Arts.
14 a 26
IV – ficam mantidos os atuais diretórios regionais
dos partidos políticos do Estado de Goiás, ca‑
bendo às Comissões Executivas Nacionais desig‑
nar comissões provisórias no Estado do Tocan‑
tins, nos termos e para os fins previstos na lei.
§ 4o Os mandatos do Governador, do Vice‑Go‑
vernador, dos Deputados Federais e Estaduais
eleitos na forma do parágrafo anterior extin‑
guir‑se‑ão concomitantemente aos das demais
Unidades da Federação; o mandato do Sena‑
dor eleito menos votado extinguir‑se‑á nessa
mesma oportunidade, e os dos outros dois,
juntamente com os dos Senadores eleitos em
1986 nos demais Estados.
§ 5o A Assembleia Estadual Constituinte será
instalada no quadragésimo sexto dia da eleição
de seus integrantes, mas não antes de 1o de
janeiro de 1989, sob a presidência do Presi‑
dente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado
de Goiás, e dará posse, na mesma data, ao
Governador e ao Vice‑Governador eleitos.
§ 6o Aplicam‑se à criação e instalação do Es‑
tado do Tocantins, no que couber, as normas
legais disciplinadoras da divisão do Estado de
Mato Grosso, observado o disposto no artigo
234 da Constituição.
§ 7o Fica o Estado de Goiás liberado dos débi‑
tos e encargos decorrentes de empreendimen‑
tos no território do novo Estado, e autorizada
a União, a seu critério, a assumir os referidos
débitos.
Art. 14. Os Territórios Federais de Roraima e do
Amapá são transformados em Estados Federa‑
dos, mantidos seus atuais limites geográficos.
§ 1o A instalação dos Estados dar‑se‑á com a
posse dos Governadores eleitos em 1990.
§ 2o Aplicam‑se à transformação e instalação
dos Estados de Roraima e Amapá as normas
e critérios seguidos na criação do Estado de
Rondônia, respeitado o disposto na Constitui‑
ção e neste Ato.
§ 3o O Presidente da República, até quarenta
e cinco dias após a promulgação da Constitui‑
ção, encaminhará à apreciação do Senado Fe‑
deral os nomes dos Governadores dos Estados
de Roraima e do Amapá que exercerão o Poder
Executivo até a instalação dos novos Estados
com a posse dos Governadores eleitos.
§ 4o Enquanto não concretizada a transforma‑
ção em Estados, nos termos deste artigo, os
Territórios Federais de Roraima e do Amapá se‑
rão beneficiados pela transferência de recursos
prevista nos artigos 159, I, a, da Constituição,
e 34, § 2o, II, deste Ato.
Art. 15. Fica extinto o Território Federal de
Fernando de Noronha, sendo sua área reincor‑
porada ao Estado de Pernambuco.
Art. 16. Até que se efetive o disposto no artigo
32, § 2o, da Constituição, caberá ao Presiden‑
te da República, com a aprovação do Senado
Federal, indicar o Governador e o Vice‑Gover‑
nador do Distrito Federal.
§ 1o A competência da Câmara Legislativa do
Distrito Federal, até que se instale, será exerci‑
da pelo Senado Federal.
§ 2 o A fiscalização contábil, financeira, orça‑
mentária, operacional e patrimonial do Distrito
Federal, enquanto não for instalada a Câmara
Legislativa, será exercida pelo Senado Federal,
mediante controle externo, com o auxílio do
Tribunal de Contas do Distrito Federal, obser‑
vado o disposto no artigo 72 da Constituição.
86
ADCT
§ 3o Incluem‑se entre os bens do Distrito Fede‑
ral aqueles que lhe vierem a ser atribuídos pela
União na forma da lei.
Art. 17. Os vencimentos, a remuneração, as
vantagens e os adicionais, bem como os pro‑
ventos de aposentadoria que estejam sendo
percebidos em desacordo com a Constituição
serão imediatamente reduzidos aos limites
dela decorrentes, não se admitindo, neste
caso, invocação de direito adquirido ou per‑
cepção de excesso a qualquer título.
c Art. 9 da EC n 41, de 19-12-2003, dispõe sobre a parágrafo único, da Constituição.
o o
Reforma Previdenciária.
§ 1 o É assegurado o exercício cumulativo de
dois cargos ou empregos privativos de médico
que estejam sendo exercidos por médico mili‑
tar na administração pública direta ou indireta.
§ 2 o É assegurado o exercício cumulativo de
dois cargos ou empregos privativos de profis‑
sionais de saúde que estejam sendo exercidos
na administração pública direta ou indireta.
Art. 18. Ficam extintos os efeitos jurídicos
de qualquer ato legislativo ou administrativo,
lavrado a partir da instalação da Assembleia
Nacional Constituinte, que tenha por objeto a
concessão de estabilidade a servidor admitido
sem concurso público, da administração direta
ou indireta, inclusive das fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
Art. 18‑A. Os atos administrativos praticados
no Estado do Tocantins, decorrentes de sua
instalação, entre 1o de janeiro de 1989 e 31 de
dezembro de 1994, eivados de qualquer vício
jurídico e dos quais decorram efeitos favorá‑
veis para os destinatários ficam convalidados
após 5 (cinco) anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má‑fé.
c Art. 18‑A acrescido pela EC no 110, de 12-7-2021.
Art. 19. Os servidores públicos civis da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
da administração direta, autárquica e das funda‑
ções públicas, em exercício na data da promulga‑
ção da Constituição, há pelo menos cinco anos
continuados, e que não tenham sido admitidos
na forma regulada no artigo 37, da Constituição,
são considerados estáveis no serviço público.
c OJ da SBDI‑I no 364 do TST.
§ 1 o O tempo de serviço dos servidores refe‑
ridos neste artigo será contado como título
quando se submeterem a concurso para fins
de efetivação, na forma da lei.
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica aos
ocupantes de cargos, funções e empregos de
confiança ou em comissão, nem aos que a lei
declare de livre exoneração, cujo tempo de ser‑
viço não será computado para os fins do caput
deste artigo, exceto se se tratar de servidor.
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos
professores de nível superior, nos termos da lei.
Art. 20. Dentro de cento e oitenta dias, pro‑
ceder‑se‑á à revisão dos direitos dos servidores
públicos inativos e pensionistas e à atualização
dos proventos e pensões a eles devidos, a fim
de ajustá‑los ao disposto na Constituição.
c EC no 41, de 19-12-2003, dispõe sobre a Reforma
Previdenciária.
c Lei no 8.112, de 11-12-1990 (Estatuto dos Servido-
res Públicos Civis da União, Autarquias e Funda- Art. 26. No prazo de um ano a contar da pro‑
ções Públicas Federais).
Art. 21. Os juízes togados de investidura limi‑ cional promoverá, através de Comissão Mista,
tada no tempo, admitidos mediante concurso
público de provas e títulos e que estejam em
exercício na data da promulgação da Consti‑
tuição, adquirem estabilidade, observado o
estágio probatório, e passam a compor qua‑
dro em extinção, mantidas as competências,
prerrogativas e restrições da legislação a que
se achavam submetidos, salvo as inerentes à
transitoriedade da investidura.
Parágrafo único. A aposentadoria dos juízes
de que trata este artigo regular‑se‑á pelas nor‑
mas fixadas para os demais juízes estaduais.
Art. 22. É assegurado aos defensores públicos
investidos na função até a data de instalação
da Assembleia Nacional Constituinte o direito
de opção pela carreira, com a observância das
garantias e vedações previstas no artigo 134,
c O referido parágrafo único foi renumerado para
§ 1o, pela EC no 45, de 8-12-2004.
Art. 23. Até que se edite a regulamentação do
artigo 21, XVI, da Constituição, os atuais ocu‑
pantes do cargo de Censor Federal continua‑
rão exercendo funções com este compatíveis,
no Departamento de Polícia Federal, observa‑
das as disposições constitucionais.
c Lei no 9.688, de 6-7-1998, dispõe sobre a extinção
dos cargos de Censor Federal e o enquadramento
de seus ocupantes.
Parágrafo único. A lei referida disporá sobre
o aproveitamento dos Censores Federais, nos
termos deste artigo.
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios editarão leis que estabeleçam
critérios para a compatibilização de seus qua‑
dros de pessoal ao disposto no artigo 39 da
Constituição e à reforma administrativa dela
decorrente, no prazo de dezoito meses, conta‑
dos da sua promulgação.
Art. 25. Ficam revogados, a partir de cento e
oitenta dias da promulgação da Constituição,
sujeito este prazo a prorrogação por lei, todos
os dispositivos legais que atribuam ou dele‑
guem a órgão do Poder Executivo competên‑
cia assinalada pela Constituição ao Congresso
Nacional, especialmente no que tange à:
I – ação normativa;
II – alocação ou transferência de recursos de
qualquer espécie.
§ 1 o Os decretos‑leis em tramitação no Con‑
gresso Nacional e por este não apreciados até
a promulgação da Constituição terão seus efei‑
tos regulados da seguinte forma:
I – se editados até 2 de setembro de 1988,
serão apreciados pelo Congresso Nacional no
prazo de até cento e oitenta dias a contar da
promulgação da Constituição, não computado
o recesso parlamentar;
II – decorrido o prazo definido no inciso ante‑
rior, e não havendo apreciação, os decretos‑leis
ali mencionados serão considerados rejeitados;
III – nas hipóteses definidas nos incisos I e II,
terão plena validade os atos praticados na vi‑
gência dos respectivos decretos‑leis, podendo
o Congresso Nacional, se necessário, legislar
sobre os efeitos deles remanescentes.
§ 2 o Os decretos‑leis editados entre 3 de se‑
tembro de 1988 e a promulgação da Constitui‑
ção serão convertidos, nesta data, em medidas
provisórias, aplicando‑se‑lhes as regras estabe‑
lecidas no artigo 62, parágrafo único.
c Art. 62, § 3 o, desta Constituição.
mulgação da Constituição, o Congresso Na‑
exame analítico e pericial dos atos e fatos ge‑
radores do endividamento externo brasileiro.
§ 1o A Comissão terá a força legal de Comissão
Parlamentar de Inquérito para os fins de requi‑
sição e convocação, e atuará com o auxílio do
Tribunal de Contas da União.

