, por sentença passada em julgado, a reclamação de
interesse particular, poderá ser entregue ao concessionario o respectivo terreno, mediante
as diligencias necessarias, se ainda lhe não tiver sido inteirada a concessão e elle o pretender.
Art. 10.° Se o concessionario requerer outros terrenos em logar d'aquelles sobre que
tiver havido impugnação, o governador geral lhe deferirá depois de haver tomado conhe-
cimento da mesma impugnação na fórma do artigo antecedente, ordenando as diligencias
e mais termos prescriptos para a medição, demarcação e confrontação dos mesmos terrenos.
Art. 11.° Ao processo será junto a ordem de que trata o artigo 7.° para a posse è en-
trega dos terrenos, bem como o auto ou autos devidamente assignados, respectivos a es-
tas diligencias, e apenas ultimado subirá o mesmo processo ao governador geral que,
achando-o regular, ordenará a devida remessa á junta da fazenda, indo por appenso o pro-
cesso relativo ás reclamações de interesse geral de que trata o artigo 9.° . ;
Art. 12.° Recebido o processo, fará a junta da fazenda expedir carta ao concessiona-
rio .em conformidade do artigo 38.° e §§ 1.° e 2.° da lei de 21 de agosto de 1856, na qual
serão declaradas a situação, medição, demarcação e confrontação dos terrenos, importan-
cia do respectivo fòro e penas comminadas no artigo 4.° e § 1.° do decreto de 4 de dezem-
bro de Í864 e tambem as clausulas expressas nos artigos 10.°, 11.°e•§§, 12.°, 13.", 14.°.
e 17.° da citada lei de 21 de agosto de 1856, devendo ser registada na secretaria do go-
verno da. provincia, contadoria geral e perante a auctoridade da divisão ou divisões terri-
toriaes a que pertencer a concessão, segundo o artigo 48.° da mesma íei. •
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, em 10 de outubro de 1865,
= Visconde, da Praia Grande. D.de fc.n.»a32, dei3deout.
14 de outubro. 1865 369

CONSELHO DE SAUDE PUBLICA DO REINO


Instrucções praticas para a beneficiação das casas insalubres, afimde prevenir
a invasão e desenvolvimento da cholera morbus,
approvadas pelo conselho de saude do reino em 1865
Estas instrucções tratam da simples beneficiação que cumpre fazer ás casas antes de
serem invadidas pela epidemia. Sabendo-se que é nas habitações mais insalubres onde a
cholera manifesta primeiro os seus estragos, que são mais fatalmente invadidos os sitios
ou bairros onde existe maior numero d'essas casas, comprehende-se logo a maxima utili-
dade de instrucções que ensinem o modo pratico de as tornar hygienicamente habitá-
veis.
Não basta cuidar na limpeza das ruas e dos canos de despejo, na remoção dos diffe-
rentes focos de infecção e de outras medidas de policia hygienica, para alcançar mais com-
pleta salubridade de qualquer povoação, é alem d'isso mister que estas medidas se esten-
dam tambem á hygiene domestica. A limpeza e o aceio das casas devem merecer em todo
o tempo esmerado cuidado a todos os chefes de familia, mas muito maior deve elle ser
quando se está ameaçado de epidemia.
A beneficiação das casas insalubres é um poderoso meio de impedir a invasão da cho-
lera morbus, ou ao menos de attenuar os seus effeitos. As casas das classes pobres, as ca-
sas de malta e outras onde vive muita gente em commum, são as que mais precisam ser
beneficiadas, como se tem verificado nas visitas domiciliarias feitas pelos sub-delegados
do conselho de saude. A estas casas portanto julgadas insalubres pelas auctoridades sani-
tarias, são especialmente applicaveis as seguintes instrucções, que tambem aproveitam em
geral á beneficiação dos hospitaes, asylos, hospedarias, fabricas, cadeias, quarteis, etc.

R E G R A S G E R A E S DE BENEFICIAÇÃO

As paredes das casas que forem caiadas ou tiverem estuque estragado serão raspadas
e rebocadas e seguidamente caiadas com duas ou tres demãos de cal. Se estiverem forra-
das de papeis pintados antigos, sujos e não envernisados serão primeiramente arrancados
os papeis e inutilisados.
A mesma operação se fará aos tectos, portas, alisares e onde haja forro de papel.
As paredes e tectos das casas muito immundas, ou que tenham signaes de humidade
de cano de despejo, serão alem de muito bem raspadas, caiadas com agua de cal viva, á
qual se juntará uma pequena porção de chlorureto de cal. Se for porém excessiva a humi-
dade das paredes, convirá reboca-las com gesso, secca-las em toda a sua superfície com uma
pá de ferro em brasa, dando-lhes depois com broxa ordinaria uma demão da seguinte pre-
paração:
Cera amarella 100 grammas :
Terebinthina 4 kilogrammas
Esta preparação depois de derretida deve ser applicada quente; sobre as paredes as-
sim preparadas, podem-se collar papeis ou fazer quaesquer pinturas.

ii

Os estuques, portas, alisares, caixilhos, frisos e rodapés que estejam pintados a oleo,
serão lavados com agua e sabão ou com potassa dissolvida em agua, e se necessário for
com a preparação seguinte:
Chlorureto de cal . . . 500 grammas
(ou 1 arratel approximadamente).
Agua 8 canadas
(tudo misturado em vaso de barro ordinario).
Quando porém a madeira não for pintada ou polida será caiada ou lavada com a so-
bredita preparação,
370 Í865 1,0, d^ outjfbço

Hl

Os sobrados e ladrilhos serão lavados com a preparação mencionada na instrucção pre-


cedente e depois enxaguados com agua limpa. Estas aguas depois de servidas serão apro-
veitadas, vasando-as nas pias do despejo ou nas latrinas para que fiquem bem lavadas. As
lavagens devem seç feiras sem demora, empregando-se todos'os ineios p,ara que sejam o
mais rapidas possivel e logo bem enxutas e sêccas á madeira e o ladrilho, principalmente
qna&cko ag.casas. es.tâo b a b a d a s n£\ occasião em que é preciso faze? taes lavagens..:

~ . IV

As casas das pias ou das latrinas serão caiadas com agua de cal viva misturada com
chlorureto de cal, do mesmo modo que foi dito na instrucção i. Todas as pias deverão ser
munidas de siphões; no caso porém que os senhorios se não préstem a adoptar este me-
lhoramento aconselhado pelo bem da saude publica em geral e pela dos inquilinos em par-
ticular, deverá o aceio ser mais rigoroso n'esies logares, lavando-os e caiando-os mais de
uma vez, e lançando nas pias cal em pó misturada com porção igual de pó ou cisco de
carvão.
Devem-se preferir sempre os desinfectantes que forem mais baratos e fáceis de obter;
a cá!, o carvão, os chloruretos e principalmente a caparrosa verde (sulphato; de ferro),
têem as condições rèqueridas.
v

Os depositos de lixo serão removidos immediatamente, tendo-se o cuidado de lavar os


barris ou caixotes, depois de despejados, com solução de cal ou de chlorureto de cal.
Serão immediatamente removidos para longe de casa todos os objectos inúteis e pre-
judiciaes, como são trastes quebrados e sem serviço, calçado velho totalmente estragado,
enxergões velhos e immundos que já não possam íavar-se, palha, papeis e trapos inapro-
veitaveis e muito principalmente quaesquer outras materias susceptiveis de apodrecer.
A roupa branca que se encontrar suja será logo mandada á barrella, e o mesmo se fará
a toda a demais roupa que podér lavar-se sem se estragar.
A lã ou clina dos colchões será mui to bem lavada com água fria e sabão e depois enxuta
e batida.
Os fatos immundos de lã e de seda que não podèrem lavar-se sem que resulte estrago
ou inutilisação, deverão, no caso que seus donos queiram continuar a servir-sed'elles, aer
limpos dó melhor modo possivel; depois serão desdobrados e dependurados n'uma casa
fechadá por vinte e quatro horas, pondo-se-lhes por baixo tigelas de barro ordinario com*
uma parte de chlolureto de cal e quinze de agua, abrindo depois as janeWas para entrar a
1
luz e o àr . : -
vi' " .

Limpas e beneficiadas, uma por uma, todas as casas de qualquer habitação, incluindo
tambem as escadas (principalmente as que dão serventia a mais de uni morador com pias
de despejo nos patamares) pelo modo apontado nas instrucções anteriores, deverão con-
servar-se as janellas abertas por algum tempo para estabelecer a ventilação; no entretanto
sè farl á frmpeza da mobilia é trastes da casa com pannos seccos ou com agua, conforme
:f
forem ou não susceptiveis de lavagem. ' ' .
Os moveis de madeira não pintados ou polidos serão lavados com agua e sabão ou com
dissolução fraca de potassa.
VII

As lojas, pateos, saguões, cavallariças e curraes serão raspados, bem varridos e la-
vados ou regados mais do que uma vez, segundo o seu estado de immundicia, com a pré-
paração mencionada na instrucção n e as paredes raspadas, rebocadas e depois bem caia-
das. Se houver estrumeira ou depositos de immudicia, serão removidos immediatamente
para longe da. casa, lançando-lhes, á medida que se forem tirando, cal ou gesso ipi-slurado
com igual porção de pó de carvão e u m pouco de. sulphato de f e w ou de chlorureto de
cal. logares que servem de deposito de immundicias, basta lançar cal viva depois da
remoção ou despejo. •
14 de outubro. 1865 401

Da mesmo modo se deve praticar quando proximo da casa existam aguas sujas, empft"
çadas, urinas, residuos de fabricas, etc. .
VIII

Concluídas d'este modo as beneficiações das casas, que serão ma,is,ou mçnos, rigoroí&s,
segando as indicações dos sub-delegados technicos do conselho de saude.» 0,u dos facujta,-
tivos encarregados das visitas domiciliarias preventivas da cholera-morbus, çjg&Qtft que
todos os habitantes e particularmente os chefes de familia, conservem.aS Qíis^ a^iijiibiÇi-i
neficiadas em aceio e boas condições hygienicas, o que facilmente alcançarão praticando
o seguinte:
1.° Arejando as casas, abrindo as janellas todos os dias de manhã e de tarde, por al-
gumas horas, segundo a estação.
2.° Sacudindo e arejando as roupas das camas todas as manhãs. " : • ;
3.° Varrendo diariamente o sobrado, layando-o pelo menos de oito em oito dias no
verão e de quinze em qninze no inverno, ou mais a miúdo onde for preciso, aproveitando
para isso dias claros e seccos, tendo o cuidado de fazer a lavagem depressa e enxugando
logo, a fim de que se não conserve a humidade por muito tempo, principalmente nos quar-
tos de cama. ., '
4.° Evitando com o maior cuidado que em casa se conservem aguas sujas, urinas,
terias pútridas ou ainda quaesquer drogas ou fazendas mal cheirosas ou eiicommodáí^Yas.
5.° Tendo o maior cuidado em vasar diariamente na carroça do-li^o todçs òs, destro-
ços de hortaliças, cascas, etc., do serviço domestico, cobripdo-as, epiqu.apto se não Çaz o
despejo com uma mistura de partes iguaes de cal e pó de.carvão ou fisco de.càvyão e
de cinza. Nos povoados onde não houver carroças de lixo serão estas materias leva/ias,
logar afastado das habitações. . . '•.••ty*' :
6.° Removendo promptamente a roupa suja para o logar mais afastado das. q,u?rtos da
cama, sendo conveniente que no local escolhido, bem como na latrina, se cojisev.yem pra-
tos ou travessas de barro com chlorureto de cal, segundo, a formnlfj ^ d a .nq % in-
strucção v. .•.•••' "• •
7.° Vigiando que as bacias de retrete se conservem sempre bem ; %Adas e cpjg. ç> fupdo
coberto de agua simples ou de cal. ;
8.° Não consentindo dentro de casa, nem aves, nem animaes immundos..
9.° Escolhendo o local da casa mais conveniente e afastado do quarto da cama, para
depositar durante a noite as ferramenlas, instrumentos de officio, tintas, drogas, pelles,
ossos e quaesquer cousas fétidas ou putresciveis que a necessidade obrigue a g u , ^ a f erp
domicilio.
Está conforme- Secretaria do conselho de saude publica do reino, em 10 de outu-
bro de 4 $ 6 5 . = 0 secretario, José Pedro Antonio Nogueira. D . D O L . N . ° 2 4 7 , DEu DEOO{.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." D I R E C Ç Ã O
• '•, ' " - ( . . REPARTIÇÃO * ' V:!H. I ; ;
_ ' -.i • • • • 'i •
. gomando em cpnsideraçc|p o. relatorio (1) do ministro § secretario distado in|eriqo dos

(1) S e n h o r : — A escola medico-cirurgica do estado da India, organisada pelo decreto regulamentar


de 11 de janeiro de 1847, não preenche cabalmente os fins da sua instituição, não só por ser pequeno
o •número"de lentes a quem fôra confiado o serviço do magisterio, o que implica!'deficiencia' no ensino,
como por não se ter dado ao tyrocinio escolar uma direcção tal que as theorias medicas fossem sag.ui-
díi&de p o r f ^ q esfjjdo clinico.
"Qumpre pòis!jjrocedet á reforma d ' e s t e estabelecimento, a qual tambem é reclapi^a pejas exigên-
cias d o ' s é r v i ç o m e d i c o é m outras provincias ultramarinas. ' ' '
O decreto de 23 de julho de 1862, augmentando o numero e os vencimentos dos empregados do
quadro d e . s a u d e da India, attendeu ás necessidades de pessoal docente; resta poráni alargar e dispojr
melhor 9. en?iflo; : djstj-ib.uir as m o e r i a s pelas differentes cadeiras, tendo em y i s t ^ o s enunçjaçlos precei-
tos; 'próveí sòbre o emprego d'aquelle pessoal; retribúir' coiivefjientemenle.ó, leqtè súbst|(v)tó'e. qs éin-
prggad.o.s menores.; dotar a escola com os meios necessarios pá compra de']iyi:p8, ' í n s t ^ i i t í t i f ó s ! ' c i -
rurgicos e outros objectos indispensaveis ao estudo; e finalmente reformar o regulamento da riiesinp
escoja, incluindo n'elíe varias disposições que a experiencia tem m o s t r a d o p r o f í c u a s em estabeleça mentol
de igual natureza, sem comtudo p r e j u d i c a r as prescripções d'este u l t i m o d e c r e t o ' e ' a s do! t ^ u í f m É s n t ^
s
372 1865, 12 de outubro

negocios da marinha e ultramar, e usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 13.°
do acto addicional á carta constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem, em nome do Rei, approvar o regulamento da escola medico-cirurgica do
estado da India, o qual regulamento faz parte d'este decreto, e baixa assignado pelo mi-
nistro e secretario d'estado dos negocios da marinha e ultramar.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
em H de outubro de 1865.=REI, Regente.=Visconde da Praia Grande.

Regulamento para a escola medico-cirurgica de Noya Goa _


CAPITULO i
Da organisação da escola

Artigo 1.° A escola medico-cirurgica, estabelecida no estado da India, pelo decreto de


i l de janeiro de 1847, denominar-se-ha «escola medico-cirurgica de Nova Goa».
' Art. 2.° O estudo da medicina, cirurgia e pharmacia será dividido em dois cursos :
o tóedico-eirurgico e o pharmaceutico.
Art.' 3.° Terá a escola seis lentes proprietarios e um substituto.
-' Art. 4.° O curso medico-cirurgico constará das seguintes disciplinas, leccionadas em
nove cadeiras:
1. a Cadeira—Anatomia;
2; a ' Cádeira—Physiologia e hygiene;
. V Cadeira—Materia medica e pharmacia ;
4. a Cadeira—Pathologia geral e externa ;
5. a Cadeira—Pathologia interna;
" 6. a Cadeira—Clinica cirurgica;
7. a Cadeira—Clinica medica;
8. a Cadeira—Medicina operatoria e arte obstetrícia.
9. a Cadeira—Medicina legal e hygiene publica.
Art. 5.° As disciplinas do curso pharmaceutico serão as da 3."cadeira do curso me-
dico-cirurgico.
Art. 6.° Haverá um conselho para tratar dos negocios escolares.
Art. 7.° Alem das aulas, terá a escola outra sala para as sessões do conselho, uma se-
cretaria, uma bibliotheca, tres gabinetes — anatomico, de instrumentos cirúrgicos, e de1
materia medica — uma casa para dissecções, e um laboratorio pharmaceutico.

CAPITULO II
Do conselho escolar

Art. 8.° O conselho escolar será constituido pelos lentes proprietarios, sob a presi-
dencia do director.
Art. 9.° Servirá de secretario o lente que para esse fim for nomeado pelo governador
geral, sobre proposta do conselho escolar.
. Art. 10,° O conselho reunir-se-ha:
•l.° Antes da abertura geral das aulas, a fim de votar sobre os novos programmas do
futuro anno lectivo, e examinar a conta da receita e despeza do anno findo;
2.° Logoque se encerrarem as aulas, para tomar as disposições necessarias aos exames ;
3.° Dois dias antes dos exames, para resolver sobre as reclamações de que trata o § 1
do artigo 116.°; •

geral do serviço d e saude das provincias ultramarinas, n a parte em que são applicaveis aos facultativos
e pharmaceuticos do q u a d r o de saude da India.
Por todas estas rasSes tenho a h o n r a de s u b m e t t e r á approvaçSo de Vossa Magestade o seguinte
depreto. ,
Secrètaria d'estado dos negocios da m a r i n h a e ultramar, em 11 de outubro de 1 8 6 3 , = Visconde da
Praia Grande.
11 de outubro 1865 373
100
4.° Depois de concluídos os exames, a fim de discutir o orçamento da receita e des-
peza para o anno seguinte e nomear o lente que deve recitar um discurso de inauguração
do proximo anno lectivo, no dia da abertura geral das aulas;
5.° No dia da abertura geral das aulas, em sessão publica, para conferir os prémios
aos alumnos.
§ unico. O conselho reunir-se-ha extraordinariamente quando for convocado pelo seu
presidente.
Art. n . ° As sessões ordinarias effectuar-se-hão em dias feriados não santificados, e
as extraordinarias só por motivos urgentes em dias lectivos, mas a horas em que não pre-
judiquem outros serviços escolares.
| unico. Os avisos de convocação serão feitos em nome do presidente, e assignados
pelo secretario.
Art. 12.° Não poderá haver sessão sem que esteja presente a maioria do conselho.
Art. 13.° Os negocios serão decididos á pluralidade de votos; no caso de empate terá
o presidente voto de qualidade.
§ unico. A votação effectuar-se-ha em escrutínio secreto nos casos designados n'este
regulamento, e n'aquelles em que por proposta de algum vogal o conselho assim o re-
solver.
Art. 14.° Formar-se-ha em cada sessão uma acta provisoria, a qual será depois lan-
çada em livro proprio pelo secretario, e assignada pelos vogaes que assistiram á mesma
sessão.
Art. 15.° O conselho corresponder-se-ha directamente com o governador geral do es-
tado e com o conselho de saude naval e do ultramar. A correspondencia será firmada
pelos membros presentes á sessão respectiva.
Art. 16. 0 São attribuições do conselho:
1.° Superintender especialmente e immediatamente nos estudos da escola, para que
estes mais se aperfeiçoem, e se observem os seus regulamentos;
2.° Prefixar as horas das aulas e o modo de se effectuarem os exercicios litterarios e
os exames;
3.° Approvar os programmas apresentados pelos lentes para o ensino nas respectivas
cadeiras;
4.° Escolher os compêndios, sem dependencia de superior resolução;
5.° Abonar as faltas dos alumnos;
6.° Coordenar os regulamentos especiaes, necessarios para a disciplina e economia da
escola, e para o completo desenvolvimento do methodo do ensino, os quaes serão commu-
nicados ao conselho de saude naval e do ultramar para serem presentes ao governo;
7.° Remetter com igual destino ao mesmo conselho um relatorio annual do estado
do ensino, mencionando as causas do progresso ou decadencia da escola, e incluindo a es-
tatistica respectiva;
8.° Cuidar na administração scientifica e economica da escola;
9.° Conferir diplomas de habilitação aos individuos que, tendo frequentado os cursos
escolares, pelo tempo e modo designados n'este regulamento, estiverem aptos pára exer-
cer a medicina e cirurgia, ou a pharmacia.

CAPITULO III
Do director
Art. 17.° O director do serviço de saude do estado da India será o director da escola.
Art. 18.° Compete ao director:
1.° Executar e fazer executar os regulamentos da escola e as resoluções do conselho
escolar;
2.° Assignar e fazer expedir a correspondencia para todas as auctoridades;
3.° Rubricar os livros e documentos de despeza da escola, e assignar os diplomas que
houverem de ser expedidos em nome do conselho;
4.° Inspeccionar as differentes repartições da escola;
5.° Convocar o conselho escolar;
6.° Dar conta, .em cada sessão do conselho, de todo o expediente e mais occorrencias
do serviço que sobrevierem à sessão antecedente;
7.° Auctorisar com o seu despacho as matriculas dos alumnos e as certidões que
tiverem de ser passadas pelo secretario.
404 1 8 6 5 , 12 de outubro

> .:• CAPITULO i v


• Dos lentes
01
- • Arb: ilS. Haverá seis lentes para reger.as cadeiras mencionadas.no artigo 4.° d-este
regulamento, os quaes serão facultativos do quadro de saude do estado da India, incluindo
o;pliysicp mór.
i 1.° Ac.hando-se preenchido o mesmo quadro de saude não servirá na escola um ; dos.
respectivósifaeultativos. - ; , *•••;.•
<§ Quando o quadro de saude não. estiver completo e n'elle houver mais de! duas,
vacaturas, o conselho proporá ao governador geral algum facultativo que. possa conveniey-
teoáeBteexer-cer o magisterio. Este facultativo, depois de nomeado, vencerá a gça,tiÉicijção
mensal de 125 xerafins durante esta commissão, a qual deverá terminar logoque cessqm
aquellas circumstancias.
Art. 20.° O lente substituto será nomeado segundo o disposto nos §§ 1.° ç, 2.° dft ar-
tigo 5.° do regulamento que faz parte do decreto de 11 de janeiro de 1847, servirá n;a falta
de algumdos. lentes proprietarios, e terá o vencimento mensal de 75 xerafins, o qu^l será
elevadora 125 xerafins, quando o substituto reger alguma cadeira da escola.
Art. 21.° Os lentes serão distribuidos pelas cadeiras do curso medico-cirurgico, pelo,
seguinte modo,:- um para a l . a e 9. a cadeiras; um para a 2 . a ; um para a 3.®; um.para a
4. a e 6.®; um para a 5. a e 7. a ; um para a 8. a
Art. 22.° Ao lente que não estiver na respectiva aula quinze minutos depois da hora
designada para a abertura, marcar-lhe-ha o continuo, uma falta. Vinte faltas não justificadas
farão pender ao lente a terça parte da sua gratificação annual do ensino, en\ beneficio do
cofre da escola.
1
Art. 23.° Compete a cada um dos lentes:
•; f.°: Cumprir, no que lhe disser respeito, as deliberações do conselho;
2.° Organisar os programmas de suas cadeiras para cada-anno lectivo, snbmettendo^as
á approvação do conselho, e executa-los depois de approvados;
3.° Dar aula em todos os dias marcados n'este regulamento, salvo o caso de doença,
que deserá participar ao director, a fim de a tal respeito se providenciar em conselho, e
na conformidade do disposto no artigo 20.°;
4.° Explicar com clareza as materias das respectivas cadeiras durante o tempo marçado
n'este regulamento; ouvir com attenção as lições dadas pelos alumnos, tomarrdo nota; das
mesm,as.j e <esclarece-los sobre qualquer duvida que apresentem a respeito da materia das
lições;..;
5.°, Diligenciar que haja nas aulas socego e decencia, e participar ao director qualquer
occwrenciaiextraordinaria que prejudique ao aproveitamento do ensino; : .
nota das faltas dos alumnos, a fim de ser confrontado, no fim, do, anno leT
ctivo, o respectivo caderno das faltas com o do continuo; ... .;
7.° Substituir algum dos outros lentes proppietaniqs,. quapdo. ^ Qiyçumstç(p^c|s o,exi-
gjj-eflfe semspjjejuizo do disposto no, artigo 20.° ..
Prpgpiv na sessão do conselho immediata aos exames, o^ premios para os a^uipnos
que os tiverem merecido durante o anno lectivo findo; . »',....
9.° Ler annualmente na sessão solemne da abertura das aulas um discurso, em que
se dê conta do estado actual, melhoramento e progresso do ensino, e se estimule o zêlo
dos alumnos; este discurso será feito alternadamente pelos lentes da escola.

: r. CAPITULO V
Do secretario
Art. 24.° Será secretario da escola e do conselho o lente que for nomeado, seguqd^i
o disposto qp, grtigo 9.° .. .
; | vinicq.,;0 logar-4e secretario dev;erá ser exercido 4>elo. mesmo lênte pofisçis annos
consecutivos; findo este praso poderá ser outro nomeado, para aquelle cargo, se ç ÇQftffa
lho o julgar conveniente, ou se o lente que estiver servindo pedir a exoneração do ípgar
de secretario. -
. : .Art. ^S-0..Compete, ao secretario:
Í.° O expediente das matriculas, termo.s dos examçs, relações d,as açtas do çqnselhqi,
cqpsultas, relatorios e ipais papeis que,tenham de ser expedidos ena virtqde de resoluções
dò Conselho escolar, ou das disposições d'este regulamento;
U da outubro 1865 375

2.° Assignar, depois do director, os diplomas conferidos aos individuos habilitados


com o curso medico-cirurgiço, ou com o curso pharmaceutico;
3.° Escripturar os livros da sua competencia;
4.° Responder por todos os objectos da secretaria, que deverá ter< sempre em ordem.
Art. 26.° O secretario não poderá passar-certidões extrahidas dositvros:da'secretâria,
neiçaradmittirá os alumnos á matricula, sem o respectivo despacho do-direcitor. •. .!•••; t
Art. 27.° No impedimento do secretario fará as suas vezes um dos*outros lentes,-non
meado pelo conselho. >»„v. - Í\Y'.Í«J-
Art. 28.° Competem ao secretario, os seguintes emolumentos: ;
Por cada certidão de exame ou de acto grande, xerafim 1:0:00 cobrç-;- í
Por cada diploma de habilitação, xerafins 2:0:00 cobre; ~ ,-r -í f
Pela abertura Ou pelo encerramento das matriculas, xerafim 1 :():00 cobre. -
Art. 29.° O secretario, será coadjuvado por um escrevente, que.perceberá.a gratifica-
ção a nnua) de 200. xerafins. Este escrevente poderá ser o escripturario do deposito de
medicamentos de Nova Goa. ,. . : ••
CAPITULO, VI
Da secretaria
p
: Art.. 30. Haverá uma casa destinada para secretaria, onde se fará a escripturação, e
serão convenientemente arrecadados todos os livros e papeis respectivos.' . : :>
.. Art. 31.° Os livros da secretaria necessarios para a escripturação da escola-são os se-
guintes: •
p livro das actas do conselho (estas actas serão lançadas pelo secretario no livro, res-,
pectivo); -.-•:: .
i IJm para o registo da correspondencia com o governador geral do: estado,; • ;
Um para registo da correspondencia com o conselho de saude naval e do ultramar; .
.Kip.par : ao, mesmo fim com outras auctoridades da provincia,; ;
,, Úip. em que se registe o tempo de serviço dos professores, da escola^..< • .••:•••.
Um para o registo dos diplomas de habilitações passados pela escola-ajOs medicos, cir-
ruíjgiões c,pharmaceuticos; :: . : > -.;
.'. Ujm para as matriculas dos alumnos do curso-medjco-cirnrgico; • >:,
Um para as.dos alumnos,do curso pharmaceutico;
í Um para os termos dos exames de.lodos os alumnos da escola;:
! Úm para os termos dos actos grandes dos estudantes que frequentarem o curso me-
diço-cirvjrgico;
Um para os termos dos actos grandes dos alumnos que frequentarem o curso phar-
maceutico ;
Um para os termos dos actos dos concursos que tiverem logar perante o conselho da
escola;
Um para o registo das contas correntes;
Uim, p,ara a, receita e despeza da escola; : ...,••;•.< = • .
tjipa para çs diffeifehtes.inyentarips. , : : .^ -•.'•L-'.-•
' I unico. Todos estes livros, depois de numeradas as respectivas folhas,f^pão.s^gpak
< ^ . n p s ternjLfl^.da, abertura e encerramento pejo director da escolaj;.e.por elle rubijip^dós
nq aitp d{e cada uma das mesmas folhas. : • :r. , -r ,.
!
' ' CAPITULO VII . ; : -
Do thesoureiro ...
Art. 32.° Ao thesoureiro, que será um dos lentes da escola, pertence:
l.° Receber as propinas das matriculas, e diplomas de habilitação ^ quaesquer outras -
qnant.ias destinadas á escola; ' • . .
' ^ ' ' t f à z e r as despezas e pagamentos que competentemente lhe forem ordenados..

* CAPITULO VIII ; . ; , ^ '


Dos fundos e da contabilidade
, ^ r t . 33,° Os fundos da escola sãó o producto das propinas d,a§ piatriçulaç e dps di-
plòmas dè habilitação, e os que forem annualmente destinados pára esse 'fim no orçamento:
do estado da India. , . . , ,
376 1865, 12 de outubro

Art. 34.° Cada alumno do curso medico-cirurgico e do pharmaceutico pagará:


Pela abertura da matricula em cada anno lectivo, xerafins, 4:0:00 prata;
Pelo encerramento da matricula, xerafins, 4:0:00 prata;
Por cada diploma de habilitação para medico-cirurgião, xerafins 100:0:00 prata;
Para pharmaceutico, xerafins 50:0:00 prata.
| unico. Alem das quantias mencionadas n'este artigo, os alumnos pagarão de emolu-
mentos para o secretario o que fica determinado no artigo 28.°
Art. 35.° Os fundos da escola serão destinados:
1.° Para a compra de livros que hão de servir de premios;
2.° Para compra de livros para a bibliotheca;
3.° Para impressão de diplomas;
4.° Para compra de um certo numero de compêndios adoptados nas differentes cadeiras;
5.° Para o custeamento da secretaria, e para outras despezas menores.
Art. 36.° Os compêndios, que forem comprados com os fundos da escola, serão ven-
didos aos alumnos, conforme o disposto no artigo 71.°
| unico. Para o fim designado n'este artigo o conselho da escola mandará comprar,
com a necessaria antecedencia, o numero de compêndios que julgar preciso para dois annos
lectivos.
Art. 37.° Os fundos da escola serão guardados em um cofre com tres chaves, cujos
clavicularios serão o director, o thesoureiro e um dos outros lentes.
Art. 38.° O director apresentará ao conselho escolar o orçamento da receita e despeza
do anno futuro, para ser discutido e remettido ao governador geral, a fim de se consignar
no orçamento das despezas do estado da India, na fórma das disposições geraes. Neste
orçamento se incluirá uma verba annual, até 1:000 xerafins, para o material da escola,
para os gabinetes, laboratorio e bibliotheca, para a gratificação do escrevente e ordenado
do continuo e servente, e para outras despezas a cargo do cofre da escola.
Art. 39.° Todas as quantias recebidas e despendidas por conta do cofre serão escriptu-
radas, por ordem chronologica, no livro da receita e despeza, designando-se os números
dos documentos a que as mesmas se refiram.
§ 1.° Todas as despezas deverão ser auctorisadas pelo conselho, e ordenadas pelo di-
rector. Para este fim o secretario organisará as requisições competentes, as quaes não se-
rão satisfeitas pelo thesoureiro sem ordem do director, exarada nas mesmas requisições.
§ 2.° No fim do anno lectivo o conselho procederá ao balanço do cofre, confrontando
a quantia existente com o saldo que deva haver, segundo o livro da receita e despeza.
N'este acto serão apresentados todos os documentos respectivos, e examinados pelo con-
selho.
CAPITULO IX
Da bibliotheca

Art. 40.° Na bibliotheca da escola haverá uma collecção de livros, estampas e jornaes
de medicina, pharmacia e sciencias accessorias, preferindo-se os que forem mais neces-
sarios ao estudo.
Art. 41.° O conselho escolar deliberará sobre a escolha de livros, estampas e jornaes
scientificos indicados por qualquer dos lentes, a fim de se augmentar a bibliotheca com
as producções de maior merito, e ordenará a despeza respectiva nos limites da verba para
esse fim designada no orçamento.
Art. 42.° Todos os dias não santificados estará aberta a bibliotheca desde as oito ho-
ras da manhã até duas horas depois de fechadas as aulas; podendo n'ella ser admittidas
todas as pessoas que quizerem utilisar-se da leitura dos livros e jornaes.
Art. 43.° Os livros estarão collocados nas estantes, segundo a ordem dos differentes
ramos scientificos; serão numerados, marcados com o sêllo da escola e relacionados em
dois catalogos, n'um por ordem alphabetica em relação aos respectivos auctores e nó ou-
tro segundo as materias de que tratam. •
Art. 44.° Somente os empregados da escola poderão tirar os livros das estantes e col-
locados nos seus logares.
Art. 45.° Nenhum livro, estampa ou jornal poderá sair da bibliotheca, excepto para o
serviço das aulas durante as lições e com previa requisição, por escripto, dos respectivos
lentes.
Art. 46.° Será bibliothecario o lente substituto.
11 de outubro 1865 377
100
Art. 47.° O continuo estará na bibliotheca quando não fizer falta a outros serviços de
que for encarregado.
Art. 48.° Cumpre ao bibliothecario e na sua falta ao continuo, conservar o maior so-
cego no interior e vizinhanças da bibliotheca, admoestando ou fazendo sair d'ella, sendo
necessário, os individuos que perturbarem o silencio.
Art. 49.° O bibliothecario será responsável perante o conselho pela execução do dis-
posto no artigo 42.° e pelos livros, estampas e jornaes pertencentes á bibliotheca.

CAPITULO X
Do gabinete anatomico

Art. 50.° O gabinete anatomico conterá peças de anatomia pathologia e de embryo-


logia e preparados de anatomia physiologia, modelados em cera ou n'outra qualquer
substancia, destinados ao ensino escolar.
Art. 51.° Os lentes das clinicas da escola mandarão para este gabinete todas as peças
de anatomia pathologia'que deverem ser ali conservadas. Serão tambem recebidas as que
forem remettidas pelos facultativos dos hospitaes da provincia, ou por outros quaesquer
individuos.
Art. 52.° Ao lente de anatomia pertence a preparação das peças destinadas ao gabi-
nete anatomico e o arranjo e inspecção do mesmo gabinete. Estas peças serão claasificadas,
numeradas e convenientemente dispostas.
Art. S3.° Serão relacionadas em um catalogo, pela ordem de sua classificação e nu-
meração, as peças do gabinete anatomico, mencionando-se as particularidades que lhes
disserem respeito, taes como a qualidade das alterações pathologicas, ou das preparações
anatómicas e nomes das pessoas que as remetterem e a epocha em que forem recebidas.
Este catalogo será o inventario dos objectos pertencentes ao gabinete anatomico, pelos
quaes responderá o continuo da escola, a quem será incumbida a guarda e boa conserva-
ção dos mesmos objectos.
Art. 54.° Não será permittida a saída de peça alguma para fóra do gabinete, ou dos
logares em que estiver collocada, excepto se for requisitada pelos lentes para demonstra-
ção nas respectivas aulas.
Art. 55.° O conselho da escola mandará abonar do cofre as despezas necessarias para
a compra e preparação dos objectos do gabinete anatomico, em harmonia com o disposto
no artigo 38.°
CAPITULO XI
Da casa para as dissecções

Art. 56.° A casa para as dissecções servirá para os exercicios práticos dos estudantes
da 1." e 8. a cadeiras ás preparações anatómicas para demonstração nas aulas, ás autopsias,
e a outros trabalhos de igual natureza.
Art. 57.° Esta casa será franqueada, precedendo auctorisação do director da escola,
ás auctoridades que requisitarem um local apropriado para exames medico-Iegaes em
' cadaveres e igualmente aos individuos particulares que pretenderem fazer estudos de
anatomia.
Art. 58.° Compete ao lente de anatomia a inspecção da casa das dissecções, que deverá
ser conservada no maior aceio e convenientemente ventilada.
Art. 59.° Os cadaveres do hospital contíguo á escola serão conduzidos para a casa das
dissecções durante o anno lectivo, devendo os lentes da l . a e.8. a cadeiras aproveita-los
quanto for possivel para as demonstrações praticas e cuidar em que os alumnos se exer-
citem nas dissecções. .
CAPITULO XII ;
Do gabinete de instrumentos cirúrgicos

Art. 60.° N'esle gabinete, que estará a cargo do lente de medicina operatoria* haverá
os instrumentos necessarios ás lições da 8. a cadeira, os quaes serão comprados segundo o
exposto no artigo 38.°
TO te , i i 'à'é outuÈro

HVM-n':-. ?<••'! • • CAPITULO Xlft


.. . Do gabinete de materia-meçlica e .pharmacia
oLurAr&Bifi Este gabinete-deverá conter, em vivífòfs'âjtfòpHàdoS, ais' súbáfâncíáfe. tiíèdrá-
naes necessarias ao ensino na aula de mâteria-inçdiCa j' teteWtambetti' ttè'jiiofi.ètòíj '^etáÉè-
fehteãiapparelhos usados em pharmacia. r 1 . ' , ,
• Art,<6ãiti"d)S' objeetôs de que-trata ó artigo átítóCedètíté serío classificadtís ^egutttíoi
ordem dos compêndios adoptados, numerados e relacionados em um catalogo e entregues
á responsabilidade do continuo da escola. : ,•
Art. 63.° A arrecadação e conservação das substancias e dos apparelhos d'este gabinete
estarão a cargo do lente da 3. a cadeira. • •
Art. 64.° O conselho da escola destinará as quantias precisas para a formação d'este
gabinete segundo o respectivo orçamento.

CAPITULO XIV
:
,"*/'."" ' Do laboratorio pharmaceutico
iv Art.:,65.- Depois de constituídos os differentes gabinetes, já mencionados n'este r e :
gulamento, formar-se-ha um laboratorio convenientemente disposto, e com os apparelhos
necessarios!para as operações chimicas e pharmaceuticas, em que deverão exercitar-se os
alumnos da 3 / cadeira.
§ unico. Emquanto não estiver organisado este laboratorio os éxéreieiòs práticos db
pharmacia serão feitos na botica do hospital militar e fornecidas pélo deposito de medi-
camentos as substancias empregadas n'esses exercicios.
. Art. Gl)." O primeiro pharmaceutico terá a seu cargo o arranjo e conservação do la-
boratório. :
CAPITULO XV
• • : • !;i Da habilitação dos alumnos para o curso medico-cirurgico .
. : Art. 67-.° Para ser admittido alumno ao curso medico-cirurgico são necessarios Os do-
cumentos seguintes:
1.° Certidão, em que o requerente prove ter mais de dezeseis annos de idade;
2.° •Certidão de approvação na l . a classe da lingua latina;
• Í3.°< Dita de approvação em philosophia racional e moral;
4.° Dita de approvação na l . a classe da lingua franceza;
5.° Dita de approvação nas disciplinas do 1 a n n o da escola mathematica e militar
de Goa.
CAPITULO XVI
Das matriculas
p
Art;;i68.j A 'matricula, tanto para o curso medico-cirurgico, Comopárá o pharmaceu-
1
tico, começará em 15 de junho e terminará em 30 do mesmo mez. \ "-"
| unicOi Passado o praso marcado n'este artigo, poderão ser admittidos até 15 de ju-
lho os; estudantes que provarem, por documento autheritico, perante o director, não lhes
ter sido possivel matricular-se. em tempo competente; sendo-lhes marcadas as faltas dós
:
dias em que já tiver havido aulas.
<?
..-, Art. éj9. Haverá dois livros destinados para matriculas, nos quaes sé inscreverá o
nome, filiação, naturalidade e idade do matriculado, a data da matricula e a declaração de
se,ra pjrimgip, segunda ou mais vezes que se matricula na mesma cadéíràí'UincTeStésli-
vras,servirá/para o curso medico-cirurgico e o outro para o curso pharmaceutico. 1 :
.ío^uniçoi^A. matricula será afeita pelo secretario e assignada por elle e pelo alumno.
Art. 70.° Ós alumnos que pretenderem matricular-se no 1.° anno do-curso'ftied : cò-
cirurgico deverão dirigir seus requerimentos ao di-rector, instruidos com as certidões exi-
gidas no artigo 67.°
Art. 71.° Os alumnos, comprarão,na escola os compêndios das disciplinas ensinadas
nas cadeiras que houverem de cursar.
:viT§:»niçQ.,sJQ director não despachara requerimento algum para mâtrictíiá sètaqtte o
alumno apresente uma declaração (passada gratisi peló secretario),- em : qtié ; ífibstre ; ter'
comprado os compêndios da cadeira em que pretender matricular-se-. '' •
Art. 72.° Á vista do despacho do director, o secretario abrirá as "matriculas aos estu-
1865 3f9
•dantes, fiâ ordem por que elles se forem apresentando, oú seguindo âlphabeticámente à
ordem dos nomes quando se apresentarem mais de um ao mesmo tempo. N'es;te acto
sefá pa^a a propina-mencionada' no artigo 34.° e respectivos emolumentos, conforme o ar-
tigo^1.0 • ' •
Art. 73.° Para a matricula do segundo anno é indispensavel a apresentaçã© dás cer-
tidões de approvação na l . a cadeira, e na aula de principios de physica e chimica e intro-
ducção á 'historia natural. Esta certidão será passada pela escola mathematica ;e : miirtár
de Goa. 1 • ' •' • • '• 1

Art. 74.° Para a abertura das matriculas nos 3.°, 4.° e 5.° annos ségtór-fee-í)ia'oíAésmo
processo que no 1.° anno, consistindo os documentos de-habilitação nas certidões de ap-
provação nos exames do anno lectivo antecedente. ' "
Art. 75.° Concluida a abertura das matriculas o secretario remetterá aoslefatés'de
cadauma das cadeiras uma lista dos nomes dos alumnos que houverem de frequentar -as
aulas respectivas e outra ao continuo da escola para por ella tomar o ponto. • •
•• Art. 76.° No fim de cada anno lectivo o secretario fechará as matriculas a todos os es-
tudantes que tiverem provado o anno, em conformidade do artigo 103.°; lavrando o' res-
pectivo termo de encerramento na mesma pagina em que tiver feito a abertura. N'e'ssá
occasião os alumnos pagarão a quantia exigida no artigo 34.° para o encerramento das
matriculas e o respectivo emolumento, conforme o artigo 28.° . :•

CAPITULO XVII ' ' • ,


D o c u r s o m e d i c o - c i r u r g i c o e do m e t h o d o d e e n s i n o ' • '-";•>•"<

Art. 77.° As disciplinas professadas nas nove cadeiras, de que trata o artigo - Í . ^ e s t e
regulamento, constituem o curso medico-cirurgico, e serão distribuidas por cinco ánnos le-
ctivos do modo seguinte: ; / -
:
1.» A n n o •. i . í =; • • ísí»

1. a Cadeira—Noções de anatomia geral e anatomia humatia deseríptivaiT • •; • •

2.° A n n o •• - •• '•'<
4. a Cadeira—Idem. ' • '•>••••• ••-;>: = i-,,^ .-
2. a Cadeira—Physiologia ehygiene. •• - ^ í s í ^ . ;^ 1
• • 3. a Cadeira—Materia medica e pharmacia. ,-mi i;,::; •<;!.:« ..
3.° A n n o " '' '

. Apeadeira—-"Pathologia geral e pathologia externa. - . >; • -


5. a Cadeira—Pathologia interna. ••- • ^w'-;,. /•»'
Cadeira—Clinica cirurgica. • ••<••"•• iy<_,i;r.ii«>;3.-"io -hf.
:.!) í ; j i i . 4.° A n n o •• •-• i l O i i f i f í : ! jii í i i í . i . g V í j C i ' <
6. a Cadeira—Idem. : ..HKbM
; ;
;7'. a Cadeira-^-Glinicamedica: > - : - •.'•whík>0 '.i« ! - W
8. a Cadeira—Medicina operatória e arte obstetrícia. - :»-/•.• o:. ' - J c - • <
, ' -1 . i ÍO-j - *.. J . ' i f ?
: r,:
..::..,'•. , . - . , . ' 5." A n n o -> • ' ; i ' ' j-
a
6. Cadeira—Clinica cirurgica. -jlfiii! •»(: <'>íí-m
;-. =7.a Cadeira:—Clinica medica. — : .h'-
, 9; a Cadeira—Medicina legal e hygiene publica. ; • > as..! i.ítrm?» ••.•"iLii
Aj!t.J78.° Q anno.lectivo começará em 1 de julho efindará em fôJe j u a r f f:i •
Art. 79.° As materias dò ensino em cada cadeira serão divididas de modo que. è o fim
doianno lectivo estejam explicadas completamente. . í s i -- •.>:• . ;, ;í
(Arst, 80.° iAs prelecções serão feitas segundo a ordem das materias:seguidas fios'com-
pêndios. ,-... - > . • ;. . •• ' ' ,.;:: - . .. . ; = .
. ; '§ unico.. Quando parecer conveniente adoptar utna Ordem especial.e independente da
do compendio, o respectivo lente coordenará o programma do methodorque -julgar me-
lh,onj;gubmette:lo-;hai approvação do conselho escolar e obtida ella,^bsèFvVlo^ étòcta-
mente durante o anno lectivo para que o tiver proposto.
,i 'Aírt. 81,° Cada lição, durará hora e meia, seudo vinteminutos destinados ás rfepetições
380 1865, 12 de outubro

feitas por um ou mais alumnos, e o tempo restante empregado pelo professor na explica-
ção da lição seguinte.
| unico. As aulas de clinica poderão durar por mais tempo, quando a observação dos
doentes, o seu tratamento ou alguma operação cirurgica assim o exigirem para melhor in-
strucção dos alumnos.
Art. 82.° Os estudantes poderão expor por escripto ou verbalmente aos lentes as
dpvidas que tiverem sobre a materia explicada no dia antecedente. Estas duvidas serão
logo resolvidas, ou no dia immediato quando não convier interromper a prelecção.
Art. 83.° O lente da l . a cadeira começará as lições pelo estudo da anatomia geral, e
passará depois ao da anatomia descriptiva. Este estudo será acompanhado da demonstra-
ção no caderno todas as" vezes que for possivel, e na falta d'este ou ainda conjuncta-
mente com elle, o lente servir-se-ha, como meio supplementar, das estampas, do mane-
quim, ou das peças do gabinete anatomico. Os alumnos do primeiro anno farão exame de
anatomia theorica e pratica.
Art. 84.° As preparações que tiverem de servir na demonstração da l. a cadeira se-
rão feitas pelo lente substituto, com a antecedencia necessaria, sendo coadjuvado pelos
alumnos da mesma cadeira, os quaes deverão praticar as dissecções todas as vezes que
houver cadaver.
Art. 8S.° O lente da l . a cadeira regerá tambem a 9. a , o da 4. a terá a seu cargo a 6. a
e o da S. a a 7. a
Art. 86.° Os alumnos do 2.° anno frequentarão a aula da l . a cadeira, cursarão durante
o anno lectivo a 2." e 3. a cadeiras, segundo o disposto no artigo 88.", e findo o anno lectivo
farão tambem exame de anatomia pratica.
Art. 87.° O lente da 2. a cadeira começará o curso pela physiologia e termina-lo-ha
pela hygiene.
Art. 88.° O lente da 3. a cadeira explicará primeiro a materia medica, empregando
nas demonstrações as substancias medicinaes e ensinará depois a pharmacia, compelindo
ao primeiro pharmaceutico a demonstração e explicação dos instrumentos e apparelhos
usados na pharmacia e a direcção dos exercicios práticos dos alumnos no respectivo labo-
ratorio, aos quaes deverão elles assistir em duas tardes de cada semana.
§ unico. No impedimento ou falta do primeiro pharmaceutico pertencerá o serviço es-
colar ao segundo pharmaceutico que for proposto pelo conselho da escola e nomeado pelo
governador geral, devendo n'este caso ser-lhe abonada a respectiva gratificação do ensino.
Art. 89.° Os alumnos do 3.° anno frequentarão a 4. a , 5. a e 6. a cadeiras e farão exame
das duas primeiras, e exercitar-se-hão nos curativos aos doentes da enfermaria de clinica
cirurgica, sendo dirigidos e coadjuvados pelos alumnos do 5." anno.
Art. 90.° O lente da 8. a cadeira praticará as operações no cadaver e fará que os estu-
dantes as pratiquem do mesmo modo, explicará os methodos e processos operatórios mais
usados, assim como descreverá os instrumentos e apparelhos correspondentes ás opera-
ções. Terminado este estudo, que deverá durar a primeira metade do anno lectivo, tratará
da arte obstreticia, servindo-se dos instrumentos, estampas e manequim para as demon-
strações. Dará tambem lições de cirurgia forense, que por este modo ficará separada da
9. a cadeira.
Art. 91.° Os alumnos do 4.° anno serão obrigados á frequencia da 6.", 7. a e 8. a cadei-
ras e sómente ao exame d'esta ultima.
Art. 92.° A escolha dos doentes para o estudo da 6. a e 7. a cadeiras será feita pelos
respectivos lentes, de maneira que os alumnos possamjjobservar o maior e mais variado nu-
mero de molestias.
Art. 93.° Os doentes das enfermarias em que houver as aulas de clinica serão distri-
buidos durante todo o anno lectivo, pelos alumnos do 4.° e 5.° annos, devendo cada en-
fermo ser observado particularmente por um estudante, o qual não ficará por isto dispen-
sado da observação dos outros doentes distribuidos aos demais alumnos.
Art. 94.° Os estudantes do 4.° e annos deverão fazer um diario clinico de cada
um dos respectivos doentes, narrando a historia, symptomas, marcha e terminação da
doença, o tratamento e as dietas applicadas; mencionando tudo o que se notar na autopsia
no caso de fallecimento e juntando-lhe reflexões sobre o que tiver occorrido. Estes dia-
:
rios serão guardados pelos lentes e apresentados nos exames.
Art. 95.° Os lentes das clinicas farão com que os alumnos diagnostiquem as differen-
tes doenças, declarem os respectivos prognosticos e indiquem as dietas e tratamentos
apropriados. Dois dias em cada semana serão destinados para a discussão sobre os diarios
14 de outubro. 1865 381

apresentados aos respectivos lentes, os quaes interrogarão indistinctamente os seus dis-


cipulos, ouvindo-os e dirigi ndo-os nas observações que houverem de fazer.
§ unico. Esta discussão não terá logar no recinto das enfermarias.
Art. 96.° Os alumnos do 5.° anno serão obrigados á frequencia e exames da 6. a , 7. a
e 9. a cadeiras, e um d'elles em cada mez extrahirá de todos os diarios a estatistica men-
sal das enfermarias de clinica, mencionando o movimento d'estas, a natureza, marcha,
causas e tratamento das molestias observadas e as autopsias feitas.
Art. 97.° Na frequencia da 6. a e 7. a cadeiras se seguirá o disposto no artigo 105.°

CAPITULO XVIII
Do curso pharmaceutico
Art. 98.° Este curso será de tres annos, e disposto pelo seguinte modo:
1.°Anno—frequencia da 3. a cadeira;
2.° Anno—frequencia e exame da 3. a cadeira e pratica na botica;
3.° Anno—pratica na botica.
Art. 99.° Os individuos que pretenderem matricular-se no 1 a n n o do curso pharma-
ceutico deverão apresentar as certidões de que trata o artigo 67.° d'este regulamento, ex-
cepto a 3. a e 5. a , e ser-lhes-ha applicavel a disposição do § unico do artigo 68.°
| unico. Na matricula dos alumnos do 1.° anno do curso pharmaceutico se procederá
conforme o que se acha disposto no capitulo xvi d'este regulamento para os alumnos do
1 a n n o do curso medico-cirurgico.
Art. 100.° A matricula do 2." anno do curso pharmaceutico será concedida em vista
de certidão, que mostre que o alumno provou a frequencia e encerrou a matricula do l . °
anno. Não se abrirá a matricula do 3." anno sem que o alumno apresente certidão de ap-
provação nos exames do 2.° Os alumnos não farão acto grande sem apresentarem certidão
de frequencia do 3." anno de pratica pharmaceutica, e pagarão em todos oá tres annos as
propinas exigidas no artigo 34.° e mais os emolumentos de que trata o artigo 28.°
Art. 101.° Os alumnos pharmaceuticos frequentarão as respectivas aulas conjuncta-
menle com os do curso medico-cirurgico e farão tambem os exercicios práticos mencio-
nados no § unico do artigo 88.° Nos dois ultimos annos do curso os alumnos, dirigidos
pelo 1.° pharmaceutico, coadjuvarão, na botica do hospital, a] preparação dos medica-
mentos.
CAPITULO X I X
Da frequencia das aulas e das ferias
Art. 1 0 2 / O alumno que n'um anno lectivo tiver dado em cada aula vinte faltas sem
causa, ou trinta por causa justificada, perderá o anno na cadeira em que houverem sido
marcadas.
1 1 . ° O alumno que der de seis até dezenove faltas não justificadas ficará preterido na
ordem da matricula para os exames e sómente os fará depois dos alumnos preteridos que
menos faltas tiverem dado na mesma cadeira.
| 2.° O alumno que for reprovado duas vezes na mesma cadeira não poderá mais ser
admittido á matricula.
_ Art. 103.° No fim de cada anno lectivo os lentes apresentarão ao conselho escolar às
listas dos estudantes que frequentarem as suas aulas, afim de serem confrontadas còm as
do continuo e se contarem as faltas. O conselho designará depois os alumnos que estive-
r e m no caso de fazer exame e os que perderem o anno, declarando-o assim na acta. Esta
declaração servirá para o secretario se regular a respeito dos alumnos habilitados para fe-
charem as matriculas.
| unico. O conselho terá em vista o merecimento dos estudantes quando tratar de ava-
liar os motivos por elles dados para lhes justificar as faltas.
Art. 104.° A abertura geral das aulas effectuar-se-ha em um dos primeiros dias de
julho, e o encerramento será em 15 de março, constituindo o anno lectivo todo o espaço
de tempo decorrido entre aquellas duas datas. As matriculas fechar-se-hão desde 15 até
31 de março, e no dia 1 de abril começarão os exames.
Art. 105.° São feriados para todas as aulas durante o anno lectivo, excepto para as de
clinica, os domingos e dias santificados, as quintas feiras das semanas em que não houver
outro feriado, desde o dia de Natal até ao dia de Reis, a segunda e a terça feira depois do
domingo da quinquagesima desde o sabbado de Ramos até o domingo da Paschoela, os dias
412 1865, 12 de outubro

de grande g a l a e os de luto nacional. É tambem feriado para todas as aulas o tempo que
decorre desde 15 de março até à abertura geral. •

CAPITULO XX •r^í.iv
; ; ;
" • fia policia das átilàs * "
Art. 106.° O aceio das aulas e officinas da escola estará a cargo: do servente^ sob a in-
specçln do CQntinuo.
Art. 107.° As aulas serão publicas e estarão abertas em todos os dias do anno lectivo,
nas horas indicadas pelo conselho, segundo os programmas designados no n.° 2.° do ar-
tigo 16.°, publicados com a antecedência de oito.dias.
Art. 108." O continuo evitará quê nà proximidade das aulas se faça tumulto, ou se
converse em yoz alta de modo que perturbe as lições. ;• :
Art. 109.° O servente da escola, durante o tempo das aulas, estará proximo d'estas
para executar o serviço que lhe: for ordenado pelos lentes.
Art. 110.° Os logares nas aulas serão numerados e distribuidos aos alumnos'segundo
a qrdem dag matriculas. Na aula da 3.* cadeira, os alumnos do curso pharmaceutico occu-
pava* tambem os logares segundo a respectiva matricula em seguimento aos do curso me-
dico-cirurgico.
!..••: Art;; 1 l , í U m quarto de hora depois da entrada de :cada lente para a sua aula, o con-
tínua facà a .çhaniada dos estudantes, marcando faltas áquelles que não estiverem presen-
tes. Os lentes tomarão iguaes notas para o fim designado no artigo 103.° . • , : ; (í
,•.-: . Art. i i 2 . ° Os lentes serão obrigados a dar aula todos os dias não mencionados no ar-
t i g o ! 0$.°,::
.§,unjgçr, O director poderá conceder até oito dias de licença aos lentes que.a pedirem
allegando mqtivos attendiveis. Quando pelos mesmos motivos lhes for necessário mais
tempo de licença, o solicitarão ao governad- r geral, ouvido o conselho da escola.
Art.. 113.° Todo o individuo que durante os exercicios .escolares perturbar a ordem
e.o socego será admoestado pelos lentes. , ; •
§ | , . ° Aquelle que, depois de advertido, continuar a praticar actos queoffe.ndamadis-
«iplina.íescpJsr será intimado para ,sair immediatamente da aula, ou do edificio da escola,
-gegW^o^as circumstancias. ..'...
| 2.° Se os actos de desobediencia forem taes que se devam classificar de insubordi-
nação e violência, quando forem praticados,por estudantes, serão esses reprehendidos pe-
rante o conselho da escola ou expulsos por um ou dois annos, segundo a gravidade dos
factos; devendo instaurar-sé um processo perante otnesmo conselho, ao qual compete de-
pio alumno* com:recqrso para o gpvernador geral, do . e s t a d o . ^ forem in-
.jl^i^app.^êtíanhps % escola os auctores d'aquelles açtos, ; o director dará parte. ^..auctori-
dades competentés para se proceder na conformidade da lei contra os culpados. • ,

CAPITULO XXI -^fi^.y.;


Bos exames •
Àçt. 114.° Far-se-ha um exame annual das disciplinas professadas em cada uma das
gadeiras. - . .;'.>.
. ; ;iVrt. :ílÍ5>0. Os examesxomeçarão pp principio de abril, e continuarão todos os dias ,qpe
pã<?. for^m santificados ou de festividade ou ,de luto nacional, de maneira que çs.tejam
,ç.qpcluidps po fim do dito mez. f : , . •.••••.;. :: - . !;i , .... ,. .
.../• , k d . Para cada cadeira da escola haverá; uma lista em que se insc.reyam os.npines
de todos os estudantes que a frequentarem e que tiverem fechado a matripula. Á me^ma
JNSita (josigflará os dias em que os alumnos dçvam fazer os examesj. e será aÍBxajd^ na porta
da escoia seis dias antes de começarem os exames. . . : > . í: V; ;
,,, °. Qf al umqq§ que tiverem .de, yepíafpar, por não estarem qs seus nomes ipsçriptos
híl,JUst?, dirigir-se-hão por escriptq.ao conselho. . ; • ; : ; :í;Í
.'Qs, exames ,serão por turmas des.,qúalr.o estudantes, cujos nomes sç insç^eyejão
nas listas segundo a ordem dás malripiíjas. •."..•„..• .V ' ' '.',:'. jt;
^rjij.,,1.1^.0 . Os pontos para os exames serão fgitos pelos leptes das respeciivas,cadei-
ras ; v e d a r ã o sobre, todas .as dputrjnas que fpram íeç^oua,da$, n q ^ n o . lectiy:<?:aríieçèdeflJLe,
g serliojçuljmettidbsa approvaçãodo ; conselho. . . : , .; ' l , • ;
: Axt. 11$.° O primeiro estudante de cada turma tirará á sor,te um poptp, vintp e quatro
14 de outubro. 1865 413

horas im tos do exame. A este acto deverá sempre, e s t p presente o secretario da escola e
mais os estudantes da respectiva turma.
-i Art-.-149.° O secretario, logo em seguida á extracção dos pontos, rerçetterá uma copia
dos taesmos ao presidente e exarniiiadoras. .-
- 'Art. Í20. 9 Se não comparecer ajgum ou alguns 4os estudantes d a n a d o s . papa tirar
ponto, serão admittidos em seu Jogar, oqtrosjque se açbeippresenteg, j$gu}3pfjp,ja prefe-
renciado numero da matricula. ; . !
i.j Art. i 2 J - ° , 0 alumno, que não comparecer no.dia designado para,ítjr,ar:poqtp,,0u_ que,
tendo-o tirado, não se apresentar ao e^aqoe, na.o; ser,á novamente ?dii)iitif}q a tirar jppfljp
sem jqstificar, perante.o conselho escolar, a causa por que não compareceu. AdmjUida a
justificação, o conseLho designará o dia em que deverá effectuar-se p gxame. ' ' . . . . ; ,
. • Art.. - 1 2 2 O s , / j p m e s serão feitos por tres lentes,, servindo de. presidente o lente da
í^dejjjají/e de argqentes outros dois por se^i turno.
Art. 123.° Cada arguente poderá interrogar sohre q objecto dq p o n ^ .e spbrfi ?^ ge-
neralidades das. disciplinas da cadeira, a cada um dos e p m i n a n á o s , pqr espaço .fô p e i a
hora, e nunca menos de vinte minutos, não contando o tempo da demonstração.
§ unico. Nos exames de clinica é indeterminado o tempo de cada um.
Art. 124.° Nos exames da l . a e 8. a cadeiras, alem das provas theoricas, communs a
todos os outros ex^in.es, jarão ps estucjan.tes todos os exercicios práticos que lhes forem
exigidos pelos examinadores relativamente á materia do ponto."
.. .. 123..° Nos exames da 3- a padeira haverá tambem provas praticas sobre oifo me-
4ic a fflpn|os escolhidos pelo presidente na occasião do exame.
.; § unicp. Alem do que fica determinado, os.aliirnnos pharmaceujtiços; exefiiitgrão uma
formula de pharmacia, tirada á sorte vinte e quatro horas antes, e serão interrogadps gobre
.a,pte§ipa furmuja, a qqpj será presente na occasião do exame. . . ; . •, •
.:••Art; : ,126.° Os exames da 6. a .e 7..a cadeiras versarão sobre dois diarios, feitos pof f$.da
fiStu^apte, do 5. 0 anpo em cada lima das referidas cadeiras, e sobre dois doentes,
estudante escolhidos e distribuidos pejos examinadores pouco antes da hopa mar,caíjfl paia
qg.exames... .• ., . . • : ;
r u:Á'ri, Depois jJe designados os dois doentes para cada alqmno, est£ os interro-
gará .a.fijpí.(le f i z e r a hjstpria da molestia, habilitando-se assim para responder aos exaipi-
p$fjqr,e;s pjj occasião do exame.- À este jnterrogatorio assistirão os examinadores, os qu.aes
não permittirão que os estudantes consultem livro algum ou qualquer individuo.
...;.f;4rt : .J28.^Çada. estudante da 9. a cadeira apresentará no exame um relatorio na^dico-
Ifgçl gobre a : jnatefia do ponto. ,
Art. 129.° Os exaníes serão publicos. . .
; , 1 3 P > ° 4 n t e s da. votação os examinadores pedirão aoslentes inforçiações a respeito
4a, applicação dos examinandos durante o curso. , •
'Art- ,131.° Proceder-se-ba por escrutínio secreto á votação sobre os exames. O. alumno
q ú ç o b t i v e r todos os yolos a favor, será approvado plenamente; o qjio se Uver disliijguido
. itafliodurante, Q anpp corpo, AOS exames, e merecer melhor quaJiÀcagãp,seiá approvado
'jtffflfljntWQ £om louvo?:;, Q; que tiver doi.^ yoto^ 9 favor e um c o n t r a , s e r á a p p r o v f f d p pelei
maior parte; e o que tiver todos ou a maior parte dos votos contra será reprovado.
-Q secretario assistirá á. votação, e lançará o resultadq.fjos exames iiq livro
dos termos dús exames, o quaí será assignado pelos examinadores., 1 :: ^ . ...

- • • CAPITULO XXII

., . • -.;. Dos premios

. ^ r t . ,13^? .Hayerái. em cada uma das cadeiras um premio de livros, classificado como
prjp^iro, pvérnio^ e , u m honorifico como se,giindq premio.
Art.'l34l° ,0, primeiro premio será conferido ao alumno que, pela cppta do anno epi
ç ^ . ç f l d e j r a ^ e pe),Q ,exa,me respectivo,, mais se tjvçr distinguido. O segundo premio será
c^çjffjiâo^iíói a i n ^ i f t . i m e d i a t o em merecimento. O alumno, que,não t i v e r . a p p r o r
váao'ptenàmenié cotn 'louvor, não poderá ser premiado. -, , .•
Ai;t. 1 3 5 ; ° , n a escola livros de medicina e cirurgia destinádospara premios.
a escolha dos livros que devem con§.tiUjir ©s premios.
Art.' ; lá7:° Ós'lentes apresentarão ao conselho, na ultima sessão depois dos exames,
yjt^a l i ^ estudantes que d.urante o curso lectivo e nos exames .mais se distinguiram
384 1865, 12 de outubro

nas respectivas cadeiras, classificando-os na ordem de seu merecimento relativo, e infor-


marão sobre cada um d'elles.
Art. 138.° O conselho, ouvidas as informações, e consultando a lista apresentada, pro-
cederá á votação por escrutínio secreto sobre os propostos. Ao alumno que tivjsr maioria
, relativa no segundo escrutínio se concederá o primeiro premio, e ao immediato em votos
no mesmo escrutínio o segundo premio. Se houver empate na votação, a distribuição dos
premios será decidida pela sorte.
§ unico. Quando os lentes julgarem que nenhum dos seus discipulos merece ser pre-
miado, não haverá premios nas respectivas cadeiras.
Art. 139.° Os premios serão conferidos em sessão publica no dia da abertura geral
das aulas, depois de recitado o discurso de inauguração do anno lectivo.
Art. 140.° A cada estudante premiado será entregue pelo director, no dia da sessão
publica, um titulo impresso, assignado pelo mesmo director e pelo secretario, em que es-
teja especificada a qualidade do premio e em que cadeira foi obtido.
Os nomes dos alumnos premiados serão publicados na folha official do governo.

CAPITULO XXIII
Bos actos grandes e dos diplomas de habilitação

Art. 141.° Os alumnos dos cursos medico-cirurgico e pharmaceutico, depois de terem


provado que frequentaram e foram approvados em todas as cadeiras dos respectivos cur-
sos, farão o exame denominado acto grande, a fim de obterem os seus diplomas de ha-
bilitação.
Art. 142.° Os alumnos dos cursos medico-cirurgico e pharmaceutico, que pretende-
rem fazer acto grande, dirigirão ao director da escola um requerimento, ao qual os pri-
meiros juntarão as certidões de approvação nos oxames das cadeiras do S.° anno, e os se-
gundos a certidão de provada frequencia no 3.° anno do curso pharmaceutico.
Art. 143.° Os alumnos do curso medico-cirurgico e pharmaceutico apresentarão tam-
bem uma dissertação e seis proposições da sua escolha (sobre assumptos medicos ou ci-
rúrgicos os que tiverem frequentado o curso medico-cirurgico, e sobre pharmacia os que
tiverem frequentado o curso pharmaceutico), que defenderão em acto publico, perante
cinco lentes da escola.
Art. 144.° Os actos grandes serão presididos pelo director. Quatro lentes, nomeados
por escala, serão arguentes, interrogando cada um d'elles por espaço de vinte minutos até
meia hora.
Art. 145.° A dissertação e proposições apresentadas pelo examinando serão submetti-
das á approvação de um dos lentes que tiver de assistir ao exame, o qual fará as observa-
ções que julgar opportunas, não só sobre a materia, como tambem sobre a redacção; de-
vendo, se assim o entender, escrever na frente da mesma dissertação a palavra approvada,
com a sua rubrica, sem o que a dissertação não será admitlida. Se porém o alumno a
quizer defender, apesar de não haver sido approvada, terá recurso para o conselho da
escola.
§ unico. Esta approvação não envolve responsabilidade da escola a respeito das dou-
trinas de que tratam as dissertações e proposições.
Art. 146.° Depois de assim approvadas, a dissertação e as proposições estarão patentes
na secretaria da escola por espaço de oito dias antes do exame, para que os examinadores
as leiam, tendo sido previamente indicado pelo director o dia do exame.
Art. 147.° A dissertação ficará pertencendo á bibliotheca, depois do acto grande.
Art. 148.° Os alumnos pharmaceuticos, alem de serem obrigados ao que determinam
os artigos 141.°, 142.°, 143.° e 144.°, farão tambem um exame pratico sobre o objecto
que lhes sair em ponto, o qual será tirado quatro horas antes do exame, e constará de tres
formulas pharmaceuticas que possam ser feitas n'aquelle espaço de tempo.
§ unico. O lente da 3. a cadeira designará os pontos para os exames práticos de phar-
macia. Estes pontos deverão versar sobre formulas oíHcinaes e magistraes, e ser submet-
tidos á approvação do conselho.
Art. 149.° À votação nos actos grandes será feita do mesmo modo que nos exames
annuaes. Cinco votos a favor approvam plenamente; tres, pelo menos, a favor constituem
a approvação pela maior parle; e tres contra bastam para reprovar.
I "nico. Os alumnos que forem reprovados poderão repetir o exame um anno de-
11 de outubro 1865 385

pois; devendo os alumnos do curso medico-cirurgico frequentar novamente as duas aulas


de clinica, e os do curso pharmaceutico a do 2.° anno.
Art. 150.° Ao acto grande só será admittido um alumno por cada vez, e em dias fe-
riados não santificados.
Art. 151.° A todo o alumno que for approvado no acto grande se dará o competente
diploma de habilitação para exercer a medicina, a cirurgia ou pharmacia, na conformidade
das leis vigentes. No mesmo diploma se mencionará a qualificação da approvação do acto
grande, e tambem os premios que o candidato tiver obtido durante o respectivo curso.
Art. 152.° Os diplomas serão impressos, assignados pelo director, secretario e impe-
trante, terão o sêllo da escola, e custarão o que fica determinado nos artigos 2 8 . e 34.°, ~
alem das despezas do sêllo da causa publica e de outros impostos estabelecidos por lei.

CAPITULO XXIV
Do continuo e do servente
Art. d 53.° Haverá um continuo encarregado de vigiar as officinas da escola, de tomar
o ponto aos alumnos e de tudo o mais que lhe está incumbido nos diversos capítulos d'este
regulamento. Servirá lambem de porteiro da escola.
Art. 154.° Este logar será provido por concurso perante o conselho escolar.
Art. 155.° O continuo terá o ordenado mensal de 30 xerafins.
Art. 156.° Haverá um servente, o qual terá a seu cargo a limpeza interna do edificio
da escola e tudo o mais que lhe é determinado n'este regulamento.
Art. 157.° O servente cumprirá as ordens do continuo no tjue disser respeito ao ser-
viço da escola, e perceberá mensalmente o ordenado de 20 xerafins.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 11 de outubro de 1865.
— Visconde da Praia Grande. d. de l . n.° 236, de is de out.

2.» DIRECÇÃO
1.» REPARTIÇÃO

Considerando que a disposição do artigo 79.° da novissima reforma judicial, pela qual
os tribunaes de policia correccional devem ser compostos, alem do respectivo juiz, de
quatro vogaes e mais dois substitutos, se não poderia executar nos concelhos de Damão
e Diu, pela falta de sufficiente numero de individuos hábeis, entre os quaes se não dessem
as incompatibilidades legaes;
Considerando que nos mesmos concelhos, já antes da execução da dita novissima re-
forma, se julgou necessário acommodar a organisação de similhantes tribunaes ás circum-
stancias especiaes d'aquelles concelhos;
Considerando que, attentas taes circumstancias, podem os mesmos tribunaes exercer
as funcções que lhes competem só com dois vogaes, alem do respectivo juiz;
Considerando que sobre a necessidade de similhante providencia representou a camara
municipal de Damão, e em parte foi provisoriamente attendida pelo governador geral do
estado da India;
Usando da faculdade que me é concedida pelo f 1.° do artigo 15.° do acto addicional
á carta constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei por bem, em nome de El-Rei, decretar o seguinte:
Artigo 1.° Os tribunaes de policia correccional de Damão e Diu serão compostos de
dois vogaes, alem do respectivo juiz, de entre todos os cidadãos que pela legislação que
estiver em vigor forem elegíveis para a camara municipal.
| unico. Alem dos dois vogaes effectivos, serão igualmente eleitos doi§ substitutos.
- Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
O ministro e secretario'd'estado interino dos negocios da marinha e uitramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço,-em 11 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , R e g e n t e . =
Visconde da Praia Grande. D. d0 l. n.° 234, de ie de ont.

100
1865 11 de outnbfrò

Considerando que pela disposição do àrtigd 40.° § d. 0 do codigo administrativo, íiãd


deve haver menos de trinta elegíveis para vereadores em cada concelho; '
Gonsiderando que no concelho de Damão se não póde completar aquelle' nhmefo na
fórma do mesmo codigo, sem que n'elle sejam incluídos sujeitos que não sabem ler e'es j
: :
créver à lingua portugueza e outros que nem mesmo a entendem;
Considerando que por esta fórma ób não haverá o numero de trinta éffeCtiváiiiertte élèM
glveis, ou'dá sha eleição poderia , resultar gMve damno ao serviço publico, ou grande b
porventura immerecida responsabilidade aos eleitos; '
Considerándo que se os funccionarios publicos poderem ser eleitos vereadores, se per-
fará dnuíherp legal de elegíveis,'ao mesmo tempo que Se não póde dèixar de rècònhecèr
que èm muitos d'estès ha notória capacidade para bem desempenharem as funcções'thu-
nicipaes;
Considerando que similhante providência está eih pratica em Diu, desde o anno de
1837, aindaque nunca tivesse confirmação superior;
Considerando que está igualmente em pratica em Damão, por determinação proviso-
ria do j|Ôvèrhádor geral dó estado da India;
Usando da faculdade que me é concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional
á carta constitucional da monarchia; • ': '
Tendo orivido o conselho ultramarino e o de ministros: - '
Hèi por bem, em nome dè El-Rei, decretar o seghinté: .'.'.'
•'ÁttigtN.^Sãtí elegíveis pára o cdrgo de vetáádòres nos concelhos de Daihão é<lDiu,
comtantoque reunam as outras condições necessarias, os funccionarios publicos dè admi-
nistração e fázenda, á excepção d'aquelles qué recebererh ordenado pago pela'respéfetiva
camara municipal. •"'-•
Art. Éicá revogada a legislação em contrário.
O mlbtètróe secretario d'estado interino dos negocios da marinha e Ultramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 11 de outubro de 1865.=REI, Regente. =
Visconde da Praia Grande. D. do L. n.° 234, de 16 de out,

2.» DIRECÇÃO

Sèndd heCèsáario dar util,a hoVã organisação á força militar das provincias niirathari^
rias," de Éodò que possa satisfazer cabalmente ás éxfgehcias do serviço publico: herpOií
bfeih', éíh nome de El-Rei, hoínear ijma commissão de que serão vogaes 0 brigadeiro do
cito do reino João Tavares de Almeida, que servirá de presidente, o conselheiro ajudante
do ptocurádór gerál dá corôa jurito do ministerio da marinha Levy Maria Jordão-, José Ma-
ria Lobdd'AviÍa, coronel da provincia deCabo Verde, Luiz Travassos Valde^ tenente co-1'
ronel do corpo do eslado maior do sobredito exercito, Ricardo Carlos Clanehy, major, Af-
fonso dè CáãtHó, è Estanislau Xavier da Assumpção e Almeida, capitães servindo estè ul-
timo de secretario, a qual, tendo presentes as circumslancias especiaes de òáda provincia,
ihè apresenta fá urn plano para a reorganisação das tropas do uitramar e proporá a reforma
dá legislação penal, a fim de que, tomando-se por base os principios de justiça e humani-
dade, seja garantida a disciplina militar. •:
O mlhislro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e uitramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 11 de outubro de 1 8 0 5 . R i i i í ' R e g e n t e . ^
Visconde da Praia Grande. • b.éeh.n.''àl,-a<stíá»oau

1." DIRECÇÃO

a.» REPARTIÇÃO -

'tíáietoó o conselheiro intendente interino da marinha de Lisboa representado que se


ret^s&á à funccíònar como vogal no tribunal maritimo, um jurado do tribunal do com-
mercio, designado para esse fim pelo respectivo presidente; -1 • ' • •-<•• •
Considerando quanto insta resolver promptamente uma duvida que envolve tão im-
portantes interesses;
Considerando que não póde ser attendida a circumstancia allegada pelo individuo a
quem competia o desempenho das funcções referidas, vistoque a qualidade de vogal do
12 de oútubro 1-865 387
mencionado 'tribunal, com participar da natureza de um direito, é roeste caso um dever
imposto pela lei; ' . . • • . •
Considerando que,-em presença dos artigos 58.°, 65.° e 75.° do codígó penal e disci-
plinar da marinha mercante, approvado pela carta de lei de 4 de julho de 1864, é mani-
festo que não póde recusar-se a servir como vogal no tribunal maritimo o jurado do tri-
bunal commercial designado pelo presidente; •
Considerando que pelo facto de recusar-se o desempenho d'este serviço publico in-
corre o jurado nas disposições do artigo 188.° do codigo penal commum;
Attendendo a que não póde o andamento de qualquer processo ser demorado por in-
justificados subterfúgios, sem quebra da disciplina e grave prejuizodos proprios interes-
sados ; e
Grinformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa:
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pela secretaria d'estado dos
negocios da marinha e uitramar:
1.° Que os intendentes de marinha dos differentes departamentos e os capitães dos
portos, a quem pelo codigo penal e disciplinar da marinha mercante incumbem ás func-
ções de presidente do tribunal maritimo, em caso de recusa ou falia de comparecimento
não justificada de algum vogal competentemente designado, requisitem com esse funda-
mento ao presidente do tribunal do commercio respectivo a designação de outro jurado:
2.° Que os mesmos intendentes e capitães dos portos, quando se derem os supracita-
dos casos, remetiam immediatamente ao ministerio publico communicação documentada
do facto occorrido, para se proceder criminalmente contra o jurado que se recusar ao ser-
viço ou a elle faltar sem causa justamente motivada.
Paço, em 11 de outubrode 1865. = Visconde da Praiá^Grandé.
D. de L. n.° 334, do ti dè otiu

«2DIRECÇÃO
1.» REPARTIÇÃO '

Attendendo ao merecimento, letras e mais circumstancias que concorrem no dr. Levy


Maria Jordão, do conselho de Sua Magestade Fidelíssima, deputado ás côrtes;, ajudante
do conselheiro procurador geral da corôa junto do ministerio da marinha e uitramar e so-
cio da academia real das sciencias: hei por bem, em nome de El-Rei, encarrega-IQ de or-
ganisar um projecto de codigo de processo criminal para as provincias ultramarinas, ser-
yjiídp-lhe de base a legislação em vigor no reino, e fazendo-lhe as modificações que forem
necessarias, attentas as circumstancias especiaes de cada provincia;confiando que desem-
penhará esla incumbência como é proprio do seu zêlo e aptidão.
. O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e ultramar assim o
tenha: entendido e faça executar. Paço, em 11 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , Regente.
Visconde,.daPraia Grande. D.d6i.n.»ssíída«d8aut

[MINISTERIO DÓS NEGOGIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO

DJRÇCÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES DiDIREÇfAS

Constando que na alfandega do Funchal existe, sem emprego, e com prejuizo dos in-
teressados, uma somma já considerável remanescente das quatro partes destinadas pelo
artigo 4.° do decreto de 14 de julho de 1836, para os trabalhadores da companhia braçal
da paesma.alfandega q,ue se inutilisassem no serviço, quando aliás devêra ter sido gonver-
iida. èm fupdp? publjjjqViPOS 'termos do artigo 134.° do decrelo de,3 de jfyiejro d e l 8 3 4 í
ò q^ie teria:,aiigipenià^o.qfundo dó cofre especial: Sua Magestade El-Rei, Regente emnpnae
do Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro director gera;! des alfandegas e coth
tribuições indi.reçtas, manda que o director da mencionada alfandega empregue em in-
scripções (Jé apsiepiamenío, que serão averbadas a favor do respectivo cofre* a alludida^som-
ma, dando conta.de assim o.haver,cumpmlo. Ordena outrosim Sua Magestade que effer
çtuada a compra das inscripções, remetia uma conta do estado do cofre, com designação
388 1865, 12 de outubro

dos encargos que pesam sobre elle, e mensalmente uma conta desenvolvida da receita e
despeza do mesmo cofre, relátiva ao mez antecedente.
Paço, em 12 de outubro de 1865.—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello,
D.ide L. n.° 232, de 13 de out.

DIRECÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE


REPARTIÇÃO CENTRAL

Determinando a carta de lei de 13 de maio de 1864 que aos empregados da contabi-


lidade do contrato do tabaco, que ficassem addidos ás diversas repartições do estado, fos-
sem regulados os vencimentos pelas disposições do decreto de 16 de janeiro de 1834;
reconhecendo-se que ao tempo em que se promulgou esse decreto todos os subsidios
por elle estabelecidos tinham a natureza de soccorros e não de retribuição de serviço acti-
vo, e que, se já então eram deficientes, muito mais o são hoje em que têem gradualmente
encarecido as subsistencias e o preço das mais urgentes necessidades da vida; sendo certo
que por tão ponderosas considerações, que em requerimento dos ditos empregados foram
apresentadas, e em vista não só dos pareceres emitlidos pela 2. a repartição da direcção ge-
ral da contabilidade do thesouro publico, como das respostas fiscaes de 2 de março e 0 de
maio d'este anno, se proferiu o despacho de 15 do dito mez de maio para se abonar a cada
um dos ditos empregados do contrato, addidos ás repartições publicas, a gratificação de
500 réis nos dias uteis; acontecendo que esta providencia de verdadeira equidade melho-
rou em parte os vencimentos de alguns funccionarios mais graduados, que.maiores orde-
nados tinha.m no alludido contrato, sem comtudo ficarem equiparados aos que percebiam,
emquanto que a outros empregados de menor graduação aproveitou de uma maneira tal
que lhes duplicou os vencimentos;
Considerando que das gratificações alludidas, que actualmente se pagam em virtude
do referido despacho de 15 de maio do corrente anno, aquellas que collocam alguns em-
pregados doxontrato em superior condição á que tinham anteriormente ascendem á somma
de 4:568$800 réis;
Considerando que não póde ter sido o pensamento da lei, nem do governo, remune-
rar os empregados daquella extincta companhia mais largamente do que ella o fazia du-
rante a sua existencia;
Considerando que o estado da fazenda nacional exige a mais severa economia nas des-
pezas publicas:
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pela referida direcção geral
da contabilidade do thesouro publico, que o abono da gratificação de 500 réis diarios, de
que trata o mencionado despacho de 15 de maio ultimo, se verifique de modo que a sua
importancia junta á do subsidio de cada empregado não exceda o ordenado que esse em-
pregado tinha no contrato: e outrosim ordena o mesmo augusto senhor que a totalidade
das gratificações assim calculadas seja, para os devidos effeitos, incluida no orçamento ge-
ral do estado.
Paço, em 12 de outubro de 1 8 A n t o n i o Maria de Fontes Pereira de Mello.—
Para a direcção geral da contabilidade do thesouro publico. D. de l. n.° m, de 13 de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3." REPARTIÇÃO — 2 . a SECÇÃO

Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, quer que o governador civil de Lis-
boa faça constar á camara municipal de Relem, que a limpeza do caneiro de Alcantara é
encargo da camara e não do estado, não tendo applicação alguma á bypolhese a disposi-
ção do artigo 3.° do decreto de 31 de dezembro de 1864;
Que se a camara se recusa a tomar as providencias que se lhe recommendarem, não
obstante aá reclamações dos vizinhos do concelho e as circumstancias melindrosas da saude
publica, o governo fará proceder á limpeza por conta da camara e lançará mão da provi-
dencia do artigo 157.° do codigo administrativo para quebrar a resistencia opposta a me-
14 de outubro. 1865 389
didas dè imperiosa necessidade que a camara devêra ter tomado ha muito, sem insinua-
ção do governo;
Que finalmente vigie o governador civil se este ultimo aviso dado acamara é inefficaz,
e dê conta por este ministerio para se proceder convenientemente.
O que tudo, de ordem de El-Rei, se participa ao governador civil para seu conheci-
mento e em resposta ao seu officio de 12.
Paço, em 13 de outubro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. de Ij. n.° 233, de U de oaJ.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL BAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Reconhecendo que a disposição do artigo 73.° das instrucções regulamentares, appro-


vadas por portaria de 5 de abril ultimo, alterando a pratica de muitos annos, durante os
quaes os guardas da fiscalisação das alfandegas do reino e ilhas adjacentes eram obrigados
a apresentar-se fardados á sua custa dentro de um praso rasoavel, é muito onerosa para
aquelles que preferirem fardar-se por este ultimo meio e não por intermedio das com-
missões creadas pelo referido artigo, e prejudicial á fazenda publica quando por qualquer
motivo os guardas deixarem de pertencer ao corpo da fiscalisação sem terem, por meio dos
descontos nos seus vencimentos, pago a importancia do proprio fardamento: ha por bem
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, conformando-se com o parecer do con-
selheiro director geral das alfandegas e contribuições indirectas, derogar a disposição do
citado artigo 73.° das sobreditas instrucções, e declarar que os empregados fiscaes deve-
rão apresentar-se fardados á sua custa pelo modo que mais conveniente lhes for, dentro
do praso de sessenta dias, comtantoque o façam em rigorosa conformidade com o figurino
que foi approvado pela mencionada portaria, ficando a cargo dos chefes fiscaes a inspec-
ção sobre a uniformidade dos fardamentos dos seus subordinados.
Outrosim determina o mesmo augusto senhor que fiquem subsistindo provisoria-
mente as disposições do já citado artigo 73.° das instrucções referidas para aquellas alfan-
degas, onde se lenha definitivamente verificado a arrematação dos fardamentos, começando
a ter effeito o que se ordena n'esta portaria sómente para os empregados fiscaes que ali
forem novamente admittidos ou para os já existentes depois que tenham pago por des-
conto a importancia de seu fardamento, contratado.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communicará
a quem competir.
Paço, em 13 de outubro de 1865. —Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L. n.° 233, de 14 de oat.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Contrato celebrado com a companhia de caminhos de ferro de sueste de Portugal


para a alteração e modificação dos contratos approvados pelas cartas de lei
de 29 de maio de 1860 e de 23 dc maio de 1864
Aos 14 dias do mez de outubro do anno de 1865, n'este ministerio das obras publicas,
commercio e industria e gabinete do ill. m0 e ex.™0 sr. conde de Castro, ministro e secre-
tario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e industria, compareci eu An-
tonio Augusto de Mello Archer, servindo interinamente o logar de secretario do mesmo
ministerio, e ahi estavam presentes de uma parte os ill.mos e ex. mos srs. Antonio Maria de
Fontes Pereira de Mello, ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda, e conde de
Castro, ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria, como primeiros outorgantes em nome do governo, e da outra parte Jhlius Beer, como
segundo outorgante na qualidade de procurador da companhia do caminho de ferro de
sueste em Portugal, como mostrou pelos documentos em devida fórma, que ficam archi-
M 1865 14 de ontabrò

vadós tióiheu poder : assistiu tambem a este actó o bacharel Antonio Cardoso Avelino;
ajudapte do procurador geral da corôa junto a este ministerio. Pelos outorgantes foi dito
na minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas e assignadas que entre si'tinham
elles ajustado e coriçordadq no seguinte contraio para a alteração do contrato approvado,
péla carta : dé'lèi de 29 de maio de 1860, e do contraio approvado pela cartaUle lei;de 23
de maio de 1864, e se obrigavam em nome das pessoas a quem representavam a cumpriir
:
todas as clausulas e condições seguintes: ;
•Artigo 1-.° ' A subvenção que o estado pagou á companhia do caminho de ferro de sueste'
pela construcção das linhas das Vendas Novas a Evora e Beja em virtude do artigo 27.° do
contrato de 29 de maio de 1860, e a subvenção que o estado é obrigado a pagar á mesma
companhia pela construcção das linhas de flvoria.ao Grafo e dp, Beja; á fronteira de Hespa-
nha e ao Algarve, em virtude do artigo 8.° do contraio de 23 de maio de 1860, ficam sub-
stituídas pela garantia de um producto bruto fixado em 3:600(5(000 réis pçr kilometro a
que o governo se obriga, nos termps, pelo modo e nos prasos estipulados nas diversas con-
dições d'este contrato.
' Art. 2.° : A responsabilidade do governo pela garantia estipulada no artigo antecedente
unicamente começa no dia 1 de julho do anno de 1869, se se verificarem arftbas as se-i
gtíintes condições:
:
• 1.® Que no dia 1 de jfilho do anno de 1869 estejam completamente acabadas edefini-
tivàmerite rebebidas pelo governo as linhas de Evora ao Crato, de Beja á margem direita
dó Guadiana e de Beja a Faro;
• ^ . " Qheíno referido diá 1 de julho de 1869 tenham decorrido seis mezes completos
dè exploração etn todas as linhas mencionadas na condição 1 d'este artigo.
:
§ l';°- Se no dia 1 de julho de 1869 as linhas ferreas referidas na condição•IAnão es-
tiverem completamente acabadas, ó governo unicamente garante o producto bruto kiló-
metribo d e ã : 0 0 0 $ 0 0 0 réis, e só com relação aos kilometros explorados com seis mezes
de antecipação.
;
I 2." Concluída a construcção de todas as linhas e exploradas por seis mezes come-
çará'd èpòis doestes o producto garantido a ser de 3:600^(000 réis.
§ 3.° A garantia do governo durará por espaço de cincoenta annos, a contar de 1 de
jxilhodc 186»'.
~;: íl® O : disposto no 1 1 . ° d'esle artigo não isenta a companhia das penas em que inr
cofrer por não concluir as obras tios prasos estipulados nos contratos de 29 de .maia d e
1860 e 23 de maio de 1864.
Art. SA'Ai liquidação dasquarítias com que o governo for obrigado a preencher o pro-
ducto bruto de 3:000(51000 réis ou de 3:600$000 réis por kilometro, será feita de seis em
éèis-ííiéíes, e o pagamento do deficit liquidado, quando o houver, será feito no.praso de
quinze dias depois da liquidação. : ,
§. 4-Vipara este effeito a companhia' até ao dia 5 dè cada mez,: logoque principie a ex-
ploração parcial ou total das linhas, mandará ao governo uma conta particularisada do ren-
dimento bruto no mez anterior, e de seis em seis mezes uma conta do rendimento bruto
total, n'esses mezes, com o pedido do deficit, se o houver.
§BfíQ governo sempre que o julgar conveniente póde mandar procpder ao e j á m e
da escripturação da companhia e dos documentos justificativos da mesma escriptu-
ração.
§ 3.® Na liquidação ordenada por este artigo não se lançará como receita o producto
SíÓí.Wèiíto' de transito á que ella é obrigada pelo artigo: 34.° do contrato dé -29 de fpaip

Art. 4.° A companhia.obriga-se a pagEir ao governo: .


1." A quantia de 1.970:688^000 reis : importancia dá subvenção de 16:000^000 réis
pOi> kilometro que a companhia recebeu em virtude do contrato de 29 de maio Ide 1860.
2. 0 ' A quantia de 1.008:000^000 réis importancia do preço por que 0 governo vendeu
á compánbia^o caminho de ferro do Barreiro ás Vendas Novas com o ramal' de Setubal, ena
virtude do contrato de 23. de maio de 1864. • •• ., •!,•;-i
' - O pagamento d'estas duas verbas, na importancia- de2.978:688^000 féis,;per?
feitòiem letras a tres, seis e nove mezes, por um terço cada letra da importánciaireferidfi
-adflitíonado f o m o juro respectivo na rasão de 6 por cento ao anno. ; .:>; !;(l 3
'"'"'•'•8 2A'Esías letras serão entregues ao governo pela companhia no praso; d e quinze di 9 S
depois de'convertido em leio presente contrato. r • .
§ 3. 9 A falta d e pagamento de uma das letras no dia do seu vencimento importa ipso
14 de outubro. 1865 421

fado o vencimento de todas as restantes, e dá ao governo o direito de imniédiatamentè


exigir o integral pagamento de todas ellas.
Att. S.d A companhia desiste e cede a.favor do estádò a subvenção'de 18:0000000
réiS'pot-kilometro estipulada no ártigoS. 0 do contrato de 23 de maid/dp".Í864. " '
Art. 6.° A companhia desde já garante a execução e inteiro cumprlniéhto das ói)rigá^
ções cjue lhe impõe este contrato: . .'."'''''
Com o deposito' de 90:0000000 réis cjue ella fez e existe nó bancò.dé Pbftngál,
nos termos do artigo 17.° do contrato de 23 de maio de 1864, depoVltò que "a'dpm'p^miá
têm' direito a levantar por se tér verificado a ultima liypothese d o | 2. d; ^o citado àhigÓ 17.°
2.° Com a quantia de 225:0000000 réis, importancia dás subvénçóès que ft çómpá-
nlriáièih direito a receber dógoverno, como consta dos certificados apresentados nó mi-
:
nisterio das obras publicas, nòs termos e para os effeitos do artigo è &õ(mèsttiò
contráto de 1864. ' ' ;. : : V' .'. . , " : ' ; / *.
i f.° Sê as côrtes não appróvárém ésté'contrato ó governo immedratatóéntó^uctÓri-.
sará o levantamento dos 90:0000000 réis a que se refere o n.° 1.° d'é'stié áí-ti^ó, e ò^gfárS
a quantia retida, em virtude do estipulado nó n.° 2.° .-t
• § 2.° Se'as côrtes ápprovareih este contrato e a companhia não entrégàr ás1 letras no
praso Fixado no § 2.° do artigo 4.°, perderá ella a favor do estado a'á duas Quantias dápas
em Caução', em virtude dos n.°8 í.°'e 2.° d'este artigo. ;
, . ' . '
I 3.° Se as letras forem entregues nó praso do~§ 2.®'do artigo 4.°, ficará,unicamente
subsistindo ò deposito dos 90:0000000 réis, para o effeito de ser levantado pelà.Cottipa-
nhiay se no dia 1 de julho do anno de 1869 estiverem completamente ácabadas as,linhás'
de Evora ao Crato é de Beja ao Guadiana e a Faro; ou para sei' perdido pela •companhia
a favor do estado, se estas linhás n'aquelle dia-não estiverem concluida riem Exploradas,
: 1
sem prejuizo do que se estipula nos §§ 1.° e 4.° do artigo 2.° ' ; -•::
; ; Ô
Ari 7J À garantia á que o estadosèí pbrigá pòr esté, Contrato é'ex|érish|á á^tHÍà do
BáWétfo' ás Vendas Novas e 'a : Sétubal nbs térriiós dò'àrtigò 2. 0 , ! gtjásÍ^ridi.çj8és' ) è ; ||, 1 é ; do
mesmo- mòfló é'extensiva.ú ;linhá qúe a tómpánhià Construir da i r i a í ^ ^ airèita Qótítià-
diáná à frõntèira de Hespanha nos têririós e'prasos fixados nó § 2. 0 i dò'àrtfgp 5í 0i do con-
trato dte 23 de maio de 1864V • • : • " ' " ;
Art. 8.° Nó Caso de que durante os cincoenta annos fixados nó âítigo 2; B Í |j
producto bruto kilometrico exceda 3:600,5000 réis, obriga-se a companhia a pagai aò' go-
verno 20 por cento do excesso até ao completo embolso das sommas que o governo tiver
pago em virtude d este contrato, e em caso nenhum por mais tempo que os cincoenta an-
nos fixados;no citado | 3.°;db'artigo 2.°, •' ;.'••':• -'
Art. 9.° O governo e a companhia reciprocamente desistem do direito consignado no
artigo addicional ao contrato de 29 de maio de 1860.
Art. 10.° Fica subsistindo o artigo 26.° do citado contrato de 29 de maio d,e 1860,
com as seguintes declarações:
• 'I;* © governo unicamente poderá usar do direito de remissão dé^ói§!'dé'téffrnin.àdo?
os primeiros'trinta annoS'd:e exploração ; . . ' ' ' • " ' > • ' • " '
'2.® Sé as linhas renderem 3:6000000 réis ou toais por kilometrô' Opfàfotfá-féfpis-
são sWá ; determinado pelo rnodó estabelecido nó referido' artigo'ífi1.^1.'1 "•'• ii ' , ' ;5 ' j;llW í f: •
3. a Se o producto kilometrico daá linhás for menor de 3:6000000 réisió pr^jõ d á ^ ê 1
miâsãó será determinado de modo qiiey pelo tempo qué faltar para pérfãíér bsí'cirit:obnta
ánnoS,: á annuidade séja:'calculada sobre os 3:6000000 réis garantidos-fi^esíe 'cõhtráló, : é
pára os annos que alem dos Cincoenta faltarém para t e r a i n a r ò praso daí cptiçesSãó, aft^
nuidade será liquidada cómo prescreve o artigo 26.°.; - -'••'' : ' ! \ :
a a
4. Se ao governo não convier'o systema da declaração 3. poderá entregar á compa-
nhia-as sommas que d'ella recebe por virtude d'este contrato e a subvenção estipulada no
contrato de 23 dè maio de 1864, efeito isto proceder-se-ha áreriíissSohosprécisO&tefmos
do artigo 26.° ; • : ; ' ; ••'
Art. 11.° Se nos termos dos contratos de 29 de maio de 1860 è.SS.dèiftáiO de 1864,
e pot applicação das penàs n'elles mencionadas, os mesmos contratós ;; fOrenl'rescihdidós,
serão devidamente avaliadas; as linhás que forem objecto d'esses cohtràlfíâ e 'âdftfàièadak
efflifrâsta publica; com todas^ás suas : oláusulás'e condições, á empreza giie ótéfe^^pirepos-
tas itbais vantajosas.'Gs^credores dã conipánhia exercerão os sêus diHéitos sbBWo próiâii-
cto da adjudicação, e o governo, se for credor, será equiparado aos credores mai^pPívile-
giadossda-mesma companhia. A éihprfezâ•adjudicatória das linhas;sférá Õbngada àèflftbol-
saí'o governo pelo môdo prescripto no artigo 8.° das sommas qUe ò mfegffiò gòveriibltiveri
39| 1865, 12 de outubro

pago á actual companhia e esta não tenha podido satisfazer por não ter havido o excesso
ao producto bruto kilometrico previsto no citado artigo 8.°
Art. 12.° Pelos artigos do presente contrato ficam respectivamente alterados, modifi-
cados, declarados ou substituidos os artigos 26.°, 27.°, a segunda parte do § 2.° do artigo
62.°, o artigo addicional do contrato de 29 de maio de 1860, e o artigo 8.° e § 3.° do ar-
tigo 15.° do contrato de 23 de maio de 1864. Todos os outros artigos d'estes dois contra-
tos, com as suas clausulas e condições, vantagens, penas e encargos, ficam em pleno vigor,
como se n'este contrato fossem inseridos e estipulados.
Art; 13.° A companhia poderá elevar o capital social á somma que entender necessa-
ria para execução do presente contrato.
Art. 14.° Este contrato fica dependente da approvação das côrtes, e será definitivo lo-
goque as mesmas côrtes o approvem e seja convertido em lei.
Logo em seguida foi presente o documento pelo qual a companhia é auctorisada a le-
vantar do banco de Portugal o deposito de 90:000^000 réis a que se refere este contrato,
bem como os certificados a que se refere o n.° 2.° do artigo 6.°
Todos estes documentos ficam archivados na repartição central d'este ministerio.
E com as referidas condições deram os outorgantes por feito e concluido este contrato,
ao qual assistiu, como fica dito, o bacharel Antonio Cardoso Avelino, ajudante do procu-
rador geral da corôa junto a este ministerio, sendo testemunhas presentes João Palha de
Faria Lacerda, chefe da repartição do commercio, e Pedro Roberto Dias da Silva, chefe da
repartição de, contabilidade. E eu Antonio Augusto de Mello Archer, servindo interina-
mente de secretario do ministerio das obras publicas, commercio e industria, em firmeza
de tudo e para constar onde convier fiz escrever, rubriquei e subscrevi o presente termo
dè contrato, que vão assignar commigo os mencionados outorgantes e mais pessoas já re-
feridas depois de lhes ter sido lido.
Pelos outorgantes foi mais dito que o disposto no § 4.° do artigo 2.° se deve entender
com referencia á diferente penalidade estipulada nos contratos actualmente em vigor para
os dois casos diversos da não conclusão das obras ou da interrupção da exploração.
E com esta declaração deram por findo este contrato. = Antonio Maria de Fontes Pe-
reira de Mello—Conde de Castro=Julius Beer.=Fui presente, Antonio Cardoso Ave-
lino = João Palha de Faria Lacerda=Pedro Roberto Dias da Silva=Antonio Augusto
de Mello Archer. D . de L , n.o 243) de 25 de out .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


l.« DIRECÇÃO
1.» R E P A R T I Ç X O

Constando-me que alguns proprietarios de terrenos marginaes se apoderam, por meio


de obras successivas, de territorio banhado pelas aguas, ,bem como que algumas camaras
municipaes menos scientemente fazem cessões, contratos de aforamentos, e emprehendem
varias edificações em terrenos d'esta natureza, tudo em manifesto prejuizo do maior nu-
mero, com especialidade das populações e grave damno da policia maritima;
Considerando que mais de uma vez tem sido declarado, conforme ao direito do reino,
que se não façam, sem previa licença do governo, obras ou melhoramentos nos terrenos
marginaes dos rios, como das portarias de 5 de julho de 1848, 21 de agosto de 1850, 30
de janeiro de 1852 e 30 de maio de 1857, do decreto de 13 de novembro de 1850 e do
decreto sobre consulta do conselho d'estado de 22 de agosto de 1850;
Considerando igualmente que é indispensavel para taes concessões a previa auctorisa-
ção do ministerio da marinha, ao qual incumbe especialmente a policia dos portos, rios e
praias, na parte respectiva á navegação; e
Cpnsiderando mais que são plenamente applicaveis a todos os rios e portos do conti-
nente do reino e das ilhas adjacentes as disposições do decreto de 19 de outubro de 1864,
que estatuiu ç fixou as regras que devem seguir-se em tão importante assumpto;
"Conformando-me com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa
junto ao ministerio da marinha e ultramar: hei por bem, em nome de El-Rei, decretar o
seguinte:
Artigo 1 F i c a expressamente prohibido edificar, explorar pedreiras, fazer aterros ou
desaterros e emfim proceder a quaesquer obras nos portos, nas margens e braços dos
11 de outubro 1865 393

rios navegaveis, e nas costas do mar até onde chegar o colo do praiamar de aguas vivas,
sem previa licença do governo, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultra-
mar, sob as condições que forem julgadas opportunas e convenientes.
Art. 2.° A infracção do disposto no artigo 1.° será punida com a multa de 20$000
réis. A reincidência será punida com a prisão de oito dias a um mez. A obra começada
será desde logo embargada, segundo os termos ordinarios.
Art. 3.° Fica prohibido deitar, ou mandar deitar, nasjocalidades designadas no ar-
tigo 1.° entulhos, lixos ou qualquer despejo.
§ unico. As disposições d'este artigo comprehendem os empregados das camaras mu-
nicipaes ou os funccionarios que sendo encarregados de ordenar, dirigir ou effectuar des-
pejos de entulhos, lixos ou outros objectos, infringirem a mesma disposição.
Art. 4.° Será punida com a multa de 2(51000 até 20$000 réis á infracção prevista rtò
artigo 3.°, e com prisão de dois dias a um mez no caso de reincidência, conforme o maior
ou menor prejuizo que resultar da infracção commettida.
Art. 5.° Quando se der alguma das infracções previstas nos artigos antecedentes, le-
vantará logo o respectivo capitão do porto um auto de noticia, que remetterá immediata-
mente ao competente delegado do procurador regio com o rol das testemunhas, reque-
rendo procedimento correccional contra, os infractores, e communicará tambem immedia-
tamente ao intendente de marinha do departamento todo o occorrido, para assim chegar
ao conhecimento do governo.
Art. 6." Fica por este modo substituído o disposto no decreto de 19 de outubro de
1864.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e ultramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 17 de outubro de 1865.=REI, Regente. —
Visconde da Praia Grande. D. de L. n.° J38, de 20 de ont.

a . « DIRECÇÃO
I.- REPARTIÇÃO

Tendo reqaerido Pedro Zeferino Barbosa Paiva que se concedesse a necessaria aucto-
risação para poder trocar as suas duas roças, denominadas Bobo e Uba Nova, por outra
da santa casa da misericordia da cidade de S. Thomé, denominada Guegue;
Considerando que tendo-se procedido ás necessarias avaliações, se achou valerem as
duas roças a quantia de 1:500)5000 réis e a da santa casajl:950#000 réis, e que o suppli-
cante oíferece pagar a differença;
Considerando que o supplicante se obriga, feita a troca, a dar de renda pelas duas ro-
ças a quantia de 220$000 réis annuaes, quando não haja quem mais offereça em praça;
Considerando que a irmandade da dita santa casa, sendo ouvida sobre a troca propos-
ta, declarou ser esta de muita utilidade e conveniencia para aquelle estabelecimento;
Considerando que todas as informações havidas foram pela conveniência da troca, por
assegurar á santa casa um augmento de rendimento da quantia de 170^000 réis sobre o
que actualmente percebe ;
Conformando-me com o parecer do conselho ultramarino:
Hei por bem em nome d'EI-Réi conceder a necessaria licença á santa casa da miseri-
cordia da cidade de S. Thomé, para trocar a sua roça Guegue pelas duas supramenciona-
das Bobo e Uba Nova, pagando o actual dono d'estas á mesma santa casa a quantia de réis
450$000 pela differença do valor e segurando a renda annual de 220#000 réis pelas duás
roças Bobo e Uba Nova pelo espaço de vinte annos, com hypotheca especial ria; roça
Guegue.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e uitramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 17 de outubro de 1865.=REI, R e g è n t e . = W s -
conde da Praia Grande D . D E L . N . ° S 3 9 , D E 2 I DE out.

100
1865 47 deonfubro

• CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA '


EDITAL ••;•:.•• ''• il' :->• ^ "

JB^^V-^^í^r^^!1^0^ PAW^Ç^'^8^®-1^11^!;?:' • • ': '•!'• - M" S =


POSTURA . L-.W! '»•—-

Aos 12 dias do mez de outubro do anno de 1865, ,n'esf3 çidade,deLisfe0a;,e,paços .do


-ÇftflGMtei.Céll^- est^ndp^hi.reunidps assignados,
a : j ^ l u l f r u i a d e . g j i W i Ç j a » <Gpn.vinb.51, obstar^.que os-gaizes ipephy r
ticos existentes n p s ^ n o s germes de.desppjos, çoptjnqasgem a invadir.as propriedades,e
, d i l a ç õ e s , , ^omo .estava acontecendo; ;f^zendo,";reínpver diariamente dgs.çecheiras,.- exis-
i^qtes. Apitai, para fóra d'ella ou para. o vasadoqro ; publicp, todos ;os estrumes proijjiçj-
dosiias mesmas cocheiras; prescrevendo condiçõe§hygienicas que melhorem, n'estft ponto,
^estado.gera},das çavaiiarigas, e finalmente prohibir o,uso.das.sargentas, : ppndijctioras de
jjlijie.sqfifen d^spejosi : e sendo tudo diseqtido,.resolveram o seguinte: ,... i.
., :r Aftigp' ; l' r , 0 , Em.todas as habitações, lojas, saguões, pateps, jardins ou oqtros qqaes.qu&r
tocais,,pude .haja ou venha a haver capos em communicação cqm a canalisação d s .cjíiadô,
gecãç.^fg?canos fechados com ,sjphões, collocados .em todos.ps pontps.oqde se effepipem
oã: despejos ou nâ proximidade do entroncamento no cano geraj, quando a. .cíollpcação qps
$onl^,$ji.per : ipr^s.não. possa ter logar..; ... . ;;
Art. 2.° Ficam obrigados todos ós proprietarios a cumprir a presente determinação
#té l £p 1 d$$Q. : de abril proximo. Qs infractoras ; pagarão a.multa .de 4$Q0Q réjgj.eij ,<jobro
n á s reincidências. ÍT;"..". - •'-.•••,,. -.,.; i^:^-,;,-.,
| 1 C õ n s i d e r a r - s e - h a haver reincidência quando tres mezes depois .de ter .sido ap-
plicada a pena, a contravenção ainda subsistir.
§ 2.° A pena imposta aos proprietarios dos predios é applicavel aos usufructuarios,
administradores, tutores e quaesquer, pessoas que recebam as respectivas rendas..
Art. 3.° Fica prohibido fazer despejos de líquidos ou solidos pelas sargentas que dão
saída ás aguas pluviaes, sob pena de 2$Q00 réis de multa.
..r.i .fjyr^. 0 ^..fica expressamente prohibido nas cocheiras, cavalariças,, e^p.bujq^ estala-
^çp''^Wçjp^itos.dp igédq:a;co.nsé^vgçãò.'.do 'estnjjhg.ppr mais de. viqte e q p à t r q ^ o r g s ; Re-
vendo a rémóçãq se^çffectqadá completamente, em todos :os djas. ; Vt»s - •
p,Bji,ço5,„p estrume produzido nas ditas casas,; qualqqer qu.e s^eja a.su.a,qua'ntid^e, po-
jflí&SW tó|]çado,'nas,carroças da limpeza .da cjdade .se gssim convier aó interessado. ;
- 'Art. S.51 Os'donos dos estabelecimentos e das casas partiçulsrçs qqe nijío cumprirem a
dp ,artigo 4.° pagarão de.jpalta.2$QQ0.^éis'.e.^O&Q.nas.reinçidençia^..
' , Árt.Vqlí1'.ÇAIS.c^vailariçàs e / ^ a i s . d e s t i n a d a s . . ^ recolher qualquer gado,

" l f *, jy ,çasa t.e^ hiz-e ventilação sufficientes.'. , , , . . .J; .'., , i


pavimento' será calçado com pedra .ou lageado em toda a sua area, e í ^ f i qm de-
.çliVé^e&S por cento, pêlo menos para 'o esgoto das urinas. u , t. ,. ,
3. a As urinas serão conduzidas para a canalisação geral 'por,'.um cano munido,,de
phão e de um ralo. , . •
'•.-•btt'Q tecto, no caso de ser.habit.ado.o.paviipento^uperior, será.de abobada qu es-

, p ã p ^ d è r á . t e r mènqs ; de 3 metrps de altura^ e o espaço pc.ci^pa^Q,ppr|


M í p k f â & f l Q t a r g u f a peio menos $ de.cQniprim^io to.dó aqijLçj^, ^r,- p . ^ ? -
'Art. 7 . ' ' O s donos das casas, que'não tiverem as còndiçõès exigidas ho artigo.^,?,
. g ^ l f t ^ i V f i s >e,o dp^rp nas„rgin.çidenciasi:,.^• | ,. jt.-:,u'i, <»
I_ ugJpQT».^r^/í3^®-® Í ? ^ j i ^ . ' P J Ç Í P r ? 1 ^ 0 í P9: í f'í -f1 P - ^ f l í ^ Á ?
postura^.' " '" " iv.i.vi
"'Ãrt.1^'.'0 As Inulías são todas applicadas metade para o a cc usa dor è metade para o co-
fre da camara.
-E como a presente postura não possa obrigar nem produzir effeito legal sem que se
cumpra o determinado no § 1.° do artigo 121.° do codigo administrativo, deliberou ou-
trosim que ella subisse á approvação do conselho de districto. E para. tudo assim constar
se mandou lavrar a presente que vae por todos a s s i g n a d a s eu Nuno de Sá Pamplona, es-
crivão da camara, a subscrevi.
14 de outubro. 1 8 6 5 425

O presidente=fiarão de Alemquer == João de Matos Pinto=José Joaquim Alves


Chaves=Polycarpo José Lopes dos Anjos=Gregorio Vaz ,Baris de Campos Barreto
Froes=Luiz Caetano da Guerra Santos=Josè 'CàHos Nunês=Francisco Romano de
Almbida da Camara Manuel. .,•> •••
:: :
" •••.'"••'•-,• . : .]>•; .. í . [• -ii • ' . , . . . : .
APPRO VAÇÃO DO CONSELHO DE DISTRICTO ;,. ;
i V - ' • -.:'••;--.-:!-í J, ' .!> ..: U.
Aocórdão em conselho de : districto, etc. Que vista e examinada,a prespnte; postura,
attendendo a que as suas disposições não se oppõem ás leis geraes reino,$ §ão impe-
riosamente reclamacfós a bem da saude e commodidade dos moradores, ffjsstg/apitai, lhe
prestam a sua approvação para os effeitos devidos. Lisboa, sala do fion^lhQ de districto,
em sessão de 14 de outubro de 48tia.==0 governador civil, Geraldo, J,os'é B,rflamcanjip=
João Gerardo Safnpaio.Efr,em== Joaquim, Jo.sê Rodrigues da. Camara. *
E para que chegue ao conhecimento de todos se mandou publicar ó presente, qqe.§erí
aflixad,o nos convenientes locaes.: . ........
Camara, em 17 de outubro de 1 8 6 5 . = 0 presidente, Barão de^l^qmf. I^XÍ.UM-,

1
' :í!-' • :'. : • .; , v., 0 i; ,V i ,
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTÍIAMÃR
2.» DIRECÇÃO ^ ." ','//' j ? .'<'
• ' 3;* REPARTIÇÃO 1 ,•>:•; i(' >2 , -jl •

Estando o govçrno aucíorisado pelo artigo-8,9 da carta de lei d,e Í 6 d&m.aio de l 8 6 4


^ i f o f p r •extensivas ás provincias ultramarinas a carta de.lei de 1 da-juijjó ,^e l.S^ ? '.que
4$ajtàlpce# r.enpi todo p reino, e iU)as'94jsicéBj|.eç: p . r è g í s t ô ^ e . ^ i ^ ç ^ r j -
gos prediaes; conformando-me c o a ? A cqnsplta, dp.conselho' ultramarino
do corrente anno: hei por bera, em nome de El-Rei, approvar o ^ j ^ ^ f f ^ f i ? ' ! ^ ! ? )
provincias ulframaripas, que : faz. parte deste decreto :e baixa y^sigp^d 0 / pôÍQ;f|}|iiisí'rb
-efècretapio íp^erino dps negocios da marinha e uitramar- '[r'. ,.',, ,,;
Ô mesmo ministro e secretario d'estado Ò tenha assim eatendidq é/ftpá gjiftçujtjr^"ÇftÇÓ
em 17 de outubro de 1865.=REI, Regente.— Visconde da Praia Grande. " '

.. !;: .i.M }«J.


Codigo do credito predial das ftroviacias uHramaráas • •• 1 <
; 'ii!'"']'/!1 •'. ''.Íí
• ! '.;:")!! I .ii
;
: Ím J '[ ;ti'.i í i í j ; . • :••! . • ' PARTE I • -yi H'- .",!!i'<h!i;íi'.-.»=ic-.
' " Do registó predial *- ':'uXZV/

:.;^ - CAPITULO . p l ] ' ^ ! f: ..


s, !
•!,!« G < «!Í)*.'.;-i Pa natnreza e fim do registo predial . n . r , ;•:.> .•••••,

0 ' í ! , f , n a ç . provincias pltramarinaã. ei registo,'^rèiâjj!ejií,cpríf^^èii-


dade com as dis^osiçoe^^este codigo. " ' " • ' ':< 'X'1-'''!*
f^i? 1 0 -:P^dial,serão registados todos os
atfectarem'à propriedade é"os titulos que a constitnirèrh. Mdificárèin'oulé^jlisui^Mn de
modo que seja patente o estado da propriedade e se.facilj.t.e,.a ac^^/.QG^nsai^ííSDbf'-ç,el!a.
Art. 3.° Os funccionarios principalmente ençárbgàdõ^ SQ r é $ ' C Ò ; á p f t i i n a m c o « -
servadores. As repartições publicas onde se effectuá 0' "i~èjjlsto.': ^ppíâtns^sgB Conser-
! 1
vatórias. ' ''' ° a <•';•
0
. i. Art.^, .,.© registo.será feito na conservatória em cujo districto.estiver si'lúaao ó'pre-
dio e nao em outra, sob pena de nullidade. .. ^ ,f ,
§ unifio. Sendp.o predio situado em mais. de uiina cònsérvatbriá ò'régiéto l s,er| feítnem
caàa umá d'ellás. ' '— - . ,' V , ^ ; ; . : ' , /
3Ô6 1865 47 de outubro

CAPITULO II
Da installação do registo e seus effeitos

Art. 5.® O registo predial será installado nas provincias ultramarinas no dia qtíe for fi-
xado por decreto especial, praticados os actos preparatorios mencionados no artigo se-
guinte.
Art. 6.° Á installação do registo precederá:
1.° A distribuição dos livros, modelos A, B, C, D, E, juntos no fim d'este codigo;
2.° A rubrica do mesmos livros;
3.° A visita das conservatórias.
Art. 7.° O fim da visita é verificar:
1.° Se o local escolhido pelos conservadores é suficiente;
2.° Se n'elle existem devidamente arrumados os livros mencionados no artigo ante-
cedente;
3.° Se n'elle existem o livro de receita e despeza (modelo I) e os cadernos de talão
impressos (modelo L);
4.° Se tudo mais que toca ao material do serviço está em boa ordem e collocação.
§ unico. A visita será feita, por determinação do governador geral, pelo respectivo
juiz de direito da comarca e presidente da camara municipal, que participarão ao mesmo
governador o estado das conservatórias.
Art. 8.° São effeitos dâ installação do registo no dia marcado (artigo 5,°):
1.° Tornar desde esse dia obrigatorio este codigo;
2.® Fazer cessar o registo das hypotheeás e outros estabelecidos pelos decretos de 26
de outubro de 1836 e 3 de janeiro de 1837 e mais providencias correlativas.
Art. 9.° Os livros do registo a que se refere o n.° 2.° do artigo antecedente serão,
com os seus Índices e mais papeis respectivos, transferidos por inventario e depositados
no archivo da respectiva conservatória, no estado em que estiverem dentro de trinta dias
contados do da installação do registo predial. Os conservadores lavrarão termo no livro dos
ultimos registos, declarando quantos são os livros recebidos e as circumstancias externas
que n'elles encontrarem.
| unico. A estes actos assistirão tambem o juiz de direito da respectiva comarca e pre-
sidente da camara municipal, devendo assignar com o conservador o termo a que se re-
fere a segunda parte d'este artigo.
CAPITULO III
Dos direitos e encargos geraes sujeitos ao registo

Art. 10.° Estão sujeitos ao registo predial:


1 . " 0 dominio ou propriedade immobiliaria;
2.° As hypothecas;
3.° Os onus reaes;
4.° As acções reaes sobre bens immobiliarios, ou sobre nullidade de registo ou do íeu
cancellamento e as sentenças que n'el!as se proferirem, tendo passado em julgado;
5.° As transmissões de propriedade immovel por titulo gratuito ou oneroso;
6.° A posse devidamente comprovada;
7.° A penhora em bens immobiliarios;
8.° O privilegio immobiliario a què se refere o artigo 230.° n.° 2.°
§ unico. Os processos pendentes sobre acções reaes, em qualquer estado em que se
achem, comprehendendo o da execução, não poderão proseguir validamente depois da in-
stallação do registo predial (artigo S.°), sem que se junte certidão do registo^ conforme o
disposto n'este codigo.
Art, 11.° Só se consideram onus reaes para os effeitos do n.° 3.° do artigo antecedente:
A servidão passiva;
2." Ò'usò, habilitação e o usufructo;
3.° A emphyteuse e sub-emphyteuse;
4.® O censo e quinhão ou pensão;
5.° O dote;
6.® O arrendamento ou sublocação por mais de um anno, havendo adiantamento de
renda e por mais quatro, não o havendo ,*
7.® A consignação de rendimentos para pagamento de quantia determinada ou por
determinado numero de anngs. : .
11 de outubro 1865 397
100
CAPITULO IV
Dos titulos admissíveis ao registo e seus requisitos

Art. 12.° Somente serão admittidos ao registo definitivo:


í . ° Cartas de sentença;
2.° Autos de conciliação;
3." Certidões de deliberações de conselho de familia ou mandados do juiz, nos casos
em que lhe pertence exercer as attribuições do mesmo conselho;
4.° Escripturas, testamentos ou quaesquer outros instrumentos publicos;
5.° Titulos de bancos prediaes ou agricolas, devidamente auctorisados;
6.° Escriptos particulares de contratos cujo valor exceda a lOOfJÍOOO réis.
Art. 13.° Ostitulosnão serão admittidos a registo sem reunirem os seguintes quesitos:
•l.° Serem expedidos por auctoridade competente e revestidos das formalidades ex-
trínsecas exigidas por direito;
2.° Serem as assignaturas dos originaes reconhecidas por tabellião da comarca ou jul-
gado em que houver de ser feito o registo, ou por outro de fóra, reconhecido por aquelle,
observando-se o mesmo nas certidões e publicas formas para o registo, não sendo extra-
hidas dos autos pelo escrivão respectivo;
3.° Serem os expedidos por auctoridades estrangeiras visados pelo ministro ou consul
portuguez da respectiva localidade e reconhecido no ministerio dos negocios estrangeiros
e traduzidos pelo consulado respectivo ou por interprete legal; e sendo sentenças que não
podem, segundo o artigo 567.° da novissima reforma judicial, ser exequíveis sem revisão
e confirmação de alguma relação, não serão registadas sem accordão confirmatorio da sen-
tença ;
4-.° Estarem pagos ou garantidos os direitos á fazenda publica, se houver logar a elles;
e sendo divida em estipulação de juros com ou sem hypotheca, estar feito o competente
manifesto, tudo sob pena de suspensão por um anno ao conservador ou ajudante e res-
ponsabilidade por perdas e damnos, sendo annullado o registo.
Art. 14.° Os titulos a inscrever serão apresentados em duplicado ao conservador, o
qual verificará a perfeita igualdade d'elles.
§ 1.° O conservador tomará em seguida no diario nota da apresentação, a qual repro-
duzirá nos titulos apresentados e ambos serão rubricados por elle e pelo requerente, ou
só por elle se este não souber assignar, o que será declarado.
§ 2.° Feito o registo o conservador numerará e rubricará todas as folhas de ambos os
exemplares do titulo ou de um só, quando se der a excepção do § 4."
| 3.° O conservador entregará depois á parte o titulo numerado e rubricado, devendo
ao mesmo tempo entregar-lhe tambem um certificado do registo conferido com o original
e por elle conservador assignado e archivará o duplicado com o numero de ordem corres-
pondente ao registo, quando isso tiver logar.
§ 4.° Não ha obrigação de apresentar o titulo em duplicado, quando o seu original ou
copia authentica se achar de um modo permanente em algum archivo ou cartorio pu-
blico.
Art. 15.° Os titulos terão em cada dia o numero de ordem que lhes pertencer e que
n'elles será escripto no acto da apresentação. A prioridade d'esse numero regulará a pre-
cedencia no registo. Se a apresentação for simultanea será primeiro em numero o mais
antigo em data. Se um e mesmo requerente apresentar mais de um titulo diverso, terão
números seguidos. Se mais de um titulo for apresentado pelo mesmo requerente, relativo
ao mesmo objecto, o numero de ordem será o mesmo, addicionadonos outros titulos com
as letras A, B, C, etc.
§ unico. As declarações complementares terão o mesmo numero de ordem dos titu-
los a que se referem.
CAPITULO v
Das pessoas legitimas para requerer o registo

Art. 16.° São pessoasJegilimas para solicitar os actos de inscripção, averbamentos, e


cancellação nos registos aquellas que possuírem ou adquirirem algum direito predial, apre-
sentando por si, ou por seu legitimo representante, o titulo, nos termos d'este codigo.
Art. 17.° Quem fizer registar qualquer dos factos mencionados no artigo "10.° sem
que elle exista juridicamente, será responsável por perdas e damnos, e quando o fizer do-
losamente incorre nas penas impostas ao crime de falsidade.
N
308 1865 17 de outubro

CAPITULO VI
Das conservatórias do registo, funccionarios encarregados do mesmo e sua responsabilidade

Art. 18.° Haverá em cada comarca judicial uma conservatória, para n'ella se fazerem
os registos prediaes relativos aos predios situados n'essa comarca. A medida que se forem
creando novas comarcas serão igualmente creadas novas conservatórias.
§ unico. No estado da India haverá mais uma conservatória no julgado de Damão
outra no de Diu, servindo de conservadores os respectivos delegados do procurador da
corôa e fazenda.
Art. 19.° O serviço de cada conservatória será feito por um conservador, um ajudante
privativo e um amanuense. Estes dois prestam juramento nas mãos do conservador.
Art. 20.° São conservadores natos em cada conservatória os delegados do procurador
da corôa e fazenda emquanto não forem creados conservadores privativos.
, Art. 21.° Os conservadores e seus ajudantes têem fé publica em juizo tanto nas decla-
rações escriptas que assignarem relativas a objectos de sua competencia, como nas certi-
dões e certificados que passarem.
Art. 22.° Os ajudantes dos conservadores, não só coadjuvarão estes em todo o serviço
da conservatória, mas subslitui-los-hão em todos os impedimentos ou faltas. Sendo bacha-
reis formados em direito, serão preferidos para os logares de delegados do procurador da
corôa e fazenda, em igualdade de circumstancias.
Art; 23.° Os ajudantes dos conservadores serão nomeados por decreto real, com pre-
cedencia de concurso de trinta dias perante o ministerio da marinha e ultramar e interina-
mente pelos governadores geraes, nos termos da legislação em vigor na provincia.
Art. 24.° Os amanuenses das conservatórias serão nomeados pelos governadores ge-
raes sobre proposta do conservador e servem para coadjuvar este em lodo o serviço re-
lativo á conservatória.
Art. 25." Os conservadores não podem concorrer aos logares da magistratura judicial
sem mostrarem que têem em dia e devidamente escripturado e arrumado o registo pre-
dial e que têem bem desempenhado as suas funcções.
- § unico. Esta disposição é appliçavel ao ajudante que sendo bacharel formado, pre-
tender ser despachado delegado do procurador da corôa e fazenda.
Art. 26:° Os conservadores terão a gratificação, e os ajudantes e amanuenses os venci-
mentos marcados na tabella n.° 1 junto a este codigo.
Art: 27.° Os conservadores e seus ajudantes serão civil e solidariamente responsáveis
pela indemnisação dos prejuízos que causarem no exercicio de suas funcções, ao estado ou
aos particulares, sem que fiquem por isso isentos da responsabilidade penal em que in-
correrem.
Art. 28.° Os conservadores e seus ajudantes podem ser demittidos, transferidos ou
suspensos pelas faltas commettidas,, segundo a sua gravidade, ignorancia, erro, culpa ou
dolo, nos termos d'esle codigo.
Art. â9.° A demissão ou suspensão de conservador importa a demissão oú suspensão
de delegado do procurador da corôa e fazenda, ou vice-versa a d'este a d'aquelle.
Art. 30.° Os conservadores e seus ajudantes serão responsáveis pela boa ordem, guarda
e cónservação de todos os livros, documentos e mais papeis pertencentes á conservatória.
Art. 31.° O conservador ou ajudante de novo despachado deverá assegurar-se ao en-
trar rio exercicio do seu cargo da existencia real de todos os registos, Índices ou repertó-
rios e mais livros decretados n'este codigo, dos quaes se fará o competente inventario, ás-
sistindó a elle e assignando-o o respectivo juiz de direito é presidente da camara municipal.;
Art. 32.° Os conservadores r eceberão por via dos governadores geraes ás ordens dò
governo relativas ao exercicio de suas funcções, que lhes serão dadas pelo. ministerio da
marinha e ultramar.
CAPITULO VII
Do serviço nas conservatórias

Art. 33.° O serviço das conservatórias começará ás nove horas"da manhã é terminará
áÉ; íjhatro horas da tarde e terá logar todos os dias não feriados. '' ; .
§ 1.°' Serão nulios os registos tomados antes ou depois das horas fixadas e ós conser-
vadores responsáveis por perdas e damnos, alem das penas estabelecidas no codigo pe-
nal, no caso de falsidade. Exceptua-se a especie prevista no artigo 38.°
1 2 . ° Se pelo numero de concorrentes não podér fazer-se o registo nó mesmo dia,
14 de outubro. 1865 399

bastarão para fixar a sua antiguidade ou prioridade os números de ordem de apresentação


constantes do diario.
Art. 34.° Nas conservatórias estarão sempre presentes os conservadores ou seus aju-'
dantes.
Art. 35.° Se durante o registo sobrevier qualquer requerente não se suspenderá nem
interromperá o serviço, mas deverá logo ser annotada no titulo e no diario com o compe-
tente numero de ordem a nova apresentação por um dos empregados da conservatória que
estiver desempedido, mas rubricada sempre aquella annotação pelo conservador, nos ter-
mos do artigo 33.°, § 1.°
Art. 36.° A entrega do titulo registado com o certificado competente será o ultimo
acto do serviço com relação á pessoa que tiver requerido o registo.
Art. 37.° Chegada a hora de fechar as conservatórias nenhum acto de serviço poderá
ser praticado excepto a annotação de encerramento no diario, na qual se indicará o nu-
mero de apresentações de titulos para o registo. . <
, | unico. Se ninguém, durante as horas fixadas, vier requerer registo, assim se dirá no
1
riiènçíonado encerramento. • ;
Art. 38.° Se ao chegar da hora do encerramento se não tiver acabado de lançar algum
registo, será prorogada até este se concluir, mas não será admitlida durante a prorogação
nòva apresentação e qualquer d'estas circumstancias será mencionada no encerramento do
diario.
Árt. 39.° Todos os extractos de titulos, que em tempo forem apresentados e não po-
derem antes da hora do encerramento ser lançados no registo competente, ficarão reser-
vados para o dia seguinte; e, sendo este feriado, para o immediato que o não seja.
Art. 40.° Os extractos adiados por falta de tempo serão os primeiros a ser lançados
nos competentes registos e conservarão a prioridade e o numero de ordem obtido no dia
dá apresentação.
§,unico. Em todo o caso, logoque estiver concluido qualquer registo, se voltará ao dia-
rio, para ali se escrever na columna do titulo apresentado a nota de registado.

CAPITULO VIII
Dos livros do registo, seus requisitos, descripção, conservação e reforma

Art. 4 1 H a v e r á em todas .as conservatórias para o serviço do registo predial, con-


forme os modelos que acompanham este codigo, os seguintes livros:
1 D i a r i o (modelo A);
2.° Descripção e inscripções prediaes (modelo B);
3.° Hypothecas (modelo C);
4.° Indice real (modelo D);
5.° Indice pessoal (modelo E).
Art. 42.° Estes livros serão:
1.° Uniformes em todas as provincias ultramarinas, riscados e pautados conforme os
referidos modelos juntos. , , . • • '
. 2.° Òrganisádos e impressos debaixo da immediata inspecção do ministerio da mari-
nha ei ultrártiâr e por este fornecidos a todas as conservatórias por intermedio dos gover-
nadores das provincias. . .>
A r t . 43.° As conservatórias indemnisarão pelos emolumentos do registo aquella des-
peza, passado tom ahno da installação, logoque para isso hajaemolumentossufficientes, ou
em prestações, Como o governo o determinar.
AH. 44.° A distribuição dos livros A, B e C será feita em duplicado para cada conser-
vatória, devendo ter cada um dos livros A e C quatrocentas paginas e o livro B seiscentas.
1 unico. Os livros D e E não serão distribuidos em duplicado e lerá cada um duzentas
paginas.
Art. 45.° Os conservadores, logoque se ache findo qualquer dos livros fornecidos em
duplicado, ou estejam escriptos dois terços de qualquer dos outros, requisitarão do res-
pectivo governador outro livro da mesma classe.
Art. 46.° Todos os livros de registo serão apresentados previamente pelos consétva- '
dores ao juiz de direito da respectiva comarca, para que sejam por elle, ou por pessóa a
quèm der commissão, numeradas e rubricadas todas as folhas e depois lançado por um
dos escrivães do juizo, na primeira pagina, um termo de abertura e outro de encerra-
mento na ultima, referendados ambos os termos pelo juiz de direito.
400 1865, 12 de outubro

| unico. Se depois de começada esta numeração e rubrica o juiz de direito a não po-
der concluir, a continuará quem o substituir legalmente ou a pessoa a quem este der com-
missão, e o escrivão fará d'isso menção nos termos de abertura e encerramento.
Art. 47.° Ao conservador incumbe especialmente a guarda e conservação em boa or-
dem 'e recato de todos os livros e documentos pertencentes á sua conservatória. Todos os
dias, ao fechar do registo, o conservador guardará debaixo de chave em logar seguro lodos
os livros, e bem assim os documentos apresentados que no mesmo dia não podessem ser
inscriptos ou averbados no livro competente.
SECÇÃO i
Do diario
Art. 48.° O diario tem por fim certificar quantos titulos e requerimentos para certidões
foram apresentados, e a ordem chronologica da sua apresentação.
Art. 49.° A primeira pagina do diario immediata á do termo de abertura e as seguintes
serão cortadas na parte superior por linhas horisontaes, deixando entre ellas espaço suffi-
ciente para n'elle se indicar o titulo do livro e o anno em que se faz o serviço. O resto da
pagina será cortado por linhas verticaes, formando espaços" para se indicar n'eilas o numero
de ordem de apresentação, o mez e dia d'esta, o nome do requerente por si, ou por ou-
trem, a qualificação externa do titulo, a rubrica do conservador ou do empregado que to-
mou a annotação, e a referencia ao registo.
> | unico. Uma linha horisontal será passada immediatamente por baixo do encerra-
mento, com que deve terminar n'este livro o serviço de cada dia.
SECÇÃO N
Dos livros das descripções prediaes c lijpotliecan
Art. 50.° Os livros de registo B e C serão de grande formato, na conformidade dos res-
pectivos modelos.
| 1.° A primeira pagina será destinada ao termo de abertura, a seguinte para o pri-
meiro registo que se apresentar.
| 2.° Cada pagina será cortada por linhas horisontaes, e depois por linhas verticaes da
cabeça á extremidade, de modo que offereça tres colurnnas, contendo a primeira um es-
paço igual ao das outras duas.
Art. 5 1 A pagina immediata ao termo de abertura do livro modelo B é especialmente
destinada á descripção predial, que será feita.na primeira columna.
§ 1.° A paginá e columna parallela é destinada ás inscripções prediaes.
§ 2.° Nas segundas columnas das paginas parallelas se lançarão os averbamentos cor-
relativos. Nas terceiras as annotações respectivas a cada averbamento, e referencias a ou-
tros livros.
Art. 52.° Cada uma das descripções prediaes terá o seu numero privativo e perma-
nente pela ordem chronologica das apresentações.
§ unico. Cada um dos averbamentos e annotações terá tambem na mesma ordem nú-
meros seguidos á sua collocação especial e correlativa.
Art. 53.° N'este livro, conforme a maior ou menor probabilidade de movimento pre-
dial, se deixarão algumas folhas em branco, começando depois d'ellas em numero de or-
dem seguido qualquer nova descripção predial.
Art. 54.° Não havendo nas paginas em branco doeste livro, deixadas entre um numero
de ordem de descripção predial e outro seguinte, espaço sufficiente para se continuar o
registo, se abrirá no mesmo livro, ou, se este se achar findo, em outro da mesma classe,
novo registo immediato ás folhas em branco do ultimo que estiver feito, e remissivo ao nu-
mero de ordem da respectiva descripção predial.
Art. 55.° Quaesquer declarações que por factos supervenientes alterem as condições
características da descripção predial, ou as ampliem ou modifiquem, serão lançadas na co-
lumna dos averbamentos por ordem successiva de datas, e serão consideradas por averba-
mento á mesma descripção.
§ 1.° O mesmo se observará quanto ás alterações causadas por incêndio, tremor de
terra, inundação e outros casos de força maior que extingam ou deteriorem alguma parte
do objecto da descripção predial.
§ 2.° Todas as declarações que, sem factos supervenientes, forem precisas, como re-
ctificação, emenda ou referencia,' serão tomadas na terceira columna por annotação.
Art. 56.° Cada pagina do livro de hypothecas (modelo C) será no seu começo cortada
11 de outubro 1865 401

-por uma linha horisontal, constituindo espaço sufflciente para n'elle se lançar o titulo do
livro.
i A pagina será cortada depois por linhas verticaes, e comprehenderá tres espaços
em branco, um para as inscripções, outro para os averbamentos, outro para as notas mar-
ginaes, sendo de metade o primeiro, e de um quarto os dois restantes.
§ 2." Por baixo da ultima inscripção hypothecaria se passarão duas linhas horisontaes, para
nos respectivos espaços que ellas formarem se designar o anno, mez e dia em que se continua
o registo. O mesmo se praticará por baixo de cada um dos averbamentos ou annotações.

SECÇÃO I I I
Dos índices real e pessoal
Art. S7.° O livro do indice real será organisado e distribuido por concelhos, o do in-
dice pessoal pelas letras do alphabeto.
§ 1.° As paginas do livro do indice real serão cortadas por linhas horisontaes e verti-
caes, para conter, alem do titulo e concelho: -l.°, o numero de ordem da indicação; 2.°, o
numero de ordem da descripção predial, livro e pagina; 3.°, a natureza do predio; 4.°, o
valor do mesmo; 5.°, o nome do proprietario; 6.°, a data da indicação; 7.°, qualquer an-
notaçao ou observação sobre actos ou contratos, como simples referencia aos livros de re-
gisto.
§ 2.° Se o predio já se achar no indice real, será feita sómente referencia na columna
das annotações ao numero e paginas correlativas do novo registo.
Art. 58.° As paginas do livro do indice pessoal serão cortadas tambem por linhas ho-
risontaes e verticaes, para conter, alem do titulo e letra do alphabeto: 1.°, os nomes das
pessoas inscriptas, activa ou passivamente, nos registos; 2.°, profissão e domicilio; 3.°,
referencia ao competente livro ou livros e paginas; 4.°, referencia aos nomes correlativos
do mesmo indice, que figuram nos registos; 5.°, qualquer annotação que cancelle no todo
ou em parte a transcripção pessoal.
§ 1.° Se o nome da mesma pessoa se achar já no indice pessoal, se addicionará mais a
esse nome o livro e paginas em que fica a nova inscripção.
§ 2.° Se na mesma inscripção predial figurar mais de uma pessoa, activa ou passiva-
mente, o nome de cada uma será lançado distiftctamente no indice pessoal com referencia
reciproca.
Art. S9.° Todas as indicações de predios no indice real, como de nomes no indice pes-
soal, tomarão um novo numero de ordem especial, os predios com relação ao concelho a
que pertencerem, os nomes com relação á respectiva letra do alphabeto. '
Art. 60.° As indicações serão synopticas e remissivas, exceptuadas as dos nomes, que
serão sempre transcriptos com os seus prenomes e appellidos.
Art. 61.° Entre uma indicação real ou pessoal e a sua immediata se deixará um espaço
em branco, que se marcará por uma linha horisontal, e as paginas terão mais as linhas
verticaes indispensaveis, conforme os modelos D e E.
Art. 62.° Esgotadas as folhas destinadas a um concelho no livro do indice real, ou as
destinadas a uma letra do alphabeto no indice pessoal, o registo continuará em livro imme-
diato da mesma classe, averbando-seo transporte no logar competente do livro antecedente.
SECÇÃO I V
Da reforma decennal dos Índices
Art. 63.° Os Índices serão reformados de dez em dez annos; eliminando-se do pes-
soal (quanto seja possivel) os nomes das pessoas que, activa ou passivamente, deixem de
existir para os registos, seja por morte, seja por actos de transmissão ou alienação inter
vivos, e do indice real os predios distinctos que houverem sido posteriormente reunidos
em um só, ou divididos em parcellas constituitivas de novos predios.
§ unico. Dos que houverem sido completamente destruídos se fará sómente referencia
ao solo ou area de terreno.
Art. 64.° Na reforma do indice realjprocurarão os conservadores ligar as synopses
prediaes por ordem de suas confrontações, dando-lhes uma nova numeração seguida em
cada concelho, indicando porém sempre o numero de ordem da distribuição predial e o
de policia, se o tiver.
Art. 65.° Na reforma do indice pessoal aperfeiçoarão, quanto seja compativel com o
serviço do registo, a ordem alphabetica de collocação e de precedencia entre nomes da
mesma letra.
100
402 1865 17 de outubro
y>:; •:•'!'• • ••'.:• l v
Art. 66.° Os índices anteriores ficarão archivados, para serem consultados sempre que
!
seja necessário. -."•>
CAPITULO I X
Dos casos em que deve negar-se o registo definitivo, e só admittir-se o próviiorio

Art. 67.° Os conservadores devem negar o registo definitivo: " : •


1.° Quando entrarem em duvida quanto á identidade dos requerentes; i
.2.° Quando não for solicitada por pessoa legitima, nos termos d'este codigo;
;
3.° Quando duvidarem da legalidade dos titulos apresentados; >
4.° Quando suspeitarem que estes se acham falsificados.
§ unico, Não farão porém exame nem reparo algum sobre os documentos antes de to-
marem da sua apresentação a competente nota nõ diario, e de lançada no titulo.
..•••; Art. .68.? No caso do n . ° d o artigo antecedente determinarão os conservadores aos
requerentes que voltem acompanhados de duas testemunhas abonatorias' da identidade,
tomando porém sempre nota da apresentação dos titulos no livro diario. • ' ' ;
§ 1.? Esta nota ficará sem effeito, se a parte não provar a sua identidade dentro em
quarenta e oito horas.
. § Esta identidade póde tambem ser provada por um certificado authentico do juiz
ordinario, lavrado pelo seu respectivo escrivão, assignado por ambos, ou pelo administra-
dor do concelho e seu escrivão, da mesma fórma lavrado o termo e assignado por ambos;;
e não'havenáo juiz ordinario nem administrador do concelho, pela auctoridade adminis-
trativa militar que exercer taes funcções.
Art. 69.° Nos outros casos será a duvida resolvida pelo poder judicial, nos termos da
secção .unica d'este capitulo, e o conservador logoque a tiver levantado, deverá lançar no
competen te livro um registo provisorio que se tornará definitivo pela sentença passada enj
julgado, que assim o determine.
SECÇÃO UNICA
Da competencia, fórma e effeitos das decisões judiciaes sobre as duvidas levantadas
pelos conservadores

Art. 70.° Duvidando os conservadores da legitimidade do requerente ou legalidade do


titulo (.artigo 67.°), entregarão á parte no mesmo dia a declaração por escripto, expondo
e fundamentando a duvida. *
Art. 7 1 A parte fará um requerimento ao juiz de direito da comarca, allegando logo
os fundeipentos para mostrar a improcedência da duvida, juntando-lhe a declaração do
conservador e documentos em que se fundar.
Art. 72.° Estes processos serão tratados por fóra da audiência, e distribuída a petição
será julgada com preferencia a qualquer outro negocio. .:'
i unico. Da decisão poderá a parte ou o conservador, a quem deve ser intimada, aggra-
var de.petição ou instrumento, qual nó caso couber; mas da decisão do aggravo na rela-
ção n§ohayçrá recurso algum. - • i "M; ' • :
Art; 73.° Tanto da sentença do juiz como do accordão da relação, no caso de recurso,
se tantp aquella como este confirmarem a recusa do conservador, clarão Os respectivos
escrivães, logoque a decisão passe em julgado, conhecimento ao mesmo conservador,
que d,e officio cancellará o registo provisorio e guardará a participação, annotada com á
respectiva referencia.
Art. 74.° No caso porém de provimento passado em julgado se converterá o registo
em definitivo, conforme a decisão, o que o conservador declarará em averbamento com
referencia á sentença, que ficará archivada. • >• •
5 unico. Dos processos para o effeito do registo, no caso de provimento, extrahir-se-ha
sómente certidão, contendo o teor da sentença, salvo se a parte exigir que comprehenda;
tambem a declaração do conservador.
Art. 75.° O conservador será isento de responsabilidade, ainda mesmo que as duvidas
que tiver offerecido se não julguem procedentes,, salvo o caso de se provar dolo no seu
procedimento. • ,,
Art. .76.° Suspeitando o conservador que ba falsidade nos titulos apresentados (artigo
67.°), remette-lós-ha, no praso de tres dias, ao juiz de direito da comarca, com a declara-,
ção dos motivos da suspeita de falsificação.
§ 1.° O juiz poderá mandar proceder a exame nos referidos documentos antes de pro-
ferir a sua decisão.
„ § 2.° Se, proferindo a decisão sobre as duvidas, o juiz entender que ha fundamento
17 da outubro 1865

para o processo criminal, mandará dar vista ao ministerio publico para. promover os ter-
mos legaes. .. . ,
CAPITULO X
Do registo provisorio

Art. 77.° Haverá um registo provisorio, que-será feito no mesmo livro em que fprem
lançados os registos definitivos, e debaixo do numero de ordem que lhe pertenegi;.
Art. 78.° Podem requerer o registo provisorio:
1.° Os que quizerem constituir hypotheca sobre seus predios ou direitos prediaes;
2.° Os que propozerem em juizo acção sobre bens immoveis, ou que diga respeito a
qualquer onus ou direito predial;
3.° Os que. tiverem feito contraio de edificação ou de reducção 4e te^-as incultas ao
estado de cultura;
4.° Aquelles a quem o conservador recusar o registo definitivo, nos termos do arti-
go. 67.°
Art. 79.° Os registos provisorios de que trata o n.° 1.° do artigo antecedente serão
feitos á vista de simples declarações, escriptas e assignadas pelos donos dos predios a que
respeitam, sendo a assignatura reconhecida por tabellião.
• 1 1 . ° Se aquelles não souberem ou não podérem escrever, será a declaração escripta
por terceira pessoa a rogo do declarante, e pela mesma assignada e por duas testemunhas
na presença do mesmo declarante, e de um tabellião que assim o certifique e reconheça
as assignaturas no proprio documento. Estas declarações deverão conter os dizeres neces-
sarios para que possa fazer-se- o registo da inscripção e tambem o da descripção, se. ainda
- o não houver.
| 2.° Os registos de que trata o n.° 2.° gerão feitos á vista das certidões que ( mpstrem
que as respectivas acções se acbam propostas no juizo contencioso. • ...
| 3.° Os registos de que trata o n.° 3.° serão feitos á face dos respectivos c o n ^ t o s de
edificação ou de reducção de terras ao estado de cultura.
| 4.° Os registos de que trata o n.° 4.° serão feitos á vista da declaração em que se ti-
ver recusado o registo definitivo.
Art. 80.° O registo provisorio é facultativo, excepto para as escripturas de dotç para
casamento ou de promessa de arrhas ou apanagios, para aquellas acções que, propostas
em juizo contencioso, não podem ser levadas ao registo definitivo, e para o caso previsto
no n.° 4.° do artigo 78.°
" • SECÇÃO I
Da conversSo do registo provisorio em definitivo

Art. 81.° O registo provisorio converte-se em definitivo pela apresentação, e averba-


mento do titulo legal para ser registado, relativo ao facto sobre que versa o registo, e o
das acções pelo averbamento da respectiva sentença passada em julgado.
Art. 82.° O registo provisorio das escripturas de dote para casamento ou de promessa,
de arrhas e apanagios, a que se refere o artigo 80.°, converte-se em definitivo pelo qiver-
bamento da certidão do casamento. .
Art. 83.° O registo provisorio, quando seja convertido em definitivo, conservara o mes-
mo numero de ordem com que havia sido feito.
§ unico. No caso especial do artigo 86.° observar-se-ha, quanto áí conversão, ogseu §
unico.
SECÇÃO II
Da renovação dó registo provisorio

Art. 84.° O registo provisorio das acções poderá ser renovadoj provand,o^sepor certi-
dão que o processo tem estado em continuo andamento.
r
" f i m i c o . Tambem se póde renovar o registo á vista de certidão que prpye a,annullação
do processo; mas n'este caso caducará não tendo sido a acção instaurada no praso de ses-
senta dias.
Art. 85.° Os prasos relativos ao registo provisorio das acções serão contados sempre
da data das sentenças ou accordãos, em virtude dos quaes é feito o registo provisorio ou
a reforma d'elle. , , , •• ••',.
'' :''Â¥t."86.° Nó registo; provisorio de hypotheca por despezas de construcção ou cuitura
poderá declarar-se o prápo peio qual ficará vigorando, sem que seja convertido em defini-
404 1865, 12 de outubro

livo, não obstante a disposição do artigo 177.°, § 2.°, que será observada se não houver a
declaração.
| unico. Este registo póde ser convertido em definitivo pela averbação do titulo, que
prove achar-se satisfeito pelo construCtor ou cultivador o contrato que deu logar ao re-
gisto.
Art. 87.° O registo provisorio de que trata o artigo 82.° póde ser renovado sem nume-
ro limitado de vezes, emquanto não for averbado de definitivo.

