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TERRAS PARTIE
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Do mesmo autor
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©iüisão z ©emanação
PE
Terras particulares
Suum cuique tribuere.
PEQUENO TRATADO
CONTENDO
1'ELO ADVOGADO
RODRIGO OCTAVIO
Membro premiado do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros e Professor da
Faculdade Livre de Sciencias Sociaes e Jurídicas do Rio de Janeiro.
2-a E D I Ç Ã O
Melhorada e accommodada ao foro de todos os Estados da União .
RIO DE JANEIRO
LAEMIYIERT & C. — Rua do Ouvidor, 66
Casas filiaes em S. PAULO e RECIFE
l 898
A mEU PAI
cuja memória é para mim estimulo fle trabalho e de estuio.
• « «-
No intuito de tornar cada vez mais util e pra-
tico este pequeno livro, o seu autor pede a todas as
pessoas dos Estados que se interessarem pelos as-
sumptos que nelle se estudam, o obséquio de lhe com-
municarem não só quaesquer observações a respeito
delle, como também informações sobre jurisprudência
que se estabeleça, ou alterações que sejam feitas nas
respectivas legislações.
Rua da Quitanda 47.
Rio de Janeiro
O favor publico com que foi recebido este pequeno livro fazia
esperar que esta segunda edição não se demorasse, tendo-se em
poucos mezes esgotado a primeira tiragem feita em 1893.
O desejo porém que teve o autor de melhorar consideravel-
mente o livro, não só ampliando e corrigindo o texto, como adúp-
tando-o ao foro de TODOS os ESTADOS DA UNIÃO, pois nelle se trata
de um Regulamento de materia processual, em que diversificam
as leis estaduaes, fez com que esta publicação fosse um pouco
espaçada.
A dificuldade de obter informações seguras sobre as Legisla-
ções dos Estados e trabalhos de outra natureza em que o autor
teve empenhada sua actividade ainda concorreram para mais
accentuar o facto indicado.
Hoje finalmente pôde o livro vir a lume e temos certeza quo
lhe foi dada a feição mais pratica e conveniente de modo a ser
util a todos os que no território nacional tenham interesse em
questões de divisão e demarcação de terras particulares.
Rio de Janeiro, Novembro de 189/•
DUAS PALAVRAS
( DA ia EDIÇÃO )
•
XVI
Posteriormente a Lei n. 48 de 15 de Maio de 1893 dispoz o
seguinte no art. 1°. :
«O art. 115 da Lei n. 19 de 15 de Outubro de 1892 não
aboliu os processos summarios espeeiaes o executivos em uso no
íôro e autorisados pela legislação anterior.»
No PIAUHY dispõe o art. 8o das Disposições Transitórias da lei
n. 0 de 9 de Outubro de 1891 que «continuam em vigor as leis
judiciarias anteriores nas partes não revogadas por essa lei».
No CEARÁ, a Constituição de l(i de Junho de 1891, estatue nas
Disposições Transitórias, art. 6°:
« Todas as leis, decretos e regulamentos do antigo império e
província e todos os actos legislativos e decretos do novo regimen
expedidos pela União o pelo Estado, depois da proclamação da
Republica continuam em vigor, emquanto não forem expressa-
mente dorogados ou se sua revogação não resultar desta Consti-
tuição . »
No Rio GRANDE DO NORTE, a Constituição do 7 de Abril de 1892,
no art. 21: «Continuará cm vigor, emquanto não revogadas as leis do
antigo regimen em que implícita ou explicitamente não forem con-
trarias ao systema de governo estabelecido pela Constituição Fe-
deral ou por esta Constituição e mais as leis da Republica. »
Na PARAHVBA DO NORTE, a Constituição de 20 de Julho de 1892,
dispõz no art. 65 :
« Continuam em vigor as disposições do direito privado, a le-
gislação processual, administrativa o fiscal no que não fôr contrario
a esta Constituição ; e na Lei u. 8 do 15 de Dezembro do mesmo
anno, que organisa o poder judiciário do do Estado, determina nas
Disposições Transitórias, art. 3°:
« Emquanto não forem promulgadas as leis processuaes per-
manecem as que vigoram actualraento. »
Em PERNAMBUCO, a Constituição de 17 de Junho de 1891, no
art. 119 :
« As actuaes disposições legaes reguladoras das relações do
direito privado, a legislação processual, administrativa, financeira
e policial, no que explicita ou implicitamente não fôr contrario
a esta Constituição, continuarão em vigor até que sejam alteradas
pelo poder legislativo do Estado. »
Em ALAGOAS a Lei n. 7 de 12 de Maio de 1892, que organisou
a Justiça do Estado, dispõe no art. 114 e o respectivo Regula-
mento n. 77 de 7 de Junho do mesmo anno, no art. 179 :
« Continuam em vigor as leis, decretos e regulamentos do pro-
cesso crimina], civil o commercial na parte que não se oppnzer
á Constituição do Estado e não fôr alterada pela presente Lei.»