relações domésticas, de coabitação ou de Pena – detenção, de seis meses a três anos.
hospitalidade:
c § 9 o com a redação dada pela Lei n o 10.886, de natureza grave:
17-6-2004.
c Súm. no 536 do STJ.
Pena – detenção, de três meses a três anos.
c Pena com a redação dada pela Lei n o 11.340, de Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
7-8-2006.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste § 3o As penas cominadas neste artigo aumen‑
artigo, se as circunstâncias são as indicadas no tam‑se de um terço:
§ 9 o deste artigo, aumenta‑se a pena em um
terço.
c § 10 acrescido pela Lei n o 10.886, de 17-6-2004. I – se o abandono ocorre em lugar ermo;
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima;
será aumentada de um terço se o crime for co‑ III – se a vítima é maior de sessenta anos.
metido contra pessoa portadora de deficiência.
c § 11 acrescido pela Lei no 11.340, de 7-8-2006.
§ 12. Se a lesão for praticada contra autorida‑
de ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pú‑
blica, no exercício da função ou em decorrên‑
cia dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em
razão dessa condição, a pena é aumentada de
um a dois terços.
c § 12 acrescido pela Lei no 13.142, de 6-7-2015.
§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher,
por razões da condição do sexo feminino, nos
termos do § 2o‑A do art. 121 deste Código:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos).
§ 13 acrescido pela Lei no 14.188, de 28-7-2021.
c
CAPÍTULO III
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Perigo de contágio venéreo
Art. 130. Expor alguém, por meio de relações
sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio
de moléstia venérea, de que sabe ou deve sa‑
ber que está contaminado:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
multa.
§ 1 o Se é intenção do agente transmitir a
moléstia:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2o Somente se procede mediante represen‑
tação.
c Art. 100, § 1o, deste Código.
c Art. 24 do CPP.
Perigo de contágio de moléstia grave
Art. 131. Praticar, com o fim de transmitir a
outrem moléstia grave de que está contamina‑
do, ato capaz de produzir o contágio:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Perigo para a vida ou saúde de outrem
Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a
perigo direto e iminente:
Pena – detenção, de três meses a um ano, se o
fato não constitui crime mais grave.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um
sexto a um terço se a exposição da vida ou da
saúde de outrem a perigo decorre do transpor‑
te de pessoas para a prestação de serviços em
estabelecimentos de qualquer natureza, em
desacordo com as normas legais.
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 9.777, de
29-12-1998.
Abandono de incapaz
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu
cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e,
por qualquer motivo, incapaz de defender‑se
dos riscos resultantes do abandono:
c Art. 61, II, f, g e i, deste Código.
c Art. 212 do CPM.
Código Penal Arts. 130 a 140
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
§ 1o Se do abandono resulta lesão corporal de § 3o Aumenta‑se a pena de um terço, se o cri‑
me é praticado contra pessoa menor de qua‑
Pena – reclusão, de um a cinco anos. torze anos.
§ 2o Se resulta a morte: c § 3o acrescido pela Lei no 8.069, de 13-7-1990.
CAPÍTULO IV
Aumento de pena DA RIXA
Rixa
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar
c Art. 61, II, e e h, deste Código. os contendores:
Pena – detenção, de quinze dias a dois meses,
II – se o agente é ascendente ou descendente, ou multa.
c Art. 211 do CPM.
c Inciso III acrescido pela Lei n 10.741, de Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão
o
CÓDIGO PENAL
1o-10-2003. corporal de natureza grave, aplica‑se, pelo fato
Exposição ou abandono de recém‑nascido da participação na rixa, a pena de detenção, de
seis meses a dois anos.
Art. 134. Expor ou abandonar recém‑nascido,
para ocultar desonra própria: CAPÍTULO V
Pena – detenção, de seis meses a dois anos. DOS CRIMES CONTRA A HONRA
§ 1 o Se do fato resulta lesão corporal de na‑ c Arts. 214 a 221 do CPM.
tureza grave: c Art. 11, 1, do Pacto de São José da Costa Rica.
Pena – detenção, de um a três anos. Calúnia
§ 2o Se resulta a morte: Art. 138. Caluniar alguém, imputando‑lhe fal‑
Pena – detenção, de dois a seis anos. samente fato definido como crime:
Omissão de socorro Pena – detenção, de seis meses a dois anos,
e multa.
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quan‑
do possível fazê‑lo sem risco pessoal, à criança c Arts. 519 a 523 do CPP.
Art. 324 do CE.
abandonada ou extraviada, ou à pessoa invá‑ c
lida ou ferida, ao desamparo ou em grave e c Art. 53 da Lei no 4.117, de 27-8-1962 (Código Bra-
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o sileiro de Telecomunicações).
socorro da autoridade pública: c Art. 26 da Lei no 7.170, de 14-12-1983 (Lei da Se-
gurança Nacional).
Pena – detenção, de um a seis meses, ou c Art. 58 da Lei n o 9.504, de 30-9-1997 (Lei das
multa. Eleições).
c Arts. 198 a 201 do CPM.
Art. 304 do CTB.
§ 1 o Na mesma pena incorre quem, sabendo
c
falsa a imputação, a propala ou divulga.
Parágrafo único. A pena é aumentada de
metade, se da omissão resulta lesão corporal § 2 É punível a calúnia contra os mortos.
o
de natureza grave, e triplicada, se resulta a Exceção da verdade
morte. § 3o Admite‑se a prova da verdade, salvo:
Condicionamento de atendimento c Art. 214, § 2 o, do CPM.
médico‑hospitalar emergencial c Súm. no 396 do STF.
Art. 135‑A. Exigir cheque‑caução, nota pro‑ I – se, constituindo o fato imputado crime de
missória ou qualquer garantia, bem como o ação privada, o ofendido não foi condenado
preenchimento prévio de formulários adminis‑ por sentença irrecorrível;
trativos, como condição para o atendimento
médico‑hospitalar emergencial: II – se o fato é imputado a qualquer das pes‑
soas indicadas no no I do artigo 141;
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) III – se do crime imputado, embora de ação
ano, e multa. pública, o ofendido foi absolvido por sentença
Parágrafo único. A pena é aumentada até o irrecorrível.
dobro se da negativa de atendimento resulta Difamação
lesão corporal de natureza grave, e até o triplo
se resulta a morte. Art. 139. Difamar alguém, imputando‑lhe fato
ofensivo à sua reputação:
c Art. 135‑A acrescido pela Lei n o 12.653, de
28-5-2012.
Pena – detenção, de três meses a um ano, e
Maus‑tratos multa.
Art. 136. Expor a perigo a vida ou a saúde de c Arts. 519 a 523 do CPP.
pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilân‑ c Art. 215, parágrafo único, do CPM.
cia, para fim de educação, ensino, tratamento c Art. 325 do CE.
ou custódia, quer privando‑a de alimentação c Art. 53 da Lei no 4.117, de 27-8-1962 (Código Bra-
ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando‑a sileiro de Telecomunicações).
a trabalho excessivo ou inadequado, quer abu‑ c Art. 26 da Lei no 7.170, de 14-12-1983 (Lei da Se-
sando de meios de correção ou disciplina: gurança Nacional).
c Lei n o 13.869, de 5-9-2019 (Lei do Abuso de Exceção da verdade
Autoridade).
Parágrafo único. A exceção da verdade so‑
Pena – detenção, de dois meses a um ano, ou mente se admite se o ofendido é funcionário
multa. público e a ofensa é relativa ao exercício de
c Art. 213 do CPM.
suas funções.
§ 1 o Se do fato resulta lesão corporal de na‑ c Súm. no 396 do STF.
tureza grave:
Injúria
Pena – reclusão, de um a quatro anos. Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo‑lhe a
§ 2 Se resulta a morte:
o
dignidade ou o decoro:
391
Arts. 141 a 148
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa. tratação dar‑se‑á, se assim desejar o ofendi‑ Parágrafo único. Somente se procede me‑
c Arts. 256, 519 a 523 do CPP. do, pelos mesmos meios em que se praticou diante representação.
c Art. 217 do CPM. a ofensa.
c Art. 326 do CE.
c Art. 53 da Lei no 4.117, de 27-8-1962 (Código Bra-
sileiro de Telecomunicações).
§ 1o O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I – quando o ofendido, de forma reprovável,
provocou diretamente a injúria;
II – no caso de retorsão imediata, que consista
em outra injúria.
§ 2o Se a injúria consiste em violência ou vias
de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e mul‑
ta, além da pena correspondente à violência.
c Art. 21 da LCP.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de ele‑
mentos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou por‑
tadora de deficiência:
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 10.741, de
1o-10-2003.
Pena – reclusão, de um a três anos e multa.
c Pena com a redação dada pela Lei n o 9.459, de
13-5-1997.
Disposições comuns
Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo
aumentam‑se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido: Seção I
c Art. 218 do CPM.
I – contra o Presidente da República, ou contra
chefe de governo estrangeiro;
II – contra funcionário público, em razão de Constrangimento ilegal
suas funções;
Art. 146. Constranger alguém, mediante
III – na presença de várias pessoas, ou por meioviolência ou grave ameaça, ou depois de lhe
que facilite a divulgação da calúnia, da difama‑
haver reduzido, por qualquer outro meio, a
ção ou da injúria; capacidade de resistência, a não fazer o que
IV – contra pessoa maior de sessenta anos ou
portadora de deficiência, exceto no caso de a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
injúria. Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
c Inciso IV acrescido pela Lei n o 10.741, de multa.
1 -10-2003.
o
§ 1o Se o crime é cometido mediante paga ou
promessa de recompensa, aplica‑se a pena em
dobro.
c Parágrafo único transformado em § 1 o pela Lei
no 13.964, de 24-12-2019.
§ 2o Se o crime é cometido ou divulgado em
quaisquer modalidades das redes sociais da
rede mundial de computadores, aplica‑se em
triplo a pena.
c § 2o acrescido pela Lei n o 13.964, de 24-12-2019, c
promulgado nos termos do art. 66, § 5o, da CF (DOU
de 30-4-2021). Aumento de pena
Exclusão do crime
Art. 142. Não constituem injúria ou difamação
punível:
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da
causa, pela parte ou por seu procurador;
c Arts. 78, 360 e 361, parágrafo único, do CPC/2015.
II – a opinião desfavorável da crítica literária,
artística ou científica, salvo quando inequívoca
a intenção de injuriar ou difamar;
III – o conceito desfavorável emitido por fun‑
cionário público, em apreciação ou informação
que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único. Nos casos dos nos I e III, res‑
ponde pela injúria ou pela difamação quem lhe
dá publicidade.
Retratação
Art. 143. O querelado que, antes da sentença,
se retrata cabalmente da calúnia ou da difama‑
ção, fica isento de pena.
c Art. 107, VI, deste Código.
Parágrafo único. Nos casos em que o quere‑
lado tenha praticado a calúnia ou a difamação
utilizando‑se de meios de comunicação, a re‑
392
Código Penal
c Art. 100, § 1 o, deste Código.
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.188, de c Arts. 24, 38 e 39 do CPP.
11-11-2015.
Perseguição
Art. 144. Se, de referências, alusões ou frases,
se infere calúnia, difamação ou injúria, quem Art. 147‑A. Perseguir alguém, reiterada‑
mente e por qualquer meio, ameaçando‑lhe
se julga ofendido pode pedir explicações em
a integridade física ou psicológica, restrin‑
juízo. Aquele que se recusa a dá‑las ou, a cri‑
gindo‑lhe a capacidade de locomoção ou, de
tério do juiz, não as dá satisfatórias, responde
pela ofensa. qualquer forma, invadindo ou perturbando
sua esfera de liberdade ou privacidade.
Art. 145. Nos crimes previstos neste Capítulo
somente se procede mediante queixa, salvo Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
quando, no caso do artigo 140, § 2o, da vio‑ anos, e multa.
lência resulta lesão corporal. § 1o A pena é aumentada de metade se o cri‑
me é cometido:
Parágrafo único. Procede‑se mediante requi‑
sição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I
I – contra criança, adolescente ou idoso;
do caput do art. 141 deste Código, e mediante
II – contra mulher por razões da condição
representação do ofendido, no caso do inciso de sexo feminino, nos termos do § 2o‑A do
II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o art. 121 deste Código;
do art. 140 deste Código. III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais
c Parágrafo único com a redação dada pela Lei pessoas ou com o emprego de arma.
no 12.033, de 29-9-2009. § 2o As penas deste artigo são aplicáveis sem
CAPÍTULO VI prejuízo das correspondentes à violência.
DOS CRIMES CONTRA A § 3o Somente se procede mediante represen‑
LIBERDADE INDIVIDUAL tação.
c Art. 147‑A acrescido pela Lei n o 14.132, de
31-3-2021.
DOS CRIMES CONTRA A
LIBERDADE PESSOAL Violência psicológica contra a mulher
Art. 147‑B. Causar dano emocional à mulher
que a prejudique e perturbe seu pleno de‑
senvolvimento ou que vise a degradar ou a
controlar suas ações, comportamentos, cren‑
ças e decisões, mediante ameaça, constrangi‑
mento, humilhação, manipulação, isolamen‑
to, chantagem, ridicularização, limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio
que cause prejuízo à sua saúde psicológica e
c Art. 5o, II, da CF. autodeterminação:
c Art. 222 do CPM.
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
c Art. 71 do CDC.
anos, e multa, se a conduta não constitui cri‑
c Art. 301 do CE.
Art. 232 do ECA.
me mais grave.
c
Arts. 6o, 2 e 6, e 9o, 6, da Lei no 1.079, de 10-4-1950 c Art. 147‑B acrescido pela Lei n 14.188, de
o
c
(Lei dos Crimes de Responsabilidade). 28-7-2021.
c Art. 13 da Lei no 13.869, de 5-9-2019 (Lei do Abuso Sequestro e cárcere privado
de Autoridade).
c Art. 7o, 1, do Pacto de São José da Costa Rica. Art. 148. Privar alguém de sua liberdade, me‑
Súm. no 568 do STF. diante sequestro ou cárcere privado:
Pena – reclusão, de um a três anos.
c Art. 225 do CPM.
§ 1 o As penas aplicam‑se cumulativamente e
c Art. 230 do ECA.
em dobro, quando, para a execução do crime,
c Art. 1 o, e, da Lei n o 2.889, de 1-10-1956 (Lei do
se reúnem mais de três pessoas, ou há empre‑ Crime de Genocídio).
go de armas. c Art. 20 da Lei no 7.170, de 14-12-1983 (Lei da Se-
§ 2o Além das penas cominadas, aplicam‑se as gurança Nacional).
correspondentes à violência. c Art. 1o, III, b, da Lei no 7.960, de 21-12-1989 (Lei da
Prisão Temporária).
§ 3o Não se compreendem na disposição deste
artigo:
c Art. 1o, I, da Lei n o 10.446, de 8-5-2002, que dis-
põe sobre infrações penais de repercussão inte-
I – a intervenção médica ou cirúrgica, sem o restadual ou internacional que exigem repressão
consentimento do paciente ou de seu repre‑ uniforme, para os fins de aplicação do disposto no
sentante legal, se justificada por iminente pe‑ inciso I do § 1o do art. 144 da CF.
rigo de vida; Art. 7o, 1, do Pacto de São José da Costa Rica.
c
II – a coação exercida para impedir suicídio. § 1o A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
Ameaça I – se a vítima é ascendente, descendente, côn‑
Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escri‑ juge ou companheiro do agente ou maior de
to ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, sessenta anos;
de causar‑lhe mal injusto e grave: c Inciso I com a redação dada pela Lei no 11.106, de
Pena – detenção, de um a seis meses, ou 28-3-2005.
multa. II – se o crime é praticado mediante internação
c Art. 223 do CPM. da vítima em casa de saúde ou hospital;
c Art. 71 do CDC. III – se a privação da liberdade dura mais de
c Art. 5o, 1, do Pacto de São José da Costa Rica. quinze dias;
Arts. 187 a 198 Código Tributário Nacional
aos créditos com garantia real, no limite do de direito privado em liquidação judicial ou Art. 196. A autoridade administrativa que
valor do bem gravado; voluntária, exigíveis no decurso da liquidação. proceder ou presidir a quaisquer diligências de
II – a lei poderá estabelecer limites e condições c Art. 186 deste Código. fiscalização lavrará os termos necessários para
para a preferência dos créditos decorrentes da c Art. 18, b, da Lei no 6.024, de 13-3-1974 (Lei das que se documente o início do procedimento,
legislação do trabalho; e Intervenções e Liquidações Extrajudiciais de Ins- na forma da legislação aplicável, que fixará
III – a multa tributária prefere apenas aos cré‑ tituições Financeiras). prazo máximo para a conclusão daquelas.
ditos subordinados. c Arts. 4o, § 4o, e 31 da Lei no 6.830, de 22-9-1980 (Lei c Arts. 138 e 173, parágrafo único, deste Código.
das Execuções Fiscais). Parágrafo único. Os termos a que se refere
c Parágrafo único acrescido pela LC n o 118, de
9-2-2005. Art. 191. A extinção das obrigações do falido este artigo serão lavrados, sempre que possí‑
c Arts. 148 e 449 da CLT. requer prova de quitação de todos os tributos. vel, em um dos livros fiscais exibidos; quando
c Art. 4o, § 4o, da Lei no 6.830, de 22-9-1980 (Lei das c Artigo com a redação dada pela LC n o 118, de lavrados em separado deles se entregará, à
Execuções Fiscais). 9-2-2005. pessoa sujeita à fiscalização, cópia autentica‑
c Arts. 83 e 84 da Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de c Art. 57 da Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Recu- da pela autoridade a que se refere este artigo.
Recuperação de Empresas e Falências). peração de Empresas e Falências). Art. 197. Mediante intimação escrita, são
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tribu‑ Art. 191‑A. A concessão de recuperação ju‑ obrigados a prestar à autoridade administra‑
tário não é sujeita a concurso de credores ou dicial depende da apresentação da prova de tiva todas as informações de que disponham
habilitação em falência, recuperação judicial, quitação de todos os tributos, observado o com relação aos bens, negócios ou atividades
concordata, inventário ou arrolamento. disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei. de terceiros:
c Caput com a redação dada pela LC n o 118, de c Artigo acrescido pela LC no 118, de 9-2-2005. I – os tabeliães, escrivães e demais serventuá‑
9-2-2005. c Art. 57 da Lei n o 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Recu- rios de ofício;
c Arts. 4o, § 4o, e 29, parágrafo único, da Lei no 6.830, peração de Empresas e Falências). II – os bancos, casas bancárias, Caixas Econô‑
de 22-9-1980 (Lei das Execuções Fiscais). micas e demais instituições financeiras;
c Arts. 76 e 87, VII, da Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento Art. 6 o da LC n o 105, de 10-1-2001 (Lei do Sigilo
de Recuperação de Empresas e Falências). de partilha ou adjudicação será proferida sem c
Bancário).
prova da quitação de todos os tributos rela‑ Dec. no 3.724, de 10-1-2001, regulamenta o art. 6o
Parágrafo único. O concurso de preferência c
tivos aos bens do espólio, ou às suas rendas. da LC no 105, de 10-1-2001 (Lei do Sigilo Bancário).
somente se verifica entre pessoas jurídicas de
c Arts. 276, 836, 943, 1.700, 1.792 e 1.997 do CC. III – as empresas de administração de bens;
direito público, na seguinte ordem:
c O STF, por maioria dos votos, julgou procedente o Art. 193. Salvo quando expressamente au‑ IV – os corretores, leiloeiros e despachantes
pedido formulado da ADPF no 357, para declarar a torizado por lei, nenhum departamento da oficiais;
não recepção pela Constituição Federal da norma administração pública da União, dos Estados, V – os inventariantes;
prevista neste parágrafo único (DOU de 6-7-2021). do Distrito Federal ou dos Municípios, ou sua VI – os síndicos, comissários e liquidatários;
I – União; autarquia, celebrará contrato ou aceitará pro‑ c Arts. 21 a 25 da Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de
II – Estados, Distrito Federal e Territórios, con‑ posta em concorrência pública sem que con‑ Recuperação de Empresas e Falências).
juntamente e pro rata; tratante ou proponente faça prova da quitação VII – quaisquer outras entidades ou pessoas
III – Municípios, conjuntamente e pro rata. de todos os tributos devidos à Fazenda Pública que a lei designe, em razão de seu cargo, ofí‑
c Art. 29, parágrafo único, da Lei n o 6.830, de 22-9-
interessada, relativos à atividade em cujo exer‑ cio, função, ministério, atividade ou profissão.
1980 (Lei das Execuções Fiscais). cício contrata ou concorre. Parágrafo único. A obrigação prevista neste
c Súm. no 563 do STF. c Arts. 27, IV, e 29 da Lei n o 8.666, de 21-6-1993 (Lei artigo não abrange a prestação de informações
c Súm. no 244 do TFR. de Licitações e Contratos Administrativos). quanto a fatos sobre os quais o informante es‑
c Súm. no 497 do STJ. teja legalmente obrigado a observar segredo
Art. 188. São extraconcursais os créditos tri‑ TÍTULO IV – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA em razão de cargo, ofício, função, ministério,
butários decorrentes de fatos geradores ocor‑ CAPÍTULO I atividade ou profissão.
ridos no curso do processo de falência. c Arts. 5o, X e XII, e 133 da CF.
FISCALIZAÇÃO c Arts. 388, II, e 404, IV, do CPC/2015.
c Caput com a redação dada pela LC n o 118, de
9-2-2005. Art. 194. A legislação tributária, observado o c Art. 154 do CP.
Arts. 1 o e 2 o da LC n o 105, de 10-1-2001 (Lei do
Art. 84 da Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Recu- disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral,
c
c Sigilo Bancário).
peração de Empresas e Falências). ou especificamente em função da natureza do
c Art. 38 da Lei no 4.595, de 31-12-1964 (Lei do Sis-
§ 1 o Contestado o crédito tributário, o juiz tributo de que se tratar, a competência e os tema Financeiro Nacional).
remeterá as partes ao processo competente, poderes das autoridades administrativas em c Art. 7o, XIX, da Lei no 8.906, de 4-7-1994 (Estatuto
mandando reservar bens suficientes à extinção matéria de fiscalização da sua aplicação. da Advocacia e da OAB).
Art. 37, XXII, da CF. c Lei no 9.296, de 24-7-1996 (Lei das Interceptações
total do crédito e seus acrescidos, se a mas‑ c
Telefônicas).
sa não puder efetuar a garantia da instância c Art. 96 deste Código.
por outra forma, ouvido, quanto à natureza e Parágrafo único. A legislação a que se refere Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legisla‑
valor dos bens reservados, o representante da este artigo aplica‑se às pessoas naturais ou ju‑ ção criminal, é vedada a divulgação, por parte
da Fazenda Pública ou de seus servidores, de
Fazenda Pública interessada. rídicas, contribuintes ou não, inclusive às que informação obtida em razão do ofício sobre
§ 2o O disposto neste artigo aplica‑se aos pro‑ gozem de imunidade tributária ou de isenção a situação econômica ou financeira do sujeito
cessos de concordata. de caráter pessoal. passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o
A concordata foi substituída pela recuperação ju- c Art. 9 , § 1 , deste Código. estado de seus negócios ou atividades.
o o
c
dicial, conforme Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Art. 195. Para os efeitos da legislação tributá‑ c Caput com a redação dada pela LC n o 104, de
Recuperação de Empresas e Falências). ria, não têm aplicação quaisquer disposições 10-1-2001.
Art. 189. São pagos preferencialmente a legais excludentes ou limitativas do direito de c Art. 58, § 3o, da CF.
c Art. 325 do CP.
quaisquer créditos habilitados em inventá‑ examinar mercadorias, livros, arquivos, docu‑
c Art. 11 da LC no 105, de 10-1-2001 (Lei do Sigilo
rio ou arrolamento, ou a outros encargos do mentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais Bancário).
monte, os créditos tributários vencidos ou vin‑ dos comerciantes, industriais ou produtores, c Art. 16, § 4o, da Lei no 9.393, de 19-12-1996, que
cendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, ou da obrigação destes de exibi‑los. dispõe sobre o ITR e sobre o pagamento da dívida
exigíveis no decurso do processo de inventário c Súmulas n 260 e 439 do STF.
os representada por TDA.
ou arrolamento. c Art. 6o, parágrafo único, da Lei no 11.457, de 16-3-
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de 2007 (Lei da Super‑Receita).
Parágrafo único. Contestado o crédito tribu‑ escrituração comercial e fiscal e os compro‑ c Art. 9o do Dec. no 3.724, de 10-1-2001, que regula
tário, proceder‑se‑á na forma do disposto no vantes dos lançamentos neles efetuados serão o art. 6o da LC no 105, de 10-1-2001 (Lei do Sigilo
§ 1o do artigo anterior. conservados até que ocorra a prescrição dos Bancário).
créditos tributários decorrentes das operações Port. da SRF no 2.344, de 24-3-2011, disciplina o
Art. 190. São pagos preferencialmente a c
acesso a informações protegidas por sigilo fiscal
quaisquer outros os créditos tributários venci‑ a que se refiram. constantes de sistemas informatizados da Secre-
dos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas c Súm. no 439 do STF. taria da Receita Federal do Brasil.

