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284 1885 Julho 16

que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei se- e da f a z e n d a a façam imprimir, publicar e correr. Dada
guinte : no paço, aos 2 3 de j u l h o de 1 8 8 5 . = E L - R E I , com rubri*
Artigo 1.° E creada uma missão diplomatica de 2 . a classe ca e g u a r d a . = Augusto Cesar Barjona de Freitas— Ernes-
n a republica clo M é x i c o . to Rodolpo Hintze Ribeiro. = ( L o g a r do sêllo grande das
Art. 2.° O chefe cVesta missão será o enviado extraor- armas reaes.)
dinario e ministro plenipotenciário acreditado j u n t o do go- Carta cie lei pela qual V o s s a M a g e s t a d e , tendo sanccio-
verno dos E s t a d o s Unidos cla A m e r i c a . nado o decreto clas côrtes g e r a e s do 1.° de j u l h o corrente,
A r t . 3.° A s despezas da missão diplomatica e m W a s h i n - que m a n t e m a liberdade da cultura, fabrico e commercio
g t o n e no México são i i x a d a s : do tabaco nos districtos clos A ç o r e s e F u n c h a l , segundo os
preceitos cla legislação em vigor, salvas as modificações
U m ministro plenipotenciário, ordenado 1 : 1 0 0 5 0 0 0 que estabelece, m a n d a cumprir e guardar o m e s m o de-
V e r b a para d e s p e z a s de representação 6:000^1000 creto como n'elle se contém, pela fórma retro declarada.
D e s p e z a s de material e e x p e d i e n t e 500,$000 P a r a V o s s a M a g e s t a d e ver. = Augusto Xavier de Sá a
Art. 4.° E creado um logar de segundo secretario na f e z . D . do G. n.° 238, do 22 de outubro.

l e g a ç ã o de S u a M a g e s t a d e , j u n t o cla Santa Sé, e u m logar


d e segundo secretario n a legação de S u a M a g e s t a d e na
córte de H a y a . MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO
Art. 5.° E i c a r e v o g a d a a legislação em contrario.
DIRECÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO POLITICA
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o
E CIVIL
conhecimento e e x e c u ç ã o cla referida lei pertencer, que a
c u m p r a m o guardem e façam cumprir o guardar tão intei- D o m L u i z , por g r a ç a de D e u s , Rei de P o r t u g a l e clos
ramente como n'el!a sc contém. A l g a r v e s , etc. F a z e m o s saber a todos os nossos subditos,
O ministro e secretario cVestado clos negocios estrangei- que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei se-
ros a faça imprimir, publicar o correr. D a d a no paço da guinte :
A j u d a , aos 2 3 de j u l h o de 1 8 8 5 . = E L - R E I , com rubrica e Artigo 1.° Os pares e deputados são representantes da
guarda. = José Vicente Barbosa d.u Bocage. = (Logar do nação, e não clo rei que os nomeia, ou dos collegios o dos
sêllo grande das armas reaes.) circulos que os e l e g e m .
Carta de lei p e l a qual V o s s a M a g e s t a d e , tenclo sanccio- § unico. A constituição não reconhece o m a n d a t o impe-
nado o decreto das côrtes g e r a e s de 9 cie julho, que ap- rativo.
prova, para ser ratificada pelo poder e x e c u t i v o , a creação F i c a cVeste modo interpretado e additado o artigo 14.°
de u m a missão diplomatica n a republica clo México, a de da carta constitucional.
um logar de s e g u n d o secretario n a legação junto cla S a n t a Art. 2.° Cada legislatura d e v e r á durar tres annos, e
S é c a de u m logar de segundo secretario na legação na cacla sessão annual tres m e z e s .
córte dc H a y a , a m a n d a cumprir e guardar como n'ella se § unico. A sessão que durar m e n o s de tres m e z e s mio
contém, tuclo pela fórma acima declarada. será contada para o acto da duração da legislatura, salvo
P a r a V o s s a M a g e s t a d e ver. = Francisco Quintella de havendo no m e s m o anno n o v a sessão que duro o tempo
Sampaio a fez. d. do a. »,0 ice, de «9 de julho. preciso para completar aquelle praso.