•
XVII
Em SERGIPE, a Constituição promulgada a 18 de Maio de 1892,
no paragrapho unico do art. 8 5 :
« A justiça do Estado continuará a ser administrada con-
forme as leis processuaes vigentes até que sejam parcial ou inte-
gralmente substituídas polo poder competente. »
Na BAHIA, a Lei n. 15 de 15 de Julho de 1892 que estabeleceu
a organisação judiciaria e o processo, dispõe no art. 259'-
« Ficam em vigor as leis e regulamentos que não estiverem
revogados pela presente Lei. »
S. PAULO, a Constituição de 1892 nas Disposições Transitórias,
art. 9, estatue :
« Continuam em vigor as leis do antigo regimen no que im-
plícita ou explicitamente não forem contrarias ás Leis do Estado. »
No PARANÁ, a Lei n. 15 do 31 de Maio do 1892, que regula
a organisação judiciaria e o processo dispõe no art. 107 :
« Emquanto não forem definitivamente organisadas as leis que
regulam o processo civil e criminal do Estado, conforme a fa-
culdade outorgada pela Constituição da União, continuam em pleno
vigor as leis actuaes em tudo quanto tiverem de compatível com
a organisação judiciaria da parte primeira desta Lei, observadas
as modificações que se seguem. »
Em SANTA CATHARINA, o Deer, n 101 do lo do Agosto de
1891, quo regula a organisação judiciaria do Estado, dispõe no
art. 142:
« Continua em vigor a legislação processual actual com as
modificações estabelecidas nesta Lei.»
No Rio GRANDE DO SUL, a Lei n. 10 de 16 de Dezembro de 1895
que decreta e promulga a organisação judiciaria do Estado dispõe
no art. 212:
« Continuam cm vigor as leis e disposições judiciarias no que
implícita ou explicitamente não fôr contrario á Constituição do Es-
tado. »
Em GOYAZ o art. 05 da Lei n. 22 de 29 de Julho de 1892,
que estabeleceu a organisação judiciaria dispõe :
« Continuam em vigor as leis e disposições judiciarias vigentes
do tempo em que foi promulgada a Constituição do Estado, no que
explicita ou implicitamente não lhe forem contrarias ou a esta Lei. »
Nos Estados do Rio DE JANEIRO e do PARÁ vigorara sobre de-,
marcações c divisões de terras particulares as normas processuaes
anteriores ao Regulamento n. 720 de 1890. que correspondem ás
velhas acções finium regundorum ecommuni dividuudo, cujo processo
estava estabelecido, com fundamento em varias Ordenações e nos
velhos praxistas.
II. D. T .
•
XVIII
Xo Rio DE JANEIRO, a materia foi reunida nos arts. 1,029 e
seguintes da Consolidação das Leis do Processo Civil do Estado.
mandada fazer pe'.o Governo, tendo porém em nota o compilador
manifestado os seus votos para que fosse adoptado pelos legisla-
dores fluminenses o Regulamento Federal.
Damos na Parte Terceira deste livro o texto da Consolidação
referente ao assumpto.
No PARÁ, depois de haver o § 2 do art. 278 da Lein. 455
de 11 do Junho de 1896, que reorganisou a Administração da Jus-
tiça, disposto que « emquanto não houvesse lei do Estado o pro-
cesso das divisões e demarcações seria regulado pelo Doer. n. 720
de 5 de Setembro de 1890,» foi a execução dessa disposição, por
determinação do Governador, de 16 de Outubro do mesmo anno,
suspensa até que o poder legislativo resolvesse duvidas que -
levantaram para sua completa execução. (*)
Provocou essa determinação a eircumstancia de constituir a
transcripta disposição um simples paragrapho do art. 278 da Lei
citada que «aboliu a jurisdicção administrativa contenciosa, sendo
da exclusiva competência do poder judiciário conhecer das con-
testações que tenham por objecto direitos civis e políticos salvo,
neste ultimo caso, as excepções fundadas em Lei. »
Subordinando a disposição que estabelecia o processo das
acções de terras á outra que supprimia, por completo, da adminis-
tração a jurisdicção contenciosa, entendeu-se no PARÁ que o pro-
cesso do Regulamento n. 720 de 1890 deveria ter também appli-
cação ás terras publicas até então medidas, divididas e demarcadas
• «
XIX
por empregados administrativos dependentes da Repartição geral
das Obras Publicas, Terras e. Colonisação, e mediante um processo
muito mais summario e menos dispendioso.
E desse modo, sendo preciso modificar todas as normas até
então apparelhadas para a intervenção administrativa nas questões
de terras publicas, a medida que se afigurou mais conveniente
para evitar confusão e tumulto nos respectivos serviços, foi o adia-
mento da execução do artigo e seus paragraphos até que as du-
vidas que haviam sido levantadas fossem devidamente considera-
das pelo poder legislativo.
Parece-nos entretanto que uma solução intei media poderia ser.
tomada do modo que não privasse os possuidores de terras parti-
t alares das vantagens do Regulamento n. 720 para a divisão ou de-
marcação délias.
Em primeiro lugar cumpre observar que o Regulamento Fe-
deral foi decretado tão somente para terras particulares e que
jamais se cogitou de amplial-o ás demarcações do terras publicas,
dénaturera muito diversa das que se operam em terrasparticulares.
Além disso considere-se também que as mais das vezes as me-
dições e demarcações de terras publicas são actos do jurisdicção
puramente graciosa., que ficariam fora da ampla competência do
poder judiciário, traçada no art. 278 da Lei paraense n. 455, porque
se é certo que nella se trata da creação ou accentuação de um di-
reito, raramente nella haverá contestacjão sobre direitos.
Sobre esse duplo aspecto considerada a questão parece-nos
que o caso podia perfeitamente ser interpretado como não tendo
a citada disposição subtrahido do poder administrativo do Estado
a competência normal sobre as questões de terras publicas, em que
não houvesse contestação, e por outro lado que a disposição do
§ J" só se entendesse com as terras particulares, pois somente ás
terras particulares se refere o Deer. n. 720 que esse paragrapho
mandou observar.