628
Lei no 5.889/1973
Parágrafo único. Quando o justificante é ofi‑
cial da reserva remunerada ou reformado e não
é localizado ou deixa de atender a intimação
por escrito para comparecer perante o Conse‑
lho de Justificação:
a) a intimação é publicada em órgão de divul‑
gação na área do domicílio do justificante; e
b) o processo corre à revelia, se não atender à
publicação.
Art. 8o Aos membros do Conselho de Justifica‑
ção é lícito reperguntar ao justificante e às tes‑
temunhas sobre o objeto da acusação e propor
diligências para o esclarecimento dos fatos.
Art. 9 o Ao justificante é assegurada ampla
defesa, tendo ele, após o interrogatório, pra‑
zo de 5 (cinco) dias para oferecer suas razões
por escrito, devendo o Conselho de Justifica‑
ção fornecer‑lhe o libelo acusatório, onde se
contenham com minúcias o relato dos fatos
e a descrição dos atos que lhe são imputados.
c Art. 5o, LV, da CF.
§ 1o O justificante deve estar presente a todas
as sessões do Conselho de Justificação, exceto
à sessão secreta de deliberação do relatório.
§ 2 o Em sua defesa, pode o justificante re‑
querer a produção, perante o Conselho de
Justificação, de todas as provas permitidas no
Código de Processo Penal Militar.
§ 3 o As provas a serem realizadas mediante
Carta Precatória são efetuadas por intermédio
da autoridade militar ou, na falta desta, da au‑
toridade judiciária local.
Art. 10. O Conselho de Justificação pode in‑
quirir o acusador ou receber, por escrito, seus
esclarecimentos, ouvindo, posteriormente, a
respeito, o justificante.
Art. 11. O Conselho de Justificação dispõe de
um prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data
de sua nomeação, para a conclusão de seus
trabalhos, inclusive remessa do relatório.
Parágrafo único. A autoridade nomeante, por
motivos excepcionais, pode prorrogar até 20
(vinte) dias o prazo de conclusão dos trabalhos.
Art. 12. Realizadas todas as diligências, o
Conselho de Justificação passa a deliberar, em
sessão secreta, sobre o relatório a ser redigido.
§ 1o O relatório, elaborado pelo escrivão e as‑
sinado por todos os membros do Conselho de
II – a aplicação de pena disciplinar, se conside‑
ra contravenção ou transgressão disciplinar a
razão pela qual o oficial foi julgado culpado;
III – na forma do Estatuto dos Militares, e con‑
forme o caso, a transferência do acusado para
a reserva remunerada ou os atos necessários à
sua efetivação pelo Presidente da República, se
o oficial foi considerado não habilitado para o
acesso em caráter definitivo;
IV – a remessa do processo ao auditor compe‑
tente, se considera crime a razão pela qual o
oficial foi considerado culpado;
V – a remessa do processo ao Superior Tribunal
Militar:
a) se a razão pela qual o oficial foi julgado
culpado está prevista nos itens I, III e V do
art. 2o; ou
b) se, pelo crime cometido, previsto no item
IV do art. 2o, o oficial foi julgado incapaz de
permanecer na ativa ou na inatividade.
Parágrafo único. O despacho que julgou
procedente a justificação deve ser publicado
oficialmente e transcrito nos assentamentos
do oficial, se este é da ativa.
Art. 14. É da competência do Superior Tribunal
Militar julgar, em instância única, os processos
oriundos de Conselhos de Justificação, a ele
remetidos por Ministro Militar.
c Art. 142, § 3o, VI, da CF.
Art. 15. No Superior Tribunal Militar, distribuído
o processo, é o mesmo relatado por um dos Mi‑
nistros que, antes, deve abrir prazo de 5 (cinco)
dias para a defesa se manifestar por escrito so‑
bre a decisão do Conselho de Justificação.
Parágrafo único. Concluída esta fase é o pro‑
cesso submetido a julgamento.
Art. 16. O Superior Tribunal Militar, caso jul‑
gue provado que o oficial é culpado de ato ou
fato previsto nos itens I, III e V, do art. 2 o, ou
que, pelo crime cometido, previsto no item IV,
do art. 2o, é incapaz de permanecer na ativa ou
na inatividade, deve conforme o caso:
I – declará‑lo indigno do oficialato ou com ele
incompatível, determinando a perda de seu § 2o Sempre que uma ou mais empresas, em‑
posto e patente; ou
II – determinar sua reforma.
c Art. 106, V, da Lei n 6.880, de 9-12-1980 (Estatuto
o
LEI No 5.889,
DE 8 DE JUNHO DE 1973
Estatui normas reguladoras do trabalho
rural e dá outras providências.
c Publicada no DOU de 11-6-1973.
Art. 1o As relações de trabalho rural serão re‑
guladas por esta Lei e, no que com ela não
colidirem, pelas normas da Consolidação das
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto‑Lei
no 5.452, de 1o de maio de 1943.
c Art. 7o, XXIX, da CF.
Parágrafo único. Observadas as peculiarida‑
des do trabalho rural, a ele também se aplicam
as Leis nos 605, de 5 de janeiro de 1949; 4.090,
de 13 de julho de 1962; 4.725, de 13 de julho
de 1965, com as alterações da Lei no 4.903, de
16 de dezembro de 1965, e os Decretos‑Leis
nos 15, de 29 de julho de 1966; 17, de 22 de
agosto de 1966, e 368, de 19 de dezembro
de 1968.
Art. 2o Empregado rural é toda pessoa física
que em propriedade rural ou prédio rústico,
presta serviços de natureza não eventual a
empregador rural, sob a dependência deste e
mediante salário.
Art. 3 o Considera‑se empregador rural, para
os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídi‑
ca, proprietária ou não, que explore atividade
agroeconômica, em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou através de pre‑
postos e com auxílio de empregados.
§ 1o Inclui‑se na atividade econômica referida
no caput deste artigo, além da exploração in‑
dustrial em estabelecimento agrário não com‑
preendido na Consolidação das Leis do Traba‑
lho – CLT, aprovada pelo Decreto‑Lei no 5.452,
de 1o de maio de 1943, a exploração do turis‑
mo rural ancilar à exploração agroeconômica.
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 13.171, de
21-10-2015.
bora tendo cada uma delas personalidade ju‑
rídica própria, estiverem sob direção, controle

