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1896 Abril G

demais prescripções do artigo 10.° e seguintes do citado ou colleetivamentc tome parto o par infractor no serviço
decreto. das mesmas sociedades, emprezas, concessões, arremata-
O ministro c secretario d'estado dos negocios ecclesias- ções ou empreitadas.
ticos e de justiça assim o tenha entendido e faça execu- Art. 4.° Os ministros podem nomear, de entro os func-
tar. Paço, em 3 dc abril de 1890. = R E I . = Antonio cionarios superiores da administração do estado, delegados
d'Azevedo Castello Branco. D. do o. n.° n, do i dc ABRIL. especiaes para tomarem parto perante as camaras legisla-
tivas na discussão dc determinados projectos do lei.
§ unico. A nomeação será communieada ao presidente,
da respectiva camara, na qual o delegado terá assento
MINISTERIO DOS NEGOCIOS DO REINO durante a discussão do projecto para que for designado.
Fica por este. modo additado o artigo 47." da carta con-
Direcção geral de administração politica e civil stitucional.
A r t . õ.° Quando alguma das camaras legislativas não
a approvar no todo ou cm parte qualquer projecto dc lei
l. Repartição
emanado da outra camara, ou não approvar às emendas ou
D O M C A R L O S , por graça de D e u s , Rei de P o r t u g a l e addições feitas pela outra camara sobre qualquer projecto
dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos sub- de lei, será nomeada uma commissão dc igual numero de
ditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a pares e deputados, logo que assim o resolva alguma. d'el-
lei s e g u i n t e : las, o o que a commissão decidir por pluralidade dc vo-
Artigo 1.° A camara dos pares é composta de membros tos servirá, ou para ser immediatamente reduzido a de-
vitalicios, em numero não excedente a noventa, nomeados creto das côrtes geraes, ou p a r a ser rejeitado o pro-
pelo Rei, alem dos pares por direito proprio mencionados jecto.
no artigo 40.° da carta constitucional e no § 2.° do ar- § 1.° Havendo empate na votação do projecto ou de al-
tigo 6.° da lei de 24 de julho de 1885. g u m dos seus ,artigos, ou nu de qualquer das emendas ou
§ 1.° Continuam fazendo parte da camara dos pares os addições, ou quando a commissão não chegue, a resultado
actuaes pares do reino por direito hereditário, e pelo mesmo algum sobre o assumpto que lhe foi commetiido, poderá
titulo terão ingresso n'esta camara os que se acharem com- qualquer das camaras pedir a reunião das côrtes geraes,
prehendidos na disposição do § 7.° do artigo 6.° da refe- representando n'esse sentido ao poder moderador.
rida lei. § 2.° As côrtes geraes serão convocadas e reunir-so-hão
§ 2.° No numero dos noventa pares do reino, lixado dentro de trinta dias, na camara dos deputados, sob a di-
pelo presente artigo, fic.am incluídos os actuaes pares de recção do presidente da camara dos pares, servindo de se-
nomeação regia, mas não se comprehendein os pares por cretarios o primeiro dc cada uma, das camaras.
direito hereditário. § 3.° So no dia para que forem convocadas as côrtes
E i c a por este modo alterado o artigo G.° da lei de 24 geraes não sc reunir a maioria dos membros dc, cada uma
de julho de 1885. das camaras, será a sessão adiada para o primeiro dia util,
A r t . 2.° Não podem ser nomeados pares do reino os cm que sc deliberar;!, seja qual for o numero de, pares e
cidadãos que tiverem menos de quarenta annos de idade, deputados quo compareçam. O objecto da divergência será
ou os que forem absolutamente inelegíveis para deputa- votado sem discussão.
dos. Art. 6. 8 O Rei exerce o poder moderador com a respon-
§ 1.° Não são comprehendidos na ultima p a r t e d'este sabilidade dos seus ministros :
artigo: § 1.° Nomeando pares ato ao numero de noventa., sem
1.° Os chefes de missões diplomáticas; outra restricção que não seja a do artigo 2." da presente
2." Os commissarios régios nas provincias ultramarinas lei.
e os governadores das mesmas provincias; § 2.° Prorogando ou adiando as côrtes geraes o, nos ter-
3." Os empregados superiores da casa real. mos do g 4.° do artigo 74." da carta constitucional, dissol-
§ 2." A nomeação dc par do reino será ofíiciaimcnte vendo a camara dos deputados o. convocando outra quo a
communieada á camara dos pares, o. por proposta, de al- substitua.
gum dos seus membros poderá ser impugnada, no praso § 3." Perdoando o moderando as penas impostas aos
de cinco dias, desde a communicação, com exclusivo réus condemnados por sentença, á excepção dos miiiist^s
fundamento na infracção d'este artigo, sendo a impugnação d'estado, por crimes commettidos no exercicio das suas
resolvida pela camara no praso dc dez dias, desde a apre- funcções, a respeito dos quaes só poderá sor exercida, a
sentação da proposta. prcrogativa regia, tendo precedido petição do qualquer das
§ 8.° Na falta de impugnação ou resolução, nos termos camaras legislativas.