CAPITULO X I
Do modo de fazer o r e g i s t o e m geral

Art. 88.° Os actos de inscripção, averbamento e cancellação nos registos nunca serão
praticados pelos conservadores officiosamente, mas sempre a requerimento da parte, sal-
vos os basos expressamente exceptuados n'este codigo.
Art. 89.° O registo será sempre feito por extracto, e á vista dos titulos e declarações
dos registantes.
§ 1.° As partes poderão, para mais clareza, exactidão e brevidade, apresentar-se na
conservatória munidas das minutas dos respectivos extractos, em que-comprehenderão
não só as circumstancias que constarem dos titulos, mas todas as de que por fóra d'elles
tiverem conhecimento, e lhes for conveniente mencionar no registo.
§ 2.° Estas minutas serão assignadas pelos apresentantes, e por ellas se guiará o con-
servador, se, depois de confrontadas com os titulos, as não achar em opposição com o que
n'ellas for expresso, porque no caso contrario fará e lançará os extractos pelos titulos e
declarações.
Art. 90.° Os extractos, antes de lançados ho„respectivo livro, serão feitos pelo conser-
vador ou ajudante, em minutas, mas este não poderá passa-los ao livro, sem serem ap-
provados por aquelle, estando presente.
SECÇÃO I
Quanto á «lcscrijtçuo

Art. 91.° O extracto quanto á descripção predial deve conter:


1.° O numero de ordem que será o seguinte ao do ultimo que se achar no mesmo li-
vro ou no^antecedente, se estiver findo;
2.° A sua data por anno, mez e dia;
3.° O nome, qualidade, situação, confrontação e medição, havendo-a,"do predio a que
o registo se refere, e emfim todas as circumstancias que sirvam a firmar a sua identidade,
que constarem ou se deprehenderem do titulo ou titulos apresentados, ou de declarações
subsidiarias, assignadas pelas partes requerentes;
4.° Avaliação do predio, nos casos em que tiver sido feita, e na falta d'esta o valor ve-
nal, renda annual ou producção que o registante declarar por escripto, ou que se depre-
bender do tituTo ou documento que apresentar;
5.° O nome, estado, profissão e domicilio do ultimo possuidor;
6.° O numero do maço do respectivo anno, em que fica o titulo ou declaração, pela
qual a descripção foi feita, ou designação do cartorio ou archivo publico onde o titulo
existe, e bem assim a pagina do indice em que a descripção fica annotada.
§ 1.° Todas estas declarações serão feitas pelo conservador, e só na sua falta ou impe-
dimento pelo seu ajudante, pena de suspensão por um anno.
§ 2.° Póde declarar-se na descripção ou por averbamento, em qualquer tempo, estar
o predio seguro, exhibindo os registos, a apólice ou titulo comprovativo passado pelos se-
guradores.
Art. 92.° Verificando o conservador pelo indice real ao fazer o extracto, quanto á des-
cripção de algum predio, que qualquer dos confinantes já está descripto, poderá resumir
a declaração das confrontações referindo-se ao numero de ordem do extracto relativo a es-
se predio já descripto.
S E C Ç Ã O 11
Quanto á inscrijiçuo

Art. 93.° O extracto quanto á inscripção, alem do seu numero de ordem e data por
anno, mez e dia, assim do titulo como da sua apresentação ao registo, deve conter:
1.° O nomé, estado, profissão e domicilio: (a) do detentor nas bypothecase onus reaes;
17'aé outubro 1865 4t)5
(b) do transtnittente, nos titulo^ de transmissão; (c) do réu, nas acções e sentençaà; (d)
do executado, nas penhoras.
2.° O nome, estado, profissão e domicilio: (a) das pesáoas a favor de quem são cónsti-
tuidas as hypothecas e onus reaes, ou a designação dos predios a que pertencem ás ser-
vidões reaes; (b) da pessoa a favor de quem a transmissão é feita, nós casos de transmis-
sões immoveis; (c) do auctor, nas acções e sentenças; (d) do exequente, nas penhoras.
3.° A quantia garantida pelas hypothecas, ou pela qual foi feita a transmissão, òu por
cujo pagamento a acção foi instaurada.
4.° As condições que acompanharem a hypotheca, transmissão ou onus real.
5.® O numero do maço do respectivo anno em que fica o titulo ou declaração, pela
qual fòi feita a inscripção ou designação do cartorio ou archivo publico onde o titulo
existe.
§ unico. O conservador, e na sua falta o ajudante, fará todas estas declarações, conforme
constarem do titulo a registar. Quando alguma for omittida poderá ser punido segundo a
gravidade do caso e intenção ou culpa que n'ella tiver havido.
Art. 94.° Os registos serão feitos sem emenda nem rasura. As entrelinhas indispensa-
veis e que tiverem cabimento serão resalvadas á margem da pagina fóra dascolumnas.
Se não tiverem cabimento o registo será trancado na parte escripta, com a simples nota de
inutilisada, que o conservador rubricará, depois o começará de novo.
Art. 95.° O conservador e no seu impedimento o ajudante assignará as descripções e
inscripções prediaes e hypothecarias com o nome por inteiro; os averbamentos e annota-
ções serão só rubricados com o seu appellido.
Art. 96.° A cada um dos predios pela primeira vez submettidos ao registo se destina-
rá uma ou mais folhas do livro competente para a designação e descripção predial debai-
xo de numero de ordem seguido. A inscripção do titulo e todas as inscripções superve-
nientes serão lançadas debaixo de outro numero de ordem correlativo ao respectivo espa-
ç o e m branco da mesma folha ou folhas (artigos o2.° e 53.°). .
Art. 97.° Os registos serão feitos na folha do livro competente á medida que forem
requeridos, (artigos 50.° e 51.°).
§ unico. A prioridade das inscripções, segundo o seu numero de ordem especial e
correlativo, fixará a sua antiguidade. As inscripções de hypothecas que forem requeridas
no mesmo dia serão consideradas como lançadas debaixo do mesmo numero de ordem.
Art. 98.° Quando diversos predios designados forem objecto do mesmo titulo, a in-
scripção será feita sobre cada um d'elles, com precedencia da respectiva descripção pre-
dial se ainda não estiver feita.
Art. 99.° Sempre que o conservador tomar uma inscripção como provisoria, nos ter-
mos d'este codigo, assim o declarará expressamente tanto-no contexto do registo como por
annotação.
Art. 100.° Nos casos de troca ou subrogação de uns por outros predios, a inscripção
será feita em cada um d'elles e com referencia reciproca.
Art. 101.° Nos casos em que algum dos predios por troca ou subrogação perca o onus
real, e este passe para outro, far-se-ha a competente inscripção d'esse onus sobre o pre-
dio para que passou, e será cancellada a inscripção d'elle no predio sobre que deixou de
existir.
SECÇÃO III

E m r e l a ç ã o e s p e c i a l a o s d o m í n i o s e m a i s direitos c o n s t i t u t i v o s o u t r a n s l a t i v o * d e p r o p r i e d a d e

Art. 102.° São comprehendidos no registo de propriedade todos ós titulos que não fo-
rem constitutivos de hypothecas.
Art. 103.° São registos de propriedade provisores:.
1.° Os que resultarem de acções propostas em juizo sobre bens immoveis determina-
dos, ou que forem relativos a qualquer direito real especificado (artigos 78.°, n.° 2.°, e
79.°, 12.°); ,„ , -
' 2.° Os que o conservador abrir de qualquer titulo, cuja legalidade tiver achado duvi-
dosa (artigos 67.° e 68.°); " \ \ ^ ,
,, 3.° Os de dote para casamento sobre predios determinados(artigp.8Ú. tt ).' : ,
, § unico. Os registos p r o v i s o r e s , d e que irata o n.° 1 s e r ã o feitqsa yjstá^e<jéftidõ^s.
que mostrem estar ás respectivas acções .propostas em juizo (artigo § 3,°), ,.. j..
Os de que trata o n.° á vista da declaração do conservador q^p tjver recusado o re-
gisto definitivo (citado artigo, 4.°). '
$>M 1805 tf&fttóto

Os de que trata o n.° á vista das escripturas antenjjpciaes, averbado o encargo


dotal. '
. Art., 104.° Os registos proyisorios de propriedade por. litulq comprehensivo. de mais
dp uni predio deverão spr feitos sempre sobre cada um dos ditos predios.
Art.' Ás inscripções provisorias serão feitas spbrp os predios já desçriptps, QU
que n^esga occasião se descrevem. '.".'.• '..';"
Arí. ÍQ6, 0 Os registos provisqrios de propriedade convertem-se em definitivos:
1.° Os dos n. os 1.° e 2.° do artigo 103.° pela apresentação e averbamento da respectiva
sentença p ^ a d a em julgado;
2.° Qs n ? 3.° do mesmo artigo pela apresentação e averbamento da fiertidSo dp ca-
samento (aregos 8i.° ^ ^
Í unico! No mesmo acto da conversão os conservadores exigirão as declarações spp?
plementares que forem indispensayeis, nos termos d'este codigo.
. Árt. 0 conservador, nas inscripções.de titulos translalivos por venda particular
ou arrematação judicial, deverá declarar o preço de transmissão (artigo 93.°, n-° 3-°,
§,uni.CQ). . v
Art. 10,8.° Quando for admittido pela primeira vez a registo algum predio composto
e,íormado de dois ou mais predios, do novo predio se fará nova descripção. . Ji .
§ í.° Similhantemente se fará nova descripção quando pela primeira vez for submetti-
do a registo um noyo predio, formado por uma parte §eparada do outro.
" | 2,° Estas descripções podem ser abreviadas por uma referencia ás anteriores em ta-
do quanto bellas se podér aproveitar.
| 3,° Em todos estçs casos se averbarão as descripções anteriores com referencia ás
novas, £ sé ánnptarão estas com referencia áquellas.
Art,. 109.° Se a inscripção do dominio se firmar conjunctamente em mais de um titu-
lp, como de testamento, formal de partilha, transacção, auto de conciliação, sentença jiir
dicial, deverá o conservador fazer succintamente a referencia a todos estes titulo^ quando
lhe forem apresentados.
Art. 110.° Os requerentes poderão addicionar a descripção predial, por averbamento,
posterior:
' 1 D e c l a r a n d o a medição legal que tiverem dos predios ou que depois legalmente
realisarem;
2.° Apresentando em qualquer tempo a planta feita tambem legalmente para ser men-
cionada pplo, mesmo modo no registo, depositando-a na conservatória para ahi ser arçhi-
vada.
| pnicp. Se a medição constar logo, em façe do titulo ou titulos apresentados, os con-
s^ystçlo,rés, mencionarão essa circumstancia.
Art. 1 t i. 0 Os onus reaes serão registados pór parte d'aquelles a favor de, quem. sei
^beirem, constituídos., sobre cada um dos predios sujeitos aos mesmos opus, salvo p£ dè
lègàdò quando sobre bens indeterminados, ou a titu.lp universal da terça, óu d§ out'ra ; q u P-
tadel^nça.
' § í.° N'este caso poderá o legatario registar o seu direito em quaesquer bensimniQ-
yeis da herança, salvo ao devedor o direito de reducção.
§ 2.°'A servidão passiva, quando for registada sobre o predio serviente, será tambem
annotada na descripção do predio dominante na columna respectiva, fazendo-se no regis-
to da respectiva servidão referencia ao livro e pagina onde se acha a annotaçãoj e n'esta
rèfêfêiíci^ao livro e pagina onde se acha aquelle. " ,
| 3.° Quando o predio sujeito a onus real, ou que este for espeçialisaçjo pçlo Registo,
e sé hão a'chaí!áinda descripto, terão os interessados direito a fa?er préviamente a respe-
ctiva descripção predial. ' '' '
. r , • SECÇÃO iv i '.'.'/.,
:i Em r e l a ç ã o e s p e c i a l á s h y p o t h c ç i u c o u v e n ç i o i i a e s

.^rt,. 412.® Havendo,de registar-.sq h y p o t h e c p sobre predio ahida n | o dnesçrip|o n o li-


:
vro'tespfectivo, previamente' sefará nó mesmo i'ivrò'a'descripçãó"doí'dít#|>tf $iò'èpftgr-
:
mos determinados n'este codigo.. . , ', V V ^ '
. Aijt 11,3.°. A j i y ^ ' p t t % c á s e r á i i i s c r i p t a n o , l i v r o d j à s h y p o t h e c a s ,(n}pdelp déiâi^p do
P^.Wffipétir, e„ será', áVèrbéSà nà çoíúmrís[ r & ^ é ^ f l ^ d p v ^ r i r p ; á - j s in-
s c r i p ç õ e s ^ o d è l p ^ ^ j ^ c ò j ^ . r è f e r à n c i a ^ ó n u m e r o d e o r d e m 'da' d é s dr ipç|(6. pf*è9ial. 'r':'
J
' Âft^'ili'>' Õ s répsto^&é h y p o t h e c a s r e q u e r i d o s n p ,
17 de outubro 1865 437
um só numero de ordem, designado para esse dia; mas, alem do mesmo numero commum
a todos, terá cada um dos ditos registos outro numero privativo, seguido e continuado dè
uns para outros. ' • <
§ unico. Quando se não poderem tomar no mesmo dia todos os registos n'elle.reque-
ridos, ! os que ficarem para o seguinte serão feitos primeiramente que tíézlhumqoS outros
reqúerídos n'este dia, e debaixo do mesmo numero dè ordem generico do dia àntècede.n-
te1 ;* tendo tambem cada um singularmente o seu numero privativo, seguido V e m .òonti-
nuação ao do ultimo registo do dia antecedente. •' -v-
Art. 115.° São exigidos para o registo bypothecario titulos authenticos, excepto para
os registos provisorios, quando forem requeridos pelos donos dos predios; porque -esses
registos poderão fazer-se á vista de simples declarações escriptas e assignadas ^elqs^itos
f
dtfM)'è, sendo a assignatura reconhecida por tabellião (artigo 79.°). ' !
• § unico. Esta excepção tem logar quando ó proprietario quizer constituir hypotheca
sobre seus predios ou direitos prediàès."0 registo provisorio sómente"se averbará de dè-
finitivo á vista de titulo legal que demonstre a realisação do contrato.' "; r ; ; ' ' ? " ' '
Sendo por um e mesmo titulo bypothecados diversos predios situados ncr districto da
mesma conservatória, a inscripção hypothecaria será uma "só, sendo áverhadaporém so^
bre cada um dos predios com referencia reciproca. '*" ' M J *•'"'
Art. 116.° Sendo alguns dos predios situados em districto de diversa conservatória, 0
registo de titulo hypothecarió serà feito tambem n'essa conservatória em relação a esses
predios. Se um só e mesmo predio for situado em districtos de diversas conserv^orias, o
: :
registo terá logar em todas ellas. ' ' •
Art. 117." As hypothecas contrahidas em paiz estrangeiro sobre bens existentes no
reino só produzirão seus effeitos desde o dia em que forem registadas has respéctivas
conservatórias.- "'!
Art. 118.° São registos provisorios de hypothecas: "
li?'Aquelles que se fizerem a requerimento dos proprietarios que quizerem constituir
hypotheca sobre seus predios ou direitos prediaes (artigo 78.°, f 1.°)'; ' ' * !
2.° Aquelles que resultarem das hypothecas contrahidas para edificação o.vt reducção
de terras incultas ao estado de cultura (citado artigo, n.° 3. d ); " ' h
'.
3.° Os que resultarem das hypothecas para garantia da entrega dos bens dotáes, mo-
veis ou immoveis estimados, ou para garantia do cumprimento da promessa de arrhas óii
apanágios (artigo 80.°); ' ! '
4.° Os que resultarem de hypothecas cujos titulos forem duvidados pelo conservador
1
(artigo 67.°); ' ' ' " ';"'•'' '
p
- S. Os que devem preceder a avaliação dos bens para constituir a hypotheca nos tèrmos
do artigo 274.° ' ' ' : ' f /'" •
§ unico. Os registos provisorios comprehendidos no n.° 1.° convertem-se em definiti-
vos pela apresentação do titulo respectivo, celebrado entre pessoas determinadas - os do
n." 2.°, pelo averbamento do titulo que prove achar-se satisfeito somente pefo constructor
ou cultivador o contrato que deu logar ao registo; os do n.° 3.°, pela apresentação^aèer-
tidão do casamento; os do n.° 4.°, pelá apresentação dei sentença passada em júfgadò* de-
clarando a improcedência das duvidas; e os dõ n.° f».° á vista do titulo legàl e ! d'e Cértidao
1
quemostre ter sido feita judiciahnerifeaavaliação. ' ' • ;; • ••
'Art. 119.° Se' no titulo constitutivo da hypotheca se não comprehender todo 0 piredio,
e se designar á parte qué fica'onerada, deverá ò conservador mencionar esta circumstàtí-
cia, assim na inscripção hypothecaria; como na columna respectiva'das inscripções'dó li-
vro B; com referencia ao numero de ordem da descripção predial (artigo 233.'°):
Art. 120.° Se o titulo, sendo de acto translativo de dominio ou ! de direitos prediaes,
contiver como pacto adjécto o accessorio de hypotheca è m garantia da evicção óu para fir-
meza do contrato, deverão fazer-se duas inscripções, uma de tránsmissãõ no livro B, ou-
tra de hypotheca no livro C, com referencia reciproca por annotação em'càda;urria d'ellas.'
Art. 121.° Se mais de um predio for pelo mesmo titnlo especialmente hypothécadò ao
cumprimento da mesma obrigação, as inscripções serão feitas nos termos dós àrtigos/4'l 5.°
| unico e 116. 0 _ ; ^ ' ' ' 1 7 •'
Art. 122.° Os crédores por fóros, censos, ou quinhões poderão registar hypotheca
relativa a quaesquer pensões em divida, comtanto que o dominio directoou'Odirèiíò pKè-'
diat'correlativo sé ache inscripto sobre o predio respectivo, em coMormidád^cotaa^fé-'
gras estabelecidas n'este codigo (artigo 223.°, n.° 1.°, § i . V e 245.°).!:'' ! :
'
Art. 123.° A mesma faculdade terão os crédores por juros de credito hypothecario,
1865* 186517de outubro

comtantoque a respectiva hypotheca se ache definitivamente registada, fazendo-se o re-


gisto como de credito distincto, e retrotrahindo-se sómente sem prejuizo de outros credo-
res hypolhecarios com registo anterior (artigos 223.°, § 1 2 3 2 . ° e 245,°).
Art. 124.° A hypotheca comprehende não só o predio hypothecado conforme a respe-
ctiva descripção predial, mas todas as accessões naturaes e dependencias que n elle exis-
tirem ao tempo em que lenha de se tornar effectiva a obrigação hypothecaria, nos termos
dos artigos 234.°, n.° 1>.°, e 235.°, n.° 1.°
SECÇÃO v
E m r e l a ç ã o cspeclnl ii hypotheca l e g a l ou n e c e s s a r i a , c s u a conversão e m hypotheca e s p e c i a l

Art. 125.° A hypotheca legal ou necessaria que a lei reconhece a favor da fazenda na-
cional, camaras municipaes, estabelecimentos publicos e outras pessoas, só pelo facto da
existencia da obrigação a que serve de garantia (artigo 243.°), não produz effeitos jurídicos
sem que seja registada em quaesquer immoveis do devedor ou responsável, contra quem
a hypotheca legal é constituida (artigo 219.°).
Art. 126.° Este registo sómente póde ser requerido nas conservatórias pelas pessoas
legitimamente interessadas ou os seus representantes, taes são:
1.° Por parte da fazenda nacional, camaras municipaes e estabelecimentos publicos
(artigo 244.?, n.° 1.°), o ministerio publico, syndicos ou quaesquer pessoas encarregadas
de promover a defender os interesses dos mesmos estabelecimentos;
2.° Por parte do menor, do ausente ou do interdicto (citado artigo, n.° 2.°), o tutor,
curadoròu administrador, e não cumprindo estes, a diligencia do registo se eífectuará nos
termos do artigo;
3.® Por parte da mulher casada (artigo citado, n.° 3.°), ella mesma sem dependencia
de auctorisação do marido, os dotadores, pae, irmãos, ex-tutores ou filhos maiores;
4.° Por parte do crédor de alimentos (artigo citado, n.° S.°), o proprio alimentado;
5.° Por parte dos co-herdeiros legatarios, constructores e cultivadores (artigo citado,
n.°5 7.°, 8.° e 9.°), os proprios interessados ou seus cessionários.
Art. 127.° Os responsáveis têem a faculdade de designar os bens que hão de ficar gra-
vados com o encargo hypothecario, bem como o direito a exigir que este se limite aos que
forem indispensaveis para garantir a sua gerencia ou responsabilidade (artigo 246.°).
§ unico. Feita legalmente esta designação e reducção, e registada devidamente a hy-
potheca sobre esses bens designados, se cancellarão os registos que d'ella se tiverem já
feito nos immoveis do devedor, não comprehendidos daquella designação.
Art. 128.° A prestação da hypotheca dos funccionarios responsáveis, de quetrataoar-
tigo 244.°, n.° 1.°, assim como a fórma do processo para essa prestação, será opportuna-
mente regulada por decreto especial.
Art. 129.° No estado de viuvez, só á viuva, e bem assim só aos filhos, quando maio-
res,; & aos menores devidamente auctorisados, pertence requerer a conversão da hypothe-
ca legal. . . . . . .
Art. 130.° Nos casos de casamento das menores, deve á sua celebração preceder sem-
pre o registo provisorio de hypotheca, assim como averbar-se de definitivo, antes da en-
trega de quaesquer bens ao marido (artigos 80." e 267.°, §§ 1.° e 2.°).
Art. 131.° Se o dote consistir em bens immoveis estimados, o marido não poderá re-
querer nem o conservador tomar-lhe registo de domínio sobre esses bens, sem que haja
precedido registo de hypotheca para segurança do mesmo dote.
Art. 132.° Para que a entrega de bens moveis dotaes possa ser tomada em considera-
ção para o registo da hypotheca legal cios bens do marido, é necessário em todo o caso
que esses moveis sejam individualisados na escriptura dotal, inventario, formal de parti-
lhas ou em relação que acompanhe a mesma escriptura, e fique archivada no cartorio do
tabellião respectivo.
§ unico,. A estimação porém poderá limitar-se ao valor total dos ditos moveis.
; Art. 133.° Fica sempre salva a todo o tempo ao marido a reducção ou substituição da
hypotheca. >
Art, 134,° A mulher casada por contrato dotal não póde, em qualquer acto ou con-
trfitQ posterior, renunciar nem prejudicar o seu direito de hypotheca legal, e poderá, du-
rante a çonstancia do matrimonio, requerer independentemente de auctorisação do mari-,
do o registo d'ella sobre quaesquer bens do marido, assim como requerer o reforço, quan-,
do a hypotheca seja ou se torne insufficiente,
17 de outubro 1864 1 8 6 5

SECÇÃO "VI
E m r e l a ç ã o e s p e c i a l ú p o s s e niio t i t u l a d a e s u a j u s t i f i c a ç ã o

Art. 135.° Para os effeitos do n.° 6.° do artigo 10.° a posse não titulada somente se
considera como provada, para ser registada, precedendo justificação julgada por .sentença,
com precedencia de citação edital por trinta dias a pessoas incertas, e de publicação de
annuncio no periodico da cabeça da comarca, havendo-o, e não o havendo, no periodiçò
official do governo, e com intervenção do ministerio publico.
i unico. É competente para estas justificações o juiz de direito da comarca em que ò
predio, objecto da posse, se achar situado. '
Art. 136.° Apparecendo alguem a requerer contra a justificação da pósse ou sendo
impugnada pelo ministerio publico, ficará contenciosa até sentença que passe emjulgado.
Qualquer impugnação será deduzida por embargos.
Art. 137.° Os embargos só poderão ser deduzidos depois de feita a justificação p o r
testemunhas e documentos que provem actos possessorios. i(
Art. 138.° Nenhuma justificação de posse será procedente, provando-se:
1.° Uma detenção de uso, usufructo, consignação, simples arrendamento, mandato,
mera administração, favor ou qualquer outro titulo precário;
2.° A existencia de uma inscripção de propriedade sobre o mesmo objecto a favor de
outra pessoa.
Art. 139.° Os embargos poderão conter a allegação de algumas das circumstancias
mencionadas no artigo antecedente e outras quaesquer tendentes ao mesmo fim.
Art. 140.° Dos artigos de justificação se dará copia ao advogado do opponente, se o
houver, e ao ministerio publico, para em cinco dias improrogaveis poderem deduzir, que-
rendo, embargos á mesma justificação, os quaes serão rejeitados in liminenão sendo apre-
sentados n 5 esse praso.
§ unico. Deduzindo-se embargos serão contestados pelo justificante no mesmo praso;
seguir-se-ha audiência de julgamento, em que poderão ser reperguntadas as testemunhas
da justificação, e inquiridas outras, se o rol d'ellas tiver sido entregue no cartorio do es-
crivão cinco dias antes da dita audiência.
Art. 141." As custas judiciaes d'este processo serão pagas pelos justificantes, mas as
acrescidas desde os embargos serão pagas pelos embargantes, quando, desprezados os
mesmos embargos, a justificação for julgada por sentença, salvo sendo embargante o mi-
nisterio pubiico.
Art. 142.° Das sentenças proferidas sobre os embargos cabem os recursos legaes.

CAPITULO XII
Da rectificação dos assentos do registo

Art. 143.° Os erros materiaes do registo, que o não alterem substancialmente, pode-
rão ser rectificados por iniciativa do proprio conservador, de officio ou a requerimento
de qualquer dos interessados.
Art. 144.° Para que possa em qualquer dos casos do artigo antecedente fazer-se à re-
ctificação, deverá o conservador convocar lodos os interessados activa e passivamente por
meio de officios, designando o dia e hora em que devem comparecer na conservatória, e
o fim para que. Os conservadores das diversas conservatórias coadjuvar-se-hão reciproca-
mente, para que esses officios sejam devidamente entregues aos interessados residentes no
districto de qualquer d'ellas.
| unico. Os interessados podem comparecer pessoalmente, ou por procurador bastan-
te, cuja procuração ficará archivada na secretaria.
Art. 145.° Reunidos os interessados no dia e hora designados, se concordarem todoS
entre si e com o conservador em fazer-se a rectificação, effectuar-se-ha ella, reduzindo-se
o accordo a termo por todos assignado, do qual o conservador fará um extracto, que lan-
çará em annotação no livro respectivo, em logar correspondente da columna das annola-
ções, dando a cada um dos interessados um cerlilicado d'essa annotação. O termo ficará
archivado na secretaria.
§ 1.° Se todos ou alguns dos interessados deixarem de comparecer no dia e hora de-
signados, nem por isso deixará a rectificação de fazer-se, se para isso houver logar.
§ 2.° Se os interessados não concordarem entre si e com o conservador
s
ácerca dá re-
102
1 :,. . ' •<.
1865 17 de outubro

ctificação, sómente poderá fazer-se precedendo decisão do juiz que o determine, nos ter-
mos do artigo 7 1 e seguintes.
CAPITULO XIII
Dos effeitos do registo ou da sua omissão em geral
. Art. 14ò.° Os titulos e direitos sujeitos ao registo não serão attendidos em juizo, nem
prejudicam a terceiro, sem estarem registados.
§ unico. Considera-se terceiro, para os effeitos d'este codigo, o que não entreveiu no
acto.ou contrato registado, salvo tendo havido causa dos que n'elle intervieram.
Árt. Í47.° v Éxceptuam-se da disposição do artigo ancedente:
1.° Os titulos de transacção de propriedade immovel, quando seja indeterminada;
• Ás acções meramente possessórias (artigo 164.°);
3.° Ós privilegios declarados no artigo 219.°, salva a excepção n'elle consignada;
4.°-Os de onus reaes durante um anno a contar da installação das conservatórias;
5.° Õs privilegios do banco ultramarino, nos termos e durante o praso marcado na
carta de lei de 16 de maio de 1864;
6.° Os titulos de dominio ou propriedade durante tres annos;
7. 6 03 titulos e quaesquer documentos registados antes da installação das conservató-
rias, devendo dentro d'este praso ser levadas ao novo registo (em que se fará referencia
aó afiíèrior), sob pena de findo o praso incorrerem na comminação do artigo antecedente.
_ Art. 148.° Os titulos e direitos registados não surtem effeito emquanto a terceiros, se-
não' desde á (lata do registo.
I unico. Considera-se como data do registo, para todos os effeitos que deve produzir,
a nota d è apresentação do diario.
Art. 1491.0 Os effeitos do registo definitivo subsistem emquanto não for cancellado; os
do registo provisorio emquanto não for cancellado ou não caducar pelo lapso de tempo
sem.renovação.
. Art- 150-° As descripções prediaes nunca poderão ser cancelladas, mas só declaradas,
ampliadas pu registadas nos termos d'este codigo.
Áít. 1SÍ.° Os effeitos dos registos prediaes subsistem emquanto estes não forem legal-
mente extinctos.
SECÇÃO I
È m r e l a ç ã o e s p e c i a l a o s domínios e m a i s direitos constitutivos o u trànslativos d e propriedade

Art. 152.° Inscripto em dia anterior ou com prioridade de tempo na ordem da apre-
sentação qualquer titulo translativo sem clausula suspensiva, não poderá ser inscripto de-
pois qualquer outro titulo pelo qual o mesmo transmittente aliene ou grave o mesmo pre-
dio, salva a extincção legal da primeira inscripção.
Art. 153.° Feita uma inscripção predial conforme o artigo 10.° para conservação e não
adquisição do dominio, por se achar consolidado sem dependencia de registo antes da mes-
ma lei, não será admittida a diversa pessoa, que se intitule proprietaria do mesmo predio,
outra inscripção, bem a de um titulo translativo ou constitutivo, que não provenha de pes-
soa primeiro inscripta, salva a extincção legal da primeira inscripção.

SECÇÃO LI
. Em rélação especial ás hypothecas
0
Art'. 154. As hypothecas sendo registadas são causa legitima de preferencias, nos ter-
mos do artigo 219.°
Art. Í5S.° As hypothecas não registadas são unicamente admittidas a pagamento nos
mesmos termos em que forem os credores communs do devedor (artigo 317.°).
Art. 156.° A hypotheca necessaria ou legal a favor do estado, camaras municipaes, es-
tabelecimentos publicos e outras pessoas, não produz effeitos jurídicos sem ser registada
em 'quaesquer immoveis do devedor ou responsável contra quem a hypotheca legal é con-
stituida (áríigo 125.°).
SECÇÃO III
Em relação especial aos onus reaes

Art. 157.° Os onus reaes não serão reconhecidos em juizo sem terem sido registados,
nem podem ser oppostos á crédores, cujas hypothecas tiverem prioridade no registo.
17 de outubro 1865 4ÍÍ

Art. 158." Os ohus reaes, não registados ao tempo da installação das conservatórias,,
só poderão ser oppostos a terceiros, durante o praso de um anno, a contar d'esse dia (ar-
tigo 147.°, n.° 4.°).
Art. 1S9.° Nenhuma servidão règistavel (artigo 11.°, n.° 1.°), que ap térifpp da publica-
çfO'd'éète código estiver constituida por meio de convenção expressa pq ; possè, poderá ser
opp'osítÈf á terceiro só não fôr registada dentro de uni anno a contar dá itístàlíarçãÓ!;dás. con-
servatórias.
SECÇÃO IV
Em relação especial & posse
• , • • - }. ! 'J . • • . . • i .
Art. 160.° Ninguém póde requerer em juizo a posse de um predio não se achando na
posse effectiva d'este, sob pena de nullidade; mas, julgando-se com direito a ella, só a
póde requerer juntando ao requerimento certificado de haver inscripto o acto jurídico em
que se funda.
Art. 161.° A inscripção porém do titulo translativo da propriedade sem condiçãq.sus-
pensiva importa a adquisição da posse jurídica como effectiva, sem dependencia de outra
formalidade. , .
§ 1 M a s o possuidor effectivo não será expellido sem sua audiência, e poderá;embar-
gar a entrega judicial, impugnando o dominio positivo ou presumptivo do transmittente.
2'.° Estes embargos serão desprezados in limine, não tendo o embargante feito com-
provar é registar á sua posse. •
Art. 162.° A posse não póde ser^invocada em juizo para prova da propriedade emquanto'
não sê mostrar registada, mas depois do registo deve o seu começo para todos os effeitos
legaes ser contado segundo as disposições da legislação civil.
Art. 163.° Não será reconhecida em juizo a posse de bens comprehendidos no n.°: 5.°
do artigo 10.° sem que a transmissão se ache registada.
Art. 164.° Para as acções meramente possessórias não será necessário certidão do re-
gisto de posse.
CAPITULO XIV
Da extincção do registo

Art. 165.° Os registos tomados não se extinguem em relação a terceiros senfOpéld r e -


gisto da transferencia a outra pessoa do dominio ou direito registado ou pelo cancellamento.

SECÇÃO I
n o cancellamento

Art. 166.° O cancellamento consiste na declaração feita pelo conservador á margem do


respectivo registo, de como este fica extincto em todo ou parte.
Art- 167.° O cáríeel lamento póde ser solicitado por todas as pessoas írite/èsáarfás e m
qtíê! a inscripção não subsista. . , ".".';"
Art.' 168.° São títulos aptos para o solicitar: ' . " :
1.° Sentença passada em julgado; • ..
: '2.° Documento atíthefitico em que os interessados prestem expressaitíeníê ó' àèii' con-
sentimento para esse fim; ;.;''
3.° Documento authehtico pelo qual se mostre a cessação ou transmissão do direito re-
: :<
gistado'. "
§ unico. Estes documentos serão apresentados em duplicado (salva a excepção consi-
gnada5 no artigo 14.°, n.° 4.°), rubricados em todas as folhas, e guardado um exeriiplár no
archivo da conservatória com o numero de ordem correspondente ao régisto. ' ,
Art. 169.° O1 titulo em virtude do qual se houver feito uma inscrípçãó-poderá servir
paia o'seu cáncellamento, sempre que d'esse titulo, óú só Cóm outro docúmentócòmple-
mentar, resulte que a mesma obrigação se acha extincta ou caduca.
Art. 170.° O cancellámento é nullo faltando algum d'êstes reqúisifós; , '. .
1.° Declaração expressa do conservador dè que conhece como propriá á'pessdá qúe o
requer, ou duas testemunhas que a reconheçam, ou por meio d e um certificado'dè iden-
tidade de pessoa, nos terihos do artigo;
2.° Verificação do direito que tem1 paia requerer em presença dó docútaento' em que
se funda a petição;
412* 1865 17 de outubro

3.° Declaração de todos os interessados no averbamento e designação da data e natu-


réza do registo cancellado.
Art. 171.° O cancellamento será declarado nullo:
1.° Julgando-se nullo ou falso o titulo em virtude do qual foi feito;
2.° Dando-se erro que não possa ser emendado, ou provando-se haver fraude ; mas
n'estes casos a nullidade só prejudicará a terceiros, se já existir em juizo a respeito d'ella
a acção que tenha sido competentemente registada.
Art. 172.° Duvidando o conservador fazer o cancellamento, ou oppondo-se a este qual-
quer interessado, será o caso resolvido pelo juiz de direito nos termos e pelo modo decla-
rado nos artigos 70.° e seguintes.
Art. 173.° O cancellamento p ó d e ser total ou parcial.

SECÇÃO II
Do caiiccllaiiieuto total e parcial .

Art. 174.° Tem logar o cancellamento total:


1.° Extinguindo-se inteiramente o imrriovel, objecto da inscripção:
2.° Extinguindo-se tambem inteiramente o direito inscripto;
3.° Declarada a nullidade oy falsidade do titulo em virtude do qual se fez o registo;
4.° Declarada a nullidade do registo por falta de algum dos seus requisitos essenciaes.
Art. 173.° S e o cancellamento do registo definitivo for requerido com o fundamento na
prescripção, só poderá verificar-se em presença de sentença passada em julgado, que tiver
declarado prescriptos os direitos do crédor, e a mesma sentença será devidamente archi-
vada.
Art. 176.° Tem logar o cancellamento parcial:
1.° Reduzido ou diminuído o immovel, objecto da inscripção';
2.° Reduzido ou diminuído, em favor do dono do immovel, o direito registado.

SECÇÃO III
Do c a n c e l l a m c n t o do r e g i s t o provisorio

Art. 177.° O registo provisorio será cancellado:


1.° Sendo convertido em definitivo;
2.° Não sendo averbado de definitivo no praso de um anno a contar da sua data, ou
não sendo renovado como provisorio, salvo o disposto no artigo 86.°;
3.° Não sendo provido o recurso que a parte levar do conservador por lhe ter negado
o registo definitivo.
CAPITULO XV
Da publicidade do registo, das certidões e certificados
Art. 178.° Os conservadores ou seus ajudantes deverão, sem prejuizo da regularidade
do serviço, mostrar ás partes que nisso tiverem interesse os livros de registo, e dar-lhes
com urbanidade os esclarecimentos que lhes pedirem, mas nunca por escripto, a não ser
por modo authentico em fórma de certidão.
§ unico. Os livros de registo porém não sairão nunca da conservatória por qualquer
pretexto ou motivo, e todas as diligencias judiciaes ou extrajudiciaes que exijam a apre-
sentação d'esses livros verificar-se-hão na mesma conservatória, salvos os casos de remo-
ção por força maior, como incêndio, inundação, guerra civil ou estranha, sedição e outros
similhantes.
Art. 179.° Não terão fé em juizo as certidões, não sendo passadas em presença dos li-
vros descriptos n'este codigo, e d'elles fielmente extrahidas.
Art. 180.° As certidões, conforme as partes requererem, serão passadas:
1.° Ou Iitteralmente de tudo quanto se houver registado em relação a determinado
predio ou predios;
2.° Ou restrictamente quanto a determinadas inscripções ou averbamentos;
3." Ou de narrativa com referencia a determinado quesito ou quesitos.
I unico. Sempre que houver inscripção, averbamento ou cancellação posterior, que
por qualquer modo altere o que o conservador houver de certificar, este mencionará na
certidão essa circumstancia, debaixo das penas comminadas n'este codigo, e de responsa-
bilidade pelas perdas e damnos resultantes da omissão.
17 de outubro 1865 413

Art. 181.° Dos requerimentos para certidões se tomará nota de apresentação no dia-
rio, e poderão as partes faze-los em duplicado, para que este se lhes entregue com decla-
ração de apresentado.
Art. 182.° Os conservadores passarão com a brevidade possivel as certidões e certifi-
cados que lhes forem requeridos, não os podendo demorar por mais.de tres dias.
| unico. Se passado este praso taes certidões não forem entregues, poderão os interes-
sados verificar por declaração de duas testemunhas o facto da recusa em auto exarado por
qualquer tabellião ou escrivão do julgado, para servir de prova no processo competente.
Art. 183.° Logoque a certidão pedida se tenha passado, será averbada a nota de apre-^
sentação no diario com declaração da entrega, que o interessado assignará.
Art. 184.° Na mesma folha d'estes requerimentos, e sem dependencia de despacho al-
gum se passarão as certidões pedidas, continuando-se em outras folhas do sêllo compe-
tente.
Art. 185. 0 As certidões dos livros de registo poderão ser extrahidas pelos amanuenses
das conservatórias, mas em todo o caso serão assignadas pelos conservadores ou seus aju-
dantes, depois-de serem por estes revistas e concertadas, fazendo-se expressa declaração.
Art. 186.° Dos documentos ou titulos archivados poderão tambem passar-se certidões,
como dos livros de registo.
Art. 187.° Os conservadores devem entregar ás parles que tiverem requerido registo
certificados passados em fórma de certidão, contendo precisamente a transcripção dos ex-
tractos que tiverem sido lançados, sendo conferidos com o registo e depois assignados pe-
los conservadores.
§ 1.° Estes certificados constituem a prova da effectividade do registo.
§ 2.° Havendo desconformidade dos certificados com os titulos registados ou com as
notas n'estes lançadas, observar-sc-ha, na parte applicavel, o que se acha disposto nos ar-
tigos 143.° a 145.°
Art. 188.° Os certificados poderão ser passados pelos amanuenses, sendo porém sem-
pre assignados pelos conservadores ou ajudantes depois de conferidos com o seu original,
fazendo-se n'elles menção da conferencia.
Art. 189.° O conservador não entregará aos requerentes o certificado do registo que
fizer, sem que na presença d'elles leve ao indice real o predio descripto, se for primeira
a descripção, e ao indice pessoal a pessoa que activa ou passivamente for mencionada na
inscripção.
Art. 190.° Nos casos de destruição ou extravio do certificado, as partes poderão re-
querer certidão, que terá o mesmo effeito. Qualquer outra pessoa que n'isso tiver inte-
resse poderá pedir as certidões que lhe forem necessarias, extrahidas fielmente do livro
de registo.
Art. 1 9 1 Q u a n d o sobre o mesmo predio uma nova hypotheca se inscrever depois da
outra cuja inscripção se não ache cancellada, o conservador deverá declarar, assim nos cer-
tificados como nas certidões que passar, que a hypotheca é segunda (artigos 52.° e 97.°)
Art. 192." Nas certidões que se passarem restrictamente de inscripções hypothecarias,
ainda não cancelladas pelos pagamentos parciaes que se tiverem feito por coata da divida,
deverão os conservadores mencionar essa circumstancia, sempre que ella conste dos aver-
bamentos feitos ás mesmas inscripções, declarando n'esses casos a importancia dos paga-
mentos averbados.
CAPITULO XVI
Da estatistica do registo predial
Art. 193.° Os conservadores remetterão ao ministerio da marinha e ultramar, dentro
de trinta dias, immediatos ao ultimo de cada anno, por intermedio dos governadores ge-
raes, a estatistica remissiva de todos os predios descriptos e de seus valores fixados no re-
gisto ou calculados para este, a do movimento do registo de propriedade, e a do movi-
mento do registo das hypothecas, tudo em conformidade dos modelos F, G e H.
Art. 194.°. Estas estatisticas serão extrahidas dos índices real e pessoal, e d'ellas se
irão colligindo em cadernos avulsos os esclarecimentos necessarios para se fazer um tombo
geral synoptico de toda a propriedade predial registada e seu valor, com distincção á di-
vida hypothecaria.

io:s
414* 1865 17 de outubro

CAPITULO XVI
Dos emolumentos das conservatórias, sua cobrança, escripturação e applicação

Art. 195.° Pelo registo predial se hão de pagar em todas as-conservatórias os emolu-
mentos constantes da tabella n.° 2 annexa ao presente codigo.
Art. 196.° Os conservadores são obrigados a mandar escripturar em livro especial a
somma dos emolumentos de registo que forem recebidos em cada dia, e na pagina paral-
lela as despezas que houverem feito com o expediente, declarando o que lica em caixa
para o dia seguinte (modelo I).
1 1 . ° Em dia de distribuição se dará como despeza a somma que for distribuída.
I 2.° A distribuição será feita no primeiro dia de cada mez, podendo comtudo o con-
servador permittir que ella se faça em cada semana, ou de quinze em quinze dias, se as-
sim o tiver por mais conveniente.
§ 3.° A declaração de saldo negativo a transportar para o dia seguinte será rubricada
em cada dia pelo conservador ou seu ajudante.
| 4.° Este livro será previamente numerado e rubricado em todas as suas folhas pelo
conservador, e terá o competente termo de abertura e encerramento, assignado pelo mes-
mo conservador.
Art. 197.° Os emolumentos serão sempre satisfeitos pela pessoa que exigir nas con-
servatórias o acto por que elles sejam devidos.
§ unico. Se os emolumentos forem pagos em nome e no exclusivo interesse de outrem
•o recibo do talão é prova authentica para se exigir do interessado a importancia sa-
tisfeita.
Art. 198.° Haverá em todas as conservatórias livros de recibos com talão impressos, e
rubricadas as folhas no alto do talão pelo conservador.
§ unico. D'estes livros serão separados os recibos que devem ser entregues ás pessoas
que fizerem pagamento dos emolumentos. ,
Art. 199.° Os espaços em branco do recibo e seu talão serão preenchidos conforme o
modelo L:
1.° Com a sua numeração;
2.° Com o nome da pessoa que requerer o registo;
3.° Com a somma total que pagar de emolumentos;
4.° Com o numero de ordem do dia da apresentação no diario:
5.° Com a rubrica do conservador.
Art. 200.° Se no acto de se encherem os espaços em branco do recibo e talão alguns
d'elles se inutilisarem, será renovada a escripta no recibo e talão immediato em numera-
ção seguida, como se o numero antecedente não fosse inutilisado. Se a escripta se inutilisar
depois de separado o recibo do talão será collado a este e passar-se-ha por cima de ambos
a palavra inutilisado.
Art. 201.° Em quaesquer actos do registo o conservador contará separadamente a cor-
respondente verba de emolumentos, mas o recibo do talão comprehenderá toda a somma
por quaesquer actos constitutivos, ou complementares do mesmo registo.
Art. 202.° A distribuição dos emolumentos nas conservatórias será feita do modo se- -
guinte:
1.° Deduzir-se-hão da somma total as despezas do expediente, renda de casa, livros,
estantes e mais arranjos necessarios para a boa ordem do archivo;
2.° Deduzir-se-ha igualmente a parte que o governo designar até final embolso da im-
portancia da quota dos livros por elle fornecidos ás ditas conservatórias, nos termos do ar-
tigo 43.° d'este codigo;
3.° A somma restante será dividida igualmente entre o ajudante e amanuense na pro-
porção dos seus ordenados.
Art. 203.° A rasa será sempre contada por linhas, conforme a dita tabella n.° 2; mas
cada uma das linhas não poderá ser integralmente contada, tendo menos de trinta letras.
- § unico. O excesso de letras será reduzido a linhas, e contado como se fossem escri-
ptas em linhas distinctas, excepto as de palavras que por erro ou equivoco resalvado no
texto se acharem repetidas ou rectificadas.
Art. 204.° Aos conservadores ou aos seus.ajudantes compete fazer a contagem da rasa
e mais emolumentos do registo.
Art. 205.° As notas de apresentação no diario não serão contempladas para a contagem
dos emolumentos.
17 de outubro 1864 415

Art. 206.° São applicaveis ás certidões que se extrahirem dos antigos livros de registo
as laxas fixadas na tabella n.° 2, annexa a este codigo.
i unico. Os emolumentos relativos a buscas n'esses livros serão contados em confor-
midade com a tabella judicial em vigor.

CAPITULO XVIII
Recopilação dos deveres, faltas, crimes e penas dos funccionarios encarregados
do registo predial

Art. 207.° Os actos de serviços que constituem deveres dos conservadores são, quanto
ao registo:
1.° Verba de apresentação no diario e no titulo (artigos 48.° e 14.°) e nota do encer-
ramento em cada dia no mesmo livro (artigo 37.°);
2.° Exame dos titulos quanto ás solemnidades externas constitui tivas, segundo a lei,
da sua autbenticidade e legalidade (artigo 13.° e outros);
3.° Conferencia do titulo apresentado ao registo com o seu duplicado, se este for ne-
cessário, a fim de se verificar a sua perfeita igualdade (artigo 14.°);
4.° Extracto da sua substancia quanto á descripção predial, para se fazer, se ainda não
estiver feita, ou para n'ella se additarem quaesquer circumstancias que a alterem ou am-
pliem (artigos 91.° e 92.°);
5." Extracto da sua substancia quanto á inscripção predial, para que a natureza do con-
trato ou transmissão e suas condições sejam registadas (artigo 93.°);
6.° Annotação do registo nos Índices real e pessoal (artigo 189.°);
I.°- Averbamento hypothecario sobre a inscripcão da propriedade (artigos 115.°, 1'16.°
e 121.°);
8.° Averbamentos, cancellações e annotações em todos os livros, nos termos d'este co-
digo;
9.° Certificados e certidões (artigos 178.° a 192.°);
- 10.-° Numeração e rubrica de todas as folhas dos titulos registados e seus duplicados,
antes de se fazer enlrega de um d'elles á parle (artigo 14.°);
I I . ° Reforma dos Índices real e pessoal de dez em dez annos (artigo 63.°);
12.° Organisação e remessa ao ministerio da-marinha e ultramar das estatisticas pre-
diaes e seus valores conhecidos pelo registo (artigo 193.°);
13.° Observancia de todos os outros deveres prescriptos no presente codigo.
Art. 208.° Podem ser suspensos por um mez até um anno os conservadores qúe com-
metterem as faltas seguintes:
1.° Não requisitando os livros necessarios para o serviço das conservatórias, nos ter-
mos d'este codigo;
2.° Abrindo ou encerrando as conservatórias fóra das horas marcadas n'este codigo;
3.° Não comparecendo na conservatória durante as horas do registo sem motivo justi-
ficado ;
4.° Não tratando os requerentes com urbanidade, repellindo-os da conservatória ou
não Jhes dando, com relação aos livros de registo, os esclarecimentos de que precisarem;
Não guardando em boa ordem e recato todos os livros e mais documentos perten-
centes á sua conservatória ou n'ella archivados;
6.° Principiando qualquer registo sem a previa nota da apresentação no diario, ou
concluindo o registo sem o averbar no indice pessoal, ou tambem no indice real, se a in-
scripção for acompanhada da descripção predial;
7.° Não verificando a perfeita igualdade dos titulos quando lhe devam ser apresenta-
dos em duplicado;
8.° Não verificando as solemnidades legaes extrínsecas dos titulos apresentados ao re-
gisto;
9.° Não comprehendendo nos extractos para a descripção do predio alguma das cir-
cumstancias essenciaes para firmar a sua identidade, natureza, extensão, limites e valor;
10.° Não comprehendendo nas inscripções toda a substancia do acto ou contrato con-
forme ao titulo que se apresentar;
11.° Não exigindo dos requerentes, escriptas e assignadas as declarações complemen-
tares indispensaveis para a descripção predial hypothecaria;
12.° Não lançando os registos no livro ou columna competente, em conformidade com
este codigo;
416* 1865 17 de outubro

13.° Cancellando quaesquer registos com preterição dos requisitos essenciaes e que
importam nullidade;
14.° Não resalvando á margem com rubrica qualquer emenda, borrão ou entrelinha
nas descripções, inscripções prediaes e averbamentos ou annotações prediaes ou pessoaes;
15.° Tomando registos definitivos nos casos em que os deve tomar provisorios, ou to-
mando estes em logar d'aquelles, ou deixando de declarar que são provisorios quando os
tomar como taes ;
•16.° Dando certificados dos registos que não estejam conformes com o original ou com
as notas de apresentação e de registo lançadas nos mesmos titulos;
•17.° Omittindo alguma circumstancia essencial que se ache registada, ou praticando
qualquer outra inexactidão nas certidões que passar com referencia a titulos ou documen-
tos archivados na conservatória;
18.° Deixando de numerar e rubricar todas as folhas dos documentos depois de apre-
sentados a registo;
19.° Ante-datando ou post-datando a apresentação no diario, quando seja por mero
lapso de anno, mez ou dia, que se manifeste pelo registo antecedente e subsequente, ou
pela confrontação com o diario e annotação nos documentos;
20.° E m geral deixando de praticar aquelles actos que devem preceder ou acompa-
nhar quaesquer registos.
| unico. Será suspenso, e responderá por perdas e damnos, se algum dos interessa-
dos alcançar sentença que julgue a nullidade do registo, o conservador que admittir a elle
qualquer titulo sem que se prove que pelo mesmo titulo nenhuns direitos se devem á fa-
zenda nacional, e sendo divida hypothecaria com estipulação de juros, sem que se tenha
feito o competente manifesto.
Art. 209.° As faltas declaradas no artigo antecedente poderão ser causa da demissão
quando forem aggravadas com as circumstancias seguintes:
1.° O concurso de faltas ou omissões da mesma ou de diversa natureza junto á frequen-
cia em todas ou em algumas d'ellas;
2.° Segunda reincidência em qualquer das mesmas;
3.° O damno resultante em prejuizo da fazenda publica ou das pessoas interessadas
no registo, quando o mesmo damno lenha sido julgado por sentença;
4.° A ante-data ou post-data nas inscripções e averbamentos quando d'ella resultar
preferencia ou rateio;
5.° As omissões dos requisitos essenciaes, assim da descripção predial como da in-
scripção dos domínios ou das hypothecas.
1 1 P o d e m tambem ser causa de demissão:
1.° Deixar de sair da conservatória para poder de alguma pessoa, ou ainda para sua
própria casa, de seu ajudante, escrivão ou empregados, os livros do registo;
2.° Tomar registos fóra das horas prescriptas n'este regulamento;
3.° Contar emolumentos com excesso ou indevidos.
| 2.° E m qualquer caso ou em qualquer tempo, verificando-se suspensão de conser-
vador imposta primeira e segunda vez, á terceira será demittido.
Art. 210.° A suspensão e demissão de que tratam os artigos antecedentes não eximem
os conservadores da responsabilidade civil e criminal em que incorrerem pelos seus actos
(artigo 27.°), e quando se recusem a quaesquer actos do seu officio poderão os interessa-
dos verificar esta recusa pelo m o d o indicado no artigo 182.°, § unico.
Art. 211.° Os ajudantes dos conservadores, quando exercerem as attribuições d'estes,
ou ainda no exercicio de suas proprias, poderão ser suspensos ou demittidos nos lermos
dos artigos 208.° e 209.°
CAPITULO X I X
Da inspecção das conservatórias
Art. 212.° Os governadores geraes, todos os annos, no mez de janeiro, e quando o
julguem necessário por conveniencia do serviço publico, ou mesmo a requerimento do con-
servador e ajudante, para o fim de que trata o artigo 25.°, mandarão inspeccionar todas
as conservatórias por uma commissão composta do juiz de direito, presidente da camara;
municipal, escrivão de fazenda, onde o houver, e tres negociantes ou pessoas habilitadas,,
para fazer um exame do estado da escripturação do anno anterior em todos os livros, sua
regularidade e arranjo da conservatória, etc., e dar o seu parecer ao governo em um r e -
latorio circumstanciado.
17 de outubro 1865 417

§ unico. Este relatorio será enviado por copia ao ministerio da marinha e ultramar
pelo governador geral, e será tambem publicado no boletim do governo.
Art. 213.° De cada inspecção se lavrará termo em um livro especial para isso desti-
nado, fazendo-se menção somente da inspecção feita, dos nomes dos empregados que ser-
viram na conservatória em todo esse anno, e tempo que serviram, e será assignado por
todos os vogaes da commissão e empregados da conservatória.
i unico. Uma copia authentica d'este termo acompanhará sempre o relatorio de que
trata o artigo antecedente.
PARTE SEGUNDA
Dos privilegios e hypothecas

CAPITULO I
Disposições geraes relativas a privilegios e hypothecas

Art. 214.° Privilegio creditorio é a faculdade que a lei concede a certos crédores de
serem pagos com preferencia a outros independentemente do registo de seus predios.
Art. 215.° Hypotheca é o direito concedido a certos crédores de serem pagos pelo va-
lor de certos bens immobiliarios do devedor, e com preferencia a outros crédores, achan-
do-se os seus creditos devidamente registados.
§ unico. São para este effeito considerados immoveis os navios, devendo o registo ser
feito na conservatória em cujo districto o mesmo navio estiver matriculado.
Art. 216.° Os crédores têem direito de ser pagos pelo preço da totalidade dos bens do
devedor, todas as vezes que não houver causa legitima de preferencia.
Art. 217." São causas legitimas de preferencia:
1.° Os privilegios;
2.° As hypothecas;
Art. 218.° Não ha outros privilegios e hypothecas senão os expressamente declarados
n'este codigo.
Art. 219.° Os privilegios dão direito á preferencia, independentemente de registo, sal-
va a excepção consignada nos artigos 10.°, n.° 8.° e 230.°, n.° 2.°
As hypothecas são causa legitima de preferencia somente sendo registadas.
Art. 220.° Todas as disposições do presente codigo relativas a privilegios e hypothe-
cas em nada alteram o que se acha determinado no codigo commercial a respeito de navios.

CAPITULO II
Dos privilegios em geral e suas diversas especies

Art. 221.° Ha duas especies de privilegios:


1.° Os mobiliarios, que recáem unicamente sobre o valor dos bens moveis;
2.° Os immobiliarios, que recáem unicamente sobre o valor dos bens immoveiSé
§ 1 C o n s i d e r a m - s e tambem immoveis, para os effeitos do presente codigo, os moveis
que estiverem annexos a alguma propriedade immovel, por applicação permanente e ne-
cessaria.
§ 2.° Os privilegios sobre moveis subdividem-se e m :
1.° Especiaes, que comprehende!» somente o valor de certos e determinados bens
mobiliarios;
2.° Geraes, que comprehenderá o valor da totalidade dos bens mobiliarios do devedor.
| 3.° Os privilegios immobiliarios são sempre especiaes.
Art. 222.° São garantidos, nos termos e para os effeitos legaes, os privilegios do banco
nacional ultramarino emquanto subsistirem, assim como os de qualquer outro estabeleci-
mento que por lei os tenha. , .
CAPITULO III
Dos privilegios mobiliarios
Art. 223.° Gosam de privilegio mobiliario especial nos fructos dos predios rústicos
respectivos, constituindo uma classe:
1.° O credito por divida de fóros, censos ou quinhões, relativo aos dois ultimos annos
e ao corrente;
2.° O credito por divida de renda, relativo ao ultimo anno e ao corrente;
104
418* 1865 17 de outubro

3.° O credito por sementes ou emprestimos para exploração agricola, relativo sómente
ao ultimo anno, ou sómente ao corrente;
4.° O credito por soldadas de creados de lavoura relativo a um anno, epor dividas de
jornaes de operários relativo aos ultimos tres mezes;
5.° O credito por premio de seguro relativo ao ultimo anuo e ao corrente.
§ 1.° Para que se verifique o privilegio de que fazem menção os n.os 1.° e 2.° d'este
artigo é necessário que os onus respectivos de emphyteuse, censo, quinhão ou arrenda-
mento se achem registados. Esse privilegio principia a existir na data do registo, sem que
possa retrotrahir-se á data do credito, se este for mais antigo.
| 2 . " Para que se verifique o privilegio de que tratam os n.°5 3.° e 4.° d'este artigo é
necessário que sejam especificados os immoveis a que esses creditos forem applicados.
Art. 224.° Gosam privilegio mobiliario especial na renda dos predios urbanos, consti-
tuindo uma classe :
1.° O credito por divida de fóros, censos e quinhões, relativo aos dois ultimos annos e
ao corrente;
2.° O credito por premio de seguro, relativo ao ultimo anno e ao corrente.
| unico. Ao privilegio de que faz menção o n.° 1.° é applicavel a disposição do § 1.°
do artigo antecedente.
Art. 225.° Gosam privilegio mobiliario especial, constituindo uma classe:
1.° O credito por despezas de transporte, no valor dos objectos transportados;
2.° O credito por despezas de pousada ou hospedagem, no valor dos moveis que o de-
vedor tiver na hospedaria:
3.° O credito pelo preço de quaesquer moveis ou machinas, e valor do concerto na
importancia dos mesmos;
4.° O credito por divida de renda ou damníficação causada pelo locatario, ou prove-
niente de qualquer encargo declarado no arrendamento do predio urbano, relativo ao ul-
timo anno e ao corrente, AO valor dos moveis existentes no predio;
5.° O credito proveniente de premio de seguro de moveis ou mercadorias, relativo ao
ultimo anno e ao corrente, no valor dos objectos segurados.
§ unico. O privilegio de que trata o n.° 1 d ' e s t e artigo acaba quando os objectos trans-
portados saírem do poder d'aquelle que os transportou ;
O do n.° 2.° quando os objectos saírem da hospedaria;
O do n.° 3.° quando os moveis comprados ou concertados saírem da mão do comprador;
O do n.° 4.° quando os moveis saírem do respectivo predio;
O do n.° 5.° quando os moveis ou mercadorias passarem a poder de terceiro; salvo po-
rém o caso, nas differentes hypotheses d'este §, de se provar dolo ou fraude na saída dos
objectos referidos.
Art. 226.° Gosam tambem privilegio mobiliario especial, constituindo uma classe:
1.° O credito pelo preço de materias primas no valor dos productos fabricados, posto
que não sejam os mesmos que se fabricaram com as materias primas em divida, comtanto-
que sejam do mesmo genero d'aquelles que taes materias podem produzir:
2." O credito por salarios de operarios fabris, relativo aos ultimos tres mezes, no va-
lor dos mesmos productos;
3.° O credito pelo premio do seguro relativo ao ultimo anno e ao corrente, no valor
dos productos segurados.
§ unico. Para que possa verificar-se o privilegio de que trata o n.° 1.° é necessário-que
os objectos se conservem em poder do devedor, ou que não tenham saído com dolo ou
fraude em prejuizo do crédor.
Este privilegio extingue-se não sendo reclamado dentro de um anno.
Art. 227.° Gosam de privilegio geral sobre os moveis:
1 O credito por despezas do funeral do devedor, segundo a condição e costume da
terra;
2.° O crédito por despezas feitas com o luto da viuva e filhos do fallecido, segundo a
sua condição;
3.° O credito por despezas com honorários de facultativos e remedios para a ultima
doença do devedor, não excedendo a seis mezes de duração;
4.° O credito para sustento do devedor e pessoas de sua familia a quem tivesse o de-
ver de alimentar, relativamente aos ultimos seis mezes;
5.° O credito proveniente de ordenados, salarios e soldadas de creados e outros fami-
liares, relativo a um anno;
17 de outubro 1865 419

6.° O credito de salarios ou ordenados devidos a mestres de sciencias ou artes que ti-
verem ensinado os filhos do devedor, ou pessoas a quem tenha o dever de dar educação,
relativo aos ultimos seis mezes.
Art. 228.° Os creditos por impostos em divida á fazenda nacional gosam privilegio mo-
biliario em todas as classes.
Art. 229.° O crédor pignoraticio, devidamente apossado do penhor, tem privilegio para
ser pago da sua divida pelo preço do objecto ou objectos empenhados, até onde chegar o
referido preço, sendo considerado pelo resto como crédor chirographario.

CAPITULO IV
Dos privilegios immobiliarios

Art. 230.° São creditos privilegiados sobre os immoveis do devedor, aindaque estes
se achem onerados com hypotheca:
1.° Ós creditos por impostos em divida á fazenda nacional, pelos ultimos tres annos,
e no valor dos bens em que recaírem os mencionados impostos;
2.° Os creditos provenientes de despezas feitas para a conservação dos predios nos ul-
timos tres annos, com relação áquelles a que essas despezas foram applicadas, não exce-
dendo a quinta parte do seu valor, sendo registados;
3.° Os creditos provenientes de custas judiciaes, feitas no interesse commum dos. cré-
dores, no valor do predio com relação ao qual foram feitas.

CAPITULO V
Das hypothecas em geral

Art. 231.° A hypotheca onera os bens sobre que recáe, e os sujeita directa e immedia-
tamente ao pagamento das obrigações a que servem de garantia, qualquer que seja o pos-
suidor dos mesmos.
Art. 232.° Quando o pagamento a que está sujeita a hypotheca houver de ser feito em
prestações, e o devedor dei;;ar de satisfazer alguma d'ellas, consideram-se vencidas todas,
e póde desde logo exigir-se o seu pagamento.
Art. 233." A hypotheca é de sua natureza indivisível, subsiste em todos e cada um dos
predios hypothecados, e em cada uma das partes que os constituem, salvo o caso de se
designar no competente titulo constitutivo da hypotheca a parte do predio ou predios que
fica onerada com a hypotheca.
Art. 234.° Só podem ser hypothecados, lendo a propriedade aquelle que constitue a
hypotheca:
1.° Os immoveis que estiverem no commercio, e os seus accessorios que por direito
se consideram da mesma natureza;
2.° As servidões reaes activas;
3.° O usufructo dos mesmos bens e seus accessorios, durante o tempo em que o de-
vedor póde gosar d'elle;
4.° O diminio directo e ulil nos bens emphyleuticos;
5.° E os outros direitos prediaes.
Art. 235.° São considerados accessorios para os effeitos do n.° 1.° do artigo anterior
e portanto comprehendidos na hypotheca :
1.° Os objectos moveis collocados por um modo permanente, seja para ornamento, ou
commodidade, seja para serviço de alguma industria, aindaque essa collocação seja poste-
rior á constituição da hypotheca;
2.° As bemfeitorias que consistirem em novas plantações, poços, minas, obras de gos-
to, de represas, de encanamento, de reparação, de emhellezamento, de transformação, ou
elevação de edificios e outras similhantes;
3.° Or, fructos pendentes, ou aindaque já colhidos não levantados nem éncelleiradoS;
4.° As rendas vencidas e ainda não pagas, qualquer que seja a causa da falta do paga-
mento, e as que se vencerem até que o crédor seja inteiramente pago do seu credito, e bem
assim o preço dos fructos já vendidos, mas ainda não pagos;
5.° As quantias devidas pelos seguradores em relação aos predios ou aos ditos moveis,
quando o sinistro tenha acontecido depois de constituição da hypotheca; >
6.° As quantias devidas por indemnisação liquidada de valor do todo ou de parte dos
predios hypothecados, em rasão de expropriação por utilidade publica, ou de prejuízos.
420* 1865 17 de o u t u b r o

Art. 236." Não se comprehende porém na hypotheca a nova construcção de edificios,


aonde antes não existia edificação alguma, a consolidação de um com outro dominio nos
predios emphyteuticos (artigos 231.° e 237. u ), a consolidação de usufructo em plena pro-
priedade (artigo 234.°, n.° 3.°), e outros casos de melhoria do dominio não contemplado ao
tempo do contrato hypothecario, e que era susceptível de hypotheca distincta (artigo 234.°,
n.°5 2.°, 3.°, 4.° e 5.'°) embora esteja livre de hypotheca.
Art. 237. u Para constituir a hypotheca do dominio util, que comprehenda a totalidade
do praso, não é necessário o consentimento do senhorio directo; mas este não perde, no
caso de alienação, o direito de opção que as leis lhe concedem.
Art. 238.° Quando o senhorio directo conseguir a consolidação dos dois domínios, seja
qual for o modo, a hypotheca que onera o dominio util ainda n'este caso acompanha o pre-
dio^ nos termos do artigo 231.°
Art. 239.° Se o credito hypothecario vencer juros, gosarão estes das vantagens da hy-
potheca, independente de registo especial, em relação ao ultimo anno e ao corrente.
§ unico. Os juros relativos aos annos anteriores só gosam de hypotheca sendo regista-
dos como credito distincto.
Art. 240.° Quando a hypotheca por qualquer motivo se tornar insufliciente para ga-
rantir a obrigação contrahida, o credor tem direito a exigir que o devedor a reforce; e não
o fazendo este, póde pedir o pagamento integral da divida como se estivera vencida.
Art. 2 4 1 V e r i f i c a n d o - s e a perda do predio hypothecado nos casos em que o dono
deva ser indemnisado pelos seguradores, os direitos do crédor serão exercidos sobre o va-
lor da indemnisação ou sobre o predio quando seja reedificado á custa do seguro.
Art. 242.° Às hypothecas são de duas especies, ou: 1.°, hypothecas necessarias, le-
gaes, ou; 2.°, hypothecas voluntarias, convencionaes.

CAPITULO v i
Das hypothecas necessarias ou legaes

Art. 243.° Hypothecas necessarias ou legaes são as que resultam immediatamente da


lei, sem dependencia da vontade das partes, e existem pelo-facto de existir a obrigação a
que servem de garantia.
Art. 244.° Os credores que gosam de hypotheca necessaria ou legal para garantia do
pagamento das suas dividas são:
1.° A fazenda nacional, camaras municipaes e outros estabelecimentos publicos, nos
bens dos respectivos funccionarios responsáveis e nos bens de seus fiadores, na conformi-
dade das leis fiscaes, para pagamento das quantias em que ficarem alcançados, ou pelas
quaes se tornarem responsáveis;
2.° O menor, o ausente, o interdiclo, e em geral todas as pessoas privadas da admi-
nistração de seus bens, nos seus tutores, curadores ou administradores, para pagamento
dos valores a que deixarem de dar a applicação devida, ou que não entregarem competen-
temente, ou que deixarem perder por culpa ou dolo;
3.° A mulher casada por contrato dotal, nos bens do marido, para pagamento dos va-
lores moveis dotaes e dos immoveis dados em estimação que importe venda;
4.° A viuva, nos bens do fallecido marido ou do promittente de alfinetes, arrhas e apa-
nagios para seu pagamento;
5.° O crédor por alimentos, nos bens cujo rendimento se tiver designado para os sa-
tisfazer, ou em outros bens do devedor, quando não haja designação ;
6.° Os estabelecimentos de credito predial, para pagamento dc seus titulos, nos bens
qne os mesmos designarem;
7.° Os co-herdeiros, para pagamento das respectivas tornas, nos bens da herança su-
jeitos a esse pagamento;
8.° Os legatarios, nos bens sujeitos ao encargo do legado, para pagamento do mesmo;
9.° Os constructores e cultivadores, os primeiros nos edificios, e os segundos nas ter-
ras que reduziram á cultura, para pagamento das respectivas despezas, no valor dos mes-
mos edificios ou terras.
I unico. As hypothecas a que se referem os n.oS 1.°, 2.° e 3.° não podem ser renun-
ciadas, mas podem ser substituídas ou dispensadas em casos expressamente marcados nalei.
Art. 243.° Os creditos que por esta lei têem privilegio de qualquer especie, podem
ler hypotheca necessaria todas as vezes que se acharem registados como creditos hypothe-
carios, tendo para isso os necessarios requisitos.
17 de o u t u b r o 1865 421

§ unico. Os creditos registados na fórma d'este artigo não perdem por este facto o pri-
vilegio, e poderão obter no concurso hypothecario o pagamento que no concurso privile-
giario não tiverem podido alcançar.
Art. 246.° As hypothecas necessarias poderão ser registadas em todos os bens do de-
vedor, quando não forem especificados no titulo respectivo os immoveis hypothecados;
o devedor porém poderá exigir que o registo se limite aos bens indispensaveis para garan-
tir a responsabilidade ou obrigação, e terá a faculdade de designar para ficarem gravados
com o encargo os que mais lhe convierem.

CAPITULO VII
Das hypothecas voluntarias ou convencionaes
Art. 247.° As hypothecas voluntarias convencionaes nascem do mutuo accordo das
partes.
i unico. Estas hypothecas tambem podem ser constituídas por doação, testamento, ou
por qualquer disposição inter vivos ou de ultima vontade.
Art. 248.° O devedor não fica inhibido pela hypotheca de poder hvpothecar de novo
o predio; mas n'esse caso, realisando-se o pagamento de qualquer das dividas, o predio
fica hypothecado ás restantes, não só em parte, mas na sua totalidade.
Art. 249.° O predio commum entre diversos proprietarios não póde ser hypothecado
na sua totalidade sem consentimento de todos, mas cada um póde hypothecar isoladamente
a parte que n'elle tiver, se for divisível; e só a respeito d'ella vigora a indivisibilidade da
hypotheca.
CAPITULO VIII
Da constituição das hypothecas
Art. 250.° A hypotheca de que faz menção o artigo 244.°, n.° l . ° é constituida pela no-
meação do funccionario, segundo a fórma estabelecida nas leis fiscaes.
| unico. Esta hypotheca póde ser substituída por deposito em dinheiro ou em titulos.
Art. 251.° Quando não houver deposito nem bens designados para segurança da fa-
zenda, poderá a hypotheca a favor da mesma ser registada em quaesquer bens immoveis
do responsável, salvo a este sempre o direito de requerer que ella seja reduzida aos justos
limites, nos termos do artigo 246.°
Art. 252.° A hypotheca a favor do menor e demais pessoas mencionadas no n.° 2.° do
artigo 244.° é constituida pela nomeação do tutor, curador ou administrador.
Art. 253.° Verificada a nomeação de que trata o artigo antecedente, o conselho de fa-*
milia, lendo em vista a importancia dos moveis e clos rendimentos que o nomeado houver
de receber, e podér accumular até ao fim da tutela ou administração, fixará o valor da hy-
potheca que ha de ficar onerando os bens do tutor, curador ou administrador, designará
os immoveis sobre que deve ser registada, e fixará o praso rasoavel dentro do qual se ha
de fazer o registo.
Esta deliberação do conselho será sempre motivada.
| unico. Na bypothese d'este artigo, e em todos os casos em que segundo a lei não de-
ve ser nomeado conselho de familia, as attribuições d'elle poderão ser exercidas pelo res-
pectivo juiz de direito, com audiência do curador geral.
Art. 254.° Quando o tutor, curador ou administrador entenderem que ha excesso no
valor fixado para a hypotheca, poderão recorrer da decisão do conselho de familia, inter-
pondo aggravo de petição ou instrumento.
§ unico. Se o valor lixado parecer insuficiente, ou se os immoveis designados não of-
ferecerem bastante garantia, poderão tambem recorrer, nos termos d'esle artigo, o sub-
tutor, o curador, qualquer dos membros do conselho de familia ou parentes do tutelado.
Art. 255.° Quando o conselho de familia, fixando o valor da hypotheca, que ha de fi-
car onerando os bens do tutor, não designar desde logo os bens sobre que deva registar-
se, será o tutor nomeado intimado para no praso de dez dias fazer por termo a designação
dos immoveis que quer sujeitar ao encargo, e isto aindaque elle ou o sub-tutor, curador
ou qualquer vogal do conselho de familia tenha interposto aggravo pelo excesso ou insuf-
iciência do valor fixado, devendo n'este caso lavrar-se termo em separado para se juntar
aos autos, quando baixarem.
Art. 256.° Se o tutor, curador ou administrador não indicar dentro do praso acima de-
signado os bens que hão de ficar hypothecados, ou os não indicar sufficientes, o conselho
iOS
422* 1865 17 de outubro

de familia designará quantos bastem dos que lhe constar que pertencem ao nomeado, e
n'elles recairá a hypotheca, veriflcando-se o registo d'ella em qualquer conservatória em
cujo districto se acharem situados os bens.
Art. 257.° É permittido ao conselho de familia escusar absolutamente da hypotheca o
tutor, curador ou administrador, ou admittir-lhe uma hypotheca inferior ao valor dos mo-
veis e rendimentos a que se refere o artigo 253.° ou dispensa-lo só do prévio cumprimen-
to das formalidades para se constituir a hypotheca, a fim'de entrar desde logo.
§ unico. Esta escusa porém não importa renuncia de hypotheca, e o conselho de fami-
lia a poderá cassar logoque o tutor, curador ou administrador tenha desmerecido a con-
fiança em virtude da qual lhe foi concedida.
Art. 258.° Quando o conselho de familia cassar a escusa da hypotheca, ao tutor, cu-
rador ou administrador, será a mesma hypotheca constituida pelo modo prescripto no ar-
tigo 253.°
Art. 259.° Depois de designados, na conformidade dos artigos antecedentes, os bens
sobre que deve recair a hypotheca, será intimado o tutor, curador ou administrador para
dentro de um praso rasoavel a arbítrio do conselho de familia, tendo em vista as distan-
cias, apresentar no cartorio do escrivão a competente certidão do registo, a qual será pelo
mesmõ escrivão junta aos autos.
Art. 260.° Se esse certificado se não juntar no praso indicado, o escrivão fará logo,
sob sua responsabilidade, conclusos ou autos com a certidão da intimação, e o juiz por seu
despacho ordenará ao escrivão que, extrahindo certidão da deliberação do conselho em
que é fixado o valor da hypotheca e se designam os bens, em que tem de recair, e da de-
signação que d'elles haja feito o tutor, no caso em que a lei lhe faculta faze-la, a apresente
ao conservador para se verificar o registo de officio á custa do nomeado, juntando-se logo
certidão d'elle aos autos, devendo o juiz no mesmo despacho condemnar logo o tutor, cu-
rador ou administrador na multa de 10$000 a 50$000 réis conforme a gravidade do caso,
mandando remetter a competente certidão ao respectivo magistrado do ministerio publico
para promover a sua cobrança nos termos marcados no codigo do processo.
Art. 261.° De todas as deliberações tomadas pelo conselho de familia, ou pelo juiz
quando fizer as suas vezes, nas diversas hypotheses dos artigos antecedentes, podem os
interessados mencionados no artigo 254.° inlerpor o recurso no mesmo indicado c pela
fórma ahi declarada.
Art. 262.° Interposto o recurso a que se refere o artigo antecedente, o conselho de fa-
milia ou o juiz, deliberando sobre elle, poderá reformar a sua decisão ou ratifica-la; no
primeiro caso poderá recorrer de officio o curador geral, no segundo seguirá seus termos
o recurso interposto.
Art. 263.° Quando houver mais de um tutelado ou administrado á proporção que o
tutor ou administrador for fazendo a cada um a entrega de seus respectivos bens e co-
brando recibo das contas geraes, poderá requerer ao conselho de familia auctorisação para
o cancellamento do registo hypothecario pelo valor correspondente á responsabilidade que
termina.
Art. 264. A hypotheca a favor da mulher casada, de que trata o n.° 3.° do artigo 244.°
é constituida pela respectiva escriptura dotal.
- Art. 265.° A hypotheca de que trata o artigo antecedente, quando consistir em bens
expressamente designados para garantia do dote, só n esses mesmos bens poderá ser re-
gistada.
§ unico. Se por qualquer motivo esta hypotheca se tornar inefficaz, tanto a mulher
como aquelles que a dotaram poderão requerer que a mesma seja reforçada.
Na falta porém de designação de bens ou de se reforçar a hypotheca, será a mesma
registada em quaesquer immoveis pertencentes ao marido, salvo o seu direito de pedir a
reducção aos justos limites, na fórma acima estabelecida.
Art. 266.° A hypotheca constituida por escriptura dotal, se a principio tiver sido re-
gistada na totalidade dos bens immoveis do marido, poderá depois, a requerimento d'este,
ser reduzida ás suas devidas proporções e só-registada em tantos bens, quantos bastem
para effectiva garantia, desonerados todos os outros que constituirem o. patrimonio do
marido.
Art. 267.° A renuncia do direito do registo ou de qualquer outro que d'ahi provenha
e que a mulher fizer a favor do marido ou de terceiras pessoas, será considerada nulla a
todos os respeitos.
Art. 268.° Para o casamento das menores, por contrato dotal, não se passará alvará
17 de outubro 1865 423

de consentimento sem que, alem dos outros documentos que forem exigidos por lei, o re-
querimento vá instruído com a certidão de registo hypothecario. O escrivão que sem isso
o passar perderá o officio.
§ 1.° Não é permittido deferir a requerimento para entrega de bens, na hypothesede
casamento de menor, sem que se mostre averbado de definitivo o registo provisorio da
hypotheca de que faz menção o artigo 264.°
§ 2.° O tutor que sem despacho fizer a mencionada entrega de bens ou de rendimen-
tos responderá por elles como se tal entrega não houvera feito.
Art. 269.° A hypotheca a favor da viuva de que trata o n.° 4.° do artigo 244.° é con-
stituida pelo titulo promissorio dos alfinetes, arrhas ou apanagios.
Art. 270.° A hypotheca a favor da pessoa que tem direito aos alimentos de que trata
o n.° 5.° do artigo 224.°, é constituida pelo titulo d'onde resulta a obrigação de os prestar.
Havendo bens designadamente onerados com essa obrigação, sobre elles será regis-
tada a hypotheca, mas se não forem designados bens alguns, ou se designar a totalidade de
um patrimonio, poderá a mencionada hypotheca ser registada sobre todos os moveis do
devedor, ou sobre todos os que compozerem a totalidade do patrimonio, salvo sempre o
direito de pedir a reducção, nos termos do artigo 251.°
Art. 271.° A hypotheca mencionada nos titulos dos estabelecimentos de credito pre-
dial será registada nos bens que ahi forem designados.
Art. 272.° A hypotheca mencionada no n.° 7.° do artigo 224.° é constituida pelo titulo
legal da partilha e será registada nos bens respectivos.
Art. 273.° A hypotheca mencionada nos n.°' 8.° ej9.° do artigo 224.° é constituida pe-
los respectivos titulos e será registada nos bens do legado a primeira e a segunda nos bens
immoveis do devedor, com relação aos quaes houverem sido feitas as despezas de edifica-
ção ou arroteamento.
Art. 274.° As hypothecas voluntarias são constituídas pelo instrumento do contrato
respectivo, e bem assim por testamento ou qualquer disposição inter vivos, e podem so-
mente ser registadas nos bens que esses titulos especificadamente designarem, ou em
quaesquer immoveis do devedor, testador ou doador, na falta de designação; salvo o di-
reito de reducção, conforme o artigo 251.°
Art. 275.° Quando se offerecer duvida ácerca do valor dos bens pará constituir a hy-
potheca, poderá ter logar a avaliação previa dos mesmos pela fórma em direito estabele-
cida; mas essa avaliação não poderá ser requerida sem que se mostre feito o registo pro-
visorio da hypotheca a que pertence.
CAPITULO IX
Da alienação de predios hypothecados, e processo da expurgação
ou exoneração das hypothecas covencionaes ou legaes

Art. 276.° Nenhuma inscripção hypothecaria obsta a qualquer inscripção predial por
transmissão gratuita ou onerosa posterior, mas permanece no predio a garantia hypothe-
caria, qualquer que seja o possuidor.
Art. 277." Aquelle que tiver de novo adquirido um predio hypothecado, e quizer con-
seguir a exoneração ou expurgação da hypotheca ou hypothecas, o poderá conseguir:
1.° Pagando integralmente aos crédores hypothecarios as dividas a que o mencionado
predio estiver hypothecado;
2.° Entrando no deposito com a quantia que tiver dado pelo predio, se a acquisição
d'elle tiver sido feita em hasta publica;
3.° Declarando em juizo que está prompto a entregar aos crédores, para pagamento de
suas dividas, até á quantia que deu pelo predio, ou aquella em que o estima, quando a ac-
quisição d'elle não tiver sido feita por titulo oneroso;
4.° Requerendo que o predio seja posto em praça, para entregar aos crédores até á
maior quantia que se offerecer por elle.
| unico. O direito que têem os novos adquirentes dos predios hypothecados, de os ex-
purgar ou exonerar das hypothecas sobre os mesmos inscriptas, comprehende as hypothe-
cas de toda a especie.
Art. 278.° O novo possuidor que quizer expurgar o predio da hypotheca solicitará
do conservador certidão, em que este declare, em presença do indice real e pessoal
e dos livros de registo, quaes são os crédores hypothecarios inscriptos sobre o mesmo
predio.
- Art. 279.° Com a certidão de que se trata no artigo antecedente o novo possuidor do
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predio fará requerimento ao juiz de direito da comarca em que estiver situado o mesmo
predio, declarando qual dos meios facultados no artigo 277.° prefere para o exonerar da
hypotheca, e concluindo por pedir que os credores constantes da referida certidão sejam
citados para virem a juizo receber a parte que lhes pertencer do valor do predio.
Art. 280.° Distribuindo o requerimento, a citação será feita aos credores, ou pessoal-
mente, ou por éditos com o praso de trinta dias, segundo o domicilio for ou não conhecido
em juizo, nos termos da lei.
§ unico. Accusada a citação assignar-se-hão duas audiencias aos credores, a fim de re-
ceberem a parte que lhes pertencer do valor do predio, ou requererem o que for a bem
da sua justiça.
Art. 281.° Se o valor realisado do predio chegar para pagamento de todos os crédo-
res, a parte que a cada um pertencer será paga no cartorio do escrivão, lavrando-se nos
autos termos de entrega, ou por mandado ou precatorio, quando haja precedido deposito,
e o predio será julgado livre e exonerado das hypothecas, e se lhes dará baixa no respe-
ctivo livro do registo.
Art. 282.° Se o novo possuidor do predio preferir para o expurgar o meio facultado
no n.° 2.° do artigo 277.° e o valor do predio não chegar para integral pagamento dos cre-
dores hypothecarios, depositado o sobredito valor, sobre elle serão exercidos os direitos
dos interessados, e o predio será julgado livre e exonerado das hypothecas sobre o mesmo
inscriptas, seguindo-se depois os termos legaes do processo do concurso, mas em acto con-
tinuo e sem dependencia de novas citações aos credores inscriptos.
Art. 283.° Consistindo a obrigação garantida por hypotheca em prestações periódicas,
não sendo d'aquellas que constituem onus real da propriedade, opera-se a exoneração pelo
deposito de um capital correspondente a essas prestações, feito em moeda metallica, fun-
dos publicos ou de bancos legalmente constituídos.
§ 1.° O capital depositado reverterá em proveito do depositante ou de quem o repre-
sentar, uma vez extincta por qualquer modo a obrigação que o motivou.
§ 2.° Durante o tempo do deposito o crédor receberá os juros ou dividendos dos titu-
los depositados, cuja escolha fica dependente da vontade do depositante, garantindo elle
ao crédor um juro legal.
Art. 284.° Quando o novo possuidor se não quizer obrigar á satisfação integral de to-
dos os encargos que oneram o predio recentemente adquirido, nem tiver posto em pratica
algum dos meios indicados no artigo 277.° para expurgar a hypotheca, ou quando se obri-
gar só até á concorrência do preço que deu pelo referido predio, se se reconhecer que esse
preço é inferior á importancia dos onus e dividas que sobre elle pesam; qualquer dos in-
teressados tem direito a requerer que o predio seja posto em hasta publica, a fim de ser
arrematado pelo maior preço que se podér obter sobre aquelle que o novo possuidor tiver
dado por elle, ou em que o estimar.
Art. 285.° Quando, na hypothese do artigo antecedente, o valor de que ahi se trata
não for coberto em praça, os direitos dos interessados serão exercidos sobre esse mesmo
valor, salva a acção contra o devedor originário pelo que ficar restando.
Quanto á parte de que não forem embolsados pelo producto da hypotheca, serão elles
considerados como crédores chirographarios.
Art. 286.° No caso de que o novo possuidor pretenda expurgar o predio pelo meio in-
dicado no n.° 3." do artigo 277.°, sómente se entenderá o valor do.predio conformando-se
os crédores com as declarações do possuidor, ou depois de ter ido á praça, se os crédores
usarem da faculdade que lhes concede o artigo 284.°
Art. 287.° Se o possuidor pretende a expurgação nos termos do n.° 4.° do citado ar-
tigo 277.°, irá o predio á praça independentemente de avaliação, podendo o mesmo pos-
suidor, no praso de tres dias, remir, depositando a importancia do maior lanço.
Art. 288.° Qualquer interessado tem direito de requerer que o predio seja posto em
hasta publica, a fim de ser arrematado pelo maior preço que se podér obter sobre aquelle
que o novo possuidor tiver dado por elle, ou sobre aquelle em que o estimar: -
1.° Quando o novo possuidor, depois de requerer a citação dos crédores para se effe-
ctuar a expurgação, declarar que apenas se obriga á satisfação da parte das dividas e en-
cargos que oneram o predio;
2.° Quando, tendo feito citar os crédores para a expurgação, não fizer accusar as res-
pectivas citações, ou se, tendo-as feito accusar na audiência competente, não proseguir até
á terceira seguinte nos lermos regulares da mesma expurgação;
3.° Quando, tendo escolhido para expurgar o predio o meio facultado em o n.° 3.° do
17 de outubro 1865 425

artigo 132.°, se reconhecer que o preço é inferior á importancia dos onus e dividas que pe-
sam sobre o mesmo predio.
Art. 289.° Na hypothese do n.° 3.° da artigo antecedente, feilo pelo interessado o re-
querimento para rjue o predio seja posto em hasta publica, o juiz verificando ou fazendo
verificar pelo respectivo contador, á face das certidões dos onus e creditos hypothecarios,
se o valor do predio é ou não inferior á importancia do capital e juros devidos dos mesmos
onus e créditos, deferirá como for de justiça.
Art. 290.° Arrematado o predio e posto em deposito o producto da arrematação, so-
bre elle exercerão os crédores os seus direitos, precedendo ao levantamento do mesmo
producto a graduação dos ditos crédores e despacho do juiz, nos precisos termos dos ar-
tigos 311.°, 312.°, 313.°, 3 1 5 ° , 316.°, 317.°, 340.° e 342.°, attendidos os direitos de pre-
ferencia ou os de rateio, mas em acto continuo, e sem dependencia de novas citações aos cré-
dores inscriptos.
Art. 291.° Aindaque o crédor que tiver requerido a arrematação do predio venha de-
pois a desistir d'ella, não deixará por isso a mesma arrematação de progredir nos seus ter-
mos regulares, quando alguns dos outros crédores se oppozer á desistencia.
Art. 292.° O direito dos crédores que, tendo sido citados, não vierem a juizo, será jul-
gado á revelia, e depositada a somma que lhes tocar em virtude da sentença.
§ unico. Fica salva a accão ordinaria de preferencia nos termos e casos do § unico do
artigo 344.°
Art. 293.° Quando porém a referida somma não for bastante para pagamento integral
do capital e juros devidos, conservam sempre como crédores chirographarios, relativa-
mente á importancia não paga, todo o seu direito contra o devedor.
Art. 294.° Realisado que seja o pagamento dos crédores que tiverem acudido a juizo,
e realisado tambem o deposito com relação aos que deixaram de comparecer, será o pre-
dio julgado livre e exonerado da hypotheca, e se lhe dará baixa no competente livro de re-
gisto.
Art. 295.° A sentença porém nunca será proferida sem que se mostre que foram ci-
tados todos os crédores, constantes da certidão do conservador.
Art. 296." O crédor que, tendo o seu credito registado, deixar por qualquer motivo
de ser incluído na certidão do conservador, ou sendo incluído deixar de ser citado, não
perderá os seus direitos como crédor hypothecario, qualquer que tenha sido a sentença
proferida em relação aos outros crédores.
Art. 297.° São applicaveis á expurgação das hypothecas legaes as disposições dos ar-
tigos antecedentes com as seguintes declarações:
1. a Serão citados para ella os crédores e interessados, ou quem legitimamente os re-
presentar, assistindo sempre o ministerio publico quando não for parte principal;
2. a Nas dos tutores e curadores serão citados os sub-tutores e sub-curadores, e o cu-
rador geral respectivo;
3. a Na dos dotes feitos por terceira pessoa serão tambem citados os dotadores;
4. a Arrematado o predio, ou verificado o seu valor, será a parte correspondente á hy-
potheca legal depositada, e convertida a sua importancia em titulos de divida fundada,
averbando n'elles o encargo; devendo porém os titulos, depois de averbados, ser entregues
ao depositante.
§ unico. A conversão será legalisada com as respectivas certidões do preço corrente
dos titulos.
Art. 298.° Com a certidão da sentença, que tiver julgado o predio livre e exonerado
das hypothecas, poderá o possuidor solicitar cio conservador competente o cancellamento
dos respectivos registos.
Art. 299.° Aquelle que quizer exonerar a sua propriedade adquirida por contrato an-
terior á execução do presente codigo, deverá proceder conforme o que no mesmo se de-
termina, exercendo o seu direito dentro do praso de um anno, contado segundo os termos
do artigo 158.° '

CAPITULO X
Da extincção dos privilegios e hypothecas

Art. 3Ò0.° Os privilegios e hypothecas extinguem-se:


1.° Pela extincção da obrigação principal;
Pela renuncia do crédor;
100
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3.° Por effeito de sentença passada em julgado;


4.° Pela expurgação;
5.° Pela prescripção.
Art. 301.° A extincção das hypothecas só começa a ter effeito depois de ser averbada
no competente registo; e só poderá ser attendida em juizo, quando for apresentada a cer-
tidão de averbamento.
Art. 302.° Se na epocha de pagamento o crédor se não apresentar a receber a divida
hypothecaria ou privilegiada, o devedor liberta-se pelo deposito judicial da importancia da
mesma divida e juros vencidos, sendo por conta do crédor as despezas a que deu causa
por sua omissão.
I unico. Este deposito será feito sempre com a clausula de ser levantado pela' pessoa a
quem de direito pertencer.
Art. 303.° A disposição do artigo antecedente póde verificar-se, ainda mesmo quando
a divida não for de capitai, mas sómente de juros vencidos e devidos que deixarem de ser
pagos na epocha competente; mas os juros accumulados rta mão do devedor, seja qual for
a causa, nunca vencem outros juros, salvo estipulação em contrario.
Art. 304.° As obrigações privilegiadas ou hypothecarias, estando sujeitas a alguma
condição suspensiva ou resolutiva, serão julgadas extinctas segundo as regras de direito
civil.
i unico. Conforme as mesmas regras, a prescripção opera a extincção das referidas
obrigações.
CAPITULO XI
Do concurso de creditos privilegiados e hypothecarios e da ordem do seu pagamento

SECÇÃO I
Do c o i i e u r s o tios c r e d o r e s s o b r e m o v e i s

Art. 305.° Os crédores que têem privilegio especial sobre certos e determinados mo-
veis preferem aos que têem privilegio geral sobre todos os moveis do devedor.
Art. 306.° As dividas á fazenda nacional provenientes de impostos têem privilegio que
prefere ao de todos os crédores que o tiverem sobre certos e determinados moveis ou so-
bre a generalidade d'elles.
Art. 307.° O credito por despezas de funeral e honorários de facultativos prefere a to-
dos os privilegios sobre moveis especiaes ou geraes, menos ao da fazenda nacional.
Art. 308.° No concurso entre privilegios especiaes sobre moveis da mesma classe, a
preferencia será determinada segundo a ordem por que se acham numerados cada um dos
creditos nas suas respectivas classes.
O mesmo se observará no concurso de privilegios mobiliarios geraes entre si.
Art. 309.° Concorrendo crédores que tenham todos privilegio mobiliario especial so-
bre os mesmos objectos, e tendo tambem a mesma numeração, o pagamento será feito
ratéando-se entre cada um d'elles o valor do objecto ou objectos sobre que recaírem os
privilegios.
O mesmo terá logar a respeito de privilegios mobiliarios geraes da mesma classe e com
igual numeração.
Art. 310.° Em todos os concursos entre crédores privilegiados, de qualquer natureza
que sejam, a preferencia será sempre exercida sobre o producto liquido, depois de pagas
as respectivas custas, as despezas do transporte ou quaesquer outras que forem inheren-
tes á liquidação que se fizer para pagamento dos crédores.

SECÇÃO II
Do ccncurso dos crédores sobre immoveis

Art. 311.° Pelo preço dos bens immoveis do devedor serão pagos com preferencia os
seguintes:
1.° Os crédores que tiverem privilegio sobre os immoveis;
2.° Os que tiverem hypotheca registada nos termos da presente lei.
Art. 312.° No concurso de privilegios immobiliarios entre si serão os creditos gradua-
dos pela ordem da sua numeração na presente lei.
Art. 313.° Quando concorrerem diversos crédores por despezas feitas para a conser-
vação da causa, na conformidade do n.° 2.° do artigo 230.°, se a importancia total dos cré-
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ditos de todos exceder o valor da quinta parte, a que se refere o mencionado numero, a
quantia que se dever pagar por essa despeza será rateada por todos na devida proporção,
e pelo resto que deixar de lhes ser pago serão considerados como crédores communs.
Art. 314.° Nas hypothecas não póde haver concurso, senão entre aquellas que recaírem
no mesmo predio, ou o devedor tenha ou não mais bens livres ou onerados.
Art. 315.° O crédor ou crédores que, lendo concorrido nos termos do artigo antece-
dente, deixarem de ser pagos da totalidade ou de uma parte das suas dividas pelo produ-
cto da hypotheca, serão considerados como crédores communs a respeito da quantia de
que não forem embolsados, embora o devedor tenha ainda outros bens livres.
Art. 316.° No concurso de hypothecas entre si o pagamento será feito segundo a prio-
ridade do numero de ordem do registo, e se o numero for o mesmo será o pagamento fei-
to pro rata.
Art. 317.° As hypothecas, aindaque legalmente constituídas, não se achando regista-
das, serão unicamente admittidas a pagamento nos mesmos termos em que o forem os
crédores communs do devedor, seja qual for a qualidade do titulo de que resultam as di-
vidas.
Art. 318.° A arrematação, adjudicação voluntaria ou transmissão de algum predio, por
qualquer modo feita, não prejudica os privilegios especiaes sobre os moveis que se acha-
vam dentro do mesmo predio ao tempo da arrematação, adjudicação ou transmissão, e
continuarem ainda a existir ahi depois d'isso, comtantoque não tenham decorrido mais de
trinta dias.
Art. 319.° Os onus reaes, registados em numero anterior ao do registo da hypotheca
da qual resultou a expropriação, ou em data anterior á da transmissão indicada no artigo
antecedente, acompanham o predio alienado, e do seu valor total será deduzida a impor-
tancia dos onus referidos.
Art. 320.° Os onus que tiverem sido registados em data posterior á da transmissão não
acompanham o predio.
§ unico. Os mesmos onus, registados em numero posterior ao da hypotheca, sómente
acompanham o predio e determinam a deducção de que trata o artigo ántecedente, quan-
do depois de pagos todos os creditos hypothecarios anteriores, houver excedente no valor
do predio, e n'este caso determinam a deducção até á concorrência d'esse valor.
Art. 321.° A expropriação, por qualquer modo que se verifique, torna exigíveis desde
a data d'ella todas as obrigações que oneram o predio expropriado.
Art. 322.° Não haverá differença alguma no concurso entre os creditos que forem re-
presentados por qualquer dos titulos que, nos termos da presente lei, podem ser admitti-
dos ao registo.
CAPITULO XII
Do processo para a exigencia dos creditos hypothecarios
Art. 323.° Os creditos hypothecarios, que constarem de titulos admissíveis ao registo
definitivo, mostrando-se effectivamente registados, e depois de vencidas as respectivas di-
vidas, constituem a base do processo pai a a expropriação da competente hypotheca.
| unico. São exceptuados d'esta regra os creditos que resultam de escriplos particu-
lares, embora admissíveis no registo hypothecario.
Art. 324.° Os titulos de que trata o artigo antecedente, dizendo respeito a dividas já
vencidas ou julgadas como taes, têem força_ de sentença executiva, e serão processados
como causas summarias, e com as modificações constantes dos artigos seguintes.
Art. 325.° O crédor, cuja divida resultar de algum dos titulos a que se refere a regra
estabelecida no artigo 323.°, fará citar o devedor para que lhe pague dentro de dez dias,
sob pena de se proceder no fim d'elles a penhora em todos os bens que constituem a hy-
potheca.
Art. 326.° O devedor será citado em sua própria pessoa no domicilio que constar da
certidão do registo, ou no logar em que for encontrado, sendo d'aquelles em que se po-
dem verificar citações.
| unico. Serão competentes para fazer a citação os escrivães e officiaes de diligencias
do juiz de direito ou do juiz ordinario da comarca ou julgado aonde residir o devedor, e
bem assim qualquer outro funccionario da mesma comarca ou julgado, auctorisado a fazer
citações, ou que se achar mais prompto, á escolha do exequente.
Art. 327.° Se o devedor executado não for encontrado fóra da casa da sua habitação,
e achando-se ausente, ou fóra d'ella por qualquer motivo, ou se estiver doente, será feita
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a citação na pessoa que se apresentar para recebe-la por ter procuração do devedor, e na
falta d'essa pessoa se verificará a citação immediatamente na de qualquer familiar ou vi-
zinho, e bem assim na pessoa do curador geral dos orphãos e ausentes, que defenderá os
direitos do executado, emquanto este não comparecer em juizo por si ou por seu bastante
procurador.
Art. 328.° Se o devedor não pagar dentro do mencionado praso de dez dias, e não
deduzir embargos, terá logar a penhora de que trata o artigo 325.°
Art. 329.° Os embargos, que o executado póde deduzir dentro do praso de dez dias,
são unicamente os que forem fundados:
d.° Em falsidade do titulo constitutivo da hypotheca;
2.° Em nullidade ou extincção da mesma hypotheca;
3.° Em novação ou pagamento provado immediatamente por documento legal.
| unico. Articulando-se nos embargos offerecidos unicamente materia diversa da que
fica mencionada no artigo antecedente, serão desprezados in limine, e se mandará proce-
der á penhora nos bens da hypotheca para continuarem os termos da execução.
Art. 330.° Se os embargos contiverem a materia declarada no artigo antecedente, po-
derão ser recebidos com suspensão da execução ou sem ella.
No primeiro caso correm nos proprios autos, e no segundo em separado, e se manda-
rá proceder á penhora e proseguir nos lermos do processo executivo.
Art. 331.° Ou os embargos sejam recebidos com ou sem suspensão da execução, se-
rão meramente contestados pelo exequente dentro de cinco dias, dando-lhe para isso co-
pia d'elles o escrivão, e logo decididos pelo respectivo juiz de direito sem allegações flnaes,
fazendo-se-lhe para isso os autos conclusos.
Art. 332.° De qualquer decisão definitiva, proferida sobre os embargos, poderão as
partes interpor appeliação para o tribunal competente; mas será sempre recebida no ef-
feito devolutivo sendo interposta pelo executado, e a execução correrá seus termos.
Art. 333.° De quaesquer despachos interlocutórios proferidos pelo juiz, ou seja nos
proprios autos ou em requerimentos avulsos que se lhes devam juntar, não cabe outro re-
curso que não seja o de aggravo no auto do processo.
Art. 334.° A avaliação do predio que houver de ser arrematado lerá logar nos termos
de direito, salvo o caso de se achar já feita judicialmente; mas ainda n'esta hypothese a
avaliação se poderá repetir, achando o juiz que assim convém, se a contar desde a primeira
tiverem decorrido mais de dez annos.
Art. 335.° O predio hypolhecado posto em praça será arrematado logoque haja lan-
çador que cubra a importancia de quatro quintas partes do valor da avaliação.
| unico. Não havendo lançador que cubra essa importancia, será transferida para ou-
tro dia a arrematação do predio, annuriciando-se previamente que será arrematado pelo
maior preço que podér obter em praça.
Art. 336.° Se o crédor exequente, depois de ter mandado pôr o predio segunda vez
em praça entender que lhe convém a adjudicação do mesmo na importancia de quatro
quintas partes do valor da avaliação, poderá requerer ao juiz que lb'o adjudique para pa-
gamento da sua divida, o que terá logar se o executado, que o juiz mandará ouvir, não
declarar no praso de tres dias que quer offerecer lançador ao predio.
Art. 337.° Não havendo requerimento do crédor para se verificar a adjudicação, nem
declaração do executado de que pretende offerecer lançador, voltará o predio á praça,
declarando-se com toda a clareza nos editaes e annuncios em jornaes (havendo-os) que o
predio será effectivamente arrematado a quem maior lanço offerecer, aindaque seja infe-
rior ao valor por que teria sido feita a adjudicação, se o exequente o requeresse.
Art. 338.° A arrematação do predio terá sempre logar pela raiz, seja qual for o valor
do mesmo e a quantia pela qual corre a execução, salvo se o crédor requerer que lhe se-
jam adjudicados os rendimentos.
Art. 339.° Se da respectiva certidão do registo constar que nenhuma outra hypotheca
se acha registada sobre o predio arrematado, provando o crédor por certidão authentica
que do referido predio se não devem nenhuns impostos á fazenda nacional, será immedia-
tamente pago pelo producto da arrematação.

CAPITULO XIII
Do concurso de preferencias

Art, 340.® No caso de haver mais hypothecas registadas, o levantamento da quantia,


17 de outubro 1865 429

que tocar à cada um dos diversos crédores, só poderá ter logar depois de julgados os di-
reitos de preferencia.
Art. 341.° Para o julgamento das preferencias, na hypothese do artigo antecedente
serão cilados pessoalmente ou por éditos todos os crédores que tiverem creditos hypothe-
carios registados sobre os bens penhorados, e bem assim a fazenda nacional com relação
a impostos devidos, para que venham a juizo deduzir seus artigos, e lhes juntem os do-
cumentos que tiverem.
| unico. O praso para os credores que forem citados pessoalmente será de vinte dias
para todos, sem que se lhes mande dar vista dos autos, e será de mais dez dias para os
crédores que forem citados por éditos.
Art. 342.° Findo que seja o praso acima referido, se farão logo os autos conclusos ao
juiz, que em vista da lei e das certidões do registo fará a classificação de todos os credo-
res que tiverem deduzido artigos, e bem assim de todos os outros que foram citados e os
não deduziram á sua revelia.
Art. 343." Durante o praso a que se referem os artigos antecedentes poderá qualquer
dos crédores, que houverem de ser graduados, deduzir em requerimento dirigido ao juiz
da execução o que se lhes offerecer contra os documentos que lhe conste terem sido jun-
tos por algum dos outros crédores a seus articulados ou r e q u e r i m e n t o s . " " *
N'este caso o juiz, se o julgar necessário, poderá mandar ouvir em termo breve o cre-
dor a quem o requerimento disser respeito, dando-se-lhe copia do mesmo.
§ unico. Sempre que as partes quizerem examinar alguns documentos por si ou por
seus advogados, o escrivão lhes facilitará esse exame no cartorio, e lhes dará tambem, sem
dependencia de despacho, quaesquer certidões que lhe sejam pedidas.
Art. 344.° Decidido o concurso, não será admittido outro de novo nem disputa, qual-
quer que seja, sobre o producto dos bens arrematados.
i unico. Fica sempre salva porém a acção ordinaria de preferencia, nos termos-do an-
tigo direito e jurisprudência do reino, ao crédor que por impossibilidade resultante da
distancia, ou por outro qualquer legitimo impedimento, não tiver vindo disputar prefe-
rencias no concurso d'ellas.
Art. 345.° Se nos bens hypothecados, ou no producto d'elles que se achar em depo-
sito, existirem algumas penhoras que não tenham sido contempladas no concurso, o juiz
que o decidiu será o competente para ordenar o levantamento d'ellas, ainda mesmo que
tenham sido mandadas fazer por outros juizos.
Art. 346.° São applicaveis a todo o processo de expropriação que se contém n'este ti-
tulo as disposições geraes sobre as execuções e expropriações particulares, não sendo in-
compatíveis com as que ficam mencionadas nos artigos antecedentes.

CAPITULO XIY
Disposições especiaes
Art. 347.° Ficam abolidos, como contrários ao credito predial:
1.° O beneficio da restituição por inteiro;
2.° A rescisão por lesão, qualquer que seja a natureza d'esta;
3.° A revogação de doação por ingratidão ou supervivencia de filhos, salvo tendo-se
estipulado e registado a condição resolutoria. « :
Art. 348.° São isentas de insinuação as doações e d'ella dispensadas as que á data
d'este codigo ainda não tiverem sido insinuadas nos termos da anterior legislação.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 17 de outubro de 1 8 6 5 . =
Visconde da Praia Grande.

100
430* 1865 17 de outubro

Tabella n.° 1, dos ordenados e gratificações, à qual se refere o artigo 26.°


d'este codigo

Réis fortes

Gratificação aos conservadores 300|1000


Idem aos conservadores na India . . . . . . 160 igOOO
Ordenados aos ajudantes privativos... 400JSOOO
Idem aos ajudantes privativos na India 200^000
Idem aos amanuenses 200$000
Idem aos amanuenses na India 1000000

Tabella n.° 2, dos emolumentos que se hão de pagar nas conservatórias,


á qual se refere o artigo 195.° d'este codigo

Réis fortes

R^çapor viflte e cinco linhas de.trinta letras cada uma *


#100
alem da rasa j ^ ^ a v S e n t o , " cáncèliaçáo ou" Dutras verbasX
Certidão ou certificado, alem da rasa.... ••
Buscas por anno, não sendo o corrente, alem da rasa
No estado da India os emolumentos serão em moeda paiz.

ri!'.-

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Modelo A
LIVRO A
DIARIO

Termo de abertura
Tem este livro quatrocentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento, e ha de servir para n'elle se lançarem as notas de apresentação dos titulos
e requerimentos para certidões na conservatória de . . . ; vão todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . q u e este termo
lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . . '
O escrivão, F... O juiz de direito, F...
DIARIO " A N N O D E 186

Nomero Livro e paginas


de Mez Dia Nome do apresentante Titulo „ Rubrica do
ordem registo
i Janeiro 3 Formal de partilha Carvalho B— 3
2 » 1> Escriptura publica Carvalho B—11
3 a n Testamento Carvalho B —31
» Escriptura publica
4 » Carvalho C —31
5 » » Requerimento para certidão Carvalho B —27
» Entregue. = Alves.
6 » Requerimento para certidão Carvalho C—15
Entregue. = Vasconcellos.
Foram apresentados no dia de hoje quatro documentos para registo, e effectuou-se o do n.° 1."
a 4.° inclusivè. Ficam para o dia immediato os requerimentos dos n.°' 8.° e 6." por ser chegada a
hora do encerramento. = Carvalho.
1 Janeiro 4» Antonio Alves da Graça Carval ho C —33
2 » Adrião Mendes Ribeiro Carta de sentença Carvalho B-26
3 » Antonio Antunes Gavicho Requerimento para certidão Carvalho B—14,25
Entregue. = Gavicho.
Começou-se o serviço pelos requerimentos n.°' 5.° e 6.° da vespera. Foram apresentados mais
dois documentos para registo, que se effectuou. Passou-se a certidão pedida. = Carvalho.
1 Janeiro S
2 » »
3 » »
Foram apresentados no dia de hoje tres documentos para o registo. Effectuou-se o registo dos
dois primeiros até ás tres e tres quartos da tarde; começou-se o registo do terceiro, e para se ter-
minar prorogou-se para este effeito sómente por mais meia hora a ao encerramento. = Carvalho.
Chegou a hora do encerramento sem que se apresentasse documento ou declaração alguma para
o registo, nem se apresentasse requerimento algum para certidão. = Carvalho.

TERMO BE ENCERRAMENTO
Tem este livro quatrocentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; acham-se todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . ,
do que dou fé eu F . . . , qire este termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . .
O escrivão, F... O juiz de direito, F...
17 de outubro 433

•feriei* •

L1VK0 B

D A S DESCRIPÇÕES E INSCRIPÇÕES PREDIAES

TERMO DE ABERTURA

Tem este livro seiscentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento e ba de
servir para ii'elle se tomarem as descripções e inscripções prediaes, seus averbamentos e annotações,
na conservatória de ....; vSo todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina porF.,-., do
que dou fé eu F . . q u e este termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F.
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . .

O escrivão, F . . . 0 juiz de direito, F..."

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434* 1865 17 de outubro

REGISTO DE PROPRIEDADE ANNO DE 1 8 6 . .

DESCRIPÇÃO PREDIAL

• -H N.° 105 Averbamento Annotações

Anno de 1 8 6 . . , 5 de janeiro, teve logar a apresen- N.° 1 — Anno de 1 8 6 . . aos N.° 1 — Ao averbamento
tação n.° 10 do diario a pag. . . . de um titulo, por 15 de . . . verifiquei em presença n.° 1.
occasião da qual, e á vista do mesmo titulo e mais do documento que me apresen- Tomei nota no indice real
esclarecimentos que exigi do apresentante, fiz o pre- tou o senhorio util inscripto sob sob n.° . . . R. M.
sente extracto de descripção prediíl. n.° 13, que esta quinta se chama
Quinta denominada de Santo Antonio; compõe-se hoje Quinta das Águias.
de casas de habitação, celleiro, adega, lagar, abegoa- 0 documento é uir.a escriptura
ria, casa de malta e mais pertenças; tem terras dè se- publica, lavrada nas notas do ta-
meadura, pomar, vinha, horta, jardim, olival, pinhal, bellião F . . . livro . . . a pag. 48
castanheiros e outras arvores silvestres, ao todo perto e seguintes. R. M-
de seis mil arvores fructiferas e infrúctiferas.

É situada na freguezia de Nossa Senhora da L u z ; N.°- 2 — A n n o de 186.. aos N.° 2 — A o averbamento


confina pelo nascente com terras de João José Dias, 10 de . . . verifiquei em presen- n.° 2.
que têem o numero de ordem vinte e cinco, e com ou- ça do documento que me apre- Tomei nota no indice real
tras do mesmo apresentante; pelo sul com estrada pu- sentou F . . . , possuidor co-em- sob n.° . . . R. M.
b l ^ et q,uinta de Miguel Fernandes, que tem o nu- phyteutad'este predio, haver este
mero' de ordem trinta e nove; pelo poente com cerrado reconstruído as casas de habita-
d í Joáquiin Slariá e. terras de Anna de Jesus; e peio ção, dando-lhes 'novas dimensões,
norte com azinhaga que dá serventia á mesma quinta fórma e embellézaménto, de que
e se prolonga até á fronteira da Pipa, na mesma fre- resultou um augmento de valor
guezia. de mais de tres contos e oitocen-
Tem aguas nativas e o direito de uso das vertentes tos mil réis, pelo que deve o va-
pelo lado do sul; paga de fòro, de que são emphyteu- lor venal ser calculado actual-
tas os herdeiros de João de Paiva, dez mil réis e uma mente em onze contos de réis.
gallinha, e de censo ao hospital da villa dos Arcos oito R. M.
mil réis.

Foi dono, anterior á transmissão para o actual pos- N.° 3 — A n n o de 1 8 6 . . aos N.° 3 —Ao averbamento
suidor, Miguel Dias, casado, lavrador, morador em . . . 5 de agosto verifiquei em pre- n.° 3.
por titulo de . . . sença do titulo objecto da inscri- Tomei nota noindicereal.
Calculei o valor venal d'este predio, em presença pção n.° 2, que o valor d'este pre-
dos referidos documentos apresentados e da declara- dio é de quatorze contos de réis. R.M.
ção do apresentante, em sete contos e duzentos mil R. M.
réis, e o seu rendimento liquido annual em trezentos «
mil réis.
A declaração e minuta do apresentante ficam archi-
vadas n'esta conservatória no maço S.° do corrente
anno. Os mais documentos foram entregues ao apre-
sentante p o r serem extrahidos de archivos publicos,
sendo um com data de 3 de maio de 1841, extrahido
do livro de notas do tabellião F . . . , no julgado de
e outro extrahido do processo de inventario a que se
procedeu por fallecimento de Miguel Dias, cartorio
ao escrivão do juizo de direito da comarca de . . .
Esta descripção fica annotada no indice real, f r e -
guezia de Nossa Senhora da Luz, a pag. 38.

0 conservador, F. A. R. M. -
17 de outubro 1865 435

REGISTO DE PROPRIEDADE ANNO DE 1 8 6 . .

INSCRIPÇÃO PREDIAL

Registo Averbamentos Annotações -

N.° 1 — Certifico que em 5 de janeiro de 186.. teve N." 1—Á inscripção n.*l.
logar a apresentação n.° 10 do diario a pag , sen- Tomei nota no indice pes-
do apresentante Joaquim Dias, casado, negociante, soal, letra P, pag. . . .
morador em . . . , freguezia de . . , . , cuja identidade e R. M.
legitimidade verifiquei e reconheci, e por virtude do
titulo de . . . , com data de . . . , e mais esclarecimentos
que me apresentou, inscrevi a favor do dito apresen-
tante o dominio directo no predion. 0 103, sendo Irans-
miltente Miguel Dias, casado, lavrador, e morador . .
e pertencendo o dominio utíi aos herdeiros de João de
Paiva, moradores na freguezia de . . . . que pagam de /
fòro dez mil réis e uma gallinlia.
Os documentos por virtude dos quaes foi feita esta
inscripção ficam uns archivados n'esta conservatória
no maço n.° 5 do corrente anno, e outros em poder
do apresentante, como vae declarado na respectiva
descripção predial n.° 105.
Ficam annotados e transcriptos no indice pessoal os
nomes das pessoas que activa ou passivamente figu-
ram n'esta inscripção, e de tudo dei certificado ao
apresentante.
0 conservador, F. A. R. M.

• N.° 2 —Certifico que em 5 de agosto de 186.. teve N.° 1 — Foi hypothecado pela N.° 1—A inscripção n.° 2.
logar a apresentação n.° . . . d'esse dia no diario a quantia de seis contos de réis, Tomei nota no indice pes-
pag. . . . , sendo apresentante Antonio Maria Dias, sol- como se vê da inscripção hypo- soal, letra .; -, gag
teiro, medico, morador em . . . , freguezia de . . . , cuja thecaria, livro C, n.° 131.
identidade e legitimidade verifiquei e reconheci, e por R. M.
virtude de uma escriptura publica celebrada em . . . N.° í — Ao averbamento
de . . . de . . . nas notas do tabellião . . . vim na cer- n.° i.
teza de que o mesmo apresentante comprou o domi- Tomei nota no indice pes-
nio directo ao actua] senhorio do predio n.° 10S, Joa- soal, letra ...,pag. . . .
quim Dias, casado, negociante, morador em . . . , fre-
guezia de . . . , pelo preço de quatorze contos de réis,
fl.
M.

tendo previamente pago, como se mostra da mesma


escriptura, a importancia dos direitos de registo; ter-
mos em que não duvidei tomar esta inscripção a fa-
vor do dito apresentante.
A referida escriptura foi apresentada em duplicado,
comquanto exista na nota do dito tabellião; e nume-
radas e rubricadas as folhas de ambos os documentos,
depois de os haver feito conferir e de ter reconhecido
a sua perfeita igualdade, entreguei ao apresentante a
mesma escriptura com a nota de registada, e por me>
ser assim requerido pelo mesmo apresentante archivei
o duplicado que fica no maço n . ° . . . do corrente anno.
Outrosim certifico haver inscripto no indice pessoal
o nome do adquirente.
0 conservador, F. A. R. M.
466/1865 i7 de outubro

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TEKMO DE E N C E H I U M K N T O

Tem este livro seiscentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; acham-se to-
das numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . : , do que dou fé eu F...", que este termo li-
vrei e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . . •. • , ' < • .
.. 7 dè . . . de mil oitoçentos sessenta c . . . .

O escrivão, F. . • - -. . O juiz de direito, F.

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U .R .h A .TobcriáV .
17 de outubro 437

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Modelo l

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LIVRO C

LIVRO D A S HYPOTHECAS

TERMO DE ABERTURA . . . . . . u

Tem este livro quatrocentas paginas, incluidas a d'este termo e a do termo de encerramento, e ha
de servir para n'elle se registarem as hypothecas da conservatória de . . v S o todas as folhas nume-
radas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . . , que este termo lavrei, e vae
ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de mil oitocentos sessenta e . . .

' O escrivão, F . . . O juiz de direito, F...

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438* 1865 17 de outubro

REGISTO DE

INSCRIPÇÕES HYPOTHECARIAS

Anno Mez Dia Numero de ordem do dia

186... Março 11 74

N.° 121 — Certifico que n'este dia teve logar a apresentação n.° S do mesmo dia no diario, sendo apresentante
F . . . , casado, negociante, morador em . . . , freguezia de . . . , cuja identidade e legitimidade verifiquei e reconheci,
e por virtude de escriptura publica que exhibiu, celebrada em . . . de . . . de 1 8 6 . . . , mostrou ter hypotheca con-
vencional sobre o predio n.° 105, descripto a pag. . . . do livro B, constituida por F . . . , casado, proprietario, mo-
rador em . . . , freguezia de . . . , dono o possuidor do mesmo predio, inscripto ern o n.° 2 correlativo, e que esta
hypotheca é a segurança da quantia de seis contos de réis a juro de cinco por cento ao anno, lermos em que não
duvidei tomar a presente inscripção definitiva e averba-la, como eífectivamente averbei no dito livro B, n.° . . .
Verifiquei a authenticidade e legalidade do documento apresentado, o qual, tendo sido por mim rubricado em
todas as folhas e depois annotado com a declaração de registado, restitui ao apresentante sem que ficasse duplicado,
por ser extrahida a mesma escriptura da nota do tabellião F . . . , a pag. . . . do seu livro d'ellas, n.° . . .
^ ^ . O u t r o s k i j verifiquei, em presença do respectivo documento que fica archivado n'esta conservatória, maço . . .
d'este anno, que se fez da mesma escriptura o competente manifesto fiscal.

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' • O conservador, F. À. R. M.

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17 de outubro 1865 439

HYPOTHECAS

AVERBAMENTOS ANNOTAÇÕES

Anno Mez Dia Anno Mez Dia

186... Outubro 186... Março 11

N.° 1—Amortisada esta divida hypothecaria na im- N.° 1 — Á inscripção hypothecaria n.° 121 lancei no
portancia de dois contos de réis, como verifiquei em indice pessoal letra . . . os nomes das pessoas que activa
presença de documentos authenticos, cujas folhas foram e passivamente figuraram n'este registo. B . M.
por mim numeradas e rubricadas, e ficam em poder do
devedor os originaes depois de conferidos com o seu du-
plicado, que vae ser archivado n'esta conservatória sob
n.° . . . , maço D, do corrente anno. R. M.

186... Dezembro 11

N.° 2—Amortisada.rnais esta divida na importancia de


dois contos e oitocentos mil réis, como verifiquei em pre-
sença dos documentos authenticos, cujas folhas foram por •••• • ••OIÍÍ-:JJ-, c r / H
mim numeradas e rubricadas, e ficam em poder do deve- ••> .!/"• iirf?í:t£)iíI0:i Hi-ilht ih í,
dor os originaes depois de conferidos com o seu duplica-
do, que vae ser archivado n'esta conservatória sob n . ° . . . , ••ir:!-:- los as/ s hr/ní onroJ
maço . . . , do corrente anno. R. M. - c o i s o Um sí. ... v f i . . .

186... Abril

.m/iiptá O
N.° 3 — F o i paga completamente esta divida, como íme
foi presente por escriptura de distrate, paga e quitaç
de . . . de . . . de 1 8 6 . . . , nas notas do tabellião F..".
n'estes termos a requerimento de F . . . , cuja identidade e
direito reconheci e verifiquei, cancellei a presente inscri-
pção n.° 121, na qual são interessados F . . . e F . . . - ; o
que vae ser annotado á respectiva inscripção de dominio,
livro B, pa'g. . . . R. M.
440* 1865 17 de outubro

TERMO DE ENCERRAMENTO

Tem este livro quatrocentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; acbam-se
todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . d o que dou fé eu F . . q u e
este termo lavrei e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . . .

O escrivão, F . . . ' O juiz de direito, F...

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17 de outubro - 1865 441

Modelo I»
LIVRO D
INDICE R E A L

TERMO DE ARERTURA

Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento, o ha de
.servir para n'elle serem indicados por concelhos os predios que se registarem na conservatória de . . . ;
vSo todas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . . , que
este termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo-dito F . . . -
. . . de . . . de mil oitocentos sessenta e . .

O escrivão, F. O juiz de direito, F...

INDICE REAL

CONCELHO DE . . .
de descripção predial


Numero de ordem

-a O
Natureza,
qualidade Valor Nomo do possuidor Data AnnotapBes
63 e alterações do predio da indicação supervenientes
2. do predio
fl ©

i."
24 26 Quinta.... 6:000^000 Manuel Antonio Dias 1864 Posse comprovada.
13,35 Janeiro 2

7:000$000 1865 Bemfeitorias.


Março 15

2.»
Diogo Nunes 1870 Compra.
Fevereiro 18

3.»
Antonio Feliciano M a r t i n s . . . 1880 Herança,
Abril 6

4.»
8:000$000 João Manuel de Carvalho 1886 Avaliação, legado.
Março 12

Miguel Dias 1887 Subrogação.


Outubro l o

6.°
10:000^000 Francisco Manuel 1900 Arrematação.
Agosto G

7.»
Antónia Maximina 1901 Dote.
Janeiro 13

110
442* 1865 17 de outubro
. . . . . Modelo D
LIVRO D

INDICE! R E A L ,

TERMO DE ABERTURA

Tem esíe livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento^ e ha de
servir páçá tfélle serem indicados por concelhos os predios que se registarem na conservatória d e . i . ;
vão tòdas ás folhas nuiiieradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F..., que
este termo lavrei, e vae assignado por mim é pelo dito F . . . .
... de... de mil oitocentos sessenta e . . .
O escrivão, F... , O juiz de direito, F,..
INDICE BE AL

Concelho d e . . .

aa ai
..•g.e -
a> 2 Nataeza, Valor Annotações
s.a CA O. qualidade e alteraçBes Nome do possuidor Data da indicação
do predio supervenientes
do predio
a^ s «
B B-o
z a 3

1.»
26 Quinta 6:0003000 Manuel Antonio Dias 1864 Posse com-
24 13,35 Janeiro 2 provada.

7:000^000 1865 Bemfeito-


Março 15 rias.

2.°
Diogo Nunes 1870 Compra.
Fevereiro 18

' 3.»
Antonio Feliciano Martins 1880 Herança.
.ir. • Abril 6


8:000g000 João Manuel de Carvalho 1886 Avaliação,
Si;; Março 12 legado.

5.°
Miguel Dias 1887 Subrogação-
Outubro 15

6.°
10:000#000 Francisco Manuel 1900 Arremata-
Agosto 6 ção. ' ,

Antónia Maximina 1901 Dote.


Janeiro 13

TERMO DE ENCERRAMENTO
I
Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; ácham-se todas
as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F . . . , do que dou fé eu F . . . , que este termo
lavrei, e vae ser assignado por mim e pelo dito F . . .
. . . d e . . . d e mil oitocentos sessenta e . . .

O escrivão, F.. O juiz de direito, F...


17 de ontabro 1865 443
Modelo E
LIVRO E
INDICE PESSOAL

TEBMO DE ABERTURA • T

Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de encerramento, e ha dè
servir para n'elle sereiji indicados pelas letras do alphabeto os nomes das pessoas inscriptas activa ou
passivamente nos registos da conservatória d e . . . ; vão todas as folhas numeradas e rubricadas b a pri-
meira pagina por F . . . . j do que dou fé eu F . . . , que este termo lavrei, e vae ser assignado por.mimie
;
pelo dito F . . . — - j
. . . d e . . . de mil oitocentos sessenta e . . . i í ;
O escrivão, F.. O juiz de direito, f . . .
INDICE PESSOAL— L E T R A F

Numero de ordem ^ Rererencia Referencial AnnotaçSe^


nome das pessoas transcriptas Profissão e domicilio aos livros aos nómes
acliva ou passivamente de registo correlativo^ cancellaçSes

Francisco Antunes^Machado 1 Negociante, morador em B, 1.? pag. M n.°| 7


freguezia de . . ,

S
o

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já.'

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TERMO DB ENCERRAMENTO

Tem este livro duzentas paginas, incluídas a d'este termo e a do termo de abertura; >e
%odas as folhas numeradas e rubricadas na primeira pagina por F..., do que dou fé eu F qjie
•Bste termo lavrei, e vae ser assignado por mim e pélo dito F...
de . . . dè mil Oitocentos sessenta e . . .
O escrivÃo, F... O juiz de direito, F...
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444 1865 i7 de outubro

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I I Numero

Domínio ou propriedade

Hypotheca

Servidão passiva o>


•O
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Uso P
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co
Usufruclo

Habitação
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Emphyteuse
O
Sub-cmphyteuse §
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CC B
Censo ou pensão •2 cs a
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Legado P 3 o o-
B- 9& ®
Dote Q<
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Anticrese
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Arrendamento por dez
annos

Arrendamento por mais


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de tres annos com adian- •o
tamento de renda
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I I AcçSes reaes
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Posse

Creditos provenientes de despe-


zas feitas para a conservação dos
predios nos nltimosltresjannos

»
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• 9
17deoutubro 1865 «445
Modelo ti
Anno de . . . '
Concelho de . . . j
Conservatória de . .> : • f
Mappa estatístico dos predios registados e de seus valores

S e os predios eram

Natureza dos predios Valor dos predios Renda annual Observações

a '

Predios rústicos

Total

Predios urbanos . . . . > . . ,

Total.....
Total geral

'Modelo H
Anno de . . .
Concelho de . . .
Conservatória de . . .
Mappa estatístico do registo das hypothecas

Natureza das hypothecas

Valor Necessarias Volnntarias


da
Natureza da propriedade hypothccada propriedade Observações
hypolhecada

Valor Valor

Registo original definitivo


Predios rústicos"

Total.
Predios urbanos

Total
Total geral.....

Rêéisto provisorio que passou a


definitivo, etc., etc.
Registo provisorio que caducou,
etc., etc
111
Modelo I
I0 LIVRO
o
DA RECEITA E DESPEZA N A S CONSERVATÓRIAS

: 1.864
Conservatória da comarca de
!5
Conta da receita e despeza effectuada nos dias iáfra mencionados
: i
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RECEITA DESPEZA

Quantias

Mez Dia Mez Bia


í t f
Parcial Total :
Parj:ial ) Total

LO Janeiro. Talões n.°' 1 a 15 . Janeiro. 3 . Material de serviço, livros, papel de offi-


«© cios, estantes, mesas, etc i.ooiooJ
O© talões n.°» 16 a 27. (Documentos de n.° . . . a . . . ) ; i—r
talões n.°' 28 a 33. 1Ã500 Saldo negativo que passa para o dia 4...,
talões n.°' 34 a 40.
F...
talões n.01K4i a 47. 20020
talões n.°'48 a 56., \t
talões n.0,"57 a 64 .
talões n.°» 65 a 78..
]
talões n.°* 79 a 86.. 2$700
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3^000
talães n.0,r87 a 94.
galões n.°* 95 a 103 290840 -•
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448* 1865 17 de outubro

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO

DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Dispondo o artigo 45." das instrucções regulamentares do serviço externo das alfan-
degas, approvadas por portaria de 5 de abril do corrente anno, que os guardas da fiscali-
sação, que derem parte de doentes e forem recolhidos nos hospitaes militares ou civis,
paguem 200 réis em cada dia que ali se demorarem, e reconhecendo-se ser este subsidio
inferior ao que se acha estabelecido para as praças de pret do exercito que são tratadas
nos mesmos hospitaes: ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, con-
formando-se com o parecer do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições
indirectas, determinar que o subsidio marcado no referido artigo 45.° seja elevado a 240
réis diarios, com relação aos guardas que forem recolhidos tão somente nos hospitaes mi-
litares; ficando d'esta fórma alterado o disposto no citado artigo.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se çommunicarà
a quem competir.
Paço, em 18 Cteoutubro do 1885.—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D, í o L. n.° 339, 'le 21 do out.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
:•!.» SECÇÃO

Sendo da mais reconhecida urgencia pôr termo á irregularidade que actualmente existe
nos vencimentos que percebem os engenheiros civis, architectos e conductores de obras
publicas, dando prompta execução n'esta parte ao plano de organisação do corpo de en-
genheria civil e seus auxiliares, approvado por decreto de 3 de outubro de 1864: manda
Sua Magestade El-Rei que seja nomeada uma commissão, composta do ministro e secreta-
rio d'estado honorário, inspector de divisão, João Chrysostomo de Abreu e Sousa, do en-
genheiro chefe de l . a classe Carlos Ribeiro, e do engenheiro chefe de 2. a classe Nuno Au-
gusto de Brito Taborda, os quaes passarão sem perda alguma de tempo a organisar a ta-
bella dos vencimentos eventuaes, de que trata o artigo 63.° do referido plano de organi-
sação, reunindo-se para esse fim immmediatamente em uma das salas do ministerio das
obras publicas, e dando preferencia a este trabalho sobre qualquer outro de que se achem
encarregados. Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei espera do reconhecido zêlo
e intelligencia dos nomeados satisfarão cabalmente a esta importante incumbência do ser-
viço publico, que lhes ha por muito recommendada.
Paço, em 18 de outubro de 1 8 6 5 . = C o n d e de Castro. D. DEL. n . ° 2 3 D E out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


REPARTIÇÃO CENTRAL
I
Convindo regular o modo por que devem cumprir-se os artigos 13.° e seguintes do
decreto com força de lei de 6 de setembro de 1859, fixando regras certas para os concur-
sos de admissão e accesso de empregados da secretaria d'estado dos negocios dá marinha
e ultramar: ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, determinar que
nos concursos para os logares da referida secretaria d'estado se guardem, d'ora ávante, as
disposições contidas no regulamento junto, que faz parte d'esta portaria.
Paço, em 19 dè outubro de 1 8 6 5 V i s c o n d e da Praia Grande.
17 de outubro 1865 449

Regulamento dos concursos da secretaria d'estado, dos negocios da marinha


e uitramar
CAPITULO I
Da fórma dos concursos
Artigo 1.° Logoque occorrer alguma vacatura DO quadro da secretaria d'estado, será
esse logar posto a concurso por annuncios publicados no Diario de Lisboa.
t unico. Exceptuam-se os logares de segundo official na 1 . a e 2. a direcções, emquanto
durarem as condições especiaes previstas no § 1.° do artigo 13.° do decreto de 6 de se-
tembro de 1839.
Art. 2.° O concurso permanecerá aberto por vinte dias, a contar da data da publicação,
e passado o vigésimo dia ninguém poderá ser admittido.
§ 1.° No annuncio deverá declarar-se o dia em que terão de comparecer os concorren-
tes, que será sempre o terceiro.dia util, alem d'aquelle em que"se fechar o concurso, salvo
decisão contraria, occasionada por motivo attendivel, da qual se dará conhecimento aos in- *
teressados em tempo opportuno.
I 2.° Os requerimentos, competentemente documentados, darão entrada na reparti-
ção central, onde haverá um livro especial para o seu registo.
Art. 3.° O jury permanente dos concursos será formado pelos tres directores da se-
cretaria d'estado.
§ 1." No impedimento de qualquer d'elles fará as suas vezes o respectivo sub-director,
e na falta d'este servirá um primeiro official.
| 2.° Um empregado da secretaria fará parte do jury, na qualidade de secretario, sem
voto.
Art. L ° No primeiro dia util, alem d'aquelle em que se houver fechado o concurso, o
jury procederá ao apuramento dos requerentes, que em vista das habilitações legaes têem
direito a ser admittidos ás provas.
§ 1.° O jury organisará uma relação dos candidatos admissíveis, e outra dos que o não
forem, quando houver requerentes que não possuam as habilitações legaes, cuja falta se
indicará especificadamente na respectiva relação. Ambas as relações serão assignadas pe-
los membros do jury.
| 2.° No dia acima indicado será alíixada na porta da secretaria uma copia das duas
relações referidas no § antecedente, assignada pelo secretario do jury.
Art. 5.° No dia prescripto para as provas, ás dez horas da manhã, constituir-se-ha o
jury, que deve, na conformidade d'este regulamento, instaurar o processo das mesmas
provas e proferir o julgamento d'ellas.
Art. 6.° O jury principiará, logo depois de reunido, pela designação dos pontos sobre
que devem versar as provas.
§ unico. Os pontos serão deduzidos das materias designadas nos artigos 13.° e 14.° do
capitulo 2.°, e 15.° e 16.° do capitulo 3.° d'este regulamento, segundo as diversas catego-
rias dos logares e as direcções em que se derem as vacaturas.
Art. 7.° Cumpridas as disposições do artigo anterior, em acto seguido, mandar-se-hão
entrar na sala competente os candidatos, os quaes serão chamados pela relação de que
trata o § 1.° do artigo 4.°, e logo lhes serão lidos os pontos, que os concorrentes irao lan-
çando em folhas de papel, rubricadas por um dos membros do jury, e separadas para cada
um dos mesmos pontos, nas quaes folhas escreverão as provas, que a final entregarão as-
signadas e datadas.
§ 1.° Os candidatos que faltarem á chamada ficarão, ipso facto, excluídos do concurso.
§ 2.° Em nenhum caso e sob nenhum pretexto as provas de todos os candidatos deixa-
rão de ler logar no mesmo dia, hora e local.
§ 3.° No acto das provas não será permittido aos candidatos consultar algum livro ou
papel, exceptuando a legislação, que estará patente na mesa, sendo-lhes tambem prohi-
bida a saída da sala, salvo caso urgente.
| 4.° Podem os candidatos servir-se de outro papel que não seja o dos pontos, para
minutarem as provas, copiando-as depois a limpo no papel dos pontos.
§ 5.° As provas não deverão durar mais de quatro horas seguidas, findas as quaes en-
tregarão os candidatos o que tiverem escripto.
Art. 8.° Durante o tempo marcado para as provas, pelo menos um vogal do jury con-
servar-se-ha sempre na sala em que estiverem os candidatos.
100
450* 1865 17 de outubro

| tiriíco'; Logoque qualquer d'estes concluir as suas provas, entrega-las-há aò vogal do


jury que estiver presente.
Art. 9.° O processo das provas será confiado ao secretario do jury, que no dia imme-.
dia to o mandará com vista aos vogaes, não devendo nenhum d'estes demora-lo em seu po-
der mais de quarenta e oito horas uteis.-
Art. iO.° Depois d <r correr o processo, como determina o artigo antecedente,, rço pri-
meiro dia util réunir-se-ha o j u r } para proceder ao julgamento das provas, nacoofôrmi-
dade das seguintes determinações:
1." Os voga es do jury exprimirão individualmente d seu juizo ácerca, de cada lííjig da.s
provas, inscrevendo è rubricando n'e)las O seu voto, com á designação d,ç opivmti, bovt,
soffrivel e mau,
2.* Segundo o voto dos vogaes organisar-se-ha, pela ordem de maior para menor,
uma relação que será assignada pelos membros do jury.
3. a ' Dás habilitações lit£prarias dos candidatos se fará pelo mesmo modo uma outra
rejàção, igualmente assignada pelos membros do jury. Na ordem de preferencia d'esta
relação tem logar a rasão de preferencia designada no n.° 4.° do artigo 15.° da lei de 6
de setembro de 1859.
4. a Dos serviços, intelligencia e aptidão já provada dos concorrentes, que forem em-
pregados da secretaria, se fará uma outra relação, em ordem de maior para menor, em
vista das informações corifidenciaes fornecidas oficialmente pelos chefes sob cujas imme-
diatas ordens se acharem servindo os concorrentes ao tempo do concurso. Não tem vali-
dade alguma, nem serão attendidas para a classificação dos concorrentes, informações offi-
ciaes ou attestados de qualquer especie. ;
5. a Âvaliar-se-hão finalmente os serviços, provados por documentos officiaes, presta-
dos pelos concorrentes ao estado, tendo em vista que preferem na ordem de classificação
ós serviços prestados no ultramar.
Art.'11.° O jury, depois de concluido o processo das provas, fará subir á presença do
ministro as relações constantes do artigo antecedente, as provas escriptas, os documentos
de serviços, e áã informações confidenciaes dos chefes, sob cujas ordens servirem os con-
correntes,, empregados da secretaria.
Art. Í2.° Èffecfuado o despacho, voltarão os processos á repartição central onde serão
archivados.
CAPITULO II
Dos concursos na primeira e segunda direcções
Art. 13.° Os candidatos aos logares de amanuenses deverão, em conformidade do
disposto.no artigo 13.° do decreto de 6 de setembro de 1859, apresentar certidão, de
idàoè dè dezoito annos completos, e satisfazer ás provas praticas, que constarão de pontos
sobre problemas de arithmetica, redacção e copia de qualquer peça official, por onde se
provd (jue Os candidatos possuem perfeito conhecimento da lingua materna.
' Í 'l.° Os requerentes juntarão tambem folha corrida, documentos petos quaes mos-
trem que. têem cumprido as disposições da lei de 27 de julho de 1855, sobre rècrutrí-
mento, é que estão quites com a fazenda publica, tendo sido.exactores d "ella.
§ 2.°' O candidato que porventura for admittido, contar,do menos de vinte e um annos
de idade, fica sujeito ao recrutamento, e se lhe couber a sorte será demittido para ir ser-
vir nq èxèrcito,' nó caso de se não remir pelos meios legaes.
| N â s preferencias do concurso para amanuenses se regulará o ji/ry pelo displosto
::
nos l i 3.° e 5.° do artigo 10.° "
0
Art: 14. Os candidatos a officiaes deverão satisfazer ás provas práticas, qiíèconstárão
de dissertações sobre assumptos que digam respeito á administração de marinha óu a
qualquer dos ramos de administração civil, ecclesiastica e de justiça no uitramar.
| dhicd. São rasões de preferencia para a adfáissão ou promoção a Officiaes,' quèr pri-
nièiròs quer segundos, alem das que dispõe o artigo 15.° do dêcreto de (5 de setembro dè
1859, as marcadas nos §§ 4.° e 5.° do artigo 10.° do presente regulamento.

CAPITULO III
Dos concursos na 3.2 direcção
Art. 15.° Os candidatos aos logares de aspirantes deverão apresentar, alem dos docu-
mentos exigidos no artigo 13.° para a admissão dos amanuenses, curso da escola do com-
19 dè outubro 186S

mercio, e satisfazer ás provas praticas, que constarão da redacção e copia de qualquer pe-
ça official, e da resolução de problemas de escripturação mercantil.
| unico. Para tudo o mais os candidatos a aspirantes ficam sujeitos ás disposições con-
tidas no artigo 13.° e seus §§.
Art. 16.° Os candidatos a officiaes, quer primeiros quer segundos,jdeverãgsaU^azji'
ás provas praticas, que constarão de dissertações sobre assumptos de administrãçãoTdé fa-
zenda, de marinha e do ultramar, systema de contabilidade usado no ministerio da mari-
nha e nas repartições de fazenda do ultramar.
§ unico. São rasões de preferencia para ã admissão ou promoção a officiaes, quér pri-
meiros quer segundos, alem das marcadas nos f f 4.° e 6.° do artigo 10.°, ter o candidato
exercido o cargo de escrivão deputado de junta de fazenda no uitramar.

CAPITULO IV
Disposições geraes
Art. 17.° Aos concursos de segundos officiaes da l. a è 2. a direcções sãoàdmlfifífòSos
amanuenses das duas direcções, e alem d'estes todo o candidato que apresentar diploma
de bacharel formado em qualquer das faculdades da universidade de Coimbra^ e u carta
de curso completo da escola polytechnica de Lisboa ou do Porto, com distincção. .
Art. 18.° Aos concursos de segundos officiaes da 3." direcção são admittidos os aspi-
rantes, e alem d'estes todo o candidato que apresentar diploma de bacharel formado em
mathematica ou philosophia pela universidade de Coimbra ou curso completo da escola po-
lytechnica de Lisboa ou do Porto, com distincção.
Art. 19.° A classificação obtida pelos candidatos n u m concurso não póde, em tempo
algum, ser addnzida como rasão de preferencia para a admissão ou promoção nos quadros
da secretaria, por occasião de novo concurso.
_ Art., 20.° Sob nenhum pretexto poderá, depois da publicação d"(istaregulam.(mto*.ser
admittido ou promovido qualquer individuo nos quadros da secretaria d'estado, senji pre-
viamente haver satisfeito ás condições de concurso prescriptas no mésnjio regulamento,
salvo o disposto no artigo 13.°, § 1.° do decreto de 6 de setembro d é l á & j .
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 19 de outubro de 1865. =
Visconde da Praia Grande.

MODELO N.° 1
Relação a que se refere o n.° 2.° do artigo 10.° do regulamento de 19
de outubro de 1865
- I .. . - •, ... - - . .n ,,
Classificáção
Nomes dos candidatos
i . a prova S.» prôvi ikg "proVa

N B. B. S. 0. B. S. B. S.; S.
N B. S. S. B. B.S.
.li, . •• r , :
'' ' - Os vogaes dõ jury,
F. . • ^ ' -'1
r , , . : F... ••• ! -
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MODELO N.° 2
: j
Relação a que se refere o n.° 3.° do artigo 10.° do regulaniènto dô 49 •
v
d e outubro de 1865 ' ;;
. -U • ••• i' •• •,!•: ' • - ,,•,;. . ; ,1, i . ')

Nomes dos candidatos Classificação Observações.

Baçhàrel éitf direito 1.* Preferencia dá lei, • • ' :


[2." Preferencia por eátar comprehendido
F ...... Não apresentou documentos J no disposto no n.° 4.° do artigo. do
( decreto de 6 de sçtembro de 18891
:.. ' ; 1
452* 1865 17 de outubro

MODELO N.° 3
Relação a que se refere o n.° 4.° do artigo 10.° do regulamento de 19
de outubro de 1865

Informaçties
Nomes dos candidatos Chefe que informou
Serviços Intelligencia Aptidão

N B. s. B.

MODELO N.° 4
Classificação de serviços a que se refere o n.° 5.° do artigo 10." do regulamento
de 19 de outubro de 1865

Nomes dos candidatos Empregos ClaísificaçSo

Serviu como
F... A s n i r s n t p da
Aspirante S » fdirecção
da á. l i r p r r ã o íj escrivão deputado da junta de fa-
z c n d a J e Ango]a _ P r e f e r e n c i a d a , ei-
(Serviu como amanuense na repartição de fa-
a z e n d a d o Porto or d o i s aI nos G o n t a d e z
F. Ammiipnsedi2
Amanuense da direccão)
direccão a n n o s d e b, o n l s'e rPv i f 0 n o m j?n i s t"e r i o d a ma _
( rinha.
1

Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, 19 de outubro de 1 8 6 5 . =


Visconde da Praia Grande. D. de l. n.° 23», de 21 de out.

CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA


EDITAL

Geraldo José Braamcamp, governador civil do districto administrativo de Lisboa, etc.


Constando-me, que apesar das diligencias empregadas pela camara municipal de Lis-
boa para conseguir a exacta observancia das suas posturas, ainda éxistem na capital mui-
tos saguões em péssimas condições de aceio ;
Considerando que n'esta cidade os saguões têem geralmente proporções muito aca-
nhadas, e que não sendo conservados no estado de maior aceio possivel, se tornam em
verdadeiros focos de infecção, sempre nocivos á salubridade publica e muito mais perigo-
sos nas circumstancias extraordinarias em que nos achámos;
Considerando que da negligencia dos proprietarios e moradores dos predios no cum-
primento das. posturas municipaes, sobre tão grave assumpto, podem resultar funestas
consequências, que muito imporia prevenir;
Considerando que em taes circumtancias é do meu restricto dever e immediata com-
petencia promover e coadjuvar pelos meios administrativos todas as medidas e providen-
cias tendentes a melhorar as condições hygienicas da capital, de conformidade com as leis
e regulamentos estabelecidos;
Determino o seguinte: *
1.° Todos os proprietarios de predios farão proceder immediatamente á limpeza dos
respectivos saguões, na fórma determinada pelas posturas da camara municipal de Lisboa
que regulam este objecto.
2.° Todos os moradores ou inquilinos dos predios cumprirão exactamente as mesmas
posturas, na parte em que se lhes prohibe fazer despejo algum para os saguões; ficando
os chefes de familia responsáveis pelas infracções commettidas pelas pessoas residentes
em suás casas.
3.° Os proprietarios e moradores dè predios que por qualquer modo infringirem as
disposições dos artigos precedentes, serão lidos e processados como desobedientes aos
-19 de outubro 1865 453

mandados da auctoridade; e como taes incorrerão na pena de prisão até tres mezes, de-
cretada no artigo 188.° do codigo penal.
' 4.° Os administradores dos bairros fiscalisarão escrupulosamente por si e por seus su-
bordinados o exacto cumprimento d'estas determinações, fazendo autuar os contravento-
res, e relaxando-os ao poder judicial, para ser-lhes correcionalmente imposta a pena legal.
E para que chegue ao conhecimento de todos, mandei publicar o presente, que será
affixado nos logares do estylo.
Lisboa, 19 de outubro de 1865. = 0 governador civil, Geraldo José Braamcamp.
D. da L. n.° 239, de S i de out.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
2.» SECÇÃO

Convindo regular, na conformidade do artigo 65.° do decreto com força de lei de 5 de


outubro de 1859, as disposições dos artigos 32.°, 34.° e 61.° do mesmo decreto, relati-
vas ao provimento por meio de concurso dos logares de segundos officiaes e amanuenses
do ministerio das obras publicas, commercio e industria, e considerando que o estabeleci-
mento de um processo methodico de todas as operações dos concursos é indispensavel,
não só para facilitar a comparação das habilitações dos candidatos e esclarecer o jury, a
fim de proferir um julgamento consciencioso, mas tambem para assegurar aos interessados
o direito que a cada um d'elles possa competir: houve por bem Sua Magestade El-Rei,
Regente em nome do Rei mandar, pelo ministerio das obras publicas, commercio e indus-
tria que se execute o seguinte regulamento, emquanto não for servido ordenar o con-
trario.
O que se communica aos directores geraes das obras publicas e do commercio e in-
dustria, para sua intelligencia e mais effeitos.
Paço, em 19 de outubro de Conde de Castro.

Regulamento dos concursos uo ministerio das obras publicas, commercio e industria


CAPITULO I
Disposições geraes
Artigo 1.° O concurso será annunciado na folha official, e permanecerá aberto por
trinta dias a contar da data da publicação, que será o primeiro, e passado o dia trinta, nin-
guém poderá ser admittido.
1 1 . ° No annuncio deverá declarar-se o dia em que terão de comparecer os concorren-
tes, que será sempre o terceiro dia util, alem daquelle em que se fechou o concurso, salva
decisão contraria, occasionada por motivo attendivel, da qual serão os interessados oppor-
tunamente inteirados.
§ 2.° Os requerimentos, competentemente documentados, darão entrada na repartição
central, onde haverá um livro especial para o seu registo.
Art. 2.° No primeiro dia util, alem d'aquelle em que se houver fechado o concurso,
uma commissão presidida pelo director geral e composta do chefe da repartição central,
e de dois chefes de repartição, que o mesmo director deverá nomear, procederá ao apu-
ramento dos requerentes que em vista das habilitações legaes têem direito a ser admitti-
dos ás provas.
§ 1.° A commissão organisará uma relação dos candidatos admissíveis e outra dos que
o não forem, quando aconteça haver requerentes que não possuam as habilitações legaes,
cuja falta se indicará especificadamente na respectiva relação. Ambas as relações serão as-
signadas pelo presidente e vogaes da commissão.
| 2.° No dia acima indicado será affixada no logar do costume uma copia das duas re-
lações referidas no § antecedente, assignada pelo chefe da repartição central.
Art. 3.° No dia prescripto para as provas, ás dez horas da manhã, sob a presidencia
do director geral, constituir-se-ha o jury que deve, na conformidade d'este regulamento,
instaurar o processo das provas e proferir o julgamento d'ellas.
113
454* 1865 17 de outubro

O director geral do commercio e industria e o das obras publicas presidirão ao


jury e aos demais actos dos concursos, conforme os logares que hajam de prover-se per-
tençam a esta ou áquella direcção. Se os logares pertencerem á repartição central, ou á
de contabilidade, os mesmos directores geraes presidirão alternadamente.
| 2.° O jury compõe-se de todos os chefes de repartição, incluindo o chefe do gabinete
do ministro, e nenhum d'elles é dispensado quando estiver no exercicio das suas funcções.
Art. 4.° O jury principiará, logo depois de reunido, pela designação dos pontos sobré
que devem versar as provas, organisando uma relação dos mesmos pontos, com a indica-
ção dos valores que a cada um d'elles competir em vista das tabellas dos ditos valores,
que fazem parte d'este regulamento.
§ unico. Os pontos serão deduzidos das materias que constituem a generalidade das
habilitações legaes exigidas para a admissão aos concursos. »
Art. 5.° Cumpridas as disposições do artigo antecedente, em acto seguido mandar-se-
hão entrar na sala competente os candidatos, os quaes serão chamados pela relação de que
trata o | 1.° do artigo 2.°, e logo lhes serão lidos os pontos, que elles irão lançando em
folhas de papel, rubricadas pelo presidente do jury e separadas para cada um dos mesmos
pontos, nâs quaes folhas escreverão as provas, que a final entregarão, por elles assignadas
e datadas.
11.° Os candidatos que faltarem á chamada ficam ipso facto excluídos do concurso.
| 2." No acto das provas não será permittido aos candidatos consultar algum livro ou
papel, exceptuando os diccionarios de linguas, que estarão patentes na mesa; nem tão
pouco è permittido a qualquer candidato copiar o que outro estiver escrevendo, sendo-lhè
tambem prohibida a saída da sala, salvo caso urgente.
i 3.° Podem os candidatos servir-se de outro papel que não seja o dos pontos paria mi-
nutarem as próvãs, copiando-as depois a limpo no papel dos pontos.
§ 4.° Aà provas não deverão durar mais do que quatro horas seguidas, findas as quaes
entregarão os candidatos que o houverem escripto.
Art. 6.° Durante o tempo marcado para as provas, pelo menos dois vogaes do jury
conservar-se-hão sempre na sala em que estiverem os candidatos.
| unico. Logoque algum d'estes concluir qualquer das suas provas, entréga-las-ha aos
vogaes do jury que estiverem presentes, e um d'elles rubricará as folhas'das mesmas pro-
vas. Findas as quatro horas, as folhas que então forem entregues pelos candidatos serão
igualmente rubricadas por qualquer vogal do jury, e assim terminará a sessão das provas.
Art. 7.° O processo das provas será confiado ao chefe da repartição central, que fio'
dia immediato o fará correr por todos os vogaes do jury, não devendo nenhum d'estes
demora-lo em seu poder mais do que quarenta e oito horas uteis.
Art. 8.° Depois de correr o processo, como determina o artigo antecedente, reunir-
se-ha o jury para proceder ao julgamento das provas, na conformidade das seguintes de-
terminações:
| 1.° Em vista das tabellas alludidas no artigo 4.° os vogaes do jury. exprimirão in-
dividualmente o seu juizo ácerca de cada uma das provas, pelo numero de valores que
ellas merecerem.
| 2.° Segundo a declaração dos vogaes do jury sommar-se-hão os valores que a cada
um dos candidatos couberem, organisando-se, pela ordem de maior para menor, uma re-
lação, na qual se acrescentarão a cada um dos mesmos candidatos os valores supplemen-
tares que lhes competirem na respectiva tabella.

CAPITULO II
Do concurso'aos logares de amanuensès
Art. 9.° Os logares de amanuenses serão providos por concurso nos indivíduos que
satisfizerem as seguintes condições:
, l . a Dezoito annos completos de idade;
2." Bom comportamento moral e civil;
3. a Ler e escrever bem e correctamente ;
4. a Grammatica portugueza; -
5. a Principios geraes de arithmetica elementar;
, 6. a Conhecimento sufficiente de uma das linguas franceza ou ingleza. ,
§ unico. Os requerentes, para serem admittidos a concurso, juntarão tambem folha
corrida e documentos, pelos quaes provem que têem cumprido as disposições da lei do
17 de outubro 1865 455

recrutamento, e que estão livres e quites com a fazenda publica, se houverem sido exa-
ctores d'ella.,
Art. iO.° Os pontos sobre que hão de versar as provas dos amârtuenses das duas di-
recções geraes e da repartição, central comprehenderão as seguintes'ma terias:
1, a ; Fórma de letra e correcção da escripta, verificada em um periodo de qualquer clás-
sico portuguez; V • .
2. a Analyse grahimátical de algumas orações do mesmo periodo;
,3. a Traducção de um periodo de francez para portuguez;
4. a Resolução de um problema de arithmetica.
. A r t . H . 0 As provas para os amanuenses da repartição de contabilidade versarão so*
bré pontos deduzidos dás seguintes matérias:
1. a Fórma de letra e correcção de escripta, verificada em um periodo de qualquer*
clássico portuguez;
2. a Traducção de um periodo de francez para portuguez;
3.* Resolução de um problema de arithmetica applicada á escripturação mercantil.-

CAPITULO III
Do concurso aos logares de segundo official
Art. 12." Os logares de segundo official serão todos providos por concurso.
'§ unico. As habilitações que qualquer individuo deverá apresentar para ser admit-
tido, a concurso serão as seguintes :
Nas direcções: - r- - t.
1. a Documento justificativo de bom comportamento moral e civil;
; v 2.* Carta oii;pertiflcadb.de qualquer curso superior de sciencias nafurãeá, pbysrco-ma-
themáticas ou de admihistração, obtido na universidade de Coimbra, nas escoias é rios
institutos do reino, ou em qualquer escola estrangeira acreditada.
JN'a repartição central:
f. a documento justificativo de bom comportamento moral e citil; -
2. a Carta oti certidão de approvação nas disciplinas das seis cadeiras communs a lodos-
os lyceus, do reino;
3. a Conhecimento das linguas franceza, ingleza ou allemã;
4. a Certidão de approvação nas cadeiras de principios de mathematica e de introduc-
ção ás.sciencias naturaes;
5. a È ; aleiti d'istri oS documentos que se refere o § unico do artigo 9.° •
Na repartição de contabilidade: :
1.a Documento justificativo de bom corriportámento moral e civil;
2. a Curso da escola do commercio-ou de qualquer instituto ou curso commercial que
venha a estabelecer-se, ou approvação em principios de mathematica e conhecimento de
escripturação mercantil; .
,el.a É alem d'isto os documentos exigidos no § unico do artigo 9.° : ; .»: - ; ..
JLrt. Í3. 6 Nas direcções, as provas para os segundos officiaes versafcãô sobre pontos
dédtizidòs das àèguihtés materias: : t -r.t •••• -i
1. a Traducção de um periodo de portuguez para francez;
2. a Traducção de um periodo de inglez para portuguez; .'i
3. a Resolução dé'um problema de arithmetica; - •
4. a Dissertação ácerca de qualquer assurripto de interesse geral,:• que dependáldoíco-
nhêèimeriíos que cõiistituém as habilitações mencionadas no n.° 2.° dò f unico do artigo 12.°
7
Art. I'4.° Nà Repartição central, as provas para os segundos officiaes versàrão sobre
pontos deduzidos das seguintes materias:
" t . a f f a d u c ^ o dè utti periodo dè portuguez para francez; ^ ; ,.
2. a Traducção de um periodo dè inglez para portuguez; • -
3. a Resolução de um problema de arithmetica;
• 4. a Dissertação ácerca de qualquef assumpto que dependa de conhecimentos obtidos
na frequencia das seis cadeiras dos lyceus.
Art. 15.° Na repartição de contabilidade as provas para os segundos officiaes versarão
sobre pontos deduzidos das seguintes materias: .•:•.• i
:
l . â Trádncçao "(fe francez para 'portuguez; v- • •.
2. a Resolução de um problema de arithmetica;
3. a Solhção de quaesquer questões de escripturação por partidas dobradas.
456* 1865 17 de outubro

CAPITULO IV
Das vantagens dos candidatos que possuírem habilitações superiores
às exigidas para serem admittidos a concurso

Art. 16.° No provimento dos logares de amanuenses das direcções e da repartição


central serão preferidos aquelles que, tendo satisfeito aos quesitos do artigo 9,° do ca-
pitulo 2.°, mostrarem possuir habilitações superiores.
Art. 17.° A preferencia de que trata o artigo antecedente será regulada pela ordem se-
guinte:"
1. a Carta de qualquer curso superior, comprehendendo o curso de agronomos e ve-
terinarios lavradores do instituto agricola e curso superior de letras;
2. a Certificado de approvação nas seis cadeiras communs a todos os lyceus;
3. a Curso completo do instituto industrial de Lisboa;
4. a Curso completo da aula do commercio.
| 1 A o s que não tiverem cursos completos levar-se-hão em conta as cadeiras em
que foram approvados, estabelecendo-se a ordem de preferencia, emquanto aos cursos,
pela que fica designada n'este artigo, e emquanto ás disciplinas do mesmo curso, pelo
numero de cadeiras.
| 2." Os concorrentes a logares da repartição central, que ao conhecimento das lin-
guas franceza e ingleza reunirem tambem o conhecimento da lingua allemã, serão consi-
derados com habilitações iguaes ás do n.° 1.° d'este artigo.
Art. 18.° Entre os amanuenses que se destinarem á repartição de contabilidade terão
preferencia os que tiverem conhecimentos de escripturação mercantil.
. § unico. Esta habilitação documenta-se com a caria da aula do commercio ou com at-
testado passado pelo gerente de qualquer escriptorio de casa ou empreza commercial
acreditada.
Art. 19.° No provimento dos logares de segundos officiaes, alem das provas exigidas
por este regulamento, levar-se-hão em conta para a escolha entre os diversos candidatos,
os premios, distincções e informações litterarias que houverem obtido nas escolas, obser-
vando-se a este respeito as seguintes disposições:
| 1." As distincções escolares dividem-se em duas classes, e comprehenderá:
1. a Os premios;
2. a Os accessits e outras quaesquer distincções.
i 2." As distincções da 1 , 4 classe preferem ás da 2. a , e em cada uma d'ellas prefere
o maior numero.
CAPITULO V
Da proposta ao ministro
Art. 20.° O jury, depois de concluido o processo das provas, fará ao ministro uma
proposta motivada dos tres candidatos que maior somma de valores houverem obtido,
assignada por todos os vogaes do mesmo jury, e acompanhada dos seguintes documentos:
1.° Informação particular do presidente do jury sobre o merito relativo dos tres can-
didatos propostos ;
2.° Relação dos requerentes admittidos ás provas;
3.° Relação dos que foram excluídos, declarando os motivos da exclusão;
4.° Provas escriptas de todos os candidatos;
5.° Relação por ordem de maior para menor das qualificações de todos os candidatos.
Art. 21.° Effectuádó o despacho voltará o processo á repartição central, aonde será
archivado.
Art. 22.° Os interessados poderão pedir certidão de qualquer prova, ou de todas ellas,
e bem assim das qualificações que cada um dos candidatos obteve,

CAPITULO TRANSITORIO
Concurso dos actuaes amanuenses
Art. 23.° O concurso entre os actuaes amanuenses, na conformidade do que deter-
mina o artigo 32.° do decreto com força de lei de 5 de outubro de 1859, comprehende
provas documentaes e escriptas.
§ unico. As provas documentaes compõem-se de attestações de bojpm e effectivp serviço.
17 de outubro 1865 457

Art. 24.° As attestações de bom e effectivo serviço serão passadas pelos chefes das
repartições em que os amanuenses tiverem exercido as suas funcções.
§ 1.° O bom e effectivo serviço depende de tres condições:
1. a Bom comportamento;
2. a Assiduidade;
3. a Intelligencia.
§ 2.° Nas attestações referir-se-hão os chefes que as passarem a estas tres condições.
I 3.° O amanuense em que faltar alguma daa ditas condições não tem direito ao at-
testado de bom e effectivo serviço.
Art. 25.° As provas por escripto versarão sobre a redacção de um documento official.
Art. 26.° N'este concurso são motivos de preferencia :
1.° A antiguidade;
2.° As qualificações que houverem obtido em concursos anteriores;
3.° Os serviços extraordinarios.
Art. 27.° Não são applicaveis ao concurso de que trata este capitulo as disposições dos
artigos 1.° e 2.° d'este regulamento, as quaes serão substituídas pelas seguintes.
§ unico. Quando houver de se prover um logar de segundo official, pela direcção com-
petente se mandarão avisar os interessados, indicando-se-lhes o dia em que devem entregar
os seius requerimentos, e aquelle em que se deve realisar o concurso.
Ministerio das obras publicas, commercio e industria, 19 de outubro de 1865. = Conde
de Castro.