dos Militares). ou administração de outra, ou ainda quando,

Justificação, deve julgar se o justificante: mesmo guardando cada uma sua autonomia,
a) é, ou não, culpado da acusação que lhe foi § 1 A reforma do oficial é efetuada no posto integrem grupo econômico ou financeiro rural,
o

feita; ou
b) no caso do item II, do art. 2o, está ou não,
sem habilitação para o acesso, em caráter
definitivo; ou
c) no caso do item IV, do art. 2o, levados em con‑
sideração os preceitos de aplicação da pena
previstos no Código Penal Militar, está, ou
não, incapaz de permanecer na ativa ou na
situação em que se encontra na inatividade.
§ 2 o A deliberação do Conselho de Justifica‑
ção é tomada por maioria de votos de seus
membros.
§ 3o Quando houver voto vencido é facultada
sua justificação por escrito.
§ 4o Elaborado o relatório, com um termo de
encerramento, o Conselho de Justificação re‑
mete o processo ao Ministro Militar respectivo,
através da autoridade nomeante, se for o caso.
Art. 13. Recebidos os autos do processo do
Conselho de Justificação, o Ministro Militar,
dentro do prazo de 20 (vinte) dias, aceitando
ou não seu julgamento e, neste último caso,
justificando os motivos de seu despacho,
determina:
I – o arquivamento do processo se considera
procedente a justificação;
que possui na ativa, com proventos proporcio‑ serão responsáveis solidariamente nas obriga‑
nais ao tempo de serviço.
ções decorrentes da relação de emprego.
§ 2o A reforma do oficial, ou sua demissão ex
officio consequente da perda de posto e pa‑ Art. 4 Fica a União autorizada a designar
o
tente, conforme o caso, é efetuada pelo Minis‑ órgão ou entidade da administração pública
tro Militar respectivo ou encaminhada ao Presi‑ federal para a aquisição da totalidade dos
dente da República, tão logo seja publicado o serviços de eletricidade da Itaipu Binacional,
acórdão do Superior Tribunal Militar. do PROINFA e sua prorrogação.
Art. 17. Aplicam‑se a esta lei, subsidiariamen‑ c Caput com a redação dada pela Lei no 14.182, de
te, as normas do Código de Processo Penal 12-7-2021.
Militar. Parágrafo único. O órgão ou a entidade da
Art. 18. Prescrevem em 6 (seis) anos, compu‑ administração pública federal de que trata o
tados na data em que foram praticados, os caput deste artigo será o agente comercia-
casos previstos nesta Lei. lizador de energia e ficará encarregado de
Parágrafo único. Os casos também previstos realizar a comercialização da totalidade dos
no Código Penal Militar como crime prescre‑ serviços de eletricidade, nos termos da regu-
vem nos prazos nele estabelecidos. lação da Agência Nacional de Energia Elétrica
Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de (ANEEL).
sua publicação, revogada a Lei no 5.300, de c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 14.182, de
29 de junho de 1967, e demais disposições em 12-7-2021.
contrário.
Art. 5o Em qualquer trabalho contínuo de du‑
Brasília, 5 de dezembro de 1972; ração superior a seis horas, será obrigatória a
151o da Independência e concessão de um intervalo para repouso ou ali‑
84o da República. mentação, observados os usos e costumes da
Emílio G. Médici região, não se computando este intervalo na

934
Lei no 6.830/1980
I – antes do leilão, pelo preço da avaliação, se
a execução não for embargada ou se rejeitados
os embargos;
II – findo o leilão:
a) se não houver licitante, pelo preço da ava‑
liação;
b) havendo licitantes, com preferência, em
igualdade de condições com a melhor ofer‑
ta, no prazo de trinta dias.
Parágrafo único. Se o preço da avaliação ou
o valor da melhor oferta for superior ao dos
créditos da Fazenda Pública, a adjudicação so‑
mente será deferida pelo juiz se a diferença for
depositada, pela exequente, à ordem do juízo,
no prazo de trinta dias.
c Art. 71 da Lei n 11.941, de 27-5-2009, que altera concurso de credores, nenhuma alienação
o
a legislação tributária federal relativa ao parcela- será judicialmente autorizada sem a prova de
mento ordinário de débitos tributários.
Art. 25. Na execução fiscal, qualquer intima‑ Fazenda Pública.
ção ao representante judicial da Fazenda Públi‑ c Art. 187 do CTN.
ca será feita pessoalmente. c Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Recuperação de
c Art. 139, I, do CPC/2015.
c Súmulas nos 117 e 240 do TFR.
Parágrafo único. A intimação de que trata
este artigo poderá ser feita mediante vista dos
autos, com imediata remessa ao representante
judicial da Fazenda Pública, pelo cartório ou
secretaria.
Art. 26. Se, antes da decisão de primeira ins‑
tância, a inscrição de Dívida Ativa for, a qual‑
quer título, cancelada, a execução fiscal será
extinta, sem qualquer ônus para as partes.
c Art. 90 do CPC/2015.
Art. 27. As publicações de atos processuais
Art. 30. Sem prejuízo dos privilégios especiais var, inclusive, os modelos de documentos de
sobre determinados bens, que sejam previstos
em lei, responde pelo pagamento da Dívida
Ativa da Fazenda Pública a totalidade dos bens
e das rendas, de qualquer origem ou natureza,
do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa,
inclusive os gravados por ônus real ou cláusu‑
la de inalienabilidade ou impenhorabilidade,
seja qual for a data da constituição do ônus
ou da cláusula, excetuados unicamente os
bens e rendas que a lei declara absolutamente
impenhoráveis.
c Art. 833 do CPC/2015.
c Arts. 130 e 184 do CTN.
Art. 31. Nos processos de falência, concor‑
data, liquidação, inventário, arrolamento ou
quitação da Dívida Ativa ou a concordância da
Empresas e Falências).
Art. 32. Os depósitos judiciais em dinheiro se‑
rão obrigatoriamente feitos:
I – na Caixa Econômica Federal, de acordo com
o Decreto‑Lei no 1.737, de 20 de dezembro de
1979, quando relacionados com a execução
fiscal proposta pela União ou suas autarquias;
II – na Caixa Econômica ou no banco oficial da
unidade federativa ou, à sua falta, na Caixa
Econômica Federal, quando relacionados com
execução fiscal proposta pelo Estado, Distrito
Federal, Municípios e suas autarquias.
§ 1o Os depósitos de que trata este artigo estão
sujeitos à atualização monetária, segundo os
arrecadação.
Art. 37. O auxiliar de justiça que, por ação
ou omissão, culposa ou dolosa, prejudicar a
execução, será responsabilizado, civil, penal e
administrativamente.
Parágrafo único. O oficial de justiça deverá
efetuar, em dez dias, as diligências que lhe fo‑
rem ordenadas, salvo motivo de força maior
devidamente justificado perante o juízo.
Art. 38. A discussão judicial da Dívida Ativa
da Fazenda Pública só é admissível em execu‑
ção, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de
mandado de segurança, ação de repetição do
indébito ou ação anulatória do ato declarativo
da dívida, esta precedida do depósito prepara‑
tório do valor do débito, monetariamente cor‑
rigido e acrescido dos juros e multa de mora e
demais encargos.
c Art. 5o, XXXV, da CF.
c Súm. Vinc. no 28 do STF.
c Súm. no 247 do TFR.
c Súm. no 112 do STJ.
Parágrafo único. A propositura, pelo contri‑
buinte, da ação prevista neste artigo importa
em renúncia ao poder de recorrer na esfera
administrativa e desistência do recurso acaso
interposto.
Art. 39. A Fazenda Pública não está sujeita ao
pagamento de custas e emolumentos. A práti‑
ca dos atos judiciais de seu interesse indepen‑
derá de preparo ou de prévio depósito.
Art. 91 do CPC/2015.
c

poderão ser feitas resumidamente ou reunir c Súm. no 154 do TFR.

