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CONSULTAS
DA
SEOÇA.O I ) A JUSTIÇA
DO
CONSELHO DE ESTADO
.842 A 1846.
% - -
IMPER1ÀES RESOLUÇÕES
TOMADAS
CONSELHO DE ESTADO
DESDE
POR
V O L U M E I
DE 1342 A 1846
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RIO DE JANEIRO
T Y P O G R A P H I A NACIONAL
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DA
_842,
C o í í s u l t a d e V d e M a r ç o .de l ® ^ ã ^ .
Consulta de O de S e t e m b r o de 18-4».
Consulta d e * 1 de N o v e m b r o d e 1®<£».
Sobre os actos da Assembléa Legislativa da Província das Alagoas,
promulgados nas sessões extraordinária e ordinária do anno
de 1842.
DA
184:3.
Consulta de â de Março de 1 8 ^ 3 .
Sobre os seguintes quesitos:—Se por virtude da Lei de 3 de
Dezembro de 1841 foram restabelecidos para a Relação os ag-
gravos dos despachos do Chanceller. que foi substituído pelo
Presidente ; e , no caso afflrmativo, — as regras pelas quaes esse
recurso se deverá reger.
he que ficam por elles responsáveis, quando muito bem pôde acon-
tecer, que tendo levado descaminho da mão do oficial, fiquem
aquelles assim obrigados a dar conta daquillo que nao receberam, o
que já aconteceu; e o que é mais, sem saber-se a final a quem se
deva responsabilisar por uma tal falta.
Não é só este o inconveniente'que se apresenta pela disposição do
supradito artigo : outros existem ; sendo um delles á demora que
muitas vezes se causa ao julgamento dos réos com taes remessas,
nao só_por que os Escrivães, que servem perante os Juizes Munici-
paes, nao obstante a determinação do predito artigo, sao mui pouco
escrupulosos na brevidade do devolvimento dos processos ao Juizo
d'onde vieram, como também por que os Escrivães daquelles JUÍZOS,
seja qual fôr o motivo (que não pôde ser justo) demoram longo
tempo em seu poder os processos sem. os remetter ao Escrivão do
Jury, e só quando se convocam as sessões do Jtíry é que uns e outros
se dão pressa na remessa dos processos áquelle Escrivão, quando já
muito poucos dias restam para se abrir a sessão, e isto quandotem
de se fazer os necessários preparatórios para a sua apresentação ao
dito Tribunal; resultando de semelhante irregularidade, que réos
modernamente presos e pronunciados tem sido, na_o poucas vezes,
julgados antes de outros de data mais antiga em prisão, e pronuncia ;
accrescendo mais o trppeço, que dahi provém na promptificação dos
processos, que tem de entrar em julgamento, pois contando-se com
aquelles que na occasiao da convocação do Jury existem no Cartório
do Escrivão daquelle Tribunal, tanto de presos, como de afiançados,
este immediatamente colligindo o numero provável dos que podem
ser julgados em uma sessão, extrahe todos os mandados para notifi-
cação das testemunhas, os quaes se remettem em tempo aos respecti-
vos Subdelegados, na conformidade do art. 330 do citado Regula-
mento, e aindadepois em todo o espaço, que decorre antes da
abertura da sessão, o que sempre aconteceu-, tem de extrahir-se e
remetter-se novos mandados aos Subdelegados para notificação de
testemunhas duas e mais vezes; o que de certo é não pequeno°trans-
torno não só para o Juizo—Cabeça do Termo, como mesmo para os
das Subdelegacias, que tem de os mandar cumprir, e algumas vezes
'de lugares distantes desta Corte.
Todos estes inconvenientes cessariam se se adoptasse um centro
de reunião de todos os processos mandados remetter pelos Subdele-
gados, isto é, um Escrivão a quem directamente elles fossem dalli
remettidos, e o qual servisse nas sustentações de todas as pronúncias
até o recurso inclusive, podendo muito bem ser este o Escrivão do
Jury, a cujo poder tem a final de vir parar todos os processos para
serem apresentados ao Tribunal, o qual os faria logo conclusos aos
Juizes Municipaes designados nos despachos de pronuncia, ou não
pronuncia para a sustentação, ou revogação das mesmas, ficando
igualmente a seu cargo o lançamento dos nomes dos réos no rói dos
culpados.
Com esta medida/ou outra qualquer, que fizesse cessar tão demo-
radas remessas, muito aproveitariam as partes, as quaes para sabe-
rem a que Escrivão tocou o seu processo para sustentação da pro-
nuncia, ou nao pronuncia, preciso lhes é i r mendigar a distribuição,
o que nao aconteceria se tivessem certeza de que em um só Cartório
as deveriam procurar, procedendo-se a necessária intimacão, antes
da remessa, tanto aos autores, como aos réos.
- 23 -
Consulta de SS1 d e S e t e m b r o d e 1 8 4 3 .
Sobre a reclamação de Francisco Baptista do Almeida contra o
Decreto de 4 de Maio de 1843, que conferiu a Pedro José Cardoso
a serventia do oficio de Escrivão dos Feitos da Fazenda de Per-
nambuco.
M e s o l a s ç ã o d e »'*?' d e S e t e m b r o d e 1 8 4 3 .
Sobre a intelligencia do § 8.° da Lei de 3 de Outubro de 1834, relativa
á duração da faculdade concedida aos Presidentes de Província
para suspenderem Magistrados.
R e s o l u ç ã o de 8 de Síovembro de 1 8 ^ 3 .
R e s o l u ç ã o d e @ d e M o v e m b r o d e 1@^S3.
Kesolução d e ® de Ríovembro de 1 8 - 4 3 .
R e s o l u ç ã o de S d e Movembro de 18<£3.
Sobre a reforma do despacho de sustentação de pronuncia.
por cópia, Houve por bem Approvar a decisão dada por V. Ex. quan-
do lhe declarou, que os Juizes Municipaes, depois de terem reformado
uma sentença de sustentação de pronuncia por oceasiao de recurso
delia interposto, podem, se a parte contraria recorrer dessa nova
sentença, reformal-a também, e que nada impede que ainda neste
segundo caso o Juiz de Direito conheça do recurso, que dessa ultima
decisão interponha a parte, que se sentir aggravada.
