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LEGISLACÂO PORTUGUESA

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LISBOA
I M P R E N S A N A C I O N A L

1903
o As leis serão publicadas no periodico official do Governo; e esta publicação, a contar
desde o dia em que se fizer na capital, substituirá as vezes da publicação na chancellaria
mor do reino, continuando em tudo o mais a legislação existente a este respeito, emquanto
opportunamente se não prescrevem as solemnidades que devem acompanhar a publicação
das leis, e os prazos fixos em que hão de principiar a obrigar em todos e cada um dos pontos
da monarchia».
(Decreto de 19 de agosto de 1833, artigo 2.°)

«As leis começarão a obrigar em Lisboa e termo tres dias depois iTaquelle em que fo-
rem publicadas no Diario do Governo; nas mais terras do reino quinze dias depois da mesma
publicação; e nas ilhas adjacentes oito dias depois do da chegada da primeira embarcação
que conduzir a participa ção official da lei».
(Lei de 9 de outubro de 1841, artigo 1.°)

«A Administração Geral da Imprensa Nacional é auctorizada para dar á estampa e fazer


inserir na Collecção Official, alem dos diplomas legislativos e regulamentares, publicados
no Diario do Governo, todos os que tiverem força de obrigar, quer se achem inéditos, quer
estejam impressos em escritos avulsos, uma vez que, de ordem dos respectivos Ministros
e Secretarios de Estado, sejam p a r a isso rubricados jielos officiaes maiores das Secretarias
de Estado por onde os mesmos diplomas se tiverem expedido ".
(Portaria de 3 de setembro de 1850, artigo 2.°)
9 Decreto (Ministerio da J u s t i ç a — Diario do Governo, n.° 26,
1901 de 3 de fevereiro) abrindo um credito especial de réis
39:197$653, para pagamento do augmento de ordenado
Junho por diuturnidade de serviço a magistrados judiciaes e a
empregados da Procuradoria Geral da Corôa e F a z e n d a 2
20 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
verno n.° 71 de 2 de abril de 1902) mandando incluir 13 P o r t a r i a (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 11,
tres estradas do concelho de Leiria no numero das es- de 15 de janeiro) denegando auctorização p a r a o segui-
t r a d a s municipaes de 2.ª classe do respectivo districto 1435 mento dos processos instaurados contra o administra-
dor que foi do concelho do Redondo e o seu delegado
n a respectiva assembleia eleitoral, por occasião da elei-
Outubro ção a que se procedeu naquella villa, em 27 de janeiro
de 1901 3
4 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 13 Decreto (Ministerio d a F a z e n d a — Diario do Governo,
verno n.° 75 de 7 de abril de 1902) mandando proceder n.° 38, de 18 de fevereiro) abrindo um credito especial
á construcção do lanço do ramal do Arco Pintado p a r a de 100$000 réis p a r a p a g a m e n t o por sobras de despe-
o Dianteiro, da estrada real n.° 10, comprehendido en- sas de serviço proprio do Ministerio da F a z e n d a , no
tre Santo Antonio dos Olivaes e o Dianteiro 1435 exercicio de 1900-1901 3
14 P o r t a r i a (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario do
Dezembro Governo, n.° 58, de 13 de março) estabelecendo varios
preceitos regulamentares afimde evitar a propagação
das bexigas, que estão fazendo innumeras victimas no
19 P o r t a r i a (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
elemento indigena das provincias ultramarinas 3
verno n.° 17 de 23 de janeiro de 1902) mandando t r a n s -
15 P o r t a r i a (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 12,
ferir da Camara Municipal de Lisboa para o Ministerio
de 16 de Janeiro) denegando auctorização p a r a o segui-
das Obras Publicas a fiscalização das sociedades que
mento do processo instaurado contra o administrador
exploram concessões feitas pela mesma Camara 1435
do concelho de Villa Nova de Gaia (Erratas no Diario
30 D e c r e t o (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
do Governo, n.° 17) 4
verno n.º 153 d e 12 de julho de 1902) approvando as
16 P o r t a r i a (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno,
bases p a r a a classificação dos munumentos nacionaes e
são para estudar as causas do desenvolvimento da epi-zootia
bens mobiliarios de valor, as quaes vão appensas ao
presente decreto 1436
16 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 14,
de 18 de janeiro) designando o dia 10 do proximo mês
1902 de fevereiro p a r a se iniciarem no concelho de Loulé as

Janeiro 16 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 14,


do 18 de janeiro) auctorizando a camara municipal de
6 D e c r e t o (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 31, Villa F r a n c a do Campo a contrahir um emprestimo p a r a
de 8 de fevereiro) dando provimento no recurso de Hen- a construcção de um mercado de peixe, e de um aquar-telamento milita
rique da Fonseca Mesquita contra a sentença do audi-
tor administrativo do districto de Castello Branco, que 16 D e c r e t o (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 14,
annullou a nomeação do recorrente para amanuense da de 18 de janeiro)secretaria da 600$000
fixando em camara municipal
réis fortes do Fundão
o or-
denado annual do commissario do corpo de policia ci-
9 D e c r e t o (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 7, vil do districto de P o n t a Delgada 4
de 10 de janeiro) designando o dia 17 do proximo mês 16 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 14,
de março p a r a o começo das operações do recensea- de 18 de janeiro) fixando em quatro o numero de can-
mento eleitoral do concelho de Angra do Heroismo . . . 1 toneiros municipaes do concelho de Valença, e em réis
72$000 a dotação annual de cada um d'estes logares 4
9 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 7,
de 10 de janeiro) declarando u r g e n t e a expropriação de 16 D e c r e t o (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 14,
um terreno requerida pela camara municipal de Evora de 18 de janeiro) auctorizando a camara municipal de
para o alargamento da Rua D. Izabel d a q u e l l a cidade 1 Soure a destinar do terreno, a cuja expropriação se re-
fere o decreto de 19 de julho ultimo, uma parte p a r a a
9 D e c r e t o (Ministerio da F a z e n d a — Diario do Governo, construcção do edificio da escola e residencia do pro-
n.° 8, de 11 de janeiro) prescrevendo a forma por que fessor de ensino primario d'aquella villa 4
devem ser feitos os despachos do pessoal de fazenda 16 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.° 14,
dos districtos, concelhos e bairros 1 de 18 de janeiro) approvando a deliberação da camara
9 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario do municipal de Villa F r a n c a do Campo acêrca da cria-
Governo, n.° 10, de 14 de janeiro) ordenando que as ção de um partido medico dotado com 200^000 réis an-
funcções d e fiscalização do imposto do alcool e das nuaes 5
aguardentes no districto de Loanda sejam exercidas 16 P o r t a r i a (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 14,
pelo inspector de fazenda 2 de 18 de janeiro) auctorizando a misericordia e hospi-
9 P o r t a r i a (Ministerio d a F a z e n d a — Diario do Governo, tal da villa da Chamusca a levantar dos seus capitaes
n.° 11, de 15 de janeiro) esclarecendo as disposições do uma certa quantia com applicação a obras urgentes no
decreto n.° 5, de 24 de dezembro ultimo na p a r t e rela- templo da mesma misericordia 5
tiva á promoção dos primeiros aspirantes das alfande- 16 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 14,
gas aos logares de sub-inspectores 2
IV

de 18 de janeiro) auctorisando a misericordia de Coim- -missão para estudar e indicar a forma mais conveniente
bra a vender uma faixa de terreno da cêrca do Collegio de installar a Escola P r a t i c a de Serviço de Torpedos
dos Orphãos 5 Moveis no Estabelecimento de Valle do Zebro 16
16 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 15, 25 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 32,
de 20 do janeiro) abrindo um credito especial de réis de 10 de fevereiro) abrindo um credito especial de réis 7:063$407 para pagamento d
146$665 para pagamento dos vencimentos do auditor e de despesas de material, resultantes da reorganização
administrativo do districto de Bragança desde 3 de no-
vembro ultimo até 31 de janeiro corrente 5 dos estudos da Universidade de Coimbra 16
16 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 15, 25 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 32,
de 20 de janeiro) abrindo um credito especial de réis de 10 de fevereiro) abrindo um credito especial de réis
24:577$924 para completar o pagamento do pessoal e 1:059$990 com applicação ao pagamento das gratifica-
material de janeiro a junho de 1902 das diversas repar- ções dos novos vogaes do Conselho Superior de Instruc-
tições, estabelecimentos e serviços dc saude, e do pes- ção Publica e dos ordenados do pessoal da respectiva
soal do serviço de beneficencia municipal de Lisboa secretaria durante os ditos meses 5
27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
16 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 15, verno, n.° 25, de 1 de fevereiro) mandando incluir uma
de 20 de janeiro) abrindo um credito especial de réis estrada do concelho de Cascaes no numero das estradas
65:000$000 com applicação á compra de terrenos e edi- municipaes de 2.ª classe do districto de Lisboa 17
ficios para ampliação das officinas do Arsenal do Exer- 27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 25, de 1 de fe
cito no exercicio de 1901-1902 7 estrada do concelho de Cascaes no numero das estra-
16 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 16, das municipaes de 2.ª classe do districto de Lisboa . . . 17
de 21 de janeiro) transferindo certas quantias do capi-
tulo 8.°, artigo 32, secção 2.ª, da tabella da distribui- 28 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
ção da despeza do Ministerio do Reino no exercicio de n.° 44, de 25 de fevereiro) alterando a tabella das do-
1901-1902 p a r a outros capitulos e artigos da mesma ta- tações annuaes do fundo para diversas despesas dos
bella (Erratas no Diario do Governo, n.° 18) 7 corpos e estabelecimentos militares 18
16 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 21, 30 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, n.° 24,
de 28 de janeiro) approvando o regulamento para a ad- de 31 de janeiro) transferindo para o juiz de direito da
ministração do hospital civil de Penamacor 8 comarca da Vidigueira o julgamento das contravenções
16 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, e transgressões das posturas municipaes do concelho do
n.° 21, de 28 de Janeiro) determinando a distribuição mesmo titulo 18
do serviço pelas diversas repartições da Administração 30 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 26,
Geral das Alfandegas 12 de 3 de fevereiro) transferindo certas quantias de um
18 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 16, para outros artigos do capitulo 6.ª da tabella da dis-
de 21 de janeiro) determinando que no corrente anno tribuição da despesa do Ministerio do Reino no exer-
lectivo sejam ainda admittidos a exame final nas esco- cicio de 1901-1902 (Erratas no Diario do Governo, n.° 27)
las normaes ou de habilitação para o magisterio prima-
rio os candidatos estranhos aos respectivos cursos, que 30
Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 29,
j á se estavam habilitando antes da promulgação do de- de 6 de fevereiro) approvando o regulamento dos ser-
creto n.° 8, de 24 de dezembro ultimo 13 viços de hospitalização nas enfermarias a cargo do Real
20 P o r t a r i a (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, Instituto Bacteriologico de Lisboa 19
n.° 10, de 21 de janeiro) esclarecendo algumas duvidas 30 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
sobre o registo obrigatorio das licenças para o exerci- n.° 31, de 8 de fevereiro) tornando extensivas ás alfan-
cio de industrias ou outros actos ....... 14 degas do Porto e das ilhas adjacentes as disposições
20 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, do decreto de 28 de dezembro de 1899 20
n.° 24, de 31 de janeiro) estabelecendo um posto de des- 31 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
pacho de 2.ª classe, em Chaves 14 n.° 25, de 1 de fevereiro) esclarecendo duvidas sobre a
execução do disposto no artigo 27.° do regulamento dos
21 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 17, de 23
serviços do recrutamento de janeiro)
militar, providenciando
de 24 de dezembro ul- sobre a
venda e transporte de rezes suspeitas de febre aphtosa, timo. 20
e prohibindo as feiras, mercados, concursos e exposições
pecuarias das especies bovina, ovina, caprina e suina
emquanto não for declarada extincta a actual epizoo-
Fevereiro
tia 14
23 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 18,
de 24 de janeiro) denegando auctorização para o segui- 1
Portaria (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do
mento do processo instaurado contra o administrador Governo, n.° 28, de 5 do fevereiro) determinando que
do concelho de Cintra, e varios policias, arguidos de seja ampliada por mais dois annos a matricula das em-
violencias por occasião da assembleia eleitoral de S. João barcações destinadas á pesca com redes de a r r a s t a r . . . 21
das Lampas, em novembro ultimo (Erratas no Diario do 3 Portaria (Ministerio doGoverno,
Reino— n.º
Diario
19) do Governo, n.° 28, 14
de 5 de fevereiro) determinando que os governadores
25 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, civis do continente e ilhas adjacentes, enviem ao Bi-
n.° 20, de 27 de janeiro) prorogando até 15 de fevereiro bliothecario mor do reino relações das typographias
proximo o prazo para o pagamento voluntario da pri- existentes nos seus districtos c nota dos trabalhos por
meira prestação das contribuições em divida até 1900 14 ellas publicados 21
6 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 31,
25 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 8 de fevereiro) prorogando até 15 do corrente mês o
Governo, n.° 20, de 27 de janeiro) prohibindo nos meses prazo para o recenseamento eleitoral do concelho de
de abril a agosto inclusive o exercicio de artes de pesca Sinfães 21
de arrastar e de chinchorros no rio Sado e nas encea-das do Portinho,
6 Decreto (Ministerio da —
do Reino Arrabida.
Diario doe de Cezimbra
Governo, n.° 31, 15
25 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 21, de 8 de fevereiro) prorogando até 10 do proximo mês
de 28 de janeiro) designando o dia 5 do proximo mês de de março o prazo p a r a a conclusão das operações do
fevereiro para se iniciarem no concelho de Setubal as recenseamento eleitoral do concelho da Feira 22
operações do recenseamento eleitoral 15 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 31,
25 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- de 8 de fevereiro) auctorizando a J u n t a de Parochia da
verno, n.° 22, de 29 de janeiro) abrindo um credito es- freguesia de Angueira, concelho de Vimioso, a criar dois
pecial dc 42:000$000 réis para serem addicionados á logares de guardas campestres com a remuneração es-
tabella da distribuição da despesa do Ministerio das tabelecida no artigo 448.º do Codigo Administrativo . . 22
Obras Publicas, Commercio e Industria no exercicio de
1901-1902, annullando-se igual importancia descripta 6 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.º 35,
noutros capitulos e artigos da mesma tabella 15 de 14 de fevereiro) abrindo um credito especial de réis
25 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n .º 23, 3:025$506 para pagamento, por sobras, de despesas li-
de 30 de janeiro) concedendo provimento no recurso da quidadas e em divida do Ministerio do Reino nos exer-
Misericordia da Villa dc Barcellos contra o despacho cicios de 1809-1900 e 1900-1901 22
em que o governador civil de Braga, attendendo as re- 6 Decreto (Ministerio da F a z e n d a — D i a r i o do Governo,
clamações dos facultativos da mesma Misericordia, al- n.° 35, de 14 de fevereiro) mandando organizar uma ta-
terou o regulamento devidamente approvado do respe- bella de valores minimos para a cobrança dos direitos
ctivo hospital, na parte respeitante aos reclamantes 10 ad valorem sobre os generos de exportação nacional. . . 22
25 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Governo, n.º 28, de 5 de fevereiro) nomeando uma com- n.° 35, de 14 de fevereiro) regulando a retribuição dos
empregados das alfandegas incumbidos de reverifica-
Y

ções e verificações fora das horas do expediente ordi- de livros, por meio de emprestimo, da Bibliotheca Pu-
nario, ou dos logares de despacho, por culpa das partes 23 blica de Ponta Delgada 29
19 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 42, n.º 44, de 25 de fevereiro) declarando que o chefe da
de 22 de fevereiro) determinando o uniforme dos lentes extincta repartição da Administração
da Academia Geral
Polytechnica
das Alfan-
do Porto 23
8 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 32, degas e Contribuições Indirectas, continue a fazer parte
de 10 de fevereiro) denegando auctorização para o se- do Conselho de Administração e do Conselho e Tribu-
guimento do processo instaurado contra o guarda nal superiores do serviço technico aduaneiro 29
n.° 210, do corpo de policia civil da cidade do Porto . . 23 20 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 41,
de 21 de fevereiro) approvando o quadro do pessoal do-
8 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 32, cente das escolas primarias da cidade do Porto 30
de 10 de fevereiro) denegando auctorização para o se- 20 Decreto (Ministerio do Reino— Diario do Governo, n.° 41,
guimento do processo criminal instaurado contra os de 21 de fevereiro) approvando o regulamento para a
guardas n.°s 226 e 233 do corpo de policia civil da ci- arrecadação e emprego de donativos escolares 31
dade do Porto 23 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 42,
8 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 33, de 22 de fevereiro) prorogando o prazo para a conclu-
de 12 de fevereiro) resolvendo as duvidas propostas por são das operações do recenseamento eleitoral dos con-
alguns governadores civis sobre a gerencia de qual- celhos de Mondim de Basto e Santarem 34
quer municipio quando haja necessidade de se repeti- 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 42,
rem nalguma assembleia primaria os actos da eleição da de 22 de fevereiro) approvando a deliberação da Ca-
camara municipal respectiva 23 mara Municipal de Lamego acerca da criação do logar
8 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 49, de guarda do cemiterio da Cruz Alta com a dotação de
de 3 de março) auctorizando o Dr. Francisco Gomes
Teixeira, Lente e Director da Academia Polytechnica 20 Edital (Governo civil de Lisboa — Diario do Governo,
do Porto, a proceder, sem remuneração alguma, á publi- n.° 42, de 22 de fevereiro) determinando, com approva-
cação em volume dos seus trabalhos sobre mathematica ção do Governo, o regulamento policial dos corretores
e astronomia, dispersos em revistas nacionaes e estran- de hoteis, hospedarias ou casas de hospedes na cidade
geiras 23 de Lisboa - 34
10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 42, 20 Edital (Governo civil de Lisboa — Diario do Governo,
de 22 de fevereiro) auctorizando o desdobramento, pro- n.° 42, de 22 de fevereiro) determinando, com approva-
posto pela Camara Municipal de Odemira, do partido ção do Governo, o regulamento policial das serviçaes
medico, ora vago, em dois sendo um dotado com réis denominadas — camareiras — na cidade de Lisboa . . . . 34
450$000 e outro com 400$000 réis annuaes 24
10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 42, 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 43,
de 22 de fevereiro) fixando em cinco o numero de ze- de 24 de fevereiro) negando provimento no recurso do
ladores municipaes do concelho de Alcoutim remune- secretario geral do Governo Civil de Portalegre contra
rados somente com a parte das multas que lhes perten- a escusa, dada pelo auditor administrativo a um cida-
cer 24 dão eleito vogal substituto da Camara Municipal de
12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 34, Arronches, de exercer o respectivo cargo 35
de 13 de fevereiro) denegando auctorização para o se- 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 43,
guimento do processo instaurado contra o regedor da de 24 de fevereiro) auctorizando o Asylo Municipal de
freguesia de Panoias, comarca de Braga 24 Lisboa a contrahir um emprestimo destinado á compra
12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 34, de um predio para a sua installação 35
de 13 de fevereiro) concedendo auctorização á confra- 20 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
ria das Almas, erecta na igreja matriz da cidade de verno, n.° 44, de 25 de fevereiro) approvando o regu-
Ponta Delgada, para acceitar uma certa doação 21 lamento dos serviços de extincção dos acridios ou ga-
12 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do fanhotos
Governo, n.º 36, de 15 de fevereiro) approvando a dis- 20 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
tribuição, feita pelo Governador de Cabo Verde, das se- verno, n.° 46, de 27 de fevereiro) mandando proceder á
des das tres escolas primarias ultimamente criadas na-quella provincia
construcção do um lanço da estrada de Leiria24por Bar-
12 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do reira á estrada districtal n.° 121 e á real n.° 15 38
Governo, n.° 53, de 7 de março) declarando, para todos 20 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
os effeitos, empregados publicos os empregados portu- verno, n.° 46, de 27 de fevereiro) mandando proceder á
gueses ao serviço das companhias coloniaes privilegia- construcção de um lanço da estrada districtal n.° 119.. 38
das 24
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 36, 20 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
de 15 de fevereiro) prorogando até ao dia 8 de março Governo, n.° 48, de 1 de março) approvando para ter
proximo o prazo para a conclusão do recenseamento execução nos territorios sob a administração da Compa-
eleitoral do concelho de Chaves 25 nhia do Nyassa, o regulamento sobre taxa de licença
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 36, para estabelecimentos commerciaes e industriaes e exer-
de 15 de fevereiro) prorogando até ao dia 8 de março cicio de differentes profissões 38
proximo o prazo para a conclusão das operações do re- 20 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
censeamento eleitoral do concelho de Ilhavo e do 1.° e Governo, n.° 48, de 1 de março) regulando a execução
2.° bairros do Porto 25 do artigo 32.° da carta de lei de 27 de abril de 1901,
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 36, quanto ás funcções do Banco Nacional Ultramarino como
de 15 de fevereiro) concedendo provimento no recurso thesoureiro do Estado, no ultramar 42
da Camara Municipal de Lisboa sobre pagamento de 20 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 51,
quotas de aposentação requerido por cincoenta empre- de 5 de março) declarada urgente a expropriação de cinco
gados da mesma camara 25 parcellas de terreno para a construcção da bateria de
13 Decreto (Ministerio dos Estrangeiros — Diario do Gover- Nevolgide, destinada á defesa do porto de Leixões e barra
no, n.° 36 de 15 de fevereiro) approvando o regulamento do rio Douro 43
do serviço interno da Secretaria de Estado dos Nego- 20 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.°51,
cios Estrangeiros 26 de 5 de março) declarada urgente a expropriação de nove
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 37, parcellas de terreno para a construcção da bateria do
de 17 de fevereiro) prorogando o prazo para a conclu- Monte Crasto, destinada á defesa do porto de Leixões e
são das operações do recenseamento eleitoral do conce- barra do rio Douro 43
lho de Alcobaça 28 20 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 55, de 10 de m
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 38, pecial de 16:680$825 réis para satisfação, por meio de
de 18 de fevereiro) abrindo um credito especial de réis sobras, de despesas liquidadas e não pagas do Minis-
5:674$500 para pagamento de vencimentos do pessoal terio das Obras Publicas, Commercio e Industria nos
com que foram accrescentados os quadros dos profes- exercicios de 1898-1899, 1899-1900 e 1 9 0 0 - 1 9 0 1 . . . . . . 43
sores dos lyceus de Ponta Delgada e Funchal elevados 21 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 49, de 3 de m
a lyceus centraes 28 aberta provisoriamente á exploração publica a linha da
19 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 40, Companhia Carris de Ferro de Lisboa, servida por trac-
de 20 de fevereiro) denegando auctorização para segui- ção electrica, entre o Largo do Intendente e o Arco do
mento do processo instaurado contra o administrador Cego 44
do concelho de Villa Nova de Gaia 29 22 Portaria (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario do
19 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 43, Governo, n.° 45, de 26 de fevereiro) providenciando
de 24 de fevereiro) approvando o regulamento, proposto acêrca de licenças graciosas aos empregados naturaes
pelo Inspector das Bibliothecas e Archivos, para a saida do continente e ilhas adjacentes em serviço no ultramar 45
VI

25 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — D i a r i o do Go-
verno, n. ° 46, de 27 de fevereiro) approvando e man- verno n. ° 50, de 4 de março) dando nova denominação
dando pagar a liquidação da differença entre a impor- á estrada municipal de 2. ª classe, n. ° 17, do concelho deBouça......55
tancia recebida e a divida pela garantia de juro da
linha ferrea de Santa Combadão a Viseu até ao fim do 27 Decreto (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Governo, n. ° 50, de 4 de m
anno economico de 1900-1901...... 45 estradas do concelho de Mafra no numero das estradas
5 5
25 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — D i a r i o do Go- municipaes de 2. ª classe do districto de Lisboa....
verno, n. ° 52, de 6 de março) louvando o Visconde da
Amoreira da Torre pela doação que fez ao Museu Ethno- 27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — D i a r i o do Go-
logico Português de duas estatuas romanas de már- verno, n. ° 50, de 4 de março) mandando incluir uma es-
more, de subido e incontestável valor archeologico.. 45 trada do concelho de Coruche no numero das estradas
25 Circular (Ministerio do Reino—inedita) mandando que os municipaes de 2. ª classe do districto de S a n t a r e m . . . . . 55
commissarios da instrucção primaria tomem as neces-
sarias providencias para que nas escolas primarias não 27 Decreto (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go-
sejam adoptados livros não officialmente approvados... 45 verno, n. ° 51 de 5 de março) auctorizando varios cida-
26 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 46, dãos da Villa de Santa Cruz, da Ilha das Flores, a cons-
de 27 de fevereiro) determinando qual a interferência tituirem uma sociedade anonyma de responsabilidade
que pode ter a Associação dos Missionários do Espirito limitada com a denominação de «Caixa Economica F l o -
Santo e quaesquer outras associações nas mesmas con- rentina» destinada a effectuar operações bancarias.... 55
dições, junto do R e a l Padroado da diocese de A n g o l a 27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — D i a r i o do Go-
e Congo 45 verno, n. ° 51, de 5 de março) esclarecendo e comple-
26 Portaria (Ministerio do Reino — D i a r i o do Governo, n. ° 46, tando algumas disposições do decreto de 31 de j a n e i r o
de 27 de fevereiro) denegando auctorização para o se- de 1901, pelo qual foi eriada a Caixa de A p o s e n t a ç õ e s
guimento do processo instaurado contra o administra- e Soccorros do Pessoal dos Caminhos de Ferro do E s -
dor substituto do concelho de Peso da R e g u a 46 tado
27 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do 27 Decreto (Ministerio da F a z e n d a — D i a r i o do Governo,
Governo, n. ° 47, de 28 de fevereiro) approvando os Es- n. ° 52, de 6 de março) abrindo um credito especial de
tatutos do Banco Nacional Ultramarino 46 10: 800$000 réis, pela transferencia de creditos líquidos
27 D e c r e t o (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do dos exercicios de 1898-1899 e 1900-1901, para p a g a -
Governo, n. ° 47, de 28 de fevereiro) determinando que mento de despesas de encargos geraes do Ministerio daFazenda.....56
as antigas notas do Banco Nacional Ultramarino con- 27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
tinuem a ter curso legal até que o mesmo Banco pro- verno, n. ° 57, de 12 de março) prescrevendo a forma da
ceda a nova emissão...... 53 liquidação e escripturação do rendimento dos impostos
27 Portaria (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go- de transito e addicional e de sêllo nos caminhos de ferro
verno, n. ° 47, de 28 de fevereiro) approvando e man- do Estado (Erratas no Diario do Governo, n. ° 58)..... 56
dando pagar a liquidação da garantia de juro da ex- 27 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
ploração da linha ferrea de Foz -Tua a Mirandella no primeiro
n. ° 76, de 8 de abril) semestre adedelimitação 1901-1902.......
determinando das 53
zonas de servidão militar da bateria de N e v o l g i d e , que
27 Portaria (Ministerio, das Obras Publicas — Diario do Go- vae ser construida para a defesa do porto de Leixões e
verno, n. ° 48, de 1 de março) nomeando uma commis- barra do rio Douro 57
são para estudar e propor a directriz que deve adoptar -se 27 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
no prolongamento da linha ferrea do sul, de Faro a Villa n. ° 76, de 8 de abril) determinando a delimitação das
Real de Santo Antonio (Erratas no Diario do Governo, n. ° 51) da bateria do Monte Crasto,
zonas de servidão militar ..... 53
que vae 8er construida para a defesa do porto de L e i -
27 Decreto (Ministerio do Reino — D i a r i o do Governo, n. ° 49, xões e barra do rio Douro 57
de 3 de março) prorogando o prazo para a conclusão das
operações do recenseamento eleitoral dos concelhos de
Bragança, Covilhã, Peso da Regua, Olhão, Vianna do Março
Castello, Vieira, Torres Novas, Estremoz, Montemor -o- Novo, Silves, Mourão, Moimenta da Beira e Ovar....... 53
1 Portaria (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n. ° 49,
27 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n. ° 49, de 3 de março) denegando auctorização para seguimento
de 3 de março) prorogando o prazo para a conclusão das dos processos instaurados contra o administrador, que
operações dos recenseamentos eleitoraes dos concelhos foi, do concelho da Lousã, João Amado de Mello Ra-
de Villa Nova de Gaia, Braga, Villa Verde, Guimarães, malho.... 58
Arcos de Valle de Vez, Monção, Beja, Vidigueira, Faro, 1 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 49,
Lagoa, Cantanhede, Goes, Mira, Soure, V i l l a Real, S a t de 3 de março) denegando auctorização para seguimento
tam, Gouveia, Camara de Lobos, Guarda e Sousel (Er- do processo instaurado no 1. ° districto criminal do Porto
ratas no Diario do Governo, n. ° 51) 54 contra um cabo e o chefe de secção de policia da fre-
27 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 49, guesia de Paranhos 58
de 3 de março) approvando a deliberação da Camara
Municipal de Celorico de B a s t o acêrca da criação de 4 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n. ° 51, de 5
um partido medico dotado com 300$000 réis annuaes.... 54 cional e Nova Fabrica de Vidros da Marinha Grande
transferir operarios de uma para outra fabrica nas con-
27 Decreto (Ministerio do Reino — D i a r i o do Governo, n. ° 49, dições prescriptas na mesma portaria..... 58
de 3 de março) fixando em 277$500 réis annuaes a do-
tação do partido medico municipal que se acha vago no 5 Portaria (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go-verno, n. ° 52, de 6 de m
concelho de Monsão 54 para estudar as modificações a fazer na canalização de
27 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n. ° 49, esgoto da cidade de Lisboa...... 59
de 3 de março) determinando que a freguesia de S. Mi- 6 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n. ° 54,
guel do Paraizo, no concelho de Guimarães, fique defi- de 8 de março) declarando urgente a expropriação de
nitivamente annexada para todos os effeitos l e g a e s á um terreno requerida pela Camara Municipal de V a -
de S. Jorge de Cima de Sellir, no mesmo c o n c e l h o . . . . 54 lença para a conclusão do segundo lanço da estrada
de 2. ª classe de Christello Covo a P a y ã o 59
27 Decreto (Ministerio do Reino — D i a r i o do Governo, n. ° 49, 6 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n. ° 54,
de 3 de março) auctorizando a Camara Municipal do con- de 8 de março) dando provimento no recurso de A n t o -
celho da Magdalena a criar um logar de zelador, dotado nio Lucio T a v e i r a Pinto sobre isenção do cargo de v e -
dentro dos limites fixados no artigo 127. °, § 1. ° do Co- reador substituto da Camara Municipal de Alcobaça com
digo Administrativo, podendo servir de continuo da se-
cretaria da mesma camara 54 pectivas funcções 59
27 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n. ° 49, 6 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n. ° 54,
de 3 de março) fixando em quarenta o numero de guar- de 8 de março) declarando urgente a expropriação de
das campestres do concelho da Ribeira Grande, sem uma parcella de terreno requerida pela J u n t a de P a -
outra remuneração mais do que a estabelecida no ar- rochia de S. Martinho de Medello, concelho de F a f e ,
tigo 448. º do Codigo Administrativo 54 para construcção do cemiterio da freguesia. (Erratas no Diario
27 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n. ° 49,
de 3 de março) negando provimento no recurso de Vi- 6 Portaria (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go-
ctor Manoel Gonçalves Branco contra a deliberação da verno, n. ° 60, de 15 de março) auctorizando a Compa-
Camara Municipal de Montalegre, confirmada por sen- nhia Geral do Credito Predial Português a emittir réis
tença do juiz de direito, que indeferiu o requerimento 900: 000$000 de obrigações prediaes do juro de 5 por
do recorrente pedindo fosse mandado optar um medico
do partido municipal, nomeado administrador do respe-
ctivo concelho 54
VII

6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do | 14 Portaria


Go-verno, n.° 71, (Ministerio dasapprovando
de 2 de abril) Obras Publicas — Diario do Go-
o regulamento
interno do Conselho Superior de Obras Publicas e Mi- verno n.º 63, de 20 de março) prorogando o prazo para
nas 60 a conclusão dos trabalhos de construcção do caminho
de ferro de Valença a Monsão 66
7 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 54, 15 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 8 de março) mandando observar as disposições le- verno, n.° 62, de 18 de março) auctorizando a Compa-
gaes com respeito á previa desinfecção dos objectos nhia Fiação Portuense a emittir 2:000 obrigações de
vendidos em leilão na alfandega, consulados e adminis- 100$000 réis cada uma com o juro de 6 por cento ao
trações dos bairros e em quaesquer outras estações su- anno 67
jeitas ás disposições dos respectivos regulamentos . . . . 63 17 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 62,
de 18 de março) denegando auctorização para o segui-
7 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 54, mento do processo contra o regedor substituto da fre-
de 8 de março) auctorizando a Ordem Terceira de S. guesia de Valbom, concelho de Gondomar 67
Francisco de Entre Rios, concelho de Penafiel, a appli- 17 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
car dos seus capitaes uma certa quantia a obras de re- Governo, n.° 68, de 29 de março) declarando ao Gover-
paração do edificio da sua capella 63 nador Geral da provincia de Moçambique que as dispo-
7 Aviso (Ministerio dos Estrangeiros — Diario do Governo. sições do artigo 1.° do regulamento da contribuição in-
n.° 51, de 8 de março) declarando que por communica- dustrial não são applicaveis aos funccionarios do Estado
ção da legação de Áustria-Hungria consta haver o Go- ao serviço de companhias privilegiadas 67
verno de Creta notificado a sua adhesão á convenção 18 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 63,
internacional telegraphica de 22 de julho de 1875 . . . . 64 de 20 de março) denegando auctorização para o segui-
mento do processo instaurado contra o regedor da fre-
10 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- guesia de Cividade, concelho de Braga 67
verno, n.° 56, de 11 de março) approvando e mandando 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 66,
pagar a liquidação da garantia de juro da linha ferrea de 24 de março) prorogando o prazo da affixação das
de Santa Comba Dão a Viseu, relativa ao semestre de relações do recenseamento eleitoral 1 de julho a 31 de de
do concelho dezembro de 1901 64
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 60, Braga 67
de 15 de março) prorogando os prazos para a conclusão 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 66,
das operações do recenseamento eleitoral dos concelhos de 24 de marco) fixando em vinte e nove o numero de
de Castello Branco, Serpa, Ponte da Barca, Villa Velha zeladores municipaes do concelho de Santarem com a
de Rodam, Oliveira do Hospital e Gavião 64 remuneração do artigo 448.° do Codigo Administrativo 68
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 60,
de 15 de março) auctorizando a Camara Municipal de 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 66,
Terras do Bouro a applicar uma parte do seu fundo de de 24 de março) fixando em sete o numero de zeladores
viação a obras de construcção dos paços do concelho . . 64 municipaes do concelho de Mação, remunerados com a
parte das multas que lhes attribue o artigo 448.° do Co-
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 60, digo Administrativo 68
de 15 de março) approvando a deliberação da Camara 20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 66,
Municipal de Murça acêrca da reducção dos seus dois de 24 de março) negando provimento no recurso do se-
partidos medicos, actualmente vagos, a um só com a do- cretario geral do governo civil de Evora, contra a sen-
tação annual de 450$000 réis 64 tença do auditor administrativo que acceitou a escusa,
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 60, requerida por um cidadão, do cargo de vereador da Ca-
de 15 de março) approvando a deliberação da Camara mara Municipal de Portel 68
Municipal de Terras do Bouro acêrca da criação de um 24 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 67,
partido medico com a dotação de 250$000 réis annuaes 64 de 26 de março) denegando auctorização para o segui-
mento do processo instaurado contra o regedor substi-
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 60, tuto da freguesia de Maximinos, comarca de B r a g a . . . 68
de 15 de março) auctorizando a Camara Municipal de
Villa Viçosa a criar um partido veterinario dotado com 24 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 67,
100$000 réis annuaes 64 de 26 de março) approvando o plano de uniformes para
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 60, uso dos empregados das estações de saude de 1.ª classe 68
de 15 de março) rejeitando, por incompetentemente in-
terposto, o recurso de D. Maria da Alegria Nunes de 24 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 68,
Vellez contra a deliberação da Camara Municipal de de 29 de março) denegando auctorização para o segui-
Portalegre, que considerara de utilidade publica e ur- mento do processo instaurado contra José Joaquim da
gente a expropriação de um olival pertencente á re- Cruz, cabo de policia da freguesia de Serroso, comarca
corrente 64 de Povoa de Varzim 69
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 60, 24 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 68,
de 15 de março) auctorizando as Juntas de Parochia de 29 de março) denegando autorização para o segui-
das freguesias de Rabal e S. Pedro, concelho de Bra- mento do processo instaurado contra o regedor substi-
gança, a criar cm cada uma dois logares de guardas tuto da freguesia de Canidello, concelho de Villa Nova
campestres, remunerados somente com a metade das de Gaia 69
multas impostas por sua diligencia 65 24 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 70,
13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, de 1 de abril) denegando auctorização para o segui-
mento do processo instaurado contra o guarda n.° 1:130 n.º
dos juristas á eleição de dois membros da Junta do Cre- do corpo de policia civil da cidade do Porto 69
dito Publico, e seus respectivos substitutos 65 26 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
13 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
n.° 63, de 20 de março) modificando algumas disposi- corrente anno o prazo para os bancos legalizarem com
ções da portaria de 29 de janeiro de 18977 relativamente o sêllo devido os titulos de credito de procedencia es-
ao despacho de mobilias e roupas de uso domestico . . . 65 trangeira 69
26 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
13 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do n.° 68, de 29 de março) determinando que a restituição
Governo, n.º 63, de 20 de março) determinando que con- de addicionaes ás fabricas de tabacos insulares se faça
tinuem a ter validade no ultramar os actuaes bilhetes sempre que a do imposto, sobre que incidam, seja supe-
postaes emquanto não estiverem em circulação os da riormente auctorizada 70
nova emissão 65 26 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º 66, verno, n.° 68, de 29 de março) approvando e mandando
de 24 de março) abrindo um credito especial de réis pagar a liquidação de garantia de juro da linha ferrea
200$000 para pagamento de vencimentos ao auditor ad- da Beira Baixa, relativa ao semestre de 1 de julho a 31
ministrativo do districto de Braga 66 de dezembro de 1901 70
13 Decreto (Ministerio da Marinha e UItramar — Diario do 26 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Governo, n.° 72, de 3 de abril) concedendo á sociedade verno. n.º 68. de 29 de março) auctorizando que seja
denominada Delagoa Bay Agency Company, auctorização aberta provisoriamente á exploração publica a linha da
para adquirir bens immobiliarios em Lourenço Marques 66 Companhia Carris de Ferro de Lisboa, servida por trac-
13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- ção electrica, entre o Arco do Cego e o Campo Pe-
verno, n.° 74, de 5 de abril) transferindo uma certa quan- queno 70
tia de um para outro artigo da tabella da despesa do 31 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 71,
Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 2 de abril) prorogando o prazo para a conclusão das
no exercicio de 1901-1902 66 operações do recenseamento eleitoral dos concelhos de
13 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 76, Thomar e de Povoa de Varzim 70
de 8 de abril) declarando urgente a expropriação de um 31 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 71,
certo terreno de semeadura para a construcção de um de 2 de abril) rejeitando o recurso do presidente da Ca--
poço junto á estrada de serventia do forte D. Luis I . . 66
VIII
mara Municipal de Povoa de Varzim, por não estar de- 7 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
vidamente auctorizado pela mesma camara 70 n.° 104, de 12 de maio) prescrevendo as formalidades
31 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 71, a seguir para a comparencia, nos tribunaes, do pessoal
de 2 do abril) negando provimento no recurso de Fran- do Corpo da Fiscalização dos Impostos 77
cisco Joaquim Marques de Abreu contra o despacho do 9 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Governador Civil de Braga, que o transferiu de um para Governo, n°. 96, de 1 de maio) esclarecendo duvidas so-
outro logar de secretario de administração do concelho bre o disposto no artigo 27.° e seu § 3.º do decreto com
no respectivo districto 70 força de lei de 14 de novembro de 1901, na parte refe-
31 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 71, rente a subsidios de residencia dos officiaes em serviço
de 2 de abril) negando provimento no recurso de José no ultramar 77
Joaquim Fernandes Almeida contra a sentença do au- 10 Lei (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Go-
ditor administrativo do distinctivo de Villa Real, que verno, n.° 79, de 11 de abril) prohibindo o despacho de
annullou a nomeação do recorrente para o logar de se- importação de bebidas alcoolicas destilladas com exce-
gundo facultativo cie partido da Camara Municipal de pção das que tiverem sido desembarcadas á data da
Villa Pouca de Aguiar 71 publicação d'esta lei, nas alfandegas da provincia de
31 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 71, S. Thomé e Principe e nas da provincia de Moçambi-
de 2 de abril) approvando as deliberações da Camara que, ao sul do rio Save 78
Municipal das Caldas da Rainha, acêrca da criação de 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 79,
um partido clinico dotado com 300$000 réis annuaes; de 11 de abril) abrindo um credito especial de 1:442$325
de dois logares de cantoneiros com o vencimento de réis para pagamento por sobras de despesas liquidadas
240 réis diarios cada um, e de um logar de zelador mu- e em divida do Ministerio do Reino no exercicio de
nicipal cujo ordenado não exceda a 80$000 réis an- 1900-1901 78
nuaes 71 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 80,
31 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 72, de 12 de abril) prorogando o prazo para a conclusão
de 3 de abril) negando provimento no recurso da Ca- das operações do recensamento eleitoral do concelho
mara Municipal de Goes contra o accordão do extincto da Guarda 78
tribunal administrativo do districto de Coimbra, que 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 80,
indeferiu o requerimento em que ella pedia fosse atten-dido de 12 um recurso,
de abril) que apresentara
declarando urgente no prazo legal, não
a expropriação de
obstante não ter sido lavrado o respectivo termo por duas parcellas de terreno, requerida pela Camara Mu-
nicipal do Porto, para ampliação do largo fronteiro ao
descuido do secretario d'aquelle tribunal 72 cemiterio occidental d'aquella cidade 79
31 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 80,
verno, n.° 74, de 5 de abril) esclarecendo alguns arti- de 12 de abril) approvando a deliberação da Camara
gos do regulamento dos serviços hydraulicos 72 Municipal de Villa Viçosa acêrca do emprestimo de réis
31 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 3:000$000 para ser exclusivamente applicado á cons-
Governo, n.° 75, de 7 de abril) approvando, para ter trucção de um lanço da estrada n.° 43 d'aquelle con-
execução nos portos dos territorios sob a administra- celho 79
ção da companhia de Moçambique, o regulamento para 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º 80,
a admissão de arraes e mestres de barcos do serviço do de 12 de abril) fixando em dois o numero de zeladores
trafego, e a tabella dos preços das bagagens e passa- municipaes e em trinta o de guardas campestres do con-
gens no porto da Beira 72 celho de Sabrosa, sem outra remuneração mais que a
31 Lei (Presidencia do Conselho de Ministros — Diario do estabelecida no artigo 448.° do Codigo Administrativo 79
Governo, n.° 76, de 8 de abril) relevando o Governo da
responsabilidade em que incorreu com a promulgação 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 80,
das providencias de caracter legilsativo desde 14 de ju- de 12 de abril) fixando em 300$000 réis annuaes a do-
nho até 31 de dezembro, inclusivamente, de 1901 74 tação do partido veterinario municipal do concelho de
31 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,Torres Vedras 79
n.° 83, de 16 de abril) determinando que sejam colloca- 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 80,
dos fora dos respectivos quadros os empregados do de 12 de abril) dando provimento no recurso de Anto-
corpo da fiscalização dos impostos em serviço nas fa- nio Maria Ferreira Mendes contra a collocação de 2.°
bricas 74 official de fazenda que lhe fôra dada pela Camara Mu-
nicipal de Lisboa, sendo elle sub-director chefe da 1.ª
Repartição do serviço geral da instrucção publica, a
cargo da mesma camara 79
A b r i l 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 80,
de 12 de abril) determinando que o Real Instituto Ba-
cteriologico de Lisboa passe a denominar-se Real Ins-
2 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 72, Camara
tituto Bacteriologico de 3 de abril) recommendando aos Gover-
Pestana 80
nadores Civis do continente que tenham na maior at- 10 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, n.°80,
tenção a observancia das disposições do regulamento de 12 de abril) fixando o dia 4 do mês de maio proximo
sobre a extincção de acridios 75 futuro para a installação do julgado municipal das La-
gens do Pico 80
3 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno,
10 n.° 80,
Decreto (Ministerio da deFazenda
12 de abril) declarando
— Diario urgente a ex-
do Governo,
propriação do forte do Morro, da praia da Nazareth, n.° 81, de 14 de abril) approvando o regulamento dos
para o estabelecimento de uma luz de porto no dito concursos, promoções e nomeações dos empregados e
forte (Erratas no Diario do Governo, n.° 81) 75 exactores de fazenda das diversas repartições dos dis-
3 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do trictos administrativos e concelhos do continente do
Governo, n.° 97, de 2 de maio) permittindo que o forte reino e ilhas adjacentes 80
estabelecido na região de Quitamboco, districto do Con- 10 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
go, provincia de Angola, passe a designar-se Forte de Governo, n.° 83, de 16 de abril) approvando provisoria-
D. Carlos 1 75 mente a portaria do Governador Geral de Moçambique,
6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 76, que modificou a delimitação das terras da corôa em Lou-
de 8 de abril) prorogando o prazo para a conclusão das renço Marques e Gaza 85
operações do recenseamento eleitoral do concelho de 10 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Peso da Regua 75 Governo, n.° 83, de 16 de abril) considerando como terra
6 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 85, de 2.ª classe a povoação de Spungabera, e de 3.ª classe
de 18 de abril) approvando com certas clausulas os es- as povoações de Mafuci e Chibabara no territorio de
tatutos da Associação de Nossa Senhora dos Innocentes, Manica e Sofala sob a administração da companhia de
em Santarem 76 Moçambique 86
7 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 76, 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 84,
de 8 de abril) determinando que o Administrador dos de 17 de abril) approvando com certas clausulas e res-
Hospitaes da Universidade de Coimbra faça isolar em tricções a deliberação da commissão administrativa do
duas salas, uma para cada sexo, os doentes atacados do municipio de Lisboa sobre o fornecimento de carne de
tuberculose pulmonar 77 gado bovino 86
7 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 79, 10 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 11 de abril) determinando que aos mancebos recen- verno, n.° 84, de 17 de abril) mandando incluir no nu-
seados para o serviço militar, que até o 1.° de janeiro mero das estradas municipaes do districto de Lisboa a
do corrente anno se achavam residindo em país estran- da Estação de Palmella por Biscaia e Areias Gordas
geiro, seja permittido o pagamento da remissão em pres- á estrada municipal de Setubal á Asseiceira (perfil 176
tações 77 do 2.º lanço) 88
10 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
IX
verno, n.° 84, de 17 de abril) mandando incluir no nu- a promoção a todos os postos que por antiguidade de
mero das estradas municipaes do districto de Lisboa futuro lhe compitam 109
a das proximidades da Villa Nogueira de Azeitão (es- 17 Lei (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Go-
trada real n.° 22) ao Ribeiro da Torre, no limite do dis- verno, n.° 91, de 25 de abril) fixando a força naval para
tricto 88 o anno economico de 1902-1903 110
10 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 17 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
verno, n.° 84, de 17 de abril) mandando incluir uma es- n.° 94, de 29 de abril) approvando a tabella de valores
trada do concelho de Setubal no numero das estradas minimos para a cobrança dos direitos ad valorem sobre
municipaes de 2.a classe do districto de Lisboa 88 os generos de exportação nacional no seguudo trimes-
10 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- tre do corrente anno 110
verno, n.° 85, de 18 de abril) transferindo a quantia de 17 Decreto (Ministerio da Guerra—Diario do Governo, n.° 96,
500$000 réis do um para outro artigo do capitulo 8.° da do 1 de maio) abrindo um credito especial de 26:000$000
tabella da distribuição da despesa do Ministerio das réis para pagamento de despesas com a acquisição e ma-
Obras Publicas, Commercio e Industria no exercicio nufactura de artigos de material de guerra para o exer-
de 1901-1902 88 cito 112
10 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, 18 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
n.° 86, de 19 de abril) abrindo um credito especial de n.° 97, de 2 de maio) esclarecendo duvidas relativa-
22:664$294 réis para pagamento de despesas das offici- mente ás taxas a cobrar sobre as mercadorias que tran-
nas da cadeia Penitenciaria Central de Lisboa no exer- sitarem pelo porto de Leixões c sobre as embarcações
cicio de 1901-1902 88 que entrarem no mesmo porto e fizerem operações com-
10 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do merciaes (Erratas no Diario do Governo, n.º 99, de 5
Governo, n.° 90, de 24 de abril) determinando os casos de maio) 112
em que é permittido aos operarios particulares traba- 22 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 97,
lharem dentro da doca fluctuante do porto de Loanda 89 de 2 de maio) louvando o conselheiro Antonio Ribeiro
da Costa e Almeida, professor aposentado do Lyceu Cen-
10 Lei (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n.º 91, tral do Porto, pela offerta de livros, cartas geographi-
de 25 de abril) concedendo á viuva do tenente-coronel cas e plantas feita á bibliotheca do mesmo lyceu 112
Joaquim Augusto Mousinho de Albuquerque a pensão 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 93,
annual de 1:200$000 89 de 28 de abril) prorogando o prazo para a conclusão das
10 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, operações do recenseamento eleitoral do concelho de
n.° 91, de 25 de abril) regulando o funccionamento da Fafe.. 112
industria de ourivesaria 89 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 93,
10 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, de 28 cie abril) negando provimento no recurso da Ca-
n.° 100, de 6 de maio) dando provimento no recurso da mara Municipal de Ovar acêrca da demissão por ella
companhia da Fabrica de Algodão de Xabregas sobre dada ao facultativo de partido, José Nogueira Dias de
contribuição industrial 89 Almeida 112
10 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 93,
Governo, n.° 100, de 6 de maio) approvando o regula- de 28 de abril) negando provimento no recurso da Ca-
mento de minas da companhia do Nyassa 90 mara Municipal de Moura acêrca da demissão por ella
12 Portaria (Ministerio da Fazenda—Diario do Governo, dada ao facultativo de partido, Libanio Antonio Fialho
n.º 81, de 14 de abril) mandando que os empregados Gomes 113
das Repartições de fazenda e das recebedorias dos con- 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 93,
celhos e bairros tomem posse e entrem no exercicio de de28 de abril) negando provimento no recurso de An-
seus respectivos cargos nos termos indicados na mesma tonio Joaquim Coelho contra a sentença do auditor ad-
portaria 105 ministrativo do districto de Lisboa, que indeferiu a es-
12 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- cusa pedida pelo recorrente do cargo de vogal substituto
verno, n.° 81, de 14 de abril) auctorizando a exploração da Junta de parochia da freguesia de Bellas, concelho
da linha da companhia Carris de Ferro de Lisboa, ser- de Cintra 113
vida por tracção electrica, entre Santa Barbara e o 24 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, n.° 94,
Arieiro 106 de 29 de abril) transferindo para o juiz de direito da res-
12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 84, pectiva comarca o julgamento das contravenções e trans-
de 17 de abril) louvando o cidadão Joaquim Henriques gressões das posturas municipaes do concelho do Cada-
Tavares Bastos que offereceu a quantia de 2:000$000 val 114
réis para auxiliar a construcção de um edificio desti- 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 95,
nado ás escolas primarias da freguesia de Castellões, de30 de abril) ampliando e modificando varias dispo-
concelho de Macieira de Cambra, e mandando que o sições do regulamento geral dos concursos aos logares
nome do mesmo cidadão seja inscripto no exterior do domagisterio superior com relação á Academia Poly-
referido edificio 106 technica do Porto 114
16 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 84,
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario clo Governo, n.° 95,
de 17 de abril) denegando auctorização para o segui-
de30 de abril) instituindo na Academia Polytechnica
mento do processo contra Francisco Antonio Esteves,
do Porto um premio escolar intitulado — Premio Rodri-
administrador, que foi, do concelho de Villa Verde . . . . 106
gues de Freitas 114
16 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 84, 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 96,
de 17 de abril) denegando auctorização para o segui- de 1 de maio) determinando as quantias com que hão de
mento do processo instaurado contra o guarda n.° 270 contribuir as Camaras Municipaes para as despesas da
do corpo de policia civil da cidade do Porto 107 instrucção primaria no exercicio de 1903 115
16 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 24 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
n.° 85, de 18 de abril) elevando á categoria de l. a classe n.° 97, de 2 de maio) determinando que a Manutenção
o posto de despacho de 2.a classe da Villa das Lagens, Militar possa importar até 3.000:000 kilogrammas de
da ilha do Pico 107 trigo exotico 123
17 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 86, 24 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
de 19 de abril) approvando as deliberações da Camara n.° 98, de 3 de maio) fixando as verbas que para paga-
Municipal de Braga acêrca da criação de um partido mento das falhas elevem ser abonadas aos fieis dos the-
medico dotado com 200$000 réis annuaes 107 soureiros pagadores das alfandegas de Lisboa e Porto.. 123
17 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 86,
de 19 de abril) auctorizando a Camara Municipal de 24 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
Marco de Canavezes a criar um partido medico dotado n.° 98, de 3 de maio) approvando o regulamento da con-
com 200$000 réis annuaes 107 tribuição sumptuaria 123
17 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 86, 24 Decreto (Ministerio da Marinha e UItramar — Diario do
de 19 de abril) approvando a deliberação da J u n t a de Governo, n.° 98, de 3 de maio) negando provimento no
Parochia da freguesia de Carvalhosa, concelho de Pa- recurso de Herculano de Noronha contra o despacho do
ços de Ferreira, acêrca de um emprestimo destinado á Governador geral da provincia de Cabo Verde que no-
construcção do cemiterio parochial 107 meou official interino da secretaria do governo geral
17 Lei (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, n.° 86, outro amanuense com preterição do recorrente 129
de 19 de abril) determinando a criação no districto ad- 2-1 Lei (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Go-
ministrativo do Porto de uma casa de Detenção e Cor- verno, n.° 98, de 3 de maio) auctorizando o Governo a
recção 107 criar um hospital colonial e o ensino da medicina espe-
17 Lei (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Go- cial dos climas tropicaes, segundo certas bases (Erra-
verno, n.° 91, de 25 de abril) auctorizando o Governo a tas no Diario do Governo, n.º 100) 129
dispensar ao capitão de mar e guerra, Hermenegildo 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Carlos de Brito Capello, os tirocinios de embarque para Governo, n.° 99, de 5 de maio) approvando o regula-
X
mento para a apanha da casca de ostras nos territorios a Camara Municipal da Ilha Brava, da qual o recorrente
sob a administração da companhia de Moçambique.. . . 130 era presidente 151
7 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
21 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 14 de maio) auctorizando a Camara Municipal de
Governo, n.° 99, de 5 de maio) alterando as taxas dos Castello de Paiva a contrahir um emprestimo para a
sellos e mais formulas de franquia das correspondências construcção dos paços do concelho 152
postaes nas provincias ultramarinas 131 7 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
2-1 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 14 de maio) auctorizando a Camara Municipal de
Governo, n.° 99, de 5 de maio) estabelecendo diversas Montalegre a criar um logar de cantoneiro com a dota-
providencias para desde já serem postos em circulação ção annual de 24$000 réis 152
os sellos postaes ultramarinos estabelecidos pelo decreto 7 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
d'esta data 131 de 14 de maio) fixando em quarenta o numero de guar-
24 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- das campestres do concelho de Ribeira de Pena, remu-
verno, n.° 101, de 7 de maio) declarando urgente a ex- nerados somente com a parte das multas que lhes com-
propriação de uma parcella de terreno para o assenta- petir 152
mento da segunda via a que se está procedendo entre 7 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
Espinho e Villa Nova de Gaia, na linha ferrea do norte 133 de 14 do Maio) fixando em doze o numero de zeladores
e em trinta e seis o de guardas campestres do concelho
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de Leiria, remunerados somente com a parte das mul-
Governo, n.° 121, de 2 de junho) approvando o regula- tas que lhes competir 152
mento dos serviços aduaneiros nos territorios sob a ad- 7 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
ministração da companhia do Nyassa 133 de 14 de maio) rejeitando o recurso interposto pelo pre-sidente da Camara Municipal d
28 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 94,
de 29 de abril) denegando auctorização para o segui- auctorização da mesma camara 152
mento do processo contra o guarda n.° 300 do corpo de 7 Portaria (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 106,
policia civil da cidade do Porto 146 de 14 de maio) denegando auctorização para o segui-
28 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 96, mento de processo contra o administrador do concelho
de 1 de maio) auctorizando a Misericordia de Fafe a de S. Pedro do Sul 152
vender vinte e seis apólices da divida publica brasileira 7 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
para pagamento do imposto de registo por um legado.. 146 de 14 de maio) criando um logar de fiel na thesouraria
da Santa Casa da Misericordia de Lisboa 153
30 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 7 Lei (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Go-
verno, n.° 102, de 9 de maio) nomeando uma commissão verno, n.° 106, de 14 de maio) modificando segundo cer-
para examinar os projectos de caes acostaveis na mar- tas bases o regime administrativo, aduaneiro e fiscal
gem direita do rio Douro e adaptação parcial do porto de bebidas alcoolicas destilladas, vinhos, cervejas, ci-
de Leixões a porto commercial 146 dras e outras bebidas fermentadas nas provincias ul-
Maio tramarinas 153
7 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 107,
1 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 15 de maio) approvando o contrato feito pela Camara
Governo, n.° 104, de 12 de maio) determinando que os Municipal de Gouveia para o fornecimento de luz ele-
empregados aduaneiros do ultramar, quando exerçam ctrica para illuminação daquella villa 156
funcções de thesoureiros, prestem a devida c a u ç ã o . . . . 147 7 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 110,
de 19 de maio) approvando a reforma dos estatutos da
3 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do sociedade denominada Caixa Economica da Guarda Mu-
Governo, n.° 99, de 5 de maio) approvando as instruc- nipal de Lisboa 160
ções para a elaboração, publicação e remessa de map-
pas estatisticos nas provincias ultramarinas (Erratas 8 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.º 106, de 14 de maio) decla
no Diario do Governo, n.° 101) 147 propriação de uma parcela de terreno para a construc-
5 Portaria (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 100, ção do lanço unico da estrada de serviço de Amor á
de 6 de maio) denegando auctorização para o seguimento estação de Leiria 164
do processo contra Arthur Fernandes de Carvalho, ad-
ministrador, que foi, do concelho da Lousã 148 8 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 107, de 15 do maio) mandan
5 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 100, estradas do concelho de Pombal no numero das estra-
de 6 de maio) concedendo auctorização á mesa adminis- das municipaes de 2.ª classe do districto de Leiria. . . . 164
trativa do Real Hospital de crianças Maria Pia, da ci-
dade do Porto, para vender varios titulos de credito e 8 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
applicar o seu producto a obras do seu novo edificio . . 149 verno, n.° 111, de 20 de maio) mandando proceder á
6 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 101, construcção da serventia da estrada districtal n.° 99,
de 7 de maio) denegando auctorização para o segui- por Salto, á estrada real n.° 48 164
mento do processo contra o cabo de secção n.° 1 e o 9 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
guarda n.° 21 do corpo de policia civil de Braga 149 n.° 103, de 10 de maio) declarando que o actual regu-
ti Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario wo Go- lamento da contribuição sumptuaria só começa a vigo-
verno, n.° 102, de 9 de maio) autorizando a companhia rar com relação a Lisboa e Porto no segundo semestre
dos caminhos do ferro meridionaes a emittir em uma só de 1902 164
serie, dezenove mil e quinhentas obrigações do capital 9 Aviso (Ministerio dos Estrangeiros — Diario do Governo,
de 500 francos cada una, a juro de 4 por cento ao n.° 107, de 15 de maio) declarando que pelo conselho
anno 149 Federal Suisso foi communicada a adhesão da Repu-
6 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, blica
n.º Dominicana
102, de 9 deá convenção relativaa áadmissão
maio) regulando troca dea en-
exame dos alumnos dos Institutos Industriaes e Com- commendas postaes 164
merciaes que hajam obtido media inferior a dez valores 150 9 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
7 Lei (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.º 103, n.° 115, de 24 de maio) declarando urgente a expro-
de 10 de maio) fixando o contingente para o exercito priação de um terreno para a construcção da carreira
no anno de 1902 em 16:500 recrutas, sendo 15:000 des- de tiro da guarnição da Praça de Elvas 165
tinados ao serviço activo do exercito; 600 á armada; 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
de 14 de maio) declarando urgente a expropriação de
600 ás guardas municipaes; e 300 á guarda fiscal 150
tres parcellas de terreno requerida por Antonio Maria
7 Lei (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 103,
da Costa, com o fim de aquiri-las e offercê-las ao Estado
de 10 de maio) fixando a força do exercito em pé de paz
para a construcção de um edificio destinado ás escolas
em 30:000 praças de pret de todas as armas no anno
primarias da freguesia de Chacim, concelho cle Macedo
economico de 1902-1903 150 de Cavalleiros 165
7 Decreto (Ministerio da Marinha o Ultramar — Diario do 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
Governo, n.° 105, de 13 de maio) negando provimento de 14 de maio) declarando urgente a expropriação de
de um terreno, requerida pela Camara Municipal de no
contra o despacho do Governador Geral do Estado da Villa Real, para a construcção do edificio destinado ás
India, que lhe indeferiu o requerimento pedindo ser pro- escolas primarias dos dois sexos 165
vido no logar de segundo official da secretaria geral do 10 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106,
mesmo Estado 150 de 14 de maio) declarando urgente a expropriação de
7 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do duas parcellas de terreno, requerida pela Camara Mu-
Governo, n.° 105, de 13 de maio) negando provimento nicipal de Espinho para a construcção de um edificio
no recurso de Julio José Maria Feijó contra a portaria destinado ás escolas primarias de um e outro sexo 165
do Governo da provincia de Cabo Verde que dissolveu 10 Officios (Ministerio dos Estrangeiros — Diario do Governo,
XI
n.° 144, de 2 de julho) approvando o acordo entre os -ças de pret europeias e indigenas cm serviço no ultra-
governos de Portugal, França e Belgica sobre o regime mar 183
aduaneiro na bacia convencional do Congo 165 16 Portaria (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 110,
12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106, de 19 de maio) excluindo por tres annos da frequencia e
de 14 de maio) denegando auctorização para o segui- exame de qualquer instituto de ensino, um alumno de
mento do processo contra Francisco Antonio Esteves, um collegio particular de Coimbra 186
administrador, que foi, do concelho de Villa Verde . . . . 166 19 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 111,
12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106, de 20 de maio) auctorizando a mesa da Santa Casa da
de 14 de maio) denegando auctorização para o segui- Misericordia do Porto a vender varios titulos estran-
mento do processo contra o administrador do concelho geiros e a converter o producto em titulos de assenta-
de Sinfães e varios outros funccionarios . . . . 166 mento da divida publica fundada (Erratas no Diario do
13 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 106, Governo n.º 152) 186
de 14 de maio) denegando auctorização para o segui- 19 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 111,
mento do processo contra o cabo de secção da freguesia de 20 de maio) auctorizando a Irmandade Ecclesiastica
de Paranhos, da cidade do Porto 167 de S. Pedro de Montoito na freguesia de Cervães, con-
13 Portaria (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 106, celho de Villa Verde, a levantar dos seus fundos uma
de 14 de maio) auctorizando a Santa Casa da Misericor- certa quantia e contrahir um emprestimo por igual
dia do Porto a adquirir o foro de 30$000 réis imposto quantia para pagamento de missas em divida 186
no terreno do cemiterio privativo da irmandade 167 19 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 111,
13 Portaria (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 106, de 20 de maio) auctorizando a confraria de Nossa Se-
de 14 de maio) auctorizando á Associação Protectora nhora da Ajuda, da cidade de Penafiel, a applicar dos
do Asylo de S. João, da cidade do Porto, a vender va- seus fundos uma certa quantia ao pagamento da contri-
rios titulos de divida publica para compra do edificio buição de registo por um legado 186
em que se acha installado o mesmo asylo 167 19 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
14 Lei (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n.° 107, verno, n.° 112, de 21 de maio) nomeando uma commis-
de 15 de maio) auctorizando o Governo a converter a são para proceder á conveniente revisão do projecto do
divida externa nos termos das bases annexas a esta Lyceu de Lisboa na cêrca de Jesus, e propor as modi-
lei 167 ficações que julgar necessarias para que o edificio sa-
14 Lei (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo n.° 107, tisfaça cabalmente ao fim a que é destinado 186
de 15 de maio) auctorizando a cobrança dos impostos 19 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
e demais rendimentos publicos relativos ao exercicio Governo, n.° 116, de 26 de maio) prescrevendo as for-
de 1902-1903, e a applicação do producto ás despesas malidades que devem ser observadas sempre que no Ar-
do Estado no mesmo exercicio (Erratas no Diario do senal da Marinha haja de proceder-se a fabrico ou re-
Governo n.° 109) 169 paração nas machinas dos navios da armada 186
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 108, 21 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 16 de maio) auctorizando a Camara Municipal de verno, n.° 114, de 23 de maio) auctorizando a Associa-
Villa Nova de Constância a applicar do seu fundo de ção Funebre Auxiliadora da Aforada, no concelho de
viação a quantia de 127$000 réis a obras de alarga- Villa Nova de Gaia, a adquirir um predio a fim de ser-
mento do cemiterio municipal, e de reparação de um cano vir para escriptorios, administração e dependencias da
geral de esgotos 180 mesma associaçao 187
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 108, 23 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 117, de 27 d
de 16 de maio) approvando a deliberação da Camara Mu- aberta provisoriamente á exploração publica a linha da
nicipal da Villa da Povoação acêrca da criação do logar companhia carris de ferro de Lisboa, servida por trac-
de fiscal da conservação das estradas municipaes com ção electrica, entre o Jardim Zoologico e Bemfica 187
a dotação de 180$000 réis annuaes (Erratas no Diario
do Governo, n.º 110) 180 24 Lei (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 116,
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 108, de 26 de maio) regulando as servidões nos terrenos que
de 16 de maio) fixando o quadro do pessoal, com as res- circundam as fortificações, fabricas, paioes e depositos
pectivas dotações, do Instituto Municipal de Instrucção de polvora ou outros explosivos 187
e Beneficencia, a cargo da Camara Municipal de Cabe- 24 Lei (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 116,
ceiras de Basto, no logar de Gondarem por effeito do de 26 de maio) declarando livre, sob certas condições,
testamento do benemerito Antonio Joaquim Gomes da a industria e commercio das substancias explosivas . . . 193
Cunha 180
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 108, 24 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 16 de maio) approvando a deliberação da Junta de verno, n.° 116, de 26 de maio) approvando a distribuição das despesas ordinarias
Parochia da freguesia de Sebolido, concelho de Pena- terio das Obras Publicas, Commercio e Industria, no
fiel, acêrca do logar de sacristão da igreja parochial exercicio de 1902-1903 (Erratas no Diario do Governo,
com a dotação de 16$000 réis annuaes 180 n.° 117) 194
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 108, 24 Lei (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117, de
de 16 de maio) regulando a distribuição da despesa or- 27 de maio) reduzindo os emolumentos das secretarias
dinaria do Ministerio do Reino no exercicio de 1902-1903 dos governos civis pelos bilhetes de residencia e refe-
(Erratas no Diario do Governo, n.° 109) 180 rendas 196
14 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117,
n.° 108, de 16 de maio) transferindo para o juiz de di- de 27 de maio) declarando urgente a expropriação de
reito da comarca de Montalegre o julgamento das con- uns terrenos para a construcção do lanço da estrada mu-
travenções e transgressões das posturas municipaes do nicipal n.° 143 do concelho de Faro, entre o Alto de
concelho do mesmo titulo 180 Marxil e Lucio 196
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 109, 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117,
de 17 de maio) negando provimento no recurso de Do- de 27 de maio) approvando a deliberação da Camara
mingos José Ribeiro Guimarães e sua mulher, contra a Municipal da Horta acêrca da criação de um partido
licença concedida para a laboração de uma fabrica de de parteira com a dotação de 300$000 réis annuaes. . . 196
refinação de assucar na Rua da Rainha, da cidade de 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117,
Guimarães 181 de 27 de maio) fixando em 33 o numero de zeladores
14 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do municipaes do concelho de Povoa de Varzim 196
Governo, n.° 110, de 19 de maio) fixando o numero de 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117,
officiaes de diligencias para o serviço das execuções fis- de 27 de maio) approvando as percentagens votadas por
caes em Cabo Verde e additando alguns paragraphos varias camaras municipaes do districto de Bragança,
ao respectivo regulamento 181 para a gerencia do anno de 1903 196
14 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117,
Governo, n.° 112, de 21 de maio) abrindo um credito de 27 de maio) auctorizando a Camara Municipal de
especial de 63:000$000 réis para pagamento do despe- Penamacor a applicar uma parte do seu fundo de via-
sas de reparação da corveta couraçada Vasco da Gama 182 ção a obras de construcção de um posto de desinfecção
14 Decreto (Ministerio dos Estrangeiros — Diario do Governo, publica 197
n.° 118, de 28 de maio) approvando a distribuição da 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117,
despesa ordinaria e extraordinaria do Ministerio dos de 27 de maio) introduzindo varias modificações no de-
Negocios Estrangeiros, no exercicio dc 1902-1903 (Er- creto que rege a companhia societaria do Theatro ee
ratas no Diario do Governo! n.° 120) 182 D. Maria I I 197
14 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 24 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo,
Governo, n.° 137, de 23 de junho) approvando e man- n.° 117, de 27 ee maio) approvando a distribuição da
dando adoptar os equipamentos para os officiaes e pra- despesa ordinaria clo Ministerio dos Negocios Ecclesias-
XII
ticos e de Justiça, 110 exercicio de 1902-1903 (Erratas -dação para livros especiaes dos registos prediaes rela-
no Diario do Governo, n.° 118) 197 tivos aos julgados da antiga comarca de Barlavento que
24 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, passaram a constituir a comarca de S. Vicente de Cabo
n.° 117, do 27 de maio) abrindo um credito especial de Verde 218
307:788$165 réis para despesas feitas no exercicio de 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
1901-1902, nos termos do artigo 19.º da lei de 12 de ju- Governo, n.° 118, de 28 de maio) regulando a forma do
nho de 1901 (Erratas no Diario do Governo, n.° 119) . . 198 concurso para o provimento dos logares de juiz muni-
cipal dos julgados do ultramar 219
24 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 24 Lei (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Governo,
verno, n.° 117, de 27 de maio) fixando o quadro dos em- n.° 119, de 30 de maio) auctorizando o governo a abrir
pregados de obras publicas a cargo da Junta Geral do um credito especial de 30:000$000 réis para despesas
districto do Funchal 199 nos serviços de extincção dos acridios 219
24 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
verno, n.° 117, de 27 de maio) fixando o quadro dos em-pregadosGoverno, dos
n.° serviços agricolas,
120, de 31 de maio)pecuarios e de
approvando obras
o regula-
publicas, a cargo da Junta Geral do districto de Ponta mento para o lançamento e cobrança da contribuição de
Delgada 199 decima de juros na provincia de S. Thomé e Principe. . 220
24 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
verno, n.° 117, de 27 de maio) reorganizando os servi- 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
ços centraes da Administração dos Caminhos de Ferro Governo, n.° 120, de 31 de maio) approvando o regula-
do Estado 199 mento para o lançamento e cobrança da contribuição
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 118, industrial na provincia de S. Thomé e Principe. 228
de 28 de maio) augmentando o corpo de policia civil de 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Lisboa com 2 chefes de esquadra, 12 cabos, 10 guardas Governo, n.° 120, de 31 de maio) approvando o regula-
de 1.ªclasse e 269 de 2.ª 200 mento para o lançamento e cobrança da contribuição de
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 118, renda de casas na provincia de S Thomé e Principe . . 239
de 28 de maio) rejeitando um recurso do presidente da
Camara Municipal do Cartaxo, interposto sem previa 24
Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
auctorização da mesma camara 200 verno, n.° 120, de 31 de maio) abrindo um credito es-
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 118, pecial de 34:449$530 réis para pagamento, por sobras,
de 28 de maio) negando provimento no recurso de Gui- de despesas liquidadas e em divida do Ministerio das
lhermino José Claro sobre preterição que soffreu no des- Obras Publicas, Commercio e Industria, nos exercicios
pacho de amanuense da secretaria do governo civil de de 1899-1900 e 1900-1901 242
Villa Real 200 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 121,
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 118, de 2 de junho) transferindo certas quantias dos artigos
de 28 de maio) dando provimento no recurso da Camara 9.° e 12.° para o artigo 16.° do capitulo 4.º da tabella
Municipal da Ribeira Grande contra a sentença do tri- da distribuição da despesa do Ministerio do Reino, no
bunal administrativo de Ponta Delgada, que annullou a exercicio de l901-1902 243
deliberação por ella tomada de abrir novo concurso para 24 Lei (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 122, de
o provimento de um logar de facultativo do concelho.. 200 3 de junho) auctorizando o Governo a criar em Lisboa
um Lyceu Nacional 243
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 118, 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
de 28 de maio) negando provimento no recurso de José Governo, n.° 122, de 3 de junho) applicando á provincia
Vital do Matos, contra a nomeação feita pela Camara de Cabo Verde as disposições das leis sobre desamorti-
Municipal de Loures de um outro concorrente para se- zação dos bens de mão morta, e approvando as instruc-
cretario da mesma camara 201 ções para execução das mesmas leis naquella provincia 244
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 118,
de 28 de maio) dando provimento no recurso do secre- 24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 123,
tario geral do Governo Civil de Evora contra a delibe- de 4 de junho) approvando o regulamento do serviço me-
ração, tomada pela Camara Municipal de Mora, de ven- teorologico dos Açores 248
der dois dominios directos aos respectivos emphyteutas 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
sem preceder hasta publica (Erratas no Diario do Go- Governo, n.º 129, de 12 de junho) approvando o regula-
verno, n.° 122) 201 mento de policia para o transito nas ilhas do archipelago
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 118, de Cabo Verde, entrada de viandantes e sua saida para
de 28 de maio) negando provimento no recurso da Ca- o exterior 249
mara Municipal de Sinfães, contra a sentença do audi- 24 Lei (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Governo,
tor administrativo de Viseu, que annullou as delibera- n.° 129, de 12 de junho) auctorizando o Governo a reti-
ções por ella tomadas sobre suspensão de exercicio e rar annualmente do fundo especial dos caminhos de ferro
vencimentos imposta a um amanuense da sua secreta- do Estado a parte necessaria para occorrer aos encar-
ria 202 gos da construcção e exploração dos caminhos de ferro
24 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario cio Governo, de Mirandella a Bragança e da Regua por Villa Real e
n.° 118, do 28 de maio) codificando varias disposições Chaves á fronteira, e a tomar outras providencias para
existentes sobre licenças, faltas, situação e vencimentos execução d'esta lei 252
dos funccionarios aduaneiros, e estabelecendo outras in- 24 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
dispensaveis á regularidade do serviço (Erratas no Dia- verno, n.° 129, de 12 de junho) criando uma nova dis-
rio do Governo, n.° 119) 202 ciplina (noções geraes de commercio, escripturação e
24 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, calculo commercial) na Escola Industrial Bernardino
n.° 118, de 28 de maio) approvando a distribuição Machado, da cidade da Figueira da Foz 259
da despesa ordinaria e extraordinaria do Ministerio da 24 Lei (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n.° 134,
Guerra no exercicio de 1902-1903 204 de 19 de junho) approvando a tabella geral do imposto
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do do sêllo (Erratas no Diario do Governo, n.° 136) 259
Governo, n.° 118, de 28 de maio) approvando o regula- 26 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 117,
mento para as execuções fiscaes administrativas na pro- de 27 de maio) mandando que sejam de futuro expulsos
vincia de Moçambique 204 da empresa societaria do theatro de D. Maria I I os ar-
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do tistas que tendo, sem auctorização superior, tomado com-
Governo, n.° 118, de 28 do maio) determinando que os promisso para irem trabalhar no estrangeiro, reincidi-
presidentes das Camaras Municipaes da provincia de rem nesse procedimento 284
Moçambique sejam os presidentes das assembleias de 26 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 118, de 28 d
apuramento eleitoral dos respectivos circulos 218 nhia do Caminho de Ferro do Porto á Povoa de Varzim
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do e Villa Nova de Famalicão a construir um novo caes
Governo, n.° 118, de 28 de maio) negando provimento descoberto para mercadorias na estação de Modivas . . 284
no recurso de José Eugenio Sant'Anna Couto contra a 27 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-verno, n.° 119, de 30 de
demissão, que lhe foi dada pelo Governador Geral do nhia de Fiação e Tecidos de Guimarães a emittir 2:000
Estado da India, de empregado de fazenda 218 obrigações de 100$000 réis cada uma 284
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 27 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
Governo, n.° 118, de 28 de maio) regulando a forma do n.° 119, de 30 de maio) mandando proceder á distribui-
julgamento das causas commerciaes nas provincias ul- ção do contingente militar do anno de 1902, pelos dis-
tramarinas quando não possam organizar-se os respe- trictos de recrutamento 285
ctivos jurys, ou estes não possam funccionar por qual- 28 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 120,
quer motivo justificado 218 de 31 de maio) auctorizando a Misericordia do Porto a
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do adquirir, em praça publica, varios foros impostos em
Governo, n.º 118, de 28 de maio) auctorizando a trasla- terrenos do Hospital de Alienados, conde de F e r r e i r a . . 288
XIII
28 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 120, n.° 128, de 11 de junho) dando provimento no recurso
de 31 de maio) auctorizando a Misericordia do Porto a de Annibal Augusto Trigo sobre contribuição de decima
applicar uma certa quantia a obras de ampliação no de juros 297
Hospital de Santo Antonio, a seu cargo 288 4 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
28 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 122, n.° 128, de 11 de junho) abrindo um credito especial de
de 3 de junho) fixando as horas durante as quaes deve 1:143$330 réis, para pagamento de despesas com a ali-
estar franqueada á leitura a Bibliotheca Publica de mentação de mais dez alumnos porcionistas no Real Col-
Evora 288 legio Militar no anno de 1901-1902 297
28 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 123, 4 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
de 4 de junho) criando no concelho de Villa Verde, com n.° 128, de 11 de junho) abrindo um credito especial de
certo legado, uma escola primaria para o sexo mascu- 1:750$260 réis para pagamento, por meio de sobras, de
lino, a qual deverá ter a denominação de Escola Anto- despesas liquidadas e em divida do Ministerio da
nio José Cerqueira 288 Guerra, nos exercicios de 1896-1897 a 1899-1900 297
30 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Governo, n.° 123, de 4 de junho) mandando que, quando Governo, n.° 129, de 12 de junho) regulando os servi-
houver de fazer-se simultaneamente a nomeação de of- ços de navegação nacional de longo curso, de grande
ficiaes do exercito do reino para commissões extraordi- e pequena cabotagem, no continente e ilhas adjacentes 298
narias de serviço militar em differentes provincias ul-
tramarinas, se permitta a escolha da provincia em que 4Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
desejarem servir, com preferencia dos mais antigos . . . 288 Governo, n.° 130, de 14 de junho) regulando o serviço
31 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do da navegação nacional entre o continente e as posses-
Governo, n.° 124, de 5 de junho) auctorizando o Banco sões ultramarinas, entre os portos das possessões e entre
Nacional Ultramarino a criar 10:000 obrigações pre-diaes doestes e os portos
ultramar, estrangeiros
do valor nominal de 90$000 réis cada 299
4 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
uma 289 n.° 141, de 28 de junho) declarando urgente a expro-
31 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- priação de um terreno na freguesia de Oeiras para a
verno, n.° 126, de 9 de junho) determinando que os construcção da bateria
serviços das Fontainhas
de pharoes e balisas ae que
respectivo
se referera-o decreto de
24 de outubro de 1901 fiquem a cargo das direcções dos mal de serventia 303
serviços fluviaes e maritimos, mencionadas no mesmo 4 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
n.° 144, de 2 de julho) dando provimento no recurso de
decreto 289 Amadeu de Sousa Belford sobre contribuição indus-
31 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, trial 304
n.° 157, de 17 de julho) prorogando novamente o prazo , 4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
para os bancos legalizarem com o sêllo devido os titu- Governo, n.° 151, de 10 de julho) approvando o regula-
los de procedencia estrangeira (Erratas no Diario do mento para o serviço de varadouro dos navios estran-
Governo, n.° 158) 289 geiros nas praias de Diu, e para armazenagem dos res-
pectivos pertences 304
5 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 125,
Junho de 7 de junho) auctorizando a Misericordia da cidade
de Angra do Heroismo a contrahir um emprestimo des-
4 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, tinado exclusivamente a melhoramentos no hospital a
n.° 124, de 5 de junho) transferindo para o juiz de di- seu cargo 305
reito da comarca de Sattam o julgamento das contra- 5 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 125,
venções e transgressões das posturas do concelho do de 7 de junho) auctorizando a Sociedade das Casas de
mesmo titulo 290 Asylo de Infancia Desvalida de Lisboa a vender certos
4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 125, titulos para applicar o producto á reconstrucção do edi-
de 7 de junho) abrindo um credito especial de 30$000 ficio do Asylo de Santa Quiteria 306
réis para pagamento do juro de uma inscripção legada 5 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
á Escola Polytechnica de Lisboa com applicação á cul- verno, n.° 129, de 12 de junho) mandando incluir tres
tura de plantas medicinaes 290 estradas do concelho de Villa Nova de Fozeôa no nu-
4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 126, mero das estradas municipaes de 2.ª classe do districto
de 9 de junho) approvando as percentagens votadas pe- da Guarda 306
las camaras municipaes de Arruda, Grandola e S. Tiago 7 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 126,
de Cacem, para a gerencia do anno de 1903 290 de 9 de junho) approvando o quadro do pessoal docente
4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 126, das escolas primarias centraes e parochiaes de Lisboa
de 9 de junho) approvando as percentagens votadas pe- (Erratas no Diario do Governo, n.° 147) 306
las camaras municipaes de Alandroal, Evora, Arraiol- 7 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Governo, n.° 131, de 16 de junho) determinando que
los e Redondo para o anno de 1903 290 para os trabalhos das obras publicas do ultramar, de-
4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 126, clarados urgentes, seja dispensado o concurso publico 311
de 9 de junho) approvando as percentagens votadas pe-las 9 Portaria
camaras(Ministerio
municipaesdodeReino
Aljustrel, Almodovar,
— Diario Alvito,
do Governo, n.° 127,
Castro Verde, Ourique, Serpa, Beja, Cuba, Moura e Vi- de 10 de junho) denegando auctorização para o segui-
digueira, para o anno de 1903 291 mento do processo contra o guarda n.° 17 do corpo de
policia civil da Guarda 311
4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 126, 9 Portaria (Ministerio da Justiça — Diario do Governo,
de 9 de junho) approvando as percentagens votadas pe- n.° 127, de 10 de junho) providenciando acêrca da co-
las camaras municipaes de Chamusca, Ferreira do Ze- brança e arrecadação do producto dos salarios destina-
zere e Sardoal, para o anno de 1903 291 dos a despesas de exames medico-legaes 312
4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 126, 10 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 128,
de 9 de junho) declarando urgente a expropriação, re- de 11 de junho) denegando auctorização para o segui-
querida pela Camara Municipal de Braga, de uma por- mento do processo contra o administrador do concelho
ção de terreno necessario para a construcção e alarga- de Castro Daire 312
mento do caminho municipal da Barroca, freguesia de 11 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 136,
Arentim 291 de 21 de junho) determinando que no anno lectivo de
4 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 1902-1903 sejam uzadas nos Lyceus as obras já adopta-
n.° 126, de 9 de junho) determinando que seja eleminada das nos annos anteriores 312
da respectiva tabella a tara especialmente designada 12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 130,
para o chá 291 de 14 de junho) recommendando aos governadores ci-
4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do vis o escrupuloso e rigoroso cumprimento das disposi-
Governo, n.° 126, de 9 de junho) applicando ao ultra- ções legaes prohibitivas do jogo de azar 312
mar o estabelecido no n.° 27 do artigo 278.° do codigo 12 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
administrativo de 1896 291 verno, n.° 141, de 28 de junho) auctorizando que seja
4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do aberta provisoriamente á exploração publica a linha da
Governo, n.° 126, de 9 de junho) approvando os estatu- Companhia Carris de Ferro de Lisboa, servida por tracção
tos da Companhia de Moçambique 292 electrica, entre a Praça Marquez de Pombal e a estrada
4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de Bemfica 312
Governo, n.° 126, de 9 de junho) approvando a distri- 14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132,
buição da despesa ordinaria e extraordinaria do ultra- de 17 de junho) approvando a deliberação da Camara
mar, realizada na metropole, para o exerciciode1902-1903 (Erratas
Municipal de Villa Nova no
da Diario do acêrca
Cerveira Governo,
da n.° 127)
criação 296
4 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo de um partido medico dotado com 200$000 réis an-
nuaes 313
XIV
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º 132, 14 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
de 17 de junho) approvando as percentagens votadas n.° 141, de 28 de junho) determinando a delimitação das
pelas Camaras Municipaes de Ancião, Figueiró dos Vi- zonas de servidão militar da praça de Valença 377
nhos e Pedrogam Grande, para o anno de 1903 313 16 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132,
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, de 17 de junho) auctorizando a direcção do Albergue
de 17 de junho) approvando as percentagens votadas dos Invalidos do Trabalho a applicar a parte de um le-
por varias camaras municipaes do districto de Castello gado, com que foi contemplada, á construcção de uma
Branco, para o anno de 1903 313 nova cozinha e outras despesas 377
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, 16 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132,
de 17 de junho) approvando as percentagens votadas de 17 de junho) auctorizando a confraria do Santissimo
por varias camaras municipaes do districto de Faro, de S. Miguel das Caldas, concelho de Guimarães, a ap-
para o anno de 1903 (Erratas no Diaria da Governo, plicar uma parte dos seus fundos á. compra de para-
n.° 135) 313 mentos 377
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, 17 Portaria (Ministerio das Obras Publicas— Diario do Go-
de 17 de junho) auctorizando a Camara Municipal da verno, n.° 134, de 19 de junho) determinando que fique
Chamusca a applicar uma parte do seu fundo de viação a cargo do director fiscal da exploração de caminhos
ás indispensaveis reparações no encanamento que abas- de ferro a fiscalização da construcção do caminho de
tece de agua aquella villa 313 ferro de Vendas Novas a SantAnna 377
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, 18 Portaria (ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 134,
de 17 de junho) auctorizando a Camara Municipal de de 19 de junho) denegando auctorização para o segui-
Vinhaes a applicar uma parte do seu fundo de viação mento do processo instaurado contra o guarda n.° 480,
a obras de reparação de pontes e de um caminho vici- do corpo de policia civil do Porto 378
nal 313 18 Portaria (Ministerio das Obras Publicas —Diario do Go-
14- Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, verno, n.° 134, de 19 de junho) esclarecendo alguns pon-
de 17 de junho) fixando em dezoito o numero de zela- tos do regulamento dos serviços de pagamentos e con-
dores municipaes do concelho da Mealhada, remunerados tabilidade, privativos do Ministerio das Obras Publicas,
somente com a parte das multas que lhes competir.. . . 313 Commercio e Industria de 24 de dezembro de 1901 . . . 378

14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132,


de 17 de junho) fixando em vinte e quatro o numero de 18 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
zeladores municipaes do concelho de Peniche, remunera- n.° 135, de 20 de junho) declarando competente o chefe
dos somente com a parte das multas que lhe3 pertencer 313 da fiscalização da cultura do tabaco do Douro para o
julgamento das transgressões do respectivo regula-
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo,n.° 132, mento 381
de 17 de junho) approvando a deliberação da Junta de 18 Decreto (Ministerio da Marinha o Ultramar — Diario do
Parochia da freguezia de Castello Branco, districto da Governo, n.° 139, de 26 de junho) approvando o regula-
Horta, acêrca de um emprestimo destinado á ampliação mento para o serviço da estatística postal nas provin-
do cemiterio da mesma freguesia 313 cias ultramarinas 08I
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, 18 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
de 17 de junho) negando provimento no recurso da Ca- Governo, n.° 142,de 30 de junho) declarando extincta
mara Municipal do Fundão contra a sentença do juiz a Santa Casa da Misericordia da Cidade da Praia, pro-
de direito da respectiva comarca que annullou a deli- vincia de Cabo Verde 449
beração, por ella tomada, de reduzir o ordenado do 15 Decreto
official (Ministerio
da secretaria da Marinha
da mesma camara e Ultramar — Diario314 do
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, Governo, n.° 143, de 1 de julho) fixando as responsabi-
de 17 de junho) negando provimento no recurso da companhia do lidades matadourodos municipal
capitães de,
da navios
cidade mercantes,
de Coimbraquando nes-
contra a sentença do auditor administrativo do distri- ses navios transitem presos á ordem de qualquer aucto-
cto, que confirmou a deliberação tomada pela respectiva ridade administrativa ou judiciaria 4:19
Camara Municipal de nomear o seu vice-presidente para 18 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
agente especial junto da referida companhia 314 n.° 166, de 28 de julho) mandando cessar nas reparti-
14 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 132, ções do Ministerio da Fazenda, desde o 1. de julho pro-
de 17 de junho) negando provimento no recurso do se- ximo. todos os abonos concedidos a titulo de gratifica-
cretario geral do Governo Civil de Evora contra a de- ções, ajudas de custo, tarefas, percentagens, serões, etc.,
liberação da Camara Municipal de Reguengos que no- quando não estejam especificadamente auctorizaclos 110
meara um certo concorrente para facultativo de partido Orçamento Geral do Estado 450
do concelho 314 19 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
14 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- Governo, n.° 137, de 23 dc junho) approvando o orça-
verno, n.° 135, de 20 de junho) approvando o regula- mento das receitas e despezas das provincias ultrama-
mento para o serviço dos correios (Erratas no Diario rinas no exercicio de 1902-1903 450
do Governo, n.° 138) 315 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 138,
14 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, de 25 de junho) approvando as percentagens votadas
n.º 138, de 25 de junho) abrindo um credito especial de por varias camaras municipaes do districto da Guarda,
20:000$000 réis para pagamento do restituições de ren- para o anno de 1903 : 458
dimentos indevidamente cobrados no exercicio de 1901 — 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 138,
1902 (Erratas no Diario do Governo, n.° 159) 368 de 25 de junho) approvando a percentagem votada pela
14 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, Camara Municipal de Coruche, para a gerencia do anno
n.° 138, de 25 de junho) approvando a distribuição da de 1903 458
despesa ordinaria e extraordinaria do Ministerio da Fa- 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, nº 138,
zenda no exercicio de 1902-1903 368 de 25 de junho) auctorizando a Camara Municipal de
14 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, Oleiros a applicar do fundo disponível de viação réis
n.° 138, do 25 de junho) approvando a distribuição da 600$000 á reparação dos paços do concelho, e 400$000
despesa da Caixa Geral dos Depositos e Instituições de réis á construcção do cemiterio municipal 458
0
Previdencia no exercicio de 1902-1903 . 371 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, 11 138,
14 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, (le 25 de junho) approvando a deliberação da Camara
n.° 138, de 25 de junho) abrindo um credito especial de Municipal de Almeirim acêrca da criação de dois loga-
17:173$000 réis para pagamento do bonus pela expor- res de parteira 458
tação de vinhos, nos termos do artigo 85.° do decreto 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, nº 138,
de 14 de julho de 1901 (Erratas no Diario do Governo, do 25 de junho) fixando em vinte o numero de zeladores
n.° 139) 371 municipaes do concelho de Figueiró dos Vinhos 458
14 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 139, 19 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 138,
de 26 de junho) approvando o regulamento do Real Ar- de 25 de junho) approvando as deliberações das Juntas
chivo da Torre do Tombo 371 de Parochia das freguesias de. Angueira e Penella, con-
14 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo celho de Vimioso, acêrca da criação de dois logares de
n.° 141, de 28 de junho) concedendo provisoriamente á guardas campestres para aquella freguesia e do tres
Camara Municipal de Aveiro a cêrca grande do extin- para esta 458
cto convento de S. João Evangelista para a construcção 19 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, 11.° 138,
de escolas primarias . . 376 de 25 dc junho) rejeitando um recurso da Camara Mu-
14 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, nicipal de Felgueiras por ser interposto polo presidente
11." 141,' dc 28 de junho) determinando que a bateria da da mesma camara, sem estar por ella devidamente auc-
Praia, que faz parte do campo entrincheirado de Lis- torizado 458
boa passe a denominar-se Bateria Rainha Amelia 377 19 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 139,
de 26 de junho) declarando urgente a expropriação de
um terreno, requerida pela Camara Municipal de Ama-
XV

res, para a construcção do seu cemiterio e respectiva 26 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
servidão 459 n.° 145, de 3 de julho) regulando a venda em Portugal
19 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de bilhetes ou fracções de lotarias estranjeiras 467
Governo, n.° 139, de 26 de junho) approvando a distri- 26 Circular (Ministerio do Reino—Inedita) recommendando
buição das forças militares das guarnições de Angola, aos reitores dos lyceus a remessa do relatorio annual,
Moçambique e do Estado da India 459 nos termos prescriptos no n.° 19 do artigo 129.° do regu-
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- lamento geral do ensino secundário 467
verno, n.° 139, de 26 de junho) mandando incluir uma 27 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
estrada do concelho da Figueira da Foz no numero das verno, n.° 142, de 30 de junho) approvando e mandando
estradas municipaes de 2." classe do districto de Coim- pagar a liquidação da garantia de juro relativa á explo-
bra 461 ração da linha ferrea de Torres Vedras á Figueira da
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- Foz e a Alfarellos. durante o semestre de 1 de julho a
verno, n.° 139, de 26 de junho) mandando incluir uma 31 de dezembro de 1901 468
estrada do concelho de Faro no numero das estradas 28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
municipaes de 2.a classe do respectivo districto 461 verno, n.° 142, de 30 de junho) approvando o regulamento
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- paraa cobrança das receitas e pagamento de despesas
verno, n.° 139, de 26 de junho) mandando incluir uma nos serviços florestaes e aquicolas, respectiva fiscaliza-
estrada do concelho de Faro no numero das estradas ção e contabilidade 468
municipaes de 2.a classe do respectivo districto 461 28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- verno, n.° 142, de 30 de junho) abrindo um credito es-
verno, n.° 139, de 26 de junho) mandando incluir uma pecial de 30:000$000 réis para pagamento das despesas
estrada do concelho de Cadaval no numero das estra- que couberem ao Estado nos serviços da extincção de
das municipaes de 2.a classe do districto de Lisboa. . . 461 acridios 478
28 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 143,
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- de 1 de julho) auctorizando a Camara Municipal de Bra-
verno, n.° 139, de 26 de junho) mandando incluir uma gança a applicar do fundo de viação uma certa quan-
estrada do concelho do Cadaval no numero das estra- tia a obras de saneamento daquella cidade 478
das municipaes de 2.a classe do districto de Lisboa . . . 461 28 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 143,
dc 1 de, julho) declarando urgente a expropriação, re-
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- querida pela Camara Municipal de Aljezur, de uni pre-
verno, n.° 140, de 27 de junho) transferindo diversas dio em ruínas para ampliação do Largo da Ponte, d a -
quantias dc uns para outros artigos da tabella do Minis- quella villa 478
terio das Obras Publicas, Commercio e Industria, no 28 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 143,
exercicio de 1901-1902 ... 462 de 1 de julho) declarando urgente a expropriação, re-
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- querida pela Camara Municipal de Villa Flor,de uns
verno, n.° 140, de 27 de junho) acceitando a desistencia terrenos para abertura de uma valia e installação de um
da concessão, feita a Alberto da Cunha Leão e Anto- deposito de aguas potaveis na povoação de Freixiel... 478
nio Julio Pereira Cabra do caminho de ferro da Re-
gua por Villa Real e Chaves á fronteira 462 28
Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 143,
19 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, de 1 de julho) fixando em cem o numero de guardas
n.° 141, de 28 de junho) substituindo por outro o ar- campestres do concelho de Trancoso, remunerados so-
tigo 7.º do decreto de 31 de janeiro de 1901 relativo á mente com a parte das multas que lhes competir 478
distribuição dos serviços das alfandegas 462 28 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 143,
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- de 1 de julho) determinando que a sede do concelho da
verno, n.° 141, de 28 de junho) regulando o serviço de Maia seja mudada do logar do Castello, freguesia de
estudos e construcção de linhas da rede complementar Santa Maria de Arioso, para o logar de Picoto, fregue-
dos caminhos de ferro do Estado 462 sia de Barreiros 478
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- 28 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 143,
verno, n.° 141, de 28 de junho) tomando extensiva aos de 1 de julho) negando provimento no recurso de varios
officiaes da reserva a concessão de bilhetes de identi- lojistas da cidade de Lisboa sobre abolição das licen-
dade concedida aos officiaes do exercito e da armada ças municipaes estabelecidas para o exercicio das suas
para transito nos caminhos de ferro do Estado 463 industrias 478
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- 28 Decreto (Ministerio do Reino — Diario doGoverno, n.°143,
verno, n.° 142, do 30 de junho) determinando a demar- dc 1 de julho) não tomando conhecimento, por falta de
cação da zona dos campos adjacentes ás valias da ri- competencia, do recurso interposto por um 2.° Official
beira de Carriçosa, que vão desaguar no rio do Pranto, da Secretaria da Camara dos Dignos Pares do Reino
affluente do Mondego 463 contra a nomeação de outro 2.° Official para um logar
19 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- do 1.° Official com preterição do recorrente 479
verno, n.° 146, de 4 de julho) fixando os quadros e venci- 28 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 143,
mentos do pessoal administrativo das Direcções dos de 1 de julho) rejeitando, por illegal, o recurso inter-
Caminhos de Ferro do Estado 463 posto pelo presidente da Camara Municipal das Lagens
20 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do do Pico sem previa auctorização da mesma camara . .. 479
Governo, n.° 139, de 26 de junho) approvando a distri-
buição da despesa ordinaria e extraordinaria do Minis- 28 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
terio da Marinha e Ultramar, no exercicio de 1902-1903 465 n.° 144, de 2 de julho) concedendo novo prazo aos ne-
20 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do gociantes de ourivesaria para a apresentação das de-
Governo, n.° 140, de 27 de junho) abrindo um credito clarações a que se refere o artigo 1.° do decreto de 10
especial de 19:134$772 réis, para pagamento da des- de abril ultimo 480
pesa com a compra de material de guerra 465 28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
21 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do verno, n.° 144, de 2 de julho) determinando que as obras
Governo, n.° 139, de 26 de junho) dispensando, em cer- de conservação, reparação e melhoramentos dos edifi-
tos casos, a publicação no Diario do Governo dos editos cios hospitalares de Lisboa fiquem a cargo de uma com-
sobre espolios de individuos fallecidos nas provincias missão especial 480
ultramarinas 465 28 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
21 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do verno, n.° 144, de 2 de julho) nomeando uma commissão
Governo, n.° 140, de 27 de junho) reorganizando o jul- a fim de propor o processo que julgue mais conveniente
gado municipal da Ilha do Principe 465 para a determinação do preço do trigo (Erratas no Dia-
23 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 138, rio do Governo, n.° 145) 480
de 25 de junho) denegando auctorização para o segui- 28 Decreto (Ministerio da G u e r r a — D i a r i o do Governo,
mento do processo instaurado contra o cabo de secção n.° 144, de 2 de julho) constituindo uma nova reparti-
n.° 120, do corpo de. policia civil da cidade do Porto . . 466 ção na Direccão Geral da Secretaria da Guerra com
23 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- funcções relativas á Guarda Fiscal 480
verno, n.° 140, de 27 do junho) isentando de porte as 28 Decreto (Ministerio da Guerra —• Diario do Governo,
correspondências da Real Sociedade Nacional de Hor- n.° 144, de 2 de julho) distribuindo provisoriamente a
ticultura de Portugal, referentes á proxima exposição força da Guarda Fiscal por duas circunscripeões fiscaes
de pomologia e horticultura 466 com commandos independentes, cujas sedes serão em
23 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, Lisboa e Porto (Erratas no Diario do Governo, n.° 102 481
n.° 141, de 28 de junho) determinando que seja permit-tido o adiamento
28 Decreto (Ministerio da do alistamento
Guerra militar
— Diario do aos mancebos
Governo,
que cursam os preparatorios nos seminarios diocesanos n.° 145, de 3 de julho) abrindo um credito especial de
e no collegio das missões ultramarinas com destino ex- 30:000$000 réis para pagamento de despesas coin a
clusivo á carreira ecclesiastica 467 acquisição de artigos de material de guerra no exerci-
cio de 1901-1902 491
XVI
28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- devem considerar constituídas as commissões recen-
verno, n.° 145, de 3 de julho) fixando em 980$000 reis, seamento de jurados 569
por anno civil, a despesa maxima com a Bolsa do Porto 2 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
para pessoal e material 491 n.° 148, de 7 de julho) estabelecendo remunerações es-
28 Decreto (Ministerio da Marinha e UItramar—Diario do peciaes para os empregados da fiscalização dos impos-
Governo, n.° 147, de 5 de julho) tomando providencias tos e para os commissarios da fiscalização dos alcooes
para que não soffra a administração provincial dc Mo- e chefes das estações das respectivas fabricas, quando
çambique emquanto o respectivo Governador Geral desempenhem serviços extraordinarios a requerimento
haja de permanecer em Lourenço Marques (Erratas no cle parte 509
Diario do Governo, n." 150) 491 5 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
28 Decreto (Ministerio da Marinha c Ultramar — Diario do n.º 148,deo 7 do julho) abrindo um credito especial de
Governo, n.° 147, de 5 de julho) legalizando a existên- 270:000$000 réis para acquisição e manufactura de ar-
cia da lotaria da Santa Casa da Misericordia de Macau, tigos de material de guerra, 110 exercicio de 1902-1903
e regulando a distribuição dos respectivos lucros 491 (Erratas no Diario do Governo, n.° 150) 569
28 Decreto (Ministerio da Marinha c Ultramar — Diario do 5 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Governo, n.° 147, de 5 de julho) não tomando conheci- verno, n.º 148, de 7 de julho) auctorizando a Companhia
mento, por incompetência, do recurso interposto polo Fabril Lisbonense a emittir 1:080 obrigações de réis
official maior da secretaria geral do governo da provin- 100$000 cada uma com o juro annual de 6 por cento.. 569
cia de Angola do despacho do ministro que lhe negara
o pagamento de certa gratificação 492 5 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 149,
28 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 8 de julho) approvando as percentagens votadas por
Governo, n.° 147, de 5 de julho) negando provimento varias camaras municipaes do districto cle Villa Real,
no recurso dc Antonio Hipolito José Fernandes da Con- para a gerencia do anno de 1903 570
ceição contra o despacho do Governador geral do Es- 5 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 149,
tado da India no qual se declara que o logar de Escri- de 8 de julho) approvando a deliberação da Camara
vão da Confraria de Nossa Senhora do Rosario não é Municipal de Povoa de Varzim acêrca da divisão em
vitalicio 492 dois do partido medico actualmente vago, ficando um
28 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do com a dotação annual de 200$000 réis e outro com a
Governo, n.° 147, de 5 de julho) rejeitando, por incom- de 100$000 réis 570
petência, o recurso de Autonio Bernardo Pereira con- 5 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, nº149,
tra o despacho do Governador Geral do Estado da India de 8 de julho) auctorizando a Junta de Parochia da fre-
sobre usurpação attribuida ao recorrente de uns terre- guesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, a contra-
nos pertencentes á communidade de Tivim, concelho de hir um emprestimo para a ampliação do cemiterio pa-
Bardez 493 rochial da mesma freguesia 570
28 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 5 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Governo, n.° 147, de 5 de julho) mandando criar até verno, n.° 150, de 9 de julho) transferindo a quantia de
20:000$000 réis em moedas de bronze destinadas á cir- 1:000$000 réis de um para outro artigo da tabella da
culação no Estado da India 493 despesa ordinaria do Ministerio das Obras Publicas,
28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- Commercio e Industria, no exercicio de 1901-1902 . . . . 570
verno, n.° 148, dc 7 de julho) approvando o regulamento
do ensino professional dos empregados dos telegraphos 5 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 152,
e correios (Erratas no Diario do Governo, n.° 202) . . . . 493 de 11 cle julho) negando provimento no recurso de José
Celestino Rebollado Formosinho e José Nunes clo Nas-
28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- cimento contra a nomeação de um outro concorrente
verno, n.º 148, de 7 de julho) approvando o regulamento para o logar de secretario da Misericordia de E v o r a . . 570
das admissões e promoções dos empregados dos tele-
graphos, correios e fiscalização das industrias eléctri-
cas (Erratas no Diario do Governo, n.º 202) 502 7 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo,n.° 149,
28 Decreto (Ministerio da Marinha e UItramar — Diario do de 8 de julho) auctorizando a Misericordia da cidade
Governo, n.° 150, de 9 de julho) abrindo um credito es- do Porto a vender certas acções de companhias a fim de
pecial de 403:500$000 réis para satisfazer despesas dos converter o producto em titulos de assentamento da di-
corpos expedicionarios a Lourenço Marques e a Macau 515 vida publica fundada 571
7 Aviso (Ministerio dos Estranjeiros — Diario do Governo,
28 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do n.° 150, de 9 de julho) declarando terem sido deposita-
Governo, n.° 155, de 15 de julho) approvando a organi- das as ratificações de certos paises ao acto addicional
zação do circulo aduaneiro da provincia de Cabo Verde ratificado e confirmado por carta regia de 8 cle agosto
(Erratas no Diario do Governo, n.º 156) 515 de 1901 sobre registo internacional de patentes de in-
28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas— Diario do Go- venção e marcas de fabrica e de commercio (Erratas
verno, n.° 159, de 19 de julho) approvando o regula- no Diario do Governo, n.° 151) 571
mento do estabelecimento e conservação das linhas e 7 Aviso (Ministerio dos Estranjeiros—Diario do Governo,
estações telegraphicas e telephonicas do Estado 517 n.° 150, de 9 de julho) declarando terem sido deposita-
28 Decreto (Ministerio (las Obras Publicas — Diario do das as ratificações
Governo, de certos
n.° 159, de 19 paises ao Acto
de julho) Addicional
approvando o regula-
mento das concessões de licenças para o estabeleci- ratificado e confirmado por Carta Regia de 8 de agosto
mento e exploração de linhas e estações telegraphicas de 1901 sobre registo internacional de marcas de fa-
e telephonicas e estações semaphoricas a cargo de par- brica ou de commercio (Erratas no Diario do Governo,
ticulares 527 n.° 151)... 576
28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 9 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 155,
verno, n.° 159, de 19 de julho) approvando o regula- de 15 de julho) determinando que os restos mortaes do
mento do serviço de contabilidade das receitas e des- visconde de Almeida Garrett sejam trasladados para a
pesas dos telegraphos, correios e fiscalização das indus- Igreja de Santa Maria de Belem no dia 3 de maio de
trias electricas ' 530 1903,
28 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- c que este dia seja considerado de grande g a l a . . 579
verno, n.° 159, de 19 de julho) approvando o regula-
mento dos serviços do acquisição, distribuição e conta- 10 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 152,
bilidade do material dos telegraphos e correios (Erratas de 11 de julho) determinando que sejam remettidos até
no Diario do Governo, n.º 202) 542 ao dia 15 de setembro os orçamentos dos estabelecimen-
28 Decreto (Ministerio da G u e r r a — D i a r i o do Governo, tos dependentes do Ministerio do Reino para o anno de
n.° 165, de 26 do julho) modificando a composição do 1903-1904 õ80
Conselho Administrativo da Manutenção Militar'. 550 12 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
28 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 154, de 14 de julho) adiando a inspecção sanitaria
n.° 185, de. 20 de agosto) approvando o regulamento dos mancebos recenseados no presente anno para o ser-
para o serviço da remonta geral do exercito 550 viço militar que, estiverem em determinadas circuns-
30 Aviso (Ministerio dos Estranjeiros- Diario do Governo, tancias 580
12 Portaria (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- nº
ral Suisso communicou a adhesão da Ilha de Creta á verno, n.° 154, de 14 de julho) determinando que até
convenção postal universal de Washington 568 ao dia 15 de setembro sejam remettidos os orçamentos
dos estabelecimentos dependentes do Ministerio das
Julho Obras Publicas, Commercio e Industria,, para o anno de
1903-1904 580
1 Portaria (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, 12 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 155,
de 15 de julho) auctorizando a Camara Municipal de nº
Sabrosa a contrahir um emprestimo destinado á compra
deuma casa para installação cios paços municipaes e
outras repartições do concelho .' 581
12 Decreto (Ministerio
de 15 de do Reino—Diario
julho) auctorizando doMunicipal
a Camara Governo, n.°
da 155,
Ca-
XVII
lheta a criar um partido de pharmaceutico dotado com com a area, denominação e limites das antigas capita-
200$000 réis annuaes, em moeda insulana: 581 nias-mores do Bihé e Bailundo, que ficam e x t i n c t a s . . . 613
12 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 155,
de 15 de julho) auctorisando a J u n t a de Parochia da fre- 16 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do
guesia de Calvelhe, concelho de Bragança, a criar tres Governo, n. ° 158, de 18 de julho) modificando e ampliando
logares de guardas campestres remunerados com a p a r t e varias disposições do decreto de 17 de agosto de 1880
das multas que lhes competir 581 p a r a melhor assegurar a assistência e protecção aos
12 Decreto (Ministerio do Reino—Diario de Governo, n.° 155, serviçaes e colonos da provincia de S. Thomé e Prin-
de 15 de julho) auctorizando a J u n t a de Parochia da cipe (Erratas no Diario do Governo, n. ° 159) 614
freguesia da Chã, concelho de Montalegre, a criar nove 16 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do
logares de guardas campestres com a remuneração de Governo, n. ° 158, de 18 de julho) cedendo provisoria-
metade das multas arrecadadas por sua d i l i g e n c i a . . . . 581 mente aos particulares a exploração da borracha nas
florestas do Estado na provincia de Angola (Erratas no
12 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 155, Diario do Governo, n. ° 160) 615
de 15 de julho) auctorizando a Confraria de Nossa Se- 16 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
nhora do Rosario da freguesia de Travassos, concelho Governo, n. ° 158, de 18 de julho) criando em Loanda,
de Povoa de Lanhoso, a contrahir um emprestimo para na provincia de Angola, uma direcção de a g r i c u l t u r a . . 617
pagamento da contribuição de registo devida por um
legado com que foi contemplada 581
12 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 155, 18 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 159,
de 15 de julho) transferindo a quantia de 2: 270$225 réis de 19 de julho) denegando auctorização para o segui-
de um para outro artigo da tabella da despesa do Mi- mento do processo instaurado contra os guardas n. º 16
nisterio do Reino, no exercicio de 1901-1902 581 e 18 do corpo dc policia civil de Bragança 619
12 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 156, 18 P o r t a r i a (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 159,
de 16 de julho) approvando a deliberação da Camara de 19 de julho) determinando que os governadores ci-
Municipal de Carrazeda de Anciães acêrca do contrato vis e administradores de concelho enviem á Bibliotheca
de 28 de fevereiro ultimo sobre o fornecimento de gaz Nacional de Lisboa exemplares de todas as publicações
acetylenc para illuminação d'quella villa 581 feitas nas respectivas circunseripções administrativas..
12 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 156, 18 P o r t a r i a (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
de 16 de julho) dando provimento no recurso de J o s é n. ° 160, de 21 de julho) recommendando a observancia
Dionisio Transmontano contra a suspensão que lhe foi das disposições relativas ao tempo de serviço diario
imposta do exercicio do logar de secretario da admi- nas repartições e inspecções dependentes do Ministerio
nistração do concelho de Castello de Vide 583 daFazenda
12 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 19 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 160,
n. ° 157, cle 17 de julho) approvando o regulamento do de 21 de julho) abrindo um credito especial de 115$160
Conselho de Administração do Fundo Geral de Quotas 584 réis p a r a pagamento por sobras de despesas liquidadas
12 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, e em divida do Ministerio do Reino, nos exercicios de
n. ° 157, de 17 de julho) approvando a tabella de valo- 1897-1898 e 1900-1901 620
res minimos p a r a a cobrança dos direitos aã valorem 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 161,
sobre os generos cle exportação nacional no terceiro tri- de 22 de julho) auctorizando a Camara Municipal de
mestre do actual anno 584 Villa Flor a applicar parte do seu fundo de viação a
12 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do obras de saneamento d'aquella villa e outras de urgente
Governo, n. ° 158, de 18 de julho) rejeitando o recurso necessidade 620
de Porfírio José Caiado sobre concessões feitas pelo 19 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 161,
conselho do almirantado na costa da Nazareth 586 de 22 de julho) approvando a percentagem votada pela
12 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Camara Municipal de Odemira p a r a a sua gerencia do
Governo, n. ° 159, de 19 de julho) approvando o regula- anno de 1903 620
mento clo registo civil para o Estado cla India 586 19 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 161,
12 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 22 de julho) fixando em dez o numero de zeladores
Governo, n. ° 159, de 19 de julho) prorogando até 2 de municipaes e em cincoenta o dos guardas campestres
julho de 1905 o regime aduaneiro do districto do Congo 592 do concelho de Castello Branco 621
19 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 161,
12 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- de 22 de julho) negando provimento no recurso da Ca-
verno, n. ° 159, de 19 de julho) approvando a tarifa ge- mara Municipal de Setubal, que mandou abrir concurso
ral dos serviços do Mercado Central de Productos Agri- para provimento do logar cle seu secretario sem previa
colas 592 auctorização do Governo 621
12 Decreto (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go- 19 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 161,
verno, n. ° 159, de 19 de julho) transferindo a quantia de 22 de julho) negando provimento no recurso de Joa-
de 5: 806$000 réis de um para outro artigo da tabella quim José de Campos Martins, sobre provimento do lo-
da despesa do Ministerio das Obras Publicas, Commer- gar de secretario da administração do concelho de Es-
cio e Industria, no exercicio de 1902-1903 594 tremoz 621
12 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 19 L e i (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 161,
n. ° 160, de 21 de julho) dando provimento no recurso de 22 cle julho) reorganizando o ensino da pharmacia
do presidente da Sociedade Cooperativa dos Emprega- (Erratas no Diario do Governo, n. ° 162) 621
dos Publicos do districto de Coimbra sobre contribuição 19 Decreto (Ministerio cla Guerra — Diario do Governo,
industrial .. 594 n. ° 163, de 24 de julho) abrindo um credito especial de
12 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 8: 000$000 réis para subsidios de marcha e transporte
verno, n. ° 165, de 26 de julho) auctorizando a Compa- de officiaes e praças de pret do exercito, empregados
nhia Carris de Ferro de Lisboa a abrir provisoriamente em serviços de outros ministerios 623
á exploração publica as linhas servidas por tracção elec- 19 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
trica entre o Campo dos Martyres da Patria e a Rua n. ° 163, de 24 de julho) abrindo um credito especial de
D. Estefauia, entre o Campo Pequeno e o Campo 53: 000$000 réis para despesas de recrutamento e ins-
Grande, e entre o Conde Barão e S. Mamede 594 trucção das praças de segunda reserva ... 623
12 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario clo 19 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Governo, n. ° 167, de 29 de julho) abolindo diversas con- Governo, n. ° 164, de 25 cle julho) approvando o regula-
tribuições e modificando o regime aduaneiro na pro- mento cla contribuição de registo na provincia de Mo-
vincia da Guiné 594 çambique (Erratas no Diario do Governo, n. ° 167).... 623
12 Decreto (Ministerio cla Guerra — Diario do Governo,
n. ° 170, de 1 de agosto) constituindo nas sedes das 21 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 161,
grandes circunscripções militares as J u n t a s de recurso de 22 de julho) denegando auctorização para o segui-
relativo á inspecção sanitaria dos mancebos recensea- mento do processo instaurado contra diversas auctori-
dos para o serviço do exercito 595 dades policiaes do districto do Porto 646
16 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 21 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
Governo, n. ° 158, de 18 de julho) remodelando a admi- n. ° 163, de 24 de julho) permittindo que os singeleiros
nistração da justiça na provincia de Angola 596 se munam até 31 de agosto proximo futuro da respec-
16 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do tiva licença industrial 646
Governo, n. ° 158, de 18 de julho) approvando o regula- 23 Decreto (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go-
mento provisorio do trabalho indigena e fomento agri- verno, n. ° 164, de 25 de julho) fixando em 5. 000: 000 ki-
cola na provincia de Angola 597 logrammas a quantidade de trigo exotico que pode ser
16 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do importado para consumo na ilha da Madeira, no cor-
Governo, n. ° 158, de 18 do julho) criando no districto rente anno cerealifero 646
de Benguella, da provincia de Angola, dois concelhos 23 Decreto (Ministerio clo Reino—Diario do Governo, n. ° 165,
de 26 de julho) approvando a deliberação da Camara
Municipal de Aveiro, acêrca da criação de um partido
XVIII
medico pelo desdobramento do que actualmente se acha 30 Aviso (Ministerio dos Estrangeiros — Diario do Governo,
vago, ficando cada um d'elles dotado com 200$000 réis n.° 171, de 2 de agosto) declarando que pelo Conselho
annuaes 647 Federal Suisso foi communicada a adhesão do Japão
23 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do ao acordo para troca de cartas e caixas com valor de-
Governo, n.° 167, de 29 de julho) restabelecendo o logar clarado e á convenção relativa a encommendas postaes 721
de director da Alfandega de Dilly, no districto de Ti-
mor 647 30 Portaria (Ministerio da Fazenda—Diario do Governo,
23 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 168, n.° 172, de 4 cle agosto) determinando que os escrivães
de 30 de julho) regulando as taxas, cobrança e fiscali- de fazenda cumpram as instrucções dadas pelo Tribunal
zação dos impostos municipaes indirectos do concelho Superior do Contencioso Fiscal acêrca dos processos pe-
de Setubal 647 los delictos do imposto do real de agua e pelas trans-.
23 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 168, gressões dos regulamentos fiscaes '21
de 30 de julho) transferindo a quantia de 2:400$000 réis 30 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
de um para outro artigo da tabella da despesa do Mi- n.° 175, de 7 de agosto) determinando que a cobrança
nisterio do Reino, no exercicio de 1901-1902 649 dos impostos de producção e de fabricação e consumo
23 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do seja feita, nas cidades de Lisboa e Porto, pelas respec-
Governo, n.° 168, de 30 de julho) declarando que conti- tivas alfandegas 721
nua em vigor para os officiaes do corpo de machinistas
navaes a disposição do artigo 11.º da lei de 7 de julho Agosto
de 1898 sobre contagem de tirocinios para a promoção 649

23 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 1 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Governo, n.° 168, de 30 de julho) dando provimento no verno, n.° 172, de 4 de agosto) approvando a tabella
recurso de Victorino Caetano Pedro José do Rosario e do rateio dos trigos nacional e exotico entre as diver-
Paria sobre o concurso para provimento de um logar de sas fabricas no actual anno cerealifero 722
lente substituto ordinario da Escola Medica de Nova Goa 649 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
de 5 de agosto) approvando as percentagens votadas
pela Camara Municipal da Vidigueiga para o anno de
23 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 1903, ficando assim modificado o decreto de 4 de junho
Governo, n.° 168, de 30 de julho) criando na comarca ultimo 723
de Lourenço Marques um officio privativo de tabellião 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
de notas 651 de 5 de agosto) approvando a deliberação da Camara
23 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, Municipal de Villa Nova de Fozcoa na parto somente
n.° 174, de 6 de julho) abrindo um credito especial de que se refere á remodelação e dotação de 550$000 réis
1:737$790 réis para pagamento de duas prestações do do seu partido medico actualmente vago, e á criação de
emprestimo, contrahido com a Companhia Geral do cre- outro partido clinico dotado em 450$000 réis an-
dito Predial pela Camara Municipal de Aveiro, para a nuaes 724
construcção de um quartel militar nesta cidade 651 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
23 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 5 de agosto) permittindo que a Camara Municipal
Governo, n.° 178, de 11 de agosto) approvando, para ter de Villa Nova de Constancia eleve a 325$000 réis a
immediata execução, o regulamento de concessão de li- quantia que estava auctorizada a desviar do seu fundo
cenças para a exploração das florestas da provincia da de viação para obras de saneamento e de ampliação do
Guiné ' 651 cemiterio 724
24 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
n.° 175, de 7 de agosto) extinguindo a cobrança da taxa de 5 de agosto) approvando a deliberação da Camara
estabelecida para os navios de longo curso saidos do Municipal de Santarem acêrca do emprestimo, que pre-
porto de Setubal (Erratas no Diario do Governo, n.° 176) 654 tende contrahir, de 25:000$000 réis para pagamento de
25 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 165, dividas 724
de 26 de julho) denegando auctorização para o segui- 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n,° 173,
mento do processo contra o regedor de parochia da fre- de 5 de agosto) fixando em cinco o numero de zelado-
guesia do Ponta Garça, comarca de Villa Franca do res municipaes do concelho de Alcochete, remunerados
Campo 654 somente com a parto das multas que lhes compe-
25 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 165, tir 724
de 26 de julho) denegando auctorização para o segui- 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
mento da processo contra o guarda n.° 35 do corpo de de 5 de agosto) fixando em vinte c oito o numero
policia civil da Guarda 654 de guardas campestres e em doze o de zeladores mu-
25 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 166, nicipaes do concelho de Abrantes, remunerados somente
de 28 de julho) auctorizando a Confraria do Santissimo com a parte das multas que lhes competir 724
Sacramento e Senhor Jesus de Paranhos, da cidade do 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
Porto, a applicar certos legados a reparos na igreja e de 5 de agosto) rejeitando por illegal um recurso inter-
á compra de alfaias e paramentos 654 posto pelo Presidente da Camara Municipal de Estre-
26 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 166, moz sem previa deliberação da mesma Camara 724
de28 de julho) denegando auctorização para o segui- 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
mento do processo contra o guarda n.° 7 do corpo de de 5 de agosto) rejeitando por illegal um recurso inter-
policia civil da Covilhã 654 posto pelo Presidente da Camara Municipal da Villa
28 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do da Povoação sem previa deliberação da mesma Ca-
Governo, n.° 167, de 29 de julho) mandando que os es- mara 724
crivães de fazenda procedam á formação de todas as 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
matrizes dos impostos de lançamento na provincia de de 5 de agosto) rejeitando por illegal um recurso inter-
Moçambique 655 posto pelo Presidente da Camara Municipal de Lisboa
28 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Governo, n.° 174, de 6 de agosto) tornando extensivas sem previa deliberação da mesma Camara 725
ao archipelago de Cabo Verde as disposições do ar- 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo n.° 173,
tigo 158.° do regulamento maritimo do reino, com cer- de 5 de agosto) negando provimento no recurso de João
tas modificações (Erratas no Diario do Governo, n.° 176) 655 Bernardo de Sá, parocho da freguesia de S. João dos
29 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 168, Montes, contra a deliberação da junta de parochia res-
de 30 de julho) denegando auctorização para o segui- pectiva que alterou as horas e local das suas ses-
mento do processo contra o administrador do concelho sões 725
de Alijó e dois cabos de policia 655 2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173,
29 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 5 de agosto) negando provimento no recurso da Ca-
Governo, n.° 171, de 2 de agosto) approvando os ante- mara Municipal de Satam contra a deliberação da
projectos relativos á ponte-caes da bahia de Lobito e á commissão districtal, que lhe mandou incluir no orça-
ponte de Catumbella no caminho de ferro de Benguella mento ordinario do municipio a quantia de 608$650 réis
e mandando abrir o respectivo concurso 655 para pagamento da divida em aberto á Camara Munici-
29 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- pal de Villa Nova de Paiva 726
verno, n.° 172, de 4 de agosto) auctorizando a Compa- 2 Decreto (Ministerio do Reino— Diario do G o v e r n o , 1 7 3 ,
nhia Carris de Ferro de Lisboa a abrir provisoriamente de 5 de agosto) negando provimento no recurso de An-
A exploração publica a linha servida por tracção elec- tonio Ignacio da Mata contra a nomeação de outro con-
trica entre o Campo Grande e o Lumiar 655 corrente menos habilitado que o recorrente para o logar
29 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de secretario da administração do concelho da La-
Governo, n.° 183, de 18 de agosto) approvando a reor- goa 726
ganização das alfandegas, pessoal e serviços do circulo
aduaneiro da costa oriental de Africa 656
XIX
2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do governo, n.° 173, n.° 195, de 1 de setembro) abrindo um credito especial
de 5 de agosto) auctorizando a Junta de" Parochia da de 7:000$000 réis para despesas com a construcção de
freguesia de Mezio, concelho de Castro Daire, a criar uma nova carreira de tiro para artilharia 764
dois logares de zeladores, remunerados somente com a 4 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo,
parte das multas que lhes competir 726 n.° 173, de 5 de agosto) auctorizando o director do Real
2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173, Instituto Bacteriologico Camara Pestana a ampliar o
de 5 de agosto) negando provimento no recurso da Ca- serviço de analyses bacteriologicas a fim de se realiza-
mara Municipal de Paredes contra o accordão do tri- rem pesquisas experimentaes sobre tuberculose 764
bunal administrativo do districto, que annullou a nomea- 4 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
ção, por ella feita, de um candidato menos habilitado verno, n.º 173, de 5 de agosto) approvando e mandando
paro professor da escola primaria da freguesia de pagar á Companhia Nacional de Caminhos de Ferro a
Cette 726 liquidação da garantia de juro da linha ferrea de Santa
2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 173, Comba Dão a Viseu no semestre de 1 de janeiro a 30 de
de 5 de agosto) negando provimento no recurso da Ca- junho de 1902 764
mara Municipal da Ribeira Grande contra o accordão 4 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
do tribunal administrativo do districto, que mandou pa- verno, n.° 173, de 5 de agosto) approvando e mandando
gar ao professor da escola primaria da Ribeira Seca pagar á Companhia Nacional de Caminhos de Ferro a
o augmento de 25 por cento do ordenado que a mesma liquidação da garantia de juro da linha ferrea de Foz
Camara lhe negara 727 Tua a Mirandella 110 semestre decorrido d e i de janeiro
2 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 174, a 30 de junho de 1902 765
de 6 de agosto) approvando a deliberação da Camara 4 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Governo, n.° 175, de 7 de
Municipal do Funchal acêrca das condições do concurso, terminados casos se façam contratos particulares para
que pretende abrir, para a concessão do estabelecimento a execução de trabalhos de obras publicas ou respecti-
e exploração de caminhos de ferro americanos naquella vos fornecimentos 765
cidade 727
2 Decreto (Ministerio das Obras Publicas —Diario do Go- 4 Portaria (Ministerio da Fazenda— Diario do Governo,
verno, n.° 174, de 6 de agosto) declarando urgente a ex- n.° 180, de 13 de agosto) providenciando para o imme-
propriação de tres parcellas de terreno para a construc- diato cumprimento da lei quanto ao serviço de lança-
ção da variante da linha ferrea de Vendas Novas a mento e cobrança do imposto de rendimento sobre com-
Sant'Anna entre o kilometro 0 e o kilometro 1,720 me- panhias 765
tros de traçado 731 6 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo,
2 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 175, de 7 de agosto) collocando na situação de ad-
n.° 175, de 7 de agosto) abrindo um credito especial de dido um medico assistente do Hospital de S. José, de
34:437$627 réis para pagamento de despesas com o for- Lisboa 765
necimento de artigos de material de guerra 731 6 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
2 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- n.° 222, de 2 de outubro) concedendo auctorização para
verno, n." 175, de 7 de agosto) abrindo um credito es- o seguimento do processo instaurado contra o Inspector
pecial de 150:000$000 réis para pagamento de diver- de 2.a classe do corpo da Fiscalização dos Impostos,
sas despesas de construcção de estradas no exercicio Julio Augusto Ribeiro da Silva 766
de 1901-1902 732 8 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
2 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- Governo, n.° 178, de 11 de agosto) regulando a appli-
verno, n.° 175, de 7 de agosto) transferindo a quantia cação das verbas orçamentaes destinadas ao mobiliario
de 174$000 réis de um para outro artigo da tabella da dos palacios dos governadores do ultramar 766
distribuição da despesa do Ministerio das Obras Pu- 8 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
blicas, Commercio e Industria no exercicio de 1902- n.° 185, de 20 de agosto) modificando algumas disposi-
1903 . 732 ções do decreto de 21 de abril de 1892 sobre adeanta-
2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do mento de soldos aos officiaes do exercito 766
Governo, n.° 178, de 11 de agosto) mandando applicar 9 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo,
diversas disposições do codigo penal de 1886 aos deli- n.° 178, de 11 de agosto) denegando auctorização para
ctos de imprensa nas provincias ultramarinas. (Erratas o seguimento do processo contra o commissario do
no Diario do Governo, n.º182) 732 corpo de policia civil de Coimbra 766
2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 9 Portaria (Ministerio do Reino — Diario clo Governo,
Governo, n.º 178, de 11 de agosto) prescrevendo a forma n.° 178 de 11 de agosto) auctorizando a direccão do Asylo
porque as auctoridades administrativas ou policiaes po- de S. João de Lisboa a aceitar a doação de um terreno
dem ser demandadas criminalmente nas provincias ul- no concelho de Cascaes para um sanatorio e alojamento
tramarinas. (Erratas no Diario do Governo, n.° 182). . . 732 das educandas durante a epoca balnear 766
9 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo,
n.° 178, de 11 de agosto) auctorizando as Confrarias do
2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do Santissimo Sacramento e de Nossa Senhora do Rosario
Governo, n.° 178, de 11 de agosto) negando provimento da freguesia de Gondar, concelho de Amarante, a des-
no-recurso de Jorge Alves da Costa Cravid sobre pre- viarem dos seus fundos certas quantias para auxiliarem
terição que soffreu na promoção ao posto de major. . . . 733 a construcção da igreja parochial 767
9 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
n.° 178, de 11 de agosto) convertendo a divida externa
2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do em titulos amortisaveis de 3 por cento em conformi-
Governo, n.° 178, de 11 de agosto) negando provimento dade com a lei de 14 de maio do corrente anno 767
no recurso de Ramachrisma Vilconta Dolvy contra a 9 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
sua demissão do logar do escrivão das coinmunidades n.° 178, de 11 de agosto) approvando o regulamento do
de Palie e Velguem no Estado da India 733 imposto do sêllo 769
2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 9 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
Governo, n.° 178, de 11 de agosto) approvando os esta- n.° 178, cle 11 de agosto) approvando o regulamento
tutos da Companhia Portuguesa das Minas de Ouro de para o serviço da Inspecção Geral dos Impostos e res-
Manica 733 pectivo corpo de fiscalização. (Erratas no Diario do Go-
2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do verno, n.° 195) 793
Governo, n.° 178, de 11 de agosto) approvando o regu- 9 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
lamento para o lançamento e cobrança da contribuição verno, n.° 179, de 12 de. agosto) auctorizando a Compa-
de juros na provincia de Moçambique 735 nhia Carris de Ferro de Lisboa a abrir provisoriamente
X. 2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
Governo, n.° 178, de 11 de agosto) approvando o regu- ctrica entre a Praça Marquês de Pombal e o Arco do
lamento para as execuções fiscaes administrativas na Cego _ 807
provincia de Angola 744 9 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
2 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do n.° 181, de 14 de agosto) rejeitando por incompetência
Governo, n.° 179, de 12 de agosto) approvando o regu- do tribunal o recurso de Emilio Cesar Monteiro Xavier
lamento para a pesca da baleia por embarcações cos- Penaguião e outros contra o despacho ministerial que
teiras nos mares dos Açores 760 transferiu um aspirante do quadro da repartição de fa-
2 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, zenda do districto de Faro para igual cargo da repar-
n.° 183, de, 18 de agosto) abrindo um credito especial tição de fazenda do districto de Lisboa 807
de 83:5043000 réis para despesas auctorizadas pelo ar- 11 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
tigo 19.°, § unico, alinea a) da carta de lei de 12 de ju- n.° 182, de 16 de agosto) dando competencia ao com-
nho de 1901 761 mandante da columna de cavallaria da Guarda Fiscal,
2 Decreto (Ministerio cla Guerra — Diario do Governo,
n.° 186, de 21 de agosto) approvando as alterações fei-
tas ao plano de uniformes do exercito 761
2 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
XX
destacada nos Arcos de Valle de Vez, para instruir os de Ponte de Lima sobre transgressão do regulamento de
processos por delicto de contrabando, de descaminho contribuição de registo 839
de direitos e transgressões dos regulamentos fiscaes.... 808 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas —Diario do Go-
verno, n. ° 185, de 20 de agosto) mandando incluir uma
12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, estrada do concelhon.de° 180, de 13 no
Vouzella de numero
agosto) das
denegando
estradasauctorização para o municipaes de 2. ª classe
seguimento do processo contra o regedor da freguesia
de Espinho, na comarca de Braga.... 808 13
Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
verno, n. ° 185, de 20 de agosto) mandando incluir uma
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 182,de16deagosto)auctorizaçãoaestrada
CamaraMunicipaldedo
PenalvadoCastel oapplicar
concelho uma parte disponível
da Pederneira no numero das es-
do seu fundo de viação a obras de reparação de pon- tradas municipaes de 2. ª classe do districto de Leiria..... 840
tes, caminhos e fontes...... 808 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go-
verno, n. º 185, de 20 de agosto) mandando incluir uma
13 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo n. ° 182, estrada do concelho de Aljustrel no numero das estra-
de 16 de agosto) approvando as percentagens votadas das municipaes de 2. 'ºclasse do districto de Beja 840
pela Camara Municipal de Mação para a sua gerencia 13 Decreto (Ministerio da de Marinha e Ultramar —Diario
1903..... do 808
Governo, n. ° 187, de 22 de agosto) dividindo em duas a
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo n. ° 182, freguesia de Margão, concelho de Salsete, no Estado da
de 16 de agosto) dando provimento no recurso de Arthur India. 840
Emilio Candido Martins da Paz Malato contra a nomea- 13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar —Diario do
ção de Alvaro Augusto de Paiva Godinho para o logar Governo, n. ° 187, de 22 de agosto) regulando as conces-
de secretario da administração do concelho de Castello sões, aforamentos e arrendamentos de Vide de terrenos em ......
Lou- 808
renço Marques 840
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 182, 13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
de 16 de agosto) approvando a deliberação da Junta Governo, n. ° 188, de 23 dc agosto) estabelecendo as re-
de Parochia da freguesia de Sequeira, concelho de Braga, gras para a partilha dos emolumentos a cobrar em vir-
acêrca de um emprestimo destinado á construcção do tude do artigo 15. º do decreto de 2 de setembro de1901....841
cemiterio parochial 809 13 Decreto (Ministerio da Marinha o Ultramar — Diario do
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 182, Governo, n. ° 188, de 23 de agosto) negando provimento
de 16 de agosto) approvando as deliberações das Juntas
de Parochia da freguesia de Valle de Frades, concelho mento de um terreno da communidade de Carambolim no Estado da
de Vimioso, e das freguesias de Deilão e Rio de Onor,
concelho de Bragança, acêrca da criação de tres loga- 13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
res de guardas campestres para a primeira e quatro Governo, n. ° 188, depara a agosto) dando provimento
22 de segunda....
no 810
recurso da Commissão Municipal do concelho de Lou-
13 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do renço Marques contra o despacho do Conselho Adminis-
Governo, n. ° 182, de 16 de agosto) auctorizando o esta- trativo que se recusou a tomar termo de um recurso por
belecimento de um novo cemiterio na Ilha de S. Tho- ella interposto para o Supremo Tribunal Administra-
mé 810 tivo 842
13 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n. ° 183, 13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
de 18 de agosto) approvando a deliberação da Camara Governo, n. ° 188, de 22 de agosto) rejeitando por illegal
Municipal das Caldas da Rainha acêrca do contrato so- o recurso de Antonio Justino Matias da Conceição e
bre fornecimento de luz electrica para illuminaçãod'aquellaVilla....810 Sousa sobre restituição de jóias guardadas no cofre da
Sociedade de Mutua Protecção de Mapuçá, hoje extin-
13 Decreto (Ministerio da Fazenda—Diario do Governo, cta 843
n. ° 183, de 18 de agosto) fixando os direitos que a Ca- 13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
mara Municipal de Lisboa tem a pagar peja importa- Governo, n. º 190. de 2 de setembro) abrindo um credito
ção do gado vacum para consumo da cidade 813 especial de 45: 000$000 réis para despesas dos corpos
13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, expedicionários a Lourenço Marques e a Macau 843
n. ° 184, de 19 de agosto) abrindo um credito especial 13 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
de 2091000 réis para pagamento de bonus por expor- n. ° 201, de 8 de setembro) modificando algumas das dis-
tação de vinhos pela alfandega de Lisboa .... 813 posições do plano de uniformes para a guarda fiscal... 843
13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 13 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
n. ° 184, de 19 de agosto) concedendo á Irmandade dos n. ° 201, de 8 de setembro) declarando urgente a expro-
Clérigos Pobres de Santarem a igreja da Collegiada de priação de seis parcellas de terreno para a construc-
Santa Maria de Alcaçova daquella cidade com certas ção da bateria do Monte do Crasto, destinada á defesa do P
condições 813
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Governo, n. ° 184, de 19 de agosto) approvando o regu- verno. n. ° 230, de 11 de outubro) rejeitando, por falta
lamento da Secretaria de Estado dos Negocios da Ma- de competencia do tribunal, o recurso de Isidoro Anto-
rinha e Ultramar e respectivas corporaçõesconsultivas.....814 nio Ferreira, lente auxiliar do Instituto Industrial c
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Commercial do Porto, contra o despacho que nomeou
Governo, n. ° 184, de 19 de agosto) approvando o regu- outro individuo para lente cathedratico do mesmo Ins-
lamento dos concursos para o provimento dos logares do tituto com preterição dos direitos do recorrente 844
quadro da Direcção Geral do Ultramar 834 16 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do n. ° 183, de 18 de agosto) declarando os casos em que
Governo, n. ° 184, de 19 de agosto) estabelecendo varias tem logar a isenção de direitos para os objectos desti-
providencias para o desenvolvimento da industria da nados a museus, bibliothecas e casas de ensino, cari-
producção do sal na provincia de Cabo Verde 835 dade e beneficencia 844
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do 16 Decreto (Ministerio da Marinha o Ultramar — Diario do
Governo, n. ° 184, de 19 de agosto) regulando o trafego Governo, n. ° 187, do 22 de agosto) auctorizando o se-
de mercadorias no interior e fronteiras terrestres da cretario geral do Governo de Moçambique a reconhe-
provincia de Angola (Erratas no Diario do Governo, cer, em determinados casos, as assignaturas dos agen-
n. ° 186) 836 tes consulares portugueses na Africa do Sul 844
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 21 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. °
Governo, n. ° 184, de 19 de agosto) regulando o serviço 188, de 23 de agosto) louvando um cidadão e sua mu-
de exploração de minas de ouro nos rios e terrenos pu- lher por terem posto á disposição do Governo a quan-
blicos das provincias ultramarinas (Erratas no Diario tia necessaria para a construcção e mobiliario de uma
do Governo, n. ° 187) 836 escola primaria e acquisição do terreno onde tenha de
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do ser edificada, e determinando que seus nomes sejam inscriptos no exte
Governo, n. ° 184, de 19 de agosto) auctorizando a con-
cessão de licenças para estabelecimento de depositos de 23 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n. ° 190,
madeiras na margem esquerda do porto de Lourenço de 20 de agosto) approvando a deliberação da Camara
Marques 838 Municipal de Vouzella acêrca do emprestimo de réis
13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n. ° 9: 990$000 destinado á construcção de uma ponte sobre
185, de 20 de agosto) negando provimento no recurso o rio Vouga e de duas estradas municipaes 845
da firma commercial Nunes & Vences sobre contribui- 23 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo,
ção predial 839 n. ° 190, de 20 de agosto) criando commissões dc patro-
13 Decreto (Ministerio da Fazenda—Diario do Governo, n. ° nato—uma em Lisboa e outra no Porto (Erratas no
185, de 20 de agosto) rejeitando, por incompetência do 840
Diario do Governo n. ° 192)
tribunal, o recurso do escrivão de fazenda do concelho 23 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n. °
XXI
191, de 27 de agosto) negando provimento no recurso 30 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.°
da Camara Municipal de Villa Nova de "Gaia sobre 196, de 2 de setembro) auctorizando a J u n t a de Paro-
concessão f e i t a a Caetano de Pinho e Silva de p a r t e de chia da freguesia de Avelanoso, concelho de Vimioso,
uma viela a titulo de alinhamento e p a r a reedificação a criar dois logares de guardas campestres, remunera-
de um predio 848 dos somente com a p a r t e das multas que lhes perten-
23 Decreto (Ministerio do Reino— Diario do Governo, n.° cer 864
191, de 27 de agosto) negando provimento no recurso 30 Decreto (Ministerio da J u s t i ç a — Diario do Governo,
da Camara Municipal do P o r t o sobre adjudicação, que n.° 196, de 2 de setembro) transferindo p a r a o juiz de
fizera a um certo concorrente, da ferragem e t r a t a - direito da comarca do Seixal o julgamento das contra-
mento dos solipedes empregados nos serviços de lim- venções e transgressões das posturas municipaes do
peza publica e de incendios 849 concelho do mesmo titulo 864
23 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.° 30 D e c r e t o (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°
191, de 27 de agosto) negando provimento no recurso 197, de 3 de setembro) approvando as percentagens vo-
da Camara Municipal de Ílhavo contra a sentença do tadas pelas Camaras Municipaes dc Penedono, T a -
auditor administrativo do districto, que annullou a no- buaço e Villa Nova de Paiva p a r a a gerencia de 1903 864
meação que fizera de um concorrente p a r a facultativo 30 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.° 198,
de partido 850 de 4 de setembro) approvando o regulamento dos ser-
23 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 191, viços da prophylaxia da tuberculose 864
de 27 de agosto) approvando o regulamento dos servi- 30 Decreto (Ministerio da J u s t i ç a — Diario do Governo, n.°
ços da inspecção e fiscalização dos generos alimenti- 200, de 6 de setembro) fixando o numero e sede dos lo-
cios 851 gares de notario 865
23 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.° 191, 30 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 27 de agosto) approvando e mandando executar o verno, n.° 201, de 8 de setembro) declarando u r g e n t e a
regulamento do conselho administrativo das bibliothe- expropriação de duas parcellas de terreno no concelho
cas e archivos nacionaes 856 do Cartaxo p a r a a construcção da linha ferrea das Ven-
23 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.° 192, das Novas a S a n t ' A n n a 870
de 28 de agosto) approvando o regulamento p a r a exe- 30 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
cução do artigo 93.° do decreto de 24 de dezembro de verno, n.° 201, dc 8 de setembro) fixando em 5.500:000
1901, relativamente ao exame de admissão, exigido kilogrammas a quantidade de trigo exotico a importar
p a r a a matricula da Faculdade de Theologia da Uni- p a r a consumo durante o corrente anno cerealifero na
versidade de Coimbra, aos alumnos habilitados com o Ilha da Madeira, pagando de direitos 20,6 réis por ki-
curso theologico dos seminarios 857 logramma 870
23 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, 30 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
n.° 194, de 30 de agosto) abrindo um credito especial verno, n.° 201, de 8 de setembro) permittindo no distri-
de 868$895 réis p a r a indemnizar a Camara Municipal cto da Horta a importação de 135:000 kilogrammas de
de Aveiro da prestação 35.ª do emprestimo destinado milho p a r a a alimentação publica, mediante o paga-
â construcção de um quartel militar naquella c i d a d e . . 857 mento do direito de 3,5 réis por kilogramma 870
30 D e c r e t o (Ministerio da F a z e n d a — Diario do Governo,
23 Decreto (Ministerio da G u e r r a — Diario do Governo, n.º 223, de 3 de outubro) substituindo por outros os ar-
n.° 194, de 30 de agosto) abrindo um credito especial gos 10,° e 11.° do decreto n.° 3 de 27 de setembro de
de 15:000$000 réis para pagamento de despesas com a 1894, relativos á nomeação dos directores das alfande-
acquisição e manufactura de artigos de material de degas do continente do reino e ilhas adjacentes 871
guerra 857 30 D e c r e t o (Ministerio da G u e r r a — Diario do Governo,
23 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario do n.° 232, de 14 de outubro) declarando urgente a expro-
Governo, n.° 205, de 12 de setembro) negando provi- priação de quatro parcellas de terreno na freguesia de
mento no recurso de B a n á Nichá Mory sobre a reinte- Caparica p a r a a construcção da segunda bateria da R a -
gração nos cargos de patel de Noroly e patel-maior de poseira 871
Pragami, no E s t a d o da India, e a restituição do domí-
nio e posse das t e r r a s inherentes aquelles cargos 858
23 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do Setembro
Governo, n.° 227, de 8 de outubro) fixando o tempo de
serviço dos officiaes do exercito do reino cm commissões 1 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°
extraordinarias no ultramar, e os respectivos venci- 196, dc 2 de setembro) denegando auctorização p a r a o
mentos 859 seguimento dos processos instaurados contra os guar-
23 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario do das n.°s 180, 239 e 427 do corpo de policia civil do
Governo, n.° 206, de 13 de setembro) rejeitando, por Porto 872
falta de competencia do tribunal, o recurso em que 1 P o r t a r i a (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°
João José de Almeida Pirão, capitão do quadro de Mo- 196, de 2 de setembro) auctorizando a Confraria de
çambique, reclama contra a preterição que softreu na Nossa Senhora do Rosario, erecta n a igreja de S. João
promoção ao posto de major 8G2 Novo da freguesia de S. Nicolau, da cidade do Porto,
27 Aviso (Ministerio dos Negocios E s t r a n g e i r o s — Diario a applicar á compra de opas a importancia dc um le-
do Governo, n.° 191, de 27 de agosto) declarando que gado 872
pela legação da Austria-Hungria foi notificada a adhe- 1 P o r t a r i a (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°
são da Republica do Uruguay á convenção internacio- 196, de 2 de setembro) auctorizando a I r m a n d a d e de
nal telegraphica de S. Petersburgo de 22 de julho de Nossa Senhora de Monserrate, da cidade de Vianna do
1875 862 Castello, a vender certos titulos p a r a converter o pro-
29 Decreto (Ministerio da F a z e n d a — Diario do Governo, ducto em inscripções de assentamento 872
n.° 196, de 2 dc setembro) repartindo pelos diversos 5 P o r t a r i a (Ministerio da F a z e n d a — D i a r i o do Governo,
districtos do continente e ilhas adjacentes o contin- n.° 201, de 8 de setembro) esclarecendo duvidas acêrca
gente da contribuição predial do anno civil de 1902 . . 862 do desconto do imposto de rendimento nos vencimen-
tos dos recebedores 872
29 P o r t a r i a (Ministerio da F a z e n d a — D i a r i o do Governo, 6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
n.° 222, de 2 do outubro) concedendo auctorisação p a r a verno, n.° 202, de 9 de setembro) mandando p r o c e d e r á
o seguimento do processo instaurado contra o fiscal de construcção de um lanço da estrada dos Cabaços a Villa
2.ª classe do corpo da fiscalização dos impostos, Ayres Nova de Pussos 873
Augusto de Gouveia 863 6 Decreto (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go-
29 P o r t a r i a (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, verno, n.° 202, de 9 de setembro) mandando proceder á
n.° 222, de 2 de outubro) concedendo auctorização para o construcção da estrada de ligação da povoação de Car-
seguimento do processo instaurado contra o fiscal de 1.ªclasse
dosas com a estradadodistrictal
corpo da n.° fiscalização
146 (Erratasdos impostos,
no Dia- Diogo P e -
reira F o r j a z de Sampaio 863 rio do Governo, n.° 204) 873
30 D e c r e t o (Ministerio do Reino — Diario do Governo n.° 196, 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°
de 2 de setembro) approvando a deliberação da J u n t a 203, de 10 de setembro) designando o dia 15 do cor-
Geral do districto de P o n t a Delgada acêrca de um rente mês p a r a se dar começo ás operações do recen-
emprestimo p a r a construcção de estradas (Erratas no seamento eleitoral do concelho de Tarouca 873
Diario do Governo, n.º 101) 803 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 203,
30 Decreto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.° de 10 de setembro) regulando a execução de varias dis-
196, de 2 de setembro) auctorisando a Camara Munici- posições do Codigo Administrativo, relativas ás delibe-
pal de A n g r a do Heroismo a contrahir um emprestimo rações das camaras municipaes e j u n t a s de p a r o c h i a . . . 873
destinado a reparações no acqueducto da Fonte da T e - 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°
lha e á compra de materiaes dos serviços de desinfec- 203, de 10 de setembro) permittindo á Camara Munici-
ção 863
XXII

pal de Villa Flor despender certas quantias do seu 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — D i a r i o do Go-
fundo de viação no encanamento e abastecimento de verno, n.° 214, de 23 de setembro) declarando urgente
aguas 873 a expropriação de um terreno p a r a a construcção de
6 P o r t a r i a (Ministerio do R e i n o — D i a r i o do Governo, n.º um lanço da estrada districtal n.° 54 912
203, de 10 de setembro) approvando a deliberação da 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — D i a r i o do Go-
Camara Municipal de T e r r a s do Bouro acêrca de um verno, n.° 214, de 23 de setembro) declarando urgente,
emprestimo destinado a obras de construcção dos pa- a expropriação de um terreno p a r a a construcção de um
ços do concelho 873 lanço da estrada de serviço de Farminhão a Boaldeia 912
6 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 13 Decreto (Ministerio do Kcino — Diario do Governo, n.°
203, de 10 de setembro) fixando em dois o numero de 218, de 27 de setembro) regulando a procuradoria nos
zeladores e em dezaseis o dos guardas campestres do serviços universitários 912
concelho do Aveiro, uns e outros remunerados com a 15 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 208,
parte das multas que lhos competir 874 de 16 de setembro) determinando que fique addido ao
6 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 203, quadro da J u n t a Consultiva do Hospital R e a l de S. José
de 10 de setembro) auctorizando a J u n t a de Parochia e Annexos um medico da mesma J u n t a impossibilitado
da freguesia de Negrões, concelho de Montalegre, a temporariamente de exercer as funcções do seu c a r g o . . 912
criar tres logares de guardas campestres remunerados 15 Portaria (Ministerio do Reino — D i a r i o do Governo, n.°
com a parte das multas que lhes competir 874 208, de 16 de setembro) determinando que um medico
6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- assistente do Hospital Real de S. J o s é e Annexos fique
verno, n.° 204, do 11 de setembro) mandando incluir addido temporariamente ao respectivo quadro 912
uma estrada do concelho de Setubal no numero das es- 15 Decreto (Ministerio da F a z e n d a — D i a r i o do Governo, n.°
tradas municipaes do districto de Lisboa 874 210, de 18 de setembro) rejeitando, por incompetência
6 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario do do Tribunal, o recurso do escrivão de fazenda do 1.'
Governo, n.° 205, de 12 de setembro) approvando e bairro de Lisboa contra o despacho ministerial, que in-
mandando pôr em execução o regulamento p a r a o ser- deferiu o seu requerimento pedindo a devida percenta-
viço de encommendas postaes na» provincias ultrama- gem sobre a denuncia de certos bens 913
rinas (Erratas no Diario do Governo, n.° 210) 874 15 Portaria (Ministerio da F a z e n d a — Diario do Governo,
6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- n.° 212, de 20 de setembro) substituindo por outro o mo-
verno, íi." 207, de 15 de setembro) mandando incluir delo n.° 8 que faz parte do regulamento do direito de
uma estrada do concelho de F e r r e i r a do Alemtejo no fabricação de m a n t e i g a artificial 913
numero das estradas municipaes de 2.ª classe do dis- 17 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
tricto de Beja (Erratas no Diario do Governo, n º 208) 896 verno, n." 211, de 19 de setembro) determinando que
sejam aggregados diversos funccionarios á commissão
6 P o r t a r i a (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- encarregada da revisão do projecto do edificio do L y -
verno, n.° 225, de 6 do outubro) approvando as instruc- ceu de Lisboa 915
ções para execução das missões oenotechnicas 896 19 P o r t a r i a (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- verno, n.°212, de 20 de setembro) nomeando uma commis-
verno, n.° 48, de 3 de março de 1903) auctorizando que são p a r a formular as condições em que poderão ser esta-
o excedente das receitas dos serviços florestaes e aqui- belecidas sem inconveniente linhas ferreas sobre o leito
colasem 1902-1903 seja applicado a despesas dos mes- das estradas que constituem a rede da viação oidinaria 915
mos serviços no referido anno segundo a tabella j u n t a 1437 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 213,
de 22 de setembro) auctorizando a Camara Municipal do
concelho de Terras de Bouro a applicar do seu fundo
8 P o r t a r i a (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- disponível do viação a quantia dc loOjgOOO reis ás
verno, n.° 202, de 9 de setembro) approvando e man- obras de reparação dè um caminho vicinal 915
dando p a g a r a liquidação da garantia de juro da linha 19 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 214,
ferrea de Torres Vedras á Figueira da Foz e a Alfa- de 23 de setembro) approvando o regulamento de po-
rellos com referencia ao 2." semestre de 1901-1902... . 899 licia judiciaria e de investigação dos crimes contra a
8 P o r t a r i a (Ministerio das Obras P u b l i c a s — D i a r i o do Go- segurança do Estado, contra a ordem social e de fa-
verno, n.° 202, de 9 de setembro) approvando e man- brico ou passagem de moeda ou notas falsas (Erratas
dando pagar a liquidação da garantia de juro da linha no Diario do Governo. n."221) 915
ferrea da Beira Baixa, relativa ao 2.° semestre do 1901- 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo. n.°214,
1902 899 de 23 de setembro) approvando o regulamento da ins-
9 P o r t a r i a (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 203, trucção primaria 917
de 10 de setembro) denegando auctorização p a r a o se- 19 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 214,
guimento do processo contra tres cabos de policia da de 23 de setembro) approvando a distribuição do con-
freguesia de Alpiarça 899 tinente do reino e ilhas adjacentes em circulos escola-
12 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, res de instrucção primaria 946
n.° 222, de 2 de outubro) denegando auctorização p a r a 19 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, n.°
o seguimento do processo instaurado contra um fiscal 214, de 23 de setembro) transferindo p a r a o juiz de di-
de 2.a classe do corpo da fiscalização dos impostos. . . . 900 reito da comarca de Albufeira o julgamento das con-
13 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.°208, travenções e transgressões das posturas municipaes do
de 16 de setembro) auctorizando a Camara Municipal de concelho do mesmo titulo 94S
Povoa de Varzim a contrahir um emprestimo destinado 19 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
á construcção de um mercado publico naquella villa... 900 Governo, n.° 214, de 23 de setembro) determinando que,
emquanto se não decreta a nova organização do corpo
13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n.° de marinheiros, o quadro das respectivas brigadas seja
209. de 17 de setembro) abrindo um credito especial de regulado pela tabella j u n t a ao presente decreto 948
6:000â000 réis p a r a pagamento de restituições de ren- 19 .Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do
dimentos indevidamente cobrados pela Fazenda N a - Governo, n.° 214, de 23 de setembro) negando provi-
cional 900 mento nos recursos de varios machinistas navaes contra
13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n.° a promoção de Alfredo Pedro Mateus ao posto de ma-
209, de 17 de setembro) abrindo um credito especial de chinista de 2.ª classe 949
12:726$000 réis para pagamento por sobras de indem- 19 Decreto (Ministerio da F a z e n d a — D i a r i o do Governo,
nizações de imposto de rendimento 900 n.° 215, de 24 de setembro) regulando o abono de t r a n s -
13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n.° porte pelas vias ferreas, fluviaes ou marítimas aos em-
209. de 17 de setembro) mandando que as despesas que pregados do corpo da fiscalização dos impostos 950
constituem a segunda parte (divida publica fundada) da 19 Decreto (Ministerio do Reino— Diario do Governo, n.° 218,
tabella do Ministerio da Fazenda nos exercicios de de 27 de setembro) determinando que o dia 3 de outu-
1901-1902 e 1902-1903 sejam respectivamente rectifi- bro proximo seja considerado de grande g a l a por se so-
cadas em conformidade com as tabellas juntas 900 lemnizar a inauguração do monumento á memoria de
13 Decreto (Ministerio do Reino— Diario do Governo, n.° 210, Affonso de Albuquerque 951
de 18 de setembro) determinando que h a j a em outubro
19 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — Diario do
proximo segunda epoca de exames de instrucção secun-
daria nos lyceus centraes do continente e ilhas a d j a - Governo, n.° 221, de 1 de outubro) abrindo um credito
centes para alumnos em certãs condições 911 especial de 109:000$000 réis p a r a satisfazer despesas
13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- dos corpos expedicionarios a Lourenço Marques 951
verno. nº 211 de 19 de setembro) mandando proceder 20 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do
A construcção do lanço da estrada de ligação da es- Governo, n.° 223, de 15 de outubro) approvando a or-
trada districtal n.º 6 com a real n.° 29. 911 ganização dos serviços policiaes dos territorios da Com-
13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- panhia do Nyassa 951
verno. n.° 211, de 23 de setembro) mandando incluir
uma estrada do concelho de Reguengos no numero das
estradas municipaes de 2.ªclasse do districto de Evora 911
XXIII
20 Portaria (Ministerio da Marinha e UItramar—Diario do de 10 de outubro) organizando o curso de habilitação
Governo, n.° 245, de 29 de outubro) ordenando que para o magisterio secundario de mathematicas, scien-
seja posto em execução o decreto de 14 de novembro cias physico-ehimicas, historieo-naturaes e desenho do
dè 1901 no districto autonomo de Timor, com respeito plano dos lyceus 971
3 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do á
•de artilharia e infantaria 956 Governo, n.° 230, de 11 de outubro) approvando o
22 Portaria (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 215, acordo entre a West of India Portuguese Gvaranteed
de 24 de setembro) denegando auctorisação para o se- HaiívMy Company, Limited, e a Sovtkeme Mahratta
guimento do processo contra o regedor substituto da llailuxiy Company, Limited, constante do contrato re-
freguesia de Messejana, concelho de Almodovar 956 lativo á conservação e exploração do caminho de ferro
22 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do e porto de Mormugão 972
Governo, n.º118, de 27 de setembro) declarando isen- 3 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
tos do sêllo os saques ou letras emittidos no uitramar Governo, n.º 230, de 11 de outubro) determinando que
em virtude de entregas de fundos eflectuadas pelas re- no districto de Benguella se organize um conselho de
partições publicas a favor de outras estações officiaes. 956 guerra territorial extraordinario, de que servirá de au-
22 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do ditor o juiz da comarca 980
Governo nº 278, de 9 de dezembro) fixando as normas 3 Decreto (Ministerio da Justiça—Diario do Governo,
para a boa e regular fiscalização das passagens que, n.° 233, de 15 de outubro) mantendo o numero de con-
quer por via terrestre quer por via maritima, são con- tadores de juizos actualmente existente, e fixando o de
cedidas a praças de pret das difterentes classes da ar- escrivães dos juizes de direito das diversas comarcas
mada pelas auctoridades de marinha 1438 do reino e ilhas adjacentes 980
23 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.°215, 3 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 24 de setembro) concedendo excepcionalmente uma verno, n.° 236, de 18 de outubro) mandando proceder á
nova epoca de exames de admissão ás escolas normaes construcção do troço entre os perfis 132 e 167 do lanço
e districtaes de habilitação ao magisterio primario . . . 956 da estrada de ligação entre o apeadeiro de Alvarães e
a estrada districtal n.° 7 982
26 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do 3 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Governo, n.° 218, de 27 de setembro) esclarecendo as verno, n.° 236, de 18 de outubro) mandando proceder á
disposições do decreto de 11 de agosto de 1900, relati- construcção de dois lanços da estrada de Santa Cata-
vamente ás licenças graciosas concedidas aos funccio- rina a Moncarrapacho 982
narios (Ministerio
30 Decreto do ultramardo Reino — Diario do Governo, n.°227, 957 3 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 8 de outubro) auctorizando a Junta Geral do distri- verno, n.° 236, de 18 de outubro) mandando proceder á
cto do Funchal a reunir-se extraordinariamente para construcção de um ramal de ligação da estrada distric-
tomar deliberações convenientes acêrca dos orçamen- tal n.° 114 com o apeadeiro de Revelles 982
tos da sua gerencia 957 3 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go-
30 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, verno, n.° 236, de I8 de outubro) mandando proceder á
n.° 232, de 14 de outubro) approvando e mandando pôr construcção do lanço unico de serventia da estrada
em execução o novo estatuto da Cooperativa Militar. . . 957 districtal'n.° 2 por Orbacem a Caminha e Gontinhães. 982
3 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Governo, n.° 245, de 29 de outubro) negando provi-
O u t u b r o mento no recurso do Ministerio Publico na comarca de
Barlavento, provincia de Cabo Verde, sobre contribui-
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, ção de registo 983
de 7 de outubro) determinando que o chefe do deposito 3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 250,
do corpo de bombeiros municipaes de Lisboa tenha a de 5 de novembro) abrindo um credito especial de
graduação de chefe de secção sem direito a qualquer 60:000^000 réis com applicação a despesas extraordi-
remuneração ou á preferencia na promoção a effectivo 969 narias de saude publica no exercicio de 1901-1902 . . . 983
4 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226,
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, de 7 de outubro) denegando auetorizaeào para o segui-
de 7 de outubro) approvando a percentagem votada pela mento do processo contra o guarda n.° 210 do corpo dc
Camara Municipal de Bragança para a sua gerencia no policia civil do Porto 983
3 anno de
Decreto 1903
(Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, 969 6 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226,
de 7 de outubro) auctorizando a Camara Municipal de de 7 de outubro) denegando auctorização para o segui-
Leiria a applicar uma parte disponível do seu fundo de mento do processo contra o regedor de parochia da
viação a certas obras 969 freguesia de Seixezello, comarca do Porto 983
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, 6 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226,
dc 7 de outubro) auctorizando a Camara Municipal da de 7 de outubro) esclarecendo o preceito da regra 6.a
Ribeira Grande a contrahir um emprestimo destinado da portaria de 3 de outubro de 1898 sobre creditos pro-
exclusivamente a melhoramentos por ella votados em venientes da falta de pagamento de contribuições mu-
sessão de 11 de dezembro de 1901 969 nicipaes cobradas cumulativamente com as do Estado. 983
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, 7 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
dc 7 de outubro) approvando a deliberação da Camara Governo, n.° 230, de 11 de outubro) providenciando so-
Municipal de Peso da Regua acêrca do emprestimo que bre a arrecadação dos rendimentos aduaneiros das pro-
pretende contrahir para completar a amortização de vincias ultramarinas e districto autononio de Timor . . 984
outros emprestimos auctorisados em 1883 e 1884 969 8 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 237,
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, de 20 de outubro) approvando o regulamento do curso
de 7 de outubro) auctorizando a Camara Municipal de superior de ietras 984
Mesão Frio a contrahir um emprestimo para pagamento 9 Portaria (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
de dividas e do material fornecido para abastecimento n.° 233, do 15 de outubro) mandando pôr em pratica o
de aguas potaveis 970 systema anthropometrico nas casas de reclusão e repar-
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, tições de justiça dos quarteis generaes 991
de 7 de outubro) auctorizando a Camara Municipal de 10 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
Braga a. augmentar o numero dos seus agentes de poli- n.° 230, de 11 de outubro) providenciando acêrca da
cia com mais vinte zeladores, remunerados somente com troca do papel sellado, cuja validade caducou 991
a parte das multas que lhes competir 970 10 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo.
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, n.° 230, de 11 de outubro) abrindo um credito especial
de 7 de outubro) auctorizaudo a Camara Municipal de de 4:100$000 réis para despesas com serviços de recru-
Estremoz a applicar os saldos dos emprestimos contra- tamento e de instrucção das praças da segunda reserva 991
hidos em 1899 e 1901 ao pagamento de dividas passi-
vas ' 970 10 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 226, n.º 230, de 11 de outubro) abrindo um credito especial
de 7 de outubro) determinando que seja mantido com de l:500$000 réis com applicação á despesa com o mo-
o mesmo ordenado o logar de amanuense da adminis- vimento de tropas reclamado por outros Ministerios . . 991
tração do 3.º bairro de Lisboa, actualmente vago 970
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 227, 10 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
de 8 de outubro) approvando o regulamento do curso n.º 231, de 13 de outubro) determinando as receitas or-
de bibliothecario-archivista nas cadeiras professadas dinarias e as despesas pertencentes á Junta Geral do
no Real Archivo da Torre do Tombo e na Bibliotheca districto do Funchal 992
Nacional de Lisboa . 970 10 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 232,
3 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 229, de 14 de outubro) prorogando até 22 do corrente mês
o prazo da affixação das relações do recenseamento
eleitoral do concelho de Sinfães 992
XXIY
10 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 232, 16
Decreto (Presidencia do Conselho de Ministros — Diario
de 14 de outubro) auctorizando a Camara Municipal de do Governo, n.° 235, de 17 de outubro) contendo o ju-
Pedrogam Grande a applicar uma parte disponível do ramento de Sua Majestade a Rainha a Senhora D. Ame-
seu fundo de viação a obras de construcção de um cano lia como Regente do Reino 1032
de esgoto, de abastecimento de aguas e da conclusão 16 Decreto (Presidencia do Conselho de Ministros — Diario
do cemiterio municipal 992 do Governo, n.° 235, de 17 de outubro) estabelecendo
10 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 232, o formulário com que durante a Regencia hão de ser
de 14 de outubro) approvando a percentagem votada expedidos os diplomas e actos do Governo e das aucto-
pela Camara Municipal de Miranda do Douro para a ridades que mandam em nome de EI Rei 1033
sua gerencia do anno de 1903 993 17 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 236,
10 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 232, de 18 de outubro) reduzindo a seis meses o prazo para
de 14 de outubro) auctorizando a Camara Municipal de o primeiro concurso de livros de ensino primario e nor-
Pombal a criar um logar de cantoneiro dotado com 210 mal 1033
réis diarios 993 17 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 236,
10 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 232, de 18 de outubro) fixando cm sessenta o numero de
de 14 de outubro) fixando em seis o numero de guardas alumnos que neste anno lectivo devem frequentar a 1ª
campestres do concelho de Obidos, remunerados nos classe das escolas normaes, e em quarenta o dos que
termos do artigo 448.° do Codigo Administrativo 993 devem matricular-se na mesma classe das escolas de
10 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 232, habilitação para o magisterio primario 1033
de 14 de outubro) auctorizando a Junta de Parochia da 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 237,
freguesia de Nossa Senhora da Conceição, do Cadaval de 20 de outubro) approvando o horario para o ensino
a contrahir um emprestimo destinado a obras de repa- das disciplinas que constituem os cursos das escolas
ração da igreja parochial 993 normaes e de habilitação para o magisterio primario.. 1033
10 Decreto (Ministerio da Guerra—Diario do Governo,
n.° 233, de 15 de outubro) approvando a organização 18 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 237,
do curso de educação militar estabelecido no Real Ins- de 20 de outubro) approvando os programmas das dis-
tituto de Lisboa 993 ciplinas que constituem o ensino primario em cada uma
10 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- das suas quatro classes (Erratas no Diario do Governo
verno, n.° 234, de 16 de outubro) transferindo varias n.° 239) 1034
quantias de uns para outros artigos da tabella da des- 18 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 237,
pesa do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e de 20 de outubro) approvando o regulamento das faltas
Industria no exercicio de 1901-1902 (Erratas no Diario dos estudantes na Universidade de Coimbra 1040
do Governo n.° 236) 994 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 238,
10 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de 21 do outubro) approvando os programmas de en-
Governo, n.° 237, de 20 de outubro) criando provisoria- sino da faculdade de theologia da Universidade de
mente um districto militar em Tete, provincia de Mo- Coimbra 1041
çambique 994 18 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go-
10 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- verno, n.° 262, de 19 de novembro) organizando os
verno n.° 259, de 15 de novembro) criando cinco loga- serviços centraes da administração dos Caminhos de
res de sub-inspectores do movimento dos Caminhos de Ferro do Estado 1056
Perro do Estado, sendo tres na direcção do sul e sueste 18 Circular (Ministerio do Reino — Inedita) dando instruc-
e dois na do Minho e Douro 995 ções aos directores das escolas normaes sobre a execu-
10 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do ção do regulamento de 19 de setembro ultimo, na parte
Governo, n.° 268, de 26 de novembro) approvando o re- respectiva 1057
gulamento provisorio para execução da lei de 7 de 22 Portaria (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go-
maio de 1902 sobre o regime administrativo, aduaneiro verno, n.° 241, de 24 de outubro) auctorizando a Com-
panhia Fabril de Arcozello, com sede no Porto, a criar
vejas c outras bebidas fermentadas nas provincias por- e emittir 900 obrigações de 100$OOO réis cada uma com
tuguesas de Africa (Erratas no Diario do Governo o juro annual de 6 por cento 1058
n.° 270) 996 23 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 242,
11 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 232, de 25 de outubro) dividindo o municipio do Porto em
de 14 de outubro) approvando a tabella dos preços das dois circulos para a eleição da respectiva camara . . . . 1058
analyses feitas no laboratorio do Instituto Central de
Hygiene a requisição de particulares 1031 23 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 242,
13 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do de 25 de outubro) approvando a deliberação da Camara
Governo, n.° 253, de 8 de novembro) determinando que Municipal da Horta acêrca de um emprestimo com
a duração dos destacamentos dos facultativos e phar- applicação ás obras de construcção de uma ponte 1059
maceuticos do quadro na provincia da Guiné soja re- 23 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 242,
duzida a seis meses 1031 de 25 de outubro) auctorizando a Camara Municipal de
14 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 233, Villa Franca de Xira a criar seis logares de cantonei-
de 15 de outubro) auctorizando a Associação Protectora ros com a dotação de 300 réis diarios cada um 1059
de Meninas Pobres, de Lisboa, a vender algumas ins- 23 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n." 242,
cripções para pagamento dc certas dividas 1031 de 25 de outubro) fixando em 72$000 réis a dotação
11 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, annual do partido pharmaceutico municipal, vago no
n.° 234, de 16 de outubro) determinando que o posto concelho de Marvão 1059
fiscal de Freixo de Espada á Cinta, com habilitação de 23 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 242,
3.ª classe, fique em correspondencia com a alfandega de 25 de outubro) approvando com certa modificação o
hespanhola de Fregeneda por intermedio do posto de contrato celebrado pela Camara Municipal de Chaves
Hinojosa 1032 para a illuminação electrica d'aquella villa 1059
14 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 23 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
n.° 237, de 20 de outubro) prorogando o prazo consi- Governo, n.° 245, de 29 de outubro) approvando o re-
gnado no n.° 3.º da portaria de 10 do corrente mês, re- gulamento e tabella annexa das licenças para exercicio
lativa á troca do papel sellado 1032 de commercio e industria na povoação da Beira, pro-
14 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, vincia de Moçambique 1063
n.° 243, de 27 de outubro) concedendo auctorização para 23 Decreto (Ministerio da .Marinha e Ultramar — Diario do
o seguimento do processo contra dois fiscaes de 2.a Governo, n.° 247, de 31 de outubro) estabelecendo para
classe do corpo de fiscalização dos impostos 1032 cada um dos escrivães dos juizes populares da comarca
14 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do de S. Thomé a gratificação annual de 36$000 réis, paga
pela respectiva camara municipal 1064
Governo n.° 245, de 29 de outubro) ordenando que seja
23 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 250,
posta em execução na provincia do S. Thomé e Prin-
de 5 de novembro) approvando o orçamento geral da
cipe a organização militar do ultramar, na parto rela-
receita e despesa do fundo da instrucção primaria para
tiva á constituição do quartel-general e respectivas
o exercicio de 1903 1064
unidades militares 1032
24 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 242,
15 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar —Diario do
de 25 de outubro) denegando auctorização para o segui-
Governo, n.° 237, de 20 de outubro) auctorizando o go- mento do processo contra o regedor da freguesia de
vernador geral do Estado da India a pôr em circulação, Valbom, comarca do Porto 1065
sendo necessario, antes da data fixada no decreto de 21 Aviso (Ministerio dos Negocios Estrangeiros —Diario do
24 de abril ultimo, os novos sellos das taxas de que ca- Governo, n.° 244, de 28 de outubro) declarando que
recer para regularidade do serviço e conveniencia do pelo Conselho Federal Suisso foi notificada a adhesâo
publico 1032 da Republica de Cuba aos seguintes actos da União
Postal Universal de Washington: convencão principal,
XXV
acordo para o serviço de vales do correio, convenção 30 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
relativa á troca de encommendas postaes, e acordo so- Governo, n.° 259, de 15 de novembro) approvando as
bre o serviço de cobranças 1065 instrucções provisorias sobre concessão de servidões
25 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 244, em terrenos marginaes e sobre concessão de terrenos
de 28 de outubro) determinando que os alumnos matri- por aforamento nas possessões ultramarinas 1070
culados no 2.° anno das escolas de ensino normal con- 30 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
tinuem transitoriamente o curso elementar estabelecido n.° 264, de 21 de novembro) approvando o regulamento
pelo artigo 38.° da parte 2.a do regulamento de 18 de da escola pratica dc infantaria 1075
junho de 1896 1065 30 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
27 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, n.° 264, de 21 de novembro) approvando o regulamento
n.° 245, de 29 de outubro) determinando que o sêllo dos para o concurso dos candidatos a officiaes do corpo dc
boletins de entrega de mercadorias sujeitas a direitos, administração militar 1083
30 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
transferencia seja liquidado nos documentos de despa- n.° 288, de 20 de dezembro) approvando e mandando
cho e cobrado pelas respectivas estações aduaneiras... 1066 pôr em execução as alterações ao plano de uniformes
27 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, da guarda fiscal 1086
n.° 245, de 29 de outubro) resolvendo que o imposto 31 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo n.º 249,
do sêllo sobre os transportes effectuados pelos cami- de 4 de novembro) approvando os estatutos da Asso-
nhos de ferro do Estado e pelas empresas dc viação ciação de Enfermeiras de Nossa Senhora da Saude na
accelerada seja cobrado nos termos da primeira parte cidade do Porto 1087
do § 2.º do artigo 162.° e arrecadado pela forma pres-
cripta no n.° 1.° do artigo 164.° do regulamento de 9 de
agosto ultimo 1066 Novembro
28 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 245,
de 29 de outubro) louvando o cidadão Francisco Joa-
quim Moniz Bettencourt pelo importante donativo da 5 Portaria (Ministerio do Reino —Diario do Governo,
sua livraria á bibliotheca da Camara Municipal de An- n.° 251, de 6 de novembro) denegando auctorização para
gra do Heroismo 1066 o seguimento do processo contra o administrador do
28 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 245, concelho de Alter do Chão e dois guardas do corpo de
de 29 de outubro) denegando auctorização para o segui- policia civil de Portalegre 1089
mento do processo criminal instaurado contra o secre- 5 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
tario da administração do concelho de Macedo de Ca- Governo, n.° 252, de 7 de novembro) mandando que as
valleiros 1066 taxas de sellos forenses, letras selladas, papel sellado e
28 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do estampilhas de contribuição industrial, destinadas ao
Governo, n.° 247, de 31 de outubro) nomeando uma districto autonomo de Timor, sejam expressas em réis
commissão para estudar e propor os apparelhos opticos do reino 1080
a adoptar no alumiamento dos portos e costas do reino 6 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo,n.°253,
e ilhas adjacentes 1066 de 8 de novembro) auctorizando a Camara Municipal dc
29 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 246, Almeirim a applicar da parte disponível do seu fundo
de 30 de outubro) mandando que o director geral de dè viação certas quantias ás obras de construcção de
instrucção publica, representando o Governo, assigne o um cano de esgoto, e de um chafariz 1089
contrato de emprestimo até à quantia de 245:000$000 6 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 253,
réis com a Caixa Geral de Depositos, destinado á construcção de edificios
de 8 de novembro) para
fixando em asseis
escolas de instrucção
o numero de zela- pri-
maria 1066 dores municipaes do concelho de Alcobaça 1090
6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º 253,
29 Portaria (Ministerio do Reino— Diario do Governo, n.° 251, de 8 de novembro) auctorizando a Camara Municipal de
de 6 de novembro) mandando tomar posse do edificio Pombal a criar um partido medico dotado com 300$000
escolar doado ao Estado por um cidadão da freguesia réis annuaes 1090
de Cambres, concelho de Lamego, e louvar o doador 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 253,
pela sua benemerita iniciativa 1067 de 8 de novembro) auctorizando a Junta de Parochia da
30 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 248, freguesia de Ribafeita, concelho de Viseu, a criar um
de 3 de novembro) designando o dia 12 de novembro logar de zelador e sete logares de guardas campes-
proximo para o encerramento do recenseamento eleito- tres ; 1090
ral do concelho de Moimenta da Beira 1067 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo,n.° 253,
30 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 248, de 8 de novembro) rejeitando por illegal o recurso do
de 3 de novembro) approvando a deliberação da Junta juiz e mesarios da Irmandade do Santissimo Sacra-
de Parochia da freguesia da Ribeirinha, concelho de mento da freguesia de Santa Eulalia de Arouca contra
Angra do Heroismo, acêrca de um emprestimo para a o despacho do governador civil do districto, que mandou
compra de terreno destinado a construcção do cemite- applicar a favor do hospital de Arouca uma certa quan-
rio parochial 1067 tia devida á mesma Irmandade 1090
30 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 6 Decreto (Ministerio do Reino— Diario do Governo,n.°253,
n.° 248, de 3 de novembro) approvando a tabella de de 8 de novembro) abrindo um credito especial de réis
valores minimos para a cobrança dos direitos ad valo- 18:796$907 para despesas eventuaes de beneficen-
rem sobre os generos de exportação nacional no quarto cia publica por saldo do producto de emolumentos de
trimestre do corrente anno 1067 passaportes 1090
30 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 249, 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo,n.° 253,
de 4 de novembro) fixando os vencimentos do pessoal de 8 de novembro) abrindo um credito especial de réis
das enfermarias do Hospital de Rilhafolles 1069 15:000$000 para despesas eventuaes de beneficencia
30 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 249, publica por saldo do producto de emolumentos de pas-
de 4 de novembro) convocando extraordinariamente as saportes 1091
Côrtes Geraes da Nação para 24 de novembro, a fim 6 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 253,
de Sua Majestade a Rainha reiterar perante ellas o ju- de 8 de novembro) abrindo um credito especial de réis
ramento como Regente do Reino 1069 12:709$910 para pagamento dos vencimentos do pes-
, 30 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do soal e mais despesas do Lyceu Nacional de Lisboa
Governo, n.° 252, de 7 do novembro) prohibindo aos se- desde outubro de 1902 a junho de 1903 1091
cretarios geraes, aos secretarios dos governos dos dis- 6 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo,
trictos e aos administradores de concelho das provincias n.° 254, de 10 de novembro) transferindo para o juiz
ultramarinas o exercicio da advocacia em causas crimes de direito da comarca de Aldeia Gallega do Ribatejo
e naquellas em que for interessada a Fazenda Nacional 1069 o julgamento das contravenções e transgressões das pos-
30 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, turas municipaes do concelho do mesmo titulo 1091
n.° 253, de 8 de novembro) denegando auctorização 6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
para o seguimento do processo judicial contra o escri- verno, n.° 255, de 11 de novembro) declarando urgente
vão de fazenda do concelho de Loulé e dois emprega- a expropriação de uma parcella de terreno para a cons-
dos 110 serviço das execuções fiscaes 1069 trucção da linha ferrea de Vendas Novas a Sant'Anna 1092
30 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
verno, n.° 257, de 13 de novembro) abrindo um credito 6 Alvará (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
especial de 28:929|488 réis para pagamento, por so- verno, n.° 255, de 11 de novembro) concedendo a D. Ma-
bras, de despesas liquidadas e em divida do Ministerio ria do Carmo da Gama Araujo Azevedo e João Pires
das Obras Publicas, Commercio e Industria nos exerci- Teixeira licença para explorar a nascente das aguas
cios de 1898-1899 e 1900-1901 1070 minero-medicinaes de Corga do Vergueira], situadas na
freguesia de Messegães, concelho de Monsão 1092
XXVI
6 Decreto (Ministerio do Reino — D i a r i o do Governo,13n.°257,
Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
de lo de novembro) mandando abrir um credito especial Governo, n.° 259, de 15 do novembro) auctorizando o
de 93:911$910 réis para subsidiar o fundo da instrucção Governo a proceder por conta do Estado e por admi-
primaria e habilitá-lo a occorrer ao pagamento no exer- nistração á construcção do caminho de ferro de Am-
cicio de 1902-1903 do augmento de vencimento conce- baca á Malange (Erratas no Diario do Governo, n.º 260) 1098
dido aos professores da referida instrucção 1092
6 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar —Diario do
Governo, n.° 258, de 14 de novembro) estabelecendo Governo, n.° 259, de 15 de novembro) determinando
e fixando as ajudas de custo para os engenheiros em que sejam confiadas a uma commissão especial a cons-
serviço de obras publicas, exploração e fiscalização de trucção e exploração do caminho de ferro do Lobito á
caminhos de ferro nas provincias ultramarinas 1092 fronteira leste da provincia de Angola . . . . 1100
6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 13 Decreto (Ministerio da Justiça —Diario do Governo, n.°
verno, n.° 260, de 17 de novembro) mandando proceder 260, de 17 de novembro) transferindo para o juiz de
á construcção de um lanço da estrada real n.° 37 1094 direito da respectiva comarca o julgamento das con-
travenções e transgressões das posturas municipaes do
6 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Governo,concelhode Constancia
n.° 47, de 2 de março de 1903) fixando as normas
1102
a seguir nos periodos transitorios de applicação de no- 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas —Diario do Go-
vas organizações de ensino agricola superior e dos res- verno, n.° 260, de 17 de novembro) criando na estação
pectivos regulamentos, quando por disposições especiaes da Casa Branca do caminho de ferro do sul e sueste
se não encontrem determinadas nas mesmas organiza- uma escola primaria que se denominará Escola Maria
ções ou nos seus regulamentos 1438 Amelia 1102
8 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 13 D e c r e t o (Ministerio do Reino — Diario do Governo n.° 262,
verno, n.° 256, de 12 de novembro) auctorizando a trans- de 19 de novembro) approvando o regulamento da Real
ferencia da patente de introducção de nova industria Capella da Universidade de Coimbra 1103
para o fabrico de pedras silico-calcarcas, de que é 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
concessionario Alfredo Coelho Messeder, residente no verno, n.° 262, de 19 de novembro) mandando proceder
Porto 1094 á construcção de um lanço da estrada de serviço da
10 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°255, freguesia de S. Miguel para a estação de Abrantes.. . 1105
de 11 de novembro) denegando auctorização para o se-
guimento do processo contra o administrador que foi 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go-
do concelho de Penamacor 1094 verno, n.° 263, de 20 de novembro) declarando urgente
10 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n ° 255, a expropriação de um terreno para a construcção de
de 11 de novembro) denegando auctorização para o se- parte de um lanço da estrada real n.° 19 1105
guimento do processo contra oito cabos de policia da 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go-
freguesia de Alpiarça, concelho de Almeirim. (Erratas verno, n.° 263, de 20 de novembro) mandando incluir
no Diario do Governo, n.° 256) 1094 diversas estradas do concelho de Trancoso no numero
10 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo n.° 255, das estradas municipaes do districto da Guarda . . . . . 1105
de 11 de novembro) denegando auctorização para o se-
guimento do processo contra o regedor de parochia 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
substituto da freguesia de Santa Cruz, districto do verno, n.° 263, de 20 de novembro) mandando incluir
Funchal. (Erratas no Diario do Governo, n.º 256) . . . . 1095 uma estrada do concelho de Coimbra no numero das
estradas municipaes do respectivo districto 1106
10 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
n.° 257), de 13 de novembro) concedendo auctorização n.° 264, de 21 de novembro) mandando fazer certas al-
para o seguimento do processo judicial contra um sub- terações nas tabellas das despesas ordinarias e ex-
chefe fiscal do corpo da fiscalização dos impostos 1095 traordinarias do Ministerio da Fazenda para o exerci
10 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, cio de 1901-1902 . 1106
n.° 257, de 13 de novembro) concedendo auctorização 13 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
para o seguimento do processo judicial contra um fiscal n.° 264, de 21 de novembro) determinando o processo
de 2.a classe do corpo da fiscalização dos impostos . . . 1095 que deve ser observado nas alfandegas para a deduc-
ção da terça parte do imposto sobre o bacalhau, desti-
10 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do nada á Liga Naval Portuguesa 1107
Governo, n.° 257, de 13 de novembro) auctorizando a 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go-
companhia do Nyassa a utilizar os sellos da sua ultima verno, n.° 264, de 21 de novembro) approvando o regu-
emissão por meio de sobrecargas e da apposição da pa- lamento para o serviço interno do Conselho de Tarifas 1107
lavra provisorio 1095
10 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do 13 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Governo, n.º 271, de 29 de novembro) definindo os di- verno. n.º 269. de 27 de novembro) abrindo um credito
reitos e vantagens que se derivam da graduação de especial de, 10:242$885 réis para occorrer ao paga-
alferes concedida aos mestres de musica pelo artigo 38.° mento de despesas a effectuar com diversos serviços
da organização militar do ultramar 1095 hydraulicos 1108
11 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º256, 13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
de 12 de novembro) nomeando nina commissão para dar Governo, n.° 285, de 17 de dezembro) approvando a
parecer definitivo acêrca da escolha do local e projecto pauta aduaneira dos territorios de Manica e Sofala
de installação do posto maritimo de desinfecção de Lis- sob a administração da Companhia de Moçambique. . . 1108
boa 1095 14 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo nº
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 259, de 15 de novembro) determinando que no fim do
verno, n.° 287, de 19 de dezembro) approvando a ta- corrente anno lectivo de 1902-1903 se proceda á extinc-
bella da distribuição da verba dc 10:000^000 réis votada ção da escola municipal secundaria de Torres Vedras 1122
no anno economico de 1902-1903 para a construcção de 15 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
novas linhas telegraphicas 109G verno, n.° 260, de 17 de novembro) annullando o con-
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo,nº 259, curso para a construcção e exploração do caminho do
de 15 de novembro) auctorizando a Camara Municipal ferro da Regua por Villa Real e Chaves á fronteira, e
de Setubal a contrahir um emprestimo de 68:220$000 ordenando que se abra outro concurso pelo anterior
réis para a construcção e reparação de estradas e dis- programma com varias modificações (Erratas no Dia-
trato de emprestimos e debitos anteriores 1096 rio do Governo, n.º 201) 1122
13 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo,n.° 259, 15 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 15 de novembro) negando provimento no recurso de verno, n.° 262. do 19 de novembro) fixando as cauções
José Joaquim da Rocha e Amadeu Carlos José Ribeiro dos chefes e encarregados das estações telegrapho-
de Lima contra a nomeação de Duarte Augusto de Ma- postaes dos districtos do reino e ilhas adjacentes 1122
galhães para o logar de secretario da administração do 18 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 262,
concelho de Melgaço 1096 de 19 de novembro) denegando auctorização para o se-
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do guimento do processo contra o administrador do con-
Governo, n.° 259, de 15 de novembro) rejeitando por celho da Feira 1124
illegal o recurso do Presidente da Camara Municipal da 18 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 262,
Ilha Brava sobre distribuição de aguas 1097 de 19 de novembro) denegando autorização para o se-
13 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do guimento do processo contra o guarda n.º 13 do corpo
Governo n.° 259, de 15 de novembro), approvando o de policia civil de Aveiro 1124
contrato feito entre o Governo e a Companhia dos Cami- 20 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 265,
nhos do Ferro Através da Africa, pelo qual é rescindido de 22 de novembro) auctorizando a Camara Municipal
o de 11 de março de 1897 para a construcção da linha de Tábua a applicar do seu fundo de viação uma certa
de Ambaca a Malange 1097 quantia a reparações na cadeia civil 112-1
20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 265,
de 22 de novembro) fixando em dois o numero de guar-
XXVII
das campestres do concelho de Ancião com o ordenado guimento dos processos contra os administradores, que
de 36$000 réis annuaes 1124 foram, do concelho do Fundão, Sebastião dos Santos
20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo n.° 265, Proença e José Januario da Silva Pelejão 1134
de 22 de novembro) auctorizando a Camara Municipal 27 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º
de Setubal a criar um partido de parteira na villa de 271, de 29 de novembro) auctorizando a Camara Muni-
Palmella com a dotação annual de 72$000 réis 1124 cipal de Belmonte a applicar uma certa quantia do seu
20 D e c r e t o (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 265, fundo de viação a obras de reparação de caminhos vi-
de 22 de novembro) negando provimento no recurso da cinaes 1134
Camara Municipal de Almodovar sobre derrama paro- 27 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°
chial 1125 271, de 29 de novembro) negando provimento no re-
20 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 265, curso da Camara Municipal de Viseu sobre demissão
de 22 de novembro) negando provimento num recurso de um guarda do cemiterio do municipio e da Miseri-
do presidente da Camara Municipal da Maia sem haver cordia da cidade 1134
precedido auctorização da mesma Camara 1125 27 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 271,
20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 265, de 29 de novembro) approvando o regulamento para
de 22 de novembro) negando provimento no recurso execução do § 2.º do artigo 80.° do decreto n.° 8 de 24
em que Antonio da Costa Ferreira e outros pedem a de dezembro de 1901, relativamente á inspecção das es-
rescisão do decreto sobre consulta do Supremo Tribu- colas primarias do municipio de Lisboa 1134
nal Administrativo publicado no Diario do Governo n.° 27 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 271,
74, de 3 de abril de 1900 1125 de 29 de novembro) determinando que as fabricas de
20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo n.º 265, conservas de peixe fiquem de ora avante consideradas
de 22 de novembro) negando provimento no recurso da como estabelecimentos insalubres de 1.° classe 1135
Camara Municipal da Ribeira Grande sobre reducção 27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
no vencimento de um facultativo de partido 1126 Governo, n.° 271, de 29 de novembro) regulando as con-
20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 265, dições com que podem ser feitas pelo Governo conces-
de 22 de novembro) negando provimento no recurso da sões de obras publicas no ultramar 1135
Camara Municipal de Alter do Chão sobre advertencia 27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Governo, n.° 272, de 1 de d
que dirigiu ao sub delegado de saude com respeito a
serviço do matadouro c a outros de policia sanitaria . 1126 geral das vias ferreas ao sul do Tejo 1136
27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
20 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 268, Governo, n.° 273, de 2 de dezembro) approvando o re-
de 26 de novembro) abrindo um credito especial do gulamento para o serviço da permutação de fundos por
27:237$560 réis para pagamento de vencimentos por intermedio do correio nas provincias ultramarinas e
diuturnidade de serviço a lentes da Universidade de districto autonomo de Timor 1110
Coimbra e das Escolas Medico-Cirurgicas de Lisboa e 27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
Porto 1127 Governo, n.° 274, de 3 de dezembro) negando provi-
20 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 268, mento no recurso de João Furtado de Medeiros contra
de 26 de novembro) determinando varias transferen- o despacho do Ministro que nomeou outro concorrente
cias de verbas na tabella da distribuição da despesa do para o logar de piloto-mor do porto artificial de Ponta
Ministerio do Reino no exercicio de 1901-1902 1127 Delgada, preterindo o recorrente 1176
20 Decreto (Ministerio da Fazenda—Diario do Governo. 27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
n.° 269, de 27 de novembro) resolvendo e mandando Governo, nº 274, de 3 de dezembro) declarando incom-
inserir opportunamente na pauta geral das alfandegas, patível o exercicio dc funcções de consul de uma nação
que sejam tributados com o direito de 100$000 réis estrangeira com as de membro do conselho do governo
cada um os vehiculos, systema americano, para tracção das provincias ultramarinas, e inelegíveis para vogaes
electrica, incompletos (sem as caixas) . 1127 do conselho de provincia os consules das nações estran-
20 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- geiras 1176
verno, n.° 269, de 27 de novembro) abrindo um credito 27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
especial de 6:039$000 réis para pagamento das diffe- Governo, n.° 274, de 3 de dezembro) negando provi-
renças de vencimentos de diversos funccionarios, pro- mento no recurso de Manoel Xavier Rodrigues contra
movidos e que mudaram de situação por effeito das or- o despacho do governador geral do estado da India
ganizações da engenharia civil c dos serviços da sua que o demittiu de escrivão ajudante da communidade
competencia 1127 de Simbá do concelho de Bardez 1177
20 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, n.° 27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
270, de 28 de novembro) abrindo um credito especial Governo, n.° 274, de 3 de dezembro) approvando o re-
de 24:626$914 réis para pagamento de despesas das gulamento de conservação e policia das estradas da
officinas da cadeia da Penitenciaria Central de Lisboa provincia de S. Thomé e Principe 1178
no exercicio de 1901-1902 1128 27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do
20 Alvará (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- Governo, n.° 274, de 3 de dezembro) estabelecendo
verno, n.° 270, de 28 de novembro) auctorizando Paul clausulas especiaes para os contratos de aforamento de
JBlanched a construir um caminho de ferro de via redu- terrenos ultramarinos de 2.n classe e de terrenos de 1.ª
zida desde a mina das Tulhas até em frente da Ilha do classe destinados a construcções 1193
Pessegueiro 1128 27 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 277,
20 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do de 6 de dezembro) regulando a aposentação dos empre-
Governo, n.° 273, de 2 de dezembro) approvando a or- gados da contadoria da Imprensa Nacional 1193
ganização aduaneira da provincia da Guiné Portuguesa 1130 27 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
20 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do n." 278, de 9 de dezembro) determinando que o posto
Governo, n.° 274, de 3 de dezembro) determinando que fiscal de Aldeia Nova com habilitação de 3.° classe fi-
o Procurador da Coroa e Fazenda junto da Relação de que em" correspondencia com a alfandega hespanhola
Moçambique poderá, quando as conveniências do ser- de Rosal de la Frontera 1194
viço o exigirem, ser mandado residir em Lourenço Mar- 27 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º 280,
ques, e estabelecendo a forma porque deverá ser subs- de 11 de dezembro) approvando o regulamento para
tituido na sua ausencia de Moçambique 1133 execução da carta de lei de 19 de julho ultimo, que
21 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 265, reorganizou o ensino da pharmacia. 1195
de 22 de novembro) denegando auctorização para o se- 27 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 281,
guimento do processo contra o administrador do con- de 12 de dezembro) approvando os horarios para as es-
celho da Feira 1133 colas de instrucção primaria centraes e parochiaes . . . 1206
21 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 265,
de 22 de novembro) denegando auctorização para o se- 27 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
guimento do processo contra o cabo de secção policial Governo, n.° 281, de 12 de dezembro) rejeitando, por
da freguesia de Santo Ildefonso da cidade do Porto. . . 1133 falta de competencia do tribunal, o recurso de Antonio Ferreira Coelho de Magalhães
25 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 270, ao posto de capitão de varios tenentes mais modernos
do 28 de novembro) nomeando tres lentes de instruc- do que elle recorrente 1217
ção superior e um professor de instrucção secundaria
27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
para os dois primeiros elaborarem um relatorio sobre o
verno, n.° 287, de 19 de dezembro) mandando cessar
ensino da historia em Portugal, e os outros dois uma
nas linhas ferreas do Estado o transporte gratuito dc
biographia das obras publicadas neste país sobre his-
machinas e apparelhos agricolas 1217
toria italiana, a fim de serem presentes ao congresso
internacional de sciencias historicas em Roma 1133 27 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
26 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 269, n.º 288, de 20 de dezembro) approvando e mandando
de 27 de novembro) denegando auctorização para o se- pôr em execução o regulamento do tiro nacional 1217
XXVIII
27 Decreto (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- Antonio Pinto de Albuquerque contra a deliberação da
verno, n.° 14, de 19 de janeiro de 1903) instituindo uma Camara Municipal de Oleiros, que lhe diminuiu de me-
medalha destinada a recompensar os bons serviços do tade o ordenado de juiz ordinario do respectivo julgado 1251
pessoal administrativo e jornaleiro dos quadros das di-
recções de exploração dos caminhos de ferro do Estado, 4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 277,
que será denominada — Medalha de bom serviço e com- de 6 de dezembro) negando provimento no recurso da
portamento exemplar 1223 Camara Municipal de Portalegre contra o alvará do go-
28 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do vernador civil do districto, que aposentou o escrivão da
Governo, n.° 271, de 29 de novembro) approvando o administração d'aquelle concelho com o ordenado de
contrato celebrado entre o Governo e Robert Williams 100$000 réis pagos pelo cofre do municipio 1252
para a construcção e exploração de um caminho de ferro 4 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 277,
entre a bahia do Lobito no districto de Benguella e a de 6 de dezembro) negando provimento no recurso da
fronteira leste da provincia de Angola (Erratas no Dia- Camara Municipal de Lamego contra a sentença do juiz
rio do Governo, n.° 272) 1224 de direito, que annullou a nomeação por ella feita p a r a
28 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar— Diario do o logar de thesoureiro do municipio com despreso do
Governo, n.° 271, de 29 de novembro) determinando disposto no artigo 147.° do Codigo Administrativo, en-
que o saldo existente no fundo do caminho de ferro de tão em vigor 1252
Benguella passe a augmentar a dotação da construcção 4 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 277,
do do Ambaca a Malange ; e que a sobretaxa de 6 por de 6 de dezembro) negando provimento no recurso de
cento ad valorem na exportação da borracha passe a ser José Luis da Silva, contra a sentença do auditor admi-
de 3 por cento ad valorem 1235 nistrativo do districto de Aveiro, que annullou a deli-
28 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- beração da Camara Municipal de Oliveira de Azemeis
verno, n.° 271, de 29 de novembro) reconhecendo como que vendera ao recorrente um terreno do municipio sem
negociaveis para terem cotação official nas Bolsas de as formalidades legaes 1253
Lisboa e Porto as 400 obrigações do valor nominal de 4 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 277,
50$000 réis cada uma, emittidas pela Camara Munici- de 6 de dezembro) approvando a deliberação da Camara
pal de Aveiro para resgate do mercado Manoel Firmino Municipal de Castello de Vide acêrca da criação de um
ou do Cojo 1235 partido municipal de parteira, dotado com 100$000 réis
28 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do annuaes 1253
Governo, n.° 273, de 2 de dezembro) auctorizando com 4 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 278,
cortas prescripções o exercicio da pesca a vapor nas de 9 de dezembro) determinando que a estação de saude
aguas dc Lourenço Marques 1235 de Cascaes passe de 3.ª á 2.a classe, 1253
28 Portaria (.Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
verno, n.° 278, de 9 de dezembro) determinando o modo Governo, n.° 278, de 9 de dezembro) approvando o re-
como devo proceder-se nos estudos das linhas que de- gulamento para o serviço da liquidação e cobrança da
vem constituir a rede ferro-viaria ao sul do Tejo 1236 contribuição do registo na provincia de Angola 1253
29 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo,n.° 272, 4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
de 1 de dezembro) mandando adoptar varias providen- Governo, n.° 278, de 9 de dezembro) approvando o re-
cias tendentes a evitar o desenvolvimento da raiva.. . . 1236 gulamento para o lançamento e cobrança da contribui-
ção predial urbana na provincia de S. Thomé e Prin-
cipe 1274
29 Aviso (Ministerio dos Negocios Estrangeiros — Diario do 4 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.º281,
Governo, n.° 272, de 1 de dezembro) declarando que de 12 de dezembro) approvando os programmas das dis-
pela legação da Austria-Hungria foi notificada a ciplinas que constituem
adhesão o ensino
do Governo das escolas
da Austrália normaes e telegraphica
á convenção
internacional 1237 de habilitação para o magisterio primario 1276
29 Portaria (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
273, de 2 do dezembro) approvando as instrucções para Governo, n.° 281, de 12 de dezembro) negando provi-
execução do regulamento dos serviços de inspecção e mento no recurso de Luis João Pinto contra a delibe-
fiscalização dos generos alimenticios 1237 ração da commissão municipal de Bardez, que o demit-
29 Portaria (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- tiu de thesoureiro do concelho 1289
verno, n.° 278, de 9 de dezembro) approvando o proje- 4 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
cto e orçamento da linha ferrea de Estremoz a Villa Governo, n.° 281, de 12 de dezembro) criando uma pa-
Viçosa 1250 rochia em Morgim nas Novas Conquistas, do Estado da
India 1289
5 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
Dezembro n.° 278, de 9 de dezembro) criando dois postos fiscaes
um em Pinheiro de Marim e outro no local da Meia L e -
goa, ficando fazendo parte da secção fiscal de Olhão . . 1290
1 Decreto (Ministerio da Fasenda — Diario do Governo,
n.° 273, de 2 de dezembro) determinando que deixem
5 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de ter effeito as disposições do decreto de 13 de agosto
verno, n.° 278, de 9 de dezembro) mandando considerar
ultimo que permittiu á Camara Municipal de Lisboa a
officiaes as correspondências trocadas entre a direcção
importação do gado vacum com diminuição de direitos 1251
da caixa de auxilio dos empregados telegrapho-postaes
e os chefes de serviço e das estações telegrapho-postaes 1290
1 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
verno, n." 49, de 4 de março de 1903) anullando o con-
9Portaria (Ministerio do Reino— Diario do Governo,n.º 279,
curso para a empreitada da Ponte cio Pinhão sobre o
de 10 de dezembro) denegando auctorização para o se-
rio Douro, c auctorizando de se contrate com a com-
guimento do processo contra o administrador do con-
panhia Alliança, do Porto, a construcção da referida
celho do Monção 1290
ponte c respectivas avenidas (Erratas no Diario do Go-
10 Portaria (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
verno n.º 51) 1438
Governo, n.° 280, de 11 de dezembro) permittindo a mo-
1 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go -
dificação do typo das obrigações prediaes que o Banco
verno, n.º 49, de 4 de março de 1903) auctorizando a
Nacional Ultramarino foi auçtorizado a emittir pela por-
Administração dos caminhos de ferro do Estado a con-
taria de 31 de maio ultimo (Erratas no Diario do Go-
tratar com a Empreza Industrial Portuguesa a cons-
verno, n.° 282) «,.1290
trucção da ponte do Pocinho sobre o Douro e respecti-
11 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 282,
vas avenidas 1439
de 13 de dezembro) elevando a freguesia de S. Miguel
2 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de Barreiros, sede actual do concelho da Maia, á cate-
verno. n.° 274, de 3 de dezembro) designando a letra A 11 Decreto
goria (Ministerio do Reino
de Villa, com —Diario dodeGoverno,
a denominação Villa den.°Bar-
282,
para servir durante o proximo anno de 1903 no afila- de 13 de dezembro) auctorizando a Camara Municipal 1290
reiros
de Guimarães a criar um corpo policial, composto com
medir 1251 um chefe, um cabo e doze guardas, remunerados nos
1 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º 277, termos do decreto de 24 de dezembro de 1892 1290
de 6 de dezembro) auctorizando a Camara Municipal de 11 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 282,
Castro Verde a applicar uma certa quantia do fundo de de 13 de dezembro) approvando a deliberação da Ca-
viação a obras de construcção dos paços do concelho. . 1251 mara Municipal da Chamusca acêrca da criação de um
partido de parteira com a dotação de 120$000 réis an-
1 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 277, nuaes 1291
de 6 de dezembro) negando provimento no recurso in-
11 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 282,
terposto pelo presidente da Camara Municipal de Evora
de 13 de dezembro) auctorizando o Governo a levantar
sem previa deliberação da mesma camara 1251
um emprestimo de 150:000$000 réis destinado á cons-
1 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 277,
de 6 do dezembro) negando provimento no recurso de
XXIX
trucção e installação do posto maritimo de desinfecção verno, n.° 289, de 22 de dezembro) mandando proceder
de Lisboa 1291 á construcção da estrada de ligação da igreja de Rans,
11 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 282, concelho de Penafiel, com o logar de Ribeiro, na estrada
de 13 de dezembro) declarando urgente a expropriação real n.° 36 1341
de certos terrenos, requerida pela J u n t a de Parochia de 11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
Morles, concelho de Gondomar, p a r a a construcção do verno, n.° 289, de 22 dc dezembro) mandando proceder
cemiterio da freguesia .. 1291 ã construcção de dois lanços da estrada de ligação da
11 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo, estrada real n.° 7 com a estrada real n.° 13 1342
n.° 282, de 13 de dezembro) negando provimento no re- 11 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
0
curso do administrador do concelho de Castro Daire e Governo, n 294, dc 29 fie dezembro) reformando a me-
Antonio Pinto Teixeira sobre a legalidade da constitui- dalha liainha D. Amelia, e tornando extensiva a sua
ção da J u n t a das côngruas do concelho e da nomeação concessão ás campanhas feitas no ultramar com o fim
por ella feita do cobrador na pessoa do dito Antonio de assegurar o dominio e soberania colonial da nação,
Pinto Teixeira 1291 e que por decreto sejam julgadas dignas d'aquella dis-
11 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, tincção 1342
n.° 283, de 15 de dezembro) abrindo um credito especial 11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
de 800$000 réis p a r a o pagamento da despesa liquidada verno, n.° 46, de 28 de fevereiro de 1903) approvando
com o movimento de tropas reclamado por diversos Mi- a organização da caixa de reformas subsidios e pensões
nisterios no exercicio de 1901-1902 1292 do pessoal dos serviços das obras publicas 1439
11 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, 12 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 283,
n.° 283, de 15 de dezembro) abrindo um credito espe- de 15 de dezembro) determinando que fique addido ao
cial de 200^000 réis para pagamento da despesa liqui- respectivo quadro um medico assistente do Hospital
dada com o serviço do recrutamento do exercito no exe- Real de S. José e Annexos 1342
cicio de 1901-1902 ... 1292 12 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
11 Portaria (Ministerio das Obras Publicas—Diario do Go- verno, n.° 286, de 18 de dezembro) auctorizando a aber-
verno, n.° 283, de 15 de dezembro) auctorizando o direc- tura á exploração da illuminação electrica na villa do
tor do Instituto Industrial e Commercial de Lisboa a Gouveia 1342
acceitar o legado de 4:000$000 réis em inscripções, 15 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 286,
deixado pelo fallecido João Antonio Vieira, p a r a com o de 18 de de dezembro) prescrevendo a forma da escrip-
rendimento instituir dois premios que serão conferidos turação e arrecadação dos emolumentos a que se refere
um ao alumno mais distincto do curso superior do com- o artigo 317.° do regulamento da instrucção primaria 1343
mercio, e o outro ao alumno mais distincto do curso ele- 17 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
mentar do commercio 1292 verno, n.° 289, de 22 de dezembro) mandando vigorar
11 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, na 5.a circunscripção dos serviços technicos de indus-
n.° 284, de 16 de dezembro) mandando eliminar da ta- tria o regime estabelecido para as quatro circunscrip-
bella da despesa do Ministerio da Fazenda do exerci- ções do contininente do reino 1343
cio de 1902-1903 a verba de 60:000$000 réis, e abrir no 18 Decreto (Ministerio do Reino —Diario do Governo, n.° 288,
mesmo Ministerio a favor do do Eeino um credito espe- de 20 de dezembro) approvando a deliberação da J u n t a
cial de igual importancia 1292 Geral do districto de Angra do Heroismo acêrca de
11 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, um emprestimo de 60:000$000 réis para determinadas
n.° 284, de 16 de dezembro) abrindo um credito espe- obras 1343
cial de 60:000$000 réis para pagamento de despesa com 18 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 288,
a acquisição e manufactura de artigos de material de de 20 de dezembro) fixando em vinte e quatro o numero
guerra no exercicio de 1902-1903 1293 de guardas campestres do concelho da Horta, remune-
11 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do rados somente com a parte das multas que lhes com-
Governo, n.° 284, de 16 de dezembro) approvados e man- petir 1343
dados pôr em execução desde o 1.° de julho do proximo 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 288,
futuro anno nas provincias ultramarinas e districto au- de 20 de dezembro) fixando em 450$000 réis a dotação
tonomo de Timor, os regulamentos para o serviço dos annual de cada um dos partidos medicos municipaes,
correios ultramarinos 1293 actualmente vagos no concelho de Tondella 1343
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º 288,
verno, n.° 284, de 16 de dezembro) determinada a aber- de 20 de dezembro) negando provimento no recurso da
tura de um credito especial de 3:500$000 réis para pa- Camara Municipal de Celorico da Beira acêrca da sup-
gamento por sobras de despesas liquidadas e não pagas pressão de um logar do facultativo do concelho 1343
do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Indus- 18 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 288,
tria no exercicio de 1900-1901 1340 de 20 de dezembro) negando provimento no recurso da
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- Camara Municipal de .Macedo de Cavalleiros contra o
verno, n.° 284, de 16 de dezembro) transferindo diver- accordão do Conselho de districto de Bragança, que lhe
sas quantias de uns para outros artigos da tabella da mandou pagar certos ordenados ao escrivão da mesma
despesa do Ministerio das Obras Publicas, Commercio camara 1344
e Industria do exercicio de 1901-1902 1340 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°288,
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- de 20 de dezembro) negando provimento no recurso
verno, n.° 286, de 18 de dezembro) mandando incluir no da Camara Municipal de Ílhavo contra o aceordão do
numero das estradas municipaes do districto de Coim- Conselho de districto de Aveiro, que annullou a postura
bra duas estradas do concelho de Oliveira do Hospital 1340 municipal prohibindo a apanha de moliço no lago da
Costa Nova aos habitantes de fóra do concelho 1344
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n."288,
verno, n.° 286, de 18 de dezembro) mandando incluir do 20 de dezembro) negando provimento no recurso de
uma estrada do concelho de Mortagua no numero das Manoel Antonio Rodrigues e outros proprietarios, do
estradas municipaes do districto de Viseu 1340 logar de Faiões, contra a divisão dc baldios feita pela
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- Camara Municipal de Chaves 1344
verno, n.° 286, de 18 de dezembro) mandando incluir no 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.º288,
numero das estradas municipaes do districto de Viseu dc 20 de dezembro) negando provimento no recurso da
o novo lanço da estrada que, partindo da estrada real Camara Municipal de Ferreira do Zezere contra a sen-
n.° 48, vae á estação de Mangualde no caminho de ferro tença do auditor administrativo do districto, que an-
da Beira Alta 1341 nullou a nomeação de Theodoro Guilherme Ildefonso
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- Collaço para medico de partido, e mandou que a no-
verno, n.° 286, de 18 de dezembro) declarando urgente meação recaísse noutro concorrente, unico legalmente
a expropriação de uma parcella de terreno para a cons- habilitado no respectivo concurso 1345
trucção de um lanço da estrada districtal n.° 79 1341 18 Portaria (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- verno, n." 288, do 20 de dezembro) auctorizando a fusão
verno, n.° 287, de 19 de dezembro) declarando urgente dns Associações de soccorros mutuos Montepio de Nossa
a expropriação de uma parcella de terreno para a cons- Senhora da Gloria e Independencia Lusitana 13-16
trucção da Estação Agricola de Distillação no concelho 18 Decreto (Ministerio da Justiça — Diario do Governo,
de Torres Vedras 1341 n.° 289, de 22 de dezembro) transferindo para o juiz de
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- direito da comarca de Villa Viçosa o julgamento das
verno, n.° 287, de 19 de dezembro) declarando urgente contravenções c transgressões das posturas municipaes
a expropriação de uma parcella de terreno p a r a a cons- do concelho de Borba 1346
trucção da Estação Agricola de Destillação no concelho 18 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 290.
da Figueira da Foz 1341 de 23 de dezembro) collocando os professores das eseo-
11 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
XXX
las normaes e de habilitação para o magisterio prima- Governo, n.° 294, de 29 de dezembro) negando provi-
rio nos differentes grupos de disciplinas 1346 mento no recurso de Victorino Francisco Bernabé da
18 Deereto (Ministerio do R e i n o — D i a r i o d o Governo, n.º 291, Costa Campos contra o accordão do Conselho de Pro-
de 24 de dezembro) approvando o regulamento da vincia, que sederecusou
Academia Bellas aArtes
tomare conhecimento da recla-
do Museu Nacional de Lisboa 1348
mação, que lhe dirigira por ter sido injustamente de-
18 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, mettido do logar do primeiro official da secretaria da
n.° 295, de 30 de dezembro) lixando as funcções que de- Misericordia de Goa 1391
vem ser desempenhadas pelos officiaes do corpo de al- 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
moxarifes militares 1368 Governo, n.° 294, de 29 de dezembro) applicando ã co-
18 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, marca de Cabo Delgado as disposições da organização
n.° 295, de 30 de dezembro) modificando o systema judicial da comarca da Beira relativas á constituição de
actualmente seguido para o abono dos vencimentos das julgados territoriaes,e constituindo desde j á o primeiro
praças de pret do exercito 1369 com sede em Porto Amelia (Pemba) 1391
18 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, 24 Decreto (Ministerio da Marinha e UItramar — Diario do
n.° 295, de 30 de dezembro) modificando e regulando a Governo, n.° 295, de 30 de dezembro) approvando os
maneira por que devem ser constituídos os conselhos novos estatutos da Liga Naval Portuguesa 1391
administrativos dos corpos, repartições e estabeleci- 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
mentos militares que tenham fundos á sua disposição. . 1376 Governo, n.° 295, de 30 de dezembro) reduzindo a um
18 Decreto Ministerio da Guerra — Diario do Governo, unico imposto, sob a denominação de imposto de mercês
n.° 295, de 30 de dezembro) approvando e mandando ultramarinas, os direitos de mercê, sêllo, emolumentos
pôr em' execução varias modificações ao regulamento e addicionaes devidos pelo provimento de empregos pu-
para o serviço das inspecções dos corpos, estabeleci- blicos do ultramar (Erratas no Diario do Governo, nº1,
mentos e repartições militares 1382 de 2 de janeiro de 1003) 1397
19 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 288, 24 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 1,
de 20 de dezembro) resolvendo duvidas sobre se estão de 2 de janeiro de 1903) transferindo varias quantias
sujeitas á licença e fiscalização policial as casas de em- de uns para outros artigos da tabella da despesa do
prestimos sobre penhores, estabelecidas pelas socieda- Ministerio da Guerra no exercicio de 1901-1902 1400
des anonymas 1383 24 Alvará (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
19 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°288, Governo, n.° 4, de 7 de janeiro de 1903) approvando os
de 20 de dezembro) determinando que fique addido ao estatutos da associação de classe denominada Caixa
respectivo quadro um cirurgião do Banco do Hospital Economica, dos funccionarios do Estado em serviço na
Real de S. José e Annexos 1383 provincia de Cabo Verde 1400
19 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo, 24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
n.° 289, de 22 de dezembro) denegando auctorização Governo, n.° 5, de 8 de janeiro de 1903) mandando que
para o seguimento do processo instaurado contra um fique caduca a concessão feita a Eusebio Serodio Go-
a mes das minas de cobre situadas no Bembe, provincia
fiscal de 2. classe do corpo dc fiscalização dos impostos 1383
de Angola 1403
22 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 5, 24 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
de 8 de janeiro do 1903) mandando louvar uma senhora n.° 32, de 11 de fevereiro de 1903) approvando o regu-
pela doação feita á camara municipal do concelho do lamento para a execução da lei de 24 de maio do cor-
Cartaxo de um edificio para a escola do sexo feminino rente anno, relativa á industria e commercio das substan-
do logar da Ereira, no mesmo concelho 1384 cias explosivas 1403
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 293, 26 Decreto (Ministerio da Marinha e U l t r a m a r — D i a r i o do
de 27 de dezembro) dissolvendo a Camara Municipal de Governo, n.° 293, de 27 de dezembro) auctorizando o
Boticas, e nomeando a commissão que interinamente ha Governo a reformar a legislação relativa ao engaja-
de reger os negocios do municipio 1384 mento de trabalhadores para a provincia de S. Thomé
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 293, e Principe (Erratas no Diario do Governo, n.° 294) . . . 1423
de 27 de dezembro) approvando a deliberação da Ca- 27 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo,n.°294,
mara Municipal de Chaves acêrca da criação de um par- de 29 de dezembro) denegando auctorização para o se-
tido medico com a dotação annual de 300$000 réis . . . 1384 guimento do processo instaurado contra o administra-
dor. que foi, do concelho de Ponta do Sol, Candido Go-
24 Decreto (Ministerio do Reino—Diario do Governo, n.° 293, mes 1423
de 27 de dezembro) concedendo provimento no recurso 27 Portaria (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 294,
da Camara Municipal da Vidigueira sobre a reducção de 29 de dezembro) denegando auctorização para o se-
que fez no ordenado de um seu facultativo de partido 1384 guimento do processo instaurado contra os guardas
n.°5 278 e 327 do corpo de policia civil da cidade do
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo,n.° 293, Porto 1424
de 27 de dezembro) negando provimento no recurso de 27 Portaria (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
José Augusto Ferreira Machado contra o despacho do n.° 1, de 2 de janeiro de 1903) denegando auctorização
governador civil do Porto que concedeu licença para para o seguimento do processo instaurado na comarca
o estabelecimento de uma fabrica de tintas 1385 de Torres Vedras contra um fiscal de 2.ª classe dos im-
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 293, postos 1424
de 27 de dezembro) determinando que para o artigo 22.º 29 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo, n.° 1,
da tabella da despesa do Ministerio do Reino no exer- de 2 de janeiro de 1903) abrindo um credito especial de
cicio de 1901-1902 se effectue a transferencia de cer- 765:800$000 réis para pagamento de vencimentos e ou-
tas verbas na importancia de 4:082$151 réis 1386 tras despesas já liquidarias, resultantes do maior nu-
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 293, mero de praças de pret do exercito que estiveram na
do 27 de dezembro) transferindo diversas quantias de effectividade do serviço no exercicio de 1901-1902.. . . 1424
varios artigos da tabella da despesa do Ministerio do
Reino do exercicio de 1901-1902 para o artigo 32.° da 31 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.°2,
mesma tabella na importancia de 30:061$000 réis (Er- de 3 de janeiro de 1903) approvando a deliberação da
ratas no Diario do Governo, n.° 1, de 2 de janeiro de Camara Municipal de Cintra acêrca do contrato para
1903) 1386 a illuminação a luz electrica daquella villa e de Col-
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar—Diario do lares 1424
Governo, n.° 293. de 27 de dezembro) additando varias 31 Decreto (Ministerio da Fazenda — Diario do Governo,
disposições ao decreto de 13 de agosto ultimo sobre n.° 3, de 5 de janeiro de 1903) mandando transferir di-
reivindicação de terrenos em Lourenço Marques 1386 versas quantias de uns para outros artigos da tabella
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do da despesa ordinaria do Ministerio da Fazenda para o
Governo, n.° 293, de 27 de dezembro) auctorizando e exercicio de 1901-1902 1430
regulando o arrendamento dos talhões disponíveis de 31 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
terreno marginal conquistado ao mar pela execução dos Governo, n.° 4, de 7 de janeiro de 1903) auctorizando
trabalhos da 1.ª secção de melhoramentos do porto de o Governo a fazer cunhar até 300:000 rupias em prata,
Lourenço Marques 1388 em emissões successivas de 50:000, com destino a refor-
24 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do çar a circulação da moeda de prata privativa do Estado
Governo, n.° 293, de 27 de dezembro) criando no pla- da India 1430
nalto de Caconda uma colonia agricola de duzentas fa- 31 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
milias, e regulando a sua constituição 1390 verno, n.° 4, de 7 de janeiro de 1903) auctorizando a
24 Decreto (Ministerio do Reino — Diario do Governo, n.° 294, importação de trigo exotico, regulando o seu rateio e
de 29 de dezembro) negando provimento no recurso da fixando o respectivo direito 1430
Camara Municipal do Barreiro sobre lançamento do im- 31 Decreto (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go-
posto especial da instrucção primaria a pessoas isentas verno, n.° 6, de 9 de janeiro de 1903) declarando ur-
de impostos geraes do Estado 1390
24 Dec roto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do
XXXI
gente a expropriação de uma parcella de terreno para o disposto na organização militar do ultramar com re-
a construcção de um lanço da estrada districtal n.° 79 1431 lação ao augmento do tempo de serviço 1433
31 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
31 Alvará (Ministerio das Obras Publicas — Diario do Go- n.° 32, de 11 de fevereiro de 1903) determinando que
verno, n.° 12, de 16 de janeiro de 1903) concedendo á a bateria da Lage, que faz parte do campo entrinchei-
companhia das Aguas da Curia licença para explorar rado de Lisboa, passe a denominar-se Bateria Bainha
as nascentes de aguas minero-medicinaes denominadas Maria Pia 1433
da Curia, situadas na freguesia de Tamengos, concelho 31 Decreto (Ministerio da Guerra — Diario do Governo,
da Anadia 1432 n.° 32, de 11 de fevereiro de 1903) determinando que
31 Decreto (Ministerio da Marinha e Ultramar — Diario do a primeira bateria da Raposeira, que faz parte do
Governo, n.° 20, de 27 de janeiro de 1903) applicando campo entrincheirado de Lisboa, passe denominar-se
aos officiaes e praças de pret que compõem a força do Bateria Infante D. Manoel 1433
districto da Lunda, ou ali façam serviço eventualmente,
ANNO DE 1902

JANEIRO

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO 2.a Repartiçáo

Direcção Geral de Administração Politica e Civil Hei por bem declarar, nos termos da carta de lei de 11
de maio de 1872, de utilidade publica urgente, para o
l. a Repartiçáo alargamento da rua D. Isabel, na cidade d6 Evora, a ex-
propriação requerida pela competente Camara Municipal
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal de 93 metros quadrados de terreno do quintal do predio
Administrativo acêrca do recurso n.° 11:433, em que 6 n.° 15, de que é proprietaria a Viscondessa da Esperança,
recorrente Henrique da Fonseca Mesquita, e recorrido na mesma rua, descriptos nas plantas, que com este de-
José de Campos ' Paes do Amaral e de que foi relator o creto baixam competentemente authenticadas.
Conselheiro, Vogal effectivo, E d u a r d o José Segurado: O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Mostra-se d'este processo que o presente rccurso vern cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
interposto por Henrique. da Fonseca Mesquita, da sentença entendido e faça executar. Paço, em 9 de janeiro de
do auditor administrativo do districto de Castello Branco, 1902. = R E I , = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
que attendeu a reclamação do bacharel José de Camjoos D. do G. n.° 7, de 10 de janeiro.
P a e s do Amaral, contra a nomeação do recorrente em con-
curso a que ambos foram, de amanuense da secretaria da
Camara Municipal do concelho do Fundão, com o funda-
mento de que o reclamante excedia por muito os mereci- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
mentos litterarios do nomeado;
O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico: Secretaria Geral
Considerando que as camaras municipaes podem no-
mear, em concurso, amanuenses das suas secretarias qual- Determina o artigo 4.° do decreto de 30 de junho de
quer dos concorrentes que possuam as habilitações neces- 1898 que corra pela Repartição do Gabinete da Secreta-
sarias para que a esse concurso possam ser admittidos, ria Geral do Ministerio, todo o expediente relativo ao pes-
.visto que a lei neste caso não designa motivos de prefe- soal das repartic.ões de fazenda districtaes e concelhias,
rencia: incluindo os recebedores dos eoncelhos e os delegados do
Hci por bem, conformando-me com a mesma consulta, Thesouro.
dar provimento no recurso e revogar a sentença recorrida. Teve naturalmente por fim esta disposição centralizar
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de na referida secretaria o movimento de todo o pessoal de-
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios pendente do Ministro da Fazenda, para mais rapida infor-
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paç.o, mação do respectivo Ministro, em relação á quantidade e
em G de janeiro de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho categoria dos diversos funccionarios.
Hintze Ribeiro. E certo, porem, que para as nomeaçoes, promoçõos,
D. do Cr. ii.°SI, de H de fevereiro. transferencias e commissões do pessoal de fazenda uas re-
partições districtaes e concelhias teem de préviamente in-
tervir as informações das Direcções Geraes das Contribui-
Attendendo ao que me representou o competente Go- ções Direetas e da Thesouraria de modo que o expediente
vernador Civil, e conformando-me com o parecer da Pro- se complica com esclarecimentos que demoram a execução
curadoria Geral da Coroa e F a z e n d a : hei por bem, nos rapida das providencias que a maior p a r t e das vezes ó
termos do artigo 38.°, § 1.°, do decreto de 8 de agosto ul- mister tomar de prompto por aquellas direcçõe3, e por isso
timo, designar o dia 17 do proximo mês de março para o convem modificar o andamento do serviço de modo a evi-
coineço das operações do reeenseamento eleitoral do con- tar os referidos inconvenientes.
celho de A n g r a do Heroismo, observando-se nos actos sub- Nestes termos :
sequentes prazos analogos aos íixados no mesmo decreto. Hei por bem decretar o seguinte, com fundamento na
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- base 7. a da carta do lei de 13 de maio de 1901 :
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha Artigo 1.° Os despachos para nomeações, promoções,
entendido e faça executar. Paço, em 9 de janeiro de transferencias, licenças e commissões do pessoal de fa-
1 9 0 2 . = R E I . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. zenda nos districtos, concelhos e bairros, serão sempre
D. do G. n,° 7, dc 10 de janeiro. lançados pelo Ministro da F a z e n d a sobre propostas funda-
1
Janeiro 16 2 1902

mentadas n a Direcção Geral das Contribuições Directas, | timo, n a parte relativa á promoção dos primeiros aspiran-
como serão lançados sobre propostas fundamentadasna Di- , tes das alfandegas aos logares de sub-inspectores: manda
recção Geral da Thesouraria os que respeitam ás nomea- I Sua Majestade El-Rei declarar, pela Administração Geral
ções, promoções, transferencias, licenças e commissões dos das Alfandegas, que aos actuaes primeiros aspirantes é
recebedores. mantido o direito á promoção por antiguidade, nos termos
§ unico. Fica expressamente determinado que as vagas do artigo 2.° do decreto de 29 de novembro de 1900, nas
que se derem posteriormente á collocação dos emprega- vagas dos sub-inspectores que tenham pertencido á classe
dos, em virtude das disposições do decreto n.° 1, de 24 de terceiros officiaes.
de dezembro ultimo, serão providas dentro de trinta dias Paço, em 9 de janeiro de 1902. =Fernando Mattozo
improrogaveis. Santos. D . do G. n.° 11, de 15 de janeiro.
Art. 2.° As referidas direcções communicarão á Repar-
tiçáo do Gabinete da Secretaria Geral os despachos a que
se refere o artigo 1.° do presente decreto, a fim de que a
mesma repartição possa expedir os respectivos diplomas, MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
registá-los no cadastro geral do pessoal do Ministerio da
Fazenda e enviar as competentes communicações á Direc- 4. a Repartição da D i r e c ç ã o Geral
ção Geral da Cont.abilidade Publica. da Contabilidade Publica
A r t . 3.® Compete tambem ás mencionadas direcções
remetter p a r a a Secretaria Geral os processos que de^am Nos termos da alinea a) do § 4.° do artigo 1.° da c a r t a
ser apreciados pelo Conselho Disciplinar p a r a applicação de lei de 12 de junho de 1901, e usando da faculdade
de penas quando para esse fim h a j a auctorização do Mi- concedida ao Governo no artigo 14.° da mesma lei, que
nistro da Fazenda. manda continuar em vigor, no exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 ,
§ unico. Os processos disciplinares serão instruidos pelo as disposições do § unico do artigo 17.° da carta de lei
chefe da Repartição do Gabinete, podendo sobre elles ser de 3 de setembro de 1897, guardadas as prescripções do
ouvido o auditor a que se refere o artigo 5.° do decreto § 9.° do artigo 1.° da carta de lei de 30 de j u n h o de
n.° 3, de 24 de dezembro do anno findo. 1891 e as do artigo 1.° do decreto n.° 2, de 15 de de-
A r t . 4.° P a r a completa execução do que fica determi- zembro de 1894, tendo ouvido o Conselho de Ministros:
nado no final do § unico do artigo 1.° do presente de- hei por bem determinar que, no Ministerio dos Negocios
creto, abrir-se-hão opportunamente concursos para os lo- da Fazenda, e devidamente registado na Direcção Geral
gares de promoção no pessoal dos serviços externos de da Contabilidade Publica, seja aberto, a favor do Ministe-
fazenda dos districtos e eoncelhos dependentes das Direc- rio dos Negocios Ecclesiasticos e de Justiça, um credito
ções Geraes das Contribuições Directas e da Thesouraria. especial da quantia de 39:l97j)653 réis, para pagamento
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da da terça parte do ordenado que se liquidou dever a ma-
F a z e n d a assim o tenha entendido e faça executar. Paço, gistrados judiciaes, e 50 por cento por diuturnidade de
em 9 de janeiro de 1902. = R E I . — Fernanão Mattozo serviço a empregados da Procuradoria Geral da Coroa e
Santos. XX ( J . n O 8, de 11 de janeiro.
d 0 Fazenda, em conformidade com o decreto n.° 3, de 29 de
março de 1890, e carta de lei de 15 de janeiro de 1891,
devendo a mencionada quantia, descripta no m a p p a junto,
que faz parte do presente decreto, e baixa assignado pelo
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR Ministro dos Negocios Ecclesiasticos e de Justiça, ser
addicionada á verba destinada a despesa de exercicios
Direcção Geral do UItramar findos, classificada no capitulo 10.°, artigo 29.°, da tabella
da distribuição dos encargos no segundo dos referidos Mi-
2.a Repartiçío nisterios no corrente exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 .
1." Secçao O Tribunal de Contas julgou este credito nos termos de
ser decretado.
Determinando o regulamento provisorio da fiscalização
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Eccle-
e cobrança do imposto do alcool e das aguardentes nas
siasticos e de Justiça, e o dos da Fazenda, assim o tenham
provincias de Angola e Moçambique, approvado por de-
entendido e façam executar. Paço, em 9 de janeiro de
creto com força de lei de 23 de dezembro do anno findo,
1902. = R E I . = Arthur Alberto de Campos Iienriques =
quaes as funcções de fiscalização que nos districtos das di-
Fernando Mattozo Santos.
tas provincias competem aos respectivos governadores, e
não existindo funccionario especial com esta denominação
no districto de L o a n d a : hei por bem ordenar que, neste Mappa a que se refere o decreto com a data de hoje
districto, o inspector de fazenda desempenhe as funcções
que pelo alludido regulamento sao attribuidas aos gover- O o
nadores dos districtos. D e s i g n a ç ã o da despesa Importancia
êT <
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- O

rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu-


t a r . Paço, em 9 de janeiro de 1 9 0 2 . = R E I . = Antonio 1 0 . ° 29." Exercicios findos :
Teixeira de Sousa. D . do G. n.° 10, de 14 de janeiro. Augmento da terça parte do orde-
nado a um juiz de 2.* instancia. . 3:284^196
Augmento da terça parte do orde-
nado a doze juizea de 1." instancia 31:2321103
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA Augmento de 50 por cento por diu-
turnidade de serviço a dois offi-
ciaes e um sub-chefe archivista
Administração Geral das Alfandegas na secretaria da Procuradoria Ge-
e Contribuições Indirectas ral da Coroa e Fazenda 4:681$354
39:197^653
l. a Repartição
Tendo -se suscitado duvidas sobre o modo de interpre- Paço, em 9 de janeiro de 1902. = Arthur Alberto de
Campos Henriques.
tar as disposições do decreto n.° 5, de 24 de dezembro ul-
D . do G. 26, do 3 de fevereiro.
1902 3 Janeiro 30.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO de evitar a propagação das bexigas, que estão fazendo
innumeras victimas no elemento indigena das provincias
Direeção Geral de Administraçào P o l i t i c a e Civil ultramarinas: ha por bem Sua Majestade El-Rei deter-
minar o seguinte:
2.a Repartição 1.° Nos hospitaes militares, delegações de saude e am-
bulancias haverá duas sessões vaccinicas por semana.
Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por 2.° Os facultativos encarregados da vaccinação terão
certidão, os autos do corpo de delicto proceasadoa pelos todo o cuidado de cviar e conservar fontes abundantes e
cartorios do primeiro e do segundo officio do competente puras de vaccina, utilizando como vaeciniferos, emquanto
juizo de direito, contra o administrador, que foi, do conce- as circumstancias não permittirem o uso exclusivo da vac-
lho do Redondo, Antonio Maria da Silva, e o seu dele- cina animal, as erianças pelo menos de quatro meses e
gado na respectiva assembléa eleitoral, Antonio Marcellino os adultos sãos e robustos não vaccinados.
Igreja, por lhes serem imputaclos diversos actos e violen- a) Quando a vaccina tenha perdido a sua virulencia ou
cias offensivas das pessoas e dos direitos dos eleitores por por qualquer motivo se extinga, será requisitada imme-
occasião da eleição, a que naquella villa se procedia em diatamente nova vaccina aos governadores.
27 de janeiro de 1901; 3.° Os facultativos encarregados do serviço de saude
Vistas as informações do Governador Civil do districto dos eorpos e destacamentos militares deverão vaccinar e
de Evora e o acordão do Supremo Tribunal de Justiça, revaccinar todos os recrutas e soldados e renovar a ope-
de 23 de julho do mesmo anno : ração naquelles em que o resultado fôr negativo, tantas
Ha por bem denegar, nos termos do artigo 431.° do vezes quantas o julguem necessario.
Codigo Administrativo, a precisa auctorização para o se- 4.° Os agricultores, commerciantes, companhias e to-
guimento dos sobreditos processos. dos os que tenham ao seu serviço indigenas contratados
Paço, em 13 de janeiro de 1902. =Ernesto Rodolpho ou nâo, ; serão obrigados a fazê-los vaccinar e revaccinar.
Hintze Ribeivo. 5.° É criada no laboratorio bacteriologico do Hospital
D . do G. l l j de do janeiro. de Loanda uma secção vaccinogenica para a cultura, co-
lheita e conservação da vaccina animal, destinada ao ser-
viço vaccinico das provincias de Angola e S. Thomé e
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA Principe.
a) A vaccina fornecída a S. Thomé e Principe será de-
Direeção Geral da Contabilidade Publica bitada a esta provincia pela sua importancia.
b) A vaccina animal poderá ser fornecida ás corporações
2,a Repartição administrativas, associações de beneficencia e individuos
que a requisitarem, mediante um preço mininio fixado
Com fundamento nos artigos 57.° e Õ8.° do regulamento pelo governador da provincia.
geral da contabilidade publica de 31 de agosto de 1881 e G.° E criado o serviço de vaccina ambulante em todas
em harmonia com as dispusições do § unico do artigo 17.° as provincias ultramarinas para a vaccinação dos indige-
da carta de lei de 3 de setembro de 1897, mandadas vi- nas nos seus bairros ou povoações.
gorar no exercicio de 1901-1902 pelo artigo 14.° da de 7.° O itinerario e os centros cle vaccinação serão mar-
12 de junho de 1901: hei por bem, tendo ouvido o Con- cados préviamente, tendo em vista a densidade da popu-
selho de Ministros, d e t e m i n a r que no Ministerio dos Ne- lação e a distancia que os vaccinandos devem percorrer, e
gocios da Fazenda, guardadas as prescripções do § 9.° do serão annunciados com a necessaria antecedencia, para
artigo 1." da carta de lei de 30 de junho de 1891 e as do que d'elles todos possam ter conhecimento.
artigo 1.° do decreto n.° 2, de 15 de dezembro de 1894, 8.° O serviço de vaccina ambulante será desempenhado
seja aberto um eredito especial, devidamente registado na pelos delegados de saude dentro dos seus districtos sani-
Direeção Geral da Contabilidade Publica, a favor do niesmo narios, sem prejuizo das funcções que mais especialmente
Ministerio, para despesas de «Serviço proprio» que consti- lhes incumbe e por facultativos dos quadros nomeados de-
tuem a terceira parte da respectiva tabella da despesa or signadamente para esse fim nas povoações mais distantes.
dinaria, pela quantia de 100$000 réis, que foi liquidada «) Os internos dos hospitaes poderão ser encarregados
pela auctorização do capitulo 9.°, artigo 45.°, secçào 3. a , do serviço de vaccina ambulante.
do exercicio de 1900-1901 e que existir em sobra é trans- i) Os missionarios, depois de convenientemente instrui-
ferida para a secção 2. a de identico capitulo e artigo do dos, tambem poderão ser encarregados do serviço de vac-
de 1901-1902, a fim de que se possa realizar o seu pa- cina ambulante dentro da area das suas respectivas juris-
gamento nos termos regulamentares. dicções.
O Tribunal de Contas declarou achar-se este eredito nos 9.° As auctoridades administrativas acompanharâo os
termos de ser decretado. facultativos vaccinadores dentro das suas circumscripções
O Ministro e Sccretario de Estado dos Negocios da Fa- para lhes prestarcm todo o auxilio de que careçam para
zenda, Õ interino dos Estrangeiros, assim o tenha enten- o bom desempenho da sua importante missão.
dido e faça executar. Paço, em 13 de janeiro de 1 9 0 2 . = 10.° As despesas com o serviço de vaccina ambulante
R E I . —Farnando Mattozo Santos. sairão das verbas consignadas nos orçamentos das provin-
D . do G. u.° 38, de 18 de fevoreiro. cias ultramarinas para transportes e despesas eventuaes,
emquanto para esse fim se não inscreverem verbas espe-
ciaes.
11.° As auctoridades administrativas e sanitarias teríio
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR como muito recommendada a execução permanente d'esta
portaria, e os governadores e chefes do saude informarào
Direeção Geral do UItramar mensalmente a Direeção Geral do UItramar do modo como
ella se cumpre, dando parte do numero de individuos vac-
Repartição de Saude cinados em cada scssão vaccinica, dos resultados obtidos,
da vaccina empregada e de tudo mais que se relacione
Sendo de urgente necessidade tornar eífectivas, por rneio ' com o assumpto que tào directamente interessa á riqueza
de preceitos regulamentares, as disposições do n.° 15.° do i e desenvolvimento das colonias.
artigo 50.° da carta de lei de, 28 de rnaio de 1896, a fim O que, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Ma-
Janeiro 16 4 1902

rinlia e UItramar, se communica aos governadorcs das bem, conformando-me com o parecer da Procuradoria Geral
provincias ultramarinas e do districto autonomo de Timor, da Coroa e Fazenda, fixar o clia 10 do proximo mês de
p a r a seu conheciniento c tlevidos effeitos. fevereiro, para se iniciarem no concelho de Loulé as ope-
Paço, em 14 cle janeiro de 1902.= Antonio Teixeira de rações do reeenseamento eleitoral, devendo observar-se
Sousa. D . flo CÍ. n.° DS, de 13 de março. nos actos subsequentes prazos analogos aos estabelecidos
no citado decreto.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO entendido e faça executar. Paço, em 16 de janeiro de
1902. = R E I , = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
Direcção Geral cle Administração Politica e Civil
I>. do G. n.° 14, do 18 de j a n e i r o .

2,a Repartição
Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente, por certi-
dão, o auto de corpo de delieto, a que se procedeu no 2.a Repartição
juizo de direito do segundo districto criminal do Porto,
contra o administrador do concelho de Villa Nova de Gaia, Vistas as informações officiaes e o disposto nos artigos
bacharel Henrique José Moreira de Sousa, arguido por 55.°, n.° 1.°, 57.° e 425.° do Codigo Administrativo: hei
Apjjolonia Maria Castro, de contra ella ter abusado da sua por bem approvar a deliberação da Camara Municipal do
auctoridade em abril ultimo ; e mostrando-se d'aquelle auto, concelho de Villa Franca do Campo, de 20 de novembro
das investigações e informações officiaes, que a dita Appo- ultimo, acêrca do emprestimo de 7:500$000 réis, que pre-
lonia fôra denunciada como responsavel em diversos fur- tende contrahir para a construcção de um mercaclo de
tos, por neeessidade de cujas averiguações foi detida po- peixe e um aquaçtelamento militar, com a clausula cle que
licialmente : ha por bem denegar, nos termos clo artigo a respectiva amortização não exeederá a cloze annos nem
431.° do Codigo Administrativo, a precisa auctorização a 902^915 réis em cada anno, a somma dos encargos do
para o seguimento do respectivo processo. mesmo emprestimo.
Paço, em 15 de janeiro de 1902. = Ernesto Rodolpho O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Hintze Ribeiro. D . do G . n . ° 12, de 10 de janeiro.
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 16 de janeiro de
1902. = R E I . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
B. do G. n.° 14, de 2S de janeiro.
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
Direcção Geral da Agricultura
3.a Repartição Hei por bem fixar, nos termos da disposição k) do ar-
tigo 1.° da carta de lei de 12 de junho de 1901, em
Serviços pecuarios 600^000 réis fortes o ordenado annual do commissario do
corpo da policia civil do districto de Ponta Delgada.
Tendo-se desenvolvido a epizootia de febre aphtosa em O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
varios districtos do reino, e designadamente nos estabulos cretario cle Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
da eapital e seus suburbios, apresentando-se a mesma epi- entendido e faça executar. Paço, em 16 de janeiro de
zootia com uma insolita gravidade, a ponto de alarmar 1902. = I í E I . = E r n e s t o Rodolpho Hintze Ribeiro.
tanto os possuidores cle gado como os clinicos veterinarios
da eapital: ha por bem Sua Majestade El-Rei, nomear uma D . do G. il. 0 14, de 18 de janeiro.

commissão, com o fim de estudar as causas da extraor-


dinaria gravidade da zoonoze, e bem assim propor as provi-
dcncias medicas e d e policia sanitaria que as circumstancias
exigem, devendo a roferida commissão ser constituida pe- Vistas as informações officiaes e o disposto no artigo 438.°
los scguintes funccionarios: Antonio Gonçalves Ramalho, do Codigo Administrativo : hei por bem fixar em quatro o
inspcctor clos serviços pccuarios, que será o presidente, numero clos cantoneiros municipaes do concelho deValença,
Salvador Augusto Gamito de Oliveira, inspector addido, e em 72?>000 réis a dotação annual de cada um d'estes
Joào Yiegas Paula Nogueira, lente da 17.il cadeira do Ins- logares.
tituto dc Agronomia e Veterinaria, Antonio Roque da Sil- O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
veira, director dos serviços de sanidade pecuaria da cida- cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
de de Lisboa, Domingos Rodrigues Annes Baganha, in- entendido e faça executar. Paço, cm 16 de janeiro de
tendente de pecuaria do districto de Lisboa, Miguel Au- 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
gusto Reis Martins e Godofredo da Silva Santos, chefes de D . do G. li.° 14, de 18 (lo janeiro.
serviço no Instituto de Agronomia c Veterinaria.
Sua Majestade El-Rei coníia do zêlo e competencia dos
referidos funccionarios o cabal desempenho cl'esta missão.
Paço, aos 16 dc janeiro de 1902. = Manuel Francisco Attendendo ao que me represenlou a Camara Munici-
de 1 argas. D (l0 n „ 13| ,l017 janeiro_
pal do concelho de S o u r e : hei por bem auctorizá-la a que
(l0

do terreno, a cuja expropriação se refere o decreto de 19


d<3 julho ultimo, clestine 623 m2 ,28 á construcção do edifi-
cio da escola e residencia do professor de ensino prima-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO rio d'aquella villa, ficando assim modificado, nesta parte
somente, o mesmo decreto.
Direcção Geral de Administração Politica e Civil
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
í." Repartição cretario de Estado dos Negocios clo Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 16 de janeiro dc
Vistas as informações officiaes e o disposto no artigo 1902. = REI. —Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
38.°, § 1.°, clo decreto de 8 de agosto de 1901: liei por
V. do G. n.° 14, do 18 de j a n e i r o .
1902 38 Janeiro 30.

Vistas a3 informações officiaes e o disposto nos artigos I por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, d e t e m i n a r
55.°, n.° 2.°, 57.° e 118.° do Codigo Administrarivo: hei que no Ministerio dos Negocios cla Fazenda seja aberto, a
por bem approvar a deliberação da Camara Municipal do favor do Ministerio do Reino, um eredito especial, devi-
concelho de Villa F r a n c a do Campo de 20 de novembro damente registado na Direccão Geral da Contabilidade
ultimo acêrca da criação de um partido medico dotado Publica, da quantia de 146^665 réis, a inscrcver no artigo
com 200^)000 réis annuaes. õ - A da tabella da distribuição da despesa do dito Ministe-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- rio do Reino no citado exercicio de 1901-1902, para a
tario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha respectiva importancia ser applicada ao pagamento do
eutendido e faça executar. Paço, em 16 de janeiro de vencimento, relativo ao perioclo que decorre de 3 de no-
1 9 0 2 . = R E I . = Evnesto Rodolpho Hintz?, Ribeiro. vembro proximo passado a 31 de janeiro corrente, do au-
ditor administrativo do districto cle Bragança, que, por
D . G. n.° 14, do XS do j a n e i r o .
motivo de incapacidade physica, foi collocado por decreto
de 31 de outubro de 1901, no respectivo quadro, sem
exercicio.
O Tribunal de Contas declarou achar-se este eredito
Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica nos termos legaes de ser decretado.
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
'2.a Repartição Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que Ihe represen- da Fazenda, assim o tenham entenclido e façam executar.
tou a mesa administrativa da Santa Casa da Misericordia Paço, em 16 de janeiro de 1902. = R E I . — Ernesto Ro-
e Hospital da villa e concelho da Chamusca; dolpho Hintze Ribeiro = Fernando Mattozo Santos.
Vistas as informações officiaes e o disposto no artigo
D . do Cr. n.° 15, de 20 de janeiro.
253.°, n.° 2.°, do Codigo Administrativo:
H a por bem concecíer-lhe auctorização para levantar
dos seus capitaes a quantia de l:236;>ò7õ réis, com appli-
cação a obras urgentes de que necessita o templo da Mi- Com fundamento no decreto regulamentar de 24 de de-
sericordia, devendo o mesmo emprestimo ser amortizado zembro de 1901, e em observancia do disposto no § unico
nos termos do § unico do artigo 425. 0 clo referido Co- do artigo 17.° da carta de lei de 3 de setembro de 1897,
digo. cujos preceitos foram mandados vigorar no exercicio de
. Paço, em 16 de janeiro de 1902. —Evnesto Rodolpho 1901-1902, pelo artigo 14.° da carta de lei de 12 de j u -
Hintze Ribeiro. nho de 1901: hei por bem, tendo ouvido o Conselho de
D . do Cr. n.° 1-i, de 18 de janeiro.
Ministros, determinar que, no Ministerio dos Negocios da
Fazenda, seja aberto, a favor do Ministerio clo Reino, um
eredito especial, devidamente registado na Direeção Geral
da Contabilidade Publica, da quantia de 24:577 f >924 réis,
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen- a inscrever na tabella da distribuição da despesa do refe-
tou a Irmandade da Santa Casa da Misericordia de Coim- rido Ministerio do Reino, no citado exercicio de 1 9 0 1 -
bra ; 1902, em harmonia com o mappa junto, que faz parte do
Vistas as informações officiaes e o disposto no artigo presente decreto, e baixa assignado pelo Conselheiro de
253.°, n.° 2.°, do Codigo Administrativo : Estado, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e
H a por bem auctorizá-la a vender, nos termos e para Secretario de Estado dos Negocios do Reino, para a res-
os effeitos consignados na acta da sessão da sobredita ir- pectiva importancia ser applicada a completar a somma
mandade, de 17 cle novembro ultimo, uma faixa de terre- necessaria para occorrer ao pagamento dos vencimentos
no do cêrco do Collegio dos Orphãos, com a superficie de do pessoal e das despesas de material e expediente, rela-
592 m -,4 ; indicada na planta que acompanhou o respectivo tivas aos meses de janeiro a junho de 1902, das diversas
processo. repartições, estabelecimentos e serviços de saude, na con-
Paço, em 16 de janeiro de 1902. =Emesto Rodolpho formidade do mencionado decreto regulamentar, e para
Hintze Ribeiro. satisfazer os vencimentos respeitantes aos mesmos meses
I). do G. n.° 14, do 1S de janeiro.
do pessoal do serviço de beneficencia municipal de Lis-
boa, que transitou para o Ministerio do Reino e se acha
addido á Secretaria de E s t a d o ; devendo ser deduzida nas
3. a Repartição cla Direeção Gi :ral consignações clo Estado á Camara Municipal da mosma ci-
da Contabilidade Publica dade, a correspondente quantia de 1:155:)000 réis, e es-
cripturada no mappa das receitas do dito exercicio de
Com funclamento no artigo 2.° do decreto de 8 de 1901-1902, na classe das compensações de despesa, sob
agosto ultimo, em virtude do qual os candiclatos leL;;aes a r u b r i c a : «Reccita por decreto de 24 cle dezembro cle
magistratura judicial, que forem nomeados auditores nos 1901 — Serviço de beneficencia municipal de Lisboa».
termos do mesmo decreto, ficam por esse facto e para to- O Tribunal de Contas declarou achar-se este eredito
dos os effeitos, considerados juizes de direito de 3. a classe, nos termos legaes de ser decretado.
sendo, porem os seus vencimentos, como auditores, os de- O Conselheiro de Estado, Presidente clo Conselho de
signados no artigo 315.° do Codigo Administrativo; e em Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
observancia do preceituado no § unico do artigo 17.° da do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Nego-
carta de lci de 3 de setembro de 1897, cujas prescripções cios da Fazenda, assim o tenham entendido e façam exe-
foram mandadas vigorar no exercicio de 1901-1902, pelo cutar. Paço, em 16 de janeiro clo 1902. = R E I . = Ernesto
artigo 14.° da carta de lei de 12 de junho de 1 9 0 1 : hei Rodolpho Hintze Ribeiro = Fernando Mattozo Santos.
Mappa da despesa a que s e refere o decreto da presente data
Somma
Sòmma

Doeignaçfto da despoea Designaçíio da despcs»a


P o r artigos Por capitulos
Por artigos Por capitulos

1.» S e c r e t a r i a de E s t a d o ARTIGO 21.°

ARTIGO 2." Delegados e sub-delegados de saude


e e s t a ç õ e s em differentes portos maritimos
SECÇÃO 3.»
Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica — vencimentos.. 559*980 Districtos :
Coimbra 225*000
ARTIGO 3.° Lisboa 909*960
Material e despesas diversas Porto (incluindo o serviço de molestias inficiosas) 5:689*998
Angra do Heroismo 49*998
Expediente da Inspecçâo Geral dos Serviços Sanitarios do Reino 150$000 Funchal 997*998
709^980
Horta ' 49*998
H y g i e n e Publica, Ponta Delgada
8:663*760
ARTIGO 19." Deduz-se a importancia dos vencimentos do pes-
Conselho S u p e r i o r de H y g i e n e P u b l i e a soal do Laboratorio de Hygiene de Lisboa,
transferida para os artigos 19.°-A e 41.° 1: 6:768*760
Gratificação a quatro vogaes do antigo Conselho Superior de Sau-
de c Hygiene Publica 3991960
ARTIGO 21.°-A
ARTIGO 19.°-A
Inspeeção das aguas minero-medicinaes
E n s i n o technico s a n i t a r i o
Veneimento do medieo inspector 600*000
SECÇÃO 1.*

Instituto Central de Hygiene— vencimentos 2:534*970 ARTIGO 22."


a
SECÇÃO 2.
Material e d e s p e s a s d i v e r s a s
Cursos de medicina sanitaria em Coimbra e Porto —
vencimentos. 199*980 Instituto Central de Hygiene 6795998
2:734*950
Real Instituto Bacteriologico de Lisboa 2:589*996
ARTIGO 20.° Delegações de saude (incluindo o serviço de molestias
inficiosas na cidade do Porto) 3:3665630 6:636*624
SECÇÃO 1."
22:007*974
Estação cle Saude de Lisboa — vencimentos 1:871*670
E m p r e g a d o s addidos e <Ie r e p a r t i ç õ e s
SECÇÃO 2.»
extinctas
Lazareto cle Lisboa e Posto Maritimo de Desinfecção —
vencimentos 850,£020 ARTIGO 41.°
SECÇÃO 3." SECÇÃO l . " - A

Real Instituto Bacteriologico de Lisboa — vencimentos 1:717^980 Secretaria de Estado 1:155*000


SECÇÃO i . » SECÇÃO 5.»

Posto de Desinfecção Publica de Lisboa — vencimentos 375*000 Lazareto de Lisboa _ 404(5970


Laboratorio de Hygiene de Lisboa 300*000 704*970
a
SECÇÃO 5. 1:859*970 1:859*970
Posto Sanitario em Villar Formoso — vencimentos . . . . 53*010
4:867^680 24:577*924

Paço, em 16 de janeiro de 1902. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. D . do G. n . ° 15, de 20 de janeiro.


1902 7 Janeiro 30.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


a
3. Repartição da Direeção Geral
5. a Repartição da Direeção Geral da Contabilidade Publica
da Contabilidade Publica Tendo sido mandado cessar, por decreto de 2 4 de ou-
bro de 1901, o abono de pensões e livros aos alumnos das
Usando da auctorização concedida ao Governo no arti- escolas normaes primarias, destinando-se a respectiva im-
go 1." do decreto com força de lei de 19 de outubro de portancia a melhorar os serviços dependentes da Direeção
1901, e segundo o preceituado no § unico do artigo 17.° Geral da Instrucção Publica: hei por bem, tendo ouvido
da lei de 3 de setembro de 1897, cuj?s disposições foram o Conselho de Ministros, d e t e m i n a r que da verba consi-
mandadas vigorar no exercicio de 1901-1902 pelo arti- gnada no capitulo 8.°, artigo 32.°, secção 2. a , da tabella
go 14.° da lei de 12 de junho de 1 9 0 1 : hei por bem, ten- da distribuição da despesa do Ministerio do Reino, no exer-
do ouvido o Conselho de Ministros, d e t e m i n a r que no cicio de 1901-1902, para subsidiar o «fundo da instrucção
Ministerio da Fazenda, devidamente registado na Diree- primaria», seja transferida para os capitulos e artigos cons-
ção Geral da Contabilidade Publica, seja aberto a favor tantes do mappa junto, que faz parte do presente decreto
do Ministerio da G u e r r a um eredito especial pela quantia e baixa assignado pelo Conselheiro de Estado, Presidente
de 65:000^000 réis, por conta das sommas arrecadadas do Conselho de Ministros, Ministro e Secretario de Estado
provenientes da remissão do serviço militar, com applica- dos Negocios do Reino, as quantias designadas no mesmo
ção ao exercicio de 1901-1902 á compra de terrenos e mappa, na somma de 8:540$190 réis, para occorrer ao pa-
edificios para a ampliação das officinas do Arsenal do E x e r - gamento dos vencimentos do pessoal e das despesas de ma-
cito, devendo os respectivos documentos de despesa serem terial, expediente e diversas, relativos aos meses de janeiro
classificados na conta da despesa extraordinaria do Minis- a junho do corrente anno, resultantes da execução dos de-
terio da Guerra do indicado exercicio, sob a seguinte de- cretos de 24 de outubro e 14 de novembro de 1901, e dos de-
signação «Capitulo 8 . ° — D e s p e s a com a ampliação das cretos n. o s 2 e 5, de 2 4 d e dezembro ultimo, pelos quaes foram
officinas do Arsenal do Exercito. respectivamente reorganizados o Conservatorio Real de Lis-
boa, a Academia Real de Bellas Artes de Lisboa e o Museu
O Tribunal de Contas declarou achar este eredito nos Nacional de Bellas Artes e Archeologia, a Direccão Geral da
termos de ser decretado. Instrucção Publica e as Bibliothecas e Archivos Publicos.
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios da Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
F a z e n d a e dos da G u e r r a assim o tenham entendido e fa- do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Nego-
çam executar. Paço, em 16 de janeiro de 1902. = R E I . = cios da F a z e n d a , assim o tenham entendido e façam exe-
Fernando Mattozo Santos = Luiz Augusto Pimentel Pinto. cutar. Paço, em 16 de janeiro de 1902. = R E I . = Ernesto
D . do G. n.° 15, de 20 de janeiro. Rodolpho Hintze Ribeiro — Fernando Mattozo Santos.

Mappa das importancias que, por decreto d'esta data, e na conformidade do decreto de 24 de outubro de 1901, são
transferidas do capitulo 8.°, artigo 32.°, da tabella da distribuição da despesa do Ministerio do Reino, no exerci-
cio de 1901-1902, para diversos capitulos e artigos da mesma tabella
Somma
.í? Designação
Por artigo B Por capitulos

l.« Secretaria d e Estado


2.» Direeção Geral de Instrucção Publiea — vencimentos 1:2580856
3." Material e despesas diversas 1:2000000 2:4580856
11; Bellas Artes
37.° Pessoal
SECÇÃO 1."
Academia Real de Bellas Artes de Lisboa e Museu Nacional de Bellas Ar-
tes e Archeologia — vencimentos 7930524
SECÇÃO 3.»
Conservatorio Real de Lisboa —vencimentos 1:6820810 2:4760334
38.° Material e despesas diversag
SECÇÃO 1.*
Academia Real de Bellas Artes de Lisboa e Museu Nacional de Bellas Ar-
tes e Archeologia. — Museu.— Transferencia para a secção 3.a d'este ar-
tigo. (Conservatorio Real de Lisboa) 1:2000000
SECÇÃO 3.»
Conservatorio Real de Lisboa.— Transferencia da secção 1." d'este artigo.
(Museu) 1:2000000
2:4760334
12.° JBitoliothecas é a r c h i v o s pixtolicos
39.» Pessoal 1:5950000
40.» Material e despesas diversas 2:0100000
3:6050000
8:5400190
Paço, em 16 de janeiro de 1 9 0 2 . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
3. a Repartição da Direeção Geral da Contabilidade Publica, em 23 de janeiro de 1902. — Alfredo de Castro.
D . do G. n.° 16, de 21 de janeiro.
Janeiro 1G 8 1902

D i r e c ç ã o G e r a l d e S a u d e e B e n e f i c e n c i a P u b l i c a sessões ordinarias, devendo observar neste assumpto, como


no que diz respeito á convocação das sessões extraordina-
l. a Repartição rias, o que se acha disposto para as camaras municipaes.
A r t . 10.° Os vogaes da commissão teem por dever com-
Conformando-me com a proposta do Governador Civil parecer ás sessões, discutir os aEsumptos que nellas se tra-
do districto de Castello Branco: hei por bem approvar o tarem, apresentar alvitres e propostas tendentes a melho-
regulamento do hospital civil de Penamacor, que com este rar o serviço e administração do estabolecimento, incor-
decreto baixa assignado pelo Presidente do Conselho de rendo, aquelles que faltarem sem motivo j.ustificado, nas
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios penas estabelecidas para os membros dos corpos adminis-
do Reino, que assim o tenha entendido e faça executar. trativos.
Paço, em 16 de janeiro de 1902. == R E I . = Ernesto Ro- § unico. E da competencia da commissão concecler li-
dolpho Hintze Ribeiro. cenças aos seus vogaes e conhecer da legitimidade das
suas faltas ou impedimentos.
Regulamento para a administração do .Hospital de Santo Antonio, A r t . 11.° Na falta ou impedimento dos vogaes em exer-
de Penamacor cicio, serão chamados os substitutos, segundo os termos
da lei geral administrativa, em numero igual ao dos vo-
CAPITULO i gaes impedidos.
Art. 12.° Consideram-se validas todas as deliberações
Administração
da commissão tomadas pela maioria dos vogaes presentes.
Artigo 1.° O hospital civil de Penamacor, fundado nesta § unico. As votações serão nominaes, oxcepto quando
villa por portaria de 7 de janeiro de 1835 e estabelecido se tratar de interesse de pessoas que, neste caso, serão
no extincto convento de Santo Antonio, cedido para este por escrutinio secreto.
fim por carta de lei de 4 de abril de 1867, passará a de- Art. 13.° O vogal que não se eonformar com qualquer
nominar-se «Hospital de Santo Antonio, de Penamacor». deliberação da commissão, poderá assignar vencido, ex-
A r t . 2.° O hospital será administrado por uma commis- plicando resumidamente o seu voto.
são formada de cinco vogaes effectivos e outros tantos § unico. O vogal que assignar vencido qualquer delibe-
substitutos nomeados pelo governador civil do districto, ração, fica isento da responsabilidade quc d'ella possa
sob proposta do administrador do concelho, e servirá por advir.
espaço cle tres annos. Art. 14.° No caso de empate seguír-se-lm o disposto no
A r t . 3.° São idoneos para fazerem parte da commissão artigo 25.° e paragraphos do Codigo Administrativo.
administrativa do hospital todos os individuos que se acha- A r t . 15.° Os vogaes da commissão não podem durante
rem inscriptos como elegiveis no ultimo reeenseamento a sua gerencia constituir-se devedores ao hospital, contra-
eleitoral. hindo emprestimos de novo, ou accrescentar os debitos que
§ unico. Exceptuam-se, porem, os que estivcrem nasse- porventura tenham.
guintes circumstancias: § unico. Não podem igualmente ser fornecedores, por si
1.° Os que estiverem legalmente privados de adminis- ou por interposta pessoa, de generos, medicamentos, rou-
trar os seus b e n s ; pas ou quaesquer objectos do hospital.
2.° Os que tiverem soffrido alguma das penas maiores Art. 16.° São attribuições da commissão:
consignadas nas leis penaes; 1.° Regular a arrecadação e administração de todos os
3.° Os que tiverem pleitos e quaesquer contratos de capitaes, fundos, bcns e rendimentos do hospital, e dar-
fornecimento com o hospital; lhes a applicação mais consentanea com os interesses do
4.° Os ascendentes e descendentes d'aquelles em que mesmo;
se derem as incompatibilidades do numero antecedente; 2.° Deliberar sobre os actos e despachos a que se refe-
5.° Os empregados remunerados do hospital e quaes- rem os n. o s 9. c e 10.° do artigo 19.°;
quer cicladãos que recebam vencimentos clo seu cofre; 3.° Deliberar sobre a saida dos doentes qup não estive-
6.° Os paes com os filhos, os irmãos, os affins no mesmo rem nas condições d'este regulamento;
grau, e os caixciros com os seus patrões. 4.° Discutir e approvar o orçamento ordinario e os sup-
Art. 4.° Os vogaes da commissão ao entrarem em exer- plementares, o a conta geral da gerencia, em harmonia
cicio prestarão juramento nas mãos do presidente da com- com o que a este respeito se acha expresso no Codigo
missão cessante, e na falta d'este nas da auctoridade ad Administrativo;
ministrativa. 5.° Deliberar sobre a instauração e defesa de pleitos e
Art. 5." O thesoureiro do hospital eomparecerá á sessão sobre desistencias, confissões e transacções acêrca do
de posse com todos os valores quc llie estiverem confiados, mesmo objecto;
a fim da nova commissão os conferir devidamente. 6.° Deliberar sobre a acceitação de heranças, legados,
Art. 6.° A commissão ao tomar posse conferirá todos os doaçoes ou quaesquer outros donativos ao hospital, accei-
titulos representativos de contratos de mutuo, titulos cle tação que deverá ser feita a beneficio de inventario;
divida publica, documentos de receita e despesa e demais 7." Deliberar sobre a nomeação, suspensão e demissão
artigos que constarem do livro do iuventario. D'este acto dos empregados do hospital, assim como sobre a conces-
se lavrará termo no livro competente, o qual será devida- são de licenças aos mesmos;
mente assignado. 8.° Deliberar sobre obras de construcção, reparação e
A r t . 7.° O presidente e vice-presidente da commissão conservação dc enfermarias, ou outras quaesquer depen-
serão, pelo governador civil, designados no respectivo al- dencias do edificio do hospital, conformando-se com a dou-
vará de nomeação. trina expressa nos artigos 21.° e 22." d'este regulamento;
Art. 8.° A commissão denominar-se-ha ([Commissão Ad- 9.° Delibe rar sobre fornecimento de generos ou outros
ministrativa do Hospital de Santo Antonio, de Penamacor». artigos necessarios para o hospital, de" harmonia com as
Art. 9." A commissão terá duas sessões ordinarias em leis administrativas:
}
cada mês, nos dias e horas por ella marcados na sua pri- 10.° Proceder á venda clos objectos que jnlgar inuteis
meira sessão, o que será annunciado por editaes affixados ou desnecessarios para o serviço, depois dc Íavrado o ter-
nos logares publicos da villa, e as extraordinarias, que o mo de inutilização;
serviço cxigir, não podcndo, porem. funccionar scm que 11.° Assistir á festividade dc Nossa Senhora da Povoa,
esteja presente a maioria dos seus vogaes. a fim de fiscalizar o seu rendimento, e receber as sobras
§ unico. A commissão poderá alterar o dia e hora das designadas no n.° 1.° do artigo 20
O ' J
1902 9 Janeiro 30.

12.° Exercer vigilancia sobre todos os serviços e promo- § unico. A commissão tambem não poderá adquirir bens
ver a tudo que seja de interesse c utilidade para o hospi- immobiliarios sem previa licença do Governo.
tal, fazendo os regulamentos internos que julgar necessa- Art. 23.° A gerencia íinanceira do hospital será por an-
rios para o bom desempenho dos serviços do estabeleci- nos economicos, e nesta conformidade se organizarão os
mento; orçamentos e contas.
13.° Mandar resar as missas pelas alrnas dos bemfeito- § unico. Findo o anno economico caducam todas as au-
res do hospital, que deixaram esses encargos. ctorizações orçamentaes, e ficam sem effeito todas as or-
Art. 17.° A commissão corresponde-se directamente, por dens de pagamento não realizadas.
via do seu presidente, com todas as auctoridades c corpo- Art. 24." Os orçamentos do hospital conteem despesa
rações publicas do districto, com o Governo, por interme- obrigatoria e facultativa. E despesa obrigatoria:
dio do governador civil, e com este, por intermedio do ad- 1.° Os ordenados e salarios dos einpregaãos e criados;
ministrador do concelho. 2.° O sustento e roupa para os doentes, mobilia c uten-
Art. 18.° E m tudo o mais que não esteja consignado silios necessarios para o serviço do hospital e o expediente
neste regulamento, a commissão regular-se-ha pela lei ge- da secretaria;
ral administrativa. 3.° O fornecimento de medicamentos, o custeio das
Art. 19.° Compete ao presidente ou a quem suas vezes questões judiciaes e os suffragios religiosos.
fizer : Todas as mais despesas são facultativas.
1.° Presidir ás sessões da commissão e dirigir as discus- Art. 25.° A commissão não póde nem alterar as verbas
sões, mantendo nellas a devida ordem; do orçamento, dando-lhe diversa applicação, nem fazer
2.° Convocar a commissão para as sessões extraordina- despesas sem auctorização orçamental.
rias que o serviço do hospital reclamar; Art. 26." Haverá na secretaria do hospital um cofre de
3.° Executar e fazer executar as deliberações da com- ferro á prova de fogo, no qual serão arrecadados todoB os
missão ; papeis de eredito, titulos e quaesquer livros e documentos
4.° Assignar a correspondencia e expediente do estabe- de importancia, sob a guarda e responsabilidade do secre-
leciraento e todos os documentos de receita e despesa; tario, que será o seu claviculario.
5.° Rubricar as folhas e assignar os termos de abertura Art. 27.° A commissão não poderá emprestar dinheiro
e encerramento de todos os livros de escripturação, exce- senão sob hypotheca de valor dobrado do capital mu-
ptuando aquelles que o devem ser pela auctoridade pu- tuado, e quando a quantia fôr emprestada por meio de ti-
blica ; tulo particular, o valor da hypotheca será sempre do tri-
6.° Propor á commissão os orçamentos necessarios para pulo.
o bom regime do hospital ; § nnico. Será permittida aos devedorcs a amortização
7.° Apresentar á commissão a conta geral da gerencia, gradual dos capitaes mutuados.
organizada segundo a lei; Art. 28.° No caso de concorrerem diversos individuos
8.° Representar a commissão em juizo e fóra d'elle, em a solicitar dinheiro, a commissão preferirá sempre aquelle
todos os actos em que ella tenha de intervir, precedendo, que melhores garantias offerecer.
porem, deliberação d'esta sobre os differentes casos; A r t . 29.° Quando forem indicados predios plantados de
9.° Superintender em tudo o que respeita á ordem e boa vinha, considerar-se-hão para os effeitos da avaliação como
execução dos serviços do hospital, e dar conta á commis- tendo unicamente o valor do terreno.
são de quaesquer irregulariclades que notar e das provi- A r t . 30.° Quando forem indicados predios urbanos, só
den cias que tomou nos casos urgentes e imprevistos; serão admittidos se estiverem devidamente seguros em al-
10.° Despachar os requerimentos que lhe sejam apre- guma companhia de reconhecido eredito e o premio esti-
sentados para admissão de doentes e para a concessão de ver pago adeantado.
medicamentos, quando elles vierem instruidos nos termos Este pagamento será comprovado perante a commissão
do artigo 40.° todos os annos em quanto durar o contrato.
CAPITULO II Art. 31.° Alem das eondições que a commissão julgar
necessarias para a segurança dos contratos, estipulará as
Serviços financeiros seguintes:
Art. 20.° Os fundos destinados á sustentação do hospi- 1. a Que os emprestimos serão feitos pelo tempo de um
tal são: anno, a contar da data da escriptura, podendo continuar
1.° As sobras dos rendimentos da confraria de Nossa por todo o tempo que á commissão credora convier, sendo
Senhora da Povoa, da freguesia de Valle de Lobo, appli- mantida a taxa do juro actualmente em vigor ;
cadas para tal fim pela portaria de 7 de janeiro de 1835, 2. a Que a primeira prestação de juros será paga no dia
depois de deduzidas as despesas absolutamente necessa- 31 de dezembro do anno em que fôr feito o contrato, e as
rias para o conseguimento dos fins da mesma confraria ; prestações que se seguirem sempre em igual dia dos annos
2.° Os juros dos capitaes mutuados e dos titulos de di- subsequentes. E quando os devedores não tenham pago a
vida publica; prestação até ao dia 1 de fevereiro immediato, ser-lhes-ha
_ 3.° A importancia das pensões pagas pelos doentes pen- contado e recebido o juro do anno anterior com o au-
sionistas; gmento de 2 por cento ao anno, subsistindo este augmento
4.° A importancia de quaesquer donativos, esmolas, le- por todo o tempo que durar o contrato e com respeito
gados, doações ou heranças em beneficio do hospital; aos annos em que o juro não fôr pago em epoca pro-
Art. 21.° A commissão procurará manter sempre em pria;
circulação os capitaes do hospital e empregará todo o zêlo 3. a Que se em algum anno o juro não fôr pago por todo
no seu incremento, a fim de se poderem alargar os intui-, o mês de janeiro, considerar-se-ha logo vencido e exigivel
tos de beneficencia d'esta instituiçlo. todo o capital e juros em divida, se assim convier á com-
§ unico. A commissão e cada um dos seus membros são missão, renunciando os devedores ao fòro do seu domici-
solidariamente responsaveis por qualquer prejuizo que o lio, caso venha a ser differente, para responderem no d'esta
estabelecimento soffra com algum acto seu de má admi- eomarca;
nistração, culpa ou negligencia. 4. a Que se os devedores forem judicialmente coinpelli-
Art. 22.° Os fundos do hospital em que se comprehen- dos ao pagamento do capital e seus juros pagarão, á sua
derá os capitaes mutuados, não podem ser diminuidos ou custa, todas as despesas que se íizerem tanto judiciaes
alienados sem licença do Governo, como se determina como extra-judiciaes, inclusive lionorarios a advogado e pro-
para os bens immobiliarios. curador, conhecendo-se estes pela conta por escrito quc o
Janeiro 16 10 1902

mesmo advogado e procurador apresentarem para ser junta 3.° Livro dos titulos de divida publica — Este livro
ao processo, a fim de se dar o devido pagamento, ficando servirá para nelle se notar pelos numeros e valores nomi-
estes honorarios considerados como credito hypothecario, naes quaesquer titulos de divida publica, que o hospital
que ficam sendo da mesma fórma que o eapital empres- possua, com indicação da data em que foram adquiridos e
tado e seus j u r o s ; o preço por que foram comprados.
5. a Que por conta dos devedores correrão todas as des- 4.° Livro das actas das sessões — Este livro servirá
pesas que se fizerem com registo, manifesto e distracte para nelle se escreverem as actas de tudo o que se pas-
das escripturas, e quaesquer outras de inventario, quando sar em cada sessão, inclusive a acta da sessão de posse.
a divida seja paga por este meio, assim como se obrigam 5." Livro dos doentes — Este livro servirá para nelle
a pagar quaesquer despesas com advogado na deducção se matricularem os doentes que forem tratados no hospi-
de preferencias de creditos, reunião de credores e outros tal, com indicação dos seus nomes, filiações, estados, na-
derivados d'este emprestimo ; turalidades, profissões, idades em que foram admittidos,
6. a Que os devedores se obrigam a reforçar a hypo- data da entrada no estabelecimento, numero da cama ou-
tlieca, sempre que a commissão lh'o exija, nos termos da quarto em que ficam, inventario da roupa que trouxeram
lei civil; para o hospital, data da saida e motivo d'ella, molestia
7. 3 Que os devedores se obrigam a segurar numa com- com que entraram e resultado do tratamento. As notas re-
panhia de seguros acreditada, as casas que hypothecarem, lativas a cada doente serão escripturadas no proprio dia da
pagando o seguro em dia, obrigando-se a apresentar o res- sua entrada e saida do estabelecimento.
pectivo recibo todos os annos nos oito dias seguintes á 6.° Livro das papeletas — Neste livro serão lançadas
terminação do prazo em que devam pagar, sob pena da dia a dia as iudicações especificadas na papelcta de cada
commissão rescindir o contrato ou mandar pagar o seguro doente pelo clinico do hospital, com referencia ao nome
á custa dos segurados, vencendo o augmento designado do doente e ao numero da cama e quarto em q u e f i c o u .
na condição 2. a e 1?)000 réis de procuradoriíi, se a com- A cabeeeira da cama de cada doente e em cada quarto
missão preferir este meio; onde estiver algum enfermo, estará \ima papeleta com o
a nome do doente, na qual o clinico do hospital fará, por
8. No caso de sinistro, os devedores obrigam-se a não
levantar a indemnização da companhia de seguros, aucto- occasião da visita, as indicações ou formulas para o seu
rizando a commissão a levantá-la e a questioná-la com a tratamento, bem como designará a dieta a que deve ficar
companhia, pagando os devedores todas as despesas que sujeito.
d'ahi derivarem; 7.° Livro para o registo do teor da correspondencia ex-
9. a No caao de expropriação por utilidade publica de pedida.
algum predio hypothecado, os devedores obrigam-se a não 8.° Livro para registo, por extracto, da correspondencia
concorclar com o preço da expropriação, sem que tenham recebida.
obtido da commissão o seu parecer affirmativo por escrito, 9.° Livro dos autos e termos.
e auctorizem a commissão a levantar o clinheiro da expro- 10.° Livro de matricula de todos os empregados do es-
priação, deduzindo no debito do devedor a quantia levan- tabelecimento — Serve para nelle se notarem com toda a
tada. exactidão as datas das nomeações e posses dos emprega-
Art. 32.° Emquanto as garantias do contrato não dimi- dos do estabelecimento.
nuirem de valor e os devedores cumprirem com todas as 1 1 L i v r o de receituario — Este livro é para o clinico
suas clausulas, não serão distratados os capitaes, se nisso escrever as formulas em separado para cada doente, to-
convier a commissão. dos os dias, assignado por elle no fim do receituario de
Art. 33.° Todo o individuo que pretender qualquer cada dia.
quantia por mutuo, deverá apresentar na secretaria o pe- 12.° Livro diario «Razão»— Este livro servirá para
clido verbal ou por escrito, acompanliado de certiclão do nelle se escripturar, em partidas dobradas, todo o movi-
valor dos predios indicados para hypotheca, extrahida da mento financeiro do hospital, devendo a pagina esquerda
matriz predial, e de cei tidão da conservatoria por onde se .servir de ((Diarios e a direita de «Razão»; naquella se
mostre que estão livres c desembaraçados. registará dia a dia, e por ordem de datas, todas as ope-
Art. 34.° Para os fins do artigo 28.° a commissão, na rações financeiras; nesta se escripturará o movimento das
sua priincira sessão, mandará avaliar os predios offereci- diversas operações do «Diario», ordenadas por debito e
dos por um louvado idoneo, que deverá passar certidão, credito, com relação a cada uma das respectivas contas,
sendo este trabalho á custa do requerente. para se conhecer o estado e a situação de qualquer d'ellas.
Art. 35.° A commissão, evocando o conhecimento do Art. 37.° Todos os livros terão termo de abertura e
pedido, concederá ou não a quantia que lhe fôr requerida, encerramento, e serão numerados e rubricados pelo presi-
o que constará da acta da sessão em que este assumpto dente da commissão, á excepção do livro «Diario-Razão»,
se tratar. que o será pelo administrador do concelho.
§ 1.° No caso de deferimento, lavrar-se-ha o compe-
tente documento, que o mutuario fará manifestar e regis- CAPITULO I I I
tar, apresentando na secretaria. do hospital o traslado res-
pectivo, acorapanhado do certificado de registo. Admissão de doentes
§ 2.° Só depois de cumpridas estas formalidades se pas- Art. 38.° A admissão dos doente3 é ordinaria e extraor-
sará o mandado para levantamento do eapital mutuado. dinaria.
Art. 36.° Para o bora funccionamento dos negocios do Art. 39.° Para a admissão ordinaria com tratamento
hospital haverá, alem de outros que a commissão julgar con- gratuito, são necessarios os seguintes documentos:
venientes, os seguintes livros : 1.° Requerimento assignado pelo interessado ou por
1.° Livro de inventario — E s t e livro servirá para nelle outro a seu rogo, quando não saiba ou não possa escre-
se doscreverem com toda a individuação todos os moveis, v e r ;
roupas, louças e alfaias do hospital. 2.° Attestado de residencia do doente, passado pelo pa-
2.° Liv ro dos devedores por creditos hypothecarios —• rocho ou regedor da respectiva freguesia, pelo qual se
Este livro deve ter tantas casas quantas forem precisas mostre que o doente habita em qualquer das freguesias
para nelle se insereverem os nomes dos devedores, dat.a d'este concelho, ha mais de um a n n o ;
dc conti-ato de mutuo, taxa de juro, data do vencimento, 3.° Declaração clo quantitativo que o doente ou seus
importancia da quantia mutuada, data do pagamento par- paes ou marido pagaram de contribuição no ultimo anno,
cial ou total e data do pagamento dos juros. passada pelo escrivão de f a z e n d a ;
1902 11 Janeiro 30.

4." Informação do clinico do hospital sobre a doença do portancia do tratamento de qualquer doente, que fôr ad-
requerente. mittido com attestado ou declaraçâo sua, quando se pro-
§ 1.° Fica permittida a concessào para fóra do hospital ve ser falsa no seu conteudo.
de medicamentos e dietas ás pessoas que provarem a sua Art. 51.° Serão tratadas neste hospital as pessoas par-
pobreza, nos termos d'este regulamento. ticulares que tiverem meios, mediante a retribuição diaria
§ 2.° Para a concessão de medicamentos, dietas e subsi- fixacla no artigo 53.°
dios para banhos, são necessarios os documentos anterior- Art. 52.° O pagamento d'esta pensão será feito adean-
mente refericlos. tadamente, por cada quinzena, restituindo-se a importan-
Art. 40.° Quando o doente, ou seus paes, ou marido, cia dos dias nao passados no hospital.
pagarem mais de 1#500 réis de contribuíção predial, ou § 1.° Quando a commissão o julgar necessario, deverá
de 4$500 réis de industrial, ou tiverem de rendimento exigir fiador idoneo que garanta os pagamentos, e que as-
annual mais de 1005000 réis, provenientes de qualquer signe termo de responsabilidade.
emprego, não poderão ser considerados como pobres. § 2.° Se o doente não der fiador, ou não renovar o de-
§ unico. Se a commisscão apurar quc a pobreza allegada posito tres dias antes de findar o prazo aqui marcado, a
pelo doente não é verdadeira, ficará obrigado por si ou commissão determinará a sua saida do hospital.
por seus herdeiros a pagar o seu tratamento como pensio- Art. 53.° Dividem-se em duas classes os doentes parti-
nista de 2. a classe, desde que entrou no hospital. culares admittidos no hospital. Os de l . a classe pagarão a
Art. 41.° A admissão extraordinaria dá-se em caso de quota diaria de 800 réis, e serão tratados em quartos es-
urgencia ou quando fôr requisitada por escrito pela au- peciaes para esse fim destinados; os de 2 a classe paga-
ctoridade administrativa ou jndicial do concelho. rão 400 réis, e serão tratados em enfermarias proprias.
§ unico. O doente que entrar nestas eondições e que § unico. Os officiaes do exercito serão considerados pen-
não comprovar no prazo de cinco dias com documentos a sionistas de l. a classe. As praças de pret da armada, do
sua pobreza, fica responsavel por si ou por seus herdeiros exercito, guarda fiscal e corpo de policia civil, serão con-
pelo pagamento da importancia do seu tratamento, segundo siderados pensionistas de 2. a classe.
a classe em que foi admittido.
Art. 4-2.0 Não podem ser internados no hospital os doen- CAPITULO IV
tes nas seguintes circumstancias: Empregados <Io hospital
1. a Os doentes que facilmente se podem tratar fóra do
hospital; Art. 54.° Os empregados do hospital são:
2. a Os doentes de molestias ehronicas e incuraveis; Um medico, com 150á000 réis;
3. a Os aífectados de molestias que possam causar grande Um secretario, com 222^000 réis;
incommodo aos outros doentes, como epilepsia, hysterismo, Um enfermeiro, com 120-3000 réis;
alienação, etc. ; Uma enfermeira, com 84$400 réis;
§ unico. As pessoas doentes de molestias venereas ou Um thesoureiro, com 66$600 réis.
syphiliticas admittidas gratuitamente, e que não forem § unico. Os logares de que trata este artigo, quando •
d'este concelho, não poderão conservar-se no hospital mais vagos, são providos pela commissão e por concurso, nos
de oito dias, devendo entretanto a auctoridade administra- termos do decreto de 24 de dezembro de 1892, prece-
tiva dar-lhe o devido destino. dendo auctorização do Governo.
Art. 43.° A commissão, no desempenho de suas attri- Art. 55.° Para o logar de medico são sempre preferidos
buições, e da missão que lhe está confiada, póde provi- os do partido municipal residentes na villa.
denciar para que qualquer doente, ou saia do hospital ou A r t . 56.° Quando o facultativo faltar ao serviço do hos-
seja obrigado a pagar como pensionista, quando lhe reco- pital, provará perante a commissão o motivo da falta.
nheça qualquer das circumstancias enumeradas no artigo Art. 57.° Se porventura, de futuro, a Camara Munici-
antecedente, ou quando se dê demasiada permanencia que pal estabeleeer mais de um partido com residencia na
esteja convertendo as enfermarias do hospital em casas de villa, será a retribuição, iguaJmente como o serviço, divi-
asylados. dida por elles.
Art. 44.° As mães doentes aleitando os seus filhos, po- § unico. A disposição d'este artigo só póde ter exe-
dem ser admittidas com estes, se a doença lhes permittir cução quando o logar vague por qualquer eventualidade.
a continuação de ateitação, e se os filhos não perturbarem Art. 58.° As principaes obrigações cío clinico são:
o socego das enfermarias. 1. a Fazer, pelo menos, uma visita diaria ao estabeleci-
Art. 45.° A mãe do menor de dez annos que pedir para roento, ás horas que a commissão marcar;
velar juntf do leito de seu filho enfermo, poderá fazê lo, 2. a Fazer as visitas extraordinarias que o serviço exi-
sem prejuizo do regime da enfermaria e das obrigações gir;
dos enfenneiros. 3. a F a z e r quaesquer propostas verbaes, ou por escrito,
Art. 46.° Os doentes só serão visitados nos dias e ho- tendentes a melhorar o serviço propriamente hospitalar;
ras para isso annunciadas. 4. a Examinar, quando lhe fôr requisitado pela commis-
Art. 47.° Os doentes são obrigados a respeitar, alem são, quaesquer fomecimentos de generos para o hospital;
da commissão, todos os empregados da casa e companhei- 5. a Examinar, quando entender conveniente, ou lhe fôr
ros de infortunio. requisitado pela commissão, quaesquer medicamentos des-
§ unico. A commissão regulará os deveres e penas ap- tinados aos doentes;
plicaveis aos doentes. 6. a Propor, quando entender conveniente, as alterações
Art. 48.° A commissão poderá conceder a qualquer das tabellas das dietas, que nunca poderão ser estabeleci-
doente pobre um subsidio modico para banhos, devendo das sem sua acquiescencia;
ser requerido em conformidade do regulamento. 7. a Superintender no serviço de tratamento dos doen-
Art. 49.° Todos os documentos referentes a doentes tes, dando parte á commissão de quaesquer faltas que no-
pobres, tanto para a sua admissão no hospital como para tar, ou de que tiver conhecimento.
a concessào de medicamentos e de subsidio para banhos, Árt. 59.° No uso da faculdade que lhe confere o n.° 7.°
serão, pelas auctoridades e funccionarios publicos, passa- do artigo antecedente, o clinico terá sempre em vista a
dos no mesmo dia em que forem pedidos, em papel com- exiguidade dos recursos do estabelecimento e as eondições
mum e gratuitamente. sociaes dos doentes, attendendo sempre que o hospital é
Art. 50.° As auctoridades e funccionarios publicos se- uma casa de caridade e não um estabelecimento de luxo.
rão responsaveis civilmente para com o hospital pela im-1 Art. 60.° SSo obrigações do secretario:
Janeiro 16 12 1902

1.° Lavrar os autos e termos, e passar todos os do- auctoridade. Constará sempre do orçamento do hospital a
cumentos ou papeis da secretaria, os quaes deverá respe- retribuição d'estes serviçaes.
ctivamente assignar ou subscrever; § 2.° Um d'estes serviçaes é o cozinheiro do estabele-
2.° Fazer as rnmutas da correspondencia, toda a escri- cimento, a quem a administração fornecerá cama e ali-
pturação e contabilidade do hospital, e organizar os seus mentaç.ão com uma ração diaria por ella indicada.
orçamentos e contas; Art. 68.0 Ao thesoureiro do hospital, no que respcita
3.° Guardar sob sua responsabilidade o archivo e todos ás suas attribuições e deveres, é applicavel o disposto nas
os objectos existentes na secretaria, fornecendo para as leis administrativas.
enfermarias os artigos indispensaveis para o bom desem- § unico. O thesoureiro terá todos os dias o cofre aberto
penho do serviço, mediante requisição escrita do enfer- das nove horas da manhã ás tres da tarcle.
meiro e recibo por este passado na propria requisição ; Art. 69.° Os logares dc secretario e thesoureiro serão
4.° F a z e r a tabella diaria das dietas e requisição dos providos por concurso documental nos termos do regula-
generos, conferir e verificar estes, e assistir ás refeições mento de 24 de dezembro de 1892, devendo, tanto estes
geraes, todas as vezes que o serviço da secretaria lh'o como o enfermeiro, prestar a caução que lhes fôr arbi-
permitta; trada pela commissão.
5.° Promover a cobrança dos juros, expedindo os corn- § unico. Só quando em dois concursos successivos não
petentes avisos, por elle'assignados, e dando parte á com- apparecerem concorrentes aos logares de secretario e the-
missão dos devedores reniissos; soureiro, a commissão poderá nomear estes empregados
6.° Fiscalizar se são cumpridas as determinações rela- independentemente d'esta formalidade.
tivas ao asseio, Iimpeza e arranjo do hospital; se os doen- Art. 70.° Não podem ser admittidos ao concurso:
tes são bem tratados, e são observadas as prescripções 1.° Os que não comprovarem o scu exemplar compor-
do clinico, informando o presidente da commissão das fal- tamento moral e civil;
tas ou occorrencias que notar nos differentes ramos cle 2.° Os devedores ao hospital;
serviço ; e, íinalmente, cumprir e fazer cumprir, a quem 3.° Os que directa ou indírectamente forem interessados
pertencer, as ordens da commissão. em contratos de fornecimentos para o hospital.
§ 1.° O logar de secretario do hospital é incompativel § unico. As incompatibilidades designadas nos n. o s 2.°
com qualquer outro cargo publico remunerado. e 3.° subsistem para com os empregados, mesmo depois
§ 2.° O secretario é substituido nas suas faltas pela da sua nomeação, e emquanto estiverem ao serviço do es-
pessoa que a commissão designar. tabelecimento.
Art. 61.° O hospital poderá ter um capellão, ao qual a Art. 71.° Os empregados do estabelecimento devem ob-
commissão arbitrará uma gratificação não excedente a servar e cumprir, sob pena de demissão, as disposições
42$000 réis. dos regulamentos internos.
§ unico. O capellão fica obrigado a desempenhar o ser- § unico. Os empregados, quando doentes, teem direito
viço religioso inherente ao seu cargo. a remedios e a serem tratados gratuitamente no hospital.
Art. 62.° Igualmente poderá votar em orçamento a Art. 72.° Nas faltas e ausencias sem liccnça, os empre-
quantia de 30$000 réis para retribuir o seu advogado, gados do hospital perdem o direito ao vencimento pelo
que terá obrigação de responder a todas as consultas que tempo em que faltarem ou se ausentarem do serviço.
a commissão lhe fizer sobre assumptos da sua competen- Art. 73.° Ê expressamente prohibido:
cia. 1.° Que os empregados peçam dinhciro aos doentes ou
Art. 63.° Ao enfermeiro e enfermeira cabe a responsa- outro objecto, ainda que emprestado, ou que por outra
bilidade na ordem, socego e asseio de suas enfermarias e qualquer fórma cspeculem com os seus solFrimentos;
aposentos annexos, e teem por obrigação principal o tra- 2.° Que permittam que qualquer pessoa leve aos doen-
tamento e curativo dos doentes a seu cargo, segundo as tes qualquer artigo de comida ou bebida;
prescripções do facultativo. 3.° Que sáia para fóra do hospital qualquer objecto ou
§ 1.° Teem direito a alojamento, agua e luz. artigo pertenccnte ao mesmo, sem licença da commissão.
§ 2.° E m assumptos de serviço devem obediencia ao § unico. A nenhum objecto a cargo dos respectivos em-
secretario do hospital. pregados sc dará baixa no livro do inventario sem que
Art. 64.° O enfermeiro e enfermeira saberão ler e es- préviamente tenha sido julgado incapaz do serviço pela
crever regularmente, não podendo ser mantidos nos res- commissão em termo lavrado no livro competente.
pectivos logares quando não satisfaçam a este preceito,
assim como não lhes será permittido que vivam com elles Disposições transitorias
no hospital, filhos ou outra pessoa de familia estranha ao
Art. 74.° Os titulos de divida publica pertenccntos ao
serviço.
hospital civil da Misericordia de Penamacor passarão a ser
Art. 6õ.° Nenhum empregado póde ser demittido sem
ser préviamente ouvido dentro do prazo de quarenta e averbados com a nova denominação de «Iíospital de Santo
oito horas. Antonio, de Penamacor».
Art. 66.° O enfermeiro tem a seu cargo e responsabi- Art. 7õ.° O presente regulamento entrará em vigor dez
lidade a guarda e Iimpeza dos instrumentos cirurgicos do dias depois da publicação no Diario do Governo.
hospital, assim como a guarda das roupas, todos os uten- Art. 76.° Fica revogado o regulamento approvado por
silios e artigos que estiverem a uso fóra do archivo da decreto de 14 de fevereiro de 1889.
secretaria. Paço, em ltí de janeiro de 1 9 0 2 . = Ernesto Rodolpho
_ § unico. O enfermeiro deverá fazer a escripturação dia- Hintze Ribeiro.
D . do G. 11." 21, dc 28 do janeiro.
ria do livro de doentes e do livro das papeletas, e enviar
para a secretaria, até ao meio dia, a nota das dietas para
o dia seguinte.
Art. 67.° Haverá no estabelecimento os criados, cria- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DÃ FAZENDA
das e serventes que forem precisos para a boa regulari-
dade do serviço, podendo a commissão nomeá-los ou des- Administração Geral das A l f a n d e g a s
pedi-los quancío não satisfaçam.
§ 1.° O seu numero e respectivo vencimento, depois l. a Repartição
de fixado pela commissão e approvado pelo governador Nos termos do disposto no decreto n." 5, de 24 dc de-
civil, não poderá ser augmentado sem a sancção daquella zembro ultimo : hei por bem d e t e m i n a r o seguinte :
1902 13 Janeiro 30.

Artigo 1.° Os serviços da Administraçào Geral das Al- cumvallação, caminhos de ferro, destruição da herva santa,
fandegas serão distribuidos por duas repartições. fiscalização da cultura do tabaco no Douro, e bem assim
A r t . 2.° A 1." Repartição, que terá por chefe um em- a fiscalização e vigilancia nos caes, pontes, ancoradouros
pregado superior aduaneiro, de categoria não inferior á e embarcações que transitam nos rios, portos e enseadas,
dos àirectores das Alfandegas de Lisboa e Porto, divide-se e, finalmente, todos os serviços tendentes a reprimir, evi-
em duas secções. tar e descobrir o contrabando, o descaminho de direitos e
§ 1.° Á l . a secção, dirigida por um official do quadro as transgressões dos regulamentos fiscaes.
da Administração Geral, incumbe: § 3.° A 3. a secção, que será dirigida por um official da
1.° O expediente relativo ao pessoal dependente da armada, pertence:
Administração Geral das Alfandegas, excepto o maritimo; 1.° A fiscalização e processo de todas as despesas fei-
2.° O registo biographico do mesmo pessoal; tas com o pessoal do serviço dos portos e rios e com a
3.° A organizaçao e publicação annual da lista de anti- acquisição, reparação e conservação das embarcações e
guidades de todo o pessoal dependente da Administração mais material empregado no referido serviço;
Geral das Alfandegas; 2.° As nomeações, promoções, exonerações, demissões
4.° A expedição das guias para pagamento de emolu- e reformas do pessoal dos portos e rios e todo o expediente
mentos e do imposto do sêllo devidos por documentos ou que se relacione com este serviço;
despachos expedidos pela Administração Geral. 3.° O registo da carga e movimento de todo o material
§ 2.° A 2. a secção, que será dirigida por um empre- maritimo, empregado nos portos e rios.
gacío superior do quadro aduaneiro, o qual servirá de sub- A r t . 4.° O quadro dos empregados da Administração
chefe da repartição, terá a seu cargo : Geral das Alfandegas continua a ser o actualmente esta-
1.° A resolução de todos os assumptos concernentes aos belecido, de conformidade com o decreto de 28 de dezem-
serviços da administração aduaneira e dos impostos de bro de 1899.
consumo de Lisboa e das barreiras do Porto, e a fiscali- Art. 5.° Os empregados que, segundo o determinado no
zação superior das cobranças e contabilidade dos rendi- § 1.° do artigo 3.° do decreto n.° 3 de 24 de dezembro
mentos arrecadados pelas alfandegas; proximo findo, forem collocados em repartições não de-
2.° Melhoramentos materiaes em edificios das alfande- pendentes da Administração Geral das Alfandegas, deixarão
gas e suas dependencias, e acquisição e reparação do ma- vagos os seus logares no respectivo quadro.
terial do serviço das estações aduaneiras; A r t . 6.° Continuam em vigor as disposições dos decre-
3.° ModificaçÕes nos serviços do expediente das alfan- tos n. o s 1, 2, 3 e 5 de 27 de setembro de 1894 e respe-
degas ; ctiva legislação subsequente, que não foram alteradas pe-
4.° Estatistica geral comparativa de todas as receitas los decretos n. o s 3 e 5, de 24 de dezembro ultimo e por
das alfandegas, e especial de todos os rendimentos cobra- este decreto.
dos pelas ditas casas fiscaes e pelas suas delegações e pos- O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da F a -
tos de despaclio; zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em
5.° Registo de todos os edificios pertencentes ás alfan- 16 de janeiro de 1902. = REI.=.Fej'narado Mattozo Santos.
degas, bem como do material de serviço, mobilia e uten- D . do G. n . ° 2 1 , de 28 de j a n e i r o .
silios das mesmas casas fiscaes, com excepção do material
maritimo.
Art. 3.° A 2. a Repartição, que será dirigida pelo admi-
aistrador geral, divide-se em tres secções. MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
§ 1.° A l . a secção, que terá por chefe um empregado
superior do quadro aduaneiro, o qual servirá de sub-chefe D i r e e ç ã o Geral de Instrucção Publica
da repartição, terá a seu cargo:
1.° O registo de entrada geral de todos os documentos 1 .a Repartição
e a sua distribuição;
2.° A fiscalização superior de todas as despesas com o Determinando o artigo 61." do decreto n.° 8, de 24 de
pessoal e serviços dependentes da Administração Geral dezembro ultimo, que o diploma de habilitação para o ma-
das Alfandegas, o processo das folhas dos vencimentos do gisterio primario só possa obter-se cursando as escolas nor-
pessoal da Administração Geral e a ella addido, a requi- maes ou de habilitação; mas
sição e registo das eompetentes ordens de pagamento, o Attendendo a que o decreto referido foi publicado em
exame e a remessa de todas as folhas e mais documentos epoca j á adeantada do anno lectivo; e
relativos ás despesas das alfandegas ou a quaesquer pa- Considerando, portanto, que muitos individuos se esta-
gamentos effectuados por estas casas fiscaes, á Direccão vam habilitando antes da promulgação d'aquelle diploma,
Geral da Contabilidade Publica, ou á Direeção Geral da para fazerem o exaine de habilitação para o magisterio,
Thesouraria, conforme os casos, e a fiscalização superior que era regulado pelo artigo 135.° e seguintes da parte n
da receita e despesa clo cofre dos emolumentos aduanei- do regulamento de 18 de junho de 1 8 9 6 :
ros, e todo o expediente relativo á distribuição dos rnes- Sua Majestade El-Rei ha por bem determinar:
mos emolumentos e a respectiva escripturação; 1.° Que no corrente anno lectivo, como periodo transi-
3.° A coordenação e publicação do Boletim da Adminis- torio, sejam admittidos ainda a exame final nas escolas
tração Geral das Alfandegas; normaes ou de habilitação para o magisterio, candidatos
4.° Todo o expediente relativo ao Conselho da Admi- estranhos aos respectivos cursos, pela fórma estabelecida
nistração Geral das Alfandegas; pelo citado regulamento de 18 de junho de 1896;
5.° A coordenação annual da estatistica dos serviços a 2.° Q.ue para os effeitos do numero anterior os candi-
cargo da Administração Geral das Alfandegas, colhendo datos que nesta data estejam a preparar-se para esse exa-
para isso os necessarios elementos das outras repartições me devem inscrever-se como alumnos externos, dentro do
e estações eompetentes, ás quaes indicará o modo por que prazo improrogavel de quinze dias, a contar do seguinte
estes elementos lhe serão fornecidos. á publicação d'esta portaria, na secretaria da escola onde
§ 2.° A 2. a secção, que será dirigida p o r u m official do pretendam fazer o exame cle habilitação para o magis-
exercito, incumbe: a direeção superior dos serviços de fis- terio.
calização externa aduaneira, tanto nas zonas fiscaes da Dada no Paço, em 18 de janeiro de 1902. = Ernesto
raia e no litoral como nas ilhas adjacentes, e tudo o que Rodolpho Hintze Ribeiro.
respeita á vigilancia das estações fiscaes, linhas da cir- D . do G. n.° 10, de 21 de janeiro.
Janeiro 25 14 190S»

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA § 2.° Só serão considerados inficionados pela febre
aphtosa os districtos que, como tal, forem declarados no
Inspecção Geral dos Impostos Diario clo Governo.
§ 3.° Os meios de transporte terrestres, maritimos e
a fluviaes, empregados na conducção dos animaes aphtosos,
l. Repartição
deverão ser convenientemente desinfectados, conforme o
Suscitando-se duvidas sobro o registo obrigatorio das disposto no referido regulamento geral de saude pecua-
licenças para o exercicio de industrias ou outros actos : ria, antes de serem novamente utilizaclos para qualquer
Manda Sua Majestade El-Rei declarar, pela Inspecção fim.
Geral dos Impostos, que as licenças comprehendidas nas § 4.° Nos matadouros onde a inspecção, a que se refere
a
duas secções da classe l l . da tabella n.° 1 annexa á carta este artigo, não possa ser feita por medicos veterinarios,
de lei de 29 de julho de 1899 devem ser registadas nas nos termos do artigo 57.° do regulamento geral de saude'
pecuaria, será a mesma inspecção exercida, quer pelos
respectivas repartições de fazenda, cle harmonia com o
sub-delegados de saude, quer pelos facultativos munici-
disposto em o artigo 106.° do regulamento de 23 de de-
paes.
zembro do mesmo anno, com exclusão, porem, das refe-
ridas na verba n.° 175 d'aquella tabella e das que forem Art. 2." As feiras, mercados, concursos e exposições
passadas por aquellas repartições, em modelos de talão, o pecuarias das especies, a que se refere o § 1.° do artigo
qual substituirá o registo, e bem assim que tanto o re- precedente, ficam prohibidos, ató que seja declarada ex-
tincta a actual epizootia cle febre aphtosa.
gisto como a competente verba são gratuitos.
Paço, em 20 de janeiro de 1902. = Fernando Mattozo § unico. São, comtudo, permittidos os mercados inter-
Santos. nos das povoações, destinados ao seu abastecimento, nos
D . do G ii.° 16, do 21 de janeiro. termos do § unico do artigo 121.° do regulamento geral
de saude pecuaria.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario de Estado dos Negocios clo Reino, e o Ministro
Administração Geral das A l f a n d e g a s e Secretario de Estado dos Negocios clas Obras Publicas,
e Contribuições Indireotas Commercio e Industria, assim o tenham entendido e façam
executar. Paço, em 21 de janeiro de 1902. = R E I . =
l. a Repartição Ernesto Rodotyho Hintze Ribeiro = Manu ei Francisco de
Vargas.
Nos termos do disposto no artigo 5.° do decreto n.° 3, 13. do G. n.° 17, de 23 do janeiro.
de 27 de setembro de 1894, manda Sua Majestade El-Rei
que seja estabelecido um posto de despacho de 2. a classe
em Chaves.
Paço, em 20 de janeiro de 1 9 0 2 . — F e r n a n d o Mattozo MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
Santos.
D . do G. n.° 2-1, de 31 de j a n e i r o .
Direoção Geral de Administração P o l i t i c a e Civil

2.a Repartição
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por
certidão, os autos de corpo de delicto, a que no compe-
Direoção Geral da Agricultura
tente juizo de direito se procedeu contra o adiministrador,
que foi, do concelho de Cintra, Luiz Filippe Valente, o
Repartição dos Serviços Pecuarios
agente polirial Miguel Fernandes clo Carvalho, as praças
Sendo-me presentes as informações acêrca da epizootia do Corpo de Policia Civil de Lisboa, Beruardino Ribeiro,
de febre aphtosa, que ultimamente se tem manifestaclo em Joaquim Monteiro da Fonseca, Fernando clc Ahneida e
diversos districtos do reino; José Raphael Ayres Machado, dclegadn cla auctoridade
Havendo em consideração o disposto no n.° 7.° do ar- administrativa na assembléa olcitoral dc S. Jnão das Lam-
tigo 120.° e no artigo 121." e seu paragrapho clo Regula- pas, arguidos de offensas corporaes vohintarias e mitras
mento Geral de Saude Pecuaria; violencias por occasião da mesma assembléa em novem-
Tendo ouvido o Conselho Superior de Hygiene Publica bro de 1900; vistas as informações officiaes, por onde se
sobre o parecer da commissão technica, nomeada pela por- mostra que os sobreditos funccionarios e agentes nos con-
taria de 16 do corrente mês; e flictos a que os autos se referem, nà.j foram alein do que
Conformanlo-me com o parecer do mesmo Conselho e da «ra exigido pela necessidade da manutenção cla ordem pu-
referida commissão: blica e por legitima defesa dos seus direit^s : ha por bem
Hei por bem decretar o seguinte: clenegar, nos termos do artigo 431.° do Codigo Adminis-
Artigo 1.° Emquanto durar a actual epizootia de febre trativo, a precisa auctorização para o seguimento clo res-
aphtosa, é permittida a venda e transporte de rezes sus- pectivo processo.
peitas ou inficionadas pela mesina zoonose, mas somente Paço, em 23 dc janeiro de 1902. —Ernesto Rodolpho
quando destinadas a matadouros regularmente inspeccio- Hintze Ribeiro.
I). do G. n." 18, de 24 de janeiro.
nados, sendo as mesmas rezes acornpanhadas da compe-
tente guia de transito nos termos e .para os effeitos do
n.° 7.° do artigo 120.° do regulamento geral de saude
pecuaria, e observando-se o disposto nos paragraphos se-
guintes: MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
§ 1.° A auctorização concedida neste artigo só é appli-
cavel aos districtos inficionados pela febre aphtosa, não
Direeção Geral das Contribuições D i r e c t a s
podendo as rezes clas especies bovina, ovina, caprina e
suina transitar dos mesmos districtos para os districtos Z.a Repartição
indemnes, nem mesmo atravessá-los, de qualquer fórma
^ Sua Majestade El-Rei ha por bem declarar, p e l a Direc-
que seja.
j ção Geral das Contribuições Directas, que fica prorogado
1902 15 Janeiro 30.

ató 15 de fevereiro proximo o prazo para o pagamento observancia do preceituado no § unico do artigo 17.° da
voluntario da primeira prestação das contribuições em di- carta cle lei de 3 de setembro de 1897, cujas prescripções
vida ató 1900, a todos os contribuintes que na epoca legal foram mandadas vigorar no exercicio de 1901-1902 pelo
requereram o beneficio constante das portarias de 12 de artigo 14.° da carta de lei de 12 de junho de 1901: hei
julho, 12 e 19 de setembro e 11 de outubro do anno findo. por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, d e t e m i -
Paço, em 25 de janeiro de 1902. — Femando nar que no Ministerio da Fazenda, e devidamente regis-
Mattozo
tado na Direcção Geral da Contabilidade Publica, seja
Santos. aberto a favor do Ministerio das Obras Publieas, Commer-
D. do G. 11.° 20, de 27 de janeiro.
cio e Industria, um credito especial da quantia de réis
42:600ò000, que deverá ser addicionada ás importancias
que se acham inscriptas na tabella da distribuição da des-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAB pesa ordinaria do segundo dos referidos Ministerios no
exercicio de 19O1-1902, na conformidade do mappa n.° 1,
D i r e c ç ã o Geral da Marinlia que faz parte do presente decreto e baixa assignado pelo
Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras
3.a Repartição Publieas, Commercio e Industria, devendo igual importan-
cia ser annullada das competentes verbas inscriptas na ci-
Tendo em vista a reclamação dos proprietarios das re- tada tabella, conforme o mappa n.° 2, que igualmente faz
des de pesca de Setubal, contra o uso na pesca, das <iar- parte do presente decreto e baixa assignado pelo mesmo
tes de arrastar» e «chinchorros», no rio Sado e respectiva Ministro e Secretario de Estado.
costa; O Tribunal de Contas julgou este credito nos termos de
Considerando que nos estuarios de rios e rias, e bacias ser decretaclo.
maritimas abrigadas o exercicio de aartes» e «chinchor- O Ministro e Secretario de Estado CIOB Negocios da F a -
ros» só deve ser permittido nos meses em que os novos zenda, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
das especies comestiveis não as frequentem, ou antes, das Obras Publieas, Commercio e Industria, assim o te-
quando não estão nas primeiras epocas do seu cresci- nham entendido e façarn executar. Paço, em 25 de j a -
mento; neiro de 1902. = R E I . = Femando Mattozo Santos = Ma-
E attendendo a que a regulamentação do exercicio da nuel Francisco de Vargas.
pesca naquellas paragens não póde ser feita de um modo
geral, visto depender de circumstancias locaes e principal-
mente economicas: M A P P A N.° 1
Sua Majestade El-Rei, ouvida a Commissão Central de
Pescarias, ha por bem d e t e m i n a r que nos meses de abril, Importancias que, nos termos do decreto d'esta data, são
maio, junho, julho e agosto seja prohibido o exercicio de addicionadas á tabella da distribuição da despesa ordi-
iartes» e «chinchorros» no rio Sado, a contar da sua foz, naria do Ministerio das Obras Publieas, Commercio e
6 nas enseadas do Portinho, da Arrabida e Cezimbra, de- Industria, relativa ao exercicio de 1901-1902
limitadas entre pontas.
O que, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Ma-
ffi
rinha e UItramar, se communica ao Conselheiro Director o
[ Artigo

Designação da despesa Importancias


Geral da Marinha, para seu conhecimento e devidos effeitos.
Paço, em 25 de janeiro de 1902. = Antonio Teixeira de d

Sousa.
D . ao G. 11.° 20, de 27 de janeiro.
2.» .Direcção Geral das Obras Publieas
e Minas:
3." Pessoal technico de obras publieas . . . . 8:724*000
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO 4.° Pessoal technico de minas 3:619*000
5.° Pessoal auxiliar 1:445*000
Direcção Geral de Administração Politica e Civil
6.° Direcção Geral dos Correios e Te-
a legraphos :
l, Repartição 12." 12:118*500
Hei por bem designar, nos termos do artigo 38.°, § 1.°,
do decreto de 8 de agosto de 1901, o dia 5 do proximo 7.° Direcção Geral da Agricultura :
mês de fevereiro para se iniciarem no concelho de Setu- 14.° Pessoal dos serviços agronomicos 2:543*500
bal as operações do reeenseamento eleitoral, devendo ob- 19.» Infctituto de Agronomia e Veterinaria . 4:700*000
27.° 345*000
servar-se nos actos subsequentes prazos analogos aos fixa-
dos no mesmo decreto.
8.» Ensino Industrial e Commercial, ser-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- viços industriaes e officinas do
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha Est.ado :
entendido e faça executar. Paço, em 2õ de janeiro de 31.° Instituto Industrial e Commercial de Lis-
1902. . = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. 123*000
D . do G. n.° 21, de 28 de janeiro. 34.° Eseolas industriaes, de desenbo indus-
trial e elementares de commercio . . . . 1:206*000
34.» A Circumseripções industriaes 7:600*000

9.° Diversos serviços :


MINISTERIO DAS OBRAS PDBLICAS,. COMMERCIO E INDUSTRIA
47.° Direcção dos serviços geologicos 176*000
a
9. Repartição da Direcção Geral 42:600*000
da Contabilidade Publica

Nos teriuos das organizações approvadas por decretos Paço, em 25 de janeiro de 1902. =Manud Francisco
de 24 de outubro e 24 e 30 de dezembro de 1901, e em [ de Vargus.
Janeiro 16 16 1902

MAPPA N.° 2 Mostra-se que ouvido o Governador Civil por despacho


d'este tribunal não respondeu, seguindo o processo á re-
Importancias que, nos termos do decreto d'esta data, são velia d'elle:
annulladas da tabella da distribuição da despesa ordina- O que tudo visto e ponderado e a resposta do Ministe-
ria do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e In- rio Publico;
dustria, relativa ao exercicio de i 9 0 1 - 1 9 0 2 Considerando que os medicos não recorreram da deli-
beração da mesa da Santa Casa da Misericordia que lhea
indeferiu a sua reclamação;
Capitulos

ec Deaignaçfio da despeaa Importancias Considerando que o despacho recorrido não decidiu uma
J? questão do simples e pura administração, mas deferiu as
reclamações que só podiam ser feitas perante os tribunaes
do contencioso, dando falsa interpretação ao artigo 2Õ7.°
Secretaria de Estado: do Codigo Administrativo, pois que apenas concede aos
2.» 5:9700000 governadores civis a alteração de seus despachos ou reso-
3.° Conservação de estradas: luções nas materias meramente administrativas e não nas
6.» Pessoal auxiliar e de conservação 4:0000000 materias contenciosas ou declaratorias dc direitos;
Considerando que o regulamento alterado pelo despacho
I.o _ Direeção Geral da Agricultura: recorrido tinha sido approvado precedendo todas as for-
20.° Ensino de agricultura pratica 2:3060334
Escola de regentes agricolas «Moraes malidades legaes, e, portanto, firmando direitos e obriga-
Soares» 5140000 ções, nao podia ser alterado pelo despacho recorrido sem
25.° Pessoal dos serviços pecuarios 2:6560500 manifesta offensa da lei:
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
10.» Empregados addidos e aposentados:
50.° Empregados addidos 27:1530166 dar provimento no recurso e annullar para todos os effei-
tos o despacho recorrido.
42:6000000 O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
Paço, em 25 de janeiro de 1902. — Manuel Frcmcisco do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
de Vargcis. em 25 de janeiro de 1902. — R E I . = ÍJniesío Rodolpho
D . do G. 11.° 22, de 29 de janeiro.
Hintze Ribeiro.
D . do G. n.° 23, do 30 de janeiro.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


Direeção Geral de Saude e Beneficencia MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR
Publica
Direeção Geral da Marinha
2.a Repartição
Z.a Repartição
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Manda Sua Majestade El-Rei que uma commissão com-
Administrativo acêrca do recurso n.° 11:437, em que é posta do capitào de fragata Antonio Julio de Oliveira An-
recorrente a mesa da Santa e Real Casa da Misericordia dróa, capitão-tenente Antonio Augusto Alves Loureiro,
da villa de Barcellos, e recorrido o Governador Civil do capitão-tenente Emilio Alberto de Macedo e Couto, ma-
districto de Braga, de que foi relator o Conselheiro, vo- jor de engenheiros José Joaquim da Costa Lima, primeiro
gal effectivo, Antonio Telles Pereira de Vasconcellos Pi- tenente João Baptista Ferreira, dos quaes o primeiro ser-
mentel: virá de presidente e o ultimo de secretario, estude e in-
Mostra-se que a Santa Casa da Misericordia de Barcel- dique qual a fórma mais conveniente de se installar no
los, recorrente, fez o regulamento para o hospital, de que estabelecimento de Valle do Zebro a escola pratica de ser
é administradora, nos termos e eondições prescriptas no viço de torpedos moveis, sem prejuizo das dependencias
seu compromisso (artigo 37.°, n.° 16), e este regulamento que a commissão technica de artílharía navai e a di-
foi approvado pelo governador civil do districto em 26 de reeção do material de guerra de marinha precisam con-
julho de 1900; servar no mesmo estabelecimento.
Mostra-se que, publicado o regulamento, tendo precedido
O que, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Ma-
todas as formalidades legaes, os facultativos do hospital
rinha e Uitramar, se communica ao Conselheiro Director
representaram á mesa contra o regulamento; porem, a
Geral da Marinha, para seu conhecimento e devidos effei-
mesa respondeu magistralmente âs considerações feitas
tos.
pelos facultativos, e não attendeu á sua reclamação; e
Paço, em 25 de janeiro de 1902. = Antonio Teixeim
d'esta deliberação da mesa não reclamaram os facultativos
de 'Sousa.
para a assembléa geral nem recorreram para os tribunaes 13. do G. n.° 28, de 5 de fovereiro.
do contencioso;
Mostra-se que, tomando conta do districto de Braga um
outro Governador Civil, perante este se queixaram os cli-
nicos do hospital, comojá o haviam feito perante a mesa MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
da Santa Casa, e este, pelo despacho que vem recorrido,
attendeu os facultativos sem mesmo ouvir amesa da Santa 3. a Repartição da Direeção Geral
Casa, e concedendo approvação ao regulamento j á appro- da Contabilidade P u b l i c a
vado pelo seu antecessor e em execução alterou-o na
parte respeitante aos medicos e mandou intimar o despa- Com fundamento no decreto n,° 4, de 24 de dezembro
cho á mesa; eata recorreu para este Supremo Tribunal; de 1901, que reorganizou a Universidade de Coimbra, e
São fundamentos do recurso, não ser ouvida a mesa em observancia do disposto no § unico do artigo 17." da
pelo Governador Civil e nào poder o Governador Civil al- carta de lei de 3 de setembro de 1897, cujos preceitos fo-
terar o regulamento approvado, pois que só o poderia ser ram mandados vigorar no exercicio de 1901-1902, pelo
pelos tribunaes do contencioso; artigo 14.° da carta de lei de 12 de junho de 1901: hei
1902 17 Janeiro 30.

p o r bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, d e t e m i - do artigo 17.° da carta de lei de 3 de setembro de 1897,
n a r que no Ministerio dos Negocios da Fazenda seja àberto, cujos preceitos foram mandados vigorar no exercicio de
a favor do Ministerio dos Negocios do Reino, um credito 1901-1902, pelo artigo 14.° da carta de lei dc 12 de j u -
especial, devidamente registado na Direcção Geral da Con- nho de 1 9 0 1 : hei por bem, tendo ouvido o Conselho de
tabilidade Publica, d a quantia de 7:063^407 réis, a ins- Ministros, d e t e m i n a r que no Ministerio dos Negocios da
crever n a tabella da distribuição d a despesa do dito Mi- Fazenda seja aberto, a favor do Ministerio dos Negocios
nisterio do Reino, no citado exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , do Reino, um credito especial, devidamente registado na
em harmonia com o mappa junto, que faz p a r t e do pre- Direcção Geral da Contabilidade Publica, d a quantia de
sente decreto, e baixa assignado pelo Conselheiro de Es- 1:059^990 réis, a inscrever no capitulo 7.°, artigo 31.°,
tado, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- da tabella da distribuição da despesa do dito Ministerio do
cretario de Estado dos Negocios do Reino, p a r a a respe- Reiuo, no citado exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , para a respectiva
ctiva importancia ser applicada ao pagamento dos venci- importancia ser applicada ao pagamento das gratificações
mentos do pessoal e das despesas de material, relativas dos novos vogaes do referido Conselho Superior de Ins-
aos meses de janeiro a junho do corrente anno, resultantes trucção Publica, e dos ordenados do pessoal d a compe-
da mencionada reorganização. tente secretaria, relativos aos meses de janeiro a junho do
O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito corrente anno.
nos termos legaes de ser decretado. O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho dc nos termos legaes de ser decretado.
.Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios O Conselheiro de Eetado, Presidente do Conselho de
do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Nego- Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Nego-
cios da Fazenda, assim o tenham entendido e façam exe- cios do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos
cutar. Paço, em 2õ de janeiro de 1902. = R E I . — Ernesto Negocios d a F a z e n d a , assim o tenham entendido e fa-
Rodolpho Hintze Ribeiro = Fernando Mattozo Santos. çam executar. Paço, em 25 de janeiro de 1902. = R E I . —
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Femando Mattozo
Mappa da despesa da Universidade de Coimbra, Santos.
J>. do Cl. 32, de 10 de fevereiro.
relativa aos meses
de janeiro a junho de 1902
a que se refere o decreto da p r e s e n t e data

Desigmvão
^oinniji
por
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
artigos
Direcção Geral das Obras P u b l i e a s e Minas
10.» I n s t r u c ç ã o snperior
Repartição cle Obras Publieas
ARTIGO 35."
SECÇÃO 1." Attendendo ao que me representou a Camara Municipal
Unirersidade de Coimbra do concelho de Cascaes, e havcndo-se aberto o inquerito
e instaurado o processo indicados no decreto de 3 de no-
Secretaria:
Archivo : vembro de 1882: hei por bem, conformando-me com o
Graiiíicaçito ao lente director.— réis parecer do Conselho Superior de Obras Publieas e Minas,
200*000 auuuaes 99*990 d e t e m i n a r que no numero das estradas municipaes d e
Paeuldades : 2. a classe do districto de Lisboa seja incluida a seguinte :
Vencimentos do pessoal com que fo- E s t r a d a districtal n.° 153, no kilometro 1,200 metros,
rain augmentados os quadros :
Theologia... 317*167
logares de Moide e A l b u x a r d a á estrada districtal n.° 153,
Direito 700*000 no kilometro 3,200 metros.
Medicina . .. 065*000 O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Mathematica 581*250 cretario de Estado clos Negocios do Reino, e o Ministro e
Philosophia. 1:050*000 3.313^417 Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publieas
Vencimento de exercicio es- Commercio e Industria, assim o tenham entendido e fa-
tabelecido pela carta de çam executar. Paço, em 27 de janeiro de 1 9 0 2 . — R E I . =
lei de 1 de setembro de
lí587
2:500*000 5:8i3|417
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Manuel Francisco de
5:913*407 Vargas.
I.). do G. n.» 2õ, de 1 de fevereiro.
ARTIGO 36.»
Material e despesas diversas
SECÇÃO 1.»
Attendendo ao que me representou a Camara Munici-
Universidade de Coimbra pal do concelho de Cascaes, c havendo-se aberto o inque-
Faeuldade de medicina : rito e instaurado o processo indicado no decreto de 3 de
Para desL>esas de installação do novembro de 1882: hei por bem, conformando-me com o
gabinete de radiographia 1:000*000 parecer clo Conselho Superior de Obras Publieas e Minas,
Dotação do laboratorio de hygiene 150*000 1:150*000 d e t e m i n a r que no numero das estradas municipaes de 2. a
7:063*407 classe do districto de Lisboa seja incluida a seguinte:
E s t r a d a districtal n." 154, Aldeia de Jesu, Murxes, á
Paço, em 2 5 do janeiro de 1902. = Ernesto R.odolpho estrada districtal n.° li)4, no kilometro 3.
Hintze Ribeiro. O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
D . do o . n.° 32, do 10 do fevereiro. cretario de Estado clos Negocios do Reino, e o Ministro e
Secretario de Estado clos Negocios das Obras Publieas,
Commercio e Industria, assim o tenham entendido e façam
executar. Paço, em 27 d e janeiro de 1902. = R E I . =
Com fundamento no decreto n.° 3 , de 24 de dezembro Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro —Manuel Francisco de
de 1901, que reorganizou o Conselho Superior de Ins- Vargas.
trucção Publica, e em observancia do disposto no § unico D . do O. n.° 25, de 1 de fevereiro.
Janeiro 30 18 190'2

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GDERRA

de eorpos. etc.
Numero
Dotações
Unidades administrativas annuaes Total
Direeção Geral

5.a Repartição
Batalhão de infantaria com quartel
Tendo sido modifieada a cornposição de differentes eor- permanente fóra da sede do regi-
mento a que pertença 1200000 í 1200000
pos de tropas e criadas novas unidades administrativas, Casa de reclusào da 1." divisão mi-
tornando-se por esse motivo necessario alterar algumas das 800000 í 800000
dotaçôes annuaes do fundo para diversas despesas fixadas
na tabella annexa á portaria de 21 de agosto ultimo: 93:0500000
manda Sua Majestade El-Rei, pela Secretaria de Estado
dos Negocios da Guerra, que no corrente anno civil come- Paço, em 28 de janeiro de 1902, = Luiz Augusto Pi-
cem a ser abonadas para aquelle fundo as importancias
mentel Pinto.
designadas na tabella junta. D . do G. n.° 44, de 25 de fevereiro.

Paço, em 28 de janeiro de 1902. — Luiz Augusto Pi-


mentel Pinto.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
Tabella das dotaçôes annuaes do fundo
para diversas despesas dos eorpos e estabelecimentos militares, Direeção Geral dos Negocios de J u s t i ç a
a que se refere a portaria d'esta data
2,a Repartição
ó
oV Attendendo ao que me rcpresentou a Camara Munici-
Unidades administrativas
Dotaçôes
i í Total pal do concelho da Vidigueira, e tomando em considera-
annuaes
á s« çao as informações que me foram presentes : hei por bem,
nos termos do § 1.° do artigo 4.° do decreto de 15 de se-
tembro de 1892, transferir para o juiz de direito da res-
Regimento de engenharia 2:0000000 í 2:0003000 pectiva eomarca o julgamento das contravenções e trans-
Companhia de sapadores de praça.. 2005000 í 2003000 gressões de posturas que, segundo o disposto no principio
Companhia de torpedeiros 2000000 í 2000000
do citado artigo, compete aos juizes de paz dos districtos
Companhia de telegraphistas de
praça 2500000 í 2500000 comprehendidos na area do referido concelho.
Regimentos de artilharia montada.. 2:4000000 5 12:0000000 O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Eccle-
Grupo de baterias de artilharia a siasticos e de Justiça assim o tenha entendido e faça exe-
cavallo 1:8000000 1 1:8000000
Grupo de baterias de artilharia de cutar. Paço, em 30 cle janeiro de 1902. = R É I . = ylríAíí7-
montanha 8000000 1 8000000 Alberto de Campos Henriqnes.
4000000 6 2:4000000 D . do G. n.° 24, de de j a n e i r o .
Grupos de artilharia de guarnição..
Baterias independentes de artilha-
ria de guarnição 2000000 4
«± 8000000
Grupo de tres baterias destinadas
ao regimento n.° 6 de artilharia
montada 1:2000000 1 1:2000000 MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
Regimentos de cavallaria. 2:9000000 10 29:0000000
Batalhões de caçadores.. i 8000000 6 4:8000000 3. a Repartição da Direeção Geral
Regimentos de infantaria a tres ba- da Contabilidade Publica
talhões 1:0000000 24 24:0000000
Regimentos de infantaria a dois ba-
talhões 8000000 3 2:4000000 Não sendo remuneradas, nos termos da carta de lei. de
Companhia de subsistencias 3800000 1 3803000 12 de junho de 1901 e decreto regulamentar cle 24 de
Companhia de equipagens 2:1500000 1 2:1500000 dezembro ultimo, as funcções de vogal do Conselho Supe-
Companhia de saude 1700000 1 1700000 rior de Beneficencia Publica; e tendo sido, apenas, de
Companhia de alumnos da Escola do
Exercito 9000000 1 9003000 104?5000 réis a despesa do antigo Conselho Geral de Be-
Escola pratica de engenharia 1005000 1 1000000 neficencia Publica, nos meses de julho a dezembro de
Escola pratica de artilharia 9003000 1 9000000 1901: hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros,
Escola pratica de cavallaria l:200á000 1 1:2000000 determinar que, dentro do capitulo 6.° da tabellla da dis-
Escola pratica de infantaria 3000000 1 3000000
Commando do forte da Graça 805000 1 803000 tribuição cla despesa de Ministerio do Reino, no exercicio
Deposito diaciplinar 2000000 1 2000000 de 1901-1902, sejam transferidas do artigo 23.° para os
Casas de reclusào 1800000 3 5400000 artigos constantes do mappa junto, que faz parte do pre-
sente decreto, c baixa assignado pelo Conselheiro de Es-
Abonos extraordinarios tado, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
aceumulaveis com as (lotaçOes
supra tlxadas cretario de Estado dos Negocios do Reino, as quantias no
mesmo mappa designadas, na somma de 1:473,^117 réis,
Regimento de artilharia n.° 1 8000000 1 8000000 sendo 687^387 réis para indemnizar os estabelecimentos,
Regimento de cavallaria n.° 2 1:1003000 1 l:100è000
Regimento de cavallaria n.° 4
subordinados ao antigo referido Conselho Geral de Bene-
1:1000000 1 1:1000000
Bateria de artilharia com quartel ficencia Publica, das quantias que, na conformidade do ar-
permanente fóra da sede do grupo tigo 10.° da organização respectiva, approvada por decreto
a que pertença 600000 3 1800000 de 23 de dezembro de 1897, lhes foram deduzidas nos
Grupo de baterias de artilharia com subsidios do Estado, rcspeitantes aos citados meses de ju-
quartel permanente fóra da sede
do regimento a que pertença. . . . 1200000 3 3600000 lho a dezembro de 1901, alem da quota parte, que aos
Esnua irào de cavallaria com quar- mesmos estabelecimentos competiu naquella despesa, e
tel permanente fóra da bede do re- 785^730 réis para completar a importancia dos alludidos
gimento a que pertença 1200000 3 3600000 subsidios, concernentes aos meses de janeiro a junho do
Grupo de esquadrões fóra da sede
do regimento a que p e r t e n ç a . . . . 1800000 1 1800000 corrente anno.
1902 19 Janeiro 30.

O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de sentarem ás mesmas consultas das quatro horas da tarde
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negoci s ás dez horas da manhã, receberão nos hospitaes geraes os
do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Nego- primeiros soccorros, sendo em seguida enviados para o
cios da Fazenda, assim o tenham entendido e façam exe- Real Instituto acompanhados de uma guia passada pela
cutar. Paço, em 30 de janeiro de 1902. = R E I . = Er- repartição do banco, que permittirá a entrada nas enfer-
nesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Femando Mattozo Santos. marias do Real Instituto a qualquer hora.
§ unico. As pessoas que acompanharem estes doentes
Mappa das importancias que, por decreto d'esta data, são serão prevenidas de que devem apresentar-se no Real Ins-
transferidas dentro do capitulo 6." da tabella da distri- tituto para fornecerem ali os esclarecimentos necessarios
buição da despesa do Ministerio dos Negocios do Reino, para a admissão ordinaria.
do artigo 23.° para os artigos 24.°, 25.°, 26.°, 27.° Art. 5.° Haverá no Real Instituto uma consulta externa
e 28.° gratuita para os doentes pobres, que pretendam ser ad-
mittidos nas enfermarias ou simplesmente necessitarem o
Para o artigo 2 4 . ° — S a n t a Casa da Miseri- beneficio das prescripções medicas.
cordia de Lisboa 517$476 Art. 6.° Aos individuos sujeitos ao tratamento &nti-
Para o artigo 2 õ . ° — C a s a Pia de Lisboa 207$764 rabico, não hospitalizados, serão feitos nesta consulta os
Para o artigo 26.°—Hospital de S. José e pensos de que necessitarem.
Annexos 624$333 § unico. Esta consulta realizar-se-ha todos os dias, ex-
Para o artigo 27.° — Collegios e recolhimen- cepto domingos e dias santificados, das dez ás onze horas
tos 40(5261 da manhã.
Para o artigo 28.° — A s y l o de D. Maria Pia 830283 A r t . 7.° Haverá na sala destinada á consulta um livro
1:4730117 para inscripção dos consultantes, tratamentos realizados e
outros dados estatisticos.
Art. 8.° A vaccinação anti-rabica será feita todos os
Paço, em 30 de janeiro de 1902. = Ernesto Rodolpho
dias de manhã pelo chefe do serviço anti-rabico, ás horas
Hintze Ribeiro.
D . do O. n.° 26, de 3 de fevereiro. determinadas pelo director.
§ unico. A vaccinação realizar-se-ha no gabinete para
esse íim destinado, sendo o medieo auxiliado nesse serviço
por uma empregada e uma criada do serviço anti-rabico,
Direcção Geral de Saude e Beneficencia nomeadas por escala em cada dia.
Publica Art. 9.° Os doentes esperarão o momento do tratamento
nas duas salas para esse íim destinadas, sob a vigilancia
l. a Repartição da empregada ou criada a quem não competir nesse dia
o serviço do tratamento.
De harmonia com o disposto no artigo 205.° do decreto Art. 10.° Só é permittida a visita a doentes que possam
regulamentar de 24 de dezembro ultimo e ouvidas as es- levantar-se. Fóra d'este caso a enfermeira do serviço res-
tações competentes: hei por bem approvar o regulamento pectivo dará diariamonte informação minuciosa do estado
que d'este decreto faz parte e baixa assignado pelo Presi- do doente.
dente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretario de § unico. Quando a familia do doente, que não puder ser
Estado dos Negocios do Reino, e pelo Ministro e Secreta- visitado, o pcdir, ser-lhe-ha enviada pelo correio nota do
rio de Estado dos Negocios das Obras Publieas, Commer- estado do doente.
cio e Industria, que assim o tenham entendido e façam O serviço postal d'esta correspondencia é considerado
executar. official.
Paço, em 30 de janeiro de 1902. = R E I . — Ernesto Ro- Art. 11.° A visita geral aos doentes realizar-se-ha ás
dolpho Hintze Ribeiro = Manuel Francisco de Vargas. horas determinadas pelo director, não podendo durar mais
de meia hora.
Regulamento dos serviços de hospitalização nas enfermarias Art. 12.° A visita ao pessoal de enfermagem só póde
a cargo do Real instituto Bacteriologico de Lisboa ter logar, salvo permissão especial do director em caso ur-
gente, durante o dia e fóra das horas do serviço do em-
Artigo 1.° São acceitos nas enfermarias clo Real Insti- pregado visitado e na sala de espera determinada para
tuto : esse íim.
a) Os doentes atacados de diphteria que clesejem ser Art. 13.° As respectivas enfermeira» dcterminarão, em
hospitalizados ; vista das exigcncias do serviço, se a visita ao pessoal sob
b) Os individuos que, no Real Instituto, recebam trata- as suas ordens póde ou não ter logar.
mento anti-rabico emquanto durar esse tratamento, se ne- Art. 14.° Todo o serviço clinico interno do Real Insti-
cessitarem ser hospitalizados: uns e outros deverão apre- tuto compete ao medieo assistente que tem residencia no
sentar attestado de pobreza passado pelo parocho e rege- Instituto e será auxiliado no seu descmpenho pelo medieo
dor, sem o que serão obrigados ao pagamento de quantia auxiliar respectivo.
correspondente a 600 réis por dia, completo ou não, de Art. lõ.° A enfermeira regente tem a seu cargo espe-
tratamento. cial a enfermaria da diphteria, e a enfermeira chefe a do
§ unico. O pagamento d'esta quantia não dá direito a serviço anti-rabico.
qualquer tratamento especial. Art. 16.° O director do Real Instituto requisitará á
Art. 2/' As mães que amamentarem os filhos, é per- pharmacia, lavandaria, deposito geral de fazenda, cozinha
mittido entrarem com estes quando a doença permittir a e despensa do Hospital Real de S. José, os artigos que
continuaçâo da amamentação. estas repartições estão auctorizadas a fornecer c do que
Art. 3." Os doentes que se apresentarcm ás consultas neccssitc para o Real Instituto, servindo-se para esse íim
do Hospital Real de S. José e Annexos, atacados de di- dos modelos usados no Hospital Real de S. José para re-
phteria ou suspeitos de raiva, serão mandados apresentar quisições identicas, com a designação de que são destina-
pelas pessoas que os acompanharem, ao Real Instituto Ba- das para o Real Instituto e sempre com a assignatura do
cteriologico que os admittirá nos termos cl.'este regula- respectivo director.
mento. Art. 17.° No fim de cada mês o director da pharmacia
Art. 4.° Os doentes nestas circumstancias que se apre- e o economo do Hospital Real de S. José farão organizar
Janeiro 16 20 1902

uma conta do consumo realizado pelo Real Instituto, valo- como se tivera em vista, melhorarem as condições da in-
rizando-o no mesmo preço pelo qual sae o consumo nas dustria naeional, na parte em que se relacíona com a na-
enfermarias d'aquelle hospital, enviando essa conta á se- vegação, attentas as suas eventuaes e necessarias depen-
cretaria da administração d'este para que seja mandada co- dencias: hei por bem d e t e m i n a r , nos termos dó § unico
b r a r no Real Instituto. do artigo 3.° do decreto n.° 1, de 27 de setembro de
§ unico. D a mesma fórma se procederá para a liquida- 1894, que as disposições do mencionado decreto, tanto no
ção da despesa feita com a lavagem e desinfecção da roupa que é preceito doutrinal como regulamentar, se tornem
do Reai Instituto n a lavandaria do Hospital Real de extensivas ás alfandegas do Porto e das ilhas adjaeentes,
S . José. as quaes lhes darão cumprimento pela fórma e nos termos
A r t . 18.° O serviço religioso íicará provisoriamente a que o mesmo decreto estabelece.
cargo do pessoal do Hospital Real de S. José, quando re- O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios da F a -
quisitado pelo director do Real Instituto ou por quem o zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em
substituir. 30 de janeiro de 1 9 0 2 . — R E I . = Femando Mattozo /Santos.
A r t . 19.® Os cadaveres dos individuos fallecidos em tra- D . do G. n.° 31, de 8 de fevereiro.
tamento no Real Instituto serão depositados na casa mor-
tuaria do Hospital Real de S. José, devendo comtudo as
respectivas guias p a r a o cemiterio ser passadas pelo di-
rector do Real Instituto.
§ unico. O director do Real Instituto enviará para a MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
delegação de saude de Lisboa o boletim obituario com as
notas estatisticas relativas a estes obitos. Direcção Geral
A r t . 20.° Os cadaveres dos indigentes fallecidos no Real
Instituto poderão ser transportados para o cemiterio nos 2.a Repartição
carros mortuarios do Hospital Reai de S. José.
A r t . 21.° Os funeraes particulares regular-se-hào pelas
tabellas do Hospital Real de S. José e serão acompanha- Tendo-se suscitado duvidas sobre a fórma de dar exe-
dos pelo pessoal ecclesiastico d'este estabelecimento. cução ao disposto no artigo 27.° do regulamento dos ser-
viços do recruiamento de 24 de dezembro ultimo: ha
Art. 22.° O serviço do pessoal menor será regulado pelo
por bem Sua Majestade El-Rei d e t e m i n a r , pela Secre-
director do Real Instituto.
taria de Estado dos Negocios da G u e r r a , que as declara-
A r t . 23.° Ficam revogadas as disposições em contrario.
ções a que se refere o mesmo artigo e que devem ser
Paço, em 30 de janeiro de 1902. = Ernesto Rodolpho
apresentadas pelos interessados sem exigencia de outros
Hintze Ribeiro = Manuél Francisco de Vargas.
documentos, contenham o nome, sobrenome e appellido dos
D . do G. n.° 29, de 6 de fevereiro. mancebos, a profissão ou emprego, o estado, data do nas-
cimento, naturalidade, morada, filiação e residencia dos
paes, devendo o certificado que, nos termos do referido
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA artigo, o secretario da commissão do reeenseamento, é
obrigado a passar, ser muito conciso, limitando-se o mes-
Administração Geral das Alfandegas mo funccionario a accusar a recepção das declarações e a
mencionar somente o nome, sobrenome e appellido e a re-
l. 1 Repartição sidencia dos declarantes.
Paço, em 31 de janeiro de 1902. = Luiz Augusto Pi-
Tendo chegado ao meu conhecimento que da execução mentel Pinto.
do decreto de 28 de dezembro de 1899, tem resuitado, D . do G. n.° 25, d« 1 de fevcroiro.
FEVEREIRO

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR Geral da Marinha, para seu conhecimento e devidos ef-
feitos.
Direeção Geral da Marinha Paço, em 1 de fevereiro de 1902. — Antonio Teixeira
de Sousa.
D . do G-, n.° 28, de 5 de feycreiro.
3.3 Repartição
Tendo o regulamento provisorio de pesca maritima com
redes de arrastar pelo fundo, a reboque de uma ou mais
embarcações movidas por qualquer motor, promulgado por MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
decreto de 30 de julho clo 1891, limitado o exercicio de
taes apparelhos a um pcrioclo de dez annos, o que fez B i b l i o t h e c a s e A r c h i v o s Publicos
suscitar duvidas ás auctoridades eompetentes, se deveria
ser negada a matricula desde o corrente anno ás embar- Sua Majestade El-Rei, querendo facilitar o cumprimento
cações de pesca empregando taes apparelhos; das disposições do alvará de 12 de setembro de 1805,
Considerando que não ha razões para se revogar o ci- carta de lei de 19 de setembro de 1822, alvarás de 30
tado regulamento e antes subsistem, para que elle, com de dezembro de 1824 e 28 de maio de 1834, portaria de
as suas subsequentes modificações, seja mantido em todos 27 de agosto de 1835; decretos de .29 de dezembro de
os seus pontos; 1887 e 24 de dezembro de 1901, que obrigam os donos
Attendendo a que os vapores de pesca podem, pelo seu das typographias e lithographias, ou seus administradores,
vasto campo cle acção, exercer a sua industria cm regiões e bem assim todas as officinas em que se estampem, im-
diversas, adaptando-se com resultado a outros systemas de primam ou por qualquer processo se reproduzam, para
pescaria, ao passo que o mesmo facto sc não dá com a serem publicados, escritos ou desenhos, a enviarem á Bi-
pesca exercida pelos botes do Barreiro e Seixal, por meio bliotheca Nacional de Lisboa, dentro de oito dias a contar
das «tartaranhas», visto carecer de necessarios estudos a da publicação, sendo feita em Lisboa, e dentro de um mês
transformação d'cste material para outro systema; quando feita nas provincias, um exemplar cle todos os tra-
balhos que pi^oduzirem: ha por bem determinar que os
Considerando, alem d'isto, que nao sc póde ajuizar se o
Governadores Civis do continente e ilhas adjacentes en-
exercicio de vinte e quatro «tartaranhas» poderá c-quipa-
viem em fins de março, junho, setembro e dezembro de
rar-se, cxceder ou nào attingir o exercicio da pesca por
cada anno uma relação das officinas a que se referem os
meio de redes de arrastar pelo fundo, exercido actual
diplomas acima citados, ao Bibliothecarío-mor do Reino; e
mente por tres unicos vapores;
bem assim, mensalmente, uma nota de todos os trabalhos
Attendendo, finalmente, a que não se póde ajuizar da
publicados nas officinas dos seus respectivos districtos.
influencia economica que poderá trazer ao mercado de
Lisboa, ou dos resultados traziclos, com relação á ordem O que assim sc communica a todos os Govei - nadores Ci-
publica, da cessação subita do antigo exercicio de vinte e vis do continente e ilhas adjacentes, para seu conhecimento
quatro apparelhos de pesca em que se empregam trezen- e devidos effeitos.
tos e cincoenta individuos : Paço, 3 de fevereiro de 1902. = Ernesto Rodolpho Hin-
Sua Majestade El-Rei, ouvida a commissão central de tze Ribeiro.
D . do C t . 11.° 28, de 5 dc fevereiro.
pescarias, ha por bem determinar, que seja ampliada por
mais dois annos a matricula das embarcações denominadas
«botes», que armam para pesca pelo fundo, a reboque
com as redes denominadas «tartaranhas», nos portos do Direeção Geral de A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Civil
Barreiro e Seixal, e que, por uma equidade emanada da
respectiva legislaçâo, seja igualmente facultada por mais Conformando-me com a consulta do Procurador Geral
dois annos a matricula dos tres unicos vapores de pesca da Coroa e Fazenda e a proposta do competente Gover-
que armam actuahnente no porto de Lisboa, e só a estes nador Civil: hei por bem prorogar atá ao dia 15 do cor-
devendo neste periodo de tempo ser dada rigorosa appli- rente mês para o recenseamento eleitoraf do concelho de
cação ao que determinam os artigos 2.°, 3.° e 4.° do regu- Sinfães, o prazo a quc se refere o artigo 18.° do decreto
lamento do 30 de julho de 1891. de 8 de agosto de 1901, e determinar que nas operações
O que, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Ma- subsequentes sc observem prazos analogos aos fixados no
rinha e UItramar, sc communica ao Conselheiro Director mesmo decreto.
Fevereiro 12 22 1902

O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- j 3 * Repartição da Direcção Geral


cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha I da Contabilidade Publica
entendido e faça executar. Paço, em 6 de fevereiro de
1 9 0 2 . = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Com fundameuto nos artigos 57.° o 58.° do Regulamento
D. do G. n.° 31, de S de fevereiro.
Geral da Contabilidade Publica, de 31 de agosto de 1881,
e em observancia das prescripções do § unico do artigo
17.° da carta. de lei de 3 de setembro cle 1897, que foram
mandadas vigorar no exercicio de 1901-1902, pelo artigo
Hei por bem prorogar até ao dia 10 do proximo mês de 14.° da carta de lei de 12 de junho de 1901 : hei por bem,
março, nos termos do artigo 38.°, § 1.°, do decreto de 8 tendo ouvido o Conselho de Ministros, d e t e m i n a r que no
de agosto de 1901, o prazo da conclusão dos operações do Ministerio dos Negocios da Fazenda seja aberto, a favor
reeenseamento eleitoral do concelho da Feira, e d e t e m i - do Ministerio do Reino, um credito especial devidamente
nar, que nos actos subsequentes se observem prazos ana- registado na Direcção Geral da Contabilidade Publica, da
logos aos fixados no mesmo decreto. quantia de 3:025$õ06 réis, somma clas importancias que,
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro. e Se- pelas verbas de diversos capitulos e artigos das respecti-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha vas auctorizacões de despesas, foram liquidadas e não pa-
entendido e faça executar. Paço, em tí de fevereiro de gas nos exercicios dc 1899-1900 e 1900-1901, e que,
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. por existirem em sobras, são transferidas para a tabella
da distribuição da despesa do referido Ministerio do Reino,
O. do G. n.° 31, de 8 de fevereiro.
no citado exercicio de 1901-1902, na conformidade do
mappa junto que faz parte do presente decreto e baixa
assignado pelo Conselheiro de Estado, Presidente do Con-
Iíei por bem auctorizar á junta de parochia da fregue- selho de Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos
sia de Angueira, no concelho do Vimioso, a criação de Negocios do Reino, a fim de se poder effectuar o paga-
dois logares de guardas campestres sem outra remunera- mento das aliudidas despesas.
ção mais que a estabelecida no artigo 448.° do Codigo O Tribunal do Contas declarou achar-se este credito nos
Administrativo, e o respectivo provimento nos termos le- termos legaes de ser decretado.
gaes. O mesmo Conselheiro de Estado, Presidente do Conse-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- lho de Ministros, Ministro e Secretario de Estado clos Ne-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha gocios do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos
entendido e faça executar. Paço, em 6 de fevereiro de Negocios da Fazenda, assim o tenham entendido e façam
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. executar. Paço, em 6 de fevereiro de 1902. = R E I . = E?--
L>. do G. 31, de S de fevereiro. nesto Rodotyho Hintze Ribeiro — Femando Mattozo Santos.

Mappa das importancias dos creditos aucíorizados, correspondentes a de?pesas liquidadas e não pagas nos exercicios de 1899-1900 e 1900-1901,
que por existirem em sobras são transferidas, por decreto d'esta data, para o exercicio de 1901-1902

Capitulos e artigos Capitulos e artigos


d a s tabellas Somma da tabella
Exercicios e de.siffnação das despesas Importancias por exercicios
dos respectivo» de
exercicios 1901-1002

Exercicio de 1899-1900 :
Unico _ Despesa extraordinaria—.despesas extraordinarias especiaes de
saude publica - * - 2:548*686 3.° -

Exercicio de 1900-1901 :
3.' 7." Governos civis — vencimentos 17*220 3.° 7.°
4." K;.* Segurança publica — despesas de policia preventiva 200*000 4.° 16.»
24.» Beneficencia pubVica — hospitaes 200*000 6.» 26.°
10.» 33.» Instrucção superior — vencimentos 37*100 10.» 35.°
10.» 34.° Instrucção superior — material e despesas diversas 22*500 10.° 36.°
476*820

3:025*506

Paço, em 6 de fevereiro de 1902. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA pacho : hei por bem, nos termos do § unico do artigo 3.°,
do decreto n.° 1, de 27 de setembro de 1894, declarar
Administração Geral das A l f a n d e g a s sem effeito o disposto no decreto de 14 de janeiro de 1897,
e Contribuições Indirectas e, restabelecendo em parte o que se acha preceituado no
n.° 7.°, do artigo 19.° do j á citado decreto n.° 1, de 27
l. a Repartição de setembro de 1894, d e t e m i n a r que ao Conselho Supe-
rior do Serviço Technico x\duaneiro incumbe elaborar e re-
Tendo-se reconhecido a conveniencia de organizar uma ver, de tres em tres meses, uma tabella de valores mini-
tabella de valores minimos, para a cobrança dos direitos mos, para a cobrança clos direitos ad valorem sobre os
ad valorem, sobre os generos quc sc exportam, tabella, generos de exportação naeional.
que, na sua applicação, servirá de valioso elemento fiscal, O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
para a regularidadc e harmonia dos respectivos serviços, !
zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paco, em 6
pondo termo ás hesitações e discordancias que sobreveem de fevereiro de 1902. = R E I . = Femando Mattozo Santos.
com a actual adopção do valor de.clarado no acto do des- i
D . do G. n . 0 35, de H de fevereiro.
1902 23 Fevereiro 20

Determinando o artigo 6.° da tabella 4. a annexa ao de- Sua Magestade El-Rei, a quem foram presentes, por
creto n.° 3, de 27 de setembro de 1894, que, pelas reveri- certidão, os autos de corpo de delicto, a que no compe-
ficações e verificações feitas a requerimento de partes, antes tente districto criminal do Porto se procedeu contra os
ou depois das.horas do expediente ordinario, ou fóra dos lo- guardas n. os 226 e 233 do Corpo da Policia Civil da mesma
gares do despacho, são devidos os emolumentos fixados no cidade, arguidos de violencias praticadas contra Antonio
mesmo artigo; e succedendo, por vezes, que os empregados Rodrigues cle Faria em 5 de julho de 1 9 0 0 ;
incumbidos d'esses serviços, tendo comparecido nos logares Considerando que das informações e investigações offi-
para tal fim designados, deixam de desempeiihar as func- ciaes se mostra que o queixoso fôra legalmente capturado
ções para que foram requisitados, por culpa dos proprios pelos referidos guardas, e que estes procederarn sem
requerentes ou dos seus representantes: hei por bem de- excesso nem abuso das suas funcções, contendo a resis-
terminar, nos termos do § unico do artigo 3.° do decreto tencia opposta por aquelle Faria á mesma c a p t u r a :
n.° 1, de 27 de setembro de 1894, quc, sempre que se Ha por bem denegar, nos termos do artigo 431.° do
deem os casos referidos, os empregados de que se trata Codigo Administrativo, a precisa auctorização para se-
fieam tendo direito a metade dos emolumentos fixados no guimento do respectivo processo.
dito artigo, e bem assim ao pagamento das despesas de Paço, em 8 de fevereiro de 1902. = Ernesto Rodolpho
transporte. Hintze Ribeiro.
D . do G . u . ° 32, de 10 de fevereiro.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios cla Fa-
zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em
6 de fevereiro cle 1 9 0 2 . = R E I . — Fernando Mattozo Santos.
D . do Gr. n.° 35, de 14 do fevereiro.
Sendo presentes a Sua Majestade El-Rei as duvidas pro-
postas por alguns Governadores Civis sobre se, declarada
pelos eompetentes tribunaes a necessiclade de se repetirem
nalguma assembléa primaria os actos da eleição da res-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO pectiva camara municipal, deve ser a gerencia do munici-
pio exercida pela camara, a que se refere essa eleição, ou
Direeção Geral de Instrucção Publica reassumida pela anterior; e
Considerando que, nos termos do artigo 207.° do Co-
4.a Repartição digo Achninistrativo com referencia ao artigo 99.°, §§ 3.°
e 4.°, do decreto de 8 de agosto de 1901, as eleições so-
Attendendo ao que me foi representado pela Academia mente são annulladas, quando as irregularidades a ellas
Polytechnica do Porto, acêrca da auctorização que pre- arguidas, alem de poderem influir no seu resultado geral,
tende, para os respectivos lentes poderem usar dos uni- invalidarem as operações de assembléas primarias, cujos
formes por ella propostos : hei por bem determinar, para votantes excedam um terço do numero de votantes em
uso dos lentes da Academia Polytechnica do Porto, os todo o circulo;
uniformes estabelecidos pelos decretos de 1 de outubro de Considerando que, fóra d'esíe caso, e embora as irregu-
1856 e dc 15 de setembro de 1857, para os lentes das laridades possam influir no resultado geral, o citado § 4.°
Escolas Medico-Cirurgicas dc Lisboa e Porto, com as se- não manda annullar a eleição, mas somente repetir os actos
guintes modificações : os alamares da toga serão de côres eleitoraes onde irregularmente se praticaram;
differentes, segundo as secções, a saber : azues e bvancos Considerando que, portanto, nesta hypothese subsiste
para a secção de mathematica; azues para a de philoso- a referida eleição, e por virtude d'ella devem os eleitos
phia ; e carmezins para a de sciencias economico-sociaes. exercer a gerencia municipal, emquanto não tiverem de
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de ser legalmente substituidos;
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Considerando que nas leis administrativas em vigor não
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, ha preceito, que expressa ou virtualmente invalide a dou-
em 6 de fevereiro de 1902. = R E I . — Ernesto Rodolpho trina sanccionada pela portaria de 5 de março cle 1870 e
Hintze Ribeiro. pela resoluçâo de 6 de fevereiro de 1899, publicada a
D . do G. n.° 42, do 22 de fevereiro. pag. 566 do volume n do Annuario da Direccão Geral da
Administração Politica e Civil:
Ha o mesmo Augusto Senhor por bem, que aos sobre-
ditos magistrados se declarc, que na hypothese das res-
Direeção Geral de Administração Politica e Civil pectivas consultas devem as camaz-as municipaes, a que
ellas se referem, exercer as suas funcções, ató que pela
2.* Repartição repetição dos mencionados actos seja contirmada a eleição
ou tomem posse outros vereadores definitivamente apu-
Sendo presentes, por certidao, a Sua Majestade El-Rei, rados.
os autos de corpo de delicto, levantados 110 competente Paço, em 8 de fevex-eiro de 1 9 0 2 E r n e s t o Rodolpho
districto criminal do Porto contra 0 guarda 11.0 210, do Hintze Ribeiro.
D . do G. 33, de 12 de fevoreiro.
Corpo de Policia Civil da inesma cidade, arguiclo por Anto-
nio José Ferreira de 0 ter capturado e offendido corporal-
mente em 16 dc setembro ultimo; e
Considerando que clas informações c investigaç.ões offi-
ciaes se mostra que o denunciado, aliás desobedecido e Direeção Geral de Instrucção Publica
agredido jjelo queixoso, procedera como importava á ma-
nutenção da ordem publica, sem abuso de auctoridade nem 4.a Repartição
rigor illegitimo:
Ha 0 mesmo Augusto Senhor por bem denegar, nos Sua Magestade El-Rei a quem foi presente a proposta
termos do artigo 431.° do Codigo Administrativo, a pre- do Director Geral da Instrucção Publica para serem re-
cisa auctorisação para 0 seguimento do respectivo processo. unidos cm volume os trabalhos sobre mathematica e as-
Paço, em 8 de fevereiro dc 1902. = Ernexto Rodolpho trcnomia do Dr. Francisco Gomes Teixeira, lente cathe-
Hintze Ribeiro. dratico e director cla Academia Polytechnica do Porto,
D . do ei. 11.0 32, de 10 do fevoroiro. que se acham dispersos em revistas nacionaes e estran-
Fevereiro 12 24 1902

g e i r a s : h a por bem d e t e m i n a r que elle proceda a essa termos da acta da assembléa geral da dita Confraria, de
publicação sem remuneração alguma. 7 de janeiro ultimo.
Paço, em 8 de fevereiro de 1902. — Ernesto Rodolpho Paço, em 12 de fevereiro de 1902. — Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro. Ribeiro.
D . do G. 49, dc 3 de março. D . do G. ii.° 34, de 13 de fevereiro.

Direcção Geral de Administração Politica e Civil MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARIHHA E UITRAMAR
2.1 Repartiçáo Direcção Geral do UItramar

Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.° l. a Repartição
n.° 2.°, 57.° e 118.° do Codigo Administrativo, a delibe-
ração da Camara Municipal do concelho de Odemira, de 1." Secçíto
29 de janeiro ultimo, acêrca do desdobramento do seu par-
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen-
tido medieo, actualmente vago, em dois, dos quaes o pri-
tou o Governador da provincia dc Cabo Verde acêrca da
meiro, com a sua sede naquella villa, terá a dotação an-
distribuição que fez das tres novas escolas, criadas para
nual de 4 5 0 ^ 0 0 0 réis, e o segundo a de 40Q$000 réis e a
a rcferida provincia pelo decreto de 24 de agosto do anno
respcctiva sede na aldeia de S. Theotonio.
findo, que approvou as tabellas de despesas das provincias
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
ultramarinas para o anno economico dc 1901-1902, e con-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
siderando que o estabelecimento das novas sedes escola-
entendido e faça executar. Paço, em 10 de fevereiro de
res, 11a freguesia de S. Salvador do Ilundo, na cidade de
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
Mindello e na villa Maria Pia, satxsfaz as aspiraçõos e ne-
D . do G. n." -12, de 22 de fevereiro. cessidades dos povos que aproveitam das escolas criadas
que foram distribuidas, tendo em vista a densidade das
mesmas populações: ha por bem, conformando-se com 0
parecer da J u n t a Consultiva do UItramar, conceder a re-
Hei por bem fixar em cinco o numero de zeladores mu- gia approvação á alludicla previdencia do Governador da
nicipaes do concelho do Alcoutim, remunerados somente provincia de Cabo Verde.
nos termos do artigo 448.° do Codigo Administrativo, O que, pela Secretaria do Estado dos Negocios da Ma-
ficando assim modificado o decreto de 5 de abril de 1900, rinha e UItramar, se communica ao mesmo Governador,
e auctorizar a proceder, nos termos legaes, a concurso para seu conhecimento e devidos effeitos.
p a r a o provimento dos dois logares, que agora accrescem Paço, em 12 de fevereiro de 1902. = Antonio Teixeira
ao quadro dos agentes da policia municipal do mesmo con- de Sousa.
celho. IJ. do G. li.° 36, de do fevereiro.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tènha
entendido e faça executar. Paço, em 10 de fevereiro de
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. 2.a Repartiçáo
D. do G. n.° 42, de 22 de fevereiro. 2." SecçSo

Tendo-se suscitado duvidas sobre se os empregados das


companhias coloniaes privilegiadas devem ser ou não con-
Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente, por certi- siderados como funccionarios publicos para os effeitos do
dão, o auto de corpo de delicto, a que pelo juizo de di- artigo 291.° c outros do Codigo P c n a l ;
reito da comarca de Braga contra o regedor da freguesia Considerando que a organização especial das compa-
de Panoias, José Ferreira de Carvalho, arguido de, em 10 nhias coloniaes privilegiadas lhes attribue delegação da
de dezembro ultimo, ter offendido corporalmente Domingos sobcrania, e que os seus empregados exercem funcções
Gronçalves e Maria Gonçalves; mostrando-se das informa- fiscaes e administrativas, einbora sem a garantia a que se
ções e investigações officiaes serem destituidas de iunda- refere o artigo 357.° do Codigo Administrativo de 1842,
mento essas arguições: h a por bem dencgar, nos termos conforme foi rcsolvido pela regia portaria de 18 de julho
do artigo 431.° do Codigo Administrativo, a precisa aucto- de 1899 ; mas,
rização para o seguimento do respectivo processo. Considerando quc a funcção do emprego imprimc cara-
Paço, em 12 do fevereiro de 1902. =Ernesto Rodolpho cter ao funccionario, e que, por isso, os empregados das
Hintze Ribeiro. companhias coloniaes privilegiadas não devem, em hypo-
1). do G. u." 34, de 13 dc fevereiro.
these alguma, ficar a cobcrto das responsabilidades em
que possam incorrer no exercicio das funcções publieas
dos seus respectivos c a r g o s :
Sua Majestade El-Rei, conformando-se com o parecer
Direcção Geral de Saude e Beneficencia Publica da Procuradoria Geral da Coroa e F a z e n d a , ha por
bem, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha
2." Repartiçáo e UItramar, mandar declarar ao Governador Geral da
provincia de Moçambique, para seu conhecimento e das
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen- estações officiaes competentes, que os empregados das
tou a mesa da Confraria das Almas, crecta na igreja ma- companhias coloniaes privilegiadas, não comprehendidos
triz da cidade de Ponta Delgada; vistas as informações os subditos estrangeiros que, por força do disposto no
officiaes e o disposto no n.° 2.° do artigo 253.° do Codigo § 3.° do artigo 6." do decreto com força de lci dc 17 de
Administrativo: ha por bem concedcr-lhe auctorização maio de 1897, não podem exercer cargos a que perten-
para acceitar de D . Carolina Henriqueta de Medeiros Car- çam attribuições fiscaes e administrativas, devem ser con-
valho, solteira, a doaç.ão de 600j$>U00 réis insulanos nos siderados empregados publicos p a r a todos os effeitos, de-
1902 25 Fevereiro 20

3ignadaraente para os do artigo 291.° e outros do Codigo j relação aos empregados da Camara do extincto concelho
Penal. dos Olivaes, disposições todas mantidas pelo Codigo Ad-
Paço, em 12 de fevereiro de 1902. — Antonio Teixeira ministrativo de 4 de maio de 1896;
de Sousa. 2.° Que a camara em 29 de novembro de 1889 resol-
D. do G. ii. 0 53, de 1 dc março. veu pagar as quotas dc aposentação relativamente aos em-
pregados que tivessem direito a ella e com respeito aos
vencimentos criados por virtude cla reforma dos quadros,
resolução mantida por despacho do Ministerio do Reino
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO de 14 cle janeiro de 1890;
3.° Que o officio cla Direeção Geral da Contabilidade
Direeção Geral de Administração Politica e Civil Publica, de 9 de novembro de 1891, declara que a parte
das quotas de aposentação correspondente aos vencimentos
l, a Repartição que nessa data auferiam os empregados da secretaria e das
bibliothecas da Camara Municipal de Lisboa existentes
Hei por bem prorogar, nos termos do artigo 38.°, § 1.°, em 23 de julho de 1886 era despesa obrigatoria da Camara
do decreto de 8 de agosto de 1901, o prazo da conciusão e que só a restante parte ficaria a cargo dos empregados;
das operações do recenseamento eleitoral do concelho de 4.° Que a Camara até agosto de 1898 continuou a apo-
Chaves até ao dia 8 de março proximo, observando-se nos sentar os seus empi'egados sem lhes fazer deducção algu-
actos subsequentes prazos analogos aos fixados no mes- ma nos seus vencimentos e só depois d'esse mês começou
mo decreto. a dcduzir nos vencimentos dos empregados não só a parte
O Px^esidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- que no officio citado era encargo d'elles, mas ainda a quc
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha pelo mesmo officio era encargo obrigatorio da Camara;
entendido e faça cxccutar. Paço, em 13 de fevereiro de Mostra-se que a Camara reclamada não imptigna o di-
1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. reito dos reclamantes e apenas se defende allegando as
D . do G. n." 36, de 15 de fevereiro.
suas más circumstancias financeiras e a falta de auctori-
zação orçamental;
O Auditor Administrativo por sua sentença de 6 de maio
de 1901, considerando procedentes e legaes as allegações
Hei por bem prorogar, nos termos do artigo 38.°, § 1.°, dos reclamantes, e que se não mostra que a Camara es-
do decreto de 8 de agosto de 1901, o pí-azo da conciusão teja fallida, ou não tenha podido obter a devida auctori-
das operações do recenseamento eleitoral no concelho de zação orçamental, deu provimento á reclamação e mandou
Ilhavo, e no 1.° e 2." bairros do Porto, até ao dia 8 do que a Camara d'esse cumprimento ás suas deliberações de
proximo mês de março, observando-se nos actos subse- 29 de novembro de 1889 e 14 de novembro de 1891, pa-
quentes prazos analogos aos fixados no citado decreto. gando á Caixa de Aposentação a parte das quotas corres-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro o Se- pondentes aos vencimentos que os reclamantes auferiam
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha em 23 de julho de 1886, indemnizando-os das quantias
entendido e faça executar. Paço, em 13 de fevereiro de que porventura lhes tenha exigido para aquelle effeito;
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. D'esta sentença vem o presente recurso em sustenta-
D . do G. n." 3C>, de 15 dc fevereiro.
ção ou impugnação do qual nem recorrente nem recorri-
dos produzem materia nova:
O que visto, e ouvido o Ministerio Publico; e,
Considerando que são perfeitamente exactos e juridi-
2. a Repartição cos os fundamentos da sentença recorrida»;
O mesmo Tribunal consulta pela denegaçâo de provi-
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal mento ; mas,
Administrativo, do teor seguinte, acêrca do recurso Considerando que, antes de se apreciar a compatibili-
n.° 11:434, em que ó recorrente a Camara Municipal de dade cla pretenção dos recorridos, com o disposto no ar-
Lisboa, e recorridos Eduardo Freire de Oliveira e outros, tigo 140.° do Codigo Administrativo, com referencia ao
de que foi relator o Conselheiro, vogal extraordinario, artigo 2.° clo decreto de 8 do outubro de 1891, importa
Frederico de Abreu e Gouveia: conhecer da legalidade da respectiva reclamação ;
Mostra-se que Eduardo Freire cle Oliveira e mais qua- Considerando que, em vista da natureza e conteudo da
renta e nove empregados da Camara Municipal de Lis- deliberação municipal de 27 de outubro de 1898 não se
boa requereram em tempo a esta o cumprimento da reso- póde duvidar, que nessa mesma data se executou e oon-
luçào da mesma Camara de 29 de novembro cle 1889, ra- sumou o acto administrativo, contra o qual se reclamou
tificada pela de 14 de novembro dc 1891, e o pagamento contenciosamente em 2 de novembro de 1900;
da parte pertencente á Camara das quotas para aposenta- Considerando que, portanto a reclamação foi intcrposta
ção dos referidos empregados ; fóra do prazo fixado no artigo 337.°, § 1.°, clo Codigo Admi-
Mostra -se que a Camara, em sua sessao de 27 do ou- nistrativo ;
tubro de 1898, indeferiu aquelle requerimento, e que con- Considerando que, nos expressos termos do artigo 6.°
tra essa deliberação reclamaram os empregados perante o do regulamento de 12 do agosto de 1886 e do artigo 462.°
Auditor Administrativo do districto, allegando: do mesmo Codigo, devia o Auditor Administrativo exa-
1." Que estão garantidos os seus direitos á aposenta- minar ex-officio se a reclamação fôra apresentada alem do
ção, não só porque foram reconhecidos pela Camara, como prazo legal, e rejeitá-la nessc caso:
pelo disposto no artigo 127." do Codigo Administrativo de Hei por bem conceder provimento ao presente recurso
6 de maio cle 1878, que consignou o direito de aposenta- e revogar a sentença recorrida, rejeitando, para todos os
ção para os empregados das secretarias das camaras mu- effeitos legaes, por não ter sido interposta, em tempo util,
nicipaes de Lisboa, Belem e Olivaes, direito mantido pela a reclamação a quc ella se refere.
reforma de 18 de julho de 1885, artigos 120.° e 128.°, O Presidente clo Conselho de Ministros, Ministro o Se-
Codigo Administrativo cle 17 do julho de 1886, artigos cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
357.°, 3 5 8 . 3 Õ 9 . ° e 3G1.°, que tornaram cxtensiva entonrlido o faça executar. Paço, em 13 de fevereiro cle
aquella disposição aos empregados das bibliothecas muni- j 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
cipaes, e aincla pelo decreto de 22 de julho de lsSO com I D . d o G. 30, de 15 dc fevereiro.
Fevereiro 12 26 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS recebidos e a saida de todos os despachos, officios e com-
municações expedidos.
§ l. 0 *As notas dos livros do expediente serão numera-
Gabinete do Ministro das, de modo que sob o mesmo numero com que se ini-
cie um dado negocio se inscrevam todos os papeis que lhe
E m conformidade do disposto no artigo 29.° do decreto
forem sequencia.
com força de lei de 2-1 de dezembro de 1901 : hei por bem
approvar o regulamento do serviço interno da Secretaria § 2.° Os livros do expediente das Direcções Geraes e
dc Estado dos Negocios Estrangeiros, que baixa assignado do' Gabinete terão um indice alphabetico, por ordcm de
pelo respectivo Ministro o, Secretario de Estado. nomes das auctoridades, corporações e individuos que
O Ministro e .Secretario dc Estado dos Negocios Estran- nelles iigurarem.
geiros assim o tenha entcndid') e faça executar. Paço das íj 3." A correspondencia e documentos recebidos ou
N e c ssidades, aos 13 de fevereiro de 1 9 0 2 . = R E I . = .Fer- expedidos, seja qual fôr a sua natureza, e as minutas
namiu Mattozo dnntox. referentes a um mesmo negocio serão assignalados com
o numero que lhes pertencer nos livros do expedieute.
Os documentos recebidos e as minutas da corresponden-
Regulamento do serviço iaterno da Secretaria de Estado cia expedida estarão sempre reunidos, assim emquanto
dos Negocios Estrangeiros o negocio fôr pendente, como ainda depois de archiva-
dos, em pastas de modelo uniforme, com rotulos inclica-
Artigo 1.° Os trabalhos da Secretaria de Estado dos tivos do objecto, anno, livro e numero de ordem a que se
Negocios Estrangeiros começarào todos os dias, não fe- referirem.
riados, ás dez horas da manhã, terminando ás quatro ho- § 4.° Cada processo será acompanhado de um suinmario
ras da tarde. de todos os documentos que o compuserem.
§ 1.° Exceptua-se o caso de se tornar necessaria em § õ.° A correspondencia recebida que tratar de assumpto
qualquer dia, posto que feriado, a presença de todos os de mero expediente e não constituir processo, será guar-
empregados ou de alguns d'elles antes ou depois da hora dada segundo a sua procedencia e natureza, sob as se-
regulanientar. guintes designaçõcs genericas: legações de Portugal, le-
§ 2.° O serviço a que se refere o paragrapho antece- gações estrangeiras, consulados de Portugal, consulados
dente, quando não exigir a presença simultanea de todos estrangeiros, ministerios, outras repartições do Estado, re-
os empregados, será distribuido com a maxima igualdade. presentações, requerimentos e communicações diversas.
§ 3.° As horas de serviço do porteiro e mais emprega- Os officios ou documentos que, por formarem processo ou
dos menores serão determinadas pelo secretario geral, cle por outro motivo, faltarem nas collecções, serão ali sub-
modo que, tendo-se em conta o tempo preciso para des- stituidos por foihas com as indrcações a que se refere o
canso, possa scr desempenhado todo o trabalho que dia- § 3.°
riamente lhes competir. § 6." Na reinessa da correspondencia para o archivo
Art. 2.° Em cada uma das Direcções Geraes e no Ga- proceder-se-ha annualmente por fórma que em cada Direc-
binete haverá um livro de ponto, em que assignarão á ção Geral e no Gabinete se conserve apena.s a. correspon-
entrada todos os empregados que ali fizerem serviço. Estes dencia do anno corrente e do anterior, alem da quc lizer
livros serão encerradoa pelos competentes directores ge- parte de processos pendentes.
raes e pelo chefe do Gabinete uma hora depois da fixada § 7.° No fim de cada mês serão remettida- á Repartição
para o começo dos trabalhos. do Expediente, para ahi se proceder ás compilações pres-
§ 1.° No íim de cada mês serão estes livros apresenta- criptas no artigo 7." clo decreto de 24 de dezembro de
dos ao Ministro pelos respectivos directores geraes e 1901, exemplares ou copias dos actos internacionaes, re-
chefe do Gabinete. g u l a m e t o s e instrucções de caracter permanente expedi-
§ 3.° O livro do ponto dos empregados menores estará dos pelas Direcções Geraes.
sobre a mesa do porteiro. Este, encerrando-o, trinta mi- § 8.° No fim do mês fará cada uma das Direcções Ge-
nutos depois cla hora estabelecirla para a entrada, apre raes, ao Ministro, resenha escrita dos negocios que tive-
sentá-lo-ha semanalmente ao secretario geral, que o ru- rem íicado pendentes.
bricará. Art. 6.° Nenhum papel será apresentado pelos directo-
Art. 3.° O empregado que comparecer depois de encer- res geraes ou pelo chefe do Gabinete ao Ministro sem
rado o livro do ponto será considerado em falta Se, po- ter:
rem, allegar motivo attendivel, o respectivo director ge- 1.° Numero e data do registo de entrada;
ral ou chefe do Gabinete assim o declarará no mesmo 2.° Informação, quando necessaria, dos chefes de serviço
livro. competentes, referindo os precedentes havidos e juntando
§ 1.° Será tambem considerado em falta o empregado os documentos que forem instructivos para a decisão.
que se retirar ou abandonar o trabalho sem permissão do § unico. Exceptuam-se os negocios que pela sua ur-
seu superior immediato, ou sem que este luija declarado gencia tiverem de ser immediatamente presentes ao Mi-
findo o serviço do dia. nistro.
§ 2.° Aos empregados que houvercm de ficar na Secre- Art. 7.° Toda a correspondencia das legações e consu-
taria de Estado, alem da hora lixada para a saida, será lados de Portugal dirigida á Secretaria de Estado deverá
permittido entrar duas horas mais tarde ou interromper o ser subscriptada ao Ministro e Secretario de Estado mesmo
serviço, aiiscntniido-sc por igual tempo. em resposta á dos chefes de serviços, e clividida em quatro
Art. 4." A justificação das faltas que não excedam a series distinctas com a clesignação respectiva das letras A,
quatro em cada mês poderá scr feita verbalmente perantc B, C e D, conforme o assumpto fôr cla competencia da
o director geral ou chefe do Gabinete; quando exce- Direcção Geral dos Negocios Politicos e Diplomaticos, Di-
dam este numero devêra fazer-se por documcnto bas- recção Geral dos Negocios Commerciaes e Consulares,
tante. 6. a Repartição de Contabilidade, ou Gabinete.
§ unico. Perde o direito ao vencimento total clo dia em § 1." Os despachos e officios de cada serie serão nurne-
que tiver eommettido a falla, o empregado cpie não a jus- rados separadamente e por anno em rclação a cada legação
tificar na conformidadc d'este artigo. e consulado de Portugal.
Art. 5.° Em cada uma das duas Direcções Geraes e na § 2.° A margem do officio, na primcira pagina, desi-
Repartição de Expediente haverá um livro, em que se no- gnar-se-ha summariamente o assumpto com a competente
tará a entrada de todos os papeis, documentos ou livros declaração quando seja reservado ou confidencial, e o nu-
1902 27 Fevereiro 20

mero que lhe houver correspondido no livro de expediente, cumentos que devam ser passados pelos mesmos agcntes ou
a que se refere o § 3.° do artigo 5.° por funccionarios estrangeiros, deverão prestar fiança ido-
§ 3.° O mesmo despacho ou officio não deverá tratar, nea ao pagamento dos emolumentos e mais despesas que
quánto possivel, de mais de um assumpto. o pedido occasionar, sendo a assignatura do fiador rcco-
§ 4.° A data será exarada no alto da primeira pagina nhecida por tabellião.
do despacho ou officio. § 3.° Os indigentes que solicitarem quaesquer docu-
mentos ou actos que tiverem de ser expedidos ou prati-
§ 5.° A dimensão e qualidade do papel, o numero de
cados pelos funccionario-! consulares portugueses, deverão,
linhas e largura da margem dos officios das legações e
para ser isentos do pagamento dos respectivos emolumen-
consulados deverá moldar-se pela dos despachos da Secre-
tos consulares, apresentar attestado clas eompetentes au-
taria. ctoridades ecclesiastica ou administrativa, comprovando a
§ 6.° E prohibido involver nos sobrescriptos da corres- sua condição de incligencia.
pondencia official carta ou papel estranho ao serviço.
Art. 11.° As representações e requerimentos recebidos
§ 7.° Nos sobrescriptos, involucros e cintas dos officios,
na Secretaria de Estado não se restituem ás partes, que,
documentos ou impressos mandados pelas legações e con-
todavia, poderão tirar d'elles certidões, assim como dos
sulados, deverá designar-se a letra cla serie a que per-
despachos que tiverem.
tencer o assumpto. Nos documentos juntos aos officios ou
§ 1.° Exceptuam-se os requerimentos em que se pedi-
mandados separadamente, designar-se-ha, alem da corres-
rem certidões, os quaes se entregarão com estas aos re-
pondente letra da serie, o numero do officio a que se re-
querentes.
firam.
§ 2.° As certidões requeridas por outrem que não seja
Art. 8.° Dos despachos, officios etelegrammas expedidos
o directamente interessado, e sem expresso acordo d'es-
ou recebidos pelo Gabinete mandará este copias á Direccão
te, só poclerão passar-se em virtude de despacho clo Mi-
Geral a que pertencerem os assumptos de que se tratar,
nistro, fundado em motivo de justiça ou de interesse pu-
quando o Ministro não ordenar expressamente conservá-los
blico.
reservados. Neste caso será apenas enviada uma nota in-
dicando a data do documento, a sua procedencia ou des- § 3." Os clocumentos juntos a requerimentos ou pro-
tino e o assumpto. cessos das Secretarias do Estado somente se entregarão
Art. 9.° Haverá na Secretaria de Estado uma caixa para ás partes, quando desistam das pretenções antes da reso-
recepção dos requerimentos e memorias; e bem assim um lução ; depois d'esta somente se restituirão os originaes,
livro da porta, de onde conste o andamento dos negocios mediante recibo, e sendo substituidos por certidões á custa
dos requerentes. dos interessados.
§ 1.° As pessoas que tiverem negocios do seu interesse Art. 12. 0 E m cada ,uma das Direcções Geraes e Repar-
pendentes na Secretaria de Estado unicamente poderão tição do Expediente haverá livros para registo de officios,
sobre elles informar-se com os chefes de serviço, quando notas, diplomas, certidões, ordens e resoluções que se
não forem sufficientes as indicações do livro cla porta. passarem e expedirem; registo que deverá ficar completo
§ 2.° Nenhuma pessoa estranha ao serviço do Ministerio no fim de cada semana.
será admittida no interior de qualquer repartição. § 1." Registada a correspondencia, reunir-se-hao aos
§ 3.° Não poderá ter seguimento o requerimento que processos as minutas que houver.
estiver em algum dos seguintes casos: § 2° A correspondencia será registada, em cada uma
1.° Que se referir a mais de um negocio; das Direcções Geraes e Repartição do Expediente, em li-
2.° Q,ue não fôr escrito em papel com o competente vros distinctos, segunda a natureza e destino da mesma,
sêllo ou que trouxer juntos documentos não sellados; pela seguinte f ó r m a :
3." Que não fôr explicito na exposição do negocio de 1.° Legações de Portugal;
que tratar; 2." Legações estrangeiras ;
4." Que não guardar, nos termos da sua redacção, o 3." Consulados de Portugal;
devido decoro e reapeito pelos poderes constituidos; 4.° Consulados estrangeiros;
5.° Que, tendo por fim reclamar contra qualquer func- 5.° Ministerios;
cionario, não fôr acompanhaclo do documento que mostre 6.° Avisos e portarias.
legalmente os termos do despacho ou resolução que tiver § 3.° Na Repartição do Gabinete serão registados os
motivado :i queixa; passaportes diplomaticos e bem assim os vistos nos mesmos.
6.° Que, tendendo á í-estituição de rendimentos publicos § 4." São exceptuados de registo:
ou de depositos, não estiver documentado com o recibo da 1." Os diplomas publicados na Folha Official do Gover-
quantia cuja restituição se pedir, ou copia authentica d'esse no, dos quaes todavia se tomará nota no livro respectivo
recibo. com referencia ao numero em que se tiver feito a publi-
§ 4.° Os documentos em que houver de reconhecer-se cação ;
a assignatura cle funccionarios diplomaticos ou consulares 2.° Os decretos, que serão encadernados por ordem
portugueses deverão ser entregues pelos interessados ao chronologica, lançando-se a competente nota nos proces-
porteiro desde o meio dia até ás tres cla tarde cle cada sos respectivos;
dia util. Não serão recebidos os documentos que não apre- 3.° As cartas, os provimentos, as certidões e quaesquer
sentarem todas as suas folhas devidamente selladas. titulos quc, em virtude de nomeação ou outras mercês, se
Art. 10.° As informações relativas a obitos e espolios expedirem aos agraciados; d'elles, porem, se tomará nota
de subditos portugueses fallecidos em país estrangeiro se- no livro competente com indicação da data em que forem
rão publicadas, com a maior brevidade possivel, no Dia passados e clos direitos de mercê, emolumentos e sêllo que
rio do Governo, e ulteriormente certificadas a quem o re- liouverem sido pagos.
querer. Art. 13.° No Diario do Governo, alem das leis ? decre-
§ 1.° Antes da publicação no Diarionenhuma certidão tos e cartas regias sobre todos os ramos cle serviço do
se extrahirá dos mappas, officios e mais documentos rela- Ministerio, publicar-se-bão pelas respect.ivas Direcções Ge-
tivos a espolios, sem que o requerente mostre, por fórma raes e Gabinete as portarias, instrucções e despachos de
authentica, o legitimo interesse que lhe assiste. caracter generico e de execução permanente, cujo conhe-
§ 2." As pessoas que, por esta Secretaria cle Estado, qui- cimento intercssar a outras repartições do Estado ou ao
serem recorrer aos bons officios clos agcntes consulares publico. Dc todos estcs diplomas far-se-ha, conjunta-
portugueses para obter informações de interesse indivi- mente com os de igual caracter e natureza não publica-
dual, e bem assim as que pretenderem certidões ou do- I dos por aquella fórma, uma impressão em folhas sepa-
Fevereiro 12 28 1902

radas ou folhetos, com numeração seguida, chronologica- corporação destinataria que tiver de satisfazer as corres-
mente. pondentes despesas.
§ 1.° A publicação no Diario do Governo dispensará Art. 20.° Logo que qualquer empregado tomar posse,
outra qualquer communicação ás auctoridades. o seu superior immediato apresentará ou enviará á Secre- j
§ 2.° Nas folhas separadas a que se refere este artigo, taria de Estado, devidamente preenchido, o questionario í
serão impressos todos os documentos emanados de outros que deve ser formulado com os dizeres necessarios para as í
Ministerios que forem publicados no Diario do Governo e notas do cadastro. j
contiverem disposições que tenham de ser cumpridas pelos § unico. Sempre que houver de fazer-se alguma nomea- £
funccionarios do Ministerio dos Negocios Estrangeiros, ou ção ou apreciar-se o serviço de qualquer empregado, jun- ;
de que devam ter conhecimento para informação sua e do tar-se-ha ao respectivo processo a copia authentica da fo-
publico. Iha do cadastro relativa ao seu nome.
§ 3.° O Diario do Governo somente será remettido, em Art. 21.° O archivista procederá, tauto na guarda e
regra, ás legações e aos consulados geridos por consules conservação do archivo como na arrumação dos documen-
de carreira; as folhas a todas as legações e consulados, tos e na elaboração dos indices, em conformidade com o
devendo no fim do anno, em conformidade do disposto no systema adoptado nos archivos da Torre do Tombo, amol-
artigo 7.° da lei organica e artigo 5.°, § 7.°, do presente dando a esse systema a distribuição e classificação orde-
regulamento, ser incorporadas no Ánnuario as disposições nadas por este regulamento.
nas mesmas folhas contidas que vigorarem nessa data. Paço, em 13 de fevereiro de 1902. = Fernando Mattozo
§ 4.° De todas as nomeações e transferencias do Corpo Santos.
D . do G. J1.° 36, do 15 de fevereiro.
Diplomatico se dará conhecimento ao chefe da missão es-
trangeira nesta Córte a quem possam interessar.
A r t . 14.° No principio de cada anno publicar-se-hão,
pelas respectivas Direcções Geraes, em folhas tambem se- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
paradas, relações do Corpo Diplomatico e Consular, tanto
nacional como estrangeiro; e mensalmente, com numera- Direeção Geral de Administração Politica e Civil
ção distincta, addicionar-se-lhes-hão as que forem precisas
para conhecimento das modificações que tiverem occorrido.
l . a Repartição
§ 1.° As relações do Corpo Diplomatico estrangeiro de-
verão designar a data da entrega das credenciaes ou da Hei por bem prorogar, nos termos do artigo 38.°, § 1.*,
aprescntação na Secretaria de Estado dos funccionarios que do decreto de 8 de agosto de 1901, o prazo da conciusão das
as não tiverem, e os nomes e residencias de todos os mem- operações do recenseamento eleitoral do concelho de Al-
bros do Corpo Diplomatico e pessoas de suas familias que cobaça até ao dia 8 de março proximo, observando-se nos
devam ser recebidas na Córte. actos subsequentes prazos analogos aos fixados no mesmo
§ 2.° Todas estas relações serão distribuidas ás Reparti- decreto.
ções de Estado e funccionarios, tanto nacionaes como es- O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
trangeiros, a quem interessar. cretario de Estado clos Negocios do Reino, assim o tenha
Art. 15.° Os diplomas das condecorações portuguesas entendido e faça executar. Paço, em 13 de fevereiro dc
conferidas a estrangeiros deverão, em regra, ser enviados 1901. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
aos chefes das legações de Portugal nos paises a que os D . do G. n.° 37, de 17 de feveroiro.
agraciados pertencerem, a íim de que, sendo transmitti-
dos aos respectivos Governos, estes os possam fazer che-
gar ao seu destino.
Art. 16.° O empregado encarregado da guarda do de- 3. a Repartição da Direeção Geral
posito de insignias de condecorações terá um livro por da Contabilidade Publica
elle rubricado, em que se declare a data da entrada das
ditas insignias, a sua procedencia e o destino que tive- Com fundamento no decreto de 29 de agosto ultimo,
rem. pelo qual foram elevados a Lyceus Centraes, na conformi-
§ unico. Nenhuma insignia poderá sair do deposito sem dade da auctorização conferida ao Governo pela carta de
ordem assignada pelo Ministro. lei de 22 cle junho cle 1898, os Lyceus Nacionaes das cida-
Art. 17.° Os directores geraes, o chefe do Gabinete, des de Ponta Delgada e do Funchal; e em observancia do
e os chefes de repartição, poderão, pela Repartição do disposto no § unico do artigo 17.° da carta de lei de 3 de
Expediente, requisitar do archivo e bibliotheca os docu- setembro de 1897, cujos preccitos foram mandados vigo-
mentos e livros de que precisarem nos trabalhos officiaes. rar no exercicio de 1901-1902, pelo artigo 14. 0 da carta
§ 1.° Haverá para esse lim bilhetes de requisição im- de lei de 12 de junho cle 1901: hei por bem, tendo ou-
pressos, tendo logar em branco para a data e a designa- vido o Conselho cle Ministros, determinar, que no Minis-
ção do documento ou livro. terio dos Negocios da Fazenda seja aberto, a favor do Mi-
§ 2.° Representando os ditos bilhetes a responsabilidade nisterio do Reino, um eredito especial, devidamente regis-
effectiva, ficarão em deposito até se effectuar a restituição, tado na Direeção Geral da Contabilidade Publica, da quan-
devendo ncste acto ser reentregues ou inutilizados. tia de 5:674^500 réis, a inscrever no artigo 33.°, secção
§ 3.° Nenhum papel, documento ou livro, pertencente l . a , do capitulo 9.°, da tabella da distribuição cla despesa
á Sccretaria de Estado, poderá ser confiado a individuo do dito Ministerio clo Reino, no citado exercicio de 1901-
estranho á mesma, sem ordem rubricada pelo Ministro. 1902, em harmonia com o mappa junto, que faz parte do
Art. 18.° Os jornaes, revistas e mais publicações perio- presente decreto, 6 baixa assignaclo pelo Conselheiro de
dicas, nacionaes ou estrangeiras, serão, depois de lidos no Estado, Presidente do Conselho de Ministros e Ministro e
Gabinete, immediatamente enviados ás Direcções Geraes, Secretario cle Estado dos Negocios do Reino, para a res-
ás quaes possam interessar. Os jornaes officiaes e revistas pectiva importancia ser applicada ao pagamento dos ven-
de assignatura darão entrada na bibliotheca, e d'elles se cimentos relativos aos meses de outubro preterito a junho
fará collecção. proximo futuro, do pessoal com que os quadros dos mes-
Art. 19.° Os livros, publicações ou quaesquer objectos, mos Lyceus foram completados nos termos do mencionado
não enviados pelo correio, e de cuja remessa o Ministerio decreto.
fôr apenas intermediario, serão conservados na Alfandega, O Tribunal de Contas declarou achar-se este eredito em
e o respectivo conhecimento remettido á auctoridade ou circumstancias de ser decretado.
1902 29 Fevereiro 20

O mesmo Conselheiro de Estado, Presidente do Conse- Bibliotliecas e Archivos Publicos


lho de Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Ne-
gocios do Reino, o o Ministro e Secretario de Estado dos Sua Majestade El-Rei ha por bem determinar que a
Negocios da Fazenda, assim o tenham entendido e façam saida, por meio de emprestimo, do livros da Bibliotheca
executar. Paço, em 13 de fevereiro de 1902. — R l í l . = de Ponta Delgada, só se faça em conformidade com o re-
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Femando Mattozo San- gulamento que baixa assignado, na ausencia do Bibliothe-
tos. cario-mor do Reino, pelo Inspector das Bibliothecas e Ar-
chivos.
Mappa da despesa a que se refere o decreto da presente data Paço, em 19 de fevereiro de 1 9 0 2 . = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro.
C A P I T U L O 9.° -
Regulamento para a saida de livros, por meio de emprestimo,
Instrucção secundaria da bibliotheca publica de Ponía
ARTIGO 33.* Artigo 1.° A saida de livros, de que houver mais de
SECÇÃO 1." um exemplar, poderá fazer-se por via de emprestimo nas
seguintes condições :
Priineira circunscripção 1.° A pessoa de reconhecida probidade e que se res-
Ilhas adjaeentes ponsabilize por meio de um termo devidamente assignado;
2." A entregar o livro no estado de conservação em
Lyceu Central de Ponta Delgada: que o recebeu, ou a pagar por elle a importancia, que no
5 Professores: mesmo termo tiver sido arbitrada pelo respectivo biblio-
Ordenados, a 41*665 réis
thecario ;
mensaes 1:874*925 3.° A entregar o livro no fim de um mês, prazo que o
Vencimento de exercicio, a bibliothecario poderá ampliar ainda por outro mês, se o
13*885 réis meusaes 624*825 2:499*750 julgar conveniente;
Amanuense —12*500 réis mensaes . 112*500 A r t . 2.° Se a entrega não fôr feita a tempo, o biblio-
Porteiro — 12*500 réis mensaes... . 112*500 cario reclamará o livro por meio de carta registada, e se
Continuo — 12*500 réis mensaes . . 1112âo0
° 2:837*250 o não receber no prazo nesta indicado, procederá contra
Lyceu Central do Fimclial: o detentor por via policial.
A r t . 3.° O bibliothecario não permittirá a saida em em-
Professores :
prestimo de livros de que só exista um e x e m p l a r ' n a bi-
Ordenados, a 41*665 réis bliotheca.
mensaes 1:874*925
Vencimento de exercicio, a a) Se o livro não fôr raro e tiver sido solicitado por
13*885 réis mensaes . . . 624*825 2-499*'"50 pessoa reconhecidamente estudiosa, como elemento de tra-
Amanuense —12*500 réia mensaes 112*500 balho indispensavel, poderá sair mediantc caução especial
Porteiro — 12*500 réis mensaes 112*500 arbitrada pelo bibliothecario, e em conformidade com as
Continuo — 12*500 réis mensaes ] 12*500 2-837*250 disposições do artigo 1.° e seus paragraphos.
A r t . 4.° Fica expressamente prohibida a saida, por qual-
5:674*500 quer fórma que seja, salvo ordem expressa do Governo,
de livros raros ou de caracter reservado como tal consi-
Paço, em 13 de fevereiro de 1902.= - Ernesto Rodolpho derados por qualquer circumstancia, incluindo-se neste nu-
Hintze Ribeiro, mero os jornaes ou suas collecções.
D . do G. n.° 38, do 18 de fevereiro. Art. 5.° Só em casos muito especiaes se permittirá novo
emprestimo á mesma pessoa, emquanto não tiverem sido
restituidos os livros do emprestimo anterior.
Art. 6.° No termo do emprestimo ficará exarada a clau-
Direcção Geral de Administração Politica e Civil sula que o detentor da obra obriga os seus herdeiros á en-
trega do livro nas condições do emprestimo.
2. a Repartição Bibliothecas e Archivos, 19 de fevereiro de 1 9 0 2 . =
O Inspector, Lino de Assumpção.
Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente, por certi- D . do G. n.° 43, de 24 de f e v e r e i r o .

dão, o auto de corpo de delicto, a que no 2.* districto


criminal do Porto se procedeu contra o Administrador do
concelho de Villa Nova de Gaia, Henrique José Moreira MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
de Sousa, arguido por Luiza Ferreira, de Grijó, de em 3
de setembro ultimo ter contra ella abusado da sua aucto- Administração Geral das Alfandegas
ridade ; mostrando-se das informações e investigações offi-
ciaes, que a prisão d'aquella Luiza Ferreira não fôra or- l. a Repartição
denada pelo dito Administrador, mas sim pelo seu substi-
tuto em exercicio, Manoel Martins Guimarães, por se Manda Sua Majestade El-Rei declarar, pela Adminis-
achar em flagrante delicto de falsas declarações e offensas tração Geral das Alfandegas, que o antigo Chefe da ex-
á auctoridade publica a mesma queixosa, que foi posta á tincta 3. a Repartição da Administração Geral das Alfan-
disposição do poder judicial sem mais demora, que a exi- degas e Contribuições Indirectas e actual Sub-Chefe d a
gida pela necessidade de se concluirem as convenientes 2. a Repartição d a j á referida Administração Geral, Conse-
investigações e instruir o auto, com que no seguinte dia G lheiro Luiz José F r a d e de Almeida continua a fazer p a r t e
foi enviada a juizo : ha por bem denegar, nos termos do do Conselho de Administração, de que trata o artigo 12.°
artigo 431.* do Codigo Administrativo, a precisa auctori- do decreto 11.0 1, de 27 de setembro de 1894, bem como
zação para o seguimento do respectivo processo. do Conselho e Tribunal Superiores do Serviço Technico
Paço, em 19 de fevereiro de 1902. = Ernesto Rodolpho Aduaneiro.
Hintze Ribeiro. Paço, em 19 de fevereiro de 1902. = Femando Mattozo
D. ão a. n . ' 40, de 20 de fevereiro. Santos. D. do G. u . ' 44, de 25 de fevereiro.
Fevereiro 20 30 1902

Freguesia de Campanhâ (S. Roque da Lameira) — Sexo maseulino


MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
Professor — Belmiro Moreira dos Santos.
Direcção Geral de Instrucção Publica
Freguesia de Campanhã (S. Roque da Lameira) — Seao feminino
Z.a Repartição
Professora — Maria da Luz Gomes Cardoso.
Sua Majestade El-Rei h a por bem approvar o quadro
do pessoal docente das escolas primarias d a cidade do
Freguesia de Paranhos — Sexo maseulino
P o r t o , em conformidade com os decretos de 24 de dezem-
bro de 1901, que criou as escolas centraes, e o de 20 de Professor — Manoel Josó Felgueiras.
fevereiro clo corrente anno reorganizando as escolas da Ajuclante — Manoel F e r r e i r a dos Santos Junior.
mesma cidade, eriando novas escolas parochiaes, conforme
a relação que baixa assignada pelo Conselheiro Director
Freguesia de Parankos — Sexo feminino
Geral cle Instrucção Publica.
Paço, em 20 de fevereiro de 1902. = Ernesto Rodolpho Profes.sora — Arminda Augusta Barbosa de Sousa.
Hintze Ribeiro. Ajudanta — Carlota Etelvina Rodrigues.

Quadro do pessoal docente das escolas primarias da cidade do Porto («) Freguesia de Paranhos (Costa Cabral) — Sexo maseulino

B a i r r o Oriental Professora — Maria Pinto de A r a u j o L i m a .

Escola central n.° 1 Freguesia de Paranhos (Costa Cabral) — Sexo feminino


Freguesia de Santo Ildefonso — Sexo maBCulino Professora — Maria das Dores Gomes de Azevedo.
Regente — Antonio Jnstino Ferreira.
Professores: Freguesia da Sé — Sexo maseulino
Agostinho Cesar de Moura.
Professor — Torquato Fernandes.
Candido Augusto Juzás.
A j u d a n t e — Thomás Teixeira D u a r t e . ^
Victorino Martins Junior.

Freguesia da Sé — Sexo feminino


Escola central n.° 2
Professora — Rita da Gloria Carneiro.
Freguesia de Santo Ildefonso — Sexo feminino A j u d a n t a — Noemia Pinto de Araujo Lima.
Regente — Julia I z a u r a Gonçalves Pinto L e ç a .
Professoras: Freguesia da Sé (Praça Garrett) — Sexo maseulino
Anna Delgado Pereira dos Santos.
I z a u r a da Cunha Guimarães. Professor — Leonidio Cerqueira de Vasconcellos.
Maria Baptista F e r r e i r a .
Freguesia da Sé (Praça Garrett) — Sexo feminino
Escolas parochiaes Professora — Maria Augusta Loureiro Dias.
Freguesia do Bomfim — Sexo maseulino
B a i r r o Occidental
Professor — Adriano Augusto de Sousa Carneiro.
Ajudantas:
Escola central n.° 3
Emilia Judith Gonçalves.
Ermelinda da Annunciação Teixeira X a v i e r . Freguesia de Cedofeita — Sexo maseulino

Freguesia do Bomfim — Sexo feminino Regente — Frederico Antonio de Andrade.


Professores:
Professora — Maria Izolina da Silva Cardoso. Abilio Marques Fernandes.
Ajudanta — Gracinda Candida da Silva. Alfredo Pinto Bandeira.
Augusto Pinto Duarte de Vasconcellos.
Freguesia do Bomfim (Rua do Heroismo) — Sexo maseulino

Professora, — Quiteria Julia de Sousa. Escola central n.° 4

Freguesia do Bomfim (Rua do Heroismo) — Sexo feminino Freguesia de Cedofeita — Sexo feminino

P r o f e s s o r a — I g n e z do Carmo Gomes de Pinho. Regente Ermelinda Moreira Salvador.


Professoras:
Augusta das Dores Pinto de Oliveira.
Freguesia de Cam})anhã — Sexo maseulino
Ernestina da Soledade Sentieiro Rocha.
Professor — Miguel M^artins de Oliveira. Maria Victoria de Oliveira Jovin Pinto.
A j u d a n t a — Maria Elisia Pinto Ferreira.
Escolas parochiaes
Freguesia de Campanhã — Sexo feminino
Freguesia de Aldoar — Sexo maseulino
Professora— L a u r a Alice Dias de Oliveira Netto.
A j u d a n t a — Elisa Dulce Quadrado de Araujo. Professora —Guilhermina Pinto de Oliveira.
1902 31 Fevereiro 20

Freguesia de Aldoar — Sexo feminino Freguesia de Eamalde — Sexo feminino

Professora— L a u r a da Silva Teixeira. Professora — Virginia de Almeida Guimarães.

Freguesia de Cedofeita (Largo da Lapa) — Sexo masculino Freguesia de S. Nicolau — Sexo masculino

Professora — Oarolina de Assumpção Lima. Professora—Marianna Laurinda Nunes Gomes Mac.liado


Falcão.
Ajudanta — Elisa Augusta Nunes Machado Falcão.
Freguesia de Cedofeita (Largo da Lapa) — Sexo feminino

Professora — Maria Mercedes Pereira Rebello. Freguesia de S. Nicolau — Sexo feminino

Professora — Aurora Dias de Castro Azevedo.


F r e g u e s i a da Foz do Douro — Sexo masculino Ajudanta — Philomena da Conceição Monteiro.
P r o f e s s o r — A n t o n i o Osorio de Carvalho Guedes.
Freguesia da Victoria— Sexo masculino
A j udantas:
Eufrasia Alcina de Aguiar. Professor — Manoel Xavier Lopes de Moraes.
Maria Emilia F a r i a de Moraes. Ajudanta — Albano de Sousa.

Freguesia da Foz do Douro — Sexo feminino Freguesia da Victoria — Sexo feminino

Professora — Maria Augusta Leite França Dias. Professora—Virginia da Assumpção.


Ajudanta — Antonia Joaquina Correia de Magalhães. Ajudanta — Donatilla L a u r a de Faria.

Freguesia de Lordello — Sexo masculino


Pessoal destinado a substituições (b)

Professor — Manoel Monteiro de Moraes. Antonio Ferreira de Jesus.


Ajudante — Antonio de Almeida Alves. Manoel Vieira Valente.
Elvira Baptista Ferreira.
Freguesia de Lordello — Sexo feminino (a) Os professores que nesta data são collocados nas escolas da
cidade do Porto íicatn constituindo o quadro nonnal das mesmas
Professora — Maria Josó da Rocha. escolas.
Ajudanta—-Maria dos Anjos Castro. (ò) Estcs professores são clestinados a substituir qualquer dos
professores do quadro normal, nos seus legitimos impedimentos.

Fregnesia de Massarcllos— Sexo masculino


Secretaria de Estado dos Negocios do Reino, em 20 de
Professor— Francisco Antonio Yieira. fevereiro de 1902. = 0 Conselheiro Director Geral, Alel
Ajudanta — Maria Candida da Conceição Oliva. Andrade.
D . do G. n.® -11, do 21 de fovcroiro.

Freguesia de Massarellos — Sexo feminino

Professora — Maria da Costa Torres. 3 . a Repartição


A j u d a n t a — V i r g i n i a Augusta Guedes.
E m conformidade com o artigo 2.° do decreto n.° 2 de
Freguesia de Massarellos (Villar) — Sexo feminino 24 de dezembro de 19(Jl :
Hei por bem approvar o "regulamento para a arrecada-
Professora — Elisa Augusta Rodrigues Loureiro. çâo e emprego de donativos escolares, que baixa assigna-
do pelos Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios
Freguesia dc Miragaia — Sexo masculino do Reino e da Justiça.
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de Mi-
Professor — José Victorino da Silva. nistros, Ministro e Secretario de Estado clos Negocios do
Ajudantes: Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
Domingos Dias da Silva. Ecclesiasticos e da Justiça, assim o tenham e n t e n d i d o e
Joaquim Pinto Vieira da Silva. façam executar. Paço, em 20 de fevereiro de 1902. —
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro —Arthur Albrrto
Freguesia de Miragaia — Sexo feminino de Campos Henriqn.es.

Professora -Elvira Adelaide da Graça Almeida d'Eça.


Ajudanta - - Aurelia Arminda de Aguiar. Regulameato para a arrecadação e emprego de donaliyos escolares,
a que se refere o artigo 1.°, 3. a Repartkão, n.°
e artigo 2.° do decreto n.° 2, de 24 de dezembro de 1901
Freguesia de Ncvogilde — Sexo masculino

Professor — José Joaquim Rodrigues dos Santos. CAPITULO i

Attribuições da repartição encarrogmla clo cxpedieiile


Freguesia de Nevogilde — Sexo feminino dos douativos escolares

Professora—Adelaide Alves Macedo Vasconcellos. Artigo 1.° A repartição encarrcgada do expediente clos
donativos escolares competc:
Freguesia de Eamalde — Sexo masculino 1.° Registar os donativos escolares a favor da instruc-
ção primaria, secundaria, supcrioi' e especial, dependente
Professora — Josefina Baptista de Azevedo Cruz. do Ministerio do Reino;
Ajudanta — Adelaide Brandâo Guedes Pinto. 2.° D a r parecer sobre os pediclos para auctorização rios
Fevereiro 20 32 1902

donativos escolares feitos ao Estado, aos chefes de estabe- ! tará o pedido a despacho do Ministro dentro de vinte dias,
1
lecimentos publicos de ensino ou ás auctoridades e func- a contar da sua recepção, precedendo informaçao da r e -
cionarios administrativos; ' partição encarregada do expediente do3 donativos escola-
3.° Promover a arrccadação dos donativos escolares e res.
respectivos rendimentos; § 3.° O despacho ministerial, concedendo ou negando
4.° Fiscalizar a administração e applicação do* donati- a auctorização, será communicado pela Direcção Geral de
vos escolares e rendimentos respectivos; Instrucção Publica ao interessado no prazo de dez dias da
5.° Passar guias para a entrada na Caixa Geral de De- data do mesmo despacho.
positos dos donativos escolares que ahi devam ser deposi- § 4.° Considera-se concedida a auctorização que não
tados, e os precatorios necessarios para a sua conversão fôr denegada nos prazos marcados nos paragraphos ante-
ou e n t r e g a ; cedentes. O Ministro, porem, póde prorogar esses prazos
6.° Informar acêrca dos orçamentos para applicação de por despacho que será communicado aos interessados, nos
donativos destinados á construcção de edificios escolares; termos do § 3.°
7.° Consultar sobre quaesquer assumptos respeitantes Art. 7.° As juntas geraes de districto, camaras munici-
a donativos escolares, quando assim lhe seja ordenado pela paes e j u n t a s de parochia, bem como os particulares, as-
Direcção Geral; sociações, corporações, institutos ou estabelecimentos de
8.° Propor as providencias necessarias para que, no re- beneficencia e instrucção, aos quaes sejam fejtos donati-
gisto dos donativos escolares, sejam comprehendidos todos vos comprehendidos nos artigos 2.° e 3.°, ficam obrigados
os que hajam sido feitos anteriormente ao presente regula- a participar esses donativos nos trinta dias posteriores ao
mento e se não achem esgotados ou extinctos; e bem as- acto da respectiva acceitação.
sim quaesquer outras que sejam convenientes para o bom § 1.° A participação será apresentada por escrito ao
desempenho dos serviços a seu cargo. administrador do concelho ou bairro respectivo, acompa-
nhacla dos documentos a que se refere o § 1.° do artigo 6.°
CAPITULO II § 2.° As juntas geraes dirigem as participações por in-
Kegisto dos donativos escolares
termedio do respectivo governador civil.
§ 3.° O governador civil e o administrador do concelho
A r t . 2.° Consideram-se donativos escolares todo3 os ou bairro respectivo remettem ao Governo, dentro cle
donativos, heranças, doações ou legados, que tenham por quinze dias, a participação acompanhada com a sua infor-
fim a criação, construcção, custeio, desenvolvimcnto ou mação particular sobre a legitimidade dos executores clo
auxiiio de escola official ou particular para ensino publico legado ou doação e situaçâo cm que se encontram para se
primario, ou de associação ou instituição cujo fim seja pro- desempenharem da applicação e administração do dona-
mover ou desenvolver por qualquer fórma o ensino popu- tivo.
lar. § 4.° Alem de incorrerem nas penas de desobediencia, são
Art. 3.° Igualmente se consideram donativos escolares, removidos da administração clos donativos, a que se refe-
aquelles que visem o ensino secundario, superior ou es- rem os artigos 2.° e 3.°, as j u n t a s geraes de districto, ca-
pecial. maras municipaes, juntas cle parochia, corporações, insti-
tutos ou estabelecimentos de beneficencia e instrucção, quc
A r t . 4.° Os donativos escolares feitos a escolas officiaes
ou a estabelecimentos publicos, ao Estado ou auctoridades deixarem de cumprir o determinado no presente artigo.
administrativas só poderão ser acceites precedendo aucto- A r t . 8." Os notarios enviarão á Direcção Geral de Ins-
rização do Ministro dos Negocios do Reino. trucção Publica, até ao dia 15 cle cada mez, copia das
§ unico. Os donativos escolares feitos ás corporações ad- doações ou de outros actos comprehendidos nos artigos 2."
ministrativas são regulados pela legislação especial con e 3.°, e lavrados em suas notas durunte o mez antcrior.
cernente a essas corporações. A r t . 9.° Os agentes do Ministerio Publico e os cura-
Art. õ.° De todos os donativos escolares considerados dores' geraes dos orphãos deverão participar á Direcção
nos termos dos artigos 2.° e 3.° far-se-hao registos geraes, Geral de Instrucção Publica, dentro de quinze dias, to-
mencionando : das as disposições comprehendidas nos artigos 2." e 3.°,
1." O doador ou instituidor; que constem dos processos em que intervierem.
2.° O titulo ou disposição constitutiva; Art. 10.° Compete ao Ministerio Publico propor todas
3.° A data; as acções e intervir nos respectivos termos, p a r a o fim de
4.° O fim especial, se o t e m ; promover a arrecadação, applicação e legal administração
5.° A pessoa ou entidade na posse do objecto do doca- de quaesquer donativos escolares.
tivo;
tí." A entidade que o deve administrar ou applicar; CAPITULO III
7.° A data em que essa entidade tomou posse do dona-
tivo ; Arrecadação e administração dos donativos escolares
8.° A applicação que d'elle se tem feito; Art. 11.° Todos os donativos escolares que por lei ou
9.° A sua extincção; pelo titulo constitutivo pertençam ao fundo de instrucção
10.° As mais circumstancias e indicações necessarias. primaria, nelle darão entrada mediante guia passada pela
§ unico. Estes registos serão compilados por eoncelhos, repartição encarregada do expediente cle donativos esco-
f a z e n d o se d'elles os indices necessarios. lares.
Art. 6.° As auctoridades administrativas, os directores, Art. 12.° Todos os donativos escolares a que se refere
os reitores, os administradores ou inspectores de escolas o artigo 6.°, constituidos por papeis de credito, serão depo-
ou estabelecimentos publicos, contemplados com donativos sitados na Caixa Geral de Depositos até á sua applicação,
escolares, devem, dentro de trinta dias, a contar do acto mediante guia passada pela Direcção Geral de Instrucção
da doação ou da abertura do testamento, pedir ao Governo Publica, ouvida a repartiçáo encarregada do expediente
pela Direcção Geral de Instrucção Pubiica a necessaria cle donativos escolares.
auctorização para a acceitação dos respectivos donativos. § unico. Os conhecimentos serão pela Caixa Geral de
§ 1.° O pedido será sempre acompanhado cla copia au- Depositos enviados directamente á Direcção Geral de ins-
thentica da disposição ou acto cle doação, com a sua data, trucção Publica, depois de feito o averbamento a favor da
o nome e mais indicações do doador, e com especificação instituição contempiada.
de todos os bens doaclos.
Ij^-0 Todos os donativos escolares em dinheiro, cuja
§ 2.° A Direcção Geral de Instrucção Publica apresen-
applicação se não faça immediatamente á sua recepção pe-
1902 33 Fevereiro 20

los conternplados ou encarregados d'essa applicação, deve- nistração esteja commettida a qualquer entidade mencio-
r?io ser, pela mesma fórma, depositados na Caixa Geral nacla no artigo 6.°, ou a particulares, deverão os rcspon-
de Depositos depois de convertidos em fundos publicos, saveis apresentar annualmente contas á Direeção Geral de
salva disposiçao especial do doador. Instrucção Publica, por intermedio da respectiva adminis-
§ 1.° O Ministro do Keino poderá auctorizar a conver tração clo concelho ou bairro, durante o mês de janeiro de
são em outros papeis de eredito ou valores, se os contem- cada anno, ou o mês do julho, conforme essa administra-
plados assim o requererem, até trinta dias depois de eífec- ção se fizer por annos civis ou economicos.
tuado o deposito, pela Direeção Geral de Instrucção Pu- § 1.° Se a administração estiver commettida ás cntida-
blica. des a que sc refere o artigo 7.°, exceptuando os particula-
§ 2." Póde, a qualquer tempo, fazer-se conversão em res, as contas serão prestadas na conformidade da legisla-
fundos publicos dos donativos escolares, a pedido dos seus câo que regula essas corporações e da sua approvação ou
administradores, ou por iniciativa da Direccão Geral do rejeiçâo se enviará nota á Direccão Geral cle Instrucção
Instrucção Publica, sempre por despacho ministerial, ouvi- Publica extrahida do respectivo processo, dentro do prazo
da a repartição competente. de dez dias, a contar cla resolução tomada.
Art. 14." Os donativos escolares, de que só possam ser § 2.° A nota do julgamento da conta será enviada no
applicados os rendimentos e constituidos em papeis cle ere- prazo de quinze dias pela instancia que a julga á Direc-
dito ou dinheiro, serão, salva disposição especial clo doa- cão Geral de Instrucção Publica.
dor, depositados na Caixa Geral de Depositos c ahi se § 3." A falta cle apresentação de contas no prazo deter-
conservarào, competindo aos seus legaes administradores minado importa, alem cla responsabilidacle civil e criminal,
somente o emprego dos rendimentos. a remoção cla administraçào.
Art. 15.° Os donativos escolares em bens moveis ou im- § 4í n Igualmente serão removidos os administradores,
moveis, que não possam ser utilizados directamonte no en- cujas contas não forem julgadas boas, que excedam as
sino, serão vendiclos pelas formas legaes e o seu producto suas attribuições, que não dêem aos donativos a applica-
dará entrada na Caixa Geral cle Depositos, nos termos do ção propria ou que, por qualquer fórma, se manifestem
artigo 13.° menos zelosos ou diligentes.
§ 1.° Os bens immoveis provenientes de donativos es- § 5.° As contas de que trata o presente artigo serão
colares serão examinados pela direeção das construcções enviadas pelos responsaveis, no prazo legal, á Direccão
escolares, para informar sobre a sua adaptação ao ensino, Geral de Instrucção Publica.
e, quando não possam ser adaptados, serão vendidos. Art. 21.° Quando o producto dos donativos escolares ou
§ 2.° Os bens moveis serâo examinados pelo sub-ins- seu rendimento hajam de ser applicados em obras ou
pector cle instrucção primaria da respectiva circumscripção construcções, não o poderão ser sem que os respectivos
escolar, e, quando não possam ser aproveitados, serão ven- orçamentos, planta e cadcrno cle encargos tenham sido ap-
didos, segulndo-se os termos do artigo 13.° provados pela Direeção Geral de Instrucção Publica, de-
Art. llj." Os donativos a que se refere o artigo 7.° são pois de vistos e informados pela direccão de construc-
adiuinistrados pelos contemplados, que prestarão contas ções escolares e pela repartição encarregada clo expe-
cVessa administração ; quanclo, porem. esses donativos cons- diente cle donativos escolares.
tem de papeis cle eredito, dinheiro ou valores, serão con- Art. 22." As sobras dos donativos ou dos seus rendi-
vertidos em inscripções averbadas a favor da mstituieão mentos, depois cla applicação designada no seu titulo cons-
contemplada e depositadas no Ministerio da Fazenda. titutivo, só podem ser applicadas com auctorização minis-
Art. 17.° Dentro de tres meses da data clo presente re- terial, que cíove ser requcrida pela Direccão Geral cle Ins-
gulamento deverão clar entrada no fundo cle instrucção trucção Publica, que dará o seu parecer, ouvida a repar-
primaria todos os donativos escolares que por lei lhe per- tição competente.
tençam, ficando os seus detentores ou possuidores, quando § unico. Quando csta auctorização não seja pedida den-
assim o não cumpram, sujeitos ás penas cle desobediencia tro de seis meses depois de terminada a applicação primi-
e incursos na respousabilidade declarada no artigo seguinte. tiva, os saldos revertem para o Estado, que lhes dará a
§ unico. Aos agentes do Ministerio Publico compete devida applicação.
promover a applicação d'estas disposições. Art. 23.° Quando a administração se não limile á ap-
Art. 18.0 Os detentores ou possuidores de donativos es- plicação do rendimento do donativo ao fim indicado no ti-
colares são considerados fieis depositarios d'elles e dos tulo constitutivo, qualquer despesa só c legal e só póde
seus rendimentos, que serão sempre calculados nos juros ser approvada quando feita em conformidade com orça-
legaes desde a sua instituiçâo, quando por outra fórma mento préviamente approvado.
não estejam determinados. § 1." Os orçamentos a que se refere o artigo 21.° serão
§ 1." Esta respousabilidade só cessa com a entrcga do apresentados na administraçào do concelho ou bairro res-
donativo e seus rendimentos vencidos, em conformidade pectivo e por csta enviados, com as necessarias informa-
com seu titulo constitutivo, ou com o deposito na Caixa ções, dentro de dez dias, á Direeção Geral de Instrucção
Geral de Depositos, nos termos dos artigos 14." e 15.° Publica.
§ 2.° Aos agentes do Ministerio Publico compete pro- § 2. c A Direccão Geral de Instrucção Publica dará so-
mover as execuções respectivas, cle officio ou a requisição bre elles o seu parecer, ouvidas as necessarias estações
da Direeção Geral cle Instrucção Publica. officiaes, e submettê-los-ha a despacho ministerial.
§ 3.° Das promoções ou requerimentos, que neste sen- Art. 24.° Os donativos escolares, cujo producto ou ren-
tido fizerem, deverão os agentes do Ministerio Publico dimento deva ser applicado ao ensino primario official, se-
dar immediato conhecimento á Direccão Geral cle Ins- rão arrocadados no fundo de instrucção primaria.
trucção Publica. Art. 25." Os donativos escolares que não poderem ter
Art. 19." A administração clos donativos escolares com- a applicação especial que lhes fôr determinada no titulo
pete a quem haja sido escolhido pelo doador no seu titulo constitutivo, serão depositados na Caixa Geral de Depo-
constitutivo; mas está em todos os casos sujeita á fiscali- sitos.
zação e vigilancia da Direccão Geral clc Instrucção Pu- § unico. Quando se torne possivel a applicação especial
blica, quc a fará exercer, segundo os casos, pela respec- indicada no titulo constitutivo cle qualquer donativo que
tiva repartição de donativos escolares, pela direccão cle haja sido dcpositado na Caixa Geral de Depositos, ser-
construcções escolares ou por outros funccionarios da sua lhe-lia dada essa applicação até ao montante do capital e
dependencia. rendimentos cobrados.
Art. 20." De todos os donativos escolares, cuja admi- Art. 26.° Para a organização de registo de donativos
Fevereiro 20 34 1902

escolares todas as auctoridades, corporações e funcciona- para fícar archivado, um attestado do seu comportamento,
rios deverão diligente e rapidamente prestar á repartição passado pela auctoridade policial do seu ultimo domicilio.
de donativos escolares os esclareciruentos que ella solicitar, Art. 2.° Nenhum proprietario de hotel, hospedaria ou
e p n t i c a r as diligencias requeridns dentro das suas attri- casa de hospedes póde exercer o mister de corretor, mes-
buições, bem como fornecer lhe os documentos, copias ou mo no seu estabelecimento, sem ter o alvará de licença a
informações requisitaclas. que se refere o artigo antecedente, e apresentar o attestado
A r t . 27.° A Direcção Geral de Instrucção Publica, á cle que trata o mesmo artigo.
medida que fôr tomando conhecimento da existencia de Art. 3.° O exercicio da profissão de corretor só é per-
donativos escolares, irá promovendo a sua arrecadação e mittido nas estações de desembarque das vias maritima»
fazendo intimar, por meio das respectivas administrações ou fluviaes, de caminhos de ferro e de diligencias ou car-
do concelho ou bairro, os seus detentores, possuidores ros de carreiras determinadas.
ou administradores a prestarem suas contas e a cumpri- Art. 4 . ° Nenhum hotel, hospedaria ou casa de hospedes
rem o disposto no presente regulamento. póde ter mais que um corretor em cada um dos pontos
Secretaria de Estado dos Negocios do Reino, em 20 de designados no artigo antecedente.
fevereiro de 1902. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. = Art. 5." Todo o corretor é obrigado :
Arthur Alberto d.e Campos Ilenriques. 1 . ° A usar no boné ou chapeu a designação do hotel,
D . do Pr. n.° 41, de 21 de f e v e i e i r o . hospedaria ou casa de hospedes que servir;
2.° A anclar munido do alvará de licença relativa ao
seu mister, para o apresentar a qualquer agente de policia,
quando este pretenda verificar se. o corretor está ou não
Direcção Geral de Administração Politica e Civil habilitado;
3.° A trazer bilhetes impressos que contenham o seu
2. a Repartição nome e a indicação do hotel, hospedaria ou casa de hos-
pedes que servir, para dar um exemplar aos passageiros
Hei por bem prorogar, nos termos do artigo 38.° § 1.° que lh'o exigirem;
do decreto de 8 de agosto de 1901, o prazo da conclusão 4.° A tratar com toda a urbanidade os passageiros, não
das operações do reeenseamento eleitoral até 8 de março os incommodando com instancias importunas, quando estes
proximo no concelho de Mondim de Basto, e até 8 de abril se recusem a acceitar os seus serviços.
seguinte no de Santarem, observando-se nos actos subse- Art. 6.° Sempre que o corretor deixe de prestar os seus
quentes dos mesmos rec.enseamentos prazos analogos aos serviços num hotel, hospedaria ou casa de bospedes, e queira
estabelecidos no citado decreto. exercer o seu mister num outro eslabelecimento, tem de
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- fazer averbar a mudança no alvará dc licença, e apresen-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha tar o attestado a que se refere o artigo 1."
entendido e faça executar. Paço, em 20 de fevereiro de Art. 7.° No caso de perda ou inutilização clo alvará cle
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. licença, será este documento substituiclo por uma certidão
D . do G. n.° 42, de 22 de fevereiro. do registo do mesmo alvará.
Art. 8.° Nenhum proprietario de hotel, hospedaria ou
casa de hospedes poderá admittir qualquer corrctor ao seu
serviço sem que elle se aclie munido do alvará de licença
Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 5õ.°, a que se refere o artigo 1.°
n.° 2.°, e 57.° do Codigo Administrativo, a deliberação da Art. 9.° As transgressões dos artigos 4.°, 6.° e 8." se-
Camara Municipal do concelho de Lamego, de 2 cle maio rão punidas com a multa de 4^000 réis, e com a pena de
de 1901, acêrca da criação do logar de guarda do cemi- desobediencia as infracções dos artigos 2.°, 3.° e õ.°
terio da Cruz Alta, com a dotação de 100j$000 réis an- Art. 10.° A importancia das multas cobradas em vir-
nuaes. tucle d'este regulamento clarão entrada no cofre do Governo
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- Civil, com destino ás líespesas de policia geral.
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha Art. 11.° Este regulamento fica substituindo o do Go-
entendido e faça executar. Paço, em 20 de fevereiro de verno Civil d'este districto, de 26 de março de 188Õ, e co-
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribei.ro. meçará a vigorar oito dias depois de publicado no Diario
D. do G. n,° 42, de 22 de fevereiro. do Governo.
Governo Civil de Lisboa, 20 de fevereiro de 1 9 0 2 . =
O Governador Civil, Manoel Augusto Pere.ira e Cunha.
D. do G. u." 42, de 22 de fevereiro.
GOYERNO CIVIL DO DISTRICTO DE LISBOA
Tendo a experiencia mostrado a necessidade de se mo-
dificarem as disposições policiaes, contidas no regulamento Havendo a pratica demonstrado a necessidade de se al-
de 26 de março de 188Õ, acêrca de corretores de hospe- terarem as medidas policiaes contidas no edital d'este Go-
darias; verno Civil de 20 de agosto de 1888, relativas ás lojas de
Usando da faculdade que me confere o artigo 251.°, bebidas e estabelecimentos semelhantes, servidos por mu-
n. os 10.° e 22.°, do Codigo Administrativo: lheres, denominadas camareiras;
Determino, com approvação do Governo, que se observe Usando da faculdade que me confere o artigo 251.°,
o seguinte n. os 7.° e 22.°, do Codigo Administrativo:
Determino, com approvação do Governo, que se observe
Regulamento policial dos corretores de hoteis, hospedarias o seguinte
ou casas de bospedes
Regulamento policial das serviçaes, denominadas camareiras
Artigo 1.° Para qualquer indivicluo poder exercer na ci-
dade de Lisboa o mister de corretor de hotel, hospedaria Artigo 1.° As mulheres que em Lisboa quiserem exer-
ou casa de hospedes, tem de munir-se cle um alvará do li- cer o mister de serviçaes, denominadas camareiras, de ca-
cença, que lhe será conferido pela secção de policia de ins- j sas de pasto, ou lojas de bebidas alcoolicas, de cervejas,
pecção administrativa, depois do intaressado apresentar, de chocolate ou semelhantes estabelecimentos, precisam de
1902 35 Fevereiro 20

obter alvarás de licença, passados pela secção de policia Secretario Geral do Governo Civil de Portalegre, pelas
de inspecção administrativa. razões que allega na sua minuta de recurso:
§ unico. Nesses alvarás serão indicados os estabeleci- O que tudo visto, e a ív.sposta clo Ministerio Publico;
mentos que a camareira se propuser servir, e lançados os Considerando que são procedentes os fundamentos da
averbamentos resultantes das mudanças que occorrerem. sentença recorrida:
A r t . 2.° E prohibido ás camareiras: Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
1." Assentarem-se ás mesas dos estabelecimentos e ac- negar provimento no recurso.
ceitarem dos fregueses comida ou b e b i d a ; O Conselheiro cle Estado, Presidente do Conselho de
. 2.° Tomarem parte em descantes, toques, dansas ou Ministros, Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios
outros divertimentos ruidosos ; do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
0.° Insistirem com os fregueses p a r a comerem ou be- em 20 de fevereiro de 1902. = R E I . = Ernesto Rodol-
berem; pho Hintze Ribeiro. D. do G. , 13 d e 2l d 0 f c v e r c i r o .
4.° E m p r e g a r e m palavras, attitudes ou gestos offensivos
da moral publica.
A r t . ' 3 . ° Os donos de estabelecimentos servidos por ca-
mareiras são obrigados: Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica
1.° A recusar como camareira a mulher que não apre
sentar o alvará de licença a que se refere o artigo 1.°; 2,a Repartição
2.° A compellir as camareiras a satisfazer ao determi- Attendendo ao que me representou o Provedor do Asylo
nado no artigo anterior. Municipal de Lisboa, e conformando-me com a consulta
A r t . 4.° As camareiras são obrigadas: clo Conselho Superior de Beneficencia : hei por bem aucto-
1." A apresentar os seus alvarás de. licença a qualquer rizar aquelle estabelecimento a contrahir um emprestimo
agente de policia que lh'os cxija, quando por este encon- de 100:00íi;>000 réis ao j u r o de 5 por cento, amortizavel
tradas no exercicio do seu mister ; em trinta annos, por meio de prestacões annuaes e suc-
2." A participar á competente repartição cle policia, no cessivas de 6:470 ; )G80 réis cada uma, comprehendendo
prazo de quarenta e oito horas, para os effeitos clo artigo 1.". juro e amortização, ficando consignada a este encargo, até
§ 1.°, as mudanças de residencia e dos estabelecimentos á sua extincção total, uma verba equivalente áquella pres-
que servirem. tação, que annualmente será inscripta no orçamento respe-
Art. 5.° O alvará perdido ou inutilizado substitue-sc ctivo, e. devendo o producto do mesmo emprestimo ser ex-
por certidão clo respectivo registo. clusivamente applicado á compra cle um predio e ás despesas
A r t . 6.° A transgressão do artigo 3." sujeita o infra com as obras necessarias para a installação cle todos os esta-
ctor á multa de 4,">000 réis; e a clos artigos 2." e 4.", nos belecimentos dc; que se conipõe o sobredito Asylo Municipal.
casos em que por lei não eaiba outra pena, á multa cle O Presidente clo Conselho cle Ministros, Ministro e Se-
2:?Í000 réis. cretario cle Estacio clos Negocios do Reino, assim o tenha
Art. 7." As multas cobradas em virtude cFeste regula- entendido e faça executar. Paço, em 20 cle fevereiro cle
mento darão entrada no cofre do Governo Civil com des- 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
tino ás despesas de policia geral.
D . do G. n. n 43, do, íU do fevoroiro.
Art. 8.° Este regulamento começará a vigorar oito dias
depois de publicado no Diario do Governo, annullando dc
ahi em cleante o editai do Governo Civil cTeste districto, cle
20 de agosto de 1888. MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
Governo Civil de Lisboa, 20 de fevereiro de 1 9 0 2 . =
O Governador Civil, Manoel Augusto Pereira e Cunha. Direeção Geral de Agricultura
T>. iln 0 . 1 1 . ° 42, dn 22 A«t fiu-ereiro.
Repartição dos Serviços Agronomicos

Attendendo ao que preceitua o decreto cle 23 de de-


MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO zembro cle 1899, que approvou o plano das providencias
destinadas a auxiliar e facilitar os tratamentos das epi-
Direoção G e r a l de A d m i n i s t r a ç ã o Politica e Civil phytias e a destruicão clos parasitas clas plantas, e tenclo
ouvido o Conselho Superior de Agricultura, nos termos
2.a Repartição clo artigo 1." do citado decreto:
Hei por bem approvar o regulamento dos serviços de
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal extincção clos acridios, o qual, fazendo parte integrante
Administrativo acêrca do recurso n.° 11:598, em quc é cfeste decreto, baixa assignado pelo Ministro e Secretario
recorrente o Secretario Ger;d do Governo Civil cle Porta cle Estado clos Negocios das Obras Publicas, Commercio
legre, e recorrido Vicente Thomás Junior, de quc foi re- e Industria.
lator o Conselheiro, vogal effectivo, Eduardo José Segu- O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
rado: cretario de Estado dos Negocios do Reino, e os Ministros
Mostra-se que Vicente Thomás Junior, tendo sido eicito e Secretarios de Estado dos Negocios Ecclesiasticos e de
vogat substituto da Camara Municipal do concelho cle Ar- Justiça, cla F a z e n d a e clas Obras Publicas, Commercio e
ronches, no dia 3 cle novembro ultimo, requereu ao Audi- Industria, assim o tenham entendido e façam executar.
tor Administrativo escu^a d'esse cargo, allegando estar au- Paço, em 20 cle fevereiro de 1902. = R E I . = Ernesto Ro-
ctorizado a vender sellos e mais formulas de franquia, e dolpho Hintze Ribeiro = Arthur Alberto de Canrpos Henri-
ter caixa cle correio, invocando o decreto n.° 3 de 1 dc ques — Fernando Mattozo Santos = Manuel Francisco de
dezembro de 1892, que approvou a organizacão dos servi- Vargas.
ços telegrapho-postaes; Regulamento dos serviços de extincção dos acridios
Mostra-se que o Auditor Administrativo, em vista do ar-
tigo 12." do Codigo Administrativo, combinado com o ar- Artigo 1.° Os serviços de extincção dos acridios ou ga-
tigo 55." do citado decreto, deferiu aquelle requerimento, fanhotos são, para todos os effeitos legaes, considerados
concedendo a escusa p e d i d a ; de interesse publico e conipetem :
D'esta sentença vem o presente recurso interposto pelo 1.° E m cada districto administrativo, ao pessoal dos
Fevereiro 20 36 1902

serviços ngronomicos districtaes, podendo este ser eoadju-j posto no artigo 13.°, os farão autuar por intermedio dos
vado extraordinariamente por mais pessoal dos serviços regedores clas rcspoctivas freguezias, e os r.utos serão
agronomicos, ou pecuarios, seinpre que se torne necessario ! remettidos ao poder judicial e farão fé cm juizo até prova
e seja ordenado pela Direcção Geral cla Agricultura; plena em contrario. Aos transgressores será applicavel
2.° E m cada concelho, ao pessoal ordinario dos servi- multa ató 20^000 réis.
ços agronomicos municipaes ou concelhios, onde o houver, Art. 7.° Quando os mesmos interessados, a quem se re-
ás camaras cle agricultura, quando estejam constituidas, ferem os artigos 2.° a 5.°, não procedam aos convenien-
e a todos os habitantes de dezoito a cincoenta annos de tes tratamentos dc extincção, os funccionarios e entidades
idade, portugueses ou estrangeiros, domieiliados no con- officiaes designados nos n." s 1." e 2.° e g 1." do artigo
celho, exceptuando: I.° os farão intimar para que os executem.
a) Os doentes e invalidos, as mulheres, os ecclesiasti- Art. 8." As intimações para os tratamentos obrigatorios
cos, os medicos, os pharmaceuticos e os enfermciros; serão ordenaclas pelos administradores de concelho, e exe-
b) Os funccionarios publicos, que tenham serviços dia- cutadas pelos officiaes cle diligencias, pelos cabos dc poli-
rios cle repartição ou secretaria e outros de que não pos- cia, pelos zeladores municipaes, ou pelos guardas cam-
sam ser dispensaclos; pestres.
c) Os empregados dos caminhos de ferro, fóra dos ter- Art. 9.° Para os effeitos dos paragraphos precedentes, os
renos respectivos; ficando, porem, as empresas, compa- funccionarios e entidades officiaes, a quem competir cle
nhias, direcções ou administrações clos mesmos caminhos entre os indicados nos n. os 1.° e 2.° o § 1." do artigo 1.°, eri-
de ferro responsaveis pela extincção clos acridios nos rcfe- viarão aos administradores de concelho respectivos as rela-
ridos terrenos; ções clos individuos que hajam de ser intimados, bem como
d) Os maritimos e empregados de bordo dos navios e as instrucções relativas aos tratamentos on processos de
empresas de navegação ; destruição que por elles devam ser observados e executa-
c) Os militares, quando não tenham recebido ordem do dos.
Ministerio da Guerra. Art. 10. 0 No caso de inobservancia das ordens intimadas,
o.° Ao pessoal dos serviços florestaes, nas matas do Es- os administradores de concelho levantarão os competen-
tado ; tes autos por desobediencia, os quaes serão remettidos ao
4.° Ao pessoal administrativo e de exploração dos esta- poder judicial e farão fé em juizo até prova plena em con-
belecimentos e terrenos do Estado, bem como dos distri- trario, sendo applicavel aos delinquentes a pcna determi-
ctaes, municipaes e parochiaes. nada no artigo 188.° do Codigo Penal.
§ 1.° Nos termos clo § 1.° do artigo 9.° do decreto cle Art. 11." Os tratamentos obrigatorios de extincção, que,
23 de dezembro de 1899, relativo ás epiphytias, poderao depois de intimados aos proprietarios, usufructuarios, ren-
as camaras municipaes inscrever nos seus orçamentos VCT- deiros ou outros individuos interessados, ou na posse, ex-
bas especiaes para occorrerem aos serviços de extincção ploração ou guarda clos terrenos, não forem, no devido
dos acridios. prazo, effcctuados pelos individuos a quem competirem,
§ 2." Oonforme o disposto no § 2." do artigo 9.° clo re- serão executados, sob a direcção e fiscalização do pessoal
ferido decreto, poderao os syndicatos agricolas auxiliar technico respectivo, por conta dos mesmos individuos, e
os serviços de extincção dos acridios. custeados provisoriamente pelo Estado, salvo o caso do § 3.°
Art. 2.° São obrigatorios os trabalhos ou tratamentos d'este artigo.
de extincção dos acridios, no estado de oothecas ou casu- § 1.° O mesmo pessoal promoverá, pelas vias compe-
los oviferos, de larvas ou saltões, e de alados, para os tentes, o pagamento, nos cofres do Estado, de todas as
proprietarios, usufructuarios, empbyteutas, parceiros, eo- despesas realizadas nestes tratamentos, e por fórma execu
lonos e rendeiros, nos respectivos terrenos, e deverão por tiva, como dividas á fazenda naeional, sem embargo das
estes ser executados, ou mandados executar á sua custa, penas e multas applicaveis aos delinquentes, nos termos
inclepcndentemente cle aviso ou intimaçao. d'este regulamento e da lei vigente.
Art. 3.° Os proprietarios, rendeiros, ou outra especie § 2.° Os tratamentos, a que se refere este artigo pode-
de agricultor ou cultivador, em cuja posse e exploração es- râo ser mandados executar pelos funccionarios e entida-
teja alguma prupriedade ou quaesquer terrenos não in- des officiaes mencioriados nos n. os i . ° e 2.° do artigo 1."
vadidos pelos acridios, poderâo ser obrigados a contribuir § 3.° Se forem ordenados pelas camaras de agricultu-
com parte clo seu pessoal, até á metade, para auxiliar ra, quando as houver, poderão ser custeados pelos fundos
os trabalhos cle extincção que se effectuem nas proprie- especiaes que hajam inscripto nos respectivos orçamentos,
clades limitrophes. e por conta clos individuos a quem competirem nos termos
Art. 4.° Logo que uma propriedade seja invadida pelos d'cste artigo, sendo as mesmas camaras reembolsadas das
acridios, o respectivo proprietario ou occupador procederá respectivas despesas, cm harmonia com o § 1.° deste ar-
á destruição des mesmos insectos, por sua conta, com o tigo.
pessoal, animaes e instrumentos de que disponha e pela § 4.° Para os effeitos do paragrapho precedente, as im-
fórma determinada nas instrucções, ou, na falta d'cstas, portancias clas despesas feitas pelas mesmas camaras e
pelos processos tradicionaes, ou vulgarmente conheciclos. cobradas executivamente pela Fazenda Naeional ser-lhes-
Art. õ.° Os funccionarios, c as camaras de agricultura, hão restituidas, ou postas á sua, disposição, pela fórma
quando as houver, aos quaes competir a direcção ou a fis- lcgal, ou superiormente determinada.
calização dos serviços de extincção dos acridios, poderao Art. 12.° E analogamentc applicavel ás empresas ou com-
exigir aos proprietarios on occupaclores dos terrenos inva- panhias de caminhos cle ferro, a que se refere a alinea c)
didos, o augmento do respectivo pessoal até á integração do n.° 2.° do artigo 1.°, o disposto nos artigos 2.° e 4.° a
do um homem por 20 hectares de superficie invadida, nas I I . " e seus paragraphos.
terras araveis, agricolas ou horticolas, incluindo vinhas, Art. 13.° Os funccionarios e entidades, a quem, nos ter-
olivaes o pomares, e do um homem por cada 40 hectares, mos d'este regulamento, incumba a direccão dos serviços
tambem invadidos, nas terras clo pastagcm, mato, montado, de extincção clos acridios, farão constar, nas respectivas
pinhaes e outras matas. circumscripções, por meio cle editaes affixados nos loga-
Art. U." No caso de inobservancia, por parte dos proprie- res do estylo, as instrucções e processos que deverão ser
tarios ou occup-idores dos terrenos invadidos, das disposi- seguidos nos trabalhos e tratamentos obrigatorios mais
ções dos artigos precedent.es, os funccionarios ou entida- apropriados para a mesma extincção.
des, a quem. incumba a direcção immediata do serviço lo- _ § unico. Nos mesmos editaes chamarão os referidos func-
cal de extincção dos acridios, tendo sido cumprido o dis- cionarios e entidades a attenção dos interessados para as
1902 37 Fevereiro 20

disposições d'este regulamento, que lhes sejam applicaveis, sendo responsaveis pela sua execução os funccionarios e
c para as penalidadcs em que poderão incorrer aquelles quaesquer entidados ou individuos a quem competir a di-
que as desattonderem, e indicarão as epocas e prazos em reeção; exploração, guarda ou conservação clus mesmos
que os trabalhos e tratamcntos de extincção clos acridios terrenos.
deverão ser cxecutadòs. Art. 17."No caso em que seja ncgada ao pessoal encar-
Art. 14 0 A obrigação de prestar serviço na extincção regaclo dos serviços contra a.s epiphytias a entrada livre
dos acridios só se torna effectiva, para os habitantes a quc nos predios, coníbrme determina o artigo precedente, le-
se refere o n.° 2.° do artigo 1.°, depois cle receberem a vantar-se-ha o competente auto, o qual será remettido ao
competente intimação por intermedio das auctoridades ad- poder judicial e fará fé em juizo atc prova plena em con-
ministrativas. trario. Aos contraventores será applicada a pena cle pri-
§ 1.° Cada habitante só póde ser obrigado a prestar, são até um mês e a multa até 20,>000 réis.
em cada anno, seis dias de serviço gratuito, consecutivos Art. 18.° O funccionario ou entidade official, a quem ou
ou ínterpolados ; poderá, porem, remir esse serviço, me- a cujos subordinados seja negada a entrada em um predio
diante o pagamento immediato dc 160 réis por dia, sendo para os effeitos do artigo 16.", participá-lo-ha ao respe-
jornaleiro ou operario de qualquer officio, e 320 réis por ctivo administrador cle concelho, o qual fará a clevida inti-
dia, tendo qualquer industria, negocio, emprego ou ren- mação por fórma identica á detcrminada no artigo 8.°,
dimento, ou fazer-se substituir, por sua conta, por pes- a iim de que seja permittida a mesma entrada ao refe-
soa valida de dezoito a cincoenta annos, e de sexo mas- rido funccionario ou entidade, ou ao pessoal seu subordi-
culino. nado.
§ 2.° As taxas de remissão estabelecidas no paragra- Art. 19." Quando haja desobediencia á intimação do
pho precedente poderão scr substituidas pela entrega cle 1 administrador de concelho, este mandará levantar o com-
kilogramma de acridios por cada 20 réis de taxa a pagar, petente auto, o qual será remettido ao poder judicial, para
devendo, porem, essa entrega ser effectuada na mesma os devidos effeitos, e fará fé em juizo até prova plena em
semana ou nos mesmos dias a que se referir a intimação contrario. Neste caso será applicavel aos delinquentes a
de que trata o § 5.° d'cste artigo, se não tiver sido feita pena detcrminada 110 artigo 188.° do Codigo Penal, e a
antes. entrada no predio será effectuada com 0 auxilio da aucto-
§ 3.° Os individuos sem officio, industria, negocio, em- ridade adminutrativa ou policial.
prego ou rendimento conliecido, ou que notoriainentc vi- § unico. Nos casos cle reincidencia será applicavel 0
vam a expensas cle outrem, serão, para os effeitos clo pa- disposto no § 2.° do artigo 15."
ragrapho precedente, considerados como jornalôiros ou ope- Art. 20." Os proprietarios, cxploradores, ou occupado-
rarios. res de qualquer propriedade ou terreno ínvadíclo pelos
§ 4.° Os funccionarios e entidados officiaes, a quem in- acridios deverão avisar o regedor da respectiva fregue-
cumba a direeção clos serviços em cada concelho, requisi- sia, logo que sc dê a invasão dos acridios, ou se effectue
tarão ao respectivo administrador ou aos regedores o nu- a sua postura, ou 0 seu nascimento, sob pena de multa
mero de individuos quc, em cada semana e freguesia, forem até 20:5000 réis, não o fazendo.
necesssarios para os trabalhos de extincção dos acridios. Art. 21." Qualquer regedor, logo que tenha conheci-
§ 5." Logo que tenha recebido as requisiçòes, o admi- mento cla invasão clos acridios em alguma propriedade ou
nistrador de concelho intimará os individuos necessarios terreno da sua freguezia, participá-lo-ha, para os devi-
para o serviço, por intermedio dos officiaes de diligen- dos effeitos, ao respectivo administrador de concelho,
cias, cabos dc policia, ztladores municipaes, ou guardas que, em seguida, 0 communicará ao governador civil e á
campestres, indicando-lhes os dias em que o deverão camara de agricultura, se estiver constituida.
prestar, as localidades aonde teem de concorrer e os func- Art. 22. d O governador civil, logo que tenha conheci-
cionarios a quem sc hão cle apresentar. mento dos factos a que se refercm os artigos 20." e 21.°,
§ 6.° Ninguem póde ser obrigado a prestar o serviço, com respcito a qualquer localidadc do seu districto, avi-
de que trata este artigo, fóra cla freguesia clo seu domici- sará 0 respectivo agronomo para que proceda como con-
lio. vier e lhe cumprir, nos termos da legislação vigente c clas
Art. 15." Os individuos que, depois de intimados, se re- ordens especiaes que haja recebido.
cusarem a cuinprir as disposições do artigo precedente, Art. 23.° Ao pessoal agronomico c ao silvicola que, por
incorrerão na p*ma clc prisão até um mês, ou multa até qualquer fórma, tenha conhecimento da invasão, postura
20;>000 réis. ou nascimento dos acridios migratorios, ou do dcsenvolvi-
§ 1." Nos casos de reincidencia, a desobediencia será mento, assumindo caracter calamitoso, clos acridios com-
punicla nos termos do artigo 188.° do Codigo Penal. muns ou indigenas, nas respectivas circumscripções, cuin-
§ 2.° A clcsobedicncia, a quc se refere o paragrapho prc communicar immediatamente esse íácto á Direeção
precedente, poderá ser considerada qualiticada, para os Geral da Agricultura, informando-a acêrca dos prejuizos
tins do § 2." do citado artigo cla lei penal, e nos termos do causados e da area invadicla, e tomar as providencias quy
§ 3.° clo mesmo artigo. forem mais consentaneas e adequadas á destruição cla
Art. 16." Os proprietarios, usufructuarios, rendeiros, praga, nos termos d'cste regulamento e das ordens espe-
parceiros ou colonos na posse ou exploração de terrenos, ciaes quc hajam recebido, e em harmonia com os meios
e os administrailores, feitores, caseiros, ou quaesquer en- ao seu alcance.
carregados cla exploração ou guarda das terras, e bem Art. 24.° O sulfureto de carbono quc fôr destinado á
assim os proprietarios, usufructuarios, rendeiros, foreiros extincção clas oothecas ou dos acridios, quer no estado
e quaesquer moraclores clc propriodades urbanas em que simples, quer no clo emulsão ou de qualquer outro «im-
existam plantas, são obrigados a dar livre entrada ao pes- posto, gozará, nos termos do artigo 16. 0 do decreto cle
soal dos serviços cle que trata este regulamento, e a per- 23 cle dezembro de 1899, relativo aos serviços contra as
mittir a execução ou fazer executar os tratamentos inse- epiphytias, do bonus igual ao que vigorar para 0 sulfu-
cticidas que forem ordenaclos nos termos legaes e regula- reto destinado, como insecticicla ou fungicida, ao trata-
mentares. mento das vinhas ou clc quaesquer plantas.
§ unico. Os terrenos clo Estado, clas camaras municipaes, Art. 25." As importancias das taxas clc remissão, a que
das juntas de parochia e outras corporações, companhias e se refere 0 § l.°do artigo 14.", e as multas, que forem im-
empresas, bom como os-quc façam parte cle estabelecimen- postas nos termos cVeste regulamento, serão recolhidas pe-
tos pios e clc propriedades particulares arrendadas para ser- las camaras de agricultura, ou, na falta d'estas, pelas
viço publico, íicam sujeitos ás prescripções d'este artigo, camaras municipaes, e destinar-se-hão ao pagamento clas
Fevereiro 20 38 1902

despesas de extincção dos acridios nas respectivas cir- I hei por bem, nos termos do n.° 13.° do artigo 21." do de-
cumscripções. ereto com força de lei dc 26 de setembro de 1891, de-
Art. 26. 0 Os funccionarios e as camaras, a que se re- cretar o seguinte:
fere o artigo 1.°, seus uumeros e paragraphos, c a quem in- Artigo 1.° É approvado, para ter execução nos territo-
cumba a direcção ou fiscalização dos serviços de extincção rios sob a administração da Companhia do Nyassa, o re-
dos acridios, poderao cxpedir gratuitainentc pelo correio a gulamento sobre taxas do licenças para estabelecimentos
correspondencia aberta, e expedir telegramma», em oasos commerciaes c industriaes e exercicio de differentes pro-
urgentes, sobre assumptos relativos aos mesmos serviços. iissões, que baixa assignado pelo Ministro o Secretario de
Art. 27.° Este regulamento poderá ser mocliticado pelo Estado dos Negocios da Marinha e UItramar.
Governo, em quaesquer das suas disposições, consoante as Art. 2.° Fica rcvogacla a legislação em contrario.
conveniencias da agricultura e do serviço, cointauto que O mesmo Ministro c Secretario de Estado assim o tenha
se tenha em vista o disposto no decreto dc 2o de dezem- entendido e faça executar. Paço, em 20 do fevereiro de
bro de 1899, relativo ás providcncias contra as epiphytias. 1902. = R E I . = Antonio Teixeira de Sousa.
Paço, em 20 de fevereiro dc ltíO'2. — AJanuvl Fiancisco
de Vargas. Regulamento sobre taxas de licenças para estabelecimentos commerciaes
1>. do O. 11,11 J i , dc - 5 de ievereiro.
e industriaes, e exercicio de certas proOssões, uos territorios sob a
administração da Coíiipanbk do Nyassa,
Artigo 1.° Nos territorios xla Companhia clo Nyassa, o
Direcção Geral de Obras Publieas e Minas individuo que pvciender commercial- ou exercer qualquer
das protissõcs meucionadas na tabella annexa deverá re-
Repartiçáo (le Obras Publieas querer licença á auctoridade administrativa competente,
iudicando no requorimento a localidade onde pretende
Nos termos do -artigo 3.° da carta de lei de 23 de abril exercer o commercio ou profissão, e bem assim a natureza
de 1896 e dos n. 05 Í.° e 2.° do decreto dc 2-1 do setem- do commercio ou profissão.
bro de 1898 : hei por bem d e t e m i n a r , conformando-me
§ unico. E m seguida á entrada clo requerimento na re-
com o parecer do Conselho Superior de Obras Publieas e
partição competente, a auctoridade administrativa mandará
Minas, que o director das obras publieas do districto de
proceder a investigação sobre a idoncidade do requerentc,
Leiria laça proceder construcção clo lanço cla estrada
e, segundo o juizo cpie d elle fonnar, assim concederá ou
de Leiria, por Barroira, á estrada districtal 121 e á
negará a licença pedida.
estrada real n.° 15, comprehendido entre Barroira e as
Art. 2.° As taxas a cobrar serão as indicadas na ta-
proximidades de Famalicao ^perfil 394), na oxtensào de
bella annexa que faz parte integrante d'este regula-
4:428'",83, e auctorisar o reíeriuo director a. dispender, no
mento.
actuai anno economico, a quantia do õOO^OOQ réis.
§ 1." As taxas serão devidas por todos os individuos
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
ou iirmas sociaes que exercerem as protíssões ou tiverem
zenda, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
os estabelecimentos commerciaes ou industriaes indicados
das Obras Publieas, Commercio e Industria, assim o te-
na tabella, c quaesquer que sejam as nacionalidades d'es-
nham entendido e façam executar. Paço, em 20 de feve-
ses individuos e a localidade, dentro clos territorios da Com-
reiro de 1902. = R E I . —Femando Mattozo Santos —Ma-
panhia, onde elles exerçam as respectivas profissões ou te-
nucl Francisco de Vargas.
D. do ei. n.° 1(5. á« 27 de fevereiro. nham os seus estabelecimentos.
§ 2.° Das taxas a pagar pelos guarda-livros e eai-
xeiros são responsaveis os patrSes ou os seus represea-
tantes.
Nos t e m o s do artigo 3.° da carta de lei dc 23 dc abril Art. 3. J As taxas estabolecidas serão devidas tanto
de 1896, e dos u." s í > o 2. u do deereto de 24 de setem- pelos estabelecimentos principaes como pelas suas filiaes
bro de 1898: hei por bem d e t e m i n a r , conformando-me ou suecursaes, coníf-rme a ordem dc olassiíicaçâo das terras
com o parecer do extincto conselho technico de obras a que pertençani císos estabelecimentos.
publieas, que o director das obras publieas do districto dr
S u n i c o . Para os eíieitos d'este artigo, deverá sempre a
Castello Branoo faça proceder á construcção do lanço da
auctoridade que tiver de coneeder as licenças regular-se
estrada districtal n.° 1.19, Fuudà», por S. Yicente, a Certã
pela uitima classificaçào clas terras, feita pelo governo dos
e a Sarzedas, comprehendido entre Oleiros e Sendiuho de
territorios <• pubiieada no Boíetim da Companhia, visto
Santo Amavo, e auetorizar o referido funccionario a dispen-
essa classidcação poder ser alterada, conf«rme a impor-
der no actuai anno economico a quantia cle 200;>000 réis.
tancia quc, porventm-a, essas terras possam attingir.
O Ministro e Secretario de Esrado dos Negocios da Fa- Art. •!.' Aos estabelecimentos que na cireumscripçào
zenda, c o Ministro c Secretario de Estado dos'Negocios de qualquer terra de 2. a ou 3.:i orclc-m estiverem situados
das Obras Publieas, Commercio e Industria, assim o te fóra dc locaes esjievialnmite deívrminados e desiinados
nbam entendido e façam executar. Paço, cm 20 do fove para. povoações, e onde nào haja a fiscalisação imniediata
rciro de 1 9 0 2 . = R E I . = Fernaudo Mattozo Santos — AIa da auctoridade da Companhia, será imposta a taxa corres-
nuel Francisco de Vargas. pondente á ordem dc classiticaeào immediatamente su-
13. v í G . v . - t v . , do 27 de V.-y,. . ei: .
perior.
§ unico. Nas circnmscripeòes de qualquer terra de l . a
ordem a taxa ícrá sempre a mesma.
MIUISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR Art. ò.° Nos territorios da Companhia nenhum estabe-
lecimento poderá vender, sern licença especial, armias. pol-
Direcção Geral do UItramar vora, dynamite c bebidas cafreaes, *por *grosso oa a reta-
11)0, iK'S termos dos r e g u l a m e t o s approvados pelo Go-
verno. em coniormidadf da. ba.se 30. 3 para a administra-
2, a Repartição ção dos territorios da Companhia.
-2." Seeçfio Art. 6.'J Em Porto Amelia, e até á distaneia de 5 kilo-
metros da povoa ção, é pr. hibido o iabrieo e. venda de be-
Attendendo ao quo me representou a Companhia do bidas cafreaes: fóra dessa area. serào exi.gidas as taxas
Nyassa e tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar: indicadas para o coaeclho do Ibo.
1902 39 Fevereiro 20

§ unico. Todo o individuo que, dentro da area cm que Art. 11." O funccionario da Companhia que entender
esta venda é prohibida, vender ou forneeer bebidas ca- existir motivo para imposição de qualquer multa fará a
freaes a qualquer pessoa, pagará 20(5000 réis de multa, c competente participaçâo ao chefe da circumscripção local,
em caso de reincidencia será punído como desobedicnte ás e essa auctoridade tomando o respectivo termo, se a par-
ordens da auctoridade administrativa no exercicio das suas ticipaçâo fôr verbal, fará intimar o arguido para, dentro
funcções. do prazo de viute e quatro horas, dizer por escrito o que se
Art. 7.° Aos individuos que tiverem tirado licença lhe offerecer acêrca da arguição, e só no fím d'este prazo,
para negociantes ambulantes nos territorios, poderão ser tenha ou nâo havido resposía, imporá a multa, se a jul-
conferidas senhas até ao numero de tres para distribuirem gar justificada.
por igual numero de agentes ou caixeiros volantes, pa- § unico. Se fôr o proprio chefe da circumscripção quem
gando por cada uma 25$000 réis. primeiro tenha conhecimento da infracc;ío, lavrará logo o
§ unico. Tambem estes negociantes e seus caixeiros respectivo termo e proseguirá nos demais tramites.
precisam de licença especial para a venda de polvora, ar- Art. 12.° No caso de não ser paga a multa, será appli-
mas, dynainite e bebidas cafreacs por grosso ou a retalho. cado o disposto no regulamento dos processos para impo-
Art. 8.° O individuo que commercial- ou exercer qual- sição cle multas por transgressão, approvado por decrcto
quer das proíissões mencionadas na tabella annexa, sem de 17 de outubro de 1899, publicado no Boletim da Com-
estar munido da competente licença, ficará sujeito á multa panhia n.° 9.
não inferior a f)0 por cento da taxa annual marcada para Art. 13." O disposto neste regulamento retvoga o de-
a sua classe. não podendo essa quantia ser inferior a terminado no regulamento n." 4, de 3 de novembro cle
5^000 réis, sendo obrigado a tirar a licença respectiva. 1897, approvado por portaria regia da mesma data.
Art. 9.° Os individuos que se recusarem a apresentar Art. 14." (transitorio). E m Porto Amelia todas as li-
tal licença ou senha fidbrão sujeitos á multa de 5/>0Q0 cenças tiradas até doze meses depois da publicação do
réis, quando provem que tiraram essa licença. Não proclu- presente regulamento, terâo o abatimento de 20 por cento
zindo essa prova, íicain sujeitos á multa tixada no ar- nas taxas respectivas, não podendo porem ser inferiores ás
tigo 8.° indicadas para a villa do Ibo.
Art. 10." Fóra das povoações regulares qualquer func- § unico. Exceptuam-se das disposições d'cste artigo as
cionario civil ou militar da Companhia é competente para licenças que se destinarem á venda de polvora, armas,
exigir a apresentação da respectiva licença ou senha aos munições e dynamite.
individuos que exercerem qualquer ramo de commercio Art. 15.° A concesslo de licença a que se refere o
ou qualquer das industrias e proíissões mencionadas na n.° 41 da tabella não prejudica o direito concedido á Com-
tabella annexa. panhia pela ultima parte do n.° 6.° do artigo 21.° do de-
§ unico. Nas sedes dos concelhos a apresentação das creto de concesslo.
licenças só poderá ser exigida pelos chefes da respectiva Paço, em 20 de fevereiro de 1902. — Antonio Teixeira
circumscripção ou por qualquer auctoridade policial. du tíouna.