num só texto os de diferentes processos.
Parágrafo único. As publicações farão sem‑
pre referência ao número do processo no res‑
pectivo juízo e ao número da correspondente
inscrição de Dívida Ativa, bem como ao nome
das partes e de seus advogados, suficientes
para a sua identificação.
Art. 28. O juiz, a requerimento das partes, po‑
derá, por conveniência da unidade da garantia
da execução, ordenar a reunião de processos
contra o mesmo devedor.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo,
os processos serão redistribuídos ao juízo da
primeira distribuição.
Súm. no 515 do STJ.
c
Art. 29. A cobrança judicial da Dívida Ativa da
Fazenda Pública não é sujeita a concurso de c Arts. 5 , LV, e 108, II, da CF.
índices estabelecidos para os débitos tributá‑
rios federais.
§ 2o Após o trânsito em julgado da decisão, o
depósito, monetariamente atualizado, será de‑
volvido ao depositante ou entregue à Fazenda
Pública, mediante ordem do juízo competente.
Art. 33. O juízo, de ofício, comunicará à re‑
partição competente da Fazenda Pública,
para fins de averbação no Registro da Dívida
Ativa, a decisão final, transitada em julgado,
que der por improcedente a execução, total
ou parcialmente.
Art. 34. Das sentenças de primeira instância
proferidas em execuções de valor igual ou
inferior a cinquenta Obrigações do Tesouro
Nacional – OTN, só se admitirão embargos in‑
fringentes e de declaração.
o
Parágrafo único. Se vencida, a Fazenda Pú‑
blica ressarcirá o valor das despesas feitas pela
parte contrária.
c Art. 85, § 3o, do CPC/2015.
Art. 40. O juiz suspenderá o curso da execu‑
ção, enquanto não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a
penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo
de prescrição.
c Art. 921, III, do CPC/2015.
c Art. 174 do CTN.
c Súm. no 210 do TFR.
§ 1o Suspenso o curso da execução, será aber‑
ta vista dos autos ao representante judicial da
Fazenda Pública.
§ 2o Decorrido o prazo máximo de um ano, sem

que seja localizado o devedor ou encontrados

credores ou habilitação em falência, concor‑ § 1 o Para os efeitos deste artigo, conside‑ bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquiva‑
data, liquidação, inventário ou arrolamento. rar‑se‑á o valor da dívida monetariamente
atualizado e acrescido de multa e juros de mento dos autos.
c Art. 187 do CTN.
c Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Recuperação de mora e demais encargos legais, na data da § 3o Encontrados que sejam, a qualquer tem‑
Empresas e Falências). distribuição. po, o devedor ou os bens, serão desarquivados
Parágrafo único. O concurso de preferência § 2o Os embargos infringentes, instruídos, ou os autos para prosseguimento da execução.
somente se verifica entre pessoas jurídicas de não, com documentos novos, serão deduzidos, § 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento
direito público, na seguinte ordem: no prazo de dez dias perante o mesmo juízo, tiver ocorrido o prazo prescricional, o juiz, de‑
c O STF, por maioria dos votos, julgou procedente o
em petição fundamentada. pois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de
pedido formulado da ADPF no 357, para declarar a § 3 o Ouvido o embargado, no prazo de dez ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e
não recepção pela Constituição Federal da norma dias, serão os autos conclusos ao juiz, que, decretá‑la de imediato.
prevista neste parágrafo único (DOU de 6-7-2021). dentro de vinte dias, os rejeitará ou reformará
c § 4o acrescido pela Lei n o 11.051, de 29-12-2004.
c Art. 19, II, da CF.
a sentença. c Arts. 156, V, e 174 do CTN.
c Súm. n 563 do STF.
o

c Súm. no 244 do TFR. Art. 35. Nos processos regulados por esta Lei, c Súm. no 409 do STJ.
c Súm. no 497 do STJ. poderá ser dispensada a audiência de revisor, § 5o A manifestação prévia da Fazenda Pública
I – União e suas autarquias; no julgamento das apelações. prevista no § 4 o deste artigo será dispensada
II – Estados, Distrito Federal e Territórios e suas c Arts. 102, III, e 105, III, da CF. no caso de cobranças judiciais cujo valor seja
autarquias, conjuntamente e pro rata; Art. 36. Compete à Fazenda Pública baixar inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro
III – Municípios e suas autarquias, conjunta‑ normas sobre o recolhimento da Dívida Ati‑ de Estado da Fazenda.
mente e pro rata. va respectiva, em juízo ou fora dele, e apro‑ c § 5o acrescido pela Lei no 11.960, de 29-6-2009.

1034
Lei no 7.689/1988
§ 2o Na instituição em que o patrimônio líquido
for negativo, o valor do depósito previsto no
parágrafo anterior será simbólico e fixado no
decreto expropriatório.
Art. 13. A União Federal, uma vez imitida na
posse das ações, exercerá todos os direitos
inerentes à condição de acionista, inclusive o
de preferência, que poderá ceder, para subs‑
crição de aumento de capital e o de votar, em
assembleia‑geral, a redução ou elevação do
capital social, o agrupamento ou o desdobra‑
mento de ações, a transformação, incorpora‑
ção, fusão ou cisão da sociedade, e quaisquer
outras medidas julgadas necessárias ao sanea‑
mento financeiro da sociedade e ao seu regular
funcionamento.
Art. 14. O regime de que trata este Decre‑
to‑Lei cessará:
a) se a União Federal assumir o controle acio‑
nário da instituição, na forma do artigo 11,
letra b;
b) nos casos de transformação, incorporação,
fusão, cisão ou de transferência do contro‑
le acionário da instituição;
c) quando, a critério do Banco Central do
Brasil, a situação da instituição se houver
normalizado;
d) pela decretação da liquidação extrajudicial
da instituição.
c Alínea d acrescida pelo Dec.‑lei n o 2.327, de
24-4-1987.
§ 1o Para os fins previstos neste Decreto‑Lei, a
União Federal será representada, nos atos que
lhe competir, pelo Banco Central do Brasil.
§ 2o O Banco Central do Brasil adotará as me‑
didas necessárias à recuperação integral dos
recursos aplicados na instituição, com base no c Publicada no DOU de 16-12-1988.
artigo 9 o deste Decreto‑Lei, e estabelecerá, se Art. 1o Fica instituída contribuição social sobre
for o caso, a forma, prazo e demais condições o lucro das pessoas jurídicas, destinada ao fi‑
para o seu resgate.
nanciamento da seguridade social.
§ 3 o Decretada a liquidação extrajudicial da c Art. 195, I, c, da CF.
instituição, tomar‑se‑á como data base, para c Art. 18, I, da Lei no 10.522, de 19-7-2002, que dis‑
todos os efeitos, inclusive a apuração da res‑
ponsabilidade dos ex‑administradores, a data
de decretação do regime de administração es‑ c Art. 6o da MP no 2.158-35, de 24-8-2001, que alte‑
pecial temporária.
c § 3o acrescido pelo Dec.‑lei no 2.327, de 24-4-1987.
Art. 15. Decretado o regime de administração
especial temporária, respondem solidariamen‑
te com os ex‑administradores da instituição pe‑
las obrigações por esta assumidas, as pessoas
naturais ou jurídicas que com ela mantenham
vínculo de controle, independentemente da
apuração de dolo ou culpa.
§ 1o Há vínculo de controle quando, alterna‑
tiva ou cumulativamente, a instituição e as
pessoas jurídicas mencionadas neste artigo es‑
tão sob controle comum; quando sejam, entre
si, controladoras ou controladas, ou quando
qualquer delas, diretamente ou através de
sociedades por ela controladas, é titular de
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações
sociais e o poder de eleger a maioria dos admi‑
nistradores da instituição.
§ 2 o A responsabilidade solidária decorrente
do vínculo de controle se circunscreve ao mon‑
tante do passivo a descoberto da instituição,
apurado em balanço que terá por data base o
dia da decretação do regime de que trata este
Decreto‑Lei.
1084
Art. 16. O inciso IX, do artigo 10, da Lei 3 – adição do valor das provisões não dedutí‑
n o 4.595, de 31 de dezembro de 1964, fica veis da determinação do lucro real, exceto
acrescido da alínea g, com a seguinte redação: a provisão para o imposto de renda;
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. 4– exclusão do resultado positivo da avalia‑
ção de investimentos pelo valor de patri‑
Art. 17. O artigo 11 da Lei no 4.595, de 31 mônio líquido;
de dezembro de 1964, fica acrescido de § 1 o 5 – exclusão dos lucros e dividendos deriva‑
com a seguinte redação, renumerado para 2 o
dos de participações societárias em pes‑
o atual parágrafo único. soas jurídicas domiciliadas no Brasil que
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. tenham sido computados como receita;
Art. 18. O Banco Central promoverá a respon‑ c Item 5 com a redação dada pela Lei no 12.973, de
sabilidade, com pena de demissão, do funcio‑ 13-5-2014.
nário ou Diretor que permitir o descumprimen‑ 6 – exclusão do valor, corrigido monetaria‑
to das normas referentes à conta de Reservas mente, das provisões adicionadas na for‑
Bancárias. ma do item 3, que tenham sido baixadas
Art. 19. Aplicam‑se à administração especial no curso de período base.
temporária regulada por este Decreto‑Lei as § 2o No caso de pessoa jurídica desobrigada de
disposições da Lei no 6.024, de 13 de março escrituração contábil, a base de cálculo da con‑
de 1974, que com ele não colidirem e, em es‑ tribuição corresponderá a dez por cento da re‑
pecial, as medidas acautelatórias e promotoras ceita bruta auferida no período de 1o de janeiro
da responsabilidade dos ex‑administradores. a 31 de dezembro de cada ano, ressalvado o
na alínea b do parágrafo anterior.
Art. 20. Este Decreto‑Lei entra em vigor na disposto
data de sua publicação. Art. 3o A alíquota da contribuição é de:
Art. 21. Revogam‑se as disposições em c Caput com a redação dada pela Lei no 11.727, de
23-6-2008.
contrário.
I – 20% (vinte por cento) até o dia 31 de de-
Brasília, 25 de fevereiro de 1987; zembro de 2021 e 15% (quinze por cento) a
166o da Independência e
partir de 1o de janeiro de 2022, no caso das
99o da República. pessoas jurídicas de seguros privados, das
José Sarney de capitalização e das referidas nos incisos
II, III, IV, V, VI, VII, IX e X do § 1o do art. 1o da
Lei Complementar n o 105, de 10 de janeiro
de 2001;
LEI No 7.689, c Inciso I com a redação dada pela Lei no 14.183, de
DE 15 DE DEZEMBRO DE 1988 14-7-2021.
Institui contribuição social sobre o lucro das II – Revogado. Lei no 14.183, de 14-7-2021;
pessoas jurídicas, e dá outras providências. II‑A – 25% (vinte e cinco por cento) até o dia
31 de dezembro de 2021 e 20% (vinte por
cento) a partir de 1 o de janeiro de 2022, no
caso das pessoas jurídicas referidas no inci-
so I do § 1 o do art. 1 o da Lei Complementar
no 105, de 10 de janeiro de 2001; e
c Inciso II‑A acrescido pela Lei n o 14.183, de
14-7-2021.
põe sobre o Cadastro Informativo dos créditos não
quitados de órgãos e entidades federais. III – 9% (nove por cento), no caso das demais
pessoas jurídicas.
ra a legislação das contribuições para a COFINS e c Inciso III com a redação dada pela Lei no 13.169, de
para o PIS/PASEP, e do IR, e até o encerramento 6-10-2015.
desta edição não havia sido convertida em Lei.
Art. 4o São contribuintes as pessoas jurídicas
Art. 2o A base de cálculo da contribuição é o estabelecidas no País e as que lhe são equipa-
valor do resultado do exercício, antes da provi‑ radas pela legislação tributária, ressalvadas
são para o Imposto sobre a Renda. as vedadas na alínea b do inciso VI do caput
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo: do art. 150 da Constituição Federal, na forma
restritiva prevista no § 4o do mesmo artigo.
a) será considerado o resultado do período
base encerrado em 31 de dezembro de c Caput com a redação dada pela Lei no 14.057, de
11-9-2020, promulgado nos termos do art. 66, § 5o,
cada ano; da CF (DOU de 26-3-2021 – edição extra D).
b) no caso de incorporação, fusão, cisão ou
encerramento de atividades, a base de cál‑ Parágrafo único. Conforme previsto nos
arts. 106 e 110 da Lei n o 5.172, de 25 de ou-
culo é o resultado apurado no respectivo
tubro de 1966 (Código Tributário Nacional),
balanço;
passam a ser consideradas nulas as autua-
c) o resultado do período base, apurado com ções feitas em descumprimento do previsto
observância da legislação comercial, será no caput deste artigo, em desrespeito ao
ajustado pela: disposto na alínea b do inciso VI do caput do
c Alínea c com a redação dada pela Lei n o 8.034, de art. 150 da Constituição Federal, na forma
12-4-1990. restritiva prevista no § 4o do mesmo artigo.
1 – adição do resultado negativo da avaliação c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 14.057, de
de investimentos pelo valor de patrimônio 11-9-2020, promulgado nos termos do art. 66, § 5o,
líquido; da CF (DOU de 26-3-2021 – edição extra D).
2 – adição do valor de reserva de reavaliação, Art. 5 o A contribuição social será convertida
baixado durante o período base, cuja con‑ em número de Obrigações do Tesouro Nacio‑
trapartida não tenha sido computada no nal – OTN, mediante a divisão de seu valor em
resultado do período base; cruzados pelo valor de uma OTN, vigente no