TABELLA N.° 1
CONCURSO P A B A A M A N U E N S E S D A S DIRECÇÕES E R E P A R T I Ç Ã O C E N T R A L

PONTOS Valores
máximos
1.» Fórma de letra e correcção de escripta, verificada em um período de qualquer clássico por-
tuguez 10
2.° Analyse grammatical de algumas orações do mesmo período ( 12
3." Traducçâo de um periodo de francez para portuguez 6
4." Resolução de um problema de arithmetica 12
VALORES SUPPLEMENTARES
40
_____

1." Carta de qualquer curso superior de sciencias, incluindo o curso de agronomos e veterina-
rios lavradores do instituto agricola e o curso superior de letras 12
2." Certificado de approvação nas seis cadeiras communs a todos os lyceus do reino. 8
3.° Curso completo do instituto industrial de Lisboa e da escola industrial do Porto 5
4.° Curso completo da aula do commercio de Lisboa 5
Conhecimento das linguas franceza, ingleza e allemã:
Para a repartição central 12
Para as direcções • 6

TABELLA N.° 2
CONCURSO P A R A A M A N U E N S E S D A R E P A R T I Ç Ã O D E CONTABILIDADE

PONTOS

1." Fórma de letra e correcção de escripta, verificada em um periodo de qualquer livro .por-
tuguez. . . . . . 86
2.° Traducçâo de um periodo de francez para portuguez ..
3.° Resolução de um problema de arithmetica applicada á escripturação mercantil 16
30
VALORES SUPPLEMENTARES

Documento comprovativo do conhecimento da escripturação mercantil 8

TABELLA N , ò ' 3 ' ' n


'
CONCURSO P A R A OS SEIÍÚNDOS O F F I C I A E S D A S D I R E C Ç Õ E S

- PONTOS • .
4
I. TráducçSo de um periodo de~portUguez para francez .....,............, 10
< Traducçâo de um periodo de inglez para portuguez :V. V.'. t 1 0
3.° Resolução de um problema de arithmetica '..' i . . . . . . . . J . . .v:. , i ; 1 2 "
Djssertação ácerpa de qualquer assumpto de intéresse geral que dependa dos cojibecjtnen-.! ,
' tósque constitiiêih ás habilitações legaes...... ..i..v. .

100
458* 1865 17 de outubro
TUOARA SUPPLEMENTARES

1.* Distincções de 1.* classe 10


ã.° Ditas de 2.» dita ..........v. ........'......:: 6

N. B. Quando as distincções se avaliarem pelo numero d'ellas, contar-se-hão para cada uma de
1.* classe 3 valores e 2 para as de 2." classe. •••,.••

TABELLA N.° 4
C O N C U R S O P A R A OS S E G U N D O S O F F I C I A E S D A R E P A R T I Ç Ã O CENTRAL

: PONTOS

1." Traducção de um periodo de portuguez para francez : 10


2.° Traducção de um periodo de inglez para portuguez . '. '...'. 10
3.° Resolução de um problema de arithmetica 12
4.° Dissertação ácerca de qualquer assumpto que dependa de conhecimentos obtidos 03 frequen-
cia das disciplinas dos lyceus 18
VALOBES SUPPLEMENTARES

_____

Conhecimento das tres linguas franceza, ingleza e allemã, comprovado por documento au-
thpntiM 10
N.B. Nas distincções regulam as disposições da tabella n.° 3.

TABELLA N.° 5
C O N C U R S O P A R A OS S E G U N D O S O F F I C I A E S D A R E P A R T I Ç Ã O D E CONTARILIDADE

PONTOS

1.» Traducção de um período de francez para portuguez . . . . . ' . . ... 8


2.? Resolução de um problema de arithmetica 12
3.° -Solução de quaesquer questões de escripturação por partidas dobradas 20

VALORES SUPPLEMENTARES _____


40
N. B. Nas distincções regula o disposto na tabella n.° 3.

TABELLA N.° 6
C O N C U R S O P A R A S E G U N D O S O F F I C I A E S D E E N T R E OS A C T U A E S A M A N U E N S E S

PROVAS ESCRIPTAS : '


Redacção de um documento official 10

PROVAS DOCCMENTAES '


Bom e effectivo serviço 20

VALORES SUPPLEMENTARES

Antiguidade — cada anno de bom e effectivo serviço 1


Qualificações em concurso anteriores :
1." logar 8
2." dito 7
3." dito 6
4." dito 5
5." dito 4
6.°dito 3
Serviço» extraordinarios comprovados por attestações dos chefes em que se especifiquem estes
serviços » ... ,6
D. de L. n.* 240, de J3 de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM: D A ARMADA N.° 4 7
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 18 dejoutubro de 1864
í Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, declarar que o saldo ppr
•ajuste d e contas de vestuario, a favor daà; praças contratadas que fallecereta, ficá< siíjeito
,ao disposto na determinação 4..%, i n s e r t a n a . o r d è ç í do ; ó x e r c i t q ' . t i : 0 ; ' ^ ^
quando ellas tiverem recebido uma somma superior á parte dó preço dp lfiu atótamentò,
.correspondente ao tempo de serviço que prestaram.
17 de outubro 1865 459
Tendose suscitado duvidas sobre se o averbamento de baixa do serviço militar, no
livro do registo respectivo, ás praças que completaremos tres annos do seu recensea-
mento na reserva, deve ser feito no dia em que findar o mesmo periodo, ou na occasião
em que o competente titulo for reclamado por estas praças: manda Sua Magestade El-
Rei, Regente em nome do Rei, que o referido averbamento seja feito no dia em que as
praças de pret completarem os tres annos na reserva; que os titulos, modelo junto á de-
terminação 5.% inserta na ordem do exercito n.° 52 de 1863, que não forem reclamados
nq mesmo dia, fiquem archivados para serem entregues, em presença da competente guia,
quer esta seja apresentada pelo proprio ou remettida pelo commandante da divisão militar
onde. residir a respectiva praça, e que n'estes titulos se inscreva a observação, seguinte:
«Esta guia, na conformidade do disposto na determinação... inseria na ordem do exer-
cito n . ° . . . do corrente anno, foi extrahida do livro do registo no d i a . . . d e . . . de 1 8 6 , . ,
em que a praça a que ella se refere completou os tres annos na reserva, devendo, quando
forem entregues, inscrever-se nos mesmos titulos a observação seguinte: <; Entregue no
d i a . . . d e . . . de 18.6 , em vista da citada determinação». D . de L. n.° 242, de AS deout.

Achando-se estabelecido no decreto de 24 de dezembro de 1863, que reorganisou a


escola do exercito, no artigo 4.°, que a lingua ingleza faça parte de todos os quadros dos
differentes cursos da mèsma escola; no artigo 40.°, que concluídos os cursos de infante-
ria, cavallaria, artilheria, estado maior, engenheria militar e civil, haja exames especiaes
de habilitação ás referidas carreiras; no § t.° do mesmo artigo, que os alumnos sejam
classificados numericamente segundo a ordem de merito deduzida d'este exame e da conta
escolar de todo o curso, servindo esta qualificação final para regular a antiguidade, quando
entrem nó serviço publico em qualquer das referidas carreiras, e no § 2.°, que estes exa-
mes versem sobre as doutrinas praticas e exercicios mais importantes do respectivo curso
segundo os programmas que forem mandados publicar pelo ministro da guerra;
Attendendo a que, não tendo por imperiosos motivos sido provido o logar de mestre
da lingua ingleza, ficaram os alumnos privados do ensino d'esta lingua, nãó podendo por-
tanto exigir-se áquelles que este anno concluem o curso quaesquer provas d'esta discipli-
na, achando-se assim em circumstancias analogas com as que se deram quando por de-
creto de 5 de dezembro de 1842 foi extincta a cadeira de inglez na escola do exercito;
Considerando que para ter execução a doutrina do citado § 2.° do artigo 40,° é neces-
sário que os.alumnos hajam recebido a instrucção pratica e tenham feito os exercicios mais
importantes em relação a cada curso durante o numero de annos designado para o. com-
pletarem;
Considerando que os alumnos que terminam este anno o curso não receberam esta in-
strucção, e bem assim a que lhes poderia ser dada durante o anno lectivo, não sõ por se
não terem provido a tempo os logares de instructores, cuja nomeação data de janeiro ul-
timo, mas tambem porque quando estava a Analisar o anno é que a escola recebeu o ar-
mamento e bôcas de fogo que deviam servir para os exercicios práticos, sendo os alumnos
dos cursos superiores logo depois dos exames mandados para as missões determinadas
na l.éi;
Considerando que todos os alumnos que se achavam na' escola quando começou a ter
execução o plano da sua reorganisação, frequentaram cursos de transição e não os Cursos
regulares que só tiveram effeito para os alumnos pela primeira vez matriculados, peíô que
nãó podia para aquelles fazer-se um programma geral para o curso, mas sim muitos pro-
grammas para o mesmo curso, ficando n'estes termos o ministro da guerra impossibili-
tado de mandar publicar os que lhe cumpria em observancia do mencionado § 2.° do ar-
tigo 40,°, tanto porque não havia materia theorica igual para todps os alumnos do. mesmo
curso, como por falta quasi completa da pratica e exercicios máisjmportáutes, •quçideve
ser a parte e^ehcial d'estes exames,, por isso que da parte theorica.já os a^mnos. tê,çjp ap-
provação; ! .,.'...; i-.".'•• .
. Considerando que a impossibilidade do cumprimento do J 2.".'do,,artigo 4tí.° envolve
a da execução do mesmo artigo e seu § 1 e conseguintemente y hçpossifoili^çi^ de se
regular pelo modo ali, expresso, a antiguidade dfis áluomQ? para. a e^tj^âa jiuq ;sèiíyipp,pu-
.b,lipo: . - - ! , f .í .. , , . . " . . . j
p i por bem, em nome de ElrRei, conformaindjo-me ç o i g p ç Q p f l s l a ^ P ç p ^ l h í } geral
ãp instrucção militar, decretar: „ /
460* 1865 17 de outubro

1." Que os alumnos que terminarem no presente anno qualquer dos cursos da escola
do exercito sejam dispensados de provas sobre a lingua ingleza, ficando porém inhibidos
de promoção ao posto de tenente, emquanto não apresentarem certidão de approvação
n'esta lingua em exame feito em qualquer dos estabelecimentos publicos do reino, e que
sejam tambem dispensados do exame especial de habilitação de que trata o artigo 40.° do
decreto-de 24 de dezembro de 1863.
2.° Que a somma dos valores obtidos por cada alumno nas diversas provas da escola,
e o numero da qualificação obtida pela conta escolar de todo o curso sejam designados nas
cartas dos cursos.
3.° Que os alumnos que n'esle anno terminarem o curso em menos tempo do que o
fariam pelo decreto de 12 de janeiro de 1837, não prejudiquem aquelles que o termina-
riam regularmente.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e ultramar, encar-
regado da pasta dos negocios da guerra durante o impedimento do respectivo ministro, o
tenha assim entendido e faça executar. Paço, em 1 9 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , Regente.
= VÍSCOnãe da Praia Grande. Ord. d o e x c . n . ° 4 9 , de 27 de out., e D . d o L . n.° 258, de 14 dc nov. .

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO DE OBRAS PUBLICAS

Sendo certo que a carta de lei de 9 de julho de-1849, que auctorisou o governo a crear
uma auctoridade especial para superintender na direcção e administração dos melhora-
mentos do rio Tejo, segundo as attribuições technicas e administrativas que o governo de-
terminasse, teve em vista subordinar a um plano systematico a execução das obras que
para tal fim se emprehendessem e o complexo de medidas que se estabelecessem para a
sua conservação e policia do rio;
Attendendo a que por decreto de 3 0 d o mesmo mez foi nomeada aquella auctoridade,
á qual se deram as precisas instrucções sobre os estudos a que devia proceder, e bem assim
sobre as obras que, nos termos da referida lei, devia executar desde logo;
Considerando que, em vista dos estudos e observações a que pela superintendencia do
Tejo se tem procedido, não convém de modo algum continuar a emprehender obras des-
tacadas, sem se fixar o systema geral dos trabalhos que deverão executar-se para se con-
seguir o desejado melhoramento em beneficio da navegação e da agricultura:
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, declarar ao superintendente
do Tejo, que muito convém que elle active quanto possivel os trabalhos technicos que de-
vem constituir o projecto geral definitivo e completo das obras que convirá levar a effeito
para melhorar a navegação d'aquelle rio e sustentar suas margens para segurança dos cam-
pos adjacentes, bem como para demarcação das mesmas margens, tudo em conformidade
das citadas lei e instrucções, a fim de que, submettendo-o á approvação do governo, possa
este aprecia-lo, e tomar quanto antes a resolução mais conveniente sobre tão importante
objecto.
Paço, em 20 de outubro de 1 8 6 5 . = C o n d e de Castro.—Vara o superintendente das
obras do Tejo. . ». de L. n.° 24I, do 34 de out.

Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o officio de 19 de agosto
ultimo do intendente das obras publicas do districto de Lisboa, perguntando qual a fórma
e dimensões que se devem dar ao chanfrado dos ângulos ou esquinas das edificações da ca-
pital, de que trata o artigo 3S.°, § 6.° do decreto de 31 de dezembro de 1864. O mesmo
augusto senhor, conformando-se com o parecer do conselho das obras publicas, expresso
na consulta de 29 d e setembro ultimo, manda, pela secretaria d'estado dos negocios das
obras 5 publicas, commercio e industria, declarar ao referido intendente:
1.° Que os chanfros de cunhal nos predios urbanos ou rústicos que bordam as ruas
de Lisboa podem ser rectilíneos ou curvilíneos, comtantoque as praças ou cruzamentos
das ruas tenham uma disposição symetrica 011 regular, e a distancia minima, medida em
17 de o u t u b r o 1865 461

linha recta, seja fie 4 m ,oO entre os vivos das arestas, limites dos chanfrados, salvas as exi-
gências topographicas do plano legal de edificação;
2.° Que a prescripção supra invariavelmente se observe nos arruamentos novos, e
bem assim nas edificações novas em arruamentos antigos, quando estes façam parte do
plano legal de edificações:
3.° Que tanto nas edificações novas em arruamentos antigos, que não estejam no caso
do disposto no § antecedente, co mo OITI cj i.i o o squer reedificaçoes urbanas nos mesmos
arruamentos, seja commettido ao prudente alvitre da auctoridade, a quem compete o
exame e approvação dos projectos, o fixar a dimensão dos chanfros em termos qne, sem
deixar de cumprir a lei, chanfrando os cunhaes, se combine o interesse publico com o
minimo prejuizo dos particulares.
Paço, em 20 de outubro de 1 8 6 8 . = C o n d e de Castro.—Para o intendente das obras
publicas do districto de Lisboa. D D 9 L . N . ° S U DOAI DCOAT.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2.A DIRECÇÃO
2.* REPARTIÇÃO

Havendo o conselheiro intendente da marinha de Lisboa manifestado duvida ácerca


do que lhe cumpre fazer quando receia a evasão de algum individuo sujeito a processo,
por delicio maritimo, perguntando se póde exigir-lhe fiança; e
Gonsiderando que na falta de disposição especial no codigo respectivo, deve'recor-
re r-se á lei do processo commum, que é para este caso o decreto de 10 de dezembro
de 1852; *
Considerando que nos artigos 2.°, 3.° e 4.° do dito decreto se marcam, conforme a na-
tureza da pena correspondente ao facto, os casos em que os réus podem livrar-se soltos
sem fiança, em que podem livrar-se com fiança, e em que a fiança não é admissível;
Considerando que para se admittir ou negar a fiança, cumpre attender ao máximo da
pena estabelecida na lei e não ás circumstancias, que porventura hajam precedido ou
acompanhado o facto e possam influir para minorar a culpabilidade ou a pena, as quaes
circumstancias só no julgamento final podem ser devidamente avaliadas;
Considerando que no decreto regulamentar de 4 de julho de 1864 e respectivos mo-
delos se suppõe a hypothese de não caber fiança ao delicto, já no modelo-6.° do mandado
de prisão passado pelo presidente do tribunal maritimo, já no modelo 14.°:
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, conformando-se com o parecer do
conselheiro ajudante do procurador geral da corôa, manda, pela secretaria d'estado dos
negocios da marinha e ultramar, declarar:
1 Q u e são applicaveis aos delictos maritimos as disposições dos artigos 2.°, 3.° e 4.°
do decreto de 10 de dezembro de 1852, para, segundo ellas, o presidente do tribunal ma-
ritimo resolver, attendendo ao máximo da pena respectiva imposta no codigo disciplinar,
se o réu se póde livrar solto sem fiança, com fiança, ou se esta lhe não é admissível;
2.° Que a idoneidade da fiança deve cuidadosamente ser apreciada pelo presidente do
tribunal, que arbitrará em quantia correspondente á gravidade do caso e nunca inferior a
íJOjjíOOO réis;
3.° Que póde o presidente do tribunal prender o.réu á sua ordem, não só nos casos
em que se não admitte fiança, mas tambem n'aquelles em que for admissível, emquanto
o réu não requerer essa fiança e não a prestar idónea;
4.° Que em relação á fiança se siga o modelo junto, que faz parte d'esta portaria, e
vae assignado pelo conselheiro director da l . a direcção da sobredita secretaria. d'estado.
Paço, em 20 de outubro de 1865. = Visconde da Praia Grande.

Modelo a que se refere a portaria d esta data


MODELO N.° 7 - A
Pedido de admissão e arbitramento de fiança
F . . . (profissão), morador em . . . , tendo de responder por delicto maritimo perante
o tribunal maritimo commercial d'esta cidade (ou villa), quer prestar fiança por ser caso
115
462* 1865 17 de outubro

d'ella, e dá por seu fiador a F . . . (profissão), morador em . . . ; para testemunhas abona-


torias F . . . e F . . . (profissões e moradas), e por isso
P. a v. . . . , como presidente do tribunal, admitta a
fiança e a arbitre.
(Data e assignatura.)
Despacho
Admitto a fiança por ser caso d'ella; arbitro-a em réis . . . (nunca menos de 50$0b0),
e dentro de vinte e quatro horas compareçam n J este tribunal o fiador para assignar termo,
e as testemunhas abonatorias que o requerente fará apresentar.
(Data e assignatura.)
Termo de fiança
Aos . . . de . . . de 1 8 6 . . . , na sala das sessões do tribunal maritimo commercial d'esta
cidade (ou villa), compareceu F . . . (profissão e morada), e perante o presidente do mes-
mo tribunal, e perante mim escrivão, disse que ficara por fiador e principal pagadar pela
quantia . . . do réu F . . . , accusado do delicto maritimo previsto no artigo . . . do codigo
pénal e disciplinar da marinha mercante para se livrar solto, sujeitàndo-se elle fiador ás
leis e obrigações da fiança criminal por sua pessoa e bens por este termo que assigna, de-
pois de lhe ser lido, com elle presidente e commigo.
F... (assignatura do presidente.)
F.(idem do fiador.)
F,.. (idem do escrivão.)
Inquirição de testemunhas abonatorias
Aos í . . de . . . de 1 8 6 . . . , na sala do tribunal maritimo commercial d'esta cidade (ou
villa) de . . f o r a m inquiridas pelo presidente do mesmo tribunal as testemunhas seguin-
tes, abonatorias da fiança do réu F . . .
F . . . (estado, idade, profissão e morada), ajuramentado nos lermos da lei; perguntado
pela idoneidade do fiador F . . . até á quantia de réis . . . , disse que sabia ter bens de raiz
superiores a esse valor, e por isso o julga idoneo, sujeilando-se na falta d e l l e ás mesmas
obrigações contrahidas pelo fiador, e lido o depoimento, que achou conforme, o assignou
commigo escrivão e com o presidente.
(Rubrica do presidente, idem da testemunha, idem do escrivão.)
F . . . (estado, idade, profissão e morada, etc.)
(Segue-se a mesma formula na inquirição d'esta testemunha.)
Despacho de presidente (1)
Julgo idónea a fiança, visto o depoimento das testemunhas; e (se o réu estiver preso)
passe-se mandado de soltura.
(Data e assignatura.)
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar, em 20 de outubro de 1865.
=Antortio Rafael Rodrigues Sette, director. B. dc L. n.° 239, dc 21 do out.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


DIUECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
2.» REPARTIÇÃO

Convindo nas actuaes circumstancias adoptar todas as medidas adequadas a bem-da


saude publica para o caso de ser a capital invadida pela epidemia que tem assolado o reino
vizinho e uma importante povoação d'este paiz, e sendo de reconhecida necessidade que
nos quarteis das companhias da guarda municipal de Lisboa se cumpram rigorosamente
todas as condições hygienicas aconselhadas pela sciencia, para que a saude dos soldados
não soffra com a falta de cuidado ou de observancia d'essas prescripções: houve por bem
Sua Magestade El-Rei Regente em nome do Rei, ordenar qued'ora em diante e emquanto

(1) O despacho do presidente deve ser proferido logo em acto continuo á inquirição, e havendo
de passar-se mandado de soltura, deve ser passado e executado tambem em acto continuo.
21 il<? outuLio 18C5 463

a este respeito se não providenciar definitivamente, os facultativos do referido corpo fa-


çam diariamente a inspecção aos quarteis das companhias logo depois de recolherem as
guardas, distribuindo entre si este serviço por modo que seja desempenhado com a maior
regularidade e exactidão e com o menor incommodo para as praças enfermas.
O que manda participar ao commandante geral, para seu conhecimento e mais effeitos.
Paço, em 20 de outubro de 18Q5. = Joaquim Antonio de Aguiar.
D. de L. n.° 850, do 23 do ont.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
3.» SECÇÃO

Tomando em consideração o que me representou James Mason, director da mina de


S. Domingos de Mertola, pedindo licença para estabelecer á sua custa uma linha telegraphica
entre o porto de Pomarão e a dita mina, ao longo do caminho de ferro construido pelo re-
querente, e que liga entre si estes dois pontos; e conformando-me com a proposta que so-
bre este objecto fez subir á minha real presença, em 19 do corrente mez, o conselheiro
director geral dos telegraphos do reino: hei por bem, em nome de El-Rei, usando da au-
ctorisação conferida ao governo pelo artigo 2.° do decreto de 31 de dezembro do anno
próximo findo, conceder ao sobredito James Mason a licença que pede, para estabelecer
á sua custa a mencionada linha telegraphica debaixo das condições seguintes:
1.® O requerente sujeitar-se-ha ás disposições do artigo 3.° do decreto com força de
lei de 31 de dezembro de 1864, pelas quaes o governo póde revogar a licença concedida
para o estabelecimento da linha quando os interesses publicos o reclamarem, não haven-
do d'esta decisão recurso nem direito a indemnisações;
2. a O governo, segundo a clausula 3. a do artigo 4.° do referido decreto, terá o direito
de collocar um ou dois fios para o serviço do estado nos postes da referida linha, se pelo
augmento e desenvolvimento da povoação de S. Domingos de Mertola assim o julgar con-
veniente;
3. a O governo, na conformidade da clausula 5. a do mencionado artigo e decreto, terá
o direito de fiscalisar o serviço telegraphico d'esta linha, e de o suspender quando o bem
do estado e a ordem publica o exigir:
4. a A referida linha servirá tambem para fazer seguir os despachos nacionaes o inter-
nacionaes para a povoação cm que o requerente estabelecer estações telegraphicas, em
conformidade do que foi decretado em virtude dos tratados de telegraphia internacionaes
e regulamentos d'este paiz, percebendo o requerente a importancia da taxa addicional ao
percurso da sua linha;
5. a As estações telegraphicas do requerente poderão ficar contíguas ás estações do go-
verno daquella localidade, se assim convier tanto ao governo como ao requerente, en'es-
te caso os telegraphislas do estado poderão encarregar-se da transmissão e recepção dos
telegrammas do requerente, recebendo d'elle a gratificação que se convencionar pelo ser-
viço que prestarem;
6. a A transmissão dos despachos officiaes para os empregados do governo encarrega-
dos da inspecção e fiscalisação da mina e da administração e policia da povoação, será gra-
tuita.
O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria, e dos negocios estrangeiros, assim o tenha entendido e faça executar. Paço da Ajuda,
aos 20 de outubro de 1865.=REI, Regente. = Conde de Castro.
D. de L. n.° 255, de 10 de nov.

SECRETARIA D'ESTADO
2.» REPARTIÇÃO

Tendo-se ordenado por portaria de 10 de setembro de 1864 que se publicasse men-


salmente um Boletim do ministerio da fazenda, contendo a legislação especial sobre ser*
viço do mesmo ministerio e das repartições d'elles dependentes; e sendo perto qse a
legislação de que se traia se publica regularmente no Diario de Lisboa, e depois mfcol-
464* 1865 17 de outubro

lecção que se distribue pelas auctoridades e repartições publicas, não parecendo por isso
indispensavel aco ntinuação do dito Boletim,, cuja despeza, em vista daquella em que im-
portaram os dois primeiros números ultimamente publicados, póde calcular-seapproxima-
damente em 2:000$000 réis annuaes, comprehendendo as gratificações que foram aucto-
risadas para a sua composição e collaboração; convindo fazer todas as economias que o es-
tado da fazenda publica reclama e que não prejudiquem de qualquer fórma a regularidade
do serviço: ba por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, determinar que
cesse a publicação do Boletim do ministerio da fazenda, e bem assim o abono das gratifi-
cações arbitradas aos empregados encarregados da sua composição, ficando por esta fórma
revogada a citada portaria de 10 de setembro de 1864.
O que se participa, pela secretaria d'estado dos negocios da fazenda, ao respectivo con-
selheiro official maior e secretario geral do ministerio, para que n'esta conformidade ex-
peça as ordens que forem necessarias.
Paço, em 21 de outubro de Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.=
Para o conselheiro official maior da secretaria d'estado dos negocios da fazenda e secreta-
rio geral do ministerio. D. DE L. n.° 240, DE 23 DE ont.

THESOURO PUBLICO
D I R E C Ç Ã O G E R A L DAS C O N T R I B U I Ç Õ E S D I R E C T A S

Não tendo sido possivel organisar em devido tempo o serviço para a conducção do pa-
pel sellado aos diversos pontos do reino e ilhas adjacentes, de modo que a sua venda po-
desse ser feita sem interrupção em toda a parte, como requerem as commodidades dos
povos e os interesses da fazenda nacional; e tendo ponderado repetidas vezes a administra-
ção dos correios as diíficuldades que encontra para levar a effeito o transporte d'aquelle
- papel, d'onde proveiu ainda esta vez a necessidade de arrematar por mais um anno o ex-
clusivo da dita venda: sendo certo finalmente que este exclusivo póde interessar princi-
palmente ás fabricas de tabaco, e que nem todas se acham em circumstancias de o dispu-
tar em praça, d'onde resultará uma certa desigualdade dentro da mesma industria:
manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, qne o director geral das contri-
buições directas, entendendo-se com a administração dos correios, procure remover, de
accordo com ella, todas as diíficuldades praticas que até agora se têem encontrado, a fim
de que este serviço publico se possa fazer administrativamente com a promptidão e regu-
laridade que são indispensaveis.
Paço, em 23 de outubro dc 1 8 6 5 A n t o n i o Maria, de Fontes Pereira de Mello. =
Para o director geral das contribuições directas. D . D E L . N . ° 2 Í 2 , DO25DE*OUT.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


s
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3. A R E P A R T I Ç Ã O — SECÇÃO

Tendo representado o conselho de saude publica do reino que, nas circumstancias


actuaes, era indispensavel prohibir as feiras que annualmente se fazem em differentes
pontos do paiz, por isso que a experiencia provava que as epidemias se manifestavam e
propagavam com mais facilidade quando havia grandes ajuntamentos de pessoas; e sendo
conveniente lançar mão da providencia lembrada pelo conselho de saude para difficultar,
quanto possivel for, a transmissão da cholera, que infelizmente invadiu muitas das povoa-
ções do reino vizinho proximas da raia, e até a praça de Elvas: manda Sua Magestade El-
Rei, Regente em nome do Rei, declarar aos governadores civis do reino, que devem pro-
hibir as feiras e grandes mercados quando assim lhes for requerido pelos delegados do
conselho de saude publica, devendo a prohibição tornar-se publica, por meio de editaes
e annuncios nos jornaes, com a antecipação conveniente.
E assim, de ordem cie El-Rei, se participa aos supraditos magistrados, para sua intel-
ligencia, e para que o executem por virtude da publicação d'esta portaria na folha official
do governo, independentemente de alguma outra ordem ou aviso.
Paço, em 23 de outubro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. de L. n.° 241, de 24 de ont.
23 de outubro 1865 465

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


2.A DIRECÇÃO

Tendo a commissão encarregada de rever e examinar o codigo penal estabelecido, no


projecto de codigo por ella ultimamente apresentado, doutrinas que, convertidas em lei,
fariam na legislação criminal do reino graves e profundas alterações; e sendo demuila con-
veniencia que o referido projecto, não obstante a harmonia o conformidade de taes doutri-
nas com os progressos do direito penal e com o estado actual d'esta sciencia, em que os
membros da sobredita commissão se mostram tão versados, seja, antes de convertido em
proposta de lei pelo governo, visto e examinado não só pelos tribunaes mais graduados da
hierarcbia judicial, mas pelas mais auctorisadas corporações scientificas que no reino se
dedicam ao estudo "da jurisprudência; poisque, tanto os membros d'aquelles tribunaes
como os d'estas corporações são muito competentes, todos por seus conhecimentos jurí-
dicos, e aquelles por sua larga experiencia das cousas judiciaes, e especialmente da applica-
ção do codigo penal actualmente em vigor, para subministrar ao governo uteis e aprovei-
táveis indicações que o habilitem a conhecer os inconvenientes que, convertidas em lei,
taes doutrinas possam offerecer na sua applicação, bem como as rasões de preferencia que
possa baver para as disposições do projecto com relação ao actual codigo: manda Sua Ma-
gestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pela secretaria d'estado dos negocios ecclesias-
ticos e de justiça, remetter ao conselheiro presidente do supremo tribunal de justiça quinze
exemplares do mencionado projecto, para que o mesmo conselheiro presidente haja de os
mandar distribuir pelos conselheiros que compõem o dito supremo tribunal, a fim de que
elles, como é de esperar do reconhecido zêlo que os anima pelo bem do serviço publico,
e do desejo de verem melhorado, quanto seja possivel, este ramo tão importante da nossa
legislação, façam por escripto quaesquer observações ou considerações que sobre o refe-
rido projecto possam suggerir-lhes a leitura e exame do mesmo, juntos aos muito conhe-
cimentos que possuem e á consummada experiencia que têem dos negocios judiciaes; cum-
prindo que o sobredito conselheiro presidente, logoque lhe sejam entregues algumas das
alludidas considerações ou observações, as remelta a esta secretaria d'estado para os effei-
tos convenientes.
Paço, em 2 3 de outubro de {8Q3.=Áiiguslo Cesar Barjona de Freitas (i).
D. de L. n.°241, de 24 do oot.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIRECÇÃO
2.» REPARTIÇÃO

Havendo a experiencia mostrado a necessidade de serem feitas algumas alterações na


pauta das alfandegas da provincia de S. Thomé e Principe, approvada por decreto de 2 de
setembro de 1854, accommodando-a ás actuaes circumstancias especiaes da mesma pro-
vincia, e conciliando quanto é possivel os interesses da fazenda publica com os do commer-
cio em geral;
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° do acto addicional á carta con-
stitucional da monarchia;
Ouvido o conselho ultramarino e o de ministros:
Hei por bem, em nome de El-Rei, determinar que para a cobrança dos direitos de im-
portação ou consumo, e de exportação ou saída, nas alfandegas da provincia de S. Thomé
e Principe se observe o regulamento e pauta que d'este decreto fazem parte, e baixam as-
signados pelo ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e ultramar.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o lenha entendido e faça executar. Paço,
em 23 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , Regente.—Visconde da Praia Grande.

(1) Identicas, mutatis mutantis, aos conselheiros procurador geral da corôa e presidente das rela-
ções de Lisboa, Porto e Açores, bem como ao vice-reitor da universidade de Coimbra, vice-presidente
da academia real das sciencias, e presidente da associação dos advogados de Lisboa.
- 116
466* 1865 17 de o u t u b r o

Regulamento das alfandegas da província de S. Thomé e Principe,


a que se refere o decreto d'está data
Artigo 1.° Os generos e mercadorias estrangeiros importados pelas alfandegas da pro-
vincia de S. Thomé e Principe, bem como os generos e mercadorias que se exportarem Ha
mesma provincia, especificados na pauta a que este regulamento se refere, pagarão o di-
reito que portella lhes é estabelecido.
x\rt. Aquelles generos e mercadorias importados nas ditas alfandegas e não men-
cionados na mesma pauta, bem como os tecidos de algodão ou de linho ou de seda em que
apparecer materia differente, pagarão 20 por cento a d valorem.
Art. 3.° Os generos e mercadorias de producção e industria nacional, e os de produc-
ção estrangeira nacionalisados no reino, ou em qualquer das possessões portuguezas pelo
pagamento dos direitos de consumo, quando importados em navio nacional, pagarão um
quinto dos direitos estabelecidos.
Art. 4.° Os generos e mercadorias estrangeiros reexportados das alfandegas do reino
ou de qualquer nas sobreditas possessões, e importados na provincia em navio nacional,
pagarão tres quintos dos referidos direitos.
Art. 5.° Quando os generos e mercadorias tiverem a pagar direitos ad valorem, estes
direitos serão regulados pela fórma seguinte: o importador, quando der entrada na alfan-
dega para pagar os direitos, deverá assignar uma declaração com a descripção e valor dos
seus generos, na importancia que lhe parecer Conveniente; e no caso de que o official ou
officiaes da alfandega sejam de opinião que a dita avaliação é insufficiente, ser-lhes-ha per-
mittido tomar os generos ou mercadorias pagando o seu valor ao importador segunuo a
sua declaração com o acréscimo de 10 por cento, restituindo alem d'isto o direito que es-
tiver pago. A importancia d'estas sommas ha de ser paga aos importadores quando se en-
tregarem os generos ao dito official ou officiaes, o que não excederá a quinze dias, conta-
dos desde a primeira detensão dos generos.
Art. 6.° As mercadorias de producção ou industria nacional e as nacionalisadas expor-
tadas para fóra da provincia perdem a sua nacionalidade, e no caso de regresso devem ser
consideradas nas alfandegas da mesma provincia como se fossem de origem estrangeira.
Art. 7.° As mercadorias recolhidas nas alfandegas, findos que sejam seis mezes da sua
entrada, pagarão quando forem despachadas, alem dos respectivos direitos, uma armaze-
nagem, por cada mèz que se seguir, igual a 5 réis por cada 15 kilogrammas.
§ 1.° A armazenagem conta-se sempre aos mezes, salvo o caso de ser inferior a quinze
dias, porque então se contará metade da armazenagem de um mez.
§ 2.° Ás mercadorias admittidas como livres não é concedida armazenagem.
Art. 8.° As mercadorias que não forem despachadas no fim de dois annos da sua en-
trada nas alfandegas serão vendidas, e o seu producto, liquido dos direitos, imposições e
mais despezas que deverem, entrará, dentro do praso de tres dias, no cofre da fazenda pu-
blica, até que seja devidamente reclamado por seu dono.
§ unico. Ao arrematante das mercadorias assim vendidas é concedido o praso de um
mez para dispor d'ellas como lhe convier. Não o fazendo dentro d'esse praso ficará pa-
gando dez vezes o direito de armazenagem, e se passados seis mezes não as vetirar dos
armazens de deposito, será para isso obrigado judicialmente.
Art. 0.° Os direitos de lingagem ou guindastes serão regulados a 2 reaes por cada ki-
logramma, peso bruto, em todos os casos sem excepção, e pagos quando forem despacha-
das as mercadorias.
Art. 10.° Os despachos dos generos livres e aquelles feitos por estiva pagarão 240 réis
pela conferencia ou revisão.
Alt. l l . ° Os navios, tanto nacionaes como estrangeiros, que entrarem nos portos da
provincia, não são sujeitos a pagamento algum, a titulo de ancoragem, seja qual for o
tempó que nos mesmòs portos se demorarem.
Art. 12.° As alfandegas permittirão, livre de direitos, a baldeação de qualquer merca-
doria de navio para navio de commercio que siga ulterior destino dentro do praso de ses-
senta dias.
I unico. Igual permissão será concedida^para aquellas mercadorias que de algum na-
vio de commercio passarem para bordo de qualquer navio de guerra.
Art. 13.° As alfandegas permittirão lambem, livre de direitos, o transito dos generos
ou mercadorias destinadas para consumo ou deposite de uma pára outra ilha de S. Tliô*
li) de novembro 1865 467

mé e Principe, prestando o exportador a respectiva fiança de entrar com ellas na alfande


ga a que se destinam.
Art. 14.° Os generos e mercadorias que tiverem pago os direitos de consumo em qual-
quer das alfandegas da provincia transitarão livremente de uma para. outra ilha, sendo
acompanhadas das competentes guias.
Art. 15.° Os generos e mercadorias de producção das ilhas de S. Thomé e Principe
igualmente transitarão livremente de uma para outra ilha, sendo tambem acompanhados
das competentes guias, prestando-se porém fiança aos direitos, quando aquelles generos
e mercadorias forem dos especificados na pauta.
Art. 1G.° Toda a bagagem é livre de direitos, entendendo-se por bagagem roupas de
uso e mais objectos, como instrumentos tambem de uso do individuo, mostrando este que
tem a profissão respectiva.
Para verificação entrará tudo na alfandega acompanhado de declaração assignada pelo
capitão do navio, com designação do numero de volumes, e do nome da pessoa a quem
pertencerem.
O administrador da alfandega, logoque lh'o requisitem, mandará proceder á verifica-
ção da bagagem, e achando-se esta nos devidos termos a fará entregar a seus donos livre
de qualquer imposição.
Art. 17.° Quando appareçam nas alfandegas mercadorias com avaria do mar, que ex-
ceda a 3 por cento do valor primitivo, se as parles o requererem, far-se-ha nos direitos um
abatimento proporcional á differença que houver entre o valor da mercadoria no estado
primitivo, e o seu valor depois de avariado.
| 1.° Para se determinar o abatimento a fazer nas mercadorias avariadas, os chefes
das alfandegas nomearão, como louvado, uma pessoa capaz e entendida na materia, e o
dopo, ou consignatário da mercadoria nomeará outro louvado, os quaes declararão a cau-
sa da avaria, e a differença entre o valor da mercadoria, tal qual se achar, e o que deveria
ter antes da avaria; e com esta declaração, que será reduzida a auto pelo escrivão compe-
tente e o administrador da alfandega, se fará o abatimento dos direitos requerido.
§ 2.° No caso que os louvados não concordem, os chefes das alfandegas nomearão um
terceiro louvado, que desempatará annuindo a um dos votos, sem mais recurso.
Art. 18.° Todas as mercadorias pagarão os competentes direitos por seu peso liquido,
admittindo-se-lhes a tara marcada na tabella junla a este regulamento, ficando livre aos
despachantes pesar tssas mercadorias fóra das taras em que vierem.
Quando porém as taras em que vierem as mercadorias forem objectos que se vendam
taes quaes no mercado, similhantes taras pagarão os direitos que lhes competirem.
Art. 19.° No despacho de toda a mercadoria se lançará a nomenclatura própria d'ella,
e os empregados das alfandegas não permittirão substituições, denominações arbitrarias,
ou compensações por melhores que pareçam.
Art. 20.° As alfandegas da provincia admittirão o deposito de lodo e qualquer artigo
de commercio procedente de quaesquer portos, salvo os mencionados no § unico do arti-
go 22.° ' ' '
Art. 21. 0 O deposito de que trata o artigo antecedente poderá ter logar em armazens,
dentro ou fóra das alfandegas, comtantoque estejam sob sua immediata fiscalisação.
Art. 22.° Às mercadorias, uma vez sob o dominio das alfandegas, não poderão sair
sem se proceder a despacho em fórma, e sem prévio pagamento dos direitos devidos. Ex-
ceptuam-se, por conveniencia do serviço publico e do commercio, as seguintes mercado-
rias: aguardente, alcatrão, arroz, bolacha, cantaria, farinha, madeira, vinagre e vinho. Es-
tas, verificadas no caes antes de entradas nos armazens, podem ser entregues a seus do-
nos por meio de um recibo reduzido a termo, no qual se enunciará a condição de serem
taes mercadorias despachadas no fim da quinzena corrente, sondo este recibo visado pelo
verificador, e lançado em um livro que haverá para esse fim.
. | unico. As materias infiammaveis pelo simples atlrilo, como fogos de artificio, polvo-
ra e outros, serão despachadas no caes na fórma estabelecida n este artigo, não podendo
dar entrada nos armazens das alfandegas.
Art. 23.° Haverá uma commissão permanente de pautas para ser consultada sobre qual-
quer alteração que de futuro seja preciso fazer-se na pauta hoje mandada vigorar, e sobre
quaesquer duvidas e controvérsias que possam dar-se na sua execução.'
| unico. Os pareceres d'esta commissão subirão como proposta ao governador da pro-
vincia, a quem compete resolver, ficando .porém dependente da approvação d o governo o
que disser respeito a alterações na pauta.,
468 1865 23 de outubro

Art. 24.° Ficam salvas as disposições dos tratados vigentes, relativos ás vantagens
concedidas aos navios das nações com quem Portugal se acha ligado por estes tratados.
1
Art. 25.° Os direitos estabelecidos por este regulamento serão pagos em moeda pro-
vincial.
Art. 26.° Continuam em vigor no estabelecimento de Ajuclá as actuaes disposições
commerciaes até que sejam especialmente alteradas ou revogadas.
Art. 27.° Ficam revogadas todas as disposições em contrario.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 2 3 de outubro de 1865.
-^.Visconde da Praia Grande.

Pauta das alfandegas da provincia de S. Thomé e Principe, a que se refere


o decreto d'esta data

Uni Jades Direitos


em réis
TECIDOS DE ALGODÃO

Cru de qualquer numero de fios liso kilogramma 120


Branco de qualquer qualidade liso 200
Cru sarjado 200
Sarjado branco 400
Tinto em peça de uma só côr, zuartes, D. Maria, gangas, de brim ou vivo
• e outros similhantes 460
Estampado (chitas, etc.) tinto em lio de qualquer numero de fios, em peça
ou em lenços,, chilos, jiques, didles, soussins, remóes, etc •520
Sarjado em cotins, côr de chumbo, riscados fortes, panno da Costa em peça
e outros tecidos de igual consistência 60Ò
Lenços estampados, ainda mesmo sendo de cassa 600
Os tecidos acima mencionados em obra, ainda mesmo bordados, pagarão
50 por cento inais do direito que lhes é estabelecido.

ANIMAES
Gado asnal ' um imo
Cavallar 3 $000
Muar 2^000
Todos os mais animaes não especificados livre
BEBIDAS FERMENTADAS
Vinho, aguardente, genebra, licores e mais bebidas espirituosas, de pro-
ducção estrangeira 7. almude
De producção portugueza, 1 por cento ad valorem.
Cerveja, cidra, hydromel e mais bebidas fermentadas 800

FARINACEOS
Farinha de trigo kilogramma 10
Bolacha 15
Arroz 20
Massas 50
Legumes 10
GENEROS COLONIAES
Assucar não refinado
Dito refinado em qualquer estado 50
Café e cacau, entrada prohibida.
Chá 800
Tabaco em folha 100
Dito manufacturado. 150
Charutos de qualquer qualidade milheiro
GRASSINAS
Azeite almude í$200
Carnes salgadas, incluindo o toucinho kilogramma 50
Ditas fumadas ou por qualquer modo preparadas. 100
Banha de porco 50
Manteiga de vacca 120
Queijo de qualquer qualidade 100
Sabão e sabonetes . , 40
LÃS E PELLOS
Tecidos de lã lisos, rasos ou sarjados, ainda mesmo em chales
Ditos de pello, como pannos e suas imitações, ainda mesmo em chales.. 10000
27 de outubro 1865 469

Unidades Direitos
em réis

Cobertores do toda a qualidade 500


Baetas 400
Fia nella
Gs tecidos aqui mencionados, em obra pagarão 50 por cento mais do direito
que lhes é estabelecido.
LINHOS E SIMILHANTES
Linho em panno branco ou trigueiro, como brins lisos, cru, estopa e panno
de linho 400
Em panno de Hamburgo, Irlanda, esguiões moo
Em cambraias e cambraetas mesmo em lenços 600
Cru, como grosseria, canhamaços e similhantes lisos ou sarjados 80
Em pannos tintos em fio, ou estampados, como cotins, fustões, damascos
e riscados e em cotins brancos ou trigueiros kilogramma 600
Os tecidos em obra pagarão mais 50 por cento do direito estabelecido.
MADEIRAS
Embarcações estrangeiras pagarão em moeda do reino igual direito ao que
pagam nas alfandegas do mesmo reino.
METAES
Ferro fundido em obra, ainda mesmo envernizado 50
Ferro forjado em obra, ainda mesmo envernizado 100
Pregadura de toda a qualidade 50
Ferramentas para officios, artes e agricultura livre
Machinas
Peças de artilheria — admittidas só as que forem de Portugal.
Dinheiro estrangeiro—de prata ou oiro
Dito portuguez em oiro
Dito dito em prata de portos estrangeiros prohibido
Dito dito em prata de portos portuguezes livre
Dito dito em cobre de portos estrangeiros prohibido
Dito dito em cobre de portos portuguezes livre
SEDAS
Tecidos de seda de qualquer qualidade em peça ou lenços — 1 0 por cento
ad valorem.
Os mesmos tecidos em obra mais 50 por cento do direito marcado.

ARTIGOS DIVERSOS
Fogo de artificio kilogramma 10200
Polvora grossa em barris « 120
Dita fina chamada de caça o 400
Calçado de qualquer qualidade, para homem ou para senhora par 300
Dito para creança o 150
Livros brochados ou encadernados, em qualquer idioma livre
Medicamentos
Peixe de toda a qualidade, por qualquer fórma preparado kilogramma
»
Sementes, fructas e plantas livre
Cal, telha, tijolo e vidro em chapa
Carvão de pedra , tonelada 100
EXPORTAÇÃO
Café kilogramma 20
Cacau » 10
Côco milheiro 500
Farinha de mandioca kilogramma 5
Maeidra—5 por cento ad valorem.
Aves de qualquer qualidade uma
Outros animaes de qualquer especie — um, 50
Todos os mais generos ..,....._ livre

118
470 1865 13 de novembro

Tabella das taras a descontar no peso dos volumes com mercadorias que devem
direitos por peso liquido nas alfandegas de provincia

Nomenclatura das mercadorias Qualidade dos volumes

Caixas, feixes, pipas ou meias pipas 12 %


Assucar. " Sacos ou embrulhos , 2 »

Bólacha
Í Latas e cavas cobertas de couro . . .
Barricas 6
Café e cacau (Barricas ordinarias 12
Carne e peixe salgado. (Barris estanques 30
Chá., ' Sacas 1
Barris ou celhas 30
Fazendas quaesquer Caixas com ou sem capa 30
Fardo ou pacote simples 2
Ferragpm qualquer .Fardo com arcos de ferro 5
Molhados (Caixas ou caixões 12
Queijos Caixas e barris 6
Sabão. Caixas
Pipas ou meias pipas e barris 20
10
Tabaco Caixas
Rôlo 20
10
Vidros e louças., (Caixas ou barricas 12
j Gigos 20

Secretária d'estado dos negocios da marinha e ullramar, 23 de outubro de 1865.=


Visconde da Praia Grande. d. de l. n.° 249, do 3 de nov.

Tomando em consideração a representação da junta da fazenda do estado da India, em


officio de 21 de dezembro do anno findo, propondo se façam extensivas ao mesmo estado
as disposições do decreto de 10 de dezembro de 1861, pelo qual foi regulado o imposto
do sêllo;
Usando da auctorisação concedida pelo artigo 15.° § l . ° d o acto addicional acarta
constitucional da monarchia;
Tendo ouvido o conselho ultramarino e o de ministros;
Hei por bem, em nome de El-Rei, decretar o seguinte:
Artigo 1.° É declarado em vigor no estado da India o decreto de 10 de dezembro de
1861 que estabeleceu n'este reino o imposto de sêllo e regulou a sua arrecadação.
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e ultramar assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 24 de outubro de 1865. = Rei, Regente. =
Visconde da Praia Grande. d. de l. n.° 250, de 1 de nov.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA
2.» REPARTIÇÃO

Usando da auctorisação concedida pela carta de lei de H de setembro de 1861: hei


por bem, em nome de El-Rei, decretar o seguinte:
Artigo 1.° É creado um cireulo de jurados no julgado da Azambuja, pertencente á co-
marca de, Alemquer.- —
Art. 2.° Este circulo será composto do referido julgado, desannexado para talfimdo
circulo de furados de Alemquer e terá por cabeça a sobredita villa dç Azambuja.
Art. 3.° Ficam revogadas as disposições em contrario.
O ministro e secretario d'eslado dos negocios ecclesiasticos e de justiça o tenha assim
entendido e faça executar. Paço, em 25 de outubro de 1 8 6 5 . = R e i , Regente. — Augusto
Cesar Barjona de Freitas. p. de l. n.° «43, d» J6 de out,
li) de novembro 1865 471

Por decreto da mesma data foram nomeados para fazerem parte da commissão revi-
sora do codigo commercial os bachareis José Julio de Oliveira Pinto e Antonio Pequito Sei-
xas de Andrade.
Direcção geral dos negocios de justiça, em 25 de outubro de 1865.=r/osé Julio de
Oliveira Pinto> director geral. d. do l. n.° 243, de 26 do out.

[MINISTÉRIO DOS NEGOGIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECCÃO GERAL DAS CONTRIBUIÇÕES DIRECTAS

- Sendo indispensavel tomar todas as providencias para que as contribuições e rendas


publicas sejam cobradas nos prasos e pelos modos prescriptos nas leis e regulamentos vi-
gentes;
Considerando que muitos devedores têem solicitado e obtido a suspensão das execu-
ções contra elles intentadas, e abusando d'esta concessão por longo tempo se subtrahem ao
pagamento das collectas e dividas por que são responsáveis;
Considerando que esta suspensão é um beneficio feito aos devedores retardatarios, e por
isso menos dignos de serem favorecidos; é uma injustiça aos pontuaes pela offensa do
principio da igualdade, que a auctoridade publica deve manter e observar na execução das
leis a respeito de todos os cidadãos;
' Considerando que ordenar a suspensão do procedimento executivo é prejudicial ao
thesouro publico, não só porque o priva dos meios votados para occorrer a despezas im-
preteriveis, mas porque, prolongando-se a suspensão em muitos casos succede tornarem-
s e o s devedores insolvaveis e perder a fazenda todas as quantias que lhe' eram devidas:
Hei por bem, em nome do Rei decretar o seguinte:
Artigo 1.° A nenhum devedor de contribuições e rendas publicas será concedida mo-
ratoria nos seus pagamentos ou suspensão de procedimento executivo para cobrança das
suas dividas.
Art. 2." Findo o praso fixado em quaesquer ordens ou portarias de suspensão expe-
didas antes d'este decreto, ou se ellas não contiverem fixação de praso, findos os tres me-
zes concedidos na portaria de 9 de novembro de 1847, lodos os funccionarios adminis-
trativos e judiciaes devem immediatamente proceder nos lermos das leis e regulamentos
em vigor á effectiva arrecadação das contribuições e rendas publicas não pagas.
Art. 3.° Nenhuma auctoridade administrativa ou funccionario, de qualquer ordem que
seja, concederá tempo de espera para o pagamento das contribuições e rendas publicas,
sob pêna de se lhe tornar effectiva a responsabilidade em que incorrer, segundo as leis e
regulamentos vigentes.
Os ministros e secretarios cVestado dos negocios do reino, justiça e fazenda assim o
tenham entendido e façam executar, cada um pela parle que lhe toca. Paço, em 25 de ou-
tubro de 1865.—Rei, Regente. — Joaquim Antonio de Aguiar=Augusto Cesar Bar-
jona de Freitas—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L: b." 243, de 26 do out.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DA MARINHA É ULTRAMAR


2.« DIRECÇÃO
„ 2.» REPARTIÇÃO

Tendo por alvará com força de lei de 27 de junho de 1808 sido lançado o imposto de
10 por cento no rendimento liquido dos predios urbanos de todas as possessões ultrama-
rinas, com excepção dos do estado da India em attenção á decadencia em que daquella
epocha se achava;
.Considerando que o incontestável incremento de riqueza publica, que desde então se
tem dado no referido estado, não permitte que continue em vigor uma isenção que, sen-
do boje injustificável, constituiria uma desigualdade odiosa entre os subditos do dito es-
t a d o ^ os das demais provincias ultramarinas;
Considerando que as crescentes despezas do serviço publico, provenientes assim das
4-72 1865 2o de outubro

reformas e melhoramentos operados nos diversos ramos de administração do citado esta-


do, como do desenvolvimento dado á sua viação e outras obras publicas, e não menos a ne-
cessidade de prover á lastimosa desproporção em que se acham os vencimentos da maior
parte dos empregados do mesmo estado com o preço actual das subsistencias, reclamam
urgentemente a adopção de providencias que augmenlem a receita publica:
Hei por bem, em nome de El-Rei; tendo ouvido o conselho ultramarino e o de minis-
tros, e usando da auctorisação concedida pelo | l . ° d o artigo 45.° do acto addicional á
carta constitucional da monarchia, decretar o seguinte:
Artigo 1.° Desde 1 do mez de julho do anno de 1866 em diante todos os proprietarios
de predios urbanos do estado da India ficam sujeitos ao imposto de uma decima parte do
rendimento liquido dos mesmos predios.
Art. 2.° A junta da fazenda do dito estado fará os regulamentos necessarios para o lan-
çamento e cobrança do referido imposto, observando na parte que for applicavel o dispos-
to nas instrucções regulamentares que para igual fim foram approvadas por decreto de 22
de abril de 1861.
Art. 3.° Fica revogada toda a legislação em contrario.
O ministro e secretario d'estado interino dos negocios da marinha e uitramar "assim o
tenha entendido e faça executar. Paço, em 25 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , Regente.
Visconde da Praia Grande. d. dc l. n.° 250, do 4 de nov.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° -48
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 25 de outubro de 1865
Publica-se ao exercito o seguinte:
Tendo-se notado n'esta secretaria d'estado grande divergencia na formação dos pro-
cessos para a concessão da medalha militar, sendo conveniente adoptar-se sobre este as-
sumpto regras que tornem uniforme quanto possivel a organisação dos mesmos proces-
sos, não só para diminuir o respectivo expediente, e alliviar os pretendentes á referida
medalha de alguns requerimentos que fazem, que podem escusar-se, como tambem para
o mais fácil e prompto exame por que aquelles processos têem de passar, já na referida
secretaria d'estado, já no supremo conselho de justiça militar: determina Sua Magestade
EI Rei, Regente em nome do Rei, como explicação ao que se acha prescripto no regula-
mento de 22 de agosto de 1864, que os processos sobre a concessão da medalha militar
sejam organisados pelo modo seguinte:
1.° Informação do commandante do corpo ou auctoridade sob cujas ordens estiver
servindo o pretendente, sobre o que se lhe offerecer dizer relativamente á pretensão;
2.° Parecer do mesmo commandante ou auctoridade, concebido nos termos do artigo
4.° do citado regulamento. Havendo mais de um requerente, a quem compita a mesma
classe de medalha, poderão ser todos comprehendidos n'um só parecer por meio de re-
lação;
3.° Requerimento do pretendente, em que declare a classe ou classes da medalha a
que se julgar com direito, em vista dos documentos que juntar;
4.° Os documentos comprovados d'esse direito, que são, para a classe de comporta-
mento exemplar, attestados ou certidões dos livros de registo e de culpas e castigos de
todos os corpos ou situações em que haja servido o requerente, bastando que no fim dos
attestados ou certidões dos livros de registo se mencionem as notas que contiver o de cul-
pas e castigos com referencia ao mesmo individuo, e não havendo nota alguma n'esse li-
vro, declaração d'isto; e para a classe de-bons serviços e valor militar, quando forem so-
licitadas estas medalhas conjunctamente com a de comportamento exemplar, alem dos do-
cumentos exigidos para esta, todos os mais que o requerente possuir, que possam justifi-
car o seu pedido, e estes e nota dos assentamentos, extrahida dos indicados livros do cor-
po ou situações em<jue se achar, quando forem requeridas independentemente da meda-,
lha de comportamento exemplar. D. DE L. n.° 265, D9 io DE nov.
27 de outubro 1865 473

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECCÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Havendo reclamações contra a interpretação dada na alfandega municipal ã disposição


do artigo 3.° do decreto n.° 5 de 7 de dezembro de 1804, obrigando os conductores de
peixe que vem ao mercado de Lisboa a pagar os direitos integralmente, sem se lhes abo-
nar os que já têem pago em alguma das estações mencionadas na tabella que faz parte do
mesmo decreto, como sempre foi pratica, e como já em casos especiaes foi ordenado pos-
teriormente á extincção da administração geral do pescado; e constando que para assim
proceder se funda a direcção da mesma alfandega no § unico do mencionado artigo: Sua
Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, conformando-se com o parecer do conselhei-
ro director geral das alfandegas e contribuições indirectas, ha por bem mandar declarar,
que o artigo 3.° do decreto n.° 5 de 7 de dezembro de 18(54 estabeleceu como regra, que
o imposto do pescado se arrecade onde for exposto á venda para entrar no consumo; e que
a excepção emquanto a Lisboa é para continuar a antiga pratica de so arrecadar o mesmo
imposto nos locaes da pesca ou primeira venda, não podendo exigir a estação aonde en-
trar no consumo mais do que a differença a maior, quando a haja.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communicaráa
quem competir.
Paço, em 26 de outubro de 1865.— Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L. n.° 2 « , de 27 de out.

-Tendo subido á presença de Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, a re-
presentação do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições indirectas, data-
da de 25 do corrente mez, sobre o estado em que se encontram os trabalhos preparato-
rios para a publicação dos mappas estatisticos do commercio de Portugal com as snas pos-
sessões ultramarinas e as nações estrangeiras, expondo o que tem acontecido com as ante-
riores publicações dos referidos mappas; o ultimo dos quaes respeitando ao anno de 1861,
foi impresso em 1864, e distribuido já no corrente anno; e propondo providencias para
que a publicação seja annual e não interrompida, e a distribuição dos mappas relativos a
cada um anno economico possa effectuar-se nas epochas cm que se distribuem outros do-
cumentos ao parlamento;
Considerando o mesmo augusto senhor que as publicações de similhante natureza
para serem proveitosas devem ser promptas e não interrompidas;
Considerando que, continuando, como até agora, a haver interrupção de dois e mais
annos com relação ao periodo que os mappas têem comprehendido, e decorrendo o mes-
mo e ainda maior espaço antes de se imprimirem, não preenchem o fim principal para
que são destinados, tornando inútil a despeza para esse fim votada na lei annual;
•Considerando que uma das causas que têem concorrido para o atrazo na publicação é a
multiplicidade de mappas que as collecções comprehendem,. os quaes servindo para com-
provar a intelligencia de quem a finai dirige a sua organisação, pouco importam para os
esclarecimentos que se precisam obter; t
Considerando finalmente, que não devendo cessar a publicação, deve ella fazer-se to-
dos os annos, e de maneira que harmonisando com o orçamento do estado e as contas do
rendimento das alfandegas, contenha ao mesmo tempo os esclarecimentos relativos ao com-
mercio e navegação:
Ha por bem, conformando-se com o parecer do sobredito conselheiro director geral,
alterando em parte as instrucções approvadas pela portaria de 17 de fevereiro de 1862,
determinar o seguinte :
Art. 1.° Os mappas geraes estatisticos do commercio de Portugal com as suas posses-
sões ultramariuas e as nações estrangeiras, continuarão a ser organisados na direcção ge-
ral das alfandegas e contribuições indirectas, mas por annos economicos, principiando no
actual de 1865-1866, á vista dos elementos obtidos das alfandegas, as quaes ficam res-
ponsáveis a presta-los nas epochas, e pelo modo que for indicado pela direcção geral, se-
gundo as circumstancias de cada uma.
i unico. A publicação dos mappas de um anno economico será effectuada no principio
do 2.° semestre do anno seguinte.
118
474 1865 13 de novembro

Art. 2.° Os mappas relativos ao movimento maritimo continuarão a ser organisados


com distincção de bandeira e dos portos da procedencia, e dos destinos das embarca-
ções.
Art. 3.° Os mappas relativos á importação, exportação, reexportação, baldeação e trân-
sitos serão organisados por nações.
Art. 4.° Da regra estabelecida no artigo antecedente são exceptuados os mappas do
commercio entre Portugal e as suas possessões ultramarinas, entre Portugal e o império
do Brazil, e entre Portugal e~as possessões estrangeiras situadas fóra da Europa, os quaes
serão organisados por portos.
Art. 5.° Os mappas do commercio de cabotagem continuarão a ser organisados como
até agora.
Art. 6.° Salvas as alterações determinadas pelos artigos antecedentes, conterão os
mappas todos os esclarecimentos que contêem os do anno de 1861.
Art. 7.° Pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas se expedirão as
ordens e tomarão as necessarias providencias para a prompta execução de quanto fica de-
terminado.
Paço, em 27 de outubro de 1 8 6 5 . = A n t o n i o Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. do L. n.° 246, de 30 do out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 4 9

Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 27 de outubro de 1865

Publica-se ao exercito o seguinte:


Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, que as notas das importan-
cias do real para entretenimento de camas, que os differentes commandantes dos corpos
satisfazem ás praças de guerra onde têem destacamentos, assim como as contas documen-
tadas, que estas prestam, da applicação d'essas importancias, e que até ao fim de junho
ultimo eram enviadas ao arsenal do exercito, o sejam de ora avante á 3. a repartição da
2. a direcção d'este ministerio.

Convindo que a commissão creada por portaria de 4 de maio do anno proximo findo,
para liquidar o direito ao pret dobrado das praças que fizeram parle da expedição á pro-
vincia de Angola em 1860, termine os seus trabalhos até ao fim do corrente anno: manda
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, que os commandantes dos corpos do exer-
cito façam constar ás praças que fizeram parte da mencionada expedição e ainda não re-
ceberam a importancia de suas liquidações, as requeiram pelo ministerio dos negocios da
marinha e uitramar, até ao dia 24 do proximo futuro mez de dezembro.
D. de L. n.° 258, de 14 de nov.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO|GERAIi DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
4." REPARTIÇÃO

Por decreto de 24 do corrente mez foram creadas cadeiras de ensino primario nas se-
guintes localidades: '
Villa de Albergaria a Velha, districto de Aveiro—para o sexo feminino, com osubsi-
dio de casa, mobilia e utensílios pela junta de paroebiá respectiva.
Freguezia de Sobral, concelho de Moura, districto de Beja—para o sexo masculino,
com o subsidio de casa, mobilia e 6$000 réis annuaes para concertos e livros pela junta de
parochia respectiva.
Freguezia de. Santo André, de Palme, concelho de Barcellos, districto de Braga —
para o sexo masculino, com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respe-
ctiva.
li) de novembro 1865 475

Freguezia de Quinlella, concelho e districto de Bragança—para o sexo masculino, com


O subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Escarigo, concelho de Figueira de Castello Rodrigo, districto da Guarda
— para o sexo masculino, com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia res-
pectiva.
Freguezia de Aldeia do Bispo, concelho de Sabugal, districto da Guarda—para o se-
xo masculino, com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Villa de Sabugal, districto da Guarda — para o sexo feminino, com o subsidio de casa
e utensílios pela camara municipal respectiva.
Freguezia de Santa Maria de Fregim, concelho de Amarante, districto do Porto—pa-
ra o sexo masculino, com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva
e sua annexa de S. João Baptista de Louredo.
Freguezia deS. Martinho do Campo, concelho de Vallongo, districto do Porto — para
o sexo masculino, com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Valladares, concelho de Villa Nova de Gaia, districto do Porto — para o
sexo masculino, com o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Mairos, concelho de Chaves, districto de Villa Real —para o sexo mas-
culino, com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santa Maria de Viade, concelho de Montalegre, districto de Villa Real—
para o sexo masculino, com o subsidio de casa e mobilia pela junta de parochia respectiva.
D. de L. n.° 245, de 28 de out.

' MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECCÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Tendo o conselho de saude publica do reino, sobre uma representação da camara mu-
nicipal de Lisboa, ponderado a necessidade de se prohibir a introducção, pelas portas da
cidade, da carne de rezes mortas fóra do matadouro publico, visto constar que as rezes
ali rejeitadas eram mortas nos matadouros dos concelhos vizinhos, e introduzida depois na
cidade para consumo a carne, de que podiam provir graves inconvenientes para a saude,
pela epidemia aphtosa que grassa no gado bovino; e não convindo que haja prohibição
absoluta da entrada de carnes verdes pelas barreiras, por isso que de tal medida proviria
naturalmente a carestia d'aquelle genero, o que nas actuaes circumstancias seria bem pre-
judicial á saude publica: ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, or-
denar o seguinte:
1.° Que sejam admittidas a consumo as rezes inteiras e a carne das decepadas nos
matadouros fóra de Lisboa, uma vez que estes se achem legalmente habilitados, e as car-
nes venham acompanhadas de guias passadas por veterinarios que tenham inspeccionado
as rezes, nos termos do artigo 5.° do regulamento de 15 de janeiro de 1857;
2.° Que as rezes mortas e as carnes verdes de rezes abatidas em matadouros não habi-
litados, deixarão de ser admittidas a despacho pelas portas, uma vez que não preceda ve-
rificação dos veterinarios, que as deverão rejeitar quando lhes parecerem impróprias pa-
ra a alimentação;
3.° Que durante a actual epizootia seja admittida apenas a carne muscular, e excluídas
as linguas, vísceras e pesunhos das rezes mortas;
4.° Finalmente, que a admissão de carnes será por emquanto sómente permittida
pelas portas de Arroios, S. Sebastião da Pedreira, Alcantara e caes da alfandega munici-
pal, como se acha determinado no artigo 7.° do regulamento citado.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communica
ao director da mencionada alfandega, para seu conhecimento e mais effeitos necessarios.
Paço, em 28 de outubro de 1865. = Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. do L. n.° 2»C, de 30 de out.

Reconhecendo-se que a disposição do artigo 18.° das instrucções regulamentares de


25 de janeiro ultimo, sendo executada Iitteralmente, em logar de beneficiar o commercio,
accelerando a saída dos generos nacionaes e nacionalisados que se pretenderem exportar
476 1865 13 de novembro

pelos postos fiscaes do Barreiro, Cacilhas, Belem e estação do caminho de ferro de norte
e leste, dependentes da alfandega de Lisboa, causa graves embaraços e transtornos ao mesmo
commercio, sem o menor proveito ou segurança para a fazenda publica; por isso que tor-
nando dependente a ultimação do despacho da previa verificação ou conferencia ^aquel-
las estações fiscaes para depois de pagos os direitos, voltar ali novamente o bilhete, a fim
dos generos poderem seguirão destino, quando aliás seria mais rápido que a nota da ve-
rificação de conferencia fosse feita depois de concluido o despacho: ha por bem Sua Ma-
gestade El-Rei Regente em nome do Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro
director geral das alfandegas e contribuições indirectas, determinar que o despacho e res-
pectivo pagamento dos direitos de exportação dos generos de que se trata preceda á veri-
ficação ou conferencia nas mencionadas estações fiscaes, que se realisará á vista do pro-
prio bilhete, no qual os respectivos empregados, achando-o.exacto, lançarão a competente
nota de conferencia e embarque.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communica ao
conselheiro d'estado extraordinario director da alfandega de Lisboa, para seu conheci-
mento e effeitos necessarios.
Paço, em 30 de outubro de 1805. = /ln<oft?'o Maria de Fontes Pereira de Mello. =
Para o conselheiro d'estado extraordinario director da alfandega de Lisboa.
D. d e L . n.° 247, de 31 de out.

DIRECÇÃO GERAL DOS TELEGRAPHOS DO'REINO


A direcção geral dos telegraphos do reino faz publico que se acha construida a linha
telegraphica de Vizeu a Lamego.
Repartição do pessoal e serviço telegraphico, 30 de outubro de 1 8 6 5 . = = 0 d i e f e inte-
rino, Antonio Luiz da Cunha. - D. de L. n.° 247, de 3i de out.

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NOVEMBRO
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
1.» DIRECÇÃO
1
2.° REPARTIÇÃO . • • '

- Havendo nas inlendencias de marinha dos differentes departamentos varios objectos


pertencentes ao estado, .que muitas vezes se prestam aos particulares, e solicitando o con-
selheiro intendente da marinha do Porto que se regule esta parle do serviço no departa-
mento a seu cargo;
Considerando que as disposições do decreto de 12 de setembro proximo findo são em
.udo applicaveis a quaesquer objectos que existam em alguma das intendências de mari-
nha ou das capitanias de porto, bem como qualquer laina que se efTectue por conta das di-
tas repartições:
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pela secretaria d'estado dos
negocios da marinha e ultramar, declarar aos intendentes de marinha dos departamentos
do norte, do sul e dos Açores, que são extensivas ás repartições a seu cargo as disposi-
ções do decreto de 12 de setembro ultimo, c tabellas annexas, que fixaram a s quantias que
têem de pagar os particulares que se aproveitarem de algum objecto pertencente ao esta-
do, e que haja disponível nas referidas intendências ou capitanias dos portos sob as suas
jurisdicções, bem como de alguma das fainas ali designadas.
Paço, em 2 de novembro de 1 8 G o . = Visconde da Praia Grande.
D. do L. n.° 2SO, de 4 de nov.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—2, 1 SECÇÃO

Attendendo ao que me representou Gilberto Augusto Fournier des Corais, residente


em.Paris, pedindo privilegio por cinco annos como inventor de um novo meio de trans-
porte fluvial e maritimo (ou caminho de ferro fluvial e maritimo) para evitar a bâldea-
ção feita pela mão dos homens, bem como as cargas e descargas;
Visto o decreto com força de lei de .31 de dezembro de 1852;
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem, em nome do Rei, conceder ao dito Gilberto Augusto Fournier des Co-
rats patente de invenção para o objecto acima indicado, e pelo espaço de cinco annos, du-
rante os quaes os seus direitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa
da lei, sendo a patente concedida sem exame prévio, e sem garantir a realidade, priori-
dade ou merecimento do invento a que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de
terceiro e o requerente sujeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto,
e ao prévio pagamento dos direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das
obras publicas, commercio e industria.
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 3 de novembro de 1865.=REI, Regente. =
Conde de Castro. d. do l . n.° 203, d e i s de nov.

Attendendo ao que me representou AmbrosioRaphin, residente eni Paris, pedindo pri-


vilegio por quinze annos, como inventor de um propulsor na datilo (propulseur à nageoi-
res), systema Raphin;
Visto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852;
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem, em nome do Rei, conceder ao dito Ambrosio Raphin patente de inven-
ção para o objecto acima indicado, e pelo espaço de quinze annos, durante os quaes os seus
478 1865 13 de novembro

direitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a pa-
tente concedida sem exame prévio, e sem garantir a realidade, prioridade ou merecimento
do invento a que diz respeito; pelo que ficam salvos os direitos de terceiro, e o reque-
rente sujeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto, e ao prévio paga-
mento dos direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publi-
cas, commercio e industria. . ...
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 3 de novembro de 1 8 6 5 . = R E I , R e g e n t e . =
Conde de Castro. D. dc L. n.° 26-2, de is de nov.

MINISTÉRIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA


DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS
1.» REPARTIÇÃO

Tomando em consideração o que me representou o ministro e secretario d'eslado dos


negocios ecclesiasticos e de justiça; hei por bem, em nome de, El-Rei, decretar o seguinte:
Artigo 1.° Os empregos ou officios de escrivão das camaras ecclesiasticas, de contado-
res, é! escrivães dos juizos ecclesiasticos, cuja nomeação pertence ao governo, na confor-
midade do decreto de 5 de agosto de 1833, serão providos por concurso documental,
aberto na secretaria d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça, por tempo de trinta
dias para as dioceses do continente do reino, e de sessenta para as das ilhas adjacentes.
Art. 2.° O annuncio será publicado na folha official do governo, dando-se conheci-
mente d'elle ao prelado da diocese onde houver de ter logar o provimento, a fim dè poder
faze-lo constar por editaes, e por quaesquer outros meios que forem de uso e estylo.
Art. 3.° Serão admittidas ao concurso pessoas ecclesiasticas e seculares.
Art. 4.° Os concorrentes apresentarão os seus requerimentos na secretaria d'estado
dos negocios ecclesiasticos e de justiça, iustruindo-os sempre, sem o que não serão admit-
tidos a'ó concurso, com os seguintes documentos:
Certidão de baptismo;
De isenção ou fiança aó recrutamento, quando a elle estiverem obrigados;
De folha corrida no juizo civil e no ecclesiastico;
E de suas habilitações litterarias.
Art. 5.° Em igualdade das mais circumstancias os concorrentes preferirão entre si na
ordem seguinte:
1. d Os graduados em theologia ou direito pela universidade de Coimbra;
2.° Os que houverem frequentado e concluido com distincção o curáo ecclesiastico de
cinco annos professado no seminario de Santarem; ' <
3.° Os que tiverem o cUrso triennal de disciplinas ecclesiasticas de algum- seminario;
4.° Os que estiverem habilitados com o curso de instrucção secundaria dos lyceús na-
cionaes. ,
Art. 6.° Findo o praso do concurso os requerimentos serão todos enviados ao respe-
ctivo prelado diocesano, para que, procedendo ás averiguações que julgar necessarias a
respéito do comportamento religioso, moral e civil, das habilitações, idoneidade e servi-
ços de cada um dos concorrentes, faça uma proposta graduada dos que estiverem nas cir-
cumstancias de ser nomeados. ' '
Art. 7.° A nomeação será feita por decreto, e expedir-se-ha carta para titiilo1 do agra-
ciado, depois de determinado o modo de pagamento dos direitos e impostos que dever,
1
na conformidade do artigo 17.° do regulamento de 2 8 de agosto de 1860.
O ministro e secretario d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiçâ assim O" tenha
entendido e faça executar. Paço, em 4 de novembro de 1 8 6 5 . = R E I , Regente. =Augusto
Cesar Barjona de Freitas. . D. de l. n.° 251, de 6 de nov.
13 de novembro 1 8 6 5 4#7

* MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


l
THESOURO PUBLICO
DIRECCÃO GERAL DAS CONTRIBUIÇÕES DIRECTAS
v
Tendo de proceder-se ao contraio por districtos para o exclusivo da venda do papel
sellado nas provincias do continente do reino e ilhas adjacentes pelo anno que ha de de-
correi?, de 1 de janeiro até fim de dezembro de 1866, e convindo empregar qs meio^pafa
que elle se reaiise. com o maior interesse da fazenda publica; annuncia-se que no.dia, 15.
do corrente mez, pelo meio dia, vae á praça no thesouro publico o dito exclusivo, nos ter-
mos das condições que se publicam com este annuncio, o qual será adjudicado a quem fi-
zer maior adiantamento ao thesouro, na conformidade da condição 10. a , se assim convier
ao governo.
CONDIÇÕES
1. a Que os contratadores se obrigam a requisitar á administração geral da casa da
moeda e papel sellado o papel, letras e conhecimentos sellados que forem necessarios para
a venda no districto sobre.que contratarem, desde 1 de janeiro de 1866, auctorisando nas
competentes requisições o individuo que haja de verificar e receber o referido papel, le-
tras e conhecimentos na indicada administração da casa da moeda e papel sellado.
A respeito porém do districto de Lisboa deve entender-se não comprehendidos os con-
celhos de Lisboa, Belem e Olivaes, aonde a venda do papel sellado continuará a ser regu-
lada como até agora.
2. a Que desde o momento em que o individuo assim auctorisado receber qualquer par-
tida de papel sellado, até que se effectue a sua venda, fica correndo por conta dos contra-
tadores, não só o valor do mesmo papel, como todas e quaesquer despezas que com elle
se fizerem, excepto as que procederem de remessa de papel sellado em poder dos con-
tratadores, para a administração geral da casa da moeda, ou para qualquer outro local que
pela direcção geral das contribuições directas lhes for indicado, tanto para alteração nos
sellos como por qualquer outro motivo, porque estas despezas serão levadas em, conta
aos ditos contratadores. Desde o referido momento ficam tambem correndo por conta dos
mesmos contratadores todos os riscos ou prejuízos que possa haver, salvo os que forem
provenientes de força- maior, taes como o de fogo, naufragio e roubo com violência, os
qtraes ficam a cargo da fazenda publica quando legal e competentemente provados.
3. a Que no dia 1 de janeiro de 1866 receberão da companhia da fabrica de tabaco dè
Xabregas, em cada conselho do districto em que tiverem contratado a dita venda, com in-
tervenção da respectiva auctoridade administrativa e fiscal e mediante o competente termo
que enviarão á administração geral da casa da moeda é papel sellado, o papel, letras e co-
nhecimentos sellados que estiver em ser, debitando-se pelas respectivas importancias e
passando á dita companhia recibo para ter logar o devido abono na conta da sua res-
ponsabilidade.
4. ? Que no districto que tiverem contratado terão o papel, leiras e conhecimentos sel-
lados á venda em todâs as terras aonde actualmente tem a referida companhia, exceptuan-
do-se porém aquelles pontos em que a experiencia tiver mostrado não ser necessário mu-
dar o lòca] da venda já existente.
, 5. a Que poderão ter até tres vendedores de papel sellado em cada freguezia de mais
de cem vizinhos e um só nas de menor povoação, e que sómente estes vendedores gosarão
dos privilegios de que trata a condição 7. a , salvo porém se o governo julgar conveniente
e necessário augmentar o numero dos ditos vendédores em qualquer localidade, porque
n'esse caso' os contratadores procederão como lhes for ordenado.
6. a Que os contratadores se obrigam a vender o papel sellado, nos termos d'estas
condições,'gratuitamente sem commissão alguma.
7. a Que na conformidade do artigo 6.° da lei de 10 de julho de 1843'e artigo 63.° do
decreto de 10 de dezembro de 1861, os vendedores de papel sellado de que trata a con-
dição^. 1 continuarão a gosar do mesmo privilegio, como se fossem estanqueiros dó con-
trato do tabaco, não podendo ser obrigados a qualquer serviço ou cargo publico, pessoal,
civil, municipal ou militar, comprehendendo-se n'este previlegio: 1.°, a isenção dè pagar
fintas para despezas municipaes, a contribuição da decima e outros quaesquer impostos,
quando estes impostos e aquellas fintas e contribuição de decima sejam lançados aò rénr
dimento dos capitaes no serviço da venda do papel sellado; 2.°, a de ser jurado; 3.°, a do
serviço em batalhões nacionaes; 4.°, a de ser thesoureiro, recebedor ou cobrador; a
480 1865 13 de novembro

de ser vereador da camara municipal, juiz ordinario, juiz eleito, regedor ou cabo de poli-
cia ou outro qualquer encafgo comprehendido na generalidade d'este privilegio, no qual
se não inclue a isenção do recrutamento, poisque a elle todos ficam sujeitos.
8. a Que cumprirão pontualmente as determinações que lhes forem expedidas pela di-
recção geral das contribuições directas ácerca da venda do papel sellado e arrecadação do
seii producto, removendo, se necessário for, de uns para outros estabelecimentos proximos
aonde se effectue a dita venda, o papel sellado de qualquer qualidade que seja, que se co-
nheça haver de mais em alguns d'esses pontos alem do que se julgar preciso para o con-
sumo em dois: mezes.
9. a Que determinarão a todos os seus vendedores de papel sellado, que apresentem
aos visitadores do thesouro publico, inspectores de contribuições, delegados do thesouro,
escrivães de fazenda, ou quaesquer outros empregados fiscaes ou administrativos'por
quem forem visitados, as folhas ou mappas em que estiver lançado o papel sellado que re-
ceberem, podendo os referidos empregados conferir e examinar o papel sellado que se der
por existente, assim como todo o mais que for achado.
10. a Que serão obrigados a entrar no primeiro dia util do mez de dezembro do cor-
rente anno com metade da quantia, em moeda corrente do paizw que se obtiver em praça
em resultado da licitação, que deve assentar, para cada districto, nas importancias desi-
gnadas no mappa que acompanha estas condições e com a outra metade ho primeiro dia
util do mez de julho de 1866, devendo esta segunda entrada ser recebida por deposito até
se proceder á liquidação do que produzir a venda do papel sellado no primeiro semestre
do dito anno de 1866, afim de que, quando haja saldò a favor dos contratadores, ser-lhes
restituído pelo dito deposito, e no caso porém de haver saldo a favor da fazenda, este dará
immediatamente entrada no referido cofre central. Pelo producto da venda do papel sel-
lado no segundo semestre se procederá similhantemente a outra liquidação e em resultado
d'ella o saldo, que apresentar entre esse producto e a importancia da segunda entrada,
será restituído aos contratadores ou por elles logo entregue no cofre central, conforme
esse saldo for a favor ou contra os mesmos contratadores.
Quando porém o resultado da licitação exceder ao dobro das quantias designadas no.
referido mappa, proceder-se.-ha com respeito á primeira entrada da mesma maneira que
fica estabelecida para a segunda.
11. a Que para garantia e segurança do fiel cumprimento d'estas condições e dos pre-
juizos^que possam resultar á fazenda publica, quando se dè falta no seu cabal desempenho
depositarão na junta do credito publico, em inscripções, a quantia que no mencionado
mappa vae designada para cada districto, as quaes inscripções serão averbadas na dita
junta com este encargo, até que os ditos contratadores sejam julgados quites e correntes
com a mesma fazenda; ficando porém livre o vencimento e pagamento dos respectivos ju-
ros, que se fará regularmente á pessoa ou pessoas a quem pertencer.
12. a .Que remelterão á direcção geral das contribuições directas, ou á repartição para
onde vier a passar a escripturação do rendimento do papel sellado, contas por trimestres
da venda do papel sellado, especificando não só as qualidades que ficam em ser, mas tam-
bem as respectivas ás transacções. Estas contas deverão ser remettidas no mez immediato
a cada trimestre, exceptuando as que respeitam aos districtos das ilhas que deverão ser
no menor praso possivel.
13. a Que nas contas que apresentarem da venda do papel sellado nas ilhas será a
moeda fraca reduzida a patacas, pelo que respeita aos Açores a 1$200 réis cada uma, e a
1$000 réis quanto á Madeira, devendo para a entrega e respectiva escripturação que ha
de realisar-se em moeda forte ser repiítada cada pataca na rasão de 875 réis. 1
14. a Que remetterão á administração geral da casa da moeda e papel sellado, a té ao
fim de cada mez, quanto ás provincias do continente, e quanto ás das ilhas com a brevi-
dade possivel, um mappa que mostre, em cada estabelecimento de venda do papel sella-
do, a existencia das differentes classes do papel sellado no mez antecedtente. -
15. a Que em cada mez só poderão requisitar á administração da casa da moeda e pa-
pel sellado a porção de papel sellado que junta á que tiver ficado em ser no mez antece-
dente, não exceda em valor á metade do valor nominal do deposito de que trata a condi-
ção l l . s Quando porém.cm consequência do augmento de consumo for necessário aucto-
risar maiores requisições de papel sellado, os contratadores o representarão ao governo,
pela direcção geral das contribuições directas, a fim de lhes ser concedida essa auctorisa-
ção, mediante um augmento proporcional do dito deposito.
16. a Que o presente contrato de fornecimento e venda de papel sellado terá a dura-
li) de novembro 1865 481

ção de um anno a contar de 1 de janeiro até fim de dezembro de 1866; ficando comtudo
ao governo a faculdade de o rescindir quando os contratadores faltarem ao cumprimento
do mesmo contrato, não podendo porém fóra d'este caso nenhuma das partes rescindi-lo
ou altera-lo senão por commum accordo.
Direcção geral, das contribuições directas, em 4 de novembro de 1 8 6 5 M a m e i
Ignacio Moreira Freire.

Mappa a que se referem as condições 10. a e 11. a sobre o exclusivo da venda


de papel sellado

Quantias,
em Deposito
Districto moeda corrente em titulos
do paiz a que se refere
a que se refere a condifão H . "
a condição 10. a

Aveiro 4:0000000 1:6000000


Beja 3:000(3000 1:2000000
Braga 11:0000000 4:4000000
Bragança 4:0000000 1:6000000
^Castello' Branco 2:0000000 1:0000000
Coimbra 5:0000000 2:0000000
Evora 3:0000000 1:2000000
Faro 4:0000000 1:6000000
Guarda. 4:0000000 1:6000000
Leiria.. 2:0000000 1:0000000
Lisboa (com exclusão dos concelhos de Lisboa, Belem e Olivaes) 5:0000000 2:0000000
Portalegre '. 1:0000000
Porto 24:0000000 9:6000000
Santarem 5:0000000 2:0000000
Vianna 5:0000000 2:0000000
Villa Beal 4:0000000 1:6000000
Vizeu 6:0000000 2:4000000
Angra 2:0000000 1:0000000
Funchal 2:0000000 1:0000000
Horta. 1:0000000 5000000.
Ponta Delgada 1:2000000

Direcção geral das contribuições directas, em 4 de novembro de 1865. =Manuei-


rado Moreira Freire. D. de L. n.° 2'H, dc 6 de. nov.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIRECÇÃO

2." REPARTIÇÃO

Estando determinado pelo decreto de 29 de abril de 1858, que o estado de escravidão


fique abolido em todas as provincias portuguezas do ultramar, no dia em que se comple-
tarem vinte annos, contados da data d'este decreto, ficando porém dependente de uma lei
especial o modo por que as pessoas, que ainda n'essa epocha possuirem escravos, deverão
ser indemnisadas do valor d'elles; e considerando Sua Magestade El-Rei, Regente em nome
do Rei, que, em resultado das beneficas disposições adoptadas pelo governo ha mais de dez
annos, tendentes a melhorar a sorte dos escravos, e principalmente das consignadas na"lei
de 24 de julho de 1856, que determinou que fossem de condição livre todos os filhos de
mulheres escravas, nascidas depois da publicação d'essa lei, talvez ainda antes da epocha
marcada no referido decreto possam ser postas em execução as philanthropicas disposições
d*elle, sendo para isso necessário que o governo esteja munido não só dos respectivos re-
gulamentos, mas tambem da lei das indemnisações que se deverem pagar, attendendo-se
assim aos interesses dos escravos e de seus senhores e á utilidade do estado: manda o
mesmo augusto senhor, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e uitramar que
o conselho ultramarino, em vista do que fica exposto, e tomando na devida consideração
este importante assumpto, que o governo deseja ver com a possivel brevidade resolvido
482 1865 7 dte novembro

convenientemente, proponha o que lhe parecer necessário regular e providenciar com an-
tecedencia, para que em tempo opportuno possa verificar-se a completa aboli,ção do estado
de escravidão em todas as provincias portuguezas do uitramar.
Paço, em 4 de qovembro de Í86íi. = Visconde da Praia Grande.
D. do L. n.° 255, do 10 deáoT.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—l. a SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos (i) com que pretende fundar-se em Lisboa uma com-
parçlúa de commercio ou sociedade anonyma, denominada «companhia da mina de Telha-
della», cujo fim é a lavra da mina de cobre, chumbo.e zinco, situada no concelho de Al-
bergaria a Velha, districto de Aveiro;
Vistos os documentos pelos quaes se prova a subscripção do capital social;
. Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
, 'Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:
Hei por bem, em nome de El-Rei, dar a minha regia approvação aos estatutos por que
devêra reger-sè a mencionada companhia damiria de Telhadella, os quaes, nos termos do
artigo 539.° do codigo commercial, se acham reduzidos a escriptura publica, constam de
sete capítulos e cincoenta artigos, e baixam com este decreto assignados pelo ministro e
secretário d'estado das obras publicas, commercio e industria; e bem assim dar por con-
stituida a mencionada companhia para que possa desde já dar começo ás suas operações,

(1) Saibam quantos virem esta escriptura com os estatutos da companhia da mina de Telhadella,
que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1805, aos 2 dias do mez de outubro,
n'esta cidade ile Lisboa, na rua Augusta, n.° 28, 1.° andar, no meu escriptorio, compareceram'Caj'los
Ferreira dos Santos Silva, casado, negociante, morador na praça do Principe Real, freguezia das iMer-
cês; JóSò da Gaiiia Barros, morador na rua de S. Roque, n.° 81, 2." andar, e. Francisco Ribeiro da Cú-
ii'ha, sòlteiro, morador na rua da Magdalena, n.° 125,2." andar, aquelle presidente e estes secretarios da
mesa provisoria da assembléa geral dos accionistas da companhia da mina de Telhadella è todos nieus
conhecidos. E por elles foi dito, em presença das testemunhas adiante nomeadas e assignadas que "em
se§Sãó/dH assembléa -geral dos ditos accionistas de 11 de setembro proximo passado foram auctorisados
para reduzir a escriptura publica os estatutos da sobredita companhia, yotados e approvados na mesma
sessão, e para solicitar a sua approvação pelo governo de Sua Slagestâde Fidelíssima; qiiè na confor-
midade da auctorisação que lhes foi dada elles outorgantes por si e em nome dós mais interessados,
reduzem á presente escriptura os seguintes

Estatiitos da companhia da mina de Telhadella

CAPITULO I
Da creação, nome, séde, fins, duração e capital
Artigo 1," É creada uma sociedade industrial, denominada «companhia da mina de Telhadella».
Art. 2,° A séde da companhia é.em Lisboa.
Art. 3.° O fim da companhia é a lavra da mina de cobre, chumbo e zinco de Telhadella, ho con-
celho'Be Albérgaria a Velha, districto de Aveiro.
Art. 4." A duração da companhia é indefinida. Qualquer accionista tem entretanto o direito de
provocar, ácerca da sua liquidação ou continuação, a decisão da assembléa geral, quando estiverem
despendidas tres quartas paries do capital social emittido em acções antes da descoberta de alguma massa
mineral importante e remuneradora.
Art. 5.° 0 capital social é de 100:000^000 réis representado por 2:000 acções de 50*000 réis cada
uma, e dividido èrn duas emissões de 50:000^000 réis, ou 1:000 acções.
§ unico. A segunda emissão será feita logoque os accionistas da primeira tiverem desembolsado
27 por cento sobre o nominal das "suas acções. •
Art. 6.° Tambein formam parte do capital social os direitos que o concessionario Hermann Lou-
renço Feuerheerd tem na mina de Telhadella e que transfere á companhia na conformidade do contrato
particular já feito entre ambas as partes.
;
CAPITULO II
Das acções e dos accionistas
Art. 7.u As acções serão sempre nominativas e concordes com os competentes registos ,e talões. Tanto
o? titulos de acções como os seus talões, numerados e assignados por tres directores, çontprão aàeçlfci
8 de novembro 1864 483

fic.ando sujeita a registar o instrumento do seu contraio de teor e não por extracto, no re-
gisto publico do commercio, nos termos do artigo 540.° do codigo commercial, e ao cum-
primento da legislação especial de minas, com a expressa clausula de que esta minha re-
gia approvação poderá ser retirada se a companhia se desviar dos íins para que é institui-
da, não cumprir fielmente os seus estatutos, ou deixar de remetter annualmente á direc-
ção geral do commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia.
O ministro e secretario destado das obras publicas, commercio e industria :o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 7 de novembro de 1865.==REI, Regente. ==
Conde de Castro. UP do L. n.° m, de 16 do nov.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTBIBUIÇÕES INDIRECTAS

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei Regente em nome do Rei a representa-

ração da importancia nominal que representam, do nome do accionista proprietario e das prestações
pagas.
Art. 8." As acções transmiltem-sc logo depois de paga a primeira prestação por indosso ou por
qualquer òutro modo legal de cessão ou successão. Em qualquer caso a transmissão deve ser registada
nos livros da companhia, e emquanto as acções não estiverem integralmente pagas, precederá para a
mesma transmissão approvação da direcção. A falta d'esla approvação conserva aos primitivos sub-
seriptores a responsabilidade original.
Art. 9." E accionista da companhia o possuidor de lima ou mais acções.
Art. -10." Cada accionista lem direito a uma parte na propriedade do activo social, e na reparti-
ção dos lucros líquidos da companhia na proporção do numero de acções que possuir.
Art. 11.° Os accionistas da primeira emissão na occasião de se fazer a segunda preferem nas ijo-
vas acções ao par na proporção das acções que cada um tiver; sendo as que sobejarem pelas recusas
dos primitivos accionistas vendidas por conta da companhia. - .
Art. 1.2.° Os accionistas são obrigados ao pagamento integral do capital das acções que possuirem,
e só responsáveis pelo montante das mesmas acções nos termos do artigo 543.° do codigo commercial.
Art. 13.° Os accionistas são obrigados ao pagamento da sua subscripção, quando forem para isso
convidados pela direcção.
§ unico. Cada prestação não póde ser superior a 9 por cento, nem chamada.íom menor intervallo
de trinta dias.
Art. '14.° Os accionistas, que nos prasos estipulados pela direcção, não pagarem as respectivas
prestações, serão de novo e em carta fechada convidados ,ifaze-lo dentro de um mez. Não o cumprindo
assim, perderão o direito ás prestações que tiverem pago, ficando livre á administração da companhia
emittir de novo essas acções, quando e pelo modo que julgar mais conveniente, mas subsistindo sem-
pre a responsabilidade nos primiítivos accionistas emquanto não foram legalmente substituidos.

CAPITULO III
Das obrigações e dos seus possuidores
Art. 1S.° Depois de celabrada a escriptura do contrato previsto no artigo 6.° Hermann Lourenço
Feuerheerd receberá como garantia o representação dos direitos que lhe são conferidos pela compa-
nhia mil titulos denominados «obrigação do íerço dos lucros da companhia da mina de Telhadella», os
quaes serão revestidos com as mesmas solemnidades e processados do mesmo modo que as acções; de-
clarando-se n'elles que cada um dá direito á percepção de uma rniilesima parte do terço dos lucros
líquidos (como os consideram os artigos 1.°, 2." e 3.° das instrucções de 17 de junho de 1858) que a
companhia auferir da lavra, tratamento do minério ou qualquer transacção sobre os productos das-mi-
nas, cujos direitos o mesmo Hermann Lourenço Feuerheerd transferiu á companhia, qualquer que ve-
nha a ser o capital d'ella.
Art. 16.° Os titulos de que traía o artigo antecedente, são como as acções, nominativos e sujeitos
no caso de transmissão, a averbamento nos livros da companhia.
Art. 17.° Os possuidores de uma ou mais obrigações têem (sujeiíos ás mesmas condições que os
accionistas) o direito de assistir á assembléa geral da companhia, em cujas discussões podem tomar
parte. O seu voto porém é indirecto e collcctivo, equivalente a metade dos votos dos accionistas que
estiverem presentes em cada assembléa geral. Para esse fim, no principio de cada Sessão, os possuido-
res de'obrigações presentes, sé estiverem representantes de duzentos, o cincoenta d'esses titulos, ao
menos, elegerão, procedendo como no § 2.° do artigo 24.°, entre o d'entre si, por escrutínio secreto,
um que vote por todos n'aquella sessão. Se for um só o possuidor de obrigações presente, esse votará
como oiandatario de todos quando represente ao menos duzentos o cincoenta dos titulos respectivos.
Se porém depois de abertos os trabalhos, se não podér cumprir esta primeira parte obrigatoria (Telles
os possuidores de obrigações ficarão privados de voto na mesma sessão.
Ai't. 18.° Os possuidores de obrigações têem direito a que sáia sempre d'elles um membro para a
diracção, nos termos do artigo 37.°
Art. 19.° No caso de liquidação da companhia ou alienação de toda ou parte da propriedade ou
484 1865 13 de novembro

ção do conselheiro director geral das alfandegas e contribuições indirectas, expondo as


rasões pelas quaes se torna necessário fixar a intelligencia dos artigos 54.° e 56.° do re-
gulamento de 22 de dezembro de 1864, edeterminar a fórma p o r q u e devem executar-se,
de maneira que não resulte a cessação da venda dos tabacos a miúdo por alguns dias no
principio de cada anno, isto com grave prejuizo do publico e da fazenda;
Considerando que o referido regulamento, marcando o tempo por que devem ser con-
cedidas ás licenças para a venda dos tabacos e o praso da liquidação da importancia do res-
pectivo imposto, não quiz que se confundissem as rendas de diversos annos, nem suppoz
a possibilidade de se ultimarem as mesmas liquidações no ultimo dia de cada um d'elles
em todas as casas habilitadas para a venda no continente do reino e ilhas adjacentes;
Considerando que a prohibição de se expedirem novas licenças para a venda de taba-
cos, sem ter sido paga a divida do imposto reconhecida na liquidação do anno anterior,
sendo uma medida fiscal indispensavel, não podia estatuir-se, para ser levada á execução
de modo que podessem resultar os inconvenientes que ficam indicados:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o parecer do sobredito
conselheiro director geral, mandar declarar:
1.° Que findando no ultimo de dezembro o praso pelo qual se concedem licenças para
a venda de tabacos em cada anno, como expressamente determina o artigo 52. 0 do citado

direitos que lhe tenham resultado dos que Hermann Lourenço Feuerheerd transfere á companhia, es-
sas propriedades ou direitos passarão para os novos possuidores com o mesmo encargo com que a com-
panhia os possuia em relação aos possuidores das mil obrigações emittidas.
Art. 20.° No caso de não convir á companhia continuar na lavra, ou fazer transacção com a mina
de Telhadella, os possuidores das obrigações terão o direito de entrar na posse e lavra particular d'essa
mina por conta e risco proprio.
Art. 21." No caso em que o desenvolvimento que \enha a tomar a lavra da inina de Telhadella
exija o augmento do capita! da companhia, o que poderá ter logar por deliberação da assembléa geral
e approvação do governo, os accionistas das primeiras duas emissões terão, como no artigo 1L°, a pre-
ferencia nas novas acções ao par, depois de deduzido um terço, tambem ao par, para os possuidores
de obrigações e estas representarão sempre o direito a um terço dos lucros da companhia, na confor-
midade do artigo lo."
Art. 22.° As 3:500 libras ou 15:7500000 réis, que na escriptura prevista no artigo 6.° a compa-
nhia se obriga a pagar a Hermann Lourenço Feuerheerd, como compensação dos trabalhos e despezas
feitas com os direitos cedidos á companhia, serSo pagos annualmente (alé se preencher aquella quan-
tia) pelos lucros líquidos, quando os houver, e só pelas forças do qué exceder ao terço que pertence
aos possuidores de obrigações e mais o equivalente a 6 por cento do capital desembolsado pelos ac-
cionistas.
CAPJTULO IV
Da assembléa geral
Art. 23.° A assembléa geral é a reunião de todos os accionistas e possuidores de obrigações, ou
seus procuradores, que forem respectivamente tambem accionistas ou possuidores de obrigações (salvo
o caso em que o marido representa a mulher, o pae representa o filho menor e o tutor o tutelado),
comtantoque os seus titulos, acções ou obrigações lhes estejam averbados nos livros da companhia com
antecipação de sessenta dias. Ninguém póde representar em assembléa geral mais do que um accionista
ou possuidor de obrigações ausente, e só o poderá fazer com procuração directa. É na assembléa geral
que reside todo o direito do superintendencia e resolução definitiva dos negocios da companhia, quando
rtão encontrar as leis do reino e os presentes estatutos. As suas decisões, tomadas á pluralidade dos
votos presentes, são obrigatórias tanto para os accionistas como para os possuidores de obrigações.
Art. 24.° Todos os possuidores de um ou mais titulos de acções ou obrigações lêem direito a to-
mar parte nas discussões da assembléa geral.
1 1 . ° Só os accionistas possuidores de cinco ou mais acções têem voto directo.
p 2.° Cada cinco acções dão direito a um voto.
§ 3.° Os possuidores de obrigações votam por modo indirecto, elegendo no começo de cada sessão
u seu mandatario nos termos do artigo 17.°
• Art. 25.° A assembléa geral reune-se ordinariamente uma vez por anno, entro os fins de janeiro
a principios de fevereiro, mas póde reunir-se extraordinariamente quando a direcção, a commissão fis-
cal, accionistas que reprcscnleui um quinto das acções cmittida?, ou poluidores de obrigações repre-
s e n t a n t e s de um dcchno dos mesmos titulos., o requererem ao prer.identc da mesma assembléa,
Art. 26." A assemblea geral é sempre convocada por m&io de annuncios publicados no jornal offi-
cial do governo Com antecipação de quinze dias e simultaneamente por meio de cartas fechadas, diri-
gidas a cada um dos accionistas e possuidores de obrigações, nas quaes se apontem expressamente os
objectos que ha a tratar na reunião.
Art. 27.° A assembléa geral julga-se constituida logoque esteja presente utn terço dos accionistas,
que n'ella podem ter voto e que representem urn terço ao menos das acções emittidas.
Art. 28." Se em consequência da primeira convocação, uma hora depois da lixada para a reunião,
a assembléa geral não se tiver podido constituir nos termos do artigo antecedente, póde-se fazer se-
gunda convocação em annuncios e cartas com antecipação de oito dias e só então póde a assembléa
constituir-se e deliberar, seja qual for o numero dos accionistas presentes e acções que representem.
li) de novembro 1865 485

regulamento, a liquidação para o pagamento do imposto deve referir-se ás vendas effectua-


das durante o tempo das licenças, segundo as regras estabelecidas na tabella n.° 3, que
faz parte do referido regulamento;
2.° Que não sendo possivel effectuar-se as liquidações em um unico dia, os funccio-
narios respectivos empregarão todos os meios para que terminem todas ellas no menor es-
paço de tempo possivel, o qual não poderá exceder ao dia 15 de janeiro;
3.° Que o praso de quarenta e oito horas, marcado no artigo 56.°, só principiará a
contar-se, para todos os effeitos, desde que terminar a liquidação e for entregue a guia
para o pagamento do imposto que os vendedores deverem;
4.° Que para não haver interrupção na venda, ás pessoas que pretenderem continuar
n'ella, do ultimo de dezembro em diante servirá de titulo provisorio, até ao dia 18 de ja-
neiro, o talão do recibo do pagamento do imposto effectuado nos termos do artigo 55.° do
citado regulamento;
5.° Que do dia 19 de janeiro em diante não seja considerado habilitado para vendedor
de tabacos quem não estiver munido da licença definitiva.
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communicarà
a quem competir.
Paço, em 8 de novembro de 1865.=Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. do L. n.° 235, de 10 de nov.

1 unico. Exceptuam-se as hypotheses de alteração dos estatutos, augmento do capital social ou dis
solução da companhia, nas quaes nenhuma deliberação será valida sem estarem presentes ou repre"
sentados metade dos accionistas que n'ella tenham voto, e que representem metade das acções emit
tidas.
Art. 29.° Os trabalhos da assembléa geral são dirigidos por uma mesa composta de presidente e
primeiro e segundo secretarios, para o impedimento dos quaes ha tambem um vice-presidente, um pri-
meiro e segundo vice-secretarios, todos eleitos annualmente pela mesma assembléa em escrutínio se-
creto na sua sessão ordinaria.
Art. 30.° Nenhuma assembléa geral póde votar sobre objecto que não tenha sido dado para or-
dem do dia nas respectivas cartas convocatorias.
Art. 31.° Qualquer assembléa geral, uma vez devidamente convocada, póde continuar trabalhos
em tantas sessões quantas forem necessarias para concluir os que foram dados para ordem do dia, nos
termos do artigo 28.°, sem mais dependencia dos intervallos e cartas convocatorias de que trata o ar-
tigo 26.", subsistindo apenas n'este caso os annuncios.
Art. 32.° Ao presidente da assembléa geral, e na sua falta ao vice-presidente, compete:
1.° Designar dia e hora para a reunião da assembléa geral;
2.° Ordenar á direcção que faça os annuncios e cartas de convocação para ella;
3.» Dirigir os trabalhos da mesma assembléa.
Art. 33." Aos secretarios, e na sua falta aos vice-secretarios, compete:
1." Fazer a correspondencia da mesa;
2.° Verificar as listas dos accionistas e possuidores de obrigações;
3.° Redigir as actas (que assignarão com o presidente), nas quaes devem fazer a expressa menção
dos nomes dos accionistas e possuidores de obrigações presentes, com o numero de titulos que cada
um representar.
Art. 3i.° Á assembléa geral ordinaria.compete:
Eleger todos os annos a commissão fiscal nos termos dos artigos 43.° e 44.°;
2.° Eleger de dois em dois annos a direcção, nos termos dos artigos 37.°, 38.° e 39.°;
3.° Discutir e votar o balanço da situação activa e passiva da companhia, as contas, inventarios,
orçamentos e quaesquer propostas que se contenham nos relatorios da direcção e commissão fiscal, ou
que sejam apresentadas pelos socios;
4.° Fixar sobre proposta da direcção e quando haja logar para isso, o dividendo.
Art. 3S.° Oito dias antes de começar a discussão do balanço annual, a direcção deve ter impressos
e remetter aos accionistas ou possuidores de obrigações, todos os documentos que por essa occasião
ella e a commissão fiscal tiverem de apresentar á assembléa geral. Da mesma fórma todos os livros das
contas da companhia e documentos que a comprovam estarão com igual antecipação francos aos ac-
cionistas ou possuidores de obrigações que os quizerem examinar.
CAPITULO V
Da direcção
Art. 36.° A administração geral e gerencia dos negocios da companhia é confiada a uma direccão,
iuja séde é em Lisboa.
Art. 37.° A direcção é composta de quatro accionistas e um possuidor de obrigações, eleitos pela
assembléa geral em escrutínio secreto. Haverá outros tantos substitutos para supprirem pela ordem dos
mais votados os directores proprietarios, como elles e na mesma sessão eleitos, mas em votação separada
e só depois de apurada e proclamada a eleição da direcção.
§ unico. Dois dos directores poderão ter a sua residencia na cidade do Porto, como logar mais pro-
ximo do local da mina e funccionar ali como gerentes da companhia debaixo das ordens da direcção em
Lisboa, á qual prestarão todos os esclarecimentos que ella pedir.
Art. 38.° No apuramento da direcção serão proclamados directores os quatro accionistas mais vo-
121
486 1865 13 de novembro

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR

Havendo.-se conhecido que a portaria de 7 de julho ultimo não preenche completa-


mente o flm que se.desejou alcançar, por isso que muitas praças desertadas na cidade do
cabo da Bòa Esperança conseguem occultar-se emquanto os navios a que pertencem se
demoram n'aquellas paragens, apparecendo logo depois desassombradamente confiando
na impunidade: manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pela secretaria
(1'estado dos negocios da marinha e ultramar, que o major general da armada expessa as
necessarôas.ordens aos commandantes dos navios do estado, para receberem todos os in-
dividuos que lhes forem apresentados da parte dos agentes consulares na possessão ingleza
do cabo da Boa Esperança como sendo desertores da armada, e que, passando os compe-
tentes recibos, entreguem os referidos desertores, caso não sigam logo para o reino, ao
commandante do navio de guerra nacional que encontrarem e tiver probabilidade de che-
gar primeiro a Lisboa.
Paço, em 13 de novembro de 1 8 6 V i s c o n d e da Praia Grande.
• • . ' • • ' D. do L. n.° 288, de 20 dc dez.

tados e o possuidor de obrigações que entre outros possuidores dos mesmos titulos, igualmente vota-
dos, tiver alcançado maior numero de votos-, salvo o parentesco que entre elles haja até o quarto grau,
contado pelo direito canonico.
Art. 39.° Qualquer accionista ou possuidor de obrigação ou obrigações é elegível director. Entre-
tanto para que.o eleito possa entrar em exercicio deve depositar na caixa da companhia averbadás em
seu nome vinte acções ou vinte obrigações, conforme tiver sido apurado director accionista ou pos-
suidor de obrigações.
Art. 40.° A direcção, que é sempre e em qualquer tempo revogável pela assembléa geral, é eleita
de dois em dois annos depois da approvação das respectivas contas annuaes. Só é permittida a reelei-
ção de dois dos quatro directores accionistas e do director possuidor de obrigações;
Art. 4-1.° A direcção é obrigada:
1.° A reunir-se ao menos uma vez por semana, lavrando em livro especial actas das suas reuniões
e deliberações, que não serão validas sem a conformidade de tres votos;
2.° A não processar documento que signifique responsabilidade social, sem que vão n'elle assigna-
dos ao menos dois dos quatro directores accionistas;
3.° Á cumprir quanto dispõem as leis e regulamentos ácerca dos concessionarios e exploradores
de minas e em geral as disposições d'estes estatutos;
4." A ter a escripturação em dia, regularmente arrumada por partidas dobradas, conforme ao co-
digo commercial, e sempre patente á commissão fiscal, junta ou a qualquer dos seus membros de
per si;
5.° A ter os fundos depositados num estabelecimento de credito, preferindo aquelle que, em igual-
dade de seguranças, der premio pelo deposito;
6.° A dar annualmente conta da sua gerencia á assembléa geral, apresentando relatorio desenvol-
vido da administração, balanço das contas, inventarios e descripção e orçamento provável dos trabalhos
do anno seguinte, documentos de que deve dar conhecimento á commissão fiscal oito dias antes dos
annuncios de convocação da assembléa geral;
7.° A apresentar em todas as reuniões da assembléa geral uma lista dos accionistas e possuidores
de obrigações, com a indicação do numero de titulos que cada um possue averbados em seu nome
cpm.antecipação de sessenta dias;
8.° A não fazer com a companhia transacções por conta própria sem auctorisação da assembléa
geral, dada para certas e determinadas operações;
9.° A não fundar estabelecimentos ou quaesquer officinas de tratamento minério sem approvação
da assembléa geral. '
Art. 42.° A direcção tem direito:
1.° A administrar e arrecadar os haveres da companhia;
2.° A nomear, demittir e fixar ordenados a todos os empregados;
3.° A fazer alterar e vigiar a execução dos regulamentos que julgar necessarios para cada um dos
ramos de serviço;
4.° Á gratificação annual de 1:000^000 ou 200^000 réis cada director, emquanto não estiverem
completamente pagas as 3:500 libras ou 45:750^000 réis de que trata o artigo 22." e depois d'isso só
á percentagem de 3 por cento sobre os lucros líquidos, mas de modo que cada director não receba an-
nualmente gratificação inferior a 200$000 réis. . . " " . .

CAPITULO VI ~
Da commissão fiscal
Art. 43.° É creada uma commissão fiscal, composta de tres accionistas, com as mesmas1 incompa-
tibilidades de que trata o artigo 38.°, eleita pela assembléa geral ordinaria em escrutínio secreto, mas
separadamente e aptes da eleição dos directores. Haverá outros tantos substitutos parasiipprirem, pela
13 de novembro 1865 4#7

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
4. A REPARTIÇÃO

Por decreto de 7 do corrente mez foram creadas cadeiras de ensino primario para o
sexo masculino nas seguintes localidades: -
- Freguezia "de Bouça Cova, concelho de Pinhel, districto da Guarda— com o subsidio
djí casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santo Antonio da Lomba, concelho de Gondomar, districto do Porto —
com p subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
Freguezia de Santa Maria de Paços, concelho de Sabrosa, districto de Villa Real—com
o subsidio de casa e utensílios pela junta de parochia respectiva.
O provimento d'estas cadeiras não poderá effectuar-se sem que tenham sido .satisfeitos
os subsidios supra indicados, na conformidade da circular de 22 de dezembro de 1859.
(Diario de Lisboa n.° 47.) D. ã e L . 2 5 7 j de 13 denor .

ordem dos mais votados, os proprietarios commissarios, como elles e na mesma sessão eleitos, mas em
votação separada e só depois de apurada e proclamada a eleição da commissão.
Art. 44.° Á eleição para a commissão fiscal prefere á eleição para a direcção.
Art. 45.° Os firise attribuições da commissão fiscal junta ou de cada um de seus membros per si
são, todas as vezes qtie ó julgar conveniente: ' <
'
1.° Examinar os livros da companhia e as operações da direcção;
2." Verificar o estado da carteira e caixa e sua conformidade com a escripturação;
3." Penetrar nos estabelecimentos, armazens, depositos, escriptorios op outras dependencias da
companhia; ,,
:
Exigir a comparência dós agentes e empregados da companhia, e na sua'falta pedir a expensas
da mesma companhia a assistência de agentes e empregados estranhos, quando para o bom desempe-
nho da sua commissão julgar indispensaveis as suas informações.
Art. 46.° A informação fiscal é obrigada a fazer á assembléa geral ordinaria um relatorio annual
em que consigne o resultado das suas observações durante o anno e emittir parecer ácerca do relato-
rio, balanço, inventarios e propostas da direcção, para o que deve ser pela mesma direcção hábiiitada
nos termos do artigo 41.', n.° 6.° Tambem a mesma commissão, quatorze dias antes do lixado para a
reunião da assembléa geral, deve transmittir á direcção copia do seu relatorio fiscal, para que possa
ser convenientemente impresso com o dos directores.

CAPITULO V i l
Disposições geraes
Art. 47.° O anno social da companhia é contado de 1 de janeiro a 31 de dezembro.
Art. 48.° Dos lucros líquidos da companhia (depois de pagas as 3:500 libras ou 15:7500000 réis
de que tratam os artigos 6." e 22.°), deduzida a percentagem da direcção, se tirará annualmente o equi-
valente a iQ por cento para um fundo de reserva, cuja applicação será fixada pelas assembleas geraes.
Art. 49.° Dentro de quinze dias depois de qualquer resolução da assembléa geral, os documentos
que lhe disserem respeito serão affixadosjia casa da companhia ,èm logar aceessivel ao publico, onde
permanecerão no deèurso dè toda uma gerencia completa; a saber:
1." Os apuramentos das eleições:
l » , O s nomes dos accionistas ou possuidores de obrigações, que estiverem presentes em cada as-
sembléa geral, com o numero de titulos que representam;
3.° Os relatorios da direcção e commissão fiscal, balanços, propostas e resoluções, que a assembléa .
geral tomar a tal respeito^
4." Em geral os documentos que a companhia é obrigada a apresentar no tribunal de commercio
ou no ministerio das obras publicas, commercio e industria.
§ unico. Toda e qualquer pessoa, accionista ou não, tem direito a ir a qualquer dia de trabalho,
e nas horas ordinarias d'elle, á casa da companhia consultar os ditos documentos aíBxados.
Art. 50.° Nenhuma alteração feita n'estes estatutos poderá começar a ter execução sem preceder
a approvação do governo.
Assim o disseram, outorgaram e aceitaram, sendo testemunhas presentes Joaquim Augusto do
Nascimento Dias e José Eduardo da Silva, empregados n'este escriptorio, que assignam com os outor-
gantes depois de lhès ser lida esta escriptura por mim tabellião Francisco Vieira da Silva Barradas,
que.' a escrevi. D'ésta 60000 réis.=Carto* Ferreira dos Santos Silw=Joãó âa Gama Barró$=Frnto-
cisco Ribeiro da Cunha—Joaquim Augusto do Nascimento Dias=José Eduardo da Sika.
E eu, Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião publico de notas n'esta cidade d e Lisboa, esta
escriptura fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em
piibircoe' razo.
Em testemunho de verdade—Fmncisco Vieira da Silm Barradas.
Paço, em 7 de novembro de 1865.=Co«dfl de Castro.
488 1865 13 de novembro

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO•• N.° «5
Secretaria d'estado dos negócios da guerra, 13 de novembro de 1865
Declara-se que não terão andamento os requerimentos para a medalha commemora-
tiva da divisão auxiliar á Hespanha, que não sejam acompanhados dacertidãq a que se re-
fere a prescripção 5. a da ordem do exercito n.° 5 de 1864; e ainda de uma nota do que
a respeito de cada um dos pretendentes constar das relações de mostras respectivas ao
corpo e epocha em que os mesmos desempenharam o serviço que tiverem a allegar, quando
porventura esta circumstancia não se ache expressa n'aquelle documento.
D, de L. n.° 269, do 27 de nov.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2." DIUECÇÃO
2.» REPARTIÇÃO^

Tendo o governador geral da provincia de Moçambique submettido á regia approvação


o regulamento, por elle formulado e mandado vigorar provisoriamente, para a cobrança
do imposto estabelecido por decreto de 28 de agosto de 1858 sobre os escravos validos,
depois de ter para tal fim ouvido a respectiva junta de fazenda, segundo o disposto no ar-
tigo 2.° do mesmo decreto; e conformando-me com o parecer do conselho ultramarino,
emittido a tal respeito em consulta de 3 do corrente mez: hei por bem, em nome de El-
Rei, determinar que ás juntas encarregadas nos diversos districtos da provincia de Mo-
çambique do lançamento e arrecadação da decima predial, industrial e de fóros, seja in-
cumbido todo o processo relativo ao imposto sobre escravos, na conformidade das instruc-
ções que d'este decreto fazem parte, e baixam assignadas pelo ministro e secretario d i s -
tado interino dos negocios da marinha e do ultramar.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
em 14 de novembro de 1865. == REI, Regente. = Visconde da Praia Grande.

Instrucções a que se refere o decreto d'esfa data, para o lançamento e cobrança


do imposto sobre escravos, estabelecido pelo decreto
de 28 de agosto de 4858
. Artigo 1 O recenseamento para o imposto sobre escravos na provincia de Moçambique
è commettido, em cada um dos seus districtos, ás juntas do lançamento da decima, esta-
belecidas pelo 1 1 . ° do artigo 11.° do decreto d e j de setembro de 1854.
Art. 2.° As regras estabelecidas para o lançamento e cobrança do referido imposto pe-
las instrucções de 10 de agosto de 1860, approvadas por decreto da mesma data, serão
tambem applicadas ao lançamento e á cobrança do imposto sobre escravos, com as seguin-
tes declarações:
1 . a O lançamento do imposto sobre escravos, correspondente a um anno, será feito
pelas juntas que forem nomeadas no anno anterior.
2- a Nos editaes de que trata o artigo 3.° das mencionadas instrucções se acrescentará
- a declaração do pagamento do novo imposto sobre escravos, como elle está determinado
para a provincia de Moçambique no artigo 1.° § 2.° do decreto de 28 de agosto de 1853.
3. a Para a base do lançamento d'este imposto será remettida ao presidente da respecti-
va junta de cada districto uma certidão authentica.dos escravos registados no mesmo dis-
tricto, extrabida do registo geral existente na secretaria do governo da provincia. As jun-
tas, á vista de taes certidões, coliectarão os donos dos escravos nas quantias corresponden-
tes ao numero d'estes, e segundo os sexos, na conformidade do mencionado artigo 1.°
§ 2.° do decreto de 28 de agosto de 1858. / , •
4. a Determinada as collectas, serão escriptas nas relações de lançamento dè que trata
o artigo 20.° das instrucções de 10 de agosto de 1860, para o que o modelo C das ditas
instrucções será substituído pelo que vae indicado sob a mesma letra G,
14 de novembro 1865 m
5. a Serão attendidas para isenção de collectas no imposto sobre escravos as Seguintes
reclamações:
I Por morte do escravo.
N'este caso se lançará na respectiva certidão do registo a nota do fallecimento, e o pre-
sidente da junta do lançamento a communicará á secretaria do governo da provincia, para
se dar baixa ao escravo.no registo geral. , ' '
II Por fuga, estando o. escravo em parte incerta.
N'este caso se Jançará a competente nota na certidão, e se dará igualmente communi-
cação d'ella á secretaria do governo da provincia, para os effeitos convenientes: ' —
Quer no caso d'este numero, quer no do numero antecedente, a reclamação surtirá ef-
feito pela simples declaração, escripta e assignada, do dono do escravo.
III Por não ser valido o escravo. '
Ifeste xaso será indispensavel a apresentação do mesmo escravo, para se verificar a
sua incapacidade. Reconhecida esta, se lançara a competente nota na certidão do registo,
especiíicando a natureza da incapacidade, e de tudo se fará communicação á secretaria do
governo da provincia, a fim de ser posta igual nota no registo do escravo.
IV Por transferencia da posse no escravo:
Esta reclamação não poderá ser attendida senão em presença de documento authentico
do registo do escravo em nome do novo possuidor, feito tal registo antes do fim do anno
a que corresponder o imposto.
•N'este caso será collectado o novo possuidor, dando-se o conveniente conhecimento á
junta de lançamento da localidade da sua residencia, se esta não for a mesma do possuidor
antecedente.
6. a As quotas do imposto por escravos serão incluídas nos conhecimentos de que trata
o artigo 29.° das sobreditas instrucções, para o que os ditos conhecimentos (modelo E
das mesmas instrucções) passarão a ter a fórma que vae indicada sob igual letra.
•7.a Para fim similhante, de conterem tambem as addições do imposto sobre escravos,
os modelos D, F, G, H, I, J, L, M, N e O serão modificados, como se exemplifica nos que
vão adjuntos com as mesmas letras.
8. a A percentagem que compete aos secretarios das juntas de lançamento da decima,
determinada no artigo 51. 0 das mencionadas instrucções de 10 de agosto de 1860, será
tirada da totalidade dos lançamentos, comprehendendo estes o imposto sobre escravos.
9. a Até ao fim do mez de janeiro de cada anno serão enviadas aos chefes dos districtos,
pela secretaria do governo geral, notas authenticas das alterações havidas no registo dos
escravos com relação áo anno antecedente, que possam influir no lançamento ;do tributo
respectivo, como são: fallecimento, entrada na idade que sujeita aò pagamento do im-
posto, ou excesso sobre o limite daquella que d'elle isenta, transferencia de domi-
nio, etc;
O lançamento de cada anno será feito em vista do do anno anterior, e das notas so-
breditas; sendo sobre este trabalho primitivo que poderão versar as reclamações dos in-
teressados.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 14 de novembro de 1865.
= Visconde da Praia Grande.

MODELO G
Relação nominal de todos os individuos collectados no 2.° semestre de 1864,-
d.° do anno economico de 1864-1865
o
Importancia das decimas
l£ i§ Imposto
- Nomes sobre Multas To lai Observações
•£=>S§ escravos
ta Predial Industrial De fóros De juros
0

1 David José 20000 100000 10000 20000 40000 10500 200500


-0- -0-
8 Bernardo José.. 20000 20000 30000 10000 80000
-0-
20 Caetano Antonio 10000 10000 -0- -0- 20000

Moçambique,... de . . . de 1 8 . . .
(Assignatura de todos os membros da junta do lançamento.)
122
im 14' de novembrè

MODELO D

DISTRICTO DE , CONCELHO DE . . FREGUEZIA DE

lançamento da decima predial, industrial, de fóros e de juros, comprehendendo


o imposto sobre escravos, do 2.° semestre de 1 8 . . . 1.° do antío
economico de 1 8 . . . a 1 8 . . .

Números Collectas de decima

Ruas e propriedades 2 o

N.° 1
Rua das Amoreiras
i e 2 Propriedade dè António Thomás, sita na rua das Amorei-
ras; consta de casas baixas com duas lojas, foreira á ca-
mara municipal em 600 réis annuaes. Arrendada a pri-
meira a José Antonio, taberneiro, por 30$000 réis an-
nuaes, 6 a segunda por conta do senhorio, e louvada em
2511000 réis.
Decima predial ao senhorio
Industrial ao inquilino pela taberna
Decima de fóros ao senhorio directo
Imposto sóbre escravos
Mulfa por não ter dado a declaração competente.

N.° 2
3,4,5 Propriedade de Manuel Joaquim Soeiro, sita na mesma
rua; consta de Casas altas e baixas, com os n.°* 3, 4 e 5.
; Toda por conta do senhorio, que é negociante de peque-
no trato, e é foreira a João Francisco Torres em 400 róis
annuaes.
3e6 Decima predial e de industria como negociante
7 De fòro ao directo senhorio
8 Imposto sobre escravos
9 Multa.ao senhorio por não dar exacta declaração

BESUMO

Aos . . . dias do mez de . . . de mil oitocentos . . . n'este


districto de . . . e casa das sessões da junta do lançamento
dâ decima pertencente ao . . . semestre do anno de 18.
e . . . do anno economico de 1 8 . . . - 1 8 . . . , se houve por
concluido e encerrado o lançamento; e feito resumo de
todas as parcellas que comprehende, se achou o resultado
seguinte:
Decima predial (por extenso) $
Decima industrial ;....... $
Decima de fóros ...../ $
Imposto sobre escravos •••••• $
- • — , ' Somma.. $

: E para constar.lavrei o presente termo de encerramento


é : resumo, que commigo assignarem todos os vogaes da
junta. F . . . , secretario, o escrevi:
—I : —:

(Assignatura de todos òs membrosj— no fim do lançamento'.)


14 de novembro 1865 m
MODELO E
FAZENDA PUBLICA DA PROVINCIA DB MOÇAMBIQUE FAZENDA PUBLICA DA PROVINCIA DE MOÇAMBIQUE

N . ° . . . semestre de 1 8 . . . - 1 8 . . . â l l i f • • semestre do anno economWdé 1 8 . . . - 1 8 . . .

Districto de . . . â H Í » Districto de • •• ( d e predios.... 0


Concelho de . . . c£2 g Concelho de . . . DecimaJde fóros §
„ . . (Daí» )
Freguezia de . . . g g g Freguezia de . . . (de industria . . $ .

Capitulo 1.°—Réis.... £ g g g Imposto sobre escravòs $


Q ã g Capitulo 1.°—Réis.... í
F . m o r a d o r n . . . de . . . n.° . . . deve S3ujp>
pagar a quantia de . . . , importancia em " S í f S ! . . .
que foi collectado no semestre dito, peia ^ o g Pagou o sr. . . . a quantia de . . . , importancia
decima . . . e pelo imposto sobre escravos. <Q p > ™ que foi collectado no semestre dito, pela deci-
. . . d e . . . de 1 8 . . . c 8 f | § m a • • • e P e l° imposto sobre escravos.

O recebedor, . . . aásgfg»
O secretario da junta do lança- crsggsp O recebedor, . . .
mento, . . . ce^S» O secretario dajunta do lançamento,...

......... MODELO F ,. ..
A junta do lançamento da decima do districto de; . . . certifica que a importancia das collectas,
comprehendendo o imposto sobre escravos no . . . semestre de 1 8 . . . do anno economico dè 18. . - 1 8 . .
foi de . . . (por extenso), sendo:
De decima predial £
• De decima industrial. f •
De decima^ de fóros . . . . : . . . . . . .; . '
De der.ima de juros 'f
De impostos sobre escravos $
De multas $

O que tudo perfaz á dita quantia de . . . , como consta dos respectivos lançamentos e livfo de ar-
recadação, que n'esta data é entregue áo competente recebedor, de que passou recibo no verso.
. . . d e . . . de 1 8 . . . . - - r

Recebi o livro da arrecadação da decima e do imposto sobre escravos, o qual consta de .... co-
nhecimentos com os n.°*... a . . . , todos na importancia de como declara a certidão, alem da res-
pectiva verba do sêllo com que devem ser carimbados.
. . . de . . . de 1 8 . . .
0 recebedor,
MODELO G
1864-1865
Resumo do rendimento dãs differentes decimas e do imposto sobre escravos
da provincia de Moçambique no . . . semestre do anno
economico de 18. . . - 1 8 . . . - :

Decimais •
.
~—7 Ilnportd - i
Districtos De capitaes sobre Total
Predial De fóros Industrial • escravos—
Gratuitos A juro

Moçambique • $ &
Cabo Delgado • ê £ . * $
Quelimanel í
& $ 0 - #
Sena
$ $
Tete
Sofalla...; «
$> •
$í 3
ê
$
Inhambané ê * $ ' f í
Lourenço Marques. s>
. J, ... . 0 . ... . - -J . -
492 1865 13 de novembro

MODELO H
DISTRICTO DE . . .

Estatistica dos lançamentos da decima e do imposto sobre escravos

Decima Cobrança

De predios Pertencenl es Pertencentes


Desij; ao anno findo a annos anteriores
Total
epochas
O
V
•S

Somma...

MODELO I
AVISO

Pela repartição competente se annuneia que no dia . . . do . . . se abrirá o cofre para a arrecada-
ção das collectas da . . . e do imposto sobre escravos no . . . semestre de 1 8 . . e que o mesmo cofre
se conservará aberto pelo espaço de trinta dias, a contar da data da abertura, desde as nove horas da ma-
nhã até ás tres da tarde, a fim de se receberem as importancias do lançamento
. . . em . . . de . . . de 1 8 . . .
O recebedor,

MODELO J
conhecimentos
conhecimentos

Importancias recebidas
Números
Datas

pagos

Somma
dos
dos

Decimas Imposto Tolal por


solire Sêllo conferencia
Predial Industrial De fóros De juros escravos

MODELO L
Relação dos collectados que não pagaram nos dias marcados no edital de . . . d e . . . em
consequência do que são por este modo chamados a satisfazer dentro de . . - em que
novamente se abre o cofre, sob pena de serem compellidos a pagar mais 3 por cento
e as custas da execução

Importancia em que estão collectados

Nomes Decimas Imposto Tolal


sobre Sêllo
Predial Industrial De fóros b e juros escravos

<

O escrivão da junta, O recebedor,


li) de novembro 1865 493

MODELO M
N.° . . .

• Certifico que dos livros da arrecadação das decimas e do imposto sobre òscraVos,"d'estc districto,
consta que . . . se acha responsável pela quantia seguinte, addição em que foi collectíidô nò ,; ..'. feemcs-
tre de 1 8 . . . do anno economico de 1 8 . . .--18... pela qual deve ser executado com mais 3 por cento,
que se addicionain por não ter pago á bóca do cofre, sendo:

Decima predial.,,, #
Decima industrial $
Decima de fóros $
Decima de juros í>
Imposto sobre escravos .,. • #
Somma réis #

E outrosim certifico que se fez o competente aviso, como consta da nota que se acha no verso do
respectivo conhecimento. • .

O escrivão da junta, O recebedor,


MODELO N
Relação das certidões qué se entregam para serem relaxadas, da decima e do imposto
sobre escravos do . . . semestre de 1 8 . . q u e devem os collectados
abaixo mencionados

Namoros
Komcs dos collectados das certidões . Importancias Patas dos pagamentos f.

!
' : :• 'Í •';;•!>.;.

Somma. & 1 r '

Importam em . . .
Recebi as relações constantes d'esta relação . . . de . . . de 1 8 . . .
O...
MODELO O
Certifico haver, cobrado desde o dia . . . até . . . dos collectados nVste districto, de decimas e do
imposto sobre escravos, tudo pertencente á fazenda, a quantia de . . . D. Sol. n."ãat, de21 denw.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


DIRECÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE
1. 8 REPARTIÇÃO

Deprehendendo-se dos documentos que offlcialmente se receberam na.direcção geral


da contabilidade do thesouro publico, que em poder de muitos recebedores das. secções
dos bairros e dos das comarcas dos districtos do continente do reino existem demoradas
dè semanas para semanas sommas em dinheiro que deveriam, apenas cobradas, tejr dado
entrada nos cofres centraes, na fórma estatuída nos regulamentos da fazenda pubíjca; e
cumprindo evitar que taes fundos estejam assim retidos sem causa justificável; e portanto
desviados da applicação legal a que são destinados: manda Sua Magestade El-Rei, Regente
em nome do Rei, que, pela referida direcção geral da contabilidade, se expeçam as mais
terminantes ordens aos delegados do thesouro nos ditos districtos, para estes funcciona-
rios ordenarem a immediata passagem de todos os fundos existentes em poder dos diver-
sos exactores, para os respectivos cofres centraes, tendo a maior attenção no cumprimento
d'este preceito, e empregando, todas as diligencias ao seu alcance para que^de futuro
494 1865 13 de novembro

não existam fóra dos ditos cofres, sob pretexto algum, as receitas provenientes dos ren-
dimentos publicos.
Paço, em 15 de novembro de 1865.=4w?om'o Maria de Fontes Pereira de. Mello. =
Para a direcção geral da contabilidade do thesouro publico. D . de n.° aró, de u de nov.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS :


RESOLUÇÃO N.° 2 9 2

O conselho geral das alfandegas:


Visto o recurso interposto por José Joaquim Alves, relativamente a uma porção de
porte-motinalèS:
' "Visto o auto da conferencia dos verificadores ;
1
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 18G0;
Considerando que os porte-monnaies em questão se acham incluídos na excepção do
artigo 26.° das instrucções preliminares da pauta, por isso que o velludo que n'elíes en-
tra,-ÇIQ ématerja.principal, mas sim accessoria ;
Considerando que foi esta a intenção d'este conselho quando, pela sua resolução n.° 187,
estabeleceu que estes objectos deviam pagar o direito que determina o artigo 26.° dos
mesmos preliminares da pauta;
Considerando finalmente que, excluído o velludo dos porte-monnaies questionados, a
materia que fica sujeita a maior direito é a carneira;
Resolve:
Artigo unico. Os porte-monnaies que motivaram esta contestação devem pagar o di-
reito estabelecido para os objectos de pelle ou couro em obra não especificados, isto é,
1)5(000 réis por kilogramma.
' Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 15 de
novembro de 1865, estando presentes os v o g a e s = Simas= Serzedello Júnior, relator =
Santos Monteiro — Abreu= Nazareth= CostaCouceiro. d. de l. n.° s6o, de 16 de nov.

RESOLUÇÃO N.° 2 9 5

O conselho geral das alfandegas :


• •"• Visto o recurSo interposto na alfandega do Porto, sobre a classificação detíeíà sacas
c e m assucar, ali apresentadas a despacho por Buzaglo dê G. a , sob hiarca' F. B. B.; 'idas de
Liverpool pelo vapor inglez Castelian;
Visto o auto da conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso ;
Visto o ensaio chimico a que se procedeu;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que o assucar da questão, pelo cheiro e sabor, se reconhece não estar
expurgado;
Considerando que, pelo ensaio chimico ao qual se procedeu, resulta encontrar-se-ihe
âiflda quantidade de melaço; •••••••'.•.>:>••,.
• • ReSôlve: • • • - _
; l , r A í M ^ u n r c o . O ãssuò'ar de gdetratá estè féculwíèáÊS-:ôiôiif^êBfetniÉo'ria-àttSfjoW. 0
"da j S t à t a , s t i j e i t o ao direito de 75',4 r é i s p o í - k i l o g í a m i f t f r c f r ^
foi adoptada pelo-^^lK^^atflãá^atfànâèg^-ètoâÔSââty-ail l;5rdfe!íío-
fSéâaBgo dè < 1865; èstândõ píesenttefe OS Y&gaes^: Simas ^Ãbreii, Múb¥=§ktiM'Èíòn-

u
'•' " ." 'T ' ' -> •• >•"'• " í/.'âe L\ií} âéÓí dé'lí (Íé ndv!
: ' '. r " . . •••••. iú, • • ,'í! r/l • • i I' i •. i
li) de novembro 1865 495

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


DIRECÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE
1 . ' REPARTIÇÃO

,Achando-se por cobrar nos districtos do continente do reino era 30 de junho ultimo a
avultada somma de 758:506^723 réis, proveniente das contribuições prediiaí, pfíssqal é
industrial, de que pertence a exercicios lindos a de 317:259^407 réis,, coíligindo-se .(Teste
facto que a arrecadação não foi effectuada com aquelle zêlo que o interesse da fazenda pu-
blica,reclama; e sendo indispensavel proseguir com a maior actividade, na cobrança não só
d'aquellas contribuições, mas de todos os rendimentos e mais impostos que estão emdjvi-
da, empreganclo-se para esse fim os meios energicos que as leis auctorisar»: manda Sua
Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, que pela direcção geral da contabilidade do
.thesouro publico se expeçam aos respectivos delegados do thesouro as ordens necessárias,
p r a que activem com a maior efficacia as referidas cobranças, servindo-se para esse effei-
to dos recursos que têem ao seu alcance, e que reputarem mais conducentes para a prom-
pta grrecadação que tanto é mister promover.
Paço, em 17 de novembro de 18(jti.—Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello —
Para a direcção geral da contabilidade do thesouro publico. D - d o t u ^ m deisdenov.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DE AGRICULTURA

Tendo-se n'estes ultimos annos introduzido muitos melhoramentos na exploração das


matas nacionaes, creando-se diversos estabelecimentos, indispensaveis para realisar os
progressos da sciencia e das artes florestaes, cujas vantagens eram entre nós desconhe-
cidas; ,
.Considerando que, para satisfazer aos indicados fins, é mister, na conformidade do
n.° 3.°, § 3.°, artigo 3.° dò decreto de 3 de outubro de 1864(1), recorrer á proficiência
do pessoal technico, tanto para fundar os referidos estabelecimentos, como para âirigir
as funcções industriaes a que elles são destinados;
Gonsiderando finalmente que o regulamento por que se governa a administração .das
matas nacionaes, publicado em 7 de julho de 1847, não podia attender às necessidades
do serviço, manifestadas em epocha posterior A data do mencionado decreto:
• Ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, emquanto se não re-
gula definitivamente este assumpto, ordenar, pelo ministerio das.obras publicas, com-
mercio e industria, que se executem as seguintes instrucções regulamentares, que fa-
zem parte d'esta portaria. , w , , • •..„ ,
: O que se communica ao administrador geral das matas, para sua intelligencia e mais
effeitos.
,, Paço, em 18 de novembro de 1865. = Conde de Castro.

lnstrucções a que se refere a portaria (Tesíá dátá


Àrtigo l . ° 0 serviço das ihatas nacionaes divide-se e m d u a s secções: ' s é f y i ^ . a d m i -
!
Jiis^iitò prôpHàínènte ditò e s'èrvi'ço technico. • •..
; 1 1 . ° Q serviço adihihistrativo comprehende: . , ' .
r . i : 0 A inspecção e fiscalisação geral de todos os serviços; . ...
2.° Á direcção e governo-economico de todas as administrações.locaes'; .
3,° A disposição dos fundos votados no orçamento, na conformidade das aucíórisa-
çoeslegaes;

(1) È o decreto que organisou o corpo de engenheria civil e seus auxiliares. Boletim de novem-
bro, paginá &65.
m 1865 18 (le novembro

4." A arrecadação de todos os rendimentos das matas e estabelecimentos annexos;


5.° A organisação da contabilidade das diversas repartições subordinadas á adminis-
tração geral das matas.
I 2." O serviço technico comprehende:
1.° O plano de exploração de todas as matas nacionaes;
2.° A indicação dos processos de silvicultura concernente ás sementeiras, plantações,
limpezas e desbastes;
3.° A direcção de todos os estabelecimentos industriaes annexos á administração geral
das matas;
4.° Os projectos, orçamentos e execução das vias de communicação, das obras de arte
e de quaesquer outras construcções florestaes.
Art. 2.° O pessoal da administração das matas nacionaes compõe-sedo administra'-
dor geral e dos mais empregados, constantes do regulamento de 7 de julho de 1847.
Art. 3.° Alem dos empregados a que allude o artigo antecedente, o pessoal da ad-
ministração das matas nacionaes comprehenderá os engenheiros florestaes e outros em-
pregados technicos que o serviço exigir.
Art. 4.° O serviço da administração das matas nacionaes será dividido nas seguintes
repartições:
1 . a Administração geral;
2. a Administrações locaes:
3. a Contadoria;
4. a Armazens, depositos e estancias de madeiras:
Caminho de ferro americano, hiates e saveiros; ,
6. a Fabrica de terebinthina:
7. a Fabrica de alcatrão;
8. a Estaleiro da injecção de madeiras.
Art. 5.° Alem das attribuições conferidas ao administrador geral das matas pelo re-
gulamento de 7 de julho de 1847, incumbe-lhe:
l .° Propor ao governo a nomeação e collocação de todos os empregados necessarios
para os serviços creados depois da data d'aquelle regulamento, e bem assim a exoneração
dos que não convierem aos ditos serviços; •
2.° Submetter annualmente á approvação do governo os planos da exploração de to-
das as matas nacionaes, e opportunamente os projectos e orçamentos de que trata o n.° 4.°,
§ 2.° do artigo 1.° d'estas instrucções regulamentares;
3.° Authenticar a applicação dos fundos votados no orçamento, na conformidade das
auctorisações legaes;
4-.° Fiscalisar a arrecadação dos rendimentos de todas as matas nacionaes e estabele-
cimentos annexos;
5.° Enviar annualmente ao governo uma nota demonstrativa do movimento da receita
e despeza da administração das referidas matas, devidamente documentada.
Art. 6.° A repartição da contadoria, estabelecida pelo decreto de 7 de julho de 1847
na Marinha Grande, terá em Lisboa uma delegação, confiada a pessoa idónea e devida-
mente afiançada, para a transferencia de fundos e mais operações de thesouraria em Lis-
boa e nas administrações das matas proximas d'esta cidade.
1 1 . ° Todos os documentos de despeza serão verificados na repartição de agricultura
antes de darem entrada na repartição de contabilidade do ministerio das obras publicas,
commercio e industria.
• § 2.° Os ditos documentos serão organisados segundo o modelo que superiormente será
enviado á repartição da contadoria das matas.
§ 3.° As verbas votadas em cada um dos artigos e secções do capitulo 9." cio orçamento
não poderão ser distrahidas de umas para outras applicações sem auctorisação superior.
Art. 7.° Todas as repartições designadas no artigo 4.° desde o n.° 4.° até ao n.° 8, ficam
subordinadas immediatamente ao administrador dos pinhaes de Leiria, ao qual competirá
indicar ao administrador geral os chefes e empregados que, na conformidade do n.° 1.°
do artigo 5." d'estas instrucções, devem ser propostos ao governo.
§ unico. Os operarios que entrarem nas folhas semanaes não sãoconsiderados empre-
gados para os effeitos d'eslas instrucções.
Art. 8.° Não se poderá fazer vencia de quaesquer productos das matas nacionaes sal-
vos os casos determinados no regulamento de 7 de julho de 1847, senão pelos preços mar-
cados em uma tabella.
21 dtí novembro 1805 497

I unico. O administrador geral das matas, ouvidos os chefes das repartições compe-
tentes, submetterá annualmente ao governo aquella tabella, motivando a alteração dos
preços, quando esta alteração se verificar.
Art. 9.° Não se poderá fazer acquisição de objecto algum para a administração das ma-
tas nacionaes, sem a requisição por escripto do chefe da respectiva repartição, e sem
que essa requisição seja approvada pelo administrador geral, se o objecto importar em
mais de 10$000 réis, salvos os casos de extraordinaria urgencia, de que s e d a r á parte
depois da compra effectuada e das rasões que para isso houve.
Art. 10.° E expressamente prohibido a todos e quaesquer empregados da adminis- :
tração das matas nacionaes receberem ou pagarem quaesquer quantias por conta da dita
administração, uma vez que para esse effeito não houverem sido superiormente auctorisa-
dos, e bem assim se prohibe aos mesmos empregados de entrarem directa ou indirecta-,
mente em quaesquer contratos, tanto de venda dos productos florestaes como de forne-
cimento de quaesquer objectos que digam respeito á referida administração.
Paço, em 18 de novembro cie 1865. = Conde de Castro. d0 L. „.» 263| do 20 Jo U0I.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3." REPARTIÇÃO — S.» SECÇÃO

Constando a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, por oliicio do conselheiro
enfermeiro mór do hospital de S. José, que entre os administradores dos concelhos de
Tábua e Oliveira do Hospital se suscitara questão sobre serem ou não os administradores
dos concelhos cabeças de comarca os únicos competentes para tomarem as CQDtas de le-
gados pios, quer cumpridos qtier não cumpridos; o mesmo augusto senhor, conforman-
do-se com o parecer do conselheiro procurador geral da corôa, de 11 de julho de 1853;
e attendendo a que é pelas contas que se mostra ou o cumprimento dos legados pios ou a
falta d'elle, para n'este ultimo caso se seguir o processo e dar applicação áquelles legados,
segundo as prescripções das leis, d'onde resulta que não é nem póde ser diversa a conta
dos legados pios cumpridos da dos não cumpridos;
Attendendo a que esta doutrina se deduz tambem da combinação do artigo 1.° do de-
creto de 24 de dezembro de 1852 com o artigo 1.° do decreto de 5 de novembro de
1851:
Manda declarar ao governador civil de Coimbra, para que o faça constar aos administra-
dores dos concelhos do seu districto, que as contas de todos os legados pios hão de ser
prestadas perante os administradores dos concelhos, cabeças de comarca, devendo os ad-
ministradores dos outros concelhos enviar aos clas cabeças de comarca copia das disposições
pias que se encontrarem nos testamentos que fizerem registar, á fim de que o administra-
dor do concelho, cabeça de comarca, possa exercer a fiscalisação que em tal assumpto lhe
compete.
Paço, em 21 de novembro de 1865. = Joaquim Antonio de Aguiar.
D. dc L. iu° 267, du 24 d$ nor.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—I." SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos com que pretende fundar-se em Beleín uma associa-
ção de soccorros mutuos denominada «associação philanthropica e artística das freguezias
de Belem e da Ajuda»; . : •„• ... :
Considerando que as associações d'esta natureza tendem a melhorar, a sorte dos as-
sociados e muito contribuem para a sua moralisação; í . .: ,:í," : v
;
Vista a informação do governador civil do districto administrativo de Lisboa;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das obras
publicas, commercio e industria:
124
498 1865 13 de novembro

Hei por bem, em nome de El-Rei, dar a minha regia approvação aos estatutos da as-
sociação philanthropica e artística das freguezias de Belem e da Ajuda, os quaes constam de
quatorze capítulos e cem artigos, e baixam com este decreto assignados pelo ministro e
secretario d"estadò das obras publicas, commercio e industria, licando a mesma associa-
ção sujeita,nos termos de direito, á fiscalisação administrativa, e bem assim ás disposi-
ções dás. leis de 31 de maio de 1883 e de 7 de abril de 1864, pelo que respeita á acqui-
sição de predios rústicos 'ou urbanos, com a expressa clausula de que a minha regifc ap-
provação lhe poderá ser retirada, se se desviar dos fins para que é instituida, não cum-
prir fíelínente os seus estatutos, ou deixar de remetter annualmente á direcção'geral do
cóiiimercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia.
<9 ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 21 de novembro de 1865.=REI, R e g e n t e . =
Goúãe 'de Castro. D. de L. n.° 268, de 25 de noT.

DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MIJVAS


REPARTIÇÃO DE MINAS — 2." SECÇÃO

Tendo requerido Francisco Quijano, que nos termos do decreto com força de lei de 31
de dezembro de 1852 e respectivo regulamento de 9 de dezembro dè 1853, se lhe con-
ceda a certidão dos direitos de descoberta da mina de manganez, sita no serro da Serpa,
concelho de Castro Yerde, districto de Beja;
Vistos os documentos por onde se prova que o requerente satisfez a todos os quesitos
do artigo 1 12.° do citado decreto;
Vistb o relatorio do engenheiro encarregado da inspecção de minas do 4.° districto do
reino, que por ordem do governo examinou a posição do jazigo e verificou a existencia do
deposito, còmo determina o artigo 13.° do mesmo decreto;
"Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras publicas e minas, emit-
tido em çonâulta de 7 do corrente mez, na qual julga o requerente habilitado na qualidade
de descobridor legal da mina de que se trata:
íla pôr bem Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, conformando-se com a
menciònada consulta, declarar:
1.° Que o requerente é reconhecido como proprietario legal da descoberta da mina
de manganez, Sita no serro da Serpa, concelho de Castro Verde, districto de Beja, cuja
posição Se acha topographicamente designada na planta, que por copia acompanha a p r e -
sente portaria;
2.°: Qúe os limites da demarcação provisoria da referi da mina, notados na planta junta
pelos traços de côr vermelha, formam um rectângulo ABCD traçado pela seguinte ma-
neira: pelo cume do serro do Zambujal tire-se uma linha de direcção NE. SO. e: mar-
quem-se fBO metros para SO. e igual distancia para NE., ficando assim determinados os
pontbs designados pelas letras A e B. Do encontro (ponto D) da margem direita do bar-
ráttico' do Tfesta Com a margem esquerda da ribeira de Cobres tire-se uma linha para NE.
de 300 metros de comprimento e ficará assim determinado o ponto C, que com os pontos
A B e D formarão o referido rectângulo com uma area de 270:000 metroé quadrados pro-
ximamente.
3.° Que nos termos do artigo 14.° do citado'decreto são concedidos ao supplicante seis
mezes, contados da publicação d'este titulo no Diario de Lisboa, para organisar uma com-
panhia au empreza das auctorjsadas pelo codigo commercial portuguez, ou para mostrar
que possue os fundos precisos para a lavra; na intelligencia de que, não se' "habilitando
n'estes termos dentro d'aquelle praso, improrogavel, será a concessão d'esta mina posta a
concurso na conformidade da lei.
4.° Que'por este diploma são conferidas ao supplicante para todos os effeitos legaes,
segundo às disposiçoes do predito artigo 13.?, os direitos que lhe competem como desco-
bridor dâ mencionada mina.
O que tudo se lhe communica para seu conhecimento e mais effeitos, içando obrigado
a apresentai no referido ministerio a certidão de haver feito registar na respectiva cantara
municipal a presente portaria na sua integra, sem o que não terá inteira validade.
Paço, em 21 de novembro de 18§§.=kConde de Castro.Pará Francisco Guijarro.
i).'dc L. n." 285, d e 16 de dez.
22 de novembro 1865

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente, em nome do Rei, o requeri-
mento da companhia de mineração transtagana, em que pede a concéSgão provisoria da
mina de cobre da Commenda, freguezia de Monte de Trigo, no concelho'dè Portel, dis-
tricto dè Evora; "'' 1
Considerando que por portaria de 6 de maio do anno íindo foi José Joaçjpjm de Lenhos
Sousa e Castro declarado descobridor legal d'esta mina, e que por ésc^ipíjirà^lavfaíj^iys
notas do tabellião Francisco Vieira da Silva Barradas cedera e transfe'ríra á companhia re-
querente todo o direito e acção que resultam da citada portaria; '' v ;
Considerando que a companhia requerente se acha habilitada com os fundos jiecçssa-
rios pára a lavra d'esta mina; ''' " ' " iíIíli 1 : '
.Considerando que, tendo sido affixados os éditos nos logares do costunie e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta cqncèssãó,1 '
Visto o parecer da secção de minas do conselho geral das obras pubiicqs é ininas, ex-
presso em consulta dè 30 de maio ultimo, na qual a mesma secção julga a çompanlíiía re-
querente legalmente habilitada para a concessão que solicita:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina de cobre da Commendá, freguezia de Monte àe: Trigo, no
concelho de Portel, districto de Evora, á companhia de mineração trtnstagâna;' ficapdo
obrigada no praso de seis mezes, contados da publicação deste titulo 'noDiàriô^eLisbpa,
a tqdos os preceitos consignados na lei e regulamento de minas em'vigor; ficando Outrò-
sim; ria intelligencia de que a demarcação d'esta mina é a mesma què se acíia consignâda
11 iMí
na portaria dos direitos (le descoberta. ",'
pâço, em 21 de novembro de 1865. = Conde de Castro.= Para a companhia de mi-
neração transtagana. D.'deL.n.°?BS i e i f l ^ d i j i . ' ' '

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o requeri-
mento da companhia de mineração transtagana, em que pede a concessão'provisória1 da
mina de cobre de Pecena, freguezia de Monte de Trigo, no concelho de Portel, districto
;
de Evora. ' .. -i —
Considerando que por portaria de 6 de maio do anno findo foi José Joaquim de Lemos
Sousa e Castro declarado descobridor legal d'esta mina, è qne por escrijoturà lavrada nas
notas do tabellião Francisco Vieira da Silva Barradas cedera e transferira á compâiihia re-
,
querente todo o direito e acção que resultam da citada portaria; ' ''
Considerando que a companhia requerente está habilitada com os fundos necessarios
para a lavra d'esta mina;
Considerando que tendo tido affixados os éditos nos logares do costume e publicados
no Diario de Lisboa, nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer da secção de minas dó conselho geral das obras publicas e minas, ex-
presso em consulta de 30 d-e maio ultimo, na qual a mesma secção julga a companhia re-
1
querente legalmènte habilitada para a concessão qne solicita: ' ' "'
tía por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com a citada consulta, fazer a
concessão provisoria da mina de cobre da Pecena, freguezia de Mónte dè Trigo, iio con-
ceito de Portel, districto de Evora á companhia de mineração transtagana; ficaridò q ^ i -
gada no praso de seis mezes, contados da publicação d'este titulo nó Diario dét,tèbÓq"; á
todos os preceitos consignados na lei e regulamento de minas em vigor ; ficàridb/outrosim
na intelligencia de que a demarcação d'esta mina é a mesma que sè acjí$ cóhsigtíádà iía
portaria dos direitos d;e descoberta. . " ' " '
o* Paço/em 21 de novembro de 1865. — Conde de Castro.=Para a companhia de mi-
neração transtagana. de t';.»:» jwl/do l i f r i p f '

. M I N I S T E R I O D O S N E G O G I O S D A F A £ É N M : L ; ' .,< ' ^ ' i

THESOURO PUBLICO ' ' '•',[ '


" ' '" ' DIRÍlCÇjO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS ./'. ; •

r Tendo subido á ' p r e s e n ç a de Sua Magestade El-Rei, Regente em iiòme do; Rei; o re-
querimento de Bernardo José Pereira, mestre do biató p o r t n g u i e i ^ t ^ ^ ^ ò i ò t ^ . d è
47, mc 391, pedindo que se lhe permitia recebèr do deposito dâ^áífàridéèa de ^isíÒa; e
500 1865 22 ile novembro

conduzir para Loanda, mercadorias estrangeiras, o que lhe foi negado na mesma alfande-
ga, com fundamento na disposição do artigo 19.° do capitulo 5.° do decreto de 10 de ju-
lho de 1834, modificada pelo decreto de 14 de agosto de 1844, em consequência da em-
barcação medir menos de 61 n,c , 7 70;
Considerando que, tanto o decreto de 10 de julho de 1834 no artigo citado, como o
de 14 de agosto de 1844, se referem muito explicitamente á reexportação para paizes
estrangeiros.
Considerando que a circumstancia das mercadorias estrangeiras, saídas dos depositos
das alfandegas de Lisboa e Porto, com destino para as alfandegas das ilhas adjacentes e das
possessões portuguezas ultramarinas, pagarem pela saída direilosde reexportação, na con-
formidade do artigo 40.° das instrucções preliminares da pauta geral das alfandegas, não
converte as mesmas ilhas e possessões em paiz estrangeiro;
Considerando que, sendo fechados nas alfandegas do continente os manifestos e despa-
chos dos carregamentos que vão para as ilhas e possessões ultramarinas, e remettidos dire-
ctamente aos chefes das alfandegas para onde se destinam, os quaes devem accusar o rece-
bimento, têem as alfandegas da saída, por estes factos, garantia contra qualquer desvio, e
muito mais valiosa do que a simples lotação do navio;
Considerando quanto é conveniente animar a navegação e o commercio entre a metro-
pole e as possessões, uma vez que fiquem seguros os legitimos interesses do estado:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com o parecer do conselheiro di-
rector geral das alfandegas e contribuições indirectas, mandar declarar:
1 , Q u e as ilhas adjacentes e possessões ultramarinas portuguezas não se comprehen-
dem na regra estabelecida no artigo 19.° do capitulo 5.° do decreto de 10 dejulho de 1834,
modificada pelo decreto dc 14 de agosto de 1844;
2." Que as embarcações nacionaes, de qualquer lotação, podem receber dos depositos
das alfandegas de Lisboa e Porto, e conduzir para as ilhas adjacentes e possessões ullra-
mariuas, mercadorias estrangeiras, devendo os manifestos e despachos ser fechados nas
alfandegas dos portos da saída, accusando o recebimento d'clles as dos portos para onde se
destinarem, conforme foi estabelecido pelo § 2.° do artigo 1.° e pelo artigo 3.° do decreto
de 21 de outubro de 1852.
O que, pela direccão geral das alfandegas c contribuições indirectas, será communica-
do a quem convier.
Paço, ein 22 de novembro de 1865.=Aníom'o Maria de Fontes Pereira de Mello.
D, dc I,. n.° 8W de "23 nor.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO TUBLICÃ
2. A REPARTIÇÃO

Tendo visto a proposta da faculdade de medicina, para que os tres actuaes substitutos
extraordinarios d'ellas possam ser promovidos á classe de ordinarios, dispensando-se-lhes
os dois annos de serviço exigidos no artigo 4.° da lei de 19 de agosto de 1853;
• Considerando que a dispensa proposta proposta é auctorisada pela lei de 12 de junho
de 1855, quando se verificar a urgencia da promoção;
Considerando que, alem de estarem vagas na faculdade tres substituições ordinarias,
acham-se impedidos já em côrtes, já em commissões scientificas dentro e fóra do reino,
sete lentes da mesma faculdade, d'onde se torna manifesta a urgencia da promoção;
Considerando que o artigo 29.° § 1.° do regulamento de 22 de agosto ultimo, emquanto
exige para as promoções dos substitutos extraordinarios a regencia da cadeira por espaço
de um anno, dentro do biennio de que trata a lei de 19 de agosto de 1853, ou depois
d'elle, não é applicavel nas circumstancias em que o serviço exige urgentemente a dis-
pensa do mesmo biennio:
Ha Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, por bem, conformando-se com
a proposta da faculdade de medicina e com o parecer do conselheiro vice-reitor da uni-
versidade, conceder a dispensa dos dois annos para poderem ser promovidos á substitui-
ções ordinarias os actuaes substitutos extraordinarios da mesma faculdade.
O que assim se participa ao conselheiro vice-reitor da universidade de Coimbra para
sen conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 22 de novembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
I). de L. n.° 281, dó f t de d«?,
27 dè novembro 1865 501
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA
1." REPARTIÇÃO

Tomando em consideração o relatorio (1) do ministro e secretario d'estado dos nego-


cios ecclesiasticos e de justiça, hei por bem, em nome de El-Rei, decretar o seguinte:
Artigo 1.° Nos casos em que, nos termos do artigo 9.° do decreto de 25 de agosto de
1845, o procurador regio junto da relação dos Açores houver de perder a terça parte do
seu ordenado, reverterá esta para o delegado do procurador regio junto do juizo de direito
da comarca de Ponta Delgada, que tiver feito as suas vezes.
Art. 2.° Fica por esta fórma declarado e modificado o decreto de 25 de agosto de
1845.
O ministro e secretario d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça o tenha assim
entendido e faça executar. Paço, em 22 de novembro de 1 8 6 5 . = R E t , Regente.=4w-
gusto Cesar Barjona de Freitas. D. de h. n.„ 2s7j de 24 de nov.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


ORDEM DO EXERCITO N.° 34
Secretaria d'estado dos negocios da guerra, 23 de novembro de 1865
Publica-se ao exercito o seguinte:
Para evitar as despezas que resultam, quando os conselhos administrativos dos corpos
existentes fóra da capital têem n'ella de mandar fazer pagamentos, já com o transporte de
officiaes enviados expressamente para este fim, já cora a remessa dos fundos precisos por
meio de transacções particulares; Sua Magestade El-Rei, Regente em nome de El-Rei, au-
ctorisa os mesmos conselhos a remetterem aos respectivos officiaes em commissão em Lis-
boa recibos interinos para receberem da pagadoria da l. a divisão militar as quantias ne-
cessarias para os referidos pagamentos, sendo estes recibos transferidos immediatamente
d'esta pagadoria para aquellas por onde perceberem os seus vencimentos os corpos que fi-
zerem taes saques, a fim de que os conselhos administrativos d'estes corpos os resgatem
logo a dinheiro. D. de L . n.° 270, de 28 do n0T.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO D E MINAS—2. A SECÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o requerimento
(1) Senhor:—O decreto de 25 de agosto de 1845 determina nos artigos 1." e 2.°, que quando os
delegados do procurador regio, por mais de trinta dias, estiverem ausentes do exercicio dos seus loga-
res, e estes forem servidos por serventuários interinos, cuja escolha não pertença aos mesmos delega-
dos, estes só recebam duas terças partes do seu ordenado, sendo a outra terça parte para o serven-
tuário.
A mesma disposição é applicavel pelo artigo 9.° do mesmo decreto aos magistrados do ministerio
publico perante os tribunaes superiores, mas com uma modificação; é que n'esse caso a terça parte
do ordenado reverte para a fazenda nacional. A rasão d'esta modificação está em não se ter supposto
a possibilidade de ser nomeado serventuário interino para estas substituições, que estão determinadas
na lei, e competem a magistrados especiaes.
Não se attendendo porém a que esta rasão não se dava com referencia á procuradoria regia junto
da relação dos Açores, aonde não havendo ajudante nem secretario, a substituição do procurador regio
tinha de ser feita*por meios differentes dos estabelecidos para as outras procuradorias regias. É assim
que, pela portaria de 18 de março de 1880, o procurador regio junto da relação dos Açores, ó substi-
tuído pelo seu delegado na comarca de Ponta Delgada, sendo este por seu turno substituído por um
serventuário nomeado pelo juiz de direito da comarca.
Besulta d'aqui uma notável anomalia: é que durando a substituição por mais de trinta dias, o de-
legado do procurador regio na comarca de Ponta Delgada perde a terça parte do ordenado para o seu
serventuário, mas não recebe em compensação a terça parte que perde o procurador regio, a qual re-
verte em proveito da fazenda; de sorte que pelo facto de ser investido em funcções mais importantes
e de maior responsabilidade, aquelle delegado não só não recebe mais nada, mas ainda perde uma
parte do seu vencimento, tanto em ordenado como em emolumentos.
É por isso que tenho a honra de propor a Vossa Magestade o seguinte projecto de decreto.
Secretaria a'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça, em 22 de novembro de 1865,=Àtigusto
Cesar Barjona de Freitas.
124
1865 29 de novembro

de Francisco Ignacio Romba, Domingos Gomes e João Mendes Cabrita, em que pedem a
concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade de Brejo,-concelho de Ouri-
que, districto de Beja; •
Considerando que os dois primeiros requerentes foram declarados descobridores le-
gaes d'estâ mina por portaria de 7 de julho de 1864, e que por escriptura lavrada nas no-
tas do tabellião José Justino de Andrade e Silva, aos 22 dias do mez de dezembro ultimo,
associaram a si João Mendes Cabrita e com elle outorgaram um contrato, no qual são. iguaes
as entradas, a partilha nos lucros e a responsabilidade nas perdas;
Considerando que esta sociedade provou possuir os fundos necessarios para a lavra
d'este jazigo;
Considerando que foram affixados os éditos nos logares do costume e publicados no
Diario de Lisboa, e que nenhuma reclamação se apresentou contra esta concessão;
Visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio das obras
publicas, commercio e industria; ;
Vista a consulta da secção de minas do conselho geral das obras publicas e atinas, na
qual a mesma secção julga satisfeitos todos os quesitos da lei e habilitados os requerentes
para obterem a concessão que solicitam:
Ha por bem o mesmo augusto senhor, conformando-se com os referidos parecer e con-
sulta, fazer a concessão provisoria da mina de manganez, sita na herdade do Brejo, con-
celho de Ourique, districto de Beja, a Francisco Ignacio Romba, Domingos Goifies e João
Mendes Cabrita, ficando obrigados a cumprir todos os preceitos da lei e regulamento de
minas em vigor; ficando outrosim na intelligencia de que o campo de demarcação d'esta
mina é o já citado na portaria de direitos de descoberta. .
Paço, em 27 de novembro de 1863. —Conde de Castro. — Para Francisco Ignacio
Romba, Pomingos Gomes e João Mendes Cabrita. D. de L. n.° 285, de 16 de dez.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO ÇERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA
. . 4.» REPARTIÇÃO

_ Tomando em consideração o requerimento em que o professor de ensino primario da


freguezia dp Santa Catharina da cidade de Lisboa, Manuel Antonio Leite, pede se lhe con-
sinta à mudança de sua cadeira para a freguezia do Soccorro; e
Considerando que da mucjança pedida resulta na actualidade manifesta vantagem para
o ensino "da mocidade, vistoque perto da referida cadeira existem escolas gratuitas das
associações1 civilisação popular e grémio popular, a do convento dos Barbadinhos e a es-
cdlà tjiibíièa de Santos o Vèlho, emquanto que na freguezia do Soccorro., onde abunda a
pppfljSçíiQ pobre,"não'ha ensino official, nem particular, gratuito; - -
Considerando que a frequencia da cadeira de Santa Catharina tem tliminuido sensivel-
mente nos ultimos annos, como informa o commissario dos estudos do districto;
Tendo ouvido o conselho geral de instrucção publica; e
Usando da auctorisação concedida pelo artigo 4.°, § unico, do decreto com força de lei
de 20 de setembro de 1844:
Hei por bem, em nome de El-Rei, determinar que a cadeira de ensino primario da
freguezia de Santa Catharina, bairro de Alcantara, da cidade de Lisboa, seja provisoria-
mente collocada na freguezia do Soccorro, bairro de Alfama da cidade de Lisboa1.
0 presidente do conselho de ministros, ministro e secretario d'estadó dos negocios do
reino, assim o tenha entendido e % a executar. Paço das Necessidades, e m 2 8 de novembro
de 1865. REI, R e g e n t e . = J o a q u i m Antonio de Aguiar. D. de L. n.° m do 4 de dez.

CONSELHO GERAL DAS ALFANDEGAS R


RESOLUÇÃO N.° 204
.0 conselho geral das alfandegas:
Visto o recurso interposto por J. J. Matos e Silva, sobre quatro peças de tpçido de ^l-
li) de novembro 1865 503

godão branco que apresentou a despacho na alfandega de Lisboa, vindas do Havre no va-
por Ville de Paris;
Visto o auto de conferencia dos verificadores;
Vista a amostra que acompanhou o recurso;
Visto o artigo 10.° do decreto de 3 de novembro de 1860;
Considerando que as quatro peças de tecido de algodão que originaram este recurso
não têem nem a finura nem a transparência própria e peculiar dos tecidos denominados
« cambraias»;
Resolve:
Artigo unico. As quatro peças de que trata o presente recurso devem ser classificadas
como algodão branco até onze fios, devendo pagar o correspondente direito de 125 réis
por kilogramma.
Esta resolução foi adoptada pelo conselho geral das alfandegas, em sessão de 29 de
novembro de 1865, estando presentes os vogaes=Simas = Ser zedello Júnior, r e l a t o r =
Santos Monteiro=Abreu= Nazar eth= Costa=Fradesso da Silveira=Couceiro.
D. de L. n.° 275, de 4 de dez.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA —L. A SECÇÃO

Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pelo ministerio das obras
publicas, commercio e industria, que a direcção da associação commercial de Lisboa, pro-
cedendo a um inquerito, ou empregando quaesquer outros meios que julgue convenientes,
informe o governo com toda a brevidade possivel ácerca dos obstaculos que se oppõem
ao desenvolvimento do commercio e navegação, e designadamente sobre os seguintes
pontos:
1.° Que influencia tem exercido a pauta geral das alfandegas em vigor sobre o com-
mercio?
2.° Sobre que classe de productos se podem reduzir os direitos das alfandegas, sem
comprometter os legitimos interesses das industrias nacionaes ou os do thesouro?
3.° Quaes são as reducções que mais directamente podem aproveitar aos consumi-
dores?
4.° Quaes são as materias primas ou productos manufacturados cuja exportação póde
ser promovida para os paizes estrangeiros com mais vantagem?
5.° Que reclamações convém fazer aos governos dos paizes estrangeiros, ou seja quanto
aos direitos das alfandegas que pesam actualmente sobre os nossos productos, ou seja
quanto ás leis e regulamentos que dizem respeito á navegação?
6.° Que effeitos têem produzido sobre o commercio e navegação os direitos differen-
ciaes?
O que, pelo referido ministerio, manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do
Rei, communicar ao presidente da direcção da associação commercial de Lisboa para sua
intelligencia e devidos effeitos, esperando o mesmo augusto senhor que a associação se
não recusará a dar mais esta prova do seu zêlo pelo serviço publico, e do seu interesse
pelo desenvolvimento do commercio e da industria nacional.
Paço, em 29 de novembro de l8QS. = Conde de Castro. = P a r a o presidente da asso-
ciação commercial de Lisboa. (1) D. DE L. n.° 273, DE I DE DEZ.

(1) Identicas se expediram para os presidentes das associações commerciaes do Porto, Figueira,
Vianna do Castello, Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra, Setubal, Funchal, Angra do Heroismo e
Ponta Delgada.
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DEZEMBRO
; MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
3.° REPARTIÇÃO—3. a SECÇÃO -

Sendo-me presente o processo instaurado e instruído, segundo o disposto na lei de 2 3


de julho de 1850, para a expropriação por utilidade publica, de um pequeno terreno per-
tencente á capella denominada «Dos Lazaros» de que è donatario Bernardino de Sena
Freitas, expropriação requerida pela junta parochial de S. Pedro, de Villa Franca do Gam-
po, no intuito de augmentar a igreja de S. Lazaro do logar de Agua de Alto, suffraganea
da mesma parochia;
Vistos os documentos e a planta juntos ao referido processo;
Considerando que se acha provada a necessidade da projectada obra e que esta não
póde levar-se a effeito sem se recorrer â expropriação do alludido terreno;
Considerando que a junta está habilitada para satisfazer, por meio de donativos parti-
culares e do auxilio de 50$000 réis de que ella própria dispõe, o preço da expropriação,
para a qual foram preenchidas todas as formalidades:
. Hei por bem, em nome de El-Rei, conformando-me com o parecer da secção adminis-
trativa do conselho d'estado, declarar de utilidade publica a expropriação do pequeno ter-
reno de que se trata, para o fim proposto pela sobredita junta parochial; devendo n'este
sentido expedir-se as ordens necessarias ás respectivas auctoridades para os effeitos con-
venientes.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço das Necessidades, em 4 de dezembro de 1 8 6 5 . = R E I , R e g e n t e . = J o a .
quim Antonio de Aguiar. D. de L. n.° SSI, do IA de dez.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal e Algarves, etc., em nome de El-
Rei, fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decretaram
e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° É livre a exportação pela barra do Porto de todos os vinhos produzidos em
territorio portuguez.
§ unico. Os vinhos que se exportarem pela barra do Porto pagarão os direitos estabe-
lecidos para a exportação dos outros vinhos do continente do reino.
Art. 2.° O governo fará os regulamentos necessarios para a execução da presente lei.
Art. 3.° Ficam revogados os decretos de 11 de outubro de 1852 emais legislação con-
traria ás disposições d'esta lei.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da re-
ferida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
n'ella se contém.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e in-
dustria e dos negocios da fazenda, a façam imprimir, publicar e correr. Dada no paço das
Necessidades, aos 7 de dezembro de 1865. = R E I , R e g e n t e . = C o n d e de Castro=Antonio
Maria de Fontes Pereira de Mello.
Carta -de lei, pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes ge-
raes de 1 do corrente mez, que permitte a livre exportação pela barra do Douro de todos
os vinhos produzidos em territorio portuguez, o manda cumprir como n'elle se contêm,
tudo na fórma declarada. Para Vossa Magestade ver.= Augusto de Faria a fez.
. D. d e L . n.° 279, d» 9 dè dei.

m
506 1865 13 de n o v e m b r o

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
: 3. A R E P À S T I Ç Ã O ^ - Í . 0 SECÇÃO

Sendo-me presente o processo relativo á expropriação por utilidade publica da pro-


priedade incendiada pertencente a Alberto Carlos Cerqueira de Faria, situada na rua Nova
de El-Rei n. os 153 a 161, expropriação requerida pela camara municipal de Lisboa para o
fim de se edificarem os paços do concelho e outras repartições publicas;
Vistos os documentos com que se acha instruído o mesmo processo;
Considerando que a impugnação feita pelo expropriando de que no processo falta a
planta é de que a camara não carece de mais terreno do que aquelle que possue para ter
casa sobeja para o serviço do concelho, não se póde julgar procedente em vista da lei de
25 de junho de 1864, que declarou de utilidade publica as expropriações necessarias para
os paços do concelho e para o nóvo edificio do ministerio do reino, e por estar dependente
do governo a apresentação da planta da parte que expropriou e que tem de ser ligada com
a parte que é distinada ao uso da camara;
Considerando que a camara supplicante se mostra habilitada para satisfazer o preço
da expropriação e que esta é de reconhecida utilidade publica:
Hei por bem, em nome de El-Rei, conformando-me com o parecer da secção adminis-
trativa do conselho d'estado, declarar de utilidade publica a expropriação da propriedade
de que se trata para o fim indicado; devendo n'este sentido expedir-se as ordens neces-
sarias ás respectivas auctoridades para os effeitos convenientes.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço das Necessidades, em 12 de dezembro de 1865. = REI, R e g e n t e . = J o â -
quim Antonio de Aguiar. D. de l. n.° 289, do 21 de doz.

DIRECÇÃO GERAL DE INSTRUCÇÃO PUBLICA


3 ,A REPARTIÇÃO

Havendo o reitor do lyceu nacional de Angra do Heroismo pedido ser esclarecido so-
bre se devia abonar ao professor da cadeira de introducção á historia natural alguma gra-
tificação; pela regencia da cadeira de arithmetica e geometria plana, durante o tempo em
que èsíevê fechada a sua aulâ por não ter discipulos:
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, tendo em vista a disposição clara e
terminante do artigo 26.° do decreto de 25 de junho de 1851, segundo o qual pertence ao
professor desoccupado, por não ter serviço da cadeira própria, desempenhar o serviço de
qualquer outra que lhe for incumbida, sem perceber por isso gratificação .alguma;
Considerando que similhante disposição não foi nem podia ser revogada pelo: decreto
de 26 de dezembro de 1860, porquanto n'esle não designa gratificação para os professo-
res desoccupados e somente se concede nos artigos 5.° e 7.° gratificação aos professores
substitutos, ou aos proprietarios que accumulam outro serviço com o da sua cadeira;
Considerando que na hypothese de que se trata não existe accumulação de serviço,
porque o,professor de introducção não tinha alumnos n'esta disciplina;
Considerando que foi a ésta accumulação de trabalho que se attendeu no n.° IV da por-
taria de 10 de setembro de 1863;
. Considerando finalmente, que pela portaria de 6 de dezembro de 1839-se idéclarou
em. referencia á universidade, que os lentes desoccupados e sem exercicio^; deviam sèr
nomeados para lerem nas cadeiras a que faltassem proprietarios ou substitutos, e que em
vista d'esta analogia e do que se ordena no § 1.° do artigo 3.° do regulamento ide 9 de se-
tembro de 1863 em vigor, os professores dos lyceus se não dévem considerar fixos em
certas e-determinadas cadeiras, mas podem ser encarregados do serviço de qualquer del-
ias, conforme o exigirem as conveniências, determinações estas que estão na inteira com-
petencia do governo, segundo o artigo 170.° do decreto com sancção legislativa de 20 de
setembro de 1844: ••'• i • • ; • . .
Ha por bem, conformando-se com o parecer do conselho geral de instrucção publica,
declarar e ordenar que ao professor de introducção do lyceu nacional de Angra nenhuma
gratificação è devida por haver regido a aula de arithmetica e geometria plana durante o
tempo em que não teve serviço da cadeira própria.
li) de n o v e m b r o 1865 507

O que assim se communica ao reitor do lyceu nacional de Angra do Heroismo, para


sua intelligencia e effeitos devidos.
P a ç o , e m 1 4 d e d e z e m b r o d e 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
D. dis L. n.° 293, de 27 dè dez.

1
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
'•- , •
THESOURO PUBLICO
DIRECÇÃO GERAL DAS ALFANDEGAS E CONTRIBUIÇÕES INDIRECTAS

Tendo deixado de se proceder em algumas das alfandegas e suas delegações á com-


petente divisão do producto proveniente de multas e de tomadias, cujos processos estão
ultimados, em consequência de não ter sido ainda publicado o regulamento a que se refere
o artigo 8.° do decreto n.° 6, de 7 de dezembro de 1864; e não sendo justo, nem conve-
niente, que por essa falta os respectivos empregados estejam por mais tempo privados da
parte que lhes pertence do referido producto: ha por bem Sua Magestade El-Rei, Regente
em nome do Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro director geral das alfan-
degas e contribuições, indirectas, determinar que se observem desde já ás disposições se-
guintes, as quaes serão opportunamente inseridas no mencionado regulamento:
1. a "O producto liquido de multas por descaminho de direitos ou por transgressão das
disposições fiscaes, descobertos dentro ou fóra das alfandegas e suas delegações por em :
pregados do seryiço interno ou externo, será distribuido pelos descobridores, pejo cofre
Cómmum dos emolumentos das companhias dos guardas dos respectivos districtos, e pe-
los denunciantes quando tenha precedido denuncia legal.
2. a Quando não tiver precedido denuncia legal, pertencerão dòis terços do producto
aos descobridores, dividido em partes iguaes, seja qual for a categoria dos ínèsm'ós, è o
terço restante ao respectivo cofre dos emolumentos dos guardas.
I a Quando tiver precedido denuncia legal, pertencerão dois terços do producto ao
denunciante, e o terço restante ao empregado ou empregados que praticarem a diíigèncià,
depois de deduzidos da totalidade 10 por cento para o respectivo cofre dos guardas.
4-.a Quando alguma apprehensão ou aresto de mercadorias for coadjuvada por empre-
gados administrativos, judiciaes ou municipaes, receberão esses coadjuvantes 10 porcento
do producto liquido, deduzidos antes de feita a divisão de que tratam' os números ante-
cedentes. •
5. a Quando o producto a dividir for proveniente de generos de importação prohibida,
s0r'á féitã a divisão segundo as regras antecedentes.
-6. a Na divisão porém do producto do tabaco apprehendido è dos transportes serão
observadas ás disposições do respectivo regulamento de 22 de dezembro de 1864.
N
O que, pela direcção geral das alfandegas e contribuições indirectas, se communicar»
ás alfandegas do continente do reino e ilhas adjacentes para os devidos effeitos.
PáçOj em 15 de dezembro de 1 8 6 5 . = A n t o n i o Maria de Fontes Pereira de Mella.
D . d e L. B.c ààS, â'e Í6'8e átk.

' MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

. ,'jj.. v Tpmápdo em consideração o relatorio (1) dos ministros e secretarios ,d'estado c(os ne-
gocios do reino e da fazenda, e usando da faculdade conferida ao governo pelo | 4.° do ar-
f
• ' (1) Senhor .•-^•'Pòr deefeto de 4 de outubro do presente anno foi aberto um credito supplemenlar
até á'quantia de:i2tOOWOOO réis para despezas extraordinarias de saude/ ; ,
, Acl%se quasi, despendida esta verba em consequência das providencias quej o gpverno fçi obrigado
a tomar, já pelo appárècirnento da cholera morbus cm Elvas, jápara.evitar quanto possivel què, quando
se manifestasse em outros pontos, encontrasse elementos para o seu 'maior desenvolvimento; Àlem 'disso
'é: indispensavel nâo'abandonar todas as medidas que a sciencia aconselha' e que o èonselho de saude
propõe, vistoque a epidemia de que se trata ainda fàz e s t r a g o s no paiz vizinho e:nos ameaça de perto.
.. . N'estas circumstancias pois yê-se o governo obrigado a propor a abertura de. novo credito sup-
plementar por igual quantia, e tem a honra de submetter á approvação de .Vossa Mages tade o seguinte
' aebreto. ' /
Ministério dos negocios do reino, em 23 de dezembro de 1865. ^Joaquim Antonio de Aguiar ^An-
tonio Maria de Fontes Pereira de Mello. ..
508 de dezembro

tigo 3.° da caria de lei de 25 de junho de 1864 em vigor para o actual anno economico
pela carta de lei de 18 de maio de 1865: hei por bem, ouvido o conselho d'estado, decre-
tar em nome de El-Rei o seguinte:
Artigo unico. É aberto no ministerio da fazenda, a favor do ministerio do reino, um
credito supplementar até á quantia de 12:000$000 réis para despezas extraordinarias de
saude publica no corrente anno economico de 1865-1866.
- Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e da fazenda assim o tenham
entendido e façam executar. Paço das Necessidades, em 23 de dezembro de 1 8 6 5 . = R E I ,
Regente. = Joaquim Antonio de Aguiar=Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
D. de L. n.° 29G, de 30 de dez.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL

Usando da auctorisação concedida ao governo no § 8.° do artigo 2.° da carta de lei de


25 de junho de 1864, hei por bem ordenar, duvido o conselho d'estado, que no ministerio
dos negocios da fazenda se abra um credito supplementar a favor do ministerio das obras
. publicas, commercio e industria, da quantia de 6:224$173 réis para pagamento de juros
e amortisação garantido á companhia viação portuense pela construcção da estrada de Villa
Nova a Guimarães, com relação ao anno civil de 1864, sendo 1:867$839 réis amortisação
de 2 por cento sobre o capital de 93:391^973 réis, empregado na mesma estrada, réis
1:400$914 sobre 88:402^540 réis desde 1 de janeiro a 25 de abril, e 2:955^420 réis so-
bre 86:5340701 réis desde 26 de abril a 31 de dezembro.
Os ministros e secretarios d'estado das duas mencionadas repartições assim o tenham
entendido e façam executar. Paço, em 23 de dezembro de 1865. = REI, Regente. — Conde
de Castro=Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello. D. de L. n.° 29/», de 28 de dez.

. Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome de El-
Rei. Fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decreta-
ram e nós queremos a lei seguinte:
r Artigo 1.° O vinho, a geropiga, a aguardente e o vinagre que derem entrada pelas
barreiras sêccas e molhadas da cidade do Porto e de Villa Nova de Gaia, pagarão, qualquer
que seja a sua procedencia ou destino, o imposto de i&OOO réis por pipa legalmente pa-
reada, emquanto se não determinar para o commercio o uso das medidas de capacidade.
§ unico. O producto do referido imposto será dividido pela fórma seguinte: para a
camara municipal do Porto 40:000^000 réis; para a camara municipal de Villa Nova de
Gaia 3:000$000 réis; e o resto para o thesouro.
Art. 2.° Esta lei principiará a ler execução em todo o reino tres dias depois da publi-
cação d'ella no Diario de Lisboa.
Art. 3.° Fica revogado o decreto de 14 de julho de 1832, as cartas de lei de 5 de
maio de 1837, 7 de abril de 1838 e 12 de agosto de 1853, e mais legislação contraria á
presente lei.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da pre-
sente lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiraménte como
n'eHa se contém.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e in-
dustria, e da fazenda, a façam imprimir, publicar e correr. Dada no paço das Necessidades,
aos 23 de dezembro de 1865.=EL-REI, Regente, com rubrica e g u a r d a C o n d e de Cas-
tro=Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes ge-
raes de 19 do corrente, que estabelece o imposto de 1$000 réis por pipa legalmente pa-
reada, de vinho, goropiga, aguardente e vinagre que entrarem pelas barreiras sêccas e
molhadas da cidade do Porto e de Villa Nova de Gaia, o manda cumprir e guardar como
n'elle se contém, tudo pela fórma retrò declarada.—Para Vossa Magestade ver. —Ro-
drigo Vicente de Paulo da Silva Freitas a fez. n, de n.° 292, do 26 de dez.
li) de n o v e m b r o 1865 509

MINISTERIO DOS NEGOGIOS ESTRANGEIROS


Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome de
El-Rei. Fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decre-
taram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1 É approvada, para ser ratificada pelo poder executivo, a convenção celebrada
entre Portugal e os ducados de Saxonia-Goburgo e Gotha, para a abolição do direito de
albinagio, de detracção e outros similhantes, assignada na cidade de Rerlim em 2 de julho
de 1864.
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como n'ella se contém.
O ministro e secretario d'estado dos negocios estrangeiros a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no paço das Necessidades, em 2 3 de dezembro de 1 8 6 5 . — E L - R E I , Regente,
com rubrica e guarda. = Conde de Castro.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
de 21 do corrente mez, que approva, para ser ratificada pelo poder executivo, a conven-
ção celebrada entre Portugal e os ducados de Saxonia-Coburgo e Gotha, para a abolição
do direito de albinagio, de detracção e outros similhantes, assignáda em Rerlim em 2 de.
julho de 1864, o manda cumprir e guardar como n'elle se contém, tudo pela fórma acima
declarada.—Para Vossa Magestade v e r J u l i o Firmino Júdice Biker a fez.
J). de L. n.° 291, de 26 d* dei.

Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc. em nome de El-
Rei. Fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decreta-
ram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo 1.° Ê approvada, para ser ratificada pelo poder executivo a convenção cele-
brada entre Portugal, a Áustria, o gran-ducado de Raden, a Baviera, a Relgica, a Dinar
marca, a França, a Grécia, a cidade livre de Hamburgo, o Hanover, a Hespanha, a Italia,
os Paizes Baixos, a Prússia, a Rússia, a Saxonia, a Suécia, a Confederação suissa, a Tur-
quia e Wurtemberg, e assignada em Paris em 17 de maio do presente anno, a fim de me-
lhorar e facilitar a permutação das correspondências telegraphicas entre os differentes
paizes.
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como n'ella se contém.
O ministro e secretario d'estado dos negocios estrangeiros a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no Paço das Necessidades, em 23 de dezembro de 1 8 6 5 . = E L - R E I , Regente,
com rubrica e guarda. = Conde de Castro.
Carta de lei pela.qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes ge-
raes de 21 do corrente mez, que approva, para ser ratificada pelo poder executivo, a con-
venção celebrada entre Portugalediversaspotencias, e assignada em Paris em 17 de maio
do presente anno, a fim de melhorar e facilitar a permutação das correspondencias>tele-
graphicas entre os differentes paizes, o manda cumprir e guardar como n'elle se contém,
tudo pela fórma acima declarada.—Para Vossa Magestade v e r . = J u l i o Firmino Júdice
Biker a fez. D. de L. n.° 292, de 26 de dez.

MINISTERIO DOS NEGÓCIOS DA GUERRA


Não sendo sufficiente á somma votada na tabella da distribuição da despeza do minis-
terio da guerra, auctorisada pela carta de lei de 25 de junho de 1864 para o anno econo-
mico de 1864-1865 e que vigora para o actual aryio economico, por haverem sido compu-
tadas no respectivo orçamento as rações de pão e de forragem por um preço inferior áquelle
por que têem sido e continuam a ser fornecidas; e sendo por isso necessário fazer uso da
510 1865 13 de n o v e m b r o

auctorisação concedida ao governo no | 5.° do artigo 3.° da carta de lei de 25 do sobre-


dito m e z : hei por bem ordenar, em nome de El-Rei, depois de ter ouvido o conselho d i s -
tado, que no ministerio da fazenda se abra a favor do ministerio da guerra um credito sup-
plementar pela quantia de 2 2 : 0 Q 5 $ 9 1 1 réis, a qual será applicada ao pagamento da diffe-
rença do preço das mencionadas rações nos mezes de outubro a dezembro do corrente
anno.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e da guerra o tenham as-
sim entendido e façam executar, dando conta ás côrtes do uso que fizerem d'esta auctori-
sação. Paço, em 23 de dezembro de 1865. = REI, R e g e n t e . = Antonio Maria de Fontes
Pereira de Mello= Salvador de Oliveira Pinto da França. D. de L. n.» 295, do 29 de de?.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA- FAZENDA


SECRETARIA D>ESTADO
L.« REPARTIÇÃO

p o m Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal, Algarves, etc., em nome d'El-
Rpi,Fazemos saber a todos os subditos de Sua Magestade, que as côrtes geraes decreta-
ram e nós queremos a lei seguinte:
Artigo É o governo auctorisado a prorogar até 30 de junho de 1867 os prasos es-
tabelecidos no artigo 8.° e seus §§ da,carta de lei de 29 de julho de 1854 paia a troca e
giro das moedas de oiro e prata mandadas retirar da circulação pela mesma lei.
Art. 2.° É igualmente auctorisado o governo a mandar cunhar no ais moedas de prata
até á quantia de 300:000$000 réis.
Art. 3.° É tambem renovado, até 30 de junho de i867, o beneficio concedido aos par-
ticulares, bancos e associações pelo artigo 2.° da lei de 24 de abril de 1856.
Art. 4.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da re-
ferida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteira-
mente como nella se contém. -
O niinistro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e
correr. Dada no paço das Necessidades, aos 26 de dezembro de 1865. = E L - R E I , Regente
— Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello.= Logar do sêllo grande das armas reaes.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o- decreto das côrtes ge-
raes de 21 de dezembro corrente, que auctorisa o governo não só a prorogar até 30 de
junljo de 1867 os prasos estabelecidos para a troca e giro das moedas antigas mandadas
retirar da circulação, mas tambem a fazer cunhar até á quantia de 300:000^000 réis em
novasjaoedas de prata, renovando o.beneficio coneedido aos particulares, bancos e as-
sociações pelo artigo 2.° da lei de 24 de abril de 1856, manda cumprir e guardar o mesmo
decreto como n'elle se contém, pela fórma retrò declarada.—Para Vossa Magestade ver.
= Pedro Affonso de Figueiredo a fez. D. ae L. n.° 296, DE 30 DE DEI.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


REPARTIÇÃO CENTRAL
. 3 . » SECÇÃO

Sua Magestade El-Rei Regente em nome do Rei, conformando-se com a proposta que
á sua real presença fez subir o conselheiro director geral dos correios e postas do reino
em 7 do corrente mez: ha por bem determinar, em vista do disposto do | unico do ar-
tigo 7.° do regulamento postal, approvado por decreto de 4 ; de maio de 1853, que a de-
legação do correio de Rezende, em Sinfães, seja elevada á categoria de direcção; o que,
pçlp ministerio das obras publicas, commercio e industria, se communica ao dito conse-
lheiro director geral, para seu conhecimento e mais devidos effeitos.
Paço, em 28 d® dezembro de 1865.—Conde de'Castro.== Para o conselheiro dire
ctor geral dos correios e postas do reinb. D.det. n.°7,de ia4ejW .
li) de n o v e m b r o 1865 511

Sua Magestade El-Rei Regente em nome do Rei, conformando-se com a proposta que
á sua real presença fez subir o conselheiro director geral dos correios e postas do reino,
em 30 de novembro ultimo: ha por bem determinar, em vista do disposto no § unico do
artigo 7.° do regulamento postal approvado por decreto de 4 de maio de 1853, que na
villa de Freixo de Espacjaá Cinta seja creada uma direcção de correio, subordinada á ad-
ministração central do correio de Villa Real ; o que, pelo ministerio das obras publicas,
commercio e industria, se corpmunica ao referido conselheiro director geral. parà aea co-
nhecimento e mais devidos efeitos. ^ .
ÍPaço, em 28 de dezembrp de 1865. — Conáe de Ça$tro.=*Vm o conselheiro dir®*
ctqr geraj dos cor-reios è postas doreíno; âei. a.n, d» io d»

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Mappa dos privilegios de invenção e de introducção concedidos nos termos dos decretos de 16 de setembro de 1837 e 31 de dezembro de 1852,
-a
a os quaes por ter findado o praso da concessão podem ser livremente explorados
1.° Por decreto de 4® de setembro de « 9 3 9
*o
(T>
-a Prasos
Objectos privilegiados Nomes dos inventores ou introductores Catas da concessão
O
C3
Termo
Annos

Machina portátil com fogão no interior da caldeira de distillação de vinhos José de Almeida e Silva 12 marco 1 8 3 0 . . . 15 12 março 1865
Machina de lavagem de areias auríferas Luiz Francisco Deferrari 12 março 1 8 3 0 . . . 15 12 março 1865
Fabricação de tijolos para limpar metaes (melhoramentos) Ignacio Antonio da Silva Lisboa 8 agosto 1850. . . . 15 8 agosto 1865
Novo motor para substituir o vapor e quaesquer outros motores até agora conhecidos, que de- Manuel Joaquim Soares e José 23 setembro 1850 15 23 setembro 1865
nominam motu-continuQ Joaquim de Oliveira
Plano inclinado simplificado para tirar os navios do mar para terra, afimde se concertarem.. Antonio José de Sampaio 23 setembro 1850 15 23 setembro 1865

P o r decreto de 3 1 dc dezembro de l § S t

Nomes das pessoas a quem se concedeu privilegio


Prasos i
Objejtos privilegiados Datas das patentes Termo
Por invenção Por introducção annos

Machinas de cozer. William OrrinGrover e Wil- 13 dezembro 1854 10an. 11 fevereiro 1865
liam Emerson Baker, dos e 60
ira Estados Unidos dias
«o Antonio José Gomes
oo Systema de montagem de cabriolets de duas e quatro rodas •17 fevereiro 1860 5 17 fevereiro 1855
Novo processo para a fabricação do gêlo artificial pela vaporisação do Frederico Augusto de Vas- 26 março 1860 . . 5 26 março 1865
ether . concellos Almeida Pereira
Cabral
Sècca artificial de fructas verdes e enxugo de cereaes. Rodrigo Soares Castello 31 março 1 8 6 0 . . 5 31 março 1865
Branco
Fabrico de lagedo e tijolos, tijoleiras, canos e telhas de asphalto de aze- Marquez da Bemposta e Sub- 20 julho 1 8 6 0 . . . 5 20 julho
• 1865
che serra e Luiz Germano
Charbonel Salle
Novo systema de illuminação—Lime-Light Duque de Saldanha 4 setembro 1860 5 4 setembro 1865
Machina para engradar madeira com applicação á construcção de predios Visconde da Charruada 4 setembro 1860 5 4 setembro 1S65
Machina de descascar cevada e reduzi-la a cevadinha Eduardo Ellicot 27 outubro 1860 5 27 outubro 1865
Machina em ponto pequeno do mesmo teor do da camara obscura, para Joseph Grifiits 10 novembro 1860 5 10 novembro 1865
tirar retratos ou vistas photographicas em ponto grande
Machina de furar madeira com applicação á construcção de predios e Visconde da Charruada 17novembrol860 5 17 novembro 1865
moveis, systema de Bernier
Machina de moldar madeira em curvas e contra-curvas, com applicação Visconde da Charruada.... íí)novembroí860 5 19 novembro 1865
á construcção de predios e moveis, systema de Bernier
Machina de fazer peças de madeira em redondo, com applicação a di- Visconde da Charruada.... 31 dezembro 1860 5 31 dezembro 1865
versos trabalhos e construcções
Machina de apparelhar, aplainar e entalhar sobrado, de moldar direito Augusto Cesar de Almeida.. 31 dezembro 1860 5 31 dezembro 1865
e executar em madeira outros trabalhos accessorios

IO Repartição do commercio e industria, em 30 de dezembro de 1865.== João Palha de Faria Lacerda.

%
Patentes de invenção e introducção concedidas no anno de 1865, em virtude do decreto de 31 de dezembro de 1852

Nomes das pessoas a quem se concedeu privilegio


Prasos
Objectos privilegiados Datas da concessão Termo
Por invenção Por introducção Annos B

Aperfeiçoamento feito nas fornalhas das chaminés Eduardo Bronri Wilson . 7 fevereiro 1 8 6 5 . . 5 7 fevereiro 1870
Novo processo ou aperfeiçoamento na disposição e na construcção dos Pedro Francisco Millot e 14 fevereiro 1863 5 14 fevereiro 1870
motores hydraulicos Agostinho Nandin Laplatta
Novo processo de tiragem de provas positivas photographicas denomi- Jacques Wothly 11 março 1 8 6 5 . . . 5 11 março 1870
nadas wothlytypia
Aperfeiçoamento de um motor electrico (embrayage eléctrique) Francisco Fernando Augusto 11 março 1 8 6 5 . . . 5 11 março 1870
Achard
Novo methodo de conservação das substancias animaes e vegetaes Ricardo Jones 24 abril 1865 . . . . 5 24 abril 1870
Processo de distillação dos troncos das coníferas, lançando nos cylindros João Baptista Burnay 25 abril 1865 . . . . 15 25 abril 1880
de destillação vapor de agua sob pressão de duas ou tres atmospheras,
disposição que permitte de separar a terebinthina e outros productos
de distillação
Systema de fabricação de paredes feitas de betume hydraulico compri- Julio Cordeiro e José Eugé- 2 maio 1865 5 2 maio 1870
mido, construídas de uma só peça, ou por meio de tijolo massiço ou õco nio Chabert
Estabelecimentos de machinas, a fim de utilisar dos animaes mortos to- François fils ainé 3 maio 1865 5 3 maio 1870 '
das as substancias applicaveis ás artes
Modificação adoptada para os cadinhos empregados na fundição dos me- José de Saldanha Oliveira e l o maio 1865 3 15 maio 1868
taes Sousa
oc
Composição melhorada para cobrir o fundo dos navios Frederico Neuton Gisborne 15 maio 1 8 6 5 . . . . 15 15 maio 1870 CT3
Processo para a utilisação das limas e grosas usadas Carlos Adolfo Clavel 29 julho 1 8 6 5 . . . . 5 29 julho 1870 cn
Estufa de vapor a banho para purificar e melhorar completamente qual- Jacinta Candida da Veiga e 19 agosto 1 8 6 5 . . . 9 19 julho 1874
quer vinho no espaço de quinze a trinta dias, segundo for o seu es- Sousa
tado, mesmo de deterioração parcial
Systema de aquecimento proprio para communicar o calor ás materias Henrique Adolfo Archereau, 21 agosto 1 8 6 5 . . . 5 21 agosto 1870
vegetaes, animaes e mineraes, bem como ás misturas d'estas materias, João Maria Olesino Tamin
de modo que se opereasuadesseccação,vaporisação, reducção, calefac- Despalles e José Susini
çãó, fusão ou mesmo, sendo precise, a sua volatilisação, executando-se
tudo em vasos fechados e ao abrigo do contacto do ar atmospherico
Systema para applicações feitas aos meios processos e apparelhos, tendo Alfredo João Baptista Thier- 22 agosto 1 8 6 5 . . . 10 22 agosto 1875
como resultado industrial a suppressão do fumo dos fogões e caldei- rv Júnior
ras de vapor, e geralmente nas fornalhas industriaes onde se queimam
materias fuliginosas
Producção de provas photographicas sobre cartão vulgarmente chamado Francisco José de Sousa e 15 setembro 1865 5 15 setembro 1870
de lustro, de esmalte ou porcelana Silva
Propulsor nadante (propulseur à nageoires), systema Raphin Ambrosio Raphin .. 7 novembro 1865 15 7 novembro 1880
Novo meio de transporte fluvial e maritimo (ou caminhos de ferro flu- Gilberto Augusto Fournier 7 novembro 1865 5 7 novembro 1870
rt. vial e maritimo) para evitar a baldeação feita pela mão dos homens, des Corats
§g bem como as cargas e descargas
Apparelho destinado á extincção dos incendios Affonso Vignon e Francisco 13 dezembro 1865 5 13 dezembro 1870
Filippe Carlier

cn
Repartição do commercio e industria, em 30 de dezembro de 1 8 6 5 . = / o « o Palha de Faria Lacerda. b. de l. n.°*, do 5 de jan. w
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ANNO D E 1862

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS


Dom Luiz, por graça d*e Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem mar,
erh Africa senhor cie Guiné, e da conquista, navegação e commercio da. Ethiopia, Arabia,
' Persiá e da India, etc. Faço saber aos qne a presente carta de confirmação e ratificação
virem, que aos 9 dias do mez de abril du 1857, se concluiu e assignou na cidade de Was-
hington, eiilre Portugal e a republica de Nova Granada, pelos respectivos plenipotenciá-
rios, munidos dos competentes plenos poderes, um tratado de amisade, commercio e na-
vegação, cujo teor é o seguinte:

ÊM NOME DE DEUS, AUCTOR E LEGISLADOR Ei\ EL NOMBRE DE DIOS, AUTOR Y LEGISLADOR


DO UNIVERSO DEL UNIVERSO

Sua Magestade Fidelíssima El-Rei de Por- La República de la Nueva Granada, y Su


tugal e dos Algarves, e a republica de Nova Majestad Fídelisima ei Rey de Portugal y de
Granada, desejando estreitar as relações de los Algarves, deseando entrechar las mú-
mutua benevolencia qué existem entre os tuas relaciones de benevolencia qne existen
dois estados, e estabelecer de um modo se- entre los dos estados, y estabelecer de un
guro as de commercio e navegação que con- modo seguro las de comercio y navegacion
vém a ambos, assentaram celebrar um tra- que convienen á ambos; han acordado cele-
tado de amisade, commercio e navegação; brar un tratado de amislad, comercio y nave-
para cujo !im nomearam por seus respecti- gacion. Gon este objeto han nombrado sus
vos plenipotenciários; a saber: Sua Mages- respectivos plenipotenciários, á saber:. EI
tade El-Rei de Portugal a Joaquim Cesar de ciudadano vice presidente de la Nueva Gra-
Figanière e Morão, do seu conselho, com- nada, encargado dei poder ejecutivo, al ge-
mendaclor da ordem militar de Christo, e da neral Pedro Alcântara Herran, enviado ex-
de Nossa Senhora da Conceição de Villa Viço- traordinario y ministro plenipotenciário de
sa, enviado extraordinario e ministro pleni- la república cerca dedos Estados Unidos de
potenciário,junto ao governo dasEstadosUni- América; y Su Majestad Fidelísima ei Rey
dos da America, e o cidadão vice-presidente de Portugal, á Joaquim Cesar de Figanière
de Nova Granada, encarregado do poder exe- y Morão, de su consejo, comendador de la
cutivo, ao general Pedro Alcantara Herran, ordem militar de Cristo, e deNuestra Senora
enviado extraordinario e ministro plenipo- de la Concepcion de Villa Viçosa, enviado
tenciário junto ao dito governo dos Estados extraordinario y ministro plenipotenciário
Unidos da America. cerca de los Estados Unidos de América.
Os quaes, depois de se haverem commu- Quienes, despues de haberse comunicado
nicado reciprocamente os seus respectivos reciprocamente sus respectivos plenos po-
plenos poderes, que acharam sufficientes e deres, y ballándolos suficientes y e n debida
etn devida fórma, convencionaram e con- forma, han convehido e n los artículos se-
cluíram os artigos seguintes: guientes:
Artigo 1.° Haverá paz perpetua e leal Artículo 1.° Habrá paz perpétua y leal
'amisade entre o reino de Portugal e a repu- amistad entre la república de la Nueva Gra-
blica de Nova Granada, e entre seus povos e nada, y ei reino de Portugal, y entre sus
séus governos reciprocamente. pueblos y sus gobiernos reciprocamente.
Art. 2.° Entre os territorios das altas par- Art. 2.° Habrá entre los territorios de las
516 1865 28 de gosto

Jtes contratantes haverá reciproca liberdade altas partes contratantes recíproca libertad
de commercio e navegação. Os subditos de de comercio y navegacion. Los ciudadanos
Portugal e suas provincias ultramarinas, e de la Nueva Granada, y los súbditos de Por-
os cidadãos de Nova Granada poderão mu- tugal y sus provincias ultramarinas, podrán
tua e livremente entrar com os seus navios entrar libremente con sus buques y carga-
e cargas nos portos, rios e logares dos ditos mentos en los puertos, rios y lugares de di-
territorios, respectivamente,.onde quer que chos territorios respectivamente, donde se
o commercio estrangeiro é ou vier a ser per- permita ó se permitiere en adelante ei co-
mittido. Os ditos subditos e cidadãos terão mercio estranjero. Dichos ciudadaflos y súb-
igualmente liberdade de passar, pousar e re- ditos tendrán igualmente libertad de transi-
sidir em qualquer parte dos ditos territo- tar, permanecer e residir en cualquiera parle
rios, a fim de tratar de seus negocios; e go- de dichos territorios para atender á sus ne-
sarão para esse fim a mesma segurança e gocios; y gozarán con este fin de la misma
protecção que os naturaes do paiz onde re- seguridad y proteccion que los naturales dei
sidem, sob condição de se sujeitarem ás leis país en que residan, bajo la condicion de que
e ordenanças que ahi regerem, especial- se sujetarán a las leys y decretos que allí ri-
mente aos regulamentos commerciaes em jan, y especialmente á los reglamentos de
vigor. comercio vijentes.
Art. 3.° Os navios portuguezes que aporta- Art. 3.° Los buques neo-granadinos que
rem, carregados ou em lastro, nos portos de entren en los puertos dei reino ó de las pro-
Nova Granada, não pagarão outros ou maiores vincias ultramarinas de Portugal, cargados
direitos de tonelagem, pharoes, pilotagem, ó en lastre, no pagarán oiros ó mas altos de-
ancoradouro, quarentena e salvação, em caso rechos en razon de toneladas, faro, pilotage,
de avaria ou naufrágio, ou quaesquer outros puerto, quarentena y salvamento, en caso de
encargos e direitos de qualquer natureza que avaria ó naufrajio, ni otros impuestos ó de-
sejam, que os que pagam nos ditos portos os rechos, sea cual fuere su naturaleza ó deno-
navios de Nova Granada da mesma proce- minacion, que los que pagan en dichos puer-
dencia; e reciprocamente os navios de Nova tos los buques portugueses de la misma pro-
Granada que aportarem aos portos do reino cedencia ; y reciprocamente, los buques por-
e provincias ultramarinas de Portugal, car- tugueses- que entren cn los puertos de la
regados ou em lastro, não pagarão outros Nueva Granada, cargados ó en lastre, no pa-
ou maiores direitos de tonelagem, pharoes, garán otros ó mas altos derechos en razon
pilotagem, ancoradouro, quarentena e sal- de toneladas, faro, pilolaje, puerto, cuaren-
vação, em caso de avaria ou naufragio, ou tena y salvamento, en caso de avaria ó nau-
quaesquer outros encargos e direi tos de qual- frajio, ni otros impuestosó derechos, sea cual
quer natureza que sejam, que os que pagam fuere su naturaleza ó denominacion, que los
nos ditos portos os navios portuguezes da que pagan en dichos puertos los buques
mesma procedencia. neo-granadinos de la misma procedencia.
Art. 4.° Não se imporão outros nem maio- Art. 4.° No se impondrán otros ó mas al-
res direitos na importação em Nova Granada tos derechos á la importacion en Portugal y
de genero algum que seja producto natu- sus provincias ultramarinas de ningun gé-
ral ou de manufactura do reino e provincias nero, producto natural ó manufacturado de
ultramarinas de Portugal; nem outros ou la Nueva Granada; ni se impondrán otros ó
maiores direitos serão impostos na importa- mas altos derechos á la importacion en la
ção em o reino e provincias ultramarinas de Nueva Granada de ningun género, producto
Portugal de nenhum genero de producção natural ó manufacturado dei reino ó de las
natural ou da manufactura da Nova Grana- provincias ultramarinas de Portugal, sino
da, alem d'aquelles que pagam ou vierem a aquelles que pagan ó pagaren en adelante
pagar iguaes generos de producção natural iguales géneros, productos naturales ó ma-
ou âe manufactura de qualquer outro paiz nufacturados de cualquier otro país estran-
estrangeiro. jero. '
Nem se estabelecerão outros ou maiores No se estabelecerán otros ó mas altos de-
direitos, encargos ou alcavallas de qualquer rechos, impuestos ó gabelas de cualesquiera
natureza ou denominação que sejam, no tran- naturaleza ó denominacion que sean, en ei
sito por os rios, canaes e estradas da repu- trânsito por los rios, canales ó caminos dei
blica de Nova Granada, e do reino e provin- reino y provincias ultramarinas de Portugal
cias ultramarinas de Portugal, de qualquer y de la republica de la Nueva Granada, de
genero de producção natural ou de manufa- ningun género, producto natural ó manufa-
ctura dos dois estados respectivamente, alem cturado de los dos estados respectivamente,
d'aquelles que pagam ou vierem a pagar no sinó aquelles que pagan ó pagaren en ade-
28 de agosto 4865 517

mesmo caso iguaes generos de producção lante, en igual caso, los mismos géneros,
natural ou de manufactura da nação mais productos naturales ó manufacturados de la
favorecida. nacion mas favorecida.
Nem se estabelecerá prohibição alguma Ni se estabelecerá prohibicion alguna á Ia
na importação ou exportação de qualquer importacion ó exporiacion de ningun géne-
genero de producto natural ou de manufa- ro, producto natural ó manufacturado dei
ctura da republica de Nova Granada ou do reino y provincias ultramarinas de Portu-
reino e provincias ultramarinas de Portugal, gal, ó de la república de la Nueva Granada,
respectivamente, em algum d'elles, que do respectivamente en uno y otrò estado, que
mesmo modo se não estabeleça igualmente dei mismo modo no se establesca igualmente
para todas as outras nações estrangeiras. para las demas naciones estranjeras. -
Nem se estabelecerão outros ou maiores Ni se estabelecerán otros ó mas altos de-
direitos ou encargos em qualquer dos dois rechos ó impuestos en cualquiera de los dos
paizes sobre a exportação de quaesquer ge- países, para la esportacion de ninguna clase
neros para a republica de Nova Granada ou de géneros para ei reino de Portugal y sus
para o reino e provincias ultramarinas de provincias ultramarinas, ó para la república
Portugal respectivamente, alem dos que pa- de la Nova Granada respectivamente, sinó
gam pela exportação de iguaes generos para los que se pagan para la exportacion de igua-
outro paiz estrangeiro. les géneros para oiro país estranjero.
E fica entendido e convencionado que, seja Y queda entendido y convenido que sea
qual for o systema ou maneira de impor e qual fuere ei sistema ó la manera de impo-
perceber os direitos de importação e de ex- ner y percibir los derechos de importacion
portação em Nova Granada, e em Portugal y exportacion en Portugal y sus provincias
e suas provincias ultramarinas, não deverá ultramarinas, y en la Nueva Granada, no de-
ter o effeito de impor, nem poderá exigir-se, berá tener ei afecto de imponer, ni podrá
em um e outro paiz, direito differencial al- exijirse en uno ni otro país, ningun derecho
gum ou maior pela importação ou exporta- diferencial ó mas alto para la importacion ó
ção dos generos, productos naturaes ou de exportacion de los géneros, productos natu-
manufacturas dos dois estados, respectiva- rales ó manufacturados de los dos estados,
mente, do que aquelle que pagarem iguaes respectivamente, que los que pagan por la
generos, importados e exportados, de pro- importacion, iguales géneros, productos na-
ducção natural ou manufactura da nação turales ó manufacturados de la nacion mas
mais favorecida. favorecida.
Art. 5.° Pagar-se-hão os mesmos direitos, Art. 5.° Se pagarán los mismos derechos,
e serão concedidos os mesmos favores, de- y se concederán los mismos favores, des-
ducções e privilegios pela importação em cuentos y privilejios para la importacion en
Nova Granada de qualquer genero de pro- ei reino y provincias ultramarinas de Portu-
ducção natural ou manufactura de Portu- gal, de cualquier género, producto natural
gal e suas provincias ultramarinas, quer a ó manufacturado de la Nueva Granada, ya
dita importação seja feita em navios portu- sea que la importacion se haga en buques
guezes, quer em navios neo-granadinos; e neo-granadinos ó portugueses, y reciproca-
reciprocamente se pagarão os mesmos direi- mente, se pagarán los mismos derechos, y
tos, e serão concedidos os mesmos favores, se concederán los mismos favores, descuen-
deducções e privilegios pela importação em tos, y privilejios para la importacion en la
o reino e provincias ultramarinas de Portu- Nueva Granada de cualquier género, produ-
gal de qualquer genero de'producção natu- cto natural ó manufacturado de Portugal y
ral ou manufactura da republica de Nova sus provincias ultramarinas, ya sea "que la
Granada, quer a dita importação se faça em importacion se baga en buques portugueses
navios da dita republica ou em navios por- ó neo-granadinos.
tuguezes.
Art. 6.° Toda a sorte de mercadorias e Art. 6.° Toda a clase de-mercancias y
artigos de commercio que legalmente podem artículos de comercio que puedan ser legal-
ser exportados ou reexportados dos portos mente exportados ó reexportados de los
de uma das altas partes contratantes para puertos de una de las altas partes contra-
qualquer paiz estrangeiro em navios nacio- tantes para cualquier país estranjero en bu-
naes, poderão igualmente ser exportados ou ques nacionales, podrán igualmente ser ex-
reexportados dos ditos portos em os navios portados ó reexportados de los mismos puer-
da outra parte respectivamente, sem pagar tos en los buques de la otra parte, respecti-
outros ou maiores direitos, ou encargos de vamente, sin pagar otros ó mas altos dere-
qualquer modo ou denominação que sejam, chos ó impuestos, de cualquiera clas.e ó de-
518 1865 28 de agosto

do que se as ditas mereadorias ou artigos de nominacion que sean, que si las dichas mer-
commercio fossem exportados ou reexpor- cadorias ó artículos de cbmercio fuesen ex-
fados em navios nacionaes. portados ó reexportados en buques nacio-
naes. • -
Art. 7.° Os negociantes, capitães de na- Art. 7.° Los comerciàntes, capitariès de
vios e outros subditos e cidadãos dos dois buques y otros ciudadanós ó súbditos de los
estados; respectivamente, terão plena liber- dos países, respectivamente, tendrán plena
dade dè manejar por si, ou por intervenção libertad de manejar sus negocios, por si fnis-
jàe seus agentes, em todos os portos de um mos, ó por meio de sus agentes, en todos
p outro paiz aberto ao commercio estrangei- los puertos de uno y otro país, abiertos ai
ro, tanto com respeito às consignações e comercio estranjero, tanto con respectó á
vfendà por grosso e miúdo de seus effeitos las consignaciones y ventàs pof mayõr y me-
e mercadorias, como com respeito á carga, nor de sus efectos y mercadorias, como con
descarga e despachos de seus navios, e ou- respecto á la Carga, descarga "y despacho de
tros negocios, devendo em todos estes casos sus buques ó otros negocios, debiendo èn
ser tratados como os subditos ou cidadãos todos estos casos ser tratados comò ciudada-
dó paiz em que residem, ou pelo menos co- nos ó súbditos dei país en que residan, ó
mo o Sejam os subditos Ou cidadãos da na- considerados al menos bajo igual pié que
ção mais favorecida. los ciudadanós ó súbditos de la naúioíí mas
:
. favorecida.
~'M> Art. 8.° Os subditos e' cidadãos 'de uma Art. 8.° No podrán ser deténidos, em-
ód oíitrà clas altas partes contratantes, com bargados, ni ocupados para hinguna espedi-
suás embarcações, tripulações, mercadorias cion militar, ni para usôs públicos, ó parti-
: e effeitos commerciaes que lhes pertençam, culares, cualesquiera que sean; los ciúdada-
não poderão ser embargados, detidos, nem nos ó súbditos de una v btra de lás dos altas
occupados para nenhuma expedição militar, partes contratantes, ni Sus embarcaciones,
nem para o serviço publico ou particular, tripulaciones, mercadorias y efectos comer-
qúalquer que seja, sem se conceder aos in- ciales, sin conceder á los intêresados una
teressados uma justa e sufficiente indemni- justa y suficiente indemnisacion.
sação.
Art. 9." Fica expressamente entendido Art. 9." Queda expresaménte entendido
que nenhuma das estipulações conteúdas no que ningnna de las estipulâcionés conteni-
presente tratado será applicavel á navega- das en ei presente tratado, será aplicable á
ção e commercio costeiro ou de cabotagem, la navcgacion y comercio -costánert) ó de ca-
dé qualquer dos dois paizes, que cada uma botaje de cualquiera de los dos países, que
das altas partes contratantes se reserva. cada una de las altas partes contratantes ex-
clusivamente se reserva.
Os navios porém dos dois paizes poderão Sin embargo, los bdques de los dos paí-
desçárregar párte das suas mercadorias em ses podrán descargar parte de su cárgamento
" ú'm porto dos domínios de qualquer das al- en un puerto dei territorio de cualquiera de
tas partes contratantes, onde o commercio las altas partes contratantes abierto al co-
estrangeiro fer permittido, e d'ahi proseguir mercio estranjero, y seguir de allí con ei
com o resto da sua carga para qualquer ou- resto de su cargamento á otro ó otros puer-
tro, ou outros portos dos mesmos domínios, tos de dicho territorio, abierto tambièn al
onde da mesma fórma o commercio estran- comercio estranjero, sin pagar en tales casos
geiro seja permittido, sem em taes casos pa- otros ó mas altos derechos que los que pa-
gar maiores ou diversos direitos do que pa- garian los buques nacionales em semejantes
gàríám os navios nacionaes em similhantes circunstancias, y podrán tambien cargar de
circumstancias; e poderão tambem carregar la misma manera en diferentes puertos, en
do mesmo modo em differentes portos na un rriismo viaje, para otros países,
mesma viagem para outros paizes. Lqueda estipulado y entendido que serán
E 'fica estipulado e entendido que serão considerados y lenidos por búques neo-gra-
considerados e tidos por navios portuguezes nadinos ó portugueses, aquelles que estu-
e n'èo-graiiadinos, aquelles que forem mu- vieren previstos de patentes ó pnsaportes y
nidos de passaporte ou paténte, e documen- documentos necesarios, segun l;aS leys f or-
tos necessarios, na conformidade das leis e denanzas dei país á qué p e r t e n e t e n .
, ordenações do paiz a qué pertencerem.
Art. 1Õ.° Se uma dás altas partes contra- Art. 10.° Si alguna de las dos altas pár-
tantés vier a conceder a outra nação qual- tes contratantes llegar á otorgar á otra na-
quér- favor, privilegio ou isenção em com- cion algun favor, privilejio ó exeiicion con
Í8 de agosto 1865 519

mercio òu em navegação, se fará tambem respecto á comercio y navegacion, se harán


extensivo á outra parte livremente, se livre- tambien estensivos á la otra parte, libre-
mente for concedido, ou por compensação mente si la concesion bubiere sido liecha
equivalente, se a concessão for condicional. librêmente, ó outorgando una compensa-
cion equivalente, si la concesiori fueré con-
dicional.
:
Art. 1 1 O s subditos ou cidadãos de qual- Art. H . ° Los ciudadanos ô subditos de
qner das partes contratantes, que forem cualquiera de las partes contratantes, que sé
obrigados a procurar refugio ou asylo em al- vieren obligados á buscar rèfugio ó asilo eh
giím dos rios, portos ou logares dos territo- alguno de los rios, puertos ó lugares dei ter-
rios da outra, com seus navios, sejam mer- ritorio de la otra parte con sus buques, séah
cantes ou de guerra, por causa de temporal, mercantes ó de guerra, por causa de tem-
perseguição de piratas ou inimigos, avaria poral, persecucion de piratas ó enimigos,
èfh òasco ou apparelho, falta de agua ou man- a veria en ei casco ó a parejos, falta de agua-
timentos, serão recebidos e tratados com hu- da d provisiones, serán recebidos j tratados
manidade, dando-se-lhes todo o favor, auxi- con humanidarl, dandoseles todo favor,'au-
lio e protecção para repararem seus navios, xilio y protéccion para répàrar sus buques,
procurar aguada e mantimentos, e pôr-se em acopiar agua y viveres y ponérsé en estado
estado de continuar a sua viagem sem ne- de continuar su viaje, sin obstaculos ni mo-
nhum obstáculo ou molestação, nem o pa- lestia de ningun género, ni pago de derechos
gamento de direitos do porto ou outros, se- depuerto, ó cualesquiera otras cargas, que
não o de pilotagem è sem se lhes exigir que los emolumentos dei práclico, y sin exijirles
descarreguem toda ou parte da carga, se não que descarguen todo; ó párté de la carga, si
for preciso. Mas quando seja preciso des- no fuere preciso. Pero cuahdo fuere nece-
carregar parte ou toda a carga, a que for sario descargaf parte de la carga, ó toda ella
descarregada e reembarcada pagará a bra- la que fuere descargada y reembarcàda, pa-
çagèih è aluguer de armazem. gará los gastos de trabàjò y almacenaje.
'Quando aconteça ser preciso vender par- Guando se haga preeiso vender parte de
te da carga, tão sómente para cobrir as des- la carga, unicamente pára cubrir los gastos
pezas da arribada forçada, a parte da carga de arribada forzada, la parte vendida queda-
assim vendida ficará sujeita ao pagamento dos rá sujeta al pago de los derechos de impor-
' direitos de importação. tacion. ' . .
Porém se o navio depois de concertado Sin embargo, si uh buque mercante, des-
è de todo promptoa seguir sua viagem, vier pues de reparado y en perfecto estado para
a demorar-se no porto alem de quarenta e continuar su viaje, se demorase en ei puerto
oito horas, ficará o mesmo navio, quando seja mas de cuarenta y ochò horas, quedará su-
nièrcante, sujeito aò pagamento dos direitos jeto al pago de los derechos y: demás gastos
e mais despezas do porto, ou se emquanto se de puerto, ó si durante la perihanencia en
demorar no mesmo porto fizer alguma trans- ei mismo puerto, hiciere alguna transacion
acção commercial, tanto o navio como a car- mercantil, tanto ei buque como la carga que
ga que descarregar e os productos que em- descargue, y los productos que embarque es-
barcar estarão sujeitos aos direitos e mais tarán sujetos á los derechos y demas impuéâ-
encargos estabelecidos pelas leis e regula- tos estabelecidos por las leyes y reglamen-
mentos em vigor e como se a arribada tivesse tos en vigor, y como si la arribada hiibiera
sido voluntaria e não. forèada. sido voluntaria y no forzada.
Art. 12. 6 Os navios, mercadorias e effei- Art. 12.° Todos los buques, mercâderias
tos pertencentes a subditos ou cidadãos de y efectos pertenecientes á los ciudadanos ó
uma das altas partes contratantes, que te- subditos de una de las altas partes contra-
nham sido apresados por piratas, seja den- tantes, que fueren apresados por piratas,
tro dos limites da sua jurisdicção, ou seja no bien sea dentro de'los limites de su jurisdi-
alto mar, forem levados ou se acharem nos cion ó en alta mar, y que fueren llevados ó
rios, bahias, áncoradouros, portos ou domí- se hallaren en los rios, radas, bahias, puer-
nios da outra, sérão entregues a seus do- tos ó dominios de la otra parte, sefán entre-
hòís; provando estes os seus direitos em devi- gados á sus duenos, pròbando estos en d'e-
da fórma perante os tribunaes competentes. bida fdrmá sus derèchòS antè los tribuhales
A reclamação porém deverá fazer-se dentro competentes; bien entendido que la recla-
de tlm anno, pelas próprias partes interes- macion hade haceráe dèhírò dei téfminò de
sádas, por seus procuradores ou pelos âgeh- un ano por las mlsmãs partes, ó sus procu-
tés de seus respectivos governos e á custa radores, ó por los âgèiltés de sus respecti-
!
dos feclamántes, vos gobiernos, y á costa de lbs reclamantes.
520 1865 28 de agosto

Art. i3.° Desejando as altas partes con- Art. 13." Desejando las dos altas partes
tratantes evitar toda a desigualdade no que contratantes evitar toda desigualdad en lo
diz respeito a suas relações officiaes interna- relativo á sus relaciones oficiales internacio-
cionaes, convieram era conceder a seus en- nales, convienen en conceder á sus envia-
viados, ministros e agentes publicos os mes- dos, ministros y agentes públicos los mismos
mos favores, immunidades e isenções de que favores, inmunidades y exenciones que go-
gosam ou gosarem os das nações mais favo- zan ó gozaren los de las naciones mas favo-
recidas; e fica entendido e estipulado que recidas; y queda entendido y estipulado que
quaesquer favores, immunidades ou privile- cualesquiera favores, inmunidades ó privi-
gios que Portugal ou a Nova Granada lenha lejios que la Nueva Granada ó Portugal ten-
por conveniente outorgar aos enviados, mi- gan por conveniente otorgar á los enviados,
nistros e agentes diplomaticos de outras na- ministros y agentes diplomaticos de otras po-
ções, serão ipso facto extensivos aos de uma tencias, se harán, por ei mismo hecho, ex-
ou outra das partes contratantes. tensivas á los de una ó otra de las partes con-
tratantes.
Art. 14. 0 Cada uma das altas partes con- Art. 14.° Cada una de las altas partes con-
tratantes terá a liberdade de nomear consu- tratantes tendrá la libertad de nombrar con-
les, vice-consules e agentes consulares para sules, vice consules, y agentes consulares en
os portos da outra onde o commercio estran- los puertos de la otra, abiertos al commer-
geiro seja permittido, os quaes gosarão den- cio estranjero; los cuales disfrutarán dentro
tro dos seus respectivos districtos consula- de sus respectivos distritos consulares de to-
res de todos os poderes, direitos, immuni- dos los poderes, derechos, inmunidades y
dades e privilegios concedidos aos da nação prerogativas concedidas á los de la nacion
mais favorecida. mas favorecida.
Mas, para que os consules, vice-consules Pero para que los consules, vice consules
£ agentes consulares possam funccionar co- y agentes consulares puedan desempenhar
mo taes, deverão apresentar a sua nomeação sus funciones, deberán presentar su nombra-
ou patente em devida fórma ao governo do miento ó patente en debida forma al gobier-
paiz, a fim de obter o preciso exequatur; e no cerca dei cual estén acreditados, á fin de
concedido este, serão tidos e considerados obtener ei correspondiente exequatur; y
como taes, consules, vice-consules e agentes concedido este, serán reputados y conside-
consulares por todas as auctoridades, magis- rados como tales consules, vice consules, y
trados e habitantes do districto consular da agentes consulares, por todas las autorida-
sua residencia. des, magistrados y habitantes dei distrito
consular de su residencia.
Sem embargo, cada uma das partes con- Cada una de las partes contratantes se re-
tratantes se reserva o direito de exceptuar serva, sin embargo, ei derecho de exceptuar
aquelles portos ou logares, onde não se jul- aquellos puertos y lugares en donde no crea
gue conveniente a admissão e a residencia de conveniente la admision y residencia de ta-
taes funccionarios; fica entendido porém les funcionários; bien entendido que en tal
que n'esse caso a exclusão ou recusa de ad- caso la esclusion ó negalivà de admilir-los
mittidos, deverá ser commum ou geral para deberá ser comun ó general para todas las
todas as nações. naciones.
Art. 15.° Os referidos consules, vice-con- Art. 15.° Los referidos consules, vice con-
sules e agentes consulares, assim como seus sules y agentes consulares, asi como sus se-
secretarios, officiaes e pessoas empregadas cretarios, oficiales y personas agregadas al
nos consulados (não sendo essas pessoas sub- servido de los consulados (no siendo estas
ditos ou cidadãos do paiz da residencia do personas ciudadanós ó súbditos dei país en
consul) serão isentos de todo o serviço pu- donde ei consul reside), eslarán exentos de
blico e tambem de contribuição, pessoal ou todo servicio público, y tambien de contri-
de quaesquer outros impostos, exceptuando bucion personal, ó de cualesquiera otros im-
aquelles a que pelo exercicio do commercio puestos, exceptuando aquellos á que, alejer-
ficam sujeitos pelas leis e usos do paiz os in- cer ei comercio, están sujetos por las leye_s
dividuos particulares da sua nação nos mes- y usos dei pais, los individuos particulares
mos logares, relativamente a suas transac- de su nacion, relativamente á sus transacio-
ções commerciaes. nes mercantiles.
E aqui fica declarado, que no caso de of- Y queda aqui declarado que en caso de
fensa contra as leis, os ditos consules, vice- ofensa contra las leyes, dicho consul, vice
consules ou agentes consulares poderão ser consul ó agente consular, podrá ser castiga-
ou punidos conforme ao direito, ou manda- do conforme á derecho, ó mandado salir dei
28 de agosto 1865 521
dos sair, declarando o governo offendido ao país, manifestando ei gobierno ofendido al
outro as rasões do seu procedimento. otro las razones de su procedimiento.
Os archivos e papeis dos consulados serão Los archivos y papeies dei consulado se-
respeitados inviolavelmente e por nenhum rán inviolablemente respetados, y bajo nin-
pretexto poderá qualquer magistrado ou pes- gun pretesto podrá embargarlos, ó interve-
soa alguma embarga-los, ou de outro modo nir en manera alguna en ellos ningun ma-
intervir a respeito d'elles. gistrado ni otra persona cualquiera.
Art. 16.° Os consules, vice-consules e Art. 16.° Los consules, vice consules, y
agentes consulares terão a faculdade de re- agentes consulares tendrán la facultad de re-
querer o auxilio das auctoridades locaes para querir ei auxilio de las autoridades dei pais
a prisão, detenção e custodia dos desertores en que residan, para ei arresto, detencion y
dos navios de guerra e mercantes da sua na- custodia de los desertores de los buques de
ção. Para esse fim os ditos consules, vice- guerra y mercantes de su nacion, con este
consules e agentes consulares poderão diri- objeto, los dichos consules, vice consules y
gir-se ás auctoridades competentes e pedir agentes consulares podrán dirijirse á las au-
por escripto os ditos desertores, provando toridades competentes y pedir por escrito
pela exbibição da matricula dos marinheiros, los referidos desertores, exhibiendo ei rol
rol de equipagem ou por qualquer outro do- dei buque ó otros documentos públicos para
cumento publico, que taes individuos recla- probar con ellos que los hombres pedidos for-
mados pertencem á tripulação do navio de man parte de Ia tripulacion dei buque de
onde se allega terem desertado: e quando donde se alega que desertaron; y en cual-
por esta fórma fique comprovada a reclama- quier caso en que se pruebe por estos m é -
ção, não se recusará a entrega dos deserto- dios la reclamacion, no serehúsará la entre-
res. Os desertores, apenas presos, serão pos- ga de los desertores, que una vez arrestados
tos á disposição dos ditos consules e poderão se tendrán á disposicion de los dichos con-
ser detidos nas cadeias publicas a rogo e á sules, y podrán poner-se en las cárceles pú-
custa dos que os reclamarem, para haverem blicas á peticion y á costa de los que los re-
de sér restituídos aos navios a que perten- claman, para ser restituídos á los buques á
ciam-, ou mandados para o seu paiz, por um que pertenezcan, ó enviados á su país, en un
navio da sua nação, ou por qualquer outro. buque de su nacion, ó en cualquier otro.
Se porém não forem mandados para o seu Pero si esto envio no se verificare dentro
paiz dentro de dois mezes contados do dia de dos meses, contados desde ei dia de su
da prisão, serão postos em liberdade, e não arresto, serán puestos en libertad, y no vol-
tornarão a ser presos pela mesma causa. veran â ser arrestados por la misma causa.
Mas acontecendo que o desertor ou deser- Mas, se aconteciese que ei desertor ó de-
tores tenham commettido algum crime ou sertores hubiesen cometido algun crimen ó
oífensa contra as leis do paiz, será demo- ofensa contra Ias leys dei pais, se suspen-
rada a entrega até que o tribunal, a que o derá la entrega, basta que ei tribunal á quien
caso estiver aífecto, pronunciar a sentença, pertenezca ei conocimiento de la causa haya
e a sentença se execute. pronunciado sentencia, y esta se haya ejecu-
tado.
Art. 17.° Os subditos e cidadãos de cada Art. 17.° Los ciudadanos y súbditos de
uma das altas partes contratantes poderão cada una de Ias altas partes contratantes po-
dispor de seus bens moveis, que se acharem drán disponer de sus bienes muebles que se
dentro da jurisdicção da outra, por testamen- encontraren dentro de la jurisdicion d e la
to, doação ou por qualquer outro modo; e otra, por testamiento, donacion, ó de cual-
os seus representantes poderão succeder nos quier otro modo; y los que los representen
ditos bens particulares, por testamento ou podrán heredar los dichos bienes particula-
ab intestato, e poderão tomar posse d'elles, res, por testamiento ó ab intestato, podrán
por si ou por seus procuradores, e dispor li- tomar posesion de ellos por si ó por sus pro-
vremente dos mesmos, pagando sómente aos curadores, y disponer libremente de los mis-
respectivos governos o que os habitantes do mos, pagando tan solo á los respectivos go-
paiz em que os bens estiverem forem obri- biernos lo que los habitantes dei pais, en
gados a pagar em iguaes casos. que se encontraren los referidos bienes, es-
tuvieren obligados á pagar en iguales casos.
E se por morte de alguma pessoa, que Y si por muerte de alguna persona, que
possua bens de raiz dentro do territorio de posea bienes raices en ei territorio de una
uma das altas partes contratantes, esses bens de las altas partes contratantes, hubioren de
de raiz tiverem dè passar, conforme as leis pasar dichos bienes, conforme'á las leyes
do paiz, a um súbdito ou cidadão da outra dei país, á un ciudadano ó súbdito de la otra
130
1865 28 da agosto

parte, e a dita pessoa os não podér possuir parte, y este no pudiera poseerlos por.su ca-
por sua qualidade de estrangeiro, ser-lhe-ha lidad (le estranjero, se le dará ei tiempo se-
dado o tempo marcado peias leis do paiz, fialado en las leves dei país, ó si estas no
ou se estas o níjo tiverem marçadp, ser-lhe- lo hubieren determinado, se le.senalará un
ha dado o tempo rasoavel para vender ou de plazo racional para vender, ó disponer de
qualquer outro modo dispor dos ditos bens cualquier otro modo de dichos bieoes raices,
de raiz, e retirar ou exportar o seu produ- y sacar ó exportar su producto siq grava.-,;
cto sem gravame, e sem ter de pagar para men, y sin tener que pagar á los respectivos
os respectivos governos outro algum direi- gobiemos ningun otro derecho además de
to alem dos, que em iguaes casos são im- los que en iguales casos . sean/;irnp uestos á
postas aos habitantes do paiz onde os ditos los habitantes dei país en ; que estuvierensi-
bens de raiz forem situados. tuados los dichos bienes raices.
Art. 18." As altas partes contratantes se Art. 18.° Las altas partes contratantes se
obrigam a dar reciprocamente protecção aos obligan á dispensar reciprocamente su pro^
individuos, subditos ou cidadãos de cada teccion á las personas de los ciudadanós ó
uma d'ellas, de quaesquer profissões, que súbditos de cada una de ellas, de todas pro-
transitem ou residam*nos territorios sujei- fesiones, transeuntes ó habitantes ep los ter-
tos á jurisdicção de uma ou outra, permit- ritorios sujetos á ,1a jurisdjccion de. una ó;
tindo-lhes recorrer aos tribunaes de justiça, otra, dejando abierios y libres los tribunales,
que lhes estarão abertos e livres, para tra?. de justicia para sus recursos judiciaies, en
lar, de seus negocios judiciaes, da mesma los mismos términos usados y acpstuinbra-
fórma e como costumam faze-lo os subditos dos para los ciudadanós ó subdftqs. dei país,
ou cidadãos do paiz em conformidade com as y de conformidad con las leyes vijentes,
leis vigentes..
.Art. 19.° Convieram as altas partes con- Art. 19.° Las alias partes- contratantes
tratantes na mutua entrega de réus de pira- convienen en entregarse reciprocamente los,
teria, incêndio, furto ou roubo, falsificação reos de piratería, incêndio, hurto ó robQ,
de- moeda ou de documentos publicos, ve. falsificacion de moneda ó de documientos
nefiçio., rapto, estupro ou assassinato que públicos, envenenamientp, rapto, estupro ò
de uma nação se refugiarem na outra. asesinato que cie una nacion, ; se refujiareu
en la otra. ...,". ,
: Para a entrega entender-se-hão entre si osr Para tal devolucion se entendrán entre si,
juizes ou tribunaes por meio de requisitó- los juzgados ó tribunales, por medio de re-
rias, com especificação de prova ou indicio quisitórias, con especificacion de ia pyuçbi*
sufficiente que conforme as leis do paiz em ó principio de prueba que con arreglo á las
que secommetteu odelicto, seja bastantepara leves dei país en que se haya cometido, ei
justificar a prisão e começar causa crime; o delito, sea suficiente para justificar ei ar-
sendo necessário, recorrerá um governo ao resto y enjuiciamienlo, y en caso necesario
outro, -exigindo a extradicção do réu; fica ocurrirá ei un gobierno al otro, exijiendo la
entendido porém que nunca poderá impor- extraclicion dei reo; pêro- no podrá impo-
se a pena de morte a estes réus pelo crime nerse pena de muerte á tales reos por ei
ou crimes commettidos antes da entrega, delito ó delitos que hubieren cometido antes
sendo isto condição indispensavel para que de la exíradicion; y esta será copdícion íq-
se verifique a dita extradicção. dispensable para verificar la entrega. ,
As, despezas da prisão, detenção e entre- Los gastos de arresto, detencion y entre-
ga dos. réus reclamados em virtude d'este ga de los reos reclamados .en virtud de este
artigo ficam a cargo da parte que solicite a artículo serán de cargo de la parte que so-
extradicção. • : ^ licita la extradicion.
Quando seja reclamado um réu que tenha Cuando fuere reclamado un reo que ade-
de. ser julgado por outro dejicto commettido rnas deba ser juzgado en ei país en que se
no paiz ejii que se tiver refugiado, não se hubiere refugiado, no será. entregado hasta
fará entrega d'elle senão depois de julgado despues de juzgadoy sentenciado, y. de haber
& sentenciado, e, executada que seja a sen- sido ejecutada la sentencia,
tença. • Art. 20.° La republica de la Nupva Gra-
Art. 20.° O reino de Portugal e a repu- nada y ei reino de Portugal se comprometen
blica de Nova Granada se çompromettem a á mantener para siempre, prohibido ei tra-
continuar prohibido para sempre o trafico fico esterior de esclayos. • . .,
exteriQr de escravos.
Art. 21.° Sua Magestade Fidelíssima e a Art. 21.° La republica de Nueva Granada
republica de Nova Granada, desejando fazer y Su Majestad Fidelísima t)l de Portugal^
28 <ie. agosto 1865 523
tão duráveis, quanto seja possivel as relações deseando hacer tan duradera.s.como sea pos-,
que se estabelecem entre as duas partes em sible las relaciones que se estabeleceu entre
virtude do presente tratado, e que.nunca las dos partes por medio deí presente trala-
baja motivo para se fazerem guerra uma á do, y que jamás haya motivo, para que. los
outra, declaram solemnemente e estipulam dos estados se hagao la guerra,.déçlaj-ausor
o seguinte: lemnemente y estipulan lo siguienie : V
. 1.° Se um ou mais subditos ou cidadãos 1.°.Si .uno o mas ciudadanq$,.'à.sf^tjós
de pma das altas partes contratantes inffin- de una de ias. altas.parles coníratantes^.n-,
gir qualquer dos artigos d'esle tratado, se- frinjirse cualquiera de los artículos d e . e s f ô
rão os mesmos subditos ou cidadãos pes- tratado, serán ei ó el^çs pe.rsqnaífp.eijte
soalmente responsáveis por aquella -infrao responsables de la infraçoion, sin,.qú,e pojf.
ção, e a boa harmonia e correspondencia esto sean interrumpidaslas relaciones clç
entre as duas nações não serão por isso in- buena armonia, y la correspondência entre,
terrompidas, obrigando-se cada uma das di- las dos naciones, obligandose cada una de
tas partes a não proteger de nenhum modo dichas partes á no protejer ;de rnodp alguno
os offensores e a não sanccionar tal violação. á los ofensores, y á no.sançjppar ía viola-
• ••! .•. : • cion. • ^ >• ^ .
,2.9 Se (o que não é de esperar) infeliz- 2.° Si (lo que no es d.e esperarse) desg^a-
mentg.algum ou alguns dos artigos do pre-. ciadamente llegaren á ser de çuaíqujer mp-
sente'tratado vier a ser por qualquer modo do, violados ó infringidos. alg:ui)Q ó algupos
violados ou infringidos, nenhuma das duas de los artículos dei presente tratadçi, hin-'
partes contratantes poderá declarar guerra á guua de las dos partes contràlautftspod0,
outra, nem ordenar ou auctorisar nenhum declarar la guerra á la otra, rií disponer o,
acto de.represalia ou hostilidade, por aggra-, aulorisar actos de represália .ó hostilidad,
vos de injurias ou damnos. A parte que of- por.agravios provenientès djò; iiqqrja^ Arde
fendida se considerar, apresentará á outra danos. La parte que se considere ofendida
uma exposição das ditas injurias e damnos presentará á la otra una exposicion de dichas
provados por competentes documentos, e injurias ó danos, probada com documentos
pedirá justiça e satisfação. . competentes y pedirá justicia y satisfaccion.
3.° Se a parte requerida recusar fazer 3.° Se la parte requerida se negará á ha-
justjça á outra, ou dar-lhe a satisfação pedi- cer justicia á la .otra, ó á darle ,la;Sç\tisfec-
da, ; ambas, .submetterão a qqestão ao juizo cion pedida, ambas someterán ja çu^stíon «
de um governo amigo de urna e outra, e se al juicio de un gobiernp amigo desuna y
conformarão com a decisão que elle d e r ; otra, y se. cqnformarán çon la. decisioq que
este pronuncie. . ' .. ".'•",.'",
.; Em todos os casos de controvérsia que 4.° En todos los casos de controvérsia en
as altas partes contratantes não possam con- que no p'uedan avenirse las dos alias partes
ciliar por via diplomatica, recorrerão á de- contratantes por medio de ía.s vias dipjoma-
cis^p. dé"um arbitro para ajustar pacifica e ticas, ocuri iráná decision de un arbitro para,'
definitivamente as suas desavenças. arreglar pacifica y definitivamente çus d|fe J
rencias. , ', .' V'
Art. 22,° O presente tratado .durará e es- Art. 22.° EI presente tratado, (Jurará
tara em plena força e vigor por espaço de fendrá fuerza y vigor por ,ei, téròijin^ tíe
seis annos, contados do dia da trqca das ra- seis anos, contados desde ei dia én'.quq jãs
tificações, e por um.anno mais depois que ralificaciones sean canjòadas, y por uri.anoi
uma das partes contratantes tiver intimado mas depues de que una dè Ias partes notifi-
á outra a. sua intenção de terminar o mesr que á la otra su intencion de haçerlQ termi-
m o ; reservando-se cada uma das partes con- nar. Cada una'.de las partes contratantes ,se
tratantes o direito de fazer essa intimação reserva ei derecho de hacer táí notifica cion
em qualquer tempo depois de ter expirado en cualquier tiempo despues de la espira-
o referido termo de seis annos; e do mesmo cion dei referido término de seis anos; y dei
modo fica ajustado entre ellas, que um anuo mismo modo queda convenido que un ano
depois de ser recebida por uma d'ellas ; da despues de que por una depilas se reqiba la
outra parte:,ajdita intimação» este tratado notiflpacion de ]a: otra, jàs, estipqifi.çion^.de
cessará, esuas estipulações terminarão intei- este tratado pe^árán còmpl^tampn^te^/cqn^á
rapiçníe,, com a excepção, porém da do arti- excepcpi.dei artículo. ,'guia.a^cÍQ^s
go 1 q u e é perpetuo. perpetua.; ! " . V ,'j'.' . ,.
O presente tratado será ratificado por Sua . EI presente, tratadó. ser.á r ^ t l ^ ^ d ^ pòr, éí
Magestade Fidelissima e o m a approvação pòder ejecutivq deJa républi^a dp ^ W,evá
(ias. Qôjr^s, e pelo poder executivo (la repu- Çranada, previa lá apirb^âqiop^del çcgagçésqi
524 1865 28 de agosto

blica de Nova Granada com previa approva- y por Su Majestad Fidelisima ei Rey de Por-
ção do congresso; e as ratificações serão tugal, con aprobacion de las cortes; y las
trocadas em uma das capitaes da Europa, ratificaciones serán canjeadas en alguna de
em Washington, ou em Bogotá, no praso de Ias capitales de Europa, en Bogotá ó en Was-
dois annos contados da data da assignatura, hington dentro de dos anos contados desde
ou antes, se for possivel. ei dia de la firma, ó antes, si fuere posible.
Em testemunho do que, os plenipotenciá- En testimonio de lo cual los plenipoten-
rios o assignaram e sellaram com os seus si- ciários lo firmaron y sellaron con sus respe-
netes respectivos. ctivos sellos.
Feito na cidade de Washington, aos 9 dias Hecho en la ciudad de Washington, á los
do mez de abril do anno de 1 8 5 7 . = ( L . S.) 9 dias dei mes de abril dei ano de 1857. =
3. C. de Figanière e Morão=P. A. Her- (L. S.) P. A. Herran=J. C. de Figanière
ran. e Morão.

E sendo-me presente o mesmo tratado, cujo teor fica acima inserido, e bem visto, con-
siderado e examinado por mim tudo o que n'elle se contém, e tendo sido approvado pelas
côrtes, e ouvido o conselho d'estado, o ratifico e confirmo, assim no todo como em cada
uma das suas clausulas e estipulações, e pela presente o dou por firme e valido para ha-
ver de produzir o seu devido effeito, promettendo observa-lo e cumpri-lo inviolavelmente,
e faze-lo cumprir e observar por qualquer modo que possa ser. Em testemunho e firmeza
do sobredito fiz passar a presente carta, por mim assignada, passada com o sêllo grande
. das minhas armas, e referendada pelo meu ministro e secretario d'estado abaixo assi-
gnado.
Dada no palacio da Ajuda, aos 28 dias do mez de agosto do anno do nascimento de Nosso
Senhor Jesus Christo de 1862.=EL-REI, com rubrica e guarda.—Marquez de Loulé.

NOTAS REVERSAES

O abaixo assignado, plenipotenciário de Legacion en los Estados Unidos. —Was-


Sua Magestade Fidelíssima, julga dever de- hington, abril 9,1856.—EI infrascrito, ple-
clarar ao ex. m0 sr. general Herran, plenipo- nipotenciário de Ia Nueva Granada, en con-
tenciário da republica de Nova Granada, com testacion á la nota de esta fecha que ha re-
referencia ao tratado de amisade, commer- cebido de su excelencia ei senor consejero
cio e navegação entre os dois estados, por de Figanière y Morão, plenipotenciário de
ambos concluido e assignado hoje, que fica 5. M. F. ei Rey de Portugal, referente al
mutua e claramente entendido, que a esti- tratado de amistad, comercio y navegacion
pularão do artigo 2.° do mesmo tratado não entre los dos estados, concluido y firmado
é applicavel aos portos e territorios das pro- hoy por ambos, tiene ei honor de declarar
vincias ultramarinas portuguezas, onde o que por parte de la Nueva Granada queda
commercio estrangeiro não seja legalmente mútua y claramente entendido: Que la esti-
permittido a todos os estrangeiros, e do mes- pulacion dei artículo 2.° dei mismo tratado
mo modo que as estipulações dos artigos 4.°, no es aplicable á los puertos y territorios de
5.° e 6.° não se entenderão em tempo algum las provincias ultramarinas de Portugal en
a respeito d'aquelles generos, cuja importa- donde ei comercio no sea legalmente permi-
ção nas-ditas provincias ultramarinas for ve- tido á todos los estranjeros; é igualmente quê
dada ao commercio estrangeiro. las estipulaciones de los artículos 4.°, 5.° y
6.°, no se entendrán en ningun tiempo con
respecto dejaquellas mercancias cuya impor-
tacion en las dichas provincias ultramarinas
fuese prohibida al comercio estranjero.
Pela legislação portugueza actual são os Que por la legislacion portugueza actual
navios estrangeiros admittidos: no Archipe- los buques estranjeros son admitidos: en ei
' lago de Cabo Verde, no porto da Villa da Archipelago de Cabo Verde, en ei puerto de
Praia, ilha de S. Thiago; porto Inglez, ilha villa de Praia, isla de Santiago; puerto In-
de Maio; porto de Sal Rei, ilha da Boa Vista; glez, isla de Mayo; puerto de Sal-Rey, isla
porto Madama ou Martins, ilha do Sal; na de Buena Vista; puerto Madama ó Martins,
Costa de Guiné, em Bissau e Cacheu; ilhas isla de Sal; en la Costa de Guinea, en Bissao
de S. Thomé e Principe, na primeira, na y Cacheo; islãs de Santo Tomé y Principe, en
28 de agosto 1862 525

bahia das Agulhas, ou no porto onde estiver la premiera en la Bahia de las Agujas, ó en
estabelecida a alfandega; na segunda, no ei puerto en donde estuviere estabelecida la
porto da cidade; em Angola e Benguella, aduana; en la segunda, en ei puerto de la ciu-
nos portos de Loanda, Benguella e Ambriz; dad. En Angola y Benguela, en los puertos
na Costa Oriental de Africa, nos portos de de Loanda, Benguela y Ambriz. En la costa
Moçambique, Ibo, Quilimane, fnhambane e oriental de Africa, en ios puertos de Mozam-
Lourenço Marques; na India Oriental, nos bique, Ibo, Quelimane, Inambane y Lorenzo
poctos de Goa, Damão e Diu, Archipelago Marques. En la India Oriental,-en los puertos
de Solor e Timor, no porto de Dilly; e os de Goa, Damão y Dio, Archipelago de Solor
generos seguintes só podem ser importados y Timor, en ei puerto de Dilly: y que los ar-
nas referidas possessões, sendo de produc- tículos siguientes son de prohibidaMmporta-
ção portugueza e levados em navios portu- cion en las referidas posesiones, excepto
guezes: polvora, sal, rapé e todas as quali- cuando son de produccion portuguesa y lle-
dades de tabaco em pó, zuartes e chitas vadas en buques portugueses: polvora, s»l,
azues, aguardente de vinho e vinho. Poden- rapé-y toda a clase de tabaco en polvo, zara-
do admittir-se vinhos estrangeiros em cai- zas y telas azules de algodon (chitas y zuar-
xas ou ototros volumes que não contenham tes), aguardiente de uva y vino. Que los vi-
menos de vinte e quatro garrafas de meia nos estranjeros pueden admitirse en cajas ó
canada (medida de Lisboa) ou quarenta e otros envases que DO contengan ménos de
oito-de quartilho; emquanto ás peças de ar- veinte y cuatro garrafas de media canada
tilheria, projectis e mixtos incendiários são (medida de Lisboa), ó cuarenta y ocho de
geralmente prohibidos. cuartillo, y que las piezas de artilleria, pro-
jectiles y mistos incendiários son geiieral-
mente prohibidos.
E liça do mesmo modo mutua e clara- Y dei mismo modo queda mútua y clara-
mente entendido, que quando o reino de mente entendido que si de parte de Portu-
Portugal venha em qualquer tempo a con- gal se hiciese en cualquier tiempo en favor
ceder a alguma nação favor mais amplo em de otra nacion cualquiera alguna ampliacion
commercio e navegação nas suas provincias en ei comercio y navegacion de sus provin-
ultramarinas, a republica de Nova Granada cias ultramarinas, la republica de lá Nueva
gosará do mesmo favor sob as mesmas con- Granada gozará igualmente de ella en los
dições. mismos términos,
O abaixo assignado aproveita esta occa- Renueva ei infrascrito á s. e. ei senor con-
sião para renovar ao ex. m0 sr. general Her- sejero de Figanière y Morão los sentimentos
ran os protesto da sua mui distincta consi- de aprecio y consideracion con que tiene ei
deração e estima. honor de ser su muy atento, obediente ser-
Legação de Sua Magestade Fidelíssima vidor. —P. A. Herran.=k s. e. ei sr. con-
nos Estados Unidos da America. Washin- sejero de Figanière y Morão, plenipotenciá-
gtos, a 9 de abril de 1857.=Joaquim Cesar rio de S. M. F.
de Figanière e Morão.=Ao ex. mo sr. gene-
ral Pedro Alcantara Harran, plenipotenciá-
rio da republica de Nova Granada.

PROTOCOLO PR0T0C0L0

Os abaixo assignados, Joaquim Cesar de Los abajo [firmados, ei general Eustorjio


Figanière e Morão, do conselho de Sua Ma- Salgar, enviado extraordinario y ministro
gestade Fidelíssima, fidalgo cavalleiro de sua plenipotenciário de los Estados Unidos de Co-
real casa, e seu enviado extraordinario e mi- lumbia en los Estados Unidos de America, y
nistro plenipotenciário nos Estados Unidos Joaquim Cesar de Figanière y Morão, dei
da America, etc., e o general Eustórgio Sal- consejo de S. M. Fidelisíma, hidalgo Cabal-
gar, enviado extraordinario e ministro ple- lero d í s u real casa e su enviado extraordi-
nipotenciário dos Estados Unidos de Colum- nario y ministro plenipotenciário en los Es-
'-bia nos ditos Estados Unidos da America, tados Unidos de America, etc., debidamente
etc., devidamente auctorisados pelos seus autorizados por sus respectivos gobiernos,
respectivos governos em virtude dos plenos en virtude de los plenos poderes que reci-
poderes que reciprocamente se communica- procamente se comunicaron é hallaron en
ram, e acharam em boa eftíevida fórma, re- buena y debida forma, se reuniron hoy para
uniram-se hoje para effectuar a troca das ra- efectuar ei canje de las ratificaciones dei tra-
tificações do tratado de amisade, commer- tado de amistad, commercio e navegacion,
131
526 1865 28 de agosto

cio e navegação entre o reino de Portugal e entre la republica de la NueVa Granada y él


a republica de Nova Granada, concluido e as- reino de Ptírtugal, concluido e firmado en la
signado na cidade de.Washington, no nono ciudadde Washington enel dia nueve.delmes
• dia do mez de abril do anuo de mil oitocen- de abril dei ano de mil ochúçientos cincoen-
tos cincoenta e sete, pelos plenipotenciários ta e siete, por los plenipotenciários nombrá-
nomeados para esse lim, o dito conselheiro dos para este fin: ei general Pedro Alcânta-
Joaquim Cesar de Figanière e Morão, por ra Herran por parte de la Nueva Granada, y
parte de Portugal, e o general Pedro Alcan- ei dicho consejero Joaquim Cesar de Figa-
tara He,rran, por parte de Nova Granada. nière y Morão por parte de Portugal. ','...'
. . Ãntéside proceder-se a este acto declara- Antes de proceder-se á este acto sé dé-
i s , .jad'presente protocolo o seguinte: clara en ei presente protocolo lo siguiènte:
1 Q u e havendo a republica de Nova Gra- 1." Que.habiendo la republica de lá Nueva
dada, depois da data da assignatura do men- Granada, despues de la fecha ,en que se fir-
cionado tratado, dado a seu governo a fór- mo ei presente tratado, dado á su gobierno
íáiá federativa, sob o nome e estylo dos Es- una forma federativa bajo ei nombre de «Es-
tados Unidos de Columbia, tica aqui muito tados Unidos de Columbia queíja aqui es-
expressamente entendido que esta circum- presamente entendido que esta. circunstan-
stancia por fórma alguma altera ou diminue cia por ningun motivo altera nidiminuyeJa
ir força e vigor do dito tratado, cujas estipu- fuerza y vigor de dicho tratado, cuyas esti-
lações, pelo contrario, são extensivas e obri- pulaciones por ei contrario son estensivas y
gatórias aos estados que hoje formam, ou no obligatorias á los estados que hoy forman o
futuro vierem a constituir a confederação que en lo succesivo formaren los Estados
dós ditos Estados Unidos de Columbia. Unidos de Columbia.
2.° Que tendo sido estipulado no para- 2.° Que habiendose estipulado en ei pa-
grapho unico do artigo vigésimo segundo e ragrafo unico dei artículo vigésimo segundo
ultimo do mesmo tratado, que a troca das y ultimo dei mismo tratado, qUe él canje de
ratificações se eífectuaria no praso de dois ias ralificaciones se efectuaria dentro dei tér-
annos depois da data do dito traíado, e não mino de dos anos despues de la fecha de di-
se tendo verificado esta condição por circum- cho tratado, y no habiendose cumplido esta
stancias independentes da vontade das alias condicion por circunstancias independienles
partes contratantes, declaram os abaixo as- de la voluntad de las altas partes contratan-
signados, em virtude dos seus ditos plenos tes, declaran los abajo firmados, en virlud
poderes, que esta demora em nada prejudi- de sus dichos plenos poderes', que esta de-
cará, a validade dos artigos do mencionado mora en nada prejudica la validez de los ar-
tratado e convieram em estabelecer novo pra- tículos dei mencionado tratado, yconvienen
so, designando o dia de hoje para elfectuar en fijar nuevo término, designando éldia de
á referida troca. hoy para efectuar ei referido Canjé.
Fica reciprocamente convencionado que Queda reciprocamente convenido qué Ias
as duas declarações precedentes .serão havi- dos declaraciones precedentes serán consi-
das como fazendo parte do tratado, e terão deradas como pârte dei tratado ,y tendrán lá
a mesma furça e valor, assim como as no- misma fuerza y valor asfcótíió las nót'a's ré-
tas reversaes datadas em 9 de abril de 1857, versales fechadas en : 9 de abril d'é 18o7 dè
das quaes se annexam copias conformes a ias cuales se agregan copias conforme á este
este protocolo. protocolo.
Depois do que tendo os abaixo assignados Despues de lo cual habiendo los abajo fir-
cuidadosamente examinado e conferido as mados examinado y confrontado cuidadosa-
ratificações, e achando-as em boa e devida mente las ralificaciones y haliandólas en bUé-
fórma, ftíram trocadas como do estylo. na y debida fórma, fiieron canjèadás comb
'".; 1 • -;/ • - -I - • , és de estilo.
"Em téstetyuhtíd dó queássignaram opré- En testimonio de 10 qual firmárõn y áel-
sénte bròtbbòlo è ó firmaram cóm, o sêllo laíon con sus sellos respectivos èl pfésente
dàl s^at árrnaK èrri'duplicado, na cidade de protocolo, por .duplicado, en 'Ia èiudad de
Wasbiúftón; districto de Columbia, aos 24 Washington, districto' dè ÇólUrtlbía, á Irts;2£
dias do mez de agósúr/do anno dè'1865. dias dei mes de agosto dei ano de 1865.
(Li S.)'=>7. Ó. de Figanière e Morão. '('L. S.)=E. Salgar. 'il
D. de L. n.° 3'5, de 15 de fev. de Í8B6.'.J
kè dè janeiro 1865 527

A M O DE 1865'
M I N I S T E R I O D O S N E G O C I O S DO R E I N O .
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
•' ' . » l n : i • 3." R E P A R T I Ç Ã O - I . " SECÇÃO • • « :tt-:>

Á' àua Magestade. El-Rei foi presente a copia do orçamento do districto'ào P o r t ó $ i l $


ójátíli^.economicò. de 1864-1865, e bem assim a informação dó respectivo goyérhMóf.ttU
yjjÇga$dà''$B 2'6 de dezembro ultimo, e vendo-se d'estes documentos o:fiQc)feiesfqifé à'Míifitíi'
gerál distriboírà pelos Concelhos as quotas com que elles têem de cdrttribáir^afá ^ í fleê-
pezas ; do districto, não segundo as bases estabelecidas na lei de 30 de marçd:db ^8'6Í,
más segundo outras que lhe pareceram mais justas; o mesmò augusto èehbbrinancíá de-
clararão governador civil que foi illegal e irregular o,procedimento da jútítà, e qiié nãõ sÒ
contraria á letra mas o espirito da lei citada, que èsiabelecendo uma base útiíforme j?à'ta
a distribuição das despezas districtaes, quiz precisamente pôr cobro ao áí-liitriòqúe as jun-
tas geraes se arrogavam em similhante assumpto, arbítrio que a junta géráídóPoriô con-
tinuou, a despeito da formal e expressa disposição das leis.
Este acto da junta devêra ter sido declarado nullo pelo governador civil em conselho
de districto por envolver violação de lei; mas não o tendo sidoopportunamente e achan-
do-se concluida e érti grande parte executada a distribuição irregulartêiTã pela junta geral;
Sua Magestade, attendendo a esta circumstancia, a que nenhuma reclamação se apre-
sentou contra a deliberação da junta, e a que estando em mais de meio anno economico,
nad sferia possivel emendar o erro praticado, sem grave transtorno 'dó sérviço dt>s -efrpos-
tqâ, ÍiòuVé p'ot bem relevar a falta commettida; mas quer que ogovériVádor éiviífáçá còn-
stáFá1 jtinta ria siia primeira reúríião, que na distribuição do anno futuro há'de S'élr'fièí-
níerité cumprida a lei de 30 de março de 1861, e que o mésmo magistrado fíque
nídfò de que se a junta g'eral se desviar dos preceitos da lei, deverá elle annullar a'idellbé-'
ráção da junta, nós termos dos artigos 105.°, 214.° e 219.° do codigo ádmiriistralivó. 7
Paço, em 5 de janeiro de 1865. =Duque de Loulé.

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil de Aveih) re-
metté dois relatorios ê duas consultas da junta geral do districto relativas abanno proiifnd'
passado, sendo parte d'estes documentos para o ministerio do reino e outra párte pcirá o
ministerio dás obras publicas, pòr versarem sobre assumptos da competencia d'este mi-
nisterio; e - '!
Sua Magestade, ordenando que se accuse ao supradito magistrado a recepção db : seu
officio e dos papeis que com este vieram, quer que se declare ao governador civil que o
artigo 218.° do codigo administrativo manda que ajunta geral faça annualmente um só re-
latorio e uma só consultarem que exponha ao governo, que é um só e não tantos quantos
áaòfíá miiitèteriós, o qué fíòhver deliberado e quaes são as nèceséidWás'éfàVthôfáá/éfttos
a que haja de atttender-se, ; é qiíaès ós meios de os conseguir; quenò&terffiostfá léii devêra
a1 junta ter feito uma' èó consulta; em que tratasse dos assumptos da competencia dõ íiíi- :
nife'tèrèrió do reino e dos de qualquer outro, poisque as consultas daà juntaè geraes; Sèridõ'*
impressas e distribuídas ás estações publicas, ahi encontra cada uma d'elíás a parte qu'e
;
lhe diz respeito. ' '
E para que assim se observe para o futuro fará o governador civil ém tèínpo Oppor-;
tunò as convenientes communicações ajunta geral. -
Paço, ém 12 dè janéiro de 186%.—Duque de Loulé.

• Sua Mâgéstadè'El-Rei, a quem foi presente o officio dó governadóí civilide Còimibrái


: :
pérgnntándd: ' • ' ' : ! i " ' :1
1'.° Se ha lei que pròhiba a exposição de filhos illegitimos; . ' ~! ; ' ; ' •
" ' S e ha providencia alguma para obrigar uma mulher, que pediu auètõrisaçSo para
ektròftím filho illegitimo, allegando falta de meios, e de saude por' s'e~áChaf infieit>had&'
de virus venereo, para entrar no hospital, a fim de ser ali curada.
m 1865 18 de janeiro

Manda declarar ao reterido magistrado, em harmonia com a resposta do ajudante do


procurador geral da corôa, com a qual se conforma:
Que nenhuma lei prohibe a exposição de filhos illegitimos, antes foi para estes que as
rodas se instituíram e se sustentam;
Que a exposição de filhos legitimos é que é em regra prohibida e punida no artigo 348.°
do codigo penal ;
Que a requerente de que se trata deve porém ser obrigada a dar conta do filho e a
crea-lo, podendo, na conformidade do disposto no artigo 8.° do alvará de 18 de outubro de
1806, poisque a discrição e segredo de que falia o alvará e a dissimulação recommen-
dada no § 22.° do decreto de 25 de dezembro de 1608 e na circular de 22 de maio dè 1807
estão prejudicados na hypothese de que se trata, pela falta de recato e voluntarias declara-
ções da interessada;
Que finalmente, achando-se a requerente inficionada de vicio syphilitico em resultado
de relações illicitas, como ella reconheceu, nenhuma duvida póde haver em fazer recolher
a doente ao hospital, na fórma que determinam os regulamentos policiaes e a portaria de
18 de setembro de 1856, collecção das leis, paginas 54 do supplemento.
Paço, em 18 de janeiro de i865.=Duque de Loulé.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA


L.A REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, sendo-lhe presente o telegramma do governador civil de Faro,


dando parte das duvidas que occorreram na eleição da commissão recenseadora d'aquelle
concelho, sobre o facto de estar ou não approvado pelas tres quartas partes dos quarenta
maiores contribuintes a proposta do presidente da assembléa: manda pela secretaria d i s -
tado dos negocios do reino, significar ao sobredito magistrado que teria sido mais prudente
annuir-se a que se verificasse a legalidade das votações, removendo-se assim todas as du-
vidas, como alguns dos membros presentes reclamavam, e não levantar questões acalora-
das que deram logar á saída dos secretarios e de outros contribuintes, antes de se chegar
a lavrar a acta. N'estes termos é evidente que nem esta acta póde já fazer-se com refe-
rencia áquelle dia e ainda menos por outros secretarios, nem mesmo a eleição ficou per-
feita, podendo suspeitar-se que a recusa da verificação da votação indicava não ter havido
maioria legal. N'estes termos o que se deve fazer é ordenar-se nova e prompta convoca-
ção dos quarenta maiores contribuintes, e impor-se a devida responsabilidade aos que fal-
taram ou vierem a faltar, sem alguma das duas causas de escusa marcadas no artigo 41.°
§ 6.° da lei de 23 de novembro de 1859.
Paço da Ajuda, em 18 de janeiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

Sua Magestade El-Rei, ficando inteirado pelo conteúdo no boletim electro-telegraphíco


do governador civil de Villa Real, em data de 16 do corrente, manda pela secretaria d i s -
tado dos negocios do reino, participar ao sobredito magistrado que a difficuldade que em-
baraçou a eleição da commissão recenseadora d'aquelle concelho estava prevista e remo-
vida no artigo 24." do decreto de 30 de setembro de 1852. Se a proposta do presidente
não foi approvada pelas tres quartas partes dos contribuintes presentes, devia seguir-se o
processo estabelecido nos §§ do dito artigo.
O presidente procedeu irregularmente levantando a sessão antes de haver dado cum-
primento á lei, incorrendo por este facto na pena do artigo 127.° do citado decreto.
N'estes termos o que actualmente se deve fazer é convocar immediatamente os qua-
renta maiores contribuintes, fazendo-se-lhes as intimações nos termos da portaria circu-
lar d'este ministerio de 27 de março de 1863, a fim de procederem á eleição da commis-
são de recenseamento, na conformidade da lei, tornando effectiva a responsabilidade dos
que faltaram nas duas primeiras reuniões, ou deixarem de comparecer na que deve agora
ter logar, e quando, o que não é de esperar, ainda d'esta convocação não resulte a eleição
do sétimo membro da commissão, por estar dividida a assembléa em partes, iguaes, cum-
pre então convida-la a proceder por escrutínio secreto á eleição d'aquelle sétimo membro,
e se ainda d'este expediente não resultasse maioria, preferir então o mais velho dos
21 de janeiro 1865 529

votados, como para casos analogos estabelece o artigo 90.° do mencionado decreto, ex-
cluindo a nomeação á sorte, como o governador civil propõe, porque se não pratica em ca-
sos similhantes.
Paço da Ajuda, em 18 de janeiro do 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

Em additamento á portaria hontem expedida ao governador civil de Villa Real, resol-


vendo nos termos das leis as duvidas ali suscitadas por occasião de se eleger a commissão
do recenseamento eleitoral: manda Sua Magestade El-Rei declarar ao mesmo magistrado,
que sendo infelizmente notorias as irregularidades que se dão geralmente nos recensea-
mentos eleitoraes pelo muito descurado que anda este importantíssimo ramo do serviço
publico, figurando ainda n'elles muitos cidadãos que por fallecimento, perda do censo le-
gal ou mudança de residencia deviam ser d'ali eliminados, emquanto que outros pela cir-
cumstancia de haverem adquirido os requisitos legaes para deverem ser comprehendidos
nos recenseamentos é facto não o estarem; e procedendo muitas vezes em parte algumas
d'estas gravíssimas faltas, de certo espirito exclusivo que se nota no acto da eleição das
commissões de recenseamento eleitoral, pretendendo-se fazer vingar a eleição de indivi-
duos de uma parcialidade politica, com exclusão das outras, e da vontade de Sua Mages-
tade que o mencionado governador civil faça sentir ao presidente da camara municipal
de Villa Real, a quem pela lei toca presidir lambem á reunião dos quarenta maiores con-
tribuintes, que devem entender na formação da commissão de recenseamento eleitoral a
alta conveniencia publica que haveria em que o acto daquella eleição fosse conduzido
pelo esclarecido espirito de mutua deferencia para com as diversas parcialidades politicas,
fazendo-as representar todas quanto possivel na formação da commissão, o que constituindo
um penhor seguro do aperfeiçoamento dos recenseamentos, assegurará tambem em parte
uma base leal, franca'e verdadeira para a manifestação da vontade dos eleitores quando
são chamados a usar da mais valiosa prerogativa que lhes é conferida pela carta constitu-
cional da monarchia*
O que Sua Magestade manda participar ao governador civif de Villa Real, para sua in-
telligencia e effeitos necessarios.
Paço da Ajuda, em 21 de janeiro de 1 8 6 5 . = Buque de Loulé. (1)

MINISTERIO DÒS NEGOGIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


2 . 1 DIRECÇÃO
2. A R E P A R T I Ç Ã O

Attendendo ao que me representou João da Cruz Chaves, súbdito portuguez, pedindo


a concessão de 2:000 hectares de terrenos em Capangombe, provincia de Angola, para a
cultura de algodão e outros generos coloniaes, cultura para a qual se mostrou habilitado
com os precisos fundos: bei por bem, conformando-me com a consulta do conselho ultra-
marino de 27 de dezembro do anno proximo passado, e tendo em consideração as disposi-
ções da lei de 21 de agosto de 1856 e decreto de 4 de dezembro de 1861, confirmado .
pela carta de lei de 7 de abril de 1863, conceder ao mencionado João da Cruz Chaves os
ditos 2:000 hectares de terrenos baldios ou incultos pertencentes ao estado no referido
local, debaixo das condições que fazem parte do presente decreto, e que com elle baixam
assignadas pelo ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio
e industria e interinamente encarregado dos da marinha e ultramar.
O mesmo ministro e secretario d'estado assim o tenha entendido e faça executar. Pa-
ço, em 24 de janeiro de 1 8 6 5 . = R E I . = J o ã o Chrysostomo de Abreu e Sousa.

Expediu-se idêntica poVtaria ao governador civil de Faro.


132
1865 28 dg janeiro

Condições com as quaes é feita a João da Cruz Chaves a concessão de 2:000 hectares
de terrenos baldios em Capangombe, provincia de Angola, a qne se refere
o decreto d'esta data
l . a Que os terrenos de que trata esta concessão poderão ser dados em um ou mais
pontos do dito sitio de Capangombe, ficando o concessionario sujeito ás disposições dos
artigos 3.° e 4.° do decreto de 4 de dezembro de 1861, confirmado pela carta de lej de
7 de abril de 1863, relativas ao effectivo aproveitamento dos mesmos terrenos. '' ' \
• ; 2.'?! Que o fôró qúe deve pagar pelos terrenos concedidos será de 10 réis ^br beçtare,
:
estabelecido no títado decreto de 4 de dezembro de 1861. ' ; '' ' ' ' ' '!
"3.- Que é permittida ao concessionario a importação livre de direitos, por dez annos,;
sob a fiscalisação da auctoridade competente, de iodos os materiaes, máchinas ! e utènsfc
lios destinados para a cultura dos ditos'terrenos, bem como para á cÕnsirtíc^ãp^dpsMi;
ficios e officinas e para o transporte dos generos da sua producção, limitandq-se'$elo, qiíe
respeita a quaesquer embarcações de véla ou movidas a vapor, ás que fqrém empFègadás'
na navegação de cabotagem ou rios rios da provincia. ' '"'.. "
4.®' Que é concedida a isenção de direitos por todo o algodão que exportar o conces-
sionario durante o praso estabelecido no artigo 1.° de outro decreto com força de' léi de
4 de dèzembro de 1861, e nos termos do mesmo artigo. • i
': Que é permittido ao concessionario ter armamento para a defeza dosterrenòs.cpn-'
cedidos ou dos seus estabelecimentos agricolas, devendo ser determinado pólo governa-
dor geíal'da provincia em conselho o numero assim como a qualidade dos 'efitds ártna-'
mentos, na conformidade do artigo 20.° da lei de 21 de agosto de 1856:
6.® O concessionario deverá solicitar dentro do praso de um anno1 a demarcação e me-
dição dos terrenos, tomar d'elles posse e dar começo á sua cultura, para òs fins designa-
dos no artigo 4.° do citado decreto de 4 de dezembro de 1861.
'' 7' Que se porventura para se fundar alguma povoação ou para quaesquer obras dè
utilidade publica, como igrejas, hospitaes, alfandegas, caes, fortes, quarteis, étci, fot-mis-'
ter expropriar alguma ou algumas porções dos terrenos concedidos o'concessiona rio, haò'
podeTá exigir indemnisação alguma pelos mesmos terrenos que forem expropriadòs; ma^s.
só lhe será diminuído proporcionalmente o fòro e pago o valor das bemfeitori^s qué ri'çjles'
tiver feito.
Secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, em 24 de janeiro de 1 8 6 5 . =
João Chrysostomo de Abreu e Sousa. D. DE L . n.° H6, DE 23 DE MAIO.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECCÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
..?•>•.:• 3.a REPARTIÇÃO —1.» S E C Ç Ã O ' ' ::
' - ' F ' 1 5 -=

Subiu ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei o officio em que o governa,dor civil


d e P f t r a | ç g r è dá conta de que havendo nomeado Manuel de Matos Machado, regedor dfl/
frégúezià'dá aldeia da Mata, obtivera este depois da nomeação o. logar de estanqueiro dg,,
papel sellado qué lhe conferira o administrador dos tabacos da companhia de Xabregas,.',
o qiiaí pedira á elle governador civil que aquelle individuo fosse escuso d,e similhante car-'
gó, etóTiafmioni^ com os privilegios que por úm anno haviam sido concedidos á-compf)-;
nbia da qual elle era representante ; mas que não tendo o governador civil accedido ã estg. \
rèélamáçaó, pórqué a não julgára justa, e insistindo o administrador do tabaco p^ra, quje
elle fosse àttendido, pedia por isso o governador civil instruçções sobre, e^te assumpto,..:,
Em resposta manda Sua Magestade, declarar ao supradito magistrado' que, . f p i ^ r j q l a
sua resolução, porque tendo sido obtida a nomèação de estanqueiro do,papel, sèlla4p;de-
pois que o regedor teve conhecimento do seu provimento n'esté cargo, é o privilégio" su-
pervenientes portantoinadmissivel, como se declarou já na portaria de 18de abril de 1849,
e se deduz do decreto do 1.° de agosto de 1856, expedido sobre consulta da secção do
contencioso do conselho d'estado.
Assim o fará pois saber o governador civil ao administrador da companhia do tabaco
de Xabregas, para sua intelligencia.
Paço, em 28 de janeiro de 186$.™=; Duque d,e Loulé.
40 de fevereiro 1865 531

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil de Vi-
zeu dá as rasões por que não remetteu ao tribunal de contas a relação das corporações que
perante este as deviam prestar com relação ans annos de 1860 a 1864: manda Sua Ma-
gestade declarar ao governador civil que, podendo variar e variando de facto de umanno
para outro o rendimento d'essas corporações, e sendo este o regulador da competencia do
tribunal, é manifesta a necessidade de que as relações de que trata o artigo 45.° do de-
creto de 19 de agosto de 1859 sejam annualmente enviadas ao tribunal, que não póde at-
ter-se em assumptos de jurisdicção a documentos officiaes que não digam respeitoso anpo
economico a que as contas pertencem.
Assim ficará entendendo o governador civil, que demais d'isso deverá remetter, sem
demora ao tribunal as relações que ali faltam respectivas aos annos de 1860 a 1864.
Paço, em 30 de janeiro de iÍfà5.=Duque de Loulé.

• . Siia Magestade El-Rei manda declarar ao governador civil da Guarda, em resposta aq


seu pfGcio de 23 de janeiro corrente, que não póde permittir-se que os administradores,
substitutos funccionem simultaneamente com os administradores proprietarios, exercendo
estes uma parte da jurisdicção e aquelles outra; porque, segundo o preceito expresso
do artigo 245.° do codigo administrativo, o administrador substituto só póde funccionar
quando o administrador proprietario, ou está ausente ou impossibilitado por qualquer cir-
cumstancia do uso das suas funcções, e no caso sujeito, nem ha ausencia, nem impedi-
mento. .
Se pela portaria de 9 de dezembro de 1853 se permittiu, em harmonia com os regu-
lamentos fiscaes, que os administradores proprietarios presidissem ás juntas dos reparti-
dores e os substitutos ás do lançamento da decima, foi porque o serviço a cargo das juntas
âe.via ser feito no mesmo praso de tempo e era extraordinario, circumstancias estas què
se, não dão na hypothese a que alfnde o governador civil, porque nem os serviços com-
mettidos ao administrador do concelho têem de ser forçosamente feitos nos mesmos dias
e;.uas mesmas horas, nem para elles póde faltar tempo se houver methodo e diligencia.
Paço, em 30 de janeiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA


! !
' l . a REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei ficando inteirado do conteúdo no officio do governador civil de


Bragança, datado de 27 de janeiro ultimo, expondo a duvida em que se acha a commissão
recenseadora do concelho de Mirandella sobre se devem computa'r-se é levár-se em conta
para perfazer o censo eleitoral todos os rendimentos a que se refere o decreto de 30' de
setembro de 1852, no artigo 27.°, exemplo ao n.° 12, incluindo a contribuição municipal e
a congrua parochial: manda, pela secretaria d'estado dos negocios do reino, participar ao
sobrèdito magistrado, para os effeitos convenientes, que este negocio foi já resolvido pelas
portarias de 28 de janeiro de 1861 e de 7 de fevereiro de 1863, no sentido de deverem
sei' as contribuições municipaes, as côngruas parochiaes, os impostos annexos ou addicio-
, na.es, os 4 por cento de renda de casns e subsidio litterario e o imposto dos barcos de pesca,
. tomados em consideração para a verificação do censo eleitoral em conformidade do que dis-
põe a carta de lei de 23 de novembro de 1859 e o citado decreto de 30 de setembro de
1.852, o qual sendo explicito, como o governador civil reconhece, cumpre que seja fiel-
m e n t e observado na parle em que a citada lei o não modificou.
' ' ' J P a ç o (la Ajuda, em 1 de fevereiro de 1865. — Duque de Loulé.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL


• < „ 3.* REPARTIÇÃO — 1.» SECÇÃO • ,R

Manda Sua Magestade El-Rei declarar ao secretario geral servindo de governador ci-
!
tí1 (levantarem,; ém resposta ao officio em que elle consulta o góvernó sobré se ós efopre-
i
532 1865 7 de fevereiro

gados na fiscalisação do tabaco são obrigados a pagar passagem nas barcas do estado, ou
nas das camaras municipaes, poisque a lei de 29 de maio de 1843 sómente isenta d'esse
pagamento os militares e os correios; que os empregados daquella fiscalisação foram con-
siderados como empregados das alfandegas pelos artigos 69. 0 e 70.° do decreto de 22 de
dezembro de 1864; e que pelo decreto de 7 de dezembro do mesmo anno são os empre-
gados das alfandegas dispensados do pagamento,de portagem nos barcos das camaras ou
do estado quando transitam em serviço, d'onde se conclue que não póde exigir-se aos
empregados na fiscalisação do tabaco os direitos de passagem a que o governador civil
allude.
Paço, em 3 de fevereiro de 18G5.—Duque de Loulé.

2.1 REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representou Mathilde Rosa de Freitas
Lima, pedindo que se não invalide a decisão da junta revisora da capital, que julgou seu
filho Carlos Frederico de Freitas Lima inhabil para o serviço militar, para que fôra re-
censeado no anno de 1861 pelo bairro de Alfama, e que na conformidade da mesma deci-
são se mande eliminar o nome do dito seu filho do recenseamento do bairro de Alcantara,
em que tambem foi inscripto no anno de 1860; e *
Considerando que o acto de sujeitar o mancebo, de que se trata, a uma nova inspecção
seria contrario â expressa disposição do artigo 6.° da lei de 4 de junho de 1859, segundo
o qual compete ás juntas revisoras apreciar e julgar em primeira e ultima instancia iodas
as causas de exclusão por falta de altura e de robustez:
Houve por bem resolver que o nome do dito m a n c e k f s e j a eliminado do recensea-
mento do bairro de Alfama, onde foi indevidamente inscripto, e que, julgando-se valida
para todos os seus effeitos a resolução do referido tribunal, se ponham as notas necessa-
rias no recenseamento do baiifo de Alcantara, a fim de que o íilho da supplicante fique
escuso da obrigação do serviço militar.
O que se participa ao governador civil de Lisboa, para sua intelligencia e como resposta
ã sua informação de 30 de janeiro ultimo n.° 46.
Paço, em 7 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

A Sua Magestade El-Rei foram presentes os officios de 8 de junho, 13 e 24 de agosto


de 1864, e de 4 do corrente mez, em que o governador civil de Aveiro solicita uma solu-
ção ácerca do recruta do anno de 1860, José Simões Roque, do concelho de Agueda, o
qual, sendo intimado para assentar praça, na qualidade de supplente, mostrou, na occa-
sião da intimação, ter ordens sacras; e o mesmo augusto senhor:
Considerando que o referido recruta tomou ordens com previa licença do ministerio
da justiça, concedida em vista da certidão que apresentou, passada pelo escrivão da ca-
mara de Agueda, na qual se declara que o dito mancebo fôra recenseado no anno de 1860;
mas que não fazia parte do contingente distribuido ao concelho, occullando porém a cir-
cumstancia de que não podia considerar-se desobrigado do serviço na qualidade de sup-
plente ;
Considerando que a obrigação imposta ao citado mancebo, pelo § unico do artigo 43.°
da lei de 27 de julho de 1855, não póde hoje lornar-se effectiva em presença do artigo 7.°
n.° 2 da mesma lei;
Considerando que o pagamento do preço de uma substituição seria injustamente exi-
gido ao mancebo a que se allude; já porque similhante pagamento, quando não se trata
de refractarios, nunca se impõe, mas permitte-se aos recrutados, nos termos do artigo 7.°
da lei de 4 de junho de 1859; já porque não podendo actualmehte o dito mancebo ser
obrigado a assentar praça não carece de recorrer aquelle meio; e
Conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa,
junto do ministerio do reino, sobre caso idêntico:
Houve por bem resolver que o recruta José Simões Roque não está nas circumstan-
cias de assentar praça, nem de çagar o preço de uma substituição.
O que assim se communica ao governador civil de Aveiro, para seu conhecimento, e a
fim de tornar effectiva a responsabilidade do escrivão da camara de Agueda, por ter pas-
10 de fevereiro 1865 m

sado um documento que occultava a circumstancia mais essencial, qual era a de declarar
1
que o individuo a quem o mesmo documento se refere, se não formava parte do contin-
gente distribuido ao concelho de Agueda, nem por isso se podia julgar isento do serviço
na qualidade de supplente; ficando o governador civil na intelligencia.de que n'esta data
se insta com o .ministerio da justiça para não conceder mais licenças aos ordinandos para
tomarem ordens sacras sem previa informação dos governadores civis.
Paçç, em 7 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

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! . a REPARTIÇÃO

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio de 4 do corrente, em que o secretario


geral servindo de governador civil de Santarem, dá conta de que, havendo o presidente da
commissão recenseadora do concelho do Cartaxo.officiado ao escrivão de fazenda do de
Santarem, exigindo, em conformidade com o disposto no artigo 28.° do decreto de 30 de
setembro de 1852, uma relação nominal de todos os individuos residentes no primeiro
d'aquelles concelhos que possuem propriedades no segundo, com a designação d'estas e
da correspondente contribuição predial, aquelle funccionario se recusára faze-lo, com o fun-
damento de que o mappa de repartição, documento indispensavel para formular a relação
exigida, está -na commissão de recenseamento do concelho de Santarem, onde o mesmo
empregado tem diariamente de comparecer, não julgando elle alem d'isso que a commis-
são de um concelho diverso esteja auctorisada a exigir-lhe a indicada relação, vistoque o
preceito legal em que se fundamenta similhante pretensão parece referir-se somente á
commissão do mesmo concelho em que o escrivão exerce as suas funcções. E comquanto
seja certo que o artigo 28.° do decreto de 30 de setembro de 1852, invocado pela com-
missão èm abono da sua exigencia, obriga todas as auctoridades e repartições a satisfazer
ás requisições da commissão recenseadora ácerca de quaesquer documentos que a possam
esclarecer; todavia:
Considerando Sua Magestade que aquelle artigo pela sua redacção e collocação só se
deve entender em regra com referencia ás auctoridades do concelho era que a commissão
funcciona, sem embargo de que possa em algum caso excepcional auctorisar uma ou outra
requisição a differentes auctoridades para a remoção de uma duvida;
Considerando que, entendido de outro modo o referido preceito, e quando se assen-
tasse como regra a obrigação de todas as auctoridades de qualquer concelho satisfazerem
ás requisições de todas as commissões recenseadoras do reino, formuladas nos termos ge-
nericos daquella de que se trata, a sua execução fôra impossível e os trabalhos do recen-
seamento intermináveis; e
Considerando finalmente que na legislação eleitoral não ha disposição alguma que obri-
gue as commissões recenseadoras a averiguar ex-offlcio as quotas em que os individuos
dos seus concelhos estão collectados em quaesquer outros, nem a poderia haver porque
seria inexequível, cumprindo-lhes unicamente levar em conta essas quotas para o comple-
mento do censo, quando os interessados as provem com documentos authenticos, nos ter-
mos do artigo 27." n.° 3." do decreto eleitoral:
Houve por bem resolver, conformando-se com o parecer do ajudante do procurador
geral da corôa junto do ministerio do reino, que a alludida requisição da commissão re-
censeadora do concelho do Cartaxo não póde ser attendida.
O que manda participar ao mencionado secretario geral servindo de governador civil
de Santarem, para seu conhecimento e fins convenientes.
Paço da Ajuda, em 8 de fevereiro de 1865.=• Duque de Loulé.

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i
3. A REPARTIÇÃO —L. A SECÇÃO

Em officio datado de 21 de janeiro ultimo expõe o governador civil de Aveiro, que


pelo regnlamento do serviço dos expostos de 1853 reduziu a junta geral o numero de ro-
1
das nó districto a duas, uma no concelho da Feira, outra no de Aveiro;
133
534 1865 10 de fevereiro
•.••;• i • •

Que em 1860 a junta deliberou supprimir a roda da Feira, ficando uma só em Aveiro
para todo'o districto, e essa mesma foi emfim extincta lambem em 186.1, por deliberação
da mesma junta, que substituiu a roda por um denominado hospicio OU asylo, cujo pes-
soal é de uma directora e de duas amas de leite;
' 1 Que esta mudança na organisação d'este serviço consistiu apenas na troca de nome, ê
na extincção da roda; poisque as exposições continuaram a ser feitas do mesmo modo,.á
porta do edificio e nas proximidades, não resultando da deliberação da junta outro efeito
mais do que aggravar para os infelizes expostos os riscos da exposição; '
Que na sessão ordinaria de outubro de 1864 alterara ainda a junta as suas anteriores
deliberações, supprimindo por ultimo, a contar de 31 de dezembro, o asylo dos expostos,
e estabelecendo que as creanças encontradas abandonadas ou expostas fossem pelos ad-
ministradores dos concelhos ou pelos presidentes das camaras entregues directamente ás
amas, que com antecedencia se tivessem matriculado para tomar a seu cargo a creação dos
expostos;
Que considerava esta deliberação illegal, exorbitante e inconveniente: illegal porque, o
systema' das rodas, achando-se estabelecido pelas leis, não póde deixar de existir,, em-
quanto t ã o for competentemente alterada a legislação sobre este assumpto; exorbitante
porque' na'faculdade concedida ás juntas geraes de designar os locaes das rodas nãó se
comprehende a de as extinguir inteiramente* antes esta faculdade é pela disposição, da .lei.
manifestamente excluída; inconveniente porque o logar e hora da exposição, a falta de
áiíiás, ã ausencia d'ellas, ainda quando as haja matriculadas, a superveniente suppressap
do leite, e inil outras circumstancias, podem impedir que por muito tempo se preste ás
infelizes creanças expostas o alimento, agasalho e cuidados de que tanto carecem, au-
gmentando-se assim as causas da mortalidade, já tão grande «'esta classe.
!
Expõe mais o governador civil que a experiencia tem confirmado as apreciações, quç
èilé faz-do plano da junta geral, e mostrado a impossibilidade de se executar; poisque a
falta de amas é tal, que os expostos estão muitas vezes no asylo por quinze dias e mais,
sem se encontrarem amas que os tomem, havendo até concelhos no districto em que nem
ttftia só ama se apresentou á matricula; que a necessidade de conservar o asylo parece a
elle indeclinável; mas que este se acha mal situado e desprovido das cousas as mais indis-
pensáveis; porque a junta se ncgára a auctorisar a despeza de 60$000 réis que lhe fôra
pedida para roupas, berços, etc.;
-' :: Qúé'finalmente a junta somente derramára pelos concelhos, para. pagaijaento das des-
pezas dos expostos, 4:300$000 réis, contando com o pagamento integral da quantia de réis
1:991$000 que as camaras do districto deviam ao cofre d'elle, e bem ássim com o paga-
mento das prestações annuaes na importancia de 245$000 réis que têem de satisfazer as
camaras da Anadia e da Mealhada, por effeito da moratoria que a junta iIlegalmente lhes
Concedeu; mas que este systema de equilibrar.a receita com a despeza é vicioso; porque
as dividas das camaras, apesar de toda a diligencia que se empregué, não são cobradas na
suá totalidade dentro do anno economico, o que a junta não ignorava, porque entre os seus
vogaes ha alguns presidentes de camaras, e porque as contas e documento?' que 1 foram
apresentados á mesma junta lhe demonstravam isto por um modo evidente;' '
• Que a administração dos expostos no districto não justificava esta severidade da junta,
poisque os documentos mostravam que a despeza que era em 1852 de mais de 8:ÕOO$OOÓ
réis, se achava reduzida á de 4:800$000 réis, e p numero de expostos que n'aquelle anno
subira a 831, no de 1864 fôra de 423; . . ' " ' .
- Que a falta de meios para o pagamento das despezas com os expostos nos ultimos me-
zes do anno economico podia e devia trazer sérios embaraços para o governador civil, pelo
!
que pedia elle providencias promptas sobre este melindroso assumpto, prevenindo o go-
verno de que não dava execução á deliberação da junta que supprimíra o asylo, Sem or-
dens superiores.
E Sua Magestade El-Rei, tomando na devida consideração as judiciosas observações do
governador civil; e
Attendendo a que, se compete ás juntas geraes, pelo artigo 2.° do decreto de 19 de se-
tembro de 1836, determinar o numer-Q e local das rodas que devem existir no districto,
supprimindo, creando ou transferindo-as como lhe parecer conveniente, não se compre-
hende n'esta faculdade a de extinguir completamente as mesmas rodas; poisque uma simi-
'lb>ante' intelligencia dada.áquelle artigo ficaria em manifesta discordância com, as outras
-prescripções do mesmo decreto, e especialmente com as do artigo 7,°, cujo fira é tornar
uniforme em todos os districtos a administração dos expostos pelo modo,antes prescripto;
40 de fevereiro 1865 535

Attendendo a. que no artigo 216.°, n.° 8.° do codigo administrativo, se dá ás juntas ,o di-
r e i t o sómente de designar os logares em que as rodas têem de ser estabelecidas, disposi-
ção concebida_em termos taes, que exclue a faculdade que a junta geral do districto de.
Aveiro se arrogou, e tira toda a duvida, se a póde haver, quanto á intelligencia qqe deve
dar^se á legislação anterior;, ^ ... .>.
Attendendo a que, o artigo 345.° do codigo penal, punindo a exposição< e abandono dos
menqres de sete annos, em qualquer logar que não seja o estabelecimento publiç,o, desti-
rmÍQ.á recepção dos expostos, mantem -solemnemente. a instituição das rpdjfê; , . . r , | f ,
Attendendo a que a ifaculdade de publicar instrucções e regulamentos p a r a . a s ^ e p u n
ção das leis, concedida ao governo pelo artigo 74.°, § 12.° da-carta cpnstitucioqal, inão
póde ser exercida por alguma auctoridade ou corporação sem expressa disposição de lei,
e não a ha, dando ás juntas geraes o direito de fazer regulamentos sobre expostos, ou so-
bre qualquer outro assumpto de inter-esse para o districto;
Attendendo a que é nulla, por contraria ás leis, a resolução da junta geral de Aveiro,
qçe, supprimiu inteiramente no districto os estabelecimentos destinados a receber os.ex-
p.pstos, substituindo as rodas por um systema impraticável e de perigpsas epnseijuenejas
para a classe dos expostos, como um triste e recente exemplo mostrou.já;, . <i(i . f„
. . , Attendendo a que as deliberações tomadas pelas corporações adjmioi.strativas fqça.dps
licites das suas attribuições legaes não devem, nem podem ser executadas pejas auctori-
dades delegadas do governo, ao qual incumbe a fiel execução das leis, antes devem ser
declaradas nullas e sem effeito, nos termos do artigo 229.°, n.° 19." dò codigo adpainis-
tratiyo; , -:
.Attendendo a que ao governador civil, em conselho de districto, compete exeícéf as
funcções da junta geral, quando esta não vota os meios precisos para as despezas do dis-,
trjc^Oj ou os vota insulficientes, como já fõi declarado nas portarias de 2 «le junho d^.l852|i
18.de outubro de 1860 e 8 de maio de 1863;: , . ;r*. "
, .,ji.'ttendendo,,finalmente, a que é urgente prover por meio de providenciasígã§quadas,
á ^ i n e n t a ç ã o e conservação dos expostos, e emendar^ nos. termos, das.lei?, q?.ac,to§ da
jurjíá geral de Aveiro menos conformes com ellas: , . ,.",-: , ,
fja por bem, concordando com o parecer do conselheiro ajudante do.,prqçurajdpfgerak
da cqçôa, junto do ministerio do reino, resolver; .. •
". i . ° Que o governador civil, em conselho de districto, deçíare nulla a çlplifyera,Cábrea
junta geral que supprimiu inteiramente as rodas no districto, e restabeleçais que, lhe
parecerem absolutamente indispensaveis: V1 • . .
Que com a mesma formalidade, derrame pelos concelhos as ,qimtia§ qu<j.fpr.em,
precisas pára ser-,paga a despeza do serviço dos expostos, , e para cobrir..o, àefiçit/qyg ,re-
sjjltar ou da falta de pagamento integral das dividas das camaras com, que a j p n t a çpntou,.
ou da compra de roupas e moveis qne forem necessarios para as casas das rodas; .'„ '..,
3.° Que. d'estas providencias dê o governador civil conhecimento, á junta geral,,.que
em harmonia com ellas deverá propor ao governo, e submetter à sua approvação os regu-
lamentos dos expostos do districto.
Paço, em 10 de fevereiro de 186%. = Duque de Loulé.

• V .!•:..:- • 2. A REPARTIÇÃO ;
!I ;!•.'< '•: .

, Sua .Magestade El-Rei manda declarar ao governador civil de Aveiro,en^èspps^a aò


seu officio de 20 de janeiro ultimo, que tendo o mancebo Venâncio. Pereiral dp cqncélhç.
d.e Albergar,^ tomado,ordens sacras em vista de licença legal conferida .pelo. ministerio
daiustiça, .nfiò' póde ser..comp.ellido a assentar praça pelo motivo consignado na ,portaria
d'este ministerio dê 7 do corrente mez, sobre caso idêntico, e ppr ' ^ ' . t í p ç p ^ ^ . ^ m ? ' ^ âç-'..
c i s | ^ o .dispo:sto(1np,tn,0.,2.° do ar.iigó da.lei d,e.27 de julho tje, e.qúe,'fláye,Àçíp ò
d i Í 0 ' l í ç ^ p ç a -i^ra-A .s.ú.á. .ordenação,.' é^.vj?^'
c ^ Y Ã Q J D A qmàf;a.dé XÍJ^RGARIA^é conb^^esie ompreg^db^que.se d p é E ^ Í ^ M A Í & ^ - À ' -
se'reconheça que dolosamente úcCullou ã^ circbmstancia, já por jip.ijç.çqn-
a
seapji^.to d9jÇjespjoy,çpancio Pereira para. ó. anno d^.ijSÇQ,
c m m . ' , ; . ; ' .....;."". ' ...V.v'..'..• ••
e m j . p . d ^ feyereirp.de 1 8 6 5 . ^ ^ , . .
536 1865 22 de fevertíiro

Sua Magestade El-Rei sendo-lhe presente o requerimento em que o mancebo Joaquim,


filho de Manuel Fernandes, do concelho de Santo Thyrso pede permissão para se remir do
serviço militar para que foi apurado em 1863, pagando o preço de uma substituição sim-
ples, sem o augmento dos tres quintos a que está obrigado como refratario, com o funda-
mento de se achar ausente do concelho ao tempo do sorteamento; e tendo em vista a infor-
mação do governador civil do Porto de d i do corrente mez, ha por bem mandar declarar
ao mesmo magistrado que não estando prevenida nas leis do recrutamento a hypothese
dada, não compete ao governo deferir a pretensão do requerente, que deverá pagar o preço
de remissão segundo a classificação que lhe pertence de refractario.
Paço, em 43 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

3." REPARTIÇÃO—3. a SECÇÃO

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o conselheiro enfermeiro mór,
remettendo um requerimento do medico extraordinario do hospital de S. José, Duarte Au-
gusto de Abranches Bisarro, que pede quatro mezes de licença para visitar algumas das
principaes cidades da Europa, sem prejuizo da sua antiguidade, informa ácerca d'este as-
sumpto, e indica as disposições regulamentares que lhe parecem a elle enfermeiro mór
applicaveis ao supplicante e aos seus collegas nomeados para logares idênticos por decreto
de 15 de .março de 1864.
E porque do officio do enfermeiro mór se deprehende que no hospital se considera
como principio regulador da antiguidade dos facultativos extraordinarios a ordem p o r q u e
foram propostos, ou aquella por que os nomes dos nomeados foram escriptos no decreto
de nomeação, quando são outras as regras n'este assumpto: manda Sua Magestade decla-
rar ao enfermeiro mór que já em portaria de 21 de novembro de 1856 se disse que a an-
tiguidade dos facultativos se determinava pela data da posse,- quando para mais de um a
posse era do mesmo dia, pela data da carta do provimento; se as cartas eram da mesma
data, pela prioridade do grau academico ou do acto complementar da habilitação scienti-
fica; e em igualdade de todas estas circumstancias pela maior idade, e que por estes prin-
cipios tem de regular-se a antiguidade dos facultativos nomeados por decreto de 15 de
março de 1864, e não pela ordem da collocação dos nomes nas propostas ou nos decretos,
que é circumstancia indifferente.
Quanto á licença que o medico Bisarro pede não haverá duvida em conceder-lh'a, mas
sem á clausula da reserva da antiguidade, porque contando-se esta segundo os regulamen-
tos vigentes pelo serviço feito, seria manifestamente injusto conservar a antiguidade a quem
não satisfez ás condições de que ella depende, e em detrimento de outros que prestaram
o serviço, cuja unica recompensa ella é.
Assim o fará pois o enfermeiro mór constar ao requerente para seu governo.
Paço, em 17 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

3.» REPARTIÇÃO—1.* SECÇÃO

Manda Sua Magestade El-Rei declarar ao governador civil de Evora, em resposta ao


officio em que dá conta dos motivos por que deixou de exigir ao administrador do conce-
lho de Borba a apresentação do seu diploma e o pagamento dos direitos de mercê:
Que nenhum empregado administrativo póde servir sem titulo, e d'esta regra geral ne-
nhuma lei isenta os militares que desempenham cargos civis;
Que o cargo de administrador do concelho tem tanto a natureza de commissão para
os militares, como para os paizanos, porque uns e outros podem ser demittidos d 5 esses
cargos a arbítrio do governo regulado pela conveniencia publica;
Que a obrigação de tirar diplomas não se deriva da portaria de communicação do des-
pacho, mas da disposição das leis que se presumem conhecidas de todos, e mormente dos
governadores civis, importando por isso pouco que em taes portarias se reçommende ou
não que os agraciados solicitem os seus diplomas;
Que a lei de 11 de agosto de 1860 determina mui explicitamente que sejam suspen-
sos do exercicio e vencimento os empregados que passados quatro mezes da sua data, ou
da data da sua nomeação, não tiverem pago os direitos de mercê, nem apresentado as suas
cartas; e que não fazendo ella excepção alguma em favor dos militares que servem empre-
22 dc fevereiro 1865 53.7

gos civis, é manifesto que devia o governador civil lé-la cumprido, tal qual está, sem fa-
zer-lhe restricções e limitações, que nem a sua letra nem o seu espirito comportam;
Que deve portanto dar sem demora execução á lei intimando o administrador de Borba,
e quaesquer outros que estiverem nas mesmas circumstancias, para que dentro de um curto
praso de tempo se encartem regularmente, e applicar aos que não satisfizerem á intimação •
a pena do artigo 8.° da mesma lei.
O que se participa ao governador civil de Evora para sua intelligencia e para q a e lhe
fique servindo de regra. N
Paço, em 22 de fevereiro.de 1 8 6 D u q u e de Loulé.