*
TAB E3LLA

Terras dc l.a ordem Terras de 2.» ordem Terras de 3.» ordem

Qualidade das lieeuças Em Porto Amelia •


No Ibo
6 meses 3 mescs 1 anno G meses 3 meses
1 anno 6 meses 3 meses 1 anno G meses 3 mescs

1.» E<tabelecimento geral, podendo vender qualquer artigo por grosso


ou a retalho, com exeepeão de bebidas eafreaes, polvora, dyna-
mite, etc., e bebidas alcoolicas a copo 225£000 135£000 81£000 180£000 100£000 60£000 100£000 60£000 3 5,£000 70£000 40£000 25£000
Idem de bebidas por grosso ou a retalho, exeeptuando bebidas ea-
freaes, eom faeuldade de vender vivcres, ferragens, tintas, quin-
quilharias e perfumarias 180£000 108.5000 G7£500 160£000 90£000 50£000 90£000 50£000 30£000 G0£000 35£000 20£000
Armazem dc bebidas por grosso, exeeptuando bebidas cafieaes,
com faculdade dc vender viveres 1G2£000 oo,mo 63£000 120£000 70£000 40£000 70£000 40 mo ê5£000 50p000 30£000 20£000
Lnja para venda de fazendas e viveres a retalho, podendo vender
ferragens, tintas, quinquilbarias e semelhantes 1G2£000 90£000 G3£000 120£000 70£000 40£000 70£000 40£000 25£000 50£000 30£000 20£000
Idem para venda de fazendas a retalho, ferragens, tintas, quinqui
lharias e seinelliantes 135£000 811000 45£000 100£000 60£000 405000 60£000 40£000 25£000 50£000 30£000 20£000
0.» Idem para venda de bebidas eafreaes por grosso -£- -£- 25£000 15£000 10£000 20£000 12£000 8£000 20£000 12£000 S£000
7.» Idem, idem a retalho -£- -£- -£- 50£000 30£000 20£000 40£000 25£000 20£000 40£000 25£000 20£000
8." Estabclecimento para fabrico de sabào ou dc outros quaesquer pro
ductos extrahidos dc materias oleaginosas 180£000 -£- -£- - £ - -£- - £ - -,£- - £ - ' -£- - £ -

9.» Fnbj-icantcs de oleos emprcgados n.i alimentaçào ou na illuminação 5£400 3£2-10 13710 4 £500 3 £000 1,£600 3 £000 3£000
10.» Estabelecimento para venda a retalho de oleos empregados na illu-
minação e alimentação 8£100 4£500 2£700 G£000 3£500 2 £000 - £ - - £ - - £ -

11.» Idem para venda a retalho de lenha, carvào e outros combustiveis


empregados no uso domestico, podendo vender petroleo a re-
talho 8 £100 4 £500 2£700 03000 3 £500 2 £000 õ£000 5 £000
12.a Idem para fabrico exclusivo de gelo 18£000 -£- ' - £ - - £ - -í- - £ - - £ - — £ -

13.» Caixciros viajantes com paeotilha para venda ou especuladores


comprando generos para exportarem - £ • - £ - 81£000 90£000 -£-
14.» Venda de polvora, armas e cartuehos 45£000 - £ - - £ - 45£000 -£- 45£000 -£- -,-S- 45£000 -£- -£-
15." Imporfaçào e venda de dynamite 102£000 s - - £ - 1G2£000 -£- 1G2£000 54£000 162£000 -£-
1G.» Negoeiantes ambulantes 110 interior 90£000 54£000 3G£000 90£000 54£000 36£000 90£000 3G£000 90£000 54£000 36£000
Caixeiro do negoeiante ambulante, eada um 22£500 -.£- -£- 22£500 -£- 22£500 22£500 -£-
17.» Vendedorcs ambulantes nas povoações, vendendo fazendas, quiti
quilbarias c artigos de capella e fanearia 36£000 22£500 1G£200 25£000 18£000 10£000 25£000 18£000 10£000 25£000 18£000 10£000
18.» Vendedores ambulantes nas povoações, vendendo pclas ruas os ar-
tigos vulgarmente ehainados bazar eapecificados na classe 19.». . 7£200 4£500 2£700 5£000 3 £000 1£800 - £ - - £ - - £ - - . £ - -.£-

19.» Os que em sua easa ou em loeandas venderem páo, mueates, peixe


írito, frutas, cocos, hortaliças, canudos ou cigarros e tudo o mais C»
que vulgarmente se chama bazar 10£800 S£í00 4 £500 9£000 5£000 3£000 5£000 3 £000 U 800 5£000 3£000 1£800
20.» Negoeiantes do perolas, ambar, pedras preciosas nào lapidadas c
ouro ou prata não amoedada 270£000 1621000 90£000 180£000 100£000 G0£000 180£000 100£000 60£000 180£000 100£000 60£000
21.» Estabelecimento industrial não esppeificado nesta tabella, cnm ex-
eepçào do que se destine á fabricação de bebidas alcoolicas dcs-
tilladas 45£000 27(^000 1G£200 30£000 18£000 10£000 30£000 18£000 10£000 30£000 18£000 10£000
22.» Officinas de carpintaria, serralharia, latoeiro c outras nào especili-
cadas nesta tabella 27£000 14£400 8£100 16£000 9 £000 5 £000 16£000 9 £000 5£000 16£000 9£000 5£000
-£-
23.» Padaria com ou sem forno 54£000 30£000 27£000 30£000 20£000 15£000 -£- - £ -

24.» Tabaeariaa, podendo vender quinquilbarias, perfumarias e jornaes 3G£000 22£500 13£500 -£- - £ - -£-
25.» Talho para venda de carnes verdes ou artigos de salchieharia^ . . SG£400 45£000 27£000 -£-
26.» Carniceiro ou individuo quc abata rezes para vender sem ter es Por cada boi ou porco 500 réis, por cabrito ou carneiro 200 -5- - £ -
tabelecimento proprio réis nas terras de 1.» ordem.
27.» Compradíres de gado bovino, suino, caprino ou ovelhum para re-
vfmder vivo ou exportar 27£000 27£000 -í-
28.» Pharmacias com drogavias, ou só estas lSOí&OOO 108£000 72^000 100^000 go.^ooo 35^000 60^>000 30.5000 20S0G0 GOiSOOO 35jSOOO 20£000
29.' lEstaucias ou armazens para venda de madeiras ou artigos de
18^000 —
044000 SGpOOO
I construcção
30." limpresariós ou directores de theatros, eircos ou quaesquer outros
divertimentos publicos 108£000 72£000 45£000
31." Por qualquer espectaeulo extraordinario dado por amadores e
quando as entradas sejam pagas, com excepção dos que forem em
beneficio dos pobres, estabelecimentos pios ou em auxilio de
- £ - - f -
qualquer obra de interesse publico—12£000 réis
32." Empresario de carros, carroças ou outros quaesquer vehiculos para
alugar, puehados por animaes ou á mão, por cada um 2£160 -£- - £ - - £ -

33. a Hoteis com bar e uma mesa de bilhar 180£000 99£00() 54£000 - £ - —£—

135£000 72£000 40£500 -a- - £ -


34 a Idem com easa de hospedes sem bar nern bilhar - £ -

35.a Restaurantes ou casas de pasto com faculdade de fornecer aos fre-


gueses vinhos e licores 108£000 58£500 36£000 G5£000 40£000 30£000
36." Bar podendo fcer um bilhar 216£000 117£000 67£500 130^000 75£000 40£000 -5- - £ - - £ - - £ - - £ -

135£000 72£000 —£—


37." Idem eom dois bilhares §52£000 - í -

- (Cada bilhar a mais 5£400 réis.)


108£000 63£000 36£000 - £ - - £ -
38.° Estabeleeimento para venda exclusiva de cerveja ou bebidas gazosas
1G2.£000 90£u00 54£000 - £ - - £ -
39.a Idem ou bar servido por camareiras - £ - - £ - - £ - - £ -

40. a Kiosques para venda de jornaes, tabacos, perfumarias e quinqui-


21£G00 11£700 6£300 - £ - - £ - -£- - £ - - £ -
lharias - £ -
- £ -
41." Bancos ou agencias banearias 540£000 -£- -£- -â- -£- - £ -
a
42. Lojas de cauabio e corretores 180£000 108£000 72£000 -£- -£- - £ - 50£000 - £ - -£-
54£000 36£000 27£000 20£000 30£000 20£000 50£000 30£000 20£000
43. a Ae;entes ou gerentes commerciaes -£- 50£000 30£000 —£—
44." Criwrda livros 36£000 -£- -£-
45. a Caixeiros de escriptorio ou dc fóra, ou qualquer empregado que
18£000 - £ -
nào seja agente ou guarda-livros
46." Caixeiros de baleão 5^1400 —,£— 3£600 1£800 - £ - - £ - 1£200 - £ - - £ -
a
47. Medieo exercendo clinica sem perteneer ao quadro de saude da
Companbia 90£000 58£500 5G£000 40£000 25£000 15£000 - £ -

48 " Advogados, solieitadores, agronomos ou despaehantes, oflicialmcnte


auetorizados 54£000 3G£000 27£000 50£000 30£000 20£000 50£000 30£000 20£000 50£000 30£000 20£000
49." Traductores ajuramentados 10£800 5£850 3£G00 G£500 4£000 2 £500 -£- -£- -£- -£-
a
50. Sapnteiro ou correeiro com estabeleeimento 18£000 10£800 7 £200 -£- -£- -£- - £ - -£- —
51.a Idem sem eatabelecimento 9£000 5 £400 5 £000 -£- . - £ - - £ - -£-
52.a Alfaiates com loja de fazendas 27£000 18£000 13£500 20£(00 15£000 8á000 - £ - - £ - - £ - -£-
53.a Idem com ou sem officina e sem loja 13£500 7 £200 4£500 8£000 5 £000 3 £000 -£-
54. a Barbeiros ou cabelleireiros, com loja e podendo vender perfumarias
ou objectos de loilctc 54^000 32£400 18£000
55.* Idem sem estabelecimentos 9£000 5£400 3£240 6£000 3£600 2£000
a
36£000 15£000 - £ -
56. Editor responsavel de qualquer jornal
57." Estabeleeimento tj^pographico podendo ter lithographia 54£000 35£000 -£- - £ -
58. a Empreiteiros da construcções, tanto urbanas como navaes (a) 108£000 63£000 40£500 - £ -

59. a Empresarios de pescarias ou mestre de armações para esse fim,


com embarcações proprias ou apparelhos fixos e outros (a) 18£000 -â- —,£—

60.a Empresario de cargas e descargas de navios, empregando lanchas


suas ou alugadas, por cada lancha (a) 9 £000 | G£00t - £ - - £ -
-

(a) As licenças n.° 58 (na parte final) e 59 e 60 serào cobradas pela eapitania dos portos, logo que seja dada autonomia a esta repartição e approvado o respeetivo regulamento.

P a ç o , e m 2 0 d e f e v e r e i r o d e 1 9 0 2 . — Antonio Teixeira de Sousa. d . <io g . n.° 4s, cic i dc m.-uço.

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Fevereiro 20 42 1902

I n s p e c ç ã o Geral de F a z e n d a do UItramar j A r t . 6.° P e l a s importancias recebidas e com r e f e r e u e i a


i a c a d a g u i a , a s c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s d o B a n c o N a c i o -
Convindo r e g u l a r a cxecucão do artigo 32.° da c a r t a de nal U l t r a m a r i n o passarão recibo de tres talões coui n u m e -
lei d e 27 de abril ultimo, n a p a r t e em q u e se e s t a t u e q u e ração especial e seguida, p a r a cada anno economico, en-
o b a n c o emissor, como compensaçâo dos privilegios con- t r e g a n d o u m dos talões do recibo ao portador, d e v e n d o
cedidos ao m e s m o banco, e x e r e e r á g r a t u i t a m e n t e as f u n c - as m e s m a s caixas ou agencias depois de verificado o ba-
ç õ e s d e t h e s o u r e i r o do E s t a d o n o u i t r a m a r n a s l o c a l i d a - lanço diario das operações, r e m e t t e r ás r e p a r t i ç õ e s do
d e s onde teui de cstabelecer c a i x a s filiaes e agencias, e fazenda, que teem de escripturar as entradas, n a s sedes
a c h a n d o - s e j á a s s i g n a d o c o m o B a n c o N a c i o n a l LJJtrama- d a s provincias ao inspector de fazenda, nos districtos aos
rino o contrato geral coiifonue as disposições da citada e s c r i v ã e s d e f a z e n d a , e e m r e l a ç ã o ao m o v i m e n t o d a v e s -
c a r t a d o lei e n o s t e n n o s do a r t i g o 7 6 . ° d a m e s m a l e i : p e r a , os d u p l i c a d o s d a s g u i a s , a c o m p a n h a d o s d e u m a r e -
Hei por bem decretar o seguinte : l a ç ã o c o m os r e c i b o s e u m d o s t a l õ e s p a s s a d o s p a r a s e
A r t i g o 1.° F i c a m a u e t o r i z a d o s os c l a v i c u l a r i o s d o s co- lançar em tabella nas mesmas repartições a respectiva
fres g e r a e s das provincias u l t r a m a r i n a s e districto auto- importancia a debito do Banco Nacional U l t r a m a r i n o sob
n o r u o d e T i n a o r , o n d e , n o s t e r m o s d a c a r t a d e lei d e 2 7 a epigraphe:, «Banco Nacional U l t r a m a r i n o como thesou-
de abril de 1901 e contrato celebrado e m 3 0 de novem- reiro do E s t a d o n o u i t r a m a r , c a r t a d e lei d e 2 7 d e a b r i l
b r o do r e f è r i d o a n n o e n t r e o G o v e r n o e o B a n c o Nacio- de 1901».
n a l U l t r a m a r i n o , t e m e s t e d e e s t a b e l e c e r c a i x a s filiaes ou A r t . 7.° A s s a i d a s d e f u n d o s d a s c a i x a s filiaes ou a g e n -
a g e n c i a s , a f a z e r e n t r e g a aos legitimos r e p r e s e n t a n t e s do cias do B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o n a s s e d e s d a s p r o -
referido Banco Nacional Ultramarino nas m e s m a s provin- v i n c i a s u l t r a m a r i n a s ou d i s t r i c t o s , q u e r p a r a p a g a m e n t o s ,
cias e districtos antimonio*, do saldo e m dinlieiro de qual- quer p a r a transferencias, continuarào a ser o r d e n a d a s nos
q u e r e s p e c i e ou p r o w n i e n c i a , p a p e i s d e c r e d i t o , j o i a s e t e r m o s p r e c e i t u a d o s n o d e c r e t o c o m f o r ç a d e lei d e 1 4
outros valores existentes nos referidos cofres geraes, pro- de setembro de 1900 e regulamento geral da fazenda e
c c d e n d o á c o n f e r e n c i a do s a l d o e m p o d e r d o s t h e s o u r e i - contabilidade nas provincias ultramarinas de 3 de outubro
ros geraes com a respectiva escripturação, devendo esta d e 1 9 0 1 , e e f f e c t u a r - s e - h ã o á v i s t a dos d o c u m e n t o s l e g a l -
entrega ser authenticada por termo de transição em qua- m e n t e p r o c e s s a d o s n a s r e p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a c i v i s ou nii-
d r u p l i c a d o , ficando u m e x e m p l a r e m p o d e r d o b a n e o , ou- l i t a r e s e s e m p r e v i s a d o s os d o c u m e n t o s p e l o i n s p e c t o r d e
tro n a repartição buperior de fazenda da provincia onde f a z e n d a e official d a s m e s m a s r e p a r t i ç õ e s , o u p o r q u e m
se fizer a e n t r e g a , outro e m p o d e r do t h e s o u r e i r o g e r a l , l e g a l m e n t e os s u b s t i t u i r , n a s s e d e s d a s p r o v i n c i a s , e p e l o s
p a r a j u n t a r á sua conta de responsabilidacle q u e tem de e s c r i v ã e s cle f a z e n d a n o s d i s t r i c t o s .
s e r p r e s e r i t c ao T r i b i m a l d e C o n t a s , e o q n a r t o p a r a s e r A l e m do visto das m e n c i o n a d a s a u c t o r i d a d e s , n e n b u m
e n v i a d o á I n s p e c ç ã o G e r a l de F a z e n d a do U I t r a m a r . documento p o d e r á ser pago, sem que seja carimbado com
§ u n i c o . A s d i s p o s i ç õ e s d ' e s t e a r t i g o sâo e x t e n s i v a s o sêllo b r a n c o d a s r e p a r t i ç õ e s e s e m e s t a r e i u d e v i d a m e n t e
aos clavicularios dos cofres das r e e e b e d o r i a s existentes p r e e n c h i d a s todas as f o r m a l i d a d e s que se d e v a m o b s e r v a r ,
fóra da sede das provincias ultramarinas, em localidades não d e v e n d o conter e m e n d a , r a s u r a ou cousa q u e duvicla
onde o Banco Nacional Ultramarino tem de estabelecer faça. Os documentos assim expedidos serão lançados por
c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s , e x c e p t o q u a n t o a o s e o n h e c i - o r d e m n u m e r i c a , a v e r b a n d o - s e d e v i d a m e n t e os r e g i s t o s d a s
m e n t o s de c o b r a n ç a e aos valores sellados, q u e continuani respectivas ordens de pagamento.
sob a responsabilidacle dos niesmos clavicularios. § u n i c o . A s d e d u c ç õ e s e clescontos l e g a e s q u e c o n s t a -
A r t . 2.° A e n t r e g a d e q u e t r a t a o artigo a n t e c e d e n t e r e m dos documentos de que t r a t a o prescnte artigo, serão
far-se-ha nas thesouraria» geraes ou reeebedorias nos pra- e s c r i p t u r a d o s nas respectivas contas das caixas ou agen-
z o s d e s i g n a d o s u a c l a u s u l a l . a do c o n t r a t o d e 3 0 d e n o - c i a s d o b a n c o n u m a só v e r b a t o t a l , á v i s t a d a g u i a p a s -
v e m b r o de 1901. sada pela repartição dc fazenda, devendo, portanto, dar-se
A r t . 3.° E f f e c t u a d a a e n t r e g a do saldo nos t e r m o s dos saida aos documentos pagos pela sua importancia illiquida.
a r t i g o s a n t e c e d e n t e s , c o n s i d e r a r - s e - h ã o os c l a v i c u l a r i o s d o s A r t . 8 . ° A s d e s p e s a s p a g a s t a n t o n a s s e d e s clas p r o v i n -
cofres g e r a e s desligados da respousabilidade do cofre, s e m c i a s u l t r a m a r i n a s e n o s d i s t r i c t o s o n d e e x i s t a m c a i x a s fi-
p r e j u i z o d a q u e llies p r o v i e r d a g e r e n c i a e n t ã o t e r m i n a d a , liaes ou a g e n c i a s do B a n c o Nacional U l t r a m a r i n o , c o m o
ficando o saldo c o m o v i m e n t o posterior do c o f r e unica- nos concellios onde não e x i s t a m taes estabelecimentos, se-
m e n t e a c a r g o do B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o r c p r c s e n - r ã o e s c r i p t u r a d a s pela f ó r m a p r e s c r i p t a no r e g u l a m e n t o g e -
t a d o p e l a s c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s , q u e f o r e m i n s t i t n i - ral da administração da fazenda e contabilidade n a s pro-
d a s no» t e r m o s d a c a r t a d e lei d e 2 7 d e a b r i l d e 1 9 0 1 . vincias u l t r a m a r i n a s de 3 de o u t u b r o de 1 9 0 2 , t e n d o as
A r t . 4 . ° A s e n t r a d a s d e f u n d o s a r e a l i z a r n a s c a i x a s fi- c a i x a s filiaes, n a s s e d e s d a s p r o v i n c i a s , a s m e s m a s a t t r i -
l i a e s ou a g e n c i a s d o B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o , p o s t e - b u i ç õ e s e d e v e r e s c o m r e l a ç ã o ao s e r v i ç o cle f a z e n d a q u e
r i o r m e n t e ás datas d e s i g n a d a s no artigo 2.°, q u e r prove- t i n h a m os t h e s o u r e i r o s g e r a e s .
n h a m d e r e n d i m e n t o s p u b l i c o s , d e d e p o s i t o s ou d e o p e r a - § unico. A s despesas que h a j a m de ser p a g a s fóra da
ç õ e s d e t h e s o u r a r i a d e c o n t a d o T h e s o u r o ou d e d i v e r s o s , sede das provincias, serão satisfeitas pelos recebedores,
effectuar-so-híío por meio de guias processadas em dupli- q u a n d o os t i t u l o s d o s p a g a m e n t o s o b e d e ç a m a o s p r e c e i t o s
c a d o , p a s s a d a s p a r a a s m e s m a s c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s d o d e c r e t o r e g u l a m e n t a r d e 3 d e o u t u b r o cle 1 9 0 1 , co-
pela auctoridade competente, conforme a pratica seguida b r a n d o r e c i b o e m n o m e d a c a i x a filial o u a g e n c i a d o
nas repartições em que t e m de ser escripturada a sua im- Banco Nacional Ultramarino na sede da provincia. E s t e s
portancia e incluida nas tabellas mensaes da cobrança a d o c u m e n t o s serão recebidos pela m e s m a c a i x a ou a g e n c i a
e n v i a r á I n s p e c ç ã o G e r a l de F a z e n d a do U I t r a m a r ou á s n a s passagens de fundos, como dinheiro, q u a n d o satisfa-
repartições superiores de f a z e n d a d a s provincias, seguin- ç a m a t o d o s os r e q u i s i t o s l e g a e s .
d o - s e e m t u d o os p r e c e i t o s d o r e g u J a m e n t o g e r a l d a a d m i - A r t . 9 . ° A s c a i x a s filiaes o u a g e n c i a s d o B a n c o N a c i o -
nistração de fazenda e da contabilidade publica nas pro- nal U l t r a m a r i n o , enviarão d i a r i a m e n t e e com a maior re-
v i n c i a s u l t r a m a r i n a s cle 3 d e o u t u b r o d e 1 9 0 1 . g u l a r i d a d e , ao i n s p e c t o r ou e s c r i v ã o d e f a z e n d a , n a s e d e
A r t . 5." O s thesoureiros e r e c e b e d o r e s das a l f a n d e g a s d a s p r o v i n c i a s ou d o s d i s t r i c t o s , c o m r e l a ç ã o a o m o v i -
n a s l o c a l i d a d e s o n d e h a j a c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s d o m e n t o d a v e s p e r a , a c W a e os d o c u m e n t o s d e s a i d a , d e -
b a n c o , c n t r e g a r a o diariamente nas m e s m a s caixas ou agen- vendo a conta accusar o numero total com a respectiva
cias o saldo e m dinheiro que t e n h a m em scu p o d e r , e m numeração e a importancia dos d o c u m e n t o s remettidos.
conta do Banco Nacional U l t r a m a r i n o como thesoureiro D ' e s t a entrega, o inspector ou escrivão de fazenda, pas-
do E s t a d o . s a r á u m r e c i b o p o r elle a s s i g n a d o , d o q u a l c o n s t a r ã o o n u -
1902 43 Fevereiro 20

m e r o e a i m p o r t a n c i a dos d o c u m e n t o s p a r a r e s a l v a provi- c a i x a s ou a g e n c i a s d o B a n c o U l t r a m a r i n o , n o s t e r m o s d a
s o r i a d o s a g e n t e s d o B a n c o , a t é r e c e b e r e m os a v i s o s d e c a r t a d e lei d e 27 d e a b r i l u l t i m o .
conformidade passados pela Inspecção Geral de F a z e n d a O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d a M a -
do ' U I t r a m a r . rinha e Uitramar assim o tenha entendido e faça executar.
A r t . 10.° A s c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s do b a u c o n a s Paço, em 20 de fevereiro de 1902. = R E I . = Antonio
s e d e s d a s p r o v i n c i a s e n v i a r ã o t a m b e m d i a r i a m e n t e ao ins- Teixeiru de Sousa. u. do CÍ. n.° -18, de 1 de marv<>.
p e c t o r de fazenda u m balancete das e n t r a d a s e saidas de
c o n t a do T h e s o u r o , p r e c e i t u a d o n o r e g u l a m e n t o g e r a l d a
a d m i n i s t r a ç ã o d e f a z e n d a e c o n t a b i l i d a d e n a s p r o v i n c i a s ul-
t r a m a r i n a s d e 3 d e o u t u b r o d e 1 9 0 1 , p a r a os effeitos con-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRÀ
signados no m e s m o regulamento. Direeção Geral
A r t . 1 1 . ° A s o p e r a ç õ e s d a s c a i x a s filiaes o u a g e n c i a s
d o B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o c o m o t h e s o u r e i r o do E s - i a Repartição
t a d o n o u i t r a m a r , n a s s e d e s d a s p r o v i n c i a s ou d i s t r i c t o s
c o m e ç a r ã o á s d e z lioras e u m q u a r t o d a m a n l i ã e e n c e r - Tornando-se necessario, p a r a a construcção da b a t e r i a
r a r - s e - h â o ás t r e s h o r a s d a t a r d e . de Nevolgide, destinada á defesa do p o r t o de L e i x õ e s e
A r t . 12.° O Banco Nacional U l t r a m a r i n o e n v i a r á á I n s - b a r r a d o rio D o u r o , p r o c e d e r á e x p r o p r i a ç ã o d e cinco p a r -
p e c ç ã o G e r a l d e F a z e n d a do U I t r a m a r a t é ao d i a 2 0 d e cellas de t e r r e n o com a superfieíe total de 4 : 1 8 0 m e t r o s
c a d a m ê s e m r e l a ç ã o ao a n t e - p e n u l t i n i o r u ê s d e c o r r i d o , q u a d r a d o s situadas no logar do Queijo, f r e g u e s i a de Nevol-
u m a tabella geral das e n t r a d a s e saidas de fundos effectua- g i d e , c o n c e l h o e d i s t r i c t o do P o r t o , p o r t e n c e n d o 2 : 0 5 4 m 2 , 4 5
d a s n o s c o f r e s d a s c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s d a s s e d e s d a s d o t e r r e n o o c c u p a d o eom m a t o a J o s é F c r r e i r a d a S i l v a ;
p r o v i n c i a s ou d i s t r i c t o s d o u i t r a m a r , o n d e n o s t e r m o s d a 177m2,90 de terreno igualmente occupado com mato a
c a r t a d e lei d e 27 d e a b r i l u l t i m o , s e j a t h e s o u r e i r o do E s E d u a r d o Pinto da S i l v a ; 3Uõm2,85 de caminho publico;
tado. 1:0(31'"-,80 d e t e r r e n o o c c u p a d o c o m m a t o e p i n h a l a J o a -
A r t . 13." D o s v a l o r e s e x i s t e n t e s n a s t h e s o u r a r i a s ge- quim Rodrigues de S o u s a ; e 580 metros quadrados de
r a e s d a s p r o v i n c i a s u l t r a m a r i n a s ou d i s t r i c t o s a u t o n o m o s , t e r r e n o o c c u p a d o c o m m a t o a R o s a Mai ia d a C o n c e i ç ã o
e m p a p e l s e l l a d o , l e t r a s , selios f o r e n s e s , f o r m u l a s de f r a n - dos Sautos, constantes d a p l a n t a parcellar q u e fica j u n t a
quias e estampilhas da contribuição industrial, a impor- ao p r e s e n t e d e c r e t o ; e , u s a n d o d a f a c u l d a d e c o n c e d i d a
tancia d'aquelles, que nos termos das clausulas l . a e 14.a ao m e u g o v e r n o p e l o § u n i c o d o a r t i g o 2 . ° da c a r t a d c
d o c o n t r a t o de 3 0 d e n o v c m b r o d e 1 9 0 1 e do a r t i g o 2 . ° lei d e 1 1 d e s e t e m b r o d e 1 8 6 1 : h e i p o r b e m d e c l a r a r d e
d'este decreto, devam nas sedes das mesmas provincias e utilidade publica e u r g e n t e a e x p r o p r i a ç ã o do indicado ter-
districtos autonomos ser e n t r e g u e s ás respectivas caixas r e n o , p a r a a c o n s t r u c ç ã o d a b a t e r i a de N e v o l g i d e .
filiaes ou a g e n c i a s d o B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o , s e r á O Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos Negocios d a G u e r r a
d e b i t a d a á s m e s m a s c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s d e b a r m o n i a assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 20 de
c o m as i n s t r u c ç õ e s f o r m u l a d a s d e a c o r d o c o m o b a n c o fevereiro de 1902.— R E I . = Luiz Augusto Pimentel Pinto.
pela Inspecção Geral de F a z e n d a do U I t r a m a r . T). do Ci. n . ° 53, d e 5 d e m a r ç o .

A s quantias m a x i m a s das especies d'esses valores a


c a r g o d e c a d a c a i x a filial ou a g e n c i a , a f ó r m a c o m o h a j a m
d e f a z e r - s e a p r i m e i r a e n t r e g a e as p o s t e r i o r e s , e a s f o r - Tornando-se necessario, p a r a a construcção da bateria
malidades com que h a j a m de reaiizar-se as requisiçSes do M o n t e C r a s t o , d e s t i n a d a á d e f e s a do porto de L e i x õ e s
d ' e s s c s v a l o r e s p a r a o s e r v i ç o d a s e s t a ç õ e s fiscaes u l t r a - e b a r r a do rio D o u r o , p r o c e d e r á e x p r o p r i a ç ã o de n o v e
marinas serão reguladas pelas m e s m a s instrucções. parcellas de terreno com a superficie total de 4 : 3 õ 3 m 2 , 6 0
A r t . 14.° O s v a l e s d o c o r r e i o n a s s e d e s d a s p r o v i n c i a s situadas no logar de C r a s t o , f r e g u e s i a d e N e v o l g i d e , con-
ou d i s t r i c t o s s e r ã o p a g o s n a s c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s do celho e d i s t r i c t o d o P o r t o , p e r t e n c e n d o l : 7 8 8 m 2 , 7 5 d e t e r -
Banco Nacional Ultramarino, devendo as m e s m a s enviar r e n o o c c u p a d o com m a t o ao D r . C o n s t a n t i n o B o t e l h o ;
d i a r i a m e n t e , e m r e l a ç ã o ao m o v i m e n t o d a v e s p e r a , u m d o s 814 metros quadrados de terreno occupado com j a r d i m e
d u p l i c a d o s d a r e l a ç ã o do q u e t r a t a o a r t i g o 6.° d ' e s t e d e - 161 m e t r o s q u a d r a d o s de t e r r e n o c c c u p a d o com u m a c a s a
c r e t o , ao i n s p e c t o r ou e s c r i v ã o d e f a z e n d a , a c o m p a n h a d o a Antonio Emilio de M a g a l h ã e s ; 11 m e t r o s q u a d r a d o s d e
d o s v a l e s p a g o s p a r a os e f f e i t o s d e s e r e m e s c r i p t u r a d o s . terreno occupado igualmente com j a r d i m a F e r n a n d o
A r t . 15.° A s c o n t a s d a r e s p o n s a b i l i d a d e d o s a g e n t e s do C l a u s ; 7 r o 2 ,87õO e 3 9 m 2 , 6 0 d e t e r r e n o d e l a v r a d i o a J o s é
B a n c o Nacional U l t r a m a r i n o como thesoureiro do E s t a d o Ferreira da Silva; 19õm2,6250 de caminho publico;
n a s s e d e s d a s p r o v i n c i a s ou d i s t r i c t o s c o n t i n u a r ã o a s e r 814lu2,25 de terreno de lavradio a Joaquim Lourenço
processadas nas rejiartições de f a z e n d a respectivas nos Dias, e 52llll2,50 de terreno com mato a Serafim Canel-
mesmos termos, classificadas e documentadas da m e s m a l a s , c o n s t a n t e s d a p l a n t a p a r c e l l a r q u e fica j u n t a a o p r e -
fórma, em que o e r a m as contas dos thesoureiros geraes, s e n t e d e c r e t o ; e, u s a n d o d a f a c u l d a d e c o n c e d i d a ao m e u
r e m e t t e n d o essas contas á Direeção G e r a l do U I t r a m a r , G o v e r n o p e l o § u n i c o d o a r t i g o 2 . ° d a c a r t a d e lei d e 1 1
dentro dos p r a z o s m a r c a d o s no r e g u l a m e n t o g e r a l da fa- de setembro de 1 8 6 1 : hei por b e m declarar de utilidade
z e n d a d e 3 d e o u t u b r o d e 1 9 0 1 , p a r a , c o n f o r m e os p r e - p u b l i c a c u r g e n t e a e x p r o p r i a ç ã o do i n d i c a d o t e r r e n o ,
c e i t o s do d e c r e t o c o m f o r ç a d e lei d e 1 4 d e s e t e m b r o d e p a r a a construcção d a b a t e r i a do M o n t e Crasto.
1900, serem apreciadas, examinadas e subirem a julga- O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios d a G u e r r a
niento do T r i b u n a l de C o n t a s . assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 2 0 de
§ u n i c o . A o s a g e n t e s d o B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o , fevereiro de 1 9 0 2 . = R E I . — Luiz Augusto Pimentel Pinto.
n a s l o c a l i d a d e s e m q u e se e s t a b e l e c e r e m c a i x a s filiaes ou D . do G. 5 1 , d e 5 do m a r ç o .
agencias do m e s m o banco, n a s p r o v i n c i a s u l t r a m a r i n a s e
d i s t r i c t o s a u t o n o m o s , o n d e se a r r e c a d e m f u n d o s d o E s t a d o ,
são a p p l i c a v e i s a s d i s p o s i ç õ e s d o t i t u l o i x d a p a r t e l . a d o MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
decreto regulamentar de 3 de outubro de 1901.
A r t . 1 6 . ° P e l a D i r e c c ã o G e r a l do U I t r a m a r e I n s p e c - 9. a R e p a r t i ç ã o d a D i r e e ç ã o G e r a l
ção G e r a l d e F a z e n d a s e r ã o d a d a s a s i n s t r u c ç õ e s n e c e s - da C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a
sarias p a r a a r e g u l a r e x e c u ç ã o d ' e s t e d e c r e t o aos gover-
nadores das provincias ultramarinas e repartições superio- Com fundamento nos artigos 57.° e 58.° do r e g u l a m e n t o
r c s d c f a z e n d a d a s m e s m a s p r o v i n c i a s o n d e se i n s t i t u a m [ g e r a l d a c o n t a b i l i d a d e p u b l i c a d e 3 1 d o a g o s t o d e 1 8 8 1 , e
Fevereiro 20 44 1902

ein o b s e r v a n c i a das p r e s c r i p ç õ e s contidas no § unico do d a s O b r a s Publicas, Commercio e I n d u s t r i a , as v e r b a s de


a r t i g o 1 7 . ° d a c a r t a d e lei d e 3 d e s e t e m b r o d e 1 8 9 7 , a n a l o g o s c a p i t u l o s e a r t i g o s d a s t a b e l l a s d a d i s t r i b u i ç ã o
m a n d a d a s v i g o r a r no exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , pelo artigo d a s despesas, ordinaria e e x t r a o r d i n a r i a , do s e g u n d o dos
1 4 . ° d a c a r t a d e lei d e 1 2 d e j u n h o u l t i m o : h e i p o r b e m , r e f e r i d o s M i n i s t e r i o s n o a c t u a l e x e r c i c i o d e 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , a
t e n d o o u v i d o o C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , d e t e r m i n a r q u e n o íim d e p o d e r e f f e c t u a r - s e o p a g a m e n t o d a s a l l u d i d a s i m -
Ministerio da F a z e n d a , e d e v i d a m e n t e registado na D i r e e - portancias no p r e s e n t e a n n o economico.
ç ã o G e r a l d a C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a , seja a b e r t o a f a v o r do
O T r i b u n a l de C o n t a s j u l g o u este credito nos t e r m o s de
Ministerio das O b r a s Publicas, Commercio e I n d u s t r i a , u m
ser decretado.
c r e d i t o e s p e c i a l d a q u a n t i a d e 16:G80?$>825 r é i s , s o m m a
das importancias que pelas v e r b a s de diversos capitulos e O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d a F a -
a r t i g o s d a s r e s p e c t i v a s a u c t o r i z a ç õ e s d e d e s p e s a f o r a m li- z e n d a , e o M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s
quidadas e não pagas nos exercicios de 1 8 9 8 - 1 8 9 9 , 1 8 9 9 - das O b r a s P u b l i c a s , Commercio e I n d u s t r i a , assim o te-
1 9 0 0 e 1 9 0 0 - 1 9 0 1 , e com que, por existirem em sobras, nliam entendido e f a ç a m executar. Paço, em 20 de feve-
são r e f o r ç a d a s , c o n f o r m e a t a b e l l a j u n t a q u e b a i x a assi- r e i r o d e 1 9 0 2 . = R E Í . = Femando Mattozo Santos — Ma-
g n a d a p e l o M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s nuel Francisco de Vargcis.

Tabella das importancias dos creditos auetorizados, correspondentes a despesas do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria,
liquidadas e não pagas nos exercicios de 1808-1899, 1899-1900 e 1900-1901
e que, por existirem em sobras, são transferidas, por decreto d'esta data, para o exercicio de 1901—1902
Classiíicação
segundo a tabella Classificíição segundo a t a b e l l a
Importancias do e x e r c i c i o d c 1<)01-1U02
do
respectivo exercicio
D e s i g n a ç â o das despesas

Capitulos Artigos Por artigos Por exercicios Capitulos Ariigos Secções

E x e r c i c i o de 1 8 9 8 - 1 8 9 9

tj.° 16.° Correios e telegraphos (material e diversas des- 6.» 13.° 2a


pesas) 9,^160

Exercicio de 1 8 9 9 - 1 9 0 0

2." 3.° Pessoal technico de obras publicas 7$500 2.* 3.» 2.»
5.» 10.» Direeção iiscal de eiploração de eatninhos de ferro 10."
(pessoal) 29^700
tí.° 14.° Correios e telegraphos (pessoal) 4^270 6.° 12." 9.*
6." 16.° Correios e telegraphos (mateiáal e diversas des- 6." 13.° 2.*
pesas) 18:5000
10." 44.» Empregados supranumerarios e addidos 44^000 10.° 50.°
103^470

E x e r c i c i o de 1 9 0 0 - 1 9 0 1
Despesa ordinaria
2.» f>.° Pessoal auxiliar de conservação 6á050 3." 6.°
2." 7.° Conservaçào e polieia de estradas 513^780 3° 7.»
( 8|695 6." 12.° 1.*
5.° 12.° Correios e telegraphos (pessoal) < 12^000 6.° 12.° 5.»
( 4^000 6.° 12.° 6.a
24^695 7.» 25.° 3.a
6.° Zij." Peasoai dos serviços peeuarios 17,->315
12.» 49.° Rendas de casas onde se acham installadas as es- 6." 13."
tações telegrapho-postaes 100^000

Despesa extraordinaria
2.° Portos artifieiaes, construcção e melhoramento 2.o Desp. ext.
dos existentes, ineluindo o porto de L i s b o a . . . tí:015£840
Construcção e grandes reparações de estradas de 3.° Desp. ext
1.° e 2." ordens 9:890^515
16:568^195

16:680.5825

P a ç o , e m 2 0 d e f e v e r e i r o d e 1 9 0 2 . =Manuel Francisco de Vargas. D . do G. u . ° 55, d c 10 d c m a r ç o .

2.a Repartição d e L i s b o a , s e r v i d a p o r t r a c ç ã o e l e c t r i c a , e n t r e o L a r g o do
I n t e n d e n t e e o A r c o do C e g o , ficando a e m p r e s a e x p l o r a -
2.» Divisao dora obrigada:

S u a Magestade El-Rei, confonnando-se com o p a r e c e r 1.° A c o l l o c a r fios d e r e s g u a r d o e m t o d o s os p o n t o s e m


d a c o m m i s s ã o n o m e a d a p o r p o r t a r i a cle 3 0 de j a n e i r o findo: que as linbas telegraphicas e telephonicas a t r a v e s s e m a
lia p o r b e m a u c t o r i z a r q u e s e j a a b e r t a p r o v i s o r i a m e n t e á l i n h a p o r c i m a dos c o n d u c t o r e s e l e c t r i c o s ;
exploração publica a linha da Companbia Carris de F e r r o 2 . ° A e s t a b e l e c e r os s i g n a e s a c u s t i c o s e v i s u a e s , a fim
1902 45 Fevereiro 20

d e q u e a c i r c u l a ç ã o se f a ç a e o m s e g u r a n ç a e n t r e os kilo- minhos de F e r r o , ficando assim definitivamente liquidado


m e t r o s 1 , 1 0 0 e 1 , 3 0 0 n a R u a dos A n j o s . q u a a t o diz r e s p e i t o á q u a n t i a d e j u r o r e l a t i v a m e u t e á li-
P a ç o , e m 2 1 d e f e v e r e i r o de 1 9 0 2 . — M a n u e l Francisco n h a ferrea de S a n t a C o m b a D ã o a Viseu desde a data d a
de Vargas. s u a a b e r t u r a á e x p l o r a ç a o a t é ao fim do a n n o e c o n o m i c o
D . do G. n.°-19, de .1 de m a r ç o .
do 1 9 0 0 - 1 9 0 1 .
O q u e se c o m m u n i c a ao D i r e c t o r F i s c a l d e E x p l o r a ç a o
d e C a m i n h o s d e F e r r o p a r a os d e v i d o s e f f e i t o s .
P a ç o , e m 2 õ d e f e v e r e i r o d e 1 9 0 2 . = Manuel Francisco
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E OLTMMAR de Vargas.
D . do G. 11.° 4 6 , de 2" de f e v e r e i r o .
D i r e e ç ã o G e r a l do U I t r a m a r

1.a Repartição
Sua Majestade El-Rei, tendo conhecimento da doação
2." Secção q u e f e z o V i s c o n d e d a A m o r e i r a d a T o r r e , ao M u s e u E t h n o -
logico P o r t u g u ê s , d e d u a s e s t a t u a s r o m a n a s cle m a r m o r e ,
H a v e n d o nas provincias ultramarinas funccionarios que, d e s u a p r o p r i e d a d e , cle s u b i d o e i n c o n t e s t a v e l v a l o r a r -
á d a t a d a p u b l i c a ç ã o do d e c r e t o cle 11 d e a g o s t o d e 1 9 0 0 c b e o l o g i c o , e x i s t e n t e s , p e l o m e n o s , lia dois s e c u l o s n a s u a
c o n t a v a m j á o t e m p o d e s e r v i ç o e f f e c t i v o e x i g i d o p e l a le- quinta titular: b a por bem ordenar que, em seu real nome,
gislação anterior p a r a a concessão de licenças graciosas s e j a l o u v a d o o V i s c o n d e d a A m o r e i r a d a T o r r e , pelo s e u
d e s e i s m e s e s ou u m a n n o , e o u t r o s q u e , t e n d o n a m e s m a e l e v a d o p r o c e d e r , p>rivando-se d e dois r a r o s e x e m p l a r e s
d a t a m a i s do q u e o t e m p o e s t a b e l e c i d o n o c i t a d o d e c r e t o d a a r t e r o m a n a do nosso pais, p a r a e n r i q u e c e r a q u e l l e
p a r a a l i c e n ç a d e seis m e s e s n ã o t i n h a i n c o m t u d o a t t i n - museu.
gido a i n d a o limite do p r a z o exigido p a r a a licença de Paço, em 25 de fevereiro de 1902. —Manuel Francisco
a n n o , e n ã o s e n d o j u s t o q u e a q u e l l e d i p l o m a se i n t e r p r e t e de Vargas.
por f ó r m a tão restricta que uns c outros sejam prejudica- D . do G. n . ° Õ2, de C de m a r ç o .

dos nos seus direitos a d q u i r i d o s : S u a M a j e s t a d e El-Rei


m a n d a d e c l a r a r , p e l a S e c r e t a r i a d e E s t a d o dos N e g o c i o s
da Marinha e UItramar, o seguinte:
1.° O s f u n c c i o n a r i o s n a t u r a e s d o c o n t i n e n t e do R e i n o ou MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
das ilhas adjacentes que, nos t e r m o s da lcgislação ante-
r i o r ao d e c r e t o cle 1 1 de a g o s t o d e 1 9 0 0 , c o n t a v a m j á o D i r e e ç ã o G e r a l de I n s t r u c ç ã o P u b l i c a
t e m p o d e serviço effectivo exigido p a r a a concessão de
s e i s m e s e s ou u m a n n o d e l i c e n ç a g r a c i o s a , t e e m o d i r e i t o C i r c u l a r . —111.1110 e E x . m o S r . — C o n s t a n c l o q u e e m al-
á c o n c e s s ã o d ' e s s a l i c e n ç a s e m e m b a r g o do d i s p o s t o n o g u m a s e s c o l a s cle i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a e d e l i a b i l i t a ç ã o p a r a
a r t i g o 6.° cVaquelle d e c r e t o ; o magisterio primario se a d o p t a m livros não officialmente
2 . ° O s q u e á d a t a d a p u b l i c a ç ã o do clito d e c r e t o c o n t a v a m a p p r o v a d o s , e convindo pôr t e r m o a tal i r r e g u l a r i d a d e ,
mais q u e o t e m p o de serviço nelle exigido p a r a a conces- c u m p r e - m e dizer a Y . E x . a que, sem e m b a r g o do disposto
s ã o d a l i c e n c a cle seis m e s e s , t e e m o direito a e s t a l i c e n c a , n o § u n i c o do a r t i g o 1 0 1 . ° do d e c r e t o n . ° 8 cle 2 4 d e
ou á d e u m a n n o , n o s t e r m o s d a l e g i s l a ç ã o a n t e r i o r , se d e z e m b r o cle 1 9 0 1 , e e m q u a n t o o g o v e r n o n ã o o r g a n i z a r
c o n t i n u a r e m n a e f f e c t i s ú d a d e do s e r v i ç o e c o m p l e t a r e m o em regulamento especial o systema da selecção dos livros
d o b r o d o s p r a z o s e s t a b e l e c i c l e s n o a r t i g o 6.° e § 2.° do p a r a o en-sino, c o m o p r c c e i t u a o m e s m o a r t i g o , d e v e m c o n -
mesmo decreto. s i d e r a r - s e e m v i g o r s o b r e o a s s u m p t o , a s d i s p o s i ç õ e s le-
O q u e se c o m m u n i c a a o s g o v e r n a d o r e s d a s p r o v i n c i a s gaes anteriores áquelle decreto, não podendo fazer-se uso
u l t r a m a r i n a s e d i s t r i c t o a u t o n o m o d e T i m o r , p a r a s e u co- de livros q u e não estejam s u p e r i o r m e n t e a p p r o v a d o s .
n h e c i m e n t o e d e v i d o s effeitos. V . E x . a se s e r v i r á t o m a r a s p r o v i d e n c i a s n e c e s s a r i a s
P a ç o , e m 2 2 d e f e v e r e i r o d e 1 9 0 2 . = = Antonio Teixeira p a r a q u e a s s i m se p r o c e d a , t e n d o s e e m v i s t a o d i s p o s t o
de Sousa. no a r t i g o 6 5 . ° d a c a r t a d e lei d e 1 8 d e m a r ç o d c 1 8 9 7 e
D . do G. n . ° -iõ, de 2G de f e v e r e i r o . no artiiro 4 . ° d o d e c r e t o de 2 3 d e o u t u b r o do m e s m o a n n o .
D

D e u s G u a r d e a V . E x . a S e c r e t a r i a do R e i n o e m 2 5 d e
f e v e r e i r o cle 1 9 0 2 . —111.° e E x . m 0 S r . C o m m i s s a r i o d e I n s -
t r u c ç ã o P r i m a r i a do d i s t r i c t o d e L i s b o a . = 0 C o n s e l h e i r o
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA D i r e c t o r G e r a l , Abel de Andrade.
Identicas para os Commissarios de Instrucção Primaria
Direeção Geral de Obras P u b l i c a s e Minas dos demais districtos do continente e ilhas adjacentes.

Repartição de Obras Publicas

T e n d o a C o m p a n l i i a N a c i o n a l d e C a m i n h o s d e F e r r o D i r e e ç ã o Geral de A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Civil
c o n c e s s i o n a r i a d a l i n h a f e r r e a cle S a n t a C o m b a D ã o a Vi-
s e u solicitado q u e l h e s e j a p a g a a d i f f e r e n ç a e n t r e a im- l. a Repartição
p o r t a n c i a .que j á r e c e b e u d o s c o m p l e m e n t o s d a l i q u i d a ç ã o
d a q u a n t i a d e j u r o a t é ao f i m d o a n n o e c o n o m i c o de 19ÓU- S e n d o do P a d r o a c l o d a R e a l C o r o a as m i s s õ e s a q u e s e
1 9 0 1 e a d o s m e s m o s c o m p l e m e n t o s c a l c u l a d o s p a r a a e x - r e f e r e o § 3.° d o a r t i g o 2.° d o s e s t a t u t o s d a A s s o c i a ç ã o
t e n s ã o d ' a q u e l l a l i n h a f e r r e a fixacla p o r p o r t a r i a d e 18 de dos M i s s i o n a r i o s do E s p i r i t o S a n t o , a p p r o v a d o s p e l a p o r -
n o v e m b r o u l t i m o e q u e é e m 46 m ,(34 s u p e r i o r á q u e s c r - t a r i a de 1 8 cle o u t u b r o do 1 9 0 1 , e c o n v i n d o q u e se e v i -
viu cle b a s e ao c a l c u l o d o s c o m p l e m e n t o s j á s a t i s f e i t o s : b a t e m a i n d a q u a e s q u e r p r e t e x t o s cle d u v i d a s a c ê r c a d a s
p o r b e m S u a M a j e s t a d e E l - R e i , c o n f o r m a n d o - s e c o m o p a - p r e r o g a t i v a s a elle i n h e r e n t e s : b a S u a M a j e s t a d e E l - R e i
r e c e r do C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e M i n a s , a p - por b e m q u e p a r a os d e v i d o s effeitos se d e c l a r e e d e t e r -
provar a liquidação d a q u e l l a differença n a importancia mine e x p r e s s a m e n t e , que a sobredita associação, em tudo
total d e 6 8 7 $ 5 1 7 r é i s e o r d e n a r q u e . s a l v a s a s d i s p o s i ç õ e s s u j e i t a ás leis do R e i n o , n ã o t e m n a s m i s s õ e s do R e a l
do a r t i g o 1 5 . " d a c a r t a d e lei d e 2 6 d e f e v e r e i r o d e 1 8 9 2 | P a d r o a d o o u t r a i n t e r f e r e n c i a q u c n ã o s e j a a d e , pelo s e u
s e j a e s s a i m p o r t a n c i a p a g a á C o m p a n h i a N a c i o n a l d e C a - j p e s s o a l m i s s i o n a r i o , a n x i l i a r o p r e l a d o cla diocese d e A n -
Fevereiro 20 46 1902

g o l a e C o n g o , e c o m elle c o o p e r a r n a p r o p a g a ç ã o d a f é A r t . 2.° A d u r a ç ã o do b a n c o é por t e m p o i n d e t e r m i n a d o .


e c i v i b z a ç ã o , e m q u a n t o ao m e s m o p r e l a d o p a r e c e r e m a c c e i - A r t . 3 . ° O f i m p r i n c i p a l do b a n c o é a u x i l i a r o c o m m e r -
t a v e i s e s s e a u x i l i o e c o o p e r a ç a o ,• s e n d o i g u a e s p r e c e i t o s cio e a s d i v e r s a s i n d u s t r i a s , e p r o m o v e r os m e l h o r a m e n -
a p p l i c a v e i s t a m b e m a q u a e s q u e r o u t r a s a s s o c i a ç õ e s , le- tos materiaes no reino e suas possessões, pelas operações
g a l m e n t e c o n s t i t u i d a s , q u e se a c h e m e m s e m e l h a n t e s c o n - consignadas nestes estatutos.
dições.
Paço, em 26 de fevereiro de 1902. = Ernesto Rodolpho CAPITULO II
Hintze Ribeiro.
D . do G. u . ° 10, de 27 de f e v e r e i r o . Do capital social, da sua distribiuçíto e do fundo cle reserva

A r t . 4.° O capital do banco, j á emittido de réis


5 . 4 0 0 : 0 0 0 $ 0 0 0 , c o m q u e c o n t i n u a as s u a s o p e r a ç õ e s , p o -
Z.a Repartição derá ser elevado até 1 2 . 0 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis.
§ 1.° N a q u e l l e c a p i t a l d e 5 . 4 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0 r é i s , c o m p r e -
S u a M a j e s t a d e El-Rei, a q u e m f o r a m p r e s e n t e s , por cer- hendem-se 2 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis destinados á garantia espe-
t i d ã o , os a u t o s d e c o r p o d e d e l i c t o l e v a n t a d o s n o c o m p e - cial d a e m i s s ã o d e o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s a q u e se r e f e r e o
t e n t e j u i z o d e d i r e i t o , p e l o c a r t o r i o d o t e r c e i r o officio, a r t i g o 5 0 . ° d a lei d e 2 7 d e a b r i l d e 1 9 0 1 .
c o n t r a o A d m i n i s t r a d o r s u b s t i t u t o do c o n c e l h o do P e s o § 2.° A s f u t u r a s e m i s s õ e s , a t é ao p r e e n c l i i m e n t o d o c a -
d a Regua, o b a c h a r e l F e r n a n d o M a r i a de Sousa, nelles p i t a l , s e r ã o r e a l i z a d a s á m e d i d a q u e a a s s e m b l é a g e r a l , so-
a r g u i d o d e a b u s o d e a u c t o r i d a d e , m o s t r a n d o - s e d a s in- b r e p r o p o s t a d a g e r e n c i a , o u v i d o o c o n s e l h o fiscal, o r e s o l -
f o r m a ç õ e s e i n v e s t i g a ç õ e . s officiaes, q u e o d i t o A d m i n i s - v e r de a c o r d o com o d e s e n v o l v i m e n t o d a s t r a n s a c ç õ e s do
t r a d o r p r o e e d e r a s e m e x c e s s o n e m a b u s o d a s s u a s attri- banco.
buições legaes, detendo João Alves Barreto e Manoel § 3.° A s acções de f u t u r a s emissões não p o d e r ã o n u n c a
Rodrigues Gomes, para averiguação das responsabilidades s e r e m i t t i d a s a b a i x o do p a r . O s a c c i o n i s t a s t e r ã o p r e f e -
criminaes, que respeetivamente lhes e r a m imputadas, e r e n c i a n a a c q u i s i ç ã o cVessas a c ç õ e s .
constam dos competentes a u t o s : ba por b e m d e n e g a r , nos A r t . 5 . ° A g e r e n c i a do b a n c o , o u v i d o o c o n s e l h o fiscal,
t e r m o s do a r t i g o 4 3 1 . ° do C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , a p r e - a p p l i c a r á os c a p i t a e s r e a l i z a d o s n a s f u t u r a s e m i s s õ e s , a
c i s a a u c t o r i z a ç ã o p a r a o s e g u i m e n t o do r e f e r i d o pi - ocesso. cada secção dos negocios designados nestes estatutos, con-
P a ç o , e m 2 6 d e f e v e r e i r o de 1 9 0 2 . = Ernesto Rodolpho forme a experiencia lhe fôr indicando.
Hintze Ribeiro. A r t . 6." H a v e r á u m f u n d o d e r e s e r v a f o r m a d o p e l o p r o -
D . do G. n . ° -10, de 27 d e f e v e r e i r o . ducto de 5 a 10 por cento dos lucros liquidos a n n u a e s , e
por qualquer premio de acções, que o banco realize no
capital, que de futuro emittir.
§ 1.° A d e d u c ç ã o d e s t i n a d a ao f u n d o d e r e s e r v a p o d e r á
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAIAR c e s s a r d e s d e q u e e s t e r e p r e s e n t e a d e c i m a p a r t e d o capi-
tal r e a l i z a d o .
D i r e e ç ã o G e r a l do U I t r a m a r § 2.° O f u n d o de r e s e r v a servirá p a r a s u p p r i r a deficien-
cia d e f u t u r o s d i v i d e n d o s , i n f e r i o r e s a 5 p o r c e n t o e c o m -
2.a Repartição p l e t a r o f u n d o social, q u a n d o p e r d a s s u p e r v e n i e n t e s o t e -
n h a m desfaleado.
1." SccçSo
CAPITULO ITL
N o s t e r m o s e p a r a os e f f e i t o s d a c a r t a d e lei d e 2 7 d e
Das operaçOes de credito bancnrio
abril de 1 9 0 1 e contrato de 3 0 de n o v e m b r o do m e s m o
a n n o : hei por b e m d e c r e t a r o s e g u i n t e : SECÇÃO UNICA
A r t i g o 1.° S ã o a p p r o v a d o s os e s t a t u t o s do B a n c o N a -
cional U l t r a m a r i n o , q u e b a i x a m a s s i g n a d o s p e l o s M i n i s - A r t . 7.° O B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o p o d e r á f a z e r
tros e Secretarios de E s t a d o dos Negocios da M a r i n h a e as s e g u i n t e s o p e r a ç ã e s b a n c a r i a s :
UItramar e das Obras Publicas, Commercio e Industria, 1." D e s c o n t a r , e m g e r a l , p o r p r a z o n ã o s u p e r i o r a t r e s
e pelos q u a e s o m e s m o B a n c o se f i c a r á r e g e n d o s e m p r e - meses:
j u i z o do d i s p o s t o n a c a r t a d e lei d e 2 7 d e a b r i l d e 1 9 0 1 , a) L e t r a s c o m , pelo m e n o s , d u a s firmas de i n t e i r o c r e -
do c o n t r a t o d e 3 0 d e n o v e m b r o do m e s m o a n n o e d a le- dito e solvabilidade r e c o n h e c i d a ;
gislação geral applicavel. b) L i v r a n ç a s g a r a n t i d a s c o m v a l o r e s n o s t e r m o s e s t a -
A r t . 2.° F i c a r e v o g a d a a l e g i s l a ç ã o e m c o n t r a r i o . b e l e c i d o s p a r a os e m p r e s t i m o s s o b r e p e n h o r e s ;
O s m e s m o s M i n i s t r o s e S e c r e t a r i o s de E s t a d o a s s i m o c) B i l h e t e s e l e t r a s do T h e s o u r o , l e t r a s d a s e s t a ç õ e s n a -
t e n h a m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 7 d e fe- vaes e funccionarios ultramarinos, umas e outras devida-
vereiro de 1902. --- R E I . = Antonio Teixeira de Sousa = mente auctorizadas;
Manuel Francisco de Vargas. d) J u r o s e d i v i d e n d o s cle q u a e s q u e r t i t u l o s d e c r e d i t o .
2.° C o m p r a r e v e n d e r :
Estatutos do Banco Nacional Ultramarino a) L e t r a s c a m b i a e s ;
b) O u r o e p r a t a e m m o e d a e b a r r a ;
CAPITULO I c) T i t u l o s d e c r e d i t o n a c i o n a e s e e s t r a n g e i r o s .
3.° E m p r e s t a r sobre p e n h o r e s e e m g e r a l p o r p r a z o não
I)o banco em geral e ílns da sua criaçilo
superior a tres m e s e s :
A r t i g o 1.° O B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o , c r i a d o p e l a a) D e o u r o , p r a t a , p e d r a s p r e c i o s a s e t i t u l o s d e d i v i d a
lei de 1 6 cle maio cle 1.864, t e m a s u a s e d e e m L i s b o a . p u b l i c a n a c i o n a l ou e s t r a n g e i r a . E m o u r o e p r a t a e s t e s
§ 1.° O sêllo do b a n c o t e m p o r e m b l e m a u m n a v i o a v a p o r emprestimos não poderão exceder 9 0 por cento do valor
com a l e g e n d a na p a r t e superior «Banco Nacional U l t r a - real, excluindo qualquer valor estimativo; e m p e d r a s pre-
m a r i n o » , e n a i n f e r i o r «colonias, c o m m e r c i o , a g r i c u l t u r a » . ciosas, 50 por cento de avaliações i d o n e a s ; e m titulos de
§ 2 . " O b a n c o t e r á a s c a i x a s filiaes e a g e n c i a s a q u e d i v i d a n a c i o n a l 9 0 p o r c e n t o d o v a l o r r e a l i z a d o e cotaclo
é o b r i g a d o p e l a lei d e 27 cle abril do 1 9 0 1 e pelo seu con- e m b o l s a s d a m e t r o p o l e ou e s t r a n g e i r a s ; e m t i t u l o s de di-
t r a t o c o m o G o v e r n o , d e 3 0 d e n o v e m b r o do m e s m o a n n o vida publica estrangeira 7 5 p o r cento do valor cotado e
e todas as mais que de futuro lhe convenha estabelecer. realizado em bolsas nacionaes ou e s t r a n g e i r a s . E m caso
1902 47 Fevereiro 20

n e n b u m o emprestimo p o d e r á exceder o valor nominal do 14.° A u x i l i a r e m p r e s a s i n d u s t r i a e s c o m e m p r e s t i m o s ,


titulo e m p e n h a d o ; quer a prazo, q u e r e m conta corrente, garantidos por im-
b) D e a c ç õ e s e o b r i g a ç õ e s l i b e r a d a s , n a c i o n a e s ou es- m o v e i s , m a c h i n a s , u t e n s i l i o s ou p r o d u c t o s e m d e p o s i t o d e
t r a n g e i r a s officialmente cotadas. N e s t e caso o valor dos q u a l q u e r i n d u s t r i a a t é 7 0 por cento do valor dos p r o d u -
e m p r e s t i m o s n u n c a e x c e d e n t e ao valor n o m i n a l dos titulos, ctos, d e n t r o d o s limites p e r m i t t i d o s p e l a lei d e 3 d e a b r i l
t e r á c o m o l i m i t e s u p e r i o r e m o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s ou g a - de 1896 e respectivo regulamento.
r a n t i d a s pelo G o v e r n o , 9 0 p o r cento do valor realizado e A r t . 8.° A o b a n c o é p r o h i b i d o , a l e m d o q u e se a c h a
c o t a d o e m b o l s a s d a m e t r o p o l e ou e s t r a n g e i r a s ; e m a c - e 3 t a b e l e c i d o n a lei g e r a l :
ções e obrigações de b a n c o s , companhias, sociedades e a) F a z e r o p e r a ç õ e s d e e s p e c u l a ç ã o d e b o l s a ;
corporações c e m titulos e s t r a n g e i r o s , 7 5 p o r cento do b) F a z e r o p e r a ç õ e s d e b o l s a q u e n ã o s e j a m a s d a ali-
valor cotado e realizado nas bolsas nacionaes e estrangei- n e a c) d o n . ° 2.° do a r t i g o a n t e c e d e n t e , o u a s i n d i s p e n s a v e i s
ras ; p a r a liquidação de cauções;
c) D e Avarrants, n ã o p o d e n d o a q u a n t i a e x c e d e r 7 0 p o r c) C o i n p r a r e v e n d e r d e c o n t a p r o p r i a g e n e r o s d e c o m -
c e n t o d o v a l o r dos t i t u l o s ; mercio, quando não seja v e n d a p o r liquidação de outras
d) D e g e n e r o s e m e r c a d o r i a s depositados e m a r m a z e n s operações;
s e u s , g e r a e s ou d a s a l f a n d e g a s , e s o b r e c o n h e c i m e n t o s d e d ) Poss.uir b e n s e d i r e i t o s i m m o b i l i a r i o s a l e m d o s p r e -
valores e m v i a g e m , g a r a n t i d o s contra risco de m a r e fogo, dios u r b a n o s necessarios p a r a o d e s e m p e n h o das suas f u n c -
não excedendo o valor das importancias 70 por cento ções, salvo p a r a reembolso de creditos, d e v e n d o p r o c e d e r -
do g e n e r o ou m e r c a d o r i a , confornne os p r e ç o s c o r r e n t e s se n e s t e c a s o á l i q u i d a ç ã o n o m i n i m o p r a z o p o s s i v e l .
locaes;
e) D e g e n e r o s a g r i c o l a s u l t r a m a r i n o s a t é 7 0 p o r c e n t o
CAPITULO IV
d o s e u v a l o r e c o m as c o n d i ç õ e s a d e a n t e e s t i p u l a d a s a c ê r c a
do c r e d i t o a g r i c o l a . Das operaçOes especiaes para o uitramar
4.° A b r i r creditos em conta c o r r e n t e e conceder suppri-
mentos devidamente garantidos, uns e outros em geral SECÇÃO I
p o r p r a z o n ã o s u p e r i o r a t r e s m e s e s e c o m os l i m i t e s D a e m i s s ã o d.e n o t a s
x a d o s n a s a l i n e a s a), í), c), d) e «) do n u m e r o a n t e r i o r ;
5.° C o n c e d e r creditos e m p r a ç a s e s t r a n g e i r a s e nacio- A r t . 9 . ° N o s t e r m o s d a lei d e 2 7 d e abril e c o n t r a t o
n a e s p o r m e i o de c a r t a s c i r c u l a t o r i a s ou m a n d a d o s e s p e - d e 3 0 cle n o v e m b r o d e 1 9 0 1 , o b a n c o e m i t t i r á n o t a s q u e
ciaes; s e r ã o , e m r e g r a , d e p r a t a ou c o b r e , n ã o p o d e n d o e s t a s ul-
6.° A u c t o r i z a r saques de bancos e casas b a n c a r i a s na- timas e x c e d e r o effectivo d ' e s t a m o e d a e m caixa, e, com
c i o n a e s ou e s t r a n g e i r a s ; a u c t o r i z a ç ã o do G o v e r n o , n o t a s d e o u r o .
7.° F a z e r c o b r a n ç a s , p a g a m e n t o s e t r a n s f e r e n c i a s d e § 1.° A s n o t a s d e p r a t a p o d e r ã o s e r d e r é i s 1 0 0 $ 0 0 0 ,
f u n d o s e n u m e r a r i o , u n s e o u t r o s d e p a r t i c u l n r e s , e en- 5 0 ^ 0 0 0 , 2 0 Ó 0 0 0 , 10,6000, 5;S000 e 2 $ 5 0 0 ; a s d e c o b r e
carregar-se, por conta alheia, t a m b e m de particulares, de de réis 2 $ 0 0 0 e 1?)000; e as de ouro, havendo-as, de 20,
quaesquer operações bancarias permittidas por lei; 10 e 5 l i b r a s e s t e r l i n a s .
8.° R e c e b e r d e p o s i t o s á o r d e m ou a p r a z o ; § 2.° N a s provincias e districtos autonomos em q u e a
9.° R e c e b e r e g u a r d a r em deposito, mediante commis- moeda não esteja uniformizada com a da metropole, e em-
são, joias, metaes e objectos preciosos, papeis de credito q u a n t o n ã o o e s t i v e r , os v a l o r e s d a s n o t a s p o d e r ã o r e s p e -
e q u a e s q u e r outros titulos e documentos representativos de e t i v a m e n t e ser e x p r e s s o s n a m o e d a local. D o m e s m o m o d o ,
valores; mas com auctorização do G o v e r n o , poderão na provincia
10.° U t i l i z a r c r e d i t o s e m p r a ç a s n a c i o n a e s ou e s t r a n - de M o ç a m b i q u e circular notas de p r a t a , cujo valor seja
geiras ; expresso em rupias imperiaes da India.
11.° C o n t r a t a r , n e g o c i a r ou p o r q u a l q u e r m o d o i n t e r - § 3.° S a l v a s as e x c e p ç õ e s estabelecidas nos p a r a g r a p h o s
vir em emprestimos que o Governo e estabelecimentos antecedentes, o regime fiduciario será uniforme em cada
publicos, d e v i d a m e n t e auetorizados, t e n h a m de c o n t r a h i r ; provincia ultramarina.
12.° Ci n t r a t a r c o m a s c o r p o r a ç õ e s a d m i n i s t r a t i v a s do
SECÇÃO II
uitramar adeantamentos, supprimentos e emprestimos por
p r a z o n ã o s u p e r i o r a dois a n n o s e d e v i d a m e n t e a u e t o r i z a - Do c r e d i t o a g r i c o l a
dos ;
13.° P r o m o v e r a f u n d a ç a o d e e m p r e s a s ou c o m p a n h i a s A r t . 10.° A s operações de credito agricola p o d e r ã o
q u e t o m e m p a r a si a s c o n s t r u c ç õ e s cle c a m i n h o s cle f e r r o consístir:
n o u i t r a m a r e o u t r a s o b r a s p u b l i c a s , ou a u x i l i a r o E s t a d o 1.° E m e m p r e s t i m o s ao G o v e r n o , á s c o r p o r a ç õ e s a d m i -
e a s c o m p a n h i a s q u e as e m p r e h e n d a m , e m p r e B t a n d o - l h e s n i s t r a t i v a s , a q u a e s q u e r e s t a b e l e c i m e n t o s p u b l i c o s legal-
capitaes, e n c a r r e g a n d o - s e do p a g a m e n t o de amortização e m e n t e c o n s t i t u i d o s , ou a c o m p a n h i a s , s y n d i c a t o s a g r i c o l a s ,
j u r o s d e q u a e s q u e r a c ç õ e s ou o b r i g a ç õ e s p a r a e s s e s fins ^ e m p r e s a r i o s ou e m p r e i t e i r o s e a g r i c u l t o r e s , q u a n d o e s s e s
emitticlas, ou Bervindo d e i n t e r m e d i a r i o n a e m i s s ã o d ' e s s e s emprestimos sejam destinados á abertura do estradas ne-
t i t u l o s , t u d o m e d i a n t e c o n t r a t o s e s p e c i a e s . P a r a e s t a s ope- cessarias á exploraçao agricola, fundação de fabricas p a r a
rações nào poderá o banco e m p r e s t a r dinheiro sem as ga- manipulação de productos agricolas, arroteamento de ter-
r a n t i a s d a s a l i n e a s a ) , i ) , c), â) e e) do n . ° 3 . ° d ' e s t e a r - renos, trabalhos de irrigaçâo, d r e n a g e m , esgotaraento de
t i g o , n e m t o m a r r e s p o n s a b i l i d a d e s q u e e n v o l v a m o seu p a n t a n o s , p l a n t a ç â o ou s e m e n t e i r a d e a r v o r e d o s , ou q u a e s -
c a p i t a l . A l e n i d ' i s s o , as o p e r a ç õ e s r e l a t i v a s a e m p r e s a s e q u e r o u t r o s t r a b a l h o s d e b e n e f i c i a ç ã o do solo. E s s e s e m -
c o m p a n h i a s p a r a a c o n s t r u c ç ã o d e c a m i n h o s d e f e r r o ou p r e s t i m o s s e r ã o g a r a n t i d o s p o r h y p o t h e c a , p e n h o r suffi-
os e m p r e s t i m o s d e c a p i t a e s á s m e s m a s , só p o d e m s e r r e a - c i e n t e ou fiança i d o n e a , p o d e r ã o s e r a c u r t o p r a z o ou a
l i z a d o s c o m a a u c t o r i z a ç ã o d o M i n i s t r o d a M a r i n h a e UI- prazo não excedente a nove annos, e reembolsaveis por
t r a m a r , s o b p r o p o s t a e i n f o r m a ç ã o do g o v e r n a d o r g e r a l a n n u i d a d e s , ou p o r u m só ou m a i s p a g a m e n t o s e m e p o c a s
d a p r o v i n c i a , p r o v a d o q u e s e j a , p o r i n q u e r i t o e s p e c i a l feito cleterminadas;
ao b a n c o p o r c í e t e r m i n a ç ã o d ' a q u e l l e M i n i s t r o , q u e o d e s - 2.° E m p r o m o v e r q u a e s q u e r m e l h o r a m e n t o s agricolas,
vio do capital p a r a aquellas o p e r a ç õ e s em n a d a projudica a u x i l i a n d o a f o r m a ç ã o d e s o c i e d a d e s , c o m p a n h i a s ou s y n -
a f u n c ç ã o c o m m e r c i a l e a g r i c o l a do b a n c o , p r e v i s t a n o d i c a t o s a e s s e fim d e s t i n a d o s ;
c o n t r a t o d e 3 0 d e n o v e m b r o e n a lei d e 2 7 d e a b r i l d e 3 . ° E m d e s c o n t a r l e t r a s ou o b r i g a ç õ e s cle a g r i c u l t o r e s
1901; a curto prazo, devidamente garnntidas;
Fevereiro 27 48 1902

4.° E m a b r i r contas c o r r e n t e s a agricultores com segu- letras h y p o t h e c a r i a s , r e p r e s e n t a t i v a s dos seus creditos hy-
r a n ç a cle h y p o t h e c a s , ou s o b r e r e c i b o s d e d e p o s i t o , icar- p o t h e c a r i o s n o u i t r a m a r , c o m ou s c m p r e m i o .
rants, c o n h e c i m e n t o s ou o u t r o s t i t u l o s d e v a l o r e f f e c t i v o ; A r t . l õ . ° Os titulos de obrigações p o d e r ã o ser n o m i n a - •
5 . ° E m f a z e r c o b r a n ç a s e p a g a m e n t o s p o r c o n t a de a g r i - t i v o s ou ao p o r t a d o r , e a q u e l l a s p o d e r ã o t e r c o u p o n s , m a s
c u l t o r e s , m e d i a n t e c o m m i s s ã o , e e n c a r r e g a r - s e d a t r a n s f e - u n s e o u t r o s s e r ã o e x t r a h i d o s do r e g i s t o e t a l ã o a s s i g n a -
rencia de fundos destinados a exploraçõcs agricolas; d o s p e l a g e r e n c i a do b a n c o e s e l l a d o s c o m o sêllo d ' e s t e .
6.° E m f a z e r a d e a n t a m e n t o s e m g e n e r o s ou d i n h e i r o A r t . 16.° A g e r e n c i a do b a n c o p ó d e a u c t o r i z a r o d e -
p a r a sementeiras e plantações com as necessarias garan- posito dos t i t u l o s d e o b r i g a ç õ e s n a c a i x a social, p a s s a n d o
tias; aos s e u s clonos c e r t i f i c a d o s n o m i n a t i v o s d o s d e p o s i t o s . P o r
7 . ° E m f a z e r e m p r e s t i m o s s o b r e c o l h e i t a s p e n d e n t e s ou esses d e p o s i t o s p o d e r á o b a n c o e x i g i r u m a c o m m i s s ã o d e
nos a r m a z e n s dos cultivadores; guarda.
8.° E m f a z e r e m p r e s t i m o s s o b r e g a d o s d e v i d a m e n t e se- A r t . 17.° A s o b r i g a ç õ e s ao p o r t a d o r t r a n s m i t t e m - s e p e l a
g u r o s e s o b r e a l f a i a a g r i c o l a , c o n s t i t u i n d o a q u e l l e s e e s t a s i m p l e s t r a d i ç ã o ; a s n o m i n a t i v a s e os c e r t i f i c a d o s d e d e -
p e n h o r e s p e c i a l e m e r c a n t i l , e m b o r a d e p o s i t a d o e m p o d e r positos são t r a n s m i s s i v e i s p o r e n d o s s o ou p o r q u a l q u e r ou-
do d e v e d o r s o b s u a r e s p o n s a b i l i d a c l e . tro meio permittido em direito.
§ unico. Os depositarios de g e n e r o s , gados e alfaia A r t . 18.° O b a n c o n ã o p o d e r á e m i t t i r o b r i g a ç õ e s p o r
a g r i c o l a , d a d o s e m p e n h o r d e e m p r e s t i m o s a g r i c o l a s , ticam i m p o r t a n c i a d o v a l o r n o m i n a l s u p e r i o r á q u e l h e f ô r d e v i -
sujeitos â c o m m i n a ç ã o do artigo 453.° do Codigo Penal da pelos e m p r e s t i m o s sobre h y p o t h e c a .
português. § unico. P a r a a emissão de c a d a serie de o b r i g a ç õ e s é
A r t . 11.° A s operações de q u e t r a t a o artigo antece- precisa p r e v i a auctorização do G o v e r n o , q u e não p o d e r á
d e n t e t o r n a r - s e - h â o o b r i g a t o r i a s p a r a o b a n c o , m e d i a n t e d á - l a s e m e s t a r e m p r c e n c h i d a s as c o n d i ç õ e s do a r t i g o 5 0 . °
c o n t r a t o e s p e c i a l c o m o G o v e r n o , em c o n f o r m i d a d e do dis- d a lei d e 2 7 d e a b r i l d e 1 9 0 1 , e i n t e g r a l m e n t e p a g a s a s
p o s t o n a lei d e 2 7 d e a b r i l e c o n t r a t o d e 3 0 de n o v e m b r o a c ç õ e s a q u e o m e s m o a r t i g o se r e f e r e , ou p r e s t a ç õ e s
de 1901. d ' e l l a s e q u i v a l e n t e s a 1 0 p o r c e n t o cle v a l o r n o m i n a l d a
emissão.
SECÇÃO I I I
A r t . 19.° O v a l o r n o m i n a l d e c a d a o b r i g a ç ã o p r e d i a l
D a s o p e r a ç õ e s de credito predial s e r á d e 9 0 ^ 0 0 0 réis, p o d e n d o , p o r e m , h a v e r t i t u l o s d e
A r t . 12.° C o m o b a n c o d e c r e d i t o p r e d i a l , as s u a s ope- cinco e d e z o b r i g a ç õ e s .
r a ç õ e s no u i t r a m a r s e r ã o as s e g u i n t e s : A r t . 2 0 . ° A t a x a do j u r o d a s o b r i g a ç õ e s , o t e m p o e
1.° E m p r e s t i m o s s o b r e h y p o t h e c a s a l o n g o p r a z o , com m o d o do seu p a g a m e n t o , b e m c o m o o d a s a m o r t i z a ç õ e s e
a m o r t i z a ç ã o p o r a n n u i d a d e s , ou a c u r t o p r a z o c o m ou sem o dos p r e m i o s p o r sorteio, h a v e n d o - o s , c o n s t a r ã o d o s r e s -
a m o r t i z a ç ã o g r a c l u a l , e x e l u i d a s a s h y p o t h e c a s s o b r e n a - p e c t i v o s titulos, e s e r ã o fixados p e l a g e r e n c i a d o b a n c o ,
vios; d e a c o r d o c o m o s e u c o n s e l h o fiscal e c o n f o r m e os p r e -
2 . ° E m p r e s t i m o s s o b r e h y p o t h e c a s ás c o r p o r a ç õ e s a d m i - c e i t o s l e g a e s .
n i s t r a t i v a s ou o u t r o s e s t a b e l e c i m e n t o s p u b l i c o s d e v i d a m e n t e A r t . 2 1 . ° A s o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s n ã o t e r ã o e p o c a fixa
a u e t o r i z a d o s , ou a c o m p a n h i a s i n d u s t r i a e s , c o m t a n t o q u e o a r a o p a g a m e n t o do s e u c a p i t a l , m a s s e r ã o a m o r t i z a d a s
e s s e s e m p r e s t i m o s t e n h a m p o r a p p l i c a ç ã o q u a e s q u e r t r a - por s o r t e i o c o m os s e u s p r e m i o s , d e m o d o q u e o t o t a l d o
b a l h o s d e b e n e f i c i a ç ã o do solo, e p a r a b e m f e i t o r i a s a g r i - v a l o r n o m i n a l d a s q u e ficarem e m c i r c u l a ç ã o e dos p r e m i o s
colas ou m e l h o r a m e n t o s i n d u s t r i a e s , s e n d o e s t e s e m p r e s t i - n ã o e x c e d a a i m p o r t a n c i a p e l a q u a l n a m e s m a e p o c a o
mos com j u r o convencional, e reembolsaveis por a nnui dades , banco fôr c r e d o r por e m p r e s t i m o s prediaes.
ou e m u m só p a g a m e n t o , ou p o r p a g a m e n t o s p a r c i a e s e m A r t . 2 2 . ° O s o r t e i o p a r a o r e e m b o l s o d o s t i t u l o s ou
diversas epocas; obrigações prediaes far-se-ha em presença da g e r e n c i a , de
3 . ° E m p r e s t i m o s , c o m o os de q u e t r a t a o n u m e r o a n t e - u m n i e m b r o do c o n s e l h o fiscal e do c o m m i s s a r i o d o G o -
c e d e n t e , a c o r p o r a ç õ e s a d m i n i s t r a t i v a s ou a o u t r o s e s t a - v e r n o n o s d i a s p a r a e s s e effeito d e s i g n a d o s .
b e l e c i m e n t o s p u b l i c o s , s e m h y p o t h e c a e s p e c i a l , m a s só e m A r t . 2 3 . ° O i t o d i a s d e p o i s do s o r t e i o a q u e se r e f e r e o
v i r t u d e d e disposiçSo l e g a l , q u e a u c t o r i z e a c o n s i g n a ç ã o a r t i g o a n t e c e d e n t e , os n u m e r o s d a s o b r i g a ç õ e s s o r t e a d a s
de r e n d i m e n t o ou i m p o s t o c e r t o e d c t e r m i n a d o . ao i n t e - s e r ã o a n n u n c i a d o s e m e d i t a e s e e m dois j o r n a e s d a s e d e ,
gral pagamento d'esses emprestimos ; e n o s b o l e t i n s officiaes d a s p r o v i n c i a s u l t r a m a r i n a s .
4 . ° E m i s s ã o e n e g o c i a ç ã o de t i t u l o s d e o b r i g a ç õ e s p r e - A r t . 2 4 . ° N o s a n n u n c i o s cle q u e t r a t a o a r t i g o 2 5 . ° d e -
d i a e s ou l e t r a s h y p o t h e c a r i a s ; c l a r a r - s e - h a o dia e m q u e c e s s a d e p l e n o d i r e i t o o v e n c i -
5.° E m i s s ã o e n e g o c i a ç ã o de t i t u l o s d e o b r i g a ç õ e s es- m e n t o cle j u r o p a r a os r e s p e c t i v o s t i t u l o s , e o s e u c a p i t a l
p e c i a e s , r e p r e s e n t a t i v a s d o s e m p r e s t i m o s d e q u e t r a t a o fica á d i s p o s i ç ã o d e q u e m d e d i r e i t o f ô r .
n.° 3 . ° ; A r t . 2 o . 0 A s o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s a m o r t i z a d a s n o s sor-
6 . ° A r r e c a d a ç ã o ou d e p o s i t o de d i n h e i r o e m c o n t a cor- teios s e r ã o , n o a c t o do p a g a m e n t o do s e u c a p i t a l , s e l l a d a s
r e n t e , á v i s t a ou a p r a z o , c o m v e n c i m e n t o de j u r o ou c o m u m c a r i m b o d e a n n u l l a ç ã o e d e p o i s d e s t r u i d a s , e m
s e m elle, p o d e n d o e s s e d i n h e i r o , b e m c o m o p a r t e dos' p r e s e n ç a d a g e r e n c i a , cle u m m e m b r o do c o n s e l h o fiscal e
f u n d o s d i s p o n i v e i s ou fluctuantes, s e r t e m p o r a r i a ou p r o - do c o m m i s s a r i o do G o v e r n o , l a v r a n d o - s e d e t u d o o c o m -
v i s o r i a m e n t e e m p r e g a d o s e m a d e a n t a m e n t o s s o b r e obri- p e t e n t e a u t o .
g a ç õ e s p r e d i a e s , f u n d o s p u b l i c o s ou o u t r o s d e r e e o n h e c i d o A r t . 2 6 . ° A s o b r i g a ç õ e s r e s t i t u i d a s ao b a n c o p o r p a -
c r e d i t o e d e facil e p r o m p t a r e a l i z a ç ã o ; g a m e n t o s a n t e c i p a d o s , s e r ã o , n o a c t o d a r e s t i t u i ç ã o , sella-
7.° C o n t r a t o s c o m c o m p a n h i a s cle s e g u r o s ou com b a n - d a s c o m u m c a r i m b o especial e e n t r a r ã o n o s s o r t e i o s e m
cos e o u t r o s e s t a b e l e c i m e n t o s do c r e d i t o , a fim de facili- c o n c o r r e n c i a c o m as d e m a i s o b r i g a ç õ e s .
t a r e b a r a t e a r p a r a os p r o p r i e t a r i o s o s e g u r o dos p r e d i o s A r t . 2 7 . ° O s p o s s u i d o r e s de o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s só
hypothecados. t e e m acçao contra o banco p a r a h a v e r e m o capital, j u r o s
A r t . 13." O s e m p r e s t i m o s s o b r e h y p o t h e c a s e r ã o f e i t o s e p r e m i o s a q u e e s t e s titulos I h e s d e r e m d i r e i t o . S ó é a d -
a o s m u t u a r i o s e m o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s ao p a r , c u j o j u r o m i s s i v e l opposição do b a n c o f u n d a d a n a f a l t a d e a p r e s e n -
s e r á i g u a l ao do p r o p r i o e m p r e s t i m o , d e v e n d o pelo b a n c o t a ç ã o ou n a f a l s i d a d e do titulo, s e m p r e j u i z o , p o r e m , do
s e r f a c i l i t a d a aos m u t u a r i o s a n e g o c i a ç ã o dos t i t u l o s , c po- direito á r e f o r m a do titulo p e r d i d o e s u a s u b s t i t u i ç ã o p o r
d e n d o s o b r e elles f a z e r a d e a n t a m e n t o s cle d i n h e i r o . outro legitimo.
A r t . 14.° O b a n c o t e r á o p r i v i l e g i o e x c l u s i v o de e m i t - _ § unico. Os obrigacionistas não p o d e m t o m a r p a r t e n a s
tir e a f a c u l d a d e de n e g o c i a r n a m e t r o p o l e , ilhas a d j a c e n - discussões das assembléas g e r a e s do banco, s e m p r e j u i z o
t e s e p r o v i n c i a s u l t r a m a r i n a s , a s o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s ou d a s disposições d a lei de 3 d e a b r i l d o 1 8 9 6 .
1902 49 Fevereiro 20

A r t . 28.° O b a n c o t e r á s e m p r e e m c a i x a u m f u n d o es- Art. 37." Os devedores por emprestimos prediaes a


p e c i a l d e g a r a u t i a c o r r e s p o n d e n t e a 10 p o r c e n t o do v a l o r longo prazo t e e m a faculdade de antecipar o pagamento
das operações de credito predial que realizar nas provin- dos seus debitos no todo ou e m p a r t e , p o d e n d o effectuar
cias u l t r a m a r i n a s . e s s e s p a g a m e n t o s e m d i n h e i r o ou e m o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s
§ 1.° E s t e f u n d o , d e s d e q u e c o m e ç a r c m a s o p e r a ç õ e s do j u r o indicado no contrato, as quaes serão recebidas
hypothecarias, será, pelo menos, de 200:000(5000 réis, e ao p a r .
irá sendo a u g m e n t a d o por consignações de 10 por cento, § unico. A s quantias pi'ovenientes d'estes p a g a m e n t o s
á p r o p o r ç ã o q u e f o r e m a u g m e n t a n d o os e m p r e s t i m o s s o b r e serão applicadas a a m o r t i s a r ou r e t i r a r d a eirculação obri-
propriedades. g a ç õ e s prediaes do m e s m o banco.
§ 2.° O fundo primitivo e o seu a u g m e n t o serão reali- x \ r t . 3 8 . ° O s p a g a m e n t o s d e q u e trata. o a r t i g o p r e c e -
zados por emissão de acções. d e n t e , d ã o d i r e i t o a o b a n c o m u t u a n t e a r e c e b e r u m a in-
§ 3.° A i m p o r t a n c i a d ' e s t e f u n d o e s p e c i a l p o d e r á ser d e m n i z a ç ã o não superior a 2 p o r cento do capital m u t u a d o
e m p r e g a d a em a d e a n t a m e n t o s s o b r e as obrigações p r e d i a e s que fôr reembolsado e que será p a g a no m o m e n t o de an-
emittidas pelo banco, em descontos dos coupons d'essas t e c i p a c à o do p a g a m e n t o .
obrigações, e m titulos de divida publica, e m letras a curto A r t . 3 9 . ° N o c a s o d c a l i e n a ç ã o p a r e i a l ou t o t a l d o p r e -
p r a z o , ou e m o u t r o s t i t u l o s d e r e c o n h e c i d o c r e d i t o e f a c i l dio h y p o t h e c a d o , o a d q u i r e n t e c obrigado a c o m m u n i c a r o
realização. f a c t o ao b a n c o n o p r a z o d e t r e s m e s e s , s o b p e n a d e ficar
A r t . 29.° Os emprestimos com emissão de obrigações s o l i d a r i a m e n t e r e s p o n s a v e l c o m o alheaclor p e l a s o b r i g a -
prediaes serâo contratados por tempo não inferior a dez ções pessoaes d'este.
a n n o s n e m s u p e r i o r a s e s s e n t a , e só p o d e r ã o s e r f e i t o s A r t . 4 0 . ° O m u t u a r i o d e v e i g u a l m e n t e p a r t i c i p a r ao b a n -
sobre p r i m e i r a hypotheca, a não ser que, tendo-se procc- co m u t u a n t e , n o p r a z o d e t r e s m e s e s , a s d e t e r i o r a ç õ e s q u e
d i d o a n o v a a v a l i a ç ã o a p e d i d o d o i n t e r e s s a d o , se r e c o - o p r e d i o t i v e r s o í í r i d o , os f a e t o s q u e lhe d i m i n u i r e m o v a -
n h e ç a ao p r e d i o u m v a l o r , p e l o m e n o s , q u a t r o v e z e s s u p e - lor, e os t u r b a t i v o s o u e s p o l i a l i v o s d a s u a p o s s e , ou q u e
rior ao da h y p o t h e c a existente, devendo, n e s s e caso, o t o r n a r e m c o n t r o v e r s o o seu d i r e i t o d e p r o p r i e c l a d e . A f a l t a
banco emprestar em segunda hypotheca, não o podendo d e c u m p r i m e n t o d ' c s t a condição, e em q u a l q u e r caso a di-
ser em primeira até quantia que r e p r e s e u t e um quarto da m i n u i ç ã o d a s e g u r a n ç a do b a n c o m u t u a n t e p o r facto im-
nova avaliação. p u t a v e l ao mutuario, a u c t o r i z a m o b a n c o a exigir o re-
§ 1.° O s j u r o s d ' ' e s s e s e m p r e s t i m o s n ã o e x c e d e r ã o n u n c a embolso do seu credito e a indemnização m a r c a d a no ar-
a 6 '/a p o r c e n t o e a c o m m i s s ã o a 1 '/a p o r c e n t o ao a n n o . tigo 5 9 . ° d a lei d e 2 7 d e a b r i l d e 1'r'líl.
§ 2 . ° C o n s i d e r a m - s e f e i t o s s o b r e p r i m e i r a h y p o t h e c a os A r t . 4 1 . ° i 's p r e d i o s s u s c e p t i v e i s d e i n c e n d i o d e v e r ã o
e m p r e s t i m o s , dos q u a e s u m a p a r t e seja pelo banco e m p r e - s e r s e g u r o s c o n t r a o r i s c o cle f o g o , á c u s t a d o m u t u a r i o ,
g a d a e m e x t i n g u i r p o r p a g a m e n t o , ou o b t e r p o r s u b r o - o x c e p t o se o b a n c o m u t u a n t e t i v e r o s e u c r e d i t o g a r a n t i d o
gação hypothecas anteriores. ao m e s m o t e m p o p e l o s r e f e r i d o s p r e d i o s e p o r o u t r o s q u e
A r t . 30 0 D o s bens immobiliarios que p o d e m servir de valliam o dobro da q u a n t i a m u t u a d a e não p o s s a m scr des-
h y p o t h e c a , s e r ã o s e m p r e e x c l u i d o s os t h e a t r o s , m i n a s , t r u i d o s pelo fogo.
p e d r e i r a s e outros predios que tenliam rendimento nmni- § 1.° O c o n t r a t o cle s c g u r o s e r á m a n t i d o a t é i n t e g r a l
f e s t a n t e a l e a t o r i o e, e m r e g r a , os d i r e i t o s s o b r e p r e d i o s r e e m b o l s o do e m p r e s t i m o .
i n d i v i s o s ou q u e e o n s t i t u a m p r o p r i e c l a d e i m p e r f e i t a , s a l v o § 2.° O b a n c o m u t u a n t e podo exigir que o seguro seja
s e t o d o s os c o m p a r t e s ou c o n d o m i n o s se o b r i g a r e m . f e i t o e m s e u n o m e o o p r e m i o d o s e g u r o p a g o p o r elle p o r
A r t . 3 1 . ° A i m p o r t a n c i a do e m p r e s t i m o n u n c a p o d e r á c o n t a do m u t u a r i o , d e v e n d o esse p r e m i o ser p a g o c o n j u n -
e x c e d e r m e t a d e do v a l o r d o p r e d i o h y p o t h e c a d o . tamcntc com a annuidade.
Art. 32.° Os emprestimos sobre hypotheca a longo prazo A r t . 42.° A avaliação dos predios offerecidos como hy-
s e r ã o r e e m b o l s a d o s p o r m e i o cle a n n u i d a d e s , c a i c u l a c l a s p o t h e c a p ó d e f a z e r - s e á f a c e d o s t i t u l o s d e a c q u i s i ç ã o , co-
p o r f ó r m a q u e o c a p i t a l m u t u a d o c os s e u s e n c a r g o s n h c c i m e n t o s de contribuiçoes e q u a e s q u e r outras informa-
fiquem integralmento pagos no t e m p o estipulado p a r a o ções d a d a s pelo p r o p r i e t a r i o ; m a s o banco t e m s e m p r e o
emprestimo. d i r e i t o d o r e e o r r e r a o u t n u i n f o r m a ç õ . e s ou d e m a n d a r
§ unico. E m n e n h u m caso a a n n u i d a d e poder;! s e r su- avaliar o predio por peritos da sua nomeação, devendo a
p e r i o r á r e n d a l i q u i d a do p r e d i o h y p o t h e c a d o . avaliação sempre basear-se sobre o r e n d i m e n t o liquido e
A r t . 33.° A annuidade c o m p r e h e n d e r á : valor venal dos predios.
d) O j u r o d o c a p i t a l m u t u a d o ; A r t . 4 3 . ° J u s t i f i c a n d o o p r o p r i e t a r i o p o r t i t u l o s o di-
b) A p r e s t a ç ã o p a r a a m o r t i z a ç ã o d o c.-ipilal; r e i t o d e h y j i o t h c c a r os p r e d i o s , e o f f e r e c e n d o e s t e s a n e -
c) A c o m m i s s ã o a n n u a l p a r a d e s p e s a s d e a d m i n i s t r a ç ã o . c e s s a r i a g a r a n t i a , o b a n c o p r o c e d e r á s e m d e m o r a á cele-
A r t . 3 4 . ° A s a n n u i d a d e ; ; s e r ã o p a g a s a d i n h e i r o e dis- b r a ç à o do c o n t r a t o ilelinitivo ou p r o v i s o r i o , c o n f o r m c s e
t r i b u i d a s p o r f ó r m a q u e a s p r e s t a ç õ e s s e v e n ç a m p o r se- h o u v e r 011 n ã o c e r t i í i c a d o d e n ã o h a v e r h y p o t h e c a , o n u s
m e s t r e s d o a n n o civil, p o d e n d o a p r i m e i r a p r e s t a ç ã o s e r r e a l ou o u t r o e n c a r g o r e g i s t a d o a n t e r i o r m c n t e .
inferior ás outras, c o m p r e h e n d e n d o a p e n a s o j u r o . Art. 44.° Os emprestimos prediaes, quando preenchidas
§ nnico. No acto do e m p r e s t i m o , o banco m u t n a n t e re- todas as f o r m a l i d a d c s e d a d a s todas as g a r a u t i a s legaes,
c e b e r á d o m u t u a r i o , ou r e t u r á s o b r e o c a p i t a l a m u t n a r , são o b r i g a t o r i o s p a r a o b a n c o , o x c e p t o s e e s t e n à o t i v e r
a i m p o r t a n c i a d a s d e s p e s a s do c o n t r a t o e o j u r o r e s p e c t i v o disponiveis as necessarias obrigações e 0 Governo n e g a r
ao t e m p o a d e c o r r e r d e s d e a d a t a d o m e s m o c o n t r a t o a t é auctorização p a r a nova emissão d'ellas.
o fim d o s e m e s t r e c o r r e n t e . - § u n i c o . P a r a a e x e e u ç ã o do d i s p o s t o n e s t e a r t i g o , 0
Art. 35.0 A prestação somestral da annuidade que não propononre, no caso de recusa, terá recurso p a r a o com-
fôr p a g a n a e p o c a c o n t r a t u a l , v e n c e r á pela m o r a e a íá- m i s s a r i o do G o v e r n o , n o s t e r m o s d a lei d e 2 7 d e a b r i l d e
v o r do b a n c o p r e s t a m i s t a o j u r o d o f> '/o. p o r c e n t o ao 1901.
a n n o . I g u a l j u r o v e n c e r ã o a f a v o r d o b a n c o t o d a s as A r t . 4 5 . ° C o m o e s t a b e l e e i m e n t o d e c r e d i t o p r e d i a l sao
d e s p e s a s f e i t a s p a r a elle c o n s e g u i r a c o b r a n ç a d o s s e u s a p p l i c a v e i s ao b a n c o a s d i s p o s i ç õ e s dos a r t i g o s 2 2 . " , 2 3 . ° ,
creditos. 2 4 . ° e 2 7 . ° d a lei cle 2 7 d e a b r i l d e 1 9 0 1 . p o d e n d o a s cai-
A r t . 3G.° A f a i t a d e p a g a m e n t o d e q u a l q u e r a n n u i d a d e x a s filiaes s e r s u b s t i t u i d a s p o r a g e n c i a s .
t o r n a cxigivel a t o t a l i d a d e d a divida, se as p r e s t a ç õ e s A r t . 40." No caso d e t e r m i n a r o privilegio predial d a
vencidas e seus j u r o s não forem pagos dentro de trinta c i t a d a lei p o r m o t i v o d a a p p l i c a ç ã o d o a r t i g o 1G.° d a lei
dias depois d a notificação, m e s m o c x t r a - j u d i c i a l , feita aos d e 2 7 d e a b r i l d e 1 9 0 1 ou p o r o u t r o q u a l q u e r , a n t e s d e
devedores. a m o r t i z a d a s t o d a s a s o b r i g a ç õ e s e m i t t i d a s , o b a n c o , ou
4
Fevereiro 27 50 1902

constituirá commissão liquidataria que receba as annuida- I CAPITULO VI


d e s d o s d e v e d o r e s e x i s t e n t e s , p a g u e os j u r o s , a m o r t i z a ç õ e s . Das acções e (los accioiiistas
e p r e m i o s d a s o b r i g a ç õ e s a i n d a nã;) a m o r t i z a d a s c c o n s e r -
v e e m d e p o s i t o o c a p i t a l d e g a r a n t i a c o r r e s p o n d c n t c a es- A r t . 5 4 . ° A s a c ç õ e s s ã o d e 90,$000 r é i s , e h a v e r á t i t u -
s a s o b r i g a ç õ e s , ou c e d e r á , com a p p r o v a ç ã o d o G o v e r n o , los cle u m a c d e cinco a c ç õ e s .
estes direitos o deveres a alguma instituição b a n c a r i a q u e g 1.° A s p r e s t a ç õ e s d e a c ç õ e s d e f u t u r o e m i t t i d a s s e -
a p r c s e n t e t o d a s as c o n d i c õ e s d e s c g u r a n c a . r ã o c h a m a d a s s e g u n d o fôr d e t c r m i n a d o p e l a g e r e n c i a , ou-
v i d o o c o n s e l h o fiscal.
Art. 55.° Todo o accionista que não e n t r a r com as pres-
CAPITULO V
tações que lhe forem exigidas n a epoca cleterminada, é
Disposições goraess responsavel pelo j u r o da m o r a á razão de 6 por cento ao
a n n o , i n c l e p e n d e n t e cle i n t i m a ç à o ou p r o c e s s o j u d i c i a l . A
A r t . 4 7 . ° O a n n o social d o B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i - g e r e n c i a p o d e r á m a n d a r v e n d e r e m h a s t a p u b l i c a , c o m
no contar-se-ha de 1 de janeiro até 31 de dezembro. annuncio previo, mas sem formalidacle judiciaria, as acções
A r t . 4<S.° N o m ê s d e j u l l i o d e c a d a a n n o , a g e r e n c i a , p e r t c n c e u t e s a q u a l q u e r a c c i o n i s t a q u e u m m ê s d e p o i s d o
d e acorclo c o m o c o n s e l h o iiscal, p o d e r á d i s t r i b u i r , p o r v e n c i m e n t o d a p r e s t a ç ã o c h a m a d a n ã o t i v e r s a t i s f e i t o a
c o n t a do d i v i d e n d o d ' e s s e a n n o , u m a p e r c e n t a g e m pelos s u a i m p o r t a n c i a .
a c e i o n i s t a s , d e v e n d o r e g u l a r - s e pelo r e s u l t a d o dos l u c r o s § 1." N e s t e c a s o , o p r o d u c t o d a s a c ç õ e s , l i q u i d o d e to-
a d q u i r i d o s no s e m e s t r e i i n d o . d a s as d e s p e s a s , e d o q u e f ô r d e v i d o ao b a n c o , s e r á p o s t o
A r t . 4 9 . ° A g e r e n c i a r e m e t t e r á ao G o v e r n o , no princi- á dipposicão do a c c i o n i s t a i e t a r d a t a r i o , e e s t e r e s p o n d e r á
pio d e c a d a m ê s , o r e s u m o do s e u a c t i v o e p a s s i v o do m ê s pelo p r e j u i z o ou dejicit q u e h o u v e r .
a n t e r i o r , c o m espeeificaçíto d a s v e r b a s q u e o c o u s t i t u e m . g 2.° O s a c e i o n i s t a s q u e n ã o p a g a r e m d e n t r o d o p r a z o
tiemclhantemcnte r e m e t t e r á , n o p r i u c i p i o dc c a d a a n n o , m a r e a d o a p r i m e i r a p r e s t a ç ã o , p e r d e r ã o a f a v o r d o b a n c o
u m c x e m p l a r do r e l a t o r i o e b a l a n ç o do a n n o f i n d o . todo o d i r e i t o ao d e p o s i t o e f t e c t u a d o n o a c t o d a s u b s c r i -
A r t . 5 0 . " Q u a n d o em q u a l q u e r t e m p o se m o s t r e n e c e s - p ç : ' 0 ; sem p r e j u i z o d a s u a i n t e i r a r e s p o n s a b i l i d a c l e p e l o
s a r i a a r e d u c ç ã o do c a p i t a l social, ou a dissolução e liqui- m o n t a n t e d a s a c ç õ e s p o r q u e t i v e r e m s u b s c r i p t o .
d a ç ã o do b a n c o , e s t e s a s s u m p t o s só p o d e r ã o s e r r e s o l v i d o s A r t . 5 0 . ° A s a c ç õ e s são n o m i n a t i v a ? e t r a n s m i s s i v e i s
p o r d e l i b e r a ç ã o a f f i r m a t i v a d e d u a s t c r ç a s p a r t e s dos vo- p o r e n d o s s o , ou q u a l q u e r o u t r o t i t u l o l e g a l cle t r a n s m i s s ã o
t o s p r c s c n t e s n a a s s e m b l é a g e r a l , r e p r e s e n t a n d o e s s e s vo- d e p r o p r i e c l a d e , n o s t e r m o s do a r t i g o 5 4 5 . ° do C o d i g o
t o s a l l i r m a t i v o s , pelo m e n o s , u m a tevça p a r t e do f u n d o so- C o m m e r c i a l P o r t u g u ô s .
cial r e a l i z a d o . § 1." T a m b e m p o d e r ã o s e r ao p o r t a d o r , s a l v a s a s dis-
§ 1." P a r a e s t e effeito os a c e i o n i s t a s s e r ã o e o n v o e a d o s p o s i ç õ e s d a lei de 2 7 d e a b r i l d e 1 9 0 1 , q u a n d o e s t i v e r e m
n o s t e r m o s o s t a t u t a r i o s , p o r a n n u n c i o s e c a r t a s , e m q u e i n t e g r a l m e n t e p a g a s , e n e s s e caso s e r ã o t r a n s m i s s i v e i s
se d e c l a r e o o b j e c t o d a r e u n i à o ; m a s a r e s o l u ç ã o definiti- p o r s i m p l e s t r a d i ç ã o ou e n t r e g a .
v a só p o d e r á t e r l o g a r e m sessão d i v c r s a d a q u e l l a e m q u e § 2.° T a n t o os t i t u l o s p r o v i s o r i o s c o m o a s a c c õ e s s e r ã o
t i v e r sido f o i t a a p r o p o s t a . assignados pela gerencia.
§ 2,° A f ó r m a p o r q u e d e v e e í í e c t u a r - s e a dissolução e A r t . 57." O accionista q u e e x e r c e r a l g u m cargo do banco
l i q u i d a ç ã o do b a n c o ou a r e d u c ç ã o do seu f u n d o social, e q u e a l i e n e a s a c ç õ e s q u e s i r v a m d e g a r a n t i a á s u a r e s -
s e r á r e g u l a d a pela a s s e m b l é a g e r a l , sob p r o p o s t a d a ge- ponsabilidacle ou á s u a e n t r a d a n a a s s e m b l é a g e r a l , f i c a r á
r e n c i a , de a c o r d o c o m o c o n s e l h o fiscal. W s o f a c t ° i n h a b i l i t a d o de e x e r c e r e s s e c a r g o .
§ 3 . " O b a n c o p o d e r á , n e s t e caso, t r a n s f e r i r e s u b r o g a r
a o u t r o b a n c o ou c o m p a n h i a os s e u s d i r e i t o s , o b r i g a ç õ e s e
CAPITULO YII
e n c a r g o s ou n o m e a r u m ou m a i s l i q u i d a t a r i o s , c o m os po-
deres precisos. Da administraçfio e governo do banco
§ 4 . ° A s r c s o l u ç õ e s d a a s s e m b l é a g e r a l s o b r e os a s s u m -
p t o s a q u c se r e f e r e e s t e a r t i g o , c a r e c e m d a a p p r o v a ç ã o SECÇÃO I
do G o v e r n o p a r a poderem ter execução. Da assembléa geral
A r t . 51." O s p r c s e n t e s e s t a t u t o s só p o d e r ã o s e r a l t o r a -
d o s p e l a a s s e m b l é a g e r a l , com a p p r o v a ç ã o do G o v e r n o . A r t . 5 8 . 0 A a s s e m b l é a g e r a l c o m p õ e - s e d e t o d o s os
§ 1." A p r o p o s t a p a r a a a l t e r a ç ã o de q u e t r a t a o p r e - a c e i o n i s t a s p o s s u i d o r e s de c.ineoenta ou m a i s a c ç õ e s a v e r -
s e n t e a r t i g o , p o d e r á s e r f e i t a e m q u a l q u e r a s s e m b l é a g e r a l b a d a s n o s l i v r o s do b a n c o ou d e p o s i t a d a s p a r a r e p r e s e n -
o r d i n a r i a ou e x t r a o r d i n a r i a . tação na assembléa geral, tres meses pelo m e n o s a n t e s
§ 2.° P a r a a a p p r o v a ç ã o d a p r o p o s t a d o p a r a g r a p h o a n - do dia d a r e u n i ã o , salvo o a g r u p a m e n t o f a c u l t a d o pelo
tncedente será e x p r o s s m n e n t e convocada a assembléa ge- Codigo C o m m e r c i a l .
r a l , p r e c e d e n d o a v i s o , n o s t e r m o s dos e s t a t u t o s , e a v o t a - 1.° O d e p o s i t o de a c ç õ e s ao p o r t a d o r c o n s t a r á d e u m
ção d a a s s e m b l é a só s e r á v a l i d a p o r dois t e r ç o s dos v o t o s t e r m o a s s i g n a d o p e l o d e p o s i t a n t e e p o r u m e m p r e g a d o
p r e s o n t e s , r e p r c s e n t a n d o e s t e s , pelo m e n o s , u m q u i n t o do do b a n c o , e o l e v a n t a m e n t o do d e p o s i t o só p o d e r á f a z e r - s e
capital realizado. p o r meio d e r e c i b o a s s i g n a d o e m s e g u i d a ao t e r m o d e d e -
§ •'." Q u a n d o h o u v e r a r e s o l v e r s o b r e o o b j e c t o d e q u e posito pelo o r i g i n a r i o d e p o s i t a n t e ou pelo a d q u i r e n t e d a s
t r a t a o p r e s e n t e a r t i g o , o b s e r v a r - s e - h a o disposto n a ul- a c ç õ e s por s u c c e s s ã o ou o u t r o t i t u l o l e g i t i m o ;
t i m a p a r t e do § 1." do a r t i g o 5 0 . " 2.° O deposito n ã o p o d e r á s e r l e v a n t a d o p o r a d q u i r e n t e
A r t . d 2 . " O b a n c o t e r á s e m p r e em c a i x a n a s e d e e no d a s a c ç õ e s e m v i r t u d e de titulo a n t e r i o r á r e u n i ã o d a as-
u i t r a m a r a s r e s e r v a s p r e s c r i p t a s n a lei d e 2 7 d e a b r i l e s e m b l é a g e r a l , se o a l h e a d o r t i v e r e n t r a d o n a s u a c o n s t i -
n o c o n t r a t o do 3 0 do n o v e m b r o de 1 9 0 1 . tuição;
A r t . 5 3 . " Os b a l a n c c t e s c b a l a n c o s , o r g a n i z a d o s n o s _ 3.° A o s d e p o s i t a n t e s d a s a c ç õ e s p a s s a r á o b a n c o r e -
t e r m o s da lei de 3 de abril de 18i)(>, e do r e s p e c t i v o r e - cibo p a r a p r o v a do d e p o s i t o , c n e s s e r e c i b o se í n s e r i r á
g u l a m e n t o , s e r ã o e n v i a d o s , d e n t r o dos p r a z o s r e g u l a m e n - a c l a u s u l a d o p a r a g r a p h o a n t e c c d e n t e ;
t a r e s , á s e c r e t a r i a do G o v e r n o da p r o v i n c i a ou d i s t r i c t o 4 . " A s procuiv.eões p a r a r e p r e s e n t a ç ã o n a a s s e m b l é a
a u t o n o m o , o n d e o b a n c o tiver c a i x a s filiaes ou a g e n c i a s , g e r a l dos a c e i o n i s t a s p o r d i r e i t o p r o p r i o e o t i t u l o d e r e -
a fim de s e r e m p u b l i e a d o s no rcsixíctivo Jiolctim Official, p r e s e n t a ç ã o c o n f e r i d a p a r a o a g r u p a m e n t o , d e q u e t r a t a
e i g u a l m e n t e s e r á e n v i a d o u m d u p l i e a d o á .Direccão G e r a l i e s t e a r t i g o , p o d e r ã o s e r n o p r i r n e i r o c a s o p o r s i m p l e s c a r -
d o U I t r a m a r , p a r a os effeitos do a r t i g o 13." d a q u e l l a lei. I t a s e n o s e g u n d o p o r m e i o de a c t a a s s i g n a d a p e l o s a c c i o -
1902 51 Fevereiro 20

nistas agrupados. U m a s e outras deverão ser apresen- impera.tivo. A s p r o c u r a ç õ e s considerar-se-hão e m vigor a t é


t a d a s ao p r e s i d e n t e d a a s s e m b l é a g e r a l a t é á v e s p e r a que sejam r e v o g a d a s p o r outra posterior, por carta de
i n e l u s i v e d o d i a fixado p a r a a r e u n i ã o d ' e s t a ; quem a concedeu dirigida á presidencia da assembléa ge-
o.° Os incapazes, pessoas moraes, sociedades e mulhe- r a l , ou p o r c o m p a r e n c i a do a s s o c i a d o n a a s s e m b l é a g e r a l
res casadas, serão representados por aquelles a q u e m essa cm sessão posterior á data da procuraçao.
representação pertença por direito; A r t . 64.° A assembléa geral, devidamente constituida,
6 . ° S ó p o d e m s e r m a n d a t a r i o s os a c e i o n i s t a s q u e p o s - r e p r e s e n t a a u n i v e r s a l i d a d e dos direitos sociaes do b a n c o .
s a m e n t r a r na composição da assembléa geral p o r direito Compete-lhe:
proprio; 1.° E l e g e r a m e s a d a m e s m a a s s e m b l é a , o g o v e r n a d o r ,
7 . " O n u m e r o d e v o t o s d o s a c e i o n i s t a s só t e r á a limi- d o i s v i c e - g o v e r n a d o r e s , cinco s u p p l e n t e s , t r e s m e m b r o s d o
t a ç ã o p r e s e r i p t a n o § 3 . ° d o a r t i g o 1 8 3 . ° do C o d i g o C o m - c o n s e l h o fiscal e t r e s s u b s t i t u t o s , n a s e p o c a s e p e l a f ó r m a
mercial, mas cada mandatario não poderá representar mais designada nestes estatutos;
que um mandante; 2.° D i s c u t i r e v o t a r o p a r e c e r d a s c o m m i s s õ e s q u e e l e -
8.° A a s s e m b l é a . g e r a l n ã o p o d e r á c o n s t i t u i r - s e s e m g e r ; t r a t a r de t o d o s os o b j e c t o s de i n t e r e s s e d a s o c i e d a d e ,
q u e e s t e j a r e p r e s e n t a d o pelo m e n o s 5 por cento do ca- q u e l h e s f o r e m s u b m e t t i d o s p e l a g e r e n c i a e c o n s e l h o fiscal
p i t a l r e a l i z a d o do b a n c o . ou por qualquer m e m b r o da assembléa;
A r t . 59.° A a s s e m b l é a g e r a l p a r a p o d e r funccionar ca- 3 . ° D e l i b e r a r s o b r e os r e g u l a m e n t o s q u e l h e f o r e m a p r e -
r e c e d e q u e se a c h e m p r e s e n t e s , p e l o m e n o s , t r i n t a a c e i o - sentados pela g e r e n c i a p a r a a b o a administração do b a n c o ;
n i s t a s c o m v o t o , e q u e a c o n v o c a ç ã o h a j a sido f e i t a n o s 4.° Discutir e votar o relatorio e contas annuaes, apre-
termos d'estes estatutos, designando-se nessa convocação sentadas pela gerencia;
o objecto da reunião a liora e o local. 5 . " A m p l i a r ou m o d i f i c a r os p r e s e n t e s e s t a t u t o s , g u a r -
§ 1.° S e n o d i a a p r a z a d o n ã o se r e u n i r o n u m e r o p r e - dando as devidas formalidades;
ciso d e a c c i o n i s t a s p a r a f o r m a r e m a a s s e m b l é a g e r a l , f a r - 6.° A u c t o r i z a r a g e r e n c i a a resolver, de acordo com o
s e - h a u m a n o v a c o n v o c a ç ã o p a r a o u t r o d i a , e se n e s t e d e - c o n s e l h o fiscal, s o b r e a o p p o r t u n i d a d e e t e r m o s d a s n o v a s
signado ainda o n u m e r o não estiver preenchido meia hora emissões do capital social.
depois da m a r c a d a p a r a a reunião, a assembléa poderá A r t . 6 5 . " A s s e s s õ e s da. a s s e m b l é a g e r a l s e r ã o o r d i n a -
c o n s t i t u i r - s e c o m os q u i n z e m e m b r o s q u e e s t i v e r e m p r e - r i a s ou e x t r a o r d i n a r i a s .
sentes. A s p r i m e i r a s verificar se-hão no dia 15 de f e v e r e i r o de
§ 2.° Q u a n d o a a s s e m b l é a g e r a l t i v e r q u e r e s o l v e r s o b r e c a d a a n n o , ou n o p r i m e i r o d i a util q u e se lhe s e g u i r , q u a n -
a r e d u c ç ã o d o c a p i t a l social, ou d i s s o l u ç ã o e l i q u i d a ç ã o do d o a q u e l l e f ô r i m p e d i d o ; as s e g u n d a s , q u a n d o f o r e m c o n -
b a n c o ou s o b r e a l t e r a ç ã o d o s e s t a t u t o s , d e v e r - s e - h ã o r e s - v o c a d a s pelo presidente, a r e q u e r i m e n t o da gerencia, do
p e c t i v a m e n t e , o b s e r v a r as d i s p o s i ç õ e s d o s a r t i g o s 5 0 . ° e c o n s e l h o fiscal, ou d e v i n t e m e m b r o s d a a s s e m b l é a g e r a l
51.° e seus paragraphos, sendo convocada essa assembléa q u e , r e p r e s e n t a n d o , p e l o m e n o s , a v i g e s i m a p a r t e do c a -
o n u m e r o de vezes que fôr necessario p a r a r e u n i r o nu- p i t a l s u b s c r i p t o , m o t i v a r e m o s e u r e q u e r i m e n t o , e, e s t a n -
m e r o cle socios e a r e p r e s e n t a ç ã o d e c a p i t a l , q u e se a c h a d o p r e s e n t e s , p e l o m e n o s , d o z e dos s i g n a t a r i o s , n a r e u n i ã o
m a r c a d o n o s dois r e f e r i d o s a r t i g o s e. c o n f o r m e os r e s p e - da assembléa geral.
ctivos casos. § u n i c o . A m e s a d a a s s e m b l é a g e r a l i n i c i a r á os t r a b a -
A r t . 60.° A assembléa geral será convocada pelo seu lhos, f a z e n d o a c b a m a d a dos accionistas e d e c l a r a n d o o
p r e s i d e n t e p o r a v i s o s d i r i g i d o s a t o d o s os a c c c i o n i s t a s , q u e n u m e r o de votos que p e r t e n c e a cada accionista.
t i v e r e m direito a t o m a r p a r t e n a s assembléas e cujas mo- A r t . 66.° F a r á o objecto da reunião da assembléa geral
r a d a s s e j a m conhecidas no b a n c o e a l e m d'isso por a n n u n - ordinaria:
cios n o Diario do Governo e e m dois o u t r o s j o r n a e s , de- 1.° A e l e i ç ã o d a m e s a d a a s s e m b l é a g e r a l , a q u a l , e m
v e n d o e s t e s a n n u n c i o s p r e c e d e r q u i n z e d i a s as a s s e m b l é a s acto continuo, occupará o seu l o g a r ;
g e r a e s e n o v e n t a d i a s as e x t r a o r d i n a r i a s e d e s i g n a n d o 2.° A d i s c u s s ã o do r e l a t o r i o d a g e r e n c i a e v o t a ç ã o so-
sempre o objecto da convocação. b r e o p a r e c e r do c o n s e l h o fiscal;
§ unico. A assembléa geral não poderá tomar delibera- 3 . ° A eleição d a g e r e n c i a , c o n s e l h o fiscal e s u b s t i t u t o s ,
ção a l g u m a sobre assumpto e s t r a n h o áquelle p a r a que tiver nas epocas em que a m e s m a eleição deva ter logar.
sido c o n v o c a d a . § u n i c o . D a n d o - s e a i m p o s s i b i l i d a d e em a l g u n s d o s elei-
A r t . 61.° A mesa da assembléa geral será composta de tos p a r a a m e s a d a a s s e m b l é a g e r a l d e p o d e r o c c u p a r
u m p r e s i d e n t e , u m v i c e - p r e s i d e n t e , dois s e c r e t a r i o s e dois d e s d e logo o s e u l o g a r , c o n t i n u a r ã o a f u n c c i o n a r os m e m -
v i c e - s e c r e t a r i o s , eleitos a n n u a l m e n t e p o r m a i o r i a a b s o l u t a bros d a mesa anterior, que não p u d e r e m ser substituidos
em p r i m e i r o e s c r u t i n i o ou m a i o r i a r e l a t i v a n o s e g u n d o . p e l o s n o v o s eleitos.
§ 1.° A o p r e s i d e n t e c o m p e t e d i r i g i r os t r a b a l h o s d a as- A r t . 67.° A s sessões da assembléa geral serão proro-
sembléa geral. g a d a s por tantos dias uteis quantos s e j a m necessarios
§ 2 . ° I n c u m b e aos s e c r e t a r i o s , e n a s u a a u s e n c i a a o s p a r a e s g o t a r os a s s u m p t o s s o b r e q u e h a j a d e se t o m a r r e -
v i c e - s e c r e t a r i o s , r e d i g i r a s a c t a s d a s sessões, e c o a d j u v a r solução.
o e x p e d i e n t e e registo dos trabalhos. A r t . 6 8 . ° D u r a n t e os q u i n z e d i a s q u e p r e c e d e r e m a
§ 3.° O vice-presidente s e r v e a p e n a s no impedimento do reunião da assembléa geral ordinaria ó permittido a todo
presidente, e e m sua falta é substituido p o r u m dos secre- o accionista o e x a m e d a s contas e livros do banco, com
tarios. e x c e p ç ã o do livro d a s a c t a s d a g e r e n c i a ou d o c o n s e l h o
§ 4.° N a falta de secretarios e vice-secretarios, o presi- fiscal, d o r e g i s t o d e l e t r a s e d o s d e p o s i t o s p a r t i c u l a r e s .
d e n t e n o m e a r á d o s a c c i o n i s t a s p r e s e n t e s q u e m os s u b s - A r t . 69.° A s actas da a s s e m b l é a geral d e v e r ã o conter
titua. a r e l a ç ã o fiel d o s a c t o s d a a s s e m b l é a e u m a lista dos a c -
A r t . 62.° T o d a s as resoluções das assembléas g e r a e s cionistas que tiverem estado p r e s e n t e s á reunião.
serão t o m a d a s por maioria de votos dos accionistas pre-
s e n t e s , s a l v o s os c a s o s e s p e c i a e s d e s i g n a d o s n e s t e s e s t a -
SECÇÃO I I
tutos.
A r t . 6 3 . ° O s m e m b r o s d a g e r e n c i a ou d o c o n s e l h o fis- D a g e r e n c i a do banco
cal n ã o p o d e r ã o r e p r e s e n t a r o u t r o s a c c i o n i s t a s , n e m f a z e -
r e m - s e r e p r e s e n t a r q u a n d o se t r a t e d e a c t o s d e s e u e x e r - A r t . 7 0 . ° A d i r e e ç ã o d o s n e g o c i o s do b a n c o é c o n f i a d a
cicio . a u m a g e r e n c i a c o m p o s t a d e u m g o v e r n a d o r e dois v i c e -
§ u n i c o . N ã o s e r ã o aclmittidas p r o c u r a ç õ e s c o m m a n d a t o í g o v e r n a d o r e s , eleita p o r m a i o r i a a b s o l u t a d e v o t o s e m p r i -
Fevereiro 27 52 1902

u i e i r o e s c r u t i n i o , ou r e l a t i v a n o s e g u n d o , d e v e n d o a e l e i - 17.° R e p r e s e n t a r o banco nas suas relações com o G o -


ção recair e m aceionistas cidadãos p o r t u g u e s e s . v e r n o , com terceiro ou e m juizo, como a u c t o r ou r e u , po-
§ 1.° I l a v e r á c i n c o s u b s t i t u t o s , eleitos b i e n n a l m e n t e d e n d o p a r a e s s e fim c o n s t i t u i r p r o c u r a c l o r c s ;
p a r a o i m p e d i m e n t o de q u a l q u e r dos g e r e n t e s . 18.° E l a b o r a r o relatorio resumido de todas as opera-
§ 2 . ° A g e r e n c i a c r e n o v a d a n o fim d o p r i m e i r o b i e n - ç õ e s d o b a n c o , e o b a l a n ç o g e r a l clo a n n o , p a r a s e r e m
nio p o r u m terço, d e v e n d o sair aquelle dos g e r e n t e s q u e j a p r e c i a d o s p e l o c o n s e l h o fiscal e s u b m e t t i d o s á a p p r o v a -
a s o r t c d e s i g n a r ; no fim-do s e g u n d o b i e n n i o s a i r á o u t r o ção da assembléa g e r a l ;
g e r e n t e p e l o m e s m o m o d o , e n o fim d o t e r c e i r o b i e n n i o , e 19.° E n v i a r aos accionistas, d e v i d a m e n t e i m p r e s s o , o
d'ali e m deante, sairá sempre o mais antigo. A sorte será relatorio a n n u a l d a g e r e n c i a c r e s p e c t i v o p a r e c e r do con-
extrahida perante a assembléa geral. s e l h o fiscal, q u i n z e d i a s a n t e s d a r e u n i ã o d a a s s e m b l é a
§ 3.° A reeleição é s e m p r e p e r m i t t i d a . geral ordinaria.
§ 4." Não poderão simultaneamente fazer p a r t e da ge- § unico. N e n h u m acto da g e r e n c i a será valido s e m a
r e n c i a socios d a m e s m a f i r m a , ou p a r e n t e s a t é ao s e g u n - a s s i g n a t u r a cle dois g e r e n t e s , p e l o m e n o s .
do g r a u p o r direito civil. A r t . 7 3 . ° N o c a s o d e f a l t a ou i m p e d i m e n t o d o g o v e r n a -
§ õ.° O m a n d a t o é s e m p r e r e v o g a v e l nos t e r m o s d e di- d o r , s e r á elle s u b s t i t u i d o p e l o v i c e - g o v e r n a d o r q u e t i v e r s i d o
reito. escolludo pelo conselho fiscal.
A r t . 7 1 . ° T a n t o o g o v e r n a d o r c o m o os v i c e - g o v e r n a d o - A r t . 7 4 . ° N o c a s o d e f a l t a ou i m p e d i m e n t o d e q u a l q u e r
r e s , a n t e s d e e n t r a r e m e m e x e r c i c i o , p r o v a r ã o q u e são dos v i c e - g o v e r n a d o r e s , será este substituido pelo substi-
p r o p r i e t a r i o s d e c e n t o e c i n c o e n t a a c ç õ e s do B a n c o N a - tuto mais votado e e m igualdade de circumstancias pelo
cional U l t r a m a r i n o , as quaes f c a r ã o a v e r b a d a s em cauçâo mais velho.
da sua gerencia, e serão inalienaveis, emquanto aquella § 1.° O s u b s t i t u t o q u e fizer i n t e r i n a m e n t e a s v e z e s d o
n ã o t e r m i n a r , e elles g e r e n t e s não o b t i v e r a n a c o m p e t e n t e v i c e - g o v e r n a d o r , d e v e r á m o s t r a r q u e é p o s s u i d o r d e ÕO
quitação. acções, as quaes íicarão a v e r b a d a s , como g a r a n t i a , d u r a n t e
A r t . 72.° O governador é o presidente da gerencia, e a sua gerencia.
r e g u l a os s e u s t r a b a l h o s . A g e r e n c i a t e m a s s e g u i n t e s a t - § 2 . " E m t o d o s os c a s o s d e s u b s t i t u i e ã o , o o r d e n a d o d o
tribuições : substituido passa para o substituto.
1." N o m e a r e d e m i t t i r os e m p r e g a d o s do b a n c o , e d e A r t . 75.° A gerencia deverá, ouvido o conselho fiscal,
s u a s filiaes, e s c o l h e r os a g e n t e s , e p r o v e r á o r g a n i z a ç ã o e m c a s o s e x t r a o r d i n a r i o s , ou p a r a r e s o l v e r a c ê r c a d e al-
do serviço ; g u m a operação especial. cujo valor e x c e d a a 3 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0
2 . ° A s s i g n a r a c o r r e s p o n d e n c i a , os p e r i e n c e s e q u i t a - r é i s , c o n v o e a r os v i n t e m a i o r e s a c c i o n i s t a s d o b a n c o , o u -
ç õ e s d e l e t r a s , os r e c i b o s , s a q u e s , o r d e n s d e p a g a m e n t o vindo-os e fazendo menção n a acta o voto d'aquelles, que
ou t r a n s f e r e n c i a s , as acções, notas e obrigações, e em ge- compareceram.
r a l t o d o s os d o c u m e n t o s d e r e s p o n s a b i l i d a c l e ; A r t . 76.° Os m e m b r o s da gerencia não c o n t r a e m , e m
3.° R e g u l a r a e s c r i p t u r a ç ã o do b a n c o e todo o seu ex- vírtude de seu cargo, responsabilidacle a l g u m a pessoal
p e d i e n t o , e f a z e r os n e c e s s a r i o s r e g u l a m e n t o s , d e a c o r d o p a r a com terceiros, m a s s o m e n t c r c s p o n d e m p a r a com a
com o conselho fiscal; a s s e m b l é a g e r a l pelo c u m p r i m e n t o do m a n d a t o acceito.
4." Conferir d i a r i a m e n t e a c a i x a , c r u b r i c a r o e x t r a c t o A r t . 77-° O g o v e r n a d o r v e n c e r á a n n u a l m e n t e a r e m u n e -
da conferencia em livro especial; r a ç ã o cle 3 : 6 0 0 ; > 0 0 0 r é i s , e os v i c e g o v e r n a d o r e s a d e r e i s
o . ° E n v i a r m e n s a l m e n t e ao G o v e r n o o b a l a n c e t e d o es- 3:000^000 cada um.
t a d o í i n a n c e i r o d o b a n c o , r e l a t i v o ao m ê s a n t e r i o r , e o
SECÇÃO III
relatorio, balanço e contas annuaes, depois de verifica-
d a s p e l o c o n s e l h o fiscal e a p p r o v a d a s p e l a a s s e m b l é a g e r a l ; D o conselh.o fiseal
6 . ° C o n s u í t a r o c o n s e l h o fiscal e m t o d o s os n e g o c i o s dc
maior gravidade ; A r t . 7 8 . ° O c o n s e l h o fiseal c o m p õ e - s e d e t r e s m e m b r o s
7.° P r e p a r a r os t r a b a l h o s q u e t i v e r e m d e s e r p r e s e n - eleitos a n n u a l m e n t e pela assembléa geral, e é a delegação
tes á a s s e m b l é a geral, c o m o c x a m e do conselho fiscal; da a s s e m b l é a p e r a n t e a g e r e n c i a do b a n c o .
8." O r g a n i z a r a s i n s t r u c ç õ e s , m o d e l o s e conclições g e - § 1.° H a v e r á i g u a l m e n t e t r e s s u b s t i t u t o s , os q u a e s , b e m
r a e s dos c o n t r a t o s e o p e r a ç õ e s do b a n c o ; c o m o os e f f e c t i v o s , p o d e r ã o s e r r e e l e i t o s .
9 . " A u c t o r i z a r o a r r e n d a m e n t o e e m p r a z a m e n t o ou c o m - g 2 . ° N o c a s o d e f a l t a ou i m p e d i m e n t o d e q u a l q u e r d o s
p r a cle b e n s i m m o v e i s p a r a e s t a b e l e e i m e n t o do b a n c o , ou m e m b r o s d o c o n s e l h o fiscal, s e r á c l i a m a d o u m d o s s u b s t i -
d e s u a s filiaes e a g e n c i a s ; tutos. Os substitutos serão c h a m a d o s pela o r d e m dos m a i s
10.° R e g u l a r o e m p r e g o d o s f u n d o s do b a n c o , e o r d e - v o t a d o s n a a s s e m b l é a g e r a l , ou t e n d o i g u a l v o t a ç ã o , p r e -
n a r o p p o r t u n a m e n t c as o p e r a ç õ e s a u c t o r i z a d a s n e s t e s e s - f e r e m os m a i s v e l h o s .
tatutos ; § 3 . ° D o m e s m o m o d o q u e n a g e r e n c i a , c o m o fica cle-
1 1 . ° A u c t o r i z a r , o u v i d o o c o n s e l h o fiscal, a s a c q u i s i - t e r m i n a d o n o § 4 . ° d o a r t i g o 7 0 . " , n ã o p o d e r ã o s e r v i r si-
ções por adjudieacão de b c n s immoveis, quando por outro m u l t a n e a m e n t e n o c o n s e l h o fiscal socios d a m e s m a firma,
m o d o se n ã o r e a i i z a r a c o b r a n ç a d o s c r e d i t o s clo b a n c o , ou p a r e n t e s a t é ao 2 . ° g r a u p o r d i r e i t o c i v i l .
b e m c o m o a v e n d a ou t r o c a d o s m e s m o s b e n s , p o r l i c i t a ç ã o A r t . 7 9 . " O c o n s e l h o fiscal r e u n i r - s e - h a n o e s c r i p t o r i o
ou a m i g a v c l m e n t e ; do b a n c o d u a s v e z e s p o r m ê s e m d i a s p r e f i x o s , e e x t r a o r -
12.° R e s o l v e r a c ê r c a d a convocação de sessões e x t r a o r - dinariamente quando fôr convocado pela gerencia.
dinarias da assembléa geral, quando o julgue conveniente; Compete-lhe:
13." R e g u l a r o c o m p u t o dos f u n d o s d e s t i n a d o s á sec- 1.° E x a m i n a r e fiscalizar os b a l a n c e t e s m e n s a e s , b a -
ç ã o clo creditt» p r e d i a l , a s u a e s c r i p t u r a ç ã o p r i v a t i v a , e a lanço e contas annuaes, que d e v e m ser presentes, com o
fixaçâo, g u a r d a e e m p r e g o do respe;-tivo f u n d o de ga- seu p a r e c e r , á a s s e m b l é a geral, e b e m assim as p r o p o s t a s
rantia ; r e l a t i v a s á fixaçâo dos d i v i d e n d o s , e m i s s ã o c o m p l e m e n t a r
14.° D e l i b e r a r sobre a emissão de n o t a s e obrigações, d o f u n d o social, a u c t o r i s a d a p e l a a s s e m b l é a g e r a l , e m i s -
n a c o n i b r m i d a d o d o s p r e c e i t o s cVestes e s t a t u t o s ; são e a p p l i c a ç ã o d e o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s , a l t e r a ç ã o d o s es-
1 0 . " R e s o l v e r , o u v i d o o c o n s e l h o fiscal, s o b r e a o p p o r - t a t u t o s , d i s s o l u ç ã o do b a n c o , ou q u a e s q u e r o u t r a s p r o p o s -
tunidade da v e n d a dos bens immoveis, adquiridos pelo tas q u e , no interesse d ' e s t e , a g e r e n c i a e n t e n d a d e v e r
banco dentro das suas faeuldades; apresentar á assembléa geral;
l(j.". L a v r a r actas das suas cleliberações, q u a n d o o j u l - 2.° V e r i f i c a r c o l l e c t i v a m e n t e , ou p o r q u a l q u e r d o s s e u s
gar conveniente; membros, a caixa e seus documentos, u m a vez p o r s e m a n a ;
1902 53 Fevereiro 20

3 . ° A s s i s t i r ao s o r t e i o d a s o b r i g a ç õ e s p r e d i a e s , e á i n u - n l i i a N a c i o n a l d e C a m i n h o s d e F e r r o , c o n c e s s i o n a r i a clo
tilização das s o r t e a d a s ; C a m i n h o de F e r r o d e F o z - T u a a M i r a n d e l l a r e i a t i v a ao
4.° Veriticar, quando o j u l g a r conveniente, a existeneia p e r i o d o decorriclo d e 1 d e j u l h o a 3 1 d e d e z e n i b r o d e 1 9 0 1
e m c o f r e d a s a c ç õ e s q u e s e r v e m d e g a r a n t i a dos g e r e n t e s ; ( p r i m e i r o s e m e s t r e clo a n n o e c o n o m i c o d e 1 9 0 1 - 1 9 0 2 ) : b a
Õ.° V i g i a r p e l a r e s t r i c t a e x e c u c à o dos e s t a t u t o s e r e s o - p o r b e m , c o n f o r m a n d o - s e c o m o p a r e c e r clo C o n s e l h o S u -
lucõcs da assembléa geral; p e r i o r cle O b r a s P u b l i c a s e M i n a s , a p p r o v a r a m e s m a li-
tí.° R e q u e r e r a c o n v o c a ç ã o d a a s s e m b l é a g e r a l , q u a n d o quidação e determinar que á mencionada Companhia seja
o j u l g a r n e c e s s a r i o , e x i g i n d o - s c n e s t e caso o v o t o u n a n i - p a g a , s a l v a s as d i s p o s i ç õ e s do a r t i g o 1Ô.° d a c a r t a d e lei
m e do conscllio. de 26 de fevereiro de 1892, a quantia de 18:500^447 réis,
A r t . 8 0 . ° A s d e l i b e r a ç õ e s do c o n s e l h o s e r ã o t o m a d a s importancia liquidada da referida garantia de j u r o .
p o r m a i o r i a d e v o t o s d o s v o g a e s p r e s e n t e s , e c o n s t a r ã o de O q u e se c o m m u n i c a ao D i r e c t o r F i s c a l d e e x p l o r a ç ã o
a c t a s l a v r a d a s e m l i v r o p a r a e s s e effeito d e s t i n a d o , d e v e n - d e C a m i n h o s d e F e r r o , p a r a os d e v i d o s effeitos.
do s e r a s s i g n a d a s p o r t o d o s os v o g a e s p r e s e n t e s . P a ç o , em 27 do fevereiro de 1 9 0 2 . = Manuel Francisco
A r t . 8 1 . " O s m e m b r o s do c o n s e l h o fiscal v e n c e r ã o a n - de Vargas.
n u a l m e n t e 400j>000 réis c a d a u m . D . do G. n . ° 17, de 28 d e f e v e r e i r o .

A r t . 8 2 . " O s m e m b r o s do c o n s e l h o fiscal n ã o c o n t r a e m ,
em virtude do seu cargo, responsabilidacle alguma pessoal
para com terceiros; m a s somente respondem p a r a com a G a m i n h o s d e ' F e r r o do E s t a d o
a s s e m b l é a g e r a l pelo c u m p r i m c n t o do m a n d a t o a c c e i t o .
Conselho de Mninistração "
CAPITULO VIII
C o n s i d e r a n c l o a n e c e s s i d a d e cle p r o s e g u i r tão r a p i d a -
Bisposiç5o ívnnsitoria n i e n t e , q u a n t o o p e r m i t t a m os r c c u r s o s d i s p o n i v e i s , n a
A r t . 83.° O banco considcra-se constituido, para todos c o n s t r u c ç ã o do p r o l o n g a m e n t o d a l i n h a do S u l , d e F a r o a
os effeitos d a lei d e 27 de abril d e 1 9 0 1 e r e s p e c t i v o con- V i l l a R e a l d e S a n t o A n t o n i o , e d e f i x a r p o r t a n t o definiti-
trato, desde 1 de março de 1902. vamente a respectiva directriz;
§ unico. Aos corpes g e r e n t e s em exercicio é prorogado Considerando que contra o traçado directo pela f r e n t e
o m a n d a t o a t é á r e u n i ã o d e u m a a s s e m b l é a g e r a l , q u e , d a ciclade d c F a r o r e p r e s e n t a r a m os s e u s h a b i t a n t e s , p e -
d e n t r o d e t r e s m e s e s , a c o n t a r d a d a t a d a a p p r o v a ç ã o d i u d o q u e se d è p r e f e r e n c i a a o u t r o t r a ç a d o q u e , p a s s a n d o
d'estes estatutos, d e v e r á ser convocada. j u n t o d a c i d a d e e ao n o r t e d ' e l ! a , d e i x a r i a l i v r e a s s u a s
P a ç o , em 27 dc fevereiro de 1902. = Antonio Teixeira c o m m u n i c a ç õ e s c o m o m a r , á c u s t a d e m a n o b r a s s u p p l e -
de Sousa = Manuel Francisco de Vargas. m e n t a r e s dos comboios n a estação de F a r o ;
C o n s i d e r a n d o q u e o c u s t o do t r o ç o e n t r e F a r o e O l h ã o ,
X>. do G. 17, de 28 do í e v c r o i r o .
tendo em conta trabalhos j á fcitos, será sensivelmente o
mesmo pelas duas directrizes indicadas;
C o n s i d e r a n d o q u e a escolna definitiva deve ter por cri-
S e n d o n e c c s s a r i o , c o m o p r e v i d e n c i a t r a n s i t o r i a e em- terio o interesse regional:
q u a n t o o Banco Nacional U l t r a m a r i n o não realiza a emis- S u a M a j e s t a d e -El-Rei h a p o r b e m d e t e r m i n r . r q u e u m a
são d a s n o t a s a q u e se r e f o r e m os a r t i g o s 2 8 . ° e 2 9 . ° d a commissão c o m p o s t a dos P a r e s do Reino, Consellieiros
c a r t a cle lei d e 2 7 cle a b r i l cle 1 9 0 1 , m a n t c r e m c i r c u l a - L u i z F r e d e r i c o cle B i v a r G o m e s dífe C o s t a , J o s é B e n t o
ção as n o t a s , p e l o m e s m o b a n c o c m i i t i d a s , p o r v i r t u d e dos F c r r e i r a do A l m e i d a , J o a q u i m J o s é Coellio cle C a r v a l h o
p r i v i l e g i o s , q u e l h e h a v i a i n sido c o n c e d i d o s p e l a s leis de c J o s é G r e g o r i o de F i g u e i r e d o Mascarenlias, e dos D e p u -
115 d e raaio de 1 8 0 1 e do 27 d e j a n e i r o d e 1 8 7 6 : h e i p o r tados, Mathcus T e i x e i r a de A z e v e d o , Domingos Eusebio
b e m , n o s t e r m o s do a r t i g o 7 6 . " d a c a r t a do lei d e 27 de da F o n s e c a , Agostinho Lucio da Silva, Francisco Roberto
abril ultimo, decretar o seguinte : de A r a u i o d e M a g a l h ã e s B a r r o s , F r e d e r i c o A l e x a n d r i n o
A r ; i g o 1.° A s n o t a s do B a n c o N a c i o n a l U l t r a m a r i n o , G a r c i a R a m i r e z , .João C a r l o s d e M e l l o Perc-ira d e V a s c o n -
d a s e m i s s õ e s a u c t o r i z a d a s pelas; leis cle 16 d e m a i o d e cellos, clo G o v e r n a d o r Civil do d i s t r i c t o d c F a r o , J o ã o
J o s é d a S i l v a F e r r e i r a N e t t o , do i n s p e c t o r g e r a l do C o r p o
1 8 6 4 o d e 2 i de j a n e i r o d e 1 8 7 6 , c o n t i n u a m a t e r c u r s o
de E n g e n h a r i a Civil, C o n s c l l i e i r o J o a q u i m P i r e s d e S o u s a
lcgal nas provincias u l t r a m a r i n a s , como valor r e p r e s e n t a -
G o m e s , e dos v o g a e s cla c o m m i s s ã o e x e c u t i v a do C o n s e -
tivo d e p r a t a e n e s t a e s p e c i e c o n v e r t i v c l , n o s t e r m o s dos
l h o d e A d m i n i s t r a ç ã o d o s C a m i n h o s d e F e r r o do E s t a d o ,
a r t i g o s 2 6 . " c 3 0 . ° d a c a r t a d c lei dc 27 d e a b r i l d e 1 9 0 1 ,
Conselhciro Augusto Ccsar Justino Teixeira e José Fer-
a t é q u e o m e s m o b a n c o p r o c e d a á n o v a e m i s s ã o n a s con-
n a n d o d e S o u s a , o p r i m e i r o d e s q u a e s s e r v i r á cle p r e s i d e n t e
dições d a c i t a d a c a r t a d e lci e do c o n t r a t o cle 3 0 d c n o -
c o ultimo de secretario, aprecie a reclamaeão dos habi-
vembro dc 1901.
t a n t e s d e F a r o , e f a c a o c o n f r o n t o d a s d u a s d i r e c t r i z e s sob
Art. 2.° F i c a r e v o g a d a a legislação e m c o n t r a r i o . 1 ?
O s M i u i s t r o s e S e c r e t a r i o s cle E s t a d o dos N e g o c i o s da o p o n t o cle v i s t a d a s c o n v e n i e n c i a s l o c a e s e do i n t e r e s s e
Marinha e UItramar, e das Obras Publicas, Commercio c r e g i o n a l , p r o p o n d o a solução q u e m a i s c a b a l m e n t e os p o s s a
I n d u s t r i a , a s s i m o t e n l n u n e n t e n d i d o e faç.am e x e c u t a r . satisfazer.
Paço, em 27 de fevereiro de 1902. = R E I . — Antonio Paço, em 27 dc fevereiro dc ld02. = Manuel Francisco
Teixeira de Sousa—Manuel Francisco da Vargas. de Vargas. D. do G. u.° -18, de 1 do inarço.
D . do G. 17; de 2S de f e v e r e i r o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
D i r e e ç ã o G e r a l de A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Civil
D i r e e ç ã o Geral d e O b r a s P u b l i c a s e M i n a s
l. a Repartição
Repartição de Obras Publicas
H e i p o r b e m p r o r o g a r , n o s t e r m o s do a r t i g o 3S.", §
S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a q u e m foi p r e s e n t e a c o n t a d e do d e c r e t o d e 8 d c a g o s t o d e 1 9 0 1 , o p r a z o d a c o n c l u s ã o
liquidação dc g a r a n t i a de j u r o , a p r e s e n t a d a pela Compa- das operações do r e c e n s e a m e n t o eleitoral nos concclhos de
Fevereiro 27 54 1902

B r a g a n ç a , C o v i l h ã e P e s o d a R e g u a a t é ao d i a 1 0 d o p r o - O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e Se-


x i m o m ê s d e m a r ç o ; nos eoncelhos de Olhão, V i a n n a do c r e t a r i o de E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a
C a s t e l l o , V i e i r a , T o r r e s N o v a s , E s t r e m o z , M o n t e m o r - o - N o - e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 27 d e f e v e r e i r o de
v o , S i l v e s e M o u r ã o , a t é a o d i a 2 0 d o r e f e r i d o m ê s ; a t é ao 1 9 0 2 . = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
d i a 3 1 do m e s m o m ê s d e m a r ç o no d e M o i m e n t a d a B e i r a , D . do G. n . ° 4 9 , d e 3 d e m a r ç o .
e a t é ao dia 8 de abril no de O v a r , observando-se nos ac-
t o s s u b s e q u e n t e s p r a z o s a n a l o g o s a o s e s t a b e l e c i d o s n o ci-
tado decreto
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- H e i por b e m a u c t o r i z a r a C a m a r a Municipal do conce-
c r e t a r i o d e E s t a d o dos Negocios do R e i n o , a s s i m o t e n h a lho d a M a g d a l e n a a criar u m l o g a r d e z e l a d o r , d o t a d o
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 7 d e f e v e r e i r o d e d e n t r o d o s l i m i t e s fixados n o a r t i g o 1 2 7 . ° , § 1.°, d o C o d i g o
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Administrativo, e a cujo serventuario poderá incumbir,
q u a n d o seja necessario, e sem mais r e m u n e r a ç ã o , as f u n c -
U . do G . n . ° .19, d e 3 de m a r ç o .
ções de continuo d a r e s p e c t i v a s e c r e t a r i a , n o s t e r m o s do
a r t i g o 1 2 9 . ° do m e s m o C o d i g o .
O P r e s i d e n t e do Conselho d e Ministros,. Ministro e Se-
H e i p o r b e m p r o r o g a r , n o s t e r m o s d o a r t i g o 3 8 . ° , § 1.°, c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s d o R e i n o , a s s i m o t e n h a
do d e c r e t o d e 8 de a g o s t o d e 1901, o p r a z o d a conclusao entendido e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 27 d e f e v e r e i r o d e
d a s o p e r a ç õ e s d o r e c e n s e a m e n t o e l e i t o r a l n o s c o n c e l h o s d e 1902. = R E I . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
Villa N o v a de Gaia, B r a g a , Villa V e r d e , Guimaraes, A r c o s D . do G. n . ° 4 9 , d e 3 do m a r ç o .
de V a l l e do V e z , M o n s ã o , B e j a , V i d i g u e i r a , F a r o , L a g o a ,
C a n t a n h e d e , G o e s , M i r a , S o u r e e V i l l a R e a l a t é ao d i a 8
d o p r o x i m o m ê s d e m a r ç o , e r e s p e c t i v a m e n t e ao d i t o m ê s ,
a t é a o d i a l õ n o c o n c e l h o d e S a t t a m , a t é ao d i a 1 8 n o s H e i p o r b e m f i x a r , n o s t e r m o s d o a r t i g o 1 2 ? . ° § 1."
d e G o u v e i a e C a m a r a d e L o b o s n o d i s t r i c t o do F u n c h a l , d o C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , e m q u a r c n t a o n u m e r o d o s
a t é a o d i a 2 5 n o d a G u a r d a e a t é ao d i a 3 1 n o d c S o u s e l ; g u a r d a s c a m p e s t r e s clo c o n c e l h o d a R i b e i r a G r a n d e , s e m
devendo nos actos subsequentes ser observados prazos ana- o u t r a r e m u n e r a ç ã o mais que a estabelecida no artigo 448.°
logos aos estabelecidos no citado decreto. do m e s m o C o d i g o .
O P r e s i d e n t e do C o n s e i h o de Ministros, M i n i s t r o e Se- O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e Se-
c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s do Reino, a s s i m o t e n h a c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a
entendido e faça e x e c a t a r . P a ç o , em 27 de fevereiro de entendido e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 7 d e f e v e r e i r o de
1902. = R E I . =Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. 1902. = REI. =• Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
D . do G. n . ° 4 9 , do 3 de março. D . do G. n . ° 41), d e 3 d c m a r ç o .

2.a Repartição S e n d o - m e p r e s e n t e a c o n s u l t a do S u p r e m o T r i b u n a l
A d m i n i s t r a t i v o a c ê r c a d o r e c u r s o 11.0 9 : 0 8 1 , e m q u e é r e -
Visto o disposto nos artigos 55.° n.° 2.°, 5 7 . ° e 118.° corrente Victor Manoel Gonçalves Branco, e recorridos a
d o C o d i g o A d m i n i s f r a t i v o : h e i p o r b e m a p p r o v a r a deli- C a m a r a M u n i c i p a l do concelho d e M o n t a l e g r e e D i o g o G o -
b e r a ç ã o d a C a m a r a M u n i c i p a l do c o n c e l h o d e C e i o r i c o d e m e s d e C a r v a l h o , s e n d o relator o Conselheiro, v o g a l effe-
Basto, de 11 de j a n e i r o ultimo, acêrca da criação de um ctivo, Antonio Telles P e r e i r a de Vasconcellos P i m e n t e l :
p a r t i d o m e d i c o , d o t a d o c o m 300;5>000 r é i s a n n u a e s , e c u j a M o s t r a - s e q u e 0 r e c o r r i d o D i o g o G o m e s cle C a r v a l h o ,
sede será na freguesia de Fermil. m e d i c o m u n i c i p a l , foi n o m e a d o a d m i n i s t r a d o r d o c o n c e -
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e - lho d e M o n t a l e g r e ;
c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d o R e i n o a s s i m o t e n h a Mostra-se que o recorrente Victor Manoel Gonçalves
entendido e faça executar. Paço, em 27 de fevereiro de Branco reclamou perante a Camara Municipal, p a r a que
1902. = REI. — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. e s t a c o m p e l l i s s e 0 r e c o r r i d o D i o g o G o m e s cle C a r v a l h o a
D . do G. n . ° 49, d e 3 d e m a r ç o .
o p t a r p o r u m dos e m p r e g o s , sob p e n a de s u s p e n s ã o e d e -
missão d e m e d i c o do p a r t i d o m u n i c i p a l ;
Mostra-se que a Camara Municipal indeferiu a reclama-
ção d o r e c o r r e n t e ;
H e i p o r b e m l i x a r , n o s t e r m o s d o a r t i g o 4 3 8 . ° , § 1.°, d o Mostra-se que da deliberação da C a m a r a interpôs o re-
Codigo Administrativo, em 2 7 7 ^ 5 0 0 réis annuaes, a dota- corrente recurso para 0 juiz dc direito quc, pelos f u n d a -
ção do p a r t i d o medico m u n i c i p a l , q u e se aclia v a g o n e mentos da sentença recorrida, coniirmou a deliberação
ooncelho de Monsão, e a u c t o r i z a r se p r o c e d a , nos t e r m o s camararia;
legaes, a concurso para o respectivo provimento. Mostra-se q u e da sentença do j u i z v e m 0 p r e s e n t e re-
O P r e s i d e n t e do Conselho d e Ministros, Ministro e S e - curso :
cretario de E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a O que tudo visto e p o n d e r a d o , e a r e s p o s t a do Minis-
entendido e faça executar. Paço, em 27 de fevereiro dc terio P u b l i c o ;
1902. = REI. =Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Considerando que em Montalegre h a dois medicos m u -
D . do C«. n . ° 1 9 , de 3 d e m a r ç o . nicipaes, e assim, a C a m a r a Municipal r e c o r r i d a , indefe-
rindo a r e c l a m a ç ã o do r e c o r r e n t e , j u l g o u , q u e p a r a o s e r -
v i ç o clinico d o c o n c e l h o n ã o i n f l u i a 0 e x e r c e r u m d o s fa-
cultativos as f u n c ç õ e s de a d m i n i s t r a d o r do c o n c e l h o ;
V i a t a s a s i n f o r m a ç õ e s officiaes e o d i s p o s t o n o a r t i g o 3 . ° Considerando que 0 recorrente não allegou facto algum
§ 1.° d o C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o : h e i p o r b e m , c o n f o r m a n - que demonstrasse a falta dos soccorros medicos no conce-
do-me com a consulta do S u p r e m o T r i b u n a l A d m i n i s t r a - lho:
t i v o , d e c r e t a r q u e a f r e g u e s i a d e S . M i g u e l do P a r a i z o , H e i por bem, conformando-me com a m e s m a consulta,
no concelho de Guimaraes, fique detinitivamente annexa- n e g a r p r o v i m e n t o no r e c u r s o , e c o n f i r m a r a s e n t e n ç a r e -
d a p a r a t o d o s os effeitos l e g a e s á d e S . J o r g e d e C i m a d e corrida, pelos f u n d a m c n t o s expostos.
Sellir, no m e s m o concelho. O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
1902 55 Fevereiro 20

Ministros, Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios mercio e I n d u s t r i a , assiin o t e n h a m entendido c f a ç a m


do Reino, assim o tenlia entendido e faça e x e c u t a r . P a ç o , e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 7 cle f e v e r e i r o d e 1 9 0 2 . = R E I . = Er-
em 27 de fevereiro de 1902. = R E I . —Ernesto Rodolpho nesto Rodolpho Hintze Ribeiro —Manuel Francisco de Var-
Hintze Ribeiro. gas.
D . do G-. n . ° -lí), dc 3 de m a r ç o . D . do CT. n . ° 5 0 , d c 1 d e m a r ç o .

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA D i r e e ç ã o G e r a l do C o m m e r c i o e I n d u s t r i a

D i r e e ç ã o G e r a l cle O b r a s P u b l i c a s e M i n a s Repartição do Commercio

Repartição de Obras Publicas T e n d o varios cidadãos da Villa de S a n t a C r u z da Illia


das Flores pedido auctorização p a r a constituirem definiti-
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a C a m a r a Munici- v a m e n t e n a m e s m a villa u m a s o e i e d a d e a n o n y m a d e r e s -
p a l do concelho de V i s e u , e h a v e n d o - s e a b e r t o o i n q u e - ponsa.bilidade limitada com a denominação de «Caixa E c o -
r i t o e i n s t a u r a d o o, p r o c e s s o i n d i c a d o n o d e c r e t o d e 3 d e nomica Florentina», destinada a effectuar operações banca-
n o v e m b r o do 1 8 8 2 : h e i por b e m , c o n f o r m a n d o - m e c o m o rias ;
p a r e c e r do Conselho S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e M i n a s , A t t e n d e n d o ao disposto no a r t i g o 18.° d a lei d e 3 d e
d e t e r m i n a r q u e a e s t r a d a municipal d e 2 . a classe n.° 17 abril de 1 8 9 6 :
do m e s m o c o n c e l h o , D e B o u ç a , n a e s t r a d a r e a l n . ° 7, p e l o H e i p o r b e m concecler-lhes a auctorização pedida.
Casal, I g r e j a e Ribafeita ás A l p a n d r a s da Barca, passe a O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s clas
denominar-se da maneira seguintc: O b r a s Publicas, C o m m e r c i o e Industria', assim o t e n h a en-
D e B o u ç a n a e s t r a d a r e a l n . " 7 , C a s a l , R i b a f e i t a , Se~ tendido e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 27 de fevereiro de
ganhos, Lustosa, Passô, Bigas, Pousa Maria, Sanguinhedo 1902. = REI. — Manuel Francisco de Vargas.
de Maçãs, Asnellas Berthelho, Canidello, á estrada real D . do G . n . ° 51, do íí dc m a r ç o .

n.° 14, nas proximidades de A v i n j e s .


O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros e Ministro e Se-
cretario de E s t a d o dos Negocios do Reino, e o Ministro e
Secretario de E s t a d o dos Negocios das O b r a s Publicas, C a m i n h o s d e F e r r o do E s t a d o
Commercio e Industria, assim o tonhani entendido e f a ç a m
e x e c u t a r . P a ç o , e m 27 de fevereiro de 1 9 0 2 . — R - E L = Conselho de administração
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Manuel Francisco de
S e n b o r . — P o r d e c r e t o d e 3 1 d e j a n e i r o d e 1 9 0 1 cli-
Vargas.
D" do CT, l í . » , ,|C i ,;0.
gnou-se S u a Majestade a Rainha Regente criar a caixa
5 0 D E 111;IR

d e a p o s e n t a ç õ e s e s o c c o r r o s clo p e s s o a l a d m i n i s t r a t i v o e
j o r n a l e i r o dos C a m i n h o s do F e r r o do E s t a d o , e p r o m u l g a r
o respectivo regulamento.
A t t e n d e n d o ao q u e m e representou a C a m a r a Municipal A experiencia tem mostrado a necessidade dc esclare-
do concelho de M a f r a , districto de L i s b o a , e h a v e n d o - s e cer e completar a l g u m a s disposições d'ac|uelle diploma, a
a b e r t o o inquerito e i n s t a u r a d o o p r o c e s s o i n d i c a d o s no fim d e sc p o d e r e m d i s p e n s a r do s e r v i ç o , s e m d u r e z a s d e s -
decreto de 3 de novembro de 1 8 8 2 : hei por b e m , confor- h i u n a i i i . s , o s e m p r e g a d o s q u e p e l a s u a i d a d e e f a l t a cle
m a n d o - m e c o m o p a r e c e r do extincto conselho s u p e r i o r de f o r ç a s se n ã o e n c o n t r a m ao p r e s o n t o a p t o s p a r a o clesem-
obras publicas e minas, determinar que no n u m e r o das p e n h o clas r e s p e c t i v a s f u n c ç õ e s e c u j o t e m p o d e s e r v i ç o
e s t r a d a s m u n i c i p a e s d e 2.a c l a s s e do districto r e f e r i d o , se- llies d á j u s a auxilio igtial ao q u e a n t e s d a c r i a ç ã o d a
j a m incluidas as estradas seguintes : caixa era concedido aos invalidos.
T e e m a l g n n s bastante t e m p o de outros serviços que é
Pincanceira a Freiria dos C h a p e u s . j u s t o c o n t a r para- a a p o s c n t a ç à o . T a m b e m n ã o p ó d e d e i x a r
Ereiria dos C h a p e u s a L i v r a m e n t o . de ser concedido ás familias dos e m p r e g a d o s e operarios,
admittidos àntes da constituição da caixa, que morraru por
O P r e o i d c u t e do C o n s e l h o de Ministros, M i n i s t r o c Se- clesastre no serviço, auxiiio igual ao eslipulado e m relação
cretario d e E s t a d o dos Negocios do Reino, e o Ministro e aos q u e f o r e m a d m i t t i d o s sob a vigencia do r e g u l a m e n t o .
Secretario de E s t a d o dos Negocios das Obras Publicas,
C a s o s b a cle m a m f e s t a i m p o s s i b i l i d a d e , c o m p r o v a c l a p e l a
Commercio e Industria, assim o t e n h a m entendido e façam
pratica de serviço, e m b o r a o e x a m e medico não denuncie
executar. Paço, em 27 de fevereiro de 1 9 0 2 . = = R E I . =
lesões q u e incapacitem a b s o l u t a m e n t e p a r a o trabalho.
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Manuel Francisco de
É p r e c i s o , p o r t a n t o , q u e o p a r e c e r d a j u n t a mcclica n ã o
Vargas.
D . do G. õO, do -1 de m a r ç o .
s e j a o d o c u m e n t o unico e m q u e se baseie o processo de
aposeiitação.
A o p e s s o a l q u e , s e m s.cr d o q u a d r o d o s c a m i n h o s d e
f e r r o , está ao serviço d a C a i x a , é j u s t o c o n c e d e r v a n t a -
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a C a m a r a M u n i c i - g e n s q u e ao p e s s o a l f e r r o - v i a r i o p r o p o r c i o n a a q u e l l a insti-
pal do concelho de Coruclie, o havendo-se aberto o inque- tuicão.
rito e i n s t a u r a d o o processo indicados no d e c r e t o de 3 de 0 p r e s e n t e p r o j e c t o d e d e c r e t o t e m p o r fim, a t t e n d e n d o
n o v e m b r o de 1 8 ^ 2 : hei por b e m , c o n f o r m a n d o - m e com o ás consideracões cxpostas, a s s e g u r a r á C a i x a de A p o s e n -
p a r e c e r do C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e M i n a s , tações o d e s e i n p e n h o da m i s s ã o q u e lhe c o m p e t c , de assis-
d e t e r m i n a r q u e no n u m e r o das e s t r a d a s m u n i c i p a e s do tencia e p r o t e c e à o do pessoal ferro-viario, permittindo, ao
districto de S a n t a r e m , seja incluida a scguinte: m e s m o t e m p o , á administração ter e m serviço dc t a n t a im-
E s t r a d a districtal n.° 132, S a l v a t e r r a de M a g o s a Mora, p o r t a n c i a e responsabilidacle, a g e n t e s validos.
P i n h a l d a h e r d a d e de A l m e i d i n h a , r n a r g c m direita do rio Ouso, p o r t a n t o , e s p e r a r que V o s s a M a j e s t a d e se digna-
S o r r a i a ás p r o x i m i d a d e s do Culmieirinho. rá conccder-llie a sua approvação.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secre- S e c r e t a r i a de. E s t a d o d o s N e g o c i o s d a s O b r a s P u b l i c a s ,
t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d o R e i n o , e o M i n i s t r o e S e - C o m m e r c i o e I n d u s t r i a , 2 7 d c f e v e r e i r o d e 1 9 0 2 . = JI/a-
c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s d a s O b r a s P u b l i c a s , C o m - nuel Francisco de Vargas.
Fevereiro 27 56 1902

A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u o M i n i s t r o e S e c r e - O T r i b u n a l de Contas declarou achar-se este credito


tario de E s t a d o dos Negocios das O b r a s Publicas, Com- nos t e r m o s legaes de ser decretado.
mercio e I n d u s t r i a : bei por bem d e c r e t a r o s c g u i n t e : O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o dc E s t a d o d o s N e g o c i o s d a F a -
A r t i g o i . ° S e r ã o a p p l i c a v e i s a o s e m p r e g a d o s e o p e r a r i o s z e n d a e i n t e r i n o nos N e g o c i o s E s t r a n g e i r o s , a s s i m o t e n h a
d o s C a m i n h o s d e F e r r o do E s t a d o , q u e c o n t a s s e m m a i s e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 7 d e f e v e r e i r o d e
d e d e z e m e n o s d e v i n t e c cinco a n n o s d e s e r v i ç o n a d a t a 1902. = REI. = Fernando Mattozo tíantos.
da constituição da caixa de aposentações e soccorros, 1). do Cl. ii. n f'2, de G de m a r ç o .

c r i a d a p o r d e c r e t o de 3 1 de j a n e i r o de 1 9 0 1 , as d i s p o s i -
ções d o s a r t i g o s 2 7 . " e 7 3 . ° do r e s p e c t i v o r e g u l a m e n t o ,
n o caso d e m a u i f e s t a i n c a p a c i d a d e p a r a o c a b a l d e s e m p e -
nho das suas funcções.
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
A r t . 2 . ° S e r á c o n t a d o , p a r a os effeitos d a a p o s e n t a ç ã o ,
C a m i n l i o s cle F e r r o do E s t a d o
aos e m p r e g a d o s e operarios admittidos a n t e s da constitui-
ç ã o d a c a i x a , todo o t e m p o e f f e c t i v o d e s e r v i ç o do E s t a d o Conselho de Administração
c o m o se f o s s e p r e s t a d o n o s c a m i n h o s de f e r r o .
A r t . 3." A p e n s ã o d e s o b r e v i v e n c i a l e g a d a p e l o s em- S e n h o r . — S e os p r o c e s s o s d e l i q u i d a ç ã o d o s i m p o s t o s
p r e g a d o s e o p e r a r i o s a d m i t t i d o s a n t e s cla c o n s t i t u i ç ã o d a d e v e m s e r q u a u t o p o s s i v e l c a r a e t e r i z a d o s p e l a s i m p l i c i -
c a i x a , q u e m o r r e r e m p o r d e s a s t r e n o s e r v i ç o , s e r á liqui- d a d e q u e , s e m p r e j u i z o cla e x a c t i d ã o , r e d u z a ao m i n i m o o
d a d a n o s t e r m o s d o a r t i gOo 2 9 . ° clo r eO írulamento. traballio burocratico necessario p a r a o seu l a n ç a m e n t o ,
A r t . 4 . ° A p e n s ã o d e r e f o r m a p o r d e s a s t r e n o s e r v i ç o m a i s i n d e c l i u a v e l é e s t e r e q u i s i t o q u a n d o se t e m d e liqui-
n ã o p o d e r á s e r i n f e r i o r ao l i m i t e c s t i p u l a d o no a r t i g o 2 7 . ° d a r i m p o s t o s l a n ç a d o s s o b r e r e n c l i m c n t o s a r r e c a d a d o s p e l o
clo r e g u l a m e n t o . E s t a d o , embora entrern em cofre differente d'aquelle em
A r t . 5 . ° A v e r i f i c a ç â o cla i n c a p a c i d a d e dos e m p r e g a d o s q u e se a r r e c a d a o i m p o s t o .
e o p e r a r i o s d o s C a m i n h o s d e F e r r o do E s t a d o t e r á p o r I n c i d e m s o b r e o r e n d i m e n t o d o s c a m i n h o s d e f e r r o do
b a s e , a l e m do p a r e c e r da j u n t a m e d i c a , p r e s c r i p t o n o a r - E s t a d o — q u e t e m h o j e , c o n s o a n t e o r e g i m e e s t a b e l e c i d o
tigo 2 4 . ° clo r e g u l a m e n t o d a c a i x a , as m t b r m a ç õ e s cir- p e l a c a r t a d e lei d e 14 de j u l h o d e 1 8 9 9 , e c o n o m i a f i n a n -
c u i n s t a n c i a d a s clo r e s p e c t i v o d i r e c t o r e c h e í c d e s e r v i ç o c e i r a d i s t i n c t a d a d o T h e s o u r o — os i m p o s t o s d e t r a n s i t o
a c ê r c a cla s u a a p t i d ã o p a r a o d e s e m p e n h o d a s f u n c ç õ e s do e r e s p e c t i v o a d d i c i o n a l d e 6 p o r c e n t o e o d e sêllo, c o m o
cargo. s o b r e as l i n h a s e x p l o r a d a s p o r c o m p a n h i a s . A l i q u i d a ç ã o
A r t . 6 . ° O s e r v i ç o d a c a i x a cle a p o s e n t a ç õ e s e s o c c o r r o s d ' e s t e s i m p o s t o s , e x t r e m a m e n t e l a b o r i o s a , é f e i t a m e n s a l -
é e q u i p a r a d o , p a r a os effeitos cle a p p l i c a ç ã o do r e s p e c t i v o m e n t e e as i m p o r t a n c i a s r e s p e c t i v a s s ã o e n t r e g u e s p e l a
r e g u l a m e n t o ao pessoal n e l l a eiupregaclo. ao s e r v i ç o dos a d m i n i s t r a ç ã o ao T h e s o u r o , c o m excepç.ão do q u e n a s li-
C a m i n h o s de F e r r o do E s t a d o . n h a s do Minho e D o u r o vae alem de 7 4 : 2 7 2 ^ 3 4 6 réis e
O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d a s do p r o d u c t o i n t e g r a l dos i m p o s t o s n a s l i n h a s c o n s t r u i d a s
O b r a s P u b l i c a s , C o m m e r c i o o I n d u s t r i a a s s i m o t e n h a en- d e p o i s cla p r o m u l g a ç ã o d a lei r e f e r i d a . E n t r e a s r e c e i t a s
t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , em 27 d e f e v e r e i r o d e a r r e c a d a d a s a l g u m a s h a , e a s s á s c o n s i d e r a v e i s , s o b r e a s
1902.-= REI. —Manuel Francisco de Varçjas. quaes não incide o imposto de transito.
D. do Ci. u.0 "JJ, de 5 de março. A t a x a do i m p o s t o d e sêllo, é v a r i a v e l p a r a os p a s s a -
g e i r o s c o m o c u s t o do b i l h e t e e d a c l a s s e , e d i f í e r e p a r a a s
bagagens e mercadorias.
P a r a l i q u i d a r pois as q u a n t i a s c o r r e s p o n d e n t e s a o s im-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS M FAZENDA p o s t o s , q u e se a c h a m e r . g l o b a d o s no r e n d i m e n t o a r r e c a -
d a d o , são n e c e s s a r i o s l a b o r i o s o s c a l c u l o s q u e a u g m e n t a m
D i r e e ç ã o Geral da C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a
o serviço da fiscalização e tornam demorada essa des-
2." aepartiçãu trinça.
Seria, portanto, manifestamentc preferivel a d e t e n n i n a -
C o m f u n d a m e n t o nos a r t i g o s 5 7 . ° e 5 8 . ° clo r e f u l a m e n t o ção do r e n d i m e n t o dos i m p o s t o s p e l a a p p l i c a ç ã o , ao r e n -
g e r a l d a C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a de 3 1 cle, a g o s t o cle 1 8 8 1 , d i m e n t o b r u t o do t r a f e g o , q u e e m c a d a m ê s se a r r e c a d a ,
o em h a r m o n i a com as disposições do § u n i c o do a r t i g o 17.° dc p e r c e n t a g e n s c o n v e n i e n t c m e n t e f i x a d a s , o q u e t o r n a r i a
d a c a r t a de lei d e 3 d e s i t c m b r o d e 1 8 9 7 , m a n d a d a s vigo- e x t r e m a m e n t e simples e r a p i d a a liquidação.
r a r no e x e r c i c i o cle 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , pelo a r t i g o 14.° d e 12 de E s s a s p e r c e n t a g e n s t e r ã o d e s e r d i f f e r e n t e s p a r a a s li-
j u l h o do 1 9 0 1 : hei p o r b m, g u a r d a d a s as p r e s c r i p ç õ e s n h a s do S u l e S u c s t e e do M i n h o e D o u r o , p o r q u e n a s
do § 9." do a r t i g o 1.° d a c a r t a cle lei cle 3 0 d e j u n h o d e p r i m e i r a s h a o s e r v i ç o fluvial, c u j o r e n d i m e n t o n ã o e s t á
1 8 9 1 e a s do a r t i g o 1." clo d e c r e t o n . ° 2, d e 1 5 d e de- s u j e i t o ao i m p o s t o cle t r a n s i t o , e n a s s e g u n d a s é m a i o r o
z e m b r o de 1 8 9 4 , t e n d o o u v i d o o C o n s e l h o cle M i n i s t r o s , n u m e r o d e p a s s a g e i r o s e cle p e q u e n a s r e m e s s a s cle m e r c a -
d e t e r m i n a r q u e , n o M i n i s t e r i o dos N e g o c i o s d a F a z e n d a d o r i a s , do q u e r e s u l t a m a i s c o n s i d e r a v c l i m p o r t a n c i a r e l a -
seja aberto u m credito especial, devidamente registado na t i v a do i m p o s t o do sêllo.
D i r e e ç ã o G e r a l d a C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a , a f a v o r do m e s - N ã o é difficil d e t e r m i n a r e s s a s p e r c e n t a g e n s p e l o e x a -
m o M i n i s t e r i o , p a r a d e s p e s a s cle « e n c a r g o s g e r a e s » q u e m e cla e s t a t i s t i c a dos u l t i m o s a n n o s . A s s i m o r e n d i m e n t o
constituem a primeira parte da respectiva tabella, pela b r u t o t o t a l do t r a f e g o , de 1 8 9 1 , e m q u e se c s t i p u l a r a m a s
q u a n t i a de 1 0 : 8 0 0 ^ 0 0 0 r é i s , p e l a t r a n s f c r c n c i a dos e x e r - t a x a s e m v i g o r p a r a o sêllo s o b r e r e m e s s a s d e m e r c a d o -
cicios de 1 8 9 8 - 1 8 9 9 e 1 9 0 0 - 1 9 0 1 d o s s e g u i n t e s c r e d i t o s r i a s , a t é 1 9 0 1 , foi do 9 . 2 1 7 : 9 4 7 5 9 1 2 r é i s n o S u l e S u e s -
liquidos dentro das respectivas auctorizações e não pagos te, e de 1 1 . 8 7 7 : 6 2 2 ^ 5 2 7 réis no Minho e D o u r o ; c o m p r e -
nos r c f e r i d o s e x e r c i c i o s . h e n d e n d o r e s p e c t i v a m e n t e as i m p o r t a n c i a s d e 3 7 6 : 1 4 2 j § 2 3 3
D o e x e r c i c i o de 1 8 9 8 - 1 8 9 9 , c a p i t u l o IV, a r t i g o 2 4 . ° , r é i s e 504:430,->027 r é i s cle i m p o s t o d e t r a n s i t o e a d d i c i o -
2 : 8 0 0 * 0 0 0 réis. n a l , e d c 1 8 0 : 2 2 6 5 1 3 0 r é i s c 2 8 6 : 9 3 3 ^ 7 8 6 r é i s d o d e sêllo.
Do exercicio dc 1 9 0 0 - 1 9 0 1 , capitulo iv, artigo 24.°, A s p e r c e n t a g e n s m e d i a s d o s i m p o s t o s s ã o , pois, 4 , 0 8 e
8:000,->000 r é i s n a s o m m a d e ' 10:800,Í.000 r é i s , " q u a n t i a 4 , 2 5 p a r a o imposto cle t r a n s i t o e 1 , 9 5 c 2 , 4 1 p a r a o d e
e s t a quo d e v e r á s e r a d d i c i o n a d a á v e r b a clo c a p i t u l o i v , sêllo.
a r t i g o 2 4 . " , s e c ç ã o 1 4 . c l a t a b e l l a em v i g o r n o c o r r e n t e A r e e e n t e c o b r a n ç a d ' e s t e u l t i m o i m p o s t o s o b r e os bi-
e x e r c i c i o de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , a fim d e q u e o s e u p a g a m e n t o lhetes de passageiros augmentou consideravelmente o seu
possa realizar-se nos termos legaes. rendimento, contribuindo, pois, c o n j u n t a m e n t e com o u t r a s
1902 57 Fevereiro 20

circumstancias, para alterar as percentagens correspon- s e r c o n s t r u i d a p a r a a d e f e s a do p o r t o d e L e i x õ e s e b a r r a


clentcs a c a d a i m p o s t o , q u e p o d e m s c r fixadas, c o m suífi- clo rio D o u r o ; e c o n f o r m a n d o - m e c o m o p a r e c e r d a c o m -
ciente approximação, em 3 , 9 5 e 2 , 2 5 p a r a o transito e missão das fortificações do reino acêrca da servidão q u e
sêllo n o S u l e S u e s t e e 4 , 2 5 e 3 , 1 5 n o M i n h o e D o u r o . c o n v e n h a e s t a b e l e c e r , nos t e r m o s do d e c r e t o n.° 9 de 1 0
P e l a a p p l i c a ç ã o d ' e s t a s p e r c e n t a g e n s ao r e n d i m e n t o a r -
d e j a n e i r o d e 1 8 9 5 , s o b r e os t e r r e n o s a d j a c e n t e s á r e f e -
r e c a d a d o e m c a d a m ê s , l i q u i d a r - s e - h ã o r a p i d a m e t i t e os i m -
rida bateria : hei por b e m d e c r e t a r o seguinte :
postos, com g r a n d e economia d e t r a b a l h o e sufíiciente ri- A r t i g o 1.° A e s p l a n a d a d a b a t e r i a d e N e v o l g i d e s e r á
g o r , pois q u e as differenças accidentaes em c a d a m ê s , c o n s t i t u i d a p o r u m a f a i x a cle t e r r e n o e m v o l t a d a a l l u d i d a
compensam-se durante o anno. b a t e r i a , c o m 4 0 m e t r o s d e l a r g u r a , c ficará s u j e i t a ao p r e -
Se nas linhas exploradas por companhias não é mais c e i t u a d o nos artigos 4.° e 5.° do m e n c i o n a d o d e c r e t o .
rigorosa a liquidação dos impostos, por maioria de razão A r t . 2.° S ã o s u p p r i m i d a s , nos t e r m o s dos artigos 27.°
ae i m p õ e e s s a s i m p l i f i c a ç ã o n a s d o E s t a d o . e 28.° do citado d e c r c t o , a l . a e a 2 . a z o n a s d e s e r v i d ã o
E s p e r o , p o r t a n t o , q u e o p r o j e c t o d e d e c r e t o e m q u e se n o s t e r r e n o s adjacenteE á a l l u d i d a e s p l a n a d a .
d e t e r m i n a o e m p r e g o do processo de liquidação i n d i c a d a A r t . 3.° A servidão da 3.a zona, nos t e r m o s dos arti-
merccerá a approvação de Vossa Majestade. g o s 1 4 . ° e 1 5 . " clo m e s m o d e c r e t o , é i m p o s t a a o s e c t o r d e
Secretaria de E s t a d o dos Negocios das O b r a s Publi- t e r r e n o c o m p r e h e n d i d o e n t r e o l i m i t e e x t e r i o r cla r e s p e -
c a s , C o m m e r c i o e I n d u s t r i a , e m 2 7 cle f e v e r e i r o d e 1 9 0 2 . — c t i v a e s p l a n a d a e a o r l a m a r i t i m a , e l i m i t a d o p o r d o i s ali-
Manuel Francisco de Vargas. n h a m e n t o s q u e p a s s a m , o p r i m e i r o pelo vertice do a n g u l o
d e e s p a l d a d i r e i t o d a r e f e r i d a b a t e r i a e p e l o m a s t r o d e si-
g n a e s do posto s e m a p h o r i c o d a associação c o m m e r c i a l do
A t t e n d e n d o a o q u e m e r e p r e s e n t o u o M i n i s t r o e S e c r e - P o r t o , e m L e ç a , e o s e g u n d o p e l o v e r t i c e do a n g u l o d e
t a r i o de E s t a d o dos Negocios d a s O b r a s P u b l i c a s , Com- espalda esquerdo d a m e s m a b a t e r i a e pelo v e r t i c e da cu-
m e r c i o e I n d u s t r i a : hei p o r b e m d e c r e t a r o s e g u i n t e : p u l a d a c a p e l l a do S e n h o r d a P e d r a , t u d o em h a r m o n i a
A r t i g o 1.° A l i q u i d a ç ã o m e n s a l e e s c r i p t u r a ç ã o d o r e n - c o m o i n d i c a d o n a p l a n t a q u e fica j u n t a a o p r e s e n t e d e -
d i m e n t o d o s i m p o s t o s d e t r a n s i t o e a d d i c i o n a l d e 6' p o r c r e t o .
c e n t o e d o d e sêllo n o s C a m i n h o s d e F e r r o d o E s t a d o , s e r á
f c i t a p e l a a p p l i c a ç ã o ao r e n d i m e n t o b r u t o total do tra- O Ministro e Secretario dc E s t a d o dos Negocios da
fego, arrecadado durante o mês, das seguintes percenta- G u e r r a assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
gens : em 27 de fevereiro de 1902. = REI. = Luiz Âugusto Pi-
D i r e c c ã o do Sul e S u e s t e : mentel Pinto. D (l0 G n-0 70| ao g d0 abrI1.

I m p o s t o cle t r a n s i t o e a d d i c i o n a l 3,95
I m p o s t o d e sêllo 2,25
D i r e e ç ã o clo M i n h o e D o u r o :
Imposto de transito e addicional 4,25 T o r n a n d o - s e n e c e s s a r i o p r o c e d e r á d e l i m i t a ç ã o d a s zo-
I m p o s t o d e sêllo 3 , 1 5 n a s d e s e r v i d ã o m i l i t a r d a b a t e r i a do m o n t e do C r a s t o
q u e v a e s e r c o n s t r u i d a p a r a a d c f j s a do p o r t o do L e i x õ e s
A r t . 2.° A s q u a n t i a s liquicladas n o s t e r m o s do a r t i g o an-
e b a r r a clo D o u r o ; e c o n f o r m a n d o - m e c o m o p a r e c e r d a
tecedente, serão entregues pela administração dos cami-
commissão das fortilieações do reino acêrca d a servidão
n h o s d e f e r r o do E s t a d o , nos r e s p e c t i v o s c o f r e s , com ex-
q u e c o n v e n h a e s t a b e l e c e r , n o s t e r m o s do d e c r e t o n . ° 9 d e
clusão do e x c e s s o do p r o d u c t o a n n u a l dos impostos, c o m
1 0 d e j a n e i r o d e 1 8 9 5 , s o b r e os t e r r e n o s a d j a c e n t e s á r e -
r e l a ç ã o á q u a n t i a d e 7 4 : 2 7 2 / 5 3 4 6 r é i s , n a s l i n h a s d o Mi-
ferida b a t e r i a : hei por b e m d e c r e t a r o s e g u i n t e :
n h o e D o u r o e do p r o d u c t o i n t e g r a l dos m e s m o s impostos
A r t i g o 1 . ° A e s p l a n a d a d a b a t e r i a do m o n t e d o C r a s t o ,
n a s linhas a b e r t a s de novo á exploração, que serão incor-
s e r á c o n s t i t u i d a p o r u m a f a i x a d c t e r r e n o em v o l t a d a al-
p o r a d o s n o f u n d o e s p e c i a l d o s c a m i n h o s cle f e r r o d o E s -
l u d i d a b a t e r i a , c o m 4 0 m e t r o s d e l a r g u r a , e ficará s u j e i t a
tado, nos termos dos artigos 46.° e 47.° do r e g u l a m e n t o
ao p r e c e i t u a d o nos a r t i g o s 4.° c 5.° do m e n c i o n a d o de-
de 2 de novembro de 1899, approvado por decreto da
creto.
mesma data.
A r t . 2.° São s u p p r i m i d a s , nos t e r m o s dos artigos 27.°
A r t . 3 . ° A s p e r c e n t a g e n s fixadas n o a r t i g o 1.° d o p r e -
e 28.° do citado d e c r e t o , a l . a e a 2 . a zonas de s e r v i d ã o
sente clccreto, p o d e r ã o ser u l t e r i o r m e n t e a l t e r a d a s p o r p e -
nos terrenos a d j a c e n t e s á alludida esplanada.
riodos não inferiores a tres annos.
A r t . 3.° A s e r v i d ã o d a 3 . a z o n a , n o s t e r m o s d o s a r -
O s M i n i s t r o s e S e c r e t a r i o s d e E s t a d o d o s N e g o c i o s cla
t i g o s 1 4 . ° e 1 5 . ° d o m e s m o d e c r e t o , é i m p o s t a ao s e c t o r
F a z e n d a , c das O b r a s P u b l i c a s , C o m m e r c i o e I n d u s t r i a , as-
de t e r r e n o c o m p r e h e n d i d o entre o limite exterior da res-
sim o t e n h a m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 7 d e
pectiva e s p l a n a d a e a orla m a r i t i m a , e limitado p o r dois
fevereiro de 1902. = R E I . —Femando Mattozo Santos = a l i n h a m e n t o s q u e p a s s a m , o p r i m e i r o p e l o v e r t i c e clo a n -
Manuel Francisco de Vargas. g u l o d e e s p a l d a d i r e i t o da r e f e r i d a b a t e r i a e p e l o m a s t r o
D . do G . II.° 57, de 12 de m a r ; o .
cle s i g n a e s d o p o s t o s e m a p h o r i c o d a a s s o c i a ç ã o c o m m e r -
cial do P o r t o , e m L e ç a , e o s e g u n d o pelo v e r t i c e do an-
gulo de e s p a l d a e s q u e r d o d a m e s m a b a t e r i a e pelo verti-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA ce da cupula da capella do S e n h o r da P e d r a , tudo e m h a r -
m o n i a c o m o i n d i c a d o n a p l a n t a q u e fica j u n t a ao p r e s e n t e
Direeção Geral decreto.

í. a Repartição O Ministro e S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d a


G u e r r a assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
T o r n a n d o - s e n e c e s s a r i o p r o c e d e r á d e l i m i t a ç ã o d a s zo- em 27 de fevereiro de 1902. = R E I . — Luiz Augusto Pi-
nas de servidão militar da bateria de Nevolgide, que vae mentel Pinto. D . do G. n . ° 76, dc 8 de a b r i l .
MARÇO

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO H a por bem denegar, nos termos do artigo 4 3 l . ° d o
Codigo Administrativo, a precisa auctorização p a r a o se-
D i r e e ç ã o G e r a l de A d m i n i s t r a ç ã o P o i i t i c a e Givil g u i m e n t o do respectivo processo.
Paço, em 1 de março de 1902. = Ernesto Rodolpho
a
2. Repartição Hintze Ribeiro.
D . do CT. n . ° 49, d e 3 d c m a r ç o .

Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por


e e r t i d ã o , os a u t o s d e e o r p o d e d e l i e t o q u e , p e l o s c a r t o r i o s
d o s e g u n d o e t e r c e i r o officio d o c o m p e t e n t e j u i z o d e di-
r e i t o , s e l e v a n t a r a m c o n t r a o a d m i n i s t r a d o r q u e foi d o MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
c o n c e l h o cla L o u z ã , J o ã o A m a d o d e M e l l o R a m a l h o , a r -
guido por Antonio Amaro, Eugenio Amaro, José J o a q u i m D i r e e ç ã o G e r a l da E s t a t i s t i c a
C a c t a n o e D i o c l e c i a n o F e r r e i r a Y a z , cle c o n t r a e l l e s t e r e dos Proprios N a c i o n a e s
abusado da sua auctoridade em 4 de novembro ultimo;
Considerando que dos mesmos autos, das informações T e n d o sido a u c t o r i z a d a a C o m p a n h i a N a c i o n a l e N o v a
e i n v e s t i g a ç õ c s officiaes r e s u l t a q u e os q u e i x o s o s f o r a m F a b r i c a d e V i d r o s d a M a r i n h a G r a n c l c a r e a l i z a r o b r a s e
l c g a l m e n t e p r e s o s por seus criminosos d e s m a n d o s , sem m e l h o r a m e n t o s i m p o r t a n t e s c o m o tim de a l a r g a r e a p c r -
q u e c o n t r a elles f o s s e e m p r e g a d a , s e m m o t i v o l e g i t i m o , f e i ç o a r a s c o n d i ç õ e s d o s e u f a b r i c o , c r i a n d o d i v e r s a s e s -
a l g u m a v i o l e n c i a , e q u e a l i á s c o n t r a elles se p r o c e d e u c r i - p e c i a l i d a d c s d e t r a b a l h o , p a r a o q u e foi n o m o a d a u m a c o m -
m i n a l m e n t e p e l o s f a c t o s q u e d u t e r n i i n a r a m a s s u a s c a p t u - m i s s ã o cle e n g e n h e i r o s , c o m c u j o p a r e c e r o G o v e r n o s e
ras: c o n f o r m o u , a s s i m c o m o c o m o clas clemais e s t a ç õ e s c o n -
H a p o r b e n i d e n e g a r , nos t e r m o s do a r t i g o 4 3 1 . ° do s u l t a d a s .
C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , a p r e c i s a a u c t o r i z a ç ã o p a r a o se- T e n d o solicitado a m e s m a e m p r e s a que, p a r a a t t e n d e r
g u i m e n t o d o s r e s p e c t i v o s proe.essos. ás necessidacles do d e s e n v o l v i m e n t o d a i n d u s t r i a , l h e fosse
P a ç o , e m 1 d e m a r ç o d e 1 ( J 0 2 . = Ki-nesto Rodolpho p e r m i t t i d o t r a n s f e r i r , q u a n d o a s s i m s e fizcsse m i s t e r , os
Hintze Ribeiro. operarios da Fabrica Nacional da Marinha G r a n d e p a r a a
D . do G. n . ° -10, de 3 de m a r ç o . N o v a F a b r i c a , sita n a m e s m a localidade, s e m q u e tal facto
i m p o r t a s s e p e r d a p a r a os m e s m o s o p e r a r i o s d o s p r i v i l e g i o s
e r e g a l i a s e s t a b e l e c i d o s n o c o n t r a t o d e 5 cle s e t e m b r o d e
1895, antes assegurando-lhes trabalho constante em todos
S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a q u e m foi p r e s e n t e , p o r e e r t i - os d i a s u t e i s —• o q u e é d e v a n t a g e m p a r a os r e f e r i d o s
d ã o , o a u t o d e e o r p o cle d e l i e t o , l e v a n t a d o p e l o c a r t o r i o o p e r a r i o s .
clo t e r c e i r o officio n o 1." d i s t r i c t o c r i m i n a l clo P o r t o , c o n t r a Ouvida a Procuradoria Geral da Coroa e Fazenda, que
D e l p b i m M i r a n d a , q u e a l i á s se c h a m a D e l p h i m d e A r a u j o e m s e u p a r e c e r diz « q u e t a l m u d a n ç a só p o d e r i a f a z ê - l a
B o r g e s , c a b o d e p o l i c i a d a f r e g u e s i a d e P a r a n h o s , e A n - a C o m p a n h i a eom auctorização d,o Governo», e q u e , sendo
tonio P i n t o de Almeida, c h e f e de secção d a policia n a mes- a t r a n s f e r e n c i a dos operarios p a r a a N o v a F a b r i c a d e V i -
m a f r e g u e s i a , a r g u i d o s p o r S e r a p h i m S o a r e s d e c o n t r a d r o s , s i t a t a m b e m n a M a r i n h a G r a n d e , « r e s a l v a d o s os
elle t e r e m a b u s a d o d a s u a a u c t o r i d a d e e m n o v e m b r o ul- privilegios d'esses operarios, não haveria inconvcnientc em
timo ; q u e , como e n t e n d e o delegado do T h e s o u r o , o G o v e r n o
M o s t r a n d o - s c clo m e s m o a u t o , d a s i n v e s t i g a ç õ e s e d a s i o t e r v i e s s e n o s e n t i d o c o n c i l i a d o r q u e e l l e i n d i c a » , v i s t o
i n f o r m a ç õ e s officiaes q u e os d i t o s a g e n t e s cle p o l i c i a , p r o - q u e o m e s m o G o v e r n o n ã o e s t á i n h i b i d o « d e i n t e r v i r n a s
c e d e n d o á s d e v i d a s a v e r i g u a c õ e s a c ê r c a d o c r i m e , p r e v i s t o q u e s t õ e s s u s c i t a d a s e n t r e a e m p r e s a a r r c n d a t a r i a e os
n o a r t i g o 3 5 8 . ° clo C o d i g o P e n a l , q u e llies f ô r a d c n u n c i a d o o p e r a r i o s , e d e a c c e i t a r ou p r o p o r q u a l q u e r s o l u ç a o q u e
t e r sido c o m m e t t i d o p o r p e s s o a r e s i d e n t e e m c a s a d o q u e i - não altere fwndamentalmente o contrato em que outorgou,
x o s o , n ã o p r e n d c r a m e s t e , q u e s o m e n t e foi i n t i m a r l o a m a s e m q u e n ã o foi s i m p l e s o u t o r g a n t e , p o r q u e n ã o a b d i -
p r o s t a r d e c l a r a ç õ e s , o q u e , d e p o i s d e a l g u m a h e s i t a ç ã o , e o u , a o firmá-lo, d o s d i r e i t o s e r e s p o n s a b i l i d a d e s q u e l h e
e u m p r i u , n e m p r a t i c a r a m q u a l q u e r f a c t o i n c r i m i n a d o n a p e r t c n c e m c o m o r c p r c s e n t a n t e d o s i n t e r c s s e s g e r a e s cla
lei p e n a l : nação».
Í902 59 Março 6

E no píoposito de a t t e n d e r ao m e s m o t e m p o ás exigen- MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


cias do d e s e n v o l v i m e n t o d a i n d u s t r i a v i d r e i r a e ás conve-
niencias dos operarios d a F a b r i c a Nacional, garantindo-lhes Direeção Geral das Obras P u b l i c a s e Minas
a c o m p l e t a m a n u t e n ç â o d e t o d o s os p r i v i l e g i o s e r e g a l i a s
q u e lhes foram conferidos pelo contrato j á mencionado, Repartição de Obras Publicas
e procurando até alcançardhes novas vantagens, o que
ainda excede, a b e m dos operarios, as condições aconse- Tendo-se o b s e r v a d o que, com as chuvas copiosas dos
lhadas no parecer da P r o c u r a d o r i a G e r a l da Coroa e F a - ultimos temporaes, o collector dos esgotos c o m p r e h e n d i d o
zenda : e n t r e o C a e s do S o d r é e A l c a n t a r a e os c a n o s d a c i d a d e
H a por b e m Sua Majestade El-Rei determinar, pela b a i x a que nelle d e s e m b o c a m não funccionam como seria
Secretaria de E s t a d o dos Negocios da F a z e n d a , que á p a r a d e s e j a r , d a n d o - s e n o s esgotos q u e por elles se f a z e m
C o m p a n h i a da Nacional e N o v a F a b r i c a de Vidros da Mari- perturbações que podem ser muito prejudieiaes á saude
n h a G r a n d e s e j a p e r m i t t i d o t r a n s f e r i r , c o n f o r m e as con- publica: determina Sua M a j e s t a d e El-Rei que u m a com-
v e n i e n c i a s de serviço, operarios da F a b r i c a Nacional de missão, composta dos inspectores g e r a e s J o ã o J o a q u i m d e
V i d r o s p a r a a N o v a F a b r i c a , s i t a n a M a r i n h a Gx - ande, so- ivlatos e A d o l p h o F e r r e i r a cle L o u r e i r o , d o s e n g e n h e i r o s
m e n t e nos precisos t e r m o s das condições seguintes : c h e f e s d e l . a c l a s s e J o s é Cecilio d a C o s t a e F r e d e r i c o R e s -
1.a Aos operarios da F a b r i c a Nacional que forem traba- s a n o G a r e i a , dos e n g e n h e i r o s c h e f e s d e 2 . a c l a s s e A l b e r t o
lliar n a N o v a F a b r i c a d a M a r i n h a G r a n d e serào mantidos Affonso d a Silva Monteiro e J o s é M a r i a C o r d e i r o de Sousa,
t o d o s os p r i v i l e g i o s e r e g a l i a s q u e l h e s s ã o c o n f e r i d o s e dos e n g e n h e i r o s subalternos de l . a classe Antonio M a r i a
pelo contrato de 5 de setembro de 1896 ; de A v e l l a r e Manuel da T e r r a P e r e i r a Vianna, dos quaes o
Alinea a) N o a c t o d a t r a n s f e r e n c i a r e c e b e r á o o p e r a r i o p r i m e i r o s e r v i r á de p r e s i d e n t e , e s t u d e as causas q u e de-
t r a n s f e r i d o u m certificado, visado pelo d e l e g a d o do T h e - t e r m i n a r a m as p e r t u r b a ç õ e s o b s e r v a d a s e p r o p o n h a ao Go-
s o u r o d o d i s t r i c t o , d o q u a l c o n s t e m a s e l a u s u l a s a q u e se verno as providencias que j u l g a r mais convenientes p a r a
r e f e r e a condição l . a D ' e s t e s certificados fará o delegado q u e fique a s s e g u r a d o c o m todo o t e m p o o b o m f u n c c i o n a -
do T h e s o u r o registo especial, de q u e eonste o n o m e e espe- m e n t o cla c a n a l i z a ç ã o d o s e s g o t o s , n ã o só n a r e g i ã o m e n -
c i a l i d a d e d e t r a b a l h o d o o p e r a r i o e a d a t a clo certificaclo. eionada, m a s em toda a area da cidade.
2 . a A t o d o o o p e r a r i o cla F a b r i c a N a c i o n a l q u e f ô r Paco, em 5 de marco de 1902. = Manuel Francisco de
t r a n s f e r i d o p a r a a N ova F a b r i c a d a M a r i n h a G r a n d e será >7 >

Vargas.
g a r a n t i d o t r a b a l h o e m t o d o s os d i a s u t e i s ; s e n d o e s t e t r a - D . do G . n . ° 52. rlc '5 de m n r ç o .
balho em perfeita igualdade — quantidade e qualidade —
c o m o d i s t r i b u i d o aos d e m a i s o p e r a r i o s d e i g u a l a p t i d ã o
d a s r e s p e c t i v a s officinas.
Alinea a) Q u a n d o p o r q u a l q u e r c i r c u m s t a n c i a a c c i d e n -
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
t a l n ã o p o s s a s e r daclo t r a b a l h o e m t o d o s os d i a s u t e i s a o s
operarios da Fabrica Nacional da Marinha G r a n d e transfe-
D i r e e ç ã o G e r a l d e A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Civil
ridos p a r a a N o v a F a b r i c a , sita n a m e s m a localidade, a em-
p r e s a subsidiará, nos termos d'esta alinea, com o salario 2.a Repartição
m e d i o i n t e g r a l do a n n o d e 1 9 0 1 , d ' e s t e s o p e r a r i o s os q u e
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a C a m a r a M u n i -
não tiverem trabalho effectivo;
c i p a l do c o n c e l h o d e V a l e n ç a , e v i s t o o d i s p o s t o n o a r -
Alinea b) S e a s u s p e n s ã o clo t r a b a l h o f ô r p o r f a c t o ab-
t i g o 5 0 . ° d a c a r t a d e lei cle 2 3 d e j u l h o d e 1 8 5 0 , e n o
solutamente independente da vontade da companhia arren-
a r t i g o 1 3 . " d a c a r t a d e lei d e 6 d e j u n h o d e 1 8 6 4 : h e i p o r
d a t a r i a , c o n s i d e r a n d o - s e só a s s i m os a c c i d e n t e s m a t e r i a e s i—-
bem declarar u r g e n t e a expropriação por utilidade publica
d e s a r r a n j o n o s f o r n o s , d e s t r u i ç ã o d e officinas, e s e m c l h a n -
do t e r r e n o p e r t e n c e n t e a J o s é G o n ç a l v e s D i a s , e n t r e os
tcs de analoga importancia, m a s nunca as pequenas repa-
perfis 14 a 1 9 - A da e s t r a d a municipal de 2.a classe de
r a ç õ e s o u os a c c i d e n t e s e c o n o m i c o s , a m e s m a c o m p a n h i a
O h r i s t e l l o C o v o a P a y ã o , e n e c e s s a r i o p a r a se c o n c l u i r a
s u b s i d i a r á os o p e r a r i o s c o m 5 0 p o r c e n t o clo s a l a r i o m e d i o
c o n s t r u c ç ã o do 2.° J a n ç o cla m e s m a e s t r a d a , n a f ó r m a d a s
q u e t e n h a m recebido. em 1901, e p r o c e d e r á no minimo
plantas que com este decreto baixain c o m p e t e n t e m e n t e au-
prazo possivel ás obras necessarias p a r a que o trabalho
thenticadas.
possa continuar;
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e -
Alinea cj S e a c o m p a n h i a a r r o n d a t a r i a n ã o p r o c e d e r ,
c r e t a r i o cle E s t a d o d o s N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a
pelo que respeita ás obras a fazer, nos termos da precc-
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 6 cle m a r ç o d e 1 9 0 2 . =
dente alinea, subsistirá durante toda a demora o que pre-
c e i t u a a a l i n e a a).
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
â D . do G. n . ° 5-1, do 8 de m a r ç o .
3. A o s operarios transferidos nos termos d'esta porta-
ria será garantido, em cada especialidade, c conforme o
disposto n a clausula anterior, u m n u m e r o de horas de tra-
b a l h o n u n c a i n f e r i o r a o q u e f ô r daclo aos d e m a i s o p e r a r i o s Seiído-mc p r e s e n t e a consulta do S u p r e m o T r i b u n a l
da N o v a F a b r i c a . A d m i n i s t r a t i v o a c ê r c a do r e c u r s o n . ° 1 1 : 6 0 2 , e m q u e é
4 . a O s operarios da F a b r i c a Nacional serão nella con- r e c o r r e n t e Antonio L u c i o T a v e i r a Pinto, e recorrido o au-
s e r v a d o s d e p r e f e r e n c i a , s e m p r e q u e a h i h a j a t r a b a l h o s cla d i t o r a d m i n i s t r a t i v o clo d i s t r i c t o cle L e i r i a , cle q u e f o i r e -
sua especialidade e m que possam ser empregados. lator o Conselheiro, V o g a l effectivo, A n t o n i o Telles P e -
5 . a A s d u v i d a s q u e se s u s c i t a r e m no tocante ás dispo- r e i r a d e Vasconcellos P i m e n t e l :
sições d ' e s t a p o r t a r i a s e r ã o r e s o l v i d a s p e l o c o m m i s s a r i o Mostra-se que o recorrente Antonio Lucio Taveira Pinto,
d o G o v e r n o j u n t o cla m e s m a e m p r e s a , c o m r e c u r s o p a r a c a s a d o , p r o p r i e t a r i o e m A l c o b a ç a , foi e l e i t o v c r e a d o r s u b -
u m t r i b u n a l a r b i t r a l , c o m p o s t o p o r u m e n g e u h e i r o n o m e a - s t i t u t o p a r a a C a m a r a M u n i c i p a l n o d i a 3 d e n o v e m b r o clo
do pela C o m p a n h i a , p o r o u t r o n o m e a d o p e l o G o v e r n o e a n n o p r o x i m o p a s s a d o , e r c c l a m o u p c d i n d o i s e n ç ã o d o
p r e s i d i d o p e l o j u i z clo T r i b u n a l d o C o m m e r c i o d e L i s b o a . c a r g o p a r a q u e f ô r a eleito c o m f u n d a m e n t o no a r t i g o 5 5 . °
6 . a A c a u c ã o d e q u e t r a t a o a r t i g o 1 9 . ° d o a c t u a l con- d o d e c r e t o n . ° 3 d e 1 d e d e z e m b r o d e 1 8 9 2 ;
t r a t o t o r n a r - s e - h a c x t e n s i v a ao c u m p r i m e n t o cla o b r i g a ç ã o M o s t r a - s e q u e a r e c l a m a ç ã o n ã o foi a t t e n d i d a c o m o
c o n s i g n a d a n o a r t i g o 8.° d o m e s m o c o n t r a t o . f u n d a m e n t o cle q u e o r e c o r r e n t e n ã o p r o v o u e s t a r no e x e r -
Paco, 4 de março de 1902. — Fernando Mattozo San- cicio d o e m p r e g o , q u e o i s e n t a do c a r g o cle v e r e a d o r , e d a
D . do G . u.* 51, do 5 do m a r ç o .
s e n t e n ç a do a u d i t o r v e i u o p r e s e n t e r e c u r s o ;
Março 14 60 1902

1
Mostra-se que o r e c o r r e n t e instruiu o seu r e c u r s o com H a por b e m auctorizar a emissão pedida, em harmonia
os d o c u m e n t o s d e 11. 1 1 e 1 2 , os q u a e s m o s t r a m q u e o r e - c o m o p r o g r a m m a q u e a c o m p a n h o u o officio d o g o v e r n a -
c o r r e n t e , tendo caixa de c o r r e i o p o r diploma d e 3 de de- ; d o r d a r e f e r i d a C o m p a n h i a d e 2 8 d e f e v e r e i r o findo, c o m
z e i n b r o de 1878, tem e s t a d o e cstá no exercicio d a s f u n c - | as seguíntes clausulas:
ções a que por aquelle diploma é obrigado: 1 . " A p e n a s os r e s p c c t i v o s b a l a n e e t e s m e n s a e s i n d i c a r e m
O q u e t u d o visto e p o n d e r a d o e a r e s p o s t a do M i n i s t e - q u e as o b r i g a ç õ e s e m c i r c u l a ç ã o r c p r e s e n t a m a i m p o r t a n -
rio Publico; c i a fixada n o a r t i g o 4 3 . ° d o s e s t a t u t o s d a C o m p a n h i a , t o -
C o n s i d e r a n d o q u e os d o c u m e n t o s d c fl. 1 1 e 1 2 d e s - d o s os t i t u l o s d ' e s t a n a t u r e z a , e x i s t e n t e s e m c a i x a , c u j a
t r o e m o f u n d a m o n í o da sentença r e c o r r i d a ; emissão t e n h a sido a u c t o r i s a d a , m a s a i n d a n ã o estejain
Considerando que o recorrente está isento da obrigacão negociados, serão inutilizados; ou, q u a n d o não b o u v e r
d e s e r v e r e a d o r e f f e c t i v o ou s u b s t i t u t o d e s d e q u e t e m a c o n v e n i e n c i a e m p r o c e d e r pelo m o d o i n d i c a d o , s e r á r e f o r -
s e u c a r g o a c a i x a d c c o r r e i o ( d e c r e t o n . ° o d c 1 d e cle- ç a d o o c a p i t a l r e a l i z a d o d a C o m p a n h i a , f a z e n d o os a c c i o -
zerabro de 1892): nistas novas e n t r a d a s por conta das acções emittidas, p o r
Hei por bem, conformando-me com a m e s m a consulta, modo que, entre este capital e o das obrigações em circu-
d a r provimento no r e c u r s o , r c v o g a r a sentença recorrida, l a ç ã o , se m a n t e n h a s e m p r e a p r o p o r ç a o e x i g i d a n o a r t i g o
c d c f e r i r a r c c l a m a ç ã o d o r e c o r r e n t e , i s e n t a n d o - o do c a r g o 43.° dos estatutos, c u j a execuç.ão m u i t o e s p e c i a l m e n t e se
p a r a q u e foi e l e i t o . recommenda á mesma Companhia;
O C o n s e l h e i r o d e E s t a d o , P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e 2 . a Q u e , n o s t e r m o s d a c a r t a cle l e i d e 2 9 d e j u l h o d e
Ministros, Ministro e S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos Negocios 1 8 9 9 , a C o m p a n h i a fica o b r i g a d a a p a g a r o i m p o s t o d e
do R e i n o , assim o tenha entendido e faça e x e c u t a r . Paço, r e n d i m e n t o cle t o d a s a s o b r i g a ç õ e s q u e e m i t t i r , d e v e n d o
em G de março de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho no texto de cada titulo posto e m circulação ser inscripta
Hintze Ribeiro. a d e c l a r a ç ã o d e q u e os j u r o s o os c o u p o n s ficam s u j e i t o s ,
D . do G . ii." 5-1, de 8 de março. e m q u a l q u e r h y p o t h e s e , ao p a g a m e n t o d o i m p o s t o d e r e n -
dimento ;
3 . a Q.ue e s t a a u c t o r i z a ç ã o n ã o i m p o r t a , p o r p a r t e d o
G o v e r n o , n e n h u m a n o v a c o n c e s s ã o ou p r i v i l e g i o c o n c e d i d o
Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica
á C o m p a n h i a , n e m p r o r o g a ç ã o d e p r a z o cla a n t e r i o r e p r i -
mitiva concessão.
l. a Repartição
Paço, em 6 cle março de 1902. = Manuel Francisco de
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a j u n t a d e p a r o c h i a
Vargas.
D . do G. n . ° 60, de 15 de m a r ç o .
da freguesia de S. Martinho de Medello, concelho de F a f e ,
a c ê r c a d a u r g e n t e n e c e s s i d a d e d e a d q u i r i r , p o r m e i o de
expropriação, 600 metros quadrados de terreno perten-
centes a Bernardino de Oliveira e a sua mulher Deolinda D i r e e ç ã o G e r a l clas O b r a s P u b l i c a s e M i n a s
d c J e s u s G o n ç a l v e s , p a r a c o n s t r u c ç ã o do s e u c e m i t e r i o ; e
C o n s i d e r a n d o q u e e s t a o b r a é, n o s t e r m o s do § 1.° clo Repartição de Obras Publicas
artigo 199.° n.° 10.° do Codigo Administrativo, da obriga-
ção d a i m p e t r a n t e , q u e p a r a ella se m o s t r a h a b i l i t a d a ; T e n d o e m vista o disposto no a r t i g o 14.° do r e s p e c t i v o
C o n s i d e r a n d o q u e clo r e s p e c t i v o p r o c e s s o se m o s t r a m decreto organico de 24 de outubro ultimo: hei por b e m
c u m p r i d a s as disposições applicaveis dos r e g u l a m c n t o s a p p r o v a r o r e g u l a m e n t o p a r a o serviço i n t e r n o do C o n s e -
s a n i t a r i o s e a s d a lei d e 3 d e j u l h o d e 1 8 5 0 : lho S u p e r i o r d c O b r a s P u b l i c a s e M i n a s , q u e b a i x a assi-
H e i por b e m , c o n f o r m a n d o - m e com a consulta do Su- gnado pelo Ministro e Secretario dc E s t a d o dos Negocios
p r e m o T r i b u n a l Administrativo, d e c l a r a r de utilidade pu- das Obras Publicas, Commercio e Industria.
b l i c a u r g e n t e a e x p r o p r i a ç ã o , p a r a o i n d i c a d o fim, d o i n e n - O m e s m o M i n i s t r o e S e c r e t a r i o cle E s t a d o a s s i m o t e -
cionado t e r r e n o , descripto n a s plantas que com este de- nha entendido e faça executar. Paço, em 6 de m a r ç o de
creto baixant competentcmente autlienticadas. 1 9 0 2 . = R E I . — Manuel Francisco de Vargas.
O P r e s i d e n t e d o C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e Se-
c r e t a r i o de E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a RegiilameRto interno do Conselho Superior de Obras Publicas e Minas
entendido e faça e x e c u t a r . P a ç o , em 6 de m a r ç o dc orgamzatío pelo decreto dc 24 de outubro de 1901
1 9 0 2 . = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
0 D a c o n s t i t u i ç ã o do Conselho
D . do G . u . 51, <lj6 8 de m a r ç o .

A r t i g o 1.° O C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e
Minas é constituido p o r :
a) U m p r e s i d e n t e . o M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA dos Negocios das O b r a s P u b l i c a s , C o m m e r c i o e I n d u s -
tria ;
D i r e e ç ã o Geral d o C o m m e r c i o e Industria, b) U m v i c e - p r e s i d e n t e , o m a i s a n t i g o d o s v o g a e s q u e
compõem o Conselho ;
Repartição do Commercio c) D o z e v o g a e s n a t o s e v i t a l i c i o s , e n g e n h e i r o s i n s p e c t o -
res geraes e inspeetores, sendo dez da secção de obras
S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a t t e n d e n d o ao p e d i d o f e i t o p e l a p u b l i c a s e dois da secção de m i n a s do C o r p o d e E n g e n h a -
C o m p a n h i a G e r a l de Credito P r e d i a l P o r t u g u ê s p a r a ser ria Civil ;
auctorisada a emittir 900:000;$000 réis de obrigações pre- d) O s v o g a e s s u p r a n u m e r a r i o s , i n s p e e t o r e s g e r a e s ou
diaes do j u r o de 5 p o r c e n t o , p a g a v c i s aos s e m e s t r e s , no m s p e c t o r e s , n o s t e r m o s clo § 2 . ° d o a r t i g o 9 2 . ° d o d e c r e t o
p r i m e i r o de j a n e i r o e p r i m e i r o cle j u l h o cle c a d a a n n o . e d o 2 4 cle o u t u b r o d e 1 9 0 1 ;
a m o r t i z a v e i s , ao p a r , p o r m e i o de s o r t e i o ; e) O s v o g a e s , a g g r c g a d o s , c h c í e s d e r e p a r t i ç õ e s t e c h n i -
Visto o balancete da mesma Companhia, fechado em 31 c a s cla D i r e e ç ã o G e r a l d a s O b r a s P u b l i c a s e ' M i n a s , a q u e
d c j a n e i r o clo a n n o c o r r e n t e : s e r e f e r e a a l i n e a d) d o a r t i g o 5 . ° d o d e c r e t o q u e r e o r g a -
Visto o disposto nos artigos 42.° e 43." dos e s t a t u t o s nizou o Conselho Superior de Obras Publicas e M i n a s ;
d a m e s m a C o m p a n h i a , approvados por alvará de 2 de iu- / ) U m secretario, engenheiro chefe da secção de obras
lho de 1 8 9 1 : p u b l i c a s ou d a d e m i n a s d o C o r p o d e E n g e n h a r i a C i v i l .
1902 61 Março 2(3

§ 1.° N a a u s e n c i a d o p r e s i d e n t e e d o v i c e - p r e s i d e n t e i N a ausencia de qualquer vogal a g g r e g a d o e x e r c e r á as


fará as suas vezes o engenheiro mais antigo. í f u n c ç õ e s cle s e c r e t a r i o d a s e c ç ã o o e n g e n h e i r o m a i s m o -
§ 2." N a a u s e n c i a do s e c r e t a r i o do C o n s e l h o f a r á as derno presente á reunião.
suas vezes o vogal aggrogado mais moderno, presente á § õ.° C o m p e t e ao v i c e - p r e s i d e n t e do C o n s e l h o f a z e r , no
sessão. c o m e ç o de c a d a s e m e s t r e , e m sessão do C o n s e l h o , a dis-
§ 3.° N o i m p e d i m e n t o t e m p o r a r i o d e a l g u m v o g a l n a t o tribuição pelas secções dos vogaes natos, s u p r a n u m e r a -
p o d e r á t o m a r p a r t e n a s d e l i b c r a ç õ e s do C o n s e l h o , c o m o rios e a g g r e g a d o s , como e n t e n d e r mais c o n v e n i e n t e e n o s
v o g a l e x t r a o r d i n a r i o , u m e n g e n h e i r o c h e f e d e 1." c l a s s e termos d'este regulamento, devendo porem pertencer á
d a secção de obras publicas ou d a de minas, que o Ministro 3 . a s e c ç ã o os t r e s e n g e n h e i r o s d e m i n a s , e p o d e n d o p e r -
n o m e a r á , i n t e r i n a m e n t e , p a r a este effeito e s o m e n t e em- t e n c e r u m m e s m o e n go e n h e i r o a m a i s d e u m a s e e >c ã o .
quanto d u r a r o impedimento d'aquclle vogal.
A r t . 2 . ° Q u a n d o q u a l q u e r official, f a z e n d o p a r t e do p e s - Das a t t r i b u i ç õ e s do Conselho
soal technico d a D i r e e ç ã o G e r a l dos T r a b a l h o s Geodesi-
cos e T o p o g r a p h i c o s , t e n h a de p a s s a r da collocação d e A r t . 6 . " C o m p e t e ao C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u -
a d d i d o p a r a a e f f e c t i v i d a d e do r e s p e c t i v o q u a d r o , depois blicas e Minas dar parecer f u n d a m e n t a d o :
d e o u v i d o o C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e Mi- 1." S o b r e q u a e s q u e r a s s u m p t o s p a r a q u e a s l e i s l h e
n a s , o vice-presidente do Conselho d e s i g n á r a , p r é v i a m e n t e , conferirem attribuições especiaes;
a sessão em q u e terá de ser resolvido o a s s u m p t o , eonvi- 2 . ° S o b r e t o d o s os p r o j e c t o s d e r e g u l a m e n t o s g e r a e s e
d a n d o p a r a nella t o m a r p a r t e e v o t a r s o b r e a m u d a n ç a de e s p e c i a e s p a r a os d i f f e r e n t e s r a m o s d e s e r v i ç o cle o b r a s
s i t u a ç ã o d o official o d i r e c t o r g e r a l d o s T r a b a l h o s G e o d e - publicas ou de m i n a s ;
s i c o s e T o p o g r a p h i c o s , n o s t e r m o s d o § u n i c o d o a r t i g o 7.° 3 . ° S o b r e os a s s u m p t o s q u e d i g a m r e s p e i t o á v i d a official
do decreto organico d a q u e l l a D i r e c c ã o Geral de 2 4 de ou- d o s e n g e n h e i r o s do c o r p o d e e n g e n h a r i a civil e d o s f u n c -
tubro dc 1901. cionarios dos q u a d r o s seus a u x i l i a r e s ;
A r t . 3 . ° Q u a n d o , p o r i n d i c a ç ã o d a p r e s i d e n c i a ou p r o - 4 . " S o b r e t o d o s os p r o j e c t o s d e o b r a s p u b l i c a s e s u a
posta de u m dos vogaes, o Conselho juJgar conveniente e x e c u ç ã o , processos de minas, p e d r e i r a s e a g u a s minero-
q u e q u a l q u e r e n g e n h e i r o chefe de serviços de obras pu- medicinaes q u e d e p e n d a m de a p p r o v a ç ã o m i n i s t e r i a l ;
b l i c a s ou d e m i n a s s e j a c h a m a d o á s e s s ã o d o C o n s e l h o 5 . ° S o b r e t o d o s os o u t r o s a s s u m p t o s t e c h n i c o s ou a d -
p a r a d a r i n f o r m a ç ã o s o b r e a s s u m p t o q u e p r e c i s e s e r es-, m i n i s t r a t i v o 3 q u e , p o r d e t e r m i n a ç ã o clo G o v e r n o , s e j a m e n -
c l a r e c i d o , o v i c e - p r e s i d e n t e d o C o n s e l h o s o l i c i t a r á do d i r e - v i a d o s ao C o n s e l h o p a r a c o n s u l t a r .
ctor geral das Obras Publicas e Minas a comparencia § 1.° O s p r o c e s s o s c o m p r e h e n d i d o s s o b r e o n . ° 1 . " se-
d'aquelle engenheiro em designada sessão. r ã o e n v i a d o s d i r e c t a m e n t e á s e c r e t a r i a clo C o n s e l h o p e l a
§ unico. A presidencia f o r m u l a r á por escrito as ques- repartição por onde correrem, acompanhados da respectiva
t õ e s s o b r e a s q u a e s os e n g e n h e i r o s c o n v o c a d o s t e n h a m communicação.
de dar informação, a qual será prestada, verbalinente, em O s q u e d i z e m r e s p e i t o aos n.os 2.°, 3.° e 4.° do a r t i g o
sessão do Conselho, r e s u m i d a depois por escrito e devida- 6.° s e r ã o p r e s e n t e s ao C o n s e l h o s o b r e a s i m p l e s r e q u i s i ç ã o
m e n t e a s s i g n a d a , p a r a f i c a r j u n t a ao r e s p e c t i v o p r o c e s s o . d o D i r e c t o r G e r a l clas O b r a s P u b l i c a s e M i n a s .
A r t . 4.° Q u a l q u e r e n g e n h e i r o do corpo de e n g e n h a r i a O s q u e se r e f e r e m ao n . " 5 . ° s e r ã o p r e s e n t e s ao C o n -
civil, a u c t o r d e u m p r o j e c t o s u b m e t t i d o á a p r e c i a ç ã o clo s e l h o p o r desp:>cho m i n i s t e r i a l ou d o d i r e c t o r g e r a l d a s
Conselho, p o d e r á , a seu pedido, vir justificar o seu traba- O b r a s P u b l i c a s e Minas, e m n o m e do Ministro.
l h o e m s e s s ã o d o C o n s e l h o , se e s t e a c c e d e r a q u e l l e p e - § 2.° Q u a n d o o r e l a t o r de u m processo s u b m e t t i d o á
dido. a p r e c i a ç ã o do C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e M i -
Ba constituição das secções
n a s t i v e r d u v i d a s a r e s p e i t o d o p o n t o definiclo s o b r e q u e
deve ser elaborada a consulta, e quando a secção respe-
A r t : 5 . ° O C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e Mi- ctiva perfilhe essa mesma opinião, a questão será presente
n a s dividir-sc-lia e m q u a t r o secções, q u e são : ao C o n s e l h o , e m s e s s ã o p l c n a , q u e r e s o l v e r á s c sim ou n ã o
A 1.% cle e s t r a d a s , o b r a s h y d r a u l i c a s e edificios p u - s e d e v e p e d i r á D i r e c c ã o G e r a l clas O b r a s P u b l i c a s e M i -
blicos ; n a s a s n e c e s s a r i a s a c l a r a ç õ e s , a fim d o r e f e r i d o p r o c e s s o
A 2 . a , cle c a m i n h o s d e f e r r o ; s e r c o n s u l t a d o c o m o m a i s c o n v e n h a ao s e r v i ç o p u b l i c o .
A 3.a, de minas, pedreiras, aguas minero-medicinaes e
serviços geologicos; Da presidencia, dos vogaes e da ordem geral
A 4.a, dos assumptos não especificados e dos que espe- * dos trabalhos
c i a l m e n t e d i g a m r e s p e i t o ao p e s s o a l t e c h n i c o .
§ 1.° O n u m e r o m i n i m o d e v o g a e s q u e c o m p o r t a c a d a A r t . 7.° O v i c e - p r e s i d e n t e d ' e s t e C o n s e l h o , o u q u e m s u a s
uma d'estas secções s e r á : v e z e s fizer, d e t e r m i n a r á a o r d e m d o s t r a b a l h o s , d i r i g i r á
P a r a a l . a e 2.a, cinco v o g a e s ; as d i s c u s s õ e s e v i g i a r á p e l o c u m p r i m e n t o cl'estc r e g u l a -
P a r a a 3.a e 4.a, quatro vogaes. mento.
D e v e n d o incluir-se sempre um engenheiro inspector ge- A r t . 8 . ° A o v i c e - p r e s i d e n t e , ou a q u e m s u a s v e z e s fi-
ral, pelo m e n o s , em c a d a u m a das q u a t r o secções. zer, compete t o m a r conhecimento dos processos que forem
§ 2.° A p r e s i d e n c i a clas s e c ç õ e s p e r t e n c e ao e n g e n h e i r o s u b m e t t i d o s á a p r e c i a ç ã o do C o n s e l h o , e , e m r e g r a , c o m -
i n s p e c t o r g e r a l m a i s a n t i g o , e n a s u a a u s e n c i a ao e n g e - m e t t e r o e x a m e previo de cada u m d'elles a u m dos v o -
nheiro mais g r a d u a d o , presente á reunião da secção. gaes, como relator.
N e n h u m inspector geral poderá e x e r c e r as funcções de § 1.° E m c a s o s cle r e c o n h e c i d a u r g e n c i a , p o r d e t e r -
presidente de mais de u m a secção. m i n a ç ã o do C o n s e l h o , p ó d e s e r t o m a d a r e s o l u ç ã o i r n m e -
§ 3 . ° A o v i c e - p r e s i d e n t e d o C o n s e l h o , ou q u e m s u a s diata sobre u m assumpto pendente, precedendo apcnas
v e z e s fizer, ficará r e s e r v a d o u m l o g a r á d i r e i t a d o p r e s i - a n e c e s s a r i a discussão em sessão plena. Os negocios de
d e n t e cla s e c ç ã o , s e m p r e q u e , p o r c o n v e n i e n c i a clo s e r v i ç o , mero e x p e d i e n t e ou de p e q u e n a importancia, que f o r e m
e n t e n d a d e v e r a s s i s t i r ou t o m a r p a r t e n a d i s c u s s ã o . a p r e s e n t a d o s á d e c i s ã o clo C o n s e l h o p e l o s e u s e c r e t a r i o ,
§ 4 . ° S e r ã o , r e s p e c t i v a m e n t e , s e c r e t a r i o s d a s s e c ç õ e s os n o s t e r m o s clo a r t i g o 3 1 . ° d ' e s t e r e g u l a m e n t o , t a m b e m se-
vogaes aggregados chcfcs de repartição por onde correm rão resolvidos i m m e d i a t a m e n t e .
os n e g o c i o s q u e i n c u m b e m ás m e s m a s s e c ç õ e s , d e v e n d o o ! § 2.° A o v i c e - p r e s i d e n t e d o C o n s e l h o , ou a q u e m s u a s
v i c e - p r e s i d e n t e clo C o n s e l h o n o m e a r , d c e n t r e e l l e s , o q u e ' v e z e s fizer, e a o s p r e s i d e n t e s d a s s e c ç õ e s n ã o s e r ã o , e m
d e v e r á e x e r c e r as f u n c ç õ e s de secretario da 4.a secção. j geral, distribuidos processos para^relatar nas reuniões a
Março 14 62 1902

q u e t e n h a m cle p r e s i d i r , p o d e n d o c o m t u d o e m c a s o s e s p e - assumptos submettidos á sua apreciação, informação d e


c i a e s s e r e m i n c u m b i d o s do e s t u d o de d e t e r m i n a d o s as- q u a l q u e r e n g e n h e i r o clo c o r p o cle e n g e n h a r i a c i v i l , e s t a s
s u m p t o s e r e l a t a r t o d o s os p r o j e c t o s q u e l h e s f o r e m d i s - informações serão solíeitadas pelo vice-presidente do Con-
tribuidos nas «eccões a o n d e n à o e x e r ç a m as f u n c ç õ e s dc s e l h o e p o r i n t e r m e d i o cla D i r e c c ã o G e r a l d a s O b r a s P u -
presidente. blicas e Minas, i n d e p e n d e n t e m e n t e dos estudos e reconhe-
A r t . 9 . ° T o d o s os p r o c e s s o s s e r ã o p o i s , s a l v o os c a s o s cimontos a que qualquer dos vogaes, dando conhecimento
i n d i c a d o s n o § 1.° d o a r t i g o 8 . ° , d i s c u t i d o s , e s t u d a d o s e á presidencia, p o d e r á proceder, por sua iniciativa, sobre
a p r e c i a d o s em conferencia nas respectivas secções. O pa- assumptos que estiver encarregado de relatar.
r e c e r q u e t r a d u z i r a r e s o l u ç ã o final, a p p r o v a d a p o r m a i o - § unico. A r e q u i s i ç ã o d ' e s s a i n f o r m a ç ã o s e r á e n t r e g u e ,
r i a d e v o t o s e a s s i g n a d a p o r toclos o s v o g a e s p r e s e n t e s , e m sessão, ao c h e f e d e r e p a r t i ç ã o , v o g a l a g g r e g a d o do
deve terminar formulando por uma maneira clara e perce- Conselho, por onde corre o processo que c a r e c e de ser in-
ptiva a dccisão acloptada. formado. Este funccionario, depois de a p r e s e n t a r á Direc-
S c r v i r á s e m p r e de base á discussão a consulta apre- c ã o G e r a l clas O b r a s P u b l i c a s e M i n a s o p e d i d o , d a r - l h e - h a
s e n t a d a pelo relator que a v i c e - p r e s i d e n c i a d e s i g n a r p a r a rapido a n d a m e n t o , q u a n d o d e v i d a m e n t e a u c t o r i z a d o a sa-
e s s e fim. tisfaze-lo.
A r t . 10.° A s c o n s u l t a s , d e p o i s d c e x a m i n a d a s n a s sec- A r t . 18.° C o m p r e v i a decisão do Conselho, o v i c e - p r e -
ções e a s s i g n a d a s pelos v o g a e s p r e s e n t e s , com ou sem de- s i d e n t e p o d e r á e n e a r r e g a r u m ou m a i s v o g a e s d e i r c o -
clarações, s e r ã o a p r e s e n t a d a s ao C o n s e l h o S u p e r i o r em re- I h e r a s i n f o r m a ç õ e s e f a z e r os r e c o n h e c i m e n t o s e e s t u d o s
união p l e n a , - p o r i n t e r m e d i o do r e l a t o r do processo ou, no n e c e s s a r i o s p a r a e s c l a r e c i m e n t o cle q u a l q u e r a s s u m p t o ,
seu i m p e d i m e n t o justilieado, pelo secretario da secção. s u b m e t t i d o á a p r e c i a ç ã o do C o n s e l h o .
A r t . 1 1 . " N a r e u n i ã o p l e n a d o C o n s e l h o S u p e r i o r o re- A r t . 19." N a discusssão d e c a d a processo, a p r e s i d e n -
l a t o r d e q u a l q u e r p r o c e s s o i n d i c a r á v e r b a l m e n t e , e m re- cia d a r á a p a l a v r a a o s v o g a e s q u e a p e d i r e m , p o r o r d e m
s u m o , o a s s u m p t o a discutir, fará a exposição dos tramites da sua ínscrípção, m a s a l t e r n a d a m e n t e aos q u e a houve-
q u e s e g u i u a d i s c u s s ã o n a r e s p e c t i v a s e c ç ã o e l e r á p o r fim rem pedido a favor das conclusões da consulta t o m a d a
as conclusõcs do p a r e c e r . Não h a v e n d o contestação será p a r a base da discussão, ou contra ellas.
e m s e g u i d a v o t a d a a c o n s u l t a , l e v a n t a n d o - s e q u a l q u e r clu- § unico. N e n h u m vogal p o d e r á , salvo a n n u e n c i a do
v i d a p r o c e d e r - s e - h a á leitura integral do p a r e c e r , t o m a n d o - o C o n s e l h o , u s a r cla p a l a v r a p o r m a i s d e t r e s v e z e s s o b r e
p a r a b a s e d e d i s c u s s ã o e a p u r a n d o - s e p o r fim p o r m e i o d e o mcsrno a s s u m p t o , neiu falar c a d a vez p o r m a i s de q u i n z e
v o t a ç ã o q u a l s e j a a o p i n i ã o cla m a i o r i a d o s v o g a e s p r e s e n t e s m i n u t o s , c o m e x c e p ç ã o p o r e m do r e l a t o r , q u e p o d e r á u s a r
á s e s s ã o do C o n s e l h o . da p a l a v r a com prejuizo d a inscripção dos outros vogaes
A r t . 1 2 . " T o d o s os a s s u m p t o s s u b m e t t i d o s á a p r e c i a ç ã o e pelo t e m p o que j u l g a r necessario.
d o Conselho s u b i r ã o ao G o v e r n o , em consulta dirigida a A r t . 2 0 . " O s v o g a e s clo C o n s e l h o p o d e m , d u r a n t e a
Sua Majestade, que será sempre assignada pela maioria discussão, p í o p o r e m e n d a s á consulta ou p a r e c e r a p r e -
dos m e m b r o s do Conselho. s e n t a d o , ficando e s t a s e m e n d a s e m d i s c u s s ã o corn a c o n -
§ 1." Q u a l q u e r v o g a l q u e d i v e r g i r do p a r e c e r a p p r o - sulta, que será modificada em harmonia com aquellas q u e
v a d o p o d e r á a s s i g n a r vencido ou com d e c l a r a ç õ e s ou a p r e - forem approvadas.
s e n t a r c o n s u l t a e m s e p a r a d o , danclo cTella c o n h e c i m e n t o A r t . 21.° Se a consulta apresentada pelo relator de
ao Conselho. qualquer processo não fôr approvada, a presidencia no-
§ 2.° O s p a r e c e r e s da m i n o r i a , depois d e lidos e m con- m e a r á u m v o g a l , d e e n t r e os d a m a i o r i a , p a r a r e d i g i r n o v a
selho, s u b i r ã o ao G o v e r n o com a c o n s u l t a r e s p e c t i v a d a consulta e m h a r m o n i a com o parecer d'essa maioria, de-
maioria. v e n d o esta consulta ser depois lida e votada.
A r t . 1 3 . ° A p r e s i d e n c i a , p o r s u a i n i c i a t i v a ou p o r d e l i - A r t . 2 2 . " O s v o g a e s d o C o n s e l h o c o m m u n i c a r ã o p o r es-
b e r a ç ã o do Conselho, p o d e r á s u s p e n d e r a discussão de crito á p r e s i d e n c i a , antes d a a b e r t u r a da sessão, q u a e s os
q u a l q u e r a s s u m p t o , quer p a r a ser estudaclo mais detalha- processos sobre que estao liabilitados a relatar, e a pre-
d a m e n t e , quer p a r a dar logar á discussão de outro assum- sidencia pô-los-ha em discussão, segundo a u r g e n c i a de
pto de maior urgencia. c a d a u m d'el!es.
§ unico. A discussão suspensa d e v e r á , por via de re- A r t . 23.° O Conselho t e r á u m a sessão ordinaria por se-
g r a , c o n t i n u a r n a s e s s ã o o r d i n a r i a i m m e d i a t a , ou e m s e s - m a n a , e m d i a p r é v i a m e n t e fixado p e l o m e s m o C o n s e l h o ,
s ã o e x t r a o r d i n a r i a , se t r a t a r t a m b e m d e a s s u m p t o u r g e n t e . e as sessões e x t r a o r d i n a r i a s que as necessidacles do ser-
A r t . 11." P o r d e t e r m i n a ç ã o do v i c e - p r e s i d e n t e , o u d e c i - viço r e c l a m a r e m .
s ã o do C o n s e l h o a r e q u e r i m e n t o d e a l g i u n v o g a l , p o d e r á § unico. A s sessões e x t r a o r d i n a r i a s serão c o n v o c a d a s
q u a l q u e r p r o c e s s o a n t e s da sua discussão em sessão p l e n a p e l o v i c e - p r e s i d e n t e , ou p o r q u e m s u a s v e z e s fizer, d e -
s e r s u b m e t t i d o s u c e e s s i v a m e n t e ao e x a m e , n a s e c r e t a r i a d o vendo consignar-se nos respectivos avisos o assumpto ou
Conselho, de c a d a um dos vogaes, depois d e t e r sido en- assumptos que haja a tratar.
v i a d o á s e c ç ã o r e s p e c t i v a o d e ali s e r a p r e c i a d o e d i s c u - A r t . 2 1 . ° O C o n s e l h o só p o d e r á f u n c c i o n a r e s t a n d o p r e -
tido o p a r e c e r a p r c s e n t a d o pelo relator. s e n t e a m a i o r i a d e t o d o s - o s s e u s v o g a e s , i n c l u i n d o os se-
A r t . 15.° A p r e s i d e n c i a , q u a n d o considere q u e u m as- c r e t a r i o s clo C o n s e l h o e d a s s e c ç õ e s .
s u m p t o a discutir no Conselho c a r e c e de estudo mais espe- § 1." P a r a e s t a c o n t a g e m d e s c o n t a m - s e o s e n g e n h e i r o s
cial e d e m o r a d o , m a n d a r á , e x - o f f i c i o , i m p r i m i r e d i s t r i - a u s e n t e s em serviço de inspecção e x t e r n a .
b u i r o p a r e c e r do r e l a t o r p a r a ser o p p o r t u n a m c n t e discu- § 2.° O s v o g a e s q u e n ã o p u d e r e m c o m p a r e c e r a q u a l -
tido em sessão p l e n a , tendo sido o u v i d a p r é v i a m e n t e a q u e r sessão deverão o p p o r t u n a m e n t e d a r p a r t e á presi-
r e s p e c t i v a s c c ç ã o e d e v e n d o os s e u s m e m b r o s a s s i g n a r a dencia.
consulta e apresentar, por escrito, q u a e s q u e r declarações, § 3.° Não p o d e r ã o a u s e n t a r - s e a o m e s m o t e m p o p a r a ser-
e s c l a r e c i m e n t o s ou i n d i e a ç õ e s q u e j u l g u e m c o n v e n i e n t e l e v a r I v i ç o e x t e r n o os d o i s v o g a e s e f f e c t i v o s i n s p e e t o r e s d e m i n a s ,
ao c o n h e c i m e n t o do Conselho. n e m mais dc tres vogaes inspeetores de obras.publicas.
A r t . 1G." Q u a n d o q u a l q u e r m e m b r o do C o n s e l h o S u - A r t . 2 5 . ° C a d a u m a d a s q u a t r o s e c ç õ e s e m q u e s e di-
p e r i o r do O b r a s P u b l i c a s e Minas r e q u e r e r a i m p r e s s ã o e vide o Conselho Superior de Obras Publicas e Minas re-
clistribuição de u m p a r e c e r , presente á sessão p l e n a , p a r a unirá, pelo menos, u m a vez cada semana em dia prévia-
mais minueioso exame da questão, a presidencia ordenará m e n t e d e s i g n a d o pelo s e u p r e s i d e n t e , e t e r ã o a s r e u n i õ e s
a d i l i g e n c i a r e q u e r i d a . q u a n d o a p p r o v a d a , fixando o p p o r - extraordinarias, convocadas pela presidencia, que as ne-
t u n a m e n t e o d i a p a r a a d i s c u s s ã o clo a s s u m p t o . c e s s i d a d e s do s e r v i ç o e x i g i r e m .
A r t . 17." S e o C o n s e l h o j u l g a r n e c e s s a r i o p e d i r , s o b r e ! Az;t. 2 0 . ° S ã o a p p l i c a v e i s á s s e s s õ e s d a s s e c ç õ e s o s p r e -
1902 63 Março 2(3

ceitos d'este r e g u l a m e n t o estabelecidos p a r a as Teuniões A r t . 36.° E inacumulavel com o exercicio de logar dc


do Conselho S u p e r i o r . v o g a l d o C o n s e l h o S u p e r i o r a c o m m i s s ã o cle d i r e c t o r g e -
A r t . 2 7 . ° T o d o s os v o g a e s d o C o n s e l h o S u p e r i o r , n a t o s , ral das O b r a s P u b l i c a s e Minas e de d i r e c t o r ou chefe de
s u p r a n u m e r a r i o s o u e x t r a o r d i n a r i o s , b e m c o m o os s e c r e - quaesquer serviços externos.
t a r i o s do C o n s e l h o e d a s s e c ç õ e s , t e e m voto c o n s u l t i v o e A r t . 3 7 . ° A a n t i g u i d a d e d o s e n g e n h e i r o s v o g a e s clo C o n -
d e l i b e r a t i v o e m t o d o s os a s s u m p t o s q u e f o r e m s u b m e t t i d o s s e l h o , p a r a os e f f e i t o s cVeste r e g u l a m e n t o , s e r á d e t e r m i -
á sua apreciação. n a d a p e l a p r e c e d e n c i a d a n o m e a ç ã o n a s categorias e clas-
g unico. O v o g a l q u e p r e s i d i r á sessão do Conselho t e m s e s a q u e p e r t e n c e m , e p a r a os e n g e n h e i r o s d a m e s m a
voto de qualidade. e a t e g o r i a , n o m e a d . o s n a m e s m a clata, p e l a p r e c e d e n c i a d a s
A r t . 28.° N e n h u m vogal p r e s e n t e n u m a sessão p o d e r á n o m e a ç õ e s f e i t a s p a r a a s c a t e g o r i a s e classe.s i m m e d i a t a -
abster-se de v o t a r ; m a s p o d e r á d a r o seu voto c o m de- mente inferiores.
clarações. A r t . 3 8 . ° N a s e c r e t a r i a do Conselho S u p e r i o r e n a s sa-
A r t . 29.° A s votações serão p r o c l a m a d a s pelo presi- las q u e lhe f o r e m d e s t i n a d a s s e r á feito todo o e x p e d i e n t e
d e n t e , d i z e n d o s e h o u v e ou n ã o u n a n i m i d a d e , e n o u l t i m o indispensavel p a r a o serviço dos inspeetores, n a s suas r e -
caso q u a n t o s votos a f a v o r e q u a n t o s c o n t r a . lações com o m e s m o Conselho S u p e r i o r e com as suas sec-
§ 1 . ° Q u a n d o a p r e s i d e n c i a j u l g a r c o n v e n i e n t e , ou a ções.
pedido de qualquer dos vogaes, a votaçâo será nominal, § u n i c o . O v i c e - p r e s i d e n t e clo C o n s e l h o S u p e r i o r , ou q u e m
v o t a n d o p r i m e i r o o s e c r e t a r i o , d e p o i s os v o g a e s p e l a or- s u a s v e z e s fizer, r e q u i s i t a r á o p e s s o a l n e c e s s a r i o p a r a q u e
d e m clas s n a s a n t i g u i d a d e s , a c o m e ç a r n o m a i s m o d e r n o , e a secretaria possa d e s e m p e n h a r - s e efficazmente dos traba-
linalmente a presidencia. O resultado d'estas votações lhos a seu cargo.
s e r á a p u r a d o e m r e l a ç õ o s , i m p r e s s a s p a r a e s s e fim, q u e A r t . 3 9 . ° O v i c e - p r e s i d e n t e d o C o n s e l h o , ou q u e m s u a s
ficarão f a z e n d o p a r t e d a s m i n u t a s d a s a c t a s cla s e s s ã o . v e z e s fizer, e m c o n f e r e n c i a c o m os p r e s i d e n t e s d a s s e c -
§ 2 . " N o c a s o p r e v i s t o n o p a r a g r a p h o a n t e c e d e n t e , se- ç õ e s e o s e c r e t a r i o clo C o n s e l h o , e s e o l b e r ã o d e e n t r e os p a -
r ã o m e n c i o n a d o s n a a c t a os n o m e s d o s v o g a e s q u e v o t a r e m recercs submettidos á discussão aquelles que estabelece-
pró, dos que v o t a r e m contra e dos que a p r e s e n t a r e m pa- r e m c o r p o d e d o u t r i n a , ou q u e s e r e f e r i r e m a a s s u m p t o s
recer em separado. d i g n o s d c s e r e m r c g i s t a d o s , ou a i n d a q u e p o r q u a l q u e r
Art. 30.° A s votações que digam respeito a m a t e r i a circumstancia convenha ter em mais especial attenção e
d i s c i p l i n a r ou á c o m p e t e n c i a t e c h n i c a , a p t i d ã o e p r o m o - depois de feita esta escolha serão impressos esses parece-
cões dos e n g e n h e i r o s o seus auxiliares serão s e m p r e feitas res, o r g a n i z a n d o - s e com elles livros c o m i n d i c e s r e m i s - ^
por escrutinio secreto. sivos bem explicitos, de m o d o a f a c i l m e n t e se p o d e r en-
c o n t r a r os a s s u m p t o s j á e s t u d a d o s p e l o C o n s e l h o , e c o n h e -
Dos secretarios e das actas c e r os p r e c e d e n t e s e s t a b e l e c i d o s n a s r e s o l u ç õ e s t o m a d a s .
A r t . 4 0 . ° N o s c a s o s o m i s s o s ou d e d u v i d a s o b r e a a p -
A r t . 3 1 . ° A o s e c r e t a r i o clo C o n s e l h o c o m p e t e : a s s i s t i r
plicação de a l g u m dos artigos d'este regulamento, s e r á
ás sessões; lavrar a acta de cada s e s s ã o ; s u p e r i n t e n d e r no
e s s a d u v i d a ou o m i s s â o c s c l a r c c i d a p e l o C o n s e l h o e a r e - •
s e r v i ç o cla s e c r e t a r i a d o C o n s e l h o ; r e c e b e r e e x p e d i r a cor-
solucão será considerada como disposiçao transitoria a t é
r e s p o n d e n c i a ; f a z e r , p o r o r d e m d a p r e s i d e n c i a , os a v i s o s p a r a
que o Governo decida superiormonte.
a s s e s s õ e s e x t r a o r d i n a r i a s ; e x a m i n a r e a p r e s e n t a r ao C o n -
s e l h o os n e g o c i o s d e m e r o e x p e d i e n t e o u d e p e q u e n a im-
Paço, em 6 de niarco de 1902. = Manuel Francisco de
p o r t a n c i a , q u e p a r a e s s e fim l h e t v n h a m s i d o d i s t r i b u i d o s
Vargas.
D . d o G . n." 7 1 , de 2 do a b r i l .
p e l o v i c e - p r e s i d e n t e ; e l a b o r a r t o d o s os a n n o s a t é 3 1 d e
m a r ç o o relatorio a c ê r c a d a s consultas redigidas pelo Con-
s e l h o n o a n n o a n t e r i o r e c l e s e m p e n h a r t o d o s os m a i s s e r -
v i ç o s , i n h e r e n t e s ao s e u c a r g o , q u e p e l a p r e s i d e n c i a l h e MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
foreni destinados.
A r t . 32." N o comeeo de c a d a sessão lerá o secretario a D i r e e ç ã o Geral de Saude e B e n e f i c e n c i a P u b l i c a
a c t a d a s e s s ã o a n t e r i o r , d a q u a l d e v e r ã o c o n s t a r os i n c i -
dentes principaes da discussão e as resoluções adoptadas, l. a Repartição
e d a r á c o n t a das c o m m u n i c a ç õ e s officiaes e de todo o ex-
pediente. C o n s t a n d o q u e n o s leilÕes 11a a l f a n d e g a , c o n s u l a d o s e
A r t . 3 3 . ° A s a c t a s clas s e s s õ e s d o C o n s e l h o , d e p o i s d e administraçÕes dos b a i r r o s se não t e m cumpriclo a dou-
a p p r o v a d a s p e l o m e s m o C o n s e l h o , s e r ã o e s c r i t a s e m li- t r i n a do a r t i g o 6.° clo d e c r e t o d o 1 2 d e a b r i l cle 1 8 9 4 e
vro especial, a s s i g n a d a s pelo secretario e r u b r i c a d a s pela d o a r t i g o 1 4 4 . ° d o d e c r e t o cle 2 4 cle d e z e m b r o cle 1 9 0 1 ,
presidencia. com respeito á previa desinfecção dos objectos que, nes-
§ 1.° O s e c r e t a r i o f a r á u m a s y n o p s e e u m i n d i c e d a s s c s leilÕes, se t r a t a d e v e n d e r , e se a e h a m s u j e i t o s ao p r e -
actas e m livro especial. ceito obrigatorio d a d e s i n f e c ç ã o : m a n d a S u a M a j e s t a d e E l -
§ 2 . ° O l i v r o d a s a c t a s t e r á t e r m o s cle a b e r t u r a e do R e i , p e l a S e c r e t a r i a de E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o ,
e n c e r r a m e n t o , e todas as folhas serão r u b r i c a d a s pela p r e - suscitar ás auctoridades eompetentos a observancia d a -
s i d e n c i a o u p e l o s e c r e t a r i o q u a n d o p a r a e s s e fim s e j a a u - q u e l l a d i s p o s i ç ã o l e g a l , v i s t o q u e os t e r m o s d o s r e f e r i d o s
ctorizado pelo v i c e - p r e s i d e n t e . a r t i g o s e r e g u l a m e n t a ç ã o c o r r e l a t i v a são m a n i f e s t a m e n t e
e x t e n s i v o s a o s leilÕes q u e n a q u e l l a s e s t a ç õ e s , e e m q u a e s -
Art. 34.° Aos secretarios das secções i n c u m b e m , na
q u e r o u t r a s , se r e a l i z e m n a s c o n d i ç õ e s p r e v i s t a s , e c o m
p a r t e a p p l i c a v e l , os p r e c e i t o s e s t a b e l e c i d o s p a r a o s e c r e -
o b j e c t o s d a s c l a s s e s ali d e s i g n a d o s .
tario do Conselho.
§ unico. A s actas das sessões d a s secções serão quanto Paço, em 7 de março de 1902. — Ernesto Rodolpho
p o s s i v e l r e s u m k l a s , i n d i c a n d o - s e e s p e c i a l m e n t e q u a e s os Hintze Ribeiro.
D . d o G . n." 5 1 , do 8 dc m a r ç o .
processos discutidos e alguns incidentes mais importantes
d a s cliseussões.
Disposições diversas
2.a Repartição
A r t . 35." Os v o g a e s i n s p e e t o r e s d e s e m p e n h a r ã o , curmi-
l a t i v a m e n t e c o m os t r a b a l h o s d o C o n s e l h o , os s e r v i ç o s d e S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a t t e n d e n d o ao q u e l h e r e p r e s e n -
i n s p e c ç ã o a q u e o G o v e r n o , ou d i r e c t a m e n t e ou a r e q u i s i - t o u a v e n e r a v e l O r d e m T e r e e i r a d e S . F r a n c i s c o cle E n -
ção do C o n s e l h o , t w e r p o r c o n v e n i e n t e m a n d a r p r o c e d e r . t r e os R i o s , c o n c e l h o d c P e n a l i e l ;
Março 13 6,4 1902

V i s t a s a s i n f o r m a ç õ e s officiaes e o d i s p o s t o n o n . ° 2 . ° ,' o b s e r v a n d o - s e n o s a c t o s s u b s e q u e n t e s p r a z o s a n a l o g o s a o s
d o a r t i g o 2 5 3 . ° clo C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o : | estabelecidos no citado decreto.
H a p o r b e m a u c t o r i z á d a a applicar dos seus c a p i t a e s a O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
q u a n t i a dc 8 7 $ 3 7 5 réis ás o b r a s i n d i s p e n s a v e i s de r e p a r a - c r e t a r i o de E s t a d o dos N e g o c i o s do Reino, assim o t e n h a
ç ã o d o t e c t o d o edificio d a c a p e l l a d e S . T i a g o , s e d e d a e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 3 d e m a r ç o d e
m e s m a O r d e m , n o s p r e c i s o s t e r m o s d a d e l i b e r a ç ã o p o r e l l a 1902. = R E L = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
t o m a d a e m sessão de 2 4 de n o v e m b r o ultimo. D . do G. n . 0 CO, d e 15 de m a r ç o .
Paço, em 7 de maroo de 1902. = Ernesto Rodol-
pho Hintze Ribeiro.
D . do G . n . ° 51, de S de lharço.

V i s t o o d i s p o s t o n o a r t i g o 1 8 . ° d a c a r t a d e lei d e 1 2 d e
j u n h o de 1901, com r e f e r e n c i a ao artigo 30.° d a c a r t a de
lei d e 3 d e s e t e m b r o d e 1 8 9 7 : h e i p o r b e m , t e n d o o u v i d o
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS o Conselho de Ministros, auctorizar a C a m a r a Municipal
do concelho de T e r r a s de Bouro a q u e , d e n t r o d a m e t a d e
Direeção Geral dos N e g o c i o s Oommei*ciaes da parte disponivel do seu f u n d o de viação, a p p l i q u e réis
e Consulares 647$õ55 á continuaçào das obras de construcção dos pa-
ços municipaes do m e s m o concelho, q u e n ã o p o d e m a c t u a l -
Repartição mente ser custeadas pelas suas receitas ordinarias.
O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e S e -
P o r c o m m u n i c a ç ã o da legação de A u s t r i a - H u n g r i a n e s t a cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o te-
c ó r t e , e m d a t a cle 5 d o c o r r e n t e , c o n s t a b a v e r o G-overno nha entendido e faça e x e c u t a r . Paço, em 13 de março de
d e C r e t a n o t i f i c a d o , p o r i n t e r m e d i o clas p o t e n e i a s g a r a u - 1902. = REI. — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
tes, a sua adhesão á convenção internacional telegraphica D . do G. n." 00, do 15 de m a r ç o .
de 22 de julho de l o 7 õ .
O q u e se p u b l i c a p a r a os e f f e i t o s d e v i d o s .
D i r e c c ã o Geral des Negocios C o m m e r c i a e s e Consula-
t.. res, em 7 do março de lQ02.==Eduardo Montufur Bar- Visto o disposto no a r t i g o 4 3 8 . ° e seu § 1.° do Codigo
v
reiros. Administrativo: hei por b e m a p p r o v a r a deliberação d a
D . do C t . n . ° 51, de 8 de m a r ç o .
C a m a r a M u n i c i p a l do c o n c e l h o d e M u r ç a , d e 9 d e j a n e i r o
ultimo, a c ê r c a da r e d u c ç ã o dos s e u s dois p a r t i d o s medicos,
a c t u a l m e n t e v a g o s , a u m só, c o m a d o t a ç ã o a n n u a l cle
4 õ 0 # 0 0 0 r é i s ; e a u c t o r i z a r se p r o c e d a , nos t e r m o s legaes,
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIá a concurso para o respectivo provimento.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
D i r e e ç ã o G e r a l clas Obras P u b l i c a s e M i n a s c r e t a r i o de E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a
entendido e faça executar. Paço, em 13 de março de
Repartição de Obras Publicas 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
D. do G . n . ° GO, do 15 d e m a r ç o .
S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a q u e m foi p r e s e n t e a c o n t a d e
liquidação da g a r a n t i a de j u r o a p r e s e n t a d a pela C o m p a -
n h i a N a c i o n a l d e C a m i n h o s d o F e r r o , c o n c e s s i o n a r i a do
Caminho de F e r r o de Santa C o m b a Dão a Viseu, re- V i s t o o disposto nos a r t i g o s 5 5 . n . ° 2.°, 5 7 . ° e 1 1 8 . °
l a t i v a ao p e r i o d o d e 1 d e j u l h o a 3 1 d e d e z e m b r o d e d o C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o : h e i p o r b e m a p p r o v a r a d e l i -
1 9 0 1 ( p r i m e i r o s e m e s t r e do a n n o e c o n o m i c o d e 1 9 0 1 - b e r a ç ã o , e n v i a d a p o r c o p i a ao G o v e r n o e m 6 d o c o r r e n t e
1 9 0 2 ) : iia p o r b e m , conforr:;anclo-se c o m o p a r e c e r clo m ê s , d a C a m a r a M u n i c i p a l d o c o n c e l h o d e T e r r a s d e
C o n s e l h o S u p e r i o r d o O b r a s P u b l i c a s e M i n a s , a p p r o - B o u r o , d e 1 3 cle s e t e m b r o d e 1 9 0 0 , a c ê r c a d a c r i a ç ã o d e
v a r a r e f e r i d a l i q u i d a ç ã o e o r d e n a r q u e á m e n c i o n a d a u m p a r t i d o m e d i c o p a r a o s e r v i ç o clinico d o m e s m o c o n -
C o m p a n h i a s e j a p a g a , salvas as disposições do artigo 15.° celho, c o m a dotação de 250í>000 réis a n n u a e s .
d a c a r t a d e lei d e 2 6 cle f e v e r e i r o d e 1 8 9 2 , a q u a n t i a d e O P r e s i d e n t e clo C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e -
2 8 : 2 3 3 ^ 8 6 2 r é i s c o m o l i q u i d a ç ã o cle g a r a n t i a d e j u r o d o c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a
p r i m e i r o s e m e s t r e do anno e c o n o m i c o de 1 9 0 0 a 1 9 0 1 . entendido e faça e x e c u t a r . P a ç o , em 13 de m a r ç o de
O q u e s e c o m m u n i c a ao d i r e c t o r fiscal d e e x p l o r a ç a o 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
d e c a m i n h o s d e f e r r o p a r a os d e v i d o s e f f e i t o s .
D . do G. n . ° 00, de 15 d e m a r ç o .
Paço, 10 de março de 1902. = Manuel Francisco de
Vargas.
D . do G. n . ° 56, d e 11 de m a r ç o .

Visto o disposto nos artigos 5 5 . n . ° 2.°, e 5 7 . ° do Co-


digo Administrativo: hei por b e m a p p r o v a r a deliberação
da C a m a r a Municipal do concelho de Villa V i ç o s a , d e 19
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO de janeiro ultimo, a c ê r c a da criação de u m p a r t i d o vete-
rinario dotado em 1 0 0 ^ 0 0 0 réis annuaes.
D i r e e ç ã o G e r a l de A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Givil O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e -
cretario d e E s t a d o dos Negocios do Reino, assim o t e n h a
l.'1 Repartição entendido e faça e x e c u t a r . Paço, e m 13 de m a r ç o de
1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
H e i p o r b e m p r o r o g a r , n o s t e r m o s do a r t i g o 3 8 . ° § 1.°
D . d o Cr. n . ° G0, d e 15 d e j»arço.
clo d e c r e t o d e 8 cle a g o s t o u l t i m o , o p r a z o d a c o n c l u s ã o
d a s o p e r a ç õ e s d o r e c e n s e a m e n t o c l e i t o r a l a t é ao d i a 2 2 d o
corrente m ê s nos concelhos de Castello Branco, S e r p a ,
P o n t e d a B a r c a e V i l l a V e l h a d e R o d a m , e a t é ao d i a 1 9 Senclo-me p r e s e n t e a c o n s u l t a do S u p r e m o T r i b u n a l
d e a b r i l p r o x i m o n o s d e O l i v e i r a do H o s p i t a l e G a v i ã o ; A d m i n i s t r a t i v o a c ê r c a do r e c u r s o n.° 7 : 6 1 7 , e m q u e é re-
1902 65 Março 2(3

corrente I). Maria da Alegria N u n e s de Yellez e reçor- f O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s cla F a -


r i d a a C a m a r a M u n i c i p a l clo c o n c e l h o d e P o r t a l e g r e , d e | zenda, e interino dos E s t r a n g e i r o s , assim o tenha entendido
q u e foi r e l a t o r o C o n s e l h e i r o , V o g a l e f f e c t i v o , E d u a r d o e faça e x e c u t a r . Paço, em 13 de m a r ç o de 1 9 0 2 . = R E I . =
José Segurado: Fernando Mattozo Santos,
Mostra-se d'este processo que D . M a r i a da A l e g r i a Nu- D. do G. ii.0 CO, de 15 de março.
n e s de Vellez, proprietaria, residente n a cidade de Porta-
legre, reclamou perante o Tribunal Administrativo d'aquelle
d i s t r i c t o c o n t r a a d e l i b e r a ç ã o cla C a m a r a M u n i c i p a l d a
m e s m a c i d a d e p e l a q u a l c o n s i d e r o u cle u r g e n t e u t i l i d a d e Administração Geral das A l f a n d e g a s
p u b l i c a a e x p r o p r i a ç ã o cle u m olival p e r t e n c e n t e á r e c l a -
m a u t e , e a l l e g o u e m f a v o r cla s u a r e c l a m a ç ã o a s r a z õ e s 1.a Repartição
q u e e x p ô s n o s e u r e q u e r i m e n t o a fl. 2 ;
2.» Secçflo
Mostra-se que o Tribunal Administrativo, attendendo a
q u e , n o s t e r m o s d a s leis d e 2 3 d e j u l h o cle 1 8 5 0 , 1 7 cle se- T e n d o a e x p e r i e n c i a d e m o n s t r a d o q u e se t o r n a indis-
t e m b r o d e 1 8 5 7 , 8 d e j u n h o d e 1 8 5 9 e 17 d e s e t e m b r o p e n s a v e l m o d i f i c a r a l g u m a s clas d i s p o s i ç õ e s d a p o r t a r i a
d e 1 8 7 2 , só ao G o v e r n o c o m p e t e c o n h e c e r e d e c l a r a r a de 2 9 de j a n e i r o de 1897, q u e regulou a applicação do
utilidade publica e a urgencia de quaesquer expropriações, q u e e s t á p r e c e i t u a d o n o § unico do a r t i g o 3 0 . " d o s p r e -
o b s e r v a n d o p a r a isso o p r o c e s s o e s t a b e l e c i d o n o s a r t i g o s liminares da p a u t a : m a n d a Sua Majestade El-Rei, pela
3 . ° a 1 2 . ° d a p r i m e i r a d a q u e l l a s leis, a q u e só n e s t e p r o - A d m i n i s t r a ç ã o G e r a l d a s A l f a n d e g a s , d e c l a r a r o se-
c e s s o p o d e m os i n t e r e s s a d o s r e c l a m a r e o p p o r - s e á s e x - guinte :
p r o p r i a ç õ e s , e p o r q u e e s s e s p r o c e s s o s n ã o c o r r e m n o s tri-
1.° Q u e os o b j e c t o s d e m o b i l i a e r o u p a s cle u s o d o m c s -
b u n a e s a d m i n i s t r a t i v o s , j u l g o u - s e i n c o m p e t e n t e p a r a co-
t i c o , c o m e v i d e n t e s s i g n a e s do u s o , a q u e se r e f e r e a ali-
nhecer d'essa reclamação e a rejeitou:
n e a b) d a c i t a d a p o r t a r i a , só p o d e r ã o s e r d e s p a c h a d o s com
O que tudo visto e a resposta do Ministerio P u b l i c o ; i s e n c ã o cle d i r e i t o s quanclo os p a s s a g e i r o s a p r e s e n t e m a t -
C o n s i d e r a n d o q u e a C a m a r a M u n i c i p a l cle P o r t a l e g r e testado, passado pela auctoridade eonsular portuguesa no
t o m o u a d e l i b e r a ç ã o r e c l a m a d a n o p l e n o u s o do d i r e i t o l o c a l cla p r o c e d e n c i a , d e c l a r a n d o q u e os a l l u d i d o s o b j e c t o s
q u e l h e c o n f e r i a o n . " 1 6 . ° d o a r t i g o 1 1 7 . ° clo C o d i g o A d - l h e s p e r t e n c e m e q u e f a z i a m p a r t e clo m o b i l i a r i o d o s s e u s
m i n i s t r a t i v o d e 188G, e n t ã o e m v i g o r ; domicilios n o e s t r a n g e i r o ; d e v e n d o o u t r o s i m os m e s m o s
C o n s i d e r a n d o q u e s ã o p r o c e d e n t e s os f u n d a m e n t o s clo p a s s a g e i r o s a s s i g n a r termo de responsabilidacle, pelo qual
accordão recorrido: s e o b r i g u e m ao p a g a m e n t o d o s d i r e i t o s d o s ditos o b j e c t o s ,
H e i por b e m , conformando-me com a rnesma consulta, se, antes de findo o p r a z o de u m anno, contado da d a t a
rejeitar este recurso por incompetentemente interposto. d o r e s p e c t i v o d e s p a c h o , d e i x a r e m d e os c o n s e r v a r e m seu
O C o n s e l h e i r o de E s t a d o , P r e s i d e n t e d o C o n s e l h o d e M i - poder;
n i s t r o s , M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s clo 2 . " Q u e o d i s p o s t o n a a l l u d i d a a l i n e a b) é só a p p l i c a -
Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, vel, pelo que r e s p e i t a a individuos nacionaes, aos q u e ,
em 13 de março de 1902. —•= R E I . = Ernesto Rodolpho n a occasião d a s u a c l i e g a d a , n ã o t e n h a m d o m i c i l i o n o
Hintze Ribeiro. n r e i n o ou i l h a s a d j a c e n t e s ; d e v e n d o os m e s m o s i n d i v i d u o s
D. do O. n. (!0, cle 15 de março.
a p r e s e n t a r t a m b e m attestado comprovativo de h a v e r e m
t i d o domicilio, d u r a n t e u m a n n o , p e l o m e n o s , f ó r a do
p a í s , s a l v o os c a s o s e m q u e o s e u r e g r e s s o , a n t e s do
V i s t o o d i s p o s t o n o s a r t i g o s 1 7 6 . " n." 4 1 6 . ° e 2 3 . ° e dito p r a z o , s e j a d e t e r m i n a d o p o r m o t i v o d e s e r v i ç o d o
1 7 9 . " n . ° 1.° do C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o : hei p o r b e m a p - Estado;
p r o v a r a s cleliberações cla j u n t a cle p a r o c h i a d a f r e g u e s i a 3 . ° Q u e a c o n t r a v e n ç ã o do p r e c e i t u a d o n a ultirna p a r t e
d e R a b a l , d e 1 4 d e m a i o cle 1 8 9 9 e cla j u n t a d e p a r o c h i a do n . ° 1.° d ' e s t a p o r t a r i a , s e r á c o n s i d e r a d o c o m o d c s c a -
d e S . P e d r o , d e 1 3 d e f e v e r e i r o u l t i m o , a c ê r c a d a cria- m i n h o d e d i r e i t o s , d e v e n d o os d i r e c t o r e s d a s a l f a n d e g a s
ç ã o d e dois l o g a r e s d e g u a r d a s e a m p e s t r e s e m c a d a u m a m a n d a r i n s t a u r a r a o s d e l i n q u e n t e s os c o m p c t e n t c s p r o -
d a s r e f e r i d a s f r e g u e s i a s , p e r t e n c . c n t e s ao c o n c e l h o cle B r a - cessos.
g a n ç a , t e n d o os m e s m o s a g e n t e s p o r u n i c a r e m u n e r a ç ã o P a ç o , e m 1 3 cle m a r ç o d e 1 9 0 2 . — Fernando Mattozo
m e t a d e que lhes p e r t e n c e r na arrecadação das multas Santos.
ircpostas por sua diligencia. r>. do G. n." tlíl. de ?0 de m a r r o .

O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e Se-


c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s clo R e i n o , a s s i m o t e n h a
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 13 d e m a r ç o d e 1 9 0 2 . =
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRÃMAR
D . do O . n . ° GO, de 15 de m a r ç o .
D i r e e ç ã o G e r a l clo U I t r a m a r

3,a Repartição

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA S. a SecçiTo

S e c r e t a r i a Geral S u a M a j e s t a d e El-Rei ha por b e m d e t e r m i n a r que, em-


q u a n t o n ã o c s t i v e r e m e m c i r c u l a ç ã o n o u i t r a m a r a s no-
N o s t e r m o s d o d e c r e t o d e 1 4 d e a g o s t o d e 1 8 9 3 e clo v a s e m i s s õ e s de b i l h e t e s p o s t a e s q u e t e e m d e s e r c r i a d o s
§ 2 . ° d o a r t i g o 6.° do r e g u l a m e n t o a p p r o v a d o p o r d e c r e t o e m v i r t u d e d a s n o v a s t a b e l l a s cle p o r t e s c s t a b e l e c i d a s p e l o
de 8 de o u t u b r o de 1 9 0 0 : hei por bem d e t e r m i n a r que, d e c r e t o d c 2 4 d e d e z e m b r o u l t i m o p a r a as c o r r e s p o n d e n -
n o dia 2 2 d e m a i o p r o x i m o f u t u r o , se p r o c e d a , p o r p a r t e cias o r i g i n a r i a s d a s p r o v i n c i a s u l t r a m a r i n a s p o r t u g u e s a s ,
d o s j u r i s t a s , á eleição cle dois m e m b r o s cla J u n t a do C r e - c o n t i n u e m t e n d o valiclade os a c t u a e s biihete. 1 ; p o s t a e s ,
dito Publico e seus respectivos substitutos, devendo dirigir a d d i c i o n a n d o - s e - l h e s o sêllo p r e c i s o p a r a p e r f a z e r os r e s p e -
os a c t o s p r e p a r a t o r i o s d a m e s m a e l e i ç ã o , e m c o n f o r m i d a d e ctivos portes.
c o m o d i s p o s t o n o § 3 . ° do a r t i g o 6 . ° clo r e f e r i d o r e g u l a - O que, pela S e c r e t a r i a de E s t a d o dos Negocios da Ma-
mento da actual junta. r i n h a e U I t r a m a r , se c o m m u n i c a a t o d o s os g o v e r a n d o r e s
Março 14 66 1902

d a s provincias u l t r a m a r i n a s e do districto a u t o n o m o de a r t i g o 1 1 1 . ° do m e s m o C o d i g o C o m m e r c i a l P o r t u g u ê s , n ã o
T i m o r , p a r a s e u c o n h e c i m e n t o e d e v i d o s effeitos. n e c e s s i t a n d o d e a p p r o v a ç ã o e s p e c i a l os s e u s e s t a t u t o s , p o r
P a ç o , em 1 3 de m a r ç o de 1 9 0 2 . = = A n t o n i o Teixeira de n ã o s e r o o b j e c t i v o e x c l u s i v o ou p r i n c i p a l a e x p l o r a ç a o
Sousa, agricola.
D . do G. n . ° 63, de 20 d c m a r ç o .
O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o clos N e g o c i o s d a M a -
rinha e U I t r a m a r assim o tenha entendido e faça execu-
tar. Paço, em 13 de março de 1902. = R E I . = Antonio
Teixeira de Sousa.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO D . do G. n . ° 72, d e S d e a b r i l .

3. a R e p a r t i ç ã o da D i r e e ç ã o G e r a l
da C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
C o m f u n d a m e n t o n o a r t i g o 2 . ° do d e c r e t o d e 8 d e a g o s t o
u l t i m o , e m v i r t u d e do q u a l os c a n d i d a t o s l e g a e s â m a g i s - 9. a R e p a r t i ç ã o da D i r e e ç ã o G e r a l
t r a t u r a judicial, que foram nomeados auditores nos termos da C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a
d o m e s m o d e c r e t o , ficam p o r e s s e f a c t o , e p a r a t o d o s os
effeitos, e o n s i d e r a d o s j u i z e s d e d i r e i t o d e 3 . a c l a s s e , s e n d o , Nos t e r m o s do artigo 50.° do r e g u l a m e n t o g e r a l d a con-
p o r e m , os seus v e n c i m e n t o s , c o m o a u d i t o r e s , os d e s i g n a - tabilidade publica, de 3 1 de agosto de 1881, e e m con-
d o s n o a r t i g o 3 1 5 . ° d o C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , o e m obser- formiclade c o m a a u c t o r i z a ç ã o c o n f e r i d a ao G o v e r n o p e l o
v a n c i a do p r e c e i t u a d o n o § u n i c o do a r t i g o 17.° d a c a r t a n . ° 4 . " do a r t i g o 7.° d a c a r t a cle lei d e 3 d e s e t e m b r o d e
d e lei d e 3 d e s e t e m b r o de 1 8 9 7 , c u j a s p r e s c r i p ç õ e s fo- 1897, c u j a s disposições f o r a m m a n d a d a s v i g o r a r no e x e r -
r a m m a n d a d a s v i g o r a r n o e x e r c i c i o d e 1 9 0 J - 1 9 0 2 , pelo cicio d e 1 9 0 1 - 1 9 0 2 p e l o a r t i g o 1 4 . ° d a c a r t a d e lei d e 1 2
a r t i g o 14.° d a c a r t a d e lei d e 1 2 cle j u n h o d e 1 9 0 1 : d c j u n h o cle 1 9 0 1 : h e i p o r b e m , t e n d o o u v i d o o C o n s e l h o
H e i por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, de Ministros, determinar que na tabella da distribuição
d e t e r m i n a r q u e , n o M i n i s t e r i o dos N e g o c i o s cla F a z e n d a , d a d e s p e s a o r d i n a r i a do M i n i s t e r i o d a s O b r a s P u b l i c a s ,
s e j a a b e r t o a f a v o r d o M i n i s t e r i o do R e i n o u m c r e d i t o C o m m e r c i o e I n d u s t r i a , r e l a t í v a ao e x e r c i c i o d e 1 9 0 1 — 1 9 0 2 ,
especial, devidamente registado na Direeção G e r a l da s e j a t r a n s f e r i d a do a r t i g o 4 9 . " d o c a p i t u l o 9 . ° p a r a o a r -
C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a , d a q u a n t i a d e 2 5 0 $ Ó 0 0 r é i s , a in- tigo 4 8 . ° do m e s m o c a p i t u l o a q u a n t i a d e 1 1 4 & 7 5 0 r é i s .
a c r e v e r n o a r t i g o õ . ° - A d a t a b e l l a d a d i s t r i b u i ç ã o d a des- O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o de E s t a d o clos N e g o c i o s d a F a -
p e s a d o d i t o M i n i s t e r i o do R e i n o , n o c i t a d o e x e r c i c i o d e zenda, e o Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos Negocios
1 9 0 1 - 1 9 0 2 , p a r a a respectiva importancia ser applicada das O b r a s Publicas, Commercio e Industria, assim o te-
a o p a g a m e n t o do v e n c i m e n t o , r e l a t i v o aos m e s e s d e f e v e - n h a m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 3 cle m a r ç o
r e i r o a j u n h o do c o r r e n t e a n n o , do a u d i t o r a d m i n i s t r a t i v o cle 1902. = REI. — Fernando Mattozo Santos — Manuel
do districto de B r a g a n ç n , que por motivo de i n c a p a c i d a d e Francisco de Vargas.
I ) . d o Ct. 11.0 74, d o 5 d e a h r i l .
p h y s i c a foi collocado, p o r d e c r e t o de 3 1 d e o u t u b r o d e
1901, no respectivo quadro, sem exercicio.
O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito
nos termos legaes de ser decretado.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
O Conselheiro de E s t a d o , P r e s i d e n t e do Conselho de
M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o clos N e g o c i o s
Direeção Geral
d o R e i n o , e o M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o clos N e g o -
cios d a F a z e n d a , a s s i m o t e n h a m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e -
í, a Repartição
c u t a r . P a ç o , e m 13 do m a r ç o de 1902. = R E I . —Ernesto
Rodotyho Hintze Ribeiro = Fernando Mattozo Santos. Tornando-se necessario, para a construcção de u m poço
D . do CT. U.° 06, de 2<1 d e m a r ç o . j u n t o á e s t r a d a d e s e r v e n t i a do f o r t e D . L u i z I , p r o c e d e r
á e x p r o p r i a ç ã o d e 8 8 m e t r o s q u a d r a d o s cle t e r r e n o d e se-
m e a d u r a situado em Valle de Cano, freguesia e concelho
d e O e i r a s , d i s t r i c t o cle L i s b o a , p e r t e n c e n t e a o s hez-deiros
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMÂR de J o s é Moreira Rato, constante da planta parcellar que
fica j u n t a ao p r e s e n t e d e c r e t o ; e , u s a n d o d a f a c u l d a d e
D i r e e ç ã o G e r a l do U I t r a m a r c o n c e d i d a ao m e u G o v e r n o p e l a s c a r t a s d e lei d e 1 1 d e s e -
t e m b r o de 1861 e 9 de j u n h o de 1 8 7 1 : hei por b e m de-
2,a Repartição c l a r a r d e u t i l i d a d e p u b l i c a e u r g e n t e a e x p r o p r i a ç ã o do
indicado terreno, para a construcção de u m poço j u n t o á
2.» SecçíSo e s t r a d a d e s e r v e n t i a do f o r t e D . L u i z 1.
O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios da
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e q u e r e u a « D e l a g o a B a y Agenc.y G u e r r a a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , em
Company^, sociedade legalmente constituida em Londres, 13 de março de 1902. =-- R E I . = Luiz Augusto Pimentel
que p r e t e n d e estabelecer u m a succursal em Lourenço Mar- P m i o
- D . do G. u . ° 76, d o 8 d e a b r i l .
ques, da provincia de Moçambique, na A f r i c a Oriental Por-
t u g u e s a , c o m o fim p r i n c i p a l d e e x p l o r a ç a o c o m m e r c i a l e
i n d u s t r i a l , m a s p o d e n d o a d q u i r i r os b e n s i m m o b i l i a r i o s
q u e s e j a m n e c e s s a r i o s ao e x e r c i c i o d a s u a a c t i v i d a d e e MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
c o m p l e m e n t o e a u x i l i o dos s e u s n e g o c i o s , p a r a o q u e ca-
r e c e cle a u c t o r i z a ç ã o e s p e c i a l n o s t e r m o s do § 4 . ° do a r - D i r e e ç ã o G e r a l das Obras P u b l i c a s e M i n a s
t i g o 1.° d o d e c r e t o com f o r ç a cle lei d e 2 3 d e d e z e m b r o
d e 1 8 9 9 e e f f e i t o s do § 2." do a r t i g o 1 6 2 . ° do C o d i g o Repartição de Obras Publicas
Commercial P o r t u g u ê s : hei por bem conceder-lhe a aucto-
r i z a ç ã o p e d i d a p a r a p o d e r a r e f e r i d a sociedacle a d q u i r i r Sua Majestade El-Rei, tendo em vista o que expõe o
b e n s i m m o b i l i a r i o s e m L o u r e n ç o M a r q u e s , n o s t e r m o s ci- e n g e n h e i r o d i r e c t o r clas o b r a s p u b l i c a s do d i s t r i c t o d e
t a d o s , ficando s u j e i t a d e s i g n a d a m e n t e á s d i s p o s i ç õ e s d o V i a n n a do C a s t e l l o , e m officio d e 5 d o c o r r e n t e , i n f o r -
1902 67 Março 2(3

m a n d o u m r e q u e r i m e n t o , em que Antonio J o s é d a Silva e MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


J o s é A n t o n i o D u r o , c o n c e s s i o n a r i o s clo c a m i n h o d e f e r r o
de Yalença a Monsão, pedem prorogação até 29 de março D i r e e ç ã o G e r a l do U I t r a m a r
d e 1 9 0 3 d o p r a z o p a r a a c o n c l u s ã o clos t r a b a l h o s d e con-
s t r u c ç ã o do m e s m o c a m i n h o d e f e r r o : h a p o r b e m c o n - 2.a Repartição
ceder a prorogação pedida.
Paço, em 14 de março cle 1902. = Manuel Francisco 2. a Secçíto
de Vargas.
D . do G. n . ° GS, de 20 d e m a r ç o . „ T e n d o - s e s u s c i t a d o d u v i d a s s o b r e se os e m p r e g a d o s j u -
diciaes, em serviço nos territorios sob a administração das
c o m p a n h i a s p r i v i l e g i a d a s , d e v e m ou n ã o p a g a r c o n t r i b u i ç ã o
i n d u s t r i a l pelos e m o l u m e n t o s q u e r e c e b e r e m , n o s t e r m o s
D i r e e ç ã o G e r a l do C o m m e r c i o e I n d u s t r i a clo d e c r e t o c o m f o r ç a cle lei d e 2 2 d e j u n h o cle 1 8 9 8 ;
C o n s i d e r a n d o q u e , p o r v i r t u d e cle d e t e r m i n a ç ã o e x p r e s s a
Repartição do Commercio das cartas organicas das companhias privilegiadas o Estado
íicou i n h i b i d o d e c o b r a r c o n t r i b u i ç õ e s e i m p o s t o s n o s t e r -
r i t o r i o s sob a a d m i n i s t r a ç ã o d a s m e s m a s c o m p a n h i a s e
S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a q u e m foi p r e s e n t e o r e q u e r i -
e s s a é u m a d a s r e s e r v a s c a r a c t e r i s t i c a s d a s e o n c e s s õ e s es-
mento em que a , C o m p a n h i a Fiação Portuense, com sede
peciaes que lhes f o r a m o u t o r g a d a s ;
no P o r t o , p e d e auctorização p a r a emittir 2 : 0 0 0 obrigações
S u a M a j e s t a d e E l - R e i , e o n f o r m a n d o se com o p a r e c e r
d e IOOjSOOO r é i s c a d a u m a , c o m o j u r o fixo d e 6 p o r c e n t o ,
d a J u n t a C o n s u l t i v a do U I t r a m a r : h a p o r b e m , p e l a S e -
e a m o r t i z a ç ã o e m o i t e n t a s e m e s t r e s : a p p l i c a n d o ao p a g a -
cretaria de E s t a d o dos Negocios da M a r i n h a e U I t r a m a r ,
m e n t o d ' e s t e s j u r o e a m o r t i z a ç ã o a. q u a n t i a d e 6 : 6 2 2 - 5 3 6 0
m a n d a r d e c l a r a r ao G o v e r n a d o r G e r a l d a p r o v i n c i a d e M o -
réis em c a d a s e m e s t r e :
ç a m b i q u e , p a r a seu c o n h e c i m e n t o e d e v i d o s effeitos, q u e
V i s t a s a s d i s p o s i ç õ e s d o s n . o s 1,° e 2 . c clo a r t i g o 19." d a
as d i s p o s i ç õ e s clo a r t i g o 1." do r e g u l a m e n t o a p p r o v a d o p o r
c a r t a d e lei de. 3 d e a b r i l clo 1 8 9 6 e as do a r t i g o 7.° e s e u s
d e c r e t o c o m f o r ç a d e lei d e 2 2 cle j u n h o d e 1 8 9 8 n ã o são
p a r a g r a p h o s do r e g u l a m e n t o a p p r o v a d o p o r d e c r e t o d o 2 7
applicaveis aos funccionarios do E s t a d o , r e m u n e r a d o s pelo
d e a g o s t o do m e s m o a n n o :
E s t a d o , em serviço nos territorios das companhias privi-
H a por bem auctorizar a referida Companhia a emittir,
legiadas. «
n o s t e r m o s e p a r a os fins p o r ella p r o p o s t o s , 2 : 0 0 0 o b r i -
gações de 1 0 0 $ 0 0 0 réis c a d a u m a , no valor total de
Paço, em 17 de março de 1902. = Antonio Teixeira de
200:000,-5000 réis, c o m o j u r o lixo de 6 p o r c e n t o ao a n n o
Sousa.
D . do G . n . ° 68, de 29 d e m a r ç o .
e a m o r t i z a v e i s e m o i t e n t a s e m e s t r e s , p o r sorteio ao p a r ou
por c o m p r a no m e r e a d o , como melhor convier á C o m p a -
nhia, com as seguintes condições:
1.a Q u e d'esta auctorização ncnhuma responsabílidadc, MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
de qualquer n a t u r c z a ou especie, resultará para o E s -
tado ; Direeção Geral de A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Givil
2 . a Q u e a r e f e r i d a e m i s s ã o só p o s s a r e a l i z a r - s e d e p o i s
d e c u m p r i d a s a s d i s p o s i ç õ e s do a r t i g o 1 1 . " do r e g u l a m e n t o 2,a Repartição
d e 27 cle a g o s t o cle 1 8 9 6 ;
3 . a Q u e , n o s t e r m o s d a c a r t a de lei cle 2 9 d e j u l h o d e S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a q u e m foi p r e s e n t e , p o r c e r t i -
1 8 9 9 , a C o m p a n h i a ficará o b r i g a d a a p a g a r o i m p o s t o cle dão, o a u t o d e c o r p o d e d e l i e t o l e v a n t a d o no j u i z o d e di-
r e n d i m e n t o d e t o d a s as o b r i g a ç õ e s q u e c r i a r e e m i t t i r , r e i t o cla c o m a r c a d e B r a g a c o n t r a o r e g e d o r d a f r e g u e s i a
clevendo n o t e x t o d e c a d a titulo s e r i n s c r i p t a a d e e l a r a ç ã o cle C i v i d a d e , G a s p a r R i b e i r o d e C a r v a l h o , p o r t e r d e i x a d o
d e q u e os j u r o s e os c o u p o n s ficam s u j e i t o s , e m q u a l q u e r d e c o m p a r e c e r em 5 d e d e z e m b r o u l t i m o n u m a a u d i e n c i a
h y p o t h e s e , ao p a g a m e n t o do i m p o s t o cle r e n d i m e n t o . e m p r o c e s s o d e policia c o r r e c c i o n a l , p a r a q u e f ó r a inti-
Paço, em 15 do março de 1902. = Manuel Francisco de m a d o c o m o t e s t e m u n h a cle d e f e s a ;
Vargas. C o n s i d e r a n d o q u e d a s i n f o r m a ç õ e s officiaes se m o s t r a
D . do ( i . n . ° 62, do 1S d e m a r ç o . q u e a s o b r e d i t a f a l t a foi e x c l u s i v a m e n t e d e v i d a a m o t i v o
dc serviço publico u r g e n t e e inadiavel, s u p e r i o r m e n t e or-
d e n a d o ao m e s m o r e g e d o r :
H a p o r b e m d e n e g a r , n o s t e r m o s do a r t i g o 4 3 1 . ° do Co-
digo A d m i n i s t r a t i v o , a p r e c i s a a u c t o r i z a ç ã o p a r a o s e g u i -
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO m e n t o d o r e s p e c t i v o p>rocesso.
P a ç o , em 18 de m a r ç o de 1 9 0 2 . —Ernesto Rodolpho
D i r e e ç ã o Geral d e A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Civil Hintze Ribeiro.
I). do G. n." 63, de 20 d e m a r ç o .
a
2. Repartição

S u a M a j e s t a d e El-Rei, vistas as informações e investi- l. a Repartição


g a ç õ e s officiaes, e a t t e n d e n d o a q u e n e n h u m a p a r t e h o u v e
H e i p o r b e m p r o r o g a r , n o s t e r m o s do § 1." do a r t i g o 3 8 . °
n a detenção de L u i z Moreira de Sousa, em 3 de novem-
d o d e c r e t o d e 8 cle a g o s t o d e 1 9 0 1 , o p r a z o d a a f f i x a ç ã o
b r o ultimo, o regedor substituto da freguesia de Valbom,
clas r e l a ç õ e s do r e c e n s e a m e n t o e l e i t o r a l d o c o n c e l h o d e
no concelho de G o n d o m a r , Silvestre P e r e i r a de Aguiar, a
B r a g a a t é ao clia 2 do p r o x i m o m ê s d e a b r i l , o b s e r v a n -
q u e se r e f e r e m os a u t o s d e c o r p o d e d e l i e t o , l e v a n t a d o s
do-se nos actos s u b s e q u e n t e s prazos analogos aos estabe-
p e l o c a r t o r i o clo t e r c e i r o officio d o 1.° d i s t r i c t o c r i m i n a l
lecidos no citado d e c r e t o .
do P o r t o : b a por b e m d e n e g a r , nos t e r m o s do artigo 431."
do Codigo A d m i n i s t r a t i v o , a p r e c i s a a u c t o r i z a ç ã o p a r a o O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e -
s e g u i m e n t o do processo contra o sobredito r e g e d o r . c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , em 2 0 d e m a r ç o d e
P a ç o , e m 17 d e m a r ç o d e 1 9 0 2 . = Ernesto Rodolpho
1902. = R E I . = 7?r?iesío Rodolpho Hintze Ribeiro.
Hintze Ribeiro.
D . do G. n . 0 62, de 18 de m a r ç o . D . do G. o . 5 66, de 24 de mari; ° '
JVl.irço 24 68 1902

2.a Repartição i n f o r m a ç õ e s e i n v e s t i g a ç õ e s officiaes n ã o t e r h a v i d o q u a l -


q u e r c r i m i n o s o e x c e s s o p o r p a r t e do a r g u i d o , s e n d o a l i á s
H e i p o r b e m f i x a r , n o s t e r m o s do a r t i g o 1 2 7 . ° § 1 . ° d o certo q u e o sobredito Costa, sem e m b a r g o d a sua quali-
Codigo Administrativo, em vinte e nove o n u m e r o de ze- d a d e de a g e n t e da policia municipal, d e i x a r a de lhe p r e s t a r
I a d o r e s m u n i c i p a e s do c o n c e l h o d e S a n t a r e m , t e n d o so- o auxilio r e c l a m a d o e m assumpto de serviço e i n t e r e s s e
m e n t e a remuneração estabelecida no artigo 448.°, salva publico u r g e n t e : b a por b e m d e n e g a r , nos t e r m o s do ar-
a disposicão transitoria do artigo 461.° do m e s m o Codigo. tigo 4 3 1 . ° do Codigo A d m i n i s t r a t i v o , a precisa a u c t o r i z a -
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e - ção p a r a o s e g u i m e n t o d o r e s p e c t i v o p r o c e s s o .
c r e t a r i o de E s t a d o dos N e g o c i o s d o R e i n o , a s s i m o t e n h a Paço, em 24 de março de 1 9 0 2 . — E r n e s t o Rodolpho
entendido e faça executar. Paço, em 2 0 de m a r ç o de Hintze Ribeiro.
D . clo G. n.° G7, do 2G de m a r ç o .
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
D . do G. n . ° GG, do 24 dc m a r ç o .

Direeção Geral d e Saude e Beneficencia Publica


Visto o disposto no artigo 127.° § l . ° d o Codigo Admi-
n i s t r a t i v o : hei p o r b e m fixar e m s e t e o n u m e r o d e z e l a - l. a Repartição
d o r e s m u n i c i p a e s do c o n c e l h o d e M a ç ã o , r e m u n e r a d o s so-
m e n t e com a p a r t e d a s m u l t a s q u e lhes a t t r i b u e o ar- Sua Majestade El-Rei, tendo em vista as competentes
tigo 4 4 8 . ° do m e s m o Codigo. informações officiaes: h a por b e m a p p r o v a r o plano de uni-
O P r e s i d e n t e d o C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e Se- f o r m e s a b a i x o d e s c r i p t o , p a r a u s o d o s e m p r e g a d o s d a s es-
c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s clo R e i n o , a s s i m o t e n h a t a ç õ e s cle s a u d e d e l . a c l a s s e , os q u a e s s e r ã o a d q u i r i d o s
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 2 0 d e m a r ç o cle e pagos pelos mesmos empregados.
1 9 0 2 . = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Paço, etn 24 de marco de 1902. = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro,
D . do O. n.° 00, de 2-1 de m a r ç o .

Plano de uniformes do pessoal das estações de saude de l. a classe


Sendo-mc p r e s e n t e a consulta do S u p r e m o T r i b u n a l Ad- Guardas-mores
m i n i s t r a t i v o a c ê r c a do r e c u r s o n . ° 1 1 : 6 0 8 , e m q u e é r e -
c o r r e n t o o S e c r e t a r i o G e r a l clo G o v e r n o Civil d e E v o r a , e Bonet cle p a n n o a z u l , c o m e m b l e m a d e s c i e n c i a r e p r e -
r e c o r r i d o A n t o n i o J o a q u i m d e M o u r a P o t e s clo A m a r a l , e s e n t a d o p o r u m a u r n a c i n g i d a p o r u m a s e r p e n t e , c o m r a -
d c q u e foi r e l a t o r o C o n s e l h e i r o d e E s t a d o , V o g a l effectivo, m o s d e c a r v a l h o a o s l a d o s e c o r o a p o r c i m a , t u d o b o r d a d o
J u l i o M a r q u e s de V i l h e n a . a ouro, em campo de velludo c a r m e z i m .
M o s t r a - s e q u e o p r e s e n t e r e c u r s o vein d a s e n t e n ç a do Sobreeasaca e Raglan d e p a n n o ou fianella a z u l c o m b o -
a u d i t o r a d m i n i s t r a t i v o clo d i s t r i c t o de E v o r a , q u e a c c e i t o u t õ e s d e m e t a l a m a r e l l o c o m a s a r m a s r e a e s e e m b l e m a
a e s e u s a do r e c o r r i d o do l o g a r cle v e r e a d o r d a C a m a r a i d e n t i c o ao d o b o n e t n o p e g a m e n t o d a g o l a .
M u n i c i p a l clo c o n c e l h o de P o r t e l , p a r a q u e foi eleito n a Collete d e p a n n o a z u l ou d e t e c i d o b r a n c o , c o n f o r m e a
eleição a q u e se p r o c e d e u p a r a o t r i e n n i o de 1 9 0 2 - 1 9 0 4 ; e s t a ç ã o .
M o s t r a - s c a l l e g a r o r e c o r r e n t e q u e a e s c u s a foi a p r e - Calça d e p a n n o ou f i a n e l l a a z u l , ou d e t e c i d o b r a n c o ,
s e n t a d a f ó r a do p r a z o m a r c a d o n o a r t i g o 2 3 2 . ° d o C o d i g o c o n f o r m e a e s t a ç ã o .
Administrativo: Camisa branca.
O q u e visto e o p a r e c e r do Ministerio' P u b l i c o ; Gravata p r e t a ou b r a n c a , c o n f o r m e a e s t a ç ã o .
C o n s i d e r a n d o q u e o r e c o r r i d o t i n h a m o t i v o l e g a l p a r a es- Botas ou sapatos pretos.
e u s a r - s e , visto t e r e x e r c i d o a s f u n c ç õ e s de v e r e a d o r effe- Sobretudo de panno azul com botões pretos.
ctivo n o u l t i m o t r i e n n i o (Codigo A d m i n i s t r a t i v o a r t i g o 1 2 . ° , O m e s m o uniforme será usado pelos medicos a d j u n t o s e
a u x i l i a r d o s s e r v i ç o s s a n i t a r i o s do p o r t o cle L i s b o a ,
s1-"); .. . . . .
C o n s i d e r a n d o q u e a p a r t i c i p a ç ã o d a r e e l e i ç ã o foi f e i t a
ao r e c o r r i d o e m 1 0 d e n o v e m b r o u l t i m o , t e n d o elle p e d i d o EscrivSes iutcrpretes e liscaes
a e s c u s a clo l o g a r de v e r e a d o r e m 1 6 do m e s m o m ê s e,
O m e s m o u n i f o r m e clos g u a r d a s - m o r e s , c o m a d i f f e r e n ç a
p o r t a n t o , d e n t r o d o s oito d i a s m a r c a d o s n o a r t i g o 2 3 2 . ° do
d a c ô r clo v e l u d o d o s e m b l e m a s s e r a z u l f e r r e t e , e d a
C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , n ã o o b s t a n t e o d e s p a c h o clo a u d i -
u r n a c i n g i d a j>or u m a s e r p e n t e s e r s u b s t i t u i d a p e l a s ini-
t o r t e r a d a t a dc, 19, o q u e foi m o t i v a d o p e l a a f f l u e n c i a de
ciaes S . M . e m m o n o g r a m m a , i g u a l m e n t e b o r d a d a s a o u r o .
s e r v i ç o , c o m o se d e c l a r a n a m e s m a s e n t e n ç a :
O m e s m o u n i f o r m e s e r á u s a d o pelo a m a n u e n s e - i n t e r p r e t e
Hei por bem, conformando-me com a referida consulta,
do L a z a r e t o de L i s b o a .
n c g a r p r o v i m e n t o n o r e c u r s o , c o n f i r m a n d o p a r a t o d o s os
N o s e m b l e m a s d o s b o n e t s clos e s c r i v ã e s - i n t e r p r e t e s as
effeitos a s e n t e n ç a r e c o r r i d a .
i n i c i a e s são b o r d a d a s s o b r e d u a s p e n n a s e n t r e l a ç a d a s .
<) ( ' o n s e l h e i r o cle E s t a d o , P r e s i d e n t e clo C o n s e l h o cle
O s e m b l e m a s do p e g a m e n t o d a g o l a n ã o t e e m i n i c i a e s e
M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e c r e t a r i o cle E s t a d o dos N e g o c i o s
somente duas pennas entrelaçadas, sem coroa.
do Reino, assim o t e n h a entendido c faça e x e c u t a r .
P a ç o , e m 2 0 cle m a r ç o de 1 9 0 2 . ~ R E I . = Ernesto Ro-
dolpho Hintze Ribeiro. 0
D . do G . 11. GG, do 24 d e m a r ç o .
Agentes

Bonet de panno azul, com o emblema b o r d a d o a ouro


sobre p a n n o azul ferrete, f o r m a d o com r a m o s de carvalho
Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por cer- aos l a d o s e c o r o a p o r c i m a , t e n d o ao c e n t r o a s i n i c i a e s
t i d ã o , os a u t o s cle c o r p o d e d e l i e t o , levantaclos n o j u i z o d e S. M. em caracteres gothicos.
d i r e i t o cla c o m a r c a de B r a g a , c o n t r a o r e g e d o r s u b s t i t u t o Jaquetão d e fianella a z u l d e d u a s a b o t o a d u r a s , a q u a t r o
d a f r e g u e s i a cle M a x i m i n o s , J o a q u i m A u g u s t o F e r r e i r a , b o t õ e s de m e t a l a m a r e l l o c o m a s a r m a s r e a e s , e d o i s m a i s
p e l a s v i o l e n c i a s , q u e M a n u e l d a C o s t a se q u e i x o u d e t e r p e q u e n o s em cada u m dos canhões.
c o n t r a elle c o m m e t t i d o o m e s m o r e g e d o r n o e x e r c i c i o d a s N o p e g a m e n t o d a g o l a do j a q u e t ã o u m a e s t r e l l a b o r d a -
suas funcções em 2 de agosto ultimo, mostrando-se das da a ouro.
1902 69 Março 2(3

Collete cla m e s m a f a z e n d a (ou d e l i n h o n o v e r ã o ) , D i r e e ç ã o Geral de A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Civil


s e t e b o t õ e s c o m o os d o s c a n h õ e s .
Calça d e f i a n e l l a ou l i n h o , c o n f o r m e a e s t a ç ã o . 2, a Repartição
Camisa branca.
Oravata preta. S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a q u e m f o r a m p r e s e n t e s , p o r cer-
Scipatos ou b o t a s p r e t a s . t i d ã o , os a u t o s d e c o r p o d e delieto, l e v a n t a d o s n o j u i z o d e
Sobretudo de panno azul com botões pretos. d i r e i t o d a c o m a r e a d e P o v o a d e V a r z i m , c o n t r a os c a b o s
d e policia d a f r e g u e s i a cle S e r r o s o , J o s é M a n u e l M a r t i n s ,
Giiardas dc saude Adriano Manuel Martins, Joaquim Gonçalves Martins e
J o s é J o a q u i m cla C r u z , arguicíos p o r J o ã o B a l t h a z a r d a
O m e s m o u n i f o r m e do a g e n t e , sem a estrella. S i l v a d e c o n t r a elle t e r e m a b u s a d o d a s u a a u c t o r i d a d e e m
2 5 cle d e z e m b r o u l t i m o ; v i s t o os m e s m o s a u t o s e as i n f o r -
Enfermeiros do tazftreto de l i s b o a m a ç õ e s e i n v e s t i g a ç õ e s officiaes a c ê r c a d ' e s t e f a c t o , n o q u a l
se m o s t r a que não teve p a r t e o ultimo dos m e n c i o n a d o s
O m e s m o u n i f o r m e d o s g u a r d a s cle s a u d e , d i s t i n g u i n d o - s e c a b o s d e p o l i c i a : b a p o r b e m d e n e g a r , n o s t e r m o s do a r -
do d ' e s t e s a p e n a s n a côr do p a n n o do e m b l e m a , q u e deve tigo 4 3 1 . ° do C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , a p r e c i s a a u c t o r i z a -
ser a escarlate. ção p a r a o s e g u i m e n t o d o r e s p e c t i v o p r o c e s s o n a p a r t e q u e
r e s p e i t a ao s o b r e d i t o J o s é J o a q u i m d a C r u z .
Vapor do serviço da estação de saude de Lisboa Paço, em 24 de março de 1902. = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro.
D . do Ci. n.° 68, de 20 de m a r ç o .
Mestre

Bonet d e p a n n o a z u l , c o m e m b l e m a i g u a l ao d o a g e n t e '
tendo u m a ancora e n t r e as iniciaes S . M.
Jaquetão d e fianella a z u l , c o m b o t õ e s d e m e t a l a m a r e l l o V i s t a s a s i n f o r m a ç õ e s e i n v e s t i g a ç õ e s officiaes, p o r o n d e
com ancora. s e m o s t r a q u e M i q u e l i n a F i l i p p e e s u a fillui M a r g a r i d a
Collete d e f i a n e l l a a z u l c o m b o t õ e s d e m e t a l a m a r e l l o F i l i p p e , a q u e se r e f e r e m n a q u a l i d a d e d e q u e i x o s a s os
com ancora. a u t o s d e c o r p o d e d e l i e t o , l e v a n t a d o s n o 2.° d i s t r i c t o cri-
Calça d e f i a n e l l a a z u l . m i n a l do P o r t o , c o n t r a o r e g e d o r s u b s t i t u t o da. f r e g u e s i a d e
Sobretudo de panno azul com botões pretos. C a n i d e l l o , clo c o n c e l h o d e V i l l a N o v a de G a i a , L e o n a r d o D o -
N o v e r ã o c a l ç a e c o l l e t e cle l i n h o . m i n g u e s T o r r e s , f o r a m p r e s a s e m 2 9 cle s e t e m b r o u l t i m o , p o r
Camisa branca. se a c h a r e m e m flagrante d e l i e t o d e d e s o b c d i e n c i a e i n j u r i a
Gravata preta. ao m e s m o r e g e d o r , n o e x e r c i c i o d a s s u a s f u n c ç õ e s : h a S u a
Sapatos ou b o t a s p r e t a s . M a j e s t a d e E l - R e i p o r b e m d e n e g a r , n o s t e r m o s clo a r t i g o
E m tempo chuvoso cobertura embrcada. 431.° do Codigo A d m i n i s t r a t i v o , a p r e c i s a auctorização
p a r a o s e g u i m e n t o do respectivo processo.
Machínista Paço, em 24 de março de 1902. = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro.
U n i f o r m e i g u a l ao do m e s t r e , t e n d o n a m a n g a direita D . d o G. n . 0 08, d e 2!) do m a r ç o .

do j a q u e t ã o o e m b l e m a de machinista.

Fognelro e clicgador
S u a M a j e s t a d e El-Rei, a quem foram presentes, por ccr-
U n i f o r m e i g u a l ao d o m e s t r e c o m os e m b l e m a s b o r d a d o s t i d ã o , os a u t o s de c o r p o d e d e l i e t o , l e v a n t a d o s n o 2 . " dis-
a prata. t r i c t o c r i m i n a l d e L i s b o a , c o n t r a o g u a r d a n . ° 1 : 1 3 0 do
TatrOes de escaler C o r p o d e P o l i c i a Civil d a m e s m a c i d a d e , a r g u i d o p o r J o ã o
E v a n g e l i s t a C a r d o s o d e c o n t r a elle t e r a b u s a d o d a s u a a u -
U n i f o r m e i g u a l ao do m e s t r e d o v a p o r da estação de c t o r i d a d e , e m 4 d e j a n e i r o u l t i m o ; v i s t a s as i n f o r m a ç õ e s
saude de Lisboa. officiaes, p o r o n d e se m o s t r a q u e o dito g u a r d a , c a p t u -
Remadores r a n d o o q u e i x o s o p o r se a c h a r e n v o l v i d o e m d e s o r c l e m
com outros individuos, c e m p r e g a n d o força p a r a m a n t e r a
F a t o de g a n g a azul igual aos d a Á l f a n d e g a , no v e r ã o ,
p r i s ã o , c o n t r a a r e s i s t e n c i a e a g g r c s s õ e s do e a p t u r a d o ,
e, n o i n v e r n o , b l u s a d e b a e t a a z u l e c a l ç a d e f i a n e l l a t a m -
procedeu sem excesso das suas attribuições legaes: ha
b e m azul.
p o r b e m d e n e g a r , n o s t e r m o s clo a r t i g o 4 3 1 . ° clo C o d i g o
Bonet d e m a r u j o c o m fita d e s e d a p r e t a , t e n d o n a f r e n -
Administrativo, a precisa auctorização para o seguimento
t e , i m p r e s s a s a oiro, a s i n i c i a e s S . M .
do r e s p e c t i v o p r o c e s s o .
Calçado preto.
E m tempo chuvoso coberturas embreadas. Paço, em 24 de março de 1902. = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro.
D . do G. 11." T0, dc 1 do a b r i l .
Serventes
Bonet d e panno azul, c o m as i n i c i a e s S . M . e m m e t a l
amarello.
Jaquetão cle b r i c h e c a s t a n h o c o m b o t õ e s pretos. MINISTERIO DOS NEGOCIOS DÂ FAZENDA
Calça d e briche castanho.
No verão collete e calça de linho. Inspecção Geral dos Impostos
Camisa branca.
Gravata preta.
Repartição Central
Sapatos ou b o t a s p r e t a s .
A t t e n d e n d o ao q u e r e p r e s e n t a r a m alguns bancos, com
S e c r e t a r i a d e E s t a d o dos Negocios do R e i n o , em 24 de
o f u n d a m e n t o de ainda não t e r e m podido lcgalizar com o
m a r ç o d e 1 9 0 2 . = 0 D i r e c t o r G e r a l , João Ferraz de Ma-
ccão. ! sêllo deviclo os t i t u l o s de credito de procedencia estran-
D. do G. n.° 67, dc 20 de março. ' geira : ha por b e m S u a Majestade El-Rei prorogar aquelle
Março k 31 1029

p r a z o p a r a a s u a l e g a l i z a ç ã o a t é o d i a 3 0 d o m ê s cle j u - MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


n h o clo c o r r e n t e a n n o .
Paço, em 26 de março de 1902. = Fernando Mattozo D i r e e ç ã o Geral d e A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e C i v i l
Santos.
D . do CT. D.° GS, d e 29 d e m a r ç o . l. a Repartição

H e i por b e m p r o r o g a r , nos t e r m o s do artigo 38.° § 1.°


d o d e c r e t o d e 8 d e a g o s t o d e 1 9 0 1 , a t é ao d i a 8 d o p r o x i -
S u a Majestade El-Rei, a quem foram presentes varias
mo mês de abril, o prazo da conclusão das operações do
reclamações de algumas fabricas de tabaco insulares acêrca
r e c e n s e a m e n t o eleitoral do concelho de T h o m a r , e o d a
da restituição, a que teem direito, da importancia que
publicação, e reclamações respectivas, do r e c e n s e a m e n t o
p a g a r a m dos a d d i c i o n a e s , e x t r a o r d i n a r i o de 5 p o r cento,
eleitoral do concelho d a P o v o a d e V a r z i m , o b s e r v a n d o - s e
c r i a d o j m r lei d e 2 õ d e j u n h o d e 1 8 9 8 , e c o m p l e m e n t a r
n o s a c t o s s u b s e q u e n t e s p r a z o s analogos> a o s e s t a b e l e c i d o s
d e 6 p o r c e n t o , c r i a d o p o r lei d e 3 0 cle j u l h o cle 1 8 9 0 ,
no citado decreto.
por ineidencia no respectivo imposto de fabrico, cobrado
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e
t a n t o pelo t a b a c o e m r a m a q u e i m p o r t a r a m do e s t r a n g e i r o
Secretario de E s t a d o dos Negocios do R e i n o , assim o te-
p a r a manipular com outro d e procedencia insulana, como
nha entendido e faça executar. Paço, e m 31 de março dc
t a m b e m pelo q u e , tendo saido das m e s m a s f a b r i c a s , nellas
reentrou p a r a ser beneficiado: ha por b e m , tendo em vista
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
o p a r e c e r da Inspecção G e r a l dos Impostos, determinar D . do G. a . ° 71, d e 2 d e a b r i l .

q u e a r e f e r i d a restituição dos addicionaes se f a ç a s e m p r e


q u e a clo i m p o s t o , b a s e d a i n c i d e n c i a d ' e l l e s , s e j a , n o s
t e r m o s d a p o r t a r i a d c 1 0 d e m a r ç o cle 1 8 8 8 , s u p e r i o r - 2.a Repartição
inente auctorizada.
Paço, em 26 de março de 1902. = Fernando Mat- S e n d o - m e p r e s e n t e a c o n s u l t a do S u p r e m o T r i b u n a l
tozo Santos. Administrativo acêrca do recurso n.° 6 : 6 5 8 , e m que é
D . G. n . ° 68 ; de 29 de m a r ç o . r e c o r r e n t e a C a m a r a M u n i c i p a l clo c o n c e l h o d a P o v o a d e
Varzim, e recorrido Manuel João de Castro A m o r i m , de
q u e foi r e l a t o r o C o n s e l h e i r o V o g a l , e f f e c t i v o , A n t o n i o T e l -
ies P e r e i r a de Vasconcellos P i m e n t e l :
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
M o s t r a - s e q u e e m r e l a ç ã o ao p r e s e n t e r e c u r s o n ã o s e
D i r e e ç ã o G e r a l d e Obras P u b l i c a s e M i n a s e n c o n t r a a s s i g n a d a p o r a d v o g a d o a p e t i ç ã o do r e c u r s o ,
n e m tão pouco e s t a v a a u e t o r i z a d o o p r e s i d e n t e d a C a -
Repartição de Obras Publicas m a r a a r e c o r r e r , c o m o m o s t r a m os a u t o s :
O q u e visto e p o n d c r a d o , e a r e s p o s t a do M i n i s t e r i o
T e n d o a C o m p a n h i a R e a l dos c a m i n h o s d e f e r r o P o r - Publico;
t u g u e s c s , c o n c e s s i o n a r i a clo c a m i n h o d e f e r r o d a B e i r a C o n s i d e r a n d o q u e o p r e s i d e n t e d a C a m a r a n ã o foi p o r
B a i x a , apresentado a conta de liquidação da garantia de esta auetorizado a interpor o presente recurso, como era
j u r o r e l a t i v a ao p r i m e i r o s e m e s t r e clo a n n o e c o n o m i c o d e necessario p a r a poder considerar-se parte legitima (Codigo
1 9 0 1 - 1 9 0 2 , (1 d e j u l h o a 3 1 d e d e z e m b r o d e 1 9 0 1 ) : Administrativo, artigo 62.°, n.° 4.°):
C o n s i d e r a n d o q u e o r e n d i m e n t o b r u t o k i l o m e t r i c o foi j á H e i por bem, c o n f o r m a n d o - m e com a m e s m a consulta,
d u r a n t e o m e n c i o n a d o p r i m e i r o s e m e s t r e s u p e r i o r ao m i - r e j e i t a r o r e c u r s o p o r illegitimidade do r e c o r r e n t e .
n i m o l i x a d o n o a r t i g o 2 8 . ° do c o n t r a t o cle 2 9 cle j u l h o d e O C o n s e l h e i r o d e E s t a d o , P r e s i d e n t e d o C o n s e l h o cle
1885: Ministros, Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos Negocios
H a por bem Sua Majestade El-Rei, em conformidade do Reino, assim o t e n h a entendido e faça e x e c u t a r . P a ç o ,
c o m o acordo d e 11 de abril de 1 8 9 6 e com o p a r e c e r do em 31 cle março de 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho
Conselho S u p e r i o r de O b r a s P u b l i c a s e Minas de 6 do cor- Hintze Ribeiro.
D . do G. u." 71, (le 2 d e a b r i l .
rente mês, approvar a referida liquidação na importancia
de 187:958:)368 réis, sendo esta liquidação considerada
p r o v i s o r i a n o s t e r m o s d a a l i n e a a ) d a p o r t a r i a d e 2 0 cle
f e v e r e i r o d e 1 8 9 3 e clas b a s e s 5 . a e 7 . a d o c i t a d o a c o r d o . Sendo m e p r e s e n t e a consulta do S u p r e m o T r i b u n a l
Outrosim ha por bem o mesmo Augusto Senhor ordenar A d m i n i s t r a t i v o a c ê r c a do r e c u r s o n.° 1 0 : 8 3 2 e a p p e n s o ,
q u e s e p a g u e á m e s m a C o m p a n h i a a r e f e r i d a q u a n t i a cle em que é recorrente Francisco Joaquim Marques de
187:958j>368 réis. A b r e u , e r e c o r r i d o o G o v e r n a d o r Civil do districto d e
Paço, em 26 de março de 1902. = Manuel Francisco dc B r a g a , d e q u e foi r e l a t o r o C o n s e l h e i r o d e E s t a d o , V o g a l
Vargas. effectivo, Julio M a r q u e s de Vilhena :
D . do CT. n." 68, do 20 dc m a r ç o .
Mostra-se que o p r e s e n t e recurso v e m do despacho pro-
f e r i d o e m 3 0 cle n o v e m b r o d e 1 8 9 6 , p e l o G o v e r n a d o r Ci-
v i l do d i s t r i c t o d e B r a g a , e p e l o q u a l foi t r a n s f e r i d o o
D i r e e ç ã o Geral d o s C o r r e i o s e T e l e g r a p h o s recorrente, secretario da administração do concelho de
Villa N o v a de Famalicão, para identico logar n a adminis-
2,a Repartição t r a ç ã o clo c o n c e l h o d e V i e i r a , a l l e g a n d o o. m e s m o r e c o r r e n t e
q u e h o u v e no r c f e r i d o d e s p a c h o violação do a r t i g o 2 8 3 . ° § 2.°
2.» Divisiio clo C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , p o i s q u e , s e n d o e s s a d i s p o s i ç ã o
igual á do artigo 2 1 4 . ° § 2.° do Codigo d e 1 8 7 8 , t e m de
S u a M a g e s t a d e El-Rei, confonnando-se com o p a r e c e r
interpretar-se em harmonia com a doutrina da portaria de
d a c o m m i s s ã o n o m e a d a p o r p o r t a r i a cle 2 6 clo c o r r e n t e :
2 7 d e m a i o cle 1 8 7 9 , q u e só p e r m i t t e a t r a n s f e r e n c i a d e
h a por b e m auctorizar que seja aberta provisoriamente á
u m e m p r e g a d o d e u m c o n c e l h o cle o r d e m s u p e r i o r p a r a
exploração publica a linha da C o m p a n h i a Carris de F e r r o
outro de ordem inferior com o f u n d a m e n t o d e m a u servi-
d e L i s b o a , servicla p o r t r a c ç ã o e l e c t r i c a , e n t r e o A r c o d o
ço, h y p o t h e s e e x c l u i d a clo p r e s e n t e p r o c e s s o e m v i s t a d o s
Cego e o C a m p o Pequeno (kilometro 1,180).
documentos apresentados. Accresce que o cargo de secre-
Paço, em 26 de março de 1902. — Manoel Francisco de
tario de administração de concelho não é de confiança po-
Vargas.
D . do U . u." 68, do 20 d e m a r ç o . l i t i c a , c o m o se v ê d a p o r t a r i a d e 3 0 d e m a i o d e 1 8 6 5 ;
1902 71 Março 2(3

Mostra-se que a auctoridade recorrida respondeu ao c o n f o r m a r - s e c o m os f u n d a m e n t o s d a r e c l a m a ç ã o ( d o c . d e


r e c u r s o a í f i r n i a u d o q u e o a c t o r e c l a m a d o foi p r a t i c à d o fl. 2 5 v . ) ;
d e n t r o d a s f a c u l d a d e s c o n c e d i d a s p e l a lei ao G o v e r n a d o r Mostra-se q u e o r e c o r r e n t e , divergindo d a C a m a r a , con-
C i v i l n a a r e a d a s u a c i r c u n s c r i p ç ã o a d m i n i s t r a t i v a , setn testou a legitimidade do recorrido p a r a r e c l a m a r , p o r q u e
v i o l a ç â o d e lei n e m o f f e n s a d e d i r e i t o s ; não estava ao a b r i g o do artigo 421.° do Codigo Adminis-
M o s t r a - s e a i n d a do processo a p p e n s o sob o n.° 10:876, trativo, alem d'isso q u e o r e c o r r i d o não tinha sido offendi-
em que tambem é recorrente Francisco Joaquim Marques d o n o s s e u s d i r e i t o s , n e m h a v i a lei q u e m a n d a s s e d e c l a r a r
de A b r e u , c r e c o r r i d o o G o v e r n a d o r Civil de B r a g a , q u e nos annuncios p a r a o concurso a area, residencia do m e -
t e n d o sido s u s p e n s o o d e s p a c h o d e que t r a t a o r e c u r s o d i c o e a s c o n d i ç õ e s d o p a r t i d o m e d i c o ; q u e o e x e r c i c i o cli-
anterior por accordão d'este S u p r e m o Tribunal de 2 1 de nico não é condição essencial p a r a ser a d m i t t i d o ao con-
d e z e m b r o de 1898, e achando-se portanto o recorrente c u r s o , e p o r isso, s e o r e c o r r i d o m o s t r a p o r c e r t i d ã o j u n t a
e x e r c e n d o as funcções d e secretario da administração do a fl. . . . t e r e x e r c i d o a m e d i c i n a n o c o n c e l h o , t a l d o c u -
c o n c e l h o d e V i l l a N o v a d e F a m a l i c ã o , foi p o r o u t r o d e s p a - mento, ainda que a C a m a r a tivesse competencia p a r a o
cho de 2 9 de d e z e m b r o do m e s m o a n n o t r a n s f e r i d o p a r a passar, não é motivo de preferencia;
identico logar em A m a r e s ; Mostra-se que o auditor administrativo deu provimento
M o s t r a - s e q u e c o n t r a tal d e s p a c h o r e c o r r e u t a m b e m o e annullou as deliberações da C a m a r a r e c l a m a d a , com o
a g o r a recorrente, pelos m e s m o s f u n d a m e n t o s indicados no f u n d a m e n t o de que as allegações do r e c o r r e n t e , e m rela-
processo anterior: ç ã o á a d m i s s ã o ao c o n c u r s o , d o r e c o r r i d o , n ã o s ã o v e r d a -
O q u e visto e o p a r e c e r do Ministerio P u b l i c o ; deiras, como demonstra o processo, e considerando que o
Considerando que o secretario da administração póde ser r e c o r r e n t e , c o n c o r r e n t e , é p a r t e l e g i t i i n a p a r a r e c o r r e r , e,
transferido p a r a outro concelho do m e s m o districto, sem e m q u a n t o ao f u n d o d a questao, p o r q u e pela C a m a r a f o r a m
q u e e s s e f a c t o e n v o l v a v i o l a ç ã o d e lei o u o f f e n s a d e d i r e i - o f f e n d i d a s a s d i s p o s i ç õ e s d o a r t i g o 1 1 9 . ° clo C o d i g o A d m i -
t o s f u n d a d o s n e s t a ou e m r e g u l a m e n t o d e a d m i n i s t r a ç ã o nistrativo e o decreto de 24 de dezembro de 1892, e
p u b l i c a , e m v i s t a d a disposieão e x p r e s s a do § 2.° do a r t i g o d'esta sentença o presente recurso;
2 8 3 . ° do Codigo A d m i n i s t r a t i v o : M o s t r a - s e a l l e g a r o r e c o r r ô n t e a fl. 1 2 8 q u e t o d o s os
H e i por bem, conformando-me com a mesma consulta, f u n d a m e n t o s da s e n t e n ç a r e c o r r i d a são i m p r o c e d e n t e s , n ã o
n e g a r p r o v i m e n t o n o s r o c u r s o s , m a n t e n d o p a r a t o d o s os só e m q u a n t o á l e g i t i m i d a d e d o r e c o r r i d o p a r a r e c l a m a r ,
e f f e i t o s os d e s p a c h o s r e c o r r i d o s . mas emquanto aos f u n d a m e n t o s da reclamação, confessa-
O C o n s e l h e i r o d e E s t a d o , P r e s i d e n t e clo C o n s e l h o d e d o s a fl. . . . , p e l a C a m a r a r e c l a m a d a ;
Ministros, Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios M o s t r a - s e t e r r e s p o n d i d o o M i n i s t e r i o P u b l i c o a fl. 1 4 1
do Reino, assim o t e n h a entendido e faça e x e c u t a r . Paço, v . , c o n c o r d a n d o c o m os f u n d a m e n t o s d a s e n t e n ç a r e c o r -
em 31 de março cle 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho rida :
Hintze Ribeiro. O q u e tudo visto e p o n d e r a d o , e a resposta do Minis-
D . do G. n . ° 1 1 , de 2 d e abril.
terio Publico;
Considerando que a insistencia n a illegitimidade do re-
corrido p a r a reclamar é de todo o ponto impertinente em
Senclo-me p r e s e n t e a c o n s u l t a do S u p r e m o T r i b u n a l f a c e d o s d o c u m e n t o s d e fl. 2 , 3 , 4 e 1 0 , p o i s é e v i d e n t e
A d m i n i s t r a t i v o a c ê r c a do r e c u r s o n." 1 1 : 5 9 7 , e m q u e é q u e , s e n d o o r e c o r r i d o a c l m i t t i d o ao c o n c u r s o p o r d e l i b e r a -
recorrente o bacharel José Joaquim Fernancles Almeida, ção c a m a r a r i a , d e q u e n i n g u e n i r e c l a m a , adquiriu direito
e recorrido o bacharel Domingos J o s é Gonçalves, e de a p o d e r s e r n o m e a d o , e n ã o o s e n d o , c o m o n ã o foi, é
q u e foi r e l a t o r o C o n s e l h e i r o , V o g a l e f f e c t i v o , A n t o n i o parte legitima para reclamar, como reclamou, sem embar-
Telles P e r e i r a de Vasconcellos P i m e n t e l : go d'elle r e c l a m a n t e se a u c t o r i z a r com o disposto no ar-
Mostra-se que o recorrido, Domingos José Gonçalves, tigo 4 2 1 . ° d o C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o , d i s p o s i ç ã o d e s n e c e s -
reclamou contra as deliberações camararias tomadas em s a r i a p a r a o r e c o r r i d o d e s d e q u e p e l a C a m a r a t i n h a sido
sessão de 29 de m a r ç o d e 1900 pela C a m a r a Municipal a d m i t t i d o ao c o n c u r s o , e i s t o n ã o s e p ó d e n e g a r p o r q u e
do concelho de Villa P o u c a de A g u i a r , districto de Villa está constatado no processo da fórma mais c l a r a ;
Real, e - r e f e r e n t e s A apresentação de documentos p a r a o Considerando que as allegações do recorrido e m sua re-
c o n c u r s o do s e g u n d o p a r t i d o m e d i c o do concelho de Villa clamação f o r a m confessadas pela camara r e c l a m a d a como
P o u c a de Aguiar, criado por decreto de 4 de outubro de c o n s t a d o p r o c e s s o a fl. 2 5 , e a s f a l t a s a r g u i d a s n o s a n -
1 8 9 9 , e ao p r o v i m e n t o d e f i n i t i v o clo r e f e r i d o p a r t i d o n o nuncios e p r o g r a m m a do concurso i n d u z e m nullidade, p o r
recorrente ; q u e são e x p r e s s a s a s d i s p o s i ç õ e s d o d e c r e t o d e 2 4 d e d e -
M o s t r a - s e q u e os f u n d a m e n t o s d a r e c l a m a ç ã o são os se- zembro de 1892, não podendo aeceitar-se o que menos
g u i n t e s : — q u e a C a m a r a M u n i c i p a l c o n t o u os t r i n t a d i a s consideradamente se allega contra a sentença r e c o r r i d a ;
d u r a n t e os q u a e s e s t e v e a b e r t o o c o n c u r s o , d e s d e a u l t i - Considerando que, confessados pela camara reclamada
m a p u b l i c a ç ã o d o r e s p e c t i v o a n n u n c i o f e i t a n o Diario do os f u n d a m e n t o s d a r e c l a m a ç ã o , e t e n d o e s t e s e m s e u a b o n o
Governo, em 24 de fevereiro de 1 9 0 0 ; — q u e o prazo de o q u e s e a c h a d e t e r m i n a d o n a s leis ( a r t i g o 1 5 9 . " d o C o -
t r i n t a dias t e r m i n o u no dia 2 6 do m ê s s e g u i n t e , e p o r - digo A d m i n i s t r a t i v o e d e c r e t o de 2 4 de d e z e m b r o dc
tanto não podia a C a m a r a acceitar as eartas de bacharel 1892), não póde contra estas prevalecerem allegações apai-
f o r m a d o e m m e d i c i n a ao r e c o r r e n t e n o d i a 2 8 d e m a r ç o x o n a d a s e m e n o s c o n s e n t a n e a s c o m o q u e do p r o c e s s o
d e 1 9 0 0 , isto é, d o i s d i a s d e p o i s d e t e r m i n a d o o p r a z o c o n s t a e c o m os p r i n c i p i o s d e d i r e i t o :
p a r a o concurso, como f e z ; Hei por bem, conformando-me com a m e s m a consulta,
Mostra-se fundar-se ainda o recorrido e m que nos an- negar provimento no recurso, e confirmar a sentença recor-
n u n c i o s r e s p e c t i v o s n ã o se m e n c i o n o u a a r e a e sede do r i d a p e l o s s e u s j u s t o s f u n d a m e n t o s , p a r a t o d o s os e f f e i t o s .
p a r t i d o e m q u e o f a c u l t a t i v o d e v i a r e s i d i r e p r e s t a r os O Conselheiro de E s t a d o , P r e s i d e n t e do Conselho d c
seus serviços, b e m como se o p a r t i d o e r a sujeito a tabella Ministros, Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos Negocios
c a m a r a r i a ou de pulso livre ; •—que n a s n o t a s r e s p e c t i v a s do Reino, assim o t e n h a entendido e faça e x e c u t a r .
d a s s e s s õ e s cla C a m a r a n ã o s e m e n c i o n a r a m os d o c u m e n - P a ç o , e m 3 1 d e m a r ç o d e 1 9 0 2 . = R E I . — Ernesto Ro-
t o s c o m q u e c a d a u m d o s c o n c o r r e n t e s i n s t r u i u o s e u r e - dolpho Hintze Ribeiro. • do c. n.» 11, de 2 de abni.
querimento ;
M o s t r a - s e q u e , t e n d o sido i n t i m a d a a C a m a r a p a r a res-
p o n d e r ao r e c u r s o em 3 0 de j a n e i r o de 1901, depois de Visto 0 disposto nos artigos 55.° n.° 2.", 57.°, 118.° e
t e r p r o c e d i d o a e x a m e n o s p r o c e s s o s do c o n c u r s o , resolveu 127.° do Codigo A d m i n i s t r a t i v o : hei p o r b e m a p p r o v a r a s
Março 14 72 1902

deliberações d a C a m a r a M u n i c i p a l do concelbo d a s C a l d a s negar provimento no recurso, confinnando o accordão re-


d a R a i n h a , de 19 de fevereiro ultimo, a c ê r c a d a criação corrido.
d e u m p a r t i d o c l i u i c o d o t a d o c o m 300,->000 r é i s a n n u a e s , O Conselheiro de Estado, Ministro e Secretario de E s -
cuja sede será no logar e freguesia da Dos Francos, de tado dos Negocios do Reino, assim o tenha e n t e n d i d o e
dois l o g a r e s d e c a n t o n e i r o s com o v e n c i m e n t o de 2 4 0 réis faça executar. P a ç o , e m 3 1 de março dc 1902. = R E I . —
diarios c a d a u m , e d e u m l o g a r dc z e l a d o r , com a clau- Ernedo Rodolpho Hintze Ribeiro.
D. do O. j ! . l t , do i de abril.
sula, p o r e m , de q u e o ordenado d e s t e a g e n t e de policia
m u n i c i p a l n ã o e x c e d e r á a 80í$000 réis a n n u a e s .
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario de E s t a d o dos Negocios do Reino, a s s i m o t e n h a MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
entendido e faça e x e c u t a r . Paço, aos 3 1 de m a r ç o de
1 9 0 2 . — - R E I . = Ernesto Rodolpho hintze Ribeiro. Direeção Geral das Obras P u b l i c a s e Minas
1). d o G . ii.° Ví, tle 2 d e abi-il.
Repartição de Obras Pubiica»
Tendo-se suscitado duvidas acêrca da interpretação a
Direeção Geral de Instrucção P u b l i c a d a r n o s a r t i g o s d o r e g u l a m e n t o clos s e r v i ç o s h y d r a u l i c o s d e
1 9 d e d e z e m b r o d o 1 8 9 2 , q u c t r a t a m d a s r o p a r a ç õ c s cle
2.a Repartição obras p a r a e m e n d a s e cspeciahnente dos artigos 261." e
2 6 8 . ° clo c i t a d o r e g u l a m e n t o , i n a n d a S u a M a j e s t a d e E l -
S e n d o - m e p r e s e n t e a c o n s u l t a do S u p r e m o T r i b u n a l líci q u c se t e n h a e m v i s t a :
A d m i n i s t r a t i v o , a c ê r c a do r e c u r s o n.° 7:615, em q u e é re- 1.° Q u c n e n l v u m a c o n v e n i e n c i a h a , a n t e s m a n i f e s t a des-
corrente a C a m a r a Municipal de Goes e recorrida Maria v a n t a g e m , e m c o n t i n u a r a p r a t i c a de se l e v a n t a r e m autos
d a A s s u m p ç ã o R e i s , e d e q u e foi r e l a t o r o C o n s e l h e i r o , e m q u e se c o n s i d e r e c o m o t r a n s g r e s s ã o a o d i s p o s t o n o a r -
Vogal effectivo, J o s é L u c i a n o de C a s t r o : tigo 2 6 8 0 do m e n c i o n a d o r e g u l a m e n t o e ao a r t i g o 3.° do
M o s t r a - s e q u e o p r e s e n t e r e c u r s o v e m do a c c o r d ã o do d e c r e t o d e 2 4 cle s e t e m b r o d e 1 8 9 8 o f u n c c i o n a m e n t o d e
e x t i n c t o t r i b u n a l a d m i n i s t r a t i v o do districto de C o i m b r a , a z c n h a s sem licença da respectiva estação fiscal;
q u e i n d e f e r i u a r e q u e r i m e n t o d e 11. 5 6 ; p a r a s e m a n d a r 2." Q u e , depois de p u b l i c a d a a p o r t a r i a de 31 d e m a r ç o
t o m a r t e r m o d e r e c u r s o do accordão do m e s m o tribunal,. d e 1 8 9 8 , n ã o s e p ó d e e x i g i r clos p r o p r i e t a r i o s d a s a z e n h a s
d e fl., q u e d e u p r o v i m e n t o n o r e c u r s o i n t e r p o s t o p e l a r e - cpie t i r e m l i c e n ç a n a e s t a ç ã o c o m p e t e n t e p a r a p o d c r e m
corrida contra a deliberação da C a m a r a recorrente, que e x e c u t a r a s o b r a s t e m p o r a r i a s cle r c p a r a ç ã o e m o n t a g e m
indeferiu o seu requerimento p a r a ser provida na cadeira annual das m e s m a s azenhas, quando, n a epoca da estia-
d e i n s t r u c ç ã o p r i m a r i a d o s e x o f e m i a i n o d a f r e g u e s i a cle gem, forem postas em andamento;
Alvares, em cujo concurso fôra a unica concorrente; 3.° Q u e apenas póde exigir-se aviso p r e v i o do começo
Mostra-se quc a recorrente allegou ter aprcsentado o d ' e s s ; i s o b r a s , p a r a a s tíscalizar c o n v e n i e n t e m c n t e c e v i t a r
r e q u e r i m e n t o , p a r a i n t e r p o r o dito recurso, e m 6 de de- q u e a disposição primitiva e as climensões s e j a m altera-
z e m b r o d e 1 8 8 8 , t e n d o sido d e s p a c h a d o f a v o r a v e l m e n t e clas, s e m q u e , p o r e s t e s f a e t o s , s e j a m d e v i d o s q u a e s q u e r
n o m e s m o dia, e d e n t r o do p r a z o l e g a l , q u e e r a d e q u i n z e emolumentos;
d i a s d e p o i s cla i n t i u i a ç ã o , v i s t o q u e e s t a f o i f e i t a e m 2 6 cle 4.° D a falta de o b s e r v a n c i a d:este preceito d e v e r á re-
novembro anterior; s u l t a r o e m b a r g o cla o b r a , o d e l i e t o d c d e s o b e d i e n c i a á s
M o s t r a - s e q u e , em v i s t a do e x p o s t o , p r e t e n d e a r e c o r - intimações da auctoridade c, porventura, as multas com-
r e n t e que, n ã o t e n d o sido l a v r a d o o t e r m o d e r e c u r s o , p o r m i n a d a s n o artigo 248.° do r e g u l a m e n t o d e 19 d e d e z e m -
c l e s c u i d o do' s e c r e t a r i o d o t r i b u n a l , n ã o p ó d e e l l a s e r p r e - bro de 1892, e mesmo o desmanchar-se a obra, como pre-
judicada por essa falta; c e i t u a o artigo 279." do m e s m o r e g u l a m e n t o .
Mostra-se que, ouvido o referiuo secretario, informou Paco,
* ' em 31 de março
* de 1902. —Manuel Francisco
este que não lavrou o termo por lhe não ter apparecido de Vargas.
D . do G . !i.° 74, d e õ de a b r i l .
quem o assignasse:
Mostra-se que, sendo ouvida a r e c o r r i d a , se oppôs a
q u e se t o m a s s e o r e c u r s o , p o r n ã o t e r sido l a v r a d o o res-
pectivo t e r m o , e m c o n f o r m i d a d c c o m as disposições l e g a e s
applicaveis;
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
Mostra-se que o tribunal recorrido, por accordão dc 2
D i r e e ç ã o G e r a l do U I t r a m a r
d e j a n e i r o d e 1 8 8 9 i n d e f e r i u o r e q u e r i m e n t o d e fl.. 5 6 , e m
v i s t a do disposto n o a r t i g o 3 0 6 . ° do C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o
2.a Repartição
d o 1 7 d c j u l h o d e 1 8 8 6 , a r t i g o 1 9 . ° , § 3 . ° clo r e g u l a m e n t o
d c 12 de agosto de 1 8 8 6 e artigo 10." do r e g u l a m e n t o de
2.a ISccçao
2 5 cle n o v e m b r o d o m e s m o a n n o :
O que tudo visto e ouvido o Ministerio Publico; N o s termos do § 11." do artigo 7.° d a c a r t a o r g a n i c a d e
C o n s i d e r a n d o q u e s e g u n d o o artigo 306.° do Codigo A d - 17 de maio de 1 8 9 7 ; e
m i n i s t r a t i v o , a p p r o v a d o p o r d e c r e t o d e 1 7 cle j u l h o cle 1 8 8 6 , T e n d o ouvido a J u n t a C o n s u l t i v a do U I t r a m a r ;
o s r e c u r s o s clas d e c i s õ c s d o s t r i b u n a e s a d m i n i s t r a t i v o s d e - Hei por b e m decretar o seguinte:
viam ser interpostos nos proprios processos no p r a z o de A r t i g o 1.° E a p p r o v a d o , p a r a t e r o x e c u ç ã o n o s p o r t o s
quinze dias, a eontar da intimação por meio de termo e dos territorios sob a administração d a C o m p a n h i a d e Mo-
p r e e e d e n d o d e s p a c h o do p r e s i d e n t e do t r i b u n a l ; ç a m b i q u e , o r e g u l a m e n t o p a r a aclmissão de a r r a e s e ines-
C o n s i d e r a n d o q u e os a u t o s p r o v a m q u e , a p e s a r d e t e r t r e s de b a r c o s do serviço do trafego, e a t a b e l l a dos pre-
sido a p r c s e n t a d o e d e s p a c h a d o o r e q u e r i m e n t o p a r a a in- ç o s d a s b a g a g e n s e p a s s a g e n s n o p o r t o cla B c i r a , q u e b a i -
t c r p o s i ç ã o do r e c u r s o d e n t r o do p r a z o legal, n ã o foi toda- x a m assignados pelo Ministro e Secretario de E s t a d o dos
via lavrado o assignado o respectivo termo; Negocios da Marinha e UItramar.
Considerando que nesta omissão fundou o recorrido o A r t . 2." F i c a revogacla a legislação e m contrario.
s e u d i r e i t o a o p p o r - s e a q u e se l a v r a s s e o t e r m o d o r e c u r s o O m e s m o Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o assim o te-
f ó r a clo p r a z o l e g a l ; n h a entendido e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 3 1 d c m a r ç o d e
H e i por bem, conformando-me com a m e s m a consulta, 1902. = REI. = Antonio Teixeira de Sousa
1902 Março 31

Regulamento para a admissão de arraes e mesíres de barcos c a p i t ã o dos p o r t o s . . . c o m o p r e s i d e n t e d o . . . e d o . . . ,


como vogaes, e p e r a n t e o referido j u r y compareceu o ma-
A r t i g o 1.° T o d o o e u r o p e u q u e p r e t e n d a s e r a r r a e s d e r i t i m o . . . , filho d e . . . e d e . . . , n a t u r a l d e . . . , d e . . .
e m b a r c a ç õ e s n o s portos do territorio, q u e r estas s e j a m de annos de idade, que tendo requerido p a r a ser examinado
catraiar q u e r se destinem a c a b o t a g e m , d e v e r á munir-se c o m o a r r a e s d e e m b a r c a ç ã o v i n h a s u b m e t t e r - s e ás p r o v a s
de um diploma que será passado na capitania dos portos, exigidas.
n a B e i r a , s e , d o s e u e x a m e , a c c e n t u a d a m e n t e p r a t i c o , se - F e i t o o e x a m e foi o j u r y d e opiniâo q u e l h e d e v i a s e r
e o n c l u i r q u e o p r e t e n d e n t e t e m os e o n h e c i m c n t o s p r o f i s - passado o certificado de habilitação.
s i o n a e s i n d i s p e n s a v e i s p a r a e x e r c e r t a l l o g a r . E s t e diplo- E m v i s t a d o q u e se I a v r o u e s t e t e r m o , q u e v a e s e r a s -
m a ó o c e r t i f i c a d o d o t e r m o d e h a b i l i t a ç ã o , l a v r a d o n a ca- s i g n a d o p e l o p r e s i d e n t e , p e l o s v o g a e s e p o r m i m . . . , es-
pitania e m livro especial intitulado «inseripção de a r r a e s » . c r i v ã o cla c a p i t a n i a , s e r v i n d o d e s e c r e t a r i o .
A r t . 2.u O j u r y de e x a m e será assim constituido: C a p i t a n i a d o s p o r t o s do t e r r i t o r i o d e M a n i c a e S o f a l a ,
P r e s i d e n t e — O capitão dos p o r t o s ; aos . . . de . . . de 1 9 0 . . .
Vogaes — U m dos pilotos da b a r r a e porto d a B e i r a , o O Presidente,
patrão-mor da capitania, e no seu impedimento u m cabo
F.. .
de m a r ;
Secretario — O escrivão da capitania. Os Vogaes,
A r t . 3.° T o d o o i n d i g e n a q u c p r e t e n d a ser a r r a e s de F. . .
eiubarcaçoes, q u e r estas s e j a m de c a t r a i a r q u e r se desti- O Secretario,
n e m ao s e r v i ç o d e c a b o t a g e m , d e v e r á m u n i r - s e d e u m di-
F.. .
p l o m a p a s s a d o n a s c o n d i ç õ e s d o a r t i g o 1.°, o u , n o c a s o
de não se sujeitar a e x a m e , m e d i a n t e attestados dos pro- MODELO B
prietarios de embarcações em que tenha servido d u r a n t e
Termo de habilitação para arraes de embarcação
u m a n n o , p e l o s q u a e s se p r o v e t e r e m f e i t o b o m s e r v i ç o , e
s e r e m habeis na sua proíissão. E s s e diploma é o certifi- A n n o do n a s c i m e n t o de Nosso S e n h o r J e s u s Christo de
cado do t e r m o de habilitação l a v r a d o no livro «inscripção 1 9 0 . . . , aos . . . dias do m ê s de . . . , n e s t a povoação da
de arraes». B e i r a e C a p i t a n i a dos portos do territorio de M a n i c a c
A r t . 4 . ° Só a o s c u r o p e u s e i n d i g e n a s a s s i m d i p l o m a d o s S o f a l a , se r e u n i u u m j u r y d e e x a m e c o m p o s t o d o c a p i t ã o
e inscriptos na capitania como a r r a e s habilitados s e r á per- d o s p o r t o s . . . c o m o p r e s i d e n t e , d o . . . e do . . . c o m o
inittido o g o v e r n a r embarcações, não o sendo a qualquer vogaes, e perante o referido j u r y compareceu o indigena
outro individuo, quo póde, comtudo, ser t r i p u l a n t e de em- . . . , filho d e . . . e de . . . , n a t u r a l d e . . . , d e . . . a n n o s
barcação governada por arraes devidamente diplomado. de idade, o qual a p r e s e n t o u attestado por . . . p r o v a n d o
A r t . 5." P a r a obter o diploma será feito u m requeri- t e r d e s e m p e n h a d o o c a r g o de patrão de e m b a r c a ç ã o , sen-
m e n t o ao c a p i t ã o clos p o r t o s , i n s t r u i d o c o m os n e c e s s a r i o s do o j u r y d e o p i n i ã o q u e l h e p o d i a s e r p a s s a d o u m c e r t i -
a t t e s t a d o s , se o r e q u e r e n t è f ô r i n d i g e n a . ficado d e e s t a r h a b i l i t a d o p a r a d e s e m p e n h a r o l o g a r d e
A r t . 6." Os t e r m o s de habilitação como a r r a e s s e r ã o a r r a e s e m e m b a r c a ç õ e s d e c a b o t a g e m ou d e c a t r a i a r . E m
f o r m u l a d o s s e g u n d o os m o d e l o s j u n t o s ( A e B ) . v i s t a d o q u e se l a v r o u e s t e t e r m o , q u e v a e s e r a s s i g n a d o
A r t . 7." O q u e f i z e r u s o d e u m d i p l o m a d e a r r a e s q u e pelo presidente, pelos vogaes e por m i m . . ., escrivão d a
lhe n ã o p e r t e n ç a s e r á a u t o a d o , elle e o q u e lli'o h o u v e r capitania, servindo de secretario.
cediclo, e o a u t o e n v i a d o ás a u c t o r i d a d e s j u d i c i a e s , a fim C a p i t a n i a dos portos do territorio de M a n i c a e Sofala,
d e s e r e m j u l g a d o s n o s t e r m o s do § 2 . ° do a r t i g o 2 3 6 . " do aos . . . de . . . de 190. . .
Codigo Penal.
O Presidente,
A r t . 8 . ° O s d i p l o m a s cle a r r a e s f a l l e c i d o s s e r ã o e n t r e -
F.. .
gues na capitania.
A r t . 9.° O s c a n d i d a t o s indigenas q u e n ã o p e r t e n c e r e m Os V o g a e s ,
á c i r c u i n s e r i p ç ã o d a B e i r a e n t r e g a r ã o os a t t e s t a d o s d e F.. .
q u e t r a t a o a r t i g o 3 . ° ao d e l e g a d o m a r i t i m o d a c i r c u m -
O Secretario,
scripção a que p e r t e n c e r e m , e estes enviá-los-bão á capi-
tania, acompanhados de informação sua sobre o grau de F. ..
c o n f i a n ç a q u e l h e s m e r e c e m c s c a n d i d a t o s e os d o c u m e n -
Paço, em 31 de março de 1902. = Antonio Teixeira de
tos a p r e s e n t a d o s , os q u a e s s e r ã o s u b m e t t i d o s a e x a m e d o
Sousa.
j u r y , q u e resolvei-á s e a o s c a n d i d a t o s p ó d e ou n ã o s e r
passado certificado de habilitação. Tabella dos preços das bagagens e passagens do caes
A r t . 10.° P e l o s d i p l o m a s s e r ã o c o b r a d o s os s e g u i n t e s ou praia de embarque para bordo de um navio nos ancoradouros militar
emolumentos: e do commercio ou vice-versa
Pelo certificado de habilitação 2 $ 5 0 0 réis Ida o» volta (cada passngeiro)
Pelo exame :
Ao presidente 3$000 » D a s seis h o r a s d a m a n h ã á s seis d a t a r d e $400
A cada vogal 1 ? >000 » D a s seis h o r a s d a t a r d e á s o n z e d a n o i t e $600
Ao secretario 1$000 i> D a s onze horas d a noite ás seis d a m a n h ã $800
Sêllo 0100 »
Ida e volta (com direito a um quarto de hora dc demora,
P a ç o , e m 3 1 d c m a r ç o d e 1 9 0 2 . = Antonio Teixeira de cada passageiro (a)
Sousa. D a s seis h o r a s d a m a n h ã á s seis d a t a r d e $700
MODELO A D a s seis h o r a s d a t a r d e á s o n z e d a n o i t e 1$000
D a s onze h o r a s d a noite ás seis da m a n h ã 1 $500
1 ' e m o de exame p a r a a r r a e s dc e m b a r c a c ã o

A n n o do n a s c i m e n t o d e N o s s o S e n h o r J e s u s C h r i s t o d e (a) A demora por tempo superior a quinze minutos é objecto de


mil n o v e c e n t o s . . . , a o s . . . do m ê s d e . . . , n e s t a p o v o a - ajuste previo. Quando ella seja superior a quinze minutos e n ã o f e -
ção d a B e i r a e C a p i t a n i a d o s p o r t o s do t e r r i t o r i o d e M a - nha havido ajuste especial o catraeiro não poderá reclamar mais
que 100 réis por cada quinze minutos, ou fracção a mais, indepen-
n i c a e S o f a l a , se r e u n i u u m j u r y d e e x a m e c o m p o s t o d o dentemente do numero de passageiros.
Março 31 74 1902
liagagcm sa = Manuel Francisco de Vargas. — ( L o g a r dc sêllo gran-
de das armas reaes).
C a d a passageiro tem direito a t r a n s p o r t e g r a t u i t o d e
C a r t a d e lei p e l a q u a l V o s s a M a j e s t a d e , t e n d o s a n c c i o -
tres volumes de b a g a g e m de mão, devendo p a g a r 2 0 0 réis
n a d o o d e c r e t o d a s C ô r t e s G e r a e s , de 4 d e m a r ç o d e 1 9 0 2 ,
p o r cada u m dos outros volumes.
que releva o Governo da responsabilidade em que incor-
r e u c o m a p r o m u l g a ç ã o d a s p r o v i d e n c i a s d e c a r a c t e r le-
Paço, em 31 de março de 1902, — Antonio Teixeira de
g i s l a t i v o , c o n t i n u a n d o e s t a s e m v i g o r , e m q u a n t o p o r lei
Sousa.
D . do G. II. 0 75, do 7 de a b r i l . n ã o f o r e m a l t e r a d a s ou r e v o g a d a s , a m a n d a c u m p r i r
e g u a r d a r c o m o n e l l a se c o n t é m , p e l a f ó r m a r e t r o d e c l a -
rada.
P a r a Vossa Majestade ver =IIoracio Inglez Tavares a
PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS fez.
D . do G . n . ° 76, d e 8 d e a b r i l .

D O M C A R L O S , p o r g r a ç a d e D e u s , Hei d e P o r t u g a l e
d o s A l g a r v e s , e t c . F a z e m o s s a b e r a t o d o s os n o s s o s s u b -
d i t o s q u e as C ô r t e s G e r a e s d e c r e t a r a m e n ó s q u e r e m o s
a lei s e g u i n t e : MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
A r t i g o 1.° É r e l e v a d o o G o v e r n o d a r e s p o n s a b i l i d a d e
em que incorreu com a promulgação das providencias de Inspecção Geral dos Impostos
caracter legislativo, e x p e d i d a s desde 14 de j u n h o até 31
d e d e z e m b r o , i n c l u s i v a m e n t e , cle 1901, a s q u a e s c o n t i n u a - U s a n d o d a f a c u l d a d e c o n c e d i d a ao G o v e r n o p e l o a r t i g o
r ã o e m v i g o r , e m q u a n t o p o r l e i n ã o f o r e m a l t e r a d a s ou r e - 3.° d o d e c r e t o n . ° 3 d e 2 4 d e d e z e m b r o d e 1 9 0 1 :
vogadas. Hei por bem decretar o seguinte:
A r t . 2.° F i c a r e v o g a d a a l e g i s l a ç ã o e m c o n t r a r i o . A r t i g o 1.° O s e m p r e g a d o s do C o r p o d a F i s c a l i z a ç ã o d o s
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o Impostos que forem nomeados p a r a a fiscalização das fa-
c o n h e c i m e n t o e e x e c u ç ã o d a r e f e r i d a lei p e r t e n c e r , q u e a b r i c a s , q u e , s e g u n d o as leis v i g e n t e s , são o b r i g a d a s a p a -
c u i n p r a m e f a ç a m c u m p r i r e g u a r d a r tão i n t e i r a i n e n t e c o m o g a r as d e s p e s a s c o m a m e s m a f i s c a l i z a ç ã o , s e r ã o collo-
n e l l a se c o n t é m . cados fóra dos respectivos quadros.
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e c r e - A r t . 2 . ° Q u a n d o c e s s e a fiscalização d e q u a l q u e r f a b r i c a
t a r i o cle E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , e os M i n i s t r o s e por motivo de t e r t e r m i n a d o a sua laboração ou de se t e r
Secretarios de Estado das differentes Repartições, a façam r.vençaclo, ficam e s t e s e m p r e g a d o s a d d i d o s ao r e s p e c t i v o
i m p r i m i r , publicar e c o r r e r . D a d a no paço das Necessida- quadro, até que h a j a v a g a s em q u e possam ser collocados.
des, em 31 de m a r ç o de 1 9 0 2 . = E L - R E I , com rubrica e O Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos Negocios d a F a -
guarda. —Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro—Arthur Al- zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em
berto de Campos Henriques = Fernando Mattozo Santos= 31 de março de 1902. = R E I . = Fernando Mattozo Santos.
Luiz Augusto Pimentel Pinto—Antonio Teixeira de Sou- D . d o G. 83, d e 16 de abril.

I
ABRIL

MINISTERIO BAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA trudes da Conceição Rodrigues, por compra feita ao Mi- -7
nisterio da Guerra;
Dlreoç&o Geral da Agricultura Considerando que esta expropriação se acha compre-
hendida nas disposiçSeB da lei de 17 de setembro de 1857:
Repartição dos Serviços igmomlm Hei por bem, conformando-me com o parecer do Conse-
lho Superior de Obras Publicas e Minas, declarar de uti-
Havendo Sua Majestade El-Rei approvado, por decreto lidade publica e urgente, nos termos das leis de 23 de ju-
de 20 de fevereiro ultimo, o regulamento dos serviços de lho de 1850, e 8 de junho de ,1859, a expropriação do
extincção dos acridios, em harmonia com o preceituado mencionado forte do Morro, indicado na planta p ame liar,
no decreto de 23 de dezembro de 1899, que approva o que baixa com o presente decreto, assignada pelo Minis-
plano das providencias destinadas ao tratamento das epi- tro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publi-
phytias ou destruição dos parasitas das plantas, e cum- cas, Commercio e Industria.
prindo observar rigorosamente as disposições do mesmo O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o tenha
regulamento, a fim de que se tornem efficazes as medidas entendido e faça executar. Paço, em 3 de abril de-1902.=
nelle adoptadas para extinguir o mais promptamente pos- REI.=MmoeZ Francisco de Vargas.
sivel aquelle flagello: manda o mesmo Augusto Senhor D. do G. n . ' 80, de 18 de abril.
recommendar mui instantemente aos governadores civis
dos districtos do continente do reino que, com o mais
acurado zêlo pelo que lhes incumbe, ordenem aos^ admi-
nistradores de concelho que tenham na maior attenção o MINISTÉRIO DOS NEGOCIOS D i MARINHA E ULTRAMAB
disposto no referido regulamento e as attribuições que
nelle lhes são conferidas, e bem assim que, pelos meios ao Direcção Geral do Ultramar
seu alcance, chamem a attençSo dos lavradores e das
classes ruraes para as disposições do mesmo diploma que iRepartição
mais lhes interessam, de tal modo que aos funccionarios e
entidades officiaes a quem compete a direcção dos servi- 2.* Secção
ços de extincção dos acridios não falte, com a devida op-
Tendo sido estabelecido na região de Quitamboco, dis-
portunidade, nem a noticia do apparecimento d'estes in-
tricto do Congo, provincia de Angola, um forte que ficou
Bectos em qúalquer propriedade, nem a coadjuvação que
sendo reconhecido com o nome da mesma região, onde a
tem de lhes ser prestada pelas auctoridades administrati-
auctoridade portuguesa era desconhecida, e querendo Sua
vas.
Majestade El-Rei dar um publico testemunho do apreço
O que, pelo Ministerio das Obras Publicas, Commercio em que teve tão valiosa occupação: ha por bem permittir,
e Industria, se communica aos governadores civis dos dis- pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ul-
trictos do continente do reino, para seu conhecimento e tramar, que o referido forte passe a designar-se «Forte de
devidos effeitos. D. Carlos I».
Paço, em 2 de abril de 1902. — Manoel Francisco ãe Paço, em 3 de abril de 1902. => Antonio Teixeira de
Vargas. Sousa.
D. do a . n.° 78, de 3 de abril.
D. do G. n.° 97, de 8 de maio.
f

Direoção Geral de Obras Publicas e Minas MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


Repartição de Obras Publicas Direcção Geral de Administração Politica e Civil
Propondo o director das obras publicas do districto de 1.* Repartição
Leiria que, para o estabelecimento de. uma luz de porto
Ho forte do Morro da praia da Nazaré th, seja declarada a Hei por beto prorogar, nos termos d® artigo 38.° § 1.°
urgencia da expropriação do referido forte, medindo a su- do decreto de 8 de agosto de 1901, o prazo da conclusão
perfície de 1:148 metroB quadrados, pertencente a D. Ger- das operações do recenseamento eleitoral do concelho de
Abril 10 76 1902

P e s o d a R e g u a , a t é ao d i a 1 2 d o c o r r e n t e m ê s , o b s e r v a n - do seu estabeleeimento de educação e e n s i n o ; o m e s m o


do-se nos actos s u b s e q u e n t e s prazos analogos aos estabe- f a r á quanto a quaesquer estabelecimentos que de futuro
cidos no mesruo decreto. f u n d a r , a n t e s d e os a b r i r ( a r t i g o 2 . ° d o c i t a d o d e c r e t o a l i -
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secre- n e a a).
tario de E s t a d o dos Negocios do Reino, assim o t e n h a A r t . 4.° A associação ficará sujeita á t u t e l a das aucto-
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 6 cle a b r i l d e 1 0 0 2 . = ridades a d m i n i s t r a t i v a s , n o s t e r m o s d a l e g i s l a ç â o c o m m u m ,
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. e á s leis q u e r e g u l á r a a i n s t r u c ç ã o p u b l i c a s e m q u e d ' e l l a s
D . do G . n . ° 70, d c S d e a b r i l . p o s s a a f a s t a r - s e ( c i t a d o d e c r e t o , a l i n e a b) e c).
A r t . 5.° O r e n d i m e n t o d a associação p r o v é m d a s q u o -
tas das a l u m n a s q u e as possam p a g a r , esmolas, legados e
productos de quaesquer donativos, trabalhos, etc.
S u a M a j e s t a d e E l - R e i , a q u e m f o r a m p r e s e n t e s os e s t a - A r t . 6.° Os immobiliarios que a associação a d q u i r i r p o r
t u t o s p o r q u e p r e t e n d e r e g e r - s e , p a r a os e f f e i t o s d o d e - t i t u l o g r a t u i t o , e l h e n ã o f o r e m i n d i s p e n s a v e i s p a r a o d e s -
c r e t o d e 1 8 d e a b r i l d e 1 9 0 1 , a « A s s o c i a ç ã o d e N o s s a S e - e m p e n h o d e s e u fim, s e r ã o d e s a m o r t i z a d o s n o s t e r m o s d a
n h o r a dos I n n o c e n t e s » , e m S a n t a r e m . l e i ; e p o r t i t u l o o n e r o s o só p o d e r á a d q u i r i r os i n d i s p e n s a -
Vistas as disposições de direito a p p l i c a v e i s : v e i s p a r a o d e s e m p e n h o d e s e u s fins, p r e c e d e n d o , t o d a v i a ,
H a p o r b e m conceder-lhes a sua approvação, somente licença do G o v e r n o .
sob as seguintes e x p r e s s a s clausulas :
A r t . 7.° Só p o d e m ser admittidas como socias pessoas
— o a r t i g o 2 . ° clos e s t a t u t o s s e r á r e d i g i d o p e l a f ó r m a
d o s e x o f e m i n i n o , d e s d e os d e z o i t o a n n o s d e i d a d e .
s e g u i n t e — « a a s s o c i a ç ã o s u b o r d i n a - s e , n o q u e r e s p e i t a ao
A r t . 8.° A administração da associação p e r t e n c e a u m
espiritual, ás auctoridades ecclesiasticas ordinarias portu-
conselho director, annual, gratuito e eleito pela assembleia
g u e s a s e , n o q u e t o c a ao t e m p o r a l , á i n s p e c ç ã o d o E s t a d o , .
geral de e n t r e as socias q u e a c o m p õ e m .
t u d o n o s t e r m o s d a s leis do r e i n o ;
A r t . 9.° T e e m direito a t o m a r p a r t e nas assembleias ge-
• — a o a r t i g o 1 8 . ° a c c r e s e e n t a r - s e - h a — « p a r a s e r e m p r e - r a e s t o d a s a3 s o c i a s m a i o r e s d e v i n t e e u m a n n o s .
s e n t e s á a u c t o r i d a d e a d m i n i s t r a t i v a c o m os d e m a i s l i v r o s
A r t . 10.° C o m p e t e á a s s e m b l e i a g e r a l :
o d o c u m e n t o s do a d m i n i s t r a ç ã o , q u a n d o p o r ella f o r e m r e -
1." E l e e e r cle t r e s e m t r e s a n n o s a s u a m e s a e t o d o s o s
quisitados» ;
0
annos o conselho director e a commissão revisora de con-
— o a r t i g o 2 o . s e r á s u b s t i t u i d o p o r o u t r o , e m q u e se
tas ;
d o c l a r e , q u e o s a l d o d o s h a v e r e s cla a s s o c i a ç ã o t e r á o d e s -
2.° D e s p e d i r q u a l q u e r socia, a seu p e d i d o , ou c o m m o -
t i n o e s t a b e l e c i d o n a s leis clo r e i n o » ;
tivo j u s t i t i c a d o , d e v e n d o n e s t e u l t i m o c a s o p r e c e d e r a u -
— o conselho director deve s u b m e t t e r á approvação d a
d i e n c i a d a a r g u i d a , c u j a e x c l u s ã o só p ó d e s e r p r o n u n c i a d a
a u c t o r i d a d e p u b l i c a os s e u s o r ç a m e n t o s e c o n t a s n a s e p o -
p o r dois t e r ç o s dos m e m b r o s p r e s e n t e s d a a s s e m b l e i a ;
c a s e p e l a f ó r m a d e t e r m i n a d a n a lei p a r a a s c o r p o r a ç õ e s
3.° D e l i b e r a r s o b r e c o n t a s , r e l a t o r i o s e q u a l q u e r a s s u m -
a d m i u i s t r a t i v a s ; e lica t a m b e m expresso que esta appro-
pto respeitante á associação, p a r a q u e t e n h a sido convo-
vação s e r á r e t i r a d a aos m e s m o s estatutos logo que deixem
cada.
d e s e r d e v i d a m e n t e c u m p r i d o s , ou a s o b r e d i t a c o l l e c t i v i -
d a d c s e d e s v i e d o s fins l e g a e s d a s u a i n s t i t u i ç ã o ou d o s A r t . 11.° A m e s a da assembleia geral eompõe-se d e pre-
prccisos t e r m o s do citado decreto. sidente c duas secretárias; o conselho director de cinco
Paço, 6 cle abril do 1902. <= Ernesto Rodolpho Hintze m e m b r o s e a c o m m i s s ã o r e v i s o r a d e t r e s .
Ribeiro. A r t . 12.° H a v e r á d u a s r e u n i õ e s o r d i n a r i a s a n n u a e s d a
assembleia g e r a l e as e x t r a o r d i n a r i a s q u e f o r e m r e q u e r i -
Estatutos da Associação de Nossa Senliora dos Innocentes das pelo conselho director ou por doze socias. A p r i m e i r a
em Santarem reunião ordinaria effectuar-se ba no segundo domingo de
j u l h o e n e l l a s e p r o c e d e r á á e l e i ç ã o cla c o m m i s s ã o r e v i s o r a
A r t i g o 1.° A a s s o c i a ç ã o t e m a s u a s e d e n o e d i f i c i o d o d e c o n t a s e á d a m e s a d a a s s e m b l e i a g e r a l ( d e t r e s e m t r e s
Conservatorio de Nossa Senhora, em S a n t a r e m , e desti- annos). A esta reunião serão presentes pelo conselho di-
n a - s e a actos d e e a r i d a d e , e d u c a ç ã o e ensino n o s t e r m o s r e c t o r o relatorio e e o n t a s d a g e r e n c i a do a n n o e c o n o m i c o
d o a r t i g o 1.° § 1.° ( a l i n e a b) d o d e c r e t o d e 1 8 d e a b r i l , findo. A s e g u n d a r e u n i ã o o r d i n a r i a d e v e e f f e c t u a r - s e q u i n z e
pela m a n e i r a seguinte: dias depois da p r i m e i r a e discutir-se-ha o p a r e c e r d a com-
1.° C o n s e r v a n d o u m a e s c o l a , q u e j á t e m h a s e s s e n t a m issão revisora sobre as contas, b e m como o relatorio do
a n n o s , p a r a crianç.as d o s e x o f e m i n i n o n o e d i f i c i o d o r e - c o n s e l h o d i r e c t o r , e p r o c e d e r - s e b a á e l e i ç ã o cVeste.
ferido Conservatorio; A r t . 13.° O conselho director elege de seus m e m b r o s
2.° M i n i s t r a n d o d h e s e d u c a ç ã o m o r a l e religiosa e ensino presidente e secretárias.
primario, scm comtudo p r e t e n d c r habilitá-las para e x a m e A r t . 1 4 . ° P e r t e n c e á p r e s i d e n t e d i r i g i r os t r a b a l h o s d a s
nos lyceus. s e s s õ e s do c o n s e l h o , c o n v o c a r a s r e u n i õ e s e e x e c u t a r a s
§ 1.° P o d e r á a a s s o c i a ç ã o e x e r c e r q u a e s q u e r o b r a s d e d e l i b e r a ç õ e s d o m e s m o , p r o v e n d o a t o d o s os c a s o s o r d i n a -
earidade que possam ser convenientemente praticadas por rios d a a d m i n i s t r a ç ã o e aos e x t r a o r d i n a r i o s q u e f o r e m u r -
p e s s o a s do s e x o f e m i n i n o . gentes. A ; secretária compete a correspondencia e lavrar
§ 2 . " O s e r v i ç o r e l i g i o s o d a a s s o c i a ç ã o se f a r á n a c a - as actas. A tliesoureira compete a a r r e c a d a ç ã o dos f u n -
p e l l a a n n e x a ao C o n s e r v a t o r i o . dos.
A r t . 2.° A a s s o c i a ç ã o s u b o r d i n a r - s e - h a e m t u d o q u a n t o A r t . lõ.° A o conselho director i n c u m b e :
r e s p e i t e ao e s p i r i t u a l ao E m i n e n t i s s i m o S e n h o r C a r d e a l 1 A admissão das socias;
P a t r i a r c h a dc Lisboa e seus delegados, como auctoridades 2 . ° A a d m i s s ã o ou e x c l u s ã o d a s e d u c a n d a s e d e q u a e s -
ecclesiasticas ordinarias portuguesas ; e quanto ás funcções quer pessoas soccorridas pela associação, e, e m g e r a l , de-
t e m p o r a e s á s leis d o p a í s e á s u p e r i n t e n d e n c i a d o E s t a d o l i b e r a r s o b r e o m o d o d e g e r i r os e s t a b e l e c i m e n t o s cla a s -
( c i t a d o d e c r e t o , a r t i g o 1.°, a l i n e a s d e c). s o c i a ç ã o e d e c u m p r i r q u a e s q u e r fins;
Í5 u n i c o . A s r e e o l h i d a s c o n t i n u a m n e s t a a s s o c i a ç ã o c o m o 3 . ° A n o m e a ç ã o e clemissão d o p e s s o a l e e m p r e g a d a s .
a t é a o p r e s e n t e , s e m c l a u s u r a , p r a t i c a s cle n o v i c i a d o , p r o - A r t . 16.° O conselho director d e v e s u b m e t t e r á a p p r o -
rissões ou v o t o s , n ã o p e r m i t t i d o s p o r lei. v a ç ã o cla a u c t o r i d a d e p u b l i c a os s e u s o r ç a m e n t o s e c o n t a s ,
A r t . o.° A p e n a s estes e s t a t u t o s s e j a m a p p r o v a d o s pelo n a s e p o c a s e p e l a f ó r m a d e t e r m i n a d a n a lei.
G o v e r n o , s u j e i t a r á a associaçào á a p p r o v a ç ã o do g o v e r n a - A r t . 17.° A associação n ã o p o d e r á a d q u i r i r q u a e s q u e r
d o r civil d o d i s t r i c t o d e S a n t a r e m o r e g u l a m e n t o i n t e r n o b e n s das associadas, quer i n d i r e c t a m e n t e , q u e r p o r inter-
1902 77 í Abril 10

p o s t a p e s s o a , sob p e n a d e os p e r d e r e m f a v o r do E s t a d o , MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA


q u a n d o a associada ou seus r e p r e s e n t a n t e s nào q u e i r a m
rehavê-los nos termos do direito. Inspecção Geral dos i m p o s t o s
A r t . 18,° A associação o r g a n i z a r á e t e r á s e m p r e eseri-
p t u r a d o , e m dia, u m inventario dos seus h a v e r e s e u m a re-
2.a Repartição
l a ç ã o clas s u a s a s s o c i a d a s c o m d e s i g n a ç ã o d a i d a d e , e s -
tado e nacionalidade. N ã o estando c o n v e n i e n t e m e n t e r e g u l a d a s as formalicla-
A r t . 19.° A receita de seus institutos será applicada á des a que convem submetter a comparencia nos tribunaes
r e s p e c t i v a despesa, d e v e n d o q u a e s q u e r saldos entrar em do pessoal do Corpo da Fiscalização dos I m p o s t o s ; e
contas, e n ã o p o d e r ã o s e r applicados s e n ã o aos fins d a as- Considerando que o pessoal em serviço no mesmo Corpo
sociação, nos termos dos estatutos. está pelos regulamentos sujeito disciplinarmente á Inspec-
A r t . 20.° A s m e n o r e s não p o d e m ser admittidas n a as- ç ã o G e r a l clos I m p o s t o s , e a i n d a q u e m u i t o s e m p r e g a -
sociação s e m l i c e n ç a p o r escrito d e seus p a e s ou t u t o r e s , dos se a c h a m servindo em commissões ^edentarias d'ella
n e m as senhoras casadas sem consentimento por escrito de dependentes :
seus maridos. Hei por bem determinar o seguinte:
A r t . 2 1 . ° A s a s s o c i a d a s c o n s e r v a m t o d o s os s e u s direi- A r t i g o unico. A comparencia, nos tribunaes, do pessoal
t o s i n d i v i d u a e s c o m o a lei civil e s t a b e l e c e e r e c o n h e c e . do Corpo da Fiscalização dos Impostos, seja qual fôr o mo-
A r t . 2 2 . ° A a s s o c i a ç ã o só p o d e r á s e r v o l u n t a r i a m e n t e tivo q u e a d e t e r m i n e , será p r é v i a m e n t e requisitada pelos
dissolvida quando tres quartas partes dos votos de todas magistrados judiciaes á auctoridade superior do Corpo da
as socias o resolvam. F i s c a l i z a ç ã o d o s I m p o s t o s a q u e m o e m p r e g a d o e s t i v e r su-
A r t . 23.° R e s o l v i d a a dissolução, e depois de p a g o s to- bordinado no districto administrativo.
d o s os d e b i t o s , o s a l d o d o h a v e r d a a s s o c i a ç ã o s e r á divi- g unico. Os magistrados judiciaes indicarão nas suas re-
dido entre as socias em partes iguaes. q u i s i ç õ e s o fim p a r a q u e s o l i c i t a m a c o m p a r e n c i a d o p e s -
A r t . 24." A liquidação s e r á l e v a d a a effeito p o r u m a soal.
commissão especial eleita pela assembleia geral que delibe- O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o clos N e g o c i o s d a F a -
r a r a liquidação. zenda, e o Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios
Art. 2õ.° A commissão liquidataria terá plenos poderes da Justiça, assim o tenham entendido e façam executar.
p a r a t o m a r c o n t a d e t o d o s o s h a v e r e s cla a s s o c i a ç ã o , q u e Paço, em 7 de abril cle 1902. = R E I . = Árthur Alberto
o conselho director lhes e n t r e g a r á no mais curto p r a z o . de Campos Henriqv.es—-Fernando Mattozo Santos.
D. do 0.11.° Sn. de 18 de abril. n . do 0. 11." 104. de 12 (le maio.

D i r e e ç ã o G e r a l da I n s t r u c ç ã o P u b l i c a MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR


í. a Repartição I n s p e c ç ã o G e r a l d e F a z e n d a do U I t r a m a r

>Sua M a j e s t a d e El-Rei: T e n d o - s e s u s c i t a d o d u v i d a s s o b r e s e a o s o f f i c i a e s clos


Attendendo a que a tuberculose pulmonar ó eminente- q u a d r o s do u i t r a m a r é applicavel o disposto no artigo 27.°
mente contagiosa; e s e u § o . ° d o d e c r e t o c o m f o r ç a d e l e i d e 1 4 cle n o v e m -
Attendendo a que a disseminação dos doentes atacados b r o d e 1 9 0 1 , e b e m a s s i m s e os officiaes q u e e s t i v e r e m
d'esta e n f e r m i d a d c pelas differentes e nf er ma ri as dos hos- fóra do seu quartel p e r m a n e n t e , alem de q u a t r o meses e m
p i t a e s ó a l t a m e n t e d e s v a n t a j o s a p a r a os o u t r o s d o e n t e s : cada anno, d e i x a m de perceber o subsidio de residencia :
H a por b e m d e t e r m i n a r ao D r . A d m i n i s t r a d o r dos hos- m a n d a S u a M a j e s t a d e El-Rei, pelo Ministerio da Marinha
p i t a e s cla U n i v e r s i d a d e d e ( J o i m b r a q u e f a ç a i s o l a r e m e U I t r a m a r e Inspecção G e r a l de F a z e n d a , declarar ao
d u a s s a l a s , u m a p a r a c a d a s e x o , d o s m e s m o s h o s p i t a e s , os governador da provincia da G u i n é :
doentes atacados da referida enfermidadc. 1 . ° Q u e a s d i s p o s i ç õ e s clo a r t i g o 2 7 . ° e s e u § 3 . ° d o
Paço, em 7 de abril de 1902. —Ernesto Rodolpho Hintze c i t a d o d e c r e t o cle 1 4 d e n o v e m b r o d e 1 9 0 1 s ã o a p p l i c a -
Ribeiro. D . do G. n . ° 76, de 8 de a b r i l .
veis a todos os officiaes e m serviço no u i t r a m a r , c o m o é
e x p r e s s o n o m e s m o artigo, e p o r t a n t o aos do e x e r c i t o
do reino e aos dos quaclros ultramarinos, c o m p r e h e n d e n -
do-se i g u a l m e n t e os f a c u l t a t i v o s e p h a r m a c e u t i c o s dos
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA quadros de saude das provincias ultramarinas e districto
a u t o n o m o d e T i m o r n o m e a d o s a o a b r i g o d a c a r t a cle l e i
D i r e e ç ã o Geral de 2 8 d e m a i o de 1 8 9 6 , ou q u e o p t a s s e m p e l a s suas dis-
p o s i ç õ e s e m v i s t a clo q u e d i s p õ e o § 1 . ° clo s e u a r t i g o 2 7 . ° ;
2.a Repartição 2.° Q u e n e n h u m official p ó d e ser a b o n a d o de subsidio
de residencia por tempo superior a cento e vinte dias e m
Manda Sua Magestade El-Rei, pela Secretaria de Es- c a d a a n n o , c o n t a d o s cla d a t a e m q u e s a i r d o s e u q u a r t e l
tado dos Negocios d a G u e r r a , que aos mancebos recen- permanente;
s e a d o s p a r a o s e r v i ç o m i l i t a r q u e , a t é 1 d e j a n e i r o clo 3.° Q u e não h a direito a novo abono de subsidio de re-
c o r r e n t e a n n o , se a c h a v a m r e s i d i n d o e m p a í s e s t r a n g e i r o s i d e n c i a se o official p e r m a n e c e r n a m e s m a l o c a l i d a d e ,
t e n d o satisfeito a c a u ç ã o ou h y p o t h e c a a q u e se r e f e r e o seja qual fôr a commissão que ahi desempenhe, por tempo
a r t i g o 166.° do r e g u l a m e n t o d e 6 de agosto de 1 8 9 0 , ou superior a um anno;
q u e deixaram de satisfazer aquelle encargo tão somente 4.° Q u e das disposições do artigo 27.° do d e c r e t o c o m
p o r t e r e m saido do reino com menos de quatorze annos f o r ç a d e lei d e 1 4 cle n o v e m b r o d e 1 9 0 1 s ã o e x c e p t u a d o s
d e i d a d e , s e j a p e r m i t t i d o o p a g a m e n t o cla r e m i s s ã o e m os officiaes no d e s e m p e n h o de c o m m i s s õ e s civis, ac.cumu-
t r e s p r e s t a ç õ e s , n a s c o n d i ç õ e s clo § 2 . ° clo a r t i g o 1 5 4 . ° e l a d a s o u n ã o c o m o e x e r c i c i o cle q u a e s q u e r f u n c ç õ e s m i l i -
d o a r t i g o 1 5 8 . ° do r e g u l a m e n t o de 2 4 d e d e z e m b r o ul- tares, s e m p r e que d'aquellas commissões lhes resulte qual-
timo. quer remuneração espccial;
Paço, em 7 de abril de 1 9 0 2 , = Luiz Augusto Pimentel 5.° Q u e , d e v e n d o o a b o n o d e subsidio de residencia ser
Pinto. D . do a. n . ° 79, (le 11 dfi a b r i l . s e m p r e feito e m r e l a ç ã o aos q u a t r o p r i m e i r o s m e s e s do
Abril 10 78 1902

d e s e m p e n h o d a c o m m i s s ã o ou s e r v i ç o , o official q u e , d e - f o r a m m a n d a d a s vigorar no exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , pelo


s e m p c n h a n d o qualquer commissão de serviço militar em a r t i g o 1 4 . ° cla c a r t a cle lei d e 1 2 d e j u n h o d e 1 9 0 1 : h e i
d e t e r m i n a d a localidade, fôr transferido p a r a nova commis- p o r b e m , tendo ouvido o Conselho de Ministros, determi-
são n o u t r a l o c a l i d a d e d e n t r o dos u l t i m o s c e n t o e v i n t e d i a s n a r que no Ministerio dos Negocios d a F a z e n d a s e j a
que faltarem p a r a complemento de um anno de exercicio a b e r t o a f a v o r d o M i n i s t e r i o clo R e i n o u m c r e d i t o e s p e -
n a c o m m i s s ã o e m q u e se a c h a r , só t e m d i r e i t o a r e c e b e r o cial, d e v i d a m e n t e r e g i s t a d o n a D i r e e ç ã o G e r a l d a C o n t a -
subsidio de residencia pela mudança de situação p a r a a bilidade Publica, da'quantia de 1 : 4 4 2 ^ 3 2 5 réis, s o m m a das
n o v a commissão, durante o n u m e r o de dias que constitui- importancias que pelas v e r b a s de diversos capitulos e arti-
r e m a s o m m a d o s q u e f a l t a r e m p a r a c o m p l e t a r os r e f e r i - gos das respectivas auctorizações de despesa, f o r a m liqui-
dos cento e vinte dias. d a d n s e n a o p a g a s no e x e r c i c i o d e 1 9 0 0 - 1 9 0 1 , e q u e p o r
O que, pela S e c r e t a r i a de E s t a d o dos Negocios da Ma- e x i s t i r e m e m s o b r a s são t r a n s f e r i d a s p a r a a t a b e l l a d a
r i n h a e U I t r a m a r e I n s p e c ç ã o G e r a l d e F a z e n d a , se c o m - distribuição da despesa do referido Ministerio do R e i n o ,
m u n i c a a o g o v e r n a d o r da p r o v i n c i a d a G u i n é , p a r a s e u no citado exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , n a c o n f o r m i d a d e do
c o n h e c i m e n t o e d e v i d o s effeitos. m a p p a j u n t o q u e f a z p a r t e do p r e s e n t e d e c r e t o e b a i x a
P a ç o , em 9 de abril de 1902. — Antonio Teixeira de a s s i g a a d o p e l o C o n s e l h e i r o cle E s t a d o , P r e s i d e n t e clo C o n -
Sousa. selho de Ministros, Ministro e Secretario de E s t a d o dos
D . do ( i . 9tl, de 1 d e m a i o . N e g o c i o s do R e i n o , a fim d e se p o d e r e f f e c t u a r o p a g a -
mento das alludidas despesas.
O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito
nos termos legaes de ser clecretado.
Direeção Geral do UItramar O m e s m o Conselheiro de E s t a d o , P r e s i d e n t e do Conse-
lho de M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e -
D O M O A R L O S , p o r g r a ç a de D e u s , R e i d e P o r t u g a l e gocios do Reino, e o Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos
d o s A l g a r v e s , e t c . F a z e m o s s a b e r a t o d o s os n o s s o s sub- Negocios da F a z e n d a , assim o t e n h a m entendido e f a ç a m
ditos, que as C ô r t e s G e r a e s d e c r e t a r a m e nós q u e r e m o s a e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 0 de a b r i l d e 1 9 0 2 . = R E I . = Er-
lei s e g u i n t e : nesto Rodolpho Hintze Ribeiro— Fernando Mattozo Santos.
A r t i g o 1." D e s d e a d a t a d a p u b l i c a ç ã o d ' e s t a lei n o
Diario do Governo, a t é q u e a s C ô r t e s r e s o l v a i n a c ê r c a cla
p r o p o s t a d e lei a p r e s e n t a d a p e l o G o v e r n o á C a m a r a d o s Mappa das importancias dos creditos auetorizados, cor-
S e n h o r e s D e p u t a d o s , e m 3 d e m a r ç o u l t i m o , r e l a t i v a ao respondentes a despesas liquidadas e não pagas no exer-
r e g i m e a d m i n i s t r a t i v o , a d u a n e i r o e fiscal d a s b e b i d a s al- cicio de 1 9 0 0 - 1 9 0 1 , que por existirem em sobras são
c o o l i c a s d e s t i l l a d a s , v i n h o s , c e r v e j a s , e i d r a s e o u t r a s be- transferidas, por decreto d'esta data, para o exercicio
b i d a s f e r m e n t a d a s n a s colonias p o r t u g u e s a s de A f r i c a , ó de 1 9 0 1 - 1 9 0 2
p r o h i b i d o o d e s p a c h o d e i m p o r t a ç ã o d a s b e b i d a s alcooli-
c a s d e s t i l l a d a s , c o m e x c e p ç ã o d a s q u e t i v e r e m sido de-
Capitulos CapituloB
s e m b a r c a d a s á d a t a d a p u b l i c a ç ã o cl e s t a lei, n a s a l f a n d e - o artigos o artigo»
da tabella Deeiftuaerio d a d e s p e s a Importancias da tabella
gas da provincia de S. T h o m é e Principe e nas da pro- de de
v i n c i a d e M o ç a m b i q u e , ao sul do r i o S a v e . 1900--1901 1901--1902

A r t . 2 . ° F i c a r e v o g a d a a legislação e m c o n t r a r i o .
M a n d a m o s portanto a todas as auctoridades, a q u e m o 8 •> Governos civis — material e des-
c o n h e c i m e n t o e e x e c u ç ã o d a r e f e r i d a lei p e r t e n c e r , q u e a pesas diversas 2j)870 3.° 8."
e u m p r a m e g u a r d e m e f a ç a m c u m p r i r e g u a r d a r t a o intei- 4.» 10.» Segurança publica — Policia ci-
r a m e n t e c o m o n e l l a se c o n t é m . vil — vencimentos 19,5910 4.» 10.»
G.° 24." Beneficencia publica — Hospi-
O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o do E s t a d o d o s N e g o c i o s d a M a -
taes 1001000 6.» 2G.°
r i n h a e U I t r a m a r a f a ç a i m p r i m i r , p u b l i c a r e c.orrer. D a - 9.» 32.» Instrucção secundaria — mate-
d a no P a ç o d a s N e c e s s i d a d e s , a o s 1 0 de a b r i l d e 1902.=--- rial e despesas diversas . . . . 319^540 9." 34.°
E L - R E I , c o m r u b r i c a e g u a r d a . ---: Antonio Teixeira de Un. - Despesa extraordinaria — Des-
Sousa. ( L o g a r clo sêllo g r a n d e d a s a r m a s r e a e s ) . pesas extraordinarias de saude l:000i3000 3.° -

C a r t a d e lei p e l a q u a l V o s s a M a g e s t a d e , t e n d o s a n c c i o - 1:442^325
n a d o o d e c r e t o clas C ô r t e s G e r a e s de 7 d o c o r r e n t e , q u e
p r o h i b e o despacho de importação das b e b i d a s alcoolicas Paço, em 10 de abril de 1902. = Ernesto Rodolpho
d e s t i l l a d a s , c o m e x c e p ç ã o d a s q u e t i v e r e m sido d e s e m b a r - Hintze Ribeiro.
c a d a s á d a t a d a p u b l i c a ç ã o d ' e s t a lei, n a s a l f a n d e g a s d a D . do G . 11." 79, de 11 d e a b r i l .
p r o v i n c i a d e S . T h o m é e P r i n c i p e e n a s d a p r o v i n c i a de
M o ç a m b i q u e , ao s u l d o rio S a v e , m a n d a c u m p r i r e g u a r -
dar o m e s m o decreto como nelle se contém, pela f ó r m a
retro declarada.
P a r a Vossa Majestade ver. = João ArtJmr de Abreu Direeção Geral de Administração Politica e Civil
Mota a fez.
D . do G. n . ° 79, de H do abril. l. a Repartição
H e i p o r b e m p r o r o g a r , n o s t e r m o s d o a r t i g o 3 8 . ° § 1.°
d o d e c r e t o d e 8 d e a g o s t o d e 1 9 0 1 , a t é ao d i a 3 0 d o ' c o r -
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO r e n t e m ê s , o p r a z o d a c o n c l u s ã o clas o p e r a ç õ e s d o r e c e n -
s e a m e n t o e l e i t o r a l do c o n c e l h o d a G u a r d a , ' o b s e r v a n d o - s e
3. a R e p a r t i ç ã o d a D i r e e ç ã o G e r a l n o s s u b s e q u e n t e s a c t o s p r a z o s a n a l o g o s a o s fixados n o
da Contabilidade P u b l i c a mesmo decreto.
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d o M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e -
C o m f u n d a m e n t o n o s a r t i g o s 4 7 . " e 4 8 . ° clo r e g u l a m e n t o c r e t a r i o de E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a
g e r a l d a c o n t a b i l i d a d e p u b l i c a , cle 3 1 d e a g o s t o d e 1 8 8 1 , entendido e faça executar. Paço, em 10 de abril de
e e m o b s e r v a n c i a d a s p r e s c r i p ç õ e s do § u n i c o d o arit°-o 1902. = REI. —• Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
1 7 . ° d a c a r t a d e lei d e 3 d e s e t e m b r o d e 1 8 9 7 , q u e
D . d o G . n . n 80, d e 12 d e a b r i l .
1902 79 í Abril 10

2. a Repartição Mostra-se que o recorrente, empregado da Camara Mu-


nicipal d e L i s b o a , e r a s u b - d i r e e t o r e b e f e d a 1 ,a r e p a r t i -
H e i p o r b e m d e c l a r a r , n o s t e r m o s d a c a r t a d e lei d e ção do serviço g e r a l d e i n s t r u c ç ã o publica, a c a r g o d a
11 de maio de 1872, de utilidade publica u r g e n t e p a r a C a m a r a Municipal de L i s b o a , em 12 d e fevereiro de
a m p l i a ç ã o do largo fronteiro ao cemiterio occidental da 1 8 9 0 ( d o c u m e n t o s n . o s 5 e 6 fl. 2 6 e 2 7 ) ; e a l l e g a o m e s m o
cidade do P o r t o , a expropriação, requerida pela compe- r e c o r r e n t e que a este cargo do sub-director chefe de
tente C a m a r a Municipal, de duas parcellas de terreno, r e p a r t i ç ã o c o r r e s p o n d i a a e a t e g o r i a d e p r i m e i r o official
tendo u m a a superficie de 29 metros quadrados e a outra nos q u a d r o s dos funccionarios d a c a m a r a até ao a n n o d e
3 3 4 metros quadrados, pertencentes a Augusto Cardoso 1890;
de Menezes, e descriptas n a s plantas q u e com este de- Mostra-se que a commissão exeeutiva da c a m a r a recor-
creto baixam competentemente autbenticadas. r i d a , t r a t a n d o e m s e s s ã o d e 1 2 d e f e v e r e i r o cle 1 8 9 0 d a
O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e Se- d i s t r i b u i ç ã o clos s e r v i ç o s e c o l l o c a ç ã o d o s e m p r e g a d o s d a
cretario de E s t a d o dos Negocios do Reino, assim o t e n h a m e s m a c a m a r a em consequencia da reforma a p p r o v a d a
entendido e faça e x e c u t a r . P a ç o , e m 10 de abril de n e s s a occasião, passou o r e c o r r e n t e do seu l o g a r d e s u b -
1901. = R E I . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. d i r e c t o r c h e f e d e r e p a r t i ç ã o p a r a o d e s e g u n d o official d a
D . do CT. U.° 8 0 , d e 12 da a b r i l . f a z e n d a , e m v i r t u d e d o q u e o r e c o r r e n t e se j u l g o u o f f e n -
dido nos seus direitos, inherentes á sua eategoria a n t e r i o r ;
Mostra-se que o r e c o r r e n t e reclamou por tal motivo pe-
r a n t e a C a m a r a M u n i c i p a l cle L i s b o a , il. cle 2 a 1 1 , c o n -
V i s t a a r e p r e s e n t a ç ã o d a C a m a r a M u n i c i p a l do conce- t r a a n o v a c o l l o c a ç ã o q u e l h e foi d a d a ; p a r a o q u e a p r o -
l h o d e V i l l a V i ç o s a , d e 3 1 d e j a n e i r o u l t i m o , e n v i a d a ao sentou differentes a r g u m e n t o s , sendo u m dos principaes o
G o v e r n o e m 1 do c o r r e n t e m ê s ; t e r p a g o os d i r e i t o s d e r n e r c è c o m o s u b - d i r e c t o r c h e f e d c
Visto o disposto nos artigos 55.° n.° l . u , 47." e 425.° r e p a r t i ç ã o , fl. 4 2 , c a r g o q u e l h e f ô r a e o m m e t t i d o p o r d e s -
d o C o d i g o A d m i n i s t r a t i v o : h e i p o r b e m a p p r o v a r a deli- p a c h o d e 2 2 d e j u n h o d e 188G, e ao q u a l c o r r e s p o n d i a o
b e r a ç ã o cla m e s m a c a m a r a , d e 2 0 d e a b r i l d e 1 9 0 1 , a c ê r c a v e n c i m e n t o a n n u a l d c 480-5C00 r é i s ;
d o e m p r e s t i m o d e 3 : 0 0 0 $ 0 0 0 r é i s , a m o r t i z a v e l e m oito a n - M o s t r a - s e q u c a C a m a r a M u n i c i p a l r e c o r r i d a , s e n d o in-
n o s , p e l a a n n u i d a d e m a x i m a d e 4 0 0 f ) 0 0 0 r é i s . a fim cle s e r t i m a d a pelo auditor administrativo p a r a r e s p o n d e r s o b r e
e x c l u s i v a m e n t e a p p l i c a d o á c o n s t r u c ç ã o do lanço c o m p r e - a p e t i ç à o inicial a p r e s e n t a d a p e l o r e c o r r e n t e , a l l e g o u e m
h e n d i d o e n t r e os p e r f i s 1 e 3 9 d a e s t a ç ã o m u n i c i p a l n . ° 4 3 sua defesa:
d o m e s m o c o n c e l h o , s e n d o os e n c a r g o s clo m e s m o e m p r e s - 1.° Q u e o d i r e i t o d o r e c o r r e n t e c o n t r a a d e l i b e r a ç ã o
timo garantidos pelas receitas de viação. r e c o r r i d a e s t a v a p r e s c r i p t o , e q u e só l h e c o m p e t i a r c e o r -
O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e Se- rer para o tribunal eontencioso;
c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s do R e i n o , assim o t e n h a 2.° Q u e a c a m a r a r e c o r r i d a não e r a pessoa legitima
e n t e n d i d o e faça e x e c u t a r . P a ç o , em 10 de abril de p a r a r e s p o n d e r á p r e t e n ç ã o clo r e c o r r e n t e , q u e d e i x o u d e
1902. = R E I . == Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. s e r e m p r e g a d o d a c a m a r a ficando á d i s p o s i ç ã o clo G o v e r n o
I). do O. n . ° .«ft, d e 12 do. a b r i l . p o r effeito do d e c r e t o d e 6 de maio d e 1 8 9 2 ;
3.° Q u e o r e c o r r e n t e p r e t e n d i a o que lhe não e r a de-
v i d o ; p o r q u e n u n c a foi m a i s do q u e s e g u n d o official, e m -
b o r a tivesse sido s u b - d i r e c t o r c h e f e d a r e p a r t i ç ã o dos ser-
V i s t o o disposto n o a r t i g o 1 2 7 . ° § 1.° do C o d i g o A d m i - viços da instrucção m u n i c i p a l ;
nistrativo e a deliberação da C a m a r a Municipal do conce- Mostra-se mais, que o Ministerio Publico, ouvido sobre
l h o d e S a b r o s a : h e i p o r b e m fixar e m d o i s o n u m e r o d o s o a s s u m p t o , fl. 6 2 , foi d e p a r e c e r q u e n o r e c u r s o i n i c i a l
zeladores municipaes e em trinta o dos g u a r d a s campes- não houve prescripção, afigurando-se-lhe procedente a re-
tres do m e s m o concelho, s e m outra r e m u n e r a ç ã o m a i s que c l a m a ç ã o p a r a o effeito de s e r o r d e n a d a a collocação do
a e s t a b e l e c i d a no a r t i g o 4 4 8 . " do citado C o d i g o , e auctori- reclamante n u m logar de chefe de repartição com o seu
z a r se p r o c e d a n o s t e r m o s legaes a c o n c u r s o p a r a as res- a n t i g o o r d e n a d o d e 480)ís000 r é i s ;
pectivas nomeações.
M o s t r a - s e q u e , senclo os a u t o s c o n c l u s o s ao j u i z a u d i t o r ,
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e Ministros, Ministro e Se- e s t e m a g i s t r a d o e m s u a s e n t e n ç a cle 5 d e m a r ç o d e 1 8 9 9 ,
c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s clo R e i n o , a s s i m o t e n h a fl. 6 3 a <>6 v . , n ã o a t t e n d e u a e x c e p ç ã o d e p r e s c r i p ç ã o clo
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 0 d e a b r i l cle recurso, deduzida pela c a m a r a recorrida, por carecer de
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. f u n d a m e n t o , v i s t o q u e o r e c o r r e n t e r e c l a m o u em t e m p o ,
D . do G. n . ° 80, de 12 de a b r i l . e desattencleu igualmente á excepção da illegitimidade
da r e c o r r i d a p a r a r e s p o n d e r aos t e r m o s d'esta questâo, p o r
se t r a t a r d e u m a c t o q u e e l l a p r a t i c o u p o r i n t e r m e d i o d a
sua commissão exeeutiva, m a s considerou não d e m o n s t r a d a
H e i p o r b e m fixar, n o s t e r m o s d o a r t i g o 4 3 8 . ° § 1.° d o
a o f f e n s a , cle d i r e i t o s d e q u e o r e c o r r e n t e s e q u e i x a v a - e m
Codigo A d m i n i s t r a t i v o , em 3 0 0 ^ 0 0 0 réis a n n u a e s a dota-
virtude d a r e f o r m a de 12 de fevereiro de 1890, e j u l g o u
ção do partido veterinario municipal actualmente vago no
p o r isso i m p r o c e d e n t e e n ã o p r o v a d a e s t a p a r t e e s s e n c i a l
concelho de Torres Vedras.
clo r e c u r s o ;
O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e S e c r e -
M o s t r a - s e q u e d a r e f e r i d a s e n t e n ç a d o j u i z foi n o d e v i d o
t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s do R e i n o , a s s i m o t e n h a e n t e n -
tempo interposto recurso p a r a este S u p r e m o Tribunal A d m i -
dido e faça executar. Paço, e m 10 de abril de 1 9 0 2 . =
nistrativo :
R E I . = i ? r a e s í 0 Rodolpho Hintze Ribeiro.
O que t u d o visto e p o n d e r a d o , e ouvido o Ministerio P u -
D . do G. n." 80, d e 12 de abril.
blico :
C o n s i d e r a n d o q u e o r e c u r s o i n i c i a l foi c o m effeito a p r c -
sentado em tempo e devidamente á C a m a r a Municipal de
S e n d o - m e p r e s e n t e a consulta do S u p r e m o T r i b u n a l A d - L i s b o a , p o r se t r a t a r d e u m a c t o p r a t i c a d o p e l a c o m m i s -
m i n i s t r a t i v o a c ê r c a clo r e c u r s o n . ° 1 0 : 9 4 6 , e m q u e é r e - são e x e e u t i v a da m e s m a c a m a r a ;
corrente Antonio Maria F e r r e i r a Mendes, e recorrida a C o n s i d e r a n d o q u e a c o l l o c a ç ã o d a d a ao r e c o r r e n t e , n a
C a m a r a M u n i c i p a l d e L i s b o a , e d e q u e foi r e l a t o r o C o n - e x e c u ç ã o d a r e f o r m a d o s s e r v i ç o s , d e t e r m i n a d a e m 12 d e
selheiro, vogal extraordinario, Bento F o r t u n a t o de Moura fevereiro de 1890, e r a d e inteira r e s p o n s a b i l i d a d e d a ca-
Coutinho de Almeida d ' E ç a . mara;
Abril 10 80 1902

C o n s i d e r a n d o q u e , e m b o r a , por v i r t u d e do a r t i g o 2 2 . ° do s a t i s f e i t a s a s e x i g c n c i a s d o a r t i g o 1 7 . ° do d e c r e t o d e 2 9 d e
decreto d e 6 de maio de 1892, fosse extincta a D i r e e ç ã o j u l h o de 1886 e b e m assim nomeado o respectivo p e s s o a l :
G e r a l d o s S e r v i ç o s d e I n s t r u c ç ã o P u b l i c a , e se d e c l a r a s s e h e i p o r b e m fixar p a r a a i n s t a l l a ç ã o d o r e f e r i d o j u l g a d o o
n o § 1.° d o m e s m o a r t i g o q u e o G o v e r n o p o d e r i a d i s p o r d i a 4 do m ê s d o m a i o p r o x i m o f u t u r o .
d o s e m p r e g a d o s d a m e s m a D i r e e ç ã o , n ã o p a s s o u isso d e O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios E c c l e -
u m a c t o f a c u l t a t i v o p a r a o m e s m o G o v e r n o , q u e n ã o alte- siasticos e d e J u s t i ç a a s s i m o t e n h a e n t e n d i d o e f a ç a e x e -
r a v a a s i t u a ç ã o d o r e c o r r e n t e e m q u a n t o l h e n ã o foSse d a d a c u t a r . P a ç o , e m 1 0 d e a b r i l d e 1 9 0 2 . = R E I . = Arthur
pelo mesmo Governo u m a nova collocação; Âlberto de Campos Ilenriqiies.
. D . do G. n . ° 8 0 , d e 12 de a b r i l .
C o n s i d e r a n d o q u e o § 2.° d o m e n e i o n a d o a r t i g o d e t e r -
m i n a v a q u e , e m q u a n t o os e m p r e g a d o s a q u c se r e f e r e o
m e s m o artigo não tivessem o u t r a collocação, continuariam
a p e r c e b e r os s e u s v e n c i m e n t o s p e l a c a m a r a , n o s t e r m o s
do artigo 6.° do dito d e c r e t o , o q u e c o r r o b o r a a conside- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
r a cp ã o a n t e r i o r/:
Considerando mais que o reclamante, continuando de Secretaria Geral
facto a servir n a c a m a r a municipal como seu empregado,
q u e e r a e t e m c o n t i n u a d o a s e r , n ã o d e v i a s e r collocado Hei por b e m a p p r o v a r o r e g u l a m e n t o dos concursos,
em posição inferior á que anteriormente t i n h a ; promoções e nomeaçõos dos e m p r e g a d o s e e x a c t o r e s de
C o n s i d e r a n d o q u e o r e c o r r e n t e moBtrou n o s t e r m o s do fazenda das diversas repartições dos districtos adminis-
p r o c e s s o , 11. 7 8 a 8 2 , (e n ã o foi c o n t e s t a d o ) q u e , t e n d o trativos e coneelhos do c o n t i n e n t e do reino e ilhas a d j a -
s e r v i d o s e m p r e c o m zêlo e i n t e l l i g e n c i a , e t e n d o sido e m centes, que faz parte d'este decreto, e baixa assignado
s e u f a v o r c o n s i g n a d a s as m e l h o r e s r e f e r e n c i a s , o u t r o s e m - pelo M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s d a F a -
pregados da m e s m a camara mais modernos que o recorrente z e n d a e i n t e r i n o clos E s t r a n g e i r o s .
t i v e r a m , a p e s a r d ' i s s o , c o l l o c a ç õ e s d e p r i m e i r o s officiaes, O mesmo Ministro e Secretario de E s t a d o assim o tenha
superiores á cfelle; e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m .10 d e a b r i l d e
C o n s i d e r a n d o q u e n ã o só p o r e s t a c i r c u m s t a n c i a , como 1902.--- = R E I . ----- Fernando Mattozo Santos.
pela de ter pago direitos de m e r c ê n a qualidade dc sub-
d i r e c t o r c h e f e d e r e p a r t i ç ã o , n ã o e r a r a z o a v e l , n e m equi- Regulamento dos concursos, promoções e nomeaçôcs dos empregados
tativo, que n a n o v a organização lhe fosse d a d a collocação e exactores de fazenda
i n f e r i o r á d e p r i m e i r o official, c o m o t i v e r a m o u t r o s m a i s
m o d e r n o s e alguns seus subordinados; Dos concursos
P o r todos estes f u n d a m e n t o s :
H e i por bem, conformando-me com a m e s m a consulta, A r t i g o 1." O s c o n c u r s o s p a r a p r o v i m e n t o d o s l o g a r e s
d a r p r o v i m e n t o no r e c u r s o , m a n d a n d o que seja r e f o r m a d a d e d e l e g a d o s do t h e s o u r o d e I . a e 2 . a c l a s s e , e m p r e g a d o s
a s e n t e n ç a r e c o r r i d a , p a r a o effeito cle s e r d a d a ao r e c o r - das repartições de f a z e n d a centraes, districtaes e conce-
r e n t e collocação correspondente á que tinha n a extincta lliias, e s c r i v ã e s e a s p i r a n t e s d e f a z e n d a , e r e c e b e d o r e s d o s
organização dos serviços de instrucção publica municipal, c o n c e l h o s e b a i r r o s do c o n t i n e n t e clo r e i n o e i l h a s a d j a c e n -
s e m p r e j u i z o dos v e n c i m e n t o s q u e lhe d e v i a m p e r t e n c e r tes, serão a b e r t o s no Ministerio da F a z e n d a , n a epoca q u e
n a s i t u a ç ã o q u e lhe fica r e c o n h e c i d a ; e isto d e s d e a p r e - fôr d e t e r m i n a d a pelo Ministro.
t e n ç ã o que soffreu. § u n i c o . O s c o n c u r s o s p a r a os l o g a r e s d e s e g u n d o s a s -
O Conselheiro de E s t a d o , P r e s i d e n t e do Conselho de pirantes de fazenda poderão t a m b e m realizar-se nas r e p a r -
M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e c r e t a r i o cle E s t a d o d o s N e g o c i o s tições do f a z e n d a c e n t r a e s ou d i s t r i c t a e s , q u a n d o o G o -
do Reino, assim o t e n h a entendido e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , v e r n o o j u l g a r conveniente e n a epoca que fôr determi-
em 10 de abril cle 1902. — R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze n a d a pelo Ministro.
Ribeiro. A r t . 2.° O a n n u n c i o p a r a a d m i s s ã o a o s c o n c u r s o s d e
JD. .lo íi. n " SO, de 12 (lr- abril. recebedores será expedido pela Direeção G e r a l da The-
s o u r a r i a e o do c o n c u r s o p a r a os r e s t a n t e s l o g a r e s p e l a D i -
r e e ç ã o G e r a l clas C o n t r i b u i e õ e s D i r e c t a s , e e m a m b o s os
D i r e e ç ã o G e r a l cle S a u d e e B e n e f i c e n c i a P u b l i c a casos p u b l i c a d o e m t r e s n u m e r o s s e g u i d o s do Diario do
Governo, fixando-se p a r a a a p r e s e n t a ç ã o dos r e q u e r i m e n -
l. a Repartição tos d o c u m e n t a d o s o p r a z o m i n i m o cle t r i n t a d i a s , c o n t a d o s
n o c o n t i n e n t e do r e i n o , d a d a t a d a p u b l i c a ç ã o do p r i m e i r o
E m h o m e n a g e m á m e m o r i a do b e n e m e r i t a p r o f e s s o r a n n u n c i o , e n a s ilhas a d j a c e n t e s cla d a t a d a c h e g a d a d o
L u i z da C a m a r a Pestana, victima da sua dedicaçào pelos p a q u e t e q u e c o n d u z i r o Diario onde o primeiro annuncio
p r o g r e s s o s cla m e d i c i n a : hei p o r b e m d e t e r m i n a r q u e o foi i n s e r i d o .
Real Instituto Bacteriologico de Lisboa, passe a denomi- A r t . 3.° Os r e q u e r i m e n t o s dos candidatos aos logares
nar-se «Real Instituto Bacteriologico C a m a r a P e s t a n a » . de r e c e b e d o r p o d e r ã o s e r a p r e s e n t a d o s n a D i r e e ç ã o G e -
O P r e s i d e n t e clo C o n s e l h o cle M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e - r a l d a T h e s o u r a r i a ou n a s r e p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a c e n t r a e s
c r e t a r i o d o E s t a d o dos N e g o c i o s d o R e i n o , a s s i m o t e n h a e d i s t r i c t a e s ; e os dos c a n d i d a t o s a t o d o s os r e s t a n t e s lo-
e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 0 d e a b r i l cle 1 9 0 2 . = g a r e s n a D i r e e ç ã o G e r a l d a s C o n t r i b u i e õ e s D i r e c t a s ou
R E I . —AVnesío Rodolpho Hintze Ribeiro nas referidas repartições centraes e districtaes.
n . do G . II. 0 SO, do 12 de a b r i l . § u n i c o . O s a p r e s e n t a n t e s clos r e q u e r i m e n t o s p o d e r ã o
p e d i r r e c i b o d c e n t r e g a com d e c l a r a ç ã o d o d i a c. h o r a a
que forem apresentados.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA A r t . 4 . " O s d e l e g a d o s do t h e s o u r o e n v i a r ã o á D i r e c c ã o
G e r a l d a T h e s o u r a r i a ou á clas C o n t r i b u i ç õ e s D i r e c t a s , se -
Direeção dos Negocios de Justiça g u n d o os casos e a t é o dia i m m e d i a t o a q u e l l e e m q u e t e r -
m i n a r o p r a z o clo c o n c u r s o , c o m e x c e p ç ã o d o d i s p o s t o n o
2.a Repartição § u n i c o clo a r t i g o õ.°, todos os r e q u e r i m e n t o s e d o c u m e n -
tos q u e t i v e r e m r e c e b i d o .
T e n d o sido c r i a d o p o r d e c r e t o d e 2 8 d e d e z e m b r o d e A r t . 5 . ° O s r e q u e n r a e n t o s e os d o c u m e n t o s ( j u c os íns-
1 8 9 9 o j u l g a d o municipal d a s L a g e n s do Pico e estando truirem serao examinados na respectiva Direeção Geral e
1902 81 í Abril 10

r e v i s t o s pelo j u r y . S e d ' e s s e e x a m e se verificar q u e e x i s t e I. Os terceiros officiaes com tres annos de serviço nes-
e m a l g u n s d ' e l l e s q u a l q u e r d e f i c i e n c i a o u o m i s s ã o p u b l i - sa eategoria;
c a r - s e - h a a v i s o n o Diario do Governo p a r a q u e os i n t e r e s - i I I . O s escrivães d e f a z e n d a de 3.a classe com u m anno
s a d o s f a ç a m s u p p r i r e s s a f a l t a n o p r a z o m a x i m o d e oito d e s e r v i ç o , p e l o m e n o s , n e s s a e a t e g o r i a .
d i a s , s o b p e n a cle ficarem e x e l u i d o s d o c o n c u r s o . § 5.° P a r a terceiros officiaes e escrivães de f a z e n d a de
§ u n i c o . N a s i l h a s a d j a c e n t e s o e x a m e clos r e q u e r i m e n - 3 . 2 c l a s s e :
t o s e d o c u m e n t o s s e r á feito pelos r e s p e c t i v o s d e l e g a d o s do I. Os primeiros aspirantes com tres annos de serviço
t h e s o u r o , os q u a e s n o c a s o d e e n c o n t r a r e m a l g u m a s de- n e s s a e a t e g o r i a ;
ficiencias o u o m i s s ã o a v i s a r ã o d e s d e l o g o os i n t e r e s s a d o s I I . O s escrivães de f a z e n d a de 4 . a classe com u m a n n o
p a r a q u c a s f a ç a m s a n a r n o p r a z o d e oito d i a s , finclos os d e s e r v i ç o , p e l o m e n o s , n e s s a e a t e g o r i a .
q u a e s s e r ã o os m e s m o s r e q u e r i m e n t o s e d o c u m e n t o s , n o § 6.° P a r a escrivães de f a z e n d a d e 4 . a c l a s s e :
estado em que estiverem, remettidos para a competente I . Os primeiros e segundos a s p i r a n t e s com dois annos
Direccão Geral. de serviço.
A r t . 6.° R e c e b i d o s todos os r e q u e r i m e n t o s d o c u m e n t a - § 7.° P a r a p r i m e i r o s a s p i r a n t e s :
d o s d o s c a n d i d a t o s s e r ã o p u b l i c a c l o s n o Diario do Governo I. Os segundos aspirantes com u m anno de serviço,
os n o m e s d ' a q u e l l e s q u e , p o r c s t a r e m n a s c o n d i ç õ e s l e g a e s , p e l o m e n o s , e b o a s i n f o r m a ç õ e s ;
f o r e m a d m i t t i d o s a o c o n c u r s o ; e b e m a s s i m os q u e fica- I I . O s a s p i r a n t e s d a s diversas d i r e e ç õ e s g e r a e s do Mi-
r e m exeluidos, com declaração do motivo da exclusão. No nisterio da F a z e n d a , com u m anno de serviço, pelo menos,
m e s m o a n n u n c i o so fixará o l o c a l , d i a e h o r a e m q u e d e - e b o a s i n f o r m a ç õ e s ;
v e m ser p r e s t a d a s as p r o v a s theoricas e praticas. I I I . Os antigos aspirantes das reeebedorias dos bairros
A r t . 7 . ° C o n t r a a e x c l u s ã o d e q u a l q u e r c a n d i d a t o p o - cle L i s b o a e os p r o p o s t o s clos r e c e b e d o r e s d o s c o n e e l h o s e
d e r á h a v e r r e c u r s o p a r a o M i n i s t r o d a F a z e n d a , n o p r a z o b a i r r o s , u n s e o u t r o s c o m m a i s de cinco a n n o s d e b o m e
d e o i t o d i a s , c o n t a d o s d a p u b l i c a ç ã o clo a n n u n c i o n o Dia- e f f e c t i v o s e r v i ç o ;
rio do Governo. I V . O s individuos q u e satisfizerem ás seguintes condi-
§ 1." E s t e p r a z o c o m e ç a r á a c o n t a r - s e , n a s i l h a s a d j a - ç õ e s :
c e n t e s , da data da c h e g a d a do p a q u e t e que conduzir o a) T e r mais de dezoito a n n o s d e i d a d e e isenção do ser-
Diario do Governo c o m o a n n u n c i o ; e os r e c u r s o s p ó d e viço militar, q u a n d o t e n h a m c o m p l e t a d o a idade legal do
r ã o s e r e n t r e g n e s a o s d e l e g a d o s d o t h e s o u r o , q u e os f a - r e c r u t a m e n t o ;
r ã o a v e r b a r c o m a n o t a do dia da a p r e s e n t a ç à o , e n v i a n - b) A p r e s e n t a r c e r t i f i c a d o d o r e g i s t o c r i m i n a l e a t t e s t a d o
do-os em seguida, pelo p r i m e i r o p a q u e t e , á competente de b o m c o m p o r t a m e n t o , passados pela a u c t o r i d a d e admi-
Direccão Geral. nistrativa ;
§ 2.° Os r e c u r s o s do q u e t r a t a este a r t i g o não f a r ã o c) T e r a p p r o v a ç ã o n o c u r s o s u p e r i o r d o c o m m e r c i o o u
s u s p e n d e r o e x p e d i e n t e dos c o n c u r s o s , o qual p r o s e g u i r á no c u r s o g e r a l dos l y c e u s c e n t r a e s , m a s n e s t e ultimo caso
i n d e p e n d e n t e m e n t e cla r e s p e c t i v a d e c i s ã o , p u b l i c a n d o - s e c o m seis m e s e s d e p r a t i c a e m r e p a r t i ç õ e s f i s c a e s .
n o Diario do Governo. q u a n d o os m c s m o 3 r e c u r s o s f o r e m § 8.° P a r a segundos a s p i r a n t e s :
p r o v i d o s , n o v o a n n u n c i o c o n v i d a n d o os c a n d i d a t o s a v i r e m I . Os individuos que satisfizerem ás seguintes condições:
p r e s t a r as s u a s p r o v a s no dia q u e lhes fôr d e s i g n a d o . u) T e r m a i s d e d e z o i t o a n n o s d e i d a d e e i s e n ç ã o d o s e r -
viço m i l i t a r , q u a n d o t e n h a m c o m p l e t a d o a i d a d e l e g a l d o
recrutamento;
Dos candidatos
b) A p r e s e n t a r c e r t i f i c a d o d o r e g i s t o c r i m i n a l e a t t e s t a -
A r t . S.° S ã o c a n d i d a t o s aos c o n c u r s o s p a r a os d i v e r s o s d o s d e b o m c o m p o r t a m e n t o , p a s s a d o s p e l a a u c t o r i d a d e
logares: administrativa;
§ 1." P a r a d e l e g a d o s do t h e s o u r o d e l . a c l a s s e : c) T e r a p p r o v a ç ã o e m p o r t u g u ê s , f r a n c ê s e a r i t h m e t i c a
í . ° Os delegados do t h e s o u r o de 2 . classe com dois a ou p a s s a g e m no 3.° a n n o no c u r s o g e r a l dos lyceus cen-
a n n o s d e e x e r c i c i o e os d e l e g a d o s d o t h e s o u r o q u e e x e r - t r a e s ou n a c i o n a e s , o u a i n d a s i m p l e s e x a m e d e i n s t r u c ç ã o
c e s s e m e s s a s f u n c ç õ e s h a m a i s cle d o i s a n n o s n a d a t a p r i m a r i a , m a s n e s t e c a s o a c o m p a n h a d o d e p r a t i c a d e u m
d a p u b l i c a ç ã o d o d e c r e t o n . ° 1 d e 2 4 d e d e z e m b r o d e a n n o e m r e p a r t i ç õ e s fiscaes, c o m b o a s i n f o r m a ç õ e s d e a s -
s i d u i d a d e , apticlão e c o n d u c t a clo c a n d i d a t o .
1901; * ,
2 . ° O s i n s p e e t o r e s s u p e r i o r e s cle f a z e n d a c o m d o i s a n - § 9.° O s f u n c c i o n a r i o s q u e f o r e m c a n d i d a t o s aos loga-
nos de exercicio nessa eategoria; r e s d e q u e t r a t a m os § § 1.° a 6 . ° d ' e s t e a r t i g o e e s t i v e -
3.° O s p r i m c i r o s officiaes do Ministerio d a F a z e n d a c c m r e m h a b i l i t a d o s com a l g u m curso s u p e r i o r p o d e r ã o s e r
dois a n n o s dc serviço n e s t a e a t e g o r i a ; a d m i t t i d o s a o c o n c u r s o , q u a l q u e r q u e s e j a o t e m p o d e ti-
4.° O s p r i m e i r o s officiaes d a s r e p a r t i ç õ e s de f a z e n d a e rocinio n a s u a classe.
os e s c r i v ã e s d e f a z e n d a d e l . a c l a s s e , os p r i m e i r o s c o m § 1 0 . ° S ã o c a n d i d a t o s a o s l o g a r e s d e r e c e b e d o r e s os i n -
m a i s cle c i n c o e os s e g u n d o s c o m m a i s d e d o i s a n n o s d e d i v iduos que satisfizerem ás seguintes condições:
serviço nessa eategoria. «) T e r mais de dezoito annos de idade e isenção do
§ 2.° P a r a delegados do thesouro de 2.a classe: serviço militar, quando t e n h a m completado a idade legal
I . O s e s c r i v ã e s cle f a z e n d a d e l . a e 2 . a c l a s s e c o m dois d o r e c e n s e a m e n t o ;
annos, pelo menos, de exercicio n e s s a eategoria. b) A p r e s e n t a r c e r t i f i c a d o do r e g i s t o c r i m i n a l e a t t e s t a -
I I . O s s e g u n d o s officiaes d o M i n i s t e r i o d a F a z e n d a e os d o s d e b o m c o m p o r t a m e n t o , p a s s a d o s p e l a a u c t o r i d a d e
p r i m e i r o s e s e g u n d o s o f f i c i a e s clas r e p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a a d m i n i s t r a t i v a ;
c e n t r a e s e districtaes com dois annos d e serviço n a classe c) J u n t a r d o c u m e n t o s q u e p r o v e m t e r c o n h e c i m e n t o s d e
-
e que t e n h a m j á servido, com boas informações, o logar p o r t u g u ê s e ai ithmetica;
cle e s c r i v ã o d e f a z e n d a d e q u a l q u e r e a t e g o r i a . d) A p r e s e n t a r certidão de corrente com a F a z e n d a Pu-
§ 3 . ° P a r a p r i m e i r o s officiaes o e s c r i v ã e s d e f a z e n d a d e b l i c a .
1.a c l a s s e : A r t . 9.° O s c a n d i d a t o s n o s d i v e r s o s concursos p o d e r ã o
I . O s s e g u n d o s o f f i c i a e s d o s q u a d r o s clas r e p a r t i ç õ e s d e j u n t a r , a l e m d o s d o c u m e n t o s a q u e se r e f e r e o a r t i g o
fazenda, com tres annos de serviço n a classe; antecedente, quaesquer outros justificativos de mais ha-
I I . O s e s c r i v ã e s d e f a z e n d a clo 2 . a c l a s s e c o m u m a n n o b i l i t a ç õ e s l i t t e r a r i a s q u e p o s s u a m , p a r a o e f f e i t o d a p r e -
de serviço, pelo m e n o s , nessa eategoria. ferencia de que trata o artigo 41.° n.° 4.
§ 4 . ° P a r a s e g u n d o s officiaes e e s c r i v ã e s d e f a z e n d a d e A r t . 10.° Aos candidatos approvados em concurso com
a
2. classe: a c l a s s i f i c a ç ã o d e muito bons, q u e t i v e r e m o r d e n a d o cle
G
Abril 10 82 1902

e a t e g o r i a i n f e r i o r a 300,i>000 r é i s , e r e s i d i r e m f ó r a d a s e d e A r t . 21." A s provas oraes serão publicas e p r e c e d e r ã o


onde o concurso tiver logar, serão abonadas, pelo Gover- s e m p r e as p r o v a s e s c r i t a s .
no, as despesas de transporte. A r t . 22.° As provas consistirão:
1.° N o c o n c u r s o p a r a d e l e g a d o s d o t h e s o u r o d e l . a e
Do j u r y 2. classes e escrivães de f a z e n d a de l . a classe:
a

a ) E m u m a d i s s e r t a ç ã o oral s o b r e p o n t o s t i r a d o s á s o r t e
A r t . 1 1 . ° O j u r y do c o n c u r s o p a r a os l o g a r e s d e d e - vinte e quatro horas antes, que versem sobre legislação e
l e g a d o s d o t h e s o u r o d e l . a e 2 . a c l a s s e , officiaes d a s r e - d i r e i t o fiscal; l e g i s l a ç ã o civil n a p a r t e a p p l i c a v e l á s s u c c e s -
p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a , e s c r i v ã e s d e f a z e n d a cle l . s , 2." e s õ e s ; d i s p o s i ç õ e s cla lei civil e do C o d i g o clo P r o c e s s o r e s -
3." classe, c r e c e b e d o r e s , s e r á constituido pelo secreta- p e i t a n t e a e x e e u ç õ e s e s e u s i n c i d e n t c s ; c o n t e n e l o s o fiscal
rio g e r a l do M i n i s t e r i o , q u e s e r v i r á d c p r e s i d e n t e , p e l o s cle i m p o s t o s d i r e e t o s ; h i s t o r i a e t h e o r i a d o i m p o s t o ; p r i n -
directorcs geraes das Contribuições Directas, da Estatis- cipios cle c o n t a b i l i d a d e g e r a l e d e c o n t a b i l i d a d e p u b l i c a ;
t i c a e clos P r o p r i o s N a c i o n a e s , e d a T h e s o u r a r i a , p o r u m e o u t r o s a s s u m p t o s q u e i n t i m a m e n t e se r e l a c i o n e m c o m os
c h e f e cle r e p a r t i ç ã o , e p o r m a i s d o i s e m p r e g a d o s s u p e - s e r v i ç o s a c a r g o d a s d e l e g a ç õ e s e e s c r i v a n i a s cle f a z e n d a ;
r i o r e s d e f a z e n d a d a e s e o l h a do M i n i s t r o , s e r v i n d o o m a i s b) E m u m a d i s s e r t a ç ã o e s c r i t a p e l o s c a n d i d a t o s s o b r e
moderno de secretario. a s s u m p t o e s c o l h i d o l i v r e m e n t e p o r elles, d e e n t r e a s q u e s -
A r t . 12.° O j u r y do c o n c u r s o p a r a os l o g a r e s d o es- tões mais i m p o r t a n t c s que e s t e j a m a cargo das r e p a r t i ç õ e s
c r i v ã e s do f a z e n d a d e 4 . a c l a s s e , e p r i m e i r o s c s e g u n d o s a cujo quadro sejam concorrentes ;
aspirantes, será constituido pelo director geral das Con- e) E m i n t e r r o g a t o r i o s d u r a n t e u m a h o r a s o b r e a s dis-
t r i b u i ç õ e s D i r e c t a s , p r e s i d e n t e , dois e m p r e g a d o s s u p c r i o - sertações oraes e escritas ;
r c s do M i n i s t e r i o d a F a z e n d a , e dois d e l e g a d o s d o t h e - d) E m u m a p r o v a p r a t i c a s o b r e p o n t o t i r a d o á s o r t e n o
s o u r o , s e r v i n d o d e s e c r e t a r i o o m a i s m o d e r n o d ' c s t e s ul- a c t o clo c o n c u r s o , q u e v e r s c s o b r e l i q u i d a ç ã o , l a n ç a m e n t o ,
timos. annullação e c o b r a n ç a coerciva dos diversos impostos, re-
A r t . 13.° O j u r y p a r a o c o n c u r s o d o s s e g u n d o s a s p i r a n - c l a m a ç õ e s e r e c u r s o s a c ê r c a clas c o l l e c t a s d e c o n t r i b u i ç õ e s
tes quando as provas tiverem de ser p r e s t a d a s nas re- e serviços de contabilidade a cargo das diversas r e p a r t i -
p a r t i ç õ e s c e n t r a e s ou d i s t r i c t a e s , n o s t e r m o s do a r t i g o 1 9 . ° , ções cle f a z e n d a .
s e r á constituido por u m e m p r e g a d o superior do Ministerio 2 . ° N o c o n c u r s o p a r a e s c r i v ã e s de f a z e n d a d e 2 . a , 3 . a e
d a F a z e n d a , p r e s i d e n t e , dois d e l e g a d o s do t h e s o u r o c 4 . a c l a s s e a d i s s e r t a ç ã o e as p r o v a s são a s m e s m a s inclica-
dois e s c r i v ã e s d e f a z e n d a , s e r v i n d o d e s e c r e t a r i o o m a i s d a s n o n . ° 1." d ' e s t e a r t i g o , m a s a lição o r a l s e r á s o m e n t e
moderno. d e m e i a h o r a e os p o n t o s v e r s a r â o e s p e c i a l m e n t e s o b r e le-
A r t . 14.° O s v o g a e s clo j u r y , cla e s e o l h a do M i n i s t r o , g i s l a ç ã o e s e r v i ç o cle i m p o s t o s , p r i n c i p i o s g e r a e s d e c o n t a -
e x e r c e r ã o as s u a s f u n c ç õ e s d u r a n t e t r e s a n n o s , findos os b i l i d a d e e s o b r e os a s s u m p t o s m a i s c o m m u n s á s e s c r i v a n i a s
quaes poderão ser reconduzidos, querendo. do f a z e n d a .
A r t . 15.° O s j u r y s cle q u e t r a t a m os a r t i g o s a n t e c e d e n - 3.° N o s c o n c u r s o s p a r a p r i m e i r o s , s e g u n d o s e t e r c e i r o s
t e s , só p o d e r ã o f u n c c i o n a r q u a n d o e s t i v e r r e u n i d a a m a i o - officiaes as p r o v a s e a d i s s e r t a ç ã o s e r ã o a s m e s m a s i n d i -
ria absoluta dos seus vogaes. c a d a s no n . ° I . ° , m a s a lição o r a l s e r á do m e i a h o r a s o m e n t e ,
§ u n i c o . P a r a o c c o r r e r á f a l t a ou i m p e d i m e n t o legal.cle d e v e n d o as m a t e r i a s do p o n t o r e l a c i o n a r - s c p r i n c i p a b n e n t e
a l g u m dos v o g a e s d o j u r y , s e r ã o n o m e a d o s p e l o M i n i s t r o c o m o c o n t e n c i o s o fiscal, p r i n c i p i o s g e r a e s cle c o n t a b i l i d a d e
d a F a z e n d a dois v o g a e s s u p p l e n t e s do e n t r e os e m p r e g a - e e s c r i p t u r a ç ã o clas r e c e i t a s e d e s p e s a s p u b l i c a s .
dos s u p e r i o r e s d e f a z e n d a . 4." Nos concursos p a r a r e c e b e d o r e s a p r o v a t h e o r i c a
A r t . 16.° O s v o g a e s clo j u r y q u e d o i x a r e m d e a s s i s t i r á c o n s t a r á de :
p r o v a o r a l cle a l g u m c a n d i d a t o n ã o p o d e r ã o v o t a r n a c l a s - a) R e s o l u ç ã o p o r e s c r i t o d e u m p o n t o s o b r e a s d i s p o s i -
s i f i c a ç ã o dos c o n c o r r e n t c s q u e p r e s t a r e m p r o v a s n e s s e d i a . ç õ e s d o r e g u l a m e n t o de a d m i n i s t r a ç ã o cle f a z e n d a p u b l i c a
A r t . 17." O p r e s i d e n t e d o j u r y t e m v o t o d e q u a l i d a d c que r e s p e i t e m ás obrigações a cargo dos e x a c t o r e s .
sempre que haja empate. E a p r o v a p r a t i c a cle :
A r t . l t í . ° D e t o d a s as s e s s õ e s do j u r y se l a v r a r á a s b) P r o b l e m a s d e a r i t h m e t i c a , l i q u i d a ç ã o e c o n t a g e m d e
c o m p c t c n t e s a c t a s , e m q u e fiquem e s p e c i a l m c n t e consi- j u r o s e d o s d i v e r s o s a d d i c i o n a e s cle n a t u r e z a e v e n t u a l .
g n a d o s os r e s u l t a d o s d a s v o t a ç õ e s . 5." Nos concursos p a r a primeiros a s p i r a n t e s a p r o v a
oral constará d e :
l)fts provas e do programma do concurso a) I n t e r r o g a t o r i o s d u r a n t e v i n t e m i n u t o s s o b r e n o ç õ e s
g e r a e s cle incidencia, clos p r i n c i p a e s i m p o s t o s d i r e e t o s e
A r t . 19.° O c o n c u r s o c o n s t a r á d e p r o v a s t h e o r i c a s p r o c e s s o s clo s e u l a n ç a m e n t o e c o b r a n ç a .
( o r a e s ) e p r o v a s p r a t i c a s ( e s c r i t a s ) , o x c e p t o p a r a os l o g a - E a prova pratica de :
r e s cle r e c e b e d o r e s e cle s e g u n d o s a s p i r a n t e s , e m q u e a s a) R e d a c ç ã o clo u m officio ou c o n s u l t a s o b r e a s s u m p t o
provas theoricas e praticas serão todas por escrito. indicado pelo j u r y ;
§ u n i c o . As p r o v a s s e r ã o p r e s t a d a s n o M i n i s t e r i o cla h) E x t r a c t o d e u m d c c r e t o ou r e l a t o r i o s o b r e s e r v i ç o s
F a z e n d a p a r a os l o g a r e s d e t o d a s a s c a t e g o r i a s ; e n a s r e - d e f a z e n d a , i n d i c a n d o os p o n t o s c a p i t a e s d e s s e d i p l o m a ;
p a r t i ç õ e s de f a z e n d a c e n t r a e s o d i s t r i c t a e s , q u a n d o o G o - c) R e s o l u ç ã o d e p r o b l e m a s de a r i t h m e t i c a , p r i n c i p a l -
v e r n o d e t e r m i n a r , s o m e n t e p a r a os l o g a r e s de s e g u n d o s m e n t e n o s s u a s a p p l i c a ç õ e s ás o p e r a ç õ e s d e c o n t a b i l i d a d e
aspirantes. p u b l i c a ou c o m m e r c i a e s .
A r t . 2 0 . ° O j u r y , cle q u e t r a t a o a r t i g o 1 1 . " , e l a b o r a r á (i.° N o s c o n c u r s o s p a r a s e g u n d o s a s p i r a n t e s :
o p r o g r a m m a d a s m a t e r i a s s o b r e q u e t e e m d e v e r s a r to- O s m e s m o s p o n t o s i n d i c a d o s n a s t r e s u l t i m a s a l i n e a s do
dos os c o n c u r s o s , r e g u l a n d o - a s de a c o r d o c o m a inclole numero antecedente.
d o s l o g a r e s a q u e são d e s t i l l a d a s e c o m a m a i o r ou m e n o r 7." O s c a n d i d a t o s a r e c e b e d o r e s e a p r i m e i r o s e s e g u n -
i m p o r t a n c i a d a s f u n c ç õ e s cl'esses l o g a r e s . dos aspirantes t ê e m quatro h o r a s p a r a p r e s t a r e m as suas
§ 1.° 0 p r o g r a m m a d a s m a t e r i a s s o b r e q u e hão cle provas.
v e r s a r as d i s s e r t a ç õ e s o r a e s s e r á d i s t r i b u i d o p o r n ã o m e - A r t . 2 3 . " O s c o n c o r r e n t e s p o d e r ã o s e r d i v i d i d o s em
n o s do t r i n t a p o n t o s e p u b l i e a d o e m p o r t a r i a e s p e c i a l , v i n t e t u r n o s , a fim de p r e s t a r e m as p r o v a s e m d i a s d i f f e r e n t e s .
d i a s a n t e s do e o m e ç a r c m as p r o v a s clos c o n c u r s o s . A r t . 2 4 . ° E m c a d a dia f a z e m a s s u a s d i s s e r t a ç õ e s o r a e s
§ 2.° O s p o n t o s p a r a a s r e s t a n t e s p r o v a s t h e o r i c a s ou dois a q u a t r o c a n d i d a t o s q u a n d o c a d a p r o v a t i v e r u m a
praticas serão organizados pelo j u r y que fôr nomeado h o r a d e d u r a ç i i o ; e seis a d e z c a n d i d a t o s q u a n d o d u r a r
p a r a os r e s p e e t i v o s c o n c u r s o s . somente meia hora.
1902 83 í Abril 10

Art. 25.° Os pontos serão tirados á sorte em presença manifestar na sua prova oral; e á aptidão, intelligencia e
de dois membros do jury, por este nomeados, e pelo pri- conhecimento dos serviços que revelar no desenvolvimento
meiro candidato na ordem alphabetica dos nomes. por escrito dos pontos que lhe tiverem cabido.
§ u n i c o . O s p o n t o s s e r ã o i g u a e s p a r a t o d o s os c a n d i - § 3.° O s c a n d i d a t o s s e r ã o r e l a c i o n a d o s n a l i s t a a q u e se
datos que forem e x a m i n a d o s no m e s m o dia, não podendo, r e f e r e o a r t i g o 3 6 . ° p e l a o r d e m d e c r e s c e n t e d a s s u a s clas-
p o r e m , n e n b u m c a n d i d a t o ouvir a p r o v a oral dos q u e o siíicações, d i s p o n d o - s e p o r o r d e m a l p h a b e t i c a clos seus no-
precederem. m e s os q u e tiv,erem o b t i d o a m e s m a c l a s s i f i c a ç ã o e i g u a l
A r t . 2 6 . ° N e n h u m p o n t o p ó d e r e p e t i r - s e n a m e s m a epo- n u m e r o cle v a l o r e s , q u a n d o n ã o s e j a m f u n c c i o n a r i o s ; e p o r
ca d e c o n c u r s o . a n t i g u i d a d e a b s o l u t a d e t e m p o d c s e r v i ç o fiscal, q u a n d o
A r t . 27.° A s dissertações escritas serão e n t r e g u e s n a p e r t e n c e r e m a o s q u a d r o s do p e s s o a l d e f a z e n d a .
s e c r e t a r i a g e r a l do M i n i s t e r i o , d e z d i a s a n t e s d o desi- A r t . 38.° A classificação é valida p o r tres a n n o s p a r a
g n a d o p a r a a p r i m e i r a p r o v a do concurso. os candidatos que obtiverem a nota de muito bons ou bons
A r t . 28.° O candidato que não a p r e s e n t a r a sua disser- e s o m e n t e p o r u m a n n o p a r a os r e s t a n t e s c a n d i d a t o s .
t a ç ã o n e s t e p r a z o , ou q u e f a l t a r a t i r a r p o n t o o u a a l g u - A r t . 3 9 . ° S e p o r a l g u m a c a u s a e x t r a o r d i n a r i a os a c t o s
m a das p r o v a s , no dia e h o r a mareados, p e r d e o direito clos c o n c u r s o s f o r e m i n t e r r o m p i d o s , as p r o v a s j á d a d a s
ao c o n c u r s o a q u e t e n h a sido a d m i t t i d o . n ã o se r e p e t e m .
A r t . 2 9 . ° S e o c a n d i d a t o f a l t a r ao p o n t o ou a a l g u m a
das provas, p o r motivo de f o r ç a maior, d e v i d a m e n t e com- Das nomeações por concurso
provado p e r a n t e o j u r y , poderá ser n o v a m e n t e admittido
a t i r a r s e g u n d o p o n t o e a p r e s t a r a s u a p r o v a a t é ao ul- A r t . 4 0 . ° D e e n t r e os c a n d i d a t o s a p p r o v a d o s p e l o j u r y
t i m o dia d o s c o n c u r s o s . e s c o l h e r á o G o v e r n o os m a i s i d o n e o s , t e n d o e m v i s t a a
A r t . 30.° E m seguida á dissertação oral, cada concor- classificação obtida.
r e n t e s e r á i n t e r r o g a d o d u r a n t e u m a ou m e i a h o r a ( s e g u n d o A r t . 4 1 . ° E m i g u a l d a d e d e c i r c u m s t a n c i a s n a classifica-
os d i v e r s o s c a s o s p r e v i s t o s n e s t e r e g u l a m e n t o ) p o r d o i s ção são condições de p r e f e r e n c i a p a r a o p r o v i m e n t o :
v o g a e s d o j u r y p o r e s t e d e s i g n a d o s , salvo a o s o u t r o s e ao 1.° M e l h o r e s i n f o r m a ç õ e s officiaes, q u a n d o os c a n d i d a -
p r e s i d e n t e a f a c u l d a d e d e f a z e r q u a e s q u e r p e r g u n t a s ou tos p e r t e n ç a m aos q u a d r o s do p e s s o a l cle f a z e n d a ;
o b s e r v a ç õ e s ao c a n d i d a t o . 2 . ° C o m m i s s õ e s i m p o r t a n t e s d e s e r v i ç o q u e h a j a m sido
A r t . 3 1 . ° A m a t e r i a q u e t i v e r sido e s c o l h i d a p o r c a d a d e s e m p e n h a d a s pelos concorrentes;
c-andidato p a r a t l i e m a cla s u a d i s s e r t a ç ã o e s c r i t a n ã o p ó d e 3 . ° C l a s s i f i c a ç õ e s d i s t i n c t a s j á o b t i d a s e m a n t e r i o r con-
s e r o b j e c t o d a d i s s e r t a ç ã o oral clo m e s m o c a n d i d a t o . curso p a r a identicos logares;
A r t . 32.° São concedidas duas h o r a s p a r a a resolução 4 . ° M a i s h a b i l i t a ç õ e s l i t t e r a r i a s ou p u b l i c a ç ã o d e t r a b a -
clas p r o v a s e s c r i t a s , d e v e n d o os c o n c o r r e n t e s d a t á d a s , lhos v a l i o s o s s o b r e q u a l q u e r rarno do s e r v i ç o fiscal.
a s s i g n á - l a s n o fim e r u b r i c á l a s e m t o d a s a s s u a s f o l h a s .
A r t . 3 3 . ° A s p r o v a s a q u e se r e f e r e o a r t i g o a n t e c e - Das nomeações e promoções
dente, serão prestadas perante u m a commissão composta
d e d o i s v o g a e s d o j u r y , p o r e s t e n o m e a d o s , os q u a e s r u - A r t . 4 2 . ° O s l o g a r e s de delegados do thesouro de l . a e
a
b r i c a r ã o t o d a s as f o l h a s d a s m e s m a s p r o v a s . 2 . c l a s s e ; officiaes d e t o d a s a s c l a s s e s e p r i m e i r o s a s p i -
A r t . 3 4 . " C o n c l u i d o q u e s e j a o t e m p o m a r c a d o p a r a as r a n t e s d a s r e p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a ; e s c r i v ã e s de f a z e n d a e
p r o v a s e s c r i t a s , s e r ã o e s t a s e n t r e g u e s ao p r e s i d e n t e clo r e c e b e d o r e s de todas as classes, serão de nomcação rcgia
j u r y , n o e s t a d o e m q u e se a c h a r e m , e e m s e g u i d a r u b r i c a - e s e r v e n t i a vitalicia e o seu provimento será feito nos ter-
d a s p o r t o d o s os v o g a e s d o j u r y . m o s d o d e c r e t o n . ° 1 d e 2 4 d e d e z e m b r o d e 1 9 0 1 , do d e -
A r t . 35.° Os candidatos não p o d e r ã o communicar en- c r e t o cle 9 de j a n e i r o de 1 9 0 2 e do p r e s e n t e r e g u l a m e n t o .
t r e si n c m c o m p e s s o a e s t r a n h a ao j u r y e t ã o p o u c o p o - § 1.° O s l o g a r e s d e s e g u n d o s a s p i r a n t e s s e r ã o p r o v i d o s
d e r ã o c o n s u l t a r l i v r o s ou a p o n t a m e n t o s , m a s s e r - l h e s - h a por despacho do Ministro.
í a c u l t a d a a l e g i s l a ç ã o q u e peclirem. § 2 . ° O p e s s o a l m e n o r s e r á n o m e a d o p o r d e s p a c h o do
§ 1.° O s q u e i n f r i n g i r e m a clisposição d ' e s t e a r t i g o se- respectivo director g e r a l sob p r o p o s t a do c o m p e t e n t e c h e f e
r ã o i m m e d i a t a m e n t e e x c l u i d o s d o c o n c u r s o e p u n i d o s dis- de repartição.
c i p l i n a r m e n t e se f o r e m f u n c c i o n a r i o s p u b l i c o s . N ã o o s e n d o A r t . 43.° L o g o que occorra alguma v a c a t u r a em qual-
ficarão i n h i b i d o s d e v o l t a r ao p r i m e i r o c o n c u r s o q u e pos- q u e r dos q u a d r o s do p e s s o a l d e f a z e n d a , a D i r e e ç ã o G e -
t e r i o r m e n t e se e f f e c t u a r . r a l d a T h e s o u r a r i a , se se t r a t a r d o s l o g a r e s d e r e c e b e d o r ,
§ 2.° A p e n a l i d a d e d c c r e t a d a n o p a r a g r a p h o a n t e c e - ou a D i r e c c ã o G e r a l d a s C o n t r i b u i ç õ e s D i r e c t a s , q u a n d o
d e n t e é a p p l i c a v e l aos c a n d i d a t o s q u e , i l l u d i n d o a vigi- se t r a t a r d o s r e s t a n t e s l o g a r e s , o r g a n i z a r ã o d e n t r o do i m -
l a n c i a do j u r y , p a s s a r e m os p o n t o s j á r e s o l v i d o s p a r a ou- p r o r o g a v e l p r a z o d e t r i n t a d i a s , m a r c a d o n o a r t i g o 1."
t r o s c o p i a r e m ou p a r a os c o n c o r r e n t e s q u e se a p r o v e i t a - § 1.° d o d e c r e t o d e 9 cle j a n e i r o cle 1 9 0 2 , a s p r o p o s t a s clo
r e m cl'esta f r a u d e c o p i a n d o p o n t o s a l h e i o s . provimento d'esses logares, que serão submettidas a despa-
A r t . 3G.° E e u n i d a s t o d a s as p r o v a s p r o c e d e r á o j u r y á cho do Ministro.
s u a i m m e d i a t a c l a s s i f i c a ç ã o , q u e se e f f e c t u a r á , e m sessãp § 1.° A s m e s m a s d i r e c ç õ e s g e r a e s f a r ã o , a c t o c o n t i -
s e c r e t a , n o m e s m o d i a ou e m t a n t o s d i a s s e g u i d o s q u a n t o s n u o , as d e v i d a s c o m m u n i c a ç õ e s á R e p a r t i ç ã o do G a b i n e t e
forem necessarios p a r a concluir este serviço, íindo o qual cla S e c r e t a r i a G e r a l p a r a se e x p e d i r e m os r e s p e c t i v o s di-
s e r á a m e s m a c l a s s i f i c a ç ã o logo a n n u n c i a d a e m e d i t a l affi- p l o m a s , r e g i s t á - l o s n o c a d a s t r o g e r a l d o p e s s o a l clo M i n i s -
x a d o á p o r t a da sala dos concursos, e no dia i m m e d i a t o t e r i o d a F a z e n d a e e n v i a r as c o m p e t e n t e s n o t a s á D i r e c -
m a n d a d a p u b l i c a r n o Diario do Governo p e l a r e s p e c t i v a cão G e r a l cla C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a , q u e n ã o m a n d a r á f a -
"Direccão G e r a l . z e r os c o m p e t e n t e s a b o n o s q u a n d o a s c o m m u n i c a ç õ e s dei-
A r t . 3 7 . ° A c l a s s i f i c a ç ã o s e r á f e i t a p e l a m e d i a d o s va- x a r e m d e l h e s e r f e i t a s p e l a e s t a ç ã o official a q u e e s t e p a -
l o r e s o b t i d o s e m c a d a p r o v a a v a l i a d a cle 0 a 2 0 . r a g r a p h o se r e f e r e .
§ 1.° O s c a n d i d a t o s q u e o b t i v e r e m 0 a 4 v a l o r e s fica- § 2 . ° P u b l i c a d o s os d e s p a c h o s n o Diario do Governo,
r ã o esperados; d e 5 a 9 v a l o r e s t e r ã o a c l a s s i f i c a ç ã o clc ou f e i t a s a s c o m p e t e n t e s c o m m u n i c a ç õ e s , n o s casos e m
soffriveis; de 10 a 13 a cle sufficientes; cle 14 a 17 a de q u c d e v a l i a v e - l a s , p o d e r ã o os i n t e r e s s a d o s a p r e s e n t a r - s e
bom, e d ' a h i p a r a c i m a a d e muito bons. i m m e d i a t a m e n t e a tomaí' posse dos seus logares, a qual
§ 2 . ° N a a v a l i a ç ã o clas p r o v a s a t t e n c l e r - s e - h a n ã o só á lhes será conferida:
e x a c t a r e s o l u ç ã o do p o n t o m a s t a m b e m , p r i n c i p a l m e n t e , á a) A o s d e l e g a d o s d o t h e s o u r o , p e l o f u n c c i o n a r i o q u e
c l a r e z a d e e x p o s i ç ã o e d i s c e r n i m e n t o q u e cacla c a n d i d a t o estiver dirigindo a respectiva delegacia;
Abril 10 84 1902

b) A o p e s s o a l d a s r e p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a c e n t r a e s e aos t r e s ultimos annos, e n ã o h a v e r soffrido p e n a a l g u m a


d i s t r i c t a e s , p e l o d e l e g a d o d o t h e s o u r o d o r e s p e c t i v o dis- disciplinar superior a advertencia nos ultimos doze meses.
tricto ; A r t . 47.° O e m p r e g a d o que tiver de ser preterido em
e) A o s e s c r i v ã e s d e f a z e n d a , a o s r e c e b e d o r e s e s e u s v i r t u d e cle d e s f a v o r a v e i s i n f o r m a ç õ e s d o s e u c o m p o r t a -
propostos e aos aspirantes das escrivanias de f a z e n d a , mento e assiduidade s e r á notificado p a r a p o d e r u s a r do
pelos respectivos escrivães de fazenda. d i r e i t o d e r e c l a m a ç ã o d e n t r o clo p r a z o d e t r i n t a d i a s , e o n -
§ 3 . " A p o s s e a o s r e c e b e d o r e s e f f e c t i v o s só p o d e r á s e r t a d o s da d a t a do aviso.
concedida em presença de guia expedida pela Direeção § 1.° A r e c l a m a ç ã o s e r á a p r e s e n t a d a p e r a n t e o c o n s e l h o
G e r a l da T h e s o u r a r i a , de onde conste h a v e r e m satisfeito d i s c i p l i n a r , p o r m e i o d e r e q u e r i m e n t o f u n d a m e n t a d o e do-
ao p r e c e i t u a d o n o a r t i g o 1 5 . ° n . ° 2 . ° d o d e c r e t o n . ° 1, d e cuinentado, sobre o qual será ouvido o respectivo delegado
2 4 de d e z e m b r o dc 1901. d o t h e s o u r o , s e n d o clepois s u b m e t t i d a a d e s p a c h o clo M i -
A r t . 4 4 . " A s p r o m o ç õ e s p a r a os l o g a r e s v a g o s d o q u a - nistro, com p a r e c e r do referido conselho.
d r o do pessoal de f a z e n d a e f f e c t u a r - s e - h ã o , a l t e r n a d a m e n t e , § 2.° S e a i n f o r m a ç ã o d e s f a v o r a v e l fôr a r e s p e i t o da
por concurso e por antiguidade, nos seguintes termos. aptidão, poderá o interessado r e q u c r e r pela m e s m a f ó r m a
1.° D e l e g a d o s clo t h e s o u r o d e l . a e 2 . a c l a s s e : e d e n t r o d e i g u a l p r a z o fixado n o § 1.° e x a m e a c ê r c a d a
T o d o s os l o g a r e s p o r c o n c u r s o e n t r e os c a n d i d a t o s d e - sua competencia por u m j u r y composto de u m e m p r e g a d o
s i g n a d o s n o a r t i g o 8.° § § 1." e 2 . " s u p e r i o r do M i n i s t e r i o d a F a z e n d a e d o i s d e l e g a d o s clo
2.° P r i m e i r o s , s e g u n d o s e t e r c e i r o s officiaes e p r i m e i r o s thesouro, excluido sempre o delegado que tiver prestado
a s p i r a n t e s clas d i v e r s a s r e p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a : a informação.
a ) M e t a d e d a s v a c a t u r a s p o r c o n c u r s o e n t r e os c a n d i - § 3.° Sc a reclamação fôr j u l g a d a p r o c e d e n t e , será re-
datos d e v i d a m e n t e habilitados p a r a esses logares, nos ter- p a r a d a a p r e t e n ç ã o , c o n t a n d o -SG CL CT n t i g u i d a d e p a r a o r e -
m o s d o a r t i g o S.° § § 3 . ° , 4 . ° e õ . ° ; c l a m a n t e desde a data em q u e devia t e r sido n o m e a d o .
b) A o u t r a m e t a d e p o r a n t i g u i d a d e , n o q u a d r o g e r a l A r t . 4 8 . " E m t o d o s os c a s o s cle p r o m o ç ã o p o r a n t i g u i -
cVestes e m p r e g a d o s , e n t r e os q u e p e r t e n c e r e m á c l a s s e d a d e q u e o b r i g u e a d e s l o c a ç ã o d e r e s i d e n c i a , p o d e r ã o os
i m m e d i a t a m e n t e inferior á do l o g a r v a g o ; f u n c c i o n a r i o s d e s i s t i r d o seu d e s p a c h o e c o n t i n u a r a e x e r -
c) N a s p r o m o ç õ e s p o r a n t i g u i d a d e ao l o g a r d e t e r c e i r o cer o anterior logar, descendo por esse facto n a cscala d a
official, d o i s t e r ç o s d a s v a c a t u r a s s e r ã o p r o v i d a s n o s p r i - a n t i g u i d a d e : o primeiro funccionario q u c se p r e t e r i r cinco
m e i r o s a s p i r a n t e s m a i s ant.igos p e r t e n c e n t e s ao e x t i n c t o m u n e r o s ; o segundo seis; o terceiro sete e assim succes-
q u a d r o d o s s e g u n d o s a s p i r a n t e s clas r e p a r t i ç õ e s d i s t r i c t a e s sivamente.
e u m terço será r e s e r v a d o aos primeiros aspirantes mais § unico. O funccionario que desistir s c g u n d a vez d a pro-
a n t i g o s , p e r t e n c e n t e s ao e x t i n c t o q u a d r o clos e s c r i p t u r a d o s moção por antiguidade p a r a o m e s m o logar passará p a r a
cle f a z e n d a . a e s q u e r d a cle t o d o s os e m p r e g a d o s d a s u a c l a s s e .
3.° E s c r i v ã e s de f a z e n d a de l . a , 2.a e 3.a classe. A r t . 49.° A antiguidade n a classe d e v e r á contar-se sem-
a) M e t a d e d o s l o g a r e s p o r c o n c u r s o e n t r e os f u n c c i o n a p r e d a d a t a cla r e s p e c t i v a p o s s e .
rios d e v i d a m e n t e approvados pelo j u r y p a r a esses e m p r e - § 1.° X o e o m p n t o do t e m p o d a a n t i g u i d a d e só s e d e s -
gos; contam:
b) A o u t r a m e t a d e p o r a n t i g u i d a d e , r e s p e c t i v a m e n t e e n - 1.° A s l i c e n cp a s a l e m d e t r i n t a d i a s e m c a d a a n n o civil,}
t r e os e s c r i v ã e s d e f a z e n d a d e 2 . a , 3 . a e 4 . a c l a s s e . q u a n d o n ã o f o r e m p o r m o t i v o s cle d o e n ç a ;
4.° E s c r i v ã e s dc f a z e n d a de 4.a classe : 2.° A s faltas não j u s t i f i c a d a s ;
T o d o s os l o g a r e s p o r c o n c u r s o e n t r e os e m p r e g a d o s o.° O tempo de suspensão.
d e v i d a m e n t e a p p r o v a d o s pelo j u r y p a r a estes e m p r e g o s . § 2.° O exercicio do q u a l q u e r c o m m i s s ã o d e p e n d e n t e
5." R e c e b c d o r e s de l . a , 2 . a e 3.a c l a s s e : clo M i n i s t e r i o cla F a z e n d a ou s e r v i ç o i n t e r i n o e m q u a l q u e r
T o d o s os l o g a r e s p o r a n t i g u i d a d e n a c l a s s e r e s p e c t i v a - l o g a r d e s u p e r i o r ou i n f e r i o r e a t e g o r i a , t a m b e m d e p e n -
m e n t e e n t r e os r e c e d o r e s d e 2 . a , 3 . a e 4 . a c l a s s e ou p o r d e n t e do m e s m o Ministerio, p r e s t a d o a n t e r i o r m e n t e á vi-
a n t i g u i d a d e absoluta de serviço como r e c e b e d o r e s , m a s g e n c i a d o d e c r e t o d e 2 4 cle d e z e m b r o d e 1 9 0 1 , é c o n t a d o
n e s t e c a s o c o m p r o p o s t a clo d i r e c t o r g e r a l cla T h e s o u - como effectividade de serviço no logar que o e m p r e g a d o
r a r i a , fundacia em bons serviços p r e s t a d o s pelos exacto- exercia antes da commissão ou nomeação interina.
r e s e d e v i d a m e n t e r e g i s t a d o s n o l i v r o official d a s i n f o r - § 3.° Q.uando c o n c o r r e r e m na escala dois e m p r e g a d o s
mações. c o m a m e s m a a n t i g u i d a d e d e s e r v i ç o n a c l a s s e , s e r á col-
I)." R e c e b e d o r e s d e 4 . a c l a s s e : locado em primeiro logar o que tiver m e l h o r e s informa-
T o d o s os l o g a r e s p o r c o n c u r s o , e n t r e os c a n d i d a t o s ções o f f i c i a e s ; e d a d a a i n d a e s s a i g u a l d a d e d o c i r c u n s -
devidamente habilitados para esses empregos. tancias o que tiver mais tempo de serviço em e m p r e g o
a ) O s p r o p o s t o s d o s r e c e b e d o r e s , e os fieis d e a s p i r a n - de fazenda.
t e s clas r e e e b e d o r i a s d o s b a i r r o s d e L i s b o a , c o m m a i s cle A r t . 50.° S e r á publicado no Diario do Governo, no
d e z a n n o s cle b o m e e f f e c t i v o s e r v i ç o p o d e r ã o s e r n o m e a - p r i n c i p i o d e c a d a a n n o civil, p e l a D i r e e ç ã o G e r a l d a s C o n -
d o s r e c e b e d o r e s cle 4. i l c l a s s e s e m c o n c u r s o ; tribuições Directas, a lista da a n t i g u i d a d e de todo o pes-
b) O s p r o p o s t o s d o s r e c e b e d o r e s c o m v i n t e a n n o s ou soal d a s r e p a r t i ç õ e s cle f a z e n d a ; e p e l a D i r e e ç ã o G e r a l cla
mais de b o m serviço nesses logares poderão ser n o m e a - T h e s o u r a r i a a lista d e t o d o s os r e c e b e d o r e s d o s c o n c e l h o s
d o s r e c e b o r e s e m c o n c e l h o s d e q u a l q u e r o r d e m , s e m con- e bairros.
curso. § unico. Dentro de trinta dias, contados no c o n t i n e n t e
7.° S e g u n d o s a s p i r a n t e s do q u a d r o d a s d i v e r s a s e s c r i - do r e i n o d a d a t a d a p u b l i c a ç ã o cla l i s t a d c a n t i g u i d a d e s 110
vanias de fazenda: Diario do Governo, e n a s ilhas a d j a c e n t e s da d a t a d a che-
T o d o s os l o g a r e s p o r c o n c u r s o , e n t r e os c a n d i d a t o s d e - g a d a d o p a q u e t e q u e c o n d u z i r 0 m e s m o Diario, poderão
v i d a m e n t e h a b i l i t a d o s n o s t e r m o s clo a r t i g o 8 . ° § 8 . ° t o d o s os f u n c c i o n a r i o s q u e s e j u l g a r e m l e s a d o s a p r e s e n t a r
A r t . 4F>.° A p a r t i r d a d a t a d o d e c r e t o d e 2 4 d o d e z e m - a sua r e c l a m a ç ã o n a D i r e e ç ã o G e r a l d a T h e s o u r a r i a , se
b r o d e 1 9 0 1 n e n h u m e m p r e g a d o dos q u a d r o s d e f a z e n d a os r e c l a m a n t e s f o r e m e x a c t o r e s , c n a D i r e c c ã o G e r a l clas
poderá ter duas promoções successivas por antiguidade. C o n t r i b u i ç õ e s D i r e c t a s se p e r t e n c e r e m a o u t r o s q u a d r o s .
A r t . 46." E condição indispensavel para a,promoção por A r t . 51.° A s reclamações sobre antiguidade serão r e -
c o n c u r s o t e r b o a s i n f o r m a ç õ e s clo s e u c o m p o r t a m e n t o d u - solvidas pelo Ministro, ouvido p r é v i a m e n t e 0 conselho de
r a n t e os u l t i m o s d o z e m e s e s ; e p a r a a p r o m o ç ã o p o r d i r e c t o r e s d o M i n i s t e r i o d a F a z e n d a , ficando a o s i n t e r e s -
a n t i g u i d a d e t e r boas i n f o r m a ç õ e s a c ê r c a do seu c o m p o r t a - s a d o s 0 d i r e i t o cle r e c u r s o p a r a 0 S u p r e m o T r i b u n a l A d -
m e n t o , aptidão e a s s i d u i d a d e pelo m e n o s em r e f e r e n c i a ministrativo.
1902 85 í
Abril 10

Art. 52.° Resolvidas as reclamações de que tratam os § u n i c o . A s t r a n s f e r e n c i a s d o s m e s m o s e s c r i v ã e s e re-


artigos antecedentes serão feitas na primeira lista a publi- cebedores, s e m p r e q u e não forem r e q u e r i d a s pelos inte-
car as devidas correcções. r e s s a d o s ou n o s c a s o s p r e v i s t o s n a lei, só p o d e r ã o s e r e f f e -
§ unico. Não serão attendidas, a proposito de u m a lista, ctuadas de uns p a r a outros dos r e f e r i d o s bairros na m e s m a
r e c l a m a ç õ e s q u e se b a s e i e m ou r e f i r a m a f a c t o s o c c o r r i d o s cidade.
no t e m p o a q u e c o r r e s p o n d a m listas a n t e r i o r e s . A r t . õ9.° São e x p r e s s a m e n t e proliibidas as p e r m u t a s
d e l o g a r e s e n t r e e m p r e g a d o s q u e n ã o t e n h a m a m e s m a ea-
licintcgrações c trausferencias t e g o r i a , os m e s m o s v e n c i m e n t o s e n ã o p e r t e n ç a m ao
mesmo quadro.
A r t . 53.° Os empregados e exactores de fazenda que A r t . 6 0 . ° O s e s c r i v ã e s d e f a z e n d a n ã o p o d e r ã o s e r no-
f o r e m cxonerados a seu pedido poderão ser reintegrados m e a d o s i n t e r i n a m e n t e , n e m a i n d a a t i t u l o cle c o m m i s s ã o ,
n o l o g a r d a m e s m a e a t e g o r i a , ou e m l o g a r e s clos q u a d r o s p a r a c o n c e l h o s de o r d e m s u p e r i o r ou i n f e r i o r á s u a e a t e -
de f a z e n d a a q u e c o r r e s p o n d a m i g u a e s v e n c i m e n t o s e p a r a goria.
os q u a e s t e n h a m r e c o n h e c i c l a a p t i d ã o , se a s s i m o r e q u e r e - A r t . 61.° F i c a prohibido, fóra dos casos previstos no
r e m e t i v e r e m b o a s i n f o r m a ç õ e s officiaes d o s e r v i ç o e c o m - decreto de 2 4 de dezembro de 1901, a nomeação interina,
p o r t a m e n t o , e m r e l a ç ã o a o s dois u l t i m o s a n n o s d e e x e r c i - sob q u a l q u e r p r e t e x t o , d e e m p r e g a d o s p a r a as r e p a r t i ç õ e s
cio d o s e u c a r g o . d e f a z e n d a c e n t r a e s , d i s t r i c t a e s ou c o n c e l h i a s .
§ 1.° E m caso a l g u m p o d e r ã o s e r r e i n t e g r a d o s n o s q u a -
d r o s e c o l l o c a d o s c o m o d e l e g a d o s clo t h e s o u r o d e l . a e 2 . a Disposições transitorias
c l a s s e , o u e s c r i v ã e s cle f a z e n d a d e q u a l q u e r c l a s s e , os
funccionarios que não tenham respectivamente exercido já A r t . 6 2 . ° N o s p r i m e i r o s c o n c u r s o s q u e se e f f e c t u a r e m
esses logares por titulo de nomeação effectiva. d e p o i s d a p u b l i c a ç ã o d o p r e s e n t e r e g u l a m e n t o fica t r a n s i -
§ 2.° E i g u a l m e n t e prohibido r e i n t e g r a r q u a l q u e r f u n c - toriamente determinado :
cionario e m l o g a r a q u e c o r r c s p o n d a e a t e g o r i a ou v e n c i - 1.° Q u e a o s c a n d i d a t o s a l o g a r e s cle s e g u n d o s a s p i r a n -
m e n t o s u p e r i o r ao c a r g o d e q u e h a v i a s i d o e x o n e r a d o e e m t e s s e j a r e d u z i d o a t r e s m e s e s o t i r o e i n i o d e u m a n n o exi-
quadro diverso d'aquelle a que pertencia. g i d o n a a l i n e a c) clo § 8 . ° d o a r t i g o 3 0 . " clo d e c r e t o n.° 1
A r t . 5 4 . ° O s e x a c t o r e s e os e m p r e g a d o s d a s r e p a r t i - d e 2 4 cle d e z e m b r o d e 1 9 0 1 , e q u a n d o o r e q u e i r a m s e j a m
ções cle f a z e n d a c e n t r a e s , d i s t r i c t a e s e c o n e e l h i a s , só po- t a m b e m as h a b i l i t a ç õ e s l i t t e r a r i a s s u b s t i t u i d a s p o r a t t e s -
d e r ã o e n t r a r p a r a o q u a d r o d o s d e l e g a d o s do t h e s o u r o , ou t a d o s c o m p r o v a t i v o s d a a p t i d ã o e i d o n e i d a d e clos c a n d i d a -
clos e s c r i v ã e s d e f a z e n d a , p o r m e i o d e c o n c u r s o , feito n o s tos, p a s s a d o s p e l o s c h e f e s d a s r e p a r t i ç õ e s fiscaes o n d e ti-
termos d'este regulamento. v e r e m p r a t i c a d o e l e g a l i z a d o s c o m o v i s t o do e s c r i v ã o d e
§ u n i c o . A d i s p o s i ç ã o d ' e s t e a r t i g o é a p p l i c a v e l a o s es- f a z e n d a ou d o d e l e g a d o d e t h e s o u r o q u e a b o n a r a c a p a -
c r i v ã e s d e f a z e n d a ou r e c e b e d o r e s q u e p r e t e n d a m p a s s a r c i d a d e do r e q u e r e n t e ;
a o q u a d r o clas r e p a r t i ç õ e s c e n t r a e s e d i s t r i c t a e s . 2.° Q u e aos candidatos a logares de p r i m e i r o s aspiran-
A r t . 5 5 . ° A p a r t i r d a d a t a d o d e c r e t o q u e classificou o t e s s e j a i g u a l m e n t e r e d u z i d o a t r e s m e s e s o tiroeinio a q u e
p e s s o a l d e f a z e n d a , t o d o s os e m p r e g a d o s e e x a c t o r e s d e se r e f e r e a a l i n e a c) § 7.° d o a r t i g o 3 0 . ° do d e c r e t o n . u 1
f a z e n d a são i n a m o v i v e i s n o s s e u s e m p r e g o s d u r a n t e seis de 2 4 de d e z e m b r o de 1 9 0 1 ;
annos, excepto: 3.° Q u e a o s l o g a r e s cle t e r c e i r o s officiaes p o s s a m c o n -
1.° P o r p r o m o ç ã o ; c o r r e r os p r i m e i r o s a s p i r a n t e s c o m q u a l q u e r t e m p o cle ti-
2.° P o r t r a n s f e r e n c i a ou p e r m u t a a seu p e d i d o ; r o e i n i o n e s t a c l a s s e , c o m t a n t o q u e t e n h a m , pelo m e n o s ,
3.° P o r faltas c o m p r o v a d a s cm processo de syndicancia c i n c o a n n o s d e s e r v i ç o c o m o a s p i r a n t e s ou a n t i g o s e s c r i -
ou p o r p r o p o s t a f u n d a m e n t a d a d o c h e f e d a r e p a r t i ç ã o ou pturarios de fazenda ;
d o s e r v i ç o com p a r e c e r do c o n s e l h o d i s c i p l i n a r . 4 . ° Q u e aoa l o g a r e s d e s e g u n d o s officiaes p o s s a m con-
§ u n i c o . N o s casos p r e v i s t o s n o n . ° 3 . ° os f u n c c i o n a r i o s c o r r e r os t e r c e i r o s officiaes c o m q u a l q u e r t e m p o d e t i r o -
accusados serão s e m p r e p r é v i a m e n t e ouvidos por escrito. einio n e s t a e a t e g o r i a , c o n t a n t o q u e t e n h a m , p e l o m e n o s ,
A r t . 5G.° No c a s o cle t r a n s f e r e n c i a d e t e r m i n a d a p o r cinco a n n o s cle b o m s e r v i ç o c o m o p r i m e i r o s a s p i r a n t e s .
m o t i v o d i s c i p l i n a r , p o d e r ã o os e m p r e g a d o s s e r m a n d a d o s P a ç o , e m 1 0 cle a b r i l d e 1 9 0 2 . = F e r n a n d o Mattozo San-
r e c o l h e r á r e s p e c t i v a r e p a r t i ç ã o c e n t r a l ou d i s t r i c t a l , em- tos.
quanto não houver v a c a t u r a de logar correspondente á D . tlo G. n . ° S l , do 14 de a b r i l .

sua eategoria onde p o s s a m ser collocados.