Tendo porém, sido suspensa a execução do artigo o seus
paragraphos, as acçõesde divisão e demarcarão de terras particulares
se regulam no PARÁ pelo processo estabelecido pela velha praxe.
E por esse modo temos indicado o direito vigente em todos
os Estados da União para as acções especiaes de que se occupa
este livro, que assim, tendo-sc sempre em attenção a competência
jurisdictional definida pelas respectivas organisações judiciarias e
os principios geraes do processo peculiar a cada Estado, pôde ser
proveitoso a todo aquelle que, por qualquer motivo, tenha necessi-
dade de conhecer o processo das acções de divisão e demarcação
de terras particulares em qualquer parte do território nacional.
/
PRIMEIRA PARTE
Consolidação
/ .4
DIVISÃO 1 DEMARdAÇAO
DE
TERRAS PARTICULARES
CAPITULO I
Da natureza das aeções de divisão e demarcação
§ 1.°
O dominio ou um direito real que alguém exerça
sobre um prédio é o fundamento da faculdade que lhe
assiste de dividir ou demarcar o mesmo prédio. (1)
»
§ 2.°
Esse direito se exerce por meio das acções de divisão •
e demarcação. (2)
São estas acções as velhas acções romanas
communi dividundo e finium regundorum, cor-
respondendo a finium regundorum á demarcação
e communi dividundo á de divisão.
§ 3.°
Para que se possa intentar uma destas acções faz-se
mister que o autor seja proprietário ou tenha um direito
real (3) sobre o immovel dividendo ou demarcando.
• •
— 3 —
Dizem os a r t s . 58 e 68 do Regulamento : —
o autor instruirá a petição inicial com os titulos
do seu jus in re. (4)
»
— 4 —
•
— 5 —
§ 5.°
CAPITULO II
Da competência (9)
§ 6."
O foro competente para o processo de divisão e
demarcação de terras no domínio privado é sempre o da
(9) Competência é o direito que cabe a um Juiz do tomar co-
nhecimento de uma questão forense. Moraes Carvalho — Praxe
Forense § 22. Podo determinar a competência : — o domicilio — o
contractu — o quasi-contracto — delicto — a situação da cousa —
a connexão do negocio — a prevenção — e o privilegio.
situação do immovel (10) que se pretende dividir ou
• demarcar (11). (Art. 19 do Reg.; Minas, art. 1 8 ; Esp.
Santo, a r t . 140).
Quando se tem de intentar uma acção o
primeiro cuidado do autor (12) deve ser o co-
nhecimento do juizo competente para o processo ;
porque são nullos todos os actos processados em
juizo incompetente (13) e nenhuma nullidade (14)
é maior que a que provém da falta de poder —
9
nulla major nullitas invenire potest, guam ilia
quce résultat ex defectu potestatis. (15)
Foro competente é aquelle em que tem juris-
dicção Juiz competente.
Para as acções de demarcação ou de divisão
de terras particulares, é pois competente o foro
da situação do immovel — rei sitce.
§ 7.°
•
tivesse existência mais real ou propria consti-
• tuida pelo maior numero de casas e estabeleci-
mentos.
Para que se determine esta preferencia é
mister que as arranchações ou estabelecimentos,
de que falia o paragrapho, sejam de algum dos
coproprietai'ios do immovel dividendo ou demar-
cando. Pôde acontecer que terceiros possuam bem-
feitorias no immovel e essas não devem influir
sobre a competência do foro, porquanto para essa
determinação só valem propriedades dos interes-
sados directamente como partes na causa.
§ 8.°
§ 9.°
I
— 12 —
§ 10
Assim se determina a competência dos juizes destas
causas em relação ao território ; em relação á jurisdicção
é sempre competente o proprietário da jurisdicção eivei
ou commum (20), ainda que estas causas se derivem de
«
jurisdicção que restringe essa competência terri-
torial á natureza e valor das causas. (22)
Essa jurisdicção é que o paragrapho deter-
mina : essas acções se processam no juizo com-
muai, não se creando para ellas qualquer juris-
dicção especial.
CAPITULO III
§ H
Verificado qual o Juizo competente para tomar
conhecimento da causa, tem principio a acção por meio de
uma petição inicial. (24)
(Segundo se pretende processar uma divisão
ou uma demarcação de terras tem o processo em
NAS DIVISÕES
§ 12
Em uma acção de divisão de terras deverá a petição
inicial conter os seguintes requisitos :
a) a causa e origem da communhão e designação da
propriedade commum por seus característicos,
situação e denominação ;
b) a descripção dos limites de accôrdo com os titulos
que os constituíram ;
c) a nomeação e residência de todos os condôminos
ou parceiros e dos representantes legítimos dos
incapazes ; (25)
§ 13
§ 15
Sendo a divisão no interesse apenas dos condôminos,
no seu processo não intervém os confinantes do immovel
dividendo ; como, porém, pôde a divisão lesar as pro-
priedades destes, fica-lhe salvo o direito de, por acção
competente, reclamarem e obterem a restituição dos ter-
renos em que se julgarem usurpados por invasão das
linhas limitrophes, constitutivas do perímetro do immovel,
O
NAS DEMARCAÇÕES
§ 16
A petição inicial de uma acção de demarcação de
terras, que também deverá ser instruida com os titulos
que demonstram o jus in re do autor (31), quer a demar-
cação pretendida seja total, quer seja parcial, deverá
conter os seguintes requisitos :
a) a designação de todos os característicos do im-
movel, sua situação e denominação ;
(31) Vide § 3" e notas 3 e 4.