2.* REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, conformando-se com a informação do governador civil de Vianna


do Castello, de 21 de fevereiro corrente, sobre o requerimento em que Manuel Joaquim d e
Menezes, do concelho de Valença, pede não ser considerado refractario ao recrutamento
de 1859, a fim de poder remir-se da obrigação do serviço pagando a importancia de uma
substituição simples; ha por bem resolver a pretensão do supplicante pela fórma que so-
licita, vistoque não foi intimado conforme direito para assentar praça na qualidade de s u p -
plente, como dispõe o § unico do artigo 44.° da lei de 27 de julho de 1855.
Paço, em 24 de fevereiro de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

DIRECCÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA


1.» REPARTIÇÃO

Manda Sua Magestade El-Rei participar ao governador civil de Lisboa, que pèlo exame
da representação de Francisco Joaquim Peres sobre irregularidades commettidas na elei-
ção da commissão recenseadora do concelho de Setubal, e pelos documentos e informa-
ções q u e a acompanham se mostra o seguinte:.
1.° Que concorreram áquelle acto no dia 14 de janeiro ultimo trinta e dois dos quarenta
maiores contribuintes, e não trinta e um somente, como atíirma o dito Peres, por não con-
tar n'esse numero o administrador substituto, que todavia estava recenseado como tal;
2.° Que d'aquelles eleitores saíra um sem ter votado por ter sido objecto de questão se
o podia ou não fazer validamente sendo surdo até ao ponto de não poder entender o que
se passava na assembléa, e alem d'isso por não saber ler nem escrever;
3.° Que o administrador substituto tomou parte na votação fazendo vencimento a fa-
vor da parcialidade que rejeitava a proposta do presidente;
4.° Que este não usára de voto de qualidade, como queria o supplicante apoiado por
outros eleitores;
5.° Que ficaram fazendo parte da commissão quatro cidadãos inelegíveis para os car-
gos municipaes.
Em vista do que o mesmo augusto senhor:
Considerando que, comquanto o cidadão que não votou tivesse direito de o fazer por es-
tar recenseado como um dos quarenta maiores contribuintes é certo que nas respostas que
deu ao presidente quando este lhe pedia o voto se expressou em termos taes, que era im-
possível apurar o sentido em que votava, dando provas inequívocas de uma rudeza muito
proxima da imbecilidade;
Considerando que a circumstancia de ser um dos quarenta maiores contribuintes admi-
nistrador substituto não o impedia devotar na eleição da commissão recenseadora, porque
este acto é para os cidadãos comprehendidos daquella classe, alem de um importante di-
reito, um dever indeclinável;
Considerando que supposto fosse mais regular que o administrador substituto se absti-
vesse de accumular as funcções d'estecargo comas de eleitor da commissão recenseadora,
fazendo-se substituir quanto ás primeiras pela fórma estabelecida na lei, já que o não po-
dia fazer quanto ás segundas, é comtudo manifesto que na falta de disposição legal prohi-
bitiva da dita accumulação não póde esta ser havida como rasão que invalide o acto de que
se trata;
Considerando que ao presidente da assembléa dos quarenta maiores contribuintes não
lâi
538 1865 3 de màrçó

cabe Voto, de qualidade, porque a lei lb'o não confere, nem ainda o voto simples quando
não é,d'áqueiíe numero como na hypothese presente, conforme já foi declarado nas porta-
rias de 18 de janeiro de 1864 e 18 do corrente mez;
' Considerando que todos os cidadãos eleitos para a commissão estavam èffeciivamente
recenseados como elegíveis para os cargos municipaes, exceptuando somente'^cidadão
José Joaquim Leite, e não era n'aquelle acto que se podia rectificar qualqueVirregulari-
dade dò recenseamento;
Considérando que o mencionado cidadão que foi eleito substituto ainda naô funccio-
nou, nem deverá ser chamado a funccionar na commissão, segundo o que foi já determi-
nado em portaria de 11 do corrente expedida ao governador civil de Lisboa sobre este
mesmo objecto: ba Sua Magestade por bem, conformando-se com o parecer do conselheiro
ajudante do procurador geral da corôa junto d'este ministerio, mandar, pela secretaria de
estaclo dos .negocios do reino declarar ao mesmo governador civil, em resposta ao seu offi-
cio de i 5 dó presente mez, que em deferimento da representação de que se tràtarião ha
mais qué providenciar. .
Páçp da ÁjUda, em 24 de fevereiro de l8Q5.=Daque de Loulé.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL ,


a
3. REPARTIÇÃO —1." SECÇÃO

Sua Magestade El-Rei manda devolver ao governador civil de Portalegre o orçamento


do concelho de Elvas para o anno de 1864-1865, e remetter ao dito magistrado a conta
authentica do decreto dè 23 de novembro ultimo, pelo qual foi approvado o mesmo orça-
mento, a fim de que o governador civil transmitia estes documentos á camara a quem
pertencem.
Sua Magestade quer que o governador civil quando enviar o orçamento dè que se trata
à camara dè Elvas lhe faça saber que em attenção somente ao adiantamento do anno eco-
nómico;' è' ábs embaraços que para a administração municipal traria em taes circumstancias
a reforma do systema de impostos do concelho, e a substituição dos existentes por tfutros
itíeuds; jgravosós, é que Suà Magestade prestou a sua approvação ao orçamento do anno
' de 1864-1865, apesar dos graves defeitos que n'elle se notam; mas que é indispensavel
que esses defeitos sejam corrigidos no orçamento do anno futuro para o que a camara terá
ém lembrança as observações que se seguem.
O imposto sobre a farinha ha de ser supprimido e substituído por outro menos incon-
veniente, porque não póde admittir-se que se tribute em genero que fórma a base da ali-
mèntáçaó ; 'àas classes desfavorecidas da fortuna, especialmente quando pelo vicioso sys-
tema de impostos .do concelho de Elvas as .classes abastadas quasi que escapam' ao peso
das CótifrifruiçÕes municipaes. ' : / • '
A rasão com que a camara quer sustentar este imposto, e que consiste eifrtfue elle rtão
ãogménta^ò preço do genero pela sua modicidade è pesa unicamente sobre ók vendedores
é contraria aos principios da sciencia economica e á verdade dos factos; más quando Pôra~
exacto o que acamara diz, ainda assim similhante imposto seria insustõntentatfel, vistoque se
rècáèsdbrè os vendedores .e não sobre os consumidores é repugnante ao preceito dó ar-
tigo 142.° do codigo administrativo, que não admitte imposto indirecto que não tenha pôr
;
base ò facto do consumo. •
;
" '-•••' É' nãó seriá só este o defeito da contribuição, aceita a theoria da camara,' poiscfúe, se
os vendedores não podem cobra-la dos consumidores, ou terão de indemnisar-se pela adul-
teração dó genbró, óu pèlá falsificação do peso, ou de pagar elles que são poucos um'im-
posto fortè, sem proporção alguma com as suas fortunas o com' as dos proprietarios dó
cónceihÒ,'O qúé é uma iniquidade manifesta. 1 '
A preferencia que a camara dá ao imposto indirecto tendo-o por mais justoy jtòr isso
qfáe cada Uni pága ná proporção do que consome, nèm é judiciosa, nem sustentável. A base
dà juãta distribuição dós impostos é a sua proporção com a renda de' cadaurii; e o cónsúmó
não se regida por ésta regra, mas pela necessidade do consurfiidor. Se a camara attend.bsse
á istOj é èè reparasse tambem em que o consumo a retalho'é aquelle em qire : sá e'exClusi-
v'ament'é podém recair as contribuições municipaes, ficando fóra do aicâncè d^llás^éóú-
sumo por grosso ou o das classes abastadas, não emittiria por certo proposições que des-
apparecein á primeira analyse: ' ^ V! ;
4 dê março 1865 559

Nem basta dizer que a contribuição directa é odiosa á população, para com esta ásser-
ção gratuita sustentar um systema tributário, cujo menor defeito é qiíasi que isentar dos
encargos municipaes os habitantes mais abastados do concelho. A maior parte dós conce-
lhos do reino pagam sem reljjclancia contribuição directa municipal, etódós a contribuição
.directa para o thesouro, e depois d'estes factos não póde admittir-sé a asserção dá Camara.
Quando porém esta fosse verdadeira, nem por isso o erro deveria subsistir, pórqtíe aííiis-
..são das auctoridades, e sobretudo a dos corpos de eleição popular, não é lisóhjéár os
preconceitos e desvairadas idéas das povoações, mas aconselha-las é dirigi-lás segundo os
verdadeiros principios de administração e de governo. - •
O imposto de terrado nos termos em que está lançado, não póde subsistir nó orça-
mento futuro, porque exigindo-o a camara por todo o gado que se vender no concelho, vem
a considerar como susceptível de aluguel cu de terrado toda a area do mesmo concelho,
quando é certo que similhante imposto só póde exigir-se pela occupação de terrenos que
fazem parte dos proprios municipaes, e não pela venda feita em terrenos particulares òu
nas ruas e praças publicas, que são de uso commum de todos, e que não podem ser susce-
ptiveis de aluguel. - . - X, ;
O denominado imposto de terrado não é rnais do que uma contribuição lançada,ao fa-
cto da venda do gado no concelho, e tem por fim acobertar com aquelle nome um imposto
illegal, ou porque recáe sobre a venda do gado em pé, que não é vçnda a retalho, ou por-
que abrange todo o gado vendido, quer para consumo, quer para exportação, quer para
Creação.
A camara inclue de novo a verba para sermões de quaresma, allegando que esta des-
peza é resultado de um contrato feito entre ella e a junta de parochia de Villa.Boim.Se o
contrato foi legalmente feito e superiormente approvado, aquella verba deve continuara
subsistir nos orçamentos; mas cumpre que a camara declare a data do contrato e a do ac-
ébrdão do conselho de districto que o auctorisou e approvou. •. -a <. •
' Dependendo da boa organisação do orçamento municipal a regular gerencia, do conce-
lho e a possibilidade de melhorar progressivamente a sua administração; Sua Magestade
éspera que a camara empregará todo o seu cuidado eattenção em que.o orçamento futuro
satisfaça plenamente ao seu fim e aos verdadeiros interesses do concelho.
' O que tudo se participa ao governador civil de Portalegre, para sua intelligencia e da
camara, á qual transmittirá copia d'esta portaria. . . .
Paço, em 3 de março de 1865.—Duque de Loulé. > . ;

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio, em que o secretario geral, servindo de
governador civil de Villa Real, dá conta de que a camara municipal da Regua deliberára
mandar á córte uma commissão especial encarregada de solicitar dos poderes publicos
uma commissão de inquerito sobre a questão dos vinhos do Douro, pagar a cada um dos
commissarios 5á>000 réis diarios á custa do concelho, convidar por meio de circular as
camaras municipaes do districto a tomarem deliberações identicas, e a encarregar os mes-
mos .commissarios de as representarem na capital.
Sua Magestade sentiu ver, por estes actos irregulares dá camara hmniéipâl da Réfgua,
qtj,e.EÍa'o são ali bem comprehendidos os direitos e as obrigações das camaras; nem a lègis-
laçãó que as regula. - , "; •
. Òs assumptos sobré que as camaras municipaes têem diréifo de deliberàr acham-Se de-
terminados nos artigos 120.° e 127.° do codigo administrativo, e afóra os quéahi são men-
cionados, sobre nenhuns outros podem as camaras tomar resoluções ou deljbet-áções, SàlvO
o caso de serem para isso auctorisadas pelas leis ou pelos regulamentos, como expressa-
mente se diz no artigo 123.°, n.° 15.°, e no artigo 129.° do mesmo código. ••
Ora nem o codigo, nem lei ou regulamento algum auctorisam as camaras muriicipaeá
a deliberar sobre as questões geraes do.commercio, ou sobre as medidas, quéí tiãóinte-
ressando exclusivamente os seus concelhos, abrangem os interesses de todo o reinó; 6'âté
as relações do commercio externo, circumstancias que se "dão na questão dos vinhos do
Douro, e d'aqui resulta que a deliberação da camara da Regua, de que acima sè fez men-
ção, é consequentemente nulla e irregular por defeito de competencia, f o r isso que as ca1-
mejfas, que são creação das leis, nãotêem outra jurisdicção, nem mais faculdades db! que
ás.gue, ellas lhes dão; ao inverso dos simples cidadãos que derivam da sua liberdàde'na-
tural ò direito de fazer tudo o que as leis lhes não vedam.
<540 1865 14 de março

Demais, o facto de convidar as camaras do districto a associar-se á deliberação que a


camara da Regua tomou, é um procedimento inconfeniente; poisque tende nada menos do
que a exercer pressão sobre os poderes publicos, atirar-lhes a liberdade de discussão e de
voto, o que importa a subversão das bases da nossa actual organisação politica.
Por estas considerações, quer Sua Magestade que o governador civil de Villa Real, fa-
zendo sentir á camara da Regua a irregularidade do seu procedimento, e prevenindo-a de
que não póde ser approvada a despeza com os commissarios, por estar em desharmonia
com a lei, empregue tambem os meios suasorios que lhe pareçam convenientes para levar
as demais camaras do districto a abster-se de annuir ao convite da camara da Regua.
Paço, e m 4 de março de 1 8 6 5 . = D u q u e de Loulé.

2.» REPARTIÇÃO

Tendo requerido o mancebo José, filho de José Caetano Gomes, recenseado no anno
de 1860 pelo concelho de Por.te de Lima, e julgado apto para o serviço militar pela junta
revisora do districto de Vianna, que seja reputada valida para todos os seus effeitos a de-
cisão da junta revisora do Porto, que em fevereiro de 1864 o qualificou como incapaz para
o mesmo serviço, paça que tambem fôra apurado pelo segundo bairro d'esta cidade;
. Attendendo Sua Magestade El-Rei a que o domicilio legal do recorrente é, segundo o
artigo 13.° da lei de 27 de julho de 1855, no concelho de Ponte de Lima, onde residia
com seus paes ao tempo das operações do recrutamento de 1860, em que está inscripto, e
a que .o mesmo recorrente foi indevidamente recrutado no Porto, onde tinha apenas resi-
dencia accidental, e quando já excedia a idade exigida na lei para o serviço militar;
Considerando que, se o acto do apuramento do supplicante pelo districto do Porto foi
illegal, eih vista da lei, nullas e de nenhum effeito devem ser todas as suas consequências;
Considerando que o recorrente, previamente ao assentamento de praça, deve ser no-
vamente inspeccionado, e n'essa occasião poderá allegar, e serem tomadas na devida con-
sideração as causas de exclusão que sobrevieram ao acto da primeira inspecção que o ap-
provou;
Tendo em vista as informações dos governadores civis de Vianna e do Porto, e o pa-
recer do ajudante do procurador geral da corôa, junto d'este ministerio:
Houve por bem resolver que se considere em pleno vigor, para todos os effeitos, a re-
solução da junta revisora de Vianna do Castello de 3 de abril de 1860, que julgou o sup-
plicante apto para o serviço militar.
E assim o manda participar ao governador civil de Vianna, para sua intelligencia e de-
vida execução.
Paço," em H de março de 1 8 6 5 . — M a r q u e z de Sabugosa.

3." REPARTIÇÃO—1.» SECÇÃO

Sua Magestade El-Rei tomou conhecimento do officio do governador civil de Castello


Branco de 11 de março corrente, relativo ao imposto indirecto lançado sobre o vinho pela
camara municipal de Proença a Nova, sob o titulo de cacifo ou capuz, e em resposta
manda declarar ao referidd magistrado, que esse imposto se não acha lançado em harmo-
nia com as prescripções do codigo administrativo, que devem ter-se em vista nos orça-
mentos futuros.
A camara de Proença a Nova tem o direito de lançar contribuições indirectas sobre o
vinho, ou sobre outro qualquer genero, mas ha de guardar n'esse acto as prescripções das
leis; ora o codigo determina mui expressamente que as contribuições indirectas unica-
mente possam ter por base o facto do consumo, e o imposto de que se trata tem por base
o preço do genero, o que o torna desconforme a lei.
Em segundo logar é de manifesta inconveniência que o imposto sejà incerto e variavel
quanto á base, porque este meio vicioso de lançar impostos perturba as relações de com-
mercio interno e póde produzir questões e duvidas sobre a sua cobrança.
Em terceiro logar, no artigo 142.° § 2.° do codigo está mui expressamente determi-
nado que só a venda a retalho possa servir de base aos impostos indirectos, e o almude,
que è o typo adoptado pela camara de Proença para determinar o quantitativo do imposto,
ti de agosto 1865 541

não é medida de retalho, d'onde resulta que tambem sob este ponto de vista a contribui-
ção lançada é irregular.
A referencia do governador civil ao mappa publicado no Diario de Lisboa n.° 79 de
1864 não justifica o que se fez em Proença a Nova, porque não se segue necessariamente
que seja legal um imposto só porque vem mencionado em um mappa, que não é mais do
que um compendio de factos; tanto assim que no mappa de 1864-1865 ha de tambem
apparecer o imposto denominado capuz de cacifo, comquanto seja illegal o seu lançamen-
t o ; e porque a legalidade de um acto não se afere por exemplos, mas pelas regras e pelos
principios estabelecidos nas leis.
Por estas considerações determina Sua Magestade que o governador civil, tendo em
vista o que acima fica ponderado, faça corrigir no futuro orçamento da camara de Proença
a irregularidade notada.
Paço, em 15 de março de 1 8 6 5 . = i l i a r q u e z de Sahiujom.

Pedindo a camara municipal de Gouveia que se lhe declare se p ó d e examinar e jul-


gar de novo as contas da junta de parochia de Folgosinho, relativas ao anno de 1851 a 1857
já approvadas pelas anteriores vereações, porque tendo feito um rápido exame n'essas
contas, achára n'ellas muitas irregularidades, e especialmente que a receita não havia sido
lançada com fidelidade, porque os autos de arrematação mencionavam sommas maiores
do que as descriptas nas contas, e tinha por isso havido desvio da receita parochial: mànda
Sua Magestade El-Rei declarar ao governador civil da Guarda, que não póde a catnara sub-
metter a nova approvação sua as contas já tomadas e approvadas pelas vereações anterio-
res, como já foi declarado em hypothese similhante, e em relação ao conselho de districto,
pêlo decreto de 7 d e outubro de 1854, expedido sobre consulta da secção do contencioso
do conselho d'estado, mas que deve a camara dar conhecimento á auctoridiade : administra-
tiva superior do districto de quaesquer desvios das receitas parochiaes que descobrir, para
que possa proceder-se civil e criminalmente contra os vogaes da junta que tenham sub-
traindo alguma parte do rendimento quo administravam, o que o governador civil fará con-
star á mesma camara.
Sua Magestade manda tambem remetter ao governador civil o officio que aquella cor-
poração dirigiu directamente a este ministerio, narrando as graves irregularidades encon-
tradas na administração da junta de parochia de Folgosinho, e especialmente a de serem
approvados os orçamentos quatro annos depois d'aquelle em que deviam reger, a fim de
que o governador civil não só proveja, nos termos das suas attribuições, para pôr cobro a
ábusós denunciados e fazer impor responsabilidade a quem tocar, mas informe quaes fo-
ram as causas que o levaram a dar a sua approvação a orçamentos apresentados fórai de
tempo, e quando já não podiam ter execução.
Paço, em 15 de março de l8Q5.=Duque de Loulé.

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o processo de expropriação, por utilidade
publica, da propriedade denominada do Pomar, pertencente ao marquez de Ponte de Li-
ma, propriedade que a camara municipal daquella villa pretende adquirir, para ali con-
struir um mercado, abrir ruas lateraes e alhear uma parte do terreno expropriando para
n'elle se fazerem edificações;
O mesmo augusto senhor, considerando que, comquanto se verifique a necessidade
dos melhoramentos que a camara projecta e a utilidade publica da expropriação, não póde
esta ser decretada, tendo como tem de ser convertida uma parte do terreno expropriando
! 1
em propriedade particular; , . ' ,
Considerando .que nem a disposição do § 21.° do artigo 145.° da carta constitucional,
nem a lei de 23 de julho de 1850 auctorisam similhante applicação da propriedade indi-
vidual expropriada, pela rasão suprema de utilidade publica;
Considerando que a camara contou com o producto da venda da pârte do terreno 1 que
destinou ás edificações particulares, para occorrer ás despezas da expropriação è ás da
construcção do mercado, e que eliminados estes meios soffre a proposta da camara'uma
sensível e importante alteração, que torna necessário,modificar profundamente a mésma
:
proposta: ' '' '
133
542 1865 26 (le março

Manda devolver ao governador civil de Vianna o requerimento da camara de Ponte de


Lima, orçamento, plantas e mais papeis relativos á expropriação requerida, para que ,o go-
vernador civil ordene á mesma camara que reforme o processo por fórma que a expropria-
ção abranja unicamente a parte da propriedade que for necessaria para o mercado publi-
co, guardando-se na reforma do processo as formalidades prescriptas na lei supracitada.
Paço, em 17 d e m a r ç o de 1 8 6 5 . = M a r q u e z de Sabugosa.

MINISTERIO DAS ORRAS PURLIGAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIUECÇÃO GERAL DAS ORRAS PUBLICAS E MINAS
REPARTIÇÃO DE MINAS—2." SECÇÃO

Tendo-me sido presente o requerimento de Alonso Gomes, em que pede que, nos ter-
mos do decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852 e respectivo regulamento
de 9 de dezembro de 1853, se lhe faça a concessão definitiva da mina de manganez sita
ne herdade.dos Penedos, freguezia de S. Marcos, concelho de Castro Verde, districto de
Beja; '
Considerando que o requerente obteve a concessão provisoria d'esta mina, por porta-
ria de' 21 d e janeiro de 1862, e que satisfez aos preceitos consignados no artigo 25.° dò
citado decreto, apresentando no ministerio das obras publicas, commercio e industria a
planta em que está indicado o plano geral da lavra;
Considerando que Domingos Fernandes, engenheiro proposto pelo requerente, está
habilitadopara, segundo as regras da arte, dirigir os trabalhos da mesma mina;
Tendo em vista a consulta a este respeito havida do conselho de minas, na qual o mes-
ma conselho julga satisfeitas todas as disposições da lei, e habilitado o requerente para a
concessão definitiva d'esta mina:
. Hei por bem, conformando-me com o parecer do referido conselho, conceder a Alonso
Gomes, por tempo illimitado, a propriedade da mina de manganez, sita na herdade dos Pe-
nedos, freguezia de S. Marcos, concelho de Castro Verde, districto de Beja, ficando obri-
gado em virtude da presente concessão ás seguintes prescripções:
l . a Executar os trabalhos de mineração conforme as regras de arte, submettendo-se
os donosj empregados e trabalhadores ás regras de policia designadas nos regulamentos.
• 2." Responder por todos os damnos e prejuízos que por çausa da lavra resultarem a
terceiro.
a
; 3. Resarcir os damnos e prejuízos que possam sobrevir a terceiro por causa do ap-
páfççipienito de aguas dentro da mina, sua conducção para fóra, oíi incorporação em rios,
arroios ou desaguadouros.
4. a Resarcir aos vizinhos os prejuizos que se occasionaram pelas aguas accumuladas
nos seus trabalhos, se, tendo sido intimado, não as sèccar no tempo que se lhe marcar.
5. a Dar principio aos trabalhos dentro do praso de dois mezes, contados da data do
presente decreto, ficando salva a circumstancia de força maior.
6. a Ter a mina em estado de lavra activa.
, J. a Çar as providencias necessarias no praso que lhe for designado, quando a mina
ameaçar ruina pela má direcção dos trabalhos.
8. a Não difficultar òu impossibilitar, por uma lavra ambiciosa, o ulterior aproveita-
mento do mineral.
9. a Não suspender os trabalhos da mina com intenção de á abandonar, sem antes dar
parte governador civil respectivo, e deixar á sustentação dos trabalhos em'bom estado.
10. a Satisfazer pela mina e seus productos os impostos que estabelecém ou esíâbele-
cerem as Íeis.
41,® Enviar ao ministerio das obras publicas, commercio e industria todos os seis me-
zes, a contar d'esta data, o relatorio dos trabalhos feitos no.periodo anterior.
12. a 'ííão admittir novo engenheiro para dirigir os trabalhos de laVra sem licença do
i ;
governo, precedendo informação do conselho dè minas.
a
; 13. Estabelecer as obras necessarias para a segurança e salubridade das povoações
e dos operarios; estas obras serão as que ordenar o governador civil respectivo, ouvindo
o inspector das minas do districto, e no caso de não assentimento do concessionario as que
ó governo ordenar, ouvindo o conselho de minas.
ti de agosto 1865 543

. ,1.4,a Executar as obras que nos termos expressos na anterior condição se prescre-
verem par^i eyitàr o extravio das aguas e ! das regas.
p . Nao extrahir c|o solo senão as substancias uteis indicadas n'esle decreto, e ás que
se acharem associadas com ellas no mesmo deposito.
: 16. a Tolerar no campo da concessão trabalhos de pesquiza de outras substancias uteis,
quando o governo julgue conveniente permitti-los. \
í,7. a Pagar áo estado e ao proprietario do solo os impostos estabelecidos pela lei de
•11 de dezembro de 1852, segundo as disposições contidas nos decretos regulamentares
de 17 de junho de 1858 è 15 de abril de 1862*. ' '
18. a Cumprir todós os mais preceitos da citada lei e respectivos regulamentos epi tudo
que possa ser-lhe applicado.
Hei outrosim pôr bem determinar que para os fins acima designados seja concedido
o terreno que se acha indicado na planta que baixa com o presente decreto, e que abrange
:
um pentágono À B C ' D E , formado do seguinte modo: ' '" "
Dos Penedões tire-se uma linha para o rumo nordeste magnético e prolqnguem-se 100
metros até ao ponto T. Por este ponto tire-se uma linha nordeste sueste magnético, è a
partir d'este ponto contem-se 350 metros para sueste e 270 para noroeste, e ficarão de-
terminados os pontos A e B. Este ultimo ponto una-se com o alto do Curralão (ponto C) e
o ponto A com o ponto E, tomado no encontro do caminho do monte do Salto com o ca-
minho de S. Marcos para a serra da Senhora de Arcelli. D'este ponto tire-se uma linha na
direcção sul 14 graus oeste, e marque-se sobre ella a distancia de 430 metros o ponto D.
Unindo finalmente este com o ponto C ficará fechado o referido pentágono, comprehen-
.dpfldp uífla area de 914:300 qietros quadrados.
... ,.0 cgnselheiro João Chrysostomo de Abreu e Sousa, ministro e: secretario d'estado dos
negocios das obras publicas, commercio e industria assim o tenha entendido e faça exe-
cutar. Paço da Ajuda, EM 26. de março de 1 8 6 4 . = R E I . = J o ã o Chrysostomo 4e Abreu, e
Sousa. D. d,e L. D.f 44?, dp 36 da put. ,

MINISTERIO DOS NEGOCIOS 1)0 REINO


' DIRECÇÃO GERAL DÈ ADMINISTRAÇÃO POLITICA
1." REPARTIÇÃO ••"...•'.•,.

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio n.° 95, com data de 21 do corrente, que
o governador civil de Villa Real dirigiu por este ministerio, dando conta dè haver ò prèsi-
dente da commissão recenseadora do concelho do Peso da Regua subtratiido o l i y r o é pá-
peis relativos ao recenseamento, desviando-os da repartição competente e çonservandp-os
èm seu poder, do que resulta a impossibilidade em que se vê o administrador do concelho,
de authenticar uma copia que tem do mesmo recenseamento, e com a qual pretende in-
struir um recurso para o poder judiciário; e o mesmo augusto senhor ha'por berii appro-
var a deliberação tomada em similhantes circumstancias pelo mesmo governador civil, re-
commendando ao administrador do concelho que interpozesse o recurso competente, jun-
tando-lhe a copia do recenseamento no estado em que se achava, se em tempo util não po-
desse ser-authenticada,; e que no mesmo recurso expozesse e demonstrasse as rasões por
que o.nãó fez, e : requerendo ao juiz as diligencias necessarias para o ser; e approvando ou-
trosim Sua Magestade as ordens dadas pelo governador civil ao mesmo administrador
para proceder a autos de noticia e de investigação, pelo crime em-que incorrera o presi-
dènte da commissão recenseadora, determina que o resultado de similhante diligencia seja
effeetivamente remettido á auctoridade judicial competente para todos os effeitos legaes.
Paço da Ajuda, em 28 de março de 1 8 6 5 . — M a r q u e z de Sabugosa. .

,,I DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL


3.» REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, attendendo ao que lhe representou Antonio José da Costa; do
concelho dos Arcos de Valle de Vez, pedindo ser admittido a pagar o preço de uma substi-
tuição simples, sem os tres quintos, pena imposta aos refractarios; e <
544 1865 31 de niarçò

Considerando que o supplicante, na qualidade de recruta supplente do anno de 1837,


deixou de ser intimado, como dispõe o | unico do artigo 44.° da lei de 27 de julho de
1855, por não se haverem observado as formalidades estabelecidas na reforma judicial,
artigo 202.°;
Considerando que o supplicante, achando-se ausente, homisiado por úm suppdslo
crime que não admitte fiança, aindaque se apresentasse para entrar no serviço não podia
tirar guia, emquanto não fosse absolvido dó crime imputado, como de facto suçcedeu, e
que só então deveria ter logar a citação para todos os seus effeitos;
Tendo em vista a informação do governador civil do districto de Vianna.do Castello,
de 8 de fevereiro ultimo; e
Conformando-se com o parecer do ajudante do procurador' geral da corôa junto d'este
ministerio:
Houve por bem resolver que o mancebo recorrente não seja considerado refractario,
pagando a importancia de uma substituição simples para se remir da obrigação do ser-
viço, militar. O que assim se communica ao governador civil de Vianna do Castello, para
seu conhecimento e devidos effeitos.
y
Paço, em 29 de março de 1865.=Marquez de Sabugosa.

\ 3. a REPARTIÇÃO—l. a SECÇÃO

Subiu ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil


de Portalegre pergunta se é licito empregar contra os devedores de derramas parochiaes
o processo administrativo estabelecido pelos decretos de 13 de agosto de 1844 e de 30
de dezembro de 1845, no que tinha duvida, por isso que era excepcional este processo^ e
nenhuma providencia legislativa o havia ampliado ás derramas parochiaes; e
Sua Magestade, attendendo a que no artigo 333." do codigo administrativo, se deter-
mina que as disposições contidas no titulo 2.°, capitulo 1.° do mesmo codigo sejam appli-
cadas á administração parochial; . ,
Attendendo a que os citados titulo e capitulo abrangem os artigos 6.° a 181.°, e con-
sequentemente aquelle em que se estabelece a fórma de cobrança contenciosa das contri-
buições municipaes (artigo 160.°), e se ordena que ellas sejam arrecadadas como as con-
tribuições publicas;
Attendendo a que, em vista d'esta legislação terminante, não póde duvidar-se de que
as'contribuições parochiaes hão de ser cobradas como as municipaes, e portanto nos ter-
mos dos dojs decretos acima citados; e,
' Conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa
junto do ministerio do reino; assim o manda declarar ao governador civil para seu conhe-
cimento e devidos effeitos.
. Paço, em 30 de março de 1 8 6 5 . = M a r q u e z de Sabugosa.

Encontrando-se entre as verbas de receita do orçamento supplementar da camara de


Evora para o anno de 1 8 6 4 - 1 8 6 5 a de 300$000 réis, proveniente da suppressão de tres
logares de zeladores que se julgaram inúteis, e que tinham sido auctorisados no orça-
mento ordinario; sendo certo que nem a creação, nem a suppressão de empregos -muni-
cipaes póde ser feita por simples deliberação das camaras; e que tambem;os actos ou de-
liberações d'ellas que podem modificar os orçamentos para mais ou para menos carecem
de confirmação superior, segundo esses orçamentos são approvados peló governo ou
pelos conselhos de districto; e não tendo sido solicitada do governo auctorisação para a
suppressão dos referidos logares:
Manda Sua Magestade El-Rei que o governador civil de Evora informe quem deu á
camara a auctorisação que era'indispensavel para tornar legal áftiidlle acto, e quaes foram
as formalidades com que elle se praticou;-
. Paço, e,m 3.1, de março d e . 1 8 6 5 . = M a r q u e z de Sabugosa.
ti de agosto 1865 545

Sua Magestade El-Rei viu o officio, em que o governador civil da Guarda dá conta dos
motivos por que foram approvados os orçamentos da junta de parochia de Folgosinho,
depois de findos os annos economicos a que diziam respeito; e Sua Magestade manda de-
clarar ao governador civil, que, se a junta não apresentou em tempo competente o seu
orçamento, deveram as contas ser-lhe tomadas pelo ultimo legalmente approvado, na con-
formidade, dò que determina o artigo 154.° do codigo administrativo, applicavel á admi-
nistração parochial pelo artigo 333.° do mesmo codigo; até porque approvar orçamentos
depois das despezas feitas, e unicamente para as tornar abonáveis, é annullar completa-
mente a fiscalisação e reduzir o orçamento a uma pura formalidade.
Sua Magestade notou tambem qúe os orçamentos fossem approvados pelo conselho
de districto, não obstante a disposição terminante do artigo 326.° § unico dò codigo
administrativo, que commette este acto ao governador civil, sem dar n'elle ingerenCia
alguma do conselho de districto; e quer que para o futuro se cumpra fielmente a dispo-
sição do codigo,, e que o governador civil fique prevenido de que a nenhuma auctoridade
é permittido declinar para outra o exercicio de funcções publicas que as leis lhe encar-
regam.
Paço, em 31 de março de 1865. = Marquez de Sabugosa.

Sua Magestade El-Rei manda declarar ao governador civil de Portalegre, ém resposta


aO seu officio de 22 de março:
1.° Que as rendas coimeiras fazem parte da dotação das estradas de terceira ordem;
porque determinando o artigo 16.°, n.° 4.°, que as multas por transgressões de posturas se :
jam applicadas para os concertos das estradas municipaes, sem distinguir entre as multas
arrecadadas directamente pela camara e as que são cobradas pe!ós«rendeiros das coimas,
representadas em relação ao concelho pela importancia da renda, é manifesto que não póde
a fórma da arrecadação influir no destino que a lei dá a esses rendimentos, nem admittir-
se que as camaras preferindo a arrematação á cobrança directa, fiquem assim auctorisadas
a annullar a disposição da mesma lei;
' 2.° Que a determinação do n.° 5.° do artigo 16.° da lei citada, empregando as palavras
toda a receita, não admitte duvida, o sujeita evidentemente a deducção da decima os ren-
dimentos dos bens proprios dos concelhos que restarem depois de deduzida a terça, nos
termos da lei de 30 de julho de 1860.
O que se participa ao governador civil, para sua intelligencia e demais effeitos.
Paço, em 31 de março de 1865. =Marquez de Sabugosa.

2. a REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o officio de 27 do corrente mez,: do gover-
nador civil de Aveiro, sobre a duvida que se lhe offerece na concessão de passaportes para
paizes estrangeiros, solicitados por differentes mancebos isentos do recrutamento; em vir-
tude. da disposição do n.° 2.° do artigo 8.° da lei de 27 de julho de 1855; attendendo a que
taes; isenções são conferidas condicional e temporariamente e cessam na fórma da ultima
parte.do citado,artigo, logoque os mancebos a quem aproveitam deixarem de ter o am-
paro das pessoas por amor das quaes lhes houver sido concedida a isenção; e bem assim
a que os individuos n'estas circumstancias estão sujeitos ao serviço militar e podem ser
chamados a assentar praça d'um momento para outro: ha por bem resolver que o gover-
nador civil proceda a respeito d'elles, segundo as regras prescriptas no artigo 55.° da ci-
lada lei, e que se exerça toda a possível fiscalisação para poderem ser compellidos ao ser-
viço todos aquelles que, residindo no paiz ou fóra d'elle, tenham perdido o, direito ao bene-
ficio de que gosavam. ; , ,., .• i ,. •
O que. se participa ao dito magistrado para seu conhecimento e execução. i .
Paço, em 31 de março de 1 8 6 S . = M a r q u e z de Sabugosa.

3." REPARTIÇÃO—2. a SECÇÃO , ' \

Manda Sua Magestade El-Rei devolver ao governador civil do Porto o recurso do me-
dico Ricardo José da Silva Lisboa, contra o procedimento da mesa da misericordia da Po-
iso
546 1865 Í9 de ábríl

voa de "Varzim, que o demittiu de facultativo do seu hospital pelo fundamento, segundo se
àlíega, dè haver elle tomado a seu cargo o tratamento dos doentes do deputado Bento de
Ifrèitas Soares, emquanto este se achava em côrtes, e declarar áo referido magistrado:
Que já em offiçio de 20 de fevereiro ultimo se lhe disse que a nomeáçãò e Remissão
4ÒS'empregados das irmandades não era assumpto do contencioso administrativo,. èitarij
do-se-lhe até os decretos que, sob consulta da secção do contencioso do conseítló dè es-
tado assim 0 resolveram; i .
$ u e senció esta a opinião do governo, é do dever do governador civil, confio á'génfe d'ó
mesmp governo, çonformar-se com ella, seja qual for 3 opinião dó conselho de'distí.íctbl
a((as pòúco ségurã, porque considerado o provimento do partido cotHo íirii cóúvf ato, ,h&m
competiria ap conselho de districto conhecei da sua execução, neni a mesá podéfíà íesr-
Ií-io jpof seu {taro. arbítrio, convertendo-se em juiz é parte ào meSmò feínpò; ' , " ;
„', Qué.naó sendo á consulta do conselho de districto exigida no caso présértté por á^driiã
djçjjQsiçao d.é lei, deve o governador civil prescindir d'elia e dar seguimento íé^al áb pró-
cesso: ' ' . _ '
Que foi irregular a remessa do processo á secretaria d'estado, çorqu^ .nem ao^ffrèt-
nador civil é permittido declinar pàrá o governo o exercicio das su'á's funcções, nem àeste
insinuar ao magistrado administrativo qual deve ser a decisão a tomar em um negocio que
póde subir ao conhecimento do mesmo governo por via de recurso;
Que.instruído pois o processo com a resposta do recorrente sobre as arguições que se '
lhe fazem, formalidade essencial que falta ainda n'elle, deverá o governador civil proferir
em termo breve a decisão que entender justa, em vista das allegações e provai das jpar-
tes, e o governo confirmará ou emendará depois esse despacho, se os interessados não se
conformando com elle, recorrerem á sua superior intervenção.
Paço, em 19 de abril de 1865.—Julio Gomes da Silva Sanches.

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio do governador civil de Lisboa, remet-
tendo o recurso interposto pelo administrador do concelho de Cezimbra, do accordão da
camara municipal do mesmo concelho, que se negára a revogar as posturas em virtude
das- quaes se acha estabelecido o monopolio da pèsca em favor de certos e determinados
armadores, recurso em que o conselho de districto proferiu um accordão interlocutorio,
no qual reconhecendo-se a necessidade de. serem revogadas algumas das-disposições.das
posturas, se entendeu todavia que este acto devia ficar subordinado á promulgação de re-
gulamentos que evitassem a anarchia possivel no exercicio d'esta industria, concluindo-se
por solicitar-se do governo os esclarecimentos precisos na materia sujeita.
E Sua Magestade, attendendo a que os regulamentos a que o conselho de districto al-
lude, se fossem precisos, seriam da competencia do governo e não da da camara ou da do
córtsfelhP1 dè dfétriótó, è a' qtfé consequentemente' não'há necessidade* dè' prestai éSciare-
èittíéírtbá alguns ao tribunal sobre assumpto estranho á súá corrtptetencia ; ' • 1
Attendendo a que o conselho de districto, sem commetter uma verdadeira denegação
de justiça, hão podia recusar-se a julgar as questões contenciosas submettidas à sua deci-
são, sob pretexto de que faltam regulamentos, cuja necessidade ou utilidade está fóra da
sua alçada, ou de que é mister evitar males e inconvenientes que se lhe antolham prová-
veis, pWqúe uma ou outra cousa são funcções do governo e não dos tribunaes;
Attendendo a que a industria da pesca se exerce na extensa costa do reino em plena
libéfdíade, seni que até agora a experiência tenha mostrado a necessidade de regulamert-
tâ^lâ, e nenhum fundamento plausível existe para que a cósta de Cezimbra faça excepção
a regra geral:
Attendendo á que, se a experiencia mostrar á necessidade de regulamentos e de pro-
videncias, alem d'aquellas que se encontram nas leis do reino, o governo ha de ^roVetf
como entender justo, sem que seja mister que o (ionselho de districto desperte a suaf soli-
citude: ' •
Manda devolver ao governador civil o sobredito processo de.recurso, a fim de que o
submetia de novo á decisão do tribunal e o faça julgar definitivamente como for de direi-
to, feito o que dará cumprimento á parte final da portaria de 13 de maio ultimo.
Paço, em 19 de abril de 1865.—Julio òomes da Silva Sanches.
ti de agosto 1865 547

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil da
Guarda pergunta se os emolumentos devidos pelas execuções administrativas hão de ser
contados pela tabella judicial de 12 de março do mesmo anno, que erà a vigente na data
da publicação dos decretos de 13 de agosto de 1844 e de 30 de dezembro de 1845, ou se
hão de contar-se pela tabella actual de 30 de junho de 1864; o mesmo augusto senhor con-
formando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa junto
do ministerio do reino, manda declarar ao governador civil que, comquanto a referência
que na artigo 10.° do decreto de 30 de dezembro de 1845, se faz á tabella de março de
1844, que então regia, possa considerar-se como equivalente á incorporação d'ella nó
mesmo decreto e á determinação de por essa tabella se contarem sempre os emolumentos,
sem attenção ás posteriores, todavia attendendo-se a que na portaria de 22 de outubro dè
1853 se ordenou que os emolumentos pelas execuções administrativas 1 fossém contados
pela tabella vigente, na epocha do pagamento, por issó que assim cómo os empregados
administrativos substituíram os judiciaes no serviço de que se trata, era justo que a nova
tabella substituisse a antiga para á contagem dos emolumentos; attendendo-sè mais a qué
no decreto de 3 de novembro de 1860 se determina que os emolumentos de qúe sé trata
continuem a cobrar-se pela tabella judicial vigente, modo de dizer de qué se deduz que
é sempre pela ultima tabella judicial que deve regular-se a contagem dè emolumentos ou
de salarios nas execuções administrativas; attendendo-se a que esta tem sido a pratica se-
guida em todas as administrações e juizos; é pela tabella de 30 de junho de 1864 que de-
vem contar-se os emolumentos dos empregados administrativos nas mesmas execuções.
Paço,em 22 de abril de 1865.-=,M?'o Gomes da Silva Sanches. '

. , • 3." REPARTIÇÃO—3.» SECÇÃO ,

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o secretario géral, servindo de
governador civil de Villa Real, dando conta dos embaraços qué tem encontrado á constrúc 1
ção de cemiterios no districto, embaraços que principalmente consistem na falta de meíos
das camaras municipaes, propõe que as despezas do estabelecimento dos cemitérios dei-
xéiil de figurar no orçamento municipal, passando para os orçamentos parochiaes, e Vo-
tando as juntas de parochia as derramas precisas para custear esta despeza, poisque ha-
vendo já em algumas parochias cemiterios especiaes á custa d'ellas, parece menos justo
que estas freguezias concorram para a despeza dos cemiterios que faltam, o que necessa-
riamente sutícederá considerada èssa despeza como municipal.
Em resposta a este officio manda Sua Magestade declarar ao governador civil, que não
põde ser admittida a sua indicação, porque contraria a disposição expressa das leis.
No decreto de 21 de setembro de 1835, artigos 9.°, 10.° e 12.° diz-se mui terminan-
temente que os cemiterios serão estabelecidos em terrenos dos concelhos ou na falta d e s -
tes nos que as camaras adquirirem, e no artigo 133.°, n.° 6.° do codigo administrativo, que
as despezas da construcção e conservação dos cemiterios são obrigàtorias dos concelhos.
Transferir pois as despezas dos cemiterios do concelho para a parochia é inverter Os ter-
mos das leis, o que o govérno não póde nem deve auctorisar.
O decreto citado permitte é verdade ás povoações construir á sua custa cemiterios pri-
vativos para uso particular dos seus habitantes; mas nem esse decreto nem lei alguma es-
tabelece que as povoações que se aproveitarem d'essa faculdade sejam dispensadas de con-
correr para a despeza dos cemiterios do concelho, despeza que é geral para todos os vizi-
nhos d'ellè, como as de quaesquer outros estabelecimentos municipaes, e sem lei que es-
tabeleça similhante privilegio não póde elle ser tolerado; até porque admittido, com re-
lação aos cemiterios, que as diversas fracções de um concelho só devem ser obrigadas a
pagar a despezá d'elles, segundo o proveito que d'essa despeza colhem, será indispensa-
vel tornar este principio extensivo a todos os outros serviços municipaes, e ratear a receita
para cada Iogarejó, o que tornará a administração municipal impraticável.
• Se às parochias se prestam voluntariamente a construir os Cemiterios para usò dos
seus moradores o encargo da camara diminue, e póde mesmo desâpparecer; mas este acto
vóliintariò das povoações não exonera a camara da obrigação de construir á custa' do con-
celho os cemiterios das parochias que não quizerem ou não podérem tê-los privativos.
Cumpre pois que o governador civil dê as instrucções convenientes n'este sentido, e
qúè recorde ás camaras que o verdadeiro meio de attenuar a despeza dos cemiteVios é es-
colher o local de modo que elles possam ser communs a mais do que Uma parochia.
1865 2(3 de abril

O que.tudo, de ordem d'El-Rei, se participa ao secretario geral, servindo de governa-


dor civil de Villa Real, para sua intelligencia e demais effeitos.
Paço, em 22 de abril de 1865. = Julio Gomes da Silva Sanches<

/fendo sido presente a Sua Magestade El-Rei a representação em que o conselho de


saude publica do reino pede que se dêem aos governadores civis as instrucções necessa-
rias para que, depois de instruidos e informados os processos relativos á concessão de
licenças dos estabelecimentos insalubres, jncommodõs ou perigosos, não admittam reque-
rimentos em que se façam modificações ao processo fabril que serviu de base ao da licen-
ça; porque pareciam irregulares as modificações assim feitas, uma vez que o decreto de
21 de outubro de 1863 as não mencionava, e porque uma similhante pratica complicava
o processo, contra o fim que se tinha tido em vista com a promulgação d'aquelle decreto;
o mesmo augusto senhor, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do pro-
curador geral da corôa junto do ministerio do reino, manda declarar ao conselho:
Que nem no artigo 13.° do decreto de 21 de outubro de 1863, que o conselho cita,
nem n'outro.qualquer logar d'elle se encontra disposição alguma que vede aos industriaes
que pedirem licença para a fundação de alguns estabelecimentos, modificar antes d'ella
concedida os termos do seu primeiro requerimento, e solicitar a habilitação para uma
parte somente do processo fabril inicialmente projectado;
Que não podendo contestar-se a qualquer industrial o direito de desistir inteiramente
da fundação de um estabelecimento fabril e da competente habilitação, não póde tambem
questionar-se-lhe o direito de desistir de parte d'ella, especialmente quando d'essa desis-
tencia parcial póde provir-lhe mais facilidade na concessão da licença;
Que seria demasiado apego ás formulas forçar um requerente a continuar um pro-
cesso em que necessariamente teria de decair, quando alteradas as condições do seu pe-
dido lhe fôra fácil obter bom resultado, sem as despezas e inconvenientes de um novo
processo;
Que na faculdade concedida ao governador civil pelo artigo 13.° supracitado de resol-
ver como lhe parecer de justiça, colligidas as respostas dos technicos e preparado devida-
mente o processo, se inclue manifestamente a de tomar conhecimento das alterações pro-
postas pelos interessados, uma vez que sejam apresentadas antes do julgamento;
Mas podendo essas modificações offender direitos de terceiro ou os do estado, e sendo
indispensavel que, com relação a ellas sejam ouvidos todos os interessados, devem os re-
querimentos em que se oferecerem modificações, juntar-se aos processos pendentes para
seguirem aquelles os mesmos tramites que estes, devolvendo-se os processos aos admi-
nistradores dos concelhos, a fim de serem observados com relação ás modificações pro-
postas os artigos 6.° a 13.°, 18.u e 19.° do decreto de 21 de outubro de 1863.
O que, de ordem de El-Rei, se participa ao conselho de saude para sua intelligencia,
ficando o conselho certo de que aos governadores civis se expedem ordens n'esta confor-
midade.
Paço, em 26 de abril de 186fã. = Julio Gomes da Silva Sanches.

REPARTIÇÃO - I . A SECÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o orçamento do concelho de Setubal para
o anno economico de 1864-1865, e verificando-se que vem no orçamento incluído como
receita o imposto sobre o pão e farinha, não obstante haver-se dito repetidas vezes á ca-
mara que não podia continuar a ser tolerada uma contribuição de similhante natureza, e
terem sido desattendidas pelas portarias de 30 de julho de 1864 e de 20 de fevereiro de
1865 as instancias da camara, para que fosse conservado o imposto acima dito:
Manda Sua Magestade devolver ao governador civil de Lisboa o mesmo orçamento para '
que elle proceda nos termos seguintes:
1." Fará constar á camara de Setubal que não é approvado pelo governo o imposto lan-
çado sobre o trigo ou farinha d'elle e sobre o milho, centeio e cevada, pelo que deverá
ella votar outro imposto para occorrer á despeza ou diminuir esta em concorrente quantia;
2.° Marcará á camara um praso de tempo que não excederá a quinze dias, para que
ella vote nova contribuição e emende o orçamento na fórma que fica i n d i c a d o .
ti de agosto 1865 549

3." Exigirá, findo que seja o praso marcado, a remessa do orçamento ao governo civil,
e se examinado elle se vir tjue não cumpriu a camara ás ordens que se lhe éxpèdiràm,
submetterá immediatamente o governador civil o orçamento ao conselho de districto, pára.
qué este vote a contribuição precisa para occorrer á despeza do conselho, tendo ém atten-
ção a que o imposto do pão ha de ter sido recebido em virtude da auctorisação dada no
orçamento antecedente, é que portanto só terá de votar-se nova contribuição pèlp tempo
qué restar do anno economico; • . . .
4.° Remettérá em seguida a este ministerio o orçamento assim preparado,1 para que a
deliberação do conselho seja approvada por decreto*, nos termos do f Unico do artigo 154.°
dó codigo administrativo. '
O que tudo se participa ao governador civil de Lisboa, para seu conhecimento e para'
qúe tenha prompta execução.
Paço, em 26 de abril de 18655.=Julio Gomes da Silva Sanches.

Subiu ao conhecimento de Sua Magestade El-Rei a representação, em que a camara


municipal de Belem pede que sejam revogadas as ordens expedidas pelo ministerio do
reino, em virtude das quaes foi supprimido no orçamento, do concelho o imposto que a ca-
mara costumava lançar sobre o pão e sobre a farinha, allegando que a camara tem pelo ar-,
tigo 137.° do codigo administrativo o direito de escolher as contribuições necessarias para
cqstear as despezas do concelho: ..>,,...'
Que as camaras são n'este assumpto os melhores juizes do que convém aos concelhos; e.
! . Que finalmente o imposto sobre o pão não elevaria o preço d'este generô; de primeira'
1
necessidade. , . '
, i E jSua Magestade, conformando-se com a consulta da secção admi^istratiyá dó consèlho
d'estado, e com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa jun to
d'este ministerio, sobre negocio idêntico relativo ao concelho de Setúbal:manda declarar'
ao governador civil de Lisboa, que não póde ser attendida a representação dá camara dó,
Belem, porque não são procedentes os seus fundamentos.
: Não ha duvida que, segundo o artigo 137.° do codigo administrativo, compete á camara
escolher as contribuições directas ou indirectas com que hão de ser pagas as. despezas do
concelho; mas esse direito não é absoluto, pelo contrario é sujeito á confirmação da aucto-
ridade superior, que póde approvar ou reprovar a escolha da camara, segundo as conve-
niências publicas e os principios de justiça, que nunca devem preterir-se. É a disposição
expressa do artigo 149.° da lei que a camara cita.
Não ha duvida tambem em que em regra são as camaras municipaes quem melhor
póde apreciar as conveniências do concelho, mas é igualmente certo que esse principio
não tem a amplitude que a camara lhe dá, vistoque as leis sujeitaram á tutela superior os
actos importantes da administração municipal, presumindo portanto, ou que poderiam
muitas vezes ser apreciados menos convenientemente os interesses dos concelhos, ou que
era necessário submetter os actos das camaras a um poder mais elevado, para os pôr de
accordo com os interesses geraes do estado. '
A asserção da camara, de que o imposto não influe no preço do genero contraria os
principios de economia politica geralmente aceites, mas admittindo que o imposto fosse
lançado de modo que tivesse o resultado que a camara presume, ainda assim seria insus-
tentável, ou porque não o pagariam os consumidores, como exige o artigo 142.° do codi-
go, ou porque recairia o peso d'elle unica e exclusivamente sobre os vendedores de pão,
commettendo-se a gravíssima injustiça de forçar alguns vizinhos do concelho a pagar uma
contribuição fortíssima sem proporção alguma com os seus teres e com os seus lucros, es-
quecendo-se e preterindo-se a regra fundamental em materia de impostos, de què devem
elles sér proporcional e equitativamente repartidos. .
' Pbr estas considerações, e porque não deve tolerar-se um imposto què récáe sóbre o
alimento,máis necessário para o povo, mormente quando os poderes públicos tomamí. me;
didas para fazer diminuir o preço dos cereaes: quer Sua Magestade qUe ò ^òvernadòr ci-
vil faça èónstar á Camará de Belem qúe o governo ha de, frrçnter, .'dèòiinp,.dps liiidkjttès dás
leis, as resoluções anteriormente tomadas, com relação ao assúmpto çte,que trata a repre-
sentação da mesma camara. : . ;' f ,
Paço, e m 2 7 «ae.atjril de 1 8 6 5 . = J t t f i o Gpnies da,.Silva S p p c h e ^ ' : i t -
1865 12 de maio

..Manda Suá Magestade El-Rei devolver ao governador civil de Santarem o.requerimènto


e orçjámçfttp supplementar apresentado pela commissão administrativa da misericordia de
Torras Novas,, nos quaes se pè.de auctorisação para applicar os rendimentos não cobrados
à, compra de utensílios indispensaveis para o hospital, e a outras despezas de meqqs mon-
ta, e declarar, ao referido magistrado para seu conheciménto, que a approvação dos orça-
mentos das irmandades, quer ordinarios quer supplementares, é da sua privativa compe-
tência, q , t | u e é a elle tambem a quem incumbe conceder ou negar as auctorisações de
que,aquelas corporações careçam para fazer alguma despeza ; que a circumstancia de te-
rem de empregar-se no custeio d'essas despezas os rendimentos não cobrados,provenien-
tes.de fóros e juros não altera ou modifica a competencia do governador çivil, poisque, se-
gundo as leis do reino, só se torna necessaria a licença do governo quando se trata de
alheação de bens ou de levantamento dos capitaes que constituem o fundo pernlánente das
sobreditas corporações.
Paço, em 8 de maio de 1865.—JMto Gomes da Silva Sanches.

3." R E P A R T I Ç Ã O — 1 . " S E C Ç Ã O

Siia1 Magestade El-Rei tomou conhecimento do officio' em que'o. governador civil dè


Ijisboá infôriha sofrre o facto, denunciado pela camara de Mafra, de existirem no seu archivo
documentos pelos quaes se prova que Fernando Severino Tavares réconhecéra assignatu-
ras falsas durante o tempo em que servira de escrivão interino de direito; e vèndó-se dá
resposta do administrador do concelho que d'este facto não. dera elle conheciménto áó mi-
nisterio publico, por entender que o acto hão envolvia criminalidade: manda El-Rei decla-
rar ao governador civil, para que o faça constar ao administrador supradito, qué procedeu
este funccionario mui irregularmente, não dando parte ás justiças do facto acima mencio-
nado; porque nem elle é tão innocente como ao administrador pareceu, vistoque, pelo
tópnos, o tabellião commetteu o erro de officio de reconhecer como verdadeiras assigna-
turas feitas por pessoas differentes d'aquellas a quem se attribuiam, nem ao administrador
compete conhecer se os factos, cònsidèrados crimes pelas leis penaes, envolvem ou não
òt-íihinàlidáde, funcção que as leis commettem unica e exclusivamente aos tribunaes judi-
ciaes, e qué não póde competir ás auctoridades administrativas, sem as tomar arbitras da
répressaò piènal, o que è absurdo.
Pára quê pois o facto se não repita mais, ordenará o governador civil áo administra-
dor do concelho qiie se abstenha de arrogar a si faculdades que as leis lhe nãd dão, e qué
para o futuro participe sempre ao ministerio publico os factos que as leis qualificarem de-
licto, embora lhe pareça que n'elles não houve intenção criminosa.
Pá£ò, : èm 9 dè maio de 1865.=^= Julio Gomes da Silva Sanches.

Manda Sua Magestade El-Rei devolver ao governador civil de.Evora ò orçamento dá


camara friunicipal da mesma cidade, relativo ao anno de 1865-1866, a fim de ser refor-
madp segundo as indicações seguintes:
O jmpqsto de 20 réis em alqueire de farinha de trigo,'e de 10 réis em alqueire da d e
centeio deve ser substituído por outro, porque este imposto nem é conveniente, nem le-
gal- .
Não é conveniente, por isso que recáe sobre o alimento principal dás classes menos
abastadas, o que não deve permittir-se, mormente na presença da carestia actual dos ce-
reaes. ... . . ... .. . „' • >Y
Nao ê.legai, porque tem por base á medida de alqueire, que não é de retalho» e por-
que ê lançado de môdo que, ou ha de ser pago pelos padeiros e não pelos, consumidores,
contra as prescripções das leis, e com manifesto gravame dos vendedores de pão, qu.aba-
ver-se t dos compradores de pão terá de ser págó decuplicado, nias com á circumstancia
de <ju£ acenas um decimo do. imposto entrará no cofre do concelho;, e njn i m p u t o que dá'
taes rèbuíjados encontra e contraria não só o artigo 1 4 d ó codigo administrativo, más
ás regrai éieméntáres de economia politica. .. , ; " ^.
A verba de Í.:88i(j442 réis,, destinada para a viação municipal, não está lançádâ np.or-
çamento na conformidade do artigo 16." da lei de .6 de junho de 1864. , ; Y
Segundo esta lei constituem dotação especial das estradas as multas impostas por trans-
gressões de posturas na sua totalidade; a terça dos rendimentos dos bens proprios dos
559
4 dê março 1865

concelhos e a decima parte de toda a receita municipal que restar depois de deduzidas ás
quantias indicadas. . .
Ora as muiias por transgressões de posturas figuram no orçamento por 5Õ$000 réis;
os rendimentos proprios, de que tem de deduzir-se terça, e que são os descriptos sob h. os
í , 2 , 3, 4, 6, 7, 8 , 1 4 , 1 6 , 1 7 e 18, montam a 4:7230030 réis, e a terça d'ellesà í:57'4034'3
réis. .. , :;v
. ; Deduzida da receita ordinaria e extraordinaria do concelho, na importancia de réis
Í7:4$4$712, a terça, ficam 15:9100369 réis, e deduzida tambem a decima d'ésfâ sótimiá
oq .1:5910036 réis, resulta que as tres verbas, de que se compõe a dotação da viação mu-
nicipal, montam a 3:2150379 réis, e não a 1:8810442 réis. , . .; , •;'
.. Alei citada dispõetambem no artigo 16.° n.° 1.°, que o imposto da prestação éttí tW-
b,alho, devido pelos habitantes e proprietarios do concelho, nos termos do artigòi 136." do
codigo, forme dotação especial das estradas. , "
Este imposto, que póde ser de um a tres dias de serviço, segundo páiièèe!f còrivetífetlté'
á gamara, e cuja importancia em réis deve ser calculada no orçamentò segundo d p'rè<Jtí
médio dos salarios e jornaes, tambem falta no orçamento, que não põdé pór isso séi* ap-
provado, em vista da disposição terminante do artigo 9.° § 2.° da í'éi dè 6 de j'unb'o dé
; :
1864.
Para que se emendem pois estes defeitos devolverá o governador civil o orçamento á
camara, recommendando-lhe que o reforme em termo breve, e de modo que possa ser ap-
provado antes de começar o anno economico futuro.
Paço, em 12 de maio de 1865. = Julio Gomes da Silva Sanches.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLIÍTÇÁ


!
" '; ' ' L * REPARTIÇÃO . • •

Sua Magestade El-Rei, ficando inteirado do conteúdo no officio de. 5 do corrente mez,
em que o governador civil de Braga, a requisição da commissão recenseadora dó Concelho
da Povoa de Lanhoso, pede providencias para se alongar o praso das reclamações soí>re o
recenseamento visto não ter sido possivel áquella commissão ultimar ás operáções dá rc^
visão no tempo competente, manda, pela secretaria d'estado dos negocios do reino, partici-
par ao sobredito magistrado em vista do parecer do'conselheiro ajudante do prócifrádOr
gerál' da corôa, que á providencia pedida não cabe nás attribuições dp gbvérnó, porquê' ó
praso pàrá as reclamações, como todos os outros marcados para as differentes operações
do recenseamento, está fixado por lei, e só por lei póde conseguinteménté ser alteràdtí, como
se tem declarado em numerosas decisões d'este mininisterio. Se, cóiiio Sé informa, a com-
missão, ainda não deu cumprimento ao artigo 11.° da lei de 23 de novembro de 1859, se-
gpndó o qual devêra ter publicado até ao dia 19 de fevereiro as copias do recenseaixiento
e páténíeádo ao publico o livro original para que podessem ter logar aS reclamações iii-
cprreu ná penalidade estabelecida, no artigo 127.° do decreto de 30 de setembro de 1852,
que lhe deve ser logo imposta pela fórma declarada no artigo 41." f 5.° da citadà lei. E cómó
ao impedido não corre tempo, e é evidente que os interessados em qualquer íéctificaòãó
dô recenseamento têem estado impossibilitados de reclamar e recorrer para os tribunaes
por falta dá publicação do recenseamento, logoque esta se verificar, o que ò governado*-'
çiyii deve immediatamente Ordenar, para que não se aggravem mais ás consequências dó
desleixo da commissão, ficam os mesmos interessados habilitados para usar dos recursos
competentes, não obstante o lapso de tempo, cabendo aos tribunaes o precisar o álcanbe
d'esle. facto para os effeitos devidos.
Paço da Ájudá, em 12 dè maio de 1865. = Julio Gomes da Silva Sàúches. "

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO ClVlL '


3.» R E P A R T I Ç Ã O — i.ã SECÇÃO .. , :

Téndo sido presente a Sua Magestade El-Rei o officio de 15 de màiói eni qdé o séér©-'
tariB. gerai servindo d'é governador civil de Coimbra dá conta de qtíé,.éhi seSsão dtl con-
selho dè diètriicto de 6 de maio corrente, fôra declarada núlla á defliBèraóátiâàjhÍM^ral
1865 12 de maio

<3p districto, que, em menoscabo da lei de 30 de março de 1861, distribuíra por modo di-
verso no prescripto n'ella as quotas com qué os concelhos têem de concorrer para as des-
pezas do .districto; e participa tambem que na proxima sessão do conselho de districto
seçia .feita nova.distribuição, em harmonia com a lei, aguardando-se no entretanto a res-
ppsla.dp governo ao mesmo officio: manda Sua Magestade declarar ao supradito magis-
trado, que o governo approva a deliberação por elle tomada de annullar a decisão da junta
geral ofensiva da lei de 30 de março, porque essa deliberação se acha conforme com as
ordens que, ao governador civil se expediram em portaria de 26 de dezembro de 1863,
e.eqmasldisposições dos artigps 105.°, 214. ò e 229.° n.° 19.° do codigo administrativo; !
Que, sendo urgente prover ao pagamento das despezas com os expostos e com outros
serviços do districto, e dependendo este acto da distribuição das quotas pelos concelhos,
cumpr£ : .que ; o governador civil proceda logo a fazer esta distribuição em conselho de dis-
tricto, rios termos do artigo 212.° § 1.° do codigo, e que, feito isto, submetta ao governo
Oiplaíip.da distribuição para ser approvado por decreto, na conformidade do que deter-
min£;0 do citado artigo 212.° do codigo.
O que se participa ao secretario geral servindo de governador civil de Coimbra, para
spa intelligencia e execução.
Paço, em 17 de maio de 1 8 6 5 . = J u l i o Gornes da Silva Sanches.

3.» R E P A R T I Ç Ã O — 3 . » S E C Ç Ã O

Foi presente a Sua Magestade El-Rei a consulta em que o conselho de saude publica
do reino se queixa de que, tendo apparecido um caso de varíola no Funchal em um ma-
rinheiro do hiale Oliveira 3.°, o governador civil do districto, não só tomasse as provi-
dencias que lhe pareceram necessarias sem consultar e ouvir o delegado do conselho, mas
declarasse a este officialmente, que pediria o seu parecer quando lhe parecesse opportuno;
d'onde resultava que o governador civil se convertia em juiz dos casos em que era oppor-
tuno, e, necessário recorrer ás indicaççes e auxilio do delegado de saude, annullando assim
a jurisdicção que a lei dá a este funccionario.
.'. Foi igualmente presente a El-Rei a resposta do governador civil á consulta do conse-
lho de saude, resposta em que o dito magistrado sustenta que nenhuma disposição de lei
o obriga a recorrer ao delegado de saude para aconselhar-se nas providencias que houver
de tomar em assumptos que demandem conhecimentos technicos, bastando recorrer ao
voto de qualquer facultativo da sua confiança, e que sendo, como é, delegado do governo,
a quem pertence a direcção superior de todo o serviço administrativo, é a elle, e não ao
delegado do conselho a quem compete prover em quaesquer eventualidades que no serviço
de saude se derem, etc.
, E §na Magestade, vendo pela resposta do governador civil e pela consulta do conselho
de, saude, que estas, auctoridades discordam sobre os limites da sua competencia no ser-
viço, que d'esta discordância hão de necessariamente resultar conflictos, sempre prejudi-
cjaes ao serviço publico, e que é por isso indispensavel designar clara e explicitamente os
limites da jurisdicção de cada uma, para que haja na administração do estado a regulari-
dade precisa; e
. Considerando que no decreto de 3 de janeiro de 1837, que é a lei organica da repar-
tição de saude, se determina mui clara e explicitamente (artigo 6.°) que ao conselho de
saude compete a fiscalisação superior era tudo o que respejta aos diversos,ramos da saude,
ficando apenas subordinado á secretaria d'estado dos negocios do reino, disposição com
qqeíconcorda o decreto de 8 de setembro de 1859, artigo 4.°;
Considerando que, pelo artigo 17.° do citado decreto de 3 de janeiro, aos delegados'
do conselho competem, nos seus respectivos districtos, as mesmas attribuições que em
todo o reino ao conselho de saude, especialmente inspeccionar e fiscalisar tudo o que diz
respeito á saude e hygiene publica;
Considerando que no artigo 3 1 d o mesmo decreto se determina que os facultativos,
nos casos de molestias contagiosas ou.epidemicas, dêem immediatamente conta aos dele-
gados de saude, para que provejam como convier; '
Considerando que do conjuncto d'estas disposições e de outras correlativas do decreto
. de; 3,.de janeiro de;1837, resulta evidentemente que nos districtos a direcção do serviço
de saude é da competencia dos delegados do conselho, e não da dos governadores civis;
; .Considerando que é inadmissiyel a doutrina sustentada pelo governador çivil d o F u n -
de maio 1864 553
chal, de que sendo delegado do governo, é a elle a quem compete superintender e regular
o serviço sanitario, como um ramo, que é, de administração geral, porque a delegação ha
de ser exercida nos termos das leis e regulamentos, e cessa sempre que por umas òú por
outros se attribue a funccionarios especiaes uma parte d'ella, como é o casd com o ser-
viço de saude, com o de instrucção publica, com o fiscal, etc.; '
Considerando que ê igualmente inadmissível o principio de que aos governadores civis
é licito consultar nos assumptos que demandam conhecimentos technicos os facultativos
dos. concelhos, deixando de parte o delegado de saude, porque seria um manifesto' conL
trasenso que o legislador creasse_ empregados com habilitações especiaes, e pèrmittisse
ao; mesmo tempo ás auctoridades' prescindir de seus serviços, e chamár pessoais sem ca-
:
racter e sem responsabilidade legaes;
Considerando que as conclusões que logicamente se deduzem doS artigos citados dó
decreto de 3 de janeiro se acham confirmadas pelo artigo 230.° do codigo administrativo,
onde se determina que, quanto ás repartições que têem chefes especiaes immediatamente
subordinados ao governo, as funcções dos governadores civis se limitam á dár conta áò
governo dos abusos de que tiverem noticia, sem poderem exigir contas, relatorios oú : in-
formações sobre o modo por que o serviço é feito, porquanto a superintendencia' directa
e immediata compete ás auctoridades a quem essas repartições estão sujeitas (portaria de
24 de julho de 1862), e tal é a hypothese da repartição de saude nos districtos a quaj tem
por chefe especial o conselho immediatamente subordinado ao governo;
Considerando que a faculdade concedida aos governadores civis no artigo 234.° do co-
digo administrativo de prover extraordinariamente nos assumptos de serviço, se acha li-
mitada por duas condições expressas no mesmo artigo; a saber: que o caso seja omissál,
e que seja tambem urgente; e que d'estas duas clausulas da lei se segue que os ditos itia-
gistrados nunca podem tomar providencias que deroguem as leis ou os regulamentos do
governo, porque não se dá a hypothese de omissão, nem considerar como urgentes me-
didas cuja falta não arrisca nenhum importante interesse do estado, comijuantogéjam^uítòife
:
e acèitaveis; . '
Considerando finalmente que no artigo 16.° n.° 18.° do decreto de 3 de janeiro é ex-
presso que ao conselho de saude compete fiscalisar o serviço de todos os empregadçsde
saude, e suspende-los no caso de faltarem aos seus deveres, que igual faculdade1 conipete
aos delegados do mesmo conselho com relação aos empregados de saude nos districtos',
pela disposição expressa do artigo 17.° do citado decreto, é que d'estas disposições com-
binadas com as do n.° do artigo 224.° do codigo administrativo, resulta que os gover-
nadores civis não podem ordenar a suspensão dos empregados de saude, que.não estãò,
na phrase do codigo, sob a sua inspecção:
Manda declarar ao governador civil do Funchal, para que lhe sirva de regra para o fu-
1
turo:
1.° Que lhe não compete regular ou dirigir o serviço de saude, quer maritimo, quer
terrestre, porque n'este assumpto a competencia è do conselho de saude e dos seuá de-
legados. ''
2.° Que lhe não é permitlido revogar ou modificar os regulamentos sanitarios^ por-
que estes actos pertencem ao governo ou ao conselho de saude, segundo á natureza dós
mesmos regulamentos. "' ,
3.° Que não deve alterar ou revogar as ordens dadas pelo conselho de saude aos áèus
subordinados, poisque 0 conselho responde por ellas para com o governo, e os sêus em-
pregados para com o conselho, de quem são dependentes.
4." Que em relação ao serviço de saude deve limitar as suas funcções a dar conta de
quaesquer faltas ou abusos de que tiver conhecimento, para que o governo proveja, sem
todavia se ingerir em indicar o modo por que o serviço deve ser feito.
5.° Que The não compete suspender do exercicio das suas funcções os empregados de
saude, porque, segundo a lei organica d'esta repartição, este meio. dê correççãOj icoinpete
ás auctoridades superiores sanitarias, e não ao governador civil, a quem não tòça ^uper- -
intender ou fiscalisar immediatamente o serviço de taes empregados. . •
6.° Que em quaesquer casos extraordinarios e urgentes em que tenha de,prover; pèíà
faculdade que lhe dá o artigo 243.° do codigo administrativo, deve fazé-ló dentro do.ç li-
mites da lei acima indicada, e n'este caso e em quaesquer outros, em que careça dè i.njfpr-
mações. technicas, recorrer sempre ao delegado de saude, e só na falta ou impedimento
d'este a facultativo diverso. '' T''^'.'f,'
Paco, em 22 de maio de 1865.—Julio Gomes da Silva Sanches."' "'
138
m 1865 de maio
t

•: • •} T . . r i 3.» R E P A R T I Ç Ã O - r i . » SECÇÃO

.... • iVfaoda Sua Magestade El-Rei devolver ao governador civil de Villa Real o orçamento
4 a camara municipal de Alijó para o anno de 1865-1866, a fim de que o mesmo magis-
trado faça reformar este orçamento na conformidade das indicações que seguem.
Quanto á receita, é mister emendar o modo por que estão lançados os impostos sobre
p cons,umq da carne e do vinho, porque o methodo de que a camara lançou mão está em
jOiráp^çtn^.CQD) Ò artigo 142.° do codigo administrativo. ' '
. 'Segundo a disposição expressa d'esf,a lei, QS impostos municipaes indirectos só podem
reca/r ; sobre o facto da venda a retalho; ora o ímpòsto. lançado por cabeça de gado ou por
pipa de vinho não satisfaz a este preceito da lei, porque nem'a pipa é medida de retalho,
nem a , venda do gado em pé póde ser considerada venda de carne a retalho se'm caviUaçãó
dá.le|a sem inversão dos.termos da lingua.
, . Np mespflo caso está o imposto pelo uso dos terrenos em que se fázem as feiras. Este
jflipqstò nãó póde ser lançado em relação a&s generos que se expõem á venda, mas sim
.èm relação ao espaço de terreno occupado, porque a não ser assim o imposto tonia a na-
tureza de contribuição indirecta, que será nulla por estar em desharmonia com o artigo do
codigo(àçima citado, e perde a qualidade dè aluguer, circumstancia unica por que póde ser
sustentado.
E tambem para notar que o aluguer ou terrado só póde exigir-se pelo uso de terrenos
denominados «Proprios dos concelhos», isto é, pelos terrenos que não são destinados parà
.o qsp. commum, de todos, mas para produzirem rendas pára os concelhos ; nao é porém le-
gitimo o aluguer pelo uso das praças ou rocios dos'concelhos, cujo destino' é1 outro, e no
orçamento não se vê indicada a qualidade ou natureza dos rocios porque sé exige alUguer,
o que convém esclarecer.
. , Â,s dividas activas do concelho, que no orçamento anterior vieram descriptas na impor-
tancia de 3,: 3250915 réis, apparecem no orçamento de 1865-1866 figurando por réis
4:7820273, e com a circumstancia notável de se verificar pela confrontação dos dois or-
çamentos,. ,que no espaço de um anno se não cobrou um real só de muitas das dividas des-
criptas. ,".
, Isto prova ou que ellas não foram relaxadas aos juizos competentes, como ordena a lei
de 1C> de junho dè 1843, ou qué depois do relaxe nenhuma diligencia se tem empregado
para levar a effeito a cobrança. Quer pois Sua Magestade que o governador Civil exija de-
larações, explicitas da camara a similhante respeito, e que examine se em'relação ás divl-
â as relaxadas (se com effeito as ha), se tem dado negligencia por parte do administrador
dó concelho. '
Quanto á despeza é mister eliminar a verba de 3OO0OÒO réis, destinada para o paga-
mento do facultativo do concelho, porque este logar não está legalmente creado, vistoque
nãp sç observaram as disposições das leis explicadas ao governador civil na portaria de 12
jufhÓ dè I8.b4,.artigo 2.°, e que no orçameíito não podem incluir-se verbas que não es-
tejam íègàlmente auctorisadas. ' •' ' '
,E tambem indispensavel dar cumprimento ao artigo 16.° da lei de 6 de junho de 1864,
de ^ué a camara se esqueceu, e incluir no orçamento a somma necessaria para as despe-
zas da víaijão municipal, a fim de que essa somma possa ser empregada nas estradas do
çoncelho £ue a commissão de viação do districto indicar, tendo-se muito em vista a dispo-
sição dos n. 03 2, 4 e 5 do citado artigo.
Falta igualmente no orçamento a prestação de trabalho, devida pelos habitantes ou
proprietarios do concelho, nos termos do artigo 138.° do codigo administrativo e dó n.° 1.°
do artigo 16.° da lei citada, falta esta que impede a approvação do orçamento eni vista da
'disposição terminante do artigo 9.°, 1 2.° da lei de 6 de junho.
Cumpre portanto que a camara de Alijó determine dentro do máximo fixado no artigo
17.° daquella lei, qual è a prestação em trabalho com que hão de contribuir os habitan-
tès;óiU proprietarios do concelho, e que fixada a quota e descripta no orçamento se avalie
èm réis' pelo preço medio dos salarios e jornaes, e se leve á columna competente do orça-
mento.
.', ' Na portaria de 12 de junho já citada disse-se á camara que era um erro disseminar
por muitâs obras a verba destinada para melhoramentos municipaes, poisque d'essa disse-
ipjúàçãó resultava que ficassem incompletas!, que viessem â custar mais dinheiro e que de-
mandassem maior pessoal para as fiscalisar. Não obstante esta advertencia o erro repete-
se no orçamento faturo, o que Sua Magestade manda lembrar á camara para qtie corrija
de maio 1865 555

este defeito do orçamento, porque na verdade o é applicar para cincoenta e tres obras di-
versas 7:687^000 réis. ' ' ' ;
O que tudo sé participa ao governador civil de Villa Real para seu conhecimento e da
câmara municipal, á qual recommendará que proceda á reforma do Orçamento ejjí termo
breve, para que possa ter execução no começo do anno economico. " ' ' '
Paço, em 29 de maio de 1865.=.Julio Gomes da Silva Sanches.

Sua Magestade El-Rei manda devolver ao governador civil de Villa Real o orçamento
do concelho de Chaves para o anno de 1865-1866, a fim de que'seja pela respectiva ca-
1
mara corrigido^ nos termos seguintes:
1.° Reduzir o imposto sobre o vinho, azeite, vinagre, geropiga e aguardente á medida
de litro ou meio litro, que é a medida de retalho, porque dois decalitros ou o decalitrò du-
plp, como a .camara lhe chama, correspondem a mais de um alrnude, que nunCa fioi nem
póde ser medida de retalho;
2.° Supprimir no orçamento as denominações dos pesos e das medidas antigas, por r
que os decretos de 13 de dezembro de .1852 e de 20 de setembro de 1860, vedam que
essas denominações se empreguem nos documentos officiaes; . '
3.° Modificar ou supprimir os impostos lançados por cargas, sacos ou carradas de ge-
neros, vistoque os impostos municipaes indirectos não podem recair senão sobre a venda
axetalho, qualidade que falia na que é feita por carga, carrada ou saco;
:4.° Supprimir a verba de 30$000 réis destinada para gratificar ao rodeiro trabalhos
de escripturação da camara, porque a escripturação è serviço do escrivão e da secretaria
da, camara, que tem para isso pessoal sufficientes • :
5.° Elevar a verba destinada para viação municipal a L:302$726i<réis, UDS termos do
artigo 16.° da lei de 6 de junho de 1864, e emendar a designação d'esta verba que,ha de
ser apenas destinada para a viação municipal, provendo a camara a outras obras do conce-
lho, como fontes, calçadas, praças, etc., por outros meios e não por aquelles a que a lei ci-
tada dá uma applicação especial.
O que, de ordem de El-Rei, se participa ao governador civil de Villa Real, para sua
intelligencia e da camará, a quem tránsmittirá copia d'esta portaria.; '
Paço, em 30 de maio de 1865 . = Julio Gomes da Silva Sanches.

Foi premente a Sua Magestade El-Rei o officio em que o governador civil de Angra con-
sulta o governo sobre sé póde ser auctorisada uma rifa deobjectos de commercio quèprè-
tende fazer a firma commercial Cunha & C. a , poisque tendo elle governador civil indefe-
rido 0 requerimento que n'esse sentido lhe fôra feito replicaram os interessados "expondo
rasões que, comquanto lhe não parecessem procedentes, julgavà todavia dever submetter
ao conhecimento do governo. 'r' ' . M'; : ' . ^
:
' Ê Sua^Mágéstade, tendo ouvido o conselheiro ajudante do procurador ^erâl da corôa
jutttô do ministerio do reino, e confbrmando-se com o páreóér!tíaestèrfaaà^íáfrai'dtíp^ânàã
declarar âp governador civilpara sua intelligencia: : ' " ' ., ' "
Que loterias e rifas são uma e á mesma cousa, e consequentemente éstas e'aquellas
estão comprehendidas na disposição do artigo 272.° do codigo penal; nãó pod!éhdó sèr àti-
ctórisadas sénão quando têem'por fim actos de beneficencia ou de protecção ás ártès';
Que a disposição do § 1.° do artigo 270.° do mesmo codigo abrange umaís e' Outras,
no qúe concorda o artigo 15.° do decreto de 10 dezembro de 1861, empregando os dois
termos como synonymbs e sujeitando ao mesmo sêllo os bilhetes quer aas loterias, quèr
das rifas;
Que é inteiramente destituído de fundamento o argumento a contrario sensif qiie os
réqúerentes deduzem d'este decreto, pretendendo que estabelecendo elle 6 sêlló pelosbi-
lhetes, pago que elle seja não póde negar-se a licença para qualquer rifa ou loteriá;pois-
qUe é cousa corrente que as taxas do sêllo só são fixadas para o caso qué 6's actPs taxados
sèjàm ou venham a sèr auctorisados pela legislação do reino, sem <jué d'éssaj3 taxáè; se
f>ossá tirar por conclusão que todos os actos taxados são lícitos ou podem livrèméntp §«}r
!
praticados pelos cidadãos;
: !
' Qué não podem ser consideradas pcírticylares sem inversão do áentjqjo j j j ^ j n ò ' dos
1865 14 de juniio

"termos dá lingua as loterias ou rifas cujos bilhetes são sellados e expostos á venda ao pu-
blico, .tendo só aquelle caracter segundo a opinião do jurisconsulto citado pelos requeren-
tes as rifas que sé fazem no intimo das familias por mero passatempo e sem animo de ; lu-
cro ou'8e especulação mercantil;
Que deve portanto sei indeferida a replica dos supplicantes, por contraria á í ei;, para o
que se devolve ao governador civil o requerimento por elle enviado a este mihisterjo.
Paço, em 31 de maio de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


; Havendo-se suscitado duvidas sobre se devem ou não ser obrigados a servir no corpo
de marinheiros da armada real, como effectivos ou supplentes, aquelles individuos que
tendo-se alistado como substitutos no dito corpo, fizerem parte de qualquer contingente
posterior; considerando que se o facto de haver servido como substituto isentasse do de-
ver de èervir por si mesmo, importaria uma grave injustiça com prejuizo de terceiro; con-
siderando que o decreto com força de lei de 22 de outubro de 1851 não previu o caso
sujeito: Sua Magestade El-Rei, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do
procurador geral da corôa junto a este ministerio, ha por bem declarar que todo o mari-
timo a quem couber por sòrte o serviço da armada, depois de n'ella ter sido admittido
cotao substituto, deverá, depois de completar o tempo de serviço do seu contrato, servir
alem disso por si o tempo a que segundo a lei for obrigado. .: ; i
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa aos
chefes dos departamentos maritimos, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 9 de junho de 1 8 6 5 . = S d da Bandeira.
' • Ord. da arm. n.° 35, de 30 de junho, D. de L . n.° 146 d e » dè junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA
l . a REPARTIÇÃO

Tendo sido presente a Sua Magestade El-Rei o requerimento em que o bacharel An-
tonio de Gouveia Osorio se queixava da commissão do recenseamento eleitoral dp concelho
dè Sátap, no corrente anno, por não ter concluido os trabalhos a seu cargo, e dado d'elles
conhecimento aos interessados dentro do praso legal, sem. embargo das repetidas instan-
cias qué o supplicante para esse fim lhe dirigira; V..,.,
Verificando-se pela informação do governador civil de Vizeu, e pelá própria' resposta
da commissão ouvida sobre o assumpto, que comquanto ella se tivesse installado nó dia 18
de janeiro, conforme determina a lei, não proseguíra com regularidade no desempenho
da sua missão, vindo a fazer publicas as listas do recenseamento, e a patentear o livro d'eile
aos interessados já depois de ter expirado o praso para as reclamações e passado o dia em
que o resultado (fellas devêra ter sido publicado;
Considerando Sua Magestade que a defeza que a commissão arguida offerece, ;fundada
em que não podéra reunir-se com pontualidade por causa da intemperie da estação, é
completamente inadmissível, e não póde por modo algum desculpar o desleixo com que
se houve no cumprimento de tão importantes deveres, privando assim os eleitores dos
meios de recurso que lhes facultam as leis;
Considerando mais que a portaria de 13 de abril de 1852, invocada pelo; governador
civil a. favor da commissão recenseadora, sobre ser alheia ao caso de qqe se trata, está re-
vogada pela posterior legislação; e
. Conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa
junto do ministerio do reino, manda que o governador civil do districto de Vizeu faça pro-
ceder pela fórma estabelecida nos artigos 41.° e seguinte^ da lei de 23 de novembro de
1859 á imposição e cobrança das multas que se acham comminadas no artigo 121,.° do de-
creto eleitoral, e em que por sua negligencia incorreram a commissão,.recenseadora do
cóncèlho dè Sátão, no anno de 1865, e o administrador do mesmo concelho:
21 de 'unho 18G5 557

Sua Magestade ordena outrosim que o governador civil de Vizeu fique por sua parte
entendendo que era do seu dever e competencia ter deferido ao requerimento que por
esta occasião lhe dirigira o bacharel Antonio de Gouveia Osorio, vistoque se não tratava
de um recurso interposto da decisão da commissão recenseadora, mas de uma providencia
administrativa que lhe cumpria ter adoptado logoque lhe constou não se haver concluido
o recenseamento no praso legal, porque a doutrina de que a auctoridade administrativa
não tem ingerencia alguma nos actos das commissões recenseadoras, depois da sua instal-
lação, é cabalmente insustentável em presença da legislação eleitoral, que a encarrega aliás
de fiscalisar e promover o seu cumprimento, quer adoptando as providencias comprehen-
didas nos limites das suas attribuições, quer interpondo os recursos competentes.
Paço da Ajuda, em 14 de junho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.

Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio que o governador civil de Villa Real di-
rigiu a este ministerio em 17 de junho corrente, pedindo que se lhe declare por qual dos
dois recenseamentos se deve proceder á proxima eleição de um deputado pelo circulo da
capital d'aquelle districto, se pelo recenseamento do anno de 1864, se pelo que respeita
ao presente anno, vistoque poderãoaté ao dia 8 de julho, vespera da eleição, ser apresen-
tadas á competente commissão recenseadora, em consequência da prorogação que houve
nos respectivos prasos, as sentenças judiciaes para quaesquer alterações que tenham de
ser feitas no actual recenseamento; e
Considerando que o recenseamento eleitoral do presente anno se acha ha muito con-
cluido no concelho de Villa Real, restando apenas fazer-lhe as rectificações ordenadas pelos
tribunaes superiores, e que forem apresentadas até ao dia 8 de julho proximo, em conse-
quência da alteração que houve nos prasos legaes para as diversas operações do recensea-
mento;
Considerando que a commissão recense.adora deve no dia 2 do mesmo mez de julho
proceder á extracção dos cadernos do dito recenseamento, para o effeito declarado no ar-
tigo 44.° do decreto de 30 de setembro de 1852, aindaque a esse tempo não estejam no-
tadas todas as decisões dos recursos interpostos;
Considerando finalmente que no dia 9 de julho já o recenseamento deve estar defini-
tivamente concluido, por haver expirado o ultimo praso prorogado; e
Conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa
junto do ministerio do reino:
Manda Sua Magestade declarar ao governador civil de Villa Real, que é pelo recensea-
mento do corrente anno de 1865 que indubitavelmente se deve proceder á eleição do de-
putado pelo circulo de Villa Real; cumprindo que, se ainda no acto d'essa eleição se apre-
sentar a decisão de algum recurso que não tenha sido antes d'isso notada no recensea-
mento, seja essa decisão attendida nos termos do artigo 63.° n.° 2.° do citado decreto
eleitoral. '
Paço de Mafra, em 20 de junho de 1865. = Jiãio Gomes da Silva Sanches.

DIRECÇÃO GERAL DE ADJHHVISTRAÇÃO CIVIL


2.» REPARTIÇÃO

Sendo presente a Sua Magestade El-Rei a informação do governador civil de Santarem


de 9 do corrente mez, sobre o requerimento de Manuel da Fonseca, da freguezia de Val-
lada, concelho do Cartaxo, que pede para ser abonado áquella freguezia o mancebo Antó-
nio da Silva Tavares ali domiciliado, que assentou praça voluntariamente «m fevereiro ul-
timo, e foi levado em conta ao contingente do anno de 1863 da freguezia da Ereira:
manda o mesmo augusto senhor declarar ao dito magistrado, para sua intelligencia e mais
effeitos: .
Que devendo ser em regra os voluntários levados em conta ás freguezias e concelhos
em que tenham o domicilio antes de entrarem no exercito, segundo o disposto no artigo
42.° da lei de 27 de julho de 1855 e artigo 2.° da do 1.° de julho de 1862, e abonados ao
contingente do anno immediato áquelle em que assentaram praça, em vista das relações
dos voluntários que são enviados a este ministerio pelo dos negocios da guerra, e^seguida-
m 1865 30 de jiinho

mente transmittidos aos diversos governadores civis para as fazer abonar no respectivo
anno,'freguezia e concelho, foi iIlegalmente levado em conta á freguezia da Ereira no anno
de 1863 o mancebo Antonio da Silva Tavares, que assentou praça em fevereiro ultimo;
, . Que o mesmo mancebo deverá ser abonado ao contingente distribuido á freguezia dó
'sèii'domicilio, depois de incluído nas relações a que acima se allude e no anno.que for de-
signado nas mesmas, as quaes opportunamente se enviaram ao governador civil; e
Qne.n^èsta conformidade não póde ser levado em conta á freguezia de Vallada, cbncfe-
íhb dó Cartaxo, no anno de 1864, o referido voluntário.
Paço, ém 21 de junho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanckes.

3.» REPARTIÇÃO — 1 SECÇÃO

DomLuiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a
iodos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:
: ..iArtigo 1.° A freguezia de Tapens, que faz actualmente parte do concelho de Pombal,
districto de Leiria, fica pertencendo ao concelho de Soure, districto de Coimbra, j5ara to-
dos os effeitos administrativos, judiciaes e politicos.
Ar|,. 2.° Fica revogada toda a legislação em contrario.
. Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da re-
ferida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
n'ella se contém.
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios do reino e dos ecclesiasticos e de jus-
tiça a façam imprimir, publicar e correr. Dada no paço, em 25 de junho de 1864.—RRI,
(com rubrica e guarda). =Duque de Loulé—Gaspar Pereira da Silva.
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes
.de. 16 de junho corrente, que altera a divisão territorial, passando a freguezia de Tapens
do concelho de Pombal, districto de Leiria, para o concelho de Soure, districto de Coim-
bra;,manda cumprir e guardar o mesmo decreto como n'elle se contém, pela fórma retrò
declarada.—ParaVossa Magestade ver. = .loão Pereira a fez (1).
D. de L. n.° 180, de 12 de agosto,

2.® REPARTIÇÃO

Stta Magestade El-Rei, tendo visto o officio do governador civil de Santarem de 22 do


correnté ihfez, n.° 237, manda declarar ao mesmo magistrado como resolução d'aquelle
bftícid, Atoe dádo o caso de estarem impedidos para funccionar na junta revisora os dois
íàfctíltàtiy.ps militares, deve a falta d'estes ser supprida por facultativos civis, que o gover-
tfádÒi"'civil nomeará.
Paço, em 27 de junho de 1 8 6 5 . — J u l i o Gomes da Silva Sanches.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


0

REPARTIÇÃO DE CONTABILIDADE

. : Àttendéndo..ào que me representaram os ministros e secretarios d'estado dos negocios


ajrfá^èíida é dás obras publicas, commercio e industria: hei por bem ordenar, ouvido o
cònselhó de ministros, que no ministerio da fazenda se abra um credito extraordinario, a
fàvor do ministerio das obras publicas, commercio e industria, p^la quantia de 27:867^457
rèis; para legalisar no anno economico de 1 8 6 3 - 1 8 6 4 a despeza da administração geral
das matas do reino, já supprida pela receita própria do seu cofre. •
Os ministros e secretarios d'estado dos negocios da fazenda e das obras publicas, com-
m.èròio é industria assim ó tenham entendido e façam executar. Paço, em 30 de junho de
1 8 6 5 . = R E I . = C a r l o s Bento da Silva—Conde d"Avila. D . de L. n.° 198, de 23 de agosto.

(1) Tendo sido publicada esta léi com incorrecções no Diario dè Lisboa n.° 146, de 1864, de novo
sè publica devidamente emendada.
n tik jnibo 1865

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MÂÍIINHÁ Ê ULÍRAMAÍl


Sendo presente a Sua Magestade El-Rei o officio de 5 de maio ultimo, em que o com-
mandante da escuna Barão de Lazarim dá parte de se encontraremivna cidade do Cabo e
circumvizinhanças muitos desertores da armada, qué poderiam facilmente ser capturados
pela policia local, despendendo a quantia necessaria para effeçtuar essas diligencias: ha
por bem ordenar que os commandantes dos navios de guerra que tocarem no Cabo da
Boa Esperança, fiquem auctorisados a despender com a policia do paiz a verba necessaria
pára 1-éálisar a captura e entrega de todas as práças desertadas dos natfioá dò àéú com-
itiãndo. "
Õ' que, pela secretaria d'èstado dos negocios da marinha e ultramar; â'è cortirhúftíffa ad
íhajbr génerai da armada pára sen conhecimento e devidos effeito! •" •
• Paço, èm 7 dè julho de 1863. = Sá da Bandeira.
Ord. da arm. n.° 41, de 2 d e nov., e D. de í . n.° 2 i l ' , dè 9 : áericÇ. "

M I N I S T E R I O DAS OBRAS P U B L I C A S , COMMERCIO E I N D U S T R I A

DIRECÇÃO GERAL DAS OBRAS PUBLICAS E MINAS


REPARTIÇÃO DE MINAS — 2 . 1 SECÇÃO

Tèndo-mé Sido presente o requerimento da companhia de mineráçãO pòrtttense (Opohò


míning cõihjMlny)j em qúe, nos termos do § unico do artigo 32.° do dêçrétõ ct>m fbrfá' de
léi dè' 31 de dezèíílbro de 1852, pede que á mesma companhia Seja âpprOvá'da a ftfltíã^
inissão da propriedadé dâ mina dè chumbo de Serradélla, sitnáda ria pfdxitfíidadd dê P^-'
tiáSel; districto administrativo do Porto; ' , '• •
CoiiSidèrandO qúe Roberto Henrique Russel obteve por decreto de/18 dè agòátóúllirfío
a concessão definitiva d'èsta mina, e que por escriptura lavrada em LòndreS'ábs 16dià'á
d'ò méí; dè abril dè 1864 nas notas do tabellião Alexandre Ridgwây, cedêh e iráhsfèrífà 1
para:a mencionada companhia todo o direito e acção que tinha a está mina. è de qúé titíhá
sido investido pelo citado decreto de 18 de agosto proximo pretérito; "•!'"
Considerando que esta companhia, com séde na cidade de Londres, fôra approvada,
por decreto dè 26 dè abril do corrente anno, e habilitaria a estabelecer úíila ágericfà' tíii
défegação n'este reino, ficando os representantes em Portugal com carácter, pódèí*eè"e fár
Cúldades de directores e constituídos de modo que representem a companhia eiii lodtfs os
actos do seu commercio judiciaes e èxtra-judiciaes.
Considerando que Hardy Hislop, legalmente auctorisado pela direcção da mesma èbm-
panhia, assignou em 2 do presente mez um termo no ministerio daS Obras publicas, ébm-
mercio e industria, pelo qual declarou em nome da dita companhia que todas as questões
suscitadas entre a companhia e o governo ou entre ella e os particulares, seriam unica e
exclusivamente decididas segundo as leis geraes d'este reino e as especiaes, que regularem
tudo quafato fdrrelaiiVo á concéssão, exploração e Iávra rfè minas, pèlo'S íítodViaês portu-
guezes judiciaes ou administrativos conforme a sua competencia;
Considerando que e§te termo foi ratificado pela assembléa geral da companhia em con-
formidade do § 3.° do referido decreto de 26 de abril do corrente anno;
tendo sid'o ouvido o ajudante do procurador geral da corôajunto do mèsmo fflihfèTério.:
Visto o parecer a este respeito havido da secção de minas do conselho gefâi das obras
publicafe e minas:
Hei por bem approvar a transmissão da propriedade da mina de chumbo d e Serródel-
la, situada; na proximidade de Penafiel, districto administrativo do Potiojpara âCõràpa-
nhia de mineração portuense (Oporto mining company), ficando á compánhfa 1 cessionária
, para todos os effeitos sujeita aos mesmos encargos e obrigações que foram impostas ao
primitivo concessionario e a todas as disposições dás leis e dos regulamentos em vigor,
ou que de futuro venham a promulgar-se, devendo outrosim a grandeza àuperficiâl da
demarcação d'esta mina ser a mesma e limitada do mesmo modo por que está desigiiado
no supramencionado decreto de 18 de agosto ultimamente findo, publicado no1 Diáriô dè
Lisboa de 20 de agosto de 1864.
<560 1865 14 de março

O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 11 de julho de 1865.—REI. =
Carlos Bento da Silva. D. de l. n.° i s s , d e 21 do agosto.

• MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL D E ADMINISTRAÇÃO CIVIL
' 3.» REPARTIÇÃO — 1.» SECÇÃO

Manda Sua Magestade El-Rei declarar ao governador civil de Aveiro, em resposta ao


seu officio de 2 de junho ultimo, que os dados ou informações estatisticas, fornecidas pe-
los aferidores de pesos e d e medidas, na conformidade do decreto de 7 de março de 1861,
artigo 5.°, n. cs 1.° e 3.°, hão de ser entregues aos inspectores dos pesos e de medidas, a
quem este serviço está especialmente encarregado pelos artigos 33.° e 38.° do capitulo 4.°
do decreto de 28 de dezembro de 1864, que organisou a direcção geral de trabalhos geo-
graphicos, estatisticos e de pesos e medidas.
Paço, em 11 de julho de 1865.=Julio Gomes da Silva Sanches.

2.» REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, a quem foi presente o officio de 13 de junho ultimo, em que o
governador civil de Aveiro pergunta se, dado o impedimento do mancebo Antonio que
foi sorteado no concelho de Agueda com o n." 1 para o recrutamento de 1863, conside-
rado refractario por não se haver apresentado para assentar praça, e q u e actualmente está
na cadeia do concelho de Sever do Vouga cumprindo a pena de dois mezes de prisão pelo
crime de roubo, deve esperar que o mesmo individuo acabe de cumprir a pena em que
foi condemnado para o compellir depois a assentar praça ou chamar desde já o supplente
respectivo para preencher a falta temporaria d'aquelle recruta; attendendo a que as vaca-
turas acontecidas no numero de recrutas effectivos, são preenchidas pelos supplentes,
qualquer que seja a causa d'ellas, nos termos do § unico do artigo 44." da lei de 27 de ju-
lho de 1855; attendendo a que o preenchimento do contingente não póde ser demorado
pelo facto do refractario ler commettido um crime por que foi condemnado n'uma pena
temporaria, e a que o refractario não Oca desobrigado de servir pelo tempo que lhe com-
pete depois de ter sofírido a pena em que incorreu; conformando-se com o parecer do
ajudante do procurador geral da corôa junto do ministerio do reino: ha por bem resolver
que no caso de impedimento temporário dos recrutas effectivos sejam chamados os sup-
plentes, guardada a ordem do sorteamento para preencherem as faltas d'aquelles, sendo
despedidos do serviço logoque os primeiros assentarem praça.
E assim o manda participar ao governador civil para seu conhecimento e mais effeitos.
Paço, em 12 de julho de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


DIRECÇÃO
2.» REPARTIÇÃO

: Sua Magestade El-Rei, a quem foi preseute o requerimento em que o maritimo de Villa
Nova de Portimão, Joaquim José de Sant'Anna, pede isenção do serviço da armada;
Considerando que o requerente comprova ter sido matriculado em um navio de com-
mercio, na qualidade de praticante de pilotagem;
Considerando que o artigo 36.° do regulamento de 25 de agosto de 1859, fazendo re-^
cair o sorteamento maritimo tão sómente nos individuos das classes de marinheiros e gru-
metes, exclue consequentemente os officiaes da marinha mercante :
Ha por bem determinar que o referido Joaquim José de Sant'Anna seja isento do .ser-
viço da armada.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se participa ao
chefe do departamento do sul, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 19 de julho de 1865. = Sá da Bandeira. D . d e L . n.° iso, de 2i de agosto.
9 de agosto 1865 561

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—2." SECÇÃO

Attendendo ao que me representou Carlos Adolfo Clavel, súbdito francez; residente


em Paris, pedindo privilegio por cinco annos, como inventor de um processo'para a re-
utilisação das limas e grosas usadas;
Visto o decreto com força de lei de 31 de dezembro de 1852;
Considerando que o requerente satisfez todas as suas prescripções:
Hei por bem conceder ao dito Carlos Adolfo Ciavel a patente de invenção para o obje-
cto acima indicado e pelo espaço de cinco annos, durante os quaes os seus direitos de pro-
priedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei, sendo a patente concedida
sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade ou merecimento do invento a
que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro e o requerente sujeito ás
obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto e ao prévio pagamento dos direitos
que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras publicas, commercio e in-
dustria. ,; :
O ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria o tenha
assim entendido e faça executar. Paço, em 29 de julho de 1 8 6 5 . = R E i . = C a r / o s Bento
da Silva. D. deL.n.°t89,de24doagoste.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


•. i
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
' 3." REPARTIÇÃO—i.a SECÇÃO '."'„"'"•

Tendo-se verificado pelo balanço que por ordem do governador civil do districto de
Villa Real foi dado ao cofre da camara municipal do Peso da Regua e pelo exame da res-
pectiva escripturação, que no cofre do concelho faltam 9720174 réis, provenientes dos
rendimentos ordinarios, e 10:3010361 réis provenientes do imposto creado pela lei de
20 de julho de 1855, para a obra do caes da villa; tendo-se verificado mais, que para en-
cobrir o desvio d'esta ultima quantia fez a camara escripturar, como despeza, 9:4770370
réis, despeza que realmente não foi feita, porque não se encontraram no archivo da ca-;
mara folhas processadas, ordens ou mandados de pagamentos, documentos ou quitações
que justificassem as verbas de despeza lançadas nos livros competentes; verificando-se fi-
nalmente que a somma destinada para as obras do caes se achava depositada no banco
mercantil do Porto, e que d'ali foi levantada por meio de cheques e por este modo des-
viada do seu destino legal; e mostrando estes deploráveis factos que a camara municipal
do Peso da Regua não póde continuar na gerencia do concelho, nem merecer já a con-
fiança dos seus administrados: hei por bem dissolver a mesma camara e ordenar que, nos
termos do artigo 107.° do codigo administrativo, se proceda a nova eleição dentro de
trinta, dias.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço da Ajuda, em 5 de agosto de 1865. = R E I . = Julio Gomes da Silva San-
ches. D. de L. n.° 180, de 12 do agosto.

Sua Magestade El-Rei viu a informação do governador civil da Guarda, ácerca do des-
equilíbrio que se nota entre a receita e a despeza effectuada com relação aos expostos no
anno economico de 1863-1864, desequilíbrio que deu motivo aos reparos feitos pelo tri-
bunal de contas em accordão de 7 de março ultimo, publicado no Diario de Lisboa n.° 164;
e consistindo a explicação dada por aquelle magistrado em provir o desequilíbrio do atrazo
em que se acha o lançamento da contribuição predial, que é a base das collectas lançadas
ás camaras para o pagamento das despezas dos expostos: manda Sua Magestade declarar
ao governador civil que não é procedente esta rasão, e que se elle tivera dado conheci-
mento do facto ao governo, haver-se-ia providenciado por modo adequado.
O lançamento da contribuição predial é com effeito a base das collectas a lançar ás ca-
maras, mas é o lançamento feito e não o que ba de fazer-se.
140
592 1 8 6 5 25 de agosto

Se havia pois atrazo n'este serviço, cumpria ao governador civil apresentar ajunta ge-
ral osdadós e informações que possuia, para que em vista d'ellas se fizesse a distribuição
pelos concelhos, até porque constituindo os pagamentos ás amas alimentos dos expostos,
é palpavel que não podem elles atrázar-se sem gràve risco para a vida d'esta classe des-
valida, que tem sempre merecido e deve merecer a especial protecção das auctoridades.
, Çumpre pois que o governador civil, tendo em vista e$tes principios, cuide dp .fazer
çeçs.ar o atrazo de pagamentos, e muito particularmente o de mais de um anno que se dá
nos concelhos dè Geia, Celorico e Foscôa, provendo a que se distribuam as collectas ás
camaras pelos lançamentos que se acharem concluidos, embora digam respeito a anno
economico anterior, e que a entrada no cofre do districto se realise com a menor (}§mora
possivel. . . .
jp^go,,.enj.9 çí??g° s t P de 1 8 6 5 . = J u l i o Gomes da Silva Sanches.

3." REPARTIÇÃO—2." SECÇÃO

:
• Ghegando ao conhecimento do governo que, em contravenção da legislação vigente, e
em manifesto prejuizo da loteria auctorisada da santa casa da misericordia de Lisbóa, sé
estão 'vendeivdò' publica e escandalosamente por todo o reino bilhetes e cautelas de lote-
rias èstrángéiras, Sem que por parte das auctoridades administrativas sé empreguem
meia&.algnBs de repressão, o que bem denota o culpável desleixo com que se tem descu-
rado este importante serviço policial, aliás por muitas vezes recommendado aos governa-
dores civis dos districtos : e tornando-se indispensavel pôr cobro, de uma vez para sem-
pre, áquelle intolerável abuso: manda Sua Magestade EI Rei suscitar ao governador civil
de Lisboa a rigorosa observancia das disposições dos decretos de 3 de junho de 1841 e
5 de novembro de 1851 e artigos 270.° e seguintes do codigo penal, afim de que o mesmo
magistrado expeça com urgencia as necessarias instrucções aos administradores seus su-
bordinados, recommendando-lbes mui expressa e terminantemente que, desde já e amiu-
dadas vezes, procedam com a maior actividade nas diligencias para a apprehensão dos bi-
lhetes, e cautelas de que se trata, assim como das machinas e utensílios empregados no fa-
brico d'estas; nos termos do artigo 19.° do citado decreto de 5 de novembro, autuando os
cóntravehiores, e remettendo logo os respectivos autos ao agente do ministerio publico.
E quero; mesmo augusto senhor que assim se communique ao referido governador civil,
torhàndò-o immediatamente responsável pelo escrupuloso e pontual desempenho d'esta
real ordem.
Paço da Ajuda, em 10 de agosto de 1865. = Julio Gomes da Silva Sanches.
' D. de L. n.° 222, de 2 de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR

Have,n$o chegado a este ministerio repetidas reclamações contra o modo por que são.
feitas as matriculas das tripulações nos navios que seguem dos portos do reino para o Bra-
zil, qriginando amiudadas contestações entre os agentes consulares eos capitães e equipa-
gens! ^dps.návips do commercio, e. considerando que provém d 'ahi factos, cujas deploráveis
consequências cumpre atalhar, removendo a causa; considerando que é origem de taes
factos¥phrase geralmente adoptada nas matriculas «segue viagem p a r a . . . e de lá para
onde convier», ou est'outra análoga « segue viagem p a r a . . . e de lá para onde convier,
voUqnab depois a Lisboa»; considerando que taes declarações constituem quanto á equi-
pagéhf um contrato e que a auctoridade só tem por dever n'estes casos impedir os equí-
vocos çsbphismas, esclarecendo os menos instruidos ácerca do alcance latitudinario que
póde dar-se ás obrigações a que elles se sujeitam, por isso que se tal annuencia provém
dè Vèrdádeira ignorância no modo de interpretar a referida declaração, vicia na essencia o
c o n t r a t e m que interveiu: manda Sua Magestade El-Rei, pela secretaria d'estado dos ne-
gócios da marinha e, ultramar, conformandó-se com o parecer do conselheiro ajudante do
procurador geral da corôa junto a este ministerio, que os intendentes de marinha dos dif-
terentes departamentos tomem as providencias necessarias para que, nas matriculas dos
navios que se destinam aos portos do Brazil, se declare, sempre que for possivel, espèci-
ficadáménté! quaes os portos onde o navio tem de tocar, e não podendo-sesr assim, que.se
ti de agosto 1865 563

diga «segue viagem para-... e, de lá para outro (ou outros) portos do mesmo império*,
ou <í segue viagem par-a. .. e de, lá para outros portos da America», ou finalifiente, con-
forme as variadas circumstancias que se podem dar, se empreguem, termos cíatos e ò:s
mais,apropriados, declarando-se a obrigação do regresso ao porto de saída, eésclárecendo
sempre os tripulantes de qual póde ser o mais lato sentido das palavra.Vempi-egádas; or-
denando outrosim o mesmo augusto senhor que, quando por exigencia de uma 'parte e
annuencia de outra, houver de se inscrever a formula a segue viagem para... ede lápara
onde convier», se instruam então os tripulantes, de modo que não possam allegar igno-
rância, de/que pór tal fórma é licito ao armador exigir que do primitivo porfo çk> destino
continuem a servir no navio em viagem para qualquer ponto cia terra, corno mèíhor con-
vier ao mesmo armador.
Paço, em H de agosto de 1865. = Sá da Bandeira b , d ç L . u . o j 3 i , de l ã de ont.

M I N I S T E R I O D O S N E G O C I O S DO R E I N O :

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL


3.» REPARTIÇÃO — S E C Ç Ã O

Sua Magestade El-Rei manda declarar ao governador civil da Guarda, em resposta ao


seu officio de 14 de agosto corrente, que o que se lhe disse em portaria dè 9, com relação
a distribuição das quotas pelos concelhos para a despeza dos districtos, é igualrtfente ap-
plicavel á derrama municipal. •'••'•"": "•• «tr
Segundo o codigo administrativo, esta lia de ter por base o lançamento dás contribui-
ções directas do thesouro, mas ha de ser o lançamento concluido e ultimado, que é o que
serve para todos os actos officiaes e não o que tiver de fazer-se, e que por qualquer cir-
cumstancia não se apromptou em tempo competente.
..;. Çomeçando o anno economico em julho de cada anno civil, e devendo as receitas in-
cluidas no orçamento municipal principiar a cobrar-se, quando começa a reger o orçatíáènto
èm que são incluídas, fica manifesto que não póde adiar-se a sua derrama á espera dò
mappa da repartição das contribuições directas do estado não ultimado, porque úm simi-
lhante systema poderia dar, e de facto deu, o resultado de deixar a descoberto ós serviços
municipaes durante lodo o anno economico, o que em relação aos expostos póde ser dè
perniciosas consequências.
Quer pois Sua Magestade que o governador civil, ficando-o assim entendendo, dê riesta
conformidade as ordens precisas, para que os impostos directos municipaes sejam lançai-*
1
dos e cobrados em tempo proprio.
Paço, em 17 de agosto de 1865. = Julio Gomes da Silva Sanches.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS COMMERCIO E INDUSTRIA


,,I, DIRECÇÃO GEUAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—2.» SECÇÃO

Attendendo ao que me representou Alfredo João Baptista Pedro Thierry Júnior, súb-
dito francez residente em Paris, pedindo privilegio por dez annos como inventor dè um
systema para applicações feitas aos meios, processos e apparelhos, tendo como resultado *
industrial a suppressão do fumo nos fogões de caldeiras a vapor e geralmente nai: for-
nalhas industriaes, onde se queimam materias fuliginosas; •
Visto o déCreíp com força de lei de 31 de dezembro de 1852; .«
Considerando qtie o requerente satisfez todas as suas prescripções: \
Hei por bem conceder ao dito Alfredo João Baptista Pedro Thierry Júnior a paftástede
invenção para o abjecto acima indicado e pelo espaço de dez annos, dbránte os quáès os
seus direitos de propriedade á dita invenção ficarão sob guarda e defensa da lei; sendo a
patente concedida sem exame prévio e sem garantir a realidade, prioridade ou mereci-
mento do invento a que diz respeito, pelo que ficam salvos os direitos de terceiro e o re-
querente sujeito ás obrigações e clausulas contidas no supracitado decreto e ao prévio pa-
564 1865 25 de agosto

gamento dos direitos que dever, passando-se-lhe diploma pelo ministerio das obras pu-
blicas, commercio e industria.
O ministro e secretario d'eslado das obras publicas, commercio e industria assim o le-
nha entendido e faça executar. Paço, em 22 de agosto de 1 8 6 5 . = R E I C a r l o s Bento
da Silva. D. (le L. n.° 230, dc 11 de out.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


Havendo-se sentido a necessidade de adoptar providencias taes que terminem por uma
vez toda e qualquer irregularidade que se pratique no systema seguido a bordo dos na-
vios do estado para o assentamento de praça dos creados, cozinheiros e mais praças avul-
sas, necessidade que originou a portaria de 21 de julho ultimo: ha por bem Sua Mages-
tade El-Rei, em additamento ã referida portaria e como seu complemento, no sentido de
pôr termo a qualquer procedimento contrario ás intenções do governo e ao decoro dos
officiaes da armada embarcados, mandar que sejam enviados com guia ao conselho de
saude naval todos os individuos que tiverem praça de avulsos a bordo dos mesmos navios,
e que ainda não fossem inspeccionados por occasião de se alistarem na armada, a fim de
se conhecer se todos estão nas devidas circumstancias de robustez e agilidade, indispen-,
sáveis a quem forma parte da guarnição de um navio de guerra.
O que, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se communica ao
major general da armada, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 2 3 de setembro de 1 8 6 5 . = Visconde da Praia Grande.
Ord. da arm. n.° 41, (le 2 dc nov., e D. de L. n.° 279, de 9 do dez.

Convindo adoptar as providencias aconselhadas pela sciencia e praticamente reconhe-


cidas como de maior proticuidade para impedir o desenvolvimento do terrível flagello da
cholera morbus, ou ao menos para attenuar os temerosos effeitos de tal epidemia no caso
de invadir este reino: ha por bem Sua Magestade El-Rei ordenar, pela secretaria d'estado
dos negocios da marinha e ultramar, que o major general da armada expeça as necessa-
rias ordens aos commandantes dos navios do estado para:
1.° Cumprirem com o maior escrupulo, na parte que lhes tocar, todas as prescripções
do conselho de saude publica do reino, não só no que respeita ás quarentenas, como tam-
bem nas recommendações que publicar e que forem conducentes ao importantíssimo re-
sultado que se deseja o b t e r ;
2.° Conservarem os navios no melhor estado de limpeza possivel, arejando e venti-
lando constantemente todos os alojamentos, paioes e todos os compartimentos;
3.° Desinfectarem frequentemente o porão pela renovação amiudada da agua do mar
e outros meios já ordenados;
4.° Fazerem limpar os navios lavando-os e sem empregar a agua a granel, atirada a
baldes;
5.° As guarnições se lavarem quotidianamente, e mudarem convenientemente de
roupa;
6.° Evitarem os exercicios violentos que poderem dispensar-se;
7.° Obstarem á introducção a bordo de comidas indigestas, prohibindo severamente o
abuso das bebidas fermentadas;
8.° Impedirem a accumulação desnecessaria dos individuos, distribuindo-os pelos dif-
ferentes pontos do navio;
9.° Desembaraçarem os mesmos navios de todos os objectos que não forem absoluta-
mente indispensaveis ao serviço, vigiando que nos differentes paioes do navio se não ac-
cumulem generos avariados ou quaesquer objectos inúteis.
Paço, em 25 de agosto de 1 8 6 5 . — S a da Bandeira. d . de l. n.°231, de 12 de out.
30 de agosto 4865 565

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA — I . » SECÇÃO

Tendo-me sido presente o requerimento da companhia de seguros Bonança, pedindo


a approvação da reforma dos estatutos, pelos quaes até agora se tem regido e que foram
approvados por decreto de 23 de dezembro de 1856;
Yisto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao ministerio das
obras publicas, commercio e industria:
Hei por bem approvar os novos estatutos da companhia de seguros Bonança, que nos
termos do artigo 539.° do codigo commercial foram reduzidos a instrumento publico,
constam de seis capítulos e quarenta e dois artigos, e baixam com este decreto assignados
pelo ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
tria, ficando esta sociedade obrigada a registar o instrumento do seu contrato de teor e
não por extracto no registo publico do commercio, nos termos do artigo 540.° do codigo
commercial, e com a expressa clausula de que a minha regia approvação lhes poderá
ser retirada, logoque se desvie dos fins para que foi instituida, não cumpra fielmente
os seus estatutos, ou deixe de remetter annualmente á direcção geral do commercio e
industria o relatorio e contas da sua gerencia social.
O mesmo ministro e secretario í e s t a d o o tenha assim entendido e faça executar.
Paço, em 30 de agosto de 1 8 6 5 . = R E I . = Carlos Bento da Silva.

Saibam quantos esta escriptura com o teor dos estatutos da companhia de seguros Bo-
nança virem, que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Ghristo de 1865, aos 24
dias do mez de agosto, n'esta cidade de Lisboa, na rua Augusta n.° 141, 1.° andar, em
meu escriptorio, compareceram o conselheiro João Rebello da Costa Cabral, casado, juiz
da relação de Lisboa, morador na rua do Monte de Santa Catharina n.° 52, freguezia da
mesma invocação; Joaquim Eugénio Lartigue, viuvo, primeiro official da repartição de fa-
zenda do districto de Lisboa, morador na rua dos Caetanos n.° 7, freguezia de Nossa Se-
nhora das Mercês; e Antonio José Rodrigues Leitão, solteiro, negociante, morador na
rua e freguezia da Magdalena n.° 191; os quaes outorgam, o primeiro como presidente
e os outros como secretarios da assembléa geral da referida companhia, e a todos conheço
pelos proprios, do que dou minha fé. E por elles outorgantes foi dito na presença das
testemunhas adiante nomeadas e assignadas: que, tendo a assembléa geral da mencionada
companhia de seguros Bonança resolvido alterar e reformar os seus estatutos, assim o
fizera pelo modo facultado e segundo o disposto no respectivo artigo 41.°; e que, em
conformidade da lei e para os devidos effeitos, os mesmos outorgantes na qualidade que
representam reduzem á presente escriptura os novos estatutos que me apresentaram, e
são os seguintes:
Estatutos da companhia de seguros Bonança
CAPITULO I
Sa companhia, sua natureza, capital e duração

Artigo 1.° A antiga companhia de seguros Bonança, fundada em 1808, continuará as


suas operações exclusivamente com os seguros terrestres, maritimos, de transportes de
mercadorias por terra e agua e de vidas.
§ unico. A séde da companhia é em Lisboa.
Art. 2.° A companhia terá por emblema uma ancora serpeada por uma amarra;com
a legenda «companhia Bonança» escripta em volta da chapa.
Art. 3.° O fundo social constará de 1.568:0000000 réis, divididos em sete mil oito-
centas e quarenta acções de réis 2000000 cada uma.
Art. 4.° As acções serão passadas em titulos de uma ou cinco acções; e, alem da res-
pectiva numeração, terão no alto o emblema da companhia.
Art. 5.° A companhia é representada pela assembléa geral em todos os seus direitos
é obrigações, e a gerencia dos negocios sociaes é confiada a uma direcção.
Art. 6.° Haverá sempre em caixa um fundo social igual a 6 por cento do capital da
596 v
4
1865 30 de agosto

companhia, em numerário ou em fundos da divida nacional consolidada, interna qu ex-


ternã,pelo preço do mercado ou em letras do governo, com penhores sufficientes.
Art. 7.° Sempre que o fundo determinado no artigo antecedente tenha por qualquer
motivo soffrido desfalque, serão exigidas dos accionistas as prestações necessarias para o
mesmo se completar.
. | l^P As prestações serão exigidas com prévio aviso de vinte dias, pelo menos,1 e nunca
Gom intervallo menor de trinta dias de uma á outra.
| 2.° As prestações serão exigidas dos accionistas, residentes na capital, por cartas
dirigidas aos mesmos; e dos outros accionistas, em qualquer parte que resicjam, por an-
nuncios na folha official e n'um periodico commercial.
J 3.° A falta da pontual entrega das prestações exigidas é motivo legal para ser pro-
posta em assembléa geral a exclusão do accionista; vencida esta pela maioria de votos, o
accionista excluído responderá pelos prejuízos em relação aos seguros tomados até ao dia
da sua exclusão, pagará os juros commerciaes da móra, e não poderá exigir a liquidação
da sua conta emquanto houver riscos pendentes do seu tempo.
| 4.° Para conhecimento do publico serão as exclusões dos accionistas publicadas pelos
números das acções, as quaes serão logo substituídas por outras, que para esse fim serão
emittidas.
Art. A duração da companhia é indefinita.
§ 1.° A dissolução poderá ter logar quando n'isso concordem tantos accionistas quan-
tos bastem para representar dois terços do capital da companhia. :•
i 2.° A dissolução da companhia terá infallivelmenle logar se houver perdas, que re-
duzam a metade o fundo social determinado no artigo 6.°, quando não for preenchido
por novas entradas.
§ 3.° A proposta para a dissolução voluntaria da companhia será, seis mezes antes,
feita e approvada em duas reuniões consecutivas da assembléa geral, expressamente con-
vocada para esse fim, com trinta dias de intervallo, pelo menos, de uma á outra. •'...•
• .p • •

CAPITULOU
Das operações da companhia
. Art. 9.° Os riscos e seguros que a companliia houver de tomar, se forem marítimos,
não excederão em qualquer viagem de um só navio a mais de 16:000^1000 réi§, e havendo;
conveniencia em tomar maior quantia deverá resegurar-se o excedente; se forem seguros,
terrestres, nunca irão alem de 30:000^000 réis tomados sobre o mesmo edificio, compre-
hendidos os generos, mobilia e fazenda n'elle existentes. Sobre mobílias nunca excederão
a 10:000^000 réis em um só edificio; e sobre fazendas existentes em um unico predito não
poderá o seguro tomado passar de 12:000^000 réis. Sobre generos ou fazendas existen-
tes nas alfandegas ou em armazens d'ellas dependentes, sobre seguros de transportes dp,
mercadorias por terra e agua, fica ao prudente arbítrio da direcção o poder elevar a quantia
segurada até onde ella julgar conveniente, não excedendo porém a 30:000$00Q réis. So-
bre estancias, carvoarias ou cortiça só poderá tomar-se seguro até 4:000$000. réis em
cada propriedade. Sobre materias inflammaveis poderá a direcção tomar ou recusar os
seguros que lhe forem propostos, observando comtudo as regras que ficam prescriplas.
Os seguros sobre theatros não são admittidos.
| unico. Na cifra dos riscos maritimos de que trata este artigo não se comprehen-
dem as quantias que os agentes da companhia no ultramar, nos termos das suas instruc-
ções, possam ter tomado em navios da carreira, attenta a impossibilidade que ba em po-
d e s s e elfectuar o reseguro do excedente.
Art. 10.° Para o seguro de vidas publicará a companhia as competentes tabellas com
as respectivas instrucções, precedendo para umas e outras approvação da assembléa geral
e confirmação regia. ,
CAPITULO III
Dos accionistas '
Art. 11.° É accionista qualquer nacional ou estrangeiro que possua unaa ou mçjs ac-
ções devidamente averbadas. •
.. Art. 12.° Nenhum accionista poderá possuir mais de oitenta acções. Ejceptuam-se po-
rém os actuaes accionistas que possuirem maior numero de acções, o qual todaviq n^o po r
derá ser augmentado. . '.,
597
ti de agosto 1865

Art. 13.° As acções ficam dependentes, para a sua transmissão, da approvação da


direcção e do averbamento nos livros da companhia, e logoque o mesmo esteja feito, cessa
a responsabilidade de quem as transmittiu.
| unico. Se a direcção se recusar a averbar acções a qualquer pessoa, esta poderá re-
correr para a assembléa geral, pedindo ao presidente a sua convocação. :
Art. 14.° Se a transmissão se fizer por successão legitima ou por disposição de ulti-
ma vontade, deverão os herdeiros ou successores do accionista fallecido, no praso de. ses-
senta dias, a contar da morte do accionista no reino e seis mezes fóra d'elle, designar
pessoa idónea que responda pelo pagamento das prestações que possam ser pedidas, até,
que se verifique o averbamento das acções transmittidas.
i i.° No caso que os herdeiros ou successores do accionista fallecido não cumpram o.
disposto n'este artigo, a direcção substituirá por novas acções as do accionista fallecido,
vendendo estas em leilão, com prévio aviso na folha official e n'um periódico commercial, e
guardando o seu producto em deposito para ser entregue a quem pertencer de direito•
§ 2.° A responsabilidade dos herdeiros ou successores do accionista fallecido não acaba
antes da venda das suas acções e do averbamento, nos livros da companhia, 'dás qne se
emittirém em substituição das vendidas.
Art. 15.° Desde o dia em que o accionista for declarado fallido por septençq, cessam
seus direitos e obrigações como socio, e suas acções serão immediatamente vendida? em
leilão publico, com precedencia de annuncios, ficando o producto da venda em deposito
como pertencendo á massa fallida.
Art. 16.° Os accionistas, na conformidade do artigo 443.° do codigo commercial por-
tuguez, são responsáveis tão somente pela importancia das suas acções, mas PS prejuí-
zos liijuidam-se e pagam-se do mesmo modo que os interesses se liquidam e,dividem
em, cada anno, para não se levar em conta do asno posterior qualquer quota com que te-
nha sido obrigado a reforçar nos anteriores a caixa, em virtude d e t e r m i n o no .arti-
go 6.° d'estes estatutos.
CAPITULO IV : •
Da assembléa geral
Art. 17.° A assembléa geral compõe-se de todos os accionistas que no dia da sua re-
união ordinaria ou extraordinaria possuírem vinte ou mais acções averbadas em seu nome,
com antecedencia de seis mezes.
§ i.° Para este fim será remettida no mez de agosto ao presidente da assembléa geral
a relação nominal dos accionistas que até ao ultimo dia de julho antecedente, tiverem
vinte ou mais acções averbadas em seu nome, e uma relação similhante se.rá atfixa,da em
uma das salas do escriptorio da companhia, para conhecimento dos accionistas.
§ 2.° Os annuncios para a convocação da assembléa geral declararão, não havendo in-
conveniente, o objecto para o qual se fizer a reunião.
§ 3.° As cartas para a convocação da primeira reunião ordinaria annual da assembléa
geral serão acompanhadas de uma relação de todos os accionistas, com o numero de acções
que cada um possuir.
Art. 18.° A assembléa geral julga-se constituida logoque estejam reunidos vinte é um
accionistas, de que trata o artigo antecedente, precedendo para a sua convocação avisos,'
por cartas aos residentes em Lisboa, e por annuncios, na folha official, e h'um periodico
commercial, aos de fóra, com antecipação de oito dias, e designação do dia, hora é local
da reunião.
| unico. Se no dia aprasado não concorrerem vinte e um accionistas, : será novamente
convocada a assembléa geral, e n'esta segunda reunião, que não poderá deferir-se alem dè
oito dias, considerar-se-ha constituida a assembléa com os accionistas que estiverem pre;
sentes.
Art. 19.° Nenhum accionista póde ser representado na assembléa geral ppr procura-
ção. Exceptuam-se as mulheres, que podem representar-se por seus maridos; as corpora-
ções por seus propostos; os menores e os que a elles são equiparados por seus tutores ê.
curadores; e as sociedades mercantis por um dos seus gerentes.
| unico. As acções de marido e mulher accumulam-se para cqnferir direito, d,e,fazer
parte da assembléa geral. . ,
. Art. 20.VA assembléa geral reune-se ordinariamente duas vezes no anno. Na pri-
meira, que terá logar nq'mez de fevereiro, eleger-se-ha a mesq, passandó:se ella seguida
á leitura do relatorio dai direcção, e em acto suceessivo npmear-sé-% uma commissão de!
v 4
568 1865 30 de agosto

cinco vogaes para examinar o relatorio e contas da gerencia do anno findo. Na segunda,
que será dias depois, resolve-se ácerca do parecer da commissão de exame de contas, e
do dividendo; e depois discutir-se-ha qualquer proposta submeltida á sua deliberação,
concluindo pela eleição da nova direcção.
§ 1.° Todas as eleições serão feitas pela fórma marcada no artigo 22.°
| 2.° A mesa é composta de um presidente, um vice-presidente, dois secretarios e
dois vice-secretarios.
| 3.° A ausencia ou impedimento de qualquer vogal da mesa será supprida pelo im-
mediato, chamando a presidencia um accionista para desempenhar o logar vago.
§ 4.° Os accionistas poderão examinar os livros, relatorio e contas nos oito dias em
que estiverem patentes; mas não lhes é permittido tirar copia ou extracto.
Art. 21.° A assembléa reune-se extraordinariamente nos casos designados n'estes es-
tatutos, ou quando o seu presidente com a mesa julgar conveniente a sua convocação,
quando ésta for pedida pela direcção, no caso previsto no § unico do artigo 13.°, ou quando
for pedida por quinze accionistas, os quaes tenham, pelo menos, duzentas acções averba-
das em seu nome.
| unico. No ultimo caso d'este artigo deverá a assembléa geral ser requerida ao seu
presidente, declarando-lhe o objecto e motivando o pedido, e nomeando os requerentes
dois d'entre elles para sustentar na discussão a justiça ou conveniencia da sua pretensão.
Art. 22.° A eleição do presidente, vice-presidente, secretarios e vice-secretarios da
assembléa geral, e dos membros da direcção e seus supplentes, e a dos accionistas que de-
vam formar a commissão de exame de contas ou outra qualquer, será feita por escrutínio
secreto, em listas separadas. No primeiro escrutínio requer-se a maioria absoluta, no se-
gundo basta a relativa.
Art. 23.° Alem das mais attribuições definidas, compete á assembléa geral, sobre pro-
posta dá direcção, fixar os quadros dos empregados da companhia e approvar os seus or-
denados.
Art. 24.° As decisões sobre qualquer assumpto, discutido em assembléa geral, serão
tomadas por maioria de votos presentes, e no caso de empate proceder-se-ha a nova dis-
cussão e votação, na mesma ou em outra assembléa que para esse fim será convocada.

, CAPITULO V
Da direcção

Art. 2S.° A gerencia de todos os negocios da companhia é confiada a tres directores.


O trabalho porém será entre elles distribuido, como lhes parecer conveniente.
Art. 26.° Haverá supplentes, que serão chamados pela ordem numérica dos votos,
na falta ou impedimento dos proprietarios.
Art. 27.° O director impedido dará parte á direcção do seu impedimento, e quando este
exceder a trinta dias será chamado o supplente.
Art. 28.° Todo o accionista póde ser eleito director, mas para poder entrar em exer-
cicio, deverá depositar nos cofres da companhia trinta acções, que serão inalienaveis em-
quanto durar a sua commissão, e só lhe serão entregues depois de haver obtido a qui-
tação da sua gerencia.
| unico. Os supplentes ficam igualmente sujeitos á caução e deposito que prescreve
este artigo, quando forem chamados para supprir a falta ou impedimento dos directores.
Art. 29.° A eleição da direcção será feita annualmente, e renova-se por um terço do
numero de seus membros.
| unico. Um dos membros da ultima direcção, pelo menos, deverá ser reeleito. Ne-
nhum director poderá servir por mais de tres annos consecutivos.
Art. 30.° Se, procedendo-se á eleição para cumprimento do artigo antecedente, não
for reeleito nenhum dos directores da ultima direcção, considerar-se-hão eleitos sómente
os dois accionistas mais votados, e proceder-se-ha a um escrutínio forçado entre os tres
directores para preencher a direcção.
Art. 31.° Não podem ser, ao mesmo tempo, directores os ascendentes com os des-
cendentes, nem dois ou mais irmãos ou cunhados, nem dois ou mais membros da mesma
firma commercial.
Art. 32.° A direcção receberá 5 por cento dos lucros líquidos da companhia, realisa-
dos no anno social, os quaes serão divididos pelos directores conforme entre si concor-
darem. Se não houver lucros, ou estes não chegarem a perfazer o vencimento annual de
30 de agosto 1865

500$000 réis a cada um dos directores, será a differença preenchida, no todo ou em


parte, pela caixa da companhia.
§ unico. Os supplentes receberão a sua quota parte em proporção do tempo que ser-
virem.
Art. 33.° Nenhum acto da gerencia da companhia será valioso sem que seja assignado
pelo menos por dois directores.
Art. 34.° A direcção poderá estabelecer no continente do reino, e fóra d'elle, as de-
legações que parecerem convenientes, ficando comtudo a sua confirmação, dependente da
assembléa geral.
Art. 35.° As decisões da direcção serão tomadas por maioria dos volantes, e o dire-
ctor vencido poderá declarar e motivar o seu voto na acta das sessões.
Art. 36.° Todos os directores assignarão o relatorio annual da sua gerencia, e n'elle
mencionarão as occorrencias mais notáveis que tiverem tido logar no anno findo, concluido
com as observações que parecerem proveitosas á prosperidade da companhia, e com a
proposta do dividendo.
Art. 37.° Alem da gerencia de todos os negocios da companhia, é mais da competen-
cia da direcção :
1.° Prover á boa administração da companhia, de conformidade com os estatutos e
deliberações da assembléa geral:
2.° Nomear, suspender e demittir os empregados, e propor á assembléa geral os or-
denados que deverão vencer;
3.° Fiscalisar os relatorios e mais documentos, pelos quaes se provem os sinistros acon-
tecidos aos objectos segurados, evitando quanto seja possivel toda a contestação com os
segurados;
4.° Conservar preenchido o fundo social em caixa, nos termos do artigo 6.°;
Ter uma escripturação clara e em dia por partidas dobradas, segundo os melhores
methodos.
CAPITULO VI
Disposições geraes
Art. 38.° A direcção fará os regulamentos necessarios para a execução d'esles estatu-
tos, e os submetterá ao exame e approvação da assembléa geral.
Art. 39.° Não poderão accumular-se os cargos da assembléa geral com os da direcção.
Art. 40.° Haverá um fundo de reserva, que será votado pela assembléa geral, sobre
proposta da direcção, da commissão de exame de contas, ou de qualquer accionista, quando
os interesses da companhia o permittam.
Art. 41.° Se em qualquer eleição houver igualdade d e v o t o s , preferirá o accionista
que tiver maior numero de acções, e se este for tambem igual, prefere o mais velho.
Art. 42.° Qualquer alteração ou reforma dos presentes estatutos não terá effeito sem
a annuencia de accionistas que representem dois terços do capital da companhia, e sub-
sequente approvação do governo.
Lisboa, e sala das sessões da assembléa geral da companhia Bonança, aos 7 de dezem-
bro de 1 8 6 4 . = 0 conselheiro presidente da assembléa geral, João Bebello da Costa Ca-
bral=O secretario, Joaquim Eugénio Lartigue=0 secretario, Antonio José Rodrigues
Leitão.
E trasladados fielmente os ditos estatutos, e assim reduzidos a escriptura publica, os
concertei com os proprios, que me foram apresentados no proprio autographo, escripto
em papel com o sêllo de 40 réis, rubricado pelo presidente, e assignado pelos membros
da mesa da assembléa geral, o qual autographo, a que me reporto, tornei a entregar por
me ser pedido. Assim o disseram, outorgaram e aceitaram, e se obrigam a cumprir, e em
testemunho de verdade assignam com as testemunhas presentes, Tilippe Thomás Far-
nezi de Carvalho Sotto Maior e Francisco Máximo Telles, meus amanuenses, moradores
na calçada de Sanl'Anna n.° 199, freguezia de Nossa Senhora da Penna, depois de ser a
todos lida esta escriptura 'por mim Manuel Augusto de Moraes da Silva, tabellião que a es-
crevi. D'esta 6$000 réis. — João Rebollo da Costa Cabral, como presidente ,da assembléa
geral da companhia Bonança = Joaquim Eugénio Lartigue, secretario da assembléa geral
—Antonio José Rodrigues Leitão, secretario da assembléa g e r a \ = F i l i p p e Thomás Far-
nezi de Carvalho Sotto Maior—Francisco Máximo Telles.
E eu, Manuel Augusto de-Moraes da Silva, tabellião publico de notas na cidadé de Lis-
boa por Sua Magestade Fidelissima, que Deus guarde, este instrumento fiz,trasladar de
142
m 1865 4 lie outubro

minha riòta, a que me reporto, e o subscrevi, numerei, rubriquei e assigno em píiblico e


razo.
' Em' testemunho dè v e r d a d e . = 0 tabellião, Manuel Augusto de Moraes da Silva.
Paço, em 30 de agosto de 1865.—Carlos Bento da Silva, d . d e L . n.° 259, d e i s d e i U t .

' MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA
1.* REPARTIÇÃO
:
Foi presente a Sua Magestade El-Rei o officio de 12 de julho ultimo, em que o gover-
nador civil de Ponta Delgada pede, por solicitação do administrador do concelho da capital
daquelle districto, que se resolva superiormente a duvida offerecida na commissão do re-
cènseamento eleitoral do mesmo concelho no corrente anno, sobre se devem oú não ser
inscriptos como eleitores e elegíveis os cidadãos que têem o rendimento marcado, na lei
pard êssè fim,'quando tal rendimento for possuído a titulo de alimento.
Considerando Sua Magestade que o artigo 27.° do decreto de 30 de setembro de 1852,
Bm que estão consignadas as regras necessarias para a verificação do censo exi"gido nos
artigos 65.° § 5.°, e 68.° § 1 d a carta constitucional da monarchia, e nos artigos 5.°, ri.01
e 7.°, n.° 2l° do acto addicional como base da capacidade eleitoral, activa e passiva, co-
meça por determinar que as commissões encarregadas do recenseamento se sirvam pará
a dita verificação do lançamento dos impostos;
Considerando que é este o meio pratico de verificar se qualquer cidadão possue ou
não em bens de raiz, capitaes, commercio ou industria, o rendimento necessário para ser
inscripto como eleitor ou elegível;
Considerando que as demais regras são todas subordinadas a este principio fundamen-
tal, inapplicavel somente nos casos expressamente exceptuados na lei;
Considerando finalmente, que em nenhum d'esses casos estão comprehendidos os ali-
mentos, para que, apesar de isentos de contribuições, possam ser computados para o censo
nos termos do n.° 12.° do citado artigo 27.° do decreto eleitoral; e
Conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procurador geral da corôa
junto dò ministerio do reino:
Ha por bem mandar declarar ao governador civil do districto de Ponta Delgada, que
as commissões recenseadoras não devem attender para o computo do censo eleitoral o ren-
dimento que tiver a natureza de alimentos, e determina que o mesmo magistrado admi-
nistrativo assim o faça constar ao administrador do concelho de Ponta Delgada, por quem
fôra proposta a duvida de. que se trata, recommendando-lhe que na hypothese de que a
commissão respectiva venha a seguir outra doutrina, elle recorra para os tribunaes, por
ser esse o unico meio legal de resolver definitivamente a mesma duvida. ,
Páço,: em 30 de setembro de 1 8 6 5 J o a q u i m Antonio de Aguiar.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVÍL


3.« REPARTIÇÃO — 2 . " SECÇÃO

Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o officio e m qoe,o
•governador civil de Santarem consulta sobre a providencia que deva tomar-se no caso de
se reger alguma misericordia pelo compromisso da de Lisboa, no qual é expresso que o
provedor será fidalgo, e de não haver entre os irmãos pessoa com esta qualidade, a quem
possa Confiar-se o governo; e Sua Magestade, conformando-se com o parecer do ajudante
do procurador geral da corôa junto d'este ministerio, manda declarar ao governador civil
qué a providencia radical a tomar é insinuar ás misericórdias que se regem pelo compro-
misso da de Lisboa, a conveniencia de organisar compromissos novos, nos quaes se sup-
primam esta e outras disposições inconvenientes que se encontram no compromisso da de
Lisboa, o qual, na maxima parte dos seus capítulos, não está já accommodado ás necessir
dades do tempo presente. Como porém esta providencia é morosa, e por outro lado não
seja rasoavel admittir que a falta de pessoa nobre com os predicados para desempenhar o
7 dè ontnbro 1865 571
cargo de provedor seja motivo bastante para deixar de fazer-se a eleição das mesas na
epocha ordinaria, o que equivaleria a afastar das condições normaes estes importantes es-
tabelecimentos por força de uma circumstancia manifestamente insignificante para a boa
administração d'elles: determina Sua Magestade que todas as vezes que se der impossibi-
lidade de cumprir o alludido preceito do compromisso da misericordia dè Lisboa, põr não
haver pessoa nobré que possa ser escolhida, ou queira aceitar o cargo de provedor, se te-
nham por elegíveis quaesquer irmãos que, independentemente daquella qualidade, reunam
as outras necessarias para o serviço de que se trata.
Paço, em 4 de outubro de Joaquim Antonio de Aguiar.

3." REPARTIÇÃO — 1." SECÇÃO


1
A Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, foi presente o orçamento do con-
celho do Porto, para o anno economico corrente, orçamento mandado reformar pela por-
taria de 19 de maio ultimo; e havendo-se reconhecido que a emenda que se fez n'este do-
cumento não satisfaz ás indicações transmittidas á camara daquella portaria, e que O or-
çamento, se fosse approvado tal qual está, traria graves embaraços á gerencia do segundo
cóncelho do reino: manda o mesmo augusto senhor devolver de novo o orçamento á ca-
mara, e chamar a attenção d'ella sobre a necessidade de o reformar ainda, e de equilibrar
á receita com a despeza, equilíbrio que é apenas apparente no orçamento reprovado.
Pela portaria citada disse-se á camara, que era mister reparara omissão que se notava
ho primitivo orçamento, no qual se não attendia aos encargos do emprestimo levantado
em virtude da auctorisação dada na lei de 5 de maio de 1865. A camara reconheceu a
justeza d'esta indicação, e satisfez a ella, incluindo na despeza a importancia do jiiro e
amortisação dó empréstimo a pagar no anno economico corrente, e elevando a cifra do
rendimento sobre o consumo do vinho de 32:000^000 réis a 36:000^000 réis, e a dá rè-
ceita eventual de 3:000$000 réis a 6:000$000 réis.
Como a boa rasão persuade que na ávaliação dos rendimentos nos orçamentos muni-
cipaes se sigam as regras prescriptas para os orçamentos do estado, isto é, que os'rendi-
mentos se avaliem pelo termo medio do que produziram nos ultimos tres annos; e devendo
presumir-se que a camara municipal do Porto se não esqueceria d'estas regrás, pediu-se
a conta da importancia do que nos tres ultimos annos economicos anteriores produziram
os rendimentos cuja cifra se augmentou, para se ver por ella se era justificado o augmento,
e do exame d'esse documento verifica-se: que não só é exagerado o rendimento da re-
ceita eventual e o do consumo sobre o vinho descripto no ultimo orçamento, mas que já
o era mesmo nó primitivo; que o augmento rfestas verbas, feito pela camara no orçamento
reformado, não assenta em base alguma, e que o equilíbrio que d'esse augmento resulta
é apenas nominal, existindo na realidade um deficit de mais de 10:000^000 réis.
Ora sendo expresso no artigo 148.° do codigo administrativo que nenhum orçamento
municipal seja approvado com deficit, e não podendo ter-se como satisfeito o preceito da
lei, quando, para se cobrir o deficit, se exageram inconvenientemente as receitas, fica fóra
de duvida a impossibilidade legal de ser approvado o novo orçamento da camara do Porto.
Quanto ao logar de cobrador não são tambem procedentes as rasões da camara., O co-
digo administrativo no artigo 177.° veda formalmente que nos concelhos exista algum em-
pregado encarregado da cobrança das rendas do concelho que não seja o respectivo the-
soureiro, e,contra este preceito formal da lei, cuja execução tem sido recommendada em
numerosos diplomas do governo e em accordãos repetidos do tribunal de contas, não po-
dem prevalecer as fracas allegações da camara.
É inadmissivel que o cobrador se considere como fazendo parte dos guardas e rece-
bedores fiscaes encarregados da cobrança ás portas dos direitos de consumo, quando na
realidade nem faz parte d'esse corpo, nem exerce as funcções d'elle.
>E inadmissivel a existencia d'esse empregado a titulo de ir cobrar pelas barreiras os
impostos que ahi deixam de pagar-se, como se diz no orçamento, não só porque essa falta
de pagamento se não póde dar sem violação da lei de 25 de fevereiro de 1861, abuso que
a camara não póde nem deve auctorisar, mas porque dada a falta de pagamento, cumpria
ao thesoureiro solicita-lo por si ou por seus propostos, porque as suas funcções não se re-
duzem a receber o dinheiro que lhe levam á thesouraria, mas estendem-se tambem a pro-
mover a cobrança, como os recebedores fiscaes, doutrina que se deduz dó artigo 160i° do
codigo administrativo.
5.72 1865 19 de outubro

Quanto ao logar de almoxarife, em vista das explicações da camara, não ha duvida em


conserva-lo, porque não ha disposição de lei que a isso se opponha.
Não podendo haver boa administração municipal com um orçamento mal organisado,
e sendo este acto um dos mais importantes commettidos ás camaras, especialmente nos
grandes concelhos, espera Sua Magestade que a camara municipal do Porto, convencida,
como sem duvida está, d'estas verdades, procurará corrigir os defeitos apontados, por
fórma que a futura camara não encontre embaraços que tornem difficil a sua adminis-
tração. -
Paço, em 7 de outubro de 1865.:=Joaquim Antonio de Aguiar.

Tendo a camara municipal de Boticas resistido formalmente ás ordens do governador


civil de Villa Real, deixando de entregar no cofre do districto o saldo de 2:3240663 réis
que devia haver em caixa, para amortisar com elle parte da divida de 7:4640505 réis
que tem ao mesmo cofre, proveniente de quotas para os expostos, e ordenado até por
mais de uma vez ao seu thesoureiro que não cumprisse o mandado que o governador ci-
vil, por virtude da faculdade que lhe dá o artigo 157.° § 1.° do codigo administrativo,
expediu sobre o mesmo thesoureiro para a entrega daquella quantia; verificando-se de-
pois pelo balanço dado ao cofre da camara, por determinação do governador civil, que de-
vendo existir n'elle 3:3640979 réis, não havia no cofre quantia alguma, e que o dinheiro
do concelho tinha sido desviado da sua legal applicação: hei por bem, em nome d'El-Rei,
dissolver a camara municipal de Boticas, e ordenar que se proceda a nova eleição dentro
de trinta dias, nos termos do artigo 107.° do codigo administrativo.
O ministro e secretario d'estado dos negocios do reino assim o tenha entendido e faça
executar. Paço das Necessidades, em 7 de outubro de 1 8 6 5 . = R E I , R e g e n t e . = J o a q u i m
Antonio de Aguiar. d. Ae L. „.» 23i, de 12 de out.

Foi presente a Sua Magestade El-Rei, regente em nome do Rei, a representação da ca-
mara municipal de Bragp, ácerca do orçamento do concelho para o anno economico cor-
rente, e bem assim o officio em que o governador civil do districto, apoiando aquella re-
presentação, pede tambem que o orçamento seja approvado independentemente das cor-
recções ordenadas em portaria de 8 de agosto ultimo.
Comquanto seja das intenções do governo coadjuvar as camaras no exercicio das suas
importantes funcções, e facilitar-lhes em vez de tolher-lhes a sua acção beneflca, não póde *
todavia o governo desviar-se das regras prescriptas nas leis, nem auctorisar o contrario do
que ellas prescrevem, sejam quaes forem os motivos que se adduzam, porque nenhuns ha
que possam antepor-se ás disposições legislativas.
A representação da camara versa principalmente sobre tres pontos:
1.° Djspensa de inserir no orçamento municipal a dotação das estradas;
2.° Approvação dos impostos indirectos como se achavam nos ultimos orçamentos;
3.° Adiamento da conclusão do tribunal judicial para o tempo em que for auctorisado
o emprestimo que a camara destina para esta obra.
Pelo que toca ao primeiro assumpto da representação, basta que a camara tenha pre-
sente a disposição terminante e expressa do artigo 9.° da lei de 6 de junho de 1864, para
reconhecer logo a impossibilidade legal de ser deferida n'esta parte a sua representação.
A lei citada,.ordenando que se não approve orçamento algum sem que n'elle venha a
dotação das estradas, não torna o cumprimento d'este preceito dependente de alguma for-
malidade ou circumstancia, e ainda menos de que se ache concluido o plano geral das es-
tradas; e tanto basta para que o governo não possa adiar a execução da lei e faze-la su-
bordinada a actos que o legislador não teve em vista.
Haveria mesmo manifesto desaccordo com a intenção da lei, se fosse attendida a repre-
sentação da camara, poisque se espaçaria por muito tempo a observação de um preceito
que a lei fez de immediata execução, no intuito de colligir fundos, que podessem ser em-
pregados logoque o plano das estradas fosse approvado, e de fazer sentir praticamente aos
povos os resultados beneficos da lei citada.
Acresce a isto, que em portaria de 8 de julho do anno corrente, publicada no Diario
de Lisboa n.° 152 de 11 de julho, se ordenou ao governador civil do Porto que fizesse cum-
prir a disposição do artigo 9.° da lei de 6 de junho de 1864. e seria um facto anormal.que
í

20 de outubro 1865

ò governo fizesse cumprir a lei nò districto do Porto, e dispensasse da Stía ! eiecuçãono de


Braga,, admittindo ainda que a dispensa das leis fosse uma faculdade legando governo. - ;
,' 0uanto ao segundo assumpto, a camara foi prevenida com antecipação' de mais dè um
anno,' de que o governo, julgando injusta e inconveniente a aggravação dos impôstos 1 indi-
rectos, que no anno passado a camara fez, não a approvada no orçamento e P í r e n t e . ! 1 ! •
Sè ha pois dilficuldades e embaraços na gerencia da camara, prPVém d'ellá'que não
deu attenção aos avisos reiterados do governo sobre o mau systema dè irripoistós adôÇtado
em Braga. A rasão dada pela camara, de que a contribuição directa é odiosà é inadmissí-
vel, ou porque ê produzida por quem tem interesse em não contribuir; pára as dés^ezas
municipaes, ou porque, admittida ella, conduziria forçosamente á suppressãO das contri-
buições directas de repartição, absurdo que está por certo longe daSidéas da camaírKi'111
.Dando-se porém n'este anno as mesmas circumstancias do anno antecedente, iãtb-éi
não tendo sido approvado antes do começo do anno economico o orçaiíiénfo-dO' conèfelho,
e devendo trazer a modificação do systema de impostos graves perturbações á administra-
ção da camara, se tivesse de ser feita quasi no fim do 1.° semestre do anno corrente:
Sua Magestade approva ainda por esta vez a deliberação da camara, prevenindo-a de
novo de que é mister prover no futuro orçamento a que Os impostos indirectos voltem á
cifra do orçamento de 1863-1864.
Quanto ao terceiro assumpto, não póde ser attendida a reclamação da camara, não só
porque as leis não permittem que se façam despezas facultativas quá'ndb'não são satisfei-
tas as obrigatórias, como é a da casa do tribunal; mas porque, havendo 1 ó 'ministerio'da
justiça reclamado contra a interrupção da acção da justiça em Bragaj ihtei+bp^ão !<}tiè
muitas vezes se dá por falta de casa para o tribunal, seria de uma alta inòtihvehíéfrciá^não
prover a esta primeira e indeclinável necessidade dos povos, e permittir no''èrtttbtSflfd'des-
pezas com passeios e jardins, ou com outros embelezamentos uteis,' mas dis^ènsave®. 1 ^
. Q expediente do emprestimo a'que'a camara se soccorre não pódè seràdítíiítidt^tóíb
,só porque P emprestimo não está auctorisado e ã despeza com o t n b u n á P è ^ ^ t í t é P f i i à s
porque propondo a camara, para garantia dó emprestimo futuro, impostcis tjueí estã^EÍ 1 -
ptivos até 1869 e que não podem ser desviados da sua applicação sém dtiêèrâ dâ 1 fèfl^íí-
blica, não póde esse projectado emprestimo merecer a approvação'dós qiodéPés ptlbticos.
Por estas considerações, manda El-Rei devolver de novo ao governador civil de Braga
o orçamento d'este concelho para o anno economico corrente, a fim de que o referido ma-
gistrado o faça reformar nos termos d'esta portaria.
Paço, em 19 de outubro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
_ '••<'' li-- - i»-i.. •,r>vtiAi

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA °


l. s REPARTIÇÃO i.i,: ;
. .;-n>,

Foi presente a Sua Magestade El-Rei Regente o officio do governador ciVil db' díStW^ò
de Lisboa, de 22 de agosto ultimo, acompanhado da copia de ontro que líí& dilfigírá^d^l1-
ministrador do concelho de Cintra com o resultado da investigação à q t í é prpcèdêrá^érra
conhecer das inexactidões e irregularidades, que em um protesto que lhe^Ôí0prèáentado
contra a validade da recente eleição de um deputado pelo circulo n. 0 109,'Cintra, sfe!W-
ziam commettidas nâ ultima revisão do recenseamento politico d'aquelle 'conéelhó. l i -
gando o mencionado administrador de concelho necessaria a adopção de providenciai ffáík
que os actos das proximas eleições municipaes nãó soffram ali transtorno, riém provòáuem
novos protestos e desintelligencias; e " '•<-"""•''
.. Considerando o mesmo augusto senhor que as irregularidades á que se áíludè d í i M
respeito, umas aos actos propriamente eleitoraes, outras á organisação e revisão dô feeeh'-
spamento; •'.'"'. './': ' ' '"' '' 1
. Considerando que das primeiras tomou já conhecimento a junta preparatoria da ca-
mara dos senhores deputados, nos termos do artigo 103.° do decreto d e 3 0 ' dè èétémbirô
! u
de 1852, julgando-as improcedentes e approvando a eleição; ' , / , .''"i'
'Considerando que das segundas deveriam conhecer os tribuna és jbâiciaès,; ná cÒnfBr-
midade do mesmo decreto, se em tempo os interessados ho u vessèfti ihterjtósfcl ós'recursos
competentes;
Considerando que quaesquer que sejam as omissões ou defeitos que hoje possam en-
contrar-se no recenseamento arguido, é certo estar elle definitivamente concluido, tendo
143
dg o u t o n o

p&adfí-rôKb julgado iíoda^ gs (c|eljberaçõ^ da commissão reçenseado.r^.pelarfal,ta(d.e jnter-


positfãQ de recursos; e \ • ' ' " ' ' " ' " ' " 1
i.íu flOBformando-soxom O parecer do
jiteíiP^m|ieM!ej?ÍQ cío reino, manda;Si
clarar.açi^^rnadQr,.civil de, Lisboa, para QS effeitos . d e y i U õ s : ' .'.,',!,' ''.'!.
A i 1»° Qfie o ^ctjíaiijiecenseamento do concelho de Çipi,ra (em ^
jfazendW§e Ror elle iodadas eleições que eiHret^ntdlióuvereín dáíe^íogar,
4QitfèBm P disposto epiaríígo-18.°;| unico q.a. 1 ei;d'e de novembro de. '
ou cpntravençõ^ ,què, ò
j6ÍBÍS# ^ t e s d e rijavgrem sido çómniettidos p^òr, ocçasiaçi;1da r^visãp do jpe^censéánieritq,
cuiQfH$í>%f$l|e magistrado remetter ao podér 'judicia),.os documentos. qué. os pròVem j M a
: :
/jsíiínjslegaes.. ; i;. . ' .. . , . " '
t oiíl^360; d?S.Nece^i,dades, em ,20 de outubro de l8Q$.^JpçiquimAntonio ãe 'Àp^ar.
•fjJsiaiíiib:. h ->.- • ,:'..-. ^ ^ . ,, i'.

,. ... , . .., •• - , r , . ...... , ' (• :••••• . •:.-/. r.H


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRARÃO CI\1L
3. a REPARTIÇÃO — l . 1 SECÇÃO ' iV ,,
OKíi .;;Í<;Í?Í;;> n h - ,A . .i •
-ielgSft? Magestade £l r Rei, Regente em nome do Rei, manda declarar ao governador civil

dó,'çónpeího voluntariamente oTjl^js^jn^áV^^rapplicáflà


§Q?jQ^^_s.copceíh,ips, e sem pefigd para çíles, do importo da 'dú pfièn^aó' pôr^Vjrt ijidê: íí a
di^OÊj.çlgidã lei de 6. de junho de Í8G.4; què não ha jqcónveiii.ente algum,1!arSt!è^ iíianifésla
j ^ i d s d f t f i f f l qoe,a camara aceite o offerecimento dos povos, não 'sendo para témer'íi dirpiícá-
í ^ d q i j { n p o § t p , j vislo, o estado' de adiantamento do.gnno economico è ò ât^rázo^eni^qúe se
- a ^ i u í ç v q i j t a m e n t ó do plano jdas.entradas, e qúè estp imposto caduca ft^B1 sehdB^xi^Ído
;
eíppomiQO a qpe respeita. _ '
.203!Rft^'í§ffl,ÍQ ^ putubrõ d e , 1 8 6 ^ . — ^ ó á q ú i m Antonio de Aguiar: ''," ';
>?.}i--iH ob li/h r-.i-.í-fí-íc--• c- • • ' , • • ; • . • •..• .:•• . .