A r t . 57.° São preferidos p a r a o preenchimento das va-
c a t u r a s q u e f o r e m o c c o r r e n d o n o s d i v e r s o s q u a d r o s do
p e s s o a l d e f a z e n d a os e m p r e g a d o s d e e a t e g o r i a i g u a l á do MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR
l o g a r v a g o q u e p a r a elle solicitem a t r a n s f e r e n c i a .
§ 1.° S ã o m o t i v o s d e p r e f e r e n c i a p a r a e s t a collocação Direeção Geral do UItramar
pela ordem em que vão descriptos:
1.° O m a i o r t e m p o d e p e r m a n e n c i a n a m e s m a r e p a r t i - l. a Repartição
1." Secção
2.° A s m e l h o r e s informações officiaes;
3.° A a n t i g u i d a d e a b s o l u t a de s e r v i ç o fiscal. A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u o g o v e r n a d o r g e r a l
§ 2 . ° P a r a os effeitos do d i s p o s t o n e s t e a r t i g o e p a r a - d a p r o v i n c i a de M o ç a m b i q u e , e t e n d o o u v i d o a J u n t a C o n -
g r a p h o s , os i n t e r e s s a d o s d e v e r ã o a p r e s e n t a r os s e u s r e - s u l t i v a do U I t r a m a r : hei p o r b e m a p p r o v a r p r o v i s o r i a -
q u e r i m e n t o s , n o p r i n c i p i o de c a d a a n n o civil, n a D i r e e ç ã o m e n t e a p o r t a r i a provincial do m e s m o g o v e r n a d o r g e r a l ,
G e r a l d a s C o n t r i b u i ç õ e s D i r e c t a s ou n a D i r e e ç ã o G e r a l n . ° 5 7 8 , d e 5 d e n o v e m b r o cle 1 9 0 0 , q u e modiíieou a d e -
d a T h e s o u r a r i a , c o n f o r m e os l o g a r e s v a g o s p e r t e n c e r e m limitação, estabelecida pelo commissario regio em porta-
ao q u a d r o d a s r e p a r t i ç õ e s d e f a z e n d a ou ao d a s r e e e b e - r i a d e 1 5 cle m a r ç o d e 1 8 9 7 , d a 4 . a c i r c u n s c r i p ç ã o d a s
dorias. t e r r a s d a C o r o a do d i s t r i c t o d e L o u r e n ç o M a r q u e s e dis-
A r t . 5 8 . ° O s l o g a r e s d e e s c r i v ã e s de f a z e n d a e r e c e b e - t r i c t o m i l i t a r cle G a z a .
d o r e s dos b a i r r o s de L i s b o a e P o r t o só p o d e r ã o s e r p r o v i - O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios da Ma-
dos r e s p e c t i v a m e n t e e m escrivães d e f a z e n d a e recebedo- rinha e U I t r a m a r assim o tenha entendido e faça execu-
r e s de l . a c l a s s e q u e t e n h a m , p e l o m e n o s , t r e s a n n o s d e t a r . P a ç o , e m 1 0 d e a b r i l d e 1 9 0 2 . = R E I . = Antonio Tei-
serviço nesta eategoria. xeira de Sousa. D . do G . n." 83, dc 10 dc abril.
Abril 10 86 1902

2. a Repartição Copia de paríe da acta da sessão da Commissão Administrativa do Muni-


cipio de Lisboa, em 13 de março de 1902, que contém a deliberação,
2. a SecçSo a que se refere o decreto de 10 de abril
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a C o m p a n h i a d e M o -
P r e s i d e n c i a do E x . m 0 S r . C o n d e de Avila, e s t a n d o p r e -
ç a m b i q u e , n o s t e r m o s d o § 11.° d o a r t i g o 7.° d o d e c r e t o
s e n t e s os S r s . ' V o g a e s : D r . A l b e r t o A n t o n i o d e M o r a e s
c o m f o r ç a d e lei d e 17 de maio d e 1 8 9 7 ;
Carvalho Sobrinho, Francisco Oliveira de S o m m e r , T h e o -
T e n d o ouvido a J u n t a Consultiva do U I t r a m a r :
doro F e r r e i r a Pinto Basto, J o s é Bello, J o s é J e r o n y m o
H e i por b e m decretar o seguinte:
Rodrigues Monteiro e D . Luiz de Castro.
A r t i g o 1.° P a r a os effeitos clo p r e c e i t u a d o n o a r t i g o 3 . °
A s s i s t i r a m á s e s s ã o os S r s . A d m i n i s t r a d o r e s do 2 . ° b a i r r o
do r e g u l a m e n t o a p p r o v a d o por d e c r e t o d e 19 de s e t e m b r o
e inspector da F a z e n d a Municipal.
d e 1 8 9 4 as p o v o a ç õ e s de S p u n g a b e r a , d e M a f u c i e C h i -
b a b a r a , da c i r c u m s c r i p ç ã o d e M o s s u r i z e , n o t e r r i t o r i o d e
M a n i c a e Sofala, sob a a d m i n i s t r a ç ã o d a C o m p a n h i a de
O S r . D . L u i z d e C a s t r o d i s s e : q u e a c o m m i s s ã o es-
M o ç a m b i q u e , são c o n s i d e r a d a s : a p r i m e i r a c o m o t e r r a d e
pecial n o m e a d a p a r a t r a t a r da questão das carnes o en-
2 . a c l a s s e e as o u t r a s c o m o d e 3 . a
c a r r e g a r a cle a p r e s e n t a r á C o m m i s s ã o A d m i n i s t r a t i v a do-
A r t . 2.° F i c a r e v o g a d a a l e g i s l a ç ã o e m c o n t r a r i o .
M u n i c i p i o cle L i s b o a , o r e s u l t a d o d o s s e u s t r a b a l h o s , p r o -
O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios da Ma-
ducto de u m a t u r a d o e consciencioso estudo, p r o v a de con-
rinha e U i t r a m a r assim o tenha entendido e faça execu-
fiança q u e m u i t o a g r a d e c i a a o s s e u s c o l l e g a s ; q u e e s t e
tar. Paço, em 10 de abril de 1902. = R E I . = Antonio
p r o b l e m a clas c a r n e s se p o d e r i a r e s o l v e r p o r q u a t r o m o d o s
Teixeira de Sousa.
D . do G. 11.° S3, do 16 do abril.
differentes, como e r a m : a ampla liberdacle de c o m m e r c i o ,
a liberdade com d e t e r m i n a d a s restricções, a a r r e m a t a ç ã o
do e x c l u s i v o e o e x c l u s i v o p a r a a C a m a r a M u n i c i p a l .
Passou S. E x . a a analysar detidamente cada uni d'estes
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO p r o c e s s o s ; r e l a t o u os f a c t o s q u e se d e r a r n c o m e s t e r a m o
do s e r v i ç o m u n i c i p a l d e s d e 1 8 7 6 , e p o c a e m q u e f o r a m es-
Direeção Geral de A d m i n i s t r a ç ã o Politica e Civil t a b e l e c i d o s os t a l h o s m u n i c i p a e s , r e f e r i u - s e a o s a t t r i e t o s
2.a Repartição q u e s o b r e v i e r a m e m p r e s e n ç a clas a m e a ç a s d o s m a r c h a n -
t e s , á s c o n s e q u e n c i a s do d e c r e t o d e 1 8 9 6 , q u e p r o h i b i u
Senclo-me p r e s e n t e a d e l i b e r a ç ã o d a C o m m i s s ã o A d m i - q u e f o s s e m e l e v a d o s os p r e ç o s n o s t a l h o s m u n i c i p a e s , clo
n i s t r a t i v a do M u n i c i p i o d e L i s b o a a c ê r c a d a s q u a t r o q u e r e s u l t o u os e n o r m e s dejicits, que teem desde então
propostas formuladas pela commissão especialmente encar- a s s o b e r b a d o o c o f r e m u n i c i p a l , c e s s a n d o p o r isso a m i s s ã o
r e g a d a de propor as providencias convenientes p a r a reorga- economica d'aquelles estabelecimentos e revivendo conse-
n i z a ç ã o clo s e r v i ç o clo f o r n e c i m e n t o de c a r n e s de g a d o b o - q u e n t e m e n t e os e x c e s s o s q u e p r a t i c a v a m os m a r c h a n t e s e
vino, o quo constam da copia que com este decreto b a i x a talhos particulares antes de 1876, e que é a situação
a c t u a l ; q u o e m v i s t a d o e x p o s t o os dois p r i m e i r o s p r o c e s -
c o m p e t e n t e m e n t e a u t h e n t i c a d a ; v i s t a s a s i n f o r m a ç õ e s offi-
ciaes e o disposto no decreto de 8 de agosto de 1901, sos e s t a v a m d e p a r t e ; q u e a r e v o g a ç ã o do d e c r e t o cle 1 8 9 6
c o n f i r m a d o p e l a c a r t a d e lei d e 3 1 d e m a r ç o u l t i m o : h e i n ã o v i r i a r e m e d i a r a g o r a os i n c o n v e n i e n t e s a p o n t a d o s ,
por bem, deixando p a r a ulterior e mais opportuna resolu- pois se o dejicit d e s a p p a r e c i a , a p o p u l a c ã o m e n o s a b a s t a d a
ç ã o a seguncla e a q u a r t a d a s r e f e r i d a s p r o p o s t a s , a p p r o - e m a i s n e c e s s i t a d a cla a l i m e n t a ç ã o p e l a s c a r n e s , nacla lu-
var quanto á primeira e á terceira a sobredita delibera- crava, p o r q u e o preço tinha de subir a igualar com o dos
ção, sob as s e g u i n t e s c l a u s u l a s : talhos particulares; e portanto, a necessiclade de m u d a r d e
1 A auctorização da C a m a r a Municipal p a r a a impor- regime impunha-se m a n i f e s t a m e n t e ; que, attendendo ás
tação d c r e z e s e s t r a n g e i r a s , a q u c se r e f e r e a c o n d i ç a o 4 . a f i n a n ç a s do M u n i c i p i o , a o s i n t e r e s s e s d a a g r i c u l t u r a n a -
da p r i m e i r a p r o p o s t a , n ã o s e r á e x e c u t o r i a s e m a p p r o v a ç ã o cional e do p u b l i c o , a c o m m i s s ã o e s p e c i a l e l a b o r o u u m
e x p r e s s a do G o v e r n o pelo M i n i s t e r i o dos N e g o c i o s do R e i n o ; p r o j e c t o ao r e g i m e do f o r n e c i m e n t o , p r o p o n c l o a a r r e m a -
2.a O processo da descongelação, de que t r a t a a condi- t a ç ã o p u b l i c a do e x c l u s i v o , t o m a n d o a C a m a r a p o r c o n t a
çao 7 . a cla m e s m a p r o p o s t a , s e r á f i x a d o p e l a C a m a r a M u - p r o p r i a esse exclusivo caso a p r a ç a fique d e s e r t a .
nicipal ; E s t e projecto tende:
3.a O arrematante fará nos termos e prazo, que forem 1.° A b a i x a r s e n s i v e l m e n t e o p r e ç o d a c a r n e t a n t o n o s
estipulados, deposito c o r r e s p o n d e n t e ás responsabilidades talhos m u n i c i p a e s como nos talhos p a r t i c u l a r e s e x i s t e n t e s ;
p e l a a d j u d i c a ç ã o , a fim d e p o r elle se t o r n a r e m e f f e c t i v o s , 2 . ° A g a r a n t i r um preço r e m u n e r a d o r a o g a d o b o v i n o
quando seja necessario; nacional;
4 . a O e x c l u s i v o , a q u e se r e f e r e a a l i n e a a) d a 2 . a con- 3 . " A e l i m i n a r o dejicit do o r c a m e n t o p r o v e n i e n t e clo
d i c ã o d a t e r c e i r a p r o p o s t a , n ã o p r e j u d i c a r á os d e p o s i t o s p r e j u i z o n o s t a l h o s .
f r i g o r i f i c o s d e q u a l q u e r i n d u s t r i a p a r a a s u a l a b o r a ç a o ou E x p ô s e m s e g u i d a os m e i o s d e l e v a r a e f f e i t o e s s e p r o -
cle q u a l q u e r e s t a b e l e e i m e n t o d e v e n d a p a r a c o n s c r v a ç ã o j e c t o e d e p o i s de v a r i a s c o n s i d e r a ç õ e s , m a n d o u p a r a a m e s a
dos g e n e r o s do r e s p e c t i v o n e g o c i o , q u e n ã o s e j a m a q u e l l e a s s e g u i n t e s p r o p o s t a s :
q u e 6 o b j e c t o do m e s m o e x c l u s i v o ; l.a
5.° O s talhos n ã o s o m e n t e s e r ã o limitaclos a d e t e r m i n a d o Que a C a m a r a Municipal ponha em p r a ç a a arremata-
n u m e r o , n o s t e r m o s d a c o n d i ç ã o 6 . a cla m e s m a p r o p o s t a , ção clo f o r n e c i m e n t o cle c a r n e s d e v a c c a a t o d o s os t a l h o s
m a s i i c a r ã o s u j e i t o s ao r e g u l a m e n t o m u n i c i p a l q u e f ô r a p - d a c i d a d e , p o d e n d o esse f o r n e c i m e n t o s e r f e i t o c o m r e z e s
p r o v a d o s u p c r i o r m e n t e , e n o q u a l , e m h a r m o n i a c o m as n a c i o n a e s ou e s t r a n g e i r a s e c o m c a r n e s c o n s e r v a d a s e m
devidas r e g r a s de limpeza e hygiene, serao preceituadas c a m a r a s frigorificas.
as condições da respectiva installação e serviço. 1.° O a r r e m a t a n t e é o b r i g a d o a f o r n c c e r a t o d o s os t a -
O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e - lhos d e L i s b o a as r e z e s e m e i a s r e z e s q u e p o r e s t e s l h e
c r e t a r i o do E s t a d o d o s N e g o c i o s do R e i n o , e os M i n i s t r o s f o r e m r e q u i s i t a d a s p a r a o s e u c o n s u m o ;
e S e c r e t a r i o s d c E s t a d o dos N e g o c i o s d a F a z e n d a e clas 2 . ° O a r r e m a t a n t e r e c e b e r á d o s c r i a d o r e s cle g a d o n o
O b r a s P u b l i c a s , C o m m e r c i o e I n d u s t r i a , a s s i m o t e n h a m p a í s , pelo p r o c e s s o de a r r o b a ç ã o , a s r e z e s b o v i n a s a d u l -
entendido e f a ç a m e x e c u t a r . Paço, em 10 d e abril de tas quc p r e t e n d a m v e n d e r e que a inspecção veterinaria
1902. ----- R E I . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Fer- n o M a t a d o u r o r e p u t e e m e s t a d o d e s e r e m a b a t i d a s , p e l o s
nando Mattozo Santos— Manuel Francisco de Vargas. preços seguintes: gado b r a v o , 1 5 / 3 $ 8 0 0 ; ilkeu, alernte-
1902 87 í Abril 10

j a n o e algarvio, 1 5 / 4 $ 1 0 0 ; de outras p r e c e d e n c i a s do país, C a m a r a íique auctorizada a contratar o abastecimento de


15/4$3ô0; c a r n e cle v a c c a a b a t i d a n o M a t a d o u r o e cle c a r n e c o n g e l a d a *
3.° O serviço dos talhos m u n i c i p a e s o r g a n i z a r á u m re- a t o d a a c i d a d e p o r m e i o d e a r r e m a t a ç õ e s p a r c i a e s , ou
gisto das offertas de gado, feitas pelos criadores, e deter- ainda a fazer esses abastecimentos de sua conta, tendo,
m i n a r á s e g u n d o as p r e s c r i p ç õ e s r e g u l a m e n t a r e s q u e se p o r e m , s e m p r e e m a t t e n ç ã o n ã o só os i n t e r e s s e s clos c o n -
a d o p t e m , os p r a z o s o u d i a s e m q u e os m e s m o s c r i a d o r e s s u m i d o r e s , m a s t a m b e m os d a i n d u s t r i a p e c u a r i a d o p a í s .
t e r ã o de f a z e r a r e m e s s a ou e n t r e g a do g a d o , o qual não 3."
p o d e r á s e r a b a t i d o d e n t r o d e u m p r a z o s u p e r i o r a oito Q u c p a r a t o r n a r e x e q u i v e i s a s p r o p o s t a s a n t e r i o r e s , so
dias contados desde a sua chegada a L i s b o a ; solicite clo G o v e r n o :
4 . ° O a r r e m a t a n t e só p o d e r á f a z e r o f o r n e c i m e n t o c o m 1." A u c t o r i z a ç ã o , p o r q u a t r o a n n o s , p a r a o a r r e m a t a n t e ,
g a d o e s t r a n g e i r o , q u a n d o não h a j a offertas de g a d o indi- ou a C a m a r a , c o n f o r m c o caso, i m p o r t a r , livre d e direitos,
g e n a , o u e s t a s c o r r e s p o n d a m a u m n u m e r o d e c a b e ç a s in- em cada anno, até 2 . 0 0 0 : 0 0 0 de k i l o g r a m m a s de c a r n e s
sufficiente p a r a satisfazer as exigencias do consumo. E m congeladas, incidindo, comtudo, sobre estas o imposto do
q u a l q u e r caso, p o r e m , carece de p r e v i a auctorização da consumo do 32 réis p o r k i l o g r a m m a .
C a m a r a , q u e só r e s o l v e r á s o b r e o a s s u m p t o d e p o i s d e c o n - 2 . ° C o n c e s s ã o a o a r r e m a t a n t e , ou á e m p r e s a c o m q u e m
v i d a d o s p o r a n n u n c i o s p u b l i c o s os c r i a d o r e s a m a n d a r e m e s t a ou a C a m a r a c o n t r a t a r o f o r n e c i m e n t o d e c a r n e s c o n -
o gado que t e n h a m disponivel p a r a açougue, e de t e r ve- geladas, dos seguintes privilegios:
r i f i c a d o p o r si e p e l a s e s t a ç õ e s o f f i c i a e s q u e h a e f f e c t i v a - a) O direito exclusivo, pelo espaço de dez a n n o s , de
m e n t e falta de g a d o no p a i s ; construir e usar em Lisboa depositos frigorificos, terres-
5." O fornecimento com carnes congeladas não poderá t r e s o u f l u c t u a n t e s , c u j o p r o j e c t o cle c o n s t r u c ç ã o e i n s t a l -
exceder, e m cada anno, a 2 milhòes de kilogrammas, e lação s u b m e t t e r á á approvação superior.
em cada mês o seu duodecimo. Se, porem, dentro de qual- Terá, porem, a obrigação:
q u e r m c s , se r e c o n h e c e r q u e h a falta de bois i n d i g e n a s 1." D e a r m a z e n a r c o n v e n i e n t e m e n t e n e s s e s d e p o s i t o s a s
para consumo, a Camara poderá auctorizar o fornecimento carnes congeladas que por intermedio de outras empresas
de um maior numero de kilogrammas, mas o excedente v e n h a m a s e r i m p o r t a d a s , e m v i r t u d e cle c o n t r a t o s q u e o
s e r á d e d u z i d o do f o r n e c i m e n t o nos m e s e s i m m e d i a t o s ; G o v e r n o r e a l i z e ou a u c t o r i z e , p o r u m p r e ç o d e a l u g u e r
6'.° A c a r n e c o n g e l a d a q u e f ô r n e c e s s a r i a i m p o r t a r d e - que não e x c e d a 2 0 réis por kilogramma em cada sessenta
v e r á vir a c o m p a n h a d a de documento passado p o r u m ve- d i a s ou f r a c ç ã o d ' e s t e perioclo.
terinario d i p l o m a d o e a u t h e n t i c a d o p e l a a u c t o r i d a d e con- 2.° D e s u b m e t t e r á a p p r o v a ç ã o s u p e r i o r a tarifa dos
s u l a r p o r t u g u e s a , no q u a l se certifique q u e as r e z e s a que p r e ç o s cle a r m a z e n a g e m d ' a q u e l l e p r o d u c t o e d e o u t r o s
a m e s m a c a r n e p e r t e n c i a e s t a v a m no m o m e n t o de s e r e m que p o r v e n t u r a venlia a recebernos seus depositos frigo-
abatidas no mais perfeito estado de sanidade; rificos.
7.° U m v e t e r i n a r i o , ao s e r v i ç o d o M u n i c i p i o d e L i s b o a , b) O d i r e i t o d e o p ç ã o d u r a n t e o m e s m o p e r i o d o , e m q u a l -
i n s p e c c i o n a r á r i g o r o s a m e n t e a c a r n e c o n g e l a d a á saida do q u e r c o n t r a t o q u e o G o v e r n o ou o M u n i c i p i o p r e t e n d a r e a -
deposito frigoriíico, e a descongelação far-se-ha em cama- lizar ou p a r a o qual seja solicitada a sua auctorização,
r a s a p r o p r i a d a s p o r u m s y s t e m a g r a d a t i v o , ou p o r o u t r o p a r a o fornecimento de carnes congeladas em Lisboa.
q u e se r e p u t e m e l h o r ; c) O d i r e i t o e x c l u s i v o e m i d e n t i c o p e r i o d o d e i m p o r t a r
8.° A m e s m a c a r n e será v e n d i d a em açougues espe- livre de q u a l q u e r imposto as carnes c o n g e l a d a s q u e desti-
ciaes, que terão e x t e r i o r m e n t e e de m o d o b e m visivel a nar á reexportação por m a r e terra.
i n d i c a ç ã o d a q u a l i d a d e d a c a r n e a c u j a v e n d a são d e s t i n a - d) O d i r e i t o d e i m p o r t a r l i v r e s d e q u a e s q u e r i m p o s t o s
dos ; ou d i r e i t o s o m a c h i n i s m o , m a t e r i a e s e a c c e s s o r i o s q u e fo-
9 . " A C a m a r a p e r m i t t i r á q u e t o d o s ou a l g u n s d o s s e u s r e m necessarios p a r a a installação dos estabelecimentos
talhos sejam abastecidos com carnes congeladas; frigorificos.
1 0 . ° A s c a r n e s d e v a c c a , q u e r d e r e z e s a b a t i d a s 110 M a - 3." R e d u c ç ã o do imposto de i m p o r t a ç ã o sobre o g a d o
t a d o u r o de Lisboa, quer importadas em camaras frigorifi- bovino adulto a 2 ^ 5 0 0 réis por cabeça.
cas, serão v e n d i d a s tanto nos talhos municipaes como p a r - 4 . " P r o h i b i ç ã o cla e n t r a c l a d e c a r n e cle v a c c a p e l a s b a r -
ticulares, segundo a tabella que a Camara organizar e reiras da cidade, b e m como da venda, nos talhos estabe-
cujos preços estarão em harmonia com o preço medio por l e c i d o s n a z o n a a n n e x a c l a , cte c a r n e d e v a c c a q u e n ã o s e j a
q u e o a r r e m a t a n t e se p r o p u s e r f a z e r o f o r n e c i m e n t o . N a f o r n e c i d a p e l o a r r e m a t a n t e ou p e l a C a m a r a .
c o n f e c ç ã o cl'esta t a b e l l a a t t e n d e r - s e - h a a o p r e j u i z o r e s u l - 5.° A u c t o r i z a ç ã o p a r a a C a m a r a d e t e r m i n a r p o r meio
t a n t e do sebo d e talbo. d e p o s t u r a , q u a e s os p r e ç o s p o r q u e a c a r n e d e v a c c a de-
11.° O a r r e m a t a n t e é obrigado a d a r aos talhos, p a r a v e r á s e r v e n d i d a n o s t a l h o s cla c i d a d e , t a n t o m u n i c i p a e s
as suas despesas de v e n d a o caiTetagem, um bouus de 20 como particulares, e quaes as penalidades em que incor-
r é i s p o r cacía k i l o g r a m m a d e c a r n e q u e l h e s f o r n e c e r ; r e r ã o n ã o só os q u e v e n d e r e m p o r p r e ç o s s u p e r i o r e s a o s
1 2 . ° O p r e ç o b a s e cla a r r e m a t a ç ã o s e r á d e 3 2 0 r é i s p o r d e t e r m i n a c l o s , m a s a i n d a os q u e u s a r e m d e q u a e s q u e r
k i l o g r a m m a p a r a a carne das rezes bovinas adultas abati- p r o c e s s o s t e n c l e n t e s a l e s a r os c o n s u m i d o r e s .
das no Mataclouro e de 2 7 0 réis por k i l o g r a m m a para a 6.° L i m i t a ç ã o a 1 5 0 do n u m e r o m a x i m o d e talhos q u e
carne congelada; poderão estar abertos ao publico e m Lisboa, permittin-
13.° O contrato de a r r e m a t a ç ã o s e r á valido por q u a t r o d o - s e , toclavia, a e x i s t e n c i a clos a c t u a e s , n ã o se a u c t o r i -
a n n o s , p o d e n d o s e r p r o r o g a d o p o r o u t r o s q u a t r o , se c o n - zando a a b e r t u r a de novos açougues até q u e o n u m e r o dos
vier a a m b a s as partes contratantes; q u e ao p r e s e n t e s e a c h a m a b e r t o s d e s ç a á q u e l l e l i m i t e .
1 4 . ° A C a m a r a o r g a n i z a r á c o m o p e s s o a l d e q u e clis- T o d o s os t a l h o s d e v e r ã o s e r i n s c r i p t o s n a C a m a r a M u n i -
p 8 e a c o n v e n i e n t e fiscalização a o s s e r v i ç o s d o a r r e m a t a n t e cipal de L i s b o a , n ã o p o d e n d o f u n c c i o n a r s e m licença d a
e d o s t a l h o s , p o r f ó r m a a g a r a n t i r ao p u b l i c o os p r e ç o s e mesma Camara.
qualidades das carnes e a perfeita execução dos contra- A C a m a r a , p o r e m , d e v e r á ficar r e s e r v a d o o d i r e i t o d e
tos; abrir qualquer talho, onde e quando o interesse dos seus
1 5 . ° E m r e g u l a m e n t o e s p e c i a l s e fixarão os p r e c e i t o s municipes o aconselhe.
q u e p e r m i t t a m a c o m p l e t a e x e c u ç ã o d a s c l a u s u l a s do con- 4.a
t r a t o r e l a t i v o ao f o r n e c i m e n t o d a s c a r n e s , d e q u e t r a t a m Q u e , n o i n t u i t o d e a n i m a r o d e s e n v o l v i m e n t o cla i n d u s -
as presentes propostas. tria de engorda de g a d o no pais, a C a m a r a p r o m o v a an-
2.a n u a l m e n t e a r e a l i z a ç ã o e m L i s b o a d e u m c o n c u r s o cle re-
Que na falta de concorrentes a esta arrematação, a zes destinadas ao córte, p a r a o q u e consignará no seu
Abril 10 88 1902

o r ç a m e n t o u r n a v e r b a d e s t i n a d a a o s p r e m i o s a d i s t r i b u i r e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s clo R e i n o , e o M i n i s t r o e
lás d e m a i s d e s p e s a s c o m o m e s m o c o n c u r s o . S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos Negocios d a s O b r a s P u b l i c a s ,
Os Srs. Presidente e D r . Moraes Carvalho agradece- Commercio e Industria, assim o t e n h a m entendido e fa-
r a m á c o m m i s s ã o e s p e c i a l o seu. e s f o r ç o e e m p e n h o , so- ç a m e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 0 d e a b r i l d e 1 9 0 2 . = R E l . =
b e j a m e n t e t r a d u z i d o s n o s s e u s t r a b a l h o s e d i r i g i r a m a o Ernesto Rodolpho° Hintze Ribeiro = Manuel Francisco de
S r . D . L u i z d e C a s t r o p h r a s e s d e m u i t o elogio p e l a e x p o - Varqas.
D . do G. u . ° 84, d e 17 d e a b r i l .
sição tào elucidativa que acaba de f a z e r .
E m nome da commissão agradeceu o Sr. Rodrigues
Monteiro, que disse considerar indispensavel p a r a com-
p l e m e n t o d ' e s t e s t r a b a l h o s o e s t u d o d a q u e s t ã o do M a t a - A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a C a m a r a M u n i c i p a l
d o u r o e do M e r c a d o G e r a l d e G a d o s . d o c o n c e l h o cle S e t u b a l , e h a v e n d o - s e a b e r t o o i n q u e r i t o
O Sr. Presidente, secundado pelos restantes m e m b r o s e instaurado o processo indicados no decreto de 3 de no-
d a Commissão A d m i n i s t r a t i v a , e n c a r r e g o u a m e s m a com- v e m b r o de 1 8 8 2 : hei p o r bem, c o n f o r m a n d o - m e com o
m i s s ã o e s p e c i a l d c t r a t a r d o a s s u m p t o a q u e s e r e f e r i u o p a r e c e r do c o n s e l h o s u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e M i n a s ,
Sr. Rodrigues Monteiro. d e t e r m i n a r que no n u m e r o das e s t r a d a s m u n i c i p a e s do
E s t e S r . V o g a l p e d i u e s c u s a cVesta c o m m i s s ã o , e s c u s a d i s t r i c t o d e L i s b o a s e j a i n c l u i d a a s e g u i n t e :
q u e l h e n ã o foi a c c e i t e . D a estrada municipal de Palmella a A g u a s d e M o a r a
S . E x . a r e f e r i u - s e c o m o m a i o r e l o g i o a o s s e r v i ç o s p r e s - (perfil 1 0 2 , d o l a n ç o d a e s t a ç ã o d e P a l m e l l a á e s t r a d a d i s -
taclos á c o m m i s s ã o e s p e c i a l p e l o s e g u n d o official, C o n s t a n - t r i c t a l n . ° 1 3 6 ) e e s t r a d a m u n i c i p a l d e S e t u b a l á M o i t a
cio d e O l i v e i r a , r e f e r e n c i a s q u e a C o m m i s s ã o A d m i n i s t r a - (sitio d a s M a c h a d a s ) .
tiva ouviu com muito agrado. O P r e s i d e n t e do C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e -
A s p r o p o s t a s d a c o m m i s s ã o e s p e c i a l e n c a r r e g a d a d o c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s do R e i n o , e o M i n i s t r o e
e s t u d o das c a r n e s f o r a m e m s e g u i d a a p p r o v a d a s , e b e m S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d a s O b r a s P u b l i c a s ,
assim a p r e s e n t e acta n a p a r t e r e f e r e n t e a este assumpto, Commercio e Industria, assim o t e n h a m entendido é f a ç a m
deelaranclo o Sr. S o m m e r q u e o vogal D r . L o p e s Vieira e x e c u t a r . P a ç o , e m 10 de abril de 1902. = R E I . = Er-
o t i n h a e n c a r r e g a d o d e i n f o r m a r a c o m m i s s ã o d e q u e , nesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Manuel Francisco de
s e e s t i v e s s e p r e s e n t e , d a r i a o s e u v o t o a e s t a p r o p o s t a . Vargas.
E s t á c o n f o r m e . — P a ç o s do C o n c e l h o , e m 17 cle m a r ç o D . do G. n . ° 84, d e 17 de a b r i l .

de 1902. = 0 Secretario da Camara, F. Pedroso de Limci.


S e c r e t a r i a de E s t a d o dos Negocios do Reino, em 10 de
a b r i l d e 1 9 0 2 . —O Conselheiro Director Geral, Arthur
Fevereiro. 9. a R e p a r t i ç ã o d a D i r e e ç ã o G e r a l
D . do G. n . ° 8-1, d e 17 de a b r i l . da C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a

N o s t e r m o s do a r t i g o Õ0.° d o r e g u l a m e n t o g e r a l d a
contabilidade publica d e 3 1 de agosto de 1 8 8 1 , e e m con-
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA f o r m i d a d e c o m a a u c t o r i z a ç ã o c o n f e r i d a ao G o v e r n o p e l o
n . ° 4 . ° d o a r t i g o 7.° d a c a r t a d e lei d e 3 d e s e t e m b r o d e
D i r e e ç ã o G e r a l de Obras P u b l i c a s e M i n a s 1897, cujas disposições foram m a n d a d a s v i g o r a r no exer-
cicio d e 1 9 0 1 - 1 9 0 2 pelo a r t i g o 14.° d a c a r t a d e lei d e 12
Repartição de Obras Publicas de junho de 1 9 0 1 : hei por bem, tendo ouvido o Conselho
d e M i n i s t r o s , d e t e r m i n a r q u e d o a r t i g o 3 4 . 0 do c a p i t u l o 8 . °
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a C a m a r a M u n i c i - d a t a b e l l a d a d i s t r i b u i ç ã o d a d e s p e s a o r d i n a r i a clo M i n i s -
pal do concelho de Setubal, e havendo-se aberto o inque- terio das O b r a s Publicas, Commercio e Industria, no e x e r -
r i t o e i n s t a u r a d o o p r o c e s s o i n d i c a d o s no d e c r e t o d e o d e cicio d e 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , s e j a t r a n s f e r i d a p a r a o a r t i g o 3 9 . ° d o
n o v e m b r o de 1 8 8 2 : hei por b e m , conformando-me com o m e s m o c a p i t u l o a q u a n t i a d e 500-)00Õ r é i s .
p a r e c e r do C o n s e l h o S u p e r i o r d e O b r a s P u b l i c a s e M i n a s , O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios da
d e t e r m i n a r q u e n o n u m e r o d a s e s t r a d a s m u n i c i p a e s d o F a z e n d a , e o M i n i s t r o e S e c r e t a r i o cle E s t a d o d o s N e g o -
districto de Lisboa seja incluida a s e g u i n t e : cios d a s O b r a s P u b l i c a s , C o m m e r c i o e I n d u s t r i a , a s s i m o
Estação de Palmella (E. D . n.° 136) por Biscaia e t e n h a m entendido e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o , em 10 de abril
Ar.-ias G o r d a s á e s t r a d a m u n i c i p a l d e S e t u b a l á A s s e i c e i r a de 1902. = REI. = Fernando Mattozo Santos — Manuel
( p e r f i l .176 do 2. Q l a n ç o ) . Francisco de Vargas.
D . do G. 1J.° S5, d e 18 d e a b r i l .
O P r e s i d e n t e clo C o n s e l h o d e M i n i s t r o s , M i n i s t r o e S e -
c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s do R e i n o , e o M i n i s t r o e
S e c r e t a r i o d e E s t a d o d o s N e g o c i o s clas O b r a s P u b l i c a s ,
Commercio e Industria, assim o tenham entendido e façam
e x e c u t a r . Paço, em 10 de abril de 1902. = R E I . = MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Manuel Francisco de
Vargas. 4. a R e p a r t i ç ã o d a D i r e e ç ã o G e r a l
D . do G . 84, dc 17 d e a b r i l . da C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a

C o m f u n d a m e n t o 110 § 2.° d o a r t i g o 1 4 . ° d a c a r t a d e l e i
d e 1 2 cle j u n h o cle 1 9 0 1 :
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u a C a m a r a M u n i c i - H e i por b e m , tendo ouvido 0 Conselho de Ministros,
p a l do c o n c e l h o d e S e t u b a l , e h a v e n d o - s e a b e r t o o i n q u e - d e t e r m i n a r q u e , no M i n i s t e r i o clos N e g o c i o s d a F a z e n d a ,
rito e i n s t a u r a d o o processo indicados no decreto de 3 de s e j a a b e r t o a favor do Ministerio dos Negocios E c c l e s i a s -
n o v e m b r o d c 1882 : hei por beiu, conformando-me com ticos e d e J u s t i ç a , u m c r e d i t o e s p e c i a l cla q u a n t i a cle r é i s
o p a r e c e r do C o n s e l h o S u p e r i o r d c O b r a s P u b l i c a s e Mi- 22:664^294, devidamente registado n a Direeção Geral da
n a s , d e t e r m i n a r q u e n o n u m e r o clas e s t r a d a s m u n i c i p a e s Contabilidade Publica, para pagamento de despesas das
do districto de L i s b o a , seja incluida a s e g u i n t e : proximi- officinas d a c a d e i a P e n i t e n c i a r i a C e n t r a l d e L i s b o a , n o
dades d a Villa Nogueira de Azeitão (estrada real n.° 22) exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , devendo a importancia d ' e s t e
a o R i b e i r o d a T o r r e , n o l i m i t e do d i s t r i c t o . credito ser addicionada á v e r b a inscripta no capitulo 7.°,
O P r e s i d e n t e do Conselho de Ministros, Ministro e Se- artigo 19.° da tabella d a distribuição d a d e s p e s a do refe-
1902 89 í Abril 10

rido Ministerio dos Negocios Ecclesiasticos e de Justiça 1:200;>000 r é i s p o r a n n o , i s e n t a d e q u a e s q u e r i m p o s t o s e


n o dito e x e r c i c i o d e 1 9 U 1 - 1 9 0 2 . a b o n a d a d e s d e o d i a clo f a l l e c i m e n t o clo r e f e r i d o official,
O T r i b u n a l de Contas j u l g o u este credito nos t e r m o s m a n d a c u m p r i r e g u a r d a r o referido d e c r e t o como nelle
de ser d e c r e t a d o . se c o n t e m , p e l a f ó r m a r c t r o d e c l a r a d a .
O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o cle E s t a d o d o s N e g o c i o s E c c l e - Para Vossa Majestade ver. = Erne&to Augusto da Costa
s i a s t i c o s e d e J u s t i ç a , e o d o s d a F a z e n d a , a s s i m o te- Campos Branco a fez.
n h a m e n t e n d i d o e f a ç a m e x e c u t a r . P a ç o , e m 1 0 d e abril D . do G . 11.° 91, de 25 de a b r i l .

de 1902. = R E I . —'Arthur Alberto 'de Campos Henri-


ques = Fernando Mattozo Santos.
D . do G . n . ° 80, d c 19 d c a b r i l .
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t a r a m os p r i n c i p a e s n e -
g o e i a n t e s d e o u r i v e z a r i a , t a n t o d o c o n t i n e n t e clo r e i n o
c o m o d a s i l h a s a d j a c e n t e s , e x p o n d o os i n c o n v e n i e n t e s q u e
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR r e s u l t a i n d c se f o r n e c e r e m m a t r i c u l a s p a r a a v e n d a d e
o b r a s cle o u r o e p r a t a a i n d i v i d u o s q u e n ã o t e e m e s t a b e l e -
Direeção Geral do UItramar c i m e n t o s fixos ou q u c . s e n d o f e i r a n t e s , n ã o d e c l a r e m e m
q u e p o v o a ç õ e s e x e r c e m o s e u c o m m e r c i o , c., a t t e n d e n d o
2. a Reparíição o u t r c s i m á d i f f i c u l d a d e do serviço d e f i s c a l i z a ç ã o s e r e x e r -
cicio f ó r a d a s p r i n c i p a e s c i d a d e s e v i l l a s clo r e i n o e ilhas
3." Secção p e l o s 5 fiscaes d a s r e p a r t i ç õ e s d e c o n t r a s t a r i a : h e i p o r
b e m , c o n f o r m a n d o - m e c o m o p a r e c e r do d i r e c t o r d a C a s a
C o n v i n d o , p a r a a b o a e x e c u ç ã o e m e l h o r o r d e m dos s e r - d a M o e d a e P a p c l S e l l a d o , d e t e r m i n a r :
v i ç o s d a d o c a fluctuante n o p o r t o d e L o a n d a , e s c l a r e c e r o
1." Q u e p e l a s r e p a r t i ç õ e s d e c o n t r a s t a r i a s e j a m c a s s a -
d i s p o s t o n o final d o a r t i g o o . ° d o r e g u l a m e n t o d e 2 5 d e
d a s a s m a t r i c u l a s a t é a g o r a c o n c e d i d a s aos n e g o e i a n t e s d e
o u t u b r o de 1 8 9 9 : h a por b e m S u a M a j e s t a d e El-Rei de-
ourivezaria q u a n d o estes nào d e c l a r c m no prazo de trinta
terminar que o trabalho executado por operarios particu-
d i a s o n d e t e e m os s e u s e s t a b e l e c i m e n t o s , ou q u a e s as fei-
l a r e s d e n t r o d a doca só s e j a p e r m i t t i d o c o m p r e v i a e es-
r a s q u e f r e q u c n t a m , s e n d o f e i r a n t e s , e c o m o se a c h a m
pecial auctorização da inspecção da m e s m a doca e quando
c l a s s i f i c a d o s n a s r e s p e c t i v a s r e p a r t i ç õ e s cle f a z e n d a p a r a o
esta não tenha recursos para o executar.
pagajnento da contribuição industrial;
O q u e , p e l a S e c r e t a r i a d e E s t a d o d o s N e g o c i o s cla M a -
2." Q u e em todas as localidades onde não h a j a m ouri-
r i n h a e U I t r a m a r , se c o m m u n i e a ao G o v e r n a d o r G e r a l cla
v e s d e v i d a m e n t e m a t r i c u l a d o s s e j a m os e m p r e g a d o s clo
Provincia de Angola, p a r a seu conhecimento e devidos
c o r p o d c fiscalização clos i m p o s t o s e n c a r r e g a d o s d e a p p r e -
effeitos.
h e n d e r os a r t e f a e t o s cle o u r i v e z a r i a q u e s e j a m o b j e c t o d e
Paço, em 10 de abril de 1902. = Antonio Teixeira de c o m m e r c i o a i n d i v i d u o s q u e n ã o p o s s u a m a m a t r i c u l a c o m -
Sousa. petente ;
X). d o G. li.° 00, d e 21 d c a b r i l .
3.° Q u e n o caso cle a p p r e h e n s ã o f e i t a n o s t e r m o s d o
n u m e r o a n t e c e d e n t e , m e t a d e do v a l o r d o s o b j e c t o s a p p r e -
h e n d i d o s , q u e em c o n f o r m i d a d e c o m o disposto n o a r -
tigo 8 1 . ° do d e c r e t o cle 1 0 d e f e v e r e i r o d e 1 8 8 6 f o r e m j u l -
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA g a d o s perclidos c m f a v o r clo E s t a d o , ficará p e r t e n c e n d o a o
empregado apprehcnsor.
Secretaria Geral O Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos Negocios da F a -
z e n d a , e i n t e r i n o dos N e g o c i o s E s t r a n g e i r o s , a s s i m o t e -
D O M C A R L O S , p o r g r a ç a cle D e u s , R e i d e P o r t u g a l n h a e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , aos 1 0 d e a b r i l d c
e d o s A l g a r v e s , e t c . F a z e m o s s a b e r a todos os n o s s o s sub- 1 9 0 2 . = R E I . = Fernando Mattozo Santos.
d i t o s , q u e a s C ô r t e s G e r a e s d e c r e t a r a m e nós q u e r e m o s a
D . do G . 11." 9 ! , (le LTi dc a b r i l .
lei s e g u i n t e :
A r t i g o 1.° E c o n c e d i d o á S r . a D . M a r i a J o s é cle M a s c a -
r e n h a s G a i v ã o M o u s i n h o d e A l b u q u e r q u e a p e n s ã o vitali-
cia q u e p e l a lei d e 6 d e a b r i l d e 1 8 9 6 foi d a d a ao seu D i r e e ç ã o G e r a l clas C o n t r i b u i ç õ e s D i r e c t a s
f a l l e c i d o m a r i d o , o t e n e n t e - c o r o n e l J o a q u i m A u g u s t o Mou-
s i n h o d e A l b u q u e r q u e , pelos e x c e p c i o n a e s s e r v i ç o s p r e s - 2,a Repartição
t a d o s n a A f r i c a Oriental, sendo t o d a v i a elevada a réis
1:200^000 por anno. Sendo-mo p r e s e n t e a consulta do S u p r e m o T r i b u n a l A d -
§ u n i c o . E s t a p e n s ã o é i s e n t a d e q u a e s q u e r i m p o s t o s , m i n i s t r a t i v o a c ê r c a do r e c u r s o n . ° 1 1 : 5 8 8 , e m q u e é r e -
e s e r á a b o n a d a d e s d e o d i a do f a l l e c i m e n t o do r e f e r i d o c o r r e n t e a C o m p a n h i a d a F a b r i c a d e A l g o d ã o d e X a b r e -
official. gas, e recorrido o Conselho da Direeção Geral das Con-
A r t . 2.° F i c a r e v o g a d a a l e g i s l a ç ã o e m c o n t r a r i o . tribuições D i r e c t a s :
M a n d a m o s portanto a todas as auctoridades, a quem o M o n t r a - s e q u e a c o m p a n h i a r e c o r r e n t c foi c o l l c c t a d a e m
c o n h e c i m e n t o e e x e c u ç ã o d a p r e s e n t e lei p e r t e n c e r , q u e a c o n t r i b u i ç ã o i n d u s t r i a l , d e h a r m o n i a c o m o d i s p o s t o n o a r -
c u m p r a m e g u a r d e m e f a ç a m c u m p r i r c g u a r d a r t ã o in- tigo 6.° do r e g u l a m e n t o d e 16 d c j u l h o d e 1 8 9 6 e n o
t e i r a m e n t e c o m o n e l l a se c o n t é m . n . ° 5 1 5 d a t a b e l l a j u n t a ao r e f e r i d o r e g u l a m e n t o . e s i m u l -
O Ministro c Secretario de E s t a d o dos Negocios da F a - t a n e a m c n t e com contribuição pelo m o t o r ;
z e n d a , e i n t e r i n o d o s N e g o c i o s E s t r a n g e i r o s , a f a ç a irnpri- M o s t r a - s e q u e e m 1 8 9 9 c 1 9 0 0 n ã o foi f e i t a á r e c o r r e n t e
m i r , p u b l i c a r e c o r r e r . D a d a n o P a ç o , aos 1 0 d e a b r i l d e o a b a t i m e n t o d e 1 0 p o r c e n t o , c o m o c o m p c n s a ç ã o clos in-
1902. = E L - R E I , com rubrica e guarda. = Fernando d i c a d o r e s q u e n ã o t r a b a l h a m ;
Mattozo Santos. M o s t r a - s e q u e a m e s m a r e c o r r e n t e foi c o l l e c t a d a p e l o
( L o g a r do sêllo g r a n d e d a s a r m a s r e a e s j . dividendo, quando, segundo o n.° 180 da referida tabella,
C a r t a d e lei p e l a q u a l V o s s a M a j e s t a d e , t e n d o sanccio- as c o m p a n h i a s fiibris q u a n d o t r a b a l h a m e m m a t e r i a s t c x -
n a d o o d e c r e t o d a s C ô r t e s G e r a e s d e 13 d e j a n e i r o d ' e s t e t i s s ã o s e m p r e t r i b u t a d a s só p e l o s i n d i c a d o r e s m c c h a n i c o s .
anno, q u e concede a D . Maria J o s é d e M a s c a r e n h a s Gai- especiaes ;
v ã o M o u s i n h o d e A l b u q u e r q u e , v i u v a do t e n e n t e - c o r o n e l M o s t r a - s e q u e d e t u d o isto r e s u l t o u p a g a r a r e c o r r e n t e
J o a q u i m A u g u s t o Mousinho de A l b u q u e r q u e , a pensão de a mais a quantia de 3:633j$408 réis. e d ' e s t a quantia p e d e
Abril 10 90 1902

a r e c o r r e n t e a r e s t i t u i ç ã o p o r meio de r e c u r s o e x t r a o r - n h i a » , a p o s s u i d o r a d e t o d o s os m i n e r a e s d e q u a l q u e r e s -
dinario ; p e c i e ou c l a s s e e x i s t e n t e s d e n t r o d a a r e a d a s u a c o n c e s -
Mostra-se que o Conselho recorrido deu provimento e m s ã o , p e r t e n c e n d o - l h e o e x c l u s i v o d i r e i t o cle e x e r c e r ou d e
r e l a ç ã o á t r i b u t a ç ã o d a C o m p a n h i a r e c o r r e n t e p e l o divi- auctorizar o exercicio da industria mineira dentro da re-
d e n d o , e n e g o u provimento e m q u a n t o aos 10 por cento e ferida area.
e m q u a n t o á collecta duplicada, com f u n d a m e n t o n a infor-
m a ç ã o do d e l e g a d o d o t h e s o u r o , q u e r e c o n h e c e a v e r d a d e Industria mineira — Repartição de minas
d o s f a c t o s a l l e g a d o s p e l a r e c o r r e n t e e a j u s t i ç a cVesta, m a s
A r t . 2." F i c a e n t e n d i d o p a r a os fins d ' e s t e r e g u l a m e n t o
e n t e n d e q u e e m r e l a ç ã o ao d i v i d e n d o se d e v e d a r p r o v i -
q u e a expresscão « i n d u s t r i a m i n e i r a » i n c l u e q u a l q u e r m e -
m e n t o , e c o m r e l a ç ã o ao m a i s n ã o , p o r q u e só c a b e o r e -
thodo. d e p e s q u i s a d e d e p o s i t o s d e q u a l q u e r s u b s t a n c i a
curso ordinario e não o extraordinario ;
m i n e r a l ou cle l a v r a d e t a e s d e p o s i t o s q u e h o u v e r e m s i d o
D o a c c o r d ã o d o C o n s e l h o d a D i r e e ç ã o Greral d a s C o n -
ou cle f u t u r o p o s s a m s e r d e s c o b e r t o s n a a r e a d a c o n c e s -
tribuições D i r e c t a s v e m o p r e s e n t e recurso, e o processo
são cla C o m p a n h i a .
seguiu seus termos r e g u l a r e s .
§ 1.° A R e p a r t i ç ã o d e M i n a s s e r á o c o r p o e x e c u t i v o f o r -
O q u e t u d o v i s t o e p o n d e r a d o , e a r e s p o s t a do M i n i s t e -
niado de pessoal, que poderá ser nomeado pela C o m p a n h i a
rio P u b l i c o :
ou p e l o s s e u s r e p r e s e n t a n t e s , p a r a d i r i g i r e i n s p e c c i o n a r
Considerando q u e o r e c u r s o e x t r a o r d i n a r i o tem logar nos
a industria mineira.
t e r m o s d a lei, q u a n d o o c o n t r i b u i n t e ó c o l l e c t a d o sem f u n -
§ 2." O director das minas será o primeiro funcciona-
damento para o s e r ;
rio d a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s , s u b o r d i n a d o s o m e n t e á a d m i -
C o n s i d e r a n d o q u e o c o n t r i b u i n t e , c o l l e c t a d o c o n t r a lei
n i s t r a ç ã o d a C o m p a n h i a e ao g o v e r n a d o r dos t e r r i t o r i o s .
expressa, é sem duvida collectado sem fundamento p a r a
Na Repartição de Minas a sua auctoridade é s u p r e m a ; mas
o ser;
será sempre permittido recorrer das suas decisões p a r a o
C o n s i d e r a n d o q u e a r e c o r r e n t e foi o b r i g a d a a p a g a r a
g o v e r n a d o r dos t e r r i t o r i o s ou p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d a
q u a n t i a a mais, cuja restituição pede, por ser collectada
companhia.
o o n t r a lei e x p r e s s a :
H e i por b e m , c o n f o r m a n d o - m e com a m e s m a consulta, Mineraes
d a r provimento no recurso, revogar o accordão recorrido,
por falta de f u n d a m e n t o legal, deferindo á reclamação da A r t . 3 . ° P a r a os fins d ' e s t e r e g u l a m e n t o t o d a s a s s u b -
firma r e c o r r e n t e . s t a n c i a s m i n e r a e s são c l a s s i f i c a d a s s o b a s q u a t r o s e g u i n -
O M i n i s t r o e S e c r e t a r i o d e E s t a d o dos N e g o c i o s d a F a - tes designações:
zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 1.° Mineraes metalliferos, comprehendendo: antimonio,
10 de abril de 1902. = REI. = Fernando Mattozo Santos. a r s e n i o , b i s m u t b o , c o b r e , c o b a l t o , c h r o m o , c a d m i o , o u r o ,
f e r r o , iridio, c h u m b o , m a n g a n e z , m e r c u r i o , m o l y b d e n o ,
D . do G. li. 0 100, dc 6 de m a i o .
nickel, platina, p r a t a , estanlio, tungstenio, uranio, zinco e
t o d o s os o u t r o s d e n a t u r e z a s e m e l h a n t e a q u a l q u e r cVesses,
e todos os m i n e r i o s ou c o m b i n a ç õ e s d e q u a e s q u e r d ' e l l e s
e n t r e si ou c o m q u a l q u e r o u t r a s u b s t a n c i a , e x c e p t u a n d o
s o m e n t e os q u e se a p r e s e n t a m sob f ó r m a d e p e d r a s p r e -
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR ciosas;
2.° Pedras preciosas, comprehendendo : amethysta, am-
D i r e e ç ã o Geral do U I t r a m a r b a r , b e r y l l o , olhos d e g a t o ( c o r y d o n n a c r ó ) , c r y s o l i t h o ,
diamante, esmeralda, granada, rubim, saphira, topasio,
2,a Repartição t u r q u e s a , e t o d a s as s u b s t a n c i a s d e n a t u r e z a s e m e l h a n t e
a q u a l q u e r cVessas, q u e s ã o ou p o d e m s e r u s a d a s c o m o
2." Secção adorno pessoal;
3.° Mineraes carbonosos, comprehendendo : anthracite,
N o s t e r m o s do n . ° 2 9 d a s b a s e s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o browncoal, betume, hulha, graphite, lignite, petroleo, e
clos t e r r i t o r i o s , sob a j u r i s d i c ç ã o d a C o m p a n h i a do N y a s s a , todos os oleos m i n e r a e s e t o d a s as s u b s t a n c i a s cle n a t u -
approvadas pela regia portaria de o de n o v e m b r o de 1 8 9 7 ; r e z a s e m e l h a n t e a q u a l q u e r d ' e s s a s , ou c o m b i n a ç õ e s d e
t e n d o e m v i s t a o d i s p o s t o n o a r t i g o 3 3 . ° do d e c r e t o o r g a - q u a e s q u e r d ' e l l e s e n t r e si ou c o m q u a l q u e r o u t r a s u b s t a n -
nico dc 2 6 d e s e t e m b r o d e 1 8 9 1 e o u v i d a a J u n t a C o n s u l - cia ;
t i v a do U I t r a m a r : 4 . ° Mineraes terrosos, c o m p r e h e n d e n d o : p e d r a d e c o n s -
H e i por b e m d e c r e t a r o s e g u i n t e : t r u c ç ã o , b a r y t e s , a r g i l l a s , g e s s o , t e r r a d e i n f u s o r i o s , cal-
A r t i g o 1.° E a p p r o v a d o , p a r a t e r e x e c u ç ã o n o s t e r r i t o - c a r e o , m a r m o r e , m i c a , p h o s p h a t o s , p o t a s s a , sal g e m m a ,
r i o s sob a j u r i s d i c ç ã o d a C o m p a n h i a do N y a s s a , o r e g u l a - s o d a , e n x o f r e , s t e a t i t e , a r d o s i a s , talco e t o d a s a s s u b s t a n -
m e n t o d e m i n a s q u e b a i x a a s s i g n a d o pelo M i n i s t r o e S e - cias d e n a t u r e z a s e m e l h a n t e a q u a l q u e r d ' e s s a s .
c r e t a r i o d e E s t a d o clos N e g o c i o s d a M a r i n h a e U I t r a m a r .
A r t . 2." F i c a r e v o g a d a a legislação em contrario.
O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios da Ma- Mineraes metallileros
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu- A r t . 4 . ° T o d o s os d e p o s i t o s d e m i n e r a e s m e t a l l i f e r o s
t a r . P a ç o , e m 10 d e a b r i l d e 1 9 0 2 . = R E I . = Antonio (classe l . a ) e x i s t e n t e s n o s t e r r i t o r i o s d a C o m p a n h i a e a i n d a
Teixeira de Sousa. n ã o c o n c e d i d o s a q u a l q u e r p a r t i c u l a r ou c o r p o r e ç ã o , ou
e s p e c i a l m e n t e r e s e r v a d o s p a r a u s o d a C o m p a n h i a , s ã o de-
clarados livres e abertos á exploração sob as condições
Regulamento de minas da Companliia do Nyassa impostas pelo p r e s e n t e regulamento.

Poderes da Companhia do Nyassa


Pedras preciosas
A r t i g o 1." E m c o n í o r m i d a d e com os d e c r e t o s r e a e s d e A r t . 5.° T o d o s os d e p o s i t o s d e p e d r a s p r e c i o s a s ( c l a s s e 2 . a )
2 6 d e s e t e m b r o d e 1 8 9 1 , de 1 0 de m a r ç o d e 1 8 9 3 , e ou- p o d e m s e r e x p l o r a d o s , o b s e r v a n d o - s e as d i s p o s i ç õ e s r e g u -
t r o s d e d a t a s s u b s e q u e n t e s , é a C o m p a n h i a do N y a s s a , l a m e n t a r e s que respeitam á mineração alluvial, m a s a Com-
que n o presente regulamento s e r á chamada «A Compa- p a n h i a r e s e r v a p a r a si o d i r e i t o d e l a n ç a r i m p o s t o s e s p e -
1902 91 í Abril 10

ciaes addicionaes aos seus direitos expressos nos artigos 29.° Bepresentantes
e 32.° d'este regulamento.
A r t . 10.° T o d o o p o s s u i d o r l e g a l d e u m a l i c e n ç a m i -
n e i r a ou q u a l q u e r s o c i e d a d e c o m p e t e n t e m e n t e a u c t o r i z a d a
Mineraes carbouosos
t e r á o d i r e i t o d e n o m e a r u m r e p r e s e n t a n t e (o q u a l d e -
A r t . 6 . ° A C o m p a n h i a r e s e r v a - s e p a r a t r a t a r e m dispo- v e r á t a m b e m s e r p o s s u i d o r p o r clireito p r o p r i o d e u m a li-
sições e s p e c i a e s d o q u e r e s p e i t a a t o d o s os d e p o s i t o s d e cença), mediante u m a procuração devidamente legalizada,
m i n e r a e s carbonosos (classe 3.a). p a r a o substituir no exercicio dos direitos e d e v e r e s inhe-
rentes á dita licença, e esses r e p r e s e n t a n t e s deverão, e m
Mineraes terrosos t o d o s os a s s u m p t o s r e s p e i t a n t e s á p o s s e e e x e r c i c i o d o s
seus p o d e r e s , estar sujeitos ás disposições do r e g u l a m e n t o
A r t . 7.° A C o m p a n h i a r e s e r v a - s e p a r a t r a t a r e m d i s p o - . m i n e i r o e á s leis e r e g u l a m e n t o s e m q u e os r e f e r i d o s p o -
sições e s p e c i a e s do q u e r e s p e i t a a t o d o s os d e p o s i t o s d e d e r e s se e x e r c e m .
m i n e r a e s t e r r o s o s ( c l a s s e 4 . a ) ; ao g o v e r n a d o r d o s t e r r i t o -
r i o s ou ao d i r e c t o r d e m i n a s s e r á licíto, p o r e m , q u a n d o Direitos conferidos pela licença mineira
assim o e n t e n d a m , conceder licenças temporarias a qual-
A r t . 11.° O p o s s u i d o r d e u m a l i c e n ç a m i n e i r a t e m di-
q u e r í n d í v i d u o ( m o d e l o 1 8 ) p a r a e x p l o r a r os r e f e r i d o s m a -
reito :
t e r i a e s p a r a u s o local s o m e n t e , m e d i a n t e p a g a m e n t o , ou
s e m elle, c o n f o r m e se d e t e r m i n a r , a l e m do e m o l u m e n t o 1.° A c l e m a r c a r e e x p l o r a r , n a s c o n d i ç õ e s c o n t i d a s
de 6 $ 0 0 0 réis por cada licença. n e s t e r e g u l a m e n t o ou n a s q u e d e t e m p o s a t e m p o s ou op-
p o r t u n a m e n t e s e j a m p r o m u l g a d a s p e l a C o m p a n h i a ou p e l o
g o v e r n a d o r dos t e r r i t o r i o s , 1 claim m i n e i r o cle a l l u v i ã o
Licença mineira
de 2 : 5 0 0 m e t r o s q u a d r a d o s , de m i n e r a e s das classes l . a
A r t . 8.° Q u a l q u e r p e s s o a i d o n e a q u e p e s s o a l m e n t e r e - e 2.a, e m area limitada, como preceitua o artigo 19.°;
q u e i r a , ou q u a l q u e r s o c i e d a d e d e v i d a m e n t e a u c t o r i z a d a 2.° A d e m a r c a r e p e s q u i s a r , a l e m d e 1 claim m i n e i -
q u e r e q u e i r a e m s e u n o m e , n a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s , assi- r o e m d e p o s i t o s clas c l a s s e s l . a ou 2 . a , 1 0 claims m i n e i r o s
g n a n d o u m a d e c l a r a ç ã o ( m o d e l o 1) n a q u a l se o b r i g a p o r e m v e i o s ou fílões, c o m a a r e a cle 2 : 0 0 0 m e t r o s q u a d r a -
si ou c o l l e c t i v a m e n t e a r e s p e i t a r a s leis p o r t u g u e s a s , es- dos c a d a u m e contiguos uns aos outros, limitados em con-
p e c i a l m e n t e o artigo 26.° do decreto de 2 6 de d e z e m b r o f o r m i d a d e c o m o a r t i g o 19.°, c o m o se f ô r a u m a d e s c o b e r -
d e 1 8 9 1 , e os r e g u l a m e n t o s d a C o m p a n h i a , e a m a n t e r e t a , a c ê r c a cla q u a l t e m d e procecler-se c o m o e s t á i n d i c a d o
a apoiar a auctoridade da Companhia, poderá, conforme- no a r t i g o 1 7 . ° ;
m e n t e ao p a r e c e r d o d i r e c t o r cle m i n a s , o b t e r u m a l i c e n ç a 3 . ° A l i v r e p a s t a g e m d e 6 c a v a l l o s , m u a r e s ou j u m e n -
m i n e i r a ( m o d e l o 2, ou q u a l q u e r o u t r o m o d e l o c o m q u e a tos, ou d e 1 6 b o i s , n a s u p e r f i c i e dos s e u s claims, c o m t a n t o
Companhia o substitua), permittindo-lhe pesquisar mine- que o terreno esteja desoccupado;
r a e s metalliferos e m geral, e m q u a l q u e r ponto dos terri- 4 . ° A o l i v r e uso, p a r a fins d o m e s t i c o s , d a l e n h a e a g u a
torios d a C o m p a n h i a q u e p o s s a e s t a r a b e r t o a p e s q u i s a s , d e q u a l q u e r t e r r e n o d e s o c c u p a d o d e n t r o cle u m a m i l b a d o
m e d i a n t e p a g a m e n t o a n n u a l e a d e a n t a d a m e n t e d e 6;>000 s e u claim,, c o m s u j e i ç ã o aos r e g u l a m e n t o s q u e a C o m p a -
réis por essa licença. nhia de tempos a tempos possa legalmente estabelecer;
§ 1.° A l i c e n ç a m i n e i r a n ã o c o n c e d e r á direito cle p e s - 5 . ° A c o n s t r u i r t e m p o r a r i a m e n t e as e d i f i c a ç õ e s n e c e s -
q u i s a r ou l a v r a r a d i s t a n c i a m e n o r d e 2 0 0 m e t r o s d e s a r i a s á s u a e x p l o r a ç a o , ficando e n t e n d i d o , c o m t u d o , q u e
q u a l q u e r c a s a ou edificio o c c u p a d o , ou t e r r a c u l t i v a d a ou isso n ã o clá n e n h u n s d i r e i t o s a q u a l q u e r t e r r e n o s o b r e o
p r o p r i e c l a d e p a r t i c u l a r , s e m a u c t o r i z a ç ã o e s c r i t a do p r o - q u a l a s d i t a s e d i f i c a ç õ e s p o s s a m t e r sido l e v a n t a d a s , n e m
prietario, n e m de q u a e s q u e r povoações, assento de villas, q u a e s q u e r direitos a conservar as ditas edificações sobre
fabricas, estabelecimentos hydraulicos, logares publicos, o t e r r e n o , se e s t e t i v e r d e p a s s a r l e g a l m e n t e a o u t r a s
c e m i t e r i o s , p o v o a ç õ e s ou h o r t a s i n d i g e n a s , o u e m e s p a ç o s m ã o s . A C o m p a n h i a p o d e r á r e m o v e r , ou f a z e r c o m que-
reservados pela Companhia. se r e m o v a m , a e x p e n s a s d a p e s s o a q u e l e v a n t e t a e s edi-
§ 2 . ° A C o m p a n h i a t e m o direito d e c o m p e l l i r o p r o - f i c a ç õ e s , t o d a s as d i t a s e d i f i c a ç õ e s ou c o n s t r u c ç õ e s f e i t a s
p r i e t a r i o ou p r o p r i e t a r i o s , c o m f u n d a m e n t o e m u t i l i d a d e s o b r e t e r r e n o n ã o a d q u i r i d o cle m o d o d i f f e r e n t e p e l o p o r -
publica, a lavrar e permittir a lavra de q u a l q u e r deposito t a d o r d a l i c e n ç a , q u a n d o se d ê m o t i v o a t t e n d i v e l p a r a
c o m p r e h e n d i d o nas disposições d ' e s t e r e g u l a m e n t o . isso;
§ 3.° S e o p r o p r i e t a r i o d e i x a r d e c u m p r i r , a C o m p a - 6.° A r e m o v e r a s s u a s e d i f i c a ç õ e s ou m a c h i n i s m o s ,
n h i a f a r á e x p r o p r i a r o dito t e r r e n o p a r a trabalhos minei- quando assim o desejar.
r o s ; e n o c a s o d e o p r o p r i e t a r i o e o m i n e i r o n ã o concov- § 1.° C o n s i d e r a r - s e - h a p a r a os fins cYeste r e g u l a m e n t o
d a r e m n o q u e r e s p e i t a r á c o m p e n s a ç ã o , preço de venda como sendo mineração de alluvião, aquella e m que o mi-
ou r e n d a a p a g a r p e l a o c c u p a ç ã o p e r m a n e n t e ou t e m p o - n e r a l p ó d e s e r extrahiclo e m c o n d i ç õ e s l u c r a t i v a s s e m o
r a r i a do d i t o t e r r e n o , s e g u i r - s e - h a o d i s p o s t o n a l e g i s l a ç ã o a u x i l i o d e m a c h i n a s t r i t u r a d o r a s , c o n c e n t r a n t c s ou d e lim-
sobre expropriação por utilidade publica. p e z a , postas e m movimento por o u t r a força que não seja
§ 4.° A posse de u m a licença m i n e i r a n ã o c o n c e d e r á o a b r a ç a l , e só a p p l i c a d a s a m i n e r a e s d a s c l a s s c s l . a e 2 . a
direito exclusivo de pesquisar simultaneamente em mais § 2.° C o n s i c l e r a r - s e - h a p a r a os fins d ' e s t e r e g u l a m e n t o
do q u e u m a d a s a r e a s a q u e se r e f e r e o a r t i g o 18.° d ' e s t e c o m o s e n d o m i n e r a ç ã o de v e i o s ou filões a q u e l l a e m q u e o
regulamento. mineral em geral póde somente ser extrahido em condi-
§ 5 . ° A p r o p r i d a d e do t e r r e n o n ã o c l e i x a r á ao p o s s u i - ções l u c r a t i v a s c o m o a u x i l i o de m a c h i n i s m o s m o v i d o s p o r
dor, n e m d a r á a n i n g u e m m a i s , o direito de pesquisar mi- outra força sem ser a braçal.
n e r a e s n a sua proprieclade sem a necessaria liccnça de
pesquisador. Premios de descoberta
Deveres civicos
A r t . 12.° T o d o o i n d i v i d u o p o s s u i d o r d e u m a l i c e n ç a
A r t . 9.° Todo o possuidor de u m a licença m i n e i r a , quan- m i n e i r a e m c o n f o r m i d a d e d o a r t i g o 8.° d ' e s t e r e g u l a m e n t o ,
d o as c o m p e t c n t e s a u c t o r i d a d e s o r e c l a m e m , d e v e r á p r e s - e. q u e p e l o p r o p r i o e s f o r ç o , t r a b a l h o e d i s p e n d i o , d e s c o -
t a r a u x i l i o n a m a n u t e n ç ã o d a o r d e m , sob p e n a , n o c a s o b r i r u m j a z i g o m i n e r a l , p r é v i a m e n t e clesconhecido clas clas-
d e r e c u s a , d e l h e s e r a n n u l l a d a a l i c e n ç a e t o d o s os di- s e s l . a ou 2 . a , a d i s t a n c i a n ã o m e n o r de 5 0 k i l o m e t r o s
r e i t o s d ' e l l a d e r i v a d o s , e d e ticar s u j e i t o ao p a g a m e n t o d e do m a i s p r o x i m o d e p o s i t o c o n h e c i d o do m e s m o m i n e r a l ,
u m a m u l t a não e x c e d e n t e a 3 0 0 $ 0 0 0 réis. terá direito a u m p r e m i o d e descoberta, consistindo em 1
Abril 10 92 1902

claim a l l u v i a l ou 1 0 claims m i n e i r o s e m v e i o s ou filões, e x c l u s i v o cle p e s q u i s a r d u r a n t e u m p r a z o d e t r i n t a d i a s ,


c o n f o n n e m e n t e ao a r t i g o 11.°, p a r a s e r e m p o s s u i d o s p o r a c o n t a r d a d a t a cla a f f i x a ç ã o , d e n t r o d e u m a a r e a c i r e u -
elle ou p e l o s e u r e p r e s e n t a n t e , s u j e i t o a t o d o s os a r t i g o s l a r de 3 0 0 m e t r o s d e r a i o , a p a r t i r d o p o n t o d e d e s c o b e r -
d ' e s t e r e g u l a m e n t o , e x c e p t o o a r t i g o 2 9 . " , os d i r e i t o s d a t a , e t a m b e m a o s p r e m i o s d e d e s c o b e r t a c o n f e r i d o s p e l o
C o m p a n h i a c o n f o r m e e s t e a r t i g o , s e n d o c o n c e d i d o s c o m o a r t i g o 12.°
u m premio de descoberta. Qualquer pessoa e m taes con- § u n i c o . C a s o dois i n d i v i d u o s s e e n c o n t r e m e m collisão,
dições q u e descobrir j a z i g o s metalliferos, q u e n ã o sejam r e l a t i v a m e n t e á a r e a q u e deve p e r t e n c e r a c a d a u m , o di-
a l l u v i a e s , ou de m i n e r a e s d a s c l a s s e s 3 . a ou 4 . a , e q u e r e i t o d e p r o p r i e c l a d e d e u m d'elles é q u e d e v e p r e v a l e c c r .
d e m a r c a r claims m i n e i r o s d e v e i o s ou filões n o s d i t o s j a - A r t . 1 9 . ° D e p o i s cla a f f i x a ç ã o do a v i s o a q u e se r e f e r e
z i g o s , c o n f o r m e o a r t i g o 11.°, e q u e a t o d o s os r e s p e i t o s o a r t i g o p r e c e d e n t e , s e r á p e r m i t t i d a ao p o s s u i d o r d e u m a
c u m p r i r as o b r i g a ç õ e s cFestas d i s p o s i ç õ e s r e g u l a m e n t a r e s , l i c e n ç a m i n e i r a e d e n t r o do r e f e r i d o p e r i o d o d e t r i n t a d i a s ,
t e r á d i r e i t o d e v e n d e r e s t e s claims c o n f o r m e o e s t a t u i d o d e m a r c a r 1 claim a l l u v i a l ou u m g r u p o d e 1 0 claims,
n o a r t i g o 3 1 . ° , ou cle s u b m e t t e r á C o m p a n h i a p o r v i a d o c o n f o r m e o a r t i g o 11.°, e a f f i x a r u m aviso n u m p o s t e c r u -
director de m i n a s q u a l q u e r o u t r a p r o p o s t a p a r a obter o ciforme collocado em ponto b e m visivel do t e r r e n o em q u c
n e c e s s a r i o c a p i t a l d e q u e p r e c i s e p a r a e x p l o r a r os m e s - se c o m p r e h e n d e m os d i t o s claims, e dentro da dita area.
m o s , e os d i r e i t o s d a C o m p a n h i a , c o n f o r m e o a r t i g o 2 9 . ° , O n ã o c u m p r i m e n t o , p o r p a r t e do p o s s u i d o r , d e q u a l q u e r
serão concedidos como u m premio de descoberta. d ' e s t a s f o r m a l i d a d e s , s e r á consideraclo c o m o a b a n d o n o t a -
§ u n i c o . E p r o h i b i d o , a t é q u e se t e n h a o b t i d o p e r m i s - cito d o s s e u s d i r e i t o s .
são do d i r e c t o r d e m i n a s , f a z e r t r a b a l h o s a l e m d o s n e c e s - § u n i c o . O aviso s e r á t a n t o q u a n t o p o s s i v e l n o s t e r m o s
sarios p a r a c o n v e n i e n t e m e n t e p ô r a d e s c o b e r t o os claims clo m o d e l o n.° 3 .
m i n e i r o s d e v e i o s ou filões, a fim d e m o s t r a r o s e u v a l o r Kegisto
e h a b i l i t a r a q u e se f a ç a m os r e l a t o r i o s , ou f a z e r r e m o ç ã o
de q u a l q u e r minerio metallifero a não ser como amostras. A r t . 2 0 . ° O p o s s u i d o r d a l i c e n c a , t e n d o m a r c a d o os
claims c o m o p r e c c i t u a m os a r t i g o s 11.° e 1 9 . p , d e v e r á ,
Claims d e n t r o do p e r i o d o d e t r i n t a dias, a c o n t a r cla d a t a d a affi-
x a ç ã o do a v i s o , a p r e s e n t a r n a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s cla r e -
A r t . 1 3 . ° T o d o s os claims s e r ã o d e f ó r m a r e c t a n g u l a r , gião e m q u e os d i t o s claims e s t ã o s i t u a d o s , i n f o r m a ç õ e s
a n ã o s e r q u e p o r c o n c e s s ã o e s p e c i a l clo d i r e c t o r de m i n a s e x a c t a s , e solicitar u m c e r t i f i c a d o do r e g i s t o ( m o d t l o n . ° 4 )
t e n h a m o u t r a , e s e r ã o l i m i t a d o s e m todos os c a s o s p o r no q u a l s e r á collado e i n u t i l i z a d o u m sêllo d e 1 $ Õ 0 0 r é i s .
p l a n o s v e r t i c a e s , a p a r t i r d a s l i n h a s s u p e r f i c i a e s d e limi- A o s e u r e q u e r i m e n t o d e v e r á j u n t a r :
tes, n u m a profundidade illimitada da superficie.
1.° C o p i a do aviso d a m a r c a ç ã o a f f i x a d a ;
2.° D e c l a r a ç ã o j u r a d a m e n c i o n a n d o as d a t a s e h o r a s da
Direitos cjuanto á superficie a f f i x a ç ã o dos a v i s o s d e d e s c o b e r t a , e os n o m e s d a s t e s t e -
m u n h a s , se as h o u v e r ;
A r t . 14.° A s q u e d a s de a g u a aproveitaveis como força
3.° D i a g r a m m a ou p l a n t a m o s t r a n d o a p o s i ç ã o d o claim
m o t r i z , as m a d e i r a s d e n t r o dos limites d o s claims ou q u a e s -
ou claims;
quer bens existentes á superficie não serào considerados,
4 . ° A l i c e n ç a m i n e i r a , e m v i r t u d e d a q u a l os claims fo-
p a r a os fins d a l i c e n c a , c o m o i n c l u i d o s n a p r o p r i e c l a d e
r a m d e m a r c a d o s , a q u a l d e v e r á fiear a r c h i v a d a n a R e p a r -
m i n e i r a , e o s e u uso f a r á p a r t e cle u m a c o r d o e s p e c i a l .
tição d e M i n a s ;
5 . ° A p r o c u r a ç ã o , se a h o u v e r , a q u a l ficará a r c h i v a d a
Kenovaçao (le licença
na Repartição de M i n a s ;
A r t . 15.° O p o s s u i d o r de u m a l i c e n ç a m i n e i r a , q u e de- § 1.° S e o i n t e r e s s a d o n ã o t i v e r r e q u e r i d o o a l l u d i d o
v i d a m e n t e t e n h a e x e r c i d o os d i r e i t o s á m e s m a i n h e r e n t e s , c e r t i f i c a d o d e r e g i s t o d e n t r o do p r a z o d e t r i n t a dias, con-
t e r á d i r e i t o , q u a n d o a p r e s e n t e p r o v a s d e t e r l a v r a d o ou s i d e r a r - s e h ã o os claims a b a n d o n a d o s .
a b a n d o n a d o os claims cle q u e e s t a v a d e p o s s e e m v i r t u d e § 2.° O director de minas p o d e r á , c o m t u d o , p o r motivos
d a s u a p r i m i t i v a l i c e n ç a , a u m a o u t r a n o v a s o b as m e s - j u s t i f i c a d o s , p r o l o n g a r o p r a z o d e t r i n t a d i a s p o r u m p r a z o
m a s condições em que a p r i m e i r a lhe f ô r a concedida. a d d i c i o n a l ao s e u a r b i t r i o .
A r t . 2 1 . ° O p e d i d o do c e r t i f i c a d o d e r e g i s t o , a c o m p a n h a d o
Invasíio do d i a g r a m m a , e s t a r á p a t e n t e ao p u b l i c o pelo e s p a ç o d e ses-
s e n t a d i a s n a D i r e c c ã o de M i n a s , e s e r á logo p u b l i c a d o n o
A r t . l(i.° T o d o a q u e l l e q u e p r o c u r a r , p e s q u i s a r ou es- Boletim cla Companhia do Nyassa e num jornal da locali-
c a v a r e m b u s c a d o s m e t a e s ou m i n e r a e s d e q u e t r a t a e s t e d a d e , c a s o o h a j a . Finclo o dito p r a z o d e u m m ê s , n ã o t e n d o
r e g u l a m e n t o , d e v e r á a p r e s e n t a r a s u a l i c e n ç a m i n e i r a , sido a p r e s e n t a d a n e n h u m a n o t a d e i m p u g n a ç ã o ao d i r e c t o r
q u a n d o isso lhe s e j a e x i g i d o , pelo o c c u p a d o r ou d o n o clo cle m i n a s , e s t e , ao v e r i f i c a r q u e t o d o s os r e q u i s i t o s r e g u l a -
t e r r e n o o n d e elle e s t á p e s q u i s a n d o , p r o c u r a n d o ou esca- m e n t a r e s f o r a m d e v i d a m e n t e s a t i s f e i t o s , p r o c e d e r á ao r e -
v a n d o , e q u a n d o d e i x e de o f a z e r ou a isso sc r e c u s e , po- g i s t o , e n t r e g a n d o - s e ao i n t e r e s s a d o o r e s p e c t i v o c e r t i f i c a d o
d e r á s e r t r a t a d o p e l o dito d o n o ou o c c u p a d o r como u m in- ( m o d e l o n . ° 4 ) .
v a s o r violador c o m m u m d a p r o p r i e d a d e .
§ 1.° S e no p r a z o d e s e s s e n í a d i a s , a c o n t a r d a d a t a d a
p u b l i c a ç ã o clo aviso n o Boletim da Companhia, h o u v e r sido
Postes de descoberta
a p r e s e n t a d a a n o t a cla i m p u g n a ç ã o , a q u a l d e v e t e r u m sêllo
A r t . 17." O p o s s u i d o r d e u m a l i c e n ç a m i n e i r a q u e des- d e 1 ^ 5 0 0 r é i s , o d i r e c t o r de m i n a s ou q u e m s u a s v e z e s fi-
c o b r i r , e x p u s e r á v i s t a ou a b r i r u m j a z i g o m e t a l l i f e r o ou z e r , m a n d a r á i n t i m a r a i m p u g n a ç ã o ao i n t e r e s s a d o , d a n d o -
u m a m i n a a n t i g a , p o d e r á a f f i x a r u m a v i s o ( m o d e l o n . ° 3), lhe p r a z o p a r a c o n t e s t a r ; e e s t u d a n c l o d e p o i s a q u e s t ã o ,
n u m p o s t c collocado á d i s t a n c i a n ã o e x c e d e n t e a 2 0 me- e n v i a r á todo o p r o c e s s o c o m s u a i n f o r m a ç ã o á a u c t o r i d a d e
t r o s clo p o n t o cle d e s c o b e r t a , d c s c r e v e n d o a s u a p o s i ç ã o civil d a r c g i ã o , a q u a l fixará d i a p a r a o j u l g a m e n t o , po-
d c m o d o a p o d e r i d c n t i f i c a r - s e f a c i l m e n t e ; e s t e p o s t e de- d e n d o c a d a um dos i n t c r e s s a d o s n o m e a r o s e u p e r i t o ; e
v e r á denominar-se poste de descoberta. estes, conjuntamcnte com aquella auctoridade, dccidirão
a p e n d e n c i a . P r é v i a m e n t e ao j u l g a m e n t o , a r e f e r i d a a u c t o -
Direitos de descoberta ridade p o d e r á d e f e r i r q u a e s q u e r d i l i g e n c i a s q u e s e l h e r e -
q u e i r a m , p a r a elucidar a questão.
A r t . 1 8 . ° A a f f i x a ç ã o do a v i s o de q u e t r a t a o a r t i g o § 2.° D a d e c i s ã o a q u e se r e f e r e o § 1.° p r e c e d e n t e ,
p r e c e d e n t e , d a r á ao p o s s u i d o r cla l i c e n ç a m i n e i r a o d i r e i t o h a v e r á r e c u r s o d e n t r o d o p r a z o d e d e z d i a s p a r a o g o v e r -
1902 93 í Abril 10

n a d o r do territorio e d a d ' e s t e p a r a o Conselho de A d m i - DemarcaçSo dc timucl


nistração em ultima instancia.
§ 3.° S e o r e q u e r i m e n t o p a r a o registo definitivo do A r t . 26.° Q u a l q u e r individuo possuidor de u m a pro-
claim o u claims t i v e r d e f e r i m e n t o , e f f e e t u a r - s e - h a e s t e e m p r i e d a d e m i n e i r a , q u e d e s e j e a b r i r u m t u n n e l f ó r a clos li-
seguida, n u m livro de registo e x p r e s s a m e n t e aberto p a r a m i t e s do seu t e r r e n o , p a r a a d e s c o b e r t a ou e x p l o r a ç ã o d o
e s s e fim, c u j o f o r m u l a r i o s e r á p r e s c r i p t o p e l o d i r e c t o r d e m i n e r a l m e t a l l i f e r o d e p o s i t a d o e m v e i o s ou d e o u t r o q u a l -
minas. q u e r m o d o , poclcrá a f f i x a r u m a v i s o n u m l o g a r b e m visi-
vel, j u n t o do p o n t o o n d e elle t e n c i o n a c o m c ç a r o t u n n e l .
§ 4.° U m certificado do dito registo definitivo, tendo
N e s t e ponto colloeará u m poste, que d e v e r á c h a m a r - s e
a f f i x a d o u m sêllo d e 3 & 0 0 0 r é i s p o r c a d a claim, s e r á p a s -
« p o s t e d a b o c a do t u n n e l » ; e a f i m d e m o s t r a r a d i r e e -
sado quanto possivel de acordo com a formula adeante
ç ã o d o t u n n e l p a r a o s e u t e r r e n o e o l l o c a r á u m ou m a i s
prescripta.
p o s t e s n u m ou m a i s p o n t o s d a l i n h a q u e e s t e d e v e s e g u i r ,
§ 5 . " N e n h u m c e r t i f i c a d o s e r á p a s s a d o s e m q u e as q u a n -
q u e d e v e r ã o s e r d e s i g n a d o s p o r « p o s t e s d a d i r e c c ã o clo
t i a s e m d i v i d a p e l o claim o u claims t e n h a m sido p a g a s .
t u n n e l » , e o m e s m o t u n n e l ao s e r p e r f u r a d o n ã o d e v e r á
d e s v i a r - s e p a r a q u a e s q u e r clos l a d o s cVesta l i n h a d e d i r e e -
Direitos mineiros ção em m a i s d e õ m e t r o s . O d i t o a v i s o d e v e s e r c o n -
f o r m e , q u a n t o p o s s i v e l , c o m o m o d e l o n.° 7. O d i r e i t o cle
A r t . 2 2 , ° O o c c u p a d o r d e u m g r u p o d e claims t e r á os a b r i r o t u n n e l d e n t r o d o s 5 m e t r o s a c a d a lado d a l i n h a
e x c l u s i v o s d i r e i t o s , s u j e i t o , p o r e m , á s leis e r e g u l a m e n t o s m a r c a d a c o m e s t a c a s p ó d e a d q u i r i r - s e i n d i c a n d o no solo
e m v i g o r , d e e x p l o r a r ou a u c t o r i z a r a e x p l o r a ç ã o d e t o d o s u m a d e m a r c a ç ã o d e t u n n e l d e 1 0 m e t r o s cle l a r g u r a ao
os d e p o s i t o s m e t a l l i f e r o s e x i s t e n t e s n o t e r r e n o c i r c u m s c r i - l o n g o d a l i n h a d i r e c t r i z , r e q u e r e n d o - s e e registanclo-se e m
pto pelos limites verticaes das suas concessões. s e g u i d a a c o n c e s s ã o c o m o se p r e c e i t u a n o s a r t i g o s 5 8 . ° e
Õ9.°, e p a g a n d o r e n d a c o n f o r m e o a r t i g o 6 2 . °
Condições de exploraçao § u n i c o . E m n e n h u m caso a p o s s e d e u m a l o c a ç ã o d e
t u n n e l d a r á d i r e i t o a q u a l q u e r m i n e r a l e n c o n t r a d o ao p c r -
A r t . 2 3 . ° E m c a d a claim d e m a r c a d o , o p o s s u i d o r d e s - f u r a r - s e o t u n n e l , a n ã o s e r q u e o t e r r e n o t e n h a sido le-
p e n d e r á a n n u a l m e n t e , e m t r a b a l h o ou e m m e l h o r a m e n t o s , g a l m e n t e t o m a d o c o m o t e r r e n o d e l a v r a m i n e i r a , c o m o se
a s o m m a d e , pelo m e n o s 60(5000 r é i s , e n t e n d e n d o - s e s e m - p r e c e i t u a n e s t e r e g u l a m e n t o , p e l a p e s s o a ou p e s s o a s n a
p r e q u e o p e r i o d o d u r a n t e o q u a l , o p r i m e i r o d e t a e s dis- p o s s e d a l o c a ç ã o do t u n n e l c o m t o d o s os e m o l u m e n t o s le-
p e n d i o s t e m d e se f a z e r , s e r á d e c e n t o e v i n t e d i a s , a gaes e rendas respectivas pagas.
c o n t a r d a d a t a d a d e m a r c a ç ã o cle t a e s claims, e d e p o i s e m
c a d a u m a n n o c o r r e n t e q u e se l h e s e g u i r . O p o s s u i d o r q u e Protecçíío
f a l t a r ao c u m p r i m e n t o d ' e s t a c o n d i ç ã o , p e r d e r á , ipso facto,
t o d o s os d i r e i t o s ao claim ou claims c o m os q u a e s se d e u A r t . 2 7 . ° N o c a s o q u e p o r q u a l q u e r m o t i v o se t o r n e
e s t a f a l t a . Q u a n d o se d i r i j a u m r e q u e r i m e n t o ao c h e f e d a temporariamente impraticavel a exploração em qualquer
região mineira, aeompanhado de u m a declaração j u r a d a , p r o p r i e d a d e m i n e i r a ou claim a l l u v i a l , e se e s s e f a c t o s u b -
e x p o n d o q u a e s os t r a b a l h o s e x e c u t a d o s e as d e s p e s a s fei- s i s t i r no d i a e m q u e t i v e r cle r e a l i z a r - s e o p a g a m e n t o d a
t a s , e d e p o i s d e se v e r i f i c a r q u e t a e s d e s p e s a s r e a l m e n t e l i c e n ç a , será o o c c u p a d o r d i s p e n s a d o d ' e s s e p a g a m e n t o
se f i z e r a m , o p o s s u i d o r d e claims t e r á d i r e i t o a r e c e b e r pelo d i r e c t o r d c m i n a s , se e s t e a s s i m o e n t e n d e r , p a s s a n -
u m c e r t i f i c a d o cle e x p l o r a ç ã o ( m o d e l o n . ° o) p o r c a d a claim do-se-lhe p a r a o m ê s s e g u i n t e u m c e r t i f i c a d o d c r e s e r v a
o u g r u p o d e claims, ao q u a l s e r á a f f i x a d o e d e p o i s inutiii- ( m o d e l o n . ° 8) c o m u m sêllo d e 2 0 0 r é i s , e p r o c e d e n c l o - s e
z a d o u m sêllo d o 1 $ 5 0 0 r é i s . P o d e m p a s s a r - s e d u p l i c a d o s a s s i m n o s m e s e s s u b s e q u e n t e s a t é c c s s a r e m as c a u s a s q u e
d ' e s t e s c e r t i f i c a d o s d e e x p l o r a ç ã o p e l a R e p a r t i ç ã o d e Mi- impediram a referida exploração.
nas, mediante o pagamento de 1$500 réis por cack um.
Extensâo de area
Certificado de exploraçao
A r t . 28.° Se o director de m i n a s fôr informado pelas
v i a s l e g a e s d e q u e a n a t u r e z a d e u m c e r t o d e p o s i t o ou a
A r t . 24.° O não p o d e r alcançar, quer. o primeiro quer
especial difficuldade da sua exploração reclama u m a e x -
u m s u b s e q u e n t e c e r t i f i c a d o d e e x p l o r a ç ã o , d e n t r o do r e s -
t e n s â o ou a l t e r a ç ã o n a s d i m e n s õ e s d a s u a a r e a , p o d e r á
p e c t i v o p e r i o d o p r e s c r i p t o p e l o a r t i g o a n t e r i o r , t e r á como
nestes casos cxcepcionaes d e t e r m i n a r como t i v e r por m e -
c o n s e q u e n c i a o p e r d i m e n t o dos claivis o m i s s o s , a n ã o se
i h o r , as a l t e r a ç õ e s n a s c o n d i ç õ e s sob as q u a e s a e x p l o r a -
p r o d u z i r razão attendivel que justifique esta falta p e r a n t e
ção do dito d e p o s i t o p o d e r á s e r p e r m i t t i d a , c o m t a n t o q u e
o d i r e c t o r cle m i n a s .
t a e s a l t e r a ç õ e s n ã o c a u s e r n p r e j u i z o aos d i r e i t o s m i n e i r o s
de outrem.
Unificação e agrupamento do «claims»
Partilha e rjiiiiilião da Companhia na propriedade mineiríi
A r t . 2 5 . ° O s p o s s u i d o r e s d e claims c o n t i g u o s t e r ã o di-
r e i t o a u n i f i c a r os s e u s claims, q u a n d o a s s i m o r e q u e i r a m A r t . 29.° Qualquer propriedade mineira d e m a r c a d a em
á Repartição de Minas, mediante pagamento da quantia de virtude d'este regulamento, pertenccrá, n a sua q u a r t a
12^000 r é i s por c a d a claim a g r u p a d o . p a r t e á C o m p a n h i a do N y a s s a , e a s t r e s q u a r t a s p a r t e s á '
§ 1.° N e n h u m a u n i f i c a ç ã o d e claims a b r a n g e r á m a i s d e e n t i d a d e r e g i s t a d a n a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s c o m o o c c u p a -
2 0 ou m e n o s d e 5 claims; e a s o m m a total q u e t e r i a d o r ; e t o d a s a s h y p o t h e c a s , o n u s ou t r a n s f e r e n c i a s , q u e
d e s e r g a s t a e m t o d o s os d i t o s claims, se elles e s t i v e s - n o t o d o ou e m p a r t e a í f e c t e m a d i t a p r o p r i e d a d e , e m c a s o
s e m i s o l a d o s , p o d e r á s e r d e s p e n d i d a em t r a b a l h o s d e m e - a l g u m p r e j u d i c a r ã o os d i r e i t o s r e s e r v a d o s á C o m p a n h i a
I h o r a m e n t o e m q u a l q u e r p a r t e d o g r u p o , á e s e o l h a do p r o - p e l o p r e s e n t e a r t i g o .
prietario.
§ 2.° T o d o o r e q u e r i m e n t o p a r a u n i f i c a ç ã o d e g r u p o s
Providencias acêrca do rjiiinhão dii Companhia
d e claims d e v e r á s e r feito á R e p a r t i ç ã o d e M i n a s cla r e - antes da exploraçao
gião, aeompanhado de u m a planta cuicladosamente levan-
t a d a e d e u m a m e m o r i a d e s c r i p t i v a d o s d i t o s claims e d a A r t . 3 0 . ° N ã o s e r á licito ao o c c u p a d o r d e q u a l q u e r p r o -
s u a s i t u a ç ã o r e f e r i d a a a l g u m p o n t o p r o e m i n e n t e do t e r - p r i e d a d e m i n e i r a e x p l o r á - l a c o m o fim d e o b t e r l u c r o s , a
reno. n ã o s e r q u e t a e s l u c r o s s e j a m i n t e i r a m e n t e a p p l i c a d o s ao
Abril 10 94 1902

d e s e n v o l v i m e n t o da dita propriedade, sem que o conselho Registo de propriedades


d a a d m i n i s t r a ç ã o d a C o m p a n h i a clo N y a s s a t e n h a p r o v i -
A r t . 3 5 . ° T o d a a p r o p r i e c l a d e m i n e i r a o c c u p a d a , e m ob-
d e n c i a d o r e l a t i v a m e n t e ao m o d o pelo q u a l os s e u s i n t e r e s -
servancia das disposições d'este regulamento, terá u m a
s e s cle 2 5 p o r c e n t o n o s l u c r o s liquiclos d a e x p l o r a ç ã o d a
n u m e r a ç ã o official n o s r e g i s t o s da R e p a r t i ç ã o d e M i n a s .
p r o p r i e d a d e m i n e i r a se h ã o d e t o r n a r r e a l i z a v e i s .
A s companhias anonymas de responsabilidade limitada, as
§ unico. Q u a l q u e r concessão explorada por este modo
s o c i e d a d e s ou s y n d i c a t o s q u e p o s s u i r e m u m a p r o p r i e d a d e
ficará s u j e i t a a s e r a n n u l l a d a .
m i n e i r a e m v i r t u d e clo p r e s e n t e r e g u l a m e n t o , d e v e r ã o r e -
g i s t a r o n o m e ou n o m e s d e n ã o m a i s cle d u a s p e s s o a s es-
Yenda (le propriedades minciras a companhias tabelecidas nos t e r r i t o r i o s da C o m p a n h i a do N y s s s a , q u e
serão acreditadas como seus agentes, e taes agentes serão
A r t . 31.° O o c c u p a d o r de u m a p r o p r i e d a d e m i n e i r a de-
p e s s o a h n e n t e r e s p o n s a v e i s , e m o b s e r v a n c i a do p r e c e i t u a d o
v i d a m e n t e r e g i s t a d a , q u e t i v e r s a t i s f e i t o a t o d a s a s condi-
n e s t e r e g u l a m e n t o , e m t o d o s os a s s u m p t o s q u e se r e l a c i o -
ç õ e s a q u i e x p o s t a s , p o d e r á v e n d e r ou t r a n s f e r i r os s e u s di-
n e m com a p r o p r i e d a d e q u e elles r e p r e s e n t a m .
reitos a u m a companhia, nas seguintes condições:
§ unico. Os donos de taes p r o p r i e d a d e s d e v e r ã o regis-
1.° D e v e r á p a r t i e i p a r a s s u a s i n t e n ç õ e s ao c o n s e l h o d e
t a r o n o m e d e u m r e p r e s e n t a n t e ou g e r e n t e , q u e r e s i d i r á
a d m i n i s t r a ç ã o cla C o m p a n h i a clo N y a s s a , e x p o n d o a p r o -
no d i s t r i c t o m i n e i r o o n d e a p r o p r i e c l a d e se a c h a s i t u a d a ,
p o s t a financeira p a r a a p r o j e c t a d a c o m p a n h i a , a p r o p o r c ã o
o q u a l s e r á p e s s o a l m e n t e r e s p o n s a v e l p o r t u d o q u e cliga
cle c a p i t a l d e e x p l o r a ç ã o e o p r e ç o q u e elle d e v e r á r e c e -
respeito á mesma.
b e r t a n t o e m d i n h e i r o c o m o e m a c? c õ e s1;
2.° L o g o q u e a C o m p a n h i a do N y a s s a t e n h a clado co- Direitos do occupador
n h e c i m e n t o d a s u a a p p r o v a ç ã o á s c o n d i ç õ e s cla p r o p o s t a
supra, p o d e r á o i n t e r e s s a d o p r o c e d e r l i v r e m e n t e á sua rea- A r t . 36.° 0 occupador de u m a p r o p r i e d a d e mineira tem
lização, reservando e transferindo p a r a a dita Companhia os seguintes direitos :
d o N y a s s a , l í v r e s cle e n c a r g o s , 2 5 p o r c e n t o do p r e ç o da 1.° A o uso e x c l u s i v o de t o d a a s u p e r f i c i e q u e l e g a l - '
e o m p r a cla p r o p r i e c l a d e , q u e r e m d i n h e i r o , a c ç õ e s l i b e r a - m e n t e e s t e j a d e n t r o dos l i m i t e s d a s u a c o n c e s s ã o ;
d a s , b o n u s ou e m q u a l q u e r o u t r o p r e ç o p a g o p e l a d i t a 2.° 0 direito d e f a z e r o c ó r t e , p a r a fins m i n e i r o s òona
propriedade; fi.de, d e q u a e s q u e r m a d e i r a s c o m r e s p e i t o á s q u a e s o di-
3 . ° A C o m p a n h i a d o N y a s s a t e r á o d i r e i t o cle n o m e a - r e c t o r cle m i n a s n ã o t i v e r feito r e s e r v a , m e d i a n t e p a g a -
ç ã o cle 1 d i r e c t o r , se elles f o r e m 5, e d e 2 d i r e c t o r e s , m e n t o , c o n f o r m e a t a r i f a q u e s e r á fixada p e l o g o v e r n a d o r
se elles f o r e m 7, q u e t e n h a m d e c o m p o r a d i r e c c ã o d a dos t e r r i t o r i o s , e s u j e i t o a q u a e s q u e r r e g u l a m e n t o s f l o r e s -
nova Companhia; taes que possam ser de futuro estabelecidos;
4 . ° O d i r e i t o cla n o v a C o m p a n h i a á p r o p r i e d a d e ficará 3.° A o p a s t o l i v r e , e m q u a e s q u e r t e r r a s n ã o o c c u p a d a s
s u j e i t o ás d i s p o s i ç õ e s do p r e s e n t e r e g u l a m e n t o , a n ã o s e r do d i s t r i c t o , de 6 c a v a l l o s , m u a r e s ou j u m e n t o s , ou de
q u e cVellas s e j a e s p e c i a l m e n t e relevaclo, e x c e p ç ã o f e i t a dos 1 6 bois ;
d i r e i t o s do E s t a d o e d e t e r c e i r o s ; 4.° Ao consumo gratuito, p a r a uso domestico, da lenha
5.° N e n h u m a reorganização da Companhia será valida e a g u a s e n c o n t r a d a s na sua concessão.
s e m a s a n c ç ã o d a C o m p a n h i a do N y a s s a ; § u n i c o . F i c a e x p r e s s a m e n t e e s t i p u l a d o q u e a s condi-
6.° O s e s t a t u t o s d a n o v a C o m p a n h i a s e r ã o f o r m u l a d o s ções e x a r a d a s n o d o c u r n e n t o , m o d e l o n . " 1, s e r ã o fiei-
d e a c o r d o c o m a C o m p a n h i a do N y a s s a , e o r e g i s t o cla m e n t e o b s e r v a c l a s .
C o m p a n h i a n ã o se c f f e c t u a r á e m q u a n t o os ditos e s t a t u t o s Prioridade de direitos
n ã o f o r e m a s s i m a p p r o v a d o s pelo G o v e r n o .
A r t . 37." Os direitos a qualquer p r o p r i e d a d e mineira,
Renda dos «claims» mineiros local, filão ou d e p o s i t o s e r ã o s e m p r e d e t e r m i n a d o s p e l a
p r i o r i d a d e d e a c q u i s i ç ã o , c o m t a n t o q u e os r e g u l a m e n t o s
A r t . 3 2 . " A c o n t a r cla d a t a e m q u e a e x p l o r a ç ã o de t e n h a m sido o b s e r v a d o s , e e m todos os c a s o s d e d e s a c o r d o
u m a p r o p r i e d a d e m i n e i r a c o m e ç a a s e r l u c r a t i v a , ou q u a n d o ou litigio s e r á r e g r a i n v a r i a v e l q u e os d i r e i t o s d o u l t i m o
haja, sido a d q u i r i d a p o r u m a c o m p a n h i a e m c o n f o r m i d a d e i n d i v i d u o a d e m a r c a r s e r ã o s u b o r d i n a d o s a q u e l l e q u e o
c o m o d i s p o s t o n o p r e c e d e n t e a r t i g o , o p o s s u i d o r l e g a l do p r e c e d e u n o r e l a t i v o a t e r r e n o s o b r e q u e h a j a d u v i d a ou
c o m p e t e n t e c e r t i f i c a d o do r e g i s t o p a g a r á m e n s a l m e n t e á c o n t e n d a .
R e p a r t i ç ã o d e M i n a s 3<$000 r é i s p o r cacla claim q u e r d c Certificados de protccçíTo
veios ou filões, q u e r d e a l l u v i ã o .
A r t . 3 8 . ° O o c c u p a d o r de q u a l q u e r p r o p r i e d a d e mi-
1'rivilegio de credor que tem a Companliia sobre os «claims» neira p o d e r á , antes de e x p i r a r o p r a z o d e n t r o do qual
elle t e m cle a l e a n ç a r u m c e r t i f i c a d o d e i n s p e c ç ã o , r e q u e -
A r t . 3 3 . ° A C o m p a n h i a clo N y a s s a , n o s t e r m o s do n . ° 1.° r e r ao d i r e c t o r de m i n a s o c e r t i f i c a d o d e p r o t e c ç ã o (mo-
d o a r t i g o 8 8 7 . ° clo C o d i g o Civil, t e r á u m p r i v i l e g i o cle cre- delo n . ° 9), q u a n d o p o s s a p r o v a r q u e se d e r a m q u a e s q u e r
d o r s o b r e t o d o s os claims, n o r p a g a m e n t o s cle i m p o s t o s d a s s e g u i n t e s c i r c u m s t a n c i a s :
d e v i d o s á C o m p a n h i a , e m v i r t u d e clas p r e c e d e n t e s disposi- 1.° I n c a p a c i d a d e de t r a b a l h a r p o r m o t i v o cle d o c n ç a ;
ções r e g u l a m e n t a r e s e n o v a l o r clos b e n s e m q u e r e c a i r e m 2.° A u s e n c i a j u s t i f i c a v e l p o r d e s e m p e n h o cle s e r v i ç o pu-
os m e n c i o n a d o s i m p o s t o s . blico, d e n t r o dos t e r r i t o r i o s d a C o m p a n h i a clo N y a s s a , ou
por outra razão bastante e u r g e n t e de ordem p a r t i c u l a r ;
Domicilio (1o proprietario mineiro 3.° P o r se t e r v e r i f i c a d o s e r a p r o p r i e c l a d e i n c a p a z cle
exploração, devido a circumstancias insuperaveis.
A r t . 3 4 . ° 0 dono d e q u a l q u e r p r o p r i e d a d e m i n e i r a é § 1.° S e o d i r e c t o r d e m i n a s a c h a r q u e são b o a s e
o b r i g a d o , n a occasião e m q u e f ô r f a z e r o r e g i s t o d a s u a s u f f i c i e n t e s as r a z õ e s a l l e g a d a s , p a s s a r á ao r e q u e r e n t e u m
c o n c e s s ã o n a R e p a r t i ç ã o de M i n a s , a f a z e r a d e c l a r a ç ã o cle c e r t i f i c a d o cle p r o t e c ç ã o , q u e d e v e r á l e v a r u m sêllo de
domicilio d e n t r o do d i s t r i c t o m i n e i r o , a q u a l ficará devi- 3 # 0 0 0 r é i s , d e c l a r a n d o t a m b e m n o v e r s o o p r a z o cla s u a
d a m e n t e r e g i s t a d a . T o d a s as i n t i m a ç õ e s f e i t a s n o d i t o do- v a l i d a d e . D u r a n t e este p r a z o o d i r e i t o á d i t a p r o p r i e d a d e
micilio s e r ã o c o u s i d e r a d a s c o m o t e n d o sido f e i t a s l e g a l e n ã o s o f f r e r á q u e b r a p o r n ã o se t e r e m e f f e c t u a d o os n e c e s -
p e s s o a h n e n t e ao i n d i v i d u o i n t i m a d o . s a r i o s t r a b a l h o s de a v a n ç o .
§ u n i c o . Q u a n d o h a j a m u d a n ç a de domicilio, d e v e r á e s t a § 2." E m caso a l g u m , p o r e m , e x c e p t o c o m a e x p r e s s a
registar-se na Repartição de Minas. a u c t o r i z a ç ã o do g o v e r n a d o r dos t e r r i t o r i o s , p o c l e r á conce-
1902 95 í Abril 10

der-se o dito certificado por periodo superior a seis me- qual será permittido examiná-lo, devendo este declarar por
ses. e s c r i t o se c o n c o r d a ou n ã o c o m os l i m i t e s fixados p e l o
§ 3 . ° N o caso d o dito c e r t i f i c a d o se o b t e r p o r m e i o d e funccionario que d e s e m p e n h o u o alludido serviço.
falsas allegações, d e v e r á o director de minas annullá-lo, § 3.° S e o i n t e r e s s a d o c o m elles se c o n f o r m a r , ou se
e , se a s s i m o e n t e n d e r , p o d e r á i g u a l m e n t e a n n u l l a r t o d o s elle p r o p r i o a p r e s e n t a r o r e l a t o r i o , o d i r e c t o r d e m i n a s or-
os d i r e i t o s d o d e l i n q u e n t e r e s p e i t a n t e s á p r o p r i e d a d e . D a d e n a r á a p u b l i c a ç ã o cle u m a n n u n c i o , m e n c i o n a n d o t o d a s
decisão do d i r e c t o r de m i n a s h a r e c u r s o p a r a o g o v e r n a - as indicações contidas no r e q u e r i m e n t o , inserindo o dito
dor dos territorios e da d'este p a r a o Conselho de Adminis- r e q u e r i m e n t o n o j o r n a l ou j o r n a e s q u e e m t e m p o o p p o r -
tração. . t u n o s e j a m d e s i g n a d o s p a r a t a l fim p e l o g o v e r n a d o r clos
Obito (lo occupante territorios. Deverá ser inserto em tres numeros differen-
t e s , com i n t e r v a l l o s n ã o i n f e r i o r e s a u m a s e m a n a , e m a r -
A r t . 3 9 . ° N e n h u m local o u p r o p r i e d a d e m i n e i r a , e m c a r á u m d i a , q u e n u n c a e x c e d e r á o s e t i m o a c o n t a r d a ul-
posse legal por virtude d'este regulamento, que constitua t i m a p u b l i c a ç ã o , a t é ao q u a l q u a e s q u e r p e s s o a s q u e se j u l -
p a r t e dos b e n s de h e r a n ç a de u m d e f u n t o , será conside- g u e m c o m direito a i m p u g n a r a c o n c e s s ã o clo d i t o t i t u l o ,
r a d o a b a n d o n a d o ou perclido p o r n ã o se t e r e m o b t i d o a p o s s a m a p r e s e n t a r as s u a s r e c l a m a ç õ e s .
t e m p o q u a e s q u e r c e r t i f i c a d o s , ou p o r se n ã o h a v e r e m effe- § 4 . ° N o caso d e h a v e r r e c l a m a ç ã o , o g o v e r n a d o r d o s
c t u a d o os t r a b a l h o s p r e s c r i p t o s n e s t e r e g u l a m e n t o , ou p o r t e r r i t o r i o s a d i a r á a c o n c e s s ã o clo titulo, e m q u a n t o se n ã o
não se t e r e m pago q u a e s q u e r licenças, rendas, direitos, r e a l i z a r o ' i n q u e r i t o aos d i r e i t o s da p a r t e r e c l a m a n t e ; e n o
e m o l u m e n t o s ou r n u l t a s s u b s e q u e n t e m e n t e á m o r t e do oc- caso d c a n ã o h a v e r , c o n c e d e r á o titulo da p r o p r i e d a d e ao
c u p a d o r , s e m q u e se t e n h a m p a s s a d o s e s s e n t a d i a s , a con- r e q u e r e n t e m e d i a n t e o p a g a m e n t o cle 6 0 ^ 0 0 0 r é i s , j u n t a n -
t a r do dito o b i t o . E x i s t i n d o ou s e n d o n o m e a d o u m r e p r e - do-lhe o d i a g r a m m a d o t e r r e n o ou p r o p r i e d a d e t r a ç a d o
sentante- l e g a l , d e v e r á e s s a e n t i d a d e , d e n t r o do r e f e r i d o p e l o r e f e r i d o e m p r e g a d o t e c h n i c o e a s s i g n a d o pelo d i r e c t o r
p r a z o d e s e s s e n t a d i a s , ou e m c o n f o r m i d a d e c o m as cir- de minas.
c u m s t a n c i a s d o c a s o , e c o n s e n s o do d i r e c t o r d e m i n a s , r e - § õ . ° H a v e n d o p r o t e s t o , a p a r t e ou p a r t e s c o n t r a t a n t e s
q u e r e r os d e v i d o s c e r t i f i c a d o s , f a z e r os d e v i d o s p a g a m e n - a p r e s e n t a r ã o ao d i r e c t o r d e m i n a s o seu r e q u e r i m e n t o al-
t o s l e g a e s e c o n s e r v a r a d i t a p r o p r i e d a d e c o m o p a r t e clos l e g a n d o os f u n d a m e n t o s d a s u a c o n t e s t a ç ã o , c o m d e s i g n a -
b e n s d a h e r a n ç a sob a s u a a d m i n i s t r a ç ã o . Ç.ão d a n a t u r e z a , l i m i t e s e e x t e n s ã o d o t e r r e n o c o n t e s t a d o ,
e o d i r e c t o r d e m i n a s e n v i a r á t o d o o p r o c e s s o com s u a in-
Terrenos occupados f o r m a ç ã o á a u c t o r i d a d e civil d a r e g i ã o p a r a os fins desi-
g n a d o s n o § 1.° do a r t i g o 2 1 . p r o c e d e n d o - s e , q u a n t o a o s
A r t . 4 0 . ° E m t o d o s os c a s o s e m q u e u m claim m i n e i r o r e c u r s o s , pela f ó r m a e s t a t u i d a no § 2.° do m e s m o ar-
h o u v e r sido m a r c a d o s o b r e t e r r e n o j á p r é v i a m e n t e o c c u - tigo 21.°
p a d o p o r u m t e r c e i r o , a C o m p a n h i a do N y a s s a t e r á o di- § 6 . ° S e a d e c i s ã o do p r o c e s s o f ô r q u e o r e q u e r e n t e t e m
r e i t o d e e x p r o p r i a r , p o r u t i l i d a d e p u b l i c a , o dito t e r r e n o direito á totalidade da p r o p r i e d a d e requerida, ser-lhe-ha
n o todo ou e m p a r t e , ou d e l i m i t a r o direito clo r e s p e - a c t o c o n t i n u o e n t r e g u e o t i t u l o d a p r o p r i e d a d e ; se, p o r e m ,
ctivo d o n o , p a g a n c l o - l h e u m a c o m p e n s a ç ã o q u e , á f a l t a d e a s e n t e n ç a f ô r p a r a o e f f e i t o d e q u e o r e q u e r e n t e t e m so-
a c o r d o a m i g a v e l , s e r á fixada p o r a r b i t r a g e m ; a C o m p a n h i a m e n t e direito a u m a porção d a proprieclade, e que a p a r t e
d o N y a s s a t e r á o u t r o s i m o direito d e e x p r o p r i a r p a r a fins ou p a r t e s o p p o s t a s t e m d i r e i t o a u m a p o r ç ã o ou p o r ç õ e s
m i n e i r o s q u a l q u e r t e r r e n o , h e r d a d e ou p r o p r i e d a d e , p a - d a m e s m a , n e s s e c a s o c a d a u m a clas p a r t e s t e r á o d i r e i t o
g a n d o ao r e s p e c t i v o p r o p r i e t a r i o as d e v i d a s c o m p e n s a ç õ e s , d e a d q u i r i r a p o r ç ã o ou p o r ç õ e s a ella a d j u d i c a d a s , m e -
e n a f a l t a cle a c o r d o s e r ã o e s t a s a v a l i a d a s p o r a r b i t r a - diante p a g a m e n t o proporcional dos emolumentos c custas
g e m . Q u a n d o se n ã o c o n c o r d e e m r e s o l v e r a q u e s t ã o p o r clo p r o c e s s o , e r e c e b e r á u m t i t u l o á s u a p o r ç ã o cla p r o p r i e -
m e i o de a r b i t r a g e m , s e g u i r - s e - h a o d i s p o s t o n a l e g i s l a ç ã o , d a d e , p a g a n d o o i m p o s t o clo sêllo a t r á s m e n c i o n a d o .
s o b r e e x p r o p r i a ç õ e s , c o m o e s t á p r e c e i t n a d o n o § 3.° do A r t . 4 2 . ° O titulo a q u e se r e f e r e o a r t i g o p r e c e d e n t e ,
a r t i g o 8.° c o n f e r i r á ao p o s s u i d o r o d i r e i t o i n v i o l a v e l á p r o p r i e d a d e
Titulos de concessSo m i n e i r a c o m r e s p e i t o á q u a l t e n h a sido p a s s a d o o titulo,
salvo n o s c a s o s e m q u e t a l d i r e i t o h o u v e r cle c e s s a r , e m
A r t . 4 1 . ° T o d o o o c c u p a d o r jdu c o n c e s s i o n a r i o q u e r e - v i r t u d e do d i s p o s t o e m q u a l q u e r d o s a r t i g o s clo p r e s e n t e
g i s t a r u m a p r o p r i e d a d e m i n e i r a ou local, p o d e r á r e q u e r e r regulamento.
ao g o v e r n a d o r d o s t e r r i t o r i o s u m titulo ou c e r t i f i c a d o q u e Reconhecimento
lhe a s s e g u r e d e f i n i t i v a m e n t o os d i r e i t o s c o n c e d i d o s e m v i r -
t u d e d ' e s t e r e g u l a m e n t o ou p o r c o n t r a t o p a r t i c u l a r c o m a A r t . 4 3 . ° A o e m p r e g a d o t e c h n i c o e n c a r r e g a d o cla ela-
C o m p a n h i a do N y a s s a . E s t e r e q u e r i m e n t o d e v e r á l e v a r b o r a ç ã o do r e l a t o r i o a q u e o a r t i g o 4 1 . ° se r e f e r e , i n c u m b e
u m sêllo de 1 5 0 0 0 r é i s , e d e v e r á s e r a e o m p a n h a d o p o r ú m descrever a proprieclade, a extensão e n a t u r e z a das opera-
d e p o s i t o e m d i n h e i r o , c u j a i m p o r t a n c i a s e r á fixada pielo ç õ e s m i n e i r a s a h i e f f e c t u a d a s , se a s h o u v e r , j u n t a n d o lhe
d i r e c t o r d e m i n a s , e clestinado a c u s t e a r : u m e s b o ç o t o p o g r a p h i c o d o t e r r e n o , e m t r i p l i c a d o , cle s o r t e
1.° O c u s t o d a p u b l i c a ç ã o d e r e q u e r i m e n t o , e m c o n f o r - que a identificação da alludida p r o p r i e d a d e seja pcrfeita-
m i d a d e c o m o q u e a d e a n t e se d e t e r m i n a ; m e n t e f a c i l . P a r a e s s e fim r e a l i z a r á n o t e r r e n o as m e d i ç õ e s
2 . " A s d e s p e s a s r e l a t i v a s ao r e c o n h e c i m e n t o e l c v a n t a - necessarias, e caso d e s c u b r a q u a e s q u e r e r r o s nos limites,
m e n t o d a p l a n t a , q u e a d e a n t e se p r e s c r e v e m , m c l u i n d o , rectificá-los-ha.
q u e r os h o n o r a r i o s q u e r as a j u d a s d e c u s t o do e m p r e g a d o Mareos
technico que desempenhar aquelle serviço.
§ 1.° P o d e r á d i s p e n s a r - s e e s t e d e p o s i t o , se o i n t e r e s s a d o A r t . 4 4 . ° E m c a d a u m dos p o s t e s ou m a r c o s a s s i g n a -
a p r e s e n t a r u m relatorio assignado por u m dos agrimenso- l a n d o os p o n t o s e x t r e m o s d e u m a p r o p r i e d a d e m i n e i r a , d e -
r e s d a C o m p a n h i a do N y a s s a , a e o m p a n h a d o d e p l a n t a s e m v i d a m e n t e registada, e m conformidade com o p r e s e n t e
triplicado. r e g u l a m e n t o , a f f i x a r - s e h a u m a v i s o c o m a s s e g u i n t e s indi-
§ 2.° Se, p o r e m , o interessado não a p r e s e n t a r o referido cações :
r e l a t o r i o , o d i r e c t o r d e m i n a s , d e p o i s d e r e c e b i d o o de- 1.° U m a l e t r a do a l p h a b e t o c o r r e s p o n d e n t e a o u t r a da
posito, m a n d a r á com a possivel b r e v i d a d e u m e m p r e g a d o planta, r e p r e s e n t a n d o u m d e t e r m i n a d o poste ;
technico p a r a l e v a n t a r as plantas em triplicado e elaborar 2.° O n o m e d a p r o p r i e d a d e ou l o c a l ;
u m r e l a t o r i o a c ê r c a clo dito t e r r e n o ou p r o p r i e d a d e , e d e - 3.° A d a t a do r e g i s t o ;
p o i s d e o r e c e b e r , p a r t i c i p a r á o f a c t o ao i n t e r e s s a d o , ao 4.° O n u m e r o official d a p r o p r i e d a d e ou l o c a l ;
Abril 10 96 1902

5 . ° A l o c a l i d a d e o n d e foi r e g i s t a d a ; i m p o s t o s e r e n d a s r e s p e c t i v a s á p r o p r i e d a d e q u e se t r a n s -
6 . ° O n o m e ou n o m e s clo p r o p r i e t a r i o ou p r o p r i e t a r i o s . fere.
§ 1.° J u n t o d e c a d a p o s t e d e v e r ã o a b r i r - s e d u a s v a l l a s . § 4.° E t a m b e m e x p r e s s a m e n t e p r o h i b i d a , e não t e r á
com u m m e t r o pelo menos de comprimento, dois decime- v a l i d a d e , a t r a n s f e r e n c i a p a r e i a l ou t o t a l d e q u a l q u e r g r u p o
tros de l a r g u r a e tres decimetros de p r o f u n d i d a d e , indi- d e claims r e l a t i v a m e n t e ao q u a l n ã o t e n h a sido c o n c e d i d o
c a n d o a d i r e e ç ã o d a s l i n h a s d e l i m i t e s q u e se e n t r e e r u z a m o c e r t i f i c a d o d e e x p l o r a ç ã o , c o m o se p r e c e i t u a n o a r -
nesse punto. tigo 23.°
§ 2 . " S e u m ou m a i s a n g u l o s d e u m claim f o r e m c a i r Yenda de propriedades agrupadns
e m u m p o n t o o n d e a n a t u r e z a ou c.onfiguração clo t e r r e n o
torne a implantação de u m poste impraticavel, poderão A r t . 4 9 . ° E m t o d o s os c a s o s e m q u e d u a s ou m a i s p r o -
indicar-se esses angulos, collocando no ponto apropriado p r i e d a d e s s e j a m a g r u p a d a s ou i n c o r p o r a d a s p a r a v e n d a ,
m a i s p r o x i m o u m « p o s t e t e s t i f i c a d o r » q u e e m t a l caso t e r á d e v e r ã o os r e s p e c t i v o s c e r t i f i c a d o s d e i n c o r p o r a ç ã o ( m o -
a s m e s m a s m a r c a s q u e as p r e s c r i p t a s p a r a os p o s t e s d o s delo n . ° 10) l c v a r sellos n a i m p o r t a n c i a d e 2 1/2 p o r c e n t o
a n g u l o s e j u n t a m e n t e as l e t r a s P T ( p o s t e t e s t i f i c a d o r ) e do valor d a s p r o p r i e d a d e s assim t r a n s f e r i d a s , conforme-
u m a i n d i c a ç ã o d o r u m o e d i s t a n c i a do sitio do v e r d a d e i r o m e n t e com. a a v a l i a ç ã o f e i t a p e l o d i r e c t o r cle m i n a s , c o m
m a r c o do r e f e r i d o p o s t e t e s t i f i c a d o r . a c l a u s u l a , p o r e m , q u e se q u a l q u e r d a s p a r t e s i n t e r e s s a -
A r t . 4 5 . ° D e n t r o cle t r i n t a dias, a c o n t a r d a c o n c e s s ã o das não convier na avaliação, será a questão s u b m e t t i d a
do c e r t i f i c a d o d e r e g i s t o , os p o s t e s s e r ã o s u b s t i t u i d o s p o r á a r b i t r a g e m , e quando as p a r t e s não concordem na arbi-
m a r c o s s o l i d a m e n t e c o n s t r u i d o s d e a l v e n a r i a , de u m m e t r o tragem, a questão será resolvida pelos tribunaes judiciaes.
d e a l t u r a e e m c a d a m a r c o s e r á a f f i x a d o u m aviso c o m os
seguintes d i z e r e s em lingua p o r t u g u e s a : Hypotheca de propriedades
1.° U m a l e t r a c o r r e i p o n d e n t e á q u e r e p r e s e n t a o m a r c o
A r t . Õ0.° O o c c u p a d o r d e q u a l q u e r p r o p r i e d a d e m i n e i r a
n o aviso d e r e g i s t o ;
p ó d e h y p o t h e c á - l a , n o todo ou e m p a r t e , s a l v o s e m p r e o
2 . ° O n o m e cla p r o p r i e c l a d e ;
q u i n h ã o a q u e a C o m p a n h i a t e m d i r e i t o pelo a r t i g o 2 9 . °
3 . ° D a t a cla c o n c e s s ã o clo t i t u l o d e p r o p r i e d a d e ;
§ 1.° E s s a h y p o t h e c a , a l e m cla s u a i n s c r i p ç ã o n a C o n -
4 . ° O n u m e r o official cla p r o p r i e d a d e ;
s e r v a t o r i a do R e g i s t o P r e d i a l , d e v e r á s e r t a m b e m r e g i s -
5 . ° D a t a do r e g i s t o ;
t a d a n a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s , o n d e , e m livro a p r o p r i a d o ,
6.° N o m e ou n o m e s do p r o p r i e t a r i o , ou p r o p r i e t a r i o s .
se e s c r e v e r á a d a t a do c o n t r a t o , o n u m e r o d a d e s c r i p ç ã o
§ u n i c o . D ' e s s a e p o c a e m d e a n t e os l i m i t e s da p r o p r i e -
d a p r o p r i e d a d e n o R e g i s t o P r e d i a l , os n o m e s d a s p a r t e s ,
d a d e , isto q u a n d o a n a t u r e z a do t e r r e n o o p e r m i t t a , s e r ã o
a quantia m u t u a d a , a t a x a de j u r o e as epocas do p a g a -
s e m p r e i n d i c a d o s p o r u m a v a l l a d e dois d e c i m e t r o s d e
m e n t o d ' e s t e e do c a p i t a l .
profundidade.
§ 2.° O r e q u e r i m e n t o p a r a o r e g i s t o s e r á a e o m p a n h a d o
Taboletas d e dois e x e m p l a r e s a u t h e n t i c o s ou a u t h e n t i c a d o s d o r e s -
pectivo contrato, e o director de minas inscreverá em am-
A r t . 4 6 . " A s t a b o l e t a s a q u e e s t e r e g u l a m e n t o se r e f e -
bos elles o n u m e r o d a s u a a p r e s e n t a ç â o , e b e m a s s i m a
r e , t e r ã o pelo m e n o s t r e s d e c i m e t r o s q u a d r a d o s . O s a v i s o s
d a t a e h o r a do r e g i s t o d a h y p o t h e c a , e n t r e g a n d o á p e s s o a
deverão scr legivelmente escritos, pintados, m a r c a d o s a
a favor de q u e m a h y p o t h e c a fôr constituida u m dos e x e m -
f o g o ou g r a v a d o s s o b r e m a d e i r a , f e r r o ou p e d r a . O e m -
p l a r e s , m e d i a n t e o p a g a m e n t o d e sellos n o v a l o r d e 2
p r e g o cle p a p e l ou d e p r o d u c t o s e m e l h a n t e , s u j e i t o a ser
p o r c e n t o d a q u a n t i a m u t u a d a , e ficando o o u t r o e x e n i p l a r
destruido pela chuva, não será permittido.
archivado na Repartição de Minas.
§ 3.° O d i r e c t o r d e m i n a s , a i r e s de e n t r e g a r ao i n t e -
Affixação (le avisos r e s s a d o o e x e m p l a r a q u e se r e f e r e o p a r a g r a p h o a n t e r i o r ,
e x i g i r á a a p r e s e n t a ç â o do c e r t i f i c a d o do r e g i s t o p r o v i s o r i o
A r t . 4 7 . ° ,Não é p e r m i t t i d o f a z e r d e m a r c a ç õ e s ou affi-
ou d e f i n i t i v o d a h y p o t h e c a n a C o n s e r v a t o r i a , e e m q u a l -
x a r a v i s o s e n t r e o sol-posto e o n a s c e r do sol, e e s s e s
q u e r d ' e s t e s d o c u m e n t o s a v e r b a r á a n o t a cla h y p o t h e c a e
actos, quando sejam realizados dentro d'esse espaço de
a d a t a e h o r a cle tal r e g i s t o .
t e m p o , n ã o d a r ã o direito a l g u m .

Direito ou preferencia creditorifl sobre as propriedades


Yenda de propried.atles mineiras
A r t . 51.° A pessoa que tiver algum credito privilegiado
Art. 48." O proprietario devidamente registado de um
s o b r e q u a l q u e r p r o p r i e d a d e ou local m i n e i r o d e v e r e g i s -
claim ou g r u p o d e claims, ou cle q u a l q u e r n u m e r o d e
tá-lo n a C o n s e r v a t o r i a e t a m b e m n a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s ,
claims, ou d e q u a l q u e r p o r ç ã o ou p o r ç õ e s d ' e s s e g r u p o , e
o b t e n d o os r e s p e c t i v o s c e r t i f i c a d o s p a r a os e f f e i t o s l e g a e s .
c u j o d i r e i t o a elles e s t e j a firmado e m titulo cle p r o p r i e -
O c e r t i f i c a d o d a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s ( m o d e l o n . ° 1 1 ) le-
d a d e ou o u t r o d o c u m e n t o l e g a l , t e r á a l i b e r d a d e cle v e n -
v a r á o sêllo d e 3 # 0 0 0 r é i s .
d e r ou d e t r a n s f e r i r os s e u s d i r e i t o s a q u a l q u e r p e s s o a
h a b i l i t a d a a p o s s u i r p r o p r i e d a d e m i n e i r a , ou a q u a l q u e r
s y n d i c a t o , firma, ou c o m p a n h i a d e v i d a m e n t e r e g i s t a d a . Direitos da Companhia do Nyassa
§ 1 A v e n d a ou t r a n s f e r e n c i a clo t a e s d i r e i t o s c o n s t a r á A r t . 5 2 . ° A C o m p a n h i a do N y a s s a t e r á p o r t o d a s a s
cle u m a e s c r i p t u r a n a q u a l se f a r á m e n ç ã o : q u a n t i a s q u e llie f o r e m d e v i d a s , e q u e t i v e r e m l i g a ç ã o ou
a) D o s n o m e s e domicilios do v e n d e d o r e c o m p r a d o r ; disserem respeito a qualquer p r o p r i e d a d e mineira, pos-
h) D a d e s c r i p ç ã o cla p r o p r i e d a d e a q u e a t r a n s a c ç ã o se suicla e m o b s e r v a n c i a dos p r e c e i t o s d ' e s t e r e g u l a m e n t o ,
refere; h y p o t h e c a l e g a l s o b r e essa p r o p r i e c l a d e , e b e m a s s i m so-
c) D o p r e ç o ou e q u i v a l e n c i a p a g a ou a p a g a r . b r e os m o v c i s , edificios ou m a c h i n a s e x i s t e n t e s n a m e s -
§ 2.° O c o m p r a d o r r e g i s t a r á e s t a e s c r i p t u r a n a r e p a r t i - m a ; e essa hypotheca, sendo d e v i d a m e n t e r e g i s t a d a n a
ç ã o r e s p e c t i v a d a C o m p a n h i a , p a g a n d o n e s s e acto os di- Conservatoria, dará preferencia sobre qualquer outro pri-
r e i t o s de t r a n s m i s s ã o e q u i v a í e n t e s a 2 l/-2 p o r c e n t o d o v i l e g i o ou h y p o t h e c a .
preço de v e n d a em dinheiro.
§ 3.° Não t e r á validade qualquer t r a n s f e r e n c i a sem que
Abandono (le propriedade
seja c o m p e t c n t e m e n t e escripturada n u m registo da Repar-
t i ç ã o de M i n a s , e n ã o se p o d e r á e f f e c t u a r esse r e g i s t o s e m J A r t . 5 3 . ° S e r á p e r m i t t i d o ao o c c u p a d o r d e u m a p r o -
q u e t e n h a m sido p a g a s t o d a s as licenças, d i r e i t o s , m u l t a s , p r i e d a d e m i n e i r a ou local a b a n d o n a r e s s a p r o p r i e d a d e ou
1902 97 í Abril 10

l o c a l , c o m a c o n d i ç ã o , p o r e m , d e r e t i r a r t o d o s os p o s t e s , j q u e p r o j e c t e i n s t a l l a r u m a officina ou o u t r o s t r a b a l h o s
m a r c o s e a v i s o s a h i e x i s t e n t e s , d e a f f i x a r u m a v i s o d e c l a - | m e t a l l u r g i e o s , r e q u e r e r e o b t e r n o s t e r m o s i n d i c a d o s 110
r a n d o o seu a b a n d o n o e de o c o m m u n i c a r por escrito á artigo 59.° p r e c e d e n t e u m certificado de acquisição de u m
Repartição de Minas. local, n a s condições m e n c i o n a d a s nos artigos p r e c e d e n t e s .
Eeoccupaçíío O s sellos, n o r e s p e c t i v o c e r t i f i c a d o s e r ã o , p o r e m , á r a z ã o
de 12$000 réis por cada hectare assim concedido.
A r t . 54.° N e n h u m a nova demarcação será permittida
e m t e r r e n o a b a n d o n a d o e m c o n f o r m i d a d e do disposto no Pcdidos de locaes
artigo a n t e r i o r , antes de decorridos sete dias a contar d a
d a t a d a a f f i x a ç ã o d o aviso d e a b a n d o n o , ou, n o c a s o d a A r t . 6 1 . ° O f a c t o do r e s p e c t i v o c e r t i f i c a d o n ã o t e r sido
p r o p r i e c l a d e s e r r e g i s t a d a , a n t e s q u e a R e p a r t i ç ã o d e Mi- r e q u e r i d o d e n t r o do p r a z o cle q u i n z e dias>-será c o n s i d e -
n a s t e n h a a n n u n c i a d o q u e o t e r r e n o p ó d e s e r de n o v o r a d o c o m o a b a n d o n o do local, m a s 0 d i r e c t o r cle m i n a s po-
occupado. derá, por motivos justificados, p r o l o n g a n o alludido prazo,
Certiíicado (le abandono se a s s i m 0 e n t e n c l e r .
Renda de locaes
A r t . 55.° O occupador de qualquer proprieclade mineira
p o d e r á r e q u e r e r ao d i r e c t o r d e m i n a s u m c e r t i f i c a d o d e A r t . 62.° P o r c a d a h e c t a r e obtido em c o n f o r m i d a d e
a b a n d o n o cla d i t a p r o p r i e d a d e ( m o d e l o n . ° 12), q u e l e v a r á c o m os a r t i g o s 5 8 . ° , 5 9 . ° e 60.°, c, o c c u p a d o r , senclo-o
o sêllo d e 6?5>000 r é i s , e q u e l h e s e r á p a s s a d o q u a n d o se t a m b e m de uma propriedade mineira, pagará uma renda
verifique que foram cumpridas as formalidades prescri- m e n s a l d e 6 3 0 0 0 r é i s p o r h e c t a r e , ou f r a c ç ã o d e h e c t a r e ,
ptas. e d e 1 2 $ 0 0 0 r é i s p o r h e c t a r e , ou f r a c ç ã o d e h e c t a r e ,
líeoccupaçSo q u a n d o e s s e c a s o se n ã o d ê ; e 0 d i r e c t o r de m i n a s ou 0
s e u d e l e g a d o fica a u e t o r i z a d o p e l a p r e s e n t e disposição a
A r t . 56." N e n h u m a propriedade cuja concessão t e n h a e x i g i r 0 p a g a m e n t o cla m e n c i o n a d a r e n d a e a p r o c e d e r le-
sido a n n u l l a d a p o d e r á n o v a m e n t e s e r o c c u p a d a , s e m q u e g a l m e n t e p a r a a o b t e r , e, n o c a s o d e a m e s m a e s t a r e m
p a r a isso a R e p a r t i ç ã o d e M i n a s t e n h a p u b l i c a d o a r e s p e - a t r a s o , a c o b r a r u m a m u l t a i g u a l ás q u a n t i a s e m a t r a s o .
ctiva permissão. O director de minas affixará na sua re-
partição, e publicará de tempos a tempos nos j o r n a e s p a r a
isso i n d i c a d o s , u m a l i s t a d a s p r o p r i e d a d e s a b a n d o n a d a s , Exploraçao nos locaes
o u d ' a q u e l l a s c u j a s concessÕes t e e m sido a n n u l l a d a s e q u e
A r t . 6 3 . ° S e r á p e r m i t t i d o ao c o n c e s s i o n a r i o de u m lo-
e s t ã o e m via d e s e r e m r e o c c u p a d a s e d e m a r c a c l a s .
cal c o m o os s u p r a m e n c i o n a d o s , q u e d e s c o b r i r q u a l q u e r
deposito metallifero, d e n t r o da a r e a comprehendida entre
Bens do primitivo possuidor os p l a n o s v e r t i c a e s q u e p a s s e m p e l o s l i m i t e s d o s e u l o c a l ,
explorar esse deposito n a s condições estabelecidas neste
A r t . 5 7 . " Q u a n d o u m a p r o p r i e d a d e t e n h a sido a b a n d o -
r e g u l a m e n t o p a r a claims m i n e i r o s d e i g u a l n a t u r e z a .
n a d a , ou a s u a c o n c e s s ã o a n n u l l a d a e m v i r t u d e d a s dispo-
A r t . 6 4 . ° O c o n c e s s i o n a r i o d e u m local t e r á 0 d i r e i t o
sições d ' e s t e r e g u l a m e n t o , p o d e r á o r e s p e c t i v o p r o p r i e t a -
cle c o r t a r n o r e f e r i d o l o c a l a m a d e i r a d e q u e bona jide
rio r e g i s t a d o r e m o v e r q u a e s q u e r c o n s t r u c ç õ e s ou m a c h i n a s
c a r e c e r p a r a fins m i n e i r o s , m a s n ã o p a r a v e n d a ou e s p e -
nella existentes, e alem d'isso q u a l q u e r minerio j á ex-
c u l a ç ã o . O r e f e r i d o direito e s t á s u j e i t o á s p r e s c r i p ç õ e s clo
trahido.
artigo 36.°
Local para assciitamento de casas, azenlias, ctc.
Aguas
A r t . 58.° Quando o proprietario de q u a l q u e r proprie-
A r t . 6 5 . ° O o c c u p a d o r cle q u a l q u e r p r o p r i e c l a d e m i n e i r a
d a d e m i n e i r a r e g i s t a d a c a r e c e r d e u m local f ó r a cla m e s -
ou l o c a l p o d e r á solicitar d o c h e f e do s e u c o n c e l h o p e r m i s -
m a , com o proposito de ahi construir a z e n h a s , bateria de
são p a r a u s a r d a a g u a de q u e c a r e c e r , p a r a as s u a s o p e -
p i l õ e s , c a s a d e h a b i t a ç ã o , officinas e o u t r a s e d i f i c a ç õ e s n e -
rações mineiras, e aquella auctoridade, ouvido 0 director
cessarias p a r a laboração mineira, p o d e r á adquirir tal ter-
cle m i n a s , p o d e r á r e s o l v e r f a v o r a v e l m e n t e a p r e t e n ç ã o clo
reno, não excedente á area total que deverá ser determi-
interessado como j u l g a r mais conveniente, com a sujeição
n a d a e m cada caso pelo director de minas, comtanto que
aos r e g u l a m e n t o s e s p e c i a e s q u e a C o m p a n h i a clo N y a s s a
s e j a s e m p r e e s c o l h i d a d e f ó r m a a n ã o i m p e d i r ou p r e j u d i -
h a j a d e p r o m u l g a r e m e d i a n t e p a g a m e n t o clas t a x a s fixa-
c a r a s e x p l o r a ç õ e s m i n e i r a s e x i s t e n t e s ou o b r a s d e utili-
d a s n e s s e s r e g u l a m e n t o s , ficando, p o r e m , e x p l i c i t a m e n t e
dade publica, e que não estivesse préviamente occupada
entendido que esta permissão não i m p o r t a r á em caso algum
por outrem.
q u a l q u e r d i r e i t o cle p r o p r i e c l a d e s o b r e a d i t a a g u a , q u e
Registo de locaes ou terrenos
p e r t e n c e e x c l u s i v a m e n t e á C o m p a n h i a clo N y a s s a , e q u e
A r t . 5 9 . " P a r a os fins i n d i c a d o s n o a r t i g o p r e c e d e n t e , 0 c h e f e d o c o n c e l h o t o m a r á 11a d e v i d a c o n s i d e r a ç ã o as n e -
o i n t e r e s s a d o d e v e r á , d e n t r o do p r a z o d e q u i n z e dias, a c e s s i d a d e s d e t o d o s os o u t r o s c o n c e s s i o n a r i o s m i n e i r o s 0
c o n t a r d a r e s p e c t i v a d e m a r c a ç ã o , r e q u e r e r u m certificado p r o p r i e t a r i o s interessados no a s s u m p t o .
de registo, apresentando na Repartição de Minas um reque-
r i m e n t o n o s t e r m o s do m o d e l o n . ° 13, ao q u a l j u n t a r á u m Iníjuinamento (las aguas
desenho nitido, mostrando a f ó r m a , posição e extensão do
d i t o t e r r e n o . O d i r e c t o r d e m i n a s m a n d a r á s e g u i r os t e r - A r t . 66.° Os proprietarios dos t e r r e n o s m a r g i n a e s aos
m o s d o p r o c e s s o d e s i g n a d o n o a r t i g o 2 1 . ° e s e u s p a r a g r a - c u r s o s d e a g u a e os cle a z e n h a s e o u t r o s e s t a b e l e c i m e n t o s
p h o s , c o m a d i f f e r e n ç a d e q u e o p r a z o a q u e se r e f e r e o i n d u s t r i a e s n a s m e s m a s c o n d i ç õ e s , a s s i m c o m o os h a b i t a n -
d i t o a r t i g o 2 1 . ° p ó d e s e r r e d u z i d o a t r i n t a d i a s , q u a n d o t e s d ' e s s e s t e r r e n o s q u e se t e n h a m i n s t a l l a d o d e p o i s d e
o r e f e r i d o d i r e c t o r a s s i m o e n t e n d a , e q u e o sêllo q u e o d a d a a c o n c e s s ã o m i n e i r a , n ã o t e r ã o d i r e i t o a r e c l a m a r
c e r t i f i c a d o d e v e l e v a r s e r á d e 6 $ 0 0 0 réis p o r c a d a h e c t a r e c o n t r a a C o m p a n h i a do N y a s s a ou c o n t r a os p o s s u i d o r c s
d e t e r r e n o a q u e o c e r t i f i c a d o se r e f e r e . l e g i t i m o s cle c o n c e s s õ e s m i n e i r a s , p o r d a m n o r e s u l t a n t e do
i n q u i n a m e n t o d a s a g u a s ou d a s u a m i s t u r a c o m o u t r a s
Locaes para estabelecimentos wctallurgicos a g u a s ou r e s i d u o s , p r o v e n i e n t e s d a s m i n a s ou d a p r e p a r a -
cão m e c h a n i c a e m e t a l l u r g i c a clos m i n e r i o s .
A r t . 60.° S e r á t a m b e m admissivel a q u a l q u e r individuo, P e l o g o v e r n a d o r dos t e r r i t o r i o s s e r ã o , p o r e m , t o m a d a s
q u e r s e j a q u e r não, possuidor de propriedade mineira, todas as precauções e impostas todas as condições para
Abril 10 98 1902

i m p e d i r a polluição dos cursos de agua e a ellas se d e v e tas de indigenas, povoações urbanas e outros logares que
r ã o s u b m e t t e r t o d o s os e x p l o r a d o r e s d e m i n a s , s e m d i r e i t o c a r e ç a m de protecção, incluindo u m a c e r t ã distancia dos
a quaesquer indemnizações. limites das areas assim occupadas que fôr d e t e r m i n a d a pela
§ unico. A s soluções de cyanetos em caso a l g u m pode- D i r e c c ã o d e M i n a s . As p o r ç õ e s d e filão ou d e p o s i t o m i -
r ã o ser lançadas nos cursos de aguas a n t e s d e convenien- neral conservadas assim intactas denominar-se-hão pilares
t e m e n t e clecompostas, s e n d o a t r a n s g r e s e â o d ' e s t a d i s p o s i - ou Massiços de segurança.
ç ã o p u n i d a c o m m u l t a n ã o s u p e r i o r a 2:500)§I000 r é i s , e § u n i c o . O c ó r t e p a r a d e n t r o ou a t r a v é s d e u m p i l a r d e
f a l t a n d o ao seu p a g a m e n t o s o f f r e r á p r i s ã o n ã o e x c e d e n t e s e g u r a n ç a , só p o d e r á e f f e c t u a r - s e m e d i a n t e l i c e n ç a e x -
a um anno. pressa p o r escrito do director de m i n a s e nos t e r m o s e
Aguas subterraneas condições indicadas n a dita licença. Todo aquelle q u e
infringir o disposto neste artigo incorrerá n a m u l t a não
A r t . 6 7 . ° T o d a a a g u a t r a z i d a á s u p e r f i c i e do t e r r e n o s u p e r i o r a 1 : 2 0 0 $ 0 0 0 r é i s , e f a l t a n d o ao s e u p a g a m e n t o n a
ou q u e s u r d i r d e t r a b a l h o s s u b t e r r a n e o s d e q u a l q u e r con- p e n a d e p r i s ã o q u e n ã o e x c e d e r á seis m e s e s .
c e s s ã o m i n e i r a , s e r á p r o p r i e d a d e do c o n c e s s i o n a r i o .
Escavações para a pesquisa mineira
Yedações, poços e caviilades
A r t . 71.° T o d o aquelle q u e p r o c e d e r a escavações p a r a
A r t . 68.0 T o d a s as c a v i d a d e s g r a n d e s no t e r r e n o , re- fins m i n e i r o s , e x t r a h i r á a t e r r a d e m o d o a f o r m a r q u a n t o
s u l t a n t e s d e o p e r a ç õ e s m i n e i r a s ou a b e r t u r a s p a r a p o ç o s , p o s s i v e l m a r g e n s r e g u l a r e s a c a d a l a d o cla d i t a e s c a v a -
t e m p o r a r i a ou p e r m a n e n t e m e n t e abandonadas, e quaesquer ção. T o d o aquelle que infringir o disposto n e s t e artigo,
o u t r a s a b e r t u r a s n a superficie do t e r r e n o , d e v e m ser res- i n c o r r e r á n u m a m u l t a n ã o s u p e r i o r a 6 0 ^ 0 0 0 réis, e fal-
g u a r d a d a s c o m s e g u r a n ç a ou v e d a d a s . T o d o o i n d i v i d u o tando a esse p a g a m e n t o , n a p e n a de prisão não e x c e d e n t e
q u e se d e s c u i d a r e m u s a r d ' e s t a p r e c a u ç ã o , i n c o r r e r á a um mês.
n u m a m u l t a não e x c e d e n t e a 1 2 0 $ 0 0 0 réis, e na falta de A r t . 7 2 . ° T o d o a q u e l l e q u e p a r a fins d e p e s q u i s a m i -
p a g a m e n t o n a p e n a d e p r i s ã o , q u e n ã o i r á alem d e s e i s n e i r a fizer u m a e s c a v a ç ã o n a p r o x i m i d a d e d e q u a l q u e r r u a
m e s e s , a l e m do q u e ficará s u j e i t o a r e s p o n d e r p o r q u a l - ou e s t r a d a p u b l i c a , d e v e r á , e m q u a n t o e x e c u t a r e s s e t r a -
q u e r d a m n o á p e s s o a ou p r o p r i e d a d e s , p r o v e n i e n t e d e tal balho, vedar a respectiva valla com toda a segurança em
(lescuido. u m e s p a ç o cle p e l o m e n o s 2 0 m e t r o s d e c a d a l a d o d a d i t a
r u a ou e s t r a d a p u b l i c a , e ao a b a n d o n a r as p e s q u i s a s d e -
Segurança dos trabalhos
v e r á a t e r r a r a escavação. O i n f r a c t o r das disposições d'este
A r t . 6 9 . ° A l a v r a de t o d a s as m i n a s , v a l l a s a c e u a b e r t o , artigo incorrerá n a multa não superior a 3 0 0 $ 0 0 0 réis, e
trabalhos de pesquisa, fabricas e installações e todas as f a l t a n d o ao s e u p a g a m e n t o , n a p e n a cle p r i s ã o q u e n ã o e x -
operações ligadas com a industria mineira nos territorios c e d e r á seis m e s e s .
da C o m p a n h i a , serão realizados de modo a satisfazer o Aguas iuquinadas
d i r e c t o r cle m i n a s , e c o m a c i r c u m s p e c ç ã o d e v i d a , t e n d o
em vista a segurança e hygiene de toda o pessoal nellas A r t . 7 3 . ° A a g u a q u e c o n t i v e r s u b s t a n c i a s t o x i c a s ou
e m p r e g a d o e do publico e m geral. n o c i v a s p r o v e n i e n t e s d o t r a t a m e n t o cle m i n e r i o s ou d e
§ 1.° O d i r e c t o r d e m i n a s ou a p e s s o a ou p e s s o a s p o r q u a e s q u e r o p e r a ç õ e s m e t a l l u r g i c a s , s e r á v e d a d a ou c e r -
elle d e v i d a m e n t e a u c t o r i z a d a s , p o d e r ã o t e r l i v r e i n g r e s s o c a d a com t o d a a s e g u r a n ç a , a f í i x a n d o - s e a v i s o s ao p u b l i c o
a toda a hora nas propriedades mineiras existentes nos c o n t r a o u s o d a m e s m a a g u a . A q u e l l e q u e v i o l a r e s t a dis-
t e r r i t o r i o s cla C o m p a n h i a clo N y a s s a ou e m c a d a u m a d a s posição i n c o r r e n a m u l t a não superior a 1 : 2 0 0 $ 0 0 0 réis, e
s u a s p a r t e s , c se a q u a l q u e r d ' e s s a s p e s s o a s p a r e c e r q u e f a l t a n d o ao s e u p a g a m e n t o s o f f r e r á a p e n a d e p r i s ã o n ã o
u m a p a r t e da proprieclade, seja mina, sejam poços, esca- s u p e r i o r a seis m e s e s . P e l o q u e t o c a ao l a n ç a m e n t o o u
d a s , m a d e i r a m e n t o s , g u i n d a s t e s ou o q u o f ô r , e s t á e m m á s despejo das soluções de cyanetos nos cursos de a g u a ,
c o n d i ç õ e s cle s e g u r a n ç a ou c o m p r o b a b i l i d a d e d e e m b r e v e o b s e r v a r - s e - h a o d i s p o s t o n o § u n i c o do a r t i g o 6 6 . °
assim o estar, poderá immediatamente ordenar a suspen-
são d c t o d o o t r a b a l h o n e s s a p a r t e ou e m t o d a a p r o p r i e - Explosivos
d a d e , a t é q u e se r e a l i z e m e se c o m p l e t e m as n e c e s s a r i a s
r o p a r a ç õ e s ou a l t e r a ç õ e s ao a p r a s i m e n t o clo d i r e c t o r d e A r t . 74.° A n i n g u e m s e r á p e r m i t t i d o c o n s t r u i r u m a r -
minas. m a z e m subterraneo para guarda de substancias cxplosivas
§ 2." Q u a l q u e r p e s s o a q u e d e i x e cle e x e c u t a r as ins- ou l e v a n t a r á s u p e r f i c i e clo solo u m a r m a z e m p a r a o m e s m o
t r u c ç õ e s do d i r e c t o r d e m i n a s ou do s e u r e p r e s e n t a n t e fim, s e m o b t e r p r é v i a m e n t e u r n a l i c e n ç a p o r e s c r i t o d o
c o m r e s p e i t o a esses o b j e c t o s , ficará s u j e i t o á i m p o s i ç ã o c h e f e do c o n c e l h o , o q u a l a n t e s d e c o n c e d e r tal p e r m i s s ã o
cle u m a m u l t a n ã o i n f e r i o r a 6 0 $ 0 0 0 r é i s , n e m s u p e r i o r a o u v i r á o d i r e c t o r cle m i n a s . O b s e r v a r - s e - h ã o a s s e g u i n -
3 0 0 ^ 0 0 0 r é i s p o r c a d a dia ou p a r t e d e u m dia e m q u e t a e s t e s p r e s c r i p ç õ e s , t o d a a v e z q u e se c o n s t r u a u m a r m a z e m
i n s t r u c ç õ e s e s t i v e r e m p o r c u m p r i r , e, f a l t a n d o ao p a g a - com esse destino.
m e n t o , á p e n a cle p r i s ã o p o r u m p r a z o n ã o e x c e d e n t e a 1.° S e r á collocado á d i s t a n c i a d e p e l o m e n o s 1 0 0 m e -
doze meses. t r o s d e q u a l q u e r edificio o c c u p a d o , e s t r a d a ou v i a p u b l i -
$ 3." S e h o u v e r q u a l q u e r d e s a s t r e d e v i d o a n e g l i g e n c i a ca, p o n t e , a q u e d u c t o ou c a m i n h o de f e r r o ;
p o r p a r t e clo c o n c e s s i o n a r i o e m c o n s e r v a r a s o b r a s e m b o a 2.° A s s u a s p a r e d e s s e r ã o d e c o n s t r u c ç ã o a p r o p r i a d a e
o r d e m e c m b o m e s t a d o de c o n s e r v a ç ã o , ficará elle s u - solida;
jeito, a l e m d a s p e n a s a c i m a e s p e c i f i c a d a s , a r e s p o n d e r p o r 3.° A s u a c o b e r t u r a s e r á t ã o l e v e q u a n t o p o s s i v e l , m a s
t o d o o d a m n o c a u s a d o a p e s s o a s ou p r o p r i e d a d e s , e n o c a s o á p r o v a d e fogo ;
cle d e s a s t r e , de q u e r e s u l t e p e r d a d e v i d a s , á a c c u s a ç ã o 4.° T e r á um pára-raios q u e m c r e ç a c o n f i a n ç a :
f o r m a l de h o m i c i d i o , m a s s e m i n t e n ç a o d e m a t a r . 5.° N ã o t e r á j a n e l l a ;
6.° A p o r t a t e r á urna b o a f e c h a d u r a e c o n s e r v a r - s e - h a
Massiços dc segurança fechada quando não esteja e m s e r v i ç o ;
7.° O t e r r e n o e m v o l t a n a d i s t a n c i a d e 5 0 m e t r o s con-
A r t . 70.° Os depositos mineraes deverão p e r m a n e c e r s e r v a r - s e - h a l i m p o de e r v a s e a r b u s t o s .
i n t a c t o s n a p a r t e e m q u e ficarem d e b a i x o d e e s t r a d a s , c a - § u n i c o . O i n f r a c t o r cVesta d i s p o s i ç ã o i n c o r r e r á ein
m i n h o s cle f e r r o , r e s e r v a t o r i o s cle a g u a , c a n a e s de d e r i v a - m u l t a n ã o s u p e r i o r a 6 0 0 $ 0 0 0 réis, e f a l t a n d o ao p a g a -
ç õ e s , t a l h õ e s u r b a n o s , f a b r i c a s , c e m i t e r i o s , a l d e i a s ou h o r - m e n t o e m p e n a de p r i s ã o q u e n ã o e x c e d e r á d o z e m e s e s .
1902 99 í Abril 10

Disposições sanitarias • • 6.° Numero e causa dos desastres ou mortes que pos-
sam ter occorrido durante o dito mês.
A r t . 75.° T o d o o concessionario de u m a propriedade § u n i c o . Q u a l q u e r p r o p r i e t a r i o d e m i n a s q u e d e i x e de
m i n e i r a estabelecerá, p a r a uso do pessoal e m p r e g a d o no cumprir este preceito, incorrerá na multa não superior a
s e r v i ç o d a m e s m a e a d i s t a n c i a r a z o a v e l d o c a m p o o u lo- 120)5000 r é i s p e l a p r i m e i r a f a l t a , e d e 1 Õ 0 # 0 0 0 r é i s n o
g a r de trabalho, u m a latrina convenientemente resguarda- caso de reincidencia, e não p a g a n d o , na p e n a de prisão
d a c o m u m a c o v a ou r e c e p t a c u l o a p r o p r i a d o p a r a d e p o s i t o q u e não e x c e d e r á o p r a z o d e dois m e s e s .
cle f e z e s . A s i t u a ç ã o d a l a t r i n a e c o m p e t e n t e s f o s s a s s e r á
r e g u l a d a pelo d i r e c t o r cle m i n a s ; t o d a s ellas d e v e r ã o c o n -
Pagameutus em diulieiro
servar-se s e m p r e limpas e desinfectadas. E esses deposi-
tos d e v e r ã o f a z e r - s e n o s l o g a r e s i n d i c a d o s , n ã o d e v e n d o A r t . 8 3 . ° T o d o s os s a l a r i o s d e v i d o s a q u a l q u e r indivi-
u s a r - s e d e o u t r o s q u a e s q u e r p a r a t a l fim. duo, empregado n u m a propriedade mineira, serão pagos
A r t . 76." O dono de q u a l q u e r animal q u e vier a m o r - e m d i n h e i r o , s e m d e d u c ç ã o d e e s p e c i e a l g u m a , e x c e p t o as
rer n a vizinliança d e u m acampamento mineiro, deverá d e a d e a n t a m e n t o s f e i t o s , p a g a m e n t o s ou o r d e n s d a d a s p e l o
m a n d á - l o d e n t r o d e d o z e h o r a s , a c o n t a r d a m o r t e , incine- proprio e m p r e g a d o por fazendas que lhe foram fornecidas
r a r ou e n t e r r a r a p r o f u n d i d a d e n ã o i n f e r i o r a 1 m e t r o e n a p r o p r i e d a d e p a r a u s o p e s s o a l . T o d o o o c c u p a d o r ou g e -
á distancia minima de 100 metros de qualquer proprieda- r e n t e q u e infringir esta disposição, i n c o r r e r á n a m u l t a não
d e m i n e i r a , b a r r a c a , p a l h o t a oii e d i f i c a ç ã o . s u p e r i o r a 1 5 0 $ 0 0 0 r é i s , ou f a l t a n d o ao p a g a m e n t o , n a
Art. 77.° A auctoridade superior da região m a n d a r á ve- p e n a d e p r i s ã o p o r u m p r a z o n ã o e x c e d e n t e a dois m e s e s .
d a r c o n v e n i e n t e m e n t e n a vizinhança dos differentes acam-
p a m e n t o s m i n e i r o s os e s p a ç o s d e t e r r e n o n e c e s s a r i o s p a r a Desastres
cemiterios; e o enterramento das pessoas que fallecerem
n o s ditos a c a m p a m e n t o s ou n a s s u a s p r o x i m i d a d e s , f a r - s e - A r t . 84.° O g e r e n t e responsavel por u m a propriedade
h a s e m p r e q u e seja possivel nesses cemiterios. m i n e i r a , ou n a sua a u s e n c i a o s e u s u b s t i t u t o , s e m p r e q u e
A r t . 78." N i n g u e a i p o r m a l e v o l e n e i a e p r o p o s i t o d e l i b e - n e s s a p r o p r i e d a d e se d ê q u a l q u e r d e s a s t r e cle q u e r e s u l t e
r a d o d e v e r á e s t r a g a r ou c o n t a m i n a r a a g u a d o s p o ç o s ou m o r t e ou f e r i m e n t o d e u m a ou m a i s p e s s o a s , p a r t i c i p á - l o - h a
reservatoiios. c o m a p o s s i v e l b r e v i d a d e ao c h e f e do c o n c e l h o , r e l a t a n d o
A r t . 79.° N ã o s e r á permittido a q u a l q u e r individuo p o r e x t e n s o t o d o s os p o r m e n o r e s d o a c o n t e c i m e n t o .
a b a t e r a n i m a e s p a r a c o n s u m o d e n t r o d o s l i m i t e s cle u m § unico. Se do d e s a s t r e pessoal r e s u l t a r a m o r t e depois
a c a m p a m e n t o ou p r o p r i e d a d e m i n e i r a , e x c e p t o n o s l o c a e s clo dito r e l a t o r i o t e r sido e x p e d i d o , d e v e r á a m e s m a a u -
q u e p a r a e s s e fim f o r e m i n d i c a d o s p e l o d i r e c t o r cle m i n a s c t o r i d a d e s e r d'isso i n f o r m a d a , d e v e n d o ser a p e n a l i d a d e
ou o u t r a a u c t o r i d a d e c o m p e t e n t e . p e l a c o n t r a v e n ç ã o d a s d i s p o s i ç õ e s d ' e s t e a r t i g o a imposi-
A r t . 80.° Todo o concessionario de u m a p r o p r i e d a d e ção d e u m a m u l t a n ã o s u p e r i o r a 1 5 0 ^ 0 0 0 r é i s , e n a f a l t a
m i n e i r a t o m a r á as m a i o r e s p r e c a u ç õ e s n o q u e r e s p e i t a á s cle p a g a m e n t o a cle p r i s ã o p o r u m p r a z o q u e n ã o e x c e -
c o n d i ç õ e s s a n i t a r i a s do local o n d e e s t i v e r e m e s t a b e l e c i d a s derá tres meses.
a s h a b i t a ç õ e s do p e s s o a l p o r elle e m p r e g a d o . Obitos
0
A r t . 85. O encarregaclo de u m a propriedade mineira,
Inspecção sanitaria logo q u e se d ê u m f a l l e c i m e n t o n a d i t a p r o p r i e d a d e , e n -
v i a r á a r e s p e c t i v a p a r t i c i p a ç ã o p o r e s c r i t o ao c h e f e do
A r t . 8 1 . ° O c h e f e d o c o n c e l h o , o d i r e c t o r d e m i n a s ou
c o n c e l h o , d a n d o o n o m e clo f a l l e c i d o , a d a t a do f a l l e c i -
q u a l q u e r e m p r e g a d o cla C o m p a n h i a d o N y a s s a , d e v i d a -
m e n t o , e í n d i c a r , t a n t o q u a n t o s e j a p o s s i v e l , a c a u s a cla
mente auetorizado, poderá entrar livremente em qualquer
m o r t e e t a m b e m a d a t a e l o c a l i d a d e do e n t e r r a m e n t o . A
p r o p r i e c l a d e m i n e i r a p a r a v e r i f i c a r se a s c o n d i ç õ e s d o s a r -
penalidade imposta pela infracção d'este artigo será uma
t i g o s 7 õ . ° , 7 6 7 8 . ° , 7 9 . ° e 8 0 . ° t e e m sido c i í n i p r i d a s , e
m u l t a n ã o s u p e r i o r a 3 0 0 ^ 0 0 0 r é i s , e, n a f a l t a d e p a g a -
t e r á a u c t o r i d a d e p a r a d a r a s o r d e n s n e c e s s a r i a s a fim d e
m e n t o , a cle p r i s ã o q u o n ã o e x c e d e r á t r e s m e s e s .
f a z e r cessar todas as infracções aos ditos artigos, avisando
o r e s p e c t i v o p r o p r i e t a r i o clos a c t o s q u e t e r á d e r e a l í z a r
p a r a a e x e c u ç ã o clo q u e n o s m e s m o s a r t i g o s se d e t e r m i n a . Doença
§ u n i c o . T o d o o i n d i v i d u o q u e f a l t a r ao c u m p r i m e n t o
A r t . 8 6 . ° O c h e f e do c o n c e l h o o u o d i r e c t o r d e m i n a s
do d i s p o s t o n o s ditos a r t i g o s ou e m o u t r a s i n s t r u c ç õ e s q u e
poderão, quando lhes constar que n u m a proprieclade mi-
elle p o s s a o p p o r t u n a m e n t e r e c e b e r do c h e f e do c o n c e l h o ,
n e i r a se a c h a u m a p e s s o a g r a v e m e n t e e n f e r m a , o r d e n a r
i n c o r r e r á n u m a m u l t a n à o superior a 1 5 0 $ 0 0 0 réis por
ao e n c a r r e g a c l o d a d i t a p r o p r i e d a d e q u e e n v i e o cloente
c a d a dia ou p o r ç ã o d e u m d i a , c o n f o r m e a d u r a ç ã o d a
p a r a o h o s p i t a l m a i s p r o x i m o , e n o c a s o d e r e c u s a ou n e -
c u l p a , q u e clecorrer a c o n t a r do m o m e n t o e m q u e r e c e b e u
g l i g e n c i a n o c u m p r i m e n t o d ' e s t a o r d e m , o dito e n c a r r e g a c l o
o a v i s o do d i r e c t o r d e m i n a s ou do f u n c c i o n a r i o p a r a e s s e
ficará s u j e i t o , q u a n d o isso se p r o v e e m j u i z o , a u m a m u l t a
fim d e v i d a m e n t e a u e t o r i z a d o , e d a f a l t a d e p a g a m e n t o n a
n ã o s u p e r i o r a 300j>000 r é i s , ou, n a s u a f a l t a , a p e n a d e
pena de prisão nao excedente a tres meses.
prisão não excedente a tres meses.

Relatorios mensaes Relatorios

A r t . 8 2 . ° N o dia 5 de c a d a m ê s ou a n t e s , ou logo d e - A r t . 8 7 . ° T o d o o c o n c e s s i o n a r i o d e u m a p r o p r i e d a d e mi-


pois, e t ã o b r e v e m e n t e q u a n t o as c i r c u m s t a n c i a s o p e r m i t - n e i r a ou cle u m e s t a b e l e e i m e n t o m e t a l l u r g i e o , ou a p e s s o a
t a m , d e v e r á t o d o o p r o p r i e t a r i o cle m i n a s a p r e s e n t a r á a u - q u e s u a s v e z e s fizer, f o r n e c e r á ao d i r e c t o r d e m i n a s t o d o s
c t o r i d a d e c o m p e t e n t e u m r e l a t o r i o e s c r i t o o n d e e x p o n h a : os r e l a t o r i o s , c o n t a s e cletalhes q u e e s t e u l t i m o lhe p o s s a
1." A s i t u a ç ã o d a p r o p r i e d a d e p e l o q u e r e s p e i t a a r e - e x i g i r , d e s c r e v e n d o as s u a s o p e r a ç õ e s ; m a s as c o m m u n i -
gisto ; cações não careceiii de ser de n a t u r e z a a p o d e r e m consti-
2.° A n a t u r e z a d a m i n a ; t u í r d i v u l g a ç ã o d e s e g r e d o d o n e g o c i o , ou h a b i l i t a r q u a l -
3 . ° O n o m e ou n o m e s clos d o n o s d a m i n a ; quer o u t r a pessoa a dirigir as operações por esse m o d o -
4 . ° Q u a n t i d a d e do m i n e r i o e x t r a h i d o no m ê s p r e c e d e n t e ; e t o d o a q u e l l e q u e o n ã o f i z e r , ou q u e n ã o d e r u m a i n f o r ;
5 . ° N u m e r o d e e m p r e g a d o s e j o r n a l e i r o s n o m ê s p r e c e - m a ç ã o v e r d a d e i r a , ficará s u j e i t o a u m a m u l t a n ã o s u p e r i o r
d e n t e , e t o t a l i d a d e d o s s a l a r i o s p a g o a ao p e s s o a l , q u e r s e j a a 300)5000 r é i s , ou n a s u a f a l t a , á p e n a d e p r i s ã o n ã o e x -
g e n t e b r a n c a ou d e c ô r ; cedente a tres meses.
Abril 10 100 1902

Marcos v e i o ou d e p o s i t o , ou t i r a r , t r a n s p o r t a r - ou e s c o n d e r m i n e -
r i o , m e t a l , e s c o r i a s , lodo m e t a l l i c o , r e s i d u o s d e a m a l g a m a ,
Art. 88.° O occupador de u m a propriedade mineira ou r e f u g o s ou c i m e n t o s d e q u a l q u e r m i n a , officina, l o c a l , fi-
d e u m local, q u e n à o c o n s e r v a r os s e u s a v i s o s , p o s t e s , lão ou d e p o s i t o , c o m i n t u i t o cle d e f r a u d a r os r e s p e c t i v o s
m a r c o s ou v a l l a s e m b o m e s t a d o e d e m o d o a p o d e r e m r a - d o n o s ou o c e u p a d o r e s , s e r á e n t r e g u e a o s t r i b u n a e s o r d i n a -
zoavelmentc guiar aquelles quo desejem d e m a r c a r as a r e a s rios e p u n i d o c o m as p e n a s i n h e r e n t e s ao c r i m e d e f u r t o .
contiguas, incorrerá em uma multa nào superior a 6 0 $ 0 0 0
r é i s , e e m u m a m u l t a a d d i c i o n a l , á r a z ã o d e 6,5000 r é i s
Fraude
p o r c a d a d i a ou p a r t e d ' e l l e , d u r a n t e o q u a l a a l l u d i d a p r o -
p r i e d a d e m i n e i r a ou local se m a n t e v e e m e s t a d o d e i m p e r - A r t . 95.° Todo o individuo que exercer a profissão de
feita demarcação, e faltando a esse pagamento, soffrerá a e n s a i a d o r d e m e t a e s ou m i n e r i o s ou q u a l q u e r i n d u s t r i a
pena de prisão não e x c e d e n t e a u m mês. a n n e x a com o t r a t a m e n t o , avaliação e t r a n s p o r t e dos mes-
A r t . 8 9 . ° T o d o a q u e l l e q u e d e p r o p o s i t o d e l i b e r a d o des- m o s , e q u e u s a r d e b a l a n ç a s , i n s t r u m e n t o s ou f u n d e n t e s
l o c a r ou d e s t r u i r q u a e s q u e r s i g n a e s ou m a r c o s d e s i g n a n d o falsificados com intentos fraudulentos, ficará sujeito a u m a
os limites d e u m a p r o p r i e d a d e m i n e i r a , d e v i d a m e n t e loca- m u l t a n ã o s u p e r i o r a 1 : 2 0 0 $ 0 0 0 r é i s , a l e m clas p e n a l i d a -
l i z a d a e m c o n f o r m i d a d e c o m e s t e r e g u l a m e n t o , fica s u j e i t o d e s q u e p e l a s leis v i g e n t e s l h e p o s s a m s e r a p p l i c a d a s .
a uina multa não superior a 600,5000 réis, alem das pena- A r t . 96.° Todo o individuo, quer seja vendedor, com-
l i d a d e s q u e p e l a s leis v i g e n t e s l h e p o s s a m s e r a p p l i c a d a s , p r a d o r , a g e n t e , ou r e q u e r e n t e d e u m a l i c e n ç a , q u e m a l i -
ficando s e m p r e entendido quc as disposições d'este artigo eiosa ou f r a u d u l e n t a m e n t e fizer q u a l q u e r d e c l a r a ç ã o j u r a -
n ã o s e r ã o a p p l i c a v e i s a c o n c e s s õ e s a b a n d o n a d a s ou a n n u l - da exigivel pelo p r e s e n t e r e g u l a m e n t o , sabendo ser falsa
ladas. a mesma declaração, incorrerá na penalidade applicavel a
§ ' u n i c o . T o d o o i n d i v i d u o q u e u s a r d e m á f é e m qual- p e r j u r i o , e ficará t a m b e m s u j e i t o , c o n f o r m e se r e s o l v e r
q u e r d e c l a r a ç ã o q u e lhe s e j a e x i g i d a e m v i r t u d e clo p r e - e m j u i z o , a s e r p r i v a d o d a s u a l i c e n ç a e d e t o d o s os t i t u -
sente regulamento, alem de ficar incurso na pena que a los ou i n t e r e s s e s e m q u a l q u e r m i n a , p r o p r i e d a d e ou lo-
este crime c o r r e s p o n d e r no Codigo Penal, p e r d e r á quaes- cal c o n c e d i d o s e m v i r t u d e cTeste r e g u l a m e n t o . O g o v e r -
q u e r d i r e i t o s m i n e i r o s q u e lhe p e r t e n ç a m n o s t e r m o s do n a d o r dos t e r r i t o r i o s t e m a i n d a a f a c u l d a d e cle p r o h i b i r q u e
"mesmo regulamento. se p a s s e n o v a l i c e n ç a a u m i n d i v i d u o c o n d e m n a d o p e l o
Usurpaçíto supracitado delieto.

A r t . 90.° Todo aquelle que propositadamente d e m a r c a r Licenças


ou t e n t a r d e m a r c a r u m a p r o p r i e d a d e m i n e i r a , local ou t e r -
A r t . 97.° T o d o o individuo possuidor de licenças de
r e n o q u e p e r t e n ç a ou q u e se s u p p õ e p e r t e n c e r a o u t r e m
q u a l q u e r e s p e c i e , conceclidas e m v i r t u d e d ' e s t e r e g u l a -
sob q u a l q u e r pretexto, incorrerá n u m a multa não superior
m e n t o , d e v e r á a p r e s e n t á - l a s q u a n d o lhe s e j a m e x i g i d a s p o r
a 600S000 réis, a l e m d a s p e n a l i d a d e s q u e p e l a s leis vi-
q u a l q u e r f u n c c i o n a r i o d e v i d a m e n t e a u e t o r i z a d o cla C o m p a -
g e n t e s lhe p o s s a m s e r a p p l i c a d a s .
n h i a clo N y a s s a , e, n ã o o f a z e n d o , i n c o r r e r á em u m a m u l t a
Fraude n ã o s u p e r i o r a 30,5000 r é i s p o r c a d a delieto d ' e s t a n a t u -
reza.
A r t . 91.° Todo aquella que p r o p o s i t a d a m e n t e d e m a r c a r Crimes contra a segurança
u m a p r o p r i e d a d e ou local m a i o r d o q u e a q u e l l e a q u e l h e
d ã o d i r e i t o as d i s p o s i ç õ e s d o p r e s e n t e r e g u l a m e n t o , e m s e u A r t . 9 8 . ° T o d o o i n d i v i d u o q u e c o m m e t t e r u m a c t o sc-
n o m e ou d e o u t r e m , f i c a r á s u j e i t o a u m a m u l t a n ã o s u p e - dicioso, ou d e r e b e l l i ã o e r e s i s t e n c i a illegal á a u c t o r i d a d e
r i o r a 600500(1 r é i s , a l e m clas p e n a l i d a d e s q u e p e l a s leis do E s t a d o , d a C o m p a n h i a d o N y a s s a ou d o s f u n c c i o n a -
vigentes lhe possam ser applicadas. r i o s p o r ella d e v i d a m e n t e a u e t o r i z a d o s , d e v e r á e m acldicio-
m e n t o ás p e n a s i m p o s t a s p o r t a e s d e l i c t o s p e l a s a u c t o r i -
líouho (le madeiras d a d e s j u d i c i a e s , p e r d e r t o d a s as l i c e n ç a s q u e l h e s f o r a m
c o n c e d i d a s e t o d o s os d i r e i t o s ou p r o p r i e d a d e s q u e p o s s a m
A r t . 9 2 . ° T o d o o i n d i v i d u o ou s e u a g e n t e q u e , s e m es- t e r a d q u i r i d o n a C o m p a n h i a do N y a s s a .
t a r m u n i d o d a d e v i d a l i c e n ç a ou p e r m i s s ã o , c o r t a r m a d e i -
r a s ou lenlui e m q u a l q u e r p r o p r i e d a d e n ã o s e n d o o legiti-
m o dono clo t e r r e n o , f i c a r á s u j e i t o p o r e s t e d e l i e t o , q u a n d o Negoeiantes dc mineraes
p r o v a d o , a u m a m u l t a n ã o s u p e r i o r a 3 0 $ 0 0 0 r é i s , ou á
A r t . 99.° N e n h u m individuo poderá c o m p r a r , v e n d e r ,
p e n a dc p r i s ã o p o r u m p e r i o d o n ã o e x c e d e n t e a u m m ê s .
t r o c a r ou o u t r o s i m n e g o c i a r c o m p e d r a s p r e c i o s a s ou m e -
t a e s e m b r u t o , s e m t e r p r é v i a m e n t e o b t i d o p a r a e s s e fim
Snlgnr (termo vtilgar dc mineiros) u m a licença e s p e c i a l ( m o d e l o n . " 15). O r e q u e r i m e n t o p a r a
e s t a s l i c e n ç a s e s p e c i a e s d e v e r á s e r d i r i g i d o ao g o v e r n a d o r
A r t . 9 3 . " T o d o o i n d i v i d u o q u e d e p o s i t a r ou c o l l o c a r ,
dos t e r r i t o r i o s , q u e a c o n c e d e r á á q u e l l e s a q u e m elle j u l -
ou fôr c u m p l i c e n a collocação ou d e p o s i t o p r o p o s i t a d o cle
g a r idoneos.
m e t a e s , m i n e r i o s , m i n e r a e s ou p e d r a s p r e c i o s a s e m q u a l -
q u e r ponto ou l o g a r p a r a o fim d e e n g a n a r o u t r e m r e l a t i - § 1.° S u b e n t e n d e - s e q u e os p o s s u i d o r e s d e v i d a m e n t e
v a m e n t e á r i q u e z a cle tal d e p o s i t o , p o n t o ou l o g a r , ou registados de propriedades mineiras e de estabelecimentos
a q u e l l e q u e m i s t u r a r ou m a n d a r m i s t u r a r c o m q u a e s q u e r metallurgicos teem a supradita licença incluida n a s suas
a u i o s t r a s d e o u r o , p r a t a ou m i n e r a l m e t a l l i f e r o q u a l q u e r respectivas concessões.
m e t a l valioso ou s u b s t a n c i a , s e j a ella q u a l f ô r , q u e a u - § 2.° T o d o o i n d i v i d u o q u e n ã o p u d e r p r o v a r o s e u di-
g m e n t e o s e u t e o r ou m u d e de q u a l q u e r m o d o a n a t u r e z a r e i t o a q u a e s q u e r m e t a e s p r e c i o s a s ou g e m m a s p o r l a p i d a r
clo m e s m o m i n e r a l , c o m o fim cle e n g a n a r , l o g r a r ou d e - a c h a d o e m s e u p o d e r , ficará s u j e i t o ao p a g a m e n t o d e u m a
f r a u d a r o u t r e m , f i c a r á s u j e i t o , q u a n d o isso se p r o v e , a u m a m u l t a q u c n ã o s e r á s u p e r i o r a 1 : 2 0 0 $ 0 0 0 r é i s , alem d a s
m u l t a n ã o s u p e r i o r a 1:200->000 r é i s , a l e m d a s p e n a l i d a - p e n a l i d a d e s q u e p e l a s leis v i g e n t e s l h e p o s s a m s e r a p p l i -
d e s q u e p e l a s leis v i g e n t e s l h e p o s s a m s e r a p p l i c a d a s . cadas.
Posse illegal
Furto
A r t . 100.° Q u a n d o qualquer individuo seja c o n d e m n a d o
A r t . 9 4 . " T o d o a q u e l l e q u e q u e b r a r ou s e p a r a r com in- p o r p o s s e illegal d e p e d r a s ou m e t a e s p r e c i o s o s c o m o acima.
t e n t o s d e f u r t a r o m i n e r i o ou m i n e r a l d e q u a l q u e r filão, se d e c l a r a , os ditos m e t a e s p r e c i o s o s ou g e m m a s s e r ã o
1902 101 í Abril 10

confiscados e vendidos em proveito d a C o m p a n h i a do N y a s s a , j suir a dita l i c e n ç a ; m a s não p o d e r á o m e s m o g o v e r n a d o r


n ã o se e f f e c t u a n d o p o r e m e s s a s v e n d a s s e m t e r e m d e c o r - I c o n c e d e r t a l l i c e n ç a a u m i n d i v i d u o q u e t e n h a l i c e n ç a p a r a
rido seis m e s e s a c o n t a r d a d a t a dc tal c o n d e m n a ç ã o . S e , v e n d a a retalho de bebidas espirituosas, e caso este in-
p o r e m , d u r a n t e esse periodo h o u v e r q u a l q u e r pessoa que fringir o disposto nos a r t i g o s 101.°, 102.° e 103.°, ser-
p r o v e o s e u d i r e i t o 1 á p o s s e d o s r e f e r i d o s m e t a e s ou p e d r a s l h e - h a c a s s a d a a l i c e n ç a p a r a v e n d a d e b e b i d a s e s p i r i t u o -
p r e c i o s a s , s e r - l h e h ã o e n t r e g u e s e s t e s o b j e c t o s ou o s e u s a s , e a l e m d ' i s s o ficará s u j e i t o á s p e n a l i d a d e s e s t a b e l e -
valor. cidas nos ditos artigos.
§ unico. O g o v e r n a d o r dos territorios p o d e r á conceder
ao i n d i v i d u o , e m v i r t u d e d e c u j a d e n u n c i a se t e n h a m a p -
Passe on guias para transacçOes temporarias
prehendido quaesquer metaes ou pedras preciosas, quando
elle n ã o s e j a e m p r e g a d o d a C o m p a n h i a d o N y a s s a , o p a - A r t . 106.° Os chefes dos concelhos p o d e r ã o c o n c e d e r
g a m e n t o d e u m a q u a n t i a q u e o d i t o g o v e r n a d o r t e n h a p o r u m p a s s e ou g u i a ( m o d e l o n . ° 16), q u e d e v e r á l e v a r u m
j u s t a e r a z o a v e l , e q u e s e r á d e d u z i d a d o p r o d u c t o d a v e n d a sêllo d e 3 0 0 r é i s , a u m i n d i v i d u o q u a l q u e r p a r a e o m p r a r ,
dos d i t o s v a l o r e s , n ã o s e n d o e s s e p r e m i o n e m m e n o s d e v e n d e r , e n t r e g a r ou r e c e b e r m e t a e s o u p e d r a a p r e c i o s a s ;
2 5 p o r c e n t o n e m m a i s d e 5 0 p o r c e n t o d o v a l o r d a d i t a e s s e p a s s e , por.ein, m e n c i o n a r á s o m e n t e a p e s s o a a q u e m
venda. são c o m p r a d o s ou d e q u e m s ã o r e c e b i d o s ou a q u e m elles
Commercio illicito t e e m d e s e r v e n d i d o s ou e n t r e g u e s . E s t e p a s s e d e v e r á o u -
trosim ser somente concedido, quando o interessado f a ç a
A r t . 1 0 1 . ° Q u a i q u c r i n d i v i d u o d e v i d a m e n t e a u e t o r i z a d o , 3 d e c l a r a ç ã o d e q u e a p e s s o a cle q u e m elle t e m d e r e c e b e r
c o m p a n h i a , b a n c o ou s y n d i c a t o q u e n e g o c c i e e m m e t a e s e s s e s m e t a e s ou p e d r a s p r e c i o s a s e s t á d e v i d a m e n t e a u c t o -
p r e c i o s o s c o m q u a l q u e r p e s s o a ou c o r p o r a ç ã o q u e n ã o es- r i z a d a a tê-los e m s e u p o d e r n a c o n f o r m i d a d e d o p r e s e n t e
t e j a m u n i d a d a n e c e s s a r i a l i c e n ç a ou a u c t o r i z a ç ã o , n ã o só r e g u l a m e n t o , e q u e a p r o j e c t a d a c o m p r a , v e n d a , e n t r e g a
i n c o r r e r á n a s p e n a l i d a d e s c o n s t a n t e s d o a r t i g o 9 9 . ° , m a s ou r e c e p ç ã o n ã o é p a r a fins d e n e g o c i o ; e n o c a s o cle h a -
p e r d e r á p o r u m p r a z o q u e s e r á fixado p e l o t r i b u n a l , o di- v e r u m r e q u e r e n t e d e u m p a s s e p a r a v e n d a ou e n t r e g a ,
r e i t o d e u s a r ou d e r e n o v a r a s u a l i c e n ç a . A q u e l l e q u e f ô r d e v e r á e s t e m o s t r a r q u e é o p o s s u i d o r l e g a l d ' e s s e s m e t a e s
r e u d e t a l delieto, n ã o p o d e r á s e r i n s c r i p t o n a R e p a r t i ç ã o ou p e d r a s p r e c i o s a s .
d e M i n a s c o m o r e p r e s e n t a n t e d e u m p r o p r i e t a r i o d e claims
ou c o m p a n h i a p o r a c ç õ e s . ltegistos
§ u n i c o . A p e s s o a ou e n t i d a d e l e g a l m e n t e a u c t o r i z a d a
A r t . 107.° Todo o banqueiro, negociante, importador,
a negociar em metaes preciosos e que o faça de modo dif-
exportador, corretor, commissario, possuidor de minas,
f e r e n t e do p r e s c r i p t o n a r e s p e c t i v a l i c e n ç a , n ã o só ficará
proprietario de estabeleeimento metallurgico, agente re-
s u j e i t a ás p e n a l i d a d e s c o n s t a n t e s do a r t i g o 9 9 . ° , m a s p e r -
g i s t a d o d e q u a l q u e r p r o p r i e t a r i o m i n e i r o ou c o m p a n h i a ,
d e r á o direito a essa licença e á sua renovação p o r u m
deverá ter sempre um registo devidamente escripturado de
p e r i o d o q u e s e r á fixado p e l o r e s p e c t i v o t r i b u n a l .
t o d a s a s t r a n s a c ç õ e s e f f e c t u a d a s s o b r e m e t a e s ou p e d r a s
A r t . 102.° O a c c u s a d o de q u a l q u e r i n f r a c ç ã o ou d i s p o s t o
preciosas, e no qual e s t a r á mencionado :
n o s a r t i g o s p r e c e d e n t e s r e l a t i v o s ao c o m m e r c i o d e m e t a e s
1.° A d a t a d a s v e n d a s , c o m p r a s , i m p o r t a ç õ e s , e x p o r t a -
e p e d r a s p r e c i o s a s , d e v e r á p r o d u z i r as p r o v a s n e c e s s a r i a s
ções e d e p o s i t o s ;
dc que estava d e v i d a m e n t e auetorizado e licenceado p a r a
2 . ° O n o m e d a e n t i d a d e q u e d e f a c t o e n t r e g o u ou r e c e -
a s s i m n e g o c i a r , e n ã o o f a z e n d o , p r o c e d e r - s e - h a c o m o se
b e u os d i t o s m e t a e s ou p e d r a s p r e c i o s a s , e o n o m e d o
esse individuo não estivesse de posse de n e n h u m a licença
d o n o do v e h i c u l o o u g a d o u s a d o p a r a os t r a n s p o r t a r ;
ou a u c t o r i z a ç ã o .
3 . ° O n o m e d a p e s s o a p o r c o n t a d e q u e m os d i t o s m e -
A r t . 103.° A n i n g u e m s e r á permittido negociar em me-
t a e s e p e d r a s p r e c i o s a s f o r a m r e c e b i d o s ou e n t r e g u e s ;
taes preciosos, q u e r como c o m p r a d o r , v e n d e d o r , exporta-
4 . ° O p e s o , n a t u r e z a e v a l o r d e c a d a v o l u m e , especiíi-
d o r ou i m p o r t a d o r , n e m a e x e r c e r a p r o f i s s a o ou officio
c a n d o os m e t a e s ou p e d r a s p r e c i o s a s r e c e b i d a s ou e n t r e -
d e c o r r e t o r ou c o m m i s s a r i o d e m e t a e s e p e d r a s p r e c i o s a s ,
gues ;
s e n ã o a q u e m e s t e j a d e v i d a m e n t e l i c e n c e a d o , sob p e n a d e
5 . ° O n o m e d a p r o p r i e d a d e m i n e i r a cle o n d e os r e f e r i d o s
incorrer nas penalidades cstabelecidas no artigo 99.°
mineraes foram extrahidos.
§ unico. F i c a b e m entendido q u e o possuidor r e g i s t a d o
§ 1.° O r e f e r i d o r e g i s t o e s t a r á p a t e n t e á i n s p e c ç ã o d e
d e claims p o d e r á v e n d e r e e n t r e g a r a e n t e n d i d a d e s d e v i -
qualquer empregado devidamente auetorizado da Compa-
d a m e n t e auctorizadas metaes e pedras preciosas, sem ne-
n h i a do N y a s s a , e o u t r o s i m s e r á p r e s e n t e e m q u a l q u e r t r i -
n h u m a l i c e n ç a e s p e c i a l d e n e g o c i o ; o p r o p r i e t a r i o d e es-
b u n a l q u a n d o s e j a necessario..-
t a b e l e c i m e n t o s m e t a l l u r g i c o s t e r á igual r e g a l i a e t a m b e m a
d e e o m p r a r e r e c e b e r os ditos o b j e c t o s , c os b a n q u e i r o s li- § 2.° F a r - s e - h ã o p e r i o d i c a m e n t e e x t r a c t o s clos r e f e r i d o s
c e n c e a d o s só p o d e r ã o r e c e b ê - l o s , m a s n ã o c o m p r á - l o s ás r e g i s t o s , q u e d e v e r ã o s e r e n v i a d o s ao c h e f e clo c o n c e -
r e f c r i d a s enticlades n a s r e f e r i d a s c o n d i ç õ e s . lho n a s e p o c a s e p e l a f ó r m a q u e e s t a a u c t o r i d a d e d e t e r -
minar.
§ 3.° A penalidade a impôr pela infracção d'este artigo
Licenças (le negocio será u m a m u l t a não superior a 600.5000 réis, e n a falta
A r t . 1 0 4 . ° A s l i c e n ç a s p a r a n e g o c i a r e m m e t a e s ou p e - de p a g a m e n t o a de prisão por u m prazo não e x c e d e n t e a
d r a s p r e c i o s a s ( m o d e l o n . ° 15) s e r ã o c o n c e d i d a s p e l o g o v e r - u m anno.
n a d o r dos territorios, devendo as licenças annuaes levar líesponsíibilidades
sellos c o r r e s p o n d e n t e s á t a x a d e 300-s>000 r é i s e a s l i c e n -
ças trimestraes a 9 0 $ 0 0 0 réis. A s licenças trimestraes, A r t . 1 0 8 . ° O d i r e c t o r d e m i n a s e os s e u s s u b o r d i n a c l o s
q u a l q u e r q u e so.ija o d i a em q u e h o u v e r e m sido p a s s a d a s , serão responsaveis pela execução do p r e s e n t e regulamento
t e r m i n a m n o u l t i m o dia do r e s p e c t i v o t r i m e s t r e , a s a b e r , e m t u d o q u a n t o r e s p e i t e ao s e r v i ç o t e c h n i c o , e os e h e í e s
e m 3 1 cle m a r ç o , 3 0 d e j u n h o , 3 0 d e s e t e m b r o e 3 1 d e d o s c o n c e l h o s s e r ã o os r e s p o n s a v e i s p o r t o d a s a s q u e s t õ c s
d e z e m b r o : do m e s m o n i e d o as l i c e n ç a s a n n u a e s , q u a l q u e r administrativas e imposições de penalidades. Os chefes dos
q u e t e n h a sido o d i a e m q u e f o r a m t i r a d a s , t e r m i n a r ã o c o n c e l h o s n u n c a r e s o l v e r ã o u m a q u e s t ã o r e l a t i v a ao s e r -
no dia 31 de d e z e m b r o . viço m i n e i r o s e m o r e s p e c t i v o r e l a t o r i o official do d i r e c t o r
A r t . 1 0 5 . ° O g o v e r n a d o r d o s t e r r i t o r i o s só c o n c e d e r á a d e m i n a s , e n o c a s o cle c o n f l i c t o d e o p i n i ã o e n t r e e s t a s
licença de que t r a t a o artigo anterior, quando tiver veri- d u a s auctoridades, a questão será decidida pelo governa-
ficado q u e a p e s s o a q u e a r e q u e r , é a p t a e c a p a z d e pos- d o r dos t e r r i t o r i o s .
Abril 2-4 102 1902

Judicial j mentos possam estar adiados, o tribunal procederá a in-


vestigar do caso, e na presença das partes interessadas ou
Art. 109.° Todas as questões contenciosas serão sujei- i das pessoas que ao mesmo pareça representarem sufficien-
tas á jurisdicção dos tribunaes de justiça ordinarios, exce- temente as ditas partes interessadas, o tribunal receberá
pto, porem, quando os litigantes declarem officialmente, e e exaininará os depoimentos e summariamente decidirá a
por escrito, que se sujeitam á decisão do chefe do conce- questão.
lho ou a qualquer outra fórma de arbitragem. Art. 113.° O chefe do concelho poderá, não obstante o
disposto no artigo antecedente, e com o consentimento das
Deveres dos chefes dos concelhos partes interessadas, tomar conhecimento e decidir a causa
cle um modo ainda mais summario e sem formalidade de
Art. 110.° Os chefes dos concelhos poderão decidir, de- especie alguma, excepto a presença das partes interessa-
pois de ouvir o director de minas, sobre as seguintes das, e essa decisão ficará registada no livro adeante men-
questões: cionado.
1.° Reclamação de qualquer individuo para possuir ou Registo de queixas
occupar terrenos, em virtude de uma licença para pesqui-
sar, ou de qualquer outro documento legal, passado em Art. 114.° O chefe do concelho t e r á u m livro de registo
harmonia com o presente regulamento, ou para desviar, onde serão lançadas todas as queixas que lhe houverem sido
construir ou occupar para fins mineiros qualquer curso de apresentadas, e bem assim os nomes e domicilios das par-
agua, tanque ou reservatorio, com sujeição ás clausulas tes interessadas e a natureza clo conflicto, e cada um dos
do presente regulamento; casos será numerado em cada anno pela ordem dos res-
2.° Reclamação de qualquer individuo para rehaver a pectivos lançamentos.
posse de qualquer propriedade mineira, local ou servidão Tribunal mineiro
que se presuma abandonada ou perdida, em virtude clas
disposições do presente regulamento ou de quaesquer cle- Art. 115.° Quando se der o caso cle ser necessario cor-
terminações legalmente promulgadas pelo governador dos rigir qualquer inexactidão na exposição dos factos cons-
territorios; tantes da intimação, o chefe do concelho terá a faculdade
3.° Reclamações para utilizar qualquer curso de agua, de fazer as necessarias investigações e emendas. E quando
tanque ou reservatorio, em virtude das disposições do pre- tal caso se dê, será a intimação emendada pelo chefe do
sente regulamento, ou reclamação relativa á propriedade concelho, de modo que a questão realmente existente en-
de tal uso, em opposição a pretenção de terceiro; tre as partes interessadas fique claramente manifesta e o
4.° Usurpação de propriedades mineiras ou damnos cau- tribunal habilitaclo a decidir o pleito.
sados por terceiros a quaesquer propriedades, locaes para
construcções mineiras, canaes, tanques ou reservatorios, DecisOes
machinas, represas ou serventias, e em geral qualquer in-
gerencia illegal ou disputa no que respeita ao uso de di- Art. 116.° A decisão do tribunal será no proprio dia re-
reitos conferidos a qualquer individuo pelo presente re- gistada no livro mencionado no artigo 115.° e uma copia
gulamento ; da mesma entregue a cada uma das partes. O chefe do
5.° Todas as questões relativas á exacta demarcação de concelho com a assistencia do director de minas dirigirá
quaesquer terrenos occupados em virtude das disposições a immediata execução da alludida decisão, quer ella res-
do presente regulamento; peite a occupação cle terreno, a uso de aguas ou a usur-
6.° Todas as questões e disputas que de um modo geral pação de propriedade.
possam surgir entre mineiros relativamente a trabalhos de
minas. Offensas ao tribunal mineiro
§ unico. Os chefes dos concelhos não terão jurisdicção
Art. 117.° Se qualquer individuo faltar ao respeito de-
em materia criminal, nem decidirão legalmente quaesquer
vido ao chefe do concelho durante as sessões do tribunal,
reclamações por perdas e damnos, todos estes assumptos,
ou quando seja chamado ou interrogado como testemunha,
continuanclo, como dc costume, sob a alçada dos tribunaes
se recuse a prestar juramento ou fazer afíirmações ou a
judiciaes, salvo quando os mesmos chefes de concelhos es-
responder a qualquer pergunta conforme a lei, ser-lhe-ha
tejam legalmente investidos em funcções judiciaes.
pelo mesmo tribunal imposto a pena de prisão por qua-
renta e oito horas ou uma multa não excedente a 30)51000
Tribunal mineiro réis.
Custas
Art. 111.° Para os fins do presente regulamento o chefe
do concelho com a assistencia do director de minas e do Art. 118.° As custas a cobrar no julgamento das causas
sub-chefe do concelho constituirão um tribunal mineiro, o mencionadas nas precedentes disposições serão contadas
qual poderá reunir em qualquer localidade dentro da re- de modo -igual ás das tabellas judiciaes, e constituirão re-
gião mineira, e que receberá os necessarios depoimentos c ceita eventual da Companhia do Nyassa, depois de dedu-
resolverá todas as questões voluntariamente submettidas á zidas as custas fixadas, quando estas sejam adjudicadas á
sua jurisdicção, do modo mais simples, expedito e econo- parte que ganhou o pleito. Nos casos em que as tabellas
mico, com poderes igualmente para determinar as custas judiciaes não forem applicaveis, o tribunal arbitrará as
dos processos summarios assim julgados, e o referido tri- custas.
bunal terá a mesma auctoridade para intimar a comparen- Declaração
cia de testemunhas que teem os tribunaes judiciaes ordi-
narios. Art. 119.° Antes da audiencia de qualquer causa, as
partes interessada,s deverão fazer a declaração de que ac-
Art. 112.° O processo a instaurar perante o tribunal do
ceitam a jurisdicção do chefe do concelho, e esse docu-
chefe do concelho eomeçará sempre por uma intimação
mento ficará archivado na repartição respectiva e será re-
(modelo n.° 17) feita a requerimento do queixoso, que de-
gistado no livro referido no artigo 114.°
verá conter a exposição clara clos factos que deram ori-
gem ao conflicto ou reclamação, e á vista da dita recla-
Funccionarios da Companhia do Nyassa
mação a pessoa assim intimada terá de comparecer pe-
rante o chefe do concelho no dia determinado. Nesse dia Art. 120.° Aos chefes dos concelhos onde possa estar
ou em qualquer outro subsequente, para o qual os depoi- situada qualquer propriedade mineira, ao director de mi-
1902 V'103 Abril 17

nas, e aos empregados a elle subordinados, é expressa- estas para todos os effeitos no regime commum estabelecido
pelo presente regulamento ;
mente prohibido, excepto com o consentimento e approva-
ção da administração da Companhia do Nyassa, possuir j) O deposito de que trata a alinea c) só poderá ser le-
qualquer propriedade mineira, ou ser interessado, exer- vantado quando se prove, por fórma satisfatoria, ter sido
cer qualquer mister, ou encarregar-se de qualquer agen- despendida em trabalhos de pesquisa, ou nestes e nos de
cia, seja ella qual fôr, ou ter quinhão ou interesse em lavra, com bom criterio, quantia superior ao triplo da im-
qualquer companhia mineira ou sociedade de negocios mi- portancia do mesmo deposito;
neiros ou commerciaes, ou estar ligado a qualquer com- k) Quando não sejam pedidas as concessões, ou quando
panhia mineira na qualidade de director, consultor, ge- estas venham a ser abandonadas antes de attingir aquelle
rente ou empregado; e quando qualquer chefe do concelho, dispendio, será o deposito declarado receita da Companhia,
director de minas ou subordinado ou empregado transgre- e como tal arrecadado ;
dir os preceitos d'esta disposição, ficará sujeito a ser l) A licença para pesquisas, concedida nos termos do
suspenso ou a ser demittido do seu cargo, conforme o go- presente artigo, não é transmissivel sem auctorização pre-
vernador entender. via da Companhia, que poderá recusá-la quando não re-
conheça a idoneidade do pretendente a cessionario ;
Reserva (le direitos feita pela Coinpaiiliia m) Fica expresso que a Companhia poderá indeferir um
pedido de licença para pesquisas, embora feito nos preci-
Art. 121.° Fica salvo á Companhia do Nyassa o direito sos termos d'este artigo e quaesquer que sejam as garan-
de conceder licenças para pesquisar uma certã porção de tias offerecidas, quando assim o julgite conveniente.
territorio e de outorgar directamente concessões de minas
sem restricção de numeros de claims para a exploração em Effeito retrospeetivo das disposições do presente
grande de uma dada zona mineira, observando-se as dis- regulamento
posições prescriptas no artigo 122.° seguinte. Art. 123.° Todas as concessões mineiras possuidas an-
teriormente á publicação d'este regulamento, salvo onde
Contratos especiaes se fizeram expressas disposições em contrario, ficarão su-
jeitas ás estipulações que aqui se conteem, dentro de um
Art. 122.° Quando a Companhia julgue opportuno usar prazo de tres meses, a contar da data da publicação
da faculdade que lhe é conferida pelo artigo antecedente, do presente regulamento do Boletim da Companhia do
observar-se-hão os seguintes preceitos geraes: Nyassa.
a) Sobre o requerimento, base do processo, aeompa- § unico. Todas as referidas concessões ficam, porem,
nhado dos documentos que a Companhia exigir para pre- especialmente sujeitas aos preceitos do artigo 26.° do de-
cisar o pedido e garantir a seriedade do emprehendimento, creto de 26 de dezembro de 1891.
será ouvido o director de minas por intermedio do gover- Art. 124.° Nos pontos omissos d'este regulamento, e na
nador dos territorios, que dará tambem o seu parecer, e o parte applicavel, observar-se-hão, quanto possivel, os pre-
processo assim organizado será presente no Conselho de ceitos consignados no decreto de 29 de dezembro de
Administração da Companhia; 1898, relativo á pesquisa e lavra de minas nas possessões
b) Resolvendo a Companhia pelo deferimento, e reser- ultramarinas.
vada a area que fôr julgada conveniente, será passada Paço, em 10 de abril de 1902. = Antonio Teixeira de
uma licença especial para pesquisas por meio de ordem Sousa.
publicada no Boletim;
c) A licença especial de que trata a alinea anterior, não Modelos
será passada sem que esteja depositada nos cofres da Com- MODELO N.° 1
panhia, como caução, a quantia que tiver sido préviamente
fixada pela mesma Companhia; Declaraçíto ao requerer uma licença mineira
cl) A licença só póde ser concedida a individuos nacio- E u . . . (estado, idade, nacionalidade, occupação), abaixo
naes, ou a sociedades organizadas e constituidas segundo assignado, desejando obter da Companhia do Nyassa uma
as leis portuguesas; entenclendo-se que os estrangeiros licença mineira, pela presente me obrigo a observar todas
(individuos, sociedades, companhias ou quaesquer outras as leis e regulamentos da Companhia, a ajudá-la na de-
entidades collectivas) desistem sempre, nestes e nouti*os fesa dos seus territorios ou na manutenção da ordem,
casos de concessões mineiras, do seu foro nacional, em quando me seja assim exigido, e a obedecer immediata-
todas as pendencias relativas aos trabalhos de minera- mente a todas as decisões e instrucções dos funccionarios
ção ; da Companhia, sujeitando-me, caso não cumpra, á annulla-
e) Durante um periodo a fixar, dependente da area ção da dita licença e de quaesquer direitos que da mesma
concedida, mas sempre comprehendido entre dois e cinco se derivem. Declaro mais reconhecer o direito da Compa-
annos, poderão effectuar-se as pesquisas, respeitando-se nhia a expulsar-me dos seus territorios, se eu resistir a
as disposições dos artigos 8.° e 69.° do presente regula- essas decisões ou desobedecer a essas instrucções.
mento e respectivos paragraphos;
f ) Antes de expirar o prazo fixado nos termos da ali- (Data). (Assignatura do pesquisador;
nea precedente, deverá o pesquisador enviar ao gover- (Testcinirabasj.
nador dos territorios os manifestos relativos aos claims au 6
pretender dentro da area concedida, pagando por cç;ua um MODELO N.° 2
a quantia estipulacla; Licença mineira
g) Recebidos os manifestos o governador dos, territorios
R e p a r t i ç ã o de Minas.
mandará proceder por um technico, e á cjjsta do reque-
rente, ao reconhecimento dos jazigos e 4 demarcação das F. . . . havendo cumprido o que dispõe o regulamento
concessões pedidas, fixando a quantia; ÍL entregar prévia- de minas em vigor, fica por esta licença auetorizado a
mente ; '' pesquisar quaesquer mineraes metalliferos nos districtos
h) Em seguida á conclusão tV.Rste serviço, começará a mineiros a meu cargo, em quaesquer terrenos abertos a
contar-se o prazo de um anno^ dentro do qual deverão ser pesquisas e na conformidade do disposto no dito regula-
pedidas á Companhia as e o n c e s s g e s dos claims que deverem mento.
subsistir; / O Director de Minas,
i) Outorgadas pela Companhia as concessões, entrarão F.. .
Abril 2-4 104 1902

NB. Esta liccnça não confere o direito de pesquisar dentro de MODELO N.» 1
200 metros de distancia de quaesquer casas ou edificios occupados
ou ein qualquer terreno cultivado sem o consentimento por escrito Demarcação dc tunnel
do occupador d'essa casa, edificio ou terreno, ou em povoações ur-
banas, lotes ou talhões urbanos, officinas, depositos de mineral, es- O abaixo assignado, possuidor de licença mineira n.°
tabelecimentos hydraulicos, ou em logares publicos, cemiterios, al- . . ., passada pelo Director de Minas, em . . . de . . . de
deias e hortas dc indigenas ou em quaesquer outros terrenos não 19. . ., avisa, por este meio, que reservou uma demarca-
concedidos ou terrenos especialinente reservados pela Companhia
do Nyassa. ção de tunnel, na conformidade clo que díspoe o artigo
26.° do regulamento de minas da Companhia do Nyassa.
Certificado do registo de . . . claims . . . a . . .
(Numero). ' (Descrever exactamente a posição e extensão da con-
cessão, e bem assim a posição do poste que marca o prin-
(Data).
O Director de Minas, cipio do tunnel com referencia áquelle em que estiver affi-
F.. . xado o aviso, e acompanhar a descripção com o diagram-
ma na fórma prescripta).
MODELO N.° 3 (Hora de affixação).
(Data).
Aviso de descoberta (Assignatura)
Yisto, (Testemunhas)
O abaixo assignado, possuidor da licença mineira n . ° . . . ,
passada pelo director, de minas, em . . . , tendo descoberto F. . .
(especiíicar aqui a natureza da descoberta e descrever mi- MODELO N.° 8
nuciosamente a posição do ponto de descoberta em relação
ao ponto onde o aviso está affixado) por este modo declara Certificado de reserva
que o direito exclusivo de pesquisar dentro de uma area N.° do certificado . . . Repartição de m i n a s
de 300 metros a contar do dito ponto de descoberta, está N.° do «claim» de alluvião . . . . . . de . . . de 19.. .
reservado por um periodo de trinta dias a contar d'esta Certifico que a F . . . , occupador do claim de alluvião
data. n.° . . ., foi concedida reserva com respeito ao alludido
(Hora cla affixação). claim.
(Data). O Director de Minas,
(Assignaturas) F. . .
(Testemunhas)

MODELO N.° 4 MODELO N.° 9


Certificado de registo Certificado de protecção

N.° da propriedade ... Repartição de Minas,... de ... de 19... N.° . . . RepartiçSo de Minas, . . . de . . de 1 9 . . .

Certifico que F . . . ó o occupador registado da pro- Certifico haver concedido protecção á propriedade n.°
priedade (natureza da concessão, declarando se é demar- . . . (designar a natureza da propriedade), até ao dia . . .
cação clo filão, alluvião ou tunnel). de . . . de 1 9 . . . , ficando dispensados até essa data os
trabalhos prescriptos pelo regulamento de minas da Com-
(Numero). panhia do Nyassa.
(Data).
O Director de Minas,
O Director cle Minas,
F...
F. . .
MODELO N.° 10
MODELO N.° 5
8 Certificado de incorporaçao
Certificado de exploração
N." do certificado . . .
N." do certificado ... Repartição cle Minas,... de ... de 19... Propriedade . . . (designar a natureza da propriedade)
N.° da propriedade . ..
Certifico que me foi declarado que os trabalbos pres-
eriptos nos artigos . . . do regulamento de minas foram Certifico que a propriedade (designar a natureza cla
devidamente executados na propriedade (dizer se ó íilão mesma) n.° . . . denominada . . . , registada em nome de
os
ou alluvião) registada nos livros d'esta repartição sob o F . , foi nesta data incorporada nas propriedades n. . . . ,
n.° . . ., e que, portanto, ficam satisfeitas as alludidas pres- registadas em nome de F . . . o F . . ., e que todas as pro-
eripç.ões até ro dia . . . de . . . de 19. . . priedades acima mencionadas foram por mim registadas
em nome de F . . ., sob o n.° . . .
O Director de Minas,
F.. . (Data)- O Director de Minas,
F. . .
MODELO N.° ti
MODELO 11
Licença para eondcnsação de trabalhos
N Certificado de reclamação dc direitos
N." .. . Repartição de Minas, . . . de . . . de 1 9 . . .
N.° da propriedade . .. Eu abaiX 0 assignado (dar o nome e a morada por ex-
tenso) requeirck para ser ouvido relativamente (aqui expor
Certifico que se concedeu licença a F . . ., occupador do o caso ou negotíip a que a reclamação se refere com os
grupo cle minas n. os . . ., para executar no grupo de mi- pormenores), em vfítuclc do que estatue o artigo 51.° do
nas n. os . . . todo o trabalho que conforme o regulamento regulamento de minasvid^ Companhia do Nyassa.
teria de executar-se em todos estes grupos, ou seja um
total de . . . metros, o qual deverá estar terminado no \ (Assignado)
dia . . . de . . . de 19. . . X F...
O Director de Minas, Eegistado por (assignatura do\ P g&clo que fez o registo).
m re

F... (Data).
1902 V'105 Abril 17

MODELO N.° 12 MODELO N.° 16

Certificado de abandono (xuia ou licença temporaria para negociar


em pedras preciosas
N.° do certificado . . . N." da propriedade . . .
Propriedade . . . (qual a s u a natureza) Secretaria do concelho de . . ., em . . . de . . . de 19. . .
Pela presente concedo licença a . . . para eomprar (ven-
Certifico que a propriedade (designar a sua natureza), der ou entregar) os metaes preciosos abaixo mencionados
denominada . . . , n.° . . e registada em nome de F. . . ., (descrever minuciosamente a quantidade, qualidade e va-
foi declarada abandonada. lor dos metaes preciosos para os quaes a guia é passada,
a F . . . (ou F . . .).
(Data). O Director de Minas,
O Chefe do Concelho,
F...
F. ..

MODELO N.° 13 MODELO N.° 17

Requerimento para a concessão de local Intimaçito do tribunal mineiro

O abaixo assignado (nome e domicilio por extenso) re- Pela presente fica intimado F . . . para comparecer na
quer por este meio á Repartição de Minas da Companhia minha presença no dia . . . de . . . de . . ., ás . . . horas, a
do Nyassa, em virtude do artigo 59.° e outros artigos do fim de ser ouvido sobre a queixa apresentada por F . . . e
regulamento de minas, lhe seja concedida (aqui declarar F . . . (mencionar o nome de todos os queixosos) e relativa
distinctamente qual a area e situação do terreno preciso) a . . . (mencionar os fundamentos da queixa).
como se mostra na planta junta, para ser utilizado (aqui O intimado tem direito a requerer a presença de quaes-
declarar o uso ou usos a que o dito terreno ó destinado), quer testemunhas, ou a apresentaçâo de quaesquer livros
obrigando-se o requerente, no caso do deferimento d'esta ou documentos, para o que solicitará os competentes man-
pretenção, em seu nome, dos seus herdeiros ou commit- dados nesta repartição.
tentes, ao pagamento de todas as rendas, direitos, emolu- Secretaria do concelho de . . .
mentos, licenças e todos os demais encargos relativos ao (Data).
dito terreno, como se acham ao presente descriptos no O Chefe do Concelho,
regulamento de minas da Companhia do Nyassa, e á
F. . .
observancia do dito regulamento em tudo que lhe res-
peite.
MODELO N.° 18
(Assignatura do requerente)
Guia para explorar mineraes terrosos
(Testemunbas)
(Data e logar da assignatura). Pela presente é concedida permissão a . . . (dar aqui o
nome por extenso e morada do concessionario), para ex-
Deu entrada (assignatura do respectivo empregado e data da en-
trada). plorar e tirar . . . para empregar (mencionar aqui o logar
ou logares onde o dito mineral, de classe 4. a , tem de ser
MODELO N.° 14 empregado, e tambem o material e quantidade d'elle que
tenha de tirar-se) pelo que elle deverá pagar á Companhia
Certificado de registo de local do Nyassa (declarar aqui qual o preço da compra, renda,
e todos os pagamentos, se os houver a cobrar clo conces-
Certifico que (aqui o nome por extenso e domicilio do
sionario) e terá tambem de observar os preceitos do re-
concessionario) é o possuidor registado em conformidade
gulamento de minas da Companhia do Nyassa em tudo
com o regulamento de minas cla Companhia clo Nyassa,
que respeitar á exploração e remoção do clito mineral.
(aqui dizer distinctamente a area e a situação do terreno
Esta guia será valida até (data).
concedido) como se mostra na planta, para ser utilizado,
(aqui dizer qual o uso ou usos a que tal terreno tem de (Data da guia).
ser applicado), pelo uso do qual terreno elle, os seus her- O Director de Minas,
deiros ou committentes teem de pagar (aqui dizer todos
os pagamentos a que o dominio fica sujeito) e outrosim F. . .
ficam obrigados a observar o regulamento de minas da Paço, em 10 de abril de 1902. —Antonio Teixeira de
Companhia clo Nyassa em tudo que lhe respeite. Sousa.
D. do Cí. ii." 1<JÍ), do G dc lmiio.
O Director de Minas,
F. . .
(Data, localidade e numero de registo). MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
Secretaria Geral
MODELO N.° 15 y
Licença para negociar em metaes e pedras preciosas Tendo o decreto de 1 do corrente feito a classificação
do pessoal de fazenda e a sua distribuição pelas diversas
Pela presente concedo licença a F . . . para.ftegociar em repartições de fazenda e reeebedorias clos districtos admi-
metaes e pedras preciosas, em virtude do ^físposto no ar- nistrativos e concelhos clo continente do reino e ilhas ad-
tigo 99.° do regulamento de minas fá Companhia do jacentes, nos termos clo decreto n.° 1 cle 24 de dezembro
Nyassa, desde esta data até ao dia ./f'. de . . . cle 19. . . cle 1901, e sendo indispensavel para a boa ordem e regu-
Pagou a quantia de . . . segun#& 0 regulamento do laridade dos serviços fiscaes, que entrem desde já na effe-
minas em vigor. ctividade dos seus empregos todos os funccionarios dos
referidos quadros, cessando as substituiçõcs e interinida-
(Data). S des, que tanto affectam e prejudicam o expediente das al-
/ O Governador, ludidas repartições: manda Sua Magestade El-Rei de-
F... i clarar:
Abril 16 106 1902

1.° Que todos os empregados, de qualquer eategoria, 2.® A collocar fios de resguardo em todos os pontos em
que constituem os quadros das repartições de fazenda que as linhas telephonicas se eruzam com os conductores
centraes, districtaes e concelhias, e das reeebedorias dos de alimentação da tracção electrica, e pela fórma que op-
concelhos e bairros do continente do reino e ilhas adja- portunamente lhe fôr designada.
centes, se apresentem no improrogavel'prazo de 30 dias, Paço, em 12 de abril de 1902. = Manuel Francisco de
contados da publicação d'esta portaria, a tomar posse e a Vargas.
D . do G. n.° 81, do 14 dè abril.
entrar no exercicio dos seus respectivos cargos, cessando
por esta fortna todas as commissões que, sob qualquer ti-
tulo, estejam desempenhando, com excepção somente
d'aquellas a que se referem os decretos n. os 1 e 2, de 24
de dezembro de 1901 e das que dependerem do Ministe- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
rio do Reino;
2.° Que os empregados licenceados se apresentem nas Direeção Geral da Instrucção Publica
suas repartições logo que termine o prazo da concessão
das respectivas licenças; l.a Repartição
3.° Que aquelles que allegarem não poder, por motivo
de doença, tomar posse ou exercer os seus empregos, se- Tendo chegado ao conhecimento de Sua Majestade El-
jam mandados apresentar á junta medica de inspecção Rei que o benemerito c.idadão Joaquim Henriques Tavares
para serem aposentados se forem julgados incapazes do Bastos offereceu ao Governo a quantia de 2:000$000 réis
serviço ou compellidos a exercer as suas funcções, quando para auxilio da construcção de um edificio destinado a
a junta os considerar aptos para isso; escolas primarias para os dois sexos na freguesia de Cas-
4.° Que para os effeitos do disposto nos numeros ante- tellões, concelho de Macieira de Cambra: manda o mesmo
riores os chefes de serviço darão opportunamente conta, Augusto Senhor que seja louvado aquelle prestante cida-
pelas vias competentes, ao Ministerio cla Fazenda, dos dão pela sua patriotica iniciativa e o seu nome inscripto
funccionarios que deixarem de ir exercer os seus empre- no exterior do referido edificio, como signal de publico
gos ; reconhecimento.
5." Que as substituições dos funccionarios fiscaes se Paço, em 12 de abril de 1902. = Ernesto Rodolpho
devem fazer nos precisos termos do decreto n.° 1, de 24 Hintze Ribeiro.
D. do Or. n.° 81, de 17 de abril.
de dezembro de 1901, ficando expressamente prohibido
aos chefes cle serviço permittir, que os empregados das
suas repartições se ausentem dos seus empregos, fazendo-
se nelles substituir por quaesquer serventuarios particula-
res ; Direeção Geral de Administração Politica e Civil
6.° Que os funccionarios que não cumprirem o disposto
nos n. os 1.°, 2.° e 3.° d'esta portaria, sejam processados 2.a Repartição
para demissão, por abandono de logar;
7.° Que as repartições a quem competir, devem, sem Sendo presente, por certidão, a Sua Majestade El-Rei,
perda cle tempo, fazer expedir e entregar aos interessados, os autos de corpo cle delieto, levantados no competente
nos concelhos onde se encontrarem, as guias regulamen- juizo de direito cõntra o administractor, que foi, do conce-
tares de apresentaçâo, e bem assim em todos os casos de lho de Villa Verde, Francisco Antonio Esteves, por haver
muclança de residencia, as devidas requisições de trans- confirmado as declarações feitas nos termos da disposiçâo
porte, ficando d'esta fórma e somente na presente occa- a), n.° 4.° do artigo 117.° do regulamento de 6 de agosto
sião, ampliadas as disposições cla portaria de 14 de outu- de 1896, por diversos chefes de familia acêrca do amparo,
bro de 1893; que os mancebos, João, filho cle Agostinho cla Costa, Do-
8.° Que aos empregados reintegrados ou aos que de mingos, filho cle Manoel Joaquim de Araujo, José, filho de
novo são collocados nos quadros, nos termos do decreto Manoel da Silva Simão, Manoel, filho de José Bento dos
n.° 1, de 24 dezembro de 1901, seja dada immediatamente Santos, e Antonio, filho de José da Silva Vaz, todos cla
posse clos seus logares em presença da lista do pessoal de freguesia de Santa Maria do Prado, prestaram, no anno de
fazenda publicada no Diario do Governo e sem exigencia 1900, aquelles a seus referidos paes e este a sua irmâ
cle guia ou communicação official. Aima da Silva Vaz, cujas condições, embora precarias, não
Paco, em 12 de abril de 1902. — Fernando Mattozo o eram tanto, quanto o exije a citada disposiçâo para os
Santos. effeitos do mesmo artigo; e
D . do Ci. Sl, dfi 14 de abril.
Considerando que das informações officiaes a este res-
peito se mostra, que o sobredito administrador, que ha
poucos meses servia no concelho de Villa Verde, não tendo
conhecimento proprio das circumstancias dos reclamantes,
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLKáS,.COMMERCIO E INDUSTRIA passou aos arguidos attestados em vista de informações
officiaes e outras fidedignas ;
Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
Considerando que a confirmação das attestações clos
2,a Repartição chefcs de familia, exigida pelo n.° 6.° da disposiçâo a) do
artigo^í-JJ. 0 do regulamento de 6 de agosto de 1896, não
2." Divisíto é um attestado gracioso, mas sim obrigatorio, cuja recusa
infundada íisporta a responsabilidade criminal prevista no
Sua Majestade El-Rei, conformando-se com o parecer artigo 158.° mesmo diploma;
da commissão nomeada por portaria de 19 de fevereiro do
C o n s i d e r a n d o a falta de conhecimento proprio das
corrente anno:
condições dos requ^K?n^0S n a 0 ^ m o t i v o legitimo da recusa
Ha por bem auctorizar que seja aberta, provisoriamente, de attestados obrigatoí^os> 6 deve supprir-se pelas precisas
á^ exploração publica a linha da Companhia Carris de averiguações;
Ferro cle Lisboa, scrvida por tracção electrica, entre
Considerando que em taN? a s o e n a estreiteza do prazo,
Santa Barbara e o Arieiro, ficando a empresa exploradora
obrigada: em que tem de se cumprir o \ r e c e i t o 010 c i t a ( l o 6, é
consequente que os administrad^ e s de concelho procedam
1.° A reparar convenientemente a entrada das agulhas ; em vista das mencionadas informa\-^ es ! e a e U a s s e devem
1902 V ' 107 Abril 17

reportar nos attestados, para maior regularidade da res- Canavezes de 30 de janeiro ultimo, acêrca da criação de
pectiva apreciação; um partido medico dotado com 200,-5000 réis annuaes,
Considerando que o administrador arguido nos sobre- cujo serventuario terá residencia obrigatoria no logar da
ditos autos, fazendo-o assim, e não se mostrando, que elle Feira Nova.
tivesse qualquer conhecimento de serem menos exactas as O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
attestações dos chefes de familia, attestou somente o que cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
lhe constava como verdade : entendido efaça executar. Paço, em 17 de abril de 1 9 0 2 . =
Ha o mesmo Augusto Senhor por bem denegar, nos ter- R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
mos do artigo 431.° do Codigo Administrativo, a precisa
D . do G. ji." 86, de 19 de abril.
auctorização para o seguimento do respectivo processo.
Paço, em 16 de abril de 1902. = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro.
D . do G-. n.° 84, dc 17 de abril.
Visto O disposto nos artigos 177.° e 179.°, n.° 2.°, do
Codigo Administrativo: hei por bem approvar a delibera-
ção da Junta de Parochia da freguesia de Carvalhosa, con-
Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes por eer- celho de Paços de Ferreíra, de 1 de fevereiro ultimo,
tidão, os autos de corpo de delieto, levantados no 1.° dis- acêrca do emprestimo de 191)5896 réis, amortizavel em
tricto criminal do Porto contra o guarda n.° 270 do corpo quatro annuidades de 59$594 réis cada uma, a fim de ser
de policia civil da mesma cidade, arguido por Manoel Pe- applicado o respectivo producto exclusivamente nas obras
reira de o ter offendido corporalmente em um dos ultimos de construcção do cemiterio parochial da mesma fregue-
dias de novembro de 1 9 0 1 ; sia.
Vistas as investigações e informações officiaes, que O Presidente clo Conselho de Ministros, Ministro e Se-
mostram não ter praticado o mesmo guarda qualquer vio- cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
lencia na pessoa do queixoso : entendido e faça executar. Paço, em 17 de abril de
Hei por bem denegar, nos termos do artigo 431." do 1902. = REI. ~ Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
Codigo Administrativo, a necessaria auctorização para o D. do G. 11.° 86, de 19 de abril.
seguimento do respectivo processo.
Paço, em 16 de abril de 1902. —Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro.
D . do G. u.° 84, de 17 dc abril.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
Direeção Central
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
l,a Repartição
Administração Geral. das Alfandegas
DOM CARLOS, por graça de Deus Rei de Portugal e
l.a Repartição dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos
Sua Majestade El-Rei, attendendo ás informações que a lei seguinte :
lhe foram prestadas sobre o assumpto : ha por bem de- Artigo 1." É criada no districto administrativo clo Porto
terminar, nos termos do artigo 5.° do decreto n.° 3, de uma Casa de Detençào e Correcção destinada a recolher,
27 de setembro de 1894, que o posto de despacho de 2. a para educar e regenerar, até ao numero de 100 individuos
classe da Villa das Lagens, da Ilha do Pico, seja elevado do sexo masculino maiores de dez e menores cle dezoito
á eategoria de l . a classe. annos, de todas as comarcas do districto judicial da Rela-
Paço, em 16 de abril de 1902. = Fernando Mattozo ção ílo Porto, ou que, por transferencia, lhe forem envia-
Santos. clos das outras casas de detenção e correcção e colonias
D . do G. n.° 85, de 1S do aliril.
correceionaes agricolas do país.
§ 1.° A Casa de Detenção e Correcção do districto do
Porto ficará sob a dependencia do Ministerio dos Negocios
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO Ecclesiasticos e de Justiça, e será installada em qualquer
dos edificios do Estado, existentes no mesmo districto, que
Direeção Geral de Administração Politica e Givil se possa utilizar para esse fim, e, no caso de não o haver,
fica o Governo auetorizado a 'construido., .
2.a Repartição § 2.° O numero dos reelusos póde? _ ser elevado a 200,
logo que as circumstancias o, pcvmittam.
Visto o disposto nos artigos 55.°, n.° 2.°, õ7.° e 118.° Art. 2.° Serão admittidos na Casa de Correcção e De-
do Codigo Administrativo: hei por bem approvar as deli- tenção: . ...-•'
berações da Camara Municipal do concelho de Braga, d« 1." Processaclos e não afiançados;
2 4 cle fevereiro a 31 de março ultimo, acêrca da criacão 2.° Presos á ordem de auctoridade judicial ou adminis-
de um partido medico dotado com 200$000 réis annuaes. trativa ;
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- 3.° Detidos, nos termos dos artigos 48.° e 49." do Co-
cretario de Estado dos Negocios clo Reino, aíssim o tenha digo Penal e 143.° e 224.°, n.° 12.°, do Codigo Civil;
entendido e faça executar.-Paço, em 17 de abril de 1 9 0 2 . = 4.° Condemnados a prisão correccional ou a prisão maior
R E L = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. cellular;
n . do G. 11." se, do 19 de abril. 5." Expostos, abandonados ou desvaliclos a cargo dos
corpos administrativos e que forem desobeclientes e incor-
rigiveis ;
6.° Postos á disposiçâo do Governo, nos termos da lei
Visto o disposto nos artigos 55.°, n.° 2.°, 57.° c 118.° penal;
do Codigo Administrativo: hei por bem approvar a deli- 7.° Isentos, nos termos da mesma lei de responsabili-
beração da Camara Municipal ds concelho de Marco de dade criminal, em razão cla idade, ou de falta de diseer-
Abril 2-4 108 1902

nimento, e que não sejam entregues a seus paes ou tuto- ou quem lh'os ministre, ou se estiver habilitado para os
res. adquirir.
Art. 3.° Os menores postos á disposiçâo do Governo, Art. 10.° Quando o internado, a quem tiver sido con-
por virtude do preeeito do artigo 3.° da lei de 22 de ju- cedida a liberdade coudicional, abuse d'ella, tenha mau
nho de 1880, que forem indigentes e não tenham liabili- ou vicioso comportamento, ou não cumpra alguma das
tações profissionaes com que possam adquirir meios de clausulas da concessão, ser-lhe-ha esta retirada e voltará
subsistencia, e os condemnados pelo crime de vadiagem á Casa cle Detenção e Correcção, e, se tiver sido conde-
ou mendicidade, que estiverem nas mesmas condições, mnado em alguma pena, não se lhe levará em conta, para
embora deeorrido já o tempo da pena applicada, conti- o seu cumprimento integral, o tempo que tiver gozado de
nuarão detidos até perfazerem a idade de vinte e um an- liberdade.
nos. Se, porem, antes d'essa idade, forem julgados habeis Art. 11.° Ao Ministro dos Negocios Ecclesiasticos e de
para viverem pelo seu trabalho profissional, ou se tiverem Justiça compete a concessão da liberdade condicional e a
paes, tutores ou outras piessoas que os reclamem e que es- sua revogação, quando os reclusos estejam em cumpri-
tejam em circumstancias de lhes dar a educação conve- mento de pena imposta por qualquer crime, sob proposta
niente, serão postos em liberdade. do respectivo proeurador regio e consulta do conselho dis-
Art. 4.° Ilaverá na Casa de Detenção é Correcção do ciplinar, observando-se neste processo as disposições ap-
districto do Porto um conselho disciplinar e um conselho plicaveis da lei de 6 de julho de 1893 e respectivo regu-
escolar e profissional, cuja constituição e attribuições serão lamento.
determinadas no respectivo regulamento.
Art. 12.° Á Casa de Detenção e Correcção do districto
Art. 5.° O conselho disciplinar poderá conceder a li-
do Porto será dividida em tres secções completamente se-
berdade coudicional aos menores detidos na Casa de De-
paradas e independentes, a saber:
tenção e Correcção não condemnados por sentença do po-
1. a Detenção preventiva, destinada a recolher os meno-
der judicial, embora ali manclados internar pelo crime de
res indicados nos n. o s 1.° e 2.° do artigo 2.° d'esta lei;
vadiagem ou de mendicidade, quando os julgue em condi-
2." Detenção prisional, destinada aos reclusos indicados
ções moraes sufficientes para poderem gozar d'este bene-
nos n. o s 3.°, 4.°, 5.°, 6.° e 7.° do artigo 2.°, c áquelles a
lieio e ganhar a sua subsistencia pelo seu trabalho, ou
quem o conselho disciplinar entender dever applicar este
quando tenham pessoa idonea que os reclame e por elles
regime;
se responsabilize.
Art. 6.° São considerados como desobedientes e incor- 3. a Correcção destinada aos menores que para ella se-
rigiveis, para os effeitos d'esta lei: jam transferidos da detenção prisional.
1.° Os menores dc dezoito annos que, tendo estado in- Art. 13.° Os menores internados nas casas de deten-
ternados em casa de detenção e correcção, nos termos clos ção e correcção, e nas colonias correccionaes agricolas,
artigos 143.° e 224.° n.° 12.° clo Codigo Civil, forem pe- poderão ser reciprocamente transferidos de umas para ou-
los respectivos conselhos disciplinares da Casa declarados tras, sob proposta dos respectivos conselhos e auctorização
como taes ; do Ministro dos Negocios Ecclesiasticos e cle Justiça.
2.° Os menores provenientes de casas de reforma, asy- Art. 14.° Ilaverá no districto judicial do Porto uma
los profissionaes e outros estabelecimentos analogos cle cor- commissão de patronato para collocação e vigilancia dos
recção de menores, cujos directores pedirem o seu inter- menores saidos da Casa de Detenção e Correcção, cuja
nato nas casas de detenção e correccão; organização e attribuições se determinarão no respectivo
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regulamento.
3." Os orphãos, expostos, abandonaclos ou desvalidos,
que, tendo dado entrada nos asylos a cargo clos corpos Art. 15.° Os menores que terminarem o tempo de in-
administrativos ou de associações de beneficencia, forem ternato nas casas de detenção e correcção e não forem
pelas administraçõcs d'estes estabelecimentos declarados pelo conselho disciplinar considerados como corrigidos, se-
como taes. rão collocados á disposiçâo clo Governo para este lhes dar
Art. 7." Os paes ou tutores, que obtiverem o internato o destino conveniente.
dc seus filhos ou tutelados nas casas de detenção e cor- Art. 16.° Os reclusos que terminarem a pena em que
recção, poderão a todo o tempo retirá-los d'ali, se forem tiverem sido condemnados na Casa de Detenção e Correc-
julgados aptos e idoneos, e estiverem em circumstancias ção. se forem julgados corrigidos, os que tiverem obtido
cle lhes darom educação conveniente. a emancipação e aquelles que tiverem completado vinte c
§ 1." Os paes, que tiverem meios de subsistencia, e, na um annos, ou que, ainda antes d'essa idade, forem julga-
ialta d'cstes, os tutores, quando os tutelados os possuam, dos aptos para bem se reger e ganhar honradamente meios
obrigar-se-hão a satisfazer por cada menor, adeantada- de subsistencia pelo seu trabalho, serão entregues a seus
mcute e aos trimestres, a mensalidade de 9->000 réis, pe- paes ou tutores, se estes forem pessoas idoneas e capazes,
rante a a u c i u i i ^ ^ e judicial que houver auetorizado a ad- ou á commissão de patronato respectiva, que diligenciará
missão. colloeá-los.
§ 2." Os corpos admimsuvtivos que requererem a ad- Art. 17.° Nenhum menor póde, em geral, conservar-sc
missão de expostos, abandonados e desvalidos a seu car- na Casa de Correcção depois de attingir a maioridade ou
go, que forem desobedientes ou incorrigiveis, okrigar-se- de obter a emancipação.
lião a subsidiar a sustentação com a mensalidade de'4^000 ...S! unico. Os reclusos emancipados e os que aos vinte e
réis. um completos não estejam nas condições do artigo
Art. 8." Os reclusos condemnados em pena clo prisão antececfè/ite, mas em circumstancias de as alcançar em
maior cellular, se esta não fôr integralmente cumprida periodo irt\ fer ' or a n m anno, poderão conservar-se, por
antes de completarem dezoito annos "de idade, serão re- proposta d a s P i v e c £ a o ) de acordo com o conselho discipli-
movidos para alguma das cadeias penitenciarias, logo que nar, até as oBfe r 5 6 bem assim poderá demorar-se mais
attinjam aquella idade, para ahi terminarem a execução algum tempo o méS,01' emancipado e o que logo aos vinte
da pena, devendo préviamente veriiicar-sc se estão nas e um annos não tenha. conseguido collocação certã.
condições necessarias para supportarem o regime da clau-
Art. 18.° A Casa de' ^etenção e Correcção do districto
sura e isolamento cellular.
do Porto será consideradaXl2 m o qualquer estabeleeimento
Art. 1).° Ao condemnado que tiver cumprido duas ter-
pio c de beneficencia ou eduV a ( ? a ° gratuita, a fim de ter
ças_ partes da pena poderá ser concedida a liberdade con-
parte nas doações, legados ou há^' a D S a s <l ue f ° r e m deixa-
cheional, se não fôr reincidente, se tiver nota de irrepre-
das a institutos d'esta natureza.
hensivel comportamento e se tiver meios de subsistencia,
§ unico. Esta casa herdará os bei}£ d o exposto ou aban-
1902 .109 Abril 24

donado que nella houver dado entrada, se fallecer intes- § unico. Se o empregado fôr exonerado por impossibi-
tado e sem descendentes. lidade moral, não poderá ser reintegrado.
Art. 19.° A instrucção dada aos reclusos na Casa de Art. 27.° Os empregados, segundo o seu mau proeedi-
Detenção e Correcção do districto do Porto será: mento, ficam sujeitos ás seguintes penas, que serão regis-
Quanto á parte moral, doutrina christã e praticas reli- tadas no livro respectivo:
giosas; Reprehensão particular;
Quanto á parte litteraria, ler, eserever, contar e sys- Reprehensão em reunião de empregados;
tema legal de pesos e medidas; Suspensão;
Quanto á parte profissional, a aprendizagem de um offi- Demissão.
cio dos ensinados na Casa de Detenção e Correcção, dese- § unico. Todas as penas podem ser impostas pelo dire-
nho linear e musica para aquelles que para ella mostrarem ctor, excepto as de demissão e de suspensão por mais de
aptidão; quinze dias, que são da exclusiva competencia do Ministro
Quanto á parte physica, exercicios militares, gymnas- da Justiça.
tica e jogos de clestreza proprios para o desenvolvimento Art. 28.° E o Governo auetorizado a despender annual-
das forças e agilidade dos menores. mente com o pessoal, alimentação, vestuario e despesas
§ unico. Se algum menor revelar merecimentos littera- geraes cla Casa de Detenção e Correcção do districto do
rios ou profissionaes distinctos poderá, se o merecer pelo Porto até á quantia cle 11:000£000 réis, que será clescri-
seu comportamento moral, ser transferido para outros ins- pta no orçarnento do Ministerio dos Negocios Ecclesiasti-
titutos litterarios ou de ensino industrial em que aperfei- cos e do Justiça.
çoe e desenvolva as suas aptidões, sobre proposta dos res- Art. 29.° E o Governo auetorizado a despender com a
pectivos conselhos e auctorização do Ministro dos Negocios adaptação do edificio cedido pelo Estado para Casa de De-
Ecclesiasticos e da Justiça. tenção e Correcção do districto do Porto, durante o anno
Art. 20." O trabalho será obrigatorio para todos os re- economico cíe 1902-1903, até á quantia cle 5:000$000 réis.
clusos, segundo as suas aptidões e vigor physico. Art. 30.° Dos registos da Casa de Correcção não se pas-
Art. 21.° O producto liquido da venda dos artefactos sarão certidoes relativas aos internaclos, excepto as das
será dividido em tres partes iguaes : uma será applicada habilitaçoes litterarias, profissionaes e cle obito.
á compra de materias primas para as officinas, sua reno- Art. 31." A disposiçâo do § unico do artigo 18.° é ap-
vação e despesas da casa; outra a premios e gratificaçÕes plicavel á Escola Agricola Correccional de Villa Fernando
aos menores que se distinguirem pelo seu comportamento e á Casa de Detenção e Correcção do Districto cle Lisboa.
e regeneracão moral, pela sua assiduidade e pericia no Art. 32.° Fica revogada a legislação em contrario.
trabalho e pela sua applicação na escola; a terceira cons-
tituirá o fundo de reserva clos menores, que lhes será en- Tabella dos vencimentos dos empregados
tregue á saida do estabeleeimento. d a C a s a de D e t e n ç ã o e C o r r e c ç ã o do d i s t r i c t o do Porto
Art. 22.° Para estimulo dos alumnos haverá recompen-
Director OOOjSOOO
sas, assim como haverá castigos para os que transgredirem Sub-director 400^000
a disciplina. Capellão, professor :jr>0£0(l()
Art. 23.° O pessoal fíxo da Casa de Detenção e Cor- Escripturario 240*5000
recção do districto do Porto será o seguinte: Tres prefeitos, a 240^000 réis cada um 720£000
Tres guardas, a 180,£000 réis cada um 540^000
1 Director.
1 Sub-director. Importancia total 2:910^000
1 Capellão-professor.
1 Escripturario. Manclamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
1 Prefeito-professor, por cada trinta alumnos. conhecimento e execução da referida lei portencer, que a
1 Guarda, por cada vinte reclusos. cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão intei-
§ 1.° Emquanto o numero dos reclusos não exceder a ramente como nella se contém.
100, o numero clos prefeitos é limitado a 3 e o dos guar- O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Eccle-
clas tambem a 3. siasticos e cle Justiça a faça imprimir, publicar e correr.
§ 2." Serão preferidos para prefeitos os individuos que, Dada, no Paço das Necessidades aos 17 de abril de 1902.—
alem. das qualidades moraes indispensaveis a um bom edu- EL-REI, com rubrica e guarda. = Arthur Alberto de Cam-
cador, conheçam e saibam exercer qualquer das profissões pos Henrique.•>•.
ministradas na Casa de Detenção e Correcção. (Logar do sêllo grande das armas reaes).
§ 3.° Os empregados residirão dentro do estabeleeimento Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
e receberão os vencimentos declarados na tabella que faz nado o decreto das Côrtes Geraes cle 4 do corrente mês,
parte d'esta lei. que determina a criação no districto administrativo do
§ 4.° Alem do pessoal fixo haverá o pessoal contratado Porto de uma Casa de Detenção e Correcção, manda cum-
necessario para o ensino profissional e de desenho, bem prir e guardar o mencionado decreto como nelle se con-
como medico e enfermeiro. tém, pela fórma no mesmo declarada.
Art. 24.° Todos os empregados do quadro serão nomea- Para Vossa Majestade ver. = Aíberto Telles de Utra
dos pelo Governo, mediante concurso documental. MachadM a fez.
D. do (í . n." SO, do III clo abril.
Art. 25.° Os empregados teem direito á aposentação,
nos termos clo disposto no § unico do artigo 1.° e mais dis-
posições applicaveis clo decreto n.° 1, de 17 de julho de
1886, ou do decreto n.° 2, da mesma data, quanto aos em-
pregados menores.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAIAR
§ unico. Para o effeito d'este artigo sao os guardas os
empregados menores.
Direeção Geral da Marinha
Art. 26.° Se algum empregado fôr exonerado por im- l.a Repartição
possibilidade physica de exercer o seu emprego, não tendo
o tempo cle serviço necessario para a aposentação, poderá 8." Secçilo
ser reintegi-ado, havendo vacatura, e independentemente
de concurso, se por exame medico se verificar que essa DOM CARLOS, por graça de Deus Rei cle Portugal e
impossibilidade cessou. dos Algarves, etc. F a z e m o s s a b e r a todos os nossos sub-
Abril 2-4 110 1902

ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
lei seguinte:
Artigo 1.° E o Governo auetorizado a dispensar ao ca- Conselho Superior do Serviço Technico
pitão de mar e guerra Hermenegildo Carlos de Brito Aduaneiro
Capello os tirocinios de embarque, exigidos pela lei de Em conformidade clo decreto datado de 6 de fevereiro
14 de agosto de 1892, para a promoção a todos os postos do corrente anno : hei por bem approvar a tabella de va-
que, por antiguidade, de futuro lhe compitam como offi- lores minimos para a cobrança dos direitos ad valorem, so-
cial da armada, conservando-o em commissão especial, sem bre os generos de exportaçao nacional, a qual ha de vi-
prejuizo do cargo, que exerce, de ajudante de campo effe- gorar no segundo trimestre'd'este aimo, e baixa assignada
ctivo cle Sua Majestade El-Rei. pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
Art. 2.° Fica revogacla a legislação em contrario. zenda.
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o O mesmo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a da Fazenda, e interino dos Negocios Estrangeiros, assim
cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão in- 3 tenha entendido e faça executar. Paço, em 17 de abril
teiramentc como nella se contém. de 1902. REI. = Fernando Mattozo Santos.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da
Marinha e UItramar a faça imprimir, publicar e eorrer. Tabella a que se refere o decreto supra
Dada no Paço das Neeessidades, aos 17 cle abril cle
1902. = EL-REI, com rubrica e guarda. = Antonio Tei- Valores
Unidades
xeira de Sousa. — (Logar do sêllo grande das armas reaes).
Carta cle lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
nado o decreto das Côrtes Geraes de 9 do corrente mês, CLASSE 2.»
que auctoriza o Governo a dispensar ao capitão de mar e Materias primas para as artes
guerra Hermenegildo Carlos de Brito Capello os tiroci- e industrias
nios de embarque para a promoção a todos os postos quo,
por antiguidade, de futuro lhe compitam, conservando-o Animaes
em commissão especial, sem prejuizo do cargo, que exer- Azeite cle peixe Kilogr.
ce, cle ajudante de campo effectivo cle Sua Majestade El- Desperdieios de coiros c pelles £006
Desperdieios de lã $020
Rei, manda cumprir e guardar o mesmo decreto como Desperdieios de seda £400
nelle se contém, pela fórma retro declarada. Lã em rama por lavar $080
Para Vossa Majestade var. — Augusto Poppe a fez. Lã em rama lavada £150
Pelles em bruto, verdes £180
D . do G. 11.° 91, do 25 de abril. Pelles em bruto, sêccas £250
Pelles cortidas
Pelles em retallios
Ra?pas de pelles ou coiros £030
Seda em casulos U500
DOM CARLOS, por graça de Deus Rei de Portugal Sementes de bieho de seda 15£000
Tripas sêccas ou salgadas £260
e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a Vegetaes
lei seguinte: Baga de sabuguciro Kilogr. £050
Artigo 1.° A força naval para o anno economico de Barrotes Metro £020
1902-1903 ó fixada em 5:600 praças, distribuidas por 1 Folhas de madeira para marcenaria £350
yacht, 1 couraçado, õ cruzaclores, 2 corvetas, 19 canho- Folhas de madeira, não especi/icadas £200
Frutos e sementes para destillação Kilogr. £120
n«iras, 17 lanchas-canhoneiras, 1 lancha da fiscalização Madeira em bruto, de pinho £001.5
da costa clo reino, 4 transport.es, 2 rebocadores, 1 va- Madeira em bruto, não especiccada £004
por, 3 navios-escolas e 3 depositos. Oleo de amendoas doces £800
§ unico. No total de praças proposto é incluido o pes- Oleo de purgueira.. . £080
Ripas, fasquias e boana Uma £008
soal indigena que faz parte das lotações das lanchas-ca- Sementes oleosas Kilogr. £040
nhoneiras e outros navios em serviço nas colonias, bem Tabuado Metro £020
como o pessoal da Escola dc Torpedos addido ao Corpo Travessas de madeira Kilogr.
de Marinheiros. Vigas, vigotaíí, longrinas e paus para postes
Art. 2.° O numero e a qualidade dos navios armados
telegraphicos £008
poderão variar, segundo o exigir as conveniencias do ser- Mineraes
viço, comtanto que a despesa não exceda a que fôr votada Aguas mineraes
Kilogr. £080
para a força que se auctoriza. Cal cm pedra m> 1
Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrario. Cal em pó £008
Mandamos portanto a toclas as auctoridades, a quem o Pedras de cantaria ' £002
conhecimcnto e execução cla referida lei pertencer, que a
Metaes
cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão in-
teiramente como nella se contém. Cliumbo em barra Kilogr. £060
Cobre batido e laminado £200
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Cobre ligado com zinco e outras ligas analo-
Marinha e UItramar a faça imprimir, publicar e eorrer. , gas £120
Dada no Paço das Neeessidades, aos 17 cle abril de Sueata de ferro £003
1902. = EL-REI, com rubrica e guarda. = Antonio Tei-
Productos chimicos
xeira de Sousa. — (Logar do sêllo grande das armas reaes).
Borra
Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio- Chloreto de mercurio de vinho Kilogr. £040
£900
nado o decreto das Côrtes Geraes do 3 do corrente mês, Sal commum £001
que fixa a força naval para o anno economico cle 1 9 0 2 - Sarro de vinho £150
1903, manda cumprir e guardar o mesmo decreto como
nelle se contém, pela fórma retro declarada. Diversas
Para Vossa Majestade ver. = Augusto Poppe a fez. Cera em bruto Kilogr. £600
Cera preparada £650
D."do G. 11.» .91, de 25 de abril. Eesiduos de assucar £010
1902 .111 Abril 24

Unidades Valores
Unidades Valores

CLASSE 3.» Salmào em conserva (incluindo as taras de


folha de Flandres) Kilogr.
Fios, tecido», íeltros e respectivas obras
Sardinha em conserva (incluindo as taras de
Seda folha de Flandres)
Tomates
Fio torcido Kilogr. 8 $000 Toucinho
Rama, pêlo e trama » 5£000 Uvas
Algodão
CLASSE 5.»
Fio Kilogr. ^400
Obras de tecidos diversos de algodão . » $600 Apparelhos, instruinentos, machinas e uten-
Teeidos de algodão, crus silios empregados na sciencia, nas artes,
Teeidos tintos e estampados, em peça. » £550 na industria e na agricultura; armas,
embarcações e vehiculos
Linho e similares
Grossarias em peça Kilogr. £150 Apparelhos, instrumentos, machinas
Linho em tecidos , » £350 e utensilios
Lonas para velas » £400
Obra de tecidos diversos de linho, com exce- Caracteres e ornatos de imprensa Kilogr.
.ção de sacaria D £600
Sacaria £010 Armas

CLASSE 4.» Armas braneas Uma


Armas de fogo portateis
Substancias alimenticia»
Farinaceos CLASSE 6.a

Arroz descaseado Kilogr. £050 Manufacturas diversas


Batatas... » £015
Biscoito e bolaelia Obras de m a t e r i a s animaes
Bolacha ordinaria, de marinheiro. íâOSO
Feculas Luvas de pelliea Par
Legumes seccos » £030
Massas alimenticias » £100 O b r a s de m a t e r i a s v e g e t a e s diversas

Generos chamados coloniaes Madeira ordinaria simplesmente apparelhada Kilogr.


Assucar areado Kilogr. £150 I Yasilhame novo. . .
Assucar não especificado £070 Madeira em obra . . . . ] Vasilhame usado..
(Diversa
Pesearias Obra de esparto
Obra de palma
Ameijoas Kilogr. £030 Obra de vime
Outros mariscos, excepto ostras .. » £040 Palitos de madeira
Peixe fresco e com sal, atum » £025 Cestos vazios para aterro
Peixe fresco e com sal, chicharro e carapauí » £020
Peixe fresco e eom sal, lampreia.. £080 Obras de m a t e r i a s mineraes
Peixe fresco e com sal, salmão.... » £300
Peixe fresco e com sal, sardinha. . » £025 Azulejos Kilogr.
) IFina
fresco, séceo e com sal .. £040 Louça cle barro. I Ordinaria
Telhas
Diversas Tijolos
Alfarroba Kilogr. £010 Vidro em obra..
Alhos » £060
Amendoas com casca . » £070 O b r a s de m e t a e s
Amendoas com meolo )) £180
Anauazes Um £400 Aço em obra de cutelaria Kilogr.
Chumbo de muniçào
lha de Flandres) Kilogr. £090 Chumbo em tubos
Banba e unto » £250 Cobre e liga de cobre em obra
Carne fresca e preparada » £300 Ferro em obra, forjado em vigamentos e ar-
Castanhas verdes e sêccas D £030 mações para telhados
Cebolas M £010 Ferro em obra, fundido em grelhas, tubos e
Conserva de azeitonas em salmoura. » £030 columnas
Conserva de legumes e hortaliças . . » £040 Ferro em obra diversa
em massa... . » £080 Pregadura cle ferro
Conserva de tomates em salmoura . £040
Doce sêcco e de calda £250 Papel e obras de typographia,
Figos seccos £030 lithographia, pintura, etc.
Frutas não mencionadas, verdes. » £015
Fructas não mencionadas, sêccas £080 Impressos avulsos Kilogr.
Livros e impressos. . . . . . . .
dos. )) £050 Papel de embrulho
Papel de outras qualidades
folha de Flandres). Kilogr. £450
Laranjas Milheiro 3£000 Diversas
Limões » 2£000
Maçãs Kilogr. £020 Barretes e bonés Qm
Manteiga » £500 | Botas Par
Mel » £080 I Sapatos de ourelos . . . .
Ovos Milheiro 10£000 p , ] Sapatos de trança
0
jSapatos de outras qua-
as taras de folha de Flandres) Kilogr. £140 I lidades
Queijos » £300 Tamancos
Abril 24 112 1902

ludidas taxas com destino ás obras da construcção do posto


Unidades Valores
de desinfecção em Leixões:
Manda Sua Majestade El-Rei declarar, pela Adminis-
Cera em velas Kilogr. £700 tração Geral das Alfandegas, que as mereadorias desem-
Chapeus do ehuva ou sol Urn £700 barcadas ou embarcadas no Douro, bem como as embar-
Chapeus de pêlo de seda, para homern » 1£G00 cações que as transportarem, pagam o imposto estabele-
Chapeus de outras qualidades, íinos » £700
»
cido pela citada lei de 16 de junho de 1848, só nos casos
Chapeus dc outras qualidades, ordinarios... £200
Cordamc do cairo Kilotrr. £100 em que as ditas mereadorias e embarcações não tenham
Cordame de esparto ,3000 préviamente pago o imposto fixado no já mencionado de-
Cordame de linho
Medicainentos „
» £160
£500
£050
creto de 8 de outubro de 1900, e que pela mesma fórma
as mereadorias carregadas e descarregadas em Leixões, e
Velas de qualquer qualidade, para illumina- os navios que as transportarem, só teem a pagar o imposto
ção. oxcepto de cer;i £200 criado por este ultimo decreto, quando não tenham já sido
préviamente pagas pela3 mesmas mereadorias e embarca-
ções as taxas de que trata a carta de lei já referida, de 16
Mereadorias não mencionadas nesta tabella—conforme o valor de junho cle 1848.
deelarado.
Paço, em 18 de abril de 1902. —Fernando Mattozo Santos.
Paço, era 17 de abril de 1902. = Fernando Mattozo D . do G. n.° 97, do 2 de maio.
Santos.
D . rio f l . 11.» IM, ilo 20 de abril.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
Direeção Geral cla Instrucção Publica
5." Repartição da Direeção Geral
da Contabilidade Publica 3,a Repartição
Com fundamento no estabelecido no § 6.° do artigo 25.° Communicando o reitor do Lyceu Nacional Central do
da lei de 13 de maio de 1896, e segundo o preceituado Porto que o professor aposentado d'aquelle estabeleei-
no § unico do artigo 17.° da lei do 3 de setembro de mento, Conselheiro Antonio Ribeiro da Costa e Almeida,
1897, cujas disposições foram mandadas vigorar no exer- oíferecera á bibliotheca do referido lyceu os livros, as car-
cicio de 19CH-1902 pelo artigo 14.° da lei de 12 de junho tas geographicas e as plantas que constam de duas rela-
de 1901: hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Mi- eões, cujas copias foram enviadas a esta Secretaria de Es-
nistros, determinar que no Ministerio da Fazenda, devi- tado: determina Sua Majestade El-Rei que o mesmo rei-
damente registado na Direccão Geral da Contabilidade Pu- tor lotive, em seu Real Nome, aquelle benemerito cidadão,
blica, seja aberto a favor do Ministerio da Guerra um cre- o qual, tendo prestado ao ensino os melhores esforeos da
dito especial pela quantia cle 26:000á>000 réis, por conta sua actividade intellectual, já como professor do mesmo
das sommas arrecadadas provenientes da remissão clo ser- lyceu, já como reitor, quís ainda deixar o seu nome vin-
viço militar, com applicação no exercicio cle 1901-1902 ao culado a uma offerta cle tão grandiosa utilidade.
pagamento de despesas com a acquisição e manufactura
Paço, em 22 de abril de 1902. — Ernesto Rodolpho Hintze
de artigos de material de guerra, devendo os respectivos
Ribeiro.
documentos ser classiíicados no capitulo 7.° da despesa I). do G. u. p 97, de 2 de maio.
extraordinaria do Ministerio da Guerra para o indicado
exercicio.
O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito nos
termos cle ser decretado. Direeção Geral de Administração Politica e Civil
Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios cla
Fazenda e clos da Guerra assim o tenham entendido e
façam executar. Paço, em 17 de abril cle 1 9 0 2 . = R E I . =
l,a Repartição
Fernando Mattozo Santos—Luiz Augusto Pimentel Pinto.
Hei por bem prorogar nos termos e para os effeitos do
1). d o O. 11." ÍI6, do 1 do maio. artigo 38.°, § 1.°, do decreto de 8 de agosto ultimo, até ao
dia 30 clo corrente mês, o prazo da conclusão das opera-
ções do recenseamento eleitoral do concelho de Fafe.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 24 cle abril de 1 9 0 2 . =
Administração Geral das Alfandegas REL ---Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
l.a Repartição D . do G. n.° 33, de 28 de abril.

Tendo-se suscitado duvidas com referencia ao modo por


que devem ser applicadas as diíposições do decreto cle 8
de outubro de l 9 o 0 , pelo qual se estabcleccu que sobre 2,a Repartição
as mereadorias que transitarem pelo porto cle Leixões,
quer por entrada, quer por saida, e sobre as embarcações Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal
cpie entrarem no mesmo porto e íizerem operações com- Administrativo, acêrca do recurso n.° 8:630, em que é
merciaes, sejam eobradas as taxas fixadas na carta de lei recorrente a Camara Municipal clo concelho cle Ovar, e
de 16 de junho de 1848 ; e recorrido o Bacharel José Nogueira Dias de Almeida, de
Attendendo ao que sobre este assumpto lhe repre- que foi relator o Conselheiro de Estado, vogal effectivo,
sentou a Associação Commercial do Porto, á qual é en- Julio Marques de Vilhena:
tregue, nos termos do mesmo decreto, o producto das al- Mostra-se que a Camara Municipal do concelho de
1902 113 Abril 24

Ovar, em sessão de 5 de janeiro de 1887, resolveu sus- desempenhar as suas funcções na camara, por isso pedia
pender por sessenta dias, o facultativo do partido munici- para ser licenciado durante o periodo dos trabalhos parla-
pal, agora recorrido; em sessão de ,24 de fevereiro, foi mentares naquelle anno, indicando para o substituir o seu
essa suspensão prorogada até que a camara deliberasse collega Yicente Vieira Galvão, que a isso se promptifíca-
novamente a tal respeito; em sessão de 20 de julho, man- va, ficando a despesa de sua conta. A camara, por maio-
dou a camara notificar o recorrido, e ao mesmo tempo ria indeferiu este pedido, fundando-se em que o substituto
ouvi-lo acêrca das suspensões impostas; em sessão de 8 indicado era empregado da camara, e que por isso não
de agosto apreciou e desattendeu a defesa do recorrido, estava nas condições de desempenhar aquelles serviços ;
confirmou a suspensão que lhe tinha sido imposta, e deli- Mostra-se que em seguida foi lido um officio do facul-
berou ao mesmo tempo dar-lhe a demissão; tativo em questão, declarando-se impedido de tempora-
Mostra-se que contra todas estas deliberações reclamou riamente exercer as funcções de facultativo do partido
o recorrido para o Tribunal Administrativo do districto de d'aquelle concelho pelas razões j á referidas, que as despe-
Aveiro, que não tomou conhecimento da reclamação na sas da substituição ficavam de sua conta e remette uma
parte respeitante á suspensão, mas que a attendeu quanto publica-forma da declaração do seu collega Galvão, pelo
á demissão, julgando nulla e de nenhum effeito nessa qual se compromette a desempenhar todas as attribuições
parte a deliberação camararia, por ter sido proferida sem a que era obrigado o substituido. A camara, ainda por
previa audiencia do recorrido, com violação das leis so- maioria, deliberou mandar excluir da folha dos vencimen-
bre administração publica; tos dos empregados o facultativo Libanio Antonio Fialho
Mostra-se que d'esta decisão recorreu o recorrido para Gomes, e que desde aquella data o considerou exonerado
este Supremo Tribunal; do seu cargo, por entender que o referido facultativo o
tinha abandonado, optando pelo logar de deputado.
Mostra-se que, não obstante estar pendente neste tribu-
nal o referido recurso, a camara recorrente deliberou em D'esta deliberação recorreu o interessado para o juiz de
sessão de 20 de março de 1889, ouvir novamente o re- direito, allegando contra a sua demissão os motivos que
corrido sobre os fundamentos da deliberação annullada, expõe na sua petição a 11. 43.
resolvendo em sessão de 14 do mesmo mês demitti-lo no- Mostra-se que o juiz de direito na sua bem elaborada
vamente ; e fundamentada sentença attendeu o pedido do reclamante,
Mostra-se que d'esta ultima deliberação recorreu o re- e d'esta sentença vem o presente recurso interposto pela
corrido para o juiz de direito da comarca, que negou pro- camara:
vimento no recurso, com o fundamento principal de que O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico;
a decisão definitiva tomada anteriormente, pusera fim á Considerando que, segundo a expressa disposiçâo do ar-
instancia, não podendo haver segundo processo entre as tigo 174.° do Codigo Administrativo de 1886, então em
mesmas pessoas e pelo mesmo facto; vigor, não podiam as camaras resolver sobre a demissão
Mostra-se que d ; esta sentença veiu o presente recurso, dos facultativos de partido, sem que estes fossem prévia-
alegando a recorrente que a deliberação tomada em 20 mente ouvidos;
de julho de 1887, foi simplesmento annullada e não re- Considerando que a demissão foi dada ao recorrento
vogada, pois que o Tribunal Administrativo não conheceu sem fórma de processo, e sem que préviamente fosse ou-
do fundo da questão, e não decidiu portanto se eram ou vido, como dos proprios autos se evidencia:
não procedentes os fundamentos da demissão imposta ao Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
recorrido, sendo isso o que se discute agora neste pro- negar provimento no recurso, confirmando a sentença re-
cesso : corrida.
O que visto, e o parecer do Ministerio Publico ; O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Considerando que, a demissão do recorrido resolvida Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
pela camara recorrente em sessão de 20 de julho de 1887, do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
estava em litigio ao tempo em que elle foi demittido pela em 24 de abril de 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho
segunda vez em sessão de 20 de março de 1889, de onde Hintze Ribeiro.
procede o presente recurso ; D . do G. n.° 93, do 28 de abril.

Considerando que o dever da recorrente era esperar a


resolução final dos tribunaes que tinha de versar na ul-
tima instancia sobre todo o objecto do recurso:
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta, Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal
negar provimento no recurso, mantendo para todos os ef- Administrativo acêrca do recurso n.° 11:656, em que é
feitos a sentença recorrida. recorrente Antonio Joaquim Coelho, e recorrido o auditor
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de administrativo do districto de Lisboa, e de que foi relator
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios o Conselheiro de Estado, vogal effectivo, Julio Marques
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, de Vilhena:
em 24 de abril de 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Mostra-se que o presente recurso vem da sentença clo
Hintze Ribeiro. auditor administrativo clo districto de Lisboa, que indefe-
I). ao Cr. n.° 93, de 28 de abril. riu a escusa pedida pelo recorrente do cargo de vogal
substituto da Junta de Parochia da freguesia de Bellas,
concelho de Cintra:
O que visto, e o parecer do Ministerio Publico;
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Considerando que a escusa não foi pedida nos termos
Administrativo acêrca do recurso n.° 9:131, em que é do § unico do artigo 232.° do Codigo Administrativo:
recorrente a Camara Municipal do concelho de Moura, e Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
recorrido Libanio Antonio Fialho Gomes, de que foi rela- negar provimento no recurso, mantendo para todos os ef-
tor o Conselheiro, vogal effectivo, Eduardo José Segu- feitos a sentença recorrida.
rado: O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Mostra-se que em sessão de 23 de janeiro de 1893 da Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
Camara de Moura, foi presente um requerimento do fa- do Reino, assim o tenha entendido e faca executar.
cultativo do partido, Libanio Antonio Fialho Gomes, em Paço, em 24 de abril de 1902. = REI. --'.Ernesto Ro-
que allegava, que tendo sido eleito Deputado ás Côrtes, dolpho Hintze Ribeiro.
tinha por esse motivo de se retirar do concelho, para ir D . do G. II." 93, de 28 de abril.

8
Abril 24 114 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA Secção de engenharia civil (actuaes cadeiras 12. a e
15. a )—-Uma lição em mecanica applicada, outra em con-
Direeção Geral dos Negocios de Justiça strucções ou minas.
Secção de engenharia industrial (actual cadeira 17. a ) —
2.a Repartição Uma lição em mecanica applicada; outra em technologia
industrial.
Attendendo ao que me representou a Camara Munici- Secção de sciencias juridicas e economicas — Uma lição
pal clo concelho de Cadaval, e tomando em consideração em ecónomia politica e estatistica ; outra em legislação de
as informações que me foram presentes : hei por bem,' minas, industrial e de obras publicas.
nos termos do § 1.° do artigo 4.° do decreto de 15 cle As provas praticas para os concursos cVesta secção con-
setembro de 1892, transferir para o juiz de direito das sistirão em um exercicio escrito sobre applicação dos
respectivas comarcas o julgamento das contravenções e principios economicos e de legislação de minas, industrial
transgressões de posturas municipaes do mesmo concelho, e de obras publicas.
que, segundo o disposto no principio do citado artigo, Art. 3.° (transitorio). Não obstante a criação clas no-
compete aos respectivos juizes de paz. vas secções, em que fica dividida a actual secção de ma-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Eccle- thematicas puras e applicadas, ó completamente assegu-
siasticos e de Justiça assim o tenha entendido e faça exe- rado ao conselho da Academia Polytechnica o direito de
cutar. Paço, em 24 de abril de 1902. = REI. = Arthur collocar em qualquer das cadeiras que venham a vagar
Alberto de Campos Henriques. nas secções de mathematicas puras, engenharia civil e mi-
D . do Cr. n.° 1)4, de 21) de abril. nas e industrial, definidas por este decreto, qualquer dos
lentes que actualmente pertencem á secção de mathema-
tica, sem direito do substituto a promoção.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO Art. 4.° Ficam por este modo ampliados e modificados
o § 1.° do artigo 8.° e o n.° V do artigo 12.° do citado
Direeção Geral cle Instrucção Publica regulamento de 22 de agosto de 1865.
O Conselheiro de Estado, Presidente clo Conselho de
4,a Repartição Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar.
Attendendo ao que se acha disposto no artigo 4.° do Paço, em 24 de abril de 1902. = REI. = Ernesto Ro-
decreto de 8 de outubro cle 1897, que alterou a orga- dolpho Hintze Ribeiro.
D . do Cr. d.° 0õ, de 30 de abril.
nização do ensino na Academia Polytechnica da cidade
do Porto;
Tendo em consideração o que me é representado pelo
conselho cla mesma Academia; Ilavendo-me representado D. Anna Louise Rodrigues
Tendo ouvido o Conselho Superior de Instrucção Pu- de Freitas, residente na cidade do Porto, viuva do falle-
blica : cido lente da Academia Polytechnica da mesma cidade,
Hei por bem decretar o seguinte: José Joaquim Rodrigues cle Freitas, que, para honrar a
Artigo 1.° E addicionado pela fórma seguinte o § 1.° memoria cle seu marido, pretendia instituir na dita Aca-
do artigo 8." do regulamento para o concurso aos logares demia um premio escolar clenominado «Premio Rodrigues
clo magisterio superior depcndent.es clo Ministerio do Rei- de Freitas», cla importancia do juro annual cle tres inscri-
no, approvado por decreto de 22 de agosto cla 1805: pções de assentamento do valor nominal cle 1:200^000 réis,
VI. Carta dc bacharel formado em mathematica pela 0 qual haveria de ser annualmente conferido ao alumno
Universidade de Coimbra, ou diploma de um curso cle en- que com mais elcvada classificação houvesse concluido o
genharia pela Academia Polytechnica do Porto ou pela curso de engenharia civil professaclo na Academia, ou, no
Escola do Exercito, para admissão ao concurso da secção caso de falta cle alumno em taes condicões,9 7 deveria ser
de mathematica» puras da mesma Academia (actuaes ca- empregado na acquizição dc livros de economia politica
dciras l . a e 5. a ). destinados a ampliar a secção da bibliotheca da referida
Carta do curso de engenharia civil e de minas pela Academia á qual se achava já ligado o nome de seu falle-
Academia Polytechnica, ou de engenharia civil ou militar cido marido; em razão clo que, a mesma senhora offerecia
pela Escola do Exercito, para as cadeiras de engenharia ao Estado as alludidas inscripções com o indicado fim, e
civil e dc minas da mesma Academia (actuaes cadeiras 12. a pedia que fosse dacla realização official ao seu desejo;
e lõ. a ). Havendo já a referida doação e a sua acceitação por
Carta do curso de engenharia industrial pela Academia parte do Governo sido outorgadas por escriptura publica,
Polytechnica ou por uma escola estrangeira officialmente e achando-se em deposito no cofre geral do Ministerio da
reconhecida, para a cadeira de technologia (physica e chi- Fazenda as inscripções alludidas, devidamente averbadas
mica industrial, electrotechnia) da mesma Academia. á Fazenda Nacional como administradora do premio refe-
Carta cle bacharel formado em direito pela Universida- rido :
de cle Coimbra ou diploma de um curso cle engenharia Hei por bem determinar o seguinte:
pela Academia Polytechnica ou pela Escola do Exercito, 1." E instituido na Academia Polytechnica da cidade do
para admissão ao concurso na secção sciencias juridicas e Porto, em memoria clo fallecido lente da mesma Acade-
economicas da mesma Academia. mia, José Joaquim Rodrigues de Freitas, um premio es-
Art. 2." As disposições do n.° V, artigo 12.° do- refe- colar intitulado «Premio Rodrigues de Freitas», da impor-
rido regulamento, são substituidas pelas seguintes: tancia correspondente aos juros annuaes das inscripções
Secção clo mathematicas puras (actuaes cadeiras l . a e para tal fim doadas ao Estado por D. Anna Louise Ro-
a
F>. ) — Uma lição em algebra superior, calculo infinitesi- drigues cle Freitas, viuva clo mencionado lente, e constan-
nial ou geometria nnalyticn, outra em mecanica racional tes da escriptura publica de 23 de dezembro de 1901, la-
ou em astronomia e geodesia. vrada na cidade do Porto pelo notario Antonio José de
Secção de philosophia (actuaes cadeiras 6. a e 11. a e 01 iveira Mourão, c celebrada entre o lente da dita Acade-
seus desdobramentos): mia Joaquim de Azevedo Sousa Vieira da Silva Albuquer-
Uma lição em physica ou chimica: que, como procurador da doadora, e o Dr. Francisco Go-
Uma lição em mineralogia e geologia, ou em anatomia mes Teixeira, como director da Academia e representante
ou phisiologia comparadas, zoologia e botanica. do Governo;
1902 .115 Abril 24

2.° O referido premio será annualmeute conferido ao meira no mês de janeiro e a segunda no mês de julho de
alumno que no fim do seu curso de engenharia civil pro- 1903;
fessado na dita Academia, tiver obtido a classificação re- 2.° Se, porem, as camaras municipaes não houverem
lativamente mais elevada nos termos do regulamento aca- recorrido ao dito imposto, terão as mesmas corporações de
demico ; entregar até ao dia 10 de cada mês, na competente dele-
3.° No caso de não haver alumno algum em taes con- gação da Caixa Geral de Depositos, em conta do fundo
dições, será a importancia do premio empregada na com- da instrucção primaria, a duodecima parte da importancia
pra de livros de economia politica, com os quaes se am- total mencionada respectivamente na referida tabella, en-
pliará a respectiva secção da bibliotheca da Academia; viando em seguida, por intermedio do governo civil do
4.° As referidas applicações do «Premio Rodrigues de districto, á Repartição de Contabilidade, junto do Ministe-
Freitas» serão reguladas pelo conselho escolar da Acade- rio do Reino, o competente documento comprovativo;
mia como parecer mais consentaneo aos intuitos da doadora 3.° Nos districtos insulanos, onde as camaras munici-
e aos interesses do ensino; paes occorrem ás suas despesas geraes com o producto
5.° O director da Academia transmittirá á mencionada dos impostos municipaes indirectos cobrados no acto do
doadora, D . Anna Louise Rodrigues de Freitas, os mere- despacho pelas alfandegas, serão as correspondentes im-
cidos louvores pelo seu generoso acto. portancias entregues, em duodecimos, á Caixa Geral de
O Presidente do Conselho de Ministros, Conselheiro de Depositos pelos directores das respectivas alfandegas.
Estado, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Art. 3.° O imposto de 15 por cento addicionaes ás con-
Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em tribuições geraes directas do Estado, de que trata o arti-
24 de abril de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze go 57.° da carta de lei de 18 de março de 1897, será
Ribeiro. lançado pelo Governo, sem intervenção das camaras mu-
D . do G. n.° 95, de 30 de abril.
nicipaes, como dispõe o § 2.° do artigo 99.° do decreto
com força de lei, n.° 8, de 24 de dezembro de 1901, sen-
do as respectivas importancias transferidas para a Caixa
Geral de Depositos, em conta do fundo da instrucção pri-
3.1 Repartição da Direeção Geral maria, no mês immediato áquelle em que forem cobradas.
da Contabilidade Publica Art. 4.° O imposto districtal de 3 por cento addicionaes
ás mencionadas contribuições geraes directas do Estado
Sendo indispensavel fixar as sommas com que as cama- continuará a ser cobrado cumulativamente com as mesmas
ras municipaes teem de contribuir, das suas receitas ge- contribuições, e entregue o seu producto nas delegações
raes, para as despesas do fundo da instrucção primaria, da Caixa Geral de Depositos, á proporção que se fôr ar-
no exercicio de 1903; e recadando.
Convindo providenciar para que as respectivas impor- § unico. Nos districtos insulanos, com a organização es-
tancias, assim como as demais receitas da instrucção pri- tabelecida pelo decreto com força de lei de 2 de março
maria, deem entrada no referido fundo com a maxima re- de 1895, será a importancia do dito imposto districtal de-
gularidade, a fim de por ellas se poderem satisfazer as duzida das quantias que houverem de ser entregues ás
despesas a que são destinadas: juntas geraes, nos termos do n.° 7 do § 1.° do artigo 28.°
Hei por bem decretar o seguinte: do citado decreto, em conformidade com o disposto no
Artigo 1.° As camaras municipaes dos diversos conce- § 4.° do mesmo artigo, e transferida, em seguida, para a
lhos, com excepção de Lisboa, votarão nos seus orçamen- competente delegação da Caixa Geral de Depositos.
tos ordinarios para o anno civil de 1903, para despesas Art. 5.° As importancias provenientes do rendimento
da instrucção primaria, as importancias descriptas na ta- de heranças, doações e legados destinados a despesas da
bella junta, que faz parte do presente decreto, e baixa instrucção primaria, serão entregues no fundo cla mesma
assignada pelo Conselheiro de Estado, Presidente do Con- instrucção pelas camaras municipaes ou corporações que
selho de Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos os administrarem, logo que forem cobradas, sendo envia-
Negocios do Reino. do, em acto continuo, á Repartição cle Contabilidade, junto
Art. 2.° As importancias a que se refere o artigo ante- do Ministerio do Reino, por intermedio do respectivo go-
cedente darão entrada no fuudo da instrucção primaria vernador civil, o documento comprovativo da entrega.
do modo seguinte: O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de Mi-
l.f Se as camaras tiverem lançado addicional ás con- nistros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do
tribuições geraes directas do Estado, para occorrer ás suas Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
despesas geraes, serão as alludidas importancias deduzi- da Fazenda, assim o tenham entendido e façam executar.
das do producto d'aquelle addicional, e entregues no fundo Paço, em 24 de abril de 1902. = REI. = Ernesto Ro-
da instrucção primaria em duas prestações iguaes: a pri- dolpho Hintze Ribeiro = Fernando Mattozo Santos.
Tabella das sommas com que as camaras municipaes teem de contribuir, das suas receitas geraes, para as despesas do fundo da instrucção primaria
no exercicio de 1903, incluindo rendas das casas das escolas e de habitaçâo dos professores, mobilia, utensilios e mais fornecimentos escolares, que constituem encargo obrigatorio das mesmas camaras,
nos termos do artigo l í . " da caría de lei de 18 de março de 1897, a que se refere o decreto datado de hoje

Importancias corrospondontes a deppeeas


do exercicio de 1903
P a r a amortização
Para
da divida
pagamento
i Caixa Geral de vencimentos
de D e p o s i t o s e despesas
proveniente anteriores Somma
Districtos Concelhos Verba (le 1879 de v e n c i m e n t o s
Resultantos ao 1.° de janeiro
e despesas de ll>03
de deliberações Koutlas dc casas,
anteriores em divida
deíinitivils matcrial ao 1.° de julho
posteriorcs e outra® d e s p e s a s aoa intcrcss&dos
do 1895
a 1879

Agueda 623£070 320£000 - £ -


943£070
Albergaria-a-Velha.. 220£000 508£200 728£200
Anadia 740£000 751£200 1:491£200
Arouca 245£495 497£000 742£495
Aveiro 648£140 1:070.£000 51 £290 -P- 1:769£430
Castello de Paiva 130£000 190£000 -£_ 320£000
Espinho 36£627 155£000 191£627
Estarreja 312£000 530£950 200£570 40£000 1:083£520
Aveiro Feira 617£47S 10£000 G50£000 1:277$478
Ilhavo 130£000 308£500 -£- 438£500
Macieira de Cambra. 234£500 406£380
Mealhada 1S0£000 193£500 52£203 425£703
Oliveira de Azemeis . 597£670 910£000 1:127£851 2:635£521
111£500 _£- 301£090
Oliveira do Bairro. . . 189^590 - £ -
Ovar 290£100 388£500 285£309 963£909
Sever do Vouga . . . . 149£000 - £ -
146£000 295£000
Vagos 168)3295 233£000 14£000 415£295
5:44911345 10 £000 7:197£850 1:717£223 54£000 14:428£418

Aljustrel 256£500 171£500 84£740 512£740


Almodovar 223£600 48£000 188^500 460£100
Alvito 236£684 -£- 67£000 303£684
Barrancos 177£500 112£000 289£500
Beja 297£000 1: 3175404 2:104£404
Castro Verde 360£000 201£000 561£000
Cuba 238£500 - £ -
527£300
Beja. Ferreira do Alemtejo 150£400 495£600 646£000
- 0 -
Mertola 194£000 570£000 -P-
764£000
Moura 575£340 54£000 770£000 60£265 1:459£605
Odemira 180£000 45£000 422£700 -£- / - £ -
647 £700
Ourique 160 £000 -£- 255£000 53£802 468£802
496£160 1:205^750 258£100 1:960£010
Serpa 1:455£000
Vidigueira 591£500 90£000 773£500
4:137£184 237£000 7:01l£350 516£211 258£100 12:15911840

Amares 1G0£000 62£500 162£500


Barcellos 5371000 - í - 826£600 1:363£600
Braga 460£000 100£000 2:7341600 1:013£063 4:307£663
Cabeceiras de Basto. 300$000 216£000 56£727 572£727
Celorico de Basto . . 139£740 - £ - 625£500 765£240
Esposende 284,5000 - £ - 300£000 - £ - 584£000
Braga. Fafe... ^ 300£000 790£500 1:090£500
Gruimarães 532£500 • - £ - 2:796£500 3:329£000
Povoa de Lanlioso. • 225 £000 471£000 696£000
Terrasxlo Bouro IIO£OOO 105£00Ò - £ - 215£000
Vieira 220£000 - 0 - 466£000 - £ - 686£000
Villa Nova de Famalicão. 420£500 - £ - 957£000 1:377£500
Villa Verde 414£500 18£000 1:160£000 - £ - 20£000 1:612£500
4:043£24.0 118£000 11:511£200 1:069£790 20£000 16:762£230

Alfandega da Fé 205£000 - £ - 179£000 -.£- 384£000


Bragança 794£995 60£000 2:370£000 81£584 - £ - 3:306£579
Carrazeda de Anciães 260£000 878£500 1:138^500
Freixo de Espada-á-Cinta.. 280£000 - £ - 234£500 - £ - - £ - 514£500
Maeedo cle Cavalleiros..... 505£005 710£000 51^458 - £ - 1:266£463
Miranda 210£000 85£500 285£500 - £ - 581£000
Bragança Mirandella 510£000 60£000 980£000 54£437 — 1:604£437
Mogadouro 420£000 - £ - 600£000 - £ - 1:020£000
Moncorvo 370£000 - £ - 500£000 870£000
Villa Flor 256£000 60£000 770£000 1:086£000
Vimioso 297£000 280£000 577£000
Vinliaes 280£000 307£000 - £ - 90£000 677£000
4:388£000 265£500 S:094£500 187 £479 90£000 13:025j£479

Belmonte 142£000 272£000 414£000


Castello Branco 654£000 - £ - 1:440£000 - £ - 2:094£000
Certã 280£000 273£000 - £ - - £ - 553 £000
Covilliã 592£000 - £ - 2:22S£000 51£916 2:871£916
Fundão 575£000 904£000 23£250 1:502£250
Castello Branco. Idanha-a-Nova 340£000 706£000 1:046 £000
Oleiros 154£800 212£000 366£800
Penamacor 216£000 369£500 - £ - 585£500
Proença-a-Nova 127£000 . 98£500 - £ - - £ - 225£500
Villa de Rei 107£700 81£000 188£700
Villa Velha de Kodam. 142£000 193£200 - £ - - £ - 335£200
3:330£500 - £ - 6:777£200 51£916 23£250 10:182£866

Arganil 336£875 490£'000 63£000 889£875


Cantanhede 380£000 - £ - 375£200 755£200
Coimbra 812£700 - £ - 1:825£000 - £ - 2:637£700
Condeixa 259£000 60£000 406£000 725£000
Figueira da Foz 744£800 150£000 1:350£000 51£221 - £ - 2:296£021
G-oes 174£400 - * - 318£000 492£400
Lousã 348£000 336£000 - £ - - £ - 684£000
Mira 97£000 - £ - 198£500 - £ - 295£500
Coimbra. Miranda do Corvo.... 210£000 - £ - 200£000 410£000
Montemor-o-Velho . . 61G£000 - £ - 909£600 - t - 1:525£60CV
Oliveira do Hospital. 372£476 570£000 - £ - 942£476
Pampilhosa 150£000 219£000 - £ - 369£000
Penaeova (a) 41£968 - £ - 227£000 268£968
Penella 1491000 - £ - 348£000 - £ - - £ - 497£000
Poiares 130£000 118£000 - £ - 248£000
Souro 341£000 880£000 - £ - - £ - 1:221£000
Tábua 304£195 - £ - 440£000 - £ - 744£195
5:467 8414 210£000 9:210£300 51£221 63£000 í 5:001£935

Alandroal 252£685 - £ - 510£000 762£685


* Arraiollos 214£500 850£000 1:064£500
Borba 80£000 - £ - 708£000 36£300 824£300
Evora,. Evora 409£000 3:050£000 - £ - 3:459£000
Extremoz 287£705 212£000 1:020£000 - £ - 1:519£705
Montemor-o-Novo 479À400 - £ - 1:030£000 - £ - - £ - 1:509£400
Mora 157£600 - £ - 198£050 - £ - 355£650
1:880£890 212£000 7:366£050 - £ - 36£300 9:495£240
Importancias correspondcntes a despesas
do exercicio de 1903
Para amortização
da divida Para
à Caixa Geral pagamento
de Depositos de veucimentos
e despesas
proveniente Somma
anteriores
Districtos Concelhos Verba de 1S70 Resultautes de vencimentos ao 1.° de janeiro
de e despesas de iyi)3
deliberações Itendas de casas, anteriores
material em divida
definitivas ao 1.° de julho aos intcrcssados
posteriores e outras despesas de 1895
a 1S79

Transporte — Ss. 1:880£890 212£000 7:366£050 36£300


-£- 9:495£240
105£500 337£000 - £ - 442£500
Mourão 862£000
Portel 213£000 - £ - 649£000 - £ -
-í-
137£000 730£000 867£000
Evora Redondo 1:207£200
Reguengos 297£200 -£- 910£000 -fi-
115£000 119£500 234£500
Vianna do Alemtejo -£- 1:615£500
Villa Viçosa 89^500 48£000 1:478£000 - £ -

2:83811090 260£000 11:589£550 - £ - 36£300 14:723£940

251£500 292£000 -í- 543£500


Albufeira 483£500
Alcoutim 253£900 - £ - 229£600 - £ -
107£000 - £ - 150 £000 -£-
257£000
Àljezur
158£000 222£000 -£-
380£000
Castro Marim - £ -
- £ - 1:882£262
Faro 382£262 1:500£000
200£000 544£000 48£000 792£000
Lagoa - £ - - £ -
762£173
Lagos 268£173 494£000
190£000 1:374£800 1:564£800
Faro Loulé - £ -
462£000
Monchique 1781000 284£000 -í- -t-
419£600 1:010£000 77£683 -í- 1:507£283
Olhão (V) -$>- 159£537
Silves (•b) 159£537
279£250 861£600 1:140£850
Tavira - £ -
226£400 322£300
Villa do Bispo 95£900 -f-
231£533 1:100^000 - £ - -t- 1:331 £533
Villa Nova de Portimão - £ -
310£000 507£000
Villa Real de Santo Antonio 197£000
3:212£118 8:598£400 237£220 48^000 12:095£738

Aguiar da Beira 120£000 -í- 590£500 710£500


Almeida 259£160 -£- 931£500 - £ - . 45 £500 1:236£160
Ceia 494£524 24£000 1:118£500 1:637£024
Celorico da Beira 491£995 -£- 470£000 -£- -£- 961£995
Figueira de Castello Rodrigo 583£550 -£- 478£000 -£- 1:061£550
Fornos de Algodres 299£525 430£000 50£370 779£895
Gouveia 475£9S0 60£000 975£000 -£- 1:510£980
Guarda. Guarda 1:0345953 60£000 1:370£000 50£368 - £ - 2:515£321
Manteigas 60£000 -£- 120£000 -£- 180£000
Meda 320£000 -£- 380£500 700£500
Pinhel 443£399 820£000 -í- 1:263£399
561£340 1:000£000 -í- 1:561£340
Sabugal 786£598
Trancoso 157H598 629£000
300£000 60£000 520£000 96£000 976£000
Villa Nova de Fozcoa
5:602£024 204£000 , 9:833£000 100£738 141^500 15:881£262

467 £000 7S0£000 -t- 1:247£000


Aleobaça . 382£240
Alvaiazere 212£240 170£000
Ancião . . . 305£285 311£000 616£285
60£000 71£000 51£694 182£694
317£510 862£500 -£- -í- 1:180 â010
143£475 200£00Q -í- 343£47õ
Leiria . Leiria 589£165 -5- 1:430£000 , 57£930 2:077£095
Obidos 230£790 830£000 1:060£790
Pederneira - £ - - £ - 180 »i 000 180£OOO'
Pedrogam Grande 191£500 390£500 562^000
Peniche 40£000 215£000 _£- - £ - 255£000
Pombal 260£000 920£000 56£108 1:236£108
\ Porto de Moz 186:3091 25G£000 442£091
3:003 £056 6:616£000 107£802 57£930 9:7S4£788

Alcacer do Sal 2715000 60£000 950£000 1:281£000


Alcochete 228£S00 63£000 586£000 - £ - 877£800
Aldeia Gallega 294£000 - £ - 850£000 - £ - . -£- 1:144£000
Alemquer 1:037,3100 222£000 1:413£000 715£816 3:387£916
Almada 456£700 160£000 1:505£000 - £ - 2:121£700
Arruda dos Vinhos 297£885 - £ - 220£000 517^885
Azambuja 429£100 912 £.165 - £ - - £ - 1:371£565
Barreiro 169£800 84£000 550£000 53£867 - £ - 857i£667
Cadaval 202£750 40£000 7G0£000 146£044 - £ - 1:148£794
Cascaes 387£546 - £ - 477£000 196£783 1:061£329
Cezimbra 419£000 - £ - 50á£000 - £ - 923£000
Cintra 848£900 60£000 1:]06£000 119£694 2:134£594
Lisboa. Grandola 219£í>35 250£000 469£935
Lisboa 11:705^000 (o) 84:295^000 - £ - — — 96:000£000
Loures _£_ 2:800£000 118£024 - £ - 2:918£024
Lourinlrâ 836^139 - £ - 337£000 54£62S 1:227£767
Mafra 498£500 28£000 1:510£000 -.£- - £ - 2:036£500
Moita 347£055 - £ - 220.£000 5673055
Oeiras 231 £201 1:100£000 1:331£204
S. Tiago do Cacem 502,2005 850£000 - £ - 1:352£065
Seixal 308£440 - £ - 1:106£000 - £ - 1:414£440
Setubal 1:610£800 - £ - 2:450^000 4:060^800
Sobral do Monte Agraço 61£615 - £ - 291 £700 - £ - 353£315
Torres Yedras 802£000 72£000 1:180,3000 2:054£000
Villa Franca de Xira 590£000 90£000 1:400£000 80£789 2:160£789.
22:755£334 85:174£000 23:358£165 1:485£645 - £ - 132:773£144

Alter do Clião 137£0f0 - £ - 357£000 -J5- - £ - 494£000


An-onches . . . 79£100 - £ - 195£200 274£300
Aviz 105£000 - £ - 472£000 - £ - 577£000
Campo Maior 120£000 60£000 338£000 518H000
Castello de Vide 109£114 - £ - 327£000 - £ - - £ - 436£114
Crato 198£000 6£000 297£000 76£710 577£710
Elvas 307£000 - £ - 2:780£000 ' -í- 3:087£000
Portalegre , Fronteira 104£000 - £ - 758£000 - £ - 862£000
Gavião 128£983 140£000 - £ - 268£983
Marvão 80£000 132£000 - £ - 212 £000
Monforte 76£295 284£000 - £ - 360£295
Niza 214£373 - £ - 283£000 - £ - 497£373
Ponte de Sor 118£G00 137£000 255£600
Portalegre 265£C00 100;,5000 1:215£000 1:580£000
Sousel 254£100 245£f>00 80 £507 - £ - 580£107
2:296£565 lGGjiOOO 7:9G0£700. 157£217 10:580£482

( Amarante.. 520£000 68£000 1:300£000 1:888£000


Baião 216£668 930£000 80£000 1:226£668
Bouças . . . . 231£120 1:517£500 1:748£920
Porto , Felgucivas. 174£220 900£000 1:074£220
Gondomar . 280£000 - £ - 651£500 - £ - 931£500
Lousada • . . 350£000 447£000 - £ - 797£000
Maia 326,1-000 G57£500 983£500
2:098£308 6S£000 6:403£500 80£000 8:649£808
Importancias correspondentes a despesas
do e x e r c i c i o de 1903
P a r a amortização
da divida Para
á Caixa Geral pagamento
de Depositos de vencimentos
proveniente c despesas
Districtos Concelhos Verba do 1879 Resultantes de vencimentos anteriores Somma
de e despesas ao 1.° do janeiro
deliberações Reudas dc c a s a s ; de 1903
material anteriores
defitjitivas ao 1.° de julho em divida
posteriores e outras despesas aos interessados
de 1895
a 1879

Transporte — lís. 2:098£308 68^000 G: 403£500 80£000 8:649£808


I Marco de Canavezes 440$000 1:350£000 —í>— 1:790£000
( Paços de Ferreira 180£000 495£000 -H- 52£000 727£000
L Paredes 542£295 450£000 162^689 6£375 1:161£359
I Penafiel 585£000 1:750£000 - £ - - £ - 2:335£000
) Porto 1:757£580 9:797£940 1:222£810 12:778£330
Porto \ Povoa de Varzim 275£000 60£000 750£000 - £ - 1:085£000
j Santo Thyrso 510£000 710£000 1:220£000
í Vallongo 120£000 325£000 445£000
f Villa do Conde 300£000 2G£000 1:050£000 39^750 1:415£750
\ Villa Nova de Gaia 1:135^1000 144£000 3:731£500 99£365 5:109£865
7:943$183 298£000 26: 1:385£499 277£490 36:717£112

' Abrantes 323£875 2:172£660 2:496£535


Almeirim 195£000 103£000 1:085£000 - £ - 1:383£000
Barquinha 100£000 -£- 803£500 24£000 927£500
Benavente 384£400 - £ - 1:440£000 -£- - £ - 1:824£400
— '
Cavtaxo 422^400 458£875 881£275
Chamusca 293£000 156£000 1:092£000 68£218 1:609£218
Constancia 100£000 -£- • 157£500 257£500
Coruclie 120£000 144£000 2:576£000 2:840£000
/ Ferreira do Zezere... 281£021 -£- 590£000 59£065 - £ - 930£086
Santarem Gollegã 300$300 50&000 1:034£000 -í>- 1:384£300
Mação 188£769 -£- 350£000 - £ - 538£769
Rio Maior 80£000 49£000 612£000 741£000
Salvaterra de Magos. 140£750 72£000 1:420£000 1:632£750
Santarem... 897£700 260£000
-£- 1:886£800 3:044£500
Sardoal 20£000 287£000 - £ - 307£000
Thomar 320£000 320£000 1:149£200 - £ - 1:789£200
Torres Novas 818£909 288£000 1:888£000 - £ - 2:994£909
\ Villa Nova de Ourem 170£000 1:070^000 1:240 £000
5:156£124 1:442£000 20:072£535 127£283 24£000 26:821£942

' Arcos de Valle de Vez . 300£000 1:080£000 - £ - 1:380£000


Caminha 300£000 - £ - 290£000 97£330 687£330
Melgaço 210£000 - £ - 421£000 631£000
Monção 414£000 680£000 157£927 1:251£927
Paredes de Coura 180£000 597£000 - £ - 777£000
Vianna do Castello Ponte da Barea 250£000 -£- 211 £000 51£919 - £ - 512£919
Ponte de Lima 360£000 50£000 450£000 80£264 56£000 996£264
Valença 400£000 569£000 - £ - 969£000
Vianna do Castello :002£000 55£000 1:980£000 88£094 3:125£094
\ Villa Nova da Cerveira 120£000 186£000 - £ - - £ - 306£000
3:536£000 105£000 6:464£000 475£534 56£000 10:636£534

Alijó... 360£000 710£000 51£970 - £ - 1:121,8970


Boticas 117£760 211£000 - £ - - £ - 328^760
, Chaves 735£200 1:450£000 50£280 2:235£408
5740000 -0- 7840000
Mezão Frio 2100000 3940770
Mondim de Basto 129£770 2650000
8250000 - 0 - 1:1250000
Moutalegve 3000000 - p -
5720400
2360400 3360000
Murça 1:2310750 2:0900950
Villa Real., Peso da Regua . . . 8590200 - 0 -
460£740
2500740 2100000
Ribeira de Pena 52£572 2440695 1:5220267
Sabrosa 5250000 - 0 - - 0 - 9900000
4200000 5700000
Santa Marta de Penaguião 9760000 510578 1:760,3378
Valle Passos 7320800 7580000
3890000 3690000 - 0 -
Villa Pouca de Aguiar 1:5890000 560450 2320000 2:8020930
\ Villa Real 925£480
6:1910350 TÕTÕl 60750" 262£778 4760695 16:9470573

4240500 — £ — 1530250 837£936


Armamar 2600186 593£455
2330455 - 0 - 3600000
Carregal 4000000 -0- 713IÍ538
Castx"o Daire 3130538 1-.700Í314
5500314 1:1501000
Lamego 1:2850000 l:605í000
Mangualde 8200000 -0-
2735191 472£000 - 0 - 20£500 765£691
Moimenta da Beira 1770000 -0- 323^000
Mortagua 1460000 760£000
Nellas 200£000 5600000 - 0 - - £ -

1400000 5220000 - 0 - - £ - 662áí000


Oliveira de Frades 3700000 - £ - 600^1000
Penalva do Castello 2300000
200£000 193£000 - 0 - 393£000
Penedono 466£000 44£060 730£060
Resende 2200000 - 0 -
177,5025 472,5100 — £ — 649£125
Viseu Santa Comba D"" _ 1.-236Í975
5160975 720,5000 - 0 - - £ -
S. João da Pesqueira 886£000 - £ - 1:326^1000
S. Pedro do Sul 4400000
1800000 184 £000 13£500 377,5500
Sattam 416£000 602£809
Sernancelhe 186£S09 - 0 - - 0 -
220£000 834£000 - 0 - 1:054,5000
Sinfães - 0 -
525£500 874^025
Tabuaço 3480525
2550962 338£000 - 0 - 40£000 633i®962
Tarouea 9370520 975£000 - 0 -
1:912(5520
Tondella 1500000 2300000 -0- — 380^000
Villa Nova de Paiva 1:0000000 1:746£500 -5- 2:746^1500
Viseu 180£000 789£000 969£000
\ Vousella - 0 - -fr-
14:495£600 271£310 22:446£410
7:679,5500
3:560£000 2S£000 2:175,5600
Angra do Heroismo 587£600 -0- 551£085
Calheta 21l£085 340£000
5100000 808,5000
Angra do Heroismo. Praia da Victoria 298£000 - 0 -
411£800
Santa Cruz 1300000 80£000 201£800
4400000 - 0 - 6600000
Velas 220£000
3:0510800 - £ - 28£000 4:606£1485
1:446£685 80£000
560£000 998,5000
Cálheta 438£000 -0- 5724000
400£000 -5- - £ -
Camara de Lobos 172£000 - £ -
6:360£187
2:964£187 3:3960000 -0-
Funchal -0- - £ - 326^400
Macliico 108£000 -0- 218£400
378£000 -1- 5470500
Ponta do Sol 1690500 - £ -
4690325
Funchal. 161£325 -0- 3080000 -0-
Porto do Moniz 1820000
Porto Santo 670000 115£000
256£000 - £ - 3850182
Sant'Anna 1290182 4490700
273£200 - £ -
Santa Cruz 176£500 -0- 6020000
S.Vicente 177£000 425£000 - 0 -

6:3290600 10:8920294
4:562£694 - £ -
- 0 -

51£200 - £ - - £ - 670200
Corvo 16£000 - £ - 1:952£000
Horta 5920000 -0- 1:360£000 - 0 -
Horta . 368£800 458M00
Lagens das Flores 89£600 5260000
Lagens do Pieo 96£000 - £ - 430£000
2:210£000 3:0030600
793£600 -0-
Importancias corrospondentes a despesas
do exercicio dc 1903
Para amortização
da divida Para
á Caixa Geral pagamento
de D e p o s i t o s de vencimentos
proveniento e despesas
Districtos Conoolhoa Verba de 1879 de vencimentos anteriores Somma
Resultantes ao 1.° de janeiro
de deliberações Rendas do casas, e despesas
anteriores de 1903-
definitivas materia! em divida
posteriores e outras despesas ao 1.° de julho
aos íntercssados
a 1819 de 1S95

Transporte — Bs. 7930600 2:2100000 3:0030600


Magdalena 1050600 - 0 - 3880400 -0- 4940000
Horta Santa Cruz 1200000 - 0 - 3260600 -0- 4460600
S. Roque 1280000 420000 3700000 - 0 - 5400000
1:1470200 420000 3:2950000 -s>- -0- 4:4840200

Lagoa 4130990 5640800 9780790


Nordeste 900000 - 0 - 2300600 3200600
Ponta Delgada 1:8070790 3:8400000 5:6470790
Ponta Delgada Povoação 1500000 427 0 600 -0- 577á600
Ribeira Grande 4700000 1:4160000 -0- 1:8860000
Villa Franca do Campo 1440000 4190000 - 0 - 5630000
Villa do Porto 1720800 - 0 - 1600200 - 0 - 3330000
3:2480580 -5>- 7:0580200 10:306.5780
IRESTinVEO P O R D I S T R I C T O S
Aveiro 5: 4490345 100000 7:1970850 1:7170223 540000 14:4280418
Beja 4 1370184 2370000 7:0110350 5160211 2580100 12:1590845
Braga 4 .0430240 1180000 11:5110200 1:0690790 200000 16:7620230
Bragança - 4 3880000 2650500 8:0940500 1870479 900000 13:0250179
Castello Branco 3 3300500 —0- 6:7770200 510916 230250 10:1820866
Coimbra 5 4670414 2100000 9:2100300 510221 630000 15:0015935
Evora 2 . 83S0O9O 2600000 11:5890550 360300
- 0 - 14:7230940
Faro 3; 2120118 - 0 - 8:5980400 2370220 480000 12:0950738
Guarda 5: 6020024 2040000 9:8330000 1000738 1410500 15:8810262
Leiria 3: 0030056 - 0 - 6:6160000 1070802 570930 9:7840788
Lisboa 2 2 : 7550334 85:1740000 23:3580165 1:4850645 - 0 - 132:7730144
Portalegre 2 : 2960565 1660000 7:9600700 1570217 10:5800482
Porto 7: 9430183 2980000 26:8120940 1:3850499 2770490 36:7170112
Santarem 5; 1560124 1:4420000 20:0720535 1270283 240000 26:8210942
Vianna do Castello 3: 5360000 1050000 6:4640000 4750534 560000 10:6360534
- 0 -
Villa Real 6 : 19.10350 10:0160750 2620778 4760695 16:9470573
Viseu 7 6790500 - 0 - 14:4950600 - 0 - 2710310 22:4160410
Angra do Heroismo 1: 4460685 800000 3:0510800 -.0- 280000 4:6060485
Funchal 4: 5620694 - 0 - 6:3290600 - 0 - 1O:S920294
Horta 1: 1470200 420000 3:2950000 - 0 - 4:4840200
Ponta Delgada 3: 2480580 - 0 -
7:0580200 - 0 - 10:3060780
107.-4340186 88:6110500 215:3540640 7:9330556 1:9250575 421:2590457

(a) Descreve-se apenas a quantia de 4 l £ 9 6 S réis, para coinpensar a Camara Municipal de P e n a c o v a , nos termos do despacho ministerial de 18 de abril de 1S99, da quaufia de 317^762 réis, com que contribuiu das suas receitas geraes no anno economico de
1898-1899, alem da importancia de 359<)>780 réis.
(fc) Por despacho ministerial dc 24 de janeiro de 1901 foi determinado se componsasse a Camara Municipal de Silves da quantia com que, alem do 877^850 réis annuaes, a mesma camara contribuira das suas receitas geraes, para o fundo da instrucção pri-
maria desde o 1.° de julho do 1895 até 31 de dezembro de 1900, e com que concorresse no anno d e 1901, como cquivaleneia da que despondia com a instrucção no anno dc 1879; e tendo sido liquidada aquella quantia em 2:5216701 réis, deixa. por
isso, do so iuscrever neste orçamento a somma de 1:003,^850 réis, s e n d o : 377ÍJ850 réis, importancia da verba douomiuada dc 1S79, e 026^000 réis correspondentes á despesa da reuclas do casas, material e expediente das escolas do concelho, n o anno
de 1903.
\c) Para complctar a quautia de 96:000^000 réis, mandada entrogar no fundo da instrucção primaria, por decreto de 19 do julho de 1S92.

P a ç o , e m 2 4 de a b r i l de 1 9 0 2 . — E r n e s t o Rodolpho. Hintze Ribeiro. D . do G. n.° 96, de 1 de maio.

Ú
1902 .123 Abril 24

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA 2.° Os agentes consulares de paises estrangeiros, quando
não receberem em Portugal outros rendimentos alem dos
Direeção Geral provenientes dos respectivos cargos.
Art. 2.° As taxas da contribuição sumptuaria são as
5.a Repartição designadas na tabella junta á citada lei, e, para a sua ap-
plicação, as ordens de terras são as que constam do mappa
Sendo de absoluta necessidade habilitar a Manutenção junto ao decreto de 12 de novembro de 1898, ou outras que
Militar a adquirir os trigos precisos para a sua laboração, de futuro venham a estabelecer-se para os effeitos da con-
os quaes não podem ser obtidos no país por preços não tribuição industrial.
superiores aos fixados na tabella estabelecida pelo artigo Art. 3.° Ficam extinctos os seguintes impostos addicio-
1.° do regulamento approvado por decreto de 26 de julho naes sobre a contribuição sumptuaria:
de 1 8 9 9 ; e tendo em attenção o disposto no § unico do Addicionaes das extinctas juntas geraes dos districtos;
artigo 31.° do mesmo regulamento: hei por bem determi- Imposto complementar estabelecido por lei de 30 de
nar que a referida Manutenção Militar possa importar e julho de 1890 e modificado por lei de 26 de fevereiro de
despachar trigo exotico até á quantidade de 3.000:000 de 1892;
kilogrammas. Addicional extraordinario de 5 por cento, criado por lei
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Guerra de 25 de junho de 1898.
assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 24 de § unico. Nenhuns addicionaes poderão ser lançados so-
abril de 1902. = REI. — Luiz Augusto Pimentel Pinto. bre a contribuição sumptuaria, alem dos votados pelas ca-
D . do G . n . ° 97, do 2 de maio. maras municipaes para as suas despesas geraes e de in-
strucção primaria.
Estes addicionaes serão liquidados e cobrados junta-
mente com aquella contribuição, e 0 seu producto será en-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA tregue ás mesmas camaras e á Caixa Geral de Depositos,
pela fórma actuaknente estabelecida.
Administração Geral das Alfandegas Art. 4.° A contribuição sumptuaria compõe-se das ta-
xas fixas designadas na tabella annexa á referida lei, as
l.a Repartição quaes recaem:
1.° Sobre criados do sexo masculino;
Hei por bem determinar, de conformidade com o dis- 2.° Sobre cavallos, eguas ou muares para commodo
posto no decreto 11.0 5, de 24 de dezembro ultimo e res- pessoal;
pectivo relatorio, que da verba de 1:050$000 réis annuaes 3.° Sobre os differentes vehiculos destinados a trans-
destinada ao pagamento de falhas a cada um dos fieis dos porte de pessoas;
thesoureiros das alfandegas de Lisboa e Porto, se abonem 4.° Sobre vehiculos automovois para commodo pessoal;
150,3000 réis aos primeiros fieis e 100^00 réis aos segun- 5.° Sobre uso de brazão nos vehiculos;
dos fieis. 6.° Sobre uso de velocipedes.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa- § 1.° Exceptuam-se do disposto em 0 n.° 1.°:
zenda assim 0 tenha entendido e faça executar. Paço, em 1.° Aquelles que só accidentalmente fizerem serviço de
24 de abril de 1902. = R E I . = Fernando Mattozo Santos. criados;
D . do G. n.° 9S, de 8 de maio.
2.° Os criados ou moços de forneiros e padeiros, ou
amassadores e moços de fornos ; os moços de cocheira, bo-
lieiros ou cocheiros de sejes e carruagens de aluguer, os
serventes e moços de casa de pasto, hospedarias, lojas de
Direeção Geral das Contribuições Directas bebidas e outras semelhantes; os criados empregados ex-
clusivamente no serviço da agricultura, nos hospitaes e
Usando da auctorização concedida ao Governo pelo ar- estabelecimentos pios, de earidade e beneficencia, e os dos
tigo 1.° da carta de lei de 12 de junho de 1901: hei por collegios de educação e ensino.
bem approvar o regulamento da contribuição sumptuaria, § 2.° Exceptuam-se do disposto em o n.° 2.°:
que baixa assignado pelo Ministro e Secretario de Estado 1.° Os cavallos, eguas ou muares que tiverem praça no
dos Negocios da Fazenda. exercito effectivo ou da reserva e no corpo cla Guarda
O Presidente do Conselho de Ministros e os Ministros Fiscal; os das pessoas a quem 0 Estado os concede ou
e Secretarios de Estado das diversas repartições assim o obriga a ter para desempenho dos seus cargos, quando
tenham entendido e façam executar. Paço, em 24 de não forem tambem empregados no serviço de vehiculos;
abril de 1902. = REI. == Ernesto Rodolpho Hintze Ri- 2.° Os cavallos, eguas ou muares que se empregarem
beiro—Arthur Alberto de Campos Henriques — Fernando exclusivamente no serviço da industria fabril, ou no exer-
Mattozo Santos => Luiz Augusto Pimentel Pinto = Antonio cicio de qualquer outra industria, servindo de indicadores
Teixeira de Sousa — Manuel Francisco de Vargas. especiaes para incidencia da contribuição industrial;
3.° Os cavallos destinados á padreação, os poldros até
Regulamento da contribuição sumptuaria quatro annos e as muares até dois annos, quando não pres-
tem commodo pessoal;
CAPITULO i 4.° As cavalgaduras que se empregarem exclusivamente
no serviço da agricultura e as eguas que forem exclusiva-
Disposições fundameutacs
mente de criação, quando umas e outras não prestem com-
Artigo 1.° Ficam sujeitas á contribuição sumptuaria, nos modo pessoal. Comprehendem-se no primeiro caso as ca-
termos da lei de 12 de junho de 1901, todas as pessoas valgaduras que servem aos abegões, guardadores e raaio-
nacionaes ou estrangeiras, residentes 110 continente do x-aes, apenas empregados nos trabalhos agricolas;
reino e ilhas adjacentes, que tiverem quaesquer dos ele- 5.° A s eguas de criação admittidas nos postos hippicos
mentos collectaveis constantes da tabella annexa á mesma officiaes.
lei. § 3.° Exceptuam-se das disposições do n.° 3.°:
§ unico. Exceptuam-se: Os vehiculos destinados ao transporte de pessoas para
1.° Os membros do Corpo Diplomatico Estrangeiro em aluguer, não podendo como tal ser considerados aquelles
effectivo serviço; cujo fim é destinado a commodo de seus donos, embora
Abril 24 124 1902

estes annunciem publicamente que os alugam, accidental- § 1.° A s decisões das juntas serão sempre motivadas.
mente os aluguem, ou figurem que os teem tomado para § 2.° A s reclamações, que não forem attendidas, serão
aluguer. entregues aos reclamantes com os documentos que as in-
Art. 5.° O maior ou menor uso que o contribuinte faça struirem, cobrando-se recibo.
da3 cavalgaduras, vehiculos ou velocipedes sujeitos á con- § 3.° Quando a reclamação fôr somente attendida em
tribuição sumptuaria não influe na respectiva collecta. parte e o contribuinte queira recorrer, ficará, na respectiva
§ 1.° Por vehiculo montado entende-se o que tem ca- repartição de fazenda, copia da reclamação e da decisão.
vallo, egua ou muar ou parelha correspondente, quer os Art. 11.° As decisões das juntas recaem simplesmente
animaes sejam do proprio contribuinte, quer de aluguer ou sobre os pontos restrictos das reclamações.
de emprestimo, e, ainda, quando estejam comprehendidos Art. 12.° A s juntas poderão convocar os regedores de
em algumas das isenções consignadas na lei. parochia e os informadores, a que se refere o capitulo III
§ 2.° A taxa de vehiculo montado accrescerá a do criado do regulamento approvado por decreto de 2 de novembro
ou criados, incluindo o cocheiro, por que fôr servido. de 1899, a fim de receberem d'elles quaesquer esclareci-
§ 3.° A taxa relativa aos guarda-portões de predios ar- mentos, que julguem necessarios para a decisão das recla-
rendados a diversos inquilinos será lançada aos senhorios, macões.
»
não podendo, todavia, o guarda-portão ser considerado
como mais um criado do senhorio para o effeito da pro- CAPITULO III
gressão do imposto. Dos recursos
Art. 6.° A contribuição sumptuaria é devida no conce-
lho ou bairro em que o contribuinte tiver os elementos col- Art. 13.° Das decisões da junta ha recurso para o juiz
lectaveis, e a ordem de terra, pela qual se deve regular a de direito da respectiva comarca ou vara, que deve ser
applicação das taxas, é aquella onde o contribuinte habi- interposto dentro de cinco dias contados da data em que
tualmente tiver esses elementos ou fizer uso dos seus trens findar o prazo estabelecido para a decisão das reclamações.
ou cavallos, embora as cocheiras ou cavallariças estejam § 1.° A s petições de recurso serão datadas e assigna-
situadas em terra de differente ordem. das e sempre acompanhadas das reclamações indeferidas,
§ unico. Quando o contribuinte tiver os elementos col- podendo os recorrentes juntar-lhes quaesquer documentos
lectaveis, ou faça uso d'elles, habitualmente, em terras de que julguem a bem da sua justiça.
ordem differente, pagará a contribuição correspondente á § 2.° A s petições de recurso serão apresentadas aos
ordem de terra mais elevada. escrivães de fazenda, na qualidade de secretarios das
juntas, que devem d'ellas passar recibo em que especi-
CAPITULO II fiquem os documentos que as acompanharem. A s juntas,
informando sobre o objecto dos recursos, remettê-los-lião no
Reclamações
prazo de cinco dias, com o seu parecer, ao juiz de direito,
Art. 7.° A s contestações entre o contribuinte e o escri- para serem resolvidos por este magistrado.
vão de fazenda sobre materia de contribuição sumptuaria, § 3.° O juiz de direito accusará a recepção dos recur-
serão resolvidas por meio de reclamação para a junta de sos no mesmo dia em que os receber, e ordenará a sua
matrizes e podem ter por objecto: distribuição, mas quando as partes, que pela tabella ju-
1.° Injusta designação da ordem de terra; dicial são obrigadas a preparo, o não effectuarem no acto
2.° Indevida applicação das taxas; da distribuição, ou dentro das quarenta e oito horas pos-
3.° Erro no calculo da collecta de contribuição sum- teriores, serão os recursos julgados desertos e não se-
ptuaria ou dos respectivos impostos addicionaes. guidos.
Art. 8.° A reclamação, a que se refere o artigo antece- § 4.° Os recursos por parte da Fazenda serão interpos-
dente, só póde ter logar antes do pagamento da licença tos pelo escrivão de fazenda, juntando as reclamações
fiscal, e será apresentada ao escrivão de fazenda, como deferidas.
secretario da junta, até o dia immediato áquelle em que Art. 14.° O juiz de direito resolverá os recursos den-
a licença tiver sido solicitada, podendo o reclamante exi- tro do prazo de dez dias, contados do immediato áquelle
gir recibo cla entrega. em que os tiver recebido, e ordenará que a sua decisão
§ 1.° Neste caso, averbar-se-ha o primeiro talão da li- seja intimada ás partes no prazo de tres dias.
cença no sentido de ficar inutilizada, por raotivo da recla- § unico. E facultado ás partes o exame dos processos
mação, passando-se opportunamente nova licença. dos recursos desattendidos, no cartorio do respectivo escri-
§ 2.° A licença, a que se refere o paragrapho antece- vão, durante o prazo designado no § 1.° do artigo 16.°
dente, será solicitada pelo contribuinte no prazo cle dois Art. 15.° O juiz de direito poderá, quando o julgue ne-
clias, contados da terminação do prazo marcado no arti- cessario, solicitar de todas as auctoridades ou repartições
go 13. 0 para a interposição do recurso, quando o não haja, os esclarecimentos de que carecer, os quaes nunca, sob
e havcndo-o, contados do dia da intimação, a que se re- qualquer pretexto, lhe podem ser recusados.
fere o artigo 14.° Art. 16.° Das decisões do juiz de direito haverá re-
§ 3." O contribuinte, que deixar de cumprir o disposto curso para o Supremo Tribunal Administrativo.
no paragrapho'antecedente, incorre na penalidade comrni- § 1.° Este recurso não tem effeito suspensivo e será in-
nada no artigo 25.°, que lhe será applicada pela fórma es- terposto no prazo de dez dias contados da intimação a que
tabelecida neste regulamento para a falta de licença. se refere o artigo 14.°
Art. 9.° O contribuinte, antes de usar do direito de re- § 2.° O recurso por parte da Fazenda será interposto
clamação para a junta de matrizes, póde ainda reclamar pelo agente do Ministerio Publico na comarca ou vara, ou
verbalmente para o escrivão de fazenda por algum dos pelo escrivão de fazenda.
fundamentos mencionados em os n. o s 1.°, 2.° e 3.° do ar- Art. 17.° O recurso, a que se refere o artigo antece-
tigo 7.° , e se este achar justa a sua reclamação, deferi- dente, será apresentado ao juiz de direito e, depois de
la-ha, reformanclo a liquidação. informado por este, enviado, no prazo de cinco dias, ao
Art. 10.° A s reclamações dos contribuintes, que forem Supremo Tribunal Administrativo.
apresentadas em tempo, serão decididas pelas juntas den- Art. 18.° Os contribuintes, alem dos recursos ordinarios
tro dos primeiros dez dias immediatos. A s decisões das estabelecidos no presente regulamento, podem tambem re-
juntas, insertas nas proprias reclamações^ serão com estas correr extraordinariamente para o Conselho da Direeção
patenteadas na repartição de fazenda do concelho ou bairro, Geral das Contribuições Directas e d'ahi para o Supremo
durante o prazo, em que ó permittido interpor o recurso. Tribunal Administrativo, nos seguintes casos:
1902 .125 Abril 24

1.° Quando depois de haverem pago uma licença fiscal, respectivo diploma, será este collado áquelle, lançando-se
se reconheça ter havido qualquer erro ou inexactidão; a nota de «inutilizado».
2.° E m todos os casos não previstos no presente regu- § 2.° Os primeiros talões das licenças permanecerão
lamento. archivados nas repartições de fazenda dos bairros ou con-
§ 1.° Os recursos a que se referem os n. o s 1.° e 2.° celhos, e servirão de registo das licenças para todos os
effeitos.
d'este artigo, só poderão ser interpostos dentro do anno a
§ 3.° Os segundos talões das mesmas licenças serão
que respeitar a contribuição.
separados d'estas no acto do pagamento, e ficarão na re-
§ 2.° Estes recursos serão interpostos pela fórma desi-
cebedoria para a organização da relação mcnsal da co-
gnada no § 4.° do artigo 50.° do regulamento de 2 de no-
brança, acompanhando esta para a respectiva repartição
vembro de 1899.
de fazenda.
CAPITULO IV Art. 22.° Os impressos para as licenças fiscaes serão
Cobrança e fiscalização fornecidos aos escrivães de fazenda pela Direeção Geral
Art. 19.° A contribuição sumptuaria será cobrada por das Contribuiçõos Directas, por intermedio dos respecti-
meio de licença fiscal, que poderá ser passada por anno, vos delegados do thesouro, em cadernetas de 100 folhas,
por semestre ou por trimestre e por mês, á vontade do numeradas e rubricadas por estes, e selladas com o sêllo
contribuinte, devendo a licença terminar sempre no fim branco da repartição de fazenda do districto, podendo a
de cada mês ou trimestre e não passar alem do dia 31 rubrica ser de chancella.
de dezembro de cada anno. Art. 23.° A fiscalização da contribuição sumptuai'ia
§ unico. Sobre esta contribuição não se cobrarão ou- compete, em geral, ao corpo da fiscalização dos impostos,
tros quaesquer impostos, alem dos votados pelas camaras e, especialmente, emcada concelho ou bairro, ao respectivo
municipaes para as suas despesas geraes e para as de escrivão de fazenda, pelos meios que o Governo puser á
instrucção primaria. sua disposiçâo, cumprindo aos encarregados da fiscalização
Art. 20.° Os contribuintes que possuirem quaesquer levantar os competentes autos para a imposição das mul-
elementos sumptuarios, ou os adquirirem, ficam obrigados tas pelas infracções que descobrirem.
a solicitar do escrivão de fazenda do respectivo bairro § 1.° Quaesquer auctoridades, funccionarios e agentes
ou concelho, no prazo de oito dias, a contar da vigencia policiaes são tambem competentes para levantar autos pe-
d'este regulamento, da terminação da validade da licença las infracções que accidentalmente descubram no exerci-
anterior, quando a houver, ou da acquisição dos mesmos cio das suas funcções.
elementos sumptuarios, e em todo o caso, antes de se § 2.° No acto de ser levantado qualquer auto, será o
utilizarem d'elles, a expedição das competentes licenças infractor, estando presente, intimado para, no prazo de
fiscaes, por meio de declarações escritas, em que men- tres dias, solicitar na repartição de fazenda respectiva a
cionem os elementos sumptuarios que tiverem de ser tri- necessaria guia para pagamento da multa, fazendo-se men-
butados. ção da intimação no mesmo auto, que será logo entregue
§ 1.° E obrigatoria para os contribuintes que solicitarem ao escrivão de fazenda. Se o infractor não estiver pre-
licenças de taxas sumptuarias por trens e cavallos, a afi- sente, ser-lhe-ha feita aquella intimação no mais curto es-
xação permanente das mesmas licenças na parte interior paço de tempo possivel, pelo empregado que tiver levan-
das portas de serviço das cocheiras ou cavallariças, a fim tado o auto ou por outro qualquer.
de ser ahi exercida a devida fiscalização, que em caso al- § 3.° Se o infractor não pagar a multa no prazo indi-
gum poderá effectuar-se durante o transito dos trens ou cado, será o auto enviado pelo escrivão de fazenda ao
cavallos. O contribuinte que deixar de cumprir este pre- agente do Ministerio Publico, para promover o compe-
ceito será punido com a multa estabelecida no artigo 25.° tente processo.
Havendo mais do que uma cocheira ou cavallariça e uma § 4.° A s multas serão impostas em processo correccio-
só licença para todos, o escrivão de fazenda passará os nal: em Lisboa e Porto pelos juizes de direito criminaes,
duplicados d'ella, necessarios para se cumprir esta dispo- e nas outras terras do reino pelos juizes de direito das
siçâo. respectivas comarcas.
§ 2.° A falta de pagamento, no prazo de vinte e quatro § 5.° E m todo o estado do processo para a imposição
horas, da licença concedida, equivale á nao solicitação das multas poderá o responsavel ou transgressor sus-
d'esta, para os effeitos da applicação da penalidade esta- pender e pôr fim á instancia fiscal, pagando a multa em
belecida no citado artigo 25.° que tiver incorrido, por meio de guia, em duplicado, pas-
§ 3.° Quando o contribuinte tiver licença por um ou sada pelo escrivão de fazenda. Se o processo já estiver
mais factos tributarios da mesma natureza, e, posterior- affecto ao poder judicial, será a guia passada por ordem
mente, adquirir maior numero d'esses factos é obrigado a do respectivo juiz, e, neste caso, alem da multa, pa-
apresentar na Repartição de Fazenda a competente de- gará o responsavel ou transgressor os sellos e custas de
claração para lhe ser passada a necessaria licença, e, neste todo o processo e de todas as diligencias effectuadas
caso, ser-lhe-ha levada em conta a contribuição que tiver desde o inicio da acção fiscal, conforme as tabellas do im-
pago, tendo em attenção o tempo de duraçâo das licen- posto do sêllo e dos emolumentos e salarios judiciaes em
ças. Nesta hypothese far-se-ha, em a nova licença, referen- vigor.
cia á anterior. § 6.° E m face cla guia a que se refere o paragrapho
§ 4.° Quando o contribuinte tiver, por virtude de de- antecedente, processará o escrivão de fazenda a compe-
claração incompleta relativamente aos factos tributarios, tente licença fiscal, no alto da qual, bem como dos respe-
licença de taxa inferior á devida, a base da multa será a ctivos talões, escreverá as palavras «por multa». Esta li-
differença entre esta taxa e a que houver pago. cença será apresentada com a guia ao recebcdor, e, de-
Art. 21.° A s licenças fiscaes serão passadas pelos es- pois de effectuado o pagamento, será assignada, e ficará
crivães de fazenda dos concelhos ou bairros, de harmonia em poder clo interessado.
com as indicaçoes do modelo n.° 1, e a sua importancia § 7.° Se dentro de tres dias, contados cVaquelle em que
será escripturada no livro do modelo n.° 8 - A , junto fôr passada a guia, não fôr apresentado ao esciivão de
ao regulamento de 4 de janeiro de 1870, sob a rubrica fazenda, que a passou, um dos duplicados com o compe-
de «contribuição sumptuaria», e entrará na recebedoria em tente recibo, seguirá o processo os seus termos até final
face das mesmas licenças. pagamento.
§ 1.° Se ao passar-se a licença houver qualquer equi- § 8.° A importancia das multas será dividida em duas
voco ou erro, e já estiver separado do primeiro talão o partes iguaes, uma das quaes pertenccrá á Fazenda Na-
*
Abril 24 126 1902

cional e a outra ao empregado ou empregados, que tive- ou mais trimestres anteriores do mesmo anno não teve
rem levantado o auto. os elementos collectaveis, ou que pagou por elles a devida
§ 9.° No livro do modelo n.° S - A , junto ao regula- contribuição, a multa será calculada sobre a importancia
mento de 4 de janeiro de 1870, será escripturada a parte correspondente ao trimestre ou trimestres da transgres-
pertencente ao Thesouro, sob a rubrica de «contribuição são.
sumptuaria», bem como serão ali escripturados os respe- § 3.° A prova, a que se refere o paragrapho antece-
ctivos impostos camararios, sob a competente denomina- dente, será produzida, no primeiro caso, pela declaração
ção. conforme, de duas ou mais testemunhas idoneas, que assi-
§ 10.° A parte pertencente aos empregados fiscaes será gnarão o auto respectivo, e, no segundo caso, pela apre-
escripturada em operações de thesouraria, sob a rubrica sentaçâo da licença anterior ou certidão d'ella.
de «multas da contribuição sumptuaria», mediante recibo § 4.° O processo para a applicação das multas acha-se
do modelo n.° 15, no qual se mencionarão os nomes dos estabelecido no capitulo iv do presente regulamento e só
empregados a quem pertencerem, e a parte respeitante a póde ser intentado até o dia 31 de dezembro do anno
cada um. em que se commetter a transgressão.
§ 11.° A parte das multas pertencente aos empregados
fiscaes será entregue pelo recebedor, sob sua responsabi- CAPITULO VI
lidade, mediante recibo do modelo n.° 14, junto ao citado
regulamento de 4 de janeiro de 1870, a cada um dos in- Disposições geraes
teressados, logo que a solicite, e independentemente de
Art. 26." Os escrivães de fazenda poderão correspon-
qualquer ordem, para o que o mesmo recebedor fará um
der-se com todas as auctoridades, repartições publicas e
registo da entrada e saída d'essas multas conforme o mo-
corporações para o bom desempenho das obrigações, que
delo n.° 2, devendo os alludidos recibos ser comprehendi-
por este regulamento lhes sào commettidas.
dos na primeira passagem de fundos para a respectiva
Art. 27.° As reclamações e recursos serão individuaes,
agencia do Banco de Portugal.
escriptos em papel sellado, e sellados todos os documen-
§ 12.° Pela Direeção Creral da Thesouraria serão expe-
tos com que forem instruidas.
didas, no principio de cada anno economico, as necessarias
Art. 28.° Os delegados clo thesouro requisitarão pela
ordens para legalisação dos pagamentos effectuados nos
Direccão Greral da Contabilidade Publica os impressos
termos do paragrapho antecedente, por fórma a não haver
necessarios para a execução d'este regulamento.
delonga na entrega das multas aos interessados.
Art. 24.° As multas, que não puderem ser cobradas por
falta de bens dos contraventores, serão substituidas por CAPITULO VII
prisão de tantos dias quantos forem necessarios para per- Disposições transitorias
fazer a sua importancia, na razão de 1$000 réis por dia.
Art. 29.° As disposições d'este regulamento terão vigor
CAPITULO V quinze dias depois da sua publicação no Diario do Go-
verno, e as licencàs, que forem solicitadas no prazo cle
Disposições penaes
oito dias immediatos á sua vigencia, marcado no ar-
Art. 25.° Pelas transgressões por falta de licença, por tigo 20.°, serão referentes ao periodo decorrido desde o
declarações incompletas de factos sumptuarios sujeitos ao dia 1 de janeiro findo.
imposto ou por inobservancia dos preceitos d'este regula- § unico. Se o contribuinte tiver adquirido os elementos
mento pagar-se-ha, como multa, uma importancia igual ao sumptuarios posteriormente ao dia 31 do citado mês de
dobro cla contribuição sumptuaria. janeiro, e por isso não tiver obrigação de pagar a contri-
§ 1.° No calculo da multa comprehender-se-hão os res- buição relativamente a todo o periodo decorrido desde o
pectivos impostos municipaes, e, se a transgressão fôr principio do anno, poderá fazer a prova d'esse facto por
descoberta no primeiro trimestre, será calculada sobre a auto lavrado perante o escrivão de fazenda respectivo,
importancia correspondente a tres meses, se o fôr no se- nos termos do § 3.° do artigo 25.°, e a licença ser-lhe-ha
gundo, a seis meses, se o fôr no terceiro, a nove meses, passada na conformidade d'essa prova.
e se fôr no quarto, a um anno. Paço, em 24 de abril de 1902. = Fernando Mattozo
§ 2.° Provando, porem, o transgressor que durante um Santos.

/
MODELO N.° 1

CONTRIBUIÇÃO SUMPTUARIA CONTRIBUIÇÃO SUMPTUARIA CONTRIBUIÇÃO SUMPTUARIA

Bcdrro de . . . Anno civil de 190.. . Bairro de . . .


Bairro de . . . Anno civil de 190.
Concelho de . . . ... Ordem
Concelho de ...
Concelho de . . . ... Ordem
1.° talão da licença n.° . . .
Yalida desde . . . de .. a .. <le . . de 190... Licença n.° 2.° talão da licença n.° .

. .. Criado $ Valida desde . . de . . . a . . de de 190. . .


. . . Cavallo, egua ou muar de commodo pessoal $ Anno de 1 9 0 . . .
o o o
.... Vehiculo de duas vodas para um cavallo, o<5o Criado
egua ou muar (a) £> Cavallo, egua ou muar de commodo pessoal
. . . Vehiculos de duas rodas para dois caval- Contribuição sumptuaria
Vehiculo de duas rodas, para um cavallo, egua ou Imposto municipal para despesas geraes.
los, eguas ou muares (o) £ muar (a)
.. . Vehiculo de quatro rodas para um cavallo, Instrucção primaria
Vehiculo de duas rodas para dois cavallos, eguas ou
egua ou muar (a) $ muaren (a) Somma . . . .
. . . Vehiculos de quatro rodas para dois caval- Vehiculo de quatro rodas para um cavallo, egua ou
los, eguas ou muares (a) $ muar (a)
. . . Cavallos, eguas ou muares a mais de dois Vehiculo de quatro rodas para dois cavallos, eguas
para serviço dos vehiculos anteriormente ou muares (a)
designados $ Cavallos, eguas ou muares a mais de dois para ser- Repartição de Fazenda do Concelho de de
. . . Vehiculos nào especificados para um ca- viço dos vehiculos anteriormente designados. .. . de 190...
vallo, egua ou muar (a) $ Vehiculos não especificadoB para um cavallo, egua
.. . Vehiculos não especificados para dois ca- ou muar (a) O Escrivão de Fazenda,
vallos, eguas ou muares (a) $ Vehiculos não especificados para dois cavallos, eguas
. . . Vehiculo a mais desmontado e servido pelos ou muares (a) F...
mesmos cavallos (a) $ Vehiculo a mais desmontado e servido pelos mes-
. . . Vehiculo automovel $ mos cavallos (a)
Uso de brasão nos vehiculos áí Vehiculo automovel
Uso de velocipedes £ Uso de brasão nos vehiculos Pago em . . . de . . . de 190...
Somma £ Uso de velocipedes
Para despesas geraes, . . . Somma ." O Recebedor.
( Para despesas geraes, ... por cento
Imposto municipal < Para instrucção primaria, . . . por F...
! ( cento-.
por cento . ... . 0
Para instrucção primaria, Somma
. .. por cento
Somma 0$
Ao Sr. . . . , morador em . , . , freguesia de . . . , se con- Ao Sr. . . ., morador em . . ., freguesia de . .., se concede licença
cede licença para ter ou fazer uso dos elementos sumptua- para ter ou fazer uso dos elemento8 sumptuarios acima designados,
rios acima designados pelo tempo de . . . de . . . a . . . de pelo tempo de . . . de . . . a .. . de . . . de 190..., pelo que pagou
. . . de 190..., pelo que pagou a importancia de . . . a importancia de .. .
Repartição de Fazenda do Concelho de . . . , . . . de . . . Repartição de Fazenda do Concelho de . . . . . . . de . . . de 190..
de 190...

O Escrivão de Fazenda, O Recebedor, O Escrivão de Fazenda, O Recebedor,

F... F... F... F...

(a) D e v ô declarar-se neste logar o numero © qualidade de cada v e h i c u l o . a) D e v e declarar se neste logar o immero e quaKdaile de eada vehiculo.
MODELO N.» 2 (§ 11.° do artigo 23.' do regulamento de . . . ) >
o*
Multas da contribuição sumptuaria g.
Recebedoria de
Registo da entrada e saida de multas impostas por infracção da lei de 12 de junho de 1901 tsO

Importancia D a t a da saida
D a t a do pagamento das multas
N o m e s dos infractores N o m e s dos funccionarios a quem pertencom as multas pertencentes Observações
a cada
funccionario Dia Mês
Dia MCB

to
00

D . do G. n . ° 98, de 3 de maio.
Paço, em 2 4 de abril de 1902, = Fernando Mattozo Santos.
1902 V'129 Abril 17

MINISTERIO DOS NEGOCIOS Dâ MARINHA E UITRAMAR Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a
Direeção Geral do UItramar cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão in-
teiramente como nella se contém.
l . a Repartição O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
rinha e UItramar a faça imprimir, publicar e eorrer. Da-
l." Secção da no Paço das Neeessidades, aos 24 de abril de 1902. —
EL-REI, com rubrica e guarda. = Antonio Teixeira de
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Sousa.— (Logar do sêllo grande das armas reaes).
Administrativo acêrca do recurso n.° 11:423, em que é Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
recorrente Herculano de Noronha, e recorrido Domingos nado o decreto das Côrtes Geraes de 3 de abril corrente,
Seruya, de que foi relator o Conselheiro, vogal effectivo, que auctoriza o Governo a criar um hospital colonial e o
Eduardo José Segurado: ensino cla medicina especial dos climas tropicaes, nos ter-
Mostra-se que o presente recurso vem interposto por mos das bases annexas á presente lei, e que ficam fazen-
Herculano de Noronha, amanuense da secretaria do Go- do parte tVella, manda cumprir e guardar o mesmo de-
verno Geral da provincia de Cabo Verde, do despacho do creto como nelle se contém, pela fórma retro declarada.
Governador Geral, pelo qual foi nomeado official, interino, Para Vossa Majestade v e r . = Raphael Gregorio Caldei-
da mesma secretaria o amanuense Domingos Seruya, com ra de Mendanha Junior a fez.
o fundamento de que o recorrente é empregado mais an-
tigo do que o nomeado, como pretende explicar na sua
Bases a que se r e f e r e a lei d'esta data
petição a fl. 6 :
Mostra-se que as informações officiaes que constam do Base 1."
processo são completamente favoraveis ao recorrido, affir-
mando a sua competencia e applicação no desempenho dos E criada em Lisboa uma installação bospitalar, com a
deveres que lhe teem sido incumbidos, merecendo até ser denominação de Hospital Colonial, para o tratamento
louvado em portaria, emquanto que o recorrente, segundo dos officiaes militares e praças de pret que regressam clo
informa o chefe da secretaria a fl. 23, não tem zêlo pelo uitramar, descontando nos seus vencimentos, para o fundo
serviço nem tem progredido em aptidão; hospitalar, as importancias que se acham determinadas no
Pela relação a fl. 21 se vê que o recorrido prestou ser- artigo 70.° do decreto cle 2 de dezembro dc 1852 e na dis-
viços na secretaria geral como amanuense, interino, desde posiçâo 4. a da Ordem do Exercito n.° 5, 1.' serie de 189o
2 de novembro de 1888 até 27 de janeiro de 1894, em actualmcnte em vigor.
que foi confirmado naquelle cargo; e pelo documento a § unico. Os empregados civis e ecclesiasticos clas pro-
fl. 22 mostra-se que o recorrente foi nomeado amanuense, vincias ultramarinas tambem podem ser tratados no Hos-
interino, em 11 de maio de 1891 e em 23 de fevereiro de pital Colonial, descontando mêtade dos seus vencimentos
1893, sendo tambem confirmado nesse logar no mesmo de eategoria para o fundo hospitalar.
dia em que o foi o recorrido (27 de janeiro de 1894):
O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico; Base 2. a
Considerando que o decreto de 24 de dezembro de
A direccão e serviço clinico d'este Hospital serão de-
1892, que approvou a organização administrativa da pro-
seropenhados pelo pessoal technico da Repartição de Saude
vincia de Cabo Verde, quando trata das attribuições do
da Direeção Geral do UItramar, que, em caso cle necessi-
governador geral, sobre provimento, nomeação e confir-
dade, será coadjuvado por facultativos reforinados dos
mação de empregados da administração provincial, nos
quadros de saude das provincias ultramarinas e cla ar-
artigos 29.°, 32.° e 33.°, em nenhum d'esses artigos es-
mada, nomeados provisoriamente para esse fim, sob pro-
tabelece o principio da antiguidade, para que por elle se
posta clo director do Hospital.
regulem essas nomeações, mandando apenas que a con-
firmação dos empregados interinos só possa ter logar § unico. Os facultativos reformados a que se refere esta
quando esses empregados, durante um anno, pelo menos, base terão direito como gratificação a 20 por cento clos
tenham bem servido os seus cargos; seus vencimentos.
Considerando que a nomeação contra que se recorre é Base B.a
interina, e recaiu num empregado que, como consta do O pessoal de enfermagem e serviços auxiliares será de-
processo, tem sido exemplar no desempenho das suas func- signado em regulamento, conforme as exigencias do ser-
ções como amanuense da secretaria do Governo Geral: viço, e dcstacado das companhias de saude clas provincias
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta, ultramarinas.
negar provimento no recurso, confirmando o despacho re- Base 4."
corrido.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Os vencimentos e gratificações de todo o pessoal serão
Marinha e UItramar assim o tenha entendido e faça exe- os correspondentes ás suas graduações militares.
cutar. Paço, em 24 de abril de 1902. = REI. = Antonio
Teixeira de Sousa. Base 5."
D . do G. II.0 98, de 3 de maio.
O tiroeinio dos praticantes de enfermeiros, de que trata
o artigo 214.° da carta de lei de 28 de maio de 1896,
passa a ser feito no Hospital Colonial, ficando as prelec-
Repartição de Saude ções, a que se refere o artigo 216.° da citada carta de
lei, a cargo cle um facultativo ali em serviço, que perce-
DOM CARLOS, por graça de Deus, Rei de Portagal
berá a gratificação correspondente.
e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a
Base 6.a
lei seguinte:
Artigo 1.° É criado um hospital colonial e o ensino da O dejicit que se liquidar do Hospital Colonial será en-
medicina especial dos climas tropicaes, nos termos das ba- cargo das provincias ultramarinas, inscrevendo-se annual-
ses annexas, e que ficam fazendo parte d'esta lei. mente para esse fim nos respectivos orçamentos verbas
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario. proporcionaes ás suas guarnições militares.
Abril 24 130 1902

Base 7." Base 16.'


É criado junto do Hospital Colonial o ensino tlieorico e A assistencia a este curso ó obrigatoria para os missio-
pratico de medicina tropical, que será professado em tres narios, officiaes militares e empregados das obras publicas
cadeiras: pathologia e clinica, hygiene e climatologia, ba- e professores de instrucção primaria clas provincias ultra-
cteriologia e parasitologia tropicaes. marinas.
Base 17. 1
Base 8.-'
A despesa annual clo ensino da medicina tropical será :
Este ensino tem por fim principal completar a educa-
ção profissional dos facultativos dos quadros de saude das 1 Medico director — gratificação .. 100$000
provincias ultramarinas e clos medicos navaes, por meio 3 Medicos auxiliares — gratificacões, a 400$000
de lições theoricas seguidas de clemonstrações e exercicios réis 1:200,5000
praticos feitos nas enfermarias e laboratorios sobre todos 1 Preparador — vencimento 360)5000
os ramos da medicina tropical. 2 Serventes—vencimentos, a 180,5000 r é i s . . 360,5000
Material 1:000,5000
Base 9. a
Somma 3:020,5000
O pessoal incumbido do ensino compõe-se de um me-
dico-director, tres medicos auxiliares, um preparador e § unico. O medico director poderá desempenhar serviço
dois serventes.
numa das cadeiras criadas, vencendo a gratificação cor-
§ unico. O director do pessoal docente será tambem o
relativa.
director do Hospital Colonial.
Base 18.a
Base 10." O medico-airector apresentará annualmente á^ Direeção
O pessoal docente é nomeado pelo G-overno de entre os Geral do UItramar um relatorio dos serviços a seu cargo
facultativos dos quadros de saude das provincias ultrama- e prestará contas das sommas despendidas.
rinas e da armada, com 2 annos pelo menos de exercicio
clinico nas possessões ultramarinas em terra ou em serviço Base l!). a
naval, e está subordinado á Direeção Geral do UItramar,
exercendo este serviço em commissão. O producto das propinas de matriculas e exames consti-
§ 1.° É supprimida a cadeira de pathologia exotica tuirá receita eventual das provincias ultramarinas com
da Escola Naval, passando o respectivo professor com to- applicação ao ensino de medicina tropical.
dos os seus direitos e garantias para o pessoal docente do § unico. As propinas cle matricula e cle exame serão
novo curso. de importancia nunca superior a 5,5000 réis cada uma.
§ 2.° A gratificação respectiva d'este professor figurará
no orçamento do Ministerio da Marinha. Base 20. a
É considerada despesa obrigatoria das camaras munici-
Base 11." paes das provincias ultramarinas, nos termos e para os
O ensino de medicina tropical será ministrado durante effeitos do Codigo Administrativo em vigor, o subsidio
4 meses, de novembro a fevereiro. annual cle 1 por cento das suas receitas ordinarias para
custeamento do ensino de medicina tropical criado por
Base 12.a esta lei. —
a
O curso de medicina tropical é obrigatorio para os as- Base 21.
pirantes a facultativos do uitramar e da armada que tive- Se a recòita criacla nos artigos antecedentes não fôr
rem completado os seus estudos nas escolas de medicina sufficiente para cobrir as despesas do ensino cle medicina
do continente do reino e para os facultativos que forem tropical, inscrever-se-hão nos orçamentos das provincias
admittidos nos quadros de saude do uitramar e da armada, ultramarinas as verbas necessarias para pagamento clas
e poderá ser frequentado por todos os facultativos que despesas excedentes.
para isso se inscreverem. Base 22.a
Base 18.a O Governo fará os regulamentos e programmas neces-
sarios para a execução d'esta lei.
Os facultativos que tiverem frequentado com regulari-
dade o curso de medicina tropical e quiserem o diploma Paço, 24 de abril de 1902. = Antonio Teixeira de Sousa.
dc medico colonial, terão de submetter-se a um exame fi-
T). <lo Cr. n.° i)8, de 3 de maio.
nal, que versará sobre provas theoricas, clinicas e traba-
lhos de laboratorio.
Base 14.a
Os facultativos habilitados com o curso de medicina tro- 2. a Repartição
pical terão preferencia no provimento dos partidos muni-
cipaes das provincias ultramarinas e no dos logares dos 2.a Secçíío
quadros de saude do uitramar e da armada.
Nos termos do § 11.° do artigo 7 . ° do decreto com força
de lei de 17 de maio de 1897; e
Base 15."
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar:
Alem do ensino geral de medicina tropical para os fa- Hei por bem decretar o seguinte:
cultativos, haverá um ensino secundario comprehendendo Artigo 1.° E approvado o regulamento para a apanha
as questões principaes de hygiene tropical, os primeiros da casca de ostras nos territorios sob a administração da
soccorros aos feridos e doentes, ministrado em cursos tri- Companhia de Moçambique, que baixa assignado pelo Mi-
mestraes aos missionarios, officiaes militares, negoeiantes, nistro e Secretario de Estado dos Negocios da Marinha e
agricultores, empregados de obras publicas, professores de UItramar.
instrucção primaria, etc. Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
1902 .131 Abril 24

O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim ó tenhé : Art. 3.° Os sellos e outras formulas de franquia serão,
4
entendido e faça executar. Paço, em 24 de abril de 1 9 0 2 . = para a provincia de Macau, das taxas de /2, 1, 2, 3, 4, 5,
R E I . — Antonio Teixeira de Sousa. 6, 8, 10, 12, 13, 16, 18, 20, 31, 47 e 78 avos da pataca
para as estampilhas; de 2, 4, 5 e 10 avos para os cartões
Regulamento para a apanha da casca da ostra nos territorios postaes; de 1, 1 y^ e 4 avos para os bilhetes postaes sim-
sob a administração da Companhia de Moçambique, ples e de 2, 3 e 8 avos para os bilhetes postaes de res-
a que se refere o decreto d'esta data posta paga.
Art. 4.° Os sellos e outras formulas de franquia serão,
1.° para o districto autonomo de Timor, das taxas de y», 1,
2, 3, 5, 6, 9, 10, 12, 13, 15, 22, 31, 47 e 78 avos de
Os individuos que desejem proceder á apanha de casca
pataca para as estampilhas; de 3, 5 e 12 avos jjara os
de ostra, não o poderão fazer sem licença, para o que fa-
cartões postaes; de 1, 2 e 5 avos para os bilhetes pos-
rão requerimento, declarando sujeitarem-se ás disposições
taes simples e de 2, 4 e 10 avos para os bilhetes postaes
da lei.
2.° de resposta paga.
Art. 5.° Os sellos de 15 réis, 6 réis indianos, 2 e 3
Estas licenças serão passadas pela Repartição de Fa- avos da pataca, respectivamente destinados ás colonias
zenda, onde serão registadas e pagas pela taxa íixa de africanas, ao Estado da India, á provincia de Macau e ao
6$000 réis com validade de seis meses contados de 1 de districto autonomo de Timor, serão de côr verde; identica-
janeiro, ou 1 de julho anteriores á data d'ella, findo os mente terão as côres: vermelha os de 25 réis, 1 tanga, 4
quaes será renovada, pagando nova licença. e 5 avos, e a azul eseura os de 65 réis, 2 y? tangas, 10
e 12 avos, de acordo com o artigo 6.° do regulamento á
3.° convenção postal universal.
Os infractores pagarão multa não superior a 20$000 Os demais sellos, cartões e bilhetes postaes serão fabri-
réis. cados, quanto a côres, dimensões, legendas, etc., segundo
Paço, em 24 de abril de 1902. = Antonio Teixeira de as indicações do Ministerio da Marinha e UItramar.
Sousa. Art. 6.° Os sellos das taxas agora criados e os substi-
D . do G. n.° 99, de 5 de maio.
tuidos nas côres serão do typo actualmente existente.
Art. 7.° Os sellos de 80, 150 e 300 réis para as colo-
nias de Africa; os de 2 15 e 24 avos para a provincia
3. a Repartição de Macau, e os de 2 l /2, 4, 8, 16, 20 e 24 avos para 0
districto autonomo de Timor, e os bilhetes postaes de 30
3. a SecçSo réis para as colonias de Africa: 2 e 3 avos para a pro-
vincia de Macau e 3 avos para 0 districto autonomo de
Tendo sido modificados, em harmonia com a convencão Timor, que, em virtude d'este decreto, ficam fóra da cir-
postal universal de Washington, por decreto de 24 de de- culação, serão retirados d'ella como determinam os artigos
zembro de 1901, os portes e taxas das correspondencias 2.° e 3.° do decreto de 2 de junho de 1892. De igual
postaes nas provincias ultramarinas, e sendo necessario modo se procederá com os sellos das taxas de 15 e 25
criar sellos de franquia em concordancia com esses por- réis para as colonias de Africa; 6 réis e 1 tanga para 0
tes ; Estado da India; 2, 4 e 10 avos para a provincia de
Carecendo alguns dos sellos em circulação de ser mo- Macau e de 3 e 12 avos para 0 districto autonomo de Ti-
dificados nas côres, como dispõe o artigo V I do regula- mor, que teem de mudar de côr por disposiçâo clo artigo
mento da mesma c.onvenção postal; antecedente, e bem assim os das côres actualmente em
Tornando-se indispensavel, com o determinado no cita- uso : 50 réis (azul) e 75 réis (vermelho) para as colonias
do decreto, ordenar o fabrico de cartões postaes e novos de Africa; 2 tangas (azul) para 0 Estado da India; 8
typos de bilhetes postaes, especializando os de resposta avos (azul) e 12 avos (vermelho) para a provincia cle Ma-
paga, cuja falta acarreta prejuizos aos correios ultrama- cau, que são agora applicados a outras taxas.
rinos: § unico. Os bilhetes postaes das taxas que este decreto
Hei por bem decretar o seguinte: mantem conservar-se-hão em vigor, simultaneamente com
Artigo 1.° Os sellos e outras formulas de franquia se- os da nova emissão, até completo esgotamento.
rão das taxas, para as colonias de Africa, de 2 '/a, 5, 10, Art. 8.° A circulação dos novos sellos, cartõos postaes
15, 20, 25, 50, 65, 75, 100, 115, 130, 200, 400, 500 e e bilhetes postaes simples e cle resposta paga deverá co-
700 réis para as estampilhas; de 25, 50 e 65 réis para meçar em 1 de janeiro de 1903.
os cartões postaes; de 10 e 25 réis para os bilhetes pos- O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da
taes simples, e de 20 e 50 réis para os bilhetes postaes Marinha e UItramar assim 0 tenha entendido e faça exe-
de resposta paga. cutar. Paço, em 24 de abril de 1902. = REI. = Antonio
§ 1.° Serão emittidos sellos, com legenda especial, Teixeira de Sousa.
para as colonias africanas e districtos de Cabo Verde, Gui- D . do G. 11." 99, de 5 de maio.

né, S. Thomé e Principe, Angola, Congo, Moçambique,


Lourenço Marques, Inhambane e Zambezia, e cartões e
bilhetes postaes para cada provincia.
§ 2.° Para a provincia de Moçambique serão emittidos, Sendo indispensavel pôr desde já em circulação os sel-
alem dos bilhetes postaes das taxas designadas neste ar- los postaes correspondentes aos portes estabelccidos por
tigo, os das taxas de 20 e 40 réis respectivamente, sim- decreto de 24 de dezembro de 1901, no uitramar;
ples e de resposta paga. Attendendo a que, em virtude do decreto de 24 do cor-
Art. 2.° Os sellos e outras formulas de franquia serão, rente mês, foram criados sellos das taxas de 65, 115, 130
para o Estado da India, das taxas de 1, 1 '/o, 2, 2 3, e 400 réis para as colonias da Africa; de 1, 2, 2 e 3
4 Yj, 6 e 9 réis; 1, 2, 2 y 2 , 4, 5, 8 e 12 tangas, 1 "e 2 réis e 2 '/j e, 5 tangas para 0 Estado cla India; dc 6 e 18
rupias para as estampilhas; de 6 réis, 1, 2 e 2 '/s tangas avos para a provincia de Macau; e de 5, 6, 9, 15 e 22
para os cartões postaes ; de 3, 5 e 10 réis e 1 tanga para avos para 0 districto autonomo de Timor, taxas que actual-
os bilhetes postaes simples, e de 6 e 10 réis, 1 tanga mente não existem; e
e 8 réis e 2 tangas para os bilhetes postaes cle resposta Considerando que na Casa da Moeda e Papel Sellado
paga. existe grande quantidade dc sellos postaes clo uitramar (le
Abril 24 132 1902

emissões extinctas, sem applicação e que clo seu emprego I; 200 réis da primeira emissão de D . Carlos I com a so-
resulta economia para o Estado: brecarga de 130 réis. Os das taxas de 10 e 100 réis com
Hei por bem decretar o seguinte: a effigie de D. Luiz I e os de 50, 80 e 300 réis da pri-
Artigo 1." Os sellos postaes ultramarinos das emissões meira emissão de D . Carlos I com a sobrecarga de 4 0 0
extinctas, actualmente existentes na Casa da Moeda e Pa- réis.
pel Sellado, serão sobrecarregados com as novas taxas Zambezia.— Os das taxas de 10, 15, 20 e 300 réis cla
criadas por dccreto de 24 cle abril de 1902, respectiva- primeira emissão de D. Carlos I com a sobrecarga de 65
mente para cada colonia, do modo seguinte: réis. Os das taxas de 5, 25 e 80 réis da primeira emissão
Cabo Verde. — Os clas taxas de 5, 200 e 300 réis com cle D. Carlos I com a sobrecarga de 115 réis. Os das ta-
a effigie de D. Luiz I, e os de 10, 20 c 100 réis da xas de 2 Ya, 75 e 150 réis da primeira emissão de D . Car-
primeira emissão de D . Carlos I com a sobrecarga cle 65 los I com a sobrecarga de 130 réis. Os das taxas dc 50,
réis. Os clas taxas de 10 e 20 réis com a effigie de D. Luiz I, 100 e 200 réis cla primeira emissão d j D . Carlos I com a
e os de 5, 25 e 150 réis cla primeira emissão de D . Car- sobrecarga de 400 réis.
los I com a sobrecarga de 115 réis. Os das taxas de 50 e Lourenço Marques. — Os clas taxas de 2 Ya, 5, 15 e 20
100 réis com a effigie de D . Luiz I e os de 75, 80 e 200 réis da primeira emissão de D . Ctirlos I com a sobrecarga
réis da primeira emissão de D . Carlos I com a sobrecarga de 65 réis. Os das tòxas de 10, 200 e 300 réis da pri-
de 130 réis. Os das taxas de 25 e 40 réis com a effigie meira emissão de D. Carlos I com a sobrecarga de 115
de D. Luiz I, e os de 2 '/a, 50 e 300 réis cla primeira réis. Os das taxas de 25, 80 e 150 réis cla primeira emis-
emissão de I). Carlos I com a sobrecarga de 400 réis. são de D. Carlos I eom a sobrecarga de 130 réis. Os das
fíuiné. — Os das taxas de 10, 20 e 25 réis com a effi- taxas de 50, 75 e 100 réis da primeira emissão de D. Car-
gie de D. Luiz I e os cle 10, 15, 20 e 50 réis da primeira los I com a sobrecarga de 400 réis.
emissão dc D. Carlos I com a sobrecarga de 65 réis. Os India. — Os clas taxas de 2 tangas, e 6 réis e 1
das taxas cle 40, 50 e 300 réis com a effigie de D. Luiz I tanga com a effigie dc D. Luiz I, respectivamente com
e os de 2 y®, 5 e 25 réis da primeira emissão de D. Car- as sobrecargas de 1, 2, 2 e 3 réis; os da mesma emis-
los I com a sobrecarga de 115 réis. Os das taxas cle 80 e são das taxas de 1 '/a réis e 4 tangas com a sobrecarga
100 réis com a effigie de D. Luiz I, e os de 150, 200 e de 2 Yâ tangas e o de igual emissão de 8 tangas com a
300 réis da primeira emissão de D. Carlos I com a sobre- sobrecarga de 5 tangas. Os das taxas de 6 réis, 8 tangas
carga de 130 réis. Os das taxas de 5 e 200 réis com a e 9 réis da primeira emissão de D. Carlos I respectiva-
effigie de D. Luiz I, e os dc 75, 80 e 100 réis da pri- mente com as sobrecargas do 1, 2 c 2 ' / j réis ; os da
meira emissão cle D. Carlos I com a sobrecarga de 400 mesma emissão de 4 l[± réis e 1 tanga com a sobrecarga
réis. do 3 réis; o de 1 Ya réis da mesma emissão com a sobre-
S. Thomé e Principe. — Os das taxas de 20, 25 e 100 carga de 2 Y2 tangas e os cle 2 e 4 tangas de igual emis-
réis com a effigie de D. Luiz I, e os de 5, 10, 15 e 20 são com a sobrecarga de 5 tangas.
réis da primeira omissão de D. Carlos I com a sobre- Macau. —• Os das taxas de 10 réis da emissão de
carga de 65 réis. Os das taxas de 50 réis da emissão de D . Luiz I, typo coroa, amarellos e verdes, os das taxas
D . Luiz I, typo coroa, verdes; os de 10 e 300 réis com de 5, 10 e 40 réis, com a effigie de D. Luiz I e os de 5,
a effigie de 1). Luiz I e os de 25, 150 e 200 réis da pri- 10, 15, 25, 80, 100 e 200 réis cla primeira emissão dc
meira emissão de D. Carlos I com a sobrecarga de 115 D. Carlos I com a sobrecarga cle 6 avos. Os das taxas
réis. Os das taxas de 5 e 200 réis com a effigie de D. Luiz I cle 20, 25, 80, 100, 200 e 300 réis com a effigie de
e os de 75, 100 e 300 réis da primeira emissão de D. Car- D . Luiz I e os de 2 % 20, 50, 75, 150 e 300 réis da
los I com a sobrecarga de 130 réis. Os das taxas de 10 primeira emissão de D. Carlos I, com a sobrecarga dc 18
réis da emissão de D. Luiz I, typo coroa, amarellos; os avos.
de 40 e 50 réis com a effigie de D. Luiz I e os de 2 '/j, Timor. — Os das taxas de 25 e 200 réis com a effigie.
50 e 80 réis da primeira emissão de D. Carlos I com a de D. Luiz I e os de 5, 25 e 50 réis da primeira emis-
sobrecarga de 400 réis. são de D . Carlos I com a sobrecarga de 5 avos. Os das
Anrjola. — Os das taxas de 40 e 300 réis com a effigie taxas de 10 e 300 réis com a effigie de D. Luiz I e os
de D. Luiz I e os de 5, 10, 20 e 25 réis da primeira de 2 Ya e 20 réis da primeira emissão de D . Carlos I
emissão de D. Carlos I com a sobrecarga de 65 réis. Os com a sobrecarga de 6 avos. Os das taxas cle 40 e 100
das taxas de 10 e 200 réis com a effigie de D. Luiz I, e réis com a effigie de D. Luiz I e os do 15 e 75 réis cla
os de 80, 100 e 150 réis da primeira emissão de D. Car- primeira emissão de D. Carlos I com a sobrecarga de 9
los I com a sobrecarga de 115 réis. Os das taxas de 50 e avos. Os das taxas de 20 e 50 réis com a effigie de D .
100 réis com a effigie de D. Luiz I, e os cle 15, 75 e Luiz I e os de 10, 100 e 300 réis da primeira emissão de
300 réis da primeira emissão de D. Carlos I com a so- D. Carlos I com a sobrecarga de 15 avos, Os das taxas
brecarga de 130 réis. Os das taxas de 5, 20 e 25 réis de 80 réis com a effigie de D. Luiz I e os de 80 e 200
com a effigie de D. Luiz I, e os de 2 '/-2, 50 e 200 réis réis da primeira emissão de D. Carlos I com a sobrecarga
da primeira emissão de I). Carlos I com a sobrecarga de de 22 avos.
400 réis. Art. 2.° Os sellos das taxas do typo actualmente em
Congo.— Os das taxas de 15, 20, 25 e 300 réis da pri- circulação que, de harmonia com a convenção postal uni-
meira emissão cle D. Carlos I com a sobrecarga de 65 versal, por decreto de 24 de abril de 1902 tem de mudar
réis. Os das taxas de 2 10 e 50 réis da primeira emis- de côr, continuarão em circulação com a palavra proviso-
são dc D. Carlos I com a sobrecarga de 115 réis. Os das rio em sobrecarga posta pela Casa da Moeda, até completo
taxas de 5, 75 e 100 réis da primeira emissão de D. Car- esgotamento.
los I com a sobrecarga dc 130 réis. Os das taxas de 80, Art. 3.° Os sellos que, de futuro, tenham de ser reti-
150 e 200 réis da primeira emissão de D. Carlos I com a rados da circulação, serão, depois de recolhidos á Casa
sobrecarga de 400 réis. da Moeda e Papel Sellado, carimbados ahi com marca es-
Moçambique.— Os das taxas cle 20, 4.0 e 200 réis com pecial, voltando de novo a circularem com os dos typos
a effigio de 1). Luiz I e os de 10, 15 e 20 réis da pri- em vigor ou serão inutilizados se forem em peqxiena quan-
meira emissão cle D. Carlos I com a sobrecarga cle 65 tidade.
réis. Os clas taxas de 5 e 50 réis com a effiigie de D . Luiz I § 1.° Para os sellos, nas condições d'este artigo, volta-
e os de 2 '/i, 5 e 25 réis da primeira emissão de D. Car- rem á circulação, é necessario previa auctorização do Mi-
los I com a sobrecarga de 115 réis. Os das taxas de 25 e nistro da Marinha e UItramar, em ] ortaria, publicada
300 réis com a effigie de D. Luiz I e os de 75, 100, 150 no Diario do Governo.
r

1902 .133 Abril 24

§ 2.° Para a inutilização a que se refere este artigo é a sua sede na capital dos territorios, e delegações e pos-
sufficiente o despaclio do mesmo Ministro. tos fiscaes nos pontos que o governador julgar mais con-
Art. 4.° Os sellos mencionados no artigo 1.° depois de venientes.
sobrecarregados, ficam circulando até sua completa ex- Art. 2.° A direeção do serviço aduaneiro é desempe-
tincção. nhada por um funccionario nomeado pelo conselho de
Paço, em 24 de abril de 1902. = REI. =-- Antonio Tei- administração ou pelo governador, o qual será igualmente
xeira de Sousa. o director da Repartição Aduaneira na sede do governo.
D . do G. n.° 99. de 5 de maio. Art. 3.° A inspecção e fiscalização superior do serviço
aduaneiro, a resolução das duvidas e controversias que se
possam dar na execução da pauta c regulamentos fiscaes,
o provimento clos logares vagos no quadro aduaneiro e o
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA estabeleeimento de postos fiscaes que forem necessarios
para a boa fiscalização dos territorios, são clas attribuições
Direeção Geral das Obras Publicas e Minas do governador, a quem compete igualmente providenciar
nos casos omissos e urgentes.
Repartição de Caminhos de Ferro Art. 4.° O serviço das delegações e postos fiscaes será
Pedindo a Companhia Real dos Caminhos de Ferro exercido por funccionarios nomeados pelo director de en-
Portugueses que para o assentamento da segunda via a tre o pessoal aduaneiro, nos termos d'este regulamento,
quo está procedendo entre Espinho e Villa Nova de Gaia, sob a immediata fiscalização do mesmo director.
na linha ferrea do norte, seja declarada a urgencia de ex- § unico. Exceptua-se o dos postos militares e fiscaes, o
propriação de uma parcella de terreno pertencente á Ca- qual será desempenhado por praças graduadas da força
mara Municipal de Espinho e situada no concelho e fre- policial nomeadas pelos chefes dos concelhos, em harmo-
guesia do mesmo nome, districto de Aveiro; e, nia com as instrucções da secretaria do governo.
Considerando que esta expropriação se acha compre- Art. 5.° A fiscalização do modo como é executado o
hendida nas disposições da lei de 17 de setembro de 1857 : serviço nos postos fiscaes, a vigilancia sobre se os respe-
Hei por bem, conformando-me com o parecer do Con- ctivos empregados estão promptos para o serviço ás horas
selho Superior de Obras Publicas e Minas, declarar cle prescriptas para o expediente, e bem assim se desempe-
utilidade publica e urgente, nos termos das leis de 23 de nham os seus deveres com zêlo e honestidade, serão exer-
julho de 1850 e de 8 de junho de 1859, a expropriação cidas pelos chefes dos concelhos, que darão parte á secre-
da mencionada parcella de terreno, marcada na planta taria do governo de quaesquer faltas que cheguem ao seu
que baixa com o presente decreto assignada pelo Ministro conhecimento, providenciando em casos extraordinarios e
e Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publicas, urgentes.
Commercio e Industria.
CAPITULO II
O mesmo Ministro e Sscretario de Estado assim o te-
nha entendido e faça executar. Paço, em 24 de abril de Da competencia e attribuições da alfandega
1 9 0 2 . — R E I , — M a n u e l Francisco de Vargas. e suas delegações
D . do G. u.° 101, de 7 de maio.
Art. 6.° A alfandega e suas delegações superintendem
e fiscalizam todos os actos commerciaes de importação,
exportação, reexportaçâo, baldeação e transito, e arreca-
dam os respectivos direitos e os impostos sobre a navcga-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR ção, competindo-lhes nestes termos :
A visita e desembaraço das embarcações do commercio,
Direeção Geral do UItramar exercendo a competente fiscalização desde que ellas en-
tram nos portos, enseadas ou ancoradouros, até que saiam
2. a Repartição d'elles;
2.' Seceao A arrecadação e escripturação dos direitos de importa-
ção, exportação, reexportaçâo, baldeação e transito nos
Nos termos do artigo 33.° clo decreto organico de 26 termos prescriptos na pauta em vigor e pelo presente re-
dc setembro de 18.')1; gulamento ;
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar: A fiscalização, arrecadação e escripturação dos impos-
Hei por bem decretar o seguinte: tos estabelecidos sobre a navegação com excepção clos quc
Artigo 1.° É approvado o regulamento dos serviços forem das attribuições da capitania clos portos;
aduaneiros nos territorios sob a administração da Compa- A repressão do contrabando e descaminho dos direitos
nhia do Nyassa, quc baixa assignado pelo Ministro e Se- e o processo das respectivas multas c tomadias;
cretario de Estado dos Negocios da Marinha e UItramar. A estatistica do movimento commercial.
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario. Art. 7.° Compete-lhe igualmente:
O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te- Providenciar nos casos de naufragio em conformidade
nha entendido e faça executar. Paço, em 24 de abril de ccm o artigo 678.° do Codigo Commercial e com o dis-
1902. = Antonio Teixeira de Sousa. posto neste regulamento;
Conhecer da lcgalidadc dos documentos com que os
Regulamento dos serviços aduaneiros nos territorios despachantes das mereadorias se aprescntam a recebê las
da Companhia do Nyassa na alfandega;
Auxiliar as auctoridades sanitarias na execução dos re-
TITULO I gulamentos de sanidade maritima, em conformidade com
Disposições preliminares os mesmos regulamentos;
Auxiliar pelo mesmo modo a administração do correio
CAPITULO I na execução dos regulamentos postaes.
§ unico. Quando não haja auctoridade maritima espe-
l)a fiscalisação aduaneira
cial, a alfandega exerce todas as funcções que competem
Artigo 1.° O serviço aduaneiro nos territorios da Com- á capitania dos portos.
panhia do Nyassa fica a cargo de uma alfandega que terá Art. 8.° A alfandega e suas delegações abrirão o seu
Abril 2-4 134 1902

despacho ás horas que superiormente forem determinadas I 9.° Visitar as delegações e postos fiscaes quando o jul-
para o funccionamento das repartições da companhia. gar necessario, podendo substituir-se neste serviço por
§ unico. Poderá o trabalho prolongarse ató mais tarde, qualquer empregado da sua confiança;
quando assim fôr necessario, para beneficio do commercio 10.° Organizar e submetter á approvação do governo
ou da fazenda da companhia, comtanto que não fiquem dos territorios, de tres em tres meses, a tabella dos pre-
abertas alem do sol posto. ços officiaes para a imposição dos direitos de generos de
Art. 9.° Tanto na sede do serviço aduaneiro como nas exportação;
suas delegações serão patentes as pautas dos direitos, as 11.° Executar e fazer executar pelos empregados seus
leis que determinam a sua arrecadação e as ordens ou subordinados todas as disposições d'este regulamento e
regulamentos que prescrevem as formalidades que o com- quaesquer outras determinações do governo dos territo-
mercio tem a cumprir no despacho das mereadorias. rios.
§ 1.° A visita ás delegações e postos fiscaes não poderá
durar em cada anno mais de tres meses, e o director ou
TITULO II quem suas vezes fizer terá direito, alem dos seus venci-
mentos, á ajuda de custo de 2)5000 réis diarios durante os
Do serviço aduaneiro na sede do governo
dias que estiver naquelle serviço fóra da sede.
dos territorios
§ 2.° A suspensão alem de tres dias aos empregados
do quadro interno, e de um mês aos empregados da fisca-
CAPITULO 1 lização externa, deverá ser proposta ao governador, e de-
Da repartiçSo aduaneira pende da sua approvação.
Art. 14.° O director do serviço aduaneiro é substituido
Art. 10.° Na sede do governo dos territorios haverá
nos seus impedimentos, e ainda no caso de ausencia da
uma repartição encarregada do serviço aduaneiro dos ter-
sede dos territorios, quando em visita ás delegações e pos-
ritorios com o pessoal necessario para a fiscalização, tanto
tos fiscaes, pelo official da alfandega, sem direito a remu-
interna como externa, da alfandega.
neração alguma por esse facto.
Art. 11.° O serviço da repartição será dividido em duas
Art. 15.° O director do serviço aduaneiro, i\a qualidade
secções, competindo á l . a secção o serviço da fiscalização
de director da Repartição Aduaneira da sede do governo
maritima e bem assim de toda a zona fiscal da povoação,
dos territorios, é subsidiariamente responsavel pelos fun-
e a conferencia de manifestos, legalização de conhecimen-
dos arrecadados no respectivo cofre.
tos, carga, descarga e armazenagem de todas as merea-
dorias e o expediente do contencioso; e á 2. a secção alem
do expediente geral, todo o expediente de despacho de CAPITULO I I I
importação, exportação, baldeação, reexportaçâo e cabo- Do thesoureiro
tagem, e bem assim a contagem dos direitos e todo o ser-
viço de contabilidade. Art. 16.° O logar de thesoureiro da alfandega na sede
da administração da companhia é desempenhado pelo the-
Art. 12.° O pessoal da fiscalização interna será com-
soureiro da fazenda, o qual, no serviço propriamente fis-
posto de 1 director, 1 official, 2 primeiros aspirantes,
cal, é subordinado ao director do serviço aduaneiro.
4 segundos aspirantes e 1 porteiro; e o da fiscalização
externa de 4 guardas cle l . a classe, 6 de 2. a , 1 patrão de Art. 17.° As importancias descriptas nos livros das re-
escaler e os tripulantes que forem indispensaveis. ceitas da alfandega formam a resjionsabilidade do thesou-
reiro, o qual deve ter um registo particular, em que vá
§ unico. Este pessoal poderá ser augmentado pelo go-
diariamente lançando as verbas que fôr recebendo em vista
vernador sob proposta do respectivo director, quando as
dos despachos e guias devidamente authenticados da al-
neeessidades do serviço assim o exigirem.
fandega.
Art. 18.° A verificação da responsabilidade do thesou-
CAPITULO II reiro da alfandega e a prestação das suas contas é incum-
Do director do serviço aduaneiro bida á Repartição de Fazenda.