Deus Guarde a V. Ex.— Palácio do Rio de Janeiro em 14 de No-
vembro de 1843.— Honorio Hermeto Carneiro Leão.— Sr. Presidente
da Provincia da Rahia.
O Aviso de 31 de Janeiro de 1854 declara que o Juiz d quo pode no
segundo recurso reformar o seu despacho, como pôde no primeiro.
Presentemente aos Juizes Municipaes compete exclusivamente nos
crimes comniuns a pronuncia, com recurso necessário para o Juiz
de Direito respectivo, art. 4.° da Lei n.° 2033 de 20 de Setembro de 1871
e 17 | 2.° do Decreto n.° 4824 de 22 de Novembro do mesmo anno.
_ 38 —
conferir só jurisdicção crime aos Juizes de Direito ; a in-
telligencia contraria torna supérfluas as palavras—além das
attribuições que têm, etc.
Nem occorre razão alguma para que se interprete exten-
sivamente o citado § 2.° do art. 25 da Lei de3Dezembro,
porquanto nenhum inconveniente ha que nas causas eiveis
julgue as suspeições dos Juizes Municipaes o Juiz que as
partes nomearem e nas crimes o Juiz de Direito ; antes ó
razoável que a Lei, pelo interesse que tem a sociedade na
celeridade dos processos crimes, designe Juiz, deixando aos
contendores o arbitrio de elegerem Juizes nas eiveis, em
que elles são os immediatos interessados. Se houvesse razão
que justificasse o julgamento das suspeições postas aos
Juizes Municipaes nas causas eiveis, pelos mesmos Juizes,
que os que delia conhecem nas causas crimes, deviam as sus-
peições postas aos Juizes de Direito, nas causas eiveis ser
decididas pelos Jurados, embora o art. 70 do Código do
Processo Criminal só a estas limite a autoridade dos Jurados.
A Secção por tanto tem a honra de propor a Vossa Ma-
gestade Imperial que se responda ao Presidente da Pro-
víncia de S. Paulo, que os Juizes de Direito só podem
conhecer das suspeições postas aos Juizes Municipaes nas
causas crimes; mas Vossa Magestade Imperial Decidirá o
que fór mais acertado e conducenté ao bem publico.
Paço em de Novembro de 1843.—Bernardo Pereira de
Vasconcellos.— Bispo de Anemuria. — Caetano Maria Lopes
Gama.
RESOLUÇÃO.
Como parece. (*)
Paço, 8 de Novembro de 1843.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador
Honorio Hermeto Carneiro Leão.
vida por V. Ex. proposta em seu officio n.° 119 de Agosto deste
anno, acerca do Juiz a quem compete conhecer das suspeições postas
ao Juiz Municipal em causas eiveis, e de Orphãos em todas as de sua
jurisdicção : Houve por bem Conformar-se com o parecer da mesma
Secção, e Mandar, portanto, declarar a V. Ex. que a jurisdicção
dada aos Juizes de Direito no | 2 . ° do art. 25 da Lei n.° 261 de 3 de
Dezembro de 1841, para conhecerem das suspeições dos Juizes Mu-
nicipaes e Delegados, limita-se ás causas crimes, subsistindo quanto
ás outras a Ord. do L. 3.° Tit. 21 | 8.°
O que participo a V. Ex. para sua intelligencia.
Deus Guarde a V. Ex.— Palácio do Rio de Janeiro em 14 de No-
vembro de 1843.— Honorio Hermeto Carneiro Leão.
O julgamento das suspeições postas aos Juizes inferiores, tanto nas
causas crimes, como nas cíveis, compete aos Juizes de Direito. § 2.°
do art. 7.° e § 3.° do art. 24 da Lei n.° 2033 de 20 de Setembro de
1871.
— 40 —
A Secção julga desnecessário providencia alguma para o
caso em que o Promotor occupado em um termo não pôde
acudir a um processo que corre em outro, dentro do prazo
marcado nas Leis; porque não está revogado o art. 38 do
Código do Processo Criminal, que autoriza a nomeação de
Promotores interinos, no impedimento dos proprietários;
antes o confirmam, com leve alteração, os arts. 22 e 23 da
Lei de 3 de Dezembro de 1841.
Nem obsta a ponderação que faz o dito Juiz de Direito
in terino de que pôde estar, e tem estado em algumas occur-
rencias, o Promotor proprietário em exercício dentro da
comarca, porque não podendo este, por estar distante, pro-
mover, como lhe cumpre, os termos de um processo, deve
para elle considerar-se impedido, e consequentemente ao
Juiz de Direito incumbe nomear interinamente, como
prescreve o mencionado art. 22 da Lei de 3 de Dezembro
de 1841.
Escusado é pois nomear-se um'Promotor para cada termo,
ou ampliar á prol dos Promotores, o prazo do art. 72 da ci-
tada Lei de 3 de Dezembro, como propõe o Juiz de Direito.
Sendo a Lei de 10 de Junho excepcional, parece á Secção
não ser matéria de contestação que não pôde o art. 94 do
Código do Processo Criminal ser applicavel aos casos de
mortes, que forem processados em virtude delia, e que
conseguintemente não havendo outra prova de um assassi-
nio senão a confissão do escravo do assassinado, pôde im-
pôr-se-lhe a pena de morte, uma vez que coincida com as
circumstancias do facto e seja livre; todavia, se razões
ponderosas justificam a excepção prescripta na sobredita
Lei de 10 de Junho, a insigne piedade de Vossa Magestade
Imperial não pôde permittir que se desattendam os princí-
pios da justiça.
Podendo acontecer que nos autos não estejam provados
factos alguns, além da morte, importa que os Juizes, Presi-
dentes do Jury, além de outros quesitos, façam sempre o
seguinte : —Ha outra prova além da confissão do réo ?
Cumpre também verificar se a confissão do réo escravo é
espontânea, ou se feita em conseqüência de castigos, amea-
=*3 41 —*
(') Não consta que fosse ouvido o Conselho de Estado, nem que
se expedisse providencia alguma em virtude desta consulta.