mês de encerramento do período base de sua
apuração.
§ 1o A contribuição será paga em seis presta‑
ções mensais iguais e consecutivas, expres‑
sas em número de OTN, vencíveis no último
dia útil de abril a setembro de cada exercício
financeiro.
§ 2 o No caso do artigo 2 o, § 1 o, alínea b, a
contribuição social deverá ser paga até o úl‑
timo dia útil do mês subsequente ao da in‑
corporação, fusão, cisão ou encerramento de
atividades.
§ 3o Os valores da contribuição social e de cada
parcela serão expressos em número de OTN até
a segunda casa decimal quando resultarem fra‑
cionários, abandonando‑se as demais.
§ 4 o Nenhuma parcela, exceto parcela única,
será inferior ao valor de dez OTN.
§ 5o O valor em cruzados de cada parcela será
determinado mediante a multiplicação de seu
valor, expresso em número de OTN, pelo valor
da OTN no mês de seu pagamento.
Art. 6o A administração e fiscalização da con‑
tribuição social de que trata esta Lei compete
à Secretaria da Receita Federal.
Parágrafo único. Aplicam‑se à contribuição
social, no que couber, as disposições da legis‑
lação do Imposto sobre a Renda referentes à
administração, ao lançamento, à consulta, à
cobrança, às penalidades, às garantias e ao
processo administrativo.
Art. 7 o Os órgãos da Secretaria da Receita
Federal enviarão às Procuradorias da Fazenda
Nacional os demonstrativos de débitos da con‑
tribuição de que trata esta Lei, para fins de
apuração e inscrição em Dívida Ativa da União.
§ 1o Os débitos de que trata este artigo pode‑
rão, sem prejuízo da respectiva liquidez e cer‑
teza, ser inscritos em Dívida Ativa pelo valor
expresso em OTN.
§ 2o Far‑se‑á a conversão do débito na forma
prevista no parágrafo anterior com base no va‑
lor da OTN no mês de seu vencimento.
Art. 8o A contribuição social será devida a par‑
tir do resultado apurado no período‑base a ser
encerrado em 31 de dezembro de 1988.
c Res. do Senado Federal no 11, de 4-4-1995, suspen‑ c
de a execução deste artigo.
c O STF, por unanimidade de votos, julgou parcial‑ Art. 2 VETADO.
mente procedente a ADIN n o 15-2, para declarar Art. 3o Impedir ou obstar o acesso de alguém,
a inconstitucionalidade deste artigo (DOU de devidamente habilitado, a qualquer cargo da
21-6-2007).
Art. 9o Ficam mantidas as contribuições previs‑ das concessionárias de serviços públicos:
tas na legislação em vigor, incidentes sobre a
folha de salários e a de que trata o Decreto‑Lei
no 1.940, de 25 de maio de 1982, e alterações
posteriores, incidente sobre o faturamento das
empresas, com fundamento no artigo 195, I,
da Constituição Federal.
c O STF, por unanimidade de votos, julgou parcial‑
mente procedente a ADIN n o 15-2, para declarar
a inconstitucionalidade deste artigo (DOU de Art. 4o Negar ou obstar emprego em empresa
21-6-2007).
c Art. 18, III, da Lei no 10.522, de 19-7-2002, que dis‑
põe sobre o Cadastro Informativo dos créditos não
quitados de órgãos e entidades federais.
Art. 10. A partir do exercício financeiro de de discriminação de raça ou de cor ou práticas
1989, as pessoas jurídicas pagarão o Imposto
sobre a Renda à alíquota de trinta por cento
sobre o lucro real ou arbitrado, apurado em
conformidade com a legislação tributária, sem
prejuízo do adicional de que tratam os artigos
1o e 2o do Decreto‑Lei no 2.462, de 30 de agos‑
to de 1988.
Art. 11. Em relação aos fatos geradores ocor‑
ridos entre 1o de janeiro e 31 de dezembro de
1989, fica alterada para trinta e cinco cen‑
tésimos por cento a alíquota de que tratam
os itens II, III e V do artigo 1o do Decreto‑Lei
no 2.445, de 29 de junho de 1988, com a re‑
dação dada pelo Decreto‑Lei no 2.449, de 21
de julho de 1988.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 13. Revogam‑se as disposições em
contrário.
Senado Federal, 15 de dezembro de 1998;
167o da Independência e
100o da República.
Humberto Lucena
LEI No 7.716,
DE 5 DE JANEIRO DE 1989
Define os crimes resultantes de pre-
conceitos de raça ou de cor.
c Publicada no DOU de 6-1-1989 e retificada em
9-1-1989.
c Art. 323, I, do CPP.
c Lei no 12.288, de 20-7-2010 (Estatuto da Igualdade
Racial).
Art. 1o Serão punidos, na forma desta Lei, os
crimes resultantes de discriminação ou precon‑
ceito de raça, cor, etnia, religião ou procedên‑
cia nacional.
c Artigo com a redação dada pela Lei n o 9.459, de
13-5-1997.
Art. 5o, XLII, da CF.
o sas de diversões, ou clubes sociais abertos ao
Administração Direta ou Indireta, bem como
Pena – reclusão de dois a cinco anos.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena
quem, por motivo de discriminação de raça,
cor, etnia, religião ou procedência nacional,
obstar a promoção funcional.
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 12.288, de
20-7-2010.
Lei no 7.716/1989
privada:
Pena – reclusão de dois a cinco anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo
resultantes do preconceito de descendência ou
origem nacional ou étnica:
I – deixar de conceder os equipamentos neces‑
sários ao empregado em igualdade de condi‑
ções com os demais trabalhadores;
II – impedir a ascensão funcional do empre‑
gado ou obstar outra forma de benefício
profissional;
III – proporcionar ao empregado tratamento
diferenciado no ambiente de trabalho, espe‑
cialmente quanto ao salário.
§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de pres‑
tação de serviços à comunidade, incluindo
atividades de promoção da igualdade racial,
quem, em anúncios ou qualquer outra forma
de recrutamento de trabalhadores, exigir as‑
pectos de aparência próprios de raça ou etnia
para emprego cujas atividades não justifiquem
essas exigências.
c §§ 1 o e 2 o acrescidos pela Lei n o 12.288, de
20-7-2010.
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
Art. 5o Recusar ou impedir acesso a estabeleci‑
mento comercial, negando‑se a servir, atender
ou receber cliente ou comprador:
Pena – reclusão de um a três anos.
Art. 6o Recusar, negar ou impedir a inscrição
ou ingresso de aluno em estabelecimento de
ensino público ou privado de qualquer grau:
Pena – reclusão de três a cinco anos.
Parágrafo único. Se o crime for praticado
contra menor de dezoito anos a pena é agra‑
vada de um terço.
Art. 7o Impedir o acesso ou recusar hospeda‑
gem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer
estabelecimento similar:
Pena – reclusão de três a cinco anos.
Art. 8 o Impedir o acesso ou recusar atendi‑
mento em restaurantes, bares, confeitarias, ou
locais semelhantes abertos ao público:
Pena – reclusão de um a três anos.
Art. 9 o Impedir o acesso ou recusar atendi‑
mento em estabelecimentos esportivos, ca‑
público:
Pena – reclusão de um a três anos.
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendi‑
mento em salões de cabeleireiros, barbearias,
termas ou casas de massagem ou estabeleci‑
mentos com as mesmas finalidades:
Pena – reclusão de um a três anos.
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais
em edifícios públicos ou residenciais e elevado‑
res ou escada de acesso aos mesmos:
Pena – reclusão de um a três anos.
1085
Lei no 8.036/1990
§ 3o A retenção do imposto, prevista neste arti‑
go, não exclui a incidência do imposto de ren‑
da na fonte sobre os rendimentos produzidos
pelos respectivos títulos ou aplicações.
§ 4 o A retenção do imposto, prevista neste
artigo, será dispensada caso o contribuinte
comprove, perante o Departamento da Receita
Federal, que o valor resgatado tem origem em
rendimentos próprios, declarados na forma da
legislação do imposto de renda.
§ 5o A liberação dos recursos sem a observân‑
cia do disposto no parágrafo anterior sujeitará
a instituição financeira à multa de vinte e cinco
por cento sobre o valor do resgate dos títu‑
los ou aplicações, corrigido monetariamente
a partir da data do seu efetivo recolhimento.
Art. 4o O artigo 20 da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, passa a vigorar com a se‑
guinte redação:
c Alteração inserida no texto da referida Lei.
Art. 5o As sociedades por ações terão um pra‑
zo de dois anos para adaptar seus estatutos ao
disposto no artigo anterior.
§ 1 o No prazo a que se refere este artigo, as
operações com ações, ao portador ou endos‑
sáveis, existentes na data da publicação des‑
ta Lei, emitidas pelas sociedades por ações,
somente poderão ser efetuadas quando
atenderem, cumulativamente, às seguintes
condições:
a) estiverem as ações sob custódia de insti‑
tuição financeira ou de bolsa de valores,
autorizada a operar por ato da Comissão
de Valores Mobiliários – CVM ou do Ban‑
co Central do Brasil, no âmbito de sua
competência;
b) houver a identificação do vendedor e do
comprador.
§ 2 o As ações mencionadas neste artigo so‑
mente poderão ser retiradas da custódia me‑
diante a identificação do proprietário.
§ 3 o A instituição financeira ou bolsa custo‑
diante deverá enviar ao Departamento da
Receita Federal, até o dia 15 de cada mês,
comunicação que identifique o proprietário, a
quantidade, a espécie e o valor de aquisição
das ações que houverem sido retiradas de sua
custódia no mês anterior.
§ 4o A inobservância do disposto no parágra‑
fo anterior sujeitará a instituição financeira
ou bolsa custodiante à multa de vinte e cinco
por cento do valor das ações, corrigido mone‑
tariamente a partir do vencimento do prazo
para a comunicação até a data do seu efetivo
pagamento.
§ 5o Para efeito do disposto no parágrafo ante‑
rior, considera‑se valor da ação o preço médio
de negociação em pregão de Bolsa de Valores
no dia da retirada da ação ou, na falta deste, o
preço médio da ação da última negociação em
pregão da Bolsa de Valores, corrigido pelo BTN
Fiscal até o dia da retirada da ação.
§ 6 o Para as ações não admitidas à negocia‑
ção em Bolsas de Valores, considera‑se o valor
patrimonial da ação corrigido pelo BTN Fiscal
desde a data do último balanço até a data de
sua retirada da custódia.
Art. 6o O lançamento de ofício, além dos casos
já especificados em lei, far‑se‑á arbitrando‑se
os rendimentos com base na renda presumi‑
da, mediante utilização dos sinais exteriores
de riqueza.
1094
§ 1 o Considera‑se sinal exterior de riqueza a
realização de gastos incompatíveis com a ren‑
da disponível do contribuinte.
§ 2 o Constitui renda disponível a receita au‑
ferida pelo contribuinte, diminuída dos abati‑
mentos e deduções admitidos pela legislação
do imposto de renda em vigor e do imposto de
renda pago pelo contribuinte.
§ 3o Ocorrendo a hipótese prevista neste arti‑
go, o contribuinte será notificado para o devi‑
do procedimento fiscal de arbitramento.
§ 4o No arbitramento tomar‑se‑ão como base
os preços de mercado vigentes à época da
ocorrência dos fatos ou eventos, podendo,
para tanto, ser adotados índices ou indicado‑
res econômicos oficiais ou publicações técnicas
especializadas.
§ 5o Revogado. Lei no 9.430, de 27-12-1996.
§ 6o Qualquer que seja a modalidade escolhida
para o arbitramento, será sempre levada a efei‑
to aquela que mais favorecer o contribuinte.
Art. 7 o A autoridade fiscal do Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento poderá
proceder a exames de documentos, livros e re‑
gistros das bolsas de valores, de mercadorias,
de futuros e assemelhadas, bem como solicitar
a prestação de esclarecimentos e informações
a respeito de operações por elas praticadas,
inclusive em relação a terceiros.
§ 1o As informações deverão ser prestadas no
prazo máximo de dez dias úteis contados da
data da solicitação. O não cumprimento desse
prazo sujeitará a instituição a multa de valor
equivalente a mil BTN Fiscais por dia útil de
atraso.
§ 2o As informações obtidas com base neste ar‑
tigo somente poderão ser utilizadas para efeito
de verificação do cumprimento de obrigações
tributárias.
§ 3 o O servidor que revelar informações que
tiver obtido na forma deste artigo estará sujei‑
to às penas previstas no artigo 325 do Código
Penal brasileiro.
Art. 8o Iniciado o procedimento fiscal, a auto‑
ridade fiscal poderá solicitar informações sobre
operações realizadas pelo contribuinte em ins‑
tituições financeiras, inclusive extratos de con‑
tas bancárias, não se aplicando, nesta hipóte‑
se, o disposto no artigo 38 da Lei no 4.595, de
31 de dezembro de 1964.
Parágrafo único. As informações, que obe‑
decerão às normas regulamentares expedidas
pelo Ministério da Economia, Fazenda e Pla‑
nejamento, deverão ser prestadas no prazo
máximo de dez dias úteis contados da data da
solicitação, aplicando‑se, no caso de descum‑
primento desse prazo, a penalidade prevista no
§ 1o do artigo 7o.
Art. 9o Os estabelecimentos bancários autori‑
zados a acolher depósitos de qualquer nature‑
za deverão centralizar, em um único estabele‑
cimento de sua rede de agências, as contas de
não residentes no País.
Art. 10. Fica o Poder Executivo autorizado
a celebrar convênios com outros países para
repatriar bens de qualquer natureza, inclusi‑
ve financeiros e títulos de valores mobiliários,
pertencentes a empresas brasileiras e pessoas
físicas residentes e domiciliadas no País.
Parágrafo único. Os valores repatriados fica‑
rão sujeitos ao imposto de renda à alíquota de
vinte e cinco por cento.
Art. 11. O Poder Executivo regulamentará o
disposto nesta Lei.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 13. Revogam‑se o artigo 9 o da Lei
n o 4.729, de 14 de julho de 1965, os artigos
32 e 33 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, e demais disposições em contrário.
Brasília, 12 de abril de 1990;
169o da Independência e
102o da República.
Fernando Collor
LEI No 8.036,
DE 11 DE MAIO DE 1990
Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço e dá outras providências.
c Publicada no DOU de 14-5-1990.
c Dec. n o 99.684, de 8-11-1990, regulamenta esta
Lei.
c LC n o 110, de 29-6-2001, institui contribuições
sociais e autoriza créditos de complementos de
atualização monetária em contas vinculadas do
FGTS, regulamentada pelos Decretos nos 3.913, de
11-9-2001, e 3.194, de 11-9-2001.
c IN da SIT no 84, de 13-7-2010, dispõe sobre a fis-
calização do Fundo de Garantia do Tempo de Ser-
viço – FGTS e das Contribuições Sociais instituídas
pela LC no 110, de 29-6-2001.
c Súmulas nos 249, 445 e 462 do STJ.
c Orientações Jurisprudenciais da SBDI‑I nos 341,
344 e 370 do TST.
Art. 1o O Fundo de Garantia do Tempo de Ser‑
viço – FGTS, instituído pela Lei n o 5.107, de
13 de setembro de 1966, passa a reger‑se por
esta Lei.
Art. 2o O FGTS é constituído pelos saldos das
contas vinculadas a que se refere esta Lei e
outros recursos a ele incorporados, devendo
ser aplicados com atualização monetária e ju‑
ros, de modo a assegurar a cobertura de suas
obrigações.
§ 1 o Constituem recursos incorporados ao
FGTS, nos termos do caput deste artigo:
a) eventuais saldos apurados nos termos do
artigo 12, § 4o;
b) dotações orçamentárias específicas;
c) resultados das aplicações dos recursos do
FGTS;
d) multas, correção monetária e juros morató‑
rios devidos;
e) demais receitas patrimoniais e financeiras.
§ 2 o As contas vinculadas em nome dos tra‑
balhadores são absolutamente impenhoráveis.
Art. 3o O FGTS será regido por normas e dire‑
trizes estabelecidas por um Conselho Curador,
composto por representação de trabalhadores,
empregadores e órgãos e entidades governa‑
mentais, na forma estabelecida pelo Poder
Executivo.
c Caput com a redação dada pela MP no 2.216-37, de
31-8-2001, que até o encerramento desta edição
não havia sido convertida em Lei.
§ 1o A Presidência do Conselho Curador será
exercida por representante do Ministério do
Trabalho e Previdência.
c § 1o com a redação dada pela MP no 1.058, de 27-
7-2021, que até o encerramento desta edição não
havia sido convertida em lei.
§ 2o Revogado. MP no 2.216-37, de 31-8-2001.
Lei no 9.613/1998
cional, quando o governo do país da autorida‑ dos mercados financeiro, de câmbio, de capi‑ autoridade competente e nos termos de instru‑
de solicitante prometer reciprocidade ao Brasil. tais e de seguros; ções por esta expedidas;
§ 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, IX – as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou III – deverão adotar políticas, procedimentos e
direitos ou valores privados sujeitos a medidas estrangeiras, que operem no Brasil como agen‑ controles internos, compatíveis com seu porte e
assecuratórias por solicitação de autoridade tes, dirigentes, procuradoras, comissionarias volume de operações, que lhes permitam aten‑
estrangeira competente ou os recursos prove‑ ou por qualquer forma representem interesses der ao disposto neste artigo e no art. 11, na
nientes da sua alienação serão repartidos entre de ente estrangeiro que exerça qualquer das forma disciplinada pelos órgãos competentes;
o Estado requerente e o Brasil, na proporção de atividades referidas neste artigo; c Inciso III com a redação dada pela Lei no 12.683, de
metade, ressalvado o direito do lesado ou de X – as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam 9-7-2012.
terceiro de boa‑fé. atividades de promoção imobiliária ou compra IV – deverão cadastrar‑se e manter seu cadas‑
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 12.683, de e venda de imóveis; tro atualizado no órgão regulador ou fiscaliza‑
9-7-2012. c Inciso X com a redação dada pela Lei n 12.683, de
o
dor e, na falta deste, no Conselho de Controle
9-7-2012. de Atividades Financeiras (COAF), na forma e
CAPÍTULO V condições por eles estabelecidas;
XI – as pessoas físicas ou jurídicas que comer‑
DAS PESSOAS SUJEITAS AO cializem joias, pedras e metais preciosos, obje‑ V – deverão atender às requisições formuladas
MECANISMO DE CONTROLE tos de arte e antiguidades; pelo COAF na periodicidade, forma e condi‑
c Denominação do Capítulo V dada pela Lei XII – as pessoas físicas ou jurídicas que comer‑ ções por ele estabelecidas, cabendo‑lhe pre‑
no 12.683, de 9-7-2012. cializem bens de luxo ou de alto valor, inter‑ servar, nos termos da lei, o sigilo das informa‑
Art. 9o Sujeitam‑se às obrigações referidas nos medeiem a sua comercialização ou exerçam ções prestadas.
arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que atividades que envolvam grande volume de c Incisos IV e V acrescidos pela Lei no 12.683, de
tenham, em caráter permanente ou eventual, recursos em espécie; 9-7-2012.
como atividade principal ou acessória, cumu‑ c Inciso XII com a redação dada pela Lei no 12.683, § 1o Na hipótese de o cliente constituir‑se em
lativamente ou não: de 9-7-2012. pessoa jurídica, a identificação referida no in‑
c Caput com a redação dada pela Lei no 12.683, de
XIII – as juntas comerciais e os registros ciso I deste artigo deverá abranger as pessoas
9-7-2012. físicas autorizadas a representá‑la, bem como
públicos;
I – a captação, intermediação e aplicação de XIV – as pessoas físicas ou jurídicas que pres‑ seus proprietários.
recursos financeiros de terceiros, em moeda tem, mesmo que eventualmente, serviços de § 2o Os cadastros e registros referidos nos inci‑
nacional ou estrangeira; assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, sos I e II deste artigo deverão ser conservados
II – a compra e venda de moeda estrangeira aconselhamento ou assistência, de qualquer durante o período mínimo de cinco anos a par‑
ou ouro como ativo financeiro ou instrumento natureza, em operações: tir do encerramento da conta ou da conclusão
cambial; da transação, prazo este que poderá ser am‑
III – a custódia, emissão, distribuição, liquida‑ a) de compra e venda de imóveis, estabeleci‑
mentos comerciais ou industriais ou parti‑ pliado pela autoridade competente.
ção, negociação, intermediação ou administra‑ § 3o O registro referido no inciso II deste artigo
ção de títulos ou valores mobiliários. cipações societárias de qualquer natureza;
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou será efetuado também quando a pessoa física
Parágrafo único. Sujeitam‑se às mesmas outros ativos; ou jurídica, seus entes ligados, houver realiza‑
obrigações: c) de abertura ou gestão de contas bancárias, do, em um mesmo mês‑calendário, operações
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercado‑ de poupança, investimento ou de valores com uma mesma pessoa, conglomerado ou
rias ou futuros e os sistemas de negociação do mobiliários; grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o
mercado de balcão organizado; d) de criação, exploração ou gestão de socie‑ limite fixado pela autoridade competente.
c Inciso I com a redação dada pela Lei n o 12.683, de dades de qualquer natureza, fundações, Art. 10‑A. O Banco Central manterá registro
9-7-2012. fundos fiduciários ou estruturas análogas; centralizado formando o cadastro geral de cor‑
II – as seguradoras, as corretoras de seguros e e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e rentistas e clientes de instituições financeiras,
as entidades de previdência complementar ou f) de alienação ou aquisição de direitos sobre bem como de seus procuradores.
de capitalização; contratos relacionados a atividades despor‑ c Artigo acrescido pela Lei no 10.701, de 9-7-2003.
III – as administradoras de cartões de creden‑ tivas ou artísticas profissionais; CAPÍTULO VII
ciamento ou cartões de crédito, bem como as XV – pessoas físicas ou jurídicas que atuem na DA COMUNICAÇÃO DE
administradoras de consórcios para aquisição promoção, intermediação, comercialização, OPERAÇÕES FINANCEIRAS
de bens ou serviços; agenciamento ou negociação de direitos de
IV – as administradoras ou empresas que se uti‑ transferência de atletas, artistas ou feiras, ex‑ Art. 11. As pessoas referidas no artigo 9 :
o