Art. 13." O director do serviço aduaneiro é o chefe da CAPITULO IV


alfandega, e como tal lhe compete:
Do verificador
1 D i r i g i r o serviço da Repartição Aduaneira da sede da
companhia; Art. 19.° O logar de verificador será desempenhado por
2.° Superintender na exactidão da contagem e cobrança qualquer dos empregados do quadro interno da alfandega
dos direitos aduaneiros; que fôr encarregado d'esse serviço pelo respectivo dire-
3.° Requisitar das auctoridades em beneficio dos direi- ctor, e no exercicio d'estas funcções compete-lhe:
tos fiscaes tudo quanto convier, para auxiliar a sua perce- 1.° Conhecer se nos volumes ha fundos falsos ou mer-
pçâo e arrecadação; eadorias de maior valor escondidas entre as dobras das
4.° Indicar annualmente ao governo dos territorios por outras sujeitas a menores direitos;
occasião da rcmessa dos mappas estatisticos quaesquer 2.° Fazer pesar ou medir as mereadorias propostas a
medidas que a experiencia fôr mostrando serem as mais despacho, descrevendo o peso ou medida no respectivo
praticas para proteger o commercio e melhorar o serviço bilhete;
fiscal; 3.° Classificá-las segundo os artigos da pauta, exigindo
6.° Vigiar que os referidos empregados desempenliem do commercio a maxima clareza na sua especificação, em
os seus deveres com zêlo e exactidão, propondo ao gover- harmonia com o artigo 2.° e paragraphos dos prelimina-
nador a sua demissão, quando haja motivo para isso; res da pauta, se forem das que são nelles mencionadas, e
7.° Suspender de exercicio e vencimento ou só de ven- na sua descripção, segundo os seus nomes mais conheci-
cimentos os empregados seus subordinados, dando conta dos no commercio, de quaesquer outras;
immediata ao governador dos territorios; Conferir os valores dados para despacho, não os ac-
8." Impor multa até oito dias aos guardas e ás tripula- ceitando senão quando os julgar sufficientes, em harmonia
ções clos escaleres quando as faltas forem de pequena im- com o disposto no artigo 15.° dos preliminares da pauta.
portancia, fazendo-as entrar no respectivo cofre para se- Art. 20.° A verificação segue rigorosamente a ordem
rem applicadas aos pequenos concertos e reparações da da numeração dos bilhetes, salvo os casos urgentes ou or-
mobilia e embarcações; dem por escrito do director.
1902 V'135 Abril 17

Art. 21." A abertura dos volumes submettidos á.veri- nhando estas funcções com moderação e urbanidade, ad-
ficação será feita pelo despacliante e a sua pesagem pelo vertindo as partes das suas obrigações e instruindo-as do
porteiro ou guarda designado para esse serviço, sendo a que. lhes cumpre fazer;
exactidão do peso ou medida da responsabilidade do ve- õ.° Rondar os districtos respectivos, por mar ou por
rificador. terra, segundo as instrucções que houverem recebido;
6.° Executar quaesquer outros serviços que lhes sejam
CAPITULO V determinados pelo director ou pelos respectivos chefes.
Dos outros empregados intemos Art. 26.° Os guardas da alfandega, em serviço nos caes
Art. 22.° Todos os empregados internos da Repartição e praias devem conferir com os bilhetes de despacho os
Aduaneira são obrigados a executar escrupulosamente o volumes que embarcarem e achando verdadeiras as con-
serviço que lhes fôr determinado pelo respectivo director, frontações, permittir o livre transito, ou carregamento,
em harmonia com as disposições do presente regulamento. escrevendo no bilhete embarcou, data e assignatura, de-
vendo fazer expressa menção de algum que deixe de eni-
CAPITULO VI barcar, e prohibindo o embarque de qualquer volume sem
despacho, á excepção d'aquelles que a lei dispensa d'essa
Do porteiro formalidade.
Art. 23.° Ao porteiro da alfandega incumbe: Art. 27.°-Os guardas da alfandega apprehenderão as
1.° Fazer abrir e fechar as portas da repartição, veri- mereadorias descaminhadas aos direitos, as do consumo
ficando, se não deem circunstancias que façam desconfiar prohibido e aquellas cujos conductores não satisfizerem
de roubo ou incendio, e depositando as chaves na residen- aos preceitos fiscaes, nos termos d'este regulamento.
cia do director; Art. 28.° Os guardas e outros empregados, nomeados
2.° Fazer contra-marcar os volumes na occasião de en- para o serviço externo da alfandega, não poderão exercer
trarem para os armazens, fazcndo-os arrumar separada- as funcções do seu officio sem estarem revestidos do seu
mente e de modo que facilmente se leiam as marcas, con- uniforme.
tra-marcas e numeros; § unico. Exceptua-se, porem, o caso em que convenha,
3.° Marcar os volumes despachados para o transito, em para melhor desempenho de diligencias extraordinarias,
conformidade com os regulamentos; occultar ao publico os serviços a que se destinam, e, nesse
4.° Escripturar o livro de carga e descarga; caso especial, deverão ir munidos das nomeações para
5.° Não permittir (salvo ordem superior por escrito) que, sendo preciso, certifiquem a sua identidade.
que deem entrada nos armazens volumes arrombados e
mereadorias avariadas, quando se não tenha procedido ao T I T U L O III
competente exame, sob pena de responder por qualquer
prejuizo que possa resultar; Do serviço aduaneiro nos concelhos
tí.° Ouidar na conservação das mereadorias deposita-
das sob sua vigilancia, para que não sejam damniíicadas, CAPITULO UNICO
devendo prevenir o director de qualquer novidade que en-
Das delegações e postos fiscaes
contre tanto a respeito dos volumes, como do estado dos
armazens, para que sem demoras e possa providenciar; Art. 29.° Nos territorios da Companhia do Nyassa ha-
'7.° Fazer o peso e medição dos volumes apresentados verá delegações e postos fiscaes que forem necessarios,
a despacho e dizê-lo ao verificador em voz alta e intelli- sendo o local para elles designado pelo governador, sob
givel; proposta do director do serviço aduaneiro.
8.° Examinar ameudadas vezes o estado das balanças, § unico. Funccionam desde já uma delegação em Pal-
pesos e medidas, dando parte ao empregado encarregado ma, outra em Pemba e um posto de despacho no Lurio e
da verificação, de qualquer circunstancia que se der. simples postos fiscaes em Mocimboa e Quiçanga.
§ unico. Quando a affluencia ou conveniencia do ser- Art. 30.° São encarregados de dirigir as delegações e
viço assim o exigir, o director poderá nomear extraordi- postos de despacho os aspirantes que forem designados
nariamente para auxiliar o porteiro qualquer empregado para aquelle serviço pelo respcctivo director; e clos sim-
da fiscalização externa. ples postos fiscaes os guardas de l . a ou 2. a classe.
Art. 31.° Nas delegações e postos cle despacho terão
CAPITULO VII logar todas as operações commerciaes das attribuições da
alfandega, sendo praticados pelos empregados que servi-
Dos guardas fiscaes
rem de chefes todos os actos de expediente e despacho
Art. 24.° Os guardas da alfandega são nomeados pelo determinados por este regulamento para o director da al-
governador dos territorios sob proposta do director do fandega, verificador, thesoureiro, e por um guarda as clo
serviço aduaneiro, precedendo concurso documental e pro- porteiro.
vas praticas. Art. 32.° Nos simples postos fiscaes poderão entrar e
Art. 25.° Aos guardas fiscaes da alfandega incumbe a sair unicamente mereadorias já despachadas para consu-
policia fiscal da costa, enseadas, portos, ancoradouros, mo ou cla producção da provincia, devendo quando algu-
caes e praias, competindo-lhes nestes termos: ma embarcação ali aportar para fazer qualquer outra ope-
1.° Assistir ás cargas e descargas a bordo dos navios e ração commercial, ser mandada seguir para a sede da al-
nos caes, conferindo as respectivas folhas e despachos, fandega, delegação ou posto de despacho mais proximo,
dando parte immediatamente de todas as divergencias que para legalizar as operações que pretenda fazer.
encontrarem; Art. 33.° Os encarregados dos postos fiscaes teem as
2.° Não consentir que se descarregue objecto algum de seguintes obrigações :
bordo sem previa auctorização por escrito, á excepção da 1.° Visitarem as embarcações que ali aportarem ;
roupa do serviço diario cla tripulação; 2.° Visar os documentos de bordo, por entrada e
3.° Não consentir que os barcos com carga larguem de saida ;
bordo para a terra sem trazerem uma folha clemonstrativa 3.° Permittir a descarga dos generos do país e das mer-
da carga que conduzem, por volumes, marcas e numeros, eadorias nacionalizadas pelo pagamento dos direitos do
e que os mesmos guardas de bordo deverão assignar; consumo, conferindo as descargas com os documentos da
4.° Impedir por sua vigilancia toda a importação, ex- ! repartição fiscal da procedencia ;
portação ou transito não permittido pelas leis, desempe- ' 4.° Dar guias dc transito aos generos do país embarca-
Abril 24 136 1902

dos com destino a postos de despacho ou á sede da alfan- Numeração dos bilhetes, modelo C.
d('0'n
o •, Depositos, modelo D.
5.° Dar conta mensalmente ao director de todos os ser- Carga e descarga, modelo E .
viços indicados nos numeros antecedentes, e bem assim Entrada de embarcações procedentes de fóra dos terri-
das embarcações que tiverem dado entrada na localidade torios, modelo F .
em que estiver estabelecido o posto; Entrada de embarcações procedentes dos portos dos ter-
6." Formular, no fim de cada anno, a estatistica de ca- ritorios, modelo F.
botagem e enviá-la para a sede da alfandega, pela pri- Receita de emolumentos, modelo G.
meira via, até 15 do mês de janeiro seguinte. Letras a receber, modelo H.
Art. 34.° A receita effectuada nas delegações e nos Termos de carga, modelo I.
postos fiscaes será enviada mensalmente para a sede da Franquias.
alfandega, acompanhada de guias organizadas com as de- Termos diversos.
signações convenientes para a escripturação das mesmas Copiador da correspondencia expedida e synopse da re-
receitas, c organização da estatistica. cebida, como é uso em todas as repartições.
Art. 38.° Os livros de contabilidade serão escripturados
TITULO IV por um empregado designado pelo respectivo director,
sendo por este conferidos todos os meses.
Do serviço aduaneiro nas fronteiras dos territorios Art. 39.° No livro de carga e descarga a entrada é es-
cripturada e documentada pelos manifestos e relações de
CAPITULO UNICO descarga dados pelos capitaes ou mestres das embarca-
Art. 35.° Nas fronteiras dos territorios serão estabele- ções ; e a saida é posta em frente dos respectivos volumes
cidos os postos militares e fiscaes que forem necessarios e documentada pelos respectivos numeros.
para a fiscalização, sendo o local para elles designado pelo No fim cle cada mês preenchem-se os numeros da re-
a a a
governador, sob proposta do director do serviço aduaneiro ceita, mas a l . , 2.% 3. e 4. columnas escrijDturam-se
ou respectivo chefe do concelho. em acto successivo á saida das mereadorias do armazem
§ unico. Ficam desde já constituidos os postos cle Man- para a abertura.
dimba, Luangua, M'luluka, na fronteira W. do territorio, O chefe da alfandega deve conferir todos os meses o seu
e Chunde e Naquidanga, no concelho de Tungue. livro modelo C com este livro de descarga e com o da re-
Art. 36.° Aos chefes dos postos militares e fiscaes com- ceita geral.
pete : Art. 40.° Nos simples postos fiscaes haverá os seguin-
1 C o n f r o n t a r com o despacho e guias, as mereadorias tes livros:
que, destinando-se a passar alem da fronteira, vierem Numeração dos bilhetes, modelo J.
despachadas nos postos aduaneiros, dando immediatamente Entrada de embarcações procedentes dos portos dos ter-
conhecimento do resultado cfessa conferencia ao respectivo ritorios igual ao modelo F.
chefe do concelho; Receita de emolumentos.
2.° Evitar que por qualquer via illegal sejam lançadas Termos de carga.
no consumo quaesquer mereadorias sem o previo paga- Copiador da correspondencia expedida e synopse cla re-
mento dos respectivos direitos, apprehendendo as que por cebida.
ventura tenham sido j á descaminhadas aos direitos ; Art. 41.° Os livros da escripturação serão fornecidos e
3.° Relacionar e enviar, acompanhadas por uma praça pagos pela companhia e os impressos e o mais expediente
ao respectivo chefe do concelho, para serem apresentadas para o serviço interno serão á custa clo cofre dos emolu-
no posto cle despacho mais proximo, as mereadorias dc mentos.
que trata o numero antecedente; Art. 42.° Todos os documentos entregues aos despa-
4.° Levantar autos de todas as tomadias que fizer por chantes comprovativos de receitas arrecadadas ou sejam
contravençao clos regulamentos fiscaes, enviando-as acom- para a Fazenda eu para os cofres dos emolumentos, se-
panhadas dos artigos apprehendidos e do contraventor ao rão impressos e de talão e deverão ter numeração de
chefe do concelho, que os remetterá para o posto aduanei- ordem.
ro mais proximo, a fim de seguir o processo os se^^s ter- § unico. Exceptuam-se as receitas provenientes de des-
mos legaes; pachos, porque os originaes d'estes servem de documen-
5." Fazer depositar no posto, nos termos do respectivo tos comprovativos.
regulamento, todas as armas cle fogo e munições com que
TITULO VI
se apresentem quaesquer individuos para passarem a fron-
teira e entrarem nos territorios, dando-lhes o competente Das embarcações mercantes procedentes de fóra
recibo e tornando a entregar-lh'as quando regressem aos dos territorios
territorios visinhos.
§ unico. Quando o portador clas armas fôr qualquer ex- CAPITULO I
plorador, caçador ou viajante europeu, fará lavrar um ter-
Deveres dos capitaes ou mestres
mo em que se obrigue a apresentar as armas no posto adua-
neiro mais proximo para regularizar a sua posse, o que Art. 43.° Cumpre aos capitães ou mestres das embarca-
communicará ao respectivo chefe do concelho. ções :
1.° Fundear no ancoradouro que lhe fôr designado pelo
TITULO V capitão do porto;
2.° Entregar ao empregado da alfandega, no acto da vi-
CAPITULO UNICO sita de entrada, os seguintes documentos:
o) Manifesto geral da carga e respectivos conhecimen-
Da escripturação
tos, liavendo-os, o qual manifesto conterá as seguintes de-
Art. 37.° Alem dos livros que forem necessarios para a signações:
rcgularidadc clo serviço aduaneiro, haverá na alfandega, Nome e tonelagem da embarcação, nação a que pertence,
delegações e postos de despacho necessariamente os se- porto em que recebeu a carga, nome dos carregadores,
guintes : nome das pessoas a que veem dirigidos os volumes, quali-
Receita geral, modelo A. dade e quantidade dos volumes, marca e numeros (á mar-
Receita classificada, modelo B. gem);
1902 V'137 Abril 17

b) Lista nominal dos passageiros destinados para o res- cofre as multas que lhe tenham sido impostas, e tenham
pectivo porto e dos que forem em transito; sido pagos os emolumentos devidos á alfandega.
c) Lista das suas bagageus; § unico. Exceptuam-se os casos em que o navio tenha
d) Lista dos mantimentos e sobresalentes; de seguir viagem sem ter tempo de conferir o manifesto,
e) Certificado de lastro passado pela alfandega do porto e por qualquer caso de força maior, em que será permit-
da procedencia no caso de o navio vir em lastro; tido ao capitão prestar fiança com fiadores idoneos que se
/ ) Despachos geraes da alfandega da procedencia, responsabilizem como principaes pagadores pela importan-
quando o navio venha de portos portugueses; cia das multas que lhes possam ser impostas e bem assim
g) Todos e quaesquer outros documentos que forem exi- pelo pagamento, dentro de vinte e quatro horas, dos emo-
gidos pela alfandega; lumentos devidos á alfandega.
3.° Expedir para a alfandega, logo que o navio tenba Art. 48.° É permittido aos capitães dos navios de fa-
sido visitado e antes de principiar a descarga, a bagagem zer declaração por additamento de quaesquer objectos que
dos passageiros; tragam a bordo e não venham consignados no respectivo
4.° Comparecer na alfandega, no prazo de quarenta e manifesto.
oito horas, para assignar o termo de entrada ou franquia, § 1.° Estas declarações, para serem acceitas pela al-
devendo nesse acto entregar, escritos em português, o res- fandega, é necessario que sejam entregues no acto de as-
pectivo manifesto e todos os mais documentos menciona- signar o termo de entrada, sendo adicionadas ao manifesto
dos no artigo ; da carga.
5.° Conservar intactos os sellos das escotilhas e antepa- § 2.° Os objectos encontrados por accrescimo, ou não
ras que tenham sido postos pelos empregados da alfan- declarados nos manifestos, nos tei'mos d'este artigo, serão
dega ; considerados como descaminhados aos direitos.
6.° Organizar e assignar, por si ou por quem o repre- Art. 49.° Os capitães dos navios que durante a viagem
sente, as folhas de descarga; alijarem carga ao mar por motivos justificados, apresen-
7.° Assignar termo de carga, sem o que não poderão tarão na alfandega o seu protesto e declaração dos volu-
receber objecto algum, salvo licença especial; mes alijajdos; não o fazendo, os volumes descriptos no ma-
8.° Conservar a fiscalização a bordo até ao acto da saida, nifesto encontrados em falta serão considerados como des-
quando o navio fique com carga em franquia e que=por caminhados aos direitos.
esse facto não póde ser visitado por completa descarga; Art. 50.° Todas as declarações falsas feitas nos mani-
9.° Conservar a bordo do seu navio o numero de guar- festos, que não importem descaminho. de direitos, serão
das que a alfandega entender necessario collocar-lhes, não punidos como transgressão de regulamentos fiscaes.
sendo comtudo obrigado a pagar a mais de 2 guardas;
10.° Dar comedorias e alojamento em coberta enxuta CAPITULO II
aos guardas que estiverem em serviço a bordo;
Das bagagens
11.° Participar por escrito á alfandega o dia e hora da
saida com a devida antecedencia, a qual não sendo para Art. õ l . ° Os passageiros de quaesquer embarcações
paquetes nunca será inferior a vinte e quatro horas; que se destinem para os territorios ou passem em transito
12.° Finalmente, dar cumprimento ás ordens do serviço para outros pontos, poderão desembarcar logo depois da
iiscal que lhes forem communicadas pelos empregados com- visita da entrada, e as suas bagagens serão verificadas em
petentes e rondas da alfandega. acto successivo e a qualquer hora do dia e ainda em dias
Art. 44.° Não ó permittido aos capitaes, sem licença ou santificados. O despacho de bagagens será feito segundo o
despacho da alfandega: modelo n.° 1.
1.° Levantar ferro para sair ou para mudar de ancora- Art. 52.° As bagagens dos passageiros em transito para
douro, salvo, nesta ultima hypothese, os casos de força outros portos, depositadas na alfandega, podem deixar de
maior; ser abertas, mas deverão ser acompanhaaas por um guarda
2.° Descarregar, baldear, receber carga ou lastro, sendo até ao navio em que reembarcarem.
considerados como descaminhados aos direitos os generos Art. 53.° As bagagens são isentas de direitos na con-
e mereadorias encontrados, sem despacho da aifandega, formidade da pauta, devendo entender-se por bagagem
nos navios á carga; não só o vestuario e objectos do uso pessoal dos passagei-
3.° Abrir volumes que tenham sido carregados no na- ros e tripulantes da embarcação, mas tambem as ferra-
vio, considerando-se transgressão o simples facto da aber- mentas, instrumentos, livros e utensilios proprios cla pro-
tura e importando descaminho de direitos a subtracção de fissão dos A'iajantes, tendo-se em attenção quanto a quan-
qualquer objecto; tidade e qualidade cle taes objectos, a representação social
4.° Carregar ou descarregar nos domingos ou dias em dos mesmos viajantes.
que a alfandega esteja aberta para o expediente ordina- Art. Õ4.° As duvidas suscitadas acêrca da isenção de
rio, excepto quando sejam paquetes ou embarcacão com direitos concedida ás bagagens serão resolvidas pelo chefe
privilegio de paquete. da alfandega em conferencia com o empregado seu imme-
Art. 45.° Ê expressamente prohibido aos capitaes: diato ; a parte poderá, porem, recorrer para o governador
1.° A communicação com a terra ou qualquer embar- dos territorios, não se conformando com essa resolução.
cação surta no porto, antes do navio ter sido visitado pela Art. 5õ.° O despacho dos objectos que por serem su-
Repartição de Saude e pela alfandega; jeitos a direitos forem separados clas bagagens, poderá
_ 2.° A saida do porto a qualquer navio, que, embora mu- fazer-se em acto continuo ao exame clas mesmas com or-
nido de todos os despachos necessarios, ainda não esteja dem do director da alfandega.
visitado pelas auctoridades competentes ;
3.° Deitar lastro no ancoradouro, sendo a transgressão CAPITULO III
d'esta disposiçâo punida com multa especial imposta pela
capitania do porto. Das descargas
Art. 46.° O capitão que, depois de visitado por saida, Art. õ6.° Logo que o capitão do navio venha assignar
demorar esta para alem da hora annunciada, continuará o termo cle entrada, poderão ser passadas as licenças para
com os guardas a bordo, se os tinha, e não poderá sair descarga.
sem nova visita, pelo que pagará novos emolumentos. § unico. Os paquetes e os navios com agua aberta, fogo
Art. 47.° Nenhum navio poderá ser desembaraçado e a bordo, etc., poderão começar a sua desrarga antes mes-
portanto seguir viagem, sem que tenham dado entrada no mo de se ter assignado o termo de entrada.
Abril 2-4 138 1902

Art. 57.° As descargas são feitas de sol a sol, e regu- sua, ou na sua presença, nos termos do artigo 679.° do
ladas de maneira que o ultimo barco ou lanclia chegue a Codigo Commercial.
terra uma hora antes do sol posto, não sendo a alfandega Art. 65.° As fazendas que se salvarem do naufragio,
responsavel pelos prejuizos que possam resultar de ficar al- poderão ser livremente exportadas em outro navio ou no
guma lancha com carga píft' descarregar, por não ter che- mesmo, quando se salve em estado de navegar, sem pa-
gado á alfandega á hora estabelecida. gamento de direito algum de' saida, depois de satisfeitas
§ unico. Somente aos paquetes ou embarcações com pri- as despesas de braçagem e armazenagem que deverem á
vilegio de paquetes é permittido carregar e descarregar alfandega, e os emolumentos aos officiaes.
nos domingos, quando em seus contratos não tenham clau- Art. 66.° Se d'essas fazendas se pedir despacho de en-
sula em contrario. trada pagarao os direitos por inteiro na alfandega. Se fo-
Art. 58.° A descarga faz-se por meio de folhas feitas rem, porem, de consumo prohibido, só se concederá des-
pelo capitão ou por um dos officiaes de bordo e assignadas pacho de reexportaçâo livre de direitos.
por elle e pelo guarda que estiver ali de serviço. Art. 67.° Os officiaes da alfandega que assistirem a
§ unico. Qualquer fractura ou avaria exteriormente co- naufragio, vencerão por dia as gratificações marcadas na
nhecida nos volumes, será notada na folha. tabella dos emolumentos annexa á actual pauta. Igual-
Art. 59.° As folhas de descarga serão conferidas pelo mente terão direito á gratificação os guardas e remadores
empregado da alfandega quo fôr encarregado cVesse ser- que assistirem ao naufragio.
viço, notando immediatamente na mesma folha qualquer Art. 68.° Ao director da alfandega, como auctoridade
differença entre ella e os volumes desembarcados e dando encarregada de por si ou por seus empregados assistir aos
parte ao director para providenciar convenientemente. naufragios, compete dar cumprimento, na parte que lhe
§ unico. Os capitaes são responsaveis pelos volumes e toca, ao disposto no artigo 676.° e seguintes do Codigo
seus conteudos até ao acto de darem entrada na alfan- Commercial.
dega. Art. 69.° Os fragmentos da embarcação naufragada,
Art. 00. 0 No acto cla entrada na alfandega todos os vo- taes como cabo, velas, madeiras e aneoras, serão admit-
lumes são contramarcados. tidos para consumo sem pagamento de direitos.
§ unico. O numero de ordem a que se refere este ar- Art. 70.° A primeira pessoa que participar a existen-
tigo deve tambem ser lançado no respectivo termo de en- cia de um navio varado sobre a costa, terá direito a uma
trada 110 livro dest-inado para os navios que não são de gratificação de 10;$000 réis, e todas as auctoridades que
cabotagem, e quando eventualmente tenham de se arreca- não acudirem logo ao naufragio ou não o participarem á
dar na alfandega os volumes vindos em embarcações de alfandega proxima ou ao posto fiscal, incorrerão na pena
cabotagem, serão taes volumes contramarcados somente correspondente ás consequencias da omissão.
com a data da entrada, comprehendendo os algarismos Art. 71.° Os generos ou mereadorias que o mar arrojar
correspondentes ao dia, mês e anno. sobre as praias, ignorando-se o navio a que pertencer,
Art. (51.u Os generos inflamniaveis não teem entrada na depois cle inventariados com minuciosa especificação de
alfandega; podem ser despaohados em acto continuo á qualidade, marca e numero de volumes, serão vendidos, e
descarga ou depositados em armazens fornecidos pelos in- clo seu producto depois de deduzidas as custas e sellos do
teressados com as seguranças que as circumstancias acon- processo se dará logo um terço ao achador, ficando os dois
selharem. terços restantes por um anno em- deposito; no fim d'este
prazo, não apparecendo dono a reclamá-los, serão lança-
CAPITULO IV
dos em receita da companhia e, havendo quern devida-
Dos naufragios mente os reclame, d'elles se deduzirão os direitos respe-
Art. (32.° No caso de naufragio o director, ou quem suas ctivos.
vezes tizer, bem como os empregados dos postos fiscaes CAPITULO V
mais proximos ao sinistro, acudirâo immediatamente e fa-
râo todos os possiveis esforços pela salvação das vidas e Das franquias
das mereadorias, evitando extravios e malversação, proce- Art. 72.° Toda a embarcação do commercio, nacional
dendo eom a possivel brevidade a inventariar os salvados, ou estrangeira, que entrar por arribada, gozará do direito
com a designaeão das suas marcas e de mais confronta- de franquia, se não fizer operação alguma commercial.
eões ossoneiaes e a pôr tudo em arrecadação, continuando g 1.° Do mesmo direito de franquia gozarão as embar-
nestas diligencias conforme as determinações do Codigo cações que entrarem nos portos do territorio para especu-
Commercial. lação commercial e nào a realizarem.
Art. t!3.° Logo que o sinistro conste na alfandega res- § 2.° Os navios que entrarem por franquia devem de-
pectiva, o director nomeará os empregados que devem clará-lo no acto de assignar o termo de entrada.
assistir e fisealizar os salvados, e assim que estes tenham § 3.° São concedidos dez dias a todos os navios que
chegado ao sitio clo naufragio, retirarão os que ali se pu- entrarem nos portos alfandegados do territorio, nas condi-
dessem aehar, que ficam tendo direito a uma gratificação ções acima mencionadas, podendo este prazo ser prolon-
correspondente ao serviço que j á houvessem prestado. gado pelo director da alfandega, quando se deem motivos
§ 1." 0 director da alfandega requisitará á secretaria justificados.
do Governo a força necessaria para coadjuvar os empre- § 4." Consiste a franquia na isenção completa de todos
gados fiscaes. os direitos do porto e despesas da alfandega.
§ -." Se heuver consul da naçâo do navio naufragado, § õ.° Dos navios a que é concedida franquia, o termo
dar-lhe-lia logo conta do sinistro. de entrada-é feito em livro especial: mas se depois de as-
Art. 64.° Os emprogado.s que o director uomear para signado o termo de franquia os navios fizerem alguma
este serviço e o abandonarem, seja de noite ou cie dia, transucçào, os respectivos capitães assignarâo o termo de
todos ou um sõ. ficam sujeitos, pelo menos, á suspensão entrada no livro geral.
por ospaeo de seis meses. No caso de molestia repentina § 6. u Para se obter franquia para mais de vinte e qua-
darão parte ao director, e nào se retirarão do sitio clo nau tro horas, é necessario que seja aprcsentado pelo capitão
tragio sem serem substituidos. o manifesto de carga.
S unico. Aos empregados nomeados para assistirem aos § 7.° Durante a franquia é permittido levar amostras
nawtragias etunpro inventariar os salvados por marcas c para a alfandega. por uma só vez, as quaes podem sair li-
numeros. eomeçando por aquelles que j:i eneontrarem. sal vres de direitos quando nào lhes corresponda direito maior
vos. e descrevendo depois os que o forem por cliligencta de ÕOO réis.
1902 V'139 Abril 17

CAPITULO VI Art. 78.° A licença para as embarcações de lotação su-


Naeioualidade perior a 20 metros cubicos poderem conduzir ou rcceber
mereadorias nacionalizadas pelo pagamento de direitos do
Art. 73.° A s embarcações de vela e de vapor estran- consumo e as da producção dos territorios, em portos, ba-
geii'as, novas ou em estado de navegar ou reconstruidas hias ou enseadas da costa em que não haja postos fiscaes,
no territorio, estando segundo a pauta sujeitas aos direi- só será concedida, mediante as seguintes condições:
tos de nacionalização, serão consideradas nacionaes para 1.° Dando o mestre fiador da confiança da alfandega;
todos os effeitos, depois de pagos estes direitos, quando 03 2 ° Obrigando-se o mestre e fiador a que a embarcação
seus donos ou quem os represente, provem documental- volte á alfandega ou vá a alguma das delegações para le-
mente terem feito o registo e matricula das mesmas em- galizar a carga que tiver recebido nos referidos portos.
barcações, devendo o pagamento preceder ao registo e ma-
tricula.
TITULO VIII
CAPITULO VII
Do despacho das mereadorias
Innavegabilidade
Art. 74.° A innavegabilidade de qualquer embarcação CAPITULO I
estrangeira verifica-se por meio de vistoria de peritos, no- Dos despachantes
meados pelo chefe da alfandega respectiva, estando pre-
sente a este acto o capitão do porto e o agente consular Art. 79.° O despacho das mereadorias póde ser feito di-
competente. Não havendo estas auctoridades no local onde rectamente ou por interposta pessoa.
se effectua a vistoria, compete ao chefe da alfandega in- Art. 80." São competentes para despachar directamente
dicar quem deva substituir o capitão do porto e ao gover- os que apresentarem documentos pelos quaes se mostre
nador dos territorios quem deva fazer as vezes de agente que as mereadorias nelles descriptas lhes pertencem, por
consular. lhes haverem sido dirigidas ou endossadas.
Art. 75.° Para qualquer embarcação ser considerada Art. 81.° São competentes para despachar e agenciar
como innavegavel é mister que os peritos avaliem os con- negocios commerciaes por conta de outrem:
certos ou reparos para poder seguir viagem, em quantia 1.° Os despachantes de navios e mereadorias;
excedente a tres quartas partes do valor da mesma em- 2.° Os caixeiros de commercio.
barcação em estado de navegar, ou se dê absoluta impos- Art. 82.° Para ser despachante é necessario:
sibilidade de se fazerem na localidade os concertos preci- 1.° Ter 18 annos completos de idade;
sos. 2.° Saber ler, escrever e contar;
§ 1.° Não poderá dar-se licença, para reconstruir e na- 3.° Provar o seu comportamento moral e civil;
vegar novamente, ao navio que tiver sido condemnado 4.° Nào ter sido condemnado em tempo algum pelos cri-
pelo fundamento de, segundo a opinião dos peritos, ser im- mes de contrabando, descaminho de direitos, roubo, furto,
possivel fazer os concertos na localidade. estellionato ou moeda falsa;
§ 2.° No acto do exame e vistoria devem ser exaradas 5.° Prestar fiança idonea.
as declarações dos peritos com toda a minuciosidade. § unico. Não podem ser despachantes os commerciantes
§ 3.° Se da sentença de condemnação ou innavegabili- fallidos não rehabilitadcs.
dade proferida pelo director da alfandega houver recurso Art. 83.° São condições para os caixeiros do commer-
das partes interessadas, ou protesto de alguma das aucto- cio poderem despachar:
ridades que intervem no processo, subirá este competen- 1.° Ter 15 annos completos de idade;
temente documentado ao governador dos territorios, que 2.° Possuir os requisitos exigidos para os despachantes
resolverá em ultima instancia. nos n. 08 2.°, 3.° e 4.° do artigo antecedente.
3.° Ser abonado pelo seu patrão.
§ 1.° A abonação consiste numa declaração da qual conste
TITULO VII que o abonado, cujo nome se designa, reune as condições
acima indicadas e que o abonador se responsabiliza pelos
Das embarcações que navegam dentro dos territorios
actos que elle praticar, emquanto não lhe retirar a con-
fiança.
CAPITULO UNICO § 2.° Os caixeiros assim habilitados só poderão despa-
Deveres dos mestres char e agenciar negocios commerciaes para a casa do pa-
trão que os tiver abonado e em nome d'elle.
Art. 76.° Cumpre aos mestres das embarcações: § 3.° E applicavel aos caixeiros dc que se trata, a dis-
1.° Fuudear no ancoradouro que fôr designado pelo ca- posiçâo do § unico do artigo antecedente.
pitão do porto; Art. 84.° Os despachantes propriamente ditos serão no-
2.° Comparecer na alfandega no pjazo de vinte e qua- meados por alvarás do director da alfandega.
tro horas para assignar o termo da entrada, devendo neste Art. 85.° A s fianças dos despachantes serão prestadas
acto entregar a guia das mereadorias que conduz ou de- na alfandega por dois fiadorcs idoneos que se obrigarão,
clarar se vem em lastro ; no termo que se lavrar a responder por quaesquer actos
3.° Assignar termo de carga, sem o que não poderá re- praticados pelos afiançados no exercicio das suas funcções
ceber mereadorias de especie alguma; de que resulte prejuizo á fazenda da companhia. Sendo
4.° Finalmente, dar cumprimento ás ordens de serviço os despachantes estrangeiros farão neste termo a declara-
fiscal que lhes forem communicadas pelos empregados com- ção de que se sujeitam para todos os effeitos, ás leis e re-
petentes e rondas da alfandega. gulamentos portugueses.
§ unico. A guia de que trata o n.° 2 será solicitada Art. 86.° Os alvarás de nomeação dos despachantes se-
nas delegações ou postos fiscaes, quando as embarcações rão registados na alfandega depois de sellados com o sêllo
venham de portos alfandegados, e no posto fiscal da Ponta denominado de verba.
da Areia, no caso contrario. Art. 87.° Os despachantes e os caixeiros do commercio
Art. 77.° Não é permittido aos mestres das embarca- ficam obrigados a ter protocollo nos quaes tomarão notas
ções descarregar, baldear ou receber carga em portos al- abreviadas dos despachos que fizerem, e deverão apresen-
guns do territorio sem licença ou despacho da alfandega tá-los na alfandega quando lhes forem exigidos.
ou suas delegações e postos fiscaes. § unico. Estes protocollos terão termo de abertura e de
Abril 24 140 1902

encerramento e as folhas rubricadas, tudo feito pelos em- te : «Prestada a fiança pelo apresentante . . . a fl. . . . do
pregados da alfandega para esse fim auetorizados pelo res- respectivo livro».
pectivo director. CAPITULO III
Art. 88.° O director da alfandega poderá suspender tem-
porariamente do respectivo exercicio os despachantes e os Dos despachos de importação, exportaçito, reexportaçâo
e transito
caixeiros do commercio, prohibindo-lhes a entrada na al-
fandega e bem assim cassar lhes os alvarás de nomeação Art. 9J.° No despacho para importação de mereadorias
quando o seu procedimento fôr fraudulento ou contrario á procedentes de fóra dos territorios observar-se-ha o se-
boa ordem e policia que se deve observar nas repartições guinte :
publicas, devendo desde logo remetter ao juizo criminal 1.° Preenchido o bilhete, modelo n.° 1, com as decla-
competente os autos de noticia, quando devam ter logar, rações constantes do § 1.° do artigo 2.° dos preliminares
para os devidos effeitos. da pauta em vigor, será apresentado na l . a secção con-
juntamente com o conhecimento, pertence ou copia do ter-
CAPITULO II mo de fiança de quo trata o § unico do artigo 99.°, devi-
damente legalizados ou por legalizar, e o empregado da
Dos conheeimeutos
secção a quem forem presentes o bilhete e o conhecimento
Art. 89.° Quem directa ou indirectamente, por inter- examinará depois de legalizado este, se o não tiver sido
posta pessoa, tiver de receber da alfandega mereadorias anteriormente, se a descripção feita no bilhete está con-
estrangeiras ou do continente do reino ou ilhas adjacentes forme com o conhecimento, e encontrando tudo regular,
ou de alguuias das outras provincias ultramarinas ali de- declarará naqaelle na linha immediata áquella em que es-
positadas estejam ou não sujeitas a direitos, é obrigado a tiver descripto o ultimo volume, o seguinte: «Confere, são
apresentar o conhecimento, ou outro documento devida- . . . volumes», rubricando a declaração.
mente legalizado pelo qual prove o direito que tem para O mesmo empregado indicará tambem a data da entra-
receber as ditas mereadorias. da das mereadorias, e quando sejam procedentes de por-
§ unico. Na falta eventual de qualquer d'esses docu- tos nacionaes, se teem guia de exportação ou reexporta-
mentos serão os volumes entregues pela alfandega, se no ção;
manifesto vierem á entrega cla pessoa que os pede e nesse 2.° Devolvido o bilhete pelo empregado da 1 / secção
caso assignar-se-ha termo de responsabilidade com fiança com a nota da conferencia, será apresentado ao director
idonea ou prestando-se fiança cle apresentar o conhecimento e este numerando o bilhete, o registará no livro, modelo
em um prazo razoavel. C, e mandará entregar ao verificador;
Art. 90.° Na legalização de conhecimentos observar-se- 0.° O verificador mandará sair os volumes descriptos no
ha o seguinte: bilhete para a casa da abertura e procederá á sua verifi-
1.° Quando so apresente qualquer conhecimento para cação, observando o que se acha disposto no § 2.° do ar-
legalizar, o empregado competente verificará se elle vem tigo 2.° dos preliminares da pauta em vigor;
dirigido ou se está endossado ao aprcscntante ou a pessoa 4.° O bilhete assim preparado deve ser copiado pelo
que este legalmente represente ; despachante e apresentado com a copia ao empregado en-
2.° Não havendo duvida alguma sobre a legitimidade clo carregado da contagem dos direitos o qual confere o cal-
recebedor, será o conhecimento confrontado com o mani- culo e a applicação das taxas, regista o bilhete no livro
festo e documentos a este annexos, e quando se encontre da receita classificada e o devolve á parte ficando com a
tudo regular, registar-se-ha o conhecimento no livro com- copia em seu poder;
petente, averbando-se nelle o seguinte: «Contramarca 5.° E m seguida é levaclo o bilhete ao thesoureiro que
n.° . . Confere. Registado a fl. . . . do respectivo livro tambem conferirá o calculo da contagem dos direitos e as-
sob o n.° . . .», sendo esta declaração datada, rubricada e sentará no seu livro a respectiva importancia, depois de a
sellada com o sêllo da alfandega. ter recebido;
3 . ° E m acto continuo á legalização do conhecimento, será 6.° Pagos os direitos e rubricado o bilhete pelo director
feita no manifesto, nas primeiras linhas em que estiverem , para auctorizar a saida, será entregue ao porteiro, que
descriptos os volumes nelle mencionados, a seguinte de- tem por obrigacão ver se o bilhete tem as assignaturas
claração «Legalizado o conhecimento em . . . sob o n.°. . . » , devidas a conferir a contramarca, marca, numero e quali-
dando-se traços em linha transversal no conhecimento que dade dos volumes e o numero do bilhete, escrevendo este
porventura esteja junto ao manifesto ; no proprio volume, com tinta diversa daquella com que
4." Feita a legalização do conhecimento, entregar-se-ha tiver escrita a contramarca;
este ao individuo que o apresentar, se elle não desejar 7.° Depois de sairem as mereadorias, o bilhete é devol-
effectuar o despacho immediatamente, ou se não despa- vido ao encarregaclo do livro da receita.
char todas as mereadorias nelle mencionadas, devendo-se Art. 92.° O despacho de exportação ó feito por decla-
neste ultimo caso ou quando pelos recebedores sejam pas- ração dos interessados, sem previa verificação e observar-
sados pertenccs da parte das mereadorias, averbar-se no se-ha nella o seguinte :
verso as seguintes notas: «Despachou . . . volumes. Bi- 1.° Preenchido o bilhete, modelo n.° 2, será entregue
lhete de . . . n.° . . . ou: passou pertence a . . . de em triplicado ao director que o numera e regista no livro,
volumes». modelo C, devolvendo-o á parte para ser entregue ao em-
§ 1.° São applicaveis aos pertences e outros documen- pregado encarregado cla contagem dos direitos;
tos apresentados para comprovar o direito que os despa- 2.° Este empregado, calculando os valores pela tabella
chantes teem ás mereadorias, as regras estabelecidas neste dos preços officiaes em vigor, contará os direitos que se-
artigo. rão recebidos pelo thesoureiro;
§ -- 0 Quando não seja conlieeida a pessoa a quem é di- 3.° Pagos os direitos o director auctoriza o embarque,
rigido o conhecimento, não sc legalizará sem que a assi- mandando passar uma guia, modelo n.° 3, que acompa-
gnatura do recebedor es eja abonada por algum commer- nhará as mereadorias para bordo do navio para por ella
ciante idoneo ou reconh cida por tabellião. serem confevidas pelo guarda;
§ 3.° Os eonheciinen os que tenham a clausula i á or- 4." O despacho e as copias serão rubricados por todos
dem», e que não estejam endossados pelo carregador, não os empregados que intervierem no processo, e uma d'estas
serão legalizados scm que o apresentante preste fiança será junta ao despacho geral do navio que deve ser re-
idonea ao valor das mereadorias, e neste caso á declara- mettido á alfandega do destino.
ção a que se refere o n.° 2.°, accrescentar-se-ha o seguin- 1 § unico. Quando a alfandega assim o entenda conve-
1902 .141 Abril 24

niente ou tenha motivos para suspeitar que se pratica al-- posto fiscal, ou a entregará ao' mestre da embarcação para
gum dolo, poderá verifioar a qualidade e quantidade dos fazer acompanhar as mereadorias ao seu destino no caso
generos despachados a bordo do navio ou das embarca- contrario.
ções em que forem conduzidos para o navio. CAPITULO IV
Art. 93.° O despacho de reexportaçâo é feito em tri- Da armazenagem
plicado segundo o modelo n.° 4 e segue as mesmas regras
estabelecidas rio artigo 91.° e seus numeros, com a diffe- Art. 98.° As mereadorias descarregadas de quaesquer
rença de que os volumes nào são abertos, a não ser quando navios ou embarcações sujeitas a fiscalização, quando não
o director da alfandega entenda que d'ahi provém prejuizo sejam immediatamente despachadas, darão entrada nos
para a companhia. armazens da alfandega, pagando os direitos da ai-mazena-
Pagos os direitos e auetorizado o embarque serão as gem nos termos do artigo 19.° dos preliminares da pauta.
mereadorias reexportadas acompanhadas a bordo pela guia Art. 99.° Quando, pela affluencia de mereadorias, a al-
modelo n.° 3, observando-se o mais que fica estabelecido fandega não tenha armazens sufficientes proprios ou ar-
para a exportação. rendados, será permittido o deposito em armazens parti-
Art. 94.° A fórma do despacho de transito de merea- culares, fazendo-se o serviço d'estes por uma só porta,
dorias para os paises estrangeiros confinantes com os ter- inutilizadas todas as outras.
ritorios segue os mesmos termos que o despacho de reex- A dita porta terá duas chaves difterentes, uma das quaes
portaçâo no artigo antecedente, tendo em vista as conven- ficará em poder da alfandega e a outra na mão do dono
ções internacionaes e disposições especiaes que em vista das mereadorias, que, em todo o caso, serão verificadas
d'ellas se publicarem. no acto da entrada, calculando-se os respectivos direitos
Art. 9õ.° Os bilhetes de despacho de baldeação serão por cuja importancia é responsavel o dono das mesmas
formulados em duplicado, conforme o modelo n.° 5, ser- mereadorias.
vindo de guia um dos exemplares, e depois de preenchi- Art. 100.° Em caso de naufragio ou arribada do navio
dos pelo despachante serão apresentados ao director que que tenha necessidade de descarregar, o chefe da alfan-
fará archivar o bilhete e auctorizará a baldeação. dega é auetorizado a arrerdar armazens necessarios para
§ unico. A guia deve ser apresentada ao guarda que deposito das mereadorias salvadas ou desembarcadas, se a
estiver a bordo do navio da procedencia e ao do navio mesma alfandega não tiver armazens disponiveis.
destinatario, sendo depois entregue ao capitão d'este ul- Esta despesa é paga nos termos do artigo 680.° e seus
timo. paragraphos do Codigo Commercial.
Art. 96.° O despacho por transito entre as repartições Art. 101.° As pessoas que puderem dispor das merea-
fiscaes dos territorios de mereadorias sujeitas a direitos, dorias clepositadas, é permittido fazê-las beneficiar dentro
é permittido a todas as pessoas que assim o requererem, dos armazens ou pateos da alfandega, bem como tirar as
dando fiança idonea isenta do imposto e de caução, e os amostras que forem restrictamente necessarias para se co-
respectivos bilhetes de despacho serão formulados confor- nhecerem as qualidades das mesmas mereadorias.
me o modelo n.° 6, seguindo os mesmos termos que o des- Art. 102." As alfandegas não são responsaveis pelos e.s-
pacho de reexportaçâo e observando-se mais o seguinte : tragos e sinistros acontecidos ás mereadorias clepositadas.
1.° Auetorizado o embarque será pelo empregado aquem
fôr incumbido tal serviço, e em vista do bilhete cle des- CAPITULO V
pacho, preenchida a guia n.° 6, que será remettida á re-
Das avarias
partição fiscal do destino;
2.° Os volumes serão marcados com a letra T a tinta Art. 103.° Para se conhecer a causa e proporção da
vermelha e a designação do peso bruto junto á contra- avaria para os effeitos clo artigo 22.° e seguintes dos pre-
marca ; liminares da pauta, proceder-se-ha á nomeação de peritos
3.° Na repartição fiscal destinataria será, logo que deem pela fórma indicada no § 3.° do artigo 15.° dos referidos
entrada as mereadorias, verificado o peso, e achando-se preliminares e estes designarão a differença clo preço das
es.te exacto, será o talão da guia devolvido pelo primeiro mereadorias no estado da avaria para o seu estado perfeito.
correio á repartição da procedencia com a nota de con- Se os dois louvados nào concordarem, o terceiro des-
formidade ; empatará, e se a parte ou a alfandega não concordar, ha-
4.° Apparecendo os volumes abertos ou encontrando-se verá recurso para o governador.
qualquer differença no peso, o que se verificará na pre- § unico. No caso de recurso, poderão as mereadorias
sença do respectivo consignatario e do mestre da embar- ser entregues aos interessados mediante deposito dos maio-
cação ou na falta d'estes em presença de duas testemu- res direitos.
nhas, lavrar-se-ha termo do qual será remettido copia á CAPITULO VI
repartição fiscal da procedencia para se fazer eífectuar o
pagamento da multa. Do deposito de direitos e das coiitestaçOes
Art. 97.° Os bilhetes de despacho de transito entre os Art. 104.° As contestações suscitadas entre os proprie-
portos dos territorios de mereadorias nacionalizadas j)elo tarios das mereadorias ou seus representantes e os empre-
pagamento de direitos do consumo e das da producção da gados da alfandega, acêrca da verificação ou clos direitos
provincia, serão formulados conforme o modelo n.° 8 e em que devam cobrar, serão resolvidas pelo chefe da alfan-
duplicado, servindo um d'elles de guia. Observar-se-ha o dega com recurso para o governador.
seguinte: § unico. O recorrente deve depositar a importancia dos
1.° O bilhete e guia, preenchidos que sejam, serão maiores direitos quando queira retirar da alfandega as
apresentados ao verificador, que, contando o sêllo que fôr suas mereadorias antes de resolvido o recurso, ficando a
devido, lançará o seu visto e assignará; respectiva importancia escripturada no livro especial de
2.° Pago o sêllo, será apresentado ao director e este, depositos, liquidando-se e entrando em receita geral logo
numerando-o e registando-o no livro modelo C, auctori- que o recurso seja decidido pelo governador.
zará o embarque;
3.° A guia acompanhará as mereadorias despachadas CAPITULO VII
até ao caes do embarque e será ali apresentada ao guarda
de serviço, e este, deixando embarcar, devolverá a guia Do abandono aos direitos
para a alfandega para ser remettida officialmente á esta- Art. 105.° As mereadorias armazenadas na alfandega
ção destinataria quando no porto do destino haja algum podem ser abandonadas aos direitos pelos donos que não
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os queiram pagar, tomando-se por termo a sua declaração 4.° Quando se descobrir nas alfandegas viciação ou al-
devidamente assignada. teração nos bilhetes de despacho, facturas ou outros do-
§ unico. Os generos abandonados aos direitos, nos ter- cumentos, e essa viciação fôr tendente a reduzir a impor-
mos d'este artigo, serão vendidos em hasta publica com tancia dos direitos ou augmentar o numero de volumes j á
as formalidades estabelecidas em taes casos, e o seu pro- verificados.
ducto entrará integralmente no cofre como receita da al- Art. 113.° É applicavel a multa do dobro até quintu-
fan dega. plo dos direitos, comtanto que esta não exceda o dobro do
Art. 106.° Não se consideram abandonados aos direitos valor das mereadorias descaminhadas nos casos seguintes:
os volumes que tiverem excedido ao prazo da armazena- 1.° A falta de manifesto da carga trazida por navios ou
gem; por isso d'estes, quando forem vendidos, deduzir-se- quando se encontre differença na qualidade ou quantidade
ha o que deverem por direitos de armazenagem, benefi- das mereadorias manifestadas, ou das que forem descarre-
ciação e custas do processo do producto da arrematação, gadas ou encontradas a bordo dos navios;
e o liquido entrará em deposito, prescrevendo a favor da 2.° Quando as declarações para despacho de importa-
comfpanhia no prazo da lei. ção não conferirem com as mereadorias em qualidade ou
Art. 107. 0 Nestas arrematações, como em quaesquer quantidade;
outras, observar-se-hão exactamente as mesmas formali- 3.° A qualquer outra hypothese de descaminho não es-
dades prescriptas para os leilões judiciaes. pecificada neste capitulo.
Art. 114.° Os passageiros, em cujas bagagens se encon-
trarem objectos sujeitos a direitos, escondidos em fundos
TITULO IX falsos, envolvidos em roupa ou de qualquer outro modo oc-
Dos contrabandos, descaminhos de direitos e trangressões cultados, ficarão sujeitos ao perdimento d'esses objectos,
dos regulamentos fiscaes e pagarão uma multa igual ao valor d'elles, que será li-
quidada em acto continuo; havendo opposição instaurar-
CAPITULO I se-ha o respectivo processo, nos termos d'este regula-
mento.
Do contrabando
CAPITULO III
Art. 108.° Contrabando é a importação ou exportação
fraudulenta de mereadorias, cuja entrada ou saida seja ab- Das transgressões dos regulametos fiscaes
solutamente prohibida. Art. 115.° São considerados como simples transgreB-
Art. 109.° E especialmente prohibida a importação: sões todos os actos não comprehendidos nos capitulos i e
1.° D e peças de artilharia; lí do titulo viii, mas contrarios ás leis e regulamentos fis-
2.° D e livros, gravuras ou outros objectos offensivos á cses.
moral publica; § unico. Nas transgressões é sempre punida a negli-
3.° D e dinheiro em prata ou cobre não procedente de gencia.
portos portugueses; Art. 116.° As transgressões a que se refere o artigo
4.° D e vinhos, tecidos ou outros objectos com rotulos antecedente serão punidas com a multa de 2^000 réis
ou legendas que indiquem ser da producção nacional e se até 200^000 réis, nas seguintes hypotheses :
verifique não o serem. 1.° Quando o capitão, faltando ao que dispõe o artigo
§ unico. Considerar-se-ha tambem contrabando a impor- 43." d'este regulamento, não apresentar dentro do prazo
tação de quaesquer armas de fogo ou polvora, quando por de quarenta e oito horas a contar da entrada, copia do
circumstancias locaes fôr a sua importação temporaria- manifesto escrita em português.
mente prohibida pelo governador dos territorios nos ter- 2.° Quando o capitão não apresentar guias ou despacho
mos do respectivo regulamento. da alfandega portuguesa da procedencia, ou no caso de
Art. 110.° Ao delieto de contrabando commettido ou em divergencia entre o mesmo despacho e as mereadorias
começo de execução, cabe a pena de perdimento das mer- descarregadas, não se provando que fosse por culpa da
eadorias que forem objecto de contrabando e multa não alfandega;
excedente ao valor das mesmas mereadorias, nem inferior 3.° Tendo embarcado, sem despacho e guia, mereado-
a 25 por ccnto d'esse valor. rias isentas de direitos de saida;
4.° Se o capitão do navio abrir escotilhas que hajam
CAPITULO II sido fechadas pela alfandega como meio de fiscalização ;
5.° Quando appareçam divergencías de marcas entre os
Do deseaininlio
volumes desc.arregados ou encontrados á bordo e os volu-
Art. 111.° Descaminho é todo e qualquer acto fraudu- mes descriptos nos manifestos e despachos ;
lento que tenha por fim evitar no todo ou em parte o pa- 6.° Se o manifesto de carregação maritima não confe-
gamento dos direitos e impostos estabelecidos sobre a en- rir com a sua copia ou duplicado, e não se tiver feito de-
trada, saida ou consumo das mereadorias. claração addicional em devido tempo ;
Art. 112.° O descaminho será punido eom multa igual 7.° Encontrando-se nos varejos em armazens afiança-
ao valor das mereadorias descaminhadas, aggravada com dos de mereadorias sujeitas a direitos, quantidade inferior
o quintuplo dos direitos, comtanto que este não exceda o á que deve existir, comtanto que a multa não corresponda
valor das mesmas, nas hypotheses seguintes : a menos de 10 por cento dos direitos pela quantidade des-
1.° Quando em volumes a despacho se descobrirem mer- falcada;
eadorias em fundos falsos ou em quaesquer esconderijos 8.° Usando-se de conhecimentos, cartas de porte ou
ou envolvidas em outras sujeitas a menores direitos ou pertences a que faltem os requisitos regulamentares ou
isentas d'esses direitos; em que não tenham sido accidentalmente cotados volumes
2.° Quando em visita aos navios se encontrarem mer- já entregues;
eadorias não manifestadas, escondidas nas camaras, paioes, 9.° Pedindo-se a despacho volumes em numero supe-
alojamentos da tripulação ou em outros compartimentos; rior ao que pelos respectivos documentos pertencerem ao
3." Quando se importem fraudulentamente mereadorias importador;
despachadas em reexportaçâo ou em transito, ou quando 10.° Em qualquer outra transgressão que não esteja
por qualquer outro modo se pretenda fazer passar mer- especificada neste capitulo, e a que por disposições espe-
eadorias estrangeiras por nacionaes, a fim de evitar o pa- ciaes não pertença outra pena.
gamento dos direitos correspondentes; § unico. A falta de despachos da alfandega no commer-
1902 .143 Abril 24

cio de grande ou pequena cabotagem não é punivel quando rector da alfandega ou chefes dos postos fiscaes, segundo
se justifique ter sido recebido o carregamento em porto o logar onde o delieto, transgressão, naufragio etc., se
onde não haja alfandega nem auctoridade constituida. effectuar, e o julgamento somente ao director da alfande-
Art. 117." A falta de previa declaração por parte do ga, com recurso para uma commissão composta do secre-
dono ou recebedor de mereadorias ou bagagens, a res- tario geral do governo dos territorios, director de fazenda,
peito de substancias inflainrnaveis, explosivas ou perigo- e um negociante annualmente nomeado pelo governador
sas, que cheguem a entrar nos armazens geraes da alfan- dos territorios.
dega por virtude d'essa falta, será punida com a multa § 1.° No impedimento do negociante nomeado nos ter-
mos d'este artigo será convidado o que tiver feito parte
de 5 $ 0 0 0 réis a 5 0 0 $ 0 0 0 réis, ficando alem d'isso sujeito
o mesmo dono ou recebedor a indemnização pelas perdas da commissão anterior, ou nomeado outro aã hoc.
e damnos, que d'ahi se originarem. § 2.° São considerados para todos os effeitos o director
como juiz da l . a instancia, o escrivão como escrivão de
CAPITULO IV direito e os guardas como officiaes de diligencias, sendo
as formulas do processo, salarios e emolumentos, quer dos
Disposições communs nos casos de contrabando, descaminho actos praticados pelos chefes aos postos fiscaes quer pelo
e transgressão dos regulamentos fiscaes director cla alfandega, iguaes aos estabelecidos na provin-
Art. 118.° A imposição das multas, estabelecidas no cia de Moçambique para os processos que correm perante
presente regulamento, pelos delictos de contrabando ou os juizes cle direito.
descaminho de direitos, e pelas transgressões dos precei- CAPITULO VI
tos fiscaes, ficam sujeitos não só os que praticarem esses
delictos ou transgressões, mas tambem os que por qual- Da instrucção clo processo
quer fórma auxiliarem, encobrirem a sua execução, ou
Art. 127.° Os processos por delictos de contrabando e
d'ella se aproveitarem no exercicio cla sua industria ou
descaminho de direitos e por transgressões dos regulamen-
do seu commercio.
tos fiscaes começam sempre por apprehensão, participação
Art. 119.° Os donos das mereadorias e os dos navios,
ou denuncia.
barcos, ou de quaesquer outros transportes, são respon-
saveis por todos os actos dos seus agentes, qualquer que SECÇÃO i
seja a denominação e condição d'estes, no que diz res- D a i n s t r u c ç ã o ã o s p r o c e s s o s nos c a s o s de a p p r e h e n s ã o
peito ao pagamento de direitos e multas.
A r t . 120.° Quando os delinquentes ou transgressores Art. 128.° Os empregados do serviço interno das alfan-
tiverem quaesquer mereadorias, bagagens ou valores de- degas e os agentes da fiscalização externa, quando na sua
positados nas alfandegas, ainda que taes valores não se zona de fiscalização encontrarem alguma pessoa condu-
jam objecto d'esse processo, não lhes será permittido dis-zindo ou fazendo conduzir, occultando ou fazendo occul-
por d'elles emquanto as multas e direitos respectivos não tar, mereadorias ou quaesquer objectos em contrabando
estiverem pagos, depositados ou afiançados. ou descaminho de direitos, ou praticando acto punivel por
Art. 121.° Emquanto não forem satisfeitas ou deposita- lei ou regulamento fiscal, apprehenderão todos esses obje-
das as multas impostas aos capitães ou mestres das em- ctos e os conduzirão com os delinquentes ou infractores
barcações ou elles não derem fiador, consideram-se arres- immediatamente á presença da auctoridade fiscal compe-
tadas as mesmas embarcações e responsaveis pelo paga- tente nos termos d'este regulamento.
mento das multas. § 1.° O apprehensor fará logo participação escrita, da-
Art. 122.° O dono, recebedor ou conductor das merea- tada e assignada, á auctoridade fiscal competente, na qual
dorias que forem apprehendidas ou os seus cumplices, que se descreverá o facto da apprehensão com todas as cir-
no acto da apprehensão, ou depois d'esta, as inutilizarem cunstancias que acompanharem, contendo mais a indica-
ou damnifiearem, no todo ou em parte, pagarão o valor ção dos nomes, estado e profissão dos delinquentes ou
d'ellas, como sendo da melhor qualidade. e essa importan- transgressores, designação precisa do local, dia e hora em
que se realizou, relação dos objectos apprehendidos, seu
cia representará a cousa apprehendida, para todos os effei-
tos. valor presumivel, destino que tiveram e os nomes, mora-
Art. 123.° A imposição de multas não clispensa o pa- das e misteres das testemunhas intimadas nos termos do
gamento dos direitos e impostos estabelecidos sobre as paragrapho seguinte.
mereadorias que forem objecto do delieto ou transgressão. § 2.° No acto da apprehensão tomarão os apprehenso-
§ unico. A mercadoria póde ser abandonada aos direi- res, sempre que seja possivel, duas testemunhas, as quaes
tos, mas o abandono não dispensa do pagamento effectivo intimarão verbalmente para no prazo de vinte e quatro ho-
ou por deposito da multa respectiva, devendo proceder-se ras comparecerem perante a auctoridade fiscal respectiva,
nos termos do artigo 102.°, quando para isso haja logar. sob pena de desobediencia faltando. S e as testemunhas fal-
Art. 124.° Se os delinquentes ou transgressores forem tarem, d'isso se lavrará auto, que será enviado ao respe-
empregados da companhia, serão punidos com o dobro ctivo agente do Ministerio Publico para os effeitos devidos.
das multas e ficarão tambem sujeitos ás penas de suspen- § 3.° N a falta cle testemunhas o apprehensor ou appre-
são ou demissão. hensores terão fé até prova em contrario.
Art. 125.° Nos delictos de contrabando e descaminho Art. 129." Quando não seja possivel o transporte im-
de direitos, quando a importancia d'estes e a multa appli-mediato dos objectos apprehendidos, como se determina
cavel exeeda a 20$00G réis, os reus encontrados em fla- no artigo antecedente, ou quando esse transporte se torne
grante delieto podem ser detidos em custodia quando, não demasiadamente penoso para os agentes fiscaes, ou possa
depositem immediatamente a multa e os direitos ou deem causar deterioração aos referidos objectos, serão estes cui-
fiador idoneo. dadosamente relacionados e descriptos em attenção á sua
quantidade, qualidade e valor, e entregues a um deposi-
CAPITULO V
tario idoneo, Iavrando-se do deposito o respectivo termo,
Do conteacioso assignado pelos apprehensores e testemunhas, havendo-as,
Art. 126.° Nos processos instaurados na alfandega por c pelo depositario, a quem sc entregará um duplicado da
contrabando, descaminho de direitos, transgressão dos re- relação.
gulamentos fiscaes, naufragio, achado de objectos arroja- g 1.° Não havendo no local da apprehensão depositario
dos pelo mar ou quaesques outros que por lei incumbam idoneo, ficarão os objectos sob a guarda de agentes fis-
ás alfandegas, a instrucção do processo pertencerá ao di- caes até ordem da auctoridade instructora.
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§ 2.° Os depositarios ficarão sujeitos á responsabilidade Art. 136.° Nos delictcs de contrabando e descaminho,
marcada no artigo 82õ. n do Codigo do Processo Civil, que se o arguido não depositar ou caucionar nos termos do
se lhes tornará effectiva perante os tribunaes civis, para artigo 135.° o maximo da multa e respectivos direitos,
o que a auctoridade instructora enviará as necessarias cer- sendo uma e outras superiores a 20$000 réis, será enviado
tidões á secretaria do governo. dentro de vinte e quatro horas ao juiz de direito da co-
§ 3.° Os objectos apprehendidos serão, em todos os ca- marca respectiva, a fim de que este ordene seja guardado
sos em que fôr possivel, devidamente empacotados e cin- em custodia, até que effectue o deposito da multa e dos
tados com fio preso por meio de sellos, sendo estes postos direitos, ou preste fiança judicial ao seu pagamento.
sobre um verbete assignado pelas mesmas pessoas que as- § unico. O arguido nunca poderá ser detido por maior
signarem o termo de que trata este artigo ou o auto de prazo de tempo que o marcado no artigo 988.° da Novis-
apprehensão a que se referem os artigos seguintes. sima Reforma Judiciaria.
Art. 130.° Logo que a auctoridade fiscal rcceba a par- Art. 137.° Os objectos apprehendidos poderão ser en-
ticipação, mandará por seu despacho autuá-la, seguindo-se tregues ao arguido, excepto no caso de contrabando, de-
os termos ulteriores do processo. positando elle préviamente o seu valor ou prestando cau-
Art. 131.° O auto de apprehensão, lavrado em acto ção no prazo de tres dias, a contar da intimação a que se
continuo, deve conter pelo menos: refere o artigo 133.°
1." A.s declarações clos apprehensores; § unico. Decorrido este prazo, e sendo os objectos sus-
2.° Os depoimentos das testemunhas, havendo-as, toma- ceptiveis de deterioração, serão vendidos em hasta publica,
dos sob juramento; perante a auctoridade fiscal que instruir o processo, qual-
3.° A relação e descripção dos objectos apprehendidos quer que seja o seu valor, e pelo maior preço offerecido,
e seu valor presumivel; clo que se lavrará auto. O producto ficará em deposito até
4.° As declarações dos delinquentes e transgressores final decisão.
ou clos donos dos objectos quando compareçam. Art. 138.° Havendo declaração de contestação, quer por
§ 1.° Este auto será assignado por todos os que nelle parte do apprehensor, quer por parte do arguiclo) podem
intervierem, e as declarações e depoimentos versarão es- um e outro no prazo de tres dias, a contar da declaração,
peeialmente sobre as circunstancias e occorrencias que juntar aos autos rol de testemunhas, quaesquer documen-
acompanharam a apprehensão, e sobre o valor dos obje- tos, procuraçâo a advogado, e bem assim uma exposição
ctos apprehendidos. dos factos em que basearem a sua contestação, e sobre
§ 2.° A auctoridade fiscal instructora mandará proce- que devam ser perguntadas as testemunhas.
der á verificação dos objectos apprehendidos, quando a Art. 139.° Findo este prazo, a auctoridade fiscal, se
julgue necessaria para a cleterminaeão cla sua natureza e esta fôr o director da alfandega, designará dia para a pro-
valor, e poderá ordenar quaesquer outros exames condu- ducção das provas, o que se fará o mais breve possivel, não
centes ao descobrimento do delieto ou transgressão. podendo em caso algum retardar-se por mais de dez dias.
§ 3.° Ao auto serão juntos quaesquer documentos que § unico. Se a auctoridade fiscal instructora fôr chefe
os apprehensores, delinquentes e os donos dos objectos de algum posto fiscal, findo o prazo a que se refere este
apreseutarem para esse fim. artigo, enviará o processo, notificando préviamente os ap-
Art. 132.° Oumprido o disposto no artigo anterior, a prehensores e arguidos, ao director da alfandega que desi-
auctoridade fiseal, examinanclo a participação, o auto de gnára o dia para a producção das provas, seguindo os ter-
apprehensão e os documentos que houver, proferirá im- mos ulteriores.
mediatamente despacho funclamentado, em que julgará Art. 140.° Alem da prova documental e por testemu-
subsist.ente ou insnbsistente a apprehensão, ciassificando nhas é tambem admittida a verificação directa por meio
o delieto ou a transgressão, marcando o valor dos obje- de peritos.
ctos apprehendidos, fixando o maximo da multa, bem como Art. 141." Os documentos podem sempre juntar-se em
os competentes direitos que deverão ser depositados ou qualquer estado de processo até final decisão.
afianeados, e designando a pessoa ou pessoas responsaveis Art. 142.° O numero de testemunhas admissivel é limi-
ou ineriminadas no facto arguido. tado a 6 para quaesquer dos contestantes.
Art. 133.° Este despacho será logo intimado no seu do- Art. 143.° As testemunhas que residirem a menos de
micilio ou por annuncios affixados no logar onde eorrer o 10 kilometros do logar onde eorrer o processo, serão inti-
processo, não se encontrando naquelle os apprehensores e madas pessoahnente para comparecer no local, dia e hora
arguidos que declararão no prazo de tres dias, a contar designados, sob pena de desobediencia, entregando-se-lhes
da intimação ou affixação, se querem ou não contestar, contra-fé.
lavrando-se termo devidamente assignado. § unico. A s testemunhas, que residirem a maior distan-
Art. 134.° Se o despacho julgar a apprehensão insn- cias, serão admittidas a depor, sendo apresentadas pela
bsistente e os apprehensores declararem que não querem parte que as produzir, no local e dia da inquirição.
contestar, se o processo eorrer perante os chefes dos pos- Art. 144.° No dia designado serão inquiridas as teste-
tos fiscaes, será este enviado ao director da alfandega, e munhas com as formalidacles legaes sobre a materia do
depois de confirmado por elle o referido despacho, serão auto da apprehensão, ou sobre a defesa apresentada pelo
logo restituidos todos os objectos apprehendidos, e os de- arguido.
linquentes ou transgressores mandados em paz. § 1.° Quando se contestar apenas o valor dado aos ob-
§ unico. Deelarando os apprehensores que querem con- jectos apprehendidos, a inquirição das testemunhas recairá
testar, serão ret-idos os objectos apprehendidos até final só sobre este ponto.
decisão. § 2.° As partes podem estar presentes com os eeus ad-
Art. 135.° Se a apprehensão fôr julgada subsistente, a vogados.
auctoridade fiscal mandará que se deposite ou caucione o § 3.° A s testemunhas serão perguntadas pela auctori-
maximo da multa e os competentes direitos. dade fiscal, mas as partes e seus advogados podem fazer-
§ 1.° Do deposito ou caução se lavrará termo em clu- lhes mstancias e contraditá-las, sendo em acto segaxido pro-
plieado, que será assignado pela auctoridade fiscal e pelo duzida a prova da contradita nos termos do Codigo de
depositario ou responsavel, dando-se do termo do deposito Processo Civil.
certidão. Art. 145.° Não ser?io admittidas a depor as testemunhas
§ 2.° A fiança que fôr prestada deve ser idonea, ficando prohibidas pelos artigos 2:510.° e 2:511.° do Codigo Ci-
por isso a auctoridade iiscal solidariamente responsavel, vil, e se o forem. os seus depoimentos ter-se-hão como não
quando se prove negligencia ou dolo na acceitação do fiador. 1 produzidos.
*

1902 .145 Abril 24

Art. 146.° Todos os depoimentos serão escritos, exce- conhecimento de quaesquer factos praticados na sua zona
pto se tiver sido préviamente declarado pelas partes que de fiscalização, que em seu entender possam constituir
prescindem do recurso. delícto de contrabando, descaminho ou transgressão dos
Art. 147.° Quando se requerer ou ordenar o exame ou regulamentos fiscaes nos termos d'este regulamento, da-
veriticação dos objectos por peritos, nomeará o apprehen- rão d'clles participação á auctoridade fiscal competente,
sor um, e o arguido outro, sendo o de desempate nomea- § unico. Esta participação conterá, tanto quanto fôr
do pela auctoridade fiscal e bem assim o cla parte que não possivel, tudo o que vae preceituado no § 1.° clo artigo 128.°
comparecer. Art. 154.° Recebida a participação pela auctoridade
fiscal, mandará esta, por seu despacho, autuá-la, seguin-
§ 1.° Iíavendo mais dc um apprehensor ou de um ar-
do-se os termos ulteriores do processo.
o-uído, e não se combinando quanto á eseolha do respecti-
Art. 15õ.° E m seguida mandará a auctoridade fiscal le-
vo perito, cada um d'elles escreverá numa lista o nome do
vantar um auto, que conterá:
perito que desejar, e, sendo todas as listas dobradas e lan-
1.° A s declarações clos participantes;
cadas numa urna, d'ella extrahirá a auctoridade fiscal uma
2.° Os depoimentos das testemunhas, havendo-as, to-
das listas, ficando assim indicado o perito que ha de func- mados sob juramento ;
cionar. 3." Quaesquer outras declarações, informações ou exa-
§ 2.° A nomeação dos peritos terá logar perante a au- mes, que á auctoridade pareça pocíerem concorrer para o
ctoridade. fiscal no dia que ella designar, e cle tudo se la- mais completo dcscobrimento da verdade.
vrará auto que será devidamente assignado. § unico. Este auto será assignado por todos os que
§ 3.° Na hypothese do § 1.°, não poderão ser nomea- nelle intervierem.
dos peritos pessoas que residirem a mais de 10 kilometros
Art. 156.° Findo o auto, a auctoridade fiscal, em vista
do local onde eorrer o processo. O mesmo é applicavel
d'elle e da participação, proferirá despacho fundamentado,
aos peritos nomeados pela auctoridade fiscal.
conforme vae disposto no artigo 132.° O processo seguirá
Art. 148." Feita a nomeação, a auctoridade fiscal desi-
depois os seus termos até final, como fica preceituado na
gnára em acto continuo, o dia para o exame ou verificação.
secção antecedente, na parte applicavel.
§ 1.° Os peritos não serão intimados, devendo cada uma
Art. l o 7 . ° Nos casos em que não haja participação offi-
das partes apresentar no dia do exame aquelle que houver
cial do delieto ou transgressão, mas sim denuncia particu-
escolhido. Exceptuam-se os peritos nomeados pela aucto-
lar, deverá esta ser archivada em separado, mandando a
ridade fiscal, e os que o forem na hypothese clo § 1.° do
auctoridade fiscal lavrar um auto de todas as circumstan-
artigo antecedente, os quaes serão devidamente intimados,
cias constantes da denuncia, o qual servirá cle base ao
c sob pena de desobediencia faltando.
processo, sendo assignado pela auctoridade fiscal e func-
§ 2.° Por falta cle comparecimento dos peritos, o exa-
cionario que fizer dc escrivão.
me não poderá ser adiado mais de uma v e z ; e, se o pe-
rito que faltar fôr o da parte que houver requerido o exa- Art. 158.° Se á auctoridade fiscal parecer fundamenta-
me, este não poderá mais ter logar. Com os peritos que da a denuncia, colligirá por si todos os elementos de pro-
faltarem, depois de intimados, proceder-se-ha como vae va que fôr possivel e qno. reduzirá a auto, feito o que
disposto no artigo 128.°, § 2.°, para as testemunhas. proferirá despacho nos termos do artigo 132.°, seguindo o
Art. 149.° No dia designado para o examé a auctori- processo conforme o preceituado na secção antPrior, na
dade fiscal, depois de deferir juramento aos peritos, man- parte applicavel.
dará proceder ao exame na sua presença, observando-se Art. Iõ9.° Se a participação ou denuncia forem dadas,
o seguinte: não com relação a factos consumados ou em via de reali-
1.° As partes ou seus arlvogados poderão formular que- zação, mas sim na previsão de actos que estejam para se
sitos sobre que recaiam as respostas dos peritos; praticar, deverá a competente auctoridade fiscal fazer com
2.° O mesmo poderá fazer a auctoridade fiscal. quc se tomem logo as providencias necessarias, a fim de
§ 1.° Se. por virtude do disposto no § 2.° do artigo an- evitar a fraude e assegurar a punição dos delinquentes,
terior o exame não puder ter logar, poderá qualquer das instaurando depois o respectivo processo, e consorvando
partes requerer verbalmente á auctoridade que os peritos até então em segredo a denuncia ou participação rccebida.
presentes examinem os objectos em questão e os seus vo- Art. 160.° A auctoridade fiscal só tornará conhecido o
tos se consignem no termo como simples informação. nome do denunciante, caso este requeira antes de comple-
§ 2.° De tudo o que occorrer se lavrará termo, que será tada a instrucção do processo para ter parte na distribui-
devidamente assignado. ção da multa ou do producto da tomadia nos termos dos
Art. 150." Se a parte que tiver contestado não seguir preliminares cla pauta em vigor.
mais os termos do processo e fôr rcvel, a auctoridade fis-
cal procederá ás informações que julgar convenientes, SECÇÃO I I I
para que o delieto ou transgressão possa ser devidamente Do j u l g a m e n t o
apreciado e julgado.
§ unico. Na falta de prova em contrario tem fé a par- Art. 161.° Terminada a instrucção do processo, o di-
ticipação e o auto de apprehensão. rector da alfandega, ouvindo préviamente por escrito o
Art. 151.° Finda a produccão das provas poderão as parecer dos dois empregados mais graduados da alfan-
partes requerer vista do proc sso por cinco dias, a fim de dega, liavendo os, procecíerá no prazo de tres dias ao seu
allegar por escrito o seu direito e justiça. julgamento.
§ unico. O processo só sairá da alfandega quando se Art. 162. 0 O director da alfandega fará nas suas sen-
aehe junta a procuraçào a advogado e mediante recibo tenças uma exposição exacta e clara dos factos arguidos,
por este assignado. mcncionando os nomes dos apprehensores, participantes
Art. 152." Se a apprehensão fôr declarada subsistente ou denunciantes, e bem assim os nomes e residencias dos
e não houver contestação, será logo o processo julgado delinquentes ou transgressores, a qualidade em que são
definitivamente. arguidos, os euniplices, se os houver, e todos os mais res-
SECÇÃO H ponsaveis, fixando os valores dos objectos apprehendidos ;
conterá igual exposição do objecto cla contestação ou de-
Da i n s t r u c ç ã o do processo n o s casoa de participação
fesa, e apreciando a prova produzida e todas as informa-
ou deMraeia
ções constantes do processo, concluirá elassifieando o de-
Art. 153.° Os empregados do serviço interno das al- lieto ou transgressão, e designando a disposiçâo da lei ou
fandegas, e os agentes da fiscalização èxterna que tenham clos regulamentos fiscaes applicavel, em que deverão fmi-
10
Abril 2-4 146 1902

damentar a condemnação ou absolvição, confoi-me fôr de de direito da comarca de Paredes, contra JoãoValente,
justiça. A condemnação comprehenderá sempre os direitos guarda n.° 300 do Corpo da Policia Civil do Porto, ar-
ou impostos que se deverem, o perdimento de objectos guido por José Jorge da Costa de o ter offendido corpo-
apprehendidos, quando tenha logar, a multa legal e o pa- ralmente das nove para as dez horas da manhã de 2õ de
gamento das custas e sellos do processo. novembro ultimo, no Adro da Igreja da freguesia de Re-
Art. 163.° A sentença será intimada pessoalmente aos bordosa;
interessados ou seus advogaclos, quando residirem a menos Vistas as informações e as investigações officiaes, em
de 10 kilometros do local onde o julgamento se effectuar, que 5 testemunhas contestes affirmam que o denunciado
ou dentro d'essa area tenham escolhido domicilio; d'ella se achava em logar diverso d'aquelle adro, quando se
se poderá exigir copia, do que se lavrará termo que será deram as offensas corporaes de que se queixa o mesmo
assignado pela pessoa que a receber e pelo funccionario José Jorge da Costa:
que fizer a intimação. Ha por bem denegar, nos termos clo artigo 431.° do Co-
§ 1.° Se os interessados não forem encontrados ou re- digo Administrativo, a precisa auctorização para o segui-
sidirem a mais de 10 kilometros, será intimada por meio mento do respectivo processo.
de um annuncio affixado na porta cla alfandega, passando- Paço, em 28 de abril de 1901. = Ernesto Rodolpho
se certidão e juntando-se ao processo copia do annuncio. Hintze Ribeiro.
D . do G. n.° 94, de 29 de nbril.
§ 2.° A falta da intimação ou de qualquer das suas for-
malidades obsta ao transito em julgado.
Art. 164.° Quando a instrucção do processo houver
corrido perante os chefes dos postos fiscaes, effectuado o Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica
julgamento, uma certidão da sentença será pelo director
da alfandega enviada á respectiva auctoridade instructo- 2.a Repartição
ra a fim cle esta a fazer intimar nos termos do anterior
artigo e seus paragraphos. Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe rèpresen-
Art. 165." Antes de ultimado o processo e julgamento tou a mesa da Santa C a s a da Misericordia da V i l l a de
fiscal nos termos d'este regulamento, e se no clecurso do Fafe, pedinclo au3toz-ização para vender vinte e seis apo-
mesmo processo se revelar a existencia de qualquer delieto liccs da divida publica brasileira do valor nominal de
ou crime commum, cuja perseguição incumba ás justiças 1:000<)000 réis cada uma, com o fim de realizar o paga-
ordinarias, o director cla alfandega enviará a estas a parti- mento de 1:948)$690 réis de contribuição do registo, na
cipação do crime. cidade do Rio de Janeiro, pelo legado de 72:000^000 réis
TITULO X nominaes em inscripções de assentamento de 3 por cento,
deixado áquelle estabeleeimento por Fortunato de Freitas
Disposições diversas e transitorias de Castro: ha por bem conceder a pedida auctorização,
Art. 166.° São applicaveis ao expediente da alfandega nos termos do n.° 2.° do artigo 253.° do Codigo Adminis-
as taxas de sêllo da secção l . a da tabella n.° 3 que faz trativo.
parte do decreto com força de lei de 21 de julho de 1893 Paço, em 28 de abril de 1902. = Ernesto Rodolpho
com as modificações decretadas por carta de lei de 4 de Hintze Ribeiro.
D . do G. n.° 9(5, do 1 de maio.
maio cle 1896.
Art. 167." Todas as licenças que a alfandega conceder
deverão ser passadas por escrito e selladas na conformi-
dade da lei.
Art. 168." As mereadorias não podem sair da alfandega MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
sem terem sido pagos ou depositados os respectivos direi-
tos em moeda corrente ou em letras com garantias legaes. Direeção Geral das Obras Publicas e Minas
Art. ] 69." Todas as reclamações que quaesquer empre-
gados da alfandega tenham a fazer sobre objectos de ser- Repartição de Obras Publicas
viço, deverão ser por escrito e entregues ao respectivo di-
rector para lhes dar o destino conveniente ou providen- Sua Majestade El-Rei, conformando-se com o parecer
ciar se estiver nos limites das suas attribuições. do Conselho Superior de Obras Publicas e Minas, datado
Art. 170." Na falta de guardas fiscaes deverão, o dire- de 6 cle fevereiro ultimo: ha por bem encai*regar os en-
ctor da alfandega na sede dos territorios e os chefes dos genheiros inspeetores geraes, Manuel Affonso de Esper-
postos fiscaes nas dos concelhos, requisitar á auctoridade gueira, Joaquim Pires de Sousa Gomes e Aclolfo Ferreira
competente as providencias para supprir esta falta. de Loureiro, o engenheiro inspector, João Thomás da
Paço, em 24 de abril de 1902. = Antonio Teixeira de Costa, o engenheiro chefe de 2. a classe, João Henrique
Soil-Sa. D i ( l 0 G . n . " 121, dc. 2 dejunlio. von Hafe e o engenheiro subalterno de l . a classe, Ar-
thur Carlos Machado Guimarães, cle, constituidos em com-
missão, presidida pelo primeiro, examinarem os projectos
de caes acostaveis na margem direita do rio Douro e
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO adaptação parcial do porto de Leixões a porto commer-
cial, a fim de estabelecerem as bases de um plano de
Direeção Geral de Administração Politica e Civil conjunto para as obras hydraulicas fluviaes e maritimas
2.a Repartição de que carece a cidade do Porto.
Paço, em 30 de abril de 1902.—-Manuel Francisco de
Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por cer- Vargas.
tidão, os autos de corpo de delieto, levantados no juizo D . do G. n.° 102, de 9 de maio.
r*

MAIO

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR tes que não podiam de fórma alguma executar-se sem
d'elles ficarem vestigios nas repartições respectivas;
Direeção Geral do UItramar Sendo ainda certo que algumas possessões ainda não
remetteram, preenchidos, os modelos dizendo respeito a
2, a Repartição serviços aduaneiros, baseando-se em que os respectivos
trabalhos estatisticos se acham muito atrasados por mo-
2. a SecçSo tivo de falta de pessoal, inconveniente este que, comtudo,
não justifica a demora de tantos meses naquella remessa,
Suscitando-se duvidas sobre se os chefes das delegações visto que a portaria regia de 6 de novembro de 1896 es-
aduaneiras do uitramar, que exercem funcções de thesou- tabeleceu o abono de gratificações por trabalhos extraor-
reiros, são, como os thesoureiros das alfandegas, obriga- dinarios de estatistica o o exame das datas de alguns da-
dos a prestar caução: manda Sua Majestade El-Rei, pela dos referentes a serviços aduaneiros, já publicados nos
Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Uitra- Boletins Officiaes, singularmente contrariam a allegação
mar, declarar aos governadores das provincias ultramari- apresentada;
nas que áquelles funccionarios se deve exigir caução ás Demonstrando os factos supracitados, e ainda outros
responsabilidacles em que possam incorrer como exactores que se produziram, quanto ó indispensavel estabelecer
da Fazenda Publica, nos termos do § unico do artigo 175.° um certo numero de regras que, obedecendo ao pensa-
do regulamento geral da fazenda e da contabilidade pu- mento que ditou a já citada portaria regia de 6 de no-
blica de 3 de outubro de 1901. vembro de 18SJ6, regulem de modo conveniente e em
Paço, em 1 de maio de 1 9 0 2 . — Antonio Teixeira de attenção ao fim supramencionado, a elaboração, publica-
Sousa. ção e remessa de mappas estatisticos concernentes aos va-
V . do G. n.° 104, de 12 de maio. riados serviços no uitramar :
Ha Sua Majestade El-Rei por bem, pela Secretaria de
Estado dos Negocios da Marinha e UItramar, approvar
3, a Repartição as instrucções pelas quaes devem ser regulados os servi-
ços de elaboração, publicação e remessa de mappas esta-
Sendo necessario providenciar para que a publicação tisticos nas possessões ultramarinas, que baixam assigna-
annual, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Mari- das pelo Conselheiro Director Geral do UItramar.
nha e Uitramar, de um «Annuario Estatisticos das pos- Paço, em 3 de maio de 1902. = Antonio Teixeira de
sessões portuguesas do uitramar, seja feita por fórma que Sousa.
aquella publicação tenha regularmente logar no começo
do 2.° semestre de cada anno civil, e o «Annuario» não Instrucções para a elaboração, publicação
só contenha todos os necessarios elementos de informação e remessa de mappas estatisticos nas possessões ultramarinas
para bem se apreciar a evolução das nossas colonias, nos
variados ramos em que ella se manifesta, mas tambem l.a
que cada grupo d'esses elementos seja apresentado por
Os mappas estatisticos que cada possessão ultramarina
uma fórma quanto possivel identica para todas as colo-
deve remetter annualmente á Secretaria de Estado dos
nias, a fim de permittir uma elucidativa comparação dos
Negocios da Marinha e UItramar, são os correspondentes
grupos similares ;
aos modelos expedidos com o officio circular da Direeção
Sendo certo que alguns dos modelos de mappas esta-
Geral do UItramar, de 1 de fevereiro de 1901, dizendo
tisticos, remettidos em fevereiro de 1901 pela Direeção
respeito a serviços existentes nessa possessão, devendo
Geral do UItramar a todas as possessões ultramarinas,
aquelles mappas ser, quanto possivel, preenchidos com as
não foram em algumas d'estas devidamente preenchidos,
indicações designadas nos respectivos modelos.
allegando-se, em umas, que os archivos das repartições a
que esses modelos diziam respeito, não estavam organiza-
dos por fórma a permittirem tal preenchimento, e, em ou- 2. a
tras, que não havia para aquelle fim os dados precisos, Todos os mappas estatisticos deverão ser organizados
referindo-se, aliás, a serviços por sua natureza importan- por annos civis, excepto os que se referirem a instrucção
Maio 9 "V 148 1902

publica ou particular, os quaes serão elaborados por annos rao conter, consoante a orientação do movimento de mer-
lectivos. eadorias :
Nas possessões ultramarinas onde alguns mappas esta- Importação nacional (valores e direitos).
tisticos, referentes a diversos serviços, são ainda organi- Importação estrangeira :
zados por annos eeonomicos, dever-se-ha formnlar mappas E m navios nacionaes (idem).
especiaes d'esses serviços, relativos ao segundo semestre Em navios estrangeiros (idem).
do anno civil immediato ao ultimo anno economico de que
se tenham organizado mappas, preparando-se por este Exportação :
modo a transiçâo para os annos civis. Para portos nacionaes (idem).
Para portos estrangeiros (idem).
3. a
Reexportaçâo :
Os mappas estatisticos, a que se refere a instrucção l. a , Para portos nacionaes (idem).
deverão dar entrada na Secretaria de Estado dos Nego- Para portos estrangeiros (idem).
cios da Marinha e UItramar até 30 de junho do anno civil
.immediato áquelle a que os mesmos mappas dizem res- Baldeação (idem).
peito, cumprindo aos governadores clas provincias e do Transito (idem).
districto autonomo de Timor communicar até áquella data, Rendimento aduaneiro (por especialidades).
á referida Secretaria de Estado, as razões por que acci- Designação dos principaes artigos importados e expor-
dentalmente deixem de ser remettidos em devido tempo tados (com a indicação dos valores).
alguns cVaquelles mappas ou ainda por que estes sejam in-
compietamente preenchidos. 9.a
As estatisticas mensaes do movimento maritimo, publi-
4. a
cadas nos boletins officiaes, serão organizadas en\ separa-
Os governadores das possessões ultramarinas darão as do para cada porto e comprehenderão entradas e saidas,
necessarias instrucções aos chefes das differentes reparti- separando-se em cada uma d'estas a navegação cle longo
ções para que os registos e archivos d'estas sejam organi- curso da de cabotagem.
zados por fórma que cVelles possam facilmente ser extra- Na navegação de longo curso mencionar-se-ha:
hidas as indicações designadas nos respectivos modelos cle
mappas estatisticos, remettidos com o officio circnlar de Numero de navios de guerra:
1 de fevereiro de 1901. Nacionaes.
a
5. Estrangeiros.
Os mappas estatisticos do serviço aduaneiro de cada Numero e tonelagem de navios mercantes de vela:
provincia ou do districto autonomo de Timor deverão ser Nacionaes.
remettidos juntamcnte com um relatorio, conciso mas ex- Estrangeiros.
plicito, elaborado pelo respectivo chefe do serviço das al-
fandegas da provincia ou districto autonomo de Timor, no Numero e tonelagem dc vapores mercantes:
qual se dará noticia das causas que tenham motivado quaes- Nacionaes.
quer feitos anormaes occorridos durante o anno a que os Estrangeiros.
mappas se referem, ou alterações importantes, em relação 10.»
ao anno anterior, na importação, exportação, reexporta- As estatisticas a que se refere a instrucção 7. a deve-
çâo, baldeação e transito das mereadorias nas alfandegas rão ser publicadas em supplementos aos boletins officiaes,
da pi-ovincia ou districto autonomo, suas delegações e pos- dispondo-as por fórma que seja possivel o successivo agru-
tos fiscaes. pamento das que dizem respeito ao mesmo serviço ou a
Na provincia de Macau, será este relatorio elaborado serviços tendo entre si affinidades bem definidas.
pela capitania do porto.
ll.a
Por analogo modo se procederá nas outras repartições O recenseamento da população nas possessões ultrama-
de cada provincia ou do districto de Timor, sempre que rinas será feito nos termos indicados na carta de lei dc
durante o anno civil a que se referirem os respectivos 17 de agosto cle 1899.
mappas estatisticos, se tenliam produzido factos ou varia- Direccão Geral do UItramar, em 3 de maio de 1902.
ções anormaes que não possam ser devidamente interpre- O Director Geral, Francisco Fdisberto Dias Costa.
tados pelo exame exclusivo dos mesmos mappas.
1). (lo O. !i9, (le ilc mnio.
7. a '
(Jontinua sendo obrigatoria a publicação nos boletins
officiaes das estatisticas mencionadas nos artigos 7.° e 10.°
da portaria regia de (i de novembro de 1896, a qual será
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
feita nos prazos designados nos mesmos artigo 7.° e seu
g 1.°, e no artigo 13.°
Direeção Geral de Administração Politioa e Civil
Alem cVestas serão publicadas nos boletins officiaes ou-
tras estatisticas referentes a serviços taes, como os hospi-
2.a Repartição
talares, movimento de serviçaes e colonos, de obras pu- Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por
blicas, etc., cuja rnarcha seja conveniente ir apreciando certidão, os autos dc corpo de delieto levantados no juizo
no decurso de cada anno. Estas publicaeões serão men- de direito da comarca da Lousã, contra o administrador
saes, eom excepção da dos mappas de serviços de obras que foi do respectivo concelho, Arthur Fernandes de Car-
publicas, que será feita trimestralmente. valho, arguido por José Joaquim Caetano c Alberto Fer-
nandes Carranca de contra elles haver abusado da sua
8. a auctoridade em 11 de fevereiro ultimo;
As estatisticas mensaes aduaneiras, publicadas nos bole- Vistas as informações e investigações officiaes, das quaes
tins officiaes, serão organizadas em separado para cada se mostra terem sido presos os queixosos em fiagrante
alfandega, com suas delegações e postos fiscaes, e deve- ! commettimento do crime previsto no artigo 181.° do Co-
1902 149 Maio 6

digo Penal, pelo qual foram demandados eriminalmente no responsabilidacle limitada, pediu auctorização para ampliar
competente juizo: o numero cle obrigações que e-tá auctorizada a emittir em
Ha por bem denegar, nos termos do artigo 431.° do virtude do disposto no artigo 16." dos seus estatutos, a íim
Codigo Administrativo, a precisa auctorização para o se- de, com o respectivo producto, fazer face ás despesas da
guimento dos respectivos processos. construcção da linha ferrea dc Vendas Novas a Sant'Anna,
Paço, em 5 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho de que a mesma companhia é concessionaria;
Hintze Ribeiro. Visto o contrato para transferencia da construcção e
D . do G. n.° 100, de 0 de maio. exploração da linha ferrea de Vendas Novas a Sant'Anna,
celebrado em 25 de novembro de 1899 entre a Companhia
dos Caminhos de Ferro Meridionaes e a Companhia Real
dos Caminhos de Ferro Portugueses, pelo qual esta ga-
Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica rantia áquella determinada receita liquida, o se obrigou,
em qualquer hypothese, sem que haja interrupção e du-
2.a Repartição rante todo o periodo da sua exploração, a garantir á Com-
panhia dos Caminhos de Ferro Meridionaes uma entrega
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen- annual de 455:000 írancos, ouro;
tou a mesa administrativa do Real Hospital de Crianças Vista a escriptura celebrada entre as referidas compa-
Maria Pia, da cidade do Porto, pedindo auctorização para nhias em 3 de maio de 1902, pela qual ficou convertido
vender 46 obrigações da Camara Municipal do Porto, em definitivo o supracitado contrato dc 25 do novembro
9 ditas do emprestimo português de 1888 do juro de de 1899;
4 7a por cento. 10 inscripções de assentamento do valor
nominal de 1:0005000 réis, 8 ditas do de 500^000 réis, Vista a portaria de 11 de maio de 1900 que concedcu
e 14 ditas do de 100^000 réis, a fim de que o respectivo auctorização para a referida transferencia;
producto seja applicado a varias despesas com as obras Visto o despacho ministerial de 11 de maio de 1900,
do seu novo hospital; que mandou lavrar portaria auctorizando a einissâo dc
obrigações pedida pela Companhia dos Caminhos de Ferro
Vistas as informações officiaes :
Meridionaes;
Ha por bem conceder, nos termos do n.° 2.° do artigo
253.° do Codigo Administrativo, a pedida auctorização. Visto o disposto no artigo 19.° da carta de lei de 3 dc
Paço, em 5 de maio cle 1902. — Ernesto Rodolpho abril de 1896 e no artigo 7.° do regulamento dc 27 de
Hintze Ribeiro. agosto do mesmo anno;
I). do G. n.° 10u, de 0 ue maio. Visto o disposto no artigo 3.° da carta dc lei de 29 de
julho de 1899, que isentou das prescripçõe.s d'ella as
emissões de obrigações requeridas até á data da publica-
ção da mesma l e i ;
Direeção Geral de Administração Politica e Civil Visto o parecer da Procuracloria Geral da Coroa c Fa-
zenda :
2.a Repartição Ha por bem o mesmo Augusto Senhor auctorizar a re-
Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente, por certi- ferida Companhia dos Caminhos de Ferro Meridionaes a
dão, o auto de corpo de delieto levantado 110 competente emittir, em uma só serie, 19:500 obrigações clo capital
juizo de direito, contra 0 cabo de secção n.° 1 clo corpo de de 500 francos cada uma, o juro cle 4 '/-j por cento ao
policia civil de Braga, José da Costa Aranjo, e 0 guarda anno, amortizaveis ao par, por sorteios annuaes, no prazo
n.° 21 do mesmo corpo, arguido por José Simões de o te- de oitenta annos, e com as clausulas seguintes :
rem offendido corporalmente em 19 de janeiro ultimo; 1. a Que nas 19:500 obrigações de que se trata ficam
Vistas as informações do O
governador civil do districto comprehendidas as 16:000 obrigações que a Companhia
9
dos Caminhos de Ferro Meridionaes estava auctorizada
de Braga, das quaes se mostra, que acudira 0 referido
a emittir, nos termos clo artigo 16.° dos seus estatutos dc
cabo e guarda a uma desordem travada entre diversos
22 de dezembro de 1888;
populares, capturaram 0 mencionado queixoso c outro,
2. a Que a emissão das referidas obrigações só poderá
que á prisão oppuseram grande resistencia, sendo por isso
realizar se depois de dar entrada na Repartição clo Com-
os captores obrigados a empregar força em sua defesa e
mercio o documento comprovativo do registo definitivo a
manutenção de captura, depois da qual e já dentro do
que se refere o n.° 6.° do artigo 49.° do Codigo Commer-
commissariado de policia, ainda o Simões continuou ínve-
cial ;
ctivando os guardas com improperios e injurias:
Ha por bem denegar, nos termos do artigo 431.° do 3. a Que d'esta emissão ou de quaesquer operações finari-
Codigo Administrativo, a precisa auctorização para 0 se- ceiras que a Companhia dos Caminhos cle Ferro Meridio-
guimento do respectivo processo. naes realize, nenhuma responsabilidade, em qualquer situa-
Paço, em 6 de maio de 1902. — Ernesto Rodolpho ção ou hypothese, virá para o Estado, não tomando o Go-
Hintze Ribeiro. verno responsabilidade alguma pelas obrigações emittidas
I). do G. 101, de 7 de maio. pela companhia ;
4. a Que as garantias com que a companhia ass' j gura o
pagamento dos juros e amortização das obrigações em ne-
nhum caso prejuclicam nem offendem os direito- que pelas
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA leis e pelas clausulas do alvará de concessão portenccm ao
Estado sobre a linha ferrea concedida á coui|janhia, por isso
Direeção Geral do Commercio e Industria que o Estado, sempre, em todas as hypotheses, c crpdor
privilegiado cla companhia no que respeita ás obrigações
Repartição do Commercio que lhe foram impostas pelo alvará dc concessão;
5. a Que a auctorização dada pelo Governo para emis-
Tendo sido presente a Sua Majestade El-Rei o requeri- são das obrigações em nada modifica as clausulas e con-
mento, datado de 1 de maio de 1899, e entrado no mesmo dições do mesmo alvará de concessão da linha ferrea c sua
dia na Secretaria de Estado dos Negocios das Obras Pu- interpretação e execução, nem altera por qualquer fórma
blicas, Commercio e Industria, em que a Companhia dos • os prazos nelle fixados para o resgate cla linha e para a
Caminhos de Ferro Meridionaes, sociedade anonyma de ! sua reversão para o Estado, livre de todos os encargos;
Maio 9 "V 150 1902

6. a Que a Companhia dos Caminhos de Ferro Meridio- rente anno, que fixa o contingente para o exercito, ar-
naes fica obrigada a contribuir annualmente para o fundo mada, guardas municipaes e fiscal no anno de 1902, em
especial da fiscalização das sociedades anonymas, nos ter- 16:500 recrutas, e estabelece a fórma de o distribuir,
mos do artigo 33.° do respectivo regulamento de 10 de manda cumprir e guardar o mesmo decreto como nelle se
outubro de 1901, com quantia igual áquella em que fôr contém, pela fórma retro declarada.
fixada a retribuição de cada um dos administradores da Para Vossa Majestade ver,==André Adolpho Poeymirau
mesma companhia. a fez. 0
a D . do G. II. 103, de 10 do maio.
Paço, em 6 de maio de 1902. — Manuel Francisco de
Vargas.
D . do &. n . ° 102, de 9 de maio.

DOM CARLOS, por graça de Deus, Rei de Portugal


s aos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos
ubditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós quere-
Repartição do Ensino Industrial e Commercial
mos a lei seguinte:
l . a Secçao Artigo 1.° A força do exercito, em pé de paz, é fixada,
no anno economico de 1902-1903, em 30:000 praças de
Para esclarecimento e cumprimento da materia dos pret de todas as armas.
§§ 2.° e 3.° do artigo 40.° da organização do ensino ele- § unico. Será licenceada, nos termos da legislação em
mentar industrial e commercial, approvada por decreto de vigor, toda a força que puder ser dispensada, sem prejuizo
24 de dezembro de 1901: manda Sua Majestade EI Rei, do serviço e da instrucção militar.
pela Secretaria de Estado dos Negocios das Obras Publi- Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
cas, Commercio e Industria, que de entre os alumnos que Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
tiverem obtido uma media annual inferior a 10 valores conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a
numa ou mais disciplinas, só sejam admittidos a exame cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão in-
aquelles cuja media seja superior a 7 valores, tornando-se teiramente como nella se contém.
necessario ainda neste caso que os interessados requeiram O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da
para serem admittidos ao referido exame. Guerra a faça imprimir, publicar e eorrer. Dada no Paço
Paço, em 6 de maio de 1902. = Manuel Francisco de das Neeessidades, aos 7 de maio de 1902. = EL-REI,
Vargas. com rubrica e guarda. — Luiz Augusto Pimentel Pinto.—
D . do G. n.° 102, de 9 de maio. (Logar do sêllo grande das armas reaes).
Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
nado o decreto das Côrtes Geraes de 15 de março do cor-
rente anno, que fixa a força do exercito, em pé de paz,
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GDERRA no anno economico de 1902-1903, em 30:000 praças de
pret de todas as armas, sendo licenceada toda a força que
Direeção Geral puder ser dispensada, sem prejuizo do serviço e da ins-
trucção militar, manda cumprir e guardar o mesmo de-
Repartição Central creto como nelle se contém, pela fórma acima declarada.
Para Vossa Majestade ver. — Porjirio Ferreira a fez.
DOM CARLOS, por graça de Deus, Rei de Portugal
D . do G. n.° 103, de 10 de maio.
e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a
lei seguinte:
Artigo 1.° O contingente para o exercito, armada, guar-
das municipaes e fiscal, é fixado, no anno de 1902, em
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E UITRAMAR
16:500 recrutas, sendo 15:000 destinados ao serviço activo
do exercito, 600 á armada, 600 ás guardas municipaes e Direeção Geral do UItramar
300 á guarda fiscal.
Art. 2.° O contingente de 600 recrutas, destinado ao l . a Repartição
Berviço das guardas municipaes, será préviamente incor-
l.« SecçSo
porado no exercito, sendo as praças que se acharem nas
condições exigidas para aquelle serviço transferidas para Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Ad-
as mencionadas guardas ató o numero necessario para o ministrativo acêrca do recurso n.° 11:078, em que é re-
preenchimento do referido contingente, preferindo-se os corrente Claudio José Raphael de Abreu e Noronha, e
que voluntariamente se oíferecerem. recorrido o governador geral do Estado da India, e de
Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrario. que foi relator o Conselheiro de Estado, vogal effectivo,
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o Julio Marques deVilhena:
conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a Mostra-se que o presente recurso vem do despacho do
cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão intei- governador geral do Estado da India, que indeferiu o re-
ramente como nella se contém. querimento em que o requerente pedia que fosse provido
O Presidente do Conselho cle Ministros, Ministro e Se- no logar de segundo official da secretaria geral do referido
cretario de Estado dos Negocios do Reino, o Ministro e Estado ;
Secretario de Estado dos Negocios da Fazenda e interino Mostra-se allegar o recorrente:
do^Negocios Estrangeiros, o dos Negocios da Guerra e o 1.° Que é ajudante privativo da conservatoria de Sal-
da Marinha e UItramar, a façam imprimir, publicar e cor- sete, provido definitivamente por portaria provincial de 16
ror. Dada no Paço das Neeessidades, aos 7 de maio de de junho cle 1870, tendo exercido as respectivas funcções
1902. = EL-REI, com rubrica e guarda. == Ernesto Ro- com a devida assuidade e diligencia, não tendo nunca fal-
dolpho Hintze Ribeiro —Fernando Mattozo Santos=Luiz tado ao exacto cumprimento dos seus deveres;
Augusto Pimentel Pinto = Antonio Teixeira de Sousa.— 2.° Que o decreto de 20 de fevereiro de 1894 extinguiu
(Logar do sêllo grande das armas reaes). pelo seu artigo 9.° todos os logares de ajudantes privati
Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio- vos e de amanuenses das conservatorias do registo predial
nado o decreto das Côrtes Geraes de 2 de abril do cor- ultramarino, e o regimento da administração de justiça
1902 151 Maio 7

nas provincias ultramarinas approvado pelo mesmo de- Considerando que, no despacho recorrido, não houve
creto, detcrmina no artigo 195.", que os ajudantes priva- offensa de direitos fundados em lei ou regulamento de ad-
tivos e amanuenses das conservatorias que tiverem nomea- ministração publica:
ção definitiva servissem esses logares até que lhes fosse Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta
dada outra collocação equivalente dentro da mesma pro- negar provimento no recurso, mantendo para todos os ef-
vincia ou em outra qualquer em que preferissem servir; feitos o acto de que se recorre.
3.° Que nestes termos o recorrente ou devia continuar O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
a servir o seu logar de ajudante privativo da comarca de rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça executar.
Salsete ou então ter deíinitivamente outra collocação equi- Paço, em 7 de maio de 1 9 0 2 . = REI. = Antonio Teixeira
valente em qualquer das repartições publicas da pro- de Sousa.
1). do G. 11.° 105, do 13 de maio.
vincia ;
4." Que durante quasi dois annos, desde a execução do
alludido regimento, continuou a servir o seu logar de aju-
dante privativo da Conservatoria de Salsete, e decorrido Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Ad-
esse periodo foi mandado fazer serviço na Conservatoria ministrativo, acêrca do recurso n.° 11:429, em que é re-
de Damão, por estar ahi vago o logar de conservador; corrente Julio José Maria Feijó, e recorrido o governa-
mas, provido este, e tenao-se reconliecido que o recorrente dor geral da provincia de Cabo Verde, e de que foi rela-
era ali de mais, visto ser muito limitado o serviço nessa tor o Conselheiro de Estado, vogal effectivo, José Lu-
Conservatoria, voltou para Gôa, e foi mandado servir como ciano de Castro :
addido na Repartição de Fazenda do concelho de Bardez; Mostra-se que o recorrente recorreu da portaria do Go-
5.° Que foi, em seguida, nomeado segundo aspirante verno cla provincia, n.° 42, de 15 de fevereiro de 1901,
dos correios, mas tendo ponderado que esta situação era que dissolveu a Camara Municipal do concelho cla Ilha
inferior á eategoria do seu logar, foi nomeado recebedor Brava, eleita em 10 de dezembro do anno anterior, que
do concelho de Pernem, logar de que não póde tomar tomou posse em 2 de janeiro seguinte, e da qual o mes-
posse por ser sujeito á caução de 10:000 rupias, que lhe mo recorrente foi eleito presidente ;
não era facil prestar, sendo, em seguida, mandado fazer Mostra-se que o recorrente pede que seja annullada
serviço, como addido, na Bibliotheca Nacional; aquella portaria pelos fundamentos seguintes:
6." Que, segundo o disposto no citado artigo 195.°, não — não se ter de&ignado na mencionada portaria o dia
póde ser obrigado a andar aos baldoes nestas situações para nova eleição no prazo cleterminado na lei, o que im-
precarias, como addido, a quaesquer repartições publicas porta a nullidade da dissolução, nos termos do artigo 107."
da provincia, quando o seu logar é na Conservatoria de do Codigo Administrativo cle 1842 e do artigo 18.°,
Salsete, como ajudante privativo, ou então em qualquer n." 3.°, da organização administrativa da provincia, appro-
repartição da provincia com collocação equivalente e de- vada por decreto de 24 de dezembro de 1892 ;
finitiva ; — não serem os motivos allegados na referida portaria
7.° Finalmente, que tendo vagado um logar de segundo d'aquelles que auctorizam o Governo a dissolver as cor-
official na Secretaria Geral tem todo o direito de ser pro- porações municipaes, nos termos do artigo 17." e seus
movido nelle por ser equivallente áquelle que desempe- paragraphos do Codigo Administrativo de 1 8 8 6 ;
nhava; Mostra-se que tendo sido ouvido o recorrido, allega
Mostra-se allegar em defesa do seu despacho a auctori- este, que a falta de designação de dia para nova eleição
dade recorrida: na portaria dissolutoria, não annulla a dissolução, porque
1." Que, se o recorrente tem exercido tantos logares, o artigo 107." do Codigo Administrativo de 1842 foi al-
tem isso sido devido a pedidos seus e não a violencias da terado nessa parte pelo § 3.° do artigo 18." da organiza-
auctoridade superior, pois que, se houvesse excesso de ção administrativa da provincia, que confere ao governa-
rigor, devia ter sido exonerado como propunha a Procu- dor a faculdade de dissolver as camaras municipaes sob
radoria Gei-al da Coroa do Estado da India, fundada em consulta do conselho do Governo e de nomear uma com-
factos documentados; missão para administrar o municipio até nova eleição,
2." Que, pelo decreto de 29 de dezembro de 1868, com designando logo dia para nova eleição dentro de tres me-
as modificações constantes clo decreto orçamental e respe- ses; mas não declara nulla, como o citado artigo 107."
ctivas tabellas cle 30 de abril de 1874, o quadro dos em- d'aquelle Codigo, a dissolução, quando não seja cumprido
pregados da secretaria do Governo Geral compõe-se, alem esse preceito, que desde 1893 tem o Governo da provincia,
do secretario e do official maior, de officiaes e de ama- com assentimento do Governo central, dissolvido varias
nuenses, devendo fazer-se o provimento por concurso, exi- camaras municipaes sem observar aquella formalidade ;
gindo-se para a admissão clos amanuenses o curso com- — que á data da dissolução da camara, de que se trata,
pleto do Lyceu de Nova Gôa, habilitação que o recorrente já eram administrados no archipelago desde alguns annos
não possue; por commissões municipaes os concelhos de Santo Antão,
3.° Que o concurso para os logares de segundos officiaes S. Vieente, Santa Catharina, Sal e Boa Vista, sem haver
é exclusivamente entre os amanuenses, candidatos legaes qualquer reclamação dos municipes, nem reparo do Go-
c unicos, segundo o artigo 4." do citado decreto de 29 de verno ;
dezembro cle 1 8 6 8 ; — que no easo a que especialmente se refere, uma elei-
4.° Que a nomeação clos addidos nao é obrigatoria, con- ção immediata seria uma calamidade pelas circunstancias
forme se vô do officio da Direccão Geral do UItramar, de excepcionaes em que se aclia a Ilha Brava; que tambem
20 cle novembro de 1894, a pag. 704 da collecção de não procede a allegação do recorrente quando pretende
legislação do uitramar do mesmo anno ; que a dissolução só podia dar-se nos casos taxativamente
5.° Que nem mesmo póde o recorrente ser collocado no marcados no artigo 17.°, n. os 1.° a 5.°, clo Codigo Adminis-
logar de ajudante da Conservatoria de Salsete, porque em trativo de 1886, porque este Codigo nunca esteve em exe-
presença do artigo 9.° do regulamento do registo predial cução no uitramar, e portanto não são ali applicaveis as
dc 20 de abril de 1870, em vigor no Estado da India, disposições do citado artigo e seus paragraphos;
para ser attendido semelhante pedido seria preciso o \ — que, segundo a portaria de 7 de novembro de 1855,
acordo do conservador, que tem a faculdade de despedir o Governo póde dissolver uma camara quantas vezes fôr
os ajudantes quando tenham perdido a sua confiança ou necessario para conseguir uma vereação composta cle pes-
quando d'elles não careca: soas habeis e sensatas, sem que seja necessario motivar a
C que visto, e.o parecer ao Ministerio Publico; dissolução;
Maio 9 "V 152 1902

— que tolerar na admini=tração do municipio uma ca- das cíimpestres do concelho de Ribeira de Pena, os quaes
mara, como a dissolvida, seria desprezar inteiramente to- j serão remunerados somente com a parte clas multas, a
dos os principios dè ordem e de inteiesse publico: . que se refere o mesmo par gra ; ho.
O que tudo viato, e ouvido o Ministerio Publico; | O Presidente clo Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Considerando que a falta cle designação de dia para nova I cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
eleição na portaria de 15 de fevereiro de 1901, do governo entendido e faça executar. Paço, em 7 cle maio de 1 9 0 2 . =
da provincia de Cabo Verde, que dissolveu a Camara Mu- R E I . = iiV)ies<o Rodolpho Hintze Ribeiro.
nicipal do concelho da Ilha Brava, apesar de não ser le-
D . do G. u.° 100, ile 14 cle maio.
gal não annulla toclavia a dissolução nella ordenada, por-
que o artigo 18.°, n.° 3.°, da organização administrativa da
provincia, approvada por decreto de 21 do dezembro de
1892, não declara nulla a dissolução por se não ter dado
cumprimento áquelle preceito, como expressamente deter-
minava o artigo 107.° clo Codigo Administrativo de 1842 ; Visto o disposto no artigo 127.° do Codigo Administra-
Considerando que neste sentido tem sido interpretada e tivo : hei por bem fixar em 12 o numero dos zeladores
cumpricla a citada disposiçâo; e em 36 o dos guardas campestres do concelho de Leiria,
Considerando que as disposições restrictivas da facul- remunerados somente com a parte das multas a que se
dade da dissolução dos corpos administrativos, preceitua- refere o § 2.° clo citado artigo, alem dos dois actuaes
das no artigo 17.° e seus numeros do Codigo Administra- zeladores clo mesmo concelho.
tivo de 1HS6, não estão em vigor nas provincias ultrama- O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
rinas, e não podem, por isso, ser invocadas, contra a dis- cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
solução de que se trata: entendido e faça executar. Paço, em 7 de maio de 1 9 0 2 . =
Hei por bem,'conformando-me com a mesma consulta, REI . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
negar provimento no recurso.
D . do G. u . c 10U, de 11 de maio.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
rinha e Uitramar assim o tenha entendido e faça execu-
tar. Paço, em 7 de maio de 1902. = REI. = Antonio Tei-
xeira de Sousa.
D . do G. 105, do 13 de maio.

Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal


Administrativo acêrca do recurso n.° 11:664, em que é
recorrente a Camara Municipal do concelho de Ponta Del-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO gada e recorrido Alexandre de Sousa Alvim, e cle que foi
relator o conselheiro, vogal effectivo, Antonio Telles Pe-
Direeção Geral de Administração Politica e Civil reira de Vasconcellos Pimentel:
Mostra-se que o recorrido Alexandre de Sousa Alvim
2.a Repartição reclamou contra uma deliberação da camara^ que indefe-
riu um requerimento em que o mesmo recorrido pediu o
Hei por bem auctorizar, nos termos dos artigos 55.°, pagamento do seu ordenado de bibliotheca™, em moeda
n.° 1.°, e 57.° do Codigo Administrativo, a Camara Muni- forte;
cipal do concelho cle Castello de Paiva a contrahir um em- Mostra-se que o auditor attendeu a reclamação do re-
prestimo de 1:700(8000 réis, amortizavel no prazo maximo corrido ;
de trinta annos, com as clausulas de que a somma dos res- Mostra-se que o presidente da camara, sem auctorização
pectivos encargos não excederá em cada anno a 118^>600 da mesma camara, interpós o presente recurso, da sen-
réis, e de que o seu producto será applicado exclusiva- tença do auditor administrativo:
mente ás despezas da construcção dos paços municipaes O cpie tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico;
do mesmo concelho. Considerando que nos autos não cxiste documento pelo
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministros e Se- qual o recorrente fosse auetorizado a recorrer cla sentença
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha do auditor;
entendido e faça executar. Paço, em 7 de maio de 1 9 0 2 . = Considerando que é expressa a disposiçâo do Codigo
REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Administrativo, artigo 62.°, n.° 4.°. e artigo 51.°, n.° 11.°:
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
D . do G. n.° 100, de 14 de maio.
rejeitar o recurso por falta de competencia do recorrente
para o interpor.
O Conselheiro cle Estado, Presidente do Conselho de
Ministros, Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios
Visto o disposto nos artigos 55.°, n.° 2.°, e 57.° do Co-
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
digo Administrativo: hei por bem auctorizar a Camara
em 7 cle maio de 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho
Municipal clo concelho de Montalegre a criar um logar de
Hintze Ribeiro.
cantoneiro, com a dotação annual de 24^000 réis, para o D . do Cí. u.° 101), de 11 de maio.
serviço do primeiro lanço da estrada municipal n.° 5,
d'aquella villa ao Cruzeiro do Rolo.
O Presidente do Conseiho cle Ministros, Ministro e Se-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 7 de maio de 1 9 0 2 . =
REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente, por certi-
dão, o auto do corpo cle delieto levantado na comarca de
I). do G. u.° 10G, de 11 de maio.
S. Pedro do Sul, contra o administrador clo respectivo
concelho, Belchior cle Figueiredo, arguido por José Coe-
lho Pinto, de contra elle ter abusado da sua auctoridade,
em 8 de março ultimo;
Hei por bem fixar, nos termos do artigo 127.°, § 1.°, do Vistas as informações do governador civil do districto
Codigo Administrativo, em quarenta o numero clos guar- de Viseu, por onde se mostra, que o mesmo administra-
186
1902 Maio 10

dor procedera sem excesso clas suas attribuições e sem Bases a que se refere a lei datada de hoje
violeneia ill<jgitima, contendo a resistencia oppi stn pelo
queixoso aos seus mandados legaes, e pela qual o mesmo l.a
Pinto foi ulteriormentj pronunciado no competente Juizo
E prohibida na provincia de Moçambique, ao sul do rio
de Direito :
Save, a importação de bebidas alcoolicas destilladas, qual-
Ha p>r bem denegar, nos termos do artigo 431.° do quer que seja a sua procedencia, com excepção dos casos
Codigo Admiiiistrativo, a precisa auctorização para o se- previstos na base 5. a
guimento do respectivo processo.
2. a
Paço, em 7 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro. No districto militar de Gaza, no districto de Inhambane
I). do G. n.° 106, de 14 de maio. e até ao rio Save, são prohibidas, alem da importação, a
producção e venda de bebidas alcoolicas destilladas, com-
prehendendo-se tambem nesta prohibição as bebidas ea-
freaes, fermentadas ou destilladas.
Direeção Geral d e Saude e Beneficencia Publica
3. a
a Ao sul do rio Save é prohibido estabelecer fabricas de
2. Repartição
bebidas alcoolicas destilladas e installar quaesquer appa-
Attendendo ao que me representou a provedoria da relhos productores das mesmas bebidas ou de bebidas ea-
Santa Casa da Misericordia de Lisboa, mostrando a ne- freaes, fermentadas ou destilladas.
cessidade de ampliar o quadro da thesouraria da mesma
Santa Casa com mais um logar de fiel, e conformando-me 4. a
com a consulta do Conselho Superior de Beneficencia: Na Alfandega de Lourenço Marques é permittido o des-
hei por bem decretar a criação detinitiva do .sobredito lo- pacho, em transito pelo caminho de ferro, de quaesquer
gar com o ordenado e proventos iguaes aos que perce- bebidas alcoolicas destilladas com destino ao Transvaal.
bein os actuaes empregados da mesma eategoria, e pro-
ver nelle Arthur José Lobo da Silva. 5.a
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
O governador geral da provincia de Moçambique ou o
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
funccionario que elle designar póde auctorizar, por meio
entendido e faça executar. Paço, em 7 de maio de 1 8 9 1 . =
de licença, que os não indigenas importem ao sul do Save
REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
aguardentes preparadas, cognacs, genebras e licores, mas
D . do G. ii.° 106, de 14 dc maio- sob condição de não serem entregues, sob qualquer titulo,
ao consumo dos indigenas.

6. a
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR Ao sul do rio Save é prohibido vender, sob qualquer
titulo, aos indigenas, bebidas alcoolicas destilladas, cornpre-
Direeção Geral do UItramar hendendo-se tambem nesta prohibição as bebidas eafreaes,
fermentadas ou destilladas.
2.u Repartição
7. a
2." Secçao Na provincia de S. Thomé e Principe é prohibido:
1.° Fazer plantações de caima saccharina, assim como
DOM CARLOS, por graça de Deus, Rei de Portugal e installar novas fabricas ou apparelhos productores clc al-
dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub- cool ou aguardentes;
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a 2.° Vender alcool ou aguardente de producção local por
lei seguinte: preço superior á media nos ultimos 3 annos;
Artigo 1.° O regime administrativo, aduaneiro e fiscal 3.° A importação de bebidas alcoolicas destilladas.
das bebidas alcoolicas destilladas, vinhos, cervejas, cidras § unico. O governador da provincia póde auctorizar,
e outras bebidas fermentadas, nas provincias portuguesas por meio cle licença, os não indigenas a importar aguar-
de Africa, é moditicado segundo as bases que se seguem dentes preparadas, cognacs, genebras e licores, mas sob
e que ficam fazendo parte integrante d'esta lei. condição de não serem entregues, sob qualquer titulo, ao
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario. consumo dos indigenas ou trabalhadores de origem afri-
Mandamos portp.nto a todas as auctoridades, a quem o cana.
conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a 8. a
cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como
nella se contém. As pautas de 16 de abril e 29 de dezembro de 1892,
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da o decreto de 25 de abril de 1895, os decretos dc 7 c 19
Marinha e UItramar a faça imprimir, publicar e eorrer. de julho cle 1900, de 2 de setembro e de 23 de dezem-
Dada no Paço das Neeessidades, em 7 de maio de 1 9 0 2 . = bro de 1901 e outras disposições legaes, com relação a
E L - R E I , com rubrica e guarda. = Antonio Teixeira d.e impostos de importação e producção dos generos neste ar-
Sousa. tigo mencionados, ficam assim alterados.
Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
nado o decreto das Côrtes Geraes de 25 de abril de 1902, Provincia de Moçambique (ao sul do rio Save)
que modifica o regime administrativo, aduaneiro e fiscal
, das bebidas alcoolicas destilladas, vinhos, cervejas, cidras Vinhos de producção nacional:
e outras bebidas fermentadas, nas provincias portuguesas a) De graduação até 15° — 8 réis por litro;
dc Africa, o manda cumprir e guardar tão inteiramente b) Pe graduação dc 15° a 1 7 ° — 1 0 réis por litro;
como nelle se contém. c) De graduação superior a 17° — 200 réis por litro.
Para Vossa Majestade ver. = José Duarte da Silva Vinhos especiaes, genero-os e licorosos, dos typos Porto,
Mello a fez. Madeira, Moscatel, de producção nacional e engarrafados,
Maio 7 154 1962

de graduação até 23° — 1 0 réis por litro ou garrafa até á j Cerveja, cidra e outras bebidas fermentadas não espe-
capaeidade de 1 litro. , cificadas na pauta:
Vinhos estrangeiros, iniportados directamente de paises a) Estrangeiras ou reexportadas da metropole — 200
estrangeiros ou reexportados da metropole, de qualquer réis por litro;
typo ou graduação: b) N a c i o n a e s — 1 0 0 réis por litro.
a) Em cascos — 300 réis por litro ;
b) Engarrafados — 500 réis por litro ou garrafa até á Provincias de Moçambique (ao norte do rio Save), Angola,
capaeidade de 1 litro. G-uiné e Cabo Verde
Vinhos espumosos:
a) Estrangeiros — 600 réis por litro. Vinhos nacionaes:
b) Nacionaes: а) De graduação até 15° — 1 real por litro;
Typo de pasto, branco'ou tinto — 10 réis por litro. б) D e graduação de 15° a 1 7 ° — 4 réis por litro;
Outros typos — 50 réis por litro. c) D e graduação superior a 17° — 200 réis por litro.
Aguardentes preparadas, genebras, licores e outras be- Os vinhos especiaes, generosos ou licorosos, dos typos
bidas similares: Porto, Madeira, Moscatel, de producção nacional e engar-
a) Estrangeiros — 700 réis por litro ou garrafa até esta rafados, pagarão, até 23°, 4 réis por litro.
capaeidade ; Os vinhos estrangeiros, os vinhds espumosos, as cerve-
b) Nacionaes ou de preparação local — 450 réis por li- jas, cidras c outras bebidas fermentadas não especificadas
tro ou garrafa d'esta capaeidade. nas pautas pagarão o que fica estabelecido para a provin-
Cerveja, cidra e outras bebidas fermentadas não espe- cia de S. Thomé e Principe e para a provincia de Mo-
cificadas na pauta: çambique ao sul do rio Save.
a) Estrangeiras ou reexportadas da metropole •— 200
réis por litro; 9. a
b) Nacional — 1 0 0 réis por litro. Os vinhos que passarem da ínargem esquerda para a
Alcool e aguardentes de producção no districto de Lou- margem direita do rio Save serão considerados como des-
renço Marques: caminhados aos direitos, para os effeitos do pagamento de
a) Até 50° ccntesimaes — 300 réis por litro; multa correspondente a vinte vezes os mesmos direitos,
b) D e graduação supezúor a 50° centesimaes — 10 réis alem da perda dos vinhos, vasilhas e vehiculos que os con-
por litro e grau; duzirem, se estes tambem forem apprehendidos.
c) Alcool desnaturado.de producção no districto de Lou-
renço Marques — 1 0 réis por litro. 10. a
Quando exportado vigorará o disposto no decreto n.° 3
de 2 de setembro de 1901. São isentos de qualquer imposto addicional ou munici-
pal, nas provincias portuguesas de Africa, os vinhos de
producção nacional.
S. Thomé e Principe
11. a
Vinhos nacionaes (regime nos tres primeiros annos que A Companhia de Moçambique adoptará o regime d'esta
se seguireni á publicação d'esta lei): lei nos territorios da sua concessão ao sul do rio Save.
a) De graduação até 15° — 1 real por litro;
b) De graduação cle 15° a 17° — 4 réis por litro; 12. a
c) D e graduação superior a 17° — 200 réis por litro. A importação clandestina de bebidas alcoolicas destilla-
Vinhos nacionaes (regime no quarto e quinto annos que das, de vinhos, cervejas, cidras ou outras bebidas fermen-
se seguirem á publicação d'esta lei): tadas na provincia de S. Thomé e Principe e na provincia
a) De graduação até 15° — 4 réis por litro; cle Moçambique ao sul do rio Save, quer passando este
b) D e graduação de 15° a 17° — 8 réis por litro. rio, a fronteira terrestre, quer pelos portos maritimos, e
c) De graduação superior a 17° — 200 réis por litro. qualquer que seja a sua procedencia, épunidacom a multa
Vinhos nacionaes (regime passados cinco annos que se de lOjíOOO réis por litro, prisão correccional de tres me-
seguirem á publicação d'esta lei): ses a um anno, alem da perda das bebidas, vasilhas e ve-
a) D c graduação até 15° — 8 réis por litro; hiculos que os conduzirem, se forem apprehendidos.
b) De graduação de 15° a 17°'—10 réis por litro;
c) De graduação superior a 17°—-200 réis por litro. 13. a
Em qualquer epoca, os vinhos especiaes generosos e li-
corosos, dos typos Porto, Madeira, Moscatel, de produc- A contravenção do disposto nas bases 2. a e 3. a e bem
a 3
ção nacional e engarrafados pagarão, até 23°, o imposto assim a do disposto na base 5. e § unico da base 7. é
de importação que vigorar para os vinhos de graduação punida com a multa de 100j$000 réis a 500^000 réis e
até 17°. prisão de um mês a seis meses; e
Vinhos estrangeiros, importados directamente cle paises a) As bebidas alcoolicas destilladas e os apparelhos de
estrangeiros ou reexportados da metropole, de qualquer destillação serão apprehendidos, sendo inutilizadas aquellas
typo ou graduação: e perdidos estes a favor da Fazenda Nacional;
«) Em cascos — 300 réis por litro; b) A licença de que tratam a base 5. a e o § unico da
b) Engarrafados — 500 réis por litro. base 7. a será retirada, não podendo ser concedida ne-
Vinhos espumosos: nhuma outra ao individuo, sociedade ou firma delinquente.
a) Estrangeiros — 600 réis por litro;
b) Nacionaes: 14. a
Typo pasto, tinto ou branco — 1 0 réis por litro; A contravenção do n." 1.° da base 7. a é punida coni
Outros typos — 50 réis por litro. multa de 100^000 réis a liOOO^OOO réis, as plantaçoes da
Aguardentes preparadas, genebras e licores, e outras canna serão destruidas e os apparelhos de destillação per-
bebidas similares: didos a favor da Fazenda Nacional.
a) Estrangeiros — 700 réis por litro ou garrafa até esta
capaeidade; 15.'"
b) Nacionaes ou de preparação local — 450 réis por litro A contravenção do disposto no n.° 2." da base 7. J é
mi garrafa d'esta capaeidade. i punida com multa de 50^000 réis a 500^000 réis, alem
1902 155 Maio 10

da perda do alcool ou aguardente que o veudedor tive.r 20. a


eiu deposito. De todo o vinho exportado pelas alfandegas do continente
16. a do reino e ilhas adjacentes serão colhidas amostras ao acaso
A contravenção da base 6. a é punida: para, pela analyse, se verificar se contém alguma das subs-
a) Pela primeira vez com multa de 50$000 réis a tancias a que esta base se refere.
500,1000 réis, com prisão, não remivel, de 1 mês a 6 me- As amostras serão acondicionadas em garrafas bem ro-
ses ; lhadas, lacradas e selladas por maneira que o liquido que
b) Pela segunda vez com multa de 100$000 réis a conteem não possa ser substituido sem d'isso haver conhe-
1:000^000 réis e prisão, não remivel, de 3 meses a 1 cimento ao conferi-las, designadas por numeros escritos na
anno; etiqueta, e serão remettidas ao laboratorio da respectiva
c) Pela terceira ou outra vez com multa de 500$000 alfandega, quando o haja, ou a estabeleeimento official de
réis a 2:000$000 réis e prisão, não remivel, de 6 meses analyses que fôr designado. No mesmo acto será remettida
a 2 annos. á Direccão Geral do UItramar uma guia correspondente a
17. a cada uma das amostras, contendo :
Nos armazens ou locaes destinados á venda de vinhos 1.° Numeração das amostras ;
nas colonias portuguesas de Africa, por grosso ou a re- 2.° Nome ou firma do expedidor;
talho, assim como nos armazens ou locaes contiguos áquel- 3.° Local do estabeleeimento exportador;
les, quando pertencentes ao mesmo individuo, sociedade 4.° Qualidade e côr do vinho;
ou firma de que este faça parte ou em que elle tenha in- 5.° Data em que foi colhida a amostra;
teresse, é prohibido ter em deposito ou a outro titulo, 6.° Nome do empregado que colheu a amostra;
qualquer que seja a quantidade, alguma das substancias 7.° Quantidade de vinho a que se refere;
mencionadas na base 20. a , e, quando sejam encontradas: 8.° Porto e alfandega do destino.
a) O infractor pagará, em policia correecional, multa No laboratorio que receber as amostras proceder-se-ha
comprehendida entre 20/5000 réis e 200^000 réis; á analyse do vinho para verificar se contém alguma das
b) As substancias encontradas a que esta base se refere substancias em seguida mencionadas, em dose superior á
serão apprehendidas e inutilizadas; fixada nas instrucções para a analyse dos vinhos approvada
c) Os vinhos que existam naquelles armazens ou locaes por portaria de 31 de agosto de 1901.
serão suspeitos de impuros, as vasilhas serão lacradas e 1. a Gesso;
selladas, e de tudo será lcvantado auto em duplicado, fi- 2. a Chloreto de sodio;
cando um dos exemplares em poder do interessado ; 3. a Gommas;
d) D e cada typo ou qualidade de vinho serão colhidas 4. a Glycerina;
tres amostras, uma das quaes será analysada em labora- 5. a Acidos sulfurico, azotico, chlorydrico, salicylico, bo-
torio official existente na provincia ou, quando o não haja, rico e benzoico;
para ser remettida á Direeção Geral do UItramar, a fim 6. a Sáes ou oxydos de baryo, de magnesio, de stroncio,
de mandar proceder á analyse em laboratorio official; as de aluminio, dc chumbo e de ferro;
duas restantes ficarão em poder da auctoridade adminis- 7. a Materias corantes derivadas da hulha e outros pi'0-
trativa e serão entregues ao interessado quando queira cluctos chimicos corantes, cochonilha, madeiras tinturiaes,
usar do direito consignado na alinea / ) ; urzella e phytolacea;
e) Se, em resultado da analyse, se verificar que o vinho 8. a Qualquer substancia toxica.
contém alguma das substancias mencionadas na base 20. a ,
e em dose superior á estabelecida na mesma base, o vinho 21. a
será inutilizado e o infractor punido com a pena de prisão, O resultado da analyse, a que se procederá dentro de
não remivel, de um a seis meses, e multa de 100^000 réis um j)razo não superior a dez dias, será immediatamente
a 5003000 réis; communicado á Direeção Geral do UItramar com a desi-
f ) Se o interessado se não conformar com os resultados gnação cla numeração da amostra.
da analyse, ser-lhe-ha applicavel o que é determinado nas
bases 22. a , 23. a e 24. a 22. a
18. a Quando pela analyse se verificar que o vinho contém
Se o vinho a que a base antecedente se refere fôr posto alguma das substancias mencionadas na base 20. a e em
á venda antes de ter para isso auctorização escrita pas- dose superior á na mesma base fixada será o facto commu-
sada pela auctoridade administrativa que mandou proceder nicado pelo telegrapho á alfandega destinataria, e o indivi-
á diligencia, o infractor será punido com a pena commi- duo ou firma eonsignataria será intimado a ver inutili-
nada na alinea e) da base anterior. zar o vinho e as respectivas vasilhas, podendo declarar
que reclama contra o resultado da analyse, devendo para
19. a isso:
A auctoridade administrativa, sempre que suspeite de 1.° Fazer o deposito correspondente a 50 réis por litro
que é impuro o vinho armazenado ou posto á venda, de- de vinho, quc será perdido a favor do Estado, se o recla-
verá mandar colher amostras para analyse na provincia ou mante dentro do prazo de seis meses não provar com o
em Lisboa, a fim de verificar se elle contém alguma das subs- resultado de analyses feitas em dois estabelecimentos offi-
tancias mencionadas na base 20. a em dose superior á fixada ciaes, que o vinho não contém alguma das substancias de-
na mesma base, e neste caso serão colhidas tres amostras signadas na base 2 0 . a ;
de cada typo e qualidade de vinho, com as mesmas formali- 2.° As amostras serão colhidas na alfandega em garra-
dades e signaes que garantam a verificação da authenti- fas lacradas, selladas e rubricadas pelo interessado ou seu
cidade, uma das quaes será destinada á analyse da officio, representante, e remettidas á Direeção Geral do UItra-
ficando as duas restantes em poder da auctoridade admi- mar, que as enviará aos laboratorios designados pelo re-
nistrativa que ordenou a diligencia e que servirão para no- clamante.
vas analyses feitas nas condições da base 22. a , quando o 23. a
interessado se não conforme com o resultado da primeira. Se as novas analyses forem conformes em que o vinho
Provado que o vinho está nas condições da primeira parte não contém as substancias que o fizeram considerar im-
d'esta base, será o infractor punido com pena estabelecida puro, será submettido a despacho, e será restituido o de-
na alinea e) da base 17. a posito; se o contrario acontecer, o vinho e as vasilhas se-
Maio 9 "V 156 1902

rão inutilizados, o deposito perdido a favor do Estado, e I 32. a


o nome do expedidor .-erá publieado no Diario do G<>vcrno O Governo e os governadores das provincias portugue-
e no Buletim Official da Provincia, corn a nota das iinpu- sas de Africa farão os regulamentos que se julgarem ne-
rezas encontradas. cessarios para a completa execução d'esta lei.
24.;1 Paco,
9 7 7 cle maio de 1902. Antonio Teixeira de Sousa.
D . do G. u . 0 106, de 14 dc maio.
O prazo de seis meses a que se refere o n. u 1.° da
base 22. a poderá ser prorogado por motivu de força maior,
devidamente comprovado perante a Direeção Geral do UI-
tramar.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
25. a
São considerados estabelecimentos officiaes de analyse, Direeção Geral de Administração Politica e Civil
para os effeitos d'esta lei, os laboratorios da Escola Poly-
technica, Instituto cle Agronomia, Instituto Industrial de 2.a Repartição
Lisboa, Laboratorio cle Analyses Chimico-Fiscaes, Labo-
ratorio cla Estação Agronomica de Lisboa, Academia Po- Sendo me presente a deliberação da Camara Municipal
lytechnica do Porto, Instituto Industrial do Porto, Labo- do concelho de Gouveia, de 6 de novembro de 1901, acêrca
ratorio Municipal do Porto, Inspecção Geral do Serviço do contrato com José Mendes Oliva Pires e José Borges
Technico Aduaneiro, alem dos laboratorios de analyses Rodrigues sobre o fornecimento da luz electrica para il-
que venliain a ser estabelecidos junto das alfandegas. luminação d'aquella villa: hei por bem apprová la, nos
§ unico. Os laboratorios officiaes são obrigados a pro- termos*do artigo 55.°, n.° 4.°, do Codigo Administrativo,
ceder ás analyses e a enviar os respectivos relatorios du- excepto quanto á clausula 35.° do mesmo contrato, para
rante os prazos estabelecidos na presente lei, quer se trate que se cumpra o disposto no artigo 325.°, n.° 9.°, do citado
das primeiras analyses, quer das de recurso. Codigo.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
26. a cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 7 de maio de 1 9 0 2 . =
Todos os serviços de analyses são gratuitos para o ex-
REI.— Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
portador, excepto as analyses de recurso, que serão pa-
gas pelo recorrente, para o que, com a respectiva decla-
ração, depositará quantia que, segundo as tabellas dos Contrato a que se refere o decreto de 7 de maio
laboratorios designados, corresponder ao serviço das ana- de 1902
lyses.
Escriptura clo contrato para a illuminação a luz electrica
27.11 da villa de Gouveia, celebrado entre a Camara Munici-
Do disposto nas bases 20. a a 25. a da presente lei serão pal da mesma villa e José Mendes Oliva Pires e José
exceptuados os vinhos exportados com marca official, a Borges Rodrigues, na fórma abaixo.
qual attestará a força alcoolica do vinho e que não contém
nenhuma das substancias mencionadas na base 20. a em Saibam quantos esta escriptura virem que no anno do
dose superior á na mesma base mencionada. nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo cle 1901, aos
12 dias do mês de novembro, nesta villa de Gouveia, Pa-
ços do Concelho e sala das sessões da Camara Municipal
28. a respectiva, compareceram de uma parte, e como primeiro
Os chefes das casas commerciaes, de fazendas agricolas, outorgante, o Ex. m o Sr. Padre José Maria cla Costa e
fabricas, de lavras mineiras, ou outras pessoas que tenham Silva, na qualidade de vice-presidente, servindo dc presi-
empregados ou trabalhadores sob as suas ordens, ou, dente, no impedimento do proprio, representante da Ca-
quando os chefes não residam na respectiva colonia, os mara Municipal d'este concelho e por ella devidamente
seus represcntantes, proeuradores, administradores ou fei- auetorizado, por deliberação tomada em sessão ordinaria
tores são responsaveis pela contravenção do disposto nesta do dia 6 do corrente, a outorgar o presente contrato, e da
lei, quando praticada pelos seus subordinados, salvo quando outra parte compareceram José Mendes Oliva Pires, ca-
provarem que não podiam ter conhecimento de tal contra- sado, proprietario, residente na Quinta da Ponte Pedri-
venção. nha, limite de Lagarinhos, d'este concelho, e José Borges
29. a Rodrigues, solteiro, maior, industrial, residente nesta villa,
pessoas cle mim conhecidas pelas proprias e das testemu-
Quando o infractor não pagar a multa que lhe foi im- nhas adeante nomeadas e no fim d'esta assignadas, cuja
posta soffrerá prisão correspondente a 2&00Q réis por dia, iclentidade tambem reconheço, de tudo o que dou fé.
a qual, junta á pena de prisão a que fôr condemnado, não
poderá exceder a dois annos. E logo pelo primeiro outorgante foi dito que a Camara
Municipal, que representa, em sessão ordinaria do dia 6
do corrente adjudicara em hasta publica, cujo concurso,
30. a aberto por espaço de trinta dias e devidamente annunciado
Nas provincias portuguesas de Africa cessa, com relação no Diario do Governo e em outros jornaes do país, bem
a vinhos e bebidas alcoolicas destilladas, cervejas, cidras e como em logares publicos e clo estylo nesta villa, ter-
outras bebidas fermentadas, qualquer beneficio differencial minou no dia 26 de outubro proximo passado a arrema-
concedido pelas pautas em vigor ás mereadorias produ- tação do fornecimento da luz electrica para illuminação
zidas, nacionalizadas ou reexportadas da metropole ou das publica e partieular d'esta villa aos segundos outorgantes,
outras provincias ultramarinas ou da provincia de Moçam- como tudo consta clos respectivos termo de arrendamento
bique ao norte do rio Save. e acta da respectiva sessão, que por copia e extracto serão
transcriptos nos traslados que da presente escriptura se
extrahirem, sob as condições seguintes:
31.11
O disposto nesta lei é sem prejuizo de tratados e con- Artigo 1.° A licitação é feita por carta fechada.
venções internacionaes e das cartas de concessão de com- Art. 2.° Para ser admittido a licitar ó necessario que
panhias privilegiadas. com a proposta seja entregue um recibo pelo qual se prove
1902 157 Maio 10

o previo deposito provisorio de 2 0 0 $ 0 0 0 réis feito na the- concertar os fios conductores, repondo o concessionario as
souraria municipal. cousas no seu antigo estado com a brevidade possivel.
Art. 3.° O adjudicatario é obrigado, feita que seja a Art. 20.° A camara requererá por utilidade publica to-
adjudicaçào e antes da assignatura do contrato, a reforçar das as expropriações que para a inttallaçMO o concessiona-
o dito deposito com mais a quantia de 3:800,->000 réis, rio necessite fazer, sendo as expropriações á custa do con-
devendo o deposito total, 4:000(5000 réis, ser feito na cessionario.
Caixa Geral de Depositos em dinheiro ou titulos de divida Art. 21.° O concessionario adquirirá á sua custa todos
publica, ou por meio de escriptura publica quando haja os apparelhos indispensaveis para a producção da luz ele-
hypotheca de bens de raiz que será devidamente regis- ctrica, substituirá as lampadas gastas ou cujo poder illumi-
tada. Esta garantia terminará no dia da inauguração da nante se torne inferior ao estipulado e concorrerá com to-
luz electrica, sendo-lhe entào restituidos os valores depo- das as despesas de monragem e conservaçao.
sitados ou dada quitação dos bens hypothecados. Art. 22.° A montagem e conserva ção das lampadas ou
Art. 4.° ISIa hypothese de haver dúas ou mais propostas outras despesas accessorias nos edificios particulares e in-
de preços iguaes terá logar licitação verbal. dustriaes, serão feitas pelo concessionario á custa dos do-
Art. 5.° Será concedido ao concessionario o forneci- nos ou ÍDquilinos dos predios respectivos.
mento exclusivo de luz electrica para a illuminação pu- Art. 23.° Quando por qualquer motivo a illuminação fôr
blica, particular e estabelecimentos industriaes na villa de parcial ou totalmente interrompida, o concessionario obri-
Gouveia, durante o periodo de trinta annos. ga-se immediatamente a substitui-la por petroleo, emquan-
§ unico. Este exclusivo não cohibirá os donos das fa- to durar a intcrrupção.
bricas de as illuminarem por qualquer systema exclusivo Art. 24.° Se esta interrupçao fôr superior a cinco dias,
e electrico, desde que este seja por installação na propria o concessionario pagará 4í5000 réis por dia do multa á ca-
fabrica e só para seu uso exclusivo. mara e ser-lhe-ha descontada a importancia correspon-
Art. 7.° A camara garantirá ao concessionario o con dente no primeiro pagamento que a camara houver de
sumo minimo de cem lampadas de incandescencia para a fazer ao concessionario.
illuminação publica, tendo as mesmas lampadas o poder § unico. Exceptuam-se os casos de força maior, devida-
illuminante de 16 velas. mente comprovados.
Art. 8.° A camara pagará por cada lampada durante Art. 25.° A camara cede por meio de inventario o de-
toda a noite a quantia de 6$000 réis annualmente. posito dos candieiros actuaes e mais material existente, em-
Art. 9.® A camara obriga-se a pagar ao concessionario quanto durar o contrato, ao concessionario.
trimestralmente, durante os primeiros quarenta e cinco Art. 26.° Doze meses depois de approvado o contrato,
dias do mês immediato áquelle em que findar o tri- o concesionario terá terminado as obras necessarias para
mestre. a producção da luz electrica, sob pena de 100^000 réis de
§ unico. O atraso nos pagamentos obriga a camara ao multa por cada mês cle demora.
juro de 6 por cento ao anno em favor do concessionario e § 1.° São exceptuados os casos cle força maior devida-
pela quantia vencida, não podendo em caso algum este mente comprovados.
atraso ser superior a seis meses. § 2.° Poderá comtudo o concessionario fornecer a luz
Art. 10.° As lampadas serão accesas quinze minutos em prazo mais curto, começando a vigorar o contrato no
depois do sol posto e apagadas uma hora antes de nascer dia da inauguração definitiva.
o sol, conservando as lampadas toda a sua intensidade até Art. 27.° O concessionario não poderá negar-se ao for-
á meia noite. necimento e installação de qualquer numero de lampadas
Art. 11.° A camara poderá dispor de 5 lampadas de para illuminação, que lhe forem requisitadas na fórma
força triplieada, sendo contadas para todos os effeitos d'este contrato.
como lampadas de força de 16 velas. Art. 28.° As installações das lampadas para illuminação
Art. 12.° O local em que as lampadas devem ser collo- serão feitas pela ordem do pedido.
cadas será opportunamente designado pela camara. Art. 29.° (J concessionario fica sujeito a todos os regu-
Art. 13.° Quando o numero das lampadas fôr superior lamentos e posturas municipaes em vigor, por todo o tempo
a 300, o concessionario fará uma reducção de 8 por cento que durar a concessão.
na totalidade do preço. Art. 30.° A camara pagará de parte, qualquer installa-
Art. 14.° O preço da luz electrica para os edificios pu- ção especial de que por ventura careea, cuja requisição
blicos e particulares, bem como a que fôr destinada aos será feita por officio assignado pelo presidente cla camara
estabelecimentos industriaes, será de 18 réis por cada he- com antecedencia de cinco dias.
cto-watt-hora, ou fixado por meio de avença com o limite Art. 31.° A camara nomeará pessoa idonea para fazer
maximo de 300 réis mensaes por cada lampada de 5 velas, a fiscalização das obras e da boa qualidade do material
de 500 réis do 10 velas, e 750 réis de 16 velas. nellas empregado.
Art. 15.° Quando não houver avença entre o concessio- Art. 32.° Feita a concessão, e logo que sejam notifica-
nario e o consumidor, será o consumo marcado por conta- das estas condições, de harmonia com ambas as partes
dores, recebendo neste caso o concessionario dos consumi- contratantes, será a presente reduzida a escriptura pu-
dores um aluguer mensal dos contadores que será fixado blica.
por acordo entre a camara e o concessionario. Art. 33.° Se o concessionario não cumprir o contrato,
Art. 16.° Ao concessionario será facultada a fiscaliza- perderá, alem do deposito, todo o material, que revcrterá
ção dos contadores. em favor da camara.
Art. 34.° O concessionario, seja qual fôr a sua naeiona-
Art. 17.° Todas as demais condições entre o concessio-
lidade, será considerado sempre como portuíiuês, sujeito
nario e os consumidores serão reguladas pela respectiva
ás leis portuguesas e com o seu domicilio nesta villa, po-
apolice de contrato, segundo o modelo que fôr approvado
dendo ser demandado na pessoa do seu representante.
pela camara.
Art. 35." Se porventura se suseitarem algumas duvidas
Art. 18.° A camara cederá gratuitamente, por todo o sobre a interpretação de algum d'estes artigos ou casos
tempo que durar este contrato, quaesquer terrenos seus omissos, quando não possam ser resolvidas dc commum
para a installação de machinas, motores e o mais que se acordo entre a camara e o concessionario, sê-lo-hão sem-
tornar necessario. pre por 5 arbitros, sendo 2 nomeados por cada uma
Art. 19.° A camara deixará executar, na via publica, das partes e o quinto nomeado de commum acordo, e não
todos os trabalhos necessarios para collocar, substitnir e acordando as partes contratantes, será a nomeação feita
Maio 9 "V 158 1902

pelo juiz de direito d'esta comarca. Em seguida pelo pri- Oliva Pires e José Borges Rodrigues, aquelle casado e este
meiro outorgante foi proposto, o que foi acceite pelos solteiro, e respectivamente proprietario, residente na Quinta
segundos, que o perimetro de illuminação da villa fosse da Ponte Pedrinha, e industrial, residente em Gouveia,
um polygono - irregular, tendo por vertices os seguintes que propõem a esta camara o fornecimento cle luz electrica
pontos : Calvario, S. Lazaro, Fundo da Biqueira, Hospital, para illuminação publica e particular, com privilegio do
comprehendendo o bairro de S. Mamede; Ramolas na Pe- exclusivo, conforme as condições do concurso aberto por
dernaia, ligação da Rua do Outeiro.com a estrada da Ser- annuncio no Diario do Governo, de 26 de setembro clo cor-
ra, fabrica do Conde de Caria e cabeço do Toural. E logo rente anno, acceitando os proponentes todas as condições
pelos segundos outorgantes me foi apresentado um certi- agora publicadas para este concurso.
íicado de registo, na conservatoria d'esta comarca, de hy- Tendo-se veríficado que esta proposta satisfaz plena-
potheca constituida pelo outorgante José Mendes Oliva mente ás condições estabelecidas pela camara, e que os
Pires e sua esposa D . Maria do Patrocinio Caldeira Soa- proponentes fizeram o deposito de 200$000 réis, nos ter-
res de Albergaria Mendes Oliva, sobre bens de raiz, si- mos do programma e condições do concurso, e que accei-
tuados no limite d'esta villa, e no valor de 4:000íi000 réis tam todas as ditas condições e encargos, resolveu a ca-
em favor d'esta camara municipal, nos termos do artigo 3.° mara, por unanimidacle, adjudicar este fornecimento aos
das condições transcriptas, para caução e garantia do pre- sobreclitos José Mendes Oliva Pires e José Borges Rodri-
sente contrato, o qual certificado fica archivado nesta se- gues pela quantia de 6.-5000 réis annuaes por cada lampada
cretaria para ser transcripto nos traslados que d'esta es- de illuminação publica, contando-se como tal cada uma das
criptura se extrahirem. 5 lampadas com força triplicada a que se refere o artigo
E tendo ambos os outorgantes concordado e acceitado 11.° das condições.
as condições e clausulas aqui mencionadas, se deu por ef- E estando elles presentes, acceitaram a adjudicação com
fectuado o presente contrato, que para sua inteira validade as condições constantes do respectivo caderno, as quaes
e execução tem de ser submettido á sancção do Governo foram rectificadas nos termos clo seu artigo 32.", foram
de Sua Majestade, nos termos do disposto no n.° 4.° do approvadas e modificadas nas sessões de 1 de máio, 10 cle
artigo 5õ.° do Codigo Administrativo. julho e 4 de setembro ultimo, e fazem parte integrante
Assim o disseram, outorgaram e acceitaram na minha d'este termo como se nelle se achassem transcriptas de
presença e na clas testemunhas Manoel Justino de Araujo verbum ad. verbum, obrigando-se pelo presente a assignar
Regallo, casado, escrivão de fazenda d'este concelho, e a escriptura em que deve ser convertido este contrato a
Roque José Dias da Costa Veiga, solteiro, maior, escrivão fim de subir á necessaria approvação do Governo de Sua
de clireito neste juizo, ambos residentes nesta villa e de Majestade.
mim conhccidos, do que dou fé, os quaes todos vão assi- Para constar e surtir todos os effeitos legaes, se lavrou
gnar, depois de lhes ter sido lida por mim esta escriptura o presente termo, que vae assignado pela Camara, pelos
e por todos achada conforme. adjudicatarios e pelas testemunhas presentes, José Augusto
Adeant<3'Vvae collado e devidamente inutilizado um sêllo cle Almeida Fraga, casado, jornalista, cl'esta villa, e José
de estampílha cla taxa de 1^000 réis. — E eu, Albino da Rodrigues Frade, solteiro, maior, sui juris, commerciante,
Cruz Filippe, secretario e notario d'esta Camara Munici- d'esta villa, ambos pessoas minhas conhecidas, depois d'este
pal, a escrevi e authentico com o meu signal publico. ser lido por mim, em voz alta, e acharem conforme, do
Em tempo, a fl. 5 v. e linha 10. a , antes do artigo 7.°, que dou fé.
falta o artigo 6.°, que é do teor seguinte: «Nenhum outro E eu, Albino da Cruz Filippe, secretario da Camara,
systema de illuminação poderá ser estabeleciclo nesta villa o escrevi, li, e com todos assigno, tendo collocados e inuti-
emquanto durar este contrato». E eu, Albino da Cruz Fi- lizados um sêllo forense da taxa de 1 ? )000 réis, e indus-
lippe, secretario e notario da camara, o escrevi, li, assi- triaes na importancia de 37 réis. = Augusto Fernandes
gno e firmo com o meu signal publico. = José Maria da Correia -- José Maria da Costa e Silva — Antonio de Al-
Costa e Silva—José Mendes Oliva Pires = José Barejes meida Mota—Antonio Maria Nogueira = Joaquim Ber-
Rodrigues = Manoel Justino de Araujo Ile.gallo = Roque nardo de Sousa Oliveira = José Mendes Oliva Pires =
José Dias da Costa Veiga. •José Borges Rodrigues = José Augusto de Almeida Fra-
Em testemunho (logar clo signal publico) de verdade.-— ga — José Rodrigues Frade — Albino da Cruz Filippe.
Albino da Cruz Filippe. Tem collados e devidamente inutilizados um sêllo de
Tem collados um sêllo de estampilha da taxa de 1 ; )000 estampilha da taxa cle l,-)000 réis e tres de contribuição
réis c dois de contribuição industrial, sendo um da taxa industrial, na totalidade de 37 réis.
de 100 réis e outro de 50 réis, devidamente inutilizados
segundo a lei. Certificado do registo «le liypotiiecas
Seguem-se a copia clo termo da arrematação e extracto
cla acta, que são do teor seguinte: Ayres de Albuquerque do Amaral Cardoso, bacharel for-
Termo de arrematação para o fornecimento da luz electrica, mado em direito pela Universidade de Coimbra, con-
para illuminação publica e piarticular da villa de Gou- servador privativo clo registo de hypothecas, direitos e
veia, na fórma abaixo. mais encargos prediaes, nesta comarca cle Gouveia, por
Aos G dias do mês de novembro de 1901, nesta villa de decreto de Sua Majestade El-Rei, que Deus guarde,
Gouveia, Paços do Concelho e sala clas sessões cla Camara etc.
Municipal, aehnndo-se a mesma em sessão ordinaria a que
presidia o presidente da mesma Bacharel Augusto Fer- Certifi eo que, vendo e examinando devidamente o livro
nandes Correia, sendo presentes os vereadores Padre José modelo C, n.° 9, destinado ao registo de inscripções hypo-
M ana da Costa e Silva, Antonio de Almeida Mota, An- thecarias, nesta Conservatoria privativa c em mcu poder
tonio Maria Nogueira, Joaquim Bernardo cle Sousa Oli- existente nelle a fl. 147 v., se cncontra a inscripção, que
veira, o presidente declarou aberta a praça para o forne- é clo teor seguinte:
cimento da illuminação publica e particular da villa de Anno de 1901, mês de novembro, dia 12 — Numero de
Gouveia por meio de luz electrica, c como não tivesse sido ordem da apresentaçâo, 1.
apresentada senão uma proposta, convidou o secretario cla N.° 4:389 — Fica definitivamente inscripta em favor da
camara a ler o programma e condições para a concessão Camara Municipal d'este concelho, a hypotheca especial e
da dita luz. convencional sobre os predios n 03 14:535, 14:536 e
Seguidamente procedeu-se á abertura e leitura da unica 14:537, respectivamente descriptos a fl. 1 v., 2 e 2 v., do
proposta apresentada, verificando-se ser de José Mendes livro B, 34." d'esta Conservatoria, a qual foi constituida
1902 159 Maio 10

por José Mendes Oliva Pires e esposa D . Maria do Patro- j vidou o secretario da camara a ler o edital para arrema-
cinio Caldeira Soares de Albergaria Mendes Oliva, em ga- tação e respectivas condições do teor seguinte:
rantia de um contrato por elles celebrado com a apresen- Edital.— A Camara Municipal do concelho de Gouveia,
tante, para a illuminação d'esta villa, por meio de luz ele- abre novamente concurso por espaço de trinta dias, a con-
ctrica, como tudo consta dos termos do contrato allu- tar da publicação d'este no Diario do Governo, para a
dido. concessão clo estabeleeimento da luz electrica, destinada á
Traslado da escriptura celebrada nas notas do notario illuminação publica e particular cla villa de Gouveia.
publico d'esta comarca, Duarte, em data de 12 de no- As condições cVeste concurso são as seguintes:
vembro, que restituo. Indice pessoal, n.° 4, a fl. 45 letra 1. a Nenhum coneorrente será admittido ao concurso sem
J, e a fl. 74 letra M . = 0 Conservador, Ayres de Albu- que prove ter feito, no cofre do Municipio, o deposito pro-
querque do Amaral Cardoso. visorio de 200í5>000 réis em moeda corrente no reino;
E vendo e examinando devidamente o livro modelo B, 2. a As propostas serão apresentSdas, na secretaria da
n.° 34.°, nelle, a fl. 1 v., 2 e 2 v., se encontram as descri- camara, em carta fechada, tendo escrito por fóra: «Pro-
pções prediaes a que allude o presente certificado e cujes posta para illuminação a luz electrica da villa de Gou-
extractos são como fiel e respectivamente seguem. veia» ;
N.° 14:535. —Predio rustico. Terra de milho eprado no 3. a As propostas que forem apresentadas dentro do
sitio denominado o Valle de Cadella, limite da freguesia de prazo legal serão abertas na primeira sessão ordinaria da
S. Pedro d'esta villa, e confronta do nascente com Augusto camara, depois de terminado o prazo do concurso, e a
do Amaral, do sul com a Ribeira, do poente com o Conde adjudicação, se convier aos interesses clo Municipio, será
de Caria, e do norte com o caminho p u b l i c o . — E deno- feita ao concorrente que, dentro das competentes condi-
minada a Tapada do Mascarenhas e tem o valor venal de ções, offerecer maior vantagem no preço;
800)5000 réis. = O Conservador, Ayres de Albuquerque 4. a Havendo duas ou mais propostas de preços iguaes,
do Amaral Cardoso. terá logar a licitação verbal.
N.° 14:536—Predio rustico. Terra de semeadura, prado A s condições para o contrato da concessão estarão pa-
natural, matas, pisões e moinhos, no sitio denominado o tentes na secretaria da camara em todos os dias uteis,
Valle de Cadella, limite da freguesia de S. Pedro, d'esta desde as dez horas cla manhã até ás cluas da tarde, e po-
villa, a confrontar clo nascente com o Conde de Caria e Au- derão ali scr examinadas por todos os interessados.
gusto de Amaral, caminho publico e José Neto, do sul Gouveia, e Secretaria da Camara Municipal, 20 dc se-
com José Mendes Oliva Pires, clo poente com herdeiros tembro de 1901. — E eu, Albino cla Cruz Filippe, Se-
de D. Antonia Moura e Joaquim Guerra, do norte com cretario, o s u b s c r e v i . = 0 Presidente da Camara, Augusto
José Mencles Oliva Pires e Conde de Caria.— Tem o va- Fernandes Correia.
lor venal de 4:266,>51665 réis. = 0 Conservador, Ayres de Agora seguem-se as condições que já foram transcri-
Albuquerque do Amaral Cardoso. ptas no contrato:
N.° 14:537 — Predio rustico. Terra de prado natural e Terminada a leitura, e verificando-se haver só uma pro-
mata, no sitio denominado o Valle de Caclella, limite cla posta, acompanhada cle um recibo de deposito de 200;>000
freguesia de S. Pedro, d'esta villa, a confrontar do nas- réis, feito na thesouraria municipal, conforme a exigeneia
cente com a Ribeira, do sul com José Mencles Oliva Pires, clo edital, procedeu-se á abertura cl'ella, foi lida, e é clo
do poente com José Proença e Julio Guerra, e do norte com teor seguinte :
a ribeira.— Tem o valor venal de 1:000$000 réis e é de- «Ill."10s e Ex.I1,0S Srs. Presidente e Vereadores da Ca-
nominado a Rasa. = 0 Conservador, Ayres de Albuquerque mara Municipal de Gouveia. — José Mendes Oliva Pires,
do Amaral Cardoso. casado, residente na Quinta da Ponte Pedrinha, e José
Finalmente, em face das cotas cle referencia, mais cer- Borges Rodrigues, solteiro, industrial, residente em Gou-
tifico que, alem do presente, nenhum outro onus cle qual- veia, propõem á Ex. raa Camara Municipal de Gouveia o
quer especie pesa sobre os predios a que allude o presente fornecimento de luz electrica para illuminação publica e
certificado. particular, com privilegio do exclusivo, conforme as con-
Nada mais consta dos termos do registo, em face dos dições do concurso aberto por annuncio clo Diario do Go-
s quaes passei o presente certificado, que, depois de previa verno de 26 de setembro do corrente anno, acceitando os
e devidamente conferido com os originaes constantes dos proponentes todas as condições agora publicadas d'este
alludidos livros do registo, vou assignar. concurso. = José Mendes Oliva Pires = José Borges Ro-
Conservatoria de Gouveia, aos 12 cle novembro de drigues.
1901. = 0 Conservador, Ayres de Albuquerque do Amaral Gouveia, 24 de outubro de 1901».
Cardoso. A camara avaliando que esta proposta satisfaz plena-
mente ás condições estabelecidas para este concurso, e
Sessao ordinaria do (lia 6 de novembro de 1901 que os proponentes acceitam todos os encargos, e não
houve mais concorrentes, deliberou, por unanimidade,
Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de adjudicar aos ditos proponentes José Mendes Oliva Pires
1901, aos 6 dias do mês cle novembro do dito anno, nesta e José Borges Rodrigues, a arrematação do fornecimento
villa cle Gouveia e Paços do Concelho, por onze horas cla da illuminação publica e particular cla villa cle Gouveia
manhã, reuniu a Camara Municipal em sessão ordinaria, por meio de luz electrica, segundo as condições acima
sob a presidencia do presidente, Sr. Dr. Augusto Fernan- exaradas, do que mandou lavrar o respectivo e compe-
des Correia, e estando presentes os vereadores, Srs. Padre tente termo.
José Maria da Costa e Silva, Antonio de Almeida Mota, Deliberou tambem auctorizar o Sr. Presidente da Ca-
Antonio Maria Nogueira e Joaquim Bernardo de Sousa e mara, ou quem fizer suas vezes, a mandar converter em
Oliveira. escriptura publica este contrato, representando nesse acto
Aberta a sessão foi lida e approvada a acta da sessão e para todos os effeitos legaes a vereação, para o que lhe
anterior.. . . Em seguida, pelo Sr. Presidente, foi dito que, dão plenos poderes, bem como para acceitar a hypotheca
em vista da deliberação tomada em sessão de 4 de setem- que os concessionarios desejam constituir, para garantia
bro ultimo e editaes publicados no Diario do Governo d'este contrato, nos seguintes predios, situados no limite
n.° 216, de 26 do dito mês, e jornaes, O Herminio, cle d'esta villa: a tapada do Mascarenhas, no valor de 800;><)00
Gouveia e O Povo, da Guarda, deve, na sessão de hoje, réis; a Rasa, no valor de 1:000;5000 réis, e tres quartos
proceder-se á arrematação da illuminação publica e parti- do Valle de Cavão, em 3:200-5>000 réis, pertencentes ao
cular cVesta villa, por meio de luz electrica. E logo con- primeiro signatario da proposta, e ainda para com os con-
Maio 9 "V 160 1902

cessionarios fixar os limites clo perimetro cla villa desti- | tituida pelos officiaes da Guarda Municipal e pelos que,
nado a ser illuminaclo, e que será um polygono irregular tendo periencido á corporação e tendo nessa situação foito
cujos vertices S'.o: Calvario, tí. Lnzaro, Fuudo da Bi- parte da sociedade, queiram continuar a ser socios, de-
queira, Hospital, comprehendendo o bairro cle S. Ma- pois de abatidos ao quadro da guarda por effeito dc trans-
mede, Ramolas na Pedernaia, entroncamento do Caminho ferencia ou de reforma.
do Cuteiro com a estrada, Fabrica do Conde de Caria e Art. 2.° A sociedade reger-se-ha pelos presentes esta-
Cabeço do Toural. tutos, que só poderão ser alterados em assembleia geral,
Para rectiíicar estes valores nomeou a camara a José dcvenclo as alterações ser approvadas pelo Governo.
Ribeiro clo Amaral os concessionarios, que se acliam pre- Art. 3.° Os fins da sociedade são :
sentes, nomearam Albino de Almeida, ambos d'esta villa. 1.° Constituir um fundo illimitado para prestar auxilios
Finalmentg, resolveu que o deposito de 200$000 réis pecuniarios aos socios, mediante emprestimos, cuja con-
fosse restituido logo que seja lavrada a escriptura. cessão e pagamento serão regulados pelas disposições do
Em seguida foi encerrada a sessão, do que, para constar, capitcdo G.° ;
se lavrou a presente,acta, que vae ser devidamente assi 2.° Accumular para cada socio um capital, formado pela
gnada, depois de lida por mim, Albino C. Filippe, secre- importancia de todas as quotas e joias que houver pago,
tario, que a subscrevi. = Augusto Fernand.es Correia = e pela parte que lhe couber na divisão, segundo o § unico
José Maria da Costa e Silva=Anonio de Almeida Mota = do artigo 43.°, dos lucros adquiridos pelos fundos da so-
Antonio Maria Nogueira— Joaquim Bernardo de Sousa e ciedade, tendo comtudo em vista o n.° 5.° do artigo 4."
Oliveira.
Nada mais continham a referida escriptura, termo de CAPITULO II
arrematação, certificado e acta do que o squi fielmente Deveres dos socios
transcripto dos proprios originaes a que mo reporto, do
que dou fé. Art. 4.° O socio tem por dever:
Eu, Albino da Cruz Filippe, secretario e notario da 1.° Pagar como joia de admissão a quantia de 3,->000
camara, o subscrevi, rubriquei e assigno. réis, por uma só vez, ou em prestações mensaes nunca
Secretaria da Camara, em Gouveia, 27 de janeiro de inferiores a 500 réis ;
1902. 2.° Contribuir com uma quota mensal de 1?>000 réis;
Em testemunho (logar do signal publico) de verclade. = 3.° Pagar o seu diploma junto a um exemplar dos esta-
Albino da Cruz Filippe. tutos peio custo cla ediçâo ;
Declaro que não eolei no presente traslado sellos de 4." Capitalizar no fim de cada semestre a quantia quo
contribuição industrial, por não perceber d'elle emolu- lhe couber na divisão dos lucros adquiridos pelos fundos
mentos, nos termos do artigo 109.°, n.° 4.°, clo Codigo da sociedade;
Administrativo. = Albino C. Filippe. 5.° Sujeitar-se, em caso de necessidadc, ás perdas c
*
D . (1o C!»n.° 107. do 15 do maio. damnos que por circumstancias, de força maior, advcnham
á sociedade;
6.° Sujeitar-se a que nos vencimentos relativos a cada
mês lhe seja descontada a importancia clos encargos men-
l . a Repartição
saes para com a sociedade ;
Tendo os officiaes da Guarda Municipal de Lisboa soli- 7.° Sujeitar-se ás penas que lhe forem impostas pelos
citado a approvação da reforma dos estatutos cla sociedade presentes estatutos ;
denominacla «Caixa Economica dos Officiaes da Guarda 8.° Auxiliar a direccão com o seu conselho e serviços
Municipal cle Lisboa», approvados por decreto de 2 cle a bem clos interesses geraes da sociedade sempre que por
agosto de 1X94; e aquella lhe forem requeridos;
Considerando que na reforma deliberada segundo as 9 0 Exercer os cargos ou commissões para que fôr eleito,
condições legaes se conserva a mesma classificação de ca- sem prejuizo clo dir-posto no n.° 9.° clo artigo 5.° ;
pitulos e a mesma ordem cle materias, simplificando-se al- 10.° Comparecer ás reuniões da assembleia geral;
gumas disposições, supprimindo outras e augmentando ou- 11.° Respeitar as prescripeões dos presentes est-atuto.';.
tras que esclarecem os direitos dos socios e especificam
com clareza os seus deveres; e CAPITULO III
Considerando que cm cousa alguma se offcnde ou pre- Direitos dos socios
judica a disciplina militar ou a lei commum com a mesma
reforma; c Art. 5.° O socio tem direito:
Considerando que subsistem as razões que detei-mina- 1.° A contrahir emprestimos na conformidade do capi-
ram a approvação dos antigos estatutos: tulo 6.°
Hei por bem approvar a referida reforma, resolvida em 2.° A que, no íim de cada semestre, o seu capital seja
assembléa geral de 17 cle março ultimo. nugmontado com a parte que lhe couber na divisão, se-
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de gundo o § unico do artigo 43.°, dos lucros adquiridos pelos
Ministros, e Ministro e Secretario dc Estado dis Negocios fundos cla sociedade durante esse periodo.
do Reino, e os Ministros e Secretarios de Estado dos Ne- 3.° A receber em cada semestre uma copia cla sua conta
gocios da Fazenda e cla Guerra, assim o tenham entendido corrente com a socidade, e um balancete dos fundos da
e façam executar. Paço, em 7 clo maio de 1902. = REI. = mesma.
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Fernando Mattozo San- 4.° A antecipar o pagamento de quotas mensaes, rela-
tos — Luiz Augusto Pimentel Pinto. tivas unicamente ao semestre corrente e cle prestações para
amortização de emprestimos, sem que lhe seja dada in-
Estatutos da Caixa Economia dos Officiaes da Guarda Municipal demnização alguma pelo juro anteriormente pago.
de Lisboa 5.° A levantar a totalídade ou uma parte do seu capi-
tal, devidamente liquidado, quando por transferencia ou
CAPITULO I reforma deixar de pertencer á corporação.
Constituição e fins (la sociedade a) O socio que levantar a totalidade do seu capital, só
poderá vol tar a ser socio, quando novamente pertencer á
Artigo 1.° A sociedade denominacla «Caixa Economica corporação, e ainda assim pagará a joia de admissão por
dos Officiaes da Guarda Municipal de Lisboa» será cons- uma só vez.
1902 I 161 Maio 7

6.° A recprrer para a assembleia geral, quando a diree- cios e os vencidos por quaesquer titulos de credito, que
ção llie conteste quaesquer direitos, que elle considere ga- constituirem propriedade da associação, venda de estatu-
rantidos pelos presentes estatutos. tos, etc.;
7.° A receber do thesoureiro os documentos, que lhe 2.° Satisfazer os pagamentos e abonos devidamente au-
importem responsabilidade, na occasião de satisfazer o etorizados ;
seu debito. 3.° Escripturar em seguida a cada reunião da direccão
8.° A fazer parte da assembleia geral, propondo e dis- em que houver movimento de caixa, um livro, onde sejam
cutindo o que julgar util á sociedade^ lançadas as quantias entradas e saidas, indicando com a
9.° A escusar-se a exercer os cargos effectivos, quando maior clareza a sua proveniencia ou destino;
para elles seja eleito em dois annos consecutivos. 4.° Fazer o balancete mensal;
10.° A examinar no principio de cada mês a escriptura- 5.° Restituir aos socios os documentos comprovativos
ção e contabilidade, da gerencia da direção relativa ao dos seus debitos, quando saldarem as contas.
mês anterior. Art. 12.° Pertence ao secretario:
1 R e d i g i r , escrever e assignar as actas das sessões ;
CAPITULO IV
2.° Ser responsavel para com a direccão pela escriptu-
DirecçSo ração e expediente da sociedade;
Art. 6.° A direccão, é composta de 3 membros: pre- 3.° Entregar ao thesoureiro no fim de cada mês uma
sidente, thesoureiro e secretario, eleitos annualmente pela relação dos socios que teem encargos para com a socie-
assembleia geral. dade, designando as importancias que cada um tem a sa-
Art. 7.° Pertence á direccão : tisfazer;
1.° A boa e zelosa administração dos fundos da socie- 4.° Escripturar o livro de matricula dos socios;
dade, observando as prescripções dos presentes estatutos ; 5.° Fazer os balancetes semestraes para execução do
2." Prover, dentro das attribuições que lhe são confia- disposto no ri.° 3.° do artigo 5 . ° ;
das ao augmento dos fundos da sociedade; 6.° Archivar todos os livros de escripturação e contabi-
3.° Conceder todos os emprestimos que lhe forem re- lidade e bem assim os relatorios annuaes.
queridos nos termos do artigo 6.°; Art. 13.° Haverá um cofre com tres chaves de que são
4.° Effectuar a admissão dos socios na conformidade dos clavicularios os membros da direeção, destinado á guarda
estatutos, passando os titulos respectivos, que serão assi- dos valores pertencentes á sociedade e dos documentos
gnados pelos 3 membros da direccão; de divida dos socios.
5.° Pistribuir aos socios, em cada semestre, uma copia
CAPITULO V
da sua conta corrente e um balancete da gerencia dos fun-
dos da sociedade; Assembleia geral
6.° Apresentar na primeira sessão ordinaria da assem-
bleia geral um relatorio devidamente documentado e cir- Art. 14.° A assembleia geral é a reunião de todos os
cunstanciarlo*da sua gerencia e exercicio; socios da« Caixa Economica dos Officiaes da Guarda Muni-
7.° Propor á assembleia geral quaesquer medidas ou pro- cipal de Lisboa».
videncias que julgar convenientes para a sociedade; § unico. A assembleia geral funcciona com os socios
8.° Requerer ao presidente da assembleia geral a reunião que comparecerem na sala das sessões no dia e hora de-
extraordinaria da mesma, quando o julgar necessario; signacla no aviso de convocação, sendo validas as suati de-
9.° Interpor o seu parecer a respeito de qualquer pro- liberações.
posta que tenha dc submetter á deliberação da assembleia Art. 15. 0 A mesa é constituida pelo presidente nato e
geral; pelo secretario eleito annualmente pela assembleia geral.
10.° Dar posse e contas á nova direeção dentro do prazo § 1.° O presidente nato é o commandante geral das
de oito dias, depois da eleição, do que se lavrará acta, que Guardas Municipaes ; vice-presidente nato o segundo com-
será assignada pelos membros das duas direcções. mandante e nos seus impedimentos qualquer dos officiaes
11.° Informar o presidente da assembleia geral das cir- superiores da Guarda Municipal de Lisboa.
cunstancias em que se encontram os ex-socios remissos § 2.° A falta de secretario é supprida pelo vice-secre-
para execução do disposto no § 1.° do artigo 38.° tario e na falta d'este pelo menos graduado dos socios
Art. 8.° Quando em cofre houver fundos superiores aos presentes, que não exerça cargo na sociedade.
necessarios para as transacções ordinarias, poderá a di- Art. 16.° Plaverá em cada anno civil duas sessões or-
reeção applicá-los á coinpra de titulos de divida publica, dinarias: a primeira em 16 de janeiro e a segunda em 1
acções do Banco de Portugal, obrigações da Companhia de fevereiro.
de Credito Predial, ou depositá-los á ordem na caixa eco- § unico. Se nos dias designados no presente artigo não
nomica do Montepio Geral. puder ter logar a reunião da assembleia geral, será esta
Art. 9.° A direeção é solidariamente responsavel pelos convocada para o primeiro dia util em seguida áquelles.
prejuizos causados á sociedade por negligencia, inadver- Art. 17.° Na primeira sessão ordinaria apresentará a
tencia e falta de cumprimento dos estatutos cada um pelo direeção o relatorio e contas referidas ao anno da sua ge-
tempo que exerceu o cargo e com respeito ás resoluções rencia. Em' seguida eleger-se-ha uma commissão de tres.
em que tomou parte, a não ser que tenha resalvado o voto. membros para exame clo relatorio, documentos, livros de
Art. 10.° Pertence ao presidente : escripturação e contabilidade, etc., a qual dará o seu pa-
1.° Convocar, abrir, dirigir e encerrar as sessões da di- recer na segunda sessão ordinaria.
reeção ; Art. 18.° Na segunda sessão ordinaria, depois de vo-
2.° Auctorizar a saida de valores em cofre para cum tado o parecer da commissão revisora de contas, proce-
primento de alguma disposiçâo dos presentes estatutos, ou der-se-ha á eleição do secretario e vice-secretario cla as-
para fim determinado por deliberação cla assembleia geral; sembleia geral.
3.° Dirigir e fiscalizar a escripturação e contabilidade; § unico. Para esta eleição cada socio lançará na urna
4.° Assignar o expediente, documentos relativos á admi- duas listas: a da direeção com o nome de 6 socios e a
nistração, rubricar os livros de escripturação e contabili- dos secretarios com o de 2. Feito o escrutinio, os 3
dade e lavrar os termos de abertura e encerramento. nomes mais votados da primeira lista indicarão os dire-
Art. 11.° Pertence ao thesoureiro: ctores effectivos e os 3 a seguir os supplentes; bem assim
1.° Arrecadar todos os fundos provenientes de joias, o nome mais votado cla segunda indicará o secretario e o
quotas, prestações de emprestimos, juros pagos pelos so- immediato o vice-secretario.
11
Maio 9 "V 162 1902

Art. 19.° A assembleia geral poderá ser convocada ex- do artigo 23.°, só poderá obter a concessão de novo em-
traordinariaraente: prestimo quando a somma das prestações em divida fôr
1." Quando o presidente julgar conveniente para ser de quantia inferior, ou, pelo menos, igual ao dito capital.
apreeiada a reclamação de 1 socio, nos termos do n.° 6.° § unico. Exceptua-se o caso em que o novo emprestimo
do artigo 5.° seja caucionado, ficando, ainda assim, o socio obrigado ao
2.° A pedido da direeção. pagamento mensal da amortização para os dois empres-
3.° A pedido, por escrito, de .10 socios, pelo menos. timos.
a) Nestas asserableias não se poderão discutir nem tra- - Art. 26.° O socio que obtiver um emprestimo superior
tar assumptos alheios áquelles que deram logar á convo ao seu capital, nos termos do artigo 23.°, a pagar numa
prestação, somente poderá obter a concessão de outro em?
Art. 20.° Pertence á assembleia geral: prestimo nas mesmas circunstancias, um mês depois de
1.° Eleger a direeção, a commissão revisora de contas ter satisfeito o anterior.
e os secretarios da assembleia geral. Art. 27.° A s quantias abonadas aos socios como em-
a) Neste acto observar-se-hão em tudo, no que forem prestimos serão pagas em 20 prestações mensaes e suc-
applicaveis, as disposições das leis administrativas em ma- cessivas, sem prejuizo do que dispõem os artigos 30.° e
teria de cleições; 31.°
2.° Approvar, ou não, as contas e actos da direeção, Art. 28.° O socio a quem fôr concedido um novo em-
depois de ouvido o parecer da commissão de que trata o prestimo nos termos do artigo 2õ.°, poderá solver o de-
artigo 17.°; bito anterior, ou ficar oneraclo com o pagamento de 2
3.° Conceder ou negar aos socios a escusa de qualquer prestações de amortização.
cargo, para que tiverem sido eleitos, excepto no caso in- No primeiro caso, ,o novo emprestimo poderá attingir o li-
dicado no n.° 9.° do artigo 5.° em que não é precisa a mite marcado no artigo 23.°, e no segunclo a importancia
confirmação da assembleia geral; do novo emprestimo sommada, com as prestações em di-
4.° Rever e reformar os estatutos, nos termos do ar- vida, não poderá exceder o dito limite.
tigo 2.°; Art. 29.° Quando a quantia total em divida descer a
5.° Julgar clas rcclamações apz-esentadas pelos socios, e uma importancia igual ao capital do socio, poderá este
bem assim decidir quaesquer assumptos relativos á socie- amortizá-la em prestações mensaes e successivas, nunca
dade e que não estejam previstos nos estatutos. Estas infei-iores a lfiiOOO réis, devendo o socio indemnizar a so-
deliberações serão convertidas em lei e exaradas nos esta- ciedade da differença de juro proveniente da reducção de
tutos, quando d'ellas resultem effeitos de caracter perma- prestação.
nente, para o que serão submettidas á approvação do Go- Art. 30.° O socio que requerer emprestimos cuja tota-
verno, como preceitua o artigo 2. a lidade seja igual ou inferior ao seu capital, poderá amor-
Art. 21." Pertence ao presidente: tizar a sua divida nos termos clo artigo 29.°
1.° Convocar, abrir, dirigir e encerrar as sessões; Art. 31.° É permittido a qualquer socio estabelecer
2.° Regular os trabalhos das sessões como julgar con- prestações maiores do que as exigidas no artfgo 27.°, de-
veniente, podendo estas continuar em dias successivos ou vendo o juro ser deduzido em proporçâo a essas maiores
altemados, quando no primeiro não se resolverem todos prestações.
os assumptos que houver a tratar; § unico. Se o augmento de prestação vier a ter logar
3.11 Conceder a palavra aos socios pela ordem que es- depois de ter sido paga a primeira amortização, não tem
tes a pedirem; o socio direito a restituição da differença de juro.
4." Proceder oííicialmente contra os socios remissos, em Art. 32.° A s quantias abonadas aos socios como em-
seguida a receber a informação a que se refere o n.° 11.° prestimo, vencerão o juro de l / i por cento ao m ê s :
do artigo 7.° 1.° Os juros serão pagos por meses completos e dedu-
Art. 22.° Pertence ao secretario: zidos no acto da entrega da quantia emprestada;
1.° Fazer a ehamada dos socios nas reuniões, notando 2.° O juro é calculado cle fórma a incidir só sobre as
os que faltarem sem motivo justificado, do que dará uma prestações que successivamente vão ficando em divida e
relação ao secretario da direeção, para lhes ser applicado será representado pela formula
o disposto no artigo 35.°;
2.° Ler a acta da sessão anterior e todas as propostas A (X + 1)
J =
que forem presentes na mesa; 400
3.° Redigir, eserever e assignar as actas das sessões;
4.° Fazer todo o expediente da mesa. em que A designa a quantia requerida pelo socio como
emprestimo ou o seu debito quando requerer o disposto no
CAPITULO VI artigo 29.°, e N o numero de prestações de amortização.
Art. 33.° Sempre que por impossibilidade physica, ou
Emprestimos por se achar ausente da capital, qualquer socio não puder
Art. 23.11 Todo o socio tem direito constituido a rece- requisitar os emprestimos de que necessitar, deverá a di-
ber eoino emprestimo uma importancia, comprehendida na reccão attender ao pedido que fôr feito por pessoa devi-
somma do seu capital com a quantia de 40t>000 réis. damente auctorizada, passando esta o competente recibo,
Art. 24.° Poderá ser concedido um emprestimo de im- quando o socio o não possa assignar.
portancia superior ao limite marcado no artigo 23. \ quando
o excedente a esse iimite fôr caucionado pelo capital de CAPITULO VII
outro socio, ou por papeis de credito da especie dos indi-
eadoa no artigo S.° e que sejam propriedade do que re- Penalidades
querer o emprestimo. Art, 34.° O socio que sem motivo justificado se recu-
§ unico, Quando o socio, eujo capital estiver eaueio- sar ao exercicio do eargo p a r a q u e fôr eleito, salva a
nando o emprestimo de um outro, requerer por sua vez ~ w0, ou o abandonar antes
t restricção do n.° 9.° do artigo o.
tambem um emprestimo, terá este como limite maximo a de seis meses de exercicio, incorre na multa de
somma mdícada no artigo 2 3 . m e n o s a quantia que na réis, alem da responsabilidade que lhe possa advir pelo
data do requerimento estiver servindo cle caneSo. absmdono. Alem da mesma responsabilidade, incorre na
Art. L\V O socio a quem r.vc-r sido concedido uru em- multa de 3 $000 réis o socio que abandonar o cargo pas-
prestimo de qu.iiuia superior ao seu capital, nos termos sados seis meses de exercicio.
)
1902 163 Maio 7

§ unico. A s multas a que se refere o presente artigo Art. 43.° Os lucros são constituidos pelo saldo do fundo
serão satisfeitas conjuntamente com a primeira quota men- incerto existente no ultimo dia de cada semestre.
sal a pagar, ou abatidas do capital, quando o socio as não § unico. Os lucros de que trata o presente artigo, de-
pague pela fórma acima estabelecida. pois de deduzida a perccntagem a que se refere o § 3.°
Art. 35.° O socio que sem motivo justificado faltar a clo artigo 39.° e as despesas indicadas no artigo 42.°, se-
qualquer reunião da assembleia geral, incorre na multa de rão divididos proporcionalmente aos capitaes dos socios e
2 0 0 róis, que lhe será descontada nos seus vencimentos em seguida capitalizados conforme o disposto no n.° 4.° do
mensaes. artigo 4.°
Art. 36.° A s multas a que se referem os artigos 34." e Art. 44.° O fundo de reserva só póde ser dividido no
35.° revertem a favor do fundo de reserva. caso de liquidação da sociedade, devendo a distribuição
Art. 37.° Os socios que não satisfaçam os seus encar- ser feita proporcionalmente ao capital de cada socio.
gos mensaes para com a sociedade até ao dia 15 do mês Art. 45.° A ordem, pela qual a sociedade deve dispor
immediato áquelle a que dizem respeito, serão onerados dos fundos no caso de prejuizo resultante de transacçÕes
pelo tempo da mora com o juro de 1 por cento ao m ê s legaes, ó a seguinte:
sobre esses encargos. 1.° Fundo de r e s e r v a ;
Art. 38.° Os socios estranhos á corporação que não 2.° Fundo incerto;
satisfaçam os seus encargos mensaes para com a sociedade 3.° Fundo disponivel.
até ao dia 15 do terceiro mês civil, a contar d'aquelle a
que dizem respeito, serão riscados de socios, sendo en- CAPITULO IX
contrado com o seu capital o debito que tiverem.
Disposições geraes
§ 1.° Quando o capital do ex-socio fôr inferior ao de-
bito, será immediatamente convidado a indemnizar a so- Art. 46.° Nenhum socio tem direito a despedir-se da
ciedade da differença que houver. S e dentro do prazo de sociedade emquanto pertencer á corporação da Guarda
quinze dias o ex-socio não responder a este convite, ou Municipal.
se faltar a cumprir qualquer proposta que houver feito, Art. 47.° A o s socios pertencentes á corporação será
sobre a fórma de pagamento, que não poderá ser em mais descontada nos seus vencimentos a importancia dos encar-
de 2 0 prestações, nem em prestações inferiores a 1 $ 0 0 0 gos mensaes para com a sociedade.
réis, a direeção fará a communicação a que se refere o A s s i m , o socio, logo que acceda a fazer parte da socie-
n.° 11.° do artigo 7.°, para que seja officialmente solici- dade, cria a obrigação de não se oppor por qualquer fórma
tado das estações competentes o pagamento da quantia a esse desconto.
em divida, mediante desconto nos respectivos vencimen- Art. 48.° Os socios que forem abatidos ao quadro da
tos. Guarda Municipal por transferencia ou reforma, não per-
§ 2.° Quando o capital do ex-socio fôr superior ao de- dem os direitos que os presentes estatutos lhes conferem,
bito, será avisado para levantar o saldo em que fica cre- salvo o disposto no artigo 38.°
ditado. Essa quantia ficará em deposito no cofre da so- Art. 49.° Quanclo os socios estranhos á corporação de-
ciedade sem que vença juro algum na divisão semestral clararem por escrito á direccão que não desejam conti-
dos lucros. nuar a pertencer á sociedade, ser-lhes-hão ajuatadas as
contas e entregue o capital depois de deduzido qualquer
CAPITULO VIII
debito que tenham no cofre.
Fnndos § unico. O respectivo saldo poderá ser satisfeito em
Art. 3 9 . ' Os fundos da sociedade classificam-se e m : prestações mensaes, conforme as forças do cofre e em pa-
Fundo disponivel; peis de credito, pertencentes á sociedade, pela cotação do
Fundo incerto; mercado nesse dia, quando no dito cofre não existir nu-
Fundo de reserva. merario sufficiente,
§ 1.° O fundo disponivel é constituido pelo capital dos Art. 50.° Os saldos pertencentes a socios que se tive-
socios, formado pelas quotas, joias e lucros capitalizados. rem despedido da sociedade, e, que por qualquer circuns-
§ 2.° O fundo incerto ó a somma dos lucros adquiridos tancia existirem ainda em cofre no fim do semestre, não
em cada semestre, pelos emprestimos aos socios, pelos ju- teem parte na divisão dos lucros.
ros de titulos de divida publica e outros que a sociedade Art. 51.° Os capitaes dos socios fallecidos, que ainda
possua e das quantias adquiridas por operações cla bolsa, existam em cofre no fim do semestre, tomarão parte na
venda de estatutos, etc. divisão dos lucros somente do semestre em que os socios
§ 3.° O fundo de reserva ó constituido pela somma das tiverem fallecido.
percentagens sobre o fundo incerto em cada semestre, na § unico. O herdeiro ou herdeiros do socio fallecido, ha-
razão de 10 por cento e pelas multas a que se referem os bilitados na fórma da lei, poderão levantar o capital so-
artigos 34.° e 35.° cial d'este, depoÍ3 de deduzido qualquer debito que haja
Art. 40.° O fundo disponivel é destinado a emprestimos para com a sociedade.
requeridos pelos socios. D e v e existir em numerario no co- Art. 52.° Nos meses de janeiro e julho será addiciona-
fre, em debitos dos socios e em titulos de credito, pelo da á quota paga pelo socio a quantia necessaria para o
preço da cotação no mercado. respectivo capital não ficar com fracção inferior a 10U róis.
Art. 41.° O fundo de reserva é destinado a indemnizar
o fundo disponivel de todo e qualquer prejuizo que lhe CAPITULO X
possa advir pela depreciação do valor dos titulos de cre-
DisposiçOes transitorias
dito ou por algum debito de socio que se torne insoluvel.
§ unico. Quando o fundo de reserva, no fim de cada Art. 53.° Os debitos por emprestimo contrahidos pelos
semestre, fôr sufficiente para indemnizar o fundo disponi- socios anteriormente á approvação d'estes estatutos con-
vel da depreciação dos titulos e do debito insoluvel de al- tinuarão a ser pagos pela fórma a quo se obrigarem, a
gum socio, deixará nesse semestre cle se deduzir a per- não ser que se queiram aproveitar das disposições do ar-
centagem ao fundo incerto com destino ao de reserva. tigo 55.°
Art. 42.° A s sommas que constituem o fundo incerto, Art. 54.° Sc no fim do mês em que forem postos em
são destinadas ao pagamento de impressos, expediente e execução os presentes estatutos, os socios não puderem ou
quaesquer outras despesas indispensaveis á administração não lhes convier solver os adeantamentos de soldo ante-
da sociedade e não especificadas. riormente recebidos, serão estes convertidos em empres-
"V

Maio 9 164 1902

timos, que serão pagos pelo menos em 40] prestações, cretario de Éstado dos Negocios do Reino, e o Ministro e
a par de quaesquer outras para amortização de mais em- Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publicas,
prestimos. Commercio e Industria, assim o tenham entendido e façam
Art. 55.° Approvados que sejam os presentes estatu- executar. Paço, em 8 de maio de 1901. = R E I . = Ernesto
tos, os socios que estiverem devendo ao cofre da socie- Rodolpho Hintze Ribeiro— Manuel Francisco de Vargas.
dade quantia superior ao maximo limite de emprestimo D.do O. n.° 107, de 15 de maio.
mai-cado no artigo 23.°, e que pagarem de encargos men-
saes á mesma, quantia superior a 7)5000 réis, poderão ir
solvendo a sua divida em prestações mensaes de 6?5>000
réis, o minimo, indemnizando a sociedade do juro pela re- Nos termos clo artigo 3.° da carta de lei de 23 de abril
ducção de prestação, o qual será augmentado á divida, se de 1896 e dos n. os 1.° e 2.° do decreto de 24 de setem-
o socio assim o desejar. bro de 1898: hei por bem determinar, conformando-me
Art. 56.° Os actuaes socios estranhos á corporação que com o parecer do Conselho Superior de Obras Publicas e
estiverem atrasados em dois meses no pagamento ao co- Minas, que o director das obras publicas do districto de
fre da sociedade dos encargos mensaes a que se compro- Coimbra faça proceder á construcção da serventia da es-
metteram, serão convidados pela direccão a satisfazê-los. trada districtal n.° 99, Penalva de Alva, por Salto, á es-
A falta de resposta a este convite no prazo maximo de trada rpal n.° 48 e a Caldas de Felgueira para a povoação
trinta dias, importará o serem riscados da sociedade, sen- de Lagiosa, podendo despender no actual anno economico
do liquidadas as suas contas, procedendo-se em harmonia até á quantia de 200$000 réis.
com as disposições do artigo 38.° O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
Art. 57.° Regulamento especial indicará a fórma de se zenda, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
executarem as differentes disposições d'estes estatutos. das Obras Publicas, Commercio e Industria, assim o te-
Lisboa, sala das sessões da assembleia geral, em 17 de nham entendido e façam executar. Paço, em 8 de maio
março de 1902.— (Seguem-se as assignaturas). de 1902. = R E I . = Fernando Mattozo Santos == Manuel
D. do G. n.° 110, de 19 do maio. Francisco de Vargas.
D. do G. u.° 111, de 20 de maio.

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA


MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
Direeção Geral das Obras Publicas e Minas
Direeção Geral das Contribuições Directas
Repartição de Obras Publicas
2,a Repartição
Propondo o director das obras publicas do districto de
Leiria que, para a construcção do lanço unico da estrada Convindo esclarecer as duvidas que occaBÍona a publi-
de serviço de Amor para a estação de Leiria, seja decla- cação clo regulamento de 24 de abril ultimo no Diario do
rada a urgencia da expropriação de uma parcella de ter- Governo n.° 98, de 3 do corrente, sobre a fórma por que
reno, medindo 500 metros quadrados, pertencente a José tem de ser paga em Lisboa e Porto a contribuição sum-
Guilherme dos Reis, de Leiria; ptuaria referente ao 1.° semestre clo corrente anno, pela
Considerando que esta expropriação se acha compre- circunstancia não prevista de j á se terem posto em recla-
hendida nas disposições da lei de 17 de setembro de mação as matrizes respectivas á mencionada contribuição
1857: e semestre: manda Sua Majestade El-Rei declarar, pela
Hei por bem, conformando-me com o parecer do Con- Direccão Geral das Contribuições Directas:
selho Superior de Obras Publicas e Minas, declarar de 1.° Que o citado regulamento, nos bairros das cidades
utilidade publica e urgente, nos termos das leis de 23 de de Lisboa e Porto, só principia a vigorar para o 2.° se-
julho de 1850 e 8 de junho de 1859 as expropriações da mestre do corrente anno ;
mencionada parcella de terreno marcada na planta parcel- 2.° Que todo o serviço de contribuição sumptuaria, re-
lar, que baixa com o presente decreto assignada pelo Mi- lativo ao 1.° semestre do corrente anno, nos bairros das
nistro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras mencionadas cidades, será exclusivamente regulado pela
Publicas, Commercio e Industria. legislação anterior;
O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te- 3.° Que o prazo, a que se referem os artigos 20.° e 29.°
nha entendido e faça executar. Paço, em 8 de maio de do regulamento de 24 de abril do corrente anno, que se
1 9 0 2 . = R E I . — Manuel Francisco de Vargas. vae pôr em execução, ainda para os mencionados bairros,
D. do G. n.° 106, do 14 de maio. só começará a eorrer, com referencia ao citado 2.° semes-
tre do corrente anno, no proximo dia 1 do mês de julho
futuro.
Paço, em 9 de maio de 1 9 0 2 . = F e r n a n d o Mattozo San-
Attendendo ao que me representou a Camara Munici- tos,
pal do concelho de Pombal, e, havendo-se aberto o inque- D. do G. n 0 103, de 10 de maio.
rito e instaurado o processo indicado no decreto de 3 de
novembro de 1 8 8 2 : hei por bem, conformando-me com o
parecer do Conselho Superior cle Obras Publicas e Minas,
determinar que no numero das estradas municipaes do MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS
districto de Leiria sejam ineluidas as estradas seguin-
tes : Direeção Geral dos Negocios Commerciaes
Proximidades do Outeiro da Gallega, no kilometro 7:050 e Consulares
da estrada districtal n.° 123, a Villa C h â ;
Serventia da Redinha para a estrada real n.° 63 ; l.a Repartição
Serventia da Figueirinha, pela Cova, á estrada real n.°
63, nas proximidades da Galiana. E m 24 de abril ultimo foi communicada a esta secreta-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- • ria de Estado, pelo Conselho Federal Suisso, a adhesão
1902 165 Maio 10

da Republica Domimcana á convençao relativa á troca de Hei por bem declarar de utilidade publica e urgente a
encommendas postaes. expropriação do dito ^terreno, nos termos da lei de 23 de
O que se faz publico para os fins convenientes. ' julho de 1850 e 27 de junho de 1866 e na conformidade
Direeção G-eral dos Negocios Commerciaes e Consula- das plantas juntas ao referido processo.
res, em 9 de maio de 1 9 0 2 . = A. F. Rodrigues Lima. O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
D. do G. n.° 107, de 15 de maio. cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 10 de maio de 1902.—
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
D. do G. n." 100, do 14 dc maio.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
Direeção Geral
Sendo-me presente o processo em que a Camara Muni-
í.a Repartição cipal do concelho de Espinho requer a expropriação de
uma parcella de 777 metros quadrados de terreno, sito
Tornando-se necessario, para a construcção da carreira nesse concelho e pertencente ao bacharel Manuel Augusto
de tiro da guarnição da praça de Elvas, proceder á ex- Correia Bandeira e mulher, residentes na villa da Feira,
propriação de 14:102 metros quadrados de terreno de se- e de uma outra parcella de 15 metros quadrados de ter-
meadura, situado na hez'dade da Sosna, freguesia de Santo reno vizinho ao primeiro pertencente a José Pinto Lou-
Ildefonso, concelho de Elvas, districto de Portalegre, per- reiro e mulher, residentes em Espinho, a fim de nos mes-
tencente a João Antonio Pinto Bagulho, constante da planta mos terrenos ser construido um edificio destinado a esco-
parcellar que fica junta ao presente decreto; e, usando da las primarias para ambos os sexos: hei por bem, confor-
faculdade concedida ao meu Governo pela carta de lei de mando-me com a consulta do Supremo Tribunal Adminis-
21 de junho de 1880: hei por bem declarar de utilidade trativo, e vistas as informações das estações competentes,
publica e urgente a expropriação do indicado terreno, para declarar de utilidade publica e urgente, nos termos da lci
a construcção da carreira de tiro da mencionada praça de de 23 de julho de 1850 e 27 de junho de 1866, a expro-
Elvas. priação dos sobreditos terrenos, como se encontram indi-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da cados nas plantas que constam do referido processo.
Guerra assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em O Presidente do Conselho cle Ministros, Ministro e Se-
9 de maio de 1 9 0 2 . = R E I . =Luiz Augusto Pimentel Pinto. cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
D. do G. n.° 115, de 24 de maio. entendido e faça executar. Paço, em 10 de maio de
1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
D. do G. n.° 100, de li do maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


Direeção Geral de Instrucção Publica MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS
Vistas as informações officiaes e conformando-me com a Direeção Geral dos Negocios Commerciaes
consulta do Supremo Tribunal Administrativo: hei por e Consulares
bem, nos termos da lei de 23 de julho de 1850 e de 27
de junho de 1866, declarar de utilidade publica e urgente l . a Repartição
a expropriação requerida por Antonio Maria da Costa, de
uma parcella de 1:311 metros quadrados de terreno per- 0 Sr. Charles Rouvier, Enviado Extraordinario e Ministro
tencente ao abbade Antonio Manuel Baptista, de uma se- Plenipotencíario da Republica Francesa, ao Sr. Conse-
gunda parcella de 2:018' n2 ,20 de terreno pertencente aos lheiro Fernando Mattozo Santos, Ministro e Secretario
herdeiros de Fortunato Cesar da Rocha Cabral, de uma de Estado dos Negocios da Fazenda e interino dos Ne-
terceira parcella cle 175 m2 ,77 de terreno de Fortunato Es-
gocios Estrangeiros.
teves, terrenos todos sitos na freguesia de Chacim, conce-
lho de Macedo de Cavalleiros, os quaes o requerente pre-
Légation de la République Française. — Lisbonne, le
tende adquirir á sua custa para offerecer ao Estado, a fim
10 mai 1902.
de serem applicados á installação dc um edificio para es-
Monsieur le Ministre.—Dument autorisé par le (iou-
colas publicas de ensino primario e respectivas servidões,
na, conformidade das plantas que baixam com este decreto. vernement de la République Française, j'ai 1'honneur do
constater auprès de Votre Excellence que les trois Gou-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- vernements signataires du Protocole de Lisbonne relatif
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha au régime clouauier daus le bassin conventionnel du Congo
entendido e faça executar. Paço, em 10 de maio de 1 9 0 2 . = se sont entendus sur les points suivants:
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. L'arrangement du 8 avril 1892 est prorogé jusqu'au 2
D. do G. u.° 10(3, de 14 de maio. juillet 1905;
L a tarification ad valorem est maintenue, mais à titre
provisoire seulement et sous réserve de l'établissement
éventuel d'une tarification spécifique dans la limite maxi-
Sendo-me presente o procosso em que a Camara Muni- mum de 10 pour cent prévu par la déclaration du 2 juil-
cipal do concelho de Villa Real requer a expropriação de let 1890;
de l:200 m -,85 de terreno da cêrca da igreja de Nossa Se- Le tarif des droits sur les produits importés est élevé
-uhora do Carmo, cla villa sede d'aquelle concelho, para ser de 6 à 10 pour cent ad valorem sclon la faeulté laissée
applicado á installação de um edificio destinado a escolas par la déclaration préeitée, toutes les exemptions et ex-
primarias para ambos os sexos, cuja construcção foi com- ceptions stipulées à 1'article 1 " de 1'arrangement du o
petentemente auctorizada; avril 1892 restant d'ailleurs maintenues ;
Vistas as informações officiaes, e conformando-me com 1 Le tarif des droits sur les produits exportés ne subit
a consulta do Supremo Tribunal Administrativo: j aucun changement.
Maio 12 166 1902

J e saisis cette occasion pour vous renouveler, Monsieur 0 Sr. Conselheiro Fernando Mattozo Santos ,
le Ministre, les assurances cle ma haute eonsidération- = ao Sr. Conde du Bois d'Aische
Charles Rouvier. — Sou Excellence Monsieur Mattozo San-
tos, Ministre des Affaires Étrangères, etc., etc., etc. Ministerio dos Negocios Estrangeiros—Direeção Geral
dos Negocios Politicos e Diplomaticos — 2. a Repartição.—•
Lisboa, 10 de maio de 1902.
111.™° e Ex. m 0 Sr.—Tenho a honra de accusar a recepção
0 Sr. Conselheiro Fernando Mattozo Santos
da nota datada de hoje, em que V . E x . a , devidamente
ao Sr. Charles Rouvier
auetorizado por Sua M a j e s t a d e o Rei Leopoldo II, Sobe-
Ministerio dos Negocios Estrangeiros — Direccão Ge- rano do Estado Iudepenclente do Congo, refere o acordo
ral dos Negocios Politicos e Diplomaticos — l . a Reparti- em que assentaram os Governos signatarios do Protocollo
ção.—Lisboa, 10 de maio de 1902. —111.1"0 e Ex. m o S r . — de Lisboa, relativo ao regime aduaneiro na bacia con-
Tenho a honra de accusar a recepção da Nota datada de vencional do Congo, consistindo nas seguintes estipula-
hoje, em que V. E x . a , devidamente auetorizado pelo Go- ções :
verno da Republica Francesa, refere o acordo em que E prorogado até 2 de julho de 1905 o acordo de 8 de
assentaram os Governos signatarios do Protocollo de Lis- abril de 1892.
boa, relativo ao regime aduaneiro na bacia conveucional As tarifas ad valorem são mantidas, mas unicamente a
do Congo, consistindo nas seguintes estipulações: titulo provisorio e sob reserva do estabeleeimento eventual
E prorogado até 2 de julho de 1905 o acordo de 8 de de uma tarifa especifica, no limite maximo de 10 por
abril de 1902. cento, previsto pela declaração de 2 de julho de 1890.
As tarifas ad valorem são mantidas, mas unicamente a A tarifa dos direitos sobre os productos importados é
titulo provisorio, e sob reserva do estabeleeimento even- elevada de 6 a 10 por cento ad valorem, ficando aliás man-
tual de uma tarifa especifiCa, no limite maximo de 10 por tidas todas as isenções e excepções estipuladas no artigo 1.°
cento, previsto pela declaração de 2 de julho de 1890. do Protocollo de 8 de abril de 1892.
A tarifa dos direitos sobre os productos importados é A tarifa dos direitos sobre os productos exportados não
elevada de 6 a 10 por cento ad valorem, ficando, aliás, soffre nenhuma alteração.
mantidas todas as isenções e excepções estipuladas no ar- Confirmando nos termos referidos, por parte do Governo
tigo 1.° do Protocollo de 8 de abril de 1892. de Sua Majestade, a prorogação do Protocollo de Lisboa
A tarifa dos direitos sobre os productos exportados não de 8 de abril de 1892, aproveito a occasião para reiterar
soffre nenhuma alteração. a V. Ex. a os protestos da minha alta consideração.—Fer-
Confírmando nos mencionados termos, por parte do Go- nando Mattozo Santos. — Sr. Conde du Bois d'Aische.
verno de Sua Majestade, a prorogação do Protocollo de Direeção Geral dos Negocios Politicos e Diplomaticos,
Lisboa de 8 de abril de 1892, aproveito a occasião para em 1 cle julho de 1902. = José de Sousa Monteiro.
reiterar a V. E x . a os protestos da minha alta considera- D. do G. n.° 114, do 2 de julho.
ção. == Fernando Mattozo Santos.
Sr. Charles Rouvier.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


0 Sr. Conde du Bois d'Aische, Enviado Extraordinario e
Ministro Plenipotenciario de Sua Majestade o Rei dos Direeção Geral de Administração Politica e Civil
Belgas, ao Sr. Conselheiro Fernando Mattozo Santos, Mi-
nistro e Secretario de Estado dos Negocios da Fazenda 2. a Repartição
e interino dos Negocios Estrangeiros.
Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por
Légation de Belgique. — Lisbonne, le 10 mai 1902.
certidão, os autos de corpo de delieto levantados no com-
Monsieur r le Ministre. — A la demancle du Gouverne-
petente juizo de direito contra o administrador que foi do
ment cle 1'État Indépendant du Congo, muni des pleins
concelho de Villa Verde, Francisco Antonio Esteves, por
pouvoirs que m'a contéró pour cette occasion Sa Majesté
haver confirmado as declarações feitas nos termos da dis-
Léopold II, Souverain de 1'Etat Indépendant du Congo,
posiçâo a) do n.° 4.° do artigo 117.° do regulamento de
mon Auguste Souverain, j'ai 1'honneur de constater auprès
6 de agosto de 1896, por 3 chefes de familia, acêrca
de Votre Excellence que le Gouvernement de l'État Indé-
do amparo que o mancebo Manuel prestava a seu pae,
pendant du Congo, de la République Française et de Sa
Lucio Antonio de Araujo, do logar de Marzagão, no anno
Majesté Très-Fidèle sont d'accord pour que le Protocole
de 1900;
conclue entre eux à Lisbonne le 8 avril 1892 et réglant
les tarifs des droits d'entrée et de sortie dans la zone oc- Vistas as informações officiaes, por onde se mostra que
cidentale du bassin conventionnel du Congo soit prorogé o mesmo administrador, servindo havia poucos meses no
jusqu'au 2 juillet 1905. dito concelho, e não tendo conhecimento proprio clas cir-
cunstancias d'aquelle Araujo, procedera por informações ;
L a tarification ad valorem est maintenue, mais à titre
officiaes e outras fideclignas, confirmando assim o que lhe j
provisoire seulement et sous réserve de rétablissement
era assegurado por verdade: I
óventuelle d'une tarification spécifique dans la limite ma-
Ha por bem denegar, nos termos do artigo 431.° do
xinuim do 10 pour cent prévue par la déclaration du 2
Codigo Administrativo e da portaria de 16 de abril ulti-
juillet 1890, annexe à 1'Acte de Bruxelles.
mo, a precisa auctorização para o seguimento do respectivo |
L e tarif des droits sur les produits importés est élevé
processo.
de 6 à 10 pour cent ad valorem, toutes les exemptions et
Paço, em 12 cle maio de 1902. — Ernesto Rodolpho
exceptions stipulées à rarticle l e r du Protocole du 8 avril
Hintze Ribeiro.
1892 restant d'ailleurs maintenues. D. do G. 100, de 14 dc maio.
Le tarif des droits sur les produits exportés ne subit
aucun changement
Je prie Votre Excellence d'agréer 1'expression de ma
plus haute eonsidération. = Comte du Bois d/Aische. Foram presentes, por certidão, a Sua Majestade El-Rei
A Son Excellence Monsieur le Conseiller Mattozo San- os autos de corpo de delieto levantados no competente jui-
tos, Ministre des Affaires Étrangeres, Lisbonne. i zo de direito, sobre queixa do secretario da Camara Mu-
i
1902 167 i Maio 14

nicipal do concelho de Sinfães, Abilio do Nascimento de H a por bem denegar, nos termos do artigo 431.° do
Azevedo Coutinho, contra o administrador do mesmo con- Codigo Admistrativo, a precisa auctorização para o segui-
celho, Affonso 'Carlos Barbedo Pinto, o amanuense da mento do respectivo processo.
administração, Luiz; Barbosa Vieira Marques, o regedor Paço, em 13 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho
da freguesia de S. Chistovam, José F e r r e i r a da Silva e o Hintze Ribeiro.
seu substituto José Pinto Soares, e os regedores das fre- D. do G. li." 106, de 14 de maio.
guesias de S. Tiago de Piães e de Ferreiros, Jeronymo
Pinto de Vasconcellos e José Pinto Ileymão;
Dos mesmos autos se mostra, que estes funccionarios
são, com diversas outras pessoas, arguidos de, em 7 d< Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica
janeiro ultimo, t e r e m coagido, com ameaças e violencias
aquelle secretario, que se achava nos Paços Municipaes 2.a Repartição
exercendo as suas funcções, a receber 166 requerimentos
de inscripções no recenseamento eleitoral e a passar recibo Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen-
da respectiva entrega, com a data de 5 do mesmo mês tou a mesa administrativa da Santa Casa da Misericordia
de j a n e i r o ; da cidade do Porto, pedindo auctorização para adquirir
em praça publica o foro de 30$000 réis, imposto no ter-
Mostra-se, porem, das informações e investigações offi-
reno onde se acha estabelecido o cemiterio primitivo da
ciaes, anteriores e posteriores aos referidos autos, que o
irmandade;
dito secretario deixou de comparecer nos Paços Munici
paes nos dias 26, 27, 28 e 29 de dezembro de 1901 e 1 Vistas as informações officiaes :
e 5 de janeiro do corrente anno, sem que fosse legalmente H a por bem conceder, nos termos do n.° 2.° do § 2."
substituido, o que a diversos requerentes impediu de en- do artigo 10.° da lei de 22 de junho de 1866, a auctori-
tregarem nessas datas as suas petições de inscripção elei- zação pedida pela corporação impetrante.
toral ; Paço, em 13 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho
Mais se mostra que no seguinte dia 7 concorreram Hintze Ribeiro.
D. do G. n.° 106, do 14 de maio.
muitos interessados á secretaria municipal, onde, depois
de terem protestado verbalmente contra a recusa, que
primeiro lhes fôra opposta, o mesmo secretario concordou
em lhes receber os respectivos requerimentos, passando, Attendendo ao que me representou a Associação Pro-
porem, os recibos com a data de 5 de janeiro, porque, tectora do Asylo de S. João da cidade do Porto, pedindo
como declarou, entendia quc não o podia fazer legalmente auctorização para vender quatro inscripções de assenta-
com data posterior ; e mento de 3 por cento do valor nominal de 1:000,-5000 réis,
Considerando que o ultimo dia designado no quadro n.°'s 149:339, 106:364 a 166.-366, quatro ditas do de réis
annexo ao decreto de 8 de agosto de 1901, para apresen- lOOfSOOO, n. o s 17:661, 35:341, 60:730 e 65:290, e vinte e
taçâo dos requerimentos, a que se refere o artigo 18.° do nove obrigações de 4 por cento, n. o s 184:155, 229:999,
mesmo diploma, foi, no corrente anno, um domingo, sen- 286:242, 294:862, 321:937 a 321:939, 336:425, 341:987
do santiticado o immediato dia 6 ; a 341:989, 344:541 a 344:543, 347:922, 339:086, 353:201
Considerando que os prazos peremptorios dos actos offi- a 353:210 e 808:606 a 808:608, a fim de com o seu pro-
ciaes não podem aeabar em dia feriado, visto o preceito ducto e mais a verba de 2:652$650 réis, producto de uma
da Ordenação do livro iii, titulo xiii, que ainda não foi subscripção, eomprar pelo preço de 7:000$000 réis o edi-
revogado nem substituido nos serviços de administração ficio em que se acha installado o asylo;
publica, e antes se tem mantido expx-essamente em diver- Vistas as informações officiaes:
sos diplomas; H a por bem Sua Majestade El-Rei conceder a auctori-
Considerando que, portanto, o secretario municipal de- zação pedida, nos termos do n.° 2.° do artigo 253.° do Co-
via receber as petições, que lhe fossem apresentadas no digo Administrativo, devendo a direeção repor o capital e
dia 7 de janeiro ultimo, o que exclue não só a intenção juros dos titulos que ha necessidade de vender para a dita
sediciosa, que attribue aos arguidos, mas tambem a exi- compra.
gencia de algum acto das suas funcções, a que por lei não Paço, em 13 de maio de 1902.—, Ernesto Rodolpho Hin-
fosse obrigado, ainda quando não estivesse tambem con- tze Ribeiro.
trariada por testemunhas presenciaes a imputação das vio- O. do G . n.° 106, de 14 de maio.
lencias e ameaças:
H a o mesmo Augusto Senhor por bem denegar, nos
termos do artigo 431.° do Codigo Administrativo, a pre-
cisa auctorização para o seguimento do respectivo pro- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
cesso.
Paço, em 12 de maio de 1902. = Ernesto Rodolyho Secretaria Geral
Hintze Ribeiro.
D. do G. 11.° 106, de l i de maio. DOM C A R L O S , por graça de Deus, Rei de Portugal e
dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a
lei seguinte:
Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente, por certi- Artigo 1.° E o Governo auetorizado a converter a actual
dão, o auto de corpo delieto, levantado no competente divida publica externa, de que trata a lei de 20 de maio
districto criminal contra o cabo de secção da freguesia de de 1893, comprehendendo:
Paranhos, da cidade do Porto, Albano Coutinho, arguido O 3 por cento consolidado;
de haver abusado da sua auctoridade em 11 de outubro O 4 por cento amortizavel, emissão de 1890;
ultimo, contra Francisco de Carvalho e Albina Sapa- O 4 '/s por cento amortizavel, emissão de 1888 e emis-
teira ; sões de 1889, nos termos das bases annexas á presente
Vistas as informações e averiguações officiaes, por onde lei e que da mesma lei ficam fazendo parte integrante.
se mostra que o denunciado cumpriu zelosamente as dili- § unico. O Governo dará conta ás Côrtes do uso que
gencias que importavam â manutenção da ordem publica, fizer d'esta auctorização.
p a r a o descobrimento e repressão de diversos crimes : Art. 2.° Fica revogada a legislação contraria a esta.
Maio 9 "V 168 1902

Bases que fazem parte integrante da lei datada de lioje de que o annuncio do pagamento dos coupons se faça
quinze dias antes dos seus respectivos vencimentos, e a
amortização dos titulos seja effeetuada pontualmente.
§ unico. Fica, porem, declarado, para todos os effeitos,
A divida publica externa, a que se refere o artigo 1.° que as disposições contidas nesta base de modo algum affe-
da presente lei, será couvertida em titulos do typo unico c t a r ã o W poderão prejudicar a autonomia financeíra, eco-
de juro do 3 por cento, amortizaveis em 198 semestres e nomica e administrativa da Nação Portuguesa.
formando tres series:
1.a Serie: correspondente ao 3 por cento, amortizavel
pelo valor nominal dos novos titulos, o qual será o valor III
nominal actual reduzido a metade.
2. a Serie: correspondente ao 4 por cento, amortizavel São mantidas, e vigorarão pelo mesmo periodo fixado
peio valor nominal dos novos titulos, accrescido de '//,, na base anterior, as disposições dos decretos de 14 de
sendo esse valor nominal o valor nominal actual reduzido agosto de 1893 e 8 de outubro de 1900, que regularam
de % e pagando-se o juro somente sobre esse valor no- a constituição, funcções e attribuições da actual Junta do
minal assim reduzido. Credito Publico.
a
3. Serie: correspondente ao 4 72 por cento, amortiza- IV
vel pelo valor nominal actual, e emittida nas condições
seguintes : E m execução el para os effeitos cla base i d'esta lei,
a) E m titulos com juro de 3 por cento, e de capital no- cessarão, a datar de 1 de julho de 1902, inclusive, a par-
minal correspondente a 3 /i d 0 capital nominal actual; ticipação da divida externa nos rendimentos aduaneiros e
ò) E m titulos especiaes, cle capital nominal correspon- a eventual vantagem que pudesse resultar da diminuição
dente ao quarto restante do capital nominal actual, titu- do premio de ouro abaixo de 22 por cento, estabelecidas
los sem juro e sem nenhuma outra vantagem especial, pelos §§ 1.° e 2.° do artigo 1.° da lei de 20 de maio de
tendo a mesma numeração que os titulos de que trata a 1893.
alinea anterior e amortizaveis conjuntamente com estes
titulos.
§ 1.° A amortização dos titulos da l . a e 2. a series po-
derá ser feita por sorteio ou por coinpra no mercado, á Feita, nos termos da presente lei, a definitiva regula-
eseolha do Governo. rização da divida externa portuguesa, nenhuma vantagem
a poderá ser de futuro concedida aos titulos cle qualquer clas
§ 2.° A amortização dos titulos da 3. serie será feita
tres series, a que se refere a base i, que se não torne ex-
exclusivamente por sorteio, conforme as respectivas tabel-
tensiva ás demais.
las de amortização.
II VI

P a r a garantia do integral cumprimento dos encargos Fica o Governo auetorizado :


que resultam das disposições cla base precedente, fica ex- 1.° A resgatar, por importancia não superior a 10 por
pressamente determinado o seguinte, que vigorará até cento do seu valor nominal, os certificados emittidos como
completa amortizaçao clos titulos que forem convertidos, representação da parte não paga dos quatro coupons venci-
nos termos cla referida base: dos no periodo decorrido desde a publicação do decreto
1." O Governo applicará especialmente e de preferencia cle 13 de junho de 1892 até á publicação da lei de 20 cle
ao serviço da divida externa, representacla por aquelles maio de 1893 (1 de julho e 1 cle outubro de 1892, 1 de
titulos, os rendimentos aduaneiros do continente do reino, janeiro e 1 de abril de 1893), e a satisfazer a importan-
na Europa, exccptuanclo os clos tabacos e cereaes; cia do sêllo clos novos titulos nos paises onde elles forem
2.° Os thesoureiros das alfandegas entregarão todos os trocados;
dias á Junta do Credito Publico quantia sufficiente para 2.° A fazer as demais despesas necessarias para effe-
perfazer a tricentesima parte, em ouro, do total necessa- ctuar a conversão nos termos d'estas bases, não devendo,
rio para os encargos annuaes (juro e amortização) cla di- porem, exceder '/s por cento do valor nominal dos titulos
vida externa actual que fôr convertida, nos termos d'esta a converter.
lei, c para as despesas do serviço da mesma divida ;
3.° No caso em que as receitas aduaneiras cle um dia Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
sejam inferiores á quantia necessaria, o dejicit será preen- conhecimento e execução da presente lei pertencer, que a
chido com as receitas do dia ou dias seguintes; cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão intei-
4.° Logo que, no decurso de inn semestre, a Junta do ramente como nella se contem.
Credito Publico tiver recebido quantia igual á metade, em O Ministro e Secretario de Estado clos Negocios da
ouro, da necessaria para os encargos annuaes (juro e amor- Fazenda e interino dos Negocios Estrangeiros, a faça
tização) da referida divida externa actual que fôr conver- imprimir, publicar e eorrer. Dada no Paço, aos 14 dc
tida, nos termos d'esta lei, e para as despesas do respe- maio de 1902. = E L - R E 1 , com rubrica e guarda. = Fer-
ctivo serviço, cessarão, nesse semestre, quaesquer entregas nando Mattozo Santos. (Logar do sêllo.grande das armas
dos thesoureiros clas alfandegas á Junta do Credito Pu- reaes).
blico, recomeçando só no semestre seguinte; Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
5.° Se por qualquer eircunstancia imprevista as entre- nado o decreto clas Côrtes Geraes de 10 clo corrente mês,
gas feitas na Junta clo Credito Publico, durante qualquer quc auctoriza o Governo a converter a actual divida pu-
semestre, não tiverem preenchido a metade da qut>ntia blica externa de quc trata a lei de 20 de maio de 1893,
total, em ouro, necessaria para os encargos annuaes da comprehendendo os titulos de 3 por cento consolidado, 4
divicla de quc trata esta lei, o Governo preencherá o ãe- e 4'/-i por cento amortizavel, da3 emissões que declara,
Jic>t pelas demais receitas e rendimentos do Thesouro Por- nos termos das bases annexas á mesma lci, manda cum-
tuguês ; prir e guardar o referido decreto como nelle se contém,
6." A Junta do Credito Publico deverá transferir toclos pela fórma retro declarada.
os quinze dias, pelo menos, para os estabelecimentos en- Para Vossa Majestade \QV.=Domingos Eduardo Au-
carregados do serviço cla divida publica portuguesa, em gusto da Silva Moreira a fez.
paises estrangeiros, as quantias que tiver em cofre, a fim D. do G. u.° 107, de 15 dc maio.
1902 169 Maio l i

DOM C A R L O S , por graça de Deus, Rei de Portugal e determinada no artigo 10.° do decreto com força de lei de 6
dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub- de agosto de 1892 e em harmonia com a presente lei.
ditos que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a § 6.° Fica declarado e de execução permanente quc,
lei seguinte: quando a contribuição de registo não tenha sido liquidada
nos prazos legaes, poderão as transmissões feitas sobre a
CAPITULO I propriedade ser revalidadas, pagando-se a contribuição de
registo conforme a liquidação feita pelo valor actual da
Da receita publica
propriedade.
Artigo 1.° As contribuições, impostos directos e indi- A r t . 2.° Continuarão igualmente a cobrar-se, no exercicio
rectos, e os demais rendimentos e recursos do Estado, cons- de 1902-1903, os rendimentos do Estado que não tenham
tantes do mappa n.° 1, que faz parte da presente lei, sido arrecadados até 30 de junho de 1902, qualquer que
avaliados na quantia de 55.056:597£490 réis, sendo réis seja o exercicio a que pertencerem, applicando-se do
54.134:597$490 de receitas ordinarias e 922:000^000 réis mesmo modo o seu producto ás despesas publicas auctori-
de reeèitas extraordinarias, continuarão a ser cobrados, no zadas por lei.
exercicio de 1902-1903, em conformidade com as dispo- Art. 3.° E applicavel á arrecadação dos impostos dire-
sições que regulára, ou vierem a regular, a respectiva ar- ctos municipaes, cobrados juntamente com as contribui-
recadação, e o seu producto será applicado ás despesas ções geraes do Estado, e á cobrança das receitas de quaes-
auctorizadas por lei. quer outras corporações administrativas e ainda ás dos
§ 1.° D a somma comprehendida neste artigo applicará conventos supprimidos, a disposiçâo da alinea a) do ar-
o Governo em 1902-1903, para compensar o pagamento tigo 6.° e § 1.° do mesmo artigo do decreto de 7 de se-
da dotação do clero parochial das ilhas adjacentes, em 30 tembro de 1893, que regula identico serviço dos impostos
de junho de 1903, o saldo disponivel, se o houver, dos indirectos municipaes, reduzindo-se a taxa a 3 por cento
rendimentos, incluindo os juros de inscripções, vencidos e nos casos das cobranças superiores a 100:000$000 réis e
vincendos, dos conventos de religiosas supprimidos depois escripturando-se o producto d'esta receita nas contas pu-
da lei de 4 de abril de 1861. blicas como compensação de despesa.
§ 2.° A contribuição predial do anno civil de 1902, em- Art. 4.° Sem embargo de quaesquer disposições em con-
quanto não estiver em execução a lei de 29 de julho de trario, continua, no exercicio de 1902-1903, constituindo
1899, continua fixada e distribuida pelos districtos admi- receita do fundo da instrucção primaria o addicional de
nistrativos do continente do reino e ilhas adjacentes, nos 3 por cento ás contribuições geraes directas do Estado,
termos do que preceituam os §§ 1.° e 3.° do artigo 7.° da com que os districtos sào obíigados a concorrer para as
carta de lei de 17 de maio de 1880. A contribuição predial despesas da mesma instrucção, na conformidade do dis-
especial, e respectivos addicionaes do concelho de Lisboa, posto em o n.° 3.° do artigo 57.° da carta de lei de 18 de
continuará a pertencer ao Thesouro e a ser arrecadada nos março de 1897.
termos do artigo 1.° do decreto de 13 de setembro de 1895. Art. 5.° A conversão da divida consolidada interna em
g 3.° O addicional ás contribuições predial, de renda pensões vitalicias, nos termos da carta de lei de 30 de j u -
de casas e sumptuaria do anno civil de 1902, para com- nho de 1887, quando pelo cabimento, segundo a presente
pensar as despesas com os extinctos tribunaes administra- lei, se possa verificar, continuará a ser regulada, no anno
tivos, viação districtal e serviços agricolas dos mesmos economico de 1902-1903, pelo preço actual.
districtos, quando não esteja ainda incorporado no princi- § unico. Emquanto vigorarem as disposições da lei de
pal das contribuições, é fixado na mesma quota, respecti 26 de fevereiro de 1892, o imposto de rendimento q u e r e -
vamente lançada em cada districto, em relação ao anno cae sobre estas pensões, e sobre as dos donatarios vitali-
civil de 1892. cios, é cle 10 por cento.
§ 4.° Continuam prorogadas até 30 de junho de 1903 Art. 6.° Continuam em vigor, no exercicio de 1 9 0 2 -
as disposições dos artigos 1.°, 2.°, 3.° e 4.° e do § 2.° do 1903, as disposições do § 10.° do artigo 1.° da lei de 23
artigo 13.° da carta de lei de 26 de fevereiro de 1892, sub- de junho de 1888, relativamente ao assucar produzido no
entendendo-se que, em relação aos juizes de 2. a instancia continente do reino e ilhas dos Açores.
do continente do reino e aos do Supremo Tribunal de Jus- § unico. P a r a o districto do Funchal vigorará o disposto
tiça, fica em vigor a disposiçâo do § 2.° do artigo 1.° do no decreto de 30 de dezembro de 1895, segundo os res-
decreto n.° 4 de 29 de março de 1890, confirmado por pectivos regulamentos.
lei de 7 de agosto do mesmo anno. A r t . 7.° O Governo é auetorizado a levantar, por meio
a) A restituição do producto a mais do imposto do ren- de letras e escritos do Thesouro, caucionados, se fôr mis-
dimento, determinada pelo artigo 7.° da citada lei de 26 ter, por titulos de divida fundada interna, cuja criação
de fevereiro dc 1892, applicar-se-ha somente aos titulos tambem fica auctorizada, as sommas necessarias para a
da divida publica interna adquiridos anteriormente á data representação, dentro clo exercicio de 1902-1903, de parte
da referida lei; clos rendimentos publicos relativos ao mesmo exercicio, e
b) No que respeita especialmente ás congruas ecclesias- bem assim a occorrer pela mesma fórma ás despesas ex-
ticas, se o rendimento proveniente dos juros dos titulos traordinarias a satisfazer no dito exercicio de 1902-1903,
de divida publica, adquiridos antes daquella data por vir- incluindo no maximo da divida a contrahir, nos termos
tude de desamortização dos passaes de parochos, sommada d'esta parte da auctorização, o producto liquido de quaes-
aos demais rendimentos da parochia ou beneficio, exceder quer titulos, amortizaveis ou não, excepto obrigações dos
400;5000 réis por anno, e se, alem d'isso, o rendimento Tabacos, que o Thesouro emittir, usando de auctorizações
liquido total ficar inferior a este limite, em consequencia legaes.
da applicação áquelles titulos do augmento de imposto de § 1.° Os escritos e letras do Thesouro, novamente
rendimento, estabelecido na lei de 26 de fevereiro de 1892, emittidos como representação da receita, não podem exce-
restituir-se-ha do producto d'esse augmento de imposto der, nos termos d'este artigo, a 3.500:000;)000 réis,
quanto baste para elevar o referido rendimento liquido a somma que ficará amortizada dentro do exercicio.
400$000 reis. § 2.° E o Governo auetorizado a regular a fórma da
§ 5.° Contiuuarão tambem a ser cqbradas pelo Estado, amortização dos titulos da divida publica, que forem cria-
no anno economico de 1902-1903, as percentagens sobre as dos nos termos d'estc artigo.
contribuições que votavam as juntas geraes dos districtos, Art. 8.° As importancias que, nos termos do artigo 32.°
no caso de não estarem ainda incorporadas no principal das e suas alineas do decreto n.° 1 de 24 de dezembro de
mesmas contribuições, para o seu producto ter a applicação 1901, teem de constituir o «fundo geral de quotas», serâc
Maio 9 "V 170 1902

préviamente escripturados como receita do Estado nas cor- Art. 16.° Continuam em vigor, no exercicio de 1902-
respondentes classes de impostos, rendimentos e compen- 1903, as disposições dos artigos 7.° a 11.°, 15.° a 21.° e
sações de despesa, segundo o mappa n.° 1 que faz parte seus respectivos paragraphos dá carta de lei de 3 de se-
da presente lei, a fim de serem passadas ordens de pa- tembro de 1897, com excepção do n.° 5.° do artigo 7.°
gamento. § 1.° As receitas e despesas dos Caminhos de Ferro do
CAPITULO II Estado, das Imprensas Nacional e da Universidade de Coim-
bra são excluidas da disposiçâo geral do artigo 9.° da dita
Da despesa publica lei de 3 de setembro de 1897, e serão escripturadas em
Art. 9.° São fixadas as despesas ordinarias e extraor- harmonia com as prescripções da lei de 14 de julho e re-
dinarias do Estado na metropole, no exercicio de 1902- gulamento de 2 de novembro cle 1899 e do decreto de 9 de
1903, na quantia de 55.960:114^815 réis, sendo réis dezembro de 1897, que, respectivamente, reorganizaram
54.475:986^796 ordinarias e 1.484:128,5019 réis extraor- os serviços administrativos e economicos dos ditos cami-
dinarias, conforme os mappas n. o s 2 e 3, que fazem parte nhos de ferro e dos dois mencionados estabelecimentos.
d'esta lei. § 2.° Continua tambem alterada, no exercicio do anno
Art. 10.° O preenchimento das vacaturas em todos os economico de 1902-1903, a disposiçâo do artigo 18.° da
serviços publicos poderá ser feito seguidamente á data em mencionacja carta de lei de 3 de setembro de 1897, na
que se derein as mesmas vacaturas, attendendo-se, porem, parte relativa aos creditos especiaes para a Cadeia Peni-
ás restricções e excepções constantes dos paragraphos se- tenciaria Central de Lisboa, os quaes poderão ser abertos
guintes : pela differença a maior das receitas provenientes dos pro-
§ 1.° Os promovidos a postos ou logares immediatos ductos vendidos pela mesma penitenciaria, sobre a impor-
conservarão, comtudo, os soldos, ordenados, gratificações, tancia em que, no dito exercicio, são computadas as des-
vencimentos de eategoria ou de exercicio correspondentes pesas das officinas do referido estabeleeimento.
ao posto ou logar anterior, até o fim do respectivo tri- § 3.° E m conformidade do artigo 7.° da presente lei, é
mestre do anno civil, em harmonia com o disposto no ar- excluida da excepção feita no artigo 9.° da lei de 3 de
tigo 50.° da lei de 30 de junho de 1893. setembro de 1897 a parte das receitas das extinctas jun-
§ 2.° Os providos em primeira nomeação nunca pode- tas geraes dos districtos que, nos termos da alinea b) do
rão séV abonados dos respectivos vencimentos antes do fim artigo 32.° do decreto n.° 1 de 24 de dezembro de 1901,
do trimestre em que se tiverem dado as vacaturas, atten- é destinada ao fundo geral de quotas.
dendo-se, comtudo, ás expressas excepções do dito ar- Art. 17.° E m harmonia com o preceituado na lei de 26
tigo 50.° da referida lei de 30 de junho de 1893, que, de fevereiro de 1892, durante o exercicio de 1902-1903,
quando tenham logar, serão sempre mencionadas no di- nenhum funccionario poderá perceber, por ordenados,
ploma da nomeação ou provimento. emolumentos, incluindo tanto os aduaneiros de qualquer
§ 3." As disposições do artigo 3.° do decreto de 22 de ordem, como os judiciaes, pensões, soldos ou quaesquer
fevereiro de 1894 são applicaveis a todos os providos ou outras remunerações pagas directamente pelo Thesouro,
nomeados, militares ou civis, que tenham direito a ser nem mesmo pelas aecumulações auctorizadas por lei ex-
inscriptos socios do Montepio Official. pressa, somma excedente a 2:000/5000 réis annuaes, se
Art. 11.° As despesas extraordinarias do movimento de estiver em serviço activo, e a 1:500)5000 réis, tambem an-
tropas, que não seja determinado por exclusiva convenien- nuaes, se fôr aposentado, jubilado ou reformado, sendo
cia do serviço militar, serão pagas no anno economico ambos estes limites liquidos de todas as imposições legaes.
de 1902-1903, de conta dos Ministerios que reclamarem § unico. Exceptuam-se do disposto neste artigo:
esse movimento de tropas, por meio de creditos especiaes, 1.° O cardeal patriarcha, os arcebispos, os bispos, o
abertos nos termos d'esta lei, e que serão descriptos se- presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o procura-
paradamente nas contas do Ministerio da Guerra, dor geral da Coroa e Fazenda, o presidente do Supremo
Art. 12.° Continua no anno economico de 1902-1903 a Conselho de Justiça Militar, os membros do Corpo Diplo-
ser fixado em 200 réis diarios o preço da ração a dinhei- matico e consular, os empregados das agencias financei-
ro, a que teem direito os officiaes e mais praças da Ar- ras nos paises estrangeiros, os generaes de terra e mar
mada, nas situaçõcs determinadas pela legislação vigente. exercendo funcções de commando, os officiaes da Armada
§ unico. O abono de rações far-se-ha nos termos do de- em commissão de embarque nas colonias e nos portos es-
creto de 1 de fevereiro de 1895. trangeiros e os governadores das provincias ultramarinas,
Art. 13.° As quotas por compensação dos emolumentos os quaes perceberão os vencimentos que respectivamente
aduaneiros, nos tei-mos do artigo 58.° do decreto n.° 3 de lhes forem fixados, sujeitos, comtudo, ás disposições do
27 de setembro de 1894, não podem, no anno economico artigo 1.° da lei citada de 26 de fevereiro de 1892;
de 1902-1903, como no anno anterior, exceder a quantia 2.° Os Ministros e Secretarios de Estado effectivos, que
de 260:0000000 réis. perceberão, liquido de impostos, 2:560/5000 réis annual-
Art, 14.° Nenhuma reforma de praça da Guarda Fiscal mente.
se efféctuará, no anno economico de 1902-1903, sem com-
CAPITULO III
pleta inhabilidade para o serviço, verificada perante a Junta
de Saude Militar do Hospital Central de Lisboa, ou dos DisposiçOes diversas
hospitaes divisionarios, reunidos ou regimentaes, nas mes- Art. 18.° Continuam em vigor, como se aqui fossem
mas condições estabelecidas para as outras praças do exer- transcriptas, as disposições dos artigos 25.° a 30.° e seus
cito, sob proposta dos facultativos da Guarda Fiscal ou dos paragraphos da carta de lei de 3 de setembro de 1897,
dircctores de elinica dos hospitaes militares, em cujas en- com excepção do § unico clo n.° 4.° do artigo 25.°
fermarias as praças, propostas para lieença ou incapazes, Art. 19.° Continuam em vigor no exercicio de 1902-
estejam em tratamento. 1903:
§ unico. Continua o Governo auetorizado a decretar no- 1.° A auctorização concedida ao Governo pelo artigo 30.°
vas tabellas dc incapacidade. das praças da Guarda Fiscal, da carta de lei de 13 de maio de 1896;
estabelecendo a aptidão para serviço moderado, compati- 2.° A auctorização concedida ao Governo pelo n.° 2.°
vel com determinados ramos da fiscalização. e seus dois paragraphos do artigo 17.° da lei de 5 de ju-
Art. 15.° Continua suspenso, no anno economico de lho de 1900, relativamente á incorporação cle varios addi-
1902-1903, o subsidio á Caixa de Reformas, visto não estar cionaes no principal das contribuições.
ainda em execução o decreto com força de lei que a criou, Art. 20.° E tambem auetorizado o Governo:
com excepção do disposto na alinea / ) do artigo 19.° a) A approvar o contrato provisorio celebrado com a
1902 171 Maioli

j u n t a administrativa da Escola Polytechnica p a r a melho- A lançar, quando preciso, uma t a x a addicional de 1 por
ramentos da mesma escola e respectivo observatorio. cento ad valorem sobre as mereadorias exportadas de Se-
h) A transferir para o capitulo 5.°, artigo 49.°, da ta- tubal, excepto vinhos, bem como a alterar para aquelle
bella da distribuição da despesa do Ministerio das Obras concelho, de acordo com a respectiva Camara Municipal, o
Publicas, Commercio e Industria, para o exercicio de 1 9 0 2 - artigo 74.° e § unico do artigo 456.° do Codigo Adminis-
1903, as sobras até á importancia de 5:400$000 réis das trativo, tanto em relação ás percentagens fixadas no ar-
verbas consignadas na mesma tabella p a r a pagamento do tigo 74.°, como p a r a poderem ser applicados os processos
pessoal supranumerario addido e aposentado dos diversos de fiscalização e cobrança em vigor nas cidades de Lisboa
serviços internos e externos a cargo do referido Ministerio, e Porto, sendo, porein, esta fiscalização e cobrança feitas
c) A abrir no Ministerio da F a z e n d a creditos especiaes: pela mesma camara, com a qual o Governo poderá con-
1) a favor do Ministerio do Reino: tratar, por periodos de 5 annos e por avença, a cobrança do
í— para despesas de saude publica, no exercicio de imposto do real de agua, com augmento não inferior a 10
1901-1902, até á quantia de 60:000^000 réfs; por cento sobre o maximo producto dos ultimos 3 annos.
— p a r a subsidiar o fundo da instrucção primaria, g) A applicar não só o remanescente das auctorizações
em relação ao exercicio de 1902-1903, nos concedidas pelas cartas de lei de 21 de maio de 1896 e
termos do artigo 59.° da carta de lei de 18 de 13 de setembro de 1897, para a reconstituição da mari-
março de 1897, com a importancia correspon- nha de guerra, como igualmente as sobras dos diversos
dente ao augmento de vencimento concedido capitulos da tabella cla despesa do Ministerio da Marinha
aos professores e professores ajudantes da mes- no exercicio de 1901-1902, ás reparações e despesas dos
ma instrucção, pelos artigos 39.° e 44.° do navios da armada existentes.
decreto n.° 8 de 24 de dezembro de 1901, cu- h) A transferir, co^i as formaiidades da presente lei, das
j a s disposições ficam por esta fórma confirma- sobras do artigo 35.° do capitulo 10.° da tabella da dis-
d a s ; devendo o referido augmento de venci- tribuição da despesa do Ministerio do Reino no exerci-
mento realizar-se a contar de 1 do mês de cio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 para o artigo 46.° do capitulo 16.° da
julho do corrente anno. mesma tabella, a quantia de 2:270/5225 réis, para paga-
2) a favor do Ministerio da Marinha e UItramar, Di- mento da divida a um lente cathedratico da Universidade,
reeção Geral do U I t r a m a r : proveniente do augmento de vencimento por diuti?t-nidade
— para incluir nas contas publicas as despesas dos de serviço.
corpos expedicionarios a Lourenço Marques e i) A addicionar, pelo Ministerio das Obras Publicas, no
a Macau, liquidadas e pagas até fim de janeiro orçamento especial dos Caminhos de F e r r o do Estado
de 1902 por quantia não superior a 403:500)5000 para o exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , com a observancia dos
réis; preceitos consignados no artigo 30.° d"o regulamento do
— para pagamento das despesas dos mesmos cor- seu conselho de administração, approvado por decreto com
pos expedicionarios, e á proporção que se li- força de lei de 2 de novembro de 1899, as verbas neces-
quidarem, posteriormente áquella d a t a ; sarias p a r a o custeamento da exploração, no referido exer-
3) a favor do Ministerio das Obras Publicas, Com- cicio, das novas linhas não comprehendidas no meneionado
mercio e I n d u s t r i a : orçamento; berfT como para o pagamento do pessoal em
— para reforço da verba consignadano capitulo 3.° que tiver de ser fixado o quadro respectivo, nos termos
da despesa extraordinaria da respectiva ta- do artigo 9.° do regulamento geral clas dirèeç§es dos m e s - '
bella para 1901-1902, até á quantia de réis mos c a n ^ h o s de ferro, approvado por decreto com força
150:000/5000; ^ de lei de 16 de novembro do mesmo anno de 1899 e do
— p a r a desenvolvimento das estações de fomento artigo 7.° do decreto de 24 de dezembro ultimo.
agricola, com relação ao exercicio de 1902- Art.^21. 0 Fica a cargo do Governo o pagamento clas
1903, até á quantia de 5:000,5000 réis; restanfes prestações em clivida, incluindo a que se vence
— p a r a legalização dos pagamentos effectuados e a no proximoypi4s de abril, do emprestimo contrahido pela
effectuar, em virtude d^syreq«isições organi- Camara Mwnicipal de Aveiro, na Companhia Geral do
zadas pela commissão liquidataria das dividas, Credito Predial Português, para a construcção do quartel
em 30 de junho" cle 1900, d'aquelle Ministe- militar de,Aveiro.
rio, devendo ser escripturíídos esses pagamen- § unico. E s t a disposiçâo é considerada de execução per-
tos nos termos preceituados na carta de lei cle manente.
11 de abril de 1901. Art. 22.° As mesas das duas Camaras Legislativas sao
ã) A realizar, nos termos da carta de lei de 21 de ju- auctorizadas a rever os artigos 7.° e 10.° do capitulo 2.°
lho de 1887, com destino a construcções e grandes re- do orçamento clos encargos geraes clo Ministerio da F a -
parações de estradas no anno economico de 1902-1903, zenda, por fórma a os vencimentos dos seus
a operação necessaria p a r a esse fim, saindo os seus encar- respectivos empregados aos das outras secretarias do Es-
gos da correspondente verba descripta no orçamento da tado, ení^harmonia com^ o ^ i j é e e i t u a d o nas leis e com a
despesa extraordinaria do Ministerio das Obras Publicas, eategoria que as mesm^Fínesas lhes attribuam.
Commercio e Industria. »» Art. 23*° O capital d e l 2 : 0 Q 0 ^ 0 0 0 réis ( l e g a d o d a R a i n h a
e) A criar uma secção na Caixa de Reformas estabe- a Senhora D . Marianna de Austria) que, por disposiçâo
lecida pelo decreto n,° 2 de 17 de julho de 1886, desti- da lei de 12 de agosto de 1856, constitue fundo de dota-
nada a reformas, subsidios e pensões do pessoal dos ser- ção do Collegio das Missões Ultramarinas, será convertido
viços de obras publicas a que n^o, são*applicaveis os de- em inscripções da J u n t a clo Credito Publico, quc deverão
cretos d'aquella data. 'L ser averbadas a »ste estabeleeimento, para seu necessario
O fundo d'essa secção será constituido-pelas quotas com desenvolvimento e para que possa attingir o fim religioso
que obrigatoriamente concorrerem os"interessados e por um e civilizador da sua instituição.
subsidio annual, até á quantia de 35:000/5000 réis, cobrado Art. 24.° A divisão dos vencimentos do pessoal clo Mi-
por uma deducção em todos os pagamentos de empreitadas nisterio da Fazenda em ordenado e gratificação far-se-ha
e fornecimentos de obras publicas e por uma percentagem conforme a estabelecida para o Ministerio do Reino.
sobre as verbas votadas para as ditas obras e sobre as recei- § unico. E s t a disposiçâo é cle execução permanente.
tas especiaes dos serviços proprios do respectivo Ministerio. Art. 25.° Fica revogada a legislação em contrario.
/ ) A modiíicar a primeira parte da alinea b) do artigo Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
18.° da lei de 12 de junho de 1901 pela seguinte f ó r m a : conhecimento e execução da presente lei pertencer, que a
Maio 14 172 1902

c u m p r a m e g u a r d e m e f a ç a m c u m p r i r e g u a r d a r tão in- C a r t a de lei p e l a q u a l V o s s a M a j e s t a d e , t e n d o sanccio-


t e i r a m e n t e como nella se c o n t é m . n a d o o d e c r e t o d a s C ô r t e s G e r a e s d e 1 6 d e a b r i l ul-
O Conselheiro de E s t a d o , P r e s i d e n t e d o Conselho d e timo, q u e a u c t o r i z a á cobrança dos impostos e d e m a i s r e n -
M i n i s t r o s e M i n i s t r o e Secretario de E s t a d o dos Negocios d i m e n t o s publicos relativos ao exercicio d e 1 9 0 2 - 1 9 0 3 e
do Reino, e os Ministros e S e c r e t a r i o s d e E s t a d o dos a applicação do seu p r o d u c t o ás d e s p e s a s do E s t a d o c o r -
Negocios das o u t r a s Repartições, a s s i m o t e n h a m e n t e n d i d o r e s p o n d e n t e s ao m e s m o exercicio, nos t e r m o s dos m a p p a s
e façam executar. D a d a no Paço, aos 1 4 d e maio d e j u n t o s , e c o n t e n d o o u t r a s auctorizações e p r o v i d e n c i a s ,
1 9 0 2 . = E L - R E I , com r u b r i c a e g u a r d a . — Ernesto Ro- m a n d a c u m p r i r e g u a r d a r o m e s m o d e c r e t o como n e l l e s e
dolpho Hintze Ribeiro — Arthur Alberto de Campos Hen- contém, p e l a f ó r m a r e t r o d e c l a r a d a .
riques = Fernando Mattozo Santos = Luiz Augusto Pimen-
tel Pinto = Antonio Teixeira de Sousa = Manuel Francisco P a r a V o s s a M a j e s t a d e ver.= : Ernesto Augusto da Costa
de Vargas. ( L o g a r do sêllo g r a n d e das a r m a s r e a e s ) . Campos Eranco a f e z .

N.° 1

Mappa d.» r e c e i t a do E s t a d o p a r a o e x e r c i c i o de 1 9 0 8 - 1 9 0 3 ,
a que s e r e f e r e o p r o j e c t o de l e i d'esta data e que d'elle faz p a r t e

RECEITA ORDINARIA

ARTIGO 1.»

Impostos directos
Contribuições :
Industrial:
No continente 1.806:000.^000
Nas ilhas adjacentes 38:300.$ 000 j . g ^ g o o ^ y o o
Predial:
No continente:
3 058:000
Rustica j ' ^000
Nas ilhas adjacentes:
Urbf.na 1 97:000$ 000
Kustlca
t 3.155:000^000
De renda de casas :
No continente 798:000|;000
Nas ilhas adjacentes 14:600$000 812:600^000
Sumptuaria:
No continente 129:000^000
Nas ilhas adjacentes 900^000 129-900^000
Decima de juros 482:500^000
Direitos de mercê:
No continente 300:000^000
Nas ilhas adjacentes 13:100^000 313-100^000
Emolumentos:
Das capitauias dos portos :
No continente 505000
Nas ilhas adjacentes 700J5000 7501000
Dc cartas de saude :
No continente 2:950^000
Das conservatorias de l. a classe:
No continente -JS-
Consulares :
No continente 6:200^000
Nos consulados 114:500^000 i20-700$000
Dos extinctos tribunaes administrativos:
No continente j nfumn
Nas ilhas adjacentes j o0£000
Judiciaes:
No continente 127:000^000
Naa illias adjacentes 9:400#000 136-400^000
Nos processos do contencioso fiscal:
No continente 3:6001000
Nas ilhas adjacentes 450^000 4-050&000
Emolumentos :
De passapurtes a nacionaes:
No coutiuente . ., . I
Nas ilhas adjacentes ! '...'..'..'.'.'.'.'.'.'.'.] 20:000^000
l)e registo de diplomas de mercés honorificas e lucrativas 20:000,1000
Das Secrctarias de Estado, do Thesouro Publico e do Tribunal de Contas:
No coutineute 111:000^000
Nas ilhas adjacentes 3:300*000 114:300|000

1 mpostos:
Addicionaes :
A algiunas contribuições directas no districto da Horta 1:400$000
Por leis de 25 de abril de 1857 e 14 de agosto de 1858 ÍOSOOO
De 5 por cento para beneficencia 2:100$000
1902 173 Maioli

Directos extinctos e diversas receitas :


No continente • 8:700*000
Naa ilhas adjacentes 200*000 8-900*000
De licenças:
Para a venda de polvora e dynamite :
No continente . . . . j 300*000
Nas ilhas adjacentes j
Para a venda de tabacos :
No continente 93:400*000
Nas ilhas adjacentes 10:000*000 103-400*000
Sobre os estabelecimentos onde se produzir alcool:
No continente . . . . j 100*000
Nas ilhas adjacentes )
De rendimento :
No continente 5.531:000*000
Nas ilhas adjacentes, consulados e agencias 21:700*000 5.552:700*000
Sobre minas:
No continente 43:300*000

Juros de mora de dividas á Fazenda:


No continente 49:600*000
NaB ilhas adjacentes 5:8001.000 55; 400*000
Matriculas e cartas : _ „„„ „ ,„
No continente 186:000*000
Nas ilhas adjacentes I' 3:950*000 189:950*000
Multas judiciaes e diversas :
No continente 53:700*000
Nas ilhas adjacentes 3:800*000 57:500*000
Tres por cento de collectas não pagas á, boca do cofre:
No continente . 56:900*000
Nas ilhas adjacentes 2:400*000 59 : 300*000 13 230,960g000

ARTIGO 2."

Contribuição de registo : SCllo e registo


No continente 3.029:000*000
Nas ilhas adjacentes 177:000*000 3 2 06:000*000

Imposto do sêllo:
No continente 2.760:000*000
Nas ilhas adjacentes
Lotarias 357:000*000 6.323:000*000

ARTIGO 3.'
Direitos: T . . ,. .
De carga: Impostos xndirectos
No continente 252:500*000
Nas ilhas adjacentes 14:200*000 266:700*000
De consumo em Lisboa 2.223:000*000
De exportação:
Estatistico sobre 0 vinho : „
No continente 3:924*000
Nas ilhas adjacentes . 3:924*000
Do vinho exportado pela Alfandega do Porto 25:500*000
De outros generos e mereadorias :
No continente I 2 01:000*000
Nas ilhas adjacentes )
De importação:
De cereaes:
No continente I 1.823:000*000
Nas ilhas adjacentes )
De tabacos e receitas geraes da mesma proveniencia:
No continente 4.500:000*000
Nas ilhas adjacentes 30:250*000 45 3 o ; 250*000
De outros generos e mereadorias :
No continente. j i 2 .604:500*000
Nas ilhas adjacentes )
De fabricação de manteiga artificial -*-
Sanitarios sobre as carnes, em Lisboa 9:100*000
Emolumentos geraes da Guarda Fiscal:
No continente 18:400*000
Nas ilhas adjacentes 2:300*000 20:700*000

Fazendas abandonadas:
No continente 1:650*000
Nas ilhas adjacentes 700*000 2'350*000
Maio 14 174 1902

Impostos :
De fabricaçio e consumo (lei de 27 de abril de 1896) :
No continente 530:000*000
Nas ilhas adjacentes 23:400*000 553:400*000
De fabrico de isca:
No continente 650*000
Nas ilhas adjacentes
De lazareto 6:700*000
De transito nos caminhos de ferro do continente 244:000*000
Especial do vinho, etc., entrado no Porto e em Villa Nova de Gaia, excepto o destinado a exportação 122:000*000
Do pescado e addicional:
No continente 209:500*000
Nas ilhas adjacentes 11:400*000 220:900*000
Da producção dos alcooes e aguardentes :
No continente 12:100*000
Nas ilhas adjacentes 275:000*000 287:100*000
Para as obras da barra de Aveiro 400*000
Especial de tonelagem para as obras da barra da Figueira 700*000
Por lei de 12 de abril de 1876 T. 1:200*000
Especial de tonelagem para as obras da barra de Portimào
Especial de tonelagem para as obras da barra de Vianna do Castello, nos termos da lei de 2 de
setembro de 1869 350*000
Especial de tonelagem para as obras do porto de Espo.sende 1005000
No porto artificial de Ponta Delgada, por lei de 18 de abril de 1873 7:500*000
Especiaes para as obras do port o artificial da Horta 550*000
Especial de tabaco fabricado nas ilhas 42:000*000
Quotas :
Dos emolumentos dos empregados das alfandegas, pertencentes ao Estado (receita nos termos do
artigo 65.° do decreto n.° 3, de 27 de setembro ds! 1894) 35:9005000
Dos emolumentos de tres logares de inspeetores das alfandegas supprimidos.. 6:480*000
Real de agua :
No cootinente 1.475:000*000
Nas ilhas adjacentes 14:400*000 1.489:400*000
Receitas r.
Nos termos do contrato de 25 de abril de 1895 (pavios phosphoricos) :
No continente | 288:500*000
Nas ilhas adjacentes j
Nos termos dos artigos 240.° e 246.° do decreto n.° 3, de 27 de setembro de 1894 e decreto n.° 5, da
mesma data Çtaxas do trafego) 271:500*000
Taxas:
De permanencia no porto de Leixòes 9:500*000
Tomadias:
No continente 8:8005000
Nas ilhas adjacentes 50*000 8:850*000 25.307:7045000

ARTIGO 4."
Impostos addicionaes
Impostos :
Addicional por lei de 27 de abril de 1882:
No continente 311:500*000
Nas ilhas adjacentes 9:350*000
320:850*000
Complementar de 6 por cento (cartas de lei de 30 de julho de 1890 e 26 de fevereiro
cle 1892):
No continente 766:500*000
Nas ilhas adjacentes 20:400*000
786:900*000 1.107:750*000

ARTIGO 5.»

Bens proprios nacionaes e rendimentos diversos


Academia Real das Sciencias 200*000
Acções do Banco de Portugal 42*000
Aguas mineraes do Arsenal da Marinha 500*000
Armazenagem nas alfandegas:
No continente 15:900*000
Nas ilhas adjacentes 1:100*000
17:000*000
Arsenal do Exercito, Fabrica da Polvora e diversas receitas militares. 57:300*000
Caminhos de Ferro do Estado 50:000*000
Cadeia Geral Penitenciaria e Casa de Detenção e Correcção 757:100*000
Cadeia Geral Penitenciaria de Coimbra
Capitaes mutuados pelos extinctos conventos:
No continente 500*000
Nas ilhas adjacentes 50*000
550*000
Casa da Moeda -*-
Collegio Militar 9:300*000
Correios e telegraphos:
Rendimento postal 1.381:0005000
Rendimento telegraphico 421:000*000
1.802:000*000
Extincto collegio dos nobres 5:300*000
Fabrica de vidros da Marinha Grande 2:005*000
i

1902 175 Maio 14

Poros, censos e pensões :


No continente 2:700*000
Nas ilhas adjacentes 150*000 -2:850*000
Heranças jacentes e residuos :
No continente 22:000*000
Nas ilhas adjacentes
Hospitaes :
Dos Invalidos Militares em Runa. 4:050*000
Da Marinha 700*000
Impostos extinctos e diversas receitas :
No continente 41:600*000
Nas ilhas adjacentes 2:700*000 44:300*000
Imprensas:
Nacional e Diario do Governo
Da Universidade de Coimbra...
Instituto Industrial e Commercial de Lisboa
Juros das inscripções do Curso Superior de Letras e de outras, com applicação a diversos encargos... 3:377*850
Laudemios :
No continente 350*000
Nas ilhas adjacentes -*-
Mercado Central de Productos Agricolas
Montepio Militar 50*000
Obrigações da Companhia das Docas e Caminhos de Ferro Peninsulares 56:616*300
Obrigações da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses (juros) 263:931*420
Paclaria Militar
Participação nos lucros do Banco de Portugal 162:700*000
Participação nos lucros da Companhia dos Tabacos 157:000*000
Propriedades pertencentes ás praças de guerra :
No continente . 5:750*000
Nas ilhas adjacentes 3:S 9:700*000
Quotas e outros rendimentos do Montepio de Marinha 550*000
Receitas :
Agricolas , 18:700*000
Pelo artigo 1.° do decreto de 7 de setembro de 1893 (indemnização pela fiscalização e cobrança
de impostos municipaes) 9:000*000
Avulsas e eventuaes:
No continente 44:000*000
Nas ilhas adjacentes 2:250*000
46:250*000
Das cadeias civis de Lisboa e Porto 700*000
Das circumscripções hydraulicas
Por decreto de 3 de dezembro de 1868:
No continente 5:950*000
Nas ilhas adjacentes 1:050*000 000*000
Do dividendo da Companhia dos Vinhos do Alto Douro 350*000
Do posto de desinfecção 600*000
Do recrutamento :
No continente
Nas ilhas adjacentes
Remanescente das receitas das extinctas juntas geraes
Reembolsos :
Da despesa com os livros e impressos para os impostos indirectos municipaes 10*000
Dos emprestimos aos bancos do Porto
Rendas:
No continente 3:150*000
Nas ilhas adjacentes 6:300*000
9:450*000
Rendimentos :
Da Hospedaria do Lazareto.
De portagem 34:943*000
Serviço da barra de Aveiro 150*000
Venda de bens proprios nacionaes :
No continente 5:550*000
Nas ilhas adjacentes 250*000
5:800*000
Venda e remissão de foros, censos e pensões :
No continente 600*000
Nas ilhas adjacentes
600*000
Contribuição da provincia de Macau para o emprestimo de 400:000*000 réis
Contribuição das provincias ultramarinas para os encargos dos emprestimos:
De 1.750:000*000 réis (carta de lei de 15 de abril de 1874)
De 1.000:000*000 réis (carta de lei de 12 de abril de 1876)
De 800:0005000 réis (carta de lei de 9 de maio de 1878)
De 300:000*000 réis (carta de lei de 23 de junho de 1879, § 1." do artigo 1.°).
3.567:025*570

ARTIGO 6.°

Compensações de despesa
Compensações :
Pelos orçamentos das provincias ultramarinas, pelo3 encargos dos emprestimos para obras publicas
das mesmas provincias, nos exercicios de 1887-1888 a 1892-1893
Pela despesa do Museu Colonial e da commissão de cartographia
Maio 14 176 1902

Pela despesa com as cobrancas, no districto de Angra do Heroismo, das receitas de que tratam os
artigos 1." a 3." do decreto de 30 de novembro de 1898 9:000*000
Pela despesa com as cobranças, no districto de Ponta Delgada, das receitas de que tratam os arti-
gos 1.° a 3." do decreto de 30 de julho de 1896 14:000*000
Fundo geral de quotas 54:871*000
Impostos addicionaes ás contribuições do Estado:
Para os tribunaes administrativos (artigo 284." do antigo Codigo Administrativo e decreto com força
de lei de 17 de julho de 1886) 41:070*000
Para os serviços agricolas, estrada3 e respectivo pessoal technico (artigos 82.°, § unico, e 64.° dos
decretos de 24 de julho e 9 de dezembro de 1886) 204:630*000
Juros :
Das inscripções das extinctas companhias braçaes 8:961*750
Dos titulos de divida fundada na posse da Fazenda:
Dividas:
Consolidada:
Interna 3.951:013*500
Externa 101:071*800
Amortizavel:
Interna 1:350*720
Extema
4:222*050 4.057:658*070
Parte dos lucros da Caixa G-eral de Depositos e Instituições de Previdencia, correspondente á despesa
com a respectiva secretaria e importancia para amortização das obrigações destinadas á conversão da
divida externa 69:337*500
Receitas .-
Nos termos do decreto de 15 de setembro de 1890 e artigo 8.° do decreto de 29 de março do mesmo
anno (importancia eom que as camaras teem de contribuir para as despesas de novas comarcas) 550*000
Nos termos do artigo 20.° das bases annexas á carta de lei de 23 de março de 1891 (fiscalização
da venda e cultura dos tabacos) 7:200*000
Nos termos do artigo 23.° do regulamento approvado por decreto de 30 de setembro de 1892 (depo-
sito pelo reconhecimento de minas) , -*-
Nos termos. do decreto de 24 de dezembro de 1901 (quotas eom que a Camara Municipal e o Go-
verno Civil do districto do Porto e as Juntas Geraes dos districtos clo Funchal e de Ponta Del-
gada teem de contribuir para as despesas dos serviços sanitarios) 10:500*000
Reformas militares (carta de lei de 22 de agosto de 1887, artigo 13.°):
No continente 31:500*000
Nas ilhas adjacentes 1:100*000 32-6005000
Rendimentos dos conventos de religiosas supprimidos (lci de 4 de abril de 1861) 60:954*600
Subsidios pelas sobras das auctorizações de despesa pelo Ministerio do Reino (lei de 13 de abril de 1857) 5:4255000
Vencimentos a cargo do Banco Bmissor (carta de lei de 29 de julho de 1887, artigo 24.°, § 2.°, e artigo
7.°, § 2.°, do decreto de 15 de dezembro de 1887) 21:400*000 ^ 598-1575920

Total da receita ordinaria 54.134:597*490

RECEITA EXTRAORDINARIA
Imposto addicional extraordinario de 5 por cento sobre todas as contribuições, taxas e demais rendi-
mentos de qualquer ordem, natureza, denominacão ou exercicio, que se arrecadarem até 30 de junho
de 1902 ' 782:000*000
Receita para as obras cla Academia Polytechnica do Porto (lei cle 1 de agosto de 1899) 40:000*000
J
Prestação com que a Camara Municipal do l orto tem de contribuir pela mudança das barreiras para a
nova linha fiscal, nos termos da condição 4.a do contrato de 23 cle julho cle 1897 100:00(W0Q
922:000*000
Total 55.056:597*490

Paço, em 14 de maio de 1 9 0 2 . = Fernando Mattozo Santos.

N.° 2

Mappa d a s d e s p e s a s ordinarias do E s t a d o p a r a o e x e r c i c i o de 1 9 0 3 - 1 9 0 3 ,
a que s e r e f e r e a lei d'esta data e que d-ella faz p a r t e

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA F A Z E N D A

PRIMEIRA PARTE
Encargos geraes
Dotação da Familia Real 525:000*000
Ç ô r t es ••••• 115:937*000
Juros e amortizaçoes a cargo do Thesouro 7.631:3775684
Encargos diversos e classes inactivas 1 4M -ion^fi^
9.723:735*149
SEGUNDA PARTE
Divida publica fundada
Jimta do Credito Publico 118:200*000
Divida pubhca interna 15.369:435*745
Divida publica externa 5 220'017*164
Pensões vitalicias qi'.fír,Qsnnn
20.739:310*909
1902 177 Maioli

TERCEIRA PARTE

Serviço proprio do ministerio


Administração Superior da Fazenda Publica 331:239*348
Alfandegas , 2.111:847*302
Administração Geral da Casa da Moeda e do Papel Sellado 75:282*600
Repartições de fazenda dos districtos e dos concelhos 867:252*204
Empregados addidos e reformados 362:566*946
Despesas diversas 82-.190*000
Despesas de exercicios findos 26:000*000 3.856:378*400

QUARTA PARTE

Fundo permanente da defesa nacional


Receitas do Estado e sobras das auctorizações das despesas, com applicação a esse fundo

QUINTA PARTE

Differenças de cambios
Differenças de cambios 400:000*000 34.719:424*458

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


Secretaria de Estado 55:823*420
Contencioso Administrativo 34:362*930
Governos civis 91:963*200
Segurança publica 1.023:852*375
Hygiene publica 163:815^775
Beneficencia publica 536:515*985
Conselho Superior de Instrucção Publica 5:760*000
Instrucção primaria 214:540*767
Instrucção secundaria 228:507*675
Instrucção superior 352:991*967
Bellas artes 48:114*801
Bibliothecas e archivos publicos 37:497*995
Empregados addidos e de repartições extinctas 23:383*250
Aposentados e jubilados 21:655*500
Diversas despesas 11:'
Despesas de exercicios findos 1:1 2.851:485*890

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E D E JUSTIÇA


Secretaria de Estado f 30:659*440
Dioceses do reino 148:358*758
Supremo Tribunal de Justiça 41:198*658
Tribunaes de 2.a instancia 106:386*653
Juizos de l. a instancia 259:301*658
Ministerio Publico 138:755*666
Sustento de presos e policia de cadeias 336:213*806
Diversas despesas 11:000*000
Subsidios a conventos e parochos 1:395*000
Despezas de exercicios findos 1:500*000
Aposentados 3:587*953 1.078:357*592

MINISTERIO DOS NEGOCIOS D A GUERRA


Secretaria de Estado 15:729*370
Estado maior general e casa militar de El-Rei 42:108*000
Serviço do estado maior e commandos militares 76:324*400
Governo de fortificações e serviço de torpedos fixos 25:119*250
Corpos das differentes armas 2.374:242*930
Officiaes não combatentes 298:324*500
Serviços de saude e administração militar e diversos estabelecimentos 642:539*790
Instrucção militar 177:160*250
Justiça militar e estabelecimentos correlativos 35:305*715
Officiaes do quadro da reserva e pessoal inactivo 922:095*918
Despesas de alimentação 1.256:672*290
Fardamentos 222:000*855
Diversas despesas de pessoal e material 328:957*700
Despesas de exercicios findos 14:440*125 6.431:021*093

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


Marinha:
Secretaria de Estado e repartições auxiliares 56:653*550
Armada 1.872:358*175
Justiça militar, serviço dos portos e fiscalização da costa e estabelecimentos 173:877*850
Arsenal da Marinha e Cordoaria Nacional 845:353*135
Encargos diversos 102:850*000
Empregados reformados e divisão de veteranos 220:205*740
Despesas de exercicios findos 950*000
3.272:248*450
Maio 14 178 1902

UItramar:
Despesas de emigração para as possessões de Africa 10:000*000
Subsidio á Sociedade de G-eographia de Lisboa (Museu Colonial) 1:000*000
Commissão de cartographia 2:500*000
Subsidio ao Instituto Ultramarino, criado por decreto de 11 de janeiro de 1891 10:000*000
Cabo submariuo até Loanda (garantia de palavras, conforme se liquidar) 133:500*000
Caminbo de Ferro de Ambaca (garantia de juro) 500:400*000
Caminho de Ferro de Mormugão (garantia de juro) £40:500 ao par 182:250*000
Despesas de soberanía, civilização e administração geral 75:960*000 915:610*000
4.187:858*450

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS


Administração Superior dos Negocios Estrangeiros 67:174*000
Abonos permanentes a funccionarios do Corpo Diplomatico 109:250*000
Abonos permanentes a funccionarios do Corpo Consular 71:600*000
Despesas eventuaes 66:871*800
CondecoraçõeB 2:400*000
Empregados em disponibilidade 9:833*330
Despesas de exercicios findos 600*000
Transitorio 23:003*130
350:732*260

M I N I S T E R I O D A S OBRAS P U B L I C A S , C O M M E R C I O E I N D U S T R I A
Secretaria de Estado 79:592*970
Direeção Geral de Obras Publicas e Minas 1.639:710*170
Direeção Geral dos Correios e Telegraphos 1.273:538*600
Direeção Geral de Agricultura 398:615*027
Direeção Geral do Commercio e Industria 245:114*166
Direeção Geral dos Trabalhos Geodesicos e Topographicos 36:068*000
Diversas despesas 31:310*000
Diversos encargos 1.083:220*620
Despesas de exercicios findos 600*U0Q 4.787:769*553

ADMINISTRAÇÃO DA CAIXA G E R A L D E D E P O S I T O S
E INSTITUIÇÕES D E PREVIDENCIA

Caixa Geral de Depositos e Instituições de Previdencia. 69:337*500


Total 54.475:986*796

Paço, em 14 de maio de 1902. —Fernando Mattozo Santos.

N.° 3

Mappa das d e s p e s a s extraordinarias do E s t a d o , na metropole,


para o e x e r c i c i o de 1 9 0 3 - 1 9 0 3 ,
a que s e r e f e r e a lei d ' e s t a d a t a e que d'ella faz p a r t e

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA

CAPITULO 1.»
DespeBa extraordinaria de diversos serviços no Ministerio. 10:000*000

CAPITULO 2.°

ARTIGO 1."
Conclusão dos edificios destinados á delegação aduaneira e quartel da Guarda Fiscal em
Alcantara-mar 4:300*000
ARTIGO 2.°
Construcção de uma casa para a delegação aduaneira junta do armazem geral em Santa
Apolonia 6:300*000
ARTIGO 3.°
Despesas com o recenseamento geral da população :
Para complemento d'estas despesas no exercicio de 1901-1902 19:000*000
Para despesas no exercicio de 1902-1903 20:000*000
39:000*000
49:600*000
CAPITULO 3."
Acquisição de cofres de duas chaves para serviço de reeebedorias 40:000*000

CAPITULO 4."
Construcção de quarteis e casas fiscaes na nova linha da circumvallação do Porto. 47:050*000 146:650*000

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA

CAPITULO 1."
Construcção das obras de defesa maritimas e terrestres 100:000*000
1902 179 o
i Maio 14 i

CAPITULO 2.°
Construcção e ampliação de quarteis e outros edificios militares 30:000*000

CAPITULO 3.°
Para pagamento á Caixa Geral de Depositos da terceira annuidade do emprestimo de 15:000*000 réis,
effectuado nos termos da lei de 26 de julho de 1899, para acquisição da propriedade sita na Luz,
pertencente aos herdeiros do fallecido Conde de Mesquitella, com destino ao Real Collegio Militar... 2:038*019

CAPITULO 4.»
Para pagamento ao esculptor Thomás da Costa das 1." e 2." prestações, conforme o contrato celebrado
em 1 de julho de 1901, para a construcção do monumento ao Marechal Duque de Saldanha (lei de 12
de agosto de 1889) 4:000*000 136-038*019

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR

Direeção Geral da Marinha

CAPITULO 1."

Vencimentos do engenheiro Alphonse Croneau e seus ajudantes 10:440*000

CAPITULO 2.°
Presidio militar (parte do custo) 16:000*000

CAPITULO 3."
Construcção de paioes para armazenagem de explosivos 2:000*000

CAPITULO 4."
Serviço de torpedos.— Obras em Valle de Zebro (parte do custo) 8:000*000

CAPITULO 5.»
Reparação da corveta-couraçada Vasco da Gama (resto do fabrico) 200:000*000
236:440*000
Direeção Geral do UItramar

CAPITULO l.«
Despesas geraes das provincias ultramarinas 400:000*000

CAPITULO 2."
Missões, delimitações de fronteiras e inspecções extraordinarias 65:000*000 nnnmnn
465:000*000 701:440í000

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS

CAPITULO UNICO

Para despesas com missões extraordinarias, despesas com a commissão de demarcação de fronteiras entre Portugal e
Hespanha ; despesas extraordinarias de legações e consulados de Portugal fóra da Europa; e despesas com a com-
missão internacional de pesqueiras no Rio Minho 50:000*000

M I N I S T E R I O D A S OBRAS P U B L I C A S , C O M M E R C I O E I N D U S T R I A

CAPITULO 1.°
Construcção de novas linhas telegraphicas • 10:000*000

CAPITULO 2.°
Portos arteficiaes, construcção e melhoramento dos existentes 240:000*000
CAPITULO 3.°
Construcção e grandes reparações de estradas de 1.» e2. a ordem 100:000*000
CAPITULO 4.»
Academia Polytechnica do Porto (lei de 1 de agosto de 1899) 40:000*000
CAPITULO 5.»
Serviços agricolas 60:000*000 450-000*000

Total 1.484:128*019

Paço, em 14 de maio de 1902. = Fevnando Mattozo Santos.


D. do G. n.° 107,'do lfl tle maio.
Maio 14 180 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO Hei por bem approvar, nos termos e para os effeitos
dos artigos 175.° e 438.° do Codigo Administrativo, a de-
Direeção Geral de Administração Politica e Civil liberação da Junta de Parochia da freguesia de Sebolido,
concelho de Penafiel, de 23 de abril ultimo, acêrca do lo-
a gar de sacristão da igreja parochial da mesma freguesia
2. Repartição
com a dotação de 16$000 réis annuaes.
Attendendo ao que me representou a Camara Munici- O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
pal do concelho de Villa Nova de Constaneia; cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
Vistas as informações officiaes e o disposto no artigo entendido e faça executar. Paço, em 14 de maio de
18.° da carta de lei de 12 de junho de 1901, com refe- 1 9 0 2 . = = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
rencia ao artigo 30.° da carta de lei de 3 de setembro de D. do G. n.° 10S, de 16 do maio.
1897 :
Hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros,
auctorizá-la a que dentro da metade disponivel do seu
fundo de viação applique a quantia de 127 $000 réis ás 3.a Repartição da Direeção Geral
obras de alargamento do cemiterio municipal e de separa- da Contabilidade Publica
eSo de um cano geral de esgotos na mesma villa, visto
serem urgentes e não poderem custear-se actualmente Nos termos do § unico do artigo 79.° do regulamento
pelas receitas ordinarias da impetrante. geral da contabilidade publica, de 31 de agosto de 1881,
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- e em vista do disposto na carta de lei datada de hoje :
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha hei por bem determinar que a distribuição da despesa
entendido e faça executar. Paço, em 14 demaio de 1902.== ordinaria do Ministerio dos Negocios do Reino no exerci-
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. cio de 1902-1903, se regule pela tabella junta, que faz
D. do Cr. n." 10S, de 10 de maio.
parte d'este decreto, e baixa assignada pelo Conselheiro
de Estado, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro
e Secretario de Estado dos Negocios do Reino.
O mesmo Conselheiro de Estado, Presidente do Conse-
Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.° lho de Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Ne-
n.° 2.° e 57.° do Codigo Administrativo, a deliberação da gocios do Reino, assim o tenha entendido e faça execu-
Camara Municipal do concelho da Povoaçao, de 5 de abril tar. Paço, em 14 de maio cle 1902. = R E I . = Ernesto
ultimo, acêrca da criação do logar de fiscal da conserva- Rodolpho Hintze Ribeiro.
ção das estradas municipaes do mesmo concelho com a
dotação de 180$000 réis annuaes. Tabella da distribuição da despesa ordinaria
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- do Ministerio dos Negocios do Reino,
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha no exercicio de 1902-1903, a que se refere o decreto
entendido e faça executar. Paço, em 14 de maio de 1 9 0 2 . = datado de hoje
BEI.== Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
D. do a . u.° 10S, de 10 da maio.
Sommas
auetorizadaa

Attendendo ao que me representou a Camara Municipal


do concelho de Cabeceiras de Basto; vistas as informações l.» Secretaria de Estado 55:823*670
2.° Contencioso Administrativo 34:362*930
do Governador Civil do districto de Braga, e o disposto 3.° Governos civis 91:963*200
no artigo 438.° do Codigo Administrativo: hei por bem fi- 4.° Segurança publica 1.023:852*375
xar nos seguintes, os empregos e respectivas dotações, do 5.° Hygiene publica 163:815*775
quadro do pessoal do Instituto Municipal de Instrucção e 6.° Beneficencia publica 536:515*985
7.° Conselho Superior de Instrucção Publica. . 5:760*000
Beneficencia, a cargo da referida camara, no logar de 8.» Instrucção primaria 214:540*767
Gondarem, por effeito das disposições testamentarias do 9." Instrucção secundaria 228:507*675
benemerita Antonio Joaquim Gomes da Cunha, sob a ex- 10." Instrucção superior 352:991*967
pressa clausula dc que as mesmas dotações serão exclusi- 11." Bellas artes 48:114*801
12.» Bibliothecas e archivos publicos 37:497*995
vamente pagas pelas receitas ordinarias d'aquelle insti-
13.» Empregados addidos e de repartições ex
tuto : tinctas 23:383*250
1 professor da escola primaria do sexo masculino, tendo 14." Aposentados e jubilados 21:655*500
o ordenado annual de 2Õ0$000 réis; 15." Diversas despesas 11:700*000
1 professora da escola primaria do sexo feminino, tendo
16.° Despesas de exercicios findos 1:000*000
o ordenado annual de 250$000 róis; 2.851:485*890
e professores cla Escola Agricola, Commercial e In-
dustrial, tendo, cada um d'elles, o ordenado annual de Paço, em 14 de maio cle 1902. —Ernesto Rodolpho Hin-
500,->000 réis; tze Ribeiro.
1 medico, tendo o ordenado annual de 1:000,5000 D. do G. n.° 108, dp. 10 de maio.
réis;
1 pharmaceutico, tendo o vencimento annual de róis
480/5000 réis ;
1 secretario, tendo o ordenado annual de 200,5000 MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
réis ; e,
1 administrador fiscal, com o de 800,5000 réis. Direeção Geral dos Negocios de Justiça
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario cle Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha 2.a Repartição
entendido e faça executar. Paço, em 14 de maio de 1902. =
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Attendendo ao que me representou a Camara Municipal
rj. rlo Cí. n.° 108, do JG do maio. do concelho de Montalegre ; e tomanclo em consideração
1902 181 Maioli

as informações que me foram p r e s e n t e s : hei por bem, iíosi miné da casa da refinação estar inferior ao telhado da casa
termos do § 1.° do artigo 4.° do decreto de 15 de setem dos recorrentes e dos vizinhos;
bro de 1892, transferir p a r a o Juizo de Direito d a comarca — que os residuos da refinação lançam um cheiro in-
da mesma denominação o julgamento das contravenções e supportavel e o fumo da chaminó introduz-se dentro das
transgressões de posturas que, segundo o disposto no casas contiguas ;
principio do citado artigo, compete aos juizes de paz Mostra-se que o recorrido impugna esta allegação com
dos districtos comprehendidos n a area do referido conce- os pareceres das estações officiaes:
lho. O que visto, e o parecer do Ministerio Publico;
O Ministro e Secretario de E s t a d o dos Negocios Eccle- Considerando que do processo para concessão de licença
siasticos e de Justiça assim o tenha entendido e faça exe- para laboração da fabrica de que se trata, se v ê que o re-
cutar. Paço, em 14 de maio de 1 9 0 2 . = R E I A r t h u r corrente teve d'este conhecimento, podendo allegar o que
Alberto de Campos Henriques. se lhe offerecesse contra a licença p e d i d a ;
D. do 6. 108, de 1G de maio. Considerando que se limitou a reclamar sem apresentar
nenhuma especie de prova que justificasse a sua reclama-
ção ;
Considerando que o sub-delegado de saude do concelho
é de parecer que estão preenchidos os inconvenientes
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO apontados na tabella annexa ao decreto de 21 cle outubro
de 1 8 6 3 ;
Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica Considerando que o engenheiro director julgou a fabrica,
embora moclestamente installada, nas condições de mere-
2.a Repartição cer a approvação do governador civil;
Considerando que a informação agora dada no presente
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal processo pelo administrador do concelho de Guimarães,
Administrativo acêrca do recurso n.° 11:496, em que são affirmando serem verdadeiras as allegações clos recorren-
recorrentes Domingos José Ribeiro Guimaraes e mulher, tes, não invalida a dos funccionarios technicos chamados
e recorrido Francisco Joaquim da Costa Magalhaes, de que a dar parecer sobre a licença de que se t r a t a :
foi relator. o Conselheiro de Estado, vogal effectivo, Julio Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
Marques de Y i l h e n a : negar provimento no recurso, mantendo, para todos os
Mostra-se que o presente recurso vem do despacho do effeitos, o despacho recorrido.
governador civil do districto de Braga, proferido em 7 de O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
j u n h o de 1900, e que concedeu ao recorrido licença p a r a Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
a laboração de uma fabrica de refinação de assucar n a Rua do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
da Rainha, da cidade de G u i m a r a e s ; em 14 de maio de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho
Mostra-se allegarem os r e c o r r e n t e s : Hintze Ribeiro.
— que a licença foi concedida com p r e t e n ç ã o das D. do G. n.° 109, de 17 de maio.
prescripções do decreto de 21 de outubro de 1863, por-
que, conforme o § unico do seu artigo 5.°, o requerimento
devia ser instruido com as condições geraes do processo
fabril, designando os apparelhos e os productos, do local
do estabeleeimento, suas confrontações e distancia das
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR
habitações mais proximas, da planta geral e do perime-
tro do terreno que devia ser occupado pelo estabeleei- Inspecção Geral de Fazenda do UItramar
mento ;
— que o requerente começou o seu requerimento por Convindo fixar o numero dos officiaes de diligeneias
um disfarce da verdade, pois que allegou ser possuidor que podem ser requisitados pelos escrivães de fazenda aos
de uma fabrica de refinação de assucar installada em edi- administradores clos concelhos para o serviço das execu-
ficio apropriado nas traseiras da sua casa, com entrada ções fiscaes administrativps na provincia de Cabo V e r d e ;
independente pela Rua da Rainha, quando isto não é ver- Tendo a experiencia demonstrado tambem a necessi-
dade, porque não possuia a dita fabrica, e a queria mon- dade de conceder na mesma provincia um lapso de tempo
tar de novo, nem tinha construido edificio apropriado para sufficiente p a r a que os empregados de fazenda promovam
a sua laboração ; a cobrança das contribuições em divicla, á vista da diffi-
— que a casa da refinação fica pelo lado do nascente culdade em encontrar nas localidades individuos que se
contigua á casa dos recorrentes, que ó um predio valioso, prestem ao serviço de escrivães supplentes;
pelo poente fica contigua ao estabeleeimento de mercea- Tendo ouvido a J u n t a Consultiva do Ultamar e o Con-
ria do recorrido com servidão reciproca, e pelo sul con- selho de Ministros;
fronta com uma passagem que vae ter â Viella da Arro- E usando da faculdade concedida no § 1.° do artigo 15.°
chella, a qual é uma servidão exclusiva dos moradores do 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional da Mo-
dos predios que são collocados de um e outro lado; narchia :
— que a dita passagem é estreita e que a distancia que Hei por bem decretar o seguinte:
ha entre a CciScL da refinação e o importante predio de Ma- Artigo 1.° O numero de officiaes • de diligeneias para o
nuel Antonio de Almeida é apenas de 2 m ,30, não tendo a serviço de execuções fiscaes na provincia de Cabo V e r d e ,
casa da refinação entrada independente; a que se refere o artigo 6.° do regulamento approvado
— que a casa dos recorrentes estâ separada da casa por decreto de 19 de julho de 1900, é fixado pela se-
da refinação por uma divisão de 0"',20 de espessura, me- guinte f ó r m a : 3 para cada um dos concelhos da Praia,
tade tapamento de madeira do lado dos recorrentes e me- Santo Antão, Santa Catharina, Fogo e S. Nicolau; 2 para
tade de pedra com 0 m ,10 de espessura do lado do recor- cada um dos concelhos da B r a v a c S . V i c e n t e ; e 1 para
rido ; cada um dos concelhos da BoaA 7 ista e Sal.
— que nestes termos o perigo de incendio para a casa § unico. Estes officiaes serão nomeados, á requisição
dos recorrentes é tanto maior quanto é excessivamente do escrivão de fazenda, pelo administrador do concelho,
delgada a parede de pedra que separa a casa da refinação sem direito a ordenado, e competindo-lhes somente os emo-
d'aquelle tapamento, accrescendo a circunstancia de a cha- lumentos designados na tabella respectiva.
Maio 14 182 1902

A r t . 2.° É additado com os seguintes paragraphos o ar- 6.a Repartição da Direeção Geral
tigo 12.° do mencionado regulamento das exeeuções fis- da Contabilidade Publica
caes e administrativas da dita provincia de Cabo Verde,
approvado pelo decreto de 19 de julho de 1900. Estando o Governo auetorizado pela alinea / ) do § uni-
§ 1.° Os processos em conta antiga que nào estiverem co do artigo 19.° da carta de lei de 12 de junho de 1901
extinctos por pagamento ou julgamento em falhas no prazo a applicar ás despesas de reparações dos navios da arma-
marcado na segunda parte d'este artigo, e bem assim os da existentes, o remanescente das auctorizações concedi-
processos em conta nova que não se acharem concluidos das pelas cartas de lei de 21 do maio de 1>S96 e 13 de
no prazo de um anno, a contar da sua instauração, serão setembro de 1897, para a reconstituição da marinha de
enviados dentro de cinco dias, depois de findos os mesmos g u e r r a ; e, tendo sido contratada com a casa Fratelli Or-
prazos, á Repartição Superior de F a z e n d a Provincial pelas lando, de Livorno, a reparação da corveta couraçada Vas-
repartições de fazenda dos concelhos, acompanhados de co da Gama: hei por bem, tendo ouvido o Conselho de
informação sobre os motivos de retardamento. Ministros, determinar que seja aberto no Ministerio da
§ 2.° Havendo embargos, os prazos indicados no para- Fazenda, devidamente registado na Direeção Geral da
grapho antecedente contar-se-hão desde que forem devol- Contabilidade Publica, a favor do Ministerio da Marinha e
vidos os processos pelo Juizo de Direito ao das exeeuções, UItramar, um credito especial de 63:000^000 réis ou £
dadas as hypotheses de terem sido aquelles considerados 14:000, cambio par, com applicação ao pagamento de
sem effeito ou julgados improcedentes, ou ainda dado o parte das despesas a fazer com a reparação da corveta
caso de ser declarado deserto o recurso. couraçada Vasco da Gama, nos termos da alinea f ) do §
§ 3.° O inspector de fazenda, no prazo maximo de dez unico da carta de lei de 12 de junho de 1901, sendo essa
dias, depois da recepção dos processos nas condições do quantia inscripta na tabella da despesa extraordinaria do
§ 1.°, remettê-los-ha ao delegado da respectiva comarca, Ministerio da Marinha e UItramar do exercicio de 1 9 0 1 -
que promoverá immediatamente a sua distribuição, a fim 1902, pela seguinte fórma :
de seguirem os demais termos no Juizo de Direito, onde Capitulo 5 . ° : Reparação da corveta couraçada Vasòo da
serão observados na parte applicavel todos os preceitos e Gama, 63:000^000 réis.
formalidades prescriptos neste regulamento e contadas as O Tribunal de Contas julgou este credito nos termos de
custas na conformidade do disposto no artigo 37.°; neste ser deeretado.
caso, porem, todos os recursos subirão aos tribunaes j u - O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da F a -
diciaes superiores, nos termos da lei geral. zenda, e o dos da Marinha e UItramar, assim o t e n h a m
§ 4.° P a r a que a Repartição Superior de F a z e n d a Pro- entendido e facam 9
executar. Paco,
9 7
14 de maio de 1902 =
vincial possa fiscalizar devidamente o cumprimento do de- R E I . = Fernando Mattozo Santos — Antonio Teixeira de
terminado no § 1.°, ficam obrigados os escrivães de fa- Sousa.
zenda a enviar mensalmente á mesma repartição map- D. do G. u.° 112, de 21 de maio.
pas demonstrativos do estado e movimento dos proces-
sos de exeeuções fiscaes instaurados nos respectivos con-
celhos. MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS
§ õ.° O inspector de fazenda, apreciando os motivos
expostos pelos seus subordinados, e formando o seu cri- 8.a Repartição da Direeção Geral
terio acêrca da demora no andamento dos processos, in- da Contabilidade Publica
formará circunstanciadamente em cada anno o governa-
dor geral da provincia sobre o assumpto, sendo tomados E m conformidade com o § unico do artigo 79.° do re-
em conta, como elemento essencial para a promoção e gulamento geral da contabilidade publica de 31 de agosto
melhor collocação dos empregados de fazenda, os bons ou de 1881, e nos termos da carta de lei datada de h o j e :
maus officios prestados por elles no serviço das exeeuções hei por bem determinar que a distribuição das despesas
fiscaes. ordinarias e extraordinarias do Ministerio dos Negocios
§ 6.° E o texto do § unico do artigo 12.° do citado re- Estrangeiros, auctorizadas para o exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 ,
gulamento de 19 de julho de 1900. pela mesma lei, se regule pelas tabellas j u n t a s , que fazem
Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrario. parte do presente decreto, e baixam assignadas pelo Mi-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da nistro e Secretario de Estado clos Negocios da F a z e n d a ,
Marinha e UItramar, assim o tenha entendido e faça exe- e interino dos Negocios Estrangeiros.
cutar. Paço, em 14 de maio de 1902. == R E I . — Antonio O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te-
Teixeira de Sousa. nha entendido e faça executar. Paço, em 14 de maio de
D. do G. n.° 110, de 19 de maio. 1902. = R E I . = Fernando Mattozo Santos.
1902 Maio 14

Resumo das tabellas da distribuição das despesas, ordinaria e extraordinaria, do Ministerio dos Negocios Estrangeiros,
no exercicio de 1902-1903, a que se refere o decreto datado de hoje

Somma
Artigos Designação da despesa
Por artigos Por capitulos

Despesa, ordinaria

Administração Superior dos Negocios Estrangeiros


1.° Vencimento do Ministro 3 200*000
2." Direcções Geraes do Ministerio 62 734*000
3.» Despesas extraordinarias da secretaria e falhas ao encarregado dos pagamentos.... 1
67:174*000
Abonos permanentes a funccionarios do Corpo Diplomatico
4.» Despesas de representação 83:900*000
5.° Despesas de material e expediente das legações 12:750*000
6.o Auxilio para rendas de casas das legações 12:600*000
109:250*000
Abonos permanentes a funccionarios do Corpo Consular
7.» Despesas de residencia 49:900*000
Despesas de material e expediente 21:700*000
71:600*000
D e s p e s a s eventuaes
Pharol no Cabo Spartel, publicação de pautas aduaneiras e Repartição Internacional
do Tribunal de Arbitragem 1:567*800
10." Soccorros a naufragos, desvalidos e indigentes 2:000*000
11.° Impressào de contas e documentos officiaes 6:500*000
12.» Ajudas de custo, despesas de viagem, subsidios a consulados de 3." classe, despesas
extraordinarias de legações e consulados e honorarios ao advogado no Rio de Ja
35:360*000
13." Despesas de expediente, assignaturas do Diario do Governo, agencias Havas, compra
de livros e encadernações, despesas diversas, porte da correspondencia official, te
legrammas e despesas reservadas 21:444*000 66:871*800
Condecorações
14." Para compra de insignias. 2:400*000

Empregados em âisponibilidade
15." Vencimentos 9:833*330

D e s p e s a s de exercicios findos
16." Para despesas de exercicios findos 600*000

Transitorio
17.» Vencimentos a empregados da Secretaria, do Corpo Diplomatico e do Corpo Consular,
auxilio a consulados de 3,a classe e outras despesas de caracter transitorio 23:003*130
350:732*260
D e s p e s a extraordinaria
Despesas com missões extraordinarias, com a demarcação de fronteiras entre Portu-
gal e Hespanha, despesas extraordinarias de consulados fóra da Europa e com a
commissão de pesqueiras no Rio Minho 50:000*000

S e c r e t a r i a de E s t a d o dos Negocios E s t r a n g e i r o s , em 14 de maio de 1 9 0 2 . — Fernando Mattozo Santos.


D. do G. n.° 118, de 28 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR O mesmo Ministro e S e c r e t a r i o d e E s t a d o assim o te-


n h a entendido e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , e m 14 de maio d e
Direeção Geral do "UItramar 1902. --= R E I . = Antonio Teixeira de Smisa.

í . a Repartição Equipamentos a que se refere o decreto d'esta data


2.* Secçao Equipamento para officiaes
H e i p o r b e m a p p r o v a r e m a n d a r a d o p t a r p a r a as f o r ç a s Artigo 1.° E s t e e q u i p a m e n t o , c u j a n o m e n c l a t u r a se a c h a
em serviço n o u i t r a m a r os e q u i p a m e n t o s p a r a officiaes, d e s c r i p t a no q u a d r o I , compõe-se d a s s e g u i n t e s p a r t e s :
p r a ç a s de p r e t e u r o p e i a s e i n d i g e n a s , c u j a n o m e n c l a t u r a 1. a C i n t u r ã o , fig. 1.
e descripção faz p a r t e d ' e s t e d e c r e t o e b a i x a a s s i g n a d a 2 . a Suspensorios, fig. 2 .
pelo Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos Negocios d a Ma- 3. a C a r t u c h e i r a , fig. 3 .
rinha e UItramar. 4 . a E s t o j o de r e v o l v e r , fig. 4 .
Maio 14 184 1902

5. a Estojo de binoculo, fig. 5. QUADRO I


6. a Passador com argola para suspensão do cantil, Nomenclatura do equipamento dos officiaes
• 6-
7. a F r a n c a l e t e para marmita. (Corpo.
8. a Francaletes p a r a capote. Cinturão . ÍFivela.
(Passador.
9. Fiador do revólver. Botão com ar-
10. a Suspensorio para espada, fig. 7. gola.
l l . a MochiletaL I Passador da
Q / Corpo agulheta.
12. a Bornal lArgola com
13. a Agulheta. charneira.
('Braços (direito
14. a Marmita, fig. 9 esquerdo)... | Francalete. ÍFivela.
15. a Cantil, fig. 10. (Passador.
'Passador do cin- j Passador.
Os 8 primeiros artigos são de atanado verde inglês.
turão I Argola.
O fiador do revolver ó de seda erua. ' Argolaredonda.
O suspensorio para espada é de barbella de aço, como Passador com
se acha hoje regulamentado p a r a os officiaes de artilharia
do exercito do reino.
A mochileta e o bornal são de tela cinzenta impermea-
Suspensorios.
j Suspensorios dal
retaguarda.
/Francalete.

Passador do cin-
Í argola redon-
da.
Passador.
vel, differindo este d a q u e l l a em ter ao meio uma divisoria turão
!
p a r a separação dos viveres. [Botão de carrete.Fivelacom pas-
| Francaletes de Passador. sador.
A agulheta é igual á adoptada no exercito do reino, sob suspensão (2) [Argola triangular.
a denominação de m /94.
A marmita é de aluminio. Compartimento para a bussola

Í
O cantil é tambem de aluminio revestido por uma ca- Compartimentos para cartuchos.
(Corpo Passadores (2)
misa de feltro. Cartucheira. Charneira com fivela c passador.
Todos os ganchos, fivelas, botões e argolas são de latão (Tampa -Ponta.
dourado.
§ unico. E m q u a n t o no mercado não houver marmitas [Corpo.
Estojo de revól-lPassador.
de aluminio, podem ser usadas as de folha de ferro esta- ver ] Ponta.
nhado. (Botão.
Art. 2.° Os artigos n. oa 7, 8, 11, 12, 13 e 14 só serão
transportados pelos officiaes em circunstancias excepcio- Fiador de revól-| p d (2) _
w
naes, e quando não haja outro meio de os conduzir. ver )
í ^^ârfoGllci
Equipamento para praças de pret europeias Francaletes para M o ] a c o m ho de suspen8âo.
es ada
P Ganchos de mola.
A r t . 3.° E s t e equipamento, cuja nomenclatura está des- Passadores.
cripta no quadro I I , compõe-se das seguintes p a r t e s : Botões de fiador.
a [ Corpo
1. Cinturão, fig. 1. Presilhas.
2. a Suspensorios, flg. 2. Charneira.
Estojo de bino-, T Pega com passadores.
3. a Cartucheira, flg. 3. culo i r
Botões.
a
4. Passador com argola p a r a suspensão do cantil, fi- ÍFivela.
Fiador.
g u r a 6. (Passador.
5. a Francalete para marmita. Aba
iPassadores para marmita (2).
6. a Francaletes para capote. (Pontas (3).
7. a Francalete para espada, fig. 12. Botões (3).
a ' Frente •/ Reforços dos bo -
8. Passador com argola para suspensão da espada, tões (3).
fig. 12. Reforço para a
9. a Pala, fig. 13. agulheta com
10. a Mochileta, fig. 14. passadores.
Como jAtacas (2).
11. a Bornal, fig. 14. Mochileta. P *Traseira (Gancho com
a
12. Agulheta. charneira.
13. a Marmita. Argola com
14. a Cantil. charneira.
Passador.
Os 9 primeiros artigos são manufacturados com ata- Topos.
nado sêcco. ÍFivela.
Os ganchos, fivelas, botões e argolas são de latão, e os Francalete del Passador.
demais artigos são do modelo adoptado p a r a os officiaes e suspensão . . . j Botão de carrete.
I Gancho.
confeccionados com a mesma materia prima.
Bornal -Como a mochileta, tendo a mais no corpo a divi-
soria.
Equipamento para praças de pret indigena»
Corpo.
Art. 4.° Este equipamento, representado pelas figuras Agulheta Olhaes.
15, 16, 17, 18, 19, 20 e 21, e cuja nomenclatura está des- í Charneira com gancho.
cripta no quadro I I I , compõe-se das mesmas partes que o Corpo /Francalete delFivela.
das praças europeias, com excepção do francalete e passa- ligação ÍPaBsador.
dor com argola para espada e da agulheta. Cantil {Bocal.
Rolha.
A marmita é de folha de ferro, sendo os demais artigos (Copocom cabo.
confeccionados com as mesmas materias primas do equi-
pamento anterior. Passador com ar-\
Paço, em 14 de maio de 1902. = Antonio Teixeira de gola para sus-(Passador.
penBào docan-(Argola triangular.
/Sousa. til
1902 185 Maioli

PaEsadores. Passador com ar - ]


I Corpo Argolas. gola para sus-f Passador.
Mannita. Avo. pensão do can (Argola triangular.
[Tampa com argol til )
' Passadores.
Francalete parajFivela. Argolas.
marmita (Passador. ! Aro.
(Tampa com argola.
Francalete para j Fivela. Francalete parajFivela.
capote (3) (Passador. marmita (Passador.

QUADRO II Francalete para (Fivela.


capote (3) (Passador.
Nomenclatura do equipamento das praças de pret europeias
QUADRO III
Corpo.
Cinturão . Fivela. Nomenclatura do equipamento das praças de pret indigenas
Passador.
/Botão com ar- Corpo.
l gola. Fivela.
r, lPassador da ! Passador.
í C o i 'P° ) agulheta. Corpo . . . . . . .-Botão com ar-
I Argola com gola.
/Braços (direito] [ charneira.
e esquerdo).. jp r a r i c a ] 0 t e . . . . | pa^ga^íor. Passador do cin- (Passador.
Passador do cín-1 Passador. turão (Argola.
turão (Argola. Argola redonda.
í Argolaredonda. Charneiras com
Suspensorios .... Suspensorios da\
/Francalete Passador com
argola dupla.
!! turão
argola (2).

retaguarda... 1 Passador do cin- Passador.


! turão
Fivela com pas- Passador do c i n " jpfyela com pas-
sador. in i í j 1 Botão de carrete. sador.
Francaletes de P a s s a d o r .
n i j.
Francaletes j 1 Botão de carrete.
de P d
\ suspensão ( 2 ) j A r g o l a t r i a n g u l a r . suspensão W | A r g o l a triangular.

(Botão. Primeira cartu- j(Botões (2). (2).


Passadores
} Corpo cheira Tampa -Pontas (2).
Cartucheira (4). " " (Passadores (2)
(Tampa -Ponta.
(Passadores.
(Corpo. . jAbas.
_ , , ,„ (Botão com gancho Segunda cartu- (Pontas.
Francalete para Corpo Botão de carrete. cheira
es ada j Botão.
P Presilha. (Tampa. ' (Presilha.
Passador com ar-) I Corpo.
gola para sus-lPassador. Pala J Passador.
pensão da es-(Argola. (Francalete com fivela e passador.
pada )
/Aba. Casas (3).
Frente -Botões (6).
[ Corpo.

Í
Pala. . / Passador.
(Francalete com fivela e passador.
Mochileta.
lPassador para marmita (2).
Aba
'Pontas (3). (Ganchos com
(Botões (3). ,„ . 1 cbarneira.
rraseu a
/Frente j Reforços dos bo- ' j Argola com
( tões (3). | charneira.
Reforço para a Topos.
agulheta com Bornal -Como a mochileta.
Fivela.

Mochileta . yCorpo Traseira


passadores.
Atacas (2).
/Gancho com Corpo .
Charneira
Botão de carrete.
Francalete
Gancho. Í
Passador. com gancho.
del Fivela.
charneira.
| Argola
charneira.
y Passador.
com
Cantil.

Bocal.
Passador com ar-] Rolha.
Í
! ligação......(Passador.

ITopos.
j ÍFivela. gola para sus-( Passador.
Francalete de 1 Passador. pensão do can-(Argola.
\ suspensão . . . j Botão de carrete. til )
(Gancho. (Passadores (2).
Corpo ] Argolas.
Bornal. ,-Como a mochileta, tendo a mais no corpo a divi-
soria. !
(Aro.
Tampa -Passador.
(Corpo. Francalete para ÍFivela.
Agulheta • OlhaeB. a marmita j Passador.
í Charneira com gancho. Francalete parajFivela.
[Corpo {Francalete del Fivela. capote (Passador.
( ligação (Passador.
Cantil (Boeal. (a) 0 passador do braço direito tcm um botão para prender a presilha da tampa
i Rolha. da cartucheira, quando aberta.
' Copo com cabo D. do G. n.° 137, do 23 de junho.
Maio 9 "V 186 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO lebradas e ainda em divida, devendo as referidas quan-
tias ser amortizadas em vinte annos com a prestação
Direeção Geral de Instrucção Publica annual de 97^500 réis.
Paço, em 19 de maio de 1902. —Ernesto Rodolpho
3,a Repartição Hintze Ribeiro.
D Ilo G. n.° 111, de 20 de maio.

Achando-se provado no processo de syndicancia, a que


se procedeu no Lyceu Central de Coimbra, a requeri-
mento do reitor d'aquelle estabeleeimento, Dr. Manuel de Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen-
Azevedo Araujo Gama, que o alumno particular da 5. a tou a Confraria de Nossa Senhora da Ajuda, da cidade e
classe do Collegio de S. Pedro da mesma cidade, Augusto concelho de Penafiel; vistas as informações officiaes : ha
da Silva Nobre fôra o. principal instigador da greve, que por bem conceder a necessaria auctorização para da im-
ali de deu no dia 1 de maio do corrente anno, dirigindo portancia dos capitaes que tem em cofre, proveniente da
palavras insultuosas ao reitor e affixando numa das esqut- amortização de papeis de credito, applicar a quantia de
nas clo edificio do lyceu um papel sellado subversivo cla or- 295^818 réis ao pagamento da contribuição cle registo
dem publica e perturbador da clisciplina academica : pelo legado de João Ferreira de Sousa, que se não reali-
Considerando que, tanto as declarações do arguido como zou como tinha sido concedido em portaria de 29 de abril
os depoimentos das testemunhas, ouvidos no processo, são cle 1899.
concordes em affirmar os factos expostos; Paço, em 19 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho
Attendendo a que, comquanto o alumno de quem se Hintze Ribeiro.
D. do G. I1.° 111, do 20 do maio.
trata não esteja matriculado do lyceu, foi comtudo ali ins-
cripto nos termos do artigo 135. 0 do regulamento de 14 i
de agosto de 1895, achando-se por isso sujeito á superin-
tendencia do Governo e clos seus delegados; MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
Tendo em vista a queixa do reitor do referido lyceu e
o relatorio do funccionario syndicante; Direeção Geral das Obras Publicas e Minas
Conformando-se com o parecer do Conselho Superior
de Instrucção Publica: Repartição de Obras Publicas
Ha Sua Majestade El-Rei por bem ordenar que o alu-
mno Antonio cla Silva Nobre, natural de Moimenta da Tendo em attenção a necessidade instante de dotar a ca-
Serra e residindo em Candosa, concelho de Tabua, seja pital com um edificio para installação do seu lyceu, nas
riscado da inscripção relativa á sua frequencia no Collegio condições mais convenientes, tanto pelo que respeita á hy-
de S. Pedro c excluido pelo tempo de tres annos de qual- giene como tambem pelo que se refere ao bom funcciona-
quer inscripção para frequencia em instituto particular, mento de um estabeleeimento de ensino de tão subida im-
ensino domestico e lyceus do reino, não podendo effectuar portancia ;
provas de exame durante o mesmo tempo em estabeleci- Considerando que a boa administração e estricta eco-
mentos do Estado. nomia aconselham que para tal fim se aproveitem os tra-
Paço, em 16 de maio cle 1902. = Ernesto Rodolpho balhos j á iniciados, na Cêrca de Jesus, os quaes foram
Hintze Ribeiro. projectados anteriormente á actual organização da instruc-
D. do O. II.° 110, de 11) dc maio. ção secundaria;
Considerando que, por virtude de tal organização, neces-
sariamente as obras precedentemente projectadas devem
soffrer alterações:
Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica Ha Sua Majestade El-Rei por bem determinar, pelo Mi-
nisterio das Obras Publicas, Commercio e Industria, que
2. a Repartição uma commissão composta do Conselheiro Dr. Abel Pereira
de Andrade, director geral da Instrucção Publica, do en-
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen- genheiro inspector dos edificios publicos, João Verissimo
tou a mesa da Santa Casa da Misericordia do P o r t o ; Mendes Guerreiro, do director das obras publicas do dis-
Visto o disposto no artigo 253.°, n.° 2.°, do Codigo tricto de Lisboa (2. a direeção), Alberto Affonso da Silva
Administrativo, e as informações officiaes : Monteiro, do professor do lyceu central de Lisboa, Roberto
IIa por bem permittir a venda de 18:142 francos, juro Correia Pinto, e do architecto, Rosendo Garcia de A r a u j o
de 3 por cento, n.° 348:046, serie 5. a , e 4:900 francos, Carvalheira, proceda a conveniente revisão do projecto do
juro cle 3 y 2 por cento, n.° 15:970, serie 5. a , pertencentes lyceu de Lisboa, cuja construcção está iniciada na Cêrca
á dita Santa Casa da Misericordia clo Porto, a fim de que cle Jesus, e proponha ao Governo as modificações que jul-,,
a mesa gerente, unica entidade com competencia para fa- gar necessarias para que o edificio de que se trata satis-
zer a venda, applique o producto na compra de titulos cla faça cabalmente ao fim a que é destinado.
divida publica fundada.
Paço, em 19 de maio de 1902. = Manuel Francisco de
Paço, em 19 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho
Vargas.
Hintze Ribeiro. D. do G. n.° 112, de 21 de maio.
D. do 6. u.° 111, de 20 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen-
tou a Irmandade Ecclesiastica cle S. Pedro de Montorio,
erecta na freguesia de Cervães do concelho de Villa
Direeção Geral da Marinha
Verde ;
Vistas as informações officiaes :
2.a Repartição
Ila por bem conceder a auctorização pedida para levan- Manda Sua Majestade El-Rei que, quando no Arsenal
tar dos seus fundos a quantia de 975^000 róis, e contra- da Marinha se tenha de proceder a qualquer fabrico ou
hir um emprestimo cle igual quantia ao juro de 5 por cento reparação nas machinas e caldeiras dos navios da Armada
ao anno, a fim de applicar ao pagamento de missas j á ce- i Real, seja passado pela Direeção dos Serviços Fabris do
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1902 Maio 14

mesmo estabeleeimento um certificado d'esse fabrico,' o •cações pertence, em regra-, ao dominio do Estado. A sua
qual deverá ser entregue ao respectivo commandante que propriedade é inalienavel e imprescriptivel.
o fará registar no livro do serviço de bordo, enviando-o, § unico. Presume-se sempre a favor do Estado a posse
com o seu visto e o do machinista do navio, á Direeção dos terrenos que constituem a zona das fortificações, ex-
Geral da Marinha, onde ficará archivado. cepto quando quaesquer particulares ou corporações apre-
O que, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Ma- sentem titulo legal, pelo qual justifiquem a posse legitima
rinha e UItramar, se communica á Inspecção do Arsenal de taes terrenos.
da Marinha, para seu conhecimento e devidos effeitos. A r t . 2.° Entende-se por zona das fortificações :
Paço, em 19 de maio de 1 9 0 2 A n t o n i o Teixeira de a) Nos fortes isolados, todo o terreno comprehendido
Sousa. dentro do perimetro exterior da respectiva esplanada.
D. do G. n.° H0, de 26 de maio. b) Nas praças de guerra do systema abaluartado, todo o
terreno comprehendido entre o perimetro exterior da es-
planada e o perimetro interior da rua militar, bem como
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA os terrenos exteriores annexos onde estejam construidas
quaesquer obras avançadas.
Direeção Geral do Commercio e Industria c) Nos campos entrincheirad.os, pelo que respeita:
1.° Ao entrincheiramento, todo o terreno comprehendido
Repartição do Commercio entre o perimetro exterior da esplanada e o limite inte-
rior da via de reparo, bem como o terreno occupado pelas
Tendo sido presente a Sua Majestade El-Rei o requeri- estradas ou linhas ferreas de cintura e serviço do campo
mento cla direeção da Associação F u n e b r e Auxiliadora entricheirado;
da Aforada, de soccorros mutuos, com sede no logar da 2.° Aos fortes apoios e demais obras fecliadcis, todo o
Aforada, freguesia cle Santa Marinha, concelho de Villa terreno comprehendido dentro do perimetro exterior da
Nova de Gaia, pedindo auctorização p a r a adquirir um respectiva esplanada;
predio, sito no logar da Aforada, a fim de servir á refe- 3.° Ás baterias intermedias e demais obras abertas, todo
rida associação para escriptorios, administração e depen- o terreno comprehendido entre o perimetro exterior da
dencias : ha por bem o mesmo Augusto Senhor conceder esplanada e a linha de golla da obra.
auctorização á Associação F u n e b r e Auxiliadora da Afo- d) Nas fortificações maritimos:
rada para fazer acquisição do referido predio, nos ter- I o Quando sejam obras fechaclas, todo o terreno com-
mos clo n.° 2.° do artigo 13.° do decreto de 2 cle outubro prehendido dentro do perimetro exterior da respectiva
de 1896. esplanada;
Paço, aos 21 cle maio de 1902. = Manuel Francisco 2.° Quando sejam obras abertas, todo o terreno com-
de Vargas. prehendido entre o perimetro exterior da esplanada e a
D. do G. n.° 114, de 23 de maio. linha de golla da obra.
§ unico. Quando não seja possivel determinar o peri-
metro exterior da esplanada, será este perimetro substi-
Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas tuido, para os effeitos da presente lei, por uma Jinha tra-
çada a cêrca de 40 metros de distancia da crista cla espla-
Sua Majestade El-Rei, conformando-se com o parecer nada, no caso de haver fôsso, ou a cêrca de 60 metros de
da commissão nomeada por portaria de 21 do corrente : distancia cla linha de fogo mais avançada, no caso de o
ha por bem auctorizar que seja aberta, provisoriamente, não liaver.
á exploração publica, a linha da Companhia Carris de
F e r r o de Lisboa, servida por tracção electrica, entre o CAPITULO II
Jardim Zoologico (kilometro 1,800) e Bemfica (kilometro
Das r u a s e estradas militares
5,700), ficando a empresa exploradora obrigada a estabe-
lecer resguardos em todos os pontos em que os conducto- Art. 3.° O perimetro interior da rua militar é definido
res telephonicos se cruzam com os conductores da tracção por uma linha traçada parallelamente a 8 metros de
electrica. distancia clas gollas dos baluartes, e do pé do talude, ou
Paço, em 23 de maio de 1902. = M a n u e l Francisco de muro de supporte do terrapleno das cortinas, ou do res-
Vargas. pectivo parapeito quando não tenham terrapleno.
D. do G. n.° 117, de 27 de maio, § 1.° E m casos especiaes, e precedendo informação fa-
voravel da commissão clas fortificações do reino, p o d e r á
ser supprimida a rua militar, ou reduzida a sua largura,
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA quando h a j a vias parallelas que a possam substituir, ou
quando da reducção não provenha inconveniente p a r a o
Direeção Geral serviço.
§ 2.° Os edificios e muros actualmente existentes n a
Repartição Central rua militar que, por qualquer causa, venham a ser demo-
lidos no todo ou em p a r t e , não poderão ser reconstruidos
DOM C A R L O S , por graça de Deus, Rei de Portugal e senão obedecendo ao alinhamento da mesma r u a .
dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub- § 3.° A circulação pela r u a militar, bem como pelas es
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a tradas de cintura e do serviço dos campos entrincheira-
lei seguinte: dos, é permittida ao publico, conformando-se com os re-
gulamentos da policia militar e civil.
TITULO I
Da zona das fortificações CAPITULO III
CAPITULO I Da esplanada
Extensão da zona das fortificações
A r t . 4.° N a esplanada de u m a fortificação, ainda que
Artigo 1.° E m todas as praças de guerra e mais pon- o respectivo terreno não esteja na posse ou na fruição do
tos fortificados de caracter permanente a zona das fortifi- Estado, é expressamente prohibido:
Maio 24 '188 1902

a) F a z e r construcções cle qualquer natureza, quer sub- perimetro interior da via de reparo dos lanços de entrin-
terraneas ou enterradas, quer fixas acima do solo. cheiramento, até á distancia maxima de 600 metros, me-
5) Alterar pcrmanentemente, de qualquer fórma, por didos horizontalmente, a partir d'estes limites.
meio de escavações ou aterros, o re&vo e disposiçâo do solo. § 2.° Quando não exista fôsso, considerar-se-ha substi-
c) Estabelecer quaesquer vedações, mesmo como diviso- tuida a crista da esplanada, para os effeitos da presente
rias de propriedade, que nSo sejam de sebe morta. lei, pela linha de fogo mais avançada.
d) F a z e r depositos, permanentes ou temporarios, de § 3.° Quando a bissectriz de um salionte da magistral
materiaes de qualquer natureza, com excepção dos adubos ncão coincidir com a do saliente do respectivo caminho co-
a que se refere a alinea d) do artigo 5.° berto, considerar-se-ha como capital, para os effeitos da
e) Eealizar quaesquer culturas que não sejam arvenses presente lei, a linha que une os vertices dos dois indica-
ou de vinha rasteira. dos salientes.
/ ) Estabelecer machinas de vapor de qualquer nature- § 4.° Com relação ás obras de traçado curvilineo, con-
za, fixas, semi-fixas ou moveis. siderar-se-hão como capitaes, para os effeitos da presente
A r t . 5.° Ficam expressamente dependentes de licença lei, as normaes á linha de fogo principal.
previa do governador da praça ou respectivo commandante
militar, a qual será somente concedida quando d'ella não
resultar inconveniente p a r a a d e f e s a : SECÇÃO II
a) O estabeleeimento de b a r r a c a s moveis cuja superfi- Da primeira zona exterior e da zona interior de servidão
cie horizontal não poderá exceder p a r a cada uma 6 me-
tros quadrados, e que deverão ser construidas com mate- A r t . 8.° N a primeira zona exterior de servidão, e bem
riaes combustiveis. assim na zona interior, é expressamente prohibido:
i) A realização das alterações temporarias da superficie a) F a z e r construcções subterraneas, com excepção das
do solo exigidas pelas culturas admittidas pela alinea e) do galerias de mina a que se refere a alinea a) do artigo 9.°
artigo 4." b) F a z e r construcções enterradas, quer descobèrtas,
c) O estabeleeimento de vedações de sebe morta. quer cobertas, com excepção dos poços, tanques p a r a la-
d) O estabeleeimento de depositos de adubos exigidos vagem e depositos de agua p a r a rega, a que se r e f e r e a
pelas culturas admittidas pela alinea e) do artigo 4.°, os alinea b) clo artigo 9.°
quaes, ainda assim, terão o caracter temporario e consti- c) F a z e r construcções acima do solo compostas de ma-
tuirão a unica excepção da alinea d) do mesmo artigo. teriaes incombustiveis, sendo, porem, licito o emprego do
e) A construcção de muros de supporte indispensaveis ferro em ligeiro esqueleto facilmente desmontavel, e o de
para a sustentação das terras, os quaes, ainda assim, só alvenaria em soccos ou lareiras que se não elevem mais
poderão ser permittidos quando d'clles não resultarem no- de 0 m ,30 acima do solo, quer estes materiaes se empre-
vos ou mais vantajosos abrigos para o atacante. guern isoladamente, quer entrem numa construcção com-
/ ) A plantação de arvores ou arbustos, quer isolados, posta de materiaes combustiveis.
quer agrupados por qualquer fórma. d) Explorar pedreiras, caleiras, barreiras, saibreiras ou
g) A execução de quaesquer levantamentos de plantas areeiros que não satisfaçam ás condições impostas pela ali-
ou trabalhos topographicos. nea d) do artigo 9.°
e) Fazer extensos aterros ou escavações, taes como:
vallados, vallas, diques, fossos, canaes de irrigação ou na-
TITULO II vegaveis, com excepção dos vallados e vallas a que se
Das zonas de servidão militar refere a alinea e) do artigo 9.°
/ ) Estabelecer quaesquer vedações, mesmo como divi-
CAPITULO I sorias de propriedade, constituidas por sebes vivas, muros
de alvenaria (incluindo os de pedra sècca), muros de pasta
Da servidão concernente ás fortificações granitica com as j u n t a s tomadas de argamassa, ou g r a d e s
de ferro que não sejam facilmente desmontaveis.
SECÇÃO I g) F a z e r depositos permanentes de materiaes não com-
Natureza e extensão da servidão militar bustiveis ou de combustivel mineral, bem como depositos
temporarios dos mesmos materiaes que tenham mais de
Art. 6.° Nos terrenos que circundam as fortificações, a l m , 2 0 de altura.
propriedade territorial fica sujeita á servidão militar, nos h) Estabelecer machinas de vapor fixas ou semi-fixas.
termos da presento lei. A r t . 9.° Ficam expressamente dependentes de licença
A r t . 7.° Os terrenos que circundam as obras de forti- previa do governador da praça ou respectivo comman-
ficação dividem-se, no que respeita á servidão militar, pela dante militar, a qual somente será concedida quando d'ella
fórma seguinte: não resultar inconveniente para a d e f e s a :
a) A primeira zona, que vae do perimetro exterior da a) A abertura de galerias de mina p a r a exploração de
esplanada até um polygono, cujos vertices serão marca- aguas que ficam exceptuadas da prohibição imposta pela
dos sobre as capitaes da fortificação a uma distancia de alinea a) do artigo 8.°, comtanto que a sua minima dis-
600 metr os, medidos horizontalmente, a partir da crista tancia á crista da esplanada seja superior a 300 metros
da esplanada. e que as climensões da respectiva secção não excedam 1
V) A segunda zona, que vae do perimetro exterior da metro por 0 m ,30.
primeira zona até um polygono, cujos vertices serão mar- b) O estabeleeimento de poços, tanques p a r a lavagem e
cados sobre as capitaes da fortificação a uma distancia de depositos de agua para rega, que ficam exceptuados das
1:000 metros, medidos horizontalmente, a partir da crista prohibições impostas pelas alineas b) e c) do artigo 8.°,
da esplanada. comtanto que não tenham cobertura ou que, tendo-a, o
c) A terceira zona, que vae do perimetro exterior da emprego de materiaes incombustiveis fique nesta sujeito
segunda zona até um polygono, cujos vertices serão mar- ás condições fixadas na alinea c) do mesmo artigo.
cados sobre as capitaes cla fortificação a uma distancia de c) A realização de construcções fixas acima do solo,
3:000 metros, medidos horizontalmente, a partir da crista comtanto que o emprego de materiaes incombustiveis es-
da esplanada. teja nellas sujeito ás condições fixadas na alinea c) do ar-
§ 1.° Nos campos entrincheirados ha tambem a zona tigo 8.°
interior, que vae desde a golla das obras abertas, e do d) A exploração de pedreiras. caleirae, barreiras, sai-
1902 189 Maioli

breiras ou areeiros, a qual somente poderá ser permittida bre o terreno natural, ou em que se empreguem abobada-
com as seguintes condições: dos de qualquer natureza, com excepção dos exigidos pelo
1. a Que a sua distancia á crista da esplanada seja su- estabelecimento de fornos a que se refere a alinea d) do
perior a 300 metros ; artigo 12.°
2. a Que a area da exploração simultanea nunca seja su- Art. 12.° Ficam expressamente dependentes de licença
perior a 100 metros q u a d r a d o s ; previa do governador da praça ou respectivo comman-
3. a Que as escavações d'ella resultantes sejam successi- dante militar, a qual somente será concedida quando d'ella
vamente aterradas, por fórma que nunca excedam a area não resultar inconveniente p a r a a d e f e s a :
ern que se permitte a exploração simultanea, devendo fi- a) A abertura de galerias de mina para a exploração de
car a superficie do solo nas condições em que estava an- aguas que ficam exceptuadas da prohibição imposta pela
tes da exploração. alinea a) do artigo 11.°, comtanto que as dimensões da
e) A construcção de vallados com menos de 0 m ,50 aci- respectiva secção não excedam 1 metro por 0 m ,80.
m a do solo, bem como a abertura de vallas indispensaveis b) O estabelecimento de quaesquer construcções enter-
para o esgoto das aguas que ficam exceptuadas da prohi- radas, as quaes somente poderão ser consentidas quando
bição imposta pela alinea e) do artigo 8.°, comtanto que sejam descobertas, ou quando as suas coberturas ou pa-
não tenham mais de 0 m ,60 de profundidade. vimentos se ajustem ao preceituado nas alineas b) e c) do
f ) 0 estabelecimento, mesmo como divisorias de pro- artigo 11.°
priedade, de vedações constituidas por grades de ferro c) A realização de construcções fixas acima do solo,
íacilmente desmontaveis, tapumes continuos ou grades de quer isoladas, quer em grupos, ficando entendido que o
madeira, e vedações mixtas de madeira e fio de arame, emprego de materiaes ineombustiveis será em todas sem-
muros de pasta granitica, comtanto que as juntas não se- pre sujeito ás condições fixadas na alinea c) do artigo 11.°,
j a m tomadas de argamassa, bem como o de vedações de com excepção dos fornos, das paredes dos tanques para
sebe morta, cuja distancia minima á crista da esplanada lavagem e depositos de agua para rega, bem como das
seja inferior a 300 metros. chaminés de casas ou fabricas, nas quaes se poderão ad-
g) O estabelecimento dos depositos temporarios de ma- mittir espessuras superiores.
teriaes incombustíveis ou de combustivel mineral que não d) O estabelecimento de fornos, quer para cozer pão,
tenliam mais de l m , 2 0 de altura, bem como a criação dos quer p a r a o fabrico de cal, telha ou tijolo.
depositos permanentes ou temporarios de materiaes com- e) A exploração de pedreiras, caleiras, barreiras, sai-
bustiveis, com excepção dos depositos de adubos a que se breiras ou areeiros, a qual somente poderá ser permittida
refere a alinea d) do artigo 10,° com as seguintes condições:
h) A plantação de arvores ou arbustos constituindo bos- 1. a Que a area da exploração simultanea nunca seja
que, mata ou qualquer outra fórma de agrupamento, plan- superior a 100 metros quadrados;
tação que somente será consentida quando d'ella não re- 2. a Que as escavações d'ella resultantes sejam successi-
sultar abrigo contra o tiro da fortificação. vamente aterradas, por fórma que nunca excedam a area
i) O estabelecimento de machinas de vapor moveis. em que se permitte a exploração simultanea, devendo ficar
j ) A construcção de muros de supporte necessarios p a r a a superficie do solo nas condições em que estava antes da
a sustentação das terras, os quaes, ainda assim, só pode- exploração.
rão ser permittidos quando d'elles não resultarem novos / ) A construcção de extensos aterros ou escavações,
ou mais vantajosos abrigos para o atacante. taes como vallados, vallas, diques, fossos e canaes de irri-
k) A execução de quaesquer levantamentos de plantas gação ou navegaveis, com excepção dos vallados e vallas
ou trabalhos topographicos. a que se refere a alinea c) do artigo 13.°
A r t . 10.° Ficam independentes de licença previa: g) O estabelecimento, mesmo como divisorias de proprie-
a) O testabelecimento de barracas moveis construidas dade, de vedações constituidas por sebes vivas, muros de
com materiaes combustiveis, cuja superficie horizontal não alvenaria (incluindo os de pedra sècca), muros de pasta
exceda 6 metros quadrados, comtanto que estejam isoladas granitica com as juntas tomadas de argamassa, gz-ades de
ou que o grupo por ellas formado não exceda uma area ferro que não sejam facilmente desmontaveis e tapumes
superior a 100 metros quadrados. continuos de madeira.
b) A realização das alterações temporarias da superficie h) O estabelecimento de depositos temporarios ou per-
do solo exigidas pelas culturas ou plantações, comtanto que manentes de quaesquer materias combustiveis ou ineom-
estas ultimas se contenham nos limites impostos pela ali- bustiveis, o qual somente poderá ser consentido quando
nea h) do artigo 9.° de taes depositos não resulte abrigo contra o tiro da for-
c) O estabelecimento de vedações de sebe morta, com- tificação, com excepção dos depositos de adubos a que se
tanto que a sua minima distancia á crista da esplanada refere a alinea e) do artigo 13.°
seja superior a 300 metros. i) A plantação de arvores ou arbustos constituindo bos-
d) O estabelecimento dos depositos de adubos exigidos que, mata ou qualquer outra fórma de agrupamento, plan-
pelas culturas e plantações permittidas. tação que somente será consentida quando d'ella não re-
sultar abrigo contra o tiro da fortificação.
SECÇÃO III j) O estabelecimento de machinas de vapor fixas ou
semi-fixas.
Da segunda zona de servidão
h) A construcção de muros de supporte para sustenta-
A r t . 11.° Na segunda zona de servidão ó expressamente ção de terras, os quaes, ainda assim, só poderão ser per-
prohibido: mittidos quando d'elles não resultarem novos ou mais van-
a) F a z e r construcções subterraneas, com excepção das tajosos abrigos para o atacante.
galerias de minas a que se refere a alinea a) do artigo 12.° T) A execução de quaesquer levantamentos de planta
b) F a z e r construcções enterradas, cobertas com mate- ou trabalhos topographicos.
riaes ineombustiveis, cuja disposição se não ajuste ao pre- A r t . 13.° Ficam independentes de licença p r e v i a :
ceituado na alinea c) do presente artigo, sendo, porem, a) O estabelecimento de barracas moveis construidas
licito o emprego, mesmo abaixo do solo, de pavimentos com materiaes combustiveis, comtanto que estejam isola-
de madeira assentes em vigamentos de madeira ou de ferro. das, ou que o grupo por ellas formado não cubra uma
c) F a z e r construcções acima do solo, em que as paredes area superior a 200 metros quadrados.
de alvenaria, taipa ou adobes tenham espessura superior (b) A realização das alterações temporarias da superficie
a 0 m ,35, em que os soccos se elevem a mais de 0 m ,30 so- do solo exigidas pelas culturas ou plantações, comtanto
Maio 24 '190 1902

que estas ultimas se contenham nos limites impostos pela comtudo estas prescripções somente applicaveis aos terre-
alinea i) clo artigo 12.° nos na posse do Estado e aos de logradouro commum, quer
c) Á construcção cle vallados com menos de 0 m , 5 0 acima districtaes, quer municipaes ou parochiaes.
do solo, bem como a abertura de vallas que não tenham
mais de 0 m ,60 de profundidade, comtanto que o aterro e
a escavação não sejam contiguos, formando um mesmo CAPITULO II
obstaculo. Da servidão concernente ás fabricas, paioes
d) O estabeleeimento de vedações constituidas por se- e depositos de polvora ou outros explosivos de guerra
bcs mortas, grades de ferro facilmente clesmontaveis, mu-
ros de pasta granitica, comtanto que as j u n t a s não sejam SECÇÃO I
tomadas de argamassa, g r a d e s cle madeira e vedações
mixtas de madeira e fio de arame. Natureza e extensão da servidão militar
e) O estabeleeimento dos depositos de ^dubos exigidos
Art. 16.° Nos terrenos que circundam os estabeleci-
pelas culturas e plantações permittidas.
mentos onde se fabricam, manipulam ou guardam polvo-
/ ) O estabeleeimento de machinas de vapor moveis.
ras ou outros explosivos de guerra, a propriedade territo-
rial fica sujeita á servidão militar nos termos da presente
SECÇÃO IV lei.
A r t . 17.° Os terrenos que circundam os estabelecimen-
Da terceira zona de servidão
tos militares, a que se refere o artigo antecedente, divi-
dem-se, no que respeita a servidão militar, pela fórma se-
A r t . 14.° E m toda a terceira zona ficam expressamente
guinte :
dependentes de licença previa do governador da praça ou
a) A primeira zona, que é limitada de uma parte pelo
respectivo commandante militar, a qual somente será con-
muro de vedação da fabrica, deposito ou paiol, e de.. outra
cedida quando d'ella não resultar inconveniente para a
parte por um polygono traçado parallelamente áquelle muro
defesa :
e d'elle distante 25 metros.
d) A execução de quaesquer levantamentos cle plantas
b) A segunda zona, que é limitada de uma parte pelo
ou trabalhos topographicos.
perimetro exterior da primeira zona, e de outra p a r t e por
b) A construcção de caminhos de ferro, estradas ordi-
um polygono traçado parallelamente áquelle perimetro e
narias ou canaes (navegaveis ou de irrigação), a abertura
distante do limite interior da primeira zona 5 0 metros.
de novos caminhos carraçoaveis, o lançamento cle pontes
c) A terceira zona, que é limitada de uma parte pelo
de caracter permanente ou o estabeleeimento de viaductos
perimetro exterior da segunda zona, e de outra p a r t e por
e, em geral, a introducção de modificações de caracter
um polygono traçado parallelamente áquelle perimetro e
permanente nas vias de communicação existentes.
distante do limite interior da primeira zona 500 metros.
c) A execução, a menos de 2:000 metros de distancia
da crista da esplanada, de quaesquer construcções que
possam dar novas vistas sobre o interior da fortificação, SECÇÃO II
sendo, porem, exceptuadas d'esta restricção as chaminés Da primeira zona de servidão
das fabricas e os moinhos de vento, quer para elevação
cla agua, quer para usos industriaes. A r t . 18.° Na primeira zona de servidão é expressamente
Art. 15." E m determinados tratos de terreno, contidos prohibido:
na terceira zona e visivelmente demarcados pela auctori- a) F a z e r construcções de qualquer n a t u r e z a , subterra-
dade militar, que terão a designação de polygonos reser- neas, enterradas ou acima do solo.
vados, ficam expressamente dependentes de licença previa b) Explorar pedreiras, ealeiras, barreiras, saibreiras ou
clo governador da praça ou respectivo commandante mili- areeiros.
tar, a qual somente será concedida quando d'ella não re- c) Estabelecer quaesquer vedações cle madeira ou sebe
sultar inconveniente para a d e f e s a : morta, mesmo como divisorias cle proprieclade.
a) O estabeleeimento, a menos de 2:000 metros cle dis- d) Estabelecer depositos de substancias explosivas ou in-
tancia da crista da esplanada, de construcções enterradas flammaveis.
ou de construcções fixas acima do solo, ou de muros de e) Plantar arvores ou arbustos c o n s t i t u i d o bosque, mata
supporte, que somente serão prohibidos quando possam ou qualquer outra fórma de agrupamento.
offerecer vantajoso abrigo ao atacante ou occultar ás vis- j ) Estabelecer machinas de vapor cle qualquer nature-
tas da fortificação vias cle communicação ou posições im- za, fixas, semi-fixas ou moveis, bem como fornos, forjas
portantes e, em geral, qualquer parte aproveitavcl do ou quaesquer outras officinas providas de fornalhas com
campo cle tiro, quer terrestre, quer fluvial ou maritimo, ou sem chaminé.
das fortificações que determinam a servidão. g) Estabelecer canalização de gaz ou fios transmissores
b) A plantação de arvores em bosques ou matas, que de electricidade para illuminação ou fins industriaes.
somente será prohibida quando occultem ás vistas da for- li) Conservar os terrenos com mato.
tificação importantes vias cle communicação, obstaculos i ) Caçar, lançar foguetes, fazer fogueiras ou queimadas,
naturaes do terreno, passagens cle linhas cle agua ou posi- e bem assim praticar quaesquer outros actos que possam
ções de consideravel vantagem para o ataque, bem como provocar a inflammação das substancias contidas nos rc-
qualquer parte aproveitavel do campo de tiro, quer ter- cintos das fabricas ou armazens.
restre, quer fluvial ou maritimo, das fortificações que de- j) Transitar pelas estradas e caminhos contidos nesta
terminam a servidão. zona a cavallo ou em viaturas, em outro andamento que
c) O córte raso cle bosques ou florestas que pertençam não seja o passo, bem como f u m a r , accender phosphoros e
ao Estado ou sejam dc, logradouro commum, quer distri- faiscar.
ctaes, quer municipaes ou parochiaes, córte raso que so- Art. 19.° Ficam expressamente dependentes de licença
mente será permittido quando cVelle não resultar alteração previa da auctoridade competente, a qual somente será
prejudicial para as condições da defesa. concedida quando d'ella não resultar perigo :
d) A modifieação consideravel da fórma ou natureza do a) A construcção de galerias de minas para exploração
solo, tal como o córte de inontos ou cabeços, a inundação de aguas, que ficam exceptuadas da prohibição imposta
de terrenos. o deseccamento de pantanos ou lagoas, a ca- pela alinea a) do artigo 18.°, comtanto que nos trabalhos
nalização de esteiros ou o estabeleeimento de diques, sendo de abertura se não empreguem explosivos.
1902 191 Maioli

b) O estabelecimento de poços, tanques para lavagem'e A r t . 25. 0 P a r a as fortificações e mais estabelecimentos


depositos de agua para rega, que ficam exceptuados da militares j á existentes, ou em construcção, será fixada por
prohibição imposta pela alinea a) do artigo 18.°, comtanto dacretos especiaes a servidão que, nos termos da presente
que não tenham cobertura ou que, tendo-a, esta seja de lei, lhes corresponda.
materiaes ineombustiveis. § unico. Emquanto não forem publicados os decretos a
que se refere o presente artigo, continuará, a applicar-se
-SECÇÃO III a legislação anterior sobre servidões com relação ás allu-
didas fortificações e estabelecimentos militares.
Da segunda zona de servidão Art. 26.° Desde a data da publicaçâo do decreto que
Art. 20.° Na segunda zona de servidão é expressamente estabelecer uma determinada servidão militar, ficam os
prohibido: proprietarios dos terrenos a esta sujeitos, ipso fcicto, obri-
gados a mandar demolir, destruir ou remover as construc-
a) F a z e r construcções com materiaes facilmente incen-
ções, plantações, depositos, vedações ou quaesquer altera-
diaveis.
ções da superficie do solo, effeetuadas posteriormente ao
b) Estabelecer fabricas ou depositos de substancias ex-
decreto referido, restituindo o terreno ás condições ante-
plosiveis ou inflammaveis.
riores, quando, por occasião da passagem ao cstado de
c) Estabelecer quaesquer vedações de madeira ou sebe
defesa das fortificações a que a servidão corresponder,
morta, mesmo como divisorias de propriedade.
assim lhes fôr determinado pela competente auctoridade
d) Estabelecer machinas de vapor de qualquer natu-
militar e em prazo por ella marcado.
reza, fixas, semi-fixas ou moveis, bem como fornos, forjas
§ unico. O encargo resultante das prescripções d'este
ou quaesqtier outras officinas providas de fornalhas com
artigo não dá direito para os proprietarios dos terrenos a
ou sem chaminé.
indemnisação de especie alguma.
e) Conservar os terrenos com mato.
A r t . 27.° Ficam sujeitos a servidão militar completa,
/ ) Caçar, lançar foguetes, fazer fogueiras ou queima-
nos termos da presente lei, os terrenos dominados pelas
das, bem como praticar quaesquer outros actos que pos-
obras de fortificação ou faces de obras, contra as quaes
sam provocar a inflammação das substancias contidas no
seja possivel realizar as operações abaixo mencionadas:
recinto das fabricas ou dos armazens.
A r t . 21.° Fica expressamente dependente de licença à) Ataque por surpresa ou viva força.
previa da auctoridade competente, a qual somente será b) Bombardeamento, com investimento ou bloqueio.
concedida quando d'ella não resultar perigo, a exploração c) Sitio em regra.
de pedreiras, caleiras, barreiras, saibreiras ou areeiros, Art. 28.° P o d e r á ser reduzida a servidão, pela fórma
que unicamente será permittida quando para ella se não abaixo especificada e precedendo o parecer favoravel da
empreguem explosivos. commissão das fortificações do reino, com relação ás obras
de fortificação ou faces de o b r a s :
SECÇÃO IV a) Que não sejam susceptiveis de ataque proximo, quer
por surpresa ou viva força, quer por sitio em regra.
Da terceira zona de servidão b) Que não sejam susceptiveis de bombardeamento
A r t . 22.° Na terceira zona de servidão é expressamente e ataque de artilharia a distancia, nem de sitio em re-
prohibido: gra.
a) Estabelecer fabricas ou depositos de substancias ex- c) Que não sejam susceptiveis de sitio em regra.
plosivas ou inflammaveis. d) Que sejam somente destinadas a atirar contra em-
b) Estabelecer machinas de vapor dc qualquer natureza, barcações.
fixas, semi-fixas ou moveis, bem como fornos, forjas ou § unico. P o d e r á tambem reduzir-se, até ao minimo de
quaesquer outras officinas providas de fornalhas com ou 30 metros, a largura da zona interior da servidão dos cam-
sem chaminé. pos entrincheirados, ou de parte d'esta zona.
c) Conservar os terrenos com mato. Art. 29.° Aos terrenos dominados pelas obras de forti-
ficação ou faces de obras comprehendidas na alinea «) do
d) Caçar, lançar foguetes, fazer fogueiras, e bem assim
artigo antecedente não serão applicadas as prescripções
praticar quaesquer outros actos que possam provocar a
relativas á primeira e segunda zonas, devendo a servidão
inflammação das substancias contidas no recinto das fabri-
militar, com relação a essas obras ou faces, obedecer ás
cas ou dos armazens.
regras estabelecidas para a terceira zona, a partir do li-
A r t . 23.° Fica expressamente dependente de licença
mite exterior da esplanada.
previa da auctoridade competente, a qual somente será
Art. 30.° Aos terrenos dominados pelas obras de forti-
concedida quando d'ella não resultar perigo, a exploração
ficação ou faces de obras comprehendidas na alinea h) do
de pedreiras, caleiras, barreiras, saibreiras e areeiros, que
artigo 28.° não serão applicadas as prescripções relativas
unicamente será permittida quando para ella se não em
á segunda e terceira zonas, devendo a servidão militar,
preguem explosivos.
com relação a essas obras ou faces, terminar no limite ex-
terior da primeira zona.
TITULO III Art. 3 1 A o s terrenos dominados pelas obras de forti-
ficação ou faces de obras comprehendidas na alinea c) do
Do estabelecimento e restricções da servidão artigo 28.° não serão applicadas as prescripções relativas
militar á segunda zona, devendo a servidão militar, com relação
a essas obras ou faces, obedecer ás regras estabelecidas
CAPITULO I para a terceira zona, a partir do limite exterior da pri-
Da applicação da servidão militar meira.
Art. 32.° Com relação ás obras de fortificação ou faces
Art. 24.° Quando seja mandada construir uma nova for- de obras comprehendidas na alinea d) do artigo 28." so-
tificação, ou outro estabelecimento militar, a que, pela pre- mente será sujeito a servidão militar, alem da respectiva
sente lei, corrcsponda servidão, será esta logo especifica- esplanada, o terreno comprehendido entre as direcções
damente decretada, e proceder-se-ha em seguida á demar- dos tiros extremos d'essas obras ou faces, o limite exterior
cação das respeetivas zonas no terreno. da mesma esplanada e a linha marginal ou orla maritima.
§ unico. A servidão militar considerar-se-ha existente Ao espaço assim delimitado serão applicadas as prescri-
desde a data da publícação do decreto que a estabelecer. pções relativas á terceira zona, ficando expressamente de-
Maio 24 '192 1902

terminado que a sua totalidade será considerada como um executar-se sem previa licença da competente auctoridade
unico polygono reservaão. militar.
A r t . 33.° Poderào ser parcialmente excluidos das res- § 2.° Não poderá invoear-se o facto de terem sido au-
tricções impostas pelas servidões militares, estabelecidas ctorizadas quaesquer obras de conservaçao, reconstrucção
na presente lei, limitados tratos de terreno, nos quaes, ou ampliação nas construcções, a que se refere o p r e s e n t e
quer pelas condições especiaes do respectivo perfil, quer artigo, como fundamento pai'a que seja augmentada a in-
pela geral arborização do solo, quer por fazerem parte de demnização prevista no artigo 37.°
povoações ou importantes grupos de construcções j á exis-
tentes, deixem de ser perigosas p a r a a defesa construc- TITULO IV
ções, plantações ou alterações do solo, que, no caso geral,
seriam prohibidas. Das licenças e contravenções relativas á zona
§ unico. A demarcação dos tratos de terreno a que se das fortificações e á servidão militar
refere o presente artigo, bem como a fixaçâo das regras
especiaes a cada um d'elles applicaveis, será feita por de- Art. 40.° As licenças relativas á zona de fortificações e
creto, precedendo parecer fundamentado da commissão á servidão militar não poderão ser concedidas pelos gover-
das fortificações do reino. nadores ou commandantes militares das praças de g u e r r a
Art. 34.° Quando se sobreponham no mesmo terreno e demais pontos fortificados, senão nos termos da presente
zonas de servidão de diversas obras de fortificação ou fa- lei, e mediante parecer favoravel do respectivo inspector
ces de obras, ficam nelle prevalecendo as prescripções re- de engenharia, o qual apreciará as construcções ou traba-
lativas ás zonas que as tiver mais onerosas. lhos p a r a que se pedir licença, unica e exclusivamente
A r t . 35.° Com relação ás antigas praças de guerra e sob o ponto de vista especial do interesse da defesa.
mais pontos fortificados que, embora tenham sido desclas- A r t . 41.° P a r a os effeitos do artigo anterior, será o pe-
sificados, se conservem na posse do Estado, a applicação dido de licença dirigido ao governador ou commandante
da presente lei considerar-se-ha reduzida ás respectivas militar, que d'elle dará immediato conhecimento ao respe-
esplanadas; no caso, porem, de occuparem posições para ctivo inspector de engenharia, a fim de este informar se
novas fortificações, continuarão a gozar da servidão mili- ha inconveniente na concessão solicitada e, não o havendo,
t a r que impunham antes da desclassificação. formular as condições a que deverá submetter-se.
§ unico. Quando no interior de antigas praças de guerra A r t . 42.° Das decisões dos governadores das praças ou
existam castellos ou cidadellas, a servidão militar a elles commandantes militares, a que se referem os artigos 40.°
correspondente terá por limites os da respectiva esplana- e 41.° da presente lei, t e r á o interessado sempre recurso
da, cujo perimetro exterior poderá aproximar-se até uma para o Ministerio da Guerra, que resolverá em ultima ins-
distancia minima de 30 metros do pé das suas mura- tancia, ouvido o commandante geral de engenharia, e me-
lhas. diante consulta da commissão das fortificações do reino.
A r t . 36.° Com relação aos paioes e mais depositos de Art. 43.° Nenhuma obra de qualquer natureza, pu-
polvoras ou outros explosivos de guerra que, pela sua cons- blica ou particular, poderá ser decretada ou auctorizada
trucção, estejam á prova do tiro de artilheria, estabelecer- dentro das zonas de servidão de uma praça de guerra ou
se-ha simplesmente a primeira zona de servidão. ponto fortificado, senão nos termos da presente lei.
§ unico. Não será imposta servidão alguma com relação § unico. P a r a os effeitos d'este artigo, a Secretaria de Es-
aos simples depositos regimentaes de cartuchame de armas tado, da qual dependam as obras a que o mesmo artigo se
portateis. refere, só poderá decretar ou permittir a sua execução
depois de ouvida a Secretaria da G u e r r a , e quando esta te-
CAPITULO II nha informado, mediante consulta do respectivo governa-
dor ou commandante militar, prestada nos termos dos ar-
Disposições relativas ás construcções preexistentes tigos 40.° e 41.°, não resultar de tal construcção inconve-
ao estabeleeimento de servidão niente algum p a r a a defesa.
A r t . 44.° Considerar-se-hão contravenções previstas pela
Art. 37." Nas zonas de servidão estabelecidas pela pre- presente lei:
sente lei, as construcções existentes á data da sua publi- a) Com relação á zona das fortificações, os actos pra-
cação, comprehendidas no numero das que são prohibidas, ticados em prejuizo da propriedade do Estado, bem como
ou somente permittidas mediante auctorização superior, fi- a violação das prescripções contidas na presente lei e nos
cam sujeitas á condição de poderem ser mandadas demo- regulamentos de policia militar concernentes á mesma zona.
lir em tempo de guerra e mediante indemnização, quando b) Com relação á servidão militar, a violação das pres-
d'ellas resulte prejuizo. cripções contidas na presente lei a ella relativas, bem
§ unico. Q,uando estas construcções j á estiverem incur- como a falta de observancia das condições com que hajam
sas nas prohibiçoes estcibelecidas pela legislação anterior, sido concedidas as licenças que a mesma lei faculta.
a sua demolição não será motivo de indemnização alguma. A r t . 45.° Cumpre aos inspeetores dc engenharia e seus
Art. 38.° São igualmente applicaveis as disposições do delegados velar pelo exacto cumprimento ei'esta lei e ri-
artigo 37.° ás construcções que j á existirem nos terrenos gorosa observancia das condições em que foram concedi-
onde seja imposta servidão determinada pela edificação das as licenças que a mesma lei faculta, tanto no que diz
ulterior de fortificações ou de outros estabelecimentos mi- respeito aos terrenos comprehendidos na zona das fortifi-
litares, a que se refere a presente lei. cações, como reiativamente aos que estejam sujeitos a ser-
Art. 39.° Nas construcções a que se referem os artigos vidão militar.
37.° e 38.°, ficarão subordinadas: A r t . 46.° Considerar-se-hão delegados do inspector de
a) As ampliaçoes ou reconstrueções, ao determinado na engenharia, para os effeitos da presente lei, os officiaes da
presente lei com relação á zona de servidão em que sc en- mesma arma que se achem servindo na respectiva inspec-
contrem. ção, bem como o pessoal auxiliar para esse effeito desi-
b) Os trabalhos de conservaçao, á condição do nelles se gnado, o qual deverá prestar juramento perante o tribunal
empregarem unicamente materiaes da mesma natureza dos da comarca onde haja de exercer funcções.
existentes, ou outros não prohibidos dentro da respectiva A r t . 47.° Incumbe ao governador ou commandante mi-
zona. litar informar o respectivo inspector de engenharia dos fa-
§ 1.° Nenhuma das obras de conservaçao, reconstrucção ctos de que tenha conhecimento, occorridos n a praça de
ou aiupliação, a que se refere o presente artigo, poderá guerra ou ponto fortificado do seu governo ou commando,
1902 193 Maio 24

que impliquem falta de eumprimento da presente lei, oú e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras
inobservancia das condições em que foram concedidas as Publieas, Commercio e Industria, a façam imprimir, publi-
licenças que a mesma lei faculta. car e correr. D a d a no Paço das Necessidades, aos 24 de
A r t . 48.° A informação a que se refere o artigo ante- maio de 1 9 0 2 . = E L - R E I , c o m r u b r i c a e guarda. = £>?)esío
rior será directamente transmittida ao inspector de enge- Eodofpho Hintze Ribeiro = Arthnr Alberto de Campos
nharia, excepto quando residir n a localidade, onde o facto Henriques = Luiz Augusto Pimentel Pinto = Manuel Fran-
se der, algum official da mesma arma seu delegado, a quem cisco de Varçjas. — (Logar do sêllo g r a n d e das armas
neste caso será dirigida a informação. reaes).
§ unico. Quando h a j a conliecida urgencia em providen- Carta de lei pela qual Yossa Majestade, tendo sanccio-
ciar relativamente a um facto occorrido em localidade onde nado o decreto das Côrtes Geraes de 2 do corrente mês,
não resida nem o inspector de engenharia, nem official da que regula as servidões nos terrenos que circundam as
mesma arma seu delegado, o governador da praça ou com- fortificações, fabricas, paioes e depositos de polvora, ou
mandante militar, sem prejuizo da informação acima allu- outros explosivos, nos termos da mesma lei, manda cum-
dida, que será immediatamente enviada, determinará que prir e g u a r d a r o referido decreto como nelle se contém,
o pessoal auxiliar da estação tome do occorrido conheci- pela fórma no mesmo declarada.
mento directo, a fim de proceder sem demora dentro da P a r a Yossa Majestade ver. = José Gonçcãves Madeira
sua alçada. Junior a fez.
A r t . 49.° Logo que chegue ao conhecimento do inspe- D. do G. 11G, de 20 (le maio.
ctor de engenharia ou de um seu delegado a existencia
de alguma contravenção prevista na presente lei e occor-
rida na area da respectiva jurisdicção, cumpre ao inspe-
ctor ou a esse delegado avigar immediatamente o contra- D O M C A R L O S , por graça de Deus, Rei de P o r t u g a l
ventor: e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
1.° P a r a que suspenda, sem demora, a continuação dos ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a
actos que importam contravenção; lei seguinte :
2.° P a r a que rostitua ao estado anterior o terreno ou Artigo 1.° E livre o exercicio da industria e commercio
local onde a contravenção occorreu, num prazo, que será das substancias explosivas, quando sejam satisfeitas as
iíxado no acto do aviso, tcndo-se em vista o tempo neces- condições estabelecidas na presente lei.
sario para executar os trabalhos exigidos. Art. 2.° O estabelecimento de quaesquer fabricas, offi-
A r t . 50.° Se o contraventor deixar, no todo ou em par- cinas e paioes para substancias explosivas só póde fazer-
te, de obedecer ao aviso a que se refere o artigo anterior, se precedendo licença, pedida na administração do conce-
o inspector de engenharia, ou o seu delegado, proccderá ao Iho ou bairro respectivo, em requerimento aeompanhado
lovantamento do auto de contravenção, remettendo-o em dos documentos por onde possa conhecer-se que são ntten-
seguida ao agente do Ministerio Publico na respectiva co- didas as necessarias condições de segurança, o que se fez
marca, a fim d'este promover immediatamente o embargo o deposito de 20$000 róis a 200j>000 réis, como caução
suspensivo dos trabalhos que importam contravenção, e provisoria.
todo o outro proccdimento judicial que houver logar.
Art. 51.° Sempre que, para o levantamento de um auto A r t . 3.° Não será concedida a referida licença sem que
de contravenção, fôr necessario entrar num predio veda- primeiramente tenham sido convocados, por editos, quaes-
do, negando-se o proprietario a dar o seu consentimcnto, quer ínteressados a reclamar contra o estabelecimento pro-
o inspector de engenharia, ou o seu delegado, a quem in- jectado.
cumbe o levantamento do auto, solicitará da auctoridade Art. 4.° Junto do Ministerio do Reino funccionará uma
administrativa as necessarias providencias para fazer ces- commissão intitulada «Commissão dos explosivos», que
sar a opposição. consultará sobre todos os assumptos relativos a estas subs-
Art. 52.° O auto de contravenção faz fé em juizo pelos tancias, que o Ministro julgue conveniente submetter ao
factos a esta relativos, competindo ao contraventor apre- seu exame.
sentar prova cm contrario. § unico. E s t a commissão será presidida pelo general
Art. 5o. 0 Logo que o inspector de engenharia tiver co- director geral do serviço de artilharia, e composta de offi-
nhecimento official de haver sido definitivamente julgado ciaes de engenharia e de artilharia, e de engenheiros do
um processo de contravenção, mandará avisar o contra- Ministerio das Obras Publieas, e de lentes ou professores
ventor para o immediato eumprimento da respectiva sen- de chimica das escolas superiores, nomeados pelo Minis-
tença. terio do Reino.
§ 1.° Se o contraventor se negar a demolir, nos termos Art. 5.° Concedida a licença para o estabelecimento de
da sentença, os trabalhos que a motivaram, o inspector de fabricas, officinas ou paioes de substancias explosivas, será
engenharia requisitará do agente do Ministerio Publico que fixada a caução definitiva, que responde pelas c-ontraven-
promova pelo juizo competente que lhe seja dada execu- ções dos regulamentos, e que poderá ascender a 5:000;>000
ção, podendo ser empregado na demolição o pessoal seu réis.
subordinado, e recorrendo-se pelas vias legaes ao emprego Art. 6.° A laboração ou utilização das fabricas, offici-
da força publica, se necessario fôr. nas e paioes só poderá começar depois de uma vistoria
§ 2.° As custas do processo de contravenção, bem como feita pela inspecção do serviço do artilharia da circumscri-
as despesas fcitas com quaesquer demolições ou mais tra- pção militar em que estiverem situados esses estabeleci-
balhos necessarios para a fazer cessar, serão a cargo do mentos, e pela qual se reconheça que foram cumpridas as
contraventor. prescripções impostas no alvará de licença c adoptadas as
Art. 54.° Fica revogada a legislação em contrario. devidas condições de segurança.
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o A r t . 7.° As alterações na installação das fabricas, offi-
conhecimonto e execução da referida lei pertencer, que a cinas c paioes, ou no processo do fabrico dos explosivos,
curaprain e guardem o façam cumprir e guardar tão in- podem obrigar a nova habilitação p a r a licença.
teiramcnte como n'e']a se contém. Art. 8.° Só poderão vender substancias explosivas as
O Presidente do Conselho de Ministros, lMinist.ro e Se- pessoas habilitadas com a dcvida licença, que será conce-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, o Ministro e Se- dida pela administração do concelho ou bairro, quando sa-
cretario de Estado dos Negocios Ecclesiasticos e de Justiça, tisfeitas as condições de segurança estabelecidas no respc-
o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Guerra, í ctivo regulamento.
13
Maio 24 '194 1902

Art. 9.° Só poderão vender-se as substancias explosivas cumpram e guardem e façam cumprir e g u a r d a r tão in-
constantes das tabellas publicadas no Diario do Governo. teiramente como nella se contém.
§ unico. Os explosivos propriamente ditos só podei - ão O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secre-
ser vendidos a pessoas idoneas mediante requisição por tario de Estado dos Negocios do Reino, o Ministro e Secre-
escrito. tario de Estado dos Negocios Ecclesiasticos e de Justiça, o
Art. 10.° A s fabricas, officinas e paioes serão obrigados Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da F a z e n d a e
a ter em dia a escripturação do seu movimento, da qual interino dos Estrangeiros, o Ministro e Secretario cle E s -
conste a quantidade dos productos fabricados, vendidos e tado dos Negocios da Guerra, e o Ministro e Secretario de
em deposito. Estado dos Negocios das Obras Publicas, Commercio e In-
A r t . 11.° A applicação da dynamite, ou de outros explo- dustria, a façam imprimir, publicar e eorrer. D a d a no Paço
sivos propriamente ditos, só poderá fazer-se nos termos do das Neeessidades, aos 24 de maio cle 1902. — E L - R E I ,
respectivo regulamento. com rubrica e guarda. Ernesto Rodolpho Hintze Ri-
Art. 12.° Nos casos de perturbação da ordem publica beiro = Arthur Alberto de Campos Henriques = Fernando
todos os depositos de substancias explosivas ficam á dis- Mattozo Santos = Luiz Augusto Pimentel Pinto = Manuel
posiçâo do Governo. Francisco de Vargas. — ( L o g a r do sêllo grande das armas
Art. 13.° Serão punidas com a pena de prisão até seis reaes).
meses, e com multa que poderá elevar-se a l : 0 0 0 $ 0 0 0 r é í s , Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
segundo a importancia da fabrica, officina, paiol ou valor nado o decreto das Côrtes Geraes de 2 do mês corrente,
do transporte, e conforme a gravidade da falta, as trans- que declara livre o exercicio da industria e commercio das
gressões da presente lei e respectivo regulamento. substancias explosivas, quando sejam satisfeitas determi-
A r t . 14.° A laboração de qualquer fabrica ou officina nadas condições estabelecidas na mesma lei, manda cum-
em que se reconbeça não existirem as necessarias con- prir e guardar o referido decreto como n'elle se contém,
dições de segurança, poderá ser suspensa provisoria- pela fórma no mesmo declarada.
mente. P a r a Vossa Majestade v ê r , — André Adolpho Pòeymi-
A r t . 15.° Continuam em vigor as licenças concedidas rau a fez.
D. do G. n.° 116, dc LG
' de maio.
até á data d'esta lei, comtanto que os proprietarios das
fabricas, officinas e paioes se façam inscrever, como taes,
n a administração do concelho respectivo.
A r t . 16.° O Governo regulamentará a presente lei, es- MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
tabelecendo: as formas do processo para a concessão, sus-
pensão e annullação das licenças; as condições especiaes 9.a Repartição da Direeção Geral
a que devem satisfazer as fabricas, officinas, paioes e de- da Contabilidade Publica
positos para a v e n d a ; os preceitos a observar no fabrico,
transporte, armazenagem, emprego, inutilização, importa- Nos termos do § unico do artigo 79.° do regulamento
ção e exportação dos diversos explosivos; e, finalmente, geral da contabilidade publica de 31 de agosto de 1881,
a fiscalização que deve exercer-se para reprimir as infrac- e em Aártude do disposto na carta de lei de 14 do cor-
ções. rente : hei por bem determinar que a distribuição das
Art. 17.° Quando as prescripções do regulamento pa- despesas, ordinaria e extraordinaria, dos diversos serviços
recerem demasiado rigorosas a respeito de determinadas do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria,
substancias explosivas e do perigo que apresente o seu no exercicio de 1902-1903, se regule pelas tabellas jun-
transporte, o Ministro terá a faculdade de auctorizar, a tas, que fazem parte do presente decreto e baixam assi-
respeito d'essas substancias, as derogações ou abolições gnadas pelo Ministro e Secretario de Estado dos Nego-
que j u l g a r compativeis com a segurança publica. cios das Obras Publicas, Commercio e Industria.
Art. 18.° Fica revogada a legislação em contrario. O mesmo Ministro e Secretario cle E s f a d o assim o te-
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o nha entendido e faça executar. Paço, em 2 4 de maio de
conhecimento c execução da referida lei pertencer, que a 1902. = R E I . = Manuel Francisco de Vargas.

Tabella da distribuição da despesa ordinaria do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria, no exercicio de 1902-1903,
a que se refere o decreto datado de hoje

Secretaria de Estado
Ministro e Secretario de Estado 3:200iâ000
2." Pessoal em serviço na Secretaria de Estado 70:3001970
3." Empregados addidos — Secretaria Geral. .. 6:092^000

Direeção Geral das Obras Publicas e Minas


4." Corpo de engenharia civil e seuB auxiliares secção de obras publicas , 263:304^000
5.» Corpo de engenharia civil e seus auxiliares—.secção de minas 28:458$000
6." Pessoal auxiliar de conservação 88:200$000
7." Pessoal de secretaria dos serviços externos 55:740^000
8." Pessoal auxiliar do construcção • 4:860^000
9.» Direeção Fiscal de Exploração de Caminhos de Ferro — pessoal 32:983^200
10.» C- mmissâo do Serviço Geologico — pessoal 3:690-3000
11.» Museu Etlmologico Português—pessoal 2:820^000
12.» Pe.-soal supranumerario e addido 86:254|í970
13.» Conservaçao de estradas 331:650^000
14.» Serviços liydraulicos 90:450^000
Somma e segue — Réis, 988:410^170
1902 195 Maio 24
V ' -

Importancias auctorizadas
DeBÍguaçâo ila rteEpesa
Por artigoa Por capitulos

Transporte — Réis 988:410jS170 79:5924970


15." Edificios publicos e outras obras ^ 640:000£000
16.» Material e diversas despesas da Direeção Fiscal dc Exploração de Caminlios de Ferro 3:000,8000
17.» Material e diversas despesas dos serviços geologicos .. 3:000^000
18." Despesas coui serviços technicos de minss e aguas minero-medicinaes 1:000$000
19.° Material e diversas despesas do Museu Etbnologico Português 1:200^000
20.» Conselho Superior dos Monumentos Nacionaes 1:1004000
21.» Eendas das casas das repartições de caminlios de ferro 2:000£000
1.639:710^170
Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
22.» Pessoal 780:1041600
23.» Pesso.il—veneimentos de exercicio 29:454^000
24.» Pessoal tran>iíorio, supranumerario e addido. 6:340^000
25.» Material e diversas despesas 457:640^000
1.273:538^600
Direeção Geral da Agricultura
26.» Pessoal dos serviços agronomicos 55:905^000
27.» DirecçSo dos Serviços da Carta Agricola •— pessoal 11:088^000
28° Inspecções Geral dos Ymhos e Azeites e Technica das Fariabas e do Pão 3:792£000
29.» Instituto de Agronomia e Veterinaria 38:647ó999
30.» Ensino technico secundario de agricultura 18:552^000
31.» Ensino geral profissional de agricultura 9:788^000
32.» Praticos coutratndos nacionaes e estraugeiros 3:734#000
33.» Pessoal dos serviços pecuarios 27:637£000
3-1.» Coudelaria Naciotial 8:440,2000
35.» Pessoal dos serviços florestaes 32:178^500
86.0 Pessoal addido 27:739,^198
37.» Material e diversas despesas dos serviços agronomicos 37:300^(100
38.» Mercado Cent.ral de Productos Agricolas 20:000í 000
39.» Material e diversas despesas da Direeção dos Serviços da Carta Agricola 8:000.^000
40." Material e diversas despesas das inspecções dos vinhos e azeites e das farinhas e do pão 14:(i60$000
41.» Despesas com adubos 17:000^000
4-2.» Sulfureto de carboneo 8:OdOSOOO
43.» Material e diversas despesas do ensino agricola 37:453^330
44.» Material e diversas despesas dos serviços pecuarios 18:300^000
45.» Material e diversas despesas dos serviços florestaes
398:615^1027
Direeção Geral do Commercio e Industria
46.» Instituto Industrial e Commercial de Lisboa 32:422iS333
.47.» Instituto Industrial e Commercial do Porto 26.041á333
48.» Ensino mauual 2:780W00
49.» Escolas industriaes, de desenho industrial e elementares de commercio 91:3920000
50.» Pessoal contratado, extraordinario e de serviço nas officinas das escolas industriaes. 20:804*000
51.» Circunscripções industriaes 15:2()0â000
52.» Commissão Superior de Exposições 2-.6202000
53.» Substituições e desdobramentos 2:000,5000
54.» Officinas do Estado—pessoal 1:388£0(,0
55.» Pessoal addido 10:143â000
56.» Material e diversas despesas do InstitutoTndustrial e Commercial de Lisboa 5:650$000
57.» Material e diversas despesas do Instituto Industrial e Commercial do Porto 2:426^740
58.° Material e diversas despesas das escolas industriaes e de desenho industrial 27:356^760
59.° Serviços industriaes e commerciaes. 4:890^000
245:114$16G
Direeção Geral dos Trabalhos Geodesicos e Topographicos
60." Pessoal 19:960^000
61.° Pessoal supranumerario e addido 10:116^000
62.» Material e diversas despesas 5:992,-^000
36:068^000
Diversas despesas
63.» Secrctaria Internacional de Pesos e Medidas 1:2001000
64.» Despesas eventuaes 30:110.3000
31:310^000
Diversos encargos
65.° Einpregados aposentados 23:220^620
66.» Garantias de juros a linbas ferreas 610:000^000
67.» Garantia de juros íelativa á construcção do eaminho de ferro de Salamanca. 270:000^000
68.» Pagamento á Companbia das Aguas 180:000^000
1.083:2200620
Despesa de exercicios lindos
69.» Para pagamento de dividas de exercicios íindos (artigos 60.° e 61.» do regulamento geral
da contabilidade publica) 600£000
600£000
Total — liéis. 4.787:769.555

Paço, era 24 de maio de 1 9 0 2 . = Manuel Francisco de Varnas.


Maio 24 '196 1902

Tabella da distribuição da despesa extraordinaria do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria, no exercicio de 1902-1903,
a que se refere o decreto datado de hoje

1.» Construcção de novas linhas telegraphicas 10:000^000


2.» Construcção de portos artificiaes e melhoramento dos existentes; construcção e installação de pharoes 240:000^000
3." Construcção e grandes reparações de estradas de 1." e de 2.» ordem, e subsidio para construcção de estradas
municipaes 100:000,0000
4.» Academia Polytechnica do Porto (carta de lei de 1 de agosto de 1899) 40:000^000
5.o Serviços agricolas : installação de estaçses de destillação, de adegas sociaes, de laboratorios, de estações de fo-
mento agricola, etc 60:000$000
Somma — Réis 450:000^000

Paço, em 24 de maio de 1902. = Manuel Francisco de Vargas. D. do G. u.° 116, de 20 de maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO hei por bem declarar urgente, p a r a os effeitos legaes, - a
expropriação por utilidade publica dos terrenos descriptos
Direeção Geral de Administração Politica e Civil nas plantas, que com este decreto baixam competente-
mente authenticadas, pertencentes a Joaquim Filippe de
l . a Repartição Lemos Lobo F r e i r e Pantoja, e que são necessarios p a r a
a construcção do lanço da estrada municipal n.° 143 clo
DOM C A R L O S , por graça de Deus, Rei de Portugal
mesmo concelho, entre o Alto de Marxil e L u d o , cujo
e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos
projecto foi competentemente approvado.
subditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós quere-
0 Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
mos a lei seguinte :
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
Artigo 1 . u São reduzidos respectivamente a 500 réis e
entendido e faca executar. Paço, em 24 de maio de 1 9 0 2 . =
a 300 réis os emolumentos das secretarias dos governos
R E I . = 2?raesío Rodolpho Hintze Ribeiro.
civis, designados na verba n.° 4 do capitulo 4.° da tabella
approvada pela carta de lei de 23 de agosto de 1887, D. do Cr. n.° 117, de 27 de maio.
para os bilhetes de residencia ou referendas, permittindo
a residencia até um anno ou até seis meses a estrangeiros
no concelho capital do districto, quando forem solicitados Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.°
dentro dos trinta dias immediatos á sua entrada no reino n.° 2.° e 57.° clo Codigo Administrativo, a deliberação da
ou ao termo do prazo do bilhete ou referenda anterior. Camara Municipal do concelho da Horta, de 24 de abril
§ 1.° Quando os interessados os solicitarem depois d'es- ultimo, acêrca da criação de um partido municipal de
te prazo, o emolumento será respectivamente de 1$000 e p a r t e i r a , com a dotação de 300$000 réis annuaes, e au-
de 600 réis. ctorizar se proceda nos termos legaes a concurso para o
§ 2.° E mantida a isenção de qualquer emolumento aos respectivo provimento.
estrangeiros pobres consignada na lei de 23 de agosto de 0 Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
1887. cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario. entendido e faça executar. Paço, em 24 demaio de 1 9 0 2 . =
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o R E I . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a D. do Cr. n.° 117, de 27 de maio.
cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente
como nella se contém.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- Iiei por bem fixar, nos termos do artigo 127.°, § 1.°,
cretario de Estados dos Negocios do Reino, a faça impii- do Codigo Administrativo, em 33 o numero de zeladores
mir, publicar e eorrer. Dada no Paço das Neeessidades, municipaes do concelho cle Povoa de Varzim, sendo 3 com
aos 24 do maio de 1 9 0 2 . = E L - R E I , com rubrica e guar- o vencimento auetorizado no mesmo paragrapho para os
d a . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. — (Logar clo sêllo concelhos de 2. a ordem, e os restantes somente com o es-
grande das armas reaes). tabelecido no artigo 448.° do citado Codigo.
Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio- O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
nado o decreto das Côrtes Geraes cle 1 de maio corrente, cretario de Estado clos Negocios do Reino, assim o tenha
que reduz respectivamente a 500 e a 300 réis os emolu- entendido e faça executar, Paço, em 24 de maio de 1902. =
mentos clas secretarias dos governos civis, pelos bilhetes R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
de residencia e referendas, a que se refere a verba n.° 4
clo capitulo 4.° da tabella approvada pela carta cle lei de D. do G. n.° 117, de 27 do maio.
23 de agosto de 1887, o manda cumprir e guardar tão
inteiramente como nelle se contém, pela fórma retro de-
clarada. Sendo-me presentes as deliberações das Camaras Mu-
P a r a Vossa Majestade vcr. = Victorino Gonçalves denicipaes dos concelhos de Alfandega da F é , Freixo de
Aguiar a fez. D d0
Espada-á-Cinta, Macedo de Cavalleiros, Villa Flor, Vi-
n 0127) d e 27 d e m.lio_
mioso e Vinhaes, acêrca das percentagens sobre as con-
tribuições e rendimentos, a que se referem os n. o s 1.° e
a 2.° do artigo 68.° do Codigo Administrativo, para a ge-
2. Repartição
rencia municipal dos mesmos concelhos no anno de 1 9 0 3 :
Attendendo ao que me representou a Camara Municipal hei por bem apprová-los, nos termos do artigo 55.°, n.° 3.°,
do concelho de Faro, e vistas as informações officiaes: do citado Codigo, com a clausula, porem, visto o disposto
1902 197 Maioli

no artigo 99.° § 2.° do decreto de 2 4 dezembro de 1901, 1." D a receita bruta, isto é, do producto total da v e n d a
de que não poderão exceder a 60 por cento. de bilhetes em cada espectaculo, exclusivamente composto
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- de peças originaes, é deduzida p a r a direitos de auctor a
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha percentagem de 7 por cento, seja qual fôr o numero de
entendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de 1 9 0 2 . = actos e o numero de peças que constituam o espectaculo.
R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Bibeiro. Se uma só peça não fórma espectaculo, a percentagem indi-
D. do G. n." 117, de 27 de maio. cada é distribuida pelos auctores das peças representadas
proporcionalmente ao numero de actos de cada auctor. A
parte distribuida a cada um dos auctores é, portanto, uma
Yistas as informações officiaes e o disposto no artigo 18.° fracção dos direitos totaes, cujo numerador é o numero
da carta de lei de 12 de junho de 1902, com referencia de actos da peça respectiva e o denominador o numero
ao artigo 30.° da carta de lei de 3 de setembro de 1897: total de actos do espectaculo;
hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, aucto- 2.° P a r a os direitos de traducção em prosa a percenta-
rizar a Camara Municipal do concelho de Penamacor, a gem é de 3 por cento sobre a receita bruta, sendo a distri-
que dentro da metade disponivel do seu fundo de viação, buição regulada pela fórma indicadano n.° 1.° d'este artigo ;
applique 400$000 réis exclusivamente ás obras de cons- 3.° P a r a os direitos de traducção em verso a percenta-
trucção de um posto de desinfecção publica, as quaes não gem é de 4 por cento sobre a receita bruta, regulando-se
podem ser custeadas no corrente anno pelas receitas or- a distribuição pela fórma indicada no n.° 1.° d'este artigo;
dinarias d'aquelle municipio. 4.° Num espectaculo mixto de peças originaes e peças
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- traduzidas, o auctor ou auctores das primeiras recebem
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha como direitos a parte que lhes compete, conforme a dis-
entendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de tribuiçao proporcional, determinada no n.° 1.°, e o tradu-
1902. = R E I . = Ernesto Bodolpho Hintze líibeiro. ctor ou traductores das segundas são remunerados con-
D. do G. n.° 117, de 27 do maio. forme a distribuição proporcional estipulada nos n. o s 2.°
e 3.° d'este a r t i g o ;
5.° O auctor de uma peça original portuguesa em tres
actos tem direito ao producto total, liquido de despesas
Direeção Geral de Instrucção Publica seraes, da 15. a representação d'essa peça, quando ella só
3.a Repartição por si constitua espectaculo. No caso contrario ficará em
vigor o artigo 48.° do decreto de 4 de agosto de 1898.
Sendo reconhecida a conveniencia de introduzir algumas Art. 4.° Os alumnos premiados do Conservatorio serão
modificações no deci - eto de 4 de agosto de 1898, que actual- preferidos em igualdade de circunstancias no provimento
mente rege a companhia societaria do Theatro de D. Ma- das vagas da classe inferior que de futuro occorrerem no
ria I I : quadro do T h e a t r o de D . Maria I I , devendo tambem a em-
Hei por bem deoretar o seguinte: preza escripturá-los conforme a sua competencia.
Artigo 1.° A sociedade do Theatro de D . Maria I I será A r t . 5.° A empresa societaria será obrigada a dar uma
composta normalmente de lfi artistas dramaticos portugue- recita annual em favor dos alumnos do curso da arte dra-
ses de arnbos os sexos, funccionando todavia regularmente matica do Conservatorio Real de Lisboa,
com 14, e podendo o Governo excepcionalmente elevar o Art. 6.° Os requerimentos p a r a promoçao de classe ou
numero a 18, se assim fôr necessario, e permittindo-o as nomeaçao de societarios, nas vagas que occorrerem depois
receitas da exploração do theatro. das primeiras nomeações feitas por virtude do presente
§ 1.° Os societarios dividir-se-hão em duas classes, tendo decreto, subirão informados pelo respectivo commissario
cada uma d'ellas duas secções, conforme o seu mereci- ao Governo, que consultará o Conselho da A r t e Drama-
mento artistico e as suas aptidões. A quota de lucros da tica.
exploração do theatro pertencente a cada associado das A r t . 7.° Os auctores de peças originaes terão direito a
duas secções de l . a classe estará para a de cada associado assistir a todos os ensaios das respectivas peças, desde a
da l . a secção da 2. a classe, na razão de 100 para 75, e eitura.
para a de cada associado da 2. a secção da 2. a classe, na
Art. 8.° A empresa societaria resei-vará permanente-
de 100 para 50.
mente um camarote de l . a ordem p a r a o Conselho da
§ 2.° E m cada classe a quota de lucros de cada actriz
A r t e Dramatica.
será de 20 por cento superior á de cada actor.
A r t . 9.° Ficam revogadas as disposições em contrario.
§ 3.° Os associados de l . a classe poderão ser até 10 de
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho dc
um e outro sexo, sendo 2 da classe de merito ( l . a secção)
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
e pertencendo os 8 restantes á 2. a secção.
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
Os de 2. a classe poderão ser ató 8, sendo 5 da l . a sec-
em 24 de maio de 1902. = R E I . = Ernesto Bodolpho
çSo e 3 da 2. a secção.
Hintze Ribeiro.
A r t . 2.° As eleições do gerente e thesoureiro serão fei- D. do G. n.° 117, de 27 de maio.
tas por escrutinio secreto e á pluralidade absoluta de vo-
tos, em lista de cinco nomes para cada cargo, escolhidos
de entre os associados do sexo masculino. Não havendo
maioria absoluta, o escrutinio repetir-se-ha ; não a havendo
ainda no tcrceiro escrutinio, o commissario do Governo MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA
formulará a proposta.
§ unico. As listas a que se refere o artigo antecedente 4.a Repartição da Direeção Geral
serão enviadas com informação do commissario do Governo da Contabilidade Publica
á Direeção Geral de Instrucção Publica no prazo de oito
dias posteriores á eleição, devendo ser submettidas á apre- Nos termos do § unico do artigo 79.° do regulamento
ciação do Ministro do Reino, o qual designará em portaria geral da contabilidade publica, de 31 de agosto dc 1881, e
quaes dos eleitos ou propostos deverão exercer os cargos em virtude do disposto n a carta de lei de 14 de maio cor-
de gerente e thesoureiro. rente : hei por bem d e t e m i n a r que a distribuição da des-
A r t . 3.° O pagamento dos direitos de auctor regular-se- pesa ordinaria do Ministerio dos Negocios Ecclesiasticos e
ha no Theatro de D . Maria I I pela fórma seguinte: de Justiça no exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 se regule pela ta-
Maio 24 '198 1902

bella j u n t a , que faz p a r t e do p r e s e n t e decreto e b a i x a as- O m e s m o Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o assim o t e -


s i g n a d a pelo Ministro e S e c r e t a r i o de E s t a d o dos N e g o - n h a e n t e n d i d o e f a ç a e x e c u t a r . P a ç o , em 2 4 de maio d e
cios Ecclesiasticos e dc J u s t i ç a . 1 9 0 2 . = R E I . = Arthur Alberto da Campos Henriques.

Resumo da tabella da distribuição da despesa ordinaria do Ministerio dos Negocios Ecclesiasticos e de Justiça
no exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , a que se refere o decreto datado de hoje

Somma
Designaçâo da despesa
Por artigos Por capitulos

Capitulo 1.®—•Secretaria de Estado:


Minis'i-0 e Secretario de Estado 3:2^05000
Empregados da secretaria 22:4093440
Despesas variaveis 5:0500000 30:659 $440
Capitulo 2.°—Dioceses do reino:
Provincia metropolitana de Lisboa 128:96(55873
Provincia metropolitana de Braga 8:8563334
Provincia metropolitana de Evora 5:060^479
Subsidios a cabidos e diversas despesas das dioceses 5:475$072 148:3580758
Capitulo 3.° —Supremo Tribunal de Justiça :
Conselheiros e empregados 39:8981658
Despesas variaveis 1:3000000
41:1980658 .
Capitulo 4." — Tribunaes de 2." instancia :
Juizes e empregados das Relações de Lisboa, Porto e Açores 103:986£653
Despesas variaveis 2:4000000
106:3863653
Capitulo 5.°-—Juizos de 1.» instancia:
Juizes de direito nas comarcas; juizes no quadro da magistratura judicial sem exercicio
mas com vencimento; juizes e empregados nos districtos criminaes ; juizes e emprega-
dos dos Tribunaes do Commercio de Lisboa e Porto 257:001-3658
Despesas variaveis 2:3000000
259:301,3658
Capitulo 6."—Ministerio Publico:
Procuradoria Geral da Coroa e Fazenda; Procuradorias Regias de Lisboa, Porto e Açores 28:3903000
Delegados dos Procuradores Reg:ios; conservatorias; curadores geraes dos orphãos de
Lisboa e Porto; agentes do Ministerio Publico nos extinctos tribunaes administrati-
vos; delegados do Procurador Regio collocados no quadro sem exercicio 107:5760666
Despesas variaveis 2:7890000
138:7550666
Capitulo 7."—Sustento de presos e policia das cadeias:
Empregados da Cadeia Geral Penitenciaria do districto da Relação de Lisboa 16:9581000
Empregados das cadeias do Limoeiro e Aljube 7:708^000
Despesas variaveis das cadeias de Lisboa 121:8000540
Empregados da Casa de Detenção e Correcção 3:4500000
Despesas variaveis da Casa de Correcção 9:7200000
Empregados da Cadeia do Porto 3:660300-1
Despesas variaveis da Cadeia do Porto 11:187£000
Cadeia Geral Penitenciaria de Coimbra 20:6950000
Despesas variaveis das cadeias das comarcas do reino e subsidio ás associações de patro-
nato 96:5000000
Empregados das cadeias de Angra, Ponta Delgada e Horta 4480800
Despesas variaveis das cadeias de Angra, Ponta Delgada, Horta e Funchal, transporte de
degredados, transporte de presos pelas vias ferreas e maritimas e Escola Agricola de
Reforma 33:086.3466
Despesas dos conselhos nas sedes das circunscripções medico-legaes, dotação das morgues
de Lisboa, Porto e Coimbra e exames toxicologicos 11:0000000
336:2130806
Capitulo 8.° — Diversas despesas:
Despesas com habilitações canonicas; expedição de bullas pontificias e sagração dos pre
lados apresentados nas dioceses do continente do reino e ilhas adjacentes; despesas
eventuaes do Ministerio; subsidios aos magistrados 11:0000000
Capitulo 9.° — Subsidios a parochos :
Subsidios aos parochos do Douro, em harmonia com a lei de 29 de maio de 1884. 3950000
Capitulo 10.° —Despesas de exercicios findos 5000000
Capitulo 11.°—Aposentados 5870953
1.078:3570592

P a ç o , em 2 4 de maio dc 1902. = Arthur Alberto de Campos Henriques.


D. do tí. n.° 117, de 27 do maio.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA e § unico alinea a) da c a r t a de lei de 12 de j u n h o de


1901, e em harmonia com os preceitos consignados no
Direeção Geral da Contabilidade Publica g unico do artigo 17." cla c a r t a de lei d e 3 de s e t e m b r o
de 1897, m a n d a d a s vigorar no exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2
2 * Reparllção pelo artigo 14.° d a citada lei d e 1 2 de j u n h o de 1 9 0 1 :
hei por bem, g u a r d a d a s as p r e s c r i p ç õ e s do § 9.° do a r -
Com f u n d a m e n t o no artigo 30.° d a c a r t a de lei d e 1 3 tigo 1.° da lei de 3 0 de j u n h o 1 8 9 1 e as do artigo 1.° do
d e maio d e 1 8 9 6 e n a s disposições do artigo 19.° n.° 1.° d e c r e t o n.° 2, de 15 de d e z e m b r o de 1 8 9 4 ; tendo ouvido
1902 199 Maioli

o Conselho de Ministros, d e t e m i n a r , que no Ministerio O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das
dos Negocios da Fazenda seja aberto -um credito especial, Obras Publieas, Commercio e Industria assim o tenha en-
devidamente registado na Direeção Geral da Contabilidade tendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de 1 9 0 2 . =
Publica, pela importancia de 307:788$165 réis, que será R E I . — M a n u é l Francisco de Vargas.
inscripta na tabella da distribuição da despesa extraordi- D. do G. n.° 117, de 25 de maio.
naria do mesmo Ministerio do exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 ,
onde constituirá o artigo 4.°, sob a epigraphe: «Despe-
sas nos termos do artigo 19.° da carta de lei de 12 de
j u n h o de 1901»:
Conforme o 1." v • j 307:7880165 Caminlios de F e r r o do E s t a d o
Conforme a alinea a) do § unico )
O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito nos Conselho de Administração
termos legaes de ser decretado.
0 Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa- Nos termos dos artigos 6.°, 7.° e 8.° do decreto com
zenda, e interino dos Negocios Estrangeiros, assim o te- força de lei de 24 de dezembro de 1901: hei por bem de-
nha entendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de cretar o seguinte:
1902. — R E I . — Fernando Mattozo Santos. Artigo 1.° Os serviços centraes da Administração dos
1). do G. n." 117, cle 27 de maio' Caminhos de F e r r o do Estado comprehenderá os serviços
de expediente e os de contabilidade geral dos mesmos
caminhos de ferro. E s t e s serviços, em tudo que respeita
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA ao respectivo expediente e á preparação e publicação de
diplomas, serão regul-ados pelas normas seguidas nas re-
Direeção Geral das Obras Publieas e Hinas partições da Secretaria de Estado dos Negocios das Obras
Publieas, Commercio e Industria, ás quaes ficam desde j á
Repartição do Pessoal equiparados para esses effeitos.
A r t . 2.° Os serviços dividem-se em duas secções.
Tendo em vista o disposto na alinea i) do artigo 1.° da § 1.° A l . a secção incumbem os serviços de expedien-
carta de lei de 12 de junho de 1902: hei por bem decre- te, os quaes ficam sendo dirigidos por um primeiro official,
tar que o quadro dos empregados a cargo da J u n t a Geral chefe de secção.
do districto do Funchal seja fixado no seguinte:
§ 2.° A segunda secção incubem os serviços da conta-
1 engenheiro director. bilidade geral, que serão dirigidos por um primeiro official,
2 conductores de 2. a classe. chefe de secção ou por um empregado para tal fim con-
1 desenhaclor de 2. 3 classe. tratado, nos termos do § 15.° da base l . a da carta de lei
8 chefes de conservação. de 14 de julho de 1899.
1 escripturario de l . a classe. Art. 3.° A s nomeações, vencimentos e aposentações dos
1 escripturario de 2. a classe. funccionarios do quadro privativo dos serviços centraes
4 apontadores de l . a classe. da Administração dos Caminhos de F e r r o do Estado são
4 apontadores de 2. a classe. reguladas pelas leis vigentes em relação ao pessoal de igual
2 apontadores de 3. a classe. categoria da Secretaria de Estado dos Negocios das Obras
1 ferramenteiro. Publieas, Commercio e Industria, aos quaes ficam em tudo
1 servente. equiparados, observando-se o disposto no artigo 8.° do de-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das creto com força de lei de 24 de dezembro de 1901, que
Obras Publieas, Commercio e Industria assim o tenha en- reorganizou esses serviços, e o artigo 28.° do decreto com
tendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de 1 9 0 2 . = força de lei da mesma data, que r e m o d e l o u a Secretaria
REiI. — Manuel Francisco ãe Vargas. de Estado dos Negocios das Obras Publieas, Commercio e
D. do G. 11.» 117, de 27 de maio. Industria.
A r t . 4.° Pelos chefes da l . a e 2. a secção dos servi-
ços centraes da Administração dos Caminhos de F e r r o do
Tendo em vista o disposto na alinea i) do artigo 1.° da Estado serão elaborados com urgencia projectos de re-
carta de lei de 11 de junho de 1 9 0 1 : hei por bem decre- gulamento geral dos serviços de expediente e os de con-
tar que o quadro dos empregados a cargo da J u n t a Geral tabilidade dos Caminhos de Ferro do Estado, nos quaes
do districto de Ponta Delgada seja fixado no seguinte: se codifiquem as regras a seguir em todos esses ser-
P a r a os serviços agricolas: viços.
1 agronomo.
1 regente agricola. § unico. E s t e s projectos, depois da approvação pelo
Conselho de Administração dos Caminhos de F e r r o do Es-
P a r a os serviços pecuarios;
tado, serão submettidos á sancção ministerial.
1 veterinario.
A r t . 5.° A nomeação do pessoal do quadro da Admi-
P a r a os serviços de obras publieas :
nistração dos Caminhos de Ferro do Estado, com excep-
1 engenheiro, director.
ção dos chefes de secção, a que se referem os §§ 1.° e
1 engenheiro, ou conductor principal.
2.° do artigo 2.° do presente decreto, será feita após a
(> conductores.
apresentação e approvação dos regulamcntos, a que se re-
1 desenhador.
fere o § unico do artigo antecedente, e fixaçâo do respe-
6 chefes de conservação.
ctivo quadro.
2 escripturarios de 2. a classe.
1 pagador. Art. 6.° Fica revogada tõda a legislação em con-
1 apontador, ajudante de pagador. trario.
6 apontadores de l . a classe. O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios clas
6 apontadores de 2. a classe. Obras Publieas, Commercio e Industria, assim o tenha
6 apontadores de 3. a classe. entendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de
1 ferramenteiro. 1902. ~ R E I . = Manuel Francisco de Vargas.
1 servente. V. do G. 11.° 117, de 27 ilo maio.
Maio 2-1 200 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO direito, que lhe confere o artigo 228.° do Codigo Admi-
nistrativo cle 1886, então em vigor, nomeou para aquelle
Direeção Geral de Administração Politica e Civil logar o recorrido, um clos concorrentes ;
Mostra-se que d'este despacho clo governador civil re-
l.a Repartição corre Guilherme José Claro, um outro concorrente, pelas
razões que allega na sua petição a fl. 3 :
P a r a devida execução do disposto no artigo 25.° do O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico ;
decreto de n.° 3, de 24 de dezembro de 1901, expedido Considerando que o artigo 228.° do Codigo citado não
pelo Ministerio dos Negocios da F a z e n d a : hei por bem marca motivos de preferencia para estas nomeações, e que,
determinar que o Corpo de Policia Civil de Lisboa seja portanto, os governadores civis podem escolher entre os
augmentado com 2 chefes de esquadra, 12 cabos, 10 guar- concorrentes legalmente admittidos ao concurso, aquelle
das de l . a classe e 269 de 2. a que mais confiança lhe m e r e c e r ;
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- Considerando que o nomeado tinha sido admittido ao
cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro concurso por ter cumprido os preceitos clo artigo 2.° do
e Secretario de E s t a d o clos Negocios cla Fazenda, assim decreto de 5 de janeiro cle 1887 :
o tenham entendido e façam executar. Paço, em 24 de Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
maio de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ri- negar provimento no recurso.
beiro = Fernando Mattozo Santos. O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
D. do G. n.° 11S, de 2S de maio.
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
em 24 cle maio de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro. D . G . n.» 11Sj de 2s de maio.
2. a Repartição
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal
Administrativo acêrca do recurso n.° 5:932, em que ó re- Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal
corrente a Camara Municipal do concelho do Cartaxo, e Administrativo acêrca do recurso n.° 7:677, em que é re-
recorridos a commissão exeeutiva delegada cla J u n t a Ge- corrente a Camara Municipal clo concelho da Ribeira Gran-
ral do districto cle Santarem e Alfredo Daniel Moreira, de, e recorrido Alexandre Candido de Gouveia Teixeira e
de que foi relator o Conselheiro, vogal effectivo, Antonio Agrella, de que foi relator o Conselheiro, vogal effectivo,
Telles Pereira de Vasconcellos P i m e n t e l : Antonio Telles Pereira de Vasconcellos P i m e n t e l :
Mostra-se que a recorrida elevou o ordenado do escri- Mostra-se que a recorrente, Camara Municipal da Ri-
vão cla camara, do Cartaxo, districto cle Santarem, de beira Grande, mandou abrir concurso p a r a o provimento
270^000 a 36U9000 réis ; de um logar de facultativo municipal, e que ao concurso
Mostra-se que a camara recorreu para o Conselho do vicram dois facultativos, o recorrido, medico pela Escola
Districto, que não tomou conhecimento no recurso, e do do Funchal e outro medico pela Universidade de Coimbra;
accordão d'este vem o presente recurso ; Mostra-se que a camara mandou abrir novo concurso,
Mostra-se que não exisce documento que demonstre ter porque os concorrentes não apresentaram todos os docu-
a camara auetorizado a interposição d'este recurso: mentos com que deviam instruir os seus requerimentos,
O que tudo visto c ponderado, e a resposta clo Ministe- faltando ao recorrente certidão cle idacle, e certidão de
rio Publico; matricula de facultativo ;
Considerando que o presidente da camara não é o com- Mostra-se que da deliberação cla camara só recorreu o
petente para recorrer cle qualquer accordão dos tribunaes, recorrido Alexandre Candido dc Gouveia Teixeira e Agrella
sem que a camara clelibere sobre a interposição do recurso, para o Tribunal Administrativo cle Ponta Delgada ;
como é expressa a disposiçâo do Codigo Administrativo ; Mostra-se que, estabelecida audiencia contradictoria en-
Considerando que no processo de recurso não existe tre a recorrente e recorrido, a requerimento do Ministe-
documcnto que prove a auctorização cla camara dada ao rio Publico, foi annullado parte do processo por falta dc
seu presidente: diligeneias, que induziam nullidade insupprivel;
Ilci por bem, confonnando-me com a mesma consulta, Mostra-se que, renovado o processo, forám de novo ou-
rcjcitar o recurso por não ser competente a recorrente vidos a recorrente e recorrido e o Tribunal annullou a de-
para intcrpor o recurso. liberação da camara, e mandou que fosse provido no lo-
O- Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de gar o recorrido, julgando suppridos os documentos que fal-
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios taram para a admissão ao concurso por outros com que o
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, requerimento do recorrente foi instruido, e d'esta docisão
em 24 de maio de 1902. - R E I . = Ernesto Rodolpho vem o presente recurso, em que a recorrente pediu a sus-
Hintze Ribeiro. pensão do accordão recorrido;
D. do G. n.° 11S, de 28 dc maio. Mostra-se que, por accordão d'este Tribunal foi suspensa
a resolução clo Tribunal Administrativo, seguindo o pro-
cesso seus termos* regulares e respondeu o Ministerio Pu-
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal blico a fl. 131 v. :
Administrativo acêrca do recurso n.° 7:319, em que é O que tudo visto e ponderado, e a resposta do Ministe-
recorrente Guilhermino José Claro, c recorrido Antonio rio Publico ;
Ccrardo Monteiro, dc que foi relator o Ex.1110 Conselheiro, Considerando que a recorrente, antes de prover o logar,
vogal effectivo, Eduardo José Segurado : tinha que examinar os documentos dos concorrentes para
Mostra-se d'este processo que tendo sido aberto con- os admittir ou excluir do concurso;
curso, por annuncio publicado no Diario do Governo n.° 238, Considerando que confessando-se effectivamente que o
clo anno clo 1887, para o provimento cle uma vaga cle ama- recorrido não instruin o seu requerimento com todos os do-
nuense na secretaria do Governo Civil do districto cle cumentos, a camara usou do direito que a lei lhe dá p a r a
Villa Real, houve tres concorrentes, satisfazendo todos ás o excluir do concurso e praticando assim com o outro con-
condições cxigidas no artigo 2.° do decreto de 5 janeiro corrente e não tendo quem estivesse nas circunstancias
de 1887, que regula esta materia ; de ser admittido ao concurso, mandou abrir novo concur-
Mostra-se que o respectivo governador civil, no uso do so, não offendendo nem lei nem direitos de qualquer dos
1902 201 Maioli

concorrentes, porque um conformou-se com a deliberação - termos do mesmo artigo, e não estabelecendo a lei quaes
da camara e o recorrido recorreu' p a r a confessar que não oé motivos de preferencia que deviam prevalecer entre si,
juntou os documentos, por falta dos quaes foi excluido; desde que em favor do nomeado existia algum d'elles, a
Considerando que o Tribunal recorrido não podia im- nomeação ficara perfeita e valida:
por á camara a nomeação do recorrido, não só porque in- D ' e s U sentença vem o presente recurso, por meio do
vadia uma das attribuições da camara, mas porque o re- qual pretende o recorrente obter a sua revogação para o
curso não era da deliberação que preterisse o recorrido, effeito de ser annullado o provimento feito e ser ordenado
mas de não ser admittido ao concurso, e sem ser admitti- á camara recorrida que nomeie o recorrente, sendo este
do não podia ser despachado : pedido baseadonas mesmas considerações apresentadas na
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta, reclamação e sem que se j u n t e m novos documentos;
dar provimento no recurso, annullar o accordão recorrido, A camara municipal e o nomeado, recorridos, respon-
para todos os effeitos e m a n d a r se considere subsistente deram no recurso, sustentando os fundamentos da senten-
a deliberação da camara que mandou abrir concurso para ça, e pedindo a sua confirmaçâo :
o provimento do logar de facultativo municipal. O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico;
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de Considerando que o recorrente na sua petição apresen-
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios tada na primeira instancia, apenas reclamara contra a de-
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, liberação da camara municipal recorrida, tomada em ses-
em 24 de maio de 1902. = R E I . —Ernesto Rodolpho são de 6 de julho da J899, na qual nomeara para seu
Hintze Ribeiro. secretario o recorrido Antonio Barbosa, sendo tres as con-
D. do G. n." 118, de 28 de maio. clusões do seu pedido:
1. a Que fosse annullada a referida deliberação;
2. a Que desde logo fosse suspensa a sua execução;
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Ad- 3. a Que se ordenasse á camara que nomeasse o recor-
ministrativo acêrca do recurso n.° 11:200, em que é re- rente.
corrente José Vital de Matos, e recorridos a Camara Mu- Considerando que da acta da sessão de 6 de julho ]unto
nicipal de Loures e Antonio Barbosa; de que foi relator por copia ao processo com o requerimento do recorrente,
o Conselheiro, vogal extraordinario, Frederico d e A b r e u e se vê que nessa sessão apenas se resolvera votar por e -
Gouveia: crutinio secreto, na fórma legal e para o provimento do
Mostra-se que no concurso aberto pela camara munici- logar de secretario entre os nove concorrentes que foram
pal recorrida para provimento do logar de seu secretario, admittidos ao concurso;
concorreram entre outros o recorrente José Vital de Ma- Considerando que de outros actos de sessoes anteriores,
tos e o recorrido Antonio Barbosa; juntos tambem por copia, se vê que a camara municipal
— que a camara municipal, admittindo ao concurso to- fôra tomando conliecimento da admissão dos differentes
dos os concorrentes, deliberara, em sessão de 6 de julho concorrentes, á medida da apresentação dos respectivos
de 1899, fazer o provimento do logar, nomeando, por requerimentos;
unanimidade de votos, o concorrente Antonio Barbosa; Considerando que não se tendo reclamado em tempo
— que d'esta deliberação reclamara para o auditor ad- quanto á admissão dos concorrentes, e tendo decorrido o
ministrativo o concorrente José Vital de Matos, por isso prazo para tal reclamação, a contestação actual se limita
que a julgava inteiramente injusta e attentatoria dos seus á apreciação das preferencias e á nomeação realizada na
direitos, das leis e regulamentos, e portanto nulla, visto sessão de 6 de julho de 1899;
que o recorrido não tinha apresentado certificado de re- Considerando que esta nomeação fôra feita pela fórma
gisto criminal passado na comarca da sua naturalidade, legalmente prescripta e precedida das devidas formalida-
nem documento clemonstrativo da sua aptidão em contabi- des;
lidade e escripturação, e que não tinha exame de admis- Considerando que em favor do nomeado existe a prefe-
são aos lyceus, mas sim exame de instrucção primaria rencia de ter prestado bons serviços em repartições admi-
feito ad hoc, emquanto que elle, recorrente, apresentara nistrativas, e o artigo 211.° do Codigo Administrativo,
todos os documentos que a lei exige e tinha alguns dos que designa os motivos de preferencia, não declara quaes
motivos de preferencia para este emprego indicados no ar- (Pelles devam prevalecer;
tigo 111." do Codigo Administrativo ; Considerando que tendo taes serviços administrativos
Mostra-se que a camara municipal e Antonio Barbosa, sido prestados ao concelho de Loures, bem procedeu a
r.ecorridos, contestaram os fundamentos da reclamação, camara em escolher pessoa de quem tinha conhecimento e
allegando que na sessão de 6 de julho de 1899 se deli- em quem tinha coníiança, desde que o podia fazer de
berara apenas fazer o provimento do logar, procedendo-se acordo com os preceitos legaes;
á votação sobre os requerimentos dos concorrentes admit- Considerando, ainda que isso não seja preciso para dc-
tidos, não podendo por isso conhecer-se agora das alle- cisão do presente recurso, que do processo consta que
gações referentes á admissão, que tenha passado em jul- concorriam no nomeado todos os requisitos essenciaes p a r a
gado sem que se tivesse reclamado contra ella; e se era a sua admissão no concurso:
certo que o recorrente tinha alguns dos motivos de prefe- Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
rencia designados no artigo 111.°, o nomeado tinha outros negar provimento no recurso, confirmando a sentença re-
consistentes em bons serviços prestados em repartições corrida.
administrativas e outros serviços publicos; O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Mostra-se que o auditor administrativo, por sentença de Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
8 de maio de 1900, j u l g a r a improcedente a reclamação do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
com o fundamento cle que não podia conhecer-se nella dos em 24 de maio de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho
motivos de admissão ao concurso que tinha passado sem Hintze Ribeiro.
protesto ou reclamação, mas somente dos motivos de pre- D. do G. n.° 118, de 2S do maio.
ferencia que deveriam ser attendidos na nomeação; e que
embora o reclamante tivesse mais habilitações litterarias
de que o nomeado e algumas das preferencias enumera-
das no artigo 111.° do Codigo. Administrativo, pela sua Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Ad-
parte o nomeado tinha serviços prestados em repartições ministrativo acêrca do recurso n.° 11:587, em que é re-
administrativas; o que constitue tambem preferencia nos corrente o secretario geral do Governo Civil do districto
Maio 24 '202 1902

de E v o r a , e recorrida a Camara Municipal do concelho as suas deliberações não tendo ouvido o recorrido, porque
de Móra; de que foi relator o Const.dheiro, vogal extraor- sendo ameaçado com a suspensão imposta, esperava a ca-
dinario, Frederico cle Abreu e Gouveia: mara que elle viesse justificar se, o que não fez, e que
Mostra-se que a camara recorrida em sessão clo dia 10 acceitou a suspensão e pediu a demissão;
de outubro de .1901 deliberara fazer venda de dois domi- Mostra-se que sendo ouvido o recorrido, allegou que as
nios directos aos respectivos emphyteutas, Cypriano José faltas dadas em seguida á licença foram motivadas por
Pereira, da viila de Mora, e Manoel Lopes da Fonseca, da doença, de que preveniu o presidente da camara, e que
de Cabeção, sem ser em hasta publica, com o fundamento das resoluções da camara, a seu respeito, só teve conheci-
que j á tinham estado em praça sem que tivesse havido lan- mento quando lhe foram intimadas as suspensões;
çador, e sendo a venda feita pelo preço com que foram Mostra-se que o auditor administrativo deu provimento
postos em praça: na reclamação do Ministerio Publico, e annullou as deli-
— que a Commissão Districtal de E v o r a por accordão de berações da camara, e da sentença do auditor veiu o pre-
31 de outubro approvara esta deliberação, da qual recorre sente recurso com fundamento na combinação do que dis-
para este Supremo Tribunal Administrativo o secretario põem os artigos 403.° e 447.° do Codigo Administrativo ;
geral do Governo Civil, por a j u l g a r illegal e contraria o artigo 403.° previne a hypothese do empregado se au-
ao disposto no artigo 427.° do Codigo Administrativo que sentar de suas funcções sem licença da auctoridade com-
manda fazer em hasta publica os contratos de alienação petente ; o artigo 447.° declara outras causas de suspensão
de bens pertencentes aos corpos e corporações adminis- ou demissão, e quando estas se derem é que o empregado
trativas : deve ser ouvido; ha differença entre os dois casos, no pri-
O que visto, e a resposta do Ministerio Publico; meiro, ausencia de funcções sem licença, e sendo este o
Considerando que o referido contrato não é comprehen- que se deu, a camara usou de um direito suspendendo, sem
dido em nenhuma clas excepções consignadas nos differen- ouvir, o empregado;
tes numeros do § 1.° do citado artigo 427.° do Codigo Mostra-se que o processo seguiu seus termos regulares,
Administrativo e bem assim que o preceituado nas leis cle sendo ouvido o Ministerio Publico, que respondeu a fl.
dcsamortização resalvado pelo disposto no artigo 429.° do 146 v. :
mesmo Codigo, em cousa alguma contraria áquella dispo- O que tudo visto e ponderado, e a resposta do Ministe-
siçâo generica em relação ao contrato cle que se t r a t a ; rio Publico;
Considerando que, ainda quando se queira hoje conce- Considerando que ó improcedente o fundamento do re-
der aos emphyteutas o direito de remissao dos foros a que curso, porquanto não é applicavel á questão dos autos o
são obrigados, esta somente em praça publica poderia rea- artigo 403.° clo Codigo Administrativo, e nem mesmo o
lizar-se : disposto no artigo 367.° do mesmo Codigo;
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta, dar Considerando que é expressa a disposiçâo do artigo 447.°
provimento no recurso, annullando a deliberação recorrida. do Codigo Administrativo, c em face d'esta nenhum em-
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de pregado dos corpos administrativos póde ser suspenso ou
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios demittido sem sua previa audiencia;
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, Considerando que o recorrido é amanuense da camara,
em 24 de maio de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hin- com nomeação por tempo illimitado e ordenado annual per-
tze Ribeiro. manente", que estava ausente no gozo de licença dada pela
D. do G. n. c 118, de 28 de maio. mesma camara, não se tendo apresentado por doença, sa-
bendo das deliberações camararias a seu respeito, quando
d'ellas foi intimado;
Sendo-me presente a consulta clo Supremo Tribunal Ad- Considerando que as penas impostas aos empregados
ministrativo acêrca do recurso n.° 11:658, em que é re- publicos, sem os ouvir, importam negação dc defesa, o
corrente a Camara Municipal do concelho de Sinfães, e que a lei nao admitte ;
recorrido Alexandre Emilio cle P a d u a Real e Silva, de Considerando que as deliberações de que recorreu o
que foi relator o Conselheiro, vogal effectivo, Antonio Ministerio Publico, foram tomadas contra expressa dispo-
Telles Pereira de Vasconcellos Pimentel: siçâo da lei :
Mostra se quc a Camara Municipal do concelho de Sin- Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
fães recorreu para este Supremo Tribunal da sentença clo negar provimento no recurso, e confirmar a sentença re-
auditor administrativo de Viseu, que annullou as delibera- corrida pelos seus justos e legaes fundamentos.
ções cla mesma camara, em relação ás suspensões de exer- O Conselheiro cle Estado, Presidente do Conselho de
cicio e vencimentos impostas nas suas sessões de 7 e 14 Ministros, Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios
de agosto ultimo ao recorrido, Alexandre Emilio de Padua do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
Real e Silva, seu amanuense; em 24 de maio dc 1902.== R E I . = Ernesto Rodolpho
Mostra-se quc o recorrido pediu á camara recorrente Hintze Ribeiro.
vinte dias de licença, que esta lhe concedeu, e como por D. do G. 11." lis, de 28 de maio.
doença se nào apresentasse no fim dos vinte dias, a ca-
mara suspendeu-o pelas faltas dadas, c mais trinta dias se
o recorrido se não se apresentasse até á sessão do dia 14,
e como o recorrido se não apresentasse confirmou as sus-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
pensões, e mandou-as intimar ao recorrido ;
Mostra-se que de taes deliberações recorreu o agente do
Administração Geral das Alfandegas
Ministerio Publico, com fundamento no artigo 447.° clo Co-
digo Administrativo, por nào ter sido ouvido préviamen-
l.a Repartição
te o recorrido, e não só não ser applicavel ao caso o arti- Convindo reunir em um só diploma varias disposições
go 367." do mesmo Codigo, mas por que era iraposóivel ao que se encontram dispersas, concernentes a licenças, fal-
recorrido justificar suas falta:;, pois que as deliberações só tas, e á situação e vencimentos dos funccionarios aduanei-
posteriormentc lhe foram intimadas, sendo certo que em ros, bem como estabelecer outras indispensaveis á regula-
taes deliberações nada influia a demissão dada ao recor- ridade do serviço: hei por bem, nos termos do § unico do
rido, e por elle pedida, mas tambem porque taes delibe- artigo 3.° do decreto n.° 1, de 27 de setembro de 1894,
rações foram tomadas sem ser por escrutiuio secrcto; determinar o seguinte:
Mostra-se ter sido ouvida a recorrcnte, que confirmuo Artigo 1.° Os funccionarios aduaneiros podem conside-
1902 203 Maioli

rar-se na situação de actividade, licença, disponibilidade e publicados, por extracto, no Diario do Governo c no Bo-
de ínactividade temporaria. letim Official da Administração Geral das Alfandegas.
A r t . 2.° A situação de actividade dá-se quando o func- A r t . tí.° Os vencimentos dos funccionarios aduaneiros
cionario está em serviço effectivo das suas funcções. serão regulados como s e g u e :
A r t . 3.° A situação de licença dá-se quando o funccio- 1.° Perceberão a totalidade dos seus vencimentos:
nario não exercer as suas funcções, por motivo de doença a) Os que estiverem n a situação de actividade;
ou por outi-r> qualquer. b) Os que estiverem no gozo de licença por motivo de
Art. 4.° A situação de disponibilidade dá-se: doença devidamente justificada, não excedendo trinta dias
1.° Quando o funccionario, achando-se no desempenbo dentro do mesmo anno civil;
de qualquer commissão de serviço estranho ás alfandegas, c) Os que estiverem temporariamente impossibilitados
se apresentar na respectiva Administração Geral por ter para o serviço por effeito de ferimento ou desastre occor-
cessado essa commissão; rido no exercicio das suas funcções:
f 7
2.° Quando, estando em inactividade temporaria pelo d.) Os que estiverem no gozo de licença ató oito dias
pedir, requerer para regressar á effectividade do serviço, dentro do mesmo anno civil;
satisfeitas que sejam as prescripções do § 1.° do artigo o.° e) Os que se acharem ausentes por motivo de doença
do presente decreto; devidamente justificada.
3.° Qnando, estando na situação de inactividade, cm vir- 2.° Perceberão os vencimentos de categoria:
tude do disposto nos n. o s 2.° e 6.° do artigo õ.° do pre- a) Os que estiverem na disponibilidade ;
sente decreto, llie tenha sido dada por terminada a pena b) Os que estiverem no gozo de licença por motivo de
que lhe tiver sido imposta ou a commissão que estiver doença, devidamente comprovada, alem de trinta dias den-
desempenhando. tro do mesmo anno civil;
§ 1.° Os funccionarios aduaneiros na situação de dispo- c) Os empregados effectivos do quadro geral das alfan-
nibilidade preferem sempre para o preenchimento das vaca- degas que não prestarem serviço nas respectivas casas
turas occorridas nas respectivas classes, segundo a ordern fiscaes por se acharem desempenhando, com auctorização
das suas antiguidades na referida situação; e, emquanto do Governo, outras funcções em repartições estranhas ás
houver funccionarios nestas circumstancias, nenhuma no- alfandegas, até sessenta dias.
meação ou promoção poderá fazer-se nas alludidas classes. § unico. Exceptuam-se d'esta disposição os empregados
§ 2.° Os funccionarios aduaneiros em disponibilidade que, mediante despacho ministerial sob proposta do Admi-
não teem direito a promoção nem a serem admittidos a con- nistrador Geral das Alfandegas, desempenharem tempora-
curso emquanto se conservarem nessa situação. riamente commissões de serviço depenclentes da Adminis-
§ 3.° O Ministro da Fazenda poderá, quando assim se tração Geral, e o chefe da l . a Piepartição da Direccão Geral
torne necessario, ordenar que os funccionarios em disponi- da Estatistica e dos Proprios Nacionaes, como se preceitua
bilidade prestem serviço nas alfandegas; percebendo, nesse no § õ.° do artigo 7.° do decreto de 30 de j u n h o de l ò 9 8 .
caso, os venciinentos da effectividade, mas continuando su- 3.° Perceberão somente o ordenado correspondente ás
jeitos ás prescripções do paragraplio antecedente. suas categorias os funccionarios a que se refere a alinea c)
A r t . 5.° A situação de inactividade temporaria dá-se: do numero antecedente, alem do prazo ali fixado.
1.° Quando o funccionario a solicitar; 4.° Não perceberão vencimento algum os funccionarios:
2.° Quando lhe fôr imposta por motivo disciplinar; a) Que faltarem ao serviço e não justificarem as faltas ;
o.° Quando os funccionarios forem chamados tempora- b) Que estiverem no gozo de licença alem de oito dias,
riamente ao serviço do exercito ou da a r m a d a ; dentro do mesmo anno civil, por motivo que não seja de
4.° Quando estiverem suspensos do exercicio das suas doenca;o 1
funcções por mais de tres meses; c) Que estiverem na inactividade temporaria, oxcepto
õ.° Quando tiverem gozado, dentro do mesmo anno ci- quando tal situação lhes seja imposta nos termos do n.° 2.°
vil, mais de noventa dias de licença seguidos ou interpola- do artigo 5-°;
dos, sem ser por motivo de doença; d) Que estiverem comprehendidos nas disposições do
6.° Quando o funccionario não preste serviço effectivo n.° 7.° do artigo õ.D d'este decreto.
nas respectivas casas fiscaes, por mais de noventa dias, Art. 7.° Perceberão o vencimento correspoudente ao
durant.e o mesmo anno civil, embora esteja desempenhando tempo que tiverem p a r a a aposentação os empregados que
funcções com auctorização do Governo noutra repartição se acharem comprehendidos na excepção mencionada n a
publica, salvo o disposto no § unico do artigo 6.° do pre- alinea c) do artigo antecedente.
sente decreto; Art. 8.° As licenças ató sessenta dias serão concedidas
7.° Quando forem mandados apresentar no Ministerio pelo administrador geral das alfandegas; a sua prorogação,
da Marinha e UItramar, por terem sido requisitados p a r a ou concessao por mais tempo, pelo Ministro da F a z e n d a .
prestar serviço nas provincias ultramarinas, em repartições § 1.° Tanto o Ministro como o administrador geral
do Estado ou de companhias com direitos majestaticos. teem a faculdade de mandar inspeccionav os funccionarios
§ 1.° A situação de inactividade, quando requerida ou licenceados quando o julguem conveniente.
por effeito do disposto no n.° 6.° do presente artigo, obriga § 2.° Os chefes de repartição da Administração Geral
sempre os respectivos empregados a permanecer nessa das Alfandegas e os directores das alfandegas podem con-
situação pelo menos seis meses seguidos. ceder aos funccionarios seus subordinados ató oito dias de
§ 2.° Os funccionarios aduaneiros cm inactividade tem- licença, com vencimento, dentro do mesmo anno civil.
poraria, deixam vagos os seus logares no respectivo qua- § 3.° As licenças concedidas pclos directores das al-
dro, não teem accesso e não lhes c contado, para nenhum fandegas das ilhas serão sempre com a clausula de quc os
effeito, o tempo que pcrmanecerem naquella situação. empregados não poderão gozá-las cm localidades onde não
íj 3.° Exceptuam-se das disposições da parte final do haja facil transporte para regressarem, dentro do prazo
paragrapho antecedente os empregados a que se refere o das alludidas licenças, ás estações aduaneiras em que se
n.° 7.° d'este artigo, aos quaes ó mantido o direito a ac- acharem collocados.
cesso c aposentação, não podendo comtudo gozar d'esta § 4.° Findo o prazo de qualquer licença, só por nova
ultima vantagem os que estiverem contribuindo para a licença se póde justiíicar a ausencia do serviço.
Caixa de Aposentação, se não continuarem a pagar, sem Art. 9.° Considera-se vencimento de categoria, para os
interrupção, as quotas respectivas. funccionarios quc não tiverem vencimento de exercicio,
§ 4.° A passagem á inactividade, ou a mudança d'esta quatro quintos da totalidade do vencimento.
situação, serão objecto de decrctos motivados, que serão A r t . 10.° As faltas ao serviço, por tres dias em cada
Maio 24 '204 1902

mês, poderão ser justificadas por simples participação do


empregado ao seu respectivo cliefe; e, por igual fórma, as Sommas
auetorií-.adas
que forem motivadas por fallecimento de algum parente
proximo, ou as que resultarem do exercicio de commissão
temporaria de serviço publico para que o empregado te- Despesa extraordinaria
n h a sido legalmente nomeado.
§ 1.° O administrador geral das alfandegas ou os che- 1.» Construcção das obras de defesa terrestre e
maritima 100:0000000
fes respectivos poderão exigir dos empregados certidões 2.» Construcções e ampliações de quarteis e ou-
que justiíiquem as participações de doença a que se refere tros edificios militares 30:0000000
este artigo, ou mandar inspeccionar os mesmos emprega- Para pagamento á Caixa Geral de Depositos
dos na sua residencia quando o j u l g u e m conveniente. da terceira annuidade do emprestimo de réis
15:0000000, effectuado nos termos da lci de
§ 2.° As faltas excedentes a tres dias em cada mês, 26 de julho de 1899, para acquisição da
seguidas ou interpoladas, só podem justificar-se por certi- propriedade, sita na Luz, pertencente aos
dão j u r a d a de um facultativo, com a assignatura d'este devi- herdeiros do fallecido Conde de Mesquitel-
la, com destino ao Eeal Collegio Militar.. 2:0380019
damente reconhecida; e quando a doença durar mais de um
4.° Para pagamento ao esculptor Thomás da
mês deverá ser apresentada igual certidão mensalmente. Costa das 1." e 2." prestações, segundo o
A r t . 11.° As disposições d'este decreto são extensiveis, contrato celebrado em 1 de julho de 1901,
na parte applicavel, aos funccionarios civis da Administra- para a construcção do monumento ao ma-
ção Geral das Alfandegas e demais pessoal dependente cla rechal Duque de Saldanha (lei de 12 de
agosto de 1899) 4:0000000
mesma Administração.
0
A r t . 12. Ficam revogados os decretos de 30 de maio 136:0380019
de 1896, de 13 de outubro de 1898 e cle 23 de dezembro
de 1899. Paço, em 24 de maio de 1902.= Luiz Augusto Pimen-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa- tel Pinto.
V. do G. n.° 138, de 28 de maio.
zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em
2 4 de maio de 1 9 0 2 . = R E I . — Fernando Mattozo Santos.
D. do G. n.° 118, de 2S de maio.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
Inspecção Geral de Fazenda do UItramar
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
Attendendo á necessidade de remodelar o serviço das
5.a Repartição da Direeção Geral
exeeuções fiscaes administrativas na provincia de Moçam-
da Contabilidade Publica bique ;
Nos termos do § unico do artigo 79." do regulamento Tendo ouvido a J u n t a Consultiva do UItramar e o Con-
geral cla contabilidade publica, de 31 cle agosto de 1881, selho de Ministros;
e na conformidade cla carta cle lei da receita e despesa do E usando da faculdade concedida no § 1.° do artigo 15.°
Estado, de 14 cle maio clo corrente anno: hei por bem deter- clo 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional da Monar-
minar que a distribuição da despesa ordinaria e extraordi- chia: hei por bem decretar o seguinte:
naria do Ministerio clos Negocios da Guerra, para o exer- Artigo l . ° É approvado o regulamento p a r a as exeeuções
cicio de 1902-1903, se regule pela tabella j u n t a , que faz fiscaes administrativas na provincia de Moçambique, o qual
parte d'este decreto e baixa assignada pelo Ministro e Se- baixa assignado pelo Ministro e Secretario de E s t a d o dos
cretario de Estado dos Negocios da G u e r r a . Negocios da Marinha e UItramar.
O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o tenha A r t . 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
entendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de 1902. = O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
R E I . = Z.£íí'z Augusto Pimentel Pinto. rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça executar.
Paço, em 24 de maio de 1902. = R E I . = Antonio Teixeira
Tabella da distribuição da despesa ordinaria e extraordinaria do Ministe- de Sousa.
rio dos Negocios da Guerra, para o exercicio de 1902-1903, a que se
refere o decreto da data de lioje. Regulamento para as exeeuções fiscaes administrativas na provincia
de Moçambique, que faz parte do decreto d'esta data
Sommas
auctori/.adas CAPITULO I
Funccionarios competentes para as exeeuções
Despesa ordinaria
1.» Secretaria de Estado 15:7290370 Artigo 1.° A cobrança coerciva das dividas ao Estado,
2.» Estado maior general e casa militar de EI por impostos, contribuições e mais rendimentos, e aos cor-
líei 42:1080000
Serviço do Estado e mais commandos mili- pos administrativos, provenientes de impostos cobrados
tares 76:3240400 cumulativamente, ou que assim o devam ser, com aquel-
4.° Governos de fortificações e serviço dos tor- las contribuições, pertencerá, em todos os districtos da
pedos fixos 25:1190250 pi-ovincia de Moçambique, aos respectivos escrivães de fa-
5," Serviços nas differentes armas 2.374:2420930
OIKci-i.es não combatentes
zenda, com as attribuições que, pelos regulamentos da
298:3240500
7." Serviços de saude, administração militar e administração da Fazenda Publica, competiam aos admi-
diversos cstabclecimentos 642:5390790 nistradores dos concelhos.
8." Instrucção militar 177:1600250 A r t . 2.° Os escrivães de fazenda, juizes das exeeuções
9.» Justiça militar e estabclcciinentos correla-
tivos fiscaes, serão substituidos na sua falta ou impedimento
35:3050715
10.» Pessoal inactivo 922:0950918 por quem legalmente exercer as suas funcções.
11° Despesas do alimcntação 1.256:6720290 Art. 3." São escrivães clos processos das exeeuções fis-
12." Fardainentos 222:0000855 caes administrativas os individuos nomeados por alvará do
13.» Diversas despesas do pessoal e material.. . . 328:9570700
14.» Despesas de exercicios findos 14:4400125
inspector de fazenda, por quem poderão tambem ser exo-
nerados, mediante processo em que respondam por es-
6.431:0210093 crito.
1902 205 Maioli

A r t . 4.° H a v e r á em cada um dos districtos da provincia guesias, relações nominaes, por ordem alphabetica e com
de Moçambique até quatro escrivães das execuções fiscaes. indicação das respectivas collectas, de todos os devedores
A r t . 5.° Os escrivães das execuções fiscaes vencerão collectados nas mesmas freguesias, relações que envia-
todos os salarios e emolumentos do respectivo cargo, e fi- rão, como serviço official, aos respectivos regedores de
cam obrigados a auxiliar o escrivão de fazenda no ser- parochia.
viço da sua repartição. § 1.° Os regedores terão patentes as relações na respe-
Art. 6.° Alem do numero fixado no artigo 4.°, poderá ctiva regedoria durante quinze dias, e convidarão os seus
haver em cada um dos districtos da provincia, escrivães parochianos, por meio de editaes affixados nos logares
de execuções supplentes, propostos pelo respectivo escri- mais publicos da freguesia, a examiná-las, prevenindo-os
vão de fazenda, conforme as necessidades do serviço das de que deverão pagar as suas dividas no prazo de dez
delegações de fazenda. Estes escrivães serão igualmente dias, sob pena de serem relaxadas e executadas.
nomeados por alvará do inspector de fazenda, e por este § 2.° Findo o prazo de quinze dias, contado da rece-
exonerados, quando o julgue conveniente. pção das relações, os regedores as devolverâo, como ser-
A r t . 7.° Os escrivães das execuções fiscaes terão os viço official, aos recebedores, certificando nellas que esti-
seus cartorios nas repartições de fazenda respectivas. veram patentes pelo referido prazo e quc preveniram os
A r t . 8.° Os escrivães das execuções fiscaes exercem as seus parochianos para as examinarem.
suas funcções sob a immediata direeção e fiscalização do § 3.° P a r a estes effeitos, tanto os avisos como as rela-
escrivão de fazenda, a quem compete distribuir-lhes com ções, serão expedidos pelos recebedores dentro dos pri-
igualdade o serviço das execuções, que será desempenhado meiros quinze dias, depois de findos os prazos p a r a a co-
por fórma que um dos escrivães esteja sempre n a repar- brança á boca do cofre.
tição para o expediente cVellas, de modo que na sua co- § 4.° Dos devedores collectados na sede do districto se
brança se não deem delongas em prejuizo da F a z e n d a ou fará uma unica relação, que, em vez de ser enviada ao
dos contribuintes. regedor respectivo, será remettida ao administrador do
§ unico. A distribuição de processos será feita á sorte. concelho, para estar patente n a casa da administração,
A r t . 9.° P a r a o serviço das execuções fiscaes haverá sendo, todavia, a pedido do recebedor, prevenidos pelo
em cada um dos districtos até tres officiaes de diligencias, regedor os seus parochianos, nos termos do § 1.°, para
nomeados por alvará do inspector ae fazenda, sob pro- irem examinar na casa da administração a relação e pa-
posta do respectivo escrivão de fazenda, ou, independente gar as suas dividas no prazo designado no mesmo para-
d'ella, quando não seja feita, e se torne necessaria a no- grapho, sob pena d'estas serem relaxadas e executadas.
meação. Ao inspector de fazenda compete tambem exone- O administrador annunciará tambem por editaes, affixa-
n a r os referidos officiaes de diligencias, por proposta dos dos nos logares do estylo e publicados no Boletim Official,
escrivães de fazenda, sendo préviamente ouvidos. o prazo, dentro do qual a relação dos devedores está pa-
§ 1.° Os officiaes de diligencias só perceberão os sala- tente na administração, e, findo o prazo, a devolverá ao
rios que lhes competirem nas execuções fiscaes em harmo- recebedor, certificando nella que esteve exposta ao pu-
nia com a respectiva tabella. blico e que se publicaram os competentes editaes.
§ 2.° Alem do numero fixado neste artigo, poderá ha- Art. 14.° P a r a a cobrança coerciva, os conhecimentos
ver, em casos extraordinarios de serviço, em cada um dos de todos os impostos, contribuições e mais rendimentos,
districtos d'esta provincia, mais officiaes de diligencias, de que trata o artigo 1.°, teem força de sentença passada
nomeados e exonerados, nos termos do artigo 6.° em julgado, nos termos da legislação em vigor, e o seu
§ 3.° Os officiaes de diligencias, a que se referem os processo executivo terá por base certidões extrahidas dos
paragraphos antecedentes, são competentes para fazer as mesmos conhecimentos.
intimações ou citações que forem ordenadas pelo escrivão Art. 15.° Findos os prazos para a cobrança voluntaria
de fazenda para o serviço da arrecadação das contribui- das dividas, extrahirá o recebedor, de todos os conheci-
ções, impostos e demais rendimentos publicos. mentos que ficarem por cobrar, certidões conforme o mo-
Art. 10.° Os escrivães de execuções e officiaes de dili- delo n.° 1.°, e as entregará ao escrivão de fazenda res-
gencias, de que tratam os artigos antecedentes, antes de pectivo, acompanhadas de uma relação, modelo n.° 2,
entrarem no exercicio dos seus cargos, prestam juramento em duplicado, datada e assignada pelo mesmo recebedor,
e tomam posse no mesmo acto, sendo-lhes deferido aquelle a quem o escrivão passará recibo de entrega. A um
e dada esta pelo respectivo juiz. exemplar d'esta relação serão juntas as de que t r a t a o
Art. 11.° Os escrivães de fazenda são os contadores artigo 13.°
dos processos das execuções fiscaes administrativas nos § unico. O processo das certidões e relação, e a sua
seus respectivos districtos. entrega ao escrivão de fazenda effectuar-se-ha:
A r t . 12.° Os delegados do Procurador da Coroa e Fa- a) Dentro de oito dias improrogaveis, depois de findos
zenda, nos districtos cabeça de comarca, e os sub-delega- os prazos para pagamento, quanto aos conhecimentos de
dos nos juizos municipaes, assistirão ás arrematações; os contribuição de registo por titulo gratuito, emolumentos
delegados intervirão nos processos nos casos de cmbargos, das Secretarias de Estado e da secretaria geral do go-
nos de execução sobre bens immobiliarios e em quaesquer verno, sêllo de diplomas, e prestaçõcs de direitos de mercê,
outros em que os legitimos interesses da F a z e n d a Nacional que não tenham de ser descontadas nos vencimentos' dos
reclamem e justifiquem a sua intervenção. devedores, e quanto a quaesquer outros para que seme-
§ unico. O delegado, ainda que em effectividade de ser- lhantemente esteja ou venha a determinar-se prazo espe-
viço, poderá fazer-se representar nas arrematações pelo seu cial de pagamento;
substituto, nomeado nos termos do Regimento de Justiça b) Dentro de sessenta dias improrogaveis, depois de findo
em vigor. o prazo para cobrança á boca do cofre, quanto aos conhe-
CAPITULO II cimentos das contribuições de lançamento e de todos os
mais rendimentos não comprehendidos na alinea a).
Relaxe e processo das dividas A r t . 16.° O escrivão de fazenda verificará, immediata-
Art. 13.° Findos os prazos para a cobrança das contri- mente á recepção, a conformidade das relações com as
buições e rendimentos publicos, fixados nos respectivos certidões e d e s t a s com as relações para descarga dos co-
regulamentos, os recebedores avisarão por escrito os de- nhecimentos, bem como se estão j u n t a s as relações de que
vedores omissos, para, no prazo de dez dias, pagar na trata o artigo 13.°, e, achando todos estes documentos
recebedoria do concelho as importancias por que forem conformes entre si, assim o declarará nas relações, que
responsaveis e, na mesma occasião, organizarão, por fre- logo enviará ao inspector de f a z e n d a ; quando, porem, re-
Maio 24 '206 1902

conheça a, omissão cle quaesquer conhecimentos ou da jun- der-se-ha nos termos preceituados nos artigos 194.° a 198.°
ção de relaçõcs, deverá mencioná-la na sua dcelaração e do Codigo do Processo Civil, mas nos processos por divi-
tomar as competentes notas, para iucluir na primeira ta- das inferiores a 50$000 réis não se farão os annuncios de
bella cle cobrança a importancia dos conhecimentos emit- que trata o artigo 197.° do mesmo Codigo.
tidos, a qual o recebedor só pelos meios ordinarios poderá
haver des contribuintes. CAPITULO IV
§ 1.° O inspector de fazenda, logo que receba as rela- Penhcras
cões de relaxe, fará verificar a sua conformidade, e lan-
çará despacho auctorizando o proceclimcnto executivo con- Art. 19.° Findo o decendio sem ter sido realizado o
tra os devcdores nellas comprehendidos, e, ficando com pagamento da divida, o escrivão clo processo passará, den-
um exomplar para ser archivado na repartição de fazenda tro cle cinco dias e sem dependencia dc despacho, manda-
provincia!, devolvcrá ao escrivão cle fazenda, no prazo de do, assignado pelo juiz, para penliora, que deverá ser
tres dias, aquelle a que estiverem juntas as relações de efrectuacla, dentro de dez dias, pelo mesmo escrivão.
que trata o artigo 13. 0 Quando tenha deixado de se jun- § unico. O direito cle nomear bens á penhora é priva-
tar alguma d'estes relações fará supprir a omissão, e, se tivo da Fazenda Nacional.
o não fôr, dará conta ao governo geral. Art. 20.° A penhora começará pelos bens mobiliarios,
§ 2.° Eecebida pelo escrivão de fazenda a relação cle frutos ou rendimentos dos immobiliarios pertencentes ao
rclaxo com auctorização para procedimento executivo, se- executado, e será feita em tantos d'esses bens, quantos
rão instaurados os respectivos processos, reunindo-se em forem necessarios para pagamento da divida, addicionaes
um só toclas as certidões das dividas de cada contribuinte respectivos, sellos o custas do processo. Se por falleci-
e seguidamcnte serão os mesmos processos numerados mento do executado, os seus bens se conservarem indivi-
pela ordem alphabetica dos nomes clos clevedores e logo sos, poderão ser apprehendidos quaesquer bens mobilia-
apresentados ao juiz cla execução, o qual, por seu despa- rios, frutos e rendimentos dos immobiliarios em mão cle
cho, mandará proceder á citação e todos os mais actos cabeça de casal para pagamento cla divida commum dos
executivos, pela ordem da numeração dos ditos processos. herdeiros.
P a r a a citaçâo expedir-se-hão os competentes mandaclos. § 1.° Não poderão ser apprehendidos os bens isentos
Art. 17.° Os processos por dividas á Fazenda serão di- de penhora pelos artigos 815.° o 816.° do Codigo do Pro-
vididos em conta antiga e conta nova, segundo as dividas cesso Civil, salvo nos casos mencionados nos mesmos ar-
forem vencidas antes ou depois cle 31 cle dezembro cle tigos.
1901. § 2.° As dividas activas clos clevedores só na falta abso-
§ unico. Os processos em conta antiga seguirão seus luta de outros bens poderão ser pcnhoradas.
termos em separado dos processos em conta nova, e de- § 3.° Se o devedor fôr alguma camara municipal, junta
verão ficar extinctos por pagamento ou julgamento em fa- de parochia ou corporação de picdade ou beneficencia, e
llias, salvo algum incidente que o justifique, no prazo ma- a divida estiver liquidada, deve o escrivão de fazenda re-
ximo cle um anno cla execução cVeste regulamento. clamar o pagamento perante a respectiva corporação, c,
no caso dc recusa, reclamar perante o governador geral,
CAPITULO III que ordenará que a corporação devedora se habilite pelos
meios legaes a fazer effectivo o pagamento, no prazo im-
Citações prorogavel de trinta clias, podendo em caso extremo, na
Art. 18." Os devedores serão immediatamente citados impossibilidade de pagar por outro meio, reeorrer aos
para, em dez dias peremptorios, pagarem as collectas que fundos capitalizados, se os possuir.
deverem. As citações serão feitas nos termos o com as § 4.° Se estas corporações não estiverem habilitadas
formalidacles prescriptas nos artigos 183.°, 184.°, 185.°, em orçamento a satisfazer a divida, deve o escrivão cle
1S7.°, 189.° e 190." clo Codigo do Processo Civil, devendo fazenda reclamar cfellas que a incluam, e, se o não iize-
dar-se sempre ao citado uma nota, em papel commum, do rern, reclamar perante a respectiva auctoridade ou esta-
objecto da citação, importancia e proveniencia cla divida, ção tutelar clas mencionadas corporações, que suppra a
local c prazo em que tem dc satisfazê-la. Para estas cita- omissão, fazendo-a incluir em orçamento.
ções são competentes os escrivães dos processos e os offi- Art. 21.° A penhora será feita com effectiva apprehen-
ciaes de diligeneias. são dos bens, que serão postos a cargo de um depositario
§ 1.° Se algum devedor não residir no respectivo dis- isento cle privilegios e que tenha abonação correspondente
tricto ao tempo das citações, e a divida provier cle tribu- ao valor provavel clos bens, escolhido pelo escrivão, sob
tos ou onus sobre propriedade immobiliaria, será feita a sua responsabilidade, podendo o proprio executado ser o
citação na pessoa de qualquer rendeiro, feitor, ou adminis- depositario, se o escrivão o considerar idoneo.
trador dos bens sobre que recairam os mesmos impostos g 1." Ao depositario incumbe a guarda e conservação
ou onus ; se, porem, a divida provier de tributos pessoaes, dos bens penhorados, e a obrigaçXo de os apresentar onde
expudir-sc-ha prccatoria ao competente juiz das exeeu- e quando para isso fôr intimado, ficando, em caso de fal-
ções do districto onde o devedor residir, a fim cle o fazer ta, sujeito á pena e mais disposições clo artigo 825.°, e
citar para pagar a quantia exequenda, sellos e custas, ou seus paragraphos, do Codigo clo Processo Civil. O deposi-
seja na reeebedoria do districto onde residir, ou na do tario tem direito ao abono clas despesas que provar ter
districto onde fôr devedor. Neste ultimo caso passar-se- feito com a conservação e conducção dos objectos penho-
lhe-hsi no districto deprecado uma guia, em quc o escri- rados, os quaes entrarão em rcgra cle custas.
vão do processo designára um prazo, segundo a distancia, § 2.° Da penhora lavrará o escrivão auto, no qual se-
para satisfazer a divida no districto deprecante e restituir rão descriptos os bens apprehendidos, com todas as espe-
a guia com a verba de pagamento. cificaeões necessarias para se verificar a sua identidade,
§ 2° Sc o devedor fôr fallecido, a citação será feita na e mencionadas tambem todas as obrigações e responsabi-
pessoa a quem, segundo o disposto no Codigo Civil, in- lidades a que fica sujeito o depositario, a quem serão li-
eumbir o encargo de cabeça cle casal; se, porem, j á se das. O auto será assignado pelo escrivão, depositario t:
tiver feito partilha, serão citados todos os herdeiros para duas testemunhas, que devem assistir á apprehensão, e
pagar cada um a parte que lhe. pertencer, sem dependen- do mesmo auto entregará o escrivão, em acto seguido,
cia dc habilitação. uma copia ao depositario.
§ 3.° Quando se ignorar a residencia clo devedor de § 3.° As penhoras em rendas, foros, juros ou quaes-
tributos pessoaes ou elle residir em parte incerta, proce- quer outras prestações, que o executado deva receber, te-
1902 207 Maioli

rão trato successivo por tantos annos, quantos forem ne- •tar da matriz, o qual póde ser mencionado pelo escrivão
cessarios para embolso da divida exequenda, sellos e cus- de fazenda em declaração addicional ao auto.
tas do processo, ficando os depositarios obrigados a solver Art. 24.° Se ao devedor não forem encontrados bens
as suas responsabilidades, á medida que se forem vencen- alguns, lavrar-se-ha auto da diligencia, que do mesmo
do, e a entregar as respectivas importancias no cofre da modo será assignado por duas testemunhas idoneas que
recebedoria respectiva, mediante guia, que solicitarão do ratifiquem o facto, devendo ser uma das testemunhas o
escrivão do processo. regedor de parochia, sempre que fôr possivel.
§ 4.° Se algum rendeiro se despedir, findo o seu arren- A r t . 2õ.° Nestes processos de execução nào haverá ava-
dainento, será o predio, ou a parte d'este que ficar devo- liação para a praça. Se a penhora fôr em bens immobilia-
luta, arrendado em praça, no processo da execução, pelo rios, serão. postos em praça pelo valor que constar das
maior lanço offerecido, não podendo o prazo do arrenda- respectivas matrizes, e se furem moveis ou semoventes,
mento exceder a um anno nos predios rusticos e a um ou se os immoveis não estiverem na matriz, irão á praça
anno ou seis meses nos predios urbanos, segundo o cos- sem designação de valor.
tume da t e r r a ; mas sempre com trato successivo, quando
pagas as rendas nos seus vencimentos. CAPITDLO V
§ 5." A estes arrendamentos, c emquanto não estiver Arrematações
integralmente paga a execução, são applicaveis os arti-
gos 1618.° a 1624.° do Codigo Civil. A r t . 26.° Depois de effectuada a penhora, o juiz desi-
§ G.° P a g a a execução, caducara de direito as penhoras gnára o dia para a arrematação, tendo em vista o disposto
e serão entregues aos executados os conhecimentos com no artigo 841.°, e seus paragraphos, do Codigo do Processo
uma conta das importancias recebidas e da sua provc- Civil, considerando-se p a r a este caso, como tribunal, a
niencia. repartição de fazenda do .districto onde c.orrer a execu-
§ 7.° Quando a penhora tiver de ser feita em dinheiro ção.
ou valores depositados nos cofres da F a z e n d a Nacional, A r t . 27.° As arrematações serão annunciadas nos ter-
expedir-se-ha precatoria para o juizo onde houver sido mos dos artigos 842.° e 843.° do Codigo do Processo Ci-
ordenado o deposito, para ahi se. eííectuar a penhora, que vil, observando-se tambem o disposto no artigo 845.° do
será feita nos proprios conhecimentos dos depositos, la- mesmo Codigo.
vrando-se os autos ou termos respectivos nos processos § 1.° Durante o prazo dos editaes, o depositario é obri-
onde os mesmos estiverem e perante a auctoridade que gado a mostrar os bens a quem pretender examiná-los.
tiver jurisdicção sobre o deposito, e ao mesmo juiz se ex- § 2." A despesa com os annuncios, a que se referem os
pedirá depois precatoria para levantamento da quantia pe- artigos 842.° e 843.° do Codigo do Processo Civil, será
nhorada. feita pelo escrivão do processo, e entrará em r e g r a de
§ 8.° No caso de quc trata o paragrapho antecedente, custas.
o escrivão de fazenda do districto onde se effectuar a pe- § 3.° Nas execuções por dividas inferiores a 50,$000
nhora fará as necessarias communicações á repartição cen- réis não se publicarão annuncios nos periodicos.
tral, para se fazerem os devidos averbamcntos. A r t . 28." Os bens serão arrematados pelo maior preço
§ 9.° O juiz que ordenar o pagamento de qualquer que obtiverem em praça, observando-se a este respeito as
quantia depositada, mandará passar precatorio a lavor do disposições dos artigos 849.° e § 1.°, 850.° e seu paragra-
recebedor do concelho onde a divida tiver de ser paga, o pho, 851.° e §§ 2.°, 3.° e 4.°, e 853.°, na parte"applica-
qual entrará com a respectiva importancia no cofre a seu vel, do Codigo do Processo Civil.
cargo, dentro do prazo de vinte e quatro horas, contado § 1.° Os j)roprios executados serão admittidos a arre-
da recepção do precatorio, se houver cle ser satisfcito pela matar.
propria recebedoria, ou no mesmo prazo, contado da data § 2.° De todas as arrematações de bens mobiliarios,
do recebimento da respectiva importancia, se tiver de ser effectuadas no mesmo dia e pelo mesmo processo, lavrar-
pago no cofre geral. se-ha um unico auto, mencionando-se, porem, o nome de
A r t . 22.° Se a diligencia da penhora não se facultar ao cada arrematante, os objectos cm que licitou e o preço
escrivão, e este cncontrar as portas fechadas ou opposi- por que os arrematou.
ção á entrada no predio, procederá nos termos do arti- § 3.° A F a z e n d a Nacional poderá r e q u e r e r a adjudica-
go 831.° do Codigo do Processo Civil. ção por meio do scu representante, o agente do Ministe-
Art. 23.° Quando o devedor não possuir bens mobilia- rio Publico, nos termos do artigo 867.°, e seus paragraphos,
rios, mas immobiliarios, c as suas rendas estiverem anti- do Codigo do Processo Civil.
cipadas, em litigio, ou não forem sufficientes p a r a paga- Art. 29.° O arrematante pagará as despesas da praça,
mento da divida exequenda, lavrar-se-ha auto em que se e ficará obrigado a entregar na recebedoria o preço da ar-
mencionem essas circunstancias. E m vista d'este auto, rematação no prazo de tres dias, sob pena de captura e
mandará o juiz da cxecução proceder á penhora no casco das mais prcscriptas no artigo 859.°, e seus paragraphos,
dos immoveis estrictamente necessarios para o pagamento do Codigo do Processo Civil.
da divida. § unico. O licitante que não fôr conhecido, póde ser ex-
§ 1.° Feita a penhora nos immoveis, será logo apre- cluido dc licitar, oxcepto se terceiro o afiançar e solida-
sentado pelo escrivão do processo ao conservador o res- riamente sc responsabilizar pelo pagamento dentro de tres
pectivo auto, e neste lançada a nota de apresentação, pela dias, sujcitando-so tambem á pena de prisão.
qual não se receberá emolumento algum, incorporando-se A r t . 30.° Quando o producto dos bens mobiliarios ar-
em seguida o auto no processo, sendo este logo enviado rematados não fôr sufficicnte para pagamento da cxecu-
ao poder judicial. A simples nota dc apresentação c suffi- ção, ou os rendimentos dos bens immobiliarios não forem
ciente p a r a assegurar os direitos da Fazenda, c vale pelo arrematados na segunda praça, proseguirá a execução nos
certificado do registo. immobiliarios do devedor, como fica preceituado no ar-
§ 2.° Nos concelhos, em que não houver conservatoria, tigo 23.°
será enviado o auto ao escrivão de fazenda do concelho CAPITULO VI
da respectiva conservatoria para promover aquella nota.
§ 3.° No auto da penhora deve declarar-se, para os ef- Execuções por precatorias
feitos do artigo 959." do Codigo Civil, quanto aos predios Art. 31.° Quando os devedores só possuirem bens em
penhorados, o seu nome, qualidade, situação, confronta- districto diverso d'aqucllcs onde foram collectados, expe-
ões e medição, havendo-a, e bem assim o valor que cons- dir-se-hão precatorias executivas aos competentes juiV.es
Maio 24 '208 1902

das exeeuções nesse districto, os quaes proseguirão n a ver pago, podendo, portanto, continuar a execução admi-
execução como se fôra do proprio districto, nos termos nistrativa a requerimento de quem a houver remido.
prescriptos neste regulamento. As precatorias, que serão A r t . 33.° Logo que seja solicitado o pagamento, sus-
sempre passadas nos termos, applicaveis, do livro i, titulo tar-se-hão os actos executivos, e o contador f a r á imme-
unico, capitulo iv, secções i e iii do Codigo do Processo diatamente a conta dos sellos e custas do processo, sendo
Civil, deverão mencionar a proveniencia e importancia da seguidamente passada pelo escrivão do processo, a guia
divida, multa liquidanda a que está sujeita, data em que em duplicado, segundo o modelo n.° 3 d'este regulamento,
começaram a eorrer os juros da mora, e a importancia para pagamento, devendo ser aiubas entregues a quem a
dos sellos e das custas feitas e contadas no juizo depre- houver solicitado, para uma servir-lhe de documento como
cante até á data da sua expedição. recibo, e a outra ser restituida ao escrivão do processo,
§ 1.° Neste caso, o pagamento da divida exequenda nos termos clo § unico clo artigo 35.°
será effectuado na recebedoria a que pertencer o districto Art. 34.° As guias deverão conter especificadamente o
do juizo deprecado, ao proprio recebedor ou seu proposto. numero, proveniencia, anno e importancia cle cada conhe-
Toda a importancia arrecadada, devida no juizo clepre- cimento por que eorrer a execução, e, separadamente, a
cante, será logo escripturada na conta do livro do modelo importancia dos sellos e das custas do processo, devendo
n.° 49 annexo ao Regulamento da Administração da Fa- declarar quc, alem d'cssas importancias, ha mais a satis-
zenda Publica do UItramar, de 3 cle outubro de 1901, fazer a multa e juros da mora a liquidar no acto do pa-
como passagem ou transferencia de fundos, conforme a re- gamento.
cebedoria, onde entrem, pertencer ou não ao districto da § unico. Aos juros cla mora ó applicavel o disposto no
recebecloria onde existem os documentos, passando-se dois artigo 543." clo Codigo Civil.
recibos do modelo n.° 52 do mesmo regulamento, um pela A r t . 35.° Apresentadas as guias ao recebedor, este, de-
importancia pertencente á Fazenda, incluindo a dos sel- pois de cobrar a sua importancia e mais a multa e juros
los, mencionada n a precatoria, e outro pelas custas con- da mora, passará recibo nas mesmas guias, que entre-
tadas no juizo deprecante, ambos em duplicado. Um dos gará ao apresentante, e da mesma sorte os conhecimentos
recibos de cada uma das ditas proveniencias será entre- pagos.
gue ao executado, ficando os segundos talões dos mesmos g unico. Um dos duplicados cla guia deverá ser resti-
recibos documentando o debito do recebedor, e senclo os tuido ao escrivão clo processo no prazo cle vinte e quatro
primeiros enviaclos á repartição de fazenda provincial. Os horas, pela pessoa a quem tiver sido entregue.
outros dois recibos serão logo enviaclos com os autos da A r t . 36.° Recebida pelo escrivão do processo a guia, a
precatoria ao juiz deprecante. que se refere o artigo antecedente, a j u n t a r á ao processo,
§ 2° Recebidos no juizo deprecante os autos da preca- que fará concluso ao juiz, p a r a julgar, por sentença, ex-
toria e os recibos cle que trata o § 1.°, serão logo dados tincta a execução.
como cobrados os conhecimentos e incluida a sua impor- § 1.° Da sentença, que julgar extincta a execução, não
tancia em tabella, senclo o recebedor debitado, na conta haverá intimação.
do livro clo referido modelo n." 49, pela importancia clas § 2.° Quando o pagamento fôr feito em virtude de cita-
custas, passando-so recibo clo modelo n.° 52, e simulta- ção por precatoria, deverá o contribuinte restituir, dentro
neamente creditados, em conta de passagem ou transfe- do prazo assignado, ao juizo deprecado, a guia cle que
rencia dc fundos, pela importancia dos recibos que acom- trata o § 1.° do artigo 18.°, a qual será j u n t a ao proces-
panharam a precatoria, ficando os segundos talões d'estes so, que só assim poderá julgar-se findo.
recibos a documentar os respectivos assentos, e sendo os Art. 37." Os recebedores ficam constituidos cleposita-
primeiros, com os recibos, enviados á repartição de fa- rios clas custas que receberem, até que sc effectue o seu
zenda provincial, bem como o primeiro talão do debito levantamento, que deverá realizar-se por mandado do juiz
das custas. Os conhecimentos, assim pagos, serão juntos a favor do escrivão clo processo, o qual passará recibo
ao processo, e poderão ser entregues ao contribuinte, se no mesmo mandado.
os solicitar, ficando recibo no processo. Art. 38.° Quando, em virtude dc penhora ou arrema-
§ .'i.0 O inspector de fazeuda, logo que receba os reci- tação, forem sendo arrecadadas importancias que não se-
bos a que so refere o § 2.°, scpará-los-ha clos talões, que jam sufficientes para pagamento cle toda a divida exe-
devem íiear na repartição a seu cargo, c enviará os reci- quenda, pagar se-hão, em primeiro logar, os sellos do pro-
bos para a Thesouraria Geral, auctorizando logo o paga- cesso, e o resto será logo arrecadado como receita effe-
mento da importancia das custas ao escrivão cle fazenda. ctiva, por conta da mesma divida.
O escrivão de fazenda passará, pela respectiva importan- § 1.° Se a quantia a arrecadar por conta da divida per-
cia, recibo do modelo n.° 3 do mencionado Regulamento fizer a importancia cle um dos conhecimentos, que se exe-
da Administração da Fazenda Publica, com o qual se pro- cutarem, comprehendendo multa e j u r o s da mora respe-
cederá como com os mais documentos de despesa. ctivos, será satisfeito esse conhecimento, o qual, com. a
§ 4.° O que fica disposto nos paragraphos antecedentes competente conta no verso, datada e assignada pelo rece-
é applicavel aos casos em que, por effeito cle precatorias bedor, será j u n t a ao processo, em seguida á respectiva
para a citação, os clevedores preferirem pagar a divicla guia.
exequenda na recebedoria do districto do juizo deprecado. § 2.° Se a quantia não cliegar para satisfazer toda a
importancia de um conhecimento, nos termos clo paragra-
pho antecedente, dará entrada por conta, averbando-se
CAPITULO YII no verso clo talão do conhecimento a importancia paga,
Pagamento senclo a verba datada e assignada pelo recebedor, que, na
guia, passará recibo, declarando qual o conhecimento por
A r t . 32." E m qualquer estado em que se cncontre a cuja conta foi recebida a importancia.
execução, póde o exccutado ou qualquer outra pessoa re- § 3.° No ^easo de que trata o § 2.°, o recebedor pas-
mi-la, pagando a divicla exequenda e custas. sará simultaneamente em manuscripto um talão provisorio
§ 1." No caso de já sc havcrem arrematado bens, só se pela importancia paga, no qual mencionará o numero do
admittirá a remissão na parte da divida que não tiver conhecimento, a sua proveniencia e o anno a que respeita.
sido solvida com o producto clos bens arrematados. Por este talão será incluida, na relação cla cobrança effe-
§ 2.° O terceiro, quo remir a execução, fica subrogado I ctuada no mês, a importancia arrecadada.
nos direitos cla F a z e n d a Nacional para cobrar clo deve- S 4." O escrivão de fazenda fará descarga da importan-
dor, administrativa ou judieialmente, o que por elle hou- cia do talão na folha das observações das competentes re-
1902 209 Maioli

lações do modelo n.° 4 3 do citado Regulamento G e r a l da perior a tres quartas partes da collecta exequenda em
Administração da Fazenda, de 1901, por meio de uma cada processo.
declaração, om que meneionará, o numero do conheci- § 6.° Quando a importancia das custas contadas exce-
inento, importancia paga por conta e data do pagamento. der tres quartas partes da quantia exequenda, serão essas
E s t a declaração será prccedida de uma letra do alpha- custas reduzidas proporcionalmente pelos diversos func-
beto, que será repetida na mencionada relação, com nota cionarios que a ellas tiverem direito.
da referencia, em frente da importancia do conhecimento. § 7.° E m caso algum se contarão nos processos as cer-
A r t . 39.° Não sendo no prazo devido restituida ao es- tidões n e g a t i v a s ; e os caminhos nas penhoras apenas se-
crivão do processo a guia, coin recibo do pagamento, pro- rão contados nos mesmos casos em que o são nas cita-
seguirá a execução seus termos. ções.
Art. 40.° Se o pagamento fôr solicitado no acto da Art. 43.° Ao escrivão do processo compete a distribui-
praça, suspender se-ha esta pelo tempo que o juiz enten- ção das custas pelos interessados, havendo d'elles, nos pro-
der absolutamente indispensavel para a apresentação da prios processos, recibos por onde unicamente poderá pro-
guia com o recibo do pagamento. var tê-las satisfeito a quem competirem; mas se algum
§ unico. Decorrido o prazo marcado sem que se apro- empregado, a quem pertençam custas, já não residir no
veite a guia, proseguir-se-ha na arrematação. districto, poderá provar-se o pagamento mediante recibo,
Art. 41.° O recebedor não poderá negar-se a receber que se j u n t a r á ao processo.
a importancia que fôr devida á Fazenda, quando o con- § unico. A s custas contadas ao escrivão de fazenda,
tribuinte só essa quíser satisfazer, recusando-se ao paga- como juiz e contador, e as contadas ao escrivão da exe-
mento das custas. Neste caso só passará recibo da quan- cução e ao official da diligencia, pertencerão a cada um,
tia entregue, e declarará a recusa do pagamento das custas. segundo os actos que praticarem no respectivo processo.
A r t . 44.° Emquanto a Fazenda Nacional não estiver
embolsada de toda a quantia exequenda, multa, juros da
CAPITULO VIII mora respectivos e sellos do processo, não poderão ser
Custas recebidas custas algumas, excepto as dos incidentes.
§ unico. Embolsada a F a z e n d a Nacional de tudo quanto
A r t . 42.° Os emolumentos, salarios e custas, incluindo lhe fôr devido, se as custas não tiverem sido satisfeitas,
o caminho, correndo os processos perante os escrivães de proseguirá a execução, que só depois de pagas as custas
fazenda, serão contados, salvo os casos previstos neste se considerará extincta.
regulamento, segundo a parte civel da tabella dos emolu-
mentos e salarios judiciaes que estiver em vigor, relativa
aos juizes de direito, emquanto não h a j a tabella especial CAPITULO I X
em vigor. Embargos ás execuções
§ 1.° Quando a divida exequenda não seja superior a
2$500 réis, os emolumentos, salarios e custas, incluindo A r t . 45.° A F a z e n d a Nacional, alem dos privilegios mo-
o caminho, serão contados pela quarta parte; e quando su- biliarios e immobiliarios assignados pelos artigos 885.° e
perior a esta quantia, mas inferior a 6$000 réis, por me- 887.°, n.° 1.°, do Codigo Civil, goza mais da hypotheca le-
t a d e ; não serão, povem, applicaveis estas reducções aos gal, nos twmos em que o mesmo codigo a permitte.
sellos e ao papel sellado e não sellado do processo. Art. 46.° O processo administrativo das execuções fis-
§ 2.° Nas execuções fiscaes, qualquer que seja a sua caes só póde ser interrompido no caso de embargos.
natureza, e quando o pagamento se effectue depois da § 1.° Só podem servir de fundamento a embargos os
primeira citação, contar-se-hão mais 6 por cento sobre a factos seguintes :
importancia executada, dos quaes pertencerá um terço 1.° Illegalidade da contribuição por não ter sido devi-
aos juizes e dois terços aos escrivães dos processos, e, damente auctorizada por lei;
quando intervenham os agentes do Ministerio Publico, se- 2.° Illegitiinidade da pessoa c i t a d a ;
rão os 6 por cento divididos igualmente pelos juizes, agen- 3.° Falsidade da certidao que serviu de base ao pro-
tes e escrivães. Se a execução se effectuar por meio de cesso ;
precatorias ou passar para o poder judicial por effeito de 4.° Pagamento da divida exequenda ou sua annullação
embargos ou de arrematação de bens immobiliarios, e devidamente comprovada;
nestes casos unicamente, metade da importancia dos 6 por 5.° Prescripção da divida e x e q u e n d a ;
cento pertencerá aos funccionarios da repartição onde co- 6.° Litigio pendente ou instaurado depois da penhora
meçou o processo, e o resto aos da repartição deprecada acêrca dos bens apprehendidos;
ou aos do poder judicial, conforme o caso. 7.° Não pertencerem ao executado os bens p e n h o r a d o s ;
§ 3.° Todos os actos e diligencias, para que nas respe- 8.° Duplicação de collecta.
ctivas tabellas não esteja expressamente determinado emo- § 2.° Os embargos de terceiro serão sempre recebidos,
luinento ou salario, serão praticados ex-officio, e fica pro- nos termos em que a lei expressamente os admittir.
hibido levar e contar, nos processos, emolumentos por § 3.° E m todos os casos de embargos, excepto nos de
termos de vista, conclusão, publieação de sentença ou des- terceiro, o embargante depositarâ no cofre da Fazenda
pacho, de juntada, de remessa de autos ao contador ou Publica a importancia que fôr sufficiente p a r a solver a di-
quaesquer outros de semelhante natureza. vida exequenda, sellos e custas do processo, ou dará á
§ 4.° O contador deverá fechar a conta com a decla- mesma importancia fiador considerado idoneo pelo juiz
ração da sua importancia total por extenso, e assigná-la respectivo.
com o seu nome por inteiro; não contará mais de um ca- § 4.° Os embargos do executado só suspendem a exe-
minho, por todas as diligencias que se effectuarem no cução nos termos posteriores á penhora, mas esta mesma
mesmo dia e no mesmo processo, a cada um dos empre- não se effectuará se o embargante caucionar a execução
> i-;ados que as praticarem, e neste caso, quando as diligen- nos termos do paragrapho antecedente.
cia- da mesma natureza forem praticadas por mais de um § 5.° O fundamento de que trata o n.° 8.° do § 1.° só é
empi.gado, do mesmo modo contará um só caminho, que admissivel se o embargante o não tiver anteriormente in-
rateará por todos, não se entendendo isto com as diligen- vocado por meio de qualquer dos recursos facultados pe-
cias que devam ser feitas por mais de um empregado. las leis especiaes, relativas ás contribuições e x e q u e n d a s ;
§ õ.° A importancia total das custas por emolumentos e da mesma fórma não poderá ser invocado nesses recur-
e salarios de que t r a t a este artigo, nunca poderá ser su- sos se anteriormente tiver sido deduzido por embargos.
14
Maio 24 '210 1902

§ 6.° P a r a observancia do paragrapho antecedente, o A r t . 48.° Se o embargante, intimado p a r a depositar a


escrivão de fazenda respectivo dará por escrito a sua in- importancia da divida, não cumprir no prazo marcado o
formação. preceito da intimação, o escrivão, findos que sejam os
§ 7.° Sem prejuizo do meio de embargos, baseados nos tres dias designados no § 1.° do artigo 47.°, lavrará termo
fundamentos de que tratam os n. o s 2.°, 4.°, 5.° e 8.° do da falta no processo dos embargos e o apresentará logo
§ 1.°, poderá o executado deduzir a sua opposição dentro ao juiz, o qual immediatamente declarará os embargos
de dez dias, a contar da citação, em requerimento docu- desertos e não seguidos, e mandará proseguir a exe-
mentado, perante o juiz da execução, que apreciará e re- cução.
solverá o pedido, conforme fôr de direito, dentro de cinco A r t . 49.° Recebidos os embargos, será logo o processo
dias. continuado ao agente do Ministerio Publico p a r a os con-
§ 8.° Se a résolução fôr contraria ao requerente, po- testar no prazo de cinco dias, seguindo-se depois os ter-
derá este deduzir, dentro de dez dias, a contar da data mos do processo ordinario, com as seguintes modifica-
do mesmo despacho, embargos á execução. ções.
Art. 47.° Os embargos poderão ser oppostos depois da § 1.° Findas as provas, ficará o processo patente por
citação ou da penhora, mas sempre dentro do decendio, dez dias no cartorio do respectivo escrivão do juizo, para
excepto quando a materia d'elles fôr superveniente, de- ser examinado pelo Ministerio Publico e pelas partes, que
vendo ser deduzidos em requerimento articulado e acom- para este effeito serão intimadas, podendo apresentar-se
panhados de todos os documentos que os comprovem, ou neste prazo quaesquer allegações ou documentos, que o
de rol de testemunhas, quando a prova tenha de ser feita escrivão juntará ao processo.
por este meio, e apresentados ao escrivão do processo, § 2.° Juntando-se documentos com allegações, será inti-
que immediatamente os autuará e apresentará ao juiz, com mada a parte contraria para os examinar, dentro de cinco
a execução por linha. dias.
§ 1.° Oppostos os embargos do executado, o juiz da § 3.° Logo que findar o primeiro prazo, ou o segundo,
execução, por seu despacho, arbitrará logo a quantia que quando deva ter logar, será o processo concluso ao juiz
tem de ser garantida, e ordenará que o embargante seja para o j u l g a r .
intiinado para a depositar ou afiançar no prazo de tres § 4.° O juiz proferirá sentença no prazo de oito dias,
dias. contado da conclusão, dando-se por publicada na mão do
§ 2.° O escrivão do processo fará a intimação do des- escrivão.
pacho, de que trata o paragrapho antecedente, no prazo § 5.° Da sentença que exceder a alçada do juiz de di-
de 24 horas, e, logo que lhe seja solicitado, passará guia reito, cabe appellação para a Relação no effeito devolu-
de deposito, para a recebedoria respectiva, nos termos do tivo somente, a qual será interposta e processada nos
disposto no titulo v, capitulo unico, secção i, do citado termos do Codigo do Processo Civil.
Regulamento da Administração de Fazenda Publica do § 6.° Do accordão da Relação, que exceder a sua al-
UItramar, de 1901, com a clausula de ficar o deposito á çada, cabe recurso de revista para o Supremo Tribunal
ordem do juiz da execução, ou lavrará perante o juiz e de Justiça, e será interposto e processado nos termos do
duas testemunhas abonatorias, solidariamente responsa- Codigo do Processo Civil.
veis, apresentadas pelo fiador, o competente termo de § 7.° Os tribunaes superiores conhecerão dos recursos,
fiança no processo dos embargos. embora não venham minutados, e os accordãos serão lavra-
§ 3.° Logo que se ache junto ao processo o compe- dos pelo primeiro juiz que fizer vencimento, nos termos
tente documento da effectividade do deposito ou que seja do artigo 7.° do decreto de l õ de setembro de 1892.
julgada idonea a fiança, o escrivão apresentará o processo § 8.° Nos casos de recurso, a F a z e n d a Nacional não é
dos embargos ao juiz da execução, que ordenará, por des- obrigada á caução.
pacho, que sejam remettidos ao agente do Ministerio Pu- § 9.° Passando em julgado a sentença que decidir os
blico da comarca com o processo de execução por linha. embargos, mandará o juizo de direito, por despacho, para
§ 4.° O agente do Ministerio Publico requererá logo a o que lhe serão os autos conclusos, remetter o processo
distribuição dos embargos, que o escrivão fará conclusos, ao escrivão de fazenda, juiz da execução, sem ficar tras-
em acto continuo, ao juiz, o qual os receberá, se estive- lado; se, porem, a sentença fôr appellada, mandai - á jun-
rem no caso de ser recebidos, ou os rejeitará, e mandará tar ao processo da execução certidão d'ella na integra,
devolver o processo ao juiz da execução, quando não tive- cortar a linha e remettê-lo ao mesmo escrivão, correndo a
rem por fundamento algum dos factos mencionados no appellação em separado somente no processo dos em-
§ 1.° do artigo 46.° bargos.
§ 5. u Deduzindo-se embargos de terceiro, se ao escri- Art. 50.° O seguimento dos embargos depende de pre-
vão do processo constar que o executado possue outros paro, mas se este se não fizer no prazo de dez dias, con-
bens, por onde a Fazenda Nacional possa mais facilmente tado da data da distribuição dos embargos, o escrivão fará
ser embolsada, assim informará no processo, e o juiz, se immediatamente os autos conclusos, e o juiz, sem mais
o julgar conveniente, ordenará que convole a penhora formalidades, declarará sem effeito os embargos, e man-
para esses outros bens. dará baixar os autos ao juiz da execução, p a r a seu pro-
§ 6." Nos casos de execução por deprecada, de que seguimento.
trata o artigo 31.°, os embargos, quer do executado, quer
de terceiro, serão deduzidos no juizo deprecado e por este CAPITULO X
remettido ao juizo deprecante, logo depois'1 de feita a .Iulgamento em falhas
penhora ou deposito, para neste terem o devido segui-
rnento. Art. 51.° Só podem ser julgadas em falhas as dividas
§ 7.° Todos os despachos, a que se referem os para- reconhecidamente incobraveis por falta absoluta de bens,
graphos antecedentes, serão proferidos pelos competentes mobiliarios ou immobiliarios, dos devedores, seus herdei-
juizes no prazo de tres dias contados da conclusão ou ros ou quaesquer pessoas solidaria ou subsidiariamente
apresentação. responsaveis, nos termos da legislação em vigor, e o jul-
§ 8.° Tanto do despacho da rejeição, como do rece- gamento será feito por sentença no mesmo processo da
bimento dos embargos caberá, no primeiro caso, appella- execucão.
ção só 110 effeito devolutivo, e, no segundo, aggravo p a r a A r t . 52.° No jul gamento em falhas ficará sempre resal-
a Relação, nos termos do artigo 921.° do Codigo do Pro- vado o direito da F a z e n d a Nacional ou das corporações e
cesso Civil. | entidades a que sejam extensivas as disposições d'este re-
1902 211 Maioli

gulamento, para em trinta annos poderem haver a divida por impedimento não possam assistir ás arrematações, por
por quaesquer bens que o devedor adquira, o que o juiz si ou por seu substituto legal, nos termos do § unico do
deverá declarar na sentença. artigo 12.° é permittido substituirem-se por qualquer em-
A r t . 53.° P a r a o julgamento em falhas ouvirá o juiz pregado fiscal da repartição de fazenda do districto, ao
por escrito o parocho e o regedor da freguesia do exe- qual darão auctorização escrita. Se não comparecerem,
cutado e o recebedor do concelho ou seu proposto, e co- nem se fizerem substituir, poderão effectuar-se as arre-
lherá quaesquer outras informações que tiver por conve- matações sem a sua presença, não ficando nullas por esta
nientes. Sendo conformes todas as informações acêrca da falta. Neste caso, se fôr o unico em que tenham de inter-
insolvencia do devedor, será proferida sentença julgando a vir, perdem o direito de partilhar os emolumentos de 6
divida em falhas, sentença que carece de confirmação do por cento das exeeuções.
inspector de fazenda. A r t . 61.° O herdeiro é responsavel pelas dividas á F a -
§ unico. Quando não fôr encontrado o executado, e não zenda Nacional até ás forcas da herança, nos termos do
fôr conhecido, não constando que possue bens ou valores, artigo 2019.° do Codigo Civil.
seguirá tambem o julgamento em falhas, nos termos pres- A r t . 62.° O inventariantes, no inventario de menores,
criptos neste artigo. os arrematantes, em execução judicial de bens mobiliarios
A r t . 54.° Os termos de manifestos de capitaes por que ou immobiliarios, e todos os que pretenderem expurgar
seja devida a decima ou contribuição de j u r o s , e cujas receitas em deposito, ficam obrigados a fazer citar pes-
collectas forem julgadas em falhas, serão averbados de não soalmente o escrivão de fazenda do districto da residencia
continuarem a produzir taes collectas. clo fallecido ou executado, e os de todos os districtos onde
A r t . Õ5.° Julgada falha a divida, o escrivão do pro- forem situados os bens immobiliarios, p a r a dentro de u m
cesso extrahirá em seguida certidão da sentença para ser- prazo, que o juiz assignará segundo a distancia, apresen-
vir de fundamento á annullação dos conhecimentos, cujos tarem conta cle quaesquer dividas á F a z e n d a , por que se-
numeros, importancias, proveniencias e annos a que res- j a m responsaveis o casal ou bens. Na falta d'estas citações,
peitem, deverá mencionar na mesma certidão. 0 inventariante responderá subsidiaríamente pela importan-
§ unico. E m presença d'esta certidão, o escrivão de fa- cia da divida que não puder ser cobrada dos herdeiros-; o
zenda organizará a competente relação do modelo n.° 27 arrematante de immobiliarios, pelas contribuições e outras
do Regulamento da Administração cla Fazenda Publica, e a imposições relativas aos que tiver arrematado, e o arre-
enviará para a repartição de fazenda provincial, acom- matante de mobiliarios, pelas contribuições pessoaes do
panhada da referida cei-tidão e dos conhecimentos, para, devedor, que do mesmo não possam ser cobradas.
depois de tudo verificado, se auctorizar a annullação dos § unico. Nos casos d'este artigo os escrivães de fazenda
mesmos conhecimentos. ficam obrigados a enviar aos competentes agentes do Mi-
Art. 56.° Os julgamentos em falhas poderão ser annul- nisterio Publico, dentro do prazo da intimação, uma cer-
lados pelo inspector de fazenda, para o que avocará os tidão de toda a importancia da divida, esteja ou não rela-
processos, podendo fazer corrigir quaesquer defeitos, e xada, e até dos rendimentos, como foros e outros seme-
clevendo dar conta ao governador geral das irregularida- Ihantes, cujo vencimento esteja proximo, sem embargo de
des e abusos praticados pelos empregados fiscaes para se- não haver ainda, por elles, conhecimentos extrahidos, in-
rem punidos. dicando-se sempre os annos a que respeitam. E s t a certidão
§ 1.° Os julgamentos em falhas tambem poderão ser an- será acompanhada de uma declaração em que o agente
nullados a requerimento dos recebedores ou seus propos- do Ministerio Publico passará recibo, e que devolverá ao
tos, quanto tenha sido desattendida qualquer impugnação escrivão de fazenda.
que hajam feito, ou vier a constar-lhes que os devedores Art. 63.° As receitas em deposito provenientes de ar-
possuiam bens. Neste caso, farão exposição escrita dos rematação judicial de immobiliarios não podem ser levan-
fundamentos por que requerem a annullação, remettendo-a tadas sem que mostrem pagas ou garantidas as contribui-
ao inspector de fazenda, o qual procederá nos termos pre- ções que tiverem recaido sobre esses bens, nos tres annos
ceituados neste artigo. immediatamente anteriores ao da arrematação.
§ 2.° Estas annullacões poderão ser requeridas e jul- Art. 64.° Nos processos de fallencia, o administrador
gadas a todo o tempo que haja conhecimcnto de que os da massa fallida requererá a citação pessoal dos escrivães
devedores possuiam bens, e antes do seu julgamento se- de fazenda, tanto do domicilio do fallido, como da sede
rão sempre ouvidos os juizes e escrivães dos processos. do estabeleeimento ou estabelecimentos industriaes que a
este pertencessem, para, no prazo que fôr assignado pelo
juiz do respectivo Tribunal do Commercio, apresentarem
CAPITULO X I as contas das dividas do fallido á F a z e n d a Nacional, quer
Disposições diversas vencidas, quer vincendas.
§ 1.° E s t a conta será, em certidão, enviada ao secre-
A r t . 57.° P a r a os processos das exeeuções fiscaes ad- tario do mesmo tribunal, a fim de que este promova, no
ministrativas não haverá habilitações, nem ferias, e só se respectivo processo, o pagamento da divida e, como repre-
considerarão feriados os dias santifieados. sentante do Estado, defenda os direitos d'este.
Art. 58.° Todos os prazos designados neste regula- § 2.° Na falta de citação, cle que trata o presente ar-
mento e no Codigo do Processo Civil, que elle manda ap- tigo, o administrador da massa ficará subsidiaríamente
plicar, serão fataes, improrogaveis e sem dependencia de responsavel pelas quantias que a F a z e n d a não possa h a v e r
assignação previa. do fallido.
Art. 59.° As citações, que não forem feitas com as for- Art. 65.° Pelo producto em deposito serão pagas, em
malidades legaes, serão annulladas, a requerimento cla primeiro logar, as custas e quaesquer despesas feitas no
parte, pelo juiz da execução, que as mandará repetir, interesse commum clos credores, podendo depois ser pas-
sendo-lhe para esse fim conclusos os processos. Se antes sado precatorio de levantamento do producto cla massa a
da nova citação o executado vier pagar, não poderão ser favor clos credores, segundo a ordem de graduação no con-
contados os salarios e emolumentos a que a citação daria curso de credores, ou nos termos especiaes em que a lei o
direito, e que se considerarão devidos pelo empregado que permittir.
deu logar á repetição do acto, o qual responderá ainda A r t . 66.° P a r a os effeitos do artigo antecedente, o es-
por qualquer prejuizo que d'ahi resulte, nos termos do crivão do processo informará quaes sejam os responsaveis
artigo 116.° do Codigo do Processo Civil. e a importancia por que o forem, e fará conclusos os pro-
Art. 60.° Aos agentes do Ministerio Publico, quando 1 cessos ao juiz, que mandará citar esses responsaveis e se-
Maio 24 212

guir contra elles os mais termos da execução. Nestes ca- Art. 75.° Os escrivães de fazenda continuam a ser so-
sos, se os responsaveis pagarem dentro do prazo da citação, licitadores da Fazenda Nacional nos processos que correm
não lhes serão exigidas custas algumas, nem os sellos dos nos juizos de direito das respectivas comarcas, competin-
processos, valendo a citação somente como aviso, mas se do-lhes promover o seu rapido andamento.
não satisíizerem dentro d'esse prazo, ou contestarem o pa- A r t . 76.° A nenhum devedor de contribuições e rendas
gamento e decairem, pagarão todos os sellos dos proces- publieas poderá ser concedida moratoria, sob qualquer
sos, e não só as custas a que derem causa, como as de fórma nos seus pagamentos, ou suspensão do procedimento
todos os actos e diligencias contra os originarios deve- executivo para cobrança das suas dividas, sendo igual-
dores. mente defeso a quaesquer auctoridades ou funccionarios,
A r t . 67.° Para a execução dos artigos antecedentes, dado seja qual fôr a sua categoria, conceder tempo de espera
o caso de haver mais de um responsavel pela collecta, ou para pagamento das mesmas contribuições e rendas, ou
quando a divida tiver de ser cobrada dos herdeiros do de- conceder o pagamento em prestações.
vedor, por j á estar feita a partilha da lierança, o escrivão A r t . 77.° Annullado o titulo base da execução, quer
de fazenda deverá liquidar a parte respectiva a cada in- esta esteja pendente, quer finda, proceder-se-ha nos ter-
teressado, conforme lhe fôr ordenado pelo respectivo juiz. mos do artigo 898.° do Codigo do Processo Civil.
Cada interessado será responsavel pela sua quota parte na § unico. E s t a disposição é igualmente applicavel ás
divida, custas e sêllo. execuções j á findas á data d'e?te regulamento, podendo os
Art. G8.° Emquanto se não der a prescripção da divida interessados usar d'esta facuklade no prazo de t r e s meses
julgada falha, logo que conste ao escrivão do processo que da sua publicação.
o devedor, seus herdeiros ou responsaveis, por qualquer Art. 78.° Dos despachos dos juizes nos processos de
titulo, possuem bens para a solver, assim ittformará no execução fiscal administrativa cabe aggravo de petição,
processo ao juiz, o qual em seguida proferirá despacho sem effeito suspensivo, para o juiz de clireito da comarca.
annullando o julgamento em falhas, e mandando proceder Este aggravo nunca subirá nos proprios autos, e nos tri-
a penhora nos bens que forem indicados. bunaes de justiça seguirá os termos do direito commum.
Art. 69.° Quando houver de se proceder á cobrança Art. 79.° Todos os processos em conta nova terão, em
das dividas julgadas falhas, cujos conhecimentos estiverem cada districto, uma numeração seguida, distincta da que
j á annullados, deverá proceder o escrivão de fazenda á tiverem os processos em conta antiga.
extracçào dc novos conhecimentos, em presença dos com- § 1.° P a r a todos os processos, de que trata este artigo,
petoiites elementos de receita, debitando-os ao recebedor haverá em cada repartição de fazenda um registo geral,
pela fórma ordinaria, mediante as respectivas relações do segundo o modelo n.° 4, em livro fornecido pelo escrivão
modelo n.° 4 5 do Regulamento da Administração da F a - de fazenda com termos de abertura e encerramento, e as
zenda Publica do uitramar, de 3 de outubro de 1901. folhas rubricadas pelo inspector de fazenda ou qualquer
Art. 70.° Quando haja sobras do producto dos bens ar- empregado da repartição de fazenda provincial, connnissio-
rematados ou das rendas penhoradas, a sua importancia, nado pelo dito inspector dc fazenda. O registo conterá o
logo que seja liquidada, dará entrada, por deposito, na numero, data da instauração e importancia de cada pro-
respectiva recebedoria, mediante as competentes guias, cesso, e nelle se irá notundo, em margem eonveniente, o
para ser entregue ao executado, a favor do qual, ou de andamento que os processos tiverem até á sua extincção.
quem legitimamente o represente, se passará precatorio § 2.° Haverá tambem, em verbetes, um indice alpha-
para levantamento, logo que seja requerido. betico dos devedores, com indicação do numero do pro-
Art. 71.° São applicaveis ás arrematações dos bens im- cesso respectivo e folhas do livro do registo em que se
mobiliarios nos processos das execuções fiscaes adminis- acha lançado.
trativas os preceitos dos artigos 834.°, 844." e 848.° do § 3.° D e tres em tres meses enviarão os escrivães de
Codigo do Processo Civil, e bem assim, quanto ao con- fazenda ao inspector de fazenda uma relação extrahida do
curso dos credores, os preceitos dos artigos 930.° e seguin- livro de registo com todas as suas indicações, comprehen-
tes do mesmo Codigo. dendo os processos que estiverem pendentes, com menção
Art. 72.° Alem do sêllo que fôr devido pelas folhas dos do seu ultimo termo, devendo conter tambem a declaração
processos e das certidões de relaxe, segundo as verbas dos motivos porque as dividas não estão pagas nem jul-
166, 167 e 211 das tabellas annexas á lei dc 21 de julho gadas em falhas; mas ao escrivão de fazenda da capital
dc 1893, pagar-se-ha o seguinte: por cada auto de arren- da provincia é íacultado apresentar, em vez das relações,
damento ou arremataçâo dos bens immoveis, á custa de e para a devida fiscalização do serviço, o livro de registo,
quem os arrendar ou arrematar, alem do sêllo do papel, o onde o inspector de fazenda lançará o competente vislo.
dc 1;>000 réis designado na verba 200, por meio de es- § 4.° E m vista d'estas relações o inspector de fazenda
tampilha, collada no proprio auto; pelos precatorios para fará aos escrivães de fazenda as advertencias que tiver
levantamento de quantias depositadas no cofre da Fazenda por convenientes, e dará superionnente conta cVaquelles
Nacional, os quaes deverão ser conferidos em papel sel- que se mostrarem negligentes.
lado de 100 réis, fornecido pelo interessado, o sêllo dc 1 § 5.° Os escrivães de fazenda enviarão tambem á re-
por mil, designado na verba 318, e pago nos termos do partição de fazenda provincial, até 10 de cada mês, o
artigo 101.° do regulamento de 26 de novembro de 1885. mappa do movimento dos processos executivos referentes
No processo de embargos só a final se pagará o sêllo que ao mês anterior, segundo o modelo n.° 5.
fôr devido, nos termos da verba 44 da tabella n.° 4 da Art. 80.° Haverá tambem nas repartições de fazenda
mesma lei. dos districtos, a cargo dos respectivos contadores, um
Art. 73.° A todas as dividas á Fazenda Nacional, por livro de registo das custas recebidas em virtude das exe-
contribuições ou quaesquer rendimentos, será sempre ad- cuções fiscaes. E s t e registo será feito por cargos, nelle se
dicionada a importancia dos juros da mora, n a razão de 6 mencionará mensalmente a importancia que receber cada
por cento ao anno, até integral embolso da Fazenda, li- um, indicando se os numeros dos processos de que pro-
quidados nos termos do § unico do artigo 34.° d'este re- vém. No fim de cada anno far-se-ha a somma, abrindo-se
gulamento, e somente. ás dividas dos impostos directos de conta nova para o anno seguinte, mas sempre em seguida,
lançainento a multa de 3 por cento. com respeito a cada cargo, para o que será dividido o
Art. 74." Nos casos em quc a arrecadação das dividas livro em tantas partes quantos forem os cargos, havendo,
passar a ser feita pelo poder judicial, todos os actos dos porem, uma conta para cada escrivão e official de diligen-
funccionarios fiscaes terão tanta força como se fossem pra- cias.
ticados pelos funccionarios judiciaes. A r t . 81.° Os processos das dividas julgadas falhas se-
1902 213 Maioli

rXo, depois de desearregados no registo geral, archivados § 3.° O empregado publico que não tiver vencimento
em separado. Com os respectivos verbetes, onde se men- em que possa fazer-se o desconto preceituado neste ar-
cionará a data da sentença do julgamento em falhas, for- tigo, será suspenso todo o tempo que estiver em divida,
mar-se-ha um indice especial, que os escrivães dos pro- mediante requisição do juiz da execução á auctoridade
cessos terão sempre presente. que tiver competencia para o suspender.
§ unico. Aos recebedores darão os escrivães uma copia § 4.° Quando, no caso previsto por este artigo, o em-
do indice de que trata este artigo, á proporção que se fôr pregado não tenha vencimento pago por cofres publicos,
formando, para que os mesmos recebedores possam fazer consistindo em emolumentos a sua remuneração, ser-lhe-ha
as convenientes averiguações e prestar quaesquer esclarc- descontada a terça parte d'esses emolumentos para paga-
cimentos a que ficam obrigados. mento da sua divida.
Art. 82.° Decorrido o prazo de seis meses depois da § 5.° Havendo depositario dos emolumentos, a elle in-
instauração dos processos em conta nova, todas as dividas cumbe, sendo, para esse fim, intimado pelo escrivão do
cobraveis devem estar arrecadadas, e j u l g a d a s falhas as processo, solicitar guia para a quantia descontada dar en-
incobraveis, salvo se causas insuperaveis a isso tiverem trada no cofre da respectiva recebedoria.
obstado; mas neste caso as exeeuções devem mostrar que § 6.° Quando não houver deposito dos emolumentos,
se effectuaram todas as diligeneias possiveis, o que o ins- sendo o proprio empregado devedor quem os cobrar, de-
pector de fazenda poderá verificar avocando os processos. verá este, sob as penas de infiel depositario, e dentro de
A r t . 83.° Os processos que se forem instaurando em tres dias contados do recebimento da intimação, fazer en-
conta nova, irão sendo juntos a qualquer outro, tambem trega mensal, e successivamente, da quantia correspon-
de conta nova, que esteja pendente contra o mesmo de- dente ao duodecimo da terça parte da lotação do emprego,
vedor; a juncção, porem, só se effectuará quando os no- no cofre da recebedoria respectiva, até que a divicla
vos processos chegarem aos mesmos termos em que esti- fique p a g a com os j u r o s da mora, sellos e custas do pro-
ver o primitivamente intitaurado, correndo todos desde cesso.
então como se fossem um só processo. A r t . 88.° Ficam substituidas por este regulamento to-
A r t . 84.° As disposições d'este regulamento são appli- das as disposições anteriores sobre exeeuções fiscaes, ap-
caveis á cobrança dos impostos directos e indirectos dos plicando-se, nos casos omissos, as disposições do Codigo
corpos administrativos, nao cobraveis cumulativamente, do Processo Civil, mas em caso nenhum os processos se-
ou que assim o devam ser, com as contribuições geraes rão continuados com vista aos executados ou embargan-
do Estado, e mais rendimentos que tenham por base lan- tes ou a quem os represente.
çamento ou cadastro de que sejam extrahidos conhecimen- Art. 89.° Os recursos extraordinarios p a r a as estações
tos, pertencentes ás ditas corporações, e bem assim á co- competentes poderão suspender a execução quando os re-
brança de quaesquer outras dividas ou rendimentos, que correntes caucionem o pagamento da contribuição exe-
não pertençam ao Estado, e ás quaes por leis especiaes quenda, custas e sellos dos processos, por meio de depo-
seja extensivo o processo das exeeuções fiscaes adminis- sito ou fiança arbitrada e j u l g a d a idonea pelo juiz cla exe-
trativas. cução.
§ unico. Nos casos d'este artigo serão enviadas as cer- A r t . 90.° Aos agentes do Ministerio Publico compete
tidões de rclaxe e respectivas relações aos competentes especialmente, na qualidade de fiscaes da lei e represen-
administradores dos concelhos, que deverão remetter im- tantes natos cla Fazenda Publica, promover tudo o que
mediatamente as relações ao governador geral, para au- importe á boa ordem e ccleridade n a conclusão clas exe-
ctorizar, por meio de despacho, o procedimento executivo euções instauradas, sendo-lhes facultado o exame dos re-
contra os devedores. gistos dos processos de que trata o § 1.° do artigo 79.°
Art. 85.° Nos processos das dividas, de que trata o ar- d'este regulamento, e subministrados pelas differentes es-
tigo antecedente, serão juizes os administradores dos con- taçÕes publicas todos os documentos e eselarecimentos em
celhos, e escrivães os das respectivas administrações, uns que se baseiem os direitos e interesses da F a z e n d a Na-
e outros com as attribuições conferidas aos juizes e es- cional, que lhes cumpre advogar, proteger e clefender.
crivães das exeeuções fiscaes. A r t . 9 1 A s disposições d'este regulamento são exten-
Art. 86.° São tambem applicaveis as disposições d'este sivas ás corporações administrativas a que é hoje applica-
regulamento á cobrança das multas e competentes direi- vel o processo executivo.
tos, em execução dos accordãos, sentenças ou despachos
proferidos pelos tribunaes do contencioso fiscal e auctori-
dades fiscaes nos processos por delictos de contrabando, CAPITULO XII
descaminhos de direitos ou transgressões dos respectivos Disposições penaes
regulamentos.
A r t . 87.° Ao empregado do Estado ou de qualquer cor- A r t . 92.° O recebedor que deixar de relaxar as divi-
poração administrativa que, depois de esgotados todos os das nos prazos fixados no § unico do artigo l õ . ° , incor-
meios executivos, se mostrar não ter bens por que possa r e r á no pagamento de uma multa igual a 5 por cento das
ser paga a sua divida, procedente de tributos pessoaes, mesmas dividas, a qual, porem, não poderá exceder a
ser-lhe-ha feito nos seus vencimentos mensaes o compe- 20^000 réis; incorrerá em igual multa, em relação á quan-
tente desconto, na razão de um terço até completo paga- tia que tiver recebido, quando não cumpra pontualmente
mento. o disposto no § 9.° do artigo 21.°; e, se deixar, por ne-
§ 1.° P a r a os effeitos d'este artigo o escrivão de fa- gligencia, de promover a annullação dos julgamentos em
zenda procurará saber qual a importancia dos vencimen- falhas, tendo para isso fundamento, será responsavel pelo
tos mensaes do devedor, para fixar na conta que deve pagamento clas respectivas dividas, só ou solidariamente
acompanhar a reclamação do desconto á estação por onde com o escrivão do processo, conforme as circunstancias,
se fizer o abono do vencimento, a importancia a descon- sem prejuizo de qualquer outro procedimento, que o Go-
tar em cada mês, na qual se comprehenderá a importan- verno tiver por conveniente usar a seu respeito nos ter-
cia dos juros da mora que lhe corresponda, n a razão de mos do artigo 87. 0 do regulumento da administração de
6 por cento ao anno até completo desconto. fazenda do uitramar de 3 de outubro de 1901.
§ 2." Se a importancia descontada tiver de ser arreca- A r t . 93.° O escrivão de fazenda que r e t a r d a r o cum-
dada em algum cofre da Fazenda, será escripturada por primento do disposto no artigo 16.°, ou não der como ex-
deposito em conta de desconto para pagamento da di- tinctas, por pagamento ou julgamento em falhas, todas as
vida. exeeuções dentro do prazo fixado no artigo 82.", salvo os
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casos ali previstos, incorrerá no pagamento de multa A r t . 99.° Os agentes do Ministerio Publico, ainda que
igual a 5 por cento da importancia total das respectivas não tenham intervindo nas exeeuções, logo que lhes conste
dividas, não podendo esta multa exceder a 20$000 réis, haver sido praticado algum dos actos punidos pelos arti-
sem prejuizo de qualquer outro procedimento que se j u l g a r gos 97.° e 98.°, procederão, como fôr de direito, contra o
conveniente, nos termos do artigo 31.°, alinea d) do regu- culpado.
lamento de fazenda do uitramar, de 3 de outubro de 1901.
CAPITULO XIII
Art. 94.° As multas de que tratam os dois artigos an-
tecedentes, serão impostas pelo inspector de fazenda, por Disposições transitorias
despacho nas relações de relaxe, ou nas mencionadas no
artigo 79.°, § 3.° E m virtude d'este despacho, o escrivão de A r t . 100.° P o r virtude do presente regulamento cessam
fazenda entrará, ou fará entrar o recebedor na competente as funcções dos administradores dos concelhos nos proces-
recebedoria, com a importancia da multa, como receita sos clas exeeuções fiscaes, ficando com direito ás custas
eventual, escripturando-a sob a epigraphe de «Multas por que lhes pertencerem pelos actos que tenham praticado,
infracção do regulamento de . . . » , enviando o recibo ao as quaes lhes serão pagas á proporçâo que se forem co-
inspector de fazenda, o qual, quando o recibo !he não brando.
seja enviado, mandará fazer o desconto da multa nos pri- A r t . 101.° Os donos de bens immoveis cujos rendimen-
meiros A^encimentos do responsavel. tos se acliarem, á data da publicação d'este regulamento,
§ 1.° D e todas as multas que impuser, dará conheci- arrematados em virtude de execução para pagamento de
mento o inspector de fazenda ao governador geral. contribuições, podem remi-los entregando ao arrematante
§ 2.° Os multados poderão recorrer para o governador o preço da arrematação e as despesas cfesta.
geral, do despacho que lhes impuser a multa, no prazo de § 1.° O processo p a r a a remissão será o da consignação
cinco dias, contados d'aquelle em que tiverem conhecimento em deposito, que seguirá seus termos no juizo fiscal da si-
do mesmo despacho, por meio de requerimento, que en- tuação dos bens executados.
viarão ao inspector de fazenda, o qual o remetterá com § 2.° Fica salvo ao arrematante o direito a haver o va-
informação. lor das bemfeitorias necessarias que tiver feito para a con-
A r t . 95.° Os escrivães dos processos incorrerão na pena servação da propriedade, e que não possam levantar-se
de p a g a r as importancias das dividas que não puderem ser sem detrimento d'ella.
cobradas: Art. 102.° As dividas incobraveis constantes dos pro-
1.° Quando não passarem o mandado p a r a penhora ou cessos da conta, antiga, serão julgadas em vista de uma
a não effectuarem dentro dos prazos designados no ar- relação, organizada por freguezias, em que se especifiquem
tigo 19.°, se não forem encontrados bens alguns ao deve- os nomes dos devedores, natureza clas collectas, anno a
dor e se provar que elle dispôs dos que possuia depois de que respeita. numero dos conhecimentos e sua importan-
findos os ditos p r a z o s ; cia.
2.° Quando se provar que lavraram o auto da diligen- § 1.° Nestas relações deverá haver informes do paro-
cia, de que trata o artigo 24.°, tendo encontrado bens em cho, regedor e recebedor, ou quem legalmente os substi-
que podiam realizar a penhora; tua, comparecendo, para esse fim, n a respectiva reparti-
3.° Quando se mostrar que foram negligentes em pro- ção de fazenda, no dia em que lhes fôr designado pelo
mover a renovação do proseguimento das exeeuções por escrivão de fazenda, que lhes enviará, com necessaria an-
dividas julgadas falhas, cleixando que os devedores ou res- tecedencia, as mesmas relações para se habilitarem a in-
ponsaveis voltassem ao estado de insolvencia. Neste caso, formar.
serão solidarios na responsabilidade com os recebedores, § 2.° E m seguida o escrivão de fazenda d a r á a sen-
se estes não tiverem promovido a annullação do julgamento tença, em cada uma clas relações, a qual será averbada
em falhas. em cada um dos processos, e subirá o processado á con-
§ unico. E s t a s penas serão impostas pelos juizes das firmação clo inspector de fazenda.
exeeuções nos respectivos processos, devendo os mesmos § 3.° O escrivão do processo extrahirá, de cada uma
juizes remetter copias dos seus despachos ao inspector de das relações, certidões, em presença das quaes organizará
fazenda para os fazer cumprir. as competentes relações clc annullacões clo modelo n.° 27
Art. 96.° Os escrivães de fazenda, juizes de exeeuções, do Regulamento da Administração cla F a z e n d a Publica do
que forem negligentes no desempenho das obrigações que UItramar, de 3 de outubro de 1901, para os fins designa-
lhes são commettidas por este regulamento, ou cleixarem dos no § unico do artigo 55.° clo presente regulamento.
de as cumprir com inteira exactidão, incorrerão nas Art. 103.° Todos os processos de exeeuções fiscaes, que
penas comminadas no capitulo v do decreto de 30 de de- estiverem pendentes nas administrações dos concelhos, se-
zembro de 1892, alem das que ficam estabelecidas. rão, no prazo de dez dias, depois de publicado este regu-
§ unico. Incorrerão os mesmos escrivães de fazenda na lamento no Bóletim Official da provincia, transferidos para
pena de pagarem as dividas que não puderem ser cobra- as repartições de fazenda districtaes a que pertencerem as
das, quando deixem de cumprir o disposto no § unico do dividas, sem prejuizo do direito aos emolumentos que, nos
artigo 62.°, e as quantias arrecadadas que não tiverem termos do artigo 100.°, compitam aos empregados das
dado entrada, como receita effectiva, no competente cofre, mesmas administrações pelos actos j á praticados.
quando deixem de cumprir o determinado no artigo 38.° A r t . 104.° O inspector de fazenda promoverá que se
e seus paragraphos, as quaes lhes serão descontadas nos effectue a transferencia dos processos, no prazo indicado
seus Arencimcntos, se as não satisfizerem de prompto. no artigo antecedente, dando conta, ao governador geral
A r t . 97.° Ao contador que contar emolumentos, sala- da provincia, dc qualquer obstaculo que se opponha á sua
rios c custas indevidos, e ao empregado que os receber, realização.
são applicaveis as disposições da tabella em vigor, dos A r t . 105.° Aos contribuintes remissos por impostos ou
emolumentos e salarios judiciaes, e as do artigo 316.° do debitos de qualquer outra natureza, respeitantes aos an-
Codigo Penal. nos decorriclos até 1901 inclusive, póde ser concedido,
A r t . 98.° O empregado a quem se provar que recebeu, pelo inspector de fazenda da provincia, o satisfazerem a
ou tentou receber, dinheiro dos contribuintes, por qual- importancia total dos seus debitos em quatro prestações tri-
quer titulo, com fundamento nas diligeneias que seja in- mestraes.
cumbido e praticar nas exeeuções fiscaes, será demittido § 1.° P a r a os effeitos cfeste artigo, requererao os con-
do emprego, e processado para ser punido nos termos do tribuintes remissos ao inspector de fazenda dentro do
Codigo Penal. prazo de um mês, contado da data da publicação ou da
1902 215 Maioli

c h e g a d a do Bóletim Official, o n d e fôr p u b l i c a d o este r e - Modelo n.° 2 (Artigo 15.° do regulamento)


g u l a m e n t o , ao districto.
Concelho de . . . Freguesia (ou aldeia)
§ 2.° O vencimento d a p r i m e i r a p r e s t a ç ã o t e r á logar
oito dias depois de e x t r a h i d o s os q u a t r o c o n h e c i m e n t o s ; Relação dos devedores omissos de (a) ...
o d a s e g u n d a a t r e s m e s e s ; o d a t e r c e i r a a seis m e s e s do anno de 1 . . . , contra os quaes tem de se proceder
e o d a q u a r t a a n o v e meses. A e x t r a c ç ã o dos conheci- executivamente
m e n t o s far-se-ha logo após a c h e g a d a d a communicação
do d e f e r i m e n t o d a petição a q u e se r e f e r e o § 1.° d ' e s t e
artigo. Importancia
Nomes dos devedores total da divida Observações (b)
§ o.° C o n s i d e r a m - s e v e n c i d a s t o d a s as p r e s t a ç õ e s , logo
que a p r i m e i r a d e i x e de ser p a g a no seu v e n c i m e n t o .
A r t . 106.° Os conhecimentos das p r e s t a ç õ e s que f o r e m
processados n o s t e r m o s do § 2.° do artigo a n t e c e d e n t e
annullam os primitivos conhecimentos, d e v e n d o p r o c e d e r - s e
quanto ao credito d ' e s t e s e ao debito d ' a q u e l l e s pela f ó r m a
p r e c e i t u a d a nos r e g u l a m e n t o s em vigor,
§ unico. Os conhecimentos das. p r e s t a ç õ e s são sujeitos
a 2 por cento de sêllo, i n d e p e n d e n t e do sêllo liquidado nos
Recebedoria do concelho de . . . , . . . de . . . de 1 9 . . .
conhecimentos primitivos.
A r t . 107.° E m q u a n t o os processos de dividas antigas, 0 Recebedor,
existentes no districto d e L o u r e n ç o M a r q u e s , n ã o ficarem F...
e x t i n c t o s , por p a g a m e n t o ou j u l g a m e n t o em falhas, conti- Veriíiquei a conformidade da presente relação com as certidões
n u a r á o abono até 4 por cento das q u a n t i a s q u e se cobra- de relaxe e d'estas com as relações para descarga; declarando que
r e m , somente com relação áquellas dividas. vão juntas as relações de que trata o artigo 13.° do regulamento
P a ç o , em 2 4 de maio de 1 9 0 2 . — A n t o n i o Teixeira de das execuções fiscaes.
Sousa. Repartição de Fazenda do concelho de . . . , . . . de . . . de 1 9 . . ,
O Escrivão de Fazenda,
F...
Modelo n.° 1 (Artigo 15.° do regulamento)
(a) Contribuiçfio, imposto ou rendimento.
(hj Deve-sc declarar nesta columna os pagamentos effectuados depois de organi-
zada a relação e antos de auctorizado o procedimento executívo.
Concelho de

Modelo n.° 3 — (Artigo 34.° do regulamento)


CERTIDÃO DE RELAXE
Concelho de ...
Guia para pagamento
Conhechnento n.° . . . de (a) . . . do anno de 19.