:
3.»REPARTIÇÃO —3,".SECÇÃO • •>. ! " } i i ": «

Sua Magestade El-Rei. Regente em nome'do Rei, tomou conhecimento'db officio do


governador civil do Funchal, no qual elle participa ter-apparecido no concelho de Porto
Moniz uma epidemia de cholerina, em resultado da qual haviam sido atacadas cento e
trinta-pessoas, d^.uqe guatro.faljeceram: e vendo-se d'esse officio que a molestia que se
manifestára tambewnoV'éofrcettM tfé' Sàftt^AntM; S:*Viiiôhte' e 'Fumíbal, aindaque com
menos intensidade, se póde considerarextineta, nenhuma providencia ha a tomar senão a
e aceiq nas povoações, o removimento de focos de infecção, e
t ^ f o i ^ â ^ j j í d p . h y g i s o e , poisque,é principalmente ! á pouca attenção qiiè ( á fiy^èn ( e se
f Revidas estas epidemias .Iqçaes. ""
indicado, çommunica tambem o governador civil que suspéndêra o
concelho de, por ia jMOniz ido; exercicio das suas funcções, porque residia
j p ^ ^ e f i á . ] | p . p ó h c , e í h 0 a umà' Içgíià.de distância, e porque eçte magistrado nãó estava

u , 0 wSjq^ r Ma§9stade
m q u ' q q e . o governador civil tenha tolerado a residencia do adminis-
trador ao concelho fóra da sédè d^èktè,' facto dè què nao podiam deixar de pro vir incóh-
mifPêmw
imw&rn
nao tenha ei]
!
sif-

no mti-.Ho.-í -iod :.IÍJ. :r.oJ.">j-'-b í^í.mo í: mr-há -•••)> -iM^.^riGJuri ohiK jí-bi-aolí
38 (je putubro 1865 575

,. Constando por officio do ministerio da justiça que o facultativQ de partido da villa de


Celorico de Basto se acha quasi impossibilitado de «xercer a clinica por effeito de padeci-
mentos chronicos graves, e que por esta mesma rasão nem póde fazer a <visita das cadeias,
nem assistir aos corpos de delicto e a outras diligencias judiciaes, o quecâusaigrátade trans-
torno á administração da justiça; e impondo o codigo administrativo no artigò n.°1! 1
ás camaras a obrigação de prover ao serviço medico do concelho, porfórmáíque nètij aos
povos faltem os soccorros clínicos indispensaveis, nem ás auctoridades administrativas e
ju4íçijiiçs as. informações technicas de que.carecerem: manda Sua Magestade ElMRel-Re-
garajlp em nqme.dp,Rei:que o governador eiyil de Braga lembre ácarriaraa necêSsidade dô
substituir.^facultativo impossibilitado por outro que possa sa tisfazer ás obrigações dó
parido, concebendo aquelle alguma pensão alimenticia, se elle houver prestado ao conce-
lho serviços taes que tornem justa esta mercê. , . Í; •
^•MiSjia Magestade recommenda este assumpto á especial attenção do governador-civil,
que'dará oppprtunamente conta, por este ministerio, do resultado d'est;a ordem.
- Paço, em 27 dp outubro de 1865.=Joaquim Antonio de Aguiar.

:" MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA


tíei por bem, pm nome de El-Rei, approvar o regulamento do corpo do estado njaior,
dt|§' tae foi proposto,pelo general de brigada, commandante do m e s ^ p .corpo,, e que,faz
partô'd'este decreto e vae assignado pelo ministro e secretario destadp, interino, .^os pp-
gtícfós da "rnárinhá e uitramar, encarregado da pasta dos negocios dá guerra ^açántei,'
pedimento do respectivo ministro.
O ministro e secretario d'estado interino assim o tenha entendido e faça executar.
Paço, 28 de outubro de 1865.=REI, Regente.=Visconde da Praia., (grande.,,. a.,..fl

«. ,1:1. , , Regulamento do corpo do estado maior


, ' . ,. CAPITULO I I.':
-j... ••. ./,, i C p n y j ó s j ç ã o do corpo do estado maior •••.;.•'• •-."••! < i ;
Artigo 1 O corpo do estado maior compõe-se de um general commandante e do'se-
jgbiplte qtíádro: ' ; ' ' ,
Coronéis 4 Ca pitães t. 20
Jçpentes corpnei§.;. , . , 5 Secretario , . *. ... i . ; ; ; . : . 1
5 Archivista.. . .v^ .•.^,;>.u>:•.l
(Carta de lei dp^3;de junho de 1864.) ; '
!
"' CAPITULO II
. Serviço a q u e é destinado

( A r t . 2.° Os officiaes do corpo do estado maior serão empregados:.


/''' "l1.0 Eni chefes é sub-chefes do estado maior dos corpos do exerci to,, e das divisões «m
tçmpp de guerra, é em tempo de paz, e em majores de brigada tanto em um como no
otífrò caso; , ,
Nos reconhecimentos militares, exercicios technicos e nos.çampos de,instrucção e
tíianbbrà:; ^ ['. . ....;.'•:••• ..««i'>»jr<-.{
*'' 'o'. 4 ' Na commissão de aperfeiçoamento dq. serviços .do çprpo; , , . ; .
4, 0 Na secretaria dfi,guerra; : . .. ,, : , , ; . / . ".".
,Etó ! adjtíptos nos quarteis generaes dos .corpos ,de e.xercitt)j ^nop ,das4lwsQes(çaÍT,
MiMs. derifaqobraloú operações; Í/ . >>• •
j6.°'lVo.'archivo milíiàr; ,, , . ; ,-m-. • o...•;: •
,' 7.° Em eÓ^$itè§õe.Sj,especiaes eip 1 paizes estrangeiros como addídpgág
ftígílézás; e êmí missões diplomáticas; " ; , . .; ... .... „ i ; „ r .
^ ^sf^ta^a.do.j^^^âp^o.çfírpoi, ... . . : ,•. u-,.. n ,<j ,;•}/.
5.72
1865 19 de outubro

§ unico. Será sempre chefe do estado maior do corpo um official superior do mesmo.
Art. 3.° Poderão ser empregados com preferencia:
1.° Na secretaria do commando em chefe, quando o houver;
Em ajudantes de campo dos generaes;
3.° Em trabalhos-topographicos e photographicos militares,
• Art. 4.° Poderão ser empregados:
1
1.° No instituto geographico;
2.° Quando o commandante em chefe de um exercito ou corpo de exercito em ope-
rações tiver de mandar parlamentarios ao exercito inimigo, tiver de nomear agentes para
tratar de armistícios, troca de prisioneiros, preliminares de paz e outras commissões;
3.° Finalmente em todas as commissões especiaes do serviço para que forem aptos
em consequência das suas habilitações scientificas.
. Art. 5.° Aos officiaes nomeados para commissões especiaes serão fornecidas pelo
commando do corpo as necessarias instrucções, e bem assim os instrumentos, cartas e
mais auxiliares para bom desempenho do serviço de que forem encarregados.
§ unico. Quando no deposito de instrumentos do corpo não houver os que forem pre-
cisos para as differentes commissões serão estes fornecidos pelo ministerio da guerra, pre-
cedendo requisição do general commandante.
Art. 6.° Os officiaes do corpo do estado maior ficam sempre sujeitos ao general seu
commandante, qualquer que seja a situação em que se acharem, e lhe darão conta, não só
dos trabalhos scientificos de que forem incumbidos, como do local da sua residencia.
Art. 7.° Dado o caso de neutralidade de Portugal, quando succeda haver guerra entre
duas: óu mais nações, os officiaes do corpo do estado maior serão de preferencia escolhi:
dos para nos respectivos estados maiores dos exercitos em campanha estudarem as opera-
ções de guerra.
CAPITULO III
[Deveres dos officiaes do corpo do estado maior empregados no serviço dos diversos
estados maiores, tanto em tempo de guerra como no de paz

Art. 8.° O chefe do estado maior de uma divisão militar territorial é o encarregado
da execução de todo o serviço; como tal ê o intermedio entre o general que commanda a
divisão, e todos os seus subordinados; as ordens portanto que forem dadas pelo chefe do
estado maior em nome do commandante da divisão serão consideradas como proprias d'este
general. É pois da competencia do chefe do estado maior de uma divisão militar terri-
torial:
1.° Dirigir os trabalhos do expediente da secretaria da divisão, na conformidade do
respectivo regulamento, e ao mesmo tempo expedir as ordens do general sobrè todo o
serviço, militar;
2.° Determinar, segundo as disposições do commandante da divisão^ o serviço das
guarnições, transmittir as instrucções aos commandantes das forças destacadas ou em di-
ligencia, e a quaesquer individuos encarregados de commissões especiaes;
3. a Distribuir o santo, senha e contrasenha á guarnição do ponto onde estiver o quar-
tel general ;
4.° Elaborar memorias sobre a defensa do territorio da divisão e projectos relativos
ás posições por elle reconhecidas ou por outros officiaes' para esse fim commissionados,
trabalhos estes que devem ser remettidos ao governo ou ao commandante em chef e, quan-
do o houver, e enviada uma copia ao commandante do corpo do estado maior;
5.° Commetter ao sub-chefe do estado maior trabalhos analogos aos indicados no nu-
mero antecedente;
6.° Estudar quaes as localidades máis vantajosas no districto da divisão para o estabe-
lecimento de depositos e hospitaes, recursos que podem prestar e meios de communica-
ção, segundo as hypotheses prováveis da guerra;
7." Acompanhar o commandante da divisão, quando elle assim o exigir, em todos os
actòs do serviço, especialmente nas revistas e inspecções aos corpos, praças de guerra e
estabelecimentos da sua dependencia, bem como assistir aos campos de instrucção; •
8.° Exercer finalmente dentro do respectivo districto todas as attribuições do chefe
do estado maior de uma divisão de exercito, cumulativamente com as que são indicadas
nos números antecedentes.
Art. 9.° O sub-chefe do estado maior é o immediato ao respectivo chefe do estado
14 de novembro 1865 577

maior, ao qual auxiliará no desempenho.das attribuições que a este competem, e de mais


executará qualquer outro serviço de que convenha ser encarregado.
Art. ÍO.° O major de brigada é o chefe do estado maior da respectiva brigada, e como
tal lhe competem as attribuições assignadas ao chefe do estado maior de uma divisão na
parte que lhe respeitar.
Art. I I . 0 Os ajudantes de campo são immediatamente subordinados aos generaes com
quem servirem para o fim de transmittir directa e promptamente quaesquer determina-
ções dos mesmos generaes, cujo nome sempre invocarão, quer estas tenham de ser dadas
verbalmente ou por escripto.
Art. 12.° Acompanharão os generaes em todos os actos de serviço, e poderão por elles
ser empregados em commissões especiaes, e bem assim no expediente dos respectivos com-
mandos, quando os ditos generaes assim o julgarem conveniente. '
Art. 13.° O chefe do estado maior de um corpo de exercito em campanha é o encar-
regado de auxiliar o commandante em chefe do referido corpo em tudo o que diz respeito
ao importante e variado serviço do seu commando, preparando e apresentando ao general
todos os trabalhos que elle tem de examinar e resolver, para sobre elles communicar as
suas ordens, as quaes deve promptamente fazer executar, expedindo-as sempre em nome
do mesmo general. .' .
Cumpre-lhe portanto :
1 A s s i g n a r toda a correspondencia que não for reservada pelo mencionado general
para sua assignatura;
2.° Mandar proceder a reconhecimentos militares, á elaboração de mappas estatisticos
e itinerários, e quanto possivel de cartas militares dos districtos que tenham ou possam
vir a ter importancia na guerra, acompanhando tudo de memorias relativas;
3.° Vigiar a instrucção e disciplina das tropas, bem como providenciar sobre o forne-
cimento de munições de guerra e de bôca, forragens, e dos artigos de armamento, equi-
pamento, fardamento e todo o mais material de guerra;
4.° Dispor e dirigir as marchas dos corpos, segundo as ordens que recebe^ regulando
os pormenores da sua educação;
5.° Apresentar ao general os esclarecimentos necessarios sobre quaesquer propostas
que tiver de dirigir ao chefe superior ou ao governo;
6." Offerecer á sua consideração o systema que tiver por conveniente em relação á es-
colha das posições que devam ser occupadas pelas tropas, quer em acantonamentos, em
acampamentos ou bivac, e regular as disposições a tal respeito, conforme lhe tiver sido
determinado;
7.° Submetter, pela mesma fórma, o resultado das suas observações ácerca do esta-
belecimento de hospitaes militares, ambulancias, depositos de viveres, de munições de
recrutas, de convalescentes, e da remonta, bem como de officinas de campanha, tudo em
relação com as operações prováveis, e que se tiverem em vista ;
8.° Estabelecer e conferir as instrucções para o serviço dos postos avançados, desco-
bertas e partidas que saírem a forragear, prestando igualmente toda a attenção á segu-
rança da posta militar e das communicações telegraphicas, que porventura se emprega-
rem ou estabelecerem;
9.° Distribuir o santo, senha e contrasenha,. e a ordem do dia;
10.° Organisar e dirigir a policia secreta militar, para poder informar das circumstan-
cias do inimigo, dos abusos commettidos no exercito, do espirito e tendencia dos povos
em relação ás operações da guerra, e tudo quanto possa contribuir para o bom êxito dós
planos do general; •
' 11.® Devidamente auctorisado, dar instrucções'aos chefes do estado maior divisioná-
rios, mantendo com elles directa e continua correspondencia;
12.° Fornecer as precisas instrucções aos officiaes do estado maior encarregados de
fazer reconhecimentos militares ou de outras quaesquer commissões; ,
13.° Destinar e distribuir, por armas, as praças que tenham sido mandadas para pre-
encher as baixas dos corpos, e da mesma sorte os cavallos de remonta, bem como o far-
damento, equipamento, armamento e munições ou quaesquer outros artigos, tudo na con-
formidade das ordens que para esse effeito tiver recebido;
14.° Dispor e vigiar o embarque ou desembarque de tropas, a sua conducção, e bem
assim a do material de guerra e outros objectos, quer esta se faça por meio de transportes
maritimos, fluviaes ou por caminhos de ferro;
15.° Observar a influencia que podem ter nas operações de guerra, tanto em relação
144
1865 28 de outubr<>

á defensa como ao ataque, as linhas ferreas existentes dentro da area das mesmas opera-
ções, e segundo as circumstancias suggerir as precauções que julgar mais conveniántes;
16.° Visitar repetidas vezes os quarteis, acantonamentos, acampamentos1, prisões; hos-
pitaes e depósitos, para informar o general do que tiver observado, e muito principal-^
mente os pontos avançados, para verificar se o serviço é feito com o cuidado é regulari-
dade recommendada; P
17.° Auctorisar os pagamentos extraordinarios determinados pelo general;
1'8.° Auctorisar a satisfação das requisições de fardamento, equipamento, armamento,
munições de guerra e de bôca e transportes; '<• • ''»••
/Propor a nomeação de um. official, a quem pertença cuidar no alojamento do
quartel general e respectivos empregados;
20.° Antecipar as providencias sobre quaesquer meios precisos para o bom exitò dô'
plano ou empreza que o general tiver em vista executar; •-
:
21.* Communicar ao official chefe de engenheiros junto ao corpo do exercito as» or-
dens relativas aos pontos que; hão de ser fortificados, e objecto ou objectos da forti®caç3©,-
e a fOÊça de homens e artilheria com que serão guarnecidas aS obras; o mesfrio terá logar
á'»BSpeitG de>ífuaesquer outros trabalhos de serviço d'estas armas que forem necessarios;
22.° Observar os trabalhos de sitio, das praças de guerra e cidades fortificadas-/«om--
municando aos chefes de engenheria e de artilheria do mencionado corpo ide exercito o
jbensâmento do general sobre o modo da.execução das suas ordens nás 'diffierentès hypo-
theses a que for preciso attender; r : , ..
Adiantar-se nas marchas, ou mandar os seus adjuntos para reconheteerétn d ter-
reno que tiver de Ser occupado, quer passageiramente, quer por maior intervallo de tém-'
po, fazendo levantar á simples vistá um esboço do terreno em que serão indicadas ás col-
locado es dos corpos, postos de segurança e de policia, do quartel general, parquè's, arma-
zens, hospitaes, bagagens e quaesquer outros objectos importantes, a cuja segurança pro-
verá em conformidade das ordens que tiver recebido, e de accordo com os chefes de
engenheria e de artilheria; í ' !
24.° Communicar em dia de acção, com summa clareza e concisão, as o r d e n a d o :ge->
nerali;relativas ás posições qué cada divisão, brigada, columna ou corpo deve occúpar,
defender ou atacar, em dadas hypotheses; os objectos que tem a considerár Segundo as
circumstancias que occorrerem, e as manobras que devem executar, fiscalisandt» os : por-
menoreis da> execução de taes ordens ;
• -25.° Encarregar aos officiaes do estado maior, seus adjuntos, de commissões de con*
fiança, taes como escolha de posições, direcção de marchas, e outras operações1 de guerra1,
em sunlma dos trabalhos da parte scientifica que mais directamente pertencer ao estado
maior; :
26; p Redigir os relatorios das batalhas, acções e combates, e fazer colligir ós necessa-
rios elementos para se escrever a historia da campanha; , í
27.° 'Finalmente tomar todas as providencias que julgar convenientes áobetiá dO'ser-
viço, conforme com ás ordens é as instrucções do general; M • ,•».
Distribuir o expediente aos seus adjuntos, pela fórma mais conveniente'para o
seu regular andamento.
Art. 14.° O sub-chefe de um estado maior é destinado a auxiliar o respectivo cheffe do
estadc maior no desempenho das attribuições que a este competem, a executar'qualquer
outro serV-içó de que convenha ser encarregado, e a. substitui-lo no seu impedimento;,
Art. 15.° As attribuições do chefe do estado maior de uma divisão do exercito: em
campanha, em relação á divisão a que pertence, são as mesmas que as do chefe dò estado
maior-réspectivamente ao corpo do exercito, com o qual se corresponderáidipéctaôíente
e de quem receberá as instrucções precisas.
Art. 16.° É com a designação de adjuntos que os officiaes do corpo do,estado maior
são empregados no expediente e serviço dos quarteis generaes dos corpos- divisão, dè
exercito^ sob as ordens dos respectivos chefes do estado maior. rí
,• Art; 17.° As ordens transmittidas pelos mencionados adjuntos sérão cohsidectfdas
como provindas do general, cujo nome será sempre invocado na transmissão'das. mesmas
ordens. • ' ,s •j
Art. 18.Q Os officiaes do corpo do estado maior, quando forem incumbidos de dirigir
alguma expedição ou movimento de tropas, terão todo o cuidado em fazer eumjírir, in-
strucções que lhes tenham sido dadas pelo general, tornando responsável peta falta,do seu
cumprimento ao commandante da força que houver de as executar: , «.«>-.'/r • f
28 àé outubro 1865 m

Art'. 19. 0 Òs offl'6'iáes do corpo do estado maior serão sempre estífi^ptftôsos pa tráins-
mispãp de ordens, principalmente em frente do inimigo, c u j o s - ^ o ^ i á é n t ô ^ ^ B ^ W l d - ^ - :
procurarãoconhecer: para dè tudó darem conta; exacta aô/^eneràl òu:(dfflciâFy^&èm forem
enviíiaós;' devendo, quando estes o exigirem, è sempré qué as drcUtfiyí^neíâs-e-^ã^Vdádé'
do assumpto o permittirem, deixarem-lhe por escripto as ordens de que forem '{Míá-'
! 1:
dores. ' , ' ' ' ' ^
-Ml:..:-- • -.,•.- ' CAPITULO IV ' V:!'! 1

; . • , Do general commandante.e suas attribuições , '


Art. 20.° O general commandante do corpo,do estado maior se^ftscplhidp, ^ejatre
os que tiverem féito carreira no referido corpo.
| unico. Quando não houver general n'estas circumstancias, o commando será confe-
rido ao coronel mais antigo do corpo. ... .
Art. 21.° O general commandante è immediatamente subordinado ao ministerio da
guerra, ou ao commandante em chefe do exereito, quando o h o u v e r . • •
Art. 22.° Competcrri áo general commandante do corpo do estadoináior á3'ttíesffia»ati'
tribuições designadas poi' lei aos commandantes das armas feSpecides;TJátiiièuíarmeBte:
1.° Transmiltir aos officiaes do corpo as ordens e resoíúç5es: do 'g©vsri4ò i>u-doi tfom-
mandáníé em chefe;'qúando o houver, : è dirigir a estes os réqUeriffientõs'eTepresewtfl-f'.
ções dos mencionados officiaes, bem como as contas e>Tesultadõ dos trabalhos poreites
executados; exceptuam-se as representações e requerimentos que devem chegar ás esta-
ções superiores por meio dos chefes debaixo dâs ordens dos quaes se acharem servindo
os officiaes do corpo do estado maior, e n'este caso-o general comgian4agl>e t$rá conheci-
mento da, resolução adoptaday quando estacão tenha de ser publicada em ordçm, do
!r
exercito;^. \ .. ,...' •„ ' ' -
i Promover todos os melhoramentos do, corpo de seu çõmmaMfr;
verno ás providencias.- ne(|eâsárias, .ps premios e refauneráçõess parais 1 jSmèíáè:á%ãís arSL'
tinctos, fazendo as propostas e ínfermaçoés ná. conformidade 4 BaS.l^l^é.timffi&tywf&tâ^
o.^jCçessp e collocação, fios officiaes do corpo, '-deyendó. atíéifàéf
dps.pfficiaes^ em. relação á.natureza do serviço, mas' tambitóâi ! á'séfá'râsjíeítapi |ífanto
!
possivel a tíierarchia militar; ' * • '' ' ^ '' •ÍJÍJÍ
0
.r,.^ , RemettRc.annualmente ao ministerio da guerra, ou
cito. Uma synopse dó resultado d^s commissõés scientificas desecápéútiádàá j>elòs olfiáaes
! l p
dp.íiorpo;. . ,..;. ....,'...'. ' , " . ' • : " . , ' . ' . . . ' " • " .. . . ' V . ; ' , ' '
"í:° Exigir dos officiaes que exercerèm o cargo de chefes e sub-chfefès dos fliffejr&ntes
estados.maiores,, lhe renjettam copia dos^eus trabalhos technicos, e os escláráçitóWfifôs
que forem alcançando relativos ao serviço do'estàdò rnaior; nt
. ..^." . Designar os trabalhos scientificos de que poderão cumulátivametite'ènc^ríépr-sé'
os officiaes do corpo empregados em commissões permanentes e dé expediènte:nios f a r -
teis generaes: ' •' 'Y;'"'''"'!
Distrib.uir programmas a que todos os officiaes deverão satisfazer ém tempóóerto
e tenham por fim o reconhecimento de terreno, levantamento 'dè plantas, esctajbá dè po-
sições militares, indicação de vaus e das communicações que deyajn sesfuir as^ífópás eia
campanha,' segunda determinados pontos de direccão, noticia dpà p'rodUctds e|rêtrurfeds do
p ^ . e menjorias co.m os pormenores das campanhas qué n'élie tenliam tid^ tôfáré-dè
que^ séjft possivel'obtéf-se informação, e quáèSqúér outros trabalhos jíè síítiilhaííitfe • na-
tureza; "" "' • •
, •.7,°. Convocar a çpmmissão de aperfeiçoamènto' do serviço do còrpo; r é p i a n d b dSSeus
trànáihõs coliforme as ordens que receber da á t i t ^ r i d â d é s a p e r i Ô r i ^ t í s ^ M ó ^ ç é ú ^ u s -
tificadp arbítrio, quando taes ordens lhe não tenham sido expedidas;'; ' •
v fi^lròétíiè-^. gènéral commandanié poderá convidar a todos' aô' ofi8éiáég do corpo
re^idéiites em Lisboá,'á fim' de com elles constituir reuniões, nas qtfáéè sè proponham é
discutam auae§guer questões relativas á especialidade do corpo do esladó : máwttyá'
d è ^ u f e e ^ à - t ^ t S f ^ â " ffiflrtár tanto nácionM r còmo\éstàhg^^;

CAPITULO V
Do chefe dos estado málóí- do corpo

-i 11 ( Í| «> • afrèjgésò d'è! todó; o e)ípe!diènte ida secretária' dó dòrpo,1; proásqfljoô estatJ ctotfaixo
dSs^èuaSÕi^âèfeóg^fficiak^ii empregados, o secretario e'archiTÍ8tá;'ib líi-.if;,! m p :•.'>u)
1865 28deoutubr<>

... <2.° Assigi^r toda a correspondencia, excepto a que pela sua natureza deve ser assi-
gnada pelo general commandante;
; ,3.° Coadjuvar este no bom andamento de todo o serviço do corpo, propóndo-lhe para
as differentes commissões os officiaes que lhe parecerem mais aptos para as desempe-
nharem; .
4.° De accordo com o general commandante procurar reunir todos os elementos ne-
cessarios para se escreverem memorias históricas das nossas guerras, fundamentando-as
com juizos críticos;
5.° Colligir e coodernar todos os trabalhos existentes para a defensa do paiz;
' 6.° Colligir os dadõs estatisticos dos principaes exercitos da Europa.
1
' CAPITULO VI
Do secretario e archivista
A r t . 2 4 . ° Ao secretario do corpo do estado m a i o r pertence todo o serviço da r e s p e -
ctiva secretaria sob a direcção do chefe do estado maior. Igualmente lhe pertence a con-
servação da bibliotheca e arrecadação dos instrumentos.
Art. 2o.° O archivista, alem dos deveres que lhe são proprios, exercerá o logar de
amannense, e como subordinado ao secretario o coadjuvará no desempenho das suas func-
ções e o substituirá no caso de impedimento.

nitjrj^,.. . CAPITULO VII


Díifi ii,) tDg commissão de aperfeiçoamento do serviço do corpo do estado maior
• 'í i i(l.;! i . li'" ; i. '
Art. 26.° A commissão de aperfeiçoamento do serviço do corpo do estado maior com-
põje-s$,dp,general commandante, como presidente, e de tres officiaes por elle nomeados de
ent^e que.estiverem empregados em outro serviço, sem que por isso tenham direito a
ajugmçpto algum de vencimento (carta de lei de 23 de junho de 1864).
,' t ,|)|Unjco,f O official mais moderno servirá de secretario.
O general commandante poderá convidar para assistir ás reuniões da com-
missão e discutir com esta, qualquer official do corpo cuja opinião for conveniente ouvir
sobr.e^sumptos especiaes.
,A,r.t.;2,8f°,Q. general, commandante poderá propor ao governo a substituição de qual-
quer dos membros da commissão, quando assim o julgar conveniente.
.. reuniões da commissão terão logar duas vezes por mez e sempre que ó
serviço: p,exigir.
Art. 30.° Ás propostas de qualquer membro da commissão para melhorar um ou ou-
tro ramq,do serviço do corpo do estado maior serão sempre feitas por escripto.
. :! . j ^rt. 1 '3Í. 0 As deliberações serão tomadas ápluralidade devotos, devendo os membros
que discordarem apresentar por escripto os fundamentos da sua opinião.
Art. ,32.° O secretario da commissão terá a seu cargo as actas das sessões, das quaes
deverá conotar, alem dos dias em que estas tiveram logar, os assumptos que se discutiram
e decisões que foram tomadas.
Art. 33.° No fim de cada anno o general commandante enviará aq, governo um rela-
torio dos trabalhos da commissão.
§ unico. Se entre estes houver algum que seja conveniente imprimir, o general com-
mandante solicitará do ministerio da guerra a competente impressão.
. Art. 34.° pertence á commissão de aperfeiçoamento :
.. 1 S e r ouvida e dar o seu parecer sempre que se trata de alterar, melhorar ou ampliar,
a organisação do corpo;
; 2.° Formular as instrucções para a execução dos trabalhos scientificos de que porven-
tura possam encarregar-se os officiaes do corpo empregados em commissões permanentes
e de expediente;
3.° Finalmente occupar-se de todos os trabalhos que lhe forem commettidos p,élo ge-
neral commandante ou por ordem superior.

CAPITULO VIII
i Dos. reconhecimentos militares e exercicios technicos nos campos de instrucção
o - ' A;rt. 35l p Competem aos officiaes do corpo do estado maior os reconhecimentos mili-
tares, que hajam de fazer-se em campanha, da força e posição do inimigo. Sempre que as
14 de novembro 1865 581

circumstancias o permittirem levantarão a planta-esboço do terreno e. situação das tropas,


illustrando este trábalho com as notas e explicações para a sua melhor e mais fácil intel-
ligencia.
Art. 36.° Serão tambem estes officiaes encarregados durante a guerra de levantar a
planta ou planta-esboço das posições que o general projectar occupar, defender ou atacar,
cujas vantagens e inconvenientes mencionarão nas memorias descriptivas com que devem
acompanhar as suas plantas, marcando n'estas quanio possivel a collocação das tropas, do
quartel general, parques, armazens, depositos e ambulançias, desenhando as avenidas e
terreno adjacente.
| unico. Quando a celeridade dos movimentos ou quaesquer outros motivos não per-
mittirem o levantamento do terreno por meio de instrumentos, o farão á simples vista, es-
forçando-se por dar a estes trabalhos a maior exactidão, cingindo-se sempre às instrucções,
que tiverem e aos preceitos scientificos.
Art. 37.° Em tempo de paz haverá sempre uma o u mais brigadas de reconhecimen-
tos militares, compostas de officiaes do corpo do estado maior.
i unico. Cada brigada será em regra commandada por um official superior do corpo,
sempre que o haja disponível.
Art. 38.° Poderão fazer parte das brigadas dos reconhecimentos militares, quando o
ministerio da guerra ou o commandante em chefe o julgar conveniente, os tenentes can-
didatos ao corpo do estado maior, que tendo o curso respectivo tiverem satisfeito ao ser-
viço que lhes exige a lei, nos corpos de artilheria, cavallaria e infanteria.
Art. 39.° Ás brigadas de reconhecimentos militares compete:
1.° Estudar o nosso territorio, especialmente nas fronteiras, costas, pontos estratégi-
cos, fortificações, cidades e villas importantes, rios, vaus, ribeiras, montanhas, desfiladei-
ros, estradas principaes e campos de batalha, levantando plantas militares acompanhadas
de memorias, nas quaes darão o preciso desenvolvimento a todas as indicações históricas
e scientificas que lhes houverem sido prescriptas, ou que o seu zêlo e intelligencia lhes
suggerir;
2.° FoFmular cartas itinerarias e mappas estatisticos, debaixo do ponto de vista mili-
t a r ; n'estes trabalhos limitar-se-hão a escrever o resultado das suas observações, segundo
os modelos que lhes forem distribuidos. As cartas itinerarias comprehenderão a planta
da estrada e uma zona do terreno de um e outro lado da mesma, mais ou menos larga se-
gundo á sua importancia, sendo feito o levantamento com instrumentos portateis proprios
para reconhecimentos.
Art. 40.° O general commandante proporá ao ministerio da guerra as ajudas de custo
que devem ser abonadas aos officiaes encarregados d'esta importante commissão.
Art, 41.° Nos campos de instrucção serão empregados os officiaes do corpo do estado
maior em reconhecer o terreno que as tropas houverem de occupar. De accordo com os
engenheiros escolherão as posições que devam ser fortificadas, e escreverão memorias,.
tanto ácerca dos trabalhos que se colligirem da topographia militar do terreno em que as
forças manobrarem, como das operações tacticas sobre elle executadas.
Paço, 28 de outubro de 1865. = Visconde da Praia Grande. : ^, i;
Ord. do exerc. n.° 52, de 10 de nov., e D. de L, n.° 365, ido 22'do nov. •

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECCÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
t
3." REPARTIÇÃO — i.» SECÇÃO

Foi presente § Sna Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o requerimento em


que a camara municipal de Gaia insta pela approvação do orçamento supplementário do
anno de 1864-1865, orçamento recambiado á camara pela portaria de 5 de setembro ul-
timo, na qnal, em harmonia com as disposições do codigo administrativo. se declarou que
não podia ser approvado esse orçamento por haver sido apresentado fóra de tempo ; e Sua
Magestade conformapdo-se com o voto do conselho de districto do Porto* e com os pare-
ceres fiscaes sobre, este assumpto, manda declarar de novo á camara que não póde ser
approvado o orçamento'de que se'trata, nem deferido o seu requerimento^ . ..•:.,....
. No artigo 156.° do codigo administrativo è expresso que nenhuma despeza municipal
145
1865 t í de novembro

píjtfè^rlflítà^sétó^íireWá 'auctorisação dada em orçamento geral od W|úppieni'ertta!fr,! 1 e nb'


a r t i g o " S ó ' h i e s m o codigo, cjuè quando por qualquer motivo o òrçaméntó mtítiicípàl
não tiver sido approvado antes, de começar o exercicio do anno economico, as-íecêitó^ è'
as (Mjjézas ÇÓjnlínuárãq a ser feitas pelo orçamento anteriormente appróvaflo.;.'
; ? ! í 3 ' â V í i á ç ã o d'efetès artigos resulta iiécessariámente a impossibilidade' 'fè^áí d W á ^
a^rovàdó^rÇamentó áiguml terminado o anho economico, em qué deviá1 f e g 1 ^
póisque^ilhillfânté'Èipprbvação Seriá; uni áctd inefíícaz e nullo, vistoque o orçárrientò áàfifrr
approVâdbMu naô pbderiá'ter execução alguma,' òu"se a tivesse', teria ella pór cbnse^fe-','
cia forçosa a transgressão do já citado artigo 1 5 4 d o codigo. . ; ' - >
Ãcrèàífé1 ^''isto "qhè', riãó tendo sido approvado pelo governo, ó orçamento géraf da ça-
de 186Í-1865,' porque a' camará,' ápesar dás rejiétidaâ ordòhéMò gbí!
véMò^^eVsistiu ém' ihséfir n'ètle contribuições illegaes, é clàro qdé não^óâè^apprby^-se 1
um orçamento supplementar ao do referido anno, vistoque seria um manifesto ctíntrasehso'
auctòtísáf bffi áctd supplementar de oiitro qué não exiíte. . ' '''
Por estas considerações, é'pélas''qué judiciosamente féz ó conselho de districto nó'séií '
accordão d é ^ Í de agosto liltimo, houve Sua Magestade por.bem resolver fluefiqué Sub-
sistindo a disposição da portaria de 5.de setembro proximo passado, o que f o go.vern'3/íõr
civil do : Porto' fará constar á camara de Gaia, bem corcío qué os requerimènlos è'he^r5cios
(Festa hátiirçzk/devèm subir ao conhecimento dõ goverrio por íhtermedib dp gov^nádiót:
civilj é'não'áèr'éníiádos fiiVéctàniente á secretaria d'estado dos negocios do réiho.' ' 'h
:
Paço, em 14 dé tíoferàbro dè 186'5:==,loáquim Antonio deAgutdr. / '"",^^

;!
Wan8á Suâ Magestade El-Rei, Regente em riome do Rei, devolver aó gòVerrtíldor citil
d t f ^ ò f t ^ ò orçamento da camara iriunicipal'rle Gaia, a fim de que o referido mágíátrádd'
fãçíi refoVmár ò mesmo orçamento segundo as indicações que st; seguem:
, l . a Supprimir a conti ibuição lançada aos carros que transitam pelas ruas da villa, for-
que essa éorttriftàição, estando ehi hianifeslo desaccoído comi as' ílifepòsijõS^ 'm)s árti-
g<&'f :42'.° e'1'4^.6 dPCódigo'administrativo, não póde, ser approvaVlav i'omo répétídas fpzéá'
s'èf ha'ílèçráfãdò á Camâra. E Sná Magestade quer qué o governado!* civil'de cóhíip.cihíént'0'
á' carrila'. "dè qué se"no orçaihento vier de rióvo esia c'óniriboiçnò,; apezar !5á; ó'rd!éhi!para
a é l i & i r i á r í ^ e agbra sé repete, ella será supprimida pelo' governo, e a pàWè dá despèzr
facultativa que for mister para equilibrar a receita com a despeza. s: tí >: • • •••.-[
' ^.^'Tnclíiir nó' o'rl'ámento a verba çftie':ha!fle'cÒrisiituir a dóíaçãó especiáí das'estadas,
na conformidade-dá lei de 6 de junho de 1864, artigo 16.° , '
-'••fr.® tíesigriar ás obrarem qué hão dè despender-se quaesquer quantias do^oWcáho,
i r ó r ^ é o mbdO póPqbe^^èta-parte vem organisado o orçamento é inádmisèivélj pof ini i!
póHáírsí iiègíiÇão d'etoda a fisc'álisá'çãb supériòi".' ' !' • i 1 "'"'"'l''
: :: : :
' SBá Má gèstadé dè terniinÈ( máis que"0 governador civil faça reformar «'dfyáMêiWó^ftf
termo breve, e que-, põr^b.Cáéião da remessa d'elle a esiè ministerio,'lémBrè^^cbhgêWlB-
de districto a necessidade de explicar os fundamentos por qbe elle cónstíftá pèm^au^íherito
de ordenados a algnns empregados do concelho, e rejeita esse augmento com relação ao
cirurgião do primeiro circuio e ao boticário.
Paço, em 21 de novembro de 1865. = Joaquim, Antonio de Aguiar.

. , . ,,. .. , ,-3, a REPARTIÇÃO — SECÇÃO_, t . ; t ..... ...

Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, a consulta em que o
conselho de saude publica do reino pede ser esclarecido sobre a intelligencia do artigo 2.°
dw-dtterewdè 21 de otfíubro dè 1863, porque dá cbóiLinàçao d^sEé ãrtigtí cM^si éjiigra-
phe<da''tat(elM'â.^!annexa ao òitadó decreto, se hão tirado ihducçoes' dive^fe ^^WtídfenWé1
uns qtíbip èoflsélhb de Sãude ãe de^e liiriitár restriciámènte á's èbndicõeá (fd^eâraill^M^fl-'
Miirtdastóàfesâe^:* cl&sersew se! eíhbàraçar com o locábda fnMácãó, p e - f e b ^ a ^ i i 1
rejeitado"pêta1 cil-chmàtanfciá dè ter proximas" algumas hábitafÇõesVéntêhdéftQd
a lo^lidad©!destióádá'para á fundação pódeífeèr apreèfadá fíeló eònàtelHói;d'Mò'è OT^pmíf
technicbã., exemplo d^-qué se'aNétiá'estabéleéidò nas QegisIá^De^ esfranhás'^ diíftjw éiSffl^
nós se praticou; emqtianto estiveram' em vigor ós detííetòs dè 2*7 dè;ágôêtp!dè 1855 é 1 ® 5
3 de 0Uttit)P0' de ÍSeOi- pbíàquei de outra Sorte séria mistí^ touitàs vezés i i i i ^ r áíòá1 eáfabe-
22 de ilovembrò 1865 ' 583

lecimentos industriaes de 2. a ciasse condições tão onerosas que tornariam a sua fundação
impossível no local designado. > :; >: -
i E Sua Magestade, conformando-se com o parecer do conselheiro ajudante do procur
rador geral da corôa junto do ministerio do reino, manda declarar do conselho: de saude,;
qne a primeira opinião é a que deve ser seguida, por isso que é a que se Coaduna com a
letra e-o espirito da lei vigente sobre-o assumpto. . . v O»:H u un.-.-.
O decreto de 21 de outubro de 1863, classificando os estabelecimentos insalubi;©SK,ín-,
còmmodos ou perigosos, segundo o grau em que estes inconvenienieS;Se podem melles»
dá-, e permittindo que os de 2.*. classe possam fúndar-se junto das habitações', m^&iCPfllt
as'círt}dições precisas'para que não seja prejudicada a saude publica, manifeslament^iPOí'
fóra'de questão o local da fundação, e deixou de o considerar como rasão legal, para; impe?
dir esses estabelecimentos no centro das povoações ou junto das habitações. >!- '!: •;.
• íí'Se outra fosse a intelligencia do decreto, não linha rasão de ser a classificação do§ es-
tabelecimentos industriaes, que viria a tornar-se um acto inútil e formula vã, o.que é ^em-
pre temeridade suppor nas leis. , ' , • ': ..
' "A epigraphe da tabella 2.;l não está em desaccordo com a doutrina da artigo 2irrdo.de?
creto citado, porque daquella e d'este se tira a illaçãp de que os eslcjbeleciment^&indps?
triaes de 2. a classe podem èstar proximos das habitações, mas que as condições qua lhes
forem impostas devem ser taes que não resulte prejuizo da tolerancia do legislador; quando
porém houvesse discordância entre a tabella e o artigo do deci eto, a regra .seria subordi-
nar aquella a este, e não éste áquella. ,y
Não colhe tambem o argumento de que, admittido o principio de'não dever ser sub-
metido á approvação das auctoridades o local escolhido para a fundação dos estabeleci-
mentos de 2. a classe, será forçoso muitas vezes impor a estas condições taes que tornem
a fundação impraticável no local designado; antes.-o argumento è,contraproducente,' por-
que se a auctoridade tem esse meio indireto de impedir taes estabelecimentos junto das
habitações quando assim convém, não ha necessidade de que ella o faça por um meio di-
rectpi $ubmettendo ;á sqaapprovação,o local,da fundação. • ( < j o f ^ V f x /•£</
Ás' funcções das auctoridades sanitaria' e administrativa consistem'ern í/npor éfós Indus-
triaes todas as condiçõeside segurança para preservar a saude pujbiieftí?e o commodo dos
cidadãos, sem se preocçuparem das despezas que essas condições,podem exigir.
Se ellas são taes qué'tornam impraticável a fundação de algurtí estabelecimento no lo-
gâl-'designado, a cobsequencia será que o industrial procurará oulroimaisíadequafdo^
i
'Se elle porém se sujeita a essas condições julgadas suíficientes paraacámtelai' tjualsqueç
risco, a missão da auctoridade está cumprida; ir mais alem seria um gravame injustificá-
vel. -,
. > Não obstam a estas conclusoes as legislações estrangeiras, e a nossa antérj,or a qiié é
vigente, porque umas e outras se fundam em principios diversos d'aquelles que se tiveram
ein vista no decreto de 21 de outubro de 1863. i
:
' •'ii.^ssim se participa ao conselho de saude para sua intelligencia,
Paço, em 22 de novembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.

••'•'•'•'• .•••:• ': - • - :r ,t, . . . . . . . . . . :!


2.a REPARTIÇÃO ' .. i .. .... ; ' ; • . . , < • . .r ,

Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, sendo-lhe presente o requerimento


em que Thereza Maria, viuva, do concelho de Penella, pede baixa do serviço militar para
sèu filho José Rodrigues, com o fundamento de lhe servir de unico amparo; , ,_..<, •
Considerando que a lei de 27 de julho de 1855, estabelecendo os termosiem que de-
v ^ fazer-se as reclamações e os tribunaes a quem compete conhecer d^ÍlaS, tiãp permitte
q«jè.'se tome conhecimento dos recursos interpostos fóra dos prasos legaes é. dós tribunaes
:
respectivos; : • •
Considerando que o beneficio da restituição facultado n o j 2.° do artigotMhfi-d&imies»
fna lei só ^ódé1 ter l b p r para os casos alí designados. ' ' *•*. ,
Tendo em-,vista ^ in,formação do governador civil do,(iistricío 4 % 9 ! 1 ^àj^ècer
db ajudante do procurador geral da corôa junto d'este qalhi^t^piò, Iwufà V$efe-
rir a pretensão da supplicante. . ' -ra . íiin:
E assim o manda participar ao referido governador Civil pár^ âett ^tiftéci^ehto^toais
effeitos:. .-v . 1 « ... ,.'. • '':.
Paço, em 22 de novembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio ae Agmàr,,.. Y \
t;nc»
1865 26 de dezembro

3.» REPARTIÇÃO—1.» SECÇÃO

Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, manda remetter ao governador civil
de Villa Real os orçamentos supplementares ao do anno economico de 1865-1866, orga-
niáados pela camara de Chaves, e bem assim a copia do decreto que approvou esses orça-
mentos, e declarar ao governador civil, para seu conhecimento e da camara, que os or-
çamentos não são o meio legal de crear empregos municipaes, os quaes só podem ser re-
gularmente 1 creados por meio de processo separado e distincto'do orçamento, processo
em que o conselho de districto ha de ser ouvido consultivamente quando a creação de
empregos tiver de verificar-se em concelhos, cujo orçamento depender de approvação do
governo; e só depois de haver sido preenchida esta formalidade, e de concedida a appro-
vação pelo governo, ou pelo conselho de districto, segundo a importancia do orçamento,
è que n'este devem ser incluídas as verbas respectivas de receita e de despeza.
Por inobservância d'esta formalidade deixou de ser approvada a verba destinada para
o partido de uma parteira habilitada pelas escolas de medicina.
Quanto ás verbas destinadas para o pagamento dos empregados encarregados de lacrar
as garrafas da agua de Vidago e de repesar a carne, alem de terem o mesmo defeito, não
se mostra concludentemente a necessidade de taes empregos.
O sêllo das garrafas das aguas mineraes nem impede a falsificação d'estas, nem ha
rasão para estabelecer para este genero fiscalisação diversa da que ha para os outros s.u-,
jeitos à acção da camara.
No mesmo caso está o repeso, operação incommoda e inútil, porque se os pesos são,
como íião podem deixar de ser, aferidos, os compradores fiscalisarão que o peso seja exacto,
sem que se torne necessário substituir esta fiscalisação, que é a mais efficaz, por outra
official* que de mais d'isso póde a todo o instante ser exercida na casa da venda da carne.
Paço, em 24 de novembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


DIRECÇÃO' GERAL DO COMMERCIO E INDUSTRIA
REPARTIÇÃO DO COMMERCIO E INDUSTRIA—1.» SECÇÃO

Sendo-me presentes os estatutos ( l ) c o m que pretende fundar-se em Lisboa uma com-


panhia de commercio, denominada «companhia lisbonense de tabacos cujo fim é o fa-
1
- — - — — T r>— ; ;
(1) Saibam quantos esta escriptura de companhia virem, que no anno do nascimento de Nosso Se-
nhor. Jesus Cbrislo de 1865, aos 12 dias do mez de junho, n'esta cidade de Lisboa, na rua Augusta
n.° 28, 1." andar, no rnèu escriptorio compareceram os srs. José Maria Eugénio de Almeida, morador
ná ; rúa Forfnctéa n.° Ml, freguezia das Mercês, e João Paulo Cordeiro, morador na travessa da Agua
de Flor n 0 1, freguezia da Encarnação, proprietarios, de mim conhecidos. E por elles foi dito em pre-
sença das testemunhas adiante nomeadas e assignadas, que elles contrataram formar uma associação
para o fabrico e venda de tabaco, mas cum responsabilidade limitada; que não estando ainda admitti-
das na legislação portugueza as sociedades de responsabilidade limitada, como se acham estabelecidas
em França e Inglaterra e em outros paizes, e sendo por ora entre nós o unico meio de consignar a res-
ponsabilidade limitada dos interessados a formação de uma companhia, vistoque nas proprias socieda-
des em commandita ou parcerias os gerentes têem responsabilidade solidaria, resolveram dar á associa-
ção entre elles contratada a fórma de companhia, admittindo mais alguns accionistas, e que n'este ac-
cordo discutiram entre si, approvaram e reduzem á presente escriptura os seguintes
Estatutos :
Artigo 1." É fundada na cidade de Lisboa uma companhia denominada «companhia lisbonense de
tabacos», a qual tem por fim o fabrico e a venda, de tabacos.
Art. 2." O fundo da companhia é de 200:000^000 réis, dividido em mil acções de 200^000 réis
cada uma. Este fundo poderá ser elevado até 600:00011000 réis, se a direcção o entender conveniente.
Art. 3.° A primeira emissão das acções será de 100:000^000 réis, as quaes são tomadas por elles
outorgantes José Maria Eugénio de Almeida e João Paulo Cordeiro, fundadores d'esta companhia para
as dividirem entre si.
Art. 4.° As outras emissões de 50:000^000 réis cada uma serão feitas quando e pelo modo que a
direcção julgar çonveniente.
Art. 5." As entradas das importancias das acções serão verificadas quando a direcção as pedir,
depois de approvados estes estatutos, não excedendo a 10 por cento cada uma, e com aviso prévio de
trinta dias.
Art. 6." As acções serão nominativas.
§ unico. Poderá haver titulos que representem cinco ou dez acções.
Art. 7.° Os accionistas sómente são responsáveis pela importancia das acções com que subscreve-
rem, conforme o artigo 543:° do codigo commercial.
29 de novembro 1865 '5«5

brico e venda de tabacos; visto o parecer do ajudante do procurador geral da corôa junto ao
ministério das obras publicas, commercio e industria: hei por bem, eín nome de El-Rei,
Art. 8." O accionista que não satisfizer qualquer prestação que lhe for exigida, perderá a favor
da companhia as prestações com que tiver entrado. '
'§ i.° As acções em que se verificar esta falta serão annulladas por annuncio publico, feito na f o -
lha official do governo, ficando o accionista responsável por qualquer diminuição que a companhia
soffra com a nova emissão.
§ 2.» Estas acções, depois de annulladas poderão ser substituídas por novas acções, que a direòção
poderá emittir. i
Art. 9." Emquanto as acções não estiverem integralmente pagas, não são transmissíveis. •
Art. 10.° Ainda depois de integralmente pagas as acções sómente são transmissíveis por meio de
leilão, feito perante a direcção da companhia, no dia que ella fixar de accordo com o accionista ven-
dedor, sendo preferidos sempre, em igualdade de preço, os accionistas que licitarem.
Art. l i . 0 No caso de fallecimento, as acções do accionista fallecido serão amortisadas pela direcção,
segundo o valor do ultimo balanço, o qual será pago aos herdeiros em um praso que não exceda a
um anno. >
§ unico. A direcção poderá emittir de novo as acções que assim amortisar. ''
Art. 12." A direcção.será composta de dois directores eleitos pela assembléa geral.
§ unico. Para ser director é necessário possuir 40:000^000 réis em acções, as quaes serio inalie-
naveis durante a gerencia, e para esse effeito serão depositadas no cofre da companhia, servindo de
caução á responsabilidade do director, sem prejuizo da cobrança dos dividendos.
Art. 13.° O director, impedido por ausencia ou molestia, poderá delegar as suas attribuições no
outro director ou, com approvação d este, em um accionista.
Art. 14." Todos os actos da' direcção serão assignados pelos dois directores, ou por um só na hy-
pothese prevista no artigo antecedente.
Art. 15.° Havendo empate entre os dois directores, a decisão do ponto controvertido pertence á
assembléa geral.
Art. 16." A direcção estabelecerá os regulamentos necessarios para o serviço da companhia. '
Art. 17.° A direcção íica auctorisada plenamente para a gerencia e administração de todos os ne-
gocios da companhia, bem como para nomear os empregados, estipular-lhes vencimentos, para outorgar
quaesquer contratos e para representar a companhia em juizo, como auctora ou como ré."
Art. 18.° A assembléa geral da companhia será composta dos quatro maiores accionistas, alem dos
directores, emquanto o fundo da companhia for inferior a 300:000^000 réis e dos seis maiores, quando
o fundo da companhia exceder aquella quantia.
§ unico. Nenhum accionista póde fazer parte da assembléa geral sem que, tenha as suas acções
averbadas em seu nome seis mezes antes da convocação da assembléa, em que tomar parte.
Art. 19.° A assembléa delibera validamente com metade e mais um dos accionistas que à devem
Compor.
§ unico. Não se reunindo este numero, far-se-ha nova convocação com antecipação de quinze dias,
e na segunda reunião a assembléa delibera validamente com qualquer numero dos accionistas presentes.
Art. 20." Quando se reunir a assembléa geral, servirá de presidente o director mais velho, e de se-
cretario o accionista mais moço.
'Art. 21." A assembléa geral reunir-se-ha annualmente logoque a direcção tenha promptas as con-
tas do anno anterior para as examinar e votar, bem como para tomar todas as resoluções que forem
convenientes.
Art. 22." A assembléa geral, depois de findo o exercicio da actual direcção, elegerá os directores
de cinco em cinco annos.
§ unico. A reeleição é permittida.
Art. 23." A duração da companhia é por tempo indefinido.
Art. 24.° A dissolução da companhia sómente terá logar pela resolução affirmativa da assembléa
geral, convocada expressamente e em duas reuniões com o intervallo de quinze dias, sendo a convoca-
ção feita directamente aos accionistas, e annunciada em tres jornaes.
Art. 25.° Fazem parte da assembléa geral, que deve examinar a proposta para a dissolução, todos
os accionistas da companhia.
Art. 26.° A resolução da assembléa geral para a dissolução da companhia só se votará na segunda
reunião e será valida, se reunir a maioria dos votos dos accionistas que possuírem metade do fundo
da companhia.
Art. final. São directores da companhia pelo espaço de doze annos elles outorgantes, seus funda-
dores, José Maria Eugénio de Almeida e João Paulo Cordeiro.
§ unico. Os dois directores nomeados n'este artigo poderão accordar entre si por escripto a no-
meação do director, que no caso de fallecimento ou impedimento permanente de um d'elles o deve
substituir para completar os doze annos de gerencia marcados n'este artigo. ..
Assim 0 disseram, outorgaram e aceitaram e se obrigam a cumprir por si e pelos qne ádheri^em
a estes estatutos e assignam com as testem unhas presentes Joaquim Augusto do Nascimento Dias e José
Eduardo da Silva, empregados n'este escriptorio, depois de lhes ser lida es ta: escriptura por mj|n ta-
bellião Francisco Vieira da Silva Barradas, que a escrevi.—D'esta 6£000 réis.—Jose Mari a Eugénio de
Almeida—João Paulo Cordeiro=Joaquim Augusto do Nascimento Dias—José Eduardo da Silva.=E ep
Francisco Vieira da Silva Barradas, tabellião publico de notas n'esta cidade de Lisbúa, esta escriptura
fiz trasladar da minha nota, a que me reporto, numerei, rubriquei, subscrevi e assigno em; publico
eraso.
Em testemunho de verdade—Francisco Vieira da Silva Barradat.
:
Rasa 880—Sellos 160 —Réis 1£040. " - . •
Paço, em 29 de novembro de 1865. = Conde de Castro.
M 1865 ,6 dezembro

approvar ô s estatutos por que deverá r e g e s s e a mencionada companhia, os quaes, nos ter-
mos dí> artigo 53&.° do codigo commercial, foram reduzidos a instrumento publico, COPr
stam-de vinte e.seis artigos e um artigo final e baixam com este decreto assignados pelo
•-ministro e secretario d'estado das obras publicas, commercio e industria, com a.condição
expressa de qne os fundadores apresentarão no já referido ministerio, no prasode umanno,
a^cbntar da data d'este decreto a relação authentica de todos os accionistas subscriptores
4
do':fundb' á)c'iál, sem b que a companhia não poderá julgar-se constituida, e farão registar
o instrumento do seu contrato, de teor e não por extracto, no registo publico do "com-
mercio, nos termos do artigo SiO.° do codigo commercial. Esta minha regia auctorisação
poderá sef-fetirada sé a companhia se desviar dos fins para que é constituida, não'cum-
' ^ r í f fieÍríietttB óS seus estatutos ou deixar de remetter annualmente á dirécçao geral do
commercio e industria o relatorio e contas da sua gerencia social. ,/
, . O ministro e secretario d'estado dos negocios das obras publicas, commercio e indus-
'triaólienha assim entendido e faça executar. Paço, em 29 de novembro de 1865.=:REI,
Regente. = Conde de Castro. D;deL.n.»ip,d«^çj»."''

' MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO ;


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
:
•'-'"' """ 3.» REPARTIÇÃO—1.» SECÇÃO ' '..'. '' fu; „

" í è f t d t í ^ f d o dáda uma intelligencia demasiado lata á faculdade que o''artigo 24â.° do
codigp,administrativo concede aos governadores civis de suspenderem os administradores
dos concelhos do exercicio das suas funcções, entendendo-se, menos judiciosamente, que
"esta'-'providencia, restricta por sua natureza aos casos urgentes, póde applicar-se quando
simplesmente se trata de substituir e de mudar por conveniencia de serviço algum pu al-
gim's : admTnjstradòres de concelho; e sendo certo que da execução que se : ha dádó à este
artigo do codigo, suspendendo-se e nomeando-se administradores para os concelhos'sem
causa imperiosa qu& justifique essa providencia, resultam graves inconvenientes para o
serviço publico, poisque os magistrados superiores administrativos se tornam assim.árbi-
tros quasi' absolutos do pessoal da administração, e collocam muitas vezes o governo em
circumstancias difficeis por falta do conhecimento de factos que aconselhariam.diversá re-
solução'! nianda Sua' Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, declarar ao governador
civil de Aveiro, que os administradores dos concelhos só podem ser suspe'nsps~dó exer-
cicio das suas funcções em casos urgentes e que demandem a prompta substituição d esses
magistrados pór algum motivo grave de segurança ou de conveniencia publica, d e natu-
reza tal, que não permitta a demora de recorrer-se ao governo, e que quando estas-cir-
cuttístàUcias- se iião derem, dève a mudança no pessoal da administração que se julgar
precisa, ser proposta ao governo, e não se effeituar sem resolução d'elle..' ( 'V ' '
Assim se participa ao governador civil supradito, para que de futuro se proceda nos
termos acima indicados. ; ' •
'Paço; iio 1.° de dezembro de 1 8 6 S . = J o a q u i m Antonio de Aguiar (1). ; '

,:,;..:, 3 . a REPARTIÇÃO—3. a SECÇÃO

,,Foi. presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, a rpprtóéntaçãó em


que Antonio Luiz e outros habitantes do concelho dos Olivaes se queixam da camara do
respectivo-concelho, que a titulo de ser-lhe impraticável a fiscalisação nos matadouros es-
tàtifeleeidós^pbr particulares,; e f d e que a existencia d f estes ; estabelecimentos diminuía, as
,rendas do concelho, .tolheu a laboração dos matadouros devidamente íicenciádds, nçs t'èr-
•mos'dóideoreto de á de outubro de 4860» impedindo assim u m commercio, licitO/.e diffi.-
cúltando o abastecimento db mercado de cárnes verdes. - ...-.:
!
.'Ebr^m;;igiialmente presentes 'a El-Rei as informações dó.'governador civil d^Liábôâ 1 so-
bre .este, assumptó- è '.à consulta do conselho de saude publica, um e oUt'ro\çó]tiçorde? <5ni
quk^jinconv.enienté â prohibição da camara dos Olivaes, por, isso que embaraça fihconsumo

(1) Identicas para todos os governadores civis dos districtos do continente,,do reiiio e das ilhas
adjacentes. * ',. i , , "
26'dè dezembro 1 8 6 5 587

d§ j u n genero de primeira necessidade e prejpdica.os crea dores^p. gado^ . t ^ o po£ fup.-


.aam^tjô.dijOptfMjdades!.dâ'/^8^^^^0:» que não são insuperáveis.; | .^it ^ í - ^
,,,. E/Sua M^geslade, attendendo a que o elevado preço a .quç t ê è ^ : $ e j $ j í o j § cáuçiies, ?.er-
. d ^ jiprná defuma aita.inçonveniençia todas ás restricções ao aíjastecinieií^q;díís^^iercaiios,
quando ,ej lás m o sejam justificadas,por imperiosas rasões; .. .
Attendendo a que ao decrescimenlo das rendas municipaes [í.ódç por
vjajfde m^t^puros i^unicipaes, e que,a falta (le fiscalisação, por partes d',ella,'çp^ser } -sup-
g t . f j a á pefa cJ.Q adi^iii^strádiir çlo.concellio e dos seus delegados e ppí^1iàosti,(ítçfl,(Jf!p^s de
Rijaria,-ná;Çoníbrmid.ade do decreto de 3 de,jançiro de 1837, artjgq tp. 0 ^,o'codigo ad-
ministrativo,' artigo 249'.°, ii.05 3.'6 e 9.°e do dôcretp.de Í 2 de março, ( | & l ' 8 | 6 # ; ' V ,!.',?..
M j^lienclendo, a.quepela promulgação, dos, decretos de 27 d e £ ' d . / i ou-
i u j ^ d p Í8BÓ:e,21 de outubro dè Í8(>á,.SQÍ»re os esiabelecimentòs7msajl!úbres', mcqmmor
djOs, ou perigosos, cèssoq a competencia da camara para regularjsa!,ppt»ç)a.ou:jjafii"pèjr-
inittir bu prohibir os estabelècimentos daquella natureza mencionados, na?!respectivas
trilas; . /'. " 7.V.
Attendendo a que os matadouros quer municipaes quer pajrticu,tyrés 'vejoçi.V^^^ipPft-
dp^ èritre os es!tobelèeimentos sujeitos áquella legislação especial, resulta g^é iiená
póde,a camara pèrmitti-los nem prohibi-los; , , / i. ;
^ ,'Attendendo a que o matadouro na calçada do Teixeira se acha'dçV$amò$ç.Jijbènciadp,
e' permittida pela auctoridade competente a sua laboração, e que consequ"èntémenié p acto
da camara queji tolheu é illegal e exorbitante:
'..' Manda que o governador civil de Lisboa, fazendo-o assim constar á. câmara é jndjcan-
.dp-^he até onde chegam as suas attribuições n'este assumpto, tpméás.çpyi^pYifil^.gip^i-
s^'piara que seja respeitada, a licença concedida aquelle es.fabtílecim^ntp indtí^
, q u ç n l p s è impeça .mais ap. .jndivid no,a quem pertence o'uso dá sú$. ^iáuslria,'.' ' . . .
Paço; em 6 d é j l ^ ^ b n y j ' ' . ' , ' ;
-fO of,';''í v ,' ' • • ; • - • :!•••• . • . • - I >f;í| <<• • :>, iUU ('

•••>'.íV>7 'II, • ' : •• • • •• :; I • " • ' . • ! • • • " ' i ,:-/lÍ ,'AÍ i • ? 'jí; ' iil!'!1-
OJ> Í R ; JÍ- DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLIFLÇA;,, , .,5,...,.,,. ,
1 F E> (ÍI ' REPARTIÇÃO : • . " • ' ' I T I ! - I ! J I ' Í I i\ '< , 'I:! Í""IÍV • •
., . ^ S ^ i ^ . a ^ j o i ^ ^ í ^ e ^ . á e Sua Magèstade El-Rei Régenté à / e p ^ ç ^ » ^ ^ q ^ e ( t a ç o i h -
pànháva o officio do governador civi de Vizeu dè 4 de novembro" ultimo, V em q u è V p r e -
sidente da commissão recenseadora do concelho de Castro Daire expunha diversas duvidas
que se lhe offerecem em materia de recenseamento: e conformando-se o mesmo augusto
senhor com o parecèrtáb cbhselheird 'àjudánte'do pfacuràdbi'geHF&í corôa junto do mi-
nisterio do reino, manda, em nome do Rei e em resolução das duvidas expostas, declarar

..',,1.® Qu6 naq.^igindo. o decreto de 30 de setembro de 1852, nem .á,}§i,d.è,.*$'dé. no-


da elegibilidadede.qualquer cida^ãò irp/uri^. às,'.de elei-
l^r.^utra qiguma jÇi^cúmstancíá^alem da renda necessária ou t i t ú l ò ^ ^ á r i p ^ u e . a~disi$ii-
sa, não deveni as'commissões de .recenseamento, excluir/da' çiâss^.^p^je^yjejiéi jj'i}alqjjer
^pçUvi^uo .cpmpíehendido n'estas hypothésés, só peib fábtó dè'não_)yaJber'J^r '^e^criéver,
porquanto se édiÍBiciÍ dè conceber que um cidádão^^rigórosamentè^ríàllphabptc) desempenhe
5jS funcções de deputado ás côrtes, não o é menos,por çerto que.eíle consiga,'pm l q p r no
.pajllamentb. e se.jt^dá^ia esse caso improvável sè.realisasse, a jyntà prèpá'r^tíjria da ca-
mara pron ti nciariásôHrè elle no usó das attribuições' que lhe çdhferé,'o artigo ÍPí-. 4 iío ci-
tMp.decreio. , , . . . . , , . . .. . " ' . " , ' ; " . J ' "
" '2.°, Que sèndp> & collecta do imposto a unjça circpipstãncia a qbé á lçi inánda attènder
na orgánisação áa lístá Óu^ classe' dóá: quarenta taafóíeá'tÕò'tribúi!ntèSj.n^'.ê'rásfô
sufficiente para. excluir d'ella algum dos quarenta cidadãos mais.^plltó^òsjja'ifaí^.iácima
í j r f ^ i i ^ . ^ s ^ ' ^ ^ . i i é ' l e r é.esçrever, sem émbargp da disposição do' artigo de-
cretb 'eleitoral;'.qbe lhes impõe' b .dèver dè,ásájgna^em <|çtá dâ efé!çaó',(|^.çy^tçn.ááacj, rè-
ç.ep^e^dora, .porque ^e,algum íiòuyèr,qué páo saiba è j è c r t í V é i 5 ! ' . ' ^ è S ^ ^ ^ r a ^ ^ D ^ ^ r i ^ ó
ç^actá jiísUiíça/.!à .faÚá'. dá; áãsigiiátúrá.comó';rip. Caso ^ ^q.^padèjr .f^j^àr,
1
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téVé aecréíòèiêitbM,' senj qué póséám^aigpliar-se álem'dõá ter^p^:.d|is
não lhes cabendo portanto; ^ facul^ajie dè inòl,uir ho í^éjpénée^^tQ ^oií^o '^CT^re^;^ eie-
588 1865 l i de dèzembro

giveisà titulei dè possuírem o censo legal individuoS ! que não estejam collectados nos coiií-
petentes lançamentos nem apresentem conhecimentos das contribuições respectivas pas-
sados em seu proprio nome, embora conste ás commissões que effectivãmente pagam
essas contribuições como herdeiros de algum contribuinte, postoque fallecido,'inscriptò
ainda nos lançamentos, poisque aos interessados compete promover a suâ inscripção no
logar d'aquelles que representam.
' 4.° Que as contribuições directas municipaes e parochiaes, em que se comprehenderá
as côngruas dos parochos não podem deixar de ser computadas para a verificação do censo
eleitoral, como já tem sido declarado em portarias de 28 de janeiro de 1861, 7 de feve-
reiro de 1863 e 21 de fevereiro de 1865.
5.° Que a lei de 23 de novembro de 1859 não alterou as condições censiticas estabe-
IéCidas no decreto de 30 de setembro de 1852, Iimitando-se n'esta parte a harnionisar
as suas disposições com a letra das leis tributarias posteriormente publicadas, como tam-
bem foi declarado pelo decreto de 28 de novembro de 1859.
6.° Que por estas rasoes é completamente erronea a doutrina que invoca o presidente
da commissão de recenseamento do concelho de Castro Daire, de que as commissões re-
censeadoras tenham a livre faculdade de attender ou desattender ás contribuições que nãò
sejam a-predial e industrial e lhes cumpre aliás computar em todo o caso as que se acham
comprehendidas nas disposições genericas e regras estabelecidas no artigo 27.° do decreto
eleitoral.
7.° Finalmente que não cabendo ao governo influir nas decisões do poder judicial, a
quem compete á solução definitiva de todas as duvidas suscitadas nas operações de recen-
seamento, qtiè lhe são apresentadas nos termos e prasos legaes, estão fóra da sua alçada
os meios de remover os inconvenientes que podem resultar de julgamentos oppostos, jul-
gamentos a que as commissões em todo o caso devem, nos expressos termos do artigo 17.°
§ 2.° e artigo 18.° da lej eleitoral, dar inteiro e opportuno cumprimento.
O que assim se participa ao governador civil do districto de Vizeu, pára que dando co-
nhecimento do conteúdo d'esta portaria ao presidente da commissão recenseadora do con-
celho de Castro Daire, lhe faça constar que é muito irregular que as commissões de recen-
seamento consultem directamente o governo, poisque é á auctoridade administrativa do
concelho e á do districto que em regra devem dirigir-se para as esclarecer em quaesquer
duvidas e esta ultima ao governo, quando encontre difficuldade na resposta.
Paço, das Necessidades em 7 de dezembro de 1 8 6 5 J o a q u i m Antonio dè Aguiar.

DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL


: . 3.» REPARTIÇÃO — l . a SECÇÃO ,

Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, a quem foi presente a representação
da camara municipal de Braga, pedindo auctorisação para levantar por empréstimo a quan-
tia dè 2:320$000, nos termos da lei de 17 de julho de 1857, a fim de com este quantiá e
com Outras que existém em cofre levar a effeito a construcção do cemiterio dá cidade no
sitio ao levante dos Arcos, como lhe fôra recommendado;
Tendo em vista a disposição da lei citada, a qual destina a quantia acima indicada para
a construcção' do cemiterio; e
Attendendo a que pelos impostos creados pelas leis de 22 de agosto de 1853 e de 1 de
agosto de 1854, póde satisfazer-se o juro e amortisação daquella quantia quando venha a
ser levantada por emprestimo:
Ha por bem conceder á camara de Braga a auctorisação que ella solicita; o que sé par-
ticipa ao governador civil de Braga para seu conhecimento, e para que assim o faça con-
star â mesma camara. !,
Parecendo porém colligir-se da representação da camara, que a amortisação da parte
do emprestimo, anteriormente contrahido e ainda em divida, póde ser reduzida a 80 por
cento, comquanto sobejem rendimentos para a fazer subir a maior escala;
Quer Sua Magestade que o governador civil lembre á camara que o producto dos im-
postos creados pelas leis supracitadas ha de Ser integralmente applicado ao serviço dos em-
prestimos contrahidos, e que consequentemente satisfeito por esse producto o juro dos
4:325|$I464 réis em divida, todo o resto ha de ser empregado na amortisação d e s t â som-
1
ma, ainda quando a amortisação venha a exceder a 50 por cento. \ V.^J,
11
Pàço, èm i 1 de deizèmbro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar. '"
13 (le dezembro 1865 589

Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o officio em que o go-
vernador civil de Leiria, dando conta de que as camaras do districto deixaram de incluir
nos seus orçamentos a dotação para as estradas, por entenderem que este acto dependia
da approvação do plano gerai d ellas, e participando que algumas das camaras haviam vo-
tado para obras municipaes sommas mais avultadas do que aquellas que a lei de 6 de ju-
nho de 1864 destina para a viação municipal, pergunta se as mesmas camaras podem ser
dispensadas no anno economico corrente do cumprimento do artigo 16.° da lei citada, em
attenção a que já estão despendidos em grande parte os rendimentos dos concelhos.
Em resposta a este officio, manda Sua Magestade declarar ao governador civil, que o
preceito do artigo 16.° da lei de 6 de junho de 1864, não sendo dependente de alguma
formalidade, e podendo ter prompta e immediata execução, foi manifesto erro approvar
os orçamentos municipaes em que elle não se mostrou cumprido, muito principalmente
dispondo a mesma lei de um modo terminante no artigo 9.° o contrario do que se fez.
Que este erro, podendo emendar-se por meio de orçamentos supplementares, e não ca-
bendo nas faculdades do governo suspender a execução das leis, ou dispensar alguem do
seu cumprimento; é evidente que não podem ser attendidas as representações das cama-
ras municipaes, a que o governador civil allude.
Que não obsta a circumstancia de terem algumas camaras destinado para obrasdo con-
celho sommas mais avultadas do que as que hão de constituir a dotação das estradas, por-
que se as camaras continuam a ter a faculdade de emprehender obras por conta dos Conce-
lhos, deixaram de a ter em relação ás estradas dos concelhos nas quaes os rendimentos
d'estes não podem ser empregados senão por virtude de deliberação da commissão de via-
ção municipal, e em vista de planos e de estudos, que tornem proveitosa a applicação d e s -
ses rendimentos, e não póde por fórma alguma julgar-se satisfeito o preceito da lei de 6
de junho ou com o dispêndio em obras diversas das estradas, ou com o emprego n'eslas
de dinheiros dos concelhos, sem ordem legal e sem planos e nexo, o que dará origem a
que as quantias despendidas em taes obras sejam em pura perda.
Que o conselho de districto nem tem faculdade para dispensar as camaras do cumpri-
mento das leis, sejam quaes forem as rasões que para isso se adduzam, e quando o faça,
deve a sua deliberação ser annullada pelo governador civil, nos termos do codigo adminis-
trativo.
Paço, em 12 de dezembro de 1865. —Joaquim Antonio de Aguiar.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


Devendo as operações do recrutamento para a armada em 1866 principiar no dia 2 de
janeiro, na conformidade do decreto com força de lei de 22 de outubro de 1851 e regula-
mento de 25 de agosto de 1859, e acbar-se terminadas a 20 de maio proximo futuro, como
foi determinado pela portaria de 28 de setembro de 1861: mànda Sua Magestade El-Rei,
Regente em nome do Rei, pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar,
que relativamente a essas operações seja fielmente observada a portaria regulamentar de
19 de dezembro de 1863, cujas disposições continuam em pleno vigor.
O que, pela referida secretaria d'eslado, se communica aos chefes dos departamentos
maritimos", para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 12 de dezembro de 1865.=Wsco«de da Praia Grande.
Ord. da arm. n.° « , de 29 de dez., e D. de L. n.° 33, de 12 de fev. de 1860.

Havendo repetidas vezes succedido que algumas praças embarcadas nos navios do es-
tado pedem guia de desembarque nas vesperas da saída dos seus respectivos navios;,e
considerando que são grandes os inconvenientes que resultam de tal facto, e reclamam
providencias que obstem a tão grave transtorno do serviço: manda Sua Magestade El-Rei,
Regente em nome do Rei, que: 1 d e s d e que se destinar commissão para qualquer navio
de guerra, não se permitia mais desembarque nem passagem para outro navio de prqça
alguma de qualquer categoria senão por ordem d'este ministerio ou por motivo de doen-
ça ; 2.°, quando no hospital da marinha se verificar que foi falsa a allegação de doente feita
por algumas das referidas praças, e que já então não possa seguir viagem por haver saído
o navio a que pertencer, seja essa praça, sendo avulsa, despedida do serviço, o o seu nome
1865
tí de n o v e m b r o

convenientemente inscripto em caderno especial, para não tornar a embarcar em navio


do estado; e se a praça pertencer a alguma das classes que têem fòro militar, seja enviada
na primeira opportunidade para bordo do mesmo navio para cumprir a commissão a que
prétendia esquivar-se.
O que, peía secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, se communica ao
major general da armada, para seu conhecimento e devidos effeitos. ^
Paço, e m 1 3 de dezembro de 1865. =-Visconde da Praia Grande.
Ord. da arm. n.° 44, de 29 de dez., e D. de L. n.° 33, de 12 do fev. de 1866.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CIVIL
. ' . . 3. a REPARTIÇÃO — 1 . " SECÇÃO

Foi-presente a Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, o officio do governador


civil de Faro, e a copia do alvará pelo qual este magistrado, sob o fundamento de falta de
tempo para entender em todos os negocios de administração e da necessidade deflscalisar
as contas das camaras municipaes que se acham em grande atrazo, delega no secretario
geral a parte da administração que diz respeito aos concelhos.
Comquanto sejam mui louváveis as intenções do governador civil, Sua Magestade não
póde approvar o acto por elle praticado, por ser manifestamente contrario ás leis e aos
principios da publica administração. !^
As delegações de jurisdicção demandam, para serem regulares e legaes,- lei expressa
que as auctorise, como já foi declarado nas portarias d e ^ l - d e fevereiro de 1844, 24 de
novembro de 1860, 10 de março de 1863, 14 de maio e '( de novembro de 1864, e ne-
nhuma lei existe que auctorise o governador civil a delegar uma parte das suas funcções
no secretario geral, conservando a outra.
Resultaria mesmo de tal delegação uma anomalia palpavel, poisque haveria doi.s go-
vernadores civis funccionando ao mesmo tempo dentro do mesmo districto, o que é con-
trario aos principios elementares de atkuinistração publica.
O acto de tomar as contas ás camaras tem duas partes distinclas; a saber: 1.°, o pro-
cesso preparatório, que consiste no exame dos documentos, na confrontação d'elles com
os orçamentos e no relatorio ou informação summaria das contas que deve ser presente
ao tribunal que as julga; 2.°, o julgamento das contas sobre esses elementos.
Os primeiros trabalho^ sendo actos da secretaria do governo civil, de que o secreta,
rio geral é chefe, podem e devem por elle ser praticados como funcções do seu officio-
iindependentemente de delegação do governador civil; o segundo, sendo, como é, acto de
jurisdicção, não póde deixar de ser exercido pelo governador civil ou por quem as suas
vezies faz; poisque a substituição de pessoa, tornando-o juiz incompetente, daria ou po-
deria dár occasião a que em recurso fossem annulladas ás decisões sobre ás-cohtas das
camaras niunicipaes, em que o secretario geral julgasse, não como substituto legal/dó go-
vernador civil no seu impediménto, mas como delegado d'elle. • • •. •.;?
Nós negocios d'esta natureza as formulas são de rigor, e não podem pór-Se de parte
sem risco de nullidade, a que a auctoridade publica deve ter todo o cuidado de não dar
causa, ou para evitar o transtorno que a reforma do processo traz ás partes e ao serviço,
ou para não dar occasião a que se lhe irrogue censura pela falta de conhecimento das leis
e dos regulamentos que um similhante facto demonstra.
O alvará pois do governador civil, se teve por fim commetter ao secretario geral func-
ções que lhe são proprias, deve ser cassado por inútil e irregular, poisque a delegação
faz presumir que as funcções delegadas pertencem a quem delega, o que no caso sujeito
não é exacto; se teve por fim commetter ao secretario geral a jurisdicção do governador
civil, é nullo pela falta de competencia do governador civil para scindir em duas partes á
Sua auctoridade e para delegar uma porção d'ella no seu subordinado; é inconveniente por-
que póde dar motivo a que, subindo as contas em recurso ao tribunal superior,'seja ahi
annullada a decisão da primeira instancia pela incompetência de uma das pessoasquen ? ella
interveiu. ; :';..v- . ••-••••: . •:•
Quer pois Sua Magestade que ó governador civil, tomando nota dos p r m c i p t e e rér
gras que n'éstes assumptos regem, casse o seu alvará de-13 de dezembro, e dè conta de
;
assim o haver cumprido. /
Paço, em 21 de dezembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar.
26 de dezembro 1865 m
Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, tomou conhecimento da representação
em que a camara municipal de Santarem pede que o governo suspenda por este anno a
execução da lei de 6 de junho de 1864, na parle em que determina que nes orçamentos
municipaes se inclua a datação para as estradas de terceira ordem (municipaes), alleganclo
a camara que, comquanto tivesse conhecimento da lei citada que havia sido legalmente
promulgada, entendera que a sua execução, no que diz respeito aos orçamentos, ficava
dependente do plano das estradas que ainda não está feito, e que consequentemente dis-
pozera e applicára já eip parte a dotação das estradas.
Em resposta a esta representação, manda Sua Magestade declarar ao governador civil,
e por via d'elle á camara, que ordenando mui terminantemente a lei de 6 de junho de 1864,
no. artigo 9." § 2.°, que depois da sua promulgação nenhum orçamento municipal será appro-
vado sem que. n'elle venha a dotação para as estradasse não sendo a disposição do artjgp 16.°.
da mosma-iei subordinada ao acto ou formalidade de se achar concluido o plano geral das
estradas municipaes, antes pelo contrario sendo consentâneo com p espirito e fim da lei
que esse artigo tenha immediata execução, poisque por esse modo se reúnem fundos com
que possa dar-se amplo desenvolvimento á viação municipal, objecto da mais alta impor?
tanci&ipara o. paiz, é manifesto que nem póde a lei deixar de ser cumprida n'esta p?rte,
nem cabe nas faculdades do governo dispensar a camara de Santarem da sua execução,
como ella pede. ••
A observação que a camara faz de que.a conservação no cofre da camara da dotação
das estradas lembrada na portaria de 18 de julho ultimo se não acha determinada na lei ci-
tada, não é procedente.
O systema d'esta lei é que os fundos destinados para as estradas não, possam ter appli-
cação sem ordem da commissão de viação municipal, que a ha de dar em vista dos planos
por ella approvados. .i . .
D'este preceito da lei é consequência forçosa que á camara íicou tolhida a disposjção
d'.essa dotação, e consequência tambem necessária que ella ha de conservar-se em cofrp
emquanto não for legalmente empregada, poisque não ha outra alternativa a escolher desd$
que'nem a camara póde empregar .essa dotação por falta de competencia para isso, nem ?
commissão por falta de planos e de .estudos.:
O argumento que a camara quer deduzir da contribuição em trabalho não cojhe. 0 .im-
posto.em trabalho é só devido e pago dentro de çada anno economico, e não passa de um
pára oulro; o imposto em dinheiro póde e. deve applicar-se dentro do anno economico em
que é pago, ou nos subsequentes, segundo a conveniencia publica.
Não colhe igualmente a observação feita pela camara com .relação ao, § 2 . ° d o artigo 3. 9
da lei de 6 de junho de:l864, ou porque depende das formalidades do artigo 2.° a classir
ficação das estradas de segunda classe, ou porque a faculdade deixada á camara em relação,
ellas, foi supprimida pelo artigo 7.° do decreto de 31 de dezembro de 4864.
. .-.Finalmente:a allegação de que a camara começou a executar o orçamento de 1865—4866
antes da sua approvação pelo governo, equivalendo a allegar que a camara violpu as disposi-
ções dos artigos 154',° e.Í.56.° do codigo administrativo, não é rasão qnepodesse tomaj>S£
em conta, ainda quando não. fosse, como é, explicito o preceito da íei, em opp.ó§ição ap pe-
dido da camara.
- • ..flor estas considerações ordena Sua Magestade que seja devolvido ao govçrnador civil
de. Santarem o orçamento da camara da mesma villa, para que ella dê execução á lei de 6
de: junho de 1864, como se lhe recommendou em portaria de 18 de julho do anno cor-
rente.
Paço, em 22 de dezembro de 1 8 6 5 . = J o a q u i m Antonio de Aguiar. -

DIRECCÃO GERAL BE ADMINISTRAÇÃO POLITICA


:
"' ' . ' *"•' ' 2. a REPARTIÇÃO

Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, manda significar ao governador civil
d e Santarem,- iCQmo j r ^ í u ç ã o do seu officio de 22 do corrente mez, sobre a duvida que
se offerecc na inspecção ide u.m recruta que se acha alienado, e que terá cie ser conduzido
amarrado para a junta revisora o examinar, que. em vista da impossibilidade que jie dá
ippa se:verificar a inspecção do dito recruta, e uma vez que o estado d'elle não pérmitta
a sua comparência na junta n'aigum intervallo lúcido, póde o mesmo tribunal julgar da
t;nc» 1865 26 de dezembro

inhabilidade physica do recruta era presença das attestações juradas dos facultativos e da
informação do administrador do concelho, em que se declarem verdadeiras as circumstan-
cias em que se diz estar o mesmo recruta.
Paço, em 26 de dezembro de 1865.—Joaquim, Antonio de Aguiar.

MINISTERIO DOS NEGOGIOS ESTRANGEIROS


Dom Fernando, Rei Regente dos reinos de Portugal e Algarves, etc., em nome d'El-
Rei: Faço saber aos que a presente carta de confirmação e ratificação virem, que, em 17
de maio do presente anno, se concluiu e assignou, na cidade de Paris, entre Sua Mages-
tade El-Rei de Portugal e Sua Magestade o Imperador de Áustria, Rei de Hungria e Bo-
hemia, Sua Alteza Real o Gran-Duque de Baden, Sua Magestade o Rei de Baviera, Sua
Magestade o Rei dos Belgas, Sua Magestade o Rei de Dinamarca, Sua Magestade a Rainha
de Hespanha, Sua Magestade o Imperador dos Francezes, Sua Magestade o Rei dos Helle-
nos, a Cidade livre de Hamburgo, Sua Magestade o Rei de Italia, Sua Magestade o Rei dos
Paizes Baixos, Sua Magestade o Rei de Prússia, Sua Magestade o Imperador de todas as
Russias, Sua Magestade o Rei de Saxonia, Sua Magestade o Rei de Suécia e Noruega, a
Confederação Suissa, Sua Magestade o Imperador dos Ottomanos, Sua Magestade o Rei de
"Wurtemberg, pelos respectivos plenipotenciários, munidos dos competentes plenos po-
deres, uma convenção telegraphica cujo teor é o'seguiíite:

Sa Majesté le Roi de Portugal et des Al- Sua Magestade El-Rei de Portugal e dos
garves, Sa Magesté l'Empereur d'Autriche, Algarves, Sua Magestade o Imperador de
Roi de Hongrie et de Bohême, Son Altesse Áustria, Rei de Hungria e de Bohemia, Sua
Royale le Grand Duc de Bade, Sa Majesté le Alteza Real o Gran-Duque de Baden, Sua Ma-
Roi de Bavière, Sa Majesté le Roi des Belges, gestade o Rei de Baviera, Sua Magestade o
Sa Majesté le Roi de Danemark, Sa Majesté Rei dos Belgas, Sua Magestade o Rei de Di-
la Reine des Espagnes, Sa Majesté l'Empe- namarca, Sua Magestade a Rainha das Hes-
reur des Français, Sa Majesté le Roi des Hel- panhas, Sua Magestade o Imperador dos
lènes, la Vil le libre de Hambourg, Sa Ma- Francezes, Sua Magestade o Rei dos Helle-
jesté le Roi de Hanovre, Sa Majesté le Roi nos, a Cidade livre de Hamburgo, Sua Ma-
d'Itaiie, Sa Majesté le Roi des Pays-Bas, Sa gestade o Rei de Hanover, Sua Magestade o
Majesté le Roi de Prusse, Sa Majesté l'Em- Rei de Italia, Sua Magestade o Rei. dos Pai-
pereur de toutes les Russies, Sa Majesté le zes Baixos, Sua Magestade o Rei da Prússia,
Roi de Saxe, Sa Majesté le Roi de Suède et Sua Magestade o Imperador de todas as Ruj-
de Norvège, la Confédération Suisse, Sa Ma- sias, Sua Magestade o Rei de Saxonia, Sua
jesté l'Empereur des Ottomans, Sa Magesté Magestade o Rei de Suécia e Noruega, a Con-
le Roi de Wurtembeag, également animes federação Suissa, Sua Magestade o Impera-
du désir d'assurer aux correspondances télé- dor dos Ottomanos, Sua Magestade o Rei de
graphiques, échangées entre leurs états res- Wurtemberg, igualmente animados do de-
pectifs les avantages d'un tarif simple et ré- sejo de garantir ás correspondências telegra-
duit, d'améliorer les conditions actuelles de phicas, trocadas entre os seus respectivos
estados, todas as vantagens de uma tarifa
la télégraphie internationale, et d'établirune
simples e módica, de melhorar as condições
entente permanente entre leurs états, tout
actuaes da telegraphia internacional, e esta-
en conservant leur liberté d'action pour les
belecer um accordo permanente entre os seus
mesures qui n'intéressent point l'ensemble
estados, conservando porém a sua liberdade
du service, ont résolu de conclure une con-
de acção relativamente ás providencias que
vention à cet effet, et ont nommé pour leurs não interessarem ao conjuncto d'este serviço,
plénipotenciaires, savoir: resolveram concluir uma convenção para este
effeito, e nomearam para seus plenipoten-
:
ciários, a saber:
Sa Majesté le Roi de Portugal et des Al- Sua Magestade El-Rei de Portugal e dos
garves : mr. le vicomte de Paiva, pair du Algarves: ao sr. visconde de Paiva, par do
royaume, grand croix de l'ordre de Notre reino, gran-cruz da ordem de Nossa Senhora
Dame de la Conception de Villa Viçosa, da Conceição de Villa Viçosa, grande official
grand officier de 1'ordre impérial de la Lé- da ordem imperial da Legião de Honra, etc.,
14 de n o v e m b r o 1865 593

gion d'Honneur, etc., etc., son envoyé ex- etc., etc., seu enviado extraordinario e mi-
traordinaire et ministre plénipotentiaire nistro plenipotenciário junto de Sua Mages-
près Sa Majesté 1'Empereur des Français.. tade o Imperador dos Francezes.
Sa Magesté l'Empereur d'Autriche, Roi Sua Magestade o Imperador de Áustria,
de Hongrie et de Bohême: mr. le prince Ri- Rei da Hungria e de Bohemia: ao senhor
chard de Metternich Winneburg, duc de principe Ricardo de Metternich Winneburg,
Portella, comte de Konigswart, son cham- duque de Portella, conde de Konigswart, seu
bellan et conseiller intime actuei, grand d'Es- camarista e conselheiro intimo actual, grande
pagne de première classe, grand croix de de Hespanha da primeira classe, gran-cruz
son ordre impérial de Léopold, de l'ordre da sua ordem imperial de Leopoldo, da or-
d'Albert de Saxe, grand officier de 1'ordre dem de Alberto de Saxonia, grande official
de Léopold de Belgique, Chevalier de l'ordre da ordem de Leopoldo da Belgica, cavalleiro
impérial de la Légion d'Honneur, etc., etc., da ordem imperial da Legião de Honra, etc.,
son ambassadeur extraordinaire près Sa Ma- etc., etc., seu embaixador extraordinario
jesté 1'Empereur des Français. junto de Sua Magestade o Imperador dos
Francezes.
Son Altesse Royale le grand duc de Bade: Sua Alteza Real o Gran-Duque de Baden:
son conseilleur intime actuei mr. le baron ao seu conselheiro intimo actual, o sr. barão
Ferdinand Alesina de Schweizer, grand Fernando Alesina de Schweizer, gran-cruz
croix de 1'ordre du lion de Zahringen, grand da ordem do Leão de Zahringen, grande of-
officier de 1'ordre impérial de la Légion ficial da ordem imperial da Legião de Hon-
d'Honneur, etc., etc., son envoyé extraordi- ra, etc., etc., etc, seu enviado extraordinario
naire et ministre plénipotentiaire près Sa e ministro plenipotenciário junto de Sua Ma-
Majesté 1'Empereur des Français. gestade o Imperador dos Francezes.
Sa Majesté le Roi de Bavière: m r . le ba- Sua Magestade o Rei de Baviera: ao sr. ba-
ron Auguste de "Wendland, son chambellan, rão Augusto de Wendland, 'seu camarista,
grand commandeur de 1'ordre du Mérite de gran-commendador da ordem do Merito da
la Couronne, grand croix de son ordre de St. Corôa, gran-cruz da sua ordem de S. Miguel,
Michel, grand officier de 1'ordre impérial de grande official da ordem imperial da Legião
la Légion d'Honneur, etc., etc., son envoyé de Honra, etc., etc., etc., seu enviado extra-
extraordinaire et ministre plénipotentiaire ordinario e ministro plenipotenciário junto
près Sa Majesté 1'Empereur des Français. de Sua Magestade o Imperador dos France-
zes.
Sa Majesté le Roi des Belges: mr. le ba- Sua Magestade o Rei dos Belgas: ao sr. ba-
ron Eugène Beyens, officier de son ordre de rão Eugénio Beyens, official da sua ordem
Léopold, commandeur de 1'ordre impérial de Leopoldo, commendador da ordem impe-
de la Légion d'Honneur, commandeur du rial da Legião de Honra, commendador de
nombre extraordinaire des ordres de Char- numero extraordinario das ordens de Carlos
les III et dlsabelle la Catholique d'Espagne, III e de Izabel a Catholicade Hespanha, etc.,
etc., etc., son envoyé extraordinaire et mi- etc., etc., seu enviado extraordinario e minis-
nistre plénipotentiaire près Sa Majesté 1'Em- tro plenipotenciário junto de Sua Magestade
pereur des Français. o Imperador dos Francezes.
Sa Majesté le Roi de Danemark: mr. le Sua Magestade o Rei de Dinamarca: ao
comte Leon de Moltke-Hvitfeldt, son cham- sr. conde Leão de Moltke Hvitfeldt, seu ca-
bellan, commandeur de 1'ordre du Dane- marista, commendador da ordem do Dane-
brog et décoré de la croix d'argent, grand brog, e condecorado com a cruz de prata,
croix des ordres du Sauveur de Grèce, de gran-cruz das ordens do Salvador da Grécia,
la Conception de Villa Viçosa de Portugal, da Conceição de Villa Viçosa de Portugal, de
d'Isabel la Catholique d'Espagne, comman- Izabel a Catholica de Hespanha, commenda-
deur de 1'ordre de la Tour et de 1'Épée du dor da ordem de Torre e Espada de Portu-
Portugal, officier d'ordre de Léopold de gal, official da ordem de Leopoldo da Belgi-
Belgique, etc., etc., son envoyé extraordi- ca, etc., etc., etc., seu enviado extraordina-
naire et ministre plénipotentiaire près Sa rio e ministro plenipotenciário junto de Sua
Majesté 1'Empereur des Français. Magestade o Imperador dos Francezes.
Sa Majesté la Reine des Espagnes: "mr. Sua Magestade a Rainha das Hespanhas:
Alexandre Mon, ancien président du conseil ao sr. Alexandre Mon, antigo presidente do
des ministres et de la chambre des députés, conselho de ministros e da camara dos depu-
dèputé aux cortês, grand croix de 1'ordre tados, deputado ás côrtes, gran-cruz da real
royal de Charles III, de 1'ordre impérial ordem de Carlos III, da ordem imperial da
de la Légion d'Honneur, etc., etc., son Legião de Honra, etc., etc., etc., seu embai-
5.72
1865 19 de outubro

ambassadeur extraordinaire et plènipoten- xador extraordinario e plenipotenciário junto


tiaire près Sa Majesté 1'Empereur des tran- de Sua Magestade o Imperador dos France-
çais. zes. . . ;
SaMajesté 1'Empereur desFrançais: mr. Sua Magestade o Imperador dosFrance-
Edouard Drouyn de Lhuys, sénateur de l'em- zes; ao sr. Eduardo.Drouyn de Lhuys, sena-
pire, graiid croix de son oridre imperial de dor do império, gran-cruz da súã ordem iín-
laLégkm d'Honnèur, des ordres de St. Etien- periàl da Legião de Honra, das ordens dfe
ne d'Autriches du Oanebrog de Danemark, Santo Estevão de Áustria, do Danebrog dè
d e Charles III d'Espagne, du Sauveor de Dinamarca* de Carlos III de Hespanha, .do
Gréce, des Sts. Máurice et Lazare dltalie, Salvador da Grécia, de S. Mauricio « S.'La-
Leon Néerlandais, de la Gonception de zaro de Italia, do Leão Neerlandéz, 'da Con-
Villa "Viçosa de Portugal, des Sérapliins de ceição dè Villa Viçosa de Portugal, dos; Sé-
Su<ède; décoré de 1'ordre impérial du Me- raphins da Suécia, condecorado 'com a or-
r
djidié de p f e m i è r e classe, -etc., etc., son mi- dem imperial de Medjidié de ipriméira clas-
nistre 'et seorétaire d'état âu département se, etc., etc., etc., s e t ministro e séci-étariò
des affaires étrangères. d'estado na repartição dos negocios estran-
geiros. .
•SáMajestéle RoidesHellènes: mr.Phocion Sua Magestade o Rei dos HeRenos: ao sr.
'Roque; son plénipotentiaire, officier de son Phocion Roque, seu plenipotenciário, Official
ordre royal du Sauveur et de 1'ordre impé- 'da sua ordém real do Salvador, e da ordem
rial ; de la L:égion d'Honneur, etc., etc. imperial da Legião de Honra, etc-.., etc. •
La Ville libre-de Hambourg: mr. Jean A cidade livre de Hamburgo: ao sr; JtoSo
Hermann Heerén, docteur,en droit, ministre Hermann Heeren, doutor em diheito, minis-
résident des villes libres d'Alletoagne près tro residente das cidades livres de Allema-
Sa Majesté 1'Empereur des Français. nha junto de Sua Magestade o imperador
dos Francezes.
Sa Màjesté le Roi du Hanovre: mr. le ba- Sua Magèstade o Rei de Hanover.: ao sr;.
ron Charles de Linsingen, son conseiller in- .barão Carlos de Linsingen, seu conselheiro
time de légation, officier de son Ordre royal intimo, de legação, official da sua ; ordém rifai
-des Guélphes, commendeur .de 1'ordre du dos Guelfos, commendador da ordem dolíeão
LÓOTI NéerlaudaiSi etc., etc., son envoyé ex- Neerlandez, etc., etc.', etc., seu. enfiado (ex-
-fcraordlhaire et Ministre plénipotentiaire prés traordinário emrnistro plenipotenciário junto
Sa Majesté 1'Empereur des Français. de Sua Magestade o Imperador dos France-
zes. .-.'. .
. Sa Majesté le Rói d'Italie: mr. le chéValier Sua Magestade o Rei de Itália: ao sr. ca-
Constantin Nigra, igrand croix de son ordre valheiro Constantino Nigra,ígran-cruz da o.c-
•des Sts. Maurice et Lazâre, grand officier de dem de S. Mauricio e S. Lãizaro, grande of-
í'ordre impérial de la Lêgion 'd Honnenr, ficial da ordem imperial da Legião de Honra,
etc., et'c-> son ' envoyé extraordinaire 'et mi- etc., etci., etc;, seu enviado extráordiisiEPrio e
nistre plénipdtentiaire jíiròs Sa Majesté 1'Em- ministro plenipotenciário . junto de Sua Ma-
ffereor des Français. gestade o Imperador, dos Francezes.. ; .•,
Sa Majesté le Roi des Pays-Rasynr. Leo- Sua Magestade o Rei dos PaizefS Baix-os,:
nard Antoine Lightenvelt, grand'croix de ao sr. Leonardo Antonio Lightenvelt, gran-
1'ordre du Liéon Néérlándais, grand officier cruz da ordem do Leão Neerlandez, grande
d e 1'ordre imípèrial de la Légion d-Honneur, officiaLda ordem imperial da Legião de Hon-
etc., etc., son envoyé extraordinaire et mi- ra, etc., etc.:, etc.-, sen enviado estraordina-
nistre plériipótentiaire près Sa MajestéTEm- rio.e ministro .plenipoleíiciariojunto de Sua
•pereur des Français. Magestade o Imperador dos'Francezes.;,
Sa Majesté l e -R o i de P r u s s e : mr. le comte Sua Magestade o Rei de Prússia: ao Br.
•Henri Louis Robert d e Golfcz, clievaliér des conde Henrique Luiz Robertq^de íGôltz^ ca-
•órdrés roy&ux'de I'Aigle Rougé'de-pr'emièr;e valleiro das ordens Reaes da áiguia Yerme-
classe et de St. 'Jean; de. Jérusalem, grand Iha de primeira classe e de S./João deiJercir
eróix f de 1'ordre'de 1'Aigle Blanc do Russie, salem, gran-cruz da ordem da Agnia Rranca
de 1'ordre imper-ial du Medjidié de Turquie, da Rússia, da ordem ímiperial:de.Medjiáié
de 1'ordre royâl du Sauveur de Grèce, étc., da Turquia,' da o r d e m r e a l ido- Salvador da
etc., son ambassadeur extraordinaire et plé- Grécia, etc., etc., etc., seu .embaixador ex-
nipotentiaire prés SaMajesté FEmpereur des traordinario e plenipotenciário junto ide Sua
Français. Magestade o Imperador dos Francezes. •
Sa Majesté FEmpereur de toutes les Rus- Sua. Magestade o Imperador de, iodas as
sies: m r . le baron André de B&dberg, son Russias: ao sr. barão André de Budberg,
14 de n o v e m b r o 1865 595

conseiller privé, grand croix des ordres im- seu conselheiro privado, gran-cruz das or-
périaux de St. Alexandre Newsky et de l'Ai- dens imperiaes de Santo Alexandre Newsky
gle Blanc, Chevalier de 1'ordre de St. Wiadi- e da Águia Branca, cavalleiro da ordem de
mir de secondiènie classe, grand croix de Santo Wladimiro de segunda classe, gran-
1'ordre impérial de Sainte Anne et des or- cruz da ordem imperial de Sant'Anna e das
dres de la Légion d'Honnéur, de.PAigle Rou- ordens da Legião de Honra, da Águia Ver-
ge de Prusse, de la Couronne de Fer d'Au- melha de Prússia, da Corôa de Ferro de Áus-
triche, duDanebrogdeDanemark, desGuel- tria, do Danebrog de Dinamarca, dos Guel-
pbes du Hanovre, etc., etc., son ambassa- fos de Hanover, etc., etc., etc., seu embai-
deur extraordinaire et plénipotentiaire près xador extraordinario e plenipotenciário junto
Sa Majesté 1'Empereur des Français. de Sua Magestade o Imparador dos France-
zes.
Sa Majesté le Rpi.de Saxe: mr. le baron Sua Magestade o Rei de Saxonia: ao sr. ba-
Albin Léon de Seebacti, son conseiller inti- rão Albino Leão de Seebach, seu conselheiro
me et chambellan, grand croix de son ordre intimo e camarista, gran-cruz- da sua ordem
royál du Mérite, grand officier de 1'ordre im- real do Merito, grande official da ordem im-
périal de la Légion d'Honneur ; décoré de perial da Legião de Honra, c0ndecorado.com
l ? ordre de la Couronne de Fer d'Autriche a ordem da Corôa de Ferro de Áustria, de
de première classe, de 1'ordre de l'Aigle primeira classe, com a ordem da Águia Ver-
Rouge de Prusse de secondième classe, melha de Prússia, de'segunda classe, gran-
grand croix de 1'ordre de la Branche Ernes- cruz da ordem do Ramo Ernestino de Sa-
tide de Saxe, des ordres de FAigle Blanc et xonia, das ordens da Águia Branca e de
de Sainte Anne de Russie, décoré de 1'ordre Sant'Anna da Rússia, condecorado com a or-
du -Medjidié de seconde classe, etc., etc., dem de Medjidié, de segunda classe, etc.,
son; envoyé extraordinaire et ministre pléni- etc., etc., seu enviado extraordinario e 'mi-
potentiaire près Sa Majesté 1'Empereur des nistro plenipotenciário junto de Sua Mages-
trançais, r ir •> •• •• -. tade 0 Imperador dos Francezes.: ; !
Sa Majesté le Roi de Suéde et de Nórvè- Sua Magestade o Rei de.Sueciae Norue^
gecmr. Georges Nicolas, Baron Adelswàard. ga: ao sr. Jorge Nicolau, Barão Adelsward,
'gírnnd croix de 1'ordre de l'Étoile Polaire de gran-cruz da ordem da Estrella Polar de
Suòde, grand croix de Tordre de St. Olaf de Suécia, gran-cruz da ordem de Santo Olavo
Norvège, grand officier de 1'ordre impérial de Noruega, grande official da ordem impe-
de la Légion d'Honneur, etc., etc., son en- rialjda Legião de Honra, etc., etc., etc., seu
voyé extraordinaire et ministre plénipoten- enviado extraordinario e ministro plenipo-
tiaire près Sa Majesté 1'Empereur des Fran- tenciário junto de Sua Magestade o Impera-
çais;- dor dos Francezes. ;; ::
Lá Confederatron Suisse: mr. Kern, en- A Confederação Suissa: ao sr. Kern; en-
voyé extraordinaire et ministre plénipoten- viado extraordinario e ministro plenipoten-
tiaire de la dite Conféderation près Sa Ma- ciário da sobredita Confederação junto de
jesté 1'Empereur dès Français. Sua Magestade o Imperador dos France-
zes.. .
• Sa Majesté 1'Empereur des Ottomans: Es- Sua Magestade o . Imperador dos Ottoma-
seid Mouhammed Djemil Pachá, muchir et nos: ao sr. Esseid Mouhammed Djemil Pa-
membre :du grand conseil de líempire, 'dé- chá, muchir. e membro do grande conselho
•coré des ordres impériaux de Medjidié de do império, condecorado com as ordens im-
première classe, de 1'Osmanié de seconde periaes de Medjidié de primeira classe, de
classe, grand croix de 1'ordre impérial de la Osmanié de segunda, classe, gran-cruz da
Légion d'IIonneur, des ordres d'Isabelle la ordem imperial da Legião de Honra, das or-
Catholique d'Espagne, de la Couronne ;de dens de> Izabel a Catbolica de Hespanha, da
Fer d'Autriche, de 1'Aigle Blanc de Russie, Corôa de Ferro de Áustria, da Águia Bran-
des Sts. Mau rice. et Lazare d'Italie, de 1'Étoile ca da Rússia, de S. Mauricio e S. Lazaro de
Polaire de Su!è'dejl dè-Léopold de Belgique, Italia, da Estrella Polar de Suécia, de Leo-
du Léon Neèrlandais,.etc., etc., son ambas- poldo da Belgica, do Leão Neerlandez, etc.,
sadeur extraordiuarre • èt plenipotentiaire etc., etc., seu embaixador extraordinario e
près Êja.-Mflj^té. 1'^npereur des Franjais, plenipotenciário junto de.: Sua Magestade o
ef,',près,Sa.MajestéAg-, Reine des Espagnes. Imperador dos Francezes e de Sua Magesta-
de a Rainha das Hespanha.
Sa Majesté le Roi de Wu r tember g, mr. le Sua Magestade o Rei do Wurtemberg: ao
baron Jean Auguste de Waechter, son .con- sr. João Augusto de Waechter, seu conse-
.seiller d'état et chambellan, commandeur lheiro d'estado e camarista, commendador
5.72
1865 19 de outubro

de son ordre de la Couronne, grand croix da sua ordem da Corôa, gran-cruz da sua or-
de son ordre royal de Frédéric, etc., etc., dem real de Frederico, etc., etc., etc., seu
son envoyé extraordinaire et ministre plé- enviado extraordinario e ministro plenipoten-
nipotentiaire près Sa Majesté 1'Empereur ciário junto de Sua Magestade o Imperador
des Français. dos Francezes.
: Os quaes, depois de haverem reciproca-
Lesquels, après s être communiqué leurs
pleins pouvoirs, trouvós en bonne et due mente communicado os seus plenos poderes,
forme, sont convenus d'appliquer aux cor- achados em boa e devida fórma, convieram
respondances télégraphiques des états con- em applicar ás correspondências telegraphi-
tractants les dispositions ci-après. cas dos estados contratantes as disposições
seguintes:
TITRE I TITULO I
Du réseau international Da rede internacional

Article 1 " Les hautes parties contractan- Artigo 1.° As altas partes contratantes
tes s'engagent à affecter au service télégra- obrigam-se a empregar para o serviço tele-
phique international des fils spéciaux, en graphico internacional fios especiaes em nu-
nombre suffisant pour assurer une rapide mero sufficiente, para garantir a transmissão
transmission des dépêches. rapida dos despachos.
Ces fils seront ètablis dans les meilleures Estes fios serão estabelecidos nas melho-
conditions que la pratique du service aura res condições conhecidas pela pratica do ser-
fait connaitre. viço.
Les villes entre lesquelles 1'échange des As cidades, entre as quaes a troca das cor-
correspondances est continu ou très-actif se- respondências for continua ou muito activa,
ront successivement, et autant que possible, serão successivamente, e tanto quanto pos-
reliées par des fils directs, de diamètre su- sivel, ligadas por fios directos de diâmetro
périeur, et dont le service demeurera dégagé superior, cujo serviço ficará desligado das
du travail des bureaux intermédiaires. estações intermedias.
Art. 2 e Entre les villes importantes des Art. 2.° Entre as cidades importantes dos
états contractants, le service est, autant que estados contratantes o serviço será, tanto
possible, permanent le jour et la nuit, sans quanto possivel, permanente de dia e de
aucune interruption. noite,' sem interrupção alguma.
Les bureaux ordinaires, à services de jour As estações ordinarias com serviço de dia
complet, son ouverts au public: completo estarão abertas ao publico:
Du l c r avril au 30 septembre, de 7 heures De 1 de abril até 30 de setembro, desde
du matin à 9 heures du soir; as 7 horas da manhã até ás9 horas da noite;
Du 1®'' octobre au 31 mars, de 8 heures De 1 de outubro até 31 de março, desde
du matin à 9 heures du soir. as 8 horas da manhã até ás 9 horas da
noite.
Les heures d'ouverture des bureaux à ser- As horas da abertura das estações com
vice limité sont fixées par les administrations serviço limitado serão fixadas pelas admi-
respectives des états contractants. nistrações respectivas dos estados contratan-
tes.
L'heure de tous les bureaux d'un même A hora de todas as estações do mesmo
état est celle du temps moyen de la capitale estado é a do tempo medio da capital d'esse
de cet état. estado.
Art. 3 e L'appareil Morse reste provisoire- Art. 3.° O apparelho Morse fica proviso-
ment adopte pour le service des fils interna- riamente adoptado para o serviço dos fios in-
tionaux. ternacionaes.
T1TRE II TITULO II
De la correspoudance Da correspondencia

SECTION I SECÇÃO I
Conditions généralcs Condições geraes

Art. 4 e Les hautes parties contractantes Art. 4.° As altas partes contratantes re-
reconnaissent à toutes personnes le droit de conhecem em toda e qualquer pessoa o di-
correspondro au mqyen des télégraphes in- reito de corresponder-se por meio dos tele-
ternationaux. graphos internacionaes.
Art. 5 o Elles s'engagent à prendre toutes Art. 5.° Obrigam-se a tomar todas as dis-
les dispositions nécessaires pour assurer le posições necessarias para garantir o sigillo
26'dè dezembro 1865 597

secret des correspondances et leur bonne das correspondências e sua boa expedi-
expédition. ção.
Art. 6 e Les hautes parties contractantes Art. 6.° As altas partes contratantes de-
déclarent toutefois n'accepter, à raison du claram todavia não aceitarem responsabilida-
service de la télégràphie internationale, au- de alguma pelo serviço da telegraphia inter-
cune responsabilité. nacional.
SECÇÃO II
SECTION II Do deposito
B o dépôt Art. 7.° Os despachos telegraphicos serão
Art. 7° Les dépêches télégraphiques sont classificados em tres categorias:
classées en trois catégories: 1. a Despachos de estado; aquelles que
1® Dépêches d'état: celles qui émanent emanarem do chefe do estado, dos minis-
duchef de 1'état, des ministres, des comman- tros, dos commandantes em chefe das for-
danis en chef des forces de terre ou de mer, ças de terra e de mar, dos agentes diploma-
et des agents diplomatiques ou consulaires ticos ou consulares dos governos contratan-
des gouvernements contractants. tes.
Les dépêches des agents consulaires qui Os despachos dos agentes consulares
exercent le commerce ne sont considérées que exercerem o commercio não serão con-
comme dépêches d'état que lorsqu'el!es trai- siderados como despachos destado senão
tent d'affaires de service. quando tratarem de negocios de serviço.
2" Dépêches de service: celles qui éma- 2. a Despachos de serviço; os que emana-
nent des administrations télégraphiques des rem das administrações telegraphicas dos
états contractants, et qui sont relatives soit estados contratantes, e que forem relativos
au service de la télégràphie internationale, quer ao serviço da telegraphia internacional,
soit à des objects d'intérêt public délerminés quer a objectos de interesse publico, deter-
de concert par les dites administrations. minados de accordo pelas ditas administra-
ções.
3® Dépêches privées. 3. a Despachos particulares,
Art. 8 e Les dépêches d'état ne sont ad- Art. 8.° Os despachos de estado não serão
mises comme telles que revêtues du sceau admittidos como taes senão quando forem
ou du cachet de l'autorité qui les expédie. revestidos do sêllo ou sinete da auctoridade
que os expedfr.
L'expediteur d'une dépêche privée peut O expedidor de um despacho particular
toujours être tenu d'établir Ia sincérité de poderá sempre ser obrigado a provar a iden-
la signature donl la dépêche est revêtue. tidade da assignatura que se achar no mes-
mo despacho.
Art. 9 e Toute dépêche peut être rédigée Art. 9.° Qualquer despacho póde ser re-
en l'une quelconque des langues usilées sur digido em alguma das linguas usadas no ter-
le territoire des états contractants. ritorio dos estados contratantes.
. Chaque état reste libre de désigner, par- Fica livre a cada estado designar de entre
mi les langues usitées sur son territoire, cel- as linguas usadas no seu territorio aquellas
les qu'il considére comme propres à Ia cor- que considerar como mais apropriadas á cor-
respondance télégraphique. respondencia telegraphica.
Les dépêches d'état et de service peuvent Os despachos de estado e de serviço po-
être composées en cbiffres ou en leitrés se- dem ser compostos em cifra ou letras con-
crètes, soit en totalité, soit en partie. vencionaes, quer no todo, quer em parte.
Les dépêches privées peuvent aussi être Os despachos particulares podem tambem
composées en chiffres ou en lettres secrétes, ser compostos em cifra ou letras convencio-
lorsqu'elles sont échangées entre deux états naes, quando forem trocados entre dois es-
contractants qui admettent ce mode de cor- tados contratantes, que admittirem este mo-
respondance, et dans les conditions déter- do de correspondencia, e nas condições de-
minées par le réglement de service dont il terminadas pelo regulamento de serviço de
est fait mention à Particle 54 ci-après. que faz menção o artigo 54.°
La réserve mentionnée dans le paragra- A reserva mencionada no paragrapbo su-
phe ci-dessus ne s'applique pas aux dépêches pra não é applicavel aos despachos de tran-
de transit. . sito.
Les dépêches en.langage ordinaire ne Os despachos em linguagem vulgar não
peuvent contenir ni combinaisons de mots, podem conter combinações de palavras, con-
ni construclions, ni abréviations inusiiées. strucções, nem abreviaturas desusadas;
Art. 10® La minute de la dépêche doit Art. 10.° A minuta do despacho deve ser
149
t;nc»

1 8 6 5 26 de dezembro

être éeritè lisiblement, en caracteres qui legivelmente escripta em caracteres equiva-


aient leur équivalent dans le tableau régle- lentes aos do quadro regulamentar dos si-
ifiièntaire des signaux télégraphiques et qui gnaes telegraphicos usados no paiz em que
sòient en usage dans le pays ou la dépêche o despacho for apresentado. . •
'est présentée. O texto deve ser precedido da direcção e
Le texte doit être précédé de l'adresse et seguido da assignatura. . ; v..-
suivi de la signature. A direcção deverá conter todas as indica-
L'adresse doit porter toutes les indica- ções necessarias para garantir a remessa do
tions nécessaires ponr assurer la remise de despacho ao seu destino.
la dépêche â destination. Qualquer entrelinha, chamada, rasura ou
Touté intérligne, renvoi, rature ou sur- acrescentamento deve ser confirmado pglo
chárge doit être approuvé du signataire de signa tario do despacho ou pelo seu;repre-
la dépêche ou de son représentant. sentante.
. ' SECTION III SECÇÃO III \
B e la transmission Mn t r a n s m i s s ã o .

Art. 11® La transmission des dépêches a Art. 11.° A transmissão dos despachos
lieu dans 1'ordre snivant: terá logar na ordem seguinte:
1® Dépêches d'état; 1.° Despachos d e estado;
2® Dépêches de Service; 2.° Despachos de serviço;
i ;í
3® Dépêches privées. 3.° Despachos particulares.
Une dépêbhe commencée ne peut être in- Principiado um despacho não; poderá, ser
terrompue pbur faire place à une communi- interrompido, para dar logara uma commu-
cation d'urí rang supérieur qn'en cas d'ur- nicação de ordem superior, senão em caso de
gèncé ahstilue. urgencia absoluta.
Les dépechès de même rang sont tra-ns- Os despachos da mesma classe serão tranr
mises par le bureau de départ dans 1'ordre mitlidos pela estação que tiver de os expedir
de leur dépôt, et, par les bureaux intermé- segundo a ordem da sua entrega, e pelas.es-
diáires, iláns 1'ordre de leur réception. tações intermedias segundo a .ordem da sua
recepção. :
Entre deux bureaux en relation directe, Entre duas estações em relação directa.os
les dépêches de même rang sont transmises despachos da mesma classe serão transmit-
'dafis' forflreálternatif. tidos alternadamente. •
II peut être toiitefois dérogé à cette régie, Esta regra poderá co catado, ser alterada
dans hntêrét dela célérité des transmissions, a bem da celeridade das transmissões nas
sur les lignes dont le travail est continu ou linhas cujo serviço for continuo, ou que fo-
qui sont desservies par des appareils spé- rem servidas por apparelhos especiaes. /
oiaiix. • •
Art. 12® Lesbureaux dontle service n'est Art. 12.° As estações cujo serviço nao.for
póihtperttiânent ne pèuveht prendre clôture permanente,.,não poderão fechar.. antfis. de
avant d'a vóir; trarismis toutes leurs dépêches haverem iransmiUido todos psdespachosip.-
internationales à un bureau permanent. lernacionaes a uma estação permanente, • •
Ces dépêches sont immédiatement échan- Estes despachos serão immediatamente
gées, à leur tour de réception, entre les bu- trocados, segundo a ordem da sua recepção,
reaux perhlanents des différents états. entre as estações permanentes dos differen-
tes estados.
' Art. '13® Chaque gouvernement reste ju- Art. 13. 9 Cada governo será juiz para com
ge, viá-à^vis dèTexpéditeur, de la direction o expedidor da direcção que convirá dar aos
quMl CoiWient de donner aux dépêches, tant despachos,.tanto no serviço ordinario, como
datis >le Service ordinaire quau cas d'inter- no caso de interrupção ou de accumulação
ruption ou (1'encombremenl des vois babi- -nas viashabitualmente,segui,das, : . .,. •...
tuelletnent suivies. :
Art. 14 e Lorsqu'il sè produit, au coUrsde Art. 14.°.Quando no decurso i^transmjs-
la transmission d'uhe dépêche, une inter- •sSo.de. um .despacho, se i n ^ e r r p m ^ f á m as
túptioh dafis les communications têlégra- communicações; telegraphicas, a estação .des-
phiques, le bureau à partir duque! Tinter- de a qual tiver Íogar a interrupção. expedirá
ruption ;B'est produite expédie immédiate- j m media tamen te-o, despachp^elp,^rçíp^'eii
ment- la: dépêche par lá poste, ou par un por; qualquer .outro meio ;mais'ra^pido, (Jp
moyen de transport plus rapidé, s'il en dis- transporte, se d'elle. podér dispor. V,
pose.
26 de dezembro 4865 599
IlTadresse, suivant les circonstances, soit Dirigi-lo-ha, segundo as circumstancias,
au premier bureau télégraphique en mesure quer á primeira estação telegraphica habili-
de. la réexpédier par le télégraphe, soit au tada a reexpedi-lo pelo telegrapho, quer á
bureáu de destinãtion, s o i t a u destinataire estação do destino, quer .finalmente ao pro-
même. prio destinatário.
Dès qúe la communication estrétablie, la Logoque a communicação estivei! resta-
dépêche est de nouveau transmise par la voie belecida o despacho será de novo transmit-
télégraphique, à moins qu'il n'en ait étépré- tido pela via telegraphica, salvo quando pre-
cédemment accusé rèCeption. cedentemente tiver sido accusada a sua re-
cepção.
Arú 15® Tout expéditeur peut, en jústi- Art. 15.° Qualquer expedidor póde* justi-
fiátítdesa qualité, arrêter, s'il en est encore ficando a sua identidade, fazer sustar, se ain-
temps, la transmissora de la dépêche qu'il a da for tempo, a transmissão do despacho que
dèposée. ' tiver entregue. . ,: i :
SECTION IV SECÇÃO IV '
. De Ia remisse A destinãtion Da remessa dos despttChos n o s e u destino

Art. 16® Les dépêches télégraphiques Art. i6.° Os despachos telegraphicos;po-


peuvent être adressées soit à domicile, soit dem ser dirigidos quer ao domicilio.,, quer
pòste restante, soit bureau télégraphique ao correio ou á estação telegraphica para ali
restant. : serem demorados. , , .>. •
" Élíes sont remises ou expédiées à desti- Serão remettidos ou expedidos ao.seudes-
natloii dans 1'ordre de leur réception. tino pela ordem da sua recepção. ; ;..
Les dépêches adressées à domicile ou Os despachos, dirigidos ao domicilio, ou
p'ò"ste restante, dans la localité que le bureau para serem demorados:® correio da,;lpcali-
têfé^rapbique dessert, sont immédiatement dade onde estiver a estação telegraphica,
portéòs ív leur adresse. serão immediatamente levados ao seo .des-
tino. . ' • • . • • . -:.,.-.••'. .!-;.:•; -
Lés dépêches adressées à domicile• ou Os despachos: dirigidos.ao domicilio, ou
poste restante, hors de la localité desservie, para serem demorados no correio fóra da-lo-
sont, suivant la demande dej'expéditeur, calidade da estação telegraphica, serão, se-
envoyées immédiatement à leur destinãtion gundo o pedido do expedidor, enviados im-
par la poste, ou par un ttidyen plus rapide, mediatamente^ seu ttestiffo pelo correio ou
si'í ? administration du bureau destidatairè en pór outro meio mais rápido, se a estação des-
dispose. • '•: • tinataria o tiver á sua di&posição.
Art. 17® ChacundeS'états contractants se Art. 17.° Gada um dos estados contratan-
réserve d'organiser, autant que possible, tes reservasse organisar: tanto quanto for
pour-les localités nbn desservies par le té- possivel, para ; as.localidades que,ainda.não
légraphe, un service de transport plus ra- tiverem telegrapho um serviço de transpor-
pide que la poste; et chaque état s'engage, te mais rápido que o do correio, e cada es-
envers les au tres, à m e t t r e t p u t expéditeur tado se obriga para .com os -outros a fazer
en'mesure de profiter, pour sa correspon- com que qualquer expedidnr ppssa-aprovei-
dance, des dispositions prises et notifiées*, à tàr-se, para a sua 'correspondencia; da^ dis-
•cet;'é'gard, par 1'un quelconque des autres posições tomadas e notificadas a este res-
étatS. ' • peito por qualquer dos,'outros estados. .
: Art. Lorsq. une dépêche est porfrée à Art. 18.° Quando um despacho for leva-
domicile et que le destinataire ést .ábsent, do ao domicilio, e o destinatário estiver au-
elle peut être' remise au x membresadultes sente, poderá ser,entregue aos membros
de sa famille, à ses employés, locataires : ou adultos da sua familia, aos seus emprega-
hôtes, à moins que lé destinataire n'ait dé- dos, locatarios ou hospedes, salvo se o des-
signé, párécrit, un "délégoé spéciâl; ou que tinatário tiver designado por escripto um de-
l'ex^éditeur ®'aitrdemandé que la remise legado especial,-ou quando:^,.expedidor',pe-
n ait lieu qu'entre.les.mains du destinataire dir que a. entrega se effectpeíPas mãos do
:
seul. . ' proprio destinatário. ' ,
-"'Lorsque la ;dépêche est ádressée bureau Quandonodespacho.se declarar-que deve
restant, 'elle n'est dèlivrée qu'au destinataire ser demorado na estação, não; será entregue
ou à son délégué. . ; ; senão ao destinatário ou ao seu delegado.
:
S i i a dépêche ne peut être remise à des- Se o despacho pãa podér ser entreguq no
tinãtion, avis est laissé au domicile du des- seu destino, ídei,xar-serha:ayiso no domicilio
tinataire, et la dépêchb est rapportée au ha^ do destinatário, e o despacho voltará á .esta-
5.72
1865 19 de outubro

reau, pour lui être délivrée sur sa réclama- ção para lhe ser entregue quando o recla-
tion. mar.
Si la dépêche n'a pas èté réclamée au bout Se o despacho não for reclamado den-
de six semaines, elle est anéantie. tro do praso de seis semanas, será inutili-
sado.
Le même régie s'applique aux dépêches A mesma regra será applicavel aos des-
adressées bureau restant. pachos destinados a serem demorados na es-
tação.
SECTION V SECÇÃO V
D n coutrfilc D a fiscalisação
Art. 19® Lés hautes parties contractantes Art. 19.° As altas partes contratantes re-
se rèservent la faculte d'arrêter la transmis- servam-se a faculdade de sustar a transmis-
sion de toute dépêche privée qui paraitrait são de qualquer despacho particular, que pa-
dangereuse pour la sécurité de 1'état, ou qui recer perigoso para a segurança do estado,
serait contraire aux lois du pays, à 1'ordre ou que for contrario ás leis do paiz, á or-
publip. ou aux bonnes moeurs, à charge d'en dem publica ou aos bons costumes, devendo
avertir immédiatement 1'expéditeur. avisar immediatamente o expedidor.,
Ce controle est exercé par les bureaux té- Esta fiscalisação será exercida pelas esta-
légraphiques extrêmes ou intermédiaires, ções telegraphicas extremas ou intermedias,
sauf recours à 1'administration centrale, qui salvo o recurso para a administração central
prononce sans appel. que decidirá sem appellação.
Art. 20® Chaque gouvernement seréserve Art. 20.° Cada governo reserva-se tambem
aussi la faculté de suspendre le service de la a faculdade de suspender o serviço da tele-
télégraphie internationale pour un temps in- graphia internacional por tempo indetermi-
déterminé, s'il le juge nécessaire, soit d'une nado, se o julgar necessário, quer de uma
maniére générale, soit seulement sur cer- maneira geral, quer sómente para certas li-
tames lignes et pour certaines natures de nhas e para certas classes de correspondên-
correspondances, à charge par lui d'en avi- cias, com a obrigação de prevenir immedia-
ser immédiatement chacun des autres gou- tamente cada um dos outros governos con-
vernements contractants. tratantes.
SECTION VI SECÇÃO VI
D o s urchives " Dos archivos

Art. 21® Les originaux et les copies des Art. 2 1 O s originaes e as copias dos des-
dépêches, les bandes de signaux ou pièces pachos, as fitas de signaes ou peças analo-
analogues sont conservés dans les archives gas serão conservadas nos archivos das es-
des bureaux au moins pendant une année, à tações pelo menos durante um anno, a con-
eompter de leur date, avec toutes les pré- tar da sua data, com todas precauções neces-
cautions nécessaires au point de vue du se- sarias, pelo que respeita ao sigillo.
cret:
Passé ce délai, on peut les anéanlir. Findo este praso poderão inutilisar-se. ;
Art. 22® Les originaux et les copies des Art. 22.° Os originaes e as copias dos des-
dépêches ne peuvent être communiqués pachos não poderão ser communicados se-
qu'à 1'expéditeur ou au destinataire, après não ao expedidor ou ao destinatário, depois
constatation de son idenlité. de verificada a sua identidade.
L'expéditeur et le destinataire ont le droit O expedidor e o destinatário têem a fa-
de se faire délivrer des copies certifiées con- culdade de extrahir copias authenticas do
formes de la dépêche qu'ils ont transmise despacho que houverem transmittido ou re-
ou recue. cebido.
SECTION VII SECÇÃO VII
De certaines dépéehes spéciales D e certos despachos e s p e c i a e s
Art. 23® Tout expéditeur peut affranchir Art. 23.° Qualquer expedidor póde fran-
lá réponse qu'il demande à son correspon- quear a resposta que pede ao seu correspon-
dam. dente.
II peut se faire adresser cette réponse sur Póde determinar que a resposta seja diri-
un point quelconque du territoire des états gida a um ponto qualquer do territorio dos
contractants. estados contratantes.
Fauté d'indication fournie dans la dépê- No caso de falta de indicação no mesmo
ché même, ou par une dépêche ultérieure despacho ou por um despacho ulterior, mas
arrivée en temps utile, la réponse est trans- chegado em tempo util, a resposta será trans-
26 de dezembro 1865 m
mise au bureau d'origine, pour être remise mittida para a estação originaria, a fim de
à destinãtion par les soins de ce bureau. ser levada ao seu destino por via d'esta es-
tação.
" Lorsque la réponse n'a pas été présentée Quando a resposta não for apresentada
dans les huit jours qui suivent la date de la dentro dos oito dias seguintes á data do des-
dépêche primitive, le bureau destinataire en pacho primitivo, a estação destinatária in-
informe 1'expéditeur par une dépêche qui formará o expedidor por um despacho que
tient lieu de réponse. Toute réponse présen- servirá de resposta. Qualquer resposta apre-
tée après ce délai, est considérée et traitée sentada, expirado esse praso, será conside-
comme une nouvelle dépêche. rada e tratada como um novo despacho.
Art. 24 e L'expéditeur de toute dépêche Art. 24.° O expedidor de qualquer des-
a la faculté de la recommander. pacho terá a faculdade de o recommen-
dar.
Lorsqu'une dépêche est recommandée, le Quando um despacho for recommendado
bureau de destinãtion transmet par la voie a estação de destino transmittirá, pela via te-
télégraphique, à l'expéditeur même, la re- legraphica, ao proprio expedidor a reproduc-
production intégrale de la copie envoyée au ção integral da copia enviada ao destinatário,
destinataire, suivie de la double indication seguida da dupla indicação da hora exacta
de 1'heure précise de Ia remise et de la per- da entrega e da pessoa^em cujas mãos essa
sonne entre les mains de laquelle cette re- entrega se verificou.
mise a eu lieu. Se a entrega se não tiver effectuado, este
Si la remise n'a pu être effectuée, ce dou- duplo aviso será substituído pela indicação
ble avis est remplacé par l'indication des das circumstancias que obstaram á entrega,
circonstances qui se sont opposées à la re- com as necessarias indicações para que o ex-
mise et par les renseignements nécessaires pedidor possa fazer seguir o sen despacho,
pour que l'expéditeur puisse faire suivre sa se ainda for possivel.
dépêche, s'il y a lieu. A transmissão do despacho dè retorno ef-
La transmission de la dépêche de reíour fectuar-se-ha com precedencia sobre os ou-
s'effectue par priorité sur lesautres dépê- tros despachos da mesma classe.
ches de même rang.
L'expéditeur d'une dépêche recomman- O expedidor de um despacho recommen-
dée peut se faire adresser la dépêche de re- dado póde determinar que lhe seja dirigido
tour sur un point quelconque du territoire o despacho de retorno para um ponto qual-
des états contractants en fournissant les in- quer do territorio dos estados contratantes,
dications nécessaires, comme en matière de ministrando as indicações necessarias como
réponse payée. em materia de resposta paga.
Art. 25B La recommandation est obliga- Art. 25.° A recommendação é obrigato-
toire pour les dépêches composées en chif- ria para os despachos compostos em cifra ou
fres ou en lettres sécrètes. letras convencionaes.
Art. 26° Lorsqu'une dépêche porte la Art. 26.° Quando o despacho-tiver a de-
mention faire suivre, sans autre indicalion, signação/aça seguir, sem nenhuma outra
le bureau de destinãtion, après 1'avoir pré- indicação, a estação do destino, depois de o
sentée à 1'adresse indiquée, la réexpédie ter apresentado na direcção indicada, o re-
immédiatement, s'il y a lieu, à Ia nouvelle exportará immediatamente, se isso tiver lo-
adresse qui lui est désignée au domicile du gar, para nova direcção que lhe for designa-
destinataire; il n'est toutefois tenu de faire da no domiciliododestinatário; comtudo não
cette réexpédition que dans les limites de será obrigado a fazer estareexpedição senão
Pétat auquel il appartient, et il traite alors nos limites do estado a que pertencer: o des-
la dépêche comme une dépêche intérieure. pacho será então considerado como despa-
cho interior.
Si aucune indication ne lui est fournie, il Se nenhuma indicação lhe for ministrada,
garde la dépêche en dépôt. Si la dépêche o despacho será guardado em deposito. Se
est réexpédie, et le second bureau né trouve o despacho for reexpedido e a segunda es-
pas le destinataire à 1'adresse houvelle, la tação não encontrar o destinatário, segundo
dépêche est conservée par ce bureau. a nova direcção, o despacho será conservado
n'essa estação.
Si la mention faire suivre est accompa- Se a designação faça seguir, for acom-
gnée d'adresses successives, la dépêche est panhada de direcções successivas, o despa-
successivement transmise à chacune des des- cho será successivamente transmittido para
tinations indiquées, jusqu'à la derniêre s'il y cada uma das direcções indicadas até i Ulti-
150
t;nc»
1865 26 de dezembro

a lieu, et le dérnier bureau se conforme aux ma, se isso tiver logar, e a ultima estação
dispositions du paragraphe précédent. terá de conformar-se com as disposições do
paragrapho precedente.
Tòute persónne peut demander, en four- Qualquer pessoa póde pedir, dando as jus-
nissant les justifications nécessaires, que les tificações necessarias, que os despachos que
dépêches qui arriveraient á un bureau télé- chegarem a uma estação telegraphica para
gràphique; pour lui être remises dans le lhe serem entregues dentro da area da.dis-
rayón de distribution de ce bureau, lui tribuição d'esta estação., lhe sejam reexpor-r
soiént réexpédiées à l'adresse quelle aura tados para a direcção que ella tiver indicado
indiquèe ôu dans les conditions des paragra- ou com as clausulas dos paragraphos antece-r
phos précédents. dentes.
Art'. 27? Les dépêches télègraphiques Art. 27.° Os despachos'telegraphicos po-
peuvent être adressées: dem ser dirigidos:
Soit à plusieurs destinataires dans des Ou a muitos destinatários em diversas lo-
localités différentes; • calidades: . .. o . '
áoit à plusieurs destinataires dans une Ou a muitos destinatários na mesma .loca^
même localité; lidade;
' Sóit à un même destinataire, dans des Ou ao mesmo deslinatario em localidades
localités differentes, ou à plusieurs domici- diversas, ou a mais de um d o m i c i l i o m e s -
les dáns la même localité. ma localidade.
Dans les deux premiers cas, chaque Nos dois primeiros casos cada exemplar
exemplaire de la dépêche ne doit porter que do despacho deverá unicamente conter a di-
Tadrésse qui lui est propre, á moins que recção que lhe for relativa, salvo quando o
1'expéditeur n'ait -demande le contraire. expedidor pedir o contrario.
Les^ dépêches à destination de plusieurs Os despachos com destino a differentes
états doivent être déposées en autant d'ori- paizes devem ser depositados em tantos ori-
ginaux qu'il y a d'états différents. ginaes quantos forem os paizes a que se di-
rigirem.
Art. 28" Dans Tapplication des articles Art. 28.° Para a applicação dos artigos
précédents, on combinerales facilités don- precedentes combinar-se-hão as vantagens
nées au públic pour les réponses payées, concedidas ao publico relativamente ás res-
les dépêches recommandées; les dépêches postas pagas, aos despachos recommendados,
à faire suivreet les dépêches multiples. aos despachos a seguir, e finalmente aos des-
pachos múltiplos.
Art. 29® Les hautes parties contractantes Art. 29.° As altas partes contratantes obri-
s'engagent à prendre les mesures que com- gam-se a adoptar as providencias necessa-
portera la remise à destination des dépê- rias para a remessa ao seu de.slino .dos des-
ches expédrées, de la mer, par 1'intermé- pachos expedidos do mar, por intermedio
diaire des sémaphores établis ou à établir dos postes semaphoricos já estabelecidos ou
sur le 'littoral de l'un quelconque des états que se estabelecerem no litoral de .qual quer
qui auront pris part à la présenteíconven- dos estados que houver tomado; parte na
tion. ' presente convenção.

TITRE III TITULO III


Des taxes Das taxas

Section I SECTION I

•Príncipes généraux Princípios geraes

Art. 30 e Les hautes parties contractantes Art. 30.° As altas partes .contratantes, de-
déclarent adopter, pour la formation des claram adoptar para a formação das tarifas
tarifs internationaux, les bases ci-après : internacionaes, as bases seguintes:.
La taxe applicabíe à toutes les corres- A taxa applicavel a todas as correspond en-
pondances échangéés, <par la même voie, cias trocadas pela mesma, via s,erá unifqrmé
ehtré les buréaux de quelconque des deux entre as estações de qualquer dqs estados
états jwntfaCtants sera uniforme. contratantes.; . , , '. ...
Un même état pourra toutefois être sub- Qualquer estado poderá comtudo ser sub-
divise, ; póur l'application de la taxe unifor- dividido para a .applicação da (axa uniforme
me, èn deux grandes divisions territoriales quando muito em duas grándes .divisões ter-
au plus. ritoriaes. . . .
Les états contractants se rèservent d'ail- Os estados contratantes r§servam-se alem
26 dè dezeiúbfò 1865
1-eurs toute liberte d'action à l'égard de leurs d'isso toda a liberdade de acção relativamen-
possessions ou de leurs colonies situées hors te ás suas possessões ou colonias situadas
d'Europe. fóra dá Europa.
Le minimum de la taxe s'applique à la O minimo da taxa será applicado ao des-
dépêche dont Ia loQgueur ne dépasse pas pacho cuja extensão não exceder a vinte pa-
vingt mots. lavras. , i - í
Lá taxe applicable à la dépêche de vingt A taxa applicavel ao. despacho contendo
mots s'accroit de moitié par chaque série vinte palavras, será augmentada de metade
indivisible de dix mots au-dessus de vingt. por cada serie indivisível de dez palavras aci-
ma de vinte. ..,.. , . • .
Le franc est 1'unité monétaire qui sert à O franco é a unidade monetaria adoptada
la composition des tarifs internationaux. para a composição das tarifas internacio-
naes. ; • : . / - ; . M,^'..;;
Le tarif des correspondances échangées A tarifa das correspondências trocadas en-
entre deux points quelconques des états tre dois pontos de qualquer dos estados conV
contractants doit être composé de telle sorte tratantes deve ser composta de.modo que a
que la taxe de la dépêche de vingt mots soit taxa do despacho de vinte pa,la.vras seja sem-
toujours un multiple du demi-franc. pre múltipla de meio franco.
"II sera perçu pour í franc: Cobrar-se-ha por I françq: ..;
En Autriche, 40 kreuzer (valeur autri- Na Áustria, 40 kreuzer (Valor austríaco);
chienne);
Dans le grand-duché de Bade, en Baviére No gran-ducado de Baden,.na Baviera e : no
et en Wurtemberg, 28 kreuzer; Wurtemberg, 28 kreuzer; , >:
En Danemark, 35 skillings; Na Dinamarca, 35 skillings; ,
En Espagne, 0,40 écu; . Na Hespanha-, 0,40 escudo;.. ,
En Grèce 1,11 drachme; Na Grécia, 1,11 drachma;
• - En Hanovre, Prttsse, Saxe, 8 silbergros; No Hanover, Prússia, ^Saxonia, 8 silber-
• \
gros; . .;; ;
Dans les Pays-Bas, 50 cents; Nos Paizes Baixos, 50 cêntimo^;
En Portugal, 192 réis; Em Portugal, 192 réis; .. V ...
En Russie, 25 copeks; Na Rússia, 25 copeks ;. . ....... ,
En Suéde, 72 ceres; . Na Suécia, 72 ocres; . ' .
En Norvège, 22 skillings. Na Noruega, 22 skillings.
Art. 31° Le taux de la taxe est établie à Art. 31.° A importancia, da taxa será es-
état, de concert entre les gouvernements ex- tabelecida de estado para estado, de accordo
tremes et les gouvernements intermédiaires. entre os, governos extremos e os governos
Le tarif immédiatement applicable aux intermédios. .• .
correspondances échangées entre les états A tarifa immediatamente applicavel ás
contractants est fixè conformément aux la- correspondências trocadas entre, os estados
bleaux annexés à la présente convention. contratantes será fixada conforme astabellas
Les taxes inserites dans ces tableaux pour- annexas á presente convenção. •. •
rótit, toujours et à toute époque, être ré- As taxas ínscriptas n estas tabellas pode-
duites d'un commun accord entre tel ou tel rão sempre e em qualquer epocha ser redu-
des-gouvernements intéressés; mais toute zidas, de commum accordo entre, tal pu iai
mòdiflcation d'ensemble ou de détail ne dos governos interessados; comtudo qual-
séra exécutoire qu'un mois au moins après quer modificação, no todo pu em parte, não
sa notification. poderá ter execução senão um mez pelo
menos depois da sua modificação.

SECTION II SECÇÃO II
. I»e 1'application des taxes n a applicação das taxas
Art. 32 e Tout ce que l'expéditeur écrit Art. 32.° Tudo quanto o expedidor escre-
sur la minute de sa dépêche, pour être trans- ver naminuta do seu despacho para ser irãns-
mis; entre dans le calcul de lá taxe, sauf ce mittido entrará na contagem dataxa, salyo ó
qui est dit au paragraphe 7 de 1'article sui- que se estabelece noparpgrapbo.7.°doar,-
vant. : tigo seguinte. . .w " ,.
Art. 33 e Le maximum de longueur d'un Art. 33.° A maxima extensão de unrçpa?
mot est fixé à sept syllabes: l'excédant est lavra é fixada em sete syllabas, o excedente
cotnpté pour un mot.' ' • ; será contado por uma pplayjra. • , , , V,
• Lés expressions réunies par un trait d'u- As expressões reunidas por um traço d è
5.72
1865 19 de outubro

nion sont comptées pour le nombre de mots união, serão contadas pelo numero das pa-
qui servent à les former-. lavras que as formarem.
Les mots séparés par une apostrophe sont As palavras separadas por uma apostro-
comptés comme aulant de mots isolés. phe serão contadas como se fossem palavras
isoladas.
Les noms propres des villes et de" per- Os nomes proprios de cidades, de pes-
sonnes, les noms de lieux, places, boule- soas, de localidades, praças, passeios"(bou-
vards, etc., les titres, prènoms, particules levards), etc., os titulos, pronomes, partícu-
et qnalifications, sont comptés pour le nom- las e qualificações, serão contados pelo nu-
bre de mots employés à les exprimer. mero de palavras empregadas para os desi-
gnar.
Les nombres écrits en chiffres f sont com- Os números escriptos em algarismo serão
ptés pour autant de mots qu'ils contiennent contados por tantas palavras quantas vezes
de fois cinq chiffres, plus un mot pour l'ex- contiverem cinco algarismos, e por mais uma
cédant. palavra pelo que exceder.
Tout caractère isolé, lettre ou chiffre, est Qualquer caracter isolado, letra ou alga-
compté pour un mot; il en est de même du rismo, será contado por uma palavra; o mes-
soulignè. mo succederá sendo sublinhado.
Les signes que les appareils expriment Os signaes que os apparelhos expressarem
pâr un seul signal (signes de ponctuation, por um só signal (signaes de pontuação, tra-
trails d'union, apostrophes, guillemets, pa- ços de união, apostrophes, comas, parenthe-
renthèses, alinéa) ne sont pas comptés. sis, paragraphos) não se contarão.
Sont toutefois comptés pour un chiffre: Todavia serão contados por um algarismo
les points, les virgules et les barres de divi- os pontos, virgulas, traços de divisão que
sion qui entrent dans la formation des nom- entrarem na formação dos números.
bres.
Art. 34° Le compte de mots s'établit de Art. 34.° A contagem das palavras será
la manière suivante, pour les dépêches en estabelecida da seguinte maneira para os des-
chiffres ou en lettres sécrètes. pachos em cifra ou letras convencionaes.
Tous les caractéres, chiffres, lettres ou Todos os caracteres, algarismos, letras ou
signes, employés dans le texte chiffré, sont signaes empregados no texto em cifra serão
additionnés. Le total divisé par cinq donne sommados. O total dividido por cinco dará
pour quotient le nombre de mots qu'ils re- por quociente o numero de palavras que re-
présentent; 1'excédant est compté pour un presentarem; o excedente será contado por
mot. uma palavra.
On y ajoute, pour obtenir le nombre total Acrescenta-se-lhe, para obter o numero
des mots de la dépêche, les mots en langage total das palavras do despacho, as palavras
ordinaire de 1'adresse, de la signature, et em linguagem vulgar da direcção, da assi-
du texte s'il y a lieu. gnatura e do texto, se tiver logar.
Le compte en est fait d'après les régies A contagem effectuar-se-ba segundo as re-
de 1'article précédent. gras do artigo precedente.
Art. 35® Le nom du bureau de départ, la Art. 35.° O nome da estação de partida,
date, 1'heure et la minute du dépôt sont a data, a hora e minuto da entrega são trans-
transmis d'office au destinataire. mittidos por obrigação aos destinatários.
Art. 36® Toute dépêche rectificative, com- Art. 36.° Todo o despacho de rectifica-
plétive, et généralement toute communica- ção, complemento e em geral qualquer com-
tion échangée avec un bureau télégraphique municação trocada com uma estação telegra-
à 1'occasion d'une dépêche transmise ou en phica na occasião de transmiltir um despa-
cours de transmission, est taxée conformé- cho ou durante a transmissão, será taxada
ment aux régies de la présente convention, conforme as regras da presente convenção,
à moins que cette communication n'ait été salvo se esta communicação tiver sido ne-
rendue nêcessaire par une erreur de ser- cessaria por erro de serviço.
vice.
Art. 37® La taxe est calculée d'après la Art. 37.° A taxa será calculada segundo
voie la moins couteuse entre le point de dé- a via menos custosa entre o ponto de partida
part de la dépêche et son point de destina- do despacho e o ponto de destino.
tion.
Les hautes parties contractantes s'enga- As altas parles contratantes compromet-
gent à éviter, antant qu'il sera possible, les tem-se a evitar tanto quanto possivel as va-
variations de taxe qui pourraient résulter riantes de taxa que porventura possam, re-
14 d e n o v e m b r o 1865 605

des interruptions de service des conducteurs sultar das interrupções de serviço dos con-
sous-marins. ductores sub-marinos.
SECTION III SECÇÃO III
D e s taxes spéeialcs Das taxam especiaes
Art. 38° La taxe de recommandation est Art. 38.° A taxa de recommendação será
égale à celle de la dépêche. igual á dos despachos.
Art. 39 e La laxe des réponses payées et Art. 39." A taxa das respostas pagas e des-
dépêches de retour, à diriger sur un point pachos de retorno, que se dirigirem para u m
autre que le lieu d'origine de la dépêche ponto diverso do logar originário do despa-
primitive, est calculée d'après le tarif qui cho primitivo, será calculada segundo a ta-
est applicable entre le point d'expédition de rifa que for applicavel entre o ponto da ex-
la réponse ou de la dépêche de retour et pedição da resposta, ou do despacho de re-
son point de destinãtion. torno e o seu ponto de destino.
Art. 40" Les dépêches adressées à plu- Art. 40.° Os despachos dirigidos a mui-
sieurs destinataires ou à un même destina- tos destinatários, ou a um mesmo destinatá-
taire, dans des localilés desservies par des rio em localidades servidas por differentes
bureaux différents, sont taxées comme au- estações, serão taxados como outros tantos
tant de dépêches séparées. despachos separados.
Les dépêches adressées, dans une même Os despachos dirigidos para a mesma lo-
localité à plusieurs destinataires, ou à un calidade a muitos destinatários ou a um mes-
même destinataire à plusieurs domiciles, mo destinatário em muitos domicilios, com
avec ou sans réexpédition par la poste, sont ou sem reexpedição pelo correio, serão ta-
taxées comme une seule dépêche; mais il xados como um só despacho; cobrar-se-ha
est perçu, à titre de droit de copie, outre porém, a titulo de copia, alem do porte do
les droits de poste, s'il y a lieu, autant de correio, se isso tiver logar, tantas vezes meio
•fois un demi-franc qu'il y à de destinations franco quantas forem as direcções do despa-
moins une. cho, menos uma. ;
Art. 41 e II est perçu, pour toute copie Art. 41." Cobrar-se-ha por qualquer co-
délivrée conformément à l'article 22 e , un pia entregue, conforme o artigo 22.°, um di-
droit fixe d'un demi-franc par copie. reito fixo de meio franco por cada copia.
Art. 42 e Les dépêches recommandées, à Art. 42.° Os despachos recommendados
envoyer par la poste ou à déposer poste res- que forem enviados pelo correio, ou para âli
tante, sont afiranchies, comme lettres char- serem demorados, serão franqueados como
gées, par le bureaux télégraphique d'arri- cartas registadas pela estação telegraphica
vée. da chegada.
Le bureau d'origine perçoit les taxes sup- A estação originaria arrecadará as seguin-
plémentaires suivantes: tes taxas supplementares:
Un demi-franc par dépêche à déposer Meio franco por despacho que dever ser
poste restante, dans la localité desservie, ou demorado no correio de uma localidade ser-
à envoyer par la poste, dans les limites de vida por linha telegraphica, ou que for en-
1'état qui fait d'expédition; viado pelo correio, dentro dos limites do es-
tado que fizer a expedição;
Un franc par dépêche à envoyer, hors de Um franco por despacho qué se enviar fó-
ces limites, sur le territoire des états con- ra d'estes limites no' territorio' dos estados
tractants; contratantes;
Deux francs et demi par dépêche à en- Dois francos e meio por despacho que se
voyer au delà. enviar para maior distancia.
Les dépêches non recommandées sont Os despachos não recommendados serão
expédiées comme lettres ordinaires par le expedidos como cartas ordinarias pela esta-
bureau télégraphique d'arrivée. Les frais de ção telegraphica da chegada. Os portes do
poste sont acquittés, s'il y a lieu, par le des- correio serão pagos, havendo logar, pelo des-
tinataire, aucune taxe supplémentaire n'é- tinatário, não se havendo cobrado alguma
tant perçue par le bureau dorigine. taxa supplementar pela estação originaria.
Art. 43- e La taxe des dépêches à échan- Art. 43.° A taxa dos despachos que se tro-
ger avec lest navires en mer, par l'intermé- carem com os navios no mar, por intermedio
diaire des sémaphores, sera fixée conformé- dos postes semaphoricos, será fixada confor-
mant aux régies générales de la présente me as regras geraes da presente convenção,
convention, sauf, pour ceux des états con- salvo, para aquelles estados contratantes que
tractants qui auront organisé ce mode de tiverem organisado este modo de correspon-
di
< IH
606 .1865 se do dekeimbtò

correspondance, le droit ,de determine^ denciá, ò direito de deíerminàr èdliio.'èçfa'v!èáf'


comme il appartiendrá, la taxe aferente à la a taxa correspondente á transmissãoéfltre òs
transmission entre les sémaphores et les na- postes semaphoricos e os navios,
vires. •• • . -
SEGTIÓN IV SÊCÇÃÒÍV
v *
' -•••"•.. •••ii !•>':•. -.;• (;-,,.• :• • i. • ..... ...., .•. .•
De la perception Da cobrança

j^ikíMí'. pepception' 'des. taxes a lieu Art. 44.° A cobrança das taxais tèrá lbgâif
au idèp.art. i-, . , . . no acto da partida.. , ;
ín^ptxt jtputefpis perçus à Tarrivéé sur.le des- Serão tòdavia òobràdos á chegádà dò dés-
tinátairPv,.. .. ...• : •• •, tínatario:', . ..' ' ;
La, taxie des dépêches expédiéès, de,lá : A taxa dos despachos expedidos'do
mer,;par ; rintermédiaire des sémaphores; mar ppr intermedio dos postes1 éétóàpbori-
, ...':. ,. . ... .... /', cos; ' ' " f '
.^^V^a t p e cbmplémentaireâes dépêches 2.° A taxa compleniérttkrdpè dé§pià'chos
à fairç su i?,re; ..., ' . ' . , , a sèguir; :,
, . ;30;La;:taxe complèmentaire des réponses , 3.° À taxa coiiiplementar das respbstas
P I Í ^ A Q j j t . 1'étendue excède la longUeur pagas, ,cujá extensão exceder a distancia fifàn-
alfranchie; queada;
...i^iLe^frais detransport, audelà des bu- 4.° As despezas de transporté,' alem'dás
rea l ip; : íéiégraphiqties, .par. un moyeh pias esíáÇÕ.estelegraphicas, bbr mèío riíiàis rápido
£apjde qfiç: la poste,, dans les états ou un ser- que o' do correio, nos esífrdbs Pndè Sé hpu-
v|ee 4®-,çette n.atuçé est õrganisé.....' , ver oí^ahisado um serviço d'esta na turézá.'
KiíTpi^tefpjs, rexpéditéur d'unè dépêcbe,re- *; ToçiaViá o. expedidor dè utó dèspácho
çpmniílfidee peut àffrançbir çe, tránsport contftóèndadô' poderá' T r a f í ^ i ^ ' ^áte•'•tràii^-
mpyenpfç>n,t le dépôt, d'une somme qui est porte .medianté õ depositò"Ôé umtí sbthma;,
déteçfninée par le bureau d'oi igine, sâuf qué sérá determinada pela éstãçãó Prigina-
liquidatión ultérieure. La . dépêche dè'ré- ria, salvo liquidação ulterior: O déspáòhb dè
toui; .faiti.cpnnaitre le. montant des firais dè- retorno fará conhecer a importanciádas dé£-
hoursés. • . ' ...'.. pézàs desembolsadas. : ?i . "
Daps tpus les cas ou il doit y avoir perce- Em todos os casos, ém "qtiè deve tèr logar
pí,jqp 3 jjârrivée, la dépèçhe p'est dèlivrèe a cobrança á chegada, o déspachó só será eú-
afl fiçístinatâire que coritrè payement de la treguè ad destinatário depois dfe verificado o
taxe due. pagamento dá taxa devida.
SECTION V SECÇÃO V
Des (ranchiseK Da franquia
Art. 45* Les déppches rèlativès au,ser : Art. 45.° Os despachos1 relátivp's á ó s e r -
'Yi,çe-j^.fj61égraph^ipterpáiònâ9x,des' ètáts viço dos telegraphos intérn'acionáéè dPS 6s'-
(^ptrí\Çjt^j[.ts sont n' , án,smisesenfrânchisè , sur tadós cPntratantesi serão tránSniittidos' ^ra-
tpul.íç reseau.des dits états. t#tá'tóèhtè'!fcpbrè''tòda a • 'flitóá'-eâ-
'. •','. tadosV ' • • ' • ' • • •• i •: •'>••< •••'
SÉCTIÓN VI SECÇÃO V | ••-' <J ,r, I P . , . t r . '
Des détaxes et rembourseménts Da restituição das taxas e reembolios
..Art.j'46® Est restituéé à réxpédiieur par Art. 46.° Será restituída ao 'expedidor
1'état qui í'a perçué, sauf recours cpntrè lés pelo estado qué á tiver arrècàdado, salvo r e -
autíjBç, çljatSjS.ljíj, a li,eu, la.taxe detouiedé- curso contra ps outros estados, se isso tivér
pêché dónt lá transmission télegifàphique n'a logar, a taxa' de quálquèt- dèá^ácho 'Cuja
pas été effectuéé. transmissão telegraphica se nào tiver tea-
; M
•; i; • .•,,••!•' •• '• : I Í S a d O . ' ' "r" '
. ,'ij Ar^.j,47®; Est; rèmboursée .l'exj^é'ditèpr , Art., 47.° Será reèmbolsjidô o èXfièáiâor
pá^retat qui l-a pèrçuè, sauf i^ecpúrs contre pelo estado que houver fétfò' à' tiôbrárifâ,
le£,autré§ états,.s"il y a.lieu, Íá;taxe intégralé áalVò-"réçíáràof .èontrá -os'óiitWfe''feSfâdos^-sè
de .toulp jfjfépéfjbe recòjnrpandéò (jui, çar isso tiver ío^fái4,' da taxâ ihtègfâl de qualquer
suifé,-q.'iln r^tãrd' notáme, oú dè,'graves, et- despacho rècómtaénfladb ^tiéú jp&r-tfritídê
re,urjs.djp,tj;áps^riissiqh, ^'f^u.martifèstèment dè demora nòtàvèl, otíerfbslraves defráns-
rpfijpjrr lpnPtsjéí, ^ m ó . í t j ^ ú ^ l e retà^d bu miâsãó, não;tivpr|)Pdi'do naáíiifegtàmenteprés-
^çj^^pié.[^çutôljíe, un"'etai, ou à énbfliér ó; setf objecto, comtáhto'qilé:â'dè'rrlPrà
.qne. .cb^paginie^nvèe quin'aiuràit pás ou erfo tóíb s'éjáJ imfjútavet. à' um estadó! PU a
çepté iès disppsi tíoris dè típrèèéníé éontetó- utóà, companhia partièUlár l<jiie nãò hoúVér
tíòn.' i ; ^ • 'à'éeià'dÔ'aádisíí)âé5'èsdá pr«jáiBátôinMVâíi(8d.
i'G, dè dezembro 1865 607
Art. 48® Toute réclamation doit être for- Art. 48.° Qualquer reclamação deve ser
mée, sous peine de déchéance, dans les trois apresentada, sob pena de prescripção, du-
mois de la perception. rante os tres mezes da cobrança.
Ce délai est porté à dixmois pour les cor- Este praso será de dez mezes para,as cor-
respondances échangées avec des pays situés respondências trocadas com paizes situados
hqrs d'Europe. fóra dá Europa. ' ' • •
:
) , TITREÍV PAirEE i'y
•ti' - 'Se la comptabilité internationale Da contabilidade internacional } .
À'rt. 49® Lés hautes parties Contractàntes Art. 49.° As altas partes contratantes da-
se doivent réciproquement compte des taxes rão reciprocaménte cOntâ dás táfcas àrréíà1
p e i d e s par chacúne d'elles. dadás por cada uma d'ellaS; •
Ée's. tákes âífèrentes aux drôits de copie As taxas correspondentes : aos direitos de
tt^dé transpor t aú delà des lignes sont dévo- cópia e de transporte, alem daá linhas, serão
lués àTétat qui á délivré les copies ou effe- devolvidas áo estado què tiverèntrégádo as
ctué |e transport. , copias ou effectuado ó transporte:
Chaque état crédito 1'état limitrophé du Cáda estado creditará o estado limitrophé
íporitant des taxes dè toutes les dépêches da importancia das taxásde tódò's'0s despa-
q u ' i i i u i a transmises, calculées depuis la chos que lhe tiverem ádótrànSmittidbS; cal-
Iftmtíèfe' de ces deux états jusqu'à destinà- culados desde a frónteirâ d'estes'dois* esfá-
tión.' dos até ao seu destino.
Ces taxes peuvent être réglées de com- Estas taxas podem ser reguladas d e Gpih-
mun áccord, d'après le nombre des dépêches mum accordo, segundo o numero dOs des-
qui ijpt franchi cette frontière, abstraction pachos que tiverem atravessado a frontèirá,
râité(,du nombre desmóts et des frais accéb- fázendõ-se abstracção do numerd dè palavras
SÓireSÍ Dáns cé 'Caseies párts de fétátiimi- é das despezas áCcesS0riá£--N'eáté caso^as
tfõpfie' ét de chacuri des états súiváhis, f i l y quótas-partes do estádo liiHifróphe; e 'dè
a lieu, sont déterminées par des móyenhès cada um dos estados seguíbteS; s'é fesò tiVér
ètablies contradictoirement. logar, serão determinadas pelas medias es-
tabelecidas contradictóriámente.
Ãrl' 50® Les taxes pérçues d'ávance pour Art. 50.° As taxaá' recebidas ádiáritàdà-
reponáes payées et. recommendations' sont mente pelas respostas' pagas, e récomnien-
rèparíies, entrè les divôrs états, confòrmé- dações, serão repartidas entre os diversos
iáfent àux dispositions delarticléprêcédent, estados conforme as disposições do artigo
les réponses et les dépêches de retodr êtánt precedente; as respostas e os despachos de
tráitéés, dans les coípptés, comsné des dépê- retorno serão considerados nas contas cdmo
ches órdínáires qui aúraient été expédiées despachos ordinarios'que houvessem sido
par l'état qui a pèrçu. expedidos pelo estado qUe recebeu.
Lorsque la transmission n'a pas eu lieu, Quando a transmissão não tiver tido effei-
lá taxe est acqhise à 1'office qui l'a pérçue, to, a taxa pertencerá á estação que a arre-
sauf les droits de 1'expéditeur. _ ; cadou, salvo os direitos do expedidor.; i
Art. 51° Lorsqu'Une. dépêche, quelíèque Art. 5 1 Q u a n d o utíi ddspacho,.qualtfuer
sóit; : a été transmise p a i une vòiè diffé^eb te que seja, tiver sido transmiitSdt) ^ori^ia di-
d'e céitó qui a seHí d è base a lá tãxé; la dif- versa daquella que servid'de base â: taxada
fé'ré'ò6é dè taxe est'áupportée par foffice qtíi differença d'esta recairá sobre'a éstáçãoíque'
a dêtburné i'â.dépêche. tiver desviado o despacho. .,
. ; k h . 52 ô Lè íèglement réciproque deã- Art; 52.® A regularisaçãõ reciproca >dak
córiiptès' áMíé'tf'à 1'éxpirátion de chaque contas terá effeito no fim de cada mez. • < • >:
mois. O encontro e a liquidação do saldo serão
Le décompte et la liquidation du solde se realisados no fim de cada trimestre. - >
forità la fin dechaque trimestre. »Art. 53.° O saldoresultante da liquidàção
Art. 53® Le solde résultant dè' la liquida- será pago na moeda corrente: doestado, a'
tion est payé en morinaiócóuraòte dè 1-état favor do qual o mesmó ssaldó forí estàbêle-
á'ff ptfôm á l t ó éérébldé^st établí;' • cido. !• : .! •]• . f i J l l l l !l>»ij!:-.i.!:--il !
no ,.-ii>in-|i:! »:••••' í.ia ir v • ••• • .••! i; • :• 'íi'!Íí;vr '.• :: ;
il í i ; . j [jlfl[ÍI': '1.1, 'I • .! -si; V ' ! • •!,;!:. •• ..t ; '•. >i H! «tri
" d > - » l f i ! ' t í < i rií.5 '•!•:..• -••..:.•: i !.!! •' . • ' ->íi • .' •', 'iii; i-, .-'iilí^i:' f.(|. •
' ftllf t;l»t:-. ((! >".' • I>j»'-!(;.v«j ! . . ', • "ir." - i -iiioq
5.72
1865 19 de outubro

TITRE V . TITULO V
Dispositions générales Disposições geraes
SEÇTIONI SECÇXO I
Des dispositions eompléitientaires Disposições complementares

Art. 54° Les disposition de la préseate Art. 54.° As disposições da presente eon r
convention seront complétées, en ce qui venção serão completadas, no que toca ás re-
concerne les régies de détail du service in- gras praticas do serviço internacional, por
ternational;'par Un règlement commun qui um regulamento commum, que será feito de
sera artfêtó de concert entre les administra- accordo entre as administrações telegraphi-
tions. télégraphiques des états contractants. cas dos estados contratantes.
Les dispositions de ce règlement entre- As disposições d'este regulamento come-
ront en vigueur en même temps que la pre- çarão a vigorar ao mesmo tempo que a pre-
sente convention; elles pourront être, à tou- sente convenção, e poderão ser em qualquer
te éspoque, modifiées d'un commun accord epocha modificadas de commum accordo pe-
par les dites administrations. las ditas administrações.
Art. 56 e L'administration de l'état ou, en Art. 53. 0 A administração do estado, on-
vertu de l'article 56 a ci-après, aura eu lieu de, em virtude do artigo 56.° seguinte, tiver
la dernière conférence," sera chargée des logar a ultima conferencia, será encarregada
mesures d'exécution relatives aux modifica- da execução das providencias relativas ás
tions à apporter d'un commun accord au rè- modificações que houverem de ser effectua-
glement. das de commum accordo no regulamento.
Toutes les demandes de modifications se- Todas as propostas para modificações se-
ront adressées à cette administration, qui rão dirigidas a esta administração, a qual con-
consultera toutes les autres, et, après avoir sultará as demais, e depois de alcançado o as-
obtenu leur assentiment unanime, promul- sentimento unanime, promulgará as altera-
guera les changements adoptés, en flxant la ções adoptadas, fixando a data para a sua
date de leur application. applicação.