F i c a d'este modo substituido o artigo 17.° da carta con-
stitucional.
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA A r t . 3.° N e n h u m par vitalicio, ou deputado desde que
for proclamado n a respectiva a s s e m b l é a de apuramento, :
GABINETE DO MINISTRO
póde ser preso por auctoridade alguma, salvo por ordem !
D o m L u i z , por graça de D e u s , Rei de P o r t u g a l e dos da sua respectiva camara, menos em flagrante delicto, a
A l g a r v e s , etc. F a z e m o s saber a todos os nossos subditos, que corresponda a pena mais e l e v a d a da escala penal.
que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei se- I g u a l disposição é applicavel aos pares temporários des-
guinte : de a sua eleição até que termine o mandato.
Artigo 1.° E mantida a liberdade da cultura, fabrico e F i c a por este modo substituido o artigo 26." da carta
commercio do tabaco nos districtos dos A ç o r e s e F u n c h a l , constitucional.
segundo os preceitos cla legislação em vigor, salvas as mo- Art. 4.° S e a l g u m par ou deputado for accusado ou
dificações estabelecidas nos paragraphos s e g u i n t e s : pronunciado, o j u i z , suspendendo todo o ulterior procedi-
§ 1.° O tabaco manipulado nas fabricas clas ilhas adja- mento, dará conta á sua respectiva camara, a qual deci-
c e n t e s pagará, quando importado no continente clo reino, dirá so o par ou o deputado d e v e ser suspenso, e se o pro-
os direitos correspondentes ao tabaco em folha. cesso d e v e seguir no interv r allo d a s sessões ou depois do,
§ 2.° E elevado a 2 5 0 réis insulanos ou 2 0 0 réis fortes findas as funcções do a e c u s a c b ou indiciado.
o imposto creado pela lei de 1 5 de j u n h o de 1 8 8 2 , ficando F i c a cVeste modo substituido o artigo 2 7 . ° da carta con-
tal imposto restricto á manipulação clo tabaco do producção stitucional.
insulana que for destinado ao consumo nas referidas ilhas. A r t . 5.° Os pares c deputados poderão ser nomeados
§ 3.° E supprimido o imposto compensador clos antigos para 03 cargos de ministro cVestado ou de conselheiro dis-
direitos do tabaco que nos termos da citada lei tinha de tado, sem que por isso percam os l o g a r e s que ccuparem
ser addieionado ás contribuições directas dos districtos clos nas respectivas camaras, accumulando as duas funcções.
Açores c Funchal. F i c a por este modo substituido o artigo 28.° da carta
§ 4.° A partir do 1.° de janeiro de 1 8 8 6 fica prohibiclo constitucional.
ás camaras municipaes das ilhas adjacentes lançar impos- Art. G.° A camara dos pares é composta de cem mem-
tos sobre o tabaco. bros vitalicios, n o m e a d o s pelo rei, de cincoenta membros
§ 5.° O governo fará os r e g u l a m e n t o s necessarios para electivos, e clos pares por direito proprio a que se refere
a e x e c u ç ã o cla presente lei. o § 2.° cVeste artigo e o a r t i g o 4 0 . ° da carta constitucional.
Art. 2.° F i c a revogada a legislação c m contrario. § 1.° Os pares clo reino que, ao tempo da promulgaçao
Mandamos portanto a todas as auctoridades, a quem o d'esta lei, compozerem a respectiva camara, continuarão a
conhecimento e e x e c u ç ã o da referida lei pertencer, que a fazer parte cVella na qualidade de pares vitalicios.
cumpram e gnardem e façam cumprir e guardar tão inteira- § 2.° F a z e m tambem parte da camara dos pares, como
m e n t e como n'ella se contém. pares vitalicios, o patriarcha de L i s b o a e os arcebispos e
Os ministros e secretarios d'estado dos n e g o c i o s do reino bispos do continente clo reino.