Réis Designaçâo Importancia

Certifieo que por esta Recebedoria de (6) . . . é devedor á Fazenda Conhecimento n.° . . . das contribuições directas de
Nacional (o) . . . , m orador em . . . , da quantia de (d) . . ., prove- lançamento de 19 (a)
Dito n.° . . . de foros de 1?
niente de (a) ... que lhe foi lançada no anno de . . . , e porque a Dito n.° . . . de
não satisfez no prazo da cobrança voluntaria, nem ainda no dos
Sellos do processo (.. . fl. de 80 réis e . . . de 100 réis)
avisos legaes, que certifico haver-lhe feito, estando portanto preen- Custas
chidas todas as formalidades estabelecidas na lei, passei a presente Somma
certidão, na fórma do artigo 15.° do regulamento de . . . de . . .
dc 1 9 . . p a r a se proceder contra o refcrido devedor executivamente, A liquidar no aeto do pagamento :
3 por cento de multa ou quota fixa de $
nos termos do mesmo regulamento, a qual vae por niim recebedor 6 por cento de juros de mora
assignada por extenso. Total
O Sr. F. . . de . . . vae pagar na Recebedoria d'este concelho a
Rccebedoria do concelho de de . . . de 1 9 . . . quantia de . . . proveniente das addições supra, devendo apresentar
nesta repartição a presente guia, no prazo de 24 horas, com a nota
de ter verificado o pagamento, sob pena da execução proseguir seus
0 líocebedor, termos, na conformidade do disposto no artigo 40." do regulamento
F... das execuções fiscaes administrativas.
Repartição de Fazenda do concelho de . . . , . . . de . . . de 1 9 . . .
N. B. — O escrivão de fazenda deve addicionar a esta certidão a Visto.
declaração dos predios com o seu rendimento collectavel a que res- O Juiz de Execuçõos, O Escrivão de Execuções,
peitar a collecta ou o foro, sempre que a execução passar para o F... F...
poder judicial, ou quando tenha de correr contra diversos responsa- Recebi a quantia de . . . constaijte d'est.a guia, entrando a impor-
tancia de . . . de sellos do processo, a qual fica lançada no livro de
receita eventual sob a verba n.° . . .
Repartição de Fazenda do concelho de . . . , . . . de . . . de 1 9 . . .
(re) Contribuiçâo, imposto ou rendimento a que o conhecimento respeita e addi-
cionaes que comprehende. O Escrivão de Fazenda, O Recebedor
[h) Concelho. F... F. . .
(c) Nome do devedor, por inteiro e extenso.
(a) Aqui deve-se declarar a importancia total de cada coiibecimcnto, a qual dcvo
(cí) Quantia total do conhocimento por extenso. coiistar de respectiva certidão dc relaxo.
Maio 24 '216 1902

Modelo n.° 4 (Artigo 80.°, § 1.°, do regulamento)

PROVINCIA DE MOÇAMBIQUE

Concelho de. ..

Registo geral dos processos das exeeuções fiscaes administrativas

Conta antiga (ou nova)

Este livro ha de servir na Repartição de Fazenda do referido coneelho para nelle se regÍBtarem os processos das exeeuções fiscaes
administrativas que forem instaurados na mesma Repartição e para se notar o andamento que tiverem os ditos processos até á sua ex-
tincção.

Para rubricar as folhas d'este mesmo livro dou commissão a o . . . (graduação e nome do empregado commissionado).

Repartição de Fazenda Provincial, em . . . de . . . de 1 9 . . .


O Inspector de Fazenda,
F...

Numero Data Importancia Estado do processo com designação


do da instauração Nome e residencia do devedor da divida Nome do escrivão do processo do ultimo termo liavido
processo do processo

"i

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Modelo n.° 5 — (Artigo 80.°, § 5.°, do regulamento) co
o
hO
Concelho de .. .
Mappa do movimento das exeeuções fiscaes administrativas no mês de . . . de i.
Conta antiga

Processos

Accrescldos durante o mês Findos durante o mês


ExistentcB Que passam Que passam para o mês seguinte com deaignaçao
no fim para o mês seguinte
Nomes dos escrivães do mês anterior Por passagem Por passagem
Por instauraçâo ao poder judicial ao poder judicial Por cobrança Por annullações

citação 1
a primeira 1
da primoira 1
Á espera \

cumprimento
u cZo
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das preca-
que se fez

por causa
Suspnnso
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Conta nova i—

Processos

Accrescidos durante o mês Findos durante o mês


Existentes Que passam Que passam para o mês seguinte com desiguação
no fim para omôs beguinte do respectivo movimento
Nomes dos escrivães do mês anterior Por passagem Por passagem
Por instauraçâo ao poder judicial ao poder judicial Por cobrança Por annullações

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D. ío G. 11.° 118, do 28 de maio. tf*
Maio 24 218 1902

Direeção Geral do UItramar O que tudo visto e ponderado, e a resposta do Ministe-


rio Publico;
l . a Repartição Considerando que as allegações do recorrente nada pro-
vam contra os factos comprovados nos documentos de fl.
1." Secção 15 e 2 2 ;
Considerando que o despacho do inspector de fazenda
Attendendo ao que rne representou o governador geral foi confirmado pela portaria do governador, de que se re-
da provincia de Moçambique; corre, e que nenhuma duvida ha de que a demissão está
Considerando que a disposição do artigo 3.° do decreto auctorizada pelo § 2.° do artigo 75.° do regulamento de
de 2 de setembro de 1901, mandando que á assembleia de 7 de novembro de 1889;
apuramento final presida o presidente da commissão do Considerando que a nomeação vitalicia, dada ao recor-
rccenscamento eleitoral da sede do circulo, não póde ter rente, de amanuense de uma repartição de fazenda, não
logar por ter sido extincta essa commissão no decreto lhe dá a qualidade de empregado provincial, para resistir
eleitoral de 8 de agosto do referido anno; á demissão dada pelo inspector de fazenda;
Tendo ouvido a J u n t a Consultiva do UItramar e o Con- Considerando que o recurso não vem interposto do des-
selho de Ministros, e usando da auctorização que me ó con- pacho do inspector quc demittiu o recorrente, mas sim da
cedida pelo § 1.° do artigo lõ.° do 1.° Acto Addicional portaria do governador que o confirmou;
á Carta Constitucional da Monarchia: Considerando que o recorrente foi ouvido e não teve
Ilei por bem decretar o seguinte: meio algum de defesa procedente :
Artigo 1.° Os presidentes das assembleias de apura- Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
mento nas sedes dos districtos e dos circulos de que tra- negar provimento no recurso, por falta de fundamento legal.
tam os artigos 2.°, § 1.°, e 3.° do decreto de 2 de setem- O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
bro dc 1901, serão os presidentes das respectivas cama' rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu-
ras municipaes, como dispõe o decreto eleitoral de 8 de tar. Paço, em 24 de maio de 1 9 0 2 . = R E I . = Antonio Tei-
agosto do mesmo anno no seu artigo 82.° xeira de Sousa.
D. do G. n.° 118, de 28 de maio.
Art. 2." É revogada a legislação em contrario.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da
Marinlia e UItramar assim o tenha entendido e faça exe-
cutar. Paço, em 24 de maio de 1 9 0 2 . = R E I . = Antonio
Teixeira de Sousa. 2. a Secçao
D. do G. n.° 118, dc 28 dc maio.
Estabelecendo o artigo 39.° do regimcnto da adminis-
tração de justiça nas provincias ultramarinas, approvado
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Ad- por decreto com força de lei de 20 de fevereiro de 1894,
ministrativo, acêrca do rccurso n.° 11:673, cm quc ó re- a fórma por que devem ser decididas as causas commer-
corrente José Eugenio SantAnna Couto, e recorrido o go- ciaes nas comarcas onde, por falta de pessoal idoneo, não
vernador geral do Estado da India, e de que foi relator fôr possivel organizar o j u r y commercial, e emquanto o
o Conselheiro, vogal effectivo, Antonio Telles Pereira de não fôr, sem prever a liypothese de, estando organizado
Vasconcellos Pimentel: o jury, haver numero insufSciente de jurados por motivo
de ausencia ou outro impedimento temporario dos que
Mostra-se que o recorrente, empregado de fazenda, foi
constituirem a maioria ; e
cncarrepado do serviço de liquidação de urnas accas, e
quando se pedia a liquidação por metade, que o reque- Considerando que é de urgente necessidade providen-
ronte cntendia só lhe pertencia, o recorrente fazia a liqui- ciar-se em ordern a remover os inconvenientes que resul-
dação pela totalidade e recebia a quantia de 10 por cento tam de tal omissão, sobre a qual j á foi presente ao Go-
da quantia liquidada, sendo certo que o requerente vem verno itma representação da Associação Commercial de
declarar que a liquidação não era regularmente feita, pois Loanda;
se lhe tinha entreguc e continuava a entregar mais do que Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con-
por direito lhe pertencia, o que deu logar a uma syndi- selho de Ministros, e usando da faculdade concedida pelo
cancia. a quc mandou proceder o inspector de fazenda; 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional da Monarchia :
Mostra-se que, veriiicada a syndicancia, chegou-se á Hei por bem decretar o seguinte :
verdade. c ouvido o recorrente não teve meio de escon- Artigo 1.° Nas comarcas onde, pcr falta de pessoal ido-
der o seu irregular procedimento (documentos de fl. 15 neo, não fôr possivel organizar o j u r y , e emquanto o não
"22); fôr, e naquellas, onde o j u r y , depois de organizado, não
Mostra-se que em virtude e por força da syndicancia, puder funccionar por qualquer motivo justificado, serão
foi demittido o recorrente, e da portaria do governador as causas commerciaes decididas de direito e de facto
vem o presente rccurso, com os seguintes fundamentos : pelo juiz de direito, mas segundo o processo commercial
1.° Quc o § 2.° do artigo 75.° do regulamento de 1889 e com recurso.
que concede aos inspectores dc fazenda do uitramar o po- Art. 2.° Fica por esta fórma substituido o artigo 39.°
der quasi discrecionario de demittir empregados de fazen- do regimento da administração de justiça nas provincias
da — não provincias —, não póde applicar-se ao recor- ultramarinas, approvado por decreto de 20 de fevereiro
rente que c empregado com serventia vitalicia; de 1894 e revogada a legislação em contrario.
2." Porque a demissão não tem fundamento legal, pois _ O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
quc o inspector dc fazenda apenas diz que demittiu o re- rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu-
corrente por irregularidades de serviço, mas não cspecifi- tar. Paço, em 24 de maio de 1902. = R E I . = Antonio
ca essas irregularidades ; Teixeira de Sousa.
Mostra-se quc o processo foi com vista ao Ministerio D. do G. n.° 118, de 2S dc maio.
Publico antcs dc ser conlirmado pela portaria do gover-
nador, dc que se recorrcu;
Mostra-se allegar o recorrente a 11. 25, repetindo o que Ponderando o governador da provincia de Cabo Verde,
já na sua maior parte allegara na petição do recurso; em virtude da representação que lhe dirigiu a commissão
Mostra-se informar o governador geral o recurso a fl. municipal da cidade do Mindello, os incommodos e diíGcul-
30 c responder o Ministerio Publico a fl. 33 v . : dades com que lutam os povos da comarca de S. Vicente
1902 219 Maioli

para obter certidões dos registos prediaes relativos aos ] Artigo 1.° O logar de j u i z municipal de qualquer jul-
julgados que a constituem, e que pertenciam á antiga co- gado, j á criado, ou que o venha a s e r , no uitramar, nos
m a r c a de Barlavento, e solicitando que, como previdencia ! termos e com a organização estabelecida no decreto de 20
indispensavel e tendente a remover taes difficuldades, seja de julho de 1886, será provido por meio de concurso do-
auctorizada, nos termos que propõe, a trasladação dos al- cumental, aberto na Secretaria de E s t a d o dos Negocios
ludidos registos para outros, em face dos quaes possam da Marinha e UItramar, por espaço de trinta dias.
passar-se na Conservatoria da referida comarca de S. Vi- Art. 2." Os requerimentos para admissão ao concurso,
cente as certidões que forem pedidas; e indicarão sempre o domicilio dos requerentes e serão acom-
Considerando que a medida proposta é de impreterivel panhados dos seguintes documentos:
e improrogavel necessidade, e coaduna-sc com o pensa- 1.° Carta do bacharel formado em direito pela Univer-
mento que presidiu á criação da nova comarca de S. Vi- sidade de Coimbra, ou original ou em publica f ó r m a ;
cente, que foi o beneficio e commodidade dos povos; 2.° Documento que prove terem cumprido os preceitos
Tendo ouvido a J u n t a Consultiva do UItramar e o Con- da lei do recrutamento ;
selho de Ministros, e usando da faculdade concedida pelo 3.° Certilicado do registo criminal;
§ 1.° do artigo 15." do 1.° Acto Addicional á Carta Consti- 4.° Quitação p a r a com a F a z e n d a Publica, se tiverem
titucional da Monarchia: exercido emprego de que lhes pudesse resultar responsa-
Hei por bem decretar o seguinte: bilidade p a r a com ella;
Artigo 1.° E auctorizada a trasladação para livros es- 5.° Certidão clo pagamento de direitos de mercê, de
peciaes dos registos prediaes relativos aos julgados da an- sêllo e emolumentos, sc tiverem anteriormente servido
tiga comarca de Barlavento, que passaram a constituir a emprego cle que os devessem;
comarca de S. Vicente de Cabo Verde. 6.° Certidão ou attestado de outras quaesquer habilita-
§ 1.° A trasladação para os livros especiaes, forneci- ções scientificas ou litterarias, ou de serviços allegaclos e
dos pelo Governo, será feita pelo conservador da comar- da qualidade d'elles.
ca de Barlavento, ou por pessoa idonea, pela qual o mes- Art. 3.° Os bachareis que forem delegados ou conser-
mo conservador se responsabilize, cumprindo-lhe comtudo vadores das comarcas do uitramar e pretenderem ser no-
authenticar com a sua assignatura todos os actos clo regis- meados para algum logar de juiz municipal, poderão em
to trasladados para os novos livros e por-lhes a nota de qualquer epoca fazer apresentar na sobredita Secretaria
sem effeito, nos livros antigos, p a r a d'elles se não pode- de Estado os seus requerimentos, os quaes serão attendi-
rem extrahir quaesquer certidões. dos nos concursos que se abrirem, independentemente da
§ 2.° Concluida a trasladação dos registos p a r a os~no- apresentaçâo cle documentos.
vos livros, serão ostes remettidos para a conservatoria da Art. 4." Terminado o prazo do concurso, o Conselho
comarca de S. Vicente. Superior da Magistratura Juclicial Ultrarnarina apreciará os
A r t . 2.° O governador dc Cabo V e r d e proporá ao Go- documentos produzidos pelos concorrentes e a icloneidade
verno a gratificação que fôr necessario arbitrar pelo traba- de cada um, formulando uma proposta gracluada, que será
lho da escripturação dos novos livros, bem como a impor- .presente ao Ministro c Secretario dc E s t a d o dos Negocios
tancia da indemnização que seja de justiça dar-se ao con- da Marinha e UItramar, para se proceder á respectiva no-
servador da comarca de Barlavento pela perda dos emolu- meação.
mentos de certidões que poderia auferir se a trasladação O mesmo Ministro e Secretario de Estado dos Nego-
não se operasse pela fórma indicada. cios cla Marinha e UItramar assim o tenha entendido e
§ 1." A despesa extraordinaria que se fizer nos termos faça executar. Paço, em 24 de maio de 1902. = R E I . =
d'este artigo será paga pelo cofre da provincia que a re- Antonio Teixeira de Sousa.
haverá por meio de uma quantia cobrada em relação a D. do G. n." 11.9, de 2S dc maio.
cada registo e respectivo sêllo do papel, de que seja pe-
dida certidão, mas nunca superior a 100 réis por cada
lauda cle transcripção, cessanclo essa cobrança logo que a
Fazenda esteja completamente embolsada. MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
§ 2.° O governador de Cabo Verde formulará o regu-
lamento conveniente para a arrecadação no cofre da pro- Secretaria Geral
vincia do reembolso de que trata o paragrapho antece-
dente. DOM C A R L O S , por graça de Deus, Rei de Portugal e
Art. Fica revogada a legislação em contrario. dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
O Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios da Ma- ditos, que as Côrtes Geraes decretaram c nós queremos a
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu- lei seguinte:
tar. Paço, em 24 de maio de 1902. — R E I . Antonio Artigo 1.° E auetorizado o Governo a abrir no Minis-
Teixeira de Sousa. terio cla Fazenda, a favor do das Obras Publicas, Com-
D. do G. 11." 118, ds 2S dc maio. mercio e Industria, um credito extraordinario de 30:000,->000
réis para as despesas quc couberem ao Estado nos servi-
ços cla extincção clos acridios, conforme o regulamento de
Sendo necessario regular, em especial, a fórma do con- 20 de fevereiro ultimo.
curso para o provimento dos logares de juizes municipaes Art. 2." O referido credito será descripto na tabella cla
dos julgados do uitramar, j á criados nos termos do de- distribuição da despesa extraordinaria do exercicio de
creto de 29 de julho de 1886, como os de Mormugão, no 1901-1902, do citado Ministerio das Obras Publicas, Com-
Estado da India, e de S. Vicente de Cabo Verde, recen- mercio e Industria, em capitulo especial, sob a epigraphe
temente extincto, ou que o possam vir a ser para regula- «Extincção cle acridios».
ridade da administração da justiça ultramarina, pois que Art. 3.° Fica revogada a legislação cm contrario.
o regulamento de 16 de setembro do referido anno, pro- Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
mulgado em virtude do artigo 9.° do citado dccrcto, trata conhecimento c execução cla referida lei pertencer, que a
unicamente do concurso para a nomeação dos juizes mu- cumpram e guardem e façam cumprir c guardar tão intei-
nicipaes dos julgados do reino e ilhas adjacentes, cujas ramente como nella sc contém.
circunstancias muito differem das d'aquelles: Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios d a
Hei por bem, tendo ouvido a J u n t a Consultiva clo UI- Fazenda, e das Obras Publicas, Commercio c Industria, a
tramar, decretar o seguinte: façam imprimir, publicar e eorrer. D a d a no Paço, aos 2 4
Maio 24 '220 1902

de maio de 1902.== E L - R E I , com rubrica e g u a r d a . = § unico. Quando entre o mesmo credor e devedor hou-
Fernando Mattozo Santos = Manuel Francisco de Var- ver diversas dividas da indole de qualquer dos t r e s nu-
gas. — (Logar do sêllo grande das armas reaes). meros d'este artigo, inferior cada uma d'ellas_a 50$000
Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio- réis, a contribuição só não é devida se todas j u n t a s não
nado o decreto das Côrtes Geraes de 2 de maio de 1902, perfizerem esta quantia.
que auctoriza o Governo a abrir no Ministerio da Fa- A r t . 2.° Do disposto no n.° 1.° do artigo 1.° exce-
zenda, a favor do das Obras Publieas, Commercio e In- ptuam-se :
dustria, um credito extraordinario de 30:000^000 réis, 1.° Os capitaes mutuados pelas misericordias, hospitaes,
para as despesas que couberem ao Estado nos serviços asylos de beneficencia e conventos de religiosas;
da extincção dos acridios, conforme o regulamento de 20 2.° Os emprestimos de generos para sementeira;
de fevereiro ultimo, o manda imprimir e guardar como 3.° Os capitaes mutuados pelas sociedades anonymas
nelle se contém, pela fórma retro declarada. sujeitas á contribuição industrial pelos lucros ou dividen-
Para Vossa Majestade v e r . = Arthur Eduarão Chichorro dos que distribuem;
da Costa a fez. 4.° Os de quaesquer outros estabelecimentos ou corpo-
D. do G. 11.° 119, de 30 de maio.
rações isentos por leis especiaes.
Art. 3.° A contribuição relativa aos juros de capitae
representados em letras é devicla:
1.° Desde a data do protesto das letras, quando estas
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR sejam passadas entre commerciantes ou por effeito de
quaesquer contratos, acordos ou transacções, que resulta-
Inspeeção Geral de Fazenda do UItramar rem de actos de commercio ou os tiverem por fim, não
sendo em qualquer dos casos garantidos por h y p o t h e c a ;
Attendendo á necessidade de remodelar o serviço do
2.° Desde a data do saque das letras, em todos os mais
lançamento e cobrança da contribuição da decima de juros
casos não especificados no numero antecedente, e sempre
na provincia de S. Thomé e Principe;
que forem garantidas por hypotheca, sejam quaes forem
Tendo ouvido a J u n t a Consultiva do UItramar e o Con-
os actos que as motivem e as pessoas entre as quaes fo-
selho de Ministros;
rem passadas.
E usando da faculdade concedida no § .1.° do artigo 15. 0
A r t . 4.° A contribuição a que se referem os artigos an-
do 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional da Monar-
tecedentes continua a ser de 10 por cento da importancia
chia :
dos juros estipulados ou legaes, tornada effectiva por qual-
Hei por bem decretar o seguinte: quer meio juridico, ou de que o credor se aproveite, ou
Artigo 1.° E approvado o regulamento para o lança- presumidos na falta de estipulação, ou da importancia de
mento da cobrança da contribuição da decima de juros na qualquer indemnização que os substitua, e tambem da que
provincia de S. Thomé e Principe, o qual baixa assignado fôr estabelecida como compensação de mora na entrega ou
pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- restituição do capital, ou no pagamento da divida.
riuha e UItramar. § unico. Nesta contribuição será englobado o sêllo do
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario. conhecimento, nos termos do artigo 1.° do decreto de 31
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- de dezembro de 1892.
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu- Art. 5.° P a r a os effeitos da liquidação e lançamento da
t a r . Paço, em 24 de maio de 1902. = R E I . = Antonio contribuição, a taxa do juro, quando outra maior não fôr
Teixeira de Sousa. estipulada, será de 7 por cento para as letras e 7 por
cento para todos os demais casos, incluindo aquelles em
Regulamento da contribuição da decima de juros que a taxa estipulada seja inferior, não h a j a estipulação
na provincia de S. Thomé e Principe de juros, ou a indemnização estabelecida em substituição
d'estes seja de importancia inferior á dos j u r o s pela taxa
CAPITULO I determinada por este artigo.
§ unico. Quando os emprestimos forem em generos, ou
Disposições fundamentaes os juros deverem ser assim pagos, os generos serão con-
vertidos em dinheiro pelos preços medios camararios, e,
Artigo 1.° A contribuição de «decima de juros» recae: na falta d'estes, pelos preços medios do mercado na loca-
1." Sobre os capitaes mutuados, quer em dinhciro, quer lidade em que os juros forem pagos, e, na falta de juros,
em generos, não inferiores estes capitaes ao valor cíe réis naquella em que os generos tiverem sido entregues como
50$000, quer o mutuo seja oneroso, quer gratuito, consti- capital no anno do vencimento.
tuido por titulo publico ou particular, entre nacionaes ou Art. 6.° A contribuição será sempre liquidada ou lan-
estrangciros; considerando-se tambem como mutuo para çada aos credores dos capitaes, ficando os mesmos credo-
os effeitos d'esta contribuição, nos termos do decreto de res subrogados nos direitos da F a z e n d a Nacional, para ha-
27 de julho de 1893, os contratos de deposito civil que verem dos devedores a contribuição relativa a o s j u r o s que
tenham por fim entregar a particulares quaesquer quan- não receberem, quando não haja estipulação de juros, ou
tias em dinheiro o em que haja garantia hypothecaria para de indemnização que os substitua, ou quando a t a x a esti-
a sua restituição, na mesma especie ou em outra equiva- pulada fôr inferior á que houver sido tomada p a r a a li-
lente ; quidação ou lançamento da contribuição; e bem assim
2.° Sobre as dividas provenientes de outros contratos quando em virtude dos contratos anteriores á lei de 18
ou transaccõcs, não inferiores ao mesmo valor, que ven- de agosto de 1887 forem obrigados os devedores ao paga-
çam juro ou que, embora na origem o não vençam, se mento da contribuição. Fica todavia salvo aos devedo-
provc que por qualquer motivo o passaram a vencer effe- res demonstrarem que pagaram juros ou outra qualquer
ctivamente, ou por caiisa dos quaes se estabeleça qualquer indemnização equivalente.
indcmnização, que substitua os juros, ou recompense a § 1.° Nos termos dos §§ 18.° e 22.° do artigo 1.° da
mora na entrega ou restituição do capital, ou no paga-
lei de 19 de junho de 1889, o pagamento das collectas de
mento da divida;
decima de juros lançadas até á execução da lei de 18 de
3.° Sobre todas as dividas não inferiores ao mesmo va- agosto de 1887, e produzidas por falta de cancellamento
lor representadas em letras, em conformidade dos artigos dos manifestos no caso das dividas terem sido distratadas
referentes a este numero. antes da vigencia d'esta lei, é de obrigação do devedor.
1902 221 Maio 24

§ 2.° É nulla de futuro a convenção em que se estipu- CAPITULO III


lar que o devedor pagará ao credor a contribuição de ju- Da liquidação e cobrança da contribuição de juros
ros que, pelas disposições d'este artigo, o credor deva sobre letras
pagar.
Art. 13.° A contribuição de juros será paga nas letras,
CAPITULO II a que se refere o n.° 2.° do artigo 3.°, por meio de sêllo
de estampilha representativo da contribuição de juros, que
Obrigações dos funccionarios accrescerá ao sêllo proprio da letra, descle a data do sa-
Art. 7.° Os tabelliães são obrigados, independentemente que, devendo o anno em que é sacada a letra estar ins-
de qualquer notificação, a enviar ao escrivão de fazenda cripto nella.
do concelho, nos primeiros dez dias de cada mês, uma re- § 1.° O sêllo de estampilha da contribuição nestas letras
lação de todos os contratos e actos em que tiverem inter- é de por cento por cada tres meses ou fracção d'este
vindo no mês antecedente, pelos quaes se tenham consti- prazo, calculada esta taxa sobre a quantia que a letra re-
tuido, modificado ou distratado dividas sujeitas a esta presenta, tanto em capital como em juros, ainda que es-
contribuição. tejam separados. Quando a contribuição tenha de ser co-
§ 1.° As participações relativas a actos para cujo ma- brada por meio cle sêllo de estampilha, será esta paga pelo
sacaclor e inutilizada pelo acccitante na occasião do acceite,
nifesto não seja competente o escrivão de fazenda que,
e nos termos determinados no regulamento do imposto do
em conformidade d'este artigo, aa tiver recebido, serão por
sêllo. A reforma das letras obriga a pagamento de novo
este remettidas ou communicadas no prazo maximo de
sêllo.
quinze dias ao escrivão de fazenda competente para fazer
§ 2.° Quando as letras forem passadas por periodo su-
o manifesto.
perior a tres meses, será sempre paga a contribuição por
§ 2.° Pelas participações exigidas neste artigo passará
meio de sêllo de estampilha em relação a este espaço de
o escrivão de fazenda, que as receber, um certificado que,
tempo, podendo os interessados deixar de satisfazer a mais
para todos os effeitos, servirá de documento aos partici- contribuição que fôr devida, com obrigação cle manifesta-
pantes. rem a letra e de pagarem o respectivo imposto, nos ter-
§ 3.° Os tabelliães não poderão reconhecer as assigna- mos das disposições do capitulo v d'este regulamento.
turas de acceitantes ou endossantes clo letras que estejam Art. 14.° Os sellos de estampilhas destinados ao paga-
sujeitas á contribuição de juros por meio de sêllo de es- mento cla contribuição de j u r o s serão especiaes e mudados
tampilha, sem quc este se mostra pago. annualmente.
A r t . 8.° Os escrivães dos juizos e julgados ficam obri- § unico. Na Casa cla Moeda e nas repartições de fa-
gados, os primeiros a remetter ao escrivão de fazenda da zenda provinciaes haverá um registo de typos d'estes sellos
sede cla comarca, e os segundos ao clo concelho, nos pri- e datas em que principiou e terminou o scu uso, A Casa
meiros dez dias de cada mês, participação clos inventarios da Moeda fornecerá ás repartições de fazenda provinciaes
e mais actos que processarem no mês antecedente, e em os sellos necessarios p a r a formar o registo.
que se deem as circunstancias de haver fundamento para A r t . 15.° A contribuição de juros nas letras, a que se
o pagamento da contribuição, nos termos da lei de 18 de refere o n.° 1.° do artigo 3.°, póde tambem ser paga por
agosto cle 1887, e de terem passado em julgado as respe- meio de sêllo de estampilha.
ctivas sentenças. Nos respectivos processos lançarão logo Art. 16.° O pagamento por meio do sêllo, a que se re-
nota de ter sulo enviada a participação. fere o artigo antecedente, verifica-se collocando estampi-
Art. 9.° No mesmo prazo ficam obrigados os escrivães lhas cuja importancia seja equivalente á contribuição de-
dos juizes popularcs a enviar ao escrivão cle fazenda do vida, e que serão inutilizadas pelo empregado que l a v r a r
concelho copia ou extracto dos autos em que forem con- o protesto.
fessadas dividas. Art. 17.° E n t r e a data do protesto e a da acção em
A r t . 10.° Os escrivães e tabelliães competentes para juizo toclas as letras são obrigadas a pagamento do sêllo
lavrarcm protestos de letras sao obrigados a remetter, até representativo d'esta contribuição, o as do n.° 2.° do ar-
ao dia 10 de cada mês, ao respectivo escrivão de fazenda, tigo 3.°, não sendo pagas nem protestadas no termo do
uma relação dos protestos que lavrarem no mês antece- seu vencimento, são obrigadas ou a reforma ou a pagarem
dente, declarando os nomes e moradas dos credores e cle- o competente sêllo, como se fossem reformadas, tudo isto
vedores e a importancia por que a letra é protestada. sob pena de se pagar a contribuição em dobro, por todo o
Art. 11.° Não poderá ter seguimento em juizo, depois tempo da omissão.
de findos os articulados, qualquer acção em que se de- § unico. Das letras protestadas que deverem contribui-
mandem juros, quer anteriores, quer desde a mora no ção de j u r o s ao tempo de se por a acção em juizo, alem
pagamento ou desde a contestação da lide, sem que no da que j á tiverem pago nos termos do artigo 16.°, será
respectivo processo conste que se acha feito o manifesto, satisfeito o respectivo imposto como receita eventual, no
por qualquer dos documentos por que elle se póde provar, acto do manifesto.
segundo o disposto no artigo 35.°, nem poderá ser julgado
por sentença, termo ou auto de transacção, ajuste de con- CAPITULO IV
tas e confissão de dividas, sem se mostrar paga a contri-
buição que se dever, nos termos da lei de 18 de agosto Da liquidação e cobrança da contribuição de juros
de 1887, sob pena de nullidade. eventualmente
Art. 12.° Nenhum tribunal ou repartição publica poderá A r t . 18.° A contribuição sobre os j u r o s de capitaes
auctorizar pagamento ou adjudicação de bens que lhe cor- mutuados será sempre liquidada e arrecadada eventual-
responda, nem será cumprido preeatorio, mandado ou or- mente nas seguintes hypotheses:
dem de entrega ou levantamento cle qualquer quantia exis- 1.° E m todos os casos de pagamento immediato;
tente em deposito publico ou em poder cle quem quer que 2.° Nas confissÕes de divida em que fôr reconhecida a
seja, sem se mostrar satisfeita toda a contribuição de j u - obrigação de pagar juro, seja qual fôr a provcniencia da
ros que fôr devida na parte correspondente á quantia que divida e o meio por que a confissão ou reconhecimento sc
fôr levantada. Nos precatorios declarar-se-ha sempre, em operar, excepto quando por auto de conciliação em relação
verba especial, se está paga a contribuição de j u r o s ou a todo o tempo anterior por que sejam devidos j u r o s , a
não ser devida, como determina o decreto de 10 de maio contribuição, que fôr devida, será paga antes cle celebrado
de 1894. o acto por que a confissão se o p e r a r ;
Maio 24 '222 1902

8.° Nos casos de cessão ou novação de contrato, a con- concluido em 30 de abril de cada anno, devendo em se-
tribuição que estiver em divida ató á data de taes actos, guida ser posto em reclamação nos termos do disposto no
a qual será paga antes da celebração dos mesmos actos; capitulo vil.
4.° Quando se estipular indemnização em substituição Art. 26.° A matriz será reorgauizada de cinco em cinco
de juros, sendo a importancia da indemnização p a g a por annos, nos eoncelhos d'esta provincia, devendo ser trans-
uma só vez e antccipadamente, e neste caso a contribuição portados para a nova matriz, por meio de termos sem-
tambem será paga na mesma conformidade ; ples, todos os manifestos em vigor, e fazendo se as devi-
5.° Nos casos de pagamento parcial ou total das dividas das referencias aos manifestos primitivos.
sujeitas a este imposto, nos quaes toda a contribuição que A r t . 27.° Os manifestos serão de duas especies: directos
fôr devida até á data em que se fizer a participação res- e por lembrança.
pectiva será paga, em regra, antes de se passar o docu- § 1.° Só podem ser manifestadas por lembrança as di-
mento ou escriptura de quitação, pagando-se alem d'isso a vidas litigiosas, e considcram-se litigiosas, para os effeitos
mais a contribuição que fôr devida, quando taes documen- d'este regulamento, as qúe forem pedidas em juizo.
tos ou escripturas deixem de se passar no prazo de cinco § 2.° Quando a divida se tornar litigiosa, depois de
dias, contados cVaquelles até quando tiver sido liquidada a feito o manifesto directo, poderá este ser convertido em
contribuição. manifesto por lembrança por meio de um averbamento em
§ 1." Quando a quitação se fizer em instrumento pu- fórma legal, a requerimento do credor.
blico, o official que a passar é obrigado a pedir ao credor § 3.° O credor de divida manifestada por lembrança
o titulo do pagamento a que este artigo se refere e a fica obrigado a apresentar dc anno a. anno, ao escrivão de
transcrevê-lo na mesma quitação, se elle lli'o apresentar. fazenda perante quem tiver sido feito o manifesto, certi-
§ 2.° Se o credor não tiver ainda pago a contribuição dão extrahida do processo do litigio, pela qual se mostre
ou não apresentar titulo d'esse pagamento, o documento o andamento que teve e o estado eni que se acha o mesmo
ou escriptura de quitação nem por isso deixará de se la- processo; faltando a esta obrigação incorrcrá na pena de
v r a r , mas na primeira hypothese o credor pagará a con- pagar como multa a contribuição que couber ao capital em
tribuição dentro de dez dias, sob pena de a pagar em do- divida cm relação a todo o tempo que estiver em falta.
bro pelo tempo excedente em que se conservar em falta. E s t a multa não será levada em conta na contribuição que
6.° Na occasião do pagamento das dividas, a importan- a final fôr devida, a qual será sempre liquidada ou lançada
cia da contribuição devida, desde o ultimo lançamento até por inteiro.
áquella data. § 4." O preceituado no paragrapho antecedente será
Art. 19.° A contribuição liquidada nos termos d'este sempre declaraclo nos termos do manifesto de que trata o
capitulo será entregue na respectiva recebedoria, por mesmo paragrapho e nos averbamentos dos manifestos di-
meio de recibo, modelo n.° 1. rectos para lembrança.
§ 5.° A multa é intransmissivel, e os herdeiros do cre-
CAPITULO Y dor manifestante somente são responsaveis pelas multas
regular e legalmente lançadas até ao tempo do fallecimento
Da liquidação e cobrança da contribuição de juros d'elle, mas incorrem na responsabilidade por multas pos-
por meio de manifesto e lançamento teriores, desde que sejam intimados p a r a apresentar cer-
tidão do estado do processo, nos termos do § 3.°, e dei-
Art. 20.° A contribuição de juros será paga por meio xem de cumprir esta obrigação, ou sejam citados para
de manifesto e lançamento: pagamento da multa lançada.
1." E m todos os casos a que se refere o n.° 1.° do ar- Art. 28.° O manifesto directo será requerido no prazo
tigo 1."; de vinte dias da data do acto por que se constituir, ou de
2.° Quando as dividas e obrigações de juros de que que constar ou por que fôr reconhecida ou confessada a
trata o n." 2.° do artigo 1." não ficarem extinctas com a divida sujeita a este imposto. Este prazo porem contar-
primeira liquidação, porque neste caso o pagamento da se-ha p a r a as partilhas judiciaes, quando sujeitas a este
contribuição verifica-sc eventualmente; imposto, desde que passarcm em julgado as respectivas
3." Nas letras de que trata o n.° 1." do artigo 3.° desde sentenças.
o protcsto, c nas de que trata o n.° 2.° do mesmo artigo § unico. Não sendo feito o manifesto neste prazo, pa-
3." desde o termo do prazo de tres meses a quc se refere gar-se-ha em dobro a contribuição por todo o tempo cm
o § 2." do artigo 13.° que fôr devida até á data do manifesto.
Art. 21." Os manifestos serão feitos conforme as indica- Art. 29.° O manifesto por lembrança só poderá ser re-
ções do modelo n." 2. querido com documento legal, que prove ter sido pedida
Art. 22." Ficam sujeitos a manifesto: em juizo a divida manifestada ou que se pretenda mani-
1.° Todos os capitaes a que se refere o artigo 20.°; festar. Neste documento se lançará uma verba em que se
2." Os capitaes mutuados, isentos de contribuição pelo declare ficar feito o manifesto da divida, a fim de ser o
3 1." do artigo 2.°, mas nos seus manifestos declarar-se-ha mesmo documento junto á competente acção.
a isenção de que gozam, a fim de não produzirem col- Art. 30." Os manifestos directos, emquanto conserva-
lecta. r e m esta natureza, produzem collecta por inteiro até se-
Art. 23." Os manifestos serão feitos perante o escrivão rem averbados de pagamento em parte ou cancellados por
do fazenda do concelho em que o credor residir, excepto pagamento total. Havendo averbamento de pagamento em
quando o credor tiver o seu domicilio em país estrangeiro, parte, a collecta d'ahi por doante liquidar-se-ha somente
ou cm territorio português fóra d'esta provincia, casos em em relação ao resto em divida. A parte da contribuição
que os manifestos serão feitos no concelho da residencia do que ainda fôr devida pela quantia paga será liquidada o
devedor. sa*isfeita no acto do averbamento.
§ unico. Os emolumentos fixados na tabella n." 2 j u n t a Art. 31." No caso de haver liquidação immediata de
ao regulamento de 4 de janciro de 1870, nos n. o s 9.°, 10.° contribuição, por virtude de qualquer averbamento, será
c 11." pertencem por intciro aos escrivães de fazenda. nesta feita referencia ao numero e clata do respectivo do-
Art. 24.° Em cada repartição de fazenda do concelho cumento de receita.
liavorá um livro para manifestos, organizado conforme o Art. 32." Os manifestos por lembrança não produzem
modelo n.° 2, que será a matriz da contribuição de collecta emquanto conservarem esta natureza, salvo no
juros. caso previsto no § 3." do artigo 27.°, quanto á multa por
Art. 25." O lançamento será feito annualmente e estará elle estabelecida. Mudada porem a natureza do mani-
1902 223 Maioli

festo p a r a directo, o que se operará por meio de um aver- não íizer a competente declaração para averbamento quando
bamento devidamente assignado, produzem collecta desde h a j a pagamento em parte ou p a r a cancellamento do ma-
a origem das dividas, conforme houver sido julgado, sendo nifesto. Se a indemnização não fôr de quantia determinada
a collecta liquidada e paga préviamente no acto do aver- por variar conforme o tempo da mora, a contribuição será
bamento do manifesto, pelo qual se h a por feito o reco- lançada a contar cVesta e em relação á quantia annual-
nhecimento ou confissão da divida sujeita a esta contri- mente vencida, emquanto não fôr averbado ou cancellado
buição. o manifesto. A contribuição devida pelas indemnizações
Art. 33.° Tanto os manifestos como os seus averbamen- d'esta natureza accresce á que fôr devida pelos j u r o s esti-
tos e cancellamento serão sempre requeridos pelo credor pulados ou presumidos.
ou seu representante legal. A r t . 39.° A todo o tempo que por qualquer fórma hou-
Art. 34.° Os manifestos serão feitos: ver conhecimento de que existe ou existiu mutuo ou outro
1.° E m face da declaração em duplicado, escrita era contrato que, devendo ser manifestado, o não foi, ou de
papel commum, assignada pelo credor ou seu represen- que deixou de pagar-se a respectiva contribuição, em caso
tante legitimo, e contendo todas as indicações necessarias; em que era devicla, nos termos cl'este regulamento, será
2.° E m face do documento de que trata o artigo 2 9 . ° ; feito o lançamento d'este imposto, sempre em dobro,
3.° E m face do titulo ou documento de onde constar a pelo tempo da omissão.
divicla sujeita a esta contribuição ;
4.° E m presença clas participações legaes que forem da- CAPITULO VI
das aos escrivães de fazenda, na falta de apresentaçâo das Cobrança
declarações, documentos ou titulos mencionados nos n.0* l.°
e 3.° d'este artigo, depois de intimado o credor para A r t . 40.° A cobrança da decima de juros será feita
que reconheça ou conteste o manifesto no prazo de quinze por uma só vez, e para esse fim deverão abrir-se os co-
dias, a contar da intimação. Sem que tcrmine este prazo fres em 1 de julho de cada anno.
não será feito o manifesto, e, no caso cle contestação, só A r t . 41.° O prazo para a cobrança voluntaria d ; esta
depois d'esta resolvida. contribuição é de trinta dias, imdos os quaes se procederá
g 1." Nos casos de cessão e de novação de contrato la- nos termos da legislação em vigor para as outras contri-
vrar-se-ha novo manifesto, averbando-se o anterior dc subs- buições dc repartição e lançamento.
tituido. (
§ 2.° Quando o manifesto fôr feito em presença de cer- CAPITULO VII
tidão cle auto de conciliação de que se mostre ser devida
contribuição de tempo anteriormente decorrido, o credor Reclamações e recursos
p a g a r á em acto seguido a importancia d'essa contribuição
em dobro. A r t . 42." Concluido o lançamento, a j u n t a fiscal annun-
§ 3.° Os manifestos, feitos em virtude das participações oiará por editaes quo a matriz da contribuição de j u r o s
a que se refere o n.° 4.° d'este artigo, produzirão sempre estará patentc durante dez dias,. para que os interessados
collecta da contribuição em dobro, emquanto o credor se possam fazer quaesquer reclamações, que serão sempre
conservar em falta. assignadas pelos reclamantes.
§ 4.° E m todos os casos de contribuição em dobro o A r t . 43.° As reclamações de que trata o artigo antece-
credor só poderá exigir do devedor contribuição singela, se dente serão sempre feitas em papel sellado, e só podem
a ella tiver direito. ter por objecto:
Art. 3õ.° O manifesto cle qualquer capital prova-se: 1.° E r r o na designação das pessoas e nioradas;
1." Pela verba do manifesto exarada no duplicado da 2.° Indevida inclusão ou exclusão de contribuintes ;
declaração do credor, nos termos do n.° 1.° do artigo an- 3.° E r r o de calculo na importancia da contribuição, ou
tecedente ; na determinação da taxa cle j u r o .
2.° Pela mesma verba exarada no titulo de que constar A r t . 44.° À j u n t a fiscal resolverá todas as reclama-
a divida; ções no prazo de dez dias, a contar do immediato áquelle
3.° Pelos averbamentos que devem fazer-se nas certi- em que findar o prazo para as receber.
dões cle que trata o artigo 29.°;
4." Pelas certidões clos respectivos termos. CAPITULO VIII
A r t . 36.° Os averbamentos nos manifestos teem logar
nos casos de pagamento por conta clo capital manifestaclo, Dos recursos e seus termos, prazos para interpô-los,
de mudança do manifesto directo para manifesto por lem- dos titulos de restituição em caso
brança, e cle apresentaçâo cle certidão do estado clo litigio; de provimento
e operam-se no primeiro caso por declaração do credor,
Art. 45.° S ão applicaveis no serviço de decima de j u -
verbal ou escrita, e nos outros casos em face dos documen-
ros, e na parte correlativa, identica ou analoga á materia
tos a que se referem os paragraphos clo artigo 27.°
cVesta secção, as disposições contidas na secção correspon-
§ unico. O credor assignará sempre o averbamento
dente clo regulamento da contribuição industrial.
quando fôr feito em virtude cle declaração verbal.
A r t . 37.° Quando se estipular indemnização em substi-
tuição cle juros, e a importancia cla indemnização só clever CAPITULO IX
ser satisfeita no fim do prazo fixado para o pagamento do Do cancellamento dos manifestos
capital, a contribuição será dividida em annuidades, con-
forme o tempo da duraç.ão do mutuo, e paga por meio do Art. 46.° O cancellamento dos manifestos effectua-se:
lançamento, salvo o caso de distrate do mutuo, que possa 1.° Pelo pagamento integral do capital manifestado, e
alterar as condições do pagamento da indemnização esti- neste caso será feito por declaração do credor, verbal ou
pulacla. escrita; e, com relação aos manifestos anteriores á publi-
Art. 38.° Quando se tenha estipulado indemnização de cação cla lei de 18 de agosto cle 1887, em presença de
uma certã quantia pela mora na entrega ou pagamento documento legal que prove o pagamento clo capital antes
do capital, n a epoca ou epocas estabelecidas, a contribui- cla execução da mesma lei;
ção será lançada no fim de cada prazo, em relação á im- 2.° Por annullação do acto manifestado, e neste caso
portancia da indemnização que deve ser satisfeita, se no será feito em face de documento legal, que prove a an-
prazo de quinze dias, contados da data do vencimento, se nullação ;
Maio 24 '224 1902

3.° Por insolvencia ou quebra do devedor, e tambem impostas em processo correccional, pelos juizes de di-
neste caso se realizará em face de documento bastante, reito.
que prove insolvencia ou quebra. A r t . 53.° D a d a a transgressão, e em todo o estado do
A r t . 47.° A prova da insolvencia exigida pelo n.° 3.° processo para a imposição das multas, ficarão suspensas
do artigo antecedente, quando para a cobrança da divida as diligencias fiscaes e o seguimento do mesmo processo,
não tenha havido execução judicial, poderá ser feita admi- pagando o responsavel a multa em que tiver incorrido e
nistrativamente. as custas que dever, por meio de guia em duplicado, pas-
§ 1.° Para o effeito do presente artigo, o credor reque- sada pelo respectivo escrivão de fazenda, e, se o processo
r e r á ao escrivão de fazenda respectivo que seja cancellado estiver pendente no poder judicial, ppr meio de guia pas-
o manifesto, declarando o ultiino domicilio do devedor, e sada por mandado do juiz competente.
juntando os seguintes documentos: § 1.° No caso do pagamento voluntario da multa, esta
1.° Certidão de não correr execução no juizo onde o deverá considerar-se imposta pela importancia correspon-
devedor se houver obrigado a responder pela divida, ou dente ao minimo.
certidão da sentença que tiver julgado extincta a execu- § 2." As guias de que t r a t a este artigo serão passadas
ção por falta de bens do d e v e d o r ; pela importancia total da multa, entrando em receita a
2." Rol de tres testemunhas idoneas, conhecedoras das parte da Fazenda, e ficando a parte pertencente aos em-
circunstancias dos devedores ou de seus herdeiros, que pregados fiscaes em poder do exactor,.o qual ficará res-
dcclarem expressamente não terem estes bens ou valores ponsavel pela sua importancia p a r a com os interessados.
com que possam solver a divida. § 3.° Se dentro de tres dias, contados d'aquelle em que
§ 2.° O escrivão de fazenda fará autuar o requerimento foram passadas as guias, não fôr apresentado ao escrivão,
e documentos, inquirirá as testemunhas produzidas, e ou- que as passou, um dos duplicados com o competente re-
vindo, por escrito, o recebedor, o parocho e regedor do cibo, seguirá o processo seus termos, devendo neste caso
ultimo domicilio do devedor, quando seja conhecido, e co- applicar-se ao transgressor o maximo da multa.
lhendo quaesquer outras informações que tiver por con- A r t . 54.° A multa por falta de manifesto, e por falta
venientes, julgará justificada a insolvencia, se forem con- de pagamento total da contribuição que tenha de ser sa-
formes todos estes elementos de prova. tisfeita por meio de sêllo de estampilha, é a contribuição
§ 3.° A decisao do escrivão de fazenda não produzirá em dobro pelo tempo da omissão. A multa por falta de
os seus effeitos sem que seja confirmada pelo respectivo parte do sêllo é o dobro da parte que deixou de satisfa-
inspector de fazenda. zer-se.
§ 4.° Se o escrivão de fazenda não julgar justificada a Art. 55." Qualquer pessoa que tiver conhecimento de
insolvencia, poderá o interessado recorrer para o inspector existencia de divida não manifestada, incluindo o proprio
de fazenda, que, por seu despacho, mandará cancellar o devedor, poderá participá-Jo, por escrito devidamente as-
manifesto, se considerar sufficiente a prova. Do despacho signado e reconhecido, ao escrivão de fazenda, perante
do inspector de fazenda, que não julgar sufficiente a prova, quem o manifesto deveria ter sido feito. A denuncia po-
cabe recurso para a J u n t a Consultiva do UItramar. rem, verificada a sua exactidào, nao produz para o cre-
§ 5.° Julgada a insolvencia, ou mandado cancellar o dor perda de direito e de qualquer acção, e só obriga ao
manifesto, lavrar-se-ha no processo termo pelo qual o pagamento da contribuição em dobro, pelo tempo da omis-
credor se obrigue a fazer revalidar o manifesto, logo que são.
o devedor adquira bens por onde possa solver a divida. § unico. No caso de denuncia de que trata este artigo,
Pela falta de revalidação incorrerá o credor na pena de seguir-se-ha o processo estabelecido no n.° 4.° do ar-
pagar em dobro a contribuição de juros que fôr devida. tigo 34.°
§ 6.° D'este processo se pagará a final, por meio de Art. 56.° As pessoas que por este regulamento são
guia, o sêllo devido pelos processos forenses, e as custas obrigadas a inutilizar as estampilhas, representativas da
contadas pela tabella judicial vigente. contribuição de juros, incorrem na multa do dobro da con-
Art. 48.° Na falta de documento de distrate effectuado tribuição se não as inutilizarem, nos termos do regula-
antes da execução da lei de 18 de agosto de 1887, póde mento do imposto do sêllo.
provar-se o distrate da divida, para o effeito do respectivo A r t . 57." Os direitos da Fazenda, com respeito á contri-
manifesto, pelo processo estabelecido no artigo antece- buição de juros, não poderão ser prejudicados por quaes-
dente. quer transacções que entre si façam os credores e os deve-
dores.
' CAPITULO X Art. 58.° Feito o manifesto perante o competente es-
Disposições penaes e geraes crivão de fazenda, nos termos do artigo 23.°, produzirá
seus effeitos emquanto a requerimento do credor não fôr
Art. 49.° Quando os funccionarios a que se referem os transferido para outro concelho pelo facto de mudança
artigos 7.", 8.° e 9.° não cumprirem, nos prazos designa- de residencia.
dos, as obrigações impostas pelos mesmos artigos, incor-
CAPITULO XI
rem na multa de 10^000 a 50$000 réis.
Art. 50.° O escrivão de fazenda é obrigado a pedir as Prescripção
participações competentes aos empregados de que trata o Art. 59.° A prescripção dos direitos da F a z e n d a Nacio-
artigo antecedente e a promover a imposição das multas nal, quanto á liquidação e cobrança da contribuição de
em que tiverem incorrido. juros, só póde contar-se da data do manifesto.
§ unico. Os escrivães e tabelliães são obrigados a fa-
cultar o exame dos seus livros aos escrivães de fazenda
ou outros empregados nomeados pelo inspector de fazenda CAPITULO X I I
a lim de se supprir a falta das participações devidas, ou
Disposições transitorias
verificar a exactidão das que forem dadas
Art. 51." O escrivão de fazenda é competente para le- Art. 60." As disposições d'este regulamento relativas
•vantar os autos respectivos ás infracções d'este regula- ao lançamento e cobrança de decima de juros coraeçarão
mento, devendo remettê-los ao agente do Ministerio Pu- a vigorar desde a sua publicação no Boletim Official da
blico da comarca, no caso dos transgressores não pagarem provincia, devendo ser applicadas ás contribuições de al-
a multa voluntariamente. gum ou alguns dos anteriores, se o respectivo lançamento
A r t . 52." As multas a que se refere o artigo 49.° serãQ | não estiver ainda realizado.
1902 225 Maio 24

A r t . 61.° Depois de concluido o l a n ç a m e n t o d a contri- " A r t . 62.° A s estampilhas d e s t i n a d a s ao p a g a m e n t o d a


b u i ç ã o de juros do anno c o r r e n t e , os escrivães de f a z e n d a contribuição d e j u r o s , e m q u a n t o não as h a j a especiaes,
t r a n s p o r t a r ã o os manifestos em vigor p a r a o livro modelo serão as do imposto do sêllo com o c a r i m b o Contribuição
n.° 2, por meio de t e r m o s simples q u e se r e f í r a m aos m a - de juros, sobreposto n a s m e s m a s e s t a m p i l h a s , as quaes
nifestos anteriores, devendo p a r a o f u t u r o l a n ç a m e n t o e fornecer-se-hão ás r e e e b e d o r i a s dos concelhos.
cobrança da contribuição de j u r o s proceder-se como se fos- Paço, em 2 4 de maio d e 1902. — Antonio Teixeira de
sem novos manifestos. Sousa.

MODELO N.» 1 (artigo 19.")

P R O V I N C I A D E S. T H O M É E PRINCIPE ^ P R O V I N C I A D E S. T H O M É E PRINCIPE

Contribuição de juros por liquidação Contribuição de juros por liquidação e cobrança eventual
e cobrança eventual ccâíííSB
CQfáSB Concelho ãe ... Epoca . .
Concelho ãe Epoca cSSgSgs
cQí&Jía) Conhecimento n.°
Talao do conhecimento n." . . .

Importancia Importancia
CCSÍÍÍCD
<S2í%íS2>

Contribuição de juros Contribuição de juros


Sêllo do conhecimento, 2 p. c. Sêllo do conhecimento, 2 por cento
§ÉId>
Total Total.
cCSí^OJ
Deve F . . . a quantia cle . . . proveniente da contri- Pagou F . . . a quantia de . . . proveniente da contribuição de juros
buiçào de juros e respectivo sêllo do tempo decorrido e respectivo sêllo do tempo decorrido desde . . . até .. ., pelo distrate
desde . . . até . . ., pelo distrate de manifesto directo ccMÍÍD> cle manifesto directo n.° . . . do livro n.° . . . do capital de . . . de que
n.° . . . do livro n.° . . . do capital de .. . de que é cre- c é credor F. ..
dor a P cc
Repartição de Fazenda do concelho de . . . em . . . Repartição de Fazenda do concelho de . . . em . . . de . . . de . . .
de . . . de . . .
0 EBcrivão de Eazenda, CESÍÍ^D O Recebedor,
O Escriv&o de Fazenda,
F...
F . . . F...
CE5Í5ÍK»
A importancia do respectivo conhecimento foi paga
em . .. de .. . de . ..
O Recebedor,
F...

MODELO N.° 2 (artigos 21." e 24.ò)

P R O V I N C I A D E S. T H O M É E PRINCIPE
Concelho de ...
LIVRO N." ...
MATÍÍIZ DA CO.MRIBUIÇÃO DE DECIMA DE JUROS DOS A\N0S DE . . .

AVERBAMENTOS MANIFESTOS
Manifesto directo n.°
Freguezia de Capital .
Juro <t<- por eeuto
Credor Sr. . . moríidor em . .
Devedor Sr. ., mor;iilnr em
' Aos . . . de . . . de . . . manifestou o c.redor 1'qunndo fôr feito por procnraç •io dir-
se-ha: por seu prncurnrinr F. ...) ter mutiuirto o refi-riclo capital ao dito juro (ou' irratui-
tnmeníe) ao meueionado devedor, ou ter o mencionad" devedor conlessado devei • -lhe o
ref.-rido vupitftl desde. ... ., veneemlo o dito juro desde . . . p t (do e aqui d ei; irar-se
Apresentou certidão do estado da causa a qualidade e data do doeunie"to ou titulo, e por quem e onde pa.ssado), conforme ei.nsta
em . . . , referida ao tempo decorido desde . . do mesmo titu'o, ou cla sua declaração cscritii, quc lica no m:iço dos documentos d' este li-
Fica no mnço dos documentos d'este livro sob vro sob n.° .. e vae assignar commigo, escvivâo (le fazenda.
o n.° . . .
Apresentou certidão em ..., mostrando ter Manifesto por lembrança n."
sido o devedor condemnado a pagar o capi- Freguesia de Cftpitnl ..
tal e juros na razão de .. . por cento ao anno J u r o de . . por oonto
desde . . . Credor Sr. .. ., morador em .
Em . . . declarava estar pago de capital e Devedor Sr. . ., morador em
juros, e vae assignar esta verba. Aos . . . de . . . cle . .. manifestou o credor o capital referido, proveniente de uma
letra por elle sacada em . . . , a (prazo), proveniente cle (devem aqui fazer-se as declara-
ções precisas para se conhecer se c commercial ou não), a qual, sendo acceita pelo deve-
dor, não foi satisfeita no seu vencimento, e por isso na mesma data foi protestada, tendo sido
instaiirada a acção em . . ., como consta do documento apresentado; por isso faz por lem-
brança este manifesto, obrigando-sc a apresentar de anno a anno, cla data d'elle, certwlão
do estado da causa sob a pena da lei, e vae assignar commigo, escrivão de fazenda.

Manifesto directo n.° .


Freguesia de . .. Capital...
Juro (le ... por cento
Credor Sr. . . ., morador em .. .
Devedor Sr. . . ., morador em . . .
Transferencia do manifesto directo n." . . . do livro n.c a folhas . . . , que continua em
vigor.
15
£
£ ®°
s
to

co

3 2 ®
CD g. & fl'
&2° =

Nttmero da verba de re- ts3


ceita 110 livro compe-
tente I OS

as
1902 227 Maioli

Fôr lançamento
Annos

1808 1899 1900 1901

Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo


Contri- do Contri- do Contri- do
Multa do Total buição Multa eonheci-
Total buição Multa eonheci-
Total buição Multa Total
eonbeei- conheci-
mento mento mento mento

D. do G. n." 120, de 31 de maio.


Maio 24 228 1902

Attendendo á necessidade de remodelar o serviço do 5.° Os guarda livros, escripturarios, caixeiros e outros
lançamento e cobrança da contribuição industrial, na pro- empregados de quaesquer estabelecimentos de armazens e
vincia de S. Thomé e Principe; lojas e commercio de grosso e pequeno trato ;
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con- 6.° Os capitalistas que negociarem seus fundos, por
selho de Ministros; fórma não sujeita á decima de juros, por si ou por inter-
Usando da faculdade concedida no § 1.° do artigo l õ . ° postas pessoas, ou os que os tiverem a ganho em casas
do 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional da Mo- de desconto ou outros estabelecimentos semelhantes;
narchia : 7.° Os empregados publicos de qualquer classe remu-
Hei por bem decretar o seguinte : nerados pelo Estado, corpos administrativos ou por corpo-
Artigo 1.° E approvado o regulamento para o lança- rações e estabelecimentos subsidiados pelo Estado, segundo
mento e cobrança da contribuição industrial na provincia o decreto de 22 de junho de 1898.
de S. Thomé e Principe, o qual baixa assignado pelo Mi- Art. 7.° São isentos da contribuição industrial:
nistro e Secretario de Estado dos Negocios da Marinha e 1.° Os serviçaes e colonos contratados segundo a legis-
UItramar. lação do trabalho Iivre em vigor nesta provincia;
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario. 2.° Os criados de servir e os pescadores;
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- 3.° Os operarios de quaesquer artes ou officios cujos sa-
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu- larios medios sejam inferiores a 800 réis por dia;
tar. Paço, em 24 de maio de 1902. = REI. = Antonio 4.° Os empregados publicos, tanto do Estado como das
Teixeira de Sousa. corporações administrativas ou de estabelecimentos subsi-
diados pelo Estado, pelos ordenados, quotas, ajudas de
custo, gratificações, ou outros vencimentos dos seus em-
Regulamento da contribuição industrial
pregos, que não sejam emolumentos;
CAPITULO I 5.° Os que estiverem ou forem isentos por leis espe-
ciaes.
Disposições fundamentaes Art. 8.° A contribuição industrial nunca será arbitrada
em menos de 10 por cento da renda de casa que habitar
SECÇÃO I o collectado. Quando o contribuinte fôr o proprietario da
Das bases da contribuição casa em que morar, regular-se-ha a renda por um arbitrio
razoavel.
Artigo 1.° A contribuição industrial é devida na provin- § unico. A contribuição industrial dos commerciantes,
cia de S. Thomé e Principe pelo exercicio de qualquer que tiverem lojas abertas, será calculada com preferencia
industria, profissao, arte ou officio, nos termos d'este re- sobre a renda da loja ou lojas que occuparem, se esta fôr
gulamento. maior do que a da casa da sua habitação.
Art. 2.° Todas as pessoas sujeitas á contribuição indus- Art. 9.° A contribuição industrial só deverá ser regu-
trial serão, para os effeitos d'esta contribuição, considera- lada pela renda da casa, da loja ou de qualquer outro es-
das industriaes. tabelecimento do collectado, quando não fôr possivel obter
§ unico. Quando neste regulamento se empregar a pa- conhecimento exacto, ou pelo menos aproximado, dos in-
lavra industria, comprehende-se tambem qualquer profis- teresses e lucros sobre que tem de ser lançada.
são, arte ou officio. Art. 10.° Quando algum individuo, que deva ser col-
Art. 3.° O exercicio da industria conhece-se: lectado em contribuição industrial, resida em casa que não
1.° Pela declaração apresentada pelo interessado e pelo esteja arrendada em seu nome, e essa contribuição haja
senhorio da casa de habitação onde fôr exercida a indus- de ser regulada pelo minimo, será calculada por uma justa
tria ; avaliação sobre a renda da parte da casa que habitar.
2.° Pelos annuncios, amostras, rotulos, placas e outro Art. 11.° A contribuição industrial que deverem pagar
qualquer signal ou processo de annuncio e reclamo; os guarcla-livros e mais individuos comprehendidos no
3." Pelas relações dos regedores e declarações dos in- n.° 5.° do artigo 6.° d'este regulamento ha de ser lançada
formadores louvados; em relação a metade dos seus ordenados ou vencimentos,
4.° Pelas inscripções da matriz do anno anterior, não em vista de uma declaração jurada dos directores ou do-
modilicadas por facto ou acto subãequente devidamente nos das casas ou estabelecimentos em que os mesmos ser-
comprovado. virem.
Art. 4.° A contribuição industrial é devida descle o prin- Art. 12.° As declarações de que trata o artigo antece-
cipio do mês em que começar o exercicio da industria, e dente serão annualmente exigidas pelas juntas fiscaes das
deixa de o ser no fim do mês em que cessar esse exer- matrizes ou pelos seus secretarios.
cicio. Art. 13.° Quando se verificar que as declarações refe-
Art. 5.° O industrial que dentro do concelho exercer ridas são diminutas, as pessoas que as fizerem incorrerão
em differentes locaes a mesma ou as mesmas industrias, no perdimento da quantia igual á parte que occultarem,
contribuirá com tantas taxas quantos forem os seus esta- devendo-lhes ser lançada com augmento da sua respectiva
belecimentos. collecta.
Art. 6.° Estão sujeitos ao pagamento de 10 por cento, § unico. No caso de haver demandas entre os directo-
pelos interesses que lhes resultam de suas profissões, in- res ou donos de casas ou estabelecimentos e os individuos
dustrias, trato ou agencia, quer sejam nacionaes, quer es- comprehendidos no n.° 5.° do artigo 6.° d'este regulamento,
trangeiros: estes não poderão haver cVa.quelles mais do que a quantia
1." Os medicos, cirurgiões, boticarios e advogados; manifestada na declaração jurada.
2." Os proprietarios de officinas, lojas e quaesquer ou- Art. 14.° A contribuição industrial é devida no conce-
tros estabelecimentos de artes ou officios mecanicos, e os lho em que as industrias, profissões, artes ou officios se-
mcstres e officiaes dos mosmos officios e artes; jam exercicios; e garantem o valor d'ella os bens que res-
3." Os donos de armazens o casas de venda de objectos pectivamente sejam, nos termos da lei vigente, apprehen-
procedentes dos mencionados officios c artes, bem como siveis por penhora, conforme o processo de execução para
os das casas e armazens de modas, quinquilharias e outros cobrança das decimas.
objcctos de semelhante natureza; § unico. Os directores ou chefes de estabelecimentos
4.° Os negociantes de grosso ou pequeno trato, ou seja commerciaes, agricolas ou fabris, bem como os presiden-
proprio ou exercido por commissão; tes de corporações administrativas e estabelecimentos pios
1902 229 Maio 24

e de beneficencia, serão responsaveis pelas collectas dos relação nominal de doze individuos, para os fins determi-
respectivos empregados, quando não sejam pagas no prazo nados no artigo 17.°, tendo a mesma camara em vista o
fixado. que vae disposto no mesmo artigo.
SECÇAO II ~ Art. 20.° O inspector de fazenda logo que receber a
relação de que trata o artigo antecedente, fará as propos-
Das declarações para fixaçâo do rendimento collectavel, prazos
para a sua apresentaçâo e termos respectivos ta8 dos vogaes effectivos e supplentes da junta. Das no-
meações dará conhecimento ao escrivão de fazenda, que
Art. 15.° As declarações dos contribuintes serão presta- em seguida o communicará aos nomeados.
das conforme o modelo n.° 2 annexo a este regulamento, Art. 21.° Se a camara municipal não cumprir a tempo
sejam sobre vencimentos dos empregados de estabeleci- o disposto no artigo 1 9 . o governador fará as nomeações
mentos commerciaes, agricolas ou fabris, e serão verda- sob indicação dos membros natos da junta fiscal das ma-
deiras; quando se verifique que o não são, o declarante trizes, que para este fim substituirâo a mesma camara.
soffrerá a penalidade que deva ser lhe imposta, segundo § unico. Para cumprimento da parte final d'este artigo,
o que dispõe o artigo respectivo d'este regulamento. o inspector de fazenda convocará os ditos membros a re-
Observar-se-ha, portanto, o seguinte: unirem-se, a fim de indicarem os cidadãos nas condições
Os directores ou chefes de estabelecimentos commer- do artigo 17.°
ciaes, agricolas, ou fabris em cujos escriptorios, fabricas Art. 22.° A junta fiscal das matrizes só se considerará
ou officinas tiverem empregados no seu serviço, deverão dissolvida no dia 30 de junho do anno para que tiver sido
especificar nas declarações os nomes d'elles, classe do em- nomeada, passando para a nova junta, no estado em que
prego, localidade em que se exerce, vencimento annual se acharem, todos os trabalhos da junta dissolvida.
completo, e desde quando servem. Art. 23.° Não poderão ser nomeados vogaes da junta
Art. 16. 0 Os individuos que tiverem cessado o exercicio fiscal:
de qualquer industria, profissão, arte ou officio, quando se 1.° Os que não tiverem direito a votar nas eleições de
retirem da provincia ou mudem de domicilio para outro Deputados;
concelho, darão durante o mês de janeiro declaração ao 2.° Os que não souberem ler e escrever;
escrivão de fazenda respectivo de tal cessação ou da refe- 3.° Os que não estiverem sujeitos á contribuição indus-
rida retirada ou mudança, indicando as datas, e neste ul- trial por inscripção na matriz ;
timo caso para que concelho ou freguesia transferirem o 4.° Os que não estiverem no gozo dos seus direitos ci-
domicilio, a fim cle que o escrivão de fazenda elimine a vis e politicos.
inscripção respectiva na matriz industrial, ou, alem d'isso, Art. 24.° O pae e o filho, os irmãos, os affins no mesmo
faça os precisos avisos de mudança do contribuinte para grau, ou o tio e o sobrinho não poderão ser simultanea-
outro concelho ao escrivão de fazenda competente, para mente vogaes da junta fiscal.
que lá seja matriculado o industrial que continue exerci- Art. 2Õ.° Serão dispensaclos, quando o requeiram, do
tando a antiga ou nova industria, profissão, arte-ou officio. cargo de vogal da junta fiscal, os individuos que tiverem
Ás declarações a que se refere este artigo, embora pela mais de sessenta annos, ou tiverem servido no anno ante-
sua natureza especial não tenham de ser formuladas, con- rior.
forme o modelo n.° 2 annexo a este regulamento, serão Art. 26.° A petição para a escusa só póde ser apresen-
applicaveis as disposições correlativas e neste regulamento tada no prazo de cinco dias, clepois d'aquelle em que o
especificadas para aquellas outras. interessado tiver conhecimento da nomeação.
§ 1.° A petição de que trata este artigo será dirigida ao
CAPITULO II inspector de fazenda por intermedio do respectivo escrivão
Juntas fiscaes das matrizes, informadores louvados de fazenda.
e seus salarios § 2.° O inspector de fazenda resolverá a petição de es-
cusa dentro de oito dias, depois do da sua apresentaçâo,
SECÇÃOI e, quando deferida, fará a nomeação para o logar vago.
Juntas fiscaes das matrizes Art. 27.° O presidente da junta fiscal installará a junta
no dia 1 de julho, ou no immediato, se aquelle fôr feriado
Art. 17.° Em cada um dos concelhos cla provincia de ou santificado, e deferirá aos vogaes nomeados, effectivos
S. Thomé e Principe haverá uma junta fiscal das matri- e supplentes, o juramento de bem cumprirem as obriga-
zes, pre.sidida pelo conservador da comarca (pelo seu de- ções clo seu cargo.
legado na Ilha do Principe) tendo por secretario o escrivão Art. 28.° A installação da junta será annunciada por
de fazenda e por vogaes dois individuos nomeados annual- editaes affixados nos logares clo estylo, e publicado um
mente, com igual numero de supplentes, pelo governo da exemplar d'elle no Boletim Official da provincia.
provincia, sobre lista de doze nomes (seis para a contribui- Art. 29.° A junta terá as sessões que forem necessarias
ção industrial e seis para as demais), formulada pela ca- para se desempenhar, nos prazos fixados, do serviço que
mara municipal respectiva e informada pelo inspector de por este regulamento lhe ó commettido.
fazenda. O secretario tem voto deliberativo, e os vogaes § unico. As sessões da junta terão logar na sala onde
que servirem para a contribuição industrial serão sempre estiver estabelecida a repartição de fazenda do concclho.
diversos dos que funccionarem para as restantes contribui- Art. 30.° A junta será auxiliada nos seus trabalhos
ções. pelos informadores e regedores de parochia, podendo con-
§ unico. O serviço cVestas juntas é obrigatorio e gratui- vidar, para assistirem ás suas sessões, os parochos e os
to, não sendo todavia os vogaes de nomeação obrigados a industriaes que julgar mais habeis para a esclarecer.
servir consecutivamente por mais de um anno. Art. 31.° Nenhum vogal da junta poderá votar em as-
Art. 18.° As juntas fiscaes compete receber dos escri- sumptos que lhe digam respeito, ou a seus parentes afins
vães de fazenda as matrizes por este organizadas, paten- até ao quarto grau civil.
teá-las ao publico, bem como as alterações depois do en- Art. 32.° A junta fiscal que por qualquer modo es-
cerramento, receber e decidir as reclamações, informar os torvar o regular andamento do serviço, será pelo inspector
correspondentes recursos e intervir pela fórma regulamen- da fazenda advertida e chamada ao restricto desempenho
tar no cumprimento das decisões superiores. O presidente dos seus deveres; quando insista, poderá ser dissolvida
tem voto de qualidade para o caso de empate. pelo governador; devolvendo-se as suas attribuições para
Art. 19.° Até ao dia 5 de junho de cada anno, a ca- uma commissão nomeada pelo mesmo governador, sob pro-
mara municipal remetterá ao inspector de fazenda uma posta do inspector de fazenda.
Maio 24 230 1902

Art. 33." A junta fiscal das matrizes será fiscalizada pelo 2.° As informações dos regedores de parochia e as in-
respectivo inspector de fazenda. formações dos informadores louvados;
Art. 34.° A junta fiscal das matrizes compete: 3.° A s relações que os directores das alfandegas ficam
1.° Propor ao inspector de fazenda, dentro de dez dias, obrigados a prestar dos individuos que façam commercio
depois da sua installação, o numero de informadores lou- de importação ou exportação.
vados que devem coadjuvá-la; 4.° As declarações dos proprietarios, usufrutuarios ou
2.° Examinar as matrizes nos termos do artigo 65.° possuidores, por qualquer titulo, de predios urbanos nas
d'estc regulamento; cidades e villas d'esta provincia, bem assim dos chefes de
3.° Conhecer das reclamações sobre a formação das ma- quaesquer estabelecimentos e dos chefes de familia;
trizes, que lhe forem dirigidas pelos contribuintes que se 5.° As declarações dos proprios industriaes em relação
julgarem lesados; a si ou a empregados seus;
4.° Encerrar a respectiva matriz e praticar os mais 6.° As notas dos directores das obras publieas sobre
actos de sua competencia. as importancias medias dos salarios pagos aos officiaes de
cada officio;
SECÇÃO II 7.° Qualquer exemplar de cartazes, prospectos, pro-
Informadores e seus salarios grammas, memorandos, annuncios especiaes, ou em pe-
Art. 3õ.° Haverá em cada concelho informadores-lou- riodicos, indicação em taboletas, placas e quaesquer ou-
vados para o serviço da contribuição industrial. tros processos de annuncio ou reclamo;
Art. 36.° Ao inspector de fazenda, sob proposta das 8.° Os demais esclarecimentos que o escrivão de fa-
juntas fiscaes, compete fixar o numero maximo de infor- zenda obtiver.
madores-louvados que ellas teem de nomear para o serviço § unico. As informações e declarações a que este ar-
do respectivo anno; tigo se refere, serão sempre datadas e assignadas por
Art. 37.° A nomeação dos informadores-louvados deve quem as prestar.
ser feita dentro de cinco dias, depois de fixado pelo ins- Art. 44.° O regedor de parochia formará annualmente
pector de fazenda o numero d'elles, e recairá em indivi- e entregará ao escrivão de fazenda uma relação de todas
duos de reconhecida probidade e competencia, que estejam as pessoas que residirem na sua freguesia, ou que nella
no gozo dos f seus direitos civis e politicos. tiverem estabelecimento ou exercerem alguma industria.
§ unico. E annual e obrigatorio o serviço dos informa- § 1.° Esta relação será feita segundo o modelo n.° 1,
dores-louvados. contendo:
Art. 38.° Poderá requerer á junta fiscal das matrizes 1.® Nomes dos industriaes;
escusa do serviço o informador-louvado que não se julgar 2.° Morada dos industriaes, locaes onde exercerem as
habilitado ou que tenha mais de sessenta annos de idade. industrias, especificando, se é em lojas, armazens, anda-
§ unico. Quando a junta attender a petição de recusa res, kiosques, barracas ou onde fôr;
do serviço de informador-louvado, nomeará logo outro in- 3.° Industrias exercidas;
dividuo em substituição do que fôr dispensado. 4.° Rendas dos locaes ou casas destinadas ao exercicio
Art. 39.° O presidente da junta convocará os informa- das industrias;
dores-louvados, deferindo-lhes juramento de bem desem- 5.° Nome, morada e renda de casas de residencia, em
penharem os seus cargos, e em seguida enviará ao inspe- relação a todos os individuos sujeitos ás contribuições de
ctor de fazenda a relação dos nomeados. renda de casas.
Art. 40.° Cumpre ao informador-louvado informar o § 2.° Os impressos para essas relações serão fornecidos
escrivão de fazenda e a junta fiscal das matrizes, da- aos regedores por intermedio dos escrivães de fazenda.
tando e assignando as informações que prestar, sem o que Art. 45.° Nas relações dos regedores far-se-ha menção
não terão validade: das casas ou parte d'ellas que estiverem devolutas.
1." Sobre a exactidão das declaracões dos contribuintes § l . J A relação será feita segundo a numeração policial
ou relações dos regedores ; das ruas ou dos locaes das povoaoÕes, e entregue até 30
2.° Sobre o Gomeço ou cessacão do exercicio de quaes- de setembro do respectivo anno.
quer industrias; § 2.° A relação será assignada e datada pelo regedor
3.° Se ha exercicio de industrias por pessoas não in- respectivo.
cluidas na matriz, ou se ha exercicio de industrias omissas Art. 46.° São obrigatorias as declarações de todos os in-
na tabella geral; dustriaes sujeitos á contribuição industrial. As declarações
4.° Todos os mais csclarecimentos que, para regulari- que os propx-ietarios, usufrutuarios ou possuidores, por
dade do serviço e justa resolução das reclamações, lhe fo- qualquer titulo, de predios urbanos são obrigados a apre-
rem exigidos pelo escrivão de fazenda ou junta fiscal da sentar aos escrivães de fazenda, para os effeitos da con-
matriz. tribuição de renda de casas, deverão conter 03 esclareci-
Art. 41.° O informador louvado não poderá informar mentos exigidos pelo § 1.° do artigo seguinte.
sobre factos que respeitem a seus parentes ou affins até § 1.* Os escrivães de fazenda annunciarão por editaes
ao quarto grau civil. e no Boletim Official que durante as horas do expediente
Art. 42.° O informador-louvado tem direito a salarios receberão nas suas repartições, desde 2 a 17 de julho de
pelo serviço que prestar, os quaes serão annualmente cada anno, as declarações a que são obrigados os proprie-
propostos pelo escrivão de fazenda ao inspector de fa- tarios, usufrutuarios ou possuidores de predios urbanos e
zenda, que os submetterá á approvação do governo pro- as que lhes queiram prestar os contribuintes sujeitos á
vincial. contribuição industrial, indicando nos editaes as penas e
CAPITULO III multas a applicar pela falta, deficiencia ou inexactidão das
mesmas declarações.
Elementos para a formação da matriz, § 2.° Os escrivães de fazenda remetterão estes editaes
formação da matriz, aos regedores de parochia para os affixarem nas portas
reclamações, recursos e respectivas alterações das igrejas e nos logares mais publicos, bem como aos
SECÇÃO I parochos solicitando d'estes que, por occasião da missa con-
ventual, dêem d'elles conhecimento aos seus parochianos.
Elementos para a formação da matriz Art. 47.° Nas declarações de que trata 0 artigo ante-
Art. 43.° São elementos para a formação da matriz: rior, feitas conforme 0 modelo n.° 2, designará 0 decla-
1.° A matriz do anno anterior; rante:
1902 '231 Maio 24

§ 1.° E m relação a si proprio: . A r t . 56.° Reunidas as relações, informações, declara-


1.° O seu nome; ções, notas e mais esclarecimentos designados na secção
2.° Morada e local ou locaes em que exercer a industria; anterior, confrontadas e apreciadas devidamente, servirão
3.° Industrias que exercer; com a matriz do anno anterior de base para a formação
4.° Renda annual da casa de habitação e das casas em immediata da nova matriz, salvo o que vae disposto no
artigo seguinte.
que tiver outras industrias;
.Art. 57.° Cumprido o disposto no artigo antecedente
5.° Nomes e empregos de todas as pessoas que tiver em
serão organizados os verbetes conforme o modelo n.° 3,
sua casa ou estabeleeimento, na qualidade de serviçaes,
agrupados depois os respeitantes a cada rua, seguindo a
empregados, associados ou hospedes permanentes.
numeração policial, a fim de mais facilmente se reconhe-
§ 2.° E m relação a cada um dos predios que possuir,
cer e corrigir qualquer duplicação. E m seguida serão alfa-
os nomes dos inquilinos, industrias por estes exercidas e
betados, ficando assim completos os elementos para a
importancias das rendas. D e cada predio dar-se-ha uma
formação da matriz.
declaração especial.
Art. 58.° S e os escrivães de fazenda não receberem
Art. 48.° Deverão declarar o numero de cavallos, eguas,
em tempo todos os elementos para a formação da matriz,
muares ou jumentos que teem para serviço:
servir-se-hão d'aquelles que tiverem recebido, da matriz
1.° Os industriaes que alugam ou fornecem cavalgadu-
do anno anterior, e ainda de quaesquer outros esclareci-
ras ;
mentos que obtiverem, considerando-se legal e regular a
2.° Os alugadores ou empresarios de carruagens, in-
matriz assim organizada.
cluindo quaesquer carros ou carroças, diligeneias e outros
vehiculos semelhantes. Art. 59.° O industrial que em differentes locaes do
Art. 49." Os negoeiantes, os directores ou socios ge- concelho exercer profissões pelas quaes deva ser colle-
rentes de sociedades com firma, os lojistas e quaesquer ctado será inscripto num só artigo da matriz, no qual se
outros industriaes, portugueses ou estrangeiros, que te- designem, em verbas separadas, as diversas industrias c
nham estabeleeimento de commercio, declararão os nomes respectivas taxas, cujo total será levado á competente co-
e moradas dos seus guarda-livros, thesoureiros, caixeiros e lumna.
mais individuos empregados no scu serviço. § unico. S e este industrial quiser ser inscripto na ma-
§ 1.° A respeito dos caixeiros deverão designar quaes triz em mais cle um artigo, assim o fará constar na de-
os que são primeiros caixeiros, caixeiros viajantes, cai- claração que deve dar, fazendo-se nesta conformidade a
xeiros de escriptorios ou de fóra, ou de balcão declarando inscripção na matriz, na qual se mencionará que é a pe-
o vencimento d'estes. dido do interessado.
§ 2.° A s sociedades com firma deverão declarar os no- Art. 60.° N a matriz organizada segundo o modelo n." 4
mes, moradas e rendas clas casas de habitação dos respe- declarar-se-ha:
ctivos socios. 1.° O nome e morada das pessoas sujeitas á contribui-
Art. 50.° Os directores ou gerentes de estabelecimen- ção industrial;
tos baucarios, companhias ou sociedades anonymas, nacio- 2.° A s industrias que exe.rcerem;
naes ou estrangeiras, de qualquer especie ou natureza, 3.° A tabella em que estão incluidas essas industrias;
deverão declarar, com relação a si e aos respectivos em- 4.° Local do estabeleeimento em que forern exercidas
pregados, os seus nomes, moradas e vencimentos certos e as mesmas industrias;
incertos. 5.° O facto ou factos sobre que recae a contribuição.
Art. 51.° Os chefes ou empregados superiores das re- Art. 61.° Entre cada artigo da matriz ficará em branco
partições publicas do Estado e de quaesquer corporações o espaço de tres linhas, destinado ás annotações que forem
administrativas enviarão tambem ao escrivão de fazenda precisas.
do concelho, até 31 de julho de cada anno, uma relação Art. 62.° A s matrizes devem ficar concluidas até ao
do pessoal operario, seu dependente, mencionando o nome, dia 31 de dezembro.
morada, occupação e respectivos salarios. SECÇÃO I I I
Art. 52.° Ás declarações de que trata esta secção são
Da entrega da matriz a junta fiscal, e das reclamações
isentas do imposto do sêllo e serão feitas, em duplicado, sobre a sua formação
datadas e assignadas por quem as prestar. Estando con-
formes, o escrivão de fazenda passará recibo num dos Art. 63.° Escripturada a matriz, nos termos da secção
exemplares, entregando-o ao apresentante. anterior, será, pelo escrivão de fazenda, entregue á junta
Art. 53.° O industrial, que deixar de ser incluido na fiseal das matrizes para esse fim convocada. D'esta en-
matriz de qualquer anno, será collectado por addiciona- trega lavrará a junta uma acta para ficar constando o dia
mento a essa matriz, dentro dos dois annos immediatos. em que as recebeu.
§ 1.° A s inscripções addicionaes serão postas em recla- Art. 64.° A junta fiscal procederá desde logo ao e x a m e
mação com a matriz do anno em que fôr descoberta a da matriz. E s t e exame deverá ser feito dentro do prazo
omissão perante a junta fiscal das matrizes, sendo-lhes cle trinta dias, contados do immediato áquelle em que a
applicaveis os recursos e prazos estabelecidos para a tiver recebido.
mesma matriz. Art. 6õ.° No exame de que trata o artigo antecedente
§ 2.° Quando a omissão provier da falta de declaração, terá a junta por fim conhccer :
será o industrial, nos termos d'este artigo e relativamente 1.° S e a matriz está organizada quanto á fórma se-
a cada anno, collectado na respectiva taxa e mais metade gundo os preceitos d'cste regulamento;
d'ella. 2.° S e algumas folhas cla matriz conteem emendas ou
SECÇÃO I I rasuras de ordem tal que, por não poderem ser resalvadas
no encerramento, convenha substituir;
Formação da matriz
3.° Finalmente se ella accusa qualquer falta ou irregu-
Art. 54.° Far-se-ha em cada concelho um arrolamento laridade que deva ser rectificada de conformidade 'com as
annual de todos os industriaes sujeitos a esta contribuição. disposições legaes em vigor.
E s t e arrolamento será denominado «matriz da contribui- Art. 66." Os erros que a junta encontrar em resultado
ção industrial», a qual servirá para o lançamento d'esta do exame, serão rectiíicados em junta pelo escrivão de
contribuição. fazenda, que tambem substituirá as folhas da matriz a res-
Art. 55.° E da competencia do escrivão de fazenda a peito da qual se cler a hypothese de que trata o n.° 2.°
formação da matriz da contribuição industrial. do artigo antecedente.
Maio 24 232 1902

Art. 67.° O escrivão de fazenda prestará á junta todos § 2.° Os avisos serão feitos pelos officia.es de diligencias
os' esclarecimentos de que ella carecer para o effeito do das administrações, os quaes deverão passar certidão, que
exame da matriz. será junta á petição, de haverem cumprido esse preceito.
Art. 68.° Depois de entregue a matriz á junta fiscal, Art. 77.° Ao escrivão de fazenda compete, como mem-
o escrivão de fazenda não poderá fazer nella alteração bro da junta, nesta parte do serviço:
alguma que não seja resalvada pela dita junta com as for- 1.° Fazer, como secretario que é, todo o expediente da
malidades estabelecidas neste regulamento. junta;
Art. 69.° A matriz depois de examinada e rectiíicada 2.° Assistir ás suas sessões e tomar parte nas suas de-
pela junta fiscal será por esta patenteada aos contribuin- liberações;
tes, na casa da repartição de fazenda do respectivo con- 3.° Prestar todas as informações e esclarecimentos que
celho, por espaço de trinta dias, a fim de reclamarem, julgar convenientes ou que lhe forem pedidos;
perante a mesma junta o que tiverem por conveniente 4.° D a r parte directa e motivada ao inspector de fa-
sobre: zenda de qualquer acto da junta em que houver injustiça
1 E r r o na designação das pessoas e moradas, ou dos ou infracçâo da lei.
factos sujeitos á coniribuiçâo;
2.° Injusta designação da contribuição e do lançamento SECÇÃO IV
das taxas ; Recursos sobre a formação das matrizes
3." indevida inelusão ou exelusão de pessoas.
§ unico. Estas reclamações serão apresent.idas pelos Art. 78.° Das decisões da junta fiscal terão os contri-
proprios collectados ou por outras pessoas no prazo esta- buintes e a Fazenda recurso para o conselho de pro-
belecido neste artigo. vincia.
Art. 70.° A junta, por editaes affixados com a maxima Art. 79.° Os recursos das decisões da junta fiscal para
publicidade e a necessaria aiitecedencia, convocará os con- o conselho de provincia serão interpostos pelos reclaman-
tribuintes para o exame da matriz e entrega das reclama- tes dentro de dez dias depois d'aquelle em que findar o
ções de que trata o artigo anterior. p n z o estabelecido para a decisão das reclamações, e até
§ unico. Os editaes serão affixados nos logares mais pu- quinze dias clepois de findo o mesmo prazo, quando inter-
blicos e publicado um exemplar d'elles no Bul.tim Official postos por parte da Fazenda Nacional.
da provincia. § 1.° A s petições de recurso serão datadas e assignadas
Art. 71.° A s reclamações serão sempre iifdividuaes e por advogado ou procurador judicial, e irão sempre acom-
feitas em papel sellado, e todas apresentadas ao presidente panhadas das reclamações indeferidas, podendo os recor-
da junta fiscal das matrizes. rentes juntar-lhes quaesquer novos documentos que jul-
§ 1.° Deverão os reclamantes fundamentar as suas alle- guem a bem da sua justiça.
gações, podendo prová-las, com documentos que lhes se- § 2.° A s petições de recurso serão apresentadas ao pre-
rão restituidos mediante recibo e ficando junto da petição sidente da junta fiscal, que passará recibo em que especi-
publicas-formas ou copias autlienticas dos documentos a fique os documentos que as acompanham. A junta, infor-
restituir, sendo as despesas d'estas á custa dos reclaman- mando sobre o objecto do recurso, remettê-lo-ha sem
tes. perda de tempo, com o seu parecer, ao governador para
§ 2.° Os reclamantes poderão tambem juntar rol de tes- ser presente e resolvido no conselho de provincia.
temunhas até tres, as quaes, depois de ajuramentadas pelo § 3.° O recurso por parte da Fazenda será interposto
presidente da junta, serão por este ouvidas, lavrando-se pelo escrivão de fazenda, nos termos do paragrapho an-
termo das suas declarações para serem tomadas pela mesma tecedente, devendo ser acompanhado do processo da re-
junta na consideração que merecerem. clamação recorrida.
§ 3.° As testemunhas serão apresentadas pelos recla- Art. 80.° Ao conselho de provincia serão ministrados
mantes, perante a junta, independentemente de intimação, todos os esclarecimentos de que carecer para j u s t a reso-
dentro do prazo designado para a decisão das reclama- lução dos recursos.
ções. Art. 81.° O conselho de provincia tornará conhecimento
Art. 72." A s reclamaçõos serão decididas pela junta de todos os recursos para elle interpostos, das decisões da
dentro do dcz dias, contados do immediato áquelle em que junta fiscal, e os resolverá dentro do prazo de vinte dias,
expirar o prazo para a sua recepção. contados clo immediato áquelle em que lhe forem apresen-
Art. 73.° As decisões da junta, escritas nas proprias re- tados. No caso de indeferimento, o requerimento e respe-
clamações, serão logo patenteadas aos reclamantes. ctivos documentos serão entregues ao recorrente.
§ 1." As decisões serão sempre fundamentadas. § 1.° A s petições de recurso, depois de decididas pelo
§ 2.° Para as decisões poderá a junta convocar os rege- conselho de provincia, serão enviadas ao presidente da
dores de parochia, os informadores officiaes e quaesquer junta ató cinco dias depois de findo o prazo para a sua
jiessoas competentes para a esclarecer. decisão.
Art. 74.° A s reclamações indefcridas serão, mediante re- § 2.° Sc o conselho de provincia não resolver os re-
cibo, entregues aos reclamantes com todos os documen- cursos nos prazos marcados, proseguirá o serviço com as
tos. decisões da junta fiscal.
§ unico. Quando qualquer reclamação fôr somente atten- Qualquer resolução por elle tomada fóra dos mesmos
dida em parte e o contribuinte quiser recorrer, ficará, na prazos será considerada no anno seguinte.
respectiva repartição de fazenda, copia d a q u e l l a e da de- Art. 82.° D e todos os processos de recurso a que se
cisão. refere o artigo antecedente será dada vista ao inspector
Art. 75." As reclamações attendidas, no todo ou em de fazenda a fim de no prazo de cinco dias allegar por
parte, serão sempre extractadas no caderno das altera- escrito o que julgar necessario a bem dos interesses da
ções. Fazenda Publica.
Art. 76.° A s reclamações de terceiros só serão decidi- Art. 83.° D a s decisões do conselho de provincia caberá
das depois de ouvido o industrial contra quem se recla- recurso para a junta consultiva do uitramar nos termos
mar. dos artigos 2.° e 3.° do decreto de 27 de dezembro de
§ 1.° Para este fim o presidente da junta expedirá os 1898.
precisos avisos, para dia e hora certã, sempre dentro do Art. 84.° Estes recursos e os que forem interpostos das
prazo designado no artigo 72.°, seguindo a reclamação os decisões da junta fiscal das matrizes não tem effeito sus-
seus termos se o industrial reclamado nada allegar. pensivo.
233 Maio 21
1902

SECÇÃO y ' Art. 93.° Os impressos para conhecimentos, antes de


Alterações na matriz por virtude das reclamações serem entregues ao escrivão de fazenda, serão carimbados
e recursos com o sêllo branco de que trata o artigo 10.° do regula-
mento geral da administração da fazenda e da contabili-
Art. 85.° A s alterações nos nomes e moradas dos in-
dade publica nas provincias ultramarinas, de 7 de novembro
dustriaes serão feitas traçando-se nas columnas n. o s 2 a 5
de 1889, ficando elles obrigados a devolver á repartição
o que indevidamente estiver mencionado, e escrevendo-se de fazenda provincial todos os impressos que nâo forem
o que dever subsistir. aproveitados, estejam ou não inutilizados.
Art. 86.° As alterações na designação das industrias Art. 94.° Os conhecimentos para a cobrança serão en-
effectuar-se-hão na columna n.° 10, pelo processo indi- tregues ao recebedor pelo escrivão de fazenda até ao dia
cado no artigo anterior, e, se influirem nas columnas 3 1 de maio.
n. o s 11 a 14, serão estas tambem rectificadas. Art. 9õ.° D o s conhecimentos de cobrança extrahirá o
Art. 87.° Quando por alteração no nome do industrial recebedor avisos, conforme o modelo n.° 6, para serem
se interrompa a ordem alfabetica da matriz, far-se-ha no entregues aos contribuintes antes cla abertura do cofre.
artigo, que segundo esta ordem lhe correspondcria, a de- § 1.° Os avisos devidamente relacionados em duplicado
vida referencia; procedendo-se do mesmo modo quando serão entregues ao director do correio da localidade cinco
haja alguma inscripção nova. clias antes da abertura do cofre, a fim de serem expedidos
Art. 88.° Quando tenha cle ser eliminado algum artigo, na primeira distribuição das correspondencias, aos contri-
será traçado o respectivo numero de ordem e a designação buintes a quem forem enderessados, como serviço official.
da tabella, parte e classe.
§ 2.° O director do correio, conferindo os avisos com
§ unico. Das alterações de que trata esta secção será
as relações, restituirá o duplicado d'esta, com a verba da
sempre feita na matriz referencia ao numero do extracto
recepção e certificado da expedição, nesse dia ou no imme-
respectivo no caclerno das alterações e annullações.
diato, datando-a e assignando-a, para os effeitos devidos.
SECÇÃO VI § 3.° Para as localicíades onde não haja correio serão
Do encerramento das matrizes os avisos remettidos pela mesma fórma aos regedores de
parochia para serem por estes entregues aos contribuintes.
Art. 89.° Concluido o serviço das alterações por vir- § 4.° Estes avisos não dispensam os de que trata o ar-
tude das reclamações e recursos, e feitas as necessarias tigo 35.° do regulamento geral da administração da fa-
rectificações nas matrizes, serão estas encerradas pela zenda publica de 4 de janeiro de 1870, que serão distri-
junta tiscal, devendo o presidente, em acto immediato, buidos pela fórma designada no paragrapho antecedente,
numerar e rubricar todas as folhas escripturadas, depois e dentro do praso de cinco dias.
do que será a matriz encerrada.
Art. 90.° O encerramento clas matrizes será feito dentro SECÇÃO II
de oito dias, contados do immediato áquelle em que a
junta dovc ter reccbido os recursos deciclidos pelo conselho Cobrança
de provincia, ou, não se tendo interposto recurso algum Art. 96.° A contribuição industrial será paga por uma
para o mesmo conselho, dentro de oito dias, depois d'a- só vez, havendo um mês de prazo para a cobrança vo-
quelle em que tiver terminado o prazo para interposição luntaria.
de taes recursos. Art. 97.° A cobrança voluntaria terá logar clo dia 1 a
O encerramento cla matriz é feito por termo lavrado 31 de julho.
pelo escrivão de fazenda, como secretario, em sessão le- § 1.° O escrivão de fazenda annunciará com a necessa-
galmente celebrada, devendo ser assignado logo por todos ria antecipação por editaes, a abertura do cofre para a
os membros presentes. cobrança voluntaria, em observancia do § 1.° do artigo
§ 1." D o termo constará por e x t e n s o : 23.° do regulamento geral da administração da fazenda
1.° O numero de inscripções ou artigos; publica de 4 de janeiro de 1870, publicando-se tambem
2.° A importancia total clo lançamento de contribuição; um exemplar d'elles no Boletim Official da provincia.
B.° A importancia total do sêllo; § 2.° A cobrança cVeste imposto realizar-se-ha pela fór-
4.° O numero de folhas escripturadas da matriz; ma estabelecida no artigo 33.° do regulamento de 4 de
õ.° A declaração cle todas as folhas ficarem numeradas janeiro cle 1870.
e rubricadas pelo presidente, e de nenhuma d'ellas conter Art. 98.° A cobrança da contribuição industrial far-se-
emenda ou rasura que não esteja resalvada. ha no anno immediato áquelle a que respeitar a contri-
§ 2.° O termo será datado por extenso, e assignado por buição.
todos os membros presentes da junta, e, pela sua verdade Art. 99.° Os industriaes teem direito a que lhe sejam
e exactidão, é responsavel o escrivão de fazenda. encontrados, no pagamento das suas collectas, os titulos de
§ 3.° Fica expressamente prohibida a substituição do annullação de que trata o artigo 114.°
escrivão de fazenda, neste acto, salvo se houver impedi- Art. 100.° Findo o prazo para a cobrança voluntaria,
mento legal. proceder-se-ha ao relaxe das collectas em divida, em con-
Art. 91.° Encerrada a matriz, nos termos do artigo an- formidade com o regulamento de exeeuções fiscaes admi-
terior, será extrahida a certidão de resumo, em tripli- nistrativas cle 2 2 de junho de 1898.
cado, e em seguida entregue a matriz ao escrivão de fa- § unico. E s t e prazo poderá ser prorogado por m a i s
zenda para os serviços posteriores. trinta dias quando o Governo Provincial assim o enten-
der, precedendo proposta do inspector de fazenda.
CAPITULO IV
SECÇÃO I
CAPITULO V
Extracção dos conhecimentos de cobrança
Serviços posteriores ao encerramento da matriz
Art. 92.° Recebida a matriz pelo escrivão de fazenda,
procederá este á extracção dos conhecimentos conforme o SECÇÃO I
modelo n.° 5.
Os conhecimentos comprehenderão a importancia total Reclamações e recursos
que o industrial terá de pagar, conforme constar da colu- Art. 101.° A matriz, depois de encerrada, será paten-
mna n.° 9 - 1 0 da matriz. teada aos industriaes desde õ a 10 de junho do anno a
Maio 24 234 1902

que respeitar para reclamarem perante a respectiva junta CAPITULO VI


acêrca dos seguintes factos :
1." Erro na passagem da sua collecta para a m a t r i z ; Alterações e annullações
2." Por terem cessado de exercer a sua industria em
alguns dos meses do anno. Art. 112.° A s juntas fiscaes das matrizes terão um
§ 1." Alem do prazo fixado neste artigo, e somente caderno, conforme o modelo n.° 7, denominado «ca-
por cessação do exercicio da industria e duplicação de col- derno das alterações e annullações da contribuição indus-
lecta, pocíem os industriaes rcclamar perante a junta fis- trial».
cal das matrizes, no prazo de tres meses, contado da aber- § 1.° Serão extractaclas neste caderno todas as decisões
tura do cofre para o pagamento da contribuição. Fóra das reclamações e recursos favoraveis aos collectados e
d'este prazo não poderão, por estes motivos, ser admitti- tomadas durante o anno, mencionando-se a importancia
das mais reclamações ou recursos. das annullações, quando tenham logar, e mais circuns-
§ 2." Julgadas procedentss as reclamações, passar-se- tancias que no mesmo modelo são indicadas.
hão aos industriaes os respectivos titulos de annullação. § 2.° E s t e caderno será, findo o serviço de cada anno,
§ 3." No caso do n." 1.° d'este artigo, quando o erro encerrado pela junta fiscal nos termos do modelo respe-
provier de troca de collectas pela differença entre ellas, ctivo.
será passado titulo de annullação a um dos industriaes, e Art. 113.° Terminado o serviço de que trata o § 2.°
com respeito a outro será proce-ssado o conliecimento ad- do artigo anterior, o escrivão de fazenda extrahirá do
dicional e entregue ao recebedor mediante a relação mo- respectivo caderno uma relação contendo o numero e im-
delo n." 55 de que trata o artigo 96.° do regulamento ge- portancia de cada annullação ordenada, com designação
ral da administração da fazenda publica do uitramar, de das taxas das competentes ordens, e a remetterá ao ins-
3 de outubro de 1901. pector de fazenda.
Art. 102.° A junta fiscal das matrizes julgará dentro Art. 114.° Os titulos de annullação, conforme o modelo
dc dcz dias as reclamações quc lhe tiverem sido apresen- n.° 8, serão extrahidos do caderno das alterações e annul-
tadas nos prazos designados no artigo anterior e logo lacões, contendo o numero de ordem que no caderno cor-
patentcará as dccisões aos industriaes na casa da reparti- responder ao respectivo extracto, numero do artigo da
ção dc fazenda. matriz, nome e morada do collectado, importancias discri-
§ unico. O prazo para o julgamcnto é contado do dia minadas da annullação, e as assignaturas do presidente e
immediato áquelle em que findarem os prazos das recla- secretario da junta.
mações. Art. 115.° Os titulos de annullação total, quando os
respectivos conhecimentos j á estiverem pagos, e os de an-
Art. 103." D a decisão das reclamações de que trata o
nullação parcial serão entregues pelo escrivão de fazenda
artigo antecedente ha recurso para o Conselho de Provin-
aos collectados para a sua importancia lhes ser restituida
cia, sendo lhe applicavel o disposto quanto a recursos das
ou encontrada no pagamento das suas collectas de contri-
decisões das reclamações sobre a formação da matriz.
buição industrial. Os talões dos mesmos titulos serão en-
Art. 10-1.° Por virtude de decisões favoraveis aos in-
tregues pelo escrivão de fazenda ao recebedor para confe-
dustriaes scr-lhes-hão passados, pela junta fiscal, os ti-
rir os titulos no acto da restituição ou encontro; esta
tulos dc annullação a que tiverem direito.
entrega será acompanhada de uma relação em duplicado
dos talões de todos os titulos extrahidos, num exemplar
SECOÃO ]I da qual o recebedor passará recibo.
Addicionamento á matriz § 1." O encontro dos titulos só poderá fazer-se na re-
Art. 105." O industrial que depois do encerramento cebedoria do concelho onde foram extrahidos.
da matriz começar a cxercer qualquer industria, será § 2." No verso dos conhecimentos parcialmente annul-
inscripto por addicionamcnto á mesma matriz, a fim de ser lados, quando por cobrar, e no dos respectivos talões,
collectado. lançará o escrivão de fazenda a seguinte verba, que ru-
bricará com o recebedor: «Annullado na importancia
Art. 106." O industrial que, depois do encerramento da de . . , réis, pelo titulo n.° . . . » .
matriz, abrir de novo algum estabelecimento, da mesma
§ 3." Quando a importancia do titulo de annullação fôr
ou de difícrente natureza de outros que lhe pertençam, ou
igual á do conhecimento, e este esteja por cobrar, lançar-
começar a exercer nova industria, será, por esses factos,
se-ha, da rnesma fórma, a seguinte v e r b a : «Annullado
inscripto por addicionamcnto á mesma matriz, a fim de
este conhecimento na sua totalidade pelo titulo n.° . . . » ,
por elles scr collectado.
ficando o titulo junto ao conhecimento.
Art. 107." A s taxas dos industriaes inscriptos por addi-
Art. 116." A importancia dos titulos de annullação será
cionamcnto á matriz serão as correspondcntes a todo o
sempre cleduzida da contribuição industrial arrecadada,
anno, devendo annullar-se cx officio, ou a seu requerimen-
para só o liquido ser incluido em tabella de cobrança.
to, as verbas da contribuição industrial na parte relativa
Para este effeito a importancia dos titulos, que hou-
aos meses em que não exerceram as industrias.
ver sido restituida, será deduzida da importancia total
Art. 108." O industrial, quc depois do encerramento da
da cobrança da contribuição do mesmo anno, e, não
matriz mudar dc industria, só na matriz do anno seguinte
a havendo ou sendo insufficiente, da de outro qualquer
será collectado segundo essa nova industria.
anno.
Art. 109.° O escrivão de fazenda extrahirá listas no-
Art. 117.° Os titulos de annullação servem para docu-
minaes dos industriaes inscriptos por addicionamento á
mentar o livro modelo n,° 4 8 de que trata o artigo 102.°
matriz, obscrvando-sc, sobre o lançamento das taxas, res-
do regulamento geral da administração da fazenda publica
pectivas reclamações e recursos, todas as disposições es- do uitramar, de 3 de outubro de 1901. Para este fim to-
tabelecidas para os industriaes primitivamente inscriptos dos os titulos encontrados ou restituidos em cada m ê s se-
na matriz. rão incluidos nuina relação, em duplicado, conforme o
Art. 110." As collectas provcniontes de inscripções por modelo n." 27 de que trata o artigo 62.° do citado re-
addicionamcnto serão lcvadas ás competentes columnas da gulamento, sendo um exemplar, ao qual ficam juntos os
matriz. I titulos e conhecimentos annullados, para documentar o
Art. 111,° O addicionamento será encerrado nos ter- respectivo assento de credito no dito livro, e o outro para
mos e com as formalidades estabelecidas para o encerra- ser remettido com os talões á repartição de fazenda pro-
mento da matriz. vincial.
1902 '235 Maio 24

CAPITULO V I I § 1.° D'esta acta será tirada copia, authenticada com


as assignaturas da acta original, que terá força de carta
Recursos extraordinarios de sentença passada em julgado.
§ 2.° O escrivão de fazenda fará immediatamente avi-
Art. 118.° Alem dos recursos ordinarios estabelecidos,
sar o infractor ou infractores, mencionados na copia da
e fóra dos prazos, poderão recorrer extraordinariamente
acta da junta, para no prazo de dez dias, contado do im-
para o Conselho de Provincia:
mediato áquelle em que forem avisados, pagarem a multa
1.° A Fazenda Nacional; na recebedoria.
2.° Os collectados sem fundamento algum para o se- § 3.° Findo o prazo designado no paragrapho antece-
rem. dente, sem que o pagamento tenha sido effectuado, o es-
§ 1." Os recursos extraordinarios não teem effeito sus- crivão de fazenda remetterá a copia da acta, acompanhada
pensivo. da certidão do aviso, ao inspector cle fazenda para este
§ 2.° A interposição dos recursos extraordinarios por mandar promover a execução nos termos da lei.
parte da Fazenda Nacional compete ao inspector de fa- § 4.° Em embargos á execução podem os executados
zenda. deduzir qualquer defesa que em direito lhes aproveite.
§ 3.° O inspector de fazenda que tiver de recorrer ex- Art. 125.° O informador louvado que não der, quando
traordinariamente fará intimar os interessados, danclo-lhes exigidas, as informações cle que deva ter conhecimento,
copia do respectivo recurso, para dentro de quinze dias, ou que as der reconhecidamente inexactas, será despe-
contados da data da intimação, allegarem o que se lhes offe- clido pela junta fiscal das matrizes, e perderá o direito aos
recer perante o Conselho de Provincia, juntando ao pro- salarios vcncidos.
cesso a certidão da intimação, sem o que não será tomada § unico. Quando se mostre que o informador louvado
decisão alguma. procedeu com dolo, será autuado e remettido ao poder ju-
§ 4.° Os recursos de que trata o n.° 2.° cVeste artigo dicial.
só poderão ser entregues na repartição de fazenda do con- Art. 126.° Os membros da junta fiscal que não se reu-
celho onde tiver sido lançada a collecta que motivou o re- nirem dentro do prazo que lhes ô designado, ou quo sem
curso, para, depois de informados pelo respectivo escrivão motivo justificado faltarem ás sessões para que forem con-
de fazenda, serem enviados ao inspector cle fazenda, e vocados, incorrerão por cada falta, na multa dc 000
este, mediante igual formalidade, a3 enviar ao Conselho réis na cidade de 8. Thomé, c de 2 ; >000 réis no concelho
de Provincia. clo Principe.
Art. 119.° Ncão terão seguimento os processos do re- Art. 127." Os membros da junta fiscal que sem justa
curso extraordinario de que trata o n.° 2.° do artigo an- causa se recusarcm ao serviço que lhes é designado, incor-
tecedente : rem, alem da multa, na pena dos que desobedecem aos
1.° Quando das informações juntas sc mostre quc os mandados da auctoridade.
contribuintes reclamaram pelas vias ordinarias contra a § unico. Para applicação da pena de quc tratam este
collecta que impugnam; artigo e o 126.°, o escrivão de fazenda dará logo conheci-
2.° Quando os recursos forem collcctivos c não indivi- mento ao delegado do procurador da Coroa e Fazenda
duacs. para este promover nos termos da lei.
Art. 120.° Não ó permittido o.rccurso extraordinario, Art. 128.° O recebedor e o escrivão de fazenda que dei-
de que trata o artigo 118.", por parte da Fazenda Nacio- xem de publicar os editaes ou dc expedir os avifsos aos
nal, quando esta haja reclamado ou recorrido pelas vias contribuintes, a cjue são obrigados, ou deixem de fazer
ordinarias. nos devidos prazos o rclaxe d'esta contribuição, íncorrem
Art. 121.° O individuo, que havendo feito a devida na multa de 10;5000 réis, sem prejuizo de qualquer outro
participação de ter cessado o exercicio da sua industria, procedimento disciplinar.
continuar a ser collectado, poderá em qualquer tempo re- Art. 129.° Para cobrança clas multas coinminaclas ao«
clamar, só para a respectiva junta fiscal das matrizes, e membros das juntas, recebedores e escrivães de fazenda,
seguir os restantes recursos ordinarios; mas a apresenta- o inspector de fazenda formará, logo que tenha conheci-
çâo clo duplicado cla participação terá effeito suspensivo mento da falta, uma relação, que terá força de sentença
seja qual fôr o estado do processo executivo. passada em julgado, em quc declare o nome de cada in-
§ unico. O disposto neste artigo é applicavel aos indus- fractor, a infracção praticada e a importancia da multa
triaes nas condições do artigo 53. 0 correspondente, relação que, datada e assignada por elle,,
será remettida ao escrivão de fazenda respectivo.
CAPITULO VIII Art. 130.° Ao processo de cobrança das multas, de que-
Disposições penaes trata. o artigo antecedente, é applicavel o disposto nos §§'
2.°, 3.° e 4.° do artigo 124.°
Art. 122.° O industrial, inscripto na respectiva matriz, Art. 131.° O recebedor que arrecadar uma prestação»
que não tenha apresentado nos prazos legaes as declara- de collecta, deixando outras anteriores em divicla, fica obri-
ções a que por este regulamento é obrigado, no que se gado a entrar nos cofres publicos com a respectiva impor-
não comprehendem as exigidas pelo artigo 1G.°, pagará de tancia, a qual somente poderá exigir clo industrial pelos
multa importancia igual á oitava parte da sua collecta. meios ordinarios.
Art. 123.° O industrial que, por falta das declarações
a que por este regulamento é obrigado, tiver deixado de CAPITULO IX
ser inscripto na matriz ou que, nas declarações por elle
apresentadas, tiver oniittido a verdadcira industria ou dei- Disposições geraes
xado de prestar os esclareeimentos devidos, pagará de Art. 132.° Os lojistas e chefes de estabelecimentos in-
multa a importancia igual á metade cla respectiva colle- dustriaes c fáfaris, ou commerciaes, e as companhias on
cta. sociedades anonymas cle qualquer especie serão responsa-
Art. 124.° As multas de que tratam os artigos anterio- veis pelas collectas dos seus empregados, caixeiros © mes-
res não poderão exceder a 20-5000 réis, e para a sua co- tres de officina, quando por estes nâo sejam pagas nos
brança a junta fiscal lavrará uma acta, em que se cleclare prazos da lei.
o nome dos infractores, a infracção praticada e qual a Art. 133.° Tendo-se procedido ás diligeneias contra o
multa correspondente, acta que será assignada pelo pre- originario devedor, scm que o pagamento tenha sido effe-
sidente e mais membros da junta. ctuado, será citado o responsavel ou responsaveis pela col-
Maio 24 236 1902

l e c t a , fixando-se-lhe o prazo de cinco dias, a contar da ci- § unico. Os regedores devem enviar, dentro de cinco
tação, dentro do qual dcve satisfazer a importancia em di- dias, ao escrivão de fazenda certificado da affixação dos
vida. editaes.
§ unico. Os industriaes que dentro do prazo da citação Art. 137.° Todas as reclamações e recursos serão es-
pagarem as collectas a que se referem os artigos antece- critos em papel sellado, e devidamente sellados todos os
dentes não são obrigados a custas nem a sellos do pro- documentos com que forem instruidos.
cesso, considerando-sc a citação como simples aviso; fóra § unico. Os prazos determinados neste regulamento
d'este caso, respondem por todas as custas e sellos do pro- para todas as reclamações e recursos contar-se-hão sem-
cesso contados até pagamento. pre por dias uteis e, quando tenha de ser contados da in-
Art. 134.° As disposições constantes dos artigos 132.° timação, não se comprehenderá nestes prazos o dia em
e 133.° são applicaveis ás collectas dos operarios de quaes- que esta se effectuar.
quer artes ou officios e caixeiros de balcão que, nos ter- Art. 138.° Os governadores expedirão as mais termi-
mos do artigo 3.° da lei de 31 de março de 1896, devem nantes ordens aos administradores do concelho para que
ser collectados; os chefes dos estabelecimentos em que os regedores de parochia cumpram o serviço que lhes é
trabalharem esses operarios só ficam, porem, responsaveis incumbido pelo presente regulamento.
pelo pagamento das respectivas collectas quando os colle- Art. 139.° A repartição de fazenda provincial fornecerá
ctados os tenham servido por mais de um mês e em rela- todos os impressos necessarios para o serviço da contri-
ção ao tempo do mesmo serviço. buição industrial.
Art. 135." A responsabilidade de qualquer industrial Art. 140.° O inspector de fazenda e os escrivães de
no pagamento de collectas devidas por outros prescreve, fazenda corresponder-se-hão cam todas as auctoridades e
se, dentro de um anno a contar do encerramento do cofre repartições publieas ou corporações, para desempenho das
para a cobrança voluntaria das mesmas collectas, não es- obrigações que lhes são impostas por este regulamento.
tiver instaurado o processo exccutivo. Art. 141.° Os prazos em que devem effectuar-se os di-
§ unico. Havendo prescripção, fica responsavel o escri- versos serviços da contribuição industrial são os que cons-
vão de fazenda pelo pagamento da collecta. tam do quadro A junto a este regulamento.
Art. 136.° Todos os editaes, a que este regulamento se Art. 142.° Ficam substituidos por este regulamento to-
refere, serão affixados pelos regedores de parochia, aos dos os anteriores sobre contribuição industrial, e bem as-
quaes serão remettidos pelo escrivão de fazenda respecti- sim revogadas quaesquer disposições administrativas sobre
v o , que igualmente remetterá um exemplar ao parocho a mesma contribuição.
da freguesia para ser lido na 'occasião da missa conven- Paço, em 2 4 de maio de 1902. = Antonio Teixeira de
tual. Sousa.

QUADRO A (artigo 141.°)

Prazos fixados para o serviço da contribuição industrial, nos termos do artigo 141."
do presente regulamento

Artigos
Serviço da contribuição industrial e Prazos
paragraphos

Remessa ao inspector de fazenda das propostas daà camaras muni- 19.» Até 5 de junho.
cipaes, para a nomeação dos vogaes das juntas fiscaes das ma-
trizes.
Nomeação dos vogaes effectivos e supplentes das juntas fiscaes . . . 20." Até 20 de junho.
Petição de escusa de cargo das juntas fiscaes 2 6 . ni e
Q 1 o Dentro de 5 dias da data do conhecimento da nomeação.
Resolução do inspector de fazenda sobre petição de escusa de cargos
das juntas fiscaes 26. 2.° Dentro de 8 dias da recepção de petição.
Terminação do serviço dasjnntas cessantes 22".° 30 de junho.
Installação daa novas jnntas fiscaes 27." 1 de julho.
Propostas das juntas fiscaes ao inspector de fazenda para fixar o
numero de informadores louvados 34. | 1.» Dentro de 10 dias depois da sua installação.
Nomeação dos informadores louvados Dentro de 5 dias depois de findo o numero.
Entrega das relações aos regedores 45. § 1." Até 30 de setembro.
Kntrcga das declarações dos industriaes 46. § 1.» 2 a 17 de julho.
Entrega das relações dos chefes das repartições publieas do Estado
c de quaesquer corporações administrativas.' 51.» Até 31 de jullio.
Conclusão das matrizes até a cohnnna n.° 62." Até 31 de dezembro.
Apresentação das reclamações sobre a formação das matrizes 69.» 30 dias.
Decisão das reclamações sobre a formação das matrizes 72.° Dentro de 10 dias depois de findo o prazo da apresen-
tação.
Aprcsentaçào dos recursos sobre a formação das matrizes 79." Dentro de 10 dias contados do immediato áquelle em
que terminar o da decisão das reclnmações.
.Resolução dos recursos sobre a formação das matrizes 81.° Dentro de 20 dias contados do immediato áquelle em
que os tiver recebido.
Devolução aos escrivães de fazenda dos recursos não recebidos no
prazo legal 81.°, § 2.° Dentro de 48 horas depois de findo o prazo para resolver.
Apresentação dos recursos pnra a junta consultiva do uitramar.... 83." Dentro de dias da publicação do aecordào.
Entrega dos conhecimentos de cobrança aos recebedores Até 31 de maio.
Entrega dos avisos de pagamentos 95." 5 dias antes da abertura dos cofres.
Apresentação das reclamações depois do encerramento das ma- 5 a 10 de junho ou dentro de 3 meses da abertura dos
trizes. cofres.
Relação das reclamações depois do encerramento das matrizes Dentro de 10 dias depois de findo o prazo para apre-
sentar as reclamações.
Recursos depois do encerramento das matrizes . Nos prazos estabelecidos para a formação das matrizes.
1902 '237 Maio 24

MODELO 1 (do artigo 44.°, § 1.°) MODELO N.° 2 (artigos 15." e 47.°)

P R O V I N C I A D E S. T H O M É E PRINCIPE PROVINCIA DE S- T H O M É E PRINCIPE

Concelho de .. . Freguesia de ... Concelho de... Freguesia de.. .


Relação das pessoas nacionaes e estrangeiras Declaração que faz . . . morador n a R u a de . . .,n.° .. ., andar . .
que residem nesta freguesia com respeito ao anno de 19.. . - 1 9 . . . , e em relação ao predio si-
ou exercem alguma industria, profissão, arte ou officio tuado na rua de . . . , n." . . . , e que consta de . . . lojas e . . . anda-
res; a saber:

Rendas
Moradas
Industrias,
profissões,
Industrias, Rendas Nomes artes Observações
profissões, annuaes Obser- ou officios Por i Por
Nomes artos das casas yações semes- anno
ou officios do tre
habitaç&o

S. Thomé, em . . . de . . . de 1 9 . . .

(Assignatura do proprietario, representante ou procurador)

MODELO N.° 3 (do artigo 57.°)


CONTRIBUIÇÃO INDUSTRIAL
Concelho de ... Freguesia de Matriz n.°
N.° . . .
Nome . . .
Freguesia de em . . . de de 1 9 . . . Morada . . .
O Regedor, Industria . . .
F. ... Localidade da industria

MODELO N.° 4 (artigo 60.°)

P R O V I N C I A D E S. T H O M É E PRINCIPE
Concelho de ...
MATRIZ DA C0NTRIBUICÃ0 INDUSTRIAL
Local Emprego,
Moradas do estabeleeimento Collecta
profissão, arte, Impor-
officio tancia
Nomes dos contribuintes ou industria, collecta- Observações
e factos vel Princi-
Ruas ou sitios Ruas ou sitios em que reeae - pal Sêllo Total
a contribuição

Antonio Diogo S. Thomé (cida- Onde reside Commerciante


de)— Rua do
General Calhei-

Caetano de Barr Yilla da Trindade Onde reside Lojista

Dionysio de Almeida . S. Thomé (cida- Rua das Ro- Alugador de


de) — Rua das sas.
Flores.

Termo de encerramento
Aos . . . dias do mês de . . . de 190. . ., foi esta matriz encerrada pela Junta Fiseal das Matrizes d'este concelho, eontendo tres ar-
tigos, ficando resalvadaS as emendas ou rasuras, numeradas e rubricadas pelo Presidente as folhas escriptas; sendo a importancia das
collectas : Principal, dc . . . réis, e sêllo, de .. . réis.
Eu, F . . ., Secretario da Junta, subscrevo e assigno este termo na presença dos demais membros que o assignam.
O Presidente, O Vogal, O Vogal,
F-- F... F...
O Secretario,
F...
Maio 24 238 1902

MODELO N.° 5 (artigo 92.°)


P R O V I N C I A D E S. T H O M É E PRINCIPE PROVINCIA DE S. T H O M É E PRINCIPE

N.°...
Anno economico de 1 8 9 . . . a 1 S 9 . . . CC? £3> Anno economico de 1 8 9 . . . a 1 8 9 . . .
caJD)
Freguesia • . . Decima predial . . . . - S -
<a < CD Freguesia ... Decima p r e d i a l . . .
Eua . . . Decima industrial.. < Q g D > Eua . . . Decima industrial.
ca s a>
Decima de juros . . . <QoD> Decima de juros . .
<Qtó£D
Decima sobre o aluguer das h a b i t a ç õ e s . . . . . CO
cd bs Decima sobre o aluguer das habitações
Multa pela infraeção do art. 9.° do de- <QqD> Multa pela infraeção do art. 9.° do decreto de 29 de de-
<DZD)
creto de 19 de dezembro de 1852 . . . . zembro de 1852
ca 2 a>
Somma „
<a a> Somma

Sêllo do conhecimento.... O " £3> Sêllo do conhecimento...


CQOD)
Total
Total ca S D> Pagou o Sr..'..
O Sr a quantia de . . .
CCS ^
deve a quantia de . . . ca S a s importancia em que foi collectado no dito anno, e sêllo d'este conheci-
em que foi collectado no dito anno. / <rs pj ~a>mento.
S. Thomé, . . . de . . . de 1 8 9 . . . S. Thomé, . . . de . . . de 1 8 9 . . .
O Escrivão de Fazenda, O Recebedor, O Escrivão do Fazenda, O Recebedor,
F... F... F... F. . .

MODELO N.° 6 (Artigo 95.")


Concelho de. . .
Freguesia de. . .
O Sr. . . . é avisado de que tem a pagar nesta Eecebedoria a quantia de . . . réis em que foi collectado por contribuição industrial no
anno de 19. . . 19.. ., e mais .. . réis por contribuição predial do mesmo anno, tudo na importancia total de . . . réis.
0 cofre estará aberto para a cobrança voluntaria das contribuições durante o mês de julho. Se as não satisfizer no prazo indicado,
pagará mais 3 por cento, ou quota iixa de 40 réis, calculados sobre a importancia das mesmas contribuições; e decorridos que
sejam 30 dias depois de encerrado o cofre para a cobrança de contribuições, mais pagará os juros da mora, na razào de G por
cento ao anno, calculados sobre a importancia da divida até integral embolso da Fazenda.
Eecebedoria do concelho de . . . em . . . de 19 . . .
O Recebedor,
F ...
MODELO N.° 7 (artigo 112.»)

PROVINCIA D E S. T H O M É E PRINCIPE
Concelho de . . .
CADERNO DAS ALTERAÇÕES E ANNULLAÇÕES DA CONTRIBUIÇÃO INDUSTRIAL PARA 0 ANNO DE 1 9 0 . . 1 9 0 .
Importancia Data
das annullações dos titulos
ei o Periodos
o a que
respeitavn
Notnes dos reclamantes Motivos das alteravoes e annullacões as Observacoea
.5 S
annulla-
cões

(i) (3) (4) (5) (6) (V (S)

André Thebús- - San- Eecorreu em . . . de . . . de . . . da


to Amaro. deeisão da junta fiscal das ma
trizes, declarando não exercer a
profissão de alfaiate, nem qual-
quer outra industria.
Deferido por accordão da junta
de . . . mandando annullar o arti-
go da matriz em que o recorrente
se acliava inscripto.

Manuul Fernandes - Accordão do conselho de provincia 10


Trindade. mandando que a verba da contri-
buição industrial subsista.

Narciso Dias — Graça. Accordão da junta consultiva do 50 Anno de


uitramar, mandando annullar a
collecta por não estar o collectado
sujeito á contribuição industrial

Aos . . . dias do mês de junho de 190. . . foi encerrado este caderno de alterações e annullações pela junta fiscal das matrizes do
concelho de . . ., verilicando-se iinportar a verba annullada da contribuição industrial e sêllo respectivo cm . . . . réis, que se aclia
lançada a íl. . . . do mesmo caderno, numcrado e rubricado pelo presidente da mesma junta.
E cu F. . . ., secretario da junta que o subscrevi c a-;signo na presença dos demais membros que a assignam.
O Prosidonte, O Secretario. O Vogal, O Vogal,
F. . . F. . . F. . . F...
' ' e' "
239 Maio 24
1902

MODELO N.« 8 (artigo 114.»)


P R O V I N C I A D E S. T H O M É E PRINCIPE
PROVINCIA DE S. T H O M É E PRINCIPE

Contribuição industrial Contribuição industrial


Titulo de annullação n." .'. . N." do conhecimento . ..
Titulo de annullação n.° ... N." do conhecimento
Anno de 1 9 . . - 1 9 . . Artigo . . . da matriz
Anno de 19..-19- • Artigo . . . da matriz Concelho de . . . Freguesia de . . .
Concellio de . . . Freguesia de . . .
Importancia da contribuição industrial -J5-
Importancia da contribuição industrial. Sêllo do conhecimento
Sêllo do conhecimento Total —Rs. -á-
Total — Es.
0 sr. . . .
Titulo de annullação pela quantia de . . . morador em . . .
. . . em favor de . . . tem direito á annullação da quantia de . . . réis na sua collecta de con-
tribuição industrial, por virtude de . . . sobre reclamação do mesmo.
' junta fiscal das matrizes em S. Thomé, . . de . . . Junta fiscal das matrizes em S. Thomé, . . . de . . . de 19..
de 19..

O Vogal Secretario, O Presidente, O Vogal Secretario,


O PreBidente,
F. ... CI388SD F. ... F. ...

D . do G. n.° 120, de 31 de maio.

Attendendo á neeessidade de remodelar o serviço dc ha a renda pela que estiver fixada na matriz predial, ou
lançamento e cobrança da contribuição de renda de casas, em harmonia com o rendimento collectavel que lhe será
na provincia de S . Thomé e Principe; marcado por avaliadores.
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con- Art. 2. u São isentos da contribuição sobre renda de ca-
selho de Ministros; sas :
E usando da faculdade concedida no § 1.° do artigo 15.° 1.° A s casas de residencia dos parochos, quando sejam
do 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional da Mo- subsidiados pelo Governo ou juntas de parochia das fre-
narchia : guesias, os palacios clo Governo, ou aquellas onde estejam
H e i por bem decretar o seguinte: installadas repartições publicas, os paços do concelho, as
Artigo 1.° E approvado o regulamento para o lança- casas onde as juntas de parochia celebram as suas ses-
mento e cobrança da contribuição de renda de casas, na sões ;
provincia de S . Thomé e Principe, o qual baixa assignado 2.° A s casas que forem sedes de quaesquer repartições
pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- publicas, cujas rendas sejam pagas pelo Estado ou pelas
rinha e UItramar. camaras municipaes, hospitaes, escolas publicas ou parti-
Art. 2." F i c a revogada a legislação em contrario. culares, os quarteis e outros estabelecimentos publicos;
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- 3.° Os agentes consulares de paises estrangeiros, que
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu- não tiverem rendimento algum alem do que lhes provier
tar. Paço, em 2 4 cle maio de 1902. = R E I . = Antonio do seu emprego;
Teixeira de Sousa. 4.° A s casas destinadas a armazens, officinas e abegoa-
rias, nos predios rusticos ;
Da contribuição sobre renda de casas 5.° Os individuos que possuirem predios a cujo valor
locativo corresponder a quota de 100 réis.
CAPITULO I § unico. A contribuição será imposta ao individuo que
Disposições fundamentaes pagar a rencla.
Art. 3." A contribuição sobre o valor locativo das ha-
SECÇÃO I bitações é cobrada directamente clos inquilinos, ou dos
Da contribuição sobre renda de casas — Quantidade — Lançamen- proprietarios quando sejam estes os habitantes clos seus
t o — Valor collectavel — Designação da materia collectavel — predios.
Excepções — Onde é devida a contribuição — Garantia do valor
d'ella. § 1.° A contribuição de rencla de casas é devida em
cada concelho em que o contribuinte tiver casa propria,
Artigo 1.° Estão sujeitos ao pagamento da contribuição ou arrendada para habitação; o contribuinte, que para o
sobre renda de casas, ou aluguer de habitações, em cada mesmo fim tiver no mesmo concelho diversas casas pro-
anno, os individuos nacionaes ou estrangeiros residentes prias, fica sujeito á contribuição por todas essas casas.
nesta provincia, salvas as excepções ao cleante designadas. § 2.° Garantem o valor da contribuição os bens que
E s t a contribuição será de quotidade sobre o valor loca- respectivamente sejam, nos termos da lei vigente, susce-
tivo ou preço de arrendamento de cada propriedade ur- ptiveis cle penhora, conforme o processo cle execução
bana habitada. fiscal.
A quotidade será de 6 por cento, ou 3 por cento do SECÇÃO I I
valor locativo das ditas habitações, segundo a respectiva Das declarações de valores para fixaçâo
situação fôr em terras de primeira ou segunda ordem, da importancia collectavel — Prazos para a sua apresentaçâo
sendo considerada primeira ordem S. Thomé, e como se- e termos respectivos
gunda o Principe. Art. 4.° Durante o mês de julho de cada anno, os se-
Considera-se valor collectavel o preço cla renda da pro- nhorios (proprietarios ou usufrutuarios), assim como os
priedade habitada por o inquilino. Sendo o predio habitado inquilinos dos predios sobre o valor de cuja renda tem cle
pelo senhorio, proprietario ou usufrutuario, arbitrar-se- incidir a contribuição, devem prestar ao escrivão cle fa-
Maio 24 240 1902

zenda do concelho declaração conforme o modelo A an- § 3.° Para a formação das matrizes, o escrivão de fa-
nexo a este regulamento, em que se designe a localidade zenda tomará para base os seguintes elementos:
do predio, freguesia a que pertença, nome do arruamento 1.° A s declarações dos contribuintes;
e numero de policia, se o tiver, nomes do proprietario ou 2.° A s relações que os regedores de parochia são obri-
usufrutuario e do inquilino, preço annual da renda, es- gados a prestar-lhe, devendo essas relações (modelo C)
paço de tempo em que esteve habitado, designando tam- conter os nomes dos nacionaes ou estrangeiros que resi-
bem se o predio esteve por algum tempo, e qual, devolu- dem nas suas freguesias, e as rendas das respectivas ca-
to, a fim de que se imponha proporcionalmente a quota sas de habitação;
de contribuição. 3.° A s informações que os informadores louvados pres-
§ 1.° São obrigatorias as declarações que aos senho- tarem ao escrivão de fazenda, e quaesquer outros esclare-
rios, proprietarios ou usufrutuarios, por qualquer titulo, cimentos que este empregado puder obter e julgar neces-
de predios urbanos, cumpre apresentar aos escrivães de sario solicitar de qualquer pessoa, corporação, repartição
fazenda respectivos, para os effeitos da collecta. ou auctoridade;
§ 2.° Estas declarações, que ficam isentas do imposto 4.° A matriz do anno anterior;
do sêllo, serão datadas e assignadas pelos individuos de- 5.° O confronto rigoroso das declarações dos valores lo-
signados no § 1.°, e obrigam para todos os effeitos fiscaes cativos com o rendimento collectavel que o respectivo pre-
a multas e penalidades os respectivos signatarios. dio tiver na matriz predial, para o que se observará a dis -
§ 3.° E m toda e qualquer epoca do anno, quando se posição dos § § 1.° e 2.° do presente artigo.
dê alteracão
? nos contratos de arrendamentos,7 e em todas § 4.° A matriz sei-á feita por ordem alfabetica dos
e quaesquer circumstancias que importem á contribuição nomes dos contribuintes.
de renda de casas, os individuos designados neste artigo § 5.° Aos escrivães de fazenda servirão de elementos de
e seus paragraphos deverão apresentar declarações extra- conferencia, alem de outros, para verificar a exactidão da
ordinarias que habilitem o respectivo escrivão de fazenda matriz da contribuição sobre renda de casas, o confronto
a tomar nota d'essas alterações para os effeitos de fiscali- das verbas ou inscripções d'ella com as da matriz predial
zação e da contribuição que houver de lançar-se. do mesmo concelho; e procederão aquelles funccionarios,
§ 4.° Serão cumpridos, na parte applicavel neste deta- para que exista a precisa conformidade d'aquelles dois re-
lhe de serviço, os preceitos do regulamento da contribui- gistos, como fôr conveniente, nos termos dos regulamen-
ção industrial. tos respectivos.
CAPITULO II Art. 6.° Para complemento das disposições sobre o as-
sumpto d'esta secção, observar-se-ha o que preceitua, na
Da matriz da contribuição sobre renda de casas — Das al-
parte applicavel, o regulamento da contribuição industrial.
terações do valor collectavel — Do registo de altera-
ç õ e s — D o s avisos aos contribuintes—Das reclamações—
SECÇÃO I I
Dos recursos.
Das alterações do valor collectavel em virtude das declarações
SECÇÃO I annuaes dos contribuintes, proprietarios, usufrutuarios ou
Da matriz e sua formação arrendatarios dos predios urbanos e nelles moradores ou não.
Art. 5.° A matriz da contribuição sobre rendas de ca- Art. 7.° São applicaveis no serviço da contribuição so-
sas ou aluguer de habitações é o registo completo do ar- bre renda de casas, e na parte correlativa, identica ou
rolamento e lançamento daquella classe de tributação di- analoga á materia d'esta secção, as disposições do regu-
recta — o livro em que se inscrevem e descrevem os lamento da contribuição industrial.
predios urbanos habitados pelos proprietarios ou usufru-
tuarios, ou inquilinos, no concelho. SECÇÃO III
A matriz ó formada sob os detalhes constant.es do mo- Do registo de alterações antes da decisão das reclamações —
delo B, annexo a este regulamento, e são os seguintes: Processo da sua escripturação
Anno a que respeita o lançamento;
Algarismo de ordem, por nuineração seguida, de cada Art. 8.° Sào applicaveis no serviço da contribuição so-
inscripção; bre renda de ca'sas e na parte correlativa, identica ou
Situação da casa, localidade, designando-se qual a fre- analoga á materia ct'estn seoção, as disposições do regula-
guesia, o arruamento, numero de policia, havendo-o; mento da contribuição industrial na secção respectiva.
Nome do proprietario ou u s u f r u t u a r i o ;
Nome do inquilino, se não fôr h a b i t a n t e do predio o SFXÇÃO IV
p r o p r i e t a r i o ou u s u f r u t u a r i o , o que se d e s i g n a r ã ; Dos avisos aos contribuintes,
seus termos e prazo para a experiição d'elles
Preço da renda annual, que será o valor collectavel,
fixado antes da reclamação; Art. 9.° São applicaveis no serviço da contribuição so-
Preço da renda annual, que será o valor collectavel, bre renda de casas e na parte correlativa, identica ou
fixado em virtude da reclamação; analoga á materia d'esta secção, as di.-posiçoes contidas
Q u o t a da collecta fixada antes da r e c l a m a ç ã o ; no regulamento da contribuição industrial.
Quota da collecta fixada em virtude da reclamação;
I m p o r t a n c i a de sêllo c o r r e s p o n d e n t e á c o l l e c t a ; SECÇÃO V
Observações a respeito do espaço de tempo em que a Das reclamações e seus termos —
casa esteve ou não habitada, e quaesquer outros esclare- Prazos para a apresentação e iulgamento d'ellas
cimentos que interessem respectivamente á taxação.
§ 1." A renda ou valor locativo das casas de habitação, Art. 10.° São applicaveis no serviço da contribuição
sujeitas á contribuição de renda de casas, nunca poderá sobre renda de casas e na parte correlativa, identica ou
ser tomada para o lançamento da mesma contribuição pela analoga á materia d'esta secção, as disposições do regula-
importancia annual, inferior ao rendimento collectavel por mento da contribuição industrial.
que nas competentes matrizes as mcsmas casas estiverem
SECÇÃO VI
sujeitas á contribuição predial.
§ 2.° S e parte das casas não estiver sujeita á contri- Das alterações do valor collectavel em virtude de decisão
de reclamações — Do encerramento da matriz
buição dc renda, proceder-se-ha á avaliação da renda ou
valor locativo da parte habitada, ou como tal considerada, Art. 11.° São applicaveis no serviço da contribuição
para somente sobre ella recair a contribuição. de renda de casas e na parte correlativa, identica ou ana-
1902 241 Maio 24

loga á materia d'esta secção, as disposições do regula- á materia d'esta secção, as disposições contidas na parte
mento industrial. _ correspondente do regulamento da contribuição industrial,
SECÇAO VII e respectivamente os modelos de certidões para relaxe, de
guias de remessa de processos de execução e seguimento
Dos recursos e seus termos—Prazos para interpô-los—Dos titulos
de restituição em caso de provimento d'estes, segundo o regulamento das exeeuções fiscaes em
vigor nesta provincia
Art. 12.° São applicaveis no serviço de contribuição
SECÇÃO I I I
de renda de casas e na parte correlativa, identica ou ana-
loga á materia. d'esta secção, as disposições contidas no Das custas ou emolumentos
nos processos de execução, contagem e cobrança d'ellas
regulamento da contribuição industrial e o modelo dos ti-
tulos nominativos de restituição aos contribuintes. Art. 15.° São applicaveis no serviço da contribuição de
renda cle casas e na parte correlativa, identica ou analoga
CAPITULO III á materia d'esta secção, as disposições da secção respe-
Dos conhecimentos da contribuição, extracção d'elles e sua ctiva do regulamento da contribuição industrial, as tabel-
cobrança, divid-is de contribuição, falhas das custas nos las de custas, do respectivo regulamento de exeeuções
processos e da cobrança por execução. fiscaes.
CAPITULO IV
SECÇÃO I
Da junta fiscal, sua composição, sessões d'ella —
Dos conhecimentos, seu teor e requisitos de authenticidade, ex-
tracção e entrega d'elles ao recebedor, formalidades e prazos Suas attribuições e preceitos correlativos
d'estes serviços — Do registo de conhecimentos entregues ao
recebedor e por elle cobrados — Avisos aos contribuintes sobre Art. 16.° São applicaveis no serviço cla contribuição de
a epoca do pagamento voluntario. rencla de casas e na parte correlativa, identica ou analoga
Art. 13.° São applicaveis no serviço da contribuição á materia d'esta sccção, as disposições contidas na secção
sobre renda de casas e na parte correlativa, identica ou correspondente ao regulamento cla contribuição industrial.
analoga á materia d'esta secção, as disposições contidas
no regulamento da contribuição industrial, e respectiva- CAPITULO V
mente os modelos de conhecimentos de cobrança, das guias,
em duplicado, da entrega dos conhecimentos aos recebe- Disposições complementares: sobre serviços prestados,
dores, de editaes para abertura dos cofres. penaes, transitorias e final

Art. 17.° São applicaveis no serviço da contribuição


SECÇÃO I I
sobre renda de casas e na parte correlativa, identica ou
Da cobrança da contribuição de renda de casas — Do pagamento analoga á materia cVeste capitulo, as disposições precei-
voluntario, simples ou com multa e juros — Excepções d'estas tuadas nos capitulos x n , x v i e x v i i i do regulamento da
taxas — Da cobrança coerciva—Pagamento—Termos, forma-
lidades e prazos correlativos. contribuição industrial.

Art. 14.° São applicaveis no serviço da contribuição de Paco, em 2 4 de maio de 1 9 0 2 . = Antonio Teixeira de
renda de casas e na parte correlativa, identica ou analoga Sousa.

MODELO A (Artigo 4.°)

CONTRIBUIÇÃO SOBRE RENDA DE CASAS


Anno civil de ... Concelho de . .
Conforme o disposto no artigo 1.° do regulamento da contribuição sobre renda de casas, declara o abaixo assignado
proprietario (usufrutuario ou inquilino), do predio abaixo designado, qual o valor da renda respectiva e dos demais detalhes
exigidos como se segue

Designação Se o predio é babitado


do tempo pelo proprietario
Nome do proprietario, em que esteve ou usufrutuario
usufrutuario ou possuidor Nome do inquilino (a) Onde o predio (b) Preço annual da renda habitado o predio e a renda arbitrada Observações
durante como
o sobredito anno se estivesse alugado

(a) Se é ou não h a b i t a n t e o p r o p r i e t a r i o ou u s u f r u t u a r i o . /A««I»n.t,„..


fi) Nome do arruamento e da freguesia, e numero de policia, tendo-o. (Ass.gnaturado declarante)

10
Maio 24 242 1902

MODELO B (Artigo 5.°)


MATRIZ DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE RENDA DE CASAS
Anno civil dc ... Concelho de

Rendimento
collectavel, ou a renda Quota da contribuição
annual Importancia do sêllo
por anno civil
Designação do predio habitado
do tempo em que ou não pelo proprietario Total
Nomes esteve da ObservaçÕes
dos contribuintes («) Onde o predio (&) habitado o predio contribui-
durante ção
o sobrcdito anno Alterado Alterado Alterado
em cm em
Fixado virtude Fixado virtude virtude
de rccl&ina- de reclaina de reclama
ção ção ção

(a) Se é ou não habitante o proprietario ou usufrutuario.


(I) Nome do arruamento e da freguesia, e numero de policia, tendo-o.

MODELO C (Artigo 5.°, g 3.°, n.° 2.°) MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
Concelho de ... Freguesia de
Relação geral das pessoas nacionaes e estrangeiras 9.a Repartição da Direeção Geral
que residem nesta freguesia e renda que os mesmos pagam da Contabilidade Publica
pelas casas que hatatam

Moradas ou locaes Com fundamento nos artigos 57.° e 58.° do regulamento


de habitação
- O ei =
geral da contabilidade publica de 31 de agosto de 1881 e
;mc5 I.
w t> ç; o em observancia das prescripções contidas no § unico do
Nomes artigo 17.° da carta de lei de 3 de sctembro de 1897,
dos individuos Profissão Observações
mandadas vigorar no exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 pelo artigo
3
5 S a® 14.° da carta de lei de 12 de junlio ultimo: hei por bem,
* £T2 s: J ~.2
tendo ouvido o Conselho de Ministros, determinar que no
Ministerio da Fazenda e devidamente registado na Diree-
ção Geral da Contabilidade Publica, seja aberto a favor
do Ministerio das Obras Publieas, Commercio e Industria
um credito especial da quantia de 3 4 : 4 4 9 ^ 5 3 0 réis, somma
a das importancias que pelas verbas cle díversos capitulos e
<3 artigos das respectivas auctorizações cle despesa foram H-
o
« quidadas e não pagas nos exercicios de 1 8 9 9 - 1 9 0 0 e 1 9 0 0 -
1901 e com que, por existirem em sobras, são reforçadas
conforme a tabella junta que baixa assignada pelo Minis-
tro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras Pu-
C3 blieas, Commercio e Industria, as verbas de analogos ca-
S pitulos e artigos das tabellas da distribuição das despesas,
rt
ordinaria e extraordinaria, do segundo dos referidos mi-
c3
íQ nisterios no actual exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , a fim de poder
effectuar-se o pagamento das alludidas importancias no
presente anno economico.
.. de . . . de . . .
O Regedor da parochia,
F... O Tribunal de Contas julgou este credito nos termos
D. do G. n.° 120. de 31 de maio. de ser decretado.
1902 243 Maio 24

O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da F a - nham entendido e façam executar. Paço, em 2 4 de maio
zenda e o Ministro e Secretario de Estado dos N e g o c i o s de 1 9 0 2 . = R E L — ' F e r n a n d o Mattozo Santos = Manuel
das Obras Publicas, Commercio e Industria, assim o te- Francisco de Vargas.

Tabella das importancias dos creditos auetorizados, correspondentes a despesas do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria,
liquidadas e não pagas nos exercicios de 1899-1900 e 1900-1901,
e que, por existirem em sobras, são transferidas por decreto d'esta data, para o exercicio de 1901-1902
Ciaesificaçiio
scguudo a tabella Classificação Regundo a tabella
Importancias do exercicio de 1901- 1002
clo
respectivo exercicio Designação das despesas

Artigos Por artigos Por exercicios Capitulos Artigos Secções

Exercicio de 1 8 9 9 - 1 9 0 0

3.° Pessoal technico de obras publicas 15#005 10." 50.° 2.»


14." Covreios e telegraphos —pessoal... 1$600 16$605 6.° 12.° 8."

Exercicio de 1 9 0 0 - 1 9 0 1

Despesa ordinaria.
\ 60|000 2." 3.° 1.*
3.° Pessoal technico de obras publicas.. . 20^000 2.° 3.» 2.a
( 200^000 2." 3.» 3.a
280^000
V 1 ( 9$000 6.» 12.° 3."
12." Correios e telegraphos — pessoal j jo^qqq 6.» 12." 4.»
19J5800
14." Correios e telegraphos — material e diversas des- 6.° 13.° 2.a
pesas 1^500
25." Pessoal dos serviços florestaes 9$995 7." 27.° 4."
39° Empregados addidos 144^000 10.° 50.° 8.»
d9.° Eendas das casas onde se acham installadas as 6.° 13.° 2."
estações telegrapho-postaes 29^500

D e s p e s a exti*aortliiiai'ia

Construcção e grandes reparações de estradas de 3." Desp. extr.


1." e 2." ordem 33:948^130
34:432^925

34:440^530

D
Paço, em 2 4 de maio de 1902. = Manuel Francisco de Vargas. - 'l0 G' n-° 120> de 31 de maio
-

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO Direeção Geral de Instrucção Publica

3. a R e p a r t i ç ã o d a D i r e e ç ã o G e r a l D O M C A R L O S , por graça de D e u s , Rei de Portugal e


da C o n t a b i l i d a d e P u b l i c a clos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub-
ditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos
Nos termos do artigo 50.° do regulamento geral cla con- a lei seguinte:
tabilidade publica, cle 3 1 dc agosto de 1881, e em con-
formidade com a auctorização conferida ao Governo pelo Artigo 1.° I l a v e r á em Lisboa, alem do L y c e u Central j á
n.° 4.° clo artigo 17.° da carta de lei de 3 clo setembro existente, um L y c e u Nacional, para melhor funccionamento
de 1897, cujos preceitos foram mandados vigorar no exer- do ensino secundario na capital.
cicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , pelo artigo 14.° da carta de lei de 12 § unico. Fica o Governo auetorizado a tomar de arren-
dc junho de 1901 : hei por bem determinar, tendo ouvido damento edificio que sirva para a installação do L y c e u Na-
o Conselho de Ministros, que seja transferido dos arti- cional, mediante as informações que lhe forem prestadas
gos 9.° e 12." do capitulo 4.° cla tabella da distribuição cla pela direeção technica das construcções eseolares, pela
despesa do Ministerio clo Reino, no citado exercicio clo inspecção sanitaria escolar e parecer do reitor do L y c e u
1 9 0 1 - 1 9 0 2 , para o artigo 16.° do mesmo capitulo a quan- dc Lisboa.
tia de 6:000)5000 réis, sendo do artigo 9.° 4:000,^000 réis Art. 2.° O reitor do L y c e u Central de Lisboa superin-
e do artigo 12.° 2:000ô'000 réis. tenderá tambem 110 L y c e u Nacional, onde haverá um vice-
O Couselheiro de Estado, Presidente clo Conselho de reitor nomeado pelo Governo de entre os respectivos di-
Ministros, Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios rectores de classe, e que descmpenhará as attribuições que,
do Reino, e o Ministro e Secretario cle Estado dos Nego- pela legislação em vigor, pertencem aos reitores dos ly-
cios da Fazenda, assim o tenham entendido e façam exe- ceus, salvo as restricções provenientes da sua situação re-
cutar. Paço, em 2 4 cle maio dc 1902.' — R E I . = Ernesto lativamente ao reitor do lyceu central.
Rodolpho Hintze Ribeiro — Fernando Mattozo Santos. § 1.° A nomeação clo vice-reitor será sob proposta do
D. do G. n.° 121, de 2 dc junho. reitor do L y c e u Central de Lisboa.
Maio 24 244 1902

§ 2.° O vice-reitor terâ direito á gratificação annual de Instrucções para a execução na provincia de Cabo Verde
2503000 réis. das leis de 4 de abril de 1861,
Art. 3.° O Governo fará a distribuição da população 22 de junho de 1886 e 28 de agosto de 1869, relativas á desamortização,
escolar pelos dois Lyceus de Lisboa, Central e Nacional, a que se refere o decreto d'esta data
sob proposta do reitor do Lyceu Central, tendo em atten-
ção todas as circumstancias que tornem equitativa e pro- CAPITULO i
ficua ao ensino essa distribuição.
KcinissSo <le foros, censos pensSes ou qiiinliOes
Art. 4.° O provimento dos professores do Lyceu Nacio-
nal será feito nos termos da legislação vigente. Dos requerimentos para a remissão
§ 1.° Para o primeiro provimento do pessoal docente
do novo lyceu serão nomeados de preferencia os profes- Artigo 1.° Aquelles que, de harmonia com o disposto
sores dos lyceus do reino que, actualmente, exereem em no artigo 3.° da lei de 28 de agosto de 1869, pretenderem,
commissão o ensino no Lyceu Central cle Lisboa. no prazo de seis meses, remir os foros, censos, pensões
§ 2.° Os professores e mais empregados do Lyceu Na- ou quinhões pertencentes ás corporações e estabelecimen-
cional de Lisboa serão, para os effeitos do artigo 11.° e tos de que tratam esta lei e as cle 4 de abril de 1861 e
tabella n.° 1 do decreto de 22 de clezembro de 1891, con- 22 de junho de 1866, deverão por si ou por intermedio de
siderados como professores e empregados do Lyceu Central. seus procuradores dirigir os respectivos requerimentos com
Art. 5.° Fica revogada a legislação em contrario. as assignaturas devidamente reconhecidas ao governador
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem da provincia por intervenção da repartição de fazenda
o conhecimento e execução da presente lei pertencer, que provincial, declarando :
a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão in- O quantitativo de foro, censo, pensão ou quinhão cle que
teiramente como nella se contém. se tratar;
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de As propriedades obrigadas ao pagamento de qualquer
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios d'estes encargos e os concelbos e freguesias em que forem
do Reino, a faça imprimir, publicar e correr. Dada no situadas;
Paço, aos 24 de maio de 1902. = E . L - R E I , com rubrica e O estabelecimento ou corporação a que se pagar o foro,
guarda. =Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. — (Logar do censo, pensão ou quinhão;
sêllo grande das armas reaes). A importancia do laudemio e se a remissão requcrida é
Carta de lei pela qual Yossa Majestade, tendo sanccio- total ou parcial.
nado o decreto das Côrtes Geraes do 1 de maio de 1902, § 1 E s t e s requerimentos serão acompanhados de ti-
que auctoriza o Governo a criar em Lisboa um Lyceu Na- tulo que prove a qualidade do encargo, cuja remissão se
cional, manda cumprir e guardar o mesmo decreto como pretende; de documento legal que mostre que os respe-
nelle se contém, pela fórma no mesmo cleclarada.—Para ctivos bens pertencem a quem os remir; do recibo do
Yossa Majestade ver. foro, censo, pensão ou quinhão do ultimo anno.
D . do G. n.° 122, de 3 de junho. § 2.° As escripturas de renovação são documentos bas-
tantes para provar a emphyteuse e a qualidade do encar-
go, sendo-o tambem os aforamentos de bens da igreja,
embora não celebrados por escriptura publica, mas havendo
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR sido processados no Juizo Ecclesiastico em fórma conten-
ciosa, nos termos das constituições em vigor na diocese, e
Direeção Geral do UItramar com data anterior á publicação da lei que suscitou em
Cabo Verde os diplomas prohibitivos de amortização de
2. a Repartição bens prediaes.
1." Secçao § 3.° Quando as escripturas de renovação forem cele-
bradas com os proprios que requererem a remissão, de-
Attendendo ao que me represcntou o governador da pro- vem estas reputar-se titulos sufficientes para prova de que
vincia de Cabo Verde, com fundamento em immediato in- os respectivos bens pertencem aos que os pretendem re-
teresse da administração, sob o ponto de vista economico mir.
e financeiro,7 no sentido cle regular
O a desamortizacão
?
dos § 4.° Na falta dos titulos clas primordiaes investiduras
bens das corporações de mão morta ali existentes; e na das escripturas de renovação, podem as escripturas
Considerando que as leis de desamortização em vigor cle reconhecimento ser admittidas como prova subsidiaria,
na metropole podem sem inconveniente ser applicadas não só da qualidade do encargo, mas tambem da posse
áquella provincia, quando executadas em harmonia com dos bens, comtanto que concordem com o que constar do
instrucções em que se attenda ás suas circunstancias e inventario da corporação ou estabelecimento a que perten-
condições especiaes; cer o encargo, para o que juntará certidão ou traslado
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con- authentico, extrahido dos livros do cartorio da mesma
selho de Ministros, e usando da auctorização conferida ao corporação ou estabelecimento, por onde se mostre a qua-
Governo pelo § 1.° do artigo 15.° do 1.° Acto Addicional lidade, quantidade e vencimento do encargo, importancia
á Carta Constitucional da Monarchia: do laudemio e epoca da celebração do contrato.
Hei por bom decretar o seguinte: § 5.° A carta cle arrematação feita em praça suppre a
Artigo 1.° São applicaveis á provincia de Cabo Verde falta de titulos anteriormente exigidos, uma vez que d'ella
as disposições das leis de 4 de abril de 1861, 22 de junho constem os elementos de que trata a parte final do § 4.°
de 1866 e 28 de agosto de 1869, sobre a desamortização § 6.° Na falta dos documentos exigidos, poderão ad-
dos bens do mão morta. mittir-se quaesquer outros, como certidões cle tombos ou
Art. 2.° São approvadas as instrucções especiaes para sentenças, verbas de testamentos, cartas de partilha, sen-
a execução das referidas leis na provincia de Cabo Verde, tenças de destrinça e certidões das matrizes prediaes,
que baixam assignadas pelo .Ministro e Secretario de Es- para serem devidamente apreciados, precedi-ndo o con-
tado dos Negocios da Marinha e UItramar. fronto dos respectivos inventarios e informações das au-
O mesmo Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios ctoridades competentes, ouvidas as ditas corporações ou
da Marinha e UItramar assim o tenha entendido e faça estabelecimentos.
executar. Paço, em 24 de maio de 1902. = REI. = Anto- § 7.° Os titulos ou documentos originaes, que se junta-
nio Teixeira de Sousa. rem, serão restituidos aos interessados, se estes o exigi-
1902 '245 Maio 24

rem, depois de effectuada a remissão, substituindo-se por rações exigidas no artigo 1.°, serão estes devidamente re-
trasladados ou publicas-formas. Antes, porem, de se rea- gistados em um livro especial e numerados, seguindo im-
lizar a restituição serão os mesmos titulos "ou documentos mediatamente para despacho clo governador conveniente-
devidamente conferidos na repartição respectiva com as mente informados.
pubbcas-formas ou traslados porque forem substituidos, e Art. 9.° Deferidos que sejam os requerimentos, man-
nestes se farâo as convenientes declarações se estiverem dará o inspector de fazenda proceder, por louvados, á
conformes. avaliação legal dos foros e pensões, sub-emphyteuticas e
Art. 2.° Quando houver sub-emphyteuse o direito de direitos dominicaes, quando o prazo fôr sujeito a laude-
remir pertencerá ao sub-emphyteuta, só podendo o em- mio. A remissão, neste caso, será feita pela importancia de
phyteuta usar d'elle no caso d'aquelle o não requerer. vinte pensões e um laudemio, o qual será calculado pelo
§ 1.° Este direito poderá ser exercido pelo sub-emphy- valor de todo o dominio util do prazo. Quando, porem, a
tenta nos quatro primeiros meses dos seis a que se refere remissão fôr de alguma pensão sub-emphyteutica que per-
o artigo 1.° d'estas instrucções. tença aos estabelecimentos e corporacões de que tratam
§ 2.° Não usando o sub-emphyteuta d'este direito até as leis de 4 de abril de 1861, 22 de junho de 1866 e 28
ao fim do quarto mês, poderá o emphyteuta requerer a de agosto de 1869, será o preço da remissão calculado pela
remissão, nos ultimos dois meses de prazo concedido, não importancia de vinte pensões e um laudemio, sendo este
se admittindo neste caso, requerimento do sub-emphyteuta. para o senhorio.
§ 3.° Se o emphyteuta duraute o prazo de quatro me- § 1." Não se mandará proceder á avaliação quando já
ses concedido ao sub-emphyteuta apresentar desistencia estiverem concluidos os respectivos inventarios e se acha-
d'este por escrito e em fórma legal, poderá, durante esse rem regulares as avaliações nelles contidas. Neste caso
periodo, usar do direito de requerer a remissão. ultimar-se-hão as remissões pela fórma estabelecida no ar-
Art. 3.° Quando, depois de postos em praça, os foros, tigo seguinte.
censos, pensões ou quinhoes, não acharem lançador, e se § 2.° Os foros, censos, pensões ou quinhões, em gene-
lhes fizer o abatimento de 10 por cento, preceituado no ros ou incertos, serão convertidos em dinheiro, por arbi-
§ 2.° do artigo 1.° da lei de, 22 de junho de 1866, poder- tramento de louvados nomeados pelas partes, perante os
se-ha requerer a sua remissão até o dia anterior áquelle administradores dos concelhos com a assistencia do dele-
que fôr designado para a praça. gado do Procurador Regio ou dos sub-delegados e audien-
§ 1.° Se se tratar, porem, de algum foro, cujo prazo cia dos interessados, attendendo-se á quantidade e quali-
esteja sub-emprazado, poderá o sub-emphyteuta requerer dade do terreno, sua cultura e producção ordinaria, para
a remissão até o dia anterior á praça e o emphyteuta, no estabelecer o termo medio da producção que será calcu-
proprio dia d'ella, mas antes de ser aberta. lada pelo dos ultimos tres annos. O preço medio dos ge-
§ 2.° Sempre que, nos tennos do § 4.° da lei de 22 de neros será regulado pelas tabellas dos preços correntes
junho de 186'6, sc íizerem novos abatimentos por não ha- nos mercados das respectivas localidades.
ver lançador, se procederá pela fórma acima indicada. § 3.° Os censos e quinhões e os foros e pensões, que
Art. 4.° Quando se derem alguns dos casos previstos não estiverem sujeitos a laudemio, não carecem de ava-
no artigo 3.° o governador, como presidente da praça, or- liação feita por louvados, mas serão avaliados pela mesma
denará immediatamente a suspensão da respectiva arre- fórma que os da Fazenda Nacional, observando-se quanto
matação, publicando-se os competentes annuncios e de- aos que eomprehenderem generos, o que se acha estabe-
clarando-se nelles o motivo cla suspensão. lecido no paragrapho anterior. A importancia da avaliação,
Art. 5.° Se os requerimentos para a remissão, a que se neste caso, será a de vinte vezes o censo, quinhão, foro
referem os artigos antecedentes, não forem apresentados ou pensão que se pretender remir.
na fórma determinada nestas instrucções, serão desde logo § 4.° Quando as remissões forem parciaes, a avaliação
indeferidos, proseguindo-se no processo de arrematação. será a importancia em dinheiro de vinte vezes a parte
Art. 6." Quando se suspenderem as arrematações em que se quiser remir do foro, censo, pensão ou quinhão, e
algum clos casos previstos nos artigos. antecedentes, dar- do correspondente laudemio, quando algum seja devido.
se-ha immediatamente seguimento pela Repartição de Fa- § 5.° O inspector de fazenda fará intimar, por interme-
zenda Provincial aos requerimentos que tiverem motivado dio dos administradores dos concelhos, os emphyteutas ou
a suspensão. sub-emphyteutas e respectivas corporações ou estabeleci-
Art. 7.° Quando os foreiros tiverem cabecel, cada um mentos para, pessoahnente ou por intermedio cle seus pro-
dos co-emphyteutas poderá remir a quota do foro que lhe curadores, assistirem ás avaliações que forem ordenadas.
pertencer. Só quando estes não quiserem usar do seu di- § 6.° Os louvados serão nomeados: um pelo sub-em-
reito, poderá o cabecel requerer a remissão de todas as phyteuta ou na falta d'este pelo emphyteuta, outro pela
quotas de foro, ou d'aquellas que qualquer emphyteuta corporação ou estabeleeimento a que se pagar o foro, e
não quiser remir. outro pelo administrador do concelho, ou todos por este
§ 1.° Para estes fins deverão os co-emphyteutas juntar quando os interessados os não nomearem.
aos seus requerimentos documentos nos termos do ar- Art. 10.° Instruidos os processos de remissão com os
tigo 1.°, as respectivas escripturas de ratcio feito judicial- autos de avaliação a que se tiver mandado proceder, ou
mente por louvados em proporção clos predios que cada com as copias das avaliações dos inventarios e reconheci-
co-emphyteuta possuir. da pela informação do inspector cle fazenda a regulari-
§ 2.° Os oabeceis, quando lhes pertencer o direito de dade de todo o processado, o governador mandará por
remir, deverão juntar aos seus requerimentos, alem clos seu despacho lavrar termo cle remissão, em um livro espe-
documentos exigidos no artigo 1.°, o titulo pelo qual pro- cial para esse fim criado. E s t e livro será rubricado pelo
vem que o são. governador ou por um qualquer empregado da secretaria
§ 3.° É applicavel aos co-emphyteutas o que fica dis- geral a quem aquelle tiver dado essa commissão.
posto nestas instrucções quanto á remissão requerida pe- § 1." No termo, alem da especificação dos bens remi-
los sub-emphyteutas. E igualmente applicavel aos cabeceis dos e do respectivo preço da remissão declarar-se-ha que
o que fica determinado quanto á remissão requerida pelos esses bens se hypothecam ao preço devido pela remissão
emphyteutas. e ás letras que tambem se devem especificar.
Da avaliação § 2,° Lavrado o termo da remissão, o inspector de fa-
zenda mandará intimar, por intermedio dos administrado-
Art. 8.° Logo que na Repartição de Fazenda Provin- res dos concelhos, os requerentes ou seus procuradores,
cial forem recebidos os requerimentos contendo as decla- para no prazo que será designado conforme a distancia a
Maio 24 246 1902

que estes se acharem e que será contado da data da inti- j cios da Marinha e UItramar, posto á disposição da Junta.
mação, assignarem o termo c pagarem o preço da reruis- 1 do Credito Publico, para ser convertida em titulos de di-
são. vida fundada, pela cotação official, e a dos juros será en-
§ 3.° Assignado o termo e effectuado o pagamento, se- tregue em dinheiro pela Repartição de Fazenda Provin-
rão pela Repartição de Fazenda Provincial passados os cial aos estabelecimentos ou corporações a quem de direito
competentes titulos aos interessados, titulos estes que se- pertencerem.
rão assignados pelo governador da provincia e pelo inspe- § umco. Se a primeira letra dada em pagamento não
ctor de fazenda. fôr paga no seu vencimento, considera-se desde logo ven-
§ 4.° Sc, findo o prazo designado na intimação, os que cida a restante, sendo remettidas todas com os respecti-
liouverem requerido a remissão não tiverem pago o preço vos protestos ao delegado do Procurador Regio para pro-
d'ella, considerar-se-ha terem desistido, e proceder-se-ha ver a sua cobrança pelos meios legaes.
ao annuncio para a venda do respectivo foro, censo, pen- Art. 16.° A s importancias postas á disposição da Junta
são ou quinhão. do Credito. Publico serão acompanhadas de uma relação
§ 5.° Pela mesma fórma se procederá, não só com re- formulada pela Repartição de Fazenda, na qual se deverá
lação aos foros e pensões sub-emphyteuticas, sujeitos a indicar:
laudemio, que se pretenderem remir apenas em parte, mas 1.° O preço da remissão ou arrematação;
tambem quando se tratar de censos e quinhões, de foros 2.° O moclo do pagamento;
e pensões não obrigados a laudemios que se queiram re- 3.° Os bens que são remidos ou arrematados;
mir no todo ou em parte. 4.° O estabelecimento ou corporação a que pertencer
cada uma das importancias enviadas;
Fórma de pagamento ^ 5.° Se a importancia remettida é representativa d a to-
talidade da remissão, ou de quc parte d'ella.
Art. 11.° A remissão dos foros, censos, pensões ou qui- Art. 17.° Os titulos de divida publica deverão sempre .
nhões será realizada á escolha do remidor, ou em um só comprehender os juros do semestre ainda não vencido.
pagamento ou em tres prestações iguaes. Art. 18.° A s sommas recebidas em dinheiro serão pela
§ 1.° O remidor que pretender pagar em prestações Junta do Credito Publico immediatamente convertidas em
deverá dcclará-lo no scu requerimento. titulos, e estes, depois de assentados e averbados com a
§ 2." Na falta de declaração entende-se que o preço da clausula de ficarem sujeitos á satisfação dos lcgados pios
remissão será satisfeito cm um só pagamento pela sua to- com que os bens por que foram subrogados possam estar
talidade. onerados, serão entregues por intermedio da Secretaria de
§ 3.° As prestações serão p a g a s : a primeira em di- Estado dos Negocios da Marinha e UItramar á Repartição
nheiro ao assignar o termo da remissão, e as duas restan- de F a z e n d a Provincial, que os remetterá ás corporações
tes em letras a prazo dc seis e doze meses, com o juro ou cstabelccimentos a que pertencerem, os quaes passarão
annual de 8 por cento. Pelos juros passar-se-hão letras o competente recibo em duplicado. U m d'estes recibos será
especiaes. enviado á Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha
Art. 12.° A s letras serão sacadas á ordem da Repar- e UItramar para comprovar a entrega, e outro ficará ar-
tição de Fazenda Provincial, acceites pelo remidor para chivado na referida repartição.
serem pagas no cofre da Thesouraria Geral ou no da The- § unico. Os minimos que forem recebendo ficarão cm
souraria da Agencia do Banco Emissor, encarregado das deposito no cofre da thesouraria geral até perfazerem a
funcções de thesoureiro do Estado em Cabo A7ercle. importancia de um titulo. Os que no prazo dc um anno
§ 1.° A s letras deverão conter a designação dos esta- não perfizerem essa importancia serão, como o juro das
belecimentos ou corporações a quem pertenciam os bens letras, entregues ás corporações ou estabelecimentos a quc
remidos. pertencerem.
§ 2." A s letras deverão, em regra, ter, pelo menos, Art. 19.° Os titulos que se derem pelas remissões es-
uma firma de inteiro credito e solvabilidade reconhe- tão sujeitos ao sêllo de 1 por cento sobre o preço da re-
cida. missão ou arrematação, alem do sêllo do papel em que fôr
§ 3.° Os impressos sellados para letras serão forneci- escrito, á respectiva contribuição de registo por titulo one-
dos pelo acceitante. roso; e ao emolumento de 1 ; )000 réis, se a arrematação
Art. 13." Os bens, cujos foros, censos, pensões ou qui- de bens c foros ou a remissão fôr até 2 0 0 $ 0 0 0 réis; e de
d
nhões forem remidos, ficam constituindo hypotheca d'es- mais /-j por cento sobre o excesso, se fôr superior, emo-
tas letras ató ao seu intcgral e effectivo pagamento. lumento este que pertencerá ao inspector de fazenda.
§ 1.° Esta hypotheca deve ser registada, e constitue-se Art. 20.° Se o preço da remissão fôr pago antes do ven-
pelo respcctivo termo dc remissão, de que sc dará copia cimento annual dos respectivos foros, censos, pensões ou
authentica aos interessados, em que se especifique os bens quinhões, os foros, censos, pensões ou quinhões d'esse
quc são remidos, e declare que se hypothecam ao preço anno serão rateados, na proporção do tempo decorrido en-
devido da remissão, e as letras que tambem se devem es- tre os remidores e os respectivos estabelecimentos ou cor-
pecificar. porações, que haverão a sua parte, assim como os foros
§ 2.° Ao pagarem a primeira prestação, juntarão os vencidos e devidos dos annos antcriores. Se, porem, fôr
remidores certidão de registo da respectiva hypotheca e pago depois do vencimento, pertencem integralmente aos
dc outras quaesquer j á inscriptas sobre os predios hypo- referidos estabelecimentos ou corporações.
thecados ou de as não terem. Art. 21.° Terminado que seja o prazo cle seis meses,
§ 3." Havendo outras hypothccas, se os remidores ou concedido para a remissão de foros, censos, pensões ou
liadores não se prcstarem a pagar ncsse acto todo o preço quinhões pertencentes aos estabelecimentos ou corpora-
da remissão, esta não se lcvará a effeito, c entender-se-ha ções, a que se referem as leis de 4 cle abril de 1 8 6 1 , 22
que dcsistcm da mesma remissão, proccdendo-se ao annun- de junho cle 1866 e 28 dc agosto de 1869, proceder-se-ha
cio para a v e n d a do respcctivo foro, censo ou pensão. ás diligencias necessarias, a fim cle que possa ter logar o
Art. 14." As letras podem ser distratadas antes do seu annuncio da sua venda, e da dos respectivos direitos do-
vencimento, abatendo-se os juros que ainda não estiverem miiiicaes, em hasta publica, pela fórma estabelecida nos
vencidos. paragraphos seguintes.
Art. 15." Quando as letras forem pagas, quer no todo § 1.° Para se levar a effeito esta disposição organizará
quer em prestações, a importancia do capital recebido a Repartição de Fazenda Provincial, em face dos inventa-
será, por intermedio da Secretaria dc Estado dos Nego- rios originaes, uma relação em que se designem os foros,
247 Maio 21
1902

censos, pensões ou quinhões que d e v e m ser vendidos, por do concelho onde fôr situado o predio, e outro pela respe-
se não ter solicitado ou pago a sua remissão dentro do ctiva corporação ou estabeleeimento, devendo igualmente
prazo legal, a fim de se proceder á sua avaliação pela ambos os interessados louvarem-se em dois outros para
fórma já estabelecida para as remissões. ser escolhido á sorte o terceiro no caso cle empate.
§ 2.° Terminada a avaliação serão os foros, censos, Art. 25.° Observar-se-ha, na parte applicavel, na venda
pensões ou quinhões incluidos em listas especiaes publi- dos predios cle que trata este capitulo, o que fica deter-
cadas no Boletim Official e affixadas nos logares publicos minado nestas instrucções em relação aos foros, censos,
dos respectivos concelhos e freguesias. pensões ou quinhões com as seguintes e x c e p ç õ e s :
§ 3.° A s vendas de foros, censos, pensões ou quinhões 1.° O pagamento proveniente da venda clos predios rus-
effectuar-se-hão na Repartição de F a z e n d a Provincial. ticos ou urbanos será realizado á eseolha do comprador,
§ 4.° Se não houver lançador, far-se-ha no preço dos ou em um só pagamento ou em cinco prestações iguaes,
foros, censos, pensões ou quinhões o abatimento de 10 sendo a primeira paga em dinheiro ao assignar o termo de
por cento, facultando-se desde logo a remissão tanto aos arrendamento ou compra e as quatro restantes cm letras
emphyteutas, censuarios, pensionados e quinhoeiros, nos a prazo de seis, doze, dezoito e vinte e quatro m e s e s ;
termos do artigo 3.° d'estas instrucções, como aos sub- 2.° Quando não houver lançador voltarão os predios á
emphyteutas, quando os prazos estiverem sub-empraza- praça, para serem vendidos com o abatimento de uma
clos, nos termos do § 1.° do mesmo artigo. quinta parte, se assim não forem vendidos, voltarão á
§ 5.° Se não houver quem requeira a remissão, voltará praça com o abatimento de duas quintas partes, e se ainda
á praça com os mesmos abatimentos, e se ainda não hou- assim o não forem, voltarão á praça com o abatimento de
ver lançador admittir-se-ha novamente a remissão. tres quintas partes, e por ultimo com o de nove decimas
§ 6'.° D e cada vez que não houver lançador far-se-ha o partes da avaliação, não podendo nunca esta descer a me-
abatimento de 10 por cento successivamente, comtanto nos cle cinco vezes o rendimento annual do predio.
que não desca abaixo da decima parte da avaliação, dan- Art. 26.° Quando por motivos dc interesses publicos o
do-se sempre em cada nova deducção preferencia aos que Governo careça dc adquirir algum predio pertencente ás
requererem a remissão. corporações e estabelecimentos de que tratam as leis de
§ 7.° Quando a venda dos foros e direitos dominicaes desamortizaçíio, a acquisição far-se-ha não em hasta pu-
se eftectuar por um preço inferior ao cla avaliação, o lau- blica, mas pelo valor que se liquidar em face clo rendimento
demio do prazo ficará desde essa data reduzido na pro- collectavel com que na respectiva matriz predial figurar o
porção do abatimento com que se abrir a praça em que referido predio.
fôr arrematado o foro, não podendo esta reducção, po- CAPITULO I I I
rem, fazer baixar o laudemio a menos de quarentena.
§ 8.° Na venda cle foros, censos, pensões ou quinhões, Dos baldios
assim como na applicação do seu preço, averbamento e Art. 27.° A desamortização dos baldios será feita por
entrega dos titulos de divida fundada ás corporações e es- meio de venda ou de aforamento, nos termos das leis em
tabelecimentos a que pertencerem, se observarão, na parte vigor na provincia.
applicavel, todas as providencias que por estas instrucções Art. 28.° A s camaras municipaes e as juntas de paro-
ficam estabelecidas para a remissão dos foros, censos, chia resolverão, com approvação do conselho de provincia,
pensões ou quinhões e destino do seu producto. qual das formas de alienação designadas no artigo antece-
dente deve ser adaptada para a desamortização dos bal-
CAPITULO I I dios que lhes pertencerem e que não forem exceptuados
da desamortização.
Venda de predios rnsticos e urbanos
§ unico. Qualquer d'estas formas de alienação póde ser
Art. 22.° Conforme estiverem concluidos os inventarios adoptada exclusivamente, ou ambas cumulativamente, se-
dos predios rusticos ou urbanos das corporações ou esta- gundo melhor parecer ás corporações deliberantes.
belecimentos, a que sc referem as leis de 4 de abril de Art. 29.° A s resoluções das camaras municipaes ou das
18(31, 22 de junho de 1866 e 28 de agosto dc 1869, pro- juntas cle parochia, depois cle approvadas pelo consclho
seguirá a venda de todos os bens que se não acharem de provincia, deverão ser communicadas á Repartição de
comprehendidos cm algumas clas excepções das mesmas Fazenda Provincial, dentro do prazo de quinze dias, a con-
leis. tar da data da sua approvação.
Art. 23.° O governo cla provincia, com audiencia das Art. 30.° Conhecida que seja esta deliberação, a Re-
administrações interessadas, fará a designação e demarca- partição de F a z e n d a Provincial fará averbar conveniente-
ção clos edificios e terrenos exceptuaclos da desamortiza- mente os respectivos inventarios, a fim de se proceder á
ção. venda dos terrenos cuja desamortização se não fizer por
E s t e s edificios e terrenos sao: meio de aforamentos.
1." As residencias parochiaes e os terrenos contiguos Art. 3 1 . 0 A s camaras municipaes e as juntas cle paro-
que forem indispensaveis ao uso pessoal clos parochos; chia procederão aos aforamentos clos baldios, competcnte-
2.° Os edificios e terrenos indispensaveis ao serviço clos mente reservaclos para esse meio dc desamortização, den-
estabelecimentos dc instrucção publica; tro clo prazo de um anno, e, se dentro d'elle, sem legiti-
3.° Os terrenos necessarios ao logradouro commum dos mo impedimento devidamente eomprovado, não concluirem
povos, clos municipios o parochias. os afoi-amentos, entender-se-ha que renunciaram ao afora-
_ § 1.° Para se effectuar o quc fica determinado, as admi- mento, e proceder-se-ha á venda dos respectivos terrenos.
nistrações interessadas deverão dirigir ao Governo, por Art. 32.° Os aforamentos dos baldios serão feitos de
intermedio cla Repartição de Fazenda Provincial as suas harmonia com a legislação vigentc.
representações fundamentadas. § 1.° Feitos os aforamentos, as respectivas camaras
§ 2.° E s t a s representações cleverão declarar os predios municipaes ou juntas cle parochia remetterão á Repartição
exceptuaclos, com as suas confrontações e rendimentos, e cle Fazenda Provincial copias authenticas d'esses contra-
bem assim o uso e serviço a que devem ser applicados. tos, para serem incorporaclos nos inventarios a que per-
§ 3.° O Governo, depois de ouvidas as auctoridades tencerem, a fim de se proceder á desamortização dos res-
competentes nas localidades respectivas, e obtidos os es- pectivos foros dentro clo prazo de dez annos, contados da
clarecimentos necessarios, resolverá como fôr de justiça. data dos mesmos contratos.
Art. 24." Quando tenha de proceder-sc a algumas ava- § 2.° A esta desamortização será applicavel o disposto
liações, será um clos louvados nomeado pelo administrador nestas instrucções acêrca da remissão ou venda de foros.
Maio 24 248 1902

CAPITULO IV Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.


DisposiçOcs geraes O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
Art. 33.° Aos louvados e maÍ3 individuos empregados do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
nas avaliações será arbitrada uma gratificação, proposta em 24 de maio de 1902.== REI. = Ernesto Rodulpho Hintze
pelo enearregado de fazer os inventarios e approvada pelo Ribeiro.
governador, precedendo informação do inspector de fa-
zenda. Regulamento para o serviço meteorologico dos fiçores,
§ 1.° Os individuos encarregados de fazer os inventa- a que se refere o decreto d'esta data
rios presidirão ás avaliações, e processarâo sob sua res-
ponsabilidade as folhas de gratificação de que se trata. Artigo 1.° O serviço meteorologico dos Açores, com-
§ 2.° Estas folhas terâo o visto dos representantes das prehendendo os observatorios de Ponta Delgada, Horte
corporações ou estabelecimentos a que pertencerem os Angra do Heroismo, Flores, e quaesquer outros que no
bens inventariados, podendo estes representantes fazer futuro se estabeleçam em qualquer das ilhas d'este archi-
nellas qualquer declaração que julgarem conveniente aos pelago, tem por fim :
interesses das mesmas corporações ou estabelecimentos. a) Estudar a meteorologia, magnetismo e sismologia do
§ 3.° Tanto estas fulhas como as das gratilicações aos archipelago açoriano ;
individuos encarregados de fazer os inventarios, serão re- b) Auxiliar, dentro dos recursos que lhe forem estabe-
mettidas á Eepartição de Fazenda Provincial para o ef- lecidos, os estudos de meteorologia nautica, ou quaesquer
feito da precisa approvação e abono das respectivas im- outros relativos á sciencia meteorologica que pessoas ou
portancias. corporações nacionaes ou estrangeiras desejem fazer no
Art. 34.° O processo da escripturação será o que fôr archipelago dos Açores ;
adoptado pela Repartição de Fazenda Provincial, de har- c) Receber e transmittir a hora official que será envia-
monia com o que para igual operação estiver em uso na da telegraphicamente pelo Real Observatorio Astronomico
metropole. de Lisboa ao Observatorio Meteorologico de Ponta Delga-
Art. 35.° As despesas das avaliações dos predios, foros, da, e d'este deve ser communicada aos demais observato-
censos, pensões ou quinhões que se fizerem por conta de rios do archipelago, quando elles tiverem os necessarios
cada uma das corporações ou estabelecimentos a que se apparelhos para tal serviço;
referem as leis de 4 de abril de 1861, 22 de julho de d) Enviar para o Observatorio do Infante D . Luiz os
1866 e 28 de agosto de 1869, e a das gratificações aos telegrammas e mais elementos necessarios neste Observa-
individuos que fizerem os inventarios, serão deduzidas do torio para o serviço de previsão do tempo, e publicação
preço das arrematações ou renjissões no acto do paga- de boletim meteorologico diario.
mento, passando-se duas guias, uma pela parte liquida Art. 2.° O pessoal d'este serviço será :
pertcncente ás corporações e outra pela importancia das Para os Açores:
despesas das avaliações e gratificações, devendo estas im- 1 director.
portancias entrar nos cofres da Fazenda como operações Este funccionario residirá habitualmente em S. Miguel,
de thesouraria, sob a epigraphe de «operações pela lei de mas deverá habitar, pelo menos, dois meses em cada anno
desamortização». na Uha do Faial, e um mês na das Flores, quando esta
Art. 36.° As arrematações e vendas em hasta publica, ilha esteja ligada telegraphicamente a qualquer das outras
de que tratam estas instrucções, serão feitas perante uma do archipelago.
commissão composta do governador da provincia, inspe- Para S. Miguel:
ctor de fazenda, delegado do Procurador Regio na comarca 1 chefe de serviço enearregado especialmente das
de Sotavento e official sub-chefe da Repartição de Fazenda observações magneticas.
Provincial, servindo o primeiro de presidente e o ultimo 1 guarda auxiliar neste serviço magnetico.
de secretario. 2 ajudantes para observações meteorologicas que
Art. 37.° Os pagamentos dos juros dos titulos da di- servirão tambem de amanuenses.
vida publica fundada, averbados ás corporações e estabe- 1 servente.
lecimentos sujeitos á desamortização, serão pagos pela O chefe de serviço e o guarda auxiliar empregados no
Repartição de Fazenda Provincial para este effeito consi- serviço magnetico, só serão nomeados quando concluida a
derada como delegação da Junta do Credito Publico. construcção do observatorio magnetico.
§ unico. Para este effeito serão, pela Junta do Credito Para o Faial:
Publico, dadas á referida repartição as necessarias instruc- 1 chefe de serviço observador. ^
ções. 1 ajudante que servirá tambem de amanuense.
Paço, cm 24 de maio de 1902. = Antonio Teixeira de 1 servente.
Sousa. Para as Flores:
D . do G. n.° 122, de 3 dc junho. 1 chefe de serviço observador.
1 ajudante que servirá tambem de amanuense.
1 servente.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO Emquanto não estiverem estabelecidas as communica-
ções telegraphicas acima indicadas, não haverá nesta ilha
Direeção Geral da Instrucção Publica senão 2 ajudantes.
Para a Terceira:
a 2 ajudantes.
i Repartição
Art. 3.° Compete ao pessoal o seguinte:
Attendendo ao que se acha disposto na carta de lei de Ao director:
12 de junho dc 1901, e tendo em consideração o que foi 1.° Superintender e distribuir todo o serviço meteoro-
proposto pelo director do serviço meteorologico dos Aço- logico aos differentes observatorios do archipelago;
res: hei por bem decretar o seguinte: 2.° Proceder ao reconhecimento magnetico dos Açores;
Artigo 1.° E approvado, para devida observancia, o re- 3.° Tomar parte nas reuniões annuaes que em Lisboa
gulamento do serviço meteorologico dos Açorcs que acom- devem haver dos directores dos Observatorios Meteorolo-
panha o presente decreto e baixa assignado pelo Ministro gicos de Lisboa, Porto e Coimbra, nas quaes os quatro
e Secretario de Estado dos Negocios do Reino. I funccionarios, sob a presidencia do mais velho, estabele-
1902 '249 Maio 24

cerão um plano uniforme para as differentes publicações Aos serventes:


que os referidos observatorios do continente e os dos Aço- 1.° Fazer a policia do observatorio respectivo e suas
res devam fazer, e discutirão todos os assumptos que in- dependencias ;
teressem a meteorologia, o màgnetismo, a sismologia, ou 2.° Fazer a limpeza do edificio e a da mobilia;
outro qualquer estudo da physica do globo que possam 3.° Cumprir as ordens de serviço concernentes á en-
ser feitos nos mencionados observatorios; trega e recepçâo de correspondencia, transporte dc pe-
4.° Ministrar todas as informações que lhe forem pedi- quenos volumes, etc., que lhe forem dadas pelos empre-
das pelos observatorios meteorologicos nacionaes ou es- gados do observatorio.
trangeiros, ou pelas estações officiaes competentes acêrca Art. 4.° A nomeação do pessoal do serviço será feita
dos assumptos que forem estudados nos differentes obser- pelo Governo segundo os seguintes principios:
vatorios do archipelago; 1 O logar de director será provido em pessoa que
õ.° Redigir um relatorio annual acêrca dos serviços de- para isso fôr julgada competente pelo Ministerio do
sempenhados nos observatorios dos Açores; Reino;
6.° Verificar e assignar todas as folhas de vencimento 2.° O chefe de serviço enearregado das observações
do pessoal e mais documentos de dcspesa de todos os obser- magneticas será um empregado de qualquer observatorio
vatorios, sob a sua superintendencia; do reino habilitado para taes observações com mais de
7.° Conceder dispensas e trocas de serviço aos empre- um anno de pratica, e que deseje ser nomeado para os
gados dos differentes observatorios, sem prejuizo da con- Açores;
tinuidade e rigor das observações ; 3.° O chefe de serviço enearregado das observações
8.° Impor a pena de reprehensão a qualquer dos em- magneticas dado o caso de não haver empregado nas con-
pregados do serviço, o em casos extraordinarios a de sus- dições acima indicadas que deseje ser provido no logar, e
pensâo de funcções, communicando immediatamente ao os demais chefes de serviço e ajudantes, serão nomeados
Ministerio do Reino o que determinou tal suspensao, que precedendo concurso documental, mas a sua nomeação só
só se tornará effectiva emquanto â perda de vencimentos, será definitiva depois de um anno de tirocinio em qual-
quando approvada superiormente a suspensão; quer dos observatorios, se a informação do director do
9.° Verificar pelo menos uma vez em cada anno se os serviço lhes fôr favoravel;
instrumentos de todos os observatorios e estações sema- 4.° Os logares de guarda auxiliar do serviço magnetico
phoricas dos Açores aonde se façam observações meteo- e de serventes serão providos em pessoas propostas pelo
rologicas estão em boas condições de funccionamento, e director do serviço.
se cumprem rigorosamente os methodos de observação Paço, em 24 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho
estabelecidos. Hintze Ribeiro.
D . do G. n . ° 123, de i de j u n h o .
Ao chefe do serviço magnetico:
1.° Fazer as observações magneticas ; e meteorologicas
que lhe forem indicadas;
2.° Fazer os calculos correspondentes ás observações
magneticas, e as da determinação dos elementos magneti- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR
cos observados pelo director, quer no observatorio ma-
gnetico, quer no desempenho do serviço de reconheci- Direoção Geral do UItramar
mento magnetico dos Açores.
Ao guarda do observatorio magnetico, que residirá l . a Repartição
annexo ao mesmo :
1.° Auxiliar o chefe do serviço nas observações ma- l. a SecçSo
gneticas e meteorologicas ;
2.° Fazer a policia do observatorio e suas dependen- Attendendo ao que me reprcsentou o governador da
cias. provincia de Cabo Verde sobre a conveniencia de se es-
Aos chefes de serviço dos observatorios das Flo- tabelecer preceitos com respeito ao transito entre as ilhas
res e Faial, e aos ajudantes dos de Ponta Del- do archipelago para a entrada e saida de viandantes que
gada e Angra, escolhidos pelo director do ser- provenham do exterior ou que para este pretendam diri-
viço : gir-se ;
1.° Saperintender o serviço do observatorio respectivo Considerando que as disposições da lei relativas a pas-
quando nelle não esteja o director do serviço, fazendo saportes na referida provincia estão dispersas e são tão
cumprir as ordens que este tenha dado; incompletas que se faz evidente a necessidade de uma re-
2.° Receber e transmittir a hora official ; modelação dos preceitos da policia relativos ao alludido
3.° Coordenar as observações meteorologicas e as indi- transito;
cações dos instrumentos registadores de modo a poderem Considerando que. da regulamentação indicada resultará
ser publicadas segundo as instrucções do director do ser- a salvaguarda de valiosos interesses publicos;
viço ; Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con-
4.° Deduzir das observações feitas ou recebidas no selho de Ministros; e
observatorio respectivo os elementos necessarios para o Usando da auctorização confcrida ao Governo pelo§ 1.°
serviço de previsão do tempo; do artigo 15.° do 1.° Acto Addicional á Carta Constitu-
5.° Fazer as observações diarias meteorologicas e sis- cional da Monarchia:
mologicas que lhe forem determinadas pelo director do Hei por bem decretar o seguinte :
serviço. Artigo 1.° É approvado, para ter execução na provin-
Aos ajudantes : cia de Cabo Verde, o regulamento de policia para o tran-
1.° Fazer as observações diarias que lhe forem deter- sito nas ilhas do archipelago de Cabo Verde, entrada de
minadas ; viandantes e sua saida para o exterior, que faz parte
2.° Prover de folhas os instrumentos de registo; d'este decreto e baixa assignado pelo Ministro e Secreta-
3.° Escrever e copi.ar toda a correspondencia; rio de Estado dos Negocios da Marinha e UItramar.
4.° Fazer as folhas de vencimento do pessoal, e as das Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
differentes despesas do serviço ; O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te-
5.° Escripturar a entrada e saida dos instrumentos do nha entendido e faça executar. Paço, em 2 4 de maio de
respectivo observatorio. 1902. — R E I . = Antonio Teixeira de Sousa.
Maio 24 250 1902

Regulamento de policia para o transito nas illias do archipelago § 2.° As certidões referentes ao serviço militar não são
de Cabo Verde, applicaveis aos nacionaes que se dirijam para as regiões
entrada de viandantes e sua saida para o exterior da sua naturalidade.
§ 3.° A fiança de que trata o n.° 5.° d'este artigo será
CAPITULO I igual ao preço cla remissão eompleta de serviço militar,
pelo que diz respeito aos naturaes do archipelago.
Artigo 1.° Todos os individuos nacionaes e estrangeiros
podem viajar e transitar livremente nas ilhas do archipe-
CAPITULO II
lago de Cabo Verde, e de umas para outras, sem depen-
dencia de passaportes ou de qualquer documento cle iden- Art. 6.° Os viajantes estrangeiros quando se verifiquem
tica natureza. as circunstancias mencionadas na ultima parte do artigo
§ unico. Relativamente aos viajantes que sc acharem 2.°, e os nacionaes em qualquer caso, procedentes do ex-
nas eircunstancias descriptas no artigo l õ . ° cVeste regu- terior d'este archipelago, só podem nelle ser admittidos
lamento, as auctoridades procederão como nelle se deter- nas seguintes condições :
mina. 1.° Apresentando passaporte das auctoridades do país
Art. 2.° E dispensada a exigencia de passaporte aos d'onde procedam, ou clos agentes consulares cla nação a
estrangeiros que saiam ou entrem na provincia, podendo que pertencem, referendados, sendo estrangeiros, pelos
comtudo o governador, quando motivos graves de ordem agentes diplomaticos ou consulares portuguezes, sc no ponto
publica justifiquem a adopção cle mcdidas excepcionaes, cl'onde sair os houver ;
rcstabelecc-los temporariamente. 2.° Dando, na falta de passaportes, abonação idonea a
Art. 3." Dadas as circunstancias a que se refere a ul- identidade do pessoa, e, senclo nacionaes, comprovando
tima parte do artigo antecedente, os estrangeiros só po- que cumpriram os preceitos da lci do recrutamento em vi-
derão sair clo archipelago apresentando, alem do certifi- gor no logar da sua naturalidade ;
cado clo seu consul, se o houver na localidade, o titulo de 3.° Declarando por termo escrito, na ausencia das ga-
legitimacão definitivo c[uc tiverem obtido nos termos clos rantias do numero anterior, a sua identidade e circunstan-
n.'"'Ã l . n , ' 2 . ° c 3.° do § 2.° do artigo 9." d'cste regula- cias e o fim a que veem, mas nesta l^potheso a admissão
mento, quando á auctoridade administrativa, a quem com- é provisoria e condicional até se legitimarem definitiva-
pcto dar-lhes permissão para sairem, não conste haver mente perante a auctoridade do concelho onde forem re-
impedimento; mas se ella, apesar clo referido certificado, sidir ;
suspeitar de algum dos impetrantes póde tambem prévia- 4.° Manifestando-se como emigrados, bastando neste caso
mente exigir-lhes abonação idonea. declarar a localidade para onde vão residir.
§ unico. E permittido aos estrangeiros munirem-ss de Art. 7.° Na entrada a auctoridade administrativa ou um
passaportes clos agentes consulares clas respectivas nações seu delegado fará a visita de policia clos navios e com os
nos pontos cm que os houver e póde a auctoridade refe- viandantes com destino ao respectivo porto procederá, se-
rendá-los, se os interessados assim lh'o solicitarem. gundo as hypotheses c circunstancias marcadas nos arti-
Art. 4.° Os nacionaes que quiserem sair do archipelago gos antecedentes, pela fórma seguinte:
para o exterior munir-se-hão cle passaporte passado pela 1.° Viaar-lhes-ha de prompto os passaportes que se lhe
respectiva auctoridade. apresentarem e lh'os restituirá, dataclo e assignado o vis-
g unico. Exceptuam-se d'csta regra geral os militares to, no qual se dcclarará o ponto em que vão residir ;
e os funccionarios publicos os quaes podem seguir viagem 2.° Na falta cle passaporte cxigir-lhes-ha a abonação c
acompanhados cla sua guia ou da licença do chefe supe- a declaração de que acima se trata ;
rior da repartição a que pertencem. 3.° Aos que sc acharem nalgumas das circunstancias
Art. 5.° Nenhum passaporte se concederá aos nacionaes designadas na segunda, terceira c quarta clas hypotheses
senão quando o impetrante provar por documentos : do artigo antecedente concederá um salvo-conducto, con-
.1." Que ó maior de vinte e um annos ou que está cman- forme o inoclelo n.° 1, annexo a este regulamento, não
cipndo e satisfez aos preceitos da lei clo recrutamento a como titulo de transito, porque o não carece, mas como
quc está sujeito pela sua naturalidade ; documento de identidade de pessoa para com elle se legi-
2." Quc está livre dc crimes, apresentando certificado timarem definitivamente perante a auctoridade, administra-
do registo criminal passado pelo juizo cla localidade clo tiva competente da terra em que forem rcsiclir, quando
seu ultimo domicilio em que tiver resididopor mais de tres esta não seja a mesma em que faz a sua aprcsenta-
mescs, ou dando abonação idonea. Ção;
3.° Quo tem permissão, senclo empregado publico, clo 4.° Se os passageiros forem portuguezes, a fiscalização
scu eliefe superior; policial com estes limitar-se-ha a consignar os seus nomes
4." Que tem licença, sendo menor cle vinte e um an- c demais circumstancias referentes á terra da naturali-
nos, de seus paes ou tutor, e, se fôr mulher casada, dc dade, profissão, idade e estado e a entregar-lhes o passa-
seu marido ; porte, se o tiverem, com o simples visto, ficando assim
f>." Quo prcstou na administração do seu concelho, se desembaraçados para disporem de si livremente, salvo se
tiver idade dc quatorze a vinte c um annos, fiança de a respeito cle alguns cVelles se der qualquer clas hypothe-
que, senclo chamado para o serviço militar, se apresen- ses previstas no artigo 15." cVeste regulamento, porque
tará ou se rcmirá do onus pagando a remissão eompleta clo nesse caso será dctido e partieipar-se-ha ao governador
merinó serviço, nos termos cla lei do recrutamento a que da provincia o motivo cla detenção, para se cumprir o de-
estiver sujeito; terminado no mesmo artigo.
(>.° Se o impetrante fôr emigrante apresentará tambem § unico. O capitão clo navio entraclo em qualquer porto
o seu contrato de 1prestação dc serviços, nos termos das da provincia apresentará á auctoridade administrativa, ou
, . . '
Joiir' cm vigor. seu delegado, que fizer a visita ordenada no presente ar-
1." Quando o impetrante fôr dc maior idade e se di- tigo, os passageiros com destino ao porto em que se achar
rigir para o estrangeiro, não como colcmo para ahi prestar fundeado acompanhados cle uma relação, conforme o mo-
serviços, ou como emigrante, mas por outro qualquer mo- delo n.° 2. annexo a este regulamento, por elle capitão
tivo, a auctoridade, póde conceder-lhe passaporte, clando assignada.
abonador idoneo e conhecido á identidade dc pessoa e ccr- Art. 8.° Dos preceitos cVeste regulamento sobre a fis-
tiiicando que o abonado não é criminoso e pocle livremente calização cla entrada de viandantes são exceptuados em
dispor dc si. qualquer caso os agentes consulares e seus dependentes.
1902
251 Maio 24

CAPITULO III de - . . .-í sendo datado e assignado pela auctoridade refe-


rendataria, isto quando os interessados não prefiram mu-
Art. 9.° Os estrangeiros que vierem residir tempora- nir-se de passaporte português^ porque neste caso lhes
rariamente no archipelago ficam obrigados a apresenta- será concedido.
rem-se desde logo e a legitimarem-se definitivamente^ pe- Art. 12.° Pelos passaportes do exterior aos nacionaes e
rante a auctoridade administrativa da terra em que fixa- por iguaes titulos ou referendas para a saida dos estran-
rem a sua residencia. geiros, pagar-se-ha alem do sêllo fixado na tabella cm vi-
§ 1.° Se a residencia fôr no porto de mar em que o gor os emolumentos designados na tabella annexa a este
estrangeiro entrou (sendo sede do concelho) o passaporte regulamento.
que ali tiver apresentado, quando se der o caso da ultima CAPITULO V
parte do artigo 2.°, visado pelo respectivo consul, se o
houver, bem como a abonação ou declaração que tiver Art. 13.° O viajante estrangeiro, dada a hypothese da
prestado, conforme o estatuido nos n. os 2.°, 3.° e 4.° do ultima parte do artigo 2.°, ou o nacional que intentar sair
artigo 6.°, lhes ficam servindo de titulo dc legitimaçâo e da provincia sem passaporte ou qualquer outro titulo que
da caução para a sua permanencia. auctorize o seu egresso, será apprehendido e com o res-
§ 2.° Nas circunstancias do paragrapho antecedente a pectivo auto entregue á competente auctoridade para ser
auctoridade observarã o seguinte: julgado segundo a lei. A multa não poderá exceder 20;>000
1.° Ao estrangeiro que tiver passaporte referendará réis, nem o tempo dc prisão por falta de pagamento da
este pelo seguinte modo: «visto o presente titulo bom mesma ir alem de um mês.
para o portador residir nesta . . . por tempo de . . . » o § 1.° Exceptuam-se do preceito cVeste artigo os agentes
que fôr indicado pelo portador do passaporte comtanto consulares, ou pessoas cle sua dependencia.
que não exceda um anno. A referenda poderá ser suc- g 2." O producto da multa será applicado metadc para o
cessivamentc renovada pelo modo e prazo acima indicado, apprehensor e a outra metade é considerada rcceita publica.
e será deelarada permanente logo que o estrangeiro prove § 3.° Do mesmo modo se procederá com os estrangei-
a sua residencia no archipelago por tempo de dois ros, quc tendo obtido permissão de residencia provisoria,
annos; se não legitimarem definitivamente como prescreve o ar-
2.° Porem, se o passaporte se tiver extraviado ou inu- tigo 9.° cVeste regulamento.
íilizado ou se não lhe fôr exigido em virtude do que dis- g 4.° Pela falsicladc dos titulos cle legitimaçâo ou do
põe a primeira parte do artigo 2.° substituir-se-ha por um passaporte, ou pelo uso d'estes documentos, ainda que se-
bilhete do legitimaçâo conforme o modelo sob n.° 3 annexo jam legaes não pertencendo ao portador, serão os delin-
a este regulamento; quentes autuados e entregues ao poder judicial para pro-
3.° A mencionada prova de domicilio por dois annos ceder com elles em conformidade das leis.
successivos no archipelago póde prestar-se em qualquer Art. 14.° Incorrem na pena de demissão ou de suspcn-
outro concelho para onde o estrangeiro se tenha transfe- são ao arbitro do governador da provincia, e neste caso
rido, perante a auctoridade administrativa competente. sem vencimento de ordenado, os empregados ou funccio-
§ 3.° Pelo visto ou bilhete permittindo a residencia pa- narios que não satisfizerem o que lhes ó incumbido por
gará o estrangeiro na administração, alem do sêllo mar- este regulamento, ou serão processados judicialmente sc o
caclo na tabella cm vigor, o emolumento designado na ta- caso assim o pedir.
bella annexa a este regulamento, segundo o tempo por que Art. 15.° O livrc transito no archipelago ou a saida
fôr concedida. d'elle para o exterior, póde ser impedida quando a aucto-
£ 4.° A importancia do mencionado sêllo deverá ser ridade tiver cabal conhecimento por documento cirithentico
paga por meio dc estampilha no respectivo diploma con- ou deprecada, de que algum viajante está nos casos se-
juntamente com a importancia do emolumento. guintes :
1.° Que ó profugo cle algum a cadeia ou presidio, clescr-
CAPITULO IV tor ou refractario ao recrutamento ou que não prcstou
fiança de remissão ao serviço militar;
Art. 10." Compete a expédicão de passaportes a nacio- 2.° Que está pronunciado por algum delicto ;
cionaes o estrangeiros ás adininistrações dos concelhos, 3.° Que está implicado em qualquer crime em que ê
sr.lvo no concelho da Praia, que c da attribuição do go- permittida a captura sem culpa formada;
vernador da provincia, por intermedio da secretaria ge- 4.° Que existe deprecada dirigida jiclo Governo da na-
ral. ção a que o viajante pertence para a sua captura, cm con-
§ 1.° Aos nacionaes que solicitarem passaporte, a au- formidade dos tratados com ella subsistentes. Nestas cir-
ctoridade concedcr-lh'o-ha quando satisfaçam plenamente, cunstancias o viajante será conduzido á cadeia e posto á
segundo as circunstancias em que cada um se acliar ao disposição da auctoridade competente, dando-sc conta ao
disposto neste regulamento. governador para os clevidos effeitos.
§ 2.° No passaporte declarar-se-ha sempre o porto de Art. 16.° Os emolumentos fixaclos na tabella annexa a
embarque. este regulamento organizada na conformidade da tabella
§ 3." Se o portador fôr emigrante, declarar-se-ha tam- B, a que se refere o n.° 1.° do decreto de 27 do novem-
bem no passaporte que elle satisfez ao preceito estatuido bro dc 1867, que estabeleceu o numero, classes e venci-
no n.° 6.° do artigo 5.° d'estc regulamento. mentos dos empregados da Secretaria Geral do Governo
Art. 11.° Quanto aos estrangeiros, nos casos em quc cle Cabo Verde e approvou o regulamento da mesma se-
sejam obrigados a tirar passaportes, a auctoridade exi- cretaria, entrarão por inteiro nos cofres publicos e consti-
girá a apresentação do seu titulo de legitimaçâo definitiva t u i d o receita da Fazenda Nacional, quando se der a hy-
c praticará com elles o que se acha prescripto no artigo 3.° pothese da ultima parte do artigo 10.° do presente regu-
e seu paragrapho d'este regulamento, segundo os casos lamento, como foi determinado pelo decreto com forca dc
em que se acharem. lei cle 29 dc dezembro cle 1887.
§ unico. A auctoridade, achando corrente os titulos do § 1.° Quando, porem, se der a hypothese da primeira
impetrante, lhe referendará aquelle com que se legitimou, parte do mesmo artigo pertencerá um terço dos referidos
ou, se assim o pretender, o documento quc tiver do agente emolumentos ás administraçõcs dos concelhos, entrando
consular da sua nação, conforme o caso previsto no § unico nos cofres publicos as duas restantcs terças parte;:, com
do artigo 4.°, pela seguinte maneira «visto este titulo bom excepção dos da verba n.° 4, que lhes pcrtcncerão por in-
para o portador sair da provincia de Cabo Verde pelo porto teiro.
M a i o 24 252 1902

§ 2.° A cobrança e arrecadação dos mesmos emolumen- MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
tos e a fiscalização respectiva continuarão a ser reguladas
pela portaria provincial n.° 32, de 3 0 de janeiro de 1888, Secretaria Geral
publieada no supplemento ao Boletim Official da provincia
de Cabo Verde n.° 4 , de 1 de fevereiro do mesmo anno. D O M C A R L O S , por graça de Deus, Rei de Portugal
Paço, em 2 4 de maio de 1 9 0 2 . = Antonio Teixeira de e dos Algarves, etc. Fazemos saber aos nossos subditos,
Sousa. que as Côrtes Geraes decretaram e nós queremos a lei se-
guinte :
Tabella dos emolumentos a que s e refere o regulamento Artigo 1.° D o fundo especial clos caminhos cle ferro do
d'esta data, que teem ae ser cobrados na Secretaria Estado, existente nos termos da lei d e 14 de julho de
Geral do Governo e nas administrações dos concelhos 1899, poderá ser retirada annualmente a parte necessaria
da provincia de Cabo Verde. para occorrer aos encargos cla construcção e exploração dos
caminhos de ferro de Mirandella a Bragança e da Regua,
1) Bilhetes de residencia a estrangeiros, cada
por Villa Real e Chaves, á fronteira, contrahidos sob a
anno $800
fórma cle garantia de juro, nos termos da presente lei.
2) Passaporte a nacionaes e estrangeiros para
Art. 2.° E approvado e confirmado, na parte que de-
fóra cla provincia 1$800
pende de sancção legislativa, o contrato cle 19 de abril do
3) Visto ou referenda em passaportes estrangei-
corrente anno, que vae junto á presente lei e d'ella faz
ros $800
parte, celebrado entre o Governo e João Lopes da Cruz,
4) Salvo conducto aos estrangeiros $120
para a construcção e exploração do caminho de ferro cle ,
Paço, em 2 4 de maio de 1 9 0 2 . = Antonio Teixeira de Mirandella a Bragança.
Sousa. § unico. F i c a o Governo auetorizado a prescrever as
MODELO N.° 1 regras que devam ser seguidas nos processos arbitraes a
que se refere o artigo 73.° do mesmo contrato.
Salvo-condncto Art. 3.° É auetorizado o Governo:
PROVINCIA Apresentou-se na administração d'este conce- 1.° A acceitar a desistencia requerida por Alberto cla
DE lho (a) . . natural de (0) . . . , de profissão (c) . . . , Cunha Leão e Antonio Julio Pereira. Cabral da concessão
o qual entrou no dia . . . vindo de (d) . . . e decla clo caminho cle ferro da Regua, por Chaves e Villa Real, á
CABO VERDE rou que ia residir em (e) . . . , para (/) . . . abo- fronteira, que lhe foi feita nos termos da carta de lei de 7
nado (g) .. .
AIIMMSmÇÍO O portador fica obrigado a apresentar-se á au- de julho de 1898, por alvará de 10 de outubro de 1901,
ctoridade administrativa da terra em que vae re- e a restituir aos mesmos concessionarios o deposito de
DO zidir. 1 0 : 0 0 0 $ 0 0 0 réis, feito nos termos da clausula Õ4. a do
COMELIIO Administração do concelho de . . ., em . . . de . . .
19... mesmo alvará, sem direito a indemnização alguma por
('O despesas de qualquer natureza que haja feito;
Assignatura do portador. 2.° A adjudicar em hasta publica e precedendo concurso
Signaes (d) Nome do apresentado. aberto n a conformidade das bases annexas, que fazem
caracteristicos (b) Terra ou pais da na- parte integrante d'esta lei, a construcção e exploração do
Idade turalidade. referido caminho cle ferro.
Altura (c) Occupação ou em- § unico. O concurso a que se refere o n.° 2.° d'este
Rosto prego.
Olhos (d) Terra ou país de on- artigo abrir-se-ha dentro do prazo de sessenta dias, con-
Cabellos de veiu, declarando-se o tado da data cla publicação cla presente lei.
Nariz nome da embarcação. Art. 4.° A s importancias das garantias de juro, saidas
Boca (e) Terra em que vae re- do fundo especial dos Caminhos de Ferro do Estado, que
Côr zidir.
( / ) Para que fim. em virtude clo augmento da receita liquida das linhas a que
(g) Quem abonou, ou se se refere o artigo 1.° da presente lei, forem reembolsadas
Signaes particulares
não deu abonador. pelas empresas concessionarias, reverterão a favor clo
(li) Assignatura da au-mesmo fundo especial, como restituição do adeantamento
ctoridade de . . .
feito.
MODELO N." 2 Art. 5.° Fica revogada a legislação em contrario.
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
Qualidade da embarcação . . Procedencia . . .
Nação .. . Dias de viagem . . . conhecimento e a execução da presente lei pertencer, que
Tripulação . . . a cumpram e guardem e façam cumpir e guardar tão in-
Arqueação . . . teiramente como nella se contém.
Relaçtío dos passageiros que conduzi O Presidente do Conselho cle Ministros, Ministro e Se-
com destino a este porto na embarcação acima mencionada cretario cle Estado dos Negocios do Reino, e os Ministros
do meu commando e Secretarios de Estado dos Negocios-Ecclesiasticos e de
Justiça, cla Fazenda e interino dos Estrangeiros, e das
u
G Naturalidade £
Obras Publicas, Commercio e Industria, a façam imprimir,
Nomes ou naçuo Ohservações
s Profissão cí Estado publicar e eorrer. D a d a no Paço, aos 2 4 de maio de 1 9 0 2 . =
a que pertencem —
lt
E L - R E I , com rubrica e g u a r d a . = E r n e s t o Rodolpho Hin-
(«)
tze Ribeiro = Arthur Alberto de Campos Henriques = Fer-
nando Mattozo Santos = Manoel Francisco de Vargas.—
(Logar do sêllo grande das armas reaes).
Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
nado o decreto das Côrtes Geraes de 2 de maio de 1902,
que auctoriza o Governo a retirar annualmente do fundo
(n) Na casn das oWrvações menclonar.sc-ba o que fôr coiivciiientc para oluci- especial clos Caminhos de Ferro clo Estado, existente nos
dação da auctoridade, e a rela^.ao será assijjnada pelo capitão
termos da lei de 14 de julho de 1899, a parte necessaria
MODELO N.° 3 para occorrer aos encargos da construcção e exploração
dos caminhos de ferro de Mirandella a Bragança e da
(Conforme o modelo n.° 8 annexo ao decreto de 22 de novembro
de 1839). Regua, por Villa Real e Chaves, á fronteira, contrahidos
D. do G. n.° 129, do 12 de junho. sob a fórma de garantia de juro, e a tomar outras provi-
286
Maio 24
1902

dencias para a execução do mesmo decreto, o manda cum- nha, que não poderá exceder o de 26:000$000 róis, to-
prir e guardar como nelle se contém, pela fórma retro de- mado para base de licitação.
clarada.
8. a
Para Vossa Majestade vnt.— Carlos Augusto Elbhng a A linha será dividida, para os effeitos da liquidação
fez. provisoria da garantia do juro, em lancos de extensão não
a
Bases da auctorização concedida ao Governo para a adju- inferior a 20 kilometros na l . secção e a 10 nas seguin-
dicação da construcção e exploração do caminho de íerro tes, que poderão ser successivamente abertos á explora-
da Regua, por Villa Real e Chaves, á fronteira. ção a partir da Regua, mediante previa approvação do
Governo.
1.» Paço, aos 24 de maio de 1902. =Ernesto Rodolpho Hintze
Á concessão para a construcção e exploração será feita Ribeiro = Aríhur Alberto de Campos Henriqves — Fernando
pelo espaço de noventa e nove annos, a contar da data Mattozo Santos = Manuel Francisco de Vargas.
da assignatura do respectivo contrato.
Termo de contrato provisorio feito entre o Governo e João
2. a Lopes da Cruz para a construcção e exploração do cami-
O prazo do concurso será do noventa dias. nho de ferro de Mirandella a Bragança.

3. a • Aos 19 dias do mcs de abril de 1902, no Ministerio


das Obras Publieas, Commercio e Industria, e gabinete
Os licitantes serão obrigados ao deposito previo de réis
do Ministro, onde vim eu, Ernesto Madeira Pinto, do Con-
5:000$000, que será elevado a 10:000$0()0 réis pelo lici-
selho de Sua Majestade, Secretario Geral do mesmo Mi-
tante ao qual fôr adjudicada a concessão.
nisterio, ahi se achavam presentes, de uma parte o 111.1,10
e Ex. m 0 Sr. Conselheiro Manuel Francisco de Vargas, Mi-
4. a nistro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras
As clausulas e condições da concessão serão as do con- Publieas, Commercio e Industria, primeiro outorgante em
trato provisorio de 19 de abril do corrente anno, para a nome do Governo, e de outra parte o Sr. João Lopes da
construcção e exploração do caminho de ferro de Miran- Cruz, de Mirandella, segundo outorgante, o qual provou,
della a Bragança, modiíicadas em harmonia com as pres- por documento authentico, que fica archivado na Secreta-
cripções das presentes bases. ria Geral d'este Ministerio, ter feito o deposito de garan-
tia de 8:000$000 réis na Caixa Geral de Depositos, exi-
5. a gido no artigo 10.° do programma do concurso para a cons-
A linha será dividida nas seguintes secções: trucção e exploração do caminho de ferro de Mirandella
1. a Da estaç.ão da Regua, na linha do Douro, a Villa a Bragança, approvado por portaria de 14 de novembro
Real; de 19Õ1, e moclificado pela portaria de 24 de março de
2. a D e Villa Real a Villa Pouca de Aguiar; 1902, assistindo tambem a este acto o Jll. mo e E x . m 0 Sr.
3. a D e Villa Pouca de Aguiar a Vidago; D. João de Alarcão Velasques Sarmento Osorio, ajudante
4. a De Vidago a Chaves; do Procurador Geral da Corôa e Fazenda ; e por elle
5. a D e Chaves á fronteira. Ex. , n o Ministro foi dito na minha presença e na das tes-
d) Os prazos para apresentação dos projectos, serão a temunhas ao deante declaradas, que, tendo o Governo de
contar da data do contrato: Sua Majestade resolvido acceitar, por ser a mais favora-
Seis meses para a l . a secção; vel, a proposta do segundo outorgante, João Lopes da
Um anno para a 2. a e 3. a secções ; Cruz, apresentada no concurso publico que se realizou no
Dezoito meses para a 4. a secção. dia 15 de abril corrente para a construcção e exploração
O prazo relativo á 5. a secção será de seis meses, con- do caminho de ferro de Mirandella a Bragança, a que se
tados da data da communicação, ao concessionario, do refere o annuncio publicado no Diario do Governo n.° 67,
ponto de passagem na fronteira, escolhido por acordo en- de 26 de março de 1902, tinha o Governo deliberado ad-
tre os Governos Português e Hespanhol. judicar provisoriamente, ao segundo outorgante, João Lo-
b) Os trabalhos de construcção de cada secção deverão pes da Cruz, a construcção e exploração do referido ca-
começar no prazo de noventa dias, a contar da data da minho de ferro, nos termos da sua proposta, e consequen-
publicação, no Diario do Governo, da portaria que appro- temente reduzir a mesma adjudicação feita por despacho
var o respectivo projecto, devendo estar concluidos no cle 16 de abril corrente, ao presente contrato, que é con-
fim de tres annos os da l . a e 2. a secções, e de quatro os siderado provisorio e fica dependente da approvação do
da 3. a e 4. a secções, a contar das mesmas datas. poder legislativo.
c) A construcção da õ. a secção poderá ser adiada até Pelo segundo outorgante foi dito' que acceitava este
que em Hespanha sê proceda á construcção da linha que contrato, com a natureza de provisorio nos termos que
deve ligar-se com este caminho de ferro. ficam indicados, para todos os effeitos e responsabilidades
Servirão de base aos estudos as directrizes seguidas legaes; declarando ambos os outorgantes que se obriga-
nos projectos de 1888 e de 1897. vam, cada um na parte que lhe pertença, a cumprir fiel
O Governo poderá auctorizar que em troços de exce- mente as condições d'este contrato provisorio, que são as
pcional difficuldade de construcção o raio minimo das cur- seguintes :
vas desça a 100 metros e o limite maximo das pendentes Artigo 1.° A empresa effectuará á sua custa e por sua
se eleve a 2õ millimetros. conta e risco, nos termos, pelo modo e no prazo estipu-
6. a Iados nestas condições :
O Governo garante á empresa adjudicataria o comple- 1.° A construcção de um caminho de ferro que, par-
mento do rendimento liquido annual até 4 '/g por cento tindo de Mirandella, em continuação da linha de. Foz-Tua
em relação ao custo kilometrico da linha, estipulado no a Mirandella, e passando por Macedo de Cavalleiros, ter-
contrato, com exclusão do material circulante. mine em Bragança, sendo o dito caminho de ferro com-
pleto em todas as partes, com todas as expropriaçõcs,
7. a aterros e desaterros, obras de arte, assentamento de vias,
A licitação versará sobre a quantia em que é compu- estações c officinas de pequena e grande reparaçâo, e to-
tado para os effeitos da garantia o custo kilometrico da li- | dos os edificios accessorios, casas de guarda, barreiras,
Maio 24 254 1902

passagens de nivel, muros de sustentação, muros de ve- empresa tenha por conveniente propor, serão formuladas
daeào ou sebes para scparar a via ferrea das proprieda- em harmonia com as condições teclmicas dos projectos,
des contiguas, e em geral as obras cle construcção pre- mas não poderão ser executadas sem previa auctorização
vistas e imprevistas, sem excepção ou distincção, que do Governo.
forem necessarias j>ara o completo aeabamento cla linha Art. 4.° A s terras para a formação dos aterros serão
ferrea. sempre extrahiclas de maneira que se evite a estagnação
§ 1.° A palavra empresa, sempre que fôr empregada das aguas, prejudicial á saude publica.
nestas condições, signitica o concessionario primitivo, ou Art. 5." A largura do caminho ao nivol cla plataforma
qualquer particular, sociedade ou companhia, para quem será de 3'",5 em aterro e de 4-m,3 em desaterro, e ao nivel
elle trespasse, na conformidade clas leis e com auctoriza- clos carris de l m , 9 num e noutro caso.
ção previa clo Governo, os direitos adquiridos e as obri- A largura de via será de 1 metro entre as faces inte-
gações contrahidas em virtude do contrato. riores dos carris.
§ 2.° As obras mencionadas 110 n.° 1.° cVeste artigo, As dimensões dos fossos e inclinações dos taludes, quer
que a empresa é obrigada a executar, serão feitas em em aterro quer em escavação, serão reguladas pelos res-
harmonia com 0 projecto approvado por portaria de 25 pectivos perfis transversaes typos, adoptados nos proje-
cle setembro ultimo e respectivo caderno cle encargos, com ctos.
as modificações e variantes que a empresa julgue conve- A cntrevia, ou distancia entre duas vias, será, pelo me-
niente propor e quo forem approvadas pelo Governo, alem nos, de 2 metros, entre as faces exteriores dos carris in-
da variante prescripta na mencionada portaria. tcrnos dc cada via.
§ 3.° A empresa effectuará os estudos necessarios e Art. 6.° O maximo dos declives será de 18 millimetros
organizará nos termos usuaes os respectivos projectos, por metro.
reservando-se 0 Governo 0 direito de fazer fiscalizar a Art. 7.° Os raios das curvas de concordancia não serão
execução dos trabalhos no campo. inferiores a 1Õ0 metros nas linhas geraes ; nas de serviço
§ 4.° O numero e classe clas estações e suas depen- e resguardo poderão baixar a 100 metros. Quando se em-
dencias serão determinados nos projectos definitivos. Nas pregarem estes raios, as respectivas curvas cle concordan-
estações de entroncamento as ampliaoões e melhoramen- cia deverão effectuar-se tanto quanto possivel sobre planos
tos que forem reclamados pelo maior desenvolvimento que horizontaes.
ao serviço resultar da exploração da nova linha, e para O intervallo entre os pontos cle tangencia de duas cur-
facilidade das baldeações, serão feitos por conta cla respe- vas consecutivas em sentido contrario não será inferior a
ctiva empresa adjudicataria, devendo em todo 0 caso ha- 50 metros.
ver uma estação principal, com as accommoclações neces- Art. 8.° Os carris e outros elementos constitutivos da
sarias para passageiros, mereadorias e empregados; offi- via ferrea devem ser de boa qualidade e dos melhores mo-
cinas, machinas e apparelhos para a feitura e concerto do delos, proprios a preencher 0 fim do seu destino.
material cle exploração, armazens, telheiros e depositos Os carris a empregar serão cle aço, e 0 seu peso não
para arrecadação e pintura de locomotivas, tenders, car- poderá ser inferior a 20 kilogrammas por metro corrente.
ruagens e vagons ; fossos para picar 0 fogo ; apparelhos Serão fixados pelo systema que a empresa julgar mais
c reservatorios para a alimentação das machinas. conveniente, segundo os ultimos aperfeiçoamentos e com
§ 5.° Dos projectos approvados fará a empresa tirar previa approvação do governo.
duas copias, que serão authenticadas pela Direccão Ge- Art. 9.° As travessas a empregar na linha serão metal-
ral das Obras Publicas e Minas: uma das copias será en- licas ou de madeira que sustente bem a pregação, e das
tregue á empresa e a outra á fiscalização. qualidades, fórma e dimensões que forem approvadas pelo
2.° O fornecimento, conservação e renovação clas loco- Governo.
motivas, carruagens para viajantes, vagons para merea-
Art. 10.° Este caminho será fechado por meio de mu-
dorias, machinas e utensilios para as officinas, platafor-
ros, desvios, ou grades de madeira, que 0 separem clas
mas giratorias, reservatorios e apparelhos hydraulicos,
propriedades contiguas, com barreiras cle serventia abrin-
guindastes, signaes e em geral de todo 0 material fixo e
do para fóra.
circulante, designado ou não designado, que fôr neces-
sario para manter a linha em perfeito estado de explo- § unico. A vedação poderá ser dispensada nos pontos
ração. em que 0 Governo, a pedido da empresa e ouvida a fisca-
lização, entenda que ella é desnecessaria para a segurança
o.° O estabeleeimento de um telegrapho electrico ao
do publico e cla exploração.
lado da linha ferrea e a conservação e renovação clos ma-
teriaes 0 apparelhos que forem prccisos para 0 manter em Art. 11.° A empresa deverá estabelecer, para serviço
bom estado clo serviço. das localidades atravessadas pela linha ferrea, portos sec-
cos destinados ao estaeionamento, carga e descarga cle
4." Depois de terminada a linha, a empresa, no prazo
mereadorias, em harmonia com os projectos approvados.
de um anno, fará á sua custa, com assistencia do enge-
nheiro delegado clo Governo, a demarcação kilometrica c Art. 12.° A empresa construirá, cle pedra, ferro ou ti-
0 lcvantamento da planta cadastral do caminho dc ferro e jolo, os viaductos, pontes, pontões, aqueductos e canos cle
suas dependencias, com a designação cle todas as obras rega, e as passagens superiores, inferiores e de nivel, em
de arte cxecutadas, e entregará ao Governo uma copia numero sufficiente c com as dimensões que exigir a sua
d'esta planta devidamente authenticada. estabilidade e segurança, 0 volume clas aguas, a largura
§ unico. .Se a empresa não der, cm devido tempo, cum- do caminho de ferro, e a das estradas ordinarias ou ca-
primento ao quo neste numero é preceituado, 0 Governo minhos a que algumas d'essas obras devem dar passa-
fará executar, por conta da empresa e por pessoal no- gem.
meado pelo mesmo, os trabalhos cle campo e cle gabinete Art. 13." Os eruzamentos clo caminho de ferro com as
relativos á medição, marcação kilometrica e levantamento estradas cle l. ! l e 2.'"1 classe, caminhos municipaes ou vici-
da planta cadastral do caminho de ferro e suas dependen- naes, poderão ser de nivel, excepto nos casos em que nos
cia':, com a descripção de todas as obras de arte execu- projectos estão designadas passagens superiores ou infe-
tadas. riores.
Art. 2.° A linha ferrea será construida com leito e obras Em todos os eruzamentos ou passagens cle nivel a em-
dc arte para uma só via, á excepção das estações, em quc presa será obrigada a estabelecer barreiras, que abrirão
haverá as necessarias vias de resguardo e de serviço. para a parte exterior clo caminho de ferro, havendo em
Art. 3." Quaesquer alterações ou modificações, que a cada uma um guarda eucarregado d'este serviço.
1902 '255 Maio 24

Art. 14.° Quando o caminho de ferro passar sobre uma trucção ou collocação na linha, pertenccndo ao dominio
estrada de l . a classe, a abertura do viaducto não será me- do Estado para todos os effeitos juridicos, nos termos do
nor de 6"',60; sobre uma estrada de 2. a classe, de 6 me- direito commum e especial dos caminhos do ferro e das
tros ; sobre uma estrada municipal, de 5 metros. diversas condições do contrato.
A altura do fecho da abobada acima do pavimento da Todo o material circulante, carvâo, coke e quaesquer
estrada será de 5 metros, pelo menos; a largura entre as outros provimentos, ficarão pertenccndo ao dominio da
testas será de 3 m ,5 ; a altura dos parapeitos será de O"',70, empresa, para os mesmos effeitos e nos mcsmos termos;
pelo menos. com a declaração, porem, de quc o material circulante não
Art. 15.° Quando o caminho de ferro passar por baixo poderá ser alienado senão para o effeito de ser substituido
com. vantagem do serviço publico, 8 o mesmo succederá
de uma estrada de l . a classe, a largura do viaducto será
com o carvão, coke e quaesquer outros aprovisionamon-
de 6 m , 6 0 ; sendo districtal, 6 metros, e sendo municipal, 5
tos emquanto forem importados livres de direitos.
metros.
Art. 23." E m compensação das obrigações que a em
A abertura entre os pés direitos será, pelo menos, de
prcsa tomar sobre si pelo respectivo contrato, concede o
4 m ,5, comprehendidos os fossos.
Governo á empresa, pelo espaço cle noventa e nove an-
A distancia vertical do intradorso á parte superior dos
nos, a contar cla data da assignatura do contrato definiti-
carris será, pelo menos, de 5 metros.
vo, a exploração do caminho de ferro de Mirandella, nos
Art. 16.° Se houver que desviar a tracção de qualquer
termos e com as condições nelle estipuladas.
estrada existente, os declives do novo traçado não pode-
rão exceder os quc existiam na estrada ou caminho que é Art. 24." A empresa deverá conservar, durante todo o
substituido. prazo cla concessão, a linha ferrea e suas dependencias,
O Governo, sobre proposta da empresa, poderá alterar com todo o seu material fixo e circulante, em bom estado
esta regra. de serviço, e no mesmo estado deverá entregar tudo ao
O angulo formado pelo eixo da via ferrea com o da es- Governo, findo aquelle prazo, fazendo sempre para esse
trada desviada não poderá scr inferior a 30°. fim á sua custa todas as reparacões, tanto ordinarias como
Art. 17.° A abertura dos subterraneos será, pelo me- extraordinarias.
nos, de 5 metros entre as impostas, e cle 4 m , 4 0 entre os § unico. Se, porem, durante o prazo estabelecido no ar-
pés direitos ao nivel dos carris; a altura acima d'este ni- tigo antecedente, fôr dcstruida ou damnificada algum a
vel até o intradorso da abobada de revestimento será, parte de caminho de ferro, por motivo cle guerra, sem
pelo menos, cle 5 m ,50. culpa da empresa, o Governo a indemnizará, pagando-lhe
A empresa fará todas as obras necessarias para preve- o valor das reparacões, depois de avaliadas, em di-
nir qualquer perigo de desabamento ou infiltração. nheiro ou titulos de divida publica pelo seu valor no mer-
§ unico. O Governo, sobre proposta da empresa, poderá cado.
reduzir as dimensões dos subterraneos a que se refere este Art. 25." Logo que tenha expirado o prazo da conces-
artigo. são acima estabelecido, a empresa entregará ao Governo,
Art. 18.° Nos pontos de encontro das estradas ordina- em bom estado de exploração, o caminho com todo o seu
rias com a via ferrea, durante a feitura d'esta, a empresa material fixo c seus edificios e dependencias de qualquer
construirá as necessarias obras provisorias para que a cir- natureza quc sejam, sem que por isso tenha direito a re-
culação não seja interrompida. ceber d'elle indemnização alguma.
Art. 19.° A empresa restabelecerá e assegurará á sua Tambem lhe entregará todo o material circulante em
custa o curso das aguas, que se tenha suspendido ou mo- bom estado e em quanticlade proporcionada ao serviço cla
dificado cm consequencia das obras do caminho de ferro, linha, mas tanto o valor «'este como o do carvão de pe-
ou indcmnizará o proprietario, segundo as leis que lhe fo- dra, e de outros quaesquer provimentos, quc entregar ao
rem applicaveis. Governo, ser-lhe-hão pagos segundo a avaliação dos lou-
Art. 20." A empresa deverá empregar na construcção vados.
das obras materiaes de boa qualidade. Art. 26." O Governo terá a faculdade cle resgatar em
Os paramentos das abobadas, os cunhaes, os soccos e qualquer epoca a concessão do caminho cle ferro.
os coroamentos serão, quanto possivel, de pedra appare- Para d e t e m i n a r o preço da remissão, tomar-se-ha o
lliada, de boa qualidade; onde não a houver será tolerado producto liquido obtido pela empresa durante os annos
o tijolo. que tiverem precedido aquelle em que a remissão deva
Art. 21.° As machinas locomotivas serão construidas effectuar-se, até ao numero cle sctc, com exclusão dos dois
segundo os melhores modelos conhecidos, e satisfarão a annos menos productivos; a mcdia annual constituirá a im-
todas as condições actualmente prescriptas, ou ás que dc portancia da annuidade que o Governo pagará á cmpre.-a
futuro o forem, para pôr em circulação as mesmas ma- até tcrminar o prazo da concessão, não podendo, porem,
chinas. ser inferior ao producto liquido do ultimo anno dos sete
As camtagcns dos viajantes deverão ser ignalmente dos tomados para base do calcuío.
melhores modelos, suspensas sobre molas e guarnecidas A annuidade não poderá ser, em caso algum, inferior a
de assentos. Iiave-las-ha de tres classes, pelo menos; to- 4 J / ã por cento do capital, em que pelo contrato fôr coiu-
das serão cobertas, fechadas com vidraças e resguardadas putado o custo cla linha.
com cortinas. Quando o resgate sc effectuar antes que tenha decor-
As de 1." classe terão assentos estofados, as cle 2. a rido o prazo de sctc annos, desde a abertura á explora-
classe assentos cle estofo mais ordinario, e as de 3.'1 classe ção, tomar sc-lui para base do calculo o numero cle annos
assentos cle madeira. decorridos, procedendo-se pela fórma descripta.
As carruagens de todas as classes deverão preencher, O preço da remissão não comprehenderá o material cir-
alem do que fica dito, todas as condições prescriptas pelo culante, nem o valor do.s materiaes de exploração em de-
Governo no interesse da segurança publica. posito, que serão avaliados para serem pagos pelo Go-
Os vagons cle mercadorias e gaclo, as plataformas e verno, na occasião dc serem entregues, pelo preco da
restante material será tudo de boa qualidade e solida cons- avaliação.
trucção. Art. 27.° O Governo garante á empresa adjudicataria
Art. 22.° O caminho de ferro, em todos os seus edi- o complemento do rendimento liquido annual até 4 '/o por
ficios necessarios para o serviço c mais accessorios e cento em relação ao custo de cada kilometro que sc cons-
dependencias, como carris, travessas, e em geral todo o truir, comprehendendo o juro e amortização do capital.
material fixo de qualquer especie, fica, desde a sua cons- Art. 28.° Para os effeitos cVesta garantia clo juro o preço
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kilometrico da linha a construir será a quantia de réis centes cadernos de condições na França. Esta faculdade
25:990^000, segundo a proposta feita e acceita no con- será reciproca para todas as linhas.
curso. No caso em que as diversas empresas não possam che-
A s despesas de exploração serão computadas em 50 por gar a acordo sobre o exercicio d'esta faculdade, o Go-
cento do producto bruto kilometrico, excluindo os impos- verno deciclirá a questão.
tos de transito e sêllo, fixando-se todavia um minimo de Art. 37.° Concede mais o Governo á mesma empresa
700^000 réis e um maximo de 1:200$000 réis por kilo- a isenção de qualquer contribuição geral ou municipal nos
metro. primeiros vinte annos, depois do começo clas obras; com-
Art. 29." A garantia de juro, relativa a cada anno eco- tudo, nesta disposiçâo, não são incluidos impostos de tran-
nomico, será paga semestrahnente, e constituirá encargo sito e sêllo lançados sobre o preço da conducção dos passa-
do fundo especial dos Caminhos de Ferro do Estado. geiros e mereadorias nos termos da legislação vigente.
§ 1.° Para os effeitos da liquidação provisoria da ga- Nenhuma contribuição especial será lançada sobre a li-
rantia de juro, considerar-se ha a linha dividida em sec- nha ferrea durante a concessão.
ções de extensão não inferior a 10 kilometros. Art. 38.° O Governo concede mais á empresa, durante
§ 2.° A garantia de juro só será devida em relação o prazo de cinco annos, contados da data do contrato de-
a cada secção que fôr considerada aberta á exploraçào, finitivo, isenção do pagamento de direitos cle importação
a contar de Mirandella, com previa approvação do Go- para os materiaes destinados á construcção e exploração,
verno. depois de verificada a sua quantidade e destino pela fis-
Art. 30.° Logo que o producto liquido exceder 4,5 calização.
por cento ao anno, metade clo excesso pertencerá ao Es- § unico. A empresa conformar-se-ha com os regulamen-
tado, até completo reembolso clas sommas adcantadas pelo tos fiscaes que forem necessarios para prevenir o abuso
Governo, em virtude da garantia de juro, de que tratam d'esta concessão.
as condições antecedentes, bem como dos juros d'essas Art. 39.° Concede mais o Governo á empresa gratuita-
sommas, na razão cle 4,5 por cento ao anno. mente os terrenos que possuir e forem necessarios para a
§ unico. A respectiva empresa adjudicataria fica salvo construcção e exploração cla linha e o transporte, com ex-
o direito do reembolsar o Estado clas quantias que elle ti- clusão das despesas aecessorias e clo sêllo, na linha do
ver adeantado por virtude cla garantia de juro e amorti- Douro, de todos os materiaes necessarios para a construc-
zação, cle que tratam as condições antecedentes, podendo ção, por uma taxa de 8 réis por tonelada e kilometro.
usar d'esse direito na epoca ou epocas que julgar conve- Art. 40.° Quaesquer expropriações que. a empresa hou-
niente. ver dc fazer para as obras do caminho cle, ferro serão re-
Art. 31.° O Governo publicará os regulamentos e usará guladas amigavelmente, ou pelas leis respectivas, tanto
dos meios apropriados para verificar as receitas e despe- geraes, como especiaes dos caminhos de ferro, devendo
sas da exploração, sendo a empresa obrigada a franquear- intervir o Ministerio Publico para auxiliar a empresa em
lhe toda a sua escripturação e correspondencia. nome do interesse geral, nos termos das leis em vigor, ou
Art. 32.° Concede mais o Governo á mesma empresa d'aquel!as que venham a promulgar-se, para facilitar es-
a faculdade cle construir todos os ramaes que possam ali- tas expropriações.
mentar a circulação cla linha ferrea, a que se referem es- Art. 41.° Concede, emfim, o Governo á mesma empresa
tas condições, prccedendo o respectivo contrato especial a faculdade de d^sviar correntes, e alterar a direeção de
com o Governo, e sem que este pela dita construcção lhe caminhos, uma vez que a construcção da linha ferrea assim
pague subsidio algum, ou lhe garanta qualquer beneficio. o exija, devendo em todos os casos regular-se pelas leis
Quando, porem, o Governo julgar necessario construir al- sobre expropriações por utilidade publica, que lhe deve-
gum d'esses ramaes, e a empresa se não prestar a isso, o rão ser applicadas, e sujeitar-se á previa approvação do
Goverco reserva-se, muito expressamente, o direito de os Governo.
construir ou cle contratar a sua construcção com qualquer Art. 42.° Emquanto durar a garantia de juro o Governo
empresa, nos termos que lhe aprouver. decretará as tarifas cle passageiros, gados e mereadorias.
Art. 33.° Quando o Governo fizer novas concessões cle Art. 43.° Logo que o Governo estiver embolsado clas
caminhos de ferro, quer esses caminhos sejam parallelos quantias que tiver adeantado em virtude da garantia cle
á mesma linha, quer a airavessem ou nelia venham en- juros e amortização, c dos juros correspondentes a essas
troncar ou sejam seu prolongamento, a empresa não po- quantias, serão as tarifas estabelecidas por acordo entre
derá, sob prctexto algum, impedir os trabalhos precisos o Governo e a empresa, em harmonia com as que vigora-
para o estabeleeimento das mesmas linhas, mas terá di- rem em outras linhas portuguesas que lhes sejam compa-
reito a qualquer despesa quo fizer por causa d'essas con- raveis, e consecutivaniente, de cinco em cinco annos, pro-
cessões e clas obras a que derem logar na sua linha. ceder-se á revisão das mesmas tarifas.
Art. 34.° Quando o Governo venha a ordenar a cons- § 1.° Na falta de acordo entre o Governo e a empre-
trucção cle uma estrada, canal ou via ferrea cpie atra- sa, acêrca das modificações a introduzir nas tarifas, ado-
vesse a linha concedida, deverá tomar todas as medidas ptar-se hão, como maximo», os preços das tarifas das li
necessarias para que não resulte impedimento ou obstaCulo nhas ferreas exploradas pelo Estado e, não as havendo. a
á circulação d'esta, nem o minimo augmento de despesa media das tarifas das linhas portuguesas exploradas por
para a empresa. companhias.
Art. 35.° A abertura de qualquer clas vias de commu- § 2.° Qualquer modificação, que em qualquer tempo se
nicação, cle que tratam os dois precedentes artigos, nas faça, será annunciada com um mês cle antecedencia.
condições ali exaradas, não poderá auctorizar reclamação Art. 44.° Serão prohibidos os contratos particulares
alguma por parte da empresa. destinados a recluzir os preços das tarifas. Exceptuam-se
Art. 3G.° As empresas concessionarias de quaesquer d'esta disposiçâo os transportes que dizem respeito ao ser-
caminhos cle ferro, que venham a cntroncar eom a linha viço do Estado e as concessões feitas a indigentes.
que, faz o objecto d'estas condições, terão a faculdade de Art. 45.° Nenhuma alteração cle tarifas, cle horarios ou
fazer circular nella as suas carruagens, vagons e ma- de, condições cle serviço poderá ser annunciada ao publico
chinas, sujeitando-se aos respectivos regulamentos cle po- pela imprensa, nas estações ou cle qualquer fórma, antes
licia e serviço, e pagando pelas pessoas e mereadorias uma de obtida a approvação do Governo.
portagem que, no caso de não haver acordo entre as Art. 46.° As despesas aecessorias não incluida» nas
empresas, será rcgulada segundo a relação entre a por- tarifas, taes como as de deposito, armazenagens e outras,
tagem e transporte estabelecida nas tarifas dos mais re- serão fixadas pela empresa com a approvação do Governo.
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Art. 47.° A recepção das taxas terá logar por kilome- Governo nos postes ou apoios das linhas telegraphicas da
tros • assim, 1 kilometro encetado será pago como se fosse via ferrea.
percorrido. Exceptua-se d ! esta regra toda a distancia per- Art. 56.° O numero de viagens por dia será fixado pela
corrida menor de 6 kilometros, a qual será paga por 6 empresa de acordo com o Governo, segundo as necessida-
des da circulação.
kilometros inteiros.
O maximo e minimo da velocidade dos comboios ordi-
O peso da tonelada é de 1:000 kilogrammas^.
narios cle viajantes e mercadorias, e dos comboios extra-
As fracções de peso não serão contadas senão por cen-
ordinarios, bem como a duração do transito completo, se-
tesimos de tonelada; assim, todo o peso comprehendido
rão sujeitos ás regras de policia, para segurança publica,
entre 0 e 10 kilogrammas pagará como 10 kilogrammas,
que o Governo tem direito de estabelecer, ouvida a em-
entre 10 e 20 pagará como 20 kilogrammas, e assim suc-
presa.
cessivamente.
Art. 57.° Todo o comboio ordinario de viajantes de-
Art. 48.° O transporte de objectos perigosos, ou de verá conter, salvo os casos imprevistos de extraordinaria
massas indivisiveis de peso superior a 5:000 kilogrammas, concorrencia, carruagens de todas as classes em quanti-
nao será obrigatorio para a empresa. As condições d'este dade sufficiente para as pessoas que se apresentarem a to-
transporte poderão regular-se amigavelmente entre ella e mar logar.
os expedidores. Art. 58.° O uso do telegrapho electrico será gratuita-
Feito, porem, acordo com um, não se poderá negar a mente permittido ao Governo para os despachos officiaes,
fazê-lo nos mesmos termos durante tres meses, pelo me- e aos particulares mediante os preços de uma tabella es-
nos, com todos os que lhe fizerem igual pedido. tabelecida pela empresa de acordo com o Governo.
§ 1.° Todo o transporte que necessitar, pelas suas di
Art. 59.° O deposito dcfinitivo de 8:000ft000 réis será
mensões, o emprego de um ou mais vagons, pagará pela
effectuado pela empresa adjudicataria antes da assigna-
carga inteira do vagon ou dos vagons que empregar, qual-
tura do respectivo contrato, como garantia da sua execu-
quer que seja o peso a transportar.
ção, e só poderá ser levantado quando a empresa tenha
§ 2.° As mercadorias que a pedido dos expedidores fo-
feito obras cle valor equivalente ao triplo do seu deposito,
rem transportadas com a velocidade de viajantes, paga-
passando essas obras a servir dc caução.
rao na razão do dobro do preço ordinario.
§ unico. O adjudicatario que effectuar o deposito defi-
§ 3.° Os cavallos e mais gado tambem pagarão, no
nitivo em titulos de divida publica, terá direito a receber
mesmo caso, o dobro do preço das respectivas tarifas.
os juros cTesses titulos; se o effectuar em dinheiro, ser-
Art. 49.° As mercadorias, volumes, animaes e outros
Ihe-ha abonado o juro de 2 por cento ao anno.
objectos não designados nas tarifas serão qualificados, pa-
Art. 60.° Os estudos e trabalhos da variante prescripta
ra o effeito de pagamentos de direitos de transporte, nas
pela portaria de 25 de outubro de 1901 serão feitos pela
classes com as quaes tiverem maior analogia. Esta classifi-
empresa adjudicataria e submettidos á approvação do Go-
cação será feita pela empresa, de acordo com os fiscaes do
verno no prazo de seis meses, a contar cla data do respe-
Governo, com recurso parao Ministerio das Obras Publieas.
ctivo contrato.
Art. 50.° Todos os objectos (excepto os preciosos espe-
cificados na tarifa), que pesarem menos de 10 kilogram- Art. 61.° A construcção do caminho de ferro de Miran-
mas, serão considerados como objecto de recovagem. della começará dentro do prazo de dois meses, a contar
Art. 51.° Todo o viajante, cuja bagagem não pesarmais da approvação do contrato definitivo, e estará concluida
de 30 kilogrammas, não terá a pagar pelo transporte d'esta no de dois annos a l . a secção, Mirandella a Valdrez, e no
bagagem augmento algum do preço, alem d'aquelle que cle tres a 2. a secção, Valdrez a Bragança, devendo estar
dever pagar pelo seu logar. concluidas todas as obras e a linha ferrea cm estado de
Art. 52.° Os militares e marinheiros em serviço, via- circulação com todo o seu material fixo e circulante e de-
jando em corpo ou isoladamente, pagarão apenas, por si pendencias, dentro dos prazos fixados.
e suas bagagens, metade dos preços estipulados nas tarifas Art. 62.° Se dentro dos prazos fixados para a conclusão
respectivas. das obras, ellas não estiverem terminadas, e a linha fer-
Art. 53.° Os empregados do Governo, que forem in- rea respectiva em estado de exploração, pagará a compa-
cumbidos da fiscalização do caminho de ferro ou da co- nhia adjudicataria, por cada mês de demora, uma multa,
brança de contribuição lançada sobre os preços do trans- que será íixada pelo Governo, ouvido o engenheiro enear-
porte ou da fiscalização sanitaria da linha, deverão tran- regado da fiscalização dos trabalhos c o Conselho Superior
sitar nella sem pagar quantia alguma. cle Obras Publieas e Minas, que não excederáa 2:000$000
Art. 54.° A empresa será obrigada a pôr á disposição réis, para cada secção.
do Governo, por metade dos preços das tarifas geraes, Art/ 63.° Sè a empresa não pagar as multas em que
todos os meios de transporte estabelecidos para a explora- incorrer e lhe forem impostas (artigo 62.°), se não cumprir
ção do caminho de ferro, quando elle precisar dirigir tro- as outras clausulas estipuladas no contrato, ou se se recusar
pas ou material de guerra sobre qualquer ponto servido a obcdecer á decisão dos arbitros, nos casos da sua intcr-
por linha ferrea. venção, terá o Governo, por sua auctoridade, direito de
Art. 55.° A empresa será obrigada a prestar gratuita- declarar rescindido o contrato.
mente os seguintes serviços: 8 1.° Neste caso a construcção do caminho com todas
f.° Transporte, em qualquer comboio que a Direeção as obras feitas e material fornecido, depois de competen-
Geral dos Correios e' Telegraphos designar, das ambulan- mente avaliada, será posta em hasta publica por espãço de
cias postaes e dos empregados que manipularem as corres- seis meses, com as mesmas condições e arrematada á em-
pondencias; presa que maior lanço offerecer. O preço cla arrematação
2.° Concessão, nos comboios em que não haja ambu- será entregue á empresa, segunda outorgante, depois de
lancias postaes, de dois compartimentos de carruagem de deduzidas as despesas que o Governo tiver feito com o
2. a classe para transporte das malas cle correspondencia pagamento da garantia cle juro e fiscalização.
publica e dos seus conductores; Se dentro d'estes seis meses não houver quem arre-
3.° Transporte do material dos correios e telegraphos; mate, serão as obras e material fornecido adjudicados ao
4.° 'Limpeza externa das ambulancias postaes; Estado, sem indemnização alguma e o contrato rescindido
5.° Transporte dc empregados da Direccão Geral, em para todos os effeitos juridicos.
serviço de inspecção e fiscalização de correios e telegra- § 2.° A rescisâo do contrato será feita por meio de
phos ; decreto.
6.° Licença para collocação das linhas telegraphicas do § 3.° Do decreto de rc-scisão poderá a empresa recorrer
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para o tribunal arbitral, no improrogavel prazo de um mês, gurança da via ferrea, interpondo por fim o seu juizo so-
a contar do dia em que fôr publicado na Folha Official. bre se sim ou não tal linha ferrea deve ser aberta á ex-
§ 4.° O Governo muito expressamente declara que, no ploração. Este auto será submettido á sancção do Governo
caso de rescisão, não fica obrigado a indemnizar a empre- para o habilitar a resolver.
sa, qualquer que seja o fundamento, razão ou pretexto Art. 70.° O Governo terá o direito de fiscalizar, por
allegado para justificar a indemnização. meio dos seus agentes, a exploração da linha ferrea du-
§ 5.° Igualmente declara o Governo que se não respon- rante todo o tempo da concessão.
sabiliza por quaesquer dividas da empresa, qualquer que Art. 71. 0 A empresa fica sujeita: i
seja o modo e titulo por que ellas forem contrahidas, nem 1.° Ás leis, regulamentos e instrucções em vigor, e aos
garante nem cauciona contratos de empreitadas geraes ou preceitos que o Governo publicar sobre a policia e segu-
parciaes ou outros que a empresa faça. rança de pessoas e cousas, tanto em relação ás construc-
§ 6.° Fica bem entendido, e é expressamente estipulado, ções como aos serviços da exploração;
que o Governo Português, não só em razão do dominio so- 2.° Aos regulamentos relativos ao serviço telegrapho-
bre a linha ferrea, mas como credor da conservação e ex- postal ;
ploração da mesma linha, tem preferencia sobre todos os 3.° Aos regulamentos para a cobrança, fiscalização e
credores da empresa, qualquer que seja a origem das suas entrega dos impostos de transito e sêllo.
dividas, obrigando-se a empresa, em todos os contratos que Art. 72.° A empresa adjudicataria será considerada
fizer relativamente á linha ferrea, a respeitar os direitos do portuguesa para todos os effeitos.
Estado. Art. 73.° As contestações que se suscitarem entre a em-
Art. (34.° Exceptuam-se das disposições dos artigos pre- presa e o Estado serão decididas por arbitros, dos quaes
cedentes os casos de força maior devidamente comprovados. dois serão nomeados pçlo Governo e dois pela empresa.
Art. 65.° Se a empresa não conservar, durante todo o No caso de empate sobre o objecto em questão, será um
prazo da concessão, a linha ferrea e suas dependencias, quinto arbitro nomeado a aprazimento de ambas as partes.
assim como todo o material fixo e circulante, em perfeitò Faltando acordo para esta nomeação, o quinto arbitro
estado de serviço, fazendo sempre, para este fim, á sua será nomeado pelo Supremo Tribunal de Justiça.
custa todas as reparações que forem necessarias, assim or- § 1.° No processo arbitral serão observados os precei-
dinarias como extraordinarias, conforme as disposições do tos decretados pelo Governo, em virtude da auctorização
artigo 24.°, ou se fôr remissa em satisfazer as requisições legislativa que lhe fôr conferida.
que para esse fim lhe forem feitas pelo Governo, poderá § 2.° Serão exclusiva e definitivamente resolvidas pelo
este mandar proceder ás necessarias reparações por sua Governo todas as questões que se referem á approvação,
propria auctoridade, e neste caso tem direito de apropriar- modificação e execução dos projectos, segundo os quaes a
se de todas as receitas da empresa, até completar a im- empresa tem a obrigação de construir a linha ferrea indi-
portancia das despesas feitas, augmeutadas de um quinto cada nestas condições.
a titulo de multa. Art. 74.° Ficam sujeitos á approvação do Governo os
Art. 66.° No caso de interrupção total ou parcial da ex- estatutos da empresa adjudicataria.
ploração do caminho de ferro, o Governo proverá por sua Art. 75.° A empresa é auctorizada a fazer os regula-
propria auctoridade, provisoriamente, para que a dita ex- mentos para os serviços de exploração, submettendo-os á
ploração continue por conta da empresa, e intimá-la-ha approvação do Governo.
logo para ella se habilitar a cumprir com a sua obrigação Estes regulamentos são obrigatorios para a empresa, e
respectiva. em geral para todas as pessoas que fizerem uso do mesmo
§ 1.° Se tres meses depois de intimada na fórma d'este caminho.
artigo, a empresa não provar que está habilitada para Art. 76.° A empresa poderá traspassar, com previa au-
continuar a exploração da linha ferrea, nos termos do con- ctorização do Governo, os direitos adquiridos e as obriga-
trato, incorrerá, por esse mesmo facto, depois da declara- ções contrahidas por este contrato, a qualquer outra em-
ção do Governo, na pena de rescisão, e perderá o direito presa, sociedade ou individuo particular.
a todas as concessões que por elle lhe forem feitas, e o Go- Art. 77.° O presente contrato provisorio só se tornará
verno entrará immediatamente na posse do caminho de ferro definitivo depois de approvado pelo poder legislativo.
e de todas as suas dependencias sem indemnização alguma. E com as condições acima exaradas deram os outorgan-
§ 2.° Ficam salvos das disposições d'este artigo os ca- tes por feito e concluido o presente termo de contrato pro-
sos de força maior devidamente comprovados. visorio, do qual foram testemunhas presentes os amanuen-
Art. 67.° Quando o Governo tomar conta do caminho ses d'este Ministerio, Arthur Eduardo Chichorro da Costa
de ferro, finda a concessão, terá direito de se pagar de e Antonio João de Bastos Junior.
quaesquer despesas que sejam necessarias para o pôr em E eu, Ernesto Madeira Pinto, do Conselho de Sua Ma-
bom estado de serviço, pelo valor de material circulante, jestade, Secretario Geral do Ministerio das Obras Publi-
carvão e mais provimentos, os quaes objectos ficarão ser- cas, Commercio e Industria, em finneza de tudo e para
vindo, nos ultimos cinco annos, de hypotheca especial a coEstar onde convier, fiz escrever, rubriquei e vou subscre-
esta obrigação. ver o presente termo de contrato provisorio, que vão as-
Art. 68.° A execução de todas as obras do caminho de signar commigo as pessoas já mencionadas, depois de lhes
ferro concedido pelo contrato, o fornecimento, collocação e ser lido por mim. Declaro que por incommodo de S. Ex. a
emprego do se.u material, fixo e circulante, ficam sujeitos o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras
á fiscalização dos engenheiros que o Governo nomearpara Publicas, Commercio e Industria, foi este termo de con-
esse fim. trato assignado e lido em casa de S. E x . a na presença de
Art. 69. 0 Nem o caminho de ferro na sua totalidade, todas as pessoas acima mencionadas.
nem qualquer das suas secções será aberta ao transito pu- Logar de duas estampilhas fiscaes da importancia total
blico, enquanto a empresa não tiver obtido a approvação de 2$800 réis, devidamente inutilizadas com a data de
do G overno, que para esse fim mandará examinar meuda 19 de abril e as seguintes assignaturas: Manoel Francisco
e attentamente, por pessoas competentes, todas as obras de Vargas = João Lopes da Cruz — Arthur Eduardo Chi-
feitas e o material fixo e circulante. chorro da CostaAntonio João de Bastos Junior.'-—Fui
§ unico. Os engenheiros que forem incumbidos d'este presente, J. de Alarcão = Ernesto Madeira Pinto.
exame, procederão a elle com o maior cuidado e circuns- Está conforme.— Secretaria Geral, em 21 de abril de
pecção e lavrarão um auto em que dêem relação minuciosa 1902.-—O Secretario Geral, E. Madeira Pinto.
e exacta de tudo quanto encontrarem com respeito á se- D . do G. n." 129, de 12 de junho.
1902 '259 Maio 24

Direeção Geral do Commercio è Industria do continente do reino e ilhas adjacentes, pagando-se pré-
viamente, por meio de verba e conforme a tabella que faz
Repartição do Easlao Industria! e Commercial parte d'esta lei, a differença que a mais seja devida, para
que em tudo fiquem equiparados aos expedidos ou passa-
l." Secçtto dos no continente e ilhas adjacentes.
§ 1.° Quando os documentos mencionados neste artigo se
Usando da faculdade concedida ao meu Governo pelo refiram a actos respectivos a bens existentes no continente
decreto de 24 de dezembro de 1901, que reorganiza o do reino e ilhas adjacentes, será devido o sêllo do papel
ensino elementar industrial e commercial, e tendo em e o do acto. Em todos os outros casos só será devido o
attenção o que me representou o Ministro e Secretario sêllo do papel.
de Estado dos Negocios das Obras Publieas, Commercio § 2.° Exceptuam-sc das disposições d'este artigo as le-
e Industria: hei por bem, em harmonia com o § unico do tras, livranças e cheques, cujo sêllo ou differença de sêllo
artigo 5.° do mesmo decreto, criar a disciplina x (noções será pago por estampilha na occasião do acceite ou en-
geraes do commercio, escripturação e calculo commercial) dosso ou cobrança d'estes titulos.
na Escola Industiúal Bernardino Machado, na cidade da Art. 4.° Os documentos expedidos ou passados em país
Figueira da Poz, para o que foi inserida a verba precisa estrangeiro só poderão ser admittidos em juizo e apre-
no Orçamento Geral do Estado, no exercicio de 1 9 0 2 - sentados a qualquer auctoridade ou repartição publica do
1903. continente do reino e ilhas adjacentes, pagando-se, prévia-
mente, por meio de verba, e conforme a tabella que faz
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das
parte d'esta-lei, o imposto que pagariam se fossem passa-
Obras Publieas, Commercio e Industria assim o tenha en-
dos ou expedidos no continente do reino e ilhas adjacen-
tendido e faça executar. Paço, em 24 de maio de 1902. =
tes, para que em tudo fiquem equiparados aos nacionaes.
REI. — Manuel Francisco de Vargas.
§ 1.° Quando os documentos mencionados neste artigo
D . do G. u.° 129, do 12 de jimlio. se refiram a actos respectivos a bens existentes em Por-
tugal será devido o sêllo do papel e o do acto. E m todos
os outros casos só será devido o sêllo do papel.
§ 2.° Exc.eptuam-se das disposições d'este artigo as le-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA tras, livranças, cheques e titulos aos quaes serlo applica-
das as disposições da tabella que faz parte d'esta lei.
Secretaria Geral Art. 5.° Os livros, processos e quaesquer documentos
que estejam devidamente sellados, de harmonia com as
DOM CARLOS, por graça de Deus, Rei de Portugal taxas em vigor na data em que foram feitos ou produzi-
e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos dos, não são obrigados a novo sêllo, salvo, em relação ao
subditos, que as Côrtes Geraes decretaram e nós quere- sêllo do papel, nos casos expressamente marcados na ta-
mos a lei seguinte: bella que faz parte d'esta leí.
Artigo 1.° E approvada a tabella geral do imposto do § unico. Aos livros a que se referem as verbas n. o s 106
sêllo, que faz parte integrante d'esta lei. e 107 da tabella não é applicavel a restricção ahi estabe-
§ 1." O Governo fará o regulamento necessario para a lecida quanto ao formato, se estiverem devidamente sel-
execução d'esta lei e codiiieará nelle toda a legislação con- lados á data da execução d'esta lei.
cernente ao imposto do sêllo. Art. 6.° È o Governo auctorizado a contratar por meio
§ 2.° Das disposições referentes a imposto do sêllo, sua de avença o pagamento do imposto do sêllo das cartas de
fiscalização e respectivos serviços será só considerada ma- jogar e dos bilhetes de transito em viação regular.
teria legislativa a taxa do imposto, bem como quaesquer Art. 7.° Ficam revogadas as tabellas annexas á lei de
imposições addicionaes a essa taxa, a fixaçâo do quadro 29 de julho de 1899 e toda a legislação contraria á pre-
geral dos empregados e seus vencimentos e as penas. sente lei, que começará a vigorar no mesmo dia que o
Art. 2.° A multa pela falta de pagamento cla taxa le- respectivo regulamento.
gal do imposto do sêllo será, pela primeira vez, o duplo § unico. As penas estabelecidas nesta lei serão appli-
da importancia do imposto que tiver deixado de pagar-se, caveis ás infracções que se descobrirem depois que ella
pela segunda vez o quintuplo, pela terceira vez o decuplo começar a vigorar, embora anteriormente praticadas, não
e pelas seguintes 20 a 50 vezes o imposto, conforme o se contando para o effeito da progressao das multas as in-
numero e importancia das transgressões. Em nenhum dos fracções anteriormente descobertas.
casos a multa será inferior a 2$000 réis, e não se compre- Mandamos portanto a todas as auctoridades a quem o
henderá na multa o imposto, que, todavia, será cobrado conhecimento e execução da presente lei pertencer, que a
com esta. cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão in-
§ 1.° A multa, nos casos em que os documentos forem teiramente como nella se contém.
voluntariamente apresentados, será só cle importancia igual O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
á do imposto que se dever. zenda, e interino dos Negocios Estrangeiros, a faça im-
§ 2.° D a importancia d'estas multas pertencerão dois primir, pnblicar e correr. Dada no Paço, aos 24 de maio
terços aos empregados ou funccionarios de qualquer ordem de 1 9 0 2 . — E L - R E I , com rubrica e guarda. — Fernando
que effectuarem a diligencia para a sua imposição, salvo Mattozo Santos. — (Logar do sêllo grande das armas
no caso de denuncia, em que ao denunciante caberá um reaes).
terço, e o terço restaute pertencerá ao Estado. Carta de lei pela qual Vossa Majestade, tendo sanccio-
Nas transgressões seguintes á terceira, os empregados nado o decreto das Côrtes Geraes de 30 de abril ultimo,
ou funccionarios que effectuarem a diligencia, bem como que approva a tabella geral do imposto do sêllo, que faz
o denunciante, não podem receber quantia superior á que parte integrante d'esta lei, e estabelece varias disposições
lhes compete, nos termos d'este paragrapho, para a ter- relativas a este imposto, manda cumprir e guardar o re-
ceira transgressão. ferido decreto como nelle se contém, pela fórma retro de-
Art. 3.° Os documentos expedidos ou passados no uitra- clarada.
mar, e ali sellados, só poderão ser admittidos em juizo e Para Vossa Majestade ver. = Jorge Abel Machado da
apresentados a qualquer auctoridade ou repartição publica Cruz a fez.
Maio 24 260 1902

Tabella geral do imposto de sêllo

«a
Incidfencia do imposto. — Isenções

Abertura de credito por escrito particular ou instrumento


publico, conforme o valor 7*
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou ou-
tro, segundo a natureza do titulo.
Acções ou titulos representativos de capital de quaes-
quer sociedades, sem exclusão das parcerias maritimas,
conforme o valor nominal:
Até 5 §000 réis $020
De mais de 5£000 réis a 10,0000 réis
De mais de 10£000 réis a 50,0000 réis 0075
De mais de 50^000 réis a 100H000 réis $150
Cada 100^000 réis a mais ou fracção d'esta quantia.. $150
Se forem de sociedades para exploração nas posses-
sões ultramarinas, obrigíidas a dar directa partillia
nos seus lucros ao Estado, a taxa applicavel, nunca
menos de 10 réis, será de 1 por mil
Ficam sujeitos ás taxas d'est.e artigo os titulos ou ac-
ções de bancos, companhias, sociedades commer-
ciaes e empresas estrangeiras de qualquer natureza,
quando sejam expostos á venda no continente do
reino e ilhas adjacentes (a).
Aforamento ou constituição de emphyteuse, sobre a impor-
tancia do foro .'... 1%
Accresce o sêllo clo artigo 93.°
Alfandegas (papeis de expediente das) :
Alfandegas do continente do reino e ilhas adjacentes
e suas dependencias com excepção das delegações
e postos aduaneiros da raia, que não funccionem
em estações de caminhos de ferro :
I. — Bilhete de despacho de importação, sobre o
valor respectivo, não podendo, comtudo, co-
brar-se menos de 50 réis 1 por mil
II. — Bilhete de despacho de transferencia de de-
posito e exportação de mereadorias com direito
a drawback, ou para importação livre, sobre o
valor respectivo, não podendo, comtudo, co-
brar-se menos cle 100 réis. 1 por mil
III. — Bilhete de despacho de reexportaçâo, ou
acto de baldeação, sobre o respectivo valor das
mereadorias, nào podendo, comtudo, cobrar-se
menos de 100 réis 1,5 por mil
IV.—Bilhete de despacho de transito internacional,
sobre o respectivo valor das mereadorias, não
podendo, comtudo, cobrar-se menos de 100 réis 0,5 por mil
V. — Bilhete de despacho de exportação, salvo nos
dois casos especialmente indicados, e afora a
respectiva guia annexa, a que corresponderá a
taxa de 100 réis, sobre o valor respectivo, não
podendo, comtudo, cobrar-se menos de 100 réis 0,5 por mil
VI.—Bilhete de despacho de cabotagem, por en-
trada ou saida (não comprehendendo, neste ul-
timo caso, a respectiva guia annexa, a que cor-
responderá a taxa de 100 réis"), sobre o valor
respectivo, não podendo, comtudo, cobrar-se me-
nos de 100 réis 0,5 por mil
VII. — Bilhete de despacho de qualquer natureza
que não tenha sido completamente processado,
por haverem reentrado as respectivas mereado-
rias, ou por quaesquer outroS motivos £200
VIII. — Bilhete para simples cobrança de taxas
de trafego ou de armazenagem £100
IX. — Bilhete de cobrança de impostos de con-
sumo, sobre a importancia a pagar, nào se po-
dendo cobrar menos de 20 réis 1%
X.—Bilhete de cobrança dos impostos sobre a
fabricação nacional dos productos de que trata
a carta de lei de 27 de abril de 1896, sobre a
importancia a pagar, não se podendo cobrar
menos de 20 réis 2%
XI.,— Bilhete de cobrança do imposto de carga,
sobre a importancia a pagar, não se cobrando
nunca menos de 100 réis por cada bilhete 1%
XII. — Bilhete de liquidação de direitos de mer-
eadorias vcndidas em leilão, sobre o valor res-
pectivo, não podendo cobrar-se menos de 50 réis 1 por mil

(a) Quando era um só papel se coraprehender mais de uma acção ou ti-


tulo, o sêllo será calculado sobre o valor nominal de todas as acções ou
titulo* comprehendidos no mesmo papel.
1902 '261 Maio 24

Taxas

Incídencia do imposto. — Iseuções


Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de rerba a tinta egpeaial
estampillia de oleo

XIII. — Certificado de beneficiação de cada barco


de carga em quarentena 0100
XIV.— Certificado de embarque de lastro - - - - 0150
XV. — Certificado de pagamento de direitos de
Cílrga - - - - 0150
XVI. — Contas de venda ou faeturas què devam
acompanhar quaesquer mercadorias na sua cir-
culação - 0100
XVII. — Declaração para a entrega de bagagens - - - 0050
XVIII. — Declaração de valor nos despaehos de
entrada ou saida, quando não seja o da tabella
official, e quando essa declaração não venha
acompanhada de factura J 0100
XIX. — Despacho geral da carga de cada navio - - - - 0150
XX.—Documentos de cobrança do imposto de
peseado, sobre a importancia a pagar . - - - 1%
XXI.—-Documento ou factura que se junte a bi-
lhete de despacho, para qualquer effeito :
Sendo o valor dos direitos até 500 réis 0020
De 500 a láOOO réis — - - - 0040
De 10000 a 50000 réis _ — - - 0060
De 50000 a 100000 réis _ _ _ - 0100
E de ahi para cima 0200
XXII. — Documento para a saida de amostras que
não tenham vindo manifestadas e que não devam
direitos - - , - - 0050
XXIII.—Folha de descarga ou documento que vem
acompanhando os generos ou mercadorias na-
cionaes ou estrangeiras desde bordo até os caes,
quer estes sejam ou não da alfandega 0040
XXIV. — Guia para acompanhamento de merca-
dorias em transferencia por mar ou por terra. .. - - 0300
X X y . — Guia de acompanhamento nos caminhos
de ferro, para transito intevnacíonal 0100
XXVI. — Guia de acompanhamento de mercado-
rias nacionaes ou nacionalizadas que nos portos
tenham de passar em quaesquer embarcações
pelos ancoradouros dos navios - - - - 0200
XXVII. — Guia de acompanhamento desde a res-
pectiva fabrica, de mercadorias que tenham de
ser conferidas para o drawback - 0300
XXVIII. — Guia de bagagem saida do lazareto —
de cada passageiro - - - - 0150
XXIX. — Guia de circulação nas cidades de Lisboa
o Porto, para generos sujeitos a imposto de con-
sumo, que entrem por uma barreira e saiampor
outra, ou que estejam em armazens fiscalizados
e saiam para fóra de barreiras, ou que vão de
uma para outra casa fiscal 0200
XXX. — Guia de circulação de peseado :
Quando o valor não exceder a 100000 r é i s . . . - - • - - 0100
Quando exceder a 100000 réis e fôr inferior
a 500000 réis _ _ _ 0200
Quando exceder a 500000 réis - - - - 0400
XXXI. — Guia de conducção de mercadorias des-
pachadas nos bareos de descarga - - " - 0100
XXXII. — Guia ou bilhete especial para a entrada
em armazens afiançados ou alfandegados, de
quaesquer mercadorias nacionaes ou estrangei-
ras, quando esta entrada se realize a requeri-
mento de parte - - - - 0500
XXXIII. — Guia de embarque para reexportação,
transito internaeional e exportação de mercado-
rias, que hajam sido conferidas nas estações fis-
caes, para o effeito de drawback, ou para reimpor-
tação livre _ 0100
XXXIV. — Guia ou lista de desembarque de ba-
gagens - - - 0050
XXXV. — Guia de mercadorias saidas do laza-
reto, de cada proprietario, em cada barco - - - 0150
XXXVI. — Guia para servir de prova de se lia-
verem satisfeito quaesquer imposições :
Quando a importancia paga não exceda a réis
100000 - - - - 0200
Quando exceda a 100000 réis 0400
XXXVII. — Guia para saida eventual de gado
manifestado dentro de Lisboa - - - 0020
XXXVIII. — Guias não especificadas em qualquer
outro numero d'este artigo - - - 0100
XXXIX. — Licença para cada barco que eonduzir
lastro" a bordo - - -
-
0030
Maio 24 262 1902

Taxas
ioí a
Ineidencia do imposto. — Isenções
Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tiuta especial
estampilha de oleo

X L . — Licença para cada barco que eonduzir sal


a bordo
X L I . — Licença para cada embarcação que eon-
duzir passageiros de bordo ou para bordo dos
navios fundeados nos portos :
Sendo embarcação a vapor 0500
Sendo embarcação a vela ou a remos 0100
X L I I . — Licença p a r a cada embarcação que eon-
duzir passageiros do Lazareto para Lisboa:
Sendo embarcacão a vapor 0500
Sendo embarcação a vela ou a remos 0100
X L I I I . — Licença para embarque de mercadorias
fóra das horas regulamcntares
X L I V . — Licença p a r a entrada de gado destinado
ao Matadouro de Lisboa 0100
XLV. — Licença para extrahir amostras de generos
depositados nos armazens aduaneiros 0030
X L Y I . — Licença para qualquer navio descarre-
gar fóra do respectivo quadro:
Sendo nacional e de commercio costeiro 0500
Sendo de longo curso
X L V I I . — Licença para sair e reentrar qualquer
carro tirado a bois, quando estes estejam mani-
festados dentro de Lisboa 0100
XLVIII.—-Licenças não especificadas em qualquer
outro numero d'este artigo 0100
X L I X . — Nota de verificação (no Matadouro) do
peso de gado destinado a ser abatido em Lisboa 0050
L. — Passe para saida de cada navio em viagem
de eabotagem 0100
L I . — Passe para a saida de cada navio em viagem
de longo curso
L I I . — Senha para saida de carros tirados a bois,
quando estes não estejam manifestados dentro
de Lisboa, e. saiam por barreira diversa d a q u e l l a
por onde entraram 0020
L I I I . — Termo de abono de mercadorias :
Quando a importancia dos respectivos direitos
nâo fôr superior a 400000 réis 0200
Quando exceder a 400000 réis 0500
L I V . — Termo de carga
L V . — T i t u l o de reembolso de direitos — restitui-
ção dos de materias primas, quando se expor-
tern os respectivo productos — segundo a impor-
tancia do reembolso S%
LVI.—Titulo de reembolso de direitos—restituição
dos de carvão de pedra que fôr embarcado para
o fornecimento das embarcações estrangeiras. a
vapor — segundo a importancia do reembolso.. 2%
LVIÍ. — Todos os pedidos feitos nos bilhetes de
despacho, ou quaesquer declarações que te-
nham relação com as mercadorias submettidas
ao mesmo despacho desde a entrada das mesmas
mercadorias nas alfandegas até á sua entrega,
de cada pedido
JDelegações e postos de raia, que não funccionem em
estações de caminhos de ferro :
L V I I I . — Bilhete de despacho de importação ou
exportação:
Quando o valor das mercadorias não exceder
a 20500 réis
De mais de 20500 réis até 100000 réis 0030
Excedendo a 100000 réis 0050
L I X . — Guia de circulação pelas estradas ordi-
narias, para qualquer eifeito
L X . — Documentos não especifieados nos dois nu-
meros anteriores, o sêllo correspondentemente
estabelecido para as outras estações fiscaes.
Aluguer, conforme o preço locativo em todo o tempo do
contrato :
Até 100000 réis
D e mais de 100000 réis a 400000 réis
De mais de 400000 réis a 800000 réis
De mais de 800000 réis a 1000000 réis 0100
Cada 1000000 réis a mais ou fracção d'esta q u a n t i a . .
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
Ficam isentos todos os contratos verbaes.
Alvará de corretor em Lisboa ou Porto 500000
Alvará de despachantes :
Nas alfandegas de Lisboa ou Porto 150000
Nas outras alfandegas ou cm quaesquer delegações... 70000
1902 '263 Maio 24

Taxas

Incidencia do imposto. — Isenções


Papel Sêllo SOllo SSllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

Alvará de ajudante de despachante :


Nas alfandegas de Lisboa ou Porto
Nas outras alfandegas 1$500
Alvará de mercê ou titulo aos denuneiantes de capellas,
morgados e bens nacionaes, mobiliarios ou immobiliarios,
que estejam vagos ou andem extraviados 10$000
Alvarás extrahidos de processos judiciaes, cada meia fo-
lha
Sendo de auctorização para administração de bens, de
auctorização para hypotheca, alienação ou subro-
gaçâo de bens dotaes, ou de emancipação, mais, con-
forme o valor dos bens ou da somma dos quinhões
do menor ou interdieto :
Até 1:000áOOO réis 1$000
De mais de 1:000^000 réis até 5:0001000 réis . . . 5$000
De mais de 5:000$000 réis até 10:000,3000 réis.. 10,3000
De cada 1:000$000 réis a mais ou fracção d'esta
quantia ^. 10000
E se o rendimento fôr desconheeido 5$000
Sendo de consentimento para casamento, mais 1$500
Ficam isentos os alvarás (le emancipação quando o
valor dos bens do menor não exceda 120&000 réis.
Alvarás de quitação de legados pios, cada meia folha (a).. £100
Annuncios em qualquer periodico, incluindo o Diario do
Governo, e em qualquer livro, folheto, programma ou
outro impresso, cada um , .
Ficam isentos os de qualquer publicação scientifica ou
litteraria, não se comprehendendo nesta isenção os
annuncios que, sob pretexto de darem notieia de publi-
cação scientifica ou litteraria, designcm casas de espe-
ctaculos, escriptorios, agencias, estabelecimentosfabris,
commerciaes ou industriaes e venda de generos, ou por
qualquer fórma façam reclamo estranho á publicação
de que tratem ou referencia a outro negocio.
Apolices de seguro e seus pertences ou endossos, sendo o
premio annual ou por uma só vez :
Até 5$000 réis #150
De mais de 5S000 réis a 12$000 réis
De mais de 12$000 réis a 25$000 réis $750
Cada 25$000 réis a mais ou fracção d'esta q u a n t i a . . . $750
Quando o premio fôr estipulado por periodos inferiores
a um anno, o sêllo será o que á importancia d'esse
premio corresponder segundo a proporcionalidade
d'estas taxas.
Não sendo conhecida a importancia do premio, con-
forme o valor cla apoliee:
Até 1:000$000 réis exclusive $300
De 1:000$000 réis a 10:000^000 réis exclusive.. $600
De 10:000.3000 réis para cima 1$200
Sendo variavel a importancia do premio, regnlará a
importancia menor.
As taxas cVeste artigo serão reduzidas a uma
quinta parte, quando se tratar de seguros ma-
ritimos, cujo premio seja pago por uma só vez.
E serão cluplas, quando os seguros forem feitos
por companhias estrangeiras que funccionem no
continente clo reino e ilhas adjacentes (b).
Apostillas em diplomas de assignatura real sujeitos ao
imposto do sêllo, cada uma 3$000
Arrematação de bens e direitos immobiliarios, perante
qualquer tribunal ou juizo, cada meia folha do respe-
ctivo auto $100
E sobre o preco da. arrematação :
Até 20$0Ô0 réis
De mais de 20;g000 réis a 100^000 réis
Dc mais de lOOáOOO réis a 1:000$000 réis 1$000
De mais de 1:000$000 réis 1 por mil
Arrendamentos ou consignações de rendimentos de bens
immoveis, e por qualguer modo ou titulo que sejam fei-
tos, conforme o preço ou importancia do contrato, em todo
o tempo cl'este :
Até 10^000 réis $010
De mais de lOáOOO réis a 40$000 réis $040
De mais de 400000 réis a 80^000 réis $080
De mais de 80$000 réis a 100$000 réis $100
Cada 100$000 réis a mais ou fracção d'esta quantia..
Estas taxas são applicaveis aos arrendamentos de mi-

(a) A taxa d'este artigo póde tambem .ser paga por meio de estampilha
ou de sêllo a.tinta do oleo.
(&) As taxas d'eate artigo tambem poãcm ser pagas por meio de sêllo a
tinta do oleo.
264 1902

Taxas

Incideneia do imposto. —Isenções


Papel Sêllo Sêllo Sêllo ^ Sôllo
sellado de de verba a tinta especial
estampilha do oleo

nas e ás cessões no todo ou em parte de consigna-


ções de rendimentos de bens immoveis.
Os arrendamentos de minas, porem, ficam mais sujei-
tos á taxa de 50000
Os arrendamentos ruraes, incluindo os contratos de
cortiças feitos sob a fórma de arrendamento, e bem
assim os de marmlias, síio apenas sujeitos a metade
das taxas.
As prorogações de arrendamentos e as sublocações fi-
cam sujeitas ás taxas inteiras d'este artigo, se res-
peitarem a predios urbanos ou a minas, ou só a
metade das taxas, se respeitarem a predios rusticos.
O preço dos arrendamentos em que não se designar
prazo, mas que segundo o costume da terra forem
por menos de um anno, será para os effeitos do im-
posto do sêllo o correspondente a um anno.
Accresce para os arrendamentos e sublocações por es-
crito e para as consignaçòes de rendimentos o sêllo
dos artigos 24.°, 92.", 93.° e 9(>.°, um ou "outro, se-
gundo a natureza do titulo.
Attestados passados por qualquer repartição, auctoridade,
funccionario, entidade ou individuo, cada meia f o l b a . . . 0100
Sendo escritos no papel de outro attestado ou de
qualquer outro acto, cada um (a) 0100
Ficam isentos os de pobreza e bem aapim os de vida,
identidade, estado e residencia, passados nos recibos
de pensões ou subsidios.
Auctorisações extra-judicia.es para casamento, qualquer
que seja a fórma ou acto em que sejam dadas, cada uma 10600
Ficam isentos as auctorizações para os casamentos de
pessoas pobres, concedidas no acto da celebração
d'elles, devendo quem lavrar os assentos declarar á
marycm o motivo da iscnçcw.
Auctorizações extra-judiciaes para outro fim dadas por
escrito particular, cada meia folha 0100
Sendo escritas em papel de qualquer outro acto, cada
uma 0100
Autos dc approvação de testamcntos cerrados, cada um . . 10000
Autos de posse cle cousas mobiliarias ou immobiliarias,
cada meia folha . 0100
Autos de coucilisição, dc não conciliação e de revelia, nos
juizos de paz, cada meia folha 0100
Cada auto de conciliação, mais 0500
E contendo qualquer acto ou contrato especialmente
designado nesta tabella, accresce o que nos respe-
ctivos artigos se indicar para ser pago por estam-
pilha.
Autos e termos de arrematação de fornecimentos ao Esta-
do, a corpos ou corporações administrativas, e a miseri-
cordia», hospitaes e outros estabelecimentos publicos
subordinados ao Governo, e bem assim os de arremata-
ção de impostos, rendas, foros e mais rendimentos do
Estado e de corpos ou corporações administrativas, cada
meia folha 0100
E de cada um (h) 10000
Autos c termos judiciaes, perante qualquer auctoridade
ou ein repartição publica quc comprehenderem arrenda-
mento ou licitação dc bens immoveis, cauçào ao paga-
mento de contribuição de registo por titulo gratuito,
ccssão, eonferencia cle interessados em que se concorde
na adjudieação de bens communs, eonfissão ou desistencia
de todo ou parte do pedido feito em qualquer processo,
desistencia de recurso interposto, encabeçamento de
prazo, eonfissão de divida, fiança, hypotheca, penhor,
quitação, repudio de herança, responsabilidade por per-
das e damnos, e transacção, cada meia folha 0100
*
E de cada um (e) 10000
A estas taxas accresce o que competir a qualquer dos
actos ou contratos que ficam individualizados, se-
gundo o que vae detcrminado nesta tabella.
Ficam isentos os termos de fiança ás custas em processos
criminaes c os autos de conferencia para approvação
do pussiro, encabeçamento de prazos e sorteio nos in-
ventarios.
Aval, com relação a letras, prestado em carta ou em outro
documento separado, conforme o valor garantido :
De 13)000 réis a 100000 réis 0010
De mais dc 100000 réis a 500000 réis 0020
(«) Para os obitos do imposto do sêllo, considera-so um só o attestado
assignado por mais do uma pessoa.
(b e i') A taxa rospeetiva ao papel tambem póde ser paga por meio
do estampilha ou sêllo de verba. •
1902 '265 Maio 24

Taxas

Incidencia do imposto. — Isenções Sêllo


Papel Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

De mais de 50$000 réis a 100$000 réis - $030


De mais de 100$000 réis a 250$000 réis jpvOU
Cada 250$000 réis a mais ou fracção d'esta quantia.. - $050
26 Bilhete de assignatura nos caminhos dc ferro, para o trans-
porte, por grande velocidade, de comestiveis nos arre-
dores das cidades:
Quando o preço da assignatura não exeeda a 3$600
réis mensaes $300
Excedendo, mas sendo inferior a 10$000 réis mensaes _ _ _ - $600
Excedendo, de eada ÍOSOOO réis mensaes ou fracção.. $600
27 Bilhete de entrada ou assistencia pessoal a diversões, di-
vertimentos, exposições ou espectaculos publicos nos
theatros ou em quaesquer recintos ou locaes :
Quando o theatro, circo, praça, jardim, salão ou local,
tiver numero fixo de logares, e a importancia total
d'estes não exceder a 200$000 réis - - - - $010
Excedendo $020
Quando o valor fôr desconhecido:
Sendo circo, praça ou theatro - " - $010
Sendo jardim, salão ou outro local - - $020
As taxas d'este artigo serão duplas quando os thea-
tros, circos, praças, jardins, salòes ou quaesquer ou-
tros recintos ou locaes, seja qual fôr a sua denomi-
nação, abertos ou fechados, forem explorados por
artistas estrangeiros, desde 1 de setembro até 30 de
junho (a). y
28 Bilhetes de loteria ou rifa, sobre o valor nominal de cada
um 10 %
Ficam isentos os das lotaHas ou rifas do Governo, mise-
- . . •
ricordias, hospitaes ou estabelecimentos de earidade e
associaçues de beneficencia, e bem assim os de bazares
ou kermesses de earidade, devidamente auetorizados.
29 Bilhetes de passagem :
Por via terrestre:
Em vehiculos de carreiraa regulares, incluindo
os de caminhos de ferro e aseensores, qualquer
que seja o modo de tracção:
Cada bilhete de preço não inferior a 100 réis,
nem superior a 400 réis - - - - $010
Cada bilhete de preço excedente a 400 réis :
Em 1." classe $030
Em 2." classe _ _ _ $020
Em 3." classe - - - - $010
Cada assignatura por prazo não superior a
& um anno:
Em 1." classe $200
Em 2.a classe _ _ —, $100
Em 3." classe $050
Havendo apenas duas classes, á supe-.
rior appliear-se-ha a taxa respectiva
a 2." classe, e á inferior a respectiva
a 3." classe; e não havendo classe,
a taxa applicavel é a respectiva a
2." classe.
Por via fluvial para pontos servidos por carreiras re-
gulares :
Cada bilhete de preço não inferior a 50 réis, nem
superior a 200 réis $010
Cada assignatura por prazo não superior a um anno - - - $100
Por via maritima — cada bilhete excedendo a 200 réis :
Para portos do continente - - - - - $020
Para portos das ilhas e uitramar pyjzjvJ
Para portos estrangeiros " - - - - $100
30 Boletins de entrega de mereadorias sujeitas a direitos nas
estações de caminhos de ferro — da entrega que os em-
pregados fazem aos da alfandega, cada um - - - - $030
31 Cartas de administração, com usufruto vitalicio de ca-
pellas denominadas da Coroa ou de outros bens nacio-
naes, sobre o respectivo rendimento - - 10%
32 Cartas de compra ou arrematação de bens nacionaes ou
das corporações de mão morta, sobre o preço - - 2,5 °/o
33 Cartas de credito e abonação passadas por commerciantes,
conforme o valor :
De 1$000 réis a 20$000 réis $020
De mais de 20$000 réis a 100$000 réis $100
Cada 100$000 réis a mais ou fracção d'esta quantia (6) moo

(a) Embora não haja bilhetos para os espectaculos, diversões, diver-


timentos ou exposições, ou ainda que sejam pagos á saida, ó devido o
sêllo d'este artigo.
|6) As taxas d'este artigo podem tambem ser pagas por meio de estam-
pilha ou sêllo a tinta de oleo.
M a i o 24 26 6 , 1902

Taxas
ics g
3*1
lucidencia. do imposto. — Isenções
lS so Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
s* sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

34 Cartas de jogar, cada baralho :


0100
Sendo estrangeiras 0200
Ficam isentas as cartas de jogar nacionaes que se ex-
portarem para paises estrangeiros.
35 Cartas de naturalização, cada uma 10500
36 Cartas de saude, cada uma (a) 0100
37 Cartas de sentença extrahidas dos processos forenses su-
jeitos ao imposto do sêllo, cada meia folha 0100
São comprehendidos neste artigo os formaes de parti-
lhas, os titulos de adjudicaçào e as cartas de arre-
matação.
38 Cartas testemunhaveis, cada meia folha 0100
39 Cartazes ou annuncios affixados ou expostos em qualquer
logar:
Sendo de espectaculos ou divertimentos publicos:
De cada espectaculo ou divertimento 0100
Se não se indicar o numero de espectaculos ou diver-
timentos, nem os dias ou noites em que se realizem,
cada cartaz ou annuncio :
10000
0050
Sendo de qualquer outro assumpto ou objecto :
Os que forem escritos, impressos, lithographados
ou estampados em papel, cada um :
Em Lisboa ou Porto 0050
Fóra d'estas eidades 0020
Os que forem feitos em teeido ou outra substancia
que não seja papel, cada um :
0200
0050
Os que forem pintados em parede, madeira ou pla-
cas metallieas ou analogas, gravados, feitos com
letras em relevo ou por qualquer outro processo,
cada um e em cada mês ou fracção de mès :
0200
Fóra d'estas eidades 0050
Pelos cartazes ou annuncios de mais de uma em-
presa, entidade ou individuo serão devidas tan-
tas taxas quantos forem os individuos, entidades
ou empresas a quem os annuncios interessarem.
Qualquer alteração ou modificação que se fizer
nos cartazes ou annuncios importa a obrigação
do pagamento de nova taxa.
Ficam isentos os cartazes ou annuncios affixados
nos bufctes, restaurantes, botequins, kiosques ou
em quaesquer outros estabelecimentos, e nos reciii-
tos das estações de caminhos de ferro, quando uni-
camente disserem respeito aos objectos expostos á «
venda ou consumo, ou á industria explorada nesses
estabelecimentos; e bem assim os cartazes ou an-
nuncios de qualquer publicação scientifica ou lit-
teraria, não se comprehendendo nesta isençâo os
que, sob pretexto de darem noticia de publicação
scientifica ou litteraria, designem casas de especta-
culo, escriptorios, cigencias, estabelecimentos fabris,
commerciaes ou industriaes e venda de generos, ou
por qualquer fórma façam reclamo estranho á pu-
blicação de que tratem, ou referencia a outro ne-
gocio.
Tambem, ficam isentos os escritos e indicações para
arrendamento de todo ou parte do predio em que
forem affixados.
40 Caução de exactores fiscaes, de notarios ou de empregados
telegrapho-postaes, conforme o valor:
Cada 2500000 réis ou fracção '0050
Accresce o sêllo do artigo 93.°
41 Cautelas de penhor passadas por armazens geraes (war-
rants) de que trata o Codigo Commercial no artigo 408.°,
§ 1.» :
Pelo primeiro endosso, em eada periodo de quinze dias
ou fracção de quinze dias, a contar da data d'este
endosso, e em cada 1000000 réis ou fracção 0020
42 Certidões, cada meia folha 0100
Sendo escritas no papel de outra certidão ou de qual-
quer outro acto, cada uma (c) 0100
(a) Este sêllo tambem póde sei- pago por estampilha.
{&) Estas duas taxas podem tambem ser pagas por meio de sêllo de verba.
(e) A primeira tara d'esto artigo póde tambem ser paga por meio de
estampilha ou sêllo a tinta de oleo. As certidões de rclaxe de couhceimentos
de cobrança do impostos poderão, porem, ser passadas em papel com-
mum: o sêllo neste caso será pago por verba conjuutamente com o dos
processos.
1902 •267 Maio 21

Taxas

Incidencia do imposto. — Isenções


Papol Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de dr verba a tinta especial
estampilha de oleo

Não se comprehenderá neste artigo as certidões de


citação, intimação, notificação e outras que os escri-
vães e secretarios teem a exarar nos processos fo-
renses, nem as certidões que os officiaes de diligen-
eias teem de passar no desempenho das suas funcções,
nem as certidões de avaliação de bens.
Ficam isentas as certidões de idade que os administra-
dores do concelho ou bairro passam para as caderne-
tas dos menores trabalhadores em fabricas, quando fi-
Ihos de paes pobres.
Ficam tambem isentas as certidões de obito enviadas pe-
los parochos ao Ministerio Publico para, distribuição
de inventarios orphanologicas de valor não excedente
a 120&000 réis. As certidões para os inventarios de
valor excedente a 120&000 réis podem ser passados
em papel commum, mas pagarão por verba o sêllo de-
vido conjuntamente com o dos processos.
Certificados, cada meia folha
Sendo de registo criminal, mais $100
Sendo de registo de propriedade de embarcações de
portos e rios, somente (a) $100
Ficam isentos os certificados de vida, identidade, estado
e residencia passados nos recibos de pensões ou subsi-
dios, os certificados de instrucção primaria elementar,
e os certificados feitos pelos notarios nos reconhecimen-
tos e instrumentos em que intervierem.
Clieques á vista ou sem designado prazo de vencimento,
passados no continente do reino e ilhas adjacentes, ao
portador ou em favor de pessoa certã $020
Cheques passados no continente do reino e ilhas adjacen-
tes, com designado prazo de vencimento, ao portador ou
em favor de pessoa certã, cheques ou livranças de qual-
quer natureza passados em praças estrangeiras para
serem pagos em Portugal e vice-versa:
De 10000 réis a 200000 réis $020
De mais de 200000 réis a 1000000 réis $100
Cada 100^000 réis a mais ou fracção d'esta quantia.. $100
Commodato, conforme o valor :
Até 100000 réis ' 0010
De mais de 100000 réis a 400000 réis
De mais de 400000 réis a 800000 réis
De mais de 80$000 réis a 1000000 réis $100
Cada 1000000 réis a mais ou fracção d'esta quantia.. $100
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou-
outro, segundo a natureza do titulo.
Ficam isentos os emprestimos de livros, feitos por bi-
bliothecas ou sociedades de instrucção, os contratos
que tiverem por obejeto alfaicis agricolas, gados e se-
mentes, bem como todos os contratos verbaes.
Compra e venda ou cessão onerosa de bens ou direitos mo-
biliarios ou immobiliarios, por termo judicial, por escrito
particular ou por escriptura ou instrumento com interven-
ção de notarios ou secretarios de camaras municipaes,
4
sobre o preço /2 P01, mil
Accresce o sêllo dos artigos 24.°, 92.°, 93.° e 96.°, um
ou outro, segundo a natureza do titulo.
Nas licitações o sêllo será pago por meio verba e
sobre o excesso das quotas legitimarias.
Concessão para o estabeleeimento de ascensores mechani-
cos de qualquer systema, na via publica ou fóra d'ella:
Em Lisboa e Porto 1000000
Nas outras cidades e capitaes de districto 50$000
Nas demais terras 250000
Concessão para o estabeleeimento de caminhos america-
nos :
Em ruas de cidade ou outra povoação 2000000
Em estradas ordinarias 150$000
Concessão para o estabeleeimento de qualquer systema de
viação com locomotivas ou por meio de tracção electrica 4000000
Confissão ou constituição de divida, incluindo a inherente
aos contratos de mutuo e usura, conforme o valor '/zfor mil
Aceresce o sêllo dos artigos 24°, 92.°, 93.° e 96.°, um
ou outro, segundo a natureza do titulo.
Conhecimento, guia, cautela ou outro documento de trans-
porte por via fluvial ou terrestre
Sendo de transporte em caminhos de ferro, a preço
reduzido, de expedições cornpostas de um só volume
de peso não superior a 10 kilogrammas $020
Ficam isentos os conhecimcntos dos transportes em pe-
quena velocidade dos comestiveis, mobilias ou baga-
(a) A primeira taxa d'estc artigo póde tambem ser paga por meio de es-
tampilha ou sêllo a tinta dc oleo.
Maio 24 268 1902

Incídencía do imposto. — Isenções


Sêllo Sêllo" Sêllo Sêllo
Papel de a tinta
sellado de verba especial
estampilha de oleo

geus a que as comvanhias de caminhos de ferro appli-


quem a taxa ãenominada de «serviço pariicular».
Conhecimento de carregação maritima, de generos proee-
dentes de portos portugueses ou estrangeiros, apresen-
tado nas alfandegas para legalisação (a) 0100
Conhecimento de carregação maritima junto ao manifesto
ou ao despacho geral de saida das embarcações (b) ....
Conhecimentos de depositos de mercadorias ou generos,
feitos em armazens geraes, conforme os artigos 408." e
seguintes do Codigo Commercial
Conhecimentos das contribuições e impostos directos, equi-
valendo as licenças ao conhecimento para este effeito,
em relação ao seu valor 2%
Conhecimentos dos impostos sobre a fabricação nacional
dos productos de que tratam as cartas de lei de 21 de
julho de 1893 e 27 de abril de 1896, sobre a importancia
a pagar, não se podendo cobrar menos de 10 réis 2%
Contas ou facturas commerciaes conferidas, com designado
prazo de vencimento, conforme o saldo :
De 10000 a 200000 réis 0020
De 200000 a 400000 réis $040
De 400000 a 60 £000 réis
De 600000 a 800000 réis
De 800000 a 1000000 réis
E por cada 1000000 réis ou fracção 0100
Convenções ante-nupciaes 40000
Se envolverem dote, mais, conforme o valor d'este.. . 2 por mil
Se o valor fôr em parte desconhecido ou indetermi-
nado, alem d'estas taxas cobrar-se-ha. . 50000
E se o valor fôr no todo desconhecido ou indetermi-
nado, alem da primeira taxa d'este artigo eobrar-
se-ha
Accresce o sêllo do artigo 93.°
Corroborações ou confirmações de certidões ou attestados,
cada meia folha
Sendo escritas nas proprias certidões ou attestados,
cada uma 0100
Ficam isenlas as que digam respeit.o ao eumprimento de
leç/ados pios.
Declaração escrita dada pelos conservadores e notarios,
dos motivos da recusa de qualquer acto, cada meia folha
Declaração para poder ser publicado qualquer periodieo,
cada meia folha i
São comprehendidas neste artigo as communicações
de mudança de qualquer dos factos constantes da
declaração.
Declarações para a matrieula dos commereiantes em nome
individual e das sociedades, e para a matrieula dos na-
vios, nas secretarias dos tribunaes de commercio, cada
declaração
Decreto dc verificação de vidas em bens nacionaes
Deposito civil, por meio de contrato, conforme o valor. . •. por mil
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
Diploma de approvação e confirmação de estatutos, com-
promissos ou contratos de corporações, bancos e empre-
sas ou sociedades mercantis, quer sejam permanentes,
quer temporarias 450000
Diploma de approvação de estatutos de associação de
classe :
Sendo só de patrões ou mixta :
Em Lisboa ou Porto 100000
Nas outras eidades e capitaes de districto 50000
Nas demais terras
Sendo só de empregados, operarios ou trabalhadores :
Em Lisboa ou Porto 50000
Nas outras eidades e capitaes de districto 20500
Nas demais terras 10500
Diploma de approvação de estatutos de sociedade scienti-
fica, litteraria, artistica, de instrucção ou de recreio:
Em Lisboa ou Porto 100000
Nas outras eidades e capitaes de districto 50000
Nas demais terras 30000
G9 Diploma dc approvação de estatutos de qualquer associação
ou sociedade não designada nas verbas precedentes.. . . 10500
70 Diploma de assignatura real por nomeações ou mercês não
espeeificadas nesta tabella .• 100000
71 Diploma de manutenção dc posse de bens nacionaes 180000

lal Esta taxa tambem podo ser paga por meio'de sêllo a tinta da oleo.
(ò) Tambem póde ser pago por meio do sêllo & tinta de oleo
1902 '269 Maio 24

Taxas

Incidencia do impoBto. — Isenções


Papel Sêilo sêllo Sêllo Sêllo
sellado ' de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

Diploma de nomeação de piloto pratico nas barras de Lis-


boa ou Port o _ _ 20000
Diploma de officio de solicitador:
Nos tribunaes ou juizos de Lisboa ou Porto - - 800000
Nos tribunaes ou juizos das outras terras do reino:
Em comarcas de 1.* classe _ _ 250000
Em comarcas de 2." classe - - 100000
Em comarcas de 3.a classe - - 50000
Diploma de tença, pensão ou ordinaria :
Até 1000000 réis _ _ 20000
De mais de 1000000 réis 2 % '
Sendo de verificação de sobrevivencia da tença, pensão
ou ordinaria, o dobro.
Diplomas de empregados da Casa Real:
I. — Carta de estribeiro-mor, de capitão da guarda-
real, de vedox-, de camareira-mor, de aia ou de
qualquer outro officio-mor 650000
II. — Carta de dama - - .550000
III. — Carta de official menor ou de açafata — — 450000
IV. — Nomeações de quaesquer outros empregados,
licenças e concessões honorifieas passadas pela
mordomia-mor ou outras repartições da Casa R e a l . . - - 250000
Diplomas de empregos publicos, comprehendendo os dos
corpos administrativos, misericordias, hospitaes e outros
estabelecimentos publicos subordinados ao Governo:
I.—Diplomas dé officio ou emprego cujo ordenado ou
lotação seja:
Até 1000000 réis por anno. 1,5%
De mais de 1000000 réis a 6000000 réis - - • 5%
De mais de 6000000 réis a 1:0000000 réis - - 7,5%
De mais de 1:0000000 réis - - 10%
II. — Diploma de officio ou emprego que não tenha
vencimento ou lotação conhecida - - 0500
III. — Diploma de accesso ou de transferencia de
officio e emprego, quer se verifique dentro do mesmo
quadro quer de um para outro, pagará a taxa cor-
respondente á melhoria do vencimento, se melhoria
houver, e não a havendo pagará somente - 0100
IV.—Provimento ou qualquer outro titulo de no-
meação temporaria por menos de um anno pagará
uma quota proporcional ao tempo por que fôr pas-
sado e em relação ás taxas estabelecidas.
V. —Provimento ou qualquer outro titulo de nomeação
provisoria pagará mensalmente uma quota na pro-
porção das taxas estabelecidas.
VI. — Diploma de inactividade por que seja percebido
algum vencimento, como o cla aposentação, jubilação
ou reforma:
Até 1000000 réis por anno 1,5%
De mais de 1000000 réis até 6000000 réis - - 5 %
De mais de 6000000 réis até 1:0000000 réis - - 7,5%
De mais de 1:0000000 réis 10%
As taxas d'este artigo abrangem os diplomas dos me-
dicos e cirurgiões das camaras municipaes, hospi-
taes e misericordias.
As gratificações de exercicio e quaesquer outros pro- t
; /
ventos certos, e bem assim os emolumentos ou sala-
rios segundo a respectiva lotação entrarão no
calculo dos vencimentos de officio ou emprego para
os effeitos d'este imposto.
Quando o ordenado ou lotação de emprego fôr em
moeda insulana, o sêllo será calculado sobre o quan-
titativo do vencimento nesta moeda.
Ficam isentos os diplomas de nomeação de professores de -

instrucção primaria officiaes, ou de estabelecimentos


de earidade ou beneficencia, e bem assim os diplomas
de nomeação de regedores.
Diplomas de habilitações litterarias ou scientificas:
I. — Carta de grau pela Universidade :
De bacharel 200000
De-licenceado _ - 250000 -
De doutor. - - 300000
II. — Carta de approvação em qualquer curso de ins-
trucção superior - - 200000
III. — Carta de approvação em qualquer curso de ins-
trucção secundaria _ 20000
IV.— Carta de habilitação de pharmaceutico - - 50000
V.— Carta de habilitaçao de piloto - - 20000
VI. — Carta de exame, approvação ou habilitação de
dentista _ _ 100000
VII. — Carta de approvação de parteiro — 20000
VIII. — Diploma para o exercicio das funcções de di- i
Maio 24 270 1902

iS s Taxas
ut Incideneia do imposto. —Isenções
go Sêllo
So Papel Sêllo Sêllo Sêllo
x" sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

reetor de estabelecimento particular de ensino se-


cundario 40000
IX. — Diploma para o exercicio das funcções de pro-
fessor particular de ensino secundario 20000
X. — Diploma de premios peeuniurios ou partidos con-
cedidos pela Universitiade, ou por quaesquer acade-
mias e escolas publieas 10000
XI. —- Licença para o exercicio no continente*do reino,
ilhas adjacentes ou possessões ultramarinas, de qual-
quer profissão scientifica adquirida em universidade
ou academia estrangeira 2000000
Ficam, isentos os diplomas de habilitações littcrarias ou
scientificas de alumnos ou alumnas pobres, e bem assim
os de premios concedidos a alumnos ou alumnas das
escolas de instrucção primario,.
78 Diplomas ecclesiasticos:
100000
200000
30000
IV. — B r e v e de irregularidade 30000
V. — Breve de luto 70000
VI. — Breve de missa votiva 10500
VII. Breve de non residendo, por uma só vez 400000
V I I I . — Breve de privilegio para ecclesiastico poder
usar de qualquer honra ou distinctivo 1000000
I X . — Breve de privilegio para qualquer corporação
poder usar de alguma honra ou distinctivo 1500000
X . — B r e v e de supprimento de idade :
Até seis meses 20000
Até doze meses 3$000
50000
X I . — Breve para sacrario em capella particular . . . . 750000
X I I . — B r e v e para sacrario em capella publica 200000
X I I I . — Bulla de arcebispado 1400000
XIV. — Bulla de arcebispado ou bispado in-partibus . 800000
XV. —Bulla de patriarchado 2800000
XVI. — Bulla de lieença confírmativa de b i s p a d o . . . . 1250000
X V I I . — Bulla para oratorio 1000000
X V I I I . — Bullas não classificadas, eada uma 30000
X I X . — Carta de encommendado ou coadjutor 0400
X X . — Cartaa de ordens de presbytero 40000
X X I . — Carta de sacristão 0200
X X I I . — Dispensa de um pregão 20000
XXIII. Dispensa de dois pregões 30000
X X I V . — Dispensa de tres pregões 50000
X X V . — L i c e n ç a para capella publica, pertencente a
particular :
Sendo a menos de 3 kilometros da igreja paro-
chial ou de outra capella publica 300000
Sendo a mais de 3 kilometros da igreja parochial
ou de outra capella publica 150000
X X V I . — Licença para capella publica, pertencente a
corporação ou povoação :
Sendo a menos de 3 kilometros da igreja parochial
ou de outra capella publica - 70500
Sendo a mais de 3 kilometros da igreja parochial
ou de outra capella publica 10500
X X V I I . — Licença para casamento ou baptisado :
Em oratorio ou capella particular, ainda que esta
tenha porta para a rua 200000
Em capella ou igreja publica, não sendo a paro-
chial 90000
X X V I I I . — Licença para casamento eom fiança a ba-
nhos 50000
X X I X . — Licença para eonfessar 0200
X X X . — Licença para celebrar e prégar ou somente
para qualquer d'estes actos 0500
X X X I . — Licença para cada festividade religiosa em
igreja parochial ou fóra d'ella 0200
X X X I I . — Licença para cyrio, prestito ou cortejo que
não seja de funeral 1.... 40000
X X X I I I . — Quaesquer diplomas expedidos pelas cama-
ras ou auctoridades ecclesiasticas, que não estiverem
especialmente comprehendidos nesta tabella ( a ) . . . . 0500
Ficam isentos os breves de dispensa de idade e os de
illegitimidade á ordem para os alumnos pobres que
tiverem frequentado ffra/uitamente os seminarios ou
tenham sido subsidiados pelo cofre da Bulla da Cru-

(a) As taxas d'este artigo tambem podeiu ser pagas por meio de estam-
pllha.
1902 '271 Maio 24

Taxas
«4 g
S "o
Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
.sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

zada; os breves de non residendo quando os parochos


forem pobres e seus beneficios de rendimento inferior
a 2003000 réis; as bullas ou licenças para fundação
de oratorios e capellas, e para ter sacramento e para
todos os actos de culto, dentro dos hospitaes, das mise-
ricordias e de outros estabelecimentos de beneficencia
auetorizados pelo Governo ; as licenças para casamen-
tos, nas igrejas ou capellas de misericordias, das
mulheres por estas dotadas, e para casamentos dos
presos nas capellas das prisões; e as dispensas de
pregões nos casamentos de consciencia.
Diplomas nobiliarios :
I. — Carta de mercê de titulo de duque ou de duquesa 5000000
II. — Carta de mereê de titulo de marques ou de mar-
quesa - - 4000000
III. — Carta de mereê de titulo de conde ou de con-
dessa _ — 3000000 -

IV. — Carta de mercê de titulo de grandeza - - 3000000


V. — Carta de mercê de titulo de visconde ou cle vis-
condessa - - 2000000
VI.— Carta de mercê de titulo de barão ou de baroneza
Quando algum dos ditos titulos fôr de juro e 1000000
berdade, a carta pagará mais - - 500000
VII. — Carta que concede honras de parente - - 6000000 .—
VIII. •— Alvará de vida em algum dos ditos titulos. . - - 1000000
IX. — Carta de conselho - — 1000000 —

X. — Carta de alcaide-mor - - 1000000


XI. — Alvará de mercê do tratamento de excellencia. - - 800000
XII. — Alvará de mercê de tratamento de senhoria . 700000
XIII. — Alvará de mercê de tratamento ou titulo de
dom - - 1500000
XIV. — Alvará de mercê de foro de fidalgo cavallein
ou moço fidalgo com exercicio _ 1000000
XV. — Alvará de fidalgo escudeiro oumoço fidalgo.. - - 800000
XVI. — Alvará de cavalleiro fidalgo ou escudeiro fi
dalgo - - 800000
XVII. — Alvará cle qualquer foro de fidalgo inherente
a titulo ou por successão 500000
XVIII. — Alvará de mercê de uso de brasão de armas - _ 600000
Quando a mercê fôr por successão - - 100000
XIX. — Alvará de licença para casamentos de dona
tarios da Coroa _ _ 800000
XX. — Banda cla ordem de Santa Isabel — - 3000000
XXI —Portaria para acceitar ou usar de banda de
ordem ou titulo nobiliario, concedido por qualquer
naçào estrangeira - 3000000
Mcam isentos os diplomas dos n.°* IV e IX,
quando as mercês forem inherentes a algum
cargo ou funcção publica.
80 Diplomas de ordens militares e civis :
I. •—• Carta de mercê de gran-cruz 1500000
II. — Carta de mercê de commendador - - 1000000
III.— Carta de mercê de official ou cavalleiro OUjpUUU
IV. — Carta de transferencia de uma para outra ordem - - 250000 y
V. —• Portaria eoncedendo o uso de insignia antes da
carta - - 200000
VI.—Portaria eoncedendo licença para acceitar ou
gozar condecorações estrangeiras, sendo :
De gran-cruz 1800000
De grande official _ — 1500000
De commendador _ _ 1000000
De official ou cavalleiro —" - 900000
De grande dignitario 2000000
Estas taxas serão reduzidas a um terço para os offi-
ciaes do exercito e armada e para os empregados
do Estado que forem agraciados por serviços no
exercicio das suas funcções.
O Governo poderá dispensar o pagamento de todo o
sêllo quando as mercês sejam concedidas por servi-
ços relevantes, prestados em combate contra o ini-
migo, por serviços distinctos no exercicio de funcções
publicas, por provado merito litterario, scientifico -
ou artistico, ou ainda por acto singular e publico de
devoção civica. »

Ficam isentos as cartas de mercês dos graus da Real


Ordem Militar de S. Bento de Aviz, as portarias
das licenças aos Ministros de Estado effectivos
pelas mercês estrangeiros que lhes forem concedi-
das, as cartas das mercês concedidas a praças do
exercito e da armada, e as cartas das mercês
concedidas a operarios, nos termos da lei de 25 de
agosto de 1887.
Maio 24 272 1902

Incidencia do imposto. — Isenções

Diplomas relativos ao exercito e armada:


I.—Patente de general de divisão, de vice-almirante
e nomeação de governador geral 1000000
II. — Patente de general de brigada ou de contra-
almirante 700000
III. — Patente de eoronel, tenente-coronel, major, ca-
pitão de mar e guerra, capitão de fragata ou capitão-
tenente 450000
IV. — Patente de capitão do exercito ou de primeiro
tenente da armada 250000
V. — Patente de tenente, de alferes, de primeiro e se-
gundo tenente de engenharia ou artilharia, e de se-
gundo tenente da armada 150000
VI. — Nomeação de guarda-marinha 100000
Estas taxas são respectivamente applicaveis ás pa-
tentes e nomeações de empregados civis do exer-
cito que teem graduação militar.
Dispensa de impedimento para casamento dos não catho-
lieos 100000
Ficam isentas as dispensas concedidas a contrahentes
pobres.
Dispensa de impedimento de ínatrimonio, sobre a multa
ecclesiastica imposta aos impetrantes 10%
Ficam isentas as dispensas concedidas a contrahentes
pobres.
Doações entre vivos, não sendo em contrato ante-nupcial,
conforme o valor :
De 10000 réis a 100000 réis
De mais de 100000 réis a 500000 réis
De mais de 500000 réis a 1000000 réis
De mais de 1000000 réis a 2500000 réis 0050
Cada 2500000 réis a mais ou fracção d'esta quantia (a) 0O5Ò
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
O valor das doações onerosas será o que resultar de-
pois de abatido o encargo.
Documento que substitua a guia de bagagens vindas por
via ferrea *. . 0020
Documento que substitua o conhecimento de carregação
maritima 0100
Documento que substitua o conhecimento, guia ou cautela
de transporte por via fluvial ou terrestre
Documentos, livros e papeis apresentados a officiaes publi-
cos, a fim de serem extrahidas certidões ou publicas-
formas :
Não sendo escritos, impressos, lithographados ou «s-
tampados em papel sellado, ou não tendo pago sêllo
por qualquer motivo, cada meia folha de que forem
extrahidas as certidões ou publicas-formas (b) 0100
Sendo escritos, impressos, lithographados ou estam-
pados em papel sellado de taxa inferior, ou tendo
pago sêllo por qualquer motivo, será devida só a
differença.
Documentos que tenham de se juntar a processos forenses
sujeitos ao imposto do sêllo ou a requerimentos dirigidos
a tribunaes ou repartições publicas de qualquer ordem,
ou que sejam apresentados em quaesquer cartorios ou
repartições publicas para ahi ficarem archivados :
Não sendo escritos, impressos, lithographados ou
estampados em papel sellado, ou não tendo pago
sêllo por qualquer motivo, cada meia folha ( c ) . . . . . 0100
Sendo escritos, impressos, lithographados ou estam-
pados em papel sellado de taxa inferior, ou tendo
pago sêllo por qualquer motivo, será devida só a
differença.
90 Editos ou editaes em processos forenses sujeitos ao im-
posto de sêllo, cada meia folha 0100
E de cada um
91 Einpreitadas, cada contrato 0500
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
92 Escritos particulares de confissão de divida, hypotheca,
penhor ou fiança ou de qualquer contrato, excluido o de
mandato, cada meia folha.
E de cada um (rf) 0200
Accresce o que competir á confissão de divida ou ao

(«) Nas doações dependentes de acceitação, o sêllo será cobrado 110 acto
d'esta.
(í> 0 c) Tambem podo ser pago por meio de sêllo de verba.
(ttj O sêllo do papel podo tambem ser pago a tinta de oleo, e será pago
por. estampilba quando a hypotheca, o penhor ou a fiança forem escri-
tos no papel em que já esteja a obrigação principal.
1902 273 Maio 24

íocidencia do imposto. •— Isenções


Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

contrato, segundo o que vae determinado n'esta ta-


bella.
Todos os exemplares de um mesmo escrito particular
são sujeitos, alem do sêllo do papel, á taxa de 200
réis ; mas as taxas especiaes dos contratos ou actos
somente serão pagas em um dos exemplares.
Ficam isentos os escritos dos contratos de emprestimos
de livros, feitos por bibliothecas ou sociedades de
instrucção, os dos contratos que tiverem por objecto
emprestimos de alfaias agricolas, gados e sementes, e
bem assim os escritos dasgarantias d'esses emprestimos.
Escrituras, testamentos e mais instrumentos exarados nos
livros de notas dos notarios e camaras municipaes, cada
um... • 10000
Contendo qualquer acto ou contrato especialmente
designado nesta tabella, accresce o que nos respe-
ctivos artigos se indiear para ser pago por estam-
pilha.
Fretamento :
Para os portos do continente do reino 10000
Para outros portos ou porto indeterminado (a) 30000
Guia de bagagens vindas por via f e r r e a . . . 0020
Instrumentos exarados pelos notarios fóra dos livros de
notas, excluindo as procurações, ou substabelecimentos,
os protestos de letras e os autos de approvação de tes-
tamentos cerrados, cada meia folha 0100
E de cada um 0200
Contendo qualquer acto ou contrato especialmente de-
signado nesta tabella, accresce o que nos respecti-
vos artigos se indiear para ser pago por estampilha.
Letras sacadas no continente do reino e ilhas adjacentes,
ordens, livranças e escritos commerciaes de qualquer
natureza, nos quaes se determine pagamento ou entrega
de dinheiro com clausula á ordem ou á disposição, ainda
que sob a fórma de correspondencia epistolar:
Sendo á vista ou até oito dias de prazo :
De 10000 réis a 200000 réis
De mais do 200000 réis a 500000 réis 0050
De mais de 500000 réis a 2500000 réis
Cada 2500000 réis a mais ou fracção d'esta quantia
Sendo a mais de oito dias de prazo:
De 10000 réis a 200000 réis
De 200000 réis a 400000 réis
De 400000 réis a 600000 réis •
De 60i000 réis a 800000 réis
De 800000 réis a 1000000 réis 0100
Cada 1000000 réis a mais ou fracção d'esta quantia
Estas taxas serão applicadas a cada via em que forem
sacadas as letras ( b)
Ficam isentas as letras, livranças e mais titulos de cre-
dito criados, pansados ou emittidos pelo Governo, e
bem assim as 'notas dos bm.cos.
Letras sacadas em praças estrangeiras quando endossa-
das, acceitas ou pagas no continente do reino e ilhas
adjacentes, cada uma :
De 10000 réis a 200000 réis 0020
De mais de 200000 réis a 1000000 réis 0100
Cada 1000000 réis a mais ou fracção d'esta quantia . 0100
Ficam isentas as letras que, embora acceitas ou, indos-
sadas no reino e ilhas, sejam pagavás em praças es-
trangeiras.
Licença a bacharel, lieenceado ou doutor para advogar,
não tendo as respectivas cartas :
Em Lisboa ou Porto 400000
Nas outras terras 250000
Licença para advogar concedida a pessoa que não seja
para isso habilitada pela Universidade 500000
Licenças para actos respectivos a industrias e outros :
I. — Licença para espectaculos ou divertimentos pu-
blicos, incluindo quaesquer exposições que se explo-
rem por dinheiro ou de que o empresario aufira
lucros, seja qual fôr o modo da cobrança do preço
que tenha de pagar-se por uma vez ou relativamente
a cada exbibição :
Sendo em edificios proprios, como theatros, circos,
praças de touros ou casas semelhantes :
Em Lisboa e Porto :
Nas casas de lotação inferior a 3000000
réis 120000

(a e b) Estas taxas podem tambem ser pagaB por meio de sêllo a tinta
de oleo.
10
Maio 24 274 1902

Taxas
i»- s
s« ® , „
S£ Incidencia do imposto. — Isenções
!« Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
S" sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

Nas de lotação inferior a 6000000 r é i s . . . . 200000


Nas de lotação de 6000000 réis ou superior — • 240000
Nas outras cidades e capitaes de districto - 120000
Nas demais terras 60000
Sendo em jardins, parques ou quaesquer recintos,
que nào tenliam theatro, circo, praça de touros
ou outra casa semelhante, ou que, tendo-as,
não sejam exploradas, ou de que se tenha pago
a respectiva taxa pelos espectaculos ali reali-
zados:
Em Lisboa e Porto 120000
Nas outras cidades e capitaes de districto.. DjpUUÇJ
Nas demais terras - 30000
Sendo em barracas de ligeira construcção :
Em Lisboa e Porto 60000
Nas demais terras - 20400
II. — Licença para casa de jogos publicos, até á hora
de recolher, conforme os preceitos administrativos :
Sendo de bola ou malha :
Em Lisboa e Porto 10800
Nas outras cidades e capitaes de districto... 0960
Nas demais terras _ 0480
Sendo de cartas ou qualquer outro, excluindo os
de bilhares:
Em Lisboa e Porto - 240000
Nas outras cidades e capitaes de districto... 90600
Nas demais terras /L-sRnn
ítjSÔOUU
Sendo de bilhar, de cada mesa:
Em Lisboa e Porto _ 120000
Nas outras cidades e capitaes de districto... /tARnn
ífcgooUU
Nas demais terras 30000
III. — Licença para conservar aberta a porta de qual-
quer casa em que haja jogo publico depois da hora
de recolher:
Sendo nas casas de que trata o numero anterior,
ou em botequins, cafés, restaurantes ou casas de
pasto:
Em Lisboa e Porto - 240000
Nas outras cidades e capitaes de districto.... 90600
Nas demais terras 20400
Sendo em outras quaesquer easas:
Em Lisboa e Porto 60000
Nas outras cidades e capitaes de districto... 30000
Nas demais terras - 0600
IV.—Licença para ter aberta, depois da hora de re-
colher, a porta de certos estabelecimentos :
Sendo botequins, cafés, restaurantes ou casas de
pasto:
Em Lisboa e Porto 60000
Nas outras cidades e capitaes de districto... _ 10200
Nas demais terras 0600
Sendo tabernas ou kiosques e quaesquer outros es-
tabelecimentos emque se vendam bebidas a eopo
ou para immediato consumo no mesmo local, em-
bora n'esses estabelecimentos se exponham á
venda diversos artigos ou productos :
Em Lisboa e Porto 20400
Nas outras cidades e capitaes de districto... - 0960
Nas demais terras 0480
V. — Licença para venda em armazem de atacado, in-
cluindo os depositos das fabricas, com exclusão dos
de tabacos, embora a venda se contrato em escripto-
rio separado :
Em Lisboa e Porto 120000
Nas demais cidades e capitaes de districto - 40800
Nas demais terras 10500
Esta licença comprehende não só os estabeleci-
mentos em que se armazenem mereadorias em
grandes partidas, e se venda a mercadores por
atacado, embora ahi se façam tambem al-
gumas vendas a retalho; mas ainda os escri-
ptorios em que se façam transacções por
grosso, embora não haja ahi fazendas arma-
zcnadas. Não é, porem, applicavel ao estabe-
leeimento ou armazem, mesmo abastecido
em grande, quando não se façam habitual-
mente vendas por atacado.
YI. — Licença para venda de tabaco :
Sendo por atacado:
Em Lisboa e Porto 480000
Nas outras cidades e capitaes de districto 180000
Nas demais terras - 120000
1902 Maio 24

Taxas
ifl
Incideneia do imposto. — Isenções
ís g® Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

Sendo por meudo:


Em Lisboa e Porto 20400
Nas outras eidades e capitaes de d i s t r i c t o . . . . 10200
Nas demais terras 0600
Considera-se vendedor de tabaeo por atacado o
que fôr depositario da respectiva companhia,
e bem assim o que, embora venda por meudo
no seu estabelecimento, forneçahabitualmente
algum ou alguns revendedores.
Se no mesmo estabelecimento se fizerem vendas
por atacado e por meudo, serão cumulativa-
mente applicadas as taxas respectivas a esses
dois factos.
Estas licenças são obrigatorias, independente-
mente de outras que ao mesmo estabelecimento
competirem.
VII. — Licença para hotel ou hospedaria:
Em Lisboa e Porto 60000
Nas outras eidades e capitaes de districto 30000
0960
VIII. —Licença para estalagem, casa de pasto ou casa y-
de guarda de cavalgaduras:
Em Lisboa e Porto 30000
Nas outras eidades e capitaes de districto 10200
Nas demais terras 0600
IX. — Licença para botequins, cafés ou casa debebidas:
Em Lisboa e Porto 60000
Nas outras eidades e capitaes de districto 10200
Nas demais terras 0600
X. — Licença para taberna, quer tenha quer não tenha
comida:
Em Lisboa e Porto 20400
Nas outras eidades e capitaes de districto 10200
Nas demais terras 0600
XI. — Licença para venda de aguas mineraes e medi-
cinaes :
Em Lisboa e Porto 60000
Nas outras eidades e capitaes de districto 20400
Nas demais terras 0600
Esta licença é obrigatoria, independentemente
de outras que competirem ao mesmo estabele- 1
cimento em que se exponham á venda as refe-
ridas aguas. Não abrange, porem, os estabe-
lecimentos de exploração, os seus depositos
especiaes, nem as pharmaeias ou drogarias
legalmente estabelecidas.
XII. — Licença para bazar, sem leilões :
Em Lisboa e Porto 60000
Nas outras eidades e capitaes de districto 20400
Nas demais terras 10200
XIII. — Licença para casa de modas :
Em Lisboa e Porto 120000
Nas outras eidades e capitaes de districto - 30600
Nas demais terras 10200
XIV. — Licença para salas ou casas de cortar cabello:
Em Lisboa e Porto 20400
Nas outras eidades e capitaes de districto 10200
XV. — Licença para agencia commercial de qualquer
natureza:
Em Lisboa e Porto 40800
Nas outras eidades e capitaes de districto 20400
Nas demais terras 10200
XVI. — Licença para agencia de leilões, de empres-
timos e de venda de bens moveis ou immoveis :
Em Lisboa e Porto 180000
Nas outras eidades e capitaes de districto 20400
Nas demais terras 0600
XVII. — Licença para easa de liquidações, por meio
de leilão, de objectos novos ou usados : •
Em Lisboa e Porto 600000
Nas outras eidades ou capitaes de districto 60000
Nas demais terras 10200
Esta licença desobriga da mencionada na verba
XXV, relativamente aos leilões que no mesmo
estabelecimento se realizarem.
XVIII.-—-Licença para loja de cambio :
Em Lisboa e Porto 240000
Nas outras eidades e capitaes de districto 60000
Nas demais terras 10200
XIX.—Licença para ter carruagens, omnibus, seges
ou trens de aluguer:
90600
Maio 24 276 1902

Taxas

Incidencia do imposto. — Isenções


Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
estampilha d e oleo

Nas outras cidades e capitaes de districto 23400


Nas demais terras - 10200
XX. — Licença a vendilhões ambulantes, e para ven-
der em feiras ou mercados, sem estabeleeimento fixo,
ou nos rios - 0600
Exceptua-se o vendedor ambulante, sem cavalga-
\
dura, ou que, tendo-a, somente venda frutas e
hortaliças.
XXI. — Licença para estabeleeimento pbotographico:
Em Lisboa e Porto - 30600
Nas outras cidades e capitaes de districto iJJ.jjftnn
QOUL»
Nas demais terras - 10200
XXII. — Licença para casa de penhores em roupas,
objectos de ouro ou prata, pedras preciosas ou quaes-
quer mobiliarios :
Em Lisboa e Porto 360000
Nas outras cidades e capitaes de districto - 180000
Nas demais terras 30600
Esta licença comprehende os bancos, compa-
nhias, sociedades anonymas e quaesquer em-
presas que façam operações sobre penhores.
XXIII. —Licença para uso e porte de arma - 20400
XXIV. — Licença para venda, por meudo, de merea-
dorias, generos ou productos de qualquer natureza,
não especificados nesta tabella, em casas, lojas, ar-
mazens ou qualquer estabeleeimento fixo :
Em Lisboa e Porto 20400
Nas outras cidades e capitaes de districto - 10200
Nas demais terras 0600
O sêllo de todas estas licenças mencionadas sob
os numeros I a XXIV será applicado na pro-
porção do tempo da sua validade, desde um 1
até doze meses, mas serão passadas por fórma
que terminem no ultimo dia do anno civil em
que forem concedidas; sendo as licenças tira-
pormês pagar-se-ha, porem, a quinta parte da
taxa respectiva a um anno.
XXV. — Licença para leilão de moveis, de immoveis
ou de semoventes, em casa particular, em predio a
vender, loja ou armazem de venda, ou em qualquer
logar fóra dap praças de commercio :
Sendo valida até cinco dias consecutivos :
Em Lisboa e Porto 100000
Nas demais terras 20000
Sendo valida por um dia :
Em Lisboa e Porto 50000 .
Nas demais terras . - 10000
7
XXA I — Licença para cada leilão, nas bolsas ou
praças de commercio, de letras a risco maritimo,
de moveis ou immoveis, ou de quaesquer valores
que não sejam papeis de credito - 30000
XXVII. — Licença para prestito ou cortejo civico . . . 50000
XXVIII. — Licença para ter um ou mais caes, cada
uma:
Em Lisboa e Porto 0500
Nas outras cidades e capitaes de districto - 0300
Nas demais terras 0100
Quando as habitições dos donos dos cães não
tenhfim quiutal, terraço ou pateo, o imposto
será de vinte vezes a taxa respectiva.
Ficam isentas as Licenças para cães de guarda.
XXIX. — Licença para queimar fogos de artificio . . . 0500
XXX. —Licença para queimar simplesmente foguetes pávjyj
XXXI. — Licença para laboração de alambiques, que
produzam simplesmente aguardente ou alcool pro-
veniente da destillação de vinho, borras de vinho,
bagaço de uva e agua-pé, quer seja de producção
propria ou alheia, e qualquer que seja a especie do
alambique - 0100
XXXII — Licença para laboração de alambiques que
destillem aguardente ou alcool de productos não
niencionados na verba anterior :
Cada alambique, quando a capaeidade d'este fôr
inferior a 300 litros - 20000
Cada alambique, quando a capaeidade d'este fôr
superior a 300 litros, mas que não exceda a 750
litros - 100000
Cada alambique, quando a capaeidade d'este fôr
superior a 750 litros, ou quando, qualquer que
seja a sua capaeidade, fôr de producção con-
tinua - 350000
As taxas d'esta licença não são divisiveis,
1902 '277 Maio 24

Taxas

Incideacia do imposto, —Isenções


Papfil Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
Bellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

seja qual fôr o tempo da sua validade den-


tro do anno civil em que fôr passada, a n ã o
ser que os apparelhos de destillaçào ou
alambiques destillem tambem as substan-
cias indicadas na verba X X X I , porque
nesse caso pagarão licença apenas pelo
tempo que destillarem outros productos da
agricultura diversos dos mencionados.
X X X I I I . — L i c e n ç a para agencia de emigração ou
de passaportes 2000000
X X X I V . — Licença a agente, correspondente ou com-
missario de emigração e de passaportes 1000000
E s t a licença e a mencionada anteriormente são
obrigatorias para todos os individuos, compa-
nhias, sociedades ou empresas que direeta ou
indirectamente recrutem ou contratem emigran-
tes, que vendam bilhetes de passagens, ou os
entreguem, ainda que seja por procuração, ou
que habitualmente solieitem passaportes p a r a
fóra do reino.
As taxas d'estas duas ultimas licenças são relati-
vas a um anno, mas indivisiveis, embora sejam
concedidas por menor periodo de tempo.
XXXV. — Licença para estabelecimentos insalubres,
incommodos ou perigosos, que estejam ou venham
a ser incluidos na tabella annexa ao decreto regu-
lamentar de 21 de outubro de 1863, conforme a res-
pectiva classificação, e em cada anno :
Em Lisboa e Porto :
P a r a os da l. a classe 20000
P a r a os da 2.a classe — 10200
Para os da 3.a classe 0800
Nas outras eidades e capitaes de districto :
P a r a os da l. a classe - 10000
P a r a os da 2." classc çonA
jpow
Para os da 3." classe — 0500
Nas demais t e r r a s :
P a r a os da 1." classe 0500
P a r a os da 2.a classe 0400
Para os da 3.a classe 0300
Licenças nào designadas especialmente nesta tabella, con-
cedidas pelas repartições publieas, pelas camaras muni-
cipaes ou por qualquer auctoridade, cada uma - 0100
Livros das casas de penhores:
Se não excederem o formato de 60 centimetros de altura
por 40 de largura, cada meia folha de duas laudas - 0200
Se exeederem - 0400
Livros das conservatorias do registo predial — diario, des-
cripções e inscripções; e os das sccretarias dos tribu-
naes do commercio — diario, matriculas e inscripções,
cada meia folha de duas laudas - - ' 0200
Estes ultimos livros podem ser sellados gradualmente,
conforme as necessidades do serviço.
Ficam isentas as folhas d'aquelles em que forem
transcriptos os actos de registo predial feitos
noutra conservatoria.
Livros das contas correntes dos solicitadores, — de receita
e despesa dos cabidos e outras corporações ecclesiasti-
cas,— e de receita e despesa e de actas de deliberações
ou eleições de irmandades ou confrarias, cada meia folha
de d u a s l a u d a s - - 0100
Livros de cauçòes ou fianças nas causas crimes, — dos jul-
gamentos de eoimas e transgressões de posturas, — de re-
gisto dos autos de eonciliações feitas nos juizos d e p a z , —
de registo de articulados, sentenças, tenções e accordãos
nos processos civeis e commerciaes, — de registo dos tes-
tamentos ou dos autos de abertura e publicação d'es-
tes, — cada meia folha de duas laudas _ 0100
Livros de notas, de aforamentos e de arrematações das
camaras municipaes, — de notas, de termos de abertura •
de signaes e de registos dos notarios,—e de registos
dos protestos de letras dos notarios e escrivães, cada
meia folha de duas laudas — 0100
Os livros mencionados nestes dois ultimos artigos não
podem exceder o formato de 30 centimetros de altura
por 20 de largura, nem ter mais de 25 linhas em
cada lauda.
Livros dos commerciantes em nome individual e das so-
ciedades commerciaes:—inventario e balanços, diario,
razão, actas, e registo de acções e obrigações:
Se não excederem o formato de 60 centimetros de al-
tura por 40 de largura, cada meia folha de duas laudas 0100
Maio 24 27'8 19G2

Incidencia do imposto. — Isenções


5® Sêllo Sêllo
a tinta especial
de oleo

Se excederem
109 Livros copiadores a que se refere o artigo 31.° do Codigo
Commercial, cada meia folha de duas laudas embora seja
usada só uma d'estas 0005
110 Nomeação de solicitador feita por despacho do juiz de di-
reito 20000
A mesma taxa será devida de cada renovação.
111 Nomeação de vendedor de estampilhas e outros valores sel-
lados:
Em Lisboa ou Porto 10000
Nas demais terras
112 Nota ou verba :
De manifesto nas escrituras, letras e outros titulos de
divida
De qualquer acto de registo, exarada nos documentos
que nas conservatorias são entregues ás partes
De qualquer acto de registo, passada nas secretarias
dos tribunaes de commercio 0100
De distrate, apposta pelos notarios nos traslados ou
certidões das escripturas de divida 0100
113 Notas cle expedição pelo caminho de ferro, de mereadorias
estrangeiras — transito internacional e transferencia do
deposito, cada uma #030
114 Obrigações emittidas por quaesquer sociedades, sem exclu-
são das parcerias maritimas, e por quaesquer estabeleci-
mentos publicos, corpos ou corporações administrativas,
conforme o valor nominal:
Até 50000 réis 0020
De mais cle 55000 réis a 100000 réis
De mais de 100000 réis a 500000 réis 0075
Dc mais de 500000 réis a 1000000 réis 0150
Cada 1000000 réis a mais ou fracção d'esta quantia (a)
Se forem de sociedades para exploração nas posses-
sões ultramarinas, obrigadas a dar partilha directa
nos seus lucros ao Estado, a taxa applicavel, nunca
menor de 10 réis, será de 1 por mil
Ficam sujeitas ás taxas d'este artigo as obrigações de
corporações, bancos, companhias, sociedades com-
merciaes e empresas estrangeiras de qualquer natu-
reza, qunndo sejam cxpostas á venda no continente
clo reino e ilhas adjacentes.
Parcerias agricolas, cada contrato 0500
Accresce o sêllo clos artigos 92.°, 93.° e 9G.°, um ou ou-
tro, segundo a natureza do titulo.
Parcerias pecuarias, cada contrato
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
Passaportes :
I. — Passaporte a nacionaes, para fóra do reino e das
possessões ultramarinas, pela via maritima :
Até tres pessoas 30000
Por cada pessoa a mais 10000
II. — Passaporte conferido a nacionaes que preten-
derem sair do reino pela fronteira terrestre, cada
pessoa 10500
III. — Passaporte a cstrangeiro para fóra do reino e
das possessões ultramarinas, pela via maritima,
cada pessoa 20000
IV. — Passaporte a estrangeiro para fóra do reino pela
fronteira terrestre, e para as possessões ultramari-
nas, por qualquer via, cada pessoa (6) 10000
Ficam isentos os passaportes conferidos a nacionaes que
pretendam sair do reino para as possessões portugue-
zas do uitramar. As criancas até sete annos não se
incluem neste artigo.
Passaportes a embarcações nacionaes :
Até 50 toneladas 0500
Dc mais de 50 a 200 10500
De mais de 200 a 400 30000
De mais de 400 a G00 40000
De inais de 600
Pertence ou declaração de transmissào dc propriedade de
parte das mereadorias mencionadas em um conhecimento,
sendo essa declaração feita cm documento especial sepa-
rado do mesmo conhecimento
Pertencc ou endosso feito nas declarações a que se refere
o artigo anterior 0200
Jo) Quando cm um só papel so comprehender mais do uma obrigação, o
sêllo será calculado sobre o valor nominal dc todus as obrigações compre-
hendidas no mesmo papel.
(&) Todas estas taxas podem tambem ser pagas por meio do sêllo a tinta
de oleo.
1902 '279 Maio 24

Taxas

Incidencia do imposto. —Isenções


Papel
Bellado

Pertence ou endosso de mercadorias passado em conhe-


cimento de carregaçào maritima, excepto o primeiro
pertence nos conhecimentos que teem a clausula á or-
dem
Pertences ou endossos dos titulos de divida publica nacio-
naes e estrangeiros, de acções, obrigações e titulos de
sociedades nacionaes e estrangeiras, incluindo as par-
cerias maritimas, e de obrigações de quaesquer estabe-
lecimentos publicos e corpos ou corporações administra-
tivas, conforme o valor nominal dos respectivos titulos :
Até 5,4000 réis 0020
De mais de 50000 réis a 100000 réis
De mais de 100000 réis a 500000 réis 0075
De mais de 500000 réis a 1000000 réis 0150
Cada 1000000 réis a m a i s ou fracção d'esta quantia. . 0150
Se os pertences ou endossos respeitarem a titulos de
sociedades para exploração nas possessões ultrama-
rinas, obrigadas a dar partilha directa nos seus lu-
cros ao Estado, a taxa applicavel, nunca menor de
10 réis, será de 1 por mil
Quando pelos pertences não fôr transmitt.ido todo um
titulo, o sêllo será o respcctivo ao valor nominal da
parte transmittida.
Ficam incluidos neste artigo os averbamentos que
substituam os pertences ou endossos dos titulos (a).
Veja-se o artigo 13." cVesta tabella.
Portaria de nomeação lucrativa ou de mercê honorifica de
que sc pagar emolumentos, expedida por qualquer re-
partição publica 50000
Posses conferidas a empregados do Estado ou da Igreja,
de corpos ou corporações administrativas, e de estabe-
lecimentos subordinados ao Governo, que pelo exercicio
das respectivas funcções recebam qualquer remunera-
ção, de cada empregado, e no respectivo auto ou termo 0500
Precatorios ou mandados para levantamento e entrega de
dinheiro ou valores existentes na Caixa Geral de Depo-
sitos ou outros estabelecimentos, cada meia folha 0100
E sobre a importancia levantada ou entregue em ca-
pital e juros 1 por mil
Ficam isentos os dos depositos provisoriamente feitos
para arrematações oufornecimentos não adjudicados
aos depositantes.
Premios de lotaria ou rifa, no acto da entrega 15%
Ficam isentos os das lotarias ou rifas do Governo, mise-
ricordias, hospitaes ou estabelecimentos de caridaãe e
associações de beneficencia, c bem assim os de bazares
ou lcermesses de caridade, devi.dame?ite auctorisados.
Processos forenses judiciaes, fiscaes, administrativos ou
ecclesiasticos, cada meia folha, conforme o valor:
Até 500000 réis
De mais dc 500000 réis até 4000000 réis 0050
D e 4000000 réis para cima ou sem valor (b)
Exceptuam-sc os articulados, que são sempre escritos
em papel de 100 rcis cada meia folha, bem como
os inventarios orphanologicos de valor inferior a
1200000 réis.
O sêllo dos processos de valor até 4CO0OOO réis será
contado juntamente com a custas e pago por meio
de verba no prazo d'estas.
Nesta verba comprehendem-se todos os termos e actos
dos processos. Quando, porem, algum d'esses termos
ou actos ou qualquer aeto ou contrato nelle compre-
hendido estiver especialmente designado nesta ta-
bella, accresce o que nos respectivos artigos se in-
diear para ser pago por estampilha.
Ficam isentos os processos militares, — os processos de
inventario orphanologica cujo valor não exceda a
120&000 réis,— os azttos de pobreza, conselhos de fa-
milia avulsos e quaesquer outros actos no interesse dos
menores ou interclictos, quando os bens ou a somma dos
quinhões por elles possuidos não excederem o valor de
120$000 réis, —os actos da entrega de menores desva-
lidos, ou expostos ou abandonados, — os jirocessos dc
liquidação de contribuição de registo quando o contri-
buinte não recorrer da avaliação nem da liquidação,
ou recorrendo, quando obtiver provimento,—os pro-
cessos dc legadospios, quando não houver parte conde-
mnado,— os processos de expropriação por utilidade

(a) As taxas respectivas aos averbamentos tambem podem ser pagas


por meio de sêllo de verba.
{l) Nos casos em que este imposto haja de soc pago a final, Bê-lo-ha por
moio do verba.
Maio 24 280 1902

trt a
Incidencia do imposto. — Isenções
Io Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
I- estampilha de oleo

publica, intentados pelo Estado ou por quaesquer cor-


pos ou corporações administrativas, e os termos e
actos precisos para o levantamento das indemnisações
devida« aos expropriados, incluindo os precatorios e
os recibos, — os processos de embargos contra as in-
denmizações arbitradas por expropriações quando se-
jam julgados procedentes, — e os processos instaurados
por transgressõfs do regulamento da pesca.
Ficam tambem isentos os processos em que fôr parte a
Fazenda Nacional, o Ministerio Publico ou qualquer
estabtlecimenlo de beneficencia, comprehendendo os do-
cumentos que a requerimento d'estas en/idades forem
extrahidos dos mesmos processos e aquelles que forem
necessarios para os inslaurar e instruir. Nos casos,
porem, de condemnação das outras partes, o sêllo que
a final fôr contado nos processos será pago por estas,
salvo senão pessoas pobres, verificada a impossibilidade
de pagar. Nos casos em que não houver parte conde-
mnada, como nos processos orphanologicas, o sêllo
será pago por quem dever pagar as custas.
128 Procurações:
Sendo para qualquer acto forense, incluindo as feitas
apud acta, cada meia folha
E de cada uma 0100
Sendo para quitação, perfilhação, reconhecimento de
foreiro ou qualquer outro acto extra-judicial que
não envolva contrato, cada meia folha
E de cada uma 0300
Sendo para qualquer contrato, incluindo as que forem
para transacçâo em juizo conciliatorio, arrematação
em hasta publica e opção, cada meia folha
E de cada uma 0600
Sendo para sacar, acceitar, endossar ou assignar letras,
cada meia folha 0100
E de cada uma
Sendo para geral administração civil, cada meia folha.
E de cada uma 10000
Sendo para geral administração ou gerencia commer-
cial, cada meia folha
E de cada uma
Sendo passadas por sociedades anonymas ou em com-
mandita por acções aos seus agentes ou gerentes para
trafcirem em geral de todos os negocios dos estabe-
lecimentos cuja gerencia lhes é confiada, cada meia
folha 0100
E de cada uma 100000
Quando uma proeuração tiver poderes para diversos
actos a que coinpetir mais de uma taxa de sêllo de
estampilha, pagará somente a maior. Sendo iguaes
as taxas pagará uma d'ellas.
Quando em qualquer proeuração intervier mais de uma
pessoa — contando-se por uma só pessoa marido e
mulher, pae ou mãe e filhos sob o patrio poder, e
corporações ou collectividades de qualquer nature-
za— accrescerá, por cada pessoa alem da primeira,
mais metade das taxas que competirem.
129 Protestos de letras, cada meia folha 0100
E cle cada um 0200
130 Protocollos dos corretores, despachantes, seus ajudantes e
caixeiros do commercio, cada meia folha de duas laudas 0100
131 Publicas-formas, cada meia folha
132 Quitação ou recibo e seus duplicados de valor desconhe-
cido, ou quitação geral sem designação de valor e ainda
que seja reciproca entre duas ou mais pessoas, por auto,
termo, escriptura ou documento publico official ou extra-
official 20000
Sendo por outro documento
133 Recibos ou quitações e seus duplicados, e outros quaesquer
titulos ou documentos que importem desobrigação de di-
nheiro, valores ou qualquer objecto, exceptuadas as qui-
tações dos vencledores, cedentes e permutantes nos con-
tratos de compra e venda, cessão onerosa e troca:
De 10000 réis a 10,0000 réis 0010
De mais de 100000 réis a 500000 réis 0020
De mais dc 500000 réis a 1000000 réis
De mais de 1000000 réis a 2500000 réis 0050
Cada 2500000 réis a mais ou fracção d'esta quantia (a) 0050
São comprehendidos neste artigo os recibos dos juizes
e de todos os outros magistrados, funccionarios e

(a) As taxas d'este artigo podem tambem ser pagas a tinta de oleo e
por meio de sêllo de verba conforme se disser uo regulamento.
1902 '281 Maio 24

O _ Taxas
a
g -3 Incidencia do imposto. —Isenç5ea
s Sêllo
lE © Papel Sêllo Sêllo Sêllo
de a tinta especial
I10 sellado
estampilha
de verba de oleo

mais empregados publicos, ainda que sujeitos á con-


tribuição industrial, e as declarações que os notarios
são obrigados a fazer, nos termos do artigo 42.° da
lei organica do notariado, e bem assim as declara-
ções de venda a dinheiro, liquidado, vendido, pago
ou qualquer outro equivalente, appostas em contas,
facturas, titulos ou obrigações de divida.
Nos recibns de juros e dividendos de fundos publicos
e papeis de credito, e nos de vencimentos ou emolu-
mentos sujeitos a qualquer reducção que tenha a
natureza de imposto, o sêllo será cobrado em re-
lação ás importancias que effectivamente forem re-
cebidas.
Nos recibos de premios de qualquer seguro cobrados
por agencias de companhias estraugeiras, as taxas
serão duplas.
Nos recibos ou quitações de laudemios, a taxa será
sempre e só de 5%
0 pagamento d'esta será effectuado no proprio titulo
da transmissão pelo adquirente do dominio util, que
o descontará na importancia do laudemio.
Nos recibos de juros ou dividendos de inscripções, ac-
ções ou obrigações de coupons ou ao portador, ac-
crescerá mais, sobre a importancia effectivamente
recebida, de cada 31000 réis ou fracção - 0010
Ficam isentos os recibos das transacções da Caixa Eco-
nomica Portuguesa, — os recibos das transacções das
caixas economicas de associações de soccorro mutuo,
quando não excedam a quantia de 10&000 réis,—
todos os outros recibos passados pelas mesmas asso-
ciações, sem exclusão dos respectivos ás joias e quoti-
zações periodicas dos seus socios, — os recibos de esmo-
las, — os recibos de subsidios devidos pelas associações
dc soccorro mutuo, quando não excedam a quantia de
10&000 réis, — os recibos ou folhas de pagamento de
vencimentos que tenham a natureza de prets, ferias ou
soldadus, — os recibos passados por funccionarios pu-
blicos de quanlias que recebam para pagamento de
despesas do Estado, — os recibos de pagamentos fei-
tos á Fazenda Nacional, — os recibos e conhecimentos
remettidos ás auctoridades que tiverem ordenado os
depositos ou passados aos depositantes pela Caixa Ge-
ral de Depositos ou suas delegações, — os recibos que
os escrivães das execuções fiscaes passam nos termos
do artigo 40." das instrucções de 28 de março de
1895, — os recibos passados nas letras ou bilhetes do
Thesouro e nos escritos commerciaes que tenham pago
sêllo, — e os recibos passados nos vales de correio e nos
vales telegraphicos não sendo emittidos em país es-
trangeiro. r"
134 Reconhecimentos de assignaturas, quer feitos por nota-
rios, quer por outra entidade que tenha essa faculdade
dentro do país, sem excepção das Secretarias de Estado
dos Negocios Estrangeiros e da Marinha e UItramar,
cada um 0020
Quando, porem, se refiram a mais de uma assigna-
tura, de cada assignatura a mais 0010
Ficam isentos os reconhecimentos feitos nos attestados
de pobreza, nos recibos de esmolas, e nos requerimen-
tos e documentos para obtenção d'estas.
135 Reconhecimentos de foreiros aos senhorios directos, con-
forme a importancia do foro :
Até 50000 réis 0100
De mais de 50000 réis 2%
Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do documento.
136 Referenda em passaporte estrangeiro :
I.— Para fóra do reino e possessões ultramarinas, pela
via maritima, cada pessoa 20000
II.— Para fóra do reino pela fronteira terrestre, e
para as possessões ultramarinas, por qualquer via,
10000
137 Reforço ou augmento de capital de sociedade commercial
ou civil, conforme o augmento 1 por mil
Se, porem, a sociedade fôr anonyma, em commandita
por acções ou parceria maritima— exeluidas as de
que trata a penultima parte do artigo 146.° — co-
brar-se-ha pelo augmento (a) 3 por mil

(a) Esta taxa póde tambem ser paga por meio d« sêllo de verba.
Maio 24 282 1902

Taxas

Incidencia do imposto. — Isenções


Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
estampilha de oleo

Accresce o sêllo dos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou


outro, segundo a natureza do titulo.
138 Eegistos dos baptismos ou nascimentos, dos casamentos,
e dos reconhecimentos e legitimações dos fillios, cada
assento (a) 0100
Ficam isentos os assentos quc respeitarem a pessoas
pobres, devendo quem os lavrar declarar á rnargem o
motivo da isenção.
139 Eegistos feitos pelos notarios nos livros proprios, compre-
hendidos os de protestos de letras, cada um
140 Registos nos livros de tutelas, cada um 0150
141 Eegistos de protestos de letras feitos por escrivães, cada
um 0100
142 Registos de termos de repudios cle herança, cada um . . . . 0150
143 Replica, informação, instancia ou novo requerimento na
mesma meia folha de requerimento 0100
Requerimentos e seus duplicados, cada meia folha
Ficam isentas as petições e os memoriaes para esmolas.
Sociedade civil, sobre o capital social 1 por mil
Sc o capital fôr desconhecido ou indeterminado 50000
Accresce o sêllo clos artigos 92.°, 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
Sociedades commerciaes :
Sendo anonyma (constituição provisoria ou definitiva),
em commandita por acções ou parceria maritima, so-
bre o capital social (b) 3 por mil
Sendo de qualquer outra especie, sobre o capital social 1 por mil
A primeira taxa d'este artigo será, porem, reduzida a
um terço, quando a sociedade fôr para exploração nas
provincias ultramarinas, e obrigada a dar partilha
directa nos seus lucros ao Estado.
Accresce o sêllo clos artigos 92.°, 93." e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
Substabelecimentos, cada meia folha 0100
E de cada um
Mas sendo feitos na mesma meia folha da proeuração
ou de outro substabelecimento, de cada um
Termos ou autos de reconhecimento de identidade e de-
claração de residencia, cm processo criminal, cada meia
folha 0100
E dc cada um
Termos de abertura de signaes no livro proprio dos nota-
rios, cada termo 0100
Termos cle abonação ou reconhecimento de identidade, e
de abonação de idoneidadc, lavrados em repartições ad-
ministrativas ou fiscaes, cada meia folha
E dc cada um (o)
Termos forenses, seja qual fôr o seu numero, lançados na
mesma meia folha de qualquer requerimento, petição, ar-
ticulado, allegação, proeuração ou documento 0100
Termos dc responsabilidacle para matricula c frequencia
dc alumnos ou alumnas peusionistas das escolas normaes,
cada meia folha (d) 0100
Testamentos publicos ou cerrados, quando tenham d e p r o -
duzir effeito juridieo, cada meia folha 20000
Titulos de divida publica emittidos por Governos estrangei-
ros, quando sejam expostos á venda no continente do
reino e ilhas adjacentes, conforme o valor nominal:
Até 50000 réis 0020
De mais de 50000 réis a 100000 réis
De mais de 100000 réis a 500000 réis 0075
De mais de 500000 réis a 1000000 réis 0150
Cada 1000000 réis a mais ou fracção d'esta quantia (e) 0150
Transinissõcs por titulo gratuito ou oneroso clos direitos
adquiridos por contratos, feitos com o Estado, de einprei-
tadas, construcções de obras publicas, exploração de em-
prehcndiinentos materiaes de qualquer natureza, e de
concessão ou adjudicação de fornecimentos de toda a
especie, sobre o capital estipulado ou calculado como ne-
cessario para cumprimento dos respectivos c o n t r a t o s . . . 0,5 %
Traslados :
Extrahidos pelos notarios, cada meia folha 0100
Extrahidos pelos escrivães e secretarios, respectiva-
mente a processos forenses sujeitos ao imposto do
sêllo, cada meia folha 0100

(a c c) Estas taxas podcin tambem ser pagas por meio de sêllo de verba.
(b) O sêllo d'cste artigo só ô devido pelos assentos nos livros destinados
ás camaras municipaes e ás camaras ecclesiasticas.
(d) A primeira taxa d'este artigo póde tambem ser paga por meio de es*
tampilha.
(e) Póde tambem ser paga por moio dc estampilha.
1902 '283 Maio 24

Taxas
«3
Incidencia do imposto. — Isenções
l ! Papel Sêllo Sêllo Sêllo Sêllo
sellado de de verba a tinta especial
estampillia de oleo

157 Trocas ou permutações de bens e direitos immobiliarios,


sobre metade do valor total dos bens ou direitos e de
qualquer differença a dinheiro - por mil
Accresce o sêllo dos artigos 92.", 93.° e 96.°, um ou
outro, segundo a natureza do titulo.
158 Vales de correio e telegraphicos :
De 10000 réis a 100000 réis 0010
De mais de 100000 réis a 200000 réis 0020
De mais de 200000 réis a 500000 réis 0040
De mais de 500000 réis a 1000000 réis 0060
De mais de 1000000 réis a 3000000 réis 0100
Ficam isentos os vales de correio chamados de serviço.

Outras isenções
Mais ficam isentos:
I. — As cartas dos exames dos alumnos do Collegio Militar, segundo o artigo 45.° do decreto de 11 de dezembro de 1857.
II. — As sentenças dos tribunaes arbitraes das associações de soccorros mutuos, os livros necessarios para o serviço dos mesmos
tribunaes e todos os documentos d'estes emanados ou que a elle devam ser presentes, se por outro motivo não deverem sêllo.
III. — Os actos da Caixa Geral de Depositos e Instituições de Previdencia perante todos os tribunaes e repartiçõeB publieas.
IV. — Os actos de constituição das sociedades cooperativas formadas por socios de associação de classe só de operarios.
V. — Os actos de que trata a lei cle 27 de junho dc 186G, relativos ao estabelecimento de escolas.
VI.— Os actos de constituição das companhas de pesca.
VII. — Os attestados, certidões e informações dos parochos, regedores, funccionarios ou repartições publieas sobre a identidade
amas dos expostos ou para satisfazer requisições de auctoridades e estações officiaes.
VIII. —Os contratos referentcs âs colonias agricolas de terrenos pertencentes ao Estado.
IX. — Os diplomas de approvação ou confirmação dos estatutos das sociedades ou estabelecimentos de beneficencia, e os recibos
passados pelas mesmas sociedades ou estabelecimentos, sem exclusão dos respectivos ás joias e quotizações periodicas dos seus socios.
X. — Os diplomas das pensões de que tratam o decreto de 18 de outubro de 183G e a-lei de 4 de junho de 1859.
XI. — Os documentos ou diplomas dos syndicatos agricolas e das instituições mencionadas no § 3." do artigo 1.° da carta de lei
de 3 de abril de 1896, incluindo as escripturas de constituição ou dc modificação dos seus estatutos.
XII. — Os documentos a que se refere o artigo 163.° do regulamento de 24 de dezembro de 1901, quanto aos mancebos pobres,
c bem assim os reconhecimentos que nesses documentos forem feitos pelos notarios.
XIII. — Os documentos quc forem exigidos pelo Monte de Piedacle Nacional para instruir as suas transacções.
XIV. — Os documentos de serviços de soccorros a naufragos.
XV. — Os documentos e processos eleitoraes, incluindo os requerimentos e os recouheeimentos feitos pelos notarios.
XVI.— Os mutuos de generos ou dinheiro feitos por celleiros communs administrados por corpos ou corporações administrativas
e bem assim os respectivos termos e livros, os recibos e todos os actos de liquidações de contas e distrates dos mesmos mutuos.
XVII. — Os orçamentos, contas e mais papeis de gerencia e administração de corpos ou corporações administrativas e de esta-
belecimentos dc beneficencia, e bem assim os recibos passados pelos mesmos estabelecimentos, corpos e corporações.
XVIII. — Os processos e actos de aforamento de bens municipaes ou parochiaes.
XIX. — Os processos e actos de alienação de baldios.
XX.—Os processos e papeis nos easamcntos dos contrahentes pobres.
XXI. — Os requerimentos e documentos necessarios para serem admittidos nos asylos os menores pobres ou abandonados, incluindo
os reconhecimentos pelos notarios.
XXII..— Os requerimentos, os processos e os livros dos tribunaes de arbitros-avindores.
XXIII. — Os requerimentos, reclamações, recursos, documentos, reconhecimentos pelos notarios e todos os actos dos processos
• relativos a qualquer operação de recrutamenro do exercito e da armada.
XXIV.—•() regio exequatur nos diplomas de consules e vice-consules em territorio portuguès, de nações que pelos respectivos
tratados gozem dc isenção.
XXV. — Os serviços dos distribuidores-contadores como thesoureiros do juizo, nos termos do g 6.° do artigo 99.°, do § 11.° do ar-
tigo 49.° da lei de 13 de maio de 1896 e do artigo 65.° e seus paragraphos do decreto de 29 do novembro de 1901.
XXVI.— As licenças concedidas a praças de pret.

Observações
1." Nosbilhetes de passagem ter-se-ha em vista:
A cada transporte cle pessoa maior de sete annos corresponde uma taxa, e, por isso, quando o mesmo bilhete sirva para mais
de uma viagem, salvo sendo de assignatura, ou para mais de um passageiro, deve cobrar-se o sêllo no acto da venda dos bilhctes, ou
do aluguer dos vehiculos, conforme os preceitos seguintes :
a) Pelos bilhetes de icla e volta cobram-se duas taxas, em relação a cada um, como se os passageiros tirassem um no poufco da
partida e outro no ponto de regresso, comtanto que o preço de cada transporte, de ida ou de volta, attinja ou exeeda a importancia
fixada para a incidencia do imposto ;
b) Aos bilhetes collectivos applicam-se tantas taxas quantos forem 03 passageiros maiores de sete annos, se os menores d'essa
idade forem indicados ou se distinguirem jjela differença do preço, porque, no caso contrario, a somma das taxas será igual ao numero
de passageiros;
c) Os bilhetes de passagem de menores de sete annos, cliamados usualmente meios bilhetes, não são sujeitos ao imposto do sêllo,
comtanto que sejam differentes dos que se entreguem com reducção do preço, a pessoas maiores, pelos quaes o mesmo imposto seja
devido, porque, não se fazendo distincção, cobrar-se-h-a de cada bilhete sing-ular uma taxa;
d) O sêllo incidc sobre os bilhetes, conforme o preço de cada um, que forem tirados successivainente durante o percurso do mesmo
vehiculo, ou passados por cxcesso de percurso;
e) Sendo alugado algum comboio especial, vehiculo ou parte do vehiculo, serão devidas tantas taxas quantos forem os passa-
geiros, mas, se o numero cVestes não fôr fixado e conheeido, serão cobradas tantas taxas quantos forem os logares, segundo a lotação
de cada vehiculo ou compartiinento alugado ou reservado;
/ ) No caso do serviço combinado com paises estrangeiros, o sêllo recairá no bilhete em relação ao preço do transito em Por-
tugal, quer seja portuguesa, quer estrangeira a estação em que fôr vendido ;
g) Quando, pelo facto da mudança dc classe, o preço do transporte attingir ou exceder a importancia fixada para a incidencia de
alguma das taxas, cobrar-se-ha o sêllo corrcspondente;
h) Os bilhetes mixtos de mais de uma classe consideram-se, para os effeitos do imposto do sêllo, como da mais elevada das classes
para que sirvam.
Maio 27 284 1902

Não é devido o sêllo pelas cobranças supplementares para mudança de classe ou de vehiculo, salvo na hypothese da alinea g),
nem pelas senhas de ampliação de prazo, mudança de itinerario e de passagem, ou por qualquer facto que somente altere a condição
da passagem, ou importe a fórma de cobrança addicional do preço clo bilhete de que já tenha sido pago o imposto devido.
2." Na liquidação do sêllo das licenças para o exercicio de industrias ou outros actos respectivos a estabelecimentos, attender-se-ha
sempre á classificação da matriz da contribuição industrial. E se numa mesma loja ou estabeleeimento se exercerem simultaneamente
algumas das industrias mencionadas sob os n.os 2.°, 9.°, 10.°, 12.° a 15.°, 18.°, 19.° e 22.° do artigo 101.°, pagar-se-ha somente a taxa mais
elevada.
3.a Na expressão «processos forenses» empregada n'esta tabella, comprehendem-se as copias dos editos ou editaes, os annuncios,
as copias, notas e contra-fés que os escrivães e officiaes de diligeneias devem entregar aos citados, intimados ou notificados, as copias
dos autos de penhora ou relações dos bens penhorados ou arrestados que devem ser entregues aos depositarios, as certidões de avaliação
de bens, as relações de bens em inventarios, os articulados e seus duplicados, as minutas, petições de aggravo e outras allegações, os
roes de testemunhas, os depoimentos de parte.
4.° O sêllo do papel de algum acto de processo, esppcialmente designado na tabella, não se accumula com o do processo.^
5." Nos processos forenses, cujo sêllo haja de ser pago a final, será igualmente pago por meio de verba o sêllo de estampilha res-
pectivo a quaesquer termos ou actos dos mesmos proce?sos.
li." As exeeuções por custas devidas em juizo, ainda qu;mdo instauradas pelos escrivães, e os recursos dos officiaes de justiça para
o respectivo conselho disciplinar, seguirão os seus termos em papel commum, mas os respectivos sellos deverão entrar na conta final e
ser pagos por meio de verba. Tambem serão passadas em papel commum, em todos os processos, as copias, notas e contra-fés que os es-
crivães e officiaes de diligeneias derem aos citados ou intimados, mas os sellos correspondentes deverão igualmente entrar em regra de
custas e ser pagos por meio de verba.
7.a O papel sellado, com excepção do das letras, não póde ter mais de 25 linhas em cada lauda.
8." Nos actos, contratos, letras e mais documentos, cujo valor seja representado em moeda estrangeira, o sêllo será pago pelo valor
em moeda portuguesa, calculado ao cambio par.
9." Nenhuma dispensa de pagamento de sêllo se poderá estabelecer, em contrato com o Governo ou diploma por este expedido,
sem ser ouvido o Ministerio da Fazenda.
10.° Quando a tabella não prescreva accumulação de taxas, entende-se que é devida somente a maior.
D. do G. n.° 134, de 19 de junho.

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO Direeção Geral do Commercio e Industria

Direeção Geral da Instrucção Publica Repartição do Commercio


3. a Repartição Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente o requeri-
Tendo o commissario do Governo junto do Theatro de mento em que a Companhia de Fiação e Tecidos de Gui-
D . Maria I I informado a Direeção Geral de Instrucção maraes, sociedade anonyma de responsabilidade limitada,
Publica de que alguns artistas d'aquelle theatro haviam com sede em Guimarães, pede auctorização para emittir
tomado compromisso para irem trabalhar no Brasil, antes 2 : 0 0 0 obrigações de 1 0 0 ^ 0 0 0 réis cada, com o juro an-
de estarem munidos de superior auctorização: manda Sua nual de 6 por cento, pago aos semestres, e amortização
Majestade El-Rei fazer saber a todos os societarios d'aquelle semestral de 25 obrigações, alem das que por sorteio ou
theatro que, de futuro, serão punidos com a pena de ex- compra no mercado, a mesma companhia puder amorti-
pulsão perpetua da sociedade empresaria se reincidirem zar ;
nesse procedimento, e outrosim manda louvar o commis- Vistas as disposições dos n. o s 1.° e 2.° do artigo 19.° da
sario do Governo e o gerente do mesmo theatro pelo modo carta de lei de 3 de abril de 1 8 9 6 , e as do artigo 7.° e
como se houveram neste incidente, procurando manter a seus paragraphos do regulamento approvado por decreto
disciplina indispensavel á administração interna do refe- de 27 de agosto do mesmo a n n o :
rido theatro. Ha por bem auctorizar a referida Companhia a emittir,
Paço, em 26 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho nos termos propostos, 2:000 obrigações cle 1 0 0 $ 0 0 0 réis
Hintze Ribeiro. cada uma, no valor total de 200:000?5000 réis, com o
D. do G. n.° 117, de 27 de maio. juro annual de 6 por cento e amortização, por sorteio, de
25 obrigações em cada semestre, ficando á Companhia
a faculdade de amortizar, alem d'essas, em qualquer epo-
ca, e por sorteio ou compra no mercado, como lhe con-
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA vier, o numero de obrigações que tiver por conveniente,
com a clausula, porem, de que a Companhia applicará ex-
Direeção Geral das Obras Publicas e Minas clusivamente á amortização de obrigações tudo o que re-
ceber da importancia de 2 4 0 : 9 7 5 $ 8 1 5 réis, considerada
Repartição de Caminhos de Ferro nas contas como valor discutivel e a que se refere a pro-
posta approvada na assembleia geral de 6 de abril de
Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente o projecto 1902.
de um novo caes deseoberto para mereadorias e respectiva
Esta auctorização é dada com as condições seguin-
linha de serviço que a Companhia clo Caminho de Ferro do
tes :
Porto â Povoa de Varzim e a Villa Nova de Famalicão,
pretende construir na estação de Modivas, kilometro 16 1.° Que d'esta auctorização nenhuma responsabilidade,
cla referida linha: ha por bem, conformando-se com o pa- de qualquer natureza ou especie, resultará para o E s -
recer do Conselho Superior de Obras Publicas e Minas, tado ;
datado de 1 do corrente mês, approvar o referido proje- 2. a Que a referida emissão só possa realizar-se depois
cto, e auctorizar a mencionada Companhia a proceder á cle cumpridas as disposições do artigo 11.° do regulamen-
construcção d'aquella obra. to de 27 de agosto de 1896 ;
O que se communica ao director fiscal de exploração de 3. a Que, nos termos da carta de lei de 2 9 de julho de
caminhos de ferro para os devidos effeitos. 1899, a Companhia ficará obrigada a pagar o imposto de
Paço, em 26 de maio de 1902. = Manuel Francisco de rendimento de todas as obrigações que criar e emittir,
Vargas. devendo, no texto de cada titulo ser inscripta a declara-
D. do G. n.° 118, de 28 de maio.
I ção de que os juros e os coupons ficam sujeitos, em qual-
1902 285 Maio 21

quer hypothese, ao pagamento do imposto de rendi- N.° 2


mento.
Paço, em 27 de maio de 1902. —Manuel Francisco de umero de recenseados
Vargas. de 1902
D. do G. n.° 119, de 30 de maio.
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criptos nos livi

Adiados, exclui<
galmente risca<
vros do recruta
Districtos 5 2
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA administrativos Concelhos Íei ®

zrutamcnto
to
S.2
Direeção Geral 5 =
â ®
a •J
2. Repartição
Caldas da Rainha. 178 178
Manda S u a Majestade El-Rei, pela Secretaria de Estado /Leiria Obidos 203 i 202
dos Negocios da Guerra, nos termos do regulamento dos Peniehe 75 n 64
serviços do recrntamento de 2 4 de dezembro ultimo, e em _
Lourinhã 134 134
harmonia com a carta de lei de 7 do corrente m ê s , pro- Torres Vedras. 377 í 376
ceder á distribuição do contingente militar no anno de Mafra 259 15 244
! Lisboa. _
1902 pelos districtos de recrutamento, e reserva, conforme Cintra 242 242
as tabellas juntas que vão assignadas pelo general de bri- Oeiras 71 5 66
Cascaes 59 - 59
gada, João Gualberto Ribeiro de Almeida, director geral
cla mesma Secretaria de Estado. 1:598 33 1:565
Paço, em 27 de maio de 1 9 0 2 . = Luiz Augusto Pi- I 4.° Bairro 586 7 579
mentel Pinto. I Almada 125 _ 125
lSeixal 62 _ 62
N.° 1 / Lisboa. jBarreiro 67 — 67
\Moita 73 - 73
Tabella demonstratlva da distribuição jAideia Gallega do Ri
I batejo 103 _ 103
do contingente militar pelos districtos de recrutamento e reserva \ Alcochete 56 - 56
no anno de 1902
f Coruche 112 _ 112
O \Benavente 39 1 38
•r k 2ggk •o j Contingente \ Santarem (Salvaterra de Magos. 93 5 88
I3 o /Almeirim 152 152
S5 ãu
-
c5 h 3 I Chamusca 88 1 8Y
•3 •O
2o °S
o
a •S s 1:556 14 1:542
Sl
Sede dos districtos §1 tf E jj=r
'5 OT Melgaço 168 168
03 *"" "o ® rt © ° r »
•SSo <U O] ii| 5: o Monsâo . 288 — 288
fl *± Wfçj o o .2 Valença. 161 4 157
Armada

2x 5 I IJjI tt 126 — 126


2C ô S
Q. " "S 1 §
'3 "S S 11 ° •§ '3 Tr . , r, Caminha 153 1 152
'A 3 S? Vianna do Cas- < P a r e d e g d c C o i m 167 _ 167
tello.
1

Areos de Valle de Vez 368 7 361


1 Lisboa 1:598 33 1:565 15 405 Ponte de Lima 385 1 384
2 Lisboa 1:556 14 1:542 15 399 Ponte da B»rca 127 _ 127
• 3 Vianna do Castello.. 3:414 68 3:346 33 866 Vianna do Castello. . . 628 5 623
4 Faro 2:341 137 2:204 22 571
5 Lisboa 1:735 13 1:722 17 446 i Esposende 210 41 169
Braga Barcellos . 633
6 Porto 2:613 7 2:606 25 675 9 624
7 Leiria 2:420 112 2:308 23 597 3:414 68 3:346
8 Braga 2:751 30. 2:721 27 704
9 Lampgo 2:514 12 2:502 24 648 Castro Verde. '69 67
10 Mirandella 2:326 11 2:315 23 599 Ourique 117 1 116
U Setubal 1:870 14 1:856 18 480 Beja.... Mertola 278 89 189
12 Trancoso 2:576 33 2:543 25 658 Almodovar . .. 97 - 97
13 Villa Real 2:332 37 2:295 22 594
14 Santa Comba Dão . . 2:909 19 2:890 28 748 I Alcoutim 91 1 90
15 Thomar 2:348 40 2:308 23 597 Castro Marim 96 6 90
16 Lisboa 1:700 55 1:645 16 426 ÍAlbufeira 130 4 126
17 Lagos 2:485 18 2:467 24 639 jLoulé 542 3 539
18 Porto 3:143 46 3:097 30 802 Faro. (Faro 334 15 319
19 Chaves 2:1)00 37 1:963 19 508 Olhão 209 10 199
20 Amaran te 2:385 35 2:350 23. 608 Tavira 303 6 297
21 Castello Braneo 2:144 19 2:125 21 i 550 [Villa Real de Santo
22 Portalegre . . . . . . . . . 2:074 25 2:049 201 530 Antonio 75 - 75
23 Coimbra 2:591 10 2:581 25; 668
24 Aveiro 3:310 17 3:293 32; 852 2:341 137 2:204
25 Angra do Heroismo . 1:488 7 1:481 14 ! 383
26 Ponta Delgada 1:619 8 1:611 16 : 417 Cadaval 133 _ 133
27 Fuuchal 2:083 36 2:047 20 i 530 Alemquer 256 - 256
Arruda dos Vinhos. . . 58 2 56
62:325 893 61:432 600 j 15:900 Lisboa. Sobral do Monte Agra-
Ç° 67 1 66
Loures 237 7 230
Bairro 639 _ 639
Secretaria de Estado dos Negocios da Guerra, em 27 de 2.° Bairro 345 3 342
maio de 1 9 0 2 . = O Director Geral, João Gualberto Ribeiro
de Almeida, general de brigada. —1:735 13 1:722
Maio 27 286 1902

i i ,2 3
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5 oa sE:
Districtos Districtos •SSE w
Concelhos Concelhos s
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2." Bairro (occidental) 979 2 977 Villa Nova de Fozcoa 147 1


Porto , Bouças 260 3 257 112 -

Villa Nova de Gaia . . 1:025 2 1:023 F.a de Castello Rodrigo 159 1


Aguiar da Beira 121 3
Castello de P a i v a , 142 142 214 U
(Aveiro. Arouca 207 207 180 2
-
12 186 1
2:613 7 2:606 Fornos de Algodres .. 160 2
I Mira 84 _ 84 Celorico da B e i r a . . . . 185 1
Cantanbede 290 2 288 471 3
iMontemor-o-Velho..., 284 2 282 272 5
lFigueira da Foz 507 1 506 ,Ceia 369 3
Coimbra /Leiria 592 44 548 2:576 33
JBatalha 78 _ 78
I Porto de M ó s . . . . . . . 123 3 120
I Pederneira 100 1 99
\ Alcobaça 362 59 303 Villa Real 510 12
Alijó 280 2
2:420 112 2:308 Santa Marta de Pena-
1
Villa Eeal . . . . guião 177 3
Terras do Bouro 88 1 87 172 4
Villa Verde 406 3 403
Amares 177 _ 177 13 \
Mesão Frio 118 4
Peso da Regua 286 4
I Braga Vieira 164 2 162
Povoa de Lanhoso . . . 245 1 244 413
876 Marco de Canavezes.. 4
Braga 17 859 [ Porto Baião 306 4
Villa Nova de Fama-
licão 419 3 416 2:332 37
Porto. Santo Thyrso. 376 3 373
2:751 30 2:721 S. Pedro do Sul 250 3
Penalva do Castello. 177 1
Sinfães 300 1 299 Vousella 172 1
Eesende 259 2 257 Oliveira de Frades.. 118 _
Lamego 380 _ 380 Vizeu 750 5
Armamar 171 2 169 14 Vizeu Mangualde 340 _
Tabuaço 140 - 140 Nellas 197 2
S. João da Pesqueira.. 168 5 163 Tondella 406 1
Viseu. Tarouca 140 1 139 Carregal 217 4
Penedono 89 - 89 Santa Comba Dão.. . 177 _
Moimenta da B e i r a . . . 185 1 184 1 Mortagua 105 2
Castro Daire 250 _ 250
Sernancelhe 153 _ 153 2:900 19
Villa Nova de Paiva.. 81 - 81
\Sattam 198 - 198
2:514 12 2:502 i Soure . . 186
Coimbra . . .
' ' 1 Penella . 113 -
241 241
Vinhaes 416 3 413 [Pombal 352
153 _ 153 IFigueiró dos Vinhos. 88 _

Í
265 2 263 Leiria . (Ancião 172 29
258 _ 258 IPedrogam Grande.. . 189 2
125 _ 125 15
10 Bragança. 114
I Alvaiazere 108 -
5 109
177 1 176 Certã 186 2
121 _ 121 134 3
173 _ 173 ! 78 1
202 - 202 Proença-a-Nova
Bragança 81 - 81 Villa de R
(Ferreira doe iZezere.
.... 144 3
Vimioso 2:326 11 2:315 Santarem Villa Nova de Ourem 244 _
Macedo de Cavalleiros Thomar 354 -
Mirandella
Cezimbra 77 5 72
Miranda 2:348 40.
Setubal do Douro . . . 331 4 327
(Lisboa. Alfandega
Alcacer do daSalFé 123 _ 123
Mogadouro
Grandola 102 1 101
Villa Flordo Cacem...
S. Tiago 245 2 243 I Azambuja 111 1
Carrazeda de Anciães /Lisboa.. Villa Franca de Xira 127 1
11 Torre
Mora de Moncorvo. 50 _ 50 3.° Bairro 325 1
\Fr.° de Espada-á-Cinta
Arraiollos 110 _ 110
Montemor-o-Novo.. .. 201 1 200 16 /Cartaxo 153 8
Evora 252 1 251 I Santarem 374 4
\ Evora Redondo 89 — 89 iRio Maior 161 38
ReguengosdeMonsaraz 100 _ 100 ', Santarem | Gollegã 53 1
Mourão 50 _ 50 jTorres Novas . . 356 1
Vianna do Alemtejo. . 51 _ 61 (Villa Nova da Bar-
Port ei 89 - 89 \ quinha 40 -

1:870 14 1:856 1:700 55


1902 287 Maio 21

t Adiados, excluidos e le-

i Liquido para a distribuido


i i

galmente riscados dos li-


JS © 0'5Ji

vros do recrutamento
rr, O w -ZJ
w
SS •g § Ô°
211

do coutiugenle
Districtos Districtos
administrativos Concelhos a ,, o administrativos Concelhos = §2 •p-C 3
S
J = s
nS -3 o
£23
GJ £2S ° p £«
ÇS
V 115
fí < •A

/Alvito 31 31 [ Constancia 23
Vidigueira 100 100 267 4
68 68 Santarem
lCuba 50
1 Moura 206 206 160 2
JBarrancos 26 í 25 |
/Beja. \Ferreira do Alemtejo. 90 90 130 4
jBeja 476 476 Gaviào 53 2
fSerpa 178 15 168 Castello de Vide 72 1
[ Aljustrel 81 2 79 64 _
\Odemira 246 1 245 Portalegre 193 1
17 57 _
Aljezur 49 49 1 Ponte de Sor 89 1
Monehique 115 115 22 Portalegre . /Alter do Cnão 84 _
Silves 359 1 358 Arronches 42 _
Villa Nova de Porti- 59 _
1 Faro mão 118 1 117 Fronteira 35
Lagoa 141 2 139 48 1
Lagos 137 137 Campo Maior 55 1
Villa do Bispo 64 64 55
\ Elvas 167 1
2:485 18 2:467
157 6
jBorba 58
\Evora. Villa Viçosa 73 —

Povoa de Varzim , 259 14 245 Alandroal... 83 1


Villa do Conde . . . 302 2 300 2:074
304 í 303 25
Maia
Paços de Ferreira 148 1 147
18 Porto. 273 1 272 110
Paredes Aveiro.
Vallongo 161 2 159
Gondomar 523 523 /Oliveira do Hospital.. 375 2
1." Bairro (oriental).. 1:173 25 1:148 Tábua 223 _
23 iPena Cova 219 1
3:143 46 3:097 613 1
91 1
I Coimbra. 276 4
125
Montalegre 212 212 13S 1
Cbaves 443 2 441 i Miranda do C o r v o . . . . 148
Boticas 99 1 98 145
Valle Passos . . . . 310 1 309 \Pampilhosa 128 -
Villa Real. 173 169
Villa Pouca de A^ 4 2:591 10
I Ri beira de Pena 109 5 104
I Murça 151 22 129
19/ 84 84
\Mundim de Basto 41
578 2
Braga. Celorico de B a s t o . . . . 242 2 240 IMaeieira de Cambra. . 151
177 177 2
Cabeceiras de Basto.. 316 1
lOliveira de Azemeis.. 431
2:000 37 1:963 lEstarreja 434
jSever do Vouga 129 1
24 Aveiro. ; Albergaria-a-Velha . . 176 1
256 3
Braga , Fafe..„.. 282 3 279 230
759 17 742 2
Guimaraes. 146
20. 112 1
Felgueiras 275 2 273
4 Oliveira do Bairro . .. 81 1
Lousada.. 195 191 229
(Porto. 437 7 430 3
Amarante.
Penafiel . . 437 2 435 3:310 17
2:385 35 2:350
| Angra do Heroismo . . 389 1
70
53 Angra do He JPraia cla Victoria.. .. 187 4
j Manteigas 53 jSanta Cruz da Gra-
f Guarda. Sabugal . . 339 4 335
117 —

53 87 -
21, Belmonte 53 |
Covilhã 398 2 396 25 /Horta
110 289 2
Penamacor 110 [Lagens do Pico 117
355 6 349 jSanta Cruz clas Flores
Castello B r a n c o i f ^ n h l a - N o ' v a ! 271 1 270 43
Horta 4
lOleiros 122 4 118
359 jLagens das Flores . . . 41
[Castello Branco. 360 1 fS. Roque do Pico . . . .
8b 1 82 67
\Magdalena 77 -

2:144 19 2:125 | 1:488 7


Maio 27 288 1902

Bibliothecas e A r c h i v o s Nacionaes
®OO
Manda Sua Majestade El-Rei que as cinco horas, durante
«o ^ow 53flS
•S-dx)eS esn as quaes a bibliotheca publica de Evora é obrigada a es-
Districtos tar franqueada á leitura publica, sejam as seguintes: de
Concelhos M - CJ *S
•O <t
administrativos
° * £
g 5.
5.3 1 de maio a 30 de setembro, das doze da rnanhã ás cinco
S6 -a o O«
-a a ® •ãg da tarde, e nos mais dias do anno das onze da manhâ ás
Eo 2u .5 « 2
r^J tO > quatro da tarde.
O que se communica ao Inspector das Bibliothecas e Ar-
chivos servindo de Bibliothecario-mor do Reino para seu
Lagoa 149 149 conhecimento e devidos effeitos.
Nordeste 144 143 Paço, em 28 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho
Ponta Delgada 668 662
26 Ponta Delgada (Povoaçao 158 158 Hintze Ribeiro.
D . do G. n.° 122, de 3 d e j u n h o .
Ribeira Grande 314 313
Villa Franca do Campo 128 128
Villa do Porto 58 58
1:619 1:611
Direeção Geral da Instrucção Publica

Calheta 264 264 i a Repartição


Camara de Lobos 234 234
Funchal 523 13 510 Havendo o benemerito cidadão Antonio José Cerqueira
Machico 172 9 163
Ponta do Sol 289 9 280 legado a quantia de 4 : 0 0 0 $ 0 0 0 réis para a criação d'uma.
27 Funchal Porto Santo 71 2 69 escola para o sexo masculino na freguesia de Mós, conce-
Sant'Anna 28 28 lho de Villa Verde, districto de Braga, aproveitando tam-
Santa Cruz 144 144 bem aos habitantes da freguesia de Goudeães;
S. Vicente 206 205
Porto Moniz 152 150 Verificando-se que o testador construiu a casa para a
escola e habitação do professor, havendo se o remanes-
2:083 36 2:047
cente do legado convertido em titulos da divida publica
no valor nominal de 6:200j$000 réis, que estão averbados
Secretaria de Estado dos Negocios da Guerra, em 27 em nome da Camara Municipal de Villa Verde e ainda
de maio de 1902. = = 0 Director Geral, João Gualberto Ri- em poder do testamenteiro José Augusto de Palhares Ma-
beiro de Almeida, general de brigada. lafaia; e
D . do <J. n . " 119, de 30 d e m a i o .
Conformando-me com o parecer do Conselho Superior
de Instrucção Publica:
Hei por bem determinar:
1.° Que seja criada uma escola primaria para o sexo
masculino no logar da Igreja, com proveito para as fre-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO guesias de Mós e Goudeães, do concelho de Villa Verde,
districto de Braga, a qual se denominará «Escola Antonio
Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica José Cerqueira»;
2.° Que o remanescente do legado na importancia no-
minal de 6 : 2 0 0 ^ 0 0 0 réis em titulos da divida publica seja
2,a Repartição
arrecadado pela fórma estabelecida pela lei em vigor.
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que llie represen-
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
tou a mesa administrativa da Santa Casa cla Misericordia
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
do Porto, pedindo auctorização para adquirir, em praça
em 28 de maio de 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho
publica, varios foros impostos em terrenos do Hospital de
Hintze Ribeiro.
Alienados Concle F e r r e i r a ; D . do G. n.° 123, do 4 do j u n h o .
Vistas as intormações officiaes:
Ha por bem conceder, nos termos do n.° 2.° do § 2.°
do artigo 10.° da lei de 22 de junho de 1866, a auctori-
zação pedida pela referida corporação.
Paço, em 28 de maio de 19U2. = Ernesto Rodolpho
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E DLTRAMAR
Hintze Ribeiro.
D . do G . n.° 120, de 31 d e m a i o . Direeção Geral do UItramar

í. a Repartição
1." Secçíto
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen-
tou a mesa da Santa Casa da Misericordia do Porto ; Manda Sua Majestade El-Rei, pela Secretaria de Es-
Vistas as informações officiaes: ha por bem conceder- tado dos Negocios da Marinha e UItramar, que, quando
lhe nos termos do artigo 253.", n.° 2.°, do Codigo Admi- houver de fazer-se simultaneamente a nomeação de offi-
nistrativo, auctorização para applicar a obras de amplia- ciaes do exercito do reino para o desempenho de commis-
ção no Hospital cle Santo Antonio, a seu cargo, ató á sões ordinarias de serviço militar em differentes provincias
quantia de 100:000(5000 réis, metade da importancia dos ultramarinas, se permitta aos mesmos officiaes a escolha
legados instituidos em favor da impetrante, sem applicação da provincia em que desejarem servir, com preferencia
especial, que d'aqui para o futuro deem entrada no seu dos mais antigos e sem prejuizo de qualquer transferencia
cofre. por conveniencia de serviço ou motivo disciplinar.
Paço, em 28 de maio de 1902. = Ernesto Rodolpho Paço, em 3 0 de maio de 1 9 0 2 . = Antonio Teixeira de
Hintze Ribeiro. Sousa.
D. do G . n.° 120, d« 31 d e m a i o . D . do G. n.° 123, d e 4 d e j u n h o .
1902 289 Maio 31

2.a Repartição 2. a Que, antes da emissão das obrigações prediaes do


uitramar deverá o Banco Nacional Ultramarino observar
1.» Secçao e cumprir a disposição do n.° 6.° do artigo 49.° do Codi-
go Commercial Português ;
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen- 3. a Que d'esta criação e consequente emissão, nos ter-
tou o Banco Nacional Ultramarino, solicitando, nos ter- mos indicados, ou de quaesquer operações que o Banco
mos da alinea a) da clausula 26. a do contrato de 30 de Nacional Ultramarino realize, nenhuma responsabilidacle,
novembro de 1901, a necessaria auctorização para criar em qualquer situação ou hypothese poderá advir para o
uma primeira serie de 10:000 obrigações prediaes do ui- Estado, não tomando o Governo responsabilidacle alguma
tramar, do capital nominal de 90$00l> réis cada uma, sendo pelas obrigações criadas e emittidas pelo Banco.
5:000 da taxa cle juro de 5 por cento e 5:000 á taxa de Paço, em 31 de maio de 1902. = Antonio Teixeira de
juro de 6 por cento, pagaveis aos semestres em 1 de ja- Sousa.
neiro e em 1 de julho de cada anno e amortizaveis por D . do G. 11." 124, de 5 d e j u n h o .

meio de sorteios semestraes;


Tendo em vista as clausulas 21. a , 22. a , 23. a , 26. a ali-
nea a), 27. a , 28. a e 29. a do contrato de 30 de novembro
de 1901, e considerando serem duas e distinctas as ope- MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
rações a realizar para a sua applicação — a da criação
de obrigações e sua cotação e a cla sua emissâo effectiva, Direeção Geral de Obras Publieas e Minas
devendo aquella preceder qualquer contrato de empres-
timo predial, sem o que este não teria validade pratica, e Repartição de Obras Publieas
devendo a segunda ser successiva e equivalente aos em-
prestimos que se forem realizando ; Considerando que são trabalhos complementares dos
Considerando quc pelo balancete referido a 31 de março portos maritimos a respectiva illuminação e balisagem, e
do corrente anno, no qual se inclue, no capital realizado, bem assim a connexão que existe entre os trabalhos hy-
para garantia de operações de credito predial, a verba de draulicos e aquelles que é mister executar para o estabe-
200:000$000 réis, se mostra estar satisfeita a exigencia lecimento dos pharoes da costa: ha Sua Majestade El-Rei
do artigo '50.° da carta de lei de 27 de abril, e correspon- por bem determinar que os serviços de pharoes e balisas
dentemente a clausula 26. a alinea a) do contrato de 30 de a que se refere o n.° 4.° da alinea a) do artigo 55.° do
novembro cle 1901 e existir o fundo de garantia necessa- decreto organico de 24 de outubro de 1901, na parte que
rio para o começo das operações hypothecarias; compete ao Ministerio das Obras Publieas, Commercio e
Considerando que o valor nominal das obrigações (90^000 Industria, fiquem a cargo das Direcções dos Serviços Flu-
réis), o scu juro (5 e 6 por cento) e as demais condições viaes e Maritimos mencio^adas na alinea b) do artigo 57.°
da criação pedida estão de acordo com as disposições le- do alludido decreto organico.
gaes e contratuaes (artigos 42.° e 43.° da lei de 27 de Paço, em 31 de maio de 1902. = Manuel Francisco
abril e clausulas 27. a , 28. a e 29. a do contrato de 30 de de Vargas.
D . do G . n . ° 126, d e 9 d e j u n h o .
novembro de 1901);
Tendo em vista o parecer da Procuradoria Geral da Co-
roa e Fazenda:
Ha por bem o mesmo Augusto tíenhor, pela Secretaria MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
de Estado dos Negocios da Marinha e UItramar, auctori-
zar o Banco Nacional Ultramaiino a criar 10:000 obriga- Inspeeção Geral dos Impostos
ções prediaes do uitramar, do valor nominal de 90$000
réis, sendo 5:000 á taxa de juro de 5, e 5:000 á taxa de Attendendo ao que representaram alguns bancos. com
juro de 6 por cento ao anno, pagaveis em 1 de janeiro e o fundamento de não poderem legalizar com o sclJo de-
1 de julho de cada anno e amortizaveis por sorteios se- vido os titulos de procedencia estrangeira, referidos 110
mestraes, com as condições seguintes: artigo 136 0 do rpgulamento de 23 de dezembro de 1899,
l . a Q.ue a einUsão das obrigações, cuja criação é au dentro do peiiodo de tempo marcado 11a portaria de 26
ctorizaila, só se poderá fazer suecessivamente, á m-didw de março ultimo : ha por bem Sua Majestade El-Rei pro-
que os emprestimos hypothecarios se forem realizando, rogur novamente aquelle prazo até 31 de julho proximo
sob a diroc-ta e iinmediata fiscalização do Governo, pelo futuro.
seu commissario junto do banco, por fórma qne nunca o Paço, em 31 de maio de 1902. — Fernando Mattozo
valor das saidas da caixa do banco exceda a importancia Santus.
dos emprestimos hypothecarios realmente feitos; D . do G . n . ° 157, d e 17 de j u l h o .

19
JUNHO

MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JDSTIÇA | O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito
nos termos legaes de ser decretado.
Direeção Geral dos N e g o c i o s de Justiça O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
2.a Repartição do Reino, e o Ministro e Secretario de Estado dos Nego-
cios da Fazenda, assim o tenham entendido e façam execu-
Attendendo ao que me representou a Camara Munici- tar. Paço, em 4 de junho de 1902. = REI. — Ernesto Ro-
pal do concelho de Sattam; e tomando em consideração dolpho Hintze Ribeiro — Fernanão Mattozo Santos.
as informações que me foram presentes : hei por bem, nos D . do G. n . ° 125, d e 7 d e j u n b u .
termos do § 1.° do artigo 4.° do decreto de 15 de setem-
bro de 1892, transferir para o juiz de direito da comarca
da mesma denominação o julgamento das contravenções e
transgressões de posturas que, segundo o disposto no princi- Direeção Geral de Administração P o l i t i e a e Civil
pio do citado artigo, compete aos respectivos juizes de paz.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Eccle- 2,a Repartição
siasticos e cle Justiça assim o tenha entendido e faça exe-
cutar. Paço, em 4 de junho de 1902. = REI. — Arthur Hei por bem approvar, nos termos do artigo 55.°, n. u 3.°,
Alherto de Campos Henriques. do Codigo Administrativo, para a gerencia municipal dos
D . do G. n . ° 12-1, de õ de j u n l i o . concelhos de Arruda dos Vinhos e Grandola, no anno de
1903, as percentagens de 60 por cento sobre as contri-
buições e rendimentos a que se referem os n. o s 1.° e 2.°
do artigo 68.° do citado codigo, e para a do concelho de
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO S. Tiago de Cacem as de 65 por cento sobre as mesmas
contribuições e rendimentos.
3. a Repartição da Direeção Geral O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
da Contabilidade Publica cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 4 cle junho de 1 9 0 2 . =
Tendo sido depositada no Ministerio da Fazenda, no REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
dia 23 de outubro de 1901, a inscripção de assentamento D . do G . ii.° 120, d e 9 de junlio.
da Junta do Credito Publico, do capital de 1:000$000 réis
nominaes, n.° 87:293, legada á Escola Polytechnica pelo
Barão de Castello de Paiva, para o respectivo juro ser
applicado á cultura de plantas medicinaes; e em obser- Hei por bem approvar, nos termos do artigo 55.°, n.° 3.°,
vancia do disposto no § unico do artigo 17.° da carta de do Codigo Administrativo, as percentagens votadas pelas
lei dc 3 de setembro de 1897, cujos preceitos foram man- camaras municipaes dos concelhos abaixo designados do
dados vigorar no exercicio de 1901-1902 pelo artigo 14.° districto de Evora sobre as contribuições e rendimentos a
da carta de lei de 12 cle junho de 1901 : hei por bem, que se referem os n. os 1.° e 2.° do artigo 68.° do mesmo
tendo ouvido o Conselho cle Ministros, determinar que no codigo, para a sua gerencia no anno de 1903, com a clau-
Ministerio dos Negocios da Fazenda seja abcrto, a favor sula porem, visto o disposto no artigo 99.°, § 2.°, do de-
do Ministerio do Reino, um credito especial, devidamente creto de 24 de dezembro de 1901, de que não poderão
registado na Direeção Geral da Contabilidade Publica, exceder a 60 por cento no concelho do Alandroal, a 55,8
da quantia dc 30^000 réis, corrospondente ao juro da por cento no de Evora, e a 55 nos cle Arraiollos e Re-
niencionnda inscripção, relativo ao anno economico de dondo.
1901-1902, devendo a referida importancia ser inscripta O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
no cspitulo 10.°, artigo secção 2, a , da tabella da cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
distribuição da despesa do Ministerio do Reino, no citado entendido e faça executar. Paço, em 4 de junho de 1 9 0 2 . =
exercicio dc 1901-1902, para ter opportunamcnte a appli- R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
cação detcrminada pelo testador. D . do G . n.° 120, d e 9 d e j u n l i o .

/
1902 291, Junho 14

Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.°, n.° 3.°, Superior do Serviço Technico Aduaneiro, e tendo em
e 57." do Codigo Administrativo, as percentagens votadas vista o disposto no § unico do artigo 3.° do decreto n.° 1
para o anno de 1903 pelas camaras municipaes dos con- de 27 de setembro de 1894, que seja eliminada da tabella
celhos abaixo designados do districto de Beja, sobre as de tai-as, que faz parte integrante do § 5.° do artigo 6.°
contribuições e rendimentos a que se referem os n. os 1.® das instrucções preliminares da pauta, a tara especial-
e 2.° do artigo 68.° do mesmo codigo, com a clausula mente designada para o chá, ficando esta mercadoria su-
porem, visto o disposto no artigo 99.° § 2.° clo decreto de jeita ao regime geral das mereadorias de que não faz men-
24 de dezembro de 1901, de que não poderão exceder a ção a dita tabella, isto ó, á deducção da percentagem de
60 por cento nos concelhos de Aljustrel, Almodovar, Al- 12 por cento, ou de 14 por cento quando as caixas forem
vito, Castro Verde, Ourique e Serpa, a 65 por cento no encapadas.
de Beja, a 68 por cento no cle Cuba e a de 55 por cento O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
na de Moura e Vidigueira. zenda, e interino dos Negocios Estrangeiros, assim o tenha
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro .e Se- entendido e faça executar. Paço, em 4 cle junho de
cretario de Estado dos Negocios clo Reino, assim o tenha 1902. = HEI. = Fernando Mattozo Santos.
entendido e faça executar. Paço, em 4 de junho de 1902. = D . do G. n.° 120, d e 9 d e j u n h o .
REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
D . do G. n . ° 126, do 9 d e j u n h o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR


Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.°, Direeção Geral do UItramar
n.° 3.°, e 57.° do Codigo Administrativo, as deliberações
clas camaras municipaes dos concelhos abaixo designados l. a Repartição
do districto de Santarem, acêrca clas percentagens sobre
as contribuições e rendimentos a que se referem os n. os l . a Secção
1.° e 2.° do artigo 68.° do citado codigo, para a gerencia
numieipal dos mesmos concelhos no anno de 1903, com a Attendendo ao que me representou o Governador da
clausula porem de que não poderão exceder a 60 por cento provincia de Cabo Verde;
nos cla Chamusca e Ferreira do Zezere e a 55 por cento Considerando que o decreto com força de lei de 23 de
no de Sardoal, visto o disposto no § 2.° do artigo 99.° do dezembro de 1897, commettendo 110 n.° 10.° do artigo
decreto de 24 de dezembro cle 1901. 34.° e n.° 9.° do artigo 40.° aos juizes de direito e muni-
O Presidente clo Conselho de Ministros, Ministro e Se- cipaes 0 julgamento das causas de coimas e transgressões
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha de posturas, nào impõe aos delegados do procurador re-
entendido e faça cxecutar. Paço, em 4 de junho de gio, nas sedes das comarcas, ou aos sub-delegados, nos
1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. julgados municipaes, 0 dever de promoverem e accusarem
D . do G. n.° 120, d e 9 d e j u n h o .
em juizo nos respectivos processos, em que até hoje se
tem seguido a formula exarada no titulo 10.°, artigo 235."
e seguintes, da Novissima Reforma Judiciaria, — formula
de processo em que não se dá a intervenção do Ministerio
Ilei por bem declarar, nos termos cla carta de lei de 23 Publico, — tendo promovido e accusado em juizo, sempre
dc julho de 1850, de utilidade publica urgente para a re- que se trate de coimas e transgressões, 0 administrador
construcção e alargamento do caminho municipal do logar do concelho;
cla Barroca, na freguesia de Arentim, a expropriação, re- Considerando que 0 administrador do concelho é actual-
querida pela Camara Municipal do concelho de Braga, de mente obrigado ao adeantamento de sellos e preparos, e
210 metros quadrados do passal clo parocho daquella fre- que as camaras, dada a vulgar insolvibilidade dos trans-
guesia, descriptos nas plantas que com este decreto bai- gressores, não teem interesse em fazer cumprir as suas
xam competentemente authenticadas, devendo o preço da posturas, pois desembolsariam muito mais do que recebe-
mesma expropriação ser convertido ern titulos cle clivida riam pelo producto das multas, quanclo se recebesse, ven-
publica fundada, averbados ao passal do mencionado pa- do-se assim impossibilitadas de tornar efficaz a sancção
rocho. penal no que diz respeito ao asseio e hygiene das povoa-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- ções concelhias;
cretario de Estado clos Negocios do Reino, assim o tenha Attendendo á conveniencia de se conferir este encargo
entendido e faça executar. Paço, em 4 de junho de 1902. = aos delegados e sub-delegados, considerando as posturas
REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. municipaes como leis policiaes, e as respectivas transgres-
D . do CT. n.° 126, de 9 de j u n h o .
sões como assumpto em que a intervenção do Ministerio
Publico seja obrigatoria, logo que estas lhe sejam com-
municadas pela auctoridade administrativa competente;
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e 0 Con-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA selho de Ministros; e
Usando da auctorização que me é concedida pelo § 1.°
Conselho Superior do Serviço Technico do artigo 15.° do 1.° Acto Addicional á Carta Constitu-
Aduaneiro cional cla Monarchia:
Hei por bem decretar 0 seguinte:
Estando averiguado que a percentagem de 23 por cento, Artigo 1.° E applicado ao UItramar 0 estabelecido no
actualmente em vigor, por decreto de 21 de fevereiro cle n.° 27.° do artigo 278.° do Codigo Administrativo de
1901, para a avaliação da tara lerjal do peso tributavel do 1896.
chá importado em cofres e caixas, quer simples, quer do- Art. 2.° E revogada a legislação em contrario.
braclas, quer encapadas, nao preenche as condições a que O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
deve satisfazer, e clá ainda margem á especulação, com rinha e UItramar assim 0 tenha entendido e faça execu-
grave prejuizo dos interesses da Fazenda Publica e ma- tar. Paço, em 4 de junho de 1902. = REI. = Antonio Tei-
nifesto detrimento do commercio licito : hei por bem de- xeira de Sousa.
terminar, conformando-me com o parecer do Conselho D . d o G . n . ° 126, de 9 de j u n h o .
Junho 4 292 1902

2,a Repartição de cada emissão, depois do deposito legal de 10 por cento,


e bem assim as penalidades dos retardatarios.
2." SecçSo Art. 8.° Cada acção dá direito, sem distincção alguma,
a uma parte igual na propriedade do activo social, e na di-
Attendendo ao que me representou a Companhia de visão dos lucros da sociedade.
Moçambique; Art. 9.° As acções serão nominativas, ou, quando libe-
Tendo ouvido a Procuradoria Geral da Coroa e Fa- radas, ao portador, á escolha dos accionistas, e reciproca-
zenda e a Junta Consultiva do UItramar: mente convertiveis á sua custa. Os respectivos titulos se-
Hei por bem approvar, nos termos da legislação em vi- rão extrahidos de um registo de talão, numerados e assi-
gor, os estatutos da Companhia de Moçambique, sociedade gnados por dois administradores ou por um administrador
anonyma de responsabilidade limitada, que baixam as- e um delegado do conselho de administração, e sellados com
signados pelo Ministro e Secretario de Estado dos Nego- o sêllo da companhia.
cios da Marinha e UItramar, e constam de sete titulos Art. 10.° A cessão das acções ao portador opera-se pela
e cincoenta e seis artigos, devendo ser opportunamente simples tradição, e a das acções nominativas por qualquer
reduzidoa a escriptura publica. meio reconhecido em direito.
O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te- Art. 11.° O conselho de administração poderá auctori-
nha entendido e faça executar. Paço, em 4 de junho de zar o deposito e a conservação dos titulos ao portador na
1 9 0 2 . = R E I . = Antonio Teixeira de Sousa. caixa social, ou numa caixa especialmente destinada para
esse effeito, determinará a fórma dos recibos e as condi-
Estatutos da Companhia de Moçambique ções de deposito, as despesas que lhe poderão ser impos-
tas e as providencias a tomar no interesse cla sociedade e
titulo I dos accionistas.
Art. 12.° As acções são inclivisiveis em relação á Com-
DenominaçSo, fim, sede e duraçao
panhia, a qual não reconhece senão um proprietario para
Artigo 1.° A Companhia de Moçambique, sociedade cada acção.
anonyma de responsabilidade limitada, j á existente, con- O conselho de administração fica auctorizado a criar ti-
serva a sua antiga denominação e reger-se-ha pelos pre- tulos cle uma, cinco, dez, vinte, vinte e cinco e cem ac-
sentes estatutos e pela legislação geral portuguesa. ções, podendo emittir certificados provisorios de qualquer
Art. 2.° O tim da sociedade ó o exercicio dos direitos numero de acções emquanto o julgar conveniente.
e o eumprimento das obrigações enumerados nos decretos Art. 13.° E m conformidade <io § 1.° do artigo 12.° do
com força de lei de 11 de fevereiro e 30 de julho de 1891, decreto de 17 de maio de 1897 pertencem ao Governo 10
7 cle maio de 1892, 2 2 de dezembro de 1 8 9 3 e 17 de maio por cento do numero total das acções da companhia j á
de 1897, que serão appensos a estes estatutos. emittidas e a emittir de futuro.
Art. 3.° A sede da Companhia é em Lisboa. § unico. No computo das acções pertencentes ao Go-
Art. 4.° A duração cla Companhia é por tempo índefi- verno não entram as 2:000 entregues ao Instituto Ultra-
nido para os effeitos do § 4.° do artigo 29.° do decreto de marino.
11 de fevereiro de 1891 e do § 3.° do artigo 9.° do de- Art. 14.° A Companhia poderá emittir obrigações para
creto de 17 de maio de 1897. O prazo para a exploração a construcção de diversas obras que houver cle executar
do caminho cle ferro a que se refere o artigo 19.° do de- em harmonia com o artigo 7.° do decreto de 17 de maio
creto de 11 dé fevereiro de 1891 é regulado pelo artigo de 1897.
29." e seu § 1.° do mesmo decreto; e a linha reverterá Art. 15. 0 O juro d'estas obrigações será pago por se-
para o Estado com todo o seu material fixo e circulante mestres, no fim de junho e no íim cle dezembro de cada
no fim de noventa e nove annos. Aos prazos de outras anno.
concessões de caminhos de ferro será applicavel o § 4.° do A amortização far-se-ha annualmente, por sorteio, ou
artigo 9.° do decreto de 17 de maio de 1897, e aos prazos por compra no mercado, á escolha do conselho de admi-
das dèmais concessões será applicavel o disposto no artigo nistração, e as obrigações sorteadas serão pagas ao par.
9." e seus §§ 1.° e 2.° d'este ultimo decreto. Quando num anno a compra não tenha attingido o to-
tal cle obrigações a amortizar, effectuar-se-ha o sorteio
TITULO II unicamente em relação ao numero de obrigações que fal-
tarem para completar a amortização d'esse anno.
Capital social
E s t e s sorteios serão publicos, e feitos na presença do
Art. 5.° O capital da Companhia ó de 4 . 5 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0 conselho cle administração e do conselho fiscal.
róis, dividido em 1.01)0:000 de acções de 4$5U0 réis em O pagamento dos juros e do capital das obrigações sor-
ouro, 25 francos ou 1 libra sterlina. teadas para reembolso far-se-ha em Lisboa e no estran-
A s emissoes serão feitas por series, estando j á realiza- geiro, ou nas caixas designadas pelo conselho de admi-
das seis: sendo a primeira cle 4 0 0 : 0 0 0 acções, a segunda nistração.
de 4 0 : 0 0 0 acções, a terceira de 110:000 acções, a quarta A Companhia reservar-se-ha a faculdade de, em todo o
de 120:000 acções, a quinta de 66:666 acções e a sexta tempo, antecipar o reembolso das obrigações.
de 66:666 acções, e as seguintes nunca inferiores a 40:000 Art. 16." Os sorteios serão annunciados, com a anteci-
acções, até perfazer o capital social. paçao de cinco dias, pelo menos, e por tres annuncios suc-
Art. 6.° O capital social poderá ser augmentado uma cessivos no Diario do Governo, e nos principaes jornaes
ou mais vezes, por decisão da assembleia geral dos accio- de Lisboa, Paris e Londres; cinco dias depois do sorteio
nistas, sob proposta do conselho de administração. annunciar se-hão do mesmo modo os numeros sorteados e
Art. 7.° A subscripçâo ou a posse de uma ou mais ac- o dia do pagamento, que deverá coincidir com a liquida-
ções imp'»rta plena adhesão aos estatutos, aos regulamen- ção dos juros.
tos da Companhia e ás decisões da assembleia geral. Art. 17.° A contar do dia designado para o pagamento do
Os accionistas não sào responsaveis senão pela impor- reembolso, as obrigações sorteadas deixarão de vencer ju-
tancia das suas acções. ros, e o valor nominal cVellas ficará em deposito na Com-
Nenlmma outra quantia lhes poderá ser exigida alem panhia até que o portador se apresente a cobrá-lo, resti-
cTaquella. tuindo nesse acto aquellas obrigações.
O conselho de administração regulará o numero, impor- Art. 18.° A s obrigações assim resgatadas receberão im-
tancia e prazos das prestações a pagar pelos subscriptores I mediatamente o carimbo de annullação, e serão, dentro do
1902 293, Junho 14

mesmo semestre, queimadas perante o conselho de admi- | § 2.° E m caso de empate o presidente tem voto de
nistração e conselho fiscal. qualidade.
Art. 19.° A s obrigações serão nominativas ou ao por- § 3.° D e v e m estar presentes cinco administradores,
tador, á eseolha dos subscriptores. pelo menos, para que as delibnrações sejam validas.
Serão extrahidas de um registo de talão numeradas e § 4.° Todas as vezes que um dos membros do conselho
assignadas por dois administradores, ou por um adminis- peça o adiamento de qualquer questão até que se possa
trador e um delegado do conselho de administração, e conhecer da ouinião dos ausentes, este adiamento é obri-
selladas com o sêllo da Companhia. gatorio e suspende qualquer deliberação sobre o ponto con-
O processo para a transmissão será o mesmo j á indicado trovertido, e o conselho dará conhecimento da questão aos
para as acções no artigo 10.° d'estes estatutos. administradores ausentes, para que elles possam emittir
Art. 20.° E m tudo o que acêrca da emissão e paga- o seu voto por escrito.
mento clas obrigações não estiver prescripto nos artigos § 5.° As communicações dirigidas individualmente aos
antecedentes vigorarão as disposições do Codigo Commer- administradores ausentes, para darem o seu voto, devem
cial Português. ser feitas por carta registada e as respostas devem ser da-
das a tempo de serem recebidas em Lisboa dentro dos
TITULO I I I quinze dias posteriores ao da remessa.
Conselho de administração O voto que chegar deutro d'este prazo considerar-se-ha
dado de viva voz.
Art. 21.° A companhia é administrada por um conselho Os votos que chegarem depois de findos os quinze dias
constituido por quinze membros pelo menos e dezanove não se contam, mas far-se-ha menção d'elles na acta.
quando muito, cuja maioria será composta de cidadãos Art. 27.° Os administradores residentes em país estran-
portugucses domiciliados em Portugal, comprehenclendo-se geiro e os que estiverem accidentalmente ausentes ou im-
neste numero os tres nomeados pelo Governo. pedidos podem fazer-se representar nas deliberações do
Junto do conselho cle administração haverá um commis- conselho de administração por um outro administrador,
sario, nomeado pelo Governo, que terá voto consultivo e comtanto que a delegação seja dada por escrito.
será retribuiclo como o forem os membros do conselho. U m a simples auctorização por carta basta para este
A sede do conselho é em Lisboa, mas, em harmonia fim.
com o que preceitua o § 4.° do artigo 11.° do decreto de Esta faculdade póde tambem ser exercida pelos admi-
17 cle maio cle 1 8 9 7 , a Companhia poderá criar no estran- nistradores de nomeação do Governo.
geiro delegações compostas de administradores residentes Art. 28.° O conselho de administração terá os poderes
fóra de Portugal. mais latos para administrar os negocios da companhia e
Art. 22.° Cada administrador deverá justificar a pro- exercerá, em nome d'esta, todos os que não forem da com-
priedade de quinhentas acções, integralmente pagas, que petencia especial das assembleias geraes ou contrarias ás
serão inalienaveis durante o tempo das suas funcções. leis ou aos presentes estatutos.
Estas acções serão depositadas como caução nos cofres Art. 29." O conselho póde delegar os seus poderes, no
da Companhia, na sua sede em Lisboa, ou em qualquer ou- todo ou em parte, para a expedição dos negocios corren-
tro logar que fôr designado pelo conselho de administra- tes, em um administrador que será o principal gerente da
ção. Companhia, mas a delegação só póde recair em cidadão
§ unico. Terminada em qualquer tempo a gerencia de português.
um administrador, poderá este levantar as acções cla sua § 1.° Ao administrador delegado pertencerá sempre,
caução, substituindo esta por outra de qualquer especie, alem das demais attribuições que lhe forem conferidas
emquanto subsistir a sua responsabilidade. pelo conselho de administração :
Art. 23.° Durante todo o tempo da concessão tem o ct) A representação permanente official da Companhia;
Governo direito de nomear tres administradores represen- ò) A correspondencia com o Governo e com o governa-
t.antes clo Estado, nos termos do § 3.° do artigo 11.° do dor ;
decreto de 17 de maio de 1897. c) A preparação de todos os assumptos que digam res-
§ unico. São dispensados cla caução a que se refere o peito a direitos exclusivos, a concessões e ao uso das at-
artigo 22.° os administradores da nomeação do Governo, tribuições soberanas concedidas á Companhia, e a execu-
podendo esta recair em pessoas que não sejam accionis- ção das deliberações do conselho sobre os mesmos assum-
tas. ptos.
Art. 24.° A parte eleita do conselho será renovada na § 2.° Poderá ser dada ao administrador delegado uma
razão dc um terço em cada anno: os membros que sairem remuneração cuja importancia será fixada pelo conselho
podem ser reeleitos indefinidamente. de administração.
A renovação j â começada por sorteio e seguida por an- § 3.° O conselho póde tambem delegar em quem qui-
tiguidade continuará por esta fórma. ser, administrador ou não, com remuneração ou sem ella,
Havendo vacatura, o conselho designará o accionista todos ou parte dos seus poderes, mas unicamente por um
quo a deve preencher provisoriamente até que a primeira mandado especial e para um determinado assumpto.
assembleia geral resolva sobre a nomeação definitiva. Art. 30.° Os actos de compra, venda e troca das pro-
O administrador que fôr nomeado para preencher a va- priedades immobiliarias, os arrendamentos, as transferen-
catura só funccionará durante o tempo em que deveria cias de fundos, actos publicos, valores pertencentes á Com-
servir o substituido; terá em todo o caso os mesmos po- panhia, as transacções, contratos e actos de que lhe resul-
deres e ficará sujeito ás mesmas obrigações que os outros tar obrigação, os recibos e indosses e ordens sobre depo-
membros do conselho. sitarios cle fundos devem ser assignados pelo presidente e
Art. 2õ.° H a v e r á um presidente do conselho de admi- administrador delegado, excepto no caso de uma delega-
nistração em Lisboa e presidentes das delegações criadas ção, expressa do conselho a um administrador ou a um
em virtude do artigo 21.° dos presentes estatutos. mandatario especial.
Art. 26.° O conselho de administração reune-se sob a Art. 31.° Os membros do conselho de administração não
convocação do seu presidente em Lisboa, todas as v e z e s contraem pela sua gerencia nenhuma obrigação pessoal
que os interesses da Companhia o exigirem. ou solidaria, relativamente aos comprornissos da Compa-
§ 1.° A s decisões serão tomadas por maioria de votos nhia. Não respondem senão pela execução das suas attri-
dos membros presentes e devidamente representados con- buições.
forme o artigo 27.° Art. 32.° A s deliberações do conselho de administração
Junho 4 294 1902

serão exaradas em actas, transcriptas num registo exis- cretos de 11 de fevereiro e 30 de julho de 1891, 22 de
tente na sede da sociedade, e devem ser assignadas pelo dezembro de 1893 e 17 do maio de 1897.
presidente e por um dos admínistradores, e no caso da § 8.° Nunca poderão ser exclusivamente cedidas aos
ausencia do primeiro, por um outro administrador presente comités funcções que digam respeito á execução dos direi-
á deliberação. tos exclusivos, concessões e usos das attribuições do Es-
A s copias d'estas actas serão assignadas por um dos tado, que os mesmos decretos conferem á Companhia.
administradores e pelo presidente, e na sua falta por § 9.° Fica salva, em todos os casos, a faculclade de fis-
quem os substituir. calização por parte do Governo ou dos seus agentes em
Art. 33.° Os administradores teem direito a um venci- todos os negocios da Companhia.
mento determinado pela assembleia geral, tendo mais os
administradores direito á participação a que se refere o TITULO IV
artigo 56.° dos presentes estatutos nos lucros liquidos da Consellio fiscal
Companhia, a qual participação será dividida entre elles
pelo modo que o conselho de administração resolver. Art. 3õ.° Haverá um conselho fiscal composto de cinco
§ unico. Para os effeitos d'este artigo, os administrado- membros, eleitos cle tres em tres annos pela assembleia
ses em serviço accidental da Companhia no estrangeiro ou geral ordinaria.
em Africa, que não tenham por este facto remuneração § unico. Cada membro do conselho fiscal deverá justi-
especial, nos termos do artigo 29.°, serão considerados ficar a propriedade de duzentas e cincoenta acções, que
sempre como presentes às sessões que se verificarem du- serão inalienaveis durante o tempo das suas funcções. As
rante a sua ausencia. acções serão depositadas como caução no cofre da compa-
nhia na sua sede em Lisboa, ou em qualquer outro logar
Art. 34.° Na conformidade do artigo 21.° dos presen-
que fôr designado pelo conselho de administração.
tes estatutos, haverá em Londres e Paris comités compos-
Art. 36.° Os membros do conselho fiscal poderão ser
tos cle administradores residentes no estrangeiro, que func-
reeleitos.
cionarão isolados ou reunidos, na conformidade das regras
approvadas pela regia portaria de 14 de março de 1894, Art. 37.° No caso de vacatura de algum dos membros
que ficam fazendo parte integrante d'estes estatutos e vão do conselho fiscal, este deverá escolher para 0 preenchi-
transcriptas em seguida a elles. mento da vacatura um dos accionistas da Companhia pos-
suidor de um numero de acções não inferior a duzentas e
§ 1.° Cada cornité reune todas as vezes que o seu res-
cincoenta, dependendo a nomeação definitiva da confirma-
pectivo presidente entender necessario. Haverá tambem
ção por votos da primeira assembleia geral ordinaria ou
um presidente dos comités reunidos, que será eleito pelos
extraordinaria que funccionar.
administradores residentes no estrangeiro.
Art. 38.° Os membros do conselho fiscal receberão a
§ 2.° Os comités só poderão constituir-se validamente
remuneração que fôr determinada na assembleia geral. Re-
quando isolados com a presença de tres membros, pelo
ceberão tambem a participação nos lucros da Companhia
menos, e como comités reunidos com a presença de qua-
indicada no artigo 56.° dos presentes estatutos.
tro membros, pelo menos, devendo nestes entrar um ou
mais administradores de cada um dos comités.
§ 3.° De todos os seus actos darão os comités conheci- TITULO V
mento ao conselho de administração dentro do prazo de Assembleia geral
tres dias uteis a contar da data das resoluções tomadas,
e no fim de cada mês enviarão ao dito conselho um resumo Art. 39.° A assembleia geral, regularmente constituida,
de todas as respectivas operações acompanhado dos do- representa a totalidade dos accionistas. As suas delibera-
cumentos que possam servir para a escripturação e registo ções são obrigatorias para todos, mesmo para os ausentes,
regular de todas as contas e actos da Companhia. para os dissidentes ou interdictos.
§ 4.° A administração geral e completa dos negocios Art. 40.° A assembleia geral compõe-se dos accionistas
da Companhia pertence ao conselho de administração e que possuirem pelo menos vinte e cinco acções.
aos comités reuniclos, na conformidade das regras acima Todos os administradores podem assistir ás assembleias
mencionadas. geraes e discutir os assumptos que nellas se tratarem,
mas só terão voto nos termos do § 1.° do artigo 50.°
§ í).0 Ao conselho de administração competc especial- Todo 0 possuidor de acções nominativas em numero suf-
mentc a escolha do governador reprcsentante da Compa- ficiente e inscripto como tal, pelo menos vinte dias antes
nhia em Africa, clevendo a nomeação ser feita em sessão da assembleia geral, nos livros cla Companhia, será relacio-
do conselho, para a qual tenham sido convidados em es- nado na lista dos accionistas que teem direito de assistir
pecial a emittir os seus votos, na conformidade do artigo á assembleia geral.
27.° e § 5.° do artigo 26.°, os administradores que com- Todo 0 proprietario de acções ao portador deverá depo-
põem os comités reunidos. A nomeação do representante sitá-las nas caixas indicadas no artigo 22.", pelo menos,
da Companhia em Africa só póde recair cm cidadão portu- quinze dias antes da reunião.
gucs, c só se torna effectiva depois de approvada pelo
O proprietario de acções nominativas receberá uma
Governo.
carta de convocação.
Considera-se approvada a nomeação se 110 prazo de O possuidor de acções ao portador receberá das men-
trinta dias immediatos á communicação feita ao Governo cionadas caixas um recibo nominativo indicando 0 dia do
este não oppuscr a sua recusa. deposito e a numeração dos titulos, que lhe servirá de bi-
§ 6.° O governador da Companhia em Africa tem as lhete de admissão.
mcsmas attribuições dos governadores do uitramar, nos Art. 41.° Por suas acções é 0 Governo considerado
termos do § 6.° do artigo 11.° do decrcto de 17 cle maio como accionista, não só para a partilha nos dividendos,
dc 1897. mas para entrar na constituição das assembleias geraes.
§ 7.° O conselho dc administração deverá regular as Art. 42." A assembleia geral ordinaria dos accionistas
attribuições do referido representante, ao qual, em todo 0 reune-se em cada anno, antes de 1 de agosto, na sede da
caso, pertencerão todas as funcções que disserem respeito Companhia. Reune-se, alem d'isso, extraordinariamente
ás relações politicas e administrativas com os funccionarios todas as vezes que o conselho de administração ou 0 con-
superiores cío Governo em Africa e 0 exercicio das attri- selho fiscal 0 julguem conveniente ou 0 requeiram vinte
buições quc representarem direitos exclusivos e privativos accionistas, cujas acções correspondam á quarta parte do
da soberania do Estado delegados á Companhia pelos de-! capital emittido, salvo 0 disposto no artigo 45.°
1902 295, Junho 14

[ Art. 43.° A s convocações serão feitas por annuncios social, onde se entregarão aos accionistas e obrigacionistas
| publicados trinta dias antes da reunião, no Diario do Go- que os pedirem.
verno, e em jornaes de annuncios legaes de Paris e Lon- § 2.° A escripturação e os documentos rclativos ás ope-
dres. rações sociaes são facultados ao exame dos accionistas
Quando a assembleia geral tenha por fim deliberar so- durante o periodo dos annuncios de convocação da assem-
bre as propostas mencionadas no artigo 45.° os convítes bleia geral ordinaria.
devem mencioná-las. § 3.° As actas das sessões da assembleia geral serão
Art. 44." A assembleia geral considerar-se-ha regular - assignadas pela mesa, e declararão o numero dos accio-
mente constituida, logo que estejam presentes ou repre- nistas presentes e representados e o numero total de vo-
sentados vinte accionistas, cujas acções correspondam á tos que tiverem, devendo os nomes dos accionistas pre-
quarta parte do capital social emittido, salvo o disposto no sentes e representados constar da folha cle presença por
artigo 45.° meio das rubricas respectivas.
§ 1." No caso que, em virtude da primeira convocação Art. 49.° As deliberações da assembleia geral serão to-
a assembleia não se tenha podido constituir por não terem madas pela maioria dos votos dos accionistas presentes ou
sido satisfeitas as condições d'este artigo, far-se-ha uma representados.
convocação de outra assembleia geral, a qual deverá re- § 1.° Nas votaç.ões por levantados e assentados preva-
unir-se quinze dias, pelo menos, depois do dia annunciado lecerá a maioria dos votantes, nas outras a maioria dos
para a primeira assembleia. Os annuncios para esta con- votos recolliidos.
vocação serão feitos com oito dias, pelo menos, de antece- § 2.° Proeeder-se-ha á votação nominal sempre que
dencia. qualquer accionista o requeira.
§ 2.° As deliberações tomadas pela assembleia geral § 3.° As eleições para os cargos da sociedade far-se-hão
nesta segunda reunião serão validas seja qual fôr a parte por escrutinio secreto.
do capital representado pelos accionistas presentes e qual- Art. 50.° É permittida a representação por mandato,
quer que seja o numero d'esses accionistas, mas nesta as- comtanto que o mandatario entre na constituição da as-
sembleia somente poderão ser tratados os assumptos para sembleia geral por direito proprio. A representação do Es-
os quaes ella fôra primeiramente convocada. tado poderá ser conferida livremente á pessoa, accionista
Art. 45.° As deliberações relativas a propostas de fusão ou não, que o Governo designar.
ou reunião com outras companhias, de trespasse da em- O conselho de administração deterrninará a fórma da
presa, de modificações ou addições aos estatutos, de au- delegação de poderes.
gmento ou diminuição de capital social e cle prorogação ou § 1.° Todo o accionista, incluindo o Estado, terá um
dissolução antecipada da Companhia, não podem ser toma- voto por cada vinte e cinco acções que possuir sem que
das senão em assembleia geral, compostas cle accionistas o numero total dos votos e cada um possa cxceder o
que representcm, pelo menos, dois terços do capital social correspondente á decima parte do capital emittido ou a
emittido, e só serão exequivcis depois de approvação do quinta parte do capital representado na assembleia, em
Governo. harmonia com o preceituado no artigo 183.°, § 3.°, do Co-
No caso em que a esta primeira convocação não concor- digo Commercial.
ram accionistas que representem os dois terços do capital § 2.° A s delegações de poderes dos accionistas ausen-
social emittido, procedcr-se-ha pelo modo indicado nos dois tes darão entrada na sede da companhia em Lisboa, pelo
ultimos paragraphos do artigo 44.° menos, dois dias antes da data fixada para a reunião da
Art. 46.° A assembleia geral é prcsidida pelo presidente assembleia, não sendo contados os votos respectivos áquel-
do conselho administração ; na sua falta pelo administra- las quc não tenham entrado neste prazo.
dor designado pelo conselho. § 3.° E illimitado o numero demanclantes que cada man-
Os dois maiores accionistas presentes desempenham as datario pocle representar.
funcções de escrutinadores e no caso de recusa os dois § 4.° A nenhum accionista póde porem, pela somma
maiores accionistas depois d'aquelles, e successivamente total das suas acções e pelas dos mandantes que repre-
•até serem acceitas as ditas funcções. sente, contar-se um numero dc votos superior á quinta
O secretario ó nomeado pela mesa. parte clos que se apurarem na assembleia geral.
Art. 47.° A ordem do dia ó dada pelo conselho cle ad- § 5.° Os incapazes, as pessoas moraes e as mulheres
ministração. casadas serão representaclas pelas pessoas a quem essa re-
Não serão apresentadas senão as propostas feitas pelo presentação incumbe.
conselho de administração, e tambem aquellas que lhe ti- Art. 51.° Quando houver accionistas residentes em país
verem sido communicadas quinze dias, pelo menos, antes estrangeiro que representem, pelo menos, 25 por cento do
da reunião, com a assignatura de vinte accionistas, mem- capital subscripto, poderão reunir-se em conferencia para
bros da assembleia geral. os seguintes fins:
Só se deve deliberar sobre os assumptos cla ordem do 1.° Para examinar e discutir o relatorio e contas an-
dia. nuaes da administração e o parecer do conselho fiscal
Art. 48.° Compete á assembleia geral ordinaria: acêrca cVestes documentos ;
1.° Discutir e approvar ou modificar o balanço e as 2.° Para nomear de entre si accionistas que venham á
conclusões do relatorio e do parecer do conselho fiscal; sede da Companhia representá-los na assembleia geral or-
2.° Julgar as contas cla administração; dinaria, em que serão discutidos todos os relatorios e pro-
3.° Eleger o substituir livremente em todo ou em parte, postas.
a parte elcctiva do conselho de administração e o conselho § 1.° Os accionistas eleitos em virtude do n.° 2.° cVeste
fiscal; artigo serão admittidos na assembleia geral apresentando
4.° Deliberar sobre qualquer outro assumpto para que a acta da conferencia devidamente legalizada e que con-
tenha sido convocada; tenha:
5.° E em geral exercer a soberania da sociedade, em a) A indicação nominal dos accionistas que faziam parte
conformidade com a lei e estes estatutos. da reunião, clas resoluções nella tomadas c do numero dc
§ 1.° O relatorio annual do conselho de administração votos, quer a favor, quer contra, que houver obticlo cada
com o balanço c inventario, bem como a lista dos accionis- uma d'essas resoluções:
3 1
tas e o parecer do conselho fiscal, serão impressos e dis- b) A declaração de que tiveram conhecimento clos do-
tribuidos com a antecedencia de, pelo menos, oito dias aos cumentos a que se refere o n.° 1.° d'este artigo.
accionistas com voto, cuja residencia fôr conhecida na sede § 2.° Estes representantes terão na assembleia geral tan-
Junho 4 296 1902

tos votos quantos os que tiverem pór suas acções e mais 7. a Repartição da Direeção Geral
os ([iie coinpetirem aos accionistas que roorescntarem, mas da Contabilidade Publica
nas votações os votos cVestes ultimos serão contados exa-
ctaniente na proporção, quer a favor, quer contra, que Nos termos do § unico do artigo 79.° do regulamento
constar da acta da conferencia a que se refere o § 1.° geral da contabilidade publica de 31 de agosto de 1881,
§ 3.° Para cumprir as di-posiçõ(-s d'este artigo, os ac- e em virtude clo disposto na carta de lei de 14 de maio
cionistas residentes em país estrangeiro nomearão de en- cle 1 9 0 2 : hei por bem d e t e m i n a r que a despesa do uitra-
tre si um accionista, que será enearregado de receber da mar, realizada na metropole, para o exercicio de 1 9 0 2 -
administração central os exemplares do relatorio, as con- 1903 se regule pela tabella que faz parte do presente decre-
tas e parecer do conselho fiscal para os distribuir, po- to e baixa assignada pelo Ministro e Secretario de Estado
dendo convocar a conferencia e corresponder-se com o con- dos Negocios da Marinha e UItramar.
selho de administração. O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te-
§ 4.° O conselho de administração, logo que os relato- nha entendido e faça executar. Paço, em 4 de junho de
rios e contas tiverem sido examinados pelo conselho fis- 1902. = R E I . = Antonio Teixeira de Sousa.
cal, ó obrigado a remetter uma copia d'este documento
ao accionista que tiver sido nomeado, nos termos e para Tabella da distribuição da despesa do uitramar, realizada
os tins deelarados no paragrapho precedente. na metropole, para o exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 a que se
§ õ.° As disposições anteriores não prejudicam o direito refere o decreto datado de hoje.
que tem o accionista residente em país estrangeiro, para
vir toraar parte pessoalmente na assembleia geral, quando Despesa ordinaria
não queira usar da faculdade concedida neste artigo.
§ (i.° No caso previsto por este artigo, o dia da reunião CAPITULO I
Deepesas de emigração para as pos-
da assembleia geral será fixado de modo que se possam
sessões de Africa 10:0001000
executar as disposições que este artigo contém.
§ 7.° Salvo o caso a que este artigo se refere, os accio- CAPITULO I I
nistas residentes em país estrangeiro são em tudo consi- Subsidio á Sociedade de Geograpbia
derados como accionistas nacionaes residentes e m Portu- de Lisboa (museu eolonial) 1:000$000
gal. CAPITULO I I I
TITULO VI Commissão de cartographia 2:500£000

SituaçSo da Companhia — Inventario CAPITULO IV


Subeidio ao Instituto Ultramarino,
Art. Õ2.° O anno social começa no 1.° de janeiro e acaba criado por decreto de 11 de janeiro
om 31 de dezembro. de 1891 10:000^000
Art. Õ3.° O conselho de administração fará em cada se- CAPITULO V
mestre um resumo da situação activa e passiva da Com- Cabo submarino até Loanda (garantia
panhia e o apresentará ao conselho fiscal. Alem d'isso de palavras couforme se liijuidar).. 133:500.^000
fará, nofimde cada anno social, um inventario que con-
CAPITULO VI
tenha a indicação dos valores mobiliarios e immobiliarios,
Caminho de ferro de Ambaca (garau-
e de todo o activo e passivo da Companhia. tia de juro) 500:400^000
O inventario, o balanço e a conta de ganhos e perdas
serão enviados ao conselho fiscal com antecedencia, pelo CAPITULO VII
menos, de trinta dias antes da assembleia geral, e serão Caminho de ferro de Mormugão (ga-
rantia de juro), libras 40:500 ao
apresentados á mesma assembleia. par) 182:250$000
CAPITULO VIII
TITULO VII Despesas de soberania, civilização e
l>isposições dhersas administração geral:
Deposito de praças
Art. 54." O anno financeiro da Companhia acaba em do uitramar 59:000^000
31 de dezembro. Dotaçào para o Col-
legio das Missões
Art. 55.° A repartição cle lucros liquidos annuaes será Ultramarinas 11:200^000
proposta pelo conselho de administração e votada pela Dotaçào da Escola
assembleia geral, mas emquanto o fundo de reserva cor- Agricola Colonial
respondente ao capital social emittido, e a que se refere o em Cintra 3:600^000
artigo 32.11 do decreto cle 11 de fevereiro de 1891, não es- Vencimento de em-
pregados de obras
tiver formado, separar-se-hão cada anno para este, pelo publieas, em ser-
menos, 5 por cento dos lucros liquidos da Companhia. viço na Direeção
Art. 56." Os lucros liquidos annuaes serão applicados: Geral do UItramar 2:160$000 ocnínon
<5:9603000 9i5 : gioiOOO
1 A o fundo de reserva;
2." Ao pagamento da percentagem ou percentagens d'es-
tes lucros que possa haver a effectuar em virtude cle obri- Despesa extraordinaria
gações tomadas para com o Governo, companhias ou par-
CAPITULO 1
ticulares;
Despesas geraes das provincias ultra-
3.° Ao pagamento dc uma percentagem de 5 por cento marinas 400:000^000
dos mesmos lucros para distribuir aos conselhos de ad-
ministração e fiscal, devendo esta importancia ser divi- CAPITULO II
dida na raxão de novc deeimas partes para o conselho de Missões, delimitações de fronteiras e
administração e um decimo para o conselho fiscal; inspecções extraordinarias 65:000^000 455.000$000
4.° A distribuição de um dividendo igual para todas as 1.3SO:6lO£ÕÕÕ
acções cla Companhia.
Paco, em 4 de |tmho de li'02. - - Teixeira de Paço, em 4 de junho de 1902. = Antonio Teixeira de
Sousa. Sousa.
D . do G-. n . " 12S, d e 9 d e j u n h o . D . d o G . n . ° 126, do 9 d e j u n h o .
1902 297 Jtirilio 4

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
zenda assim o tenha entendido e faça executsiv. Paço,
em 4 de junho cle 19U2. = REI Fertutndo Mattozo
Direeção Geral das Contribuições Directas
SantoS, J ) . do Cr. 11." 12S, de l l d e junlin.