Mas a disposição do art. 94. doGod.do Processo Criminal, prohi-
c. j . 6'
— 42 —
R e s o l u ç ã o d e 8 d e N o v e m b r o d e 1S4L3.
RESOLUÇÃO
Governo devem ^ser cumpridos, logo que delles houver noticia pela
publicação na folha offlcial. Av. de 31 de Outubro de 1873. Sobre
este assumpto veja-se também o Av. da Fazenda de 14 de Novembro
de 1867 e o da Justiça de 14 de Dezembro de 1869.
As substituições dos Juizes de Direito se acham marcadas na Lei
n.° 2033 de 20 de Setembro e Decreto de 22 de Novembro de 1871;
assim como pela dita Lei e Decreto citado os Juizes Municipaes não
sustentam mais pronuncia.
("*) Esta consulta não tem data.
0/
Como parece.
Paço, 20 de Dezembro de 1843.
Paulino José Soares de Souza. (*)
RESOLUÇÃO
Como parece.
DA
I X e s o l u ç ã o d e * 2 4 d e J a n c l i » ile i ^ 4 .
R e s o l u ç ã o d e % ^ d e «Jfaneii»© d e l@«ffi-<S.
RESOLUÇÃO.
Como parece.
Paço, 5 de Outubro de 1844.
Com a "rubrica de Sua Magestade o Imperador,
Manoel Antônio Galvão (*),
R e s o l u ç ã o d e i ® de Outubro de IS^S^S.
Sobre o destino dado a diversos processos, que existiam nas
Conservatórias Inglezas.
Como parece.
Paço, 18 de Outubro de 1844.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador.
Manoel Antônio Galvão. (*)•
R e s o l u ç ã o de 2 9 de Outubro d e 1S^<£.
Sobre o destino que se devia dar á uma quantia proveniente de ar-
rendamentos e aforamentos de terras pertencentes á índios.
Senhor. —Por Aviso da Secretaria de Estado dos Negócios
da Justiça de 27 de Julho do corrente anno, Mandou Vossa
-'89 —
Magestade Imperial remetter á Secção de Justiça do Con-
selho de Estado um officio do Presidente da Província de
Pernambuco, dirigido ao Ministério da Fazenda em'data de
2 de Março deste anno, pedindo esclarecimentos a respeito
do destino que deve dar-se a uma porção de dinheiro, pro-
veniente de arrendamentos e aforamentos de umas terras
pertencentes a índios da Aldeada Escada, termo de Santo
Antão, existente em poder do respectivo Curador, e houve
Vossa Magestade Imeprial por bem ordenar que a referida
Secção desse seu parecer sobre o indicado objecto.
Examinando o officio do Presidente, a que se refere o Im-
perial aviso eo officio do Juiz dos Orphãos que o instrue,
não encontra a Sseção nelle as informações que seriam pre-
cisas para emittir seu parecer sobre o ponto em questão.
Não consta qual a quantia que existe em poder do Curador
dos índios da Aldêa da Escada, quaes as ordens particulares
em virtude dss quaes se aforaram ou arrendaram as terras
dos índios dessa Aldêa, e por fim qual a applicação que ao
producto desses arrendamentos ou aforamentos se dava
anteriormente ao Decreto de 3 de Juhno de 1833, que en-
carregou aos.Juizes de Orphãos da administração dos bens
dos índios.
A Secção não tem noticia de lei alguma gôral que regu-
lasse e ordenasse o arrendamento, ou aforamento das terras
dos índios, e desse applicação do producto das sommas arre-
cadadas provenientes de taes arrendamentos ou aforamen-
tos ; presume pois que, a respeito*das terras dos índios da
Aldêa da Escada, terá acontecido o mesmo que tove lugar
com as terras dos índios de differentes Aldêas existentes
nesta Província do Rio de Janeiro. Não fallando nas Aldêas
deCampos, que até1832 fazia parte da Província do Espi-
rito Santo, existiam nesta Província do Rio de Janeiro
cinco Aldêas, a saber: a de S. Lourenço com terras no Mu-
nicípio de Nitheroy ; a de S.Pedro com terras em Cabo Frio;
a de S. José com terras em Villa Nova, hoje anneXada a Ita-
borahy; a de Itaguahy com terras em Mangaratiba ; e final-
mente a do Rio Bonito com terras no Município de Valença.
Todas essas terras foram doadas aos índios das referidas
c. J. 12
— 90 —
Aldêas porcarias de sesmaria, eeram destinadas á sua ha-
bitação e cultura, e não a serem arrendadas ou aforadas.
Com o andar do tempo, a incúria dos conservadores dos
índios, dos seus Capitães-mores ou Directores; o recru-
tamento para a Marinha e por ventura a embriaguez a que
são muito dados os índios, fizeram definhar suas Aldêas.
Uma grande parte das terras foi usurpada, outra passou a
ser arrendada ou aforada perante o Ouvidor da Comarca, na
qualidade de Conservador dos índios ; existindo hoje mui-
to insignificante parte na posse e usofructodos raros índios
que ainda ha em taes Aldêas.
Os arrendamentos ou aforamentos se fizeram em virtude
de ordens particulares dos Vice-Reis, e deliberação dos Con-
servadores ; eem parte evitaram a completa usurpação das
terras. Os índios vendiam com grande facilidade, e por
vil preço, suas culturas e bemfeitorias á Portuguezes ou
Brazileiros, que passavam aoccupar essas terras, e augmen-
tar suas culturas; e as usurpariam completamente se
não se tivesse annuido a converter taes possuidores de bem-
feitorias em arrendatários, como fundamento de que sendo
as terras dos índios, não bens individuaes de cada um del-
les, mas sim propriedade commum de toda a aldêa, não
podiam os índios alienar as mesmas terras, mas somente
as bemfeitorias, que nellas tivessem.
As sommas provenientes de taes arrendamentos eram re-
colhidas ao cofre da conservatória a cargo de um thesou-
reiro, que residia nesta corte.
Em virtude das mesmas ordens dos Vice-Reis, e delibe-
rações dos conservadores, essas sommas eram applicadas:
i. ° á fornecimentos de guizamentos de freguezias de indios;
2. ás festas aos oragos dessas freguezias, e aos concertos
e reparos de suas igrejas; 3.' á dotes de 12#80O á cada
índia que casava ; 4. á pequenas pensões à indios aleijados,
cegos, e t c ; 5.° á despeza de administração, medição de
terras, etc.