lizem de cartão ou qualquer outro meio eletrô‑ posições ou eventos similares; I – dispensarão especial atenção às operações
nico, magnético ou equivalente, que permita a XVI – as empresas de transporte e guarda de que, nos termos de instruções emanadas das
transferência de fundos; valores; autoridades competentes, possam consti‑
V – as empresas de arrendamento mercantil XVII – as pessoas físicas ou jurídicas que co‑ tuir‑se em sérios indícios dos crimes previstos
(leasing), as empresas de fomento comercial mercializem bens de alto valor de origem rural nesta Lei, ou com eles relacionar‑se;
(factoring) e as Empresas Simples de Crédito ou animal ou intermedeiem a sua comercia‑ II – deverão comunicar ao COAF, abstendo‑se
(ESC); lização; e de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, in‑
c Inciso V com a redação dada pela LC n o 167, de XVIII – as dependências no exterior das enti‑ clusive àquela à qual se refira a informação, no
24-4-2019. dades mencionadas neste artigo, por meio de prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta
VI – as sociedades que, mediante sorteio, sua matriz no Brasil, relativamente a residentes ou realização:
método assemelhado, exploração de lote- no País. c Caput do inciso II com a redação dada pela Lei
rias, inclusive de apostas de quota fixa, ou c Incisos XIII a XVIII acrescidos pela Lei no 12.683, de no 12.683, de 9-7-2012.
outras sistemáticas de captação de apostas 9-7-2012. a) de todas as transações referidas no inciso II
com pagamento de prêmios, realizem distri- CAPÍTULO VI do art. 10, acompanhadas da identificação
buição de dinheiro, de bens móveis, de bens de que trata o inciso I do mencionado arti‑
imóveis e de outras mercadorias ou serviços, DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES go; e
bem como concedam descontos na sua aqui- E MANUTENÇÃO DE REGISTROS b) das operações referidas no inciso I;
sição ou contratação; Art. 10. As pessoas referidas no artigo 9 : o
c Alíneas a e b com a redação dada pela Lei
c Inciso VI com a redação dada pela Lei n o 14.183, de I – identificarão seus clientes e manterão ca‑ no 12.683, de 9-7-2012.
14-7-2021. dastro atualizado, nos termos de instruções III – deverão comunicar ao órgão regulador ou
VII – as filiais ou representações de entes es‑ emanadas das autoridades competentes; fiscalizador da sua atividade ou, na sua falta,
trangeiros que exerçam no Brasil qualquer das II – manterão registro de toda transação em ao COAF, na periodicidade, forma e condições
atividades listadas neste artigo, ainda que de moeda nacional ou estrangeira, títulos e va‑ por eles estabelecidas, a não ocorrência de
forma eventual; lores mobiliários, títulos de crédito, metais, propostas, transações ou operações passíveis
VIII – as demais entidades cujo funcionamento ou qualquer ativo passível de ser convertido de serem comunicadas nos termos do inciso II.
dependa de autorização de órgão regulador em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela c Inciso III acrescido pela Lei no 12.683, de 9-7-2012.

1372
 Lei no 10.865/2004
dos nos códigos 9018.90.99, 9021.90.91 e VIII – 1,52% (um inteiro e cinquenta e dois 8414.80.12; 8414.80.13; 8414.80.19;
9021.90.99, todos da TIPI; e centésimos por cento) e 7% (sete por cento), 8414.80.22; 8414.80.29; 8414.80.31;
c Inciso XXXVIII com a redação dada pela Lei para os fatos geradores ocorridos no ano de 8414.80.32; 8414.80.33; 8414.80.38;
n 12.995, de 18-6-2014.
o 2024. 8414.80.39; 8414.90.31; 8414.90.33;
XXXIX – Revogado. Lei n o 13.137, de c Incisos V a VIII acrescidos pela Lei no 14.183, de 8414.90.34; 8414.90.39; 84.16; 84.17; 84.19;
19-6-2015; 14-7-2021. 84.20; 8421.11.10; 8421.11.90; 8421.19.10;
XL – produtos classificados no Ex 01 do código § 16. Na hipótese da importação de etano, pro- 8421.19.90; 8421.21.00; 8421.22.00;
8503.00.90 da TIPI, exceto pás eólicas.” pano e butano de que trata o § 15 deste artigo, 8421.23.00; 8421.29.20; 8421.29.30;
8421.29.90; 8421.91.91; 8421.91.99;
c Inciso XL com a redação dada pela Lei no 13.169, de não se aplica o disposto no § 8 deste artigo.
o

6-10-2015. c § 16 acrescido pela Lei no 11.488, de 15-6-2007.