Z.a Repartição
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
Administrativo acêrca do recurso n.° 12:411, cm que é
recorrente Anuibal Augusto Trigo, da cidade do Funchal, 5. n Repartição da Direeção Geral
e recorrido o Conselho da Direccão Geral das Contribui- da Contabilidade Publica
ções Directas: Tendo sido auctorizada a admissão cle mais dez alumnos
Vendo-se do processo, que tendo sido collectado o re- porcionistas no Real Collegio Militar, com fundamc-nto no
corrente, no anno de 1900, no concelho de Villa Nova dc decreto de 18 de agosto de 1898, quo já admittiu igual
Foscoa, em contribuição de decima de juros e em multa numero; e não havendo na tabella da despesa ordinaria
por falta de. manifesto feito em tempo, tudo relativo ao do Ministerio da Guerra para o anno economico dc 1 9 0 1 -
emprestimo da quantia de 3:800$00() réis, que por escri- 1902 verba para as despesas com a alimentação clos
ptura de 3 de agosto de 1899 tinha dado a juro cle 6 por alumnos novamente admittidos: hei por bcm, tcnclo ouvi-
cento, reclamara extraordinariamente para o Conselho da do o Conselho de Ministros e gunrdadas aa prescripções
Direeção Geral das Contribuições Directas com o funda- do § unico do artigo 17." da lei de 3 de setembro cle
mento de que este recorrente tem residencia na Ilha da 1897, cujas disposições foram mandadas vigorar no exer-
Madeira, e que ahi fôra celcbrado o contrato constante da cicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , pelo artigo 14." da lei cle 12 dc ju-
referida escriptura, não sendo por isso sujeito a contribui- nho de 1901, determinar que no Ministerio da Fazenda, de-
çíio de decima de juros, que somente ó applicavel ao con- vidamente registado na Direeção Geral da Contabilidade
tinente do reino; Publica, seja aberto a favor do Ministerio da Guerra um
Venclo-se mais que o Conselho da Direccão Geral das credito especial de 1:143$330 réis, isto no limite das
Contribuições Directas, por accordão de 31 de dezembro quantias que o mesmo collegio entregar nos cofres do Es-
de 1900, desattendera o rccurso com o fundamento de que tado provenientes das pensões pagas pelos mencionados
o artigo 23.° do regulamento de 3 cle julho de 1896, pre- alumnos, que não foram considerados no orçamento de re-
vendo a hypothese do credor residir fóra do continente, ceita do Estado, devendo a referida somma ser addiciona-
manda que o manifesto nessa hypothese seja feito no con- da á secção 2. a do artigo 22.° da tabella das despezas com
celho ou bairro da residencia do devedor, e que o pedido applicação ao pagamento no exercicio cle 1 9 0 1 - 1 9 0 2 das
do recorrente somente seria procedente se tanto o credor despezas com alimentação dos alludiclos alumnos.
como o devedor existissem fóra do continente, o que não O Tribunal dc Contas declarou achar csto credito nos
acontece; termos de ser decretado.
D'esta decisão vem o presente recurso, por meio clo qual Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios da. Fa-
pretende o recorrente seja mandada annullar a collecta e senda e clos cla Guerra assim o tenham entendido e façam
revogada para todos os effeitos a resolução recorrida, ba- executar.' Paço, em 4 de junho de 1902. = REI. — Fer-
seando o seu pedido nas mesmas considerações deduzidas nando Mattozo Santos —Luiz Augusto Pimentel Pinto.
na l . a instancia: D. do G. u.° 128, cle 11 do j u n h o .
O que tudo visto e a resposta do Ministerio Publico;
Considerando que o recorrente ó o proprio collectado e
que o recurno foi apresentado em tempo; Nos termos dos artigos 57.° e 58.° do regulamento ge-
Considerando que tanto a lei cle 18 de agosto de 1887 ral da contabilidade publica de 31 de ajjosto clo 1881, o
como o regulamento de 3 de julho de 1896 expressamente em observancia clas prescripções contidas no § unico do
determinam que a contribuição de decima de juros só artigo 17.° da carta de lei de 3 cle setembro dc 1897, man-
existe no continente do reino, o que tambem já era esta- dadas vigorar no exercicio de 1901-1902 pelo artigo 14.°
belecido na legislação anterior; da carta de lei cle 12 dc junho de 1901: hei por bem,
Considerando que o credor recorrente tem o seu domi- tendo ouvido. o Conselho do Ministros, determinar que no
cilio e residencia na Ilha da Madeira e que a escriptura Ministerio cla Fazenda, devidamente registado na Direeção
do mutuo da quantia de 3:800$000 róis, feita em 3 de Geral da Contabilidade Publica, seja aberto a favor do Mi-
agosto de 1899, fôra celebrada na mesma ilha; nisterio cla Guerra um credito especial da quantia do róis
Considerando que a disposiçâo do artigo 23.° do regu- 1:750)5260, somma clas importancias quc pelas verbas dc
lamento de 3 cle julho de 1896 deve ser interprctacla de diversos capitulos e artigos das rcspcctivas auctorisações
acordo com a disposiçâo generica da lei de 18 de agosto foram liquidadas e não pagas nos exercicios de 1890-1897
e clo mesmo regulamento, pela qual a contribuição de de- a 1899-1900 e com quc, por existirem cm sobras, são ro-
cima de juros somente é applicavel no continente do forçadas, para se poder eflectuar o pagamento, as verbas
reino; dos capitulos e artigos que lhes corresponden! na tabella
Considerando que nesta conformidade a hypothese do da despesa ordinaria do sobredito Ministerio da Guerra do
citado artigo 23.° é a do contrato ser realizado no conti- exercicio de 1901-1902, segundo o mappa junto, quc faz
nente por credor residente fóra cVelle, visto como outra parte do presente decreto.
interpretação seria offensiva da disposiçâo generica da O Tribunal dc Contas julgou este credito nos termos de
lei: ser decretado.
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta, Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios da Fa-
dar provimento no recurso, e revogar o accordão recorri- zenda e dos da Guerra assim o tenham entendido e façam
do para o effeito de ser annullada a collecta e a multa, executar. Paço, em 4 de junho de 1902. — REI. = Fer-
por não haver obrigação do manifesto. nando Mattozo Santos =Lui,z Augusto Pimentel Pinto.
Junho 4 298 1902

Mappa das sobras dos creditos auctorizados para a despesa ordinaria do Ministerio da Guerra
relativa aos exercicios de 1 8 9 6 - 1 8 9 7 a 1 8 9 9 - 1 9 0 0
que por decreto d'esta data são transferidas para o exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2

Capilulos e artigos
Sommas cla t a b e l l a
Capilulos c aríigos das d e s p e s a s
das r e s p e e l i v a s do a n n o
tabella» economico
P o r artigos Por exercicios d e 1U01-1902

1896-1S97

4." 13.» Despesa de material das praças de guerra 20j5000 3.»


7.» 2õ.° Praças de pret reformadaa 1253951 9.» 26.»
8.» 30.» Fornecimeoto de pão e forragens 101fj>600 10.» 28.»
9.» 31." Far jamentos 104^300 11.» 31.»
10." 32.» Gratiticações a officiaes e praças por diversos serviços. 2850500 12» 41.»
35.» Luzes para os corpos de guarda e destacamentos 4^724 12.» 36.»
6121075

1897-1898

4.° 14.» Despesa de material das praças de guerra 4$ 530 3.» 8.»
7." 26.» Officiaes reformados 135^000 9.» 26.»
27.» Praças do pret refonnadas 1721000 9.» 26.»
30.» Companhia de reformados 7 $300 9." 27.»
8." 32.» Fornecimento de pão e forragens.. 1865500 10.» 28.»
9.» 33.» Fardamentos 131£000 11.» 31.»
10.° 31.» Gratificações a officiaes e praças por diversos serviços. . 7 £200 12.» 41.»
37.» Luzes para os corpos de guarda e destacamentos 4£905 12.» 36.»
618^435

1898-1899

4." 15 » Despesas de material das praças de guerra 12^450 3.»


9.° 32.» Praças de pret reformadas 360^000 9.» 26.»
372^450

1899-1900

7.° 28.» Despesas de material dos estabelecimentos de justiça... 37JÍ300 25.»


870300
Total 1:750^1260

Paço, em 4 de junho de 1 9 0 2 . — Luis Aurjusto Pimentel Pinto. D . do G. n.° 128, d c 11 de j u n h o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E UITRAMAR Artigo 1.° Os navios mercantes nacionaes com registo
nos portos do continente do reino e ilhas adjacentes são
Direeção Geral da Marinha comprehendidos nas classes de longo curso, de grande
cabotagem e de pequena cabotagem.
3,a Repartição § 1.° São de longo curso os navios aprestados e equi-
pados para a navegação do alto mar, em conformidade
Sendo necessario deíinir em um unico diploma quaes com as disposições do regulamento das capitanias dos por-
as caracteristicas que distinguem entre si os navios de tos do reino e ilhas adjacentes, de 1 de dezembro de 1892.
commercio que se empregam na navegação de longo curso, § 2.° São de grande cabotagem os navios que se desti-
na grande c na pequena cabotagem; nera á navegação dentro das zonas deíinidas pelo artigo
(Jonvindo mais estabelecer as assimilações entre aquel- 3.", tendo pelo menos um official de navegação e dois
les navios c os barcos de recreio e da pesca do alto; e, machinistas de longo curso, se forem movidos a vapor.
bem assim, dar designação apropriada ás embarcações que § 3.° São de pequena cabotagem as embarcações que
se empregam no trafcgo nos portos e rios, e na pesca se destinem á navegação dentro das zonas deíinidas pelo
costeira; artigo 4.°, sob a direccão de um mestre habilitado c tendo
Cumprindo fixar os limites das areas em que podem um machiniata dc longo curso, ou fluvial, se forem movi-
scr cxerc.idas a grando e pequena cabotagem com registo das a vapor.
nas capitanias dos portos do continente do reino, e das § 4.° Os navios dc recreio para navegação de longo
ilhas adjacentes, por quanto não está tão importante re- curso, ou destinados a navcgar dentro das zonas em que
gnlamontação contida no decreto de 2 3 de dezembro de póde effectuar-se a navegação de cabotagem serão, para
1874, por fórma tal que não haja fundadas duvidas com os effeitos da legalização e fiscalização maritima, equi-
respeito á area em que póde ser exercida a grande cabo- parados respectivamente aos navios mercantes destina-
tagem, registada nos portos do continente do reino; sendo dos a viagens cle longo curso, de grande ou de pequena
omisso aquelle diploma com respeito á area a frequentar cabotagem.
pela cabotagem registada nos portos das ilhas adjacentes; § 5.° A s embarcações destinadas á pesca no mar de
Sendo dc vantagem consignar qual c, ao presente, o Larachc são equiparadas aos navios empregados na pe-
aleaneo da protocção concedida á navegação nacional, sob quena cabotagem.
a fórma dc cxclusivo do trafego cntrc os dominios de Art. 2.° A s embarcações que forem destinadas ao tra-
Portugal. assumpto que se cncontra disperso em varios fego nos portos e rios, ou á pesca nas aguas territo-
diplomas : riaes do continente e ilhas adjacentes, constituirão a clas-
í l c i por bem decretar o seguinte : se denominada «de trafego local», regulando-se o seu
1902 299, Junho 14

registo e matricula do pessoal nos termos do titulo iv, Art. 10.° São igualmente declaradas mantidas e não al-
capitulo i, do regulamento das capitanias, de 1 de dezem- teradas todas as clausulas dos tratados internacionaes em
bro de 1892. vigor, designadamente a do artigo 21.° do tratado do com-
Art. 3.° As zonas maritimas dentro das quaes as em- mercio entre Portugal e a Hespanha, comprehendidos os
barcações com registo nas capitanias dos portos abaixo respectivos annexos, que se relacionem com a materia
indicadas poderão fazer a navegação de grande cabota- d'este decreto.
gem são as seguintes: Art. 11.° Fica revogada a legislação em contrario.
a) No continente do reino e Ilha da Madeira: a area O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
delimitada a leste pela linha que vae de Palamos á Ilha rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu-
Minorca e d'esta a Argel, seguindo ao longo da Costa de tar. Paço, em 4- de junho de 1902.== REI. = Antonio
Africa para oeste e sul, até ao parallelo do Cabo Bojador, Teixeira de Sousa.
correndo neste parallelo até ao meridia.no mais occidental D . do G. u.° 120, d e 12 d e j n u h o .

da Ilha de Ferro, que contornará por oeste, dirigindo-se


depois a contornar por oeste a Ilha da Madeira, de oncle
sc dirigirá directamente ao Cabo de Finisterra, e em se-
Direeção Geral do UItramar
guida ao longo da Costa de Hespanha até Bayonna;
ò) Nas Ilhas dos Açores: — 0 mar do archipelago d'este
Z.a Repartição
nome comprehendido entre os meridianos e narallelos en-
volventes das ilhas dos grupos occidental e oriental do ar- 3." Secçao
chipelago, incluindo todas as ilhas.
Art. 4.° As zonas maritimas, dentro das quaes as em- Cumprindo ampliar quanto possivel o beneficio cla pro-
barcações com registo nas capitanias de portos abaixo in- tecção concedida ás embarcações nacionaes que fazem o
dicadas poderão fazer a navegação de pequena cabotagem, trafego maritimo entre Portugal e as suas possessões ul-
são as seguintes : tramarinas, entre os portos d'estas colonias, ou entre estes
a) Do continente do r e i n o : — A area da faixa maritima ultimos e os portos estrangeiros proximos, que sustentam
ao longo e á vista cla costa comprehendida entre o Cabo relações commerciaes com as possessões portuguesas;
Finisterra e Ahneria, e o Mar Mediterraneo desde Oran Considerando que não estão definidas na legislação actual
até o estreito de Gibraltar, com a faixa ao longo da terra ultramarina as caracteristicas que devem distinguir entre
que vae de Ceuta ao Mogador; si a grande e a pequena cabotagem das possessões portu-
ò) Da Illui da M a d e i r a : — A area maritima à vista de guesas ;
terra, quc circunda o grupo cla Madeira e Porto Santo; Considerando mais que a falta de determinação das areas
c) Das Ilhas clos Açores : — 0 mar do archipelago, como em que póde exercer-se a navegação de cabotagem ultra-
facultado ás embarcações de grande cabotagem, não po- marina, muitas vezes priva esta clo beneficio de tratamento
dendo comtudo realizar-se viagem entre qualquer das especial que lhe aligeire os encargos dc }Dorto, os aduanei-
ilhas dos grupos central e oriental e as Ilhas das Flores e ros e os sanitarios, cuja reducção interessa tão largamente
do Corvo. á exploração maritima realizada em barcos de pequcnas
Art. õ.° Continuam reservados exclusivamente para a dimensões, facto este que concorre para ser menos valioso
bandcira nacional: o rendimento liquido do trafego;
1.° 0 trafego maritimo entre os portos do continente Considerando ser justo applicar aos navios nacionaes
do reino, entre estes e os portos do archipelago dos Aço- de longo curso, que fazem escala pelos portos das posses-
res, e entre estes ultimos portos; sões ultramarinas, formula de assimilação que os equipare,
2." 0 trafego maritimo entre as possessões portuguesas quanto a impostos e encargos, aos que são reclamados da
do Atlantico e os portos do continente do reino e das Ilhas navegação de grande cabotagem d'essas possessões, tor-
dos Açores e Madeira; nando-se cVeste modo mais convidativa a visita aos portos
3.° 0 trafego maritimo entre os portos de cada uma das de secur.daria importancia;
possessões portuguesas no Atlantico. Considerando que em diploma analogo, d'esta data, com
Art. 6.° A navegação e o trafego maritimo entre os execução no continente do reino e nas ilhas adjacentes,
portos clas possessões portuguesas a leste do Cabo da Boa foram prescriptas disposições geraes que por sua natureza
Esperança, e entre estes portos e qualquer clos portos das cabein na estructura do presente decreto;
possessões portuguesas clo Atlantico das Ilhas dos Açores Usando da auctorização que me confere o § 1.° do ar-
c Madeira e clo continente de Portugal, são permit.tidos a tigo 15.° do 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional
todos os navios nacionaes e estrangeiros. da Monarchia, e tendo ouvido a Junta Consultiva do UI-
§ 1.° A navegação de longo curso a que se refere este tramar e o Conselho de Ministros;
artigo é, quanto a regime fiscal e encargos do porto, as- Hei por bem decretar o seguinte:
similada á navegação de grande cabotagem. Artigo 1.° Os navios mercantes nacionaes com registo
§ 2.° Continuam era vigor no continente do reino e nas nos portos do continente do reino, ilhas adjacentes e pos-
ilhas adjacentes os impostos, franquias e isenções estabe- sessões ultramarinas são comprehendidos nas classes cle
lecidas pela actual legislação maritima postal, aduaneira longo curso, de grande cabotagem e de pequena cabotagem.
e cle sanidade, com respeito á navegação e trafego mari- § 1.° São de longo curso os navios aprestados e equi-
timo de que trata este artigo. pados para a navegação do alto mar, em conformidade com
Art. 7.° Os navios estrangeiros que estiverem fazendo as disposições clo regulamento das capitanias clos portos
a navegação a que se refere o artigo anterior não serão do reino e ilhas adjacentes, de 1 de dezembro cle 1892.
admittidos a fazer trafego maritimo entre os portos na- § 2.° São de grande cabotagem os navios que sc desti-
cionaes situados dentro clas zonas de pequena cabotagem nem á navegação dentro das zonas definidas pelo artigo
attribuidas ás possessões portuguesas do Atlantico, das 3.°, tendo pelo menos um official de navegação e dois
ilhas adjacentes e entre os portos do continente clo reino. machinistas de longo curso, se forem movidos a vapor.
Art. 8.° Os navios de guerra de qualquer nacionalidade § 3.° São de pequena cabotagem as embarcações que
são isentos do pagamento de imposto de tonelagem e de se destinem á navegação dentro clas zonas definidas pelo
emolumentos sanitarios em todos os portos nacionaes. artigo 4.°, sob a direeção de um mestre habilitado e ten-
Art. 9.° São mantidas as disposições legaes relativas a do um machinista de longo curso, ou fluvial, se forem mo-
impostos e encargos cla navegação que entre nos portos do vidas a vapor.
continente clo reino e ilhas adjacentes, ou d'elles saia. § 4.° Os navios de recreio para navegação de longo
Junlio 4 1902

curso, ou destinados a navcgar dentro das zonas em que facultado ás embarcações de grande cabotagem, não po-
póde effectuar-se a navegação de cabotagem serão, para dendo comtudo realizar-se viogem entre qualquer das
os effeitos cle legalização e fiscalização maritima, equipa- Ilhns dos grupos central e oriental e as Ilhas das Flores
rados respectivamente aos navios mercantes destinados a e do Corvo;
viagens de longo curso, de grande ou de pequena cabota- d) Das Ilhas de Cabo Verde : — A zona maritima que á
gem. vista de terra circunda as ilhas do archipelago;
§ 5.° As embarcações destinadas á pesca no mar de e) D a provincia da G u i n é : — A zona maritima entre os
Laraehe são equiparadas aos navios empregados na pe- rios Casamansa e Nuno, comprehendendo o archipelago de
quena cabotagem. Bijagoz;
Art. 2.° As embarcações que forem destinadas ao tra- / ) Da provincia de S. Thomé e Principe: — A area com-
fego nos portos e rios, ou á pesca nas aguas territoriaes prehendida em uma zona maritima formando um triangulo
do continente, ilhas adjacentes e possessões ultramarinas, que encerra as Ilhas de S. Thomé e do Principe e Libre-
constituirão a classe denominada-— de trafego local — re- ville, não podendo porem empregar-se em viagens entre
gulando-se o seu registo e matrieula do pessoal nos termos estas ilhas e o Gabão as embarcações de arqueação infe-
do titulo iv capitulo i do regulamento das capitanias, de rior a 25 tomladas liquidas;
1 de dezembro de 1892. g) Da provincia de Angola: — A faixa maritima que á
Art. 3." As zonas maritimas dentro das quaes as em- vista de terra se estende desde a foz do Cunene ató á do
barcações com registo nas capitanias dos portos abaixo Massabi;
indicadas poderão fazer a navegação de grande cabota- h) Da provincia de Moçambique: — A faixa maritima ao
gem são as seguintes: longo da costa da provincia e á vista de terra, compre-
a) No continente do reino c Ilha da Madeira: — A area hendida entre a ponta Ouro e a foz do Rovuma;
delimitada a leste pela linha que vae de Palamos á Ilha i) Do Estado da India: — A faixa maritima á vista de
Minorca e cVesta a Argel, seguindo ao longo da Costa de terra comprehendida entre os parallelos extremos do ter-
Africa para oeste e sul até ao parallelo do Cabo Bojador, ritorio cle Gôa e eneerrando a Ilha de Angediva,. Poderão
correndo neste parallelo até o meridiano mais occidental tambem as embarcações d'esta classe effectuar viagens en-
da Ilha cle Ferro, que contornará por oeste, dirigindo-se tre Damão e Diu, quando a sua arqueação liquida não fôr
depois a contornar por oeste a Ilha cla Madeira, de onde se inferior a 25 toneladas ;
dirigirá directamente ao Cabo cle Finisterra, e em seguida j ) D a colonia cle Macau : — A zona maritima á vista de
ao longo da Costa de Hespanha ató Bayonna; terra comprehendida entre Hong-Kong e a Ilha de San-
ò) Nas Ilhas dos A ç o r e s : — O mar do archipelago d'este choan;
nome comprehendido entre os meridianos e parallelos en- k) D o districto de Timor : — A zona maritima á vista de
volventes das ilhas dos grupos occidental e oriental do ar- terra circundando a Ilha de Timor, sendo comprehendida
chipelago, incluindo todas as ilhas; nessa zona a Ilha Cambing.
c) Nas Ilhas de Cabo Verde e da Guiné : — A area com- Art. 5.° Continuam reservados exclusivamente para a
prehendida pela linha que, envolvendo a Ilha de Santo An- bandeira nacional:
tão, segue pelo meridiano mais occidental d'esta ilha até o 1.° O trafego maritimo entre os portos do continente
parallelo mais sul cla Ilha Brava e do cruzamento d'este do reino, entre estes e os portos do archipelago dos Aço-
com aquelle meridiano pela linha que se dirige ao ponto res, e entre estes ultimos portos;
mais occidental da Serra Leoa, de onde regressa para o 2.° O trafego maritimo entre as possessões portuguesas
norte ao longo da Costa cle Africa, ató o Cabo Branco, do Atlantico e os portos do continente do reino e das Ilhas
partindo então para oeste em direccão ao meridiano acima dos Açores e Madeira;
citado da Ilha de Santo Antão, a qual fica assim circuns- 3.° O trafego maritimo entre os portos de cada uma das
cripta ; possessões portuguesas no Atlantico.
d) Nas provincias de Angola e S. Thomé e Principe: — § unico. O trafego maritimo entre os portos da provin-
A area comprehendida entre o litoral da Africa e a linha cia de Angola ao norte da foz do Loge e os portos situa-
que vae desde Serra Lcoa até á Bahia da Baleia; dos ao sul do parallelo de 2 o 30' sul, comprehendendo os
e) Na provincia cle Moçambique : — A area comprehen- do estuario do rio Zaire, é facultado em igualdade de tra-
dida entre a costa oriental de Africa e a costa occidental tamento a todos os navios nacionaes e estrangeiros.
dc Madagascar, limitada ao sul pela linha que vae de Art. 6.° A navegação e o trafego maritimo entre os por-
Porto-Natal ao Cabo dc Santa Maria em Madagascar e ao tos das possessões portuguesas a leste do Cabo da Boa
norte pela linha que vae de Mombaça a Diogo Soares, Esperança, e entre estes portos e qualquer dos portos das
torneando o Cabo cle Ambre; possessões portuguesas do Atlantico, das ilhas dos Açores
/ ) No Estado cla I n d i a : — A area comprehendida entre e Madeira e do continente de Portugal, são permittidos a
a Costa do Indostão e a linha que vae de Cabo Monge, todos os navios nacionaes e estrangeiros.
perto de Carache, ao Cabo Comorim ; § 1 O s navios estrangeiros poderão tambem fazer o
g) Na colonia de Macau: — A area maritima adjacente trafego maritimo da grande e da pequena cabotagem entre
á Costa da China, desde Fucheu a Hainão; os portos de cada uma das possessões portuguesas a leste
h) No districto de T i m o r : — A area maritima compre- do Cabo da Boa Esperança, sujeitos aos encargos respe-
hendida entre o Equador e 12° de latitude sul e os meri- ctivamente impostos á grande e á pequena cabotagem na-
dianos centraes dos Estreitos de Sonda e de Torres. cional d'essas possessões.
Art. 4." As zonas maritimas, dentro das quaes as em- § 2.° A navegação de longo curso a que se refere este
barcações com registo nas capitanias de portos abaixo in- artigo é, quanto a regime fiscal e encargos de porto. as-
dicadas poderão fazer a navegação de pequena cabota- similada á navegação de grande cabotagem.
gem, são as seguintes : § 3.° Continuam em vigor no continente do reino e nas
a) Do continente do r e i n o : — A area da faixa maritima ilhas adjacentes os impostos, franquias e isenções estabe-
ao longo e á vista da costa comprehendida entre o Cabo lecidas pela actual legislação maritima postal, aduaneira e
Fini>terra o Almeria, e o Mar Mediterraneo desde Oran de sanidade, com respeito á navegação e trafego maritimo
até o Estreito cle Gibraltar, com a faixa ao longo da terra de que trata este artigo.
que vae de Ceuta ao Mogador; Art. 7.° Os navios estrangeiros que estiverem fazendo
b) Da Ilha da M a d e i r a : — A area maritima á vista de a navegação a que se refere o artigo anterior não serão
terra, que circunda o grupo da Madeira e Porto Santo; admittidos a fazer trafego maritimo entre os portos nacio-
c) Das Ilhas dos Açores: — O mar do archipelago, como naes situados dentro das zonas de pequena cabotagem at-
1902 301, Junho 14

tribuidas ág possessões portuguesas do Atlantico, das ilhas tituido na grande cabotagem por machinistas habilitados
adjacentes e entre os portos do continente do reino. com a carta de longo curso, e na pequena cabotagem por
Art. 8.° A navegação nacional que fôr iniciada em qual- machinistas cle longo curso ou de navegação fluvial.
quer porto do continente do reino, das ilhas adjacentes, ou § unico. Quando não haja machinistas habilitados com
clas possessões portuguesas do Atlantico, com destino a carta de curso poderão ser matriculaclos para conducção
porto ou portos situados fóra da zona maritima attribuida das machinas os individuos que para este fim forem exa-
á grande cabotagem do porto de partida, 6 reservada á minados e approvados por um jury composto do capitão
classe clesignada de longo curso. dos portos da possessão e dois machinistas do corpo de
§ unico. Os impostos e encargos a que fica sujeita a machinistas navaes, requisitados ao navio de guerra que
navegação nacional, nos termos d'este artigo, serão os es- estacionar na possessão. A estes individuos, quando ap-
tabelecidos na legislação vigente com respeito á entrada provados, será passado pelo jury um titulo provisorio para
em portos do continente do reino e ilhas adjacentes, e por conducção de machinas, valido somente nessa possessão e
saida d'esses portos, e aos que constain das tabellas n. os 1, durante dois annos.
2, 4, 5 e 6, com respeito a entradas nos portos das pos- Art. 14.° Os mestres das embarcações de pequena ca-
sessões portuguesas do Atlantico e saida d'esses portos. botagem das possessões ultramarinas deverão satisfazer a
Art. 9.° Os navios nacionaes de longo curso que fize- um exame dos conhecimentos profissionaes necessarios para
rern viagens iniciadas nos portos do continente do reino, que possam dirigir, com segurança, a navegação dentro da
nos das ilhas adjacentes ou clas possessões portuguesas no zona da pequena cabotagem, sendo o exame feito perante
Atlantico, tendo por escala, ou por terminus d'essas via- um jury composto clo capitão dos portos da possessão e
gens, portos de outras possessões portuguesas no Atlan- dois officiaes de marinha, requisitados ao navio de guerra
tico, serão, para os effeitos de impostos e encargos, consi- que estacionar no porto. Sendo approvados, os mestres
derados de longo curso, até entrarem no primeiro porto receberão um titulo de competencia, passado pelo jury, o
nacional de escala, e seguidamente com relação a outros qual será valido para o exercicio de funcções dentro da
portos nacionaes incluidos na zona da pequena cabotagem area da pequena cabotagem da possessão.
cla possessão a que se tenham dirigido, serão assimilados, Art. 15.° As embarcações clas classes de longo curso e
para os supraditos effeitos, aos navios cla grande cabota- cle grande cabotagem das provincias ultramarinas devem
gem cla possessão em cujas aguas estiverem. Logo que es- ter a bordo todos os livros e papeis determinados no acto
tes navios prosigam em viagem para outro porto nacional cle navegação, um exemplar do Codigo commercial portu-
fóra da zona da pequena cabotagem interromper-se-ha o guês, o Codigo penal e disciplinar da marinha mercante, o
beneficio da referida assimilação, e será retomada a quali- Codigo internacional de signaes de Larkins e respectivas
ficação de longo curso, com a qual darão entrada no novo bancleiras, um exemplar do Regulamento das capitanias
porto visitado. dos portos do reino e illias adjacentes, o Regulamento cla
Art. 10.° Nas viagens de retorno do porto terminus a capitania clos portos cla possessão ultramarina, em que es-
que tenham chegado os navios nacionaes de longo curso, tiverem registaclos e a Lista dos navios de guerra e mer-
nos termos do artigo anterior, continuarão estes assimila- cantes da marinha portuguesa.
dos aos navios da grande cabotagem da possessão em que Art. 1(3.° As embarcações da classe de pequena cabota-
façam escalas, passando, porem, a ser considerados de gem do uitramar sào unicamente obrigadas a ter a bordo
longo curso quando sairem clo ultimo porto contido na o certificado do registo de propriedade, a licença para na-
zona da pequena cabotagem d'essa possessão. Quando, no vegação, o rol de matricula da equipagem, o titulo cle
proscguimento da viagem. vierem a entrar em porto de competencia do mestre, e, quando cm viagem, o passe cle
outra possessão nacional, poderão fazer dentro clas aguas saida do ultimo porto.
da pequena cabotagem d'esta possessão as viagens de es- Art. 17." Todas as embarcações de trafego maritimo,
cala que lhes convierem, sendo assimilados á grande ca- nacionaes ou estrangeiras, são obrigadas a tirar na alfan-
botagem, perdendo o beneficio da assimilação logo que dega do porto do uitramar em que hajam entrado o passe
sairem da area reservada á pequena cabotagem, e assim de saida, que será sujeito ao imposto do sêllo, como esta-
par deante até o terminus da viagem de retorno. belece a tabella n.° 4.
Art. 11.° Os navios estrangeiros poderão fazer o trafego Art. 18.° As embarcações de trafego local e os barcos
maritimo entre as jnossessões portuguesas, com tratamento de pesca que exerçam a industria nas aguas territoriaes
igual ao prescripto para os navios nacionaes de longo curso. das possessões ultramarinas são obrigados a ter a bordo
§ 1.° Não poderão, comtudo, fazer o trafego entre os o titulo de licença, o certificado do registo de proprieclade
portos de cada uma das possessões portuguesas no Atlan- e o rol da matricula da equipagem. No entanto, as em-
tico. barcações que naveguem somente nos portos e rios pode-
§ 2.° E, porem, facuitado aos ditos navios, entraclos em rão ser dispensadas de ter o rol de matricula, quando por
qualquer porto das possessões portuguesas no Atlantico, circunstancias locaes esse rol seja frequentemente alte-
fazer o trasbordo de toda ou parte da carga que fôr des- raclo.
tinada para outro ou outros portos da mesma possessão; Art. 19.° O imposto de tonelagem a que ficam sujeitas
mas esse trasbordo somente poderá ser feito para navios as embarcações de trafego maritimo que entrarem nos
nacionaes. portos da Guiné, S. Thomé, Principe, Ambriz e restantes
Art. 12.° As embarcações exclusivamente de policia ma- portos do centro e sul da provincia de Angola, nos da
ritima, pertencentes ás companhias privilegiadas de Mo- provincia de Moçambique, com excepção clos que estão sob
çambique e do Nyassa, serão assimiladas nas provincias a administração de companhias privilegiadas e nos portos
ultramarinas, para o effeito de impostos e encargos, aos do districto de Timor, é o que consta da tabella n.° 1.
navios transportes do Estado. Serão, porem, sujeitas á fis- § unico. São isentas do pagamento de imposto de tone-
calização aduaneira como fôr julgado necessario, e ao re- lagem as embarcações :
gime cla sanidade maritima. a) Registadas em sociedades de recreio legalmente cons-
§ unico. As embarcações de trafego maritimo das citadas tituidas e reconhecidas ;
companhias são sujeitas nos portos das provincias ultra- b) De trafego maritimo que por contrato oneroso, ou
marinas ao regime estabelecido para as embarcações mer- por effeitos de convenios internacionaes e de leis especiaes,
cantes nacionaes. forem beneficiadas com a isenção;
Art. 13.° O pessoal de conducção de machinas dos na- c) Que, senclo nacionaes ou estrangeiras, se empreguem
vios empregados na grande e pequena cabotagem das pos- exclusivamente na pesca costeira, as de reboque, as de
sessões ultramarinas será, sempre que seja possivel, cons- boca aberta, qualquer que seja a sua lotação e as de pe-
Junho 4 302 1902

quena cabotagem cuja arqueação fôr inferior a 2 0 tonela- j| e) Que façam operações de carga e descarga, não exce-
das liquidas; dendo comtudo qualquer d'estas operações a uma tonelada
d) Que por arribada forçada entrem nos portos a que metrica;
se refere este artigo, quando não façam operações com- / ) Que somente transportem metaes preciosos em moeda
merciaes; ou em barra;
e) Que entrem e saiam em lastro e as que, havendo g) Que se empreguem exclusivamente na pesca costeira,
entrado carregadas, saiam em lastro para rcceberem con- quer sejam nacionaes ou estrangeiras.
certo em outro porto, ainda que estrangeiro, comtanto que § 2." Para o effeito das isenções, não se reputam ope-
voltem a receber a mesma carga, ainda em lastro; rações de trafego de mercadorias o desembarque d'estas
f ) Que sendo movidas a vapor entrem para somente re- para se proceder a concerto de que a embarcação careça
ceberem refrescos e carvão, largar ou rcceber malas do ou para saneamento no caso de quarent.ena; a venda de
correio ; mercadorias avariadas ou cle alguma parte da carga para
g) Que entrem e saiam, sem haverem desembarcado custeio das despesas do navio, quando o capitão justifique
carga, e, havendo-a desembarcado, sejam consideradas in- não poder por outro modo levantar dinheiro para o indi-
navegaveis, devendo proceder-se a desmancho; cado f i m ; a baldeação para outro navio, nos casos de ar-
h) Que somente transportem e desembarquem naufra- ribada por força maior, das mercadorias que não possam
gos, ou quaesquer individuos enviados por ordem dos con- proseguir com segurança ao seu destino, ou que sejam sus-
sules de Portugal, ou do outras auctoridades locaes; ceptiveis de deterioração ou perda de valor pelo retarda-
i) Que entrem no porto com o lim especial e restricto mento da sua expedição.
de receberem mercadorias de navios que hajam de desear- Art. 22.° No porto de Macau não serão cobrados o im-
regar por effeito de força maior devidamente comprovada; posto de tonelagem, os emolumentos sanitarios e os de ex-
j ) Que transportem somente metaes preciosos, em moeda pediente por serviços aduaneiros. Poderá, porem, o Go-
ou em barra. verno impor tributação modica pelas licenças para atracar
Art. 20.° O imposto de tonelagem a que ficam sujeitas aos caes e muralha do porto interior.
as embarcações de trafego maritimo que entrem nos portos Art. 23.° Os navios de guerra de qualquer naciouali-
do archipelago de Cabo Verde constam cla tabella n.° 2. dade são isentos do pagamento de imposto de tonelagem
§ unico. São isentas do imposto de tonelagem as em- e de emolumentos sanitarios em todos os portos nacionaes.
barcações : Art. 24.° Os emolumentos sanitarios devidos no uitra-
1.° Que, nos casos expressamente cstabelecidos, estive- mar pelos navios cle trafego maritimo são os que constam
rem comprehendidas nas alineas do artigo 19.°; da tabella n.° õ.
2.° Quo no Porto Grande de S. Vicente somente em- Art. 25.° Os emolumentos por serviços aduaneiros re-
barquem ou desembarquem passageiros em qualquer nu- lativos ao expediente dos navios de trafego maritimo no
mero ; e nos outros portos da provincia até quatro passa- uitramar são os que constam da tabella n.° 6.
geiros, sem distincção de provenieneia ou destino, comtanto Art. 26.° A s taxas do imposto do sêllo sobre as licen-
que esses navios não façam qualquer operação de trafego ças da pequena cabotagem, e das embarcações de trafego
maritimo, embareando ou desembarcando mercadorias; local, sobre os diplomas de mestres e machinistas e sobre
3.° Que somente cmbarquem ou desembarquem peque- os passes de saida de todas as classes de embarcações são
nas encommendas, embora estas estejam sujeitas a direitos os que constam da tabella n.° 4, applicavel somente no ui-
aduaneiros, quancto o vòlume total cl'essas encommendas tramar.
não exceda, por navio, a 5 toneladas metrieas; Art. 27.° São mantidas as disposições legaes relativas
4.° D a classe de paquetes transatlanticos que, em vir- a impostos e encargos da navegação a que não seja feita
tude de contrato com o Governo Portugucs para o serviço expressa referencia neste decreto.
internacional dos correios, entrem no Porto Grande de Art. 28.° São igualmente declaradas mantidas e não al-
S. Vicente, para entregar ou receber malas cla correspon- teradas todas as clausulas dos tratados internacionaes em
dencia postal. Esta isencão somente vigorará no periodo vigor, designadamente a do artigo 21.° clo tratado de com-
clo respectivo contrato, e estes navios serão dispensados mercio entre Portugal e a Hespanha, comprehendidos os
de quaesquer encargos de porto, comtanto que não façam respectivos annexos, que se relacionem com a materia
operações dc trafego, aproveitando-lhes tambem os benefi- d'este decreto.
cios das isenções concedidas á navegação em geral, nos Art. 29.° O Governo mandará elaborar os regulamentos
respectivos termos cYessas isenções; necessarios para a execução d'este decreto, inserindo-se
0." Q,ue estando nas condições do n.° 3.° transportem nesses regulamentos a doutrina das disposições, ora vigen-
para o Porto Grande cle S. Vicente, c em qualquer quan- tes, que não sejam alteradas ou revogadas por elle.
tidade, a pallia, ieno e erva com destino a consumo pelo Art. 30." Fica revogada a legislação em contrario.
gado existente na ilha. O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios cla Ma-
Art. 21.° A s embarcações dc trafego maritimo que en- rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça executar.
trem nos portos do Estado da India ficam sujeitas ao im- Paço, cm 4 de junho de 1902. = R E I . — Antonio Tei-
posto de tonelagem estabelecido na tabella n.° 3. xeira de Sousa.
§ 1." São isentas do imposto dc tonelagem as embar-
cações : Tabellas a quc se refere o decreto d'esta dala
a) Comprehendidas nas alineas «), ò), e), / ) , h), i), j)
do artigo 19.°; TABELLA 1
b) Que façam o trafego de cabotagem, quando a sua ar-
queação fôr inferior a 10 toneladas ; Do imposto de tonelagem nas provincias da Guiné,
S. Thomé e Principe, Angola, Moçambique e em Timor
<-•) Que, embora tenham praticado qualquer operação dc
K 3
tralego de mercadorias, sejam eondemnadas por innave- Classe de embarcações : ^>
gaveis, sondo obrigadas a desmanchar no porto de en- o) De longo curso, de vela.,3 por tonelada de arqueação
trada ; liquida equivalente 2" ,&30 100
b) De longo curso, movidas a vapor, por tonelada de ar-
</) Que somente hajam tram-portado naufragos, presos, queação liquida 50
indigentes, ou quaesquer outros individuos enviados por c) De longo curso, movidas a vapor, quando façam car-
ordem dos consules de Portugal ou outras auctoridades reiras regulares entre a metropole e as provincias
locaes ; e as que somente cmbarquem ou desembarquem acima indicadas, por tonelada cle arqueação liquida 20
d) De grande cabotagem, por tonelada de arqueação
passageiros até o numero dc cinco; liquida 8
1902 303 Junho 4

e) De pequena cabotagem, somente uma vez por anno, • • 2.°


contado da data de cada pagamento, por tonelada Nos titulos de habilitação profissional:
liquida 200 Mestres das embarcações de pequena cabotagem 2^000
Machinistas de longo curso ou fluviaes 1$000
TABELLA N.° 2
3.°
Do imposto de tonelagem na provincia de Cabo Verde Nas licenças para navegação :
Das embarcações da pequena cabotagem 2£000
Classe de embarcações: Das embarcações de trafego local 1^000
o) De longo curso, de vela, por tonelada de arqueação
liquida, equivalente a 2m3,830 50
b) De longo curso, movidas a vapor por tonelada de ar- TABELLA N.° 5
queação liquida 20
c) De longo curso, movidas a vapor, quando façam car- Dos emolumentos sanitarios n a s p o s s e s s õ e s
reiras regulares entre a metropole c a provincia de ultramarinas
Cabo Verde 10 a) Pelas visitas a navios de longo curso, de mais de 500
d) De grande cabotagem da provincia, por tonelada de toneladas liquidas, que fundearem nos portos das
arqueação liquida 6 provincias ultramarinas, ou nelles fizerem quaren-
e) De pequena cabotagem, somente uma vez por anno, tena 2»S400
contado da data de eada pagamento, por tonelada b) Pelas visitas a navios de longo curso, de menos de
de arqueação liquida 100 500 toneladas liquidas, que fundearem nos jsortos
das provincias ultramarinas, ou nelles fizerem qua-
rentena 1$200
TABELLA N.° 3 c) Pelas visitas a navios da grande cabotagem que pro-
cedam ou tenham entrado em portos fóra das aguas
Do imposto de tonelagem no Estado da pequena cabotagem 800
da India d) Pelas visitas a navios da grande e da pequena ca-
1.° — No porto de Mormugão botagem procedentes de portos comprehendidos
Tangas—Réis na area da pequena cabotagem, quando tiverem a
a) Embarcações de qualquer classe procedentes do mar bordo, ou houver nos portos da procedencia, mo-
alto, euja arqueação seja igual ou superior a 10 lestias epidemicas ou contagiosas 1£000
toneladas liquidas, por cada tonelada, durante o
periodo de trinta dias qualquer quc seja o numero TABELLA N.° 6
de entradas nessa periodo 1-00
b) Reboeadores, barcos de passagem e barccs de nave- Dos emolumentos clo serviço aduaneiro
gação fluvial, sendo movidos a vapor, por cada n a s p o s s e s s õ e s ultramarinas
periodo de seis meses e por tonelada liquida. pa-
garão 1 - 00 a) Por todo o expediente relativo a cada einbarcaçào
de longo curso que tiver feito operação de trafego
2." — Nos portos da India Portuguesa maritimo . 9^000
ezcopto Mormugão b) Por todo o expediente relativo a cada embarcação
de longo curso que não tiver feito operações de
Embarcações de qualquer classe, procedentes do mar, trafego maritimo 1£000
que entrarem ern qualquer dos portos, sendo a sua c) Por todo o expediente relativo a embarcações da
arqueação igual ou superior a 10 toneladas, paga- grande cabotagem 600
rão por cada tonelada durante o periodo de trinta d) Por todo o expediente relativo a embarcações da pe-
dias, qualquer que seja o numero de entradas nesse quena cabotagem ". 300
periodo 2 - 0 0 e) Por todo o expediente relativo ás transacções commer-
6) Embarcações de transporte de passageiros, movidas ciaes com os navios de longo curso em transito fei-
a vapor, tendo de arqueação 10 ou mais toneladas tas no porto de S. Vicente de Cabo Verde, em valor
liquidas, pagarão por cada tonelada e durante o não excedente a 100,5000 réis lpOOO
periodo de um anno, qualquer que seja o numero
do entradas nesse periodo 6-00 Paço, em 4 de junho de 1902. = Antonio Teixeira de
O imposto cobrado das embarcações, designadas nas
alineas a) e b), no primeiro porto do grupo consi- Sousa.
D . do G . n . ° 130, de 14 d e j u n h o .
derado, dispensa essas embarcações durante os pe-
riodos respectivamente arbitrados, do pagamento
de novo imposto por entrada em qualquer outro
porto do mesmo grupo.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA
3.° — Em todos os portos da India Portuguesa
inclusive Mormugão
Direeção Geral
Classes de embarcações :
a) Navios de longo curso, de vela ou a vapor, que fa- 4.a Repartição
çam o trafego maritimo entre a India Portuguesa
e a metropole, podendo entrar ein todos os portos
do Estado, inclusive Mormugão, pagarão por cada Tornando-se necessario, para a construcção da bateria
tonelada de arqueação liquida, e não mais, qual- das Fontainhas e respectivo ramai de serventia, proceder
quer que seja o numero dos portos visitados 2 - 0 0 á expropriação de 18:872 metros quadrados de terreno de
I) Quando os navios a que se refere a «linea á) entra- semeadura, sitiudo na freguesia de Nossa Senhora da Pu-
rem tambem no porto de Mormugão, o imposto será rificação de Geiras, concelho de Oeiras, districto de Lis-
cobrado no primeiro porto de entrada, e da impor-
tancia recebida se lançará 1 tanga por tonelada a boa, pertencente a D . Gertrudes de Almeida Margiochi,
credito do porto de Mormugão. constante da planta parcellar que fica junta ao presente
decreto; e usando cla faculdade concedida ao meu Governo
pelas cartas de lei d c l l dc setsmbro de 1861 e 9 de junho
TABELLA N.° 4
de 1 8 7 1 : hei por bem declarar de utilidade publica'e ur-
Do imposto do sêllo a cobrar nas p o s s e s s õ e s gente a expropriação do indicado terreno, para a construc-
nltramarinas ção da bateria das Fontainhas e respectivo ramal de ser-
ventia.
1."
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Guerra
Dos passes de saida de embarcações : Kéis
assim o tenha entendido e faça executar. Paço, om 4 de
Embarcações de longo curso 800 junho de 1902. = R E I . = Luiz Augusto Pimentel Pinto.
Embarcações de grande cabotagem 150
Embarcações de pequena cabotagem.. . . 100 D . do G. 141, de 28 de jmilio.
Junho 4 304 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA do exclusivamente destinados a guarda de mereadorias,


não se fazendo nellas qualquer transacção mercantil,
Direeção Geral das Contribuições Directas doutrina esta quç tambem foi adoptada pelo despacho mi-
nisterial de 20 de setembro do mesmo anno, como se vê
2.a Repartição do Boletim Official da Direeção Geral das Contribuições
Directas, publicado naquelle anno ;
Sendo-me presente a Consulta do Supremo Tribunal Considerando que no armazem que o recorrente possue
Administrativo acêrca do recurso n." 11:577, em que ó na Rua do Bom Successo n.° 83, pelo qual foi collectado
recorrente Amadeu de Sousa Belford, e recorrido o Con- como mercador de vinhos, verba 538 da tabella geral das
selho da Direeção Geral das Contribuições Directas : industrias, ali não faz a venda dos generos nelle deposita-
Mostra-se que o presente recurso vem interposto por dos, como allega e consta do processo, o que tambem é
Amadeu de Sousa Belford, do accordão do Conselho da corroborado pelo proprio escrivão de fazenda no docu-
Dii •ecçao Geral das Contribuições Directas, proferido com mento a fl. 16:
recurso extraordinario, que o mesmo requerente lhe diri- Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
giu contra a sua inscripção na matriz da contribuição in- dar provimento no recurso, revogando o accordão recorri-
dustrial de 1(J00, como mercador cle vinhos, verba 538 cla do, e annullando a collecta de que se recorre.
tabella geral clas industrias, annexa ao regulamento de 16 O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
de julho cle .1896 ; zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em
Mostra-se que o recorrente allega: 4 de junho de 1902. = R E I = Fernando Mattozo Santos.
— que no predio onde reside, na rua do Bom Successo D . do G. n.° 144, d e 2 de.iullio.
n. u 83, tem um deposito de vinhos e azeites de onde abas-
tece uma carroça, na qual conduz aquelles generos ás ca-
sas clos seus fregueses, pelo que paga a respectiva contri-
buição industrial por meio de licença ; MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
— que desde que possue este deposito nunca foi inscri-
pto na matriz por aquella verba, sendo-o somente em 1900; Direeção Geral do UItramar
— que no mesino deposito não faz venda dos generos
que ali retem, como prova com o documento a fl. 5, e com 2.a Repartição
o proprio annuncio inserto no jornal Nuvidades, junto ao
processo, pelo qual se vê que as requisições só se fazem 8." SecçSo
por carta ou bilhete postal dirigidas ao recorrente, para
o predio onde reside ; Tomàndo em consideração o que me expôs o Ministro e
— que não tendo havido alteração nenhuma no exerci- Secretario de Estado dos Negocios da Marinha e UItra-
cio da sua industria, e achando-se ao abrigo cla doutrina mar ;
consignada nos accordãos d'este Tribunal cle 13 de julho Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con-
de 1898 e de 3 cle fevereiro do mesmo anno, em que se selho cle Ministros; e
ventilou uma hypothese identica á d'estes autos, entendeu Usando da auctorização conferida pelo § 1.° do artigo
que não lnivia razão para ser collectado pela referida ver- 15.° clo 1.° Acto Addicional da Carta Constitucional da
ba 538 ; Monarchia:
— e por ultimo cita o despacho ministerial de 20 de se- Hei por bem decretar o seguinte:
tembro dc 1898, fundado, por certo, na doutrina dos refe Artigo 1.° E approvado o regulamento para o serviço
ridos accordãos, por virtude do qual despacho foi expe- de varadouro das embarcações estrangeiras nas praias de
dida circular aos delegados do thesouro declarando que os Diu e para armazenagem dos respectivos pertences, quc
armazens de retem que servirem exclusivamente para de faz parte cVeste decreto e baixa assignado pelo Ministro e
posito e guarda de generos são isentos cle contribuição Secretario de Estado dos Negocios da Marinha e UItra-
industrial; mar.
Mostra-se quc o accordão recorrido se fundou na infor- Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
mação do delegado do thesouro e no annuncio que o re- O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
corrente mandou publicar e se acha junto ao processo ; e rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu-
sendo ouvido o mesmo Conselho sobre este recurso rcs tar. Paço, em 4 de junho de 1902. = REI. = Antonio
pondeu quc sustentava o seu accordão com os fundamen- Teixeira de Sousa.
tos no mesmo cxarados, jnntanclo o officio em que o dele-
gado clo thesouro prestou a referida informação ; Regulamento para o serviço de varadouro de embarcações estrangeiras
Por esto officio se vê que, sendo ouvido o respectivo nas praias de Dlu e para armazenagem dos respectivos pertences
escrivão cle fazenda, este funccionario declara que são ver
dadciras as allegações do recorrente, mas que, vendendo Artigo 1.° Toda a embarcação estrangeira que queira
elle recorrente o seu vinho directamente para consumo tomar varadouro nas praias de Diu, durante a estação in-
particular, lhe pareeia que por isso estava sujeito ao im- vernosa, só o poderá fazer com previa licença, que será
posto que lhe foi lançado, não obstante pagar contribuição expedida pela delegação da capitania do porto cVeste dis-
industi ial da carroça, e, baseado nesta informação, ó o tricto, mediante a seguinte taxa: 10 rupias por cada em-
mesmo delegado clo thesouro de parecer que este recurso barcação de 10 toneladas de arqueação, e 6 rupias por
deve ser dcsattcndido : . embarcação de inferior lotação, importancias estas que
O quc tudo visto e a resposta do Ministerio Publico; constituirão receita do Estado.
Considerando que, pelo artigo 5.° n.° 14.° do regula- Art. 2.° Alem da importancia da licença para abrigo,
mento de 16 de junho de 1896, não estão sujeitas a con- de que trata o artigo 1.°, arrecadar-se-ha de cada embar-
tribuição indu.strial as lojas ou armazens exclusivamente cação e seus pertences as taxas de vigia e armazenagem,
de retem, separados do estabeleeimento principal ou ha- conforme o estatuido no artigo 8.° e seus paragraphos do
bitual dc fabrico ou cle venda ; presente regulamento.
Considerando que, fundado naquella disposiçâo, este Tri- Art. 3.° O local para abrigo será designado pelo dele-
bunal, nos seus accordãos de 3 cle fevereiro e"l3 de julho gado da capitania clo porto, em vista do pedido verbal do
de 1896, assentou a jurisprudencia de que os armazens interessado, consignando-se na respectiva licença o tempo
de retem não estão sujeitos á contribuição industrial quan- i d'esse abrigo, que de ordinario será de maio a outubro de
1902 305, Junho 14

cada anno, podendo exceder esee prazo, a pedido do inte- pitania do porto dar entrada no cofre da repartição de fa-
ressado; accreseendo 1 l/<z rupia por cada mês ou sua frac- zenda, mensalmente, mencionando na respectiva guia, em
ção que decorrer até o mês de abrii do anno immediato. verbas separadas, a sua proveniencia.
Art. 4.° Todo o proprietario, tandel ou mestre da em- Art. 13.° A importancia das taxas de vigia ou guarda,
barcação abrigada que não obtiver préviamente a licença a que se refere o artigo 8.° e seus paragraphos, tambem
competente, ou não satisfizer as taxas estabelecidas pelo será receitada na repartição de fazenda, por deposito, em
presente regulamento, pagará de multa a importancia do vista de guias passadas pela delegação da capitania do
triplo das referidas taxas. porto, e do producto total das ditas taxas entradas no co-
Art. 5.° O proprietario ou mestre de embarcação abri- fre se liquidará a favor do arrematante a quantia a que
gada que não a tirar do local de abrigo ató o íim de ou- este tiver direito, segundo o contrato de arrematação, de-
tubro de cada anno, ou até expirar o prazo da licença, vendo o remanescente ser convertido em receita definitiva
para continuá-la a ter em resguardo durante a immediata do Estado.
estação invernosa carecerá de nova licença com o paga- Art. 14.° Para se proceder á liquidação a que se refere
mento das respectivas taxas. o artigo anterior, deverá preceder informação do delegado
Art. 6.° Com a obtenção da licença e pagamento das da capitania do porto, declarando a importancia a que o
respectivas taxas, fica garantida ao proprietario ou mes- arrematante tem direito, e bem assim se o mesmo se acha
tre da embarcação a sua guarda ou vigia, e bem asdm a já desresponsabilizado com respeito á guarda e vigia das
guarda e armazenagem dos seus pertences, salvo qualquer embarcações e seus pertences, que ficavam ao seu cuida-
accidente, re.-ultado de força maior. do, á proporção que esses objectos forem sendo restituidos
Art. 7.° O serviço de guarda ou vigia e armazenagem aos seus donos.
será effectuado por meio de arrematação annual perante Art. 15.° Para o respectivo proprietario ou mestre go-
a commissão fiscal de fazenda, presidida pelo governador zar, quanto á sua embarcação, de todas as garantias de
do districto e composta do escrivão de fazenda e agente segurança e abrigo concedidas pelo presente regulamento,
do Ministerio Publico; e o respectivo arrematante será di- não está obrigado a nenhum outro onus, alem das taxas
reetamente responsavel com o dono ou mestre do barco de licença e de vigia consignadas neste regulamento.
pela guarda das embarcações e seus pertences que lhe § unico. Fica absolutamente prohibido ao arrematante
sejam entregues. ou a qualquer outra entidade, receber do proprietario,
Art. 8.° A arrematação a que se refere o artigo anterior tandel ou mestre, a titulo de guarda de embarcacão e seus
se ultimará no lanço de quem mais vantagens offerecer á pertences, ou por qualquer outro motivo, de caridade, etc.,
Fazenda, sendo aberta a praça pelos preços seguintes: dinheiro ou objecto algum, que porventura fosse de uso
§ i.° Quando o Estado esteja habilitado a ceder os ar- arrecadar, sob pena de multa na importancia do dobro da
mazens nacionaes para aeondicionamento dos pertences quantia que tiver recebido.
das embarcações, a taxa de guarda ou vigia de cada em- Art. lti.° As multas de que trata este regulamento se-
barcação e seus pertences será pelo preço de 2 ru- rão impostas pela delegação da capitania do porto d'este
pias, desde o mês de maio ató ao fim de outubro de cada districto, em processo summarissimo, e quando não as possa
anno, accreseendo meia rupia a mais por cada mês ou a arrecadar voluntariamente dos infractores, o serão em pro-
sua fracção, que exceda esse prazo. cesso de policia correccional.
§ 2.° No caso em que o Estado não possa prescindir Art. 17.° Fica isenta da taxa de licença de abrigo tão
dos armazens nacionaes, para o íim de que se trata, a taxa somente a embarcação que chegar a este porto por arri-
da guarda ou vigia dos barcos o seus pertences, entrando bada forçada carregada de mercadorias, e armaz> nar estas
por conta do arrematante os armazens, será pela quantia na alfan lega; mas esta isenção só será determinada pelo
de 4 l/-2 rupias por cada embarcação, accreseendo tambem governador do districto, depois de ouvido o delegado da
1 rupia por cada mês, ou sua fracção, que exceda o su- capitania do porto.
pra referido prazo. Art. 18.° O gov.-rnador do districto, ouvido o delegado
Art. 9.° Tanto na primeira hypothese como na segunda da capitania do porto, providenciará e resolverá o que en-
do artigo anterior, as importancias das taxas de vigia ou tender conveniente, em todos os casos omissos e não pre-
guarda serão pagas pelo interessado integralmente, ao vistos no presente reyulamento
ser-lhe expedida a licença, na delegação da capitania do Paço, em 4 de junho de 1902. = Antonio Ttixeira de
porto, procedendo-se com respeito á arrecadaçào e receita Sousa.
tlas ditas taxas da mesma fórma como se pratica na al- D. d o G . n.° 151, d e 10 de j u l h o .

fandega com respeito ás importancias dos depositos que


ali são feitos.
Art. 10.° As despesas da collocação em sêcco das em- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
barcações e conducção dos seus pertences será sempre por
conta dos respectivos proprietarios ou mestres. Direeção Geral de Saude e Beneficencia Publica
Art. 11.° Logo que o proprietario ou mestre obtenha a
licença passada pelo delegado da capitania do porto, será 2.a Repartição
esta registada na delegação, procedendo-se em seguida, e
em um livro proprio, ao inventario, com a devida especi- Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen-
fieação e avaliação por dois peritos, de todos os pertences tou a Santa Casa da Misericordia da cidade de Angra do
da embarcação, que serão no mesmo acto entregues ao Heroismo ; e vistas as informações officiaes: ha por bem,
respectivo arrematante, fazendo-se de cada embarcação nos termos do n.° 2.° do artigo 253.° do Codigo Adminis-
um termo ou registo, que será assignado pelo proprietario trativo, auctorizá-la a contrahir um emprestimo da quantia
ou mestre, arrematante, duas testemunhas e o delegado da de 15:000^000 réis insulanos, caucionado com inscripções
capitania do porto ou quem as suas veze3 fizer. na posse da Santa Casa, amortizavel mediante a annui-
§ unico. A responsabilidade do arrematante, com res- dade de 1:200^000 réis, paga em prestações semestraes,
peito á embarcação e seus pertences que lhe hajam sido ao juro annual de 5 por cento ; emprestimo exclusivamente
entregues, continua para todos os effeitos, emquanto não destinado a effectuar no hospital a seu cargo melhoramen-
conste do supradito registo que esses objectos foram res- tos de ordem hygienica, indispensaveis ao funccionamento
tituidos aos respectivos donos ou mestres. de uma instituição daquella ordem.
Art. 12.° Á importancia das licenças e multas, que Paço, em 5 de junho de 1902. = Ernesto Rodolpho
constituirá receita do Estado, deverá a delegação da ca- Hintze Ribeiro. n . ,, „„,.,-,-
u , . ,
JJ. ao u. u. 1 , de i dojunlio.
20
Junho 4 306 1902

Sua Majestade El-Rei attendendo ao que lhe represen- Quadro do pessoal doeente das escolas primarias
tou a Sociedade das Casas de Asylo de Infancia Desvalida da cidade de Lisboa
d'esta cidade;
Vistas as informações officiaes e o disposto no artigo
253.° n.° 2.° do Codigo Administrativo : Escola central n.° 1, no Largo da Escola Municipal
Ha por bem auctorizá-la a vender dez obrigações pre- (sexo manculino)
diaes de 6 J/-2 por cento da Companhia Geral de Credito
Predial Português; tres titulos de cinco obrigações da Regente — Eugenio de Castro Rodrigues.
mesma companhia; sete titulos de cinco acções cada um Professores:
do Banco de Portugal; seis inscripções da Junta do Cre- Agostinho Nunes Ribeiro Teixeira.
dito Publico, sendo uma de 1:000$000 réis, uma de réis João Maia.
500;5000 e quatro de 100$000 réis; e um certificado de José Maria das Dores Costa.
500000 réis, que couberam á sobredita sociedade como Maria da Assumpção Carvalho.
herdeira clo remanescente da herança de D . Anna Ade- Marianna Rita do Nascimento Belchior.
laide Guimaraes, e para applicar o producto da venda, Rosalia da Conceição Alves.
bem como a parte do mesmo remanescente, que recebeu Ajudante do regente — Elmino Alberto da Silva Moreira.
em dinheiro, ao custeio das obras de reconstrucção do
edificio do Asylo de Santa Quiteria, já auctorizadas.
Escola central n.° 2, na Rua da Boavista
Paço, em 5 de junho de 1902. = Ernesto Roãolpho (sexo masculino)
Hintze Ribeiro.
D . do G . 11.0 125, de 7 d c jiuilio.
Regente — João Francisco Barroso.
Professores:
Augusto Luis Zilhão.
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA José Antonio Pestana de Mello Vieira.
Josefina cla Conceição Nunes.
Direeção Geral de Obras Publicas e Minas Rosa Candida Aurelia Ferreira.
Ajudante do regente—Albino José Forte Caldas.
Repartição de Obras Publicas

Attendendo ao que me representou a Camara Municipal Escola central n.° 3, na Rua de S. Paulo
do concelho de Villa Nova de Fozcoa, e havendo-se aberto (sexo feminino)
o inquerito e instaurado o processo indicados no decreto
dc 3 de novembro de 1882: Regente —• Maria Clementina de Serpa.
Ilei por bem, conformando-me com o parecer do Con-
Professoras:
selho Superior de Obras Publicas e Minas, determinar que
no numero das estradas municipaes do districto da Guarda, Angelina Augusta do Carmo Santos.
sejam incluidas as seguintes: Jorsina Perpetua de Sequeira.
Estrada de circumvallação de Villa Nova de Fozcoa; Jovita da Purificação de Almeida Rosa.
Do entroncamento da estrada municipal de Fozcoa com Maria da Gloria Cordeiro Barata.
a estrada real n.° 9 á Costa do Valle; Maria João Gaio.
Do limite do concelho de Meda (proximidades da Fonte Ajudante da regente — Maria Antonia de Castro Serpa
Longa) á estrada municipal da Touça. Serrão.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- Mestra de costura — Amelia de Moura.
cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro e
Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publicas, Escola central n.° 4, na Rua do Paraiso
Commercio e Industria, assim o tenham entendido e façam (sexo masculino)
executar. Paço, em 5 de junho de 1902. = R E I . = E-rnesto
Rodolpho Hintze Ribeiro = Manuel Francisco de Vargas. Regente-—Antonio Maria de Almeida.
D . do G. 11.° 129, de 12 de j u n h o . Professores:
Arlindo Rodrigues Varella.
João Basso Marques.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO João Gomes Vicente Rodrigues.
Margarida Lavinia de Figueiredo.
Direeção Geral de Instrucção Publica Maria do Carmo Mota Portocarrero.
Palmira Rosa Gonçalves.
Z.a Repartição Ajudante do regente — Antonio do Prado Sousa Lacerda.

Sua Majestade El-Rei, conformando-se com o parecer


da respectiva repartição: ha por bem approvar o quadro Escola central n.° 5, no Largo do Contador-Mór
do pessoal docente das escolas primarias centraes e pa- (sexo feminino)
rochiaes de Lisboa, constante do adjunto mappa, que faz
parte d'esta portaria, e vae assignado pelo Conselheiro Di- Regente—Lodumilla Mota de Portocarrero.
rector Geral cla Instrucção Publica. Professoras:
Este quadro deve estar em pleno vigor no dia 1 de ou- Albertina Adelaide Calheiros da Camara.
tubro do conrcnte anno, para o quo se cmpregarão desde Amelia Adelaide Augusta Travassos.
já e succcssivamente os meios necessarios, mandando-se Joanna Benedicta de Sousa Romeiras Caldeira.
abrir as escolas reccntemcnte criadas e ordenando-se a Julia Lucia Casimira da Silva.
collocação do respectivo pessoal, sem prejuizo cla regencia Margarida das Dores.
das classcs das differentes oscolas e do ensino no resto do Ajudante da regente — Umbolina Rosa da Conceição Vas-
presente anno lectivo. ques.
Paço, em 7 de junho de 1902.== Ernesto Rodolpho Hintze Ajudante — Maria do Nascimento Telles.
Ribeiro. Mestra de costura — Marianna Amalia Teixeira Gomes.
1902 307, Junho 14

Escola central n.° 6, na Travessa das Terras de Sant'Anna Escola central n.° 11, na Rua das Trinas de Mocambo
(sexo masculino) (sexo masculino)

R e g e n t e — L u i s Porfirio da Silva Sampaio. Regente — Domingos Coelho Ribeiro.


Professores: Professores:
Antonio Augusto de Barros e Almeida. Antonio 'Bruno de Carvalho.
A u g u s t o Cesar Maduro. Gaudino de Sousa Figueiredo.
Fernando Antonio Evangelista Martins. Anna Faria da Costa Carvalho.
Filippe de Oliveira. Thomasia Adelaide de Macedo.
Filomena Judicibus. Ajudante do regente — Antonio dos Santos Tenreiro.
Iria Ferreira.
Maria Cecilia das D o r e s Pires.
Escola central n.° 12, na Rua da Barroca
Maria Gertrudes Alegria.
(sexo masculino)
Ajudante do regente — Antonio Maria L o p e s .
Ajudantes:
R e g e n t e — Francisco José Pinto Coelho.
Maria E u g e n i a da Conceição Gil.
Maria da Piedade Garção. Professores:
Joaquim da Costa Brito.
José Joaquim de Sousa.
Escola central n.° 7, na rua de S. José (sexo feminino) Narciso L o p e s de Oliveira.
Barbara Rollim.
Pessoal doeente Elvira Amelia da Purificação Magina.
Mathilde Ernestina da Silva Figueiredo.
Regente — Clementina da Soledade e Silva.
Servanda Elisa de Sousa.
Professoras: Ajudante do regente — Carlos Marcellino E s t e v e s .
Anna Lucia Adelaide de Oliveira.
Emilia Adelaide de Oliveira Cunha.
Leonilda Constança Ramos. Escola central n.° 13, no Campo de Ourique
Maria Joaquina da Conceição e Silva. (sexo masculino)
Ajudante da regente — Laura Julieta de Almeida.
Mestra de costura — Eduarda Guilhermina Nunes. R e g e n t e — José de Carvalho e Silva.
Professores:
Domingos de Ascensão.
Escola central n.° 8, na Rua da Paz (sexo masculino)
José Lazaro dos A r c o s .
Maria Emilia Baptista Ferreira.
Regente — Joaquim Maria da Silva Barreto.
Ajudante do regente — v a g o .
Professores:
Augusto Barata dos Santos Martins.
Luis Bernardino Pacheco. Escola central n.° 14, no Bairro Estephania
Manoel Ferreira Bre.a. (sexo masculino)
Casimira Maria da Costa.
Maria da Conceição Mota. Regente — Antonio Maria de F r e i t a s .
Ajudante do regente — Raul Nunes Frade. Professores :
Alfredo X a v i e r de Barros.
Julio de Castro Rodrigues.
Escola central n.° 9, na Travessa das Terras de Sant'Anna
Leonor Laura Dalhunty.
(sexo feminino)
Ajudante do regente — vago.
Regente — Felismina Machado. ?
Professoras: Escola central n.° 15, em Santa Engracia
Anna Maria Gomes Pinto. (sexo feminino)
Carlota Virginia Lopes.
Julia Maria da Silva Cavique. Regente —• Marianna Candida da Costa Braz.
Julia Marianna Dias de Oliveira. Professoras:
Julia Mendes Ferreira. Deodata da Costa Castilho.
Ajudante da regente — Laura Clementina da Conceição Ernestina Augusta Gamboa.
Machado Flores. Maria José da Costa Ribeiro.
Ajudante — Josefa Palmira de Oliveira e Silva. Ajudante da regente — Luisa Emilia da Conceição Tei-
Mestra de costura — Adelaide das D o r e s Costa. xeira.
Mestra de costura —• Pilar Dolores Benito.

Escola central n.° 10, na Costa do Castello


(sexo masculino) Escola central n.° 16, nas Mercês (sexo feminino)

Regente — Alvaro Teixeira de Carvalho. Regente — Maria do Carmo Senna Ribeiro.


Professores: Professoras:
Antonio Lopes 'dos Santos. Ignacia Joaquina Magro.
José Nunes Baptista. Maria da L u z Pereira e Silva.
Nicolau Jorge Callado. Marianna das Dores Cardoso.
Maria Margarida Pinto. Ajudante da regente — Isabel Maria do Carmo Senna Ri-
Marianna Varella Pinto. beiro.
Ajudante do regente — Fernando Alfredo Palyart Pi: Mestra de costura — Maria Annunciação de Andrade e
Ferreira. Silva.
Junho 4 308 1902

Escolas parochiaes Freguesia do Soccorro (sexo feminino)

1.® Bairro Professora — Maria Augusta de Lima Gaspar.


(c) — Maria da Fonseca.
Freguesia dos Anjos (sexo masculino) Ajudante — Maria Celeste Regina de Albuquerque.
Mestra de costura — Victoria Inglês.
Professor — Sebastião Francisco de Carvalho.
Ajudante •— Amelia Augusta Valladas.
3." Bairro
Freguesia dos Ânjos (sexo feminino) Freguesia da Conceiçíto Nova (sexo feminino)
Professora — Aurelia de Miranda. Professora — Doroteia Ignês de Vasconcellos Viterbo de
(c) —Ambrosina da Resurreição Nunes. Lemos.
Ajudante — Deolinda de Jesus Charters Shorteney.
Mestra de costura — Julia da L u z Bizarro e Silva. Mestra de costura — Maria Adelaide Bramão Aguiar.

Freguesia do Beato (sexo masculino)


Freguesia da 1 ncarnaçao (sexo feminino)
Professora — Claudina da Conceição Faria.
Professor — João Antonio Baptista de Avellar.
(c) — A m e l i a Augusta da Silva. (c) - •Elisa Amelia Elbling.
Ajudante — Custodia de Carvalho. Ajudantes:
Amelia Palma Lami.
Freguesia do Beato (sexo feminino) Deolinda da Silva.
Mestra de costura — Maria da Conceição Ferreira.
Professora — Maria Josó Rodrigues.
Ajudantes : Freguesia da Magdalena (sexo feminino)
Maria da Luz Oliveira.
Professora — Maria Augusta de Sousa Bentes.
Maria Rosa Ferreira Damasio.
Freguesia dos Martyres (sexo masculino)
Freguesia dos Olivaes (sexo masculino)
Professor — Cesar Augusto da Cunha Bellem.
Professor — José de Sousa Yiegas.
Freguesia da Pena (sexo feminino)
Freguesia dos Olivaes (sexo feminino)
Professora — Leolinda de Magalhães Torres Costa.
Professora — Amadora Guilhermina dos Anjos.
(c) —Maria da Luz Monteiro.
(c) — Severiana da Assumpção Rodrigues Cas-
Freguesia clos Olivaes — Poço do Blspo (sexo masculino) tello.
Professor — Alfredo Augusto José Xavier. Ajudante — Virginia Elisa Thomé dos Santos.
Ajudante — Julia Anna Loyo Pequito. Mestra de costura — Marianna Julia de Sousa.

Freguesia dos Olivaes — Poço do Bispo (sexo feminino) Fréguesia do Sacramento rsexo feminino)

Professora—Virginia Borges Pinheiro e Silva. Professora — Amalia Luazes dos Santos Monteiro Leite.
Ajudante— Maria Anna de Jesus Pereira. Ajudante — Emilia Augusta Ayque de Almeida.

Freguesia de Santa Justa (sexo feminino)


Freguesia de Santa Engracia—Alto do Pina (sexo feuiinino)
Professora—Maria da Cruz Rosa Ferreira.
Professora — Henriqueta do Carmo Marques Gonçalves.
Ajudantes:
Maria da Conceição Martins.
Freguesia de Santo André — Graça (sexo mnsculino)
Maria das Mercês.
Professor — Antonio Vicente de Sousa Lopes. Mestra de costura — Thomasia Julia da Silva.

Freguesia de Santo André — ftraça (sexo feminino) Freguesia de S. Jorge de Arroios — Rua de Arroios
(sexo feminino)
Professora — Elisa dos Santos e Sousa. Professora — Emilia Maria Amalia Enea.
Ajudante — Beatriz Candida da Silva. (c) —• Maria da Assumpção Machado Pedroso.
Mestra de costura — Adelaide Sotia de Jesus Wan-Zel- Mestra de costura — Guilhermina Lucia Meira e Moreira.
ler.
Freguesia de Santo Estevao (sexo feminino) Freguesia de S. Jorge de Arroios — Rua do Arco do Cego
(sexo feminino)
Professora — Jeronyma Florinda Duarte.
Aj udantes : Professora — Sabina Auta Elisa Teixeira.
Maria Carlota Cid Rodrigues. Ajudante — Maria da Conceição Barata.
Maria José da Silva Seromeuho. Mestra de costura—Maria da Conceição Sousa Marques.
Mestra de costura — Maria da Gloria Correia de Sousa.
Freguesia de S. José (sexo inascnlino)
Freguesia de S. Cliristovao (sexo feminino)
Professor — Henrique José Le Bourdice da Silva Triguei-
Professora — Clotilde Adelaide da Purificação Magina. ros.
3.° Bairro
Freguesia da Sé (sexo masculino)
Freguesia da Anieixoeira (auibos os sexos)
Professor—Francisco de Paula Ferreira Mendes.
Ajudante — Josefa Libania Esteves. Professora'—Maria Josó Martins Contreiras.
3902 309 Junho 7

Freguesia de Bemfica (sexo masculino) Fregnesla de S. Sebastiao da Pedreira—Sete Riog


(sexo masculino)
Professor — Sabino Costa.
(c) —Marcellina Maria Luisa. Professor — Joaquim Calrão.
Ajudante — João Fernandes Botelheiro.
Freguesia de S. Sebastiao da Pedreira —Sete Rio*
(sexo feminino)
Freguesia de Bemfica (sexo feminino)
Professora — Elodia Thomasia de Figueiredo.
Professora—-Adelaide da Conceição Pacheco.
Ajudante — Virginia Laura de Almeida.
Ajudante — Isabel de Freitas.

Freguesia do Campo Grande (sexo masculino) 4.° Bairro

Professor — José Francisco Cesar. Freguesia da ijuda (sexo masculino)


Ajudante — Antonio Rodrigues da Silva.
Professor — Arthur Lucas Marinho da Silva.
Ajudantes:
Freguesia do Campo Grande (sexo feminino)
Basilio Joaquim Ribeiro Junior.
Professora — Estefania Augusta da Costa Fernandes. Joaquim José Martins.
Ajudante—-Elisa Guadalupe Wendrell. Adelaide Augusta da Conceição Correia.
Mestra de costura — Maria Amalia Pestana Vieira Pe- Emilia da Conceição da Silva Correia.
reira. (c) Eugenia do Carmo Cruz.
Eulalia Josefina da Silva Machado.
Freguesia de Carnide (sexo masculino)

Professor — João da Cunha. Freguesia da Ajnda (sexo feminino)


(c) — Carolina Rosa Louro.
Professora — Marianna Emilia Correia Pestana.
Ajudantes:
Freguesia de Carnide (sexo feminino)
Maria Isabel de Abreu.
Professora — Adelina Augusta Cyriaco Macliado. Perpetua Julia Climaco.
Ajudante — Maria José Viriato.
Freguesia de Alcantara (sexo masculino)
Freguesia da Ciiarneca (ambos os sexos)
Professor — Antonio Servulo da Mata.
Professora — Maria da Conceição Franco. (c) — J u l i a Sofia de Oliveira Alves Guttierres.
Ajudante — Albino Pereira.
Freguesia do Coraçao de Jesus (sexo masculino)
Freguesia de Alcantara (sexo feminino)
Professor — Manoel José Martins Contreiras.
(c) — M a r i a Augusta Ferraz Negrão. Professora — Maria do Carmo Mazzchiodi Escazena.
(c) —Maria da Conceição Martins. Ajudantes:
Ajudante—Maria Luisa Vargas. Candida da Conceição Ferreira.
o (c) Maria Julia da Conceição.
Mestra de costura — Maria Michaela Mazzchiodi Esca-
Freguesia do Luuiiar (sexo masculino)
zena.
Professor — Francisco Ambrosio da Silva. Freguesia de Alcantara
(provisoriamente no edificio da Jiscola Jíorinal)
Freguesia do Lumiar (sexo feminino) (sexo feminino)

Professora — Engracia Maria da Assumpção e Silva. Professora—Virginia Amelia Telles da Cunha.


Ajudantes:
Freguesia de Santa Catharina (sexo feminino) Iiermenegilda Lopes Teixeira.
Hermiuia Augusta da Camara Ferreira da Silva.
Professora — Joaquina Adelaide Xavier Maduro. Mestra de costura—Maria da Gloria ISÍeves Tavares.
(c) — Maria Alexandrina da Encarnação Antunes.
Ajudantes: Freguesia de Belem (sexo masculino)
Beatriz Teixeira de Magalhães.
Marta Amalia Rodrigues. P r o f e s s o r — E l o y José de Carvalho.
Mestra de costura —• Gertrudes Cecilia de Serpa Serrlo. (c) — J o s é Antonio de D e u s Alves Mendes.
Ajudantes:
Freguesia de S. Mainede (sexo masculino) Laura Zulmira Pereira.
Lucilia Carmina Lopes de Santa Clara.
Professor — Antonio Teixeira dos Santos.
Freguesia de Belem (sexo feminino)
Freguesia de S. Mamede (sexo feminino)
Professora—Maria Estefania Loureiro de Vasconcellos.
Professora — Maria Candida Dinis. Ajudante — Emma Augusta Assumpção Lemos Rego.

Freguesia (le S. Sebastiao da Pedreira (sexo masculino) Freguesia de Belem — Pedrouços (sexo masculino)
Professor — Antonio Francisco dos Santos. Professor — Eladio Antolino de Sousa e Silva.
Ajudante — Maria dos Martyres Ferreira Bonito. Ajudante —• Guilherme Augusto Macedo Alves.

Freguesia de S. Sebastiao da Pedreira (sexo feminino) Freguesia de Belem — Pedrouços (sexo feminino)

Professora—Ermelinda Augusta Pereira. Professora — Elisa da Conceição Lima.


Junho 4 310 1902

Freguesia da Lapa (sexo feminino) Pessoal docente destinado a substituições


Professora — V i r g i n i a Elisa Chichorro da Costa. 1.° Bairro
Ajudantes:
Professoras :
Catarina Pinto Nogueira.
Alda Maria de Lima Sousa Larcher.
Ruíina Antello.
Romana Amelia Cadete.

Freguesia da Lapa — Kna de S. Joâo dos Beincasados 3." Bairro


(sexo feminino) Professoras:
Angelica Augusta dos Santos.
Professora — Penelope E l i s a das D o r e s Faria.
Maria Adelaide Ferraz da Ponte Ortigão.
Ajudantes:
Adelaide Ferreira de Carvalho.
3." B a i r r o
Beatriz da Puriíicação F e r n a n d e s .
Professoras:
Maria do Carmo Reis Tiago Brito.
Freguesia de Santos-o-Velho — Pampulha Maria Natalina Grot Barreto Pina.
(sexo masculino)

Professor — Albino Pereira Magno. 4." Bairro


(c) — J a y m e Arthur Ribeiro da Silva. Professoras:
(c) — M a r i a da Conceição Gonçalves. Julia Garcia Capello.
Ajudantes: Maria Joanna da Silva Pereira Reis.
J a y m e Pereira da Silva.
L u i s a da Costa Freire. Observação
Maria Candida Fortunato.
Os professores eonstantes d'este quadro têem vencimentos iguaes
aos do quadro normal das escolas e são destinados a substituir os
Freguesia de Santos-o-Vellio (sexo masculino) professores legitimamente impedidos.

Direeção Geral da Instrucção Publica, 7 de junho cle


Professor — U l y s s e s Eugenio da Silveira Machado.
1902. = 0 Conselheiro Director Geral, Abel Anâraáe.

Freguesia de Santos-o-Velho (sexo feminino)

Professora — Maria Helena Alves.


Informação da repartição, a que se refere a portaria
(c) •— Constança Leopoldina Villar Coelho.
Ajudantes: supra.
Eduarda Lucinda E s t e v e s .
(c) Ignês Celeste Sampaio. A data da publicação do decreto n.° 8 de 2 4 de de-
Maria Francisca Mazzchiodi Escazena. zembro de 1 9 0 1 existiam na cidade de Lisboa 12 escolas
Mestra de costura — Carlota Carolina Peres. centraes, 5 4 escolas parochiaes e 1 escola infantil.
No quadro proposto insçreveram-se 16 escolas centraes,
58 parochiaes e 1 escola infantil; ha nelíe, pois, uma dif-
Freguesia dc Santos-o-Yellio—Travessa de José Antonio Pereira ferença para mais de 4 escolas centraes e de 4 escolas
(sexo feminino)
parochiaes: as de Santo André (sexo masculino), S. Chris-
tovam (sexo feminino), Magdalena (sexo feminino) e Amei-
Professora — Maria Palmira das Dores Faria.
xoeira (mixta).
Ajudantes:
A s escolas centraes foram criadas pelo decreto de 2 4
Odilia da Silva Rocha.
de dezembro de 1901 e as parochiaes pelo artigo 68.° da
Palmira Candida de Campos.
carta de lei de 18 março de 1897, que íixou em 6 0 o nu-
Mestra de costura — Gertrudes I l e d w i g e s da Silva Fi-
mero de escolas parochiaes da capital, das quaes ainda
gueiredo.
resta organizar 2 escolas.
Escola Infantil — Jardim da Estrella Para a installação das novas escolas centraes escolhe-
(ambos os sexos) ram-se as seguintes freguesias:

Professora — Carlota Sofia Pinheiro de Brito Freire. Para o sexo masculino:


Ajudantes:
Santa Isabel.
(c) Eugenia Costa.
Isaura Delíina Domingues. S. Jorge de Arroios.
Jcronyma da Conceição Pereira.
Para o sexo feminino:
Santa Engracia.
Observações Mercês.

a) A collocação do pessoal docente constante d'este quadro não Não foi feita arbitrariamente esta escolha de locaes, mas
obsta a que ella possa ser modificada por despacho ministerial, con-
forme as exisencias da frequencia escolar e nos termos precisos em obediencia a um exame da população escolar das diffe-
dos artigos 31.° e seguintes do decreto n.° 8 de 24 de dezembro de rentes freguesias da capital, ás necessidades da frequencia,
1901, permanecendo os professores necessarios para as quatro clas- que a nova lei vem fatalmente augmentar, e ainda ao
ses nas escolas centraes e um professor nas escolas parochiaes. alargamento da cidadc, que cletermina modificações impor-
b) Acaba para todos os effeitos a distincção entre quadro per-
manente c quadro eventual, sem que isto possa lesar os direitos tantes neste ramo de serviço publico.
adquiridos, que por esta collocação do pessoal são integralmente A freguesia de Santa Isabel é a mais populosa da ci-
respeitados a todos os professores. dade de Lisboa e tem apenas uma escola para o sexo
c) Os professores cujo nome é preccdido da letra (c), pertencen- masculino, com frequencia tão numerosa que quasi se
tes ao extincto quadro eventual, ficam aggregados, por convenien-
cia do serviço, ás respectivas escolas; de futuro serão estes loga- torna impossivel um ensino proficuo com a agglomeração
res desempenhados por ajudantes. de crianças que a ella concorrem.
1902 311, Junho 14

O bairro do Campo de Ourique, que pertence áquella fessor ou ajudante quc não pertencesse já ao mesmo qua-
freguesia, está augmentando consideravelmente, e por isso dro.
o numero de crianças em idade escolar, que, segundo o Acaba-se com a distincção, que nenhum diploma aucto-
censo de 1890, deve ser de 1:268, na hypothese pouco riza, entre quadro permanente e quadro eventual, quc uni-
provavel de ter estacionado a população escoiar, exige a camente servia para cleslocar professores e accentuar uma
abertura de um novo estabeleeimento de ensino primario instabilidade sempre prejudicial á economia das escolas.
pavã o sexo masculino. Está, pois, indicada a abertura de Para os casos frequentes de faltas clos professores, que
uma escola masculina no local de Campo de Ourique, que não podem deixar de se clar em quadro de pessoal tão nu-
pertence ao 4.° bairro. meroso e onde abundam funccionarios do sexo feminino,
Subsistem as mesmas razões com relação ao 3.° bairro ; escolheram-se os professores que mclhor pareceu pode-
aqui a exigencia é para o sexo feminino. E a freguesia rem servir para estas substítuições.
das Mercês a que no recenseamento maior numero de A todos os funccionarios se conservam as garantias da
crianças em idade escolar inscreve. Tem perto de 600. lei, seja qual fôr a sua nova situação nas escolas.
Não tem esta freguesia escola d'aquelle sexo e as crianças Direeção Geral de Instrucção Publica, em 10 de maio
frequentam as da Encarnação e Santa Catarina, incapa- de 1 9 0 2 . = O Conselheiro Director Geral, Abel Anaraãe.
zes, pelas condições especiaes dos edificios, de receber tão D . do G. u.° 12G, d e U d c j u n h o .
numerosa população, sendo obrigadas essas escolas a des-
dobrar em curso de tarde, que no inverno entra pela noite.
Com esta previdencia admittem as crianças, mas fornecem-
Ihe o ensino em circunstancias que a hygiene e a peda- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMAR
gogia condemnam e que a boa vontade e zêlo dos profes-
sores não podem modificar. Impunha-se, pois, a criação Direeção Geral do UItramar
de uma escola central para o sexo feminino para desaccu-
niular as duas escolas parochiaes referidas e alargar a area 3.a Repartição
da sua acção educativa.
No 2.° bairro a attenção deve voltar-se para a fregue- Succedendo que por varias vezes ha necessidade de
sia de S. Jorge de Árroios, que comprehende uma gran- executar nas possessões ultramarinas trabalhos de obras
de parte do bairro Estefania, muito populoso, com ten- publicas motivadas por tão imprevistas e urgentes neeessi-
dencias para uma grande expansão, e servido apenas por dades de serviço publico que a sua realização não póde,
uma escola parochial para o sexo masculino. Possue 342 sem grave prejuizo do mesmo serviço, ser subordinada ás
crianças. Não é a freguesia de S. Jorge a mais populosa clelongas inherentes ao cumprimento das formalidades exi-
clo bairro, mas é a terceira na ordem decrescente do re- gidas pela adjuclicação das referidas obras em concurso
censeamento escolar e as duas primeíras teem cada uma publico, nos termos das instrucções para a adjuclicação
a sua escola central. Razao ha de sobra para escolher de obras publicas e fornecimento de materiaes nas provin-
nesta freguesia a sede de uma escola central do sexo mas- cias ultramarinas, approvadas por portaria regia de 20 de
culino. abril de 1900, e das alterações naquellas instrucções or-
clenadas por portaria regia de 18 de junho de 1901;
No 1.° bairro procurou-se a freguesia de Santa Engra-
cia para installação cle uma escola central para o sexo fe- Considerando quanto é conveniente, nos casos excepcio-
minino ; tem esta freguesia uma escola parochial de fre- naes acima indicados, facilitar quanto possivel a execução
quencia sempre crescente, que de facto é uma escola cen- das obras, demorando-a o menos tempo que fôr possivel;
tral. Fazê-la entrar no typo consagraclo de escola central Considerando que o § 11.° clo artigo 40.° do regula-
pelas exigencias da frequencia e neeessidades pedagogi- mento geral da administração da fazenda, cla sua fisca-
cas, é uma previdencia urgente. lização superior e da contabilidade publica nas provincias
ultramarinas, approvado por decreto de 3 de outubro de
Outras escolas centraes se poderiam abrir transformando
190.1, estabeleceu o priucipio de dispensar o concurso pu-
algumas parochiaes existentes, se o orçamento o compor-
blico para quaesquer fornecimcntos no uitramar, nos casos
tasse, A medida que as circunstancias o permittirem e at-
de falta absoluta de tempo por exigencias imprevistas de
tendendo sempre ás neeessidades da frequencia, procurarei
serviço publico;
ensejo de propor a adopção d'esse alargamento de ensino.
Não convein esquecer que as escolas officiaes precisam Considerando que não ha inconveniente e antes, pelos
recolher 15:000 a 20:000 alumnos e que as escolas actuaes motivos expostos, ha vantagem em ampliar, em igualdade
são ainda insufficientes. de circunstancias, o citado principio á execução cle traba-
lhos de obras publicas no uitramar:
A abertura das quatro escolas parochiaes a que acima
me referi obedecem á necessidade cle desaccumulação das Ha Sua Majestade El-Rei por bem ordenar que seja
escolas que servem as respectivas freguesias. de ora em deante dispensado o concurso publico para a
execução de trabalhos de obras jmblicas no uitramar, nos
Ao extenso bairro da Graça, que apenas tem para o
casos de falta absoluta de tempo, por exigencias imprevis-
sexo masculino a escola central n.° 4 (em Santa En-
tas do serviço publico, sendo a dispensa concedida pela
gracia, Rua do Paraiso), e a escola central n.° 10 (na
auctoridade a quem, pelo artigo 2.° das supra indicadas alte-
Costa do Castello), não podia regatear-se a escola a que
rações das instrucções, compete mandar abrir o concurso.
desde 1897 tem direito ; abre-se agora á frequencia.
A freguesia da Magdalena é servida pela escola de Santa Paço, em 7 de junho de 1902. = Antonio Teixeira de
Justa, que reune em edificio acanhado a população de Sousa.
D . do G-. n.° 131, d e 1G do j u n h o .
duas escolas; separem-se as duas escolas reunidas, e o
ensino tornar-se-ha mais proficuo.
A escola de S. Christovam, cuja abertura se promove,
serve para desaccumular a escola central n.° 5, situada na MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
freguesia limitrophe e quc é a escola central de maior
frequencia do sexo feminino da capital. Direeção Geral de Administração Politica e Civil
No projecto acba-sc distribuido o pessoal pela maneira
que pareceu mais consentanea aos interesses do ensino. 2.a Repartição
Faz-se entrar o quadro das escolas de Lisboa no regime
legal, dando a cada uma das escolas o pessoal necessario Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por cer-
para a regencia das classes o sem inclusão de um só pro- tidão, os autos de corpo de delieto, levantados no juizo de
Junho 12 312 1902

direito da comarea de Pinhel, contra o guarda n.° 17 do Direeção Geral da Instrucção Publica
corpo de policia civil da Guarda, arguido por Belarmina dos
Anjos Firmina de contra ella ter abusado da sua aucto- 3. a Repartição
ridade em 2 de abril ultimo: ha por bem denegar, nos ter-
mos do artigo 431.° do Codigo Administrativo, a precisa Tendo em vista o disposto no artigo 27." da carta de
auctorização para o seguimento do respectivo processo, lei de 28 de maio de 1896 e no artigo 2.° do decreto de
visto que do exame directo e das informações officiaes se 18 de abril de 1895, determinando que a adopção dos li-
mostrou que o denunciado procedera sem excesso das vros destinados ao ensino secundario seja decretada pelo
suas attribuições legaes na captura da queixosa. Governo, em virtude do concurso geral, de cinco em cinco
Paço, em 9 de junho de Í902. = Ernesto Rodolpho a n n o s ; e
Hintze Ribeiro. Terminando no actual anno lectivo de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 o
D . d o G . n.° 127, d e 10 d e j u n h o . quinquennio durante o qual foram adoptados os livros ap-
provados em concursos anteriormente realizados ;
Attendendo, porem, que não póde actualmente ser cum-
prida aquella prescripção legal em vista da deficiencia de
MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA tempo necessario para a realização do respectivo concurso:
Ha Sua Majestade El-Rei por bem determinar que se-
a jam adoptados no anno lectivo 1902-1903 nos lyceus e
4. Repartição da Direeção Geral estabelecimentos de instrucção secundaria não só as obras
da Contabilidade Publica já approvadas sem designação de tempo, como as que ser-
viram provisoriamente para uso das aulas das classes do
Sendo indispensavel que a cobrança do producto dos regirae moderno.
salarios estabelecidos na tabella vigente, approvada pela Paço, em 11 de junho de 1902. = Ernesto Rodolpho
carta de lei de 13 de maio de 1896, com applicação a des Hintze Ribtiro.
pesas de exames medico-legaes que, nos termos do arti- D . do G . n.° 136, d e 21 d e j u n h o .
go lf>.° da carta de lei de 17 de agosto de 1899 e do ar-
tigo 33.° do decreto regulamentar de 16 de novembro do
mesmo anno, constituem receita do Ministerio dos Nego-
cios da Justiça, se faça no proximo futuro anno economico Direeção Geral de Administração Politica e Civil
de 1902-1903 por modo que taes receitas não deixem de
escripturar-se uniforme e regularmente nas instancias com- l . a Repartição
petentes: manda Sua Majestade EI Rei que os directores
Sendo indispensavel que com todo o escrupulo e rigor
das morgues de Lisboa, Porto e Coimbra remettam á
a se cumpram as disposições legaes prohibitivas do jogo de
4. Repartição da Direeção Geral da Contabilidade Pu-
asar, cuja inteira observancia foi suscitada pela portaria
blica, no Ministerio da Justiça, uma nota explicativa do
de 5 de julho de 1900, e em differentes circulares do Mi-
modo por que tem sido feita essa cobrança e indiquem os
nisterio dos Negocios do Reino: ha Sua Majestade El-Rei
meios que julgarem mais adequados para a melhor e mais
por bem determinar aos governadores civis de todos os
prompta arrecadação dos mencionados salarios.
districtos que, tendo este serviço por muito especialmente
Outrosim deterinina o mesmo Augusto Senhor que á so- recommendado, não só mantenham aciiva e efficazmente a
bredita repartição sejam enviados com a maior urgencia vigilancia exigida na citada portaria para que sob nenhum
os orçamentos relativos ao dito anno economico de 1 9 0 2 - pretexto ou denominação haja em qualquer localidade al-
1903, a lim de, nos termos da lei em vigor, obterem appro- guma casa de tavolagem nem fiquem impunes os transgres-
vação, sem o que não poderão ordenar-se as despesas que sores das leis acêrca de jogos illicitos, mas tambem sus-
se liquidarem, pertencentes ao referido anno economico de pendam sem demora as auctoridades administrativas e po-
1902-1903. liciaes da sua dependencia, que a tal respeito se mostrarem
Paço, em 9 de junho de 1902. = Arthur Alberto de negligentes no eumprimento dos seus deveres, communi-
Cctmpos Henriques. cando-o superiormente para os effeitos convenientes. O
D . do G . n.° 127, d e 10 do j u n h o .
mesmo Augusto Senhor determina tambem que os ditos
magistrados informem mensalmente, sob sua responsabili-
dade, pela Secretaria de Estado dos Negocios do Reino,
acêrca do eumprimento d'estas instrucções e de quanto
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO neste assumpto fôr occorrendo nos seus districtos.
Paço, em 12 de junho de 1902. = Ernesto Rodolpho
Direeção Geral de Administração Politica e Civil Hintze Ribeiro.
D . do G . u.° 130, de 14 d e j u n h o .

2.a Repartição
Sua Majestade El-Rei, a quem foram presentes, por
certidão, os autos de corpo de delicto a que no compe- MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
tente juizo de direito se procedeu contra o administrador
do concelho de Castro Daire, bacharel João Simões de Inspecção Geral dos Telegraphos
Oliveira, arguido pelo reverendo Manoel Maria de Bar- e Industrias Electricas
ros de contra elle ter abusado da sua auctoridade em 23
de fevereiro ultimo ; Sua Majestade El-Rei, conformando-se com o parecer
Visi .as as informações prestadas a este respeito pelo da commissão nomeada por portaria de 11 do corrente:
governador civil do districto de Viseu e o disposto no ar- ha por bem auctorizar que seja aberta provisoriamente á
tigo 431.° do Codigo Administrativo: exploração publica a linha da Companhia Carris de Ferfo
Ha por bem denegar a precisa licença para o segui- de Lisboa, servida por tracção electrica, entre a Praça
mento do respectivo processo. Marques de Pombal e a Estrada de Bemfica, pelas ruas
Paço, eiu 10 de junho de 1902. = Ernesto Rodolpho Fontes Pereira de Mello e Antonio Augusto de Aguiar.
Hintze Ribeiro. Paço, em 12 de junho de 1902. — Manuel Francisco
n . do G. n.° 128, do U d e j u n h o .
de Vargas.
D , do G . 11, 0 141, d e 28 d e j u n h o .
1902 313 Junho 14

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO visto que, segundo as informações officiaes, são estas obras
urgentes e não podem actualmente custear-se pelas recei-
Direeção Geral de Administração Politica e Civil tas ordinarias do municipio.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
2. a Repartição cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de
Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.°, n.° 2.°, 1 9 0 2 . = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
57.° e 118.° do Codigo Administrativo, a deliberação da D . do G . n . ° 132, d e 17 do j u n h o .
Camara Municipal do concelho de Villa Nova da Cervcira,
de 22 de março ultimo, acêrca da criação de um partido
medico, dotado com 200$000 réis annuaes, para o serviço
clinico das freguesias de Covas, Soppo e Gondarem, em Hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros,
cuja area terá residencia obrigatoria. auctorizar, nos termos do artigo 18.° da carta de lei de
O Presidente clo Conselho cle Ministros, Ministro e Se- 14 de maio ultimo, a Camara Municipal do concelho de
cretario de Estado dos Negocios clo Reino, assim o tenha Vinhaes a que, dentro cla metade da parte disponivel do
entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de fundo de viação, applique 412(5000 réis ás obras de repa-
1902. = EE1. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. ração das pontes de Guedim, Sandim e Valle de Assueiro
D . do G. n . ° 132, de 17 d e j u n h o .
e do caminho vicinal do Rio Tuella á sede do concelho,
visto que, segundo as informações officiaes, são urgentes
e não podem custear-se actualmente pelas receitas ordina-
rias do municipio.
Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.°,n.° 3.°, O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
os cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
Õ7.° e 68.°, n. 1.° e 2.°, clo Codigo Administrativo, as per-
centagens de 55, 60 e 52 por cento respectivamente vota- entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de
das para a gerencia municipal dos concelhos de Ancião, 1 9 0 2 . = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
Figueiró dos Vinhos e Pedrogam Grande no anno de 1903. D . do G. n.° 132, d e 17 d e j u n h o .
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de
1902. = REI. =Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Hei por bem fixar, nos termos do artigo 127.°, § 1.°, do
D . do G. n.° 132, de 17 de j u n l i o .
Codigo Administrativo, em 18 o numero dos zeladores
municipaes do concelho da Mealhada, os quaes serão re-
munerados somente com a parte das multas que lhes attri-
bue o citado paragrapho; e auctorizar se proceda, nos
Hei por bem approvar, nos termos do artigo 55.°, n.° 3.°, termos legaes, a concurso para o provimento dos respe-
do Codigo Administrativo, as percentagens sobre as con- ctivos logares.
tribuições e rendimentos a que se referem os n. 08 l . ° e O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
2.° do artigo 68.° do mesmo codigo, para a gerencia mu- cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
nicipal no anno de 1903, de 60 por cento para os conce- entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de
lhos de Belmonte, Oleiros, Villa de Rei e Villa Velha de 1902.== R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
Rodam, de 52 por cento para o de Penamacor, e de 65 D . do G . n . ° 132, d e 17 d o j u u h o .
por cento para o da Covilhã.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de Hei por bem fixar, nos termos do artigo 127.°, § 1.°, do
1902. — REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Codigo Administrativo, em 24 o numero dos zeladores
D . do G . n.° 182, de 17 de j u n h o .
municipaes do concelho de Peniche, sem outra remunera-
ção mais que a estabelecida no artigo 448.° do mesmo co-
digo.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Hei por bem, nos termos dos artigos 55.°, n.° 3.°, e 68.°, cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
n.DB 1.° e 2.°, do Codigo Administrativo, approvar para a entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de
gerencia municipal dos concelhos abaixo designados do 1 9 0 2 . = R E I E r n e s t o Rodolpho Hintze Ribeiro.
districto de Faro no anno de 1903 as percentagens de 60 D . do G. n.° 132, d e 17 de j u n h o .
por cento para os concelhos de Alcoutim, Aljezur e Silves;
55 por cento para os de Albufeira e Castro Marim; 50,5
por cento para o de Lagoa e 61 por cento para o de
Monchique. Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 177.° e
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e 179.°, n.° 2.°, do Codigo Administrativo, a deliberação da
Secretario cle Estado dos Negocios do Reino, assim o te- Junta de Parochia da freguesia de Castello Branco, con-
nha entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de celho da Horta, de 13 de abril ultimo, acêrca do empres-
1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. timo de 751^000 réis insulanos, amortizavel em vinte
D . do G. n.° 132, de 17 d e j u n h o .
annos, não excedendo a somma annual dos respectivos
encargos a 60^500 réis, que resolveu contrahir para ser
applicado exclusivamente nas obras de ampliaçao do ce-
miterio parochial da mesma freguesia.
Hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, au- O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
ctorizar a Camara Municipal do concelho da Chamusca a cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
que dentro da metade da parte disponivel do seu fundo de entendido e faça executar. Paço, era 14 de junho de
viaçEo applique 2:000$000 réis ás indispensaveis repara- 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
ções no encanamento que abastece de agua aquella villa, D . do G. n.° 132, do 17 d e j u n h o .
Junho 14 314 1902

Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Mostra-se que a Camara Municipal recorrida, em sessão
Administrativo acêrca do recurso n.° 9:193, em que c re- de 9 de maio de 1901, nomeara agente especial junto da
corrente João Antonio Franco Frazão, como presidente da companhia recorrente, para os effeitos do artigo 178.° do
Camara Municipal do concelho do Fundão, e recorrido Codigo Commercial, ao seu vice-presidente, Antonio Fran-
Josó Maria Augusto cle Brito, official da secretaria da cisco do Valle;
mesma camara, de que foi relator o Conselheiro, vogal Mostra-se que Guilherme Augusto Barreiros Cardoso,
effectivo, Antonio Telles Pereira de Vasconcellos Pi- na qualidade de director gerente da Companhia clo Mata-
mentel: douro Municipal de Coimbra, reclamara para o auditor ad-
Mostra-se que a Camara Municipal clo Fundão, districto ministrativo contra a referida deliberação, por entender
de Castello Branco, em sua sessão de 28 de janeiro de que ella não era baseada no intuito de garantir os inte-
1893, deliberou recluzir o ordenado do recorrido José resses do municipio e do publico, os quaes se achavam
Maria Augusto de Brito, de 230,^000 réis a 200/?000 réis; devidamente salvaguardados e garantidos no contrato da
Mostra-se que, confirmada esta deliberação pela com- concessão, mas violava o mesmo contrato, por isso que
missão districtal, reclamou o recorrido para o juiz cle di- este estabelecia que a direccão suprema do matadouro cons-
reito da eomarca do Fundão, com fundamento de offensa tituiria um pelouro a cargo cle um dos vereadores elei-
de lei c clo seus direitos; to pela Camara, e que assim a Camara já tinha usado da
Mostra-se que estabelecida audiencia contraditoria en- faculdade clo artigo 178.° citado;
tre a recorrente e o recorrido, e allegando cada um os Mostra-se que a Camara contestara os fundamentos da
motivos do seu proceder e o direito em que se fundou, o reclamação allegando - que as attribuições do pelouro da
juiz dc direito deu provimento na reclamação do recorri- Camara enearregado especialmente cla direccão superior
do, pelos fundamentos que constam da sentença recor- do matadouro e exercida por um dos vereadores são muito
rida ; differentes das funcções especiaes de fiscalização junto da
Mostra-se allegar a recorrente a fl. 44 que os conside- companhia concessionaria, que competem ao agente espe-
randos da sentença recorrida são contradictorios, e que cial nomeado nos termos do artigo 178.° do Codigo Com-
ella, recorrente, estava no seu direito de diminuir o or- mercial ;
denado ao recorrido, pois que no decreto de 13 cle de- Mostra-se que o auditor administrativo, por sentença de
zembro cle 1892 em parte alguma se restringe a prero- 30 de janeiro ultimo, desattendera a reclamação, deixando
gativa das camaras municipaes diminuirem os ordenados em vigor a deliberação reclamada, por isso que não con-
dos seus empregados, concedida pelo Codigo Adminis- trariava quaesquer disposições legaes ou regulamentares,
tivo ; antes obedecia ao proposito de criar uma entidade esta-
Mostra-se seguir o processo seus termos regulares e belecida por lei para desempenhar funcções em nome do
respouder o Ministerio Publico a fi. 50 v., promovendo a interesse publico, não se oppondo aliás a tal nomeação
conlirmação cla sentença recorrida: clausula alguma do contrato da concessão;
0 que tudo visto e ponderado, e a resposta do Minis- D'esta sentença recorreu para este Supremo Tribunal
terio Publico; Administrativo o mesmo Guilherme Augusto Barreiros
Considerando que os fundamentos do recurso assentam Cardoso, pedindo a sua revogação, e que fosse annullada
nas conlradicções que a recorrente procurou encontrar na a deliberação camararia contra que primitivamente recla-
combinação dos considerandos da sentença recorrida; mara sem comtudo allegar novos fundamentos:
Considerando que a reducção clo ordenado clo recorrido O que tudo visto e a promoção do Ministerio Publico;
foi deliberada na sessão de 28 cle janeiro clc 1893, e que Considerando que a Companhia do Matadouro Munici-
a csse tempo as disposições clo Codigo Administrativo e pal de Coimbra é uma sociedade das dcsignadas no ar-
do decreto dc 1890 tinham sido alteradas pelo decreto de tigo 178.° do Codigo Commercial, e quc a Camara Muni-
13 cle dezembro de 1892: cipal, concedendo-lhe a construcção c exploração do Ma-
Considerando que este decreto com força de lei, fixando tadouro Municipal, adquiriu a faculdade cle nomear o agente
os ordenados dos empregados dos corpos administrativos, fiscal a que o mesmo artigo se refere;
expressamente determina que os empregados que áquelle Considerando que os serviços proprios do matadouro e
tempo receberem mais do que os ordenados marcados no o do respectivo pelouro privativo, estabelecidos no con-
decreto eontinuarão a receber o mesmo que ató ahi rece- trato da concessão e no regulamento clo matadouro, não
biam, o que importa não só a altcração das disposições clo podem substituir nem dispensar os serviços dc fiscaliza-
Codigo Administrativo, emquanto a permittir ás camaras ção, previstos e regulados pela disposição citada do Co-
a prerogativa de diminuir os ordenados dos empregados, digo Commercial;
mas o recouheeimento dos direitos adquiridos pelo recor- Considerando que a deliberação camararia coníroverti-
rido ao ordenado que á data clo decreto recebia; . da não é offensiva das leis ou disposições regulamentares
Considerando que os fundamentos da sentença recorrida em vigor, e pelo contrario se baseia cm preceito legal ba-
são juridicos : seado no interesse publico :
1 lei por bem, conformando-me com a mesma consulta, Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
ncgar provimento no recurso, c confirmar a sentença re- negar provimento no recurso, c confirmar a sentença re-
corrida para todos os effeitos pelos seus justos fundamentos. corrida.
O Conselheiro cle Estado, Presidente do Conselho de O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
do 11 eino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
em 1-1 de junho dc 1902. = REI. — 'Ernesto Rodolpho em "14 cle junho de 1902. = REI. — Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro. Hintze Ribeiro.
D . do (!. n." 132, dc 17 do juiilio.
D . do G. u.° 132, clc 17 de j u n h o .

Sendo-mc presente a consulta do Supremo Tribunal Ad-


ministrativo acêrca do recurso n.° 11:680, em que é re- Sendo-me presente a consulta, do teor seguinte, do Su-
corrente a Companhia do Matadouro Municipal da cidade premo Tribunal Administrativo acêrca do recurso n.° 11:689,
de Ooimbra, c recorrida a Camara Municipal da mesma ci- em que é recorrente o secretario geral do Governo Civil
dade, c de quc foi relator o Conselheiro, vogal extraordi- do districto de Evora, e recorrida a Camara Municipal
nario, Frcderico de Abreu e Gouveia: do concelho de Reguengos e o Dr. Lino José dos Santos
1902 315 Junho 14

e de que foi relator o Conselheiro, vogal effectivo, Eduardo ca.maras municipaes a fazer sessão extraordinaria no ul-
José Segurado : timo dia do prazo de qualquer concurso;
«Mostra-se que o presente recurso vem interposto pelo Considerando que, tenclo-se já resolviclo por decreto de
agente do Ministerio Publico junto da auditoria adminis- 8 de julho de 1899 que a formalidade do citado artigo 3.°
trativa do districto de Evora, da sentença do auditor que do decreto de 24 de dezembro de 1892 não é substancial,
desattendeu a reclamação do recorrente contra a delibe- esta jurisprudencia é ainda mais applicavel a um concurso
ração da Camara Municipal do concelho de Reguengos, em que se mostra não ter sido exequivel dentro do respe-
tomada em sessão de 18 de fevereiro de 1901, pela qual ctivo prazo o cumprimento da mesma formalidade:
foi nomeado facultativo de partido d'aquelle concelho, em Hei por bem denegar para todos os effeitos legaes pro-
concurso, o recorrido Lino José dos Santos; vimento ao presente recurso.
«Allega o recorrente que, tendo a Camara mandado abrir O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
concurso por trinta dias, annunciado no Diario do Governo cretario de Estado dos Negocios clo Reino, assim o tenha
de 8 de fevereiro de 1901, e terminando esse prazo em entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de 1 9 0 2 . =
10 de março seguinte, em sessão nenhuma dentro d'aquelle REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
periodo se fez menção dos factos especificados no ar- (D. do G. n.° 132, de 17 do jimlio.
tigo 3.° do decreto de 24 de dezembro de 1892, que re-
gula esta matcz-ia, e assim se não póde verificar se os do-
cumentos foram recebidos fóra d'aquelle prazo, o que o
§ 1.° do mesmo artigo não permitte; e que não tendo MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
sido obscrvadas neste concurso as formalidades exigidas
pelo artigo 122.° do Codigo Administrativo, nem as prescri- Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
pções do citado regulamento, conclue pedindo que o mesmo
concurso seja annullado e consequentemente seja tambem Usando da auctorização concedida ao Governo pelo ar-
annullada a nomeação do recorrido; tigo 115.° da organização dos serviços dos telegraphos,
«Mostra-se que o auditor administrativo, attendendo a correios e fiscalização das industrias electricas, appro-
que a falta de apresentaçâo dos requerimentos na secre- vada por decreto com força de lei, de 24 de dezembro de
taria por parte dos concorrentes, ou a sua entrega ao pre- 1901: hei por bem approvar o regulamento para o ser-
sidente da corporação, não póde invalidar o concurso por viço dos correios, que faz parte d'este decreto, e baixa
não ser substancial tal formalidade ; a que não houve ses- assignado pelo Ministro e Secretario de Estado dos Ne-
são da Camara desde a entrega dos requerimentos dos gocios das Obras Publicas, Commercio e Industria.
quatro concorrentcs até ao dia em que a mesma Camara O Conselheiro cle Estado, Presidente clo Conselho de
deliberou nomear o recorrido ; a que ella não era obrigada Ministros, Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios
pelo artigo 3." clo citado decreto de 1892 a celebrar ses- do Reino, e os Ministros e Secretarios cle Estado de todas
são extraordinaria no ultimo dia do prazo do concurso, as repartições, assim o tenham entendido e façam execu-
para mencionar na respectiva acta os requerimentos e os tar. Paço, em 14 de junho de 1902. = R E I . = E r n e s t o
documentos que os acompanlmvam; e attendendo, final- Rodolpho Hintze Ribeiro •= Arthur Alberto de Campos Hen-
mcnte, a que a Camara deliberou fazer a nomeação den- riques — Fernando Mattozo Santos = Luiz Augusto Pimen-
tro clo prazo legal, por taes motivos indeferiu a reclama- tel Pinto = Antonio Teixeira de Sousa = Manuel Francisco
ção clo Ministerio Publico : de Vargas.
«O quc tudo visto com a resposta do Ministerio Pu-
blico ; e Regulamento para os serviços dos correios
«Considerando que o Codigo Administrativo no ar-
tigo 122.° determina que as vagas dos logares de faculta- TITULO I
tivos cle particlos municipaes sejam providos em concurso
aberto nos termos clo artigo 110.° clo mesmo codigo, e Das correspondencias
com as formalidades prescriptas no regulamento de 24 de Serviçointerno
dezembro cle 1892;
«Considerando que estas disposições teem em vista o CAPITULO I
melhor proveito dos povos que carecerem dos serviços
Classificação e disposições geraes
clinicos cTaqueíles facultativos, e ainda garantir os direi-
tos clos concorrentes; Artigo 1." A s correspondencias postaes são de tres classes:
«Considerando que, como consta do processo, a delibe- Correspondencias officiaes, correspondencias ordinarias e
ração da Camara de que recorre o agente do Ministerio correspondencias registadas.
Publico foi tomada sem que préviamente tivessem siclo Art. 2.° São correspondencias officiaes as que tratam
observados os termos e formalidades referidas naquella lei de assumptos de serviço publico, trocadas entre si por diffe-
e regulamento; e rentes repartições, funccionarios e auctoridades clo conti-
«Considerando que, como declara o artigo 31.°, n.° õ.°, nente do reino, ilhas adjacentes e provincias ultramarinas.
do citado codigo, são nullas as deliberações tomadas pelos § unico. Na classe de coiTespondencias officiaes com-
corpos administrativos com violação das leis e regulamen- prehendem-se cartas e maços de officio, processos precato-
tos cle administração publica». rios, autos judiciaes, civis ou militares, administrativos e
O mesmo tribunal consulta em favor da concessão de eleitoraes de serviço publico e bem assim processos de inte-
provimento ao recurso; mas resse de presos pobres.
Considerando que não se allegou nem demonstrou que Art. 3.° As correspondencias officiaes devem satisfazer
o requerimento e documentos do recorrido fossem entre- ás seguintes condições:
gues depois de findo o prazo do concurso, e antes do pro- a) Indicação cle serviço nacional;
cesso constam informações officiaes certificando que o fo- b) Designação da repartição ou auctoridade destinataria ;
ram cm tempo util; c) Designação da repartição ou auctoridade remettente ;
Considerando que tambem dos autos consta que depois d) Não excederem o peso de 2 kilogrammas;
cla entrega dos requerimentos e documentos dos concor- e) Serem entregues no correio pelas repartições ou au-
rentes não houve sessão municipal em clia anterior ao de ctoridades remettentes, e acompanhadas de guias especiaes
18 de março ultimo; as que forem destinadas a seguir com as formalidades do
Considerando que nenhuma disposiçâo legal obriga as registo.
Junlio 14 316 1902

§ 1.° Nos processos precatorios e autos judiciaes, civis cartas de officio que os inspectores das adegas sociaes e
ou militares, de interesse publico, a indicação de serviço os agronomos dos districtos expedirem para as direcções
nacional será authenticada pela assignatura do respectivo das sociedades respectivas; e as correspondencias que os
juiz ou do agente do Ministerio Publico. regentes das estações agricolas de destillação dirigirem
§ 2.° Os processos de presos pobres devem ter, no so- para particulares sobre objccto de serviço das mesmas
brescripto ou cinta, declaração da pobreza do interessado estações, quando derem entrada abertas no correio;
devidamente authenticada. d) As correspondencias que forem auctorizadas a expe-
§ 3.° Os processos judiciaes, civis, militares, adminis- dir para particulares determinadas corporações ou func-
trativos e eleitoraes, e bem assim os de interesse de presos cionarios :
pobres, os maços destinados ao Tribunal de Contas, os 1.° Em virtude de lei especial;
maços recebidos ou expedidos pela Direccão Geral da Con- 2.° Em casos especiaes, durante prazo certo e mediante
tabilidade Publica, pelas Repartições de Fazenda e pela auctorização previa do Ministro das Obras Publieas, Com-
Direccão Geral dos Correios e Telegraphos ou suas de- mercio e Industria, que em regra só será dada para cor-
pendencias, não estão sujeitos a limite de peso. respondencias que sejam expedidas abertas.
§ 4.° O Ministro das Obras Publieas, Commercio e In- § 7." As correspondencias dirigidas por particulares a
dustria poderá, quando razões de interesse publico o exi- uma auctoridade ou repartição, embora tenham declara-
jam, dispensar temporaria ou permanentemente o limite de ção de serviço nacional, não são consideradas como offi-
peso para quaesquer outras correspondencias officiaes não ciaes. Exceptuam-se -
designadas no paragrapho antecedente. a) As copias authenticas das escripturas da constitui-
§ 5.° As cartas e maços de officio, dirigidos por uma ção dos syndicatos agricolas dirigidas ao Ministerio das
auctoridade ou repartição a particulares, não são conside- Obras Publieas, Commercio e Industria, que deverão ser
rados como officiaes, embora tenham declaração de serviço apresentadas nas estações telegrapho-postaes ou postaes,
nacional. tendo no verso do envolucro a seguinte declaração, assi-
§ 6.° Não são comprehendidos nas disposições do para- gnada por um dos fundadores: «Contém copias authen-
grapho antecedente: ticas das escripturas da constituição clo Syndicato Agri-
a) As cartas, maços e avisos relativos a assumptos de cola de . . . » ;
serviço de correios, telegraphos e fiscalização das indus- b) As correspondencias expedidas pelas direcções das
trias electrieas expedidos para particulares, pela Direccão associações de soccorros mutuos para a Direeção Geral
Geral dos Correios e Telegraphos, Inspecção Geral dos Te- do Commercio e Industria e para as auctoridades admi-
legraphos e Industrias Eiectricas ou suas dependencias; nistrativas do districto em que tenham a sua sede;
b) Os exemplares das contas geraes do Estado e do or- c) As correspondencias que as direcções das adegas so-
çam-nto geral do Estado, remettidos para particulares pela ciaes expedirem para o director geral da agricultura, inspe-
Direeção Geral da Contabilidade Publica, os avisos relativos ctor das adegas e agronomos dos respectivos districtos;
ao serviço de pharoes expedidos pelo Ministerio da Mari- d) As correspondencias que os particulares expedirem
nha e UItramar a particulares, as correspondencias dirigidas abertas aos regentes das estações agricolas de destilla-
pela 3. a Kepartição da Direeção Geral das Obras Publi- ção, se apenas tratarem de objecto do serviço das mes-
eas e Minas aos concessionarios cle minas e de aguas me- mas estações.
dicinaes, os avisos de pagamento enviados pela 9. a Re- § 8.° São consideradas como correspondencias particu-
partição da Contabilidade Publica e pelos pagadores do lares :
quadro clo Ministerio das Obras Publieas, Commercio e a) As correspondencias officiaes de qualquer natureza,
cndustria, ou encarregados cle pagamento de despesas do que não estiverem nas condições especiticadas no presente
mesmo Ministerio, aos fornecedores, os avisos expedidos artigo ;
pelo Juizo da Instrucção Criminal a qualquer pessoa que b) As correspondencias officiaes de qualquer natureza,
perante o mesmo Juizo tenha que comparecer, os avisos permutadas entre as auctoridades portuguesas no conti-
e cartas de officio expeclidas pelo director do Posto de nente do reino e ilhas adjacentes e os funccionarios portu-
Desinfecção de Lisboa com endercço a quaesquer parti- gueses civis ou militares residentes em paises estrangei-
culares com residencia em Lisboa, as relações de apro- ros ou as auctoridades d'esses paises, salvo as disposições
veitamento e procedimento dos alumnos dos Lyceus ou especiaes de tratados ou convenções;
do Collegio Militar, expedidas pelos respectivos reitores c) As correspondencias officiaes de qualquer natureza,
ou director aos chefes de familia, os avisos aos contri- expeclidas do continente do reino e ilhas adjacentes para
buintes expedidos, antes da abertura dos cofres e depois qualquer provincia ultramarina portuguesa, quando a re-
cVestes encerrados, pelos respoctivos recebedores, os exem- messa houver de ser feita por intermedio de um país es-
plares do Diario do Governo remettidos pela Imprènsa Na- trangeiro.
cional, o os Boletins Officiaes publicados pelas Secretarias § 9.° Nas cartas e maços de officio só é permittido ex-
cle Estado para os destinatarios residentes no continente do pedir documentos, manuscriptos e impressos relativos ao
reino e ilhas adjacentes, e beiu assim os destinados ás pro- serviço publico, não podendo nelles ser incluidas notas do
vincias ultramarinas portuguesas, quando a remessa fôr banco ou cedulas. Exceptuam-se :
feita em navio português ou em embarcação estrangeira a) As cartas e maços de officio que os chefes das esta-
a que o correio português não tenha de pagar subsiclio ções telegrapho-postaes ou postaes, os depositarios de
pela conducção das malas; caixas e os vendedores de sellos, situados fóra das sedes
c) As cartas cle officio que a Direccão Geral do Com- do concelho, ilÍ2-igirem aos encarregados da venda de sel-
mercio e Industria expedir para as associações de classe, los e mais formulas de franquia para o respectivo forneci-
commerciaes, industriaes e agricolas, «para as associações mento, nos quaes poderão ser incluidas, sob sua responsa-
cle soccorros mutuos, e bem assim as que a estas forem bilidade, notas do banco, cedulas e dinheiro para o paga-
dirigidas pelas auctoridades administrativas dos districtos mento da competente requisiçâo.
cm que as mesmas tiverem a sua sede ; os estatutos dos b") Os processos judiciaes, que poderão ser acompanha-
syndicatos agricolas quc pelo Ministerio das Obras Pu- dos dos objectos que a elles se acham appensos, quando
blie as, Commercio e Industria forem devolvidos aos instal- estejam acondicionados por fórma que não possam preju-
l a d o s dos syndicatos, quando no verso do sobrescripto dicar os empregados ou as correspondencias.
ou cinta estiver feita e assignada pelo empregado da re- § 10.° As cartas de officio e os maços de serviço pu-
partição remeítente a seguinte ou analoga declaração: .blieo são isentos de taxa ou porte, sendo, porem, as re-
«Contem os estatutos do Syndicato Agricola de . . .»; as gistadas sujeitas ao pagamento previo, por meio da affi-
1902 317 Junho 14

xação de sellos de franquia, do competente premio. O paises estrangeiros, só serão expedidos quando a franquia
pagamento do premio do registo não é, todavia, applicavel para esses paises seja igual á dos mesmos bilhetes postaes ou
ás correspondencias registadas trocadas entre os funccio- quando tenham aflixados, ao lado do sêllo estampaclo, os que
narios telegrapho-postaes, nem ás remessas de sellos e forem necessarios para complemento cla franquia competente.
outras formulas de franquia, das copias authenticas das § 8.° São admittidos bilhetes postaes simples e de res-
escripturas da constituição de syndicatos agricolas, dos posta paga de industria particular, quando estiverem con-
estatutos d'estes syndicatos, de processos eleitoraes e dos formes, no que respeita ao formato e consistencia do pa-
judiciaes de interesse de presos pobres. pel, com os emittidos na Casa cla Moeda e tenham na frente,
Art. 4.° São correspondencias ordinarias as trocadas angulo superior direito, um espaço reservado para affixa-
entre particulares sem formalidades especiaes. ção do respectivo sêllo de franquia e no alto, na parte
§ unico. Na classe de correspondencias ordinarias com- central, as palavras — Bilhete postal. Se forem de resposta
prehendem-se: cartas, bilhetes postaes simples e de resposta paga, deverão ter as indicações designadas no g 2.° Quando
paga, cartões postaes simples e de resposta paga, jornaes, estes bilhetes postaes forem destinados aos paises estran-
impressos, manuscriptos e amostras. geiros deverão trazer impresso sobre a indicação bilhete
Art. 5.° Considera-se carta toda a correspondencia fe- postal — a seguinte—XJnion pustale universelle.
chada, cujo conteudo se não possa utilizar sem violação, § 9.° Os bilhetes postaes de que trata o paragrapho an-
nos termos clo n.° 2.° do decreto com força de lei de 24 terior poderão ter impressos na frente ou reverso vinhetas
de dezembro de 1901, e bem assim todos os papeis, per- ou quaesquer illustrações, uma vez que não prejudiquem
gaminhos, cartões abertos, com exclusão dos bilhetes pos- a clareza do endereço nem a competente affixação dos sel-
taes, tendo. em manuscripto qualquer assuinpto com cara- los de franquia e dos carimbos do correio.
cter de correspondencia pessoal e actual. Art. 7.° São cartões-postaes os cartões emittidos na Casa
§ 1.° As cartas não estão sujeitas a limite de peso nem cla Moeda com sêllo de 25 réis, do respectivo porte, estam-
de volume, salvo o disposto no n.° 9.° do artigo 130.° paclo na face destinada ao endereço e cujo formato não ex-
d'este regulamento. ceder 16 centimetros cle comprimento por 12 centimetros
§ 2.° Não poderão transitar pelo correio, ainda que re- de largura, clobrados em partes iguaes para serem collaclas.
gistadas, as cartas que contiverem moedas cle ouro, prata, § 1.° Os cartões-postaes. para servirem nos Açores que
cobre, jpronze ou nickel, em circulação ou antigas, tanto forem encontrados nos receptaculos de correspondencias
nacionaes como estrangeiras, pedras preciosas, joias, bar- do continente do reino e do districto do Funchal serão
ras, laminas ou outros objectos de ouro ou prata. considerados como cartas nào franqueadas.
§ 3.° A franquia das cartas è facidtativa. As quc não esti- § 2.° Os cartões-postaes destinados á circulação no con-
verem devidamente franqueadas serão porteadas no dobro tinente do reino e nas ilhas adjacentes com endereço para
da franquia que lhes faltar. Exceptuam-se as que forem di paises estrangeiros só serão expedidos quando a franquia
rigidas ao director geral dos correios e telegraphos e ao para esses paises seja igual á dos mesmos cartões-postaes, ou
inspector geral dos telegraphos e industrias electricas. quando tenham affixados, ao lado do sêllo estampaclo, os que
g 4.° O porte das cartas c de 2õ réis por cada l õ gram- forem necessarios para complemento da franquia competente.
mas ou fracção cle 15 grammas. § 3.° Quando o peso dos cartões-postaes, pela inclusão
Art. 6.° São bilhetes postaes os cartões com formato não de quaesquer objectos permittidos nas cartas ordinarias,
superior a 14 centimetros de comprimento por 9 de largura, exceder a 15 grammas, a franquia será completada pela
emittidos na Casa da Moeda com o sêllo cle 1C réis do res- affixação de sellos correspondentes á franquia de uma carta
pectivo porte, estampado na face destinada ao endereço. de igual peso. Os que não estiverem devidamente fran-
§ 1.° Os bilhetes postaes podem ser de resposta paga. queados serão considei"ados como cartas ^sufficientemente
Estes bilhetes compõem-se de duas partes, cada uma das franqueadas.
quaes com o sêllo e o formato determmado neste artigo, § 4.° Não poderão transitar pelo correio, ainda que re-
sendo uma para uso do expedidor e outra destinada á gistados, os cartões-postaes que incluirem moedas de ouro,
resposta. prata, cobre, bronze ou nickel, em circulação ou antigas,
• § 2.° Os bilhetes postaes de resposta paga devem ter tanto nacionaes como estrangeiras, pedras preciosas, joias
impressas, na parte destinada a ser preenchida pelo expe- ou outros objectos de ouro ou prata.
didor, as palavras — bilhete postal de resposta paga — e § 5.° Os cartões-postaes podem ser de resposta paga.
na parte destinada á resposta, as palavras—bilhete postal Estes cartões compòem-se de duas partes, uma das quaes,
de resposta. do formato clos cartões simples, tem appenso outra de me-
§ 3.° As duas partes do bilhete postal de resposta paga nor formato, a qual constitue a resposta e que, dobrada so-
devem ser dobradas uma sobre outra, e não podem ser bre a primeira, fica incluida nesta depois de collada.
por qualquer fórma fecliadas. § 6.° Os cartões-post;ies de resposta paga devem ter
§ 4.° Os remettentes dos bilhetes postaes podem indi- impresso na parte destinada a ser preenchida pelo expe-
car, na frente dos mesmos, o seu nome e morada por didor as palavras — cartão postal de resposta paga—e na
meio de etiqueta ini|jressa, carimbo, chancella ou qual- outra — cartão postal resposta. Os que se destinarem a pai-
quer impresso typographico, e bem assim nos bilhetes de ses estrangeiros deverão ter tanto numa como noutra parte,
resposta paga escrever o seu nome e morada na frente da e sobre as indicações já designadas, a palavra— Portugal.
parte destinada á resposta. § 7.° A parte — cartão postal resposta — só póde ser uti-
§ 5.° Os bilhetes postaes deverão circular abertos, sem lizada para correspondencia com o país de origem do res-
cobertura de qualquer especie ; não será permittido ligar- pectivo cartão postal. Quando fôr encontrada com endereço
se-lhes papel algum para augmentar o espaço destinado para qualquer outro país será considerada como carta não
ás communicações escritas, nem juntar-se-lhes amostras franqueada.
ou objectos de qualquer especie, salvo a etiqueta a que Art. 8.° Consideram-se jornaes as publicações noticio-
se refere o paragrapho antecedente. sas, politicas, litterarios, scientificas, industriaes ou musi-
§ 6." Os bilhetes postaes para servirem nos Açores, e ca.es de qualquer formato, publicadas periodicamente, pelo
que forem encontrados nos receptaculos de corresponden- menos, uma vez cada trimestre, com titulo especial repe-
cias do continente do reino e do districto do Funchal, e tido em cada publicação.
aquelles que não satisfizerem ás condições do paragrapho an- § 1.° Os jornaes quando cintados ou ligados com fita
tecedente, serão considerados como cartas não franqueadas. ou cordel, sê-lo-hão por fórma que possa facilmente verifi-
§ 7.° Os bilhetes postaes destinados á circulação no con- car-se o seu conteudo.
tinente do reino e nas ilhas adjacentes, com endereço para § 2.° Nenhuma indicação é permittida nos jornaes alem
Junlio 14 318 1902

do nome e residencia do destinatario, assignatura do re- listas respeitarem, o qual o reexpedirá immediatamente á
mettentc ou designação do seu nome, ou da sua firma so- estação de distribuição.
cial, da sua qualidade, da sua residencia e da data da re- § 2.° As alterações que qualquer empresa de publica-
messa, dos traços ou signaes destinados unicamente a ções periodicas tenha de fazer nas listas de assignantes de
cliamar a attenção para qualquer artigo do mesmo jor- cleterminada localidade, quer definitiva, quer temporaria-
nal, e da data em que termina a assignatura, como eom- mente, serão transmittidas directamente,em nota, pelas mes-
plemento da indicação acêrca do facto, impressa na cinta mas empresas ao chefe da estação da localidade. E , po-
ou margem do jornal. rem, facultado ás mesmas empresas communicar ao cor-
§ 3.° Os maços de jornaes não teem limite de volume, reio, na propria cinta clo maço respectivo, a remessa de
salvo o disposto no n.° 9.° clo artigo 130.° cVeste regula- exemplares, a mais ou a menos, pela seguinte fórma : —•
mento ; não podem comtudo exceder o peso de 2 kilo- Mais ou menos. . . exemplares para ou de F. F. resiãente
grammas. na rua . .. n.° . . .
§ 4.° Os jornaes cintados ou ligados de fórma que não § 3." Estas alterações serão immediatamente annotadas
possa veriíicar-se o seu conteudo, ou incluidos em sobres- nas respectivas listas pelos chefes ou encarregados das es-
criptos collados, embora tenham os cantos cortados, e bem tações destinatarias.
assim os que tiverem qualquer indicação não especificada § 4.° Tanto as communicações como as cintas em que
no § 2. u , serão considerados como cartas. haja notificações serão archivadas nas estações.
§ í>.° Os jornaes em que forem encontradas folhas soltas, Art. 11.° Verificada a falta ou insufficiencia de franquia
impressas, sem paginacão seguida e sem a reproducção do de qualquer maço, será dado immediato conhecimento á
titulo do mesmo jornal, serão considerados como impres- empresa respectiva cla importancia que faltar, a fim de
sos. Exceptuam os impressos que constituem avisos da que a mesma administração envie á estação que fez a
administração do jornal aos seus destinatarios sobre assum- notificação a dita importancia em sellos de franquia, os
pto que interesse a mesma administração ou os seus as- quaes serão inutilizados com a competente marca do dia.
signantes. A falta ou insufficiencia de franquia de qualquer maço não
§ G.° O porte dos jornaes é de 2 réis por cada 50 implica a sua pretenção.
grammas ou fracção de 50 grammas. Art. 12.° E permittido ás estações telegrapho-postaes
§ 7.° Os jornaes franqueados ^sufficientemente serão ou postaes inutilizarem com a marca do dia, coprespon-
porteados no dobro da franquia que lhes faltar. Os jornaes dente ao dia da expedição, os sellos, affixados em cintas,
quc tiverem absoluta falta de franquia não serão expedi- que deverão ser empregados na franquia cle jornaes que
dos. Exceptuam-se os que forem endereçados ás entidades tenham de ser expedidos no dia immediato. Para este fim,
designadas no § 3.° clo artigo 5.° deverão as empresas de publicações periodicas apresentar
Art. 9." É permittido ás administrações de pnblicações á hora préviamente combinada com o respectivo chefe, de-
periodicas a remessa dos exemplares destinados aos seus vidamente emmaçadas, as cintas cujos sellos desejem inu-
assignantes de uma mesma localidade, reunidos em um ou tilizados, e bem assim retirá-las igualmente á hora que fôr
mais maços, sem endereço singular. designada, devendo taes cintas ser restituidas tambem em-
§ 1.° A franquia d'estes maços será paga por meio de maçadas. Os maços de publicações periodicas que entra-
affixação, nas respectivas cintas, de sellos na importancia rem nas ambulancias postaes, e cujas cintas tenham os
eorrespondente á da franquia dos jornaes contidos nas sellos de franquia inutilizados pela marca clo dia de qual-
mesmas cintas, como se cada exemplar transitasse isolada- quer estação, não carecerão de ser novamente marcadas
mente pelo correio. nas ambulancias.
§ 2.° Os maços expedidos pelas empresas de pnblica- Art. 13.° A s communicações trocadas entre as estações
ções periodicas serão cintados com a conveniente segu- do correio e as empresas das publicações periodicas, no
rança,, tendo as respectivas cintas, em caracteres bem legi- que respeita ao serviço de assignantes, são isentas de porte.
veis, a indicação da terra de destino no angnlo inferior Art. 14.° O disposto no artigo 9.° é somente applica-
direito e, em algarismos escritos a côr azul ou vermelha vel, até nova ordem, ás publicações periodicas dirigidas
no angulo superior csquerdo, a indicação do numero de para as sedes de concelho.
exemplares quo o maço contiver. jSío angulo superior di- § unico. Quando as conveniencias do serviço o permit-
reito cla cinta serão affixados os sellos correspondentes á tirem, a Direeção Geral dos Correios e Telegraphos am-
franquia dos jornaes, que a cinta envolver. As empresas pliará a outras localidades este systema de transmissão de
cle publicaçCics periodicas proeurarão sempre empregar na publicações periodicas.
franquia o menor numero possivel de sellos. Art 15.° São isentos de franquia por meio de affixação
Art. 10." As empresas de publicações periodicas que cle sellos os jornaes cujas administrações houverem requi-
utilizarcm esta fórma de transmissão remetterão ao cor- sitado e effectuado o pagamento por avença da importan-
reio listas especiaes cm duplicado, relativas a cada uma cia dos portes dos jornaes que hajam de expedir durante
das localidades onde haja de ser feita a distribuição, indi- um trimestre, com destino ao continente do reino e ás
eando os nomes e residcncias dos assignantes d'essa loca- ilhas adjacentes.
lidade, e bom assim o dia em que deve começar a expe- Art. 16.° O pagamento dos portes de jornaes por avença
dição, o qual não póde ser fixado antes do oitavo depois ó applicavel aos jornaes entregues nas estações, cintados
cla apresentação das listas. smgularmente para cada assignante, ou em maços, nos ter-
§ 1 . ° As empresas de publicações periodicas cujas se- mos do artigo 9.°
dcs forem em Lisboa ou Porto endereçarão as listas es- Art. 17.° As cintas dos jornaes cujo porte fôr pago
peciaes ao chefe dos serviços dos correios das respectivas por avença, qualquer que seja o systema de sua expedi-
eidades; aquellas cuja seclc não seja em Lisboa ou Porto ção, deverão trazer no alto, impressa, a palavra avença.
ondereçá-las-hão ao chefe da estação telegrapho-postal cla Art. 18.° As administrações de jornaes que pretende-
localidade cm quc estiver a administração da empresa. Con- rem avençar-se farão declaração escrita em triplicado,
ferida e rcctificada cada uma d'estas listas polo chefe dos com indicação do numero de exemplares a expedir cliaria-
serviços dos correios do Lisboa ou Porto, ou pelo chefe mente oú com indicação dos dias de semana, quinzena ou
ou enearregado cla estação telegrapho-postal, nas outras mês em que serão entregues os jornaes ao correio e do
localidades, um dos respectivos exemplares é restituido á respectivo numero de exemplares.
administração interessada, com o visto da entidade confe- § 1.° Estas declarações serão apresentadas:
rente, e o outro c por esta expeclido ao chefe dos serviços a) Em Lisboa e Porto ao fiel cliefe da l . a secção da
de que depender a estação da localidade a que as mesmas respectiva estação central dos correios;
1902 319 Junho 14

h) Nas outras capitaes de districto ao fiel telegrapho- vros bròchados ou encadernados, as brochuras, os papeis
postal ; de musica impressa, os bilhetes de visita, os bilhetes de
c) Nas outras localidades ao chefe da respectiva estação. convite, os bilhetes cle estabelecimentos commerciaes, as
§ 2.° Em vista do numero de exemplares indicados nas provas de imprensa, os papeis com signaes em relevo para
declarações, será cobrado do apresentante a importancia uso dos cegos, as gravuras, as photographias, os albuns
da avença, passando numa o devido recibo e entregando-a com photographias, as estampas, os desenhos, plantas de
ao apresentante. construcções, cartas geographicas, catalogos, prospectos,
O duplicado será enviado: annuncios e avisos diversos, impressos, gravados, lithogra-
a) Pelos fieis chefes da l . a secção das estações centraes phados ou autographados, e em geral todas as impressões
dos correios de Lisboa e Porto ao chefe dos serviços, que ou reproducções obtidas sobre papel, sobre pergaminho,
o remetterá, respectivamente, para a 7. a e 6. a secções sobre tela, ou sobre cartão, por meio cla typographia, da
das mesmas estações. Nestes duplicados deverão os fieis gravura, da lithographia o da autographia ou de qualquer
fazer declaração da importancia cobrada, que datarão e outro processo mechanico facil de verificar, excepto o de-
assignarão; calco e a machina cle escrever.
b) Pelos fieis telegrapho-postaes e chefes das estações § 1.° Consideram-se igualmente como impressos as re-
ao chefe do respectivo districto, cumprida a formalidade producções cle uma minuta feita á pena ou com machina
determinada na alinea anterior relativamente á quantia de escrever, quando sejam obtidas por qualquer processo
arrecadada. mechanico, designado pelos nomes de chromographia, po-
Os triplicados serão entregues aos apresentantes depois lygraphia, hectographia e outros semelhantcs.
de exarada a nota da importancia cobrada, a fim d'estes § 2.° As reproducções, obtidas por meio dos processos
os fazerem chegar ao poder do chefe dos serviços respe- indicados no paragrapho antecedente, são consideradas
ctivos, sendo-lhes observado que sem isso não póde tor- como impressos, quando apresentadas nas estações postaes
nar-se effectiva a avença. ou telegrapho-postaes em numero superior a vinte exem-
§ 2.° Os chefes de serviço, depois de receberem os du- plares perfeitamente identícos.
plicados e triplicados, farão o competente registo, archi- § 3.° As reproducções obtidas por meio de decalco e
vando o duplicado e enviando o triplicado á Direccão Ge- pela machina cle escrever serão consideradas como manus-
ral dos Correios e Telegraphos pela 5.;i Repartição. criptos, quando não tenham caracter de communicação
§ 3.° Os chefes de serviço, ao terem conhecimento de pessoal e actual, pois neste caso serão consideradas como
avença realizada em estação de sua dependencia, darão cartas. D e igual modo serão tratadas as reproducções pe-
immediato conhecimento aos outros chefes, para que estes los processos mencionados no § 1.°, quando forem a;ire-
avisem as estações suas subordinadas. sentadas em numero inferior a vinte exemplares.
Art. 19.° Os chefes das estações de origem, quando § 4.° Não são comprehendidos na classe cle impressos, e
deixem seguir jornaes em cujas cintas esteja impressa a só poderão transitar pelo correio fechados como cartas, os
palavra avença, scm que tenha sido effectuada a respectiva sellos e outras formulas de franquias, inutilizados ou não,
cobrança, ou quando, findo o prazo da avença, deem curso c bem assim todos os impressos que representem algum va-
a jornaes nas condições citadas, ficam responsaveis para lor, taes como os bilhetes ou cautelas de loterias nacionaes,
com a Fazenda pela importancia dos portes corresponden- a? estampilhas fiscaes, os cheques preenchidos, notas, ce-
tes, alem de incursos nas penas disciplinares que lhes de- clulas, coupons para pagamento de dividendos ou juros, e
vam ser applicadas. em geral os titulos de qualquer especie, pagaveis ao por-
§ unico. E igualmente imposta responsabilidade aos tador. As cartas de jogar selladas, poderão, todavia, ser
mesmos chefes de estação quando, porventura, qualquer expedidas como impressos.
dos jornaes avençaãos, cuja avença houver sido cobrada na íj õ.° Nos impressos só são permittidas as seguintes in-
razão de porte simples, sejam apresentados ao correio com dicações manuscriptas, alem do nome e residencia clo des-
mais cle um porte, sem que do facto hajam daclo conheci- tinatario:
mento immediato ao chefe dos serviços. Neste caso os jor- a) A assignatura do rernettente ou a designação clo seu
naes não deixarão de seguir ao seu destino, mas verificar - nome ou cla sua firma social, da sua qualidade, da sua re-
se-ha o numero de exemplares e será exigido cla adminis- sidencia e cla data da remessa.
tração do jornal o pagamento cla differença encontrada de b) A dedicatoria ou offerta do auctor ou do remettente ;
portes a mais do que a avença realizada. A respectiva im- c) Os traços ou signaes destinados unicamente a marcar
portancia entrará nos cofres sob a mesma epigraphe — as passagens de um texto para chamar a attenção;
avença dejorna.es. d) Os preços addicionados ou emendados á mão, nas
Art. 20.° Os chefes de estação farão, frequentemente e cotações ou preços correntes de bolsa ou de mercaclos, nos
nunca menas de uma vez cada mês, verificação do numero catalogos, prospectos e avisos diversos;
cle exemplares expedidos por este systema, senclo permit- e) As offertas ou encommendas cle livros, indicando á
tida uma tolerancia de trinta exemplares. Quando o exce- mão, quer riscando, quer sublinhando, nos catalogos, pros-
dente de exemplares seja superior, será exigido á adminis- pectos e avisos impressos, os livros offerecidos ou encom-
tração do jornal, pelo excesso em relação á avença, o pa- mendados ;
gamento respectivo, não devendo, todavia, ser retardada f ) Nas circulares, o nome e eategoria clas pessoas a
a expedição d'esses exemplares. quem são dirigidas, e a data da remessa; e nas circulares
§ unico. Em qualquer periodo da avença as adminis- commerciaes para apresentaçâo cle representantes ou cai-
trações de jornaes poderão apresentar declarações cle au- xeiros viajantes os nomes d'estes;
gmento do numero de exemplares em relação á avença rea- g) Nas provas topographicas ou lithographicas, as anno-
lizada, procedendo-se neste caso, nos termos do artigo 8.° taçôes ou emendas que se refiram ao texto ou á fórma da
á cobrança da differença, calculada até ao fim clo trimes- obra; emendas igualmente dos erros typographias nos
tre que decorrer. impressos, embora não sejam provas;
Art. 21.° Os trimestres para os effeitos clas avenças còn- h) Nos bilhetes de visita, as designações relativas a :
tam-se do dia 1 dos meses de janeiro, abril, julho e outubro. pesames, parabtns, wjraãecimentos, ãespedida, cumprimcn-
§ unico. As declarações a que se refere o artigo 18.° tos, participação de casamento, de nascimento, de mudança,
deverão ser apresentadas, o mais tardar, dois dias antes de residencia e de simples convites;
do começo do trimestre a que respeitarem. i) Nas cartas geographicas, topographicas, nas plantas
Art. 22.° Consideram-se impressos as publicações que e nos figurinos, a sua coloração;
não sejam jornaes, os fasciculos de qualquer obra, os li- j) Nos convites para enterro, jantar ou baile, nas par-
Junlio 14 320 1902

ticipações de obito, nos convites de sociedades e compa- a excepção consignada no § 3 . ° do artigo 5 . ° para as
nhias para reuniões, e nos irnpressos expedidos pelas em- cartas.
presas dos caminhos de ferro, avisando os consignatarios Art. 25." Consideram-se amostras todos os objectos que
dos volumes da chegada dos mesmos, as indicações neces- 0 correio se encarrega de expedir e que não pertençam a
sarias para lhes completar o texto. nenhuma das classes de correspondencias designadas nos
§ 6.° Os originaes manuscriptos das provas de impren- artigos antecedentes.
sa, quando acompanharem as respectivas provas, serão § 1.° Os objectos a que se refere 0 presente artigo só
considerados como irnpressos. podem transitar como amostras, quando reunam as seguin-
§ 7.° Os maços de irnpressos não teem limite de vo- tes condições:
lume, salvo o disposto no n.° 9.° do artigo 130.° d'este a) Serem incluidos em sacos, caixas ou envolucros
regulamento; não podem, todavia, exceder o peso de 2 consistentes, de fórma que se torne facil 0 seu exame;
kilogrammas. b) Não excederem 0 peso de 250 grammas e não terem
§ 8.° Os irnpressos devem ser cintados, enrolados, no seu comprimento mais de 30 centimetros.
mettidos entre cartões, em estojo aberto de um dos lados § 2.° Nas amostras só são permittidas, alem do nome e
ou em arnbas as extremidades, em sobrescripto aberto, residencia do destinatario, as seguintes indicações :
ou simplesmente dobrado de modo que se não possa dis- a) Assignatura do remettente ou a designação do seu
simular a natureza do seu conteudo, ou finalmente ligados nome ou da sua firma social, da sua qualidade, da sua re-
com fita ou cordel facil de desatar. Os bilhetes de estabe- sidencia, da marca de fabrica ou de commercio e da data
lecimentos commerciaes e quaesquer irnpressos que apre- da remessa;
sentem a fórma e a consistencia de um bilhete não do- b) Numero de ordem e preços;
brado podem ser expedidos sem cinta, sobrescripto, atilho c) As indicações relativas á qualidade, ao peso, á me-
ou envolucro. dição, á dimensão e quantidade disponivel.
§ 9.° Os maços de irnpressos cintados de fórma que § 3.° As amostras contidas em sacos, caixas ou envolu-
não possa veriticar-se o seu conteudo, ou incluidus em cros de fórma que não possa verificar-se 0 seu conteudo,
sobrescriptos collados, embora tenham os cantos cortados, e ou incluidas em sobrescriptos collados, embora tenham os
bem assim os que tiverem qualquer indicação manuscripta, cantos cortados, e bem assim aquellas que tiverem qual-
não especilicada no § 5.°, serão considerados como cartas. quer indicação manuscripta não especificada no § 2.°, se-
§ 10.° O porte dos irnpressos é de 5 réis por cada 50 rão consideradas como cartas.
grammas, ou fracção de 50 grammas. § 4.° Não poderão transitar pelo correio, ainda que re-
§ 11.° Os irnpressos franqueados ^sufficientemente se- gistadas, as amostras que contiverem moedas de ouro, pra-
rão porteados no duliro da franquia que lhes faltar. Aquel- ta, cobre, bronze ou nickel, em circulação ou antigas, tanto
les que tiverem absoluta falta de franquia não serão expe- nacionaes como estrangeiras, pedras preciosas, joias, bar-
didos, A esta classe de correspondencias é applicavel a ras, laminas, ou outros objectos de ouro e prata, ou estes
excepção determinada 110 § 3.° do artigo 5.° para as cartas. metaes em pó.
Art. 23.° Á expedição de fasciculos de qualquer publica- § 5.° As amostras de liquidos, materias gordurosas ou
ção, que sejam entregues ao correio periodicamente com corantes, só podem transitar pelo correio, quando acondi-
destino aos respectivos assignantes, é applicavel 0 disposto cionadas pela seguinte fórma:
no artigo 9.°, seguindo-se em tudo os preceitos analogos a) Em frascos de vidro ou louça hermeticamente fecha-
aos determinados para os jornaes. dos, involvidos em estopa, algodão, serradura ou qualquer
Art. 24." Consideram-.-e manuscriptos quaesquer docu- substancia esponjosa em quantidade sufficiente para ab^or-
mentos escritos ou desenhados, no todo ou em parte, que ver 0 liquido, no caso do frasco se quebrar, e ainda inclui-
não tenham caracter de correspondencia actual e pessoal, dos em caixa de. metal, se forem liquidos ou substancias
taes como: os autos, os instrumentos de qualquer natureza, gordurosas que se liquefaçam facilmente;
lavrados por funccionarios publicos, as guias de remessa, b) Em caixas de metal ou frascos, caixas de vidro ou
os conhecimentos, as facturas, os differentes documentos louça, contidos em caixa de madeira ou metal, se forem
dc serviço de companhias de seguro, as copias ou extin- substancias gordurosas que não se liquefaçam facilmente;
ctos de documentos, as partituras ou papeis de musica ma- c) Em caixas de madeira ou de cartâo consistente ou
nuscriptos, os manuscriptos de obras litterarias ou do jor- em sacos de panno ou papel bastante consistente, se fo-
naes, bem como quaesquer papeis irnpressos, gravados ou rem materias corantes em pó.
lithographados que contenham espaços preenchidos com § 6.° O porte das amostras é de 5 réis por cada 50
caracteres traçados á mão que não estejam devidamente grammas ou fracção de 50 grammas.
auctorizados c não tenham 0 caracter de correspondencia § 7.° As amostras franqueadas ^sufficientemente serao
pessoal e actual. porteadas no dobro da franquia que lhes faltar. As que
§ 1.° Os manuscriptos não tesm limite de peso nem de tiverem absoluta falta de franquia não serão expedidas.
volumc, salvo 0 disposto no n.° 9.° do artigo 130.° d'este E applicavel a esta classe de correspondencia a excepção
regulamento. para as cartas consignada no § 3.° do artigo 5.°
§ 2." Os manuscriptos devem ser cintados por fórma Art. 26.° São correspondencias registadas as que se
que possa facilmente verificar-se 0 seu contendo ou inclui- transmittem com formalidades especiaes e pelas quaes 0
dos em sobrescriptos abertos. Estado paga indemnização em caso de extravio.
§ 3.° Os manuscriptos que tiverem communicações de § 1.° Podem ser registadas: cartas e maços de officio;
caracter actual 0 pessoal ou forem cintados de fórma que cartas, bilhetes postaes, cartões postaes, jornaes, irnpressos,
não possa facilmente verificar-se 0 seu conteudo, ou esti- manuscriptos e amostras.
verem incluidos em sobrescriptos collados, embora tenham § 2.° As correspondencias registadas estão sujeitas a
os cantos cortados, serão considerados como cartas. todas as condições a que devem satisfazer as correspon-
§ 4.° O porte dos manuscriptos é de 25 réis por qual- dencias ordinarias e ainda ás seguintes :
quer peso atc 250 grammas, accreseendo 5 réis por cada a) Pagamento previo, por meio de affixação de sellos de
50 grammas ou fracção dc 50 grammas a mais das 250 franquia, do premio fixo de registo de 50 réis, alem do porte
grammas. correspondente á classe e ao peso da correspondencia;
§ 5.° Os manuscriptos franqueados ^sufficientemente se- b) Não terem 0 endereço escrito a lapis ou feito com
rão porteados no dobro da franquia que lhes faltar; aquel- caracteres illegiveis, nem tão pouco substituido integral-
les que tiyerem absoluta falta de franquia não serão ex- mente 0 nome do destinatario por iniciaes ;
pedidos. E applicavel a esta classe de correspondencias 1 c) Se forem apresentadas a registo lacradas, deverão
1902 321 Junho 14

ter impresso um mesmo sinete particular sobre cada um acto da apresentaçâo para registo, pedido o aviso de rece-
dos pingos de lacre; pção de que trata este artigo, e exijam informação acêrca
d) Se forem apresentadas sujas, mal fechadas ou com do destino das correspondencias que registaram, será esta
manchas de gomma no fecho do sobrescripto será exigido pedida por meio de impresso do modelo n.° 118, pelo qual
ao apresentante que as lacre nos termos da alinea antece- será paga, por meio de affixação de sellos, alem de 5 réis,
dente. custo do impresso, a taxa de 25 réis.
Art. 27.° E obrigatorio o registo dos processos preca- Art. 32.° E permittido agrupar na mesma remessa car-
torios e autos de interesse particular, remettidos de um tas, jornaes, impressos, manuscriptos e amostras sob as
para outro tribunal ou auctoridade. condições seguintes:
§ unico. Consideram-se de interesse particular os pro- a) A franquia será regulada pela classe de correspon-
cessos precatorios e autos que não tiverem nas cintas a dencia de maior porte;
declaração de serviço nacional e a assignatura do juiz ou b) Cada remessa não excederá o peso total de 2 kilo-
agente do Ministerio Publico. grammas ;
Art. 28.° As cartas podem ser registadas com valor de- c) Se a remessa contiver amostras, estas não excederão
clarado. o peso e as dimensões marcadfts na alinea b) do § 1.° do
§ 1.° O limite maximo da declaração de valor para cada artigo 25.°
carta ó fixado em 2:000 f j000 réis. Art. 33.° As correspondencias ordinarias e as correspon-
§ 2.° Nas cartas com valor declarado só podem ser in- dencias registadas denominam-se — d e posta restante —
cluidos papeis representativos de valor, taes como letras quando tiverem nos sobrescriptos ou cintas indicação para
e ordens de pagamento, cheques, notas do banco, cedulao, serem conservadas na estação do destino, a fim de serem
titulos de divida publica, nacionaes e estrangeiros, acções ali recjamadas pelos destinatarios, ou quando, por falta de
ou obrigações de bancos, sociedades ou companhias, bilhe- indicação de residencia, não tenham sido entregues.
tes ou cautelas da lotaria nacional, sellos e outras formu- Art. 34.° As correspondencias ordinarias e as registadas
las de franquia, estampilhas do imposto do sêllo, papel denominam-se — a p a r t a d a s — quando, nas localidades onde
sellado, coupons para pagamento de dividendo ou juro. ha distribuição domiciliaria, e a requisição dos destinata-
§ o.° As cartas com valor declarado devem satisfazer rios, são entregues nas respectivas estações aos mesmos
ás seguintes condições : destinatarios ou aos seus committentes.
a) Serem apresentadas em sobrescriptos de tela ou de § 1.° As requisições deverão ser feitas por escrito e devi-
papel consistente, feitos de uma só peça e não orlados de damente datadas, sendo a assignatura reconhecida por tabel-
côr, lacrados de fórma que o lacre, sobre o qual o remet- lião, ou havida como authentica por empregado da estação.
tente imprimirá um sinete particular, prenda todas as do- § 2.° Os individuos, empresas, companhias ou firmas
bras. O lacre será todo da mesma qualidade e marcado commerciaes que receberem as suas correspondencias apar-
com o mesmo sinete ; tadas, pagarão por anno a quantia de 4$500 réis.
b) Não trazerem affixados os sellos, nem qualquer outro § 3.° Qualquer que seja a data em que as correspon-
objecto ; dencias principiem a ser apartadas, o pagamento de róis
c) Não terem o endereço feito a lapis ou com caracte- 4$500 só dá direito a este serviço até 31 de dezembro do
res illegiveis, nem tão pouco substituido integralmente o anno em que elle houver sido requisitado.
nome do destinatario por iniciaes ; Art. 35.° A s correspondencias ordinarias apresentadas
d) Terem a declaração do valor escrita por extenso e em nas estações depois da ultima abertura do respectivo rece-
algarismos pelo remettente, na parte ?uperior da frente do ptaculo de correspondencias anterior á expedição da mala
sobrescripto, de fórma clara e intelligivel, sem palavras em que houverem de ser expedidas, e cinco minutos antes
riscadas, emendadas ou accrescentadas, embora resalvadas; da partida da mesma mala, denominam-se — corresponden-
e) Pagarem, por meio de affixação de sellos de franquia, cias da ultima hora.
a percentagem relativa ao valor declarado e o premio fixo § unico. A taxa das correspondencias da ultima hora è
do registo, alem do porte que pertencer á carta segundo de 20 róis por cada objecto, paga pela affixação de sellos
o seu peso. nos respectivos involucros.
§ 4.° A percentagem relativa ao valor declarado é de
250 róis por cada 100á0u0 réis ou fracção de 100^000 réis.
Art. 29.° Sobre o lacre com que forem fechadas as car- CAPITULO II
tas com valor declarado nào é permittido imprimir sinetcs Recepçito
vul^ares, de facil substituição, taes como, moedas, botões
e objectos aualogos. Art. 36.° As correspondencias officiaes são recebidas
Art. 30.° As correspondencias registadas e as car- em mão nas estações. Exceptuam-se as expedidas pelas
tas com valor deelarado poderão ser expedidas sob con- auctoridades com residencia nos giros ruraes, as quaes
dição de serem enviadas, logo que cheguem á estayâo de podem ser entr gties por essas auctoridades aos distribui-
destino, á residencia dos destinatarios, isto é — p o r proprio. dores para lhes darem o devido destino.
§ 1.° A taxa para distribuição de correspondencias por Art. 37.° As guias que devem acompanhar as corres-
proprio será paga adeantadamente pela affixação de sellos pondencias officiaes que houverem de ser expedidas com
de franquia nos sobrescriptos ou cintas. A taxa será a que a formalidade do registo, no acto da sua apresentaçâo no
fôr fixada para a entrega dos telegrammas por proprio. correio, são conforme o modelo A.
§ 2.° Nenhuma correspondencia official está isenta do § 1.° As guias do modelo A deverão ser entregues pelo
pagamento da taxa por proprio, salvo as que forem expe- empregado que effectuar o registo aos apresentantes das
didas pela Direcç.ão Geral dos Correios e Telegraphos ou correspondencias officiaes com os competentes recibos do
suas dependencias. registo, os quaes, juntos á respectiva guia, deverão ser
Art. 31.° Os remettentes de correspondencias regista- archivados pelos remettentes.
das ou de cartas com valor deelarado podem requisitar, no § 2.° As guias podem serimpressas ou manuscriptas, e
acto de registo, que lhes sejam clados, em tempo oppor- devem ser forneeidas pelas auctoridades ou repartições que
tuno, aviso de recepção, assignado pelo destinatario. remetterem as correspondencias a registar.
§ 1.° A taxa do aviso de recepção é de 25 réis. Art. 38.° As correspondencias officiaes devem dar en-
§ 2.° Quando os remettentes de correspondencias re- trada nas estações até uma hora antes da partida das
gistadas ou de cartas com valor declarado, destinadas ao malas em que ellas houverem de ser expedidas, e só se-
continente do reino, Açores e Madeira, não tiverem, no rão recebidas desde as oito horas da manhã até ás cinco
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Junlio 14 322 1902

cla tarde, durante o tempo em que as estações estiverem Art. 46.° A abertura dos receptaculos de corresponden-
abertas ao serviço publico. cias collocados nas estações será feita a horas determi-
§ 1.° Só em casos excepcionaes e mediante requisieão nadas, em harmonia com as expedições de malas e com
especial, assignada pela auctoridade ou repartição expedi- as distribuições domiciliarias nas povoações onde exista
dora, em que se declare que motivo urgente de serviço re- este serviço, devendo sempre effectuar-se uma abertura
clama a expedição immediata da correspondencia, é que po- dez minutos antes de qualquer expedição ou distribuição.
derá esta ser recebida fóra dos prazos iixados neste artigo. § 1.° A abertura dos receptaculos collocados nas ruas
§ 2." As disposições d'cste artigo podem ser alteraclas das povoações, á porta das casas cle habitação ou no re-
pela Direeção Geral dos Correios e Telegraphos para de- cinto de qualquer estabelecimento será feito a horas de-
terminadas estações, quando as circunstancias assim o terminadas, por fórma que as correspondencias deem en-
aconsclharem. trada nas estações, pelo menos, quinze minutos antes de
Art. 39.° As correspondencias officiaes que não satisfi- qualquer expedição cle malas ou distribuição domiciliaria.
zerem ás condições estipuladas no artigo 3.° serão resti- § 2.° A abertura clos receptaculos de correspondencias
tnidas ao apresentante com indicação do motivo por que colocados nas estações das linhas ferreas será feita pelos
não poderam ser acceitas, assignada pelo respectivo em- empregados das ambulancias postaes ou pelos conductores
pregado. de malas que seguirem em comboio e que para isso este-
Art. 40.° As coiTespondencias officiaes que forem en- jam auctorizados.
contradas nos receptaculos de correspondencias serão por- § 3.° Os receptaculos de correspondencias collocados
teadas, embora satisfaçam a todas as condições determina- em carruagens que conduzam malas ou os que os condu-
das pelo artigo 3.° ctores a pó ou a cavallo tragam a tiracollo serão abertos
Art. 41.° Na frente clos sobrescriptos ou cintas das cor- em todas as estações de transito da respectiva carreira,
rcspondencias officiaes será impresso um carimbo indica- bem como nas estações terminaes.
tivo do nome da localidade e data da entrada da corres- § 4.° Os receptaculos collocados a bordo dos paquetes
pondencia no correio. portugueses serão abertos pelos agentes postaes embar-
Art. 42.° As correspondencias ordinarias são recebidas cados.
em receptaculos apropriados, que serão collocados: em Art. 47.° Nas correspondencias ordinarias, logo que se-
todas as estações telegrapho-postaes, postaes, ambulancias jam recolhidas dos receptaculos, será affixadana frente dos
o em todos os pontos onde as neccssidades do serviço e envolucros a respectiva marca do dia, a qual será tambem
as conveniencias publieas o aconselharem. applicada sobre os sellos de franquia para a suainutilização.
§ 1." Quando fôr conveniente ao serviço os conducto- Art. 48.° Quando quaesquer correspondencias ordinarias
res de malas a cavallo ou a pé usarão a tiracollo peque- não estiverem franqueadas, ou o estiverem ^sufficiente-
nas caixas apropriadas a receber correspondencias durante mente, proceder-se-ha pela seguinte fórma:
o seu percurso. a) Se forem cartas, ou objectos considerados como taes,
§ 2.° Só serão recebidas em mão nas estações as cor- não franqueadas, indicar-se-ha em algarismos bem visiveis,
respondencias ordinarias da ultima hora, as que pelo seu na frente e no angulo superior esquerdo dos respectivos
volume não puderem ser lançadas nos receptaculos e os envolucros, a importancia do dobro da franquia que as
jornaes expedidos pelas redacções. Tambem poderão ser mesmas deveriam ter;
recebidas em mão pelos distribuicTores ruraes as corres- b) Se forem cartas, ou objectos considerados como taes,
pondencias que lhes forem entregues no percurso do res- ou jornaes, irnpressos, manuscriptos e amostras ^sufficien-
pectivo giro. temente franqueados, indicar-se-ha, ao lado dos sellos que
Art. 43.° Os jornaes expedidos pelas reclacçõcs serão tiverem, a importancia do dobro cla franquia que lhes faltar;
recebidos nas estações ató uma hora antes da expedição c) Se forem jornaes, irnpressos, manuscriptos ou amos-
das malas em quc houvercm de ser enviados ao seu destino. tras não franqueados, proceder-se-ha nos termos dos arti-
§ 1." Em Lisboa e Porto e em outras localidades em gos 133.° e 134.°
que sc publiquem differentes jornaes, serão as administra- § unico. Na frente dos sobrescriptos ou cintas das cor-
ções dos me.sinos convidadas, para íacilidade do serviço, a respondencias de que tratam as alineas a) e b), será affi-
rcmcttê-los divididos em grupos, em harmonia com as in- xacla a marca T.
dicações que lhes forem forneciclas. Art. 49.° As correspondencias ordinarias em que forem
§ 2.° As administrações dos jornaes que satisfizerem o affixados sellos sem valor para franquia são consideradas
preceituado no paragrapho antecedente terão a faculdade para todos os effeitos como não franqueadas, escrevendo-se
de fazerem entrega dos seus jornaes ató meia hora antes nos sobrescriptos ou cintas as palavras — sêllo nullo.
da partida das malas. § unico. Exceptuam-se as correspondencias que tiverem
§ 3." A Direccão Geral clos Correios e Telegraphos affixados sellos falsos, com as quaes se procederá nos ter-
póde, quando as conveniencias clo serviço o permittirem, mos do disposto no artigo 392.°
modiíicar as lioras marcadaa neste artigo para a recepção Art. 50." As correspondencias para registar e as car-
dos jornaes. tas com valor declarado são recebidas em mão nas esta-
Art. 44." A Direeção Geral dos Correios e Telegraphos ções e nos postos de correio. Os distribuidores ruraes po-
poderá conceder aos particulares a collocação de recepta- dem receber em mão correspondencias para serem regis-
culos de correspondencia — mediante o pagamento da quan- tadas sem valor declarado nas estações de que elles depen-
tia de 6-SOOO réis por cada anno — nos recintos de hoteis, derem.
fabricas e casas commerciaes, comtanto que aquelles se- Art. 51.° Todas as estações são auctorizadas a receber
jam dc facil accesso aos empregados encarregados da res- correspondencias para registar.
pectiva abertura. § 1.° As cartas com valor declarado serão recebidas
§ unico. Qualquer que seja a data da collocação do re- normalmente nas estações situadas nas sedes cle concelho,
ceptaculo, o pagamento de 6.3000 réis só garante esta con- comtanto que a sua entrega haja de ser effectuada por
cessão até 31 de dezembro do anno cm que ella houver intermedio de estações de localidades de igual catego-
sido feita. ria. Quando, todavia, as circunstancias o permittam po-
Art. 4o. 0 A segurança dos receptaculos de correspon- derá a Direccão Geral dos Correios o Telegraphos aucto-
dencias e bem assim das correspondencias que os mes- rizar que determinaclas estações, situadas fóra das sedes
mos eontiverem ineumbe não só aos empregados dos te de concelho, façam o serviço de cartas com valor declarado.
legraphos e dos correios como ás auctoridades administra- § 2." O serviço de registo nos piostos de correio é regu-
tivas e policiaes. lado pelas instrucções especiaes, expedidas pela Direccão
1902 323 Junho 14

Geral dos Correios e Telegraphos, de 8 de julho do 1901, terininando em 31 de dezembro de cada anno, salvo para
ou pelas que de futuro as substituirem. as estações centraes de Lisboa e Porto, que será mensal.
Art. 52.° As correspondencias registadas e as cartas Art. 60.° Na frente dos sobrescriptos ou cintas das
com valor declarado podem ser apresentadas até meia hora correspondencias registadas, será affixada a respectiva
antes da partida das malas em que houverem de ser expe- marca clo dia, a qual será tambem applicada sobre os sel-
didas e só serão recebidas nas estações desde as oito horas los de franquia para a sua inutilização.
da manhã até ás cinco horas da tarde, durante o tempo Art. 61.° As correspondencias a distribuir por proprio
em que as mesmas estiverem abertas ao serviço publico. serão marcadas com um carimbo que reproduza em letras
Art. 53.° A Direeção Geral dos Correios e Telegraphos grandes a palavra proprio.
póde, quando as conveniencias de serviço o exijam, ampliar § unico. Este carimbo poderá ser substituido por uma
o numero de horas destinado ao serviço dc registo cle cor- indicação manuscripta feita a tinta vermelha.
respondencias. Art. 62." Quando o remettente exigir, no acto clo registo,
Art. 54.° Os sellos que representam a importancia da aviso de recepção da correspondencia que expedir, preen-
franquia e clo premio de registo devem scr afiixados pelos clier-se-hão os dizeres de um impresso modelo n.° 95, no qual
apresentantes das correspondencias, não sendo permittido será affixado no logar respectivo o sêllo da taxa devida.
aos empregados tomarcm parte nesta operação. Art. 63.° O aviso de recepção juntar-se-ha, por meio de
Art. 55.° As correspondencias registadas sem valor de- um fio atado em cruz, ao objecto registado ou á carta com
clarado serão inscriptas cm livros de modelo n.° 40, dan- valor declarado a que respeitar.
do-se aos remettentes os recibos appensos aos mesmos, de- Art. 64.° Quando os objectos registados ou as cartas
vidamente numerados e com u designação da classe do ob- com valor declarado forem acompanhados de aviso de re-
jecto a que se referirem. cepção, ou destinados a serem distribuidos por proprio,
§ 1.° A cada objecto registado scm valor declarado pcr- mencionar-se-ha esta circunstancia no logar competente
tencerá o numero sob que fôr inscripto no livro modelo dos livros modelos n. o s 46 ou 51.
n.° 46, o qual se repetirá na frente clo envolucro ou na
etiqueta de registo. CAPITULO III
§ 2.° Na frente do sobrescripto ou cinta de cada obje-
Transmissão
cto registado, sem valor declarado, será affixada, no acto
clo registo, uma etiqueta com o numero de registo ou im- Art. 65.° As correspondencias officiaes não registadas são
presso o competente carimbo com o respectivo numero. expedidas juntamente com as correspondencias ordinarias.
§ 3." A numeração dos objectos registaclos será espe- Art. 66." As correspondencias ordinarias devidamente
cial para cada estação, coineçando em 1 de janeiro e ter- franqueadas são emmaçadas segundo a sua classe, atadas
minando em 31 cle dezembro de cada anno. Nas estações com um cordel cm cruz e envolvidas em papel consisten-
de Lisboa e Porto, porem, a numeração será mensal. te. Cada um d'estes maços deverá depois ser atado.
Art. 56.° A affixação dos sellos de franquia nas cartas § 1.° Os maços devem ser incluidos em inala3 conve-
com valor declarado será feita exclusivamente pelo empre- nientemente fechadas.
gado que efiectuar o registo e na presença do apresentante. § 2.° As malas devem ser marcadas com a denomina-
§ unico. Os sellos devem ser afiixados na frente do en- ção da estação expedidora e da destinataria ou acornpa-
volucro, separados uns dos outros, c de maneira que não nliadas de rotulos volantes com as mesmas indicações.
fique uma parte d'el!es na frente e outra no verso do mes- § 3.° Quando numa mala forem incluidos maços com
mo envolucro v diversos destinos, cada maço deve ter collado um rotulo in-
Art. 57.° É prohibido aos empregados encarregados do dicativo da estação expedidora e da estação destinataria.
registo: Art. 67.° As correspondencias não franqueadas ou in-
a) Tomar conhecimento do conteudo das cartas, ainda sufncientemente franqueadas serão, tanto quanto possivel,
mesmo quando lhes fôr exigido pelos interessados ; expedidas nos sacos ou maços das correspondencias re-
b) Intervir por qualquer fórma nas operações indispen- gistadas.
saveis para o feclio das cartas ; § unico. As correspondencias não franqueadas ou ^suffi-
c) Fornecer sobrescriptos, lacre ou sinete para o mesmo cientemente franqueadas destinadas ás estações postaes,
íiin; situadas fóra clas sedes de concelho, serão para ali remet-
d) Escrever no sobrescripto o endereço ou a declaração tidas por intermedio das estações de que aquellas depen-
cle valor. derem.
Art. 58.° Cunipre aos empregados encarregados do re- Art. 68.° As correspondencias registadas serão expedi-
gisto : das em maços envolvidos em papel consistente, em sobres-
CÍ) Verificar cuidadosamente o acondicionamento das car- criptos tambem de papel consistente ou em sacos espe-
tas no acto de as receber ; ciaes.
b) Pesar as cartas com valor declarado com a approxiina- § unico. Os maços, sobrescriptos ou sacos serão perfei-
çíto de 0,5 grammas, acto contínuo á sua recepção, e escre- tamente fechados por meio de lacre, e terão um rotulo em
ver immediatamente no angulo esquerdo superior do sobres- que se leia o nome da estação expedidora e o cla destina-
cripto a indicação do peso exacto, expresso em grammas; taria, e bem assim, em caracteres bem visiveis, a pala-
c) Indicar nas cartas com valor declarado o numero de vra •— reçjisto.
portes em algarismos no angulo superior direito dos so- Art. 69.° A permutação das correspondencias regista-
brescriptos, quando tiverem mais de urn porte. das será feita directamente das estações expedicloras para
Art. 59.° O registo das cartas com valor declarado será as estações destinatarias.
feito em livros clo modelo n." 51. Art. 70.° As correspondencias registadas são descriptas
§ 1." Do livro, modelo n.° 51, serão separados os cer- em cartas de aviso, modelo n.° 44, em duplicado, acom-
tificados de registo, que sc eritregarão aos respectivos re- panhando uma a correspondencia e ficando a outra archi-
mettentes. vada na estação.
§ 2.° A cada carta com vaior declarado pertencerá um § 1." As correspondencias registadas serão mencionadas
numero cle ordem, que será inscripto no logar competente nas cartas de aviso pelo numero do registo respectivo,
do certificado e respectivo talão, modelo n.° 51, e repe- pela sua classe, que será indicada por letras segundo as
tido na frente do sobrescripto. notas exaradas no modelo n.° 44, pela localidade cla pro-
8 3." A numeração das cartas com valor declarado será cedencia e destino e, quando destinadas a Lisboa e Porto,
especial para cada estação, comecando em 1 de janeiro e tambem pelos nomes dos destinatarios.
Junlio 14 324 1902

§ 2.° Quando os objectos registados forem aeompanha- Art. 77.° Os sellos de porteado, affixados nas estações
dos de avisos de recepção ou destinados a ser distribuidos do destino, serao inutilizados pela marca do dia respectiva,
por proprio, mencionar-se-ha esta circunstancia, no logar por fórma que um terço da mesma assente sobre o sobres-
competente das cartas de aviso, por letras segundo as no- cripto ou cinta.
tas constantes das mesmas. Art. 78.° As estações, e bem assim as ambulancias pos-
§ 3.° Os maços ou sacos registados enviados por uma taes, ao receberem os sacos de correspondencia, verifica-
estação a outra para serem reexpedidos serão mencionados rão em primeiro logar se estíio competentemente fechados
na respectiva carta de aviso. A estação que fizer a reex- e não apresentam indicios de terem sido violados e se con-
pedição accusará de igual fórma em carta de aviso á esta- teem sacos ou maços de registo, se estes apresentam
ção destinataria a remessa d'esses sacos ou maços. exteriormente indicio de violacão, e se os lançamentos
§ 4.° Os sacos ou maços de registo enviados ás ambu- inscriptos nas cartas de aviso, modelo n.° 44, estão con-
lancias postaes, para ali lhes ser dado o devido destino, formes.
serao acompanhados de uma só carta de aviso. Semelhan- § unico. Se se verificar que um saco de corresponden-
temente procederão as ambulancias postaes com relação cia não está devidamente feehado, ou apresenta indicio de
aos maços e sacos de registo ali recebidos de differentes ter sido violaclo, lavrar-se-ha immediatamente, em dupli-
localidades com destino a um mesmo ponto. cado, termo circunstanciado do facto, remettendo-se um
Art. 71.° Só serão expedidas cartas de aviso, modelo exemplar ao chefe dos serviços do districto de que depen-
n. 0 44, negativas : der a estação expedidora, a fim de proceder a immediata
a) Pelas ambulancias postaes — que remetterão cartas syndicancia, e o outro á Direeção Geral dos Correios e
de aviso para as estações e ambulancias com que se cor- Telegraphos pela 4. a Repartição. De fórma analoga se pro-
responderem, escrevendo nellas a palavra — nada— quan- cederá quando os maços ou sacos de registo apresentem
do não houver objectos registados a expedir; indicio de violacão.
b) Pelas estações que se corresponderem com as ambu- Art. 79.° Se forem encontrados nos maços ou sacos de
lancias postaes — que enviarão a estas carta de aviso, registo objectos registados a mais ou a menos dos men-
escrevendo nellas a palavra — nada — quando não hou- cionados nas cartas de aviso, modelo n.° 44, ou se forem
ver objectos registados a expedir; encontrados lançamentos errados, lavrar-se-ha immediata-
c) Pelas estações centraes de Lisboa e Porto que re- mente, em triplicado, termo circunstanciado do facto, for-
metterão cartas de aviso para as estações com que se cor- mulando-se tambem, em triplicado, nova carta de aviso,
responderem directamente, escrevendo nellas a palavra — em que se inscreverao exactamente as correspondencias
nada — quando não houver objectos registados a expedir; recebidas. No alto d'estas cartas de aviso se escreverá a
d) Pelas estações que se corresponderem directamente palavra — rectificação.
com as centraes de Lisboa e Porto, que procederão de § unico. Um dos termos com uma das cartas de aviso
fórma analoga á determinada na alinea c). ficará archivado na estação em que fôr lavrado, o outro,
Art. 72.° As cartas com valor declarado serão expedi- tambem com carta de aviso, será expedido para a estação
das em sobrescriptos de papel consistente, lacrados em to- de origem, e finalmente o terceiro e respectiva carta de
das as suas dobras, ou em maços envolvidos em papel con- aviso será enviado á Direeção Geral dos Correios e Tele-
sistente, atados em cruz, devidamente lacrados, devendo as graphos pela 4. a Repartição.
pontas do cordel que os atar serem fixadas á carta de Art. 80.° Se a competente carta de aviso não acompanhar
aviso, modelo n.° 44, por meio de lacre ou etiqueta gom- os objectos registados, lavrar-se-ha immediatamente termo
mada. Na frente dos sobrescriptos ou maços se escreverá em triplicado, formulando-se em triplicado cartas de aviso
em caracteres bem visiveis as palavras — valores declcira- em que se descreverão os objectos encontrados, proceden-
dos — a indicação das estações expedidora e destinataria, do-se com estes documentos nos termos do § unico do ar-
e bem assim o respectivo peso bruto. tigo antecedente. No alto d'estas cartas de aviso se escre-
§ 1.° As cartas com valor declarado serão acompa- verá a palavra — subsidiaria.
nhadas de cartas de aviso, especiaes, modelo n.° 50, Art. 81.° Quando forem encontradas cartas ou maços re-
nas quaes serão descriptas pelo seu numero, procedencia, gistados que não tenham affixados os competentes sellos, em-
local do destino, valor. e peso. De cada carta de aviso, bora apresentem indicios de os terem tido collados, lavrar-
modelo n.° 50, expedida, ficará archivado na estação res- se-ha o respcctivo termo, que será em sejjuida enviado á
pectiva o competente duplicado. estação expedidora, para que nelle sejam affixados os sel-
§ 2." Nas cartas de aviso, modelo n.° 50, será men- los que o mesmo termo aceusar faltarem, os quaes serão
cionada no logar competente a circunstancia das cartas de inutilizados com a marca do dia em que tiver sido feito o
valor declarado serem acompanhadas de avisos de recepção registo, sendo em .seguida devolvido o dito termo á esta-
ou destinadas a distribuição por proprio. ção destinataria, que o juntará á carta de aviso origina-
Art. 73." Os sobrescriptos ou maços contendo cartas ria. Se a estação expedidori não cumprir, a destinataria
com valor declarado serão expedidos nos sacos ou ma- dará superiormente parte do facto.
ços de registo, que serão sempre lacrados, imprimindo-se Art. tíz." Quando der entrada nas estações maço ou
o sinete da estação sobre lacre. Mencionar-se-ha o seu saco de registo, para ser reexpedido, que não esteja per-
numero no logar competente da carta de aviso, modelo feitaineute feehado, proceder-se-ha logo á conferencia do
n." 44. seu conteudo com a respectiva carta cle aviso.
Art. 74.° A permutação de cartas com valor declarado § 1.° Se não houver falta nem objecto a mais, lançar-
será directa da estação de procedencia para a do des- se-ha a competente nota de conferencia, que será datada e
tino. assignada pelos empregados conferentes.
Art. 75.° No acto da abertura das malas, as estações veri- § 2.° Se forem encontrados objectos a mais ou a menos,
íicarão se ellas conteem correspondencias não franqueadas mencionar-se-ha com a necessaria clareza na carta de
ou insuflicicntemcntc franqueadas e procederão á confe- aviso esta circunstancia.
rcneia das importancias a cobrar indicadas nas mesmas, § 3." Se não fôr encontrada carta de aviso, organizar-
fazendo as devidas correcções, caso devam ter logar. se-lia uma subsidiaria, que será expedida com a correspon-
Art. 7lí.° As estações, ao veeeberem correspondencias dencia.
com a marca T, aflixarão na frente e no alto do sobres- § 4.° Terminada a conferencia, será o saco ou maço
cripto ou cinta sellos de po* teado, eorrespondentes ao va- feehado, lacrado convenientemente e expedido para o seu
lor indicado nas mesmas correspondencias, nos termos do destino.
artigo 48.° § 5.° Nos casos previstos nos §§ 2.° e 3.°, lavrar se-hão
1902 325 Junho 14

os competentes termos, que serão remettidos á Direeção Nas localidades em que a correspondencia chegar depois
Geral dos Correios e Telegraphos pela 4. a Repartição. do encerramento da estação, mas a tempo de se poder fa-
§ 6.° As ambulancias postaes procederão por fórma se- zer a entrega até ás onze horas da noite, abrir-se-ha nova-
melhante á que lica indicada, remettendo os termos para mente a estação, durante meia hora, logo que o serviço o
o chefe ou sub chefes dos serviços das ambulancias, os quaes permitta.
por seu turno os enviarão á Direeção Geral pela 4. a Re- § 2.° Nas localidades onde houver distribuição domici-
partição. liaria, será esta executada para as correspondencias rece-
Art. 83.° No acto da recepção de um maço com valores , bidas depois cla hora do encerramento da estação, se a
declarados, dever-se-ha verificar a exactidão do peso indi- distribuição domiciliaria puder ser começada até ás nove
cado, examinar se o sobrescripto ou maço apresenta al- horas da noite.
guma irregularidade, quer no seu estado ou fórma exterior, § 3.° As correspondencias que chegarem a horas de não
quer no modo como foram cumpridas as formalidades poderem ser entregues nas estações até ás onze horas da
a que a transmissão está sujeita, e seguidamente proceder noite, ou começar a distribuição domiciliaria antes clas
á conferencia rigorosa da carta de aviso, modelo n.° 50, nove da noite, começarão a ser distribuidas no dia se-
e á verificação do peso mencionado em cada carta. guinte ás sete horas da manhã no verão e ás sete e meia
§ unico. Quando haja suspeita de violação do envolucro no iuverno.
ou de qualquer das cartas em especial, e quando no acto § 4.° Estas disposições não são applicaveis ás cidades
da conferencia forem encontrados lançamentos errados ou de Lisboa e Porto, onde o serviço de distribuição domici-
objectos a mais ou a menos, falta de franquia, ou ainda liaria será regulado pela fórma mais harmonica com os
falta da competente carta de aviso, modelo n.° 50, proce- interesses do publico e com as conveniencias do serviço e
der se-ha de modo semelhante ao que fica determinado segundo as instrucções da Direeção Geral dos Correios e
nos artigos 79.°, 80.° e 81.", para os objectos registados. Telegraphos.
Art. 84.° No acto das conferencias determinadas pelos Art. 90.° Não serão entregues as correspondencias:
artigos 78." e 83.° serão completadas com os nomes dos a) Em que se possam ler palavras injuriosas ou atten-
destinatarios as cartas de aviso, modelos n. o s 44 e 50. torias da moral;
§ unico. As cartas de aviso, modelos 44 e 50, destina- b) Que tenham o nome do destinatario substituido por
das ás estações centraes dos correios de Lisboa e Porto iniciaes e sem indicação de domicilio;
deverão trazer, escritos na columna competente pelas es- c) Que tenham endereço supposto;
tações expedidoras, os nomes dos destinatarios. d) Que, não sendo franqueadas ou estando ^sufficien-
Art. 8o. 0 A s cartas cle aviso, modelos n. os 44 e 50, temente franqueadas, não tenham afiixados os competen-
serão archivadas nas estações de destino, em maços por tes sellos de porteado.
ordem chronologica e alfabctica, em relação a cada quin- Art. 91.° As correspondencias com endereço commum a
zena. No dia 18 de cada mês serão remettidas para a se- duas ou mais pessoas serão entregues áquella que se re-
cretaria clos serviços telegrapho-postaes dos districtos res- conhecer, com evidencia, ser o destinatario, pelas indica-
pectivos as que respeitarem á l . a quinzena do mês, e no ções do sobrescripto, ou por qualquer outra circunstancia.
dia 3 do mês immediato as que se referirem á 2. a quin- Art. 92.° As correspondencias que não forem distribui-
zena. das ficarão depositadas nas estações, sendo classificadas
§ unico. As cartas de aviso recebidas nas ambulancias por ordem alfabetica.
e os duplicados das expedidas pelas mesmas serão entre- Art. 93.° Os empregados não devem satisfazer recla-
gues no fim de cada viagem eompleta, na secção de que mações, sobre entrega de correspondencias, feitas por in-
dependerem as ambulancias. dividuos que não sejam os destinatarios ou pessoas devi-
Art. 86.° Depois de abertos os maços ou sacos, impri- damente auctorizadas para as receber ou os seus legitimos
mir-se-ha no verso dos sobrescriptos ou cintas das corres- representantes.
pondencias, antes de se proceder á sua divisão, a marca de § unico. Consideram-se legitimos representantes:
dia das estações onde se verificar a abertura. a) Das firmas commerciaes, ou sociedades anonymas.
§ unico. D e igual modo procederão as ambulancias pos- judiciahnente declaradas fallidas — os curadores das mas-
taes com as correspondencias que por ellas transitarem a sas fallidas;
descoberto. b) Dos fallecidos:
CAPITULO IV 1.° O cabeça de casal, emquanto durar o inventario;
2.° Qualquer dos herdeiros, apresentando proeuração de
Distribuiçflo todos os co-herdeiros;
Art. 87." A distribuição das correspondencias será re- 3.° O tutor, quando os herdeiros forem menores.
gulada pela Direccão Geral dos Correios e Telegraphos. c) Dos menores ou individuos judicialmente declarados
Art. 88.° As correspondencias officiaes serão entregues, interdictos por demencia—os paes ou tutores, apresen-
nas estações, aos agentes clas repartições publicas ou das tando documento justificativo da auctoridade paternal ou
auctoridades. tutelar.
§ unico. Exceptuam-se: Art. 94.° Para a entrega das correspondencias deverá
a) As destinadas á Direeção Geral dos Correios e Te- exigir-se, dos individuos clesconhecidos que as queiram
legraphos e ás Secretarias de Estado, onde serao manda- receber, prova da sua identidade.
das entregar; § unico. A identidade dos destinatarios prova-se por
b) As destinadas a particulares, designadas no § 6.° clo abonação, dada por pessoa conhecida do empregado, ou
artigo 3.°, quc serão entregues nas respectivas residen- pela apresentaçâo de passaporte ou de qualquer outro do-
c.ias, nas íocalidades onde estiver estabelecido o serviço de cumento que mereça credito.
distribuição domiciliaria; Art. 95.° As pessoas estranhas ao serviço telegrapho-
c) As destinadas ás auctox-idacles cuja residencia seja no postal não deve ser facultado conhccer quaes são as cor-
percurso dos giros ruraes, que serão entregues pelos res- respondencias existentes para outros destinatarios, sendo
pectivos distribuidores. prohibido aos empregados fornecer quaesquer indicações
Art. 89.° As correspondencias ordinarias e as regista- pelas quaes constem os nomes dos destinatarios clas cor-
das serão entregues nas estações, ou distribuidas nos do- respondencias existentes.
micilios dos destinatarios, conforme o caso. Art. 96.° Quando uma carta fôr aberta indevidamente,
§ 1.° A entrega das correspondencias effectuar-se-ha o por engano, erro de endereço, ou por ter o endereço com
mais rapidamente possivel depois da chegada das malas. nome commum a dois ou mais individuos, a pessoa que a
Junlio 14 326 1902

abrir fará no verso do sobrescripto declaração do succe- zação de que trata o § 1.°, poderá exigir que o inte-
dido, datando-a e assignando-a. ressado a legalize por qualquer dos seguintes modos:
§ 1.° Se não souber escrever, o empregado com quem 1.° Eeconhecimento de notario;
se der o facto escreverá no sobrescripto a seguinte nota: 2.° Abonação:
Aberta por ..., que não assigna por não saber escrever. a) D e consul da nacionalidade do respectivo destinata-
§ 2.° A carta será novamente fechada e devidamente rio ;
lacrada, procurando-se entregá-la ao verdadeiro destina- b) D e duas testemunhas conhecidas do empregado;
tario. c) D e qualquer firina commercial;
Art. 97.° No verso do sobrescripto ou cinta das corres- d) Do administrador do concelho ;
pondencias recusadas, escreverá o empregado enearregado e) Do commandante ou major clo regimento, comman-
da distribuição a palavra — recusaâo. dante de companhia, ou destacamento ou chefe de qual-
§ 1.° No verso do sobrescripto ou cinta das correspon- quer estabelecimento militar — quando se tratar de praças
dencias não entregues por qualquer outro motivo, indicar- de pret do exercito;
se-ha o motivo por que não foram distribuidas. f ) Do commandante do navio, do capitão clo porto, ou
§ 2.° Estas declarações serão competentemente assigna do chefe de qualquer estabelecimento naval—quando se
das, devendo, quando forem feitas pelos distribuidores, tratar cle praças da armada;
acc.rescentar-se á assignatura o respectivo numero. g) Dos directores ou chefes dos estabelecimentos publi-
Art. 98.° A distribuição dos jornaes ou fasciculos de cos ou particulares a que os interessados jDertencercm.
publicações recebidos pelas estações telegrapho-postaes ou § 4.° As abonações de que trata este artigo devem ser
postaes, pela fórma aucíorizada pelos artigos 9.° e 23.°, legalizadas pelos sellos ou carimbos de que usarem as cor-
será feita em harmonia com as indicações das respecti- porações, estabelecimentos ou repartições a quc pertence-
vas listas de assignantes. rem os abonadores.
§ 1.° Todas as estações de destino devem verificar, á § 5.° Nas localidades em que não houver distribuição
chegada dos maços de jornaes ou fasciculos, se o numero domiciliaria, quando os destinatarios ou as pessoas por
de exemplares que contém cada maço corresponde ao nu- elles devidamente auctorizadas se não apresentarem na es-
mero indicado na cinta, e, quando faltar algum ou al- tação para receber as correspondencias registadas sem de-
guns exemplares, formularão logo a competente notifica- claração de valor, ou nas localidades em que, havendo dis-
ção da falta, a qual será expedida ao devido destino pelo tribuição domiciliaria, os destinatarios receberem as suas
primeiro correio. correspondencias apartadas, scr-lhes-hão enviados avisos,
§ 2.° As empresas de publicações periodicas, quando modelo n.° 52, podendo as referidas correspondencias ser
recebam notificação de falta de exemplares, expedirão para entregues a quem apresentar os mesmos avisos com o com-
a localidade onde ella haja occorrido o numero de exempla- petente recibo passado no verso.
res necessarios, cm maço especial e devidamente franqueado, Art. 100.° As cartas com valor declarado serão entre-
com a seguinte indicação na respectiva cinta: Para oc- gues :
correr ás faltas do dia ... conforme a respectiva notificação. a) No domicilio dos destinatarios — nas localidades onde
§ 3.° Quando em qualquer maço falte algum ou alguns houver distribuição domiciliaria ;
exemplares, o chefe da estação regula a distribuição pela b) Nas estações, quando não houver distribuição domici-
seguinte fórma: liaria.
a) Se na localidade não houver distribuição domiciliaria, § 1.° As cartas com valor declarado nunca poderão ser
entregará os exemplares que houver recebido aos desti- distribuidas como correspondencia cipartada.
natarios que os procurarem primeiro, ficando prejudicados § 2.° No caso indicado na alinea b) será enviado aos
os que forem retardatarios ; destinatarios um aviso conforme o modelo n.° 52.
b) Sc na localidade houver distribuição domiciliaria, dei- § 3.° Quer a entrega seja feita no domicilio, quer na
xará dc receber o jornal o assignante que residir no prin- estação, os destinatarios devem passar recibo cm cader-
cipio do respectivo giro, e seguir-se-ha assim successiva- netas, modelo n.° 53.
mente, devendo sempre ter em attenção, quando haja nova § 4.° O recibo das cartas com valor declarado só póde
falta, o assignante que pela ultima ficou prejudicaclo, para ser passado pelo proprio destinatario ou pelo procurador
que o seja d'essa vez aquelle que immediatamente se lhe legalmcnte constituido.
seguir. Quando na localidade houver mais cle um giro de § 5.° As procurações para reccber cartas com valor
distribuição, as faltas occorridas serão divididas proporcio- declarado devem ser especiaes.
nalmcute pelos diversos giros. § 6.° Quando o destinatario não souber escrever, pro-
Art. 99.° As correspondencias registadas sem valor de- ceder-se-ha nos termos do § 2.° clo artigo 99.°
clarado serão entregues mediante recibo passado em ca- Art. 101.° Os destinatarios de correspondencias regis-
dcrnctas, modelo n.° 49, e no aviso de recepção quando o tadas e cartas com valor declarado não podem abri-las
remcttente o tiver exigido, quer a entrega seja feita na antes cle haverem assignado os recibos nas respectivas
estação, quer seja feita no domicilio. cadernetas, nem exigir dos empregados do correio decla-
§ 1.° O recibo das correspondencias registadas póde ser ração alguma acêrca do estado d'essas correspondencias
assignado: ou verificação do seu conteudo.
a) Quando a entrega se realizar na estação — pelo des- § unico. Quando as correspondencias registadas e as
tinatario ou pela pessoa por elle auctorizada por escrito cartas com valor declarado forem acompanhadas de avisos
para esse fim; de recepção, não poderão essas correspondencias scr en-
b) Quando a entrega se effectuar no domicilio do desti- tregues sem que os destinatarios hajam préviamente assi-
natario— por este ou por pessoa de sua familia ou sua gnado os competentes avisos de recepção.
dependente, que seja competente para o fazer, ou por in- Art. 102.° Quando o destinatario de qualquer corres-
dividuo espccialmcnte auctorizado por escrito. pondencia registada ou carta com valor declarado se re-
§ 2.° Quando o destinatario não souber ou não puder es- cusar a recebê-la, por suspcita cle violacão, dcve, sem
crevor, substituir-se-lia a assignatura por uma cruz feita perda cle tempo, ser convidado pelo chefe da estação a
na presença cle duas testemunhas eonhccidas, que devem comparecer para, perante duas testemunhas, se proceder
tambem assignar o recibo, declarando que assistiram á en- á abertura da correspondencia e verificar se a suspeita é
trega. fundamentada ou não. No caso aífirmativo lavrar-se-ha o
§ 3.° Q.uando o empregado incumbido da distribuição termo competente, no qual se transcreverão todas as de-
não reconhecer a identidade da assignatura da auctori- clarações clo destinatario, e tudo será remettido, com a
1902 327 Junho 14

maxima urgencia, pelas vias competentes, á Direeção Ge- § 2.° Os fieis de que se trata e os chefes ou encarre-
ral dos Correios e Telegraphos pela 4. a Repartição, para gados de estação tomarão diariamente contas aos cartei-
se proceder. No caso negativo o destinatax-io passará o com- ros e distribuidores das importancias de sellos de por-
petente recibo e no termo se declarará o facto, envian- teaão.
do-o tambem á Direccão Geral. Art. 109.° Para a distribuição domiciliaria das corres-
Art. 103.° Nas localidades em que houver distribuição pondencias registadas e das cartas com valor declarado,
domiciliaria, todas as correspondencias, qualquer que seja executar-se-ha o seguinte:
o seu peso ou volume, serão entregues no domicilio dos 1.° As correspondencias serão descriptas em cadernetas,
destinatarios ou no logar que estes designarem. modelos n. os 49 ou 53, com o numero correspondente ao
§ 1.° Exceptuam-se: carteiro ou distribuidor respectivo;
a) As correspondencias apartadas e de posta restante; 2.° As correspondencias registadas e as cartas com va-
b) As correspondencias destinadas a individuos residen- lor declarado serão entregues, juntamente com a caderneta
tes em quarteis, hospitaes, prisões, asylos e estabeleci- em que se acharem mencionadas, ao carteiro ou distribui-
mentos analogos, quando não fôr ahi permittido o livre dor respectivo, o qual, depois de verificar que os objectos
accesso aos agentes da distribuição e os chefes, directores ali descriptos são destinados a individuos residentes na area
ou administradores cVesses estabelecimentos não tiverem do seu districto, rubricará a caderneta na parte inferior
annuido ao convite de que trata o artigo 116.° do quadro em que se achar mencionaclo o ultimo objecto;
§ 2.° Quando as correspondencias forem de peso, vo- 3.° A s cadernetas de que trata o n.° 1.° só podem scr
lume ou formato que não possam ser facilmente transporta- conservadas em poder dos carteiros ou distribuidores até
das pelos agentes da distribuição, a estação respectiva satis- ao seu primeiro regresso á estação, restituindo-as sem
fará a despesa necessaria para a sua regular distribuição. perda de tempo;
Art. 104.° A distribuição das correspondencias que de- 4.° Logo que se recebam as cadernetas, examinar-se-ha
rem entrada á mesma hora nas estações começará sirnul- se os recibos passados pelos destinatarios se acham devi-
taneamente. damente assignados e datados;
§ 1.° Exceptuam-se as correspondencias que não tive- 5.° Os carteiros ou distribuidores que, depois de se ha-
rem indicação da residencia do destinatario, quando as verem apresentado duas vezes na residencia dos destina-
buscas, para averiguar essa residencia, possam retardar a tarios, não encontrarem pessoa competente para assignar o
distribuição
9 Ogeral. recibo das correspondencias registadas ou das cartas com
§ 2.° Quando, por affluencia extraordinaria de corres- valor declarado, mencionarão esta circunstancia no verso
pondencias, sc torne difficil a sua distribuição total, de- dos sobrescriptos ou cintas e restituirão essas correspon-
verão ser distribuidas cle preferencia as cartas, podendo dencias, devendo, porem, deixar préviamente em casa
ficar para segunda distribuição os jornaes e outras classes dos destinatarios um impresso, modelo n.° 60, devidamente
cle correspondencia. preenchido.
Art. 105.° As localidades onde houver distribuição do- Art. 110.° Os carteiros ou distribuidores que, tendo em
miciliaria serão divididas em districtos postaes. Cada dis- seu poder cadernetas ou correspondencias para entregar,
tribuidor terá uma tabella, cujo duplicado deve existir na não puderem voltar á estação por motivo cle doença, ou
estação, indicando a area que lhe pertence percorrer e o por qualquer caso de força maior, devem, sob sua respon-
itinerario que tem a seguir. sabilidade, enviá-las á estação, por pessoa de sua confian-
Art. 106.° As correspondencias ordinarias destinadas a ca, no menor lapso cle tempo possivel.
individuos em cuja morada não seja encontrada pessoa al- Art. 111.° Compete aos carteiros e aos distribuidores
guma para as receber serão ali apresentadas por tres ve- desempenharem o serviço a seu cargo devidamente unifor-
zes a differentes horas. Se á terceira vez não houver quem mizados e com a mala ou bolsa respectiva, sendo-lhes ex-
as receba, serão clepositadas na estação. pressamente prohibido :
§ 1.° No verso clo sobrescripto ou cinta indicará o car- 1.° Demorarem-se durante a distribuição, nas ruas, ca-
teiro ou distribuidor o dia e as horas em que procurou o sas ou lojas, ou fazerem-se acompanhar por pessoa estra-
destinatario da correspondencia e o motivo por que a não nha ao serviço postal;
cntrcgou, assignando a declaração e indicando o seu nu- 2.° Distribuirem correspondencias sem as marcas com-
mero em frente da assignatura. petentes, ou com os sellos por inutilizar;
§ 2.° Esta disposiçâo não é applicavel ás corresponden- 3.° Distribuirem correspondencias que lhes não tive-
cias destinadas a individuos que teem, á porta de suas ca- rem sido directamente confiadas na respectiva estação;
sas ou estabelecimentos, caixas especialmento destinadas 4.° Fazerem distribuir por outros, ainda que sejam car-
para receberem as correspondencias. teiros ou distribuidores, as correspondencias que lhes tive-
Art. 107.° Os carteiros ou distribuidores devem entre- rem sido entregues para distribuirem pessoalmentc ;
gar, no seu regresso á estação, as correspondencias ordi- 5.° Lerem ou deixarem ler a outros as corresponden-
narias que por qualquer motivo não forem distribuidas. cias ou os seus enclereços;
§ unico. Os empregados a quem competir, em cada lo- 6.° Assistirem á abertura das correspondencias quc dis-
calidade, a direeção e fiscalização do serviço da distribui- tribuirem ou verificarem o seu conteudo, embora os des-
ção domiciliaria devem examinar cuidadosamente as cor- tinatarios o reclamem;
respondencias não distribuidas, verificando a exactidão dos 7.° Alterarem o itinerario do respectivo districto;
motivos allegados para justificar a falta da entrega, e em- 8.° Recolherem ao seu domicilio antes de ultimada a
pregando todas as diligeneias para fazer chegar essas cor- distribuição das correspondencias ou de terem cumpriclo o
respondcncias ás mãos dos destinatarios. disposto no artigo antecedente, conforme o caso ;
Art. 108.° Os carteiros e os distribuidores são respon- 9." Entregarem a auctoridades estranlias ao serviço,
saveis pela importancia das correspondencias não franquea- seja qual fôr a razão allegacla, qualquer correspondencia
das ou com franquia insufficiente quc houverem distri- de cuja distribuição domiciliaria estiverem incumbidos —
buido. artigo 49.° do decreto com forca do lei do 24 de dezem-
§ 1.° Em Lisboa e no Porto a 2. a secção da estação bro de 1901.
central enviará ao fiél, chefe da l . a secção, as corres- Art. 112." Nas cidades cle Lisboa e Porto será o servi-
pondencias com a marca T, indicando nas mesmas o nu- ço dos carteiros fiscalizado directamente pelos fiscaes da
mero clo carteiro incumbido da sua distribuição, cum- ;-posta interna, os quaes, fazendo parte do pessoal da 2. a
prindo aos referidos fieis dar execução ao disposto nos secção da estação central dos correios, poderão receber
artigos 75. 0 a 77.° ordens directas da Direccão Geral dos Correios e Telegra-
Junlio 14 328 1902

phos, nos casos indicados pelas instrucções especiaes sobre serão devolvidas sem perda de tempo â estação de proce-
o seu serviço. dencia.
Art. 113.° As correspondencias a distribuir por proprio § 1.° Os jornaes e outras publicações em cujas cintas
serào enviadas aos destinatarios immediatamente depois ou envolucros estiver impresso o titulo do jornal ou indi-
da abertura do saco ou maço em que houverem sido re- cação da empresa editora serão considerados como expe-
cebidas. didos pelas respectivas empresas ou administrações e a
§ 1.° As estações ajustarão o proprio, que de preferen- estas devolvidas immediatamente.
cia deverá ser distribuidor supranumerario nas localidades § 2.° Nas correspondencias ordinarias devolvidas á es-
onde os houver. tação de procedencia, escrever-se ha a tinta vermelha, em
§ 2.° Os proprios assignarão recibos das importancias caracteres bem visivcis, as palavraS'—devolvido ao remet-
que lhes forem abonadas, nos quaes deverão declarar a tente, ou empresa ou administração.
natureza do objecto distribuido, a distancia percorrida, § 3.° As correspondencias não franqueadas, ou insuffi-
a residencia e nome do destinatario e a procedencia do cientemente franqueadas, reexpedidas, serão mencionadas
objecto. em facturas, modelo n.° 48, devendo préviamente escre-
§ 3.° Para a distribuição por proprio haverá cadernetas ver-se sobre os sellos de porteado, em caracteres bem visi-
dos modelos n. os 4!) e 53, especiaes. veis, a palavra — reexped.ida.
Art. 114.° Os individuos que se ansentarem tempora- § 4 ° O talão da factura, modelo n.° 48, ficará em po-
riamente de qualquer localidade poderão requisitar que as der da estação até lhe serem remettidos os sellos para
correspondencias que lhes forem destinadas fiquem depo- complemento do seu deposito, e a estação destinataria en-
sitadas para serem opportunamente recebidas. viará a factura 48 recebida á Direeção Geral pela 5. a Re-
§ 1.° Os pedidos para as correspondencias fícarem reti- partição, procedendo em seguida nos termos dos artigos 75.°
das deverão ser feitos por escrito e devidamente datados a 77.°
e assignados, sendo a assignatura reconhecida por tabel- Art. 121.° Quando o destinatario de qualquer publica-
lião ou abonada por pessoa conhecida do empregado. ção periodica—jornal ou fasciculo—transmittida pela fórma
§ 2.° O periodo maximo durante o qual as correspon- auctorizada pelos artigos 9.° e 23.° se recusar a recebê-la
dencias podem ficar retidas ó de tres meses, a contar da ou tiver fallecido, ou se tiver ausentado, o exemplar que
data da requisição. lhe fôr destinado será devolvido immediatamente á admi-
Art. 115.° Não é permittido a empregado algum, qual- nistração respectiva, á qual será igualmente, e pelo mesmo
quer que seja a sua classe ou categoria, transportar ou correio, expedido aviso. Os jornaes ou fasciculos devolví-
distribuir ou permittir que os seus subordinados transpor- dos ás empresas de publicações periodicas devem ser en-
tem ou distribuam correspondencias particulares, de qual- volvidos em cintas com a indicação — Devolução á admi-
quer especie, sem pagamento dos respectivos portes, nistração do jornal . . . ou da empresa . . .
mesmo quando o transporte ou a distribuição seja feita § unico. Quando o destinatario de qualquer publicação
fóra das horas de serviço dos referidos empregados. periodica avisar o correio de mudança da localidade, este
Art. 116.° Nas localidades onde houver serviço de dis- participará o facto immediatamente á empresa da publi-
tribuição domiciliaria, os chefes, directores ou administra- cação, e lançará a competente nota na respectiva lista.
dores de hospitaes, prisões ou asylos, os commandantes Art. 122.° As correspondencias registadas e as cartas
dos regimentos e os proprietarios, administradores ou'di- com valor declarado, destinadas a individuos ausentes,
rectores de quaesquer estabelecimentos onde o accesso serão :
fôr defeso, serão convidados a ter, em local appropriado, a) Reexpedidas, pela primeira expedição, para a nova
caixas para receber as correspondencias destinadas aos in- localidade em que se achar o destinatario, se essa locali-
dividuos residentes nos referidos estabelecimentos. dade tiver sido communicada á estação;
Art. 117." As correspondencias ordinarias que não pu- b) Devolvidas á estação de procedencia, sem perda de
derem ser distribuidas, nem reexpedidas ou devolvidas á tempo, se a nova residencia do destinatario fôr ignorada.
estação da procedencia, serão conservadas nas estações Art. 123.° As correspondencias registadas e as cartas
destinatarias durante os prazos marcados no artigo 155.° com valor declarado que não puderem ser distribuidas por
qualquer motivo ou tiverem sido recusadas, sem ser por
CAPITULO V suspeita de violacão, serão devolvidas á estação de proce-
dencia pela primeira expedição.
Devolução e reexpcdição
§ unico. Nas correspondencias registadas e cartas com
Art. 118.° As correspondencias officiaes que não pude- valor declarado devolvidas á procedencia escrever-se-ha,
rem ser entregues na localidade do destino á auctoridade a tinta vermelha, as palavras — devolvido ao remettente —
a quem forem endereçadas serão : seguidas da explicaçâo da causa da devolução.
«) Devolvidas á estação de procedencia, pela primeira Art. 124.° As correspondencias registadas e as cartas
expedição, se fôr ignorada a localidade para onde partiu com valor declarado devolvidas á procedencia serão des-
a auctoridade destinataria; criptas nas cartas de aviso, modelos n. o s 44 e 50, pela
b) Reexpedidas pela primeira expedição, para a locali- fórma usual, escrevendo-se, porem, no logar competente,
dade em que se achar a auctoridade, quando esta assim o em vez do nome da terra do destino, a palavra — devol-
tiver requisitado officialmente. vido— não sendo admittida outra fórma de devolução.
§ unico. Os avisos expedidos pelo Juizo de Instrucção Art. 125.° Os avisos de recepção serão devolvidos ás
Oriminal e os avisos ou cartas de officio expedidos pelo estações de procedencia, logo que se achem devidamente
director do Posto de Desinfecção de Lisboa, de que trata assignados, inscrevendo-se nas cartas de aviso, pelo modo
a alinea b) do § 6.° do artigo 3.°, quando nao possam ser indicado nas mesmas.
entregues aos destinatarios, serão immediatamente devol- Art. 126.° Todas as correspondencias devolvidas á es-
vidos aquelles funccionarios. tação de procedencia serão immediatamente entregues aos
Art. 119.° A s correspondencias ordinarias, destinadas a remettentes.
individuos ausentes, serão immediatamente reexpedidas § unico. Para a entrega aos remettentes das correspon-
para a localidade em que sc achar o destinatario, se a sua dencias registadas e cartas com valor declarado serão
nova residencia tiver sido communicada á estação. observadas as regras estabelecidas para a distribuição
Art. 120.° Aa correspondencias ordinarias em que se d'esta classe de correspondencias.
encontre indicação do nome do remettente e que, por qual- Art. 127.° Pela devolução e pela reexpedição das cor-
quer motivo, não possam ser distribuidas ou reexpedidas respondencias não é devida nova franquia.
1902 329 Junho 14

Art. 128.° Quaesquer correspondencias que, depois de cias corrosivas, inflammaveis, explosivas ou que exhalem
entregues nos domicilios indicados nas mesmas, voltem ao mau cheiro, os liquidos e as substancias gordurosas e as
correio para seguirem outro destino, deverão ser franquea- materias corantes, quando não estiverem acondicionados
das novamente, e, quando o não tenham sido, deverão ser como determina o § 5.° do artigo 25.°, serão immediata-
consideradas como não franqueadas. mente inutilizados, mencionando-se nos respectivos envo-
§ 1.° E prohibido aos distribuidores receber correspon- lucros o motivo da inutilizaçâo, e avisando-se os remet-
dencias que estejam no caso d'este artigo. tentes, se forem conhecidos; quando o não sejam, enviar-
§ 2.° Não são comprehendidas nas disposições d'este se-hão avisos, modelo 54, aos destinatarios, se residirem
artigo as correspondencias destinadas a individuos que no continente ou nas ilhas adjacentes.
tenham a sua residencia em hoteis e que, por se terem au- Art. 133.° As correspondencias que estiverem nos casos
sentado, os respectivos proprietarios as devolvem ao cor- previstos nos n. os 4.°, 5.° e 9.° do artigo 130.° serão reti-
reio para seguirem o novo destino. Proceder-se-ha de igual das nas estações em que derem entrada.
modo para com as correspondencias entregues nos diver- Art. 134.° Os volumes ou correspondencias de que trata
sos consulados ao cuidado dos respectivos consules, quando o artigo antecedente serão, sem perda de tempo, resti-
se reenviem ao correio pela ausencia dos destinatarios. tuidos aos respectivos remettentes, quando forem conhe-
Art. 129.° As correspondencias ordinarias ou registadas cidos.
e as cartas com valor declarado que, apresentando ende- § 1.° Nos envolucros dos volumes ou correspondencias
reço incompleto ou errado, se devolverem á procedencia restituidas aos remettentes escrever-se-ha, em caracteres
para serem entregues aos remettentes, não serão, quando bem visiveis, o motivo por que a restituição é feita.
confiadas ao correio com o seu endereço completo ou re- § 2.° Quando não possa ser feita a restituição aos re-
ctiíicado, consideradas como correspondencias reexpedi- mettentes, serão immediatamente avisados os destinatarios,
das, mas sim sujeitas a nova franquia. se residirem no continente do reino ou nas ilhas adjacen-
tes, em um impresso, modelo n.° 54, para que mandem
CAPITULO VI retirar os respectivos volumes ou correspondencias ou com-
pletar-lhes a franquia, conforme o caso.
Objectos que n3o podem ser transportailos nem distribuidos
§ 3.° Quando os volumes ou correspondencias de que
Art. 130.° O correio não transporta nem distribue: se trata houverem sido lançados nos receptaculos affixados
1.° As correspondencias em que se possam ler palavras nas carruagens, trazidos a tiracollo pelos conductores de
injuriosas ou attentatorias da moral; malas a pé ou a cavallo, ou collocados nas estações das
2.° Animaes vivos ou mortos, não embalsamados, salvo linhas ferreas ou nas ambulancias postaes, serão deposita-
quanto a estes o que se acha preceituado para as encom- dos nas estações em que os mesmos receptaculos forem
mendas postaes; abertos, ou entregues ao chefe ou sub-chefes dos serviços
3.° Objectos cuja conducção sejaperigosa para os empre- das ambulancias de que dependerem as mesmas ambulancias
gados ou importe risco de deterioração para as correspon- e os empregados que servem nas linhas ferreas em que não
dencias, substancias corrosivas, inflammaveis, explosivas circulem estas repartições. As estações que receberem es-
ou que exhalem mau cheiro, os liquidos, as substancias tas correspondencias avisarão os remettentes ou destinata-
gordurosas e as materias corantes em pó, quando não se rios, por meio do impresso, modelo n.° 54, conforme o caso.
apresentarem acondicionadas, conforme determina o § 5.° O chefe ou sub-chefes das ambulancias entregarâo taes vo-
do artigo 2õ.°; lumes ou correspondencias nas estações centraes dos cor-
4.° Objectos muito frageis ou susceptiveis de se dete- reios das respectivas sedes para que estas formulem os
riorarem por effeito das necessarias manipulações postaes; competentes avisos.
5.° Os sellos e outras formulas de franquia, antigos ou Art. 135.° As correspondencias originarias do conti-
em circulação, e os titulos ou valores ao portador em ma- nente do reino e das ilhas adjacentes, seja qual fôr o seu
ços cintados ou sobrescriptos abertos; destino, que apresentarem indicios de estar nas condições
6." As cartas, maços e cartões postaes, registados ou do n.° 6.° do artigo 130.°, serão retidas nas estações em
não, que contenham moedas de ouro. prata, cobre, bronze que forem encontradas, e remettidas immediatamente á
ou nickel, antigas ou modernas, em circulação ou fóra Direeção Geral dos Correios e Telegraphos, a fim de se-
d'ella, nacionaes ou estrangeiras, pedras preciosas, joias, rem, no serviço dos refugos, abertas sem serem lidas, fi-
barras, laminas ou quaesquer objectos de ouro ou prata, cando apprehendido a favor do Estado o que fôr dentro
bem como outros de valor, salvo quando se expedirem em d'ellas encontrado. As mesmas correspondencias, fechadas
caixas cle valor declarado; em seguida em sobrescriptos especiaes, onde se mencio-
7.° As cartas ou maços, registadas ou não, quando se- narão as disposições que auctorizaram a apprehensão, se-
jam destinadas a paises estrangeiros ou ás provincias ul- rão enviadas aos remettentes, quando reconhecidos, e con-
!
tramarinas portuguesas ou d'ali procedentes, e contenham sideradas refugo no caso contrario.
os objectos especificados no numero precedente; § unico. Quando por inadvertencia forem registadas cor-
8.° As correspondencias procedentes das provincias ul- respondencias nos casos d'este artigo, a Direeção Geral
tramarinas portuguesas ou paises estrangeiros, registadas ordenará a sua restituição aos remettentes, ficando o em-
ou não, com objectos de importação prohibida, nos termos pregado que indevidamente fez o registo obrigado a res-
do artigo 16.° da convenção de Washington de 15 de ju- tituir aos mesmos a importancia dos sellos affixados nas
nho de 1S97; referidas correspondencias, e sujeito á devida pena disci-
9.° Os objectos de correspondencia cujas dimensões plinar.
ou acondicionamcnto não se prestarem aos transportes pos- Art. 136.° As cartas ou maços procedentes das provin-
taes, e bem assim os que pelo seu peso, volume ou outra cias ultramarinas portuguesas ou de paises estrangeiros
circunstancia não satisfaçam ás condições regulamentares. que apresentarem indicios de estar nos casos previstos no
Art. 131.° As correspondencias que estiverem no caso n.° 7.° do artigo 130.° serão retidos e enviados á Diree-
do n.° 1.° do artigo anterior serão retidas na estação de ção Geral dos Correios e Telegraphos, a fim de serem
origem, transito ou destino que reconhecer a existencia devolvidos, em officio registado, á repartição superior do
da infracção. correio de procedencia, avisando-se d'esta devolução os
§ unico. Os objectos de correspondencia de que trata respectivos destinatarios.
este artigo serão conservados nas estações onde houverem | Art. 137.° As cartas ou maços que apresentarem indi-
sido retidos e considerados refugo. cio de conter objectos de importação prohibida serão im-
Art. 132.° Os volumes contendo animaes vivos, substan- mediatamente devolvidos ao correio de origem, escreven-
Junho 14 1902

clo-sc, em caracteres bem visiveis e a tinta vermelha na da correspondencia até que cliegue ao seu poder o im-
frente clo endereço— importation interdite. presso, modelo n.° 100, e o fac-simile, procedendo entao á
Art. 138.° Os livros encadernados ou brochados, ou rectiíicação.
producções typographicas ou lithographicas e quaesquer Art. 143.° O pedido para suspencler a transmissão de
outros objectos sujeitos a direitos de importação, proce- correspondencias, será apresentado pelo remettente, cuja
dentes de paises estrangeiros ou das provincias ultrama- identidade deverá ser provada, em impresso, modelo n.° 100,
rinas portuguesas, serão retidos nas estações em que de- aeompanhado de fac-simile do respectivo sobrescripto ou
rem entrada e remettidos á estação central dos correios cinta.
dc Lisboa, quando a retenção se effectuar em qualquer Art. 144.° A suspensão de transmissão só póde reali-
das estações clos districtos de Aveiro, Beja, Coimbra, zar-se emquanto as correspondencias estiverem na estação
Castello Branco, Evora, Faro, Guarda, Leiria, Portale- de origem, e não poderá ser por periodo superior a cinco
gre, Lisboa, Santarem e Viseu, ou nas ambulancias pos- dias.
taes cle leste, norte, sul, Beira Alta e Beira Baixa ; e á Art. 145.° No verso dos sobrescriptos ou cintas das
estação central dos correios do Porto, quando a retenção correspondencias cuja suspensão fôr pedida, será feita de-
se effectuar cm qualquer das estações dos districtos cle
claração do facto e indicada a data em que a suspensão
Braga, Bragança, Porto, Vianna e Villa Real, ou nas am-
cessa.
bulancias postaes clo Minho e Douro, devendo em seguida
§ unico. A declaração de que trata este artigo deve ser
dar entrada nas respectivas 6. a ou 5.® secções, a fim de se-
rem contadas as compctentes imposições aduaneiras. assignada pelo reclamante e pelo empregado enearregado
clo serviço.
§ unico. Os livros brochados ou encadernados, as pro-
Art. 146.° O pedido para suspender a entrega de cor-
ducçoes typographicas ou lithographicas e quaesquer ou-
respondencias deve ser apresentado cm impresso, modelo
tros objectos sujeitos a direitos de importação que derem
n.° 100, procedendo-se em harmonia com o disposto no
entrada nas estações das ilhas adjacentes serão envia-
artigo 143.°
dos ao chefe do serviço do respectivo districto, o qual
Art. 147.° O pedido de que trata o artigo antecedente
promovcrá perante a Alfandega a contagem dos direitos
poderá ser transmittido pela via telegraphica ou postal, en-
clevidús, em harmonia com o que fica preceituado.
viando-se neste caso á estação cle destino o modelo n.° 100
Art. 1 39. 0 São applicaveis á cobrança dos direitos que
em sobrescripto registado, no qual se escreverá cm cara-
houverem do pagar os objectos indicados no artigo ante-
cteres bem legiveis as palavras — suspensão de entrega.
cedente, e bem assim á fórma cla sua entrega aos desti-
Art. 148.° Nos sobrescriptos ou cintas das corresponden-
natarios, os processos determinados para as encommen-
cias cuja entrega fôr suspensa na estação de destino es-
das postaes.
crever-se-ha a seguinte nota:
CAPITULO VII ((Entrega suspensa por.. . dias a reclamação do remet-
Ilcstituição, snspcnsíEo de transmissão de correspondencias tente i> .
e rectiíicação de endereços Art. 149.° O periodo para a suspensão da entrega clc
correspondencias é limitado a cinco dias.
Art. 140.° O pedido de restituição de quaesquer cor- Art. 150.° Pela transmissão dos irnpressos do modelo
respondencias ou de reedificação de endereço será feito n.° 100 pagará o reclamante 50 réis, por meio do affixa-
cm impresso, modelo n." 100, aeompanhado cle um fac- ção de sellos de franquia; pela transmissão pela via tele-
simile perfeito do sobrescripto da correspondencia a que graphica aecreseerá a despesa clo telegramma.
se rcferir. § 1.° Os pedidos que disserem respeito a correspon-
§ 1.° Se sc tratar de correspondencias registadas ou dencias que estiverem nas estações de origem ficam su-
cle cartas com valor declarado, o fac-simile será aeompa- jeitos á taxa de 25 réis.
nhado pelo respectivo recibo ou certificado. § 2.° Os interessados pagarão, por meio cle affixação de
§ 2." O remettente da correspondencia que haja cle ser sêllo de franquia, pelo uso que fizerem dos irnpressos, mo-
restituida, ou cujo endereço tenha cle ser modificado, deve delo n. 0 100, a importancia de 5 réis.
provar a sua identidade por fórma que não offereça du- Art. 151.° As importancias dos sellos affixados nas cor-
vida. respondencias que forem entregues aos remettentes não
Art. 141.° Sc a correspondencia que haja dc ser resti- lhes serão em caso algum restituidas, devendo, quando es-
tuida ou cujo endereço tenha de ser modificado estiver tejam na estação de origem, serem os sellos cle franquia
ainda na estação de origera, devc ser satisieito immedia- préviamente inutilizados.
tamente o pedido do remettente. Art. 152.° Só é permittido peclir a restituição dc cor-
Art. 142." Quando a correspondencia já tenha sido ex- respondencia ou a suspensão dc transmissão ou rectifi-
pediiia, deverá proceder-se pela seguinte fórma : cacão clo enclereco,
9 9 7 na estação
9 de origem,
O ) até uma hora
«) Sc o pedido fôr transmittido pela via postal, ex- antes do encerramento das malas em que houverem de
pedir-sc-hrt o impresso, modelo n.° 100, com o fac-simile, ser expedidas.
cm sobrescripto registado, no qual se escreverá em cara- Art. 153.° São competentes para pedir a restituição
cteres visiveis — restituição de correspondencias ou rectifi- do correspondencia dc menores ou individuos declarados
cação de endereço, conforme o caso ; interdictos por demencia ou a suspensão da sua transmis-
h) Sc o psdido houver de ser feito pela via telegra- são ou a rectificação do respectivo endereço, nos termos
phica, serão transmittidas com toda a prccisão as indi- das disposições d'este capitulo — os paes ou tutores, apre-
cações exaradas no impresso, modelo n." 100, e pela pri- sentando documento justificativo cla auctoridade paternal
meira mala o dito impresso, aeompanhado clo respectivo ou tutelar.
fac-simile.
§ 1." Quando se tratar da restituição do corresponden- CAPITULO VIII
cia!;, logo quc a estação destinataria rcccba o impresso,
Refugos
modelo n." 100, ou o telegramma, devolverá á estação cle
origem a correspondencia cuja restituição seja pedida com Art. 154." Consideram-se — em refugo—as correspon-
a nota dcvolvida ao remettente. dencias confiadas ao correio que não puderam ser expe-
t? 2." Quando sc tratar cle rcctificaçõcs de endereço, a didas, distribuidas ou restituidas aos remettentes.
fstação destinataria, logo quc rcceba o impresso, modelo § unico. As correspondencias registadas e as cartas ou
n." 100, fará a competente rectiíicação. Se o pedido caixas com valor declarado só são consideradas — em
fôr expedido pela via telegraphica, suspenderá a entrega refugo — na estação de origem, quando, depois de para ali
1902 331 Junho 14=

devolvidas por não serem encontrados os destinatarios, fugo — Portugal, e em seguida serão inscriptas em livros
não puderam ser restituidas aos remettentes. adequados e pelo moclo por que são mencionados nas guias,
Art. 155.° As correspondencias — em refugo — serão modelo n.° 55. (
remettidas directamente ao chefe do serviço dos refugos Art. 160.° As correspondencias — em refugo — será
postaes, em Lisboa, depois de conservadas nas estações dado o seguinte destino:
durante os seguintes prazos, conforme o caso: 1.° As que forem originarias de paises estrangeiros se-
1.° Até ao ultimo dia do mês immediato áquelle em que rão devolvidas ao país de procedencia, no ultimo dia do
derem entrada na estação : mês em que houverem sido recebidas;
a) As que não puderem ser expedidas nem restituidas 2.° As que forem originarias das provincias ultramari-
aos remettentes; nas serão devolvidas á repartição superior dos correios da
b) As que, devolvidas á procedencia, não possam ser provincia de onde procederem ou ás estações cle proce-
entregues aos remettentes; dencia, conforme fôr mais conveniente, no ultimo dia do
c) As que não puderem ser distribuidas, quando forem segundo mês em seguida áquelle em que houverem sido
originarias do continente do reino, das ilhas adjacentes ou recebidas;
de paises estrangeiros situados na Europa; 3.° As que forem originarias do continente do reino ou
d) As que houverem sido retidas nos termos do artigo das ilhas adjacentes, depois de perfeitamente verificado que
131.° não podem ser entregues aos destinatarios nem aos re-
2." Até ao ultimo dia do segundo mês em seguida mettentes, serão conservadas durante o prazo indicado no
aquelle em que derem entrada na estação, as que não pu- artigo 163.°
derem ser distribuidas, quando forem originarias das pro- Art. 161.° Os refugos que hajam de ser devolvidos aos
vincias ultramarinas portuguesas, ou de paises situados paises estrangeiros ou ás provincias ultramarinas serão
fóra cla Europa. acompanhados cle guias em que se mencionem as corres-
3.° Até ao ultimo dia do terceiro mês a contar d'aquelle pondencias ordinarias pelo seu numero e as registadas pelo
em que derem entrada na estação, as de qualquer proce- respectivo numero de registo.
dencia, destinadas a individuos embarcados, e bem assim Art. 162.° As correspondencias procedentes do continente
as que tenham ficado retidas a pedido dos destinatarios. do reino e das ilhas adjacentes devolvidas—em refugo —
§ unico. Para que as correspondencias possam ficar re- pelas provincias ultramarinas portuguesas, ou paises es-
tidas na estação do destino, a pedido dos destinatarios, é trangeiros, serão reunidas no serviço dos refugos postaes.
necessario quo estes formulem a competente requisição § 1.° Estas correspondencias serão inscriptas em livros
por escrito e provem a sua identidade, devendo declarar especiaes.
qual o prazo de retenção, prazo que nunca poderá ir alem § 2.° As que tiverem nos sobrescriptos ou cintas in-
clo fixado no n.° 3.° dicação por onde possam ser conhecidos os respectivos
Art. 156.° No ultimo dia de cada mcs, as estações farão remettentes ser-lhes-hão immediatamente enviadas, em-
remessa das correspondencias que tenham sido conserva- pregando-se as possiveis diligeneias para fazer chegar as
das durante os prazos marcados no artigo antecedente, outras aos destinataiios.
acompauhando-as de guia, conforme o moclelo n." 55, na Art. 163." As correspondencias ordinarias, originarias
qual serão devidamente descriptas. do continente do reino e das ilhas adjacentes, serão con-
§ 1.° Os refugos serão remettidos em maços ou sacos, servadas até ao ultimo dia do sexto mês, a contar cla data
convenientemente lacrados e divididos nos seguintes grupos: cla sua entrada nos refugos postaes; as registadas e as car-
1.° Correspondencias ordinarias que não puderam ser tas e caixas com valor declarado conservar-se-hão até que
expedidas nem restituidas; decorra um anno, a contar cla referida data.
2.° Correspondencias ordinarias que não puderam ser § unico. Exceptuam-se as amostras que, por sua natu-
distribuidas; reza, se decomponham ou se deteriorem e possam causar
3.° Correspondencias registadas, cartas ou caixas com prejuizo, as quaes serão immediatamente destruidas ou
valor declarado ; venclidas se o puderem ser.
4.° Correspondencias retidas nos termos do artigo 131.° Art. 164." Findos os prazos marcados no artigo antece-
§ 2." Os maços ou sacos de refugo deverão ter, em ca- dente, procedcr-se-ha nos termos do artigo 53.° cla orga-
racteres bem visiveis, a palavra — refugo—e bem assim nização clos serviços clos telegraphos, correios e fiscaliza-
a indicação do mês a que respeitarem. ção das mclustrias electricas, decretada em 24 de dezem-
§ 3." Os maços ou sacos cle refugo que contivercm bro de 1901.
correspondencias registadas deverão ser remettidos com as § 1.° A destruição das correspondencias, nos termos cla
formalidades do registo. alinea a) do § unico do citado artigo, realizar se-ha á me-
§ 4.° As estações postaes situadas fóra das sedes dos dida que se proceda á sua abertura, rasgando-as cm pe-
concelhos remetterão as correspondencias cm refugo ás quenos fragmentos, os quaes serão encerrados em sacos,
estações de que dependerem directamente, cumprindo a a fim de, nos meses de julho e dezembro de cada anno,
estas acondicioná-las convenientemente e preencher para serem inutilizados, procedendo-se em harmonia com as or-
cada uma clas referidas estações a competente guia, mo- dens da Direccão Geral.
delo n.° 55. § 2.° A venda dos objectos, de que trata a alinea b) do
Art. 157." Quando em algum mês não haja em qualquer § unico do referido artigo 53." cla organização, realizar-
estação refugos a expedir, será remettida guia, modelo se-ha nos meses de junho e dezembro de cada anno. Esta
n.° 55, na qual sc escreverá a palavra — nada. venda será feita em hasta publica, de que se lavrará o
Art. 158.° Os refugos serão conferidos com as respe- competente termo em duplicado, sendo um enviado á Di-
ctivas guias, rectificando-se qualquer erro e avisando-se reeção Gera 1 clos Correios e Telegraphos e ficando o ou- .
cVello a estação remettente. Quando as guias mencionarem tro archivado nos refugos postaes. A este acto presidirá o
correspondencia não franqueada ou com franquia insuffi- chefe dos serviços dos refugos postaes, com a assistencia
ciente, o duplicado clo quadro III das mesmas guias, mo- de um clos empregados do mesmo serviço e de um func-
delo n.° 55, depois dc devidamente assignada a nota de cionario nomeado pelo director geral dos Correios e Te-
conferoncia, será remettido á Direeção Geral dos Correios legraphos. O producto d'osta venda será arrccadado como
e Telegraphos pela 5. !l Repartição. rendimento postal, nos termos do regulamento cle contabi-
Art. 159." Em todas as correspondencias —• em refugo — lidade de receitas de telegraphos e correios.
1'ecebidas no serviço dos refugos postaes, imprimir-se-ha Art. 165. 0 As correspondencias — em refugo — devida-
unia marca de dia que tenha as seguintes indicações — re- mente franqueadas, que hajam de ser entregues aos desti-
Junlio 14 332 1902

natarios ou remettentes, serão incluidas em sobrescriptos e bem assim qualquer impresso annunciador d,o estabele-
especiaes convenientemente fechados e nos quaes se indi- eimento que fizer a remessa.
que os artigos da lei ou regulamento que regem este ser- Art. 173.° As caixas com valor declarado devem ser
viço. atadas em cruz, com um cordel ou fita forte, sem nós, cu-
Art. 166.° Nas correspondencias — em refugo — que es- jas duas extremidades se prendam por meio de lacre, so-
tiverem sujeitas a portes, indicar-se-ha nos seus sobrescri- bre o qual será affixado um sinete ou signal particular.
ptos a importancia que os interessados teem a satisfazer, O mesmo sinete ou signal deve ser reproduzido nas quatro
devendo ser-lhes affixada a marca T. faces da caixa sobre o lacre sobreposto ao cordel ou fita.
Art. 167.° Durante os prazos cm que as corresponden- § 1.° As faces superior e inferior das caixas devem
cias são conservadas em refugo, podem as mesmas ser en- ser cobertas com papel branco destinado ao endereço, ás
tregues aos destinatarios ou aos remettentes que as pedi declarações. do valor e do conteudo e aos carimbos do
rem. serviço.
Art. 168.° A entrega dos refugos será feita por inter- § 2.°" Nas caixas poderão escrever-se as seguintes in-
medio das estações e nos termos do artigo 16õ.° dicações: assignatura do remettente ou designação do
§ unico. Só em casos excepcionaes, e quando seja de- seu nome, da sua firma social, da sua eategoria ou pro-
vidamente provada a identidade do reclamante, poderá a fissão, da sua residencia, da marca da fabrica ou de com-
correspondencia ser-lhe entregue em mão. mercio e da data cle remessa.
Art. 174.° A declaração do valor deve ser feita a tinta,
CAPITULO IX por extenso e em algarismos na parte superior do ende-
reço, de fórma clara e intelligivel, sem palavras riscadas,
Serviço internacional
emendadas ou accrescentadas, embora resalvadas. A de-
Art. 169.° Para a permutação internacional das corres- claração do conteudo deve ser feita a tinta, em caracte-
pondencias proceder-se-ba em harmonia com o que dis- res bem visiveis e intelligiveis, sem rasuras nem emendas.
põem as convenções vigentes ou que de futuro possam ne- Art. 175.° A franquia das caixas é obrigatoria e na ra-
gociar-se e com as instrucções e ordens especiaes que zão de 20 réis até 100 grammas, 50 róis quando o peso
sobre este serviço ao presente existirem ou forem transmit- fôr superior a 100 grammas e não exceder 500 grammas,
tidas pela Direccão Geral dos Correios e Telegraphos. e 100 réis por mais de 500 grammas. A percentagem da
declaração de valor é de 250 réis por 100^000 réis ou
CAPITULO X fracção de 100^000 réis.
§ unico. Tanto a franquia como o premio do registo e
Estatistica a importancia da percentagem relativa á declaração do
Art. 170.° Os preceitos para colligir e elaborar a esta- valor serão pagas pela affixação dos competentes sellos
tistica clas correspondencias, tanto do serviço interno como nos respectivos envolucros.
do internacional, são determinados pelas instrucções e or-
dens especiaes actualmente em vigor, emanadas da Diree- CAPITULO II
ção Geral dos Correios e Telegraphos ou pelas que de Recepção
futuro esta haja de transmittir.
Art. 176.° E estabelecida a permutação de caixas com
valor declarado entre todas as sedes de concelho do conti-
TITULO II nente do reino e ilhas adjacentes, sendo incumbidos d'esse
serviço:
Das caixas com valor declarado
a) Em Lisboa, a 5. a secção da estação central dos cor-
Serviçointerno reios ;
b) No Porto, a 4. a secção da estação central dos correios;
CAPITULO I c) Nas capitaes dos districtos administrativos, os fieis
respectivos;
Disposições geraes
d) Nas sedes de concelho, as respectivas estações.
Art. 171.° Podem transitar pelo correio, com a clenomi- § unico. Quando as circunstancias o permittirem, po-
nação de caixas com valor declarado, os volumes que con- derá a Direeção Geral dos Correios e Telegraphos tornar
tiverem objectos de valor e satisfizerem ás seguintes con- extensiva a permutação de caixas a estações situadas fóra
dições : das sedes dos concelhos.
1. a Peso maximo: 1:000 grammas; limite maximo de Art. 177.° As caixas com valor declarado são recebidas
valor declarado : 2:000^000 réis ; em mão nas estações.
2. a Dimensões maximas: 20 centimetros de comprimen- Art. 178.° São applicaveis ás caixas com valor decla-
to, 10 centimetros cle largura e 10 centimetros de altura; rado as disposições dos artigos 52.° e 57.°
3. a Envolucro de madeira com 8 millimetros, pelo me- Art. 179.° Cumpre aos empregados encarregados da
nos, de espessura. recepção das caixas:
§ unico. As caixas não poderão ter dimensões tão exi- a) Verificar se estão nas condições exigidas, quanto ao
guas que não offereçam espaço sufficiente para se affixa- peso, dimensâo, acondicionamcnto, e ainda ao conteudo,
rem os sellos devidos na face em que estiver escrito o en- quando houver suspeita de que qualquer caixa contém ou-
dereço. tros objectos que não sejam os auetorizados;
Art. 172." As caixas com valor declarado podem con- b) Exigir aos remettentes a devida declaração do con-
tcr: teudo e do valor;
a) Joias, pedras preciosas, laminas, barras, pó, outros c) Pesar, com a approximação de 0,5 grammas, as cai-
objectos cle ouro, prata ou outro metal precioso, ou ainda xas, acto continuo á sua recepção, e escrever immediata-
quaesquer outros objectos de valor ; mente no angulo esquerdo superior do endereço a indica-
b) Mcdalhas, moedas em circulação ou antigas, tanto ção do peso em grammas.
nacionaes cqino estrangeiras. § unico. Quando houver suspeita de que o conteudo das
§ unico. E todavia permittido a inclusão de facturas ou caixas não ó o auetorizado, a verificação será feita perante
notas manuscriptas ou impressas indicativas do numero de os apresentantes, a quem, confirmando-se a suspeita, serão
ordem, preço, peso, medição, dimensões ou quantidade restituidas.
disponivel ou qualificaçâo, relativas ao conteudo das caixas, Art. 180.° E prohibido aos empregados:
v.
1902 333 Junho 14

a) Intervir de qualquer fórma nas operações indispen- Art. 189.° Os objectos sujeitos a cobrança serão deposi-
saveis para o fecho das caixas; tados nas estações com as formalidades e nas condições
b) Forneeer papel, lacre, sinete, fio ou nastro para o de acondicionamento prescriptas nos regulamentos para
mesmo fim; cada uma das respectivas classes. Deverão, alem d'isso,
c) Escrever o endereço ou a declaração do valor ou do ter escrita pelo remettente, com letra bem visivel, na
conteudo. frente dos envolucros, a palavra cobrança, e por extenso,
Art. 181.° Não podem ser acceitas as caixas que: e em algarismos, de fórma clara e intelligivel, na parte
1.° Excederem o peso e as dimensões fixadas e não ti- superior do endereço, a importancia a cobrar. Na parte in-
verem o envolucro nos termos dos artigos 171.° e 173.°; ferior ou no verso do endereço, escrever-se-ha sempre o
2.° Tiverem o endereço ou a declaração de valor incom- nome e residencia do remettente.
pleto ou confuso, feito a lapis ou em caracteres illegiveis, § unico. Nos livros, modelos n. o s 46 e 51, e nos recibos
ou o nome do destinatario por iniciaes; a entregar aos remettentes, escrever-se-ha a palavra —
3.° Contiverem outros objectos alem dos designados no cobrança — seguida da importancia a cobrar, expressa em
artigo 172.° algarismos.
Art. 182.° O registo das caixas com valor declarado será Art. 190.° Os objectos sujeitos a cobrança obedecem, na
feito nos termos em que se executa o das cartas com va- sua transmissão, ás regras estabelecidas nos regulamentos
lor declarado, empregando-se os mesmos modelos e sendo- para as respectivas classes, devendo inscrever-se sempre
lhes applicaveis as disposições dos artigos 59.° a 64.° nas cartas de aviso, modelos n. os 50 ou 44, conforme fo-
§ unico. A numeração das caixas com valor declarado rem com valor declarado, ou sem elle, o nome do remet-
é promiscua com a das cartas com valor declarado. tente, o destino e a importancia a cobrar.
Art. 191.° Na distribuição e entrega dos objectos sujei-
CAPITULO III tos a cobrança applicar-se-hão as regras estabelecidas nos
regulamentos para as respectivas classes, usando-se igual-
Transmissão, distribuição, devolução e reexpediçSo
mente para os devidos effeitos as cadernetas, modelos
os
Art. 183.° As caixas com valor declarado ficam sujeitas n. 49 e 53, nas quaes serão escritas a tinta vermelha as
a todas as regras estabelecidas para as cartas de valor de- importancias a cobrar.
clarado, no que respeita á sua transmissão, distribuição, § 1.° A entrega das correspondencias sujeitas a co-
devolução e reexpedição. brança só póde realizar-se mediante o pagamento, no acto
da entrega, das quantias a cobrar.
CAPITULO IV § 2.° Os encarregados da distribuição, no regresso ás
estações, prestarâo contas das cobranças de que tenham
Restituição, suspensão de transmissão
e rectiíicação de eudereços sido incumbidos.
Art. 192.° Os chefes das 5. a e 4. a secções das estações
Art. 184.° Para retirar as caixas, suspender a sua trans- centraes dos correios de Lisboa e Porto, os fieis telegra-
missão ou rectificar o seu endereço, applicar-se-hão as re- pho-postaes e os chefes ou encarregados de estações trans-
gras estabelecidas no capitulo VII do titulo I para as car- formarão immediatamente em vales, a favor dos remet-
tas com valor declarado. tentes, as importancias respectivas aos objectos sujeitos
a cobrança, feita a deducção do premio e sêllo respeitan-
CAPITULO V tes aos vales e do premio de cobrança de 50 réis. Nestes
Refugo vales, respectivos talões e requisições, escrever-se-ha a
tinta vermelha a palavra cobrança, seguida da indicação
Art. 185.° Os preceitos consignados no capitulo VIII do da classe do objecto a que respeita a mesma cobrança.
titulo i para os refugos das cartas com valor declarado são § 1.° As requisições estão isentas do pagamento do
applicaveis ás caixas. valor do respectivo impresso.
§ 2.° Logo que se realize a liquidaçào da cobrança, na
CAPITULO VI
carta de aviso, modelo n.° 44 ou 50, onde estiver inscri-
Serviço internacional pto o objecto a que respeita a liquidação, será mencionado
na columna competente o numero do vale.
Art. 186.° Para a permutação internacional das caixas
§ 3.° O premio cle cobrança será arrecadado por meio
com valor declarado proceder-se-ha em harmonia com o
de affixação de sêllo da respectiva taxa na requisição do
que dispõem as convenções vigentes ou que de futuro pos-
vale a que respeite a cobrança, e inutilizado com a marca
sam negociar-se, e bem assim com as ordens ou instruc-
de dia da estação que realizou a operação.
ções que sobre este serviço ao presente existirem, ou que
Art. 193." Não serão recebidas correspondencias sujei-
venhain a ser expedidas pela Direeção Geral dos Correios
tas a cobrança quando a quantia a cobrar não comporte
c Telegraphos.
as deducções devidas.
T I T U L O III Art. 194.° A importancia indicada nas correspondencias
sujeitas a cobrança póde ser annullada ou rectificada para
Das correspondencias sujeitas a cobrança
mais ou menos, quando o respectivo remettente assim o
CAPITULO I reclame.
§ unico. Estas reclamações serão feitas em modelo
Serviço interno n.° 100 e seguir-se-hão os preceitos analogos aos indicados
Art. 187.° Podem ser expedidos pelo correio, sujeitos a no capitulo vii do titulo i para a suspensão de transmissão
cobrança, os objectos registados, as cartas com valor de- de correspondencias e rectiíicação cle endereços.
clarado e caixas com valor declarado. Art. 195.° As estações em que forem apresentadas as
§ unico. São unicamente estações da permutação d'estas reclamações, modelo n.° 100, procederão á annullação ou
correspondencias as das capitaes cle districto e das sedes ás rectificações da quantia inscripta nos competentes regis-
dos concelhos. tos, no recibo quc apresentar o remettente, e no envolucro da
Art. 188.° O valor maximo da importancia a cobrar é, correspondencia sujeita a cobrança, quando as correspon-
em harmonia com o disposto no artigo 397.°, o equiva- dencias ainda não tenham saiclo cla estação. Se as correspon-
lente á quantia maxima por que póde ser emittido um dencias já houverem sido expedidas, rectificar-se-ha ou
vale de correio pagavel na localidade de origem da cor- far-se-ha annullação nos duplicados das respectivas cartas
respondencia sujeita a cobrança. de aviso, devendo a estação destinataria, logo que receba
Junlio 14 334 1902

o modelo n.° 100 ou o competente telegramma, annullar madeira consistente, se forem liquidos ou substancias gor-
ou rectificar nas cartas de aviso e no endereço das cor- durosas quc se liquefaçam facilmente. As substancias gor-
respondencias a importancia a cobrar nelles designada. durosas que se não liquefaçam facilmente serão acondi-
O modelo n.° 100 ou o telegramma ficarão annexos ás res- cionadas cla mesma fórma, dispensauclo-se, porem, a ma-
pectivas cartas dc aviso. teria absorvente. O acondicionamento deve ser por fórma
que o volume não possa abrir-se scm mostrar indicios cle
CAPITULO II violação.
Serviço internacional § unico. As encommendas registadas, as com valor de-
clarado e as sujeitas a cobrança devem ser cerradas com
Art. 196.° () serviço internacional das correspondencias sinete ou signal especial do remettente, posto sobre lacre,
sujeitas a cobrança executar-sc-ha em harmonia com as chumbo ou qualquer outra substancia congenere.
convenções vigentes ou que do futuro possam negoeiar-se,
Art. 201.° As encommendas não podem contor:
e bem assim com as instrucções e ordens ao presente exis-
a) Cartas fechadas, ou abertas, quo se reconheça terem
tentes ou que venham a ser expedidas peia Direeção Ge-
menos dc seis meses da data;
ral dos Correios e Telegraphos.
b) Papeis manuscripto;*, salvo os livros manuscriptos,
encadernados ou em brochura, taes como livros cle escri-
TITULO IV pturação commercial, livros cle actas do qualquer socie-
dade ou companhia, facturas relativas ao conteudo dos vo-
Encommendas postaes lumes, notas mannscriptas indicativas do numero cle or-
dem, preço, peso, medição, dimensão ou quantidade dis-
Serviço iiitííi-iio
ponivel, ou qualquer impresso annunciador do estabeleei-
CAPITULO I mento quc fizer a remessa;
c) Bilhetes ou cautelas de lotarias, estampilhas fiscaes,
Disposições geraes
formulas de franquia não inutilizadas, letras selladas em
Art. 197.° Podem transitar pelo correio, sob a denomi- branco, quando não tenham indicação impressa ou em letra
nação de encommendas postaes, os volumes que satisfaçam de agua do banco, companhia ou firma commercial a que
as seguintes condições: pertencerem, papel sellado não escrito, notas do banco,
a) Peso maximo : 5 kilogrammas ; cedulas e coupons, e em geral todos os titulos de valor pa-
b) Volume maximo: 25 decimetros cubicos, não poden- gaveis ao portador, salvo se as encommendas forem com
do o seu comprimento ser superior a 60 centimetros, nem valor declarado ;
inferior a 10 ccntimetros. d) Cartas cle jogar não selladas;
Art. 198.° A s encommendas postaes são: e) Animaes vivos, substancias corrosivas, inflammaveis,
a) Ordinarias; explosivas ou que exhalem mau cheiro ;
b) Registadas; j j Medalhas, moedas antigas ou em circulação, tanto
c) Com valor declarado ; nacionaes como estrangeiras, salvo se as encommendas fo-
d) Registadas ou com valor declarado, sujeitas a co- rem com valor declarado;
brança. q) Quaesquer objectos ou plantas, sementes e mais or-
§ unico. O maximo da declaração de valor para cada gãos dc plantas cujo transporte por qualquer outra via te-
cncommenda ó de 500^000 réis. O valor maximo da im- nha sido, por motivo de epidemias ou epiphytias, oíficial-
portancia a cobrar c, em harmonia com o disposto no ar- mente prohibido ou sujeito a determmadas restricções.
tigo 397.°, o equivalente á quantia maxima por que póde Art. 202.° Quando, no acto da recepção, houver suspeita
ser emittido um vale de correio pagavel na localidade de de que qualquer cncommenda contém algum clos objectos
origem cla cncommenda. especificados neste artigo, será a mesma encommencla ve-
Art. 199.° As encommendas devem ter: rificada na presença do apresentante, ao qual, confirman-
a) Na face destinada ao endereço, o espaço livre suffi- do-se a suspeita, será restituida.
ciente para lhe ser affixada uma etiqueta, com o numero Art. 203." Quando, na estação destinataria, houver a
dc cxpediçrio e os respectivos sellos de franquia, que se- suspeita a que se refere o artigo 201.°, será a enconi-
rão inutilizados com a marca dc dia cla estação expedi- menda aberta na presença do destinatario, e, se este não
dora ; comparecer, perante duas testemunhas, lavrando-se termo,
b) O endereço completo, escrito a tinta e em caracte- que será assignado por estas e pelo respectivo empregado,
res bem legivcis, não sendo permittido indicar integral- procedendo-se pela fórma seguinte :
mente o nome clo destinatario por iniciaes ; a) Se a encommencla contiver carta ou cartas, ou pa-
c) O nome e residencia do remettente ; peis manuscriptos, que não sejam os exceptuados na ali-
d) A designação bem legivel do conteudo da mesma nea b) do artigo 201.", será onerada com uma multa equiva-
encommencla. lente ao sextuplo cla taxa correspondente ao porto das di-
§ 1.° As encommendas com valor declarado devem ter tas cartas ou papeis, como carta não franqueada, não po-
a declaração do valor, escrita pelo remettente por ex- dendo em caso algum a multa ser inferior a 1$000 réis ;
tenso e cm algarismos na parte superior clo endereço, e b) Se a cncommenda, não sendo com valor declarado,
bem assim clo peso exacto, expresso cm grammas, de fór- fôr procedente do continente clo reino ou das ilhas adja-
ma clara e intclligivel, tudo sem palavras riscadas, emen- centes e contiver objectos mencionados nas alineas c) e
dadas ou aecrescentadas. / ) do artigo 201.°, será apprehendida e enviacla á Di-
§ 2.° As encommendas sujeitas a, cobrança deverão ter, reccão Geral dos Correios e Telegraphos, revertendo
escrita pelo remettente com letra bem visivel, a palavra aquelles objectos a favor do Estado e entregando-se o res-
cobrança, e por extenso e em algarismos, cle fórma clara tante ao remettente. Sc a cncommenda fôr procedente clo
c intelligivcl, na parte superior clo endereço, a importan- país estrangeiro ou cle provincia ultramarina portuguesa
cia a cobrar. não senclo com valor declarado, e contiver os alluclidos
Art. 20O." O acondicionamento das encommendas, con- objectos, será devolvida ao correio cle procedencia, com a
forme. a sua natureza, deve ser em papel consistente, declaração a tinta vermelha, no endereço, ds — i m p o r t a -
panno ou olcado, caixas ou grades dc madeira, caixas de tion interdite;
folha metallica, sacos ou ccstos; em frascos de vidro ou c) As encommendas que contiverem os objectos especi-
louça, envolvidos em cstopa, algodão, serradura ou qual- ficados nas alineas d), e) e g) do artigo 201.°, serão imme-
quer outra substancia absorvente, incluidos em caixas de diatamente inutilizadas, mencionando-se nos respectivos
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envolucros o motivo da inutilização, e lavrando-se o com- b) Affixar nas encommendas registadas a etiqueta, mo-
petente termo em duplicado, ficando um no archivo da es- delo n.° 124, inscrevendo-a sob a lctra E no livro de re-
tação e sendo o outro remettido ao destinatario. gisto, modelo n.'J 46, com as formalidades scguidas com
Art. 204.° As encommendas não são sujeitas ao impos- os outros objectos registados, entregando ao remettente o
to de transito dos caminhos do ferro no continente do rei- correspondente rccibo;
no ; porem estão sujeitas ao imposto de consumo cm Lis- c) Escrever nas encommendas com valor declarado a
boa, ao real de agua e aos mais impostos locaes, existen- tinta vermelha as letras V . D . , inscrevendo-as no livro,
tes ou que de futuro se estaboleçam, e bem assim a todas modelo n.° 51, com as formalidades scguidas com os ou-
as prescripções regulamentares das alfandegas, que não tros objectos de valor declarado, e entregando ao remet-
sejam especialmente modificadas por este diploma. tente o respectivo certificado. Estas encommendas devem
Art. 2 0 5 . 0 A s encommendas servirâo de garantia ao ser pesadas com a aproximação dc 1 gramma;
Estado, para pagamento das taxas, multas. impostos e â) Affixar nas encommendas sujeitas a cobrança a eti-
mais despesas com que sc acharem oneradas. queta, modelo n.° 232, incrcvendo-a sob a letra E no li-
Art. 206.° A franquia das encommendas postaes é obri- vro, modelo n.° 46 ou 51, conforme o caso, com as for-
gatoria, e paga por meio de affixação, na sua face corres- malidades seguidas com os outros objectos registados ou
pondente ao endereço, de sellos na importancia do porte e de valor declarado, c accrescentando a indicação da quan-
mais taxas a que estiverem sujeitas. tia a cobrar. A o remettente será entregue o corrcspon-
Os portes e taxas a que licam sujeitas as encommendas donte recibo ou certificado, escrevendo nelle a palavra —
permutadas no continente do reino e nas ilhas adjacentes, coòrança — seguida da quantia a cobrar.
entre o mesmo continente e as referidas ilhas c de uuias Art. 211." A s encommendas registadas, com v a b r de-
para outras ilhas, são: clarado e as sujeitas a cobrança tomarão o numero que
Para as encommendas ordinarias: lhes competir, no acto da inscripção, respectivamentc nos
Ató 3 kilogrammas, 2 0 0 réis; | livros, modelos n."3 4 6 e 51.
Do mais de 3 ató 4 kilogrammas, 2 5 0 réis ; § unico. Nas 6. a e 5. a secções das estações centraes dos
D e mais de 4 até 5 kilogrammas, 3 0 0 réis. correios de Lisboa e Porto adoptar-se-hão, para as en-
Para as encommendas registadas, alem do porte das or- commendas registadas e cle valor declarado, quer sejam
dinarias, a taxa íixa de registo de 50 réis. ou não sujeitas a cobrança, livros modelos n. o s 46 e 51,
Para as encommendas de valor declarado, alem do porte sendo dada uma numeraçrio especial para cada classe.
e taxa dc registo, 2 5 0 réis por cada 1 0 0 ^ 0 0 0 reis ou Art. 212.° A s encommendas, quando destinadas a Lis-
fracção de 100/5000 réis declarados. boa e Porto, ou a sccles de concelho, poderão ser expe-
Para as encommendas sujeitas a cobrança, os portes e didas sob a condíção cle ser entregues nos domicilios dos
as taxas devidas, conforme forem registadas ou com valor destinatarios, devendo para esse fim os remettentes escre-
declarado, e o premio de 50 réis de cobrança, quando esta ver a palavra «domicilio» cm caracteres bem visiveis na
se realizar. parte superior do endereço.
Art. 207.° O premio de cobrança será deduziclo da im- § unico. Accrescerá, para esse effeito, aos portes e ta-
portancia cobrada e representado pela affixação de sêllo xas fixadas no artigo 206.", o pagamento, por meio de,
de franquia cVaquella taxa na requisição do vale em que affixação de sellos no envolucro da eneommenda, cle 100
será transformada a importancia cobrada, depois de dedu- réis, quando a distribuição domiciliaria houver cle se effe-
ziclo o respectivo premio de emissão e sêllo competente. ctuar em Lisboa ou Porto, e de 5 0 réis quando tiver de se
realizar nas sccles de concelho.
CAPITULO II Art. 213.° A s encommendas poderão ser expedidas sob
a condição de serem entregues aos destinatarios por pro-
Kecepção
prio.
Art. 208.° A recepção das encommendas, cuja permu- § 1." A taxa para distribuição por proprio será paga
tação ó feita entre as estações das sedes clos concelhos do adeantadamente pela affixação de sellos de franquia na en-
continente do reino e das ilhas adjacentes, e bem assim eommenda.
as demais estações que a Direccão Geral dos Correios e § 2.° E applicavel a este serviço o disposto na ultima
Telegraphos determinar, incumbe: parte clo g 1." do artigo 30." e no artigo 61.° do presente
a) E m Lisboa — á 6. a secção cla estação central dos regulamento.
correios; Art. 214.° O remettente de qualquer eneommenda póde
í>) No P o r t o — á 5. a secção da estação central dos cor- requisitar, no acto clo registo, que lhe seja dado, em
reios ; tempo opportuno, aviso de recepção assignado pelo desti-
c) Nas outras capitaes dos districtos administrativos — natario.
aos respectivos fieia; § unico. E applicavel a este serviço o disposto nos § § 1.°
d) Nas outras localidades — ás estações telegrapho- e 2.11 do artigo 31." e no artigo 62.° do presente regula-
postaes ou postaes. mento.
Art. 209.° A s encommendas são recebidas em mão e CAPITULO I I I
podem ser apresentadas até uma hora antes da partida
das malas em que houverem de ser expedidas, e só serão Transmissão
recebidas nas estações desde as oito horas da manhã até Art. 215.° As encommendas serão expeclidas em cestos
ás cinco da tarde, durante o tempo que ellas estiverem ou malas especiaes clo modelo adoptado pela Direccão Ge-
abertas ao serviço publico. ral clos Correios e Telegraphos ou nas malas das corres-
§ unico. A Direccão Geral dos Correios e Telegraphos pondencias ordinarias.
póde, quando as conveniencias do serviço o exijam, am- § 1.° Os cestos ou malas especiaes serão fechados, e
pliar o numevo de horas destinado ao serviço cle rece- terão rotulos com o notne cla estação expedidora c o da
pção de encommendas, em detcrminadas estações ou em destinataria, c bem assim, em caracteres bem visiveis, a
todas. palavra — encommendas.
Art. 210.° Cumpre aos empregados encarregados da § 2." Os cestos empregar-se-hão sempre nas expedições
recepção das encommendas: do encommendas por via cle mar e entre Lisboa e Porto ;
a) Verificar se os volumes cle encommendas satisfazem entre estas eidades e as estações, quando o numero ou na-
a todas as prescripções regulamentares e inutilisar os sel- tureza dos volumes assim o exigir.
los da respectiva franquia; § 3.° A expedição entre Lisboa e Porto, entre estas
Junlio 14 336 1902

eidades e as diversas estações do continente, entre o con- CAPITULO IY


tinente e as ilhas dos Açores e Madeira e de umas para ou-
Distribuição
tras d'estas ilhas, será feita separadamente das correspon-
dencias ordinarias. a ) — N a s estações
§ 4.° Quando o numero de encommendas para um mes-
Art. 221.° As encommendas serão entregues aos desti-
mo destino fôr superior a quatro, a estação fechará mala
natarios, ou aos seus mandatarios ou aos seus legitimos
directa.
representantes, nos termos do artigo 93.° do presente re-
§ 5.° As estações que directamente se communicam com
gulamento.
as ambulancias postaes enviarão a estas as encommendas
Art. 222.° Em relação ás encommendas que houverem
que houverem de seguir ao seu destino por intermedio das
de ser entregues nas estações, será preenchido um aviso,
mesmas ambulancias, com excepção das que forem desti-
modelo n.° 227, que se expedirá ao destinatario.
nadas a Lisboa ou Porto.
§ 1.° Em Lisboa e Porto, estes avisos serão passados de-
§ 6.° As encommendas com valor declarado serão sem-
pois de feita, pelos empregados da alfandega, a verificação
pre expedidas para a estação de destino em mala especial.
das encommendas e a contagem dos respectivos impostos.
§ 7.° As estações e as ambulancias postaes deverão de-
§ 2.° Nas localidades em que houver distribuição domi-
volver á estação de procedencia, o mais rapidamente pos-
ciliaria de correspondencias, serão os distribuidores incum-
sivel, os cestos ou malas que tiverem recebido com en-
bidos da entrega dos avisos aos destinatarios.
commendas. No caso de demora, a estação a que perten-
Art. 223.° As encommendas ordinarias serão entregues
cer o cesto ou mala deverá requisitar a sua immediata
mediante recibo, passado no verso do impresso, modelo
devolução.
n.° 227.
Art. 216.° As encommendas, na sua transmissão de es- Art. 224.° Os mandatarios dos destinatarios poderão pas-
tação para estação, e d'estas para as ambulancias e vice- sar recibos por estes, quando para esse fim estejam devi-
versa, serão inscriptas nas cartas de aviso, modelo n.° 4 4 damente auctorizados por escrito.
ou 50, conforme o caso, da seguinte fórma:
§ unico. Quando o empregado incumbiclo da entrega
a) As ordinarias, pelo seu numero quantitativo, no mo- não reconhecer a authenticidade da assignatura do recibo,
delo n.° 4 4 ; ou da auctorização de que se trata, poderá exigir que o
b) As registadas, pelo seu numero de registo e seu des- interessado a legalize por qualquer dos modos indicados
tino, no modelo n.° 4 4 ; no artigo 99." d'este regulamento.
c) As de valor declarado, pelo seu numero de registo e Art. 225.° As disposições clos artigos 100.° a 102.° do
seu destino, no modelo n.° 5 0 ; presente regulamento teem analogamente plena applicação
d) As sujeitas a cobrança, pelo numero de registo, nome á distribuição das encommendas registadas, de valor de-
do remettente, destino e importancia a cobrar, no modelo clarado e sujeitas a cobrança.
n. o s 44 ou 50, conforme forem com ou sem valor decla- Art. 226." A entrega das encommendas sujeitas a co-
rado. brança só se realiza depois de effectuado o pagamento da
§ unico. Nas cartas de aviso, modelo n.° 44 ou 50, importancia a cobrar.
mencionar-se-ha no logar competente a circunstancia das
encommendas serem acompanhadas de avisos de recepção b) — Em domicilio
ou destinadas a distribuir por proprio.
Art. 217.° As estações, ao receberem encommendas, ve- Art. 227." As encommendas a entregar em domicilio
rificarão se estas apresentam exteriormente indicio de vio- serão levadas ás residencias dos destinatarios pelos cartei-
lação e se os lançamentos nas cartas de aviso estão con- ros ou distribuidores locaes, quando o seu peso e numero
formes. assim o permittam, ou por individuos contratados para tal
§ unico. Se forem encontradas encommendas a mais fiin, conforme as instrucções emanadas da Direeção Geral
ou a menos das mencionadas nas cartas de aviso, ou se dos Correios e Telegraphos.
nestas forem encontrados lançamentos errados, lavrar-se-ha Art. 228.° Em Lisboa e Porto a distribuição em domi-
immediatamente, em triplicado, termo circunstanciado clo cilio será feita por carteiros supranumerarios, acornpa-
facto, formulando-se tambem em triplicado nova carta de nhados por serventuarios dependentes da 6. a ou 5. a sec-
aviso, em que se inscreverão os objectos recebidos. Na ções das estaçõe centraes dos correios, ou por individuos
parte superior dV.ssas cartas de aviso escrever-se-ha a pa- expressamente contratados para tal fim.
lavra — rectijicaçuo. § 1.° Quando o numero e peso das encommendas a dis-
Art. 218.° Se a competente carta de aviso não acompa- tribuir em domicilio, destinadas a estas eidades, fôr avul-
nhar as encommendas, lavrar-se-ha immediatamente termo tado, poclerá a Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
em triplicado, formando-se tambem em triplicado carta de contratar meios de transporte especiaes para ser executado
aviso, em quc se descreverão os objectos encontrados. Na este serviço.
parte superior d'estas cartas de aviso escrever-se-ha a § 2 0 Tanto os serventuarios dependentes das referidas
palavra —subsidiaria ; secções como os contratados ou arrematantes dos meios de
§ unico. Um dos termos com uma das cartas de aviso transporte especiaes ficam obrigados a apresentar fiaclor
ficará archivado na estação em que fôr lavrado ou em po idoneo, que se responsabilize pelos valores confiados aos
cler do chefe ou sub-chefes dos serviços das ambulancias mencionados individuos.
postaes, outro com o duplicado da carta cle aviso será re- § 3.° Quando a distribuição domiciliaria fôr exec-utada
mettido para a estação de origem, e finalmente o terceiro por serventuarios das mencionadas secções será abonada
com o triplicado da carta de aviso será enviado á Di- aos mesmos uma retribuição fixada pela Direeção Geral
reeção Geral clos Correios e Telegraphos. dos Correios e Telegraphos.
Art. 219.° Quando der entrada em qualquer estação ou Art. 229.° A distribuição em domicilio das encommendas
ambulaneia postal alguma eneommenda com indicio exte- fica sujeita ás mesmas regras applicaveis, nos termos dos
rior de violação, será immediatamente lavrado termo cir- regulamentos em vigor, á distribuição das correspondencias,
cunstanciado do facto, que será enviado á Direeção Ge- usando-se igualmente para os devidos fíns as cadernetas
ral dos Correios e Telegraphos. Uma copia d'este termo dos modelos n. os 49 e 53, nas quaes serão eseritas a
será euviada á estação de origem. tinta vermelha as importancias a cobrar quando se tratar
Art. 220.° As encommendas com valor declarado de- de encommendas sujeitas a cobrança.
verão ser pesadas no acto da conferencia para verificar a § 1.° Os impostos aduaneiros que onerarem as encom-
exactidão do peso indicado no envolucro. mendas serão cobrados no acto da entrega, mediante
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o recibo-talão, modelo n.° 227, sem o que a mesma não Art. 237.° As encommendas reexpedidas por mudança
se realizará. de residencia dos destinatarios, devolvidas á procedencia
§ 2.° Os encarregados da distribuição, depois d'ella effe- para serem restituidas aos remettentes, e caidas em refu-
ctuada, deverão regressar ás estações para prestarem contas. go, serão oncradas com uma taxa correspondente ao porte
Art. 230.° Os chefes das 6. a e Õ.a secções das estações estabeleciclo por expedição para as localidades entre as
centraes dos correios de Lisboa e Porto, os fieis telegra- quaes se der a reexpeclição ou clevolução.
pho-postaes e chefes ou encarregados das estações nos § unico. Os portes de que trata este artigo serão cobra-
outros concelhos, transformarão immediatamente em vales dos dos destinatarios, dos remettentes, ou deduzidos do
a favor clos remettentes as importancias respectivas ás en- ; producto da venda, conforme o caso.
commendas sujeitas a cobrança, feita a deducção do pre- Art. 238." As encommendas reexpedidas por mudança
mio e sêllo competentes. Nestes vales e respectivos talões cle residencia dos destinatarios, devolvidas aos remetten-
por-se-ha a tinta vermelha a indicação — cobrança encom- tes ou consideradas refugo, serão mencionadas nas cartas
menda. de aviso, modelo n.° 44 ou 50, pelo modo usual, pondo-
Art. 231.° As requisições de vales de que trata o ar- se a indicação de «reexpedida», «devolvida», «refugo»,
tigo antecedente, deverão ter inscripto, no alto, a designa- conforme o caso, e designando-se as taxas a cobrar, que
ção a tinta vermelha — cobrança cncommenda. Estas requi- serão igualmente escritas na face do endereço da encom-
sições estao isentas clo pagamento em sellos clo valor do menda.
respectivo impresso. Art. 239.° Nas encommendas reexpedidas, devolvidas á
Art. 232.° Logo que se realize a liquidação cla cobran- procedencia ou consideradas refugo, escrever-se ha a la-
ça, na carta de aviso, modelo n.° 44 ou 50, onde estiver pis azul, logo abaixo da etiqueta, a palavra «reexpedida»,
inscripta a encoinmenda a que respeita a liquidação, será «devolvida», «refugo», conforme o caso.
lançado na columna competente o numero do vale.
CAPITULO VI
CAPITULO V Restituição, suspensão de transmissão e rectiílcnçilo
ReexpediçSo e devoluçSo de endereço

Art. 233.° As encommendas poderão ser reexpedidas Art. 240.° Para retirar as encommendas, suspender a
para localidades auctorizadas a permutar encommendas, sua transmissão ou entrega, ou rectificar o seu endereço,
se o destinatario assim o pedir por escrito, devendo as res- vigoram preceitos analogos aos do capitulo VII, titulo i,
pectivas assignaturas ser anthenticadas por qualquer das d'este regulamento.
formas conhccidas. CAPITULO VII
Art. 234.° Quando o destinatario estiver ausente e se c.o-
Annullação e rectificaçao de quantias a cobrar
nheca a sua nova residencia, será avisado cla chcgada da
euconimenda por meio cle um impresso, modelo n.° 230, Art. 241." Para annullar ou rectificar as importancias
eonvidanclo-o a declarar por escrito a fórma por que de- inscriptas nas encommendas sujeitas á cobrança seguir-se-
seja dispor d'ella. hão os preceitos estabelecidos no titulo iii d'este regula-
§ 1.° Neste aviso indicar-se-ha se a localidade está ou mento.
não auctorizada a trocar encommendas. CAPITULO VIII
§ 2.° O prazo concedido para a resposta ao aviso cle
que trata este artigo será: Refugo
a) De quinze dias, quando a encommencla houver sido Art. 242." As encommendas consideradas refugo serão
clirigida a qualquer clas estações clo continente clo reino e enviadas pela (>.a secção da estação central dos correios
o destinatario se tiver ausentado para localidade do mes- de Lisboa á Alfandega para ali serem vendidas, e o seu
mo continente; producto, liquido das quantias devidas á Fazenda Nacio-
b) De quinze dias, quando a cncommenda houver sido nal, será remettido pela Alfandega ao fiel chefe cla dita
dirigida a qualquer estação de uma das ilhas adjacentes e secção, aeompanhado de guia, e dará entrada nos cofres
o destinatario se tiver ausentado para localidade cla mesma do Thesouro sob a designação : rendimento postal — venda
ilha; de encommendas. A Alfandega dará aviso á 7. a secção da
c) De trinta dias, quando a encommencla houver sido di- estação central clos correios cle Lisboa das remessas feitas
rigida para qualquer estação do continente e o destinata- ao dito fiel.
rio sc houver ausentado para alguma clas ilhas adjacentes ; § unico. Os remettentes de encommendas vendidas teem
d) Dc trinta dias, quando a encommencla houver sido direito a haver o producto cla venda, liquido cle todos os
dirigida para estações clas ilhas adjacentes e o destinata- encargos que onerem as encommendas, durante um anno,
rio se houver ausentado para qualquer localidade das ou- a contar da data em que ella se realizar, quando assim
tras ilhas ou para o continente. o requeiram á Direeção Geral clos Correios e Telegra-
Art. 235." Quando as encommendas, destinadas a indi- phos. Este producto, quando não fôr reclamado pelos
viduos que não estejam ausentes, não forem retiradas no interessados no prazo fixado, roverterá a favor cla Fazen-
prazo cle oito dias, expedir-se-ha ao destinatario novo avi- da Nacional.
so, modelo n." 227, sc se tratar cle encommendas a entre- Art. 243.° As taxas postaes, inclusive as de armazena-
gar nas estações. Tratando-se cle encommendas a entregar gem, de encommendas que, por qualquer motivo, forem
no domicilio, se o destinatario não fôr cncontrado em dois vendidas na Alfandega serão entregues por meio cle guia
dias consecutivos, o distribuidor deixar-lhe-ha um aviso, ao fiel chefe da G.a secção da estação central dos correios
modelo n." 60. de Lisboa, cumprindo á Alfandega avisar cla entrega a
§ unico. Oito dias depois da data cla entrega cTestes 7. a secção cla rae-ma estação.
avisos, se a cncommenda não fôr retirada, expedir-se-ha Art. 244." As encommendas que, por qualquer motivo,
aviso do modelo n.° 230 ao remettente. houverem do ser remettidas para a Alfandega, serão acom-
Art. 23ÍJ.° Se no prazo de trinta dias, a contar da data panhadas de guia, modelo n.° 233, em triplicado. Uma
dos avisos designados nos §§ 2.° e unico dos artigos 234." das guias ficará na Alfandega, sendo as outras devolvidas
e 235.°, não houver resposta, será a encommencla consi- com o competente recibo.
derada abanclonada e enviacla para a 6. a secção cla esta- § 1." Das guias devolvidas ficará uma archivada, sendo
ção central dos correios de Lisboa como refugo, para se a outra clirigida á 7.'1 secção da estação central dos cor-
proceder em harmonia com o disposto no capitulo v m . reios cle Lisboa.
9-J
Junlio 14 338 1902

§ 2." Á s encommendas de que trata este artigo não § unico. Quando as circunstancias o permittirem e a
poderão conservar-se na 6. a secção da estação central Direeção Geral entender conveniente, serão tambem esta-
dos correios de Lisboa mais de trinta dias, devendo a ções de permutação as de Angra, Horta e Ponta Delgada.
sua remessa para a Alfandega ser feita durante os ultimos Art. 252.° Todas as estações, auctorizadas a permutar
oito dias de cada mês. encommendas no serviço interno, ficam auctorizadas a re-
ceber encommendas com destino a paises estrangeiros e a
CAPITULO IX entregar as d'esses paises que lhes forem enviadas.
Art. 253.° Para a permutação de encommendas com
Armazenagem
paises estrangeiros proceder-se-ha, nos termos d'este regu-
Art. 245.° A s encommendas que, passados oito dias da lamento, em harmonia com o que dispõem as convenções
data da remessa do aviso, modelo n.° 2 2 7 , ou da entrega internacionaes vigentes, ou que de futuro possam nego-
em domicilio do aviso n.° 60, não forem retiradas, serão gociar-se, e bem assim com as ordens que sobre este ser-
consideradas em armazenagem, até que sejam entregues ao viço a Direeção Geral transmittir.
destinatario, reclamadas pelos remettentes ou considera- Art. 254.° As encommendas postaes destinadas a paises
das refugo. estrangeiros devem satisfazer ás seguintes condições:
Art. 246.° A taxa da armazenagem será de 5 réis por 1.° Indiear o endereço exacto do destinatario, na intel-
encommendas c por dia. ligencia de que os endereços escritos a lapis não são admit-
§ unico. E s t a taxa será cobrada dos destinatarios, dos tidos. Quando se tratar de encommendas que contiverem
remettentes, ou deduzida do producto da venda, conforme dinheiro em metal, artigos de ouro ou prata ou outros
o caso. objectos preciosos, deve o endereço ser escrito na propria
Art. 247.° A taxa da armazenagem será paga pelo des- caixa ou envolucro da eneommenda;
tinatario, por meio de affixação de sellos de franquia na 2.° Ser empacotadas de fórma que seja resguardado bem
eneommenda. o conteudo e possa resistir á duração do transporte. E s t a
§ unico. E s t e s sellos serão inutilizados, com a compe- operação deve fazer-se em condições taes que se torne
tente marca do clia, perante o destinatario. impossivel devassar o conteudo sem que fiquem vestigios
Art. 248.° Quando a eneommenda fôr devolvida ao re- apparentes d'essa violação;
mettente, a taxa da armazenagem será mencionada na 3.° Ser selladas com lacre, com sêllo de chumbo ou com
mesma eneommenda, e na carta de aviso em que fôr ins- qualquer outro objecto que tenha marca ou signal parti-
cripta, e paga por elle, com as outras taxas que a one- cular do remettente;
rarem. 4.° T e r indicada no endereço a declaração de valor,
Art. 249.° No caso da eneommenda ser considerada re- quando a houver, em francos e centimos, ou na moeda do
fugo, indicar-se-ha na mesma a importancia devida por ar- país de procedencia, sem rasuras nem emendas, embora
mazenagem. resalvudas. Quando a declaração fôr feita em moeda que
CAPITULO X não seja o franeo, deve o remettente ou a repartição do
país de procedencia reduzi-la a esta ultima moeda, indi-
Empacotagein cando, por meio de novos algarismos, ao lado ou por baixo
Art. 250.° Nas 6. e 5. a secções das estações centraes
a dos algarismos que representam a importancia da declara-
dos correios de Lisboa e Porto é permittido que a empa- ção, a respectiva equivalencia em francos e centimos.
cotagem das encommendas seja feita por empregado ou § unico. Os liquidos e as substancias faceis do se li-
empregados das referidas secções, perante os apresentantes quefazerem expedem-se fechados num duplo recipiente.
das encommendas e na conformidade das disposições regu- Entre o primeiro (garrafa, frasco, boião, caixa) e o segundo
lamentares. Por este serviço, e relativamente a cada en- (caixa de metal ou cle madeira forte) deve reservar-se,
eommenda, será paga pelo remettente a importancia de quanto possivel, um espaço para encher de serradura, se-
50 réis. mea ou qualquer outra substancia absorvente.
§ 1.° E s s a taxa comprehende o pagamento do papel Art. 255.° A s encommendas, procedentes de paises es-
de embrulho, cordcl e lacre necessarios para a empacota- trangeiros estão sujeitas ao pagamento dos direitos de im-
gem. portação que forem devidos.
§ 2." Quando a empacotagcm exigir caixas ou outros § unico. A s encommendas originarias clo continente do
quaesquer envolucros de folha ou madeira ou papeis iinper- reino ou das ilhas adjacentes expedidas para paises es-
meaveis, o remettente da eneommenda pagará, alem da trangeiros não ficarão sujeitas a direitos de entrada quan-
taxa de 50 réis, o preço de qualquer d'esses objectos, se- do tiverem de ser reenviadas para Portugal, por serem
gundo a tabella organizada pela Direccão Geral dos Cor- consideradas refugo, ou por serem reclamadas pelos re-
reios e Telegraphos. mettentes.
§ 3.° Serão fornecidos pela Direccão Geral ás 6. a e 5. a Art. 256.° Quando os volumes cle encommendas origi-
secções das estações centraes dos correios de Lisboa e narias dos paises estrangeiros tiverem, por qualquer mo-
Porto sinetes especiaes para serem applicados sobre o la- tivo, de ser reexpedidos, as estações de permutação de-
cre quc se empregar no fecho das encommendas. vem apresentá-los á respectiva alfandega, acompanhados
§ 4.° A acquisição do material para o serviço de em- dos bilhetes de despacho, se os houver.
pacotagcm será feita mediante proposta dos chefes dos ser- § unico. Ás encommendas cuja devolução fôr requisita-
viços dos correios das eidades de Lisboa e Porto, appro- da pelas administrações postaes remettentes, antes cla sua
vada pela Direeção Geral dos Correios e Telegraphos, que apresentação á alfandega, serão reexpedidas sem as for-
poderá auctorizar o adeantamento em dinheiro para tal malidades prescriptas neste artigo.
fim, nos termos dos regulamentos vigentes.
CAPITULO X I I
Serviço interiiacioual
Eecepçfto
CAPITULO XI Art. 257.° Os remettentes cle encommendas preenche-
rão um impresso, modelo n. u 218, que apresentarão com
Disposições geraes
as encommendas, e bem assim a declaração d o . s e u con-
Art. 251.° São estações de permutação directa de en- teudo em, impresso, modelo n." 235.
commendas internacionaes as de Lisboa, Porto e Fun- § 1.° E permittido fazer acompanhar de um só aviso de
chal. remessa mais de uma eneommenda, quando forem expe-
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didas por uxn só remettente para o mesmo destinatario, Art. 266.° A s encommendas que entrarem no conti-
sempre que a remessa nSo comprehenda mais de tres en- nente do reino por via de terra serão enviadas para Lis-
commendas. boa ou Porto, conforme as ordens emanadas da Direeção
§ 2.° Nos avisos de remessa, modelo n.° 2 1 8 , declara- Geral, em harmonia com as vias de communicação e as
rão os remettentes se desejam que as encommendas sigam exigencias cla fiscalisação aduaneira.
por via de terra ou de mar. Quando não tenham feito de- § 1.° A s encommendas recebidas em Lisboa cujo des-
claração, entencler-se-ha que a eneommenda seguirá por via pacho haja de se effectuar no Porto, ou vice-versa, serão
de terra. acompanhadas cle cartas cle aviso, modelo n.° 4 4 ou 50.
§ 3.° O uso do modelo n.° 2 1 8 importa para o remet- § 2.° Semelhantemente se proceclerá com as encommen-
tente o pagamento de 5 réis em sêllo affixado no mesmo das cujo despacho haja de se realizar no Funchal.
modelo. A r t . 267.° Oy "boletins de expedição serão conferidos
Art. 258.° Cumpre aos empregados encarregados da re- com as guias de remessa, lavrando-se termo cle qualquer
cepção das e n c o m m e n d a s : falta de volumes ou documentos e de qualquer altera-
a) Verificar se as indicações do modelo n.° 218 estão em ção, erro ou omissão cle lançamento, tendo em vista o dis-
harmonia com as do endereço do^1 volumes, e se estes sa- posto nos acordos internacionaes e respectivos regula-
tisfazem a todas as prescripções regulamentares; mentos.
b) Affixar nos modelos n."s 2 1 8 os sellos de franquia e Art. 268.° A s encommendas nas estações centraes cle
inutilizá-los na presença dos remettentes; Lisboa e Porto e na estação telegrapho-postal clo Funchal
c) Pesar, com a necessaria prccisão, as encommendas serão conferidas pelos boletins, e escripturadas num livro
com valor declarado; de entrada, modelo n.° 224, o qual servirá para a orga-
d) Affixar nos modelos n. ÚS 17 e respectivos volumes nização cla estatistica e informes.
as etiquetas modelos n . o s 2 1 9 ou 2 2 9 ; § unico. A s guias de remessa procedentes do estran-
è) Separar dos modelos n. fcs 218 os respectivos talões geiro, depois de verificados os clebitos dos fieis respecti-
e recibos depois de devidamente numerados e rubricados, vos, serão remettidas para a Direeção Geral até ao dia 10
archivando o talão e entregando o recibo ao apresentante do mês immediato áquelle a que se referirem.
da eneommenda. Art. 269.° Cada volume de encommendas postaes im-
Art. 259.° A numeração das encommendas destinadas a portado em Portugal será aeompanhado de uma declara-
paises estrangeiros é especial para cada estação, começando ção para a alfandega, conforme o modelo adoptado pela
em n.° 1 no dia 1 de janeiro e terminando em 31 de de- convenção internacional que estiver em vigor.
zembro. § 1.° Quando forem recebidos diversos volumes cle um
Art. 260.° A Direeção Geral dos Correios e Telegraphos mesmo remettente para um mesmo destinatario, poderá
indicará os portes a cobrar pelas encommendas, conforme o uma só declaração abranger a totalidade da remessa, com-
país do destino, o maximo da declaração de valor, a per- tanto que nella seja especiíicado, em separado, o conteudo
centagem rcspectiva, e bem assim o numero de declarações cle cada volume.
para a alfandega que deverão ser formuladas em relação a § 2.° Quando faltar a declaração de que trata este ar-
cada volume. tigo, será convidado o destinatario a apresentar a respe-
ctiva factura, que neste caso substitue a declaração para
CAPITULO X I I I
a alfandega. E s t a factura será restituida com a eneom-
Transmissão menda.
Art. 270.° Com os avisos aos destinatarios das encom-
Art. 261.° A s encommendas que tenham do seguir por mendas, moclelo n.° 227, bem como com a entrega d'es-
via cle terra para os paises estrangeiros serão remettidas tas, proceder-se-ha como fica determinado para o serviço
para Lisboa e Porto, conforme as ordens emanadas da Di- interno em relação á distribuição nas estações.
reccão Geral, em harmonia com as vias de communicação Art. 271.° A s encommendas a entregar por proprio de-
c as exigencias aduaneiras. verão, em acto immediato á sua chegada, ser remettidas
Art. 262.° A s encommendas recebidas no continente clo á alfandega, onde terão absoluta preferencia no despacho.
reino que hajam cle seguir por via cle mar serão remet- E m acto continuo ás formalidades aduaneiras deverão ser
tidas para Lisboa ou Porto, conforme fôr determinado pela enviadas ao domicilio dos destinatarios, dos quaes será co-
Direccão Geral. A s que forem recebidas nos Açores serão brada a importancia dos direitos cla alfandega e as clevidas
enviadas para Lisboa ou para o Funchal, conforme o caso, taxas postaes.
emquanto nos Açores não forem estabelecidas estações clc Art. 272.° A s encommendas procedentes de paises es-
permutação internacional dirccta. trangeiros destinadas a individuos que não se achem nas
Art. 263.° A s encommendas serão remettidas para as localidades indicadas nos endereços das mesmas não estão
estações cle permutação, mencionadas em cartas dc aviso, sujeitas ao pagamento de novo porte, quando reexpedidas
modelo n.° 4 4 ou 50, pelo seu numero, acompanliadas dos para qualquer outro ponto.
avisos cle remessa, moclelo n. c 2 1 8 , e das declarações para Art. 273.° Quando no prazo cle quinze dias a eneom-
a alfandega, modelo n.° 2 3 5 . menda não tiver sido entregue ao destinatario ou reexpe-
Art. 264.° A s estações de permutação de encommendas dida, será preenchiclo um aviso, modelo n.° 240, o qual,
com paises estrangeiros expedi-la3-hão acompanhadas de aeompanhado clo boletim do expedição original, será en-
todos os documentos que lhes digam respeito, e descriptas viado á estação de procedencia.
no modelo n.° 2 3 6 . § 1.° As estações que houverem recebido por interme-
CAPITULO XIV dio cla 6." secção cla estação central de Lisboa ou da 5.,,
da clo Porto as encommendas a que respeitam os avisos
Distribuição
de que se trata, enviarão estes respectivamcnte aos chefes
Art. 265.° Quando cm Lisboa forem recebidas encom- das referidas secções.
mendas por via cle mar, remetter-se-hão para o Porto, des- § 2.° A. estação cle permutação do Funchal enviará es-
criptas em cartas de aviso, modelo n. u 44 ou 50, as que tes avisos ás estações cle procedencia, quer respeiteiu a en-
forem destinadas ás localidades dos districtos de Braga, commendas recebidas directamente, quer por intermedio
Bragança, Porto, Vianna do Castello e Villa Real, a íim de das estações de permutação clo continente.
serem ali contados os respectivos direitos de importacão. § 3.° As estações conservarào as encommendas a que se
Serão remettidas para Lisboa as destinadas para os outros referem estes avisos ató que recebam as competentes in-
districtos, quando forem recebidas no Porto. dicações das estações de procedencia.
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CAPITULO XV avisos da chegada das encommendas, logo que tenha ter-


Armazenagem minado a conferencia das remessas de que as mesmas en-
commendas fazem parte.
Art. 274.° A s encommendas internacionaes que, depois § unico. Por esse serviço especial pagarão os interes-
de concluidos os processos de verificação aduaneira, não sados, por anno, a quantia de 4 ^ 5 0 0 róis. Seja qual fôr a
sejam retiradas no prazo de oito dias, data em que deverá data de auctorização, cessa o direito que a mesma confere
ser remettido novo aviso, modelo n.° 227, ao destinatario, em 31 de dezembro do anno em que houver sido conce-
serão oneradas com a taxa de armazenagem fixada para dida.
o serviço interno, até ao dia da sua entrega, e cuja co- Art. 280.° O serviço aduaneiro de verificações de que
branca será feita pelo processo determiuado no artigo trata o artigo 278.° principiará ás nove horas cla manhã e
246.° terminará ás tres horas da tarde.
§ 1.° Quando as encommendas devam ser reexpedi- § unico. Poderá ser prolongado este serviço, quando a
das ou devolvidas ao país de origem, a taxa de armaze- Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, por motivo
nagem será lançada a debito do país do novo destino, em justificado, assim o requisite á Administração Geral das
harmonia com o disposto nas convenções em vigor. A con- Alfandegas e esta estiver de acordo.
tagem da armazenagem é feita desde a data do aviso ao Art. 281." Os impressos e os objectos necessarios para
remettente, modelo n." 240. o serviço fiscal serão fornecidos pela alfandega; todas as
§ 2." A s disposições cVeste capitulo não são appli- outras despesas ficarão a cargo da .Direeção Geral dos
caveis ás encommendas procedentes cle paises com os Correios e Telegraphos,
quaes se tenham feito convenções especiaes ou venham a Art. 282.° O despacho de encommendas será effectuado
fazer-se, e em cujas disposições não esteja admittida a com referencia a volume completo, sendo prohibido para
taxa de armazenagem. uma parte cVesse volume.
Art. 283.° O imposto do sêllo respectivo aos bilhetes de
CAPITULO XVI
despacho de encommendas, bem como quaesquer outras
Empacotngem imposições legaes, e o custo dos impressos, serão conta-
dos no respectivo bilhete cle despacho, cobrando-se a sua
Art. 275.° Sao applicaveis ás encommendas a expedir
importancia juntamente com a importancia clos impostos.
para fóra do reino os preceitos consignados para o serviço
Art. 284.° Os volumes que forem abertos pelos empre-
interno — capitulo i x cl'este titulo.
gados fiscaes serão sellados com o sêllo cla alfandega res-
pectiva.
CAPITULO XVII
Art. 28õ.° Sempre que haja contestação com respeito á
Serviço com as provincias ultramarinns classificação clas mereadorias contidas em encommendas
ou que estas sejam requisitadas pela alfandega para ali
Art. 276.° O serviço de encommendas postaes com as
serem despachadas ou reexportadas, serão ellas, depois de
provincias ultramarinas regula-se pelos decretos de 28
satisfeitas as taxas postaes, enviadas á alfandega, clescri-
de maio de 1 8 9 6 , 1 de dezembro cle 1898 e 14 de no-
ptas em modelo n.° 2 3 3 em triplicado, para ali se segui-
vembro cle 1901, e instrucções respectivas, ou pelos di-
rem os termos clo processo usados em taes casos.
plomas que de futuro vigorarem.
§ unico. Para que as encommendas sejam requisitadas
pela alfandega ó necessario que os destinatarios o requei-
CAPITULO XVIII ram á mesma alfandega.
Contagem e cobrança dos impostos e direitos fiscaes Art. 286.° Os directores das alfandegas mandarão pro-
ceder, quando julgarem conveniente, a reverificações vo-
Serviço i n t e r n o , i n t e r n a c i o n a l e com a s p r o v i n c i a s lantes nos despachos de encommendas, e tomarão acêrca
ultramarinas
cVeste serviço as providencias que tiverem por necessarias
Art. 277.° Para a verificação clas encommendas e conta- para salvagnardar os interesses da Fazenda Nacional.
gem dos direitos e impostos respectivos, serão nomeados, Art. 287." Os destinatarios de encommendas sujeitas a
pelos directores das Alfandegas de Lisboa, Porto e Fun- impostos poderão exigir copia dos bilhetes cle despacho, os
chal, os empregados fiscaes que forem julgados necessarios, quaes lhes serão fornecidos em impressos, modelo n.° 245.
os quaes funccionario nas 6. a e 5. a secções clas estações Por cada folha d'estas copias será paga a importancia
centraes dos correios cle Lisboa e Porto, e no Funchal na cle 25 réis, por meio de affixação cle sellos nas mesmas co-
respectiva estação. pias.
Art. 278.° Depois de cumpridas as formalidades pos- Art. 288." Aos empregados aduaneiros que funcciona-
taes, serão as encommendas, acompanhadas clas respecti- rem junto clas 6. a e 5. a secções clas respectivas estações
vas declarações para a alfandega, apresentadas aos empre- centraes clos correios de Lisboa e Porto c.uinpre remetter
gados aduaneiros, que procederão á abertura das mesmas diariamente para as 7. a e 6. a secções das mesmas estações
e á verificação e contagem clos direitos e mais impostos. centraes relações distinctas, segundo a proveniencia clo
§ l . ° A este serviço assistirá s e m p r e u m e m p r e g a d o pos- despacho, cle modelo F, com referencia a todas as encom-
tal como r e p r e s e n t a n t e clo correio e clo i n t e r e s s e clos des- mendas quo houverem despachado no dia anterior, devendo
tinatarios. préviamente estas relações ser visadas pelo respectivo fiel.
§ 2.° As encommendas serão entregues todos os dias, O empregado aduaneiro que funccionar junto clo fiel dos
logo que principie o serviço cle verificação, aos emprega- serviços telegrapho-postaes clo Funchal remetterá ao chefe
dos aduaneiros, a fim de serem despachadas, clescriptas dos serviços telegrapho-postaes do districto, nas segundas
numa relação pelos numeros de registo e appellidos clos e quintas feiras, ou nos dias seguintes, se aquelles forem
destinatarios. Depois clo despacho efiectuado, a alfandega santifieados ou feriados, identicas relações do modelo F ,
cntregará as encommendas ao correio, conferindo-ee estas visadas pelo fiel, com referencia a todas as encommendas
com a dita relação. que houver despachado até o dia anterior.
Art. 279." E facultado aos destinatarios cle encommen- Art. 289." A cobrança dos impostos relativos ás encom-
des procedentes cle paises estrangeiros assistir, por si ou mendas pertencerá era Lisboa e Porto aos (ieis chefes
por empregados seus, para este fim especialmcnte auetori- das respectivas 6. a e 5. a secções das estações centraes
zados, aos despachos das mesmas encommendas, quando clos correios, e no Funchal ao fiel dos serviços telegrapho-
assim o tenham requcrido e tenham obtido deferimento postaes.
pela Direcyão Geral. A estes destinatarios serão expedidos Art. 290.° Os fieis chefes da 6. a e 5. a secções das es-
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tações centraes de correios de Lisboa e Porto entregarão mararios especiaes ás ilhas dos Açores, os fieis ou chefes
diariamente ao thesoureiro da respectiva alfandega a im- das estações telegrapho-postaes avisarão a alfandega local,
portancia dos impostos arrecadados no dia anterior. Para a fim de que um empregado aduaneiro compareça na res-
este tim, orgauizar-se-hão tantas relações em duplicado do pectiva estação para a contagem dos mesmos direitos.
modelo n.° 220 quantas as proveniencias dos despachos. Este serviço será desempenhado no prazo de tres dias, a
Das relações ficará uma na alfandega com os respectivos contar clo cla chegada das encommendas ás estações tele-
bilhetes, e a outra, em qu\e o thesoureiro da alfandega grapho-postaes.
passará recibo, será entregue ao fiel, que o enviará para § 1.° Os empregados aduaneiros entregarão aos fieis ou
a 7. a e (i.a secções dos respectivos serviços. chefes das estações, para constituir os debitos d'estes, os
Art. 291.° O liel dos serviços telegrapho-postaes do competentes bilhetes de despacho, conservando em seu
Funchal entregará, nas terças feiras e sabbados ou no pri- poder os respectivos talões.
meiro dia util que se seguir, se aquelles forem feriados ou § 2." Para a fiscalização e entrega na alfandega do pro-
santificados, na alfandega, a importancia dos direitos e ducto d'estes impostos, proceder-se-ha de fórma analoga
mais impostos por elle arrecadados até o dia antecedente, ao que se acha disposto no artigo 291.° em relação ao Fun-
pela fórma estabelecida para os fieis de Lisboa e Porto, chal.
devendo remetter a relação recebida da alfandega ao chefe Art. 304.° Os empregados fiscaes deverão verificar o
dos respectivos serviços telegrapho-postaes. conteudo dos volumes, sempre que tiverem duvida da ve-
Art. 292.° Quando em volumes de encommendas origi- raciclacle ou elareza da declaração respectiva.
narias do continente do reino ou das ilhas adjacentes forem Art. 305.° A importancia, em moeda forte, clos direi-
incluidas mercadorias sujeitas a imposto de consumo ou do tos, taxas e mais despesas com que tiverem sido oneradas
real de agua, a cobrança cVestes impostos poderá ser feita em Lisboa, Porto ou Funchal as encommendas destinadas
em vista das declarações lançadas nos mesmos volumes. aos Açores será ali cobrada em moeda açoriana, ao cam-
Art. 293.° Para a contagem d'estes impostos, os empre- bio official.
gados aduaneiros usarão de cadernetas modelos A e B. Art. 306." Quando as encommendas tiverem cle ser re-
Art. 294.° Terminado o despacho, o empregado da al- expedidas, os empregados das alfandegas farão cortar os
fandega separará da caderneta os bilhetes, que entregará sellos de despacho de importação affixados nos volumes, e
ao respectivo liel, arrecadando a caderneta com os talões. annullação os respectivos bilhetes de despacho de impor-
Art. 29õ.° Pelo que respeita ao imposto do real de agua tação e seus talões, seguindo os preceitos aduaneiros em
c mais impostos locaes a que possam estar sujeitas os vo- vigor.
lumes de encommendas fóra de Lisboa e Porto, compete § unico. Os empregados aduaneiros a quem competir
aos destinatarios satisfazê-los e liquidá-los, sem interven- annullar os bilhetes de despacho enviarão um modelo E
ção dos empregados telegrapho-postaes, nos termos da le- á 7. a e 6. a secções clos respectivos serviços dos correios de
gislação vigente. Lisboa ou Porto, ou ao chefe dos serviços telegrapho-pos-
Art. 29lj.° O despacho de mercadorias contidas nos vo- taes do Funchal. As guias n.° 222 serão enviadas á Direc-
lumes importados do estrangeiro só poderá ser effectuado cão Geral com os respectivos bilhetes de despacho annul-
em Lisboa, Porto ou Funchal. lados.
Art. 297." Para o despacho de importação de encom- Art. 307.° Os volumes que contenham objectos sujeitos
mendas, usar-se-hão cadernetas do modelo D. á contrastaria não podem ser submettidos a despacho se-
Art. 2i)8.° Q.uando as declarações para as alfandegas, não em presença do destinatario, ou pessoa por elle devi-
quc acompanham os volumes de procedencia estrangeira, damente auctorizada, que deverá satisfazer a importancia
coiuprehcnderem mais de um volume, o despacho só po- dos direitos aduaneiros para que os mesmos objectos se-
derá ser effectuado pela totalidade da remessa. jam, pela alfandega, remettidos á repartição da contrasta-
Art. 299.° As importancias cobradas fóra de Lisboa, ria. O interessado receberá a eneommenda na mesma re-
Porto ou Funchal por direitos de importação serão eonver- partição, mediante a apresentação clo documento compro-
tidas em __vales de serviço,
s 7
emittidos a favor dos fieis chefes vativo de haver pago os direitos aduaneiros.
1 a Art. 308.° Os volumes que contenham cartas de jogar,
da G. e 5. secções de Lisboa e Porto, ou do fiel dos ser-
viços telegrapho-postaes do Funchal, conforme o caso. Nes- não seiladas, não podem ser submettidos a despacho senão
tes vales e respectivos talões escrever-se-hão, a tinta en- em presença do destinatario, ou de pessoa por elle devi-
carnada, as palavras — encommendas postaes — bilhetes damente auctorizada, que deverá satisfazer a importancia
n.0 . . . dos direitos aduaneiros, para que as mesmas cartas sejam,
§ unico. Quando, por qualquer circunstancia, não te- pela alfandega, remettidas á Casa da Moeda, a fim de se-
nha podido ser entregue a eneommenda, os chefes de es- rem ali seiladas, sem o que não poderão ser entregues ao
tação participarâo o facto ao fiel, de quem a houverem re- destinatario.
cebido. Art. 309.° A Administração Geral das Alfandegas en-
Art. 300.° As encommendas, oneradas com direitos de viará á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, ató o
importação e destinadas a estações fóra das sedes dos con- dia l õ cle cacla mês, relações dos despachos por cobrar ató
celhos, serão enviadas ás estações dos concelhos onde será o ultimo dia util do mês anterior, que formam o debito
feita a cobrança clos referidos direitos, sendo seguida- dos fieis chefes das 6. a e õ. a secções das estações centraes
mente as mesmas remettidas para a estação do destino, ou dos correios de Lisboa e Porto e do fiel da estação tele-
entregues na sede clo concelho, conforme os destinatarios grapho-postal do Funchal.
desejarem.
§ unico. Pelo que respeita ás estações urbanas, proce- TITULO V
der-se-ha em harmonia com as instrucções e ordens que
expedir a Direeção Geral. Do transporte de malas e dos serviços nas ambulancias
Art. 3 0 1 A s importancias dos vales recebidos, bem postaes e nos paquetes
como os bilhetes de despacho que lhes digam respeito, se- CAPITULO I
rão opportunamente mencionadas na guia n.° 22Ò que se
Transporte em estradas ordinarias e caminhos
organizar para a entrega nas alfandegas.
Art. 302.° Os fieis, responsaveis pelas importancias men- Art. 310.° A conducção das malas do correio será feita:
cionadas no artigo antecedente, organizarão um livro auxi- 1.° Pelas vias terrestres:
liar de contas por direitos aduaneiros com as estações. I a) A pó, a cavallo, em carro ou por outro qualquer
Art. 303.° Para a liquidação dos impostos directos ca- ' meio de transporte nas estradas ordinarias e caminhos;
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b) Em ambulancias postaes ou em carruagens e vagons ; Art. 316.° Os contratos por tempo determinado poderão
ordinarios nas vias ferreas. j renovar-se, por igual ou differentes prazos, quando conve-
2.° Pelas vias íluviacs e maritimas em barcos a vapor i nha a ambos os outorgantes, mas nunca por preço mais
ou em barcos de vela. elevado, e podern de commum acordo passar a ser por
§ unico. Para qualquer das conducções indicadas po- tempo indeterminaclo.
derá o Governo aproveitar as carreiras já estabelecidas, Art. 317.° Os contratos indicarão, alem das condições
subsidiar outras novas ou criar as que julgue necessarias, a que ficam sujeitos os arrematantes:
tanto para aquelle fim como ainda para a conducção si- a) O preço da conducção;
multanea de passageiros. b) O dia em que começa a vigorar;
Art. 311.° Nas cidades de Lisboa e Porto, a conducção c) Os pontos extremos da conducção, começando pelo
das malas do correio e do1 pessoal encarregado da distri- que na ordem alfabetica estiver em primeiro logar;
buição domiciliaria poderá estabelecer-se por conta do d) A extensão kilometrica do percurso entre os pontos
Estado ou por contrato. extremos;
Art. 312.° A conducção a pé, á cavallo, em carro e se- e) A natureza do caminho a pereorrer;
melhantes serão feitas, cm regra, por arrematação e adju- f ) As povoações que se acharem situadas no caminho a
dicadas a quem offerecer menor preço, podendo cada ar- pereorrer:
rematação limitar-se a uma ou mais carreiras, ou abranger g) O numero de carreiras a fazer por dia, semanalmente
as que sc comprehendam numa determinada região do ou mensalmente;
país. h) As horas precisas em que o conductor deverá partir
§ unico. Quando os concursos que se abrirem pax-a as dos pontos extremos e intermedios, quando os haja, e bem
arrcmatacões licarem descrtos, quando os preços nelles assim as da chegada aos mesmos pontos,
offerecidos forem reconhecidamente excessivos, ou quando § unico. Quando as carreiras forem semanaes, deverão
as conveniencias do serviço o exigirem, poderá o Governo indicar, alem do seu numero, os dias em que se effe-
dispensar a formalidade dos mesmos concursos, niodificar ctuam; quando forem mensaes, indiear-se-hão as clatas em
as condições geraes das arrematações ou adjudicar as con- qiie se realizam.
ducções por ajuste ou contrato particular. Art. 318." Os arrematantes de conducções de malas fi-
Art. 313.° Os concursos para as arrematações de con- cam sujeitos ás seguintes condições :
ducções do malas serão abertos nos pontos que a Direccão 1. a Fazerem elles proprios a conducção ou mnndá-la fa-
Geral dos Correios e Telegraphos designar. zer, sob sua responsabilidade e clo respectivo fiador, por
§ 1.° Annuneiar-se-ha, pelo menos com cinco dias dc pessoa de sua confiança, que não poderá ser menor de
antecedencia, o dia e a hora em que houver dc se effectuar quinze annos;
o concurso. 2. a Entregarem e receberem malas nas estações inter-
§ 2." Os annuncios deverão ser affixados nas estações medias que existirem na data em que fôr lavrado o con-
extreinas da conducção, nas intermedias c bem assim em trato ou em quaesquer outras que posteriormente sc esta-
quaesquer outros logares publicos, ou publicados na im- belecerem na linha do percurso ;
jjrensa periodica, quando assim fôr auetorizado superior- 3. a Proverem á sua custa por fórma que o serviço não
mente. se interrompa nem se demore, quanclo por motivo extra-
§ 3.° O encerramento dos concursos só poderá verifi- ordinario a ntarcha seja impedicla;
car-se uma hora depois da que tiver sido indicada nos an- 4. a Serem responsaveis por toda a despesa que a Di-
nuncios para a abertura. reccão Geral dos Correios e Telegraphos houver de fa-
§ 4." No acto do concurso deverão achar-se pateutes zer para transporte clas malas, quando elles, arrematan-
as condições a que fica sujeito o serviço da conducção de tes ou quem suas vezes fizer, deixarem de comparecer
que se tratar. ás horas marcadas para a cxpcdição das mesmas ma-
§ 5." Encerrado o concurso não serão recebidas mais las ou por qualquer motivo não as conduzirem ao seu
propostas. destino;
g (3.° Dos preços ofTereeidos se lavrará termo, conforme õ. a Examinarcm, no acto cle lhes serem entregues as
o modelo n.° 139, que será assignado por todos os licitan- malas, se ellas se acbam convenientemente feeliadas e em
fos, pelo fiador do que houver offerecido menor preço, pelo estado que offercçam segurança, e rcclamarem que o se-
chefe dos serviços ou chofo da estação, conforme o caso, jam quando se dê essa falta. Exigirem que nas estações
e, finalmentc, por duas testemunhas idoneas que serao onde entregarem as malas os chefes ou encarregados as
sempre convidadas a assistir á praça. examinem, a fim cle vcrificarem se são apresentadas sc-m
Art. 314.° Os termos clas propostas apresentadas subi- indicio cle violação;
rão, dentro do menor espaço de tempo possivel, á Direc- 6. a Obrigarem-se a conduzir as malas com todo o cui-
cão Geral dos Correios e Telegraphos, acompanhados de dado, ficando responsaveis por qualquer prejuizo, desvio
officio em que se iníbrmará sobre a idoneidado tanto clos ou perda dos objectos contidos nas mesmas, e a resguar-
concorrentes que ofiereçam o preço mais favoravel como dá-las por fórma que em tempo chuvoso se não mo-
dos respectivos fiadores, e bem assim acêrca da distancia lhem;
kilometrica entre os pontos extremos, quando sc tratar 7. a Obrigarcni- se a apresentar nas estnçõès servidas
de conducção nova. pela conducção a caixa que lhes houver sicio entregue para
Art. 3iõ.° Os contratos poderão ser feitos por tempo receberem correspondencias durante o transito ;
determinado ou indeterminaclo. 8.® Sujeitarem-se a todas as alterações que a Direccão
§ 1.° Nos concursos serão aceeites propostas para o Geral dos Correios e Telegraphos entendcr conveniente fa-
serviço ser feito por uma ou por outra cVaquellas formas. zer, assim nos dias e horas cla partida como da chegada;
segundo as ordens da Direeção Geral. 9." Obrigarem-se, sc as conducções forem para esta-
§ 2.° Os contratos lavrados por tempo incleterminado, ções dc caminhos cle ferro por onde transitem as ambu-
cm vogva somente cessarão quando por um dos outorgan- lancias postaes, a apresentar nas mesmas ambulancias as
tes fôr denunciado eom um mês de antecedencia. caixas dc rece-pção de correspondencias que estiverem nas
§ 3." A Direccão Geral dos Correios e Telegraphos re- respectivas estações e a eolloeá-las nos sitios competentes,
serva se o direito, quando haja clo ser supprimida alguma logo que lhes sojani restituidas :
conducção, para ser eriada nova em sua substituição ou 1 0 . T r a z e r e m elles proprios, ou quem suas vezes fizer,
por qualquer motivo urgeutc, de, denunciar os respectivos ao peito, do lado direito, uma chapa de metal com as ar-
contratos coiu dez dias de antecedencia. | mas reaes e o letreiro •— correio;
1902 343 Junho 14

11. a Empregarem, quando a conducção fôr feita a ca- das cònducções certificarao no fim de cada mês, em modelo
vallo ou em carro, boas oavalgaduras e convenientemente n.° 190, qual o serviço que os arrematantes houverem feito.
apparelhadas ; § unico. E s t e s attestados serão reunidos pelos chefes
12. a Não abandonarem a conducção que contratarem, dos serviços até o dia 5 cle cada mês, e, verificado que
ainda que tenha lindado o prazo de contrato ou da de- houve alguma irregularidade cle serviço, assim o commu-
nunciação, sem que se apresente quem legalmente os sub- nicarão á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, fa-
stitua ; zendo acompanhar a communicação da competente decla-
13. a Sujeitarem-se ás multas que a Direccão Geral dos ração do arrematante sobre as causas que justifiquem ou
Correios e Telegraphos lhes impuser pela falta do exacto possam attenuar a falta commettida.
eumprimento das condições do contrato ; Art. 323.° Os concursos jiara a renovação dos contratos
14. a Sujeitarem-se á reseisão clo contrato, quando, de- só poderão ser abertos mediante previa ordem da Direc-
pois cle multados por tres vezes, a Direccão Geral dos cão Geral dos Correios e Telegraphos.
Correios c Telegraphos o entender, ou logo que tenham § unico. Aos contratos e ás respectivas copias será
commetticlo falta de maior graviclade, ou ainda nos casos appenso um impresso indicativo do horario da respectiva
previstos no artigo 3 1 5 . ° ; conducção, conforme o moclelo n.° 199.
15. a Apresentarem fiador idoneo e obrigarcm sua pes- Art. 324.° Todas as vezes que fôr alterado o horario
soa e bens á fiel e inteira execução do contrato. dc uma conducção de malas, será substituido o exemplar
§ 1." Se a conducção fôr feita em carruagem, a caixa modelo n.° 199, appenso á copia do contrato em poder
a que se refere a condição 7. a será, nas localidades onde clos chefes dos serviços ou dos clicfes clas estações, por
haja distribuidores, aberta por estes, ficando assim o ar- outro com as novas indicacões.>
rematante dispensado de a apresentar nas estações. § unico. Os chefes de serviço enviarão á Direeção
§ 2.° A n t e s da imposição clas multas a quc se refere a Geral dos Correios e Telegraphos em impresso, modelo
condição 13. a , serão eonvidados os arrematantes a apre- n.° 199, as alterações no horario de que trata o presente
sentar por escrito, dentro de cinco dias, as razões que artigo.
puderem attenuar ou justificar as faltas por elles commetti- Art. 325.° Todas as propostas que subirem á Direccão
das, e quando, dentro clo referido prazo, não houverem satis- Geral dos Correios e Telegraphos, sobre alterações nos ho-
feito a esta formalidade será considerado como não jus- rarios clas cònducções existentes ou estabelecimento cle
tificada a falta commettida. novas carreiras, deverão ser acompanhadas do impresso,
§ 3.° Os arrematantes cle conducção de malas poclerão modelo n.° 199, devidamente preenchido. Neste ultimo
ser auctorizados, quando assim o queiram, a vender sellos caso, serão ministrados esclarecimentos circunstanciados
c outras formulas de franquia, tanto nos locaes por cnde sobre a natureza do caminho a percorrer, povoações que
passarem como no transito. existem no percurso e distancia k.ilometrica entre os pon-
§ 4." A chapa de metal, de que trata a condição 10. a , tos extremos.
será fornecida pelo chefe dos serviços ou da estação onde Art. 326.° Q.uando quaesquer circunstancias eventuaes
sa houver lavrado o contrato, sendo a sua importancia sa- de força maior impedirem o transjmrte das malas, o em-
tisfeita pelos respectivos arrematantes. pregado, qualquer que seja. o seu grau hierarchico, mais
§ 5.° O fiador, a que allude a condição 15. a , devez'á de- proximo clo logar do sinistro tomará, sendo responsavel
clarar que obriga a sua pessoa e bens para responder por pelas consequencias se o não fizer, as providencias ex-
todas as faltas que o seu afiançado possa commetter, fi- traordinarias que forem precisas para evitar a interrupção
cando sujeito a continuar a executar o serviço, como se do serviço postal, dando logo parte ao seu chefe imme-
fôra o proprio arrematante, seu afiançado, no caso de im- diato.
possibilidade, desapparecimento ou fallecimento d ? este ou CAPITULO I I
abandono voluntario clo serviço.
Art. 319.° Os contratos serão lavrados em triplicado, Transporte nas vias ferreas
logo quc o preço offerecido seja approvado pela Direeção Art. 327.° O transporte de malas pelas vias ferreas,
Geral dos Correios e Telegraphos. nas linhas em que não circulem ambulancias postaes, será
§ 1.° Os contratos serão assignados pelos chefes dos feito em compartimentos reservados de carruagens ordina-
serviços ou chefes das estações, pelo arrematante, pelo rias cle 2. a classe e, na falta d'estas, em carruagens de
fiador e por duas testemunhas idoneas. l . a classe, sendo as malas acompanhadas por carteiros ou
§ 2.° D o s contratos será tirada copia, que ficará archi- distribuidores supranumerarios.
vacla na estação cla localidade onde tiver sido feita, en- § 1.° A estes carteiros ou distribuidores poderá ser in-
viando-se o contrato original e os outros dois exemplares cumbida a abertura dos receptaculos de correspondencias
para o chefe dos serviços de que a estação depender, a fim collocados nas estações de caminhos de ferro do transito,
cle que, depois de formulada uma copia authentica para devendo eonduzir as" correspondencias encontradas, em
ficar archivada na respectiva secretaria, serem enviados á malas especiaes, para os pontos que lhes forem determi-
Direccão Geral dos Correios e Telegraphos. nados.
§ 3.° Quando os contratos houverem sido lavrados pe- § 2.° Estes empregados poclerão ser auctorizados a ven-
los chefes dos serviços, estes íicarão com a competente co- der sellos e outras formulas de franquia—pai'a o que lhes
pia e remettê-los-lião para a Direeção Geral clos Correios será feito o competente adeantamento.
e Telegraphos, pela 4 . a repartição. § 3." A o s empregados de que se trata será pago, antes
§ 4." A Direccão Geral clos Correios e Telegraphos, de- cle partirem, o abono determinado pelo artigo 97.° cla or-
pois de devidamente assignados o original e os outros dois ganisação do jjessoal dos telegraphos, correios e indus-
exemplares, remetterá aquelle á 9." Repartição da Contabili- trias electricas, cle 30 cle dezembro de 1901.
dade Publica, archivando um exemplar e devolvendo o outro Art. 328.° A s malas que houverem de seguir por vias
ao chefe dos serviços, para ser entregue ao arrematante. ferreas em que circulem ambulancias postaes deverão ser
Art. 320." Os contratos só serão considerados validos entregues aos empregados das mesmas ambulancias para
depois dc devidamente approvados e assignados pelo Dire- que estes manipulem c reexpeçam as correspondencias or-
ctor Geral dos Correios e Telegraphos. dinarias, as encommendas c os sacos ou maços de registo
Art. 321.° Os arrematantes serão pagos mensalmente, que as malas contiverem.
effectuando-se o pagamento do serviço feito em cada mês Art. 329." Cada ambulancia postal deverá ter um chefe,
no decurso do mês seguinte. e um continuo e o numero de ajudantes que a Direeção
Art. 322." Os chefes do estação dos pontos extremos Geral determinar segundo as necessidadcs clo serviço.
X

Junho 14 344 1902

Art. 330.° Compete ao chefe: rem subordinados, serão pedidas providencias ao respe-
a) Comparecer na ambulancia, em que houver de fazer j ctivo chefe, sem comtudo deixar de se fazer a participa-
serviço, uma hora antes da partida dw comboio ; ção determinada por este artigo.
b) Veriiicar se a entrega e a recepção de malas, bem § 2." O chefe e os sub-chefes dos serviços das ambu-
como abertura clas caixas collocadas nas estações, é feita lancias providenciarão por modo que promptamente sejam
devidamente; substituidos os empregados que houverem faltado.
c) Desempenhar todo o serviço de mauipulação das cor- § 3." Quando a falta de. comparencia do empregado
respondencias, quando não tenha ajudante ou ajudantes; occorrer em localidade que não seja sede do chefe ou sub-
distribuí-lo convenientemente por estes, quando os tenha, chefes dos serviços das ambulancias, o empregado que ti-
reservando para si o que fôr cle maior responsabilidade; ver comparecido participará o facto ao chefe cla respe-
d) Fazer com que a carga e descargas clas malas se effe- ctiva estação telegrapho-postal, para que este communique
ctue com regularidade e sem demora; a occorrencia áquelles funccionarios.
e) Participar ao chefe ou aos sub-chefes do respectivo Art. 336." Dado o caso clos chefes das ambulancias se-
serviço todas as occorrencias succedidas na ambulancia a rem atacados cle doença repentina, serão elles substitui-
seu c a r g o — t a e s como falta ou errada direeção cle malas, dos pelo ajudante; havendo mais de um, pelo mais gra-
faltas cle disciplina dos ajudantes ou continuos, falta de lim- cluado, e, em igualdade de circunstancias, pelo mais an-
peza clas carruagens, deterioração cla mobilia e material; tigo no serviço ambulante.
/ ) Vender sellos e outras formulas de franquia, tanto § unico. Se o caso de que trata o presente artigo oc-
nas estações extremas como nas intermedias, durante as correr em ambulancia onde não sirva ajudante, tomará
paragens — para o que lhe será feito o competente adeanta- conta clas correspondencias o continuo, participando o fa-
mento; cto por telegramma ao chefe ou aos sub-chefes dos servi-
g) Executar pontualmente e fazer executar pelos aju- ços clas ambulancias a que pertencer, para este providen-
dantes e continuos as disposições d'este regulamento e das ciar cla fórma que mais compativel fôr com as circunstan-
instrucções que lhes sejam dadas ; cias, cumprindo-lhe fazer, tanto quanto possivel, a expe-
h) Prcstar contas relativamente ao abono de sellos e mais dição clas correspondencias.
formulas cle franquia, quando lhes seja ordenado. Art. 337.° Os empregados que servirem nas ambulan-
§ unico. Quando aos chefes clas ambulancias postaes fôr cias postaes receborão, antes de seguirem viagem, os abo-
daclo conhecimento cle que qualquer estação se acha aban- nos cle que trata o artigo 97.° da organização approvada
clonada por fallecimento do respectivo chefe ou por qual- por decreto de 30 de dezembro de 1901, refevente a cada
quer outro motivo, deverão os mesmos dar conhecimento viagem, a fim de occorrerem ás despesas a eífectuar du-
clo facto á estação telegrapho-postal com que mais rapicla- rante as mesmas viagens.
mente possam communicar. § unico. Os empregados cle que se trata consideram-se
Art. 331." Compete aos ajudantes: sempre em serviço, desde a particla até ao regresso, e só
d) Comparecer na ambulancia, em quc houverem dc fa- podem gozar cla respectiva folga nas localidades em que
zer serviço. uma hora antes cla partida do comboio ; teem a sua sede official.
b) Executar todo o serviço de manipulação de corres- Art. 338." Alem dos empregados destinados a prestar
pondencias que lhes fôr ordenado pelo chefe. serviço nas ambulancias, só poderão ter ingresso nas mes-
Art. 332." Pertence aos continuos: mas aquelles que o Director Geral dos Correios e Telegra-
a) Comparecer na ambulancia, em que houverem de fa- phos auctorizar.
zer serviço, uma hora antes cla partida, quando não forem Art. 339.° Compete ao chefe dos serviços clas ambulan-
encarregados de acompanhar para ali as malas; cias postaes :
b) Acompanhar as malas dos pontos dc destino da am- 1." Fiscalizar o desempenho clo serviço postal nas linhas
bulancia postal ató ás sedes das estações; ferreas e nas estações de caminho de ferro ;
c) Executar todas as operações relativas ao fecho dos 2." Fiscalizar a applicação do material de correios, empre-
maços ou das malas. bem como á sua abertura; gado nas ambulancias e a respectiva illuminação e limpeza;
d) Fazer a marcação clas correspondencias; 3." Superintender sobre o pessoal das mesmas ambu-
e) Receber e entregar nas estações cla linha as malas e lancias e sobre o pessoal que desernpenlie serviço postal
proceder á abertura clas respectivas caixas; nas estações e linhas dc caminhos cle ferro ;
j ) Eilectuar todos os mais trabalhos que forem neces- 4." Organizar as esealas de serviço do pessoal, e sub-
sarios e que lhes sejavn determinados pelos chefes. mettê-las á approvação da Direccão Geral;
§ 1." Aos continuos não é permittido, salvo caso de 5.° Propor castigos e recompensas para o pessoal am-
força maior, fazer o serviço de manipulação das corres- bulante e ao serviço nas estações clo caminho de ferro,
pondencias. funclamentando as suas propostas;
§ 2." As malas que os continuos aeompanharem, tanto tí.° Participar todas as faltas, erros, abusos e irregula-
nos pontos de origem como nos do destino, serão relacio- ridades praticadas no serviço ambulante;
nadas em guias cle que serão portadores os mesmos conti- 7.° Informar a Direccão Geral, annualmente, sobre o
nuos. comportamento, actividade e aptidão do pessoal que ser-
Art. 333.° Quaesquer observações que os empregados vir sob as suas ordens ;
teuham a fazer acêrca clas ordens daclas pelos chefes das 8.° Excluir o pessoal, a titulo provisorio, em casos gra-
ainbulancias em que servirem serão unicamente feitas por vcs, da escala clo serviço, dando immediatamente parte á
escrito e dirigiclas ao chefe ou aos sub-chefes clo respe- Direccão Geral clos Correios e Telegraphos;
ctivo serviço. 9.° Tomar conhecimento de quaesquer reclamações so-
Art. 33-1." Os ajudantes e continuos não poderão sair das bre assumptos clo serviço ambulante e fazer as indagações
ambulancias sem auctorisação clo seu respectivo chefe. necessarias para as esclarecer, danclo de tudo conheci-
Art. 33;)." Quando, quarenta c cinco minutos antes cla mento á Direccão Geral clos Correios e Telegraphos ;
hora marcada para a partida das ambulancias postaes, não 10." Estudar e propor os melhoramentos e innovações,
tiver comparecido algum dos empregados que ali devam que julgar convenicntes, para aperfeiçoar o serviço ;
prestar serviço, o mais gracluado participará o facto, pelo 11." Organizar e reformar periodicamente, em harmo-
meio mais rapiclo ao seu alcancc, ao chefe ou aos sub-che- nia com as alterações que occorrerem no serviço, as ta-
fes dos serviços. bellas rcguladoras de permutação das malas nas ambulan-
g 1." Se o facto de que se tratar occorrer em localidade cias suas dependentes;
que não seja sede de secção a que os empregados estive- 12.° Tomar todas as providencias que o serviço respe-
1902 345 Junho 14

ctivo exigir, quando, por circunstancias extraordinarias, vada por decreto de 30 de dezembro de 1901, como se
não seja possivel esperar as ordens superiores; fizessem jjarte da escala em activo serviço.
13." Corresponder-se com a Direccão Geral dos Cor- § unico. Aos continuos, em v e z dos abonos citados neste
reios e Telegraphos e com os chefes dos differentes servi- artigo, ser-lhes-ha concedido o subsidio diario de 4 0 0 réis,
ços. E m casos urgentes poderá corresponder-se com as di- quando o impedimento não se prolongue alem de quareuta
versas repartições publieas, tribunaes e auctoridades so- e cinco dias.
bre assumptos do seu serviço, devendo nestes casos par- Art. 345.° A s licenças, nos termos do artigo 103.° da
ticipar á Direccão Geral o facto e a razão do mesmo. organização de 30 de dezembro de 1901, só serão conce-
Art. 3 l 0 . ° Compete ao chefe dos serviços das ambulan- didas quando não haj • prejuizo para o serviço, ficando
cias postaes, alem do que fica determinado no artigo an- entendido que não poderão ser dadas a mais de dois em-
terior, e aos sub-chefes dos mesmos serviços: pregados simultaneamente.
a) Verificar se os empregados comparecem nas ambu- Art. 346.° Quando os empregados que servirem nas am-
lancias ás horas devidas; bulancias postaes desistirem de seguir viagem que lhes
b) Verificar se o pessoal menor em serviço nas estações pertencer, sem motivo devidamente justificado, perderão
das linhas ferreas comparece com regularidade e desem- duas viagens consecutivas.
penha o serviço a seu cargo; § 1.° Aos empregados reincidentes nas desistencias de
c) Observar se os empregados das ambulancias aban- viagem será imposta, pela Direccão Geral dos Correios e
donam estas durante o trajecto ou chegam aos pontos ex- Telegraphos, a exclusão da escala de serviço pelo tempo
tremos em outras carruagens; que fôr fixado, conforme o caso.
ã) Observar se nas estações das linhas ferreas é devi- § 2.° A justificação da desistencia de viagem só será
damente feita a permutação das malas; provada por attestado de medico, que deverá ser entre-
e) Verificar se os conductores de malas apresentam ás gue ao chefe ou sub-chefes dos serviços até vinte e quatro
ambulancias postaes as caixas affixadas nas estações ou horas depois da falta.
as que conduzirem; Art. 347.° A s trocas entre os empregados incumbidos
f ) Fazer com que a carga e descarga das malas se ef- de fazer serviço nas diversas linhas ferreas só podem
fectue com a maior rapidez possivel ; ser auctorizadas pelo Director Geral dos Correios e Tele-
fj) Tomar as necessarias providencias quando as carrua- graphos, em vista de informação do chefe dos serviços.
gens não estejam em estado de serviço ; Art. 348.° O empregado que pedir a exclusão da es-
h) Visitar periodicamente os depositos de material para cala de serviço nas ambulancias postaes perderá o di-
as ambulancias, examinando o seu estado e se se acham reito a fazer d'ella parte emquanto houver outros empre-
sufficientemente fornecidos; gados que em seu logar tiverem sido admittidos na mesma
i) Verificar se os chefes das ambulancias, durante as escala.
viagens, se acham providos, em harmonia com o adeanta- § unico. Não perde, todavia, o direito a reentrar na
mcnto que lhes ó feito, dos sellos necessarios para a venda escala, no logar que occupava, aquelle que temporariamente
ao publico, e proceder periodicamente a balanço d'estes tiver cleixado esse serviço por motivo de desempenho de
valores. outra commissão para que haja sido nomeado superior-
§ 1.° O chefe ou sub-chefes dos serviços das ambulan- mente, sem ser a seu pedido.
cias postaes, para desempenho das funcções a seu cargo,
percorrerão todos os meses cada uma das linhas onde hou-
ver ambulancias, visitando-as. CAPITULO III
§ 2.° A s linhas ferreas e os ramaes onde não circularem
Trausportes fluviaes e maritimos
ambulancias postaes, mas que tenham transporte de malas
acompanhadas por conductores, serao tambem visitadas Art. 349.° A conducção de malas pelas vias fluviaes será
pelos funccionarios indicados, pelo menos, de dois em dois feita por arrematação a quem offerecer por ella menor
meses. preço, quando a carreira fluvial não fôr subsidiada pelo
§ 3.° A l e m das visitas ordinarias determinadas pelo pre- Governo, pois neste caso o transporte das malas será gra-
sente artigo, farão todas as extraordinarias que lhes fo- tuito.
rem ordenadas pelo Director Geral dos Correios e Tele- § 1.° As condições a que ficará sujeito o arrematante
graphos. serão as impostas para as cònducções terrestres, em tudo
Art. 341.° E m caso de qualquer accidente nas linhas que não forem contrarias á natureza do meio de trans-
ferreas em que circularem ambulancias postaes ou condu- porte.
ctores de malas, cumpre ao chefe ou sub-chefes dos servi- § 2.° Nos contratos para estas cònducções, serão fei-
ços das ambulancias postaes partir immediatamente, sendo tas indicações identicas ás que são determinadas 110 ar-
possivel, para o local em que se tiver dado o accidente, a tigo 317.°"
fim de tomar as providencias necessarias. Art. 350.° O transporte das malas pelas vias maritimas
Art. 342." Quando, no comboio de que fizer parte uma é obrigatorio e gratuito, nos termos das disposições respe-
ambulaucia postal, houver accidente ou atraso importante, ctivas constantes do capitulo XII da organização dos ser-
deverá o chefe da ambulancia participá-lo, telegraphica- viços de telegraphos, correios e fiscalização das industrias
mente, ao chefe ou sub-chefes dos serviços, que dará im- electricas de 2 4 de dezembro de 1901 :
mediato conhecimento do facto ao Director Geral dos Cor- 1.° Para as embarcações portuguesas de vela ou de va-
reios e Telegraphos. por, mercantes ou da marinha militar;
Art. 343.° Quando houver qualquer accidente que in- 2.° Para os vapores estrangeiros pertencentes a empre-
tcrrompa a marcha dos comboios, cumpre ao chefe da sas que contratarem com 0 Governo português, mediante
ambulancia tomar as providencias necessarias, a fim de remuneração ou sem ella, qualquer serviço de communica-
que as malas sigam o mais breve possivel ao seu des- ções regulares entre um porto português e qualquer ponto
tino. do globo;
Art. 344.° Os empregados em serviço nas ambulancias 3.° Para os vapores estrangeiros que tiverem obtido a
postaes que se impossibilitarem temporariamente por mo- patente de paquetes.
tivo de accidente na linha, verificado devidamente o im- Art. 3 õ l - ° Para ser conferida patente de paquetes é
pedimento, e quando este se não prolongue alem de um necessario que a-empresa, agencia ou o consignatario fa-
niês, perceberão, afora o seu vencimento por inteiro, os çam requerimento em que declarem :
abonos desiguados no artigo 97.° da organização appro- a) Os portos nacionaes ou estrangeiros para onde na-
Junlio 14 346 1902

v e g a m os v a p o r e 3 e d a t a s p r o v a v c i s cla c h e g a d a e p a r t i d a , causa de força maior, voltar ao porto de onde saíu ou ar-


em cada porto ; ribar a algum porto português, deverá o capitão ou mes-
b) Os nomes dos vapores empregados em cada linha; tre, ou o commissario, se fôr navio de guerra, cntregá-las
c) Qac sc prestam a transportar gratuitamente as ma- no correio da localidade.
las do correio, sem limite de peso ou volume, recebendo Art. 361.° Os capitaes ou mestres de navios mercantes,
c entregando as malas na respectiva estação postal; nacionaes ou estrangeiros que entrarem em portos portu-
d) Que sc sujeitam a todas as prescripções dos regula- gueses cleverão entregar ao official da alfandega ou da
m e t o s postaes e sanitarios. saude que primeiro fôr a bordo todos os officios e malas
§ unico. Das concessões de patentes de paquete dará a que conduzirem, e bem assim as cartas avulsas que elles,
Direccão Geral clos Correios e Telegraphos immediato co- os passageiros ou a tripulaçao trouxerem.
nhecimento á Administração Geral das Alfandegas. § unico. Estas correspondencias serão enviadas ao cor-
Art. 352.° Para ser concedida patente cle paquetes a reio, acompanhadas cle guia em que se declarc o seu nu-
vapores portugueses, é necessario que os mesmos façam mero, nome cla embarcação em que vieram, a sua proce-
carreiras regulares, saiudo dos portos portugueses e a elles dencia e o nome do capitão ou mestre.
regrcssando em dias ccrtos clo mês, e que toquem em Art. 362.° As malas transportadas cm navios de guerra
cacla uma das suas carreiras em portos determinados, fa- portugueses serão entregues no correio pelo respectivo
zendo no requerimento as declarações especificadas no ar- commissario.
tigo anteccdcnte, e que se sujeitem ao eumprimento clas Art. 363.° As malas transportadas em embarcações
obrigações impostas pelo § unico clo artigo 99.° cla orga- que ao chegarcm a portos portugueses houverem de ficar
nização citada de 24 cle dezembro de 1901. impeclidas serão entregues ao official de saude, ao qual
Art. 353." Póde ser conceclicla patente de paquete a cumpre cuidar clo seu desembarque e transporte para
vapores portugueses que naveguem entre portos portugue- terra, a fim cle se proceder com ellas nos termos da lei c
ses e estrangeiros, uma vez que satisfaçam ao disposto no regulamento de saude publica.
artigo anterior. § unico. As malas de que se trata nunca serão abertas
Art. 354." A guarda e responsabilidacle das malas per- sem que esteja presente um empregado cla dependencia
tenee : da Direccão Geral clos Correios e Telegraphos.
1." Nos navios de guerra portugueses, ao commissa- Art. 364.° A Direccão Geral dos Correios e Telegraphos
rio ; fixará o numero cle empregados que cleverão exercer a com-
2." Nos navios mercantes de vela, ao capitão ou mes- missão cle agentes postaes embarcados a bordo dos paque-
tre ; tes que façam carreiras para a Africa e ilhas adjacentes,
o.° Nos vapores estrangeiros, ao capitão, se não houver tendo em vista que tal commissão só poderá ser exercida
a bordo empregado do correio, especialmente incumbiclo por primeiros ou segundos aspirantes que tenham o neces-
d'oste serviço ; sario conhecimento dos serviços que lhes competir.
4." Nos vapores portugueses, ao capitão, quando não Art. 365.° Incumbe aos agentes postaes embarcados:
houver a bordo agente postal, e quando o haja, a este. a) Comparecer a bordo duas horas antes da partida clos
Art. 355.° Os capitaes ou mestres de embarcações mer- paquetes;
cantos. de vela ou a vapor, nacionaes quc se propuserem b) Verificar se é feita devidamente a recepção das ma-
partir de quaesquer portos maritimos portugueses deverão las que houver cle se effectuar em Lisboa ou Porto e nos
participar na estação postal cla localidade, na vespera da diversos portos cla escala, e fazer com que a carga e des-
partida até ás duas horas cla tarde, a hora a que tencio- carga clas malas se effectue com toda a regularidade e sem
nam sair, e indiear quaes os portos cle destino e escala. demora;
§ unico. Igual declaração cleverão fazer os commissarios c) Manipular as correspondencias da ultima hora ou que
clos navios dc guerra portugueses, quando seguirem via- sejam depositaclas no receptaculo a bordo, antes cla parti-
gem dc um para outro porto português, salvo se sairem da,, ou nos portos de escala, e bem assim registar as cor-
com cuiia dc prc<]0 ou se mediarcm menos cle vinte e qua- respondencias e valores declarados quc para tal fim sejam
tro horas entre a hora em que foi dctcrminada a saida clo apresentados a bordo;
navio c a fixada para a sua partida. ã) Dividir, tanto quanto possivel, as correspondencias
Art. 3;>l>." Os agentes c consignatarios de empresas de destinadas a Lisboa ou Porto pelos districtos da posta in-
navegação estrangeiras que se incumbirem do transporte terna, ou por zonas, de modo a facilitar a sua rapida dis-
de malas deverão communicar ao correio, com a maior tribuição ;
aníeeedcneia possivel, a data provavel cla chegada dos va- e) Vender sellos e mais formulas de franquia, tanto aos
pores, c, logo que elles cheguem ao porto, o dia c a hora passageiros e equipagem do paquete, como a estranhos que
da sua partida. nos portos os procurem —para o que lhes será feito o adean-
Art. 357.° A entrega das íur.las será feita a bordo por um tamento competente;
empregado, que cobrará clo capitão, mestre ou commissa- / ) Trocar malas com os collegas embarcados em outros
rio o competente recibo. Para este fim, a alfandega porá á vapores da carreira contendo as correspondencias que te-
disposição do correio os esealeres que lhe forem requisitados. nham recebido, tanto avulsas como em malas, para os por-
§ unico. Podem, (odavia, ser entregues cm terra as ma- tos a que os outros vapores se destinarem;
las. uma vez que os commissarios, os capitaes ou mestres </) Executar o serviço de permutação de fundos e a re-
das eaiharcações portuguesas e os agentes, consignatarios cepção de assignaturas para jornaes e outras publicações
ou empregados encarregados do serviço postal dos vapo- periodicas, quando as circunstancias o permittam e a Di-
res estrangeiros assim o aeordarem. reccão Geral dos Correios e Telegraphos assim o tenha
Art. 3.iS.° No acto da entrega das malas ás embarca- ordenado;
ções mercantes nacionaes, serão dados aos capitaes ou mes- 7í) Providenciar, em caso de accidente na viagem, tanto
tres p,mes do correio, sem os quaes não poderá o navio quanto as circunstancias o permittam, cle fórma a assegu-
seguir viagem. i rar a mais prompta expedição das correspondencias.
Art. As auctoridades das .-diandcgas tomarão as § unico. Os agentes postaes embarcados nas carreiras
mcdidas necessarias para quo não seja permittida a saida das ilhas adjacentes procederão. pelo que respeitar ás ca-
das emliarcações mercantes portuguesas cujos capitaes ou pitaes clos districtos clas mesmas ilhas, nos termos do dis-
mestres não apresenlureni os passcs do quc trata o artigo posto na alinea d) para, Lisboa.
«nteecdentc. Art. 366." Aos agentes postaes embarcados será abona-
Art. 360.° Quando um navio que eonduzir malas, por da, alem do vencimento respectivo e do fixado no artigo 97.°
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da organização de 3 0 de dezembro de 1 9 0 1 , uma verba correio, qualquer que seja o fundamento ou razão alle-
variavel, conforme a viagem que fizerem, mas não exce- gada. Quando, porem, os funccionarios aduaneiros suspei-
dente nunca a 20,$000 réis, destinada ás despesas do ex- tarem de que nas malas, cestos, sacos ou maços dc cor-
pediente, o bcm assim a gratifiear o marinheiro ou mari- respondencia se incluem objectos sujeitos a impostos ou
nheiros que auxiliem o serviço. direitos fiscaes, farão acompanhá-las até á estação dc des-
§ unico. Os agentes postaes embarcados recebcrao na tino, onde na presença do empregado fiscal serão manda-
vespera da partida, a titulo de adeantamento, 75 por cento das abrir pelo respcetivo cliefe, lavrando-se clo facto o
do abono fixado no artigo 97.° da organização, calculados competente auto, que será assignado pelo chefe da esta-
pela importancia correspondente ao abono relativo ao nu- ção, pela auctoridade fiscal e mais um enipregado telegra-
mero medio de dias que durar o serviço que forem desem- pho-postal, quando o haja.
penhar. Os restantes 2 5 por cento ser-lhes-hão entregues § unico. Quanclo, feito o cxamc de que trata o presente
somente depois de haverem prestado ao chefe dos serviços artigo, por fórma sempre que o funccionario fiscal não
dos correios de Lisboa ou Porto, conforme o caso, conta do tome conhecimento das correspondencias contidas nas ma-
que occorreu na viagem, e liquidado a sua responsabilida- las, cestos, sacos ou maços, sejam encontrados objectos
de para com a. Fazenda, no quo respeita ao serviço cle que sujeitos a impostos ou direitos fiscaes, serão estes appre-
trata a alinea g) clo artigo 365.°, e bom assim ao abono hendidos pelo empregado telegrapho-postal, mencionan-
de sellos e mais formulas de franquia, e da verba para do-se o facto no auto, o qual, com os objectos apprehendi-
expediente. dos, será remettido á mais proxima casa fiscal. D'esta
Art. 367." Os agentes postaes embarcados, durante a occorrencia será daclo conhecimento, pelas vias competen-
sua estada regular no continente, isto ó, durante o inter- tes, á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos.
vallo cle uma viagem a outra, poderão ser dispensados de Art. 372.° Os conductores cle malas o os empregados
qualquer serviço, percebendo apenas o vencimento de ea- das ambulancias postaes não são isentos das buscas que os
tegoria. empregados aduaneiros tiverem cle praticar nas suas pes-
§ 1.° Se um agente desistir de seguir na viagem que soas e bagagens.
lhe pertencer, reentrará immediatamente no serviço se- § 1.° A s buscas nas pessoas dos empregados clas ambu-
dentario, sendo consideradas faltas não justificadas as au- lancias postaes e suas bagagens somente podem effectuar-
sencias alem do dia da partida clo paquete em que devia se fóra das carruagens ambulancias postaes, sendo defesa
fazer viagem, salvo caso cle doença justiíicada e verificada. a entrada dos empregados aduaneiros nas mesmas carrua-
§ 2." D u a s desistencias seguidas, sem motivo justifica- gens.
do, farão excluir o empregado da escala de viagem pelo § 2.° Tanto as buscas de que trata o § 1.°, como aquel-
tempo que a Direeção Geral clos Correios e Telegraphos las que se realizem nas pessoas dos conductores de malas
determinar. ou nas suas bagagens, serão feitas por fórma quc não re-
Art. 368.° A o s agentes postaes embarcados incumbe, tardein nem prejudiquem o serviço.
em harmonia com o disposto no § 2.° clo artigo 19.° cla
organização, alem clo que dispõe o artigo 365.° do pre-
TITULO VI
sente regulamento, exercer as funcções cle fiscal do Go-
verno, c como taes serão reconhecidos pelas auctoridades Dos sellos e outras formulas de franquia
de bordo, cumprindo-lhes:
a) Vigiar pelo cumprimento exacto clas clausulas e pres- Art. 373.° Pertence á Casa da Moeda e Papel Sellado a
cripções do caderno de encargos, impostas aos concessio- emissão dos sellos o outras formulas dc franquia, a fiscali-
narios ; zação d'este serviço e as despesas a elle inherentes.
b) Fiscalizar os itinerarios, sob o ponto do vista de mar- Art. 374.° São unicamente validos os sellos e outras for-
cha dos paquetes o cla sua demora nos portos ; mulas de franquia emittidos pela Casa da Moeda e Papel
c) Tomar conhecimento clas queixas e reclamações clos Sellado, em harmonia com as indicações expedidas pela
passageiros ; Direeção Geral dos Correios e Telegraphos.
d) Registar os accidentes occorridos nas viagens. Art. 375.° Incumbe exclusivamente á Direeção Geral
§ 1.° Para execução cfestas disjDOsições, regular-se-hão dos Correios e Telegraphos determinar:
os agentes por instrucções especiaes emanadas clo Ministe- 1.° A s differentes taxas de sellos e outras formulas de
rio da Marinha e UItramar. franquia;
§ 2.° No regresso cle cada viagem, são obrigados os agen- 2." O formato, desenho, côr, qualidade de papel e to-
tes, na qualidade clo fiscaes, a apresentar, em prazo não das as mais condições dos sellos e outras formulas do fran-
e.Ncedente a tres dias, no Ministerio da Marinha, o eom- quia.
pelente relatorio. Art. 376.° O fornccimento de sellos o outras formulas
CAPITULO IV de franquia será feito directamente pela Casa da Moeda e
Papel Sellado:
Disposições geraes a) Á Direeção Geral clos Correios c Telegraphos;
Art. 369.° Os itinerarios e os horarios clos caminhos de b) Aos fieis das estações centraes clos correios e dos te-
ferro, tanto do Estado como das companhias ou empresas legraphos das cidades dc Lisboa e P o r t o ;
particulares, não poderão ser submettidos á approvação do o) A s agencias do Banco cle Portugal nas capitaes clos
Ministro das Obras Publicas, Commercio e Industria sem districtos e ás reeebedorias do districto de Lisboa.
ter sido ouvida a Direeção Geral dos Correios e Telegra- § 1.° O fornccimento á Direeção Geral dos Correios e
phos, a qual dará sobre elles a sua informação. Telegraphos é destinado ao adeantamento ás estações e
Art. 370.° A s auctoridades civis e militares devem sem- á remessa ás administrações postaes estrangeiras, nos
pre facilitar o livre e rapido transito dos conductores de termos das convenções, c será satisfeito em vista cla com-
malas, não os embaraçando no cumprimento cla sua mis- petente requisição assignada pelo chefe cla 5. a Repartição,
são, seja qual fôr o fundamento, e em caso de accidente acompanhacla de officio do Director Geral dos Correios e
uo transporte de malas sao obrigadas a prestar todo o Telegraphos.
auxilio aos empregados telegrapho-postaes e aos conducto- § 2.° O fornecimento aos fieis dos correios e clos tele-
res cle malas, sempre quc por estes lhes seja pedido. graphos de Lisboa e Porto, ás agencias do Banco cle Por-
Art. 371. Nos termos clo artigo 48.° do decreto com tugal e ás reeebedorias do districto de Lisboa, será feito
força de lei de 2 4 de dezembro de 1901, nenhuma auctori- mediante requisição assignada pelos respectivos fieis, agen-
dade póde abrir ou fazer abrir as malas, cestos ou sacos do tes do Banco de Portugal o pelos recebedores c respecti-
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vos escrivães de fazenda, devendo as mesmas ter o visto ndo mensalmente á Direccão Geral clos Correios e Tele-
dos chefes dos serviços dos correios o dos telegraphos, ou graphos, até ao dia 20 cle cada mês, mapp .s, modelos
dos delegados do thesouro. n."s 122 e 123, do numero e importancia clos sellos e mais
§ 3.° As requisições feitas para fornecimento dos fieis formulas de franquia de cada taxa vendidos no mês ante-
das estações centraes de Lisboa e Porto serão lbrmula- rior em cada concelho, e um resuruo da venda cm todo
das em duplicado, seguindo um exemplar para a Casa cla o districto.
Moeda e Papel Sellado, e sendo o outro remettido respe- § 4.° Os chefes dos serviços dos correios e dos telegra-
ctivamente, conforme o caso, para a 7. a secção da esta- phos de Lisboa e Porto enviarão á referida Direccão Ge-
ção central dos correios do Lisboa, ou para a 6. a secção ral, nos prazos fixados 110 paragrapho anterior, mappas
da do Porto, ou para a 3." das estações telegraphicas cen- indicativos da venda que houver sido eífectuada pelos res-
traes d'aquellas cidades, onde ficarão archivadas pela sua pectivos fieis.
ordem chronologica. Art. 379.° A venda de sellos e outras formulas de
Art. 377.° A Casa da Moeda e Papel Sellado, ao satis- franquia aos fieis dos serviços telegrapho-postaes, aos che-
fazer as requisições de que trata o artigo anterior, proce- fes e encarregados de estações, aos encarregados dos pos-
derá cla seguinte fórma: tos de correio, aos depositarios de caixas e aos vendedores
<i) Os fornecimentos á Direccão Geral dos Correios e de sellos será feita mediante pagamento â vista :
Telegraphos, para serem remettidos ás administrações pos- a) Nas cidades de Lisboa e Porto, pelos fieis-chefes clas
taes estrangeiras, serão acompanhados de guias em du- primeiras secções das respectivas estações centraes dos
plicado. D'esti\s guias, depois de terem o recibo do chefe correios e pelos recebedores clos respectivos bairros ;
cla 4. a repartição, será um exemplar, com a assignatura b) Fóra das cidades de Lisboa e Porto, pelos recebedo-
do chefe cla 5. a repartição, devolvido á Casa cla Moeda, res dos concelhos.
ficando a outra archivada nesta ultima repartição; quando Art. 380.° Os recebedores dos bairros de Lisboa e
se tratar de adeantamentos ás estações, serão as remessas Porto e os recebedores de concelho são obrigados a ven-
acompanhadas de guias em triplicado, senclo as mesmas der sellos e outras formulas de franquia em qualquer quan-
guias remettidas pela ã. a repartição com os competentes tidade aos fieis telegrapho-postaes, aos chefes e encarre-
sellos ao chefe clos serviços do respectivo districto, que as gados cle estações, aos directores cle correios addidos, aos
devolverão com os recibos clos responsaveis e com o seu depositarios de caixas de correio, aos vendedores de sel-
visto. D'estas guias, uma será devolvida á Casa da Moeda, los e ainda aos particulares, quando comprem quantidades
o duplicado acompanhará a conta de gerencia do respon- cujo valor não seja inferior a 2^000 réis.
savel e o triplicado ficará archivado na mesma repartição; § unico. As vendas de sellos e outras formulas de fran-
b) Os fornecimentos aos fieis clos correios e telegraphos quia, effectuadas pelos recebedores dos bairros de Lisboa'
de Lisboa e Porto serão acompanhados cle guias em du- e Porto e pelos recebedores dos concelhos, serão feitas
plicado, enviando a Casa cla Moeda um triplicado das mes- mediante requisições escritas, salvo as requisitadas por
mas guias, em sobrescripto especial e separadamente da particulares.
remessa, para os chefes das estações centraes a que per- Art. 381.° As' vendas aos particulares realizadas nas es-
tencerem os mesmos fieis. tações telegrapho-postaes e postaes serão feitas mediante
Ao serem recebidos estes fornecimentos, os fieis, depois pagamento á vista :
da devida conferencia, deverão passar recibo num dos a) Pelos fieis-chefes das l . a s secções das estações cen-
exemplares das guias, o qual devolverão á Casa da Moeda traes dos correios de Lisboa e Porto, sem limite de quan-
e Papel Sellado, escrevendo no duplicado a declaração de tidade nem valor para cada comprador ;
conformidade, devidamente datada e assignada, que re- b) Pelos fieis-chefes da 6. a secção da estação central
metterão respectivamente ás secções indicadas no artigo dos correios de Lisboa e da õ. a secção cla do Porto, em
anterior. quantidade e valor necessario para a franquia das encom-
Assim que os chefes das estações centraes receberem o mendas que nas mesmas secções forem depositadas pelos ex-
triplicado da guia cle fornecimento de sellos, procederão pedidores ;
com os chefes cla 7. a , 6. a ou 3. a secções das respectivas c) Pelos fieis telegrapho-postaes, chefes e encarregados
estações á conferencia d'este exemplar com aquelle que de estação e de postos de correio, depositarios de caixas
tiver sido remettido pelos fieis ás referidas secções, e, e vendedores cle sellos, na quantidade, para cada compra-
veriticada a sua conformidade, escreverão estes funccio- dor e em cada dia, que fôr determinada pela Direeção Ge-
narios a nota cle visto em ambos os documentos. Depois cle ral dos Correios e Telegraphos.
cumpridas estas formalidades, serão juntos os dois exem- Art. 382." A Casa da Moeda e Papel Sellado poderá effe-
plares, que constituirão um só documento de debito para ctuar vendu de sellos e outras formulas do franquia a par-
a competente escripturação; ticulares, quando se tratar de typos retirados cla circula-
c) Os fornecimcntos ás agencias do Banco de Portugal ção.
e aos recebedores do districto cle Lisboa serão acompa- § unico. D'estas vendas enviará a mesma Casa da Moe-
nhados dc guias em duplicado, devendo uma d'ellas ser da á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos nota es-
devolvida á Casa da Moeda com o recibo clo responsavel tatistica mensal.
e o visto clo respectivo delegado do thesouro. Art. 383." Quando se reconheça a necessidade cle retirar
Art. 378.° A distribuição dos sellos pelos concelhos, da circulação ou substituir quaesquer sellos ou formulas
salvo no districto de Lisboa, operar-se-ha por meio de re- cle franquia, marcar-se-ha 0 prazo conveniente :
quisições feitas cm duplicado á repartição de fazenda do d) Para serem recolhidos os sellos ou formulas retira-
districto pelo escrivão cle fazenda e tambem assignadas das ;
pelo rcecbockv, a fim dos sellos serem fornecidos pela res- b) Para troca dos que houverem de ser substituidos;
pectiva caixa filial ou agencia clo Banco cle Portugal. c) Para continuarem a ser considerados validos os sellos
§ 1." Os recibos comprovativos cle estarem satisfeitas que houverem cle ser substituidos ou retirados da circula-
as requisições e as guias cle remessa serão processados ção.
conforme os modelos usados nas repartições cle fazenda. § 1.° Só póde substituir-se qualquer typo de sellos e
§ 2." Na repartição cle fazenda cle cada districto e de outras formulas cle franquia ou retirá-lo cla circulação, com
cada concelho, haverá um livro para a escripturação e fis- previa auctorização do Ministro das Obras Publicas, Com-
calização do movimento clos sellos e mais formulas de fran- mercio e Industria, em portaria publicada no Diario do
quia. Govmno com a conveniente antecedencia.
§ 3." As repartições de fazenda dos districtos remette- § 2.° Os sellos e outras formulas cle franquia que hou-
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verem de ser retirados da circulação, ou que forem substi- Art. 390.° São nullos:
tuidos, serão trocados por outros sellos ou formulas de 1." Os sellos e outras formulas de franquia que tenham
franquia em circulação. sido retirados da circulação, logo que finde o prazo mar-
§ 3.° O prazo durante o qual continuam a ser consi- cado para que possam transitoriamente ser utilizados;
derados validos os sellos ou outras formulas de franquia 2.° Os sellos e mais formulas cle franquia, affixados nas
substituidos, ou retirados da circulação, será de trinta dias; correspondencias retiradas dos receptaculos, sobre os quaes
o prazo para a troca dos sellos e mais formulas de fran- se ache impresso, 110 todo ou em parte, qualquer marca
quia será de sessenta dias, contados do primeiro a seguir de dia ou carimbo cle inutilização ;
ao ultimo da validaclé. 3.° Os sellos que estiverem rasgados ou cortados:
§ 4.° Só em casos excepcionaes e por auctorização da 4.° Os que tiverem caracteres não auctorizados, feitos
Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, poderão, de- á mão ou estampados;
pois de findo o prazo marcado, ser trocados sellos ou 5." Os que se apresentarem sujos ou desbotados ;
outras formulas de franquia na Casa da Moeda e Papel 6." Os que houverem sido cobertos com qualquer sub-
Sellado. stancia que possa impedir a inutilização directamente ope-
§ 5.° Decorridos seis meses, a contar da publicação da rada sobre o desenho do sêllo;
portaria a que se refere o § 1.°, cessará deíiuitivamente 7.° Os que forem affixados nas correspondencias não
a faculdade concedida pelo paragrapho antecedente. apresentando para a inutilização toda a superficie, ou de
§ G.° O Governo poderá determinar, sobre proposta do maneira que fique uma das partes na frente e a outra no
Director Geral dos Correios e Telegraphos, que qualquer verso do envoltorio;
typo de sêllo ou formula de franquia, que haja de ser re- 8.° Aquelles cle que se tiverem feito desapparecer as
tirado da circulação, continue todavia a ser utilizado para marcas ou carimbos de inutilização ;
franquia até se csgotar a quantidade cxistente. 9." Aquelles que se reconhecer não terem sido emitti-
§ 7.° O Governo poderá auctorizar, ouvida a Direccão dos pela Casa da Moeda e Papel Sellado.
Geral dos Correios e Telegraphos, que estejam em circu- § unico. As correspondencias que tiverem affixados
lação simultaneamente sellos ou formulas de franquia da sellos nullos, salvo os designados no n.° 9.°, serão consi-
mesma taxa, embora de typo diiíérente. deradas como não franqueadas.
Art. 384.° A troca de sellos ou outras formulas de fran- Art. 391.° E permittido aos particulares, mediante au-
quia, retirados da circulação, effectuar-se-ha: ctorização cla Direccão Geral dos Correios e Telegraphos,
a) Em Lisboa e Porto, nas l . a s secções das respectivas marcar com qualquer signal ou letras, por meio cle perfu-
estações centraes clos correios; ração, os sellos cpie comprarem para franquia de suas cor-
b) Nas outras capitaes de districto, nas agencias do respondencias.
banco de Portugal; § 1.° As pessoas que pretenderera obter a auctorização
c) Em outras localidades, nas recebedorias de conce- de que trata 0 presente artigo deverão requerê-la á Di-
lho: reccão Geral dos Correios e Telegraphos, apresentando um
Art 385.° Findo o prazo marcado no § 4.° do ar- fac-simile da marca ou signal de qin desejam fazer uso.
tigo 3S3. U , as repartições indicadas no artigo antecedente § 2.1' Quando as conveniencias do serviço 0 aconselharem,
remetterão para a Casa da Moeda e Papel Sellado os sel- a Direeção Geral retirará a auctorização de que se trata.
los e outras formulas de franquia retirados da circulação, Art. 392.° As cartas em que se acharem affixados
ou que houverem sido substituidos, que ainda tenham em sellos falsos serao remettidas, acompanhadas de officio, á
seu poder. estação a que se destinarem, para que ali, convidado 0
§ unico. Em troca dos sellos e outras formulas de fran- destinatario a comparacer, se proceda á sua abertura na
quia a que se refere o presente artigo, serão enviados, presença do chefe e cle duas testemunhas, a fim de se
pela Casa cla Moeda e Papel Sellado aos funccionarios conhecer 0 nome do respectivo siguatario, dijigeneiando se
que os houverem remettido, os respectivos recibos, que obter do destinatario todos os mais esclarecimentos neces-
constituirão documentos cle credito para os mesmos func- sarios para que aquelle possa ser encontrado. De tudo se
cionarios. lavrará auto cle noticia que, aeompanhado da carta, será
Art. 38G.° Os sellos e outras formulas cle franquia que enviado á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, a
tenham sido retirados da circulação ou substituidos pocle- qual, depois de reconhecida a fakificação, cm vista clo
rão, depois de reoolhidos na Casa cla Moeda e Papel Sel- exame feito por tres peritos, nomeados dois pela adminis-
lado e cle carimbados ali com marca especial, voltar de tração da Casa da Moeda 0 Papel Sellado e um pela pro-
novo a circularem com os dos t\7pos em vigor. pria Direeção Geral, enviarâ todo 0 processo para 0 juizo
§ unico. Para os sellos e outras formulas cle franquia, competente, quando assim fôr devido.
nas condições d'este artigo, voltarem á circulação, é ne- § 1.° Se o destinatario não comparecer, ou se, compa-
cessaria a previa auctorização clo Ministro em portaria pu- recenclo, sc recusar a abrii a carta, será esta circunstan-
blicada no Diario flo Governo. cia mencionada no auto cle noticia, 0 qual, juntamente com
Art. 387.° Alem dos sellos e outras formulas destina- a carta, será enviado para a Direccão Geral clos Correios
dos á franquia das correspondencias, pertencerá á Casa e Telegraphos, onde, depois clo exame, prescripto neste
cla Moeda e Papel Sellado a emissão de sellos postaes re- artigo, na presença de dois empregados, se procederá á
presentativos das importancias a pagar pelos destinatarios abertura da mesma carta, lavrando-se clo facto 0 compe-
cle correspondencias não franqueadas ou com franquia in- tente termo, enviando -se todo 0 processo para juizo, quando
sufficiente. assim fôr devido.
§ unico. Estes sellos terão em caracteres bem visiveis § 2.° Se as cartas em que houverem sido affixados os
a seguinte indicacão : «Porteados. sellos dc que se trata tiverem qualquer indicação exterior
Art. 388.° Aos sellos de que trata o artigo antecedente por onde possa ser conhecido 0 remettente, lavrar-se-ha
são applicaveis as disposições dos artigos 374." c 375.°, e 11a estação de origem 0 competente termo, em que se de-
o seu fornecimento bem como a sua substituição serão re- clare a suspeita da falsilicação, remettendo-se carta e ter-
gulados em harmonia com as disposições do presente ti- mo para a Direccão Geral, a fim clc se proceder ao exame
tulo, relativas aos demais sellos e outras formulas de fran- a que se refere 0 presente artigo e á remessa do processo
quia. para juizo, quando assim fôr devido.
Art. 389.° E prohibido aos empregados telegrapho-pos- 8 3.° Se
taes, encarregados da venda cle sellos ou outras formulas os sellos falsos estiverem affixados em envo-
de franquia, comprá-los a particulares. lucros de jornaes, irnpressos, manuscriptos ou amostras,
serão estes objectos, acompanhados clo respectivo termo,
Jimlio 14 350 1902

enviaclos logo á Direccão Geral, quando tenham nos mes- 100;>000 réis, conforme houver de ser pago nas sedes
mos cnvolucros indicação clos nomes clos remettentes; e, cle districto administrativo, dc comarca ou do concelho. Os
no caso contrario, se na estação de origem, depois de em- vales telegraphicos não podem exceder 100^000 róis, qual-
pregadas as diligeneias necessarias, não fôr possivel conhe- quer que seja a localidade clo pagamento.
cer os remettentes, serão os mesmos objectos enviaclos, Art. 398. 0 Os vales pagavcis nas ilhas dos Açores, bem
com officio, á do destino, para ali, convidados os destina- como os que ali forem emittidos, só podem ser passados
tarios a coinparecerem, se procurar obter d'elles os escla- em moeda forte.
recimentos precisos para que os remettentes possam scr co- Art. 399.° A Direeção Geral da Thesouraria clo Minis-
nhecidos, devendo-se lavrar o respectivo auto cle noticia terio cla Fazenda fixará e alterará todas as vezes que 0
que, jimtamente com o volume a que se rcferir, será en- julgar conveniente, do acordo com a Direccão Geral dos
viado á Direeção Geral, para proceder nos termos do § 1.° Correios e Telegraphos, 0 cambio a que devem ser emit-
§ 4.° As correspondencias que, estando nos casos pre- tidos nos Açores os vales pagavcis no continente do reino
vistos no presente artigo, se destinarem a paises estran- ou na ilha cla Madeira, e a que devem ser pagos nas ilhas
geiros ou ás provincias ultramarinas portuguesas, serão, dos Açores os vales emittidos no continente do reino ou
logo depois cle feitas as averiguaeõcs necessarias para se na Madeira. Será publicado no Diario clo Govejno, com a
conhecer os respectivos remettentes, enviadas á Direccão necessaria antecedencia, um aviso indicando 0 cambio fi-
Geral, quer os remettentes sejam coniiecidos, ou não o xado e a data em que deve principiar a vigorar.
tenham podido ser, para ali se proceder conforme clispõe Art. 400." Os tomadores devem pagar :
o presente artigo. 1." Pelos vales cle correio:
Art. 393.° Não são admittidos para franquia das corres- a) 5 róis pela requisição, modelo n.° õ, por meio de,
pondencias, ou para qualquer outro serviço postal ou tele- um sêllo postal cí'esta taxa, affixado na mesma;
graphico no continente do reino c nas ilhas adjacentes: b) O premio de emissão 11a razão de 25 réis por cada
1.° Os sellos postaes ou telegraphicos estrangeiros; õ;>000 róis, ou fracção de 5£000 réis;
2.° Os sellos das provincias ultramarinas portuguesas; c) A importancia da estampilha fiscal correspondente á
3.° Os sellos dos sobrescriptos estampilhados, bilhetes quantia por quo fôr emittido 0 vale, segundo a respectiva
postaes, cartões postaes ou cintas estampilhadas, que forem tabella •— estampilha que, affixada na parte do vale desti-
cortados d'estas formulas de franquia; nada á assignatura do encarregaclo da emissão, será de-
4.° Os sellos de porleaão; vidamente inutilizada por este.
õ.° As estampilhas fiscaes. 2.° Pelos vales telegraphicos, alem do que determina
§ unico. As correspondencias postaes em que forem 0 n.° 1.°, a taxa fixa pela transmissão do telegramma, na
collados os sellos cle que trata este artigo serão conside- importancia de 300 réis, quando forem trocaclos entre as
radas como não franqueadas. estações telegrapho-postaes do continente clo reino ou en-
Art. 39-1.° Não são admittidos no continente do reino e tre as estações de cada uma das ilhas adjacentes; quando
no districto clo Funchal os sellos ou outras formulas de forem trocados entre as estações do continente e as das
franquia que tenliam a designação cle serem para consumo ilhas adjacentes, ou entre as mesmas ilhas, a taxa que fôr
nos districtos açorianos. devida pela transmissão do respectivo telegramma.
§ unico. A s correspondencias do continente do reino e Art. 401.° Os vales telegraphicos, á semelhança do que
do districto do Funchal em que se achem affixados os está prescripto para os telegrammas ordinarios, e, nas
sellos cle que se trata serão consideradas corno não fran- mesmas condições d'estes, podem ser: urgentes, com res-
queadas. posta paga, com certificado de recepção, conferidos, expe-
didos pelo correio ou entregues por proprio.
TITULO VII
Art. 402.° O premio cle emissão dos vales e as despe-
Permutação de fundos sas accessorias, que devem ser satisfeitas pelos tomadores
no acto da apresentaçâo cla requisição, modelo n." 5, per-
Serviço iivtei-no tencem ao Estado, assim que se effectue a emissão, e não
CAPITULO I podem ser restituidas, nem mesmo nos casos cm que é
permittido 0 rccmbolso dos vales.
Disposições geraes
Art. 403.° As importancias representadas pelos vales
Art. 395.° A permutação de funclos, no continente do do correio ou telegraphicos, emquanto não forem pagas aos
reino e nas ilhas clos Açores e Madeira, effectua-se por destinatarios dos mesmos vales ou aos seus representantes
meio de vales da correio e telegraphicos. legaes, pertencem aos tomadores e só estes teem 0 direito
§ 1.° Os vales de correio são expedidos pelo correio, cle requisitar que lhes sejam modificados os endereços ou
com as seguintes denominações : sustada a sua entrega. Os destinatarios dos vales podem
a,) Nominaes; porem requisitar á Direccão Geral dos Correios e Tele-
h) Ao portador; graphos, pela 5. a repartição, que os vales em seu poder
c) De serviço. sejam pagos em localidade diversa do primitivo endereço.
§ 2.° Os vales telegraphicos são transmittidos por via Art. 404.° Os tomadores clos vales e. os destinatarios, de-
clo telegrapho; e são sempre nominaes. pois d'estes pagos, e até um anno a contar cla data da sua
Art. 39(>.° Denominam-se: emissão, podem requerer certidão relativa á emissão e pa-
a) Nominaes, os emittidos a favor de determinado in- gamento dos mesmos vales.
dividuo, corporação, estabeleeimento, empresa ou socie- Art. 405.° Os vales são validos por sessenta dias, a con-
dade ; tar da data da emissão. Terminado este prazo, os vales só
b) Ao portador, aquelles em que se não designa a pes- podem ser pagos, depois dq revalidados pela Direccão Geral
soa ou entidade a quo teem de ser pagos; dos Correios e Telegraphos, 5. a Repartição, a requisição
c) De serviço, os destinados a transferencia clc fundos do tomador ou clo destinatario, formulada 110 impresso,
para: operações clc serviço de vales nacionaes c inter- modelo n.° 27, ao qual se juntará 0 vale, e mediante o
nacionaes ; pagamentos do Ministerio clas Obras Publicas, pagamento de 25 réis, feito por meio de affixação de sêllo
Commercio e Industria, c remessa cle soccorros ou subsi- postal no dito impresso.
dios da caixa do auxilio dos empregados telegrapho-pos- Art. 406.° A revalidação concede ao vale um novo pe-
taes. riodo de validade, igual ao primeiro, e póde ser renovada
Art. 397." A importancia maxima de cada vale de cor- successivamente, emquanto elle não estiver prescripto.
reio é, rcspcctivamcnte, de 500*000 réis, 2OO5ÍOOO réis e Art. 407.° A importancia dos vales não pagos prescreve
1902 351 Junlio 14

a favor da Fazenda no fim de um anno, contado da data enearregado do pagamento para documentar o vale-tele-
da emissão. grammá n.° 9, ao qual deverá ficar junto.
§ unico. Exceptuam-se, para a contagem do prazo de § 1.° Em Lisboa e no Porto, o impresso, modelo n.° 7,
que trata este artigo, os vales sobre os quaes haja algum aeompanhado cla taxa clo telegramma e clas taxas accesso-
processo pendente dos tribunaes ou da Direccão Geral rias, se as houver, será remettido pelo respcctivo fiel á es-
dos Correios e Telegraphos, contando-se para estes o prazo tação ccntral telegraphica.
cle um anno da data da conclusão do processo. § 2.° Nas estações auctorizadas ao serviço de emissão
Art. 408.° O Governo poderá, quando as circunstancias de vales em que não houver serviço telegraphico, depois
assim o detcrminarem: cle preenchiclas as formalidades clo artigo antecedente, será
1.° Suspender temporariamente a emissão ou o paga- remettido o impresso, modelo n.° 7, aeompanhado das im-
mento cle vales de todas as especies ou de algumas cV ellas, portancias clas taxas telegraphicas, pelo primeiro correio
em determinada localidade ou em todo o país; e sob registo, ou por proprio, se tiver sido pedido, á esta-
2.° Alterar em toclo ou em parte os premios de emis- ção telegrapho-postal mais proxima, a fim cle ser trans-
são ; mittido o respectivo telegramma, no qual, em seguida ao
3.° Reduzir ou ampliar o maximo cla importancia dos numero do vale, será indicado o nome da estação onde
vales. elle tiver sido tomado. A estação que receber um impresso,
§ unico. A suspensão temporaria cla emissão de vales modelo n.° 7, accusará immediatamente a sua recepção e
em determinada estação por motivo de impedimento do a da importancia que o acompanhar.
respectivo chefe, occasionado por alcance ou substituição Art. 414.° Quando fôr requisitado um vale telegraphico
imprevista, será determinada pelo Director Geral dos Cor- para ser pago em concelho onde não houver serviço tele-
reios e Telegraphos. graphico, será o telegramma transmittido á estação tcle-
CAPITULO II grapho-postal mais proxima e o vale, modelo n.° tí, expe-
dido para o enearregado do pagamento de vales clo con-
Einissiío celho onde elle dcver ser pago. A estação que receber o
Art. 409.° A emissão cle vales eífcctua-se em todas as telegramma procederá nos termos do artigo 413.°, indi-
sedes dos districtos e concelhos do continente do reino e cando 110 vale-telegramma, moclelo n.° 9, a localidade de
das ilhas dos Açores e cla Madeira. pagamento que lhe tiver sido transmittida 110 telegramma,
Art. 410.° São encarregados do serviço cle emissão do expedindo este vale, pelo primeiro correio, ao destina-
vales: tario, ou por proprio sc 0 remettente assim 0 tiver pe-
a) Em Lisboa e Porto, os íieis-chefes das l . a s secçõcs dido.
das respectivas estações centraes clos correios; Art. 415.° Os vales de correio nominaes podem ser ex-
b) Nas outras capitaes clos districtos, os fieis telegra- pedidos com as formalidades cle registo, sendo pago 0 res-
pho-postaes ; pectivo premio de 50 réis por affixação do sêllo postal
c) Nas outras localidades, os chefes ou encarregados das na frente do vale; 0 carimbo cle registo será impresso ao
estações; lado cVeste sêllo.
d) Nas estações urbanas que a Direccão Geral dos Cor- § 1.° Os tomaclores de vales registados podem exigir
reios e Telegraphos designar, os respectivos chcfes ou en- avisos de recepção.
carregados. § 2.° Quando 0 tomador de um vale de correio nomi-
Art. 411.° Para a emissão de umvale, o respectivo to- nal, expedido com a formalidade do registo, quiser que
mador deverá apresentar na estação emissora uma requi- elle seja entregue £>or proprio, deverá indicá-lo na requi-
siçao do modelo n.° 5, devidamente assignada e estampi- siçao, modelo 11.0 5, e terá de satisfazer, alem clas outras
lliada com um sêllo de 5 réis, na qual declarará: a classe despesas inherentes á emissão, a taxa fixada para a en-
clo vale que cleseja, isto é, nominal, telegraphico ou ao por- trega cla correspondencia por esse meio. Esta importan-
tador; a importancia, em algarismos e por extenso, do cia será satisfeita em sellos postaes, que serão collados
mesmo vale; a localidade do pagamento; nome e residen- 110 lado esquerdo superior da frente do vale, modelo 11.0 6,
cia do individuo a quem deve ser pago o vale; nome e e inutilizados com a marca de dia da estação.
residencia do tomador e as mais instrucções indispensa- Art. 416.° Não é permittida a emissão cle vales nomi-
veis. naes a favor de individuos cujos nomes sejam iategral-
§ unico. O enearregado da emissão, apenas lhe fôr apre- mente designados por iniciaes. Podem, comtudo, ser emit-
sentada a requisiçao, inutilizará o respectivo sêllo cle 5 réis tidos vales a favor de íirmas commerciaes, empresas,
com a marca cle dia da estação, proeedendo em seguida administrações de jornaes, associações, funccionarios de-
ás operações da emissão. signados pelos titulos cle suas funcções, estabelecimentos
Art. 412.° Se o vale requisitado fôr cle correio, o en- publicos ou particulares. Os remettentes dos vales podem
earregado da emissão emitti-lo-ha num impresso, moclelo substituir 0 seu nome e appcllido por iniciaes ou pela pala-
n.° 6, com as seguintes indicacões: classe do vale; im- vra anonymo, não tendo, porem, nos casos de perda 011
portancia em algarismos e por extenso; nome e residencia extravio, direito a substituição ou reembolso dos vales.
cla pessoa a favor de quem se emitte o vale; localidade Art. 4-17.° A emissão de vales clc serviço só póde ser
do pagamento; numero do vale; data da emissão c nome feita cm vista da requisiçao, moclelo n.° 5, com a designa-
da estação emissora. No coupon que faz parte do vale, ção cle: serviço de vales, serviço telegrapho-postal, soccor-
escrever-se-ha a quantia em algarismos e o nome do to- ros ou subsidios da caixa de auxilio ou serviço de pciga-
mador. mcnios e despesas do Ministerio das Obras Publieas, Com-
Art. 413.° Se o vale requisitado fôr telegraphico, o en- mercio e Industria, com declaração do fim a que se desti-
earregado cla emissão emitti-lo-ha, como se fôra cle cor- nam as respectivas importancias, seguida da data e cla
reio, no impresso modelo n.° 6, e em seguida preencherá assignatura :
um impresso moclelo n.° 7, com todas as indicações neces- a) Do Director Geral clos Correios c Telegraphos, clo
sarias para a transmissão do competente telegramma á es- Inspector Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas, dos
tação destinataria. Esta, logo que tenha reccbido o tele- chefes clos serviços clos correios ou dos telegraphos, do
gramma, preencherá o impresso moclelo n.° 8, em vista do chefe cla l . a circunscripção telegraphica, clo chefe dos ar-
qual formulará o vale-telegramma, moclelo n.° 9, que re- mazens, do chefe dos serviços telegrapho-postaes do dis-
metterá ao destinatario. O vale telegraphico n.° 6, emit- tricto, clo director da caixa de auxilio para os emprega-
tiuo na estação de origem, será por esta remettido, pela dos telegrapho-postaes, quando a emissão se verificar em
primeira expedição, com as formalidades de registo, ao Lisboa ;
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b) Dos chefes dos serviços dos correios ou dos telegra- Art. 423.° Tanto os vales, como os recibos que lhes di-
phos do Porto, dos chefes dos serviços telegrapho-postaes, zem respeito, deverão ser preenchidos pelo modo indicado
dos chefes das eircunscripções telegraphicas ou dos chefes nos modelos, não senclo permittidas rasuras, entrelinbas,
das estações, quando a emissão se verificar fóra de Lisboa; nem palavras emendadas, accreseentadas ou resalvadas.
c) Dos pagadores do Ministerio das Obras Publicas, Art. 424.° Commettendo se erro no acto da emissão de
Commercio e Industria, ou dos encarregados cle paga- um vale, procedcr-se-ha cla seguinte maueira:
mento de despesas do mesmo Ministerio, quando as requi- 1.° Se o erro fôr no modelo n.° 6, escrever-se-ha, tanto
sições estiverem visadas pelo chefe cla 9." Repartição cla nelle como no respectivo talão e recibo a palavra inutiliza-
Direeção Geral da Contabilidade Publica ou pelos directo- do, seguida da data e assignatura do encarregaclo da emis-
res ou chefes cle serviços dependentes clo referido Minis- são, juntando-se o vale ao talão e enviando-se o recibo á
terio. Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, 5. a Reparti-
§ 1.° As requisições clos vales de serviço são isentas do ção, inclependentemente de officio de remessa. Com o
sêllo da taxa de 5 réis e os respectivos vales do premio de numero do vale inutilizado será numerada uma requisição,
emissão e cla estampilha fiseal. modelo n.° 5, escrevendo-se na mesma a tinta encarnada
§ 2.° O encarregaclo da'emissão mencionará, a tinta en- a palavra inutilizado, seguida da data e assignatura clo
carnada, na parte superior clos vales de serviço, o fim a que encarregaclo da emissão. Essas requisições são isentas do
se destinam as respectivas importancias, cm harmonia com pagamento da taxa de 5 réis e ficarão archivadas, na de-
a requisição, modelo n.° 5. vida altura, com as que eorresponderem aos vales emittidos ;
Art. 418.° Aos tomadores de vales de qualquer espe- 2.° Se o erro fôr nos modelos n. os 7, 8 ou 9, escrever-
cie serão sempre dados recibos, cortados dos vales, mo- se-ha nelles a palavra inutilizado, seguida cla data e assi-
delo n.° G, em que se discriminarão as quantias por elles gnatura do empregado que os tiver preenchido, conser-
entregues, quer em dinheiro, quer em sellos do correio e vando-os juntos aos respectivos talões.
em estampilhas fiscaes. Art. 425.° Aos encarregados da emissão de vales serão
Art. 419.° Os vales de correio, modelo n. a 6, serão nu- abonadas as seguintes percentagens:
merados em series de n.° 1 a 1:000, sendo as series de- a) Nas estações centraes dos correios de Lisboa e Por-
terminadas pela designação cle l. a , 2. a e 3. a , e assim successi- to, 1,5 por milhar, desprezadas as fracções, não podendo
vamente para cada estação, e deverão ser encadernaclos exceder, em cada anno, a quantia de 250$000 réis;
em livros cle 50 folhas, que terão, pela parte exterior, b) Em todas as outras estações, 1,5 por milhar, não po-
o nome da estação para que servirem, a designação da dendo exceder em cada anno, para cada estação, a quan-
serie a que pertencerem, clo numero cle ordem, clo dia, tia cle 100^000 réis.
mês e anno, em que principiarem e acabarem, e do nu- § unico. As percentagens que competem aos emprega-
mero clo primeiro e ultimo vale. dos íncumbidos cla emissão de vales constituem despesa
Art. 420." Os livros de vales, modelo n.° 6, são forne- da Direeção Geral dos Correios e Telegraphos, e serão
cidos pela Direeção Geral clos Correios e Telegraphos, 5. a pagas mensalmente, sob a epigraphe —gratijicaçõcs por
Repartição, aos seguintes funccionarios: emissão de vales, por folhas processadas a favor dos encar-
a) Aos fieis-chefes cla l . a secção das estações cen- regados da mesma emissão.
traes clos correios cle Lisboa e Porto, os destinados a ser- Art. 426.° As requisições de vales, modelo n.° 5, deve-
vir nas mesmas estações ; rão ser enviadas pelos encarregados da emissão aos che-
b) Aos chefes das 7. a e G.a secções das referidas esta- fes dos serviços dos districtos nas datas determinadas para
ções centraes, os destinados ás estações urbanas das respe- as remessas clas cartas de aviso, modelo n.° 44, tendo
ctivas cidades ; préviamente sido preenchida a parte correspondente do
c) Aos delegados clo thesouro, os destinados ás estações modelo n.° 96, o qual deverá acompanhar a remessa re-
fóra cle Lisboa e Porto. ferente á ultima quiuzena de cada mês. Os chefes clos
Art. 421." Os livros destinados a servir nas estações serviços, depois cle terem verificado estas requisições com
das capitaes dos districtos, exceptuando Lisboa e Porto, todos os documentos que teem relação com as mesmas,
serão, pelos delegados do thesouro, fornecidos, á medida as devolverão ás estações a que pertencem, onde ficarão
estricta das neeessidades clo seu consumo, aos fieis telegra- archivadas durante um anno, findo o qual serão remettidas
pho-postaes e chefes ou encarregados das estações urbanas, á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos pela 5. a Re-
depois de eonferida a perfeita colleccionação e numeração partição, para serem verifieadas e em seguida destruidas.
dos respectivos vales, e mediante requisição cVestes func- Esta remessa deve ter logar impreterivc.lmente no.mês cle
cionarios, quc darão d'elles o competente recibo. Os des- janeiro immediato ao cla termiuação clo dito prazo.
tinados ás estações fóra clas capitaes dos districtos se- § unico. Os fieis chefes cla l . a secção das estações cen-
rão, pelos delegados clo thesouro, remettidos, com as traes dos correios de Lisboa e Porto farão identica re-
formalidades do registo, de officio, aos respectivos es- messa e nos mesmos prazos respectivamente para a 7. a e
crivães de fazenda, quc os forneccrão aos chefes ou en- G.a secções das mesmas estações, onde se procederá ás
carregados das estações, nas condições acima prescriptas. d e v i d a s c o n fe r e n c i a s.
§ unico. Os envolucros cVestas remessas deverão indicar Art. 427.° Os talões dos vales serão remettidos, logo em
no alto — cadernetas de vales — a fim de que as mesmas seguida á entrega da importancia clo ultimo vale clo res-
possam ser registadas sem o pagamento clo respectivo pre pectivo livro, á secretaria clos serviços do districto, a qual,
mio. depois clc os ter utilizado nas conferencias necessarias, os
Art. 422." O tomador de um vale de correio ou telegra- remetterá para a Direccão Geral clos Correios e Telegra-
phico póde, emquanto este não prescrevcr, exigir que lhe seja phos pela 5. a Repartição.
declarado se o vale quc tomou foi pago. Para este fim de- § unico. Nas estações centraes de Lisboa e Porto, estes
verá preencher um impresso, modelo n." 10, no qual afii- talões serão enviaclos para a 7. a ou 6. a secções das mesmas
xará um sêllo da taxa de 25 réis, que será inutilizado estações.
eom a marca do dia da estação de origem, que o expe- Art. 428." A 7.® secção da estação central dos correios
dir.í para o respectivo cncarregado (le pagamento ou para de Lisboa, e a 6. a do Porto, os chefes clos serviços clos
o chefe da õ.a Repartição da Direeção Oieral dos Correios telegraphos clas mesmas cidades e os chefes dos serviços te-
e Telegraphos, conforme a emissão do mesmo vale fôr de legrapho-postaes de todos os districtos formularão mensal-
data posterior ou anterior a sessenta dias. Qualquer d'es- mente um mappa estatisfico, modelo n.° 126, dos valc.s
ses funccionarios, preenehendo os dizeres do referido im- emittidos nos serviços cla sua dependencia, por numero e
presso, devolve-lo-ha á estação de origem. classe de vales, respectivas importancias e premios, que
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será enviado á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos b) Nas outras capitaes de districto, as agencias do Banco
pela 5. a Repartiçãò; , de Portugal;
CAPITULO III c) Nas sedes de concelhos, os respectivos recebedores.
Xran.suiií-síio Art. 44J. 0 Os vales de correio são pagos:
Art. 429.° Os vfcles de correio nominaes serão enviados a) A vista, quando não excederem a quantia de 50^000
directamente ás estações destinafarias, salvo se os torna- réis ;
dores pedirem que lhes sejam cntregnes. b) Num prazo nunca superior a oito dias de vista,
Art. 430." A remest-a dos vales será feita: quando excederem a quantia de 50^000 reis.
a) Com as correspondencias ordinarias, quando os to- § unico. O pagamento dos vales que excederem a quan-
madores não requisitarem outro meio de transmissão; tia de ÕO^OOO réis não deve ser demorado alem do tempo
b) Com as correspondencias registadas, quando os to- indispensavel para se apurarem os fundos necessarios para
madores assim o requisitarem ou quando tenham pedido esse fim.
distribuição por proprio. Art. 442.° Os vales telegraphicos são pagaveis á vista,
Art. 431.° Os vales de correio ao portador serão entre- mediante a apresentação do vale-telegramma.
gues aos tomadores. Art. 443.° Os vales de correio, nominaes e de serviço e
os vales-telegrammas são pagos mediante recibo, passado
Art. 432.° Os vales de serviço, quando se destinarem a
nos mesnsos:
emissão de vales pagaveis no estrangeiro, serão expedi-
dos conjuntamente com a respectiva requisiçao, em so- a) Pelos individuos a favor dos quaes forem emittidos,
brescripto cerrado e com as formalidades de registo ; quando estes forem designados pelos seus nomes e appel-
quando se destinarem a qualquer outro íim, serão expedi- lidos;
dos como os vales nominaes. b) Pelos representantes das casas commerciaes ou em-
presas, administradores ou proprietarios clos jornaes, pre-
CAPITULO IV sidentes ou thesoureiros de associações, funccionarios e
directores ou administradores de estabelecimentos publicos
Distribuição ou particulares, quando os vales tenham sido emittidos a fa-
Art. 433.° Os vales de correio ou itelegraphicos que não vor de qualquer cYestas entidades, empresas ou instituições ;
tenham indicação de meio especial de entrega serão distri- c) Pelos representantes legaes dos destinatarios falleci-
buidos como as correspondencias ordinarias ou telegram- dos ou inhabeis, nos termos clo artigo 93.° d'este regula-
íuas. Os vales quc tenham indicada a entrega por proprio mento.
serão distribuidos pelos meios adoptados para as corres- Art. 444.° Em todos os casos, os recibos dos vales po-
pondencias nas mesmas condições. dem ser assignados por procnração, devendo esta ou uma
Art. 434.° Para a distribuição dos vales, observar-se- copia authentica ficar depositada na repartição que effe-
lião as prescripções em vigor para a distribuição das cor- ctuar o pagamento.
respondencias. § unico. Os vales ao portador são pagos mediante a
Art. 435.° Os vales de correio nominaes que, por qual- apresentação d'elles, sem outra formalidade.
quer razão, não puderem ser entregues aos destinatarios Art. 445.° Quando os encarregados de pagamento cle
no prazo de oito dias serão devolvidos á estação emissora, vales não reconheçam a identidade dos sigriatarios dos re-
acompanhados dc uma nota explicativa da não entrega, cibos, devem estes ser authenticados nos termos do ar-
escrita em papel separado, que se juntará aos vales. tigo 99.° cl'este regulamento.
§ unico. O prazo indicado neste artigo elevar-se-ha a Art. 446.° Quando o destinatario cle um vale não sou-
quinze dias, quando sc tratar de vales endereçados para a ber, ou não puder escrever, o recibo será assignado a seu
ponta restante ou individuos ausentes temporariamente. rogo, devendo tanto a assignatura do rogado, como a de-
Art. 436.° Os vales-telegrammas que não puderem ser claração do rogante ser legalizada por notario ou consul
entregues aos destinatarios no prazo de quarenta e oito da nação a que pertencer o destinatario.
horas serão remettidos á estação emissora, acompanhados Art. 447.° Os encarregados de pagamento não devem
de uma nota explicativa da não entrega, escrita em papel pagar a importancia clos vales:
separado, que se juntará ao vale. 1.° Que tiverem alteração no texto, rasura, entrelinha,
§ unico. O prazo indicado neste artigo elevar-se-ha a palavra ou palavras riscadas ou resalvadas;
cinco dias, quando sc tratar de vales endereçados á posta 2.° Que tiverem omissão de nome, quando forem tele-
restante. graphicos ou de correio nominaes;
Art. 437.° Os vales recusados serão immediatamente 3.° Que tiverem sido emittidos por quantia superior á
devolvidos com a respectiva nota explicativa. fixada no artigo 397.°;
Art. 43<S.° A estação emissora que receber vales de 4.° Quando houver differença entre a quantia por ex-
correio ou vales-telegrammas devolvidos avisará immedia- tenso e em algarismos;
tamente os tomadores. Se estes não forem encontrados, Õ.° Quando tiver expirado o periodo da validade clos
ou não comparecerem no prazo de oito dias, a fim de dc- vales ou clas revalidações nelles exaradas.
liberarem sobre o destino a dar aos mesmos vales, serão Art. 448.° Os vales de que trata o artigo antecedente
estes remettidos para a Direeção Geral dos Correios e Te- só poderão scr pagos por auctorização da Direccão Geral
legraphos pela 5. a Repartição, onde ficarão á disposição dos dos Correios e Telegraphos, exarada nos mesmos vales e
tomadores até á sua prescripção. assignada pelo chefe da 5." repartição da referida Direc-
Art. 439.° Quando na Direeção Geral dos Correios e cão Geral.
Telegraphos der entrada qualquer vale-telegramma devol- Art. 449." Quando um vale não puder ser pago por
vido, requisitar-se-ha immediatamente, ao enearregado do qualquer das causas espccificadas no artigo antecedente,
pagamento de vales da localidade do destino, o vale tele- o destinatario entregá-lo-ha, em troca de recibo, modelo
graphico correspondente, que se lhe juntará. n." 12, na estação cla localidade onde o pagamento se de-
via effectuar, para ser remettido á Direeção Geral clos Cor-
CAPITULO V reios e Telegraphos pela õ. a Repartição, aeompanhado —
nos casos especificados nos n. os 1." a 4.° — do impresso,
Pagamento modelo n.° 13, e — n o caso designado no n.° 5." — clo
Art. 440.° São encarregados do pagamento de vales: impresso, modelo n.° 27, nos quaes se devem declarar
a) Em Lisboa, a Thesouraria Geral do Ministerio da as causas que se oppõem ao pagamento. A mesma Direc-
Fazenda; cão Geral, depois de devidamente regularizado o vale,
Juulio 14 354 1902

devolve-lo-ha á estação que lh'o enviou, a fim de ser ahi Art. 463.° O tomador de um vale extraviado ou per-
entregue ao destinatario em troca do respectivo recibo. dido que deseje a sua substituição, a favor do mesmo ou
Art. 450.° Quando o encarregado do pagamento, depois de outro destinatario, requisitá-la-lia á Direccão Geral
de ter satisfeito a importancia de um vale-telegramma, não dos Correios e Telegraphos pela 5. a Repartição, por interme-
receber pela primeira mala o vale telegraphico correspon- dio da estação da localidade em que estiver residindo, em
dente, avisará d'esta circunstancia, por telegramma de impresso modelo n.° 27, devidamente preenchido, ao qual
serviço, a Direeção Geral dos Correios e Telegraphos e a juntará o recibo, que lhe foi entregue no acto da emissão,
estação que fez a emissão. ou, na falta d'este, o impresso modelo n.° 14, preenchido
Art. 451.° Quando o encarregado de pagamento rece- na refôrida estação emissora.
ber um impresso modelo n.° 10, deverá preenchê-lo im- § unico. Exceptuam-se os vales provenientes de co-
mediatamente e devolvê-lo á estação da procedencia, que brança de recibos, letras e obrigações, cuja substituição
o entregará ao tomador do vale. deve ser reclamada pelos remettentes dos recibos, jun-
Art. 452." Os encarregados de pagamento de vales são tando ao impresso modelo n.° 27 o duplicado da relação,
responsaveis, para com os verdadeiros destinatarios, pelo modelo n.° 1, com a competente liquidação.
integral pagamento das importancias que elles representam. Art. 464.° Pelo uso que se fizer do impresso, modelo
Art. 453.° Em todas as repartições encarregadas do pa- n.° 27, nos casos previstos no artigo antecedente, os interes-
gamento de vales haverá um livro, modelo n.° 16, de re- sados teem a satisfazer a taxa dc 25 róis, paga por meio
gisto geral dos vales pagos, onde serão descriptos todos os de sêllo do correio, collado no mesmo impresso, quando
vales, á medida do seu pagamento. nao se prove que o extravio ou a perda teve logar nas
Art. 454.° Os encarregados de pagamento de vales re- vias postaes, isto é, antes do vale ter chegado ás mãos do
metterão todas as semanas, com as formalidades clo re- destinario, porque neste caso todo o expediente é gratuito.
gisto, sem pagamento de premio, á Direeção Geral dos Art. 465.° O tomador ou o destinatario de um vale de-
Correios e Telegraphos pela 5. a Repartição, uma guia, mo- teriorado ou inutilizado que deseje a sua substituição
delo n." 11, da importancia dos vales que tiverem pago na requisitá-la-ha á Direccão Geral clos Correios e Telegra-
semana anterior, acompanliada dos mesmos vales e de uma phos pela 5. a Repartição, por intermedio de qualquer estação,
relação, modelo n.° 11-A, em que esses vales são descri- em impresso, modelo n.° 27, com um sêllo do correio cla
ptos um a um, por numero e terras de emissão e respe- taxa de 25 réis, ao qual juntará o mesmo vale.
ctivas importancias. Art. 466.° Os encarregados da emissão de vales, quando
Art. 455.° A referida 5. a Repartição, depois da rigo- receberem algum impresso, modelo n.° 27, requisitando a
rosa conferencia d'esses documentos, devolverá, com as substituição cle um vale emittido na propria estação, deve-
formalidades de registo, aos encarregados de pagamento rão verificar sc as indicações nelle contidas se acham con-
as guias, modelo n.° 11, com o recibo annexo, assignado forme a respectiva requisição, modelo n.° 5, assignar o
pelos chefes da repartição e da 2. a divisão. i'eferido impresso e remettê-lo á Direccão Geral clos Cor-
Art. 456." Os recibos cle. que trata o artigo antece- reios e Telegraphos pela 5 a Repartição, independentcmente
dente são documentos de despesa por operações de the- de officio, e com as formalidades cle registo.
souraria, que devem instruir as respectivas contas men- § unico. A assignatura do encarregaclo cla emissão im-
saes, como se pratica cm casos semelhantes com outros porta a confirmação clas informações contidas no impresso,
documentos de despesa. modelo n.° 27, pelas quaes ficará responsavel.
Art. 457." Aos encarregados de pagamento de vales Art. 467.° As estações que receberem o impresso, mo-
será abonada a gratificação que por este serviço fôr fixada delo n.° 27, reclamando a substituição de um vale emit-
pelo Ministerio da Fazenda. tido em outra estação, remettê-lo-hão immediatamente á
§ unico. As gratificações aos empregados incumbidos Direeção Geral dos Correios e Telegraphos pela 5. a Reparti-
do pagamento de vales constituem despesa do Ministerio ção, pela fórma indicada no artigo antecedente.
da Fazenda e são pagas mensalmente, sob a epigraphe Art. 468." A referida repartição, depois de ter verificado
gratificação por pagamento de vales, por folhas processa- que o vale ainda não foi pago, emittirá uma auctorização
das a favor clos encarregados do pagamento, como qual- de pagamento, modelo n.° 15, que substitue para todos os
quer outra despesa fisealizacla pelos delegados do the- effeitos o vale primitivo, transmittindo-a ao destinatario do
souro. vale, por intermedio da estação da localidade onde o pa-
CAPITULO VI gamento tiver de ser feito e avisando immediatamente o
respectivo encarregado do pagamento para que sejam to-
Endosso madas as convenientes notas, a fim de não ser pago o vale
Art. 458.° Os vales de correio nominaes são suscepti- original.
veis cle endosso, feito no logar para isso rcservado no § unico. Quando fôr apresentado para ser revalidado ou
verso dos mesmos vales. para pagamento algum vale que já tenha sido substituido,
Art. 459.° Os individuos a favor dos quaes são en- não será o mesmo restituido ao apresentante, mas remet-
dossados os vales devem assignar os recibos para cobrança tido á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, pela
das respectivas importancias. 5. a repartição.
Art. 460." Os vales endossados não podem ser pagos Art. 469.° As auctorizações depagamento, modelo n.° 15,
aos prímitivos destinatarios sem um novo endosso, a favor devem ser assignadas pelo Chefe da 5. a Repartição da Di-
cVestes. reeção Geral dos Correios e Telegraphos.
Art. 461.° As assignaturas dos endossantes devem ser
authcnticadas por qualquer dos meios designados no ar- CAPITULO VIII
tigo 99."
Reembolso
CAPITULO VII
Art. 470.° Os tomadores de vales podem ser reembol-
Substituição sados, em qualquer localidade, clas quantias representadas
Art. 462." Os vales podem ser substituidos : pelos mesmos vales não pagos, ainda mesmo que estes se
a) Os extraviados ou perdidos, emquanto não tiverem tenham extraviado ou perdido. Para este fim devem diri-
prescripto, a pedido dos tomadores; gir á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos pela 5. a Re-
b) Os deteriorados ou inutilizados, logo que sejam apre- partição, por intermedio de qualquer estação, uma requi-
sentados, antes do periodo da prescripção, a pedido dos sição formulada no impresso, modelo n.° 27, sellado com
tomadores ou dos destinatarios. um sêllo postal de 25 róis, á qual devem juntar o proprio
1902 355 \ Junho 14

vale, ou o recibo que lhe. cliz respeito, se o vale tiver sido 1 ou partida dos referidos paquetes, a entrega realizar-se-ha
extraviado. no dia immediato; quando se der este caso, a respectiva
Na falta do recibo, juntar-se-ha á requisiçao um im- repartição cle fazenda deverá mencioná-lo nas guias do en-
presso, modelo n.° 14, formulado na estação que emittiu o trega.
vale. Art. 478.° Se os dias designados para as entregas fo-
Art. 471.° Os preceitos consignados no artigo 466.° e rem santiticados ou feriados, deverão estas realizar-se nos
seu § unico são applicaveis ao serviço de quc trata o pre- primeiros dias uteis immediatos áquelles.
sente capitulo. Art. 479.° Para effectuar a entrega do producto da
Art. 472.° A 5.® Repartição da Direccão Geral dos Cor- emissão cle vales, procederão as estações emissoras da se-
reios c Telegraphos averbará o vale ou cmittirá uma au- guinte fórma:
ctorização de pagamento a favor do tomador, conforme o 1.° Na vespera do dia indicado para a entrega e depois
caso, enviando qualquer d'esscs documentos ao interes- cle terminado o serviço cla emissão, os respectivos encar-
sado, por intermedio cla estação da localidade em que regados devem precncher:
deve effectuar-se o reembolso e dando aviso immediato ao a) A guia, modelo n.° 26, na qual se mencionam, um
enearregado do pagamento clo vale original para os effei- a um, e por ordem numerica, os vales emittidos, por nu-
tos determinados no artigo 468." meros, datas, importancias e localidades de destino;
b) A guia, moclelo n.° 39, em duplicado, na qual se
CAPITULO IX menciona apenas a importancia total dos vales emittidos;
2.° No dia cla entrega, ás dez horas da manhã, os en-
Kcctiílcação (le endereço
carregados da emissão deverão apresentar, pessoalmente
Art. 4 7 . 0 . " Quando o tomador de um vale desejar que o ou representados por empregados cle sua confiança e sob
nome clo destinatario seja rectificado ou que o pagamento sua inteira responsabilidade, na repartição de fazenda da
seja feito a outro individuo ou em localidade diversa localidade, as guias, todos os livros cle vales que es-
daquella para onde o vale foi tomado, dirigirá á Direccão tiverem em seu pocíer e respectivas requisições para ali
Geral dos Correios e Telegraphos, õ. a Repartição, por in- serem conferidos entre si éstes documentos. Effectuada
termedio da ostação emissora, um impresso, moclelo n.° 27, a conferencia e verificada a conformidade, o empregado
devidamente sellado com um sêllo postal cle 2õ réis, ao cla repartição de fazenda enearregado cVeste serviço
qual deverá juntar o recibo clo vale e o proprio vale, para rubricará os talões dos vales emittidos e lançará em
ser devidamente averbado. cada uma das guias a verba de «confere», que datará
§ unico. 0 vale, depois de devidamente averbado pela e assignará. Em seguida, restituirá ao apresentante o ori-
dita repartição, será remettido ao destinatario, por inter- ginal da guia n.° 39, para que por ella possa, em acto
medio cla estação da localidade em que sc deve effectuar continuo, realizar a entrega, ficando em seu poder o du-
o pagamento. plicado da referida guia, a guia, modelo n.° 26, e os livros
de vales, até que lhe seja apresentado o recibo, moclelo
CAPITULO X
n.° 28.
Fiscalização (la entrega do producto da emissão Art. 480.° Em Lisboa e Porto, proceder-se-ha. por fórma
a a
Art. 474.° A fiscalização directa cla entrega, nos co- analoga á determinada neste artigo, nas 7. e 6. secções
fres do Estado, clo producto da emissão dc vales per- das respectivas estações centraes dos correios.
tcnce: Art. 481.° Os vales inutilizados serão clescriptos nas
a) Em Lisboa, á 7. a secção, e no Porto, á 6.11 secção clas guias n.° 26, na devida altura, pelos seus numeros, segui-
estações centraes clos correios; dos da palavra inutilizado.
b) Nas outras capitaes dos districtos, aos delegados do Art. 482.° Os recibos, modelo n.° 28, que serão dados
thesouro; aos encarregados cla emissão em troca das entregas que
c) Nas outras localidades, aos escrivães cle fazenda. fizerem, devem ser assignados:
Art. 475.° A entrega do producto cla emissão faz-se nos a) Pelos chefes clas 7. a ou 6. a secções das estações cen-
seguintes coíYcs : traes dos correios de Lisboa e Porto e pelo Banco de Por-
a) Dos vales emittidos na estação central do correio de tugal ou pelo seu agente, quando a entrega se realizar em
Lisboa, na sede clo Banco cle Portugal; Lisboa ou no Porto ;
b) Dos vales emittidos na estação central clos correios b) Pelos delegados do thesouro e pelos agentes clo
do Porto, e nas estações telegrapho-postaes das outras ca- Banco de Portugal, quando as entregas se realizarem nas
pitaes de districto, nas agencias locaes clo mesmo Banco; I capitaes clos outros districtos ;
c) Dos vales emittidos nas outras localidades, nas rece- ; c) Pelos escrivães de fazenda e pelos recebedores de
bedorias clos respectivos concelhos ; | concelho, quando as entregas se realizarem em recebedo-
d) Dos vales emittidos nas estações urbanas de Lisboa j ria de concelho ;
ou Porto, aos fieis-chefes clas primeiras secções das res- ; d) Pelos chefes das 7. a ou 6. a secções das estações cen-
pectivas estações centraes clos correios, a fim d'estes as traes dos correios e pelos fieis, quando se tratar cle en-
transferirem para os cofres clo Estado ; tregas effectuadas pelas estações urbanas de Lisboa e
é) Dos vales emittidos em quaesquer outras estações Porto ;
urbanas, aos fieis telegrapho-postaes, a fim d'estes as trans- c;) Pelos delegados do thesouro e pelos fieis telegrapho-
ferirem para os competentes cofres. postaes, quando se tratar dc entregas realizadas pelas es-
Art. 476.° A entrega do producto cla emissão de vales tações urbanas fóra de Lisboa e Porto.
deve realizar-se imprctcrivelmente: Art. 483.° Em presença do recibo, moclelo n.° 28 o
a) Dos emittidos nas estações urbanas, ás quartas e sab- chefe da 7.'' ou 6. a secções cla estação central dos correios
bados ; : de Lisboa ou Porto, ou o empregado da repartição dc fa-
b) Dos emittidos em outras estações, ás terças, quintas 1 zenda nas outras localidades, fará nas guias em'seu poder
feiras e sabbados; ; a seguinte declaração, que datará e assignará — realizada
c) Dos emittidos nas estações centraes clos correios de a entrega em . . . de . . . de 19. . . Ems eguida entregará
Lisboa e do Porto, todos os dias, com relação no dia an- ao enearregado da emissão, ou ao seu representante. o
terior. duplicado da guia, moclelo n.° 39. e remetterá á Direeção
a
Art. 477.° Na Madeira e Açores, nas localidades onde Geral clos Correios e Telegraphos pela õ. Repartição,
tocam os paquetes nacionaes da carreira da metropole, sem dependencia de officio e em sobrescripto com a indi-
quando os dias da entrega coincidirem com os da chegada cação cle serviço de vales, a guia, modelo n.° 26.
Juulio 14 356 1902

Art. 484." Os chefes ou encarregados das estações ur- I terio cla Fazenda expedirá as conveníentes instrucções aos
banas deverão proceder, quanto á conferencia das guias, seus delegados, tanto para a fiscalização como para a es-
como se acha preceituado para os fieis, aos quaes teem de cripturação relativas a este serviço, na parte que lhès res-
fazer as entregas. peitar.
Art. 485.° O producto da emissão de vales nas estações
Serviço intei-nacional
urbanas deve ser entregue pelos fieis nos cofres, sob a
epigraphe: Emissão cle vales nacionaes nas estações urbanas. CAPITULO XII
Art. 486.° A entrega do producto da emissão de vales
nos cofres da fazenda será feita, quanto possivel, nas mes- Systema de permutação
mas especies recebidas dos tomadores. Art. 493." A permutação cle fundos com os paises es-
Art. 487.° Quando não tenha havido emissão, o encar- trangeiros efleetua-se:
regado d'ella apresentará somente na repartição de fazenda a) Por meio de vales ;
o livro cle vales, em vista do qual a mesma repartição for- b) Por meio de listas.
mulará e enviará á Direccão Geral clos Correios e Telegra- Art. 494.° A permutação por meio cle vales é aquella
a
phos pela 5. Repartição um aviso redigido nos seguintes ern que as quantias, entregues pelos tomadores, são con-
termos: A repnirtição de fazenda de . . . certifico cjue nesta vertidas em vales pagaveis nos paises estrangeiros.
data lhe foi apresentado o livro de vales da estação de . . ., Art. 495." A permutação por meio cle listas é aquella
tendo verificado que não houve emissão desde . . . até . ., em que as quantias entregues são inscriptas cm listas, para
(data e assignatura). serem convertidas em vales no país do destino.
Art. 488.° Quando os encarregados não se apresentarem Art. 496." A Direccão Geral dos Correios e Telegra-
nas repartições cle fazenda, á hora indicada no artigo 479.°, phos, em instrucções especiaes e em ordem de serviço, in-
para a verificação dos vales emittidos, ou quando, clepois clicará os paises com os quaes se podem permutar fundos,
cle lhe ter siclo restituida a guia n.° 39, não rcaJizarem bem como o systema de permutação, premios a que esta
immediatamente a entrega, incumbe ás mesmas reparti- fica sujeita, moeda adoptacla e respectivos cambios.
ções participar esse facto á Direccão Geral dos Correios Art. 497.° A permutação de fundos com os paises es-
e Telegraphos em officio registado, e simultaueamente pelo trangeiros obedecerá a todas as prescripções clas conven-
telegrapho, quanclo o haja. ções internacionaes vigentes, ou que de futuro possam ne-
gociar-se, e ás ordens que sobre este serviço forem trans-
CAPITULO XI mittidas pela Direeção Geral dos Correios e Telegra-
Fiscalização da emissão e pagamento phos.