e prasos declarados no paragrapho antecedente, o presi- Fica por este modo substituído o artigo 7." da lei dc 2-1
dente da camara dos pares admittirá o nomeado a prestar de julho dc 1885.
j u r a m e n t o o a tomar assento na camara. A r t . 7." Nos primeiros quinze dias depois de constituida
A r t . 3." Os pares do reino que actualmente ou de fu- a camara dos deputados, o governo lhe apresentará o or-
turo servirem logares nos conselhos administrativos, ge- çamento da receita e despeza do anno seguinte, as propos-
rentes ou fiscaes dc emprezas ou sociedades constituídas tas fixando as forças dc terra '' mar, e a dos contingentes
por contrato ou concessão especial do estado, ou que dc recrutamento da força publica. Quando até o lim do
d'este hajam privilegio não conferido por lei gcnorica, anno economico as côrtes não hajam votado as respectivas
subsidio ou garantia dc rendimento, salvo os que por leis, continuarão om vigor no anuo immediato as ultimas
delegação do governo representarem ii'ellas os interes- disposições legaes sobre estes assumptos até nova resolu-
ses do estado, e os pares do reino que forem concessio- ção do poder legislativo. Se, porém, as côrtes não estive-
narios, arrematantes ou empreiteiros de obras publicas, rem abortas, serão extraordinariamente, convocadas e re-
ficam inhibidos do exercicio do pariato, não podendo ser unidas no praso de tres mezes, a fim do deliberarem ex-
admittidos a tomar parte nas discussões nem a votar em- clusivamente sobro os assumptos de que trata este.artigo ;
quanto não provarem que cessou o motivo de qualquer se estiverem funccionando, não serão encerradas sem ha-
d e s t a s incompatibilidades. verem deliberado sobre o mesmo objecto, excepto sendo
§ unico. A infracção d'este artigo será punida com a dissolvidas ; no caso dc dissolução, serão convocadas e re-
pena de suspensão dos direitos politicos ate tres annos, e unidas no praso j á indicado em sessão ordinaria ou cm
tornará nullos de direito todos os actos em que individual sessão extraordinaria para o mesmo exclusivo fim,
Abril 3 130 1896

F i c a por este modo alterado o artigo 12.° e ampliado o p a r a do respectivo fundo de viação applicar a q u a n t i a d e
artigo 13." do acto addicional de 5 de j u l h o de 1852. 1:860*000 réis nas obras de r e p a r a ç ã o e m e l h o r a m e n t o s
A r t . 8." F i c a revogada a legislação e m contrario. dos paços municipaes ;
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o Vistas as informações officiaes, por onde se m o s t r a que
conhecimento e execução da referida lei p e r t e n c e r , que a esta quantia não excede a m e t a d e da p a r t e disponível
cumpram c g u a r d e m e façam cumprir e g u a r d a r tão intei- d'aquelle f u n d o :
r a m e n t e como n'ella se contém. l i e i por bem, tendo ouvido o conselho de ministros, con-
O presidente do conselho do ministros, e os ministros e ceder, nos termos e p a r a os effeitos do artigo 64.° d a c a r t a
secretarios d'estado dc todas as repartições, a façam im- de lei de 3 0 de j u n h o de 1893, a pedida auctorisação,
primir, publicar e correi - . Dada no paço das Necessidades, sem prejuizo do cumprimento das disposições de direito
om 3 de abril dc 1 8 9 0 . — E L - R E I , com r u b r i c a e g u a r d a . = applicaveis ás obras municipaes.
Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro = João Ferreira Franco O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado
Finto Castello Franco-.-- Antonio d,'Azevedo Castello Bran- dos negocios do reino, assim o tenha entendido e faça exe-
co-—Luiz Aufiunto 1'imentel Fint.o — Jacinto Candido da cutar. Paço, em 3 de abril de 1896. = R E I . = João Fer-
Silva — Luiz Maria Finto de Soveral — Arthur Alberto de reira Franco Finto Castello Branco.
Campos JLnriques. •—(Logar do sêllo g r a n d e das a r m a s D. do Gr. n.° 7G, de 7 de abril.
reaes).
C a r t a dc lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccio-
nado o decreto das côrtes geraes de 21) de fevereiro ulti
mo, que declara a maneira como deve ser composta a c a - A t t e n d e n d o ao que m e r e p r e s e n t o u a c a m a r a municipal
m a r a dos pares, lixando o numero dos vitalicios com as do concelho de T h o m a r , e vistas as informações officiaes:
restricções determinadas no artigo 2.° da p r e s e n t e lei, e hei por bem auctorisal-a, nos termos e p a r a os effeitos do
substitue e altera varios artigos da lei dc 24 dc julho de artigo 473.° do codigo administrativo, a que continue co-
18M5, da carta constitucional e acto addicional de 5 de j u - b r a n d o os impostos indirectos, que eram receita municipal
lho de 1-S52, m a n d a cumprir o g u a r d a r o mesmo decreto, ao tempo da promulgação do mesmo codigo, incluindo,
como n'o,||e se, contém, pela fórma retro declarada. quanto aos generos sujeitos ao real de agua, as percenta-
1'ara Vossa Magestade ver. => Victorino Gonçaltes de gens addicionaes á p a u t a do estado, de 20 réis em kilo-
Ai/uiar a fez. g r a m m a de carne e 12 réis em litro de vinho.