SECTION II SECÇÀO II

Conférenees.et Communications r e c i p r o q u e s Conferencias c communicações reciprocas

Art. 36° Laprésente convention sera sou- Art. 56.° A presente convenção será sub-
mise à des révisions périodiques, ou toutes mettida a revisões periódicas, nas quaes se-
les puissances qui y ont pris part seront re- rão representados todos os estados que a ella
présentées. adherirem.
A cet effet, d e s conférences auront lieu Para este effeito haverá conferencias suc-
successivement dans la capitale de chacun cessivamente, na capital de cada u m dos es-
des états contractants, entre les délégués des tados contratantes, entre os delegados dos
dits états* . ditos estados.
La première réunion aura lieu en 1868, à A primeira reunião terá logar em 1868
Yienne. emVienna.
Art. 57® Les hautes parties contractan- Art. 57.° As altas parles contratantes, a
tes, afin d'assurer, par uuéchange de com- fim de assegurarem por meio de uma troca
munications réguíières, la bonne adminis- de communicações regulares a boa adminis-
tration de leur service commun, s'engagent tração do seu serviço commum, obrigam-se
à se transmettre réciproquement tous les a transmittir reciprocamente todos os docu-
documents relatifs à leur administration in- mentos relativos á sua administração inter-
térieur et à .se communiquer tout perfe- na, e a communicarem-se qualquer melho-
ctionnement qu'elles viendroient à y intro- ramento que vierem a introduzir.
duire.
Chacune d'elles enverradirectement à tos- Cada uma d'ellas enviará directamente a
tes les oufres: todas as outras:
l ° P a r le télégraphe: 1 P e l o telegrapho :
La notification immédiate des interru- A notificação immediata das interrupções
ptions qui se seraient produites sur son ter- que se effectuarem no seu territorio, ou nas
ritoire, ou sur les lignes des états et des linhas dos estados e das companhias parti-
compagnies privées, auxquels elle servira culares, ás quaes servirá de intermedio para
d'intermédiaire pour leur correspondance a sua correspondencia com cada um dos es-
avec chacun des états contractants. tados contratantes.
2° Par la poste: 2.° Pelo correio:
14 de n o v e m b r o 1865 609

La notification de toutes les mesures re- A notificação de todas as providencias re-


latives à 1'ouverture des lignes nouvelles, à lativas á abertura de novas linhas, á suppres-
la suppression de lignes existantes, aux ou- são de linhas existentes, ás aberturas, sup-
vertures, suppressions et modifications de pressões e modificações do serviço das esta-
service des bureaux cumpris sur son terri- ções comprehendidas sobre o seu territorio,
toire ou sur le parcours des lignes télégra- ou no trajecto das linhas telegraphicas dos
phiques des états et compagniesdésignésau estados e companhias designadas no para-
paragraphe précédent. grapho precedente.
Au commencement de chaque année, un No principio de cada anno um quadrp es-
tableau statistique du mouvement des dépê- tatistico do movimento dos despachos na sua-
ches, sur son réseau, pendant 1'annèe écou- rede, durante o anno findo, e bem assim a'
lée, et la carte de ce réseau, dressée et ar- carta d'eslarede, organisada e aGeordada até
rêtée au 31 décembre de la dite année. 31 de dezembro do dito anno. •
Enfin ses circulaires et instructions d e - Finalmente as suas circulares e instruç-
service, au fur et à mesure de leur publica- ções de serviço á medida que se forem pu-
tion. blicandó.
Art. 58" Une carte officielle des relations Art. 58." Uma carta official das relações
télégraphiques sera dressée et publiée par telegraphicas será organisada e publicada
1'administration française et souraise à des pela administração franceza e submettidaa
révisions périodiques. revisões periódicas.
SECTION III ^SECÇÃO III
i
Des reserves Das reservas

Art. 59" Les hautes parties contractantes Art. 59.° As altas partes contratantes re-
se réservent respectivemente le droit de servam-se respectivamente o direito d e effe-
prendre, séparément entre elles, des arran- ctuar separadamente entre ellas contratos
gements particuliers de toute nature, sur les particulares, de qualquer natureza, nos pon-
points du service qui n'intéressent pas Ia gé- tos do serviço que não interessarem á gene-
néralité des états, notamment: ralidade dos estados, e especialmente: :
Sur la formation des tarifs: Sobre a formação das tarifas;
Sur l'adoption d'appareils ou de vocabu- Sobre a adopção dos apparelhos oíi voca-
laires spéciaux entre des points et dans des bulários especiaes entre pontos e em deter-
cas déterminés; minados casos;
Sur 1'application du système des timbres- Sobre a applicação do systema especial de
;
dépêche; estampilhas telegraphicas;
Sur la perception des taxes à 1'arrivée; Sobre a arrecadação das taxas á chegada';
Sur le service de la remise des dépêches Sobre o serviço da remessa dos despachos
à destinãtion; ao seu destino;
Sur 1'extension du droit de franchise aux Sobre a extensão do direito de franquia
dépêches de service qui concernent la mé- nos despachos concernentes ao serviço da
téorologie et tous autres objets d'intérêtpu- meteorologia e quaesquer outros objectos de
blic. interesse publico. .
SECTION IV SECÇÃO IV
Des>dhésions D a s adheaSes

Art. 60° Les états qui n'ont point pris Art. 60." Os estados, que não tiverem to-
part à la presente convention, seront admis mado parte na presente convenção, serão
à y adhérer sur leur demande. admittidos a adherir^a ella logoque o solici-
Cette adhésion sera notifiée par la voie tem.
diplomatique à celui des états contractants Esta adhesão será notificada pela via di-
au sein duquel la derniére conférence aura plomatica ao estado contratante, no qual se
été tenue, et, par cet état, à tous les au- houver effectuado a ultima conferencia, e por
tres. este estado a todos os mais.'
Elle emportera, de plein droit, accession Esta adhesão importará o direito pleno de
à toutes les clauses et admission à tous les accessão a todas as clausulas e á admissão a
avantages stipulés par la présente conven- todas as vantagens estipuladas na presente
tion. • convenção.
Art. 61® Les hautes parties contractantes Art. 61.° As altas partes contratantes
s'engagent à imposer, autant que possible, compromettem-se a impor, tanto quanto
les régies de la présente convention aux com- possivel, as regras da presente convenção
5.72 1 8 6 5 19 de outubro

pagnies concessionaires de lignes tèlégra- ás companhias concessionarias.de.lipl^as te-


phiques terrestres ou sous-marines, et à né- legraphicas terrestres ou sub-naarjnas, e a
gocier, avec.les compagnies existantes, une negociar com as companhias existentes umsí
réductiOn réciproque des tarifs, s'il y a lieu. reciproca reducção de tarifa, sendo po^iye};
< Ne seront compris, en aucun cas, dans le Não serão comprehendidas,, em nenhum
tarif international: dos casos, na tarifa internacional:.
1° Les bureaux télégraphiques des états 1.° As estações telegraphicas dos estados
et des compagnies privèes qui n'auront point e companhias particulares que TI^O, .tiverem
acceptéles dispositions réglementaires uni- aceitado as disposições regulaniep,t^res.uni-
formes et òbligatoires de la présente con ven- formes e obrigatórias da presçjòte' conyen-.
tion; • ' • ção:
i'2t Les bureaux télégraphiques des com- . 2.° As estações telegraphicas das eompa-
pagnies de chemins de fer ou autres exploi- nhias dos caminhos de ferro ou óújtras explq-
tations privées, situes sur le territoire çon- rações particulares, situadas ho teçritorio
tínental-des états contractants ou adhérents, continental dos estados contratantes ou àd-
et pour lesquels il y aurait une taxe supplé- herentes, e pai a as quaes houver uma taxa
me&taire. = h b supplementar.
...r..." , SECTION V • SECÇÃO V
B e 1'cxecutiou , Ba execução

Art. 62 e La présente convention sera mise Art. 62.° A presente conyenpãp spr&pos.-
en exécution à partir du l e r janvier 1866, et ta em execução a começar de 1 de janeiro
demeurera en vigueur pendant un temps in- de 1866, e ficará em vigor durante um tempo
déterminé et jusquà l'expiration d'une an- indeterminado, e até á expiração de um anno,
née à partir du jour ou la dénonçiation en a contar do dia em que for denunciada.. ;
serait faite. -
Art. 63 a et dernier. La présente conven- Art. 63.° A presente convenção será rati-
tion sera ratifiée et les ratifications en seront ficada, e as ratificações trocadas em Paris,
échangées à Paris, dans le plus bref déíai dentro do mais breve praso possivel',. .
possible. . ... - .
En foi de quoi, les plénipotentiaires res- Em fé do que os plenipotepciarios respe-'
pectife.l'ont signée et y pnt apposé le cachet ctivos a assignaram e sellaram cójn o sinete
de leurs armes. das suas armas. . ,,
Fait à Paris, en vingt expedjteurs, le 17 Feita em Paris, em vinte a.utpgraplios,
mai'.j!865.=(L. S.) Paiva = (h. S.) Met- aos 17 de maio de 1 8 6 5 . = ( L . § . ) ' fmá—
ternich — (L. S.) Baron A. Schweizer = (L. S.) Metternich=(L. S.) Barão Sçhjbei-
4e Wendland—(h. S.) Ba- zer—(L. S.) Barão de Wep:dbnd~'(h.%)
ron $ugi-.Qfflens<=?Qj, S.) Çomfe Moltke Barão Eug. Beyens={L. Çònde Mqllke
Hvitfeidt = (L. S.j Alexandra '4jf<w?==.(Lf Hwtfeldt=(L. S.) Alexandre S.);.
S O ^ t i P f l f ê f f t . S . ) PhocÍQ#Ro- Br.quyn .de Lhuys=QL. S.) ^fiociorj, .Ropcé'
§.-). Bçwórç. ==(L. S.) J. H. Heeren=(L'. é.):'Ba^g:jC-\
Gi: S-) Nigra^ÇL. S-) de, finsingen—{)u. :MffrftW&í'§•).'fôr, '•
Lightenv'elt= (L. S.) Gollz==(h. S.) Bud-. ghtenvelt=(L. S.) Go/fz=(L'.' S.) Bíidbefy:
berg=(L. S.) BaronSeebach= (L.S.) Ba- = (L. S.) Barão Seebach= (L. S.) Barão
ron Adelsward — (L.r S.) Kern — (L. S.) Adclsward=(L. S.) Kern=(L. S.) Djemil
Djemil=(L. S.)-ffiaeehter. -> = ( L . S.) Waechier. . .

'"'í"' .••' .. • : • •'-•!• ••:!i•;•- ' ••• ••) :: ! .-.-i '!!v -i-S-, •

I*;.'»' . ' J L I I ; ! í . i I N - : : obti-.o »% TCIÍK'!'.) M I J I ; t r t h ; r í ' ' » H I ' > » .'iiMianb BÍ L-.HJPÒI, T I B - >U
V
T

in'j •• .!•• .;c. :•••'! «ir» latiiíii-- i'i(t)i;ii!-. >;'• • '-..'uoil -ni:•<•••>'-fii-í i. -,JIÍI-'I ir.«j . ) ' » , : i d i ! ' > !
.' !'.!(T --f •{)>.! : .-.!:•,:>•' Í 'il;- . _
: • «•••lit.io /.'li,! i<«(í'íl; i-.V-.':- >.i ; • >.: "?..'}(• ,r.".h.iirim>
i. •y.iiVh), r •< -iÁl. I. i>r.'.*>)r,ti'. .'M ':;in.-j - ••"/•: iíí?hi. !'! r-siw.M, ."li e AVQ! í
•>'• - I j r.if ''.'-iilliiin'- • ' . r n ^ m u <1- ífibol -Tl.j 'lijij >.v!:Blnfi7t
, .. .uí;'_inOViKi'i " .fjoil
> •'(. " ?•:.» . Í Í / - .J'L/
!«!' "«I.-J , i«' =.!!:r- r, ••'-!..K..i-»H'S>Y!-p '!f<- ;.íi.!i;i: . xjllli í »••
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cAxm/u.
"> Í!'Í mff»iii»!mlf!f - t m l í-é rniiiiiitiirô (.1 í. ar;- HMÍI) nt/il m i «5s> íIM-^MEÍ
'f»ni, « ih M<.!> ni K SllgM jloÍMW/Ill>5 M M> 'thi!i!;'l

«slfiaimxai boxbTíí
liotottUIVfttiq-f» «»'.NÍftIUI0<j«9*10j *0l !UO(f lcj'3 SUpiiíb > JlIHi.'" ! iLlj) ,'i!MV ôiídiraist SXSl .ÉiJ»
. " . (./Oiifnud 8Í) floítftníJsáb
"7~
.•fl.iJí./iViIO iiúiltuuuail
: '• tijs f/jh
| »iin"..-l
•. i . • Uleb s'j| f.,"0) 3aTS wagnsii:». «."MaluKrfieíw.i sal hio*! •ubnltj/.
iup ori .'«fib ôJiwl wo*!' 00,£ I - -thtBt^ilnos
3b ítjntá <-:'j| oiisvei! ;
-KaraiMnteuAaoiifJ,'! :
U-i -i/i,t "jtiyi wjuii
n«vr. oiiit!tnno,.i . •.
.?l«b , bb -''t ' lnwimiJ iii|> - 'íif;í.i'-'ii>••:!!. ) -mo'!
.Iiutbl' 0U,K i . . y!([lll'i i;li'Il/. I!!>iíiij'i '
IK),I • , . . . W l J u , . , . , ! > .t.JOÍ 1 l ! f / l »
r
'.i|i ••k: • i">! Ui-y- '!•• mil ii vi"nf^iioijf/mn:; -ol nioTi
.Wilili 00,1' i •••ii'ÍMir.:-iLi-rib.!i/. •f«»i(iIJ"l '
iW.I 1. '.. . i>vr. -'Inol i;i«><0
!
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«o! yr/& siiimuno-j juTitíCM; «Vj:-.j:!il:f>lW.< i--f; ; . '/A f.-jjíiOJ HM.''! — .....wr:
.iKiinU'l;)fjstiilíia:ti1uí. !
iftO,»; • líiofjí^nc-i *slí!oJ iuo'l ;.b?ji'j
100,1 I «?oafil)iif.qswoa «« á;>l«ol laol . OMÍiií
-oa'b'1 MopinT
•IDELS «9$ «PÓ» asm «AÀGNCDAÀ TÓSIISBUÂIJEATTO^ «<>I I U O 9 isqo-.
^ivi3â sb íslosqioiint OO.i {..,. 9'unttR «I ?íi fioilqsaxVJ í -.taaiMiInap
niihBleV-obloK ab líi
.86*iiqnio5 íion
* jsl) 'Ãjlils }«'j8107!;iJ illp «930CblK)tí«rm03 gol iuol ,, . .„
M ;>?7à ànomoioa 9*«T:Ó^Ç íKiifiUI SWMÍIOhU "

inoq l 9b sxd kj(00,k ; . . . . . .íiSítLiâ-is! it> iiblVI


•um>it>v> ia «saociií sí -i '
5.72
1865 19 de outubro

ANNEXES
Tahleaux des taxes fixées jmui' servir à la formation des tarifs iulcrnationaux, en exécution
de 1'article 31° de la convention signè à Paris la date de ce jour

Taxes terminales
(La taxe terminale est celle qui revient à, chaque état pour les correspondances en provenance ou
à destination de ses bureaux.)

Designation Taxo
Indiealion d e s correspondances Observalíons
des états Francs

Autriche . Pour les correspondances échangées avec tous les états


contractants 3,00 Pour toute dépéche qui
traverse les états de
l'Union Austro-Germa-
nique cette taxe est
commune avec ces
Pour les correspondances qui traversent les états de états.
Baden. rUnion Austro-Germanique 3,00 Idem.
Pour toutes les autres 1,00

S
Pour les correspondances qui traversent les états de
Bavière.. 3,00 idem.
1,00
l'Union Austro-Germanique
tíelgique... Pour toutes les autres 1,50

Danemark.

Espagne. . .
SPour les correspondances échangées avec le Danemark

la Noçvège, la Russie et la Suèdo


Pour toutes les autres
1,00
1,50

3,00
|Pour toutes ses correspondances 2,50
Pour les correspondances échangées avec le Danemark,

France.
Í 1'Italie, la Norvège, la Suède et les états composant
1'Union Austro-Germanique, àTexception de laPrusse
Pour toutes les autres
Pour les correspondances échangées avec le Danemark, 2,00
3,00

Grèce... la Grèce, la Norvège, la Russie, la Suède, la Turquie 1,00


Hanover. d'Europe et les états composant l'Union Austro-Ger- 3,00 Taxe commune avec les
manique autres états de 1'Union,
Italie Pour toutes
Pour toutes ses
les correspondances
autres, y compris celles échangées avec 3,00
Norvège les Pays-Bas et le Wurtemberg
| Pour toutes ses correspondances 2,00
Pour les
Pour toutes ses correspondances
correspondances qui traversent les états de

Í Pour toutes ses correspondances

l'Union
3,00 idem.

0,50
Pour les correspondances échangées avec 1'Italie et la 1,00
Suisse, par la Belgique et la France 1,06
Pour toutes les autres
Portugal Pour toutes ses correspondances 3,00 Idem,
Pour les correspondances qui traversent les états de 2,50
1
Prusse 1'Union
Pour toutes
Pour les autres
les correspondances échangées avec tous les états
Russie (d'Euro- contractants, à l'excepcion de la Turquie 5,00 La taxe est portée à 8
Pe) fr. pour les stations du
Caucase.
Saxe. Pour toutes ses correspondances 3,00 Taxe commune avec les
autres états deTUnion.
Suède Pour toutes ses correspondances 3,00
Suisse Pour toutes ses correspondances 1,00
Turquie (d'Ea-
rope) Pour les correspondances échangées avec tous les états
contractans, à 1'exception de Ia Russie 4,00 Principautés de Servie
et de Moldo-Valachie
non comprises.
Pour les correspondances qui. traversent les états de
Wurtemberg et l'Union 3,00 Taxe commune avec les
Hohenzollern Pour les correspondances échangées avec la France, autres états de 1'Union.
1'Italie et la Suisse 1,00La taxe de 1 fr , pour
la France, est commu-
ne avec les outres états
de 1'Union.
26 de dezembro 1865 613
ANNEXOS
Quadro das taxas fixadas para servirem à íoritfação das tarifas iateraacionaes, e m eieeução
do artigo 3 1 . ° da convenção a s s i g n a d a e m P a r i s e m data d e hoje
A
Taxas terminaes
(Taxa terminal é aquella que pertence a cada estado para as correspondências provenientes ou com
destino para as suas estações.)

Designação Taxa
Indicação das correspondências OhserraçBes
dos estados Francos

Áustria.... Para as correspondências trocadas com todos os estados


contratantes 3,00 Esta taxa é commum
com estes estados para
qualquer despacho que
atravesse os estados da
União Austro-Germa-
Para as correspondências que atravessarem os estados nica.
fiaden da União Austro-Germanica 3,00 Idem.
Para todas as outras 1,00
Para as correspondências que atravessam os estados da
Baviera União Austro-Germanica 3,00 Idem.
Para todas as outras 1,00
Para as correspondências trocadas com a Dinamarca,
Belgica Noruega, Rússia e Suécia 1,50
Para todas as outras 1,00
Dinamarca Para todas as suas correspondências 1,50
Para as correspondências trocadas com a Dinamarca,
Haiia, Noruega, Suécia e os estados que compõem a
Hespanha União Austro-Germanica á excepção da Prússia 3,00
Para todas as outras 2,50
Para as correspondências trocadas com a Dinamarca,
Grécia, Noruega, Rússia, Suécia, Turquia da Europa
França e os estados que compõem a União Austro-Germa-
nica , 3,00
Para todas as outras comprehendendo as que se troca-
rem com os Paizes Baixos e Wurtemberg 2,00
Grécia Para todas as suas correspondências 1,00
Hanover Para todas as suas correspondências 3,00 Taxa commum com os
outros estados da
Italia Para todas as suas correspondências 3,00 União. '
Noruega Para todas as suas correspondências 2,00
Para as correspondências que atravessarem os estados
da União 3,00 Idem.
Paizes Baixos.. Para as correspondências trocadas com a Italia e a Suis-
sa, pela Belgica e França 0,50
Para todas as outras 1,00
Portugal. Para todas as suas correspondências 1,00
Para as correspondências que atravessarem os estado^
Pbussia.. da União 3,00 Idem.
Para todas as outras 2,50
Rússia (da Eu-
ropa) Para as correspondências trocadas com todos os estados
contratantes á excepção da Turquia 5,00 Esta taxa é elevada a 8
fr. para as estações do
Caucaso.
Saxonia. Para todas as suas correspondências, 3,00 Taxa commum com os
outros estados da
Suécia Para todas as suas correspondências. 3,00 União.
Suissa Para todas as suas correspondências . 1,00
Turquia(da Eu-
ropa) . . . . Para as correspondências.trocadas com todos os estados
contratantes á excepção da Rússia 4,00 Os principados da Ser-
via e Moldo-Valachia
não são comprehendi-
dos.
•Wurtemberg e Para as correspondências que atravessarem os estados
da União 3,00 Taxa commum com os
Hohenzollern Para as correspondências trocadas com França, Italia e outros estados daUcião.
Suissa 1,00 A taxa de 1 fr. para a
França é commum
com outros estados da
União.
153 '
eéjuv»?:', inft , Tàxeè de trfensit ' ' : v i ••>< . < • ' .-'^MÍ
(La taxe de transit;'est cellé 'reVieiíf à'Ííkqué ètái^óur les correspondances qui traversent
son territoire.) „<•
•• •••••'•••••» • _
Désignation Taxe
des états
Indiealion des correspondances Obserrations";-'
Francs

M ã Ê f e e ^ i .E&ur toutes les correspondances et dans toutes les dire-


ctions ' 3,00 Pour toute déjáche
i «aramo; * qtíi traverse lès etiltS
ae líUnion Austro-
"íi- .iti r Germanique cette ta-
xe est commune avec
!•' ei, • , ces états.
.:•<;--,! Mi;;./
Pour les correspondances qui traversent les états de
Bade 'VUnion Ausíre-Gerniànique, daris toutès'les directíqrís 3,00 Idem. , ,
Po'ur toutes les outres .. V .......','.. 1,00
Pour les correspondances qui traversent les états de
Baviére 1'Union, dans toutes les directions '. ;';' 3,00 Idem.
Pour toutes. les autres IjOO
Pour les correspondances échangées par la France èn
Belgique les Pays-pas'd'une;párt, 1'Italie et la Suisse dè 1'autre 0,50
Pour toufeS les autres correspondances, dans toutes lés
directions 1,0Q
Danemark. Pour toutes'les correspondances et dâns toutes le^dire
ction (lignes sóus-niarines comprises) . ' . . . . . . . .'i .'1. 1,50
Pour les correspondances en provenance ou à destina-
tion du Danemark', de 1'Italie, de la Norvège, dè la
Suède' et des états composant 1'Union Austro-Germa-
Espagne { nique, à 1'exçeption dè la Prusse ........'..... 3,00
JPour les correspondances échangées entre la France et
f le Portugal ."'.'. .'. . . . . ' . '........'.'.... 2,00
IPour toutes les autres correspondances ••'.•;• •• 2,50
[ Pour^es ebrrèspondances échangées: ' ' ii
er
l l Entríá 1'Italie d'une part, et 1'Espagne èt le Portugal
] d'autre part ..•..'.... •...'•;•'.': 2,00
Fráncfe).^'.-!^':;<2® Entre la Belgique et les Pays-Bas d'une parti èt d'aií-
' 'tre p y t tous les autres états, par les frontières d'Al-
lemagne, d'Italie et de Suisse
Pour toutes les autres correspondances, dans toutes íes
directlpns.'.". : . . . . - . . . . . ...'..."...'.- 3,00 Le transit de l'ile de
Corse est fixé à 1 fr.
Grèce Pas de transit.
Hanover..,.. Pour toutés les correspondances et dans toutes les dire-
ctions .'.l . IV. :: J. 3,00 Taxe: commuriè àVéc
lés' autres états de
Pour toutes les correspondances échangées entre les l'IJnion.-
Italie • frontières: d'Autriche, de France et de Suisse . . . ' . . . . 1,00
Pour toutes les correspondances échangées entre les inê-
mes frontières'et lá frontière ottomane (ligne "áotjtf-
màriiiie òomprise) ; . . . : . .....: 3,00
Norvègéi..: Pas de transit.
Pays-Bas . . . Pour toutes |es correspondances, dans toutes les dire-
i
^ ffiO'1 .';,?'( • cfions' ' .••••".'•' •-'-•--'. .-'•.' 3,00 Taxe commune avec
les autres états de
lUnijuk- •
Portugal Pas de transit.
Pour les correspondances qjii traversent les états de i irl'Eb'i , .:i
1'Uniba .i. I. ."!•• nvv.W.WPí-.-.-'; 3,00 Taxè commune avec
inq >/.fi !« i': •.<., .•.•-• </••• ir. lés autres états d«
.vrÍDRlfiV-,tí Pour tputes les autres correspondances, dans toutes les 1'Un^õn.
'dMeçtions J. •".. 2,50
Russe (d'Euro-
ío rM.- iiíiiimn/ •Pótir íoíítfels les correspondances, dans toutes les dire- «h A,
•*> ílfl J sbVoi.V) >.6 à^éXfeéponâèláíTníqtíiií^Euroiíe.... v£t. 5,00 Laconvention ne s ap-
' íisq i .-.b pliqúant qu'à l'Euro-
• '.•J/SWJ • , pe, il n'est pas fait
mention du transit
versl'A»i»,
26 de dezembro m
• 'ivUjwmMKM^O
— — B " -
Taxas de transito .
(A.taxa.de transito; é a que pertence a cada. estado para as correspondências que atravessam o seu
territorio.) j

3
D'esí^iáçío : ''' , l i Taxa
Indicação das correspondências.
dos estados Francos

; f''< :'! j . . . . . . . wh
Áustria Para tódás :as correspondências e em todas as direcções 3,00' Eáta taxa é commum
aos e£tad'òi :<dá 'Uniíó
' Âustro-Germaniçapa-
rá todo o despacho
.í ••'ii-7 • que Os atravessar.

Para as correspondências qúe atravessarem os estados


Baden..''. 1, dâXÍiiiSo Austro-Germanica em todas as direcções... 3,00 Idfern.'
i - t. ;
Pará'todas as outras 1,00
Park as correspondências que atravessarem os estados
Baviera . da União ein todas as direccões 3,00 Idem.
P ã i T t f f a ^ â r í t i r a T r r r r . r r r r . r . : : . - : ; . . -. -i;ocr
Pç|X£ as correspondências troçadas pela .França entre os
Belgica! Pàizes Baixos de uma parte,' é á Italia'e Suissa da butrâ o.so .-h.;*! •:•.:{
Pará tôdas às correspbndèncias, em todas as diredçõés. .'• 1-00
• • • •l R.VM - - V M Ã A <Ã\
D i n a m a r c a . . . . Para; todas as. correspondências e em.todas as direcções \ .; -... <Vt-HV''.
' (cómpréhendendo-se as linhas súb-marínasj
Para as correspondências provenientes ou com destino "í , ?T
á Dinamarca, Italia, Noruega, Suécia e os estados que
_,Oír-v i s - • : . ícompjõémffai-Uniãó: Austro-Germanica, á excepção,dít
. Prussj^p,,,........ . .:.,.,..... , . . . ...,-.;.. i W '-.v.-j} í.níió i «SÍ'<<T
Para as correspondências, trocadas.entre França e Pdr-
:h f:
, ' ''túigáf .v^ivV.-*.:. .'.':••.'•".'.'. i . . — 2,00*(í ''i:i!
; • .•:.•< \Pábi<todSs ás5outras còrrespondeiicias . V . - , - i t . v . it- fA^miíS •> oriíivií;
íi• *í-7 : / ' Pjta^s. correspondências trocadas: li-i
'ih o3H"ft"- de yjnà. parte, QA Hespan^.e Porta-j ••r.llr. ';!ífif'")'b '
í* gàl dá outra ...!'.". •• '. .'•*.....!":........ b OÍjòi/ \ 011 filibtl
França <2.° Entre a Belgica e os Paizes Baixos de uma parte, e, 2,00 .<>il>X\
1 da outra todos os outros estados, pelas fronteiras da
I Allemanha, Italia e Suissa
\Para todas as outras correspondências, em todas as di-
recções 3,00 O transito da ilha de
Córsega é de 1 f r .

Grécia.. Não ha transito.


HanoVer. Para todas as correspondências e em todas as direcções 3,00 Taxa commum com os
outros estados da
União.
Para todas as correspondências trocadas entre as fron-
Italia teiras de Áustria, França e Suissa . 1,00
Para todas as correspondências trocadas entre as mesmas
fronteiras e a fronteira ottomana (comprehendendo-
se as linhas sub-marinas) 3,00
Noruega Não ha transito.
PaizesBaixos.. Para todas as correspondências, em todas as direcções 3,00 Taxa commum com os
outros estados da
União.

Portugal. Não ha transito.


Para as correspondências que atravessarem os estados
da União : 3,00 Taxa commum com os
Pjrussia.. otijros estados da
Para todas as outras correspondências e em todas as di- União.
recções . . 2,50
Rússia (da Eu-
ropa) Para todas as correspondências, em todas as direcções,
á excepção da Turquia da Europa 5,00 A convenção só é ap-
plicavel á Europa,
não se menciona o
transito para a Asia.
616 1865 26'de dezembro

Designation • Tale
Indication des correspondances Obsomlions
des états Francs

Saxe* Pour toutes lés correspondances, dans toutes les dire-


3,00 Taxe commune avec.
les autres états de
Suède........ Pour toutes les correspondances, dans toutes les dire- 1'Union.
ctions (lignes sous-marines comprises) 3,00
Suisse Pour toutes les correspondances, dans toutes les Are-
ctions 1,00
Turquie (d'Eu-
rope).....'. Pour les correspondances en provenance ou à destinã-
tion de la Grèce Principautés de Servie
» 3,00 et de Moldo-Valachie
non comprises.
Wurtemberg et
Hohenzollern Pour toutes les correspondances, dans toutes les dire-
. ctÍODS Taxe commune avec
les autres états de
3,00 1'Union.

Fait à Paris, le 17 mai 1 8 6 8 . = Paiva'—Metternich—Baron A. Schweizer—Baron


de Wendland—Baron Eug. Beyens—Comte Moltke Hvitfelt=Alexandre Mon=Drouyn
de Lhuys=Phocion Roque—J. H. Heeren—Baron C. de Linsingen=Nigra=Ligh-
tenvell—Gollz—Budberg—Baron Seebach=Baron Adelsward—Kern=Djemil—
Waechter.

E sendo-me presente a mesma convenção, cujo teor fie a acima inserido, e bem visto,
pelas côrtes geraes, è ouvido o conselho «Testado, a ratifico e confirmo, assim no todo co
lida pará haver de produzir o seu devido effeito, promettendo observa-la e cumpri-la in
munho e firmeza do sobredito, fiz passar a presente carta, por mim assigriada, passada
secretario d'estado abaixo assignado, a qual ficará depositada em Paris e servirá de ratifi
Dada no palacio das Necéssidades, aoá 36 de dezembro do anno do nascimento de
de Castro.

t ••

; iV :
; -úU'. >j.t»%lt»1«.;i «•
itli.í; . v'r i - • Í ,.'r Áf.iíu .( '». >
V-tem ii f.it •••t.Yi
-O Íii0;.i ínJí ;í'f/íiO') fiJtfi'1
fVj.FÍ ; , T
JJ"«.ft-JTFI'.I. L: ia FJEFO.I !II I '.•IS!:II ILMCUJII !RIII.-I >.t, «EU.1 J.'IÍ:'I I . <0/1: U J
l,\: HCntflO
.Oiiillíj
o)vim) B/í,0'aVi
{«obtó 'o iuw.i-.aoivftilc atip HSwiwLnoqaânori.íss irç.-:''i
?.o uio-í j c>tB'f- OU.i,r. i i<•<?,:n'J.i-(i. f)
fib trhblvt >.W\uif -^'J^UU l í ' i .-.Uêirt'!
>:>Sin'f .j i -ifi i/i j/iboJ-iií-j ^siloo it, «sbol rnfli
08, & j .. s, ....'. :....'., -ps-f .j
! • í • - ' ii -;j'
- -f íbt iHísiiti
! - | (ísOgastifc Ktt&oi u:'« iM&iflsÍMoqgsiictt n$. ssfcoí I; j/fl i
-rjtí á óA. i .y <»<»'>.! Ofyd v — . . . . wjóiua sb «Iwpwt otjfjsoxâ i; i
• KqOTiiy i; l'iv«3ilq
• j i.ciii^iir.ni •>>. : ; !
<;t.;A í{ " I U i u v i I j i
í
36 de dezembro 1865 617

Designação Taxa
Indicação das correspondências ObserraçSes
dos estados
Francos

Para todas as correspondências, em todas as direcções 3,00 Taxa commum com os


outros estados da
União.
Suécia Para todas as correspondências, em todas as direcções,
(comprehendendo-se as linhas sub-marinas) 3,00
Suissa Para todas as correspondências, em todas as direcções 1,00
Turquia (da Eu-
ropa) Para as correspondências provenientes ou com destino
á Grécia 3,00 Os principados da Ser-
via e Moldo-Valachia
nSo sSo comprehen-
Wurtemberg e didos.
Hohenzollem Para todas as correspondências, em todas as direcções 3,00 Taxa commum com os
outros estados da
UniSo.

Feita em Paris, aos 17 de maio de 1 8 6 5 . = P a i v a — M e t t e r n i c h — B a r ã o Schweizer


— Barão de Wendland=Barão Eug. Beyens—Conde Moltke Hvitfeld—Alexandre
Mon—Drouyn de Lhuys—Phocion Hoque=J. H. Heeren—Barão C. de Linsingen—
Nigra—Lightenvelt— Go\tz=Badberg—Barão Seebach—Barão Adelsward—Kem
= Djemil=Waechter.
*

considerado e examinado por mim tudo o que n'elía se contém, e tendo sido approvada
mo em cada uma das suas clausulas e estipulações, e peia presente a dou por firme e va-
violavelmente, e faze-la cumprir e observar por qualquer modo que possa ser. Em teste-
com o sêllo grande das armas reaes, e referendada pelo conselheiro d'estado ministro e
cação para cada uma das potencias signatarias da sobredita convenção.
Nosso Senhor Jesus Ghristo de 1865.—EL-REI, Regente, com rubrica e guarda.—Conde
D. de L. o.* 85, de 10 de maroo.

184
/
REPERTORIO ALPHARETICO
, DA

LEGISLAÇÃO E ORDENS 1)0 GOVERNO


o

DE

EXECUÇÃO PERMANENTE * \

PERTENCENTES AO ' '•'.'',

A N N O D E 1865

PUBLICADAS NO . '

DIARIO DE LISBOA E COLLECCÃO OFFICIAL DAS LEIS


••. I oo^coa , |,.4 k

a quem se attribuiam: P. 9 maio 1865 (M. R.—


A inedita.) Coll. pag. 550.
Administradores de concelhos—não é admissí-
Abalroamento—o recibo do pagamento da con- vel que os effectivos sirvam simultaneamente e no
demnação imposta a alguma embarcação pelo ca- mesmo concelho com os substitutos, exercendo es-
pitão do porto, é. documento sufficiente para se tes urna parte da jurisdicção e aquelles outra: P.
julgar desembaraçada a embarcacão condemnada: 30 jan. 1865 (M. 11.— inedita) Coll. pag. 531.'
P. 26 jul. 1863 (M. M.—D. L. '166 de 27) Coll. Devem pagar direitos de mercè^ainda quan-
pag. 263. do sejam militares, porque nenhuma excepção; faz
Academia real das sciencias — aos seus socios a lei em seu favor: P. z2 fev. 1865 (M. n.—ine-
pertencem 100 exemplares das suas obras que se dita) Coll. pag. o36.
publicarem nas collecções académicas: P. 22 marco Recenseados como dos quarenta maiores
1863 (M. R.—D.'L. 69 de 27 março) Coll. pag. 76. contribuintes do concelho, podem votar na elei-
Acido pyro-lenhoso—de mais de seis graus, que ção da commissão de recenseamento, ainda mesmo
direitos paga: Res. n.° 234 de 6 abri! 186o (C. G. que estejam em exercicio: P. 24 fev. 1865 ,(M. R.
das A. —D. L. 79 de 7) Coll. pag. 107. — inedita) Coll. pag. 537.
Actos de philosophia—regulada a fórma d'elles Não lhes compete conhecer se os factos de-
na universidade: D. 8 jun. 1865 (M. R. — D. L. clarados crimes pelas leis penaes, envolvem ou
135 de 17) Coll. pag. 189. não criminalidade, porque é esta funcção exclusi-
Adiantamentos de ordenados—prohibida a con- va dos juizes: P. 9 maio 1865 (M. R.—inedita)
cessão d'elles aos empregados dependentes do mi- Coll. pag. 550.
nisterio da marinha, com excepção apenas dos mi- Não podem ter residencia fóra da cabeça
litares nomeados para servirem fóra de Lisboa, e do concelho: P. 25 out. 1865 (M. R.—inedita)
dos alumnos ou empregados com graduações mi- Coll. pag. 574.
litares, quando forem promovidos a officiaes: P. Só podem ser suspensos em casos urgentes
9 set. 1865 (M. M. —D. L. 204 de 17) Coll. pag. que demandem a prompta substituição d'esses ma-
331. gistrados, por motivo grave que não permitta re-
Administrador do concelho de Cintra — repre- correr ao governo: P. 1 dez. 1865 (M. R.—ine-
hendido por ter consentido a um ferrador o exer- dita) Coll. pag. 586.
cicio de medicina: P. 18 fev. 1865 (M. R.—D. L. Aferidores — devem dar aos inspectores de pesos
49 de 2 março) Coll. pag. 50. e de medidas os dados e informações estatisticas
do concelho de Tábua — louvado pelas de que trata o artigo 5.° do decreto de 7 demarco
diligencias que empregou para que a camara inse- de 1861: P. 11 jul. 1865 (M. R. —inedita) Coll.
risse no seu orçamento uma verba importante para pag. 560.
instrucção primaria: P. 19 abril 1865 (M. R . — Aforamentos de terrenos no estado da India —
D. L. 90 de 22) Coll. pag. 127. são regulados pelo decreto de 4 de dezembro de
do concelho de Mafra—advertido pôr não 1861, menos quanto á designação dõ fòro que;será
ter participado ao juizo competente o facto de ha- feita pela junta de fazenda, segundo as circum-
ver um tabellião reconhecido como verdadeiras as- stancias : D. 23 maio 1865 (M. M.—D. L. 125 de
signaturas feitas por pessoas differentes d'aquellas 3 jun.) Coll. pag. 170.
1
A 2 A
Afilamento dos pesos e medidas — é feito em-Lis? abril 1865 (M. F. — D. L. 86 de 18) Coll. pag.
boa no periodo de tempo comprehendido entre ,1 109- ;: ,
de julho e 1 de outubro: D. 4 out. 1805 (M. 0.1». Alfandegas — Supprimiu-se na de Lisboa um lo-
— D. L. 243 de 26) Coll. pag. 361. gar de chefe de serviço, pelo obito de Henrique
Agencia'militar — creada uma em Lisboa, para Daniel Wenck : P. 20 "abril 1865 (M. F . - D . L. 94
substituir os officiaes em commissão uin Lisboa, e de 27) Coll. pag. 139.
para receber as requisições dos corpos, o faze-las Creou-se uma ein Angoche : D. 5 jul. 1865
expedir çojivçnieptemento acondicionadas: P. 26 . (M. M. — D. L- 150 de 8) Coll. pag.
jul. :lM>5j ôrdf dá exBrc. n.° 32.de 28 iul.'(M. G . f - •—r— Detei;min0iVrsé que as àlfand;ega| (fe tira-
Di L/188 Be 21 agasto) Coll. pag. 267. gançá é da Bárea d'Alya tivesse cadajiiíia n f c l s -
Ordenou-se que começasse a funccionar pirantes: D. "22 jul. 1865 (II. F. — D. L. 168 de
em 16 de setembro: ord. do exerc. n.° 36 dc 28 29) Coll. pag. 260.
agosto 1865 (M. G. — D. L. 196 de i set.) Coll. Deraru-se instrucções para regular o ser-
pag. 323. viço dos inspectores d'ellas: P. 4 agosto 1865 (M.
Aguardente— a que entrar em Gaia ou no Porto F . ' - D . L. 183 de 17) Coll. pag. 287 a 289.
paga 1$000 réis por pipa, para as camaras, das Declarou-se que os prasos de tres e de cinco
duas terras e para o thesouro: L. 23 dez. 1865 anno marcados para dentro d'elles se despacharem
(M. O. P.—D. L. 292 de 26) Coll. pag. 508. as fazendas armazenadas nas alfandegas, só eram ap-
Aguas livres — auctorisado o engenheiro dire- plicaveis ás fazendas entradas depois da promul-
ctor a proceder ás obras necessarias para o engran- gação do decreto de 7 de dezembro de 1864 : P.
decimento das caleiras do aqueducto: P. 2 jun. 1865 10'out. 1865 (M. F.—D. L. 230 de 11) Coll. pag. 366.
(M. O. P.— D. L. 127 de 6) Coll. pag.. 184- Ordenou-se que os fundos existentes no co-
:
Mandou-se estudar o moao de aproveitâr fre da dô Eunclial, destinados para soccorrer os
melhor durante o verão as que alimentam os cha- trabalhadores da companhia braçal gue se inutili-
farizes de Lisboa: P. 5 jun. 1865 (M. O. P.—D. sassem no serviço, fossem convertidos em inscri-
L. 128 de 7) Coll. pag. 185. pções: P. 12 out. 1865 (M. F.—D. L. 232 de 13)
Recommendou-se que durante a estação Coll. pag. 387.
calmosa se vigiasse por que as não desviassem dos Permittiu-se que os empregados liscaes se
tins de utilidade a que são destinadas: P. 27 jul. •fardassem dentro de sessenta dias, pelo modo que
1865 (M. O. P . — D . L. 167 de 28) Coll." pag.- lhes conviesse,' revogada á disposição regulamen-
272. tar que conimettia a compra de fardamentos a
Ordenou-se que para abastecer a capital commissões: P. 13 out. 186o (M. F. — D. L. 233
se introduzissem no aqueducto as aguas denomi- de 14) Coll. pag. 389.
nadas do Mata: P. 13 set. 1865 (M. 0 . P.—D. L. Declarou-se que os guardas da fiscalisação
208 de 15) Coll. pag. 339. recolhidos por doentes nos hospitaes, pagariam por
Albinagio —1 approvada a convenção celebrada cada dia de tratamento 200 réis, sendo o liospitaí
com os ducados de Saxonia, Coburgo e Gotha, civil, e 240' réis sendo militar: P. 18 out. 1865
para a abolição d'elle: L. 23 dez. 1865 (M, N; E. (M. F. — D. L. 239 de 21) Cpll. pag. 448.
^ D . L. 392'de 26) Coll. pag. 509. Para as de S. Thomé e Principe foi estabe-
Aléantara (catíeiro de)—declarou-se que era obri- lecida uma nova pauta: D. 23 out. 1865 (M. M.—
gáção da camara limpa-lo, e que no caso de re- D. L. 249 de 3-nov.) Coll. pag. 465 a 470,
cusa 'seria a obra mandada fazer por conta da ca- Proveu-se ao mais rápido despacho dos ge-
mâra: P. 13 out. 1865 (M. R.— D. L. 233 de 14) neros nacionaes que se exportaram pelos postos fis-
Coll. pag. 388. • caes do Barreiro, Cacilhas, Belem e estação do ca-
Alfandegas de Lisboa e do Porto—regulado o ser- minho de ferro de norte e de leste : P. 30 out. 1865
viço interno d'ellas: P. e Instr. 23 jan. 1865 (M. F. (M. F. — D. L. 247 de 31) Coll. pag. 475.
—D. L. 23 de 28) Coll. pag. 11 a 15. Declarou-se que as de Lisboa e do Pórto
rfluhicipal de Lisboa — instrucções para o não deviam impedir que as embarcações nacionaes
seu serviço interno: P. e Instr. 26 jan. 1865 (M. de qualquer lotação levassem dos depositos d'ellas
F. —•©.- £ . 23 de 28) Coll. pag. 16 a 18. mercadorias estrangeiras para as ilhas e possessões
—— Providencias ácerca dos empregados d'ellas ultramarinas : P. 22 nov. 1865 (M. F. — D. L-. 266
que éto resultado das ultimas reformas ficaram de 23) Coll.-pag. 499.
collocados em empregos inferiores, e com venci- Regulado o modo de divisão das multas e
mentos menores: D. 25 fev. 1865 (M. F . — D . L. do producto das tomadias, entre os empregados,
51 de 4 março) Coll. pag. 54. denunciantes, e empregados administrativos que
Rectificadas alguns erros das tabellas dos coadjuvaram as dilicencias: P. 15 dez 1865 (M.
decretos n.oe 1 e 2 de 7 de dezembro de 1864: D. F . - D . L. 285 de 16) Coll. pag. 507.
25 fev. 1865 (M. F . - - D . L. 51 de 4 março. Coll. Algodão cru—não tendo os caracteres de cassa
pag. 55. paga de direitos 100 réis por kilogramma: Res.
Expediu-se-lhes ordem para prestarem aos n.° 268 de 22,maio 1865 (C. G. d a s  . - D . L.118
inspectores todos os esclarecimentos, e para lhes' de 26) Coll. pag. 168.
facultarem os livros de contabilidade: P. 10 marco —i— branco em peças—é sujeito ao direito de 175
1865 (M. F:—D. L. 57 de 11) Coll. pag. 59. réis por kilogramma tendo 12 fios na urdidura em
: Regulamento do seu serviço externo, tanto 5 millimetros: Res. n.° 285 de 12 agosto 1865 (C.
no continente como nas ilhas adjacentes: P. 6 abril G. das A:—D. L. 182 de 10) Coll..pag. 296.
1865 (M. .F — D. L. 81 e 84 de 10 e 15) Coll. pag. — - As peças d'elle não tendo a finura e trans-
92 a 106. parência de cambraias pagam 125 réis por kilo-
" —— Detgrminou-se que os logares de chefes gramma: Res. n.« 292 de 29 nov. 1865 (C. G. das
d'ellas fossem sempre providos por concurso, en- A.—D. L. 275 de 4 dez.) Coll. pag. 502. -
tre os empregados da classe inferior, e nunca por Alimentos — não é attendivel no recenseamento
antiguidade: D. 8 abril 1865 (M. F — D . L. 86 de eleitoral o rendimento proveniente d'eíles se'nãó
18) Coll. pag. 409. estiverem sujeitos a contribuições publioâs: P. 30
——Alterou-se a classificação d'ellas quanto á set. 1865 (M'. R:— inedita) Coll. pag. 570.
delegação da de Olhão em AÍcoutim, e quanto á Almude—não é medida de retalho: "P. 15 marco
delegaçSo da de Penamacor no Resmaninhal: D. 8 1865 (M. R.— inedita) Coll: pag. 540.
A 3 A
'Alqueire — uão é medida de retalho: P. 12 maio livre: P. 28 agosto 1863 (M. M.—1). L. 193 de39)
1865 (Sl.R.—inedita) Coll. pag.'550. Coll. pag. 322. .'•••". ' ;
Aluguel — só póde exigiV-se pela occupação de Angola—concessão de 2:000 hectares de terrenos
terrenos .que fazem parte dbsproprios municipaes, baldios a João da Cruz (ífià'vés: D. 24 jan. 1865
e nãó p£la venda feita e;n terrenos particulares oli (M-. M — D . L. 116 de t i Wiafó) Cólí/pag. 529. :
nas ruas e praças publicas: P. '3 marco 1865 (M. Antiguidade — dos facultativos extraordinarios
K^irièdiíq) Coll. pag. S38. : ,. ;
" do hospital de S. José,'regraâpor ondfc^SB-regula:
: : P. 17 fev. 1865 (M. R. — inedita) C o l k p g , ' 0 3 6 ^
— — Não póde ter' por bastí a qualidade dós ge-
neros que são expostos á venda, iriâS ò espaço !de Archivistas das secretarias,; dás divisões .'ííiili-
terreno, oceupádo : P. 29 maio 1865 (M. R.—ine- tares—regulada a fórma 1 dós concurSoã ;pai'à f, o
dita) Coll. pag. 554. provimento d'estes logares: Óhl; do'éxerè 1 .'
' — N ã o 'dfeve exigir-se pela oceupaçãó'de ter- de 20 fev. 1865 (M. G. —D. L. 43 de 22)i:CóU.
r'enòs'Seátinadòs para iíso commum, mas^só por pag. 51. • ' ': " ' > •••• -
aquelles'que São destinados'pará produzir rendas Ardósias, - em -fórma de livro coMiófipi* e caitóho
para os concelhos: P.-29 maio 18(55 (M. R. — ine- de madeira — são sujeitas ao -niaicjr (lireitó'*í;oitfesJ
dita) Coll. pag. 554. •. pondente á materia que h'estes-obitjcto»:é:6ihpi>è-'>
Alumnos do collegio das-inissões ultjafuariiias — gadai Res. n.° 270 de 24 maió 4865 (C. G: ; dás A'.
prestam, fiança pelo pagamento de 144^000 réis — D. L. 120 de 29 maio) Coll. -pagi'17Bi-
por cadá anno' do curáó se não tomarem ordens, Arrendamentos de terrenos' lem-Satary—apprb-;
o'ú se ordenados n';io forem servir no uitramar: P. vados os que foram feitos pela junta deíazen(lada
3 jul. 1865 (M. M. - D . L. 147 dè 5) Coll. pag. 223. India, devendo proceder-se á demarcação dos'ter-
- Deve haver dois no corpo de interpretes renos arrendados: D. 23 ihaio 1863- (M. M;—D.<
dê lingua sinica creado em Macau, com um subsi- L. 125 de 3 jun.) Coll. pag. 170. •<<!<•' •• -,/i
dib mensal de W$Q00 a 30^000 réis: D. 12 jul. •Anijs—descasèado e -líttipo,- mas -de 'interior'
1865 (M. M. — D. L. 156 de 15) Coll. pag. 249. qualidade, • qne direito pagã:• Res. 'ti.° 289 de •! •
.'- -'das escolas do exercito e da polytechnica — maio 1865 (C. G. das A . ^ - D : L. iOl de S) Cbll.
só mente: regressam aos corpos no caso de exclusão pag. 147. . •' • •• ••! " •
temporaria ou perpetua das escolas, devendo du- Arrozaes —ordenou-se quá fossem'-inspecciona-1
rante as ferias ficar ás ordens do commandante da dos por delegados especiaès ídfa governo, determi-:
escola do exercito para ali serem instruidos nos naram-seos pontos sobre qué'dévia versar a in-
exercicios militares, ou nos corpos sendo officiaes: specção, e que se autuassem os'cultivadoresencon-
P. 17 jul. 1865, ord. do exerc. n.° 31 de 24 jul. (M. tra dos em transgressão doswgiilamentos: -Pv4abril-
G, —,D. L. 163 dC'26) Coll. pag. .257. 1865 (M. R. — D.L. 77 de 5)' Colliipítgi 29t -i:>.
' . -' de veterinaria e de agronomia — concedido Arsenal da marinha — encarregado a ' h m enge-t
o subsidio de 12^000 réis mensaes a dez que fre- nheiro civil o projecto de melhoramentos a fafcer
quentarem os respectivos cursos, e determinadas n'elle : P. 23 jan. 1865 (Mv>M:~^D. -L;.' 23 'dè<28)
as habilitações que em concurso publico hão de Coll;pag. i l . ':-"-•• i <• •>••.'•••• >
mostrar : P. 24 acosto 1865 (M. O- P.— D. L. 191 ——' Ordenou-se que dos objectós d'dHeie nfiff
de 26) Coll. pag. 318. fizessem mais emprestimos gratuitos;' mas que o
- — militares — regulada a fórma e tempo em inspector podesse emprestar ós Objectos dispotii-
qu.é deverão fazer os exames de admissão, prepa- veis mediante retribuição : P. 16 sèti 1865 (M.-M.'*
ratorios da escola do'exercito, hos lyceus ae Lis- — D. L. 212 de 20) Coll. pag.-<344.^ -• -i. •
boa, Coimbra e Porto: P. 5 set. 1865 (M. R . — D . Artilheria — regulado o calihre dag baterias de
L.SlÓ.de 18) Coll. pag. 329. campanha o de montanha: D. 29 maió 1865, ord.''
1
—— Applicada esta providencia aos aspirantes do exerc. n.° 27 de 19 maio (M. G. - - I K Li 139 de<
de marinha que quizerem segúir o curso dá res-- 22 jun.) Coll. pag. -177. "•"' . - j • " >
pectiva arma: P. 5 out. 1865 (M. R. — D. L. 226 Nos corpos d'ella foram mandados servir
de 6) Coll. pag. 361; provisoriamente os officiaes subalternos" de infan-
•' '. da escola do exercito —foram dispensados teria e de cavallaria que tivessem o curso das res^-
do exàme de inglez os que terminaram, d curso, pectivas armas, ou o das especiaes, a: fim de -sup^
mas hão de mostrar approvação n'esta lingua an- prirem a falta de subaltèfnos na arma de artilhe^;
tes de passarem a teiientes: Ord. do exerc. n.° 49 ria: D. 26 jul. 1865 (M. G. — D. L. 173 de 4agosto)
de 27 out. 1865 (M. G. — D.. ; L. 258 de 14 nov:): Coll, pag. 268.
1!
Coll. pag. 4591. . .'" Assembléa dos quarent$l|jaiores contribuintes —
——Nos diplomas qtíe obtiverem há de decla- ao presidente d'ella não rampete voto de qualida-
râf-!àe"a somma ,total dos vájores que alcançaram de, nem mesmo voto simples, se não estiver re-
em todas as provas dà escola: Ord. do exerc. n.° 49 censeado n'aquella qualidade: P: 24 fev. 1865 (M.
de 27 out. 1865 (M- G. —D. L. 258 de 14 nov.) R:—inedita) Coll. pag. 537: !;•• • .• •.
Coll. pag. 459. N'ella não podem1 ser ratificados os errós do
Amnistia — concedida £eIos delictos commetti- recenseamento: P. 24 fev. 1865-(M."H. — ineditaj
dos contra o exercicio dos direitos politicos: D. Coll. pag. 537.. .
•I jun. 1865 (M. I. — D. L. 125 de 3) Coll. pag. Separando-se senl elèger'á commissão.do
18,3 . : recenseamento, deve ser convocada de riovojpãra
Angoche — elevado á categoria de governo subal- satisfazer ao preceito da , é impor-se nmlta a
terno, sujeito ao governkdor geral de Moçambique, quem faltar: ! PP. 18 jan. 1865»;(Ml R.—iinedita)
designado o local da capital do districto, e. mar- Coll. pag. 528. . ) vr , : . i
cada 'a gratifieacãQ do góvernador, etc.: D. 5 jul. — N ã o conseguindo iéfecòlhbr po-r eleiçSo o-se-
1865 (M. M. —D. L. 150'de 8) Coll, pag. 280. timo vogal da'commisáão de<receiiseáímeAto-, pre--
• Angola concessão de 1 !70:000 hectares de ter- fere então o mais velho dos màis votados: 'P. .18'
renos baldios a João Samuel Dorient Bçllégarde: jan. 1865 (M. R. —inedita) Cbll, pag. S28s-'
D. 18 jan. 1'86#'(M.'M.—D. L. 18 de 23) Coll. Associação• industrial •villárealense-^iappcovadâ'
pag-6. •' ' v ' •.•'••! . . . . ' ' a sua instituição e os seus estatutos: D. 23 ibarpo;
•' Recommeridadà a bbservarféia restricta das 1865 (M. O.' P - — D . :.L,..88.de-'20'bbíil).GôlI.
disposições que vedam ,se exija trabalho forçado pag.'81'. • • ••:; "iv. .>« .. •«•*.«- • '>;•-
àbs habitantes iiidlgenas da provincia, de condição philanthropica das artes pouttiènsest—ap-:.
B 4 C
provados os seus estatutos: D. 30 maio 1865 (M. Banco ultramarino — approvado o regulamento
O. P. — D. L. 128 de 7 jun.) Coll. pag. 178. da succursal de Loanda: P. 9 junho 1865 (M. M. —
Associação philantropica e artística das fregue- D. L. 131 de 10) Coll. pag. 191 a 196.
zias de Belem e da Ajuda—estatutos approvados: • -Lusitano—approvando o regulamento pelo
D. 21 nov. 1865 (M. 0 . P. — D. L. 268 de 25) qual devera reger-se o banco: D. 10 junho 1865
Coll. pag. 497. (M. O. P. —D. L. 134 de 16) Coll. pag. 206:
Associações — as que não'têem existencia legal Do Minho — declarou-se que estava legaK
sem auctorisação do governo, estão sujeitas á fis- mente constituido: D. 5 julho 1865 (M. O. P.—D. L.
calisação da administração publica, exercida pelo 151 de 10) Coll. pag. 232.
modo que ao governo parecer conveniente: P. 5 Ultramarino —ordenou-se que as suas no-
out. 1865 (M..O. P. — D. L. 237 de 19) Coll. tas fossem recebidas nos cofres publicos de Angola,
pag.. 363. que se protegessem os agentes do banco, e que se
Os fiscaes do governo junto d'ellas podem lne desse uma guarda para o edificio do escriptorio:
assistir ás assembléas geraes, e ahi tomar parte nas P. 7 julho 1865 (M. M.—D. L. 152 de 11) Coll.
discussões, sem que por isso fique coarctado o di- pag. 235.
reito dos associados para deliberar: P . 5 out. 1865 • Lusitano — declarado legalmente constitui-
(M. O. P . — D . L. 237 de 19) Coll. pag. 361. do : D. 22 julho 1865 (M. O. P. — D . L. 163 de24)
commerciaes do reino—foram consultadas Coll. pag. 259.
pelo governo sobre quaes eram os obstaculos que Lusitano—reformado o artigo 33.° dos
se oppunham ao desenvolvimento do commercio e seus estatutos e alterado o artigo 5.°: D. 22 julho
navegação: P. 29 nov. 1865 (M. O. P . — D . L. 273 1865 (M. O. P. —D. L. 164 de 25) Coll. pag 259.
d e i dez.) Coll.pag. 503. . Ultramarino — declarado legalmente con-
Assucar—expurgado de materias estranhas paga stituido e nas condicões legaes para continuar as
como refinado: Bes. n.° 265 de 15 maio 1865 (C. suas operações : D. 13 set. 1865 (M. O. P. —D. L.
6 . das A . — D . L. 113 de 19) Coll. pag. 159, Res. 209 de 16) Coll. pag. 341.
n.° 271 de 31 maio 1865 (D. L. 125 de 3 jun.) Coll. Barcas de passagem—são isentas do pagamento
pag. 18i, Res. n.°272 de 31 maio 1865 (D. L. 125 de portagem n'ellas os empregados encarregados da
de 3 jun.) Coll. pag. 181, Res. n.° 293 de 15 nov. fiscalisação dos tabacos, quer as barcas pertençam
1865 (D. L. 260 de 16) Coll. pag. 494. ao estado, quer ás camaras: P . 3 fev. 1865 (M. R.
Asylo de mendicidade—encarregado ao gover- inedita) Coll. pag. 531.
nador civil de Lisboa e ao provedor a organisação Barra do Porto — permittida por ella a expor-
de um plano para estabelecer ali uma casa de cor- tação de todos os vinnos portuguezes com os mes-
recção para vadios: P. 9 marco 1865 (M. R. — D. mos direitos que pagam os vinhas exportados pe-
L. 61 de 16) Coll. pag. 59. las outras barras: L. 7 dez. 1865 (M. O. P. —D. h .
Asylos — distribuídas por differentes d'elles as 279 de 9) Coll. pag. 505.
quantias depositadas no banco de Portugal, pro- Batoques de madeira — devem ser classificados co-
venientes de subscripções no Brazil: PP. 10 abril mo madeira em obra e sujeitos ao direito de 500
1865 (M. R. —D. L. 85 de 17) Coll. pag. 116e 117. réis por kilogramma: Res. n.° 281 de 9 agosto 1865
Auctoridades — não são obrigadas a dar infor- (C. G. das A.—D. L. 179 de 11) Coll. pag. 291.
mações ás commissões de recenseamento de fóra Bengalas—direitos que devem pagar, não sendo
do concelho onde servem: P. 8fev. 1865 (M. R.— consideradas cabos de chapéus de sol: Res. n.° 246
inedita) Coll. pag, 533. de 14 fev. 1865 (C. G. das A. — D . L. Í 8 de 16)
Não podem declinar para outras o exercicio Coll. pag. 47.
das funcções publicas que as leis lhes encarrega- Boletim do ministerio da fazenda—supprimído,
r a m : PP. 31 março e 1Ô abril 1865 (M. R. — iné- e as gratificações concedidas aos seus collaborado-
ditas) Coll. pag. 545. res: P. 21 out. 1865 (M. M.—D. L. 240 de 23) Coll.
Avaria — a embarcação responsável por ella jul- pag. 463.
ga-se. desembaraçada uma vez que mostre o recibo Boletineiros — regulamento provisorio para a ad-
ao pagamento da quantia em que tiver sido con- missão d'elles e dos guarda-iios: P. 13 set. 1865
demnada pelo capitão do porto: P. 26 jul. 1865 (M. O. P. — D . L. 208 de 13) Coll. pag. 339.
(M. M.—D. L. 166 de 27) Coll. pag. 263. Boticarios—não podem vender remedios secre-
tos preparados em boticas estrangeiras, nem avia-
los, excepto em vista de receita de facultativo em
que a formula venha descripta: P . 17março 1865
B (M. R.—D. L. 64 de 20) Coll. pag. 73.
Brasa• de armas—concedido í cidade da Horta:
Balances—condições com que hão de ser con- D. 3 maio 1865 (M. R . — D . L. 139 de 22 junho)
cedidas as licenças para uso d'elles: P. 18 jan. 1865 Coll. pag: 149. 1

(M. R. - D. L. 18 de 23) Coll. pag. 5.


Baldios—no ultramar regulamento para a con-
cessão d'elles e designada a fórma do processo: D. 10 c
out. 1865 (M. M.—D. L. 232 de 13) Coll. pae.
367 e 3 6 8 . Cabo Verde — providencias para ministrar soc-
r Concessão de 170:000 hectares a J. S. D. corros aos habitantes do archipelago, ameaçados
Bellegarde: D. 18jan. 1865(M. M.—D. L. 18de 23) de fome: P. 10 jun. 1865 (M. M.—D. L. 133 de 14)
Coll. pag. 6. Coll. pag. 206.
Concessão de 2:000 hectares a João da Cruz Aberto um credito extraordinario de réis
Chaves: D. 24 jan. 1865 (M. M.—D. L. 116 de 23 40:000$000, para soccorrer os seus habitantes: D.
maio) Coll. pag. 529. 28 jun. 1865 (M. M. — D . L. 144 de 1 jul.) Coll.
Bambus ou .canas da India — que direito pagam: pag. 214.
Rés. 5 jan. 186á — (C. G. das A. — D. L. 6 de"9) Coll. Aberto outro de 24:0001000 réis, para pa-
pag. 2). gamento das despezas publicas em Cabo Verde: D.
Banco de Portugal—approvado o seu novo re- 28 jun. 1865 (M. M. —D. L. 144 de 1 jul.) Coll.
gulamento : D. 15 março 1865 (M. O. P.—D.L. 75 pag. 214.
de 3 abril) Coll. pag. 65. - — Fixado o quadro da contadoria da junta de
c 5 G

fazenda e designados os vencimentos dos empre- ] Cal — ordenou-se que o intendente das obras pu-
gados: D. 11 jul. 186o (M. M . — D . L. 137 de 17) blicas de Lisboa elaborasse um regulamento para
Coll. pag. 248. o arrendamento em hasta publica, dos fornos de
Cabo Verde—Approvado o contrato de cessão a cal do Rio Secco, pertencentes ao estado: P. 9 jun.
J. B. Burnay, de metade do ilhéu de.Santa Maria 1865 (M. 0 . P. —D. L. 131 de 10) Coll. pag. 196.
no porto da cidade da Praia, para estabelecimento Camara municipal de Lisboa — foi-lhe prohibido
de um deposito de carvão.de pedra: D. 26 jul. 1865 comprar pesos e medidas para revender: P. 18 fev.
(M. M.—D. L. 169 de 31) Coll. pag. 265.- 1865 (M. R. - D. L. 49 de 2 março) Coll. pag. 49.
Mandou-se remetter á commissão nomeada de Cintra — recommendou-se-lhe que fi-
para propor as medidas convenientes para soccor- zesse construir fontes e chafarizes em algumas po-
rer os habitantes do archipelago, a memoria do dr. voações do concelho: P. 18 fev. 1865 (M. R . — D .
Barririe, e umas reflexões sobre os melhoramentos L. 49 de 2 março) Coll. pag. 50.
a introduzir ali, para serem estudados: P. 29 jul. de Setubal — mandou-se subir o orçamento
1865 (M. M. — D. L. 176 de 8 agosto) Coll. pag. pai-a ser rejeitada a contribuição indirecta sobre o
283. pão, e marcado praso de tempo para a substituir:
Cadeias—pediram-se informações sobre o es- P. 20 fev. 18B5 (M. R. — D. L. 49 de 2 março) Coll-
tado d'ellas, por rneio dos delegados dos procurado- pag. 51.
res régios nas comarcas: P. 16 set. 1865 (M- J . — de Alcobaça — louvada pelas providencias
D. L. 210 de 18) Coll. pag. 344. que tomou para promover o desenvolvimento da
Cadeiras de instrucção primaria —creadas em instrucção publica no concelho: P. 13 março 1865
S. Vicente de Cuba, Odemira, Pampilhosa, Anciáo, (M. R. — D. L. 65 de 21 março) Coll. pag. 62.
Castello de Vide e Valença, para o sexo feminino, de Tábua—louvada por incluir no seu or-
e em Cabril, Dornellas, Pecegueiro, Portella do çamento a quantia de 100^000 réis para mobilia e
Fojo e S. Lourenço de Portalegre, para o sexo mas- casas das escolas: P. 19 abril de 1865 (M. R . — D .
culino : Ann. (M. R. — D. L. 57 de 11 marco 1865) L. 90 de 22) Coll. pag. 127.
Coll. pag. 61. do Porto — auctorisada para levantar um
Creada uma para o sexo feminino em Ar- emprestimo de 300:000^000 réis para melhora-
mamar: Ann. (M. R. — D. L. 63 de 18 março 1865) mentos da cidade, designados nas tabellas annexas:
Coll. pag. 74. L. 5 maio 1865 (M. R. —D. L. 102 de 6 maio)
Annuncio da creação de trinta e uma nos Coll. pag. 149.
districtos de Aveiro,. Bragança, Castello Branco, de Belem—declarou-se-lhe que era da sua
Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Portalegre, Santa- obrigação a limpeza do caneiro de Alcantara, e
rem, Vianna, Villa Real, Vizeu: Ann. (M. R. — D. que seria esta feita por conta da camara se ella se
L. 69 de 27 março 1865) Coll. pag. 84. negasse a ordenar a limpeza: P. 13 out. 1865. (M.
Annuncio da creacâo de uma em Mortagua: R. — D . L. 233 de 14) Coll. pag. 388.
(M. R.—D. L. 95 de 28 abril 1865) Coll. pag. 145. do Porto —competem-lhe 40:0000000 réis
• Annuncio de terem sido creadas seis na fre- do imposto sobre o vinno, geropigá e aguardente,
guezia da Raiva, na de Real, na de Tonda e na de que entrar na cidade ou em Villa Nova de Gaia: L.
Fataunços, para o sexo masculino, em Proença a 23 dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 292 de 26) Coll.
Nova e"em S. João da Pesqueira, para o sexo fe- pag. 508.
minino: Ann. (M. R. —D. L . 104 de 9 maio 1865) de Gaia—pertencem-lhe 3:000#000 réis no
Coll. pag. 152. producto do imposto no vinho que entrar no Porto
Annuncio da creação de uma em Trouxe- ou na villa: L. 23 dez. 1865 (M. O. P . — D . L.
mil, concelho de Coimbra (M. R . — D . L. 116 de 292 de 26) Coll. pag. 508.
20 maio 1865) Coll. pag. 169. da Regua—dissolvida por ter desviado do
Annuncio da creação de cinco nos distri- cofre do concelho 10:301^361 réis, e por ter vi-
ctos de Bragança, Evora, Horta e Porto: Ann. (M. ciado a escripturação: D. 5 agosto 1865 (M. R.—
R. — D. L. 121 de 30 maio 1863) Coll. pag. 178. D. L. 180 de 12) Coll. pag. 561.
A de ensino mutuo de Angra foi conver- de Boticas — dissolvida por haver desobe-
tida em escola de ensino simultaneo, e creada uma decido ás ordens legaes da auctoridade administra-
cadeira de ensino primario em S. Matheus, conce- tiva, e por desviar da sua legal applicação os di-
lho de Angra: Ann. (M. R. — D. L. 162 de 22 jul. nheiros do concelho: D. 7 Out. 1865 (M. R.—D.
1865) Coll. pag. 259. L. 231 de 12) Coll. pag. 572.
Aviso de se haverem creado dez nos distri- de Chaves — foi-lhe negada auctorisação
ctos de Coimbra, Funchal, Horta, Santarem, Lei- para crear empregados encarregados de lacrar aS
ria e Vianna do Castello: Ann. (M. R.—D. L. 180 garrafas de agua de Vidago, e de repesar a 'cariie
de 12 agosto 1865) Coll. pag. 295. por inúteis: P. 24 nov. ,1865 (M. R.—inedita)
Aviso da creação de uma em Assafarge, con- Coll. pag. 584.
celho de Coimbra: Ann. (M. R. — D. L. 185 de 19 de Braga —foi-lhe permittido levantar o
agosto 1865) Coll. pag. 299. resto de um emprestimo com applicação ás despe-
Approvada a creação de uma na freguezia zas do cemiterio publico: P. 11 dez. 1865 (M. R.
de Sant'Anna, provincia de S. Thomé e Principe : ineditaJ Coll. pag. 587.
P. 20 set. 1865 (M. M. — D. L. 222 de 2 out.) Coll. Camaras — não podem allerar o recenseamento
pag. 345. para o recrutamento depois de approvado pela com-
Aviso da creação de treze nos districtos de missão districtal: P. 31 jan. 1865 (M. R. —D. L.
Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Guarda, Porto e 39 de 7 fev.) Coll. pag. 29.
Villa Real: Ann. (M. R . — D . L. 245 de 28 out. Não podem demittir os facultativos decré-
1865) Coll. pag. 474. pitos nem dar-lhes pensões vitalicias; mas devem
Creadas tres nos districtos da Guarda, Porto prover ao serviço medico dos concelhos pela crea-
e Villa Real: Ann. (M. R.— D. L. 257 de 13 nov. ção de novos partidos: P. 31 jan. 1865 (M. R . —
1865) Coll. pag. 487. D. L. 30 de 7 fev.) Coll. pag. 30.
- — Auctorisada a mudança da da freguezia de As nomeações de empregados que inconve-
Santa Catharina de Lisboa para a do Soccorro: D. nientemente fizerem, podem ser corrigidas pelos go-
28 nov. 1865 (M. R.—D. L. 275 de 4 dez.) Coll. vernadores civis: P. 10 março 1865 (M. R . — D .
pag. 502. L. 58 de 13) Coll. pag. 60.
G
c 6

Camaras**-n&o podem levantar emprestimos para Caminhos de ferro — approvado o horário dgs
obras das: estradas sem que.esteja feita a classifica- linhas de sul, sueste et-ramal de,Setubal, para
ção, doestas,'» approvados os respectivos planos e durar desde 1 de maio até 31 de outubro:,,Pi 19
OTpaíWMosii. P-.íí jul. 4865 (M. R. — D. L..432 de abril 1865 (M. O,. 1Y-- 1,>.. L. 8!) de 22) Coll,.pag.
I*)iColl. pag.: 233. , • " ; 125 a 127.- . =• ,i..i;. .'.,.,.:., ; I 'Í •
•í-'-^TÍ- Ppdèiu-fazer posturas sobre os. estabeleei- •; Approvada a reduçção feita Ao preço do
jnéatós.ítasaldtoes,- .incaiMiitodos ou- porigososi não transporte das carnes salgadas e fumadas, na lipljá
nlèncionailosmodecreto de 21 de outubro de 1863'. do norte: P. 20 abril 1865 (M. O. P . r ^ D . .L. « 1
P. 3Q.«ét,il865 (Mi R : — D. L. 224 de 4 out.) Coll. de 24) Coll. pag. 133. ;
pag. 3ò'&U i-; •<••: i;: —.— Modificado o horário dos do sul e de;suaste,
! —rfJNSft póthjm conceder pensões senão por ser- quanto ao segundo comboio descendente,<Ja',linhá
viços relevantes e-Uisfinctos, não tendo este cara- de Beja: P. 23 maio 1865 (M- 0 . P — D. L. 117
cter os ordinarios aindaque diuturnos; não podem de 24) Coll. pag. 169. ...
tambem concede-las a empregados que não são pro- • Approvado o novo horário dos de-leste,e
prialnente-.do.carçceiho, nem por serviços que não norte, a comecar de 6 de agosto em diante: Pi 28
ftíkram ieitos:em proveito especial, dos concelhos: jul. 1865 (M. Ò. P. — D. L. 169 de 31) Coll. pag.
PP. 3 e 4 out. 1865 (M. R. — D. L. 228 de 9 out.) 274.
Coll. pag. 3Ç0. • : Approvada a reducção nas tarifas .dos do
: —h—Não-podem deliberar sobre questões geraes norte e leste, para o transporte de passageiros de
a
do^ôommencia, ou sobre medidas que não interes- 3. classe: P. 11 agosto 1865 (M. 0 . P . - r D ; L.
sam .éxclusjvámente.os.seus concelhos e abrangem 181 de 14) Coll. pag. 293. . ,
os interesses.de todo.o rei.no; não podem lambem Approvadas as tarifas dos do sul e de suesfej
eoniiertar-separa tomar deliberação em commum, comprehendendo o transporte de gados e adubos
jjtorquS eMe Acto tem. p.oi\ consequência fazer pres- de terras: P. 27 maio 1865 (M..O- P. — D . L. 125
são sobre os poderes publicos: P. 4 marco 1865 (M-. de 3 jun.) Coll. pag. 174 e 175. .. . . ,
fò —iíít»aiiM) Colj. pag. 539.. —— Approvado o horário dos de sui.e de sues-
• "7ff^ii?íãoi:ppdem julgar'de.-novo as coutas das te, para o serviço de dois. trens diarios,.ascenden-
juntas;de parochia,, approvadas pelas vereações an- tes ei descendentes em toda a linha: 1Y3Q maio
tecedentes:; P_. 15 março 1865 (M. R.—'inedita) 1865 (M. O. P. — D. L. 122 de 31) Coll. pag.' 178
Coll. pag. 541. a 180. ,..../.
r,n-r-frfrsN80};podem crear, nem supprimir, empre- Recommendou-se ao fiscal da exploração do
gos^ sem cbhfirmação superior: P. 31 março 1865 de sueste, que empregasse as medidas,,convenien-
(M.. R. —inedita) Coll. pag. 544. tes para se evitar a repetição de incendios nas pro-
.r i O direitói que ellas têeio de escolher os im- priedades confinantes do caminho.de ferro, pela
postos com qtte.hão de sçr pagas as despezas dos projeccão do fogo das locomotivas-', P- 1(4 agosto
conce}heçj''HãO!é absoluto, mas sujeita á approva- 1865 (Mv 0 . P. — D: i,., 182 de 16)-Coll, pag,,>297.
ção: (^auctoridade superior, que póde rejeitar ou Ordenou-se que se levantassem autos de in-
approvar a-, escolha das uainara8;:P. 27 abril 1865 vestigação por occasião de um sinistro;,qup houve
(M-. R. — inedita) Col 1 •. pag. fiift. no caminho em construcção de Beja a f a r o , jrççqça*
Devem substituir os facultativos de partido mendando-sft que assim se procedesse Sempre em
i® ipon ••molestias estiverem j impossibilitados de casos similhantes; Off. 22-set. 1865 (M. 0 . p.—D.
esen)penhaj"as.suas funcções, concedendo-lhcs ou L. 215 de 23) Coll. pag. 346. ' . '
nSo .pensões, segundo os serviços, d'elles: P. 27 out. ——Approvou-se o novo horário do.de sueste,
1865 (M. R. — inedita) Coll., pag^ 575. para .começar DO 4.°.de outubro, e reduziram-se a
' f - N ã o podem lançar impostos,sobre o transito dois os comboios, uni ascendente e outro descen-
de. carros.pelas .ruas das povoações: P. 21 nov. dente, mas durante o inverno sómente: p. 23 s e t
186!Jt{W.,R„Minedila) Coll. pag..'5S2. 1865 (M. O. P . — D . L. 216 de 25) Coll. pag. 347.
Não podem 'permittir-.nem prohibir os ma- Auctorisada a empreza do de sueste a esta-
tadouros ipatílculares, porque comofistabelecimen- belecer um comboio extraordinario de mercado-
tostfnsatub.re^efctão fóra da.sua accão policial: P. rias, quando a afflueneia d'ellas, demorar pgr ef-
6,dez.. 18,65 ( M . R . — inedita) Calf.. pag. 586. feito da baldeação, os trens de passageiros: P. 30
•I i-Não'lhes. compete a policia sobre os esta- set. 1865 (M. O. P..— D. L. 226 de 6 out.) Coll.
belecimentos insalubres ou perigosos, menciona- pag. 355.
dos.jias.tabellagidos respectivos decretos: P. C dez. • — C o n t r a t o provisorio com a companhia de
1§65 (M, li!-, — inedita) Coll. pag. 5S.6. sueste, para a alteração e modificação dos de 29
determinou-se que as notas da impor- de maio de 1860 e de 23 de maio de'i86&: Contr.
tancia, dp real destinado;para o seu entretenimento 14 out. 1865 (M. 0 . P. —D. L. 242 de 25) Coll.
nas praças de guerra, e as contas relativas a este pag. 388 a 392.
assumpto., fossam remettidas ao ministerio da guer- Camisolas de lã e de algodão—pagam direitos
r a ; Ord. exerc. n.°.49 de 27 out. 1865 (M. G.—D. como obra de lã dc malba e ponto de meia: Res.
L. 238 de 14 nov,) Coll;. pag; 474. n.° 266 de 17 maio 1805 (C.G. das A. —D. L. H 3
Caminhos de ferro — regulada, a cobrança do im- de 19) Coll. pag. 160..
ppsto de transito por elles de passageiros e de trans- Capitanias dos portos—o emprestimo-dos obje-
porte de. mercadorias : ,D,-,5 abril 1865 (M. F.— ctos do estado que n'ôlles haja é sujeito a aluguçl
D . . L . 8 6 de 1;8.abril).Coll. pag. 107. ; regul.ado.pelns tabellas do decreto de 12 de setem-
Approvação das tarifas dos do norte e de bro de 1865: P. 2 nov. 1865 (M- M.—D. £', 250
leste: P. 3Q rnafço 186,3t(M. O. P. — D. L. 85. de de 4) Coll.'pag, 477. - j; ' , '
17 abril) Coll. pag. 90. , >. Carbonato de potassa refinado —direitos que pa-'
w Das dos, caminhos ,do sul e de sueste, com ga: Res. n.° 236 d.e.5 jan. 1865 (C. G. das A.—'
o imposto de; transi to: P. 8 abril 1863 (M. 0. P.— D. L. 9 de 12) Coll. pag. 1. .
D. L. 86 de 18) Coll. pag. 109, 111 e 112. de soda em bruto negro e impuro—èiconsi-;
Approvada a classificação das mercadorias, derado.como refinado secco e paga 10 réis,-por ki-
feita pela empreza dps caminhos de ferro do norte logramma: Res. n.° 255 de 18 abri) 1865 (C. G.
e de leste: P. 10 abril 1865 (M. O. P. — D. L. 75 das. A.—D. L. 07 de 19 abril) Coll. pag. 120.
de 17) Coll. pag. 116. -,'.... de soda secco refinado contendo soda,caug-i
G 7 G

tica— direitos que paga: Res. n.° 257 de 24 abril monta : Ord. ex. n.° 22 de 20 maio 1863 (M. G. —
1865 (C. G. das A.—I). L. 92 de 25) Coll. pag. 136. D. L. 118 de 26) Coll. pag. Í67.
_ Carcereiros—são nomeados pelas camaras muni- Cavallos—estabelecido um .'premio de oOO^ftto
cipaes á excepcão dos de Lisboa t Porto: P. 10 réis para ser adjudicado por concurso ao creàapr
março 1865 (M. R.—D. L. 58 de -13) Coll. pag. 60. nacional que sobresaír no complexo, d?s disposi-
Carqa—não é medida de retalho: P. 30 maio ções que constituem a industria cayallar: D. J2 jjil.-
1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 555. 1865 (M. O. P. — D. L. 157 de 17) ÇoÍL.pae. ?5l.
prohibidos os jogos e brinquedos in- Cemiterios — não devem consentir-se dentro,das
commodos ou indecentes, os trajes offensivos da mo- povoações: P. 19 jan. 1865 (M. R. — f i . L. 18 de '
ral e.dqs bons costumes etc.: Ed. do gov. civ. de 23) Coll. pag. 7. :. . .
Lisb. .11 fev. 1865. (D. L. 39 de 17.) Coll. pag. 45. Sãodespezaobrigatoria doa conçelJjos enáp
Carnes verdes—regulada a admissão em Lisboa, das parochias,'• e não póde o governo transferí-iá
das provenientes de rezes decepadas em matadou- d'aquelles para estas : P. 22 abril 1865 (íl. R.—iné-
ros habilitados, e em matadouros não habilitados, dita) Coll. pag. 547.
estabelecida para estas a inspecção por veterinarios • Construídos pelas parochias para uso pri-
e designadas provisoriamente as portas para a ad- vativo dos seus habitantes, não dispensam estas dè
missão: P. 28 out. 1865 (M. F.—D. L. 246 de 30) contribuir para as despezas de construcção dosado
Coll. pag. 475. concelho: P. 22 abril 1865 (M. R. — medita) CpÍl.
..Carrada — não é medida de retalho: P. 30 maio pag. 547.
1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 555. Censo eleitoral — devem computar-se e levasse
Carros,—o transito d'elles pelas ruas das povoa- em conta n'elle a contribuição municipal e a con-
ções não póde ser base de impostos municipaes: grua parochial: P. 1 fev. 1865 (M. & — m e d i t a )
P. 21 nov. 1865 (M- R . - i n e d i t a ) Coll. pag. 582. Coll. pag. 531. ,. • -.'
Gàsas insalubres—beneficiação, modo pratico de Cereaes—prorogada até 30.de abril a faculdade
a fazer : Instr. do cons. de saud. publ. 10 out. 1865 de lazer deposito d'elles em Lisboa e no Porto:' D. 24
(D/L. 247 de 31) Coll. pag. 369 e 371. março 1865—D. L. 69 de 27) Coll. pag. 82.
Caserneiros—instrucções para á s u a escriptura- Admittida a importação d'elles em grão, fa-
ção e correspondencia: P. 25 jan. 1865 (M. G.— rinha ou páo pelos portos seccos e molhados,' me-
D. L. 43 de 22 fev. (Coll. pag. 10. diarite o pagamento de direitos, emquanto por lei
—— Devem remetter ao arsenal do exercito um não for regulado este commercio: D. 11 abril 1?65
mf)ppa dos utensílios e mobilia da .fazenda que ti- (M. O . P . — D . L. 83 de 12) Coll. pae. J17. ..
verem a seu cargo com referencia a 30 do junho: Permittidos os depositos d'elles em Lisboa
Ord. éx.. 30 de 15 jul: 1865 (M. G. — D. L . Í 5 9 de e no Porto, e determinadp que os cereaes admitti-
tó) Coll. pag. 257. dos por importação fiquem, como os nacionaes, su-
. •—-- Nomeados para algum cargo municipal ou jeitos a direitos de consumo: D. 11 abril 186o (M.
para jurados etc. devem pedir a sua escusa ás au- O. P . - D . L. 83 de 12) Coll. pag. 117.
ctoridades competentes e não ao ministerio da guer- Certidão de idade—não é necessaria nos exames
ra: Ord. ex. 32'de 28 jul. i$65 —D. L. 171 de 2 de instrucção primaria senão para prova de identi-
agosto)'Coll. pag. 282. dade de pessoaerestitue-sesendo pedida: P. 2Ô'abríI
.. Casimiras—com seda na urdidura ou na trama, 1865 (M. R. — D. L. .90 de 22) Coll. 132.
sendo os fios de seda inferiores a metade dos da ur- —— de matricula em todas as aulas de cada anno
didura ou da trama, que direito pagam : Res. n.° 267 lectivo devem apresentar os níilitares das provincias
de 22.maio 1865 (C..G. das A.—D. L. 118 de 26) ultramarinas que estão no reino a estudar com li-
Coll. pag. 167.. cehcá. pena de lhes ser retirada esta: P. 14 jul. 1865
. 'Causas commerciaes — em que os chinas forem (M.*M. — D. L. 180 de 12 agosto) Coll. pag. 25o.
reus, -são decididas çor árbitros perante o procura- Chales de lã com barra de seda— devem ser clas-
dor dos negocios siuicos de Macau: D. 5 jul. 1865 sificados como chales de lã não especificados com
art. 3,° (M. M. —D. L. 150 de 8) Coll. pag. 231. um quarto de seda, e pagam o. direito estabelecido
' Càvallariças — determinou-se as condições que no n.° 3 do artigo 24.° das instrucções prelimina-
deviam ler "as lojas destinadas para ellas : P. eait. res da pauta: Res. n.° 278 de 12 jul. 1865 (C. G.
17, out. 1865 (C. M. L. — D. L. 239 de 12) Coll. das A. —D. L. 157 de 17) Coll. pag. 253.
pag. 394. Cholera morbus — recommendada a observancia
Cavallos de praça — só excepciónalmentepodem das instrucções do conselho de saude publica con-
ser escolhidos pelos officiaes do exercito para o seu tendo medidas policiaes: P. 3 agosto 1865 (M. R.
serviço militar, e quando tirados por que preço são — D. L. 198 de 4 set.) Coll. pag. 285. . '
pagos: Ord. ex. 11 de 20 marco 1865 (M. G.—D. L. Publicadas as instrucções do' conselho de
70 de 28) Coll. pag. 74. saude, para a beneficiação das casas insalubres, da-
. — r Estabelecidas providencias para a compra tadas de 1853: An. 10 out. 1865 (Cons. dè Saud.—
dòs que são precisos para. a remonta da cavallaria, D, L. 247 de 31) Coll. pag. 369.
para a venda dosinutilisados, estabelecida a prefe- Deram-se instrucções para serem observa-
rencia para os cavallos creados no paiz, e designa- das nos navios de guerra a fim de attenuar os effei-
dos,os vicios redhibitorios que devem servir de fun- tos da epidemia : P. 2S agosto 1865 (M. M. — D . L.
damento ás acções por parte do governo, etc.: D. 19 231 de 12 out.) Coll. pag. 564.
abril 1865 (M. G. Ord. ex. n.° 18 de 28 —D. L. 108 Clérigos de ordens sacras — tendo antes d'ellas
de "13 maio) Coll. pag. 128:a 132. sido recenseados para o recrutamento, não podem
...... De fileira não podem ser empregados pelos ser forçados depois ou a assentar praça ou apagar
òfli.c]aès arregimentados dc cavallaria no seu ser- uma substituição : P. 7 fev. 1865 (M.*R. — inedita)
viço,: O i d . e x . r i ° 1'7 de-26 abril 1S6'5(M. G — D. Coll. pag. 532. P. 10 fev. 1865 (M. R.—inedita)
L.,95 4é 2^) ,Coll. pag. Í39. Coll. pag. 535.
-—-'' potros — não podem os officiaes de caval- Cobradores—não podem as camaras municipaes
laria. comprar para suas praças: Ord. ex. n.° 17 de nomear para arrecadarem as rendas d'eilas: P. 21
2.6 abril 1865 (M. G. — D. L. 95 de 28) Coll. pag. jan. 1865 (M. R.—D. L. 19 de 24) Coll. pag. 10
139. ,". ' . - . ' " ' . P. 14 fev. 1865 (M. R.—D. L. 38 de 16) Coll. pag.
.' - — r A compra d'.eUes, pára os officiaes dos cor- 47 P. 7 out. 1865 (M..R. inedita) Coll. pag. 571.
pos de cavallaria passou pára as commissões de re- Cobrança dos impostos em divida—reco/nmen- i
G
c 8

dou-se toda a actividade n'ella: P. 17 nov. 186o 1865, Ord. exerc. n.° 35 de 19 (M. G. — D. L. 189
(M. F . — D . L. 262 de 18) Coll. pag. 495. de 24) Coll. pag. 296.
Codigo civil—remetteram-se exemplares d'elle Commissão — nomeada uma para estudar a ex-
aos tribunaes soperiores, universidade, academia posição do Porto e para fazer o relatorio do que
réál 'das sciencias e associação dos advogados de visse: D. 13 set. 1865 (M. O. P.—D. L. 208 de
Lisboa, para que fizessem por escripto as observa- 15) Coll. pag. 338.
ções que lhes òccorressem: PP. 23 out. 1865 (M. J. Nomeando outra para colligir e rever a le-
—D. L. 241 de 24) Coll. pag. 465. gislação penal militar: P. 15 set.1865 (M. G.— D.
Regulamentar do credito predial do ultra- L. 211 de 19, Ord. exerc. n.» 42 de 16) Coll.pag. 341.
mar — louvada e dissolvida a commissão que o ela- Revisora do codigo commercial nomeados
b o r o u : P. 17 abril 1865 (M. O. P. — D . L . 9 3 d e tres vogaes para substituírem os que fallecerem:
26) Coll. pag. 120. D. 26 set. 1865 (M. J . ^ D . L. 218 de 27) Coll. pag.
1
—— Approvado o do credito predial das provin- 350.
cias ultramarinas : D. 17 out. 1865 (M. M.— D.L. Revisora do codigo civil dissolvida e louva-
250 a 252 de 23 out. a 7 nov.) Coll. pag. 395 a447. da: D. 26 set. 1865 (M. J.—D. L. 218 de 27) Coll.
De processo criminal das provincias ultra- pag. 350.
marinas—encarregado Levy Maria Jordão de apre- Nomeada uma para consultar sobre a jus-
sentar um projecto d'elle: D. 11 out. 1865 (M. M. tiça das reclamações de alguns empregados do mi-
— D. L. 232 de 13) Coll. pag. 387. nisterio das obras publicas quanto á collocação que
Coimas — commettido o julgamento d'ellas no lhes foi dada no corpo de engenheria civil: P. 2
cóiicelho de Mourão, ao juizo correccional: D. 25 out. 1865 (M. 0. P.—D. L. 229 de 10) Coll. pag.
jan. 1865 (M. R. — D. L. 27 de 3 fev.) Coll. pag. 15. 358.
No concelho de Torres Vedras aos juizes elei- Nomeando um vogal para a encarregada de
tos : D. 22 marco 1865 (M. R. - D. L. 71 de 29) colligir os documentos que devam servir de subsi-
Coll. p^g. 78. dio ao estudo do direito ecclesiastico portuguez:
No concelho do Crato aos juizes eleitos: D. 5 D. 4 out. 1865 (M. J. —D. L. 225 de 5) Coll. pag. 359.
jul. 1865 (M. R . — D . L. 150 de 3) Coll. pag. 229. Nomeada uma para propor um plano de me-
:
Nó concelho daHorta aos juizes eleitos: D. 18 lhor organisação da forca militar nas provincias ul-
set. 1865(M.R. — D. L . 2 3 3 de 14out.) Coll.pag. tramarinas: D. 11 out.' 1865 (M. M. — D. L. 231
344. . " de 12) Coll. pa* 386.
Aindaque arrendadas fazem parte da dota- Nomeada outra para organisar a tabella dos
ção das estradas de terceira ordem : P. 31 marco vencimentos eventuaes dos engenheiros civis, ar-
1865 (M. R.—inedita.) Coll. pag. 545. chitectos econductores de obraspublicas: P. 18 out.
Commandantes—dos navios doestado, surtos no 1865 (M. O. P . - D . L. 240 de 23) Coll. pag. 448.
Tejo, devem terem conta as communicações que lhes Revisora do codigo commercial—nomeados
forem feitas pelo arsenal ácerca do tempo provável para ella mais dois vogaes: Ann. 25 out. 1865 (M.
no dia immediato: Ord. ger. n.° 4 de 17 fev. 1865 J.— D. L. 243 de 26) Coll. pag. 471.
(M. M. —D. L. 77 de 5 abril) Coll. pag. 49. Commissões comarcas para proporem as altera-
De brigadas de instrucção—devem fiscali- ções na actual circunscripção das parochias—re-
sar pessoalmente os exercícios no campo, trabalhos commendou-se a algumas a prompta remessa dos
de secretaria e serviço regimental a que têem de sa- seus trabalhos: P. 26 set. 1865 (M. J.—D. L. 218
tisfazer os capitães que se habilitam para majores : de 27) Coll pag. 348.
Ord. ex. n.° 17 de 26 abril 1865 (M. G. —D. L. 95 De recenseamento eleitoral — não podem
de 28) Coll. pag. 139. chamar para funccionar como vogaes d'ellas, aos
Commissão encarregada de promover subscri- substitutos, senão quando faltarem os proprieta-
pções para os habitantes de Cabo Verde — dissol- rios: P. 31 agosto 1865 (M. R. —D. L. 198 de 4
vida e louvada: D. 10 maio 1865 (M. M. —D. L. set.) Coll. pag. 327.
111 de 17) Coll. pag. 154. Se não forem eleitas na primeira reunião
- Nomeada uma para propor as medidas con- dos quarenta maiores contribuintes devem estes ser
venientes para que o preço do páo cozido esteja convocados de novo para o mesmo acto impondo-
em harmonia com o preço dos cereaes: P. 13 maio se aos qne faltarem as multas legaes: PP. 18 jan.
1865 (M. O. P. — D. L. 109 de 15) Coll. pag. 156. 1865 (M. R. — inéditas) Coll. pag. 528.
! Nomeada outra para propor o plano das obras Não podendo pela eleição apurar-se o sé-
necessarias para que os campos de Leiria margi- timo vogal d'ellas preferem os mais velhos dos mais
naes do rio Liz sejam resguardados dos damnos cau- votados: P. 18 jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll.
sados pelo desgoverno das aguas: P. 13 maio 1865 pag.. 528.
(M. 0 . P . — C . L. 109 de 15) Coll. pag. 156. É de alta conveniencia publica que n'ellas sejam
Nomeada uma central directora dos traba- representadas todas as parcialidades politicas: P. 21
lhos preparatorios para a exposição internacional jan. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 529.
de.Paris e estabelecidas as regras para o seu servi- Não podem fazer requisições de documen-
ço i D. 12 jul. 1865 (M. 0 . P.—D. L. 157 de 17) tos e de informações senão ás auctoridades dos con-
Coll. pag. 250. celhos onde servem, nem podem averiguar ex officio
Nomeada outra pa ra propor o plano de illu- as quotas ern que os individuos dos seus concelhos
minação das costas e do serviço dos pharoes: P. 21 estão collectados em quaesquer outros: P. 8 fev.
jul. 1865 (M. M. — D. L. 164 de 25) Coll. pag. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 533.
258. Na eleição d'ellas póde votar o administra-
Creada e nomeada uma para propor o plano dor do concelho substituto, ainda estando em exer-
geral das obras na margem do Tejo, tendo em con- cicio, se estiver recenseado como um dos quarenta
sideração o regimen das águas, o serviço dosarsenaes, maiores contribuintes: P. 24 fev. 1865 (M. R.— ine-
alfandegas, o interesse do commercio e o transito dita) Coll. pag. 537.
publico: P. 27 jul. 1865 (M.M.—D. L. 168 de 29) Não póde o governo prorogar-lhes os pra-
Coll. pag. 272 P. 19 agosto 1865 — D . L. 186 de 21) sos fixados nas leis para os actos do recenseamen-
Coll. pag. 299. to, e incorrem na penalidade n'ellas estabelecida
Dissolvida e louvada a que preparou uma se não derem os trabalhos promptos nos dias de.
proposta de léi de monte pio militar: P. 12 agosto terminados: P. 12 maio 1865 (M. R. — inedita)Coll-
G 9 C
pag. 551 P. 14 jun. 1865—M. R. —inedita) Coll. roso e de Miranda—estabelecido um annualmente,
pag. 556. para ter logar no dia e localidade que se designar:
Commissões—têem sómente as attribuições decla- D. 24 maio 1865 (M. O. P.—D. L. 119 de 27) Coll.
radas na lei e no decreto eleitoral, e não têem a fa- pag. 171.
culdade de recensear aquelles que nominalmente Concurso de gado cavallar portuguez — estabele-
não estiverem collectados no concelho, òu não mos- cido um annualmente no Ribatejo, que ha de rêali-
trarem que o estão em outro, embora as commis- sar-se na Gollegã por occasião da feirai de S. Mar-
sões saibam que elles têem o rendimento legal: P. tinho: D. 10 jun. 1865 (M. O. P. — D. L. 142 de
7 dez. 1865.(M. R.—inedita) Coll. pag. 587. 28) Coll. pag. 206 a 208.
Não têem arbitrio para attender ou desattender no Para o provimento de logares de capei lies
recenseamento as contribuições que não forem pre- de corpos do exercito: Ann. 2 março 1865 (M. G.
dial ou industrial, poisque devem cingir-se á dis- — D. L. 52 e 63 de 6 e 13) Coll. pag. 57.
posição das leis: P. 7 dez. 1865 (M. R.—inedita) Para o provimento dos logares do magiste-
Coll. pag 587. rio superior nas escolas dependentes do ministerio
Companhia do tabaco e sabão — auctorisada a do reino, regulamento para elle: D. 22 agosto 1865
creação d'ella e approvados os seus estatutos: D. 18 (M. R. — D. L. 192 de 28) Coll. pag. 301 a 307.
fev. 1865 (M. 0 . P. —D. L. 59 14 marco) Coll. pag. Concursos—Na secretaria da marinha e do ul-
50. tramar, regulada a sua fórma: P. 19 out. 1865 (M.
De mineração portuense — approvados os M. — D. L. 239 de 21) Coll. pag. 448 a 452.
seus estatutos, e auctorisada a lavrar a' mina de Na secretaria do ministerio das obras pu-
chumbo de Serradella, concelho de Penafiel: D. 26 blicas, commercio e industria: P. 19 out. 1865
abril 1865 (M. O. P . — D . L. 110 de 16 maio) Coll. (M. 0 . P.—D. L. 240 de 23) Coll. pag. 453 a 459.
pag. 140. —i— Para os logares de escrivães das camaras
De illuminação a gaz conimbricense — ap- e dos juizos ecclesiasticos, regulada a fórma d'elles:
provada a reforma dos seus estatutos: D. 26 abril D. 4 nov. 1865 (M. J. — D.L. 251 de 6) Coll. pag.
1865 (M. 0. P. — D. L. 112 de 18 maio) Coll. pag. 478.
141. Congrua de 800$000 réis—foi estabelecida para
- — De carruagens omnihus — declarado extin- os presbyteros europeus que governarem alguma
cto o seu privilegio: D. 27 maio 1865 (M. O. P.— diocese do padroado do Oriente: D. 7 jun. 1865
D. L. 125 de 3 jun.) Coll. pag. 177. (M. M- — D. L. 131 de 10) Coll. pag. 186.
——União fabril — approvados os seus estatutos: de 1:200,£000 réis—recene o ecclesiastico
D. 30 agosto 1865 (M. 0. P.—D. L. 205 de 12 set.) europeu que no caso de fallecimento ou de impe-
Coll. pag. 324. dimento do arcebispo de Goa exercèr a sua juris-
Da mina de Telhadella—approvados os seus dicção: D. 7 de jun. 1865 (M. M. — D. L. 131 de
estatutos: D. 7 nov. 1865 (M. O. P. — D. L. 260 de 10)'Coll. pag. 187.
16) Coll. pag. 482. Leva-se em conta no recenseamento eleito-
Lisbonense de tabacos — approvados os seus ral: P. 1 fev. 1865 (M. R. —inedita) Coll. pag.
estatutos: D. 29 nov. 1865 (M. O. P.—D. L. 10 531. P. 7 dez. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag.
de 13 jan. 1866) Coll. pag. 584. 587.
Bonança — approvada a reforma dos seus es- Conselho de districto — commette denegação de
tatutos: D. 30 agosto 1865 (M. 0. P. — D. L. 259 justiça negando-se a tomar conhecimento de nego-
de 15 nov.) Coll. pag. 565. cios contenciosos submettidos ao seu exame, sob o
Companhias de artilheria de guarnição nas ilhas: pretexto que a materia do recurso carece de ser
regulamento para o seu serviço : P. 8 fev. 1865 (M. sujeita a regulamentos: P. 19 abril 1865 (M. R.—
G. Ord. ex. 7 de 23 —D. L. 51 de 4 março) Coll. —inedita) Coll. pag. 546.
pag. 40 a 43. Vota as contribuições para as despezas dós
Ordenou-se que se observasse parte da or- concelhos quando as camaras, rejeitada alguma
denança para os exercicios dos regimentos de in- das que propozeram, se nega a substitui-la no
fanteria e dos batalhões de caçadores: Ord. ex. 11 praso de tempo que lhes é assignado: P. 26 abril
de 20 março 1865 (M. G.—D. L. 70 de 28) Coll. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 548.
pag. 74. de saude—não póde sujeitar á sua appro-
Foram mandados servir n'ellas os officiaes vação o local da fundação dos estabelecimentos in-
subalternos de cavallaria ou de infanteria com o salubres de 2 . ' classe: P. 22 nov. 1865 (M. R.—
curso das respectivas armas, ou com o curso das inedita) Coll. pag. 582.
armas especiaes considerando-se como destacados: Conselhos administrativos dos corpos, praças e
D. 26 jul. 1865 (M. G.—D. L. 173 de 4 agosto) estabelecimentos dependentes do ministerio da
Coll. pag. 268. guerra—devem remetter ao arsenal um mappa da
Concelho de Santa Catharina em Cabo Verde — mobilia e utensílios da fazenda que tiverem a seu
designado o sitio do Tarrafal,- para cabeça d'elie r cargo: Ord. exerc. n.° 30 de 15 jul. 1863 (M. G.
D. 29 marco 1865 (M. M. — D. L. 75 de 3 abril) — D. L. 159 de 19) Coll. pag. 257.
Coll. pag. 89. Regulou-se o modo por que deviam aver-
Concelhos—classificação d'elles para o serviço bar na conta corrente das praças vindas com pas-
fiscal: D. 26 jan. 1863 (M. F. — D. L. 26 de 1 fev.) sagem de outros corpos, o debito d'ellas prove-
Coll. pag. 20 a 22. niente de abonos que tiverem recebido: Ord.
Que não têem meios para occorrer ás suas exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G. —D. L.
despezas obrigatórias devem ser supprimidos: P. 31 196 de 1 set.) Coll. pag. 323,
jan. 1865 (M. R. — D. L. 30 de 7. fev.) Coll. pag. Regulou-se o modo por que os dos corpos
30. de fóra da capital devem fázer os pagamentos em
• Creado um em Angoche: D. 5. jul. 1865 Lisboa, de transacções que aqui ténham: Ord.
art. 4." (M. M. —D. L. 150 de 8) Coll. pag. 230. exerc. n.° 54 de 23 nov. 1865 (M. G.—D. L. 27Ó
Concurso de bois gordos—estabelecido um an- de 28) Coll. pag. 501.
nual em Braga por occasião da feira de S. João: Conselhos regimentaes—regulando o modo como
D. 17 maió 1865 (M. 0. P.—D. L. 114 de 20) Coll. hão de transferir para a commissão' de lanificios
pag. 160. as massas para fardamentos, aue recebem dos pa-
* ^ — de gado bovino das raças puras de Bar- gadores militares; P. 9, ord. ejjerc. n.° 27 de
B 10 G
19 jun. 186S (M. G.-T-D. L. 139 de 22) Coll. pag. Contribuições directas municipaes—o seu lançar
198. ; , mento e cobrança faz-se pelas matrizes concluídas',
Conselhos regimentaes—Ordenou-se que os map:- aindaque não sejam as do anno economico imme-
pas de gerencia d'elles só contivessem os venci- diatamente .'anterior: P. 17 agosto 1865 (M. Ri—r
mentos e despontes recebidos durante o mez a que inedita) Coll. pag. 563. •>., .•'
dizem-respeito, e gue o mesmo se fizesse .com os Não póde admittir-se que se não lancem a
mappas trimestraes: O r d d o oxerc. n.? 36 de 28 titulo de que são odiosâs, ou porque esta rasão é
agosto 1865: (M. G. — D. E. 196 de 1 set.) Coll. produzida por quem tem interesse -em as não pa-
pag. 323. gar, ou porque admittida ella séria forçoso sup-
• Conselhos de disciplina — ordenqu-se q\ie se no- primir as contribuições de repartição : P. >19. tiut.
measse officÍEilménte defensor, -aos reus julgados 1865 (M-iR. — inedita) Coll. pag. 572.
n'elles, quando os'defensores officiosamente esco- São attendiveis no recenseamento eleito-
lhidos se,recusassem a desempenhar a.sua missão: r a l : P, 1 fev. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag.
P. 22: maio, Ord. exerc. n.« 24 de 5 jun. 1865 (M. 331; P. 7 dez. 1865, inedita. Coll. pag; 587.; ^ •
GI— D. L. 129 de 8) Coll. pag. 169. Convenção — com os ducados de Saxonia Co-
Conservas alimentícias — q u e direitos pagam: burgo e Gotha, para a abolicãp-do direito de al-
Res. to." 242 de 19 jan. 1865 C. G. das A. —D. L. binagio, approvada: L. 23 dez. 1865 ,(M. N.-E.—
18 de 23) Coll. pag. 9. - D. L. 292 de 26) Coll. pag. 509.
ConHa—não devem a ella ser mandados pelos Coin a Áustria, Baden, Baviera, Belgica,
tabelliães os papeis em que tenham de haver o sa- Dinamarca, França, Grécia, Hamburgo,' Hanover,
laíio de rasa;: P. 20 fev. 1865 (M. J. — D. L. 49 Hespanha, Italia," Paizes Baixos, Prússia, Rússia,
de 2 márço) Coll. pag. 52. Saxonia, Súecia, Suissa, Turquia e Wurtemberg,
-<.-!:. .! dás camaras e estabelecimentos pios — para melhorar e facilitar as correspondências tele-
não póde o-governador civil delegar no secretario graphicas, approvada: L . 23 dez. 1865 (M. N. E.
geral <0 julgamento d'ellas : P. 21 dez. 1865 (M. R. —D. L. 292 de. 26) Coll. pag. 509; Carta Regia 26
— medita) Coll. pag. 590. dez- 1865 (D. L. 55 de 10 março 1866);Cóll. pagí.
-i—- O'processo preparatório d'ellas é funcção 592. -'-il
do officio de secretario; geral, que não depende de Coroá (tapetes de)—estabelecido o direito de 100
'delegação "do 'governador civil: P. 21 dez. 1865 réis por kilogramma, para as obras feitas d-ellé :
(M. R. — inedita) .Coll. -pag. 590. D. 10 jul. 1865'(M. F. — D. L. 162 de 22) Gol 11
Contas da juntas de parochia — approvadas por pag. 237; Res. n.° 288 de 30 agosto 1865 (G. G. das
uma vereação, ; não podem ser de novo examinadas A.—D. L. 196 de 1 set.) Coll. pag/323. • ••• "
e julgadas pelas-vereações subsequentes: P. 15 de Correio — publicada a tabella dos.portes da cor-
março 186.5 (M. iR. —inedita). Coll. pag. 541. respondencia entre Portugal, Madeira, Açores e
Na falta de orçamento do anno a que ellas possessões na costa occidental de Africa, e a.Prús-
respeitam, devem tomar-se pelo ultimo approvado sia, estados da união postal allemã, paizes'a que b
competentemente..: P. 31-iuarço (M. R. i—inedita) Prússia serve de intermedio, e a Suécia, e Norue-
Coll. pagl 545. ., ga: Ann. 21.abril 1865 (Dir. ger. dos c o r r . ~ D . .
!
As dos legados pios quer cumpridos quer L. 91 de 24) Coll. pag. 133 a 136. • • .
llSo cumpridos,; são tomadas pelos administrado- Publicada a tabella indicando o nlodo por
res dosconcelhos calieça de comarca: P. 21 nov. que devem ser franqueadas as correspondências
1865 P . L. 267-;de 24) Coll. pag. 497. paia Cabo Verde, Brazil e Rio da Prata, pelos pa-
Cofttadofies dpg juizos ecclesiaslicos — regulada, quetes: Ann. 24 abril 1865 (Dir. -ger. dos cor —
a fórma, de-provimento d'estes officios, por meio D. L. 92 de 25) Coll. pag. 137. '
de concurso: D. 4 nov; 1865 (M; J.—D. L. 251 Publicada a tabella dos portes das corres-
de 6) .Coll. pag. 478. pondências de Portugal, Madeira, Açores e p w
: < Contadoria rda junta de fazenda de Cabo Yerde vincias da costa occidental de Africa, com destino
— onganisada.de. novo, e designados os vencimen-' á Prússia, aos paizes da união postal allemã, e
;tos.dO§ empregadçs: D. 11 jul. de 1865 (M. M.— áquelles á que a Prússia serve de intermedio:-Ann.
D. L. 157 de ; 17 jul.) Coll. pag, 248. ; . 24 agosto 1865 (Dir. ger. dós cori". — D. L. 191 de
Contencioso .administrativo — não é assumpto 26) Coll. pag. 320 a 322. : ... •
.d^elle a nomeação ou a demissão dos empregados Elevada á categoria de direcção à delega-
das irmandades e confrarias: P. 19 abril 1865 (M. ção de Resende em Sinfães: D. 28 dez. 1865 (M.
R. —inedita) Coll. pag. 545. Ò. P. — D. L. 7 de 10 jan. 1866) Coll. pa?. 510.
Contrato com a companhia de sueste — innovan- Creada em Freixo de Espada á Cinta uma
,do os-de 29 de maio de 1860 e de 23 de maio de direccão: D. 28 dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 7 de
,1864: Contr. 14 out. 1865 (M, O. P. — D. L. 242 10 jan. 1866) Coll. pag. 511.
de 25) Coll- pag, 389 a 392. Corso — recommendada a observancia das .dis-
Contribuição municipal indirecta sobre o consu- posições que prohibem armar navios em corso, e
mo do pão — é injusta e vexatória, e repugnante admitti-los ou ás suas presas nos jjortos do reinb
aos principios elementares de economia politica : e domínios: P. 4 agosto 1865 (M. M.-^-D.-L. 174
P.,20 fev. 1865 (M. R. — D . L. 49 de 2 marco) de 5) Coll. pag. 286. '
Coll. pag. 5Í. , . Creadores nacionaes -U estabelecido um premio
tÇohtribuição pessoal —fixada a sua importancia de 500$000 réis para aquelles que-sobresaírem
parado anno de 1866: L. 24 marco 1865 (M. F.— no complexo das disposições que constituem a in-
D. L. 69 de 27) Coll. pag. 82. dustria cavallar, premio que ha de seradjudicado
Contribuição predial — fixada a sua importancia em còncurso publico na direcção' gerardo com-
para,o aijno de 1866 : L. 24 marco 1863 (M. F.— mercio e industria: D. 12 jul. 1865 (M. O.
D. L- ,69 de 27) Coll. pag. 81. D. .L. 157 de 17) Coll. pag. 251. ;;
• Cç^tribuição ejn serviço de pessoa ou de cousas— Creados de Bordo dos-navios de guerra-^orde-
caduca não sendo exigida dentro.do respectivo anno nou-se que fossem inspeccionados péla commissão
economico, e p;o(Jem as camaras aceitar n'este caso de saude naval para se verificar a sua Mbustezj:
o servido dos povos sem perigo de duplicação : P. P. 23. set. 1865 (M. M.—D. t . 269 de 9 dez?)'Coll.
20 out. 1865 (,M. R inedita) Coll, pag.574; P. pag. 564. i '•: , •
22 dez.. 1865, inedita. Coll. pag. 591. Credito supplementar —aberto "um pelo minis-
G li D
terio da fazenda pára occorrer á'-despeza das ra- Credito supplementar—Aherto outro,, pelo mi-r
bões para as praças da armada: D. 19 jan. 18tío nisterio da marinha paia pagamento:daidifferença
(M. LJ 1'8-de 23) Coll. pag.' 7.-.' «.• entre o custo das rações da arrtíída, .e a verba
- Credito supplementar—aberto outro pelo minis- designada para esse fim noorioaroehto.com relação
terio da fazenda para material doservioó dos pha? aos mezes derjarieiro a junhq: jJ5t 28,jmn 1865 (li,
roes: Di'19 jan.'1865 (M.<M,-^.D. L.°18 de 23) M.— D. L. 144 de 1 jul.) CjoHl.p9fr.ai4.. ,, „
Coll. pag. 8. : ! • . , • : •'-- - v-c.,;- . Aberto outro íió.niilviítejfio, da jtritifa para
•—^'Aberto-ou-tro pelo ministerio da: falenda pagamento dos ordenados dos nfâSistrac|oS!aÇoêen-
para p&gamento'de tacões e forragens para' o exer- tados e do augmento do terço-aos» que {Continuam
cito: 'D. 19 jan. 1865" (M. G.i-^D.-L. 18 de-23) rio serviço : D.- 29 jun. t868.í(iH:!.Jt«?D...Lvi4fc
Coll, pag. 8. ! 'V de 1 jul.) Coll. pag. 216... i <'í - H\ ; 'mu-
Aberto oufcra pelo ministerio da justiçá ' aberto outro pára pagamento :do:excesso de
parà' sBstfento de presos e policia das cadeias: D. preço das rações de pão-e.de-forragpns.do-exercita
30 márfb 1865 (M. J. - D. L. 75 de 3 abril) Coll. nos mezes de abril a juiiho : JV-39.jiôUijS6íl (BI. &.!
:
pag. 90. — D. L. 145 de 3 jul.) Coll. pag. 216r.V
-^—Aberto outro pelo ministerio da guerra -••-—^ Aberto outro no ministerio, da .guerra para
pára pagamento do excesso de preço nas rações de obras na escola do exercito: D'..29 jun. J865 (M. G.:
pão é dê forragens: D. 7 abril de. 186o (M*. G:.—' —.D. L. 145 de 3) Coll. pag-216. •. :. . .). -
D. L. 85 de 17) Coll. pag. 108. ' —— Aberto outro no ministerio das* obras pu-
'.' Aberto outro pelo ministerio dos negocios blicas para o pagamento de'excesso;dè' despeza nó.
estrangeiros para pagamento de ajudas de custo a serviço do correio : D. 29 jun. 1865 (M. O. P. — D.L..
diplomaticos: D. 3'maio 1865 (M. N. E.—D. L. 146 de 4 jul.) Coll. pag; 21/7.; --/.-.-. . ••/
102 de 6) Coll. pag. 148. Aberto outro no ministerio,, idas ojbrasi pú^
— A b e r t o outro pelo ministerio dá justiça blicas para pagamento de:despeza& daviepartigão
paVa págamento das côngruas dos ecclesiasticos no do pesos e de medidas : D,;29 j t é . 1865'^L 0.:P.
Funchal: D. 11 maioi'1865 (M. j ; — D . L. d09 D. L. 146 dè 4 jul.) Goll. pag, 2i6; >: •' ?
de 13) Coll. pag, 155. Aberto outro,no.ministerio das Obras pu-
—— Aberto -outro pelo ministerio da justiça blicas para pagamento á companhia .dç canal da,
para o pagamento de despezas com habilitações ,' Azambuja da differença èntre o.rendiíflSníffído.ca*;
càhoníèás, expedição de bulias e sagracão de pre- nal e juro do capital por ella desembolsado i-,D. 39-
lados: D: 11 maio" de 1865 (M- J. —D.*L. 109 de .jun, 1865 (M; O, P. —:D.. L.:146i dq^cjulvJ-.GolI.
15) Coll. pag:-155. • -.i. .pag. .216., •; . :• . - on ^-tivit v. .
— ^ A b e r t o outro pelo ministerio da justiça . Aberto,.outro no ministerio, dia.'guerra-para
pará pagamehto de acréscimo de despeza com o oipagámèíito do augmento-de: píetnás-rpràças,'da:
sustento de presos e policia das cadeias:-.D. 11 companhia de saude : D, 29:jiiuH8^5 (Jtf. ft. -rr DJ
maió 4S65-M). L. 109 dè 15) Coll: pag. 156. L. 164 de 25 jul.) Coll. pag. 216.
Aberto outro pelo ministerio do reino para Aberto outro no ministerio da fazenda para
despezas de-policia preventiva: D. 18 maio 1865 .pagamentodo excesso de dqppezafeita comas côrtes,
(M. R.—D. L. 115 de 22) Coll. pag. 166. • para pagamento da restififição de direitos de tone-
^ — A b e r t o outro pelo ministerio do reino para lagem, para juros de operações de thesouraria, para
a cdínpra de cavallos pára a guarda municipal do Apagamento de ordenados a emprBgadosaposentadOs,
Porto: D. 18 maio 1865 (M. R.—D: Li 115 de 22) para despezas de.-fiscalisação das alfândegas, para
Coll. pag. 168,. pagamento dó excesso de despeza ;com as quotas.
Aberto outro pelo ministerio das òbras pu-: ;de cobrança dos rendimentos publicos e;(!om as
blicas-pàra despezas ae estudos,.expropriações de matrizes e.lançamentos: D, 30-junho',1865 (M, F.
aguas é obras necessarias pará o abastecimento de — D. L. 144 dè 1 jul.) Coll. pag. .218: . , •
Lisboa: D. 1 jun. 1865 (M. 0. P . - D . L. 128 de — . A b e r t o outro para pagamento do excesso de-
7) Coll. pag. 183. despeza com a differença de cambios.,0-premios dei
—: Aberto outropara despezas de policia pre- transaccões: D- 30 jun. 1865 (M. F . r - D . L. 144
ventiva pelo ministerio do reino: D: 8 jun. 1865; de 1 jul!) Coll. pag. 218. • '. . . . • ,--
(Mv R.—D. L. 133 de 14) Coll. pag. 187 - ^ r Aberto outro extraordinario^ no ministe-
Aberto outro pelo ministerio da guerra rio das obras publicas para a .continõação.dâs obras
para-obras na padaria militar: D. 8 jun.--1865 *(M. do porto artificial de Ponta Delgada; D. 12 jul.-
GV-^D. L. 133 dei 44) Coll. pag. 188, 1865 (M. O. P. — D. L. 137 de 17) Coll. pag. 332.
Aberto outrd pelo ministerio das obras pu- Aberto outro extraordinario pelo: ministe-
biieasipara pagamento das despezas eom a fiscáli- rio de marinha para as obras e melhoramentos dos
sàCãóíe exploratíão dos caminhos de ferro: D! 8 de pharoes e compra de materiaes." D, 13 jul. 1865.
jun/,1865 (M- Ò . ' P , — D . 1 , 1 3 4 dè 14) Coll. pag. (M. M. — D. L. 156 de 15 jul.) Coll. pag. 255.
188. i Aberto outro extraordinario pejo ministe-
—— Aberto outro pelo ministerio das obras pu- rio das obras publicas para pagamento das despe-
blicas-pára ás despezas dos telegraphos do reino : zas do arrolamento e das provas do vinho do Douro
Di 8 jun. 1865 (M. O. P. —Di L. 141 de 27) Coll. da novidade de 1864: D. 21 jul. 1865 (M. O. P-.'
pag. 190. •• •'• —D. L. 164 de 2o) Coll. pag. 259. .
Aberto outro pelo ministerio da mar"inha: Aberto outro extraordinario no-ministerio
para soccorros á provincia de Cabo Verde, e paga- da guerra para pagamento.dos.soldos, dos officiaes
mento dos saques de Timor: D. 8 jun. 1865 (M. M. em commissão ina escola polytechnica e nas admi-i
—D. L. 131 de 10) CollVpag. 190. nistracões de alguns concelhos: D..27 jul. 1865
Aberto outro pelo ministerio da marinha (M. E'. -r-iD. L. 176 de 8,agosto) Coll. pag, 273.
parSbsoccorrer os< habitántes de Cabo-Verde :.D. —— Aberto outro extraordinario,no ministerio
28jun'J 1865 (MÍ M,—DV L. 144 de l j u l . ) CÔIL dá guerra para pagamento da divida'do collegio mi-
J
pag. 214: ' •• '•-- -' • I' ^ • litai' proveniente da differepça entre a sua- receita,
- - ^ - ' A b e r t o íoiitro rpeloí ministerio da marinhá e a sua despeza: D. 27 jul,1865 (,M. G. — D; L.
para pagamento dftèkdespezaS publicas- ém Cabo 17.6 de 8.agosto) Coll. pag,,27<3.- ,
Verde: D. 28 jun,.1865 (M. M-.^-D. L. 144 de 1 '—r- Aberto) Outro extraordinario np ministerio»
juk)'GolL.pag. 214. - -'iii'' ><; .-• das obras.publicas para pagamento, dos çpldes aos-
D 12 E
officiaes militares em commissão no mesmo minis- Derramas parochiaes—cobram-se executiva-
terio: D. 10; agosto 186o (M. O. P. — D. L. 183 de mente como as contribuições municipaes: P. 30
17) Coll. pag. 291. março 1865 (M. R. -— inedita) Coll. pag. 544.
" Credito supplementar—aberto outro no ministe- municipaes-—serve-lhes de base o ultimo
rio' da guerra para pagamento da differença de lançamento concluido, aindaque não seja o do anno
preços das rações de pão e de forragens do exer- economico immediatamente anterior, e nSo deve
cito; D. 24 agosto 1865 (M. G . ~ D . L. 196 de 1 demorar-se a sua cobrança a titulo de não estar
set:) Coll. pag. 322. concluido o lançamento do ultimo anno: P. 17
——- Aberto outro no ministerio do reino para agosto 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 563.
despezas ! extrabrdiharias de saude publica: D. 4 Despejos — prohibiu-se que se fizessem nas sar-
out. 1865 (M. R. — D. L. 226 de 6) Coll. pag. 360. getas das ruas: P. Ed. 17 out. 1865 (C. M. L . —
'—— Aberto outro em favor do ministerio do D. L. 239 de 12) Coll. pag. 394.
reino para despezas extraordinarias de saude pu- Recommendada a observancia da postura
blica: D. 23 dez. 1865 (M. R. —D. L. 296 de 30) que os prohibe nos saguões:.Ed. 19 out. 1865 (G.
Coll. pag. 507. C. L. —D. L. 239 de 21) Coll. pag. 452.
Aberto outro no ministerio das obras pu- Despezas facultativas — não póde permittir-se
blicas para pagamento á companhia de viação por- que as camaras as façam emquanto não têem at-
tuense dos juros e amortisação do capital empre- tendido ás obrigatórias: P. 19 out. 1865 (M. R.—
gado na estrada de Villa Nova a Guimarães : D. 23 inedita) Coll. pag. 572.
dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 294 de 28) Coll. pag. Despojos de animaes—vedada a admissão d'elles
508. • - quando provenham dos paizes onde grasse epizoo-
Aberto outro no ministerio da guerra para tia: P. 7 out. 1865 (M. F. — D. L. 229 de 10) Coll.
pagamento datâifferença do preço das rações de pão pag. 364.
e de forragens do exercito: D. 23 dez. 1865 (M. G. Deserção — commettida nas provincias ultrama-
—D. L. 295 de 29) Coll. pag. 509. rinas, como se pune: D. 25 jul. 1865 (M. M. — D.
Aberto um extraordinario no ministerio das L. 167 de 28) Coll. pag. 261.
obras piiblicás para legalisar a despeza da admi- Desertores da armada — ordenou-se que os na-
nistração geral das matas em 1863-1864: D. 30 vios de guerra que tocassem na cidade do'Cabo de
juw. 1865 (M. O.P. — D. L. 198 de23 agosto) Coll. Boa Esperança recebessem os que lhes entregassem
pag. 558. " os agentes consulares, etc.: P. 13 nov. 1865 (M.
i Grumarias (pretos livres da Libéria) — pediram- M. — D. L. 288 de 20 dez.) Coll. pag. 486.
s,e informações ao governador de S. Thomé, sobre Ordenou-se mais que os commandantes dos
o serviço'•(Telles e sobre a conveniencia de pro- navios de guerra que tocassem no Cabo ficassem
moverá sua introducção na provincia: P. 30 set: auctorisados a despender com a policia local as
1865 (M. M.—D. L. 224 de 4 out.) Coll. pag. 355. quantias necessarias para conseguir a prisão dos
desertores: P. 7 jul. 1865 (M. M. —D. L. 279 de
9 dez.) Coll. pag. 559.
Dias santificados — a violação do preceito da
D guarda d'elles só póde dar occasião a processo cri-
minal quando com esse acto se ligue o proposito
Decima-—de predios urbanos estabelecida na In- de offender a religião do estado: P. 23 março 1865
dia a contar do 1." de julho de 1866 ern diante: D. (M. J.—D. L. 68 de 24) Coll. pag. 79.
25 out. 1865 (M. M. — D. L. 250 de 4 nov.) Coll. Direitos de consumo — encarregado João Anto-
pag. 471. nio dos Santos Silva de estudar o modo de modi-
Delegação de jurisdicção — não podem os gover- ficar ou de supprimir os que se pagam em Lisboa:
nadores civis fazer, nos respectivos secretarios, de P. 30 agosto 1865 (M. F. — D. L. 198 de 4 set.)
uma parte da sua auctoridade, conservando a outra: Coll. pag. 324.
P. 21 dez. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 590. de mercê — devem pagar os administrado-
• Delegado do procurador regio — o que nos Aço- res de concelho, mesmo sendo militares, porque
res substituir o procurador regio recébe um terço nenhuma excepção faz a lei em favor dos milita-
dó ordenado d'este; nos casos em que o perdia para res que exercem empregos civis: P. 22 fev. 1865
a fazenda: D. 22 nov. 1865 (M. J. —D. L. 267 de (M. R. — inedita) Coll. pag. 536.
24) Coll. pag. 501. Divida fundada externa — cambio para a con-
Deliberações—das corporações administrativas versão em divida interna: P. 10 fev. 1865 (M. F.
tomadas fóra dos limites das suas attribuições são — D. L. 35 de 13) Coll. pag. 145.
nullas, e devem ser declaradas taes pelo governa- Divisão naval — organisada uma para acompa-
dor civíli P. 10 fev. 1865 (M. R. — inedita) Coll. nhar El-Rei na sua viagem fóra do reino: P. 26
pag. 533. set. 1865 (M. M.— D. L. 221 de 30) Coll. pag.
—— das camaras municipaes sobre assumptos 351.
estranhos ás suas funcções ou tomadas por meio de territorial — alterada, transferindo-se a
concerto prévio, são nullas : P. 4 março 1865 (M. freguezia de Tapães do concelho de Pombal para
R. — inedita) Coll. pag. 539. a de Soure, para todos os effeitos : L. de 25 jun.
das camaras municipaes que modificam os 1864 (M. R. — D. L. 180 de 12 agosto 1865) Coll.,
orçamentos — dependem da approvação do gover- pag. 558.
no ou do conselho de districto, segundo a impor-
tancia d'elles: P. 31 marco 1865 (M. R. — inedita)
Coll: pag. 544. E
Deposito de carvão — approvado o contrato feito
com J. B.'Burnay para o estabelecimento d'elle no Elegíveis — para vereadores, são, nos concelhos
ilhéu de Santa Maria, no porto da cidade da Praia de Diu e de Damão os funccionarios de adminis-
dè S. Thiago: D. 26 jul. 1865 (M. M. —D. L. 169 tração ou de fazenda, menos os que receberem or-
de 31) Coll. pag. 265.. denados das camaras: D. 11 out. 1865 (M. M.—
de pinho—podem as camaras municipaes D. L. 234 de 16) Coll. pag. 386.
fazer posturas ácerca d'elles: P. 30 set. 1865 (M. —— para deputados e para á assembléa dos qua-
R. — D. L. 224 de 4 out.) Coll. pag. 354. renta maiores contribuintes —são os que não sà-
E 13
bem ler nem escrever se tem o censo legal: P. 7 .. Empregos—não podem ser creados nos orçamen-
dez. 1865 (M. R. —inedita) Coll. pag. 587. tos municipaes, mas em processo distincto sujeito;
Eleição supplementar para um deputado — deve á approvação do governo ou do conselho de dis-
fazer-se pelo recenseamento revisto, ainda quando tricto segundo a importancia do orçamento: P. 24
falte notar n'elle as ratificações ordenadas pelos nov. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag, 58|4. ,
tribunaes superiores, se a eleição tiver logar em Empreitadas — modificado iO artigo 23." dqs con-
j u l h o : P. 20 jun. 1865 (M. K.— inedita). Coll. dições geraes de 8 de março de 1861, no sentido
pag. 557. de ser sómente necessaria a intervençâodo, governo
Eleições—ordenou-se que as juntas geraes do ul- no caso de reclamacão do empreiteiro ,* P. ; s4 maio
tramar consultassem sobre as modificações a fazer 1865 (M. O. P.—,D. L. 120 de 29).Coll. pag. 174..
na lei eleitoral em vista das circumstancias pecu- no arsenal da marinha — regulamento ipara
liares de cada provincia, e que sobre a consulta ellas: P. 3 out. 1865 (M. M-^-D- L- 224 de 4) Coll.
fosse ouvido o conselho do governo e o governador pag. 358. • •„...' i, ,. ;, , : . . .
geral: P. 8 agosto 1865 (M. M. —D. L. 189 de 24 Empreiteiros— os das estradas não pqdçpi vedar
agosto) Coll. pag. 290. o uso d'ellas ao publico durante a empreitada: P.,
Embarcações nacionaes — qualquer que seja a 4 fev. 1865 (M. O. P —D. L . 3 2 d e 9) Coll,,pag. 36,
sua lotação podem receber dos depositos das al- de obras publicas — regulado o, modo d£
fandegas do Porto e de Lisboa, e conduzir para as recepção definitiva d'ellas, a restituição dos depo-
ilhas adjacentes e possessões ultramarinas, merca- sitos é do decimo retido do custo das qbras: P. l i
dorias estrangeiras: P. 22 nov. 1865 (M. F. — D. abril 1865 (M. O. P.—D. L. 85de 17) Coll. pag: 1(9.
L. 266 de 23) Coll. pag. 499. Emprestimo de 300:0001000 réis —auctorisada
Emolumentos—pagam-se nas secretarias das pro- a camara municipal do Porto, a contralii-lo para
vincias ultramarinas pelos diplomas de posse de melhoramentos da cidade: L. 5 maio 1865 (M. ft;
terrenos e pelo registo de minas 4,£200 réis: D. 12 — D. L. 102 de 6) Coll. pag. 1&9. ,;:;.. \ ,
set. 1865 (M. M. — D. L. 209 de 16) Coll. pag. 335. Não póde auctorisar-se algum quando para
— - Nas execuções administrativas contam-se elle se determinam impostos jáapplicados v para ga-
pela tabella judicial de 30 de junho de 1864: P. rantias de outros: P. 19 out. 1865 (M. R.,—inedita)
22 abril 1865 (M. R . - i n e d i t a ) Coll. pag. 547. Coll. pag. 572.
Empregados das alfandegas que pelas novas re- : Foi auctorisada a camara de Braga para ler
formas ficaram collocados em posições inferiores vantar um para o cemiterio puíjlico, em execução
ás que tinham — mandaram abonar-se-lhes os seus da lei de 17 de julho 1857: P. 11 dez.1865 (M. R.
antigos vencimentos: D. 25 fev. 1865 (M. F.—D. —inedita) Coll. pag. 588. .. -•(•.•-.:
L. 51 de 4 março) Coll. pag. 55. Enfeites de cabeça para senhoras-r-sendo de ma-;
municipaes— ; as suas nomeações são sujei- teriaes de pequeno valor pagam 370,réis.tior kilo-
tas á correcção dos governadores civis: P. 10 gramma : Res. n.° 291 de 29 set. 1863 (C. G. das A.
março 1865 (M. R.—D. L. 58 de 13) Coll. pag. 60. — D. L. 226 de 6 out.) Coll. pag. 354.
—<— das repartições dependentes do ministerio Epidemias locaes — são principalmente devidas
da fazenda — regras para o abono das faltas que á falta de aceio das povoações, á existencia de focos
derem, e para a fiscalisação do seu serviço: P. 5 de infecção n'ellas, e ao desprezo das regras de.hyv
de out. 1865 (M.F.—D, L. 228 de 8) Coll. pag. 361. giene publica: P. 25 out. 1865 (M. R.—inedita)
- — de administração ou de fazenda —podem Coll. pag. 574.
ser eleitos vereadores nos concelhos de Diu e de Equipamento—os artigos d'elle, quer de homens,
Damão, salvo recebendo ordenados das respectivas quer de cavallos ou dei muares, devem continuara
camaras: D. 11 out. 1865 (M. M. - D. L. 234 de 16) ser fornecidos pelo arsenal: Ord. do exerc. n.° 36
Coll. pag. 386. de 28 agosto 1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 set.) Coll.
- — do antigo contrato do tabaco — não podem pag. 323. •, . ..„;
receber do thesouro em gratificações e subsidios Escolas do exercito e polytechnica—ordenou-se
. maior somma do que anteriormente tinham de or- que os seus alumnos não regressassem aos corpos
denado : P . 12 out. 1865 (M. F. — D. L. 232 de 13) senão no caso de exclusão temporaria ou. perpetua
• Coll. pag. 388. d'eilas, e que durante as ferias fossem instruidos
- — fiscaes—devem apresentar-se fardados den- nos exercicios militares na primeira : ,,P. 17 jul.
tro de sessenta dias, revogada a disposição das in- 1865, Ord. do exerc. n.° 31 de 24 (M. G.—fi. L.
strucções de 5 de abril de 1865, que commettia a 165 de 26) Coll. pag. 257. : • .
compra de fardamentos a uma commissão, salvo —— do exercito—regulado provisoriamente o
n'aquellas alfandegas onde o fornecimento de far- seu serviço: P. e Instr. 11 set. 1865, Ord. do exerc.
damentos tiver sido arrematado: P. 13 out. 1865 n.°40de 13 (M.G.—D.L. 21Qde 18) ; Coll.pag.332.
(M. F. — D. L. 233 de 14) Coll. pag. 389. medico-cirurgica do estado da, ífldia ou de
—— na fiscalisação do tabaco — são isentos do Nova Goa—organisada de novo: D. 11 out. 1865
pagamento de portagem nas barcas de passagem, (M. M. — D- L. 236 de 18) Coll. pag. 371 a 385.
quer das camaras quer do estado: P. 3 fev. 1865 Declarou-se que os ^alumnos da do exercito
(M. R.—inedita) Coll. pag. 531. que terminavam o curso nleste anno eram dispén-
—— das irmandades e confrarias — a sua no- sados do exame de inglez,, mas que não poderiam
meação ou demissão não é assumpto de conten- ser promovidos a tenentes sem mostrarem appro-
cioso administrativo: P. 19 abril 1865 (M. R.— vação n'esta lingua em algum dos estabelecimentos
inedita) Coll. pag. 545. scientificos do reino: Ord. do ex,erc..n.° 49 de 27
- — - da repartição de saude — não podem ser out. 1865 (M. G.—D. L. 2o8 de l4) Coll, pag. 459.
suspensos do exercicio das suas funcções pelos go- - — Ordenou-se que nas cartas dos,iyii-sps se de-
vernadores civis: P. 22 maio 1865 (M. R. — iné- clarasse a somma total de, valores, obtidos por. cada
dita) Coll. pag. 552. alumno nas diversas provas da escola : . Ôrd. ido
Empregos—não podem ser creados nem suppri- exerc. n.° 49 de.27 out. 1865 (HL G. —D. 258
midos pór simples deliberações das camaras; mas de 14) Coll. pag. 459. "" '
dependem a creação e suppressão de confirmação Escravidão — ordenou-se que o conselho ultra-
ou dó governo ou do conselho de districto, se- marino consultasse sobre as providencias a tpmar
gundo a importancia do orçamento: P. 31 março com antecipação, para que cesse o.estaçlo da-es-
1865 (M. R. — inedita) Coll. pag: 544. cravidão na epocha determinada no dqcreto de 29