Julho lá 1885 285

§ 3.° A parte electiva da camara dos pares terá seis Vicente Barbosa du Bocage. = ( L o g a r do sêllo g r a n d e das
annos de duração, m a s poderá ser dissolvida, simultanea armas reaes.)
ou separadamente, com a camara dos deputados. Carta cle lei pela qual V o s s a M a g e s t a d e , tendo sanecio-
§ 4.° E m q u a n t o o numero de pares vitalicios não esti- n a d o o decreto das côrtes gemes cle 1 0 do corrente m e z
ver reduzido a cem, não contando os pares por direito de julho, quo estabelece o tempo da duração de cada le-
proprio, o rei poderá nomear um por cada tres v a c a t u r a s gislatura c cle cada sessão annual, declara a maneira por
que occorrerem, d e v e n d o depois estar sempre preenchido que deve ser composta a camara cios pares, lixando o nu-
aquelle numero. mero dos vitalicios e effectivos, o interpreta, addita, sub-
§ 5.° S ó poderão ser eleitos pares os individuos que es- stitue e altera diversos artigos cla carta constitucional,
tejam comprehendidos em determinadas categorias, que manda cumprir e guardar o m e s m o decreto como n'clle se
não poderão ser differentes d'aquel!as de entre as quaes contém, pela fórma retro declarada.
saírem os pares de nomeação regia. P a r a V o s s a M a g e s t a d e ver. = Aleixo Tavano a f e z .
§ 6.° Será indirecta a eleição dos membros temporários D. do G. n.° 1B3, do 22 da julho.
da camara dos pares. U m a lei especial regulará tudo quanto
diz respeito á sobredita eleição.
§ 7.° Os immediatos successores dos pares fallecidos e D o m L u i z , por graça de D e u s , Rei de P o r t u g a l e dos Al-
dos actuaes, que e x i s t i r e m á publicação d'esta lei, terão g a r v e s , etc. F a z e m o s saber a todos os nossos subditos, q u e
ingresso na camara dos pares pelo direito hereditário, sa- as côrtes g e r a e s decretaram o nós queremos a lei s e g u i n t e :
tisfazendo ás condições da lei de 3 de maio de 1 8 7 8 . E s t a Artigo 1.° E approvada a organisação eleitoral da parto
disposição c m n a d a altera o que íica disposto no § 4.° electiva da camara dos pares, nos termos e pela fórma de-
cVeste artigo. terminada n a presente lei.
F i c a por este modo substituído o artigo 3 9 . ° da carta Art. 2.° F i c a r e v o g a d a a legislação em contrario.
constitucional. M a n d á m o s portanto a todas as auctoridades, a quem o
Art. 7.° O rei e x e r c e o poder moderador com a res]3on- conhecimento e e x e c u ç ã o da referida loi pertencer, que a
sabilidadc dos seus ministros. cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente
§ 1.° N o m e a n d o pares vitalicios, de modo que n u n c a e x - como n'ella se contém.
cedam o numero do cem, salva a disposição clo § 4.° do Os ministros e secretarios cVestado das differentes repar-
artigo 6.° da presente lei. tições a façam imprimir, publicar e correr. Dacla no paço
§ 2.° Prorogando ou adiando as côrtes g e r a e s , e dissol- da A j u d a , em 2 4 de j u l h o de 1 8 8 5 . = E L - R E I , com rubri-
vendo a camara dos deputados e a parte electiva cla ca- ca e g u a r d a . = . á n t f o j » o Maria de Fontes Pereira de Medio =
mara dos pares, nos casos e m que o exigir o bem clo esta- Augusto Cesar Barjona de Freitas —Ernesto Roãolpho Hin-
do. Quando a s s i m seja, as n o v a s côrtes serão convocadas tze Ribeiro=Manuel Pinheiro Chagas—José Vicente Barbo-
e reunidas dentro de tres m e z e s , e, sem ter passado uma sa da Bocage.—(Logar clo sêllo g r a n d e das armas reaes.)