I). do O. n.° "li, do 7 do abril. O conselheiro d'estado, ministro e secretario cfestado
dos negocios do reino, assim o t e n h a entendido e faça
e x e c u t a r . Paço, em 3 de abril de 1896. = R E I . == «703o
Ferreira Franco Pinto Castello Branco.
DOM C A R L O S , por g r a ç a dc D e u s , Rei dc P o r t u g a l D . do Cí. n.° 76, de 7 de abril.
e dos Algarves, etc. F a z e m o s saber a todos os nossos sub-
ditos, (pie as côrtes g e r a e s decretaram e nós queremos a
lei s e g u i n t e :
Artigo I." Continua em vigor o decreto dc 5 de. abril A t t e n d e n d o ao que me r e p r e s e n t o u a c a m a r a municipal
de ÍSII-I, (pie aiictorisou a camara municipal de Lisboa a do concelho de B r a g a , e conformando-me com o p a r e c e r
contrahir um emprestimo até á quantia dc 4 0 0 : 0 0 0 * 0 0 0 do competente governador civil: hei por b e m fixar, nos
réis, por obrigações do juro annual do 5 por cento, amor- termos do § unico do artigo 140.° do codigo administra-
tisavel em sessenta annos, garantido pelo rendimento dos tivo, o numero dos zeladores da mesma c a m a r a em 36,
mercados da praça da Figueira- e de. Vinte e Q u a t r o dc J u - comprehendendo os respectivos chefe e sub-chefe.
lho, a lim dc ser applicado aos trabalhos de a b e r t u r a dc O conselheiro cVcstado, ministro e secretario d'estado
ruas e construcção das praças projectadas n a area limitada dos negocios do reino, assim o t e n h a entendido e faça exe-
pela actual estrada da circumvallação, r u a do S. Sebastião cutar. Paço, em 3 de abril de 1896. = R E I . = João Fer-
da Pedreira, rua do Chafariz do Andaluz o r u a de D . E s - reira Franco Pinto Castello Branco.
tephania.
D . do Cl. n.° 76, de 7 de abril.
Art. 2." F i c a revogada a legislação em contrario.
Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o
conhecimento o execução da referida lei p e r t e n c e r , que a
cumpram e g u a r d e m e laçam cumprir e g u a r d a r tão in- Attendendo ao que me r e p r e s e n t o u a c a m a r a municipal
teiramente como nVlla se contém. do concelho da G u a r d a pedindo auctorisação p a r a contra-
O conselheiro d'estado, ministro e secretario d'estado hir um emprestimo dc 2 5 : 0 0 0 * 0 0 0 róis por t e m p o de ses-
dos negocios do reino, a faça imprimir, publicar c c o r r e r . s e n t a annos, ao j u r o annual de 6 p o r cento, não exce-
D a d a no paço das Necessidades, em 55 dc abril dc 1 8 9 6 . = dendo a respectiva amortisação, comprehendendo este j u r o ,
E L - U K I , com rubrica o g u a r d a . - - J o ã o Ferreira Franco a 1:744$495 réis em cada anno, a fim de proceder á edi-
Finto Castello /!ranco.-—(Logar do sêllo g r a n d e das ar- ficação de uma cadeia civil em substituição da actual, q u e
mas reaes.) sc acha em péssimas condições de hygiene e de seguran-
Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo saiiecio- ça, á construcção de u m a p r a ç a f e c h a d a p a r a os m e r c a -
nado o decreto das curtes geraes dc 25$ do março dc 181*1), dos, que ivaquella cidadc são muito concorridos pelos po-
que confirmou a auctorisação concedida pelo decreto dc O vos das freguezias r u r a e s e concelhos limitrophes, e ao
dc abril do 189-1 á c a m a r a municipal dc Lisboa paru con- calcctcamento de diversas r u a s , que se a c h a m em extre-
trahir um emprestimo dc -1.00:0000000 réis, manda cum- mo d e t e r i o r a d a s ; e
prir o g u a r d a r o mesmo decreto como n'eUc sc contém, Considerando que estas obras se mostram necessarias,
pida fórma retro declarada. são da competencia da impetrante, c não podem ser cus-
Para Vossa Magestade ver. = Victorino Gonçalves de teadas pelas respectivas receitas ordinarias;
AlJUÍar ,'! f e z . li. do li. li.» 7(1, do 7 do abril. Considerando que o encargo da r e f e r i d a operação j u n t o
com o de anterior emprestimo, é inferior á quinta p a r t e da
media das receitas municipaes ordinarias, cobradas no ul-
timo triennio;
Attendendo ao que me representou a c a m a r a municipal Considerando que o referido encargo, segundo informa
do concelho da Povoa do Lanhoso, pedindo auctorisação o governador civil do districto da G u a r d a , fica segura-

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