Publicado o cod. do proc, e extinctos os ouvidores de
comarcas, que eram os conservadores dos indios, sem que
no dito cod. se desse providencias sobre a administração
— 91 —
dos bens de que tomava contas o conservador, como seu
juiz privativo, foi pelo Governo, no decreto de 3 de Junho
de 1833, encarregada essa administração aos juizes de
orphãos.
Este decreto, porém, nada dispõe sobre a applicação das
quantias provenientes dos arrendamentos de bens de indios;
nem em verdade cumpria que dispozesse, porque essa ap-
plicação devera continuar do mesmo modo até deliberação
do corpo legislativo; não se tendo a providenciar senão
acercado juiz que devia substituir o conservador.
Apezar disso, consta que, por um aviso da secretaria de
estado dos negócios da justiça, se mandou entrar para o
thesouro com o saldo existente no cofre da conservatória
desta província, que orçava por cerca de seis contos de
réis.
Este aviso, porém, mandando recolher ao thesouro esse
saldo, em nada alterou a applicação que anteriormente se
dava ao producto de taes arrendamentos ; e é de crer que
os juizes de orphãos que têm á cargo a administração de
taes bens, tenham continuado a dar a mesma applicação,
que tinha lugar no tempo dos conservadores.
Depois do acto addicional, ou lei de 18 de Agosto de
1834, a assembléa provincial do Rio de Janeiro tem ten-
tado, em differentes projectos, dar destino aos ditos bens
chamados de indios, ou regular sua administração ; mas
tantas dificuldades têm surgido na discussão, que ella,
embaraçada, nada de novo tem legislado a respeito.
A assembléa Provincial entende poder legislar sobre este
objecto, por lhe competir cumulativamente com a Assembléa
Geral, prover sobre a catechese e civilisação dos indiginas,
e reputar os bens dos indios originariamente dados com este
destino.
Sem se duvidar da competência das Assembléas Provin-
ciaes, para legislarem sobre catechese e civilisação de indí-
genas, poder-se-ha duvidar de seu direito de dispor dos bens
antigamente dados aos indios pelo Governo: não existindo
ainda lei geral que deve declarar quaes os bens provinciaes
e gera es.
— 92 —
Esta questão, porém, não parece necessário resolver-se,
visto que a reclamação feita pelo juiz dos orphãos do termo
de Santo Antão, c pelo Presidente da Provincia de Pernam-
buco, demonstra que a Assembléa desta provincia não tem
legislado ou pretendido legislar sobre os bens de indios;
assim nenhum embaraço acha a Secção a que o Governo de
Vossa Magestade Imperial resolva a duvida proposta, quando
tenha as precisas informações, que se devem exigir do mesmo
Presidente.
Peloque, é a Secção de parecer: 1. que se mande re-
colher em deposito, na Thesouraria de Pernambuco, a
quantia que ora se diz existir em poder do curador dos
indios da aldêa da Escada, para ulteriormente se resolver o
seu destino ; 2. que se peça ao dito Presidente informações
círcumstanciadas: l. L das terras de indios que ha na Pro-
vincia de Pernambuco, quer aforadas, quer arrendadas ;•
2. do teor dos títulos de aforamento ou arrendamentos, e
das ordens ou disposições em virtude das quaes se fizeram
taes aforamentos; 3." da importância do rendimento annual
dessas terras, quer as pertencentes á aldêa da Escada, quer
a quaesquer outras aldêas; 4. da applicação que tinham
antes dó Decreto de 3 de Junho de 1833; 5.° qual a quantia
que existe em poder do curador; e se existem bens perten-
centes á outras aldêas ; que quantias ha provenientes delles
ou qual a applicação que têm tido desde o anno de 1833.
Tal é o parecer da Secção; Vossa Magestade Imperial re-
solverá o que parecer mais acertado.
Paço em 17 de Outubro de 1844.— Honorio Hermeto Car-
neiro Leão. — Caetano Maria Lopes Gama. —Bispo de Ane-
muria.
RESOLUÇÃO.
Como parece.
Paço, 29' de Outubro de 1844.
Com a rubrica de Sua Mageslade o Imperador
Manoel Antônio Galvão. (*)
(*) De conformidade com a Resolução Imperial expediu-se Aviso
em 2 de Novembro de 1844 ao Presidente de Pernambuco.
— 93 —
F&esoluç&o de %0 de Outubro d e 1 8 4 4 .
Sobre a conservação ou não conservação de postos á officiaes da
guarda nacional, cujas companhias e corpos forem dissolvidos.
R e s o l u ç ã o de 9 de Movembro de 18^4«4.
Sobre a amnistia e destino dos rebeldes apresentados na comarca do
Brejo, Provincia do Maranhão.
RESOLUÇÃO.
Como parece.
que, estando comprehendidos nos casos das leis, que regulam o mesmo
recrutamento, nao tiverem estabelecimentos fixos, não quizerem
alugar seu trabalho, e se mostrarem desordeiros, ou vadios;
3.° QueV. Ex, faça igualmente cessar a obrigação de se- apresen-
tarem a respeito dos amnistiados, com excepçao comtudo daquelles
que, por factos posteriores á amnistia, tornarem-se dignos de sei' a sua
condueta vigiada pela Policia. O que communico á V. Ex. para sua
inielligencia, e em resposta ao seu officio n.° 9 de 24 de Junho do
corrente anno.
Deus Guarde a V. Ex. — Palácio do Rio de. Janeiro em 20 de No-
vembro de 1844. — Manoel Antônio Galvão. — Sr. Presidente da Pro-
vincia do Maranhão.
— 103 —
Resolução d e 11 d e M e z e i n b r o d e 18*54
RESOLUÇÃO
Como parece.
R e s o l u ç ã o de 11 de D e z e m b r o do 18-44.
ü e s o l u ç ã o de 11 de D e z e m b r o d e 18-5^.
Sobre orphãs desvalidas.
15
CONSULTAS
DA
1845.