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de abril-tíe 4888: P. 4 nov,1865 (M. M. —D. L. D. 30 agosto 1865 (M. O. P. — D, L. 205 de 12 set.)
255 de 1'Q) Cõlii'pag. 481;. Coll, pag, 324 a 327., • n .[,'. • ;',;.;-!.
. E s c t e o i - ^ Ordefvou-se que se arrecadasse-pon- Estatutos-^ Ao monte pio -Jesus Mariat José,' ap-
tUaliítenténc impOstò sobre elles,- e que se remet- provados : D. 13 :set. 1865 (M. O.- Pj-r+D.-L. 209.
tesse ao 'gbvertíó -èlrna conta do seu-rendimento an-* de 16) Cõii/ pag. 340.. • • , : . -;,;•-„• -.. „P
niiai': P; 18 ágóiifo 186» (M. M. — D. L. 185 de 19) da companhia da mina de Talhadellanapr.'
GólU-'pag."298.';' i -''' -- - . provados: D,. 7 nov. 1865 (M. 0., P . ^ D . L., 260Í
^^-^- fliíthdotSeípròcèder contra quem permittiu de 16) Coll. pag. 482.
rto ArriÈrii rê&ísto Nelles depois de abolida a es- da associação phiiantrophica e artisticaiiias
cravidão': P: '30''áét'. 1865 (M.M. —D. L . 2 2 4 de freguezias-de Belem e dn Ajuda, approvados:;;D.
4 'ontí^Gõlh pag/ 355. • > ;; ' 21 nov. 1865 (M: O. P. ^ - D , L. 268.de,25) Cpll.;
àfipKÍvoú-sè o regulamento feito pelo go- pag.-497. I• .:. ,.'.-„ ...,
vernador geral de Moçambique para a arrecada- da companhia lisbonense de tabacosíiftppro-
do''itó:pOstó-<isObre os escravos da provincia, vados: D; 29 nòv. 1,865 i(M. O: P. — 10 d:e 13-
ccjmmettendo-se 0 processo ás jun,tas das decimas: jan. 1866) Coll. pag. 584. • .. ....•».»-, .
D":;i4'tówi.-'Í868 (MvM.-^D. L. 264 de 21) Coll. —— da companhia bonança, approvados :'D;.30
pág. 488 a 4 9 3 ; - : agosto 1865 (M. O. P . ^ D . L. 259 de . l i no.vi) Coll.
, jE&riètíes^1 dás 'ijbnaras' ecclesiasticasregulada pag. 565 a 570. . : ••.•'•) , >.
â fórfaa' do'prtyíim'en to d'estes logares por meio de Estradas^ determinadas as epochas em;iqvte^aos
cbftfcuWd: :-b.- '4 íiov. 186S (M. J. — D. L. 251 de 6) empreiteiros d'ellás devem entregar-se os;,décimos
mi.píLp.m. <•'•< •• • - ,• retidos: P. 13 jan. 1865 (M. 0 . P - — D . L.;12 de
' . ''dpfejtrtzos ecclesiasticos—regulada a fórma 16) Coll. pag.'2. . , , ,1
dtf pifóv-itffentó d'estes òfficiòs por meio de con- —f— O uso d'ellas só póde ser vedado ao publica
curso publico: D.Í:4 nov. 1865 (M. J.—-D. L. 251 por actos do governo, e não pelos empreiteiros, a'
de-6) Gôllv jiagJ '478. - - título de-evitarem damnos n'ellas : iP. «4ifevni865
'• Esíátfekiitiieúttísimalxibres—sis (M.
modificações
O. P.— D. queL. 32'de 9) Coll. pag. 36/ -
1
prtícessóS-apresentarem òs industi'iaes'antes de Recommendou-se todo o cuidado na.' Qon-:
concedida ou negada a licença, devem seguir os: serváçãò d'ellas e que se fizessem immediatamente
mesihòs tráitrítes tjue o processo primitivo: P. 26 as pequenas reparações, obrigando-se os cantonei-
abril 1865 (M. R'.<—D. li; 99 de 3 maio) Coll. ros a cumprirem'fielmente o respectivo; regula-
pág. : i 4 0 . ' - - ' : mento : P. 4 abril 1865 (M. O. P.—D. L.-86 de 18)
— - a acção policial das camaras só foi coar- Coll. pag. 108. } .
ctada- em relação aos mencionados no decreto de A dotação d'eilas ba de ser impreterivel-
21 'de ouiubrb'dei863, todos os outros podem ser mente inserida nos orçamentos municipaes e ficar
o6jecto- íde • poêtíi j<as: PP. 30 ísét, e 6 dez. 1865 (M. em deposito quando não venha a ser empregada
R. — D. L. 224 de 4 e ihêdita) Coll. pag. :354 e dentro do respectivo anno feconomieoi.Pl 8 jul>
586.' - r •-. ; 1865 (M. R. —D. L. 152 de 11) Coll; pag: 233 ; P.
] :
' 7— i -nôs-dè isègunda clas'se'o local da fundação 19 out. 1865, Coll. pag. 572.; P. 21 nov. 1865j.
deiíxóu de ser rasão legal para impedir esses: esta- Coll. pag- 582; P. Ú dez. 1865, Coll, pag...589;
belecimentos, -é este ponto não é da competencia P. 22 dez, 1865, Coll. pag, 591. =: ,' : , ! ..
das auctoridades, que só devem designar as condi- Para. as construir ou reparar nãb podem
ções 'qu'e fóréftí -tíecessarias para guarda da saude as camaras levantar emprestimos, emquanto se
pdblícá: 1 P.'22'nbv. 1865'('M. R. —inedita) Coll. não tiver feito a classificação, e não estiverem ap-
pag". 582. ' provados os.planos e orçamentos: P.-8 jul. 1865
• Estado maiof-do exercitò—^appróvado o regu- (M. R. — D. L. 152 de 11) Coll. pag-,-235.
lamento d'elle: D. 28 out. 1865 (M. G. — D. L. 265 Formam .dotação das de terceira òrdem as
dè'22 nW:) Cdlli'pag/575. •••- •- : ' rendas coimeiras e a decima parte da renda: dos
- Estanqueiro'Ao papel sellado — nomeado para bens proprios dos concelhos, que restavndepois de
fes^e SWÍâteiVdèpbis de ! ter sido' eleito ou nomeado deduzida a teres.: P.'.3i março iSôS^M/íft. T—íne-
paVá'.jilgUbi'-cargri do concelho, nãb póde escusar- dita) Coll. pag". 545. = ,.f. ..,;..:,
sVòfliB eáse fUttdâiiiento: P. 28 jan. 1865 (M. R.— - - — A execução do artigo 16." da lei de 6 de
iheàita) Còllv pag,- 530.: junho de 1864, não depende de alguma fornialir
Estatutos — da associação dos pedreiros, carpin- dade para ter immediata execução,'e- é por isso
teiros e artes correlativas: D. 15 fev. 1865 (M. O. erro, que deve.emendar-se, não inserir no orçamento
ç : ^'D.-L'., 50 de 3 março) Coll. pag. 48. a dotação para as estradas: P. 12 dez.11865. (M.R.
;
• -—-^NoVòs5 da'sociedade dò palacio de crystal: — inedita) Coll. pag. 589; P. 22 dez. 1863, Coll.
D: 15 'niártd '1865 (M. 0 . P : — D . L. 69 de 27) pag 591. , • .• .., ,'j '.
CqlK pag'...f>!2 a j 64. .'""' •' A conservação eni cofre dos fundos desti-
>- NbVos'.dà compànhia' de illuminação a gaz nados para as estradas é uma consequência forçosa
còtiitohriceriseí B. 26 abril 1865 (M. O. P. — D. L. das disposições da lei de 6 de junho, vistoque nem
112; de 18 maio) Col 1. pag. 141 a 143. podem ser applicados pelas- camaras, nem pela:com-
í-do ráónté pio Fidelidade: D. 26 abril 1865 missão de viação, sem plantas e orçamentos: E. 22
(M.'O. P. — D: L'. 118 de'26 mâio) Coll. pag. 143. dez,1865 (M," R.?—inedita) Coll. pag. 591. ; , ...
" — - dòiriónte^io reguenguense: D. 3 maio 1865 — O imposto em tr-abalho destinado,paraellas
(M. 0.'P.—DV L, 128 de 7 jun.) Coll. pag. 148. só é devido e pago dentro do anno economico.a
- — A p p r o v a d o s òs do mbnte piò de Nossa Se- que pertence,, e não passa de.um; anno pára o ou-
nhora daNazareth': D. 29 maio 1865 (M. O. I 1 .— tro :• P. 22-dez; 186o.,(M. .'R.:-^i»edi'íajl( Colli-.pag.
D. L. 1'28-dé'í jdni) CollJ^pag. 1 7 7 . - - 59-1; P..20íóutl865,iColl; pag. 57.4.- .. .•i.,!-.ij-:-.-/
- ' • ^ f - A p i r t o v a á o s osdáassociaçãóphilatitrophiòa Estrume—-prohibiu-se a conservayaçSo »d'elíe
1
das artes portderisesvD- 30 maio 1865 (M. O. P. por piais de vinte e quatro horas,- nas..cayalUri-
— D. L , ,128 de 7 jun.) Coll. pàg. 178.1;' V i • 1 çasj estábulos, lojas, etc.: P. edit...i7 AUjtvdí^S
'—^'Modificados òà do banco lusitanb-nos ivti- (C, M: Lisb..-^D. L.:239 de 12) CftH. ipag,l3R4y.:.
.gos5'* e 33;°: : D. 22:jul. 1865 (MvO.-P.—DJ-Li Exámes no lyceu do Funchal —são. .considera-
164 de 25) Coll. pag. 259. dos ooàto feitos em-lyceu de l, a .classe:, P,, 23 f%v.
—— Approvados ós dá compafthia uniãò,;faíbril: 1865 (M. R.v-D. L.:5Ííde»4 «karçia)-Co},l. pivg..S4l-
E 15 E
Exames de admissão nos lyceus—regulado o brigadas de instrucção fiscalisassem-pessoalmente,
modo por que devem fazer-se: P. e instr. 8 abril os exercicios no campo, trabalhos de secretaria e
1865 (M. R. — D. L. 82 de 11) Coll. pag. 113 a serviço regimental dós capitães que se habilitam
115. para majores: Ord. exerc. 17 de 26 abril 1865
de instrucção primaria—não dependem da (M. G. — D. L. 95 de 28) Coll. pag. 139. ;:
idade dos candidatos, exigindo-se a certidão de Exercito — regulou-se o serviÇo das companhia^
idade iúnicámente como documento p^ra provar a de artilheria da guarnição das'ilhas:; Ord. exerci
identidade de pessoa: P. 20 de abril 1865 (M. R. n.° 7 de 23 fev, 1865 (M. G.—DÍL. .5i'd8 4imarço)
— D. L . 9 0 de 22) Coll. pag. 132. Coll. pag. 40 a 43. ••••-.. .. ..'.
de admissão, preparatorios da escola do Ordenou-se que estais companhias obser-
exercito;•para os alumnos «íilitares — regulada a vassem a parte da ordenança para os.exercicios
fórma' e tempo para elles: P, 5 set. 1863 (M. R. dos regimentos de infanteria e dos batalhões de ca-
^-Di L..210 de 18) Coll. pag. 329. çadores: Ord. exerc. n.° l i de 20 março 1865 (M.
; —— Applicada esta providencia aos aspirantes G. — D. L. 70 de 28) Coll, pag» 74. , . - .
de marinha, que quizerem seguir o curso da res- -—i- Abriu-se concurso pára'o provimento de
pectiva arma: P. 5 out. 1865 (M. fl. —D. L. 226 logares de capellães dos cúrposdo exercitb: Ann.
de 6)'Coll. pag. 361. 2 marco 1865 (M. G . - - D . h, 52 e 63 dè 6 e 1»)
Execuções por dividas fiscaes — a suspensão d'el- Coll. pag. 57. • ..'. . • .•>•
• las foi prohibida, e a que tiver sido concedida não Ordenou-se que os conselhos de disciplina
' póde durar mais de tres mezes, contados da data nomeassem defensores officiaes aos réuá,i quando
:
da concessão: D. 25 out. 1865 (M. F.—D. L. 243 os defensores oficiosamente escolhidos se recusas»
de 26) Coll. pag. 471. sem á defeza: P. 22 março 1865, Ord. exerc. n.°
' administrativas — os emolumentos n'el)as 24 de 5 jun. (M. G. — D. L. 129 de. 8) Coll. pag.
1
contam-se pela tabella judicial vigente ao tempo 169. .a .
em que a- conta é feita: P. 22 abril 1865 (M. R.— Declarou-se que as guias de assentamento
inedita) Coll. pag. 547. dadas ás praças que têem baixa, não se substituíam
Exercito — as praças que querem continuar no por outras, ainda no caso de perda: Ord: exerc.
serviço a que disposições íicarn sujeitas: Ord. exerc. n.° 11 de 20 março 1865 (M. G.—D. L. 70 de 28)
n.° 3 de 21 jan. 1865 (M. G. — D. L. 22_de 27) Coll. pag. 75. ••!.
Coll. pag. 10." — r - Deram-se instrucções sobre O modo de fa-
—— Providencias para o fornecimento dos seus zer a inspecção dos corpos das. differentes armas
fardamentos pela commissão de laneficios, e para do exercito : P. 4 fev. 1865,' Ord. exerc. n."> 5 dè
a passagem de fundos das pagadorias, para a mes- 6 (M. G.—D. L. 37 de 15)4ioIl.' pag. 3«1a 39.
ma commissão: P. 9 jun. 1865, Ord. exerc. n.° Determinou-se que aoS; agraciados com a
27 de 19 (M- G. —D. L. 139 de 22) Coll. pag. medalha commemorativa da divisão auxiliar ã Hesu
198. . panha se notasse na casa correspondente do respe-
—— Regulada a fórma dos concursos para o ctivo livro de registo o motivo da concessão .:' Ord;
provimento dos logares de archivistas das secreta- exerc. n.° 5 de 6 fev. 1865 (M. G. — D. L. 37 de
rias;das divisões militares: Ord. exerc. n.° 6 de 20 16) Coll. pag. 39. •;!.••. - '
fev. 1865 (M. G. — D. L. 43 de 22) Coll. pag. 51. Ordenou-se que os -fencimeritos do .inonte
—— Regulado o calibre das baterias de campa- pio militar até 100£000 réis fossem pagos semi des-
nha e de montanha: D. 29 maio 1865, Ord. exerc. conto, e que excedendo esta quantia se pag&ssen}
n.° 27 de 12 (M. G. - D . . - L . 139 de 22 jun.). Coll. com mais 25 por cento do nominal dos respectivos
pag. 177. titulos: L. 18 maio 1865: (M. F . D J . L s 1 1 4 dè
—Regulou-se-a escripturação e correspon- 20) Coll. pag. 162 • ;j ,.-., . •
dencia dos caserneiros: P. 25 jan. 1865 (M. G.— ——Declarou-se que os officiaes getoeraes não
D; L; 43 de 22 fev.) Coll. pag. 16. deviam tomar para seu serviço os cavallos de praça,
• —.— Determinou-se que os cavallos de praça só salvo excepcionalmente, e pagando-os então por
excepcionalmente podessem ser escolhidos pelos of- aquillo em que fossem avaliados sobre 144&000
fif^aes para o serviço, e regulou-se o preço por réis: Ord. exerc. n.° 11 de 20 março (M. G. —D.
que deviam ser pagos, quando fossem escolhidos: L. 70 de 28) Coll. pag. 74. -: .
Ord. exerc. n.° 11 de 20 marco 1865 (M. G. — D. Fixou-se o tempo em que os officiaes mi-
L. 70 .de 28) Coll. pag, 74. litares, empregados em commissões estranhas ao
! 1 Deram-se providencias para a compra dos ministerio da guerra, chamados a optai- entre as
que são precisos para a remonta da cavallaria, e commissões e o serviço do exercito, deverão res*
• para a venda dos mutilisados, estabeleceu-se a pre- ponder: Ord. exerc. ri." 19 de 3 maio 1865 (M. G".
ferencia para os cavallos creados no paiz. e deter- —D. L. 112 de 18) Coll. pag. 148. .
jninaram-se os vícios redhibitorios que influem — - Determinou-se que os officiaes arregimen-
n'estes contratos: D. 19 abril 1865, Ord. exerc. tados recebessem os soldos pelas pagadorias mili-
n.° 18 de 28 (M. G.—D. L. 108 de 13 maio) Coll. tares das divisões onde estiverem os respectivos
pag. 128 a 132. corpos: Ord. exerc. n.° 20 de 8 maio 1865 (Mi G.
— r - Ordenou-se que os cavallos de fileira não — D. L. 114 de 20) Coll. pag. 151. ;
podessem ser empregados pelos officiaes arregi- Augmentaram-se os soldos aos officiaes em
mentados no seu serviço: Ord.exerc. n.° 17 de 26 effectivo serviço, aos das guárdas municipais e aos
abril 1865 (M. G. — D. L. 95 de 28) Coll. pag. das tropas de primeira linha das provincias de
139. Africa, Macau e Timor: L. 18. maio 1865 (M. G>
-rr-r-' Determinou-se que os officiaes não com- — D. L. 114 de 20) Coll. pag. 164. .i . ;
prassem potros para suas praças:; Ord. exerc. n.° Recommendou-se que as pagadorias mili-
17 de 26 abril 1865 (M. G.--D. L. 95 de 28) Coll. tares resgatassem os recibos; de vencimentos inte-
pag. 139. rinos antes de terminar o anno economico a que
.... —rrr Commetteu-se ás commissões de remonta elles respeitam : Ord. exerc., ..n,0 5 de 6 fev. 1865
compra de cavallos para os officiaes: Ord. exerc. (M. G. — D. L. 37 de 16) Cbll.lpag. 39..
n.° 22 de 20 maio 1865 (M. G.—D. L. 118 de 26) Regulou-se o modo de fazer o.ajustamento
Coll. pag. 167. de contas ás praças do exercito contratadas e dèspe-
•t-Hrrf Determinou-se que os commandantes de didas por incapacidade physica: Ord. exerc. n.4 25
E -16 E

de 10 jun, 1865 (M. G. —D. L. 133 de 14) Coll. P. 10 jul. 1865 (M. M.—D. L. 180 de 12 agosto)
pag. 201. Coll. pag. 238.
'Exercito—suscitou-se a observancia do regula- Exercito — lixado o quadro da padaria militar:
mento de 12 de fevereiro de 1812, que marca a D. 11 jul. 1865 (M. G. Ord. exerc. n.° 30 de 1 5 -
distancia em que podem fazer-se construcções D. L. 159 de 19) Coll. pag. 239.
junto ás praças de guerra e pontos fortificados: Regulado o modo por que ha de fazer-se
D. 17 maio 1865 (Ord. exerc. n.° 23 de 31 maio — o abono ás praças dos corpos das 9.° e 10." divisões
D. L. 125 de 3 jun.) Coll. pag. 161. militares que estiverem addidas aos corpos do con-
Augmentou-se o pret aos officiaes inferiores tinente : Ord. exerc. n.° 30 de 15 jul. 1865 (M. G.
e mais pragas dos corpos do exercito: L. 18 maio — D. L. 159 de 19) Coll. pag. 256.
1865 (M. G. — D. L. 114 de 20 maio) Coll. pag. 165. Ordenou-se qfce os conselhos administra-
Determinou-se que no orçamento se incluís- tivos dos corpos, praças e estabelecimentos depen-
se uma verba de 32:000^000 réis para melhora- dentes do ministerio da guerra que tenham a sea
mento do rancho dos soldados: L. 18 maio 1865 cargo artigos de mobilia ou utensílios da fazenda
(M. G-—D. L. 114 de 20 maio) Coll. pag. 165. remettessem ao arsenal do exercito um mappa d'el-
• Derâm-se providencias para execução d'esta les, com referencia a 30 de junho: Ord. exerc.
lei modificando-se o regulamento de 30 jan. 1863: n.° 30 de 15 jul. 1865 (M. G. —D. L. 159de 19)
Ord. exerc. n.° 22 de 20 maio 1865 (M. G. — D. L. Coll. pag. 257.
118 de 26) Coll. pag. 167. Determinou-se que os alumnos das escolas
Ordenou-se que os commandantes dos cor- doexercito, e polytechnica só regressassem aos cor-
pos remettessem, ao ministerio da guerra em cada pos no caso de exclusão temporaria ou perpetua
uinzena a conta da receita e despeza dos ranchos: dss escolas, e que durante as ferias ou no caso de
S rd. exerc. n.° 22 de 20 maio 1865 (M. G. — D. L.
118 de 26) Coll. pag. 167.
perda de anno fossem instruidos nos exercicios mi-
litares na escola do exercito, podendo os alumnos
Fixou-se em 150#000 réis o preço das sub- officiaes ir servir Aos corpos: Ord. exerc. n.° 31
stituições em 1865 : D. 19 abril 1865 (M. R.—D. de 24 jul. 1865 P. 17 (M. G. —D. L. 165 de26) Coll.
L. 90 de 22).Coll. pag. 127. pag. 257.
Mandou-se que os regimentos de artilheria Prorogado até 31 de dezembro o praso para
observassem a ordenança dos exercicios dos regi- os contribuintes do monte pio militar reclamarem
mentos de infanteria com algumas modificações: as prestações com que tiverem contribuído: P. 24
Ord. exerc. n.° 11 de 20 maio 1865 (M. G. —D. jul. 1865,' Ord. exerc. n.° 33 de 1 agosto (M. G.—
L. 70 de 28 março) Coll. pag. 74. D. L. 173 de 4) Coll. pag. 260.
—— Duvidas sobre regulamento da administra- Determinaram-se as penas que haviam de
ção da fazenda militar — ordenou-se que fossem re- ser impostas aos diversos crimes de deserção mili-
mettidas ao ministerio da guerra pela 2." direccão: tar commettidos nas provincias ultramarinas: D. 25
Ord. exerc. n.° 2 (M. G. —D. L. 21 jan. 1865) Coll. jul. 1865 (M. M. — D. L. 167 de 28) Coll. pag. 261.
pag. 5. Prohibiu-se no uitramar o castigo de va-
—i— Ordenou-se que se fizesse a tombação dos radas, substituiu-se quanto aos incorrigiveis por
terrenos e edificios adjacentes ás praças de guerra degredo para provincia diversa: D. 25 jun. 1865
epontos fortificados: D. 17 maio 1865 (Ord. exerc. (M. M. — D. L. 170 de 1 agosto) Coll. pag. 262.
n.' 23 de 31 (M. G. — D. L. 125 de 3 jun.) Coll. Creou-se uma agencia militar para receber
pag. 161. e satisfazer as requisições dos corpos do exercito,
-—Decretou-se o uniforme para os emprega- cessando o serviço dos officiaes em commissão em
dos civis d« arsenal do exercito que têem gradua- Lisboa: P. 26 jul. 1865, Ord. exerc. n.° 32 de 28
ções militares: D. 18 jan. 1865 Ord. exerc. n.° 4 (M. G.—D. L. 186 de 21 agosto) Coll, pag. 267.
de 31 (M. G.—D. L. 27 de 3 fev.) Coll. pag. 6. Destacaram-se dos corpos de cavallaria e de
Decretou-se o uniforme dos officiaes mili- infanteria officiaes subalternos, com o curso de es-
tares reformados do ministerio da guerra empre- tudos das respectivas armas especiaes para servirem
gados em commissão n'este ministerio: D. 19 abril temporariamente nos corpos de artilheria e nas
1865, Ord. exerc. n.° 17 de 26 (M. G.—D. L. 95 companhias da Madeira e dos Açores : 'D. 26 j*l.
de 28) Coll. pag. 128. 1865 (M. G.—D. L. 173 de 4 agosto) Coll. pag.
Decretou-se o uniforme dos officiaes da se- 268.
cretaria do supremo conselho de justiça militar Deram-se providencias ácerca do rancho
permittindo-se-lhe o uso de banda: D. 30 maio 1865 dos soldados, declarando-se que o subsidio de 10 réis
Ord. exerc. n.° 27 de 19 jun. (M. G. — D. L. 139 de era o máximo abono quando houvesse deficit, que
22) Coll. pag. 180. não tinham direito a elle os officiaes inferiores e
Designou-se o dia desde quando começava que nos domingos o rancho seria de carne: Ord.
o augmento de pret, e mandaram-se processar as exerc. n.° 32 de 28 jul. 1865 (M. G. — D. L. 171
competentes relações de mostras: Ord. exerc. n.° 28 de 2 agosto) Coll. pag. 282.
de 1 jul. 1865 (M. G. — D. L. 147 de 5) Coll. pag. Declarou-se que os officiaes das praças de
221. segunda classe e os caserneiros nomeados para car-
Determinou-se que fossem decididas nos gos municipaes ou para jurados e vogaes de con-
corpos as pretensões das praças que quizessem pas- selhos de familia deviam pedir as suas escusas ás
sar ás%uardas municipaes quando os requerentes auctoridades competentes, e não ao ministerio da
tivessem nota nos livros ou menos de dois annos de guerra: Ord.exerc. n.°32de28jul. 1865(M. G.—
serviço : Ord. exerc. n.° 29 de 10 jul. 1865 (M. G. D. L. 171 de 2 agosto) Coll. pag. 282.
—D. L. 153 de 12) Coll. pag. 236. Proveu-se a restituição ás pagadorias mili-
Ordenou-se que nas requisições de transpor- tares das quantias por ellas adiantadas para ran-
tes, quando os individuos a transportar fossem com cho, ordenando-se que a restituição se fizesse á
familia, se declarasse a idade de cada um dos filhos proporção que se fossem recebendo os fundos do
que comsigo levassem : Ord. exerc. n.° 29 de 10 jul. rancho e não por uma só vez: Ord. exerc. n.° 35
1865 (M. G. - D . L. 153 de 12) Coll. pag. 236. de 19 agosto 1865 (M. G. - D. L. 189 de 24) Coll.
Ás praças d'elle que voluntariamente forem pag. 299.
servir no ultramai' abona-se o pret em moeda forte Designou-se uniforme para os officiaes e as-
igual ao das guarnições de Lisboa, Porto e Elvas: pirantes da repartição de saude: D, 21 agosto 1865
E 17 E

Ord. exerc. n.° 38 de 31 (M. G. — D. L. 206 de 13 dos cursos se declarasse a somma de valores, qy,e
set.) Coll. pag. 300. durante todo o curso cada estudante obteve: Ord-
Exercito — regulou-se o serviço medico-vetc- exerc. n.° 49 de 27 out. 1865 (M. G. — D. L; 258
rinnrio militar: D. 22 agosto 186o, Ord. exerc. de 14 nov.) Coll. pag. 459.
n.' 37 de 30 (M. G. - D. L. 204) Coll. pag. 307 Exercito — deram-se as instrucções necessarias
a 318. sobre a fórma do organisar os processas para a
0
— O r d e n o u - s e que os conselhos administrati- concessão da medalha militar: Ord. exerceu," ' 48
vos só incluíssem nos mappas mensaes e trimestraes de 25 out. 1863 (M. G.—D. L. 265 de 10 nov.)
os vencimentos e descontos recebidos durante o mez Coll. pag. 472. . , .' ''",',:,;'.;
ou o trimestre a que os mappas respeitassem : Ord. Determinou-se a repartição do minisiériò
exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G. — D. L. 196 da guerra aonde deviam ser remettidos os esclare-
dè { set.) Coll. pag. 323. cimentos relativos á applicação dos dinheiros des-
Ordenou-se que os artigos de equipamento tinados para o entretenimento das,camas dòs des-
quer de pessoas quer de cavallos ou de muares con- tacamentos nas praças de guerra: Ord. exerc-n.»
tinuassem a ser fornecidos peloarsenal: Ord. exerc. 49 de 27 out. 1865 (M. G.—D.L. 258 de 14 ; novi)
n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 Coll. pag. 474. .... ';. '
set.) Coll. pag. 323. Marcou-se praso dentro dó, qúal ás praças
Regulou-se o modo de averbar na conta cor- que fizeram parte da expedição,,a Angôja.eifl Í$6Ó
rente das praças vindas de outros corpos os débi- deviam requerer pelo ministerio da marinha à liqui-
tos d'ellas, provenientes de abonos que receberam: dação do pret dobrado a que tinham direito: Òrã.
Ord. exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. G. — D. exerc. n.° 49 de 27 out. 1865 (M. G.—JD. ; L.,25p
L. 196 de 1 set.) Coll. pag. 323. de 14 nov.) Coll. pag. 474. :..,,,.••'.
Determinou-se queaagencia militar come- Declarou-se que documentos eramiiylis-
çasse a funccionar em 16 de setembro : Ord. exerc. pensaveis para a concessão da medalha commemo-
n.° 36 de 28 agosto-1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 rativa da divisão auxiliar á Hespanha : Ord. exerc.
set.) Coll. pag. 323. n.° 53 de 13 nov. 1865 (M. G. — D. L. 269 de 27)
Prohibiu-se que os officiaes e praças do Coll. pag. 488. ,,
exercito tomassem parte em touradas como tou- Estabeleceu-se o modo por que os conselhos
readores : Ord. exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. administrativos dos corpos de fóra da capital de-
G.—D. L. 196 de 1 set.) Coll. pag. 323. viam mandar fazer n'ella os pagamentos de que
Declarou-se que a promoção dos officiaes carecessem: Ord. exerc. n.° 54 de 23 nov. 1865
inferiores seria feita por concurso entre os indivi- (M. G. — D. L. 270 de 28) Coll. pag. 501.'
duos da classe immediatamente inferior áquella em Approvado o regulamento do corpo de, es-
que houver vacatura, dentro do mesmo regimento tado maior: D. 28 out. 1865 (M. G . — D . L. 265
ou batalhão : Ord. exerc. n.° 38 de 31 agosto 1865 de 22 nov.) Coll. pag. 575. ": ' J
(M. G. - D. L. 206 de 13 set.) Coll. pag. 328. Exportação—permittida a do vinho do reínp
Regulou-se a fórma e tempo em que os pela barra do Porto: L. 7 dez. 1865 (M- O. P . —
alumnos militares haviam de fazer em algum dos D. L. 279 de 9) Coll. pag. 505f, . .!, : ' , ,
lyceus de Lisboa, Coimbra e Porto os exames de Exposição de filhos legitimos — é prohibida,[n$p
admissão na escola do exercito: P. 5 set. 1865 assim a dos illegitimos, antes para elles fqram in-
M. R. —D. L. 210 de 18) Coll. pag. 329. stituida.? as rodas: P. 18jan. 1865 (M. R.—inédita)
Regulou-se provisoriamente o serviço da coii. pag. 527. . ,•'/",,;;//..,...„.,
escola do exercito: P. e instr. 11 set. 1865," Ord. Exposição internacional no Porto—creada unia
exerc. n.°40 de 13 (M. G.—D. L. 210 de 18) Coll. commissão para classificar os productos! das pro-
pag. 332. vincias ultramarinas que a ella devem concorrer:
-=—Declarou-se que a medalha militar podia P. 30 jan. 1865 (M. M.—D. L. 39 de 17 fev.) Coll.
ser concedida aos officiaes e soldados, que tives- pag- 29-
sem commettido faltas leves, comtantoque fos- Os productos estrangeiros que concorre-
sem anteriores aos annos de exemplar comporta- rem a ella só ficam sujeitos áo pagamento de ,di-
mento exigidos pelo decreto de 2 de outubro de rei tos, não sendo reexportados: L: 24/março 1865
1863: D. 16 set. 1865. Ord. exerc. n.° 45 de 7 (M. O. P . - D . L. 69 de 27) Coll. p^g. 83.. „;
(M. G.—D. L. 230 de 11) Coll. pag. 343. Regulamento e instrucções; para a recepção
——- Declarou-se que ás praças de pret, para e despacho dos productos estrangeiros que hãode
quem ò serviço nas obras militares era facultativo, concorrer a ella: P. 11 jul. 186o (M. F.— n / C .
era applicavel o § 6.° do artigo 356." do regula- 155 de 14) Coll. pag. 240. , , ,
mento da fazenda militar: Ord. exerc. n.° 45 de Nomeada uma commissão para a ..estudar
7 out. 1865 (M. G. — D. L. 230 de 11) Coll. pag. e apresentar em relatorio a sua opinião: D . l á s ç t .
364. 1865 (M. O. P . - D . L. 208;de 15) Coll. p'a'g."á3,8,
Declarou-se que o saldo por ajuste de con- Proveu-se para que fosse visitada pelos
tas das praças contratadas que fallecerem fica su- mestres e operarios mais distinctos por < sua apti-
jeito a encontro com a parte do preço do alista- dão profissional: Off. 13 set. 1865 (M. Õ. P.—D.
mento, que for superior ao tempo por que servi- L. 208 de 15) Coll. pag. 340. , j;.".
ram: Ord. exerc. n.° 47 de 18 out. 1865 (M. G. Exposição universal de Paris — convidado El-
— D. L. 242 de 25) Coll. pag. 458. Rei D. Fernando para presidente da çommissãq di-
Ordenou-se que o averbamento de baixa rectora da exposição dos productos nacionaes: C.
no serviço militar, ás praças que completarem os R. 12 jul. 1865 (M. O. P — D . L . 157:de 17) Coll.
tres annos na reserva, se faça no dia em que estes pag- 249. , .,. ; '
terminarem, e que o respectivo titulo se archive, se Determinou-se que o presidente, do conse-
não for pedido no mesmo dia: Ord. exerc. n.° 47 lho de ministros, e os das obras publicas, reino e
de 18 out. 1865 (M. G. — D. L. 242 de 25) Coll. justiça, fizessem parte da commissão directora, e
pag. 458. a presidissem na falta de El-Rei, :e nomeou-se o
Dispensaram-se os alumnos da escola do secretario e vice-secretario : D. 12 jul. 1865 (M. O,
exercito, que terminavam o curso, de fazerem exa- P. — D. L. 157 de 17) Coll. pag. 250..,', .,.,.
me de inglez, devendo porém faze-lo antes de pas- —— Creada a commissão central directora dos
sarem a tenentes, e determinou-se que nàs cartas trabalhos preparatorios para ella, e estabelecidas
F 18 G

âs:regràs jiai-ã; ò seu serviço: D. 12 jul. 1865 (M. Fiança—em que casos se ádmitte nos delictos
J
O. L . 157 de 17) Coll. pag. 250. maritimos, quem a concede e arbitra a sua impor-
' ' Exposições agricolas—regulado este serviço: D. tancia: P. 20 out. 1865 (M. M.—D. L. 239 de 21)
26 jul. 1865 (M. O.'P. — D. L. 174 de 5 agosto) Coll. pag. 460.
'6011. pag1.'' 269-'âl;27t-. São obrigados a presta-la os rtiàncfebòs es-
' Expostos— riáb "podem as juntas geraes estabe- cusos do recrutamento por servirem deamparó áos
'lècei" r,é;gaià'ú)êntòs pará, o serviço d'elles; mas só paes quando queiram sair do r e i n o P . 31 março
'proprios'aógoverno, nem tambem supprimir in- 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 5&S..s-! -ni -. • ,
teiramente as rodas ou estabelecimentos destinados Fiscaes do governo junto-dasassociações!por<elle
'pári r 6 rébéliimeriíô d'elles:'P. 10 fev. 1865 (M.R. auctorisadas—podem assistir ás assembléas'geraes
^ M é d i i i i / e m i ^ g . 533: ' • e ahi tomar parte nas discussões sèni tolherem o
páffl-bptojão por utilidade publica— não póde direito de voto dos associados: P. 5 out. 1865 (M.
serrèqtiéridà^Vélas irmandades ou co-nfrariás, ou O. P. — D. L.'237' de 19) Coll. pag..H863-.!
pBròuVás éòVporáções particulares: P. 6 out. 1865 Formidarió para os actos da regencia- durante ;a
XMVW.í-D/ L-. 8á8-de 9) Coll. pag. 363. ausencia de El-Rei: D. 2-out. 1865 (M. fi.^iD.
• Decretada uma em favor da junta de paro- L. 223 de 3) Coll. pag. 357/ -í •[• ; •
^tíia^eS^Pédròye Villa f r a n c a do Campo, de um Fornalhas e chaminés — conéesSão de um'privi-
í é i m é i b ferèW da capella dos lazaros: D. 4 dez. legio por cinco annos a Eduardo Brouri Wilson
í l . ^ D l L. '281 de 12) Coll. pag. 505. eomo inventor de um aperfeiçoamento.n'ellas': D.
;^.lii^'PédrétóliJà'f,t»utrá em favor da camara mu- 6 fev. 1865 (M. O. P.—D. L.:49 de 2-março) Coll.
riicipál dè Lisboa; de uma propriedade incendia- pag. 40.
da, na rua Novad'El-Rei: D. 12 dez. 1865 (M. R. Forms de cal do Rio Secco—ordenou-se aó in-
L. 289 de'21') Coll. pag. 506. tendente das obras publicas de Lisboa,'.que ela-
'•' 'ÍÍÍÍ—'Naò pòdè' decretar-se com o fim de que borasse o regulamento para o arrendamento d'elles
tii^a''pá^fe âò' 'lèrileílp expropriado se venda, e se em hasta publica : P. 9'jun. 1865 (M.'0.*P. —D.
CoiiVgrfcfém 'pràpriedade particular: P. 17 marco L. 131 de 10) Coll. pag. 196. • - '
1863 (ML R.—inedita) Coll. pag. 541.

:..". F G
Fácidtátívos—os decrépitos e velhos não podem Gado lanígero — póde ser creado, sem licença da
•stír dámittidos' dois partidos, salvo concedendo-se- camara, no concelho dos Olivaes; penas pelos da-
lhes pensões vitalícias: P. 31 jan. 1865 (M."R.— mnos que causar nas sementeiras ou pastagens:
D. I . 30 dé-7'Iev.) Coll. pag. 30. Port. 22 marco 1865: C. M. dos Oliv. —D. L. 75
——- Vèièritiáíios militares—fazem parte - das de 30) Coll. pag. 77.
commissões de remonta : D. 22 agosto 1865; art. 2.° Garrafas de vidro branco e fino —pagam direi-
' O r d . t o r c : 'ii."1l7 de 30 (M. G . - D . L. 204) Coll. tos como obra de vidro não especificada, soprada
^ág."307. . v. ou moldada, ou 160 réis por kilogramma: Res.
• '-i^-^ExitráÍDrdinarios do lióspital de S. José — n.° 274 de 28 jun. 1865 (C. G. das A.—D. L. 144
a sua antiguidade não se regula pela ordem da pro- de 1 jul.) Coll. pag. 215.
%òStà 'óu pela1 dá •'nomeação, mas pela posse, pela- Geropiga— a que 'entrar no Porto ou em. Gaia
data dO'diplònla, pela prioridade do grau academi- paga l | 0 0 0 réis por pipa, imposto dividido entre
ca,'Veta ultimo1 caso pela idade: P. 17 fev. 1865 as camaras das duas terras e o thesouro: L. 23
-(M.R.—feeâitó/Coll. pag. 536. dez. 1865 (M. O. P. — D. L. 292 de 26) Coll. pag.
De partido, das camaras devem ser substi- 508, • . . - •
1ffidbs'ttuariíIo nãb podem satisfazer ás obrigações Gorduras — direitos que devem pagar não sendo
'do ãbtíBíifttWáié-Çorimpossibilidade physica: P. 27 sebo em bruto, coado e em resíduo: Res. <n.° 248
' M ! 1865-'(ÍIÍ.--R.L-inedita):Coll. pag. 575. de 16 março 1865 (C. G. das A.-4). L. 62 de 17)
•Faia —enrBrdio paga direi tos como madeira em Coll. pag. 67. , •': - -:
'brdto tia TasSõ: de 2,5 réis por kilogramma : Res. Gratificações dos administradores dos Concelhos
â89 "dè 6 set. 1865 (C. G. das A. — D. L. 201 de 7) — augmento d'ellas como póde fazer-se : P. 19 jan.
Coll: pag. 330. 1865 (M. R. —D. L. 18 de 23) Coll-.pag. 7. -.•;
Fainas — no arsenal da marinha, approvadas as Governadores civis — devem remetter annual-
tabellas que fixam o preço d'ellas, quando se eífe- mente ao tribunal de contas as relações das corpo-
ctuárfem1 ai pedido de particulares ou de compa- rações que perante elle têem de pfeta-las ; : P. 30
nhias —D. L. 212,de 20) jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 531.
Coll; fíag. 385 a'338. — Devem declarar nullas, e não' exècutar as
—L-'Oídéíiõu-se que nenhuma se fizesse gratui- deliberações das juntas geraes, exorbitantes das
tamente : 'P i /-l6 set.'186o (M. M. - D. L. 212 de 20) suas attribuições legaes : P. 10 fev. 1865-(M.- R.—
Coll. pag. 344. inedita) Coll. pag-. 533.
' — M a n d a r a m - s e applicar as disposições do de- Compete-lbes exercer, em conselho'de dis-
çífeto de 12 de setembro ao emprestimo dos obje- tricto, as funcções da junta geral, quando esta ou
ctos doestado existentes nas intendências de ma- não vota os meios precisos para as despezas do
linha' e capitanias dos portos: P. 2 nov. 1865, M. districto ou os vota insuficientes: P..10 fevi 1865
M.—D. L. 250 de 4) Coll. pag. 477. (M- R- — inedita) Coll. pag. 533.
Faltas dos empregados dependentes do ministe- —— Não devem declinar para o governo a deci-
rio-tia-fazenda-^ Como se abonam: P. 5 out. 1865 são de questões perante elles pendentes, nem soli-
(M.'P.;—D. L. 228 de 8) Coll. pag. 361. citar do governo insinuações sobre-O modo de; de-
_ Feiras — auctorisados os governos civis a prohi- cidir questões que podem subir ao conhecimento
bidos' qnaiidò ãfesim lhes for requerido pelos delega- do mesmo governo por via de recurso :'-P, 19 abril
dos do conselho de saude emquanto durarem as 1865 (M, R. - inedita) Coll. pag. 545.
circumstancias sànitarias extraordinarias: P. 23 - — - É da sua competencia a approvação dos
out. Í865 (M.R.—D.' L. 241 de 24) Coll. pag. 464. orçamentos das irmandades, ainda 'quando n'elles
H 19 I
se disponha de rendimentos antigos por cobrar: Horário — modificado quanto ao segundo com-
P. 8 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 550. boio descendente da linha de Beja, e mandado vi-
,Governadores civis—não lhes compete dirigir gorar desde o 1.° de junho : P. 23 maio 1865 (M.
o serviço, de saude nos districtos, nem alterar ou O. P — D . L. 217 de 24) Coll. pag. 169.
revogar os regulamentos de saude, nem alterar as . Approvado o dos caminhos de ferro do sul
t>rdens'doí conselho de saude, nem suspender os e de sueste com relação a dois trens ascendentes
empregados subordinados do conselho: P. 22maio e descendentes em toda a linha .- P. 30 maio-ii865
1865 (M- R. — inedita) Coll. pag. 552. (M. O. P . - D . L . 122 de 31) Coll. pag. 478 a 180. .
—-.Só podem prover extraordinariamente em D a s l i n h a s f e r r e a s d e • l e s t e ie<iior1fe a p p r o -
qasos omisgos e urgentes, e a omissão não se dá vado um novo para começar a r e g e r d e 6 dè'BtgôSh>
havendo lei ou regulamento do governo: P. 22 em diante: P. 28 jul. 1865 (M. 0. P. — D . L. 169
maio 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 552. <te 31) Coll. pag. 274. •*.. - -H
:. . NSe podem ingerir-se no serviço de sau- Approvado o do caminhe de sueSte'para
de, e apenas dar conta ao governo dos abusos que comecar no 1.° de outubro :! P. 23 set. 1865 (M.
chegarem á sua noticia: P. 22 inaio 1865 (M. R. O. P."—D. L. 216 de 25) Coll, pag. 346. "
— inedita) Coll. pag. 552. Horta — conferido á cidade o-titulo de muito leal
—n Devem tomar providencias para que as e determinado o seu brasão ide armas : 'D. 3 'maio
commissões de recenseamento cumpram nos pra- 1865 (M. R . - D . .L. 139 de 22 jun.) Coll. pag: 149i
sos legaes as disposições das leis: P. 14 jun. 1865 Hospital dó Espirito Santp dè Tavira-declarou-
(M, Ri—tinedita) Coíl. pag. 555. se El-Rei protector d'elle : ;-Alv. .21'set; 1865 (M,
Devem promover o aceio e limpeza das po- R. —D. L. 242 de 25 out.)>CoU. pag. 34'5J '=
voações e o removimento dos focos de infecção, Hospitaes—aquelles em que forein tratados guar-
que são a causa das epidemias locaes: P. 25 out. das da fiscalisação da alfandega, recebem5 200 réis
ái&65 (M..B. — inedita) Coll. pag. 574. sendo civis e 240 réis sendo militares -por cadàdia
—— Não podem suspender os administradores de tratamento : P. 18 out. 1865 (M.F.—D. L. 239
dos concelhos senão em caso urgente que demande de 21) Coll. pag. 4i8.
a prompta substituição d'estes magistrados, e não
permitta recurso ao governo: P. 1 dez. 1865 (M.
R. —inedita) Coll. pag, 586. I ,
:: Não podem delegar uma parte,da sua ju-
risdicção nos respectivos secretarios., e conservar Idade—a maior é motivo depreferençia no c&SB
a outr.a, muito menos em materia de con tas : P. 21 de empate na eleição do sétimo vogal daslcoiwmisr
de£- 1865 (M. R . - i n e d i t a ) Coll. pag. 590. sões de recenseamento: P. 18 j a n ; 1865 (Íh'R'.~í-
í—:—das provincias ultramarinas — ordenou-se- inedita) Coll. pag. 528. -
Ihes a: observancia fiel do decreto de 14 de agosto Imposto de transito de passageiros e de transporte
de 1856, que regula os casos urgentes em que po- de mercadorias pelos caminhos de ferro — regu-
demprpvidenciar : P. 1 jun. 1865 (M. M.—D. L. lada a sua cobranca: D. 5 àbril.1865 (M. F . —D.
128 de 7) Coll. pag.. 184. L. 86 de 18) Coll. pag. 107. -!'<
• Gratificações — determinou-se que as que se abo- sobre os escravos—recommendááa a sua
nam aos empregados do tabaco não excedessem com cobrança, c ordenou-se queas juntas de fazenda-do
o subsidio ao ordenado que esses empregados le- uitramar remettessem ao governo uma conta «Ip
nham no antigo contrato : P. 12 out. 1865 (M. F. rendimento annual d'elle desde à sua creaçSo: P.
-rr D. Ir. 232 de 1.3) Coll. pag. 388. 18 agosto 1865 (M. M.—D. L. 183 dè 19) Coll.
. — — N ã o são devidas aos professores de instruc- pag. 290.
ção publica que, por não terem serviço na cadeira sobre o vinho e geropiga que entrar 'noí
pi;opria, forem encarregados da regencia de alguma armazens no Porto ou em Gaia — dève continuara
outra:. P. 14 dez. 486o (M. R. — D. L. 293 de 27) cobrar-se durante o anno economico de 4865-1866:
ÇolJ. pag. 506. P. 7 out. 1865 (M. F. — D. L. 229.de 10) CoW.
•—-— Não devem as camaras dar a quem lhejfa- pag. 363.
ça a escripturação ou coadjuve o escrivão, porque —— sobre a pesca — paga-se no local Onde o
é obrigação d'este similhante serviço: P..30 maio peixe é exposto á venda pararentrar no* consumo,:
18,65 (jVli ,R. —inedita) Coll. pag. 555, e em Lisboa só póde exigir-tse a differença a ináior,
..Qvqrtkt municipal de Lisboa —ordenou-se que quando a haja, levando-seam.contò ecpBô egíiter
oç facultativos d'ella fizessem diariamente a inspec- anteriormente pago: P. 26 out;.1865 (M. ÍV—B;
ção dos quarteis das companhias ilogo depois de L. 244 de 27) Coll. pag. 473. •• : - ,
íiçcolherpp] as guardas: P. 20 out. 1865 (M. R.— —— de consumo sobre o vinbo, geropiga è.agual--
D. L 240 de 23) Coll. pag. 462. dente que entrar no Porto — qual é, é ; còmoso'dis-
, Gy.ar.dqs da fiscalisação das alfandegas — que fo- tribue: L. 23 dez. 1865 (M.4X P,—iD. Ii. 292 de
rpm'recplhidos nos bospitaes, pagam por dia de 26) Coll. pag. 508.
tratamento 200 réis aos hospitaes civis, e 240 réis dc consumo sobre -a farinha —ufio : devem
aos militares: P. 18 out. 1865 (M. F. —D. L. 239 as camaras municipaes lançar: PP.'3 março, 26 e
de 21.) Coll. pag. 448. 27 abril e 12 maio 1865 (M. R.—inedÁtas) Coll.
,, tíúias de assentamento dadas ás praças que têem pag. 538, 548, 549 e 550--
bftixa do exercito —não se,substituem por outras . - — da prestação de trabalho— deve ser'inse-
aindaque se allegue perda d'ellas : Ord. exerc. rido nos orçamentos muiiicipáese avaliado em r-éis
n.° 11 de 20 marco 1865 (M. G.—D. L. 70 de 28) pelas tarifas, levando-se a Somma á respectiva co-
Col|. pag. 75. lumna e capitulo do orçaraènto: P. 12 maio 186S
(M. R. — inedita) Coll. pag. 550. ' •••»
da prestação em trabalho destinado p a r a
H estradas — caduca não sendo exigido dentro do anno
economico a que respeita: PP. 20 oét. e 22 ièt.
Horário — o das Íinhas ferreas de sul, sueste e 1865 (M. R. — inéditas) Coll. pag: 574 e 691. ;
r,amal de Setubal, desde 1 de maio até 31 d.e outu- s o b r e os c a r r o s q u e t r a n s i t a m pelâfe r u a s
bro, jappróv^dq: P Í ? abril 1865 (M. O. P . —D. das povoações—não podem ias camaras lança-lo:
L 89 de 22) Coll. pag. 125 a 127. P. 21 nov. 1865 (M. R. — inedita) Coll. jiag. 583
1 20 J

Impostos municipaes indirectos — não podem ser na: Ann. (M. R.—D. L. 57 de 11 março 1865)
lançados por fórma que recaiam sobre os vende- Coll. pag. 61.
dores, e não sobre os consumidores: PP. 3 março, Instrucção primaria—adoptaram-se para uso das
27 abril e 12 maio 1865 (M. R. —inéditas) Coll. escolas e taxaram-sc os livros Novo epitome da his-
pag. 538, 549 e 550. toria de Portugal e o Compendio da historia dè Por-
. — r Não podem ter por base o preço dos gene- tugal : P. 23 de marco 1865 (M. R.— D. L. 76 de 4
ros, iporque se tornam incertos e variaveis quanto abril) Coll. pag. 80." .'••:••
ábase, e perturbam as relações do commercio in- Regulado o modo por que hão de fazer-se
terno: P. 15 março 1865 (M. R.— inedita) Coll. os exames d'ella para a admissão nos lyceus: P. e ,
pag. 540. instr. 8 abril 1865 (M. R . — D . L. 82 de 11) Coll.
•T nem medidas que não sejam de retalho: pag. 113 a 115.
PP. 15 março, 29 e 30 maio 1865 (M. R.—inédi- Os exames d'ella não dependem da idade
tas) Coll. pag. 540, 554 e 555. dos candidatos, não sendo precisa a certidão de ida-
:—— não podem lançar-se sobre o gado ven- de senão como documento comprovativo de iden-
dido por cabeça, ou no vinho vendido por pipa, tidade : P. 20 abril 1865 (M. R — D. L. 90 de 22)
porque não são as vendas d'esta natureza feitas a Coll. pag. 132.
retalho: P. 29 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll. Mandado louvar Manuel Joaquim da Silva
pag. 554. Capello, de villa de Alva, por ter offerecido livros,
—— e rendimentos publicos — auctorisado o go- papel, lousas, premios pecuniários, etc., para a es-
verno a recebe-los durante o anno economico de cola da villa: P. 12 jun. 1865 (M R . — D . L. 237
1865-1866, e a applica-los ás despezas publicas, de 20) Coll. pag. 208.
durando a auctorisação sómente emquanto não - — Louvado o conselho director da associa-
fosse votado o orçamento: L. 18 maio 1865 (M. F. ção protectora do asylo de D. Pedro V, por offere-
—D. L. 114 de 20) Coll. pag. 162. cer casa, mobilia e uma gratificação de 20$000 réis
— - de lançamento — fixado o praso de sessenta para o professor da freguezia do Campo Grande, e
dias para a cobranca d'elles nos districtos das ilhas dois premios pecuniários para os alumnos mais
adjacentes: P. 3 fev. 1865 (M. F. — D. L. 28 de 4 distinctos: P. 11 jul. 1865 (M. R. — D. L. 156 de
fev.) Coll. pag. 33. 15) Coll. pag. 248.
Incendios—nas propriedades confinantes com o Auctorisada a mudança da cadeira de en-
caminho de ferro de sueste recommendou-se ao fis- sino primario de Santa Catharina de Lisboa, para
cal da exploração que tomasse as medidas para os a freguezia do Soccorro : D. 28 novembro 1865
evitar: P. 14 agosto 1865 (M. O. P. — D. L. 1821de (M. R. — D. L. 275 de 4 dez.) Coll. pag. 502.
16) Coll. pag. 297. publica—declarou-se que os concorrentes
Inscripções—mandou-se consultar a junta do ás cadeiras de mathematica elementar, e de intro-
credito publico sobre o modo de se pagar os juros ducção á historia natural dos lyceus, excluídos dos
d'ellas nos concelhos cabeças de comarca: P. 25 concursos pelos commissarios dos estudos, podiam
abril 1865 (M. F . — D . L. 93 de 26) Coll. pag. recorrer para o governo dentro de oito dias, que
138. se contam da publicação na folha official dos no-
—— Ordenou-se que os juros d'ellas fossem pa- mes dos candidatos : P. 10 maio 1865 (M. R.—D.
gos no concelhos capitaes de comarcas judiciaes, L. 109 de 15) Coll. pag. 155.
uer as inscripções fossem de assentamento, quer Declarou-se que nos lyceus as matriculas
e coupons: D. 10 jun. 1865 (M. F. — D. L. 134 pagas pelo alumno externo lhe aproveitavam paia
de 16) Coll. pag. 203 a 205. a disciplina que frequentasse como voluntário, sen-
Mandou-se converter n'ellas os fundos exis- do do mesmo anno do curso: P. 17 maio 1865
tentes na alfandega do Funchal destinados para (M. R. — D. L. 136 de 19) Coll. pag. 162.
soccorrer os trabalhadores da companhia braçal Ordenou-se que os professores de instruc-
que se inutilisassem no serviço: P. 12 out. 1865 ção secundaria e superior dessem no começo de
(M. F.—D; L. 232 de 13) Coll. pag. 387. cada mez um summario das materias que tiverem
Inspecção dos corpos das diversas armas do exer- lido no mez antecedente: P. 30 set. 1865 (M. R.
cito— instrucção sobre o modo por que deve ser —D. L. 223 de 3 out.) Coll. pag. 354.
feita; P. 4 fev. 1865, Ord. exerc. n.° 5 de 6 (M. G. Os professores d'ella não têem direito a
— D. L. 37 de 15) Coll. pag. 36 a 39. gratificação, quando não regendo a sua cadeira por
Inspectores das alfandegas — podem exigir del- falta de discipulos^ foram encarregados da regen-
ias todos os esclarecimentos de que carecerem, e cia de uma outra: P. 14 dez. 1865 (M. R. — D. L.
examinar os livros e documentos relativos ao ser- 293 de 27) Coll. pag. 506.
viço interno e externo: P. 10 março 1865 (M. F. Intendencia de marinha—declarou-se que os ob-
— D. L. 57 de 11) Coll. pag. 59. jectos do estado que n'ellas haja, quando empres-
Regulado o seu serviço por meio de in- tados a alguem, produzam aluguer regulado pelas
strucções regulamentares: P . ' 4 agosto 1865 (M. tabellas do decreto de 12 de setembro de 1865: P.
F. —D. L. 183 de 17) Coll. pag. 287 a 289. 2 nov. 1865 (M. M. — D. L. 250 de 4) Coll. pag.
Instrucção popular — mandou-se que fosse lou- 477.
vada a commissão d'este titulo, que em Angra pro- Irmandade da ordem terceira de Moncarapacho
moveu uma subscripção para a compra de mobilia — auctorisado o governador civil de Faro, a pro-
da escola publica da freguezia de S. Pedro: P. 11 por á junta geral a applicação dos bens d'ella para
abril 1865 (M. R.—D. L. 90 de 22) Coll. pag. 119. o hospital de Monchique, e para a parochia onde
primaria — auctorisada a empreza do thea- existiu: P. 3 fev. 1865 (M. R. —D. L . ' 3 2 de 9)
tro de S. Carlos a estabelecer uma escola d'ella no Coll. pag. 35. ,
mesmo theatro: P. 16 jan. 1865 (M. R. —D. L. de Nossa Senhora do Carmo de Braga —
18 de 23) Coll. pag. 3. foi-lhe concedida a igreja do convento do Carmo e
A despeza com os edificios necessarios para as pertenças d'ella para ser empregada no culto
ella não é obrigatoria nem para as camaras, nem divino: L. 18 maio 1865 (M. F.—D. L. 114 de 20)
para as juntas de parochia: P. 19 jan. 1865 (M. Coll. pag. 163'. '
R. — D. L. 18 de 23) Coll. pag. 7. Irmandades extinctas—applicação que devem
Cadeiras d'ella creadas algumas nos distri- ter os seus bens: P. 5 fev. 1865 (M. R.—D. L. 32
f
ctos de Beja, Coimbra, Leiria, Portalegre e Vian- de 9) Coll. pag. 35.
L 21 M
Loterias—quaes se consideram particulares: P.
J 31 maio 1865 (M. R . — m e d i t a ) Coll.pag. 555.
Recommendou-se de novo a execução da
Jazigos de familia—não podem ser permiltidos legislação que prohibe e pune as estrangeiras: P.
dentro dos templos, onde houver cemiterio publi- 10 agosto 1865 (M. R . - D . L. 222 de 2out.) Coll.
co: P. 27 jan. 186o (M. R.—D. L. 25 de 31) Coll. pag. 562.
pag. 28. Lyceu do Funchal — considerado de primeira
. Junta administrativa do porto artificial da Horta classe quanto aos exames n'elle feitos. P. 23 fev.
— nomeação dos seus vogaes: D. 22 fev. 1865 (M. 1865 (M. R.— D. L. 51 de 1 março) Coll. pag. 54.
O. P.—D. L. 38 de 1 março) Coll. pag. 54. —— De Goa — creado n'elle mais um logar de
; revisora — no recrutamento do exercito, substituto para as tres cadeiras de latim, philoso-
no impedimento dos facultativos militares, são cha- phia e rhetorica: D. 5. jul. 1865 (M. M.—D. Li
mados a ella os civis: P. 27 jun. 1865 (M. R.— 151 de 10) Coll. pag. 231.
inedita) Coll. pag. 558.
—— de fazenda do ultramar — recommendou-
se-lhes a remessa regular das contas explicativas
da receita e despeza, e a remessa dos balancetes M
mensaes dos cofres: P. 11 fev 1865 (M. M. — D.
L. 40 de 18) Coll. pag. 46.
Recommendou-se a algumas a remessa, nas Macau — determinou-se que o procurador dosne->
epochas determinadas, dos orçamentos das respe- gocios sinicos fosse do nomeação regia e com" o or-
ctivas provincias: P. 11 fev. 1865 (M. M.—D. L. denado de 600$000 réis, accumulando o cargo dè
40 de 18) Coll. pag. 46. administrador do concelho,.etc.: D. 5 jul. 1865 (M.
Juntas geraes — devem fazer um só relatorio, e M. — D. L. 150 de 8) Coll. pag. 231.
uma só consulta, e não tantos quantos são os mi- Creado ali um corpo de interpretes de lin-
nisterios: P. 12 jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll. gua si nica, e designados os ordenados do primeiro
pag. 527. e do segundo interpretes e dos alumnos : D* 12 jul.
Não podem lançar aos concelhos as quotas 1865 (M. M.—D. L. 156 de 15) Coll. pag. 249.
para as despezas do districto, senão em harmonia Regulados de novo os vencimentos dos em-
com a lei de 30 de março de 1861, e devem ser pregados civis, ecclesiasticos e militares da colo-
annulladas as suas deliberações em contrario: PP. nia: D. 26 jul. 1865 (M. M.—D. L. 168 de 29)
x
5 jan. e 17 maio 1865 (M. R.—inéditas) Coll. pag. Coll. pag. 263.
527 e 551. Madeira em folhas para marcenaria—que direito
Não podem fazer regulamentos para o ser- paga: Resol., n.° 256 de 20 abril 1865 (C. G. das
viço dos expostos, mas só propo-los ao governo, A. —D. L. 91 de 24) Coll. pag. 133.
nem tambem supprimir inteiramente as rodas: P. Magisterio superior— regulada a fórma do pro-
10 fev. 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 533. vimento dos logares d'elie por méio de concurso
Jurado — nomeado pelo tribunal do commercio, em todos os estabelecimentos litterarios dependen-
para fazer parte do tribunal maritimo, que se re- tes do ministerio do reino: D. 22 agosto 1865 (M.
cusar a este serviço, procedimento contra elle : P. R.—D. L. 192 de 28) Coll. pag. 301 a 307.
11 out. 1865 ( M . M . - D . L.?232 de 13) Coll. pag. Mantas de tecido de lã de mais de uma côr —
386. não podem ser classificadas como cobrejões nem
Jurados—um circulo d'el!es foi creado no jul- pagar direitos como taes: Resol. n.° 282 de 11
gado dá Azambuja: D. 25 out. 1865 (M. J. — D. agosto 1865 (C. G. das A . — D . L. 181 de 14) Coll.
L. 243 de 26) Coll. pag. 470. pag. 295. •
Mantinhas de seda — devem pagar direitos como
lenços de seda: Resol. n.° 247 de 16 fev. 1865 (C.
G. das A. —D. L. 46 de 25) Coll. pag. 48.
L Mappa dos registos das minas feitos perante as
camaras municipaes: 18 abril 1865 (M. O. P.—
D. L. 90 de 22) Coll. pag. 122 e 123.
Legados pios—as contas, quer dos cumpridos Dos registos de minas que caducaram: 19
quer dos não cumpridos, hão de ser tomadas pelos jun. 1865 (M. O. P.—D. L. 137 dè 20) Coll. pag'.
administradores dos concelhos, cabeças de comar- 211.
ca: P. 21 nov. 1865 (M. R. —D. L. 267 de 24) Coll. Dos privilegios de invenção concedidos cujo
pag. 497. praso findou: 30 dez. 1865 (M: O. P.—D. L. 4 de
Licenças para balancés quem as concede, por que 5 jan. 1866) Coll. pag. 512. V
tempo é com que condicões: P. 18 jan. 1865 (M. De invenção e introducção concedidos no
R . — D . L. 18 de 23) Coll. pag. 5. anno de 1865: 30 dez. 1865 (M.O. P — D . L. 4 : de
Para estabelecimentos insalubres — as mo- 5 jan. 1866) Coll. pag. 513.
dificações que nos processos d'ellas apresentarem os Mappas estatisticos do commercio de Portugal,
industriaes devem seguir os mesmos tramites que do movimento maritimo, de importação, exporta-
o processo primitivo: P. 26 abril 1865 (M. R.— ção, baldeação e transito; do commercio dè cabota-
D. L . 99 de 3 maio) Coll. pag. 139. gem—prescriptas as regras pata a sua organisação
- Para a venda de tabaco—providencias para e estabelecido o tempo em que devem serpublica- •
a renovação d'ellas em janeiro de cada anno: P. 3 dos: P. 27 out. 1865 (M. F . — D . L. 246 de 30)
nov. 1865 (M. F.—D. L. 255 de 10) Coll. pag. 484. Coll. pag. 473.
Legislação penal militar — nomeada uma com- Matadouros de fóra de Lisboa—a carne das re-
missão para a colligir e rever: P. 15 set. 1865, Ord. zes n'elles decepadas só póde ser admittida a con-
exerc. n.° 42 de 16 (M. 6. —D. L. 211) Coll. pag. sumo na capital com guias dos habilitados, e com
341. previa inspecção de veterinarios! vinda dos não ha-
Loterias — são o mesmo que rifas e só podem ser bilitados: P. 28 out. 1865 (M. F . — D . L. 246: de
auctorisadas para actos de beneficencia ou de pro- 30) Coll. pag. 475.
teccão ás artes : P. 31 maio 1865 (M. R. —inedita) Licenceados nos termos da legislação rela-
Coll. pag. 555. tiva a estabelecimentos insalubres, não podem as
M M

camaras muiiioipaes.impedir que funccioneni: P. 6 Melhoramentos de Coimbra — nomeada a com -


dez. 1865 (M. R—inedita) Coll. pag. 586. missão que ha de elaborar o plano d'elles : P. 27
Matadouros de fóra de Lisboa — não dependem maio 1865 (M. O. P. — D. L. 120 de 20) Coll. pag.
;
de licença das camaras, que nem podem permitti- 173. . •-
bw.heto-pfroMbi-los: P , 6 dez. 1865 (M. R. — ine- ——Recommendou-se á commissão da capital
dita) Coll. pag. 586. que attendcsse nos seus planos á formação de quar-
í Sobre.elles podem e devem exercer fisca- teirões e de habitações para operarios: P; 6 jun.
lisação policial o administrador do concelho eseus 1865 (M. O. P. — D. L. 128 de 7 juíiv) Coll. pag.
delegados ;e ós intendentes de pecuaria: P. 6 dez. -185. ' -i :
1865- (M. R.—inedita) Coll. pag. 586. Determinou-se a fórma de chaàfròs dè cò-
MáÁqcutas'rios lyceus — a feita pelo alumno co- nhal dos predios em Lisboa, e deram-sé outras re-
iilo.'éxterbo,. :4pròVèita-lhe para a disciplina que gras para serem observadas nas édificacffés: P. 20
frequentar como voluntário, uma vez que as dis- out 1865 (R. O. P. — D. L. 241 de 24) Coll. bag.
ciplinas pertençam ao mesmo anno do curso, e á 460. ' •
mesma epocha de exames : P. 17 maio 1865 (M. R. Militares — nomeados administradores de conce-
— D. L. 136 de 19 jun.) Coll. pag. 162. lhosj pàgam direitos de mercê em relação a èste
' Paga pelo alumno externo, aproveita-lhe emprego: 1'. 22 fev. 1865 (M. R. —inedita) Coll:
para a disciplina que frequentar como voluntário pag. 536.
se as disciplinas forem do mesmo anno do curso e Mina de ferro na serra de Rosalgah —conctóssãó
pertericerènuá isvesma epocha de exames: P. 17 d'ella a Javme Larcher: P. 16 jan.' 1865 (M. O. P.
jun. 1865 (Mv R — D. L. 136 de 19) Coll. pag. —D. L. 25 de 31) Coli. pag. 3.'
209. • - —— dè feiro no Serro da Mina, r-.oncelho lie Ode-
.,.\-rr^- CertiâãUi de as haverem feito em todas as mira— concessão a Jayme Larcher: P. 16 jan,
aulas do anno lectivo, devem aprêseiitar os milita- 1865 (M. O. P. — D. L. 26 de 1 fev.) Coll. pag. 4.
res, dò uitramar. qUe estiverem no reino a estudar •—— de estanho dás Aguas Ferreas do Rama^-
cflm:ti<5encíi, p&na tje lhes ser esta cassada: P. 14 lhoso — concessão á Jorge Alberto Adolfo Leusch1
jtil.tl£!65"(M. M.—+D. L. 180 de 12 agosto) Coll. ner: P< 21 fev. 1865 (M. 0. P. — D. L. 77 de 5
pag'.-'255. . abril) Coll. pág. 53.
——.Nas dos navios deve declarar-se sempre de estanho em Portella da Gaiva, concelho
que foi.possivel os portos onde o navio tem de to- de Amarante — concessão a Jorge Alberto Adolfo
çftf, edeclíirar-seaos tripulantes o effeito dos ter- Leuschner: P. 21 marco 1865 (M. 0 . P. — D. L.
mos geraes empregados n'este acto: P. 11 agosto 80 do 8 abril) Coll. pag." 75.
v
1865 (M. M. — D. L. 170 de 12) Coll. pag. 292 e de chumbo de Albergan, concelho de Ta-
562., ; , buaço— concessão a Jorge Suché: -P. 27 março
Matas — regulado o; serviço technico e admi- 1865 (M. 0 . P. — D. L. 71 de 29) ColJ. pag. 85.
nistrativo d'ellas: -P. 18 nov. 1865 (M. O. P.— de chumbo de Zambulhal, concelho de
D. L. n.° 263 de 20) Coll. pag. 495 a 497. Tabuaço — concessão a Jorge Suche: PJ 27 márÇò
Medalha commemorativa da divisão auxiliar á 1865 (M. O. P. — D. L. 72 de 30) Coll. pag. 86.
Hespanha- 1 -aos agraciados com ella deve averbar- de chumbo do Tedo, concelho de Tabuaçq
-se na casa correspondente do respectivo livro de — concessão a Jorge Suche: P. 27 marco 1865
registo o motivo da concessão: Ord. exerc. n.° 5 M. O. P.— D, L. 73 de 31) Coll. pag. 88. ' • ••> :
de 6 fev. 1865 (M. G-—I). L. 37 de 16) Coll. pag. de cobre em Villa Meã, concelho de Bra-
39. gança— concessão a José Ferreira Pinto'Basto :
.. r-rh—; militar—declarou-se que póde ser conce- P, 18 abril 1865 (M. O. P . - D . L. 91 de 24) Coll.
dida aos que tiverem commettido faltas leves, com- pag. 124. í ' • !.-" .
tantoque sejam anteriores aos annos de exemplar de carvão no logar da Povoa, freguezia de
comportamento! exigidos pelo decreto de 2 de ou- Pedorido, concelho de Castello de Paiva —conces-
tubro de 1863(1 etc.: D. 16: set. 1865, Ord. exerc. são a Francisco Saraiva da Costa Couraça: P. 18
n.° 45. de ; 7- (Jfli G. — D. L. 230 de 11 out.) Coll. abril 1865 (M. 0 . P.— D. L. 94 de 27)Coll. pag.
pag.:343. i / . . 124.
Instrucções sobre o modo por que hão dè de chumbo em Serradella — permittida a
ser organisados os.processos para a concessão da lavra d'ella á companhia de mineração portuense,
medalha militar: Ord. exerc. n.° 48 de 25 out. (M. cujos estatutos se approvarain: D. 26 abril 1865
G. — D. L. 265 de 10 nov.) Coll. pag. 472. (M. 0. P.—D. L. 110 de 16 maio) Coll, pag.--140.
. ^ ^ c o m m e m o r a t i v a da divisão auxiliar á Hes- de chumbo na herdade dos Lobatos (Ar-
pànjiaj— declarou-se que documentos eram indis- ronches)— concessão a Jorge Croft: P. 26 abril
pensaveis para obter a concessão d'ella: Ord. exerc. 1865 (M. 0. P. — D. L. 103 de 8 maio) Coll. pag.
n ; ? ^3|de 13 (M. G—D. L. 269 de 27) Coll. pag. 488. 144.
.Medidaide ijetalhp— não é o almude: P. 15 de - — • de estanho do Codeço, freguezia de Anguei-
março 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 540. ra, concelho de Miranda do DoUro — concessão á
i.-^^-r, Nem um alqueire : P. 12 maio 1865 (M. R. companhia de mineração de Traz osMoptes: D. 27
— inedita) Coll. pag. 550. abril 1865 (M. 0 . P. — D. L. 103 de 8 maio) Gbll.
, r — Nem a,pipa: P. -29 maio 1865 (M. R.— pag. 144. .. . ; • -.-..{
inepta) .Çoll. pag. 554. de chumbo na Portella de Corvfps,'conce-
. —— Nem odeealitro ou dois decalitros: P. de lho de Tábua—concessão provisoria a Carlos Au-
30 maio,,í865 i(M! R.—inedita)- Coll. pag. 555. gusto Bon de Sousa: P. 6 jun. 1865. (M. O. P . —
Nem as cargas, sacos ou carradas: P, 30 D. L. 140 de 26) Coll. pag. 185. .!• ...-,-.- i
maÍQ,!865|(M.,R. — inedita) Coll. pag. 555. de chumbo no Adorigo, concelho de Ta-
. ^Melhoramentos da capital — nomeada uma com- buaço-— concessão a Carlos Augusto Bon de, Sou-
missão gue deve elaborar o plano d'elíes: P. 24 sa: P. 6 jun. 1865 (M. O. P. — D.' L. 140 de 26)
maio 1865 (M. Ó. P. — D L. 118 de 26 de maio) Coll. pag. 185. . ' í,;-
Coll. pag. 171. . de manganez na herdade de Alporçhjna,
do Porto — nomeada a commissão que ba concelho de Ourique—concessão á firma;Freitas &
de propor o plano d'elles: P. 26 maio 1865 (M. O. Dromgaole: P. 9 jun. -1865 (M. O. P.—D. L. 133
P. — D. L. 120 de 20 maio) ColLpag, 173, I de 14) Col|. pag. 197. .,. u,.
M 23 M
Mifia de cobre de Alcalá e Alcalaim, concelho de nhas de sul e de sueste: P. 14 jan. 1865 (M. O. P.
Evora-—concessão á firma Soares Sobrinhos & So- — D. L. 13 de 17) Coll. pag. 2.
cios: D. 21 jun. 1865 (M. O. P. — D. L. 170 de 1 JWissões ultramarinas — commettida ao bispo eleito
agosto) Coll. pag. 212. de Macau a verificação do estado do collegio d'ellas
—— de cobre na herdade.das Caldeiras, fregue- quanto aos estudos e aproveitamento dos alumnos:
zia da Ajuda, concelho de Elvas—concessão a Ar- P. 1 fev. 1865 (M. M— D. L. 3.1 Ue.8) Cojl, pag/3$..
mand Theophilus Donnet: P. 30 jun. 1865 (M. Ó. — : —a admissão de alumnos, rio çqljégio d'éllas
P. - D. L. 152 de 11 jul.) Coll. pag. 219. ' não se concede sem fiança qué, respòndá. çotjreis'
—— de cobre em Alcalá e Alcalaim— conces- 144$000 annuaes se os alumnos- ní^o, iqm^npi o r -
são definitiva á firma Soares Sobrinhos & Socios: dens, ou ordenados não partem para o uitramar:
D. 1 jul. 1865 (M. O. P. - D. L. 160 de 20) Coll. P. 3 jul. -1865 (M. M . - D . L: 147 de 5) Coll.,pag.
pag. 221. 223.
de chumbo em Tedo, concelho de Tabuaço Misericórdias—não podem requerer expropria-
— concessão a Jorge Suche : P. 10 jul. 1865 (M. O. ções por utilidade publica: p. 6 out. 1865 (M, R.
P . — D . L. 180.de 12 agosto) Coll. pag. 238. — D. L. 228 de 9) Coll. pag. Í 0 J ; ' ; ' ; , /
— - de chumbo de Á,dorjgo, concelho de Ta- as que se regerem pelo íompromjssp ÇjWçle
buaço— cojicessão definitiva a Carlos Augusto Bon Lisboa podem eleger provedor nSo fidalgo, quando'
de Sousa: ÍD. 12 jul. 1865 (M. O. P. — D. L. 162 entre os irmãos não houver alguni çpm és.ta quali-
de 22), Coll. pag. 253. / dade, ou quando havendo-q nãí> queira, òu pãp
de ferro na Serra dos Monges, concelho de possa aceitar o cargo: P : 4 out. 1865 (M. R.,—
Montemór o Novo — concessão provisoria á firma dita) Coll. pag. 570. ' '' :;;.'./
Cartaxo. Street & C.*: P. 4 agosto 1865 (M. O. P. Moeda—prorogado o praso pára.à trocádá án;
— D-. L. 192 de 28) Coll. pag. 289. tiga, auctorisado o governo à cunliar mais inoéclá
de chumbo de Albergan, concelho de Ta- de prata, etc.: L. 26 dez. 1865 (M- F'.-^-l).'X/2S6
buaço— concessão provisoria a Jorge Sucbe: P. de 30) Coll. pag. 510. / ' 'T
10 agosto 1865 (M. O. P . - D . L. 184 de 18) Coll. Monte pio Fidelidade—approvados os seus novos
pag. 292. estatutos: D. 26 abril 1865 (ÍT. O. P.—í). L. í t ò " à e
: — - de ferro em Guadramil, concelho de Bra- 26 maio) Coll. pag. 143. ' ,, !
ganç^ r-r' concessão definitiva a Lucas Espafia: U. Reguenguense —approvados, os sisus'esta-
6 set. 1865 (M. O. P.—D. L. 209 de 16) Coll. pag. tutos: D. 3 maio 1865 (M. | ,p.,P., fT .D.'L. ^28 ç|e. 7
330.: jun.) Coll. pag. 148. ..'" : „"!',"', •" , : 1 "
M—— dp manganez pa herdade dos Escudeiros, Militar— os vencimentos (Í'elle atéUOO^OOO
freguezia de Albernôa, concelho de Mertola—con- réis são pagos sem desconto, QS èxÇedentès são pa-
cessãp definitiva a Alonso Gomes: D. 9 out. 1865 gos com mais 25 por cento 'do' nó rniríafdOs jSulps':
(M.-O. P./—,D.. L. 249,dl) 4 nov.) Coll. pag. 364. L. 18 maio 1865 (M. F.—D. L. 114''de'?0) CóT\Z
de manganez das Cruginhas, freguezia de pag-162. - ; '
AJcarea Ruiva, concelho de Mertola —concessão de Nossa Senhora da Nazarefh — approva-
defipitiva a Alonso Gomes: D. 9 out. 1865 (M. O. dos os seus estatutos: D/2Ô maio I$65.'(íK, Q / ' f \
P. - r D. L. 250 de 4 nov.) Coll. pag. 365. —D. L. 128 de 7 jun.) Coll. pa'g. 177. " V ' 1 ' " " '
de manganez no Serro da, Serpa, concelho — de Nossa Senhora do Monte dè Caparica —
de Castro Verde—concessão provisoria a Francisco approvados os seus estatutos': D. 17 jul. Í865 (M.
Guijapo: P. 21 nov. 1805 (M. O. P. — D. L. 285 O. P . — D . L. 146 de 4) ColK-pag.'. 2qdl / M . ' '/'
.de Í6 dez.) Coll. pag. 498. • — - geral (Lisboa)—approvado o regulamento
de cobre da Commenda, freguezia de Monte da caixa de seguros mutuos sotre á v i d a : D. 4jul.
Trigo, concelho de Portel—concessão provisoria 1865 (M. O. P.—D. L. 160' d:e 20) Coii: pag/ 223
á companhia de mineração transtagana: P. 21 nov. a 229. " '. ."' • • ;
1865 (M. O. P . - D . L."285 de 16 dez.) Coll. pag. militar —prorogado até 3fl íjé .dezembro'o
498, praso para os contribuintes d'elle reclamarem as
de cobre de Pecena, freguezia de Monte prestações com que tiverem entrado: P. 24 jul.
Trigo, concelho de Portel — concessão provisoria 1865, Ord. do exerc. n.° 33 dé í agosto (M. G.—
á companhia de mineração transtagana: P. 21 D. L. 173'de 4) Coll. pag. 260. ; , •
nov, 1865 (M. 0 . , p . —D. L. 285 de 16) Coll. pag. de Jesus Maria José —approvados òs,seus
499; . . estatutos: D. 13 set. 1865 (M. O. 1'.- - D . L- 209
— - de manganez na.herdade do Brejo, conce- de 16) Coll. pag. 340. ' , ' "',l:i'/'..'. '''
lho de-.Our.ique—concessão provisoria a Francisco Monumento de, Sua Magestade Impériál D- Pe-
Ignacio.Romba e outros: P. 27 nov. 1865 (M. O. dro IV—approvada a vojEaçSÓ da commissão no-
P. —D. L. 285 de 16 dez.) Coll. pag. 501. meada para designar os cinco mQdelós que deviam
... - — - d e manganez na herdade dos Penedos, de ser premiados: P. 8 abril 18(J5'-YM.TÔ.'P.^'tí.
concelho de Castro Verde — concessão definitiva L. 81 de 10) Coll. pag. 108. ' . . : ' '
a Alonso Gomes: D. 26 marco 1865 (M. O. P.— Moratorias — prohibida a concessão ;d'ellas nas
D. L. 243 de 26 out.) Coll. pag. 542. dividas á fazenda publica, quer'pélo governo/quer
de chumbo de,Çerraaella, concelho de Pe- pelas auctoridades: D. 25 out. 1865.(M. F. —D/X.
nafiel — approvada a,,transmissão d'ella para a 243 de 26 agosto) Coll. pag. 47Í. . .
companhia de mineração portuense: D. ,11 jul. Movei de madeira chapeado de ferro'—que direi-
1865 (M. O. P . — D . ° L . 186 de 21) Coll. pag. tos paga: Res. n.° 240 de 19 jan. (O. G. dás A.—
559. ., , ... •„,' D. L, 18 de 23).Coll, pag: 9,",' *', " '/ 7 ' '
, —mappa.dos.registos d'ellas feitos perante • Mulheres gravidas inficionàclás de Veiieíeò^po-
as-.çaroaras municipaes do.reino : .18 abril 1865 (M. dem ser obrigadas a tratar-sè' riói',hospitaes,, é a
A Ê r D . li. 90 de 22) Coll. pa,g. 122 e/123. crear o feto, porque não ha já fundamerito para
/./..-—— mappa dos registos que caducaram : 19 jun. dissimulação e discrição rèíiotrinieAiíátía rias leis:
£865 (:M. (). P. - D . L. 137 de 20) Coll. pag: 21f. P. 18 jan.,1865 (M. íi.—inedfià) Eólí.pag'. '52'7;.
pelo registo. d'ellas no ultramar, pagam-se Multas .impostas íías alfândegas-p- regiiladi o
,4$80Q.réis de emolumentos: D. 12 set. 1865 (M. modo da distribuição d'ellás 'pelós'réspe(aívos em-
M.»-D. L,.'209 de 16) Coll. pag. 335. pregados: P. 15 dez. 1865 (M. F|.—D. L. 285 de 16)
iMinério,s—fixado o preço de transporte nas li- Coll. pag. 507. , ' . . " ; ' " ' . / ' " r ."•
o 24 O

linha das provincias de Africa, Macau e Timor fo-


ram augmentados os soldos : L. 18 maio 1865 (M.
G. —D. L. 114 de 20) Coll. pag. 164.
. Ncwiòs do estado—depois de lhes haver sido des- Officiaes — da marinha mercante —não são su-
tinada alguma commissão não se permitte desem- jeitos ao recrutamento maritimo: PP. 2jun. 1865
bargue ou passagem a alguma das suas praças, salvo (M. M. — D. L. 126 de 5 e 14 agosto —D. L. 183
pói' ordem db ministerio da marinha ou por doen- de 12) Coll. pag. 184 e 296.
ça : ! P. 13;déz. 1865 (M. M. —D. L. 33 de 12 fev. Os subalternos dos corpos de cavallaria e
1ÔB6J Cp!!, pag, 589'. , de infanteria foram mandados servir nos regimen-
tos de artilheria e nas companhias das ilhas, para
supprir a falta de subalternos n'esta arma: D. 26
jun. 1865 (M- G. —D. L. 173 de 4 agosto) Coll. pag.
268.
'^oliíok -r-*â relação d'elles deve ser mandadamen- Das praças de segunda classe ou casernei-
s^lmente pelos regedores de parochia aos juizes or- ros nomeados para cargos municipaes, para jura-
phailológicòs: P.'22 marco 1865 (M. R.—D. L. 81 dos ou para vogaes dos conselhos de familia devem
de;© abril) Coll. pag. 78. pedir a sua escusa ás auctoridades competentes e
Obra de vime hão formando um vehiculo com- não ao ministerio da guerra: Ord. exerc. n.°32de
• píéto—qué direitos paga: Resol. n.° 258 de 1 maio 28 jul. 1865 (M. G. — D . L . 171 de 2'agosto) Coll.
lS'65 (C. G.das A.'— D. L. 101 de 5) Coll. pag. 147. pag. 282.
Qbfas nos portos, praias, braços e margens de De saude do exercito, designou-se-lhes uni-
rios navegáveis—rião podem fazer-se sem licença forme : D. 21 agosto 1865, Ord. exerc. n.°38 de 31
dii ministério da marinha: D. 17 out. 1865 (M. M. (M. G. — D. L. 206 de 13 set.) Coll. pag. 300.
—D. L. 238_de 20) Coll. pag. 392. • Militares — foi-lheá prohibido tomar parle
p — Municipaes—não devem disseminar-se por em touradas como toureadores : Ord. exerc. n.° 36
tíúitas as,quantias destinadas no orçamento para de 28 agosto 1865 (M. G. — D. L. 196 de l s e t . )
este serviço: P. 29 maio 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 323.
Coll. pag. 554. Podem obter medalha militar, aindaque te-
, -—-"Não clivem ser custeadas pela verba desti- nham commettido faltas leves, se estas forem an-
nada á viação municipal: P. 30 maio 1865 (M. R. teriores aos annos de exemplar comportamento exi-
—inedita), Coll. pag. 555. gidos pelo decreto de 2 de outubro de 1863 : D. 16
7 — Municipaes—devem designar-se aquellas set. 1865, Ord. exerc. n.° 45 de 7 out. (M. G. — D.
pará que nos orçamentos se pedem fundos: P. 21 L. 230 de 11) Coll. pag. 343.
nov.> 1865 (M. R,—inedita) Coll. pag. 582. Oleado em tecido de linho — direitos que paga:
- — Impressas por conta da academia real das Resol. n.° 237 de 5 jan. 1865 (C. G. dás A. —D. L.
sciencias — ao auctor ou proprietario do manu- 6 de 9) Coll. pag. 1.
scripto-pertence métadc de cada edição : P. 22 mar- Oleo de côco — deve ser classificado corno oleo fi-
ço 1865 (M. R.—D. L. 69 de 27) Coll. pag. 76. xo concreto e isento de direitos: Resol. n.° 277 de
r Das dos socios da academia que se publi- •13 jul. 1865 (C. G. das A. — D. L. -154 de 13) Coll.
carem nas collecções académicas pertencem aosau- pag. 255.
clorès d'ellas',cem exemplares: P. 22 marco 1865 Orçamentos districtaes — as quotas para as des-
(M. R,. —D. L. 69 de 27) Coll. pag. 76. pezas dos districtos inseridas n'elles devem ter por
- — - Nas margens do Tejo creada uma commis- base a lei de 30 de março de 1861 : P. 5 jan. 1865
são pára propor, o plano d'ellas, tendo em atten- (M. R. — inedita) Coll. pag. 527.
ção o régimèn das aguas, o serviço dos arsenaes, Das irmandades — a approvação d'ellesé da
alfandegas, commercio e transito: P. 27 jul. 1865 competencia do governador civil, ainda mesmo que
(RÍ,.;M.—D. L..168 de 29) Coll. pag. 272. se trate de dispor de rendimentos antigos não co-
. Publicasrr regulado o modo da recepção brados : I'. 8 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag.
definitiva de qualquer obra de arte, a restituição 550.
dos depositos é a entrega do decimo retido do custo Municipaes — nos de 10:000^000 réis com-
d às obras: 11 abril 1865 (M. O. P . - D . L. 85 pele ao governo o mesmo direito que o conselho de
'de 17.)'Coll.'pag. 119. districto tem para rejeitar qualquer contribuição
Officiaes generaes—não devem tomar para seu illegal ou inconveniente: P. 20 fev. 1865 (M. R.
serviço militar os cavallos dc praça, salvo exce- — D. L. 49 de 2 março) Coll. pag. 51.
pcionalnaènte e pagando-os pelo preço por que fo- Não deve n'eiles incluir-se imposto 'sobre
rem avaliados sobre a quantia de 144^000 réis : a farinha : P. 3 março 1865 (M. R. — inedita) Coll.
Ord. exerc. n.° 11 de 20 março 1865 (M. G. — D. pag. 538.
L. 70 de 28) Coll. pag. 74. Nem o imposto de terrado ou aluguel pela
—Inferiores-—resolveram-se as duvidas que venda nas ruas 011 praças publicas, mas só pela oc-
havia sobre o modo por que devia ter logar a sua cupação de terrenos dos proprios municipaes: P.3.
promoção: Ord. exerc. n.° 38 de 31 agosto 1865 março 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 538.
(M. G . — D . L. 206 de 13 set.) Coll. pag. 328. Nem lançar-se impostos sobre o consumo
— M i l i t a r e s em commissões estranhas ao mi- por fórma que recaiam sobre o vendedor e não so-
nisterio da guerra—chamados a optar entre estas bre o consumidor: P. 3 março 1865 (M. R . — ine-
e o serviço do exercito por lhes pertencer acces- dita) Coll. pag. 538.
so, em que tempo deverão responder: Ord. exerc. Rejeitada pelo governador alguma das con-
n.° 1,9 de. 3 maio 1865 (M. G.— D. L. 112 de 18) tribuições d'elle deve marcar-se praso á camara
.'Coll-, pag:. 148., ,.. para a substituir o no caso negativo submétter-se
.,t~— Arregimentados — recebem os seus venci- o orçamento ao conselho de districto para votar a
mentos palas pagadorias militares das divisões onde nova contribuição, deliberação que ha de ser ap-
estiverèm os respectivos corpos : Ord. exerc. n.° 20 provado por decreto: P. 26 abril 1865 (M. R.—
de 8 maio, 1865 (M. G- —D. L. 114 de 20) Coll. inedita) Coll. pag. 548.
pag. 151. Não podem ser approvadas se a dotação
Aos que estão em effectivo serviço—aos das para as estradas não vier 11'elles calculada segundo
guardas municipaes e aos das tropas "de primeira | o preceito da lei, c se não vier tambem n'elles o im-
c
p 25 P
porte da prestação, cm trabalho : PP. 12 maio 29, •n.° 244 de126 jan. 1865 (C. G. das A. —D. L. 24
19' out., 21 nov., 12, 22 dez. 1863 (M. R.—inédi- de 30) Coll. pag. 18. .
tas) Coll. pag. 550, 554* 572, 582,. 589, 591. Papel de cores destinado pará.embrulhos-^paga
Orçamentos municipaes — não podem n'elles in- de direitos 50 réis por kilo: Res. 263,264 e 280
sérir-se verbas de despeza que não estejam legal- de 10 maio e 9 agosto 1865 (C. G. das. A.—D: L, 110-
mente auçtorisádas: P. 29 maio 1865 (M. R.— de 16 e 179 de 11 agosto) Coll. pàgi 153, 154e 290:
inédita) Coll- pag.. 5.54. sellado — ordenou-se que oldirectór- geral:
.-rrrrííãp.púde n'elles empregar-se.a terminologia das contribuições directas se.i entendesse; com a
dos'^htigps -pesos e medidas: P. 30 maio 1865 (M. administração do correio para qué oipapel> fosse
R.' —inedita) Coll. pag. SõS. promptamente transportado'para:todQS ós;pontos:
- r — Os rendimentos descriptos n'elles devem do reino: P. 23 out. 1865 (M.iF. —D.'L,;242 der
se|r avaliados pelo termo medio do que produziram 25) Coll. pag. 464. - -- . . • O , - .
nos .ultimos tres annos: P. 7 out. 1865 (M. R.— sellado — condições para a .arrematação do
inedita) Coll- pagi 571. exclusivo da venda d'elle no annode 1866: Ann»
—— N%o se satisfaz ao preceito da lei que pro- 4 nov. 1865 (M. F.—D. L. 231 de6) Coll.pag.479
hibe a'suá approvação com deficit, quando para o: a 481. . ... v,. ; ... , .:; ,!,'.
encobrir, se exageram as receitas :, P. 7 out. 1865 Parochias que construíram cemiterios privativos 1
( M . R . — medita) Coll., pag. 571.' '..' para uso dos seus habitantes"—devem c o n t r i b u i r
- • - — Não podem ser approvados depois de findo para as despezas da construcção d o s o u t r o s Cerni 1
o anno economico, a que pertencem nem os sup- terios do concelho: P. 22 abril'1865 (M. R.—iiie-
plémentares quando não foi approvado o ordinario dila) Coll. pag. 547. • • ; - • ,;
a que elles servem de supplemento: P. Í4 nov. 1863 Payta das alfandegas de S.; Thomé <e Principe:
(M. R. —inedita) Coll. pag. 581. D. 23 out. 1865 (M. M. — D. L. 249de3.nov-) Coll.
— N ã o póde n'elles lançar-se imposto sobre o pag. 463 a 470. :;í'• . . •
transito dos carros pelas ruas das povoações: P. 21. Pelles com curtimento diverso do de anteriores
nov. 1865,(M. R. — Miecííía^ Coll. pag. 582. resoluções— que direitos pagam: Res: n-.°;252 dè
. Devem n'elles designar-se as obras para que 28 março 1865 (C. G. das A. — D . L. 71 dè 29>
se vptámmeios: P. 21,nov. 1865 (M.R.—inedita) Coll. pag. 79. , : _ _ ;
Coll! pag. 582. preparadas, mas não curtidas — direitos'
1
Não são o meio legal de crear empregos mu- que pagam: Res. n.°253 de 30 março 1865.(CL1 G.
nicipaes : P . 24 nov. 1865 (M. R. — inedita) Coll. das A. — D. L: 75 de 3 abril)?Coll.'pag;:89: ;
pag..3.84. . . . curtidas, preparadas é engraixadas, pro-
.,! O ferro de não se haver incluído n'elles a prias para ; correames e arreios —pagamii 50 réis
dófa^ão^ãas estradas ba de ser emendado por meio por kilo:'Res. n.° 261 de 10 maio-1865; (C>. G.'
de orçamentos supplementares: ,P. 12 dez. 1865 das A. — D. L. 109,de 15) Cbll, pag: 153. ; .;
(,M. R.j—inedita) Coll. pag. 589. • Pensões — não podem as camaras: municipaes
. ' . Nao é fundamento para pedir.a approva- conceder senão por serviços relevantes feitite ao
ção dos irregulares, que elles estejam em parte já. concelho, não podendo considerasse taes os ordi-
executados :'P. 22 dez. 186o (M. R .—inedita) Coll. narios aindaque diuturnos: PP. 3 e 4 out.;'1865
pag. 591, ;: (M. R. — D. L. 228 de 9) Coll. pag.-359 B-360. ,..
• —^--Parochiaes— não podem ser approvados não podem tambem concederias; a empre-
(íepois de findo o anno ecqnomico a que perten- gados que não são propriamente dó concelho, nem
cem, e'a approvação é do governador civil e não do por serviços que não foram feitos èm serviço espe-
cpnselhp de districto : P. 31 março 1863 (M. R. — cial do concelho: P. 4 out. 1865 (M.iR;^ D. Lu
inedita).Coll. pag. 5'i5, 228 de 9) Coll. pag. 360. .; ' -. : i M
Pesca — o imposto sobre ella cobra-se no-logar
onde o peixe é exposto á venda para consumo, e
em Lisboa só póde exigir-se do peixe porque se
P houver pago o imposto, a differença ai maior,
quando a haja: P. 26 out. 1865 (M. F. —D. L.244
de 27) Coll. pag. 373. - -
Padaria da capital—nomeado para vogal da com- Pesos—prohibida á camara de Lisboa1 a com-;
missão encarregada do estudo cl'ella o gerente da pra d'e]les para revender: P.M8 fev-186»(M. R.
companhia lisbonense de moinhos a vapor: P. 9 — D . L . 49 de 2 março) Coll. pag. .49. ;! • •:' ; ; /.
de jun. 1865 (M. 0. P.— D. L. 132 de .12) Coll. as denominações dbS antigos; não podem
pag. 1§7. usar-se nos documentos officiaes : P. 30.maio 1865
——militar—fixado o quadro d'ella : D. t l jul. (M. R. —-inedita) Coll. pag. 555.:. / •'• v;*!
Í865, Ord. exèrc. n.° 30 de 15 (M. G. —D. L. 159 Pesos—as informações estatisticas ácerca d'élles
de-19).Coll. pag. 239. devem ser dadas pelos aferidoras aòs'inspectores
.' Pagadorias militares—devem resgatar os recibos de pesos e de medidas: P.-ll jul! 1865: (M. R.—
ou documentos interinos antes de terminar o anno medita) Coll. pag. 560.- ••:.. -í: ••!.
economico á que elles respeitam: Ord. exerc. n.° 5 Pharoes—nomeada uma commissão para propor
de l6"fev.' 1865. (M. G. —D. L. 37 de 16) Coll. o plano d'elles e do seu serviço: P. 21 jul.'1865
(M. M.— D. L. 164 de 25) Coll. pag. 258.
^,',-r—-r pagam, os vencimentos aos officiaes arregi- Pilotos dos navios mercantes.^-ísSo isentos do re-
mentados nos corpos da respectiva divisão militar : crutamento maritimo: P. 31 maio>íl865-(M'j M: ^
Ór.d/Qxerc:n>^'0'de g maio 1865 (ML G.—D.L. , D- L. 124de;2 jun.) Coll. pagj.l8Q:. < t ,«• 1» <.
114 de 26) Coll. pag. 151. " " ' . •: -,'., Pipa— não é medida'dè retalho : 3!.-29 "maio
Pagamentos—recommendou-se;que se não .ultra-: í 1865 (M. R. — inedita) 1
Coll. pag. 55fci '!•.;<
passem nunca as; auctorisações superiores: P. 12I . Policia academica —suscitada aóbservancia do
de'Set. 1865 (M F.---D.L. 209'de 16) Coll, pag. 33ò', regulamento d'ella de 25 de novembro d® 183.9 f
Paiiel de impressão — direitos que paga: Res. Ed. 26 set.. 1865 (Reit. daiUniv.-^D.X. 224 de
n>'.243 e 2i5 de 26 jan. 1865 (C. G. das À. —D:, 4 out.) Coll. pag. 252. d-.y .
L.' 2V'de' 30) Coll. pag. 18 e 19. . / Po rt-monnaies—pagam 1$000 ^éisipor kilogram-
- — - 'dè' embrulho —que direito ,paga: Res. ma ainda .quando se'empregue; n'elles!o velludo
p 26 P

co'ttio'm'átèria'accèssoria: R<ís. n.°292 de 15 nov. Praças que fizeram parte da expedição de Angola-
1865 (C. G. das A.—D. L. 260 de 16) Coll. pag. 494. em 1860 — marcou-se-lhes tempo em que reque-
. Postura da camara municipal de Lisboa —orde- ressem a liquidação do pret dobrado a que tenham
nando qúeaSparedes exteriores das casas sejam direito: Ord. exerc'. n.° 49 de 27out. 1865 (M. G.
íébòcaídáá e caiadas de seis em seis annos, publi- —D. L. 258 de 14 nov.) Coll. pag. 474.
cádáí de'noVò:! Ed; 15 set. 1865 (C. M. —D. L. avulsas de marinha—ordenou-se que fos-
209'de.16) Coll.' pag, 342. sem todas inspeccionadas pelo conselho de saude
— p o d e t n as camaras fazer em relaçáo a quaes- naval, para se verificar a sua robustez e agilidade:
quer ' estabelecimentos incommodos ou perigosos P. 23 set. 1865 (M. M. — D. L. 279 de 9 dez.) Coll.:
náOimencjonaldòs no'decreto de 21 de outubro de pag. 564.
1863: !-PJ30: set. >1865 (M. R.— D. L. 224 de 4 dos navios de guerra em commissão—não
out.) Coll. pag. 354. só lhes permitte, designada esta, desembarque ou
' • da camara municipal de Lisboa—ordenando passagem, salvo por ordem do ministerio da ma-
a'collocação de syphões nos canos que communi- rinha, ou por doença, que ha de ser verificada no
qúein' com os canos • geraes, que os depositos de hospital da marinha: P. 13 dez. 1865 (M. M. — D.
estrume se removessem todas as vinte e quatro ho- L. 33 de 12 fev. 1866) Coll. pag. 589.
ras,' ©determinando as condicões que devem terás Praças de guerra — mandado observar o regula-
«ávallariças: Ed'. 17 out. í865 (C. M. — D. L. mento de 12 de fevereiro de 1812, que marca a
239 de 12) Coll: pag: 394. distancia em que se podem fazer construcções junto
Braças do: exercito' que quizerem continuar no ás praças de guerra, quanto ao futuro; respeita-
serviço — disposição a que ficam sujeitas: Ord. das as construcções existentes, que não aevetn
exercvin'.® 3 de 21'jan. 1865 (M. G. — D. L. 22 augmentar-se, e ordenada a tombação dos terrenos
de 27) Coll., pag. 10. adjacentes ás fortalezas: D. 17 maio 1865 (Ord.
Praças contratadas e despedidas do serviço por exerc. n.° 23 de 31 maio — D . L. 125 de 3 jun.)
incapacidade pfiysica—como se lhes faz o ajuste Coll. pag. 161.
dè: contas'de vestuario: Ord. exerc. n.° 25 de 10 Praias — não podem n'ellas fazer-se obras, ater-
jun. 1865 (M/G*—D.L. 133 de 14) Coll. pag. 201. ros ou desaterros, explorar pedreiras, ou lançar
—— de marinhagem—cumprindo sentença a entulhos sem licença do ministerio da marinha:
bordo dos navios de guerra abona-se-lhe ração de pena de prisão e de multa: D. 17 out. 1865 (M.
vinhb;ou de aguardente: P. 14 jun. 1865, Ord. M. — D. L. 238 de 20 out.) Coll. pag. 392.
Arm. n.° 35 de 30 (M. M.—D. L. 166 de 27 jul.) Predios em construcção — récommendou-se ao
Coll; pag» 208; intendente das obras publicas de Lisboà, que fizes-
-r-1— do exercito que forem voluntariamente ser- se cumprir o artigo 35.° do decreto de 31 de de-
vir no uitramar—abona-se-lhes o pret como ás zembro de 1864: P. 29 jul. 1865 (M. O. P. — D. L.
guarnições dè Lisboa; Porto e Elvas, se no ultramar 173 de 4 agosto) Coll. 282.
o nãó tiverem maior: P. 10 jul. 1865 (M. M.— D. Presbyteros europeus que forem servir na India
L. 180 de 12 agosto) Coll. pag. 238. dá-se-lhes passagem gratuita e ajuda de custo: D. 7
- : — dos corpos da 9." e 10.a divisõés militares jun. 1865 (M. M. — D. L. 131 de 10 jun.) Coll.
átididaS aos corpos do continente — regulado o pag. 187.
modoi por íjuè lhqs. devem ser abonados os respe- Que dirigirem alguma diocese no oriente
ctivos vencimentos: Ord. exerc. n.° 30 de 15 jul. recebem a congrua de 800$000 réis: D. 7 jun. 1865,
1865 (MV G; — D , D; 159 de 19) Coll. pag. 256. art. 1.° (M. M.— D. L. 131 de 10 jun.) Coll. pag.
— ^ - incorrigiveis dos corpos do ultramar—co- 187.
mo são punidas: D. 25 jul. 1865 (M: M. — D . L. Que no caso de fallecimento ou impedi-
170 de 1 agosto) Coll. pag. 262. mento do arcebispo de Goa exercerem a sua juris-
••ttt-t dos corpos do ultramár que desertam — dicção delegada, recebem de congrua 1:200$000
penás a que ficam: sujeitas e fórma de processo: réis e ajuda de custo e passagem gratuita: D. 7 jun.
D-. 25:jul,; 1865: (M'. M.—D. L. 167 de 28) Coll. 1865 (M. M. — D. L. 131 de 10 jun.) Coll. pag.
pag. 261. 187.
: q u e tiverem passagem de um corpo para Pret augmentado — o dos officiaes inferiores e
outro—como se averbam n'este os débitos prove- mais praças dos corpos das differentes armas do
nientes.deabonos que tiverem recebido: Ord. exerc. exercito: L. 18 maio 1865 (M. G. — D. L. 114 de
n;° 36 dè 28 agosto 1865 (M. G-—D. L. 196 de 1 20 maio) Coll. pag. 165.
set.) Coll. pag. .323. Designou-se o dia desde o qual o augmento
— É-lhes prohibido tomar parte em toura- devia ter logar, e mandaram-se processar relações
das como::toiireadores: Ord. exerc. n.° 36 de 28 de mostras addicionaes por elle: Ord. exerc. n.° 28
agosto 1865 (M. G.—D. L. 196 de 1 set.) Coll. pag. de 1 jul. 1865 (M. G . — D . L. 147 de 5 de julho)
323. Coll. pag. 221.
—— áquellas para quem o serviço nas obras Em moeda forte e igual ao das guarnições
militares. é'facultativo—são applicaveis as dispo- de Lisboa, do Porto e de Elvas abona-se ás praças
sições do § 6.° do artigo 356.° ao regulamento da do exercito que voluntariamente forem servir no
fazendaimilitar: Ord. exerc. n.° 45 de 7 out. 1865 uitramar: P. 10 julho 1865 (M. M. — D. L..180
(M. G. — D: L. 230 de 11) Coll. pag. 364. de 12 agosto) Coll. pag. 238.
contratadas qúe falleceram tendo recebido Presidencia das commissões de recenseamento
do. preço,do: alistamento maior somma do que a eleitoral — não póde ser commettida aos vogaes
que corresponde ao tempo de serviço—faz-se-lhe substitutos senão na falta dos proprietários: P. 31
o desconto no ajustamento de contas: Ord. exerc. agosto 1865 (M. R. — D. L. 198 de. 4 set.) Coll.
n.° 47'de .18 ouíM865 (M. G. — D. L. 242 de 25) pag. 327. -
Coll. pag. 458. Privilegio — o dos estanqueiros do pápel sellado
• 1 -ri—, o averbamento de que satisfizeram ao ser-
:
não se guarda, sendo superveniente: P. 28 jan..,
viço na,reserva, deve fazer-sé-lhè no livro no dia 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 530.'
em que .findarem os tres annos de serviço na re- Privilegio de invenção — concedido um por aper-
serva, embora as praças não peçam o titulo no feiçoamento nas fornalhas e chaminés, a E. B.Wil-
mesmo d i a : Ord: exerc. n.° 47 de 18 out. 1865 son: D. 6 fev. 1865 (M. O. P.—D. L.49 de 2 março).
(M. G. - D. L. 242 do 25) Coll. pag.-459. Coll. pag. 40.
p 27 »
PriOilè^io de invenção— concedido outro a Pe- ventor de um systema de suppressão de fumo nas
dro Francisco Millot e a Agostinho Naudin Laplat- Caldeiras, fogões, fornalhas industriaes, etc.: D.22
ta, por aperfeiçoamento na disposição e construc- agosto 1865 (M. O. P. —D. L. 230 de 11 out.) Coll.
ção dos motores hydraulicos: D. 14 fev. 1863 (M. pag.563. •! . •
O. P. — D. L. 42 de 21 fev.) Coll. pag. 48. Proclamação de el-rei D. Fernando, como regente
Concedido outro a Francisco Fernando Au- do reino — assumindo a regencia pela sâida de El-
gusto Achard, por um aperfeiçoamento em um mo- Rei D; Luiz: 2 out. 1865 (M. R. — D. L. 223 de 3
tor electrico: D. 10 março 1863 (M. O. P . — D . L. out.) Coll. pag. 357.
82 de 11 abril) Coll. pag. 60. Procurador regio nos Açores -—determinou-se
—— Concedido outro a Jaques Wothly, por um que o delegado que o substituisse recebesse o-terço
aperfeiçoamento, por um novo processo de tiragem do ordenado d'elle, que até agora revertia para a
de provas photographicas: D. 10 março 1865 (M. fazenda: D. 22 nov. 1863 (M. J.— D. L. 267de 24
0 . P. — D. L. 82 de 11 abril) Coll. pag. 61. nov.) Coll. pag. 501.
/'-—— Concedido outro a François fils ainé como Professores de instrucção secundaria e superior
introductor do estabelecimento de machinas para — são obrigados a dar no começo-de cadá mez um
aproveitar dos animaes mortos todas as substancias summario das materias que no mez antecedente
applicaveis ás artes: D. 2 abril 1855 (M. O. P. — tiverem lido nas cadeiras: P. 30 set. 1865 (M. R.
D. L. 126 de 5 jun.) Coll. pag. 91. D. L. 223 de 3 out.) Coll. pag. 354.
- Concedido outro a Ricardo Jones, comoin- — - não têem direito a gratificação quando por
ventor de um processo de conservação de substan- falta de serviço na cadeira própria forem encarre-
cias animaes e vegetaes: D. 24 abril 1865 (M. O. gados da regencia de uma outra : P. 14 dez. 1865'
P. — D; L. 107 de 12 de maio) Coll. pag. 138. M. R. —D. L. 293 de 27 dez.) Coll. pag. 506. í
-1—— Concedido outro a João Baptista Burnay, Punhos e collarinhos de lã— que direito pagam:
còmò inventor de um processo de distillação dos Res. n.» 239 de 19 jan. 1865 (C. G. das A.—D- L.
troncos e raizes das coníferas, etc.: D. 25 abril 1865 18 de 23 jan.) Coll. pag. 8.
(M. O. P. — D. L. 108 de 13 maio) Coll. pag. 138.
Concedido outro a Julio Cordeiro e J. R.
Chabert, como introductores de um systema de fa-
bricação de paredes feitas de betume hydraulico, Q
etc.: D. 2 maio 1865 (M. O. P. — D. L. 109 de 15
maio) Coll. pag. 147. Quarentenas — declarou-se que ao conselho: de
Concedido outro a José de Saldanha e Oli- saude competia regula-las, sem embargo do regula- -
veira é Sousa, como inventor de uma modificação mento de 14 de janeiro de 1864Í: D. í-íígoslo 1865
nos cadinhos empregados na fundição dos metaes: (M. R. — D . L . 191 de 26) Coll. pag. 290. • i
D. 15 maio 1865 (M. O. P. — D. L. 119 de 27 Quilimane—creada ali uma comarca judicial e
maio) Coll. pag. 159. designado o pessoal para ella, b qual ptfde na pri-
[' — - Concedido outro a Frederico Newton Gis- meira vez ser nomeado sem concurso: D. 4-'jul:
born, como inventor de uma composição melho- 1865 (M. M. - D. L. 150 de 8) Coll. pag. 223.
rada piara cobrir o fundo dos navios: D. 15 maio Quotas— para as despezas dos districtos devem
1865 (M. O. P. — D. L. 120 de 20 maio) Coll. pag. ser distribuídas pelos concelhos nos termos daiei
159. , de 30 de março de 1861, e annulladas as delibera-
-—'— Concedido a Augusto Archer da Silva, para çõès das juntas geraes, em contrario: P. 5 jan. e
a naVegaçSo por meio de barcos a V a p o r do rio 17 maio 1865 (M. R. — inedita) Colk pag. 527 e
Quanza em Angola: D. 10 jun. 1865 (M. M. — D. 551. "
L, 132 de 12 jun.) Coll. pag. 198. —-Declarada a nullidaded'aquelle acto da junta
Concedido a Jacinta Candida da Veiga e geral, faz o governador civil a distribuição ém con-
Sousá, como inventora de uma estufa de vapor a selho de districto, e é depois approvada pelo go-
banho para purificar e melhorar qualquer vinho verno: P. 17 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll.
em quinze a trinta di'as: D. 19 agosto 1865 (M. O. pag. 551.
P . — D. L. 194 de 30 agosto) Coll. pag. 299. Deve servir-lhes de base ò lançamento que
Concedido a Henrique Adolfo Archereau estiver feito, e não o que houver de concluir-se, ,
e a outros, como inventores ae um systema dtí aque- ainda mesmo que aquelle lançahiénto não seja o'
cimento das materias animaes, mineraes e vegetaes, do anno immediatamente anterior: 'P. 9 agosto
de modo que se opere a sua desecação, evaporação, 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 561. ;
dpcompbsição, reducção, calefacção, etc., pôr meio pelá arrecadação dós rendimento's públi-
de vasos fechados sem contacto do ar: D. 21 agosto cos—regulada de novo a sua distribuição: D. 26
1865 (M. O. P. - D. L. 199 de 5 set.) Coll. pag. jan. 1865 (M. F.—D. L. 26 de 1 fev.) Coll. pag.
300. 20 a 28.
—— Concedido a Francisco José de Sousa e
Silva, cómo inventor de um processo pára a pro-
ducção de provas photographicas sobre cartão de R
lústrò,de esmalte ou de porcelana: D. 15 set. 1865
(M. O. P. — D. L. 227 de 7 out.) Coll. pag. 342. Rabos de boi — pagam direitos como despojos de
Concedido a Gilberto Augusto Fournier des animaes não classificados: Res. n.° 273 de 3Í maio
Corats, como inventor de um caminho de ferro 1865 (C. G. das A. — D . L.I125 de 3 jun.) Coll.
fluvial e maritimo: D. 3 nov. 1865 (M. O. P. — pag. 181.
D. L. 262 de 18 nov.) Coll. pag. 477. Ração de vinho ou de aguardente—deve atoo-
—— Concedido á Ambrosio Raphin, como in- nar-se ás praças de marinhagem que se acham
ventor de um propulsor nadante: D. 3 nov. 1865 cumprindo sentença a bordo dos navios de guerra:
(M. O. P. - D. L. 262 de 18 nov.) Coll. pag. 477. P. 14 e Ord. arm. n.° 35 de 30 jun. 1865 (M. M.
——Concedido a Carlos Adolfo Clavel, comoin- —D. L. 166 de 27 jul.) Coll. pag. 209.
Vérftor de um processo para utilisar limas grossas Rancho — determinou-se que .no orçamento se
usadâs: D. 29 jul. 1865 (M. O. P. — D. L. 189 de inserisse uma verba de 32:000^000 réis, para me-
24 agosto) Coll. pag. 561. lhoramento d'elle: L. 18 maio 1868 (M. G.-^D.
Concedido a A. J. B. P. Thierry, cotíiõ in- L. 114 dè 20) Coll. pag. 165. • •
K R
<B<mcM -4 providencias fiara a execuçãio d'esta Recenseamento, eleitoral—por, aquelle,,çuja-^vi-
RI; modificado .o; regulamento de 30 de jan, 1863: são' estiver concluida deve fazer-se- a eleição ísuph
Ord)éJíerc,:ft.°.:22 de 20 maio 1865 (M. G.—D. L. plementar de algum deputado, ainda-m^smo que
118 de 26) Coll. pag. 167. falte a notar fio recenseamento as rectificações or-
l i t e r V OrdenoUTgeíçuè os commandantes dos cor- denadas pelos tribunaes superiores: P. 2Q jun. 186$
pió§ ibmbttesséHí eraneada quinzena a conta da, re* (M. ^-rineditã) Coll, pag. 557.
éeife éídespezá dos. rahchós dos soldados e: dos of- — r - Não se attende n'elle o rendimento /provar
ficiaes inferiores: Ord. exerc. n.° 22 de 201 maio niente de alimentos, se. estiver, isento ,de contri-
186» Li 118 de 26) Coll. pag. 167. buições: P. 30 set. 1865 ,(M. R. —inedito) Coll.
dei pret da provincia de Cabo pag. 370. , ,.. , .". ... ,,0r<-...
Verde—rtoommendou-se ao governador geral que - — í Os erros e inexactidões que n!e|Já possia bji-
otatilHoiassfe ttenvlasfee um mappa do rancho, dis- vér só podem emenda.r-se na epocha d^ rgyi&So, e
tribuido nos doze mezes antecedentes: P. 10 jun. concluida esta o reoenseamento ha de servir parsj to-
486S <jM-. Mswfiwfo.. 179 de. 22) Coll. pag. 202... das as eleições, sejam quaes forem os seusdefeitos:
:'iif-ftíwiDdclaron-se q®e o subsidio de 10 réis era P; 20 out. 1865 (M. R.—inedita) CoÍ(,.p^g.:533>
otmdjeÍDEto rabono para o auxilio no caso de deficit, : Das irregularidades d'elle não p<)dp: conbfr
cjiielífèceiteídéviaií^erttrar no cofre do rancho, que cer-se fóra da epocha da revisão, e os:apto£,-dâs
as quantidades dèiéiajn continuar a ser as mesmas e commissões de recenseamento passam ,em: julgadq
Oíjranéhffi^piaAveaipiôEisemana de carne, que os of- se d'elles se não interpõe recurso: P. 20 out.,1865
ficiaes -inferioresiiiítatinham subsidio de 10 réis : (M. R. — inedita) Coll, pag. 573. . -
OMi exebci (n.»!32f'de-28 jul. 1865 (M. G- — D . L. — No dos elegíveis devem ser incluido$os in-
171 pag. 282. •: dividuos que tiverem habilitações litterarias, ba
Ohdenourae que -as quantias adiantadas a renda'necessaria, sem attenção á circumstancia'
páríírancho?péIaS pagadorias militares fossem ali de saberem QU não ler e escrever, e a mesm^,re-
repostas pelos conselhos administrativos .dos cor> gra deve observar-se com a lista dog- quarenta-
pos á proporção que os fundos do rancho se fos- maiores contribuintes: P.\ 7 dez. 1865 (lq. fl.tr!
sem recebendo, e não por uma vez só : Ord. exerc. inedita) Coll. pag. '5.87. „. v , .....
n.° 35 de 19 agosto 18654M. G.—D. L. 189 de 24) — — Não devem ser inseri pios n^lie.sççliftjios,
Coll. pag. 299. individuos, qiie esteja® collectados no l^nç.í.WTlt.Q
Recebedores-^-determinou-se que não retivessem do cóncelhoi ou que apresentem conhecipjeritps.
06; furidos.proyienieptes de rendimentos publicos, e de contribuições passados em seu, nomp, erobqra
qiiesos entregassem promptamente aos cofres cem conste ás commissões que os que não apresentam
t r a è í : P. 457nov. 1865: (M. F . — D , L. 260 de 16) estes documentos,, têem o rendimento legal, como
Coll. p a g . q ;í herdeiros de outrem: P. 7 dez, -1865 (M, fli — ih(•-
i ÍRecéita das camaras municipaes — é vexatorio dita) Coll: pag..587. . ,- . ,
eiiqjuat»ltira4laitoda: Ou na maxima parte de*im- As condições censiticas d'elle pJLo, foratfl
pcrçtos itídiréetos ivPi 20 fev;,1865 (M. R — D. L. alteradas pela lei'de 23 nov. 1859, que sji tratou
49 d í 2 roaoçó)<Goll: pag. 51. ' de harmonisar as disposições do decreto eleitor^]
!<•/BedensehmÍMb eleitoral—deve ser remettido por com as nossas leis, tributarias: P. ,7 dçz. ,-Í9ftS.
copiát aoiigavemadorrícivil, pelos presidentes das R.— inedita) Coll. pag.'587. , ' >0
eamárásfíraunMipãesvdez dfas depois de o haverem Não compete ao governo remover os
recebida r P . 5ijuWJ865 (M.R.—D. L. 152 de 11) convenientes; que em relação ao recense^tnento po-
dem provir de julgamentos encontrados dps tiifju-
Não se chegando a eleger a commissão naes de j u s t i ç a : P. 7 dez. 1865 (M. J t . ^ t ^ à f t )
dleliç p&r,3questõe$teStrè os quarenta maiores con- Coll. pag. 587. .•- :;: '; r , ; . ÇK "
tribuintes/.deyém!eStes ser convocados segunda vez, Recibos interinos passados ás pagadorias milita-
impoUdp-sfciaulfcfrjaos que faltaram á primeira con- res—devem ser impreterivelmente :resga^ado8;an.-
vócàção»'ím>(fattaíênjíU segunda ; : P. 18 j a n , 1865 íes de findo, o anno economico a que respeitam:
(M. R.—inedita) Coll. pag. 528. Ord. exerc.' n.°.5 de 6 fev. 1865 (M. (*.,—D.%.
Mip-dífl^irtleirAllaníCohVBnieilcia,publica que nas 37 de 16) Coll. pag; 39, , : l i .(Í ' ..'(
commissões,' ai; quem elle está commettido sejam , Recrutamento — não podem as camaras munici-
representada*,todas as fracções e.parcialidades po- paes alterar o recenseamento para elle depois ,de
liticas : P. <81 jan. : 1865 (M. R. - inedita) Coll. approvado pelas commissões districtaes, iprfiyideh:
pag. 529. .íV.M' cia para o caso em que o alterem .e,desobedeçam
-,—íf-t- Deveaithitelle levar-se em. conta as contri- á ordem para o reporem no anterior,,estado :,í?.
bbições municipaes e as côngruas parochiaes: PP. 31 jan. 1865 (M- R.-V D. L, 39 de 7: íeyij /Çbll.
1 f e v . ^ '.7 dezi: 186:5 (M. R. —inéditas) Coll. pag, pag. 29. ••-•. • - '(.".</• W H
531 e 587.' maritimo de 1863-1864 — mandou-se pjrp-
As irregularidades d'elle, quanto aos qua- ceder ao sorteio e distribuiu-se o contifl;aen.te pe-
renta maiores contribuintes, não podem ser recti- los districtos maritimos: P. 3 marco 1863. (5j[. iM.
ficadas na assembléa d ? estes: P. 24 fev. 1865 (M. — D.-L. 5á de 6) Coll. pag. 58. ' ..,, , '.,,
R. — inedita) C611. pag. 537. - — f i ? a d o ; em-150^000 réis o preço,.^as^iji)-
iMT^MTSubtrahindooliivro d'elle no intuito d e í m - stituições em 1865:',D: de Í9 abrjl 18fi5 MM'.wk-
ipiedáj-Héclamações ou recursos, podem : estes inter- D;. L , 90 de 22) Cóll. pag;. 1.27. , , •, .'.'..
por-tse aotnilas tfHpias/do mesmo,recenseamento, ——;sSo isentos do maritimo os pi.lçitQS d.opfla,-
aindaque não authenticadas; expondo-se :na peti- vios<mercantes: p. 31 maio, í'865 (M. M. —, E)'.-,L.
çSét.dB/rteursaiçi.íçíiiiisa daifalta d'esta formalidade: 1 124 de 2 junho) Coll. pag.. 180, , , ; j \-j
•Pf.:S8;març0'1865,íjtf-'B.^—inedita) Coll. pag. 543. — — n ã o são ;sUj.éitos.:,a, elle os.ofíÍGj^sLda j n à -
j i ^ í t ^ '®ão ,pé»/Je--,'© governo prorogar. os prasos ,i;inha mercanlje : PP.r.de 2 junho e Í^ag,Qstõ.4865
.p&r^6à',flífferfiní.e$iacfosfd'el.le, por isso que são fi- (M. M. — D L . 126 de 5 junho e Í83 de ÍQ ago^ój
xados na lei,'"sroagíia ^circumstancia de:não ter a Coll. pag. 184 e 296. '; ., „ ^
commUeôaipublicajflo o recenseamento nos prasos -7TT- n o , . m a r i t i m o o s s u b s t i t u t o s ^ . g u ^ m ^ f y ^ s
legaes, nSQcimpede.áos ititeressados o direito de re- couber p o r sortç o,seryiço da a r m a d a ^ - t,^Ri,de
clamação'^ de;*êcurso: t \ 12 maio d 865 (Mi R —
s e r v i r p o r t o d o o t e m p o ,do c o n t r a t o V i e w / s e g u i d a
inedita) Coll. pag. 551.- • ' !
o teiqpo a q u e p e l a l e i ,sãe p e s s o a l m e n t e , p b r i g a d o s :
R 29 M

P. 9 junho 1865 (M: M.—D. L. 132 de 12 jtín.) ções d'elle com referencia- 30 anno de 1866; P.
Coll. pag. 197. Í2 dez. 1865 (M. M. —D. Li. 33 de 12 fev. 1866)
Recrutamento — estabelecidas as regras sobre o Coll. pag. 589. •'..-
' modo pbr que devem ser iridemnisados os mance- Recrutamento—as juntas de revisão podem jul-
bos obrigados a fazer serviço no exerci to comdsup- gar da incapacidade physiqa-dosirecrutas, em vista
pleníes dos refractarios: P. circ. 5 jun. 1865 (M. dè attestações juradas de facultativos e -de inforr
R. — D; L. 153 de 12 jul.) Coll. pag. 233. mações dos administradores ,de concelho, quando
—— hháritimo— são d'elle isentos os que já ti- a inspecção dos recrutas for-impraticável'por iiâo
verem um irmão com praça no corpo de marinhei- poderem estes comparecer;-na;junta:-R;!-26 dez.
ros militares: PP. de 14 e 18 juj. 1865 (M. M. — 1865 Qll.-R.—inedita) CoHripa». 591.:, í.-,.; , Li
D. L. 157 de 17 e 159 de 19) Coll. pag. 256 e Recurso dos despachos do's cou|misSari©s:do3 eíf
297. ;' • • . - • • • tudos que excluem alguem-do concurso cadei-
' - à inspecção da junta de revisão não se re- ras dos lyceus —- como se conta -o praso-para a in-
pete e aproveita ao tòaiícebo inspeccionado ermré- terposição d'elle: P. 10 roaioi.1865 (iSL-ft^^Ií,
lacão aó recenseamento de qualquer anno: P: 7 L; 109 de 15) Coll. pag. 1S5J, Í,' . a
fev; 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 532. para o governo em materia de recrutamenro
vos mancebos que tomaram -ordens sacras não ha: P. de 22 nov. 1 8 6 5 - i n e d i t a )
nèiii podfem ser compellidos a assentar praça, nem Coll. pag»-583. - t •!. i'. -',: . •-./' .{-,:• -
a pagar o preço de uma substituição, cujo paga- Regedores de parochia-^'devem, remetter até-
iiíehto só é obrigatorio para os refractarios: PP. dia 8 de cada mez aos juizos 0>rphano)ogicps a. re-
de'7 e 10 fev. 1865 (M. R. — inéditas) Coll. pag. lação dos obitos do mez antecedentes. J?j. jli.maifi®
333 è 535. 1865 (M. R. —D. L-. 81 de lOj/deJiiíil); CoUÍ
—I—não póde ó governo mandar tirar á nota pag- 78. ... ; ,
dê -refractario e isentar do pagamento dos tres quin- Regencia commettida a El-Rei-D.. Fe/nando du-
tos dá substituição ao mancebo que allega não se rante a ausencia fóra do reino,-de ElíRei 4 Luiz:,
haver' apresentado por estar ausente do concelho L. de 4 setembro-1865 (Presid-. do ;coúp. ^e-min.'
na epocha do sorteamento : P.' 13 fev. 1865 (M. R. — D. L. 208 de 9) Coll. pag. 329. , . ..j
— irtedita) Coll. pag. 536. proclamação de El-Rei D., Fernando assu-
—7— hão póde ser considerado refractarios man- mindo-a: 2 out.: 1865 (M. 223-det 3,)!
cebo que não foi intimado para assentar praça na Col. pag. 357. .>.,. . ; ?;; .,fc
quáTidade de supplente: PP. 24 fev; e 29 marco — - designado o formulario,para>í>s-aí;t<xs d'elía:
1865' (M. R. —inéditas) Coll', pag. 537 e 543, D. 2 out. 1865: (M. R.—..D:- iL..)!?23ide(?) Cpílr
ò réeenseamehto para elle feito fóra do domi- pag. 357.'.. ; - . ..,,„ R - J„,, I.J
cilifcrlegal do mancebo recenseado é nullo, e nul- Regimentos de artilheria.—.-mandQUrse «que ob-
los São tátabem todos os actos subsequentes, como servassem a ordenança dosr^xerciciç? dçsrçgi^enT.
sorteamento, inspecção, etc.: P. 11 marco 1855 . tos de infanteria, com alaurnas modificações::, Órdí
(Mv R. —inedita) Coll. pag. 540. exerc. n.° 11 de 20 marco 1865 (,M., 70
' '•o mancebo ausente e homisiado por crime de 28) Coll. pag. 74. .-„ .';.-,,-.:,., .,,
qiie nao admitte fiança não póde ser considerado Regulamento da administíaçga de fayep/ia mjlit' ;
refractário emquanto não é absolvido : P. 29 tar—duvidas ácerca d'elle devem1 -dirigidas ao
março 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 543. ministerio da guerra, pela 2t" djjpcçfto: Ord- exercs-
-os mancebos isentos por servirem de am- n.° 2 (M. G.—D. L. 17 de 21 jah.-,i86^)<-CoÍl0
paro aoá paes se pretenderem sair do reino hão de pag- 5- , i. . , .,, - - '
prestar fiança nos termos do artigo 55.° dâ lei de das alfandegas de Lisboa e do.Porto,—ser-
27' ab julho de 1855: P. 31 março 1865 (M. R. - viço interno : P.: e inst. de 25^jpin..,1865i(^L F. V
inedita) Coll. pag. 545. * D.'L. 23 de 28) Coll. pag. 11 a. 15., n, : .
maritimo—ó mancebo admittido como sub- do serviço interno.da, alfandega municipal
stituto, sendo chamado depois por lhe tocar a sorte, de Lisboa: P. e inst. 26,jan/ 1865 (Íí f F.-r-P.,
ha de servir o tempo da substituição, e o que por L. 23 de 28) Coll. pag. 16.a;18. ; ,:
si lhe couber: P. 9 jun. 1865 (M. M. — D. L. 166 - — dos caserneiros sobre .escripturação e cor-
de 27) Coll. pag. 556. respondencia : P. 25 janeiro ;Í86íí;. (M., G- D.i
os voluntários levam-se em conta ás fregue- L. 43 de 22 fev.) Coll. pag! lèj*;-. , ' , , , 4i( ' : ,
zias onde teriham domicilio e descontam-se no con- das companhias de, artjjheri^ 4a giwnifi^ò
tingente do anno immediato áquelle em que assen- das ilhas: Ord. exerc. n.° 7 dq,23fev. 1865,(0.L.
tararfi' praça : P. de 21 jun. 1865 (M. R. — inedi- 51 de 4 março) Coll. pag. 40 a 4 3 . - j . : , ,,.
ta) Coll.-pag. 557. do banco de Portugal: D. de 15 mai^q 1865
——no impfedimento dos facultativos militares (M. O. P. — D. L. 75 de 3 abj-il) Col|.,pag. 65;a73.
da junta revisora, chamam-se facultativos civis: do serviço externo-das. alfandegas do,.con-
P. 27 jdn. 1865 (M. R.— inedita) ColI.*pag. 558. tinente do reino e das ilhas; adjacentes,» Pfc
os supplentes devem ser chamados, mesmo abril 1865 (M. F. — D. L. 81 84 de'10 e ,dè <15)
nó cas'o de impedimento temporário dos recrutas Coll. pag. 92 a 96, .. ,.'
effectivos, guardada porém a ordem do sorteamen- —— dos actos da faculdade de philosophia da
to: P. 12 jiíl. 1865 (M. R. —inedita) Coll. pag. universidade: D. 8 jun. 1865 (M. R —D. L. de
560.'/ i7) coii.,pag. 189. , , „ „ , . ,,„.,;;„,„;,
•"•' ' ' ' Maritimo —são d'elle isentos os matricula- da succursal do bqçco.j ultramarino: em
dos como praticantes de pilotagem : P. dc 19 jul. Loanda: P. 9 jun. 1865 (M. S t - L , U 3 t de
1865 (M: M. - D. L. 186 de 21 agosto) Coll, pag. 10) Coll. pag. 191 a. 196. Y„, .'„, ( , , % . . '!
560:- "•'<• - ^ d a caixa. de,segurqs m^pjps.ttOTe 3,,vidai
'"•',. . ' 'irão são n'èlle àdmissiveis recursos fóra dos administrada pelo monte, pío,|^eráu,D v ,4 jul-
prasos legaes e dos tribunaes competentes, riem o 1865 (Mi Oi P. -rr D. L. 16Q ae, ^OV Coll. 'pàg,'
beneficio da restituição fóra dos casos expressos a 229. , ,
no' § '2.° do- artigo 40." da lèi de 27 de julho de para a recepção e .despacho dõs prbdúclbs
18g5-í P.,2Í2 nov. 1865 (M. ;R. — inedita) Coll; estrangeiros que vieram á exposÍMQ.internacipnal
pag. 583. do Porto: P;- de ll,-,jul. íáoo (M. B.'—DuL. 135
^ — m a r i t i m o — i n a n d o u - s e p r o c e d e r á s o p e r a - de 14) Coll. pag. 240.
8
M 30 S
Regulamento das exposições agricolas: D. 26 jul. Remonta para os corpos de cavallaria e de arti-
1865: (M. O. P . - D . L. 174 de 5 agosto) Coll. pag. lheria— providencias sobre o modo por que deve
269 a 271. ser feita: D. 19 abril 1865, Ord. exerc. n.° 18 de
-r*—dos concursos para o provimento dos lo- 28 (M. G. — D. L. 108 de 13 maio) Coll. pag. 128
gares do magisterio superior nos estabelecimentos a 132.
litterarios dependentes do ministerio do reino : D. - — - São vogaes das commissões d'ella os facul-
22 agosto 1865 (M. R. — D. L. 192 de 28) Coll. pag. tativos veterinarios militares: D. 22 agosto 1865,
301 a 307. Ord. exerc. n.° 37 de 30 (M. G. — D. L. 204 de 11
do serviço medico-veterinario militar: D. set.) Coll. pag. 307.
22 e Ord. exèrc. n.° 37 de 30 agosto 1865 (M. G.— Réus de delictos maritimos —podem ser presos
D. L. 204) Coll. pag. 307 a 318. á ordem do tribunal maritimo nos casos em que
para' a concessão do subsidio aos alumnos não é admissível fiança, ou nos ein que sendo ad-
que1 frequentarem Os cursos de veterinaria e de missível se não presta: P. 20 out. 1865 (M. M.—
agronomia no instituto geral de agricultura : P. D. L . 239 de 25) Coll. pag. 460.
24 agosto 1865 (M. O. P.—D. L. 191 de 26) Coll. Restituição — O beneficio d'ella nos processos de
pag. 318. - recrutamento não é admittido senão nos casqs ex-
^iii—provisorio da escola do exercito: P. de 11 pressos no § 2.° do artigo 40.° da lei de 27 julho
e Ord. exerc.n.° 40 de 13 set. 1865 (M. G.—D.L. de 1855: P. 22 nov. 1865 (M. R.—inedita) Coll.
210 de 18) Coll. pag. 332. pag. 583.
"J provisorio da admissão dos boletineiros é Rifas — São o mesmo que loterias, e não podem
gúardàBos para b serviço electro-telegraphico: P. ser auctorisadas senão as que têem por fim actos
13 sfet. 1865 (M. O P. — D . L. 208 de 15) Coll. de beneficencia ou de protecção ás artes: P. 31
pag. 339. maio 1865 (M. R. — inedita).Coll. pag. 555.
para a concessão de baldios no ultramar e Só podem ser consideradas particulares
paTa à rriediçãoe entrega dos terrenos aos conces- aquellas que se fazem no intimo das familias por
siOhárioS: "10 out; 1865 (M. M. — D. L. 232 de mero passatempo e sem animo de lucro: P. 3 l
13) Coll. pag. 367 e 368. maio 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 555.
dá escola medico-cirurgica de Nova Goa: Rio Quanza — concedido o privilegio por vinte
D: 11 out. 1865 (M. M.—D. L. 236 de 18) Coll. annos a Augusto Archer da Silva, da navegação
pag. 371 a 385. d'elle por meio de barcos de vapor: D. 10 jun. 1865
-• ! do credito predial das provincias ultrama- (M. M. — D. L. 132 de 12) Coll. pag. 198 a 201.
rinas: D. 17 out. 1865 (M. M. — D. L. 250 a 252 Nas margens dos navegaveis não podem fa-
de 23 out. e 7 nov.) Coll. pag. 395 a 447. zer-se obras, ediflcar-se, explorar-se pedreiras, lan-
1
—— dos concursos da secretaria da marinha e çar entulhos, etc., sem licença do governo pelo mi-
ulttàttar: P: 19 out. 1865 (M. M. - D. L. 239 de nisterio da marinha: D. 17 out. 1865 (M. M.—1
21) Coll. pag. 448 a 452. D. L. 238 de 20) Coll. pag. 392.
:—-- tias concursos tio ministerio das obras pu- Roças do estado na provincia de S. Thomé e Prín-
blicas, commercio e industria : P. 19 out. 1865 (M. | cipe — providencias para a sua venda, dando-se
O. P. —D. L . 240 de 23) Coll. pag. 454 a 458. i preferencia aos rendeiros ou sub-rendeiros: D. 21
dás alfandegas de S. Thomé e Principe: D. ' jun. 1865 (M. M. — D. L. 141 de 27) Coll. pag. 212.
23 out. 1865 (M. M. —D. L. 249 de 3 nov.) Coll. Auctorisada a troca de duas de utn parti-
pag. 465 a 470. : cular com outra da misericordia de S. Thomé: D.
para o lançamento e arrecadacão do im- 17 out. 1865 (M. M. —D. L. 239 de 21) Coll.
posto, sobre os escravos na provincia de Moçambi- pag. 393.
q u e : ti. 14 nov. 1865 (M. M. — D. L. 264 "de 21) Rodas dos expostos — não podem ser absoluta-
Coll, pag. 488 a 493. mente supprimidas pelas juntas geraes: P. 10 fev.
-i para o serviço technico e administrativo das 1865 (M. R. - inedita) Coll. pag. 533.
rriatas do reino: P.'l8 nov. 1865 (M. O. P. — D. L.
263 de 20) Coll. pag. 495 à 497.
V-1—Ldò estado maior do exercito — approvado :
P. 28 out; 1865 (to. G. — D. L . 265 de 22 nov.) s
Coll. pag. 575 a 581.
Sègúlàmentos — não podem as juntas geraes fa- Sabão aromatisado, moldado em dimensões pe-
zer para o serviço dos expostos, mas propo-los ao quenas com a pasta mais apurada — paga direitos
governo: P. 10 fév. 1865 (M. R.—inedita) ColJ. como sabonetes: Res. n.° 260 de 8 maio 1863 (C. G.
pag- 531. das A. —D. L. 106 de 11) Coll. pag. 152-
'jRéi-^fbi auctorisado a sair do reino para visitar Saco —Não é medida de retalho: P. 30 maio 1865
alguns soberanos da Europa: L. 4 de set. 1865 (M. R. — inedita) Coll. pag. 555.
( P , € . M.-^-D. L. 208 de 9) Coll. pag. 329. Saguões — Recommendada a observancia da pos-
Relatorios das juntas" geraes — devem ser um por tura que os manda ter limpos, e prohibe os despe-
cada anno, e.não tantos quantos os ministerios; P. jos n'elles: Ed. 19 out. 1865 (G. C. L. — D. L. 239
12 jan. 1865 (M. R.—inedita) Coll. pag. 527. de 21) Coll. pag. 452.
Remedios secretos — são considerados taes os que Saude — O serviço d'ella nos districtos é dirigido
se não encontram auctorisados na pharmacopea le- pelos delegados do conselho, e não pelo governa-
gal do reino: P. 17março 1865 (M. R. — D . L . 64 dor civil: P. 22 maio 1865 (M.|R. — inedita) Coll.
de 20) Coll. pag. 73. pag. 552.
• Não podem ser vendidos sem previa licença Os regulamentos d'ella não podem ser mo-
do conselhóífle saude, nem aviados senão em vista dificados, revogados ou alterados pelo governa-
de receita de facultativo em que a formula venha dor civil: P. 22 maio 1865 (M. R. — inedita) Coll.
descripta: P. Í7 março 1865 (M. 11. — D. L. 64 de pag- 552.
20) Coll. pag. 73, Secretaria da marinha — fórma dos concursos
."- Os. preparados nas pharmacias estrangei- para o provimento' dos logares d'ella: P. 19 out.
ras não podem ser vendidos pelos boticarios: P. 17 1865 (M. M. — D. L. 239 de 21) Coll. pag. 448'
março 1865 (M. R. — D . L. 64 de 20) Coll. pag. a 452.
• das obras publicas —fórma dos concursos
s 31 T
para o provimento dos logares d'ella: P. 19 out. Suspensão do exercicio de funcções — não. póde
1865 (M. O. P. — D. L. 240 de 23) Coll. pag. 453 ser imposta pelos governadores, civis aos adminis-
a 458. tradores de conselho senão em caso urgente que
Secretario geral do governo civil — é funcção do demande a prompta substituição d'estes funcciona-
seu officio o processo preparatório das contas das rios e não permitia recorrer ao governo,: P. 1 dèz.
camaras e estabelecimentos pios, e não delegação 1865 (M. lt. —inedita) Coll. pjag. 586, .. , í V ' . ,
do governador Civil: P. 21 dez. 1865 (M. K.— ine- Syndicancia do governadqr de Timor —? designa-
dita) Coll. pag. 590. do qual é o jury competente para a tirar: E). 3 abril
Seda, em desperdícios de tear — é sujeita ao di- 1865 (M. M.—D. L. 80 de 3) Coll. pag. 91.
reito de 75 réis por kilogramma: D. 10 jul. 1865,
Res. n.°5 283 e 284 de 26 jul. (M. F. — D. L. 163
de 24, C. G. das A.—D. L. 182 de 18 agosto) Coll.
pag. 237, 271 e 272. T v
Seguros mutuos sobre a vida—approvado o re-
gularnénto da caixa d'elles junto do monte pio ge- Tabaco em massarocas—que direitos paga: Res.
ral: D. 4 jul. 1865 (M. O. P. — D. L. 160 de 20) n.° 250 de 23 marco 1865 (C. G. das A . — D . L .
Coll. pag. 223 a 229. 73 de 31) Coll. pag. 79. .
Sêllo—Applicado ao estado da India o decreto Imprensado e preparado denominado bre-
de 10 de dezembro de 1861, que regula este im- va •— que direitos paga: Res. n.° 251 de 23 março
posto no reino: D. 24 out. 1865 (M. M.—D. L. 250 1865 (C. G. das A. —D. L. 73 dè 31) Çoll, pag. ^
de 4 nov.) Coll. pag. 470. Determinadas as condições conr.que póde
Semente de cinchona pahudiana — remettida á ser reexportado, e designadas as alfandegas por on-
universidade para ser ensaiada a cultura daquella de a reexportação póde fazer-se: P. 14. agosto 1865
planta no jardim botânico: P. 14 fev. 1865 (M. M. (M. F. — D. L. 184 de 18) Coll. pag. 297. "
— D. L. 37 de 15) Coll. pag. 46. Ordenou-se que os antigos empregados d'elle
Siphões— Ordenou-se que fossem collocados em não recebessem em gratificação e subsidio maior
todos os canos que do interior das casas commu- somma do que recebiam quando eram empregados
nicassem com os canos geraes: P. Ed. 17 out. 1865 do contrato: P. 12 out. 1865 (M. F. —D. L. ,232
(C. M. L. — D. L. 239 de 12) Coll. pag. 394. de 13) Coll. pag. 388. . . , ', :
Sociedade do palacio de crystal— approvados os Providencias sobre o modo de renoyar no
seus novos estatutos: D. 15 março 1865 (M. O. P. começo de cada anno as licenças para a venda d.'el-
— D. L. 69 de 27) Coll. pag. 62. le: P. 8 nov. 1865 (M. F . — D ; L . 255de 10) Coll.
. Concedido á mesma sociedade um subsidio pag. 484.
para as despezas da exposição internacional: L. 24 Tabellas das fainas do arsenal da marinha: D. 12
marco 1865 (M. O. P. — D. L. 69 de 27) Coll. set. 1865 (M. M. — D. L. 212 de 20) Coll. pag. 335
pag.'83. à 338.
protectora dos artistas de Olhão —appro- Tabelliães — não são obrigados a mandar á conta
vados os seus estatutos: D. 12 jun. 1865 (M. 0 . P. os papeis em que receberem o salario de rasa. P.
—D. L: 137 de 20) Coll. pag. 208. 20 fev. 1865 (M. J. —D. L. 49 ,de 2 março) Coll.
Soda—a que tiver mistura de carbonato de soda pag. 51. .:
e soda caustica paga os direitos na proporção em Tapães (freguezia de)—transferida para .todos
que estas substancias estiverem. Res. n.° 279 de 19 os effeito do concelho de Pombal para o de Soure:
jul. 1865 (C. G. das A. —D. L. 161 de 21) Coll. L. 25 jun. 1864 (M. R. — D. L. 180 de 12 agosto
pag. 258. 1865) Coll. pag. 558.
Soldos dos officiaes arregimentados — são pagos Tarifas dos preços dos transportes.de passagei-
de I de junho em diante pelas pagadorias das divi- ros e de mercadorias nos caminhos de ferro do
sões militares em que estiverem os respectivos cor- norte e de leste — mandadas pôr em vigor: P. 30
pos : Ord. exerc. n.° 20 de 8 maio 1865 (M. G. — março 1865 (M. O. P. —D. L. 85 de 17 abrii) Coll.
D. L. 114 de 20) Coll. pag! 151. pag. 90.
Foram augmentados os dos officiaes do exer- dos caminhos de ferro do. sul e de suçste
cito em activo serviço, os dos officiaes das guardas com o imposto de transito —approvadas: P. 8 abril
municipaes e os das forças de primeira linha das 1865 (M. O. P.—D. L. 86 de 18) Coll. pag.109,
provincias de Africa de Macau e de Timor: L. 18 111 e 112. . .., ... , .,,•'
maio 1865 (M. G.—D. L. 114 de 20) Coll. pag. 164. dos caminhos de ferro de sul e sueste comr
Subscripções feitas no Brazil, distribuída a sua prehendendo o transporte de gados, bagagens ;dqs
importancia por differentes asylos da capital edo passageiros e adubos agricolas—approvadas: P.
reino: P. 10 abril 1865 (M. R. —D. L. 85 de 17) 27 maio 1865 (M. O. P.—D. L. 125 de 3 jun.) Coll.
Coll. pa». 116 e 117. pag. 174 e 175. .'.,: .'
Subsidios para Angola, Moçambique e Timor au- dos caminhos de ferro de norte e leste para
ctorisado o governo a continua-los no anno eco- passageiros de 3." classe—reducção: P . l l agosto
nomico de 1865-1866: L. 18 maio 1865 (M. F.— 1865 (M. O. P. — D. L. 181 de 14) Coll. pag. 293.
D. L. 114 de 20) Coll. pag. 162. Tecidos de algodão e de lã transparentes—que
Substituições no recrutamento — fixado em réis direitos pagam : Res. n.° 241 de 19 jan. 1865 (C.
150,3000 o preço d'ellas em 1865: D. 19 abril 1865 G. das A. —D. L. 18 de 23) Coll. pag. 9.
(M. R, —D. L. 90 de 22) Coll. pag. 127. - — - de lã rasos não especiíicáidosT—que direi-
Substitutos—aos actuaes extraordinarios da fa- tos pagam : Res. ,n.° 249 de 21 marco 1865 (C.G.
culdade de medicina foram dispensados dois annos das A. —D. L. 62 de 22) Coll. pag. 76.. .•,;, ,
de serviço que deviam ter para serem promovidos: de linho differentes do.brim UO fio,, cura
P. 22 nov. 1865 (M. R. — D. L. 281 de 12 dez.) e preparo — pagam de direitos 500 réis p.oi: kilp:
Coll. pag. 500. Res. n.° 275 de 28 jun. 1865 (C. G. das A.—D.;L,
Suspeições oppostas aos juizes dos concursos — 144 de 1 jul.) Coll. pag. 213. • ,
ao reitor da universidade e aos vogaes do conselho . de linho em formato de fita ou percinta
dos decanos, regulada a fórma por que hão de ser feita a tear—são sujeitos ao direito, de 500 <Téis por
decididas: P. 13 maio 1865 (M.R. —D. L. 112 de kilogramma: Res. n.° 286 de 16 agosto 1865 (C.
18) Coll. pag. 158. G. das A. —D. L. 184 de 18) Coll. pag. 298.
T D

Tejo— Ordenou-se ao superintendente das obras aos de Angola: D. 5 julho 1865 (M. M.-—.D. L.
d'ell^',q1ie:'apii98èátà8SlB' qtiánfo antes o projecto ge- 150 de 8 jul.) Coll. pag. 230. • , , .
M'definitivo dás mesmas obras: P. 20 out. 1865 Titulos de dividafundada—externa, cambiopára
(M/0;-P: — D. Ê.'241;,de 24) Coll. pag. 460. :
a conversão em divida interna: P. 10-,fev. 1865
1
TaegrajM^•ABÚtírifcio sobre o modo de dirigir (M. F. — D. L. 35 de 13 fev.) Coll. pag. 45.i :
participações pàrá Mlalta, Corfu; Tripoli, Egypto, Toldos para carros — não podem ser classifica-
Ítídiâ'''Cbiná''Áustràlia: Ann. 3 fev. 1865 (Dir. dos como chapéus de sol e umbellas, aindaque as
G; Hos t - ^ f f i f . 2B'He' 4) Coll. pag. 33 a 35. armações d'elles sejam do systema analogo,ao des-
'Síodiflòaçõeâ telegraphicas em relaçãoá Tur- tas; e devem pagar os direitos estabelecidos -nos
quia: Ann. 8 fev. 1865 (Dir. G. dos T. —D. L. artigos 101.° e 172." da pauta: Res. n.°. 290 dei29
33 de 10) Coll. pag. 44. set. 1865 (C. G. das A. —D. L. 226 de ôloutu) Coll,
Annunciou-se a'abertura de algumas esta- pag. '353. ' ' -;
ções no Algarve: Ann. 6^marco 1865 (Dir. G. dos Tomadias nas alfandegas — regulada^.fôrma.da
T.— D. L. 53 de 7) Coll. pag.' 59. distribuição d'ellas pelos empregados, denunciantes
'-:!A l Brítiiici'ó daMábertura da estacão no Fun- e pessoas que houverem tomado parte nas diligen-
dfio': Ani. 3 jún.1865 (Dir. G. dos T:—D. L. 126 cias : P. 15 dez. 1865 (M. F. — D. L. 38S.de 16)
de£) Coll. pag. ,184. Coll. pag. 507. < ':
>uLiii.:Atiíniin'èió':dá* 'abertura da estação de Po- Tombação dos terrenos e edificios adjacentes, ás
w m 1 8 6 5 (Dir: G. dos T. — D. L. gráçaí de guerra, e pontos fortificados — ofdeilou-
1-39 de 82) Coll! pag. 212 . se q*ue fosse feita sem demora: D. 17 e Ord. exerc.
""^-'AttfttSicKs^i^bertura-de uma estação em n.° 23 de 31 maio 1865 (M. G.— D. L. 125 de 3
P.fenMbv AíipV'27 jun. 1865 (Dir. G. dos T.—D. jun.) Coll. pag. 161.
Li.,;,l!42id§-28') !GO11.; pag. 214. Torradores de café usuaes — pagain direitos co-
,. AViso da que se acha aberta ao serviço a mo obra de ferro batido : Res. n.° 262 de 10 maio
Klíbb-èíítWV4í!éu'fe á Guarda: Ann. 3 jul. 1865 de 1865 (C. G. das A.—D. L, 109 dè 13) Colí.
fBjrvKJ.''ôòs'T: —^Dl*L. 146 de 4) Coll. pag. 222. pag. 153.
e^tár aberta a estação de Man- Touradas — prohibido aos officiaes e praças do
gualde1: 'Ann. & ilíl. 4865 (Dir. G. dos T.—D. L. exercito tomar parte n'ellas, como toureadores:
151 de 10) Coll. pag. 236. Ord. exerc. n.° 36 de 28 agosto 1865 (M. tG.:.—D.
''''-^-^'Ncítitíia de séachar aberta a estação de Sa- L. 196 de 1 set.) Coll. pag. 323. >
gVes 'com serviço - limitado eleetro-semaphorieo : Transportes — determinou-se que nas requisi-
Âna'. 9'set: 1865 (Í>ir. G. dos T.— D. L. 204 de 11) ções d'elles se declarasse a idade dos filhos dos mi-
Coll. pag.. 331. litares que os acompanham : Ord. exerc. n.° 29 de
'provisoriamente a admissão dos 10 jul. 1865 (M. G.—D. L. 153 de 12) Coll. pag,
boletineiros é gúardaíios para o serviço electro- 236. - o-
telegraphico: P. 13 set. 1865 (M. O. P. — D. L'. Tratado de commercio e de navegação-entre
tÓ8 de , 'lS^Góll.pag ; . 339. Portugal e a republica de Nova Granada,--ou Esta-
' ; ' Auctorisado James Masson a estabelecer dos Unidos de Colombia — approvado o de 9 de
lima' linha tfelégráp^ica entre Pomarão e a mina abril de -1857 : Cart. reg. 28 agosto 1862 ,(M.. E.
de S. Domingos: D. 20 out. 1865 (M. O. P. — D. — D. L. 35 de 15 fev. 1866) Coll. pag. 515 a 526.
L. i 295 de ! a0inov.)'Coll. pag. 463. para regular o serviço telegraphico-electrico
' Á-vísó'!de -se^achar construida a linha de — entre Portugal e a França, Áustria, Raden, Ba-
Vfeéii Í-Laítoéí&i: Ann. 30 out: 1865 (Dir. G. dos viera, Dinamarca, Belgica, Hespanha, Grécia-, Ham-
T,—D. L. 247 de 31) Coll. pag. 476. burgo, Italia, Paizes Baixos, l5russia, Rússia, Sa-
'.<-iJ^',Apj)roVada'a eonvenção feita coní a Aus- xonia, Suécia, Suissa, Turquia e Wurtemberg:
tiria 'fe; òutrps' "estados da Europa para melhorar e Cart. reg.- 26 dez. 1865 (M. E.—D. L. 55 de 10
facilitar 'a--íBênmUtaçgo de correspondências tele- março 1866) Coll. pag. 592 a 617. :',.-
gk^h-tóâsi. L1. 23 Uz. 1865 (M. N. E. —D. L.<292 Tribunaes de poíicia correccional—organisação
de 26) Coll. pag. 509. dos de Diu e de Damão: D. 11 out. 1865 (M. M —
Tir-rdão oiiy âfoagUel—só póde exigir-se pela D. L. 234 de 16) Coll. pag, 385, -,-
ò.cctopàçáó dè 'terrenos què fazem parte dos pro- Tribunal commercial — creado um .em Nova
prios municipaes,'e não pela venda feita em ter- Goa, composto de seis jurados, presidido pelo. juiz
renos particulares, ou nas ruas e praças publicas: de direito e com alçada até 200^000 réis: D. 5
P-.;'3 março i'865: (M. R. — inedita) Coll. pag. jul. 1865 (M.M.—D.L. 151 de 10) Coll. pag. 232-
maritimo—providencia para o caso que
—— Não póde ter por base a qualidade dos ge- se recuse ou falte o jurado nomeado pelo tribunal
ri éfósvqUè. sé èxpõémá venda, mas ò espaço de ter- do commercio, a tomar parte nas discussões do
reno occupado: P. 29 maio 1865 (M. R.— inedita) tribuna] maritimo: P. 11 out'.'1865 (M. M-^-Di
ColUpàg; 554; •: •!; L. 232 de 13) Coll. pag. 386.
;•>•',•••!• . Nãá póde/e-xigir-se pela occupação dos ter- O presidente d'elle concede ou nega fiança
réiíôs ^destinados para uso commum, mas só por por delictos maritimos segundo as regras pres.cri-
aauelles';ífue sãoidfestinados para produzir rendas ptas no decreto de 10-de dezembro de 1852, arbií-
pára1 tis'«oticéllíòs: ÍP. 29 maio 1865 (M. R. — ine- tra a fiança em quantia nunca menor de 50$000
dita) Collpag. 554! • réis e prende á sua ordem os réus em casos que
Thesoureiros 'dos^oncelhos — são os únicos en- não admittem fiança, ou quando esta é admíssiyel
càníágaàò's'-da cobrança das rendas dos concelhos, e não é prestada: P. 20 out. 1865 (M. M.—D. L.
que devem fazer- pessoalmente ou por propostos 239 de 21) Coll. pag. 461. - i. ' -.. •
seus'á síbiilhanÇa dos recebedores de comarca: P.
14'-fevereiro 1865 (M. R. — D. L. 38 de 16 fev.)
Cólí.!pagi 47 J
devem pronnover a cobrança dos rendimen- u
tos municipaes, como os recebedores fiscaes: P. 7
out. 1865 (M. Ri — inedita) Coll. pag. 571.
1
Timor — fixado >o' quadro do pessoal do serviço Uniforme dos empregados civis do arsenal do
de saude da provincia, e íguàládos os vencimentos exercito, que têem graduações'militares ; D. 18
V 33 V
e Ord. exerc.-n.0 4 de 31 jan. 1863 (M. G.—D. L. litares de Macau — regulados de novo: D. 26 jul.
27 de 3 fev.) Coll. pag. 6. 1865 (M. M. — D. L. 168 de 29) Coll. pag. 263.
dos officiaes militares reformados do minis- Prohibidos no ministerio da marinha os
terio da guerra, empregados em commissão n'este adiantamentos por conta d'elles,.'salvas duas exce-
ministerio: D. 19 e Ord. exerc. n.° 17 de 26 abril pcões: P. 9 set. 1865 (M. M. — D . L. 204 de 11)
1865 (M. G.—D. L. 95 de 28) Coll. pag. 128. Coll. pag. 331.
dos officiaes da secretaria do supremo con- Vereadores — no concelho de Damão e Diu, po-
selho de justiça militar, alterado permittindo-se- dem ser os empregados de administração e de fa-
lhes o uso de banda: D. 30 maio e Ord. do exerc. zenda, salvo os que receberem ordenados das refe-
n.° 27 de 19 jun. 1865 (M- G. — D. L. 139 de 22) ridas camaras: D. 11 out. 1865 (M. M. — D. L.
Coll. pag. 180. 234 de 16) Coll. pag. 386.
dos officiaes e aspirantes da repartição de Veterinaria — regulou-se o serviço medico vete-
saude do exercito: D. 21 e Ord. exerc. n.° 38 de rinario militar: D. 22 e Ord. exerc. n.° 37 de 30
31 agosto 1865 (M. G.—D. L. 206 de 13 set.) Coll. agosto 1865 (M. G.—D. L. 204 de 11 set.) Coll. pag.
pag. 300. 307 a 318.
Universidade — dispensaram-se aos substitutos Regulou-se a concessão do subsidio aos
extraordinarios actuaes de medicina, dois annos de alumnos que frequentarem os cursos de veterina-
serviço para poderem ser promovidos a substitutos ria e de agronomia no instituto geral de agricul-
ordinarios: P. 22 nov. J865 (M. R.—D. L. 281 tura: P. 24 agosto 1865 (M. O. P.—D. L. 191 de
de 12 dez.) Coll. pag. 500. 26) Coll. pag. 318 a 320.
Vinagre — o que der entrada no Porto ou em
Gaia, pára 1$000 réis por pipa, imposto que é di-
vidido entre as camaras dos dois concelhos e o the-
V I souro: L. 23 dez-, 1865 (M. O. P. — D. L. 292 de
26) Coll. pag. 508.
Varadas — abolido o castigo d'ellas nas provin- Vinho do Douro—approvadas para a exportação
cias ultramarinas, e substituído, para os incorregi- 34:924 pipas da novidade de 1864: D. 16 fev. 1865
veis, por degredo para provincia Aversa: D. 25 (M. O. P. — D. L. 48 de 1 março) Coll. pag. 49.
jul. 1865 (M. M.—D. L. 170 de 1 agosto) Coll. pag. Que entrar nos armazens do Porto ou de
262. Gaia, deve por elle cobrar-se o imposto de 500 ,
Varetas de junco — não são consideradas como réis por pipa, durante o anno de 1865-1866: P. 7
junco simplesmente cortado, mas como peças se- out. 186a (M. F. — D. L. 229 de 10) Coll. pag.
paradas da armação de chapéus de chuva ou de 363.
sol: Res. n.° 269 de-22 maio 1865 (C."G. das A. —;— Permittida a exportação d'elle pela barra
— D L. 118 de 26) Coll. pag. 168. do Porto a todo o que for produzido em territorio
Vencimentos dos empregados do estado—são pa- portuguez: L. 7 dez. 1865 (M- O. P. — D. L. 279
gos no anno economico de 1865-1866, sem deduc- de 9) Coll. pag. 505.
ção alguma: L. 18 maio 1865 (M. F. — D. L. 114 Fixado o imposto de consumo que ha de
de 20) Coll. pag. 162. pagar o que entrar no Porto pelas barreiras sêccas
das classes inactivas de consideração e não ou molhadas: L. 23 de dez. 1865 (M. O. P- —D.
consideração — como são pagos: L. 18 maio 1865 L. 292 de 26) Coll. pag. 508.
(M. F. — D. L. 114 de 20) Coll. pag. 162. Voto de qualidade — não tem o presidente da as-
Foram dadas instrucções para o cumpri- sembléa dos quarenta maiores contribuintes, nem
mento da lei acima citada: P. 7 jun. 1865 (M. F. mesmo voto simples quando não está recenseado
— D. L. 130 de 9) Coll. pag. 186. n'esta qualidade : P. 24 fev. 1865 (M. R.—inedita)
dos empregados ecclesiasticos, civis e mi- Coll. pag. 537.

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