— 21 —
b) a descripção de todos os limites a constituir-se ou
aviventar-se (32) de aecôrdo com os títulos ofe-
recidos;
c) nomeação de todos os confrontantes, bem como os
representantes legítimos dos incapazes, com a
declaração da residência de cada um. (Art. 66 ;
Minas, art. 2, a, b, c, d; Esp. Santo, art. 171).
Como dissemos no commentario ao § 11 que
enumera os requisitos da petição inicial de uma
acção de divisão, não é só do petitorio que deve
constar essa petição, mas de todas as circumstan-
cias que tornem conhecido o objecto da demanda e
seus interessados.
Também só poderá pretender uma demar-
cação de terras, ou aviventação de velhos rumos,
o proprietário ou titular de domínio desmembrado
confinante de outros, cujos rumos precisam ser
demarcados ou aviventados ; pelo que deverá jun-
tar os títulos comprobatorios de sua propriedade
ou do seu direito real.
Todas essas formalidades são necessárias quer
seja a demarcação pretendida comprehensiva de
todo o immovel, quer seja de uma só porção delle,
sendo, nesta hypothèse, somente precisa a citação
dos confinantes apenas do trecho demarcando.
§17
O pedido será para, sob pena de revelia, virem os
confinantes se louvar com o autor á primeira audiência,
depois de feitas todas as citações necessárias, em agri-
mensor e arbítradores que demarquem os antigos limites,
ou os constituam novos. (34) (Art. 67 ; Minas, art. 2 ;
JEsp. Santo, art. 171).
§ 18
CAPITULO IV
D a citação (35)
§ 19
Para a propositura, de uma acção, quer de divisão,
quer de demarcação, é exigida a citação pessoal, sob
§ 22
OC
— 28 —
§ 23
§ 24
§ 25
§ 26
§ 27
'28
§ 30
§31
§ 32
§ 33
§ 34
§ 35
§ 36
37
§
Aos interessados ausentes, que devem ser citados
editalmente, dará o Juizo curador á lide (51). com quem
correrá o feito os seus devidos termos. (Art. 18 ; Minas,
art. 12).
O citado que não comparece constitue-se
revel. Quando porém a citação se fizer por edital,
pôde occorrer a circumstancia ou de não chegar
elle ao conhecimento do citando, ou de não poder
este pela distancia ou outra qualquer impossibi-
lidade, comparecer em Juizo.
Assim, para acautelar os seus interesses o
juiz lhes dará um curador in litem.
CAPITULO V
D a louvação (52)
§ 38
§ 40
§ 41
Nos lugares onde não houver profissionaes com algum
dos titulos de habilitação designados no Decreto n. 3,198
de 16 de Dezembro de 1863, podem os interessados, nas
divisões e demarcações das terras do domínio privado,
feitas judicialmente, propor como agrimensores quaesquer
pessoas da sua escolha. (Decreto n. 1,241 de 3 de Ja-
neiro de 1891, artigo único).
§ 42
A louvação será feita propondo os Réos citados
presentes dois peritos para agrimensores e três para
§ 43
SCHEMAS
Linha ascendente
A parte
seu pai — I o gráo consanguineo
seu avô — 2o » »
seu bisavô — 3o » »
seu tataravó — 4o » »
Linha descendente
A parte
' seu filho — I o gráo consanguineo
seu neto — 2o » »
seu bisneto — 3o » »
seu tataraneto — 4o » »
Linha collateral
A parte seu primo — 4o gráo
seu pai — 1° gráo seu tio — 3o »
00
— 44 —
§ 44
§ 45
Havendo divergência na indicação e escolha pelas
partes, prevalecerá o voto da maioria e em caso de
empate decidirá a sorte. (Art. 24 § I o ; Minas, art. 23
§1°; Esp. Sant., art. 144, I).
A louvação deverá ser feita á aprazimento
das partes. Podendo nestas acções haver vários
litis-consortes de cada lado, sendo mesmo natural
que sejam numerosos os Kéos, que serão todos os
condôminos do prédio, ou todos os confiantes,
menos o Autor ou Autores, e tendo-se de apre-
sentar de cada parte, igual numero de propostas,
deverá haver accôrdo entre as varias pessoas que
formam cada uma das partes.
Se esse accôrdo não puder ser feito, far-se-ha
a escolha por meio de votação.
§ 46
§ 47
§ 48
/-> I t
— 46 —
§ 49
Todavia, todo esse processo de louvação se deixará
de fazer se as partes accordarem em um agrimensor e dois
arbitradores e nos respectivos supplentes. (Art. 27 ; Minas,
art. 26 ; JEsp. Santo, art. 145).
Havendo harmonia entre as partes e podendo,
a contento, ser feita a escolha dos peritos, é desne-
cessário o processo que vem indicado para louvação
e que só tem por fim conseguir que a louvação seja
feita a aprazimento dos interessados.
§ 50
Logo depois da louvação, o agrimensor, os arbitra-
dores e os supplentes serão citados por carta para pres-
tarem o compromisso de bem servir. (60). (Art. 26; Minas,
art. 27).