R e s o l u ç ã o d e V de «Junho de 18^SS.
c. J. 16
- 122 —
RESOLUÇÃO.
rem portar por fé, que são pessoas delles reconhecidas pelas próprias.
E durante o referido período, não poderão passar segunda certidão
negativa do mesmo theor, ainda que as partes alleguem ter-se-lhes
desencaminhado a primeira.
Art. 36. Os Tabelliães de notas a quem taes certidões forem
apresentadas, em prova de que se acham desembargados os bens a
que ellas se referirem, os quaes pretendam hypothecar, são obrigados
a incorporal-as nas escripturas de hypotheca dos mesmos bens, que
.passarem; guardando-as emmassadas no seu cartório, com a compe-
tente averbação dos livros e folhas em que ficarem lançadas.
Art. 37. Sê alguma escriptura de hypotheca fôr apresentada para
o registro, não vindo nella incorporada a certidão negativa que se
haja passado, relativa aos bens naquella hypothecados, o Tabellião
exigirá da parte que a exhiba; e se recusar fazer a exhibição, tomará
o registro com esta declaração, mas tal registro não poderá preju-
dicar a outro que posteriormente possa fazer-se, de escriptura de
hypotheca, na qual appareça incorporada a referida certidão, uma
vez que aquella tenha sido passada dentro dos seis mezes da validade
desta. '
Art. 38. Os Tabelliães levarão pelos registros das hypothecas os
mesmos emolumentos que competem aos Tabelliães de notas pelas
escripturas (Alvará de 10 de Outubro de 1754, e Decreto de 13 de
Outubro de 1832); pelas averbações, metade; pelas certidões aflirma-
tivas, contarão, por uma meia folha escripta de ambos os lados,
400 réis, devendo ter cada lauda 25 regra_s, e cada regra 30 letras pelo
menos; e pelas negativas; emfim, levarão outro tanto, como pelas'
averbações.
Art. 39. A despeza do registro das hypothecas fica a cargo de quem
o requerer, para havel-a do devedor hypothecario, salva estipu-
laçao em contrario: a das averbações e certidões pertencerá, em todo
o caso, a quem as solicitar.
Art. 40. Os Juizes de Direito, nas correições que fizerem, terão
particular cuidado de examinar os livros dos Tabelliães do Registro
Geral das hypothecas, para verificação da responsabilidade em que
tiverem incorrido.
Art. 41. Este regulamento não confere, por suas disposições,
privilégios ou hypothecas, a cousas ou pessoas que, por Lei anterior,
ou posterior, os não devam ter; nem impede o exercício dos meios
que as Leis têm estabelecido, para qualquer se poder desembaraçar
dos encargos com que um objecto legalmente adquirido possa estar
onerado: Ord. do Liv. 4.° Tit. 6.°
Tomada na devida consideração esta matéria, discutiu-se logo a
questão prôvia-se o Governo ainda se devia considerar autorizado,
para tratar deste objecto, posto que já nao esteja em vigor a Lei
— 129 ~
osdirectores e administradores de companhias, sociedades
e corporações, ou corpos collectivos, comprehendendo os
administradores das casas fallidas, pelos direitos regis-
traveis das mesmas companhias, sociedades e corpos col-
lectivos.
Art. 7." As pessoas que pretenderem registrar alguma
hypotheca, ou direito hypothecario, deverão apresentar, ao
Tabellião do Registro geral das hypothecas, da comarca
n.° 317, de 21 de Outubro de 1843, que creou, pelo art. 35, o Registro
Geral das hypothecas? —E resolveu-se afflrmulivãmente, por enten-
der-se que esta disposição era permanente, porque tal também é a
necessidade do referido registro.
Entrou depois em discussão o Regulamento organizado pela Secção,
conjunctamente com o projecto sobre a mesma matéria, que, segundo
o Aviso de 9 deste-mez, como já fica expressado, expedido pela Secre-
taria de Estado dos_ Negócios' do Império, devia também discutir-se
nesta mesma occasiao; e foi este projecto o que se tomou por base da
discussão, discutíndo-se cada-um de seus artigos.com os que lhes
correspondiam, no regulamento offerecido pela Secção.
Finda a discussão, foram approvados o 1.° e 2.° artigos do projecto,
pelos Conselheiros de Estado Lopes Gama, Torres, Maya, e Miranda
Ribeiro: votaram pelo 1.° artigo do Regulamento offerecido pela Sec-
ção os .Conselheiros de Estado Visconde de Monte Alegre, Paula
Souza, è Carneiro Leão.
O Conselheiro de Estado Visconde de Olinda fez algumas reflexões,
querendo que esta matéria fosse mais meditada.
Em seguida foram rejeitados os,arts. 3.°, 4.°, 5.°, 6.u, 7.° e seguintes
até o art. 13 inclusive, e a discussão ficou adiada para a conferência
seguinte, depois de discutido o art. 14, que foi approvado.
Na conferência de 2 de Outubro deste anno, continuou a discussão
adiada na antecedente, começando-se por discutir o art. 15 do pro-
jecto, que foi apresentado como emenda ao Regulamento organizado
pela Secção.
Discutida a matéria, o referido art. 15 foi approvado pelos Conse-
lheiros Paula Souza, Dispo de Anemuria, Lopes Gama e Maya; e
rejeitado pelos Conselheiros Visconde de Monte Alegre, Torres, Car-
neiro Leão e Miranda Ribeiro, que adaptaram os arts. 20 e 21 do
Regulamento da Secção. O Conselheiro Maya também adoptou estes
artigos, querendo que se combinem com o mencionado art. 15. O
Conselheiro Visconde de Olinda apresentou o seu voto em separado,
acerca de toda esta matéria, o qual sobe, por cópia, á presença do
Vossa Magestade Imperial.
O art. 16 foi approvado pelo Conselheiro Bispo de Anemuria, e
rejeitado pelos demais Conselheiros, que adoptaram o art. 6.° do
.Regulamento da Secção. O Conselheiro Maya votou por ambos.
Quanto ao art. 17, "que foi rejeitado, adoptando-se, em seu lugar, o
art. 22 do Regulamento da Secção, os Conselheiros Lopes Gama e Bispo
•de Anemuria reflectiram que, em o mesmo livro, nao seria possível
fazerem-se todas as averbações.