Art. 489.° A fiscalização cla emissão e pagamento dos Permutação por meio cle vaíes
vales pertence á Direeção Geral dos Correios e Telegra-
phos, pela õ. a repartição, quo a cxcrccrá dc fórma a po- CAPITULO XIII
der conhecer se as importancias clepositadas pelos tomado-
DisposiçOes geraes
res de vales deram entrada nos cofres da fazencla e foram
integralmente pagas, verificando-se : Art. 498.° Os vales internacionaes podem ser:
1.° A regularidade das entregas do producto da emis- a) De correio ;
são cle vales, pelo exame e conferencia das guias, modelo b) Telegraphicos;
n.° 26 ; c) De serviço.
2.° A exactidão das quantias designadas nos vales, cle- São estações de permutação directa:
pois cle pagas, com as verbas que lhes corresponden! nas 1 P a r a os vales cle correio e telegraphicos, as estações cen-
mesmas guias. traes clos correios de Lisboa e Porto, e as estações tele-
Art. 490.° Quaesquer differenças, encontradas na con- grapho-postaes das capitaes clos districtos administra-
ferencia de que trata o artigo antecedente, serão liquida- tivos ;
das, segundo o caso, da seguinte fórma: 2.° Para os vales de serviço, a estação central dos cor-
a) Verificando-se que o vale foi emittido por quantia reios cle Lisboa.
superior áquella pela qual foi lançado na competente Art. 499.° Todas as estações clo continente clo reino e
guia, modelo n.° 26, determinar-se-lia ao encarregaclo cla das ilhas adjacentes onde estiver estabelecido o serviço
emissão que entregue a differença nos cofres cla Fazenda, de emissão de vales ficam auctorizadas a receber impor-
descripta nas guias communs, especiaes ou cle uma outra tancias para serem convertidas em vales do correio, paga-
entrega; veis em paises estrangeiros.
b) Verificando-se que o vale foi devidamente emittido
por quantia inferior áquella pela qual foi lançada na com- CAPITULO XIV
petente guia, modelo n.° 26, determinar-se-ha ao encarre-
Emissão
gado da emissão que, na primeira entrega a effectuar do
producto cle emissão cle vales, cleduza a importancia da Art. 500.° São encarregados da emissão cle vales inter-
differença, explicando essa deducção na guia, modelo nacionaes :
n." 26, em que ella figurar; a) Em Lisboa e Porto, os fieis-chefes cla l . a secção das
c) Verificando-se que o vale foi emittido por importan- estações centraes clos correios;
cia inferior áquella pela qual foi requisitado, e que deu b) Nas outras capitaes de districtos, os fieis telegrapho-
realmente entrada nos cofres cla Fazenda, a 5. a Repartição postaes.
da Direeção Geral dos Correios e Telegraphos emittirá, a Art. 501.° O tomador de um vale internacional em Lis-
favor clo destinatario do mesmo vale, uma auctorização de boa ou no Porto, ou nas capitaes dos districtos, deve pre-
pagamento cla importancia cla differença. encher uma requisição, modelo n.° 20, na qual indicará se
Art. 491." Nas guias, modelo n." 26, serão menciona- o vale que prctende é de correio ou telegraphico.
das todas as circunstancias especiaes relativas aos vales Art. 502." Sc se tratar cle um vale do correio, será im-
nellas inscriptos. Tanto estas, como os vales, ficarão ar- mediatamente emittido o vale internacional, modelo n.° 18,
chivados na Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, que será enviado ao seu destino pela primeira expedição.
5. a Repartição, por espaço de. tres annos civis completos, Art. 503.° Se se tratar cle um vale telegraphico emittir-
findos os quaes serão destruidos. se-lia cla mesma fórma um vale internacional, modelo n.°
Art. 492.° A Direccão Geral da Thesouraria do Minis- • 18, como se fosse do correio, imprimirido-se-lhe na frente
1902 357 Junlio 14

um carimbo com os seguintes dizeres ou escrevendo-as a do sêllo, nem a quaesquer outras imposições, alem das
tinta vermelha: transmittido pelo telegrapho, sendo por do premio e taxas previstas nas convenções internacio-

isso annullado, e remetter-se-ha á Direccão Geral dós naes.
Correios e Telegraphos pela 5. a Repartição, em sobres- Art. 511.° Os vales internacionaes a.e serviço são desti-
cripto feehado e sem dependencia de officio. Em seguida nados exclusivamente á transferencia de fundos do correio
serão preenchidos o telegramma, modelo n.° 350, e o com- português para os correios estrangeiros, por motivo de ser-
petente aviso de emissão, modelo n.° 348. O telegramma viço postal, o só podem ser requisitados pela Direeção Ge-
será mandado entregar na estação central dos telegraphos, ral dos Correios e Telegraphos.
com a importancia das respectivas taxas, a fim de ser trans-
mittido ao seu destino. CAPITULO XV
O aviso de emissão será feehado em um sobrescripto e
Entrega do producto da emissito
enviado pela primeira expedição á estação postal destina-
taria do vale. Art. 512.° Os encarregados da emissão de vales inter-
§ unico. Os vales telegraphicos podem, como os tele- nacionaes formularão todos os sabbados, ou no primeiro dia
grammas, ser: ordinarios, urgentes, com resposta paga, util que se lhes seguir, se aquelle fôr santifieado ou feria-
com aviso de recepção, conferidos, transmittidos pelo cor- do, e no dia ultimo de cada mês, uma guia, modelo 2 6 - B ,
reio, entregues por proprio, ou terem aviso de pjagamento na qual clescrevcrâo, pela sua ordem numerica, paises de
expedido c entregue pelo correio.- destino e respectiva importancia em moeda portuguesa
Art. 5(J4.° OS tomadores de vales, que só podem ser e naquella em que foram emittidos, todos os vales inter-
de correio nas estações de fóra das capitaes dos districtos, nacionaes, que tiverem emittido depois cle effectuada a ul-
terão que apresentar nellas uma requisição em duplica- tima entrega, e um duplicado cla guia, modelo n.° 39, em
do, modelo n.° 20, que lhes será fornecida gratuitamente, que descreverão a importancia total, em moeda portuguesa,
cm vista da qual os encarregados d'este serviço emittirão dos mesmos vales, procedendo em seguida da fórma esta-
um vale de serviço interno a favor do fiel chefe cla l . a sec- belecida para a entrega do producto da emissão dos vales
ção da estação central dos correioa de Lisboa ou do Porto, nacionaes.
ou do respectivo fiel telegrapho-postal, pela importancia CAPITULO XVI
clo vale, competente premio e taxas supplementares, so as
houver. Substituição e reembolso
§ 1.° A Direccão Geral clos Correios e Telegraphos po- Art. 513.° Os vales internacionaes emittidos em Portu-
derá ordenar, quando as conveniencias do serviço assim o gal podem, em caso de extravio ou destruiçâo, ser substi-
aconselharem, que determinadas estações cnviem para dis- tuidos, a pedido clos tomadores ou dos destinatarios, por
tricto dilferente d'aquelle a que pertencem os vales de ser- auctorizações de pagamento, modelo n.° 158, passadas pela
viço de que trata este artigo. Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, õ. a Reparti-
§ 2.° O vals de serviço a que se refere este artigo, ção, logo que se verifique que o pagamento dos mesmos
aeompanhado dc um exemplar de requisição, modelo n.° 20, vales não se effectuou.
será expeclido em sobrescripto registado, ao fiel destinata- § unico. Quando os vales estiverem simplesmente inu-
rio, o qual, cobrando a importancia do dito vale de serviço, tilizados por deterioração. podem ser substituidos desde
emittirá o vale internacional requisitado, remettendo o re- logo, mtcliante a sua apresentação.
cibo eorrospondente á estação do origem para que o en- Art. 514." O tomador cle um vale internacional não
tregue ao tomador. O outro exemplar cla requisição, mo- pago é, quando assim o reclame, rcembolsado da impor-
delo n.° 20, ficará archivado na estação de origem com as tancia do mesmo vale, nas seguintes condições :
requisições dos vales nacionaes. a) Mediante a apresentação clo mesmo vale, e neste caso
Art. 505.° As importancias dos premios clos vales e clas o reembolso é immediato ;
taxas supplementares serão incluidas na importancia do b) Mediante a apresentação do recibo passado no acto
vale de serviço. da emissão, quando se tratar de um vale extraviado ou
Art. 506." Quando os tomadores de vales desejarem re- deteriorado, e, neste caso, o reembolso ó auctorizado logo
ceber aviso clo seu pagamento, escreverâo na requisição, que se verifique que o pagamento do mesmo vale não teve
modelo n.° 20, as palavras: aviso de pagamento—pelo logar dentro do periodo da sua validade.
que teem a pagar a taxa cle 50 réis por meio de sêllo de § unico. Os reembolsos teem logar por meio de aucto-
franquia, que o fiel enearregado da emissão do vale inter- rizações de pagamento, modelo n.° 15, passadas pela Di-
nacional collará neste ou no aviso de emissão, se o vale reccão Geral dos Correios e Telegraphos, 5. a Repartição.
fôr telegraphico, e inutilizará com a inscripção bem visi- Art. 515." Os pedidos de substituição e reembolso são
vel de Aviso de pagamento. dirigidos á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos pela
Art. 507.° Aos tomadores de vales internacionaes deve 5. a Repartição, por intermedio clas estações em que forem
ser entregue um recibo, destacado do proprio vale, em apresentados.
que se mencionem todas as quantias pagas. tanto cla im- § unico. Os pedidos de substituição e reembolso e res-
portancia do vale e respectivo premio, como de quaesquer pectivas auctorizações de pagamento são isentas de qual-
outras taxas. Os tomadores cle fóra das capitaes cle districto quer taxa.
rccebem préviamente o recibo do vale de serviço desti- CAPITULO XVII
nado á emissão do vale internacional quo requisitarem.
Art. 508." Os vales de correio internacionaes, modelo IÇectilicaçilo de endereçó
n." 18, são colleccionados, por serics cle 1:000, cm livros Art. 516.° O tomador de um vale internacional póde
de 50 vales, sendo feito o seu fornecimento aos fieis, nos pedir que seja modificado o endereço clo mesmo vale. Esse
termos do artigo 421.", á medida clas necessidades do eon- pedido, que é isento cle qualquer taxa, deve ser dirigido
suino. á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos pela 5. a Re-
Art. 509." As importancias clos vales internacionaes e partição, por intermedio da estação em que o vale foi to-
respectivas taxas devem ser cobradas clos tomadores em mado, e mediante a apresentação do vale ou do recibo da
moeda corrente portuguesa, segundo as tabellas de con- emissão conferido ao tomador.
versâo transmittidas pela Direccão Geral dos Correios e § unico. Logo que na Direeção Geral dos Correios e
Telegraphos. Telegraphos der entrada um pedido de modificação de
Art. 510.° Os vales emittidos em Portugal para serem endereço aeompanhado do vale, far-se-ha o averbamento e
pagos em paises estrangeiros não estão sujeitos ao imposto expedir-se-ha o vale ao seu destino. Se porem o pedido não
Juulio 14 358 1902

vier aeompanhado clo vale, notificar-se-ha á administração tição, e esta communicará o facto á administração dos
clos correios do país destinatario, para que seja ali feita a correios cle procedencia, não se emittindo em caso algum
reedificação. o vale-telegramma.
CAPITULO XVIII § unico. Se fôr recebido nas capitaes clos districtos te-
legramma para pagamento de vale telegraphico em outra
Prescripção localidade, não será transmittido esse telegramma, e re-
Art. 517.° A importancia dos vales internacionaes emit- metter-se-ha immediatamente á Direeção Geral dos Cor-
tidos em Portugal e pagaveis em paises estrangeiros que reios e Telegraphos copia cFesse telegramma.
não forem pagos no prazo de um anno, contado cla data Art. 525.° Os vales internacionaes, que não puderem
cla emissão, prescreve a favor da Fazenda. ser entregues nos prazos indicados nos artigos 435.° e 436.°,
§ unico. São exceptuaclos os vales sobre os quaes serão remettidos á Direeção Geral dos Correios e Tele-
haja algum processo pendente dos tribunaes ou da Di- graphos pela 5. a Repartição, acompanhados de nota ex-
reccão Geral dos Correios e Telegraphos, contando-se, plicativa cla sua não entrega, escrita em papeis eparado
para estes, o prazo de um anno da data da conclusão do que se prenderá aos mesmos vales.
processo.
CAPITULO XIX CAPITULO XX
Recepção c entrega Endosso
Art. 518.° Os vales de correio emittidos nos paises es- Art. 526." Os vales de correio internacionaes são sus-
trangeiros e pagaveis em Portugal devem ser endereça- ceptiveis de endosso, nos mesmos termos que os vales na-
dos á capital do districto a que pertence a estação desti- cionaes.
nataria, a fim de serem legalizados para moeda portu- CAPITULO XXI
guesa.
Art. 519.° Os fieis descreverão os vales que receberem Yaiidadc
em tantas relações mensaes, modelo n. u 266, quantos fo- Art. 527." O periodo cle validade clos vales internacio-
rem os paises emissores e remetterão duplicados d'essas naes é o estabelecido nos acordos ou convenções actual-
relações á Direeção Geral dos Correios c Telegraphos mente em vigor ou que do futuro venham a negociar-se.
pela õ. a Repartição, até ao dia 8 do mês seguinte áquelle a Art. 528.° Findo o periodo cle validade, os vales só po-
que disserem respeito. dem ser pagos depois cle devidamente rcvalidados na admi-
Art. 520.° Depois cle descriptos nas relações, modelo nistração clo correio cle origem.
n.° 266, os vales são legalizados pelos referidos fieis. que Art. 529.° Para o fim indicado no artigo anterior deve-
farão a conversão em moeda portuguesa das respectivas rão os destinatarios clos vales apresentá-los em qualquer
importancias, sc estas não estiverem expressas na dita estação, acompanhados de um pedido clo revaliclação diri-
moeda, escrcvendo a tinta vermelha ou imprimindo sem- gido á Direccão Geral clos Correios e Telegraphos, para
pre na frente clos mesmos vales uma verba clo teor se- cuja 5. a Repartição os mesmos vales e peclidos serão imme-
guinte: «Pagavel em . . . pela quantia de . . . réis. Esta- diatamente remettidos. Aos interessados serão entregues
ção de . . ., em . . . de . . . de 19...» nas estações, em troca dos vales, recibos, modelo n.° 12.
§ unico. As taxas dc conversão serão communicadas aos
chefes de serviço pela Direccão Geral dos Correios e Te- CAPITULO XXII
legraphos, em determinados periodos, ou quando esta o
Pagamento
julgar conveniente.
Art. 521." Os vales de correio internacionaes, depois cle Art. 530.° Os vales internacionaes de correio são pagos
devidamente legalizados, são expedidos ao seu destino e em todas as repartições que pagam os vales nacionaes, e
entregues como correspondencia ordinaria. com identicas formalidades.
Art. 522.° Quando a estação central dos telegraphos Art. 531." Os vales internacionaes telegraphicos só po-
de Lisboa c a clo Porto ou clas capitaes dos districtos re- clem ser pagos:
ceberem um vale telegraphico clo cstrangeiro, preencherão a) Em Lisboa, na thesouraria geral do Ministerio da
o impresso, modelo n.° 8, como se se tratasse de um Fazenda;
vale telegraphico nacional, procedendo em seguida á emis- h) Nas outras capitaes clos districtos, nas agencias do
são do vale-telegramma, modelo n.° 351, que será entre- Banco de Portugal.
gue ao interessado, como se fôra um vale-telegramma de Art. 532.° O pagamento cle vales de correio emittidos
serviço interno. E, logo que chcgue o aviso cle emissão, a em paises estrangeiros só póde realizar-se depois de te-
estação telegraphica competente lanç.ará no talão do vale- rem sido devidamente legalizados, conforme o preceituado
telegramma a data cla chegada e a data da emissão; jun- no artigo 520.°
tará o mesmo aviso ao vale telegraphico, e escripturará Art. 533.° Quando se apresentar para pagamento al-
estes dois documentos, como se fôra um só, na relação, gum vale por legalizar, o encarregaclo de pagamento deve
modelo n.° 266, os quaes serão opportunamente enviaclos á indicar ao destinatario que o apresente na estação cla lo-
Direccão Geral clos Correios e Telegraphos pela 5. a Re- calidade, para por esta ser enviaclo ao fiel chefe. da
partição, para ali se eonforirem com o vale-telegramma, l . a secção da estação central clos correios de Lisboa
modelo n." 351, depois de pago. ou do Porto, ou ao fiel telegrapho-postal do respectivo
Art. 523. 0 Quando o aviso dc emissão cle um vale tele- districto, conforme o caso, a fim cle ser devidamente lega-
graphico não fôr recebido no prazo competente, será re- lizado.
quisitada pelo telegrapho a sua remessa, dando-se conhe- § 1." Em troca do vale recebido para legalizar dar-se-
cimento clo facto á Direccão Geral dos Correios e Tele- lia ao interessado um recibo, modelo n.° 12, enviando-se
graphos pela õ. a Repartição. o vale com as formalidades do registo ao respectivo fiel.
Art. 524.° Quando se dcr o caso de ser transmittido a § 2.° O fiel, depois cle legalizar o vale, devolvê-lo-ha
qualquer estação de fóra clas capitaes dos districtos um a fim clc ser entregue ao destinatario, em troca clo respe-
telegramma para a emissão de um vale procedente de ctivo recibo.
país estrangeiro, o respectivo chefe ou encarregado não Art. 534." Em todas as repartições encarregadas do
lhe dará seguimento, e. remetterá immediatamente uma pagamento, haverá um livro, modelo n.° 16, especialmente
copia cVesso telegramma, acompanliada de officio, á Di- destinado ao lançamento dos vales.internacionaes pagos.
reeção Geral dos Correios e Telegraphos pela 5. a Repar- Art. 535.° Os encarregados de pagamento de vales pro-
1902 359 Junho 14

cederão, em relação aos vales internacionaes cujas impor- Art. 543.° A Direeção Geral dos Correios e Telegra-
tancias paguem, exactamentfe como se acha determinado phos, depois de se ter certificado de que os vales emittidos
para os vales nacionaes no artigo 454.°, formulando a guia, em virtude dos referidos depositos não foram nem serão
modelo n.° 11, e a relação, modelo n.° 11-Á, especiaes. pagos aos destinatarios, fará o reembolso por meio de uma
§ unico. Na Direeção Geral dos Correios c Telegraphos auctorização de pagamento, moclelo n.° 15.
proceder-se-ha, em relação a estes documentos, de fórma
identica ao que se acha estabelecido para os vales nacio-
CAPITULO XXVII
naes.
Art. 536.° Aos encarregados do pagamento dos vales Remessa das listas
internacionaes serão abonadas as gratificações que por este Art. 544.° Para a organização e remessa das listas, o
serviço forem determinadas pelo Ministerio da Fazenda. fiel-chefe da l . a secção da estação central dos correios de
Lisboa procederá em harmonia com o preceituado nas
Permutação por meio cle listas convenções internacionaes em vigor, ou que de futuro ve-
nham a negociar-se, e com as instrucções especiaes que
CAPITULO XXIII sobre esse serviço lhe sejam transmittidas.
Acceitação de depositos
Art. 537.° Em todas as localidades onde estiver esta- CAPITULO XXVIJI
belecido o serviço de vales podem ser depositadas quan- Periodo de validade
tias destinadas a ser incluidas nas listas internacionaes.
§ 1.° É somente enearregado da organização das lis- Art. 545.° O periodo de validade dos depositos descri-
tas internacionaes o fiel-chefe da l . a secção da estação ptos nas listas internacionaes é o designado nas respectivas
central dos correios de Lisboa. convenções ou acordos.
§ 2.° Os depositantes de quantias destinadas a pai- Art. 546.° As quantias entregues em Portugal para se-
ses, com os quaes a permutação do fundos se faz por rem incluidas em listas internacionaes prescrevem a favor
meio de listas, cleverão, tanto em Lisboa como nas outras da Fazenda, se não tiverem sido pagas ou reembolsadas
localidades, proceder de fórma identica á estabelecida para dentro do prazo de um anno, contado cla data das listas
a requisição de um vale de correio internacional. em que foram inscriptas, salvo disposições especiaes das
§ 3.° As quantias depositadas fóra de Lisboa serão trans- respectivas convenções ou acordos.
mittidas ao fiel-chefe cle l . a secção da estação central dos § unico. Se os depositos tiverem dado logar a qualquer
correios de Lisboa, pela fórma determinada para a emis- processo pendente dos tribunaes ou da Direccão Geral dos
são clos vales de correio internacionaes. Correios e Telegraphos, o prazo para a prescripção de-
Art. 538." O liel passará, em relação a cada deposito, verá contar-se da data cla conclusão do mesmo processo.
um recibo que será entregue ao depositante ou remettido
á estação onde o mesmo deposito se effectuou, como se CAPITULO XXIX
acha estabelecido para os tomadores de vales internacio-
Recepção das listas
naes-
Art. 539.° Os recibos a entregar aos depositantes são Art. 547." As listas recebidas dos paises estrangeiros
cortados de livros de talões, do modelos especiaes, forne- com a descripção das quantias ali depositadas para serem
cidos ao liel, á medida do seu consumo, pela Direccão pagas em Portugal serão entregues :
Geral clos Correios c Telegraphos, 5. a Repartição. a) A s originarias do Brasil, na Direccão Geral dos Cor-
reios e Telegraphos, 5. a Repartição;
CAPITULO XXIY b) As originarias dos outros paises, na l . a secção da
estação central dos correios de Lisboa.
Entrega dos depositos no cofre do Estado Art. 518." A Direeção Geral dos Correios e Telegra-
Art. 540.° O fiel-chefe da l . a secção da estação central phos, 5. a Repartição, depois de ter feito a conversão em
dos correios cle Lisboa, para realizar a entrega clas quan- moeda forte das quantias mencionadas nas listas do Bra-
tias que receber, destinadas a ser incluidas nas listas in- sil, remetterá estas á l . a secção da estação central dos
ternacionaes, deverá proceder, em relação a cada país de correios de Lisboa, a fim de ali serem emittidos os res-
permutação, da mesma fórma indicacla no artigo 519.°, de- pectivos vales.
vendo apresentar na 7. a secção, com as respectivas guias, Art. 549.° A l . a secção cla estação central dos cor-
os duplicados das listas e os livros clos recibos dos deposi- reios de Lisboa, logo que receba listas internacionaes pro-
tos. cedentes de paises estrangeiros, emittirá os respectivos
CAPITULO XXV vales, feita a conversão das suas importancias, quando te-
nha logar, segundo as taxas d<^ cambio determinadas pela
Ecctilicação de endereço Direccão Geral dos Correios e Telegraphos.
Art. 541.° O depositante de uma quantia descripta em Art. 550.° Os livros de irnpressos para a emissão dos
lista póde pedir que seja modificado o endereço do indi- vales, de modelos especiaes, serão fornecidos directamente,
viduo a favor do qual effectuou o deposito, pela fórma á medida clo spu consumo, ao fiel-chefe da l . a secção da
prescripta no artigo 51G.° estação central dos correios de Lisboa pela Direeção Ge-
§ unico. Logo que na Direeção Geral dos Correios e ral dos Correios e Telegraphos.
Telegraphos der entrada o pedido de que trata este ar-
tigo, officiar-se-lia á administração dos correios destinata- CAPITULO XXX
ria para ser feita a alteração solicitada.
Substituição de vales de iista
CAPITULO XXVI Art. 551.° No caso de extravio, perda ou deterioração
de um vale emittido em virtude de deposito, descripto em
Reembolso
lista proveniente de país estrangeiro, o destinatario poderá
Art. 542.° Os depositantes das quantias descriptas nas reclamar á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos,
listas podem pedir o reembolso clas mesmas quantias, de por intermedio de qualquer estação, a sua substituição.
aodo semelhante ao estabelecido para os vales interna- § unico. A Direeção Geral clos Correios e Telegraphos,
cionaes. tendo-se certificado que o mesmo vale não foi pago, pas-
Junho 1-1 360 1902

sará ern sua substituição urna auctorização de pagamento, CAPITULO XXXIII


modelo n.° l õ . Permutação de fundos com as provincias ultramarinas
CAPITULO XXXI
Art. 560.° A permutação de fundos entre o continente
Pagamento de vales de lista do reino e ilhas adjacentes e as provincias ultramarinas
Art. 552.° O pagamento de vales de lista effectua-se portuguesas regula-se pelos decretos cle 19 cle outubro cle
nas mesmas condições que o dos vales internacionaes e 1900 e cle 21 cle fevereiro de 1901, e instrucções cle 1 cle
eom as mesmas garantias para os encarregados de paga- abril cVeste ultimo anno, ou pelos diplomas que de futuro
mento, que os deverão descrever nas guias dos vales in- vigorarem.
ternacionaes pagos.
TITULO VIII
CAPITULO XXXII
Cobrança de recibos, letras e obrigações
Fiscalisação da permutação internacional de fundos
CAPITULO I
Art. 553.° A fiscalização da permutação internacional
Serviço interno
de fundos, por intermedio clo correio, pertence á Direeção
Geral clos Correios e Telegraphos, 5.;i Repartição, e tcm Art. 561.° São auctorizadas a effectuar o serviço de co-
por fim principal verificar: brança de recibos, letras e obrigações as estações em que
1 S e as quantias entregues para a emissão de vales estiver ou fôr estabelecido o serviço de emissão de vales.
internacionaes e os depositos para serem transmittidos por Art. 562." Sob a denominação de recibos, letras e obri-
listas deram entrada nos cofres do Thesouro e foram eife- gações comprehendem-se, para os effeitos de cobrança, os
ctivamente pagas aos destinatarios; documentos cujas importancias tenham cle ser pagas por
2.° Se a couvcrsão das importancias representativas clos quaesquer corporações, estabelecimentos, sociedades, com-
vales c depositos se fez aos cambios estabelecidos; panhias, empresas ou individuos, taes como recibos, le-
3.° Se as importancias clos vales, modelo n.° 18, emit- tras cle cambio, ordens de pagamento, cheques, livranças,
tidos em virtude clos vales telegraphicos, estão conformes relações acompanhadas de coupons para cobrança de juros
com as importancias pagas no estrangeiro e descriptas no ou dividendos, notas promissorias, vales cle correio e tele-
aviso de emissão dos mesmos vales, e nos telegrammas graphicos nacionaes e internacionaes, contas, facturas com
em que os destinatarios passaram recibo; documentos que recibo e papeis analogos e, em geral, escritos ou titulos
o correio que effectuou o pagamento deve remetter para em que se determine pagamento ou entrega de dinheiro
Portugal com as respectivas contas; no acto de apresentaçâo, excluindo as notas ou ordens cle
4.° Se as quantias descriptas nas listas recebidas clo es- cobre.
trangeiro foram integralmente pagas. Art. 563.° O correio não se encarrega:
Art. 554.° A Direeção Geral clos Correios o Telegra- 1.° D e cobrar quantias cujo pagamento dependa de
phos, 5. a Repartição, deverá juntar cada um clos vales in- apresentaçâo cle livros ou documentos que tenham cle ser
ternacionaes do que trata o n.° 3.° clo artigo antecedente devolvidos ao credor depois da cobrança, taes como : titu-
ao respectivo telegramma e aviso, considerando os tres los cle rencla vitalicia, inscripções de assentamento, livre-
papeis um só documento para a liquidação clas contas in- tes de deposito em caixas economicas ou outros analogos;
ternacionaes. 2.° Da apresentaçâo cle titulos pagaveis a prazo, nem
Art. o55." Cada telegramma e aviso de emissão rece- das diligeneias necessarias para o acceite c protesto de
bido do estrangeiro devem ser conferidos na Direccão Geral letras.
dos Correios e Telegraphos, õ. a Repartição, com o respe- Art. 564.° Os recibos, letras e obrigações devem ser
ctivo vale telegramma, modelo n.° 351, passado em Lis- pagos por uma só vez, em moeda com curso legal, não se
boa, Porto ou outras capitaes de districto, e pago pelo co- admittindo pagamento parcial ou por conta.
fre competente, em vista do recibo do destinatario. A Art. 565.° São encarregados clo serviço de cobran-
mesma repartição juntará cada um clos vales-telegram- ças :
mas, modelo n.° 351, coin o respectivo telegramma e aviso a) Em Lisboa e Porto, os fieis-chefes das l . a s secções
cle emissão, considerando os tres papeis como um só docu- clas respectivas estações centraes de correios ;
mento. b) Nas outras capitaes de districtos, os fieis telegrapho-
Art. 55(5.0 Quando a Direeção Geral dos Correios e postaes ;
Telegraphos tiver dc pagar a algum correio estrangeiro c) Nas outras localidades, os chefes ou encarregados de
qualquer saldo de contas de permutação de fundos, requi- estação.
sitará caso pagamento á Direeção Geral da Thesouraria Art. 566.° Os individuos que pretenderem fazer cobrar,
do Ministerio da Fazenda, indicando na ív.quiftição o pe- por intermedio do correio, recibos, letras e obrigações de-
riodo a que se refere a conta e a importancia clo saldo. verão apresentá-los em qualquer das estações auctorizadas
Art. 557.° As letras remettidas pelos correios csiran- a desempenhar este serviço, descriptos em dois impressos,
geiros para pagamento das importancias que devercm a moclelo n. 0 1, e incluidos com os ditos impressos em um
Portugal, por saldo dc contas de permutação de fundos, sobrescripto aberto, moclelo n.° 2.
serão endossadas a favor do thesoureiro geral do -Ministe- § 1.° Em cada um d'esses dois impressos deverão ser
rio da Fazenda., e para ali enviadas pela Direeção Geral mencionados os titulos apresentados por um mesmo indivi-
clos Correios e Telegraphos, como dinheiro effectivo, acom- duo e cobraveis numa mesma localidade.
panhadas das competentes guias, em que se indique os § 2.° Num cVestes impressos deverão ser afiixados sel-
periodos a que esses sal dos dizem respeito. los postaes na importancia correspondente a 10 réis por
Art. A parte da importancia clas mesmas letras cada um dos documentos nelles inscriptos, sellos que se-
correspondente aos premios dos depositos devidos ao cor- rão inutilizados com a marca cle clia da estação.
reio português será deseripta cm guia especial e escriptu- Art. 567.° Os documentos descriptos nos impressos, mo-
rada como receita do Thesouro. clelo n.° 1, estão sujeitos ás seguintes condições :
Art. a,)!)." As Direcções Geraes cla Contabilidade Pu- 1.° Ter escrito, por extenso, a quantia que houver cle
blica o da Thesouraria do Ministerio cla Fazenda expedi- ser cobrada ;
rão as eonvenientes instrucções para a fiscalização e con- 2." Ter o respectivo recibo datado e assignado, salvo
tabilidade cVesto ramo cle serviço, na parte que respeita quando se tratar de documentos que, pela sua natureza,
aos seus delegados. não careçam de recibos ;
1902 361 Junho 14

3.° Satisfazer ás prescripções da lei do imposto do Art. 577.° A cobrança dos recibos, letras e obrigações
sêllo; será executada nos seguintes termos:
4.° Indiear o domicilio do destinatario. d) Nas localidades em que houver distribuição domici-
Art. 568.° A importancia total clos documentos descri- liaria :
ptos em um impresso, moclelo n.° 1, não póde exceder, 1.° Os titulos serão, no prazo maximo de vinte e qua-
em liarmonia com o disposto no artigo 397.°, o equiva- tro horas, após a recepção, confiados aos carteiros ou dis-
lente á' quantia maxima por que póde ser emittido um tribuidores dos districtos em que rcsidirem os destinatarios,
vale cle correio pagavel na localidade em que foram de- mencionados na caderneta, modelo n.° 4, para que os
positados os documentos para cobrança. mesmos distribuidores realizem a competente cobrança cu-
Art. 569.° Nos sobrescriptos, modelo n.° 2, só podem ser mulativamente com o serviço da distribuição clas corres-
incluidos, alem dos irnpressos, modelo n.° 1, as letras, re- pondencias ;
cibos e obrigações nelles descriptos, sendo expressamente 2.° Se, no acto da apresentação de qualquer titulo, o
prohibida a inclusão de cartas, notas, irnpressos ou obje- destinatario não fôr encontrado, o carteiro ou distribuicíor
ctos de outra qualquer especie. deixar-lhe-ha um aviso, modelo n.° 112, para que vá sa-
Art. 570.° Os titulos que não se encontrarem nas con- tisfazer á estação a respectiva importancia no prazo de
dições prescriptas nos artigos 567.° e 568.° não serão quatro clias;
expedidos, sendo restituidos aos remettentes. 3." Se, no prazo cle cinco dias da data da recepção, o
Art. 571. 0 Inutilizados com a respectiva marca cle dia titulo não estiver ainda pago, será de novo levado pelo
os sellos de que trata o § 2.° do artigo 566.°, será o carteiro ou distribuicíor á residencia do destinatario para
sobrescripto, modelo n.° 2, feehado e registado no livro, cobrança;
modelo n.° 46, como outro qualquer objecto de registo 4.° Se, no acto da apresentação do titulo ao destinatario,
simples, dando-se ao apresentante o recibo correspondente, este declarar que o não paga, o carteiro ou distribuidor
oortado clo mesmo livro. Em seguida, expcde-se o dito lançará logo no verso do mesmo uma nota, que assignará,
sobrescripto ao seu destino com as formalidades usadas constatando o facto;
com os outros objectos registados, designado na carta de b) Nas localidades em que não houver distribuição:
aviso, modelo n.° 44, pelas letras T. C. Estas letras 1.° No prazo mais curto possivel depois da recepção
serão escritas no logar competente do livro, modelo dos recibos, letras e obrigações, expedir-se-ha ao destinata-
u.° 46, e correspondente recibo. rio de cada documento um aviso modelo n.° 112, para
§ unico. Na 5. a secção cla estação central do correio vir satisfazer á estação a respectiva importancia no prazo
cle Lisboa e na 4. a secção da do Porto serão os sobres- de cinco dias;
criptos, modelo n.° 2, registados em livros, modelo n.° 46, 2." Se o destinatario fizer verbalmente ou por escrito
especialmente destinados a este serviço, e cuja numera- declaração de recusa de pagamento, o chefe ou o enear-
ção, á parte, será mensal. regado da estação lançará essa nota no verso do documento
Art. 572.° Quando apparccer em qualquer receptaculo destinado a ser cobrado.
cle correspondencia um sobrescripto, moclelo n.° 2, será § unico. Em Lisboa e Porto, a cobrança poderá ser feita
remettido á Direeção Geral clos Correios e Telegraphos pela por carteiros effectivos ou supranumerarios, detalhados es-
5. a Repartição, com uma nota explicativa, lançada no ver- pecialmente para esse serviço.
so, para ali ser aberto. Os documentos encontrados serão Art. 578.° No regresso á estação, os carteiros ou distribui-
devidviclos ao signatario do modelo n.° 1 ou ao proprie- dores cleverão apresentar as cadernetas, modelo n.°4, os reci-
tario clos mesmos documentos, quando fôr conhecido; em bos não eobrados e a importancia clos que o tiverem sido. O
caso contrario, serão tratados como correspondencias cai- fiel, o chefe ou o enearregado da estação, conforme o caso,
das cm refugo. fará nas ditas cadernetas as declarações necessarias para
Art. 573.° Na estação em que der entrada um sobres- resalvar as responsabilidades dos distribuidores, mencio-
cripto, modelo n.° 2, será este, depois de se lhe ter appli- nando quanto elles entregaram em dinheiro e em titulos
cado a marca de dia, aberto, conferindo-se os documentos nao eobrados.
que contiver com os respectivos irnpressos, modelo n.° 1, Art 579.° Se todos os destinatarios dos documentos
onde se imprimirá igualmente a marca de dia cla estação. para cobrança, contidos em um sobrescripto, modelo n.° 2,
§ unico. Em Lisboa c Porto e nas capitaes dos outros tiverem inudado a sua residencia para a circunscripção cle
districtos, será esta conferencia feita pelo fiel e um dos uma outra estação encarregacla do serviço de cobranças,
seus ajudantes. Nas estações em que houver mais cle um esse sobrescripto, com os respectivos documentos encerra-
empregado, será a conferencia feita pelo respectivo chefe dos em um novo.sobrescripto do mesmo modelo, será re-
ou enearregado e um outro empregado. expedido para essa estação, a fim de ahi se promover a
Art. 574.° Quando na estação do destino fôr encon- cobrança nos termos ordinarios.
trado em qualquer sobrescripto, modelo n.° 2, algum obje- § unico. Na carta de aviso, modelo n.° 44, da primi-
cto cuja inclusão nelle seja prohibida, será o dito sobres- tiva procedencia, lançar-se-ha nota d'essa recxpedição.
cripto devolvido ao remettente sem liquidação, com a com- Art. 580.° Se os destinatarios de parte dos documen-
petente nota explicativa no verso. Esta devolução será tos que constituirem uma remessa de titulo para cobrança,
feita em sobrescripto, modelo n.° 109. incluidos em um sobrescripto, moclelo n.° 2, tiverem mu-
Art. 575." Quando se verificar a falta cle irnpressos, mo- daclo de residencia, indicar-se-ha a nova residencia no verso
delo n." 1, lavrar-se-ha termo do occorrido, deserevendo-se d'esses documentos, e promover-se-ha a cobrança dos res-
os recibos, lelrus e obrigações encontrados, cm dois docu- tantes, operando-se a liquidação nos termos ordinarios.
mentos subsidiarios, moclelo n." 1. Art. 581.° Todos os documentos que constituem o con-
§ unico. Um duplicado do termo e um dos documentos teudo de um sobrescripto, modelo n.° 2, consideram-so
subsidiarios, moclelo n.° 1, serão enviados á estação de promptos para liquidação, que se efiectuará sem demora,
procedencia, para que esta forneça com a devida urgencia logo que a respeito de cada um d'elles haja solução cleíi-
os esclarecimentos necessarios. nitiva, isto ó, pagamento, recusa cle pagamento, ou impos-
Art. 576.° Quando se verificar a falta de algum ou al- sibilidade de cobrança.
guns dos recibos, letras e obrigações descriptos nos irnpres- Art. 582.° Logo que os recibos, letras e obrigações, con-
sos, modelo n.° 1, lavrar-se-ha termo clo occorrido, envian- tidos em um sobrescripto n.° 2, estejam promptos para li-
do-se um duplicado d'esse termo á estação de proceden- quidação, e no prazo maximo cle oito dias, contados da
cia, que deverá prestar do urgencia os esclarecimentos ne- clata da recepção do mesmo sobrescripto na estação de co-
cessarios. brança, proceder-se-ha da seguinte fórma:
Juulio 14 362 1902

1.° Em cada um dos irnpressos, modelo n.° 1, far-se-ha centraes dos correios do Lisboa e Porto e os fieis telegra-
a competente liquidação, em harmonia com as indicações pho-postaes nas outras capitaes de districto são as unicas
nelles cxaradas; enticlades auctorizadas: a receber directamente das repar-
2.° Da importancia total dos recibos eobrados, deduzir-se- tições postaes estrangeiras documentos para serem eo-
ha: o premio de emissão do vale, correspondente á impor- brados no continente do reino ou nas ilhas adjacentes; a
tancia liquida cobrada; a importancia de 5 réis do sêllo da expedir para essas repartições os documentos depositados
requisição; o custo da estampilha fiscal, quando a houver; no continente do reino ou nas ilhas adjacentes para serem
3." Pela importancia liquida das cobranças, formulará o eobrados no estrangeiro; a corresponden se com as mes-
fiel, ou o chefe ou enearregado da estação, conforme o mas repartições pela fórma e para os fins indicados nas
caso, uma requisição de vale, modelo n.° 5, quc assignará convenções e acordos vigentes.
como tomador, a favor do remettente dos titulos; § unico. Os chefes ou encarregados de estação das ou-
4.° Será, em seguida, emittido um vale nos termos da tras localidades recebem e expedem os documentos de co-
requisição de que trata o n.° 3.° e pela importancia total brança e procedem á liquidação das quantias cobradas por
nella indieada; intermedio dos fieis-chefes cla l . a secção das estações cen-
õ.° Dos exemplares do impresso, modelo n.° 1, aquelle traes cle correios de Lisboa e Porto e dos fieis telegrapho-
que não tiver affixados os sellos relativos á taxa de co- postaes dos respectivos districtos.
brança, a que se refere o § 2.° do artigo 566.°, com a Art. 589.° Podem ser eobrados por intermedio do correio
respectiva liquidação, os recibos, letras e obrigações nao no continente do reino e ilhas adjacentes os recibos, contas
eobrados, se os houver, e o vale dc que trata o n.° 4.°, e orclens de pagamento, cheques, letras e documentos, em
incluidos em um sobrescripto, modelo n.° 109, serão expe- que se determine pagamento ou entrega de dinheiro, depo-
didos com as formalidades de registo ao remettente; sitados para esse fim nas repartições postaes estrangeiras.
G.° Os documentos não eobrados, quando os houver, se- Art. 590.° O correio não se encarrega de cobrar coupons
rão acompanhados de nota explicativa do motivo da falta de juros ou dividendos, notas ou ordens cle cobre e quan-
de pagamento, a qual será tambem incluida no sobres- tias de qualquer proveniencia, cujo pagamento dependa clo
cripto, modelo n.° 109. apresentação de livros ou documentos que tenham de ser
7.B Ao exemplar do impresso, modelo n.° 1, que fica na devolvidos ao credor depois da cobrança, nem tão pouco se
estação de cobrança, juntar-se-ha o recibo do vale de que encarrega do protesto cle letra.s provenientes do estrangeiro.
trata o n.° 4.° § unico. Podem, porem, ser acceitas no continente do
Art. ÕS3." A liquidação clos titulos nas ilhas clos Açores, reino ou nas ilhas adjacentes letras cobraveis, expeclidas
ou ahi entregues para serem eobrados no continente do por intermedio do correio de determinados paises estran-
reino ou na Ilha da Madeira, será feita em moeda forte e geiros, indicados em instrucções especiaes da Direccão
assim calculados os premios de cobrança e de emissão clo Geral dos Correios e Telegraphos.
respectivo vale. Art. 591.° Os documentos passados em país estrangeiro
Art. 584." Cada estação auctorizada a effectuar o ser- e eobrados em Portugal estão sujeitos ás disposições do
viço clc cobrança cnviará, nas datas fixadas para a re- regulamento do imposto do sêllo.
messa clas cartas dc aviso, modelo n." 44 e seus duplica- § 1.° A s estampilhas fiscaes serão colladas no titulo res-
dos, para a secretaida clos serviços telegrapho-postaes do pectivo, no acto cla cobrança, se o devedor pagar a sua
respcctivo districto os duplicados clos modelos n.° 1, de importancia, e devidamente inutilizadas pelo empregado
que trata o n.° 7.° do artigo 5 8 2 . r e l a t i v o s ás liquida- que effectuar a cobrança.
ções effectuadas na quinzena anterior, a fim de ali se ve- § 2.° Quando a cobrança se effectuar nas estações, po-
rificar— pela conferencia d'esses documentos e recibos dos dem as estampilhas fiscaes ser inutilizadas pela applicação
vales aos mesmos appensos com as cartas de aviso, mo- da marca do dia cla respectiva estação.
delo n.° 44, c as competentes requisições cle vales e livro Art. 592.° O premio arrecadado pelo serviço de co-
dc talões clc v a l e s — s e as liquidações foram feitas com brança constitue receita do Estado, e será cobrado por
exactidão e nos prazos dcterminados no artigo 577.° meio cle sellos, representativos do respectivo valor, affixa-
§ unico. Em Lisboa e Porto, os duplicados cle que trata dos em cada uma das relações, modelo n.° 354. Estes sel-
este artigo serão conservados na l . a secção clas respecti- los serão inutilizados pela competente marca do dia da es-
vas cstacões centraes, onde os chefes dos serviços manda- tação quc effectuar a cobrança.
rão cxcrcer a devida fiscalização respcctivamente pelos Art. 593.° As restantes disposições, relativas ao serviço
chctes da 7.:l c G.a secções da sua dependencia. internacional, serão harmonicas com o que dispõem as
Art. oS5.° Os documentos cle quc trata o artigo prece- convenções vigentes, ou que de futuro possam negociar-se,
dente, quc servirão de elementos para a estatistica, fica- seguindo-se as instrucções e ordens cla Direccão Geral dos
rão archivados nas secretarias clos serviços telegrapho-pos- Correios e Telegraphos ao presente existentes, ou que
taes dos districtos e na l . a seccão clas estações centraes pela mesma venham a ser expedidas.
do.s correios de Lisboa e Porto pelo tempo de um anno
civil completo, inutilizando-se os cle datas anteriores. CAPITULO I I I
Art. 586." Os interessados pagarão, pelo uso quc fize- Serviço com as provincias ultramarinas
rem dc cada exemplar do impresso modelo n.° 1, a taxa
Art. 594.° O serviço cle cobrança cle recibos, letras e
de f) réis em sellos clo correio, quc serão collados no mesmo
obrigações com as provincias ultramarinas será regulado
impresso c inutilizados com a marca do dia da estação, no
em harmonia com as disposições cVeste titulo e com as
acto dc os fornecer.
prescripções especiaes determinadas por acordo entre o
CAPITULO II Ministerio cla Marinha e UItramar e o das Obras Publieas,
Serviço internacional Commercio e Industria.
Art. 587." As estações encarregadas clo serviço interno
TITULO IX
dc cobranças, podem proceder á cobrança cle documentos
para CGSC Íim depositados nas estações postaes estrangei- Das assignaturas de jornaes e publicações periodicas
ras; bem como receber de particulares documentos para
serem eobrados nos paises estrangeiros, indicados em ins- CAPITULO I
trucções especiaes pela Direccão Geral dos Correios e Te- Serviço interno
legraphos. Art. 595.° São encarregadas da recepção de assignatu-
Art. 5S8.° Os ficis-chefes das l . a s secções das estações ras de jornaes e publicações periodicas as estações aucto-
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1902 36 Junho 14

rizadas a emittir vales. As importancias recebidas para qual çonste o nome do jornal ou outra publicação perio-
assignaturas de jornaes ou publicações periodicas serão dica cuja assignatura é feita, e o prazo da mesma assi-
enviadas aos interessados por meio de vales de correio no- gnatura.
minaes. Art. 603.° O premio de que trata a alinea a) do artigo
§ unico. Nas localidades em que houver distribuição do- 598.° pertence ao Estado e será representado por meio
miciliaria, poderão os respectivos agentes empregar-se como de sellos affixados na requisição, modelo n.° 5.
intermediarios entre a respectiva estação e os particula- Art. 604.° Tanto a importancia das assignaturas toma-
res, para a recepção de assignaturas de que trata este ar- das nas ilhas dos Açores para publicações clo continente
tigo. do reino ou da Ilha da Madeira, como a das que forem to-
Art. 596.° Os proprietarios, empresarios, editores, ge- madas no continente do reino ou na Ilha da Madeira para
rentes ou administradores de publicações periodicas que publicações das Ilhas dos Açores, e bem assim a das res-
desejarem servir-se do correio para a recepção de assigna- pectivas taxas, serão calculadas em moeda forte, conforme
turas enviarão á Direccão Geral dos Correios e Telegra- o cambio fixado.
phos pela 5. a Repartição, uma declaração acompanhada CAPITULO II
das seguintes indicações: Serviço internacioBal
1.° Titulo da publicação;
2.° Localidade onde esta é feita ou onde tem a sua sede Art. 605.° E m Lisboa e Porto e nas outras capitaes
a administração ; de districto podem ser recebidas quantias para pagamento
de assignaturas de jornaes e outras publicações periodicas
3.° Preoo da assignatura por mês, trimestre, semestre
em país estrangeiro.
e anno;
4-.° Se as taxas de que trata o artigo Õ98.° devem ser Art. 606.° No serviço internacional cle recepção de assi-
deduzidas das importancias das assignaturas ou pagas pelos gnaturas, proeeder-se-ha em harmonia com o que dispõem
assignantes, alem do preço cVestas; as convenções internacionaes e com as ordens que sobre
este serviço a Direccão Geral dos Correios e Telegraphos
õ.° Nome do individuo, firma ou empresa a quem deve
transmittir.
ser enviada a importancia da assignatura;
6.° Condições especiaes da publicação. § unico. Quando neste serviço estiver adoptado o sys-
Art. 597.° Haverá em cada estação um livro de registo. tema de vales, seguir-se-hão as seguintes regras :
modelo n.° 113, no qual se inscreverão as condições cla 1. a A remessa de quantias com destino ao pagamento
assignatura das publicações periodicas de que trata este das assignaturas será feita empregando-se vales do mocle-
artigo, conforme as indicações forneeidas pela Direeção lo n.° 142, que se denominam — vales de assignaturas;
Geral dos Correios e Telegraphos, 5. a Repartição. 2. a Em troca cVestas quantias serão entregues aos res-
Art. 598.° As estações poclerâo servir cle intermedio pectivos depositantes os recibos que se aeham juntos aos
para se tomarem assignaturas para publicações periodicas, mesmos vales;
cujos proprietarios, empresarios, editores, gerentes ou 3." A conversão da moeda portuguesa em moeda do
administradores não tiverem declarado acceitar as condi- país do destino será feita pelas tabellas em uso para a
ções d'cste regulamento. emissão de vcdes internacionaes ;
§ unico. Estas assignaturas serão feitas em harmonia 4. a O pagamento d'estes vales está sujeito ás mesmas
com as indicações forneeidas por quem as pretender. regras estabelecidas para o pagamento dos outros vales
Art. 599.° As taxas a cobrar pela recepção de assigna- internacionaes, e na thesouraria do Ministerio da Fazenda
turas para publicações periodicas compõem-se de: proceder-se-ha com estes vales pelo modo determinado para
a) Premio do recepção —• 20 réis, qualquer que seja a a escripturação de vales internacionaes;
importancia da assignatura; 5. a São applicaveis aos vcdes de assignaturas todas as
b) Premio cle emissão do vale e respectiva estampilha disposições relativas á fiscalização o contabilidade clos va-
fiscal. les internacionaes.
Art. 600.° As taxas cle que trata o artigo antecedente CAPITULO III
serão deduzidas cla importancia cla assignatura, quando os Serviço com as provincias ultramarinas
proprietarios, empresarios, editores, gerentes ou administra- Art. 007.° O serviço de recepção cle assignaturas de
dores clas publicações periodicas auctorizarem a deducção, jornaes c outras publicações periodicas com as provincias
nos termos do n." 4.° clo artigo 596.°; pagas pelos assignan- ultramarinas será regulado em harmonia com as disposi-
tes, quando se tratar de publicações não inscriptas no re- ções cVeste titulo e com as prescripções especiaes deter-
gisto, modelo n.° 113, ou quando, estando ahi menciona- minadas por acordo entre o Ministerio da Marinha e UI-
das, tenham a indicação — p a g a pelo assignante. tramar e o das Obras Publicas, Commercio e Industria.
Art. 601.° Pela importancia cle cada assignatura, li-
quida do premio de recepção, do premio de emissão do
TITULO X
vale, cla importancia de õ réis clo sêllo da requisição,
e cla respectiva estampilha fiscal, ou eompleta, conforme Posta rural
os casos previstos no artigo 5 9 6 . f o r m u l a r á o encarre-
gado cVeste serviço uma requisição, modelo n.° 5, no alto Art. 608.° O serviço da posta rural comprehende:
cla qual escreverá a palavra assignaturas, a tinta verme- a) A recepção e distribuição de correspondencias ;
lha. Nestas requisições figurará como remettente a esta- b) A venda de sellos e mais formulas cle franquia;
ção emissora, e como destinatario o administrador da publi- c) A cobrança de recibos, letras e obrigações;
cação periodica, ou o individuo a. que se refere o n.° 5.° do d) A recepção de quantias para emissão de vales de
mesmo artigo, procedenclo-se á emissão de um vale, modelo correio nacionaes e internacionaes ;
n.° 6, em cujo coupon se escreverá a tinta vermelha o se- e) Os serviços accessorios que forem determinados pela
guinte: assignatura de . . . (nome do jornal ou publicação) Direccão Geral dos Correios e Telegraphos.
por .. . meses a favor de . . . (nome do assignante), resi- Art. 609.° Os serviços de que trata o artigo antecedente
dente em . . . são desempenhados por distribuidores ruraes e por depo-
Art. 602.° Em troca clas quantias recebidas para assi- sitarios de caixas.
gnaturas cle jornaes ou outras publicações periodicas, serão § unico. Quando as circunstancias o permittirem, serão
dados aos assignantes recibos dos vales emittidos, em har- estes serviços desempenhados, nos suburbios das cidades
monia com o disposto no artigo antecedente. ou povoações, pelos carteiros ou pelos distribuidores cu-
§ unico. No verso cVcstes recibos, será lançada nota da mulativamente com os que lhes pertencerem.
Juulio 14 364 1902

Art. 610.° Os depositarios de caixas são subordinados aos rario, e clar 0 devido destino ás correspondencias ahi en-
chefes das estações de que dependerem os distribuidores contradas;
em serviço na area em que funccionarem os mesmos de- e) Receber clas auctoridades as correspondencias offi-
positarios; e, quando não haja distribuidores ruraes, aos ciaes e dar-lhes 0 devido clestino;
chefes das estações das sedes do concelho a que perten- / ) Recdber telegrammas, fechados 011 abertos, que lhes
cerem. forem contíados no transito, acompanhados clas respecti-
Art. 611.° Compete aos depositarios de caixas de cor- vas importancias, para serem expedidos pelas estações
reio : competentes;
а) Vender sellos e quaesquer outras formulas de fran- g) Inutilizar, pela affixação de marca P E, os sellos affi-
quia ; xados nas correspondcncias devidamente franqueadas que
б) Vigiar pela segurança das caixas ou rnareos postaes receberem 110 caminho para pontos comprehendidos no
que estiverem a seu cargo ; seu giro;
c) Conservar em seu poder as correspondencias cuja en- h) Effectuar a cobrança de letras, recibos e obrigações
trega não puder ser effeetuada pelos distribuidores e dis- que lhes fôr incumbida pela estação de que dependerem
tribuidas aos destinatarios que as reclamarem, enviando e dar contas da mesma cobrança;
ás estações dc que dependerem as que não forem entre- i) Concluzir malas de correio, fechadas, para os pon-
gues no prazo cle clez dias: tos comprehendidos no seu giro ;
d) Participar aos chefes das estações cle que dependerem j) Vender sellos e quaesquer outras formulas de fran-
todas as faltas commettidas pelos distribuidores ; quia ;
«) Expedir e receber malas de correio, ouando não haja k) Entregar na estação competente a importancia dos
distribuicíor rural, encarregando-se da distribuição das portes da correspondencia nâo franqueada ou com fran-
respectivas correspondencias, cumprindo-lhes participar quia insujficiante que tiverem distribuido ;
ao chefe cle estação cle que dependerem as faltas commet- l) Receber correspondencias, devidamente franqueadas,
tidas pelos respectivos conductores de malas e enviar ao para serem registadas sem declaração de valor;
mesmo as correspondencias não distribuidas no prazo de m) Receber dinheiro, para ser convertido em vales do
dez dias. correio ou telegraphicos;
Art. 612.° As correspondencias enviadas ás differentes n) Coadjuvar o serviço da marcação das corresponden-
estações, em harmonia com o que determina a alinea c) cias nas estações de que dependerem, quando as circuns-
do artigo antecedente, serão tratadas pelo modo determi- tancias 0 permittam;
nado no artigo lõõ.° cVeste regulamento, levanclo em conta 0) Fazer conhecer, por meio da corneta de seu uso, a
para a contagem dos prazos ali marcados o numero de chegada ás povoações que atravessar, a sua partida d'ali
dias durante os quaes as mesmas correspondencias estive- e a passagem pelos casaes do respectivo giro.
ram cm poder clos depositarios. § unico. Os distribuidores ruraes devem, sempre que
Art. (313.° Os distribuidores ruraes terão a residencia tenham conhecimento cle avaria em qualquer linha tele-
que lhes fôr marcada pela Direccão Geral dos Correios e graphica clo seu giro, participar 0 facto ao chefe cla esta-
Telegraphos, em harmonia com o serviço que tiverem a ção a que estão subordinados, pela via mais rapida que es-
desempenhar. tiver ao seu alcance.
Art. 614.° Os distribuidores ruraes são responsaveis Art. 617." As correspondencias não franqueadas ou com
pelo bom estado clos utensilios que lhes forem entregues franquia insufficiente que os distribuidores ruraes recolhe-
para execução do serviço a seu cargo. Devem apresentar rem clos receptaculos só serão distribuidas depois cle lhes
todos estes objectos, quando lhes seja ordenado, e d'elles ter sido devidamente applicados os competentes sellos cle
farão entrega, quando forem exonerados, se despeuirem ou port.eado.
se ausentarem do serviço por qualquer motivo. Art. 618.° E prohibido aos distribuidores ruraes:
§ 1.° São obrigados a reparar á sua custa qualquer a) Desempenhar o serviço a seu cargo sem estarem de-
deterioração não justificada e indemnizar a Fazenda do va- vidamente uniformizados e sem os objectos necessarios ao
lor dos objectos extraviados por sua culpa. seu serviço;
g 2.° Quando tenham recebido passe para transitar a b) Encarregar-sc do transporte ou distribuição de car-
pé pela linha ferrea, deverão entregá-lo, ao ausentarem-se tas fechadas ou abertas e de jornaes, irnpressos, manus-
clo serviço, ao eliefc da estação cle que dependerem. criptos, amostras ou encommendas, que não tenham affi-
Art. G15.° O jornal dos distribuidores ruraes será fixado xados os devidos sellos de franquia ou eiu que não te-
pelo Director Geral dos Correios e Telegraphos, sobre pro- nham sido affixados os competentes sellos de porteado 11a
posta fundamcntada dos chefes dos serviços clos districtos, estação competente;
tendo em attenção o determinado no n.° 30." do artigo 91." c) Distribuir correspondencias com os sellos por inuti-
cla organização dos serviços e a taxa do jornal cle traba- lizar ;
lhadores na respectiva zona. d) Fazer a distribuição por ordem differente cla que se
Art. 616." Aos distribuidores ruraes compete: achar indicada no seu itinerario, e recolher ao seu do-
a) Distribuir, nas localidades niarcadas no seu itinera- micilio antes de ultiinada a distribuição clas corresponden-
rio e cm todos os pontos situados no caminho que teem cias ;
a percorrer, não só as correspondencias ordinarias, re e) Demorar-se, durante a distribuição, nas ruas, estra-
gistadas, oiliciaes c as sujeitas a cobrança que lhes fo- das, casas, casaes ou lojas;
rem coniiadas na estação clc onde partirem, como tambem f ) Fazer distribuir por outros individuos, quer sejam
as correspondencias ordinarias devidamente franqueadas, distribuidores quer não, as correspondencias que lhes fo-
c as officiaes que tiverem recebido 110 transito; rem entregues para distribuir;
b) Distribuir, nas localidades comprehendidas 110 seu fl) Vender, por conta propria ou alheia, bilhetes ou cau-
giro, os telegramma^ destinados aos pontos situados fóra te.las de lotaria, jornaes, livros ou quaesquer outros ar-
cla area da distribuição gratuita, quando os expedidores tigos ;
não tenham pago a taxa para proprio; h) Ler ou deixar ler os bilhetes postaes, jornaes, irn-
c) Entregar aos depositarios dc caixa as corresponden- pressos ou manuscriptos que lhes forem confiados;
cias que não puderem ser distribuidas e transportar para 1) Deixar ler os sobrescriptos ou endereços das corres-
a estação dc que dependerem aquellas que não tenham pondencias ;
sido ali procuradas; j ) Assistir á abertura das correspondencias que distri-
d,) Abrir as caixas dc correio indicadas 110 seu itine- buircm, ou ao encerramento clas que receberem e ve-
1902 365 i Junhó 14

rificar o seu conteudo, ainda que os interessados o re- § unico. As queixas ou reclamações dirigidasem cartas de
clamem. caracter particular a quaesquer funccionarios dos serviços
§ unico. A prohibição designada nas alineas li), i) e ;') cla Direeção Geral ou externos podem ser tomadas em con-
do presente artigo é extensiva aos depositarios das cai- sideração, se o funccionario a quem forem dirigidas puder
xas. e quiser tomar a iniciativa clas respectivas averiguaçõcs,
Art. 619.° Cada distribuidor rural deve fornecer-se dia- considerando-se competentes para tal o director geral dos
riamente, na estação cle onde partir ou «aquella com quc correios e telegraphos, o inspector geral dos telegraphos
se corresponder, cla quantidade de sellos clas taxas de e industrias electricas, os chefes de repartição da Direccão
maior consumo que se julgar necessaria para a venda Geral clos Correios e Telegraphos, os chefes clos serviços
de cada dia, pagando adeantadamente a sua importan- externos nos respectivos serviços.
cia. Art. 627." O livro de que trata o artigo antecedente
Art. 620.° No caso de faltar ou adoecer qualquer dis será posto sempre á disposiçâo de quem nelle quiser es-
tribuidor rural, os chefes ou encarregados de estação po- crever qualquer reclamação ou queixa.
derão chatnar, sob sua responsabilidade, para o substituir, § 1.° Quando o reclamante, para fundamentar a sua
individuo idoneo para fazer o serviço interinamente, com- reclamação ou queixa., ou para facilitar as competentes
municando logo esta circumstancia ao respectivo chefe clo averiguações, tiver cle entregar quaesquer documentos ao
districto, que a participará á Direeção Geral clos Correios chefe cla estação, ou quiser apresentar testemunhas, de-
e Telegraphos. verá, na queixa que formular, indicar os documentos que
Art. 621." Os distribuidores que, por caso cle força entrcgou ou citar os nomes das testemunhas, sua profissão
maior, se acharem impossibilitados repentinamcnte de fa- e residencia.
zer serviço deverão participá-lo immediatamente por es- § 2." Quando o reclamante não souber ou não puder
crito ao chefe ou encarregaclo da estação a que forem su- escrever, poderá a reclamação ou queixa ser escrita por
bordinados. segunda pessoa, que assignará a rogo clo reclamante. As
Art. 622.° O distribuidor que, em serviço, por caso de reclamações, todavia, não poderão ser escritas a rogo dos
força maior, não puder continuar o seu giro participá-lo-ha interessados por empregados postaes ou telegrapho-postaes.
por escrito ao chefe ou encarregado cla estação cle que cle- § 3." Os empregados deverão indicar aos reclamantes
pcnder, e entregará a correspondencia e mais objectos cle que, nas reclamações ou queixas que formularem, mcncio-
serviço a individuo idoneo que, sob sua responsabilidacle, nem sempre todas as circunstancias que possam esclare-
se preste a conduzi-los á respectiva estação. cer as averiguações a que se tenha de proceder.
Art. 623.° Para execução dos serviços indicados nas ali- Art. 628." Copias authcnticas das reclamações ou quei-
neas l) e m) clo artigo (iHi.°, serão forneeidas aos distri- xas exaradas no respectivo livro serão immediatamente
buidores cadernetas, modelo n.° 374, nas quaes os mes- remettidas pelas vias competentes á Direccão Geral dos
mos distribuidores inscrevcrão os objectos ou quantias que Correios e Telegraphos, acompanhadas dos documentos
lhes forem entregues, dando em troca aos apresentantes que o reclamante, porventura, houver entregado, clos que
os respectivos recibos. fôr conveniente juntar e bem assim clas informações ne-
§ unico. Logo que os distribuidores chegarem ás esta- cessarias, que possam ser ministradas para esclarecimento
ções de que dependerem, apresentaçâo aos respectivos che- do assumpto.
fes, ou a quem as suas vezes fizer, os objectos para regis- Art. 629.° Nenhum empregado é dispensado cle dar
tar ou as quantias para emissão de vales que lhes tiverem expediente ás reclamações e queixas de que trata o ar-
sido confiadas durante o seu giro, bem como as caderne- tigo anterior. O empregado que não proceder nos termos
tas, moclelo n.° 374, para serem devidamente visadas, re- do citado artigo será severamente castigado.
cebendo em troca os competentes recibos definitivos, que
entregarão, no giro immediato, aos interessados, os quaes CA.PITULO II
restituirão aos distribuidores os recibos provisores, que
Indemnizações
constituem a salvaguarcla cla sua responsabilidacle, e que
serão apresentados nas estações. Art. 630.° Para que se realize o pagamento das indemni-
Art. 624.° Quando, por qualquer motivo, não possam ser zações a que o Estado é obrigado, nos termos do capitulo IX
expedidos os objectos recebidos para registo ou as quan- da organização clos serviços, approvada por decreto de 24
tias para emissão cle vales, serão restituidos aos expedi- de dezembro de 1901, ó indispensavel:
dores, os quaes rubricarão a caderneta do distribuidor, no 1.° Requerimento do remettente, pedindo o pagamento
logar para esse fim reservado, entregando lhe o recibo pro- da indemnização;
visorio. 2.° Estar concluso o processo de averiguações sobre o
Art. 625.° Para execução do serviço, determinado na facto que possa dar logar ao pagamento da indemnização
alinea h) do artigo 616.°, proceder-se-ha em harmonia e provado que não se deu nenhum dos casos prescriptos
com o que se acha disposto no titulo v n i d'este regula- pelo artigo 63.° da citada organização;
mento. 3.° Despacho do director geral dos correios e telegra-
phos ordcnando o pagamento da indemnização.
TITULO XI § unico. Quando se tratar de cartas, caixas ou encom-
Das reclamações e indemnizações mendas com valor declarado, oa remettentes deverão de-
clarar— em instrumcnfo authentico, em que designarão os
CAPITULO I valores perdidos e darão todas as informações necessarias
para se reconhecer a identidade d'esses valores — que sub-
Reclamações rogam ao Estado os seus direitos. Este documento será apre-
Art. 626.° As reclamações contra os serviços postaes sentado com o requerimento.
podem fazer-se : Art. 631.° O pagamento da indemnização só póde ser
1.° Por lançamento da reclamação ou queixa no livro realizado a favor do destinatario, em logar do remettente,
especial cle reclamações, que todas as estações devem pos- quando este assim o tenha solicitado no competente reque-
suir para tal fim ; rimento.
2.° Por carta, que deverá ser registada quando não fôr Art. 632.° As assignaturas dos requerimentos cle que
apresentada em mão, endereçada ao Director Geral dos trata o artigo 630." deverão ser authenticadas por quaes-
Correios e Telegraphos ou aos chefes dos serviços exter- quer das formas prescriptas no artigo 99.° d'este regu-
nos. lamento.
Juulio 14 366 1902

Art. 633.° Os requerimentos pedindo pagamento de j serviço das mesmas empresas, exceptuando-se apenas as
indemnização poderão ser entregues pelos interessados em correspondencias que cacia uma cVessas empresas fizer
qualquer estação, cumprindo ao respectivo chefe enviá-los transportar por empregados seus, com destino a outros
immediatamente, scm dependencia de officio, mas devida- empregados da mesma empresa, quando taes correspon-
mente registados, á Direeção Geral dos Correios e Tele- dencias forem relativas á propria exploração ;
graphos, sc o facto que originou o requerimento não tiver c) Aos viajantes procedentes de paises estrangeiros que
relação com os serviços da sua dependencia. Quando o entrarem em Portugal.
facto quc justitíca a petição tiver occorrido na estação em Art. 637.° Os capitães e mestres clc navios nacionaes
que der entrada o requerimento, deverá o respectivo chefe ou estrangeiros que entrarem nos portos do continente clo
instrui-lo com todos os esclarecimentos convenientes para reino e clas ilhas adjacentes deverão entregar ao official cla
subir á Direccão Geral pelas vias competentes, depois cle alfandega ou da saude que primeiro fôr a bordo em visita
organizado o devido processo. regulamentar todas as cartas avulsas quc elles, a tripu-
§ unico. Os requerimentos poderão ser dirigidos pelos lação ou os passageiros trouxerem ; sc o não fizerem ficam
interessados directamente á Direccão Geral dos Correios sujeitos ás penalidades fixadas no artigo anterior.
e Telegraphos, a qual ordenará sem perda clo tempo a or- § 1.° Exceptuam-se cVesta disposiçâo:
ganização do respectivo processo. a) As cartas dc consignação cujo peso não exceder 200
Art. 634.° Os requerimentos pedindo pagamento de grammas, de que forem portadores os capitães ou mestres
indemnização que, porventura, sejam assignados pelos des- cle embarcações:
tinatarios não serão attendiclos, coinmunicando-se, toda- b) As cartas destinadas a paises estrangeiros que vie-
via, aos mesmos destinatarios os preceitos legaes que re- rem em mão de passageiros cm transito ;
gulam o assumpto. c) As cartas cle credito, cle apresentaçâo ou cle simples
Art. 635.° A s indemnizações devidas pelos empregados recommendação.
dependentes da Direeção Geral clos Correios e Telegraphos, § 2.° O dono, agente ou consignatario do navio é sem-
nos termos clo § 2." do artigo 106.° da organização dos pre responsavel pela multa imposta, quando não fôr paga
referidos serviços, approvada por decreto de 30 de de- pelo capitão ou mestre.
zembro de 1901, deverão por elles ser pagas em deducções Art. 638.° As cartas. processos judiciaes e outras cor-
mensaes successivas nos seus vencimentos, não podendo respondencias postaes transportadas fraudulentamente, e
exceder cada uma d'ellas a sexta parte dos mesmos ven- as cartas avulsas que os capitães, mestres, tripulantes ou
cimentos. passageiros de navios nacionaes ou estrangeiros não en-
tregarem no acto cla visita cla alfandega ou da saude, só
TITULO XII
poderão ser apprehendidas por empregados telegrapho-
Dos processos a seguLr com os contraventores postaes, devendo taes objectos, bem como os individuos
das disposições que regulára o serviço dos correios em cujo poder elles se encontrarem, ser apresentados na
estação mais proxima, onde se lavrará clc tudo um auto
Art. 636.° Os individuos estranhos ao serviço telegra- de noticia, assignado pelo empregado que o escrever, pelo
pho-postal que pretenderem transportnr, cle umas para ou- apprehensor e por duas testemunhas.
tras terras, cartas, processos judiciaes, cartões, bilhetes § 1.° Se o infractor pagar a multa marcada no § 1.°
postaes e correspondencias fechadas cle qualquer natureza do artigo G36.°, ou der a esse pagamento caução ou fia-
deverão franqueá-las e apresentá-las na estação da locali- dor idoneo, mencionar-se-ha esta circunstancia no auto,
dade de onde partir em, ou na primeira do transito, se que será enviado ao chefe dos serviços respectivos.
naquella a não houver, para ali serem inutilizados os sellos § 2.° Se o infractor não satisfizer o determinado no pa-
e impressas as necessarias marcas. Exceptuam-se, em har- ragrapho anterior, mencionar-se-ha esta circunstancia no
monia com as alineas d) e e) clo § 1." do artigo 1.° cla or- auto, que será enviado ein officio ao juiz cla comarca, para
ganização clos serviços de telegraphos, correios e fiscali- se proceder á cobrança judicialmcnte, remettenclo-se copia
zação clas industrias electricas, cle 2 4 de dezembro de do mesmo auto ao chefe dos serviços respectivos.
1901, os proprietarios ou possuidores clas corresponden- Art. 639.° Aquelle que sem auctorização estabelecer
cias ou pessoas por estes especialmente encarregadas cle receptaculos postaes, tiver deposito de cartas, bilhetes pos-
tal serviço ou que o façam em virtude clas suas funcções taes, cartões postaes ou correspondencias fechadas para
ou gratuitamente, quando não estejam ao serviço de uma distribuir ou expedir, incorrerá na multa cle 20,$000 réis.
empresa de transportes ou não tenham a profissão de o São extensivas estas disposições ás empresas de transpor-
fazer. tes tèrrestres, ás cle caminho cle ferro e cle navegação,
§ 1 O s individuos que transgredirem o disposto neste aos donos, agentes e consignatarios cle embarcações de
artigo ficam sujeitos ao pagamento de multa equivalente qualquer especie, bem como aos funccionarios civis ou
ao sextuplo do porte que corresponder ás corresponden- militares de terra ou mar, de qualquer classe ou eate-
cias transportadas fraudulentamente, como sc fossem car- goria.
tas não franqueadas, não podendo a multa exceder a quan- § 1.° Das infracções cle que trata este artigo deverá ser
tia clo 20;$000 réis. Em caso cle rcincidencia poderá a pena lavrado auto de noticia na estação mais proxima, devendo
de multa ser accumulada com a pena de prisão até um este documento ser assignado pelo empregado que desco-
mês. briu a infracção e por duas testemunhas.
§ 2.° As disposições cVeste artigo são extensivas: § 2.° Este auto será enviado ao juiz cla respectiva co-
a) Aos empregados cle transportes tcrrestres, de em- marca para scr instaurado o processo para a cobrança cla
presas dc navegação e aos donos, agentes e consignatarios multa, quando o infractor se não prestar a pagá-la ou
de embarcações de qualquer especie, e aos funccionarios caucioná-la, remettenclo-se copia do mesmo auto ao chefe
civis ou militares cle qualquer classe ou eategoria, que se clos serviços respectivos.
incumbirem clo transporte, a descoberto ou em malas, de § 3.° Se o infractor se promptificar a pagar ou eaucio-
correspondencia cle que se trata, que não tenham transi- nar a multa, mencionar-se-ha esta circunstancia no auto,
tado pelo correio, ou não tenham satisfeito as prescripções que será enviado ao chefe clos serviços.
do presente artigo; Art. 640.° Aquelle que sem auctorização vender habi-
(,) Aos empregados cle empresas de caminhos de ferro tualmente sellos ou outras formulas cle franquia incorrerá
que cm nome cVellas transportarem, para distribuir, quaes- na multa dc 5;jí000 a 10$000 réis, pela primeira vez, e
quer correspondencias destinadas a auctoridades ou parti- j nas outras na de 20^000 réis, sendo-lhe apprehendidos os
culares, ainda que essas correspondencias respeitem ao | que tiver á venda.
1902 367 Junlio 14

§ unico. Estes sellos, que aeoúipanharão o auto remèt- darão entrada nos cofres da Fazenda, sob a epigraphe —
tido ao chefe dos serviços, de que trata o artigo 643.°, rendimento -postal.
serão pelos mesmos chefes enviados á Direeção Geral dos Art. 650.° Só os empregados telegrapho-postaes são
Correios e Telegraphos com a participação determinada competentes para proceder ás apprehensões e levanta-
no artigo 647.°, a fim de serem enviados para a Casa da mento dos autos cle que trata o presente titulo, e bem
Moeda e Papel Sellado. assim para reclamar a captura clos infractores clas leis te-
Art. 641." Aquelle que, auctorizado para vender sellos ou legrapho-postaes.
outras formulas de franquia, effectuar a venda por preços § unico. Para eumprimento das obrigações que aos em-
superiores aos fixados incorrerá na pena de cinco a trinta pregados telegrapho-postaes são impostas por este titulo,
dias de prisão e multa até 10j§>000 réis. podem os mesmos requisitar o auxilio dos empregados
Art. 642.° Aquelle que fizer declaração de valor exce- fiscaes, de saude, officiaes cle justiça e agentes de policia,
dente ao contido na carta, caixa ou eneommenda que re- os quaes deverão de prompto prestá-lo.
gistou com valor declarado incorrerá na multa cle 20;5>000
réis.
TITULO X I I I
Art. G43.° Das contravenções clesignadas nos artigos 640."
e 641.° serão lavrados autos pelo empregado que as des- Horario para o serviço postal nas estações
cobrir e que assignará com duas testemunhas, sendo en-
viados a juizo para os effeitos cla penalidade. Um dupli- Art. 651.° As estações centraes dos correios cle Lisboa
cado d'estes autos será remettido ao chefe dos serviços e Porto funccionarão o numero de horas que fôr fixado
respectivos. pela Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, em har-
Art. G44.° Quando se tratar de declaração falsa cle va- monia com as necessidades do serviço, variando para cada
lor, lavrar-se-ha auto do facto em duplicado, sendo um secção, segundo o serviço especial cle que estão incum-
exemplar enviado ao chefe dos serviços respectivos e ou- bidas.
tro ao juizo cla residencia clo remettente da carta, caixa § 1.° As secções que teem relações directas com o pu-
ou eneommenda, para se proceder á cobrança da multa em blico, estarão normalmente abertas ao serviço do mesmo
que o mesmo remettente estiver incurso. publico, desde as oito horas da manhã até ás seis horas
Art. 645.° Quando em qualquer estação telegrapho-pos- cla tarde, salvo as primeiras secções, que se conservarão
tal ou postal houver desconfiança cle que em carta de offi- abertas até ás oito horas cla tarde.
cio ou maço do serviço publico se acha incluida correspon- § 2.° No dia 1 de janeiro, na terça feira de Entrudo, na
dencia particular ou notas do Banco, deverá o respectivo quinta feira cle Endoenças, no domingo de Paschoa e no
chefe ou enearregado reclamar do funccionario ou aucto- dia de Natal, será suspensa a venda de sellos e mais for-
ridade destinataria que compareça para proceder á aber- mulas cle franquia, o serviço de registo de corresponden-
tura d'aquclle volume na sua presença e na de duas tes- cias, cle emissão clc vales, o de encommendas e o da dis-
temunhas, lavrando-sc auto dc noticia, quc será assignado tribuição clc correspondencias, á uma hora da tarde, não
pelas pessoas que assistirem ao acto. se alteranclo, todavia, o horario cla expedição clas malas
§ 1.° Pbealizando-se a suspeita, será o auto do noticia nem o da abertura da caixa central, mas fazendo-se a
remettido ao chefe superior clo funccionario ou auctoridade ultima abertura clas caixas parciaes antes daquella hora.
remettente para que intime ao delinquente o pagamento Art. 652.° Nas estações cle l . a , 2. a e 3. a classes os ser-
da multa de 20$000 réis, enviando-se copia ao chefe dos viços dc registo, emissão de vales, recepção de correspon-
serviços respectivos. dencias officiaes e de encommendas, serão prestados ao
§ 2.° Não sc realizando a suspeita, será o auto de noti- publico emquanto as mesmas estiverem abertas ao serviço
cia enviado ao chefe clos serviços respectivos e a corres- telegraphico, durante as horas determinadas no presente
pondencia entregue ao funccionario ou auctoridade desti- regulamento; a venda de sellos c a entrega de correspon-
nataria. dencias postaes que forem procuradas realiza-se a qual-
§ 3." Se o funccionario ou auctoridade remettente não quer hora em que a estação estiver aberta ao serviço te-
pagarem a multa em virtude da intimação cle que trata legraphico.
o § 1.°, será uma copia do auto enviada ao juiz da co- § unico. A Direccão Geral dos Correios e Telegraphos
marca para ser instaurado o processo para a cobrança. poderá reduzir nos dias determinados no § 2.° do artigo
§ 4." Quando a auctoridade destinataria se recusar a anterior o serviço postal nestas estações, tendo em vista
abrir a correspondencia ou não comparecer, será esta en- conceder a possivel folga ao pessoal, scm prejuizo da ex-
viada á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos, acom- pedição clas malas.
panhada clo competente auto, e ahi se procederá á aber- Art. 653.° As estações de 4. a classe funccionarão du-
tura da mesma para os effeitos do disposto no presente rante as horas que a Direccão Geral clos Correios e Te-
artigo. legraphos fixar para cada uma cVellas, tendo em atten-
Art. 646.° Quando em carta do officio ou maço de ser- ção as conveniencias do serviço e as clo publico. Em re-
viço publico fôr incluido objecto que, não sendo corres- gra, todavia, as horas de abertura e de encerramento
pondencia particular, não esteja auctorizado para esta clas- cl'estas estações são, rcspcctivamente. oito horas da ma-
se de correspondencia, proceder-se-ha pela fórma deter- nhã e sete da tarde, com um intcrvallo de uma hora no
minada no artigo anterior, devendo a multa ser de 5$000 meio dia, em occasião que não coincida com a chegada
réis. ou partida das malas cle correspondencia e nunca du-
Art. 647.° Os chefes clos serviços que receberem al- rante as duas horas que anteccdcrem a da partida das
gum auto de contravenção, lavrado em estações suas de- malas.
pendentes, darão clo facto conhecimento á Direeção Geral § unico. Aos domingos e nos dias determinados no § 2.°
dos Correios e Telegraphos, indicando a importancia da do artigo G51.°, estas estações fecham á uma hora da
multa, quando tiver sido cobrada. tarde.
Art. 648.° As multas cobradas em juizo serão manda- Art. Gõ4.° O horario para o serviço dos postos de
das entregar na estação postal ou telegrapho-postal que correio ó o fixado nas instrucções especiaes expedidas
tiver remettido o processo para juizo, acompanhadas da pela Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, em 8
competente guia. Um duplicado d'esta guia ficará junto de julho de 1901, ou pelas que de futuro as substitui-
ao respectivo processo e o outro será expedido, pelo juizo, rein.
ao chefe dos serviços, de que depender a estação. Art. G55.° Qualquer que seja a hora cla chegada e par-
Art. 649.° Todas as multas de que trata este titulo tida das malas, fóra das fixadas no presente titulo, o ser-
Juulio 14 368 1902

v i ç o correspondente é eonsiderado como normal da res- cle 1901 : hei por bem, tendo ouvido o Conselho dc Mi-
p e c t i v a estação, tendo outrosim em attenção o disposto nistros, e guardadas as prescripções do § 9.° do artigo l . n
no artigo 89.° do presente regulamento. da carta de lei de 30 de junho dc. 1891 e do artigo 1.° do
Art. 656.° O Director Geral dos Correios e Telegraphos decreto n . ° 2, de 15 de dezembro de 1894, determinar
poderá, quando as circunstancias o aconselharem, orde- que no Ministerio dos Negocios da F a z e n d a seja aberto
nar quc em todas ou em determinadas estações deixem um credito especial da importancia de 2 6 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis a
de ser utilizadas, no todo ou em parte, as folgas de ser- favor do mesmo Ministerio e devidamente registado na
viço concedidas no presente titulo. Direeção Geral da Contabilidade Publica jiara «Encargos
geraes», que constituem a primeira parte da respectiva
TITULO XIV tabella da despesa do exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , destinado
ao pagamento de restituições de rendimentos eobrados, a
Disposições transitorias que a Fazenda não tenha direito, devendo a dita quantia
ser addicionada á verba consignada pa ra identícofimno
Art. 657.° Emquanto nào forem emittidos os sellos de capitulo 4.° artigo 25.° da mencionada tabella.
porteado, criados pelo artigo 387.°, e não forom expedi- O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito
das pela Direeção Geral dos Correios e Telegraphos as nos termos legaes de ser decrctado.
competentes instrucções para o seu uso, e não estiver O Ministro e Secretario de Estado des Negocios da Fa-
fixada a data em que os mesmos sellos começarão a vigo- zenda, e interino dos Negocios Estrangeiros, assim o tenha
rar nas diversas estações cle sua dependencia, continua- entendido e faça executar. Paço, em 1 4 de junho de
rão em vigor as disposições contidas no Regulamento para 1902. = R E I . = Fernando Mattozo Santos.
o serviço dos correios, approvado por decreto cle 10 de de-
D . do G. 138, do 25 do j u n h o .
zembro de 1 8 9 2 , relativas ás correspondencias não fran-
queadas ou com franquia insufficiente.
Paço, em 14 de junho de 1902. = Manuel Francisco de
Vargas.
D . do Cx. II. 0 135, de 20 de j u n h o . Nos termos clo § unico do artigo 79.° do regulamento
geral cla contabilidade publica de 31 d e agosto de 1881,
e em virtude clo disposto na carta de lei de 14 de maio
de 1 9 0 2 : hei por bem determinar que a distribuição das
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA despesas ordinarias e extraordinarias dos encargos geraes,
cla divida publica fundada, do serviço proprio do Ministerio
Direeção Geral da Contabilidade Publica da Fazenda, clo fundo permanente cla ciefesa nacional e
clas differenças de cambios, no exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , se
2, a Repartição regule pelas tabellas juntas, que fazem parte do presente
decreto e baixam assignadas pelo Ministro e Secretario de
Com fundamento n a carta de lei de 3 de setembro de Estado dos Negocios da Fazenda.
1897, § unico do artigo 17.° e n.° 1.° do artigo 29.°, O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o tenha
cujas disposições foram mandadas vigorar no exercicio de entendido e faça executar. Paço, e m 14 de junho de
1 9 0 1 - 1 9 0 2 pelos artigos 14.° e 18.° da de 12 de junho 1902. = R E I . —Fernando Mattozo Santos.

Resurao da tabella da distribuição da despesa ordinaria do Ministerio dos Negocios Fazenda no exercicio de 1902-1903,
a que se refere o decreto datado de hoje

Somma

D e s i g n a ç ã o da despesa

Por artigos Por capitulos

PRIMEIRA PARTE

Encargos geraes

Dotaçào da Familia Real

Dotaçào de Sua Majestade El-Rei o Senhor D. Carlos I, a 1:0001000 réis por dia 865:000^000
2o Dotaçào de Sua Majestade a Rainha a Senhora D. Maria Amelia 60:000^000
3.° Dotaçào de Sua Alteza Real o Serenissimo Senhor D. Luis Filippe, Principe Real 20:000á 000
Dotaçào de Sua Alteza o Serenissimo Senhor Iufaute D. Manoel. . . .. 10:000,-3000
r, o Dotaçào du Sua Majestade a Rainha a Senhora D. Maria Pia 60:000^000
Dotaçào de Sua Alteza o Serenissimo Senhor Infante D. Affonso Iienriques, Duque do
Porto 10:000J5000 525:000^000

Côrtes
í.° Camara dos Dignos Pares clo Reino — pessoal do quadro 29:762^000
8." Camara dos Dignos Pares do Iiuino — pessoal aidido 1:8003000
0.» Camara dos Dignos Pares do lic.ino — material e diversas despesas 17:636.^000
1(1.» Camara dos Senhores Deputados— pessoal do quadro 31:336á000
11." Camara dos Senhores Deputados— pessoal addido 2:6505000]
12." Camara dos Senhores Deputados— material 23:437^000 i
13." Camara dos Senhores Deputados — pensões, subsidios, despesas eventuaes, etc 5:850 âOOOi
14.0 Bibliotheca — pussoal 1:3165000
15." Bibliotheca — pessoal a,idido OOOOOOO
16.° Bibliotheca — material e despesas diversas 1:250 $000 115:937sS000
1902 369 Junho 14

Somma

D e s i g n a ç ã o da d e s p e s a

Por artigos Por capitulos

Juros e amortizações a cargo clo Thesouro

Juros das sommas adeantadas pelo Baneo dc Portugal para pagamento ás elasses inacti-
vas, e emprestimos de 1891, 1893 e 1897 1.473:5570660
Emprestimos amortizaveis externos de 4 por cento 651:8280564
Emprestimos amortizaveis externos de i l / 2 por cento 3.958:5180735
Juros por diversas operações de thesouraria 1.547:4720725
7.631:3770684

Encargos diversos e classes inactivas

Presidente do Conselho de Ministros


Classes inactivas 321:3000000
Subsidios 1.075:4970065
Restituições 50:000$000
Guarda Real dos Archeiros.: 3:5480400
Foros, peusões e outros encargos da Fazenda Nacional 1:0755000
1.451:4200465

SEGUNDA PARTE

Divicla, p u b l i c a fundada

Junta do Credito Publico

Vencimento dos membros da Junta 8:4001000


Pessoal da secretaria 42:4000000
Diversas despesas 67:4000000
118:2000000

Divida interna

Divida interna consolidada 14.043:5350720


Divida interna amortizavel de 4 por eento 298:5610050
Divida interna amortizavel cle 4'•/•>por cento 1.027:3380975
15.369:4350745

Divida externa

Divida externa consolidada 2.460:6860847


Differenças de cambios (divida externa consolidada) 758:6430532
Divida externa amortizavel de 4 por cento 170:9930590
Differenças de cambios (divida externa amortizavel de 4 por cento) 57:6593112
Divida externa amortizavel de 4 l / 2 por eeuto 1.305:7120936
Differenças de cambios (divida externa amortizavel de 4V2 por cento) 436:3210147
5.220:0170164

Pensões vitalicia®

Encargos com a conversão da divida consolidada interna em pensões vitalicias 31:6580000 31:6580000

TERCEIRA PARTE

S e r v i ç o proprio d.o Ministerio

AdministraçSo Superior da Fazenda Publica


40." Ministro e Secretario de Estado 3:2000000
41." Secretaria Geral e Repartiçào do Gabinete do Ministro 6:1400000
42.° Direeção Geral da Contabilidade Publiea 93:1660670
43.o Direeção Geral das Contribuições Directas 15:5200000
44.° Direeção Geral da Estatistica e dos Proprios Nacionaes 28:8610000
45." Direeção Geral da Thesouraria 50:6910000
4G.° Despesas de transportes 5000000
47.° Inspecção Geral dos Impostos _ 22:8200000
48.° Auditoria junta ás Inspeeções Geraes dos Impostos, dos Bens Nacionaes e do Thesouro 3600000
49.» Administráçào Superior das Alfandegas 22:3280548
50." Pessoal menor 23:2140880
51." Material e despesas diversas 12:0170250
52." Tribunal de Contas — pessoal 50:8200000
53." Tribunal de Contas — diversas despesas 1:6000000
331:2390348

10.» Alfandegas
0
54 Serviço interno — pessoal 136:8500333
55." Quotas 260:0000000
5G." Despesas diversas proprias do serviço interno 44:0000000
Juulio 14 370 1902

Somma
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•< Por artigos
O Por capitulos

!
57.» 157:9670089
58.° 127:0050000
59.° 94:5650800
60.° 33:4800000
61.° 802:0410880
62.° 54:2000000
63.° 60:0000000
64.° 306:6800400
65.° 8:0000000
66.° 4:4200000
67.° 8:6360800
68.° 8:0000000
69.° 6:0000000
2.111:8470302

11.° Administração Geral da Casa da Moeda e Papel Sellado

70.° 12:62S0OOO
71.° 62:6540600
75:2820600

12.» Repartições de fazenda dos districtos e concellios

72.° 331:3320404
73/> Serviço de exeeuções dos districtos fiscaes de Lisboa e Porto 4:40(10000
74.° 319:2890800
75.» 183:9500000
76." 20:0(100000
77.° 6:0000000
78.° Gratificações aos secretarios das commissões de apuramento de contribuições em fa-
2:2800000
867:2520204

13." Empregados addidos de repartições extinctas, aposentados e reformados

79.° 11:9130180
80.° 350:6530766
362:5660946

14.» Despesas diversas

81.° Despesas com o imposto de transito, levadas, direitos de portagem, assignatura do Dia-
rio do Governo e annuncios telegraphicos 3:3000000
82.° Despesas com os serviços de estatistica, orçamento geral do Estado, contas e outros do-
21:8900000
83.° Despesas com impressos 42:0000000
84.° 15:0000000 82:1900000

15.° Despesas de exercicios findos

85.» DeBpesas nos termos dos artigos 60.° e 61.° do regulamento geral da contabilidade . . . . 26:0000000 26:0000000

QUARTA PARTE.

Fnudo permanente «le d e f e s a nacional

16.° Receitas do Estado e sobras das auctorizações das despesas com applicação
a esse fundo

86.° Receitas do Estado: pela importancia das que vão incluidas no mappa dos rendimen-
-0-
87°
88.° Sobras das auctorizações de despesas ordinarias pelos Ministerios da Guerra e da Ma- -0-

-0- -0-

QUINTA PAETE

17.» D i l T o r e u ç a tle cambios

89.» 400:0000000 400:0000000


34.719:4240458

Paço, em 14 de junho de 1902. —Fernando Mattozo Santos.


1902 371 Junho 14

Tabella da distribuição da despesa extraordinaria do Ministerio dos Negocios da Fazenda no exercicio de 1902-1903,
a que se refere o decreto datado de hoje

Somma
D e s i g n a ç ã o d a despeHa

Por artigos Por eapitulos

Despesa extraordinaria de diversos serviços do Ministerio 10:000,5000

Artigo 1.°

Conclusão dos edificios destinados á delegação aduaneira e quartel da guarda fiscal em Al-
cantara-mar 4:300$000

Artigo 2.°
Construcção de uma casa para a delegação aduaneira junta do armazem geral em Santa Apo-
lonia 6:3000000

Artigo 3.°

Despesas com o recenseamento geral da população :


Para couiplemento d'estas despesas no exercicio de 1901-1902 . 19:000â000
Para despesas do exercicio de 1902-1903 20:000^000 39:000^000 49:6001000
Acquisição de cofres de duas chaves para serviço de recebedorias. 40:000á000
4.° Construcção de quarteis e casas fiscaes na nova linha da circunvallação do Porto. 47:050,3000
146:650â000

Pago, em 14 cle junho cle 1902. = Fernando Mattozo Santos. D . do G. n . ° 138, do 25 d e j u n h o .

Nos termos do § unico do artigo 79.° do regulamento 1 9 0 1 - 1 9 0 2 pelos artigos 14.° e 18.° cla de 12 de junho
geral da contabilidade publica cle 31 dc agosto de 18S1, de 1901: hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Minis-
e em virtude do disposto na carta cle lei de 14 de maio tros e guardacías as prescripções clo § 9.° clo artigo 1.° da
de 1902: hei por bem determinar que a distribuição da carta de lei cle 30 de junho de 1891 e do artigo 1.° do
despesa da Caixa Geral de Depositos, no exercicio de decreto n.° 2 cle l õ de dezembro de 1894, determinar que
1902-1903, se regule pela tabella junta, que faz parte no Ministerio dos Negocios da Fazenda seja aberto um cre-
do presente decreto, e baixa assignada pelo Ministro e dito especial da importancia de 17:173j)000 réis a favor do
Secretario de Estado dos Negocios cla Fazenda. mesmo Ministerio, e devidamente registado na Direccão Ge-
O mesmo Ministro e Secretario dc Estado assim o tenha ral da Contabilidade Publica, para «Encargos geraes» que
entendido e faça executar. Paço, em 14 cle junho de constituem a primeira parte da respectiva tabella da des-
I(ò02. — R'EA. = Fernando Mattozo Santos. pesa do exercicio clo 1901-1902, destinado ao pagamento
do boniis a que teem direito diversos conimerciantes que
pela Alfandega do Porto, exportaram vinhos nas condições
Resufflo da tabella da distribuição da despesa da Caixa Geral de Depositos
do artigo 85." clo decreto cle 14 de junho de 1901 desde
e Instituições de Previdencia
6 de setembro a 31 dc dezembro cle 1901, devendo a dita
no exercicio de 1902-1903, a quc se reiere o decreto datado de hoje
quantia ser addicionada á verba do capitulo 4.°, artigo 2õ.°
da mencionada tabella, onde constituirá uma secção espe-
Somma cial .
DeBÍgnação da despesa O Tribunal de Contas declarou acliar-se este credito nos
Por artigos Côr c a p i l u l o s termos legaes de ser decretado.
G Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
zenda, e interino dos Negocios Estrangeiros, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço, em 14 de junho de
1.» Caixa Geral de Depositos
e instituições de Previdencia 1902. = REI. = Fernando Mattozo Santos.
D . do c;. 11.° 13S, de 25 de j u n h o .
Conselho fiscal 1:000.4000
Pessoal 40:817^500
Diversas despesas 19:520^000
Despesas com as delegações. 8:000 j)000 69:337^500
MINISTERIO DOS .NEGOCIOS DO REINO
69:337^500
Bibliothecas e ArcMvos Nacionaes
Paço, em 14 de junho de 1902. = Fernando Mattozo
Santos. Em observancia do artigo 5G.° do decreto n.° G, de 24
D . do G. 11." 13S, de 25 de j u n h o .
de dezembro cle 1901:
Hei por bem approvar e rnandar pôr em vigor o regu-
lamento do Real Archivo cla Torre clo Toinbo, que faz
Com fundamento na carta dc lei dc 3 cle setembro cle parte d'este decreto, e baixa assignado pelo Presidente do
1897, § unico do artigo 17.° o n.° 1.° do artigo 29.°, cu- Conselho cle Ministros, Ministro e Secretario de Estado
jas disposições foram mandadas vigorar no exercicio clc clos Negocios do Reino.
Juulio 14 372 1902

O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te- gulamentar, salvo com o consentimento do director, que o
nha entendido e faça executar. Paço, em 14 de junlio de não concederá com caracter de permanente.
1902. = REI . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. § unico. A saida, sem licença, é notada como falta ao
serviço, e como tal descontada na folha do vencimento.
Regulamento do Real Archivo da Torre do Tombo Art. 12.° Todos os empregados, durante as horas regu-
lamentares, somente se occuparão das suas obrigações offi-
I ciaes. O director admoestará os que não observarem esta
Divisão do archivo disposiçâo, e no caso de reincidencia ou desobediencia
communicará o facto ao bibliothecario-mor para ulterior
Artigo 1.° Os documentos, codices, papeis e livros exis- procedimento.
tentes no Real Archivo da Torre do Tombo, e os que de Art. 13.° Qualquer empregado que saia antes da hora
futuro ahi derem entrada, são divididos nas seguintes sec- regulamentar communicará ao porteiro em virtude cle que
ções : licença o faz, e d'esta occorrencia o porteiro dará parte
Iiistorica; ao director.
Administrativa e contenciosa; Art. 14.° A s faltas são justificadas por doença e por
Legislativa e judiciaria; morte de pessoa de familia.
Litteraria; Art. 15.° Cada falta interpolada em cada grupo de fal-
Bibliotheca. tas 110 mesmo mês, por doença, deve de ser justificada
Art. 2.° A secção historica conserva as peças manus- com um attestado especial.
criptas que especialmente se referirem á historia politica, Art. 16.° Os attestados devem declarar sempre que o
militar e religiosa de Portugal e suas colonias, as cartas, empregado faltou ao seu serviço por motivo de doença
cartularios, bullas, livros genealogicos, sellos historicos ou que realmente o impossibilita d'elle, e bem assim indicar
seus modelos, e tudo quanto especialmente tiver o cara- o dia ou periodo de tempo durante o qual se deu o impe-
cter historico. dimento, não podendo, portanto, os attestados justificar
Art. 3.° A secção administrativa e contenciosa conserva faltas ainda não dadas na epoca em que forem passados.
tudo que manuscripto se referir á administração financeira Art. 17.° E justificada a falta de comparencia ao ser-
e contenciosa, como por exemplo: chancellarias, diplomas viço até tres dias por motivo de fallecimento de pessoa no
emanados clas secretarias da Puridade, do Desembargo do 1.° grau de consanguinidade ou affinidade, ou de tio ou
Paço, da Real Mesa Censoria, tombos da Casa do Infan- sobrinho que ; residisse na mesma casa com o empregado.
tado e das antigas Commendas; livros das alfandegas, co- Art. 18.° E prohibido abrir o archivo nos dias e horas
brança de impostos, Casa da India, e todos quantos se re- que não sejam de effectivo trabalho, salvo quando servi-
lacionarem com administração e contencioso. ços extraordinarios, marcados pelo director, exigirem o
Art. 4.° A secção legislativa e judiciaria conserva as contrario.
leis e tratados, não só da antiga monarchia, como as leis § unico. Os trabalhos do archivo são exclusivamente
e actos das côrtes politicas desde 1820 para cá, e autogra- diurnos, sendo absolutamente prohibido o uso de qualquer
phos de todas as leis publicadas a partir d'aquella epoca. luz artificial.
Art. 5.° Na secção litteraria teem cabimento todas as III
peças manuseriptas de caracter puramente litterario, in-
cluindo remissões dos pareceres cla Real Mesa Censoria, Visitas de estranhos
quando se recommendem pela sua fórma.
Art. 6.° Na secção da bibliotheca comprehendem-se to- Art. 19.° E absolutamente prohibida a entrada no inte-
dos os volumes impressos que constituem a actual livraria, rior do archivo a qualquer p>essoa estranha ao mesmo ar-
e os que de futuro se adquirirem, catalogados em confor- chivo, salvo aos visitantes, a quem o director poderá con-
midade com o artigo 40.° do decreto de 24 cle dezembro ceder ou negar a entrada, ou a algum leitor nas condições
de 1901. do § unico clo artigo 52.°
Art. 7.° E organizada uma secção de expediente, que, § unico. O director porá á disposiçâo dos seus empre-
junto do director, cxecuta os serviços dos registos, e tudo gados uma sala em que possam receber as pessoas que os
o mais que se reiacionar com o expediente da secretaria. procurarem, a fim de evitar a entrada de estranhos ao
§ unico. Os serviços da l . a , 2. a , 3. a , 4. a e 5. a secção serviço no interior dos depositos.
são dirigidos pelos conservadores designados pelo dire- Art. 20.° E reservada a quinta feira para a visita do
a
ctor. Os da 6. secção ficam sob a immediata direccão do publico ao archivo, clas dez ás doze da manhã.
director, c é executado pelos amanuenses que elle para isso § unico. O director, porem, poderá conceder a licença
escolher. da visita, em dias e horas extraordinarias, quando assim
Art. 8.° Em cada uma das secções haverá as sub-divi- o julgar conveniente.
sões que forem julgadas necessarias, e tanto quanto pos- Art. 21.° Quando algum visitante se apresentar como
sivel de acordo com as que actualmente existem no ar- tal ao porteiro no dia de visita, este empregado fá-lo-ha
chivo. entrar immediatamente na sala para esse fim destinada, e
ucto continuo mandará annunciar a visita, com a maior
II presteza possivel, ao conservador que tiver presidido á
leitura no dia antecedente, ou, na sua ausencia, ao que
Trabalhos geraes houver feito esse serviço no dia anterior, para elle acom-
Art. 9.° Os trabalhos geraes começam ás dez horas da panhar o visitante, sem dependencia da auctorização pre-
manhã e terminam ás quatro horas da tarde. via do director.
Art. 10." Haverá um livro cle ponto, que todos os em- § unico. O conservador a quem, nos termos da determina-
pregados assignarão é entrada. ção anterior, competir acompanhar o visitante convidá-lo-ha
§ 1." O porteiro retirará o livro, que leva2'á a assignar ao a inscrever o seu nome no livro competente, e enviará esse
director, assim que deem onze horas, não consentindo que livro ao director.
nenhum empregado o assigne passada essa hora. IV
§ 2.° A falta d'esta obrigação será contada ao porteiro Emprestimos e inventarios
como falta ao serviço.
Art. 11.° Todos os empregados, sem distincção, assi- Art. 22.° Só poderão sair do archivo em serviço do Es-
gnarão o ponto de entrada, e não sairão antes da hora re- tado as especies que tiverem relação com o serviço da Fa-
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zenda, e por meio de uma portaria do Ministro do Reino, thecario-mor, quando commettidas por funccionarios de ca-
assignando o chefe da repartição solicitante um termo de tegoria superior a amanuenses.
responsabilidade. X I I . Reprehender, suspender até cinco dias, os funccio-
§ 1.° D'estes emprestimos haverá um registo especial. narios de categoria inferior, se assim o exigir a boa dis-
§ 2.° Se antes de um mês a peça que tiver saido não ciplina.
fôr restituida, será reclamada, e a prorogação da ausen- X I I I . Adoptar providencias de caracter regulamentar,
cia só poderá ser concedida por meio de outra portaria. que julgar necessarias para o bom funccionamento dos ser-
Art. 23.° Haverá um inventario de todo o mobiliario, viços, e que, por acaso, sejam omissas neste regulamento,
quadros e quaesquer outros objectos que não sejam livros communicando-as ao bibliothecario-mor.
ou manuscriptos, de que existirá uma copia na secretaria X I V . Resolver qualquer conflicto do pessoal.
geral. a) D'esta resolução poderá o interessado appellar para
§ unico. Este inventario será revisto e modificado todos o bibliothecario-mor; emquanto, porem, este não resolver
os tres annos pelo director, com assistencia de dois conser- ou providenciar, as resoluções clo director serão acatadas
vadores, e o resultado d'esta revisão communicado ao bi- e obedecidas.
bliothecario-mor. Art. 2õ.° O director é substituido nas suas faltas ou
ausencias pelo conservador mais antigo, segundo a data da
V nomeação para este cargo.
Obrigações dos empregados Art. 26.° Os empregados do archivo executarão os tra-
balhos que lhes forem distribuidos pelo director.
Art. 24.° Ao director compete: § 1.° Se algum tiver motivo sufficiente pelo qual se
I. Dirigir, fiscalizar e distribuir o serviço a todos os julgue inhabilitado para o desempenho do serviço que lhe
empregados, rnanter a boa ordem e decoro do estabeleci- foi destinado ou o julgar improprio da sua categoria, ap-
mento. pellará d'essa determinação para o bibliothecario-mor, e será
a) Na distribuição dos trabalhos attenderá sempre á ca- ouvido se não tiver mostrado desobediencia ás ordens do
tegoria do funccionario, não impondo aos empregados su- director.
periores serviços da competencia dos amanuenses, podendo § 2.° O empregado que precisar trocar o seu serviço de
mudar de serviço qualquer d'elles, sem que tenha de jus- tabella recorrerá ao director, que determinará as condições
tificar o motivo da mudança. em que a troca se deverá effectuar.
II. Incumbir um dos conservadores de ter sob a sua Art. 27.° Aos conservadores compete:
vigilancia o registo das copias e extractos expedidos, com I. Organização e catalogação das suas secções;
o nome do solicitante, designação do trabalho e importan- II. Reclamar as providencias que julgarem necessarias
cia dos emolumentos ; e bem assim identico registo dos para a boa orclem d'estas;
pedidos officiaes. III. Presidir, por ordem de escala, á sala de leitura;
III. Fazer executar os trabalhos necessarios para a im- I V . Substituir o director, conforme este o designar \
pressão do inventario geral do archivo, organizado confor- V. Visitar assiduamente as suas seccões,
? J a fim cle exa-
me as grandes secções em que por este regulamento o mes- minarem as faltas ou deslocações que por acaso existirem,
mo fica dividido. e promoverem a boa ordem e arrumacão em cada uma
IV. Assistir, sempre que fôr possivel, á conferencia clas d'ellas:
certidões que se expedirem ás partes, ou das copias que VI. Vigiar pela conservação dos seus respectivos cata-
se tirarem para o serviço publico, e fazer pôr o sêllo nas logos, fazendo nelles as addendas que julgarem necessa-
primeiras, antes cle as assignar, podendo, porem, fazer-se rias, e as emendas precisas, mas de fórma que a inscri-
substituir neste serviço por qualquer dos conservadores. pção primitiva fique legivel, e collocar por si proprios nos
V. Fazer que se continuem os indices de todos os do- catologos o boletim de nova entrada;
cumentos e papeis do archivo, conservando tanto quanto V I I . Verificar se os documentos, codices e mais espe-
possivel a ordem em que ora sc acham. Estes indices de- cies existentes estão sellados, e bem assim se o estão os
verão ser auxiliados por outros de pessoas, de terras, de que derem entrada na secção a seu cargo;
materias e chronologicos, etc. Do mesmo modo fará arran- V I I I . Dar conhecimento ao director das necessidades
jar os documentos e papeis das repartições extinctas, para ou modificações dos diversos serviços sujeitos á sua diree-
depois se fazerem os respectivos indices na referida fórma. ção.
VI. Continuar a reforma ou traslado dos documentos Art. 28.° Os amanuenses paleographos e os amanuen-
mais antigos para leitura nova, preferindo, quanto possi- ses escripturarios executam os trabalhos da sua categoria
vel fôr, e quanto a orclem o permittir, aquelles documen- que lhes forem indicados pelo director ou pelo conserva-
tos que se acharem mais damnificados do tempo e forem de dor cujo serviço tiverem o encargo de auxiliar.
maior importancia por sua materia. Estas copias serão in- Art. 29.° Os continuos fazem alternadamente o serviço
falivelmente por elle conferidas com um primeiro conser- da sala de leitura, e são elles quem, segundo as indica-
vador e um segundo, e todos as assignarão. ções clo presidente ou director, vão buscar as peças pedi-
VII. Requisitar clo bibliothecario-mor a acquisição dos das para leitura e as collocam nos seus logares, não se
livros, codices, documentos ou qualquer objecto que julgar ausentando do edificio sem consentimento do presidente da
necessario para o archivo a seu cargo. sala ou do dircctor.
VIII. Dispensar, querendo, mensalmente, até tres dias, Art. 30.° Os porteiros e serventes entrarão meia hora
os empregados que lh'o pedirem, comtanto que a sua au- antes da abertura, e sairão um quarto de hora depois de
sencia não cause transtorno ou falta grave ao serviço. terminado o serviço da leitura e auxiliarão os continuos a
IX. Enviar em fins de março, junho, setembro e de- collocarem nos seus logares as peças que tenham estado
zembro ao bibliothecario-mor um relatorio cle todos os tra- em leitura e que não sejam requisitadas para o dia se-
balhos executados no archivo, notas da capacidade profis- guinte.
sional e moral cle todos os empregados ás suas ordens, es- Art. 31.° O porteiro é obrigado a :
pecificando tanto quanto possivel a qualidade e a quanti- I. Abrir, fechar as portas e verificar que não fiquc
dade de trabalho executado por cada um d'elles. pessoa alguma dentro no edificio;
X. Enviar mensalmente ao bibliothecario-mor a nota II. Dar ás chaves o destino que lhe indiear o director;
da frequencia dos empregados e dos leitores. III. Fiscalizar o pessoal menor, e levar ao conhecimento
XI. Admoestar os empregados que faltarem ás obriga- clo director as faltas cVeste;
ções dos seus cargos, e communicar estas faltas ao biblio- IV. Vigiar todo o edificio e seu mobiliario e communi-
Juulio 14 374 1902

car ao director quaes os reparos que lhe parecerera ne- II. Auxiliar com o seu conselho os leitores que o soli-
cessarias ; citarem;
V. Investigar sc qualquer detcrioração da mobilia foi I I I . Auctorizar ou não qualquer communicação de peça,
praticada por um empregado e igualmente o communicar em conformidade com o disposto neste regulamento;
ao director; I V . Assignar o boletim de saida.
V I . Impedir a entrada nos depositos a qualquer indivi- Art. 43.° Antes da abertura da sala de leitura o presi-
duo estranho ao serviço do archivo; dente cle serviço verificará se os empregados seus auxilia-
V I I . Não deixar sair livro, codice, documento ou outra res occupam os seus logares; se estão á m ã o a s especies soli-
qualquer peça do archivo sem auctorização exclusiva do citadas cle vespera, e fará executar este serviço de fórma,
respectivo director, ou de quem faça as suas vezes. que a entrada clos leitores não soffra um momento de
Art. 32.° Os serventes fazem o serviço da limpeza ge- atraso.
ral, e o dos codices e papeis de que o director os encarre- Art. 44.° O presidente veiará pela ordem da sala, clis-
gar. ciplina, assiduidade e diligencia dos empregados menores;
VI prestará aos leitores todas as informações que lhe pedirem
e os encaminhará nas investigações que tiverem de fazer
Communicação de documentos è leitura publica quando elles o solicitarem.
§ 1.° Nunca se ausentará da sala senão momentanea-
Art. 33." E franca a leitura e extractos de documentos, mente. Quando tiver que o fazer por mais de dez minutos,
codices e mais papeis cujas datas vão até 1500. fará prevenir antecipadamente o funccionario que se lhe se-
Art. 34.° Fica sujeita á permissão do director a leitura guir na tabella, e que será considerado, para todos os effei-
dos que estiverem comprehendidos entre 1501 e 1800, tos, como seu substituto.
salvo os que se referirem a assumptos diplomaticos, ultra- § 2." A s faltas que este der na substituição serão con-
marinos e coloniaes, cuja permissão dependerá do biblio- sideradas como faltas de serviço.
thecario-mor, ouvido o director. Art. 45.° O presidente da sala enviará ao director, as-
§ unico. A copia d'estes documentos, codices e mais sim que terminar o seu serviço, um boletim onde indicará
papeis fica depcnclente dc despacho ministerial sob infor- o numero cle ordem da primeira e ultima senha, o numero
mação do bibliothecario-mor. e qualidade das especies pedidas.
Art. 35.° Dependerá dc licença do respectivo Ministro Art. 46.° O servente de serviço á leitura permanecerá
a leitura ou copia dc qualquer documento, coclice ou papel, constantemente na sala, vigiando os leitores e communi-
a contar de 1801, com excepção dos iegislativos, que são cando ao presidente as faltas que notar; e somente depois
francos. de ter recebido ordem d'este poderá fazer qualquer aclver-
Art. 3(i. u E m todas estas e outras concessões e aucto- tencia.
rizações será sempre indicado o prazo durante o qual são Art. 4 7 E s t e servente não póde ser empregado noutro
validas. qualquer serviço que não seja o da vigilancia, e nunca se
§ unico. Estas concessões e pruliibições serão revistas ausentará, sob pena de admoestação. Quando reincidir ser-
todos os vinte e cinco annos. lhe-ha a ausencia contada como falta de serviço.
Art. 37.° E prohibida a leitura e copia de qualquer peça Art. 48.° Finda a leitura, o servente de serviço á sala
que se rcferir a individualidades, quando sobre a clata auxilia os continuos na arrumação clas peças que não ti-
da peça em questão não tenham ainda decorrido sessenta verem sido pedidas para o dia seguinte.
annos, e bem assim cle qualquer especie de indole reser- Art. 49.° Os empregados tratarão com a maxima deli-
vada. cadeza todos os leitores ; nunca discutirão com elles, e se
Art. 38.° Os papeis ou documentos que se reíiram a acontecer que algum os desattenda, irão communicar o
familias ainda existentes, e que tenham apenas um inte- facto ao presidente cla sala, sem pretenderem tirar desforço
resse particular, só poderão ser communicado» com aucto- immediato e directo por qualquer meio que seja, inclusive
rização clos representantes d'essas familias. o da mais simples replica cle palavra.
Art. 39." O archivo poderá receber em deposito docu- Art. 50.° Tres faltas provadas neste senticlo serão mo-
mentos particulares, sob clausula, se fôr imposta pelo de- tivo sufficiente para que, levadas ao conhecimento do bi-
positante, cle que será prohibida a sua communicação du- bliothecario-mor pelo director, elle proeeda como melhor
rante um certo prazo de tempo. aprouver á boa disciplina.
§ unico. Estes documentos, desde a sua entrada no ar- Art. 51." A leitura cle qualquer peça pertencente ao ar-
chivo, ficam c o n s t i t u i d o propriedade do Estado, e nunca chivo será solicitada por meio do preenchimento de um
mais poderão ser reclamados. boletim m o t i v a d o — p e d i d o ao porteiro na occasião da en-
Art. 40." A leitura publica comcça ás onze horas da trada— que será assignado pelo pretendente com a declara-
manhã e termina ás quatro horas cla tarde, e a ella só se- ção do seu nome, morada, qualidades e abonação de ido-
rão admittidos individuos quc satisfaçam os requisitos cVeste neidade se o director o exigir.
regulamento e sejam maiores cle dezoito annos. § unico. Estes boletins serão archivados, depois de pas-
§ unico. Meia hora antes do encerramento não serão sados a um livro de registo especial, e servirão de base
admittidos novos leitorcs, nem satisfeitos novos pedidos para a estatistica que o director enviará todos os meses ao
clos que já ali estiverem. bibliothecario-mor.
Art. 41." Durante as ferias clo Natal, desde o dia 25 Art. 52." A communicação cle documentos, codices, pa-
de dezembro a 2 do janeiro, e na Paschoa desde quinta peis e livros só se fará na sala de leitura publica.
feira santa á quinta feira seguinte, não se abrirá a sala § unico. Se o pedido fôr de natureza, ou de tão rapida
clc leitura, a fim cle que se proeeda a uma revisão ge- e coimnoda consulta que seja preferivel communicá-lo no
ral cla arrumação de varias peças, da qual não será clis- seu logar, o director o permittirá, com as cautelas neces-
pensado nenhum empregado de qualquer eategoria que sarias.
,SCJ a
'' Art. 53.° O director poderá permittir a leitura num ga-
Art. 42." A sala de leitura será presidida por um con- binete especial, se assim o entender, a qualquer pessoa
scrvaclor, no qual o director poderá delegar todos ou parte que pelos seus trabalhos, estudos ou situação official o
clos seus poderes, durante as horas cVaquelle serviço, que solicitar.
se referirem ás relações eom os leitorcs, e cujas obrigações § unico. Gozam d'este privilegio os Senhores Deputados
são : da Nação e Pares do Reino, Conselheiros de Estado ef-
I. Manter a ordem ; fectivos e socios da Academia Real das Sciencias.
1902 375 Junho 14

Art. 54.° Não será communicado codice, documento, pa- §'unico. Depois do fecho da copia será indicada a re-
pel ou livro algum que não esteja devidamente sellado. partição que a solicitou e o despacho que a auctorizou.
§ unico. Em regra geral não se deverá fornecer senão Art. 71.° Se a copia tiver que ser feita por um artista
uma (_Pe9a d e cada vez. estranho ao archivo, será executada nas condições de se-
Ar . 55.° O presidente da sala, se a peça pedida fôr de gurança que o director entender por bem determinar, e
franca leitura, mandará que se forneça desde logo ; no caso depois de ter sido tal artista approvado por elle.
contrario reservará a concessão ao director, que sobre esta § unico. O director poderá rejeitar qualquer estranho
decidirá em conformidade com este regulamento, indicando ao archivo para a execução de qualquer copia artistica ou
o dia em que dará ao leitor resposta deíinitiva. não, sem que tenha que justificar o motivo cla recusa.
Art. 56.° Os leitores de nacionalidade estrangeira de- Art. 72.° AB copias cle requisição particular poderão
verão apresentar documento de idoneidade e responsabili- ser executadas por qualquer empregado do archivo, fóra
dade passado pelo seu consul, quando não forem munidos das horas regulamentares, se o director o permittir; e se-
de apresentação do Ministerio dos Negocios Estrangeiros rão pagas pela tabella II.
ou auctorização do bibliothecario-mor. Art. 73.° As certidões authenticas para figurarem em
Art. 57.° A auctorização de frequentar a sala de leitura, juizo deverão ser acompanhadas de nota que esclareça se
e até de entrar no archivo, poderá ser retirada ás pessoas depois cla data do documento, extracto ou papel não existe
que perturbarem o socego, causarem repugnancia pela falta qualquer outro diploma que annulle ou contradiga aquelle
de asseio, ou caracter repellente de qualquer molestia, e que se requer.
bem assim a quem quer que não se sujeitar ás disposições § unico. Se a urgencia com que fôr pedida a certidão
cVeste regulamento. O director é o juiz da exclusão, com não permittir o trabalho cla busca para a redacção da
appellação da parte para o bibliothecario-mor. nota a que se refere o artigo anterior, a responsabilidacle
Art. 58.° O leitor que damnificar ou der sumiço a do archivo será resalvada com a nota de «Salvo ulterior
qualquer volume, manuscripto ou objecto do archivo, será legislação», escrita no fim da copia e antes da data.
entregue á auctoridade para esta proceder contra elle como
de justiça.
VIII
Art. 59.° O leitor que faltar ao respeito a qualquer em- t
pregado será autoado, e o auto enviado a juizo pelo bi- Disposições varias
bliothecario-mor, sem prejuizo cla expulsão immediata.
Art. G0.° Não é permittido falar alto na gala de lei- Art. 74.° Qualquer documento, codice, papel ou livro
tura ou praticar outro qualquer acto que perturbe o so- que fôr deslocado, será immediatamente substituido por
cego. uma fixa manuscripta em cartão, que designe a peça saida
§ unico. O leitor que, depois de avisado, não se con- e o respectivo destino.
formar com esta disposição será convidado a sair do edi- Art. 75.° É prohibido a qualquer empregado levar para
ficio, e se reagir o director empregará os meios que julgar fóra do edificio, sob qualquer pretexto, algum codice, do-
necessarios para o coagir. cumento, registo, livro, processo ou simples papel que
Art. Gl.° Os catalogos serão consultados no logar em que pertença ao archivo; e bem assim que seja collecciona-
o leitor se scntar, e depois cle pedido ao continuo aquelle dor, ou agente de colleccionadores de peças ou autogra-
que se deseja. phos que por sua natureza devam pertencer aos archivos
Art. 62.° Qualquer queixa ou reclamação que o leitor do Estado.
tiver de fazer, qualquer informação ou consulta de que ne- Art. 76.° Os empregados da Torre do Tombo encarre-
eessitar, serão dirigidas ao presidente da sala. gados do serviço relativo á incorporação de documentos
Art. G3.° O leitor, terminada que seja a sua leitura, ou no Real Archivo, em conformidade com as disposições dos
chegada a hora do encerramento cla sala, entregará as pe- decretos de 2 de outubro de 1862, 29 de dezembro de
ças que lhe foram communicadas ao respectivo presidente, 1887 e 24 de dezembro de 1901, artigo 6.°, n.° xiii, de-
e indicará quaes as que deseja consultar no dia seguinte. vem dar conta mensalmente, ao seu director, do serviço
As peças sobre que não tenha iucidido esta declaração se- que tiverem prestado dentro e fóra do mesmo archivo, ca-
rão immediatamente collocadas nos seus logares. talogando e acondicionando os livros e documentos já re-
Art. G4.° O presidente da sala, logo que lhe forem en- colhidos á Torre do Tombo, e os que continuarem a reco-
tregues pelo leitor, e antes de assignar o boletim que per- lher.
mitte a saida, fará verificar o estado das especies forneci- Art. 77.° Os empregados ficam sujeitos, como qualquer
das ao leitor, e por este apresentadas. outro individuo, no que diz respeito a copias, extractos,
Art. 05." O presidente da sala poderá exigir o exame ou publicações, ás disposições d'este regulamento.
clas pastas e papeis com que os leitores sairem da sala de
leitura. IX
VII
Certidões e copias Concursos

Art. 66.° Não será expedida ou extrahida peça alguma Art. 78.° Os concursos serao annunciados com trinta
existeute no archivo sem pedido por escrito, que será dias de antecedencia, tanto no Diario do Governo, como
registado num livro especial. em editaes á porta do archivo e da Bibliotheca Nacional
Art. 67.° Os requerentes pagarão adeantadamente as de Lisboa.
despesas em que importarem as copias, certidões ou extin- Art. 79.° A nomeação dos jurys é da competencia do
ctos que requisitarem. bibliothecario-mor, e são assim coinpostos:
Art. 68.° A importancia dos emolumentos será indicada I. Para os logares de aegundos conservadores e de
na copia em conformidade com a respectiva tabella. amanuenses paleographos, constarão de quatro vogaes sob
Art. 69.° Os emolumentos serão divididos em duas frac- a presidencia do bibliothecario-mor, sendo sempre um dos
ções iguaes, uma para o expediente clas partes, e outra vogaes o director do archivo, e os restantes escolhidos en-
para ser distribuida proporcionalmente pelos empregados tre os conservadores dos estabelecimentos a cargo do
paleograplios. mesmo bibliothecario-mor.
Art. 70.° Serão expedidas ou extrahidas sem despesa al- II. Para os outros logares, os jurys serão compostos de
guma as peças que forem otiicialmente requisitadas para dois conservadores clo archivo, sob a presidencia do res-
o serviço de qualquer repartição publica. pectivo director.
Juulio 14 376 1902

Art. 80.° Os nomes dos membros do jury sâo publica- | para estes logares como para os de amanuenses paleogra-
dos com antecedencia cle quatro dias no Diario do Go- phos.
verno. Art. 97." As provas de concurso para continuos consis-
Art. 81.° Os documentos e codices, escolbidos e nume- tem na escrita de um ditado.
rados pelo jury para cada um dos concursos, em numero § unico. Alem das clausulas geraes de admissão, os
de dez para cada prova, ficarão confiados á guarda do di- candidatos a continuos deverão apresentar certidão de
rector até o momento da prova. idade com que provem terem menos de trinta e um
Art. 82.° Os pontos para a prova oral, em numero de annos.
dez, redigidos pelo bíbliothecario-mor, ouvido o conselho Art. 98.° O concurso para porteiro será clocumental e
administrativo, estarão patentes na secretaria geral com nelle o candidato provará saber ler e escrever e presen-
quarenta e oito horas de antecedencia á hora da prova. tará attestado de inconcussa probiclade, alem de folha cor-
Art. 83.° Os candidatos, alem das provas e habilitações rida nos tribunaes.
exigidas pela lei organica e das declaradas neste diploma, § unico. O ter sido empregado exemplar em qualquer
apresentarão documentos que provem isenção do serviço repartição do Estado, ou militar sem nota, é motivo de pre-
militar, ter bom comportamento moral e civil, terem sido ferencia.
vaccinados e não padecerem de molestia contagiosa. Art. 99.° Os casos imprevistos neste regulamento serão
Art. 84.° O jury concederá aos candidatos o tempo que resolvidos pelo director, que d'elles dará communicação
julgar sufficiente para cada uma das provas escritas. ao bibliothecario-mor, se a importancia da resolução assim
Art. 85.° Os candidatos serão vigiados durante a prova o exigir.
escrita por um dos membros do jury. TABELLA I
Art. 86." O candidato que não comparecer ás provas
ou se recusar satisfazer a alguma d'ellas fica ipso facto Eraolumeníos
excluido do concurso. D e qualquer certidão, seja qual fôr o iclioma do
Art. 8 7 A o jury compete apreciar as provas e de- documento, não passando a escriptura de duas
mais circunstancias previstas no diploma organico e neste lauclas, por lauda $300
regulamento, e formular a proposta graduada dos concor- Excedendo duas laudas, devendo ter cada uma, á
rentes. excepção cla ultima, o numero de 25 linhas. . . . $150
Art. 88." A votação sobre o merito absoluto faz-se em Se o documento fôr anterior ao reinado de D .
escrutinio secreto por espheras brancas e pretas. João IV" por lauda $300
Art. 89." A votação sobre o merito relativo, dos que Se o documento fôr escrito em letra de processo $400
não forem reprovados, é feita pelo modo prescripto no Por buscas, não excedendo em tres livros $240
artigo 24." do decreto de 22 de agosto de 1865. Excedendo, porem, tres livros, e ainda que não
Art. 90.° O resultado dos escrutinios será consignado appareça o que a parte requer $160
no livro dos concursos, e bem assim a deliberação do jury De cada verba $300
na sua integra, e menção dos protestos que por acaso possa De cada assignatura clo director $700
ter havido. Pelo registo das sentenças, o duplo do seu feitio -$-
§ unico. Os protestos sobre competencia do jury ou Rubrica de cada pagina $050
validade clos seus actos serão feitos e tomados em confor-
midade com a lei de 7 de fevereiro de 1866. TABELLA II
Art. 91.° O bibliothecario-mor submetterá á apreciação
do Ministro a proposta do jury com as considerações que Copias
julgar convenientes. Sendo a leitura corrente:
Art. 92.° As provas para os concursos para segundos Cada lauda de 25 linhas, não podendo ter cada
conservadores são as que preceitua o artigo 55." do decreto linha menos de 35 letras $100
de 24 de dezembro de 1901. Leitura paleographa:
Art. 93.° As provas do concurso para os logares de Cada lauda nas condições acima $200
amanuenses paleographos são escritas e oraes.
I. As primeiras constam : Paço, em 14 de junho de 1902. = Ernesto Rodolpho
a) Transcripção para leitura nova de um documento ti- Hintze Ribeiro.
D . do G. n.° 139, de 2G de jimlio.
rado á sorte de entre aquelles que o jury tenha préviamente
escolhido;
b) Indicar a epoca de um codice, e justificar as razões
da sua opinião; MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA
c) Summariar um documento.
II. A prova oral, que durará uma hora, versará sobre Direeção Geral da Estatistica
um ponto de paleographia, diplomatica, historia patria, e dos Proprios Nacionaes
elementos de direito consuetudinario, organização de ar-
ehivos ou sygilograpliia. Havendo a Camara Municipal de Aveiro representado
Art. 94.° Para os concorrentes que forem do quadro sobre a utilidade de adoptar a cêrca exterior do suppri-
clo archivo serão motivo de preferencia as maiores habili- mido convento cle S. João Evangelista, da ordem de Nossa
tações scientificas e litterarias, e o bom e effectivo serviço Senhora do Carmo, denominacla a Cêrca Grande, á cons-
prestado no exercicio clas suas funcções. trucção clas escolas de instrucção primaria de ambos os
Art. 95.° Para os concorrentes estranhos serão prefe- sexos, visto as actuaes funccionarem em casas sem as
rencia quaesquer habilitações scientificas ou litterarias, condições indispensaveis para a saude e educação das
alem das requeridas para o concurso, e o bom e effectivo crianças que as frequentam: hei por bem conceder, pro-
serviço prestado no desempenho cle empregos publicos. visorianiente, á camara representante a clita cêrca para os
Art. 96.° As provas para o concurso dos amanuenses- fins expostos, com a clausula expressa de reversão á Fa-
escripturarios consistirão na redacção cle um officio sobre zenda, com as bcmfeitorias existentes, quando se lhe dê
um ponto tirado á sorte, e na escrita de um ditado. outra applicação ou quando as escolas construidas não es-
§ unico. A fórma da letra e a sua limpeza e clareza serão tejam promptas a funccionar dentro do espaço de cinco
motivos, em igualdade de habilitações, de preferencia tanto annos, a contar d'esta data.
1902 377 Junlio 14

O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa- tigo 253.° do Codigo Administrativo, a pedida auctoriza-
zenda assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em ção para os fins indicados.
14 de junho de 1902. = REI. = Fernando Mattozo San- Paço, em 16 de junho de 1902. — Ernesto Rodolpho
tos. Hintze Ribeiro.
D . do G. n . ° 141, dc 28 dc j u n h o . D . do G. n . ° 132, d c 17 d e j u n h o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen-
tou a Confraria do Santissimo Sacramento da freguesia de
Direeção Geral S. Miguel clas Caldas, do concelho de Guiinarães, pedin-
do auctorização para, dos respectivos fundos, applicar á
í. a Repartição compra de um paramento e seis opas, para as suas festi-
vidades, a quantia cle 150;)000 réis, que ao cofre cla mes-
Querendo dar ao exercito mais um publico testemunho ma confraria será reposta em quinze annuidades, e mais o
da consideração em que tenho os serviços por elle presta- juro de 5 por cento;
dos ao país: hei por bem determinar que a bateria da Vista a informação favoravel do competente Governador
Praia, que faz parte do campo entricheirado de Lisboa, Civil:
passe a denominar se Bateria Rainha Amelia. Ha por bem conceder, nos termos do n.® 2.° do artigo
O Ministro e Secretario de Estado dos Megociosda Guerra 253." do Codigo Administrativo, a pedida auctorização
assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 14 cle para o sobredito íim.
junho de 1902. = REI. = Luiz Augusto Pimentel Pinto. Paço, em 16 dè junho clc 1902. =Ernesto Rodolpho
D . do G. n . ° 141, dc 28 de j u n h o .
Hintze Ribeiro.
D . do G. n . ° 132, d e 17 d e j u n h o .

Tornando-se necessario proceder á delimitação clas zo,


nas cle servidão militar da praça clo Valença, conciliando MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
quanto possivel, os interesses cla defesa com a tendencia
cle expandir-se que a villa cle Valença desde muito mani- Direeção Geral das Obras Fublicas e Minas
festa; tendo em vista a conveniencia cle conservar desem-
baraçado o campo clc tiro das linhas cle fuzilaria que se Repartição de Caminhos de Ferro
destinam a bater a margem esquerda do rioMinho ; e, con-
formando-me com o parecer da commissão clas fortifica- Tendo participado a este Ministerio o director fiscal de
ções do reino acêrca da servidão que convenha estabelecer, exploração de caminhos cle ferro, em officio n.° 1:224, de
nos termos da carta de lei cle 24 de maio cle 1902, sobre 26 cle maio findo, ter a Companhia Real clos Caminhos de
terrenos adjacentes á referida praça: hei por bem decre- Ferro Portugueses dado principio aos trabalhos de cons-
tar o seguinte: trucção do caminho cle ferro cle Vendas Novas a Sant' An-
Artigo unico. Aos terrenos adjacentes ás frentes da na, nos termos do contrato realizado entre a citada Com-
praça clc Valença voltadas ao norte, entre a linha tirada panhia e a dos Caminhos cle Ferro Meridionaes, approva-
do saliente do baluartc de Faro em direccão ao cunhal do por portaria de 11 de maio de 1900; e
sul do muro clc veclação do cemiterio, e a normal no sa- Convindo nos termos clo decreto cle 31 de dezembro de
liente á face direita clo baluartc de S. João, numa extcn- 1864, saber do modo como a referida Companhia dá eum-
são de G00 metros a partir das mencionadas frentes, será primento ás clausulas e condições expressas no alvará dc
imposta a servidão preceituada nos artigos 8.° e 9.° da já concessão de 13 de dezembro de 1888:
citada carta de lei de 24 de maio cle 1902, tudo em harmo- Ha por bem Sua Majestade El-Rei ordenar que, nos
nia a.o indicado na planta que fica junta ao presente clecreto. termos clo decreto de 15 de março de 1888, fiquo a cargo
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Guerra do dircctor íiscal de exploração cle caminhos cle ferro, a fis-
assim o tenha entendido e faça executar. Paço, em 14 de calização da construcção clo referido caminho de ferro.
junho de 1902. = REI. = Luiz Augusto Pimentel Pinto. O que se communica ao referido director fiscal para os
D . do Ct. n . ° 111, cle 28 d e j u n h o .
devidos effeitos.
Paço, em 17 de junho cle 1902. —Manuel Francisco de
Vargas.
D . do G . n." 134, d e 19 d c j u n h o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO


Portaria a que se refere a portaria supra
Direeção Geral de S a u d e e Beneficencia Publica
Sua Majestade El-Rei, a quem foi presente o requeri-
2,a Repartição mento datado de 27 de dezembro de 1899 da Companhia
Real clos Caminhos de Ferro Portugueses e da clos Cami-
Sua Majestade El-Rei, attendendo ao que lhe represen- nhos de Ferro Meridionaes: ha por bem conceder a au-
tou a direeção do Albergue dos Invalidos clo Trabalho, ctorização, que pedem, para a transferencia da concessão
pedindo auctorização para, do legado com quc foi contem- cla construcção e exploração clo caminho cle ferro de Ven-
plado no testamento cla bemfeitora D. Eusebia Felicidade das Novas a Sant'Anna sobre a base constante do pro-
da Silva Nobre, applicar a quantia de 3:332$200 réis á jecto cle contrato, a que se refere a parte final do men-
construcção cle uma nova cozinha, suas dependencias, mo- cionado requerimento, nos termos nella expressos, e em
bilia e utensilios para a mesma, bem como ao augmento harmonia com a legislação em vigor e com os preceitos
de despesas cle medicamentos no corrento anno econo- estabelecidos nos estatutos das duas companhias, sendo
mi co; condição essencial cla transferencia a acccitação das clau-
_ Vista a informação favoravel clo governador civil do sulas seguintes:
districto de Lisboa: l . a A linha de Vendas Novas a Sant'Anna será dotada
Ha por bem conceder, nos termos do 11.0 2.° do ar- com o indispensavel material circulante privativo, nos
Junho 1-1 378 1902

termos das condiçòea l. a , 14." 40. a e 4 1 d o alvará de ser dado inteiro cumprimento ao que no mesmo se de-
eoneessào de 13 de dezembro de 1888; termina: ha Sua Majestade El-Rei por bem ordenar que
2.'1 A linha de que se trata terá a sua hiserção na linha os funccionarios dependentes do citado Ministerio, a quem
de leste, na direeção do norte, como o preceitua o refe- competir a execução das disposições eonsignadas no refe-
rido alvará, sendo, porem, a Companhia Real auctorizada rido regulamento, observein os seguintes preceitos :
a estabelecer outra ligação na direccão do sul, sem pre- 1.° As importancias para abonos cle ajuclas de custo e
juizo da primeira; subsidio de marcha serão incluidas na requisição de fun-
3. 1 As tarifas dc preços de conducção de passageiros, dos para vencimentos certos (modelo 1) em verbas sepa-
gado e mereadorias na referida linha, serão fixadas por radas.
acordo entre o Governo e a companhia, e só entrarão em As folhas clas ajudas de custo (modelo 2 ou 2 - A ) se-
execueão depois de expressamente auctorizadas pelo Go- rão acompanhadas dos impressos (moclelo 3) em dupli-
verno ; cado, a fim de que um cVestes exemplares seja enviado á
4.° Os contratos particulares destinados a reduzir os 9, a Repartição da Direccão Geral da Contabilidade Publica
preços clas tarifas na linha cle Vendas Novas a Sant'Anna, eom a respectiva folha (moclelo 2 ou 2 - A ) .
não poderão ser postos em execucão sem previa e expressa 2.° As requisições cle fundos (modelos 6 e 13), para
approvação clo Governo; pagamento de jornaes e materiaes formarão conjuntamente,
o. a Continuam em vigor os preceitos estabelecidos na para cada direccão de serviços, e para cada exercicio, uma
clausula 42. a do alvará de 13 cle dezembro clo 1888, pela serie unica e serão portanto numeradas seguidamente. As
qual assiste ao Governo o direito do resgato da mesma li- relações (modelos 9 e 15) terão tambem uma numeração
nha, e os demais preceitos clo mesmo alvará, e, bem as- geral e independente da das requisições de fundos, e nos
sim, os cla portaria de 10 de dezembro cle 1889, em tudo termos que para estas ficam indicados.
quanto não seja alterado ou modificado pelas presentes 3.° Não poderá ser levantada clos cofres clo Thesouro
clausulas ; quantia alguma por conta de qualquer requisição de fun-
(5.a Será feita, desde já, por acordo entre a adminis- dos (modelo 6), sem que tenham sido totalmente applica-
tração dos Caminhos cle Ferro do Estado e a Companhia das as sommas abonadas nas requisições de fundos ante-
Real dos Caminhos cle Ferro Portugueses, a ligação em riores.
Lisboa de todos os serviços entre as linhas exploradas Nas relações (modelo 9) serão mencionados em nota,
por esta companhia e as do Sul e Sueste, sem dependen- para cada artigo, os saldos da requisição cle fundos ante-
cia clas tarifas combinadas a estabelecer no futuro; rior áquella a que a relação especialmente disser respeito,
7. a A Companhia Real clos Caminhos de Ferro Portu- salclos que, juntamente com as quantias por esta ulti
gueses desistirá de quaesquer reclamações concernentes á ma requisição abonadas, teem de ser applicados ao paga
concessão cla linha ferrea cle Valle clo Vouga e clo respe- mento das verbas descriptas nas mesmas relações.
ctivo ramal de Aveiro. Quando forem suspensos, ainda que teinporariamente,
Paço, em 11 de maio cle 1900. = Elvino •José de os trabalhos em uma obra ficanclo saldos de ordens de
Sousa e Brito. pagamento a ella relativas, deverá proceder-se immedia-
D . flo G. n . ° 131, d e 10 d c j i m h o . tamente, nos termos clo § 2.° do artigo 19.° do regula-
mento cle 24 de dezembro de 1901, á sua transferencia
para qualquer outra obra em execução.
Na escripturação privativa dos serviços externos serão
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO lançaclos á conta das obras a que tiverem cle ser applica-
dos, os salclos cle ordenamento assim transferidos.
D i r e e ç ã o Geral cle A d m i n i s t r a ç ã o P o l i t i c a e Civil 4.° Quanclo no dia primeiro cle cada mês não possa, por
qualquer circunstancia, ser prevista a despesa que, em re-
2.a Repartição lação ao proprio mês, tiver cle ser eiíectuada com o paga-
Sua Majestade Eí-Ilei, a quem foi presente, por certi- mento de ferias, poderão ser formuladas em qualquer epo-
dão, o auto de corpo de delieto levantado 110 competente ca do mês e enviadas ás respectivas direcções geraes as
districto criminal, e em que o guarda n.° 480 do corpo da convenientes requisições cle fundos (modelo 6), com a an-
policia civil clo Porto é arguido cle ter oifendiclo volunta- tccipação necessaria para que medeiem dez dias, pelo me-
ria e corporalmente a Anninda de Jesus, em 19 cle ja- nos, entre a data da entrada cla requisição na 9. a Repar-
neiro ultimo ; tição cla Direccão Geral da Contabilidade Publica e o dia
Mostraudo se das informações e investigações officiaes em que haja de effectuar-se o pagamento.
que 0 dito guarda, oppondo-se á tentativa cla queixosa e 5.° O original das requisições de fundos (modelo 6)
outros individuos, que pretendiam dar fuga a um preso, mencionará separadamente a importancia pedida para cada
procedeu como importava á manutenção cla ordem pu- obra, e deverá tambem indicar numa só verba para cada
blica: ha por bcm denegar, nos termos do artigo 431.° do quesito a que respeitam as columnas do impresso de que
Codigo Administrativo, a precisa auctorização para 0 se- se trata, e para cada artigo cla tabella da distribuição da
guimento do respectivo processo. clespesa, as eorrespondentes importancias referentes ás de-
Paço, cm 18 cle junho de 1902. — Ernesto iiodolpho mais obras, sem especificação cVestas, que tenham do-
Hintze Ribeiro. tação para o exercicio a que as mesmas requisições res-
O. do G. n . ° 134. do 19 d e . i u n l i o . peitarem.
a) Nos impressos eorrespondentes ao duplicado e ao
triplicado clas referidas requisições, apenas se deverão
mencionar as importancias totaes, por artigos, descriptas no
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA respectivo original.
• 6.° Antes de proceder ao pagamento, os pagadores ve-
9. a Repartição da D i r e e ç ã o Geral riiicarão sc as importancias das folhas cle jornaes que lhes
da Contabilidade P u b l i c a forem remettidas para este fiiri cabem nas quantias indica-
das nos avisos (modelo 16—A), devendo no caso contrario
Convindo esclarecer alguns pontos do regulamento dos dar immediatamente conhecimento cVesse facto aos respe-
serviços cle pagamentos e conlabilidade privativos do Mi- ctivos directores, para que estes funccionarios substituam
nisterio clas Obras Publicas, Commercio c Industria, appro- a relação (modelo 9) que tiver aeompanhado essas folhas,
vado por decreto cle 24 de dezembro de 1901, a fim de por outra, na qual deixem de comprehender-se as que os
1902 379 Junlio 14

mesmos directores reservarem para ulterior pagamento. que respeitarem e enviadas aos pagadores com as folhas
Em caso algum poderão ser pagas folhas de jornaes em de ferias.
importancia superior á comprehendida nas ordens de pa- 13.° Os directores ou chefes de serviços externos, com
gamento que para esse fim hajam sido passadas pela 9. a Re- sede fóra do districto de Lisboa, dependentes clo Ministe-
partição da Direccão Geral da Contabilidade Publica. rio das Obras Publieas, Commercio e Industria, processa-
7.° A s relações (modelo 9) serão encerradas unicamente rão numa só folha, para cada districto, os vencimentos
pelos pagadores, pois que nos termos do § 3.° do arti- certos do respectivo pessoal com verba descripta na tabella
go 32.°, as repartições de fazenda cumpre a conferencia da distribuição da despesa, e pela ordem por que forem
d'esses documentos com as respectivas folhas, para que mencionados os artigos na referida tabella da despesa,
apenas sejam entregues, aquelles exactores, as quantias ainda que o mesmo pessoal resida permanente ou tempo-
correspondentes á despesa liquida por elles effectuada. Aos rariamente em districto diverso do da sede do serviço a
empregados das direcções que assistam aos pagamentos que pertencer.
cumpre assignar apenas o encerramento das folhas de jor- Os directores ou chefes de serviçoss externos,7 com sede
naes. no districto de Lisboa, processarao numa só folha os ven-
8.° O encerramento das folhas de vencimento (modelos cimentos certos do pessoal de que trata o presente numero
2 c 2 - A ) não compete aos pagadores do Ministerio das e que tenha a sua residencia official em Lisboa, e noutra
Obras Publieas, por isso que é attribuição dos exactores folha os clo que não tiver residencia official na area da ci-
dependentes do Ministerio da Fazenda. dade. Esta segunda folha será organizada por concelhos,
9.° Quando por qualquer circunstancia ficarem ferias devendo observar-se, para cada concelho, a orclem dos ar-
por pagar, cumpre aos apontadores ou encarregados a que tigos da tabella da distribuição da despesa, e será enviada
se refere o § 1.° clo artigo 32.°, dar conhecimento d'esse fa- á 9.'1 Repartição da Direccão Geral da Contabilidade Pu-
cto ao seu chefe de secção, devendo os pagadores igual- blica acompanhada dos irnpressos (modelo 4 - A ) devida-
mente communicar, por escrito, aos respectivos directores, mente preenchidos.
as importancias das ferias não pagas, com a indicação dos a) D e fórma analoga se procederá em relação aos ven-
nomes clos interessados, bem como o motivo por que estes cimentos do pessoal não operario, abonado pelas dotações
deixaram de receber. dos respectivos serviços.
10.° Os vencimentos dos apontadores processar-se-hão 14.° Os documentos (modelo 14) terão um numero de
ein folhas (modelos 2 ou 2 - A ) separadas clas do mais pes- orclem para cada relação (modelo 15) a que respeitarem,
soal, devendo cada folha indiear os artigos da tabella da e na mesma relação se fará menção da entidade por quem
distribuição da despesa, e as obras cle cuja dotaçào terá dever ser effectuado o respectivo pagamento.
cle sair o respectivo encargo. l õ . ° A s requisições de fundos (modelo 13) organizar-
a) O desconto com applicação ao fundo de reserva do se-hão descrevendo, por artigos da tabella cla distribuição
pessoal invalido, será descripto em columna especial sob cla despesa, as sommas representativas clos respectivos
a epigraphe «fundo de reserva para apontadores e canto- documentos (modelo 14), e os demais quesitos indicados
ne-iros invalidos», quer o referido desconto provenha de nos referidos irnpressos (moclelo 13). Igualmente sc de-
multas quer seja para pagamento de quotas ; verá descrever em verbas englobadas as sommas clas do-
l) Estas folhas cle vencimentos serão acompanhadas tações e das quantias j á requisitadas por conta das mes-
cle uma relação nominal dos individuos a quem são feitos mas dotações em relação ás restantes obras, conforme o
os dcscontos clc que trata a alinea a) do presente numero, determinado para as requisições de fundos para jornaes
com a indicação da respectiva importancia a íim de ser (modelo G) no n.° 4.° d'estas instrucções, a fim de que
enviada á junta aclministrativa do fundo de reserva de cada requisição (sem distincção dos modelos 6 e 13) con-
que trata a alinea a), pela 9." Repartição da Direeção Ge- tenha o extracto de uma conta corrente por artigos entre
ral da Contabilidade Publica. os totaes clas dotações e os das verbas requisitadas rela-
11.° O vencimento de todo o pessoal dependente do Mi- tivamente a cada exercicio.
nisterio clas Obras Publieas, Commercio e Industria, qual- 16.° Nos serviços externos dependentes das direcções
quer que seja a sua classiticação e designação de abono, geraes do Ministerio das Obras Publieas, Commercio e In-
exceptuando apenas o pessoal propriamente operario, corn- dustria, a cujos directores ou chefes forem distribuidos
prehcndendo-se neste os cantoneiros, só poderá ser liquidado fundos nos termos regulamentares approvados por decreto
fe pago mensalmente, devendo as respectivas folhas, e seus cle 24 cle dezembro de 1901, observar-se-ha para o pa-
duplicados, ser enviados, antes do pagamento, á 9. a Re- gamento dos materiaes pelos mesmos adquiridos, o dis-
partição cla Direeção Geral da Contabilidade Publica, para posto nas alineas seguintes :
a competente escripturação. A s folhas de jornaes, do pes- a) Os documentos (modelos 14 ou 1 4 - A ) de importan-
soal não operario assim como as que disserem respeito ao cias inferiores a 1 0 0 $ 0 0 0 réis ou superiores, quando espe-
pessoal operario, indicarão o artigo orçamental e as obras cialmente auctorizadas, poderão ser pagos, se a conve-
ou serviços, a cuja dotação deverá ser lançada a des- niencia clo serviço o exigir, pelas quantias que constitui-
pesa. rem os fundos á responsabilidade dos referidos funcciona-
Quando um vencimento com o caracter cle mensal não rios, devendo os respectivos recibos ser passados pelos
fôr abonado pelo mês completo o calculo para a liquidação interessados no impresso modelo 17 ou 17—A.
será feito pelo numero cle dias vencidos, tendo em atten- ò) Pela importancia dos documentos que forem pagos
ção o numero de dias de que se compuser o mês a que nos termos da alinea anterior, podendo um mesmo do-
i'espeitar. cumento abranger mais de um fornecedor, se organi-
12." As relações (modelo 9), quando, depois cle pagas zará uma requisição de fundos (moclelo 13) e respectiva
as folhas correspondentes, forem enviadas á 9. a Reparti- relação (modelo Jõ) a favor clos directores ou chefes de
ção cla Direeção Geral da Contabilidade Publica, deverão serviço de que trata este numero, as quaes acompanha-
ser acompanhadas de uma nota dos descontos eftectuados rão os referidos documentos e os talões da requisição (mo-
nas folhas de ferias, com destino ao fundo de reserva delo 12) e os recibos passados pelos interessados, cujos
para subsidio a invalidos. Esta nota designará o nome talões ficarão em poder d'aquelles funccionarios.
dos individuos a quem se tenha feito o desconto, e será Todos estes documentos serão enviados ás respectivas
entregue por aquella repartição á junta aclministrativa. Se- direcções geraes, devendo as requisições de fundos e as
r
<io tambem observados os preceitos fixados na alinea a) relações (modelo 15) ser organizadas em duplicado, a fim
n.° 10.° das presentes instrucções. As notas dos des- de que aquellas estações fiquem com um dos exemplares
contos serão organizadas pelas direcções de serviços a em seu poder e enviem os restantes documentos á 9. a Re-
Junho 1-1 380 1902

partição da Direeção Geral da Contabilidade Publica. mento approvado por decreto de 2 4 de dezembro de 1901 e
Esta repartição abonará a requisição de fundos a favor bem assim indicarão os saldos que existam d'aquellas im-
dos directores ou chefes dos serviços externos, e devol- portancias, a iim de lhes serem enviadas as competentes
ver-lh'a ha para reembolso das quantias despenctidas. guias de reposição.
c) As relações (modelo 15) dos documentos que tiverem 23.° Os livros (modelo 19), serão escripturados dia a
de ser pagos pelos cofres da fazenda, serão depois de appro- dia e encerrados mensalmente, transitando para o mês im-
vadas pelas respectivas direcções geraes e abonadas pela mediato o saldo accusado em dinheiro.
9. a Repartição da Direccão Geral da Contabilidade Pu- 24.° Os directores dos serviços de obras publieas pode-
blica, enviadas aos pagadores do quadro do Ministerio das rão, quando entenderem conveniente, verificar em qual-
Obras Publieas para a expedição doa avisos (modelo 16), quer occasião, a escripturação do livro (modelo 19), do
e entrega d'esses documentos aos respectivos delegados respectivo pagador e o saldo que devam ter em seu poder,
do thesouro; os duplicados das requisições (modelo 13), de- para o que lhes será dado conhecimento pela 9. a Reparti-
verão ser devolvidos aos serviços externos pela referida ção da Direeção Geral da Contabilidade Publica, das quan-
9. a Repartição, para que sirvam de elemento de debito ás tias que áquelles exactores forem distribuidas nos termos
contas correntes dos fornecedores a que respeitarem. do regulamento approvado por decreto de 24 de dezem-
17.° A remessa das folhas de jornaes e respectivas re- bro de 1901.
lações (modelo 9) pagas pelos funccionarios de que trata a) Nos dias em que fôr dado balanço ás pagadorias será
o numero anterior, deverá scr feita directamente á 9. a Re- rubricado pelo funccionario fiscal, quer seja o director das
partição da Direeção Geral da Contabilidade Publica, para obras publieas quer o delegado do thesouro do districto
a auctorização do seu reembolso. ou um delegado da 9. a Repartição da Direccão Geral da
18.° Continuará a ser processada em documento espe- Contabilidade Publica, o livro (modelo 19) na linha imrne-
cial (moclelo 14-A) a importancia dos 2 por cento a depo- diata ao encerramento que nesse mesmo dia deverá ser
sitar na Caixa Geral de Depositos, devendo este docu- feito.
mento fazer parte da relação (modelo 13) que é destinada 25.° Nos districtos ou serviços de obras publieas em
a ser paga nos cofres clo Thesouro. que houver mais cle um pagador enearregado de paga-
Esta importancia será nestas repartições escripturada mentos, nos termos clo artigo 51. 0 do regulamento de 24
como despesa e, por contra partida, lançada em conta de dezembro de 1901, cada um d'estes exactores deverá
apropriada da Caixa de Depositos, á ordem da Direeção ter o seu livro (modelo 19), e as funcções e resp'onsabi-
do Obras Publieas a que disser respeito. lidades de um serão inteiramente independentes das dos
Por fórma analoga se procederá com respeito ás quan- outros.
tias destinadas ao pagamento de expropriações, as quaes Aos respectivos directores compete a distribuição do
ficarão á ordem do juiz de direito da respectiva co- serviço pelos differentes pagadores da sua direeção e bem
marca. assim formular as relações (modelos 9 e 15) especiaes para
19.° A disposição de que trata o n.° 2.° do § 4.° do ar- cada um d'elles, e nas quaes será indicado o nome do
tigo 26.° do regulamento a que respeitam as presentes ins- exactor a que disserem respeito.
trucções, não modifica em cousa alguma a doutrina ex-
26.° O pagamento dos vencimentos do pessoal, com exce-
posta no artigo 50.° das clausulas e condições geraes de
pção porem dos vencimentos dos apontadores e de todos
empreitadas, approvadas por portaria de 28 de abril de
os que forem pagos por folhas de ferias, não será escriptu-
1887.
rado no livro (modelo 19).
20.° Os contratos de fornecimento de materiaes, e bem 27.° Os avisos (modelo 16) serão expedidos isentos de
assim os de empreitadas, serão registados nas direcções franquia do correio.
de serviços de obras publieas, ou em quaesquer outras es
28.° As despesas do expediente das pagadorias serão
tações officiaes a que disserem respeito, fazendo-se nelles
requisitadas nos termos geraes, pelos respectivos exacto-
menção expressa do numero de ordem que nesse registo
res, directamente á 9. a Repartição cla Direeção Geral da
lhes pertencer. Este mesmo numero será indicado na co-
Contabilidade Publica.
lumna correspondente cla relação (modelo 15) sempre que
29.° A importancia que os pagadores despenderem em
esta comprehenda documentos para pagamentos a effe-
transportes no desempenho do serviço que lhea fôr deter-
ctuar por conta c em virtude de contratos superiormente
minado, deverá ser descripta detalhadamente numa nota
approvados.
que os referidos exactores formularão para ser submettida
21.° Quando a conveniencia do serviço o aconselhar,
á approvação dos respectivos directores de obras publieas
poderão os directores cle serviços externos de obras publi-
ou chefes de quaesquer serviços externos dependentes do
eas ordenar que o pagamento das ferias clos cantoneiros
Ministerio das Obras Publieas, Commercio e Industria, os
seja effectuado pelos chefes de conservação respectivos,
quaes depois de as terem approvado ordenarão o processa-
devendo para esse effeito ser-lhes enviadas, pelos pagado-
mento d'essa despesa em irnpressos (modelo 14) a favor
res, as competentes folhas e correspondentes quantias.
d\aquelles funccionarios. Ao documento (modelo 14) jun-
Os chefes do conservação serão responsaveis pelas im- tar-se-ha a nota que lhe respeitar, assignada pelo pagador
portancias que receberem para o fim indicado, cumprin- e devidamente visada, devendo seguir-se em tudo mais o
do-lhes devolver aos pagadores as folhas depois cle pagas que se acha estabelecido para o pagamento das despesas
c as quantias que tiverem ficado cm seu poder. processadas em iguaes irnpressos.
As folhas pagas por esta fórma serão encerradas pelos
30.° Os irnpressos especiaes a que se referem o regula-
chefes de conservação e pelos pagadores, devendo estes
mento approvado por decreto de 24 de dezembro de 1901
declarar que o pagamento foi effectuado por aquelles func-
e as presentes instrucções, serao requisitaclos pelas Direc-
cionarios por ordem da Direeção.
ções Geraes do Ministerio, ou por seu intermedio, á 9. a Re-
22." Ató ao dia 31 cle julho proximo futuro, os servi-
partição da Direeção Geral cla Contabilidade Publica, de-
ços externos dependentes das Direcções Geraes da Agri-
vendo as requisições ser acompanhadas de um exemplar
cultura c do Commercio e Industria, enviarão á 9. a Re-
de cada moclelo requisitado, a fim de que esta repartição
partição da Direeção Gerai da Contabilidade Publica, os
registe o pedido e promova a sua satisfação pela Imprensa
clocnmentos comprovativos da applicação clas quantias que
Nacional. A despesa respectiva ficará a cargo da estação
em 30 de junho do mesmo anno tiverem cm seu poder,
official que fizer a requisição.
em virtude dos adeantamentos que lhes tenham sido con-
cediclos, com exclusão apenas clos que já lhes tenham sido Paço, em 18 de junho de 1902. = Manuel Francisco
distribuidos nos termos do § 1.° do artigo 7.° do regula- de Vargas.
D . do G. n." 134, do 19 dejunUo.
1902 381 Junlio 14

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA d) Quadro das malas fechadas expedidas da provincia
para a-mesma provincia e permutadas com a metropole,
Administração Geral das Alfandegas outras colonias portuguesas, paises estrangeiros e em tran-
sito, nos ultimos 10 annos ;
l. a Repartição e) Mappa dos sellos e outras formulas de franquia das
diversas taxas vendidos em cada estação;
Tendo sido extincta a secção fiscal do real de agua de / ) Nota da recepção de assignaturas para publicações
Villa Real, á qual incumbia a instrucção e julgamento dos periodicas e cobrança cle recibos, letras e obrigações de
processos de transgressão do regulamento de 20 de março serviço interno, em cada estação ;
de 1884, para a fiscalização cla cultura do tabaco no g) Nota das assignaturas tomadas na provincia para
Douro; e distando da Regua, sede da direccão da dita publicações periodicas da metropole, outras colonias por-
fiscalização, mais de 90 kilometros, as secções fiscaes mais tuguesas e paises estrangeiros, por annos;
proximas: Manda Sua Majestade El-Rei declarar, pela h) Nota da cobrança de recibos, letras e obrigações,
Administração Geral das Alfandegas, que, por analogia por annos, expedidos e recebidos da metropole, outras co-
com o disposto no artigo 46.° do decreto n.° 2, de 27 de lonias portuguesas e paises estrangeiros ;
setembro de 1894, é competente para instruir e julgar os i) Quadro das correspondencias, sujeitas a embolso, ex-
alludidos processos o official cla Guarcla Fiscal que dirigir o pedidas ;
serviço da fiscalização de que se trata. j) Quadro das correspondencias, sujeitas a embolso, re-
Paço, em 18 de junho de 1902. = Fernando Mattozo cebidas ;
Santos. k) Nota da correspondencia caida em refugo por não
D . do G. n.° 135, do 20 dejiuilio.
poder ser distribuida ;
l) Desenvolvimento, por classes, da correspondencia
caicla em refugo por não poder ser expedida;
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAIAR m) Destino dado ás correspondencias caidas em re-
fugo ;
Direeção Geral do UItramar n) Quadro das correspondencias devolvidas para 0 ex-
terior da provincia por não poderem ter sido distribuidas;
3. a Repartição 0) Quadro das correspondencias devolvidas do exterior
da provincia por não poderem ter sido distribuidas;
3." Secção p) Destino dado á correspondencia originaria da pro-
vincia e devolvida do exterior;
Senclo necessario regulamentar o serviço cle estatistica q) Nota clas correspondencias apprehendidas por sus-
dos correios ultramarinos determinado nos artigos 6.° e peita de conterem objectos cle valor;
7." da portaria de G de novembro de 1896 e harmonizar r) Vales provinciaes emittidos em cada estação ;
o mesmo serviço de acordo com o artigo 36.° clo regula- s) Vales ultramarinos tomados em cada estação;
mento á convenção postal universal de Washington, appro- t) Vales interprovinciaes tomados em cada estação;
vada por decreto de 7 de jullio cle 1898: hei por bem u) Vales estrangeiros (internacionaes e especiaes) emit-
approvar o regulamento para o serviço de estatistica pos- tidos ou tomados em cada estação;
tal nas provincias ultramarinas que faz parte d'este de- v) Resumo da permutação de fundos;
creto e baixa assignado pelo Ministro e Secretario de Es- cc) Nota clos vales tomados e pagos na provincia, por
tado dos Negocios da Marinha e UItramar. annos;
O mesmo Ministro e Secretario de Estado assim o te- y) Serviço cle conducção de malas;
nha entendido e faça executar. Paço, em 18 de junho de z) Estações e caixas para receptaculo de corresponden-
1902. = R E I . = Antonio Teixeira de Sousa. cias existentes.
§ unico. Quaesquer outros serviços que deem logar a
inscripções especiaes, serão mencionados em notas tam-
Regulamento para o serviço de estatistica postal bem es}Deciaes.
nas provincias ultramarinas Art. 3.° As estatisticas postaes são elaboradas nas re-
partições superiores clos correios das provincias ou districtos
TITULO I autonomos com os elementos colhidos nas direcções e es-
tações em conformidade d'este regulamento.
Estatistica permanente § unico. E considerada, para os effeitos d'este regula-
mento, como repartição superior dos correios da provincia
CAPITULO I cle Moçambique, a Direccão do Correio de Lourenço Mar-
Disposições geraes ques.
Art. 4.° Até 30 de abril de cada anno estas repartições
a
Artigo ! A estatistica postal, nas provincias ultrama- expedirão á 3. Repartição cla Direccão Geral clo UItra-
rinas, consta do movimento dos correios 110 interior cle mar, directamente, e independentemente de officio, as es-
cada provincia ou districto autonomo e das suas relações tatisticas que tiverem elaborado referentes ao anno civil
postaes com a metropole e ilhas adjacentes, outras colo- proximo preterito.
nias portuguesas e paises estrangeiros e obtem-se clos ele- § unico. Uma copia dos trabalhos expedidos em virtude
mentos colhidos: d'este artigo será enviada ao governo geral da provincia
a) Permanentemente ; a fim de se cumprir 0 determinado no artigo 6.°
i) Em periodos restrictos. Art. 5.° A 3. a Repartição da Direccão Geral do UItra-
Art. 2.° São colligidos permanentemente os dados esta- mar coordenará todas as estatisticas postaes recebidas das
tisticos de todos os serviços que dão logar a lançamentos provincias ultramarinas de modo a poderem ser publica-
e são: das.
а) Nota clo pessoal ao serviço clo correio; § 1.° Deverão ser acompanhados de relatorios, feitos pe-
б) Quadro de receita e despesa clo correio; los chefes de repartições superiores clos correios clas pro-
e) Quadro clo rendimento e despesa dos correios, seu vincias a que se referirem as estatisticas, os trabalhos en-
pessoal, estações, movimentos de vales e geral das corres- viaclos nos termos do artigo anterior.
pondencias nos ultimos 10 annos; I § 2.° Nestes relatorios mencionar-se-hão os principaes
Junho 1-1 382 1902

melhoramcntos que gozou o serviço postal, seus progres- denciarem e participarem cle modo a que essas faltas se
sos e deficicncias e factos mais notaveis que nelle se de- remedeiem.
ram. Art. 18.° Embora qualquer estação não tenha recebido
Art. 6.° Ás estatisticas postaes de cada provincia ou correspondencia alguma durante o mês, nem por isso dei-
districto autonomo não deixarão nunca cle ser publicadas xará de formular as notas, modelos n. os 101 e 102, escre-
em livro especial e cm cada provincia, como determinam vendo-lhes, transversalmente, a palavra nada.
os artigos 5.° e 7.° cla portaria ministerial clc 6 cle novem- Art. 19.° Quando uma estação eriada de novo começ.ar
bro cle 1896, que este regulamento mantem. a funccionar ou qualquer fôr restabelecida, deverá inscre-
Art. 7.° As estatisticas publicadas nas provincias ultra- ver, nos primeiros modelos n. os 101 e 102 a expedir, a
marinas conterão, alem dos elementos e relatorios pres- data em que começou o serviço.
criptos neste regulamento, todos os dados e esclarecimen- Se uma estação deixar cle funccionar ou fôr suspenso o
tos que os seus elaboradores julguem interessantes nestes serviço'por algum tempo, mencionar-se-ha a data do en-
trabalhos. cerramento nos ultimos impressos, modelos n. os 101 e 102,
Art. 8.° Todos os documentos relativos a estatisticas a expedir.
postaes serão sempre expedidos com as formalidades cle
CAPITULO III
registo.
Art. 9.° As repartições superiores clos correios darão Serviço nas ambulancias postaes
as instrucções complementares necessarias e para a exe- Art. 20.° Os chefes clas ambulancias postaes formularão
cução clos serviços estatisticos. notas dos modelos n. o s 101 e 102 por ambulancias ascen-
dentes e descendentes, em especial, por cada numero cle
CAPITULO II comboio que conduza ambulancia, entregando-os, mensal
mente, ao chefe da secção ou estação de que dependam.
Serviço nas estações Art. 21.° Os chefes de que dependam as ambulancias
postaes resumirão, por numero de comboios, e segundo o
Art. 10.° Para elaboração da estatistica permanente numero da ambulancia na technologia do serviço postal,
empregar-se-ha, em todas as estações postaes, o modelo tendo-o, as notas recebidas clos chefes das ambulancias. cor-
n.° 101, que será preenchido mensalmente em harmonia respondendo, um impresso, modelos n. o s 101 e 102, por
com as notas exaradas no mesmo modelo. numero de comboio.
Art. 11.° As estações que permutam malas fechadas Art. 22.° Com estes modelos proceder-se-ha nos termos
com a metropole, outras provincias ultramarinas portu- clo artigo 12.°
guesas, companhias ou districtos com emissão cle sellos es- Art. 23." Por cada ambulancia postal formar se-lia um
peciaes e 2Jaises estrangeiros, preencherão, mensalmente, maço de impressos, com capa especial e distico.
alem clo impresso modelo n.° 101, o modelo n.° 102. Art. 24.° Pela falta de qualquer impresso de estatistica
Art. 12." As estações remetterão, até ao dia 5 de cada do ambulancias postaes é responsavel o chcfc da secção
mês, á direccão ou estações cle que dependam, os impres- ou estação a que as mesmas estejam subordinadas.
sos modelos n. os 101 e 102, referentes ao mês anterior.
Art. 13.° Nas provincias ou districtos autonomos em TITULO II
que as estações estejam directamente subordinadas á re-
partição superior dos correios, serão os impressos de que Estatistica periodica
trata o artigo anterior enviados a esta repartição.
Art. 1-1." As clirecções ou estações que receberem os CAPITULO IV
impressos modelos n. os 101 e 102, dispo-los-hão por or-
Disposições geraes
dem alfabetica, vcriticanclo que nenhum falte respeitante
á area da sua jurisdicção, e enviá los-hão, mensalmente, Art. 2õ.° A estatistica periodica postal é aquella cujos
acompanhados de nota, á repartição superior clos correios elementos são colhidos em perioclos restrictos para, por
da provincia, immediatamente depois da clata em que deva elles, se avaliar do movimento annual; esses elementos
ser recebido o referente á estação cle communicação'mais são os que não deixarn notas nas estações, tendo cle ser
dcmnrada. contados no acto da recepção ou expedição.
§ 1." Quando nesta data falte qualquer modelo, men- Art. 26." São colligidos em perioclos restrictos especiaes
cionar-se-ha o facto na nota, tomando-se as providencias os dados para as estatisticas seguintes:
iudicadas no artigo 1 6 . n o menor espaço de tempo. «) Movimento da correspondencia ordinaria expedida,
§ 2.° A remessa dos impressos modelos n. os 101 e recebida e em transito ;
102 será feita em maço especial, separados os dois mo- l) Desenvolvimento por procedencia e classes d'esta cor-
delos, escrevendo-se no envolucro, angulo superior es- respondencia expedida;
querdo, a palavra «estatistica», não devendo ser incluido e) Idem cla correspondencia recebida ;
uesse maço, expediente algum que diga respeito a outro d) Correspondencia de posta interna;
rarno cle serviço. e) Correspondencia exterior, expedida;
Art. !5." Nas estações que preeneham os impressos mo- / ) Correspondencia exterior, recebida ;
delos n."s 101 e 102, ficarão sempre duplicados d'csses mo- (/) Correspondencia exterior reexpedida (transito a des-
delos quc, annualmente, se remetterão á repartição superior coberto);
dos correios. h) Recapitulação clas correspondencias ;
Art. 16." Quando, por qualquer circunstancia, uma es- i) Movimento das correspondencias com os diversos pai-
tação deixar de formular as notas estatisticas mensaes, ses por ordem decrescentc clas permutações.
deve o director ou chefe de estação a que aquella esteja Art. 27.° Os elementos para a estatistica cla corres-
subordinada, exigir-lh'os immediatamente depois cle rece- pondencia, cle que trata o artigo anterior, serão colligi-
bida a ultima mala que os podesse conduzir, ou, no caso dos cm duas epocas do anno denominadas pcriodos estatis-
da estação ter feehado, formulá-los-ha com os documentos ticos.
que lhes servem de base. A exigencia, será feita pelo te- Art. 28." Os periodos estatisticos constam, cada um, de
legrapho, havendo-o, e sempre pela via mais rapida. 28 dias, tendo execução, o primeiro cle 1 a 28 do feve-
Art. 17." As ontidades que tenham de remetter ás re- reiro e o segundo nos primeiros 28 dias cle março.
partições superiores as notas estatisticas, são responsaveis Art. 29.° No primeiro periodo estatistico contar se-hão
para com estas pelas faltas cVcssas notas, se não provi- todas as correspondencias officiaes, cartas, cartões postaes
416
1902 Junlio 14

cle resposta paga e bilhetes postaes simples e de resposta Art. 36.° A contagem das correspondencias expedidas
paga franqueados que, sem as formalidades de registo, fo- por cada estação durante os dois periodos estatisticos,
rem expedidos, recebidos ou transitarem em qualquer esta- será feita, para as correspondencias a que se referir o
ção e bem assim a s mesmas classes de correspondencias periodo e que houverem de scr incluidas nas malas en-
originarias de uma estação colhidas ou recebidas para dis- tregues aos conductores ou a bordo dos navios clesde as
tribuir ns. area da mesma estação. 12 horas da noite cle 31 de janeiro até ás 12 horas da
§ 1.° Os cartões postaes simples são classificados, para noite clo 28 do fevereiro, quanto ao primeiro periodo, c
os effeitos estatisticos, como cartas. desde as 12 horas da noite do ultimo dia cle fevereiro ató
§ 2.° A s respostas dos cartões e bilhetes postaes de res- ás 12 horas da noite de 28 de março.
posta paga são consideradas, respectivamente, como cartas § unico. As correspondencias que tiverem entrado nas
e bilhetes postaes, simples originarios clos paises de que fo- estações antes dos periodos citados, são incluidas na con-
ram reexpedidas pelos primitivos destinatarios. tagem, desde que sejam expedidas nos citados periodos ;
Art. 30.° No segundo periodo estatistico serão contados as correspondencias que hajam entrado nas estações, du-
os jornaes, irnpressos, amostras e manuscriptos que, scm rante os mesmos periodos, não são contadas quando hou-
as formalidades de registo, forem expedidos, recebidos ou verem de ser expedidas depois de findas as epocas cle es-
transitarem em qualquer estação; as correspondencias de tatistica.
qualquer classe não francas ou insufficientemente fran- Art. 37.° As correspondencias originarias de uma esta-
queadas e aquellas mesmas correspondencias originarias ção, para serem distribuidas na area da mesma, são men-
de uma estação colhidas ou recebidas para distribuir na cionadas, conforme o periodo a que respeitarem, nos ver-
area da mesma estação. sos dos irnpressos modelos n. o s 103 ou 104, contando-se no
§ 1." As remessas contendo irnpressos e amostras são acto de lhes ser affixada a marca do dia.
consideradas como amostras, e as contendo amostras ou Art. 38." Nestes irnpressos que servirem para a inscri-
irnpressos e manuscriptos, como manuscriptos. pção da correspondencia de ponta, interna, será traçada a
§ 2.° Cada maço de jornaes, irnpressos, amostras ou frente, a fim cle não poder haver enganos nos apuramen-
manuscriptos formando uma unica expedição com um unico tos estatisticos, destacando-se e inutilizando-se a parte do
endereço é considcrado, para os effeitos cla contagem, como duplicado clo boletim estatistico.
um só objecto. Art. 39.° Nos boletins estatisticos e seus duplicados será
§ 3.° As correspondencias ^sufficientemente franquea- sempre affixada a marca do dia cla estação expedidora,
das são consideradas como não francas. que terá data igual á da carta de aviso da mala em que
Art. 31.° As correspondencias officiaes são consideradas são incluidos.
cartas de officio quando são transmittidas em sobrescriptos Art. 40.° As correspondencias incluidas em qualquer
liermetieamente fechados, e maços quando expedidos em expedição para a propria provincia cleverão ser acompa-
envolucros abertos. nhadas de tantos boletins estatisticos quantos os sacos ou
Art. 32.° Não são contados como correspondencia, para maços avulsos de que se compuser a expedição, devendo
os effeitos de estatistica periodica, os vales de correio, os cacla boletim ser incluido no saco ou maço a que respei-
avisos de cartas registadas e encommendas, etc., que tran- tar.
sitarem pelo correio a descoberto. § unico. Quando uma expedição se compuser cle varios
sacos ou maços, os boletins terão sempre a data da carta
de aviso a expedir e serão numerados ordinalmente.
CAPITULO V Art. 41.° Os boletins devem comprehender todas as
Estatistica provincial de expedição correspondencias incluidas na mala a que disserem res-
peito, cla classe a que o periodo estatistico se referir, quer
Art. 33.° A estatistica periodica provincial consta de ellas sejam para distribuir na estação de destino, quer se-
todos os elementos mencionados nas alineas a), 6), c) e d) jam para scr reexpedidas para outra estação.
clo artigo 26.°, obtidos pela contagem de todas as cor- Art. 42.® Os duplicados clos boletins estatisticos expedi-
respondencias trocadas pelas estações de uma mesma pro- dos serão colleccionados por ordem chronologica, juntando-
vincia. lhes aquelles que se citam no artigo 60.°, e resumidos
Art. 34.° A estatistica, quanto á expedição, faz-se no num impresso do mesmo modelo a que se referirem, em
acto de fecliar as malas em que são expeclidas as corres- que se insereverá a palavra resumo. As estações, a quem
pondencias que houverem de ser contadas. compete fazer estes resumos, collocá-los-hão em cima do
Art. 3õ.° As correspondencias a expedir para a pro- maço a que corresponderem e este, depois de encapado e
vincia serão sempre acompanhadas, clentro dos dois perio- registado, será remettido á estação, direccão ou repartição
dos estatisticos, respectivamente, pelos irnpressos modelos superior de que dependerem directamente, num prazo cle
n. os 103 ou 104, preenchendo-se exactamente as suas casas 10 dias a contar clo ultimo dia do periodo estatistico a
e ficando archivado o duplicado do boletim estatistico nas que respeitarem, ou pela primeira mala, findo este prazo.
estações de origem. § 1.° D'estes resumos ticarao archívadas copias, que se-
§ 1.° Na linha dos irnpressos modelos n. os 103 e 104, re- rão remettidas ás repartições superiores juntamente com os
ferente ás correspondencias originarias do boletim e dupli- duplicados citados no artigo 15.°
cado, mcnciona-se o numero de todas as correspondencias § 2.° Quando, depois de apurados os resumos, se re-
que não foram recebidas de outras estações, isto ó, recolhi- cebercm boletins rectifieativos ou subsidiarios, serão en-
das pela propria estação dos receptaculos postaes, malas- viados á repartição superior dos correios da provincia im-
postas, conductores de malas, distribuidores ruraes, etc., | mediatamente depois dc terem sido recebidos.
e, em geral, das correspondencias em que, rcgularmente, i Art. 43.° E semelhantcmente applicavel ás expedições
se liouver de affixar a marca do dia sobre os sellos e no dos duplicados nos boletins estatisticos o disposto no ar-
lado clo endereço. tigo 14.° e seus paragraphos e artigos 17.° e 18.°
§ 2.° Na linha dos mesmos modelos, referente ás cor- Art. 44.° Quando qualquer estação, por motivo even-
respondencias reexpedidas, menciona-sc o numero cle to- tual, deixar, durante um periodo estatistico, de formular bo-
das as correspondencias, do qualquer procedencia, incluin- letins modelos n. os 103 ou 104, a estação ou direccão a que
do as recebidas cla metropole, outras colonias portuguesas estiver directamente subordinada, deverá preencher esses
ou paises estrangeiros, que não sejam originarias e houve- modelos — em resumo — considerando correspondencia
rem de ser incluidas na mala, que obrigue a boletins es- expedida a que constar dos boletins subsidiarios que para
tatisticos. ali tenham sido enviados.
Junho 1-1 384 1902

Art. 45." Se qualquer estação abrir durante os perio- boletins recebidos, embora sejam distribuidas findos os pe-
dos estatisticos ou depois d'clles findos, preenehcrá, du- rioclos estatisticos.
rante os primeiros 28 dias de outubro, os duplicados dos A linha referente ás correspondencias a reexpedir ó
boletins modelos n. os 103 e 104 eom a correspondencia ex- preenchida sempre.
pedida e iguaes modelos na parte do boletim, com a cor- Art. 54.° É applicavel aos boletins recebidos o que
respondencia recebida, riscando, para este caso, a palavra estabelecem os artigos 42.° e seu paragrapho e os 43.°
expedida dos duplicados dos boletins e substituindo-a por e 47.°, mas os resumos só se farão depois de se rece-
recebida. ber a ultima mala que deva conter boletins expedidos,
§ 1." Nestes boletins mencionar-se-ha a data em que a contando-se o prazo de dez dias, da recepção d'esta
estação foi aberta. mala.
§ 2.° As expediçoes d'estes boletins obedecem a perio- § unico. Aos boletins recebidos juntar-se-hão, em vez
dos semclhantes aos estabelecidos para os boletins clos pe- dos duplicados citaclos 110 artigo 60.°, os boletins a que
riodos normaes. se refere 0 artigo 67.°
Art. 46." Quando uma estação fôr aberta ao serviço
depois do periodo a que se refere o artigo anterior, só se CAPITULO Y1I
fará a estatistica, num periodo estabelecido pela repartição
superior clos correios cla provincia, se ella puder ehegar- Estatistica exterior de expedição
Ihe a tempo, segundo a distancia a que a estação se en-
contre da sede da repartição superior, cle não retardar a Art. 55." A estatistica exterior periodica consta dos
expeclição normal da estatistica geral. numeros das correspondencias officiaes não registadas e
Art. 47.° A estatistica, nas ambulancias postaes, será ordinarias expedidas e recebidas para ou de fóra de uma
feita nos termos d'este capitulo, mas subordinada aos pre- provincia ou em transito a descoberto por ella e das mesmas
ceitos estatuidos no capitulo III. correspondencias expedidas ou recebidas para ou de um
§ unico. As ambulancias postaes dovem eonsiderar tam- districto cla mesma provincia que tenha emissão especial
bem como originarias as correspondencias colhidas á ul- cle sellos postaes.
tima hora clas caixas receptaculos que os distribuidores § unico. São consideradas, para os effeitos estatisticos,
lhes entregam directamente, as colhidas clas caixas das como outra provincia ultramarina, as companhias privile-
estações dos caminhos cle ferro, etc. giadas, com administração privativa e que emittam sellos
especiaes.
Art. 56.° Os dados para a estatistica exterior são ex-
CAPITULO VI clusivamente colhidos nas estações e ambulancias postaes
que permutam malas com 0 exterior da provincia ou dis-
Estatistica provincial de recepção
tricto que tenha sellos especiaes.
Art. 48.° A estatistica provincial de recepção faz-se no Art. 57.° Os numeros das correspondencias officiaes não
acto cle abrir as malas em que venham ou devessein vir registadas e ordinarias a expedir para fóra da provincia
incluidos boletins estatisticos, isto ó, nas malas expedidas ou para districto com sellos especiaes, são inscriptos no im-
cla provincia para a propria provincia dentro clos perio- presso modelo n.° 105, no acto de fechar as malas em
clos estatisticos. que devem ser inciuidas, por destinos de paises, nos ter-
§ unico. Nestes boletins será affixada a marca do dia da mos clos artigos 29." e 30.° e segundo as indicações no
chegada da mala. mesmo modelo exaradas. Para as correspondencias não
Art. 49.° Os empregados conferirão cuidadosamente o ou ^sufficientemente franqniadas preencher-se-ha um im-
numero da correspondencia recebida, por classes, com as presso, moclelo n.° 105, especial, inscrevendo-se-lhe, no
inscripções clos respectivos boletins. Qualquer differença alto, a tinta vermelha, a palavra—Porteada.
para mais ou menos ou na classificação será accusada, § unico. D'estes impressos não ha duplicados ficando os
em boletim rectificativo, á estação cle origem da mala, fi- proprios originaes na estação.
cando o duplicado junto ao boletim original reccbiclo. No Art. 58." Nos impressos modelo n.° 105 mencionam-se
alto d'este boletim e duplicado escrever-se-ha «rectifica- exclusivamente as correspondencias originarias cla provincia
ção». Quando faltar o boletim estatistieo, modelos n. os 103 a que a estação que 0 elabora pertencer, inclusive as re-
ou 104, far-se-ha, identicamente, um subsidiario, cujo du- cebidas clos districtos da mesma provincia que possuam
plicado valerá como se fosse o original que devia ser re- sellos especiaes.
cebido, acompanhando a mala. No alto cVeste boletim e Art. 59.° As correspondencias a expedir em transito,
duplicado escrever-se-ha a palavra «subsidiario». isto é, as que tenham siclo recebidas cla metropole e ilhas
Art. 50.° Estes boletins rectificativos e subsidiarios se- adjacentes, outras provincias ultramarinas portuguesas ou
rão expedidos em sobrescripto registado e independente- districtos autonomos, companhias privilegiadas e paises
mente cle officio, ficando, quer na estação que os elaborou estrangeiros são contadas e inscriptas, no acto cla expedi-
quer naqnella a que são remettidos, sempre jnntos ou ção cla mala em que tenham cle ser inciuidas, num impresso,
substituindo aquelles a que se referirem. moclelo n.° 105, por paises de destino, inclependentemente
Art. 51." Todas as malas expedidas da provincia para da sua procedencia, íuas no alto clo mesmo impresso escre-
a mesma provincia em que a data cla carta de aviso esteja ver-se-ha: transito expedido.
comprehendida nos perioclos estatisticos, devem trazer bo- § unico. Nestes impressos, modelo n." 105, só se men-
letins, ainda que negativos, e a sua falta dá causa a bo- cionam as correspondencias a expedir que tenham siclo
letins subsidiarios. » recebidas e inscriptas no mesmo modelo n.° 105 de tran-
Art. 52.° (Jonferida a correspondencia recebida apartar- sito a descoberto «recepção», preenchendo-se, no ultimo
se-ha a que 6 destinada a distribuir na estação, cla desti- dia clc cada periodo estatistieo, impressos do dito modelo,
nada a ser reexpedida, prcenehendo-se convenientemente comprehendendo todas as correspondencias, em identicas
as linhas respectivas clo boletim estatistieo. circunstancias, que existam nas estações.
Art. 53." As correspondencias para distribuir na area O total clas correspondencias em transito, expedidas,
cle uma estação, recebidas dentro clos perioclos estatis- deve ser igual, em cada provincia, ao total clo transito re-
ticos, mas quc foram expedidas da estação cle origem, cebido.
provincial, antes. d'esses perioclos, segundo ao que respci- Art. 60." As correspondencias originarias cla estação
tarem, não serão contadas. As expedidas dentro cVesses pe- que preenche 0 impresso moclelo n." 105 serão tambem
rioclos serão sempre inscriptas nas respectivas casas dos inscriptas no impresso modelos n. os 103 ou 104, segundo
1902 385 Junlio 14

o periodo e classe respectivas, na parte «duplicado do bole- TITULO III


tim estatistico», linha «originarias» inutilizando-se o «bole-
Iim estatistico» e inscrevendo naquelle «duplicado» como Apuramento estatistico
destino o destino da mala em que são incluidas.
Art. 61.° As estações de uma provincia que expeçam CAPITULO IX
malas para qualquer districto da mesma com sellos espe-
Estatistica permanente
ciaes (Angola para o Congo e vice-versa, e Moçambique,
Zambezia, Inhambane e Lourenço Marques entre si ou Art. 70.° As repartições superiores dos correios das pro-
qualquer d'estes tres ultimos districtos para Gaza e vice- vincias ultramarinas resumirão, annualmente, os dados dos
versa) preencherão os irnpressos modelo n.° 105, com que irnpressos modelos n. os 101 e 102, formulando um resumo
ficarão, não deixando, todavia, de formular os boletins es- para cada estação e modelo e completando-os, se necessa-
tatisticos, modelos n. os 103 e 104, e seus duplicados, nos rio fôr, com os elementos que possuam ou exijam ás esta-
termos do artigo 35.° ções suas dependentes.
Art. 62.° A s ambulancias postaes procederão identica- Com todos os dados colhidos d'estes modelos e mais
mente ao estatuido no artigo 47.° documentos existentes na repartição, preencherão a parte
Art. 63.° Os resumos serão feitos nas estações como competente do impresso modelo n.° 100.
prescreve o artigo 42.° e seu § 1.°, fazeudo-se especiaes Art. 71.° E applicavel ás repartições superiores, em re-
e com maço separado para os irnpressos, modelo n.° 105 lação ás estações que lhes estão directamente sujeitas, o
de expedição; modelo n.° 105 de expedição «porteada»; preceituado na primeira parte do artigo 14.° e no ar-
modelo n.° 105 de expedição em transito. tigo 16.°
Art. 64.° Quando, nas estações de troca de malas, uma Art. 72.° Os trabalhos estatisticos, nas repartições supe-
expedição de malas transportadas por serviços regulares, riores, ir-se-lião coordenando successivamente ao serem re-
não possa effectuar-se durante o periodo estatistico, em cebidos de modo que, pouco depois de chegarem os ulti-
consequencia de accidente imprevisto, a contagem da cor- mos dados estatisticos do anno findo, referentes ás estações
respondencia ser-lhes-ha feita como se ellas tivessem sido mais distantes, se possa breve concluir e expedir o apura-
expedidas durante o referido periodo. mento geral.
§ unico. Nos termos dos §§ 1.° e 2.° do artigo 1.° e do
artigo 8.° cla portaria ministerial de 6 de novembro de
CAPITULO VIII 1896, serão abonadas gratificações, pelas despesas even-
tuaes, aos empregados, inclusive ao director, que dirigirem
Estatistica exterior de recepção
e coordenarem os apuramentos de estatistica nas repar-
Art. 65.° As correspondencias officiaes não registadas tições superiores dos correios.
e as ordinarias recebidas do exterior da jirovincia ou dis-
trictos com sellos especiaes são contadas no acto da aber- CAPITULO X
tura da mala, segundo as suas classes e paises de proce-
dencias, nos dois periodos estatisticos a que pertencerem, Estatistica periodica
nos termos dos artigos 29.° e 30.°, e inscriptas no impresso
modelo n.° 105. Art. 73.° A estatistica periodica é avaliada por estima-
tiva tendo-sc contado as correspondencias durante um pe-
Art. 66.° As correspondencias recebidas em transito, riodo cle 4 semanas. As repartições superiores teem, pois,
isto é, as destinadas a ser reexpedidas para a metropole de multiplicar por 13 os dados estatisticos colhidos nesse
e ilhas adjacentes, outras provincias ultramarinas portu- periodo, sendo o seu producto que deve scr inscripto no
guesas ou districtos autonomos, companhias privilegiadas impresso modelo n.° 100.
e paises estrangeiros, são contadas e inscriptas, no acto
§ unico. Exceptuam-se 1.°) o numero das correspon-
da recepção das malas em que tenliam vindo incluidas, no
dencias em transito, reexpedidas, mencionadas nos bole-
modelo n.° 105, por paises de procedencia e independen-
tins e duplicados dos mod.dos n. os 103 e 104 que será multi-
temente do seu destino, mas em impresso especial de tran-
plicado por 6,5 por virtude da alinea d) do artigo seguinte;
sito recebido.
2.°) a estatistica referente ás estações que se encontrem
Art. 67.° As correspondencias recebidas do exterior, nos termos dos artigos 45.° e 46." em que os nuiperos
exclusivc dos districtos que pertençam á mesma provincia das correspondencias serão multiplicados por um coeffi-
embora tenham sellos especiaes, e destinadas a serem dis- ciente proporcional ao tempo que tenham estado abertas.
tribuidas na area da estação que preenche o impresso Art. 74.° O apuramento da estatistica periodica provin-
modelo n.° 105, «recepção», serão tambem mencionadas nos cial relativa a cada estação, faz-se sommando, dos respe-
modelos n. o s 103 e 104, segundo a sua classe e periodo, ctivos resumos :
na parte do boletim estatistico, na linha correspondente a) As correspondencias originarias cle cada estação ins-
ás que «são para distribuir nesta estação», e inutilizando-se criptas nos duplicados dos irnpressos modelos n. os 103 e 104,
o duplicado do boletim estatistico, dando-se como proce- juntando-se-lhes as originarias expedidas para o exterior da
dencia áquelle a procedencia da mala em que venham in- provincia de que se tomou nota, nos termos clo artigo 60.°;
cluidas as correspondencias contadas. b) As correspondencias a distribuir na estação inscriptas
§ unico. No mesmo boletim será prcenchida a linha re- nos boletins estatisticos recebidos, modelos n. os 103 e 104,
ferente ás correspondencias «para reexpedir», devendo juntando-se-lhes as correspondencias originarias do exte-
esta parcelia com as das «para distribuir» ser igual ao to- rior da provincia e distribuidas na propria estação que
tal das correspondencias iuscriptas no impresso modelo abriu a mala em que vinham incluidas e que se meneio-
n.° 105, «recepção». As correspondencias em transito pela naram como determina o artigo 67.°;
provincia, citadas no artigo 66.°, não sc meneionam no bo- c) As correspondencias de posta interna, isto é, as co-
letim estatistico. lhidas na area cle uma estação e destinadas a distribuir na
Art. 08. 0 As estações quc recebem malas nos termos mesma area e que se inscreveram nos irnpressos modelos
do artigo 61.", praticarão na recepção semelhantemente ao n.03 103 c 10-1, em virtude do artigo 37.°;
que nelle se acha estabelecido para a expedição. d) As correspondencias em transito, isto é, as reexpe-
Art. 69.° É applicavel ao serviço de recepção dispo- didas, inscriptas no duplicado clos boletins estatisticos ex-
sições identicas ás determinadas nos artigos 62.°, 63.° pedidos, juntas com as correspondencias para reexpedir
e 64.° mencionadas nos boletins estatisticos recebidos.
Junho 1-1 386 1902

Art. 75.° Ás sommas feitas como dispõe o artigo ante- A s formulas de franquia vendidas nas ambulancias pos-
rior serão feitas as correcções resultantes dos boletins es- taes são inciuidas na venda das estações que lh'as forne-
tatisticos rectificativos ou subsidiarios. ceram;
Art. 76.° Quando qualquer estação tenha sido aberta 3.° No mappa n.° 6 devem ser inciuidas as correspon-
ou fechada ao serviço durante o anno, mencionar-se-ha dencias registadas e cartas e caixas com valor declarado;
esta circunstancia no resumo geral. 4.° Nos mappas n. os 10, 11, 12 e 13 os paises são descri-
Art. 77.° A estatistica periodica das relações postaes com minados, em geral, pela procedencia dos sellos. No resumo
o exterior da provincia obtem-se sommando: geral dos mappas n. os 10 e 11 não se incluem as corres-
a) Os resumos, modelo n.° 105, da correspondencia ex- pondencias expedidas ou recebidas de districtos da propria
pedida ; provincia que tenham sellos especiaes, isto ó, quando a es-
b) Os resumos, modelo n.° 105, da correspondencia re- tatistica se referir a Angola, não se devem incluir no re-
cebida ; 4 sumo geral as correspondencias expedidas ou recebidas do
c) Os resumos do modelo n.° 105, transito expedido; Congo, e se se referir a Moçambique não devem incluir
d) Os resumos, modelo n.° 105, transito recebido. as correspondencias expedidas e recebidas de Inhambane,
Art. 78.° Da estatistica geral constarão o total do mo- Zambezia, districto de Moçambique e Gaza;
vimento de cada provincia com o exterior, e o total do 5.° Nos mappas n. os 12 e 13 o total do transito por
movimento de cada districto, com sellos especiaes, tam- procedencia deve ser igual ao total do transito por des-
bem com o exterior. tino ;
Art. 79." No preenchimento do impresso modelo n.° 100 6.° O movimento das correspondencias, mappas n. os 14
attender se-lia ao seguinte: e 15, é a somma das correspondencias expedidas e rece-
1.° No mappa n.° 3 inscrever-se-ha, como pessoal pri- bidas, com exclusão do transito.
vativo, o que, na provincia, execute exclusivamente o ser- Art. 80.° As repartições superiores dos correios das pro-
viço postal; no pessoal subalterno eomprehendem-se os vincias organizarão os mappas modelos K e L da Conven-
aspirantes, amanuenses, praticantes, etc.; o pessoal infe- ção Postal Universal de Washington, modelos ultramarinos
rior consta dos carteiros, serventes, marinbeiros, condu- n. os 106 e 107, ou os que os substituirem em convenções
ctores de malas assalariados, etc; e o pessoal auxiliar é futuras, enviando-os á 3. a Repartição da Direeção Geral do
aquelle que, cumulativamente, desempenha outros serviços UItramar, em sobrescripto registado, com a maior brevi-
e não dcpende exclusivamente da repartição superior clos dacle e nunca depois da data fixada no artigo 4.°
correios. § unico. Um duplicado dos impressos modelos n. os 106
A permutação de fundos comprehende, por importan- e 107 ficará arcliivado na repartição superior e um tri-
cias, todos os vales tomados e pagos na provincia, da res- plicado será remettido ao governo geral cla provincia ou
pectiva classe, e na eategoria de vales estrangeiros in- districto autonomo.
cluem-se os internacionaes e especiaes. Art. 81.° Do impresso modelo n.° 107 o total da ex-
O movimento das correspondencias comprehende o total pedição deve ser rigorosamente transferido para o im-
da correspondencia expedida, recebida, e em transito, a presso modelo n.° 106, quadro III, alinea &), expêdition.
descoberto pela provincia; Art. 82.° Nos impressos, modelos K e L internacionaes,
2.° Nos mappas n. os 5, 16, 28, 29, 30 e 31 os districtos os jornaes são incluidos no numero dos impressos.
serão inscriptos por ordem alfabetioa,' procedendo-se de Art. 83.° As disposições d'este regulamento só podem
igual fórma para com os conselhos em relação ao seu dis- ser alteradas pela Direeção Geral do UItramar, ficando
tricto e para com as estações em relação ao conselho a revogada toda e qualquer determinação sobre estatistica
que pertençam. A cada districto corresponde uma somma postal que aqui não seja mantida.
e estas sommas por districtos serão recapituladas num re- Paço, em 18 de junho de 1902.=Antonio Teixeira de
sumo geral. Sousa.

#
1902 387 Junlio 14

N.° 1
Moclelo n.° ÍOO
Pessoal que desempenha o serviço postal, existente
em 31 de dezembro de 19. • •
(a) ... de ...
CategoriaB Numero ObservaçõeB

ESTATISTICA POSTAL

Anno de • • .

Total.
(a) Provincia ou districto autonomo.

N.° 2

Heceita E m réis Despesa Era réis

Sellos e mais formulas de franquia vendidos Pessoal — vencimentos, gratificações, ajudas de custo
Portes das correspondencias não franqueadas ou com e percentagem por emissão de vales
franquia insufiiciente Conducção de malas
Premios eobrados pela emissão de vales : Transporte de encommendas postaes
Provinciaes
Ultramarinos (parte pertence á provincia)
Interprovmciaes
Internacionaes
Especiaes
Percentagem de indemnização por transferencia de fun-
dos
Multas por cartas apprehendidas
Kendapelo aluguer de caixas de apartados

Total da receita Total da despesa


Total da despesa Total da receita
Excedente da receita Excedente da despesa

N.° 3
Rendimento e despesa dos correios, seu pessoal, estações e movimento de vales
e geral de correspondencias nos ultimos dez annos

Rendimento (réis)
Despesa (réis)
Pessoal privativo:
Directores e officiaes
Pessoal subalterno
Pessoal inferior
Pessoal auxiliar
Estações existentes
Permutação de fundos :
Em vales provinciaes
Em vales interprovmciaes...
Em vales ultramarinos
Em vales estrangeiros
Movimento das correspondencias
N.o 4 £
3 1
cr
Malas fechadas permutadas durante os ultimos dez annos °

Annos 1... 1... 1... 1... 1... 1... l... 1... 1... 1... Total

Malas expedidas para :

Estrangeiro
Recebidas de :
Outras provincias ultramarinas

Transito
Da metropole para :
Outras provincias ultramarinas
Estrangeiro
De outras provincias ultramarinas para :
Metropole
Outras provincias ultramarinas
Estrangeiro
Do estrangeiro para :
Metropole
Outras provincias ultramarinas
03
OO
Somma OO

Sellos e mais formulas de franquia vendidos em cada estação, 110 anno de 1 9 . . .

Cartões postaes Bilhetes postaes Sobrescri-


ptos
Sellos de f r a n q u i a ou c i n t a s Total
estampi-
Districto c concelbos Estações Simples Simples De resposta paga lhados

Das Das
formulas importancias

co
O
1902 389 \ Junho 14

Movimento das correspondencias em cada uma das estações da provincia

Corres- Bilhetes Correspon-


pondencia dencia
postaes
official nao franca

Districtos Procedencia, destino


e concelhos Estações ou transito

Expedida
Kecebida
Posta i n t e r n a . . . .
Transito
Total

Deve ser repetido 80 vezes

N.o 7

Movimento das correspondencias nas ambulancias postaes e resumo do quadro n.° 6 dos districtos da provincia

Corres- Bilhetes Correspon-


pondencia postaes dencia
official não paga

Ascendentes Procedencia, destino


Ambulancias ou descendentes ou transito

Expedida ..
Eeeebida . .
Ascendente . . . Distribuida.
Transito . . .
Total.
Expediente...
Recebida
Desoendente . . Distribuida ..
Transito
Total.
Deve ser repetido 4 vezes

cí Precedencias Districtos
13


T3

a g
Estações seden-
:::
tarias
CD rn
Tj O
a Oi
S.o

Somma
Cj
•W
O
s
W Total da provincia.
Junho 1-1 390 1902

N.° 8

Desenvolvimento por destinos e classes da correspondencia expedida

Franqueadas
Ordinarias Não ou «sufficientemente franqueadas.
Cartas. „ . . , l Iieeistadas
Registadas • • • - j G o * v a l o r d e c i a r a d o
Cartões postaes de resposta paga j Ordinarios
Registados
[ Simples Ordinarios
Registados
Bilhetes postaes -r, , i Ordinarios
Resposta paga j R e g i s t a d o s
í Ordinarios
Jornaes. Registados
Para a provincia < Ordinarios
Impressos. j Registados
Ordinarias
Amostras . j Registadas -
\ Ordinarios
Manuscriptos Registados .
Jornaes, impressos, etc., «sufficientemente franqueados
Avisos de recepção
,p , l Não registadas
0 f f i c i.a l, cartas Registadas....
j M, ,a o s Nào registados
( Ç | Registados....
Total.
Franqueadas
Ordinarias. Nào ou «sufficientemente franqueadas.
Cartas. Registadas
( Registadas.... Com valor deelarado
Ordinarios
Cartões postaes de resposta paga Registados
Ordinarios
í Simples. Registados
Bilhetespostaes j Ordinarios
Resposta paga Registados
Para a metro- Jornaes. Ordinarios
pole e ilhas Registados.
adjacentes... Impressos. Ordinarios
Registados
Ordinarias
Amostras. Registadas
Ordinarios
Manuscriptos Registados
Jornaes, impressos, etc., «sufficientemente franqueados.
Avisos de recepção
0 , l Nào registadas

Í bai tas
' Registadas....
Maoos
Mai os
Nào registados. Total.
* j Registados. . . .
Ordinarias . j Franqueadas
j Nào ou «sufficientemente franqueadas.
Cartas i Registadas
| Registadas | Com valor declarado
Cartões postaes de resposta paga j R e g i s t a d o s '
i Ordinarios
Bilhetespostaes - Simples. | Registados
Ordinarios
Bilhetespostaes - Resposta paga ; Registados
Ordinarios
Para outras co- |Jornaes Registados
lonias portu- Ordinarios
guesas Impressos Registados
Ordinarias . . . .
Amostras Registadas
,,Manuscriptos
r . , t, Ordinarios
Registados
Jornaes, impressos, etc., «sufficientemente franqueados
Avisos dc recepção
Cartas . 1 Não registadas.,
Official | Registadas....
; Maços. Não registados
( Registados
Total.,
1902 391 Junlio 14

B
Yt

. j Franqueadas
Ordinarias j N ~ 0 QU ; n s u f f i c i e n t e m e n t e franqueadas.
Cartas. j Registadas
Registadas. . . . I Com valor declarado
j Ordinarios
Simples | Registados
Bilhetespostaes i Ordinarios
Resposta paga j Registados
| Ordinarios
Jornaes. j Registados
Para paises es- I T „ Ordinarios
trangeiros. . . \ I m P r e s s o s - j Registados
( Ordinarias
Amostras j Registadas
j Ordinarios
Manuscriptos Registados.
Jornaes, irnpressos, etc., «sufficientemente franqueados
Avisos de recepção
Não registadas.
Registadas.
Official i—— Não registados.
( Maços. Registados....
Total.

í Franqueadas
Ordinarias . .
/ Cartasj. j Não ou «sufficientemente franqueadas.
Registadas . . . . j Registadas
j
Com valor declarado
Cartões postaes de resposta paga ij Registados
Ordinarios
( Ordinarios
Simples í Registados
Bilhetespostaes Ordinarios
Resposta paga I Registados
Posta interna.. < Jornaes Ordinarios
-
j Registados
Irnpressos t Ordinarios
j Registados
Amostras j Ordinarias
I Registadas
I Ordinarios
Manuscriptos. ( Registados
Jornaes, irnpressos, etc., «sufficientemente franqueados .
\ Avisos de recepção
Total.

Encommendas

Impor-
tancias
dos
Nu- valores
mero declava-
dos

Réis

j Ordinarias
Para a provincia j Com valor declarado..
r>„ . ,
Para a metropole i Ordinaria
Com valor declarado.
Para outras colonias portuguesas.... j Com^íor'declarado !
tj„ o estrangeiro
Para , . Ordinaria
Com valor deciarado

r,„ , interna
Posta . , • • • | Ordinaria
Com valor declarado
Numero cle encommendas expedidas
Valores declarados
Junho 1-1 392 1902

Desenvolvimento por procedencias e classes das correspondencias recebidas

Franqueadas
Ordinarias . Não ou «sufficientementefranqueadas.
Cartas . Registadas
Registadas Com valor declarado
Ordinarios
Cartões postaes de resposta paga Registados
Ordinarios
Simples Registados
Bilhetespostaes Ordinarios
Resposta paga Registados
j Ordinarios
Jornaes. I Registados
Da provincia . . \ Ordinarios
Irnpressos j Resistados
í Ordinarias
Amostras . j Registadas
Ordinarios
Manuscriptos j Registados
Jornaes, irnpressos etc., «sufficientemente franqueados .
Avisos de recepção . . . .
Não registadas.
Cartas Registadas . . . .
Í Maços
Não registados.
Registados . . . .
Total.

n . 1 Franqueadas
ordinarias j^ o u ^sufficientemente franqueadas.
i Cartas Registadas.
( Registadas. . . . j Com valor declarado.
Ordinarios
Cartões postaes de resposta paga Registados . ^
Ordinarios
Simples Registados
[ Bilhetespostaes • Ordinarios
Resposta paga Registados
Ordinarios
Da metropole e í Jornaes. Registados
ilhas adjacen- l Ordinarios
r
tes toprwsos j Eepistados
. , Ordinarias.:
Amostras j Registadas
,, . , i Ordinarios
Manuscriptos jEegistado8
Jornaes, irnpressos, etc., «sufficientemente franqueados..
Avisos de recepção
, „ , í Não registadas
lCal'tas | Registadas....
Official I Não registados.
Maços. ( Registados . . . .
Total.
Franqueadas
Ordinarias Não ou «sufficientemente franqueadas.
í Cartas
Registadas . . . . Registadas
Com valor declarado
Cartões postaes de resposta paga Ordinarios
Registados
Ordinarios
Bilhetespostaes - Simples Registados
Í Ordinarios
Bilhetes postaes - Resposta paga j Registados
De outras colo I Jornaes i Ordinarios
nias portu- / j Registados
guesas Ordinarios
Irnpressos Registados
Ordinarias
Amostras Registadas
j Ordinarios
Manuscriptos j Registados ,
Jornaes, irnpressos, etc., «sufficientemente franqueados
Avisos de recepção
Cartas S Não_registadas
Official j Registadas ,
( Não registados
Maços. I Registados....
Total.
1902 393 Junlio 14

aB
S5

l Franqueadas
Ordinarias . | Não ou insufficientementefranqueadas.
Cartas j Registadas
Registadas j Com valor declarado
( Ordinarios
Simpes ) Registados .
Bilhetespostaes •r, . Ordinarios .
Resposta paga j R p g i s t a d o g .
I Ordinarios .
Jornaes. | Registados
De paises es
trangeiros...- Impressos.
Amostras .
I Ordinarios .
Registados .
j Ordinarias..
j Registadas.
1 Ordinarios .
Manuscriptos / Registados .
Jornaes, impressos, etc., insufficientemente franqueados .
Avisos de recepção
( Cartas j ^ o registadas.
S S ^ d o - ,
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Total.

Encommendas

Impor-
tancia
dos
Nu- valores
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dos

Réis

Ordinarias
Da provincia Com valor declarado.
Ordinarias
Da metropole Com valor declarado .
Ordinarias
De outvas colonias portuguesas Còm valor declarado.
Ordinarias
De paises estrangeiros Com valor declarado
Numero de encommendas recebidas .
Valores declarados
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Cartas

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—. Objectos registados
oi comprehendidos n a s columnas

1 m
2-13
Objectos a remetter
por proprio
3 comprehendidos na columna

1 14
Objectos com a v i s o

1 de recepção
comprehendidos na columna
15

1 3 Encommendas
comprehendidas
columna 15

f3
declarado
com valor

3
Cartas
na

tc «h P
3 S'õ
—• <-t
Numero

comprehendidas

Encommendas
(21)

columna 18

declarado
com valor
na


to TO 1i
SS- —
Sõ>-j

5061 81 oqanf
?68
Trípolí {KcgcneiiiJ .
Tonisiii (Regencia).

Africa Oriental. (territorio da)..


Africa do Sudoeste (territorio
!
da)
Caraeron
allemães I Togo (territorio do)
Algeria
Anjouan
Comora
Congo
Costa do Marfim
I Costa francesa dos Somalis....
Dahomey e dependencias
Colonias | Diogo Soares
Guiné
e protectorados Madagascar
franceses e dependencias...
I Mayotte
| Nossi-bé
Reunião
Senegal e dependencias

\
Colonias hespanholas do Golfo da Guiné
/ Africa Central (B. C. A.)
Africa Oriental e Uganda OS
Ascensão C£>
Bechuanalandia Britannica.... Cn
Beehuanalandia (protectorado)
I Cabo da Boa Esperança
1 Costa do Niger
I Costa do Ouro
I Gambia
1 Lagos
Colonias j Mauricias
e protectorados / Natal
ingleses \ Rhodesia (B. S. A.)
Santa Helena
Serra Leoa
Seychelles
Zanzibar
Zululandia

Colonias italianas.
Somma.

I I I —America

Argentina (Republiea).
Bolivia
Brasil g"
Canadá
Chili
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Cartas

Cartões postaes
e do resposta paga

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2-13
Objectos a remetter
por proprio
comprehendidos na columna
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Objectos com avi60
de recepção
comprehendidos na columna
15

Encommendas

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Colonias fran- Cochincliina, Cambodge e Bas
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Somma.

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I Santa Helena
Serra Leoa
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Somma

III — America

Argentina (Republica)
Bolivia
Brasil
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V—Australia e Oceania

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1 Mariannas (excepto Guam)
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Colonias dos Es- 1 Guam


tados Unidos 1 Hawaii
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1 Australia Meridional
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Somma

Resvimo
Europa

America

Australia e Oceania
Total
Portugal (incluindo Acores e Madeira) . . ..
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Cartas

Cartões posfaos
dc resposta paga
co
B

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3B

22.t>K
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s.o cO aQ
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2"

O »

, Objectos registados
ct comprehendidos nas column
2-13
Objectos a remetter
por proprio
3 comprehendidos na columna
l'L
Objectos com aviso
de recepção
comprehendidos na columna
15

Encommendas

ss
£
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S - 2. a d »
B p 2 ?, » P
5-S. Ol - - O 1

Í bt S
B I I S I
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^

81 0llanf
3061
1902 415 Junho 18

14

Movimento das correspondencias com Portugal e suas colonias, por ordem decrescente das permutações

15

Movimento das correspondencias com os diversos paises estrangeiros, por ordem decrescente das permutações

N.° 16

Recepção de assignaturas para publiçações periodicas e cobranças de recibos, letras e obrigações

Assignaturas Recibos para cobrança, entrados


roalizadas Vales emittidos
e expedidas neste serviço
ao seu destino
Cobrados Não cobrados Total

Districtos e concelhos Estações


17
Assignaturas para publicações periodicas dos paises e nos annos abaixo designados

Metropole e ilhas adjacentes


Cabo Verde
Guiné
S. Thomé e Principe
Angola
Moçambique ,
India
Macau
Timor

Paises estrangeiros

Somma.,
co
o
N.° 18 S
o
i<s
R e s u m o , p o r p a i s e s e annos, das c o b r a n ç a s de recibos, l e t r a s e o b r i g a ç õ e s , p o r c o n t a de p a r t i c u l a r e s

19... 19...
Annos

Cobranças Cobranças Cobranças Cobranças Cobranças


Recepção Recepção não realizadas Recepção :ião realizadas Recepção não realizadas Recepção não realizadas
não realizadas

Paises
"
.1 fc « I w" I1 I' W
3
ã 1 K
M * «

Metropole e ilhas adjacentes


Cabo V e r d e
Guiné
S. T h o m é e P r i n c i p e
Angola
Moçambique
India
Macau
Timor

Paises estrangeiros

Somma
O g
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CU
Numero de objectos (não incluindo w
encommendas)

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£ |I 2-1 o
U >-*

Numero

sSi i sr2"

Avisos de recepção

Distribuição por proprio

Numero de encommendas

Numero O ftí ^
3o 2 Siw «SgS
B
a? o 5* r 0 H 5
* g o g §•
Avisos de recepção

Distribuição por proprio

Numero
0
B
ÇL w&X c
s 12.1

5061 81 oiiuttf
81 f
N.° 20

Estatistica das correspondencias sujeitas a embolso

Recepção

Corresponden-
cias Encommendas Total
recusadas recusadas dos
pelos pelos objectos sujeitos
destinatarios dostinatarios a reembolso
e devolvidas e devolvidas
Importan- Importan- pela
cia pela cia Recebidos
provincia provincia
Paises de procedencia
Réis Réis

Sl Importan- Importan- Importan-


cia cia cia
a
S Réis Róís Réis

Metropole e ilhas adjacentes


Cabo Verde
Guiné
S. T h o m é e P r i n c i p e
Angola
Moçambique
India
Macau
Timor

Paises estrangeiros

Somma
Expedição

Total da expedição e recepção


Junho 18 420 1902

N.° 21

Correspondencia caida em refugo «por não poder ser distribuida»

Numero Somma

„ i Franquead;
Ordinarias J queadas
Cartas , Registadas
Registadas. Com valor declarado.
Ordinarios
Cartões postaes de resposta paga Registados
Ordinarios
B i l h e t e s pos- Simples Registados
taes Ordinarios
Resposta p a g a . . Registados
Provincia,
Ordinarios
Jornaes Registados
Ordinarios
Irnpressos Registados
Ordinarias
Amostras Registadas
Ordinarios
\ Manuscriptos. Registados

Franqueadas
Ordinarias.
Não franqueadas
Cartas . Registadas
Registadas Com valor declarado..
Ordinarios
Cartões postaes de resposta paga Regist;idos
Ordinarios
Simples | Registados
B i l h e t e s pos
taes Ordinarios
Metropole e ilhas . Resposta paga. Registados
adjacentes Ordinarios
Jornaes. Registados
Ordinarios
Irnpressos. Registados
Ordinarias
Amostras. Registadas
Ordinarios
Manuscriptos. Registados

„ I Franqueadas
Ordinarias } N ã o ^lnqueadas ...
Cartas .
Registadas| Com v a í d e c í a r a d o ' .
Ordinarios.
Cartões postaes de resposta paga Registados .
Ordinarios..
Simples Registados ,
B i l h e t e pos-
taes . . Ordinarios..
Outras provinciasul- Resposta paga. Registados .
tramarinas . . . . Ordinarios..
Jornaes. Registados .
Ordinarios..
Irnpressos. Registados
Ordinarias .
Amostras . Registadas.
Ordinarios..
Manuscriptos. Registados

„ ,. ( Franqueadas
0'Ainanas | Não franqueadas . . .
Cartas . „ . , , l Recistadas
b
Registadas ( Coi n y a l o l . d e c l a r a d o .
Ordinarios
Simples Registados
B i l h e t e s pos-
taes Ordinarios
Resposta p a g a . . Registados
Paises Ordinarios
Jornaes... Registados
Ordinarios
Irnpressos. Registados
Ordinarias
Amostras.. Registadas
,, . . , Ordinarios
\ Manuscriptos Registados
Total geral.

Kestimo
Ordinaria .
Rcgistada.
Total.
1902 421 Junho 18

N.° 22

Desenvolvimento, por classes, da correspondencia caida em refugo


«por não poder ser expedida»

Numero Somma

í Por direeção illegivel ou incompleta


Cartas | Por endereço injurioso
( Por falta de endereço

dh eC( ão
Cartões postaes de ( ' ? ipegiyel ou incompleta
P o r endere
1-esnosta
e Lnaea
5 \ Ç ° m.iunoso
' ' ' ' ( Por falta de endereço

( Por direeção illegivel ou incompleta


Bilhetes postaes ] Por endereço injurioso
Por falta de endereço

Por direccão illegivel ou incompleta .

Í Por
Por
endereço injurioso
falta de endereço
Por falta de franquia
Por direeção illegivel ou incompleta.

!
Por endereço injurioso
Por falta de endereço
Por falta de franquia
Por direeção illegivel ou incompleta.
Por endereço injurioso
Amostras Por falta de endereço
Por falta de franquia

Por direeção illegivel ou incompleta.


Por endereço injurioso
Manuscriptos . Por falta de endereço
Por falta de franquia
Total.

23

Destino. dado ás correspondencias caidas em refugo na provincia

Numero Somma

Entregues
Cartas. Destruidas
Entregues
Cartões postaes de resposta paga. Destruidos
Entregues
IBilhetes postaes Destruidos
Da provincia. i Entregues
• (Jornaes. jPara venda
j Entregues
{impressos. j Wara venda
I Entregues
[Amostras. (Destruidas ou para venda.
; i Entregues
Manuscriptos . | Destruidos

(Entregues
I Cartas. (Devolvidas á procedencia.
Da metropole e ilhas' Entregues
adjacentes Cartões postaes de resposta paga. (Devolvidos á procedencia
I Entregues
(Bilhetes postaes . (Devolvidos á procedencia.
Junho 18 422 1902

Numero Somma

(Entregues
/Jornaes. '(Devolvidos â procedencia.
Entregues
Im ressos
Da metropole e i l h a s ) P - ' (Devolvidos á procedencia.
adjacentes... (Entregues
1 Amostras. 1
(Devolvidas á procedencia.
(Entregues
\ Manuscriptos. 1
(Devolvidos á procedencia.

Entregues
ICartas Destruidas (a)
I Devolvidas á procedencia.
I Entregues
I Bilhetes postaes jDestruidos (a)
I Devolvidos á procedencia.
I i Entregues
(Jornaes {Para venda (a)
De outras provin- (Devolvidos á procedencia.
cias ultramarinas (Entregues.
Irnpressos < Para venda (a)
(Devolvidos á procedencia.
(Entregues
Amostras ÍPara venda (a)
(Devolvidos á procedencia.
(Entregues
\Manuscriptos jDestruidos (a)
(Devolvidos á procedencia.

(Entregues
Cartas Destruidas (a)
Devolvidas á procedencia.
Entregues
Bilhetes postaes. Destruidos (a)
Devolvidos á procedencia.
Entregues
Jornaes j P a r a venda (a)
De paises estrángei-1 (Devolvidos á procedencia.
(Entregues
Irnpressos ' P a r a venda (a)
(Devolvidos á procedencia.
Entregues

Í P a r a venda (a)
Devolvidos á procedencia.
. (Entregues
Manuscriptos jDestruidos (a)
Total (Devolvidos á procedencia.

Resumo

Devolvidas

Classe das correspondencias Entregues Destruidas Para vonda


à A outras Aos paises
metropole provincias estrangei-
ultramarinas ros

(«) Objectos dcfitruidos ou destinados para venda por nao se poder averiguar a sua procedencia.
1902 423 Junho 18

N.° 24

Correspondencia originaria dos paises abaixo designados e devolvida aos mesmos


por não ter podido ser distribuida na provincia

Ordinaria Registada

Cartas

Paises

a
«i

Metropole e ilhas adjacentes.


Cabo Verde
Guiné
Sí-Thomé e Principe
Angola
Moçambique
India
Macau
Timor

Paises estrangeiros

Somma.

N.° 25

Correspondencia originaria da provincia, devolvida dos paises abaixo designados


«por não ter podido ser distribuida»

Metropole e ilhas adjacentes


Cabo Verde
Guiné
S. Thomé e Principe
Angola
Moçambique
India
Macau
Timor
Jimho 18 424 1902

Paises estrangeiros

4*

Somma.

N.° 26

Destino dado à correspondencia originaria da provincia, devolvida da metropole,


outras colonias portuguesas e paises estrangeiros

Somma

, (Entregues .
'Cartas j Destruidas.
Cartões postaes de resposta paga jDestruidas .
Bilhetes postaes | d H X i !
Da metropole e ilhas ad-/ T Entregues .
jacentes /Jornaes | Para venda.
|T (Entregues .
|Impressos Para venda.
I. , Entregues
| Amostras para venda ou destruidas ,
Im- • i (Entregues
\Manusenptos Destruidos .

/Cartas (Entregues..
1
| Destruidas.
1 Cartões postaes de resposta paga Entregues .
(Destruidos .
íBilhetes postaes (Entregues..
• " • • Destruidos.
De outras provincias ul- ,'T (Entregues
tramarinas /Jornaes |Para yenda
T Entregues
Impressos |Para |enda
, (Entregues
Amostras
(Para venda ou destruidas .
(Entregues.
\ Manuscriptos -' | Destruidos.

(Carfm (Entregues.
raUas Destruidas.
De paises estrangeiros. Entregues..
(Bilhetes postaes (Destruidos .
1902 425 Junho 18

Numero Somma

l ^ e s K ^ a .
1T Entregues
Umpressos Po ° ,
De paises estrangeiros.. / t Entregues
IAmostras p a r a v e n d a óu dèstruidàs

^Manuscriptos lííeítKV

Total

Resrano

Classe das correspondencias Entregues Destruidas Para venda Total

Cartões postaes de resposta paga


Bilhetes postaes ....

Irnpressos ,
Amostras .
Manuscriptos .
Total das correspondencias

27

Correspondencias apprehendidas por suspeita de conterem dinheiro e outros objectos


de valor real ou commercial

Correspondencias originarias da metropole, outras provincias ultramarinas e paises estrangeiros, devolvidas á procedencia
sem serem abertas
Correspondencia devolvida aos remettentes, depois de abertas, e apprehendidos os valores na mesma contidos
Correspondencia devolvida aos remettentes, depois de aberta, com os objectos que continham, por não estarem comprehendidos
nas disposições da lei ....
Correspondencias que ficaram em refugo por não serem conhecidos os remettentes
Somma

Importancia, em réis, apprehendida nas cartas que foram abertas

Objectos apprehendidos nas correspondencias :


Junho 18 426 1902

N.° 28

Vales provinciaes emittidos durante o anno civil

Importancias
Vales nominaes Vales de serviço Total cobradas por Total
Districtos e concelhos Estações cobrado
Da para
Nu- Importan- Nu- Importan- Dos importan- Percenta- o Estado
mero cia mero cia vales Premios gem
cia

29

Vales ultramarinos tomados na provincia durante o anno civil

Importancias
Vales nominaes Vales de serviço Total cobradas por Total
_ cobrado
Districtos e concelhos Estações o o o Premios, para
o Importan- o Importan- ei
> Das parte Percenta- a
S cia a cia importan- provin- gem provincia
is 55 Q
cial

30

Vales interprovinciaes tomados durante o anno civil

Importancias
Vales nominaes Vales de serviço Total cobradas por

Districtos e concelhos Estações


Importan- Importan- Das Percenta-
cia cia importan- Premios gens
cias

Somma.
1902 427 ' ' Junho 18

N.° 31

Vales estrangeiros (internacionaes e e s p e c i a e s ) emittidos ou tomados na provincia durante o anno civil

Importancias
Vales nominaes Vales de serviço Total cobradas por Total
- _ cobrado

Dos valcS|
Districtos e concelhos Estações Premios para

Numero

Numero
Importan- Importan- Das para Percenta- a
cia cia importan- a gens provincia
>
t cias provincia

Resumo

Classe dos vales


Provinciaes
Ultramarinos
Interprovinciaes
Internacionaes
Especiaes
Total g e r a l . . .

32

Permutação de fundos por paises

Vales tomados na provincia Vales pagos na provincia Total

Premio Do
Paises e Premio premio
Importan- percen- Importan- perten- Das e
cia tagem cente importan- percen-
provin- á cias tagem
ciaes provincia provin-
ciaes

Metropole e ilhas adjacentes


Cabo V e r d e
Gruiné
S. T h o m é e P r i n c i p e
Angola
Moçambique
India
Macau
Timor

Paises estrangeiros

Somma.
N.« 33

Nota dos vales tomados e pagos na provincia, por annos civis

Percentagem
Annos 19... 19... 19... 19... 19... 19... 19... 19... 19... 19... do ultimo
para o penultimo
anno

Numero 1
Numero j

Numero j
Numero |
1

i
o o Observações

Numero
Numero

Numero

Numero
©
Importan Importan- Importan- Importan- Importan- Importan- Importan- Importan- Importan- os- Importan- Para mais Para
Paises S cia cia cia cia cia 2 menos
fl
fc
cia cia cia cia
»A
cia % 0/
h

; Tomados
Metropole.... Pagos
Tomados
Cabo Verde... Pagos
Tomados
Guiné Pagos
Tomados
S. Thomé Pagos
Tomados
Angola Pagos
Tomados
Moçambique.. Pagos
Tomados
India Pagos
Maeau Tomados
Pagos
Timor Tomados
Pagos

Paises es ;rangeiros

Tomados
1 Pagos
Tomados
I Pagos -
Tomados
í Pagos
Tomados
I Pagos
Tomados
Pagos
Tomados
Pagos
Tomados
Pagos
Tomados
Pagos

Somma
1902 429 Junho 18

34

Serviço de c o n d u c ç ã o de m a l a s na provincia

Meios de transporte Distancias Percurso


kilometricas armual

P e l a via maritima.
P e l a via fluvial....
Pela via ferrea Em comboio com ambulancia postal.
Em comboio sem ambulancia postal..
A pé
Pela estrada ordinaria. A cavallo
E m carruagem
Total.

35

E s t a ç õ e s e r e c e p t a c u l o s p o s t a e s e x i s t e n t e s e m 3 1 de d e z e m b r o

Numero de receptaculos postaes


Numero de estações
Affixados Moveis

Servindo
apenas
de receptaculos
do Observações
correspondencia

>13 Í.O ;
o "-- 3
•=°> as?

N.° 36

E x p e d i e n t e da Repartição Superior dos Correios

Numero
de
officios ou notas
Auctoridades destinatarias ou remettentes Total

Entra-
aidos dos

Governo geral
G-overno districtal da sede da Eepartição.
Estações postaes
n„ . , , . í Em português
Lorreios do exterior t, £ ?
! . . < Em rrances
da provincia ) -17 •
^ ( Em mgles
Eepartição de F a z e n d a
Outras repartições
Somma
Telegrammas
Ordens de serviço
Total geral.

Visto.

O Chefe da Repartição Superior dos Correios,


F...

(Assignatura do empregado encarregado do apuramento)


F...
jVJLodelo l o i C-í
»e

Nota estatistica dos objectos abaixo mencionados, recebidos, e x p e d i d o s e de p o s t a interna na estação de . . d u r a n t e o m ê s de . . . de 19.

Correspondencia recebida Correspondencia expedida

Registada Com valor declarado Registada Com valor declarado

Corres- Corres-
ponden- Bilhetes ponden- Bilhetes
cia Cartas o caixas Encommendas cia postaes Cartas e caixas Encommendas
Procedencia ou destino postaes
official official
© fcr
o «5
35 O Importancia Importancia importancia Importancia
O ÇH

Moeda Moeda Moeda Moeda Moeda Moeda Moeda Moeda


portu- estran- portu- estran- portu- estran- portu- estran-
guesa geira guesa geira guesa geira guesa geira

Interior da provin-
cia OO
O
Metropole
O u t r a s provincias
u l t r a m a r i n a s por-
tuguesas
Paises estrangeiros
Posta interna

Total

N e s t e q u a d r o só se m e n c i o n a a c o r r e s p o n d e n c i a r e c e b i d a p a r a ser d i s t r i b u i d a n a a r e a d a e s t a ç ã o a N e s t e q u a d r o só se m e n c i o n a a c o r r e s p o n d e n c i a o r i g i n â r i a d a e s t a ç à o a q u e o modelo diz


q u e o modelo r e s p e i t a . r e s p e i t o , isto é, a q u e fôr a p r e s e n t a d a p a r a r e g i s t o n a p r o p r i a estação.
(a) Quando houver avisos dc recepção ou distribuição por proprio, referentes a encommendas ou a encommendas com valor (a) Veja-se a nota (a) da correspondencia recebida.
declarado ou a cartas e caixas com valor declarado, iu6crever-se-ha tambem o numero d'elles a seguir, respectivamente, ás le-
ras: AE . . . AEV . .. AC . . . DE . . . DEV . . . DC . . .

CD
O
Recepção de assignaturas para publicações periodicas e cobrança de recibos, letras e obrigações

Serviço interno Serviço extcrno

Assignaturas Vales emittidos Assignaturas tomadas na provincia Assignaturas para serem pagas
realizadas Recibos para cobrança entrados neste serviço para serem pagas em na provincia, tomadas em Titulos de cobranças exteriores
e expedidas

Cobrados Nâo cobrados Total Cobrados Nao cobrados Total


Nu- Importan- Nu- Importan- Nu- Importan- J , Nu- Importan- Paises
mero cia mero cias País de destino mero cja j Pais tomador mero cia de procedencia
Nu- Importan- Nu- Importan- Nu- Importan- dos premios ou destino (a) Nu- Importan- Nu- Importan- Nu- Importan-
mero cia mero cia mero cia mero cia mero cia mero cia

OO

(a) Quando o titulo fôr expedido, apenas se precnche a casado numero total; e quando
liouver titulos recebidos e expedidos de ou para o mesmo pais, inscrever-se-hão em linhas dis-
tinctas.

Formulas de franquia vendidas na estação

Cartões postaes Bilhetes postaes


Sobrescriptos
Sellos de franquia ou cintas Total
estampilliados
Resposta Simples Resposta paga
Simples paga

1
Quantidades 1í
Importancias
i
Estatistica das correspondencias sujeitas a embolso durante o mês de . . . de 19.

Correspondencia recebida Correspondencia expedida Correspondencia recebida Correspondencia expedida

Foram Foram Foram Foram


devolvidas devolvidas devolvidas devolvidas
por esta a esta Procedencia por e«ta a esta
Procedencia Classe de correspondencia estação estação ou destino Classe de correspondencia estação estação
on destino

I o to •a ©
I o a II o® afc£)

Portugal Paises
e colonias estrangeiros

Correspondencia registada (a) Correspondencia registada («)


Interior da provincia Encommendas Encommendas
\ Correspondencia registada (a) Correspondencia registada (a)
Metropole } Encommendas Encommendas
\ Correspondencia registada (a) Correspondencia registada {«)
Cabo Verde | Encommendas Encommendas
Correspondencia registada (a Correspondencia registada (a)
Guiné Encommendas Encommendas
Correspondencia registada (a) j Correspondencia registada (a)
S. Thomé e Principe Encommendas j Encommendas 03
Correspondencia registada (a) I Correspondencia registada (a) to
Angola Encommendas } Encommendas
Correspondencia registada («) j Correspondencia registada (a)
Moçambique Encommendas | Encommendas
i .Correspondencia registada (a) í Correspondencia registada (a)
India. (Encommendas j Encommendas
Correspondencia registada (a) l Correspondencia registada (a)
Macau | Encommendas j Encommendas
j Correspondencia registada (cr) t Correspondencia registada (a)
Timor Encommendas {Encommendas
j Correspondencia registada (a)
) Encommendas
j Correspondencia registada (a)
j Encommendas
i Correspondencia registada (a)
| Encommendas
| Correspondencia registada (a)
} Encommendas

(«) Comprehende cartas e caixas com valor declarado. («) Comprehende cartas e caixas com valor declarado.

Nota. — Os elementos para o preenchimento d'este mappa devem ser extrahidos, quanto â recepção, das cartas de aviso
recebidas em que so encontra mencionada a correspondencia sujeita a cobrança, o quanto à expedição, do duplicado das car-
tas de aviso expedidas.

M
ZO
8
1902 ' 433
Junho 18
R e c e i t a d à e ' s t a ç ã o "(»)

Importancia

Por venda de sellos


Portes das correspondencias não franqueadas distribuidas '' !!!'.!!....!!
P r e m i o clo e m i s s ã o do v a l e s p r o v i n c i a e s '
P r e m i o d e e m i s s ã o de v a l e s u l t r a m a r i n o s 1
P r e m i o de e m i s s ã o de v a l e s i n t e r p r o v i u c i a e s • i .
P r e m i o de omis.são dc v a l e s i n t e r n a c i o n a e s !
P r e m i o de e m i s s ã o cle v a l e s e s p e c i a e s ] j ]' *
P e r c e n t a g e m p e l a t r a n s m i s s ã o de f u n d o s !*.'.'."!!!" ! !!!
P e l o a l u g u e r de c a i x a s dc a p a r t a d o 1! . i ' 1 . 1 ![

(a) Dados colhidos nas contas correntes entregues nas repartições de fazenda.

E s t a t i s t i c a de m a l a s f e c h a d a s

Oulras
Pro- Metro- provin- Estran-
vincia pole cias geiro Malas fechadas em transito Numero
ultrama-
rinas

Malas fechadas expedidas para... Da metropole para o uitramar


Malas fechadas recebidas de Da metropole para o estrangeiro.
Do uitramar para o uitramar . . .
Do uitramar para o estrangeiro ..
Do e.strangeiro para a metropole.
Do estrangeiro para o uitramar..,
Do estrangeiro para o estrangeiro

(Assignatura do chefe da estação)

M o d e l o n.° ÍOQ

N o t a e s t a t i s t i c a d a c o r r e s p o n d e n c i a r e g i s t a d a e x t e r n a («) . . . ( & ) . . . (c) . . . paises


abaixo designados, durante o m ê s de . . . de 1 9 . . .

Numero Sem valor declarado Com valor


de declarado Objectos
correspon- Avisos a distri-
dencias Bilhetes de buir
officiaes postaes recepção por
proprio
Procedencia ou destino

Abyssinia
Allemanha
Argentina (Republica)
Austria e Liechteinstein
Belgica
Bolivia „
Bosnia e H e r z é g o v i n a . . . . . . . .
Brasil
Bulgaria
Canadá
Chili \ ;
China
Columbia
Conpo ( E s t a d o I n d e p e n d e n t e do)
Corôa
Costa Ií,ica
Creta
Cuba
9S
Junho 18 434 1902

Com val^r
Sem valor declarado declarado
Avisos
de
Bilhetes recepção
postaes

Procedencia ou destino S
2 «a»CQ
P t-> o

n o1
fl
O) v
o

Dinamarca (comprehendendo as Ilhas Ferõe, Groenlandia e Islan-


dia)
Dominicana (Eepublica)
Egypto
Equador
Estados Unidos da America
França, Corsega e Monaco
Grecia
Guatemala
Haíti
Hespanha (comprehendendo Ilhas Baleares e Canarias, possessões
ao norte da Africa e Eepublica de Andorra)
Ilollanda
Honduras (Eepublica)
Hungria
India Britannica
Inglaterra
Italia e Eepublica de S. Marino •
Japão
Liberia
Luxemburgo
Marroeos
Mexico
Montenegro
Nicaragua
Noruega
Orange
Paraguay
Persia
Perú
Eomania
Eussia.
Salvador
Servia
Sião
Suecia
Suissa
Transvaal
Tripoli
Tunisia
Turquia
Uruguay
Venezuela

Colonias e protectorados allemães:

Territorio da Africa Oriental


Territorio da Africa do Sudoeste
Cameron
Ilhas Carolinas e Palaos
Kiautschou
Ilhas Mariannas (excepto Guam)
Ilha Marsliall
Nova Guiné
Ilhas Samoa
Territorio do Togo

Colonias dinamarquesas

Colonias dos Estados Unidos cla America:


Ilha de Guam
Hawaii
Philippinas
Porto Eico
1902 435 Junho 18
Com valor
Sem valor declarado declarado Objectos
Avisos a distri-
de buir
Bilhetes recepção por
postaes proprio

Procedencia ou destino o rt a
°
„m
9
w
o c.o p õ 3.

Colonias e protectorados franceses :

Algeria
Anjoun „
Annam, Tonkin e Haut-Laos
Cochinchina, Cambodje e Bas-Laos
Comora
Congo
Costa do Marfim
Costa franeesa dos Somalis
Dahomey e dependencias
Diogo Soares
Guadelupe •"
Guiné
Guyana Franeesa
India (Estabelecimentos da)
Madagascar e dependencias
Martinica -
Mayotte
Nossi-Bé
Nova Caledonia
Oceania (Estabelecimentos da)
Reunião
S. Pedro e Miquelon
Senegal e dependencias
Soudan
Tahiti

Estabelecimentos hespanhoes do Golfo da Guiné (comprelien


dendo as Ilhas de Anno Bom e Fernando Pó)

Colonias hollandesas:

Antilhas
Guvana llollandesa
Indias Orientaes

Colonias e protcctoradoB ingleses :


Africa Central (B. C. A.)
Africa Oriental e Uganda
Antigoa
Ascensào
Australia Meridional .'
Australia Occidental
Bahamas (Ilhas)
liarbados (Ilha)
Bechuanalandia Britannica
Becliuíinalandia (Protectorado)
Bennudas (Ilhas)
Bornéo do Norte Britannico
Cabo da Boa Esperança
Cayinão (Ilha)
Ceylão
Chypre
Colnmbia
Cook (Ilhas)
Costa do Niger
Costa do Ouro
Dominica
Estabelecimentos do Estreito de Malaca
Falkland (Ilhas)
Fidji .
Gainbia
Gibraltar
Urensula
Guyana Britannica
Honduras Britannicas
Hong-Kong
Jamaica
Labuan
JllTlllO 1S 43G 1902

Com v a l o r Objectos
numero Sem v a l o r d e c l a r a d o dec! r.r.iili) Avisos a <li*tri-
de dc Imir
oo iTspon- Biihetes recepção por
dencias poslaes proprio
officiaes
P r o c e d e n c i a ou d e s t i n o

9 S

£ rJ

LagOS
Miilta
Mauricias
Moutserrnt
Natal
Kevis
Nova Brimswick
Nova Gullus do Sul
Nova Guiné Britannica.
Nova Zelandia
Principe Eduardo
Queenslnndia
Rhodesia (B. C. A.)
Santa Helena
Santa Lucia . ..
S. Clivistovam
S. Vicente
Sav.uvak
Serra, Leoa
Seychelles
Tabago
Ta-iiiania
Terra Nova e Labrador.
Trindade
Tareas (Ilhas)
Yancouver
Yietoria
V i r g e n s (Ilhas)
Zanzibar
Zululandia .

Colonias italianas

Portugal (continente)
Madeira

Açores :

Angva
Horta
Ponta Delgada

Colonias portuguesas :

Angol.i
Cabo Verde
Companhia de Moçambique,
Companhia do Nyassa
Congo
Guiné
Inhamhnne
India Portugueza
Lourenço Marques
Macau .'
Moçambique
S. Thomé e Principe
Timor
Zambezia

i.O IIoooMõa in, oxpodúla ila. ou oin tr;insito. roerbido ou oxpodido pola.
('.) iHriv; o 'i.1, dr 011 .•uiiblll.tlicia ]iosI:tl ilr.
IrI 1111 1K1 ra o *.

j \ « V — 1'ste moclelo só i<' prcciicliulo nas estações ou ainbnlancias quo pcrnmtem malas com a metropole, ontrns provincias nl-
trai.iarnias. dh-rrictos cn;a sellos csiioriues p osíraugeiyo, e d«.«ve comprchendrr todas as eorrespondencias das clnsscs nqni oxaradas quo
estviam im-lnid:"» na mala. recebida ou a expodir, embora não sejam para distribuir na estação ou d'clla origiimrias.
A n.itrt tn' tiluisiío faz-sc por paises dc procedencia quanto á ree.epçào e por paises do destino quanto á expcdição em impressos
sejiarado.i.
(Moclelo 221.0 108) ( M o d í * l o n.° 103) (Verso)
Duplicado do Boletim Estatistico s Boletim Estatistico Correspondencia de posta interna

Eo.pcd 'do da esta ção de . . . para . cm . . . de . . 10. . . I Expedido da estação de . . . para . . . em . . . de . . . 10. Estação de ... em ... de ... de 19... .a distribuição

Correspon- Correspon-
den e.iaá
t Bilhetes
denelas
Bilhetes C o r r e s p o n d e n c i a s officiaes Cartões Bilhetes postaes
Cartões , postaes Cartões postaes j)Ostaes
officiaes officiaes
postaes postaes Cartas de
! roccdc.icia do ; Procedencia e destino dc Cartas Maços
resposta
Simples
Hosposta
resposta resposta paga paga
paga i paga

Correspondencia ordinaria (a) Correspondencia originítrm (c)


Correspondencia reexpedida \b) : Correspondencia reexpedida (c)

São para distribuir nesta esta-


(") X e s f a linha m e n c i o n a r - s e - h a o n u m e r o dc objectos a e x p e d i r q u e t e n h a m
sido e.oiljiilos na area da estação, das m a l a s - p o s t a s , das diiÍKoncias ou dos conducto-
ção (rf)
res de inaias e distribuidores r u r a e s , e em que h o u v e r de s e r a p p l i c a d a , na f a c e , a Para reexpedir (d)
r e s p c c t i v a inarea do dia. A s a m b u l a n c i a s p o - t a e - i n s c r e v e r à o n e s i a linha o mtinero
«ias côr; i-.-ptmdencías cneontradas nos recoptacuio* das resp> c í i v a s c*amia<r'-ii-., co-
l h i d a s por e l l a s nas c.-íarõe.-. d o - c a m i n h o s de ierro, d a s mala. 1 -posta s. da.-; dilijiencias (c) 13sta l i n h a é e.scriptnrada p e l a e s t a ç ã o de p r o c e d e n c i a do b o l e t i m , i n s c r c v e n -
ou d o - conductores <if mala-; c colliidas, á u l i i m a hora, nas c a i x a s das p o v o a ç õ e s c do-se-lhe o numero da c o r r e s p o n d e n c i a e x p e d i d a pela e s t a ç ã o . (Veja-se nota.s («) e (&).
e n v i a d a s d i r e e í a m e n t e ás ;unbulancÍa.-\ {d) l->ta iinha é e s c r i p t u r a d a p e l a e s t a ç ã o d e s t i n a t a r i a do b o l e t i m , no aeto da
{!>< Xesta linha nieneionar-.-o-ha o n u m e r o do objectos a e x p e d i r quc t i v e r e m sido sua c o n i u r e n c i a .
rece.bidoá de outras e s t a ç õ e s , isto é, e m transito p<da e s t a ç ã o de p r o c e d e n c i a d ' e s t e
boletim. (Assignatura do e m p r e g a d o da e s t a ç ã o r e m e t t e n t e ) Nota. — E s t e l a d o do d u p l i c a d o do b o l e t i m scrvo e x c l u s i v a m e n t e p a r a ins-
e r c v e r o n u m e r o dos objectos d a s c l a s s e s a c i m a desijrnadas originarios da a r e a
F... da e s t a ç ã o e q u o se não e x p o d e m para outra e s t a ç ã o , sendo distribuidos por
( A s s i g n a t u r a do e m p r e g a d o d a e s t a ç ã o reinettente] ( A s s i g n a t u r a do e m p r e g a d o da e s t a ç ã o destiuaiari.i) e l l a m e s m a , quer aos g u i c h e t s q u e r por m e i o d e distribuidores ou posta rural.
l>e.ve-se r i s c a r a f a c e d 1 oste d u p l i c a d o do b o l e t i m quando se fizer u s o
F... d ' e s t e -rerso.
os
(Moilelo 104) (Modelo 104) ( Verso)
Duplicado do Boletim Estatistico Boletim estatistico Correspondencia de posta interna
iedido da csiacão de . , . para . . . cm . . . de . . . 19. . Expedido da estação de . . . para . . . em . . . de . . . 19.. . Estação de ... em ... de ... de 19... .a distribuição

Correspon- Correspon-
dencias dencias Correspondencias
não lino
franqueadas S o
e g. franqueadas s O a & franqueadas
P r o c e d e n c i a o destino G o o c o
Provedev/.na o — •
u o
p< a
Outros —S
ii < C
ei c? Outros
B cs
objectos rA
objectos rs, Cartas objectos
ô

Correspondencia ordinaria («) Correspondencia originaria (c)


Ci-rrespondencia reexpedida (b) Correspondencia rccxpedida (c)

Sâo para distribuir nesta esta-


(a) X e s t a linha m e n c i o n a r - s e - h a o n u m e r o de objectos a e x p e d i r q u e t e n h a m
.sido eollndo.-; na a i e a da e s t a ç ã o , das m a l a s - p o s t a - , das dili<íoncias ou dos e o r d u c t o -
res do m a l a s e d i - t r i b u i d o i W ruraes, e em q u e houver de ser a p p l i c a d a , na f a c e , :t Pnra reexpedir [d)
ro--pectiva in irca do dia. A s a m b u l a n c i a s p o s t a e s i n s e r e v e r ã o n e s t a linha o n u m e r o
das c o r r e s p o n d e n c i a * e n c o n t r a d a s nos reeeptacul'>s das r e s p e c t i v a s c a r r u a g e n s , co-
3hidaa.por e l l e s n a s o s t a e b e s do> c a m i n h o s de ierro. d a s m a l a s - p o s t a s , d a s d i l i g e n e i n s (e) P.sía l i n h a ó o s c r i p t u r a d a p e l a e s t a ç ã o d c p r o c e d e n c i a do b o l e t i m , i n s e r e v e n -
ou dVis c o n d u c t o r e s de m a l a s , e c o l h i d a s , á u l t i m a hora, n a s c a i x a s da'- p o v o a ç õ e s do-se-lhe o numero da c o r r e s p o n d e n c i a e x p e d i d a p e l a e s t a ç ã o . {Veja-.se notas («) e (b).
e e n v i a d a s d h e e t a m e n t e ás a m b u l a n c i a ^ . {<lj E s t a iinha é e s c r i p t u r a d a pufa e s t a ç ã o d e s t i n a t a r i a do b o l e t i m , no acto da
(M N e s t a linha m e n e i o n a r - s c - h a o n u m e r o d e objecto.s a e x p e d i r q u e t i v e r e m sido sua conferencia.
rccebi bè; d.- v-niras o^taeões. isto ó. em t r a n s i t o p e l a ostaçãn de p r o c e d e n c i a d Y s t e
(Assignatura do o m p r f g a d o da e s t a ç ã o r e m e l l e u t c ) Nola. — E s t e I..U•'< do du]i]icínlo do b o l o t i m f o r v e nxelu.sivamenlc para iii.--
c r c v o r o nunioro dos objecto* das c l a s s e s acima (le.^ipuadas, o r d i n a r i o s (ia :t]'ea
F. . . da (ísta^ão e q u o se lino oxpetlein ]iara outra cst:iç:!0, *emlo lii.stribuidos [kh1
( À « s i g u a l u r a do e m p r e g a d o la estação remettente} ( A s s i g n a t u r a do e m p r e g a d o d a e s t a ç ã o d e s t i n a t a r i a ) ella ine^iiK', quer aos g u i e h e t s . quer por ineiu dos (listrilmidnre,-. ou pnsla rural.
D e v e - s e riscar a f a c e d ' e s l e du]ilicado do b o l e t i m quando se lizer u--:o
F... d ' e s t c verso.
Junho 18 438 1902

Moí1(-1O X 0 5

Nota estatistitica da correspondencia official e ordinaria externa («) . . .


(b) . . . (o) . . . paises abaixo designados
(d) . . . do periodo estatistieo de 1 a 28 de (e) . . . de 19. . .

Billiotes
postaes

Procedencia ou destino

Abyssinia
Allemanha
Argentina (Republica) . .
Austria e Lieciiteinstein .
Belgica
Bolivia •.
Bosnia e Herzegovina.
Brasil
Bulgaria
Ganadá
Chili
Chimi
Columbia
Congo (Estado Independente do)
Corôa
Costa i! iea.
Crefa.
Cuba ,
Dinmnarca (comprehendendo as Ilhas Ferõe, Groenlandia e Islandia)
Dominicana (Republica)
Egypto
Equador
Estados Unidos cla America.
França, Corsega e Monaco . .
Grecia
Guatemala
Haiti
Hespanha (comprehendendo Ilhas Baleares e Canarias, possessões ao
norte da Africa e líepublica cle Andorra)
Hollanda
Honduras (líepublica)
Hungria
India Britannica
Inglaterra
Italia c líepublica de S. Marino.
Japào
Liberia
Luxemburgo
Marrocos
Mexico
Montencgro
Nicaragua
Noruega
Orange
Paraguay
Persia
Perú
Komania
Iiussia
Salvador..
iáervia
Siào
Suecia.. . .
Suissa . . ..
Transvaal.
Tripuli . . .
Tunisia •. .
Tttrquia . .
Uruguay ..
Venczucla

Colonias e protectorados allemães :


Territorio da Africa Oriental
Territorio da Africa clo Sudocste
Cameron
Ilhas Carolinas e Palaos
Kiautschou
1902 439 Junho 18

Numero
de Bilhetes
correspon- postaes
dencias
officiaes oa
Procedencia ou destino
<S

2 tb

Ilhas Mariannas (excepto Guam)


Ilha Marsliall
Nova Guiné
Samoa
Territorio do Togo

Colonias dinamarquesas
Colonias dos Estados Unidos da America
Ilha de Guam
Hawaii
Philippinas
Porto Rico

Colonias e protectorados franceses :


Algeria
Anjouan
Annan, Tonkin e Haut-Laos
Cochinchina, Cambodge e Bas-Laos
Comora
Congo
Costa do Marfim
Costa francesa dos Somalis
Dahomey e dependencias
Guadeloupe
Guiné
Guyana Francesa
India (Estabelecimentos da)
Madagascar e dependencias
Martinica
Mayotte
Nossi-Bó
Nova Caledonia
Oceania (Estabelecimentos da)
Reunião
S. Pedro e Miquelon
Senegal e dependencias
Soudan
Tahiti

Estabelecimentos hespanhoes do Golfo da Guiné (comprehendendo


as Illias dc Anno Bom e Fernando Pó)
Colonias hollandesas :
Antilhas
Guyana Ilollandesa
Inclias Orientaes
Colonias e protectorados inglcses:
Africa Central (B. C. A.)
Africa Oriental e Uganda
Antigoa
Ascensão
Australia Meridional
Australia Occidental
Bahamas (Ilhas)
Barbados (Ilha)
Bechuanalandia Britannica
Bechuanalandia (Protectorado)
Bennudas (Ilhas)
Bornéo do Norte Britannico
Cabo da Boa Esperança
Caymão (Ilha)
Ceylão
Chypre
Columbia
Cook (Ilhas)
Costa do Niger
Costa do Ouro
Dominica
Estabelecimentos do Estreito de Malaca
Falkland (Ilhas)
Fidii '
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Manuscriptos «OD
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1902 441 Junlio 1S

Modelo JI. 106 loauosjsd up i«)oj, gj

T A B L E A U I SO[[HUI sop
fjo(!sur:.i| up s'.mauo.ido.i|uo sop u.upnox --
Aclministration des Postes des Colonies Portugciises
SUOjlUSOd sop O.HjHlO^
Tableau statistique du service postal e n . . .
(xnuo.mq op sasocto-id
Année 19. . sdoioj oui.im no JITOSÍ mfo xnoo op tiois
-npxoj vj ojsod op soiiníin sop o.iqiuoNj
Observations concernant la manière de remplir
lea colonnes oi-derrière
ColoniiR 6 : Indiquer le nombre des bureaux établis pour 1'expé-
dition de malles, etc., ou il n'existe pas uu service cle réception ou oisod op xnuo.inq sap ooiAJOg
cle distribution d'envois de poste (p. e. le nombre des bureaux d'en-
trepôt établis aux gares, débarcadères, etc.) § /
.
SOJTJUOlS
Colonne 10 : Sont considérées eomme administrations des postes suoi;uj}emitupv pop ooiA.tag
régionales, les aut rités dout rclèvcnt les bureaux sédentaires d'un
arrondissement et qui scrvent d'iutermédiaire entre l'Administra- ypc.ij
tion Centrale et ccs bureaux cle poste. -U03 UOI^UJISlUltUpyj op DOIA.lOg
Colonnes 17, 18, 19 et 20 : Sont comptés eomme «fonctionnaires
et employés», les agents de tous grades qui, depuis le Chet' de
l'Admimstration jusqu'aux eommis et auxiliaires, sont ehavgés de
1'organisation supéricure, de la surveillance du contrôle et de l'exé-
cution du service des postes.
o j s o d s p xnt*3.mq s o p o o i A J o g 2
Colonnes 21, 22, 23 et 21: Sont comptés eomme «facteurs et au-
tres agents», les sous-agents cle tous gradi s qui lòvent les boítes,
timbrcnt les corrcspondanccs arrivantei et partantcs, en effeetnent soj-errotS
la distiilmition à domieile, font les travaux de peine des bureaux, -n.i snoi)Tj.ijgittitnp"c sop 90iA.tag d.
porteut et transbordent les dépêches, les accoinpagnent, en assu-
rent l'échangc et 1'cntrepôt. etc. 0I1ÍJJ jr
Colonne 25 : Sont considérés eomme maítres cle poste (entrepre- •uof) uoijv.Tisntiinpyj op ootA.iog w
neurs de relais, etc.) toup les cntrepronMirs qui, en vertu d'nrran-
gements, sont tenus de fournir, à 1'Administrarion des Postes, les
clievaux ou autres bõtes de trait, les eoclies et autrcs vehiculos pour
le transpnrt des dépêchea et des voyageiii-s sur les routes pavées,
macadainisées et onlinaires. Les maítres de poste qui sont en mê-
me temps à la téte d'im buroau de poste, sont comptés commc fon-
ctionnaires et leur nombre íigure dans la coionne 30.
Colonne 2G: Sont comptés eomme postillons tous leshommes ordinai- P g| soo.t.ta^- 2
rement employés à menor les diligcnces et autres vehiculos clo poste.
Colonne 27 : On entend par entrepreneurs du trausport des mal- * zf SOU
. T3U
« í 2 1 -tp.io soasutiupuoijui 'sooa-lvx
les les entrcprises particulièrcs de trausport des voyageurs ou des
marchandises, qui sont utiiisées par 1'Adininistration des Postes
pour le, trausport des dépêches ou des colia (scrvices gratuits ou s-opi.in.i souniatuoo soj saup S9íifiuítC
subvcntionnés).
ojsod op
Colonnes 29, 30 et 31 : Sont comptés eomme relais de la poste nvo.tiiq untp son.v.ttiod so}t[MDoi soiHA ^
aux clievaux les établissements ou, soit 1'Etat, soir. les particuliers, s.q siníp 'ajsocl up xnuojnq xnu sHQ^ÍT
cntretieiinot des chevaux ou autres bêtes de trait, des voitures et
autres véhiculrs, pour le trausport des dépêches et des voyageurs so[i>noiS?u sojsocl sop snoi;«.tjsnititipu sop ojqtuovj
de poste sur les routes pavées, niaeadamisées et ordinaires.
Colonnes 32, 33, 31, 35, 8(>, 37, 38 et 39 : Y. les observations
concernant les colonnes 27, 29, 30 ct 31. ojsod op xia'a.[iiq sop ivjox
Colonnes 40, 41, 42 et 43 : La clistance entre le point de départ
et le point extrémc d'une route nV.st.comptúe que commc simple,
mêmo dans le cas oíi plusieurs malles ou eonvois de malles, etc., cle .toSuu.tjoj y sr
nature difierentc circulent sur la mêine route.
Colonne 50 : Les lettres insuílisainment aftVanehies sont assimi- oifod op xnuo.tnq op
•yoii.uudmoooir ojnoi onbuip op
lces aux lettres non aíiranchies. StOAUOí> dop O.tqiUOU 3[ S«'udB(p
so|diuoo 'sjtaqnqutu xut7 0.ina;
Colonne 52: Quant aux cartes avec réponse pavée, les deux
parties de ehaque carte sont considérées eomme im seul envoi et 1 KO[|VUI op uoijipodxoj
comptécs eomme tel; les cartes-róponse renvoyées sont comprises .tnod si[q<;)0 xnu.).mq sa.tjny
dans les cartes postales simples.
Colonne 53 : Sont comptés également eomme imprimés les jour- o£ -s.j.t jnos o;sod op «lOAUOtP
SOITTLOJ?
naux placés sous bande ou dans une enveloppe non fermée.
uoiin<|i.nsip op 30 uoiidooo.r
Colonne 54: Lcs euvois rcnfermant des papiers d'aíRiires etdes yp suoijnQMJJ® sjf juop xnvo.ín{i
iinpriuiés ou des papiers d'alíaires et des échantillons de marchan-
dises iiont comptés eomme papiers cVaftaires. o.uuvu o;uoj op qjsod ap SIOA
-uo sop uoimqtJisip tjj op 10 cr
Colnniic 55: Les euvois renfermant des échantillons de mar- U0nd030j uj op Boâauip xnça.in^
c-handises et des imprimés tont compiés eomme échantillons de mar-
chandises.
| (• * • op íuoiuosaooo.t fi-i.idutp) Si[n:}tquqLp o.tqtuox
Les montiuits de valeur des lettres et des colis avec déclaration
de valenr (colonnes (!4 et !i7), les niontants des remboursoments
(colonnes 70 et 72), les moiitants des mandats tln poste (colonne
7(3) et des rceouvrcmcuts (colonnes 78 et 80) indiqués dans une
monnaie nntre que la monnaie de fra- c, sont cojivertis cians cettc so.t.nr.') sy.i). 1 mo 1 pr tao otoij.iodus ei
dernière monnaie. Les tVaetions do franc sont négligées.
Colonne <i't : Le dénombreincnt ne s'étend qti'aux journaux abon- 09UUV
ties par rintermédiaire des bureaux de poste.
II. ORGANISATION D E S POSTES ES
sr-
- - — -
Nombro des kilometros parcourus annuellctncnt
R e l a i s dc la p o s t e a u x c h e v c a u x C h e v a u x de trait, e t c . Voitures ettraineaux É t e n d u e des routes postalcs exploitéesáriDtérieur à rintôrieur

Sur
Privés Privés Sur voies
Sur voies les voies Sur
pavées, Sur pavées, les voies
Sur voies macadami- maritimes,
Total D e 1'État Total D e 1'État Total Total les voies macadami- maritimes, Total
D e 1'État Privés Serviees ferrées sées fluvial es
Servfccs SerWcea Servíces — ferrées sées fluviales
Nombre gratuits sub- Nombre Nombre gratuits sub-
Nombre et o r d i n a i r e s et d e s Iacs Kilomètres — et o r d i u a i r e s et d e s Jaes
Nombre Nombre Nombre ventionnés Kilomètres Kilometros
ventionnéa Kilomètres —
Kilomètres Kilomètres
Nombre Nombre Nombro Kilomètres Kilomètres
Nombre
(29) (30) (31) (32) (33) (3-1) (35) (36) (37) (38) (39) (40) (41) (42) f 43) (44) (45) (46) (47)

III. S E R V I C E POSTAL

Envois ordinaires soumis à la taxe


Euvois admis d ao
O O a
L e t t r e s a v e c décla-
à l a f r a n c h i s e de p o r t
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(48) (49) (50) (51) (52) (53) (54) (56) (57) (58) (59) (60) (61) (G2J (G3) (64)
(S5)

Service intéríeur.....
Service international :
a. Réception
ò. Expédition
c. Transit

III. S E R V I C E POSTAL

D a n s le nombre dos envois


Colis a v e c déclaration
Remboursemeuts i n s c r i t a a u x e o l o n n e s G2, Mandats de poste Reeouvrements
de v a l e u r
63, 66, 68 et 69

Objots Montant total Remboursements rcfusés Donuaient Étaient Non encaissés


de des lieu à avis à remettre Valeura
correspon- Colis rembourse- Valeur
de réeeption: par expròs : à encaisser
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Francs
Nombre Valeur
Nombre Nombre Nombre Francs Nombre
Nombro Fraucs Francs Francs
(65) (68) (70) (71) (72) (73) (74) (75) (76) (77) (78) (79) (80)

Service intérieur . .
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B T o d e l o 11." 1 0 7 Colonne 6 : S o n t comptés é g a l e m e u t eomme i m p r i m é s , les j o u r n a u x p l a e é s sous b a n d e ou d a n s
u n e e n v e l o p p o non f e r m é e .
Administration des Postes des Colonies Portiujaises
Colonne 7 : L e s envoi? renfermant. des p a p i e r s d'aíl'aires e t des i m p r i m é s ou des papiers
T A B L B A U IX cl'allaires et des é c h a n t i l l o n s du m a i e l m n d i s e s sont c o m p t é s commc p a p i e r s d'atf'aires.
Tableau statistique du service international (expédition de la colonie cle . . . Collonc S : L e s euvois r c u f e r m a n t des é c h a n t i l l o n s des mavcliandises et des i m p r i m é s sont
c o m p t é s c o m m c úeliatitiHons d e i n a r c h a n d i s c s .
Pour Vannée 10. . .
L e s m o n t a n t s d e v a l e u r des l e t t r e s e t des colis a v e c d é e l a r a t i o n d e v a l e u r (colonnes ÍG et 18).
Observations concernant la manière de remijlir les colonnes ci-derrière les m o n t a n t s dos r e i n b o u r s e i n e n t s (coh.nnes 21 et 23), et les m o n t a n t s des m a n d a t s d c p o s t e (colonne
21) énoncés d a n s u n e m o n n a i e a u t r c q u e celle du f r a n e , sont c o n v c r t i s d a n s e e t t e d e r n i è r c m o n n a i e '
Colonne o : L e s l e t t r e s insullisamment afFranehies s o n t assimilées aux l e t t r e s non affrancliies. L e s f r a c t i o n s de f r a n e sont n é g l i g é e s .
Colonne õ : L e s dcux p a r t i c s de c h a q u e e a r t e a v e e r é p o n s e p a v é c s o n t considérées eomme un
seul envoi et sont c o m p t é c s eomme t e l ; les c a r t e s - r é p o n s e s r e n v o y é e s s o n t comprises d a n s les ('.ar- Colonne 31 : L e d é n o m b r e m e n t n e s e t e n d q u a u x j o u r n a u x . etc., abonnés p a r r i n t c r m é d i a i r e
t e s p o s t a l e s simples. des b u r e a u x de poste.

I ] u v o i s ord: n a i r e s s o i u n i s à l a tas e Dans Dans


J>. ti e.s CcH.s
Envois a v e c dó cdaration a v e c dé d a r a t i o n
le nombre le nombre
Euvois Totaux re c o m m a n d o s dc v a l e u r de v aleur
des des
admia des envois trouvés parmis correspondances correspondances
Échan- à la inscrits les Colis
L e tres Cartes postales inscvitcs inscrites
1'ays tillons franchise c o r r e s p o n d a n c e s à l a c o l o n n e 10
Papier
aux à la c o l o n n e 11 o r d i n a i r c s
Imprimôs de dc port c o l o n n e s 2 - 9 inscrites óiaient
d ^ í i a i r e s marchan- donnaient lieu Valeur Valeur
Non Avec aux
Affran- à romettre à avis Nombre Nombre
alfran- Simples róponse Nombre dises Nombre colonnes 2-9
cliies Nombre par exprès dc réception Franes Francs
cbiea payée
Nombre Nombre
Nombre Nombre Nombre Nombre
Nombre Nombro
Xoinbrc Nombre
íl) (2) («) w (5) (6) (7) (?) (9) (11) (12) (13) (15) (16) (18)
a7)
(10)
(14)
I — Enrope
Allemagne
Antrivhe-Hongrio íy compris la Prinei-
p a u t é de L i e c h t e n s t e i n ) . .

Bulgarie

D a n c m a r c k (y compris l ' I s l a n d e et les


ilhos Féroé)
E s p a g n e (y compris A n d o r r e , les B a - -

léaves ct les Canaries)


-
F r a n c e (y eonipris Monaco)
Grande-LiT.tugne
Gròee (avec les ilcs I o n i e n u e s )
I t a l i e íy compris S a n t - M a r i n )
LllX;'!!!>)0UVg
Monténégro -

Pays-I!as
P o r t u g a l (y compris M a d è r c et les Aço-

l í — Afriqnc
A. Tjittoit.

Congo ( E t a t l u d é p u n d a u t du)
i
E n v o i s ordinaires s o u m i s à l a t a x e
Envois
Dan Dans Lettres
Collis e-i
le n o m b r e le nombre avec dêclaration c
Envois Totaux
recommandés des des de valeur
a v e c diSclaratioa a
admis des e n v o i s
trouvés p a r m i s
correspondances de v a ] e u r £1-
ÉcUau- les correspondances
Cartes p o s t a l e s à la inscrits inscrites inscrites
tillons correspondances Colii
Pays Papier francbise aux à l a c o l o n u e 10 ;i l a c o l o n n e 11 ordinaires
I m p r i m é s d'affaires de inscrites
de port colonnes2-9| étaient donnaient lieu
Nom Avec marcban aux
Affran- à remettre à avis Valeur
affran- Simplcs réponsc dises colonnes 2-9 Nombre Nombre Valeur
Nombre Nombre Nombre Nombre par e x p r è s de r é c c p t i o n Nombre
cliies cbies payée
Nombre Nombre Nombre Francs Franc
Nombre Nombre Nombre
Nombre Nombre
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (S) (10) (11) (12) . (13) (14) (15) (16) (17) (18(

V—Australie et Océanie

A. TJnion.
Colonies allemíindes7 _
Colonies des Etats-Unis d'Amerique 8 .,
Colonies britanniques de l'Australasie . .
Colonies franeaises 9

B. Pays, etc., étrangers à VUnioii.. .


Totaux
(à porter au tableau I)
1
Malte ct Gibraltar. — 2 Bornéo, Ceylan, Chypre, Laboan et Straits-Settlements. — 3 Iles Philippines. •
landaises, etc. — 6 Inde portugaise, Macaoet Timor~(partie orientale). — 7 Iles Carolimes, iles PalaoY et iles Mariaunes' etc. — ^ a
g
u
Ç a i s
e , Laos et Tonkin. — 5 n e s orientales néer-
velle-Calédonie, iles des Pines, iles Taíti et Toubouai. ' wdJ- " e s ^asses, iles Loyautó, iles Marquises, Nou-

D a n s l e n o m b r e des e n v o i s
Remboursements inscrits a u x D a n s le nombre des envois
Mandais de poste
c o l o n n e s M , 15, 1 7 , 1 9 et 20 inscrits u la colonno 26

Montant total Donnaient Recouvre- J o u r n a u x , etc.


Objects Remboursements refusés Étaient
Pays Colis des lieu mcnts Donnaient s e r v i s par
de à r e m e t t r e par Étaient
rembourse« à avis Valeur lieu abonncment
ments expvcs Nouabre Nombre à r e m e t t r e par
correspondance Nombre Montant de réception a avis
Francs exprès Nombre
Nombre de p a i e m e n t
Franca Nombre
Nombre Francs Nombre Nombre
Nombre
(20) (21) (22) (23) (24) (25) (26)
(10) (27) (28) (29) (30) (31)

I — Europe
Allemagne
Autriche-Hongrie (y cumpris la princi-
pauté de Liechtenstein)
Belgique
Bulgarie
Crète
Daneinark (y conipris 1'Islande et les
ilhes Féroé)
Espagno (y compris Andorre, les Ba-
léares ct les Canaries)
France (y compris Monaeo)
Grande-Brctagne
Grèce (avec les ilhes Ioniennes)
Italie (y compris Saint-Marin)
Luxembourg
Monténógro
T>íorvè«;c
Pays-llas
o,- .ignl ( j compriW?m&m»$nFr°?Fçó-
res)
Roumanie
Russie ;
Serbie
Suède
Suisse
Turquie
Colonies britanniques 1

II — Afrique
A. Union
Algérie..
Congo (Etat Indépendant du)
Egypte
Libérie
Maroc
Tripoli (Régence do)
Tunis (Régence de)
Protectorata allemands
Colonies britanniques
Colonies et établissements espagnols...
Colonies françaises
Colonies italiennes
Colouies portugaises

B. Pays, etc., étrangers à 1'Union...

I I I — Amérique

Amérique (Etats-Unis d')


Argentine (République)
Bolivie
Brésil
Canada
ChAli
Colombie
Costa-Kiea
Cuba
Dominieaíne (République)
Equateur
Guatemala
Haiti
Ilonduras (République)
Mexique
Nicaragua
Pai-aguay
Pérou
Salvador •
Uruguay
Vénézuela
Colonies britanniques
Colonies danoises
Colonies des Etats-Unis d'Amérique 3 . .
Colonies françaises
Colonies néerlandaises
D a n s le nombre des envois
Remboursements inscrits aux D a n s le nombre des e n v o i s
Mandats de poste
c o l o n n e s 14, 15, 17, 1!) et 20 i n s c r i t s à la c o l o n n o 26

Montant total llemboursements refusés Rceouvrc- Journaux, etc.


Objects Donnaient
des Étaient ments Donnaient pervip par
de liou Étaient
Colis rembourse- à remettre par lieu abonneinent
à avis Valeur i r e m e t t r e par
ments exprès Nombre Nombre à avis
correspondance Montant de réception cxpr<?n
Nombre de paiement Nombre
Nombre Francs
Francs Nombre
Nombre Francs Nombre Nombre
Nombre
(19) (20) (21) (22) (23) (24) (25) (26) (27) (28) (20) (80) |31)

IV —Asie
A. Union.
Ohine
Corée
Inde britannique (avec Aden et Mascate)
Japon
Pcrse
Siam
Colonies britapniques 2
Colonies des Etats-Unis d'Amérique 3 . .
Colonies fratiçaises 4
Colonies néerlandaises 5
Colonies portugaises 6

j>, Pays, i-lc.. étrangers à VUnion.. .

Y—Australie et Océanie

A. Unian.
Iles Samoa
Colonies allemands"
Colonies oes Etats-Unis d'Améi , ique 8 . .
Colonies britauniques de 1'Australasie. .
Colonies francnises 9 . . .

J5, Pays. etc., étrangers à VUnion...


Totaux
(à porter ati tahhan I)

1
Malte et Uibniltar. 2 Borneo, Ceylan,-Ghyprc, Laboan et Straits-Settlements. — 3 Iles Philippines. — < Annam, Cambodge, Cochinchine Inde fran,.,!,» T , n «e»t t To n im• -r i
lamlaipes, etc. - 6 Inde povtugaise, Macao et Timor (partie orientale). - 7 n e a Carolines, iles Palaos et iles Mariannes, etc. - 8 iilieess Guam pt ^ w ,
U3m et llawai 9
I w' r i í - ~ ° . r " c l e s onentalea néei-
Aolle-Cnlcdonio. iles des Pins, iles Taíti et Toubouaí. ' ^ - — Ues Basses, iles Loyaute, iles Marquises, Nou-
D . do G . n . ° 139, d e 20 d e j u n h o .
1902 449 Junho 18

l, a Repartição MODELO A
E u F . . . , capitão do . . ., surto no porto de . . . , de-
1.» SecçSo
vendo seguir viagem para o porto de . . . , com escala por
Attendendo ao que me representou o Grovernador da . . . , declaro que recebi a meu bordo, sob prisão, os pre-
provincia de Cabo Verde, sobre a situação da Santa Casa sos relacionados no verso d'este termo, os quaes me obri-
da Misericordia da cidade da Praia, cujos bens por falta go a eonduzir em devida segurança, nos termos precoitua-
de applicação legal teem sido ha annos arrecadados pela dos no decreto de 18 de junho de 1902, que regula o
Fazenda Nacional; transporte de presos por mar na provincia de . . ., obri-
Attendendo á necessidade de salvaguardar esses bens e gando me a entregar os ditos presos á auctoridade que os
dar-lhes a applicação determinada na lei: mandar receber a meu bordo no dito porto de . . ., e á
Hei por bem, em conformidade com os n. o s 5.° e 6.° do vista de ordem escrita d'essa auctoridade.
artigo 20.° da organização administrativa da provincia de Bordo do . . . português . . ., surto no porto de . . . ,
Cabo Verde, de 24 de dezembro de 1892, declarar extin- em . . . de . . . de 1 9 0 . . .
cta a Santa Casa da Misericordia da cidade da Praia, e F...
applicar os respectivos bens em beneficio de um asylo, nos Capitão.
termos da proposta feita pelo alludido Grovernador em seu Relação dos presos que embarcaram nesta data a bordo
officio n.° 282 de 13 de agosto do anno proximo passado. do . . . português . . . com destino a . . .
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu- Nomes Ola.ssl/ieação dos presos Observações
tar. Paço, em 18 de junho de 1902. = REI. — Antonio
Teixeira de Sousa. F Compellido ao serviço militar, E preso de maior
D. do Cr. B.° 142, de 30 dc junho. julgado administrativamente. vigilancia.

F. . . . Condemnado a desterro para a


Ilha de . . . por . . . meses
pelo juiz da comarca.
Não existindo na legislação ultramarina disposição de
lei que defina as responsabilidades dos capitaes de navios F. .. . E preso transferido da cadeia
mercantes, quando nesses navios transitem presos á or- de . . . para a do julgado de
dem de qualquer auctoridade administrativa ou judiciaria, . . . por ordem de . . .
e sendo indispensavel fixar-se taes responsabilidades, a fim F. . . . E desertor do regimento . . . ,
de que os mesmos capitaes não se eximam a passar reci- batalhào ou companhia de ...
bos dos presos, como por vezes tem succedido;
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con- F. . . . E degredado, condemnado por
selho de Ministros; e sentença da Relação, etc., por
. . . annos, e que vae cum-
Usando da auctorização que me é concedida pelo § 1.° prir a pena na provincia de
do artigo 15.° do 1.° Acto Addicional á Carta Constitucio-
nal da Monarchia:
Hei por bem decretar o seguinte: F. . . . Foi capturado nesta provincia
Artigo 1 O s capitaes ou mestres dos navios portugue- á requisição de . . . , e segue
ses de longo curso ou de cabotagem que tocarem nos por- para . . .
tos das provincias ultramarinas, sSo obrigados a assignar
recibo de embarque (modelo A) dos presos que, como pas- MODELO B
sageiros, forem conduzidos a bordo dos respectivos navios; Eu F. . . . , administrador do concelho ou commandante
e assumem a respeito da guarda e segurança de taes pre- da policia, etc., de . . . , certifico que o capitão do . . . por-
sos responsabilidade analoga á dos carcereiros das cadeias tuguês . . . entregou neste porto, sob custodia, os presos
civis (artigos 192.° e 193.° do Codigo Penal). mencionados no verso d'este documento, os quaes receberá
. Art. 2." Os presos que transitarem sem escolta serão no porto de . . . com destino a esta de . . . .
mantidos a bordo em segurança, podendo o capitão em- Cidade ou villa de . . ., em . . . de . . . de 190. . .
pregar para este effeito os meios ao seu alcance, com cri-
terio e attenção aos deveres da humanidade. F. . .
Art. 3.° Os recibos de que trata o artigo 1.° serão irn- (Administrador ou . , . ) etc.
pressos e preenchidos em todos os seus dizeres pela re- Certifico que deixou de desembarcar o preso F . . . (clas-
partição que expede os presos. Taes recibos consignarão sificação, etc.) por ter fallecido em viagem (a) conforme o
termo de responsabilidade e serão assignados em duplica- affirmou o capitão em documento devidamente authenticado.
do, servindo, um de guia para ser entregue com os pre- Cidade ou villa de . . . em . . . do, . . . de 190. . .
sos, no porto do destino, á auctoridade que houver de fa-
zê-los desembarcar, e outro de caução á auctoridade que F...
ordenou o embarque. (A auctoridade acima).
§ unico. Quando os presos desembarcarem, o capitão ou (a) Notar se o fallecimento foi por doença ou por accidente in-
mestre cobrarâ recibo (modelo B) da auctoridade mariti- voluntario, ou por proposito do preso, lançando-se ao mar, etc.
ma, policial ou militar, que receber us ditos presos.
Art. 4.° O transporte de presos dentro da provincia ou Relação dòs presos transportados de . . .
para fóra d'esta deverá fazer-se, em regra, em navio do para esta . . . da . . . a bordo do . . . português
Estado, havendo-o, ou nos paquetes nacionaes das carrei- em . . . de . . . de 190. . .
ras regulares; e, extraordinariamente, em outros navios
Nomes Classificação ObBervaçôes
nacionaes, quando seja urgente a remoção, ou haja falta
ou interrupção de transportes regulares. F. . . . Ete. (a)
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça executar. F. . . . Etc. (a)
Paço, em 18 de junho de 1902. = REI. = Antonio Tei-
xeira de Sousa. (o) Analogas ás do modelo A. D. do G. n.° 143, de 1 de julho.

29
Junho 18 450 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA mas expedidos da metropole, está incluida nas respecti-
vas tabellas.
Secretaria Geral E descritas todas as despesas, o orçamento de todas-
as possessões ultramarinas, pelo balanço das receitas com
Sendo indispensavel, nas circunstancias actuaes do The- as despesas, fecha com um dejicit de 13:1960586 réis.
souro, que haja a mais severa economia na applicação dos E sabendo-se que no exercicio de 1 8 9 9 - 1 9 0 0 fechoucom
dinheiros publicos : manda Suft Majestade El-Rei, pela Se- um dejicit de 1.595:3990750 réis, sem incluir as avultadas
cretaria. Geral do Ministerio dos Negocios da Fazenda, com- despesas com expedições extraordinarias, reconhecer-se-
municar ás diversas repartições do mesroo Ministerio que. ha que, quasi saldada agora a administração financeira
a partir de 1 de julho proximo futuro, cessam todos os abo- das colonias e desembaraçados da necessidade de recorrer
nos concedidos a titulo de gratificações, ajudas de custo, ta- a expedições militares extraordinarias, as quaes, só de 12
refas, perccntagens, serões, etc., quando não estejam espe- de outubro de 1899 a 31 de maio de 1902 (Lourenço Mar-
cificadamente auctorizados no Orçamento Geral do Estado ; ques), custaram ao Thesouro da metropole 2.479:7510867
devendo os chefes superiores dos serviços, em relação aos réis, as circunstancias e a severidade na administração
trabalhos que demandem imperiosamente uma remuneração colonial proveitoso beneficio teem trazido á situação fi-
extraordinaria, justiíicar a sua necessidade indicando a nanceira da metropole.
natureza d'esses trabalhos, sua duração, nomes e graduações *
dos empregados, para elles propostos, a fira de que o Go- # *
verno resolva sobre o abono da remuneração durante o O orçamento geral das receitas e despesas das provin-
anno economico, conforme julgar mais conveniente aos in- cias ultramarinas para o exercicio de 1902-1903, mostra
teresses do Estado. nos seus resultados geraes o seguinte:
Paço, aos 18 de junho de 1902. = Fernando Mattozo Receitas:
Santos. Impostos directos 3.130:7770500
D . do G . ii.° 160, do 28 de jullio.
Impostos indirectos 3.258:3710800
Bens proprios e rendimen-
tos diversos 1.368:0360280
Compensações de despesa 26:116?$600 7.783:3020180
MINISTERIO DOS NEGOCIOS Dá MARINHA E ULTRAMAR
Despesas ordinarias:
I n s p e c ç ã o Geral de F a z e n d a do U I t r a m a r Administração geral 1.793:5930688
Administração de fazenda 613:3270649
Senhor.—Tenho a lionra de apresentar á superior apre- Administração de justiça. . 182:8230925
ciação de Vossa Majestade o projecto do orçamento geral Administração ecclesiastica 274:0440201
das nossas possessões ultramarinas, que, por motivos im- Administração militar 3.036:1080013
periosos, não póde ser opportunamente presente ás Côrtes. Administração de rnarinha 523:8460427
Sendo certo que ó rigorosamente executado o decreto de Encargos geraes 253:7220444
14 de setembro de 1900, que não permitte que se faça des- Diversas despesas 406:3490568
pesa, que se ordene pagamento que não esteja previsto Exercicios findos 22:2000000
nas tabellas orç.amentaes, indispensavel se tornava que Capitulo addicional 457:9860251
estas fossem cuidadosamente elaboradas, com previo es- 7.564:0020166
tudo das necessidades da administração colonia! e do ri- Despesas extraordina-
goroso ciunprimento das disposições legaes. rias 232:4960600 7.796:4980766
Reconhecia, alem d'isso, o Governo a imperiosa neces- Excesso das despesas sobre as receitas 13:1960586
sidade de dar execução ao decreto de 14 de novembro de
1901, que reorganisou as forças militares ultramarinas, A receita para o exercicio de 1902-1903, calculada em
indispensavel para q,ue a ordem publica, o respeito á ban- 7.783:3020180 réis, é dividida pelas proviíicias ultrama-
deira portuguesa, a occupação territorial — sem a qual o rinas, conforme o seguinte quadro:
nosso commercio fenece e a nossa soberania se abala—•
tivessem logar sem o enorme dispendio de extraordinarias Cabo Verde 443:7400000
expedições militares, de acção restricta e occasional, e Guinó 129:9100000
convencido da conveniencia de lhe dar inteira execução S. Thomé e Principe 639:8700000
no anno economico de 1902-1903, para o que era indis- Angola 1.743:4120000
pensavel reformar as tabellas de despesa de harmonia com Moçambique 3.094:6980000
os novos quadros, foram razões que obstaram á não apre- India 957:1860800
sentação do orçamento geral das provincias ultramarias ás Macau 655:9910680
Côrtes. Timor 118:4930700 7 783 .3Q2^180
Alem d'isso, estava eu vivamente empenhado em que o
orçamento viesse acompanhado do maior numcro possivel As despesas ordinaria e extraordinaria para o mesmo
de esclareeimentos, por maneira a tornar facil a sua com- exercicio são assim distribuidas:
prehensão e execução. Cabo Verde 345:9590741
Em tudo se gastou muito tempo e porfiado trabalho. Guiné 214:7780862
Os mappas que acompanham este projecto de decreto, S. Thomé e Principe 382:5050364
as notas prcliminares ás verbas de receita e de despesa, Angola 2.026:2110149
ao mosmo tempo que esclarecem o mais importante do- Moçambique 3.127:7360620
cumcnto da administração ultramarina, fazem honra á Ins- India 1.074:6440930
pecção Geral de Fazenda do UItramar, de cuja benefica Macau 445:6870821
acção resullou liaver agora o inteiro conhecimento da ad- Timor 178:9740279 1 1Q Q.Aml6Q
ministração da fazenda das colonias.
Como será facil de reconbecer, toda a despesa, paga Comparando as receitas previstas com as que foram
nas colonias ou paga na metropole em conta das colonias, computadas no orçamento de 1901-1902, approvado por
dcsde a que corresponde á completa execução da reorga- decreto com força de lei de 24 de agosto de 1901, encon-
nização das forças ultramarinas até á verba de telegram- , tram-se as differenças que se seguem:
1902 451 Junho 18

Differenças
Orçamento Tabellas vigentes entre o orçamento
de 1902-1903 de 1901-1902 de 1902-190"
e o de 1901-1902

Impostos directos 3.130:7774500 2.824:4604627 + 306:3164873


3 258:3714800 3.363:4984503 + 376:5104030
Impostos indirectos — 105:1264703
Proprios e rendimentos diversos 1.368:03642S0
26:1160(500 1.323:9594723 + 70:1934157 — 105:1264703
Compensações de despesa
7.783:3024180 7.511:9184853 1 + 271:3834327

A s provincias ondo teve logar o augmento calculado tiva do ultimo anno economico,, outras pelo calculo do
nas receitas para 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , são as seguintes: termo medio do producto liquido dos tres annos economi-
cos anteriores, por serem de natureza muito variavel; e
Cabo Verde 24:540^(000 para o computo de algumas, por circunstancias especiaes,
Guiné 3:870,8000 tive de afastar-me de um e de outro d'estes preceitos.
S . Thomé e Principe 113:730^000 O mappa n.° 2 apresenta desenvolvidamentc, por cada
Moçambique 260:018^262 provincia ultramarina, e por cada especie de receita, as
Macau 28:457^600 verbas de previsão que se inscreveram nos respectivos
Timor
5:111^700 435:727^562 orçamentos, e qual o rendimento total de cada imposto
para o proximo exercicio em todo o uitramar, demons-
Para menos em A n g o l a . 101:603^235
trando as observações juntas ás tabellas de cada provin-
Para menos na India. . . 62:681^000 164'344$235
cia, qual a cobrança de cada rendimento nos tres ultimos
271:383^327 annos economicos e que justifica as verbas que se pro-
põem.
O mappa n.° 1 apresenta minuciosamente a compara- O orçamento das despesas organizado como determinam
ção entre o orçamento para 1 9 0 2 - 1 9 0 3 de cada provin- os artigos 13.° e 14.° do decreto de 14 de setembro de
cia ultramarina e por cada receita, e o orçamento para 1900, e 41.° e 210.° do decreto regulamentar de 3 de ou-
1 9 0 1 - 1 9 0 2 , decretado em 2 4 de agosto de 1901. tubro ultimo, tendo por base as propostas dos governado-
A s receitas foram calculadas como determina o artigo res das provincias ultramarinas, compararlo com as tabel-
206.° do decreto regulamentar de 3 de outubro de 1901, las decretadas em 2 4 de agosto de 1 9 0 1 , dá o seguinte
tendo por base, em regra, a importancia da receita effec- quadro:

Differenças
Orçamento Tabellas vigentes entre o o r ç a m e n t o
para 1902-1903 para 1901-1902 de 1 9 0 2 - 1 9 0 3
e 0 de 1901-1602

Administração geral 1.793:5934688 2.277:5194315 — 483:9254627


Administração de fazenda.. 613:3274649 612:9904113 + 3374536
Administração de justiça . . . 182:823á925 176:1094025 6:7144900
Administração ecclesiastica 274:04442(11 270:2644114 3:7804087
Administração militar 3.036:1084013 2.085:3444757 — 950:7634256
Administração de marinha.. 523:8464427 508:8774034 — 14:9694393
Encargos geraes 253:7224444 570:7664829 — 317:0444385
Diversas despesas 406:3494568 706:1254347 — 299:7754779
Exercicios findos 22:2004000 21:7654190 -f 4344810
Capitulo addicional 457:9864251 -4- + 457:9864251
Somma da despesa ordinaria 7.564:0024166 7.229:7614724 + 334:2404442
Despesa extraordinaria 232:4964600 376:4324800 — 143:9364200
7.796:4984766 7.606:1944524 + 190:3044242

O augmento nas despesas dá-se nas seguintes provincias:


Guiné ' 6:698$537
S. Thomé e Principe 10:251^110
Angola 32:138$768
Moçambique 77:435^254
India 40:224^900
Macau 19:3450825
Timor
14:577^809 206:672^203
Para menos em Cabo Verde 16:367$961
190:304^242
E x c e s s o das despesas para o anno de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 :
Sendo o augmento na despesa ordinaria 334:240^442
E a diminuição na extraordinaria 143:936$200
190:304^242
Eesulta a differença:
Deficit calculado em 1 9 0 1 - 1 9 0 2 92:410^005
Dèficit calculado em 1 9 0 2 - 1 9 0 3 13:196$586

Para menos no exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 78:213<5!419


Junlio 19 452 1902

É com viva satisfacão que o Govcrno tem a esperança res para o Transvaal passou dc 143:0000000 réis, a ren-
de, em prazo muito curto, ver a administração das colo- der 3160000 réis.
nias fechar com importante saldo, que uma boa orienta- Felizmente, esta situação é passageira, por ser devida a
ção administrativa applicará ao desenvolvimento da via- uma causa inteiramente accidental. Terminada a guerra, a
ção accelcrada que sirva os, até agora, sertÕes inexplora- provincia está voltando á actividade, e o districto de Lourenço
dos. Marques está novamente a caminho de ser o mais impor-
O exercicio de 1 8 9 9 - 1 9 0 0 fechou com um ãejicit de tante emporio commercial da Africa do Sul. Antes de ter-
1.595:3990750 réis, c no orçamento geral da metropole minada a guerra, em fins do anno de 1901, foi celebrado
para o exercicio de 1900-1901, sob a rubrica «despesas um acordo de moãus vivenãi entre o Governo Geral de
geraes das provincias ultramarinas», foi inseripta a verba Moçambique e o Govcrno Inglês da Africa do Sul, que
de 700:0000000 réis. Esta verba era destinada a eobrir o desde logo reanimou o commercio de Lourenço Marques,
ãejicit da administração colonial, e desde alguns annos e que, no periodo de paz, garante no nosso porto, ao
íigurava no orçamento do reino, sendo ainda largamente nosso caminho de ferro as vantagens que tinhamos pelo
excedida, como aconteccu no exercicio de 1 8 9 9 - 1 9 0 0 e tratado e combinações de tarifas ferro-viarias com o Trans-
anteriores. vaal.
No fim do exercicio de 1 9 0 0 - 1 9 0 1 importante saldo A animação que se nota em Lourenço Marques, a con-
ficou já da verba de 700:0000000 réis", a clespeito da queda sideravel valorização de terrenos para construcções, que
de receita da provincia de Moçambique, consequencia da são procurados com soffreguidão, são a prova da confiança
guerra sul-africana. na sua prosperidade, e justificam a confiança de que a
Para o exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 já foi reduzida a réis provincia rapidamente se restabelecerá do abalo experi-
400:0000000 a verba inseripta sob a rubrica «despesas mentado nas receitas, mormente com o desenvolvimento
geraes das provincias ultramarinas». rapido dado ás obras do porto de Lourenço Marques, em
O mappa n.° 3 mostra que em 31 de rnaio, isto é, fal- que o Governo está empenhado; obras, cujos encargos de
tando apenas um mês para terminar o anno economico, construcção sairão do producto da venda de terrenos con-
para que fôra inseripta a verba acima referida, d'ella ape- quistados ao mar, e das quaes resultará receita calculada
nas estavam gastos 33:0000000 réis, havendo em saldo em 37:000 libras por anno.
367:0000000 réis. Notavelmente cairam as receitas da provincia de An-
Examinemos agora as razões que justificam a esperança gola, cuja cobrança foi em 1 8 9 9 - 1 9 0 0 de 1.841:8980968
de que, em futuro proximo, a administração das colonias réis para, em 1900-1901, ser de 1.345:3890308 réis.
correrá com importante saldo. Com tão accentuadas quebras de receita, que se teem
Era já e grande, no exercicio corrente, se circunstan- mantido no anno corrente, a metropole tinha despendido
cias accidcntaes não houvessem reduzido as receitas. A no fim do undecimo mês da gerencia 33:0000000 réis, da
guerra sul-africana trouxe ás finanças da provincia de Mo- verba de 400:0000000 réis, descripta no orçamento da
çambique consideravel decrescimento de receitas, salien- metropole para occorrer ao ãejicit das provincias ultrama-
tando-se principalmente no districto de Lourenço Mar- rinas. Bastará que a provincia de Moçambique obtenha a
ques. melhoria que resulta da terminação da guerra para que o
O caminlio de ferro, desde a fronteira a Pretoria, tendo saldo geral das colonias se saliente.
passado a ser explorado pela «Imperial Military Railway», E isto sem contar com a modificação das condições em
foi durante a guerra quasi exclusivamente empregado no que se encontra a provincia de Angola, que, pela queda
serviço de tropas, cessando por esse motivo o transporte consideravel do valor da borracha, e pela imprevidencia
de mercadorias e de passageiros procedentes de Lourenço com que deu desenvolvimento á industria da producção de
Marques. aguardente, com sacrificio quasi absoluto das culturas que
Cessou, portanto, e quasi completamente o trafego no não fossem as da cana saccharina, atravessa difficulda-
nosso caminho de ferro, o que era grave sob o ponto de des economicas, com as correlativas difficuldades finan-
vista das receitas, e foi, por consequencia, consideravel- ceiras. Tudo leva a crer que a crise, como em outras epo-
mente reduzido o movimento na Alfandega de Lourenço cas tem acontecido, seja de effeitos efemeros, e que, das
Marques, qucr de mercadorias em transito para o Trans- medidas adoptadas e a adoptar, resultará salutar modi-
vaal, quer destinadas ao commercio da cidade de Lou- ficação.
renço Marques, o que era gravissimo. D a protecção á industria da producção do assucar e á
Consequencia ainda da guerra, cessou o trabalho nas cultura do algodão, em execução dos decretos de 2 de se-
minas do Rand, aonde o indigena ia buscar os recursos tembro de 1901; dos trabalhos de construcção do cami-
necessarios para o pagamento de impostos devidos ao Es- nho de ferro de Benguella, em curto prazo iniciados, e
tado, do que resultou um abaixamento consideravel na que modificarão já durante a construcção a situação eco-
cobrança do imposto de palhota; da crise inlierente á nomica do districto do mesmo nome; da occupação effe-
guerra resultou o afrouxamento na cobrança de todos os ctiva do hinterland da provincia, principalmente do districto
impostos ao sul do Zambeze e, reílectidas difficuldades de da Lunda; do estabelecimento de postos militares no inte-
toda a ordem na exploração dos prazos da Coroa., houve rior e na fronteira, que notavel desenvolvimento trarâo ao
necessidade de conceder-lbes adiamento das rendas. commercio com o gentio, evitando a derivação para paises
Do tudo isto resultou que as receitas cobradas na pro- estranhos; de novas medidas que o Governo proporá a
vincia de Moçambique se aproximassem das cobradas no Yossa Majestade, é legitimo esperar effeitos salutares con-
anno de 1900-1901, accusando, por isso, um notavel tra a crise em que a provincia se tem debatido, que serão
abaixamento em relação aos annos anteriores, como se vê seguros se fôr conseguivel modificar as condições em que
do seguinte quadro: se faz a exploração do caminho de ferro de Ambaca, e
obter o seu prolongamento até Cassange ou, pelo menos,
1898-1899 3.136:3960922 até Malange.
1899-1900 2.842:4760168 Tem o Governo razões de valor para acreditar que, em
1900-190 1 2.338:5890179 futuro proximo, melhorará a situação financeira do Estado
da India.
A cobrança no anno de 1900-1901 foi, como se vê, Nos seis annos que precederam o anno de 1900-1901 v
inferior á mcdia dos dois annos anteriores na importancia metropole pagou, em cada um d'elles, £ 73:000 de garan-
de 650:8470366 réis. tia de juro do Caminho de Ferro de Mormugão, cujo tra-
tíó a receita provenientc da emigraç.ão de trabalhado- fego foi reduzido consideravelmente em virtude de acor-
1902 453 Junho 18

dos tarifarios feitos entre as companhias inglesas contra a* álem de facilitar a oecupação effectiva das nossas possessões,
« W e s t of India Portuguese Railway» que explora o nosso e de ássegurar permanentemente a ordem e a tranquillidade
caminho de ferro. Nos dois ultimos annos o Estado da sem o recurso de expedições extraordinarias, traria impor-
India tem concorrido com cêrca de metade da importancia tante reducção de despesa.
da garantia de juro, sendo o restante pago pela metro- Na verdade, alem das despesas com expedições milita-
pole. res, que desde 1891 teem custado em media annual ao
E m breve lapso de tempo espera o Governo que tenha Thesouro da metropole 5 5 7 : 5 1 6 0 8 1 6 réis, nos orçamentos
realidade um acordo entre a « W e s t of India Portuguese das provincias ultramarinas figurava a importancia de réis
Raihvay» e a «SouthernMaratha Railway», de que resultará 2 . 3 8 6 : 8 3 3 ^ 3 2 4 como sendo a despesa do exercito ultra-
um consideravel augmento de trafego pelo porto de Mor- marino propriamente dito.
mugão e pelo caminho de ferro, aliviando o Estado da In- A nova organização custaria :
dia e o Thesouro da metropole dos pesados encargos da
Com os effectivos minimos 1.660:7310630
garantia de juro, se não completamente, pelo menos em
Com effectivos maximos na provincia de
grande parte.
Moçambique 1.997:4950595
Com o incremento que de anno para anno tomam as re-
Com effectivos maximos em Angola e Mo-
ceitas de outras colonias, sobretudo de S. Thomé, as pro-
çambique 2.234:5650925
vincias ultramarinas viverão com os seus proprios recursos,
e d'elles auferirão os meios para melhoramentos materiaes Nas tabellas para o exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , no capi-
indispensaveis. tulo 5.°, figura a despesa com a verba de 3 . 0 3 9 : 0 4 6 0 1 8 8
Como argumento de irrefutavel evidencia para a de- réis. E esta differença que carece de explicação, aliás b e m
monstraçâo de que as colonias vivem j á dos seus recursos, simples.
a despeito da queda de receita na provincia de Moçambi- Determinando o artigo 34.° do decreto regulamentar de
que em consequencia da guerra sul-africana e da crise de 3 de outubro, e o artigo 69.°, § 3.°, do decreto de 14 de
Angola, queda notavel como já ficou demonstrado, apre- novembro de 1901, que o processo e liquidação de todas
sento o que se passa com a expedição militar que está no as despesas militares e de serviços que tenham organiza-
districto de Lourenço Marques. ção militar, passassem a ser feitos pelas repartições cle fa-
A s despesas com expedições militares, por isso mesmo zenda militares junto ás secretarias dos quarteis generaes,
que não são previstas nas tabellas, foram sempre pagas por houve necessidade de reunir no capitulo 5.° do orçamento
creditos extraordinarios abertos na metropole, e assim se de cacla provincia todas as despesas de caracter militar,
procedeu em relação ás expedições enviadas a Moçambi- transferindo para o mesmo capitulo as que estavam des-
que ató novembro de 1901. criptas nos capitulos 1.°, 7.° e 8.° dos referidos orçamentos,
D e s d e esta data até 3 1 cle maio, a expedição de Lou- para d'esta maneira ser facilitado o processamento, liqui-
renço Marques foi paga pelos recursos ordinarios da pro- dação e classificação das despesas militares, separando-as
vincia, na importancia cle 3 7 5 : 0 0 0 0 0 0 0 réis. S e fôra aberto por completo da repartição de fazenda civil.
credito extraordinario no reino, liaveria aquella disponibi- A differença de 9 5 0 : 7 6 3 0 2 5 6 réis, entre o capitulo 5."
lidade no cofre cla provincia. (administração militar) das tabellas vigentes e a importan-
Demonstrado, como já ficou, que as colonias pesaram cia do mesmo capitulo para o exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 ,
sobre a metropole até 3 1 de maio do anno corrente apenas como se v ê do quadro comparativo das despesas, é, na
com 3 3 : 0 0 0 0 0 0 0 réis, demonstrado fica que as finanças co- sua quasi totalidade, o resultado d'aquella transferencia.
loniaes teem corrido equilibradas, e que a melhoria das cir- Com o fim não só de se verificar qual a despesa com a
cunstancias, que j á agora ó manifesta, determinará saldo organização militar decretada em 14 de novembro cle 1 9 0 1 ,
consideravel em curto prazo. mas tambem pelo motivo do processamento e liquidação
E s t e resultado é obtido sem exhaurir os depositos das da despesa e conveniencia de se conglobar toda a despesa
provincias, como se v ê do balanço dos saldos existentes de caracter militar no mesmo capitulo, foi dividido o capi-
nos cofres das provincias, releridas a 31 de março de 1902: tulo 5.° dos orçamentos em duas partes, sendo descripta
na primeira toda a despesa com a organização militar de-
Pertoncentcs
;i F a z e n d a
cretada em 14 de novembro de 1901, e na segunda toda a
despesa com os serviços que teem organização militar, mas
Cabo Verde 118:692^843
que vinham figurando em outros capitulos dos orçamentos.
Guiné 30:0890912
S. Thomé e Principe 548:8950513 Assim:
Moçambique 5201262
Macau 61:3930587 Colonias Parte l . 1 P a r t e 2." Total

789:5920117
Cabo Verde . . 50:2394555 64:4654425 114:7044980
A s receitas criadas pela lei de 17 de agosto de 1899 com Guiné 62:3374305 46:7864451 109:1234756
applicação á construcção do caminho de ferro de Benguel- S. Thomé . . . . 66:7234200 44:6644385 111:3S74585
la, cobradas no reino, existem integralmente no Ministerio Angola 690:8784589 265:6894840 956:5684429
da Fazenda, e as cobradas na provincia de Angola teem Moçambique . 876:3124865 252:7214550 1.129:0344415
161:4574693 207:1394969 371:5974662
cofre e escripturação especiaes. 103:5474034 54:3084332 157:8554366
58:6864735 27:1494085 85:8354820
*
2.073:1824976 962:9254037 3.036:1084013
Nas respectivas notas preliminares se encontrará a ex- Assim se v ê que a organização militar, como foi decre-
plicação das differenças entre o calculo de algumas despe- tada em 14 de novembro de 1901 e como foi m a n d a d a j á
sas do exercicio corrente e as propostas para o exercicio executar, custa 2 . 0 7 3 : 1 8 2 0 9 7 6 réis ou menos do que o
futuro. Faço mencão especial da despesa do capitulo 5.° exercito ultramarino, conforme as tabellas vigentes, reis
do 246:5480798.
orçamento de despesa de cada uma das colonias, para Gastando menos esta importancia do que a despendida
que bem se possa comprehende! - a sua signilicação. com a organização militar substituida, inutil pela sua de-
No relatorio que precedeu o decreto de 14 de novem- feituosa organização, as colonias fiearão com os indispen-
bro de 1901, relativo á organização das forças militares saveis elementos dc ordem c de occupação, e a metropole
ultramarinas, fiz a affirmação dc quc a nova organização,
Junho 18 454 1902

dispensada das expedições extraordinarias, que desde 1 8 9 0 - Art. 2.° Os impostos e mais rendimentos, constantes
1891 eustaram ao Thesouro da metropole, sem contar com do referido mappa, continuam a ser arrecadados no exer-
o que foi pago nas provincias por varios recursos obtidos, cicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 como receita do uitramar.
6.063:0000000 réis. Art. 3.° Continuarào igualmente a cobrar-se no exerci-
No capitulo respectivo dos orçamentos se vê como é exe- cio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 os rendimentos das provincias ultrama-
cutada a organização militar, e como foi realizada a previ- rinas e districto autonomo de Timor que não tenham sido
são do quo foi exposto no relatorio que a precedeu, arrecadados até 30 de junho de 1902, qualquer que seja 0
exercicio a que pertencerem, applicando-se do mesmo modo
#
0 seu producto ás despesas publicas auctorizadas por lei.
* *
§ unico. Todos os impostos serão pagos pelos contri-
Pela primeira vez se inclue nos orçamentos das posses- buintes em moeda corrente.
sões ultramarinas, para o exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , um ca- Art. 4.° No exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 continuam consti-
pitulo addicional, sob o titulo de «Quotas com que a pro- tuindo receita, com applicação ao fundo especial destinado
vincia concorre para as despesas que constituem encargo á construcção do caminho cle ferro de Benguella, os ren-
do uitramar e que teem de ser liquidadas e pagas na me- dimentos fixados na carta de lei de 17 de agosto de 1899,
tropole pela 7. a Repartição da Direcçâo Geral da Contabi- ficando em deposito nos cofres da Fazenda á ordem do
lidade Publica», e faz-se isto com o fim de o orçamento Ministerio da Marinha e UItramar, e serão escripturados
representar um documento tão exacto quanto é possivel em harmonia com as prescripções do decreto regulamen-
ser um orçamento de previsão. tar de 3 de outubro de 1901, sendo expressamente pro-
A importancia do capitulo é de 457:9860251 hibido applicá-los a outro qualquer destino.
Art. 5.° Os cmolumentos fixados na tabella de 16 de
A despesa não é nova; ó nova a inscripção de algumas abril de 1867 pela expedição dos despachos de licenças
verbas. aos funccionarios do uitramar, realizada pela Direccão
E m differentes artigos dos orçamentos co- Geral do UItramar, Inspecção Geral de Fazenda do UI-
loniaes estava já descripta parte da des- tramar e Direccão dos Caminhos de Ferro Ultramarinos,
pesa do novo capitulo, na importancia de 313:1860251 constituem receita das provincias ultramarinas.
§ unico. A 6. "Repartição da Direccão Geral do UItramar
Incluiram-se pela primeira vez nas tabellas de cada pro- passará a guia, estatuicla no clecreto de 30 de abril de 1896,
vincia, como despesa provavel, as seguintes verbas que para os referidos emolumentos serem creditados no Banco
se pagavam 110 reino sem auctorização orçamental: de Portugal 110 deposito de cada provincia ultramarina.
Art. 6.° O imposto de renclimento, descontado pela 7. a
Passagens da metropole para as colonias.. 100:0000000
Repartição da Direcção Geral da Contabilidade Publica
Ajudas cle custo 18:0000000
aos funccionarios do uitramar, em qualquer situação que
Telegrammas expedidos da metropole. . . . 26:8000000 se encontrem no reino, e que recebam venciinentos pelos
Verbas transferidas cle diversos capitulos cofres do uitramar, constitue receita das provincias ultra-
dos orçamentos em vigor para 0 capitulo marinas, devendo mensalmente ser arrecadado no Banco de
addicional 313:1860251 Portugal, no deposito respectivo a cada provincia, para fazer
457:9860251 face ás despesas a pagar por conta das mesmas provincias.
Art. 7.° O producto da venda dos bens nacionaes no
Tenho assim, summariamente, justiíicado 0 seguinte Estado da India constitue receita ordinaria da provincia,
projecto de decreto que tenho a honra de apresentar á e será incluido annualmente no capitulo xn da tabella de
apreciação de Vossa Majestade. receita do orçamento da mesma provincia, ficando por
Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e UItra- esta fórma alterado 0 disposto no artigo 5.° do decreto de
mar, 19 de junho de 1902. = Antonio Teixeira, de Sousa. 15 de setembro de 1880.
Art. 8.° A taxa do imposto do mussoco na provincia de
Moçambique continua a ser de 10200 réis, conforme foi
Attendendo ao que me representou 0 Ministro e Secre- fixado no orçamento provincial de 1897, emquanto legal-
tario de Estado dos Negocios da Marinha e UItramar, e mente não fôr modiíicada ou alterada nos termos do ar-
á urgencia de regular a receita e a despesa das provin- tigo 9.° do regulamento de 7 de julho de 1892.
cias ultramarinas, em harmonia com as modiíicações e al-
terações administrativas e fiscaes já determinadas para CAPITULO I I
as mesmas provincias, tendo ouvido a Junta Consultiva
do UItramar e 0 Conselho de Ministros; Da d e s p e s a publica
Usando da faculdade concedida pelo § 1.° do artigo 15.° Art. 9.° São fixadas as despesas ordinarias e extraor-
do 1." Acto Addicional á Carta Constitucional da Mo- dinarias das provincias ultramarinas e districto autonomo
narchia : de Timor, no exercicio de 1902-1903, na quantia de réis
Hei por bem decretar 0 seguinte: 7.796:4980766, conforme 0 mappa junto que faz parte da
presente lei; a saber:
CÁPITULO I Despesa ordinaria
Da reccita publica Governo e administração geral 1.793:5930688
Artigo 1.° A receita das provincias ultramarinas e do Administração de fazenda 613:3270649
districto autonomo de Timor é calculada, para 0 exercicio Administração de justiça 182:8230925
de 1902-1903, em 7.783:3020180 réis, conforme 0 mappa Administração ecclesiastica 274:0440201
junto que faz parte da presente lei; a saber: Administração militar 3.036:1080013
Administração de marinha 523:8460427
Impostos directos 3.130:7770500 Encargos geraes 253:7220444
Impostos indirectos 3.258:3710800 Diversas despesas 406:3490568
Proprios e diversos rendimentos 1.368:0360280 ]I Exercicios findos 22:2000000
CompensaçÕes de despesa 26:1160600 Capitulo addicional 457:9860251
7.783:3020180 7.564:0020166
1902 455 Junho 18

Despesa extraordinaria .ordenarão a transferencia para a metropole, no principio


Cabo Verde 14:000^000 de cada mês, por meio de letras, das caixas filiaes ou agen-
Guiné 2:0000000 cias do Banç.o Nacional Ultramarino, passadas á ordem
S. Thomé e Principe 77:6150000 do Ministro da Marinha e UItramar, da importancia da
Angola 62:4700000 duodecima parte das verbas inscriptas no capitulo addi-
Moçambique 64:7910600 cional do orçamento de cada provincia, em relação ao
India 4:8000000 duodecimo do mês anterior, para fazer face ás despesas
Macau , 4:3200000 que, por conta de cada provincia, teem de ser liquidadas
Timor 2:5000000 e,pagas na metropole pela 7.® Repartição da Direeção Ge-
ral da Contabilidade Publica.
232:4960600 Art. 19.° A importancia do vencimento dos funcciona-
rios civis, militares e ecclesiasticos, em serviço ou com li-
Art. 10.° Os quadros das diversas repartições das pro- cença no reino, que esteja inscripta nas tabellas de des-
vincias ultramarinas, inscriptos nas tabellas annexas a pesa de cada provincia ultramarina e que tambem tenha
este decreto, bem como os vencimentos correspondentes, de ser liquidada e paga pela 7. a Repartição da Direeção
são approvados, considerando-se como se fossem estabele- Geral da Contabilidade Publica, será da mesma fórma re •
cidos por leis especiaes. mettida, no principio de cada mês, em relação ao mês an-
§ unico. Os empregados, cujos vencimentos foram ahi terior, em letras das caixas filiaes ou agencias do Banco
alterados, só teem direito a recebê-los, conforme as ta- Nacional Ultramarino á ordem do Ministro da Marinha e
bellas, desde a data da publicação d'este decreto nos res- UItramar.
pectivos Boletins Officiaes das provincias ultramarinas e Art. 20.° As despesas effectuaclas em cada provincia
districto autonomo de Timor. ultramarina, por conta de outra, serão ajustadas directa-
Art. 11.° O pessoal perrnanente a que se refere o § 1.° mente entre as mesmas provincias, desde o 1.° de julho
do artigo 2.° do decreto com força de lei de 19 de outu- do proximo anno economico, nos termos da alinea g) do
bro de 1900 constará unicamente de um engenheiro direc- n.° 3.° do artigo 64.° do decreto regulamentar cle 3 de
tor, chefe de uma das secções, e de um engenheiro ad- outubro de 1901.
junto, chefe da outra secção. Art. 21.° Os funccionarios militares que exercerem func-
§ 1.° Os vencimentos cVeste pessoal serão os estabele- ções fiscaes prestam contas de quaesquer actos referentes
cidos no § 3.° do citado artigo, competindo tambem ao ás mesmas funcções perante as respectivas repartições su-
engenheiro adjunto a gratificação de exercicio igual á periores de fazenda ou concelhias, de quem sejam dele-
quarta parte do vencimento de categoria. gados.
§ 2.° As disposições d'este artigo e do paragrapho an- Art. 22.° Aos empregados civis, militares e ecclesiasti-
tecedente são consideradas de execução perrnanente. cos que se acharem no reino no gozo de licença, que não
Art. 12.° Os thesoureiros geraes das provincias ultra- seja registada, e que não possam seguir para o uitramar,
marinas, que tiverem provimento definitivo nos seus car- finda a mesma licença, por falta de transporte immediato,
gos por nomeação regia, ficarão addidos ás repartições continuar-se-ha a abonar até á data do embarque o ven-
superiores de fazenda logo que nas mesma3 provincias en- cimento que estejam percebendo.
tre em execução a carta de lei de 27 de abril ultimo, até Art. 23.° Os empregados que se acharem no reino no
que tenham outro destino. gozo de licença concedida ao abrigo do artigo 6.° do de-
Art. 13.° Nenhurn contrato de alistamento a praças in- creto de 11 de agosto de 1900, e estiverem finda ella,
digeuas se effectuará no anno economico de 1902-1903 por doença, impossibilitados cle seguir para o seu destino,
no Estado da India o na provincia de Macau, emquanto serão, a seu pedido, presentes á Junta de Saude do UItra-
existirem praças supranumerarias. mar, que, julgando d'essa impossibilidade, lhes arbitrará
Art. 14.° Nos documentos de despesas publieas exce a licença indispensavel, vencendo durante este tempo
clentes a 100000 réis, a que se refere o § 1.° do artigo 53.° 80 por cento do seu ordenado, soldo ou congrua.
do decreto regulamentar do 3 de outubro de 1901, o re- Art. 24.° As prorogações de licença da Junta de Saude
conhecimento de assignaturas por tabellião deixa de ser aos funccionarios de qualquer classe contam-se sempre
obrigatorio, desde que a identidade dos signatarios seja desde o dia seguinte ao ultimo da licença anterior, se os
reconhecida na repartição que tem de realizar o paga- mesmos funccionarios requererem ser presentes á mesma
mento. Junta dentro do prazo da mesma licença.
Art. 15.° É mantido o disposto no artigo 4.° do decreto Art. 25.° Os funccionarios que, findo o tempo da li-
com força de lei de 24 de agosto de 1901, era relação ao cença, não se tenham apresentado ao serviço, não teem
preenchimento de vacaturas nos serviços publicos, emquanto direito a vencimento algum, emquanto não entrarem em
existirem empregados addidos. exercicio das suas funcções, ou emquanto lhes não fôr con-
Art. 16.0 As despesas que tenham de ser satisfeitas na cedida nova licença.
metropole por conta das provincias ultramarinas, de ma- Art. 26.° O tempo de licença da Junta de Saude aos
terial e diversos fornecimentos, incluindo as das esquadri- funccionarios de qualquer classe conta-se da data das ses-
lhas em serviço nas mesmas provincias, só poderão ser li- sões cla mesma Junta, em que aquella licença lhes seja ar-
quidadas pela 7. a Repartição da Direeção Geral da Con- bitrada.
tabilidade Publica, precedendo requisições dos governado- Art. 27.° Os governadores de districto, quando sejam
res das provincias ultramarinas enviadas á Direção Geral chamados em serviço á sede do governo da provincia,
clo UItramar e auctorizadas pelo Ministro da Marinha e alem do abono de passagem, vencem a ajuda de custo
UItramar. diaria da tabella n.° 3 do decreto de 18 de abril de 1895,
sem direito a outro qualquer abono.
CAPITULO III Art. 28.° Este decreto será publicado no primeiro Bo-
Disposições diversas letim Official de cada provincia e districto autonomo de
Timor, em seguida á sua recepção.
Art. 17.° Continuam em vigor, como se fossem aqui Art. 29." Fica revogada toda a legislação em contrario.
transcriptas, as disposições dos artigos 10.°, 11.°, 13.°, O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
14.° a 22.°, 24.°, 26.°, 27.° e seus paragraphos do decreto rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça executar.
com força cie lei de 24 de agosto de 1901. Paço, em 19 de junho de 1902. = REI. —Antonio Tei-
Art. 18.° Os governadores das provincias ultramarinas ; xeira de Sousa.
Junho 19 456 1902

MAPPA GERAL DA RECEITA E DESPESA DAS PR0Y1H

RECEITA

PROVINCIAS Impostos Administração


Proprios Compen- Total *
e diversos saç.ao da receita
rendimentos de despesa
Directos Indirectos Geral Fazenda Justiça Ecclesiastica

130:600,5000 283:0000000 24:8400000 300,5000 443:7400000 78:0430600 40:4120510 18:4820500 14:4240166


27:287,5000 89:5100000 12:8630000 2500000 129:9100000 21:7540000 21:0440470 5:4360000 3:6100000
272:370,5000 335:0000000 28:2000000 4:3000000 639:8700000 77:2430000 40:9290000 12:4440750 8:0480334
482:2900000 1.144:761,5000 98:9960000 17:3650000 1.743:4120000 356:3180200 143:4910250 52:3950500 91:5440895
Moçambique 1.157:4000000 1.007:300,5000 929:0480000 9500000 3.094:6980000 056:6900000 262:3230030 38:0840000 58:2750010

492:800,-5000 263:112-5000 19S:73408OO 2:5-100000 957:1860800 183:S35032O 74:8410175 40:7330975 68:7270766


549:196(5800 76:8780800 29:63601SO 2810600 655:9910680 S8:-1110968 15:1-130424 7:8590200 18:8210836
13:8330700 58:8120000 45:7180000 1300000 118:4930700 31:2970600 35:1420760 7:3880000 7:5920164

3.130:7770500 3.258:3710800 1.368:0360280 26:1160600 7.783:3020180 1.793:5930688 613:3270649 182:8230925 274:0440201

Secretaria cle Estaclo dos Negocios da Marinha e UItramar, em 19 de junho de 1902. = Antonio Teixeira, de Sonsa.
1902 457 Junho 19

CIÃ SDLTRAMARINAS, NO EXERCICIO DE 1902-1903

DESPESA ORDINARIA SALDOS

DESPESA TOTAL
EXTRAOR- DA
Encargos Diversas Exercicios Capitulo Total DESPESA
DINARIA
geraes despesas findos addicional da d e s p e s a rositivos Negativos
ordinaria
Militar Marinha

114:7040980 15:5550655 19:2210520 20:9000000 1:6000000 8:6140780 331:9590741 14:0000000 345:9500711 97:7800259 -0-
109:1230750 25:6880950 7:2270276 9:7420000 7000000 8:4520410 212:7780S6á 2:0000000 214:7780862 -0- R4:S6S0S62
111:387,?585 12:4050100 S:5640SOO 21:79S0215 6000000 11:4690280 3O4:S9O03G4 77:0150000 382:5050364 257:3640636 -0-
-0-
956:51)80129 102:5810710 57:S57092O 120:2020600 7:0000000 72:7800615 1.973:7410149 62:4700000 2.026:2110149 282:71)90149
1.129:0340415 313:8910350 69:9670875 119:5000000 9:0000000 76:1790310 3.002:9450020 61:7910600 3.127:7360020 -0- 33:O3S062O
371:5970662 10:7100000 28:1840181 31:9080676 2:0000000 254:0030875 1.069:8440930 4:8000000 1.074:0440930 177:1580130
157:8550366 35:7010198 5S:.1870316 36:1840397 8000000 22:2020816 441:3670821 4:3200000 415:6870821 210:3030859 -0"
85:8350820 7:8110834 •1:0110256 13:1130880 5000000 4:2810105 176:4740279 2:5000000 178:9740279 -0- 60:1800579

3.036:1080013 523:8460427 253:7220441 406:3190568 22:2000000 457:9860251 7.564:0020166 232:4960600 7.796:4980766 565:4480754 578:6400340

Dcfiãl 13:1960586

i
D . do G u.° 37, de 23 d e j u n l i o .
Junlio 19 458 1902

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO Hei por bem fixar, nos termos do artigo 427.° § 1.® do
Codigo Administrativo em vinto o numero dos zeladores
Direoção Geral de Administração Politica e Civil municipaes clo concelho dc Fígtteíró clos Vínhos, sem ou-
tra remuneração mais que a estabelecida no artigo 448.°
l.M Repartição do mesmo Codigo; o auctorizar a competente camara mu-
nicipal a proceder, nos termos legaes, á respectiva nomea-
ITei por bem approvar, nos termos do artigo 55.° n.° 3.° ção,
do Codigo Administrativo, e visto o disposto no artigo 99.° O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro c Se-
§ 2." do decreto do 24 de dezembro dc 1901, para a ge- cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
rencia muuicipal do concelho do districto da Guarda, entcndiclo e faça executar. Paço, em 19 do junho cle
abaixo designado, no auuo dc 1903, as percentagens so- 1902.— R E I . ~ Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
bre as contribuições designadaa no artigo 68." n." 1.° do
D . do G, 11." 138, d o 25 do j u n h o .
mesmo Codigo, de 60 por cento para os concelhos de Aguiar
da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Mêda e Villa Nova
de Fozcoa, 75 por cento para. o de Ceia, 68 por cento para
o de Fornos de Algodres, 72 por cento para o de Gou-
veia, 76 por cento para o da Guarda, 65 por cento para Visto o disposto nos artigos 176. a n.°" 16.° c 23.° e
o de Manteigas, 54 por cento para o de Pinliol, 60 por 179.° n.° 1." do Codigo Administrativo: hei por bem ap-
cento para o de Sabugal, e 53 por cento para o de Tran- provar a deliberação cla Junta de Parochia da freguesia
eoso. de Angueira, concelho de Vimioso, de 2 de fevereiro ul-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- timo, acêrca da criação de dois logares de guardas cam-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o teDha pestres, c da Junta de Parochia cla freguesia de Penella,
entendido e faea executar. Paço, em 19 de junho de do mesmo concelho, de 15 de janeiro clo corrente anno,
1902. = REI. Ernedo Rodolpho Hintze Ribeiro. acêrca da criação de tres logares de guardas campestres,
sendo aquelles e estes remunerados somente com a me-
I ) . do G. ii, 138. do lTi do j u u h o .
11
tade que lhes pertencor na arvecadação das multas impos-
tas por sua diligencia, e auctorizar as mesmas juntas a
proceder, nos termos legaes, ao provimento dos referidos
logares.
Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.° n.° 3.°
e 57." do Codigo Administrativo, a percentagem de 51 por O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cento, sobre as contribuições e rendimentos, a que se ro- cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
ferem os n. o s 1.° e 2.° do artigo 68.° do mesmo Codigo, entendido c faça executar. Paço, cm 19 de junho de
para a gerencia municipal do concelho cle Coruche, no 1 9 0 2 . = R E I . — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
anno de 1903. D . do G. u . ° 138, de 25 de j u u h o .

O Presidente clo Conselho de Ministros, Ministro c Sc-


cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
entendido e faça executar. = Paço, em 19 de junho de
1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal
D . do a . u . ° 138, de 25 de j n n h o . Administrativo, acêrca clo recurso n.° 6:612, em que é
recorrente a Camara Municipal do concelho dc Felgueiras,
e recorrido Antonio Joaquim cle Oliveira, de que foi re-
lator o Conselheiro, vogal effectivo, Antonio Telies Pe-
Hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, reira de Vasconcellos Pimentel:
auctorizar, nns termos do artigo 18.° da carta de lei de Mostra-se que o recorrido, Antonio Joaquim de Olivei-
.14 cle maio ultimo, a Camara Municipal do concelho de ra, do concelho de Felgueiras, districto do Porto, recla-
Oleiros, a que dentro da metade cla parte clisponivel clo niou para a camara municipal contra a contribuição muni-
seu fundo de viação applique GOO^OuO réis ás obras do cipal que lhe foi distribuida;
reparaçào clos pnços municipaes e 4000000 róis ás de cons- Mostra-se que a camara não attendeu a reclamação em
trucção do cemiterio municipal do mesmo concelho, visto virtude clo que o recorrido recorreu para o conselho de
serem urgentcs e não se poderem custear actualmente pe- districto, que cleu provimento no recurso, e clo accordão
las recritas ordinarias do municipio. do conselho de districto vcm o presente recurso intcrpos-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- to pelo presidente cla camara, sem se mostrar auctorizado
cretario do Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha pela mesma camara:
entendido o faça executar. Paço, em 19 de junho de O que tudo visto e ponderado, e a resposta do Ministe-
1902. = REI. — Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. rio Publico;
D . do G. n . ° 138, do 2.1 du j u u h o . Considerando quc nos autos se não encontra copia da
acta da sessão camararia, em que a Camara Municipal de
Felgueiras auctorizassc o seu presidente a interpor o re-
curso ;
Hei por bem approvar, nos termos dos artigos 55.° Considerando que é expresso o Codigo Administrativo,
n.° 2.° ('• 57.° do Codigo Administrativo, as dcliberações exigindo que as camaras municipaes cm sessão auctorizem
da Camara Municipal do concelho de Almeirim, de 16 e os seus presidentes a estar em juizo para a defesa ou ins-
25 dc abril ultimo, acêrca da criação de dois logares dc tauraçào de quaesquer processos:
parteira, sendo um para as freguesias dc Bemfica, e Al- Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
meirim, coin a dotaeão annual de 140#000 réis, e o outro rejeitar o recurso .por ser interposto por parte illegi-
para a de Alpiarça, com a dotação de 1200000 réis an- tima.
nuaes.
O Conselheiro cle Estado, Presidente do Conselho de
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Ministros, Ministro e Secretario de Estado clos Negocios
cretario de Estado do Negocios do Reino, assim o tenha
clo Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
entendido e faça executar. Paço, em 19 de junho de
em 19 de junho de 1902, = REI. = Ernesto Rodolpho
1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
Hintze Ribeiro.
D . do G , 11.» 138, de 25 do j u u h o D . do G. n . ° 13S, dc 25 dc j u n h o .
1902 459 Junho 18

Dii»ecçáo G e r a l de S a u d e e B e n e f i c e n c i a P u b l i c a Recorremos ás expedições extraordinarias enviadas á


India e a Moçambique, gastando quantiosas sommas. El-
l , a Repartição las provaram sempre que é inigualavel a bravura c o
patriotismo do exercito portugucs; mas a sua ac<;ão nào
Attendendo ao que me representou a Camara Mimicipal era duradoura ncm deixava de ser exercida restricta ao»
do eoncellio de Amaros, districto de Braga, acêrca da ur- pontos que as reolamavam.
gerite necessidade de ailquirir, por meio de exproprincào, Pela nova organização e pela diffusão de forças a quc
3:124 metros quadrados de torreno, pcrtoncente a Anto- se prestam as companhias de guerra, o Estado da India
nio Joacjuim da Costa Dias, e l ( \ \ m f i de terreno perteu- ficará em cornpleta seguranca. Com uma bateria mixta de
cente a Carlos Augusto da Costa Teixeira, para construc- artilharia de montanha e de guarnição, um pclotão de
ção do seu cemiterio e respectiva servidào; e dragões, uma companhia europeia de infantaria, com seis
Considerando que esta obra é, nos termos do § 1.° do companhias dc guerra de indigenas e um corpo dc poli-
artigo 81.° ri.° 20.° do Codigo Administrativo, da obriga- cia, distribuidos e collocados nos logares mais proprios,
ção da impetrante, que para ella se mostra habilitada; sob o ponto de vista da manutenção da ordem publica,
Considerando que do respectivo processo se mostram esta ficará inteira e absolutamente garantida, sem que ve-
cumprklaa as diaposições applicaveis dos regulametos sa- nha a haver necessidade de recorrer a expedições extra-
nitarios e as da lei do 23 de julbo de 1850: ordinarias.
Hei por bem, conformando-me com a consulta do Su- A provincia de Moçambique, por circunstancias facil-
prcmo Tribunal Administrativo, declarar de utilidade pu- mente corriprehensiveis, exige uma organização militar
blica urgentje a expropriação, para o indicado lim, dos mais completa, em que entre um forte nuclco de forças eu-
mencionados terrenos descriptos nas plantas que com este ropeias, por maneira a, em caso de rebellião, sercrn dispen-
decreto baixam competentemente authenticadas. sadas as expedições extraordinarias, que desde 1891 custa-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- rain ao Thesouro da metropole cêrca de 6.000:0000000 réis.
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha A provincia de Moçambique com uma bateria mixta de
entendido e faça executar. Paço, em 19 de junho de 1902. — artilharia do montanha e guarnição, duas companhias
REI. = Ernato Rodolpho Hintze Eiheiro. mixtas de artilharia cle montanha e infantaria, dois es-
D . do (i. n.° 130, de 2G de j u n h o . quadrões, duas companhias europeias de infantaria, dez
companhias de guerra de indigenas, um corpo de policia,
quatro companhias de deposito, alem das forças de se-
gunda linha, distribuidas conforme se vê do quadro do
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAMÂR presente decreto, clarão á provincia inteira e completa se-
gurança, mesmo nas circunstancias rnais extraordinarias
Direcção G e r a l do U I t r a m a r que na provincia possam ser previstas.
As diversas unidades distribuidas na provincia de Mo-
í . a Repartição çambique vão manter o que o nosso exercito c a nossa ar-
mada em acção combinada, ali veem firmando desde 1891.
1." Secçíío As unidades distribuidas á provincia de Angola vão
Senhor.—-Ao apresentar a Yossa Majestade o projecto complctar a occupação militar. Se esta fôr realizada con-
do decreto de 14 de novembro de 1901, cscrevia eu no forme o plauo projectado, modificado conforme as cir-
respectivo relatorio : cunstancias ulteriormente aconselharem, prestar-sc-ha
áquella importantissima colonia o mais extraordinario ser-
«Na verdade, mal se comprehende que scm exercito viço. A occupação militar cle Angola é importantissima,
regularmente organizado se possa manter illesa a sobera- quer sob o ponto de vista politico, quer sob o ponto de vista
nia portuguesa, a ordem publica e o respcito á nossa ban- da sua exploração, e não é facil dizer-se qual dos dois fins
deira entre povos selvagens e dados á guerra, alargar a mais urgente é. Na verdade a vastissima provincia de An-
area das explorações commerciaes, poi'que diííicii é pene- gola carece de forças militares, que firmam a soberania en-
trar no sertão sem as garantias que dão a forca publica e tre os povos indigenas, que os civilizam, quc os tornam
occupação effectiva. trabalhadores e proveitosos, que protegcm o commercio
Ahi, nas colonias, a força publica, alem do papel que local, que lhe facilita as relações com o litoral, que evitam
Ihe é inherente nas regiões civilizadas, e que consiste em que o commercio derive para paises ostranhos, que, não
fazer respeitar a integridade do territorio, a honra nacio- raras vezes, protcgcm os indigenas contra as prepotcncias
nal, e em manter a ordem e o respeito á lei, tem de fa- e extorsões dos brancos, que emfim, tornam os indige-
zer a occupação effectiva de sertões cxtensos e de prote- nas tributarios do Estado.
ger o commercio, garantindo-lhe a segurança». Possuir vastos territorios ultramarinos para se ter o
prazer dc os admirar nas cartas corographicas, não
Decretada a organização militar das colonias, conver- cgfnvem aos interesses nacionaes nem é situação que possa
tido o decreto em lei, passados os prazos nella previstos indefinidamente mantcr-se sem difficuldades. Ahi está que,
para obtenção dos novos quadros, venho hoje apresentar não muito longe da costa, o gentio está revoltaclo no Bai-
a Yossa Majestade o projecto de distribuição das diver- lundo, o commercio paralysado nas suas relações com a
sas unidades e postos militares nas provincias de Angola, costa, os commcrciantes ameaçados na sua vida e em
Moçambique e Estado da India, onde mais urgentc se grande parte refugiados na fortaleza, á espera que ahi
tornava substituir o actual estado de cousas. cheguem os recursos que, com tão grande difficuldade, se
No Estado da India, onde recentemente houve uma ten- teem obtido de diversos pontos da provincia.
tativa de rebellião, felizmente suífocada pela nunca assás As experiencias já feitas com postos militares portugucses
louvada acção do governador geral; em Moçambique, devem lcvar-nos a criar tantos quantos permittam as linhas
onde estão expedições militares extraordinarias que de- de communicação pelo interior que se vão estabelcccndo.
vem regressar em breve ao reino; em Angola, onde c Não deixa de ser despendiosa a occupação militar, mas
preciso completar a occupação militar, com immensa van- é inadiavel completá-la. Não é isso isento de difficuldades,
tagcm para a exploração agricola e commercial da pro- não deixará de trazer nos primeiros tempos contraricda-
vincia, para a manutenção iucontestada da soberania por- clcs e desgostos, visto pretendermos levar a nossa auctori-
tuguesa, e ainda para a manutenção da ordem, que no dade a pontos onde os sobas só reconhecem a propria •
districto de Benguella foi recentemente alterada. mas, sem luta, não ha existencia.
Junho 18 460 1902

Pelo presente projecto de decreto Vossa Majestade se


dignará apreciar a distribuição das diversas unidades mi-
litares na provincia de Angola. Unidades Sede dos quarteis
N o districto do Congo são collocadas companbias indi-
genas de infantaria em Cabinda, S . Salvador e Ambri-
zette, com postos militares na margem esquerda do Cuango 8.a idem.. Cassassa.
e interior d'este districto. 9."idem.. Quibundo.
N a cidade de Loanda, uma companhia europeia de in- 10.a idem. Bailundo.
11." idem. Bihé.
fantaria e uma bateria mixta de artilharia de montanha e 12.a idem. Moxico.
guarniçào, companhia de deposito, um corpo de policia 13." idem. Cubango (Forte
e um batalhão disciplinar para guarnição do respectivo Amelia).
districto. 14." idem. Mossamedes.
w 15. a idem. Gambos.
No districto da Lunda uma companhia mixta de arti- S> /l6. a idem. Humbe.
lharia de montanha e infantaria e uma companhia indi- Corpo de policia de Loanda. Loanda.
gena de infantaria em Malange, e companhia indigena de Batalhão disciplinar Loanda.
infantaria no Duque de Bragança, Quella, Cassange, Cas- 1.a companhia de deposito... Cabinda.
2." idem Loanda.
sassa e Quimbundo, com os postos militares existentes e 3.a idem Benguella.
outros agora criados em Cambo (Tembo Aluma), Ulun- 4." idem Mossamedes.
gile, Caungula, Congolo, Muata-Chamba, Difunda, Ma- 1.a banda de musica Loanda.
cossa e Catende. 2." idem Benguella.
13." idem Mossamedes.
No districto de Benguella, companhias de indigenas de
infantaria no Bihé, Bailundo, Mochico e no Cubango Bateria mixta de artilharia de montanha e Lourenço Mar-
(Forte Amelia) e uma companhia de deposito em Ben- guarnição ques.
guella, conservando os postos N e v e s Ferreira e Nana- 1.* companhia mixta de artilharia e infanta-
ria Gaza.
Candundo, Caquengue, Hanha, Maria Pia e Cassinga. 2." idem. Moçambique.
N o districto de Mossamedes, uma companhia indigena 1." esquadrão de dragões Lourenço Mar-
de infantaria e uma companhia de deposito, em Mossamedes. ques.
No districto da Huila, companhias indigenas cle infanta- 2.° idem Gaza.
l. a companhia europeia de infantaria. Lourenço Mar-
ria na Chibia, Gambos, Humbe, um esquadrão de dra- ques.
gões no Lubango, com postos militares no Luanhama, na ]2.a companhia europeia de infantaria. Lourenço Mar-
Hancla, Cuangar e Dirico. ques.
a
Os postos militares serão estabelecidos á medida que companhia indigena de infantaria. Mossuril.
" idem Fernão Velloso.
se fôr obtendo a linha de communicação de uns para os " idem Maganja da Costa.
outros, a íim de facilitar os abastecimentos e o auxilio a
idem Quelimane.
reciproco. * idem Tete.
Julgo haver justificado o seguinte projecto de decreto. • idem Angoehe.
a Inhambane.
idem
Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e UItra- a
idem Lourenço Mar-
mar, em 19 de junho de 1902. —Antonio Teixeira de Sousa. ques.
9." idem Gaza.
10.a idem Manhissa.
1.a companhia de deposito. Moçambique
Attendendo ao que me representou o Ministro e Secre- 2." idem Quelimane.
tario de Estado dos Negocios da Marinha e UItramar: 3.a idem Inhambane.
hei por bem approvar a distribuição das unidades milita- 4." idem Lourenço Mar-
ques.
res na provincia de Moçambique e Estado da India e a Lourenço Mar-
distribuição das mesmas unidades e postos militares na Corpo de policia cle Lourenço Marques.
ques.
provincia de Angola, segundo os quadros annexos a este Batalhão disciplinar. Moçambique.
decreto. 1.a banda de musica. Moçambique.
2.a idem Lourenço Mar-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- ques.
rinha c UItramar assim o tenha entendido e faça executar.
Paço, em 19 de junho de 1 9 0 2 . = R E I . = Antonio Tei- Bateria mixta de artilharia de montanha e
xeira de Sousa. guarnição Nova Gôa.
Pelotão dc dragões Nova Gôa.
Quadro da dislribuição das unidades das guarnições Companhia europeia de infantaria Nova Gôa.
das provincias de Angola, Moçambique e Estado da India 1." companhia indigena de infantaria Nova Gôa.
a
a que sc refere o decreto d'esta data 2. idem Bicholim.
3.a idem Valpoy.
4.a idem Sanguem.
5." idem Margâo.
a
6. idem Damão.
Corpo de policia de Nova Gôa Nova Gôa.
\Banda de musica Nova Gôa.

/Bateria mixta cle artilharia de montanha e


guarnição Loanda. Paço, em 19 de junho de 1902. = Antonio Teixeira de
1 c o m p a n h i a mixta de artilharia e infanta- Sousa.
ria Malange.
12.a idem Chibia. Quadro dos postos militares da provincia de Angola
lEsquadvão dc dragões Lubango. a que se refere este decreto
o Companhia europeia de infantaria.... Loanda.
to
a ,1." companhia indigena de. infantaria. Cabinda. Districto do Congo
< 12." idem S. Salvador.
j')." idem Ambrizette. Maquella do Zombo.
1-1." idem Duque cle Bragan- Cuilo.
ça. Cuango.
| 5." idem. Malange.
(v1 idem. Quella. • Massabi.
17." idem. |Cassange. N'Cuto.
1902 461 ' Junho 18
'' ' • * '

Zoba. , . Hei por bem determinar, conformando-me com o pare-


Santo Antonio. cer do Conselho Superior de Obras Publicas e Minas, que
Quissanga. no numero das estradas municipaes do districto de Coim-
Congo-Yalla. bra, seja incluida a estrada seguinte :
Lunuango. Figueira da Foz, pela ponte da Varzea á estrada dis-
Muculla. trictal n.° 72.
Mucerra. O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Quisseinbo. cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro e
Di stricta de Loanda Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publicas,
Ambriz. Commercio e Industria, assim o tenham entendido e fa-
Mussulo. çam executar. Paço, em 19 de junho de 1902. = R E I . —
Dembos. Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Manuel Francisco de
Dondo. Vargas. d. <]0 g, „.o 1SP) de 2fí dc j,Who.
Camangua.
Libollo.
Ramada Curto. Attendendo ao que me representou a Camara Munici-
Amboim. pal do concelho de Faro e havendo-se aberto o inquerito
Sanga. e instaurado o processo indicado no decreto de 3 de no-
Novo Redondo. vembro de 1882:
Districto da Lunda Hei por bem determinar, conformando-me com o pare-
Sanza. cer do Conselho Superior de Obras Publicas e Minas, que
Xissa. no numero das estradas municipaes do districto de Faro,
Catala. seja incluida a seguinte :
N'Dalla Quinguangua. D a estaçào do caminho de ferro á Praça de D . Fran-
Cambo. cisco Gomes (estrada real n.° 78) em Faro.
Cafuxi. O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Tamdala. cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro e
Lui. Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publicas,
Cuango. Commercio e Industria, assim o tenham entendido e façam
Luremo. executar. Paço, em 19 de junho de 1902. = REI. = Er-
Mussuco. nesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Manuel Francisco cle Var-
Lola. Cjas. D . do G. n . ° 139, de 26 d e j u n l i o .

Cambo (Tembo-Aluma).
Ulungile.
Caungula. Attendendo ao que me representou a Camara Municipal
Congolo. de Faro, e havendo-se aberto o inquerito e instaurado o
Muata Chamba. processo indicados no decreto de 3 de novembro de 1 8 8 2 :
Dífunda. hei por bem determinar, conformando-me com o parecer
Macossa. do Conselho Superior de Obras Publicas e Minas, que no
Catende. numero de estradas municipaes do districto de Faro, seja
Districto de Benguella incluida a estrada seguinte:
Neves Ferreira. Alcaçarias ao largo da Capella de Santo Antonio do
Matota. Alto, em Faro.
Calunga Cameia. O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
Luchazes. cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro e
Nana Candungo. Secretario de Estado dos Negocios das Obras Publicas,
Caquengue. Commercio e Industria, assim o tenham entendido e façam
Hanha. executar. Paço, em 19 de junho de 1902. = REI. = Er-
Maria Pia. nesto Rodolpho Hintze Ribeiro ~ Manuel Francisco de. Var-
Cassinga. gas. . D . do G. n." 139, ilc 20 de j m i l i o .

Districto de Huilla
Quiteve.
Cuanhama. Attendendo ao que me representou a Camara Munici-
Iianda. pal do concelho de Cadaval, e havendo-se aberto o in-
Cuangar. querito e instaurado o processo indicado no decreto de 3
Dirico. de novembro de 1882: hei por bem determinar, confor-
mando-me com o parecer do Conselho Superior de Obras
Paço, em 19 de junlio de 1 9 0 2 . = Antonio Teixeirci de
Publicas e Minas, que no numero das estradas municipaes
Sousa.
D . do G . n . ° 139, d e 2G de j i m l i o .
do districto de Lisboa, seja incluida a estrada seguinte :
Peral ao Cadaval.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro e
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA Secretario de Esíado dos Negocios das Obras Publicas,
Commercio e Industria, assim o tenham entendido e fa-
Direeção Geral de Obras Publicas e Minas
çam executar. Paço, em 19 de junho de 1 9 0 2 . = REI. =
Repartição de Obras Publicas Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Manuel Francisco de
Vargas. D . do G . n . ° 139, de 2 G d e .junho.

Attendendo ao que me representou a Camara Municipal


do concelho de Figueira da Foz, e havendo-se aberto o
inquerito e instaurado o processo indicado no decreto de Attendendo ao que me representou a Camara Munici-
3 de novembro de 1882: pal do concelho do Cadaval, e havendo-se aberto 0 inque-
Junho 18 462 1902

rito e instaurado o processo indicado no decreto de 3 de maio do corrente anno, acceitar a desistencia, requerida
novembro de 1882 : hei por bem determinar, conforman- por Alberto da Cunha Leão e Antonio Julio Pereira Ca-
do-me com o pareccr do Conselho Superior de Obras Pu- bral, da concessão do Caminho de Ferro da Regua por
blieas e Minas, que no numero das estradas municipaes Villa Real e Chaves á fronteira, feita por alvará de 10 cle
do districto de Lisboa, seja incluida a estrada seguinte: outubro de 1901, e manda restituir aos requerentes o res-
Alguber á estrada districtal n.° 128. pectivo deposito de 10:000^000 réis, nos termos da refe-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- rida lei.
cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro e O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das Obras
Secretario cíe Estado dos Negocios clas Obras Publieas, Publieas, Commercio e Industria assim 0 tenha entendido
Commercio e Industria, assim o tenham entendido e fa- e faça executar. Paço, em 19 de junho de 1 9 0 2 . = R E I . =
çam executar. Paço, em 19 de junho de 1902. = REI. = Manuel Francisco de Vargas.
D . do G . n . ° 110, de 27 d e j u n h o .
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Manuel Francisco de
Vargas.
D . do G. n . ° 139, do 20 do j u n l i o .

MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FÃZEHDA


9.3 R e p a r t i ç ã o d a D i r e e ç ã o G e r a l Administração Geral das Alfandegas
da Oontabilidade Publica
l. a Repartição
Nos termos do artigo 50.° do regulamento geral da con-
tabilidade publica, de 31 de agosto de 1881, e em confor- Nos termos do disposto no § unico do artigo 3.° do de-
midade com a auctorização conferida ao Governo pelo creto n.° 1, de 27 de setembro de 18S4: hei por bem de-
n.° 4.° do artigo 7.° da carta de lei cle 3 de setembro de terminar que o artigo 7.° do decreto cle 31 de janeiro de
1897, cujas disposições foram maudadas vigorar no exer- 1901 seja substituido pelo seguinte:
cicio cle .1901-1902, pelo artigo 14." cla carta de lei de 12 Artigo 7.° O director da Alfandega accumulará com as
de junho de 1901 : hei por bem, tendo ouvido o Conselho suas funcções as de chefe cla l . a ou 3. a Repartições, á sua
de Ministros, determinar que sejam transferidas cle uns escolha. A 2. a Repartição será dirigida por um chefe de
para outros artigos, dentro dos mesmos capitulos, da ta- serviço e as restantes por empregados de categoria não in-
bella da distribuição da despesa ordinaria do Ministerio ferior a inspector.
das Obras Publieas, Commercio e Industria, relativa ao § urico. O logar de sub-director será da escolha do Go-
exercicio cle 1901-1902, na conformidade do mappa junto, verno de entre os chefes de repartição.
as quantias respectivamente designadas no mesmo mappa, O Ministro e Secretario de Estado clos Negocios da Fa-
quc faz parte clo presente decreto, e baixa assiguado pelo zenda assim o tenha enteridicio e faça executar. Paço, em
Ministro e Secretario de Estado clos Negocios das Obras 19 de junho de 1902. = REI. = Fernando Mattozo Santos.
Publieas, Commercio o Industria. D . do G . n . ° 141, d e 28 d e j u n h o .
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
zenda, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
das Obras Publieas, Commercio e Industria. assim o te-
nham entendido e façam executar. Paço, em 19 de junho MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
de 1902. == REI. = Fernando Mattozo Santos— Manuel
Francisco de Vargas. C a m i n l i o s d e F e r r o do E s t a d o

Consellio de administração
Mappa das quantias que são transferidas de uns para outros artigos, den-
tro dos mesmos capitulos, da tabella da distribuição da despesa ordi- Attendendo ao que me representou o Ministro e Secre-
naria do Ministerio das Obras Publieas, Commercio e Industria, relativa tario cle Estado dos Negocios das Obras Publieas, Com-
ao exercicio de 1901-1S02, na conformidade dofiecretodatado de hoje mercio e Industria: hei por bem, nos termos do § unico
do artigo 61.° do decreto de 24 cle outubro de 1901, de-
CAPITULO V I I cretar o seguinte:
Do artigo 19." Artigo 1.° O serviço de estudos e construcção de linhas
Para o artigo 25.° 3:000/5000 da rede complementar dos caminhos de ferro ao sul do
Para o artigo 27.° 1:200^1000 ^OO^OOO Tejo, a cargo da Direccão do Sul e Sueste, será dividido
em cluas secções, com sede a primeira em Lisboa e a se-
CAPITULO V I I I gunda em Faro.
Do artigo 34.° Art. 2.° Incumbem á l . a secção: a construcção dos pro-
Para o artigo 3 4 . ° - A 500 ; >000 longamentos do Barreiro a Cacilhas e de Pias a Moura,
Para o artigo 39.° 600#000 j.j00-5000 conclusão dos estudos do prolongamento do ramal de Ex-
tremoz ató Villa Viçosa e quaesquer outros estudos e con-
5:300jS000 strucções que forem ulteriormente commettidos a esta
secção.
Paço, em 19 de junho de 1902. = Manuel Francisco de Art. 3.° Incumbem á 2. a secção: os estudos e construc-
Vargas. ção da linha de Faro a Villa Real de Santo Antonio.
D . do G. 11.° 140, do 27 do j u u h o .
Art. 4.° Os trabalhos de construcção do lanço de Silves
a Portimão continuarão a cargo do serviço de via e obras
da Direccão do Sul e Sueste, ató á sua conclusão.
Direeção Geral das Obras Publieas e Minas Art. 5.° Os estudos e construcção de novas linhas, con-
fiados á Direccão do Minlio e Douro, ficarão a cargo do
Repartição de Caminhos de Ferro respectivo serviço de vias e obras.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das
Attendendo ao que me representou o Ministro e Secre- Obras Publieas, Commercio e Industria, assim o tenha en-
tario cle Estado dos Negocios das Obras Publieas, Com- tendido e faça executar. Paço, em 19 de junho de 1 9 0 2 . =
mercio e Industria: hei por bem, usando da auctorização R E I . = Manuel Francisco cle Vargas.
conferida 110 1 1 . 0 1.° do artigo 3." da carta de lei de 24* de D . do Cr. n . 141, d e 28 de j u u h o .
c
1902 463 Junho 18

Attendendo ao que me representou o Ministro e Secre- • A lei de 14 de julho de 1899 assegurou ao Governo 0
tario de Estado dos Negocios das Obras Publicas, Commer- meio de manter a necessaria elasticidade d'esses quadros
cio e Industria: hei por bem tornar extensiva aos officiaes cónsoante as exigencias do serviço, naturalmente sujeitas
da reserva a concessão de bilhetes de identidade feita aos a consideraveis variações.
officiaes do exercito e da armada, nos termos do artigo Por decretos de 22 de dezembro cle 1900 e 17 de ja-
23.° do regulamento da csncessâo de passes e bonus nos neiro de 1901 dignou-se Yossa Majestade sanccionar al-
caminhos de ferro do Estado, approvado por decreto de gumas providencias que obedeciam a esse intuito. O pre-
28 de dezembro de 1899. sente projecto cle decreto, baseado nas propostas do con-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das selho de administração, attende justas aspiracões do pes-
Obras Publicas, Commercio e Industria, assim o tenha en- soal e necessidades do sei*viço que seria inconveniente
tendido e faça executar. Paço, em 19 de junho de 1 9 0 2 . = menosprezar.
"REI. = Manuel Francisco de Vargas. São remodelados os quadros para remediar a falta do
T>. do G . n . ° 141, d e 2S de j u n l i o . pessoal e melhorar o accesso.
Modifica-se, com esse intuito, a proporção das diversas
classes de cliefes de estação do Sul e Sueste e a de fieis,
factores, conductores e revisores cle ambas as clirecções.
Direeção Geral das Obras Publicas e Minas Concedem-se moclestas melhorias de vencimento.
Augmentam-se um pouco os quadros de algumas cate-
Repartição de Obras Publicas gorias para occorrer ás exigencias indeclinaveis do serviço.
A direccão do Minho e Douro tinha, em virtude da or-
Tendo os proprietarios dos campos das ribeiras da Te- ganização de 1 de dezembro de 1892, no serviço de con-
lhada e da Carriçosa e do Paul do Quinto requerido a tabilidade, um chefe, um sub-chefe e dois encarregados da
classificaçao da zona destes campos adjacentes ás vallas da recoita e da despesa.
ribeira da Carriçosa, que vão desaguar no rio do Pranto, Este pessoal graduado foi reduzido, em 1899, ao chefe
aíiluente do Mondego ; de serviço, 0 que diíficulta 0 bom andamento dos traba-
Tendo-se instaurado o competente processo, em harmo- lhos e a sua rigorosa fiscalização.
nia com as disposições do regulamento hydraulica de 19 Para attenuar essa falta foi, por decreto de 22 de de-
de dezembro de 1892 e do decreto de 24 de setembro de zembro de .1900, augmentado 0 quadro da contabilidade
1898, e não tendo, nem a classificaçao, nem a demarca- de cada direccão com um empregado equiparaclo aos che-
ç,ão constantes do mesmo processo soffrido impugnaçâo al- fes de secção. Esse augmento não basta para a perfeita
guma durante o inquerito a que se procedeu: execução dos serviços. Torna-se, pois, necessario dotar os
Hei por bem, conformando-me com o parecer do Con- serviços de contabilidade com mais um chefe cle secção.
selho Superior de Obras Publicas e Minas, e nos termos Só depois de postos, em clia, os serviços atrasados e cle
do artigo 10.° § 2.° do decreto n.° 8, de 1 de dezembro applicada a reorganisação da contabilidade e escriptura-
de 1892, determinar que, para os effeitos do disposto no ção que se está prcparando, se poderá proccder á rovisão
mesmo decreto, sejam adoptadas como definitivas as refe- geral dos quadros dos escripturados. Por isso, a unica al-
ridas classificação e demarcação do teor seguinte: teração, agora proposta por inadiavel, é 0 augmento de
A zona comprehendendo os campos das ribeiras da Te- alguns esciúpturarios cle 3. a classe ao quadro de cacla di-
Ihada e da Carriçosa e do Paul do Quinto, adjacentes ás reccão.
vallas da ribeira da Carriçosa, que vão desaguar ao rio do E nos quadros do serviço do movimento que mais pre-
Pranto, affluente do Mondego, é classificada «zona cultivada cisa se torna profunda remodelaçào, exigida pelo conside-
e innundavel para oeste do rio Pranto, entre as pontes de ravel augmento do trafego e portanto do serviço hoje suc-
Calvete e do Sobral». cessivamente oneroso para 0 pessoal.
A zona ó demarcada ao norte pela valla da Carriçosa, A seguinte resenha das quantidades e rendimentos do
ao sul pela valla da ribeira da Telhada, a leste pela es- trafego, liquido de impostos, é por si bastante eloquente e
trada districtal n.° 103, de Villarinho por Casal de Almeida dispensa longas justificações dos augmentos propostos :
á estrada real n.° 58 e Casal da Fonte, e a oeste pelo pe-
1890 1901
rimetro das cheias do rio do Pranto. Sul e Sueste :
A zona está comprehendida no concelho da Figueira da Passageiros. 340:915 485:340 534:597
Foz, na freguesia do Paiao, sendo o perimetro cle 4:611 Recovagens 8:405 T 12:103 T 14:228 T
metros e a area cle 48 hectares aproximadamente. A cul- Mercadorias 158:303 T 251:546 T 334:863 T
tura na sua quasi totalidade 6 de arroz. Rendimento
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das liquido de
Obras Publicas, Commercio e Industria, assim o tenha en- impostos. 645:9870956 864:5180981 1.023:1200241
tendido e faça executar. Paço, em 19 de junho de 1 9 0 2 . =
R E I . = Manuel Francisco de Vargas. Minho e Douro:
D . do G. n . ° 142, do 30 d e j u n h o .
Passageiros. 900:289 1.121:577 1.357:531
Recovagens 9:031 T 22:776 T 24:775 T
T T
Mercadorias 285:729 361:445 385:599 T
Rendimento
Caminlios de F e r r o do E s t a d o liquido de
impostos. 929:9930793 1.051:5580752 1.208:4580710
Conselho de Administração
Convem lembrar que nas linhas do Sul e Sueste devem
Senhor. — O successivo e auspicioso augmento do tra- ainda este anno ser abertos á exploração 25 kilometros
fego nas linhas do Estado torna urgentes moclificações comprehendendo tres estações e dois apeadeiros.
dos quadros, que podem e devem ser aproveitadas tambem A experiencia tem demonstrado que são imprescindiveis
para o cumprimento de um dever de justiça para com as entidades dc sub-chefe do serviço de saude em ambas
funccionarios prestimosos, cujo penoso serviço é mais que as clirecções, e cle compraclor despachante 11a do Sul e
modestamente remunerado. Sueste.
Importa ir melhorando graclualmente a situação do pes- Da sua reintegração no quadro, nenhum augmento cle
soal ferro-viario, 110 cumprimento das promessas feitas em despesa resultará, por existirem, como addidos, os empre-
varios diplomas officiaes. gados que desempenham essas funcções.
Junho 18 464 1902

Todas as altei-ações propostas sSo inudiaveis, j á para


attender as exigencias de serviço, j á para romediar a exi-
guidade de veneimentos, que torna sobremodo penoso o vi-
ver de eertas categorias de empregados.
O Hsonjeiro crescimento das receitas offereoe recursos
sufficientes para o modesto enuargo proveniente das alte-
rações propostas. Ditos de 2.* classe 124000 44000 164000
Oumprir-se-lia assim sem delongas um dever de justiça Factores de l. a classe 12,4000 44000 164000
a
e. lmi\iauidade, pratieaudo-se um acto de boa administra- Ditos de 2.a classe 114000 44000 154000
Ditos de 3 elasse 04000 34000 124000
ção pelo iucentivo dado ao pessoal para b e m servir. Conductores de comboio de 1.* classe.. . 204000 44000 244000
Ouso, pois, esperar que o presente projecto de decreto Ditos de 2.a classe lõsSOQO 54000 204000
merecerá a approvação de Vossa Majestade. Revisores de bilhetes de l. a classe 154000 54000 204000
144000 44000 184000
Secretaria de Estado dos Negocios das Obras Publicas, Ditos de 2." classe 354000 104000 454000
Chefe de machinistas
Commercio e Industria, em 19 de junho do 1902. — Ma- Chefe de officinas 364000 124000 484000
nuel Francisco Vargas.

Abonos por dcslocaçOes


Attendendo ao que me representou o Ministro e Secre- Chefe do movimento—1.4500 réis por dia, ató dez dias por
tario de Estado dos Negocios das Obras Publicas, Com- mês.
mercio e Industria: hei por b e m decretar o seguinte : Inspectores de fiscalização—14000 réis por dia, até dez dias por
Artigo 1.° Os quadros e veneimentos do pessoal admi- mês.
Inspectores do movimento e telegraphos—5 réis por kilometro,
nistrativo das Direcções dos Caminhos de Ferro do Es- ató 104000 réis por mês.
tado serão regulados, a partir de 1 de julho proximo, pelas Empregados do movimento, fazendo temporariamente serviço, até
tabellas n. o s 1 e 2 annexas ao presente decreto, as quaes trinta dias, fóra da residencia habitual — 200 réis por dia.
substituirão para todos os effeitos as tabellas n. o s 1 e 2, Empregados da fiscalização, em serviço de balanco—1,4000 réis
por dia.
annexas ao decreto de 2 3 do dezembro de 1899. Kevisores de bilhetes e conductores de comboio — 2 réis por ki-
Art. 2.° A s verbas destinadas ao pagamento do pessoal lometro.
administrativo das direcções serão opportunamente modi- Chefes de machinistas e de officinas — a participação nos abo-
ficadas no orçamento rectifieado das despesas de explora- nos a machinistas, por pereursos, horas de serviço e eeonomias, que
fôr fixada em instrucções especiaes.
ção dos Caminhos de Ferro do Estado para o anno eco- Os veneimentos e ajudas de custo dos thesoureiros e pagadores
nomico de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , nos termos do artigo 30.° do regu- serão regulados pelo decreto de 24 de outubro de 1901.
lamento de 2 de novembro de 1899, e em harmonia com as Aos chefes das eatações de superior importancia serão abonadas
disposições da alinea i) do artigo 20." da carta de lei de gratificações não superiores a 604000 réis annuaes, devidamente
14 de maio do corrente anno. incluidas no orçamento.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das Paço, em 19 de junho de 1 9 0 2 , —Manuel Francisco de
Obras Publicas, Commercio e Industria, assim o tenha Vargas.
entendido e faça executar. Paço, em 19 de junho de
1902.== R E I . = Manuel Francisco de Vargas. TABELLA N.« 2
Quadros do pessoal administrativo das direcçOes
TABELLA N.« 1 dos caminhos de ferro do Estado

Veneimentos mensaes dos empregados administrativos Nuqie:


das direcçOes dos caminhos de ferro do Estado
Categorias
Sul I Minho
Yencimento e sueste e Douro

DesiffnRção
Do Do Chefe de secretaria 1 1
eatego- exerci- Dito do serviço de contabilidade e thesouraria.. 1 1
ria cio
Dito do serviço de fiscalização, estatistica e tra
fego 1 1
Chefe de secretaria 454000 15,3000 G04000 Dito do serviço do movimento 1 1
Chefes dos serviços cle contabilidade e Dito do serviço de saude 1 1
thesouraria, de fiscalisação, estatistica Dito de secção de contabilidade 2 2
e trafego e do movimeuto 504000 204000 704000 Dito de secção de fiscalização, estatistica e tra
Chefe do serviço de saude 404000 104000 504000 fego 3 3
Sub-chefe, do serviço de saude 324000 84000 404000 Sub-chefe do serviço de saude 1 1
Chefes de secção de contabilidade, fisca- Medico chefe da secção principal 1 1
lização, estatistica e trafego, e do ex- Ditos das seeções das linhas 25 19
pediente do movimento 354000 104000 454000 Chefe do expediente do movimento 1 1
Medico-eliefe da secção principal 28£000 74000 354000 Inspectores de fiscalização e trafego 2 2
Inspectores de fiscalisação e trafego.... 354000 104000 454000 Ditos do movimento 4 3
Inspectores do movimento e telegraphos 404000 104000 504000 Ditos dos telegraphos 1 1
Comprador-despachante 25,4000 54000 304000 Thesoureiro 1 1
Escripturarios de 1." clasae 25£000 54000 30,4000 Pagadores <2 2
Ditos de 2." cliissc 20,4000 54000 254000 Escripturados de 1." classe 11 12
Ditos de 3.a classe 154000 54000 204000 Ditos de 2.a cla=se 14 24
Fabricautes de bilhetes 204000 54000 254000 Ditos de 3.a classe 30 31
Fieis de bilhetes e de armazens geraes 204000 54000 254000 Revisores de bilhetes de 1." classe 6 9
Continuos 134000 54000 18.4000 Ditos de 2." classe 6 9
Cliefca cle estação de l." classe 284000 74000 354000 Fabricante de bilhetes 1 1
Ditos de 2.a classe 254000 54000 304000 Fiel de bilhetes 1 1
Ditos de o a classe 214000 54000 264000 Dito dos armazens geraes 1 1
Ditos de 4." classe 1S4000 54000 234000 Comprador-despachante 1 _
Fieis de estação de 1.» classe 164000 54000 214000 Continuos 4 4
Ditos de 2." classe 144000 54000 194000 Chefes de estação de 1." classe Q
O Q
O
Bilheteiros de l. a classe 254000 54000 304000 Ditos de 2.a classe 9 12
Ditos de 2.a classe 204000 54000 254000 Ditos de 3." classe 12 12
Ditos de 3.a classe 154000 54000 204000 Ditos de 4." classe 30 27
Telegraphistas de l. a elasse .. 144000 44000 184000 Fieis de estação de 1,' classe 19 23
1902 465 Junho 21

E m conformidade com o disposto no § 6.° do artigo 25.°


Numero da carta de lei de 13 de maio de 1 8 9 6 , e nos termos do
CnUigorins § unico do artigo 17.° da carta de lei cle 3 clc setembro
Sul Minho cle 1897, cujas disposições foram mandadas vigorar no
e sxieslo e Douro
exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , pelo artigo 1.4.° da carta cle
lei de 12 cle junho de 1.901: hei por bem, tendo ouvi-
Fieis de 2." classe 19 23
Bilheteiros de 1." classe 1 2 do o Conselho de Ministros, determinar que seja aberto
O no Ministerio da Fazenda, devidamente registado na Di-
Ditos de 2.a classe 2 ')

Ditos de 3.a classe 1 1 reccão Geral da Contabilidade Publica, a favor do Minis-


Telegraphistas de 1." classe 10 8 terio da Marinha e UItramar, um credito especial cla im-
Ditos de 2." classe 10 8
33 40 portancia cle 19:134)$772 réis, correspondente ás quantias
Factores de 1.* classe
Ditos de 2.a classe 33 40 arrecadadas, provenientes da remissão de recrutas, a íim
Ditos de 3." classe 25 30 de ser reforçada com a referida importancia a verba do
Conductores de comboio de l. a classe 12 11 capitulo 2.° da tabella da despesa extraordinaria do Mi-
Ditos de comboio de 2.a elasse 12 11
nisterio dos Negocios da Marinha e UItramar, clo exercicio
Chefe de machinistas 1 1
Dito de officinas 1 1 de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , com applicação á compra de material de
guerra.
Paço, em 19 de junho de 1902. = Manuel Francisco de O Tribunal de Contas julgou este credito nos termos de
Vargas. D. do G. n.° 11G, de 4 de julho. ser decretado.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa-
zenda, e o dos cla Marinha e UItramar, assim o tenham
entendido e façam executar. Paço, aos 2 0 de junho cle
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAIAR 1 9 0 2 . = R E I , = Fernando Mattozo Santos —Antonio Tei-
xeira de Sousa. D. do G. n.° 110, de 27 de juuho.
6.a R e p a r t i ç ã o d a D i r e e ç ã o G e r a l
da Oontabilidade Publica
D i r e e ç ã o Geral do U I t r a m a r
Nos termos do § unico do artigo 79.° do regulamento
geral da contabilidade publica cle 31 de agosto de 1 8 8 1 , l . a Repartição
e na conformidade do disposto na carta cle lei de 14 de
maio ultimo: 2. a SecçSO
Hei por bem determinar que a distribuição das despe- Ponderando 0 governador cla provincia de Macau e 0
sas ordinaria o extraordinaria do Ministerio da Marinha e ajudante clo procurador cla Coroa e F a z e n d a junto da Re-
UItramar, no exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , se regule pela ta- lação de N o v a Gôa a urgente necessidade de remediar os
bella junta, que faz parte do presente decreto e baixa inconvenientes que 0 delegado da comarca de Macau lhes
assignada pelo Ministro e Secretario dc Estado do3 Nego- representou resultarem cla publicação obrigatoria 110 Dia-
cios da Marinha e UItramar. rio do Governo dos editos de espolios de pequeno valor,
O mesmo Ministro e Secretario d e Estado assim o te- deixados por individuos fallecidos naquella provincia com
nha entendido e faça executar. Paço, aos 2 0 de junho de herdeiros presumptivos ausentes d'ella, em observancia
1902. = Antonio Teixeira de Sousa. do disposto na parte final do § 1.° do artigo 16.° do re-
gimento cle 2 2 de julho de 1885 ; e
Resumo da tabella da distribuição da despesa do Ministe- Attendendo a que a publicação no Diario do Governo
rio da Marinha e UItramar, no exercicio de 1 9 0 2 - 1 9 0 3 , dos editos relativos a taes espolios, alem clos outros meios
a que s e refere o decreto d'esta data de publicidade determinados no citado § l . ° d o artigo 16."
do regimento, só serve para clifficultar 0 pronto expe-
diente da administração da justiça, e, pela demora, des-
De.signa<;ão da dcsposa Importancias pesas de procurador e cle publicação e outras, prejudica
ainda os interessados, visto como 0 producto cfaquelles
espolios é, na maior parte dos casos, absorvido por essas
D e s p e s a ordinaria despesas accrescidas ás do respectivo processo ;
1.» Secretaria de Estado e repartições auxiliares 56:6533550 Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con-
2.° Avmada 1.872:358^175 selho de Ministros, e , usando da faculdade conferida pelo
3." Justiça militar, serviço dos portos, fiscaliza- § 1.° clo artigo 15.° do 1.° Acto Addicional á Carta
ção da costa e estabelecimentos 173:877^850 Constitucional da Monarchia:
4.» Arsenal da Marinha e Cordoaria Nacional. . 845:353^135
5.° Encargos diversos 102:8503000 H e i por bem decretar 0 seguinte:
G.° Empregados reformados e divisão de refor- Artigo 1.° E dispensada a publicação no Diario do Go-
mados 220:2055740 verno clos editos relativos a esjiolios de individuos falle-
7." Despesas de exercicios findos 9503000 cidos na provincia cle Macau, com herdeiros presumptivos
3.272:248.3450 ausentes d'ella, quando 0 valor d'esses espolios seja infe-
Despesa. extraordinaria rior a 100)5000 réis.
1.» Vencimentos clo engenheiro Alphonse Cro- Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.
neau e seus ajudantes 10:4403000 O Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios da Ma-
2.0 Presidio militar (parte do custo) 16:000.£000 rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu-
3.° Construcção de paioes para armazenagem de tar. Paço, e m 2 1 de junho cle 1 9 0 2 . = R E I . = Antonio
explosivos 2:0001000
Teixeira de Sousa. D. do G. N.° 139, AA 2C de junho.
4." Serviço de torpedos— Obras em Valle de Ze-
bro (parte do custo) S:000,í000
5.° Reparaeão da corveta-couraçada Vasco da
Gama (resto do fabrico) 200:000,3000 Sendo de ha muito frequentes e unanimes as rcpresen-
236:4403000 tações dos governadores cla provincia cle S. Thomé e Prin-
cipe e das autoridades judiciaes da comarca cle S. Thomé
Paço, aos 2 0 de junho de 1902. = Antonio Teixeira de sobre 0 estado ehaotico em que s e encontra a administra-
Sousa. n (1n Q „,. ,]e 2fi ,ie j„„i10. ção da justiça no julgado municipal da Tlha do Principe e
3()
Junho 18 466 1902

o moclo como ali correm os serviços da respectiva curado- dade, Sant'Anna e Santa Cruz dos Angolares, na Ilha de
ria, visto que por abfoluta falta de. pessoal idoneo são os S. Thomé, o julgado municipal da Ilha do Principe, e a
cargos judiciaes e do Ministerio Publico desempenliados dependencia de S. João Baptista de Ajudá.
pelo governador do districto e por funccionarios publicos § 1.° São dispensaclas as cartas precatorias para qual-
scus subordínados, e pcdindo-se nas alJudidas representa- quer diligencia ordenada pelo juiz de uma das varas na
ções pelo nienos a reorganização do actual julgado muni- freguesia da cidade pertencente a outra vara.
cipal da referida ilha, em condições differentes d'aquellas § 2.° O juiz da 2. a vara é obrigado a fazer correição
em que existe e que possarn obviar aos graves inconve- annual no julgado do Principe durante não mais de ses-
nientes e prejuizos que, tanto para o serviço publico como senta nem menos de trinta dias, sendo entretanto substi-
para os interesses e segurança dos habitantes, resultam de tuido pelo juiz da l . a vara em tudo quanto não respeitar
semelhante estado de cousas ; ao mesmo julgado.
Considerando que o Conselhciro Presidente da Relação § 3.° Ficam consequentemente revogaclos os artigos 8.°
de Loanda reeonlieceu, em informação official que pres- e 9.° do decreto de 4 de outubro cle 1877, e sem appli-
tou sobre. o assunto, a impreterivcl nece^sidacle de se adop- cação na comarca o artigo 21.° clo decreto de 4 de agosto
tar a previdencia pedida, indicando as condições em que de 1881.
dcve ser reorganizado o dito julgado municipal; Art. 9.° Os artigos 49.° e 99.° e seus paragraphos da
Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con- tabella de emolumentos e salarios judiciaes, approvada
sellio de Ministros, o usando da faculdade conferida pelo por lei de 13 de maio cle 1896, terão execução no julga-
§ do artigo l õ . ° do 1.° Acto Addicional á Carta Cons- do, servindo dc thesoureiro do cofre do juizo o respectivo
titucional da Monarchia; sub-delegado.
Hei por bem decretar o seguinte: Art. 10." Os veneimentos dos magistrados e funcciona-
Artigo 1." O julgado municipal da Ilha do Principe, rios judiciaes clo julgado são os seguintes :
criado por decreto de 14 de maio de 1895, continuará a Juiz municipal :
regor-sc pela legislação atítualmente em vigor, com as mo- Vencimento de categoria — 6000000 réis.
dilicações constantes dos artigos seguintes. Vencimento de exercicio — 6000000 réis.
Art. 2.° O juiz municipal é de nomeação clo Governo, Sub-delegado :
devendo esta rccair em bacharel formado em direito, nos Vencimento de categoria — 5200000 réis.
termos do decreto de 24 dc maio de 1902, e sendo-lhe Vencimento de exercicio — 1800000 réis.
applicavel a disposiçao do artigo 5.° do decreto de 11 de Escrivão:
outubro dc 1895, que criou o julgado municipal de S. Vi- Vencimento de exercicio — 2000000 réis.
cente de Cabo Verde. Official de diligencias :
Art. o." O sub-delegado é tambem de nomeação do Vencimento de exercicio — 1000000 réis.
Governo, a qual deverá recair de preferencia em bacha-
rel formado em direito, e, na sua falta, em pessoa iclonea. Artigo 11." Fica revogada a legislação em contrario.
§ unico. O sub-delegado, sendo bacharel formado em O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da
direito, com dois annos de effectivo e bom serviço, tem Marinha e UItramar assim o tenha entendido e faça exe-
preferencia, independentemente de concurso, para o pro- cutar. Paço, em 21 de junho de 1902. = REI. = Anto-
vimento dos logares de delegado, de que trata o artigo 29.° nio Teixeira de Sousa. D. DO G. n . ° uo, DE 27 DE j u n h o .
do rcgimento de justiça, approvado por decreto cle 20 de
fevereiro clo 1894.
Art. 4.° No juizo municipal serSo processadas c julga- MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
das todas as causas civeis (abrangendo acções e execu-
ções, preparatorios e incidentes, inventarios e arrecada- Direeção Geral de A d m i n i s t r a ç ã o Politioa e Civil
ções) de valor não cxcedente a 200;>000 réis ; todos os
i , a Repartição
feit.os por crimes a quc não corresponda pena superior a
prisXo correccional; todas as acções commerciaes (sem Attendendo a que nos autos de corpo de delicto levan-
jury) reguladas nos artigos 100." a 102.°, 132.° a 141." tados pelo cartorio do segundo officio do 1.° districto cri-
c 153." a 155,° do Codigo do Processo Commercial, e minal clo Porto, contra 0 cabo cle secção n.° 120, do corpo
respectivos incidentes, preparatorios e execuções, tudo cle policia civil da mesma ci^lacie, José Rodrigues Leitão,
até valor não cxcedente a 4000000 réis. por ter cleclarado Anna Rosa que este a coagira a perju-
Art. 5.° O sub-delegado terá a seu cargo os serviços rar, as testemunhas, inquiridas a tal respeito, apenas de-
de delegado do conscrvador da comarca e clo curador dos põem, aliás com muito notaveis divergencias, ter ouvido
serviçaes e oolonos da provincia, percebendo os respecti- em juizo essa declaração ;
vos emolumontos; e registará em repertorio alfabetico Vistas as informações e investigações officiaes:
da sub delegacia todos os boletins do registo criminal Ha Sua Majestade El-Rei por bem clenegar, nos termos
respectivos a decisões proferidas no julgado, devendo em do artigo 4.3i.° do Codigo Administrativo, a precisa au-
seguida oxpedi-los para a cabeça da comarca da naturali- ctorização para 0 seguimento clo respectivo processo.
clade dos reus a que disscrem respeito. Paço', em 23 de junho de 1902. — Ernesto Roãolpho
Art. 6." O escrivão do julgado exerce tambem funcções Hintze Ribeiro. D . do G . n . ° 138, de 25 de j u n h o .

de tabellião e será de preferencia nomeado de entre os


habilitados na provincia com approvação em concurso para
logares do escrivão de direito e tabellião. MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
Art. 7.° No julgado funccionario, como na sede da co-
marca, os serviços de depositos, obsorvando-se os precei- Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
tos do titulo v, capitulo unico, do decreto regulamentar 4. a Repartição
dc 3 de outubro de 1901.
.. (> ; t c í u a
' territorio da comarca dc S. Thomé é 1." Bivisiío
distribuido pelas duas varas d'ella, ticando á l . a vara as Manda Sua Majestade El-Rei, pela Secretaria de Estado
freguesias cle Nossa Scnhora da Coneeieão, Santo Amaro, dos Negocios das'Obras Publicas, Commercio e Industria,
Santa. Maria Madalena, Nossa Senliorn de Guadalupe e quc, nos termos do n.° 2.° do § 6.° clo artigo 3.° do regu-
Nossa Senhora das Neves, da Ilha do S. Thomé; á 2. a vara lamento para 0 serviço dos correios, sejam consicleradas
as freguesias cle Nossa Senhora da Graça, Santissima Trin- officiaes para os effeitos cla isenção clo porte, as corres-
1902 467 Junlio 1S

pondeneias provenientes da Real Sociedade Nacional de auctorizadas, nos termos declarados no artigo 1.° do pre-
Horticultura de Portugal, as quaes hajam de ser expedi- sente decreto, bem como a venda ou existeneia dos refe-
das por intermedio do correio, desde a presente data ató ridos bilhetes ou fracções, são consideradas como contra-
á terminação dos seus trabalhos, referentes a uma proxi- bando e puniveis nos termos do artigo 6.° e scn § 1." clo
ma exposição de pomologia e horticultura, devendo essas decreto n.° 2 cle 27 de setembro de 1894.
correspondencias ter no endereço, alem da indicação da Art. 3.° Não podem igualmente ser auctorizadas quaes-
entidade remettente, a legenda da mesma sociedade, es- quer rifaa ou cautelas, cuja extracção se, regule pelas
tampada por carimbo ou impressão typographia e transi- mesmas lotarias, continuanclo a não ser admiitidas as pu-
tarem abertas para a devida fiscalização. blicações tendentes a divulgar a existeneia de qualquer
Paço, em 23 de junho de 1902. = Manuel Francisco de lotaria prohibida, quer sejam realizadas por meio de an-
Vargas. nuncios nos jornaes, quer por cartas ou papeis avulsos.
D . do G . n . ° 110, d e 27 d e j u n l i o . Art. 4.° Ás infracções ás disposições clo artigo antece-
dente serão consideradas como transgressões clos regula-
mentos e preceitos fiscaes, e puniveis nos termos do ar-
tigo 13." do decreto n.° 2 de 27 de setembro de 1894.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA Art. õ.° Os empregados das estações postaes, quando
suspeiíem que se pretencle introduzir no país, por meio
Direeção Geral cle correspondencia, bilhetes ou fracções cle lotarias pro-
hibidas, são obrigados a deter a mesma correspondencia,
2,a Repartição devendo a sua abertura ser regulada em harmonia com
as prescripções para esse íim estabelecidas no dccreto dc
Considerando que o n.° 3.° do artigo 135." do regula- 10 cle dezembro de 1892, publicado pelo Ministerio das
mento de 24 de dezembro ultimo permitte o adiamento Obras Publieas, Commercio e Industria.
do alistamento dos mancebos que frequentem com apro-
Art. G." Os empregados fiscaes cleverão proceder a va-
veitamento até á idade de vinte e seis annos qualquer
rejos, nos termos legaes, quando se presuma, com funda-
curso theologico com destino á carreira ecclesiastica ;
mento, ter havido, cm qualquer estabelecimento introduc-
Considerando que os mancebos que cursam os prepa-
ção clanclestina de bilhetes ou fracções clo bilhetes de
ratorios nos seminarios diocesanos e no Collegio das Mis-
lotarias estrangeiras.
sões Ultramarinas, com destino exclusivo á referida car-
Art. 7.° Não serão apprehendidos os bilhetes ou frac-
reira, soffreriam interrupção no seu curso se não lhes
ções, quajido perteneam a lotarias já realizadas, excepto
aproveitasse o adiamento do alistamento :
se forem encontrados em estabelecimentos dc- venda.
Ha Sua Majestade El-Rei por bem determinar, pela
Art. 8.° Quando entre os bilhetes ou fracções devida-
Secretaria de Estado clos Negocios da Guerra, que os attes-
mente apprehendidos alguns houver a que pcrtenea pre-
tados a que se refere o n.° 2.° clo artigo 137.° do citado
mio, será este dividido pelos appreliensores e descobrido-
regulamento, que comprovem a matrieula dos mancebos
res e pelos estabelecimentos pios interessados na lotaria cla
nos mencionados cursos preparatorios com destino exclu-
Santa Casa da Misericordia cle Lisboa, ainda mwmo que
sivo á carreira ecclesiastica, sejam validos para o effeito
tenha sido satisfeita a multa que tiver sido imposta; ca :
clo adiamento previsto no n.° 3.° do artigo lo5.° ; e bem
bc-ndo aquelles 25 por cento do referido premio c a estes
assim que todos os requerimentos já indeferidos possam
os restantes 75 por cento.
ser novamente apreciados, em harmonia com a presente
determinação, pela fórma prescripta na secção v do capi- § 1.° No caso porem de que a multa imposta não te-
tulo i do mesmo regulamento. nha sido paga, cleduzir-se-ha do premio, quando este o
comportar, o equivalente á importancia da multa commi-
Paço, cm 23 de junho de 1902. = Luiz Augusto Pi-
nada, a qual será dividida pelos descobridores e appre-
mentel Pinto.
D . do G. n . ° 141, do 28 d e j m i h o . hensores, pertencenclo o restante aos estabelecimentos
pios.
§ 2.° No caso porem de o premio obtido no bilhete ou
fracção ser inferior á multa, será então dividido cm par-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA tes iguaes pelos descobridores, apprehensores e estabele-
cimentos pios.
Administração Geral das Alfandegas Art. 9.° Fica revogada a legislação em c.on<Tario.
O Presidente do Conselho cle Ministros e Ministro e Se-
Tribunal Superior do Contencioso Fiscal cretario cle Estado clos Negocios clo Reino, e os Ministros
e Secretarios de Estado dos Negocios da Fazenda e das
Tendo-se suscitado duvidas sobre a interpretação de Obras Publieas, Commercio e Industria, assim o tenham
algumas clas disposições concernentes á venda, no país, entendido e façam executar. Paço, em 20 dc junho de
de bilhetes ou fracções de lotarias estrangeiras, e con- 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = Fer-
vindo, portanto, reunir em um só diploma tudo que se nando Mattozo Santos= Manuel Francisco de Vargas.
rehiciona com tal assunto: hei por bem, nos termos do D . do G. 11." 145, d e 3 d e j u l h o .
§ unico clo artigo 3.° do decreto n.° 1 de 27 dc setembro
cle 1894, e tendo ouvido o Tribunal Superior do Conten-
cioso Fiscal, determinar o seguinte:
Artigo 1." Continua a ser prohibida no reino a venda MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
de lotarias estrangeiras, a não ser dos paises quc derem
a reciprocidade a Portugal, e quando essas lotarias sejam D i r e e ç ã o G e r a l cla I n s t r u c ç ã o Publica
officiaes ou sob a protecção dos Estados.
§ unico. A venda cle. bilhetes ou fracções de lotarias l. a Repartição
acima referidas eífectuar-se-ha por intermedio da Admi-
nistração cla Santa Casa da Misericordia de Lisboa, nas Circular. — III."10 sr.—Dispõe o n.° 19 do artigo 129.°
mesmas condições oiu quc esta realizar a venda dos bilhe- do regulamento de instrucção sccundaria de 14 de agosto
tes e fracções originaes cla lotaria quo admimstra. de 1895, que todos os annos seja organizado pelas reito-
Art. 2." A importação ou introducção no reino, por j rias dos lyceus, um relatorio contendo as informações clu-
qualquer fórma, de bilhetes ou fracções de lotarias não ] cidativas do estado litterario e economico dos respectivos
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estabelecimentos, e muito em especial a exposição de como parte VII do decreto organico dos serviços agricolas, ap-
teem sido cumpridas as disposições do regulamento mais provado por decreto da mesma data:
essenciaes para o ensino. Hei por bem approvar o regulamento para a cobrança
O Ex. ra0 Ministro do Reino encarrega-me de chamar a das receitas e pagamento das despesas dos serviços flores-
attenção de V. S. a para o exacto e fiel cumprimento d'esta taes e aquicolas, respectiva fiscalização e contabilidade
disposiçao regulamentar, que observada traz incontesta- que, fazendo parte integrante cleste decreto, baixa assi-
velmente e sob todos os pontos de vista, uma grande van- gnado pelos Ministros e Secretarios de Estado dos Nego-
tagem para a apreciação e criterio que se possa applicar cios da Fazenda e das Obras Publicas, Commercio e In-
a este ramo de instrucção. A sua lacuna difficilmente é dustria.
preenchida, e portanto prejudicial para os serviços que a Os rnesmos Ministros e Secretarios de Estado assim o
ella estão ligados. Nestas circunstancias, venho ponderar tenham entendido e façam executar. Paço, aos 28 de ju-
a V. S. a a necessidade de remetter a esta Direeção Ge- nho cle 1902. = REI. = Fernando Mattozo Scmtos = Ma-
ral até íinal de dezembro de cada anno, quer publicado ou nuel Francisco d.e Vargas.
manuscripto, o relatorio referente ao anno lectivo transacto
e nos termos prescriptos pelo artigo acima citado.
Regulamento para a cobrança das receitas e pagamento das despesas
Deus Guarde a V. S. a Secretaria de Estado dos Nego- nos serviços florestaes
cios do Reino, em 26 de junho de 1902.—111. mo sr. Rei- e aquicolas, respectiva fiscalização e contabilidade
tor do lyceu de Aveiro. = 0 Conselheiro Director Geral,
Abel Andrade. CAPITULO I
(Identicas para os Reitores dos demais lyceus do reino e
ilhas adjacentes.) DisposiçScs geraes

Artigo 1.° Todas as receitas provenientes da explora-


ção das matas nacionaes, de estabelecimentos aquicolas
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA ou concessões piscicolas, são exclusivamente destinadas
ás despesas dos serviços florestaes, incluindo a acquisição
Direeção Geral de Obras Publicas e Minas de terrenos para arborização.
Art. 2.° O processo e pagamento das folhas dos venei-
Repartição de Caminhos de Ferro mentos do pessoal dos serviços florestaes com verba des-
crita no Orçamento Geral do Estado fica sujeito, para
Tendo a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portu- todos os effeitos, ao regulamento dos serviços de paga-
gueses apresentado a conta da liquidação da garantia cle mentos e contabilidade privativos do Ministerio das Obras
juro, relativa á exploração da linha ferrea de Torres Ve- Publicas, Commercio e Industria, approvado por decreto
dras á Figueira da Foz e a Alfarellos, durante o periodo cle 24 de dezembro de 1901 ; a cobrança porcm das re-
decorrido dc 1 de julho a 31 de dezembro do anno íindo ceitas da exploração e o processo e pagamento das des-
(primeiro semestre do anno economico de 1901-1902), e pesas dos serviços florestaes e aquicolas ficam sujeitos ás
mostraudo-se da mesma conta, que o rendimento liquido disposiçoes do presente regulamento.
kilometrico foi superior ao minimo necessario, para o Es- Art. 3.° O inspector de silvicultura enviará, com a sua
tado ser reembolsado das sommas gastas com a garantia informação, á Direeção Geral da Agricultura, até ao dia
de juro como dispõe o § 1.° do artigo 28.° do contrato de 31 de agosto de cada anno, os projectos de orçamento de
29 de novembro de 1883: receita e despesa para o futuro exercicio, que os silvicul-
Iía por bem Sua Majestade El-Rei, conformando-se com tores, chefes de serviços, lhe devem ter apresentado até
o parecer de 6 de março findo do Conselho Superior de ao dia 31 de julho, com referencia aos serviços a seu
Obras Publicas e Minas, approvar a referida liquidação, cargo.
relativa á garantia de juro da linha ferrea de Torres Ve- § unico. E analogamente applicavel ao inspector e che-
dras á E'igueira da Foz e a Alfarellos, durante o periodo fes de serviços aquicolas o disposto neste artigo.
decorrido de 1 cle julho a 31 de dezembro de 1901, na Art. 4.° A Direccão Geral da Agricultura enviará, ató
importancia de reembolso para o Estado da quantia de ao dia 30 de junho de cada anno, ao inspector de silvicul-
5:6450625 réis, e ordenar : tura, ao dos serviços aquicolas e a cada um dos chefes
1.° Que esta liquidação eontinue a considerar-se provi- dos serviços florestaes c aquicolas, a clistribuição da des-
soria emquanto não estiver feita a medição rigorosa da pesa que, englobadamente, estiver auctorizada nos res-
linha, a qual é de toda a conveniencia se não demore para pectivos orçamentos especiaes, annexos ao Orçamento Geral
sercm regularizadas todas as liquidações anteriores ; do Estado e approvados para o exercicio immediato.
2." Quc o reembolso ao Estado tenha logar depois cle
feita a liquidação respeitante a todo o anno economico, CAPITULO II
visto o § 1.° clo artigo 28.° do contrato de 29 de novem-
bro de 1883 referir-se ao producto liquido annual e não Cobrança das receitas
ao semestral.
Art. 5.° Todas as receitas da exploração das matas na-
O que se communica ao clirector fiscal de exploração de
cionaes e estabelecimentos annexos darão entrada na Caixa
Caminhos de Ferro Portugueses para os effeitos devidos.
Geral cle Depositos e Instituições de Previdencia ou suas
Paço, em 27 de junho de 1902. = Manuel Francisco
delegações, em conta «Funclo especial dos serviços flores-
Vargas.
D . do G. li.° 142, d e 30 d e j u n h o . taes e aquicolas», e ficarão á ordem do Ministro das Obras
Publicas, Commercio e Industria.
§ unico. Estes depositos serão effectuados por meio de
guias (modelo n.° 1), que indicarão o nome do depositante,
Direeção Geral da Agricultura o cofre em que deve ser effectuado o deposito, a quantia
e proveniencia da receita, e deverão ser passadas e assi-
Attendendo ao disposto no § unico do artigo 11.° do gnadas em duplicado pelos silvicultores, chefes de serviço.
regulamento dos serviços de pagamentos e contabilidade Art. 6.° Na sede official de cada silvicultor, chefe de
privativos do Ministerio das Obras Publicas, Commercio serviço, haverá um livro de guias, dcsignadas no § unico
e Industria, approvado por decreto de 24 de dezembro de do artigo precedente, as quaes serão devidamente nume-
1901, no artigo 45.° da parte vi e no artigo 14." da I radas e rubricadas pelo chefe da repartição dos serviços
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florestaes e aquicolas e com termo de abertura assignado mês, formularão a relação (modelo n.° 4) das receitas cobra-
pelo director geral da agricultura. das durante esse mês e enviá-la-hão acompanhada das mes-
§ unico. Estas guias, encimadas com o titulo de «Fundo mas guias á Direccão Geral da Agricultura, por intermedio
especial dos serviços florestaes e aquicolas», indicarão do inspector de silvicultura, que juntará as informações
que o respectivo conhecimento deverá ser enviado á Di- que tiver por convenientes.
reeção Geral da Agricultura e terão dois talões, destinados: § unico. A Direccão Geral da Agricultura, pela Repar-
o primeiro a ficar no livro, e o segundo para o silvicultor tição dos Serviços Florestaes e Aquicolas, organizará a ta-
passar o recibo da entrega clo original cla guia, que deverá bella mensal de todas as receitas dos mesmos serviços, a
ser feita pelo comprador ou por quem tiver pago a impor- fim de servir de base á conferencia da conta corrente com
tancia nella mencionada. O duplicado da guia é destinado a Caixa Geral de Depositos.
a ficar no cofre em que tiver sido effectuado o deposito.
Art. 7.° Na sede das regencias silvicolas, fabrica de re-
sinagem e deposito de sementes, haverá, para as vendas a CAPITULO III
retalho, livros de recibos de cobrança (modelo n.° 2), de- Pagamento clas despesas
vidamente numerados e rubricados pelo silvicultor, chefe
de serviço, e com termo de abertura, assignado pelo inspec- Art. 13.° A s despesas dos serviços florestaes e aquico-
tor de silvicultura, declarando o numero de recibos quc las serão processadas e pagas nos termos e pela fórma
cada um contiver. prescripta neste regulamento.
§ 1.° E s t e s recibos serão passados em face das folhas Art. 14.° Os silvicultores, chefes de serviço, enviarão
effectivas de medição official ou documento equivalente. á Direccão Geral cla Agricultura, por intermedio do ins-
O talão n.° 1 deverá ficar junto ao livro, o n.° 2 será ex- pector de silvicultura, que lhe porá 0 seu «conforme», as
pedido ao silvicultor pelo guarda que fizer entrega ou der requisições de fundos (modelo n.° 5), em duplicado, para
saida ao producto, o terceiro acompanhará a relação mo- pagamento dos materiaes que tiverem sido adquiridos, nas
delo n.° 3, e o recibo de cobrança ficará na posse do com- quaes se mencionarão os nomes dos credores, suas resi-
prador. dencias e 0 motivo do credito, e serão sempre acompa-
§ 2.° Os guardas, ou quem fizer a entrega do producto nhadas das respectivas facturas.
mencionado no recibo de cobrança, declararão no verso do § 1.° A Direccão Geral da Agricultura, depois de ve-
recibo e do segundo talão o modo como se extrahiu ou en- rificar, pela Repartição dos Serviços Florestaes e Aquicolas,
tregou o producto vendido. que as importancias requisitadas se acham comprehendi-
§ 3.° São consideradas vendas a retalho unicamente das nos limites das verbas auctorizadas na distribuição da
aquellas que seja indispensavel fazer-se para occorrer ás despesa, levantará da Caixa Geral de Depositos, pelo
necessidades urgentes dos povos limitrophes das matas, e fundo especial dos serviços florestaes e aquicolas, por in-
só poderão ser effectuadas mediante pedido por escrito termedio clo pagador em serviço na Secretaria de Estaclo
dirigido ao respectivo silvicultor. dos Negocios das Obras Publieas, Commercio c Industria,
Art. 8.° Nos pinhaes ou matas que se acharem a as quantias representativas das referidas requisições (mo-
grande distancia da sede da respectiva regencia silvi- delo 5) a fim de que 0 mesmo exactor expeça, por meio de
cola, poderá, excepcionalmente, o guarda respectivo ou vales do correio, as importancias correspondentes a cada
o empregado para esse fim designado pelo silvicultor, um dos fornecedores a que respeitarem aquellas requisi-
chefe cle servieo, ter livro de recibos de cobrança (mo- ções. Os duplicados dos irnpressos (modelo 5) serão devol-
delo 2), para as vendas meudas clc lenhas, cepas, matos e vidos por intermedio da inspecçao cle silvicultura aos silvi-
outras, que poderão effectuar-se todos os dias, ou em dias cultorcs, chefes de serviço. com a declaração de que foram
préviamente fixados pelos chefes do serviço, sendo pre- •satisfeitos. Esta declaração deverá ser rubricada jjelo chefe
venido, neste caso, o inspector de silvicultura, e devendo da respectiva repartição.
seguir-se o que fica estabelecido para a cobrança nas se- § 2.° Nos originaes clas referidas requisições de fundos
des das regencias silvicolas. deverá ser inscripta a nota de «abonada» com designação
Art. 9.° Ató 15 de junho de cada anno, o inspector de dos numeros dos precatorios respectivos. E s t a nota será
silvicultura remetterá á Direeção Geral da Agricultura, rubricada pelo chefe da Repartição dos Serviços Florestaes
com a sua informação, as propostas de tabellas de preços e Aquicolas, e as requisições assim satisfeitas archivadas
dc todos os productos das matas, que os silvicultores, che- devidamente, com a inscripção cla palavra «liquidado»
fes de serviço, lhe devem ter apresentado até 3 1 de maio, perfurando as facturas e respectivas requisições.
a fim de serem submettidos á approvação superior, não Art. 15.° Aos funccionarios dependentes clo Ministerio
podendo os mesmos productos ser vendidos por valores das Obras Publieas, Commercio e Industria quo especial-
menores que os das tabellas approvadas, sem auctorização mente forem encarregados de realizar pagamentos relati-
superior. vos aos serviços florestaes e aquicolas, serão distribuidas
Art. 10.° Os regentes silvicolas remetterão, no ultimo respectivamente as quantias que forem julgadas sufficien-
dia de cada semana, ao silvicultor, chefe de serviço, uma tes para a constituição clo um fundo perrnanente para os
relação (modelo n.° o) cle todas as receitas que tiverem lins designados no artigo 18.° e seguintes do presente re-
cobrado durante a semana. Nas semanas em que não ti- gulamento.
v e r havido cobrança serão enviadas notas negativas. § 1.° A 9. a Repartição da Direccão Geral cla Contabi-
Art. 11.° Os silvicultores, chefes de serviço, logo que lidade Publica será dado conhecimento da importancia que
recebam a relação semanal das receitas, remetterão ao re- tiver de ser entregue a cada um dos funccionarios cle que
tg gente silvicola as guias de deposito e seus talões, devida- trata 0 presente artigo.
mente preenchidas e por elles assignadas, em vista das § 2.° Para a fiscalização das importancias entregues aos
quaes o mesmo regente fará a entrega da respectiva im- funccionarios de que trata 0 presente artigo deverão ser
portancia no cofre designado nas mesmas guias. applicados os seguintes preceitos:
§ unico. O regente silvicola, logo que realize a entrega § 1.° Os funccionarios encarregados cVestes pagamentos
cla referida importancia, devolverá a guia original, com a terão um livro «caixa», quo será escriturado dia a dia e en-
nota de paga, ao respectivo silvicultor, chefe de serviço, cerrado mensalmente, transitando para 0 mês immediato o
para os devidos effeitos, devendo este remetter-lhe em troca saldo accusado em dinheiro; no clebito escripturar-se-hão
o competente recibo do modelo n.° 1. as importancias cobradas na Caixa Geral cle Depositos
Art. 12.° O3 silvicultores, chefes de serviço, em vista com indicação dos numeros dos precatorios que auctoriza-
das guias originaes dos depositos effectuaclos durante 0 vam 0 seu reccbimento; e no credito os pagamentos cf-
Junho 18 470 1902

octuados com designação tlo data, nome dos creclores e ' districto o local de um pagamento cuja importancia seja
nuiiicro do pix-cato n<», duvumlo os que respeitcm a jornaes ; inferior a 2 0 0 0 0 0 réis, não ha conveniencia em ir o
ser escripturados por serviços ou obras, com designação | pagador pessoalmente effectuá-lo, assim o indicará, por
da quinzena ou semana a que se referirem. escrito, ao pagador, ordenando-lhe a remessa da sua im-
§ 2." Quando os funccionarios responsaveis pelos adean- portancia por meio de vale do correio, em favor do func-
taniontos concedidos nos termos d'este artigo forem substitui- cionario certo por elle designado, ficando, neste caso, a
dos, deverão, 110 acto da cntrega, lavrar, ein quadruplicado, responsabilidade material cl'esse pagamento até ao seu
o conipetonte tcrmo de transição, no qual se mencionará encerramento, a eargo cVesse funccionario e do respectivo
separadamente a importancia em dinheiro e documentos silvicultor, chcíe cle serviço, que o tiver ordenaclo. Os do-
do despesa legalraonto eôectaada que nessa occasião exis- cumentos, depois de pagos por esta fórma, deverão ser re-
tain, sendo estes relacionados em um exemplar da relação mettidos acto continuo aos pagadores.
junto a cada termo. Tanto as relações como os termos § unico. A emissão d'estes vales será gratuita e a sua
serão assignados pelo funccionario que sair e pelo que o requisição será assignacla pelo pagador e pelo silvicultor,
susbstituir, ficando cada um d'elles com um exemplar, e chefe de serviço.
sendo os restantes enviados: um á Direeção Geral da Art. 22.° O pagamento dos materiaes fornecidos em im-
Agricultura, e o outro á 9. a Repartição da Direccão Ge- portancias inferiores a 5 0 0 0 0 réis poclerá ser feito dire-
ral da Contabilidade Publica. ctamente aos interessados pelos funccionarios encarrega-
Art. 1(5,° Ató ao dia 15 de cada mcs, os silvicultores dos do pagamento de jornaes.
chefes de serviço deverão submetter á approvação da Di- § 1.° Os silvicultores, chefes de serviço, enviarão á D i -
reccão Geral da Agricultura, em officio e por intermedio reeção Geral da Agricultura os documentos que tiverem
do inspector de silvicultura, as quantias que considerarem dc ser pagos pelos exactores, com essa declaração, a fim
necessarias para pagamento dos jornaes no m ê s seguinte. de elle ser superiormente auctorizado, e serem postos nes-
§ unico. Só depois de obtida a auctorisação de que trata ses documentos os numeros dos precatorios que os abo-
o presente artigo poderão ser ordenados os trabalhos res- nani, em seguida ao que serão devolvidos áquelles func-
pectivos. cionarios.
Art. 17." O ponto do pessoal jornaleiro será organizado § 2.° Os precatorios serão passados nos termos estabe-
nos termos estabelecidos no regulamento de 2 4 de dezem- lecidos no artigo 19.° do presente regulamento.
bro dc 1901, c as follias das ferias serão formuladas com § 3.° Obticlos pela fórma acima indicada a auctorização
preceitos analogos aos fixados no artigo 18." do citado re- do pagamento e o seu abono, os silvicultores, chefes cle
gulamento. seryieo, orclenarão o pagamento dos documentos de que
Art. 18.° Processadas as folhas de jornaes ou ferias, trata este artigo, pelos fundos em poder dos exactores,
os silvicultores, chefes de serviço, ordenarao o seu paga- devendo em tudo mais seguir-se processo iclentieo ao de-
mento aos competentes funccionarios que forem encarre- terminaclo para as folhas de jornaes.
gados cVessc serviço, os quaes o realizarão em presença Art. 23.° Quando na Caixa Geral de Depositos não
do respectivo silvicultor, regente, mestre ou encarregado haja quantia sufficiente em conta do fundo especial de
de trabalhos, pelas quantias que para esse effeito lhes ti- que trata o artigo 5.° d'este regulamento, deverá a mesma
verem sido distribuidas, cumprindo-lhes encerrar as mes- caixa adeantar até á quantia cle 1 0 : 0 0 0 0 0 0 0 réis, a fim
mas folhas por fórma identica á preceituada para as de cle poderem ser satisfeitas, nos primeiros m e s e s do anno
jornaes dos outros serviços dependentes do Ministerio das economico, as despesas do custeio dos serviços flores-
Obras Publicas, Commercio e Industria. E s t a s folhas de- taes.
verão ser acoinpanliadas da relação modelo n.° 7. § unico. E s t e adeantamento será escripturaclo e levado
Art. 19.° Encerradas as folhas de jornaes e a respectiva á mesma conta de deposito e vencerá juro' reciproco.
relação, modelo n.° 7, os funccionarios que tiverem proce-
dido ao seu pagamento entregarão esta relação aos respec-
tivos silvicultores, chefes de serviço, para que estes soli- CAPITULO IV
citem, sem perda de tempo e directamente á Direccão
Fiscalização e coutabilidade
tíeral da Agricultura, os competentes precatorios, que se-
rão passados, precisamente pelas quantias pagas, a favor Art. 24.° Quando as importancias arrecadadas no de-
d'aquollos funccionarios, devendo declarar-so nos preca- curso de cada anno economico e x c e d a m as receitas pre-
torios que o levantamento d'cssas importancias terá lo- vistas no orçamento dos serviços florestaes e aquicolas,
gar mediaute rccibo visado pelo silvicultor, chefe de ser- annexo ao Orçamento Geral do Estado, poderá o Gover-
viço. no, nos termos do artigo 45.° da parte VI do decreto com
§ 1.° A Direccão Geral da Agricultura, tendo vcrificado força de lei de 2 4 de dezembro de 1 9 0 1 , applicar esse
não serem excedidas as verbas auctorizaclas para este fim, cxcedente ás despesas dos referidos serviços, como re-
expedirá os competentes precatorios e dará conhecimento forço das respectivas verbas orçamentaes.
dos respectivos numeros aos silvicultores, chefes cle serviço, Art. 25." Á Direccão Geral da Agriculíura, pela Re-
por intermedio do inspector dc silvicultura. partição dos Serviços Florestaes e Aquicolas, e ao chefe da
§ 2.° Os silvicultores, chefes dc serviço, visarãoos reci- 9 . a Repartição da Direccão Geral da Contabilidade Pu-
bos modelo n.° 8 para o levantamento das quantias por esta blica cumpre superiormente fiscalizar a arrecadação das
fórma abonailas, mediaute o recebimcnto das folhas devi- receitas e a sua applicação ás despesas clo custeio dos
damcnto pagas e encerradas. serviços florestaes, bem como a centralização da respec-
Art. 2l>.0 Os silvicultores, chefes de serviço, logo que tiva escrita e contabilidade. 1

reccberem as folhas de jornaes ou ferias, nos termos pre- Art. 26.° Para a escrita e contabilidade das receitas e
eeituados no artigo anterior, deverão inscrever-lhes os nu- despesa haverá na Repartição dos Serviços Florestaes e
meros do precatorio, pelo qual tevo logar o reembolso da Aquicolas um livro «Diario» e um livro «Razão» com os
despesa que representam, e enviá-las á Direccão Geral da seguintes livros auxiliares:
Agricultura, a lim de ali serem compctcntementc escriptu- 1.° U m livro de «Registo A» das receitas da exploração,
r a s e archivados, depois de escrita a tinta vermelha a onde serão lançadas todas as receitas arrecadadas e devi-
íialavra «conferida», quc será rubricacla pelo chefe da damente classificadas, c m face das relações mensaes en-
Repartição dos Serviços Florestaes e Aquicolas. viaclas á mesma repartição pelos silvicultores, chefes dos
Art. 21." Quando o silvicultor, chefe de serviço, enten- serviços, nos termos do artigo 12.° d'este regulamento,
der quc, pela grande distancia a quc estiver da sede do bem como as previstas nos respectivos orçamentos a n n u a e s ;
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2.° Ura «Registo B » , onde se estabelecerá a conta propor o que julgar conveniente para a boa ordem e regu-
corrente com a Caixa Geral de Depositos, devendo ir ao laridade dos serviços de contabilidade.
debito d'esta conta as importancias ali depositadas em face Art. 29.° A o s delegados do thesouro cumpre igual-
dos recibos exarados nas respectivas g u i a s ; e ao credito mente dar balanço aos pagadores em 3 0 de junho cle cada
as quantias levantadas por virtude de precatorios, confor- anno, devendo ser-llies apresentado pelos responsaveis um
me accusarem os respectivos documentos. Esta conta cor- resumo do movimento da «Caixa» no qual se mostre, por
rente deverá ser mensalmente ajustada e conferida com a meses, a totalidade clas importancias arrecadadas e des-
da Caixa Geral de Depositos ; pendidas, e bem assim o saldo existente nesse dia, com
3.° U m livro de «Registo C» ou conta corrente entre as especiíicação por documentos e dinheiro. E s s e resumo
quantias auctorizadas na distribuição da despesa a que se será assignado por aquelles funccionarios e pelos exacto-
refere o artigo 4.° cVeste regulamento e as requisitadas res e enviado á 9. a Repartição cla Direccão Geral cla
ou abonadas por conta d'essas quantias para cada serviço. Contabilidade Publica, a fim de ser submettido ao julga-
§ unico. Dos livros da escripturação cle que trata este mento do Tribunal cle Contas.
artigo deverão ser extrahidos um balancete mensal e um Art. 30.° Os silvicultores, chefes de serviço, poderão,
balanço annual. E s t e s documentos serão assignados pelo quando entenderem conveniente, verificar em qualquer
chefe cla Repartição dos Serviços Florestaes e Aquicolas, e occasião a escripturação do livro «Caixa» do respectivo pa-
visados com a declaração de «conforme» pelo clirector gador ou dos funccionarios encarregados do pagamento, e
geral da agricultura e pelo chefe da 9. a Repartição da os saldos que devam ter em seu poder, e terão directa-
Direccão Geral da Contabilidade Publica. mente a seu cargo a fiscalização dos funccionarios, seus
Art. 27.° Correspondente á escrita na Repartição dos subordinados, dependentes da Direeção Geral cla Agri-
Serviços Florestaes e Aquicolas, haverá na sede de cada sil- cultura, cumprindo-lhes dar no dia 3 0 de junho o balanço
vicultor, chefe de serviço: a que se refere o artigo antecedente.
1.° U m «Registo E» das receitas da exploração, onde será Art. 31.° Pelo serviço de pagamentos das despesas do
lançada, por ordem de datas, a importancia de cada guia custeio dos serviços florestaes', compete aos pagadores das
de deposito, com designação da sua proveniencia e do co- Obras Publieas a ajuda de custo e despesas de transporte
fre onde tiver sido entregue ; que se acham designaclas nos artigos 4.° e 5.° da organi-
2.° U m «Registo F» das despesas, ou conta corrente zação dos serviços de pagamentos do Ministerio clas Obras
entre as quantias auctorizadas na distribuição cle fundos Publieas, Commercio e Industria, approvado por decreto
e as despendidas em cada exercicio. de 2 4 cle outubro de 1901, e será abonada ao exaetor, a
que se refere o § 1.° do artigo 14.° cVeste regulamento, a
gratificação mensal de 2 0 $ 0 0 0 réis.
CAPITULO V § unico. A s ajuclas de custo e despesas de transporte,
Disposições diversas tanto do serviço de inspecção como de pagamentos, assim
como a gratificação mensal estabelecida no presente arti-
Art. 28.° A Direeção Geral da Agricultura compete go, serão abonadas pelas verbas auctorizadas para as des-
ordenar inspecções regulares e periodicas a todos os pesas dos serviços florestaes e aquicolas.
serviços de escrita e contabilidade independentemente Art. 32.° São analogamente applicaveis á cobrança da
cVaquellas a que o chefe da 9. a Repartição da Direeção receita, ao pagamento cla despesa e á respectiva fiscaliza-
Geral da Contabilidade Publica julgar conveniente proce- ção e contabilidade, nos serviços aquicolas, os processos e
der pessoalmente, a íim de que estes serviços se conser- preceitos estabelecidos para os serviços florestaes no pre-
v e m cle uma maneira uniforme e clara. sente regulamento.
§ 1.° D'estas inspecções será especialmente incumbido Art. 33.° Nos casos omissos neste regulamento, obser-
um funccionario superior do quadro da 9. a Repartição da var-se-hão as disposições dos regulamentos e instrucções
Direeção Geral da Contabilidade Publica, que o respe- em vigor para os serviços de contabilidade do Ministerio
ctivo chefe, de acordo com a Direccão Geral da Agricul- das Obras Publieas, Commercio e Industria.
tura, indique para desempenhar este serviço, ao qual serão Art. 34.° A s disposições do presente regulamento co-
abonadas as despesas de transporte e ajuda de custo igual meçarão a vigorar no primeiro dia do proximo anno eco-
á que compete ao inspector de silvicultura. nomico.
§ 2.° A o mesmo funccionario cumprirá apresentar re- Paço, em 28 de junho de 1 9 0 2 . = Manuel Francisco de
latorio circunstanciado de cada uma d'essas inspecções, e Vargas.
MODELO N.° 1
Fundo especial dos Serviços Florestaes e Aquicolas Fundo especial dos Serviços Florestaes e Aquicolas ' i ^ p ã . S Fundo especial dos Serviços Florestaes e Aquicolas if/v"ii Fundo especial dos Serviços Florestaes e Aquicolas
á ordem do Hinistro das Obras Publieas á ordem do Ministro das Obras Publieas. M á ordem do Ministro das Obras Publieas, lançado cm receita m m R á ordem do Ministro das Obras Publieas, lançado em receita
lançado sob o n.° . . . sol) 0 II. 0 . . . sob o n.° . . .
r

190...-190.
« I
Em de . . . ãe 190. lii Recebedoria da comarca ãe
4 í m

Recebedoria da comarca ãe . . .

. . . de . . . de 190... Jl . . . ãe . . . ãe 190'.. .

l . ° talão da guia n.° lii 2.° Talão da guia n.°


l i l W l
m m

O Escrivão de Fazenda, O Recebedor, Escrivão de Fazenda, O Recebedor,


Éj
Réis rcJII F. . . F.. . F. . . F...
l | | l l i
(Duplicado)
l i l 190...-190. Guia n. 0 i® a ?
190. ..-190. .. Guia n.° . . .
a V (fl

A i Réis Réis • . . $.. .

Que vae entregar o Sr. i a i V a e I S I


ffi * ía Recebi do Sr. . . o original d ' e s t a | £ | entregar na Vae entregar na . . .
75
importancia dos seguintes p r o d u c - 1 o | guia com a indicação de ter s i d o | o ( | o Sr. . l o | o Sr. ...
tos d. . ( O . ^ ^ L a quantia de i a quantia de . . .
a a
ffl | | P S & importancia de réis . .,
á ordem do Ministro das Obras Publieas, ($) ® ordem do Ministro das Obras Publieas,
rJ}
i! proveniente do seguinte. . .
proveniente do seguinte: do seguinte:

(O respectivo conhecimento deverá ser enviado á


w Geral cla Agricultura).

I l l
de . . . de 190. de . . . . de 190. i m de . . . de 190. . . de . . . de 1 9 0 . . .

1 »
O Silvicultor, O Silvicultor, O Silvicultor, O Silvicultor,
MODELO N.° 2 oo
ISS
N.° ... N.° ... N.° ...
o&o o g o * 0S0

. . . a ADMINISTRAÇÃO FLORESTAL . . . a ADMINISTRRÇSO FLORESTAL . . . a ADMINISTRAÇÃO FLORESTAL . . . a ADMINISTRAÇÃO FLORESTAL


E AQUICOLA E AQUICOLA E AQUICOLA E AQCICOLA

1.° Talão do recibo de cobrança o g o 2.° Talão do titulo de cobrança Titulo de cobrança n.° 3.° Talão do titulo de cobrança n.°
n. . . . n. . . .

5o 5o
Réis . .. $. . . Réis Réis . . . $.
38 Réis .. . ]

3o 88
Que entregou o Sr. ... Que entregou o Sr. ... Recebi do Sr. ... Que entregou o Sr. . .
o o o
importancia dos seguintes produc- importancia dos seguintes produc- a quantia de . . . o ç o i m p o r t a n c i a dos seguintes productos d.
> ^

tos d . . . l tos d . . . importancia dos seguintes productos d .


de ... . de 1 9 0 . . . de . . . de 1 9 0 . . . . de . . . de 1 9 0 . . . . de . . de 1 9 0 .

O Regente Silvieola, O Regente Silvieola, O Regente Silvieola, O Regente Silvioola,


MODELO N.° 3

. . . ADMINISTRAÇÃO FLORESTAL E AQUICOLA


Relação dos recibos da cobrança realizada pela Regencia Silvieola de . . . durante a semana iinda em . . . de . . . de Í 9 0 . . .

Productos principaes Productos secundarios


Recibos de cobrança
Ren-
Nomes <3ob compradores dimentos Total
diversos
Datas Madeiras
Numero»

190...

Importa a cobrança realizada na semana finda em . . . do mêa de . . . de 1 9 0 . . . na quantia de . . . Q R e g e n t e silvicola

F...
I. Guias de receita, representando valor de concessões, inscrevem-se a tinta encamada, eitando o despaclio ministerial, que as concede.
II. No desenvolvimento por pinhaes deserevem-se minucioaamente a qualidade e quantidade de productos vendidos em relação a cada columna d'este modelo, devendo, sempre que seja possivel,
reduzir ás unidades metros cubicos ou esteres os productos que, nas tabellas approvadas, não se acliarem espeoificados.
III. Por productos principaes entende-se aquelles que corresponden! ao fim para que a mata é explorada.
1Y. Por productos secundaiios entende-se lenhas, varas, varolas, ramas, resina, cepas e arbustos.
V. Por productos diversos todos os mais rendimentos.
MODELO 4 CD
O
tí>
(Rosto do modelo n.° 4) SERVIÇOS FLORESTAES E AQUICOLAS ADMINISTRAÇAO

A n n o e c o n o m i c o de 1 9 0 . . . - 1 9 0 . . .

Mês de . . .
SERVIÇOS FLORESTAES E AQUICOLAS
Relação da cobrança realizada, e dos cofres em que foram effectuados os depositos

Gruias
. . . Administração de deposito Productos principaes Productos secundarios
Ren-
Cofre onde foi effectuado o deposito ãimcntos Total
diversos
Data Madeiras
Mês de . . .

RELAÇÃO DA COBRANÇA REALIZADA, E DOS COFRES EM QUE FORAM


EFFECTUADOS OS RESPECTIYOS DEPOSITOS
Oi

I, Guias de receita representando valor de concessões, inserevem-se a tinta enearnada, citando o despacho ministerial que
as eoneede.
II. No desenvolvimento por pinhaes deserevem-se ininueiosainente a qualidade e quantidade de productos vendidos em re-
lação a eada columna d'este modelo, devendo, sempre que seja possivel, reduzir ás unidades metros cubicos ou esteres os produ-
ctos que, nas tabellas approvadas, não se acharem especificados.
III. Por productos principaes, entende-se aquelles que correspondem ao fim para que a mata é explorada. o
(3*
Kemettido á Direccão Geral da Agricultura em de . . . de IV. Por productos secundarios, entende-se lenhas, varas, varolas, ramas, matos, resina, cepas e arbustos. O
190... V. Por productos diversos, todos os mais rendimentos.
Juulio 28 476 1902

Pague-se. MODELO N.° 5 Abonado pelo precatorio n.°


Director Geral, O Chefe de Repartição,
F...
MINISTERIO DiS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
F...
Conformo-me. Direeção Geral da Agricultura
O Inspector,
F. ... Serviços Florestaes e Aquicolas
Exercicio de... Rpquisição de fundos n . ° . . . para materiaes e despesas diversas Mês cle .. ,

Data Importancias por


Fornecedores de auctorização
Rc&idencias e motivos do credito para coTnpra
do materíal Artigos Capitulos
Fornecedores Secções

MODELO N.° 6

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA 0 g 0 MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
DIRECÇIO GERAL DA AGRICULTURA DIRECÇlO GERAL DA AGRICULTURA

Precatorio n.° . . . Fundo especial dos Serviços Florestaes e Aquicolas

Em . . . de . . . de 190.. . Precatorio n.° . . .

Réis ...&...
Réis ...&...

Á Caixa Geral de Depositos e Instituições de Previden-


cia roga a Direccão Geral da Agricultura que se entregue
A favor do pagador do quadro do Ministerio ao (pagador do quadro do Ministerio das Obras Publicas
das Obras Publicas no districto d . . . ou de F . . . . do districto d . . . ou a F . . . ) a quantia de réis . . . , me-
a que ( respeita a requisição de fundos ou officios diante recibo visado pelo respectivo silvicultor, nos termos
n. o s . . . de . . . do regulamento de . . .
Direeção Geral da Agricultura, em . . . de . . . de 1 9 0 . . .

P e l o Ministro,
Pelo Ministro,
F... F...

MODELO N.° 7

SERVIÇOS FLORESTAES ••
... AD3IOISTRAÇÃO

Relação das folhas e mais documentos que nesta data são enviados ao pagador do Ministerio das Obras Publicas
afimde serem pagas nos dias, locaes, e pela fórma que Yae indicada
A pagar em . . . no dia . . . de . . . de 1 9 0 . . .
1 Folha de jornaes...
1 Folha de materiaes.

Fjsta relaçcão vae acompanbada de . . . folhas ou documentos de despesa a pagar nos dias e locaes quc vão
indicados e importa na quantia de . . . réis.
. . . de . . . de 1 9 0 . . .
O Silvicultor,
F...
Paguei as folhas constantes da presente relação na importancia total de . . . reis.
O Pagador,
F...
MODELO N.° 8

MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
DIRECCÃO GERAL DA AGRICULTURA 8 8 o DIRECÇÃO GERAL DA AGRICULTURA g g g DIRECÇÃO GERAL DA AGRICULTURA
Visto.
O Silvicultor,
F. ...
1° talão do recibo n.° . . . 2.° talão do recibo n.° . . .
Recibo n.' Réis ...?>..

..a Administração Florestal Administração Florestal — a Administração Florestal


e Aquicola e Aquicola e Aquicola

districto d . . . Precatorio n.° . . . R g R Districto d. Precatorio n.° Districto d . . . Precatorio n.°

Réis . . . & . . . Réis Fundo especial dos Serviços Florestaes e Aquicolas

Recebidos de . . . por . . . pagador d'esta Ad- Recebidos de . . . por . . . pagador d'esta ad- Recebi de . . a quantia de . . . para ser applicada às
ministração, em virtude do precatorio n.° ministração, em virtude do precatorio n.° ... despesas d'esta administração.
para despesas de ... para despesas de . . . . . . de . . . de 1 9 0 . . .
. . . de . . . de 1 9 0 . . . . . . de . . . de 1 9 0 . . .

O Pagador,

F...

D. do G. n.° 142, de 30 de junho.


Junho 28 478 1902

9.a Repartição da Direeção Geral carta de lei de 23 de julho de 1850 e na fórma das plan-
da Contabilidade Publica tas, que com este decreto baixam competentemente au-
thenticadas, de utilidade publica urgente a expropriação
Usando da auctorização conferida ao Governo pelo ar- requerida pela Camara Muncipal do concelho de Villa
tigo 1.° da carta de lei de 24 de maio ultimo e em obser- Flor, de 236 metros quadrados de terreno da propriedade
vancia do preceituado no § unico do artigo 17.° da carta de D. Maria Leopoldina de Moraes Leite, sita á Fonte
de lei de 3 de setembro de 1897, cujas prescripções foram Velha, na povoação de Freixiel, sendo 136 metros qua-
mandadas vigorar no exercicio de 1 9 0 1 - 1 9 0 2 pelo arti- drados para abertura de uma valla e 100 metros quadra-
go 14.° da carta de lei de 12 de junho de 1901: hei por dos para installação de um deposito de aguas e seus ac-
bem, tendo ouvido o Conselho de Mirfistros, determinar cessorios, a fim de abastecer a dita povoação.
que no Ministerio da Fazenda, e devidamente registado O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
na Direeção Geral da Contabilidade Publica, seja aberto cretario de Estado dos Negocios clo Reino, assim o tenha
a favor do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e entendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de
Industria um credito especial da quantia de 30:000$000 1 9 0 2 . = = R E I . = Í/Vjjesío Rodolpho Hintze Ribeiro.
réis, a íim de occorrer ao pagamento das despesas que D. do G. n.° 1-13, de 1 de julho.
couberem ao Estado nos serviços de extincção de acridios,
conforme o regulamento de 20 de fevereiro proximo pas-
sado; devendo essa quantia ser inseripta, na tabella da
distribuieão da despesa extraordinaria do segundo dos re- Hei por bem fixar em cem o numero de guardas cam-
feridos Ministei-ios, no exercicio de 1901-1902, da fórma pestres do concelho cle Trancoso, os quaes serão remune-
seguinte: «Capitulo 6.° — Despesa extraordinaria — Ex- rados somente com a parte das multas que lhes competir,
tincção de acx-idios, 30:000$000 réis». nos termos do artigo 127.°, § 1.°, clo Codigo Administra-
O Tribunal de Contas julgou este credito nos termos de tivo.
ser decretado. O Presidente clo Conselho de Ministros, Ministro e Se-
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa- cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
zenda, e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios entendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de
das Obras Publicas, Commercio e Industria, assim o te- 1 9 O 2 . = R E I . = .Er?iesí0 Rodolpho Hintze Ribeiro.
nham entendido e façam executar. Paço, em 28 de junho D. do G. n.° 113, do 1 de jullio.
de 1902. = REI. = Fernando Mattozo Santos = Manuel
Francisco de Vargas.
D. do G. II.0 1-12, de 30 de junho.
Attendendo ao que me representaram diversas juntas
de parochia do concelho da Maia, pedindo que a sede do
mesmo concelho seja transferida do logar do Castello,
freguezia de Santa Maria de Arioso, para o logar do Pi-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO coto, freguesia de Barreiros :
Hei por bem, conformando-me com a Consulta do Su-
Direeção Geral de Administração Politica e Civil premo Tribunal Administrativo, decretar, nos termos clo
artigo 3.°, § 4.°, n.° 1.°, do Codigo Administrativo, que a
2,a Repartição sede do sobredito concelho seja mudada para o referido
logar do Picoto na freguesia de Barreiros.
Iiei por bem, tendo ouvido o Conselho de Ministros, O Presidente do Conselho cle Ministros, Ministro e Se-
auctorizar, nos termos do artigo 18.° da carta de lei de cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha
14 de maio ultimo, a Camara Municipal do concelho de entendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de
Bragança a que, dentro da metade da parte disponivel do 1902. = R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
seu fundo de viação, applique 2:031$000 réis ás obras de
D. do G. n.° 1-13, dc 1 de julho.
saneamento da mesma cidade, visto serem urgentes e não
se poderem custear actualmente pelas receitas ordinarias
d'aquelle municipio.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- Sendo-me presente a Consulta do Supremo Tribunal Ad-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, assim o tenha ministrativo acêrca do recurso n.° 3:326, em que são re»
entendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de correntes José Pinlieiro de Mello e outros lojistas, cFesta
1902.— R E I . = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. capital, e recorrida a Camara Municipal de Lisboa, e cle
D. do G. n.° 1.13, de 1 do jullio. que foi relator o Conselheiro, vogal effectivo, Antonio Tel-
les Pereira de Vasconcellos Pimentel:
Mostra-se que os recorrentes, intcrpretando a lei de 14
de maio de 1872, artigo 22.°, reclamaram para a Camara
Hei por bem declarar, nos termos da carta de lei de
Municipal de Lisboa, sustentando que as licenças munici-
11 dc maio cle 1872, de utilidade publica urgente a ex-
paes cstabelecidas pelo antiquissimo formulario, para o
propriação requerida pela competente camara municipal,
exercicio de suas industrias estavam abolidas por aquella
para ampliação do Largo da Ponte da Villa de Aljezur,
lei;
de um predio em ruinas sito no mesmo largo, pertencente
Mostra-se que a Camara Municipal indeferiu a reclama-
a José Bravo Marreiros, e descripto nas plantas, que com
ção e d'este indeferimento foi interposto recurso pelos re-
este decreto baixam competentemente authenticadas.
correntes para o Conselho de Districto que por seu accor-
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se-
dão negou provimento pelos fundanientos constantes clo
cretario de Estado dos Negocios clo Reino, assim o tenha
mesmo accordão;
entendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de
Mostra-se ('petição de fl. 2) que foi pelos recorrentes in-
1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro.
terposto recurso para este Supremo Tribunal com o fun-
D. do G. II.0 113, de 1 do julho. damento de que o artigo 22.° da lei de 14 de maio de
1872 diz :
— «que ficam abolidas as licenças mencionadas na 4. a
Conformando-me com a consult.a do Supremo Tribunal classe da referida tabella, e que forem relativas ao exer-
Administrativo: hei por bem decretar, nos termos da cicio de qualquer industria»; e que o artigo 23.° diz:
1902 479 Junho 28

— «que o imposto do sêllo que por ellas se pagava sub- do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
sistirá, sendo cobrado juntamente com a contribuição in- em 28 de junho de 1902. — REI. = Ernesto Rodolpho
dustrial» ; d'estes dois artigos resulta que foram abolidas Hintze Ribeiro.
eertas licenças, mas conservando com outra fórma de co- D. (lo G. 143, de 1 de julho.
brança o imposto do sêllo que as onerava, e que ficou sub-
sistindo;
Allegam os recorrentes que o artigo 22.° aboliu licen-
ças, nem La negá-lo, porque não haverá quem tome estas Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal
expressões como synonymas de que ficam conservadas Administrativo acêrca do recurso n.° 7:751, em que ó
emquanto não reformarem a lingua portuguesa. recorrente Domingos Pedro Resende de Castro Constan-
cio, e recorrido Jaime Ernesto Allegro, de que foi rela-
Mas que especie de licença aboliu o artigo 22.°?
tor o Conselheiro, vogal extraordinario, Frederico de
As que reunirem os dois requisitos seguintes:
Abreu e Gouveia:
1.° Estarem mencionadas na classe 4. a da tabella an-
Mostra-se que tendo vagado em 1889 um logar de pri-
nexa ao regulamento de 2 de dezembro de 1869;
meiro official na Secretaria da Camara dos Dignos Pares
2.° Serem relativas ao exercicio de qualquer industria-,
do Reino, por fallecimento de Custodio José Ferreira, re-
ambas estas condições se verificam com respeito ás licen-
querera esse logar o recorrente, segundo official da mes-
ças municipaes etn vigor ao tempo da publicação da lei,
ma secretaria, sendo, porem, indeferido o seu requeri-
já porque estão todas mencionadas e comprehendidas na
mento, e nomeado outro segundo official, o recorrido Jai-
referida tabella 3. 8 , já porque recaem sobre o exercicio
me Ernesto Allegro, por despacho de 12 de junho de
da industria; logo, em virtude da literal disposição do
1889;
artigo 22.°, é manifesto estarem abolidas aquellas licen-
Mostra-se que o recorrente, não se conformando com
9as- . ft esta resolução, interpôs recurso para este Supremo Tri-
A interpnWação grammatical dá-nos assim o conceito bunal com os seguintes fundamentos:
natural do texto, comprehendendo as licenças munici- — que a Mesa da Camara dos Dignos Pares não tinha
paes, e ó simples e declarativa no seu resultado, porque competencia para fazer nomeação provisoria, como fizera,
para abranger essas licenças no mesmo tcxto, não tem de por isso que só podia fazer a nomeação nos termos do
o estender por comprehensão ou reducção; § unico do artigo 36.° do regulamento de 19 cle março
Mostra-se responder a camara recorrida a fl. 12, e os de 1883;
recorrentes a fl. 16, e o Ministerio Publico a fl. 65 con- — que assim commettêra excesso de poder, e que, fa-
formando-se com os fundamentos do accordão recorrido: zendo a nomeação, como fez, offendera os direitos adqui-
O que tudo visto e ponderado ; ridos pelo recorrente, que tinha incontestavel a prima-
Considerando quo as licenças a que o recurso se refere, zia na sua posição e merecimento profissional;
e taxas correspondentes, teem a sua origem, não na classe 4. a
Mostra-se que o recorrido contestou os fundamentos do
da tabella n.° 3 annexa ao regulamento de 2 de dezem-
recurso, allegando especialmente a sua incompetencia:
bro de 1869, mas sim em differentes resolnções, regras e
O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico;
no Codigo de Posturas Municipaes, approvado pelo Conse-
Considerando que as mesas das camaras legislativas
lho de Districto, e assim desapparece o fundamento com
exercem a sua jurisdicção por delegação das mesmas ca-
que foi interposto semelhante recurso;
maras, e só para esta ha recurso das suas deliberacões;
Considerando que a lei de 14 de maio de 1872, na parte
Considerando que o recorrente funda o seu pedido na
em que se refere ás licenças, só teve em vista o imposto
disposição do artigo 1.° do regulamento approvado por de-
do sêllo sobre as referidas licenças, e regular a sua arre-
creto de 25 de novembro de 1886, a qual no n.° 3.° clá
cadação por uma fórma mais equitativa; nem a mencio-
competencia ao Supremo Tribunal Administrativo para co-
nada lei nos artigos 22.° e 23.° se refere ás taxas das mes-
nhecer dos recursos que dos actos e decisões das auctori-
mas licenças, que não foram abolidas nem alteradas;
dades administrativas se interpuseram por incompetencia,
Considerando que a opinião dos recorrentes não é sus-
excesso de poder e offensa de direitos adquiridos;
tentavel em face das suas proprias confissões, pois que
Considerando que as mesas das camaras legislativas não
necessidade tinha o Governo de regular a cobrança do im-
são auctoridades administrativas, e que das suas delibe-
posto do sêllo sobre as licenças se, como querem os recor-
racões não ha recurso para os tribunaes, mas somente para
rentes, a lei aboliu as mesmas licenças ? Pois se foram abo-
a respectiva camara, nos termos que os seus regulamentos
lidas pelo artigo 22.", para que manda a lei subsistir o
especiaes permittirem:
sêllo e regula a sua cobrança?
Considerando que no proprio relatorio que precede o Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
projecto do Governo convertido na lei de 14 de maio de não tomar conhecimento do recurso por falta de compe-
1872, se mostraque o Governo, querendo regular o imposto tencia.
do sêllo e sua cobrança, por nenhuma fórma quis prejudi- O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de
car as receitas municipaes provenientes das taxas das li- Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios
cencas: do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço,
j» 1
em 28 de junho de 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho
Considerando que mal se póde comprehender que a lei
Hintze Ribeiro.
referida acabasse no artigo 22.° com as licenças estabele- D. do G. n.° 143, de 1 dejulho.
cidas com a approvação do Conselho de Districto, para dei-
xar ás camaras no artigo 26.° a mesma faculdade de es-
tabelecer licenças, exigindo só a mesma approvação do
Conselho de Districto, pois se as licenças que se preten- Sendo-me presente a Consulta do Supremo Tribunal
dem abolidas eram vexatorias, vexatorias seriam as que Administrativo acêrca do rccurso n.° 6:429, em que é
de novo se viessem a estabelecer, porque umas e outras recorrente a Camara Municipal do concelho clas Lagens
só ficavam dependentes do querer da camara e do Conse- do Pico, e recorrido Francisco Xavier de Betencourt
lho de Districto: Cardoso Machado, de que foi relator o Conselheiro, vogal
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta, effectivo, Eduardo José Segurado:
negar provimento no recurso e confirmar o accordão re- Mostra-se que o presente recurso vem interposto pelo
corrido para todos os effeitos. presidente da Camara Municipal clo concelho das Lagens
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de do Pico, districto cla Horta, do accordão do Conselho de
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios I Districto, que annullou a deliberação da mesma camara,
Junlio 28 480 1902

sobre a escolha de terreno para construcção de cemiterio, de outubro de 1901, que reorganizou a engenharia civil,
c maudou proceder a nova escolha; determinar:
Mostra-sc porem que no processo não existe copia da 1.° Que os mencionados trabalhos fiquem a cargo de
aeta da sessão em que a camara tivesse deliberado a in- uma commissão administrativa, composta do enferraeiro-
terposição d'este recurso: mor do Hospital de S. José-, que servirá de presidente,
O que tudo visto e ponderado com a resposta do Mi- de um cngenheiro de secção de obras publicas do quadro
nisterio Publico; de engenharia civil, que cumulativamente com esta poderá
Considerando que, como pi'escreve o n.° 10.° do arti- desempenhar a commissão que naquelle quadro lhe com-
go 102.° do Codigo Administrativo de 1878, então em vi- petir, e de um funccionario superior da Administração
gor, á camara competia deliberar sobre a interposição Superior dos Hospitaes Civis, que servirá de secretario;
d'este recurso; 2.° Q,ue nas relações officiaes entre a Direccão Geral
Considerando que, nos termos do artigo 38.° do mesmo de Obras Publicas e Minas e a commissão administrativa
codigo, as deliberações dos corpos administrativ.os só po- referida se observem as instrucções especiaes, que serão
dem provar-se pelas respectivas actas; opportunamente publicadas.
Considerando que no processo não existe copia da acta O Presidente clo Conselho de Ministros, Ministro e Se-
da sessão cm que a referida camara tivesse deliberado cretario de Estado dos Negocios do Reino, e o Ministro e
recorrer do alludido accordão: Secretario cle Estado dos Negocios das Obras Publicas,
Iiei por bem, conformando-me com a mesma consulta, Commercio e Industria, assim o tenham entendido e fa-
rejeitar este recurso por iIlegalmente interposto. çam executar. Paço, em 28 de junho cle 1902. = REI. =
O Conselheiro de Estado, Presidente do Conselho de Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro — Manuel Francisco de
Ministros, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Vargas.
do Reino, assim o tenha entendido e faça executar. Paço, D. do G. n.° 141, de 2 de julho.
em 28 de junho de 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho
Hintze Ribeiro.
D. do G. n.° 143, de 1 de julho.
Direeção Geral de Agricultura
Repartição dos Serviços Agronomicos
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA Sendo frequente haver desacordo entre os fabricantes
de farinhas e manifestantes de trigo sobre os preços dos
Secretaria Geral differentes lotes distribuidos pelo Mercado Central de
Productos Agricolas, e convindo fixar regras para a de-
Não tendo ainda muitos negociantes de ourivezaria feito terininação clo peso do hectolitro de trigo, base fnndamen-
as suas cleclarações cle harmonia com a disposíção do ar- tal do preço e que mais contestações levanta: ha por
tigo 1.° do decreto de 10 de abril ultimo: hei por bem, bem Sua Majestade El-Rei nomear uma commissão espe-
conformando-me com a proposta do Conselheiro Director cial constituida por agricultores, fabricantes de farinhas e
da Casa da Moeda e Papel Sellado, conceder novo prazo technicos, a fim de propôr o processo que julgue mais con-
de trinta dias para os referidos negociantes de ouriveza- veniente para a determinação do preço do trigo, e a qual
ria podercm declarar onde teem os seus estabelecimentos, será composta cle: Conselheiro Ernesto Madeira Pinto,
ou quaes as feiras que frequentam, sendo feirantes, ecomo presidente do Conselho clo Mercado Central de Productos
se acham classificados nas respectivas repartições cle fa- Agricolas, que servirá de presidente ; Sertorio do Monte
zenda para o pagamento da contribuição industrial; de- Pereira, presidente da commissão directora do mesmo Mer-
vendo depois cle findo esse prazo, dar-se cabal e inteira cado; engenheiro José Jeronimo Rodrigues Monteiro, ins-
execução a todas as prescripções do mencionado decreto, pector technico das farinhas e do pão; Dr. Francisco Au-
contra os negociantes de ourivezaria que não estiverem gusto de Oliveira Feijao, presidente da direeção da Real
nas condições legaes de poderem exercer a sua industria. Associação Central da Agricultura Portuguesa; Antonio
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Fa- Joaquim Simões de Almeida, presidente da direeção da
zenda e interino dos Negocios Estrangeiros assim o tenha Associação Commercial de Lisboa; Antonio Adriano da
entendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de 1902. = Costa, Antonio Rodrigues da Costa Soares, Antonio Ma-
REI. •= Femando Mattozo Santos. c-ieira, Domingos José de Moraes, Joaquim Rojâo, José
D. do G. n.0 111, de 2 dc julho. Antonio de Oliveira Soares, José Maria da Silva Pinheiro,
José Pereira Palha Blanco, José da Silva Monteiro, Manoel
Paulino da Cunha e Silva e Ramiro Larcher Marçal, di-
rector da Estação Agronomica de Lisboa, que servirá de
MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA secretario.
Sua Majestade confia do zêlo e competencia dos no-
Direeção Geral das Obras Publicas e Minas meados o perfeito desempenho d'esta missão.
Paço, 28 de junho de 1902. —Manuel Francisco de
Repartição de Obras Publicas Vargas.
D. do G. n.° 114, do 2 de julho.
Attendendo a que as obras de conservação, reparação
e melhoramentos dos edificios hospitalares de Lisboa, as
quaes actualmente se encontram a cargo do Ministerio das
Obras Publicas, Commercio e Industria, carecern, pela sua
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GDERRA
natureza, de uma administração especial, porquanto não Repartição do Gabinete
só é mister na elaboração dos respectivos projectos e na
sua propria execução recorrer a conhocimentos profissio- Attendendo ás urgencias do serviço, e convindo harmo-
naes que espeeiaÍmente incumbem á classe meclica, mas nizá-lo de modo que não possa haver a menor perturba-
ainda na sua administração, por vezes, se deve considerar ção no seu regular funccionamento, o, tendo em considera-
a urgencia acima de tudo com pretenção até de disposi- ção a doutrina do § unico do artigo 2.° do decreto com
ções regulamentares: hei por bem, usando da faculdade | força de lei de 21 cle abril de 1892: hei por bem decre-
oonferida ao Governo pelo artigo 62.° clo decreto de 2 4 !
tar o seguinte :
1902 481 Junho 28

Artigo 1.° Na Direccão Geral da Secretaria da Guerra Devendo ser posta desde já em execução a reorganiza-
será constituida uma repartição, que ficará sendo a 7. a , e ção da guarda fiscal, approvada pelo decreto com força
que terá a seu cargo, na parte relativa á guarda fiscal, de lei de 24 de dezembro de 1901, e, em conformidade
os mesmos assuntos que em relação ás restantes forças com a doutrina do § unico do artigo 2.° do decreto tam-
do exercito sao commettidos á l . a , 2. a e 5. a Repartições bem com força de lei de 21 de abril de 1892 : hei por
da mesma Direccão Geral e á Repartição de Abonos e bem decretar o seguinte :
Processo. Artigo 1.° A força da guarda fiscal será provisoria-
Art. 2.° O pessoal da 7. a Repartição da Direeção Geral mente distribuida por duas circunscripções fiscaes, com
da Secretaria da Guerra será o seguinte: chefe, um offi- commandos independentes, cujas sedes serão em Lisboa e
cial superior de infantaria ; sub-chefe, um capitão de caval- Porto.
laria ; adjuntos, dois tenentes de cavallaria ou infantaria; Art. 2.° A distribuição do pessoal da guarda fiscal, de
officiaes de administração militar, um official superior e que trata o artigo 2.° e seu § unico do decreto com força
tres capitaes ou subalternos; archivista, um subalterno do de lei de 24 de dezembro de 1901, pelas duas circunscri-
corpo do secretariado militar; amanuenses, seis do corpo pções, a força de cada uma das unidades, a area que com-
do secretariado militar. prehenderá, bem como as divisões e sub-divisões em que
§ unico. A todo o pessoal indicado neste artigo é appli- se fraccionam, constam das tabellas annexas ao presente
cavel o disposto no artigo 7.° do decreto com força de lei decreto.
de 24 de dezembro de 1901. _ § unico. Provisoriamente, cada uma das circunscripções
Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios da terá dois medicos, capitaes ou tenentes.
Fazenda e dos da Guerra assim o tenham entendido e fa- Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios da
çam executar. Paço, em 28 de junho de 1902. = REI. = Fazenda e dos da Guerra assim o tenham entendido e fa-
Fernando Mattozo Santos = Luiz Augusto Pimentel Pinto. çam executar. Paço, em 28 de junho de 1902. = R E I . =
D do G . 11.° 144, de 2 de julho. Fernando Mattozo Santos ~ Luiz Augusto Pimentel Pinto,
TABELLA I
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Composição e distribuição da força da circunscripção do sul da guarda fiscal, por companhias e secções fO
co

Sedes Estado maior c menor auhias

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Da circunscripção Das companhias e esquadrões Das secções
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Lisboa - - - 3
Infantaria:
Santa Apolonia (a) 7 185 199 •2
1." — Lisboa . . Boa Vista (a) 8 18G 199 1
Somma . 15 371 398 3 398

Belem 10 160 179 2


2." — Lisboa Cascaes 3 25 30 1
jEriceira 2 21 25 _
(Peniehe o
O . 26 31 1 oo
Somma , co
18 232 265 4 265

Algés 8 96 111 1
3." — Lisboa Pimenteira. 9 101 117 1
Arroios 9 127 146 2
Somma 19 26 324 374 4 374

j Barreiro.. 1 21 23
1 Cacilhas .. 3 45 52 2
i Cezimbra . 1 15 18 1
4.".— Cacilhas. . (Setubal... 2 26 30 1
JSines 1 20 23 1
I Lagos 2 41 46 1
iPortimão . 4 45 51 1
Somma . 14 213 243 7 243

Faro 4 59 67 1
a
Olhão 3 30 35 -
5. — Villa Real de Santo Antonio. Tavira 3 38 43 1
Villa Real de Santo Antonio. 7 112 124 2
Aleoutim 6 86 95 1
j Somma 23 325 364 5 364
1
[S. Domingos . 3 49 55 1
\Aldeia Nova . 3 61 69 2
60 _
a
6. — Moura. i Barrancos.. .. 3 55
J Amarelleja... 2 46 50 _
(Mourão 4 60 «6 1
Somma 15 271 .300 4 j 300
Alandroal 1 - 2 3 65 71 1
Elvas 1 1 2 4 91 100 2
Campo M a i o r . . . . 1 — 2 2 58 63 1
7.» — Elvas Arrocehes - 1 1 2 51 55 _
Portalegre 1 - 1 3 37 42 1
Castello de Yide. 1 - 3 4 70 78 1
Somma . . . 5 2 11 18 372 409 6 409 6

Somma a infantaria. 27 13 69 129 2:108 2-.353 36 2:360 36

Cavallaria:
1.° Esquadrão- - Lisboa» 2 1 2 5 53 64 61 64 61
2.° — Evora . . . 2 1 3 o 51 64 62 64 62
Somma a cavallaria . . . . 4 2 5 11 104 128 123 128 123

Somma a circunscripção 31 15 741140 2:112 2:481 159 2:488 159

(o) Fornece praças para o deatacament/í m&ritimo do porto da lãsboa, que será commandado por um tenente.

Paço, em 28 de junho de 1902. =Luiz Augusto Pimentel Pinto.

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1 i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ir i i i i i— Commandante (coroncl^
dc infantaria)
Segundo commandante
: i i i i i i I i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i M (tenente-coronel ou
rjajor dc cavallaria)
I II II II Ajildanto

I II Capí tão ) *â
I II I I I I

i i i i Official do administra-
i i çiío militar
1
I I I 1I Saigcnto ajudante

I I I I Somma
Capitaes

11 til I I I — 1 I-1 1 H' M 1 ro >-i | — i 1 03 1 1 H* M M 1 H» 1 1 1 l-> H* 1 M 1 1


t * M.I I Primeiros sargentos
1
h-i l ^- 1H*tOtsS Or H- ( j p j , j 1
| Segundos sargentos
O t>£> I-* K> I-' bO l-' 1-'O I-» >-> tx2fcOCO l-1 o 03 1x3 M 1—^ 1—^ h-* ISS » 1—
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7.°—Figueira da Foa Figueira cla Foz - - - - - - - 1 1 1 2 6 74 85 2


1 2 5 37 45 1
- - 1 3 1 6 16 151 178 4 178 4

Somma a infantaria . . . . 1 1 1 1 1 1 1 7 7 25 13 61 118 1:686 1:910 35 1:917 35

Cavallaria:
1.° Esquadrão — Porto - - - - - - 1 2 1 2 5 53 64 61 64 61

2.» Castello Branco (b) 1 2 1 2 4 49 59 56 59 56


Somma a cavallaria . . . . - - - - - - 2 4 2 4 9 102 123 117 123 117

Somma a circunscripção 1 1 1 1 1 1 1 7 9 29 15 65 127 1:788 2:033 152 2:040 152

(a) Fornecem as praças para o destacamento maritimo da alfandega do Porto, que será commandado por um sargento.
(!>) Fornece uma columna para Bragança, sob o commando do um tenente.

Paco, em 28 de junho de 1 9 0 2 . — L u i z Augusto Pimentel Pinto.


Junho 28 486 1902

TABELLA III
Circunscri- Postos
Companhias
Composição e distribuição da força das companhias da guarda fiscal pções
das ilíias adjacentes, por secções
® Dáfundo.
0 ai O Caxias.
Sedes to Paço de Areos (a).
a Q
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05 w «o Oeiras (a).
[fi
Q> O O o* /Cascaes. Forte Velho.
a s to P t3 » Cascaes.
Das companhias Das secções fl tfl a ?2 Oitavos.
w Pk w c* Figueira do Guincho.
Azoia (a).
Funchal í 2 31 35
N.° 1 — F u n c h a l . . . . Machico _ í _ 4 5 j Azenhas do Mar (a).
Porto Santo. 1 3 4 iMagoito (a).
- - 2.»
)S. Julíão.
Somma... 2 3 38 44 Lisboa {Ericeira jEriceira (a).
jRibamar (a).
Ponta Delgada. 1 2 33 37 (Assenta (a).
N.° 2—Ponta Delga- Villa Franca .. — 1 _ 6 7
da Villa do Porto. - - 1 3 4 Santa Cruz (a).
Porto Dinheiro (o).
Somma... 2 3 42 48 Atalnia (o).
Paymogo.
Peniche. \Consolaçâo.
Angra... 1 1 21 24
N.° 3 — Angra Graciosa. _ _ 1 4 5 J Peniche.
S. Jorge. - 1 1 12 14 Baleal (a).
j Valle de Janellas.
Somma... 2 3 37 43
Algés.

Í
Horta 1 1 21 24
Caes do P i c o . . . _ - 1 8 9 Algés
H» 4—I-Iorta Lagens do Pico _ 1 _ 8 9
Flores - - 1 6 7
Gravato.
Somma. . . 1 2 3 43 49 Portella.
Penedo. de Queluz.
Estrada

Paço, em 28 de junho de 1902. — Luiz Augusto


mentel Pinto.
Pi- Í Pedro Teixeira.

Cruz da Oliveira.
Pimenteira.
Cancellas.
3." j Estação do Caminho de Ferro de
TABELLA IV Lisboa [ Campolide.
Alto do Carvalhão.
\Baltasar.
Campolide.
Distribuição dos postos da guarda fiscal pelas secções, I Entremuros. •
Sul. I Viscondessa.
companhias e circunscrjpções S. Sebastião.
Rego.
Guarda-mor.
Circunscrl-
Picôas.
pçõea Companhias Secções Postos Matadouro.
Ressano Garcia.
Arroios Estephania.
Açores. %
Estação do Caminho de Ferro de Calçada de Arroios.
Abrantes. Largo do Leão.
Entvoncamento. Arroios.
Azambuja. Caracol da Penha.
Villa Franca de Xira (a). Poço dos Mouros.
Cammho da Penha.
Santa Apo- de Xatregas. Alto de S. João.
la 'Xabregas. Calçada das Lages.
Entrega. Cruz da Pedra.
Ponte do Caminho de Ferro.
Santa Apolonia. Aldeia Gallega (a).
Jardim do Tabaeo. Moita (a).
Lisboa * Caes da Areia. /Barreiro Praia do Barreiro (a).
Barreiro.
Azinheira.
Seixal (à).
Armazens da alfandega.
Caes das Columnas.
Estação do Caminho de Ferro do Caramujo (a).
\Boa Vista.. { Rocio. Margueira.
Caes do Sodré. Cacilhas (a).
Sul .
Boa Vista. 4.* Olho de Boi.^
Rocha. Cacilhas Cacilhas . Porto BrandSo.
Lazareto.
Trafaria (a).
Costa de Caparica (a).
Alcantara-terra. Fonte da Telha (a).
lAlcantara mar.
2.»
Belem , /Porto Franeo.
Lisboa ' \Belem. Lagoa de Albufeira (a).
IBom Successo. ^Cezimbra . |Azoia (a).
[Torrinha. (Cezimbra.
1902 487 Junho 28

Circunscri- Circunscri-
Companhias Secções Postos pção» Companhias Secções Postos
pções

Arrabida. Foz do Odeleite.


Saude. Barranco dos Pereiras.
(Setubal, Setubal. Guerreiros.
Alcacer do Sal (a). Laranjeiras.
Comporta. Pontal.
Grandacinha.
Abrigo 2.°
Medronheira. Alcaçarinho.
Lagoa de Santo André (a),
Aleoutim.
Sines. Lourinhã.
ISines. Porto Covo (a). Premedeiros.
Pecegueiro. 5.» Enxoval.
Villa Nova dt; Milfontes. Villa Real Aleoutim. Vascão.
Sardão. de Santo Barranco do Alamo.
Antonio Canaviaf.

I
Porto da Mesquita.
4.» Odesseixe. Rocha Vermelha.
Cacilhas Aljezur (a). Porto das Mós.
Carrapateira. Barranco da Ameixoeira.
iLagos Ságres (a). Barranco do Carrascal.
Salema (a). Penha de Aguia.
Burgau (a). PÍQheirinho.
Senhora da Luz (a). Barraneos dos Lombardos.
Ribeira de Lagos (a). Bombeira.
Meia Praia. Vaqueira.
Mertola.
IAlvôr (a).
I Portimão.
I João de Arens. Pomarão.
íSanta Catarina. Malpique.
jFerragudo (a).
IPortimão . \Carvoeiro (a).
jBenagil (a). S. Domingos (è).
ISenhora da Rocha (a). Córte da Azinha.
Armação de Pera (a).
\Pedra da Galé. 'S. Mareos.
Valle Covo.
Sul. /Praia de Albufeira (a). Malhada de Sópos.
I Santa Eulalia. lAldeiaNovag-P-
IRocha Baixinha.
jQuarteira (a). [Aldeia Nova (ô).
Faro (Forte Novo. Penalva.
JAncão. [Ficalho.
IS. Braz de Alportel (5). Sul.
! Praça de Faro (a). I
6."
.Valle de Grou.
\Barreta. 1 Valle de Choças.
Moura (Sobral.
Pharol. J Santo Aleixo.
Barraneos. Safára (6).
Praça de Olhão (a).

Í
Olhão Armona. Tomina.
Fontes Santas. Barraneos.
Fuzeta. Nodar.

Torre d'Ares. Garducho.


5.* Santa Luzia (a). Amarelleja.. Amarelleja (6).
Terra Estreita. Monte da AÍdeia.
Villa Eeal Meda das Cascas (a). Granja.
de Santo Tavira... Mercado de Tavira (a).
Antonio Conceição (a).
Abobora. S. Leonardo.
Cacella (a). Mourão (b).
Mourão , Atalaia das Ferrarias
Foz dos Cuncos.
Torre Velha (a). Telheiro.
Cabeço. Roncanito.
Monte G-ordo (a).
Ponta da Areia. Montes Juntos.
Galeão. Moinho de El-Rei.
Villa Real de Santo Anto- Moinho das Beatas.
nio (a).
Pinheiro. Alandroal.. Mocisaoa.
Serra do Carneiro.
Castro Marim. lAlandroal (6).
V i l l a Real
a» a + Serro do Seixo. Foz dos Pardaes.
S. Braz dos Matos.
Junqueira. 7.» í
Córte. Elvas I Jerumenha.
Ponta do Cinturão. I Venda.
Azinhal. 1 Villa Boim.
Abrigo 1.° JD. João.
Almada do Ouro. \ Elvas.
\Elvas (6).
Vinharias. J Estação do Caminho de Ferro
Amoreira. f de Elvas.
Freixo. \Caya.
Junho 28 488 1902

Circuuscri- Clrcumscri- iSccçõos


Companliias Secçõcs Postos pçõcR Companhias Postos
pções

Caseta do Caminho de Ferro Carreiros.


Rctiro. Matozinhos (a).
Santa Eulalia. Boa Nova.
C. Maior... /Campo Maior (b). Matozinhos/Pampelide (a),
lCasarão da Misericordia. JAngeiras (a).
I Ouguella. [Villa Chã (a).
\ Azeiteiros. 2.» \Mindello (a).
Porto

I
Villa do Conde.
[Monforte. Caxinas (a).
\Barradas. Povoa de Varzim.
Arronches. < Arronches (6). A-ver-o-mar (a).
jTarragaes. Aguçadoura (a).
(Esperança. Estella.
Sul. 7.» v
Elvas Portalegre (6). (Apulia (a).
Pedreira (6). 'Cavallos de Fào (a).
Portalegre. Rabaça. Esposende.
! S. Julião. S. Bartolomeu (a).
I Foz do Neiva (a).
Gallegos (b). Moinho do Bispo.
Torre das Vargens (ò). Foz do Lima.
Vianna do (Ribeira de Vianna (a).
Castello de Vide (6). Castello., Porto de Nossa Senhora da Vi-
Santo Antonio.
Beirã. nha (a).
(Castello de Morena. Vianna.
> Vide Fadagosa. Estação do Caminho de Ferro de
Santo Amador. Vianna.
Valle de Figueira. Norte. Montedor (a).
Montalvão. \Affife
Foz do Sever. Ancora (a).
Preces.
Esmoriz (a). Foz do Minho.
Paramos (ct). Esteiro.
Espinho (a). Ribeira de Caminha (à).
Aguda (a). Caes de Caminha.
Senhor da Pedrsi (a). Caminha.
Lavadores (a). Caminha.. .(Pedras Ruivas (a).
S. Bento (a).
ftaia / L a S ° d o L i n h o («)• Santo Isidoro.
\Afurada (a).
Santo Antonio do Valle da Seixas.
Piedade. Rego da Torre (a).
Calçada das Freiras. Lanhellas (a).
Devezas. Mota (a).
Ponte D. Luis I (taboleiro su- Villa Nova de Cerveira.
perior). /Lenta (a).
I Cantareira. Furna.
Ouro. Carvalha (a).
3.» / Montorros.
Massarellos. Valença \
Banhos. S. Pedro da Torre.
1.» Alfandega. v , iSegadães (a).
Porto v aiença.... E s t a ç ã o d o Caminho de Ferro de
Marginal d o l ® 8 ^ 0 / 0 C a m i n h o d e F e r r 0 d a Valença.
norte Ponte internacional.
WtivTvliha.
Ponte D. Luis I (taboleiro infe- Caes de Valença.
rior). Ganfey.
G-uindaes. \Coura.
Quebrantões do norte. Gingleta (a).
Rego Lameiro. Lavandeiras.
Lapella.
/Pinheiro. Redonda (a).
\S. Bento. Lodeira.
Norte Campanhà.. / Seminario. Monsão.... (Pedra Furada.
lEstação central. Monsào (b).
(Ermezinde. Torre.
I Barbeita.
Esteiro de Campanhà, Vallinha.
Freixo. Cella.
Campanhà. Paranhão.
S. Martinho.
Freixo. /Tirares. S. Mareos.
S. Roque da Lameira.
Villa Cova. Momentão.
Rebordões. Melgaço (b).
Areosa. Louridal.
2.» Porto Vivo.,
Porto 'Azenha. Melgaço .. .1 Porto Passos.
Amial. \Cevide.
Monte de Burgos. S. Gregorio.
Pousa Folles.
Seuhora da ISenhora da Hora. Porto Carneiro.
Hora . Boa Vista.
iMatadouro. Aleobaça.
Pereiró. Portelinho.
Villarinha. Castro Laboreiro.
^Castello do Queijo. \Ameixoeira.
1002 489 Juubo 28

Circunscri- Circunscri-
pções Companhias Secções Postos Companhias Secções
pções

íiibeiro de Cima. Cieouro.


Ribeiro de Baixo. Constantim.
Tibo. Caseta de Iffanes.
Varzea. Paradella.
3.» Britello. Paradella. Aldeia Nova.
Valença Suajo (b). Miranda
Miranda (b).
Britello (ò). Villa Chã.
Peneda (6). Picote.
Lindoso. Sendim.
Caseta de Mondim.
Portella do Homem.
/Mogadouro (6).
Cutello (6).
, Urrós.
S. Joào do Campo (b).
Gerez 1 Caseta da Muneina.
Gerez (6).
jBemposta.
Ermida (b).
Ruivães (6). 5.a Mogadouro Caseta de Perena,
liragança Peredo.
Villarinho de Gallegos.
Portella de Kequiâes. Caseta da Penna.
Tourem. \Brussó.
Sabuzedo. 'Santa Marinha.
Padroso. Lagoaça (6).
Sendim. .Masoueo.'
Cabril (6). Vilvestre.
Montalegre Sirvozello (6).
F r e i x o de ISouselhe.
4.» Covellâes (6). Espada-á- .Saltinho.
Chaves Montalegre (b). Cinta . . . . Freixo (6).
G-ralhas. ICaniçaes (6).
Santo André. Poiares.
Villar de Perdizes. iFonte da Cal.

Soutellinho. Foz do Ribeiro do Mosteiro.


Agrella. Barca de Alva (6).
Cambedo. Foz do Agueda.
Villarelho. ,Barca de^Barco de Freixeneda.
Villaiúnho. Alva . . . . JEscalhão.
Norte.. Cega Verde.
Villa Meã. Norte...
Serrasquinhos (b). Mata de Lobos.
Calvão (6).
\ Villa Verde. j Almofalla.
Chaves \Villa Frades. lEscarigo.
Lamadarcos. iTapada da Machada.
Mairos. yMalpartida.
Almeida . . ,
Travaneos. \Almeida (b).
Argemil. I Valle de Coelha.
S. Vicente. [Valle de Lamulla.
Chaves (b). \S. Pedro de Rio Secco.
Troneo (b).
Segirei. Villar Formoso (6).
Freineda (6).

Í
Poço Velho.
'Villar Sêcco. Malhada Sorda (6).
Vinhaes (b). Nave d'Haver.
Villarinho de Lomba. Batocas.
Pinheiro Velho.
Villarinho de Touças.
/Vinhaes lCasares. Aldeia da Ponte.
jCarvalhos. Forcalhos.
[Moimenta. 6.»
Mofreita. Guarda | Aldeia do Bispo.
\Zeive. (Valle de Espinho.
Sabugal . . . / Sabugal (b).
I Malcata.
Mirandella (b). [ Meimào.
Villarinho da Cova da Lua. Coviihã (b).
Montesinho. Valle de Prazeres (b).
Portella. Penamacor Penamacor.
5.» Soutello (6). Salvador.
Bragança Bragança . . / Bragança (b). Penha Garcia.
Avelleda.
Varge. Monfortinho.
Rio de Onor. Salvaterra.
Deylão. ÍSegura.
S. Julião. Salvaterra /Rosmaninhal.
lAlares.
I Foz do Aravil.
I Refega.
\Idanlia-a-Nova (b).
I Quintanilha.
IPavadinlia. ! Fraídona.
]Villa da Penna. Malpica.
Vimioso . . . < Cazeta n.° 1. Barreiras do Tejo.
jVimioso (&). C aa t e 1 1 o/Castello Branco (b).
lAvellanoso. Branco . . JPeraes.
Caseta n.° 2. fSobreira Formosa (b).
\S. Martinho. \ Villa Velha de Rod;un (b).
Junho 28 490 1902

Circusncri- Compa.-
Sccçoes
pções Compunliias Secções Postos uliias

jFoz do Arelho (a). Lagoa (a).


[Alfandega Velha (c). Calheta (a).
Is. Martinho (a). Caes da Alfandega.
JS. Giào. Corpo Santo (a).
Nazareth /Pederneira. Doca.
lMina de Azeiehe. Féteiras (a).
Ponta Del- Mosteiros (a).
IS. Pedro de Muel (a). gada
I Crastas. Capellas (a).
\Vieira. Rabo de Peixe (a).
Ribeira Grande (a).
Pampilhosa. Porto Formoso (a).
Pedrogam (a). Rasto de Ção (ò).
Osso da Baleia. ^Maia (a).
Leirosa (a).
Costa de Lavos (a). N.° 2 jFenaes da Ajuda (a).
Palheiros da Cova (a Ponta [Achada (a).
Cabedello (a). Delgada T7-H ra lNordeste (a).
Pran
de Ferro > o v o a ç â o (a).
7.» Figueira da) Es , ta Ç|? d o Caminho ca
jRibeira Quente (a).
Norte.., Figueira Foz \ da Flgueira- /Villa Franca.
da Foz Caes da Figueira (a). (Agua de Pau (a).
Buarcos (a).
Quiaios (a).
Costinha. V i l l a do Villa do Porto.
Palheiros da Toeha (a). Porto . . . S. Lourenço (a).
Marco da Caniceira.
Palheiros da Costa (a). Caes da alfandega (a).
lAreão (a). Porto de Pipas (a).
I Vagueira. Caes de Figueirinha (a).
Costa Nova do Prado (o). Fanal (a).
Barra de Aveiro (o). . t i Villa da Praia daVictoria.
A n g r a do B i s c o i t o s ( o ) .
Praça de Ilhavo (a). Heroismo\g M a t e u s ^ } .
Praça de Aveiro (a).
Muranzel. Porto Judeu (a).
Aveiro. S. Jaeinto (a). Cinco Ribeiras (a).
Torreira (a). Porto Martins (a).
Pardelhas (a). Villa Nova.
Cruz do Marujo (a).
Praça de Ovar (a). 3 Villa da Praia.
Furadouro (a). Angra Villa de Santa Cruz.

Cavallaria
do
Heroismo
Graciosa.
Í Barra.
Folga (a).

Villa das Velas.


Urzelina (a).
Circuuscri- Calheta.
pções Esquadrões Destacamentos
Topo.
S. Jorge. Feijã de Vimes (a).
Feijã de S. João (a).
1.0 Junqueira. Feijã do Norte Grande (a).
Sul 2." Feijã da Caldeira de Santo Christo (a).
Serpa, Elvas e Castello de Vide.
1 1-° Arcos de Valle de Vez. I
Norte.. . , 2.® Bragança. Caes da alfandega.
Santa Cruz (a).
Porto Pim (a).
(a) Cobra imposto do pcscado. Féteira (a).
\b) Dc columna volanto.
(c) É guarnecido nos mcses de junlio a outubro. Castello Braneo (a).
IVaradouro (a).
Horta. 'Comprido (a).
Ilhas adjaeentes
Norte Pequeno.
Salão (a).
Ribeirinho (a).
Praia do Almoxarife (a).
BoaViagem (a).

I Lagens.
[ Caes do Lazareto. iRibeiras (a).
I Caes da Alfandega. N.° 4 ^ \ Calheta de Nesquim.
I Praça de S. Pedro (a). Horta Lagens
1 Camara de Lobos. Pico. ''" /Calbau da Piedade (a).
jS. Mateus (a).
/Funchal.. ./Ponta do Sol (a). fPrainha do Galeão (a).
I JCalheta (a). \ S. João (a).
ÍPaul do Mar (a).
I Povto Monis (a).
\S. Vieente (a). S. Roque.
N.° 1 I Madalena (a).
Funclial (Maehieo. Calhau da Madalena (a).
Maehico .. Ma
g°a Caes doPi- iGuindaste (a).
^banta Cruz (a). eo \Santo Amaro (a).
Canto d'Areia (6).
Porto da Cruz (a). Prainha do Norte.
Areia Larga.
|PortoSanto Porto Santo.
1902 491 Junho 28

permanecer em Lourenço Marques o governador geral da


Compa- mesma provincia;
nhias Secções Postos
Considerando a inopportunidade da mudança da sede
da capital da provincia;
Considerando porem a urgencia de providenciar-se
Santa Cruz. para que não soffra a administração provincial pela impos
Ponta Delgada (a). sibilidade de se reunirem em Lourenço Marques os conse-
N.° 4 Feijã Grande (a).
Horta Lagens (a). llios clo governo e de provincia;
Ilha do Corvo. Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con-
selho de Ministros; e
(a) Cobra imposto de peseado. (&} De columna volante. Usando da auctorização que me é concedida pelo § 1.°
do artigo 15.° do 1.° Acto Addicional á Carta Constitucional
Paço, em 28 de junho de 1902. — Luiz Augusto Pi- da Monarchia:
mentel Pinto. D. do G. n.° 1U, de 2 do julho.
Hei por bem decretar o seguinte:
Artigo 1.° O governador geral da provincia de Moçam-
bique, emquanto as circunstancias determinarem a resi-
5.a Repartição da Direeção Geral dencia d : este magistrado em Lourenço Marques, é dispen-
da Oontabilidade Publica sado de ouvir o conselho do governo nos casos designa-
dos nos artigos 29.° e 31.° do decreto com força de lei de
Com fundamento no estabelecido no § 6.° do artigo 25.° 1 de dezembro de 1869, devendo comtudo solicitar aucto-
da lei de 13 de maio de 1896, e segundo o jireceituado rização previa do Governo da metropole, para contrahir
no § unico do artigo 17.° da lei cle 3 cle setembro de emprestimos e sempre que tiver de adoptar providencias
1897, cujas disposições foram mandadas vigorar no exer- de natureza legislativa ou regulamentar.
cicio de 1901-1902 pelo artigo 14.° da lei de 12 de junho
Art. 2.° Formam o conselho de provincia de Moçambi-
de 1901: hei por bem, tendo ouvido o Conselho de Mi-
que, emquanto este tiver de se reunir em Lourenço Mar-
nistros, determinar que no Ministerio da Fazenda, devi-
ques :
damente registado na Direeção Geral da Contabilidade
Publica, seja aberto a favor do Ministerio da Guerra um O governador geral, presidente; o secretario geral,
credito especial pela quantia de 30:000^000 réis, por conta tambem secretario do conselho; o delegado do Procurador
das sommas arrecadadas provenientes da remissão do ser- da Coroa e Fazenda em Lourenço Marques; dois vogaes,
viço militar, com applicação, no exercicio de 1901-1902, escolhidos pelo governador geral sobre proposta em lista
ao pagamento de despesas com a acquisição de artigos de triplice feita pela Camara Municipal de Lourenço Marques,
material de guerra; devendo os respectivos documentos' devendo os propostos estar recenseados como elegiveis para
serem classiíicados no capitulo 7.° da despesa extraordi- deputados e residir nesta cidade ou em distancia que não
naria do Ministerio da G u e r r a para o indicado exercicio. exceda a 5 kilometros.
O Tribunal de Contas declarou achar-se este credito nos Para substituir estes vogaes escolhe o governador ou-
termos de ser decretado. tros dois cidadãos da mesma lista.
Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios da Os vogaes nomeados servem por um anno e o mais que
Fazenda e dos da Guerra assim o tenham entendido e fa- decorrer emquanto não forem legalmente substituidos.
çam executar. Paço, em 28 de junho cle 1902. = REI. = Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrario.
Fernando Mattozo Santos — Luiz Augusto Pimentel Pinto. O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da
Marinha e UItramar assim o tenha entendido e faça exe-
D. do G. n.° 145, de 3 de julho.
cutar. Paço, em 28 de junho de 1902. = REI. = Antonio
Teixeira de Sousa.
D. do G. n.° 147, de 5 de julho.
MINISTERIO M S OBRIS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
Direeção Geral do Commercio e Industria
Attendendo ao desenvolvimento que tem attingido a lo-
Repartição do Commercio taria da Santa Casa da Misericordia de Macau e á neces-
sidade de fixar num diploma legal as condições de exis-
Nos termos do § unico do artigo 66." do regulamento
tencia da mesma lotaria e a partilha dos respectivos lu-
do serviço e operações das bolsas, approvado por decreto
de 10 de outubro cle 1901: hei por bem fixar em 980^000 cros ;
réis, por anno civil, a despesa maxima com a Bolsa do Attendendo a que é indispensavel que, por diploma com
Porto, para pessoal e material. caracter legislativo, se sanccione a partilha de interesses
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das entre a Santa Casa e o adjudicatario do exclusivo da ven-
Obras Publieas, Commercio e Industria, assim o tenha en- da dos bilhetes;
tendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de 1902. = Attendendo a que, legalizada por este modo a existen-
REI. = Manuel Francisco de Vargas. cia da lotaria da Santa Casa, cumpre estabelecer tambem
D. do G. ii." 145, de 3 de julho. o quantitativo da distribuição dos lucros liquidos, prova-
do, como está, que estes se mostram muito superiores ao
que a mais lata benevolencia póde desejar para acudir aos
infortunios da população christã fixada em Macau;
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA MARINHA E ULTRAIÂR Attendendo á conveniencia de ser um quinhão d'esses
lucros applicado a minorar a penuria das familias que per-
Direeção Geral do UItramar deram os seus chefes ou seus naturaes amparos, quando
l . a Repartição estes tenham soffrido o sacrificio das vidas no serviço do
Estado no uitramar, e a que nenhuma outra instituição
1." Secçao melhor do que o Instituto Ultramarino poderá estudar os
direitos dos impetrantes cle beneficios, e distribuir com
Attendendo â situação anormal em que tem estado a equidade e justiça os modicos subsidios que os resgatem
p r o v i n c i a d e M o ç a m b i q u e e. á c o n s e q u o n t e n e c e s s i d a d e d e da miseria imposta pela fataliclade;
Junlio 492 1902

Tendo ouvido a Junta Consultiva do UItramar e o Con- concessão cle patentes dc introducção de novas industrias
selho de Ministros ; e, e dos expressamente estabelecidos em leis especiaes, como
Usando da auctorização concedida ao Govcrno pelo é expresso o n.° 6.° do artigo 352." do Codigo Adminis-
§ 1.° do artigo 15.° do 1.° Acto Addiccional á Carta trativo ;
Constitucional da Monarchia: Considerando que o presente recurso veiu de um des-
Hei por bem decretar o seguinte : pacho do Governo que fica fóra dos casos mencionados:
Artigo 1.° Fica legalizado o estabelecido para a lotaria Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
da Santa Casa da Misericordia de Macau, com as seguin- não tomar conhecimento do recurso por falta de compe-
tes modificações : tencia.
§ 1.° A adjudicação será feita em praça publica, com O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
as necessarias solemnidades e garantias estabelecidas pela rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça exe-
lei.
cutar. Paço, em 28 cle junho de 1902. = R E I . - — A n t o n i o
§ 2.° A percentagem a pagar pelo adjudicatario não
Teixeirci de Sousa.
será infe rior a 8 por cento nem superior a 10 por cento D. do G. n.° ld7, de 5 dc jullio.
da importancia dos bilhetes emittidos.
§ 3." O prazo da adjudicação não será inferior a cinco
annos nem superior a oito.
§ 4.° Os lucros liquidos serão divididos da seguinte Scndo-me presente a Consulta do Supremo Tribunal
fórma: Administrativo acêrca do recurso n.° 8:836, em que é
50 por cento pertencerao ao Estado, dando entrada no recorrente Antonio Hipolito José Fernandes da Concei-
cofre da fazenda provincial. D'esta parte será separada ção, e recorrido o governador geral do Estado da India,
importancia não inferior a um quinto, para ser transferida de que foi relator o Conselheiro, vogal effectivo, Eduardo
para o reino como subsidio ao Instituto Ultramarino ; José Segurado:
15 ])or cento entrarão no cofre do Leal Senado, para Mostra-se que Antonio Plipolito José Fernandes da
terem a applicação em obras de utilidade geral; Conceição, residente em Diu, recorre do despaelio do go-
35 por cento serão reservados pai-a a Santa Casa da vernador geral do Estado da India, no qual se declara que o
Misericordia, a fim de serem empregados, por esta, em logar de escrivão da confraria cle Nossa Senhora do Ro-
obras de beneficencia publica. sario não é vitalicio ;
Art. 2." Fica revogada a legislação em contrario. Allega o recorrente que, por proposta do governador de
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma- Diu, foi nomeado escrivão vitalicio da referida confraria,
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça execu- embora essa nomeação não tivesse sido feita em concurso,
tar. Paço, em 28 de junho de 1 9 0 2 . = REI. = Antonio Tei- pois que dos actos do governo mesmo iIlegalmente pra-
xeira de Sousa. ticados sempre resultam direitos aclquiridos, que não po-
D. do G. 11.° 117, de 5 de julho.
clem ser atacados, como foi resolvido pelo conselho da
provincia, em accordão de 9 de fevereiro de 1888;
Mostra-se que sendo ouvido o governador geral, na
sua resposta a fl. 28 informa o seguinte:
Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal — que o recorrente, sobre proposta do governador do
Administrativo acêrca do recurso n.° 7:742, em que é re- districto de Diu, foi nomeado em 15 de junho de 1880,
corrente João Nepomuceno da Piedade, c recorrida a Junta escrivão da mesa administrativa das confrarias do mesmo
da Fazenda Publica da provincia dc Angola, de que foi districto, scm que essa nomeação fosse consiclerada vita-
relator o Conselheiro, vogal extraordinario, Frederico cle licia ;
Abreu e Gouveia:
Mostra-se quc o recorrente, sendo official maior da se- — que, emportaria d e 2 3 de maio de 1882, foi nomeada
cretaria geral do governo da provincia de Angola, e tendo nova mesa, succedendo que ao lado do vogal, escrivão, se
nessa qualidacle a obrigação e o direito de substituir nos inseriu a palavra — v i t a l i c i o — sem comtudo se designar
s e u 3 impcdimentos o secretario geral do governo, com o nome do recorrente, a quem se não podia referir, por-
vencimento da respectiva gratificação quando o secretario que este não tinha diploma da sua anterior nomeação;
não tenha direito a recebê-la, exercera por vezes essa — que em 1889 o governador de Diu deu parte do ir-
substituição nos termos expostos sem quc íhe pagassem a regularidadcs praticadas pela mesa nesse anno em exer-
gratificação ; cicio. o que deu logar ao despacho de que se recorre;
Mostra-se que por tal motivo reclamara perante a Junta — que os escrivães vitalicios das confrarias foram cria-
da Fazenda em 2 de julho de 1885, a qual indeferira com dos pela porturia provincial de 11 de julho de 1870, sendo
o fundamento de que se oppunha o artigo 19.° do decreto providos em concurso, regulado pelas instrucções de V de
dc 30 de junho de 1870; setembro clo mesmo s nno; e de acordo com o preambulo
Mostra-se que recorrendo d'esta resolução fôra superior- da citada portaria de 11 de julho esses logares teem sido
mente rcsolvido que se liquidasse e pagasse como gratifi- somente providos nos coneelhos das Yelhas Conquistas,
cação a dillerença de vencimento para o logar de secreta- onde as confrarias são numcrosas c ricas, e não em Da-
rio geral durante os periodos em que estivera exercendo mão c Diu, nem nas Novas Conquistas, onde faltam essas
este logar com direito a essa differença, mas que a Junta circunstancias;
da Fazenda resolvera que não tinha direito a augmento — e que, finalmente, tendo a portaria de 6 de feve-
algum de vencimento. e que se a algum tivera direito, es- reiro promuigado um novo regulamento para as confra-
tava este prescripto; rias, limitou as nomeaç.ões dos escrivães vitalicios, tam-
Mostra-se que tendo recorrido para o Governo, fôra o bem em concurso, ás Yelhas Conquistas, sem que o re-
seu recurso indeferido, vinclo d'ahi o presente recurso: corrente tivesse reclamado contra a sua exclusão da tabella,
O quc tudo visto, o a resposta clo Ministerio Publico; na qual foram designados esses cargos e respectivos ven-
Considerando que o Supremo Tribunal Administrativo eimentos ;
não tem competencia para conhecer dos actos e despachos E dc tudo se conclue que o logar cle escrivão que, o
do Governo, senão exciusivamente nos recursos dos offi- recorrente cxercia, não é de ele.ição nem vitalicio, mas
ciacs do exercito, da armada c clo uitramar, ou de empre- proviclo biennalmente pelo governador geral sobre compe-
gados civis com graduação militar, quando se julguem tente proposta do administrador das confrarias :
pretcridos em posto ou antiguidacle, nos recursos contra a O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico ;
1902 493 Junlio 28

Considerando que são procedentes os fundamentos da Art. 3.° O governador geral do Estado da India rc-
resposta dada a fl. 28 pelo governador geral do Estado gulará a troca da moeda antiga pela nova por fórma a não
da India: causar perturbação nas transacções commerciaes.
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta, Art. 4.° Os lucros e perdas d'esía operação serão con-
negar provimento no recurso. signados ao Estado da India.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Art. 5.° Fica revogada a legislação cm contrario.
Marinha e UItramar assim o tenha entendido e faça exe- O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Ma-
cutar. Paço, em 28 de junho de 1902. == REI. = Anto- rinha e UItramar assim 0 tenha entendido e faça executar.
nio Teixeira de Sousa. Paço, em 28 de junho de 1902. = R E I . = Antonio Tei-
D. (lo Gr. 117, de 5 do julho. xeira de Sousa.
D. do Cr. 11.° 117, de 5 do julho.