Este compromisso eqüivale ao juramento do
antigo processo e deve ser a solemne promessa,
sob palavra de honra, de alguém bem e fielmente
desempenhar-se do que lhe fôr commettido.
§ 51
O termo de compromisso deverá ser assignado pelo
perito antes de serem os autos conclusos ao Juiz para
§ 53
O impedimento deverá ser communicado ao Juiz por
officio que será junto aos autos, entrando logo a func-
cionar o supplente a quem o escrivão notificará por carta.
(Art. 26; Minas, art. 25).
o4
§ 55
O honorário do agrimensor será determinado por
ajuste feito com o promovente da acção e ficará constando
do acto da louvação ou da audiência da installação da
§ 56
Ao agrimensor assiste o meio executivo para co-
brança do honorário ajustado, podendo exercei-o uma vez
praticado o serviço, ainda mesmo que a divisão ou de-
marcação não sejam homologadas, salvo se por culpa ou
erro seu. (Art. 71; Minas, art. 78 § 2 ; Esp. Santo,
art. 175).
LEGISL.ESTAD. Em Minas também aos arbitradores,
quando tiver havido ajuste prévio. (Art. 78 § 2).
§ 57
CAPITULO VI
Das suspeições
§ 58
Podem as partes averbar de suspeitos os juizes e os
louvados. (65)
§ 59
A excepção de suspeição é a única materia que é per-
mittida aos Réos deduzir, antes da louvação. (Art. 30 ;
Minas, art. 32; Espirito-Santo, art. 146).
(64) Regimento das Custas judiciarias que baixou com o De-
creto n. 5737 de 2 de Setembro de 1874, no Districto Federal, ou
aquolle que fôr estabelecido pelas legislações locaes dos Estados.
(65) Arts. 30 o 29 do Regulamento,
A excepção de suspeíção será processada pelo
modo prescripto nos arts. 81 e seguintes do Re-
gulamento n. 737 de 25 de Novembro de 1850;
como se vê dos paragraphes que seguem.
§ 60
A excepção de suspeíção deve ser opposta em au-
diência e offerecida por advogado. (66) {Minas, art. 32 § 1).
§ 61
Se o Juiz reconhecer a suspeíção, o escrivão offi-
ciará ao substituto, declarando que lhe compete o conhe-
cimento do feito, por se haver reconhecido suspeito o
Juiz. (67) Minas, art. 32 § 2).
§ 62
Se o Juiz não reconhecer a suspeíção, ficará o feito
suspenso, até a decisão da suspeíção, e o escrivão remet-
terá inamediatamente os autos á autoridade compe-
tente. (68) {Minas, art. 32 § 3).
§ 63
O conhecimento das suspeições regula-se pelas regras
geraes do direito processual peculiar a cada organisação
judiciaria. {Minas, art. 32 § 4).
§ 64
Remettidos os autos, e sendo conclusos, decidirá o
juiz ad quem preliminarmente se é legitima a sus-
peíção. (69) {Minas, art. 32 § 5).
§ 66
Não sendo legitima a suspeição, será a parte con-
demnada nas custas em tresdobro, e a causa proseguirá
seus termos. (72) (Minas, art. 32 § 7).
§ 67
Sendo legitima a suspeição, o juiz aã quem ouvirá o
juiz averbado de suspeito, assignando-lhe termo razoá-
vel. (73) (Minas, art. 32 § 8).
§ 68
Findo o termo da audiência, cobrados os autos, sendo
mister, seguir- se-ha a dilação probatória que será de dez
§ 69
§ 70
§ 71
§ 72
§ 73
* § 74
§ 75
CAPITULO V I I
§ 76
§ 77
§ 79
Da excepção se dará vista ao autor por cinco dias
para impugnal-a, findos os quaes o juiz rejeitará ou
receberá. (88) (Minas, art. 35 § I o ).
LEGISL. ESTAD. NO Espirito-Santo a vista é por
quarenta e oito horas. (Art. 46).
§ 80
Sendo a excepção recebida, será posta em prova com
uma dilação de dez dias depois da qual, conclusos os
§ 81
Sendo rejeitada a excepção, se assignará novo termo
ao réo para contestação (90) (Minas, art. 35 § 3o).
§ 82
§ 83
§ 84
§ 85
Sendo a contestação feita por negação ou não con-
testando a parte e sendo delia lançada, supprime-se todo
o processo da acção propriamente dita proseguindo im-
mediatamente. á requerimento da parte, a divisão ou
demarcação, que será a execução do que foi pedido na
petição inicial. (Art. 38 ; Minas, art. 41 ; Esp. Santo,
art. 153).
LEGISL. ESTAD. NO Regai, do Espirito Santo também
se consigna o caso, aliás subentendido, de confissão da
acção pelo réo, devendo então o juíz desde logo proferir
sentença procedendo-se a execução. (Art. 1-18).
§ 8>>
§ 87
§ 88
§ 89
A dilação probatória é de um prazo peremptório de
vinte dias. (Art. 40; Minas, art. 39 ; Espirito Santo,
art. 149).
LEGISL. ESTAD. Em Minas esta dilação pôde ser
prorogada até mais 10 dias, havendo justa causa. (Lei
n. 17 de 20 de Novembro de 1891, art. I o n. 3) ; (art. 39,
parte final).
— 63 —
§ 90
§ 91
§93
§94
95
§
Se, examinados os autos, o juiz entender necessária,
para julgar afinal, alguma diligencia, ainda que lhe não
tenha sido requerida nas allegações finaes, apodera orde-
nar, marcando para isso o prazo conveniente. (103)
Minas, a r t . 41).