O art. 19 foi approvado pelos Conselheiros Maya, Lopes Gama, e
Bispo de Anemuria, insistindo os dous últimos pela necessidade de
maior espaço, para ás averbações. Votaram contra o mesmo artigom
-C J.' 17
— 130 —
onde se acharem,situados os bens hypotbecados, urna mi-
nuta duplicada, assígnada pela própria parte, ou seu bas-
tanteprocurador, ecompetentemente sellada, que contenha:
l . o nome, officio ou emprego, e domicilio do credor hy-
pothecario; 2. os bens hypothecados, sua situação, con-
frontações, e mais circumstancias que os caracterisem; 3.
o nome, officio ou emprego do devedor, ou pessoa em quem
residir o dominio, usufructo ou posse dos mesmos bens ;
Quanto aos menores, mentecaptos e pródigos, não sei quea lei esta-
beleça semelhante hypotheca. Os tutores e curadores estão obriga-
dos a pagar, pelos seus bens, os prejuízos que causarem; mas nao se
pôde por isso dizer que seus bens estão sujeitos a este ônus.
A obrigação de pagar os damnos causados não produz por si só hy-
potheca nos bens dos quê os causam, mas è preciso que uma lei o de-
clare expressamente.
Os tutores são obrigados, segundo sua qualidade, umas vezes a
prestar juramento, outras a dar fiança; e algumas vezes nem a esta
mesma são obrigados. Os curadores recebem os bens por inventario,
para dar conta delles; e quando a curadoria é encarregada á mu-
lher, até se lhe entregam os bens sem esse mesmo inventario; e
note-se que a Ordenação não faz differença entre a que é casada por
carta de ametade, e"a que o é por dote e arras.
Estas são as obrigações dos tutores e curadores, que se acham ex-
pressas na lei; e não encontro em parte nenhuma semelhante ônus
de hypotheca.
Nao trato da conveniericia dessa declaração; mas, se o estado dos
menores, e das mulheres casadas por escriptura de dote, exige esse
favor, não é por um Decreto que isto se deve fazer.
Também não sei qual seja a lei que conceda hypotheca em favor
dos salários. Tudo quanto pude descobrir a este respeito, foi que nao
estão sujeitos á penhora os salários dos artífices dos Arsenaes do
Exercito e Marinha, assim como os vencimentos dos caixeiros dás
casas de commercio e das equipagens dos navios mercantes: Lei
de 16 de Março de 1778.
O mesmodigo dos outros casos que o segundo projecto ajunta, para
os quaes nao acho lei que conceda tal favor.
Não supponho que o projecto se proponha a crear hypothecas para
casos que por lei não estão a ellas sujeitos, Elle está limitado á auto j
risação que a lei deu ao governo, que é regular o modo pratico por-
que se deva fazer o registro. Como, porém, elle dá por constituídas
por lei essas hypothecas, que duvidas nao hão de apparecer no foro ?
Para mostrar os embaraços que este projecto ha de trazer na sua
execução, apontarei a hypotheca que a lei estabelece em favor dos
que emprestam dinheiro ou fornecem materiaes para construcção
o reparo de edifícios, e de embarcações. Não estando regulado o modo
por que se deve considerar constituída de facto essa hypotheca, que
aliás é declarada em lei, como se ha de julgar, no intervallo que
decorrer do começo da obra até ella findar-se, outra hypotheca que
fôr constituída e registrada ? O fornecimento de materiaes se faz
por actos repetidos; o mesmo pôde acontecer com o empréstimo
de dinheiro para aquelle fim : será necessário ir registrando
cada prestação por si, á proporção que se forem fazendo, ou bastará
— 133 —
daquelles que se acharem comprebcn lidos na disposição do
n." 2 do art. 6.
Art. 8. Nas hypothecas legaes, e não declaradas por
sentença, que comprehenderem todos os bens do devedor
hypothecario, não é necessário, para a validade do registro,
que se faça, de cada um delles, especifica nomeação : a de-
claração genérica—todos os bens-— ésüfflciente para sujei-
tar, aos effeitos hypothecarios, todos os bens do devedor,
esta uma excepção á regra do art. 2.° Os escravos não estão na razão
de outros quaesquer moveis que inteiramente se podem confundir
com outros, e facilmente se podem distrahir sem conhecimento de
terceiro, e sem se saber onde param. No Código da Luisiana acha-se
esta providencia que me parece dever ser adoptada.
2.° Deve ser sujeito ao registro o penhor quando recahe sobre immo-
vel. Os Francezes nãooadmittem neste caso, porque, concedendoa
taes pinhores certos direitos, não lhes dão o da preferencia, o que não
acontece entre nós.
3.° Uma vez que se faz menção especial da alienação da propriedade,
com reserva do usufrueto, assento dever ser comprehendida também
a concessão do usufrueto com reserva da propriedade. As razoes de
uma hypothese faliam igualmente em favor da outra-
Art. 5.° O que acabo de dizei1, mostra que não reconheço estas
hypothecas. Mas, uma vez que estejam declaradas por lei, julgo neces-
sárias as excepções.
Não sei se os termos —Salário, jornal e soldada —exprimem no
projecto idéas differentes: a Ord. Liv. 4.° Tit. 21 até Tit. 3i toma-os
no mesmo sentido.
Art 7.° Parece-me que o acto do"registro deve ser simplicado o mais
que fôr possível.
O titulo que constituir a hipotheca, ou no original, ou em traslado
authentico, julgo ser bastante, sendo transcripto no livro competente,
sem mais dependência de outra declaração, "Naquelle titulo acham se
todas as indicações necessárias, assim em relação ao credor, devedor,
e ao objecto da hypotheca, como em relação á sua extensão de gene-
ralidade, ou especialidade. Lição temos ém França de quão acaute-
lados devemos ser nessas exigências. Os Tribunaes franceses, que ao
principio annullaram muitos registros, por falta de algumas dessas
declarações, viram-se obrigados a relaxar muito de seu rigor de inter-
pretação, a vista dos casos immensos que appareciam em juizo, com
esse defeito. Na Hollanda, uma vez que se faça bem conhecido o
credor, o devedor, a data da hypotheca, e o seu objecto, nada mais
è necessário para validade do registro. Esta simplicidade parecé-me
conveniente, e até necessária entre nós, attenta a pouca capacidade
dos Tabelliães, como é de suppor, na vasta extensão do Império. Por
estas razoes julgo que este artigo, e os que são relativos ao mesmo
objecto, devem serj-efundidos de modo que se facilite a execução do
Regulamento, e nao se augmentem dimeuldades aos particulares.