Sendo-me presente a consulta do Supremo Tribunal Ad-


ministrativo acêrca do recurso n.° 11:674, em que é re- MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E IfíDOSTRIA
corrente Antonio Bernardo Pereira, de Tivim, e recorrida
a communidade da aldeia de Tivim, de que foi relator o
Conselheiro, vogal effectivo, Eduarclo José Segurado:
Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
Mostra-se que este recurso vem interposto do despacho
Usando da faculdade concedida ao Governo pelo arti-
do governador geral do Estado da India, que confirmou
go 142.° cla organização do pessoal dos telegraphos, cor-
a resolução do administrador das cominunidades do conce-
reios 0 fiscalisação das industrias electricas, approvada pelo
lho de Bardez, pelo qual este magistrado julgou procedente
decreto com força de lei de 30 de dezembro de 1901: hei
a denuncia dada pelo procurador da communidade da al-
por bem decretar 0 seguinte:
deia de Tivim contra o recorrente, como usurpador de
terrenos pertencentes á mesma communidade; Artigo 1." E approvado o regulamento do ensino profis-
sional dos empregados dos Telegraphos e Correios que faz
Mostra-se que a esse fim se procedeu a vistoria e se ex-
parte d'este decreto e baixa assignado pelo Ministro e Se-
hibiram documentos para se verificar se a referida com-
cretario de Estado clos Negocios das Obras Publieas, Com-
munidade era ou não proprietaria dos terrenos que se di-
mercio e Industria.
ziam usurpados:
Art. 2.° Consicleram-se revogados 0 regulamento dos con-
O que tudo visto, e a resposta do Ministerio Publico;
cursos e cxaines para admissão e promoção dos empregados
Considerando que o n.° 3." do artigo 352.° do Codigo
telegrapho-postaes e cle ensino profissional dos mesmos em-
Administrativo não dá competencia a este tribunal para
pregados, approvado por decreto cle 10 de dezembro de
conliecer de questões cle propriedade e posse, e são pre-
1892, 0 decreto de 26 de setembro de 1898, as portarias
cisamente essas as questões que se ventilam neste pro-
de 27 de abril de 1899, de 21 de maio de 1899 e 0 regu-
cesso :
lamento das escolas praticas elementares de telegraphia de
Hei por bem, conformando-me com a mesma consulta,
26 de janeiro de 1897.
rejeitar este recurso por incompetencia do tribunal.
O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios das
O Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios da Ma-
Obras Publieas, Commercio e Industria assim 0 tenha en-
rinha e UItramar assim o tenha entendido e faça executar.
tendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de 1 9 0 2 . =
Paço, em 28 de junho de 1902. == REI. = Antonio Tei-
REI. = Manuel Francisco de Vargas.
xeira de Sousa.
D. do CT. u.° 147, de 5 de julho.

Regulamento do ensino profissional dos empregados dos telegraphos


e correios
2. a Repartição
TITULO I
2." Secçíío
Ensino profissional
Tendo sido reconhecida a necessidade de substituir pro-
gressivamente a moeda de bronze do antigo cunho, em CAPITULO I
circulação na India Portuguesa, por outra do cunho do
actual reinado, e usando da faculdade concedida ao Go- Divisão do e n s i n o
verno pelo artigo 1.° do decreto com força de lei de 22
cle dezembro de 1895: hei por bem decretar o seguinte : Artigo 1.° O ensino profissional dos empregados dos te-
Artigo 1.° São criados até 20:000£000 réis em moeda legraphos e correios divide-se em:
de bronze, destinados á circulação do Estado da India. 1.° Ensino elemontar geral, destinado a habilitar com os
Art. 2.° As novas moedas serão dos padrões de conhecimentos especiaes technicos os individuos que se pro-
tanga, '/i de tanga, l /s de tanga e '/1-2 de tanga e terão põein concorrer aos logares de aspirantes auxiliares ou a exer-
de um lado a effigie do Rei, a legenda «Carlos I, Rei de cer as funcções cle encarregados cle estação de 2. a classc;
Portugal» e 0 milesimo em caracteres romanos, e no re- 2.° Ensino medio, destinado a habilitar os aspirantes do
verso as armas reaes portuguesas, a legenda «India Por- quadro telegrapho-postal para concorrerem aos logares de
tuguesa» e na orla inferior a expréssão do valor respe- officiaes do mesmo quadro;
ctivo. 3.° Ensino especial, que se subdivide em:
§ 1." As moedas de '/g tanga terão de diametro 30 mil- a) Ensino do uso e manipulação dos apparelhos tele-
limetros e de peso 13 grammas, '//, de tanga, diametro graphicos de grande velocidade ou especiaes — destinado
25 millimetros, peso 6,25 grammas, J/s cle tanga diametro a habilitar os empregados de manipulação clas estações te-
21 millimetros, peso 3,25 grammas, de tanga diame- legraphicas dc l . a classe ou quaesquer outros que sc esco-
tro 18 millimetros, peso 2,16 grammas, havendo para lherem para esse fim ;
cada especie a tolerancia cm peso clc 2,5 por cento. b) Ensino theorico e pratico de telegraphia subniarina
§ 2." A liga clas novas moedas de bronze será com- — destinado a habilitar os empregados do quadro telegrapho-
posta de noventa e seis centcsimas partes em peso cle postal para a exploração dos cabos s u b m a r i n o s do Estado;
cobre, duas de estanho e duas de zineo. j c) Ensino de cleetroteclmia — destinado a habilitar os
Junho 28 494 1902

empregados telegrapho-postaes para o desempenho das § unico. Haverá um mestre, para a l . a disciplina, um
funcções
> de fiscalizacão
p das industrias electricas. instructor para a 2. a e 3. a e outro para a 4. a e 5. a , ficando
Art. 2.° O ensino elementar geral será ministrado nas a cargo de cada itm os respectivos trabalhos praticos. O
escolas praticas elementares de telegraphia, actualmente mais graduado dos instructores será o director da es-
existentes junto das estações telegraphicas centraes de cola.
Lisboa e Porto, e nas que o Governo estabelecer junto- Art. 9.° Os trabalhos praticos comprehenderá:
clas estações telegraphicas das capitaes dos demais distri- a) Manipulação do apparelho telegraphico Morse (escre-
ctos administrativos. vente e souncler) e outros trabalhos praticos de telegra-
§ unico. Na Real Casa Pia de Lisboa, e em quaesquer phos ;
outros estabelecimentos de instrucção e beneficencia, po- b) Trabalhos praticos cle correios;
derão iguahnente funccionar escolas praticas elementares c) Trabalhos praticos cle escripturação e contabilidade
de telegraphia, nos termos fixados neste regulamento. de telegraphos e correios;
Art. 3.° O ensino medio, a que se refere o n.° 2.° do d) Trabalhos de construcção nas linhas telegraphicas;
artigo 1.°, bem como o curso a que se refere a alinea c) e) Manipulação do apparelho Hughes.
clo n.° 3.° do mesmo artigo, são professados, nos tennos -Art. 10.° Haverá junto das escolas praticas os estabele-
da legislação respectiva, no Instituto Industrial e Com- cimentos auxiliares (laboratorios, officinas e bibliotheca)
mercial de Lisboa. que o Governo entender conveniente estabelecer.
Art. 4.° O ensino a que se refere a alinea «) do n.° 3.° Art. 11.° Os cursos a que se refere o artigo 7. n serão
do artigo 1.° será ministrado em cursos especiaes profes- constituidos do seguinte modo :
sados nas escolas praticas elementares cle telegraphia, e
extraordinariamente em qualquer estação telegraphica de A.— Curso elementar ordinario:
l . a classe que seja centro technico cle l . a orclem. 1.° anno.—Disciplinas l . a , 2. a e 3 . a ;
Art. 5.° O ensino a que se refere a alinea b) do n.° 3.° 2." anno.— Disciplinas 4. a e 5. a .
do artigo 1.° será ministrado em cursos especiaes, abertos B.— Curso especial de manipulação do apparelho te-
nos termos da legislação vigente, no Instituto Industrial e legraphico Hughes:
Commercial de Lisboa, quando as circunstancias o per- Um semestre.—Disciplina 6. a
mittam e pelo modo que o Governo determinar.
Art. 6.° A superintendencia nas escolas praticas elemen- § 1.° Os trabalhos praticos serão convenientemente dis-
tares de telegraphia e no ensino a que se refere o ar- tribuidos por estes cursos.
tigo 4.° pertence á Direccão Geral clos Correios e Tele- § 2.° Os individuos que tenham obtido approvação nos
graphos, e será ©xercida pelo inspector geral dos telegraphos lyceus nacionaes, no Real Collegio Militar, nos institutos
e industrias electricas. industriaes e commerciaes ou nas escolas industriaes em
Em relação ao ensino ministrado no Instituto Indus- disciplinas ou cadeiras que comprehendam todas as mate-
trial e Commercial de Lisboa, o mesmo inspector geral rias que fazem parte dos programmas da l . a , 2. a e 3. a
exercerá as funcções de fiscal clo aproveitamento e disci- disciplinas serão dispensados da frequencia e exame das
plina dos empregados a que se refere o artigo 58. 0 e se- respectivas disciplinas.
guintes, e fixará annualmente a cada um as disciplinas que Art. 12.° O ensino deverá ter uma fórma essencialmente
deve cursar, mas sem intervenção nas funcções especiaes pratica. O ensino das disciplinas acima indicadas será mi-
que pertencem á direccão d'aquelle Instituto. nistrado em aulas; os trabalhos praticos serão feitos, con-
forme as necessiclades, nos estabelecimentos annexos ás
CAPITULO II escolas, nas dependencias clas estações telegraphicas e de
outros estabelecimentos clo Estado e no campo.
Escolas praticas e l e m e n t a r e s de telegraphia Art. 13.° Os programmas desenvolvidos dos cursos se-
rão organizados pelos encarregados do ensino, em harmo-
I. Do ensino
nia com os programmas geraes que fazem parte d'este re-
Art. 7.° Os cursos professados nestas escolas são: gulamento, e submettidos á approvação cla Inspecção Geral
1.° O curso elementar ordinario —• para admissão aos lo- dos Telegraphos e Industrias Electricas.
gares cle aspirantes auxiliares e de encarregados cle esta- § unico. Os livros que devam ser adoptados como com-
ção de 2. a classe; pendios ou expositores das materias lidas em cada curso
2.° O curso de manipidação do apparelho Hughes — nos serão eseolhidos pela mesma Inspecção Geral.
termos cla alinea a) do n.° 3.° do artigo 1.°
§ unico. Serão criados, logo que haja a necessaria dota- II. — Curso elemeutar ordinario
ção orçamental, cursos de manipulação de outros appare-
lhos telegraphicos de grande velocidade ou especiaes. Art. 14.° Haverá no curso elementar ordinario duas
Art. 8.° As disciplinas professaclas nas escolas prati- classes de alumnos, ordinarios e voluntarios, que todos são
cas elementares serão as seguintes: obrigados a frequentar as disciplinas a que se refere o
artigo 11.°, pela ordem estabelecida neste regulamento e
Para o curso elementar ordinario: segundo os programmas respectivos salvas as disposições
1. a disciplina.—'Lingua franeesa. do § 2.° clo mesmo artigo.
2. a disciplina.— Rudimentos de mathematica. Para a matrieula como alumno ordinario é necessaria
3. a disciplina.— Noções de mecanica, physica e chimica, approvação em instrucção primaria.
indispensaveis para o estudo da telegra- Para a matrieula como alumno voluntario não é neces-
phia. saria habilitação alguma.
4. s disciplina.— Telegraphia electrica (comprehendendo a Art. 15.° Os individuos que desejarem ser admittidos
installação das estações telegraphicas e ao curso ordinario deverão, nas epocas em que se annun-
estudos das avarias que se dão nas li- ciar a respectiva matrieula, apresentar á respectiva es-
" nhas o estações telegraphicas). cola requerimento aeompanhado clos seguintes documen-
5. a disciplina.— Serviços telegrapho-postaes e cle contabili- tos : »
dade. 1.° Certidão comprovativa de não ter menos cle quatorze
Para o curso especial: annos de idade:
6. a disciplina.— Estudo clo apparelho telegraphico Hughes, 2.° Attestado medico comprovativo de não padecer
sua manipulação e desarranjos. doença contagiosa;
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3.° Auctorização de pae ou tutor para a frequencia do § unico. Durante o tempo da aula o mestre ou instru-
curso, se o requerente fôr de menor idade. ctor poderá mandar novamente tomar ponto pelo con-
4.° Certidão de exame de instrucção primaria elementar tinuo e marcar falta aos alumnos que se tiverem au-
dos dois graus. sentado sem o prevenirem e justificarem o motivo da
§ 1.° Estes requerimentos poderão ser acompanhados ausencia.
de quaesquer documentos comprovativos de habilitações Art. 22.° É applicavel a doutrina do artigo antecedente
literarias ou scientificas, que servir.to para fundamentar e seu paragrapho aos trabalhos praticos. Quando esses tra-
a escolha nos casos em que os pedidos de admissão sejam balhos tenham logar fóra do edificio da escola, serão as
em numero superior ao de alumnos que podem ser leccio- faltas registadas somente pelos instructores.
nados. Art. 23.° Os mestres e instructores verificarão mensal-
§ 2.° Os individuos que não puderem apresentar docu- mente, pela comparação com os seus cadernos, as folhas
mento comprovativo de approvação no exame de instrucção mensaes das faltas dos seus alumnos, assignando-as em
primaria poderão ser admittidos á frequencia como alum- seguida. As faltas ás repetições ou conferencias são con-
nos voluntarios se obtiverem approvação em um exame tadas por duas e d'ellas se fará nota especial.
especial, feito na escola elementar de telegraphia, que ver- Art. 24.° As provas cle frequencia exigidas aos alumnos
sará sobre leitura, grammatica de lingua portuguesa, or- consistem em lições, repetições e conferencias e nos tra-
thographia, quatro operações dos numeros inteiros e deci- balhos que constituem o ensino pratico.
maes, calligraphia e systema metrico decimal. § unico. Os resultados da apreciação de todas as provas
§ 3.° O exame especial de que trata o § 2.° será feito de frequencia, registados pelos mestres e instructores,
perante um juiy composto de tres funccionarios nomea- constituem a conta de anno dos alumnos.
dos pela Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Art. 2õ.° As notas de todas as provas de frequencia
Electricas; o resultado d'este exame será communicado serão expressas de 0 a 20, correspondendo:
á mesma Inspecção Geral, mas não será d'elle passado
certificado. 0 —á prova nulla ou falta de prova;
Art. 16.° A s matriculas serão gratuitas, e realizar-se hão 1 a 5— á prova má;
nas escolas nos periodos fixados no respectivo annuncio 6 a 9— á prova rnediocre;
que será publicado no Diario do Governo. 10 a 14 — á prova sufficiente ;
Art. 17.° Depois de tindo o prazo a que se refere o ar- 15 a 18 — á prova boa;
tigo antecedente, e durante todo o anno lectivo, não pode- 19 a 20—á prova muito boa.
rão ser admittidos novos alumnos sob qualquer pretexto.
E, todavia, permittido a pessoas estranhas aos cursos as- Art 26.° Em cada disciplina haverá um exame final
sistirem ás lições oraes. constando de parte oral e de parte escrita sobre materia
Art. 18.° As escolas praticas elementares funccionam vaga feito perante um jury composto do encarregado do
desde o primeiro dia util do mês de outubro até ao ultimo ensino e de mais dois funccionarios nomeados pela Insj3ec-
do mês de julho. ção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas.
O ensino de cada disciplina ou parte de disciplina com Nos exames finaes o interrogatorio é feito pelo encar-
excepção da 6. a constituirá um curso annual de lições cle regado do ensino durante meia hora, findo o qual poderá
uma hora e meia cada uma para a l . a , 2.% 3. a e 4. a continuar pelos demais membros do jury até o total de
disciplinas e de tres quartos de hora cada uma para uma hora. A parte pratica durará o tempo que o presi-
cada parte da 5. a disciplina, havendo tres lições por se- dente do jury entender.
mana. Não se poderá fazer exame de qualquer disciplina do
Os trabalhos praticos deverão durar seis horas, pelo me- 2.° anno sem ter obtido approvação em todas as do 1.° anno.
nos, por semana para cada anno do curso, e prolongar- § unico. Os alumnos dos cursos serão admittidos a exa-
se-hão por todo o anno lectivo. me, quando assim o requeiram, sem dependencia do paga-
Os exames finaes terão logar por disciplinas por fórma mento de qualquer propina.
que estejam concluidos no dia 31 de julho. O aproveita- Art. 27.° E permittido a qualquer individuo estranho
mento nos trabalhos praticos será apreciaclo como adeante aos cursos fazer exame das disciplinas professadas nas es-
se indica. colas praticas, mediante auctorização especial da Inspec-
§ unico. O ensino das materias que constituem a 2. a e ção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas mas sem
3.° disciplinas será distribuido como mais convier, podendo dependencia do pagamento de qualquer pi'opina. Estes
a abertura das aulas da 3. a disciplina ser adiada até ao exames só terão logar na epoca em que se effectuam os
primeiro dia util do mês cle dezembro, mediante auctori- dos alumnos clas escolas praticas.
zação especial do inspector geral dos telegraphos e indus- Os individuos estranhos aos cursos não poderão, com-
trias electricas. tudo, fazer exame de qualquer disciplina do 2.° anno sem
Art. 19.° São feriados escolares os domingos e dias ter obtido approvação em todas as do primeiro.
santificados, os de gala e de luto nacional, os decorridos Os interrogatorios duram para estes alumnos o duplo
desde o dia 24 de dezembro a 6 cle janeiro, de sabbado do tempo respectivamente fixado no artigo precedente para
gordo a quarta feira de Cinza, de domingo de Kamos a os dos alumnos clo curso.
domingo de Paschoela, todos inclusive, e os que forem Art. 28.° A apreciação nos exames finaes é feita arbitrando
determinados superiormente. As ferias grandes duram cle cada vogal do jury um numero comprehendido entre 0 e
1 de agosto a 30 de setembro. 20. A media d'estes valores constitue o resultado final do
Art. 20.° As aulas e os trabalhos praticos serão diur- exame, sendo nelle somente incluida a primeira casa de-
nos, sendo o respectivo horario determinado pela inspecção cimal.
geral dos telegraphos e industrias electricas, sobre pro- Considera-se reprovado o alumno que obtiver media in-
posta do director da escola. ferior a 10; a media de 10 a 15 exclusive corresponde
Art. 21.° Logo que o mestre ou instructor de qual- á classificação de sufficiente; de 15 a 19 exclusive, hom;
quer disciplina occupar o seu logar na aula, um continuo de 19 a 20, muito bom.
apontará os alumnos que não estiverem presentes, dizendo Art. 29.° Nos termos de assentamento do exame final in-
em voz alta os respectivos numeros, ao mesmo tempo que dicar-se-ha semprc:
o instructor os vae lançando no seu registo de faltas. As 1.° Se o individuo que fez exame era alumno ou estra-
faltas, depois de registadas, são impreterivelmente conta- nho e no primeiro caso se era ordinario ou voluntario;
das na frequencia. 2.° Se foi approvado ou reprovado;
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3." Se tiver sido approvado, qual a media obtida. III — Cursos especiaes
Estes termos serão feitos em acto continuo ao exame e
assignados pelos membros do jury. D o s termos de exame Art. 37." Os cursos dos apparelhos H u g h e s , de que trata
final se passará certidão mediante o pagamento ao Estado o n.° 2.° do artigo 7." d'este regulamento, serão normal-
dos respectivos emolumentos, quando assim fôr í-equerido mente feitos por instructores especiaes.
e tiver sido ordenado por despacho da Inspecção Geral Art. 38.° Os cursos de manipulação do outros appare-
dos Telegraphos e Industrias Electricas. lhos telegraphicos especiaes serão professados por funccio-
Art. 30.° Os exames finaes devem ser requeridos exclu- narios especialmente escolhidos para este fim.
sivamente na epoca acima inarcada. O alumno que faltar Art. 39.° Os cursos especiaes serão obrigatoriamente
por motivo justificado, e assim o provar, poderá, comtudo, frequentados pelos empregados telegrapho-postaes que o
ser admittido a novo exame, na mesma epoca, se o impe- Governo designar para este fim. Serão, porem, admit-
dimento tiver cessado antes de findo o prazo marcado por tidos á frequencia voluntaria dos cursos especiaes os
este regulamento para a execução de todos os exames, ou alumnos dos cursos ordinarios das escolas praticas elemen-
no mês de outubro. tares respectivas que o requeiram.
Art. 31.° S ã o serão admittidos ao exame final de cada Art. 40.° Os cursos de manipulação do apparelho Hu-
discipliua: ghes duram 6 meses, a contar do começo do anno lectivo,
e comprehendem:
1.° Os alumnos do curso que em quatro meses consecu-
tivos tiverem a nota de nenJium aproveitaniento, em qual • P a r t e theoriea
quer disciplina ou nos trabalhos praticos eorresponden- a) O estudo clas noções de mecanica e physica neces-
tes;
sarias para completo conhecimento do apparelho;
2.° Os alumnos do curso que tiverem faltado a mais de b) A descrição do apparelho e suas differentes peças,
um terço do numero de lições ou de trabalhos praticos, e a sua installação nas estações;
qualquer que seja o motivo cla falta; c) O estudo das avai'ias e desarranjos que nelle occor-
3.° Os alumnos do curso que tiverem faltado a mais rem mais frequentemente.
de am quarto do numero de lições ou de trabalhos prati-
cos por motivo nao justificado; P a r t e pratica
4.° Os alumnos do curso que tiverem obtido a classifi-
cação do nenhum aproveitamento em quatro meses interpo- Manipulação e uso do apparelho.
laclos nas disciplinas ou nos trabalhos praticos. Art. 41.° A s lições do curso de que trata o artigo pre-
§ 1.° A nota mensal do aproveitamento de cada alumno, cedente devem durar 1 hora cada uma e os trabalhos
em cada disciplina ou trabalho pratico, obtem-se pela praticos 2 horas, pelo menos. Haverá cada semana duas
media dos valores obtidos nas lições e conferencias a que i ç õ e s theoricas e tres de trabalhos praticos.
tiver sido chamado e nos trabalhos praticos. Art. 42.° São applicaveis a estes cursos as disposições
§ 2.° Os alumnos dos cursos, inhibidos de fazer exame relativas a lições, exames finaes e outras adoptadas para
final, não poclerão ser admittidos como estranhos nos ter- os demais cursos das escolas praticas elementares de tele-
mos do artigo 27.° graphia.
Art. 32.° Os alumnos reprovados no exame final de IY—Exames especiaes
qualquer disciplina, ou expulsos do ensino por motivo que
não seja disciplinar, podem ser readmittidos á frequen- Art. 43.° O e x a m e de que trata o § 4.° do artigo 52.°
cia. S e não conseguirem approvação, poderão ainda fre- da organização do pessoal dos telegraphos, correios e fis-
-
quentar pela tei ceira vez a disciplina, mas se então não calização das industrias electricas, de 3 0 de dezembro de
a
obtiverem approvação, íicarão inhibidos de frequentar as 1 9 0 1 , será feito segundo o programma da 4 . disciplina e
escolas cVesta classe ou de nellas fazerem exame como respectivos trabalhos praticos.
externos.
Y—Pessoal docente e administração
§ unico. Para eumprimento das disposições d'este ar-
tigo, o director de cada escola remette á Inspecção Geral Art. 44.° O pessoal docente de cada escola é formado
dos Telegraphos e Industrias Electricas no fim de cada pelos instructores a que se refere o § unico do artigo 8.°
anno lectivo relações das approvações e reprovações da- e pelo mestre de francês.
das na respectiva escola. Estas relações serão em seguida Os instructores serão escolhidos entre os chefes de divi-
impressas e puhlicadasno Boletim Telegrapho-Postalficando são, l . o s ou 2. 0 S officiaes do quadro telegrapho-postal, que
os mesmos directores responsaveis pelo exacto eumprimento tenham residencia official na sede da escola, pelo Governo,
das disposições d'este artigo. sobre proposta do director geral dos correios e telegra-
Art. 33.° Aos alumnos das escolas são applicaveis as phos ou do inspector geral dos telegrahos e industrias
seguintes penas clisciplinares: electricas emquanto durar o regimen transitorio a que se
í . 3 Admoestação particular; refere o artigo 155.° da organização do pessoal dos tele-
2. 3 ReprehensSo registada ; graphos, correios e industrias electricas, de 3 0 de dezem-
o.'1 Expulsão temporaria; bro de 1901. O mestre de francês será contratado, esco-
4. :l Expulsão definitiva. lhendo-se para este fim professor idoneo do ensino official
Art. 34.° Compete aos directores das escolas a applica- ou particular, de nacíonalidade franeesa.
ção de qualquer das duas primeiras penas mencionadas Os cursos especiaes serão regidos por funccionarios es-
no artigo 33.° devendo, porem, o registo respectivo ser colhidos como os instructores e nas condições d'estes.
feito na Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias § 1.° Para coacljuvação dos instructores nos traba-
Electricas. lhos praticos e de campo poderão ser escolhidos emprega-
Art. 35." Compete á Inspecção Geral dos Telegraphos dos idoneos.
e Industrias Electricas a applicação das duas ultimas pe- § 2.° Os logares de instructores são cle commissão que
nas mencionadas no artigo 33.°, mediante. processo escolar durará o tempo que o Governo julgar conveniente.
organizado pelo director da escola. Art. 45.° O mais graduado dos instructores desempc-
Art. 30." A applicação de qualquer das penas a que se nhará, sem remuneração especial, as funcções de director
refere este regulamento não subtrae o alumno á applica- cla escola.
ção de outras quc em virtude dc leis vigentes lhe possam Art. 46.° Os trabalhos de secretaria que hajam de fazer-se
ser impostas. nas escolas praticas elementares de telegraphia e que não
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possam ser desempenhados pessoalmente pelos respectivos ções nestes exames determinam exclusivamente a quali-
instructores, serão realizados pelo pessoal do quadro tele- ficação do alumno.
grapho-postal em serviço na estação junto da qual a escola Art. 56.° A fiscalização technica do ensino pertence á
funccionar, como o são os demais serviços telegrapho-pos- Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas,
taes. que a exercerá como a das outras escolas; a fixaçâo dos ho-
§ unico. O serviço das aulas e o de vigilancia e manu- rarios e o que respeita á policia e disciplina do curso será
tenção da ordem e disciplina dentro das escolas serão feitos das attribuições da Provedoria da Real Casa Pia de Lis-
pelo pessoal menor das estaçSes junto das quaes a escola boa.
estiver estabelecida, como são os demais serviços da Art. 57.° O Governo poderá estabelecer escolas da mesma
mesma ordem. natureza junto cle quaesquer outros estabelecimentos de
Art. 47.° Os instructores não são obrigados a reger instrucção e beneficencia, em que se professe o ensino
mais do que uma turma de alumnos dos cursos que llies das materias comprehendidas nos programmas de l . a , 2. a
forem distribuidos. e 3. a disciplinas, a que se refere o artigo 8.°
§ unico. Quando seja preciso desdobrar algum curso ou
estabelecer dois cursos parallelos, o Governo nomeará CAPITULO IV
funccionarios habilitados para as regencias extraordina-
rias. Estes funccionarios serão remunerados como o são Ensino medio
os funccionarios que desempenham normalmente o serviço
de instructores, devendo nestes casos ser equitativ&mente Art. 58.° Os empregados do quadro telegrapho-postal
divididos por todos os instructores os encargos do ensino. que pretenderem ser admittidos aos concursos dos logares
Art. 48.° A substituição dos instructores durante os seus de officiaes deverão, nos termos do artigo 49." da organi-
impedimento3 temporarios, bem como a nomeação de func- zação de 30 do dezembro de 1901, adquirir préviamente
cionarios para os coadjuvarem será sempre feita nos ter- o curso de telegraphos, professado no Instituto Industrial
mos do artigo 44.° e Commercial de Lisboa.
Art. 49.° A cada um dos instructores das escolas pra- Art. 59.° Para este fim o Governo escolherá annual-
ticas elementares de telegraphia será feito o abono da mente entre os l. f , s e 2. 0S aspirantes do quadro telegra-
gratificação fixada no § 4.° do artigo 36.° da organização pho-postal, ou, na falta d'estes, entre os aspirantes auxi-
dos serviços do pessoal dos telegraphos, correios e fiscali- liares do mesmo quadro, seis empregados, pelo menos,
zação das industrias electricas, cle 30 cle dezembro de 1901, que deverão frequentar o Instituto Industrial e Commercial
que será dividida em dez prestações correspondcntes aos de Lisboa.
dez meses dos cursos. Para a sua conveniente verificação Art. 60.° Para o fim cle que trata o artigo antecedente
será remettida mensalmente á Inspecção Geral, com a fo- abrir-se-ha concurso documental entre os aspirantes da
lha de abono respectivo, o registo de presença de cada um classe ou classes acima indicadas, na primeira semana de
cVesses instructores a cada um dos exercicios escolares, setembro, por fórma que a escolha possa estar feita na
com indicação das faltas dadas: por cada falta por motivo epoca da abertura clas aulas naquelle Instituto.
não justificado descontar-se-ha a quota parte da gratifica- São admittidos ao concurso os empregados que não
ção. estiverem inhibidos, por motivo clisciplinar ou cle outra
ordem, de ser admittidos aos concursos cle promoção.
C A P I T U L O III A escolha entre os candidatos será feita pelo Governo,
tendo em attenção as habilitações e as informações dos
Escola pratica elementar de telegraphia na Real Casa P i a candidatos, sobre proposta clo inspector geral dos telegra-
de Lisboa phos e industrias electricas.
Art. 61.° Os candidatos escolhidos serão admittidos á
Art. 50.° E mantida na Real Casa Pia de Lisboa, com frequencia do Instituto Industrial e Commercial cle Lis-
a organização prescripta neste regulamento, a escola pra- boa, sem dependencia de exame de habilitação ou de
tica elementar de telegraphia, actualmente existente para qualquer outra condicão necessaria para a entrada dos de-
ensino exclusivo dos seus alumnos. mais alumnos no mesmo estabelecimento, mas não pode-
Art. 51.° O ensino será ministrado aos alumnos daReal rão frequentar neste outras cadeiras que não sejam as do
Casa Pia, que para este fim forem escolhiclos pela respec- curso cle telegraphos.
tiva provedorin, e que possuam os conhecimentos com- Art. 62.° Os empregados escolhidos para a frequencia
prehendidos nos programmas da l . a , 2. a e 3. a disciplinas deverão seguir rigorosamente naquelle curso a ordem es-
das escolas a que se refere o capitulo ii d'este regula- tabelecida no quadro n.° 1, que faz parte do decreto de
mento. 30 de junho de 1898, salvo auctorização expressa clo Mi-
§ unico. O numero de alumnos escolhidos não cleverá nistro das Obras Publicas, Commercio e Industria.
exceder o maximo admissivel em cada turma das escolas Art. 63." O aproveitamento dos empregados que tive-
praticas elementares de telegraphia, estabelecidas junto rem sido escolhidos para o fim de que trata o artigo ante-
das estações dependentes da Direccão Geral dos Correios cedente será verificado periodicamente pelo inspector ge-
e Telegraphos. ral dos telegraphos e industrias electricas, sobre informa-
Art. 52.° O ensino da escola pratica, a que se refere o ção do director do Instituto.
artigo 50.°, comprehenderá apenas as disciplinas 4. a e 5. a , Art. 64.° Será mandado regressar ao serviço:
indicadas no artigo 8.° e os respectivos trabalhos prati- 1.° O emprègado que tiver mau comportamento no Ins-
cos. Para este ensino liaverá um unico instructor. tituto, depois de advertido;
Art. õ3.° O instructor da escola será escolhido, nos ter- 2." O empregado que fôr reprovado dois annos succes-
mos do artigo 44.°, entre o pessoal do quadro telegrapho- sivos em alguma cadeira;
postal. 3.° O empregado que não puder concluir o curso em
Art. 54." As despesas do ensino ficam a cargo cla Di- quatro annos;
reccão Geral dos Correios e Telegraphos, que fornecerá 4.° O empregado que declarar não querer continuar a
tambem por emprestimo o material necessario. frequencia.
Art. 55.° Os exames finaes das disciplinas professadas § unico. Aos empregados em estudo no Instituto e aos
nesta escola serão realizados, na epoca competente, na que forem mandados regressar ao serviço, segundo as dis-
escola pratica elementar de telegraphia que funccione junto posíções ei'este artigo, poderão ser impostas quaesquer pe-
da estação telegraphica central de Lisboa. A s classifica- nas disciplinares, nos termos legaes, pelo seu procedimento
.'12
Junho2828 1902

ou por notoria falta de applicação. Poderão igualmente ajudante do sexo feminino ou a individuo idoneo para ser
ser recompensadns pelo seu merito e applicação. nomeado proposto do proprio encarregado, que se obrigue
Art. 65.° Os empregados escolhidos para a frequencia a exercer esse cargo e que tenha abonador da sua conducta.
dos cursos não perdem nenhum dos seus direitos, inclusive Art. 72.° Os chefes de estações de l . a classe ou encar-
os de admissão aos concursos para promoção e os da pro- regados de estação de 2. a classe que pretendam ministrar
moção por concurso ou antiguidade. 0 ensino a que se refere o artigo 71.°, nas condições indica-
Art. (i6.° Alem dos empregados escolhidos, nos termos das nesse artigo, deverão enviar o respectivo requcrimento
do artigo 20.° d'este regulamento, o Governo só conccderá á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos pelas vias
liccnça para estudos nos termos do artigo 40." da organi- competentes, acompanhando-o dos documentos justificati-
zação clo pessoal dos telegraphos, correios e industrias ele- vos, e da declaração de que tomam inteira responsabi-
ctricas de 30 de dezembro de 1901. lidade pelo sigillo das correspondencias e pela entrada no
§ unico. vVos funccionarios clo quadro dos correios, que recinto da estação do requerente.
possam sem inconveniente ser clispensados clo serviço e que Art. 73.° Só depois dc obtida a auctorização da Direccão
tenham approvação nas escolas praticas elementares de Geral poderá começar o ensino, que será daclo fóra das
telegraphia será permittido frequentar o curso de telegra- horas cle serviço da estação, e sem prejuizo d'este, não sendo
phos clo Instituto Industrial e Commercial de Lisboa nos permittido, clurante as lições, a entrada de outras pessoas
termos d'este regulamento, sendo-lhes applicavel a dispo- estranhas no recinto das installações telegrapho-postaes.
sição do artigo 62.° mas não sendo comprehendidos no Art. 74.° Concluido o ensino, que não poderá prolon-
numero minimo fixado no artigo 59.° gar-se alem de quatro meses, o candidato a ajudante ou a
Art. 67.° Os aspirantes auxiliares, antigos alumnos da proposto será examinado na estação telegraphica da ca-
Real Casa Pia, que tenham obtido confirmaçSo das suas pital do districto administrativo, a que pertencer a esta-
nomeações, deverão matricular-se, no curso de telegra- ção em que foi ensinado, por um jury de tres emprega-
pho.-; professado no Instituto Industrial e Commercial de dos, presidido pelo chefe clos serviços de que depende a
Lisboa, que frcquentarão em condições identicas ás que estação em que se realiza o exame e segunclo o programma
ostabclecem os artigos 59. 0 e seguintes para os demais que faz parte cVeste regulamento. Do resultado d'este
funccionarios do quadro telegrapho-postal escolhidos para exame, que só admitte as classificações de approvado e
identico fim. reprovadoserá lavrado termo assignado pelos membros do
§ 1 A admissão d'estes aspirantes auxiliares á fre- jury e enviado á Direccão Geral dos Correios e Tele-
quencia do Instituto não fica dependente cle exame de ad- graphos. D'estes termos não se passam certidões nem at-
missão ou de qualquer outra condição necessaria para a testados de qualquer especie.
entrada dos demais alumnos no mesmo estabelecimento. Art. 7õ.° A approvação no exame a que se refere o
§ 2." Os aspirantes auxiliares a que se refere este ar- artigo 73.° não dá direito algum a futura nomeação do
tigo não serão contados no numero minimo dos seis a que candidato.
se refere o artigo 59."
Art. 68." Concluido o curso dos telegraphos os aspi- T I T U L O II
rantes auxiliares e segundos aspirantes voltarão aos ser-
C A P I T U L O UNICO
viços dependentes da Direccão Geral dos Correios e Te-
legraphos, com os veneimentos da respectiva classe, mas P r e m i o s de aptidão profissional
com a graduação honorifica de primeiros aspirantes, a qual
conservarão ató obterem a effectividade nosta classe. Art. 76.° Serão conferidos annualmente premios pe-
cuniarios e honorificos aos aspirantes do quadro telegra-
CAPITULO V pho-postal que em concurso especial cle provas praticas
demonstrarem maior competencia profissional e celeridade
Curso de electrotechnia de transmissão e recepção de despachos telegraphicos.
§ unico. Os premios pecuniarios sairão da dotação, es-
Art. <)'.)/' () Governo permittirá aos funccionarios clo tabelecida na lei orçamental, para retribuições extraordi-
quadro telegrapho-postal, que tenham obtido com notorio narias. **
aproveitamento o curso de telegraphos, a frequencia por Art. 77.° Os concursos versarão:
mais dois annos do Instituto Industrial e Commercial de 1.° Sobre a celeridade cle transmissão pelo apparelho
Lisboa com dispensa do serviço telegrapho-postal, a fim Iiughes e pelo apparelho Morse (escrevonte) de despa-
de obterem o curso do electrotechnia. chos especialmente preparados para este fim;
Art. 70." Alem clo que dispõe o artigo 69.° o Governo 2.° Sobre o maximo do trabalho procluzido em uma hora
faeilitará aos funccionarios do quadro telegrapho-postal a de transmissão pelo apparelho Iiughes ou Morse (escre-
frequencia clo curso de electrotechnia, quanto o permit- vente), e de recepção de ouvido pelo apparelho Morse;
tam as conveniencias clo serviço, mediante condições espe- 3.° Sobre a celeridade de transmissão e maximo cle tra-
ciaes para cada empregado mas sem dispensa de serviço. balho procluzido por meio de outros apparelhos de grande
velociclade.
CAPITULO V I Art. 78.° Serão somente admittidos ao concurso os
aspirantes do quadro telegrapho-postal que na epoca das
Do ensino da manipulação dos apparelhos telegraphicos provas tenham um anno, pelo menos, cle exercicio nas esta-
n a s e s t a ç õ e s telegraphicas ções escolhidas para o concurso, hajam daclo provas de
celeridade na manipulação, e executem estas com a exac-
Art. 71.° O ensino da manipulação dos apparelhos te- tidão exigida nos trabalhos telegraphicos. Os chefes cle
legraphicos usuaes só ó permittido nas estações telegra- serviço respectivos designarão os empregados que estejam
phicas c telegrapho-postaes mediante auctorização especial nestas condições, devendo para este fim proceder a provas
da Direccão Geral dos Correios e Telegraphos nas se- preliminares, como julgarem mais conveniente.
guintes condições: § 1.° Serão excluiclos cVeste concurso os empregados
Nas estações de 1." classe — a uma pessoa da familia que nos termos da legislação vigente estiverem inhibidos
do respectivo chefe, quc csteja nas condições de ser aju- de obter promoção e os que, por mau procedimento, não
dante do sexo fcminino do mesmo chefe; mereçam distincções honorificas.
Nas estações de 2. a classe — a uma pessoa dc familia 1 § 2.° Os ajudantes effectivos e supranumerarios addi-
do respectivo encarregado que csteja nas condições cle ser i dos, do sexo masculino, que tenham mais cle um anno de
1902 499 Junho 28

exercicio nas estações respectivas, podem ser admittidos, j I — Transmissão pelo apparelho Hughes
se satisfizerem ás demais condições exigidas aos aspirantes
a) Provas ds celeridade:
do quadro. Velocidade do apparelho. — A que fôr fixada pelo presi-
Art. 79.° Os concursos realizar-se-hão, por emquanto,
dente do jury, ou por delegado seu que assista ás pro-
entre os aspirantes em serviço nas estações centraes de
vas.
Lisboa, Porto e Coimbra. effectuando-se as provas nas Despacho transmittido. — U m telegramma cle mais cle 600
linhas telegraphicas que ligam directamente entre si estas
palavras, contendo trechos nas linguas franeesa, iugiesa e
estações. hespanliola, 40 grupos cle õ ou 6 algarismos cada um,
Poderá, comtudo, o Governo, quando haja para esse marcas de commercio,7 cotacõcs* de bolsa em numeros frac-
fim dotação orçamental, tomar extensivas ás estações cionarios.
centros de l . a ' o r d e m as disposições consignadas neste
Computo dos erros.—Ao tempo gasto por cada concor-
decreto. rente para effectuar a transmissão, juntar-se-ha: 30 segun-
Art. 80.° Os premios pecuniarios nunca serão em nu-dos por cada palavra omittida, 20 segundos por cada pa-
mero inferior ou de menos importancia do que os desi- lavra deturpada e 10 segundos por cada letra alterada. Os
gnados no seguinte quadro: erros e omissões rectificados pelo operador no decurso cla
transmissão não serão contados, entrando, comtudo, o tempo
I. — Transmissão pelo apparelho Huglies gasto nestas operações no computo do tempo total.
a) Provas de celeridade: b) Provas sobre o maximo de trabalho em 1 hora.
U m premio de 60$000 réis; Velocidade ãe apparelho: a que fôr fixada pelo presi-
Um premio de 50$000 réis. dente do jury ou por delegado seu que assista ás provas.
Despacho transmittido. — Um trecho de um jornal csco-
b) Provas sobre o maximo de trabalho em uma hora: Ihido pelo jury.
Um premio de 60^000 réis; Computo dos erros.—Do numero cle palavras transmit-
Um premio de 50,-)000 réis. ticías será cleduziclo o das palavras incorrecíamente trans-
mittidas e não rectificadas e o de palavras não comprehen-
II.—Transmissão pelo apparelho Morse (escrevente) didas no texto transmittido.
Em qualquer clas provas a) e b), de transmissão pelo ap-
a) Provas de celeridade: parelho Hughes, não se admittem alterações orthographi-
Um premio de õ0$000 réis; cas contrarias ao uso cle lingua, nem abreviaturas que não
Um premio de 40^000 réis. estejam auctorizadas. Todas as alterações que não estejam
nestas condições serão computadas como palavras detur-
b) Provas sobre o maximo de trabalho em uma hora: padas, no caso das provas de celeridade, ou serão exclui-
Um premio de 50$000 réis; das da contagem, no caso das provas sobre o maximo de
Um premio de 40^000 réis. trabalho em 1 hora.

III — Kecepção de ouvido pelo apparelho Morse II. — Transmissão pelo apparelho Morse (escreveiite)
Um premio de 40$000 réis; а) Provas de celeridade.
Um premio de 30;>000 réis. Despacho transmittido. — Um telegramma de 600 pala-
vras, sendo nas linguas franeesa e inglesa, '/a em gru-
Art. 81.° Os premios honorificos serão conferidos aos pos de algarismos, 1/g em lingua convencional e y<j em
concorrentes quo, apcsar de não terem obtido as primeiras linguagem clara (lingua portuguesa), transmittindo-se sem-
classificações, forem julgados dignos d'esta distincção pelo pre os signaes de pontuação.
respectivo jury. Computo dos erros: Será feito como em relação á trans-
Art. 82." Aos funccionarios a que forem conferidos pre- missão pelo apparelho Hughes (I, a). Serão consideradas
mios serão entregues diplomas que comprovem a distinc- como erros as deficiencias de transjnissão que possam im-
ção recebida. pedir ou prejuclicar a lcgibilidado da fita ou possam dar
§ unico. Estes diplomas serão passados gratuitamente logar a equivocos.
pela Direeção Geral dos Correios e Telegraphos. б) Pivvas sobre o maximo do trabalho em 1 hora.
Art. 83.° As provas do concurso realizar-se-hão nos me- Despacho transmittido. Um trecho de um jornal trans-
ses de julho ou agosto, e serão prestadas: as de trans- mittido por um empregado escolhido pelo jury.
missão, em circuitos locaes, c as de recepção em appare- Computo dos erros. Será feito como em relação ao appa-
lhos ligados ás linhas e de modo que a mesma transmissão relho Hughes (I, b).
seja, quanto possivel, utilizada simultaneamente em todos
os locaes em que se efléctuam as provas.
III. — Kecepção <le ouvido pelo apparelho Morse
As provas em apparelhos ligados ás linhas serão pres-
tadas nos dias em que o estado d'estas o permittir. (Maximo de t r a b a l h o em 1 h o r a )
Compete a cada candidato regular o apparelho da sua
prova, conformando-se com os preceitos que o jury for- Despachos transmittidos. TJm trecho de um jornal á es-
mular para este fim. colha do jury, transmittido ininterruptamente com a velo-
Art. 84.° O numero e importancia dos premios pecunia- cidade media que este íixar.
rios poderão ser allerados pelo Governo, em harmonia com Computo das palavras recebidas. -—Só serão contadas as
a respectiva dotação orçamental. palavras correctamcnte recebidas, no momento opportuno,
Art. 85.° Os jurys dos concursos serão formados de não tendo os concorrentes a faculdade de pedir expli-
cinco membros, presididos pelo inspector geral dos tele- cações ou rectificaçÕes ou de interrompcr as transmis-
graphos e industrias electricas, devendo fazer parte dos sões.
jurys os chefes dos serviços a que pertencem as estações § unico. As condições estabelecidas neste artigo pode-
entre as quaes se realizam as provas. rão scr alteradas com auctorização do Ministro das Obras
§ unico. O jury escolherá um dos seus membros para Publieas e as clas provas dos concursos com outros appa-
assistir ás provas em cada estação. relhos serão fixadas opportunnmente.
Art. 86.° As provas rcalizar-se-bão nas seguintes condi Art. 87." As minntas dos tclegrammas transmittidos,
ções: as fitas e outros documentos serão em acto successivo á
Jimlio 28 500 1902

conclusão de cada prova guardados em envolucro fechado nomios; regra dos signaes. Transformação das expressões
e sellado e remettidos ao presidente do jury, quefarápro- algebricas. Expoentes negativos. Equações do primeiro
ceder á classificação dos concorrentes, em harmonia com grau a uma incognita. Equações simultaneas do primeiro
este regulamento. grau.
§ unico. Quando dois ou mais concorrentes obtenham Geometria synihetica. — I. Geometrici plana.— Noções
classificação ex aequo, que lhes dê direito a algum dos sobre a linha recta e a circunferencia. Mcdição dos arcos.
premios, o jury procederá a uma prova definitiva, excfusi- Posição relativa das linhas rectas: definição e construcção
vamcnte entre esses concorrentes. Esta prova será feita dos angulos rectilineos; angulos verticalmente oppostos,
nos termos do artigo 86.°, modificados pelo modo que se adjacentes e suas propriedades; perpendiculares e obliquas,
julgar conveniente. sua definição e propriedades; parallelas, suas proprieda-
des. Circunferencia do circalo; cordas, tangentes, secantes,
TITULO III suas propriedades; posições relativas cle duas circunferen-
cias e caracteres que as distinguem; angulos rectilineos
CAPITULO I considerados em relação á circunferencia, sua medida;
linhas proporcionaes, escalas; polygonos, propriedades dos
Ensino dos g n a r d a - f i o s triangulos, quadrilateros e polygonos convexos; semelhança
dos polygonos; polygonos inscriptos e circunscriptos. Sec-
Art. 88.° Na sede de cada uma das secções das cir-
ções conicas: ellipse, hyperbole e pai^abola, suas definições
cunscripções telegraphicas estabelecer-se-hão escolas pra-
e modo de as traçar. Areas dos polygonos e das figuras
ticas para o ensino dos guarda-fios.
curvilineas; regra cle Simpson.
Art. 89.° O ensino, que será ministrado pelo chefe de
secção ou por aspirante do quadro telegrapho-postal ex- II. Geometria no espciço. — Definição clos principaes so-
pressamente nomeado para este fim, abrangerá as noções lidos geometricos. Avaliação e comparaçao pratica das
praticas necessarias para cabal desempenho das funcções areas e volumes d'esses solidos.
dos guarda-fios. Noções cle perspectiva.
Os exames serão feitos nos meses de março, junho, se-
3.a Disciplina
tembro e dezembro.
Art. 90.° Serão admittidos á frequencia das escolas os I — Noções dc mecanica
individuos que pretendam ser nomeados guarda-fios e os Movimento e repouso. Nomenclatura dos movimentos.
guarda-fios jDrovisorios que não tenham a necessaria com- Exemplos.
petencia. Noções sobre as forças. Gravidade. Pressão ou tensão.
CAPITULO I I Elasticidade.
Representação, comparaçao e medida das forças. Dy-
Ensino dos machinistas namometros. Componentes, resultantes. Equilibrio. Prin-
cipio da alavanca, exemplos de alavancas. Balança ro-
Art. 91.° Nas sedes das circunscripções telegraphicas mana. Equilibrio da alavanca. Regras fundamentaes do
serão estabelecidas escolas dos machinistas empregados equilibrio e composição cle forças. Centro de gravidade;
na installação dos apparelhos telegraphicos, telephonicos sua determinacão em alguns casos. Equilibrio dos corpos
e outros. solidos. Equilibrio dos fluidos.
O ensino será ministrado por um chefe de secção ou Cinematica. Movimento em geral. Movimento uniforme.
por outro individuo idoneo e abrangerá as noçoes pra- Movimento variado. Movimentos compostos. Transmissão
ticas necessarias para cabal desempenho d'aquellas func- de movimento.
ções. Dynamica. Principios geraes. Pendulo. Attracção uni-
Art. 92.° Serão admittidos á frequencia das escolas versal. Trabalho mecanico. Potencia mecanica.
como aprendizes os individuos que pretenderem ser no-
meados machinistas nesta classe. 2 — Noções elementares dc physica
Paç.o, em 28 de juaho de 1902. = Manuel Francisco de Materia — constituição dos corpos. Forças moleculares.
Vargas.
Estados geraes dos corpos; solido, liquido e gazoso;
T A B E L L A N.° 1 seus caracteres distinctivos; exemplos.
Mudanças de estado; exemplos.
P r o g r a m m a s do ensino n a s e s c o l a s praticas e l e m e n t a r e s Combinações e decomposições.
de telegraphia Extensão; volume dos corpos; vacuo. Massa, densidade,
peso especifico.
1." Disciplina Impenetrabilidade da materia.
Divisibilidade, porosidade, permeabilidacle, compressibi-
Lingua francesa lidade, elasticidade.
Leitura o traducção. Gravidade; fio de prumo. Peso. Determinação clo centro
Noções de grammatica e de analyse grammatical. de gravidade. Alavanca; suas especies. Balanças. Pendulo.
Ycrsões de português para francês. Principio de Pascal. Vasos communicantes. Pressões no
Conversação. fundo dos vasos.
2." Disciplina Principio de Archimedes.
Determinação das densidades. Areometros.
Kiullmentos do mathematica
Nivel de agua. Nivel de bolha de ar.
Ârilhmetica.— Operações de numeros inteiros e fraccio- Atmosphera; medida da pressão atmospherica; barome-
narios. Comparacões dos numeros: razões e proporções, tros.
progressõcs, logaiitlunos. Applicações arithmeticas: sys- Compressibilidade e elasticidade dos gazes. Lei de Ma-
tema metrico, numeros complexos, grandezas proporcio- riotte. Manometros.
naes, rcgras de tres, de juros c descontos, dc proporção, Machina pneumatica; machina de compressão. Bombas.
de companhia, de liga, conjunta c dc cambio. Siphão.
Algebra.— Expressões algebricas. Notação algebrica. Som. Propagação do som. Reflexão do som. Resonanica.
Quantidades negativas. Operações algebricas: addição, Echo. Altura do som. Intensidade. Timbre. Diapasão.
subtracção, multiplicação e divisão dc monomios e poly- Calor. Dilatação. Temperatura; thermometros.
1902 501 Junho 28

Mudanças de estado. Leis da fusão e da solidificaç.ão. Installação das pilhas. Ligação dos elementos, cm serie,
Dissolução; misturas frigorificas. Evaporação. Ebullição; em quantidade ou mixtas.
suas leis. Destillação. Liquefacção. Noções sobre os principaes systemas de telegraphia
Propagação do calor; conductibilidade e irradiação. optica.
Reflexão do calor. Poderes reflector, emissivo e absor- Manipulador de Breguet.
vente dos corpos. Manipulador de Morse.
Fornos, fornalhas. Chaminés. Manipulador inversor.
Ideia geral da machina de vapor. Transmissores microphonieos e telephonicos.
Luz — corpos luminosos. Sombra. Penumbra. Receptor de Breguet.
Intensidade da luz transmittida. Reflexão e refracção da Receptor de Morse (sounder ou escrevente).
luz — suas leis. Prismas e lentes. Apparelho impressor Hughes (summariamente).
Côres simples e compostas. Generalidades sobre a illu- Telephones usuaes.
minação. Relais.
Magnetes naturaes e artificiaes. Polaridade dos rnagne- Translactores.
tes. Linha neutra. Alterações e repulsões magneticas. Despertadores.
Bussola; declinação. Commutadores e inversores.
Processos geraes de magnetização. Pára-raios usados nas estações telegraphicas.
Magnotização do ferro e do aço. A terra sob o ponto de vista electrico.
Armaduras dos magnetes. Installação das estações terminaes e intermedias com
Agulhas astaticas. apparelhos Breguet.
Electricidade estatica — desenvolvimento pelo attrito. Installação das estações com apparelhos Morse — termi-
Corpos bons e maus conductores. Reservatorio commum. naes, intermedias, por interposição, por derivação, por
Machina de Ramsden. Faisca electrica. corrente continua, por inversão de corrente; translacção.
Condensadores. Installação clos apparelhos telephonicos usuaes.
Electricidade atmospherica. Perturbações clo trabalho telegraphico. Conhecimento e
Raio, trovão. Pára-raios. localização das avarias das linhas ou estações telegraphicas.
Pilhas. Ligaçao dos elementos das pilhas em serie, em Extra-correntes e correntes de retorno. Effeitos geraes da
quantidade ou de mixta. inducção e modo de os limitar.
Effeitos da corrente: decomposição da agua, voltame- Ideia summaria de telegraphia duplex, diplex e multipla.
tro; decomposição dos sáes metallicos; acção sobre a agu- Disposição das redes telegraphicas nacional e interna-
Iha magnetica; effeitos calorificos e luminosos. cional.
Causas de enfraquecimento da corrente de uma pilha de Construcção clas linhas telegraphicas aereas. Ideia sum-
um só liquido. maria da construcção das linhas submarinas e subter-
Pilhas de dois liquidos. Elementos de Daniell, Callaud, raneas.
Minotto, Bunsen, Leclanchó.
5. a Disciplina
Indicações praticas sobre pilhas.
l.'11'arte
3 — Jíoções de chimica
Organização administrativa e politica.
Corpos simples e compostos. Combinações. Regras de Legislação dos telegraphos e correios.
nomenclatura e notação. Generalidades sobre o hydrogenio, Estudo das disposições regulamentares relativas aos ser-
chloro, acido chlorhydrico e oxygenio. Agua. Enxofre e viços nacionaes dos telegraphos e correios e respectiva con-
acido sulfurico. Carvão. Azote. Ammoniaco. Acido azo- tabilidade.
tico. Atmosphera. Metaes, ligas e amalgamas. Potassa. Instrucções acêrca dos mesmos serviços.
Salitre. Sal marinho. Soda. Metaes mais empregados em
telegraphia e suas principaes ligas. 2.1 Píute
Geographia postal e telegraphica.
4.» Disciplina Redes telegraphicas internacionaes e redes nacionaes.
Linhas de communicações postaes.
Telegraphia eleineiiiítr
Estudo dos regulamentos internacionaes dos serviços te-
1." legraphicos e postaes.
Observaçao.—-Os trabalhos praticos da 5. a disciplina
Acção das correntes sobre os magnetes. Experiencias de
serão desempeiihados:
Oersted. Sentido dos desvios; regra de Anipòre. Grandeza
Na parte telegraphica — nas 3. as secções das estações
dos desvios; multiplicador.
telegraphicas centraes de Lisboa, Porto e nas secretarias
Galvanometros: ordinario, de tar.gentes e de senos.
dos serviços dos demais districtos;
Resistencia electrica de um circuito. Leis de Ohm. Uni-
Na parte postal — nas estações centraes dos correios de
dades de resistencia.
Lisboa e Porto e nos serviços dos correios dos demais
Leis de Ohm. Unidades de força clectro-motriz e de
districtos, conforme as instrucções da Direccão Geral dos
differença dc potencial.
Correios e Telegraphos.
Noções sobre a inducção electrica.
Magnetização do aço e do ferro macio pelas correntes.
Magnetismo remanente. Electro-magnetes typos diversos. T A B E L L A N." 2

2.° P r o g r a m m a para os c x a m c s dc a j u d a n t e s do s e x o f e m i o i n o
Geradores electricos empregados em telegraphia. Estu- c [iropostos dc eaeari-egados de e s t a ç ã o de 2 . a c l a s s e
dos clas pilhas Daniell e suas variantes, Leclanché, Bun-
sen, bichromato cle potassio e outras usaclas em telegraphia. 1 — Parte escrita
Accumuladores electricos; noções e emprego em telegra- Ditado cle um trecho (prova de calligraphia e de por-
phia. tuguês).
Machinas dynaino-electricas; noções e emprego em tele- Resolução de um problema de somma, subtracção, mul-
graphia. tiplicação ou divisão clc numeros inteiros.
Junho 28 502 1902

2 — Parte pratioa mento, que será enviado pelas vias legaes á Direccão Ge-
ral dos Correios e Telegraphos, dc modo que nesta dê
Uso o manipulação do apparelho Morse.—Transmissão
entrada antes clas 4 horas da tarde do dia do encerramento
e recepção de despachos, processo usual de veriíicação das
do concurso. Estes requerimentos poclerão ser acompanha-
avarias.
dos de documentos comprovativos das liabijitações scienti-
8 — Parte oral ficas ouliterarias dos concorrentes ou serviços importantes
pelos mesmos prestados ao país, bcm como cle quaesquer
Noções sobre os apparelhos e pilhas usuaes. publicações ou escritos que abonem a sua competencia e
Paco, em 28 de junho de 1902. — Manuel Francisco de aptidão para os serviços telegrapho-postaes.
Vargas. Art. 5.° Reunidos todos os requerimentos na repartição
D . do Cr. n.° 148, d e 7 d o j u l l i o . competente serão os mesmos presentes ao jury, acompa-
nhados da indicação da antiguidade de cada concorrente
na respectiva classe c da nota dos louvores e castigos que
tenham tido durante a sua carreira official e se achem de-
Usando da faculdade concedida ao Governo pelo artigo vidamente registados.
142.° da organização clo pessoal clos telegraphos, correios Art. 6." O jury, depois do examinados os requerimen-
e liscalização das industrias electricas, approvada por de- tos, verificará quaes os candiclatos que estão nos casos
creto com força cle lei cle 30 de dezembro do 1901: hei de ser admittidos e cVestes formará uma lista que será pu-
por bem determinar o seguinte: blicada no Diario do Governo.
Artigo 1.° E approvado o regulamento das admissões e § unico. Serão excluidos do concurso os l . o s officiaes
promoções dos empregados dos telegraphos, correios e fisca- que não estejam na situação de effectividade, os inhibidos
lização das industrias electricas, que faz parte cVeste de- de obter promoção nos termos do artigo 04. 0 da organiza-
crcto e baixa assignado pelo Ministro e Secretario de ção clo pessoal clos telegraphos, correios e fiscalização das
Estaclo clos Negocios das Obras Publieas, Commercio e industrias electricas de 30 de dezembro de 1901 e os que
Industria. estejam nos termos do artigo 12.° d'este regulamento.
Art. 2.° Considera-se revogado o regulamento dos con- Art. 7.° Findo o prazo cle oito dias, contados da data
cursos e exames para admissão e promoção clos emprega- cla publicação da lista a que se refere o artigo 6.°, e não
dos telegrapho-postaes e do ensino profissional dos mesmos tendo havido reclamação contra esta, o jury proceclerá á
empregados, approvado por decreto cle 18 dc dezembro classificação dos candiclatos. Tendo sido apresentada du-
de 1892, na parte que ainda o não foi. rante aquelle prazo alguma reclamação, o jury resolverá
O Ministro e Secretario de Estaclo dos Negocios clas 110 de tres clias se deve ser attendida ou não, procedendo
Obras Publieas, Commercio e Industria assim o tenha en- em seguida á classificação dos candiclatos.
tendido e faça executar. Paço, em 28 de junho de 1 9 0 2 . = Art. 8.° Para proceder á classificação cada membro clo
REI. — Manuel Francisco de Vargas. jury avaliará o merito dc cada canclidato em um numero
de valores comprehendido entre 0 e 20. A media dos va-
lores dados pelos differentes membros do jury constitue a
Regulamento das admissões e promoções classificação.
dos empregados dos telegraphos, correios e fiscalização das industrias § unico. Os concorrentes que tiverem obtido igual nu-
electricas mero de valores serão classificados entre si tendo em at-
tenção as suas habilitações scientificas e literarias, e em
CAPITULO I igualdade d'estas pela sua effectividade na classe de l . o s
officiaes, o sendo estas condições iguaes pela ordem decres-
Concursos para inspector geral dos telegraphos c i n d u s t r i a s cente das suas idades. Os valores attribuiveis ás habi-
electricas litações scientificas e literarias são os indicados na tabella
n.° 14 annexa a este regulamento, sendo suppridas as
Artigo 1.° O modo cle execução dos concursos para pre- faltas d'esta tabella pelos valores que o jury attribuir a
enchimento do logar de inspector geral dos telegraphos cada habilitação. Para este fim cada membro clo jury arbi-
e industrias electricas será decretado pelo Governo quando trará o numero de valores que entenda merecer cada ha-
otcorra a vacatura d'este logar. bilitação ; a media clos valores arbitrados constitue o valor
§ unico. O jury cVestcs concursos será presidido pelo attribuivel a cada habilitação.
director geral clos correios e telegraphos. Art. 9.° O voto de cada membro do jury será nominal-
mente indicado na acta cla classificação.
CAPITULO II Art. 10.° Da classificação do jury não haverá recurso
para qualquer instancia, podendo todavia o Governo an-
Concursos para chefes de divisão nullar todos os actos do concurso quando para isso haja
motivo legal, devidamente provaclo.
Art. 2.° Os logares de chefes de divisão serão proviclos § unico. À classificação será mandada publicar no Dia-
nos termos clo artigo 47.° cla organização clo pessoal dos rio do Governo e no Boletim Telegrapho-Fostal pelo presi-
telegraphos, correios e fiscalização das industrias electri- dente clo jury logo que esteja concluida e sem dependen-
cas, cle 30 cle dezembro cle 1901, por concurso documen- cia dc autorização especial para este fim.
tal entre os l." s officiaes do respectivo quadro, sendo o
jury d'estes concursos constituido nos termos do § unico
do referido artigo. CAPITULO III
§ unico. Os concursos para chefes de divisão serão Concursos e promoções de l . o s e 2 . 0 S officiaes e a s p i r a n t e s
abertos logo que occorra alguma vacatura na classe.
Art. 3." Os concursos estarão abertos durante um prazo Art. 11.° Serão preenchidos por concurso de provas pra-
não inferior a 15 dias e serão annunciados no Diario do ticas os logares cle l . o s e 2. 0S officiaes, l . o s e 2."s aspiran-
<lovernodevendo attendor-se na fixaçâo d'esto prazo á tes, aspirantes auxiliares e fieis dos quadros telegrapho-
data provavel de chegada ás ilhas adjacentes clo Diario postal e dos correios de Lisboa e Porto, com excepção
respectivo. clos de fieis de armazens.
Art. 4.° Os l . o s officiaes que pretendorem ser admitti- Só podem ser admittidos a estes concursos os individuos
dos a concurso deverão forinular o pedido em requeri- que se encontrem nas condições respectivamente fixadas
1902 503 Junho 28

para cada classe na organização do pessoal dos telegra- ii Art. 13.° Os directores do correio só serão collocados
phos, correios e fiscalização das industrias electricas, de 30 no quadro telegrapho-postal, satisfeitas as demais condi-
de dezembro de 1901. ções legaes, quando tenham tido previa approvação nos
§ unico. Os concursos para preenchimento de logares cursos ordinarios das escolas praticas elementares cle tele-
cle officiaes, primeiros e segundos aspirantes ou fieis dos graphia.
serviços telegrapho-postaes terão logar nos termos do § 2.° Art. 14.° Os programmas das materias sobre quc ver-
do artigo 62.° da organização do pessoal dos telegraphos, sam os diversos concursos e exames, a que se referem os
correios e industrias electricas de 30 de dezembro cle 1901, artigos precedentes, bem como o numero de provas de cada
de dois em dois annos, ainda que nao haja logares vagos, concurso e as tabellas para as classificaçõcs, vão juntos a
os
ou quando o Ministro assim o ordenar e são validos por este decreto nas tabellas n. 1 a 13
dois annos completos a contar do dia em que forem pres- Art. l õ . ° Os concursos dc que trata o artigo 11.° es-
tadas as provas. Os concursos para preenchimento dos tarão abertos, durante um prazo não inferior a quinzo
logares de aspirantes auxiliares terão logar annualmente dias, e serão annunciados no Diario do Governo, devendo
ou quando o Ministro determinar. As epocas ordinarias attender-se para a fixaçâo cTeste prazo á data provavel da
d'estes concursos serão as seguintes: chegada ás ilhas adjacentes do Diario.
a) Para os logares de aspirantes auxiliares, no mês de Art. 16.° Farão parte dos jurys de concursos e exa-
novembro; mes :
b) Para os logares de 2. 0S aspirantes, no mês de ja- a) Para o preenchimento de logares de officiaes, aspiran-
neiro ; tes e fieis do quadro telegrapho-postal— o director geral dos
c) Para os logares de l . o s aspirantes, no mês de março; correios e telegraphos, o engenheiro inspector geral dos te-
d) Para os logares de 2. 0S officiaes, no mês de setem- legraphos e industrias electricas e um funccionario esco-
bro ; lhido entre os engenheiros chefes de divisão, os chefes cle
os
c) Para os logares de l . o s officiaes, no mês cle outubro. divisao e os l . officiaes do mesmo quadro;
Os concursos para o preenchimento de logares de fieis b) Para o preenchimento cle logares de officiaes, aspiran-
dos serviços dos telegraphos e correios cle Lisboa e Porto tes e fieis do quadro de correios de Lisboa e Porto — o di-
serão abertos quando occorrcrem as vacaturas, nos termos rector geral dos correios e telegraphos, o engenheiro
do referido artigo. inspector geral dos telegraphos e industrias electricas e
Art. 12.° Ficain inhibidos cle obter promoção: um funccionario escolhido entre os chefes das clivisões e
os
1.° Os empregados que não estejam na situação de acti- l . officiaes de qualquer quadro ;
vidade; § 1." Na falta de impcdimento de algum ou alguns dos
2.° Os empregados que estejam nas condições do ar- funccionarios que constituem o jury, serão nomcados sup-
tigo 64.° da organização do pessoal dos telegraphos, cor- plentes nas condições acima indicadas.
reios e fiscalização das industrias electricas, de 30 de de- § 2.° Servirá de secretario do jury o empregado menos
zembro cle 1901; graduado.
3.° Os empregados que soffrerem a pena de suspensão Art. 17.° Os individuos que pretenderem ser admittidos
por mais cle tres meses, emquanto não tiver decorrido um a concurso deverão formular o pedido em requerimento,
anno da data em que o empregado acabou de cumprir a que será entregue ao chefe cle serviço respectivo, até ás
pena; quatro horas da tarde do dia do encerramcnto do con-
4.° Os empregados que soffrerem a mesma pena por curso.
mais de um e menos cle tres meses, emquanto não tiverem § 1.° Os requcrimentos serão remettidos pelos chefes
decorrido seis meses da data em que o empregado acabou de serviços clo continente, no dia seguinte ao do encerra-
cle cumprir o castigo; mento do concurso, e pelos das ilhas adjacentes, no pri-
õ.° Os empregados que durante o prazo de um anno meiro paquete que partir para o continente depois do
tiverem soífrido por mais cle cinco vezes a pena de repre- mesmo encerramento, em carta de officio registada, á re-
hensão registada, ou que durante o mesmo periodo tenham partição competcnte da Direccão Geral dos Correios e
sido multados em mais cle trinta dias de vencimento, — Telegraphos, acompanhados de uma relação nominal dos
emquanto nao tiver decorrido o prazo de quatro meses requerentes, a qual deverá ser devidamente datada e as-
da data em que o empregado tiver soífrido o ultimo cas- signada.
tigo ; § 2.° Todos os requerimentos deverão ser acompanha-
6.° Os officiaes e aspirantes do quadro telegrapho-pos- dos cle documento authentico comprovativo cle aptidão na
tal que não tenham a necessaria pratica dc manipulação manipulação dos apparelhos telegraphicos, quando sc re-
dos apparelhos telegraphicos. ferirem a algum dos empregados telegrapho-postaes cxis-
§ 1.° A contagem dos prazos acima indicados será inter- tentes em serviço em 1 de dezembro cle 1892.
rompida se o empregado soffrer durante elles novo castigo, § 3.° Os aspirantes auxiliares que não tenham passado
recomeçando-se a contagem depois da data do cumpri- á effectividade do cargo não poderão eoncorrer aos con-
mento do ultimo castigo, se, por effeito d'este, o empre- cursos para preenchimento cle logares de 2. 0S aspirantes.
gado não tiver de soffrer maior pretenção. Exceptuam-se d'esta disposição os que tenham o curso es-
§ 2.° O Ministro das Obras Publicas, Commercio e In- pecial dc correios e telegraphos, professado nos institutos
dustria poderá, sob proposta da Direccão dos Correios e industriaes.
Telegraphos, depois de ouvidos os interessados, ordenar em § 4.° Os requerimentos dos individuos que pretenderem
portaria publicada no Diario do Governo a exclusão do ser admittidos aos logares de aspirante auxiliar serão en-
promoção aos empregados que tenham soffrido repetidos tregues directamente na l.' 1 Repartição da Direccão Geral.
castigos e a merecerem por mau comportamento, embora Art. 18.° Reunidos todos os requerimentos na reparti-
não estejam nas condições acima indicadas. ção respectiva, serão os mesmos presentes ao jury, acom-
§ 3.° Os empregados que estejam nas condições dos panhados das indicações das habilitaçoes de cada candidato
n. os 1.° a 5.° cTeste artigo serão excluidos pelos jurys res- e da respectiva effectividade, e bem assim da relação clos
pectivos, sem dependencia dc qualquer despacho previo empregados que, por seu mau comportamento, estivercm
especial, dos concursos que se abrirem ou realizarem du- inhibidos de obter promoção.
rante os prazos marcados nesses numeros. Ficam outro- § 1.° Serão attcndidas, não só as habilitações que os
sim inhibidos durante os mesmos pcrioclos de obter pro- candidatos tenham devidamente registado na repartição
moção por virtude cle concursos anteriormente realizados competente, mas tambem aquellas que constem dos docu-
ou por antiguidade. mentos que instruirem os requerimentos.
Junlio 28 504 1902

§ 2." A effectividade será contada nos termos legaes. I Art. 27.° As provas escritas devem ser feitas sem au-
Art. 10.° O jury, depois de exarninar todos os requeri- xilio cle apontamentos. Aòs candidatos admittidos ás provas
mentos e vorificar quaes os candidatos que devem ser ad- clos concursos será apenas permittido o uso da tabella das ta-
mittidos ao concurso, formará listas dos admittidos e dos xas telegraphicas, quando seja indispensavel para a re-
excluidos, indicando quanto a estes os motivos da cxclu- solução do ponto do concurso, e o de diccionarios para as
sâo. Estas listas são publicadas no Diario ão Governo, traducções para linguas estrangeiras; estes livros serão
annunciando-se com quinze dias de antecedencia, pelo fornecidos pelo jury.
menos, o dia, hora e local em que devem ter logar as provas. As provas serão escritas em cadernos de papel almaço,
§ unico. Aos candidatos que houverem sido excluidos numerados e rubricados pelo candidato em todas as fo-
por falta de qualquer documento ou de cumprimento de lhas.
qualquer formalidacle legal será assignado o prazo cle 8 § unico. Alem da exclusão do concurso, ao candidato
dias para apresentarem os documentos ou satisfazerem as que usar de meios dolosos para a execução da prova serão
formalidades que faltarem; e quando o não fizerem nesse applicadas as penas disciplinares correspondentes a abuso
prazo serão considerados excluidos. dc confiança. Igual penalidade se applicará aos membros
Art. 20." A s provas dos concursos de l . o s e 2. 0S aspi- clo jury ou funccionarios assistentes que tiverem cumplici-
rantes e fieis clos serviços telegrapho-postaes reaiizar-se- dade nessas faltas.
hão no mesmo dia e á mesma hora nas diversas capitaes Art. 28." Os candidatos, quando concluirem os traba-
dos districtos administrativos. As provas clos concursos lhos, entregarão os seus cadernos assignados aos funcciona-
para l . o s e 2. 0S officiaes, aspirantes auxiliares e fieis clos rios que assistiram ás provas, os quaes os deverão rubrí-
serviços dos telegraphos ou correios dc Lisboa e Porto car em todas as folhas.
realizar-se-hão somente em Lisboa. § unico. Expirado o prazo para as provas escritas se-
Art. 21.° Logo que esteja annunciado o dia destinado rão recolhidos os trabalhos dos candidatos que ainda os
para as provas o jury formulará, sobre proposta do inspector não hajam apresentado, qualquer que seja o estado em que
geral clos telegraphos e industrias electricas, seis pontos se achem.
em harmonia com os programmas, juntos a este cleereto, Art. 29.° Em acto successivo á conclusão das provas
tabellas n. os 1 a 13. D'estes pontos serão tiradas tantas escritas, o menos graduado dos funccionarios assistentes
copias quantas forem as loealidades em que liajam cle ser lavrará um termo em que se mencione a hora a que se fez
dadas as provas. Cada uma cVestas copias será rubricada a chamada, os candidatos que compareceram e os que fal-
por dois membros do jury e incluida em sobrescrito fe- taram, a hora a que principiou a contar-se o prazo para
chado e lacrado com o sinete da Direccão Geral. Na frente as provas, a hora a que terminaram os ultimos trabalhos,
do sobrescrito escrcver-se-ha o seguinte: as reclamações ou protestos apresentados e quaesquer in-
Pontos para as provas escritas que devem ter logar em... cidentes notaveis clo acto.
no dia . . . de . . . de 1 9 á s . . . horas da manhã para A este termo juntar-se-hão:
preenchimento das vacaturas de . . . O sobrescrito que continha os pontos ;
Este sobrescrito, incluido noutro com endereço ao chefe Os pontos do concurso, acompanhados da indicação
cle serviço telegrapho-postal clo districto em que houverem cl'aquelle que foi extrahido á sorte ou do telegramma em
de se verificar as provas, será enviado ao seu destino como que o jury houver participado o numero respectivo;
carta de officio registada. As reclamações ou protestos, se os houver;
§ unico. A Direccão Geral dos Correios e Telegraphos Os cadernos das provas dos candidatos.
nomeará opportunamente tres funccionarios que assistirão § 1.° Quando as provas escritas tiverem logar em Lis-
ás provas realizadas em cada localidade fóra de Lisboa. boa, feito o termo respectivo pelo secretario do jury, será
Estes funccionarios são pessoalmente responsaveis pelo esse termo e mais documentos fechado em maço devida-
exacto e rigoroso cumprimento das disposições d'este re- mente lacrado, que ficará em poder do presidente para o
gulamento, durante as provas. submetter opportunamente á apreciação do jury.
Art. 22.° No dia em que devam ter logar as provas § 2.° Quando as provas escritas tiverem logar fóra de
reunir-se-ha o jury, tirará um clos pontos á sorte, e indi- Lisboa serão os documentos de que se trata fechados,
cará, em telegramma de serviço confcrido e com certificado em acto successivo á assignatura do termo, em maço de-
cle recepção, o numero cVeste ponto aos funccionarios en- vidamente lacrado, em cuja frente se lançará a seguinte
carregados de assistir ás provas fóra de Lisboa. indicação:
Art. 23." No dia, hor a e locaes designados para as pro- Documentos relativos ás provas praticas feitas em . . .
vas procedcr-se-lia á chamada dos candidatos; aquelle que (nome da capital do districto) para o provimento dos loga-
não comparecer licará cxcluido do concurso. Feita a cha- res de . . .
mada será proliibido aos candidatos sair da sala ou ter Este rnaco3 será enviado em officio registado
O ao secreta-
qualquer correspondencia com o exterior ; o que transgredir rio do jury.
estas disposições será excluido do concurso por esse facto. Art. 30." O jury procederá á classificação das prova3 dos
Art. 24.° Concluida a chamada, será lido aos candidatos candidatos em harmonia com as tabellas juntas a este re-
o numero do ponto tiraclo á sorte, e em seguida o mais gulamento, devendo para este fim cada membro do jury
graduado clos funccionarios assistentes apresentará aos can- avaliar cada ponto com. um numero cle valores compre-
didatos o sobrescrito fechado quc deve conter os seis pontos, hendido entre 0 e 20. A media clos valores dados pelos
para quc estes vcrifiquem sc os sellos ou dobras se acham differentes membros do jury, em relação a cada ponto,
intactos. Feita esta verificação será o sobrescrito aberto constitue a respectiva classificação clo candidato. A s classi-
por um clos lados, dc fórma que iiquem intactos os sellos. ficações de cada ponto serão multiplicadas respectivamente
Art. 25.° O ponto sobre que devem versar as provas pelos coefficientes indicados nas tabellas, sendo a somma
escritas será ditado aos candidatos. cPestes productos a classificação final de cada concorrente.
§ unico. O tempo marcado para as provas escritas co- Art. 31.° Os concorrentes que tiverem obtido igual nu-
mcçará a contar-se do momento em que todos os candida- mero de valores serão classificados pela ordem das suas
tos tenham copiado o ponto. habilitações, e, em igualdade d'estas, pela sua effectividade
Art. 2(5." Quaesquer reclamações e protestos dos candi- no serviço, e, sendo estas condições iguaes, pela ordem
datos só poderão ser acceitos no acto do concurso, quando decrescente das suas idades.
escritos e assignados pelo -reclamante; não terão effeito § unico. Os valores attribuiveis ás habilitações litera-
suspensivo e serão remettidos á Direccão Geral, junto com rias e scientificas vão indicados na tabella junta a este re-
o termo dc que trata o artigo 29." gulamento, sob n.° 14, sendo suppridas as faltas d'esta ta-
1902 505 Junlio 28

bella pelos valores que o jury attribuir a cada habilitação. Art. 44.° Quando o numero dos eandidatos seja tal que
Para este fim cada membro do jury arbitrará o numero de não convenha realizar todas as provas no mesmo dia e
valores que entenda merecer cada habilitação; a media local, serão aquelles distribuidos em turmas, para cada
dos valores arbitrados constitue o valor attribuivel a cada uma das quaes se fará o numero de pontos indicados no
habilitação. artigo 40.° A sorte designará os eandidatos que devem
Art. 32.° Os eandidatos que na classificação das provas constituir cada turma.
praticas de qualquer curso não alcançarem o minimo de Art. 45.° Os exames devem estar eoncluidos no Íim de
valores marcados nas referidas tabellas para serem appro- dezembro quando os eandidatos formem uma só turma.
vados serão desde logo classificados como adiados. Quando haja varias turmas poderão prolongar-se até 15
Art. 33.° D a classificação dos jurys de concurso ou de de janeiro.
exames não haverá recurso para qualquer instancia, po- Art. 46.° Em todos os actos dos exames não especifi-
dendo todavia o Governo annullar todos os actos do con- cados nos artigos precedentes se procederá nos termos do
curso quando para isso haja motivo legal, devidamente capitulo iii.
provado. Art. 47." Os nomes dos eandidatos que tiverem obtido
§ unico. As classificações dos concursos serão ínanda- o minimo de valores necessarios para a approvação serão
das publicar no Diario do Governo e no Boletim Telegra- publicados alfabetieamente no Diario do Governo, sem
pho-Postal, pelo presidente do jury respectivo, logo que menção das classificações relativas.
estejam concluidas e sem dependencia de autorização es- § unico. Nas certidões do resultado d'estes exames só
pecial para este fim. se indicará se o candidato foi approvado ou reprovado,
Art. 34.° O Governo determinará opportunamonte quaes sem menção da classificação relativa.
as disciplinas dos cursos dos lyceus, dos institutos indus-
triaes e commerciaes e das escolas industriaes, cuja appro- CAPITULO V
vação é sufficiente para admissão aos concursos de aspi-
rantes auxiliares. N o m c a ç õ e s de ajudantes do sexo f e m i n i n o e p r o p o s t o s
CAPITULO I V
Art. 48.° Para ser nomeado ajudante clo sexo feminino
Exame previo para promoção a official do quadro ou proposto de enearregado cle estação de 2. a classe ó pre-
telegrapho-postal ciso, alem das condições fixadas pela organização clo pes-
soal clos telegraphos, correios e fiscalização das industrias
Art. 35.° Os exames previos de que tratam os §§ 1.° electricas, ter satisfeito ao exame a que se refere o ca-
e 2.° do artigo 49.° da organização do pessoal clos tele- pitulo vi do regulamento do ensino profissional dos empre-
graphos, correios e fiscalização das industrias electricas, gados clos telegraphos, correios e fiscalização clas indus-
de 30 de dezembro de 1901, serão feitos biennalmente no trias electricas.
mês de dezembro, em Lisboa.
Art. 36.° Os funccionarios que desejem ser admittidos CAPITULO V I
a este exame poderão enviar os seus requerimentos á Di-
N o m e a ç ã o do p e s s o a l menor
reccão Geral clos Correios e Telegraphos, pelas vias com-
petentes, em qualquer epoca. Serão, porem, considera- Art. 49.° São condições essenciaes para a admissão a
dos apenas os requerimentos que tiverem sido recebidos todos os logares de que trata este capitulo com excepção dos
naquella Direeção Geral até ás quatro horas do ultimo dia de depositarios de caixas cle correio e dos de machinistas :
util clo mês de novembro que preceder os exames. 1.° Ser português;
Art. 37.° Serão excluidos do exame os funccionarios 2.° Ter a necessaria robustez para o serviço ;
que estiverem nas condições do artigo 12.° cl'este regu- 3.° Ter bom comportamento moral e civil e abonador
lamento. idoneo;
Art. 38.° O jury d'estes exames será constituido pelo 4.° Ter satisfeito á lei do recrutamento.
director geral dos correios e telegraphos, inspector geral 5.° Saber ler, escrever e contar correctamente, o que
dos telegraphos e industrias electricas o um funccio- se provará por certidão de exame de instrucção primaria
nario escolhido entre os engenheiros chefes de divisão e ou perante funccionario idoneo, escolhiclo pela Direeção
os chefes de clivisão ou l . o s officiaes do quadro telegrapho- Geral dos Correios e Telegraphos.
postal que tenham o curso de telegraphos ou o de electro- § unico. A robustez para o serviço reconhece-se por
technia. exame de junta medica official ou de medico nomeado pela
Art. 39.° As materias sobre que póde versar o exame Direeção Geral dos Correios e Telegraphos.
são as indicadas na tabella n.° 6 annexa a este regula- Art. 50.° O exame especial clos eandidatos a vigias do
mento. mar, a que se refere o artigo 60.° da organização clo pes-
Art. 40.° Constituido o jury, procederá este ao exame soal dos telegraphos, correios e fiscalização clas industrias
dos requerimentos que lhe forem presentes e formulará electricas, de 30 de dezembro cle 1901, versará exclusiva-
em harmonia com as disposições legaes a lista dos eandi- mente sobre leitura, escrita, quatro operações cle nume-
datos admittidos e os pontos sobre que devem versar as ros inteiros e o systema de signaes opticos usados nas es-
provas. Haverá dez pontos em cada uma das materias clas tações semaphoricas do Estado; será feito normalmente nos
provas—mathematica, mecanica, physica e electrotechnia, meses dc abril e outubro de cada anno ou, se não hou-
escolhidos entre os assuntos cujo conhecimento é mais ver eandidatos approvados, quando haja vacaturas cujo
necessario para o desempenho dos serviços. provimento se não possa acliar ató aquelles meses. Estes
Art. 41.° A lista dos eandidatos admittidos será publi- exames terão logar nas estações semaphoricas designadas
cada no Diario do Governo com a indicação dos dias em para este fim, perante um jury constituido por um 1.° ou
que terão logar as provas. Estas serão prestadas em dois 2.° official do quaclro telegrapho-postal, que servirá de pre-
dias, intervallados cle quatro a oito, tendo logar: sidente, e dois 2."s officiaes, l . o s ou 2. 05 aspirantes do
no primeiro dia—as provas de mathematica e mecanica; mesmo quadro. Dos exames se lavrará termo assignado
no segundo dia — as provas de physica e electrotechnia. pelos membros do jury, designando quaes os eandidatos
_ Art. 42.° Os pontos serão patenteados aos eandidatos approvados e quaes os reprovados, sem outra classificação.
cinco dias antes de cada prova. Este termo será immediatamente enviado á Direeção Ge-
Art. 43.° No dia e á hora do exame serão tirados á ral dos Correios e Telegraphos.
sorte os numeros dos pontos de cada uma das provas. Art. 51.° Para ser nomeado depositario de caixa do correio
Junho 28 506 1902

é preciso alem das condições estabelecidas nos n. o s 1.°, 3.° ensino profissional dos empregados dos telegraphos, cor-
e ó.° do artigo 49.°, ter pelo menos 21 annos de idade. reios e fiscalização das industrias electricas.
Art. 52." Para ser nomeado boletineiro jorncdei.ro su- Paço, em 28 cle junho de 1902. = Manuel Francisco de
pranumerario è preciso, alem das condições estabelecidas Vargas.
no artigo 49.°, ter mais de 15 e menos de 18 annos de
idade. TABELLA 1
§ unico. Os boletineiros supranumerarios serão chamados
a serviço temporario e serão nomeados boletineiros jorna- Concursos para logares de aspirante auxiliar do quadro
leiros pela ordem das suas nomeações como supranumera- telegrapho-postal
rios. Eecusando-se a servir, serão despedidos.
Programma
Art. 53." Para ser nomeado carteiro supranumerario é
preciso, alem das condições estabelecidas no artigo 49.°, 1. Telegraphia
ter mais de 18 e menos de 25 annos de idade, sendo pre-
ferido para estes logares os individuos que tenham servido As materias que constituem o programma de ensino da
sem nota no exercito ou na armada, e entre estes os que 4. a disciplina clas escolas praticas elementares de telegra-
tenham a medalha de exemplar comportamento. phia.
§ unico. Os carteiros supranumerarios são chamados a 2. Geograpkia
serviço temporario e passam a encarregados de abertura
de receptaculos e marcadores de correspondencia pela As materias que constituem os programmas de ensino
ordem das suas nomeações de supranumerarios. Recusan- d'esta disciplina nas quatro primeiras classes do curso dos
do-se a acceitar este logar, serão despedidos. lyceus.
Art. 54.° Para ser nomeado distribuidor supranumerario 5. Lingua franeesa
é preciso, alem das condições estabelecidas no artigo 49.°,
ter mais de 18 e menos cle 25 annos de idade, sendo pre- Versão para francês de um trecho de autor português,
feridos para estes logares os individuos que tenham ser- escolhido nas Leituras Portuguesas, adoptadas para a 5. a
vido sem nota no exercito ou na armada, e entre estes os classe clo curso dos lyceus.
que tenham a medalha de exemplar comportamento.
§ unico. Os distribuidores supranumerarios são chama- 4 . Serviço telegrapho-postal
dos a serviço temporario e passam a effectivos pela ordem As materias que constituem o programma de ensino da
das suas nomeações, na estação em que servirem. Recu- 5. a disciplina das aulas praticas elementares de telegraphia.
sando-se a servir, serão despedidos.
Art. 55.° Para ser nomeado distribuidor rural é preci-
so, alem das condições clo artigo 49.°, ter mais de 18 e 5 . Redacção e calligrapliia
menos de 30 annos de idade. Serão apreciadas pelo conjunto das provas cm rolação
Art. 56.° Para ser nomeado guarda-fios é preciso, alem
aos pontos 1 a 4.
das condições estabelecidas no artigo 49.°, ter mais de 18
e menos de 25 annos de idade.
Tabella p a r a a classificação das provas
A primeira nomeação será provisoria pelo prazo de 3
meses; findo estes, se o nomeado tiver sido approvado
em alguma escola de guarda-fios, será considerado defini- Coefficientes
Designação das materias Duração de Minimo
das para a
tivo. de cada ponto
provas
importancia
approvação
relativa
Art. 57.° Os cabos de guarda-fios serão de livre esco-
lha entre os guarda-fios que tenham servido com zêlo e
intelligencia. 1 — Telegraphia 4
Art. 58.° As nomeações cle chefes de guardas-fios se- 2 — Geographia 150
3 Lingua franeesa 4 horas
rão feitas mediante concurso documental, a que serão 4 — Serviço telegrapho-postal. . . 2
admittidos os cabos de guarda-fios e os guardas-fios que 5 — Redacção e calligraphia.... 4
estejam nas condições do artigo Gl.° da organização clo
pessoal dos telegraphos, correios e fiscalização das in-
dustrias electricas, cle 30 de dezembro de 1901.
O exame dos documentos e informações dos eandidatos T A B E L L A N.° 2
será feito na Inspecção Geral dos Telegraphos e Indus-
trias Electricas, pelo modo prescrito pelo Governo no Concursos para os l o g a r e s de 2 . 0 5 a s p i r a n t e s do quadro
programma do concurso. telegrapho-postal
Art. 59." Os machinistas telegraphicos dividem-se em
Programma
3 grupos:
a) Machinistas encarregados clos motores de vapor, dy-
1. Physica e chimica
namos e outras machinas das installações dependentes dos
serviços telegrapho-postaes; As materias que constituem o programma de physica e
b) Machinistas encarregados da installação dos appare- chimica da 3. a disciplina das escolas praticas elementares
lhos telegraphicos e telephonicos, e das reparacões muito de telegraphia.
simples cVestes apparelhos;
2. Telegraphia
c) Machinistas empregados nas officinas dependentes
dos serviços telegrapho-postaes, no fabrico e concerto de Alem das materias que constituem o programma de te-
apparelhos telegraphicos, telephonicos e quaesquer outros legraphia cla 4. a disciplina das escolas praticas elementa-
dc precisão. res de telegraphia.
As nomeações dos machinistas d'estas differentes classes Apparelho telegraphico Hughes.
serão feitas livremcnte em individuos idoneos, sem depen- Systemas de installações de estações com os apparelhos
dencia clas condiçucs indicadas no artigo 49.° Morse e Breguet.
§ unico. Serão igualmcnte nomeados aprendizes de ma- Telephone e microphone.— Apparelhos usuaes.
chinistas clo grupo b), que deverão frequentar gratuita- Verificação e localização das avarias que se dão nas
mente as escolas especiaes de quc trata o regulamento do linhas e estações telegraphicas.
507 Junho 28
1902

Tabella para a classilicaçfto das provas Phenomenos magneticos e electro-magneticos. — Inten-


sidade magnetica de um polo. — L e i de C o u l o m b . — U n i -
Coefíicicnles
Duraçao . de Minimo dade absoluta de polo. — Campo magnetico. — F o r ç a ma-
Designação das materias das para a
de cada ponto provas
importancia
approvação gnetica.
relativa
Linha de força m a g n e t i c a . — P o t e n c i a l magnetico.
Unidades electricas. — Unidades absolutas electroma-
1 —Physica e chimica / % ^oras 30 gneticas e electrostaticas. — Unidades praticas.
2 — Telegraphia )
Instrumentos e processos (le medidas electricas

G a l v a n o m e t r o s . — G a l v a n o m e t r o s de senos e de tangen-
TABELLA 3 t e s . — D e t e r m i n a ç ã o das constantes. — Methodos de lei-
Concurso para os l o g a r e s dc l . o s a s p i r a n t e s do quadro tura. — Meios d e augmentar a sensibilidade dos galva-
telegrapho-postal nometros. — Shunts. — Galvanometros aperiodicos. •— Gal-
vanometros differenciaes.
Progi-amina Electro-dynanometros.—Descrição e uso dos typos mais
usados.
1. Physica e chimica Voltametros. — Principios em que se fundam.
Alem das materias que constituem o programma de phy- Calorimetros. — D e s c r i ç ã o e emprego nas medidas ele-
sica e chimica da 3. a disciplina das escolas praticas ele- ctrotechnicas. —Voltametro de Cardew.
mentares de telegraphia, as seguintes: Rheostatos e caixas de resistencia.
Chimica. Cautchuc, ebonite, guta-percha — proprieda- Condensadores padrões.
des e preparação. Apparelhos accessorios para as medidas electricas.
Medidas das intensidades das correntes. — Ampere-me-
2 , Telegraphia tros — descrição e graduação.
Alem das materias incluidas sobre esta epigraphe no Medidas das quantidades de electricidade. — Galvano-
n.° 2 do programma para os concursos de segundos as- metros balisticos.
pirantes, as seguintes : Medidas das capacidades electricas. — Methodo de Thom-
Galvanometros, especialmente os usados nas medidas son.
telegraphicas. Medidas de forças electromotrizes e das diíferenças de
Processos geraes de medidas de resistencias electricas, p o t e n c i a l . — E m p r e g o dos e l e c t r o m e t r o s . — M e t h o d o d e
forças electromotrizes e capacidades. igual resistencia.-—Methodo de P o g g e n d o r í f . • — E m p r e g o
Transmissão duplex e diplex. do galvanometro balistico.—Volt-metros.
Transmissão multipla. Medidas de r e s i s t e n c i a . — M e t h o d o s de substituição e
comparação, pontos cle Wheatstone e de Thomson. — Ohm-
5 . Serviço telegrapho-postal e redacção metros.
Medidas de resistencias interiores das pilhas. — Metho-
Redacção de uma carta ou officio sobre assunto de dos do semi-desvio, d e Mance, de Munro e da ponte de
serviço. Kohlrausch.
Tabella para a classificação tlas provas Medidas de energia e l e c t r i c a . — W a t t - m e t r o s .

Duracao Minimo 2.° Telegraphia


Designaçiio das materias de
de cada ponto das importancia para a
relativa approvação a) Liulias electricas
Conductores empregados. — R e g r a de Thomson. — A q u e -
1 —• Physica e chimica. 3 cimento dos conductores.—-Linhas electricas para corren-
2 •— Telegraphia 3 horas 5 90
3 — Serviço tes continuas ou d e s c o n t i n u a s . — I n f i u e n c i a d a fórma dos
conductores.
Estudo especial dos conductores sob o ponto de vista da
sua resistencia mecanica. — Uso dos differentes conducto-
T A B E L L A N.° 4 res. — Ligações.
0S Apoios das linhas a e r e a s . — A p o i o s usados nas linhas te-
Concursos para os l o g a r e s de 2 . officiaes do quadro legraphicas. — Processos de conservação dos apoios de ma-
telegrapho-postal deira.
Estudo dos d i e l e c t r i c o s . — I s o l a d o r e s empregados nas
Programma, linhas aereas, suas differentes formas, vantagens e incon-
1.° Electvieidade venientes.
Cabos subterraneos, subfluviaes e s u b m a r i n o s . — S u a s
Principios geraes formas.
Construcção das linhas telegraphicas a e r e a s . — E s c o l h a
S y s t e m a de unidades a b s o l u t a s . — U n i d a d e s fundamen-
do traçado, condições de estabelecimento, redacção dos
taes do systema C. G-. S . — Unidades mecanicas e physi-
projectos e execução dos trabalhos. — Construcção especial
cas derivadas. — Equações das dimensões das unidades
das linhas telephonicas.
derivadas.
Construcção das linhas subterraneas.
Phenomenos e l e c t r i c o s . — L e i s de Coulomb.-—-Unidade
Escolha clo traçado das linhas s u b m a r i n a s . — L a n ç a -
electrostatica de electricidade. — Oampo electrico.—-For-
mento dos cabos submarinos.
ças electricas e linhas de força.—-Potencial.—Trabalho
electrico. — Superficies equipotenciaes.
Corrente electrica.—-Lei de Ohm.-—Força electro-mo- b) Apparelhos
t n z . — Resistencia e conductibilidade electricas, — L e i s de Indicação dos principaes systemas de telegraphia opti-
Faraday e de Joule. ca. —Telegraphia pneumatica, apparelhos e processos em-
C a p a c i d a d e electrica. —- C a p a c i d a d e i n d u c t i v a . pregados.
Junlio 28 508 1902

Telegraphia electrica. — Systemas de transmissão du- I I . — Electrotechnia


plex, diplex c midtipla.—'Transmissão a u t o m a t i c a . —
Telegraphos harmonicos, principios em que se fundam — Illuminação electrica
Telegraphos autographicos, principios em que se fundam.
Apparelhos usados na telegraphia submarina. Regulaclores de arco v o l t a i c o . — E s t u d o do arco vol-
Velocidade de transmissão dos differentes systemas te- taico.— Fabrico e disposição clos c a r v o e s . — Reguladores
legraphicos. em serie e em derivação; reguladores differenciaes. —
Estudo da transmissão clos signaes e dos phenornenos Estudo dos principaes typos de reguladores.
que a acompanham nas linhas telegraphicas aereas, sub- Lampadas cle incandescencia no v a c u o . — Construcção e
terraneas ou submarinas. descrição dos principaes typos.
Perturbação nas linhas telegraphicas. Velas electricas.
Ensaios nas linhas t e l e g r a p h i c a s . — M e d i d a s especiaes Incandescencia ao ar livre.
nos cabos submarinos.— Conhecimento e localização das Installação das lampaclas e reguladores.—Accessorios
avarias. empregados.— Rendimento, custo e vantagens da luz elec-
Disposição clas redes telegraphicas. trica.
Principios de construcção dos telephones e micropho- Transmissão electi - ica cla força
n e s . — T e l e p h o n e B e l l . — T e l e p h o n e s com pilha, descrição
o installação. — Distancia maxima cla transmissão. Theoria do transporte directo da força pela electricida-
Installação clas estações centraes das redes telephonicas d e . — E x p e r i e n c i a s feitas, resultados obtidos, applicações.
e disposições clestas.
Telegraphia e telephonia simultaneas.— Systema Rys- Traccão electrica
selberghe.—• Experiencias e applicações feitas em diffe-
rentes paises. Systemas cle traccão electrica com gerador fixo ou por
Telegraphia sem fios.— Ideia geral clo systema. accumuladores. Emprego dos conductores aereos e sub-
terraneos.
Tabella para a classificação das provas Tabella para a classificação das provas

Coefficientes Coefficientes
Designação das materias Durnção de Jíinirao Duração Minimo
das para a Designação das materias de
do cada ponto importancia de cada ponto das importancia para a
relativa approvação provas approvação
relativa

1 — Electricidade principios ge- 1 2


raes 2 6 horas 3 50
2 — Eleetrieidarle -instrumentosl
e processos de medidas.... 4 horas 140
3 •— Linhas electricas
4— Apparelhos telegraphicos
T A B E L L A N.° 6

P r o g r a m m a do exame previo para a d m i s s ã o a o s l o g a r e s


T A B E L L A N.° 5 dc official do quadro t e l e g r a p h o - p o s t a l
Concursos para os l o g a r e s d c ' 4 . 0 8 officiaes do quadro
telegrapho-postal I. •— Mathematica

Progi-amma a) — Aritlimetica

I — Electricidade Numeros inteiros

Dynamos Numeração falada e escrita.


Operações fundamentaes.
L e i s cla magnetização e das acções magneticas e electro Complementos arithmeticos.
magneticas.—Theoria cla inducção. Potencias e raizes, suas definições e modos de as repre-
Theoria das dynamos.— Orgãos das dynamos. sentar.
Excitação das machinas.— Combinação dos differentes Theoremas relativos âs operações fundamentaes e regras
modos cle excitação. que cVelles resultam.
Formas dos systemas inductores e induzidos. Divisibilidade, theoremas relativos e regras praticas que
Machinas de correntes contkiuas. — Descrição clos sys- d'estes resultam.
temas mais usados.—• Caracteristicas.— Rendimentos das Provas das operações arithmeticas, reaes e por divi-
machinas e seus ensaios. sores.
Machinas cle correntes alternadas. — Particularidades Numeros primos, suas propriedades e applicações.
d'estas machinas.— Medida clo trabalho produzido. Maximo divisor commum e menor multiplo commum,
modos de os calcular, suas propriedades e applicações.
Eleetromotores
Rcversibilidadc das dynamos. —Variação do trabalho re- Numeros fraccionarios
colhido.—Eleetromotores cle correntes continuas.— Regu-
larização cle velocidade.— Eleetromotores de correntes al- Numeração e propriedades geraes.
ternadas. Simplificação e reducção ao mesmo denomiuador.
Construcção dos eleetromotores.— Descrição dos typos Operações lunclamentaes.
mais usados. Numeros decimaes, sua numeração e propriedades.
Transforniadorcs Operações fundamentaes clos numeros decimaes.
Tranformação dos numeros decimaes em fracções or-
Descrição dos systemas de transformadores mais usa- dinarias e vice-versa.
d o s . — Rendimento cVestes apparelhos. Dizima periodica.
1902 509 Junho 28

Numeros ineommensuraveis Medição dos arcos de circunferencia e sua expressão


numerica. Transferidor.
Proposições relativas aos quadrados dos numeros. Definição, comparação e construcção dos angulos recti-
Extracção da raiz quadrada. lineos. U s o do transferidor.
Raiz quadrada com uma dada approximação. Angulos verticalmente oppostos e adjacentes; proprie-
Proposições relativas aos cubos dos numeros. dades de uns e outros.
Extracção da raiz cubica. Perpendiculares e obliquas; definicões, propriedades e
Raiz cubica com uma dada approximação. modos de as traçar.
Parallelas, definição, propriedades e traçado d'estas li-
Comparação dos numeros nhas.
Posição da linha recta em relação á circunferencia, cor-
Razões e proporções arithmeticas e geometricas e theo-
das, tangentes e sec.antes; propriedades e traçado d'estas
remas que Ihes são relativos.
linhas.
Progressões arithmeticas e geometricas e theoremas res-
Posições relativas de duâs circunferencias, caracteres
pectivos.
que as distinguem.
Logarithmos e suas propriedades geraes.
Angulos rectilineos considerados na differente posição
Logarithmos vulgares, suas propriedades e uso das tá-
que podem ter com respeito á circunferencia de um cir-
buas. culo ; medida d'estes angulos.
Applicações aritlimeticas
Liiihns proporcionaes
Systema metrico e suas applicações.
Numeros complexos e suas transformações. Definições e principios fundamentaes.
Operações fundamentaes sobre numeros complexos. Escalas e sua construcção graphica.
Grandezas proporcionaes, deíinições e propriedades.
1'olygonos
Regra de tres simples e composta.
Regra de proporção e de companhia. Propriedades dos triangulos, theoria da sua igualdade e
Regra de juros simples e de descontos. modos de os traçar.
Fundos publicos, resolução de diversos problemas con- Propriedades dos quadrilateros e das suas differentes
cernentes. especies, condições de igualdade e traçado d'estas figuras.
Regra conjunta e de cambio. Propriedades dos polygonos convexos, seus caracteres
Regra de falsa posição. de igualdade de processos de construcção.
Juros compostos.
Sejiielliança das fig-urns
b) — Algebra
Caracteres e propriedades das figuras rectilineas seme-
Noções e operações algebricas lhantes e seu traçado.
Linhas proporcionaes consideradas no circulo.
Noções preliminares.
Operações fundamentaes sobre as expressões algebricas rolygonos inscritos e circuuscritos
inteiras; regra dos signaes. Triangulos e quadrilateros.
Transformação das fracções algebricas. Polygonos convexos em geral.
Operações fundamentaes sobre as fracções algebricas. Rectificação da circunferencia e dos seus arcos.
Expoentes- negativos.
SccçBcs conicas
Equação do 1.° grau Propriedades e construcção da elipse, da hypei'bole, da
Propriedades geraes das equações. parabola e das suas tangentes e normaes.
Resolução das equações do 1.° grau a uma incognita.
Areas
Equações simultaneas e principios em que se funda a Areas dos polygonos.
sua resolução. Areas das figuras curvilineas.
Resolução das equações simultaneas do 1.° grau. Regra de Sympson.
Interpretação e uso das quantidades negativas. Comparação das areas.

Equação do 2.° grau a uma incognita Geometria no espaço


Quadrado e raiz quadrada de monomios e polynomios. Kcctns c planos no espaço
Calculo dos radicaes do 2.° grau. Linhas rectas consideradas nas differentes posições en-
Resolução das equações do 2." grau a uma incognita. tre si e a respeito dos plantfs.
Discuasão da equação geral do 2.° grau a uma incognita Planos considerados nas differentes posições r e l a t i v a s ;
e sua composição. angulos diedros.
Equações irracionaes e biquadradas que se reduzem ao
Angulos polyedros, angulos triedros em particular e sua
1.° ou 2.° grau.
igualdade.
Potencias e raizes Polyedros convexos, caracteres de igualdade e seme-
Potencias e raizes inteiras das quantidades literarias. lhanca, polyedros regulares.
Formula do binomio para expoente inteiro e positivo. Superflcies curvas

c) — (Jeometria Descrição e propriedades das superficies conica, cylin-


drica e espherica.
Geometria plana Corpos terminados por estas superficies.
SoçJes geraes sobre « linha rocla e a circunfcrnnoln
Areas dos corpos
Definição, comparação e traçado das linhas rectas. Areas dos polyedros.
Definição da circunferencia de circulo, seu traçado e A r e a s dos corpos terminados por superficies curvas.
divisão. Comparação das areas dos corpos semelhantes.
Junho 28 510 1902

Tolnmes c) Theoremas relativos aos systemas de pontos materiaes


Voluraes clos polyedros.
Volumes dos corpos terminados por superficies curvas. Systemas de pontos materiaes.
Comparação dos volumes dos corpos semelhantes. Systemas physicos, systemas geometricos.
Composição e reducção, de um systema qualquer de for-
Trigonometria plana ças applicadas a um systema geometrico, ao menor numero.
Equilibrio das forças parallelas.
I. Linhas e relações trigonometricas: Momentos das forças parallelas.
a) Linhas trigonometricas; Graviclade, centro de gravidade, sua determinação.—
b) Signaes das linhas trigonometricas; Equilibrio dos graves.
c) Relações trigonometricas;
d) Relações entre as linhas trigonometricas e arcos III — Ph y s i c a
clo circulo.
a) P h y s i c a experimental
II. Formulas trigonometricas:
a) Seno e coseno do arco duplo; Objecto da physica. —Materia e movimento. —Forças.—•
b) Tangente da somma e da differença de dois ar- Principaes movimentos. — Força centrifuga.
cos ; Extensão; nonio. —Impenetrabilidade. — Divisibilida-
c) Tangente do arco duplo e outras formulas de uso de. — Porosidade ; filtros. — Compressibilidade. —Elasti-
vulgar. cidade; molas.
III. Tábuas trigonometricas: Gravidade. — Centros de gravidade. — Equilibrio e mo-
a) Construcção das tábuas ; vimento dos corpos pesados. — Balanças.—Pendulo sim-
b) Disposições das tábuas de Callet e de Dupuis; ples e composto. — Pendulo conico.—Relogios.
c) Uso clas tábuas. Estados geraes dos corpos. — Forças moleculares.
IV. Formulas calculaveis por logarithmos. Propriedades dos corpos no estado.solido.
V. Resolução de triangulos. Propriedades dos corpos no estado liquido.'—'Equilibrio
dos liquidos. — Solidos mergulhados em liquidos. — Corpos
II — Mecanica flutuantes, equilibrio e estabilidade. — Phenomenos capil-
lares.
a) Generalidades
Propriedades e equilibrio dos corpos no estado gazoso.
Movimento.— Espaço, tempo, trajectoria. Atmosphera. — Medida da pressão atmospherica; baro-
Movimento uniforme, velocidade. metros. — Aerostação. — Movimentos na atmosphera. —
Movimento variado, velocidade.— Movimento uniforme- Misturas de liquidos e gazes. — Medida da tensão dos ga-
mente accelerado; acceleração, zes; manometros.
Unidades de comprimento e cle tempo. Niveis.
Força, unidade de força. Machinas pneumaticas e de compressão.
Forças constantes, forças variaveis. Movimento de liquidos por orificios, tubos ou canaes.
Direeção da força e seu ponto de applicação. Fontes e repuxos. •— Bombas de elevar agua.
Massa, proporcionalidade clas massas ás forças constan- Distribuição das aguas.
tes, que lhes communicam as mesmas velocidades no fim Hydrometros. — Pennas e aneis.
do mesmo tempo. Movimento de gazes, por orificios e tubos. — Regulado-
Homogeneidade e heterogeneidade.— Densidade. res de pressão. — Anemometros.
Unidades cle volume e de massa. Acustica. — Producção dos sons.—Propagação e refle-
Expressão numerica da massa dos corpos. xão. — Echo. — Altura. — Timbre. — Analyse e synthese
Axiomas relativos ás forças da mesma direeção.— Igual- dos sons.—Medida do numero de vibrações.
dade entre o esforço e a resistencia. Calor.—Movimento calorifico, seus effeitos.—-Equiva-
Leis da inercia, da reacção e cla independencia dos mo- lente mecanico do calor.
vimentos. Temperaturas.—Thermometros e pyrometros. — Zero
Representação das quantidades consideradas em meca- absoluto cle temperatura. — Climas.
nica. Propagação do calor.—Reflexão.—Refracção.—Absorp-
b) Theoremas relativos ao ponto material ção. — Passagem do calor através dos corpos. — Conduc-
tibilidacle calorifica. — Calor especifico.—Calor atomico.—•
Consequencia da independencia dos movimentos. Calorimetria.
Composição e decomposição clos movimentos relativos. Dilatações dos corpos.—Vento.—-Anemometros e ane-
Coinposição e decomposição das velocidades. mographos.
Parallelogrammo das forças. Mudancas de estado. — Fusão. — Solidificação.—Disso-
Composição e decomposiçãC de qualquer numero de for- lução. —Vaporização. — Ebullição. —Evaporação. — Subli-
ças constantes.— Caso de uma velocidade inicial; extensão mação.—Liquefação.—Propriedades dos vapores.—Ily-
ás forças variaveis. grometros. —Meteoros aquosos — Udometros. •—Estaclo es-
Equilibrio de forças concorrentes. pheroidal; calefação.
Quantidade de movimento, impulsão. Fontes de calor.—Combustões. — Explosões.—Fontes
Equação da força viva. de frio.
Dcfinicão do trabalho mecanico; sua igualdade á força Trabalho produzido pelo calor nos corpos.
viva. Optica. — Movimento luminoso.—Radiações calorificas,
Caso em quc o rnovel está animado de uma velocidade luminosas e chimicas.
do mesmo sentido que a força.—Generalizaçao. Propagação da luz; sombras. — Intcnsidade da luz.—•
Lci do movimento variado qualquer; velocidade media; Photometros.
velocidade em um instante qualquer dado. Refiex ao da luz. —Espelhos planos. —Espelhos conca-
Movimento periodico. —Movimento de rotação uniforme, vos esphericos e parabolicos. —Espelhos esphcricos conve-
velocidade angular. xos. — Espelhos cylindricos e conicos.
Trabalho das forças angulares. Refracção simples cla luz.—Reflexão total.—Refracção
Momentos clas forças angulares — em relação a um atmospherica. — Prismas. — Lentes convergentes c diver-
ponto — em relação a um eixo. gentes. — Lentes polvzonaes.
Í902 511 Junho 28

Decomposição da luz.—Espectro solar.—Espectros das ferro.— Locomotivas de estrada.—Machinas maritimas.—


luzes artificiaes. — Côres dos corpos. — Arco iris. — R e c o m - Propulsores.— Principaes typos de machinas.— Expansão
posição da l u z . — A c h r o m a t i s m o . — V i s a o . — M y o p i a e pres- e condensação do vapor.—Trabalho das machinas de va-
b i t i s m o . — I l l u s õ e s opticas. por.— Machinas de gaz. - Machinas de ar quente.
Noções sobre refracção dupla, interferencia, difracção Applicações de optica.
Illuminação artificial pela eombustão de solidos, liquidos
e polarização.
e gazes. — Velas, lampadas, candieiros.— L u z do magne-
Electricidade.—Movimento electrico.—Electricidade es-
sio.—-Luz D r u m m o n d . — L u z electrica.— Photometros.—
tatica. — Principaes p i l h a s . — E f f e i t o s das correntes ele-
Contadores de gaz.
ctricas.—Pilhas secundarias ou accumuladores.—Proprie-
Instrumentos de optica. — Microscopios.— Espectrosco-
dades geraes das correntes. — D e r i v a ç õ e s . — R e s i s t e n c i a s pios. — Lunetas astronomicas e terrestres. — Oculos de
dos circuitos. theatro. — Kaleidoscopo. — Telescopios. — Camara escu-
Acção da terra nas communicações electricas.'—Formu- ra. — Camara lucida. — Microscopio solar e electrico.—•
las das pilhas. Lantema magica.— Phantasmagoria.—Polyorama.—Pho-
Magnetismo.—Propriedades g e r a e s . — A c ç ã o da terra so- tographia.
bre os imans. — Processos de magnetização. — Diamagne-
tismo. : IV. — Electrotechnia
Electro-magnetismo.—Acção entre as correntes e os ma- I
gnetes.
Electridade estatica. — Machinas electricas. Principios geraes
Inducção. — Condensadores.—Effeitos da electricidade
S y s t e m a de unidades absolutas. — Unidades fundamen-
estatica.
taes do systema C. G-. S . — Unidades mecanicas e unida-
Electricidade atmospheriea. — T r o v o a d a s . —Pára-raios. des physicas derivadas.— Equações das dimensões das uni-
Inducção v o l t a i c a . — A p p a r e l h o s de inducção voltaica; dades derivadas.
seus effeitos. Phenomenos electricos. — L e i de Coulomb.— Unidade
b) P h y s i c a industrial
electrostatica de electricidade.— Campo electrico.— Forças
Composiçao de forças e movimentos. — Medida das for- electricas e linhas de força. — Potencial. — Trabalho ele-
ças ; dynamometros.—Trabalho das forças.—Força v i v a . — ctrico.—• Superficies equipotenciaes.
Energia. Corrente electrica.— L e i de O h m . — Força electro-mo-
Machinas.—Noções geraes.—Machinas simples.—Prin- triz.— Resistencia e conductibilidade electricas.— L e i s de
cipaes mecanismos empregados para a execução dos mo- Faraday e de Joule.
vimentos.—Reguladores. — Trabalho das machinas.—Ef- Capacidade electrica.— Capacidade inductiva.
feito u t i l . — P r i n c i p a e s motores. Phenomenos magneticos e electro-magneticos. — Intensi-
Instrumcntos de medida. — B a l a n ç a s . Nonio. Cathe- dade magnetica de um polo.- Lei dc Coulomb.— Unidade
tometro. — P a r a f u s o micrometrico. — Compasso de espessu- absoluta de polo. — Campo m a g n e t i c o . — F o r ç a magnetica.
ra. —Espherometro. — Podometro. Linhas de força m a g n e t i c a . — Potencial magnetico.
Unidades absolutas, de velocidade, tempo, acceleração, Unidades e l e c t r i c a s . — U n i d a d e s absolutas electro-ma-
massa, força e trabalho; dimensões e expressão d'estas uni- gneticas e electro-estaticas.— Unidades praticas.
dades.
Corpos flutuantes. • — N a t a ç ã o . — D e t e r m i n a ç ã o dos pe- II
sos especificos.— Areometros. Instnimentos e processos de medidas electricas
Barometros e manometros, seu uso —• Applicações da
pressão atmospheriea. Galvanometros.— Galvanometros de senos e de tangen-
Applicações do vacuo e dos gazes comprimidos. t e s . — Determinação das constantes.— Medidas absolutas e
Movimento de liquidos.— Correntes de agua.— Poços.— relativas. — Methodos de leitura.—• Meios de augmentar a
F o n t e s . — R e p u x o s . — Contadores de agua.—Machinas hy- sensibilidade dos galvanometros.—Medidas das correntes
dro-pneumaticas.— Folle hydraulico.— Motores hydrauli- intensas (shunts). — Galvanometros aperiodicos. — Galva-
c o s . — Quedas de agua, açudes, comportas e desaguadou- nometros differenciaes.
ros. Electro-dynamometros.—Descrição e uso dos typos mais
Machinas de elevar a g u a . — B o m b a s . — N o r a s . — Estan- usados.
ca-rios.—Parafuso de Archimedes.— Rodas de copos e de Voltametros.—Principios em que se fundam.
tympano.— Carneiro hydraulico. Calorimetros.— Descrição e emprego nas medidas elec-
Movimento de g a z e s . — A n e m o m e t r o s . — Gazometros.— trotechnicas.—Volt-metro de Cardew.
Emprego dos gazes como motores. Electrometros. — Descrição e uso clo electrometro cle
Escala musical. — Instrumentos m u s i c o s . — Phonogra- quadrantes dc Thomson e dos de Mascart e Lippmann.
pho. Rheostatos e caixas de rèsistencia.
Condições de sonoridade dos edificios. Condensadores padrões.
Applicações industriaes do calor. Apparelhos accessorios para as medidas electricas. D y -
Thermometros e pyrometros. namometros de absorpção e de transmissão.
Apparelhos para a producção do c a l o r . — F o r n o s e for- Medidas das intensidades das correntes. — Ampòre-me-
nalbas. — Chaminés. — Apparelhos fumivoros. — Combus- tros — descrição e graduação.
tiveis industriaes. — Poderes calorificos. — L a m p a d a s . — Medidas das quantidades cle electricidade. — Galvano-
Eolypilos.— Maçaricos. metros balisticos.
Aquecimento das habitações.—Braseiros.—• Chaminés.— Medidas das capacidades electricas.—Methodo de Thom-
Fogões exteriores e interiores ou poales.— Caloriferos de s o n . — Meclidas das capacidades dos cabos.
ar quente, agua e vapor. Medidas cle forças electromotrizes e das differenças cle
Ventilação das habitações.— Ventilação por aspiração e p o t e n c i a l . — Emprego clos electrometros. — Methodo de
insuffiação, natural ou invertida. — Ventilação de casas, igual resistencia. — Methodo de Poggendorff. — E m p r e g o
theatros, hospitaes, minas, navios, etc. clo galvanometro balistieo.—Volt-metros.
Producção artifíciaí do frio. Medidas de resistencia. — Methodos de substituição e
Machinas de vapor.— Geradores ou caldeiras.— Machi- comparação, pontes de Wbeatstone e de Thomson.
nas fixas.— Locomoveis. — Locomotivas. — Caminhos de Ohm-metros.
Junho 28 512 1902

Medidas de resisteneias interiores das pilhas.—Metho- V


dos do semi-desvio, de Manee, de Munro e da ponte de
Ivolilrausch. Telegraphia, telephonia e applicações da electricidade
aos caminhos de ferro
Medidas de energia electrica. — Watt-rnetros.
Indicação dos principaes systemas de telegraphia opti-
c a . — Telegraphia pneumatica, apparelhos e processos em-
III
pregados.
1.—Pilhas Telegraphia electrica.— Classificação dos a p p a r e l h o s . - -
Descrição e uso dos apparelhos e systemas telegraphicos
Eleetrolyse.-—Polarizaç.ão.—• Estudo das pilhas mais mais vulgares, especialmente dos de Breguet, Morse (es-
usadas; reaeçÕes chimicas que nellas se dão; manipulaçíio crevente e sounder), e Hughes. — Systemas de transmis-
das pilhas.-—-Rendimento e custo do trabalho das pilhas.— são duplex, diplex e multipla. — Transmissão automati-
Pilhas de gazes. ca.-—Descrição e uso dos apparelhos Meyer, Baudot e
Accumuladores.— Estudo dos typos mais u s a d o s . — R e - Wheatstone.—Telegraphos harmonieos.—Telegraphos au-
acçoes chimicas que nelles se passam.— Condições da for- tographicos.
mação, carga e descarga dos accumuladores.— Capacidade Apparelhos e systemas usados na telegraphia subma-
e rendimento. rina.
Pilhas t h e r m i c a s . — E s t u d o summario dos typos mais Velocidade de transmissão dos differentes systemas te-
vulgares. legraphicos.
-Dynamos Accessorios das installações t e l e g r a p h i c a s . — R e l a i s e
traslactores. — D e s p e r t a d o r e s . — Commutadores. — Pára-
Leis da magnetização e das acções magneticas e elec- raios.
tro-magneticas. — Theoria da inducção. Installação das estações telegraphicas com apparelhos
Theoria das machinas d y n a m o s . — Orgãos das dynamos. de Morse.— Differentes systemas usados, vantagens e in-
Excitação das machinas.—Combinação clos differentes convenientes de cada um. — Installação clos apparelhos dos
modos do excitação. outros systemas indicados.— Installação das estações dos
Formas clos systemas inductores e induzidos. cabos submarinos.
Machinas de correntes continuas.— Descrição dos sys- Estudo da transmissão dos signaes e dos phenomenos
temas mais usados.— Caraeteristicas.—Rendimentos das que a acompanham nas linhas telegraphicas aereas, sub-
machinas e seu ensaio. terraneas ou submarinas.
Machinas de correntes alternadas (alternadores). — Perturbação nas linhas telegraphicas.
Particularidades d'estas machinas.— Medida do trabalho Ensaios nas linhas t e l e g r a p h i c a s . — M e d i d a s especiaes
produzido. nos cabos s u b m a r i n o s . — C o n h e c i m e n t o e localização das
3.— Eleetromotores avarias.
Disposição das redes telegraphicas.
Reversibilidade das dynamos.—Variação do trabalho Noções geraes acêrca cle telephones e microphones.—
recolliido.— Eleetromotores de excitação independente ou Telephone Bell. — Telephones com pillia, descrição e ins-
derivada.— Reffularizacão
O 9
da velocidade.—Alterno-moto- tallação.— Distancia maxima da transmissão.
res. Telephones mecanicos.
Construcção dos eleetromotores. — Descrição dos typos Installação das estações centraes das redes telephonicas
mais usados. e disposições d'estas.
4.— Transformadores Telegraphia e telephonia s i m u l t a n e a s . — S y s t e m a Rys-
selberghe. — Experiencias e applicações feitas em differen-
Descrição dos systemas de transformadores mais usa- tes paises.
dos.— Rendimento d'estes apparelhos. Transmissão electrica da hora.— Relogios electricos.
Applicação da electricidade aos caminhos de ferro.—
Noções sobre os apparelhos mais usados.
IV

Linhas electricas Tabella para a classificação das provas


Conductores empregados.— R e g r a d e T h o m s o n . — Aque-
Coefficientes
cimento clos conductores. — Linhas electricas para corren- Designação das materias Duraçlío de Minimo
de cada ponto das para a
importancia approvação
tes continuas ou dcscontinuas. — Influencia cla fórma dos provas relntiva
conductores.—Estudo especial dos conductores sob o ponto
de vista da sua resistencia m e c a n i c a . — U s o clos differen-
1 —Mathematica
tes conductores.— Ligações. c2 — M
, r ecanica )
oo nhoras
„ „,
Apoios das linhas aereas. — Apoios usados nas linhas 90
3 — Physica 4 h
telegraphicas.— Processos de conservação dos apoios do i — Electrotechnia
madeira.
Oalculo da resistencia ao isolamento de uma linha ele-
ctrica.— Estudo dos dielectricos.—Isoladores empregados
nas linhas aereas, suas differentes formas, vantagens e in- T A B E L L A N.° 7
convcnientes.
Cabos subterraneos, subfluviaes e submarinos.'—Suas Coucurso para os logares de fieis dos serviços t e l e g r a p h o - p o s t a e s
formas e diinensões. do districto
Construcção das linhas telegraphicas a e r e a s . — Escolha
do traçado, condições clc estabelecimento, redacção dos Programma
projectos c execução dos trabalhos.—Construcção espe-
cial clas linhas telephonicas. í . Geoijrapliia
Construcção das linhas subterraneas. As materias que constituem os programmas de ensino
Escolha do traçado das linhas subinarinas. — Lança- d'esta disciplina nas quatro primeiras classes do curso dos
mento dos cabos submarinos. lyceus.
1902 513 Junho 28

2 . Arithmetica 4 . Lingua francesa

U m problema de regra de tres simples ou composta, re- Versão para francês de um trecho das Leituras Portu-
a
gra de proporção e companhia, regra d e juros simples e guezas adoptadas para a 5. classe clo curso clos lyceus.
descontos, fundos publicos, regra conjunta e de cambio, 5 . Lingua inglesa
regra de falsa posição, juros compostos.
Tradução para inglês cle um trecho das Leituras Por-
5. Serviço telegrapho-postal. tuguezas adoptadas para a õ. a classe clo curso clos lyceus.

Disposições legaes relativas ao serviço de contabilidade Tabella para a classificação das provas
das despesas e receitas dos telegraphos e correios.
Disposições das leis geraes de contabilidade e de fazenda Coeflicientes
Designação flns materias Duração de Minimo
publica — applicações aos serviços telegrapho-postaes. (le cada ponto das importancia para a
provas relativa approvação
R e g u l a m e t o s e instrucções dos serviços telegrapho-pos-
taes, especialmente na parte que respeita aos fieis.
Taxação de telegrammas. 1 — Geographia
Principaes linhas de communicações postaes, internas e 2 — Mathematica
3 — Serviços telegrapho-postaes..} 5 horas 1G0
externas. 4 — Redacção cm francês
Ideia geral da rede telegraphica do país e do traçado 5 — Redaccão em inglês
das principaes communicações telegraphicas internacionaes.
Convenções telegraphicas da União Postal Universal e
outras especiaes. T A B E L L A N.° 9
4 . Lingua francesa
Versão para francês de um trecho das Leituras Portu-
C o n c u r s o s para l o g a r e s de a s p i r a n t e auxiliar do quadro
guesas adoptadas para a 5. a classe clo curso clos lyceus.
d o s correios de Lisboa e P o r t o
Programma
.Tabella para a classiíieação clas provas
í. Geographia
Coeflicientes
Designação das materias Dn raçao flc Minimo
de cada ponto dns importancia para a A s materias que constituem os programmas de ensino
provat» relativa approvação cPesta disciplina nas quatro primeiras classes do curso dos
lyceus.
1 — Geographia o 2. Telegraphia
8 130 As materias que constituem o programma cle ensino da
4 horas
3 —• Serviço telegrapho-postal. . .
3. a disciplina das escolas praticas elementares de telegra-
4 — Lingua francesa í phia.
5. Lingua írancesa ou inglesa
T A B E L L A N.° 8 Versão para franccs ou inglês de um trecho de autor
moderno português escolhido nas Leituras Portuguezas
Concursos p a r a os l o g a r e s de fieis (los serviços dos telegraphos adoptadas para a õ. a classe do curso clos lyceus.
das cidades de Lislioa e Porto
4. Serviço telegrapho-postal
Pro gi-amma
A s materias que constituem o programma da õ. a disci-
1. Geographia plina das escolas praticas elementares de telegraphia.
As materias que constituem os programmas de ensino 5. Redacção e calligraphia
d'esta disciplina nas seis primeiras classes clo curso dos
Serão apreciadas pelo conjunto das provas em relação
lyceus.
aos pontos 1 a 4 .
2 . Ruilimentos de mathematica
A s materias que constituem o programma da 2. a disci- Tabella para a classiíieação das provas
plina das escolas praticas elementares de telegraphia.
Cocílicíenfes
Desi^nnção das materias Duração dc Minima
de cada pouto das importancia para a
5 . Serviço telegrapho-postal provas approvação
relativa
Alem das materias que constituem o programma da
5. a disciplina das escolas praticas elementares de telegra- 1 — Geographia
phia : 2 — Telegraphia
Disposições legaes relativas ao serviço de contabilidade 3 — Lingua francesa ou inglesa..} 4 horas 140
4 —• Serviço telegrapho-postal. . . i
das despesas e receitas dos telegraphos e correios. 5 — Redacção e calligraphia . . .. ]
Disposições das leis geraes de contabilidade e cle fazenda
publica—-applicações aos serviços telegrapho-postaes.
Organização d'estcs serviços e dos de contabilidade.
L e i s geraes do país applicaveis aos serviços telegraphi- TABELLA N . ° 1 0
cos. C o n c u r s o s para os l o g a r e s de 2 . 0 5 a s p i r a n t e s do quadro
Convenções e regulamentos internacionaes sobre o ser- dos c o r r e i o s de Lisboa c Porto
viço telegraphico.
Tarificação e taxação de telegrammas. Prõgi-anima
Ideia geral dos traçados das grandes linhas de com-
municações telegraphicas. 1 — Arithmetica
Disposição cla rede telegraphica do país. _ A s materias que constituem o programma dc arithme-
Cabos telegraphicos que amarram nas costas de Portugal tiea cla 2. a disciplina das escolas praticas elementares cle
e suas colonias. telegraphia.
Junho 28 514 1902

2 — Geographia 2 — Communicações postaes

Alem das materias que constituem os programmas do Linhas de communicações existentes no país, estradas,
ensino d'esta disciplina nas quatro primeiras classes clo caminhos de ferro e yias fluviaes.
curso dos lyceus: Communicações postaes existentes no continente do reino
Geograpliia postal — principaes linhas de communica- e ilhas adjacentes.
ções postaes no país. Linhas de communicações maritimas.
Communicações postaes internacionaes.

5 — Serviço postal e redacção


5 — Serviço telegrapho-postal
Kedacção em lingua franeesa de uma carta ou officio
A s materias que constituem o programma de ensino da
citando as principaes disposições regulamentares relativas
5. a disciplina das escolas praticas elementares de telegra-
a um serviço postal.
phia.
Critica d'essas disposições.
Tabella para a classificação das provas
4 — L i n g u a ingtesa
Coefficientes Minimo
De^^iiação das materias DuraçSo de necessario
de uad.a prova das importancia para a Versão para inglês de um trecho do livro d e Leituras
provas relativa approvação Portuguesas adoptado para a 5 . a classe do curso dos ly-
ceus.
3 Tabella para a classificação das provas
L
2 Geographia 3 horas 4 i)0
— Serviço postal e redacção... 2 Coefficientes Minimo
Designação das materias Duração de necessario
de cada prova das importancia para a
provas relativa approvação

T A B E L L A N.° 1 1
1 — Geographia 1
os 2 — Communicações postaes tí horas 4
C o n n i r s o s para o s l o g a r e s de, l . a s p i r a n t e s do quadro 3 — Serviço postal 100
d o s c o r r e i o s dc Lisboa e P o r t o 4 —• Lingua inglesa l

Programma

I — Geographia T A B E L L A N.° 1 3

As materias incluidas sob esta epigrâphe no n.° 1 do Concurso para os l o g a r e s dc 1.° official e fieis do quadro
programma para os concursos de 2. 0S aspirantes cVeste dos correios de Lisboa e P o r t o
quadro e mais as seguintes :
Communicações no interior do pais e com as colonias; P r o g r a m 111 a
percurso das correspondencias de um ponto do pais para
outro ou do continente para um ponto das ilhas adjacen- 1 — Geograpliia
tes ou das colonias, As materias que constituem os programmas do ensino
Mareha que seguem as correspondencias por via de terra d'esta disciplina nas seis classes do curso clos lyceus.
ou clo mar para os diversos paises cla Europa. Linhas ma-
ritimas para a America do Norte, Central ou do Sul.
2 — Communicações postaes

2 — Serviço postal A l e m clas materias incluidas sob esta epigraphe no n.° 2


do programma para os concursos de 2. 0 S officiaes d'este
lledacção em lingua franeesa de uma carta sobre a s - quadro, o seguinte:
sunto de serviço. Principaes linhas de communicações terrestres, fluviaes
e maritimas existentes noutros paises.
Tabella para a classificação das provas Communicações postaes internacionaes.

Cocílicientes Minimo 5 — Serviço postal


Designação das materias Duraçno de necessario
do cada prova das importancia para a
provas relativa approvação Alem das materias incluidas sob esta epigraphe no n.° 3
clo programma de concurso de 2. 0 S officiaes d'este quadro,
í as seguintes:
3 horas 30
2 — Serviço 2 Regulamentos de correios vigentes nos principaes pai-
ses estrangeiros,
Critica das suas disposições em relação aos nacionaes.
T A B E L L A N.° 1 2
Tabella para a classificação das provas
Concursos para os logares de 2 . 0 S officiaes d o s c o r r e i o s
de Lisboa e Porto Designação das materias Duração
Coefticientos
de
Minimo
necessario
de cada prova das importancia para a
Pro gramm a relativa approvação

1 — Geographia 1 — Geographia
2 — Communicações postaes. 4 horas • 80
A s materias que constituem os programmas clo ensino 3 — Sevvieo
d'esta disciplina nas seis classes do curso dos lyceus.
lyc.e
1902 515 Junho 28

TABELLA N.° 14 ficada na despesa extraordinaria do exercicio de 1 9 0 1 -


1 9 0 2 , nos termos seguintes:
Tabella de valores attrihuiveis â s liabilitações scientificas e lite-
r a r i a s d o s c o n c o r r e n t e s a o s l o g a r e s d o s quadros telegrapho- Capitulo 3.° — Despesas das expedições a
postal e dos correios de Lisboa e P o r t o . Moçambique e a Macau 403:500^000
O Tribunal de Contas julgou este credito nos termos de
Habilitações literarias e scientificas Valores ser decretado.
Os Ministros e Secretarios de Estado dos Negocios da Fa-
zenda, e dos da Marinha e UItramar, assim o tenham en-
I — Cursos completos tendido e façam executar. Paço, em 28 de junho de 1 9 0 2 . =
' technico 200 R E I . = Fernando Mcittozo Santos = Antonio Teixeira de
Sousa.

Í
de sciencias mathematicas ou de
sciencias naturaes
80 a 100
50 a 80

40 a 50
D. do Cí. n.° 150, cle 9 de julho.

qualquer outro D i r e e ç ã o Geral do UItramar


2. Curso complementar de instrucção secundaria de
um lyceu central
3. Curso geral de instrucção secundaria em qualquer 30 a 40 2.a Repartição
lyceu do reino, antigo curso dos correios e tele-
graphos da Direccão Geral dos Correios, Tele- 2. a SecçBo
graphos e Pharoes 50 a 80
4. Curso cle eletrotechnia, de telegraphia de correios
e telegraphos dos institutos ou cle mestre de artes Tendo sido reconhecida a conveniencia de modificar e
physicas 20 a 40 remodelar a organização aduaneira da provincia de Cabo
5. Cursos especiaes do Instituto Industrial e Com- 15 a 20 Verde, em ordem a mellior garantir os interesses da Fa-
mercial de Lisboa ou do do Porto (com excepção zenda e a criar as possiveis facilidades ao trafego com-
dos já especificados)
6. Curso da Escola Iiodrigues Snmpaio mercial, estabelecendo uma distribuição de pessoal por
II —Habilitações diversas 2
Lingua portuguesa 4 uma fórma mais acommodada ás condições e circunstan-
Lingua francesa 6 cias que ali se dão;
Lingua inglesa 6 Tendo ouvido a j u n t a Consultiva do UItramar e o Con-
Lingua allemã 2 selho dc Ministros; e
Lingua latina 2
Desenho Usando da faculdade concedida ao Governo pelo § 1.°
4 a 8
Mathematica elementar 4 do artigo 15.° do Acto Addicional á Carta Constitucional
Geographia o da Monarchia, de 5 de julho de 1 8 5 2 :
Historia íb
Physica H e i por bem decretar o seguinte:
8 Artigo 1.° É approvada a organização do circulo adua-
Chimica 20
Electrotechnia 10 neiro da provincia de Cabo Verde, que baixa assignada
Mecanica elementar pelo Ministro e Secretario cle Estado dos Negocios da Ma-
rinha e UItramar.
Observações Art. 2.° F i c a revogada a legislação em contrario.
1." O candidato quc tiver mais de um curso completo seráelassi- O mesmo Ministro e Secretario cle Estado assim o te-
ficado só por um d'elles no grupo que Ihe fôr mais favoravel. nha entendido e faç.a executar. Paço, em 28 de junho de
Formar-se-ha, relativamente a cada uma das especies de cursos, 1902. = R E I . = Antonio Teixeira de Sousa.
uma serie dos candidatos a quem a classificação aproveitar ; aquelle
que tiver curso de mais alto valor scientifico ou literario, ou aquelle
que tiver mais de um curso, terá o valor maximo correspondente; o Organização do Circulo Aduaneiro de Cabo Verde
ultimo da serie terá o valor minimo, graduando-se os outros dentro
d'esses limites.
2." O valor das habilitações diversas só se detormina quando ellas Artigo 1.° O Circulo Aduaneiro de Cabo Verde com-
não constituem curso completo. prehende a alfandega cla Cidade da Praia, a da Ilha de S.
Paço, em 28 de junho de 1902. = Manuel Francisco de Vicente, as delegações das Ilhas de Santo Antão, S. Ni-
Vargas. colau, Sal, Boa Vista, Maio, F o g o e Brava, os postos fis-
I). ao O. 11." US. ("le 7 cle julho. caes cle despacho no Paul cla Ilha cle Santo Antão e na
Villa cle D . Maria II no Tarraful da Ilha de S . Tiago,
bem assim os postos fiscaes de vigilancia que o governa-
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA E dor da provincia, ouvidas as estações competentes, enten-
der conveniente e indispensavel estabelecer.
7. a Repartição da D i r e e ç ã o Geral § 1.° A s alfandcgas cla Praia e de S. Vicente teem com-
da Contabilidacle P u b l i c a petencia e attribuições para dar despacho de importação,
exportaç.ão, rcexportação, baldeação, reimportação c oa-
Na conformidade do disposto no n.° 2.° da alinea c).do botagcm. Dão tambem despachos de transferencia para
artigo 20.° da earta de lei de 14 dc maio ultimo, e em outras estações aduanciras do circulo, ás mercadorias cujo
harmonia com as prescrições contidas no § unico do ar- despacho seja permittido nessas estações fiscaes.
tigo 17.° da carta de lei cle 3 de setembro de 1897, man- § 2.° O governador da provincia consignará em regu-
dado vigorar no exercicio do 1 9 0 1 - 1 9 0 2 , pelo artigo 14.° lamento os preceitos necessarios para a execução clo es-
cla carta de lei de 12 de junho de 1 9 0 1 : hei por bem, tatuido no § 1.° preeedente, e, fixando as attribuições e
tendo ouvido o Conselho de Ministros, determinar que competencia cle despacho ás delegações e postos fiscaes de
seja aberto no Ministerio cla Fazenda, devidamente regis- despacho, designará as alfandegas, clas quaes essas dele-
tado na Direeção Geral da Contabilidade) Publica, a favor gações e postos serão dependentes.
do Ministerio da Marinha e UItramar, Direeção Geral do § 3.° Compete tambem ao governador, consoante as
UItramar, um credito especial cle 4 0 3 : 0 0 0 ^ 0 0 0 réis, para conveniencias clo serviço publico, mudar os postos de des-
satisfazer despesas dos corpos expedicionarios a Lourenço pacho em postos de vigilancia, augmentá-los ou suppri-
Marques e a Macau, liquidadas e pagas até fins de ja- midos.
neiro de 1902, devendo a mesma importancia ser elassi- Art. 2.° O quadro do pessoal do circulo aduaneiro dc
Junho 28 516
1902
Cabo Verde e respectivos vencimentos cle categoria é o corrcspondentes aos dos logares em quc vão transitoria-
designado na tabella n.* 1, e será distribuido pelas diver- mentc servir; o os vencimentos de exercicio serão os que
sas alfandegas conforme a tabella n.° 2, annexas ao pre- competirem a estes logares.
sente decreto. Art. õ.° As nomeações interinas tornar-se-hão definiti-
Art. 3.° O administrador do circulo acluaneivo de Cabo vas ou serão confirmadas pela mesma auctoridade a quem
Verde será nomeado pelo Governo da metropole, recaindo compete a nomeação interina, depois de um anno de exer-
a nomeação cm um dos chefes de serviço do quadro cla cicio effectivo no logar, mediante requerimento clo interes-
provincia, ou, nos termos clo decreto de 30 cle maio de sado e informações clas estações competentes favoraveis á
1896, em funccionario clo quadro interno das alfandegas confirmação. Essas informações serão acompanhadas das
da metropole, cle graduação não inferior a 3.° official ou notas dos assentamentos dos empregados.
3.° verificador, em commissão temporaria especial, ou ein Art. 6." A antiguidade para os funccionarios aduanei-
qualquer funccionario dos outros quadros aduaneiros ul- ros reguiar-se-ha pelas disposições clo artigo 16.° e seus
tramarinos cle graduação não inferior a primeiro official. paragraphos, do decreto de 25 cle outubro de 1899.
§ 1.° Os logares de chefes cle serviço serão provicios Art. 7." E condição essencial para ser promovido por
pelo Governo da metropole, por concurso documental, em antiguidade que o empregado esteja nas circunstancias
primeiro official do quadro, que tenha nomeação clefinitiva de desempenhar o logar a preenchcr e que não tenha
e reeonhecida idoneidade, attendendo-se ao conhecimento soffrido pena disciplinar superior a reprehensão nos ulti-
das linguas franeesa e ingiesa, em igualdade clc circuns- mos doze meses.
tancias. Art. B.° Os empregados aduaneiros são todos amovi-
veis, segundo as necessidades e conveniencias do serviço
§ 2." Os logares de l . o s officiaes serão providos em publico, exceptuando os thesoureiros das Alfandegas de
2."s officiaes clo quadro pelo Governo cla metropole, nos S. Vicente e da Praia. As transferencias serão feitas pelo
termos prescriptos no paragrapho precedente. governador da provincia, ouvido o administrador do cir-
§ 3.° Os logares cle thesoureiros das alfandegas da Praia culo.
e de S. Vicente serão providos ern concurso clocumental, § 1.° O administrador do circulo terá sede na Alfan-
aberto na metropole e na provincia e prestarâo caução nos dega da Praia ou na de S. Vicente, conforme fôr orde-
termos do artigo 174.° do regulamento de 3 de outubro nado pelo governador, em portaria; e a permanencia em
de. 1901. Os thesoureiros das alfandegas terão a graduação qualquer d'ellas, salvo caso extraordinario, será biennal.
clo terceiros officiaes. A alfandega a cuja testa não esteja collocado o adminis-
§ 4-.° Os logares cle 2.,1S e 3. 0S officiaes e de l . o s aspi- trador, será clirigida pelo chefe de serviço.
rantes do quadro aduaneiro serão providos pelo gover- § 2." Aos empregados que forem transferidos sem o
nador da provincia, metade por antiguidade e metade por pedirem serão abonadas as despesas clo transporte.
concurso documental, nos empregados já confirmados da Art. 9.° Os empregados do quadro aduaneiro dc Cabo
classe immediatamente inferior, tendo em vista a sua ido- Verde teem vencimento de categoria e de exercicio.
neidade profissional e o seu comportamento civil. Na hypo- § 1.° O vencimento de categoria é constituido pelo or-
these clo concurso, alem dos requisitos apontados, atten- denado.
der-se-ha ao conhecimento das linguas franeesa e ingiesa. § 2.° O vencimento de exercicio é constituido pela per-
§ 5.° Os logares de 2. 0S aspirantes serão providos, me centagem e emolumentos.
diante concurso documental, em individuos que provem § 3.° A percentagem, a que se refere o § 2.° antece-
estar habilitados, quanto possivel, com os exames cle fran- dente, é de 3 por cento, tiracla clo rendimento bruto,
cês, inglês, arithmetica e geographia, e apresentem certi- comprehendendo todas as receitas que se cobram nas al-
dões dc não terem culpa no registo criminal, .de estarem fandegas, tanto para o Estaclo como para o municipio.
quitcs com a Fazenda Publica, se serviram emprego cle Essa percentagem constituirá um bolo commum, que será
que lhes resultasse responsabilidade para com ella ; de te- distribuido mensalmente pelos empregados das alfande-
rem satisfeito as leis do recrutamento, se a ellas estiverem gas, suas delegações e postos fiscaes, guardas clo quadro
sujeitos; e de terem mais de quinze e menos de trinta inclusive, proporcionalmente aos vencimentos designados
annos de idade. na tabella n.° 1, tendo em vista o preceituaclo no § 4.°
seguinte.
§ G.° Quando para o preenchimento, por concurso, das
vagas consideradas no § 4.°, o governador da provincia § 4.° Para o effeito tSo somente da distribuição da per-
reconhccer quc não ha no quadro provincial eandidatos ido- centagem e emolumentos considerar-se-hão augmentados
neos, dará cVisso parte ao Governo da metropole, para que de 10 por cento os vencimentos annuaes de categoria,
oste mande abrir, perante a Direccão Geral do UItramar, designados na tabella n.° 1, dos empregados collocados
concurso documental para o qual se apresentem, com os na Alfandega de S. Vicente o na da cidade da Praia, e
candiclatos do quadro provincial, outros cle categoria paral- que constam das columnas 2. a e o. a vcrticaes da tabella
lela dos quadros aduaneiros cstranhos á provincia. n. 0 2.
§ 5.° A distribuição mensal dos emolumentos em cada
§ 7." Assim tambem, na hypothese clas vagas conside- uma das alfandegas far-se-ha, cleduzidas as despesas do
radas no § 5.°, quando o governador entender que não ha expediente e a contribuição industrial applicavel, pelos em-
na provincia pessoal habilitado, dará d'isso parte á Diree- pregados internos em serviço nesta alfandega e suas de-
ção Geral do UItramar, para quc se abra, perante esta, pendencias, proporcionalmente aos vencimentos de cate-
concurso documental. goria designados na tabella n.° 1, e tendo-se em vista o
Art. 4." As nomeações para os logares designados na ta- estatuido no § 4.° precedente.
bella n." 1, serão feitas immediatamente á publicação § 6.° Em cada uma das alfandegas haverá uma com-
d'este decreto e nos seus termos pelas auctoridades nelle missão incumbida de administrar o cofre dos emolumentos,
designadas, recaindo as nomeações em funccionarios do da qual fará parte o chefe como presidente e dois func-
quadro c.onliruiados, attendendo-se á sua categoria, ido- cionarios clo serviço interno, um dos quaes, eleito pela
neidade, capacidade physica e serviços. commissão, servirá de secretario. A commissão será appro-
§ unico. Os empregados quc, por excederem o novo qua- vada pelo governador.
dro, não aleançaroai collocação na respectiva categoria, g 7.° Os emolumentos dos guardas eremaclores constam
irão, emquanto isso se não possa fazer, occupar os logares cla tabella 3.'"1 que acompanha a pauta de 16 de abril de
cle categoria immediatamente inferior, sendo mantidos nos 1892, e distribuir-se-hão nos termos estabelecidos nos re-
actuaes vencimentos de categoria quando superiores aos gulamentos em vigor.
1902 517 Junho 28

§ S.° Os funccionarios a quc se refere o § 3.° cVesta Cabo Verde poderá ser estabelecida e éxecutada sem ex-
base, não podem receber mensalmente^ de percentagem pressa approvação do Governo da metropole.
mais do triplo do vencimento de categoria nem menos do Art. 21.° E obrigatoria a inscripção como socio do
que esse mesmo vencimento. Montepio Official cle todo o empregado do quadro adua-
a) Quando aconteça, porem, a percentagem não igualar neiro de Cabo Verde, que seja confirmado ou nomeado
ou perfazer o vencimento de categoria, o Estado, para co~ por decreto regio para logar cujo vencimento de catego-
brir o dejicÀt, não abonará subsidio superior a 4 : 5 0 0 $ 0 0 0 ria seja de 3 0 0 S 0 0 0 réis ou superior a 3 0 0 $ 0 0 0 réis.
réis annuaes, que é o maximo garantido; Art. 22.° Nenhum exame aos livros, registos e archi-
b) O que exceder da pertentagem sobre o triplo do ven- vo s das alfandegas ou estações aduaiíeiras poderá realizar-
cimento de categoria, constituirá receita da provincia. se, excepto nos casos de inspecção ou de syndicancia oííi-
Art. 10.° Os empregados do actual quadro que exce- cialmente ordenada, sem previa auctorização clo Governo
dam o novo, feita a distribuição recommendada no artigo da metropole.
4.°, ficarão addidos ao quadro, aguardando opportuna collo- Art. 23.° Os chefcs das repartições aduaneiras, quando
cação, conforme as suas habilitações, idoneidade, capacidade exerçam as funcções cle thesoureiros, são obrigados a
physica e informações, nas vacaturas que forem occorren- prestar caucão nos termos do § unico clo artigo 175.° do
do nas respectivas categorias ou correspondentes do qua- regulamento geral da fazenda c contabilidade publica, de
dro. 3 de outubro de 1901.
§ unico. Os empregados na situação de addidos servirão Paço, em 28 dc junho de 1902. = Antonio Teixeira de
nas alfandegas que o governador da provincia Ihes desi- Sousa.
gnar, entrando com o seu actual vencimento de categoria T a T t > e l l a u." 1
para a distribuição da percentagem e emolumentos, ou
poderão ser collocados, tendo competencia, em logares Numero Arcncimeiitos
parallelos de qualquer outra repartição provincial, compu- de Categorias dc Total
empre gíidos categoria
tando-se o seu vencimento annual, para a equiparação, no
dobro do actual vencimente de categoria.
Art. 11.° O encarte clos funccionarios aduaneiros faz-se 1 Administrador do circulo 600^000 G003000
2 Chefes de serviço 400 ,>000 800j>000
por uma lotação correspondente ao dobro dos respectivos 2 Primeiros officiaes 360 <5000 7 2'03 000
veneimentos de cateíroria.
O 5 Segundos officiaes 250 000 1:250(5000
Art. 12.° Aos funccionarios aduaneiros de categoria cle 5 Terceiros officiaes 200,3000 1:0005000
10 Primeiros aspirantes lGOóOOO 1:G00£000
chefe cle serviço é mantido o preccituado no artigo 16.° 132=5000 1:584^000
12 Segundos aspirantes
do decreto cle 22 cle agosto de 1892. 2 Thesoureiros 2406000 4805000
Art. 13.° A reforma dos funccionarios aduaneiros regu- 9 150Í000 300j5000
iar-se-ha pelos preceitos do artigo 28.° clo decreto de 25 12 Guardas cle 1." classe 8 4 5 0 0 0 1:008^000
de outubro de 1899. 3G Guardas de 2." classe tíO^OOO 2 : 1 6 0 ^ 0 0 0
Art. 14.° O administrador clo circulo é obrigado a ins- 89 11:402^000
peccionar de dois em dois annos todas as estações adua-
neiras do circulo, mediante auctorização do governador da Paço, em 28 de junho de 1902. = Antonio Teixeira de
provincia, a quem aprcsentará relatorio minucioso da ins- Sousa.
pecção. Perceberá por este serviço a ajuda cle custo diaria T a b e l l a , 11.0 S
de 2,5000 réis por setenta e cinco dias. A s inspecções ex-
traordinarias serão feitas pelo modo indicado no capitulo 6." Distribuido do iir.sso.il
clo decreto cle 25 de outubro cle 1899.
Art. 15.° São extensivas aos empregados do circulo
aduaneiro de Cabo Verde, na parte applicavel, todas as
disposições contidas nos capitulos 7.° e 8.° do decreto de
25 de outubro de 1899.
Art. 16." O regulamento a que sc refere 0 § 2.° do ar-
tigo 1.° será submettido á approvação do Govcrno, e alem
de determinar a competencia e attribuições das alfandegas, Administrador do circulo.. 1
Chefes de serviço 2
delegações e postos fiscaes, conterá preceitos modelados Pviraeiros officiaes 2
pelas disposições clo clecreto de 25 de outubro de 1899, 5
Segundos ofíiciaes
no que respeita ás attribuições c devcres especiaes dos em- Terceircs officiaes 5
pregados, á policia e vigilancia dos ancoradouros, aos de- Priineiros aspirantes lí 1 10
Segundos aspirantes 1 1 12
positos e armazens, aos despachautes, á fiscalização ex- Thesoureiros 2
terna e disposições diversas. Porteiros 2
Art. 17.° Emquanto se não dctermine 0 contrario con- Guardas de l. a classe 1 - 1 12
tinuará a vigorar na provincia de Cabo Verde 0 regime Guardas de 2." classe 2 _2| 1 1 30
contencioso íiscal aduaneiro, actualmcnte em vigor na 17 24 oi 4í 4 "2 89
mesma provincia.
Art. 18.° Nenhum empregado clo quadro interno das Paço, em 28 cle junho de 1 9 0 2 . = Antonio Teixeira de
alfandegas do circulo aduaneiro cle Cabo Verde poderá Sousa.
exercer qualquer commissão, cargo ou funcções, estranhas D. do CV. 11.p 155, do lõ de julho.
ao serviço aduaneiro, excepto as legislativas, sem previa
auctorização clo Ministro cla Marinha e UItramar.
Art. 19.° E dcclarado em vigor na provincia de Cabo i M S T E R I O DAS OBRAS PUBLICAS, COMMERCIO E INDUSTRIA
Verde 0 decreto de 28 cle julho cle 1897, sobre a inter-
vcnção dos empregados clo serviço interno das alfandegas Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
e cla fiscalização extcrna nos diversos actos das suas attri-
buições que sejam ou possam ser considerados do natureza Usando cla auctorização coneedida ao Governo pelo ar-
fiscal. tigo 115.° da organização dos serviços clos telegraphos, cor-
Art. 20.° Nenhuma modificação ou alteração, mesmo cle reios e fiscalização das industrias electricas, approvada por
caracter provisorio, ás pautas em vigor na provincia de decreto de 2 4 de dezembro dc 1901 e pelo artigo 142.°
Junho 28 518 1902

da Organização do respectivo pessoal, approvada por de- ii turo se cstabelecerem nas sedes dos concelhos e não per-
creto dc 30 do mesmo mês: hei por bem approvar o re- tençam ás categorias precedeutemente escritas, as parti-
gulamento do esíabelecimento e conservação d;i» linhas e es- culares e as urbanas de maior trafico ;
tações telegraphicas e telephonica^ dc Estado, que faz parte e) Estações de fronteira — São as estações telegraphicas
cVeste decreto e baixa assignado pelo Ministro e Secreta ou telegrapho-postaes que proximo cla fronteira terrestre
rio de Estado dos Negocios das Obras Publieas, Commer- recebem para experiencias ou para outro fim os lios tele-
cio e Industria. graphicos internacionaes;
O Presidente do Conselho de Ministros e Ministro e Se- /') Estações semaphoricas •—São as estações que estão si-
cretario de Estado clos Negocios do Reino, e os Ministros tuadas nalgum ponto da costa maritima e são destinadas
e Secretarios de Estado cle todas as Repartições, assim o ao serviço de correspondencia telegraphica com os navios,
tenham entendido e o façam executar. Paço, cm 28 de e a transmittir aos navegantes a hora e as indicações do
junho de 1902. = REI. = Ernesto Rodolpho Hintze Ri- tempo provavel;
beiro = Aríkur Alberto de Campos Henriques = Fernando g) Estações nrbanas — São as estações telegraphicas ou
Mattozo Santos — Luiz Augusto Pimentel Pinto = Anto- telegrapho-postaes que estão situadas dentro das circuns-
nio Teixeira de Sousa = Manuel Francisco ãe Vargas. cripções administrativas das eidades e são destinadas a
facilitar o serviço de correspondencia telegraphica da es-
Regulamento do estabelecimento e conservação das linhas tação principal da localidade;
e estações telegraphicas e telephonicas do Estado h) Estações succursaes — São as estações telegraphicas
ou telegrapho-postaes que estão ligadas com a estação prin-
TITULO I cipal de uma localidade e são destinadas a facilitar o seu
serviço;
Linhas telegraphicas e telephonicas do Estado i) Estações suburbanas — São as estações telegraphicas
a cargo ou telegrapho postaes que são destinadas a facilitar o ser-
do Ministerio das Obras Publieas, Commercio e Industria viço telegraphico dos suburbios das eidades de Lisboa,
Porto e Coimbra;
CAPITULO I j ) Estações de telegraphos sem fios conductores—São as
que são exclusivamente destinadas a apparelhos d'esta es-
Organização da rede telegraphica do Estado
pecie ;
Artigo 1.° A rede telegraphica e telephonica clo Estado, Jc) Estações centraes das redes telephonicas — São as que
a cargo do Ministerio das Obras Publieas, Commercio e servem para o serviço de commutações nas redes d'esta
Industria, compõe-se: • especie pertencentes ao Estaclo.
1." De linhas telegraphicas e telephonicas aereas; Art. 4.° Os fios da rede do Estado eontinuarão a ser
2.° De linhas telegraphicas e telephonicas subterra- classificados do seguinte modo :
neas;
3." D e cabos sub-fluviaes; 1.° Grupo—Fios directos
4.° De cabos submarinos;
õ.° De linhas de telegraphos pneumaticos; Este grupo comprehende:
6.° D e estações telegraphicas, telephonicas, telegrapho- 1. a classe. Os fios directos internacionaes destinados es-
postaes, semaphoricas ou de outra especie. pecialmente á correspondencia internacional;
§ unico. Os cabos submarinos transatlanticos só serao 2. a classe. Os fios directos principaes que ligam Lis-
estabelecidos e explorados por conta do Estado, quando boa, Porto ou Coimbra, entre si ou com uma estação cen-
a
por lei especial assim se determine. Os cabos costeiros o tro de l . ordem;
a
os de ligação interinsular nos archipelagos da Madeira e 3. classe. Os fios directos secundarios que ligam as ca-
Açores poderão ser estabelecidos, como as demais linhas, pitaes dos districtos ás dos districtos limitrophes ou aos
a
quando o Governo tenha as dotações orçamentaes neces- centros de l . ordem.
sarias para esse fim.
Art. 2.° Cada conductor da rede telegraphica e tele- 2.° Grupo — Fios districtaes
phonica do Estado receberá um numero, pelo qual será
Este grupo comprehende:
designado em todos os documentos officiaes.
1. a classe. Os jios districtaes de 1." ordem que, partindo
§ unico. A Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
das capitaes cle districto ou dos centros de l . a ordem, as
publicará periodicamente a Nomenclatura e numeração dos
ligam directamente com os centros de 2. a ordem, sem to-
conductores da rede telegraphica e telephonica do Estado.
davia pertencerem á categoria dos fios omnibus;
Art. 3." As estações telegraphicas e telephonicas do
2. a classe. Os jios districtaes ãe 2." orãem que ligam en-
Estado a cargo da Direeção Geral clos Correios e Telegra-
tre si directamente dois concelhos clo mesmo districto sem
phos continuam a dividir-se, sob o ponto de vista techni-
passar pela respectiva capital ou dois centros de 2. a or-
co, nas seguintes categorias :
dem, sem todavia pertencerem á categoria dos fios omni-
a) Estações p>rincipaes — São as estações telegraphicas
bus ; ,
centraes de Lisboa, Porto e Coimbra;
3. a classe. Os fios clas estações particulares, ligando es-
b) Estações
9 centros ãe 1." ordem—São as estações
9 tele-
tas estações á estação telegrapho-postal mais proxima;
graphicas ou telegrapho-postaes que estiverem ligadas di- 4. a classe. Os fios omnibus ligando entre si diversas es-
rectamente a Lisboa, Porto ou Cnimbra, ou que sejam de tações intermedias, funccionando normalmente como taes.
grande importancia technica por qualquer motivo. São
d'esta especie as estações estabelecidas nas capitaes de 3.° Grupo — Fios semaphorieos
todos os districtos administrativos e os centros regionaes
de grande importancia; Este grupo subdivide-se em duas series, a saber:
c) Estações centros de 2." ordem — São as estações tcle- 1." se>ie: constituida pelos que forem estabelecidos ao
graplucas ou telegrapho-postaes quc estiverem directa- longo da costa, ligando entre si directamente as differen-
mente ligadas a um centro dc l . a ordem c forem simulta- tes estações semaphoricas;
neamcnte ponto de irradiaoâo de muitas linhas; 2." serie: constituida pelos que ligarem cada estação se-
d) Estações temninaes—São as estações telegraphicas maphorica á estação telegraphica mais proxima ou a esta-
ou telegrapho-postaes que existem no extrcmo de uma li- ções centros e que servem exclusivamente para communi-
nha irradiante. Serão d'esta especie as estações que de fu- ções cVesta especie.
1902 519 Junho 28

4.° Grupo - Fios àas estações succursaes, urbanas D e cada centro de l . a ordem partirão jios districtaes de
e suburbanas 1." ordem para todos os concelhos do mesmo districto e
para as estações de banlios, nguas, e outras semelhantcs
A — N e s t a subdivisão comprehendem-se não só os fios e fios particulares para as estações d'osta categoria. Quando
de ligação das estações de Lisboa, Porto e Coimbra com a frequencia de relações entre dois pontos de um districto
as estações urbanas das mesmas cidades, como os prolon- (fóra da capital) forem muito graudes poderá entre elles
gamentos d'estes fios para algumas estações situadas nos estabelecer-se um fio districtal de 2." ordem.
suburbios d'essas cidades. As estações semaphoricas que de futuro se estabeleçam
B—Comprehende esta subdivisão os fios de ligação da ligar-se-hão por um fio semaphorico á estação telegraphica
estação principal de qualquer cidade ou povoação impor- mais proxima. Ao longo da costa maritima ligar-se-hão por
tante com outras estações suas succursaes. uma linha geral todas as estações semaphoricas.
As estações particulares ligar-se-hão, conforme a sua
5.° Grupo —Fios para os pharoes importancia, com a da capital do districto ou com alguma
e outros estabelecimentos publicos outra.
Este grupo comprehende todos os fios, ligando estações Estabelecer-se-ha outrosim uma linha geral ligando en-
do Estado com outros estabelecimentos publicos, quando tre si as estações telegraphicas dos concelhos limitrophes
essas linhas sejam normalmente exploradas e mantidas da fronteira terrestre.
pelo pessoal telegrapho-postal. Art. 7.° A actual rede telegraphica será successiva-
Não comprehende por isso os cla rede militar propria- mente modificada e completada por fórma a satisfazer ás
mente dita, nem os que servem de ligação das estações regras do artigo 6.°, organizando-se os projectos clas no-
dependentes da Direccão Geral dos Correios e Telegra- vas linhas em harmonia com estes preceitos e por fórma
phos com os quarteis e estabelecimentos militares. que se attenda á conveniencia cle multiplicar as vias de
correspondencia telegraphica entre as estações de granclc
movimento ou importancia, e que a interrupç-ão de uma
6.° Grupo — Linhas e redes teleplionieas do Estado linha não possa isolar completamente alguma parte do país
Este grupo comprehende conductores de differentes ca- do resto d'elle.
tegorias que serão indicadas na Nomenclatura, a que se CAPITULO II
refere o artigo 2.° Construcção das linhas telegraphicas e installação
das estações (lo Kstado
7.° Grupo—Linhas submarinas pertencentes ao Estado
e respectivas ligações terrestres Art. 8.° Os trabalhos cle construcção das linhas telegra-
phicas e telephonica» serão regulados por instrucções te-
Este grupo comprehende actualmente: chnicas especiaes cla Direccão Geral clos Correios e Tele-
1.° Os cabos submarinos da rede clos Açores; graphos. A organização dos partidos de construcção será
2.° As linhas terrestres que completam as ligações in- feita sob as instrucções da mesma Direccão Geral, pelos
terinsulares. chefes das circunscripções, aproveitando os guarda-fios,
§ unico. Na classificação cle que trata este artigo não se cabos e chefes cle guarda-fios que puderem ser dispensa-
incluem as linhas a que se referem os artigos 14.°, 15. 0 e dos clos trabalhos de conservação.
22.° da organização clos serviços clos telegraphos, correios § unico. Não são applicaveis a estes trabalhos os regu-
e fiscalizacão das industrias electricas, de 24 de dezembro l a m e t o s cle empreitadas e outros adoptados nos serviços
cle 1901. ' dependentes da Direeção Geral clas Obras Publicas e Mi-
Art. 5.° Os fios conductores de que trata o artigo 4.° nas.
agrupar-se-hão em linhas das seguintes categorias: Art. 9.° Os trabalhos cle construcção das linhas tele-
Linhas de 1." classe: as que teem conductores destina- graphicas ou telephonicas aereas, sub-fluviaes, subterraneas
dos a estabelecer ligações entre as estações principaes, as e pncumaticas da rede clo Estado serão feitos por adminis-
que teem algum tío directo internacional, directo principal tração. Os lançamentos de cabos submarinos transatlanti-
ou de ligação entre cabos submarinos, e as que por alguma cos serão executados nos termos das leis especiaes que os
circunstancia particular tenham excepcional importancia auctorizarem.
technica; Art. 10." Os trabalhos de construcção e grande rcpara-
Linhas de 2." classe: as que teem algum fio directo se- ção dos edificios do Estado aproveitados para os serviços
cunclario e em geral as que teem mais de um conductor dos telegraphos ou correios serão feitos pelo pessoal clas
de qualquer categoria; circunscripções telegraphicas quando o Ministro das Obras
Linhas de 3." classe: as que são formadas de um só con- Publicas, Commercio e Industria assim o determinar.
ductor (fio districtal de 2. a ordem ou fio omnibus); Art. 11.° Ncnhuma linha ou estação será estabelecida
Ramaes: as de pequeno comprimento que partem de al- scm que tenha sido approvado o respectivo projccto c or-
guma das linhas das precedentes categorias e são consti- çamento, formulado nos termos do capitulo ii do titulo III
tuidas por um ou mais conductores; d'este regulamento pela repartição competente.
Linhas urbanas: as que são exclusivamente constituidas § unico. Exceptuam-se apenas clas disposições d'estc ar-
por conductores d'esta classe; tigo as installações de reconhecida urgencia, cujo cstabele-
Linhas telephonicas do Estado: as que são exclusiva- cimento poderá ser ordenado sem projecto previo.
mente constituidas por conductores d'esta classe. Art. 12.° Os projectos cujo orçamento não exceda réis
§ 1.° As linhas formadas exclusivamente por fios con- 500;>000 serão approvados pelo inspector geral dos tele-
ductores destinados a ligações com pharoes ou outros es- graphos e industrias electricas, quando satisfaçarn ás ins-
tabelecimentos publicos não são comprehendidas nesta clas • trucções e ordens vigentes sobre o assunto; aquelles cujo
siticação. orçamento fôr igual ou superior á referida quantia serão
§ 2.° A Direccão Geral clos Correios e Telegraphos fará approvados pelo Ministro.
ímprimir e distribuir periodicamente a Nomenclatura e nu~ Art. 13." Os projectos das linhas e estações serão nor-
meração das linhas da rede telegraphica e telephonica do malmente elaborados pelo pessoal cla Inspecção Geral dos
Estado. Telegraphos e Industrias Electricas e, em casos extraor-
Art. 6.° As estações centros de l . a ordem, assim como dinarios, por qualquer funccionario effectivo do quadro
as cle Lisboa e Porto, serão ligadas ás dos districtos limi- telegrapho-postal especialmente encarregado pela mesma
trophes por fios directos secundarios. Inspecção Geral cVesta commissão.
Jimho 28 520 1902

§ unico. Os trabalhos de construcção de linhas e instal- fiscalizacão das industrias electricas, de 2 4 do dezembro
lação de estações serão normalmente executados pelo pes- cle 1901*.
soal das circunscripções telegraphicas c extraordinaria- Art. 20.° Quando o proprietario ou locatario de algum
mente por qualquer funccionario telegrapho-postal escolhido terreno ou edificio se oppuser á entrada na sua proprie-
por aquella Inspecção Geral. dade ou á occupação ei'ella, depois de officialmente inti-
Art. 14.° Os projectos das linhas telegraphicas e tele- mado, lavrar-se-ha auto cla occorrencia pelo pessoal en-
phonicas são formados das seguintes p e ç a s : earregado da execução do trabalho.
1. a Memoria justificativa e descriptiva; Este auto será remettido ao poder judicial, e servirá de
2. a Meclição, serie de preços o orçamento; base para se instaurar o respectivo processo criminal para
3. a Planta na escala conveniente do traçado da linha; applicação clas penas a que se refere o artigo 70.° da
4. a Dctalhes na escala conveniente. referida organização. U m a copia do auto será remettida á
§ unico. A medição, serie de preços e orçamento serão Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas,
redigidos, segundo modelos para esse fim escolhidos pela tanto neste caso como nos casos de que tratam os artigos
Direeção Geral dos Correios e Telegraphos. precedentes.
Art. lf).° Os projectos cle linhas e estações e os de quaes- Art. 21.° As disposições dos artigos 17.° a 20.° são
quer construcções, elaborados pelo pessoal das circunscri- applicaveis á construcção e reparação das linhas telegra-
pções ou por outros empregados telegrapho-postaes, serão phicas e telephonicas, exploradas, para o serviço publico,
sempre feitos em harmonia com as instrucções e ordens por empresas ás quaes tenham sido transferidos por lei os
da D i r e e ç ã o ; Geral dos Correios e Telegraphos. direitos clo Estado a que se refere o artigo 73.° da orga-
§ unico. E a b s o l u t a m e n t e p r o h i b i d o a l t e r a r d u r a n t e a nização acima citada.
c o n s t r u c ç ã o a directriz dos t r a ç a d o s ou p o r . q u a l q u e r ou-
tro m o d o moditicar os p r o j e c t o s a p p r o v a d o s . CAPITULO III
Art. 16.° N a elaboração clos projectos, e sua execução, Ensaios nas linhas telegraphicas
attender-se-ha ás disposições clos artigos 67.° a 72.° da or-
ganização dos serviços dos telegraphos, correios e fisca- Art. 22.° A fim de facilitar a respectiva exploração
lização clas industrias electricas cle 24 de dezembro de proceder-se-ha periodicamente á medida da resistencia elec-
1901. trica e á do isolamento cle cada conductor da rede tele-
Os chefes clas circunscripções e os das secções, bem graphica e telephonica do Estado, como a quaesquer ou-
como os funccionarios telegrapho-postaes especialmente en- tros ensaios technicos que se j u l g u e m necessarios.
carregados cle trabalhos de construcção e reparação cle li- Art. 23.° Estes ensaios serão executados:
nhas, são competentes para, em nome da Direccão Geral a) Pelo pessoal dependente cla Inspecção Geral dos Te-
clos Correios e Telegraphos, o seguindo as instrucções su- legraphos e Industrias Electricas e da 2. a Repartição da Di-
periores, fazer todas as intimações ou diligencias e pro- reccão Geral dos Correios e Telegraphos;
mover a instauração de quaesquer processos judiciaes re- b) Pelo pessoal dependente das circunscripções telegra-
lativos a esses trabalhos. phicas ;
Art. 17.° Quando fôr ordcnada a execução de algum c) Pelos chefes e encarregados das estações.
projecto clc linha, o empregado enearregado da construc- Art. 24.° Serão eftectuadas directamente pelo pessoal a
ção avisará os proprietarios ou locatarios dos terrenos que se refere a alinea a) do artigo 23.° as experiencias
aproveitados para não oppor embaraços aos trabalhos, cle elevada precisão e os ensaios necessarios para a exe-
nos termos dos artigos cla organização dos serviços acima cuçFio de serviços telegraphicos especiaes.
citados. Quando esses proprietarios ou locatarios se pre- Os trabalhos de laboratorio corresponclentes serão effec-
tendam oppor ao uso das suas propriedades lavrar-se-ha tuados provisoriamente no laboratorio electro-technico clo
auto clo occorrido, sendo este auto remettido ao poder ju- Instituto Industrial e Commercial cle Lisboa, annexo á
dicial para instauração do respectivo processo criminal, to- 13. a cadeira clo mesmo instituto até que esteja devida-
mando-se posse administrativa, do que fôr necessario para mente installado o laboratorio especial cla Direccão Geral
realizar a construcção, quarcnta e oito horas depois cle clos Correios e Telegraphos.
feito o aviso. Nos mesmofe laboratorios se procederá a todas as expe-
Art. 18.° Os proprietarios de terrenos ou edificios apro- riencias cle caracter scientifico ou technico, necessarias
veitados para o estabelecimento de linhas do Estado, se- para o cabal dcsempenho dos serviços telegrapho-postaes.
rão inclemnizados dos prcjuizos provcnientes d'este esta- Art. 2õ.° Serão effectuados pelo pessoal clas circuns-
belecimento, quando assim o requeiram e haja fundamento cripções telegraphicas :
para a indemnização. 1.° No fim dos trabalhos cle construcção e grandcs re-
O fundamento clo pedido será apreciado e a importancia parações de linhas — os ensaios destinados á sua verifica-
clos prcjuizos avaliacla pelo chefe cla respectiva circunscri- ção;
pção ou pelo enearregado clo estabelecimento da linha, 2.° Pelo menos uma v e z em cada semestre — os en-
sendo a indemnização paga ao proprietario, se este se con- saios precisos para determinar com exactidão a resisten-
formar com aquella avaliação. cia electrica e o isolamento de cada conductor da rede te-
No caso contrario procedcr-se-ha a nova avaliação por legraphica cla circunscripção entre as suas estações suc-
peritos, sendo um nomeado pela Direeção Geral dos Cor- cessivas.
reios e Telegraphos, o outro pelo interessado e o terceiro Art. 26.° Os chefes das estações telegraphicas centraes
escolhido de acordo entre as duas partes, ou, na falta de Lisboa e Porto, o da cle Coimbra, e os clas estações
(Veste acordo, pelo juiz cla comarca respectiva. centros cle l . a e 2. a ordem, executarão os ensaios men-
Se o proprietario ainda não se conformar com a avalia- saes dos fios internacionaes, a que se refere o artigo 3.°,
ção, proccdor-sc-ha judiciaimente nos termos de direito á n.° 2.°, do regulamento do serviço internacional (revisão
avaliação dos prejuizos, sem que por isso deixe de reali- de Budapest), e alem d'estes farão diariamente os dos
zar-se a construcção, mediante a posse ou uso das pro- conductores principaes entrem naquellas estações.
priedades. Art. 27.° Os chefes e encarregados das demais estações
Art. 19.° A expropriacão cle terrenos quc se julguem executarão os ensaios dos conductores clas linhas respecti-
necessarios para o estabclecimcnto cle alguma linha só terá vas, pelos processos e nos periodos que forem fixados pela
logar quando fôr absolutamente indispensavel, proceden- Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas,
do-se para cstc fim nos termos do § unico do artigo 70.° que centralizará e dirigirá superiormente todo o serviço
da organização clos serviços dos telegraphos, correios e respectivo.
1902 521 Junho 28

Art. 28.° A falta de zêlo no desempenho dos serviços será distribuido a pessoal d'aquellas categorias, indepen-
a que se referem os artigos 23.° a 27.° será rigorosamente dentedo que é empregado nos demais serviços dos districtos
punido com a pena de suspensão. administrativos correspondentes.
Art. 32.° A extensão dos cantões e sub-secções fica
CAPITULO IV sempre subordinada ao principio geral de que o pessoal
seja reduzido ao absolutamente indispensavel.
OrganizaçSo dos serviços de conscrvaçtto, rcparaçito e policia
da rede telegraphica e telephonica do Estado Art. 33.° E m cada cantão não haverá mais de um guar-
da-íio; em cada sub-seeção um cabo de guarda-fios ou um
Art. 29.° Os serviços de conservação, reparaçâo e poli- guarda-fios chefe.
cia da rede telegraphica e telephonica do Estado são di- § unico. Entre os guarda-fios de cada classe a preceden-
rigidos, sob as ordens da Direccão Geral clos Correios e cia hierarchica é determinada pela antignidacle no serviço.
Telegraphos, pela Inspecção Geral clos Telegraphos e In- Art. 34.° A nomeação e demissão dos guarda-fios,
dustrias Electricas e desempenhados pelos chefes clas cir- cabos de guarda-fios e chefes de guarda-fios será feita nos
cunscripções telegraphicas, chefes das secções d'estas e termos clos artigos 5<i.°, 57.° e 58.° do regulamento das
pessoal respectivo do quadro telegraphico postal. O pessoal admissões clos empregados dos telegraphos, correios e fis-
dos quadros auxiliares de obras publicas, em serviço nas calização das industrias electricas.
circunscripções telegraphicas, coadjuva os engenheiros Os guardas nomeados provisoriamente frequentarão a
chefes d'essas circunscripções nos trabalhos cle gabinete escola pratica a que se refere o artigo 88." do regula-
e nos de construcção e reparaçâo de edificios. mento clo ensino profissional clos empregados dos telegra-
§ unico. Os chefes das circunscripções telegraphicas phos e correios.
e os funccionarios de sua dependencia são competentes § 1." Os cabos de guarda-fios serão escolhidos entre os
para, em nome da Direccão Geral dos Correios e Telegra- guarda-fios que saibam ler e escrever e se tenham distin-
phos, segundo as instrucções que llies tenham sido trans- guido pelo seu zêlo, born comportamento e aptidão.
mittidas, fazer quaesquer intimações ou diligencias ou pro- § 2.° A o s guardas e cabos de guarda-fios não ó per-
mover a instauração de processos judiciaes e m tudo que mittido ter estabelecimento de venda no seu cantão ou
respeite aos serviços de que trata este capitulo. secção.
Art. 30.° As verbas orçamentaes destinadas á conser- Art. 35.° Alem dos guarda-fios serão empregados nos tra-
vação e reparaçâo ordinaria das linhas telegraphicas e te- balhos a que se refere o artigo 31.° os operarios e traba-
lephonicas do Estado serão distribuidas, no começ-o de cada Ihaclores que se julgarem necessarios. A sua escolha e
anno economico, pelas differentes circunscripções em har- nomeação será feita segundo as ordens e instrucções cla
monia com as necessidades do serviço, tendo por base o Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas.
calculo das despesas provaveis, feito pela Inspecção Geral Art. 36.° Os guarda-fios qualquer quc seja a sua cate-
clos Telegraphos e Industrias Electricas. goria, antes de entrarem em serviço, devem apresentar as
Os prejuizos causados nas propriedades rusticas c ur- suas nomeações aos juizes de direito das comarcas onde
banas pelos serviços de conservação e reparaçâo das linhas servirem, que llies deferirão juramento cle bem e fielmcnte
do Estado ou resultantes do seu estabelecimento serão pa- cumprirem os deveres dos seus cargos, nos termos do
gos aos respectivos proprietarios, procedendo-se por fórma § 3.° do artigo 34.° da organização do pessoal dos telegra-
identica á que fica indicada nos artigos 18.° e 19.° cPeste phos, correios e industrias electricas cle 30 cle dezembro cle
regulamento. 1901.
§ unico. Os trabalhos de reparaçâo e conservação da Art. 37.° Os guarda-fios, ajuramentados nos termos clo
rede telegraphica do Estado serão sempre feitos por admi- artigo antecedente, podem lavrar autos cle noticia; podem,
nistração. sem dependencia de licença especial cle qualquer aucto-
Art. 31.° Para a vigilancia, policia e reparaçâo das li- ridade wsar armas, para sua defesa e dos objectos clo
nhas do Estado serão estas divididas em cantÕes e sub- serviço, prender os delinquentes em flagrante dclicto e re-
secç.ões. Esta divisão será feita pela Direccão Geral clos clamar a presença das auctoridades administrativas ou ju-
Correios e Telegraphos. diciaes e o auxilio cla força publica.
Os cantões cle maior importancia ficarão a cargo de Art, 38." Nos cantÕes em que haja estação telegraphica
guarda-íios privativos de cada um ; os demais cantões se- a residencia do guarda-fios será, quanto possivel, na loca-
rão vigiados e reparados, quando se entenda conveniente, lidade onde aquella se achar estabelecida.
pelo pessoa] escolhido nessa occasião. Nas linhas ao longo dos caminhos de ferro a residen-
Os guarda-fios serão, quanto possivel, distribuidos por cia poderá ser em um dos extremos clo cantão. Nos outros
fórma que as linhas de maior importancia, por terem fios cantões será a residencia, quanto possivel, a m e i o do cantão.
clirectos ou por qualquer outra razão, sejam sempre incum- Nas linhas de grande importancia, e em cantões afas-
bidas aos guardas mais habilitados e entre estes aos mais tados clas estações, poderá cstabelecer-se na residencia clo
graduados. guarda um posto telephonica de chamada.
§ 1.° Os cantões terão, em regra, as seguintes exten- Art. 39." Os guarda-fios, embora exclusivamente su-
sões: bordinados ao pessoal das circunscripções, deverão de-
a) Nas linhas ao longo cle caminhos cle ferro —• 3 0 kilo- sempenhar os trabalhos de reparaçâo de avarias que Ihes
metros, se a linha tiver um só conductor, ou de 10 a 30 forem indicados pelos chefes ou encarregados clas estações
kilometros, se o numero cle conductores fôr superior telegraphicas mais proximas das suas residencias. Quando
áquelle; o guarda-fios resida em localidade em que haja estação, de-
b) Nas linhas ao longo de estradas — 25 kilometros, se verá comparccer nesta todos os dias á hora da exploração
a linha tiver um só conductor, ou dc 15 a 25 kilometros das linhas para fazer os serviços cle reparaçâo que forem
sc o numero de conductores fôr superior áquelle; necessarios.
c) Nas linhas através dos campos — a que fôr compati- Os chefes ou encarregados das estações deverão, outro-
vel com a boa execução clo serviço. sim, cumprir as indicaçoes que lhes forem dadas pelos
§ 2.° A s sub-secções abrangerão um certo numero de chefes das circunscripções e pelos das secções para facili-
cantões. tar os serviços das linhas.
§ 3.° Cada chefe de guarda-fios terá a seu cargo um Para a fiscalização dos serviços dos guardas, os chefes
certo numero cle sub-secções, devendo haver, pelo menos, e encarregados de estação enviarão mensalmcntc aos chc-
um chefe em cada districto administrativo. fes de secção das circunscripções uma nota das avarias
§ 4.° O serviço das linhas dc exccpcional importancia de quc tiverem conhecimento.
J uulio 28 522 1902

Art. 40." Os guarda-fios teem a seu cargo a reparação livretes, aos chefes e cabos de guarda-fios, na occasião clas
o conservação das linhas dos respectivos cantões, cum- inspecções ou quando lhes seja ordenado, e d'elles farão
prindo-lhes outrosim vigiar se nas proximidades d'estes entrega quando se despedircm, forem despedidos ou se
existe alguma linha telegraphica, telephonica ou de outra ausentarem do serviço por qualquer circunstancia.
especie, estabelecida sem a devida auctorização, dando Da mesma fórma apresentarão os passes, que lhes hou-
parte do facto ao chefe cle guarda-íios. Desempenharão, verem sido dados para transitar a pé pelas linhas ferreas.
outrosim, todos os trabalhos cle fiscalização que lhes forem Art. 51.° Os cabos de guarda-fios e os guarda-fios te-
incumbidos superiormente. rão a residencia que lhes fôr marcada pela Inspecção Ge-
Art. 41.° O guarda-fios que residir em local onde não ral clos Telegraphos e Industrias Electricas.
haja estação apresontar-se-ha, durante as rondas, na esta- Art. 52." Os chefes de guardas, cabos e guardas teem
ção mais proxima^ a cujo chefe ou enearregado dará conta o uniforme que superiormente lhes fôr fixado. O uso d'este
das occorrencias que tiver observado, não devendo recusar- uniforme é obrigatorio quando o empregado faça serviço
se a executar o que neste sentido lhe seja requisitado por de policia, nos actos officiaes e em todos os trabalhos com
aquelle chefe ou enearregado. que fôr compativel.
Art. 42.° Quando hajam de proceder a trabalhos de Art. 53.° Os cabos e guarda-fios terão vencimento de
reparação do avarias, por ordem clos chefes das circunscri- jornal, sendo a sua importancia fixada periodicamente,
pções ou secções ou de empregados d'estas, os guarda- para cada localidade, pela Direccão Geral dos Correios e
fios darão cVelles conhecimento aos chefes ou encarrega- Telegraphos sobre proposta dos chefes clas circunscri-
dos de estação. pções, e tendo em attenção a taxa de jornal de trabalha-
Art. 43.° Sendo de instante neccssidade reparar de clores na mesma localidade.
pronto qualquer avaria, poderão os guarda-fios requisi- No jornal dos cabos e guardas será feito, e mencionado
tar, nos termos das instrucções superiores, telegraphica- nas respectivas folhas, um desconto de 20 réis diarios
mente ou por outro meio, dos seus respectivos chefes ou para constituir um fundo especial para abono de subsidio
dos chefes ou encarregados cle estação, o auxilio dos tra- aos mesmos empregados cloentes ou invalidos. O abono
balhadores restrictamente necessarios para o restabeleci- d'este subsidio será feito segundo as regras que forem
mento das communicações. adoptadas em relação aos cantoneiros e outros emprega-
Art. 44.° O guarda-fios exerce especialmente a sua vi- dos, cle igual categoria, na conservação e policia das es-
gilancia na extensão de linha ou nos limites de cantão que tradas.
lhe forem marcados, devendo todavia excrcê-la tambem • § unico. Os cabos cle guardas, que pertencem ao antigo
nos eantõcs que confinam com o seu, especialmente quan- quadro da Direccão Geral dos Correios e Telegraphos,
do fôr difficií localizar qualquer avaria, competindo-lhe receberão os vencimentos que lhes pertencem nesta quali-
neste caso percorrer o cantão limitrofe até encontrar o dade e como complemento de retribuição um jornal equi-
respcctivo guarda. valente á differença entre esses vencimentos e os cle cabos.
Art. 45." As rondas ordinarias dos cantões quc teem Este complemento de retribuição não está sujeito aos des-
guarda serão feitas : contos que incidem nos vencimentos do pessoal de provi-
1.° Nas linhas ao longo dos caminhos de ferro, tres ve- mento vitalicio.
zes por semana, percorrendo a pó em cada ronda uma Art. 54.° Os cabos e os guarda-fios não teem vencimen-
parte do cantão, por fórma que em cada mês o guarda to algum quando obtenham licença, sob qualquer pretex-
tenha percorrido, a pé, todo o seu cantão, pelo menos, to, nem por estas pagarão qualquer emolumento.
quatro vezes ; § unico. Exceptuam-se apenas d'esta disposição os que
2.° Nas linhas com mais de um fio, ao longo de estra- pertencerem ao antigo quadro da Direccão Geral dos Cor-
das ou através clos campos, duas vezes por semana, a pé. reios, telegraphos e pharoes, aos quaes se farão os abonos
As rondas devem regular-se por fórma que os guardas garantidos por lei.
clc dois cantões consecutivos se encontrem, quando isto Art. 55.° Em cada circunscripção se organizará um ca-
seja possivel, no extremo commum aos mesmos cantões. dastro das linhas respectivas, comprehendendo tanto as
Art. 4(1.0 Nas rondas devem os guarda-fios andar muni- que pertencem ao Estado, como as dos particulares. As
dos das ferramentas e mais objectos indispensaveis para regras para este serviço serão dadas pela Direccão Geral
reparar qualquer avaria, de modo que a linha possa ficar dos Correios e Telegraphos.
em condições clc regular exploração. Art. 56.° Os postes e apoios das linhas aereas serão
Art. 47." Depois clo grandcs temporaes, ventanias e ne- marcados, a tinta preta, com os caracteres indicativos do
vaclas, os guardas percorrerão e visitarão cuidaclosamente seu numero na respectiva linha e seguindo os preceitos
os seus cantões em ronda extraordinaria quando não seja que para este fim forem fixados pela mencionada Direeção
dia de ronda ordinaria. Geral.
Depois de trovoadas, cada isolador existcnte na parte Art. 57.° Quando nas proximidades das linhas telegra-
da linha quo tenha sido fuhninada será separadamente phicas ou telephonicas do Estado houver arvores cujos
examinado, substituindo-se todos os que se acharem ar- ramos toquem ou possam tocar, impellidos pelo vento, os
ruinados por effeito cle descargas. Durante as nevadas os fios conductores cVessas linhas, devem os guarda-fios pro-
guardas sacudirao os fios para que a accumulação cla neve curar alcançar dos proprietarios, ou de quem os represente
não possa produzir rotura. na localidade, consentimento prcvio para effectuar os de-
Art. 48." Os guardas depois de concluidas as rondas cotes necessarios, mostrando-lhes a conveniencia de assim
ordinarias ou extraordinarias devem apresentar-se logo nas proceder por conveniencia publica, ou invocando, se pre-
estações telegraphicas competentes para saberem se as li- ciso fôr, as disposições do artigo 69.° cla organização clos
nhas funccionam regularmente. Se a estação já estiver fe- serviços clos telegraphos, correios e industrias electricas,
chada na occasião do regresso do guarda, abrir-se-ha no- de 24 cle dezembro de 1901.
vamcnte para esse fim. Os deeotes podem ser feitos por parte dos proprietarios,
Art. 4!)." O guarda-fios de qualquer cantão deve, sem- se assim lhes convier, segundo indicações dos guardas.
pre que para esse Íim fôr preveniclo, coadjuvar os guar- Art. 58." Havendo recusa clos proprietarios ou seus re-
das clos cantões limitrofes. presentantes, depois do emprego de meios persuasivos, os
Art. í)0.° Os guardas-fios são responsaveis pelo bom es- guarda-fios prevenirão, sem demora, o chefe de guardas
tado clas ferramentas e utensilios quc lhes forem entregues competente, o qual informará o chefe de secção para
para execução do serviço a seu cargo. que este tome as precisas providencias em conformidade
Devem apresentar todos estes objectos e os respectivos com as disposições do artigo 69.° da organização dos ser-
1902 523 Junho 28

viços dos telegraphos, correios e industrias electricas, de tificado não possa fazer-se a requisição do numero ante-
24 de dezembro de 1901. cedente, ajustar os trabalhadores precisos, dando parte ao
Art. 59.° Quando as arvores que orlam as estradas es- seu chefe immediato logo que lhe seja possivel;
tiverein a cargo dos cantoneiros, com estes ou com os fis- 7.° Cumprir quaesquer ordens ou instrucções que supe-
caes respectivos deverão os guarda-fios entender-se acêrca riormente lhe sejam cladas ;
dos decotes dos ramos, recorrendo, quando necessario, aes 8.° Processar as folhas cle jornaes e quaesquer outros
respectivos chefes para procederem nos termos do mencio- documentos de despesa de construcção ou reparaçâo de
nado artigo 69.° linhas, e os autos cle venda ou inutilização de material;
Art. G0.° Quando os proprietarios dos terrenos atraves- 9.° Observar cuidadosamente se os postcs eslão bem
sados pelas linhas do Estado liajam de fazer construcções segnros e limpos, as torsadas bem feitas e soldadas e os
na proximidade d'estas, ou quando os apoios estorvem os fios telegraphicos clesviados dos ramos clas arvores, cle
trabalhos de lavoura, ou estes os damnifiquem, devem os modo que estas, quando impeliidas pelo vento, não preju-
guardas prevenir os seus superiores para que estes proce- diquem as linhas ;
dam nos termos legaes. 10.° Verificar, quando as linhas atravessarem estradas
Art. 6 1 Q u a n d o sejam feitas avarias ás linhas do Es- ou caminhos, se se acham construidas por fórma que o
tado, quer por malevolencia reconhecida, quer por inadver- transito de vehiculos possa effectuar-se sem tocar nos fios;
tencia, os guardas empregarão todos os esforços para co- obviar a que em quaesquer linhas se conservem suspensos
nhecer quem é o responsavel por estes factos, lavrando o objectos que possam estabelecer contactos entre os fios ou
respectivo auto de noticia. entre estes e os postes ou a terra;
Art. 62.° Os guarda-fios dos cantões ao longo dos ca- 11.° Examinar se os terrenos, em que se acham im-
minhos de ferro devem, no acto cla passagem dos eom- plantados os postes proximo das grandes trincheiras, dão
boios, acceitar clos empregados fiscaes do Governo, dos indicio de clesabamento, tendo attenção especial que os
empregados telegraphicos ou dos das ambulancias postaes postes, implantados junto das vias ferreas, não clesabem
quaesquer avisos por escrito sobre avarias nas linhas, de- sobre estas, prejudicando a circulação dos comboios;
vendo empregar immediatamente os meios de que pude- 12." Examinar, ou fazer examinar pelos guardas, se se
rem dispor para que sejam com urgencia remediadas. tem construido sem devida auctorização alguma linha te-
Para que o guarcla possa ter eonhecimento cle qualquer legraphica ou telephonica;
aviso d'esta natureza deverá, ao passarem os comboios na 18." Examinar se em todos os trabalhos cle construcção
estação do caminho de ferro que mais proxima ficar da ou reparaçâo das linhas se teem cumprido as instrucções
sua residencia, collocar-se de modo que seja visto por aquel- technicas, geraes ou particulares, sobre o assunto.
les funccionarios. § unico. Os chefes de guarda-fios ficam auctorizados a
Art. 63.° O guarda-fios que residir junto a uma estação expeclir telegrammas de serviço a todo o pessoal telegra-
servida por um só empregado deverá, no caso d'este adoe- pho-postal, especialmente ao empregado nos serviços de
cer repentiuamente, fallecer ou abandonar a estação, e se linhas.
tiver eonhecimento cle serviço de manipulação telegraphi- Art. 66.° Os chefes dos guarda-fios farão a pé as inspec-
ca, avisar o chefe dos serviços telegrapho-postaes respec- ções e rondas das linhas.
tivos, ou o chefe cla estação mais proxima para que este O regresso á residencia, quando não haja inconveniente
posaa tomar as providencias neccssax-ias. para o serviço, poderá, porem, ser effectuado por qualquer
Se a estação telegraphica ficar nas proximidades de meio cle transporte.
qualquer estação do caminho do ferro cuidará de dar ou Em caso urgente será permittido o emprego de transporte
mandar aviso competente á ambulancia postal, que, na rapido, desde a residencia do guarda-fios chefe até ao lo-
primeira estação oncle possa, fará transmittir o aviso a cal onde se manifeste alguma avaria.
qualquer estação telegraphica. Art. 67.° Nas inspecções e rondas os chefes de guardas
Art. 64.° Para o serviço das grandes reparações clas terão o abono de ajuda de custo logo que o percursc seja
linhas telegraphicas organizar-se-hão partiâos de guarda- de 20 ou mais kilometros, e qualquer que seja esse per-
fios e traballiadores, sob as ordens de chefes de guardas- curso nos casos extraordinarios de avaria urgente.
íios, nos termos das instrucções que serão dadas pela Di- Art. 68.° O abono de ajuda de custo aos chefes cle
reeção Geral dos Correios e Telegraphos. guarcla-fios de Lisboa e Porto, por trabalhos de construc-
ção ou reparaçâo de linhas dentro cPaquellas cidades, terá
CAPITULO V logar quando a Direccão Geral clos Correios e Telegra-
Attribuições dos guardas phos entender conveniente.
Art. 69.° Os chefes cle guardas devem, durante as ron-
Art. 65.° Os cliefes de guarda-fios recebem orclcns dos das, examinar se os cabos e guardas teem cumprido as
chefes da circunscripção e secção, ou de quem as suas ordens recebidas dos chefes e encarregados cle estações
vezes fizer, competindo-lhes : telegraphicas, prevenindo o guarda-fios de cada cantão
1.° Dirigir o serviço dos cabos, guarda-fios e trabalha- clos defeitos e irregularidades que houverem encontrado e
dores na reparaçâo e construcção das linhas telegraphicas; indicando-lhes, quando seja necessario, o modo cle os re-
2.° Verificar todo o material distribuido aos guarda-fios mediar e evitar, ou tomando immediatamente as providen-
e trabalhadores e instruidos na pratica e execução clo ser- cias necessarias para este fim quando estejam nas suas
viço, dando parte ao seu chefe immediato de qualquer irre- attribuições, ou propondo-as ao chefe de secção, quando o
gularidade que commettam no desempenho clas suas obri- não estejam.
gações; Art. 70.° Quando, em segunda ronda, o chefe de guar-
3.° Escripturar os mappas do material existente nas das encontrar ainda não remediada alguma avaria que an-
linhas e em poder de cada um dos guarcla-fios; teriormente houver indicado ao guarcla-fios do respectivo
4.° Eequisitar semestralmente, ou extraordinariamente cantão, assim o avisará, e, obtida informaçào sobre. as ra-
quando seja preciso, o material necessario para a conser- zões justificativas, se as houver, dará parte do caso ao
vação e reparaçâo das linhas, e satisfazer as requisiçoes chefe de secção competente, o qual tomará as providen-
dos cabos e guarda-fios quando o chefe cla secção lh'o or- cias convenientes.
denar ; Art. 71.° Os chefes de guarda-fios andarão sempre mu-
5." Eequisitar os trabalhadores que forem precisos para nidos de um livrete no qual devem tomar nota clas ron-
as reparações extraordinarias; das, trabalhos executados e materiaes recebidos e empre-
6.° Em casos muito urgentes e em que por motivo jus- gados.
Juuho 28 524 1902

As suas ronclas devem ser fiscalizadas pelo chefe de sec- a merecem pela excepcional difficuldade ou outras condi-
ção e pelos chefes das estações onde o chefe de guardas ções clo trabalho, ou pelo zêlo com que o houverem de-
passar, os quaes respectivamente lançarão o seu visto no sempenhado.
livrete acima referido. Art. 81.° Os guarcla-fios serão obrigados, para occorrer
Art. 72.° Os chefes de secção inscreverão no livrete as a qualquer reparação, a permanecer nas estações o tempo
ordens especiaes que derem aos chefes de guardas-fios, de- que lhes fôr determinado pela Direeção Geral dos Correios
signando para cada serviço se estes devem fazê-lo a pé, e Telegraphos, nos dias em que não tenham ronda ou ser-
ou aproveitar qualquer outro meio de transporte, e veriii- viço especial cle reparação ou construcção nas linhas, mas
carão depois se o trabalho foi executado. No fim de cada não serão obrigados a quaesquer serviços internos nessas
mês dcsignarão as ajudas de custo e despesas de viagem estações. \
que competem a cada guarda, e visarão o livrete. Art. 82.° 0 8 guardas devem começar de madrugada as
Art. 73." Os cabos de guardas-fios terão a seu cargo a rondas ordinarias.
vigilancia do trabalho de um certo numero cle guarda-fios. Art. 83.° Quando se ausentarem das estações devem os
Cabem-lhes por isso as attribuições que os chefes clas cir- guardas indiear aos respectivos chefes ou encarregados onde
cunscripções o de secções lhe clesignarem em harmonia poderão ser encontrados para o caso cle occorrerem avarias
com as dos chefes de guardas e com as dos guardas. Te- extraordinarias.
rão igualmente um livrete organizado cle modo semelhante
T I T U L O II
ao dos chefes cle guardas c para os mesmos fins, sendo-lhes
applicaveis as disposições clo § unico do artigo 65.° Estações telegraphicas e telephonicas do Estado
Art. 74." Nas suas visitas e ronclas os guarda-fios deverão:
1.° Examinar attentamente os postes, avisando os chefes CAPITULO I
cle guardas do estado cla linha; Estabelecimento das estações
2.° Koforçar provisoriamente os postes que ameaçarem
queda, e pedir auctorização para os substituir ou rebaixar; Art. 84.° As estações telegraphicas exploradas pelo Es-
3.° Manter a numeração em condições regulares; taclo podem ser encargo :
4." Substituir os isoladores quebrados; a) Do Estado exclusivamente ;
Õ.° Lavar os isoladores interna e externamente; ò) D e corporações administrativas ;
G.° Remover quaesquer objectos que possam estabelecer c) D e particulares.
ligacão entre os fios ou entre estes c a terra e decotar devi- Art. 85.° 0 Governo determina, em vista clas dotações
damente os ramos das arvores que prejudiquem as linhas ; orçamentaes, e attendendo ás conveniencias publieas, quaes
7." Conservar os fios parallelos, fazer as emendas e as localidades em que devem existir estações telegraphicas
soldá-las. a cargo exclusivo clo Estaclo.
§ unico. São applicaveis aos guardas-fios as disposições Art. 86.° As corporações administrativas que pretende-
do § unico do artigo (35.0 rem subsidiar o estabelecimento de estações telegraphicas
Art. 7õ." A cada guarda-fios será distribuido um li- para serviço publico deverão apresentar os respectivos
vrete que será apresentado aos chefes de secção, chefes requerimentos á Direccão Geral dos Correios e Telegra-
e cabos de guardas-fios, aos chefes ou encarregados das phos. Estes requerimentos serão acompanhados:
estações, c a quaesquer funccionarios telegrapho-postaes 1.° Da acta ou parte cla acta da sessão em que se tenha
competentes para inspeccionar ou fiscalizar o serviço de deliberado requerer tal estabelecimento, aeta pela qual
construcção ou reparação das linhas telegraphicas. conste que a corporação administrativa teve conhecimento
Neste livrete indicar-se-hão as ferramentas em poder do previo e cabal clas disposições do artigo 22." cla organiza-
guarcla-fios, todas as entregas cle material por este feitas, ção do pessoal dos telegraphos, correios e fiscalização das
todo o material recebido e seu destino. As rondas feitas, industrias electricas, de 30 de dezembro de 1901 e clas
as occorrencias que nestas se clerem, as ordens recebidas, d'este regulamento ;
as difliculdades encontradas na-sua cxecucão, o estaclo clas 2.° Da approvação cVesta acta;
linhas, serão igualmente nelles mencionados. 3.° Da approvação da deliberação de corporação, caso
Art. 7G." Todos os funccionarios que tiverem de intervir a lei o exija, para ter valor legal;
directa ou indirectamcnte no serviço clas linhas ficam obri- 4." Da planta e alçado da casa destinacla á estação.
gados a cserevcr nos livretes as ordens que clerem, as § unico. A casa deverá ter as accommodaoões necessa-
observações que o serviço exigir. rias para a estação e para residencia do empregado respe-
Art. 77." Os livretes prcenchidos serão archivados nas ctivo e sua familia.
respectivas secções. Art. 87.° A Direccão Geral dos Correios e Telegraphos
Art. 7S.° Nos casos de avaria não localizada, quando o mandará proceder á elaboração clo projecto e orçamento
guarda-fios tenha cle proseguir a marcha no cantão que da linha e estação pedidas, remettendo o resumo cVeste
confma com o seu até se encontrar com o respcctivo guar- ultimo á corporação requerente aeompanhado com o orça-
da, não se fará abono algum de ajuda de custo, salvo mento das despesas annuaes cle conservação e exploração.
auctorização especial cla Direccão Geral. § unico. As despesas feitas com os trabalhos cle campo
Art. 79." Quando hajam de desempenhar trabalhos dc necessarios para a execução d'estes orçamentos serão pa-
reparação ou construcção nos cantões que conlinam com gas pelas corporações requerentes.
os seus os guardas-fios receborão ajuda de custo por cada Art. 8S.° As despesas cle installação clas estações, in-
dia de serviço fóra cla sua residencia. cluindo a respectiva mobilia, ferramentas e utensilios se-
Quando esses trabalhos hajam cle ser executados alem rão em regra integralmente pagas pelas corporações que
dos cantões limitrophes acrescerá ao abono cle ajuda de as tiverem requerido; as receitas pertencerão sempre to-
custo o abono para despesas de transporte na fórma da talmente ao Estado, ao- qual competirá a installação, exe-
tabella respectiva. cução e fiscalização clos serviços, sem ingerencia alguma
Art. 80." Os guarda-fies dos cantões clas eidades de Lisboa cVessas corporações. As despesas de conservação cVessas
ou Porto não receberào ajuda de custo por qualquer trabalho linhas e estações poderão ser divididas entre o Estaclo e as
de reparação nos cantões pre.ximos, quanclo estes estejam corporações requerentes.
comprehendidos nas antigas barreiras d'aquellas eidades. Art. 89." Depois cle informada a corporação adminis-
Ser-lhcs-ha, porem, abonada ajuda de custo extraordi- trativa requerente da importancia orcada, tanto para a
naria, quando a Direccão Geral dos Correios e Telegra- installação como para' o custeio annual, e da parte que o
phos, sobre proposta devidamente lormulada, entencler quc ! Estado acceita na exploração, poderá requisitar o estabe.
1902 525 Junho 28

lecimento da estação e linha em officio dirigido áquella D i - j Governo se reserva o direito de, quando o b e m publico o
reccão Geral, e acompanhado cle: exigir, suspender a sua execução ou rescindi-los, sem in-
Copia clo orçamento ordinario ou supplementar da demnizaç.ão ao requerente.
corporação, em cuja despesa será descripta a importan-
CAPITULO I I
cia dos encargos da primeira installação e a verba annual
destinada ao custeio annual; Distribuiçíto das verbas oreamentacs destinadas
2." Copia da approvação clo mesmo orçamento nos ter- a novas liulias e estaçOes
mos estabelecidos pela legislação vigente. Art. 97.° A verba orçamental destinada á construcção
§ unico. O Governo resolverá deíinitivamente se o es- de novas linhas e estações telegraphicas será applicada cle
tabelecimento da estação convem ao serviço publico. modo que a actual rede telegraphica do Estado seja mo-
Art. 90.° Concedido o estabelecimento da estação pro- dificada e completada em curto periodo, multiplicando-se
ceder-se-ba pela Direccão Geral dos Correios e Telegra- as vias de correspondencias entre as estações de grande
phos á execução definitiva nos trabalhos e abertura da movimento e importancia, nos termos clo artigo 7." cTeste
estação. regulamento.
Art. 91.° A conta das despesas de installação, devida- Art. 98.° A criaeão de novas estações telegraphicas ou
mente processada, será enviada á corporação administra- telegrapho-postaes só terá logar :
tiva, àque a fará pagar immediatamente, nos termos do re- 1.° E m localidacles que forem cabeças cle concelhos ou
gulamento de contabilidade das receitas e despesas dos cle comarca, praças de guerra cle l . a classe, sedes de di-
telegraphos e correios. visões ou commandos militares ou de regimcntos, estações
Art. 92.° A quantia destinada ás despesas de custeio balneares ou de agnas muito frequentadas ou centros in-
annual será paga adeantadamente aos semestres, nos ter- dustriaes ou commerciaes de grande importancia;
mos do regulamento a que se refere o artigo 91.° 2." Quando os novos serviços forem julgados indispen-
Art. 93.° Quando por qualquer motivo as corporações saveis para a boa exploração da rede telegraphica do E s -
administrativas deixarem cle moncionar nos respectivos tado ou para segurança publica, vigilancia, das costas ou
orçamento as verbas necessarias para o custeio annual das fiscalização aduaneira.
linhas e estações abertas a seu pedido, ou quando esses § unico. A criação cVestas estações só poderá effectuar-
orçamentos não tenham sido approvados, o Governo ordc- se quando haja dotação orcamental disponivel, tanto para
nará o encerramento cla estação, revertendo o respectivo a construcção cla linha e installação dos novos apparelhos
material para o Estado. telegraphicos como para o pagamento dos veneimentos clo
Art. 94.° Os particulares ou empresas que pretenderem pessoal, conservação e fiscalização da linha, conservação
subsidiar o estabelecimento clo alguma estação telegra- dos apparelhos e mobilia, renda da casa e outras despesas
phica para serviço publico deverão apresentar os seus de exploração.
requerimentos á Direccão Geral dos Correios e Telegra- Art. 99.° O estabelecimento do serviço telegraphico em
phos, acompanhados clos seguintes documentos: localidades que nâo estejam nas condições indicadas no
1.° Declaração assignada e reconhecida pelo requeren- artigo antecedente, ou fóra dos casos mencionados no mes-
te, em que este declare que acceita as condições clo artigo mo artigo, só será auctorizado se as corporações adminis-
22." cla organização acima mcncionada e as d'este regu- trativas ou os particulares custearem as respectivas des-
lamento, e se sujeita a tudo que as leis, r e g u l a m e t o s ou pesas, sendo, porem, as estações exploradas pelo Estado.
instrucções determinarem dc futuro sobre o estabeleci- Art. 100." Nenhuma estação telegraphica será criada
mento de linhas e estações telegraphicas particulares ; sem que: 1.", tenha sido aberto inquerito especial pela
2." Documento pelo qual se prove que o requerente de- Direeção Geral dos Correios e Telegraphos sobre a im-
posítou na Caixa Geral cle Depositos a quantia de 200:5000 portancia economica da localidade; 2.°, tenha sido appro-
réis em moeda corrente, á ordem cla mesma Direccão Ge- vado o respectivo projecto c orçamento, formulado nos ter-
ral, para garantia clas despesas a que póde dar logar o mos dos r e g u l a m e t o s c instrucções vigentes.
seu pedido; Art. 101.° No principio de cada anno economico o Go-
3.° Planta e alçado da casa destinada á estação, nos verno publieará em decreto a distribuição da verba inseri-
termos do n.° 4." e § unico do artigo 86.° d'este regula- pta no orçamento do Estado para a construcção cle novas
mento. linhas e estabelecimento de estações telegraphicas, em har-
Art. 95." A Direccão Geral dos Correios e Telegra- monia com as disposições d'este regulamento.
phos procederá em relação a estes pedidos pela fórma in-
dicada nos artigos 87." e 88.° cTeste regulamento.
TITULO III
Art. 9(1.0 Depois do informado o requerente cla impor-
tancia orçada, tanto em relação á installação como para o Telegraphos sem fios conductores
custeio annual, e dos encargos que o Estado acceita, pro-
ceder-se-ha pela Direccão Geral dos Correios c Telegra- Art. 102." O estabelecimento e exploração cle todos os
phos aos trabalhos cle installação logo quc tenha. sido sa- systemas cle telegraphia electrica classificados como «tele-
tisfeita adeantadamente a importancia total cVaquclla e a graphia sem fios conductores, telegraphia liertziana, tele-
clo custeio clo primeiro semestre. graphia etherica» ou semelhantemente, clestinados a per-
g 1.° Se o requerente, em vista do orçamento, desistir mutação rapida cle correspondencias, são monopolio do
clo seu pedido, deverá pagar a importancia dos trabalhos Estado, nos termos da legislação vigente.
de campo realizados para a elaboraeão dos orçamentos, Art. 103.° O Governo reserva-se o direito exclusivo:
segundo a conta formulada pela mesma Direeção Geral. a) Do estabelecimento e exploração de todos os syste-
Não satisfazendo esta importancia, será ella decluzicla clo mas de telegraphia, a quc se refere o artigo 102.", não só
deposito de garantia e restituida a parte restante d'este. no que respeita ás correspondencias terrestres, como para
§ 2." No caso de ser estabelecida a estação requerida, as correspondencias entre a terra e o mar;
lavrar-se-ha contrato especial para garantia das quantias &) D o executar quaesquer experiencias com os syste-
dcvidas ao Estado. A s quantias destinadas ás despesas do mas e apparelhos a c t u a l m e t e inventados para aqú.eHe
custeio serão pagas adeantadamente aos semestres, de- íim ou com outros quc de futuro o venham a ser.
vendo elcvar-se o deposito de garantia até á importancia Art. 104.° O estabelecimento e exploração dos syste-
do custeio semestral. mas telegraphicos a que se refere o artigo 102.°, bem como
§ 3.° Os contratos poderão clurar por tempo indeíermi- as experiencias officiaes que lhes digam respeito, serão
nado ou por periodo certo, entendendo-se sempre que o exclusivamente cxecntados:
Junho 28 526 1902

1.° Pela Direeção Geral dos Correios e Telegraphos e TITULO IV


pessoal de sua dependencia, no que se refere ás applica-
ções geraes dos systemas, ás de caracter civil, e ás com- Contravenções
municações entre a terra e o mar;
2.° Pelos Ministerios da Guerra e da Marinha e UItra- Art. 110.° Quando o Governo tiver conhecimento de
mar, no que respeita ás applicações especialmente desti- qualquer contravenção ás disposições do artigo 4.° da or-
nadas á defesa nacional, ao exercito e á marinha de ganização clos serviços dos telegraphos, correios e fiscaliza-
guerra. ção das industrias electricas de 26 de dezembro cle 1901,
-Art. 105.° Pertence á Direeção Geral dos Correios e ou cle qualquer offensa aos monopolios do Estado, de que
Telegraphos a superintendencia e a execução de todos os trata o n.° 1.° clo artigo 1.° da mesma organização, em
serviços de fiscalização, relativos aos usos cVestes systemas virtude das quaes se deva proceder á inutilização de al-
de telegraphia, a instauração dos processos relativos aos guma linha, estação ou installação, de qualquer especie, e
delictos commettidos e a execução de todos os actos ad- á apprehensão do respectivo material, a Direccão Geral
ministrativos a que devam dar logar as contravenções dos Correios e Telegraphos formulará o respectivo man-
d'este decreto. dado e nomeará o funccionario ou funccionarios que de-
Art. 10(3.° No continente do reino e ilhas adjacentes vam executá-lo e os que devam coadjuvar a diligencia.
não poderão realizar-se com os apparelhos de telegraphia Art. 111.° O mandado a que se refere o artigo 110.°
a que se refere o artigo 102.° experiencias ou ensaios que será antes cle cumprido apresentado á auctoridade policiál
não sejam determinados pelas estações officiaes a que se da localidade em que deva realizar-se a apprehensão.
refere o artigo 104.° A auctoridade policiál deverá immediatamente pôr á
§ unico. Exceptuam se apenas clas disposições d'este ar- disposição do funccionario telegrapho-postal a força neces-
tigo as experiencias e ensaios de caracter scientifico ou saria para a execução clo mandado.
technico quc forem executados pelo pessoal dos estabele- § unico. As auctoridades policiaes a que compete coadju-
cimentos scientificos do Estado, os quaes ficam todavia, var, nos termos d'este artigo, a execução clos mandados
sempre sujeitos á fiscalização official, que será exercida de apprehensão são as seguintes:
pela Direeção Geral clos Correios e Telegraphos, á qual 1. u Em Lisboa, Porto e capitaes dos districtos adminis-
será dada communicação cla sua realização, com a devida trativos, os commandantes dos respectivos corpos de poli-
antecedencia, podendo o Governo, por intermedio da mes- cia civil;
ma Direeção Geral, auctorizá-las ou proliibi-las. 2.° Nas demais localidades, os administradores dos res-
Art. 107." Aos navios da marinha mercante, nacionaes pectivos concelhos.
ou estrangeiros, que a bordo tenham installado apparelhos Art. 112.° Feita a apprehensão, será lavrado o respectivo
de telegraphia dos systemas indicados no artigo 102.° será auto em triplicado pelos funccionarios que a ella tiverem
permittida a correspondencia clo mar para a terra, unica- assistido, remettendo-se o material para os armazens da
mente por intermedio das estações ou postos semaphori- Direeção Geral dos Correios e Telegraphos ou sendo con-
cos, servidos por pessoal do Estado. servado na localidade para ser vendido, como mais convier.
No interior clos portos ou nas aguas territoriaes, o Go- Art. 113." O material apprehendido será aproveitado
verno reserva-se o direito de fixar em cada occasião e para nos serviços dependentes da Direeção Geral dos Correios
cada navio as condições em que poderão fazer uso dos ap- e Telegraphos ou será vendido, como melhor convier.
parelhos, as quaes poderão variar desde a maxima liber- Art. 114.° O producto do material vendido dará entra-
dade cle emprego até á formal prohibição cle por elles da nos cofres publicos como receita dos telegraphos.
transmittirem ou receberem quaesquer sinaes. Art. l l õ . ° Um clos exemplares clo auto a que se refere
Os navios portugueses mercantes só poderão montar es- 0 artigo 112.° será entregue á auctoridade policiál que ti -
tações de telegraphia electrica sem fios depois de solici- ver assistido á apprehensão ; os outros exemplares serão en-
citarem licença ao Ministerio cla Marinha, sendo por esta viados á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos para
Secretaria cle Estado expedido o diploma cla concessão com ser archivado um cVelles e remettido o terceiro ao poder
as clausulas que o Estado tenha por convenientcs. judicial para instaurar o respectivo processo judicial.
Os navios mercantes estrangeiros que entrem em portos Art. 116." Q,uando tenham logar as contravenções a
portugueses ou permaneçam nas aguas territoriaes portu- que se refere o artigo 69.° da mencionada organização, os
guesas serão obrigados a manifestar a existencia dos ap- funccionarios das circunscripções telegraphicas são com-
parelhos de telegraphia sem fios que porventura tragam petentes para fazer as intimações, proceder á destruicão
a bordo, sendo-lhes então notilicadas as condições em que das plantações ou construcções e levantar os autos respe-
será licito servirem-se d'elles. ctivos. Estes autos serão pelos mesmos funccionarios re-
Art. 108.° As condições cle uso dos apparelhos de tele- mettidos ao poder judicial para se instaurarem os processos
graphia sem fios pelos navios mercantes, a que se refere o crimes correspondentes.
artigo 1()7.°, serão transmittidas a estes navios pelas au- Art. 117.° As contas das despesas clas reparacões clas
ctoridades maritimas, em harmonia com as indicações que linhas telegraphicas ou cle outra especie, pertencentes ao
para este fim tenham recebido do Governo, pela Direccão Estado, destruidas ou prejudicadas por inadvertencia ou
Geral dos Correios e Telegraphos. malevolencia, serão, nos termos do artigo 112.° da refe-
As clausulas das licenças a que se refere o mesmo ar- rida organização, fonnuladas pelos chefes das circunscri-
tigo serão tambem fonnuladas em harmonia com as or- pções telegraphicas, sobre os elementos fornecidos pelos
dens que o Governo der por intermedio da mesma Diree- respectivos chefes de secção, e submettidas á approvação
ção Geral, á qual será sempre dado conhecimento cVessas da inspecção geral dos telegraphos e industrias electrica?.
licenças e suas clausulas. Depois de approvadas serão enviadas ao responsavel, que
Art. 109." Contra os que abusivamente tent.em explo- as deverá satisfazer no prazo que lhe fôr marcado, dando
rar ou cxplorem algum dos systemas cle telegraphia a que a sua importancia entrada nos cofres publicos, como receita
se refere o artigo 102.°, bem como contra os quo exeeutem dos telegraphos.
ou furtivamc.nte tcntem executar experiencias e ensaios Não sendo pagas no prazo marcado, serão cobradas pelo
cVesses systemas ou dos apparelhos respectivos, proceclcr- processo das execuções fiscaes, que terá por base aquella
se-ha nos termos do titulo v cVeste regulamento. conta.
§ unico. Em tempo de guerra considerar-se-ha acto de Art. 118.° As contravenções a que se refere o artigo
espionagcm o commettimento dos dclictos a que se refere 113." da organização acima referida serão puniclas pelo
este artigo. 1 poder judicial, mediante processo criminal que terá por
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base o auto respectivo levantado pelos funccionarios tele- e) O e s t a b e l e c i m e n t o d e l i n h a s q u e c o m o u t r a s j á a u c t o -


grapho-postaes. Qualquer funccionario telegrapho-postal ó r i z a d a s c o n s t i t u a m rede, n o s t e r m o s d a s a l i n e a s a ) , 6), c )
competente para levantar estes autos. ou d).
§ 1.° Considera-se posto ou estação qualquer apparelho
TITULO V ou conjunto de apparelhos que permitta a permutação cle
communicações a distancia, ou a permutação ou commu-
CAPITULO UNICO taçâo automatica de linhas, ou conjuntamente algumas ou
DisposiçOes geraes e transitorias todas estas funcções, ou que como tal fôr classificado na
Direccão Geral clos Correios e Telegraphos.
Art. 119.° As funcções distribuidas pelo presente regu- § 2.° Não se oomprehendem nas disposições do § 1." os
lamento á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos se- apparelhos de simples chamada a distancia que po.sam
rão desempenhadas por este em harmonia com as disposi- considerar-se como extensão de um posto ou estação.
ções do artigo 6.° da organização do pessoal dos telegra- A r t . 3.° As linhas telegraphicas e telephonicas estabe-
phos, correios e fiscalização das industrias electricas. lecidas nos termos do artigo 1.° serão exclusivamente
§ unico. Emquanto durar o regime transitorio a que se empregadas para serviço clos respectivos concessionarios,
refere o artigo 115.° da mesma organização serão aquellas não podenclo, em caso algum, ser ligadas, sem auctoriza-
funcções desempenhadas pelo inspector geral dos telegra- cão do Governo. com qualquer outro fio telegraphico ou
phos e industrias electricas. telephonico pertencente ao Estado ou a alguma empresa
Paço, em 28 de junho de 1902. = Manuel Francisco de ou particular.
Vargas. Art. 4.° O Governo reserva-se o direito cle fiscalizar
D. do Cr. 11.° 159, de 19 de julho.
o uso das linhas concedidas, bem como o estado dos res-
pectivos apparelhos e o seu emprego.
§ unico. Esta fiscalização será exercida pela Direccão
Usando da auctorização concedida ao Governo pelo. ar- Geral dos Correios e Telegraphos.
tigo 115.° da organização dos serviços dos telegraphos, Art. 5.° Os concessionarios de licenças para estabele-
correios e fiscalização clas industrias electricas, appro- cimento cle linhas particulares ficam obrigados a effectuar
vada pelo decreto com força de lei de 24 de dezembro de á sua custa, sempre que lhes sejam exigidas, as obras de
1901: hei por bem approvar o regulamento das conces- consolidação e reparaçâo que a Direccão Geral clos Cor-
sões de licenças para o estabelecimento e exploração cle reios e Telegraphos julgar necessarias, a fim de assegurar
linhas e estações telegraphicas ou telephonicas e estações se- a perfeita estabilidade dessas linhas e evitar cjue ellas
maphoricas a cargo cle particulares, que faz parte d'este prejudiquem as do Estado ou as de outros particulares ou
decreto e baixa assignado pelo Ministro e Secretario de empresas devidamente auctorizadas, e bem assim a fazer
Estado dos Negocios das Obras Publicas, Commercio e no traçado das mesmas linhas as alterações que a referida
Industria. Direccão Geral julgar necessarias.
O Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Se- Art. 6." Os concessionarios ficam obrigados a indemni-
cretario de Estado dos Negocios do Reino, e os Ministros zar todos os damnos e prejuizos causados pelas suas linhas
e Secretarios de Estado das diversas repartições, assim o e installações, pelos seus empregados e agentes, nas linhas
tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 cle telegraphicas ou telephonicas clo Estado, nas de particula-
junho de 1902. = REI. — Émesto Rodolpho Hintze Ri- res devidamente auctorizadas, e nas propriedades alheias.
leiro = Árthur Alberto de Campos Henriques — Fernando Art. 7.° No estabelecimento das linhas telegraphicas o
Mattozo Santos — Luiz Augusto Pimentel Pinto = Antonio telephonicas a que se refere este capitulo deve satisfa-
Teixeira de Sousa = Manuel Francisco de Vargas. zer-se ás seguintes condições:
a) Os fios d'estas linhas serão collocados por fórma que
não possam causar prejuizo aos das linhas telegraphicas e
Regulamento das concessões de licènças para o estabelecimento
telephonicas do Estado, ou de empresas ou particulares
e exploração de linhas e estações telegraphicas
devidamente auctorizados;
e telephonicas e estações semaphoricas a cargo de particulares
b) Quando se cruzern com os das linhas telegraphicas
CAPITULO I ou telephonicas do Estado, com os das linhas pertencentes
a empresas legalmente auctorizadas para o estabelecimento
Linhas e estações telegraphicas e telephonicas
de communicações telegraphicas ou telephonicas para a
Artigo 1.° As concessões de licenças para o estabeleci- correspondencia publica, ou com os das linhas pertencen-
mento de linhas e estações telegraphicas ou telephonicas tes a empresas de caminho do ferro devidamente. aucto-
particulares ficam sujeitas ás condições geraes e ao paga- rizadas, devem os fios das linhas particulares passar, em
mento das quantias estabelecidas nos artigos l õ . ° e 29.° regra, sob os fios cTcssas differentes linhas; ou, quando isto
a 31.° da organização dos serviços dos telegraphos, correios não seja possivel, deve o cruzamento f a z e r - s e com tod;:s as
e fiscalização das industrias electricas, cle 24 de dezembro condições de segurança que forem exigidas p e l a Direeção
de 1901, aos prcceitos fixados neste regulamento, e ás Geral clos Correios e Telegraphos;
clausulas especiaes que pelo Governo ou pela Direccão c) Nos pontos de cruzamento das linhas particulares
Geral dos Correios e Telegraphos forem julgadas conve- com as do Estado poder-se-ha exigir a collocação, á custa
nientes em cada caso. dos concessionarios, dc fios de resguardo, devidamente con-
Art. 2.° O Estado reserva-se o direito exclusivo da ex- solidados, parallelos aos das linhas clo Estado e destina-
ploração de linhas que constituam uma rede,. Para os eífei- dos a protegê-las;
tos d'este regulamento entende-se que constituem rede: d) A distancia minima entre os fios telegraphicos clo Es-
a) Tres ou mais linhas irradiando de um posto ou es- tado e os dos particulares será, em regra, dentro das po-
tação commum, qualquer que seja o numero de postos ou voações de 2 metros, contados entre os pontos mais pro-
estações d'essas linhas ; ximos, e fóra das povoações cle 10 metros.
b) Duas ou mais linhas que tenham uma estação ou Art. 8.° O Governo reserva-se o direito de impor aos
posto commum, se alguma d'essas linhas tiver mais de um concessionarios quaesquer outras condições que o inte-
posto ou estação ; resse publico aconselhe, embora não se achem cleelara-
c) Uma linha com mais cle dois postos ou estações; das neste regulamento, o o de exigir que as construcções
d) Todas as combinações mais complcxas clo que as in- sejam effectuadas pelo pessoal telegrapho postal á custa
dicadas nas alineas a), b) e c). do concessionario.
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Art. 9.° Os individuos que pretenderem licença para o determine que sejam construidas por esse pessoal todas as
estabclecimento de linhas e estações que estejam nas con- linhas d'esta especie, serão notificadas aos individuos que
dições do artigo 15.° da organização a que se refere o ar- as tiverem requerido as importancias dos respectivos orça-
tigo 1.° d'este regulamento apresentarão os seus requeri- mentos de despesa. Só depois de cobrada a sua importan-
mentos directamente á Direccão Geral dos Correios e Te- cia, nos termos dos regulamentos se concederá a licença,
legraphos acompanhados dos seguintes documentos: que fica outrosim sujeita ás demais condições d'este regu-
1.° Declaração authentica assignada e reconhecida por lamento.
tabellião em que declarem sujeitar-se ás condições geraes Art. 16.° A fiscalização clas linhas e estações particu-
estabelecidas pelo artigo 15.° da organização acima men- lares ineumbe as circunscripções telegraphicas e funccio-
cionada, ás d'este regulamento e ás especiaes que o Go- narios da sua dependencia. E s t e s funccionarios são com-
verno ou a Direccão Geral dos Correios e Telegraphos jul- petentes para em nome da Direccão Geral clos Correios e
garem convenientes, bem como a quaesquer outras que o Telegraphos fazer intimações ou appreliensões, levantar
Governo estabeleça de futuro; autos, requisitar a captura ou prender os delinquentes em
2.° Auctorização para o estabelecimento dos apoios, con- flagrante delicto e proceder a quaesquer diligencias ou
cedida por escrito pelos proprietarios dos terrenos ou edi- promover quaesquer processos judiciaes, 110 que respeita
ficios em quo tenham de estabelecer-se ou pela repartição a este serviço.
ou auctoridade a que pertença a conservação da via pu- § unico. O serviço de fiscalização será desempenhado
blica em que devam ser implantados ; pelos engenheiros e pessoal do quadro telegrapho-postal,
o.° Pianta, em triplicado, devidamente sellada, do tra- em serviço nas circunscripções telegraphicas, e por guar-
çado da linha pedida e memoria descriptiva da installação da-fios ajuramentados.
projectada, tudo assignado pelo requerente e por enge- Art. 17. 0 São applicaveis ás linhas telegraphicas ou te-
nheiro ou individuo de idoneidade technica que se respon- lephonicas particulares as prescripções legaes que garan-
sabilize pela execução dos trabalhos e pela exploração clas tem 0 sigillo das correspondencias. Só os empregados
linhas, caso seja concedida a licença. telegrapho-postaes dependentes da Direccão Geral dos
§ unico. E s t e s requerimentos serão entregues na 2. a Correios e Telegraphos teem 0 direito de fiscalizar 0 uso
repartição da referida Direccão Geral, sendo expressa- das linhas e estações particulares, devendo para este fim
mente prohibido aos empregados telegrapho-postaes dos ser- dar-se-lhes livre accesso a todas as installações particula-
viços externos acceitâ-los para serem enviados áquella re- res, quando 0 exijam.
partição. CAPITULO II
Art. 10.° No caso de serem concedidas as licenças se-
rão os respectivos concessionarios avisados para o paga- LigaçSo telephonica ou telegraphica com as estações
mento adeantado das quantias fixadas no artigo l õ . ° da (lo Estado
organização acima mencionada., nos termos fixados no re- Art. 18.° O Governo poderá permittir que se estabe-
gulamento de contabilidade das receitas e despesas dos te- leçam linhas telegraphicas ou telephonicas destinadas a li-
legraphos e correios. gar as estações telegraphicas do Estado com estabeleci-
§ 1.° Para regularidade cla cobrança pagar-se-ha na mentos particulares, comtanto que e3tas linhas se appli-
occasião em que fôr feita a concessão a quota parte d'aquel- quem exclusivamente á transmissão para estas estações do
las quantias correspondente ao periodo que decorrer até Estado, ou á recepção d'ellas, de telegrammas originarios
ao fim do anno civil correspondente, devendo as quantias ou destinados, a esses estabelecimentos particulares.
relativas aos annos seguintes ser pagas adeantada e an- Art. 19.° É condição essencial d'esta auctorização o
nualmente. direito de fiscalização illimitada por parte do Estado e a
§ 2." Pela concessão cVestas licenças não são devidos obrigação de se sujeitarem os concessionarios a todas as
emolumentos de secretaria. clausulas e condições d'este regulamento.
Art. 11." Effectuado o pagamento, o concessionario Art. 20.° As linhas estabelecidas nas condições prece-
ou seu reprcsentante entregará na 2. a repartição da Di- dentes serão consideradas linhas particulares. Os seus pro-
reccão Geral dos Correios e Telegraphos o respectivo re- prietarios pagarão porem, alem das quantias indicadas no
cibo, sendo-lhe entregue o titulo de licença depois de pago artigo 15.° da organização dos serviços dos telegraphos,
o devido sêllo. correios e fiscalização das industrias electricas, as seguin-
§ unico. Os pagamentos das quantias devidas por con tes :
cessões dc licenças para linhas particulares no continente S e a transmissão entre a estação clo Estado e a particu-
do reino eíTeetua-se somente em Lisboa. lar se fizer telegraphicamente — a quantia de 5 réis de
Art. 12." Só depois de recebido o titulo de li-ença po- taxa especial por cada palavra transmittida entre as dtias
derá o concessionario começar os trabalhos de construcção estações.
e installação. Se. a transmissão fôr telephonica — a quantia que 0 Go-
§ unico. Sc os trabalhos forem começados antes d'esta verno fixar em cada caso especial.
data, o requerente será considerado incurso nas disposi- § 1.° Alem das quantias designadas neste artigo, 03
ções do § 4." do artigo 15." da organização acima refe- telegrammas transmittidos ou recebidos pela estação do
rida. Estaclo ficarn sujeitos ás taxas estabelecidas para 0 serviço
Art. 13.° As licenças concedidas consideram-se caduca- interior ou internacional, incluindo as de proprio e quaes-
das no todo ou cm parte se não forem aproveitadas no quer outras especiaes, sendo aquellas quantias destinadas
prazo marcado no respectivo titulo, que, em regra, sera apenas ao pagamento do serviço especial feito alem cla rede
cle noventa dias da data do mesmo. do Estado.
Art. 14." Os titulos de licença serão apresentados á § 2.° Os telegrammas transmittidos pelas linhas a que
2. a repartição da Direccão Geral dos Correios c Telegra- se refere este artigo serão sempre enviados ao seu des-
phos todos os annos antes do dia 26 de dezembro, para tino pelos meios usuaes e como se estas linhas não exis-
pagamento da taxa annual respectiva e a fim cle nelles ser tisseni.
lançada a nota do pagamento effectuado. Na falta do eum-
CAPITULO III
primento cVesta prescripção, o concessionario será consi-
derado incurso na ponalidade a que se refere 0 § 4.° do EstaçOes semaphoricas
a r t i g o 15." da organização acima referida. Art. 21.° A s concessões de licenças para 0 estabeleci-
Art. lo." Quando 0 Governo resolva mandar estabelecer mento de estações semaphoricas a cargo de particulares
pelo pessoal telegrapho-postal alguma linha particular ou ficam sujeitas ás condições geraes e ao pagamento das
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quantias a que se referem os artigos 28.° a 31.° da orga- CAPITULO IV


nização dos serviços dos telegraphos, correios e fiscaliza- Fiscalisação de empresas quc exploram serviços publicos
ção das industrias electricas, de 2 4 de dezembro de 1901, telegraphicos ou telephonieos
e bem assim aos preceitos d'este regulamento e ás clau-
Art. 28.° O estabelecimento e exploração dos serviços
sulas especiaes que o Governo, pela Direeção Geral dos
publicos cle telegraphos e telephones, concedidos a empre-
Correios e Telegraphos, julgar conveniente impor-lhes em
sas por lei especial, serão fiscalizados pela Direeção Ge-
cada caso.
ral dos Correios e Telegraphos, em harmonia com as dis-
Art. 22.° A s linhas telegraphicas que hajam de esta- posições especiaes das respectivas concessões.
beleeer-se para ligação das estações semaphoricas a cargo Art. 29.° A s disposições do artigo 28." são applicaveis
de particulares á rede do Estado serão encargo d'aquel- aos serviços de quaesquer empresas que, em virtude de
les, mas serão construidas e conservadas pelo pessoal te- clausula particular dos seus contratos ou concessões, te-
legrapho-postal. nham fiscaes especiaes, ficando estes para todos os effei-
§ unico. A s despesas de estabelecimento e conservação tos directamente subordinados á Inspecção Geral dos Te-
d'estas linhas serão pagas adeantadamente pelos conces- legraphos e Industrias Electricas, da qual receberão to-
sionarios, mediante orçamentos elaborados pela Direccão das as ordens e instrucções relativas ao seu serviço.
p P
Geral dos Correios e Telegraphos, nos termos em que são Art. 30.° Aos fiscaes especiaes a que se refere o ar-
pagas as despesas relativas ás estações do Estado estabe- tigo 29.° serão distribuidos, principalmente, os serviços cle
lecidas a pedido de particulares. fiscalização ordinaria e commercial clas explorações, com
Art. 23.° Os individuos que desejarem estabelecer á exclusão dos que sejam de earaeter technico.
sua custa estações semaphoricas apresentarão os seus
requerimentos clirectamente á Direeção Geral dos Cor- CAPITULO V
reios e Telegraphos, acompanhados dos seguintes docu-
mentos : ContriivençOes
1.° Declaração authentica, assignada pelo requerente e Art. 31." Quando o Governo tiver eonhecimento de
reconhecida por tabellião, em que declare acceitar as con- qualquer contravenção ás disposições do artigo 4.° da or-
dições estabelecidas na organização acima meneionada e ganização dos serviços dos telegraphos, correios e fiscaliza-
neste regulamento, as clausulas especiaes quc o Governo ção das industrias electricas, de 2 4 cle dezembro cle 1 9 0 1 ,
julgue conveniente impor, e bem assim quaesquer outras ou quando haja de applicar-se o disposto no § 4.° do ar-
que de futuro o Governo estabeleça; tigo 15." ou as do § 2.° do artigo 28.° da mesma organi-
2.° Titulo de propriedade c posse do terreno em que zação ou quaesquer outras que determinem a inutilizaçãe
se pretende estabelecer a estação; de qualquer linha ou estação e a apprehensão do respe-
3.° Declaração de que o proprietario se obriga a não ctivo material, a Direeção Geral dos Correios e Telegra-
dispor d'este terreno emquanto a estação existir, e a ven- phos formulará o respectivo mandado e nomeará o func-
dê-lo ao Estado, pelo seu valor, avaliado por peritos, nos cionario ou funccionarios que devem executá-lo e os que
termos legaes, quando o Gtoverno queira expropriá-lo e devem coadjuvar a diligencia.
tomar conta da estação; Art. 32.° O mandado a que se refere o artigo 31.° será
4.° Planta em triplicado, devidamente sellada, do ter- antes de cumprido apresentado á auctoridade policial da
reno em que se pretende estabelecer a estação e da lo- localidade em que deva realizar-se a apprehensão.
ealidade em que está situado, até 2 kilometros de distan- A auctoridade policial deverá immediatamente pôr á dis-
cia ; posicão do funccionario telegrapho-postal a força necessa-
5.° Documento em que prove ter efíectuado na Caixa ria para a execução do mandado.
Geral de Depositos um deposito de 5 0 0 ^ 0 0 0 réis, á or- § unico. As auctoridades policiaes a quem compete coa-
dem da Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, como djuvar, nos termos d'este artigo, a execução dos mandados
garantia das annuidades devidas pelo estabelecimento da de apprehensão são as seguintes:
estação, deposito que será conservado emquanto esta 1.° E m Lisboa, Porto e capitaes dos districtos adminis-
existir. trativos, os commandantes dos respectivos corpos de poli-
Art. 24.° líecebido o requerimento, o Governo resol- cia civil;
verá se este deve ser tomado em consideração. No caso 2.° Nas demais localidacles, os administradores dos res
affirmativo será aberto um inquerito sobre a importancia pectivos concelhos.
da estação, influencia que poderá ter na navegação e nos Art. 33.° Feita a apprehensão será lavrado o respectivo
serviços do Estado, e acêrca da conveniencia ou inconve- auto em triplicado pelos funccionarios que a ella tiverem
niencía do seu deferimento. assistido, remettendo-se o material para os armazens cla
Neste inquerito serão ouvidas as auctoridades mariti- Direeção Geral dos Correios e Telegraphos ou sendo con-
mas locaes, a Direccão Geral da Marinha e a dos Cor- servado na localidade.
reios e Telegraphos, alem das demais auctoridades e cor- Art. 34.° O material apprehendido será aproveitado nos
porações que se julgar conveniente. serviços dependentes da Direccão Geral dos Correios e
O resultado do inquerito servirá de base á resolução do Telegraphos ou venclido como fôr mais vantajoso.
Ministro das Obras Publicas, Commercio e Industria. Art. 35." O producto clo material venclido dará entrada
Art. 25.° Se o requerimento obtiver deferimento será nos cofres publicos como receita dos telegraphos.
expedido o competente alvará, que será publicado no Dia- Art. 36.° U m dos exemplares do auto a que se refere
rio do Governo, depois de pagas as despesas legaes. o artigo 30.° será entregue á auctoridade policial que ti-
Se o requerimento fôr indeferido, será restituido o de- ver assistido á apprehensão; os outros exemplares serão
posito a que se refere o n.° 5.° do artigo 23.°, depois de envíados á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos,
deduzidas as despesas a que o inquerito tiver dado logar, sendo archivado um cVelles e remettido o terceiro ao po
que serão cobradas como receita dos telegraphos. der judicia! para instaurar o respectivo processo criminal.
Art. 26.° São applicaveis a estas licenças as disposi-
ções do § unico do artigo 9.° e dos artigos Í0.°, 11.°, 14.°, CAPITULO VI
l õ . ° e 16.° d'este regulamento.
Art. 27.° Quando por motivo legal seja cassada a li- Disposições geraes e transitorias
cença para exploração da este ">-. semaphorica, será pu- Art. 37.° O Governo depois da promulgação d'este re-
blicado no Diario do Governo o resj- ^ ' v o diploma. gulamento fará annunciar no Diario do Governo, em dois
34
Junho 28 530 1902

clos principaes jornaes diarios de Lisboa e Porto, em jor- Para os serviços dos telegraphos:
naes clas capitaes dos outros districtos administrativos e a) Contas correntes com os ministerios e auctoridades
por editaes affixados nas estações telegraphicas e telegra- pelos telegrammas officiaes internacionaes expedidos a cre-
pho-postaes que no prazo improrogavel cle trinta dias, dito ;
contados da publicação do annuncio na Folha Official, os b) Contas correntes com as companhias de cabos sub-
proprietarios clas linhas telegraphicas ou telephonicas par- marinos e com as administrações telegraphicas estrangei-
ticulares actualmente existentes deverão requerer a ra- ras pelo rendimento telegraphico internacional;
tificacão das respectivas concessões e satisfazer as impor- c) Conta geral das receitas dos telegraphos cobradas pe-
tancias que devorem ao Estado, sob pena de soffrerem as las estações, comprehendendo os rendimentos a que se re-
penalidades a que se refere o capitulo iv. ferem as alineas b) a e) e h) do artigo 11.° da organização
Art. 38.° As funcções distribuidas por este regulamento clos serviços de contabilidade dos telegraphos e correios
á Direeção Geral dos Correios e Telegraphos serão desem- de 30 de dezembro cle 1901, bem como os rendimentos
penhadas pela Inspecção Geral dos Telegraphos e In- relativos aos serviços de telegraphos e de fiscalização das
dustrias Electricas, emquanto clurar o regime provisorio industrias electricas a que se referem as alineas i) a l) do
a que se refere o artigo 115.° da organização de 30 de mesmo artigo;
dezembro de 1901. d) Conta da parte nacional do rendimento telegraphico
Paço, em 28 cle junho cle 1902. = Manuel Francisco de internacional, organizada nos termos do artigo 13.° da re-
Vargas. ferida organização dos serviços de contabilidade clos tele-
U . do Ch 11." 139, de 13 de j u l h o .
graphos e correios, de 30 de dezembro de 1901.
Para o serviço dos correios:
e) Conta clo producto da venda de sellos e outras for-
mulas cle franquia dos' correios;
Usando da auctorização concedida ao Governo pelo ar-
tigo 17." da organização clos serviços cle contabilidade clos f ) Conta clas receitas postaes a que se refere a alinea g)
telegraphos e correios, approvada pelo decreto com força do artigo 11.° da organização clos serviços de contabili-
de lei de 30 de dezembro cle 1901: hei por bem approvar dade clos telegraphos e correios, de 30 de dezembro de
o reirulamento clo serviço 1901 e das receitas avulsas de correios.
O p cle contabilidade das receitas e Para os serviços communs:
despesas dos telegraphos, correios e fiscalização clas indus- g) Contas correntes dos alcances dos exactores depen-
trias electricas, que faz parte d'este decreto e baixa assir dentes da Direccão Geral clos Correios e Telegraphos;
gnado pelos Ministros e Secretarios de Estado dos Nego- h) Contas correntes pelos adeantamentos a funccionarios
cios da Fazenda e do das Obras Publieas, Commercio e telegrapho-postaes;
Industria. i) Conta geral das despesas dos serviços clos telegra-
Os mesmos Ministros e Secretarios cle Estado assim o phos e correios.
tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 junho
§ unico. Com os elementos fornecidos por estes livros
de 1902. = REI. — Fernando Mattozo Santos — Manuel organizar-se-ha na mesma repartição, nos termos do ar-
Francisco de Vargas. tigo 11.° da organização dos serviços de contabilidade dos
telegraphos e correios, de 30 de dezembro de 1901, a
Rogiilamento (lo serviço de contabilidade das receitas e despesas Conta, geral da receita e despesa clos serviços dos telegra-
dos telegraphos, correios e fiscalização das industrias electricas phos e correios.
Art. 3.° Cada um dos directores das Repartições de Fa-
CAPITULO I zenda clos districtos enviará á Direccão Geral dos Correios
e Telegraphos até ao dia l õ cle cada mês duas notas, in-
Disposições geraes dicando uma as importancias provenientes clos rendimen-
Artigo 1.° O serviço de contabilidade das receitas e tos telegraphicos e outras receitas por operações de the-
despesas dos telegraphos, correios e fiscalização clas indus- souraria entregues no mês anterior pelos responsaveis de-
trias electricas é dosempcnhado pelas estações dependen- pendentes da referida Direeção nos differentes cofres de
tes da Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, nos fazenda, e outra indicando as importancias provenientes
termos d'este regulamento e segundo as instrucções expe- cle rendimentos postaes e respectivas operações de The-
didas pela mesma Direccão Geral e pela Inspecção Geral souraria.
dos Telegraphos e Industrias Electricas. Art. 4." Como elemento de confercncia, a Direccão Ge-
§ 1.° A Direeção Geral de Contabilidade Publica c re- ral dos Correios e. Telegraphos enviará annualmente ató
partições de sua dependencia interveein nos serviços de ao dia 30 de setembro, á Direccão Geral cla Contabili-
que trata este artigo pelo modo precoituado na legislação dade Publica, uma tabella indicando, por classes de re-
actualmente vigente ou na que de futuro a substituir. ceita e cm cada um dos districtos administrativos do con-
§ 2.° A fiscalização e conferencia do serviço telegra- tinente clo Reino e ilhas adjacentes, as importancias pro-
phico são dirigidas pela 3. a Repartição cla Direccão Geral venientes de rendimentos e operações de thesouraria en-
dos Correios e Telegraphos, o a fiscalização e confercncia tregues no anno anterior.
do serviço postal são dirigidas pela 4, a Repartição cla Art. 5.° A Direeção Geral dos Correios e Telegraphos
mesma Direccão Geral. enviará annualmente até 30 de setembro á Direccão Ge-
§ 3.° A õ. a Repartição da Direeção Geral dos Correios ral da Contabilidade Publica, e em harmonia com as in-
e Telegraphos centraliza na sua primeira divisão os servi- dicações cla conta a que se refere o § unico do artigo 2.°,
ços de verifieação das contas das estações e serviços. uma nota em que se indique a importancia real clo ren-
$ 4." O serviço de contabilidade do material telegra- dimento telegraphico nacional e internacional no anno eco-
pho-postal e o dos fornecimentos respectivos serão feitos nomico anterior cm vista clo apuramento feito.
nos termos do regulamento especial, eabendo a superin- Art. G.° Os modelos cle irnpressos citados neste regula-
tendencia d'estes sorvieos á 2. a Repartição cla referida mento podem ser alterados quando a Direccão Geral dos
Direeção Geral. Correios e Telegraphos assim o entender.
Art. 2." Na l . a divisão da 5. a Repartição da Direccão Art. 7.° Continua a não ser abonada pelo Ministerio das
Geral dos Correios e Telegraphos haverá, alem de outros Obras Publieas, Commercio e Industria quota de cobrança
que se julguem convenientes, os seguintes livros organi- aos exactores cle fazenda pela arrecadação das receitas te-
zados com os elementos de que trata este regulamento. legrapho-postaes de qualquer ordem.
1902 531 Junho 28

CAPITULO II portancias devidas a Portugal por saldo de contas com as


administrações telegraphicas ou postaes estrangeiras serão
Modo de escripturar as importancias entregues nos cofres
dependentes do Ministerio da Fazenda endossadas a favor do thesoureiro geral do Ministerio da
Fazenda, e remettidas a este pela repartição respectiva,
Art. 8.° As importancias provenientes de venda de sel- como dinheiro effectivo, acompanhadas das competentes
los e outras formulas de franquia, de rendimento postal, guias, modelo n.° 298.
ou de rendimento telegraphico nacional, entregues no Banco Art. 12.° A importancia das taxas correspondentes ás
de Portugal, como caixa geral do Thesouro, nas suas encommendas postaes consideradas refugo, vendidas pelas
ageneias nos districtos, nas recebedorias clos concelhos, alfandegas, será entregue pelo thesoureiro d'estas, me-
serão desde logo escripturadas como rendimento do The- diante recibo, aos fieis chefes das secções competentes das
souro, na classe dos proprios nacionaes, e sob a epigraphe estaçSes centraes dos correios de Lisboa e Porto, os quaes
de telegraphos e correios, indicando-se pela designação cle: serão debitados por essa importancia como taxas de en-
a) Rendimento telegraphico nacional — as importancias commendas postaes distribuidas.
provenientes cle taxas cle telegrammas nacionaes, cobra- Art. 13.° As receitas arrecadadas pelos fieis dos servi-
das a dinheiro e outras receitas inherentes a estes; as im- ços dos telegraphos ou correios de Lisboa e Porto serão
portancias de prestações relativas âs estações subveneio- entregues todas as segundas, quartas e sextas feiras, ou
nadas pelas corporações administrativas ou particulares, de no primeiro dia util immediato se algum d'esses fôr santi-
quantias recebidas de particulares pelo estabelecimento de ficado ou feriado :
linhas ou por prolongamento de horario nas estações e por a) Em Lisboa — no Banco cle Portugal, como caixa ge-
certidões e copias de telegrammas; as quantias pagas pelas ral do Thesouro;
administrações e companhias estrangeiras como garantias b) No Porto — na respectiva caixa filial ou agencia do
de trafico, subvençoes e semelhantes, e todas a3 prove- Banco de Portugal.
nientes clos serviços telegraphicos que assim sejam man- § 1.° A s disposições d'este artigo referem-se tanto ao
dadas classificar pelo Ministro das Obras Publicas, Com- producto da venda cle sellos e de outras formulas de fran-
mercio e Industria; quia, como ao rendimento postal e telegi'aphico, quantias
b) Sellos e mais formulas de franquia — as importan- a creditos dos correios estrangeiros, encommendas pos-
cias provenientes cla respectiva venda; taes e outras receitas avulsas, salvo o disposto no § 2.°
c) Rendimento postal — producto da avença de jornaes, § 2.° O producto da venda de sellos e mais formulas
importancias provenientes dos sellos de porteado, premios de franquia, arreeadado pelos fieis-chefes das primeiras
pela emissão cle vales nacionaes, quota parte perteneente secções das estações centraes dos correios de Lisboa e
a Portugal dos premios cle emissão e pagamento cle vales Porto, será entregue diariamente.
internacionaes e ultramarinas, multas por cartas e encom- § 3." O producto da emissão de vales será entregue
mendas apprehendidas por qualquer motivo; annuidades nos cofres já citados neste artigo, segundo o preceituado
pela collocação cle caixas de correio a pedido de particula- especialmente para o serviço da permutação de fundos.
res, pelas correspondencias apartadas e pela assistencia § 4.° As importancias cobradas por direitos fiscaes se-
e veritieação das encommendas, taxas - de encommendas rão entregues na thesouraria da respectiva alfandega, con-
internacionaes distribuidas, producto de empacotagem e forme determinam as disposiçoes especiaes para o serviço
lucro na venda do respectivo material, taxas e armazena- de encommendas postaes.
gem cle encommendas vendidas em leilâo; quots parte no Art. 14.° Para a entrega das receitas arrecadadas pe-
premio de cobrança de recibos, letras e obrigações estran- los fieis das estações centraes dos telegraphos ou correios
geiras e producto cla venda de impressos relativos ao ser- de Lisboa e Porto usar-se hão guias dos modelos seguin-
viço postal; tes :
Art. 9.° Serão escripturadas como operações cle the- N.° 314 — Para o rendimento telegraphico-nacional;
souraria, sob a epigraphe de: N.° 310 — Para o rendimento telegraphico-internacio-
a) Rrndimento telegraphico internacional—as importan- nal;
cias provenientes de rendimento telegraphico internacional. N.° 313 — Para o rendimento postal; para o producto
•h) V'ths nacionaes — as importancias cobradas em Por- da venda de sellos e outras formulas de franquia; para o
tugal para emissão de vales nacionaes, e as importancias producto da emissão de vales ultramarinos (em vista das
remettidas pelo correio brasiieiro para emissões de vales guias, moclelo n.° 34); para a parte do premio de emissão
em Lisboa; cle vales perteneente aos correios estrangeiros e ultrama-
c) Vales uitramarinos — as importancias provenientes da rinos ; para as quotas relativas a encommendas a abonar
emissão de vales ultramarinos, a parte dos premios de aos correios estrangeiros; para os impostos fiscaes.
emissão perteneente ás provincias ultramarinas;
§ 1.° Para as guias supra indicadas haverá em cada uma
d) Vales internacionaes — as importancias provenientes
das estações uma só numeração para cada anno economico,
de emissão de vales internacionaes, as quantias recebidas por
correspondendo o n.° 1 á primeira entrega de. julho.
deposito para serem convertidas em vaies de correio em
§ 2.° As guias serão passadas em duplicado, ficando
paises estrangeiros (permutaçãu cle fundos por meio de listas),
respectivamente uma d'ellas archivada na 3. a secção da
a parte dos premios de emissão pertencentes aos correios
ectação telegraphica central ou na 7. a da estação central
estrangeiros, e as quantias recebidas de correios estrangeiros
dos correios de Lisboa e na G.a da do Porto.
para pagamento do saldo de contas de vales internacionaes.
Art. 15.° Os chefes das estações urbanas que tiverem
Art. 10.° O Ministerio da Fazenda, pelas repartiçoes
a seu cargo a cobrança de rendimentos farão a sua entre-
competentes, enviará á Direccão Geral dos Correios e Te-
ga por passagem de fundos, aos fieis respectivos, conforme
legraphos, no fim de cada mês, os eleinentos a que se re-
a proveniencia das quantias cobradas nos dias que a Di-
fere o artigo 13.° da organização dos serviços cle conta-
reccão Geral dos Correios e Telegraphos determinar.
bilidade dos telegraphos e correios, de 30 de dezembro
§ unico. Para cada entrega seguir-se-hão as regras se-
de 1901, para organização da conta de que trata a alinea guintes :
á) do artigo 2.° d'este regulamento.
1. a O chefe da estação passará uma guia que será apre-
CAPITULO III sentada ao chefe da secção de contabilidade e secretaria
3>n nrrecadação das re cellas da respectiva estação central, para ser numerada;
2. a Em presença d'essa guia preencher-se-ha nesta sec-
Art. 11.° As letras ou ordens remettidas á Direccão ção um recibo e respectivos talões que serão apresentados
Geral dos Correios e Telegraphos para pagamento das im- ao competente fiel, com a mesma guia e dinheiro;
Junho 28 582 1902

3. a O fiel, conferindo aquelles dois documentos, assigna- J Art. 21.° As taxas telegraphicas pagas a menos por
rá a guia e o recibo. A guia ficará na referida secção, o erro ou qualquer outra eventualidade e quaesquer outras
recibo e os talões terão o destino indicado nos respectivos quantias devidas pelos expedidores ou destinatarios dos
irnpressos; telegrammas, nos termos dos regulamentos, serão cobra-
4. a A numeração das guias e recibos será feita pela or- das mediante documento passado pelo chefe do serviço
dem por que forem apresentadas; o numero da guia será respectivo e deverão ser immediatamente pagas por quem
igual ao do recibo. as dever. Quando o pagamento se não faça nestes termos,
Art. 16." Nas quartas e sextas feiras de cada semana, a cobrança será feita pelo processo clas execuções fis-
ou nos dias seguintes, se aquelles forem santificados ou caes.
feriados, os chefes das estações urbanas que tiverem a
seu cargo a emissão dos vales entregarão, por passagem V
Entrega de rendimentos eobrados e valores existentes
de fundos, ao fiel chefe de l. a secção da estação central nas estações que forem fechadas temporaria
dos correios as importancias dos vales emittidos até ao dia ou defi.nitivamen.te
antecedente.
Art. 17.° Para a entrega das receitas arrecadadas pelas Art. 22.° Os chefes ou encarregados das estações que
estações urbanas nsar-se-hão irnpressos dos seguintes mo- forem fechadas temporaria ou definitivamente entregarão
delos : no cofre competente, no dia do encerramento da estação,
os a totalidade clo rendimento cobrado que constituir o saldo
Modelos n. S2-B, para o rendimento postal e telegra-
da sua conta. Nesse mesmo clia se realizará tambem:
phico nacional e internacional;
Modelos 26, 28 e 39, para o producto de emissão de a) A reposição, no cofre competente, das importancias
vales. adeantadas á estação para despesas que não podem estar
Art. 18.° Os fieis dos serviços telegrapho-postaes dos dependentes de previa liquidação, requisitando-se para
a
districtos e os chefes ou encarregados das estações (com isso, com a necessaria antecedencia, á 5. Repartição. da
excepção clos das urbanas), deverão entregar: Direccão Geral dos Correios e Telegraphos a competente
1." Sejparadamente, todos os sabbados, ou no ultimo dia guia;
util cla semana, se o sabbado fôr santificado ou feriado, h) A transferencia para a Casa cla Moeda, ou para a es-
o rendimento telegraphico nacional, o internacional e o tação que se ordenar, clos sellos e outras formulas de fran-
rendimento postal; quia e dos sellos de portecido recebidos sem acleantamcnto
2." Nas terças, quintas e sabbados de cada semana, ou de dinheiro, pedindo-se para isso as necessarias instrucções
no primeiro dia util immediato, se aquelles forem santifi- á mesma repartição;
cados ou feriados, o producto da emissão cle vales, nos c) A entrega, na estação que se ordenar, das correspon-
termos clas disposições relativas a este serviço. dencias ordinarias e registadas, das encommendas postaes,
Art. 19." Para a entrega das receitas de que trata o clos documentos relativos ao serviço cla estação e clo mate-
artigo anterior serão devidamente preenchidos: rial, peclindo-se para isso as necessarias instrucções ao
chefe dos serviços respectivos.
a) Pelos fieis dos serviços telegrapho-postaes dos distri-
ctos, as guias modelos :
N.° 314.— Quando se tratar de rendimento telegraphico Entrega das prestações relativas ás estações subvenciona-
nacional; das pelas corporações administrativag ou particulares,
e das quantias devidas por concessão de licenças de linhas
N." 310.— Quando se tratar de rendimento telegraphico telegraphicas ou telephonicas particulares e estações se-
internacional; maphoricas particulares
N." 47."—Quando se tratar do rendimento postal;
N. o s 26 c 39. —Quando se tratar do producto da emis- Art. 23.° A s importancias devidas por corporações ad-
são de vales nacionaes; ministrativas ou particulares que, nos termos legaes, sub-
b) Pelos chefes ou encarregados das estações, recibos vencionam estações serão cobradas como rendimento tele-
modelos: graphico nacional, mediante documento processado em
a
N." 129-A. — Quando se tratar de rendimento telegra- tempo competente na 2. Repartição cla Direccão Geral
phico internacional; dos Correios e Telegraphos, entrando as receitas respecti-
N." 129-B.— Quando se tratar de rendimento telegra- vas no cofre da estação para este fim designada.
phico nacional; § unico. Quando o pagamento não se effectue na epoca
N.° 129.— Quando se tratar de rendimento postal. devida, a sua cobrança será feita pelo processo clas exe-
N." 28 e guias, modelos n."s 26 e 39. — Quando se tra- cuções fiscaes, servindo-lhe cle base o documento a que se
tar do producto cla emissão clc vales nacionaes. refere este artigo.
§ 1." As entregas realizar-se-hão: Art. 24.° O documento a que se refere o artigo 23.°
a) Nas capitaes dos districtos—na respectiva agencia será enviado ao chefe cla estação, enearregado da sua co-
do Banco de Portugal; brança, que enviará, ao interessado, aviso para o paga-
h) Nas outras localidades—nas recebcdorias de comar- mento, no prazo que lhe fôr marcado. Se o pagamento se
ca ou nas suas delegações nos concelhos. realizar, será entregue o documento ao interessado com
§ 2." Os encarregados das estações situadas fóra clas o respectivo recibo devidamente assignado, ficando um clos
sedes dos concelhos podem ser auctorizados pela Direccão talões na estação e sendo o outro devolvido á 2. a reparti-
Geral dos Correios e Telegraphos a entregar os rendi- ção com a declaração de ter sido pago. Sc o pagamento se
mentos de quinze em quinze dias ou mensalmente, conforme não realizar será enviado todo o documento a esta ultima
mais convier ao serviço, quando as quantias cobradas nor- repartição, que promoverá o processo de execução fiscal.
malmcnte sejam cle pouca importancia. § unico. Quando o pagamento se tiver realizado, a 2. a
Art. 20." Os encarregados clas estações que não emittem Repartição assim o communicará ú 3. a , para o effeito da
vales, não teem serviço telegraphico e não permutam ma- vcrificacão clas contas da estação. O talão eonservado nesta
las com as ambulancias postaes, e os depositarios de cai- servirá cle documento justificativo do seu debito.
xas de correios que permutam malas com qualquer esta- Art. 2õ.° As importancias devidas por concessões cle
ção, entrcgam na estação por cujo intermedio recebcm e licenças a particulares para o estabelecimento cle linhas
expedcm as correspondencias os portes eobrados pelas telegraphicas ou telephonicas ou para o de estações sema-
correspondencias não franqueadas ou com franquia insuffi- phoricas serão cobradas, como rendimento telegraphico na-
cieutc quc distribuem, ou qualquer outro rendimento pos- cional, mediante documentos processados pela 2. a Reparti-
tal que accidentalmente cobrarem. ção da Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, en-
1902 533 Junho 28

tranclo as receitas respectivas no cofrc cla estação para d) A s gratificações e. quaesquer outras despesas a que
este fim designada. derem logar os mesmos serviços.
§ 1.° São applicaveis a estas cobranças as disposições Art. 29." A s despesas que devam ser pagas pelo depo-
d o ' § unico clo artigo 23." e as do artigo 24.° sito a que se refere o artigo 28." serão auctorizadas pelo
§ 2.° Não se compreliendem nas disposições d'este ar- Ministro das Obras Publicas, Commercio e Industria, cli-
tigo as quantias cobradas para a fiscalização, a que se re- rector geral dos correios e telegraphos e inspector geral
fere o artigo 27.° dos telegraphos e industrias electricas, nos limites clas
attribuições de cada um e na conformidade com as instruc-
V e n i a do material e papeis inutilizados ções cVaquelle Ministro. Os documentos de despesa serao
organizados como os das demais despesas variaveis e se-
Art. 26.° Os funccionarios dependentes da Direccão Ge- guirão os tramites cVestes.
ral dos Correios c Telegraphos que procederem á venda Art. 30.° Na Repartição de Contabilidade clo Ministerio
de material inutilizado, nos termos do regulamento respec das Obras Publicas, Commercio e Industria abrir-se-ha
tivo, farão entrar no cofrc da estação que para este fim uma conta corrente especial das receitas cobradas e des-
llies fôr designada, antes da entrega dos objectos aos com- pesas pagas por este deposito.
pradores, como rendimento telegraphico nacional, as im-
portancias provenientes da venda effectuada. Cobrança das quantias destinadas ao estabelecimento e
§ 1.° Para as entregas clo producto de venda cle ma- conservação das linhas e e s t a ç õ e s telegraphicas, telepho-
terial inutilizado, será requisitada á 2. a repartição da Di- nicas ou de outra especie que forem julgadas necessarias
para serviços officiaes não dependentes da Direeção Ge-
reeção Geral a competente guia, quer a venda tenha logar ral dos Correios e Telegraphos e das quantias pagas pe-
em Lisboa quer fóra cla capital. O recibo da entrega do los particulares pela construcção e conservação de linhas
producto de venda na estação escolhida deve sempre acom- particirlares
panhar o auto de venda, que será remettido á mesma re-
partição. Art. 31." A s despesas com os serviços de que tratam o
§ 2.° A venda de fitas Morse, minutas e copias de te- artigo 14.° e o § 2.° do artigo 15.° da organização dos ser-
legrammas, registos de apparelhos e outros documentos e viços clos telegraphos, correios e fiscalização clas industrias
papeis considerados como inuteis só terá logar, nos pe- electricas, approvada por decreto com força de lei cle 2 4
rioclos fixados nas leis e regulamento?, mediante auctori- de dezembro de 1901, para o estabelecimento e conserva-
zação especial da Direccão Geral, concedida pela 3. a Re- ção de linhas telegraphicas, telephonicas ou de outra espe-
partição, quando se trate de documentos do serviço tele- cie. necessarias para serviços officiaes não dependentes da
graphico, pela 4. ;l , quando se trate de documentos do Direccão Geral dos Correios e Telegraphos ou de linhas
serviço postal, ou pela õ. a , quando se trate de documen- particulares, serão satisfeitas por um dos seguintes modos :
tos relativos ao serviço cle contabilidade. Cada uma d'es- 1.° Pelo pagamento em tempo opportuno, pelos ministe-
tas repartições passará respectivamcnte a competente guia rios ou serviços de que cssas linhas dependerem ou pelos
clo entrega clo producto cla venda. particulares das folhas de despesas cle ajudas de custo, ac-
§ 3.° As guias serão sempre reenviaclas com os respe- quisição cle material, gratificações e outras quaesquer, or-
ctivos recibos á repartição que as tiver passado a fim ganizadas nos termos d'este regulamento pela Direccão Ge-
d'esta verificar se a entrega se realizou. ral dos Correios e Telegraphos, e pessoal de sua depen-
dencia ;
Cobrança das quantias destinadas á fiscalização de linhas 2.° Por cobrança, no principio cle cada semestre ou de
telegraphicas ou telephonicas particulares, e s t a ç õ e s se- cacla mês, ou nos periodos que se fixarem, pela Direccão
maphoricas particulares e estabelecimento e exploração Geral clos Correios e Telegraphos das quantias destinadas
de industrias electricas áquelle fim.
Art. 27.° As quantias que devam ser pagas pelos con- Art. 32.° No caso clo n.° 2.° do artigo 31.° d'cstc
cessionarios clas licenças a que se referem os artigos 15.°, regulamento as quantias cobradas serão depositaclas na
28.° e 40.° cla organização dos serviços clos telegraphos, Caixa Geral de Depositos, como receita destinada á cons-
correios e fiscalização das indusirias elcctricas, approvada trucção e conservação de linhas do Estado ou dc 'particu-
por decreto com força cle lei de 24 de dezembro de 1002, lares, em dois depositos especiaes que íicarão á orclem do
para custeio das despesas da respectiva fiscalização, serão Ministerio clas Obras Publicas, Commercio e Industria.
cobradas, nos termos do avtigò 32.° da mesma organiza- Art. 33." As quantias a que se refere o artigo 31." se-
ção, mediante guia passada pela 2. a Repartição da Direc- rão levantadas pelo modo fixado no artigo 29.° cVeste re-
cão Geral dos Correios e Telegraphos, como receita para gulamento e applicadas nos termos do artigo 28."
ter entregue na Caixa Geral ae Depositos, á ordem do Mi- Art. 34." Na Repartição de Contabilidade clo Ministerio
nisterio das Obras Publicas, Commercio e Industria, e cons- das Obras Pirblicas, Commercio e Industria abrir-se-lião
t i t u i d o um deposito unico. contas correntes especiaes clas quantias cobradas e das
§ unico. São applicaveis a estas cobranças as disposi- despesas pagas por estes dois depositos.
ções do § unico do artigo 23.°
Art. 28.° A s quantias a que se refere o artigo 27.° se- : CAPITULO IV
rão levantadas por ordem do Ministro clas Obras Publicas,
Co mmercio e Industria, para pagamento exclusivo cle des- Dos pagamentos
pesas de fiscalização, poclendo comprehender-se nestas : 0
Art. 35. O pagamento dos veneimentos do pessoal e das
a) A s ajudas de custo do pessoal technico do quadro demais despesas dos telegraphos e correios será realizado
telegrapho-postal e do pessoal do quadro de engenharia em vista das competentes ordens, passadas preliminar-
civil e seus auxiliares em serviço na Direccão Geral dos mente na respectiva repartição da Direeção Geral cle Con-
Correios e Telegraphos e suas dependencias, que forem tabilidade Publica no Ministerio das Obras Publicas, Com-
empregados em quaesquer serviços de fiscalização das li- mercio e Industria.
nhas particulares ou das'industrias electricas; Art. 36." O pagamento das despesas de material e ou-
b) Os veneimentos e ajudas de custo do pessoal auxi- tras da Direccão Geral clos Correios e Telegraphos que
liar c clo pessoal operario que fôr empregado em quaes- houver dc ser realizado em paiscs estrangeiros deverá ser
quer dos mesmos serviços de fiscalização; | requisitado á repartição da Direeção Geral cla Contabili-
c) O material que fôr necessario adquirir para os mes- ! dade Publica no Ministerio das Obras Publicas, Commercio
mos serviços cle fiscalização ; [ e Industria.
Junho 28 534 1902

Art. 37.° As folhas de pagamentos são processadas e que as veriíicará e remetterâ á referida repartição de con-
verificadas pelos funccionarios abaixo designados e encer- tabilidade.
radas nos dias respectivamente indicados para cada classe:
Construcção e reparação de linhas, material
Folhas de vencimentos e jornaes e despesas aecessorias

1.° Vencimentos ãe categoria e ãe exercicio do pessoal da 10.° Despesas ãe acquisição, reparação e transporte ãe
Direccão Geral ãos Correios e Telegraphos: material e quaesquer outras relativas á construcção e repa-
Processadas na l . a repartição cla mesma Direeção Ge- ração ãe linhas ãependentes ãa Direccão Geral ãos Correios
ral, até ao dia 25 de cada mês, com referencia a todo o e Telegraphos, com excepção ãe jornaes:
mês, e enviadas immediatamente á repartição de contabi- Processadas pelo chefe do serviço dos armazens ou pe-
lidade do Ministerio das Obras Publieas, Commercio e In- los chefes clos serviços externos, nos dias 1 e 15 cle cada
dustria. mês, com referencia á quinzena anterior, ou nos prazos
2.° Vencimentos ãe categoria e exercicio ão pessoal ãos que se designarem nos contratos ou que se fixarem supe-
serviços externos pertencente aos quadros telegrapho-postal riormente, e remettidas á 2. a repartição com todos os do-
e ãe correios ãe Lisboa e Porto: cumentos justiíicativos. Esta repartição, depois de as ve-
Processadas pelos respectivos chefes dos serviços até ao riiicíir, devolverá os documentos justificativos, devidamente
dia 20 de cada mês, com referencia a todo o mês, e en- carimbados, ao serviço dos armazens e as folhas de des-
viadas á l . a repartição da Direeção Geral, que as verifi- pesa á referida repartição de contabilidade.
cará e remetterâ á referida repartição de contabilidade até 11.° Folhas de ãesjjesas de expediente:
ao dia 25. Processadas pelos chefes dos serviços no dia 1 de cada
3.° Vencimentos e jornaes do pessoal menor permanenta mês em relação ao mês anterior e remettidas á 2. a repar-
(carteiros, boletineiros, ãistribuiãores, clistribuiãores jor- tição, que as veriíicará e enviará á referida repartição de
naleiros): contabilidade.
Processadas pelos respectivos chefes dos serviços até ao 12.° Folhas de renãas ãe casas:
dia 1 cle cada mês, com referencia ao mês anterior, e en- Processadas pelos chefes dos serviços em harmonia com
viadas á 1." repartição da Direccão Geral, que as verifi- os contratos cle arrendamento, cle modo que possam ser
cará e remetterâ á referida repartição de contabilidade até enviadas á 2. a repartição cla Direeção Geral vinte dias an-
ao dia 5. tes do dia do pagamento fixado naquelles contratos. Esta
4.° Folhas de abono ãe 2 réis por operação telegra- repartição verificará as folhas e remettê-las-ha á referida
phica : repartição de contabilidade.
Processadas trimestralmente pelos chefes dos serviços o
remettidas á 3. a repartição da Direccão Geral para depois Despesas aecessorias da exploração telegraphica
de verificadas serem enviadas á referida repartição de con-
tabilidade. 13.° Folhas de despesas com proprios, de distribuição do-
5.° Vencimentos e jornaes ãos guarãa-jios chefes, cabos miciliaria e outras:
de guardas e guarãa-jios, e ão pessoal jornaleiro empregado Organizados os respectivos elementos pelos chefes de
transitoriamente na construcção e conservação das linhas, estação no dia 1 de cada mês, em referencia ao mês an-
nas officinas e na fiscalização ãos serviços telegraphicos <: terior, e remettidos até 5 ao respectivo chefe do serviço
das industrias electricas: que processará as folhas e as remetterâ á 3. a repartição
Processadas mensal ou quinzenalmente pelos chefes dos da Direccão Geral até ao dia 10 de cada mês. Esta repar-
serviços, nos termos das instrucções da 2. a repartição da tição, depois de as verificar, as enviará á referida reparti-
Direeção Geral, e remettidas a esta, nos periodos que se ção de contabilidade.
fixarem, para depois de verificadas serem pagas nos ter-
mos legaes. Despesas da exploração postal
Folhas de ajudas de ousto 14." Folhas das ãespesas com a conducção de malas e
(:>." Ajudas de custas e despesas de viagem por mudança outras de exploração postal:
de residencia official: Processadas pelos chefes clos serviços no dia 1 de cada
a
Processadas pelos chefes dos serviços, depois de realizada mês, em referencia ao mês anterior, e enviadas á 4. re-
a mudança, e por estes enviadas â l . a repartição da Di- partição da Direeção Geral que as veriíicará e remetterâ
reeção Geral, que as remetterâ á referida repartição de á referida repartição de contabilidade.
contabilidade.
7.° Ajudas de custo e despesas ãe viagem por commissões Gratificações por serviços extraordinarios
extraorãinarias de serviço não technico: dos telegraphos ou correios
Processadas pelos chefes dos serviços, que as enviarão, 15. 0 Gratificações de que tratam os artigos 94." e 97°
conforme a commissão a que se referirem, á l . a , 3. a ou 4. a
ãa organização ão pessoal ãos telegraphos, correios e jisca-
repartições da Direeção Geral. Depois cle verificadas por lização clas industrias electricas de 30 de dezembro de 1901:
estas serão remettidas á referida repartição dc contabili- Processadas pelos chefes clos serviços no clia 1 de cada
dade. mês, com referencia ao mês anterior, e enviadas á 3. a ou
8.° Ajuãas ãe custo e ãespesas ãe viagem por desempenho 4. a repartição cla Direccão Geral, conforme se trata de
de trabalhos technicos: serviço de telegraphos ou de correios, até ao dia 5. De-
Pi 'ocessadas pelos chefes dos serviços, e por estes en- pois cle verificadas serão enviadas á referida repartição
viadas á 2. a repartição que as veriíicará e enviará á refe- cle contabilidade.
rida repartição de contabilidade. § 1.° Os prazos marcados neste artigo referem-se aos
serviços no continente clo reino. Para as ilhas adjacentes
Despesas aecessorias do serviço do pessoal serão modificados esses prazos, como convier ao serviço,
pela Direeção Geral clos Correios e Telegraphos.
9.° Inspecções medicos e outras despesas accessorios clo § 2." A Direccão Geral dos Correios e Telegraphos po-
serviço do pessoal : derá outrosim alterar extraorclinariamente todos os pra-
Processadas mensalmente ou quando lhes fôr determi- zos marcados neste artigo, quando assim o entenda con-
nado pelos chefe dos serviços e enviadas á l . a repartição, veniente.
1902 535 Junho 28

Art. 38.° Os chefes e encarregados de estação, os che- Fazenda o pagamento de que se trata, escripturando-se
fes dos serviços ou os funccionarios que processarem folhas essa importancia nos livros e tabellas do Ministerio da
são pessoalmente resporisaveis pela authenticidade dos do- Fazenda, debaixo do titulo de operações de thesouraria e
cumentos que acompanharem essas folhas. sob a epigraphe de vales internacionaes.
Art. 39.° A verilicação feita nas repartições da Diree-
ção Geral ou pelos chefes dos serviços deve exercer-se so- Conta geral das d e s p e s a s dos telegraphos e correios
bre a importancia das folhas e calculo dos seus elementos
e quanto possivel sobre o exacto cumprimento da aucto- Art. 45. 0 Na 5. a repartição da Direeção Geral clos Cor-
rização respectiva. Quando, porem, essa verificação não reios e Telegraphos organizar-se-ha annualmente uma conta
seja"pessoalmente feita pelo proprio chefe cla repartição, a geral das despesas dos serviços a cargo cla mesma Diree-
responsabilidade incidirá sobre o empregado que a effe- ção Geral, aproveitando os registos das folhas verificadas
ctuou, o qual por isso sempre visará a folha. nas diversas repartições. O resumo d'esta conta servirá
§ unico. A s notas de verificação nas repartições da Di- para escripturar o livro a que se refere o § unico do ar-
reccão Geral serão lançadas nas folhas por meio de chan- tigo 2.°
cellas. Não se admitte, porem, o uso cle chancellas para as § 1.° A 9. a Repartição da Direccão Geral de Contabili-
assignaturas dos empregados que nessas repartições tive- dade communicará mensalmente á Direccão Geral clos Cor-
rem effectuado os serviços a que se refere este artigo. reios e Telegraphos a somma das folhas mandadas pagar
Art. 40.° A s folhas para pagamento de despesas cle ma- por cada secção de tabella de despesa.
terial serão organizadas de fórma que, para cada secção § 2.® O Ministerio da Fazenda communicará annual-
da tabella da distribuição cla despesa, se processe uma só mente áquella Direeção Geral, para complemento da conta
folha em cada quinzena, para cada districto ou cada cir- a que se refere este artigo, nota das folhas processadas e
cunscripção telegraphica, salvo ordem em contrario da não pagas ou só parcialmente pagas.
Direeção Geral clos Correios e Telegraphos.
Art. 41.° É expressamente prohibido incluir em folhas, CAPITULO V
quer cle ven.dmentos quer de materia!, verbas que não te-
nham sido expressa e préviamente auctorizadas pelo Mi- Dos adeantamentos
nistro, pela Direccão Geral do3 Correios e Telegraphos 1.°—Em dinheiro
ou pela Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias
Electricas, salvo 'os veneimentos de categoria e exercicio Art. 46.° Quando as necessidades do serviço o exigi-
marcados na tabella cle distribuição de despesa. rem, podem ser adeantadas, dentro dos limites marcados
Art. 42.° Nos casos em que, por virtude das disposi- no artigo 48.°, as quantias necessarias para despesas que
ções regulamentares, haja cle ser restituida ao expedidor pela sua natureza não possam soffrer a demora cla liqui-
cle qualquer telegramma a importancia da respectiva taxa, dação previa:
o reembolso será feito por meio de documento processado a) Ao Director Geral clos Correios e Telegraphos, inspe-
pela 3. a repartição da Direccão Geral dos Correios e Te- ctor geral dos telegraphos e industrias electricas e aos
legraphos, e mandado pagar com dinheiro proveniente do chefes de repartição da mesma direccão geral — para ser-
respectivo rendimento. E s t e documento será conservado viços a seu cargo;
pelos chefes ou encarregados de estação para comprovação b) Aos chefes das circunscripções telegraphicas e res-
do seu credito. pectivos chefes da secção — para serviços a seu cargo.
§ unico. A importancia das taxas reembolsadas aos ex- c) Aos chefes dos serviços dos correios ou dos telegra-
pedidores será deduzicla respectivamente clo rendimento phos das cidades de Lisboa e Porto — para as despesas
telegraphico nacional ou do rendimento telegraphico inter- meudas e de expediente;
nacional da estação que fizer o pagamento. d) Ao chefe clo serviço dos armazens e aos chefes dos
serviços telegrapho-postaes dos districtos—para as despe-
sas urgentes e imprevistas;
P a g a m e r t o s ás administrações telegraphicas estrangeiras
e ás companhias dos cabos submarinos e) Aos fieis dos armazens — para as despesas de trans-
porte de material e clireitos de importação;
Art. 43.° Quando houver a pagar ás administrações te- f ) Aos fieis das estações centraes de Lisboa o Porto,
legraphicas estrangeiras ou ás companhias dos cabos sub- aos fieis dos serviços telegrapho-postaes dos districtos, c
marinos o saldo de suas contas, a 5. a repartição da Direc- aos chefes ou encarregados das estações — para as despe-
cão Geral dos Correios e Telegraphos, em presença dos sas de entrega de telegrammas na area da distribuição
elementos que lhe fornecer a 3. a repartição da mesma Di- gratuita, da entrega de telegrammas e de corresponden-
reccão Geral, requisitará á Direccão Geral da Thesoura- cias postaes por proprio e da remessa cle telegrammas pelo
ria clo Ministerio da Fazenda o pagamento de que se tra- correio;
ta, escripturando-se essa importancia nos livros e tabellas g) Aos empregados incumbiclos de commissões extraor-
do Ministerio da Fazenda, nos termos do artigo 13.° cla dinarias de serviço e aos empregados transferidos por mo-
organização dos serviços de contabilidade dos telegraphos tivo urgente para o serviço cle que forem incumbiclos.
e correios, cle 30 de dezembro de 1901. § unico. A s auctorizações para os adeantamentos d e v e m
ser requisitadas á repartição da Direccão Geral clos Cor-
Pagamento às administrações dos correios estrangeiros reios e Telegraphos a que compete o serviço a que são
dcstinados; os adeantamentos feitos para uma commis-
Art. 44.° O pagamento aos correios estrangeiros cle são, obra ou serviço não podem ser applicadas a outra
qualquer saldo de contas de direitos de transito terrestre commissão, obra ou serviço, sem auctorização da Direccão
ou maritimo ou qualquer despesa para que haja a cum- Geral.
petente verba no orçamento será feito processando a 5. a Art. 47.° O pagamento da importancia de cada um clos
repartição da Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, adeantamentos será requisitaclo pela 5. a repartição da Di-
em vista dos documentos fornecidos pela 4. a repartição da reeção Geral dos Correios e Telegraphos á Direeção Ge-
mesma Direccão Geral, a respectiva folha pela fórma usada ral da Thesouraria do Ministerio da Fazenda, a qual, para
para todas as outras despesas variaveis. Quando houver a esse fim, expedirá a necessaria ordem cle pagamento para
pagar a algum correio estrangeiro qualquer saldo de con- o cofre competente.
tas dc vales internacionaes, a mesma repartição requisi- § unico. Para os adeantamentos cle que se trata em-
tará á Direeção Geral da Thesouraria do Ministerio da pregar-se-hão: quando se effectuarem no Banco de Portu-
Junho 28 536 1902

gal, como Caixa Geral do Thesouro — irnpressos, modelo I las de franquia não vendidas em troca do respectivo recibo,
n.° 3 0 3 ; e nas agencias do mesmo banco nas capitaes dos no verso do qual os fieis lançarão a competente quitação.
districtos administrativos e recebedorias dos concelhos — Art. 54.° Serão enviados mensalmente á Direeção Ge-
irnpressos modelo n.° 304. ral dos Correios e Telegraphos (5. a repartição) mappas
Art. 48.° A importancia total dos adeantamentos não indicando o numero de sellos e formulas de franquia de
poderá exceder a 30:000;->000 réis; esta quantia poderá cada taxa vendidos por cada um dos fieis de Lisboa e Porto.
ser ulteriormente augmentada ou reduzida, quando as ne- § unico. Identicos mappas serão enviados por estes func-
cessidades do serviço o reclamarem. cionarios relativamente ao consumo de sellos de porteado.
Art. 49.° A importancia de cada um dos adeantamentos Art. 55.° A arrecadação e fiscalização da receita pro-
será integralmente restituida logo que estiver liquidada a veniente cla venda de sellos e de outras formulas de fran-
despesa para que foi feito, devendo o empregado rcquisitar quia será feita pela fórma estabelecida no regulamento ge-
á 5.11 repartição cla Direccão Geral clos Correios e Tele- ral cle fazenda publica de 4 de janeiro de 1870 para os
graphas a respectiva guia de entrega, ficandc responsavel outros rendimentos do Estado, e escriturada pela fórma
pelas consequencias da demora, se assim não proceder. indicada no artigo 8.° d'este regulamento.
§ 1.° Os adeantamentos feitos aos empregados de que
tratam as alineas c), d) e / ) do artigo 46.° só serão resti- CAPITULO VI
tuidos quando a repartição respectiva da Direeção Geral
dos Correios e Telegraphos o ordenar, podendo as suas Da escripturação e verificação de contas
importancias passar de anno para anno, em saldo na conta Escripturação nas estações
do responsavel, emquanto este carecer do adeantamento.
§ 2.° A restituição será feita no Banco de Portugal, Art. 56.° Compete aos chefes dos serviços dos telegra-
como Caixa Geral do Thesouro, nas suas agencias nas ca- phos clas eidades de Lisboa e Porto e á 3. a secção das es-
pitaes dos districtos administrativos, em qualquer recebe- tações centraes das mesmas eidades, bem como aos chefes
doria de comarca ou nas suas delegações nos concelhos, em clos serviços telegrapho-postaes clos differentes districtos e
vista de uma guia, modelo n.° 305, passada pela 5. a re- aos funccionarios das respectivas secretarias, desempenhar
partição da Direeção Geral clos Correios e Telegraphos. os serviços de conferencia e estatistica do movimento te-
Art. 50.° As importancias clos adeantamentos serão es- legraphico a que se refere este regulamento.
cripturadas nas contas e livros do Ministerio da Fazenda Os fieis executam os trabalhos que por este regula-
como operações de thesouraria sob a epigraphe adeanta- mento ou por ordem superior lhes forem incumbidos.
mentos telegrapho-postaes. Art. 57.° Os originaes dos telegrammas expedidos e as
fitas dos apparelhos das differentes estações serão diaria-
2.° —Em sellos e outras formulas de franquia mente remettidos aos chefes dos serviços respectivos, pelo
primeiro correio do terceiro dia decorrido desde aquelle a
Art. 51." Os fieis dos serviços telegrapho-postaes dos que se referem. Serão, porem, conservados nas estações
districtos e os chefes c encarregados cle estações de 1 a , as notas estatisticas (modelo n.° 411), os desenvolvimen-
2. a e 3. a classe, devidamente caucionados, receberão da tos estatisticos (modelo n.° 410) e a relação dos vales in-
Direeção Geral dos Correios e Telegraphos, quando essas ternacionaes, recebidos para pagamento de telegrammas
estações forem abertas ao serviço publico, por uma só (modelo n.° 65).
vez, e sem adeantamento cle dinheiro, os sellos e mais for- § 1.° A falta de remessa, pelos chefes e encarregados
mulas cle franquia que se julgarem necessarios. de estação, dos documentos a que se refere este artigo
Feito este adeantamento, que fica garantido pela caução no jieriodo no mesmo fixado, será rigorosamente punida
do empregado, deverá este, á medida que fôr realizando com as penas de multa, reprehensão registada ou suspen-
a venda, fornecer-se de novo e successivamente, nos ter- são, conforme a gravidade clo caso; a reincidencia nesta
mos do artigo seguinte. falta será sempre punida com a pena cle suspensão.
Por fórma analoga se procederá relativamente aos sellos de § 2.° As penas a que se refere o § 1.° serão applica-
porteado, devendo á medida que se der o consumo d'estes sel- das pessoalmente aos chefes dos serviços que deixarem de
los fazer-se novo fornecimento nos termos do artigo seguinte. exigir aos seus subordinados o rigoroso eumprimento d'aquel-
Art. 52.° O fornecimento cle sellos e mais formulas de las disposições ou deixarem de communicar superiormente
franquia ás estações de 4. a classe, aos postos do correio as faltas commettidas.
c aos encarregados cla venda será feito, pagando de con- § 3.° Por occasião clas inspecções ordinarias verificar-
tado a respectiva importancia quem os requisitar: se-ha cuidadosamente o modo por que são cumpridas as
a) Nas eidades de Lisboa e Porto, pelo fiel da primeira disposições d'este artigo.
secção clos serviços dos correios e recebedores dos bairros; Art. 58." Os empregados encarregados do serviço dos
b) Fóra das eidades de Lisboa e Porto pelos agentes do guichets deverão escripturar, á medida que os telegrammas
Baneo de Portugal nas capitaes dos districtos, c pelos re- forem depositados nas estações:
cebedores dos concelhos. 1.° O registo do serviço nacional (modelo n.° 209), era
Art. 53.° Os fieis das primeiras secções das estações que se relacionará o rendimento cobrado pelos telegram-
centraes dos correios de Lisboa e Porto, e o fiel dos ser- mas officiaes, e particulares;
viços telegrapho-postaes do districto de Coimbra, ou os 2." O registo do serviço internacional (modelo n.° 146),
fieis telegrapho-postaes ou chefes cle estação que a Diree- relativo aos telegrammas internacionaes, em que se men-
ção Geral dos Correios e Telegraphos determinar, entrega- cionará as importancias em moeda portuguesa cobradas a
rão a cada chefe de ambulancia postal, mediante recibo e dinheiro por cada um.
sem adeantamento cle dinheiro, sellos de franquia, bilhetes § 1." Os telegrammas nacionaes ou internacionaes cu-
postaes e sobrescriptos estampilhados das taxas cle maior jas taxas forem pagas por meio de vales de resposta serão
consumo, no valor total que tiver sido auctorizado pela incluidos naquellas relações, mencionando esta circunstan-
mesma Direeção Geral. cia na columna respectiva bem como o numero e impor-
§ 1.° Os chefes das ambulancias postaes serão responsa- tancia do vale.
veis pela importancia dos sellos e outras formulas de fran- § 2.° As columnas d'aquelles irnpressos relativas a des-
quia que receberem. pesas com proprios e correio serão diariamente preenchi-
§ 2.° Quando os chefes das ambulancias postaes deixa- clas pelo empregado enearregado d'este serviço.
rein de exercer esta commissão, liquidarão immediatamente § 3.° Nas estações centraes o registo dos telegrammas
a sua responsabilidade entregando o dinheiro e as formu- de serviço será feito em separado.
1902 537 Junho 28

A r t . 5 9 . ° O serviço e f f e c t u a d o p o r c a d a a p p a r e l h o s e r á c) A n o t a estatistica r e f e r e n t e ao s e r v i ç o d a c o b r a n ç a
m i n u c i o s a m e n t e d e s c r i p t o no registo de serviço da linha d e recibos, l e t r a s e o b r i g a ç õ e s , e m h a r m o n i a c o m a s ins-
(modelo n . ° 70). t r u c ç õ e s s o b r e a estatistica p o s t a l .
§ unico. Os telegrammas em transito serão inscriptos
no registo dos telegrammas em transito (modelo n.° 73 em Fiscalização e conferencia
papel amarello).
Art. 60.° As importancias que nos termos clos regula- Art. 65." As notas estatisticas (modelos n. o s 410 e 411),
m e t o s devem ser recebidas dos destinatarios clos tele- bem como os documentos que lhe servem de base (mode-
os
grammas serão cobradas mediante recibo (modelo n.° 207). los n. 166, 209, 71, 70, 372, 75, talões dc 207, 411,
Art. 61.° São expressamente prohibidos, sob pena de 410, 120 e 65), serão enviados pelos chefes e encarrega-
suspensão ou demissâo, conforme a gravidade do caso, dos de estações aos chefes dos serviços respectivos até ao
os rasgamentos intencionaes das fitas dos apparelhos e dia 8 do mês seguinte áquelle a que se referem.
quaesquer emendas ou rasuras nos documentos a quc se Art. 66.° Os chefes dos serviços e os empregados das
referem os artigos precedentes. respectivas secretarias verificarão, á medida que recebe-
§ unico. Quando por accidente se rasguem as fitas dos rem os originaes dos telegratr.mas, se a contagem das pala-
apparelhos, deverão ser immediatamente ligadas de modo vras cle cada um foi bem feita, se as taxas percebidas fo-
que seja facil verificar que não foi supprimida qualquer ram bem calculadas e procederão aos demais exames que
porção, devendo este accidente ser mencionado no registo forem convenientes ou necessarios para cabal desempenho
de serviço. do serviço de fiscalização.
Art. 62.° Nas 3. as secções das estações telegraphicas Art. 67.° Os erros de cobrança das taxas telegraphicas
centraes de Lisboa e Porto, e nas estações em que o ser- serão corrigidos:
viço internacional attinja grande desenvolvimento, organi- 1.° Restituindo-se as taxas cobradas a mais, nos termos
zar-se-hão relações dos telegrammas expedidos pelas diffe- dos artigos 118.° e seguintes cTeste regulamento;
rentes vias (modelos n. os 412 e 413). Estas relações ser- 2.° Cobrando-se as diflercnças das taxas por meio de
virão cle base para as contas com as administrações e recibos processados pelos chefes de serviço e enviados ás
companhias telegraphicas estrangeiras, para o que serão estações para estas obterem o seu pagamento, nos termos
enviadas no fim de cada semana á 3. a Repartição cla Di- d'aquelles artigos.
reccão Geral clos Correios e Telegraphos. § unico. A s importancias cobradas nos termos do n.° 2.°,
§ unico. A Inspecção Geral dos Telegraphos e Indus- serão notificadas aos chefes dos serviços que farão emendar
trias Electricas dará as ordens necessarias para que todo o a tinta vermelha os documentos respectivos, resalvando
serviço destinado ás linhas internacionaes ou cPellas pro- essas emendas com a sua assignatura; se as differenças
veniente passe por alguma d'aquellas estações. não forem satisfeitas, serão os respectivos documentos en-
Art. 63.° Os telegrammas internacionaes em divida viados á 3. a repartição cla Direccão Geral, para serem co-
expedidos pelas auctoridades e funccionarios dependentes brados pelo processo clas execuções fiscaes.
cle cada um dos ministerios serão inscriptos mensalmente Art. 68.° Os chefes de serviço e os empregados das
pela estação em que forem depositados, em uma relação respectivas secretarias, á medida que rcceberem os docu-
especial feita em duplicado segundo o modelo n.° 120, mentos de que trata o artigo 64.°, verificarão:
discriminando-se para cada um a parte nacional da taxa a) Os laraçamentos das cartas de aviso (modelos n. os 4 4
respectiva e a parte perteneente ás administrações tele- e 50), e se foram recebidas as importancias representati-
graphicas estrangeiras. A importancia total do clebito, bem vas dos objectos sujeitos a cobrança, pelo confronto entre
como a da parte nacional e da parte perteneente ás admi- as verbas inscriptas naqueiíes documentos e as requisi-
nistrações estrangeiras serão igualmente indicadas. ções de vales e respectivos talões;
Os telegrammas de cacla um dos membros da familia b) Se as relações, modelo n.° 96, estão devidamente
real e os apresentados em seu nome, serão semelhante- preenchidas, os premios de emissão bem calculados e se
mente inscriptos em relações especiaes. as entregas foram realizadas nos dias competentes, em
§ unico. Formar-se-hão, alem d'essas, relações especiaes vista das requisições clos vales, respectivos talões e guias
relativas aos telegrammas acceitos a credito a determina- de entrega;
das auctoridades ou funccionarios, sempre que as conve- c) Se as liquidações de serviço cle cobranças dos reci-
niencias do serviço o exigirem e fôr assim determinado em bos, letras e obrigações foram feitas nos prazos regula-
ordem especial cla Direeção Geral dos Correios e Tele- mentares o pelas devidas importancias, pelo confronto en-
graphos. tre as cartas de aviso, modelo n.° 44, relação modelo
Art. 64.° As cartas de aviso, modelos n. os 44 e 50, re- n.° 1, requisições e talões de vales.
cebidas e os duplicados das expedidas, as requisições de § unico. A fiscalização d'estes serviços nas estações
vales modelo n.° 5, os livros talões cle vales e os impressos centraes dos correios de Lisboa e Porto é exercida nas
n.° 1 do serviço cle cobrança de recibos, letràs e obriga- respectivas secções pelos chefes dos serviços e pelos chc-
çõcs serão remettidos aos chefes dos serviços respectivos fes das secções cle contabilidade e secrctaria.
nos prazos fixados no regulamento par» o serviço dos cor- Art. 69.° Concluida a verificação os chefes dos serviços
reios. Nas estações centraes dos correios cle Lisboa e do remetterão successivamente até ao ultimo dia util de cada'.
Porto estes documentos ficarão archivados nas respectivas mês:
secções para ser ali exercida a competente fiscalização.
§ 1.° A falta de remessa d'estes documentos será pu- j A 3." repartição da Direccão Geral:
nida nos termos do artigo 57.° j 1.° As notas estatisticas (modelos n. os 410 e 411);
§ 2.° Os chefes e os encarregados cle estação antes de 2.° As relações dos vales internacionaes (modelo n.°65)-,-
realizarem a remessa dos documentos indicados neste ar- 3.° Um mappa das gratificações que teem de ser pagas
tigo preencherão relativamente ao periodo a que os mes- pelos difterentes Ministerios pelo prolongamento de hora-
mos se referirem: I rio das estações feito a seu pedido e as folhas respec-
a) As notas estatisticas respectivas ao movimento das i tivas ;
correspondencias e encommendas postaes, nos termos do 4.° As relações dos telegrammas officiaes internacionaes
que determinam as instrucções especiaes sobre o serviço em divida, que scrvirão para a cobrança das suas impor-
de estatistica postal; tancias.
_ b) As relações, modelo n.° 96, respectivas aos vales emit- A 4." repartição da Direccão Geral—Nota clo rendi-
tidos, respectivos premios e entregas; j mento postal cobrado.
Junho 28 538 1902

Contas dos responsaveis fóra das cabeças de concelho, que não emittem vales,
são encorporados na conta da estação por cujo inter-
Art. 70.° Para escripturar as receitas cle que são res- medio' recebem e expedem as correspondencias, ou que su-
pousaveis os fieis cle Lisboa e Porto haverá: periormente lhes fôr determinado. Os rendimentos d'aquel-
1.° Nas 3. a s secções das estações telegraphicas centraes: las que recebem correspondencias por intermedio de duas
a) Livro, modelo n.° 321, para o rendimento telegraphico estações pertencentes a districtos administrativos diversos
nacional e internacional, cobrado na estação central ou são encorporados na conta .da estação do seu respectivo
recebido por passagem de fundos clos chefes das estações districto.
urbanas. § 2.° A importancia cobrada pelas correspondencias por-
2.° Na 7. a secção da estação central dos correios de teadas arrecadada pelos depositarios de caixas de correio
Lisboa e na 6. a da do Porto: que permutam malas com qualquer estação será remettida
а) Livro, modelo n.° 3 2 0 , para a entrada e saida de sel- á estação por cujo intermedio recebem e expedem as cor-
los e outras formulas de franquia; respondencias.
б) Livro, moclelo n.° 318, para o producto da venda cle § 3.° Nas estações em que o serviço postal e o telegra-
sellos e outras formulas de franquia, producto de avenças phico se acharem a cargo de empregados diversos, serão
de jornaes e rendimento postal cobrado nas secções res- fonnuladas mensalmente contas, modelo n.° 69, separa-
pectivas ou recebido pelo fiel por passagem de íundos das das pelos rendimentos e valores sob a responsabilidade de
estações urbanas; cada um.
c) Livro 318—A para o producto da venda de sellos e Art. 74.° Cacla responsavel enviará ao chefe do ser-
rendimentos postaes eobrados provenientes das encommen- viço respectivo, até ao dia 3 de cada mês, as contas, mo-
das ; delo n.° 69, relativas ao mês anterior, acompanhadas dos
ã) Livro, modelo n.° 3 1 9 , para as importancias relativas documentos competentes.
aos vales emittidos na secção respectiva ou recebidos pelo No caso de haver mudança de responsavel em uma es-
fiel por passagem cle fundos clas estações urbanas; tação ou cVesta ser encerrada definitiva ou temporaria-
e) Livro, n.° 3 1 9 - A , para as importancias relativas á co- mente, a remessa da conta terá logar no proprio dia em
brança, impostos fiscaes, e bem assim de quantias a cre- que se realizar a entrega da estação, ou em que esta fôr
dito de correios estrangeiros. encerrada.
§ unico. Alem dos livros especificados neste artigo, ha- Art. 75.° Os chefes clos serviços telegrapho-postaes dos
verá quaesquer outros que as conveniencias clo serviço districtos conferirão os dois exemplares de cada conta com
exigirem. os documentos respectivos; mandarão reformar sem demora
Art. 71.° No ultimo dia de cada mês proceder-se-ha ao aquelles que contiverem irregularidades; assignarão a de-
balanço dos fundos e valores em poder dos fieis chefes clas claração de conferencia nos que estiverem em devida fór-
l . a s secções das estações centraes clos correios e no pri- ma, e devolverão somente os duplicados ás estações, ar-
meiro dia clc cada mês aos outros fieis, fechando-se a es- chivando os respectivos documentos.
cripturação e lavrando-se nos livros a competente declara- § 1.° Feita a conferencia de que se trata, serão inscri-
ção cle ter sido conferida, de achar-se em boa e devida ptos os rendimentos eobrados e entregues pelos chefes ou
fórma, e cle se ter verííicado por meio de contagem a exis- encarregados das estações no mappa, modelo n.° 330. Este
tencia do salclo, cuja importancia se desiguará por ex- mappa será enviado á Direccão Geral dos Correios e T e l e -
tenso. graphos pela 5. a repartição.
No primeiro dia cle cacla mês proceder-se-ha ao balanço § 2.° A s contas dos fieis dos serviços telegrapho-
dos fundos e valores em poder dos fieis das estações te- postaes dos districtos serão conferidas pelos chefes dos
legraphicas centraes, encerrando-se as contas em relação serviços telegrapho-postaes do respectivo districto, obser-
á meia noite do dia anterior e procedendo-se em tudo o vando-se o que se acha disposto no paragrapho antece-
mais pela fórma estabelecida para os fieis dos serviços dos dente.
correios. Art. 76.° Nas capitaes de districto haverá um livro de
Nos livros destinados a escripturar os rendimentos, in- contas correntes com cada responsavel, modelo n.° 3 2 9 ,
dicar-se ba a importancia do saldo e as cspecies em que pelos rendimentos e mais importancias por operações de
elle sc achar representado, especificando-se a parte em no- thesouraria, cobradas e entregues em cada mês durante a
tas, em ouro, cm prata e em cobre. sua gerencia no anno ecouomico, cujas sommas servirão
Assignarão os termos de balanço e a elle assistirão sem- para organizar as contas de gerencia que teem de ser en-
pre os respectivos chefes clos serviços. viadas ao Tribunal de Contas.
Art. 72." Relativamente á responsabilidade de cada um Art. 77.° Para a fiscalização do fiel telegrapho-postal do
dos fieis das estações centraes dos correios cle Lisboa e Funchal pelo serviço de permutação de encommendas in-
Porto serão fonnuladas mensalmente contas em duplicado ternacionaes, será escripturado sob a responsabilidade do
dos modelos n. o s 3 2 5 e 32G, que devem ser enviadas á Di- chefe dos serviços telegrapho-postaes do districto o li-
reeção Geral dos Correios e Telegraphos, pela 5. a repar- vro, modelo n.° 3 1 9 - A , o qual será devidamente docu-
tição, até ao dia 6 cle cada mês. mentado.
As contas dos fieis clas estações telegraphicas centraes
de Lisboa e Porto serão fonnuladas no moclelo n.° 327. Contas de gerencia dos r e s p o n s a v e i s para julgamento
Estas contas serão verificadas pelos chefes dos respe- do Tribunal de Contas
ctivos serviços.
Art. 73." Os fieis clos serviços telegrapho-postaes dos Art. 78.° A s contas de gerencia serão organizadas por
districtos c os chefes e encarregados clas estações formu- annos economicos :
larão mensalmente, em duplicado, a conta corrente, mo- 1." Pelos serviços clos correios das eidades de Lisboa e
clelo n." 69, comprehendendo os valores recebidos por Porto;
deposito ou adeantamento, o rendimento postal e telegra- a) Na conta geral, modelo n.° 359, contas parciaes n. o s
phico, com cliscriminação do nacional e clo internacional, 1, 2, 3 e 4, modelos n."s 3 6 0 , 3 6 1 , 3 6 2 e 3 6 3 , e nas re-
e o producto cla emissão de vales. lações, modelos n.° 3 6 0 - A , 3 6 0 - B , 3 6 1 - A , 3 6 2 - A a
§ 1." As disposições do presente. artigo applicam-se a 3 6 2 - D , para o fiel chefe da l . a secção;
todas^ as estações clc l . a , 2. a e 3. a classe, salvo ordem b) Na conta geral, moclelo n.° 3 5 9 - A , e contas par-
especial do Governo. ciaes n. o s 1, 2, 3 e 4, modelos n. o s 360, 3 6 1 , 3 6 3 , e 3 6 3 - A ,
§ 2.° Os rendimentos das estações de 4. a classe, situadas e nas relações, modelos n. o s 3 6 0 - A , 3 6 0 - B e 3 6 1 - A ,
1902 589 Junho 28

para o fiel, chefe da 6. a secção de Lisboa ou da 5 . a do pregado que tiver de ser substituido, assignará por elle o
Porto. seulegitimo representante, se o tiver, e na falta d'este, o em-
2.° Pelos serviços dos telegraphos das cidades de Lisboa pregado que fôr nomeado para arrolar os valores encontra-
e Porto: na conta geral, modelo n.° 3 6 4 , contas parciaes dos e dar posse ao novo fiel ou chefe. U m clos exemplares do
n. o s 1, 2 e 4, modelos n. o s 360, 3 6 3 e 3 6 5 , e nas relações, termo será entregue áqueile que cessou as suas funcções,
modelos n. o s 3 6 0 - A , 3 6 0 - B e 3 6 5 - A , para o fiel chefe cla ou a quem o representar; o segundo ficará no archivo res-
2. a secção. pectivo em que se effeetuar a transição, e o terceiro do-
3.° Pelos chefes clos serviços telegrapho-postaes dos dis- cumentará a conta de gerencia do responsavel substi-
trictos : na conta geral, modelo n.° 366, e nas relações, tuido.
modelos n. o s 3 6 6 - A a 3 6 6 - D , para os fieis telegrapho- § 2.° S e a estação estiver auctorizada a cobrar, por
postaes e para os chefes de estações. conta de particulares, recibos, letras e obrigações, antes
Art. 79.° Quando no decurso do anno economico tiver da entrega do producto da emissão dos vales, proceder-
occorrido mudança de responsavel, formar-se-ha conta de se-ha ao exame das cartas de aviso, modelo n.° 44, rece-
responsabilidade individual cle cada um em relação ao bidas, e das relações, modelo n.° 1, requisições de vales,
tempo clas funcções durante esse anno. modelo n.° 5, e respectivos talões, para se verificar quaes
Art. 80.° A s contas devem, em regra, ser assignadas são os titulos que existem por cobrar e aquelles que,
pelos responsaveis; quando, porem, estes tenham fallecido, tendo sido cobrados, existem por liquidar, proeedendo-se
tenham desapparecido, ou se recusem a assignar, serão logo á liquidação cVaquelles que possam ser liquidados e á
enviadas ao Tribunal de Contas sem essa formalidade, in- emissão dos vales respectivos.
dicando-se o motivo da omissão. § 3.° A transição de responsabilidade de um para outro
Art. 81.° x\.s contas serão enviadas ao Tribunal de Con- empregado só póde ter logar pela fórma estabelecida neste
tas por intermedio da Direccão Geral dos Correios e Te- artigo, sendo o empregado substituido responsavel pelos
legraphos até 30 cle outubro, com todos os documentos rendimentos e valores arrecadados, emquanto se não fizer
que as comprovam e legalizam. No caso, porem, de sus- a entrega com as formalidades acima indicadas.
pensào, aposentaçâo, demissão ou fallecimento de qualquer Art. 85.° Sempre que houver mudança cle chefe clos
responsavel, a conta respectiva será remettida trinta dias serviços telegraphos-postaes em qualquer districto, lavrar-
depois da cessação das funcções do empregado. se-ha termo de transição em triplicado, no qual se indi-
§ unico. A verificação clas contas será feita transitando cará a importancia de cada um dos adeantamentos recebi-
estas pela 3. a e 4. a repartições da Direccão Geral dos dos e não repostos, a quantia em dinheiro entregue ao
Correios e Telegraphos, que, depois cle as conferirem com novo chefe, os documentos por liquidar cuja importancia
os documentos existentes nos seus archivos, deverão exa- foi satisfeita com dinheiro dos mesmos adeantamentos, de-
rar nellas a respectiva nota de conformidade. O apura signando aquelles cle que j á foram processadas folhas e
mento final das contas faz-se na l . a divisão da 5. a repar- aquelles cujas folhas estão por processar. E s t e termo
tição. Quando haja qualquer discrepancia, será dada im- será acompanhado cla relação da mobilia e material exis-
mediatamente participação d'esta, pela repartição que a tente.
descobrir, á Inspecção Geral clos Telegraphos. U m dos exemplares clo termo ficará archivado, o se-
gundo será entregue ao empregado que cessou as func-
ções, ou a quem o representar, e o terceiro será remettido
CAPITULO VII á Direccão Geral dos Correios e Telegraphos.
Responsabilidade dos empregados

Art. 82.° Os fieis dos serviços dos telegraphos e cor- CAPITULO VIII
reios das cidades de Lisboa e Porto, os fieis dos serviços Cauções
telegraphos-postaes clos districtos, os fieis dos armazens os
directores do correio e os chefes ou encarregados das esta- Art. 86.° A importancia das cauções que devem ser
ções são pessoalmente responsaveis pelos rendimentos ar- prestadas pelos differentes fieis são as designadas no ar-
recadados e pelo dinheiro e valores — perteneentes ao Es- tigo 5.° da organização dos serviços de contabilidade dos
tado ou aos particulares — coníiados á sua guarda. telegraphos e correios de 3 0 de dezembro de 1901. Os
E prohibido aos fieis, chefes ou encarregados das esta- chefes e encarregados cle estações cujo movimento mensal,
ções applicar os rendimentos por elles arrecadados a des- incluindo a importancia de emissão de vales, exceder réis
pesas de qualquer ordem — incluindo mesmo as de entrega 500-5000, serão obrigados a prestar caução de alguma das
de telegrammas. A importancia dos rendimentos arrecada- seguintes inqrortancias:
dos deve ser entregue na sua totalidade nos cofres depen- 1.° grau — 2 0 0 ^ 0 0 0 réis para as estações cujo movi-
dentes do Ministerio da Fazenda pela fórma indicada neste mento mensal exceder 2 : 5 0 0 $ 0 0 0 réis;
regulamento. 2.° grau — 1 5 0 ; ) 0 0 0 réis para as estações cujo movi-
Art. 83.° A s diíferenças para mais ou para menos en- mento mensal exceder 2:000j>000 réis;
contradas entre rendimentos telegraphicos apurados pela 3.° g r a u — 1 0 0 ^ 0 0 0 réis para as estações cujo movi-
3 . a repartição da Direeção Geral dos Correios e Telegra- mento mensal exceder 1:500^000 réis;
phos ou pelos chefes dos serviços e aquelles por que se ti- 4.° grau — 50|$000 réis para as estações cujo movimento
verem debitado nas contas correntes os fieis e os chefes mensal exceder 5 0 0 ^ 0 0 0 réis.
clas estações telegrapho-postaes serão opportunamente le- § 1.° As cauções dos empregados, que nos termos cPeste
vadas em conta aos mesmos responsaveis. regulamento devem continuar a prestá-las, serão reduzi-
Art. 84.° Sempre que houver mudança de fiel, de chefe das ás quantias fixadas neste artigo.
ou de encarregado de estação, será encerrada a escriptu- § 2.° A fixaçâo do grau de caução que compete a cada
ração, bem como a sua conta corrente, indicando-se no estação será feita sobre proposta da Direeção Geral clos
final d'ella a importancia do saldo que transita para o novo Correios e Telegraphos, ouvida a Inspecção Geral dos Te-
responsavel, e lavrando-se o competente termo de transição legraphos e Industrias Electricas.
modelo n.° 234, acompanhado das relações complementares Art. 87.° A s cauções clos chefes e encarregados cle es-
que forem necessarias. tação serão prestadas por desconto nos seus veneimentos,
§ 1.° O termo será lavrado em triplicado e assignado a partir cla data da respectiva collocação ou nomeação,
pelo empregado que faz a entrega e por aquelle que o vae salvo quando esses chefes ou encarregados requeiram a sua
substituir. No caso de morte ou desapparecimento do em- prestação integral nessa occasião.
Junho 28 540 1902

§ unico. Serão immediatamente restituidas as cauções CAPITULO X


dos empregados que nos termos cVeste regulamento não Disposições especiaes
são obrigados a prestá-las e reduzidas aquellas que o de-
v a m ser. 1. — Abono de 2 réis por operação telegraphica
Art. 88.° Os descontos a que se refere a primeira parte
do artigo precedente serão feitos mensalmente e não po- Art. 98.° O abono de 2 réis, a que se refere o § 3.° do
derão exceder a importancia de dois dias de vencimento artigo 194.° da organização de 3 0 de dezembro de 1 9 0 1 ,
de categoria. será feito unica e exclusivamente aos empregados que effe-
Art. 89." São applicaveis ao processo das íianças clos ctuarem operações ãe transmissão e recepção telegraphi-
empregados telegrapho-postaes as disposições das instruc- cas, pelos apparelhos Morse, escrevente ou sounder, Hu-
ções regulamentares de 14 de novembro de 1860, em tudo ghes, systemas dvplex e outros apparelhos especiaes ou
que não fôr contrario ás disposições das leis e regulamen- de grande velocidade.
tos dos serviços dos telegraphos e correios. § 1.° Nas estações centraes de Lisboa e Porto os tele-
Art. 90.° A Direccão Geral clos Correios e Telegra- grammas de mais de 100 palavras serão contados, para o
phos remetterâ á Direccão Geral cle Contabilidade uma effeito d'este abono, como tantos telegrammas quantos os
relação clos empregados cujas íianças hajam cle ser pres- grupos de 100 palavras que contiverem.
tadas por descontos mensaes, indicando a importancia cle § 2.° Salvo o disposto no paragrapho precedente, por
cacla um. cada operação telegraphica não se fará em cacla estação
§ unico. Sempre que um empregado fallecer, fôr trans- mais clo que um abono, ainda mesmo que o empregado
ferido ou demittido, a - referida Direccão Geral communi- respectivo tenha de ser coadjuvado por outro ou outros,
cará o facto á da Contabilidade Publica. D e igual modo devendo, porem, nestes casos, ser o serviço distribuido de
procederá quando fôr nomeado qualquer chefe ou enear- modo que o abono seja successiva e igualmente applicavel
regado que tenha de prestar caução. a cada um dos empregados que intervierem neste traba-
Art. 91.° A s prestações mensaes de que trata o artigo lho.
(S7.° serão mencionadas nas folhas de vencimento sob a § 3.° A s operações de taxação, registo, expedição ou
epigraphe pr estação para fiança, e deduzidas no acto do copia de telegrammas não dão logar a abono algum.
pagamento. Art. 99.° Entram no computo ãa gratificação os tele-
Art. 92.° A s prestações mensaes vencerão o juro le- grammas officiaes (SS) ou particulares (PP), quer nacio-
gal que será levado em conta, no fim de cada semestre, naes, quer internacionaes. Os telegrammas de serviço
para o complemento da importancia da caução. propriamente dito, os telegrammas de serviço taxado, os
Art. 93.° L o g o que a somma das prestações com os ju- avisos de serviço, as transmissões relativas ao serviço da
ros respectivos períizercm a importancia da caução, os hora media e aos serviços meteorologicos, não dão logar a
interessados, com certidão clo facto passada pela compe- abono algum.
tcnío repartição cla Direccão Geral da Contabilidade Pu- Art. 100.° O abono de gratificação será feito em relação
blica, devem proceder á escriptura publica de que trata o aos telegrammas originarios ou destinados ás estações
artigo 9.° clas instrucções de 14 dc novembro de 1860. centraes de Lisboa e Porto, ás das capitaes dos districtos
Art. 94.° Quando algum chefe ou enearregado de esta- administrativos e ás de Villa Pieal de Santo Antonio, E l v a s
-
ção fôr demittido ou collocado em logar que não obrigue e Villa Nova de Fozcoa, respectivamente aos empx egaclos
á prcstação cle caução e a não quiser conservar, poderá, cVestas estações.
depois de ter sido dado por quite para com a Fazenda Na- § unico. Os telegrammas originarios ou destinados ás
cional, receber a caução respectiva ou a parte com que estações urbanas cle Lisboa c Porto dão logar a abono na
tiver contribuido. estação central respectiva.
§ unico. Semelhantemente se procederá para a resti- Art. 101.° L o g o que esteja esgotada a verba que lhe é
tuição da caução, ou cle parte d'ella, aos herdeiros clos res- expressamente destinada na tabella de distribuição da des-
ponsaveis que tenham fallecido. pesa, será suspenso este abono até ao novo anno econo-
Art. 95.° A Direeção Geral cle Contabilidade Publica to- mico ou ató que se auctorize a verba necessaria para
mará as providencias necessarias para que, em relação a completar o abono no anno corrente.
cacla responsavel, conste sempre o estado em que se en- Art. 102.° A s folhas cVestes abonos serão processadas
contra a importancia das sommas depositadas para cau- pelos respectivos chefes dos serviços nos primeiros quinze
ção, c bem assim para que opportunamente e depois de dias cle cada trimestre, em relação ao trimestre antece-
a
completar as mesmas cauções seja a respectiva importan- dente, e enviadas á 3. repartição da Direccão Geral dos
cia, transfcrida para a Caixa Geral de Depositos. ! Correios e Telegrajohos.

2.— Abonos de ajudas de custo


!
CAPITULO IX e d e s p e s a s de transporte

Dos alcances ; Art. 103.° Os abonos a que se referem os artigos 95." e


I 96." cla organização dos serviços dos telegraphos, correios
Art. 96.° Os responsaveis telegrapho-postaes que, no j e fiscalização das industrias electricas de 30 de dezembro
aeto da transição ou na occasião de qualquer balanço, não i de 1901, serão feitos nos termos d'esses artigos:
aprescntarem a importancia integral clo saldo quc deve es- j 1.° Por cacla dia de serviço a mais de 10 kilometros da
tar em seu poder, serão considerados alcançados, devendo : residencia official;
proceder-se a seu respeito nos termos cla legislação vi- 2.° Pelos serviços de construcção e reparação cle linhas
gente. í ou pelo cle fiscalização das industrias electricas, nos ter-
Art. 97.° Pelas importancias dos alcances em que, por j mos dos respectivos regulamentos e nos do artigo 99.° da
qualquer modo, forem encontrados os responsaveis tele- j mesma organização.
grapho-postaes, serão processadas e extrahidas contas cor- , Art. 104.° O funccionario quc tiver direito a ajuda de
rentes, quc deinonstrem o saldo liquido a favor cla Fazen- j custo ou despesas de transporte, preencherá a respectiva
da, as quaes contas serão relaxadas ao poder judicial nos nota em duplicado em um impresso (modelo n.° 423), que
termos legaes, proecdcndo-se em harmonia com o disposto remetterâ. depois de realizada a transferencia ou finda a
no regulamento geral de administração geral cla fazenda commissão, se esta durar menos cle quinze dias, ou nos
publica clc 4 cle janeiro do 1870 e no regulamento geral dias 1 e 15 cle cada mês, se a commissão durar mais de
da contabilidade publica dc 31 cle agosto de 1881. quinze, ao respectivo chefe dos serviços, que a enviará á
1
1902 541 Junho 2S

repartição cla Direeção Geral dos Correios e Telegraphos, ção desempenhem diariamente oito horas, pelo menos, de
que ordenou a transferencia ou a commissão ou á Inspec- serviço de manipulação dos apparelhos telegraphicos ou
ção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas, se ti- serviços technicos correspondentes.
ver sido nomeado por esta. Yerificada a importancia e vi- Art. 107.° Os serviços extraordinarios de cada secção
sada a nota, será devolvido um clos impressos ao respe- das estações telegraphicas centraes e centraes dos correios
ctivo chefe de serviço, que processará a respectiva folha e os das demais estações serão distribuidos igualmente
de abono. Esta folha será remettida á l . a repartição cla entre os respectivos empregados, sendo apenas excluidos
Direccão Geral, excepto se se referir a trabalhos de cons- cVelles os que por falta de idoneidade ou mau procedi-
trucção ou repara'ção de linhas ou aos de fiscalização das mento mereçam este castigo por ordem da Direccão Ge-
industrias electricas, sendo neste caso enviada á 2. a re- ral,' dada sobre propostas fundamentadas dos respectivos
partição. chefes cle serviço, ouvido sempre, quer se trate clos tele-
Visadas as folhas serão enviadas á repartição de conta- graphos quer dos correios, o inspector geral clos telegra-
bilidade para pagamento. phos e industrias electricas.
Art. 108.° Nas 2. as secções das estações telegraphicas
centraes cle Lisboa e Porto os respectivos chefes e sub-
3. —Gratificações por serviços extraordinarios
chefes farão, alem do serviço ordinario que lhes coinpete,
Art. 105.° As gratificações a que se referem os n. 2.° serviço nccturno extraordinario em dias alternativos, alem
os

e 7.° do artigo 94.° da organização clo pessoal dos serviços cle qualquer outro que seja necessario distribuir-lhes.
dos telegraphos, correios e fiscalização das industrias ele- Art. 109.° Nos casos cle prolongamento do horario clas
ctricas de 30 de dezembro de 1901 só podem ser abona- estações telegrapho-postaes clas capitaes dos districtos ad-
das: ministrativos, o serviço extraordinario cle taxação dos te-
1.° Quando por falta de pessoal nas estações centraes legrammas e venda de sellos será dividido entre os fieis e
telegraphicas ou centraes dos correios ou em quaesquer os respectivos ajudantes.
outras, algum empregado tenha de fazer serviço extraor- Art. 110.° Nenhum empregado se póde recusar ao de-
dinario, alem do ordinario que lhe competir por escala; sempenho de serviços extraordinarios, sob pena cle ser con-
2.° Quando por motivo extraordinario seja necessario j siderado em desobediencia voluntaria ás ordens superiores.
reforçar o pessoal que constitue cada turno de serviço; Art. 111.° Só serão desempenhados serviços extraordi-
3.° Quando nas estações telegraphicas, telegrapho-pos- narios mediante previa auctorização cla Direccão Geral dos
taes, telcphono-postaes ou semaphoricas seja alterado por Correios c Telegraphos, nos termos dos §§ 5.° c 6.° clo
qualqujeí- motivo o respectivo horario e não possa alterar-se artigo 94.° da organização clo pessoal clos telegraphos, cor-
a respectiva escala cle serviço, de modo a occorrer con- reios e fiscalização das industrias electricas, de 30 de de-
venientemente áquella modificação. zembro de 1901, sendo os respectivos abonos feitos, tanto
§ unico. Em qualquer dos casos a que se refere e^ie para o pessoal do serviço clos telegraphos como para o
artigo, as gratificações só serão abonadas aos empregados dos correios, nos precisos termos do § 7.° do mesmo artigo,
que tenham prestado, no mesmo dia, o serviço que lhes em conformidade com as disposições dos §§ 8.° o 10."
competir por escala. Art. 112." Nos dias 1 e 15 de cada mês os chefes de
Art. 106.° A Direccão Geral dos Correios e Telegra- serviço formularão notas em dupiicado do serviço extraor-
phos, sobre propostas do inspector geral clos telegraphos e dinario desempenhados pelos empregados da sua depen-
industrias electricas, fixará as escalas de serviço dos empre- dencia, em harmonia com as disposições clos artigos pre-
gados de cada estação, incluindo neste numero as centraes cedentes.
telegraphicas e as centraes de correios. Estas notas serão enviadas:
Estas escalas de serviço organizar-se-hão em obediencia a) As que se referem a serviços determinados por falta
ás seguintes regras: do pessoal que compete a cada estação — á l . a repartição
a) Nas primeiras e segundas secções das estações tele- da Direeção Geral:
graphicas centraes, todos os empregados devem ficar dis- b) As que se referem a serviços determinados por alte-
tribuidos em quatro turnos, que successivamente entrarão racões de horarios ou serviccs extraordinarios cle telegra-
em serviço ás oito horas da manliã, tres e dez da tarde, phos — á 3. a repartição.
ficando um de folga. Do turno que entra em serviço ás c) As que se refcrirem a abonos por serviços extraor-
dez horas da noite serão ehamados os empregados julga- dinarios nas estações centraes dos correios de Lisboa e
dos necessarios, mas de modo que o serviço se distribua Porto e nas capitaes dos districtos administrativos das ilhas
successivamente a todos; clos Açores e Madeira—á 4. a repartição.
ò) Nas estações centraes dos correios os turnos serão § unico. As notas relativas a abonos que devam ser
organizados de modo que cada empregado tenha, em re- pagos, nos termos do § unico clo artigo 24.° da. organiza-
gra, oito horas de serviço, pelo menos, entrando neste ção do pessoal de 30 de dezembro de 1901, por outros
computo o serviço clas madrugadas, que será contaclo para ministerios ou auctoridades, serão enviadas como as de
este fim pela sua duração normal, independentemente do que trata a alinea Z>), mas feitas em separado das que se
disposto no § 8.° do artigo 94.° da organização do pessoal referem a abonos a cargo da Direeção Geral clos Correios
dos telegraphos, correios e fiscalização das industrias ele- e Telegraphos.
ctricas cle 30 de dezembro cle 1901 ; Art. 113." Vcrificadas as notas a que se refere o ar-
c) Nas demais estações — de modo que cada empregado tigo precedente, será uma devolvida ao respectivo chefe
preste oito a dez horas de serviço normal, conforme a im- dos serviços para, processar a respèctiva folha, quc será
portancia cla estação. í remettida rcspectivamente á l . a , 3. a ou 4. a repartição da
§ 1.° No tempo cle serviço a que se refere este artigo j Direeção Geral clos Correios c Telegraphos.
não se comprehende o que fôr destinado a ensaios das li- Art. 114." O pagamento dàs folhas que hajam de ser
nhas o apparelhos telegraphicos, á determinação e locali- j satisfeitas por outros ministerios, será requisitado a esses
zaçâo clas avarias, nem o da recepção ou transmissão de ministerios pela Direeção Geral dos Correios e Telegraphos.
despaclios depositados durante o periodo de serviço nor- § unico. Quando estes pagamentos não possam ser sa-
mal das estações. tisfeitos no prazo de tres meses, contados desde a data
§ 2.° Nas estações telegraphicas e telegrapho-postaes, cla sua requisição pela referida. direeção geral, por motivo
em que ha mais de um empregado telegraphico, com ex- iegal, o Governo tomará as providencias necessarias para
cepção da de Ooimbra, as escalas de serviço serão orga- J que não fiquem sem remuneração os serviços extraorclina-
nizadas de modo que os chefes ou encarregados de esta- | rios prcstados pelo pessoal dos telegraphos e correios.
Jnnlio 28 542 1902

4 — Abonos pelo serviço nas ambulancias postaes interessados ou como consequencia da conferencia feita na
Direccão Geral dos Correios e Telegraphos só poderão
Art. 115." Os abonos de que trata o artigo 97.° da or- ser ordenados pela mesma Direeção Geral. Quando hajam
ganização do serviço dos telegraphos, correios e fiscalização de fazer-se, processar-se-hão na 3. a repartição cla mesma
das industrias electricas de 30 de dezembro cle 1901 serão Direeção Geral os documentos respectivos, ou os de cobrança
feitos em harmonia com a respectiva escala de serviço, appro- de differenças de taxas, nos mesmos modelos n. os 246 e 216.
vada pela Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, aos Art. 123.° No fim do mês lançar-se-hão todos os addi-
empregados para este fim escolhidos pela mesma direccão cionamentos ou abatimentos na competente columna do
geral, sobre proposta clo chefe clo serviço das ambulancias impresso 146 ou 209, conforme pertençam ao rendimento
postaes. internacional ou nacional, ainda que sejam referentes a
§ unico. A escolha clo pessoal do quadro telegrapho- meses atrasados, indicando-se os numeros dos documen-
postal que deve servir nas ambulancias postaes só póde tos respectivos.
ser feita depois de ouvidos sobre a proposta do clu fe das Paço, em 28 de junho de 1902. = Fernando Mattozo
ambulancias postaes os chefes dos serviços de que depen- Santos—Manuel Francisco de Vargas.
derem esses empregados e o inspector geral dos telegra-
D . do G. n . 0 lãí), cle 19 (le jullio.
phos e industrias electricas.
Art. 116.° No dia 5 de cacla mês, o chefe do serviço
das ambulancias postaes enviará á 4. il repartição da di-
reccão geral uma nota em duplicado dos abonos que de- Usando da auctorização concedida ao Governo pelos ar-
vem ser feitos pelo serviço em cada linha ferrea. tigos 142.° da organização do pessoal dos telegraphos,
Art. 117." Verificadas estas notas, será uma devolvida, correios e fiscalização das industrias electricas, appro-
com o visto cla mencionada repartição, ao chefe do ser- vada por decreto com força de lei de 30 de dezembro de
viço, que processará a respectiva folha de pagamento e a 1901, e 17.° cla organização dos serviços de contabili-
enviará á mesma repartição. dade dos telegraphos e correios, approvada por decreto
com força de lei da mesma data: hei por bem approvar
5 — Cobrança das differenças nas taxas o regulamento dos serviços de acquisição, distribuição e
recebidas pelos telegrammas, contabilidade do material dos telegraphos e correios, que
restituição de taxas e erros na escripturação baixa assignado pelos Ministros e Secretarios de Estado
dos Negocios cla Fazenda e dos das Obras Publieas, Com-
Art. 118.° Durante o periodo em que os telegrammas mercio e Industria.
permanecem nas estações teem os chefes ou encarregados Os mesmos Ministros e Secretarios de Estado assim o
a faculdade de corrigir os erros encontrados na applicação tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 de ju-
ou cobrança cle taxas, se nisto concordarem os expedido- nho de 1902. = REI. = Fernando Mattozo Santos —Ma-
res ; nestes casos cleverão processar-sc os competentes nuel Francisco de Vargas.
documentos de cobrança ou de restituição cle taxa (irn-
pressos modelos n. o s 246 e 216).
Nos originaes dos telegrammas lançar-se-hao, a tinta Regulamento dos serviços de acquisição, distribuição e contabilidade
vermelha e cle modo que permitta conhecer os algarismos do material dos telegraphos e correios
substituidos, as rectificações correspondentes, indicando
igualmente o numero de ordem do documento de cobrança CAPITULO I
ou restituição, e o nome do empregado que o assignou. Ileparlições incumbidas do serviço de contabilidade do material
Art. 119.° Quando os telegrammas já tenham sido en-
viados aos chefes •'os serviços, será o respectivo documento Artigo 1.° Os serviços cle contabilidade do material dos
de cobrança ou do restituição processado pelos mesmos telegraphos e correios serão centralizados na Direeção Ge-
chefes dos serviços, ou por sua ordem expressa, e enviado ral dos Correios e Telegraphos e desempenhados pelo ser-
immediatamente á estação para os devidos effeitos. viço central des armazem do material e pelo demais pes-
Art. 120." Nas estações telegraphicas centraes de Lis- soal externo, nos termos d'este regulamento.
boa o Porto o processo dos documentos a que se referem A verificação da escripturação dos responsaveis pelos
os artigos 118." e 119.", careee sempre cle auctorização depositos cle material competirá igualmente á referida Di-
do respcctivo chefe dos serviços de telegraphos. reccão Geral nos termos d'este regulamento, bem como a
Art. 121." Logo que a estação tenha realizado a co- preparação clos documentos e processos que devam ser
brança ou restituição, communicá-lo-lia ao chefe clo serviço enviados ao Tribunal de Contas para Iulgamento d'aquel-
respectivo, indicando outrosim qual a entrega cle rendi- les responsaveis.
mento cin que teve logar o addicionamento ou diininui- Art. 2.° Alem clo serviço central dos armazens do mate-
ção correspondente, entendendo-se que esta liquidação rial, que tem a sede em Lisboa, poderão estabelecer-se
deve ter logar na primeira entrega que depois daquella em outras localidades depositos dependentes d'aquelle ser-
operação se houver de effectuar. Os chefes clos serviços fa- viço e a cargo cle fieis de armazens ou cle empregados
rão nos respectivos telegrammas as devidas annotaçÕes telegrapho-postaes, conforme a sua importancia.
pelo modo indicado no artigo 67.° Quando algum docu- - Nas sedes dos serviços clos telegraphos e clos correios
mento de cobrança deixc cle ser satisfeito, será cobrado de Lisboa e Porto e nas clos serviços telegrapho-postaes
pelo processo clas execuções fiscaes. Os documentos de dos outros districtos, bem como na clas ambulancias nos-
restituição de taxas não podem conservar-se nas estações taes, haverá depositos cle material a fim de occorrer ás
para liquidação mais de quinze dias, sendo depois d'este necessidades urgentes; estes depositos serão confiados ao
prazo devolvidos, para os devidos effeitos, á repartição de chefe dos serviços ou a empregado nomeado para este fim
que provieram. pela Direccão Geral dos Correios e Telegraphos, sobre
Art. 122." As disposições dos artigos procedentes ap- proposta clo mesmo chefe, quo d'elles será pessoalmente
plicam-sc unicamente á cobrança de differença de taxas responsavel.
recebidas e ás restituições provenientes de erros de con- Alem cVestes a mesma Direccão Geral poderá estabele-
tagem ou cle applicações cle taxas, evidentemente reconhe- cer depositos provisorios de material cle telegraphos quanclo
cidos pelas estações dc origem e pelos encarregados da o serviço o exija.
conferencia do serviço. Os reembolsos ou cobranças que § unico. No serviço central dos armazens estabelecer se-
devam ser feitos em virtude de reclamação posterior clos hão desde já clois depositos, a saber:
1902 56.5 Junho 28

Deposito n° 1—para o material de estações, instru- CAPITULO II


mentos e material de consumo;
Acquisição do material e execução de obras
Deposito n." 2—para o material de linhas, ferramentas
e impressos. Art. 9.° A contabilidade do material abrange todos os
O Governo poderá alterar esta distribuição quando se artigos que a administração adquire para os serviços da
criern novos depositos ou por outro motivo convenlia ao sua dependencia, quer esses artigos sejam destinados á
serviço. execução cle obras, quer sejam consumidos ou transfor-
Art. 3.° O inspector geral dos telegraphos e indus- mados para o desempenho clas funcções telegrapho-postaes.
trias electricas formula os cadernos cle encargos dos fôr Art. 10.° As obras cuja execução compete á Direccão
necimentos, escolhe os processos de ensaio e verificação Geral dos Correios e Telegraphos e pessoal cla sua depen-
technica clo material, e emquanto desempenhar as func- dencia sao das seguintes especies :
ções a que se refere o artigo 115.° cla organização do 1. a Obras cle construcção ou reparaçâo dos edificios des-
pessoal dos telegraphos, correios e fiscalização das indus- tinados ás estações ou a outros serviços telegrapho-pos-
trias electricas, cle 30 de dezembro clo 1901, resolve supe taes ;
riormente as contestações sobre o assunto. Compete-lhe 2. a Obras cle construcção e reparaçâo das linhas e ins-
igualmente ordenar a satisfação das requisições cle mate- tallações das estações do Estado.
rial e os demais serviços que lhe forem distribuidos pelos As obras da primeira especie serão auctorizadas e exe-
regulametos. cutadas nos termos das instrucções da Direccão Geral dos
Art. 4.° A 2. a Repartição cla Direccão Geral dos Cor- Correios e Telegraphos ou Inspecção Geral dos Telegra-
reios e Telegraphos recebe dos serviços externos as requi- phos e Industrias Electricas, sendo dispensado o preceito
sições de material que devem ser submettidas a despacho de concurso para aquellas que forem cle muito pcuca im-
do inspector geral dos telegraphos e industrias electri- portancia, ou que por sua natureza especial ou por reco-
cas; prepara o expediente relativo ás acquisiçÕes e vendas nhecida urgencia não possam, sem inconveniente, ficar su-
cle material que dependem de auctorização superior; regista jeitas a concorrencia illimitada.
as folhas de despesa feitas no serviço dos armazens e cen- As obras de construcção e reparaçâo das linhas tele-
traliza o serviço de verificação da escripturação clos res- graphicas, telephonicas ou outras e as installações das
ponsaveis pelos depositos. estações do Estado serão feitas por administração, sendo
Art. 5.° Os officiaes encarregados das visitas de inspec- os respectivos projectos e orçamentos elaborados nos ter-
ção ordinaria aos serviços externos vcrificam a escriptu- mos das instrucções da referida Direccão Geral ou Inspec-
ração do serviço dos armazens e a dos fieis. ção Geral.
Art. 6.° Ao chefe do serviço dos armazens compete: O pagamento dos materiaes, salarios e jornaes despen-
a) Dirigir ou executar os serviços de acquisição de ma- didos será feito, em qualquer dos casos, nos termos do re-
N teriaes que lhe forem determinados; gulamento clos serviços de contabilidade das reccitas e
5) Dirigir o serviço cle ensaio e verificação technica despesas clos Telegraphos e Correios.
dos materiaes, sob as ordens do inspector geral clos tele- § 1.° Quando sejam feitas por ajuste particular as obras
graphos e industrias electricas; de construcção ou reparaçâo dos edificios destinados a
c) Executar os serviços de escripturação e contabilidade serviços telegrapho-postaes, deverá o empreiteiro assignar
necessarios para a elaboração das folhas de despesas de for- termo de obrigação, estabelecendo as condições do traba-
necimentos e para a verificação da escripturação de todos os lho, sua importancia e meio de pagamento.
depositos e da responsabilidade clos fieis de armazens; § 2.° As condições e caderno cle encargos relativos a
d) Dirigir os trabalhos de despacho, carga, déscarga e obras que não sejam feitas por administração serão sem-
expedição do material; pre submettidos á approvação cla Direccão Geral ou Ins-
e) Desempenhar os demais serviços que lhe forem dis- pecção Geral clos Telegraphos e Industrias Electricas.
tribuidos. Art. 11.° O material necessario para a execução clos
§ 1.° A secretaria e os depositos dependentes clo func- trabalhos incumbiclos ao pessoal dependente da Direccão
cionario a que se refere este artigo estarão abertos: Geral dos Correios e Telegraphos, bem como o que fôr
1." Nos dias de expediente ordinario, das 8 horas cla usado nas estações e officinas, será adquirido nas localida-
manhã ás 5 horas da tarde, dando-se durante este periodo des em que fôr empregado ou requisitado ao serviço dos
uma hora de folga a cada empregado (clas 11 horas ás 12 armazens nos termos das instrucções e ordens superiores.
cla manhã, ou das 12 á 1 hora cla tarcle); Art. 12." Serão sempre adquiridos directamente pela
2.° Nos domingos e dias santificados, das 10 horas ás Direccão Geral dos Correios e Telegraphos ou pelo ser-
12 da manhã (para as expedições urgentes cle material); viço central dos armazens, por ordem expressa cla mesma
3.° Nos demais dias feriados, das 8 horas ás 12 cla manhã. Direccão Geral, alem de outros que superiormente sejam
§ 2." Os horarios a que se refere o § 1.° poderão ser designados, os artigos de material das seguintes catego-
modificados por ordem clo Ministro, da Direeção Geral ou rias:
cla Inspecção Geral.
1. a Apparelhos e instrumentos telegraphicos em uso nas
Art. 7.° Os fieis de armazens são responsaveis, nos ter-
estações;
mos do regulamento geral de contabilidade, pelos valores
2. a Apparelhos e instrumentos de medidas electricas ;
confiados á sua guarda e prestarão as cauções fixadas na
3. a Isoladores e conductores clas linhas electricas;
organização dos serviços de contabilidade dos telegraphos
4. a Material de sinaes semaphoricos;
e correios, de 30 de dezembro de 1901.
5. a Instrumentos topographicos;
Cada um executa o serviço de escripturação de entrada
6. a Instrumentos meteorologicos;
e saida do material clo deposito ou depositos a seu cargo e
7. a Pilhas—Material de consumo das pilhas e de in-
os demais serviços que lhe forem distribuidos.
jecção de postes ;
Art. 8.° Os chefes de serviço externo, os chefes e en-
8. a Machinas — Ferramentas, carruagens, ambulancias
carregados clo estação são responsaveis pelos artigos clo
postaes, automoveis, bicyclos e vehiculos de transporte de
material que lhes forem entregues.
pessoas ou objectos;
As cauções prestadas, nos termos do regulamento cle
9. a Caixas para receptaculos cle correspondencias, malas
contabilidade das receitas e despesas clos telegraphos e
e sacos para transporte de correspondencias, marcas e
correios servem de garantia das perdas do materia! que
carimbos.
o Estado possa soffrer por dolo ou negligencia dos em-
pregados. Art. 13.° Poderão ser adquiridos pelos chefes dos servi-
Junho 28 544 1902

ços externos, mediante auctorização previa da Direeção não lhe permittir intervenção.em contratos da especie. Os
Geral ou da Inspecção Geral, os artigos cle mobilia e os individuos que pretendam representar alguma sociedade
de consumo não designados no artigo antecedente. nos actos das licitações deverão apresentar documentos
Art. 14.° Os postes e outros apoios empregados nas li- que eomprovem a sua competencia para esse fim.
nhas telegraphicas serão adquiridos pelo modo que supe- Art. 18.° O preceito do concurso publico não ó appli-
riormente fôr determinado. cavel nos casos previstos pelos artigos 65.° e 68.° do re-
Art. 15.° A Direeção Geral ou a Inspecção Geral desi- gulamento geral da contabilidade publica de 31 cle agosto
gnarão, em conformidade com as ordens do ministro, quaes cle 1881, e nomeadamente em relação:
os artigos de material que podem ser adquiridos por com- 1.° Ás compras dos artigos de expediente;
pra sem auctorização previa especial. 2.° A compra de livros, jornaes e outras publicações,
Art. 16.° Será abonada mensalmente a cada chefe de e á de artigos de desenho;
serviço oxterno, nos limites cla respectiva verba orçamen- 3.° As acquisições cle instrumentos ou apparelhos tele-
tal, uma quantia destinada ás despesas de expediente de graphicos e em geral ás de instrumentos de precisão, de
todos os serviços e estações de 1.% 2. a e 3. a classe da sua qualquer especie;
dependencia. Estas despesas comprehendem: 4.° As acquisições das carruagens ambulancias postaes,
1.° As clo expediente propriamente dito (papel cle embru- bicyclos o outros vehiculos.
Iho, cordel, lacre, obreias, gomma, papel de escrita, la- Art. 19.° Quando a acquisição de artigos cle material
pis, pennas, tinta de escrever e outros objectos cle secre- seja feita sem concurso previo, deverá em regra lavrar-se
taria); contrato nos termos do artigo 24.° e seguintes. Este con-
2." A lcivagem e a liinpeza — (agua, escovas, panos, trato será dispensado em relação a acquisições de muito
vassouras e retribuição pelo trabalho de lavagem e lim- pequena importancia ou ás de artigos de material que
peza). por razões especiaes não convenha sujeitar áquelle pre-
§ 1." Os artigos de expediente para os serviços dos ceito.
Telegraphos e Correios das eidades de Lisboa e Porto se- Art. 20.° Os concursos para adjudicação de fornecimen-
rão adquiridos pelo modo quc o Governo designar, não tos devem ser annunciados com a devida antecedencia
sendo applicaveis a estes serviços as disposições do pre- em dois clos principaes jornaes da localidade, e no Dia-
sente artigo. rio do Governo, quando se realizarem perante o serviço
§ 2.° Os irnpressos cujo fornecimento não póde sem central dos armazens, declarando-se no annuncio se o con-
prejuizo ser entregue á industria particular serão sem- curso se realizará por propostas em carta fechada ou por
pre requisitados ao serviço centrcd dos armazens por in- licitação verbal, se os artigos fornecidos devem satisfazer
termedio da 2. a Repartição, como os demais artigos de a determinadas condições ou se devem ser iguaes a typos
material ordinario; as cadernetas de vales serão requisita- apresentados.
das á 5. a Repartição da Direccão Geral e por esta forneci- Os concursos poderão ser abertos por artigos ou por
das. Os demais irnpressos serão adquiridos ou fornecidos grupos de artigos, para fornecimentos definidos ou para
conforme o Governo resolver. o que fôr necessario para consumo durante um certo pe-
§ 3.° As despesas da illuminação necessaria para o de- riodo.
sempenho clos serviços normaes serão abonadas a cada es- Art. 21.° Os actos clo concurso serão presididos por
tação ou serviço, em conformidade com as propostas dos uma commissão cle tres membros, expressamente nomeada
chefes de serviço, superiormente approvadas. para esse fim pela Direccão Geral ou Inspecção Geral,
Quando o serviço se prolongue alem clas horas normaes, podendo fazer parte da commissão engenheiros ou offi-
sera, ei despesa de illuminação, segundo a duração do ciaes do quadro telegrapho-postal. Poderá assistir a todos
serviço extraordinario. os trabalhos cUestas commissões um empregado cla Diree-
Art. 17.° As acquisições cle material de telegraphos e ção Geral cla Contabilidade Publica escolhido pelo respe-
correios serão feitas em regra precedendo concurso pu- ctivo chefe para esse fim.
blico. As clausulas clos concursos e as condições a que Art. 22.° São applicaveis aos concursos para adjudica-
devem satisfazer os differentes artigos de material serão ção de fornecimentos de material de Telegraphos e Cor-
sempre estabelecidas, em harmonia com as ordens clo Mi- reios as disposições do artigo 75.° e outras clo regulamento
nistro, pela Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias geral da contabilidade publica; não lhes são, porem, ap-
Electricas. plicaveis as disposições de quaesquer diplomas que não te-
Os concursos serão realizados : nham sido promulgados pela Direccão Geral dos Correios
a) Pela 2." Repartição cla Direccão Geral, nos casos de e Telegraphos.
acquisições especiaes ou de excepcional importancia; Art. 23.° A adjudicação dos fornecimentos será feita:
b) Pelo serviço central dos armazens, nos casos ordina- a) Pelo Ministro das Obras Publieas ou pelo Conselho
rios cle fornecimentos que devam ser entregues nos depo- de Ministros, nos termos da lei cle contabilidade, quando a
sitos da sua dependencia; sua importancia exceda 500í>000 réis;
c) Por outros serviços externos, nos casos em que a h) Pelo director geral ou inspector geral, nos termos
Direccão Geral ou a Inspecção Geral assim o determi- da organização cle 30 de dezembro cle 1901, quando seja
nem. inferior a 500;5>000 réis.
As adjudicações serão, em qualquer d'cstes casos, feitas Feita a adjudicação, lavrar-se-ha o respectivo contrato,
nos termos clo artigo 23.° nos termos do artigo 24.° e seguintes.
§ 1." Só poderão ser admittidas a licitar nestes concursos Art. 24.° Em todos os contratos de adjudicações se de-
as pessoas ou entidades legalmente capazes cle praticar verá fixar o dia da entrega dos fornecimentos ou o clo co-
actos dc commercio, salvas as restricções que forem esta- rneço c fim clas obras, a natureza e importancia dos de-
belecidas nos programmas especiaes. positos de garantia, a importancia e moclo de pagamento
§ 2." As pessoas que pretendam ser admittidas a li- das indemnizações por demora no eumprimento clo con-
citar em concurso podem fazer-se re.presentar nestes por trato ou cle alguma clas suas clausulas, a epoca e fórma
seus bastantes procuradores com poderes especiaes para dos pagamentos e, quanto possivel, o periodo cle garantia
este fim, devendo as procurações, em devida fórma, ser da obra ou a especie de ensaios a que devem submet-
juntas aos processos clos concursos. ter-se os materiaes.
3.° Nenhuma sociedade, companhia ou empresa será Art. 25.° Consignar-se-lia sempre nos contratos a clau-
admittida a licitar se não estiver legalmente auctorizada sula dc quc os adjudicatarios estipulam domicilio particular
a exercer a sua industria no país e se a sua constituição nos logares em que os mesmos tenham sido celebrados. No
56.5
1902 Junho 28

caso de os adjudicatarios serem estrangeiros estipular-se-ha CAPITULO III


sempre que renunciam os direitos de suas nacionalidades,
e que aceeitam exclusivamente a jurisdicção dos tribunaes Classificação do m a t e r i a l , sua recepção dos f o r n e c e d o r e s
e auctoridades portnguesas em tudo que respeite ás suas e verilicação
relações com o Estado.
Art. 31.° O material usado nos serviços de telegraphos
Art. 26.° O pagamento do imposto do sêllo e de qual- correios classifica-se nos seguintes grupos:
quer despesa legal a que dê logar a celebração do con- 1.° Material de estações, comprehendendo:
trato será feito pelo respectivo adjudicatario. As despe- a) Instrumentos e apparelhos telegraphicos elec-
sas dos annuncios ficam, porem, a cargo do Estado. tricos ;
São por conta dos fornecedores todas as despesas de b) Instrumentos e apparelhos de medidas electri-
transporte dos materiaes, direitos de alfandega ou outros cas ;
impostos e quaesquer outras até a sua entrega nos arma- c) Apparelhos telephonicos;
zens, depositos ou locaes em que deva ter logar, salvo d) Apparelhos de telegraphia sem fio;
expressa declaração. e) Apparelhos de telegraphia pneumatica;
Art. 27." Approvada qualquer adjudicação será d'isso f ) Accessorios para installações das estações tele-
avisado o adjudicatario, que no prazo de tres dias uteis, graphicas e telephonicas;
contados da data do aviso, deverá apresentar documento g) Pilhas;
comprovativo de ter realizado o deposito definitivo, fixado h) Dynamos;
no programma de adjudicação, devendo solicitar opportu- i) Motores de gaz ou de vapor;
namente qualquer documento necessario para esse fim. j) Material semaphorico;
O levantamento do deposito provisorio só se eífectuará de- k) Material de correios;
pois de realizado o deposito definitivo. l) Mobilia e utensilios.
Os contratos de adjudicação deverão ser lavrados e as- 2.° Material de linhas telegraphicas e telephonicas aereas,
signados no dia para esse fim fixado; só serão, porem, comprehendendo:
executorios depois de superiormente approvados, nos ca- a) Apoios;
sos em que as leis de contabilidade publica assim o exi- b) Isoladores;
jam. Esta approvação será nesses casos communicada offi- c) Conductores;
cialmente ao adjudicatario, contando-se d'essa data os d) Material de injecção de postes.
prazos fixados no contrato, quando não haja neste estipu- 3.° Material de linhas telegraphicas e telephonicas sub-
lação diversa. O adjudicatario ficará descle a data d'essa terraneas ;
approvação sujeito a todas as clausulas do contrato. 4.° Material de linhas telegraphicas pneumaticas;
Perderá o direito de levantar o deposito provisorio o 5.° Material de telegraphia militar;
adjudicatario que não apresentar, no prazo acima indi- a) Estações;
cado, o documento justificativo de ter realizado o, deposito b) Linhas.
definitivo, fazendo-se nesse caso nova adjudicação. 6.° Instrumentos de medidas mecanica», de topographia
Perderá o deposito ou depositos realizados o adjudica- e de desenho;
tario que não comparecer na repartição para assignar o 7.° Instrumentos de meteorologia;
contrato de adjudicação no dia fixado para esse fim. 8.° Ambulancias postaes;
Art. 28.° Os contratos relativos a fornecimentos feitos 9.° Bicyclos;
em Lisboa serão celebrados em duplicado, na 2. a Reparti- 10." Vehiculos de. transporte (diversos dos dos grupos 8.°
ção da Direeção Geral ou no serviço central dos armazens, e 9.°).
conforme a sua natureza, entre o respectivo chefe, em A) De pessoal ;
nome da Direeção Geral, e o adjudicatario. Estes contra- B) D e malas do correio.
tos, depois de visados pelo inspector geral, serão submet- 11.° Ferramentas, comprehendendo:
tidos á approvação do Ministro ou do Conselho de Minis- a) As de uso nas estações;
tros, quando o devam ser nos termos dos r e g u l a m e t o s e b) As de uso nas linhas.
leis vigentes, sendo entregue um dos exemplares ao adju- 12.° Material de consumo (não espeeificado nos numeros
dicatario. anteriores).
Os contratos devidamente approvados serão transcriptos 13." Impressos, comprehendendo:
no livro para esse fim existente na 2. a Repartição e segui- a). Os regulametos, instrucções, circulares e ou-
damente enviados á 9. 3 Repartição da Direccão Geral de tras publicações officiaes que devem ser dis-
Contabilidade Publica para os effeitos legaes. tribuidas aos empregados telegrapho-postaes,
Dos contratos lançados nos livros serão passados tras- ás estações e aos serviços;
lados, a pedido dos interessados, mediante o pagamento b) Os impressos destinados á execução dos serviços.
do respectivo emolumento.
§ 1." A Direeção Gerai dos Correios e Telegraphos
Art. 29.° Os contratos que devam ser celebrados fóra publicará periodicamente a nomenclatura dos artigos d'es-
de Lisboa serão assignados pelos chefes dos serviços espe- tas differentes categorias que ordinariamente existem nos
cialmente auctorizados para esse fim, procedendo-se depois depositos. Podem, porem, ser requisitados quaesquer ou-
segundo o modo prescripto no artigo 28.° tros, nos termos d'este regulamento, competindo á Diree-
Art. 30.° Os adjudicatarios de quaesquer obras ou for- ção Geral ou á Inspecção Geral resolver os que se de-
necimentos de materiaes sujeitar-se-hão sempre aos exa- vem adquirir, e no caso affirmativo determinar o processo
mes e verifieações que se entender conveniente fazer para de acquisição; a sua recepção e distribuição será sempre
ensaio dos artigos fornecidos ou conhecimento dos traba- feita segundo as normâs fixadas nos artigos seguintes.
lhos feitos, bem como se sujeitarão a qualquer acto de fis- § 2.° Os impressos a que se refere a alinea a) do grupo
calização que superiormente se determine. 13." são distribuidos para ficarem pertencendo aos archi-
Nas condições e cadernos de encargos especiaes estabe- vos dos serviços ou para uso pessoal dos empregados, con-
lecer-se-hão os preceitos a que devam em regra subordi- forme as ordens da Direeção Geral.
nar-se os ensaios dos materiaes ou a fiscalização das obras, Art. 32." Os artigos de material recebidos directamente
entendendo-se, porem, que se poderá, apesar d'isso, modi- pelo serviço central dos armazens ou suas dependencias
ficar ou ampliar esses ensaios, como mais convier aos in- darão entrada nos depositos respectivos mediante as for-
teresses publicos. malidades indicadas nos artigos seguintes.
Junho 28 546 1902

Art. 33.° Feita qualquer adjudicação, será enviada ao do laboratorio, em Lisboa ou noutra localidade, quando
forneeedor uma ou diversas requisições dos artigos respec- superiormente assim se resolva, Neste caso, serão estes
tivos. Estas requisições serão feitas em irnpressos, mo- trabalhos desempenhados pelo pessoal do laboratorio ou
delo n.u 16, que serão assignados pelo chefe do serviço por quaesquer outros funccionarios telegrapho-postaes, con-
central dos armazens, archivando-se o respectivo talão. Os forme se determinar.
artigos requisitados serão apresentados pelos fornecedores Art. 37.° Concluidos os ensaios, será immediatamente
ao laboratorio de ensaios, a que se refere o n.° 1.° do ar- feito o registo do seu resultado no livro respcctivo e em
tigo 16.° da organização do pessoal clos telegraphos, cor- seguida lançada na requisição a nota competente. Se o
reios e fiscalização das industrias electricas, de 30 de de- material estiver nas condições cle ser acceite, será esta
zembro dc 1901; depois cle ensaiados ou verificados, nos nota redigida do seguinte modo: «verificado e admittidos;
termos dos artigos seguintes, serão entregues por este la- no caso contrario será redigida do seguinte modo: «veri-
boratorio, com a respectiva nota de verificação, ao fiel do ficado e rejeitado», sem outra declaração.
deposito respectivo, que cVelles passará recibo no proprio § 1." A nota de verificação de que trata este artigo
impresso cla requisição. A apresentação cVeste documento representa unicamente o eumprimento clas condições e
com a factura correspondente é condição essencial para se clausulas do fornecimento sob o ponto de vista cla quali-
effectuarem os pagamentos. dade dos artigos apresentados. A sua contagem será feita
§ 1." isenhum artigo cle material será, em geral, entre- ulteriormente, pelo fiel respectivo, no acto da entrega
gue nos depositos a mais ou a menos do que constar cla e antes de passado o recibo na requisição. Deve, porem,
requisição. o material ser apresentado na sua totalidade ao laboratorio
§ 2.° Na requisição indicar-se-ha sempre o local da e passar directamente cVeste para os depositos, de maneira
entrega, em harmonia com o contrato cle adjudicação, e o que haja a certeza de que não foi substituido.
funccionario a quem deve ser feita. § 2." Quando a verificação do material se fizer fóra do
§ 3.° D a entrega ao serviço central ãos armazens das Lisboa, serão os seus resultados transmittidos ao serviço
requisições satisfeitas e documentos respectivos se pas- central ãos armazens, procedendo-se em tudo o mais que
sará recibo, quando os fornecedores o desejem. respeita ao seu pagamento e distribuição nos termos cVeste
Art. 34." O serviço clos ensaios e verificações a que se regulamento.
refere o artigo antecedente será feito no laboratorio an- Art. 38." O pessoal clo laboratorio poderá, para salva-
nexo ao serviço central dos armazens, ou, quando neste não guardar a sua responsabilidacle, conservar, devidamente
cxistam os apparelhos e instrumentos necessarios para sellados, especimes ou amostras do material rejeitado que
esse fim, cm quaesquer laboratorios officiaes. Neste ultimo permittam resolver contestações futuras, quando a natu-
caso, o resultado do ensaio será enviado ao laboratorio do reza do fornecimento as admitta.
serviço central dos armazens e por este lançado, com a Art. 39.° Quando o material não satisfizer ás condições
nota da respectiva proveniencia, na requisição feita ao for- exigidas, será d'isto avisado por escrito pelo chefe do ser-
necedor, seguindo-se depois os demais tramites ordinarios. viço central ãos armazens o respectivo forneeedor, que de-
Art. 35." Ao laboratorio do serviço central clos arma- verá substitui-lo no prazo que para esse fim lhe fôr mar-
zens, compete: cado, sendo-lhe rescindido o contrato, caso não cumpra
a) Executar os ensaios technicos cle qualquer especie essa indicação.
necessarios para verificar as qualidades do material ou o Se o material apresentado para substituir o que tiver
seu grau de pureza, nos termos do artigo 34.°; sido rejeitado tambem não fôr acceito, será substituido,
b) Determinar o valor clo material adquiriclo, quando isto de conta do forneeedor, por outro cle boa qualidade, que
seja necessario, e o dos concertos mandados executar, nos se encontre no mercado, deduziudo-se a sua importancia
termos clo artigo 61.°; cle qualquer credito do mesmo forneeedor para com a Di-
c) Informar, quando para isso receber ordens, sobre reeção Geral, e não havendo ou não cenvindo aclquirir
quaesquer assuntos relativos á acquisição, venda, conser- artigos que substituam os cla adjudicação será rescindido
vação e reparação do material. o contrato.
<> dcsempe.nho d'estes serviços pertence ao pessoal do D a mesma fórma se procederá quando o fornecimento
laboratorio, e c feito sob as ordens directas clo chefe do ser- não fôr entregue no prazo marcado.
viço central dos armazens, salvas as disposições do artigo 3.° Art. 40.° Ás experiencias cffectuadas para a verificação
$ unico. A determinaeào dos methodos de verificação e do material só poderá assistir o forneeedor se para isto
ensaio póde ser sempre da escolha do inspector geral dos obtiver auctorização especial da Direccão Geral ou Ins-
telegraphos e industrias electricas, ao qual neste caso per- pecção Geral.
tencerá a sua responsabilidade technica. Quando, porem, Art. 41.° O registo dos ensaios clo material será feito,
os ensaios não sejam pessoalmente feitos ou dirigicb s por em acto continuo á conclusão clas respectivas experiencias
este funccionario, nem por elle tenha sido dada indicação ou medidas, em livro especial, rubricado pelo chefe do
por escrito das regras e methodos que devem ser adopta- serviço central dos armazens.
dos, pertence aquella responsabilidade technica aos func- Cada registo constará de:
cionarios que os tiverem executado. 1.° Numero de ordem e data das experiencias;
Art. 36." Apresentado o material no laboratorio, proce- 2." Numero e data cla requisição ou ordem para a sua
der-se-ha. logo ao seu ensaio e verificação, observando-se execução;
não só as condições exigidas na requisição, como as deter- 3." Nome e morada do forneeedor ou proveniencia dos
minadas nos eadernos de encargos, geral e especial. artigos;
§ 1." Nos casos em quo não sejam precisarnente deter- 4." Designação e data dos eadernos de encargos que
minadas essas condições, os ensaios e verificações serão serviram de base ao ensaio;
feitos tendo cm attenção os preceitos technicos applicaveis õ.° Indicação summaria dos processos de verificação ou
ao caso, segundo o eritcrio do pessoal que os executar. ensaio;
§ Quando se trate de material para cujo fornecimento 6.° Resultados obtidos;
exista caderno de encargos especial, ou cujos requisitos 7.° Nota da approvação ou rejeição;
venham sufficientemente indicados no caderno geral cle 8.° Quaesquer outras observações que se julguem con-
encargos, entender-se ba sempre que o forneeedor se sub- venientes ;
mette inteiramente e sem recurso ao juizo formado pelos 9.° Assignatura do funccionario que exeeutou a expe-
empregados quo tiverem feito o ensaio. riencia.
§ 3.° O ensaio e verificação clo material será feito fóra Art. 42.° Todos os receptores e outros instrumentos te-
56.5
1902 Junho 28

legraphicos que entrarem nos armazens receberão uma CAPITULO IV


marca, composta cle uma letra, designando a classe do
apparelho, conforme a tabella em uso, e de um alga- Distribuido do material
rismo representando a ordem clo apparelho na serie res-
pectiva. Art. 53.° A distribuição do material será feita adoptan-
Art. 43.° Todos os avisos e communicações aos forne- do-se as regras seguintes:
cedores serão feitos por escrito, cobrando-se recibos. Caso 1. a Os artigos de material comprehendidos no 1.° grupo
os fornecedores não queiram passar estes recibos, será indicado no artigo 31.", com exeepçâo do designado nas
d'isto lavraao termo pelo funccionario que tiver feito a alineas / ) , </), i) e 7c), fornecein-se ordinariamente por oc-
expeclição do aviso e considerado este termo como recibo casião do estabelecimento clas estações, e extraordinaria-
para todos os effeitos legaes. mente quando as necessidades do serviço o exijam;
Art. 44.° Todas as contas, facturas ou quaesquer docu- 2. a Os artigos cle material destinados a reparações de
mentos relativos aos fornecimentos devem ser entregues linhas distribuem-se ordinariamente no principio cle cada
ao serviço central dos armazens, sendo solicitados os paga- semestre aos chefes de secção clas circunscripções tele-
mentos, na epoca fixada no; contratos ou nas requisições. graphicas, em harmonia com as auctorizações superiorcs, e
Quando não esteja fixada a epoca dos pagamentos devem extraordinariament.e quando as necessidades do serviço o
estes ser solicitados pela apresentação dos documentos res- exijam;
pectivos, no prazo cle oito dias, contados da aeceitação do 3. a Os artigos de material comprehendidos nos grupos
fornecimento. õ.° a 10." só se requisitam quando a Direeção Geral ou
Art. 45.° Quando a contagem feita pelo fiel demonstrar a Inspecção Geral os tenham auctorizado;
a falta de algum artigo poderá o fornecimento ser rejei- 4. a Os artigos de material comprehendidos nos 11.°, 12."
tado por este motivo. e 13.° grupos e nas alineas / ) , </)_, j ) , e fc) do 1." grupo,
§ unico. Não se comprehendem nas disposições cVeste serão fornecidos ordinariamente no começo dc cada se-
artigo as falhas e quebras do material que as tenha. mestre conjuntamente com o material de que trata a re-
Art. 46. 0 Os fieis cle armazens farão immediatamente gra 2. a
no livro respectivo os lanç.amentos relativos ás entradas de § unico. Todas as requisições serão feitas no impresso
material. Semelliantemente o chefe do serviço central clos modelo n." 150 (novo) devendo somente mencionar-se em
armazens logo que receber as requisições d"S fornecedo- cada requisição material quc tenha de ser fornecido por
res, com os recibos clos fieis, fará os lançamentos no livro um deposito. Um dos talões d'este impresso será conser-
respectivo da sua secretaria (artigo 72.°, n.° 1.°) e conser- vado pelo empregado que assigna a requisição ; o oatro
vará aquella requisição para documentar a conta cle res- talão e a requisição serão enviados, nos termos dos arti-
ponsabilidade clo fiel. gos seguintes, á 2. a Repartição da Direeção Geral.
Art. 47.° O material adquirido no estrangeiro só dará Art. 54." O material para a construcção e reparaçíío de
entrada nos armazens depois de verificado, nos termos clos linhas e installação cle novas estações será requisitado em
artigos precedentes, devendo o fiel lançar na respectiva conformidacle com os projectos approvados. O material de
guia ou factura o seu recibo. Este recibo servirá para do- consumo, as ferramentas e impressos serão requisitados em
cumentar a conta de que trata o artigo antecedente. harmonia com as instrucções e ordens da Inspecção Geral
Art. 48.° Os artigos de material adquiridos fóra de Lis- dos Telegraphos e Industrias Electricas.
boa só serão pagos depois de cumpridas as seguintes for- Art. 55." As requisições de material de linhas serão re-
malidades: mettidas pelos chefes das secções telegraphicas aos res-
O empregado auctorizado a fazer a acquisição remet- pectivos chefes de circunscripção, que depois cle as visa-
terá ao chefe do serviço central clos armazens a respectiva rem as remetterão com os respectivos talões á Direccão
factura, com a nota, devidamente assignada, da sua re- Geral (2. a Repartição) acompanhando-as das observações
cepção e o documento que auctorizou a acquisição. que julgarem convenientes.
Rccebidos e verifieados estes documentos, o chefe do Art. 56." As requisições dos chefes e encarregados de
serviço central dos armazens fará dar entrada clos arti- estações serão enviadas aos chefes clos serviços respectivos,
gos no livro para este fim destinado e enviará em officio que as remetterão com os respccíivos talões á Direeção
registado áquelle empregado o respectivo aviso (modelo Geral (2. a Repartiçrio).
n.° 19) com a indicação material couqmido fóra de Lis- Art. 57." 0 inspector geral dos telegraphos e indus-
boa. trias electricas modificará as requisições se assim o en-
§ unico. As formalidades a que se refere este artigo só tender, e conservando o respectivo talão no archivo re-
poderão ser dispensadas por despacho previo da Direeção metterá ao chefe do serviço central dos armazens a requi-
Geral ou Inspecção Geral. sição, para ser satisfeita com as modificações feitas.
Art. 49.° A Inspecção Geral dará as instrucções ne- Art. 58." Recebidas as requisições pelo chefe clo serviço
cessarias para o ensaio e verificação do material adquirido central dos armazens serão por este raandadas satisfazer
fóra de Lisboa. immediatamente por um dos fieis.
§ unico. As carruagens ambulancias-postaes serão exclu- § unico. Quando não existam em deposito os artigos
sivamente verificadas pelo pessoal technico da Inspecção necessarios para a satisfação clas requisições o chefe do
Geral e 2. a Repartição da Direeção Geral. serviço central dos armazens proporá immediatamente á
Art. 50.° As folhas de pagamentos cle material adquirido Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Electricas
fo ra cle Lisboa serão feitas pelos chefes dc serviço respe- a sua acquisição.
ctivos, que as remetterão ao chefe do serviço central dos Art. 59." Logo que o material tenha sido expecliclo pelo
armazens. Depois de visadas por este, quando estejam de- fiel, este entregará ao chefe do serviço central dos arma-
vidamente prucessadas, serão remettidas á 2.il Repartição zens a respectiva guia (modelo n.° 155) e a guia de trans-
cla Direeção Geral. porte em caminho de ferro ou vapor (havendo-a).
Art. ul. 0 Os artigos adquiridos para os trabalhos de O chefe clo serviço central dos armazens remettorá
linhas pelas secções e circunscripções darão entrada se- a guia (modelo n." 155) ao chefe de serviço respectivo,
gundo os preceitos e; tabelecidos nos artigos anteriores, para seu registo, c a guia de transporte ao empregado
salvo o disposto no § unico clo artigo 48." que deve ir procurar o material e fazê-lo cliegar ao seu
Art. o2.° As disposições clos artigos precedentes não são destino. O chefe cle serviço, registada a guia (modelo
applicaveis aos artigos cle valor muito pequeno e aos arti- n." lo5), enviá-la-ha immediatamente á estação a que ó
gos de expediente ou desenho. destinado o material. O chefe ou encarregado d'estu en-
Junho 28 548 1902

viará immediatamente ao cliefe do serviço central ãos ar• | Direeção Geral, que exclusivamente superintende neste
mazens o reeibo (modelo n.° 154), fieando aquella guia reu- Ii serviço.
nida ao talão correspondente do recibo. O recibo será Art. 63.° A escolha das officinas em que devem reali-
a
collado pelo fiel ao talão da guia, depois de visado pelo zar-se os concertos de material é da competencia da 2.
chefe do serviço central ãos armazens e de feito o respe- Repartição da Direeção Geral. A remessa cVesses artigos
ctivo lançamento no livro ãe saicla ão material ão armazem. ás officinas escolhidas, bem como a liquidação das contas
§ 1.° Quando o chefe ão serviço central ãos armazens respectivas, serão feitas, nos termos d'este regulamento,
não receba o recibo correspondente a alguma remessa de pelo serviço central ãos armazens, salvo o disposto no ar-
material, deverá dar parte immediata á Inspecção Geral, tigo 62.°
a fim de serem applicadas as penas discipbnares aos empre- § unico. A importancia dos concertos só será paga de-
gados que tiverem demorado a sua remessa. Se esta par- pois de avaliação feita no laboratorio.
ticipação não fôr dada em tempo conveniente, entender- Art. 64.° A distribuição das publicações officiaes para
se-ha que o fiel acceita a responsabilidade do descaminho serviço das estações será feita por intermedio dos chefes
dos artigos de material expedidos. dos serviços telegrapho-postaes, segundo as ordens da Di-
§ 2.° Quando o material recebido dos armazens não reccão Geral, devendo neste caso ser mencionadas nos
confira com o mencionado na guia (modelo n.° 155) o em- inventarios e termos cle transição. A distribuição aos em-
pregado enearregado cla recepção deverá lavrar auto da pregados cle publicações para seu uso pessoal será feita
differença na presença de testemunhas idoneas, que sem- conforme as ordens especiaes dadas sobre o assunto.
pre devem assistir áquella conferencia. Não cumpi'indo Os irnpressos destinados á execução dos serviços serão
esta formalidade, ficará esse empregado pessoalmente res- requisitados e distribuidos como os demais artigos de con-
ponsavel pelo material mencionado na guia. sumo.
Art. 60.° A remessa aos armazens de artigos de mate- Art. 65 0 Alem das disposições geraes, acima estabele-
rial para concerto e o concerto das ambulancias postaes cidas, observar-se-hao as seguintes:
e dos vehiculos de transporte não terão logar sem aucto- 1. a A 2. a Repartição da Direccão Geral não mandará
rização previa da Inspecção Geral dos Telegraphos e In- satisfazer as requisições de sacos de linhagem, malas de
dustrias Electricas, que a dará no impresso n.° 175. lona, malas suissas e chapas indicativas das horas de
§ 1.° Os artigos enviados aos az-mazens serno acompa- abei'tura dos receptaculos postaes, sem que deem prévia-
nhados do impresso n.° 175 e da guia (modelo n.° 154), mente entrada nos armazens como justificação da requisi-
e recebidos pelo fiel na presença cle um empregado do la- ção os artigos de material que aquelles são destinados a
boratorio : se os artigos recebidos conferirem com a res- substituir;
pectiva guia, o fiel passará immediatamente o respectivo 2. a Os sacos e malas pertencentes a cada'estação ou
recibo, fieando, todavia, no mesmo laboratorio, acompa- serviço serão marcados com a indicação clo correio a que
nhados da guia (modelo E), em cujo talão se lançará pertencem, serão inscriptos nos inventarios de cada uma
recibo se o fiel o exigir; o recibo do fiel e o impresso d'essas estações ou serviços e não cleverão ser aproveita-
n.° 175 serão em seguida presentes ao chefe clo serviço dos para a troca de correspondencias entre outras esta-
ãos armazens, que fará o respectivo lançamento no livro ções ;
competente; 3. a Os sacos e malas serão devolvidos pelo primeiro
§ 2.° Caso se verifique que o material não confere nu- correio á estação de procedencia com as respectivas cor-
merica ou qualitativamente com o impresso n.° 175 ou respondencias. Quando não possam ser utilizados cVeste
com a guia n.° 154, o chefe do serviço ãos armazens fará modo serão devolvidos vazios, devendo o seu numero ser
as emendas devidas na guia n.° 154 e dará participação indicado em carta de aviso.
á 2. a Repartição; 4. a Quando a estação destinataria não devolver os sacos
§ 3.° O concerto das ambulancias postaes e vehiculos de e malas á estação de procedencia pelo correio immediato
transporte só terá logar depois de ter sido requisitado, em áquelle em que os receber, a estação de procedencia pe-
officio dirigido á 2. a Repartição da Direccão Geral, pelo dirá a devolução e communicará a falta ao chefe de ser-
chefe cle serviço das ambulancias. viço respectivo, que a participará á 2. a Repartição da Di-
§ 4.° Os empregados telegrapho-postaes são responsa- reccão Geral;
veis pelos prejuizos que causarem aos apparelhos e ins 5. a Os chefes dos serviços externos ficam pessoalmente
trumentos e ás ambulancias postaes em serviço por des- responsaveis pelo exacto eumprimento cFestes preceitos.
leixo ou falta de conhecimentos profissionaes. Compete ao Art. 66.° Só é permittido requisitar telegraphicamente
chefe do serviço ãos armazens communicar á Inspecção os apparelhos ou artigos que sejam absolutamente indis-
Geral todas as faltas cfesta natureza que descobrir. pensaveis para o funccionamento clos serviços. O tele-
Art. 61.° O laboratorio verificará os artigos recebidos gramma de recepção substituirá nestes casos para todos
nos termos clo § 1.° do artigo 60.", remettendo á 2. a re- os effeitos a requisição.
partição a guia modelo E com o resultado daquella veri- § unico. Serão rigorosamente punidos os empregados
ficação. Esta guia será depois devolvida ao mesmo chefe que, sem absoluta necessidade, empregarem este meio de
com a resolução clo inspector geral sobre o destino do ma- requisição.
terial. Art. 67.° Quando as necessidades do serviço o exijam,
Se o material estiver em bom estado, esta repartição or- a Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Electri-
denará immediatamente que volte aos armazens, podendo cas poderá ordenar a saida de determinados artigos dos
ser applicado no serviço. O talão cla guia modelo E será armazens sem requisição previa. A ordem de saida substi-
neste caso entregue ao laboratorio. tuirá neste caso a requisição.
Se o material estiver em mau estado sairá para con-
certo ou será inutilizado, conforme aquella repartição re-
CAPITULO Y
solver.
§ unico. Dos apparelhos e instrumentos dados por inu- Consumo, penlas c vendas dc material
teis, serão aproveitaclos os orgãos componentes que se jul-
garem susceptiveis de outra applicação, os quaes clarão en- Art. 68." O emprego do material de consumo, ferramen-
trada nos armazens pelo methodo dcscripto nos artigos an- tas e irnpressos justifica-se, em todas as operações de escri-
tecedentes. pturação do material, por simples declaração clo funcciona-
Art. 62." O concerto clas ambulancias postaes será re- rio que d'elle fez uso. Á Direeção Geral e a Inspecção Geral
quisitado ás officinas competentes pela 2. a Repartição da poderão, porem, effectuar todas as investigações necessa-
56.5
1902 Junho 28

rias para reconhecer se o material foi convenientemente lancete do movimento dos principaes artigos de material
aproveitado, e no caso negativo applicar os devidos cas- de linhas e estações e de consumo.
tigos. Art. 78.° Em todas as estações organizar-se-hão quin-
Art. 69.° As disposições do artigo precedente não se quennalmente inventarios em triplicado de todos os arti-
applicam ao material conservado nos armazens, sendo as gos de material em ser no dia 30 de junho. O primeiro
falhas ou quebras dos artigos d'esta especie calculadas, para d'estes inventarios referir-se-ha a 30 de junho de 1903.
cada um, nos termos que forem determinados pela Direeção Os tres exemplares de cada inventario (modelos n. os 173
Geral ou Inspecção Geral e lançadas no livro de saida, e 174) serão remettidos ao chefe dos serviços respectivos
em presença de documento justificativo, passado pela ~2.!l que os visará, voltando um para o archivo da estação.
repartição para cada artigo. fieando outro no archivo do chefe de serviço e sendo re-
Art. 70.° O material inutilizado ou em mau estado será mettido o terceiro á 2. a Repartição da Direeção Geral.
vendido. Estas vendas terão logar em hasta publica ou par- § unico. Por igual fórma se procederá sempre que se
ticularmente, conforme fôr resolvido pela Direeção Geral, estabelecer alguma nova estação ou deposito.
não podendo, porem, realizar-se sem previa auctorização Art. 79.° Os inventarios do material existente nos de-
cVesta. Dos artigos vendidos se dará baixa nos livros de positos a cargo dos serviços dos Telegraphos e Correios clas
escripturação, fazendo-se os lançamentos respectivos em eidades de Lisboa e Porto serão feitos em duplicado nos
presença de um exemplar do auto de venda, que lhe ser- mesmos modelos. Depois de visados os dois exemplares
virá de documento justificativo, sendo remettido o outro pelo chefe da 2. a Repartição da Direeção Geral será um
exemplar do auto á 2. a Repartição da Direeção Geral. devolvido ao chefe de serviço, que o conservará no seu
Art. 71.° Quando por occorreneia extraordinaria seja archivo, fieando o outro no cVaquella Repartição.
destruido ou descaminhado algum artigo de material con- Art. 80.° Na primeira quinzena de julho os chefes ou
fiado á guarda ou de responsabilidade de algum funcciona- encarregados da estação enviarão aos chefes de serviços
rio telegrapho-postal, será feita, com a possivel brevidade, de que dependam um resumo em triplicado, feito nos
participação do occorrido á 2. a Repartição da Direccão Ge- mesmos irnpressos n. os 173 e 174, clo movimento cle en-
ral. Se a destruição ou descaminho resultarem de motivo tradas e saidas de material que tenha occorrido durante
de força maior, estranho á vontade do empregado, poderá o anno economico findo. A remessa d'estes resumos será
ser relevada a responsabilidade cVeste em documento pas- acompanhada clos documentos comprovativos das altera-
sado pela referida repartição, que servirá de justificação ções.
da falta do objecto, e que será mencionado nos lançamen- Os chefes dos serviços, verificada a exactidao do movi-
tos correspondentes. mento do material indicado nos resumos, nelles lançarão
a nota de conformidade, sendo um dos exemplares archi-
CAPITULO VI vado pelo mesmo chefe, juntamente com os documen-
tos comprovativos, e sendo remettido o outro exemplar
Escripturação c contabilidade do material
á estação ou deposito de quc provém, e enviado o ter-
Art. 72." Compete ao chefe do serviço central dos arma- ceiro á 2. a Repartição da Direccão Geral.
zens fazer escripturar os seguintes livros: Semelhantemente se procederá em relação ao material
1.° Livro de entrada do material a cargo de cada fiel; das estações dependentes dos serviços dos Telegraphos e
2.° Livro de saida clo material a cargo do cada fiel; dos Correios de Lisboa e Porto, e com respeito ao das
3." Livro cle registo do material adquirido fóra de Lis- ambulancias postaes, sendo os inventarios e os resumos
boa. do movimento feitos em duplicado. U m dos exemplares
Os elementos para a escripturação d'estes livros são os cUestes documentos será devolvido ao respectivo chefe do
designados nos artigos precedentes. serviço, depois de visado pela 2. a Repartição da Direeção
Art. 73.° Os fieis cle armazens deverão tambem escri- Geral, que conservará no seu archivo o outro exem-
pturar, por sua parte, livros de entrada e saida, que ser- plar.
virão para verificar o balanço de que trata o artigo 75.° Art. 81.° Depois de verificado o resumo do que trata
Art. 74.° Os encarregados dos depositos de que trata o artigo precedente, e remettido ao responsavel um exem-
o artigo 2.° terão igualmente livros de entrada e saida plar com a nota de conformidade, serão feitos no exem-
clo material. plar do inventario existente no archivo de estação ou de-
Art. 7õ.° No fim de cada anno economico proceder- posito os lançamentos approvados, sendo os resumos suc-
se-ha a balanço do material existente nos depositos e á cessivamente appensos a esse inventario até ao fim do
respectiva verificação. quinquennio.
Este serviço será desempenhado pelo chefe do serviço Art. 82." Os inventarios serão feitos mencionanclo os
central dos armazens e empregados de sua competencia, artigos comprehendidos na nomenclatara, pelas designações
assistindo a elle um empregado nomeado pela Inspecção e numeração nella indicados.
Geral clos Telegraphos e Industrias Electricas. A designação clos artigos não comprehendidos na no-
Conferindo o material encontrado com o que consta menclatura será a que lhe tiver sido dada no momento da
dos livros e documentos justificativos das entradas e sai- sua acquisição.
das, será lavrado auto de conformidade e enviado este á Art. 83.° No caso de substituição ou transferencia dos
2. a Repartição da Direccão Geral, aeompanhado dos do- chefes e encarregados da estação, a relação que, nos ter-
cumentos respectivos, a fim de serem expedidos aos fieis mos do regulamento de contabilidade das receitas e des-
os respectivos avisos de conformidade. pesas dos telegraphos e correios, deve acompanhar o
A reunião dos elementos que devem ser remettidos ao termo de trannção, servirá de documento comprovativo da
Tribunal de Contas para julgamento das contas dos fieis responsabilidade do empregado em relação ao material a
será feita com aquelles documentos e em conformidade com seu cargo.
as instrucções que forem opportunamente publicadas. No caso de substituição ou transferencia de qualquer
Art. 7G." Os balanços do material existente nos depo- empregado cle outra classe, responsavel por artigos cle
sitos clc que trata o artigo 2.", ou a cargo dos chefes cle material, proceder-se-ha em termos analogos aos que
serviços ou cle estações, e a conferencia respectiva, serão preceitua aquelle regulamento para os casos acima cita-
feitos, com os elementos indicados neste regulamento, por dos.
occasião das inspecções ordinarias. Art. 84.° A Direeção Geral organizará opportunamente
Art. 77." O serviço central dos armazens enviará bi- o inventario geral do material existente em todos os ser-
mensalmente á 2. a repartição da Direeção Geral um ba- viços de telegraphos e correios e a sua avaliação.
Junho 28 550 1902

CAPITULO VII j
§ unico. Nenhuma deliberação do conselho será exe-
cutada sem o cumpra-se do director».
Officinas de reparaçâo O Ministro e Secretario deEstado dos Negocios da Guerra
n e o Ministro e Secretario de Estado dos Negocios clas Obras
Art. Sõ. A direccão immediata dos trabalhos e a escri-
Publicas, Commercio e Industria, assim o tenham entendido
pturação das officinas de reparaçâo estabelecidas junto clas
e façam executar. Paço, em 28 de junho de 1902. = R E I . —
estações telegraphicas centraes pertence aos chefes dc ser-
Luiz Augusto Pimmtel Piuto = Manuel Francisco de Var-
viço respectivos. A superintendencia nestes trabalhos per-
gas.
tence á Inspecção Geral dos Telegraphos e Industrias Ele- D. do G. n." 105, de 26 de jullio.
ctricas.
Art. 86." O material concertado ou fabricado nestas
officinas será veriticado, antes da sua entrada nos arma-
zens, nos termos d'este regulamento. Com cada apparelho l . a Repartição
concertado ou fabricado será cnviada ao serviço clos ar-
mazens uma guia (modelo A) com indicação do valor do Tendo-se reconhecido que o regulamento e mais dispo-
trabalho feito. sições em vigor, concernentes ao serviço da remonta ge-
Art. 87." As acquisiçoes de material e ferramentas se- ral do exercito, não satisfazem actualmente ás exigencias
rão feitas nos termos cTeste regulamento. clo serviço militar; e sendo conveniente reunir num só
Art. 88." A saida de apparelhos dos armazens para diploma todas as prescripçoes relativas ao serviço de re-
concerto nestas officinas, bem como a sua entrada naquel- monta: Iiei por bem approvar o regulamento para o ser-
les, fazem-se segundo as nornias cTeste regulamento, como viço da remonta geral clo exercito, que faz parte do pre-
se as officinas pertencessem a particulares. A guia (mo- sente decreto e baixa assignado pelo Ministro e Secretario
delo A) substituirá as facturas dos fornecedores. de Estado dos Negocios cla Guerra.
Art. 80.° Em cada officina será proeessada mensal- O Presidente do Conselho cle Ministros, Ministro e Se-
mentc uma conta corrente da despesa feita e valor do cretario de Estado dos Negocios do Reino, e os Ministros
trabalho procluzido. e Secretarios de Estado clos Negocios da Justiça, Fazenda,
Art. 90." A escripturação e contabilidade clas officinas Guerra e Obras Publicas, Commercio e Industria, assim o
será feita segundo preceitos especiaes determinados pelo tenham entendido e façam executar. Paço, em 28 de ju-
Governo, quanto ao seu desenvolvimento o exigir. nho de 1902. = R E I . * = Ernesto Rodolpho Hintze Ribei-
Art. í')l." O Governo determinará os preceitos a seguir ro = Arthur Alberto de Campos Henriques — Fernando
em quaesquer outras officinas dependentes da Direccão Mattozo Santos = Luiz Augusto Pimentel Phito—-Manuel
Geral dos Correios e Telegraphos. Francisco de Vargas.

CAPITULO VIII
Regulamento para o serviço da rcmonía geral do exercito
Art. 92." As ordens relativas a acquisiçoes, concertos, a que se refere o decreto d'esta data
vendas e distribuição de material, e a todos os assuntos
que directa ou indirectamente se relacionem com estes, CAPITULO I
só podem ser expedidas pela 2." Repartição da Direccão
Geral, considerando-se nullas todas as que não satisfize- Organização do serviço
rcm a esta condição.
Artigo 1." O serviço da remonta tem por fim prover o
Art. 03.° As funcções distribuidas pelo presente regu- exercito de gado cavallar e muar, e comprehende todas
lamento á Direeção Geral clos Correios e Telegraphos e as mais operações relativas a esses solipedes, preceituadas
Inspecção Geral dos Telegraphos pertencerão exclusiva- aeste regulamento.
mente a esta emquanto clurar o regime provisorio a que
Art. 2." O director geral dos serviços de cavallaria su-
se refere o artigo 115.° da organização do pessoal dos
perintendc em todo o serviço cla remonta, dando de tudo
telegraphos e correios, de 30 cle dezembro de 1901. Logo
conta circunstanciada, em relatorio, ao Ministerio da
que. termine este regime, pertencerão somente á Direeção
Guerra, no fim de cada anno economico.
Geral.
Art. 3.° Proceder-se-ha á compra de cavallos, eguas e
Paço, em 28 cle junho de 1902. = Fernando Mattozo
muares para remontar os regimentos de engenharia, arti-
Santos ~ Manuel Francisco de Vargas.
lharia e cle cavallaria do exercito e demais serviços monta-
D. do G. 11.° 139, de 19 do julho. dos, por meio de uma commissão, a qual se denominará
«Commissão de remonta geral do exercito», e tambem por
meio clos conselhos administrativos dos regimentos monta-
dos.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA GUERRA Art. 4.° A commissão será composta por um presidente
e dois vogaes, servindo de amanuense um segundo sar-
Direeção Geral gento de cavallaria.
§ 1.° O presidente será um official superior de cavalla-
4." Repartição ria ; os vogaes serão:
Um capitão de cavallaria, thesoureiro;
Convindo modificar a composição do conselho adminis- Um veterinario militar.
trativo da Manutenção Militar, constante clo artigo 12.° do § 2." Quando se tratar da acquisição cle gado muar,
plano de organização d'aquellc estabelecimento, approvado será nomeado para fazer parte, como vogal, um capitão de
por decreto de 11 de junho de 1897: hei por bem deter- artilharia, deixando então de ter votu o capitão de caval-
minar que o referido artigo seja substituido pelo seguinte: laria.
«Artigo 12." O chefe da secção technica será o presi- § 3." Aos membros da commissão cle remonta compete:
dente do conselho administrativo, que terá por vogaes o Ao presidente:
chefe da secção administrativa c o adjunto mais graduado a) Dirigir e fazer executar os trabalhos da commissão,
da mesma secção, servindo este ultimo cle. thesoureiro. nos termos cTeste regulamento e segundo as ordens que
Como secretario, sem voto, servirá o segundo adjunto cla tiver recebido da direeção geral dos serviços de caval-
secção administrativa. laria ;
56.5
1902 Junho 28

b) Remetter, no fim de cada anno economico, á mesma CAPITULO II


direccão geral, um relatorio do serviço desempenliado pela
referida commissão, contendo os dados estatisticos e as Ifunrtos da remonta
observações e propostas que julgar convenientes, infor-
mando sobre as exigencias do mercado; e bem assim rela- Art. 8.° Constituirão fundos cla remonta :
torios especiaes no fim de cada feira ou mercado, quando 1.° A s verbas para esse effeito inscriptas no orçamento
julgue necessario ou quando pela referida direccão lhe fo- do Ministerio da Guerra;
rem exigidos; 2.° As sobras das verbas destinadas á remonta no anno
c) Expedir, quando lhe fôr necessario a bem do serviço, economico anterior, dentro do periodo do respectivo exer-
telegrammas officiaes a todos os funccionarios e particula- cicio ;
res, qualquer que seja a estação telegraphica em que os 3.° Os descontos que se fizerem nos vencimentos dos
faça apresentar; officiaes, como indemnização do custo de solipedes que
d) Informar, pelos meios ao seu alcance, de quando lhes tenham sido entregues e que elles devam pagar;
qualquer productor tenha diminuido o numero de eguas 4.° A s importancias que se receberem por motivo cle
fantis ou tenha abandonado esta industria, podendo, nestes liquidação dos solipedes praças de officiaes ;
casos e desde logo, não conceder preferencia aos productos 5.° As indemnizações que se receberem de outros Mi-
marcados com o ferro registado, communicando esta reso- nisterios por motivo de fornecimento, cedencia ou transfe-
lução, em relatorio, á direccão geral dos serviços de ca- rencia de quaesquer solipedes para o seu serviço;
vallaria, logo que termine o mercado; G.° O producto de todas as vendas que se fizerem cle
e) Corresponder-se directa e gratuitamente com as au- solipedes do exercito, incluindo os solipedes completamente
ctoridades civis e com os productores e criadores de gado ineapazes do serviço, os mortos e os que se mandarem
cavallar e muar, sempre quo o julgue necessario. abater;
Ao capitão thesoureiro : 7.° A s importancias das sobras de rações de forragens
a) Guardar, sob sua responsabilidade, os fundos para to- fornecidas aos corpos;
das as despesas do serviço da remonta, e todos os docu- 8.° O producto da venda dos estrumes dos solipedes do
mentos de despesa; exercito, com excepção cVaquelles que pertençam aos de-
h) Adeantar, com previa auctorização do presidente, as positos ou potris cle recriação, os quaes serão devidamente
quantias precisas, cobrando os respectivos recibos para aproveitados nas terras ou propriedades rusticas dos mes-
documentar as contas correntes ; mos depositos ou potris. se elles dispuserem cle algumas
c) Ter a seu cargo a escripturação, livros e expediente para cultivo e este fôr auctorizado;
da commissão; 9.° As restituições cle importancias de solipedes que,
d) Apresentar á assignatura do presidente todo o expe- por effeito de molestias ou vicios redhibitorios, tenham de
diente e documentes que tiverem cle ser assignados ou ser feitas pelos vendedores.
rubricados; Art. 9." A s verbas consignadas nos n. o s 3." a 9.° do
e) Receber dos commandantes clas forças os recibos dos artigo precedente, exceptuando as relativas a descontos
solipedes que lhes forem entregues; feitos nos vencimentos dos officiaes, nos termos d'este re-
f ) Fazer meneionar nas guias os numeros cle remonta gulamento, serão escripturadas nos corpos e estabeleci-
dos animaes e os vencimentos de cada um; mentos militares a que pertenciam os solipedes ou, se não
g) Conservar em seu poder as relações vindas dos cor- pertenciam a corpo algum, nos que forem indicados pela
pos com os recibos passados pelos conselhos administra- direccão geral dos serviços cle cavallaria.
tivos. § unico. No começo cle cada trimestre civil, as unidades
Ao veterinario: e estabelecimentos militares enviarão á direeção geral dos
a) Medir e resenhar os solipedes comprados no ca- serviços cle cavallaria uma nota (modelo C) clas quautias a
derno (moclelo A ) ; que se refere o presente artigo, recebidas no trimestre an-
l ) Fazer marcar á tesoura por um ferrador, no dorso terior, as quaes entregarão, desde logo, na agencia mili-
ou na espadua esquerda de cada solipede, em algarismos tar, de oncle serão transferidas, quando todas reunidas,
romanos, o numero de ordem que tiver na remonta. A para a mesma direccão geral, a fim cle, conjuntamente
numeração de ordem será relativa a cacla feira ou mer- com aquellas a que se referem os n."s 1.° e 2.° do artigo
cado ; antecedente, serem. empregadas no pagamento das despe-
c) Verificar os resenhos transcriptos clo caderno (mo- sas a que se, refere o artigo 11.° d'este regulamento.
delo A) para o livro (moclelo B ) ; Art. 10.° No principio de cada anno economico, a diree-
d) Passar revistas diarias aos solipedes adquiridos, tendo ção geral dos serviços cle cavallaria partieipará ao Minis-
em vista a observação dos casos redhibitorios. terio da Guerra qual a verba que tem em deposito, prove-
Ao segundo sargento amanuense: niente das receitas a que se referem os n. o s 3.° a 9." clo
a) Fazer a escrita dos documentos e correspondencia artigo 8." clo presente regulamento, e nessa occasião en-
sob a direccão do capitão thesoureiro; viará ao mesmo Ministerio uma nota do effectivo de todos
b) Archivar e conservar, sob sua guarda, todos os li- os solipedes do exercito, referido ao ultimo dia do anno
vros e material da commissão. economico findo.
Art. 5.° A nomeação do presidente da commissão de § unico. O Ministerio cla Guerra, tendo recebido a par-
remonta, bem como a clo capitão de cavallaria e veterina- ticipação e a nota cle que trata este artigo, communicará
rio, será feita pelo Ministerio da Guerra, sob proposta do á direccão geral dos serviços dc cavallaria qual a verba
director geral dos serviços de cavallaria, e a do capitão de total destinacla á remonta 110 anno economico, determinando
artilharia, sob proposta do director geral d'esta arma. qual a parte cla referida verba que deverá ser destinada á
Art. 6.° O segundo sargento amanuense é proposto ao acquisição de gado muar.
Ministerio da Guerra pelo director geral dos serviços Art. 11." Pelos fundos da remonta serão pagos 1180 só
de cavallaria, sob proposta clo presidente da commissão, e o custo dos solipedes que se adquirirem, mas tambem os
sera considerado supranumerario no corpo a que perten- annuncios para as compras, 0 expediente da commissão,
cer. as gratificações a pagar ás praças de pret, as despesas de
Art. 7.° Todo o pessoal da commissão cle remonta po- transporte e cle hospedagem do pessoal da commissão, in-
derá ser enearregado, pelo director geral dos serviços de cluindo 0 amanuense, durante 0 tempo em que cada um
cavallaria, de qualquer estudo ou trabalho inherente á dos seus membros estiver fóra do seu quartel habitual por
commissão que desempenha.
motivo do serviço da remonta, e bem assim todas as des-
Junho 28 552
1902

pesas feitas com o registo de ferros ou marcas, excepto sentar, A ferida produzida pela applicação do ferro deve
no caso de transferencia dos mesmos estar completamente cicatrizada.
§ unico. O abono das despesas de transporte e de hos- Art. 16. 0 Teem preferencia absoluta na venda dos seus
pedagem é incompativel com o dos subsidios de marcha e productos, quer em mercados especiaes, quer em mercados
de residencia e com a gratificação de marcha. geraes, os productores nacionaes cujos ferros ou marcas se
Art. 12.° O presidente da commissão de remonta solici- aehem registados na direeção geral dos serviços de cavalla-
tará á direccão geral dos serviços de cavallaria, para a ria, segundo os preceitos estabelecidos neste regulamento.
acquisição dos solipedes que pela mesma direccão geral § unico. Quando o productor com marca ou ferro regis-
lhe fôr ordenada, os fundos que julgar necessarios, os quaes tado deseje apresentar solipedes aos conselhos administrati-
por ella serão mandados pôr á sua disposição, por meio vos dos regimi-ntos de cavallaria, segundo o expresso neste
de ordem transmittida á repartição de abonos e processo, regulamento, e queira ter a preferencia que o mesmo regu-
ou que receberá directamente do cofre da referida direc- lamento lhe concede, deverá apresentar aos referidos con-
cão geral, conforme a proveniencia dos ditos fundos. selhos o seu titulç de registo.
§ 1.° A entrega dos fundos á commissão de remonta ef- Art. 17.° Pela direeção geral dos serviços de cavallaria
fectuar-se-ha em troca de um recibo provisorio assignado serão fixadas, em cada anno economico, as medias regula-
pelo presidente e thesoureiro da mesma commissão, o doras dos preços da remonta, as quaes, em regra, serão
qual será resgatado logo que sejam ajustadas as contas. calculadas para os mercados geraes ou feiras e mercados
§ 2.° Se depois de ajustadas as contas á commissão de especiaes, pela media dos ultimos tres annos, tendo em
remonta esta tiver de entregar saldo, será elle arrecadado vista as variações dos mercados. Para os mercados espe-
no cofre da direeção geral dos serviços de cavallaria para ciaes em que se não tiver feito remonta nos proximos an-
ser empregado nas subsequentes operações de remonta. nos anteriores serão calculadas pela media dos preços da
Art. 13.° No fim de cada anno economico, a direeção remonta em todos os mercados especiaes nesses annos.
geral dos serviços de cavallaria formulará uma conta de Art. 18.° Todas as compras realizadas pela commissão
gerencia dos fundos destinados á remonta durante o anno, são definitivas e da sua inteira responsabilidade, excepto
a qual será assignada pelo chefe do estado maior e remet- nos casos redhibitorios.
tida, em duplicado, á Secretaria da Guerra. § 1.° Quando qualquer dos solipedes adquiridos apre-
§ 1.° A s sobras, se as houver, vão augmentar o fundo sentar algum defeito exterior que o inhiba do serviço, se-
da remonta do anno economico seguinte. rão por tal facto responsaveis os membros da commissão
§ 2.° A cargo da direccão geral dos serviços de caval- que o tiverem approvado.
laria haverá um livro de Conta dos fundos da remonta § 2.° No caso de enfermidade não comprehendida nos
(modelo D), em que será lançado todo o movimento de vicios redhibitorios, a responsabilidade recairá unicamente
receita e despesa dos mesmos fundos, e de onde será ex- no veterinario, ou na maioria da commissão que tiver ap-
trahida a conta de gerencia a que se refere este artigo. provado a compra.
Art. 19.° O presidente da commissão de remonta, logo
CAPITULO III que receba da direeção geral dos -sei-viços de cavallaria a
communicação a que se refere o § unico do artigo 10.°, e
Compra de solipedes que á mesma direeção fôr feita pelo Ministerio da Guerra,
fará annunciar no Diario do Governo e em tres dos jor-
Art. 14.° A compra de solipedes pela commissão de re- naes mais lidos nos centros de producção e de criação cle
monta terá logar, de ordinario e principalmente, nos mer- gado cavallar:
cados especiaes e geraes designados na tabella annexa ao 1.° Qual o numero de cavallos, eguas e muares que
presente regulamento, constituindo duas epocas, a pri- aproximadamente se pretendem adquirir durante o anno
meira de 29 de agosto a 12 de abril do anno seguinte, e economico;
a segunda de 8 de maio ao fim de junho. 2.° Q.uaes as feiras e mercados em que a commissão
§ unico. Tambem poderá realizar-se a compra de soli- fará acquisição de solipedes;
pedes nas exposições pecuarias, concursos hippicos ou nou- 3.° Quaes as molestias e vicios que dão direito á acção
tro qualquer logar onde houver accidentalmente reunião redhibitoria contra os vendedores, prazos para se intentar
de gado cavallar ou muar, e bem assim nos estabelecimen- essa acção e tudo mais que lhe diz respeito, transcreven-
tos hippicos do Estado e no estrangeiro, quando convier. do-se nos annuncios os artigos 36.° a 39." e respectivos
Art. 15.° Nos mercados geraes, nas feiras ou no estran- paragraphos d'este regulamento.
geiro, poderá a commissão de remonta comprar solipedes § unico. O presidente da commissão de remonta solici-
de qualquer procedencia, comtanto que possuam as condi- tará em seguida dos governadores civis dos districtos ad-
ções exigidas no capitulo vi d'este regulamento. Nos mer- ministrativos do continente do reino qne, por meio dos
cados especiaes deverá a commissão comprar solipedes adininistradores dos concelhos, seus subordinados, e dos in-
que, alem das condições exigidas naquelle capitulo, te- tendentes de pecuaria districtaes, sejam elucidados os cria-
nham sido criados em Portugal e sejam apresentados á dores e productores de gado cavallar e muar acêrca das
commissão pelos criadores ou productores. compras que se pretendem effectuar durante o anno eco-
§ 1.° São considerados productores, para os effeitos d'este nomico e dos attestados de que devem munir-se, nos ter-
artigo, os individuos que possuirem cguas com as quali- mos do § 3.° do artigo 15.° d'este regulamento.
dades necessarias para produzirem solipedes apropriados Art. 20.° As compras em cada mercado ou feira serão
para o serviço do exercito. tambem annunciadas com trinta a sessenta dias de ante-
§ 2.° São criadores os individuos que durante mais de cedencia, affixando-se editaes na localidade onde haja cle
um anno, antes da apresentação dos solipedes, os tiverem fazer-se a remonta e nas sedes das freguesias mais proxi-
possuido e tratado, podendo estes provir de raças nacio- mas, publicando-se annuncios em tres dos jornaes mais
naes ou estrangeiras. lidos naquellas localidades, e remettendo-se exemplares
§ 3.° A qualidade de productor ou de criador prova-se dos mencionadas editaes aos individuos que costumam ven-
por attestado authcntico passado pelo administrador ou der solipedes para o exercito.
pelo presidente da camara do concelho a que pertencer o § 1.° Nos editaes e annuncios deverá designar-se o nu-
aprescntante. mero de cavallos, eguas e muares que se pretendem adqui-
§ 4.° A auctoridade que passar o attestado indicará rir, e bem assim transcrever-se o que consta dos artigos
nelle o ferro ou ferros usados pelo productor para marcar 36.° a 39.° e respectivos paragraphos d'este regulamento
os seus solipedes, e o numero d'estes que o criador apre- ácerca da acção redhibitoria.
1902 553 Junlio 28

§ 2.° O. presidente da commissão de remonta solicitará em escala natural e tres em escala reduzida e conhecida,
dos administradores dos concelhos a affixação dos editaes e estes de fórma tal que possam ser inscritos em um qua-
e fará publicar os annuncios de que trata o presente artigo. drado de 0"',15 de lado, todos assignados pelo reque-
Art. 21.° O director geral dos serviços de cavallaria rente. O desenho do ferro em escala natural não deverá
dará confidencialmente as suas instrucções ao presidente exceder as dimensões de 0 ' " , 3 0 x 0 " ' , 2 0 e, quando exceda,
da commissão de remonta acêrca do preço a pagar pelos o papel onde fôr desenhado deverá poder dobrar-se de
solipedes, e este regulará as acquisições de modo que, pa- maneira a caber em livro d'aquellas dimensões ;
gando-se cada solipede pelo seu valor, a media do preço c) Attestado passado pela respectiva camara ou cama-
da compra annual não exceda a verba auctorizada. ras em que tiver as suas propriedades e onde se declare
Art. 22.° Logo que á commissão sejam distribuidos os> que é productor e qual o numero medio de eguas fantis
fundos de que deve dispor, ser-lhe-hao indicadas pela diree- que possue;
ção geral dos serviços de cavallaria as condições a que d) Procuração passada a favor da pessoa que assigna o
devem satisfazer os solipedes que se pretendem adquirir. requerimento quando este não fôr assignado por quem pre-
Art. 23.° Apresentando-se a commissão em qualquer tende o registo;
local para fazer a acquisição de solipedes, principiar-se-ha e) Declaração da região do corpo clo solipede onde usa
o processo da compra, recebendo o presidente as propostas applicar a marca a ferro.
dos vendedores acompanhadas dos documentos a que se 2.° Uma matriz typographia clo ferro com as dimen-
refere o § 3." do artigo 15.° d'este regulamento, quando sões convenientes para ser impressa em qualquer jornal.
a compra houver de effectuar-se nos mercados especiaes. 3.° Um ferro pronto a funccionar por cada marca de
§ 1.° As propostas serão feitas em irnpressos (modelo E), que fizer uso.
fornecidos aos vendedores, pela commissão. 4.° Memoria descriptiva da sua coudelaria, em que de-
§ 2.° Em concorrencia de productores e cle criadores, clare a area da mesma, o numero e descripção dos edifi-
serão preferidos aquelles que os seus cavallos, eguas e cios, o dos reproductores, suas raças e tudo o mais que
muares tenham a respectiva marca a ferro e esta esteja julgar conveniente.
devidamente cicatrizada. A remessa d'esta memoria é facultativa.
§ 3.° Quando um productor tiver cavallos, eguas ou 5.° Quando o productor tenha difficuldade ou impossi-
muares com o seu ferro e outros sem elle, ou com ferro bilidade em obter os desenhos e a matriz typographia de
diverso, fará propostas separadas e entrará nos dois gru- que trata a alinea b) do n.° 1.° e n.° 2.° d'este artigo,
pos de vendedores na altura que lhe competir, segundo a assim o declarará, enviando apenas o ferro pronto a func-
apresentação das mesmas propostas. cionar, devendo, neste caso, apresentar-se na direeção ge-
Art. 24-.° Havendo o presidente cla commissão cle re- ral clos serviços de cavallaria, quando por esta lhe fôr in-
monta, de acordo com a auctoridade competente, fixado dicado, a fim cle assignar os desenhos, se os julgar conformes
o local onde se devam reunir os solipedes offerecidos para e inspeccionar a respectiva matriz.
a venda, e depois de recebidas as propostas, principiará o § 1.° As alterações na marca obrigam a novo registo.
exame e resenho dos animaes, pela ordem em quc tiverem § 2.° Consideram-se como não registadas as marcas
siclo apresentadas as mesmas propostas, separaudo-se logo quando os solipedes não forem apresentados pelo produ-
todos os que não estiverem nas condições de que tratam ctor ou por quem legalmente o represente.
os artigos 43.° e 46.° d'este regulamento. § 3.° Antes de requerer, e no seu proprio interesse, o
§ unico. São couíidenciaes os motivos cla separação, e productor poderá verificar se a marca cle que pretende fa-
somente se podem declarar verbalmente ao dono do ani- zer uso já está registada na direeção geral dos serviços
mal separado, quando elle o pedir. de cavallaria.
Art. 25.° O preço dos solipedes será determinado pela Art. 28.° A prioridacle do registo será a do dia e hora
media dos preços arbitrados por todos os vogaes cla com- em que entrar o pedido na direccão geral dos serviços cle
missão, ouvido préviamente o vendedor. cavallaria, o que constará do livro das entradas.
§ 1.° O preço fixado será communicado ao vendedor § 1.° Para os pedidos enviados pelo correio, considera-
pelo thesoureiro da commissão. se mais antigo aquelle que fôr enviado do uma localidade
§ 2.° A commissão de remonta estará munida de recibos cuja correspondencia gaste mais tempo, em igualdade cle
irnpressos (modelo F), que serão preenchidos e assignados circunstancias o que vier de mais longe, e finalmente pela
pelos vendedores. ordem alfabetica clos nomes clos signatarios.
Art. 26." Ultimaclas as compras, o presidente da com- § 2.° Quando o pedido não possa ter andamento por
missão cle remonta entregará na direccão geral dos ser- não ser aeompanhado dos respectivos documentos, a prio-
viços cle cavallaria : ridacle contar-se-ha cla data em que esses documentos de-
1.° A aonta, em duplicado, documentada das despesas rem entrada ou forem assignados em conformidade com o
feitas; v n.° 5.° do artigo antecedente.
2." Uma relação dos solipedes comprados (modelo G-). § 3.° Verificado que o pedido de registo está nos ter-
mos de ter andamento, publicar-se-ha no Diario do Go-
CAPITULO I V verno o respectivo aviso (modelo J).
§ 4." A data da publicação do aviso (modelo J) marca
Registo (le marcas a ferro o começo clo periodo cle trinta dias para as reclamações
de quem se julgue prejudicado pelo registo, devendo
Art. 27.° O productor com coudelaria estabelecida no neste caso enviar a sua reclamação (modelo K), acompa-
país, que, para os effeitos d'este regulamento, pretenda nhada clos documentos que julgar conveniente, á direccão
registar a marca ou marcas a ferro que emprega nos seus geral dos serviços dc cavallaria.
productos equideos, deverá enviar á direccão geral dos § Estas reclamações serão examinadas na mesma di-
serviços de cavallaria o seguinte: reeção geral, que as attenderá ou não, conforme julgar de
1.° Carta registada (modelo II), contendo: justiça.
a) Requerimento (modelo I), assignado e reconhecido, § 6." Q,uando tenham sido desattendidas as reclamações,
em que peça o registo da marca ou marcas, fazendo a poderão os interessados recorrer para o Ministerio da
sua descripção succinta mas precisa, ou referindo-se ao Guerra.
desenho, devendo o sinal do notario local ser reconhe- § 7." Quando a reclamação seja attendida, far-se-ha o
cido por um de Lisboa; competente aviso no Diario do Governo, e a marca não se
b) Tres desenhos ou photographias do respectivo ferro registará senão em virtude de novo processo.
Junho 28 554 1902

§ 8.° Finclo o prazo cle trinta dias e não havendo recla- a) Ophtalmia intermittente;
mação, a marea considera-se registada. b) Epilepsia;
§ 9.° São competentes para reclamar e recorrer : c) Doenças chronicas dos pulmões e das pleuras;
1.° Os proprietarios de marcas a ferro jâ registadas; d) Immobilidade;
2.° Os que as possuirem não registadas mas que d'ellas e) Sibilo chronico cla respiração;
tenham feito uso durante um prazo de tempo superior a / ) Birra;
tres annos. g) Hernias inguinaes intermittentes;
Art. 29.° Poderá ser annullado o registo quando o nu- li) Mormo;
mero de solipedes apresentados durante o periodo de um i) Laparões;
anno exceder o numero de eguas fantis que o lavrador de- j) Manqueiras ou coxeiras intermittentes;
clarou e provou possuir. le) Manhas que tornem o solipede improprio para o ser-
§ 1.° A annulação (modelo L) será publicada no Diario viço militar.
do Governo. § 1.° O prazo para o reconhecimento e verificação d'es-
§ 2.° Para que não tenha effeito o disposto neste ar- tas molestias e vicios redhibitorios é de trinta dias nos
tigo, o lavrador poderá todos os annos declarar, compro- casos de ophtalmia intermittente ou de epilepsia, e cle quinze
vando devidamente, que augmentou o numero das suas clias nos outros casos, começando a contar-se o prazo no
eguas e de quanto. dia seguinte ao da entrega do solipede ao comprador.
Art. 30.° A transferencia de propriedade cla marca a § 2.° A verificação a que se refere o paragrapho pre-
ferro será feita a requerimento dos interessados. cedente será feita pelo respectivo conselho administrativo
§ unico. Esta transferencia será publicada no Diario com a assistencia do veterinario e clo commandante da
do Governo segundo o aviso (moclelo M), sendo pagas as companhia, bateria ou esquadrão, excepto no caso do soli-
despesas pelos interessados. pede se achar ainda em poder da commissão cle remonta,
caso em que o exame será feito pela dita commissão. Na
Art. 31." Haverá na direeção geral dos serviços de caval-
laria dois livros albuns (modelo N), para registos do mar- acta ou auto que se lavrar do exame a que, em qualquer
cas, sendo um destinado ao archivo cla mesma direccão ge- dos casos, fôr submettido o solipede, deverá mencionar-se
o resenho d'este, a molestia ou vicio que tiver, a data e o
ral e outro a estar patente para consultas clos interessados.
Livro identico fará parte do archivo da commissão de preço da compra, os nomes e postos dos officiaes compra-
remonta geral do exercito. dores e o nome do vendedor, sempre que seja conhecido,
Art. 32.° Com os desenhos em escala reduzida consti- a residencia d'este, a localidade onde se effectuou a mesma
tuia se-ha um album para a bibliotheca da direccão geral compira e outras quaesquer circunstancias que a esta se
dos serviços cle cavallaria no qual se empregará um exem- refiram.
plar d'aquelles desenhos, outro exemplar ficará em depo- Art. 37.° Se dentro dos prazos marcados no § 1.° do
sito, e o terceiro será collado no titulo de registo (mo- artigo precedente se verificar, pelo exame indicado no
clelo O) que se entregará ao interessado. § 2.° clo mesmo artigo, a existencia de molestia ou vicio
Art. 33.° O ferro ou ferros prontos a funccionar fica- redhibitorio em alguns dos solipedes comprados pela com-
rão em deposito, convenientemente carimbados, e scrvirâo missão de remonta. o presidente cVesta commissão, a quem
para, por elles, o lavrador poder mandar proceder á con- deverá ser enviado directa e immediatamente o auto ou
fecção cle identicos quando por qualquer circunstancia se copia authentica da acta do alludido exame, quando este
liajam extraviado os que possuia, e para contraprovar os não tiver sido feito pela dita commissão, expedirá desde
desenhos, quando sobre estes haja duvidas. logo um aviso ao vendedor, intimando-o para que restitua
§ unico. O carimbo para estes ferros será applicado na o custo do solipede, ou entregue outro que esteja nas con-
haste com as iniciaes L>. 01. S. C. e o millesimo do anno dições devidas, e bem assim para que receba aquelle soli-
em que foi feito o registo. pede (no caso de não ter sido abatido por motivo de mo-
Art. 34.° Ao productor com marca registada poderá lestia inficiosa) e satisfaça a despesa com a sua alimentação
ser concedido o titulo de menção honrosa (modelo P), a partir da data do mesmo aviso. Deverá indicar-se neste
sempre que, apresentando os seus productos á commis- aviso qual a unidade ou estabelecimento militar onde o ven-
são cle remonta geral do exercito, esta, por unanimidade dedor poderá effectuar essas operações.
de votos, considere um ou mais dos solipedes apresentados § l . p No caso do vendedor apresentar novo solipede, a
como reunindo em alto grau a maioria clas condições exi- acceitaçao d'este fica dependente não só de approvação
gidas para o serviço do exercito. Neste titulo serão des- do conselho administrativo da referida unidade ou estabe-
criptos os animaes pelo seu sexo, resenho, idade, altura e lecimento, mas tambem da entrega, por parte do apresen-
data da apresentação. tante, da differença, se a houver, entre o custo clo pri-
§ unico. O titulo póde ser concedido embora o productormeiro solipede e o valor do segundo. Este coâ^llio fará
não venda os seus productos á commissão de remonta. ao presidente cla commissão de remonta as comflRinicações
Art. 3õ.° No verso cle cada uma das folhas do album devidas.
dc ferros, e conforme o modelo N, se relacionarão todos § 2.° A despesa de alimentação a que se refere o pre-
os solipedes apresentados pelo productor á commissão de sente artigo será calculada pelo preço do fornecimento
remonta e que obtiveram menção honrosa. das forragens á unidade ou estabelecimento onde se achar
§ unico. Para este effeito, a commissão cle remonta, o solipede.
quando confira as menções, fará immediatamente a de- Art. 38.° Se, decorrido o prazo de quinze dias depois
vida escripturação no seu album, e logo que recolha á sede da expedição do aviso, o vendedor não tiver satisfeito ao
cla rá d'isso conhecimento á direccão geral clos serviços de
disposto no artigo precedente e respectivos paragraphos,
cavallaria, que, pelo album da commissão de remonta, co- o presidente da commissão cle remonta, prevenido da fal-
piará para os seus as relações ahi exaradas. ta, fará publicar nos jornaes em que tenham sido feitos os
annuncios para a remonta um novo aviso semelhante
CAPITULO V áquelle, ou, se lhe parecer preferivel, solicitará do gover-
nador civil do districto em que residir o vendedor a in-
Acção redhiliiloria timação d'este pela via administrativa, para que satisfaça
dentro clo prazo de quinze clias, a contar cTessa data, ao
Art. 3(5." As molestias e vicios não verificados no acto que lhe foi exigido nos termos do artigo precedente, de-
da compra que clão direito a acção redhibitoria contra os vendo essa solicitação ser acompanhada de uma copia do
vendedores de solipedes para o exercito são: aviso que tiver sido enviado directamente ao vendedor.
56.5
1902 Junho 28

Art. 39.° Se, deeorrido o prazo de quinze dias, a contar e a idade será contada por annos e meios annos, suben-
da data da primeira publicação do aviso nos jornaes ou da tendendo-se que a data normal do nascimento dos so-
data da solicitação ao governador civil, o vendedor ainda lipedes é a l õ do m ê s cle abril.
não tiver satisfeito ao disposto no artigo 37.° e respe- § 2.° Os cavallos ou eguas com mais de quatro annos
ctivos paragraphos, o presidente da commissão de remonta de idade serão montados.
enviará ao delegado do procurador regio na comarca da Art. 44.° Na acquisição de poldros serão preferidos os
residencia do mesmo vendedor uma copia authentica do | castrados, comtanto que se apresentem completamente
auto ou da acta de que trata o mesmo artigo, acompa- | curados e a operação tenha sido completa.
nhacla de um dos jornaes em que tiver sicb publicado o ' Art. 4õ.° Na remonta para o exercito teem preferencia
annuncio com as condições da compra, e solicitará d'este os cavallos e eguas que, possuindo as condições proprias
magistrado que promova a competente acção contra o ven- para o serviço militar, tiverem sido criados no país.
dedor. Com a copia do auto remetterâ tambem os demais Art. 46.° Os muares comprados para o exercito d e v e m
esclarecimentos que puder prestar sobre o assunto. satisfazer ás condições l . a e 2. a do artigo 4 3 . ° ; a altura
§ unico. No caso de demanda judicial, poderá o presi- e a idade serão reguladas pelas condições seguintes :
dente da commissão de remonta encarregar o capitão the- 1. a Altura minima: para os muares de tres a quatro e
soureiro da mesma commissão de seguir o andamento do meio annos é de l'",45 quando destinados á artilharia clc
processo, prestar ao referido delegado todos os demais montanha, cle l m , 4 8 a 1"',49 para engenharia e artilharia
esclarecimentos que forem necessarios, e solicitar d'este a cavallo e montada e de 1'",Õ0 para a companhia de equi-
magistrado as diligencias da sua competencia para que o pagens.
processo corra nos termos devidos com a possivel rapidez. Para os muares de mais de quatro e meio annos a al-
Art. 40.° Quando tiver sido comprado pelo conselho tura minima é de l m , 4 6 para a artilharia de montanha,
administrativo de unidade ou estabelecimento militar al- I'",õ0 para a engenharia e artilharia a cavallo e montada
gum solipede que manifeste molestia ou vicio redhibitorio, e l m , 5 1 para a companhia de equipagens.
proceder-se-ha contra o vendedor dentro dos prazos desi- 2. a Quanto á idade, não deverão os muares ter menos de
gnados e pelo modo indicado nos artigos precedentes, as- tres annos nem mais de seis e meio na occasião da com-
sumindo para este effeito o presidente do dito conselho as pra, excepto os destinados á recriação, que poderão ter
attribuições do presidente da commissão de remonta. No dois annos ou dois e meio, conforme a epoca da compra.
caso de demanda, poderá aquelle presidente encarregar 3. a Os machos deverão ser castrados e mostrarem-se
um dos officiaes sob as suas ordens de desempenhar junto completamente curados da castração.
do delegado do procurador regio os serviços de que trata 4. a Os muares para artilharia de montanha devem ser
o § unico do artigo precedente. pouco ventrudos e ter a conformação apropriada para
§ unico. Para o caso da acção redhibitoria nos cavallos carregar a dorso, e em caso algum devem exceder l m , 4 8
ou eguas apresentados pelos officiaes para suas praças, o de altura; e os destinados á companhia de equipagens se-
official declarará por escrito, no acto da apresentação, rão escolhidos clo entre os de mais idade que tenham as
quem assmnc a responsabilidade. condições exigidas no presente regulamento.
Art. 41.° Logo que se effectue a redhibição de algum Art. 47.° Sempre que as exigencias do serviço o acon-
solipede, elaborará o presidente da commissão de remonta selharem e o Ministerio da Guerra o determine, os limites
ou o do conselho administrativo que o tiver comprado cle idade e de altura estabelecidos neste regulamento po-
um relatorio de tudo que a este respeito tiver occorrido clerão ser alterados em todos os solipedes adquiridos com
desde a compra do referido solipede, relatorio que será destino immediato ao serviço nas fileiras.
enviado á direccão geral dos serviços de cavallaria.
Art. 42.° Quando o solipede com molestia ou vicio re-
CAPITULO VII
dhibitorio tiver sido adquirido no estrangeiro, ou quando
deeorrido todo o processo clc que tratam os artigos ante- Agrupamento, classificação e d i s t r i b u i ç ã o
cedentes o solipede não possa ser substituido ou haver-se dos solipedes a d q u i r i d o s
o seu valor, será immediatamente vendido em hasta pu-
blica por orclem da direeção geral dos serviços cle caval- Art. 48.° Os solipedes adquiridos pela commissão de
laria. remonta serão classificados, segundo as suas qualidades
apparentes, pelo modo seguinte:
CAPITULO VI
1.° Grupo
Condições dos s o l i p e d e s para o exercito
a) Para officiaes g e n e r a e s ;
Art. 43." Os poldros e poldras que forem comprados b) Para officiaes superiores do serviço do estado maior
para o serviço clo exercito cleverão necessariamente satis- e da arma de cavallaria;
fazer ás seguintes condições : c) Para capitaes e subalternos do mesmo serviço e
1. a Boa conformação exterior, temperamento sadio e arma;
completa isenção do qualquer molestia, aleijão ou defeito ã) Para
officiaes de artilharia a cavallo.
que possa impossibilitá-los para o serviço;
a 2° Grupo
2. Ausencia completa de sinaes indicativos cle have-
rein sido curaclos de molestias graves que pudessem ter a) Para officiaes cle artilharia m o n t a d a ;
infiuido na constituição dos animaes; b) Para officiaes de engenharia;
3. a Dois annos e meio de idade na primeira epoca, c) Para officiaes de artilharia;
quando destinados á recriação nos potris; tres e meio, d) Para officiaes dos serviços auxiliares do exercito,
quando destinados ao deposito de remonta; e quatro e junto clos corpos montados;
meio a seis e meio, quando destinados aos regimentos e e) Para officiaes de infantaria;
unidades montadas; na segunda epoca, dois annos os f ) Para officiaes dos serviços auxiliares.
primeiros, tres os segundos e quatro a seis os terceiros ;
4 / A altura minima para poldros e poldras cle dois an- 3.° Grupo
m m
nos será cle l , 4 3 ; de tres annos, l , 4 5 ; cle tres e meio a) Para a fileira da escola pratica de cavallaria;
annos, l n i ,4(j; de quatro ou mais annos, l m , 4 7 . b) Para a fileira dos regimentos de lanceiros;
§ 1.° Para os effeitos do presente regulamento, a al- c) Para a fileira dos regimentos de caçadores a cavallo ;
tura dos solipedes será meclida com o hippometro de regua d) Para a fileira de artilharia a cavallo.
Junho 28 556 1902

4.° Grupo sito de remonta com tres e meio annos de idade, onde se-
a) Para a fileira dos regimentos de artilharia montada; rão estabulados e desbastados, e logo que tenham com-
b) Para a fileira das tropas de engenharia; pletado quatro annos serão classificados pela fórma a que
c) Para a fileira dos serviços auxiliares do exercito. se refere o artigo 48.° para terem os destinos marcados
no mesmo artigo, segundo as necessidades do serviço e
5.° Grupo aptidões que apresentarem.
Para o deposito de remonta. § 1.° Estas classificações serão feitas segundo instruc-
ções dadas pela direccão geral dos serviços de cavallaria,
6.° Grupo por uma commissão composta pelo commandante da es-
Para os potris. cola pratica de cavallaria, presidente da commissão de re-
§ 1.° O 1." grupo será constituido por cavallos ou monta geral do exercito, segundo commandante da mesma
eguas, com a altura minima de l m , 4 9 os de tres e meio escola, capitão thesoureiro cla commissão de remonta, com-
annos, e de l m , 5 0 os de quatro annos, ou mais. Os da ali- mandante do 2.° esquadrão e capitão ou subalterno instruc-
nea a) com todas as condições requeridas para o serviço tor, servindo de presidente o mais antigo d'esses offi-
a que sào destinados; os das alineas b), c) e ã) com todos ciaes e de secretario o mais moderno.
os requisitos do solipede considerado como arrna. § 2.° Por esta commissão serão avaliados todos os soli-
§ 2." O 2.° grupo será formado pelos cavallos ou eguas pedes na occasião em que forem classificados.
que estiverem nas condições precisas para praças de offi- § 3.° E m regra, e sempre que o Ministerio da Guerra
ciaes, com a altura minima de l m , 4 6 para os de tres e não determine o contrario, a direccão geral dos ser-
meio annos, e de l m , 4 7 para os de quatro ou mais annos. viços de cavallaria mandará proceder ás distribuições
§ 3.° O 3.° grupo será formado pelos cavallos ou eguas d'aquelles solipedes duas v e z e s por anno, em julho e de-
que não servirem, ou não forem precisos para praças de zembro.
officiaes, tendo-se em vista: Art. 52.° Os muares recriados nos potris serão, entre-
1.° Que para a fileira da escola pratica de cavallaria gues directamente ás unidades de engenharia, artilharia e
deverão ser destinados os que pareçam de melhor san- serviços auxiliares, segundo o seu desenvolvimento e con-
gue; veniencias do serviço, por ordem da direccão geral dos
2." Quc para os regimentos de Ianceiros deverão ir aquel- serviços de cavallaria, depois das informações prestadas
les que, tendo as alturas requeridas para o 1.° grupo, não pelos commandantes dos potris e inspecção previa pela
tenham as condições exigidas para praças de officiaes. commissão de remonta, quando esta seja julgada neces-
§ 4.° O 4.° grupo será constituido pelos muares e tam- saria.
bem pelos cavallos ou eguas que, preenchendo as con- Art. 53.° Todos os clemais solipedes adquiridos pela
dições exigidas para os das alineas c) e ã) do 3.° grupo, se- commissão de remonta serão distribuidos ás unidades mon-
j a m menos proprios como solipedes de combate. tadas, segundo as suas necessidades e as orclens da direc-
§ õ.° O 5.° grupo será formado pelos solipedes desti- cão geral dos serviços de cavallaria.
nados á recriação e ensino no deposito de remonta. Art. 54.° Os conselhos administrativos dos regimentos c
§ 6.° O 6.° grupo será unicamente formado pelos so- dos grupos montados inspeccionarão, com a assistencia dos
lipedes destinados á recriação simples nos potris. respectivos veterinarios e commandantes das companhias,
Art. 49." Os solipedes destinados á remonta dos offi- baterias ou esquadrões, todos os annos, no mês de outu-
ciaes não arregimentados, ou tropas que pela organização bro, e depois de concluidos os exercicios do outono, os
do exercito não teem picadores, serão entregues ao depo- cavallos ou eguas que tiverem attingido nessa epoca
sito de remonta, onde serão recriados e receberão ensino, cloze annos cle idade, classificando-os nos seguintes gru-
se isso fôr julgado conveniente. pos :
§ unico. A clist-ribuição dos solipedes de que trata este 1." Capazes de c.ontinuarem no serviço a c t i v o ;
artigo será feita da mesma fórma e juntamente com aquel- 2.° Capazes de serviço moderado para officiaes e fileira;
les a que se refere o artigo seguinte. 3.° Capazes do serviço de tracção ;
Art. 50.° Quando os cavallos ou eguas existentes no de- 4.° Incapazes de todo o serviço.
posito de remonta tenham attingido quatro annos de idade § 1.° Para os cavallos ou eguas classificados nos tres
c suffieiente desenvolvimento physico, serão classificados primeiros grupos de que trata este artigo, as inspecç.ões
nos quatro primeiros grupos do artigo 48.° e terão os se- repetir-se-hão annualmente para os solipedes que ficarem
guintes destinos : fazendo parte do effectivo das unidades, e para aquelles de
1.° Entregues immediatamente aos officiaes que os te- que trata o 4.° grupo ser-lhes-ha dado o destino a que se
nham escolhido o quo pertençam aos regimentos ou uni- refere o artigo 109.° d'este regulamento.
dades montadas ; § 2." A s unidades enviarão seguidamente á direeção ge-
2.° Entregues immediatamente aos mesmos regimentos ral dos serviços de cavallaria um mappa (modelo Q) rela-
e unidades os destinados á fileira dos m e s m o s ; tivo aos solipedes inspeccionados, e o processo a que se
3." Entregues immediatamente aos officiaes não arregi- refere o artigo 109.° para os do 4.° grupo.
mentados ou de tropas que pela organização do exercito Art. 5õ.° Para com os muares que tiverem completado
não tenham picadores, so os mesmos officiaes assim o ti- treze annos de idade proceder-se-ha, na m e s m a epoca, e
verem requerido á direeção geral dos serviços de cavalla- pela mesma fórma prescripta no artigo antecedente, sendo
ria e o requerimento seja informado favoravelmente. pelo classificados da seguinte maneira:
commandante da unidade onde o solipede deva ser en- 1.° Capazes de continuarem no serviço activo;
sinado; 2.° Capazes cle serviço moderado;
4.° Todos os demais solipedes ficarão no deposito ató 3.° Incapazes de todo o serviço.
receberem completo ensino. Art. 56.° A direccão geral dos serviços de cavallaria,
§ 1." Quando os solipedes de que trata o n.° 4,° d'este tendo recebido os mappas de que tratam os artigos ante-
artigo tiverem completado o ensino serão entregues aos riores, providenciará sobre o destino a dar aos cavallos
officiaes que os cscolheram. ou eguas classificados para o serviço moderado e de trac-
§ 2." Todos os cavallos ou eguas cle que trata este ar- ção ; e pelo que diz respeito aos muares, tendo ouvido as
tigo quc não tenham adquirido suffieiente desenvolvimento direcções geraes dos serviços de engenharia e de artilha-
para serem classificados cntrarão na classificação seguinte. ria, conforme a procedencia dos solipedes, determinará o
Art. 51.° Os soliped cs destinados á recriacão nos po- destino que devem ter.
tris, depois de um anno a anno e meio, passam ao depo- Art. 57.° A s unidades a que forem distribuidos solipe-
56.5
1902 Junho 28

des nas condições de serviço moderado procederão an- maior, e bem assim os da arma de cavallaria quando de-
nualmente para com estes animaes como se acha determi- sempenharem commissão de serviço dependente do Minis-
nado nos artigos 54.° (§ 1.°) e 55.° terio da Guerra;
6.° Os chefes de repartição da direccão geral da Secre-
taria da Guerra, e o veterinario inspector;
CAPITULO V I I I
7.° Os chefes do estado maior das direcções geraes das
Conducção d o s solipedes differentes armas;
8.° Os officiaes das armas de engenharia e artilharia
Art. Õ8.° Quando houver de effectuar-se a acquisição que fizerem parte dos quadros permanentes das escolas
de solipedes, o presidente da commissão de remonta soli- praticas das mesmas armas;
citará dos commandantes das divisòes militares territoriaes 9.° Os officiaes superiores, os ajudantes, os capitães das
o numero de praças de pret necessario para o tratamento companhias de sapadores-mineiros, os capitães e subal-
e conducção do gado que ha de ser adquirido, indicando ternos das companhias de pontoneiros, de telegraphistas e
logo quaes as praças que devem ir montadas. de caminhos de ferro, o veterinario e o picador perten-
§ 1.° Em regra, e sempre que o presidente da commis- centes todos ao quadro clo regimento de engenharia, e os
são de remonta o julgar conveniente, de cacla contingente officiaes dos quadros das companhias de telegraphistas e
incumbido da conducção dos solipedes farão parte um offi- de sapadores de praça;
cial subalterno e um ferrador. 10.° Os officiaes da arma de artilharia, medicos, veteri-
§ 2.° As praças de pret que fizerem parte dos con- narios, picadores, thesoureiros e capellães dos quadros clas
tingentes vencerao 30 réis diarios de gratificação de re- unidades de artilharia montada, a cavallo e de montanha;
monta, pagos pela commissão, desde o dia em que come- 11.° Os medicos, veterinarios, picadores, thesoureiros
çarem as compras até aquelle em que os solipedes saiam e capellães pertencentes aos quadros dos regimentos de
clo local onde foram comprados. Antes e depois terão os cavallaria, escola pratica da mesma arma e potris mili-
vencimentos que pertencem a qualquer força em diligen- tares ;
cia. 12." Os officiaes superiores e ajudantes dos grupos de
Art. 59.° Os solipedes serão transportados em caminho baterias de artilharia de guarnição e os dos regimentos de
de ferro sempre que fôr possivel; mas, quando tiverem de infantaria e batalhões de caçadores;
seguir pela via ordinaria, deverão os itinerarios ser deter- 13.° Os officiaes que fazem parte da companhia de equi-
minados cle modo que a marcha a fazer em cacla dia não pagens ;
exceda 20 kilometros. 14.° Os inspectores e sub-inspectores do serviço de en-
Art. G0.° Para o serviço de remonta, os officiaes, com- genharia e dos telegraphos militares, os inspectores e os ad-
mandantes das forças, irâo de pequeno uniforme com juntos do serviço de artilharia nas grandes circunscripções
barrete, frasco e revolver. militares e commandos militares dos Açores e Madeira;
As praças de pret levarão: 15.° O segundo commandante da Escola do Exercito, o
Uniforme. — De fachina e o capote vestido ou a tira- director e sub-director do Real Collegio Militar, os officiaes
colo. superiores, o ajudante, o capitão. e subalternos da compa-
Equipamento.—Frasco e bornal, e dentro d'este uma nhia de tiro e o capitão da companhia normal de instrucção
camisa, uma toalha, um lenço e o talher. pertencentes ao quadro perrnanente da Escola Pratica de
Os sargentos levarão espada, e os cabos e soldados Infantaria, o director da Escola Central de Sargentos e o
junco ou vara. professor ou professor auxiliar quando pertençam á arma
O ferrador conduzirã as bolsas de ambulancia devida- de artilharia;
mente carregadas. 16.° Os officiaes combatentes e os medicos do pessoal
Equipamento ão cavallo. — O que o presidente da com- do estado maior do campo entricheirado de Lisboa;
missão de remonta indiear no

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