§ 96
Julgando o juiz que a causa se acha em estado de
ser decidida, dará sua sentença definitiva ou mandando se
proceder como se pede na petição inicial, no todo ou na
parte, ou attendendo o que se pede na contestação, tudo
segundo as regras do direito e provas dos autos. (104)
(Minas, art. 45; Esp. Santo, art. 154).
LEGISL. ESTAD , Em Minas tem o juiz o prazo de
trinta dias para proferir essa sentença. (Art. 45).
§ 97
A sentença (105) deve ser clara, summariando o juiz
o pedido e a contestação com os fundamentos respectivos,
§ 98
O juiz publicará (107) a sentença em audiência (108)
ou a dará por publicada em mão do escrivão, lavrando
este nos autos os termos competentes. (109) (Minas,
a r t . 45, paragraphs único).
§ 99
A sentença publicada em audiência, se a ella não
foram presentes as partes ou seus procuradores, ou dada
por intimada em mão do escrivão não produz effeito sem a
intimação destes.(110) (Minas,art. 45,paragraphs único).
§ 101
Também são admissíveis contra a sentença embargos
de declaração (113) e de restituição in integrum (114)
102
§
Os embargos de restituição só serão admittidos
quando os embargantes não tiverem sido partes desde o
principio da causa ou não se lhes tiver dado tutor ou
curador (Vide nota 44), ou o tutor ou curador tiver
deixado de arguir alguma nullidade do processo no
termo legal. (116)
§ 108
Os embargos de declaração só terão lugar quando
houver na sentença alguma obscuridade, ambigüidade,
ou contradicção ou quando se tiver omittido algum ponto
sobre que devia haver condemnação. (117)
§ 104
Em qualquer destes casos requererá a parte por
simples petição que se declare a sentença, ou se
expresse o ponto omittido de condemnação. (118)
§ 105
Junta a petição aos autos, serão estes conclusos, e
decidirá o Juiz sem fazer outra mudança no julgado (119)
CAPITULO OITAVO
Da execução
§ 108
Tendo passado em julgado a sentença que julgou a
acção de divisão ou demarcação, obrigando as partes ao
pedido, ou lançados os réos da contestação, ou sendo esta
feita por negação, designará o juiz, a requerimento de
qualquer dos litisconsortes, a primeira audiência especial
para installai- os trabalhos da divisão ou demarcação,
sendo notificados, por carta, o agrimensor e arbitradores
e citadas as partes, sob pregão em audiência, não ha-
vendo procurador ou não sendo este encontrado. (Art. 45 ;
Minas, art. 48; Esp. Santo, arts. 153 e 155).
Como vimos no § 33, para a execução não é
preciso nova citação das partes.
§ 109
A parte propriamente executoria do processo "segue
nos mesmos autos e é feita em diligencia no immovel,
dividendo ou demarcando, objecto da acção. (122)
§ 110
Para a execução da sentença proferida em gráo de
appellação basta a cópia authentica do julgado da supe-
rior instância tirada pelo escrivão da appellação e rubri-
cada pelo Juiz superior ou Presidente do Tribunal. (123)
(Art. 69; Minas, art. 73).
Esta disposição dispensa a extracção da carta
de sentença.
§ m
Eemettida officialmente ao juiz executor e exarado
o seu « cumpra-se», será a dita sentença junta (124) ao
traslado do feito, afim de ter nelle a devida execução,
quando requerida. (Art. 69 ; Minas, art. 73, paragraplio
único).
§ 112
I
PRIMEIRA DILIGENCIA (124)
§ 113
Na audiência especial (125) da primeira diligencia
se procederá: (126)
§ 114
Podem as partes offerecer testemunhas informan-
tes (131) que poderão comparecer independentemente de
§ 119
O agrimensor empregará nos trabalhos de campo
ajudantes de corda e balisa de sua escolha e confiança,
§ 12 0
Se durante os trabalhos de campo surgirem duvidas
que reclamem o parecer dos arbitradores e deliberação do
Juiz, o agrimensor as exporá por officio e o Juiz, ouvidos
aquelles, resolverá de plano com ou sem audiência das
partes. (Art. 51; Minas, art. 54; Esp. Santo, art. 159).
Essa é a primeira vez que entram propria-
mente em acção os arbitradores, que devem ser
homens práticos e peritos conhecedores do sitio, e
II
SEGUNDA DILIGENCIA (144)
A
NAS DIVISÕES
§ 123
A segunda diligencia nas divisões tem por objecto a
formação e adjudicação dos quinhões.
§ 124
Para este fim os arbitradores procederão primeira-
mente ao exame, classificação e avaliação das terras,
sendo calculadas pelo agrimensor as areas de cada gleba
classificada distinctamente. (Art. 54; Minas, art. 56 ;
Esp. Santo, art. 163).
E' esse um trabalho preliminar para deter-
minar as varias qualidades, em espécie, de que se
fôrma o immovel e o respectivo valor. Bem assim,
poderá o immovel ser composto de vários sítios ou
de varias partes, que formem pequenos todos, e
que sendo possível, formarão um quinhão de um
condômino.
§ 125
Durante esse trabalho preparatório receberá o Juiz
os pedidos das partes, verbaes ou escriptos, sobre o modo
de serem constituídos os seus quinhões, mandando-os re-
duzir a termo ou juntar aos autos com os títulos e docu-
mentos produzidos de novo. (Art. 59 : Minas, art. 57 ;
Esp. Santo, art. 164).