Art. 9." E' mister declarar a naturesa destes escriptos particulares,
para que se nao entenda que por elles, de qualquer naturesa que
sejam, se pôde constituir hypotheca. A lei de 20 de Junho de 1774 sò
autoriza os que têm força de excriptura publica, e para estes mesmos
exige mais certas solcuinidades particulares,.
— 135 —
original só poderá ser supprido por instrumento authenti-
co, extrahido de livro de notas, em que tenha sido lança-
do); certidão authentica da verba testamentaria, extrahida
do registro de testamento, provindo a hypotheca de dispo-
sição de ultima vontade; e certidão authentica do contrac-
to, fiança ou conta corrente, extrahida dos livros das
competentes repartições fiscaes, no registro de bens hypo-
thecados á Fazenda Nacional.
C o n s u l t a d e I O d e S e t e m b r o d e 1H4L&.
Consulta de 17 de D e z e m b r u d e 184ÍÍ.
nosso foro e a administração dos orphãos, e dos seus bens, se não fôr
adoptada esta medida, além de outras.
Eis o que com brevidade posso dizer sobre este difficil assumpto,
seguindo o parecer que tenho por mais seguro ou menos arriscado.
Rio de Janeiro, 27 de Novembro de 1845. — Francisco Gomes de
Campos. (*)
TIA
1846.
Como parece.
Paço, 4 de Julho de 1846.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador
José Joaquim Fernandes Torres.
R e s o l u ç ã o d e 4 d e «SmSho d e 1 8 4 6 ,
RESOLUÇÃO.
Gomo parece.
ftesolução d e 4í d e «SulSics d o 1 8 - £ 6 .
Gomo parece.
Paço, 4 de Julho de 1846,
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador.
José Joaquim Fernandes Torres. (*)
RESOLUÇÃO.
RESOLUÇÃO.
Como parece.
Como parece.
Paço, 16 de Agosto de 1846.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador.
José Joaquim Fernandes Torres.
R e s o l u ç ã o d e 1© d e A g o s t o d e 1 8 4 © .
Como parece.
Paço, 19 de Agosto de 1846.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador-
José Joaquim Fernandes Torres.
Consulta d e S 4 d e S e t e m b r o d e 1 8 4 6 .
Sobre uniformes e distinctivos de Officiaes da Guarda Nacional, e
expedição de patentes.
I t e s o l u ç & o d o i . ° d e O i i t a b p o d e 1®4IÍ$«>
RESOLUÇÃO.
de Vasconcellos.
RESOLUÇÃO.
Como parece.
Paço, 11 de Novembro de 1846.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador.
José Joaquim Fernandes Torres. (*)
RESOLUÇÃO.
Como parece.
Paço em 21 de Novembro de 5846.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador-
José Joaquim Fernandes Torres.
R í - s o l u ç ã o d e 1® d e ISTíezernibro d e H®^<3.
Ctmsuít» d e 1© d e JDseaieKiiIfosro d e 1 8 4 6 ,
Sobre soccorros aos presos pobres.
Senhor.— Houve Vossa Magestade Imperial por bem
Ordenar, que a Secção do Conselho de Estado interpozesse
o seu parecer sobre o officio do Presidente da Provincia de
S. Paulo, em que solicita do Governo Imperial uma reso-
lução, que decida, se os soccorros aos presos pobres perten-
cem á despeza geral ou á provincial.
A Secção, concordando com a opinião do Procurador da
Coroa, (*) e referindo-se aos judiciosos argumentos, com
que elle a sustenta, é de parecer, que pelos cofres das ren-
das provinciaes deS. Paulo deve ser feita dita despeza.
Vossa Magestade Imperial Resolverá porém o que fôr
mais digno da Sua Alta Sabedoria.
Paço em 16 de Dezembro de 1846. — Caetano Maria Lopes
Gama.— Honorio Hermeto Carneiro Leão, —-Bernardo Pereira
d,e Vasconcellos.
Como parece.
Paço, 16 de Dezembro de 1846.
Com a rubrica de Sua Magestade o Imperador
José Joaquim Fernandes Torres. (*)
ffcesoSsieão d© S 3 d e D e z e m b r o d e 1®4<5.
DAS MATÉRIAS
A.
PAGINAS.
Acto — de um Presidente de Provincia, negando sancção
a uma lei 42
Aforamento de terras pertencentes a índios. 88
Aggravos 19
Ajudante do Procurador dos Feitos da Fazenda 144
Amnistia 97
Appellaçâo 49
Arrendamento de terras pertencentes á índios 88
Cl.
o.
Distribuição— de autos crimes dependentes da sustenta-
ção de pronuncia — 21
Damno. , . , . . . . * . . . . , ,• W
PAGINAS.
Embargo '11, 14
Esrcivães— reclamação contra a nomeação do dos Feitos
da Fazenda de Pernambuco : 23
Escrivães — reclamação de alguns para nao escreverem
por distribuição ... 183
Escrivães — provimento interino 103
w.
Foro — para julgamento de um militar 84
91.
Habeas-corpus 44
Hypothecas 115
K.
Hi.
8.
OAS
C O N S U L T A S E R E S O L U Ç Õ E S C O N T I D A S fVO
PRE8E*«TE VOLUME.
A n n o de 1 8 4 8 .
PAfiS.