sessão de igual periodo cle tempo, não poderá haver n o v a Carta de lei pela qual V o s s a M a g e s t a d e , tendo sanccio-
dissolução. nado o decreto cias côrtes geraes de 11 clo corrente m e z
§ 3.° Perdoando e moderando as penas impostas aos réus de julho, que approva a organisação eleitoral da parte elo-
condemnados por sentença, á e x c e p ç ã o clos ministros cVes- ctiva da camara dos pares, que faz parte do mesmo decre-
tado, por crimes commettidos no d e s e m p e n h o clas suas func- to, o manda cumprir o guardar como n'clle se contém, pela
ções, a respeito dos quaes só poderá ser e x e r c i d a a prero- fórma retro declarada.
gativa regia, tendo precedido petição de qualquer cias P a r a V o s s a M a g e s t a d e ver. — Aleixo Tavano a fez.
camaras legislativas.
Ficam por este modo alterados o artigo 74.° da carta
constitucional, e os § § 1.°, 4 . ° e 7.° clo m e s m o artigo. Organisação eleitoral
Art. 8.° O rei não p ó d e estar a u s e n t e do reino mais de da parte electiva da camara dos pares
tres mezes s e m o consentimento das côrtes. a que se refere a lei d'esta data
F i c a d'este modo substituído o artigo 77.° da carta con-
stitucional. TITULO I
Art. 9.° Se, passados quatro annos depois de reformado
Disposições geraes
algum artigo cla constituição do reino, se conhecer quo esta
merece nova reforma, se fará a proposição por escripto, a A r t i g o 1.° H a v e r á cincoenta pares e l e c t i v o s : quarenta
qnal deve ter origem n a camara dos deputados, e ser apoia- e cinco eleitos pelos districtos administrativos o cinco pelos
da pela terça parte d'elles. estabelecimentos scientificos.
Fica por este modo substituído o artigo 1 4 0 . ° da carta Art. 2.° São elegíveis os cidadãos portuguezes, que, es-
constitucional. tando no goso dos seus direitos civis e politicos, c tendo
Art. 10.° T o d o o cidadão poderá apresentar por escripto, mais de trinta o cinco annos dc idade, se acharem com-
ao poder legislativo e ao executivo, reclamações, q u e i x a s ou prehendidos n a l g u m a das categorias mencionadas no ar-
petições, e expor qualquer infracção cla constituição, reque- tigo 4 . ° cla lei clc 3 de maio de 1 8 7 8 , salvo o disposto no
rendo perante a c o m p e t e n t e auctoridade a effectiva responsa- artigo 7.° cla presente lei.
bilidade dos infractores. O direito de reunião é igualmente Art. 3.° Os pares cios districtos administrativos serão
garantido, e o s e u exercicio regulado por lei especial. eleitos por collegios eleitoraes, reunidos nas capitaes cios
Fica por este modo substituído o § 28.° clo artigo 1 4 5 . ° districtos.
da carta constitucional. § 1.° E m cada districto haverá um collegio districtal.
Man d amos portanto a todas as auctoridades, a quem o § 2.° O collegio districtal dc Lisboa elege quatro pares, o
conhecimento e e x e c u ç ã o da referida lei pertencer, quo a clo Porto tres pares, cada um dos outros districtos dois pares.
cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente Art. 4.° Os collegios districtaes serão compostos :
como n'ella se contém. 1.° D o s deputados eleitos nos circulos comprehendidos
Os ministros e secretarios d'estado das differentes repar- na area cios respectivos districtos;
tições a façam imprimir, publicar e correr. D a d a no paço 2.° D o s delegados das j u n t a s g e r a e s ;
DA Ajuda, em 2 4 do j u l h o de 1 8 8 5 . = E L - R E I , com ru- 3.° D o s delegados dos collegios municipaes.
brica e guarda. = Antonio Maria de Fontes Pereira de Art. 5.° Os delegados das j u n t a s g e r a e s serão eleitos
Mello = Augusto Cesar Barjona de Freitas=Ernesto Ro- quatro por cada districto.
dolpho Hintze Ribeiro—Manuel Pinheiro Chagas = José § 1.° N a s cidades de L i s b o a e Porto as respectivas ca-
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