— 86 —
§ 127
Para esses laudos os arbitradores farão as inves-
tigações e operações neces>arias para a distribuição
§ 128
E' permittido o estabelecimento de servidões de
caminho para communicar o prédio dominante com a es-
tação mais próxima de estrada de ferro ou de navegação
marítima. (Art. 65, paragrapho único ; Minas, art. 64,
paragrapho único ; Esp. Santo, art. 167).
§ 129
Apresentados o calculo das areas classificadas e
laudos, serão os autos conclusos ao juiz que, sem mais au-
diência das partes, deliberará a partilha geodesica (146)
§ 131
Quando os condôminos possuírem no immovel, não
quotas de extensão superficial determinada, mas partes
idéaes, originadas de partilhas e inventários, o agri-
mensor praticará previamente os cálculos precisos para
132
§
Formado o orçamento, serão executadas pelo agri-
mensor, segundo as indicações dos arbitradores, subor-
dinadas ao despacho de deliberação de partilha, as ope-
rações geodesicas e topographicas (148) concernentes
á separação ou medição e demarcação dos quinhões.
(Art. 6 4 ; Minas, art. 63).
133
§
Cada quinhão será lançado em uma folha de paga-
mento, (149) assignada pelo Juiz, agrimensor e arbi-
tradores, na qual serão descriptas as linhas e rumos
divisórios, declarados os marcos que forem cravados,
independente de pregões, e mencionadas as bemfeitorías
e plantações comprehendidas na gleba descriminada, ou
sejam proprias do respectivo quinhoeiro, ou adjudicadas
por compensação de terras, ou por indemnisação pecuniá-
ria, ou também partilhadas, se forem pertencentes á mesma
communhão. (Art. 6 4 ; Minas, art. 63, vide nota 124;
Esp. Santo, art. 168).
§ 135
Se o confinante ou confrontante prejudicado pela divi-
são usar da acção reivindicativa que lhe compete, antes
de passar em julgado a sentença que homologou a divisão,
deve aquella acção ser intentada contra todos"os condô-
minos ; se é usada a acção depois de passar em julgado a
sentença, deverá ser intentada apenas contra os interes-
sados a quem couber na divisão o quinhão reclamado.
(Art. 56 ; Minas, art. 66).
§ 136
Dando-se, porém, esta ultima hypothèse, tem os qui-
nhoeiros accionados o direito de. pela mesma sentença
que os obrigou á restituição, haverem dos outros condô-
minos, que foram parte na divisão, ou dos seus succes-
s o r s por titulo universal, a proporcional composição
pecuniária do desfalque soffrido. (Art. 56 ; Minas, art. 66
paragrapho único).
— 91
A divisão é feita para o perfeito conheci-
mento e posse do quinhão a que cada um tem
direito ; si se verificar algum erro que venha
prejudicar algum dos compartes aquinhoados é
justo que os outros o compensem do prejuízo
havido.
§ 137
Por isso, na acção que compete ao confinante preju-
dicado, será admittida a assistência (150) des referidos
condôminos ou de seus suecessores universaes. (Art. 56,
paragraphs único ; Minas, art. 66, paragraphe) único).
Desde que possa acontecer que os condô-
minos todos tenham de entrar na compensação
para salvar o prejuízo do quinhoeiro a quem se
reivindicou parte do seu quinhão por erro na
limitação, é curial que todos os condôminos, ou
suecessores, que são responsáveis por essa com-
pensação, tenham assistência da acção da refe-
rida reivindicação para fiscalisação do processo
e garantia de seu direito.
§ 138
Se qualquer linha do perímetro apanhar bemfeitorias
dos confrontantes, feitas ha mais de anno, serão ellas
respeitadas bem como os terrenos oecupados, os quaes
não se computarão na avaliação da area do immovel divi-
dendo, ficando salvo aos condôminos a acção competente
para os reivindicarem segundo as forças dos seus títulos.
(Art. 57; Minas, art. 67; Esp. Santo, art. 163).
B
NAS DEMARCAÇÕES
§ 140
A segunda diligencia da demarcação tem unica-
mente por fim authenticar os trabalhos executados pelo
agrimensor, devendo o juiz e arbitradores percorrerem os
limites assignalados e examinarem os respectivos marcos,
independentemente de pregões. (Art. 68 ; Minas, art. 70 :
Esp. Santo, art. 172).
§ 141
Desta segunda diligencia se lavrará auto circumstan-
ciado em que se consignarão quaesquer esclarecimentos
ou ratificações suggeridas pelo agrimensor ou arbitradores
e determinadas pelo juiz. (Art. 68: Minas, art. 70; E
Santo, art. 172).
LEGISL. ESTAD.—No Espirito Santo, desta segunda
diligencia se lavrará um termo circumstanciado do molo
porque foi traçada a linha divisória e fincados os marcos,
bem como de todos os accidentes do terreno por onde
passar a dita linha. (Art. 172).
— 93 —
§ 142
Na mesma audiência em que se derem por concluídos
os trabalhos da diligencia final das divisões ou demarca-
ções, se assignarão cinco dias a cada uma das partes para
dizerem de facto e de direito sobre o processado, obser-
vando-se o disposto no § 88. (Art. 43 ; Minas, arts. 47
e 65 ; Esp. Santo, arts. 170 e 173).