Consulta de 7 de Março de 1842.—Sobre o projecto de regu-
lamento para a execução da parte civil da Lei n.° 261 de
3 de Dezembro de 1841'.... 7
Consulta de 19 de Abril de 1842.—Sobre o projecto de regu-
lamento para o corpo Municipal Permanente.. 8
Consulta de 9 de Setembro de 1842.—Sobre duvidas no pro-
cesso e julgamento dos embargos oppostos a um Acórdão da
Relação da Corte, proferidos nos autos de appellaçâo entre
D. Francisca Norberta e seus filhos e D. Maria Gualberta
Xavier de Lima — 11
Consulta de 9 de Setembro de 1842.—Sobre o embargo feito
no producto da venda da barca portugueza Maria Carlota,
que, como navio empregado no trafico de africanos, foi
condemnada pela commissão mixta Brazileira e Ingleza e
arrematada em hasta publica, em virtude de sentença da
mesma commissão '. — 14
Consulta de 21 de Novembro de 1842.—Sobre os actos da As-
sembléa Legislativa da Provincia das Alagoas, promulgados
nas sessões extraordinária e ordinária do anno de 1842... 16
A n n o ile ÍS^SS.
PAUS,
Consulta de 2 de Março de 1843.— Sobre os.seguintes que-
sitos: — Se por virtude, da Lei de 3 de Dezembro de 4811
foram restabelecidos para a Relação os aggravos dos des-
pachos do Chanceller, que foi substituído pelo Presidente;
e, no caso affirmativo,— as regras pelas quaes esse recurso
se deverá reger i'í
Consulta de 16 de Junho de 1843.—Sobre a
os inconvenientes
encontrados pelo Juiz Municipal da 3 . vara da Corte na
distribuição, processo e remessa de autos crimes, depen-
dentes da sustentação da pronuncia 21
Consulta de 21 de Setembro de 1843. —Sobre a reclamação de
Francisco Baptista de Almeida contra o Decreto de 4 de
Maio de 1843, que conferiu a Pedro José Cardoso a serventia
do officio de Escrivão dos Feitos da Fazenda de Pernam-
buco :>,'<
Resolução de 27 de Setembro de 1843.—Sobre a intelligencia
do § 8.° da Lei de 3 de Outubro de 1834, relativa á duração
da faculdade concedida aos Presidentes de Provincia para
suspenderem Magistrados 24
Resolução de 8 de Outubro de 18-43.—Sobre factos occorridos
na Provincia do Espirito Santo contra a tranquillidade pu-
blica, que motivaram a suspensão do Juiz de Direito da Co-
marca de Itapemirim 26
Resolução de 8 de Novembro de 1843.—Sobre duvidas rela-
tivas ao | 9.° do art. 46 do Código do Processo Criminal... 31
Resolução de 8 de Novembro de 1843.— Sobre : se pôde o Juiz
de Direito reformar actos exercitados pelo seu s u b s t i t u t o . . . 32
Resolução de 8 de Novembro de 1843.—Sobre: se pôde o Juiz
de Direito Presidente do Jury, depois de ter recorrido da
decisão deste Tribunal, deixar de proseguir nesse recurso
por ter reconhecido pelo exame dos autos, que o não devera
ter interposto . 34
Resolução de 8, de Novembro de 1843.—Sobre a reforma do
despacho de sustentação de pronuncia 33
Resolução de_8 de Novembro de 1843.—Sobre o julgamento
de suspeições postas aos Juizes Municipaes, 'em causas
eiveis 37
Resolução de 8 de Novembro de 1843.—Sobre a nomeação
interina de Promotor Publico, para negocio urgente em um
termo, estando o effectivo oecupado em outro, e imposição
de penas aos escravos julgados pela Lei de 10 de Junho
de 1835 39
Resolução de 8 de Novembro de 1843.—Sobre o acto do Pre-
sidente da Provincia do Ceará, que negou sancção a uma
lei da respectiva Assembléa Legislativa, creando um ofücio
de Jusjiça 42
Resolução de 24 de Novembro de 1843.— Sobre um provimento
da Relação de Pernambuco, que nao foi cumprido por ter
sido apresentado fora do prazo marcado no art. 77 da Lei
de 3 de Dezembro de 1841 e a maneira pela qual se deve
expedir ordem de habeas-corpus, quando os detidos estejam
em quartel militar, ou em outra prisão, que não seja cadeia
publica , 44
PAGS.
Consulta de de Dezembro de 1843.(")— Sobre a substituição
do Juiz de Direito, appellaçâo, suspeição, o tempo em que as
leis principiam a obrigar, e art. 34 dó Regulamento de 2 de
Fevereiro de 1842, que autoriza os Presidentes de Provincia
a resolver duvidas 40
Consulta do de Dezembro de 18-43.('")— Sobre o requeri-
mento em que um Magistrado, aceusado de ter recebido
dinheiro para não pronunciar a um criminoso, pediu .ser
responsabilisado 50
Resolução do 20 de Dezembro de 1843.—Sobre: se o Juiz de
Direito interino pôde presidir ao Jury no julgamento de um
processo, no qual, como Juiz Municipal, revogou ou sus-
tentou a pronuncia CO'
Resolução de 20 de Dezembro de 1843.—Sobre : se os Juizes
Municipaes que pronunciam, ou sustentam pronúncias, po-
dem presidir ao Jury nos processos, em que assim tiverem
intervindo 61
Resolução de 20 de Dezembro de 1843.—Sobre os. privilégios
concedidos aos subditos de Sua Magestade Britannica no
art, 6.° do Tratado de 17 de Agosto de 1827....... 04
A n n o ele 18-4^2.
(*) Esta consulta nao tem mez nem anno ; mas supponho que ella
ellaéé
e Dezembro do 1843, á vista de dados existentes nesta Secretaria de
de'.
Estado.
(**) Esta consulta nao tem daí
PA os.
Resolução de 9 de Novembro de 1844. —Sobre a amnistia e
destino dos rebeldes apresentados na comarca do Brejo,
Provincia do Maranhão '. 97
Consulta de 28 de Novembro de 1844.— Sobre actos legislativos
da Assembléa Provincial de S. Paulo 102
Resolução d e l i de Dezembro de 1844.—Sobre o provimento
interino de um serventuário de officio de justiça 103
Resolução de 11 de Dezembro de 1844.—Sobre o provimento
dos Solicitadores de numero das Relações 106
Resolução d e l i de Dezembro de 1844.—Sobre orphãs desva-
lidas • 111
A n n o d e IS^Síí.
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