143
§ 144
Desta sentença cabe appellação que será somente
recebida no effeito devolutivo (152) (art. 44) e contra ella
podem igualmente ser oppostos embargos de declaração
e restituição nos termos dos §§ 101 e seguintes.
LEGISL. ESTAD.—Em Minas caberá quaesquer em-
bargos desta sentença (Lei n. 72, art. 34). (Art. 72).
§ 145
Formulário
FORMULÁRIO
CAPITULO I
Acção de divisão
Petição inicial
Requerimento verbal
Na audiência que fazia o juiz.. . compareceu
o solicitador... e disse que, por parte de José An-
tunes, na acção de divisão da Fazenda das Palmas,
não tendo o réo Paulo procurador constituído e não
sendo encontrado o procurador de Joanna, requeria
que sob pregão fossem os mesmos réos citados para
a execução do pedido na petição inicial.
Preparados todos os actos necessários, no dia desig-
nado para a diligencia, na casa principal da Fazenda,
effectuará a primeira audiência especial da qual se lavrará
o seguinte
— 102 —
Despacho
Designo para diligencia de ultimação da
divisão o dia tal. A parte promova no prazo de
uma audiência, as citações necessárias.
(Data e rubrica).
Às citações se fazem do mesmo modo que se vio para
a primeira diligencia.
No dia designado e na casa da Fazenda abrir-se-ha
pela fôrma seguinte a
y 2*
— 108 —
Despacho
Tendo em vista os títulos apresentados a
fls... e fis... que provam que o condômino tal
tem duas partes no immovel, e que o condômino
tem terras confinantes, delibero que se faça a divi-
são equitativa do immovel de accôrdo com os laudos
de fls... dando ao condômino tal terras adjacentes
ás suas, formando o quinhão do condômino tal, que
se comporá do dobro dos quinhões dos demais, em
glebas juntas e concedendo-se ao autor as terras
que pedio, onde tem suas bemfeitorias- Ao menor
se dará a maior porção possível de mattas virgens
que são de mais fácil conservação e serão patri-
mônio que de futuro não se deprecia. Na fôrma
deste despacho organise o agrimensor o calculo
para o orçamento da divisão na conformidade do
'art. 59 do Regulamento de 5 de Setembro.
(Datae rubrica).
CAPITULO II
Acções de demarcação
Para intentar uma destas acções virá o autor com a
seguinte
Petição inicial
8 D. T.
TERCEIRA PARTE
Legislação
DECRETO ti. 720 DE S DE SETEMBRO DE 1890
Manda executar o Regulamento sobre divisão e demarcação das
terras particulares
TITULO I
DISPOSIÇÕES COMMUNS
CAPITULO I
DO CHAMAMENTO A JUÍZO
CAPITULO II
DA COMPETÊNCIA
CAPITULO III
DA LOUVAÇÃO, PROPOSITUBA DA ACÇÃO, DISCUSSÃO, SEVIEXÇA
E EXECUÇÃO
TITULO II
— 132 —
h) a classificação das terras, si houver, com o calculo
das áreas de cada sorte e o respectivo preço, ou avaliação
do immovel na sua integridade :
(c quanto cabe, em quantidade geométrica, a cada
condômino nas terras dividendas, declarandose quaes as
reducções e compensações proporcionaes feitas em raz;~: i
da diversidade de preços das glebas componentes de cada
quinhão.
Art. 63. Quando os condôminos possuírem no immo
vel, não quotas de extensão superficial determinada, mas
partes ideaes originadas de partilhas em inventários ou
de outros títulos geradores da commnnhão, o agrimensor
praticará previamente os precisos cálculos para pôr em
relação as quantidades arithmeticas constantes dos títulos
com a avaliação do immovel na divisão processada.
Art. 64. Formado o orçamento, serão executadas
pelo agrimensor, segundo as indicações dos arbitradores,
subordinadas ao despacho de deliberação de partilha as
operações geodesicas e topographicas, concernentes á
separação, medição e demarcação dos quinhões, tendo
cada um destes sua folha de pagamento, assignada pelo
Juiz, agrimensor e arbitradores. na qual serão descriptos
as linhas e rumos divisórios, declarados os marcos que
forem cravados ou assignalados, independentemente de
pregões, e mencionadas as bemfeitorias e plantações com
prehendidas na gleba descriminada, ou sejam proprias do
respectivo quinhoeiro, ou adjudicadas por compensação de
terras ou por indemnização pecuniária, ou também parti
lhas, si pertencentes á mesma communhão.
Art. 65. N a mesma folha de pagamento serão decla
radas as servidões que forem instituídas sobre o quinhão
demarcado ou a favor delle, designandose o lugar da
servidão e regulandose o modo e condições do seu exer
cido.
— 133 —
Paragrapho nnico. E' permittido o estabelecimento
de servidão de caminho para comniunicar o prédio domi-
nante com a estação mais próxima de estrada de ferro, ou
de navegação fluvial ou maritima.
TITULO III
TITULO IV
DISPOSIÇÕES GERAES
I. PARTE. — CONSOLIDAÇÃO
Divisão e demarcação de terras particulares 1
Da natureza das aeções de divisão e demarcação 1
Da competoncia 6
Da petição inicial 15
Da citação 23
Da louvação 38
Das suspeições 50
Da acçâo propriamente dita 55
Da execução 69
Primeira diligencia nas divisões e demarcações 71
Segunda diligencia nas divisões 84
X
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