§ 13. O Poder Executivo poderá regulamentar:
c Caput do § 13 com a redação dada pela Lei
no 12.058, de 13-10-2009. § 17. O disposto no § 14 deste artigo não se
I – o disposto no § 10 deste artigo; e
II – a utilização do benefício da alíquota zero
de que tratam os incisos I a VII, XVIII a XXI e
XXIV a XXXVIII do § 12.
c Inciso II com a redação dada pela Lei no 12.649, de
17-5-2012.
§ 14. Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas
das contribuições incidentes sobre o valor
pago, creditado, entregue, empregado ou re-
metido à pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, referente a aluguéis e
contraprestações de arrendamento mercantil
de máquinas e equipamentos, embarcações e
aeronaves utilizados na atividade da empresa.
Este parágrafo estará revogado pela Lei no 14.183,
c
de 14-7-2021, a partir de 1o-1-2025.
aplica aos valores pagos, creditados, entre-
gues, empregados ou remetidos, por fonte
situada no País, à pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliada no exterior, em de-
corrência da prestação de serviços de frete,
afretamento, arrendamento ou aluguel de
embarcações marítimas ou fluviais destinadas
ao transporte de pessoas para fins turísticos.
§ 18. O disposto no § 17 deste artigo apli-
car‑se‑á também à hipótese de contratação ou
utilização da embarcação em atividade mista
de transporte de cargas e de pessoas para fins
turísticos, independentemente da preponde-
rância da atividade.
8421.99.10; 8421.99.91; 8421.99.99; 84.22
(exceto o código 8422.11.00); 84.23 (exceto
o código 8423.10.00); 84.24 (exceto os có-
digos 8424.10.00, 8424.20.00, 8424.89.10
e 8424.90.00); 84.25; 84.26; 84.27; 84.28;
84.29; 84.30; 84.31; 84.32; 84.33; 84.34;
84.35; 84.36; 84.37; 84.38; 84.39; 84.40;
84.41; 84.42; 8443.11.10; 8443.11.90;
8443.12.00; 8443.13.10; 8443.13.21;
8443.13.29; 8443.13.90; 8443.14.00;
8443.15.00; 8443.16.00; 8443.17.10;
8443.17.90; 8443.19.10; 8443.19.90;
8443.39.10; 8443.39.21; 8443.39.28;
8443.39.29; 8443.39.30; 8443.39.90;
84.44; 84.45; 84.46; 84.47; 84.48; 84.49;
8450.11.00; 8450.19.00; 8450.20.90;
8450.20; 8450.90.90; 84.51 (exceto códi-
go 8451.21.00); 84.52 (exceto os códigos
8452.10.00, 8452.90.20 e 8452.90.8); 84.53;

c § 14 acrescido pela Lei no 10.925, de 23-7-2004.
c Súm. no 423 do STJ.
§ 15. Na importação de etano, propano e bu-
tano, destinados à produção de eteno e pro-
peno; de nafta petroquímica e de condensado
destinado a centrais petroquímicas; bem como
na importação de eteno, propeno, buteno,
butadieno, ortoxileno, benzeno, tolueno, iso-
preno e paraxileno, quando efetuada por in-
dústrias químicas, as alíquotas da Contribuição
para o PIS/PASEP‑Importação e da COFINS‑Im-
portação são de, respectivamente:
c Caput com a redação dada pela Lei no 12.859, de
10-9-2013.
c Este parágrafo estará revogado pela Lei no 14.183,
de 14-7-2021, a partir de 1o-1-2025.
I – 0,18% (dezoito centésimos por cento) e
0,82% (oitenta e dois centésimos por cento),
para os fatos geradores ocorridos nos anos de
2013, 2014 e 2015;
II – 0,54% (cinquenta e quatro centésimos por
cento) e 2,46% (dois inteiros e quarenta e seis
centésimos por cento), para os fatos geradores
ocorridos no ano de 2016;
III – 0,90% (noventa centésimos por cento) e
4,10% (quatro inteiros e dez centésimos por
cento), para os fatos geradores ocorridos no
ano de 2017; e
c Incisos I a III com a redação dada pela Lei
no 12.589, de 10-9-2013.
IV – 1% (um por cento) e 4,6% (quatro intei-
ros e seis décimos por cento), para os fatos
geradores ocorridos nos anos de 2018 a 2020
e nos meses de janeiro a junho de 2021;
Inciso IV com a redação dada pela Lei no 14.183, de
c 9017.30.20; 9017.30.90; 9024.10.10;
14-7-2021.
V – 1,13% (um inteiro e treze centésimos por
cento) e 5,2% (cinco inteiros e dois décimos
por cento), para os fatos geradores ocorridos
nos meses de julho a dezembro de 2021;
VI – 1,26% (um inteiro e vinte e seis centési-
mos por cento) e 5,8% (cinco inteiros e oito
décimos por cento), para os fatos geradores
ocorridos no ano de 2022;
VII – 1,39% (um inteiro e trinta e nove centé-
simos por cento) e 6,4% (seis inteiros e qua-
tro décimos por cento), para os fatos gerado-
res ocorridos no ano de 2023; e
c §§ 17 e 18 com a redação dada pela Lei no 11.727,
de 23-6-2008.
§ 19. A importação de álcool, inclusive para
fins carburantes, é sujeita à incidência da Con-
tribuição para o PIS/PASEP‑Importação e da
COFINS‑Importação com alíquotas de, respec-
tivamente, 2,1% (dois inteiros e um décimo
por cento) e 9,65% (nove inteiros e sessenta
e cinco centésimos por cento), independente-
mente de o importador haver optado pelo regi-
me especial de apuração e pagamento referido
no art. 5o da Lei no 9.718, de 27 de novembro
de 1998.
c § 19 com a redação dada pela Lei n o 13.137, de
19-6-2015.
c A MP no 491, de 23-6-2010, havia acrescido o § 20
a este artigo, porém teve seu prazo de vigência
encerrado.
§ 21. Até 31 de dezembro de 2020, as alíquo-
tas da COFINS‑Importação de que trata este ar-
tigo ficam acrescidas de um ponto percentual
na hipótese de importação dos bens classifica-
dos na Tipi, aprovada pelo Decreto no 8.950,
de 29 de dezembro de 2016, nos códigos:
c Caput do § 21 com a redação dada pela Lei
no 13.670, de 30-5-2018.
I a VI – Revogados. Lei n o 12.715, de
17-9-2012;
VII – 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03,
4818.50.00, 6505.00, 6812.91.00,
8804.00.00, capítulos 61 a 63;
VIII – 64.01 a 64.06;
IX – 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14;
X – 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06 e 96.07;
c Incisos VII a X acrescidos pela Lei n o 13.670, de
30-5-2018.
XI – VETADO. Lei no 13.670, de 30-5-2018;
XII – 87.02, exceto 8702.90.10, e 87.07;
c Inciso XII acrescido pela Lei n o 13.670, de
30-5-2018.
XIII – VETADO. Lei no 13.670, de 30-5-2018;
XIV – 7308.20.00; 7309.00.10; 7309.00.90;
7310.29.90; 7311.00.00; 7315.12.10;
7316.00.00; 84.02; 84.03; 84.04; 84.05;
84.06; 84.07, 84.08; 84.09 (exceto o código
8409.10.00); 84.10. 84.11; 84.12; 84.13;
8414.10.00; 8414.30.19; 8414.30.91;
8414.30.99; 8414.40.10; 8414.40.20;
8414.40.90; 8414.59.90; 8414.80.11;
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
84.54; 84.55; 84.56; 84.57; 84.58; 84.59;
84.60; 84.61; 84.62; 84.63; 84.64; 84.65;
84.66; 8467.11.10; 8467.11.90; 8467.19.00;
8467.29.91; 8468.20.00; 8468.80.10;
8468.80.90; 84.74; 84.75; 84.77; 8478.10.10;
8478.10.90; 84.79; 8480.20.00; 8480.30.00;
8480.4; 8480.50.00; 8480.60.00; 8480.7;
8481.10.00; 8481.30.00; 8481.40.00;
8481.80.11; 8481.80.19; 8481.80.21;
8481.80.29; 8481.80.39; 8481.80.92;
8481.80.93; 8481.80.94; 8481.80.95;
8481.80.96; 8481.80.97; 8481.80.99; 84.83;
84.84; 84.86; 84.87; 8501.33.10; 8501.33.20;
8501.34.11; 8501.34.19; 8501.34.20;
8501.51.10; 8501.51.20. 8501.51.90;
8501.52.10; 8501.52.20; 8501.52.90;
8501.53.10; 8501.53.20; 8501.53.30;
8501.53.90; 8501.61.00; 8501.62.00;
8501.63.00; 8501.64.00; 85.02; 8503.00.10;
8503.00.90; 8504.21.00; 8504.22.00;
8504.23.00; 8504.33.00; 8504.34.00;
8504.40.30; 8504.40.40; 8504.40.50;
8504.40.90; 8504.90.30; 8504.90.40;
8505.90.90; 8508.60.00; 8514.10.10;
8514.10.90; 8514.20.11; 8514.20.19;
8514.20.20; 8514.30.11; 8514.30.19;
8514.30.21; 8514.30.29; 8514.30.90;
8514.40.00; 8515.11.00; 8515.19.00;
8515.21.00; 8515.29.00; 8515.31.10;
8515.31.90; 8515.39.00; 8515.80.10;
8515.80.90; 8543.30.00; 8601.10.00;
8602.10.00; 8604.00.90; 8701.10.00;
8701.30.00; 8701.90.10; 8701.90.90;
8705.10.10; 8705.10.90; 8705.20.00;
8705.30.00; 8705.40.00; 8705.90.10;
8705.90.90; 8716.20.00; 9017.30.10;
9024.10.20; 9024.10.90; 9024.80.11;
9024.80.19; 9024.80.21; 9024.80.29;
9024.80.90; 9024.90.00; 9025.19.10;
9025.19.90; 9025.80.00; 9025.90.10;
9025.90.90; 9026.10.19; 9026.10.21;
9026.10.29; 9026.20.10; 9026.20.90;
9026.80.00; 9026.90.10; 9026.90.20;
9026.90.90; 9027.10.00; 9027.20.11;
9027.20.12; 9027.20.19; 9027.20.21;
9027.20.29; 9027.30.11; 9027.30.19;
9027.30.20; 9027.50.10; 9027.50.20;
9027.50.30; 9027.50.40; 9027.50.50;
9027.50.90; 9027.80.11; 9027.80.12;

1455
Lei no 10.865/2004
9027.80.13; 9027.80.14; 9027.80.20; c) bagagem de viajantes procedentes do ex-
9027.80.30; 9027.80.91; 9027.80.99; terior e bens importados a que se apliquem
9027.90.10; 9027.90.91; 9027.90.93; os regimes de tributação simplificada ou
9027.90.99; 9031.10.00; 9031.20.10; especial;
9031.20.90; 9031.41.00; 9031.49.10; d) bens adquiridos em loja franca no País;
9031.49.20; 9031.49.90; 9031.80.11; e) bens trazidos do exterior, no comércio ca-
9031.80.12; 9031.80.20; 9031.80.30; racterístico das cidades situadas nas fron-
9031.80.40; 9031.80.50; 9031.80.60; teiras terrestres, destinados à subsistência
9031.80.91; 9031.80.99; 9031.90.10; da unidade familiar de residentes nas cida-
9031.90.90; 9032.10.10; 9032.10.90; des fronteiriças brasileiras;
9032.20.00; 9032.81.00; 9032.89.11; f) bens importados sob o regime aduaneiro
especial de drawback, na modalidade de
9032.89.29; 9032.89.8; 9032.89.90;
9032.90.10; 9032.90.99; 9033.00.00; isenção;
9506.91.00; g) objetos de arte, classificados nas posições
c Inciso XIV acrescido pela Lei n o 13.670, de 97.01, 97.02, 97.03 e 97.06 da NCM, rece-
30-5-2018. bidos em doação, por museus instituídos e
mantidos pelo poder público ou por outras
XV e XVI – VETADOS. Lei n o 13.670, de entidades culturais reconhecidas como de
30-5-2018; utilidade pública; e
XVII – 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, h) máquinas, equipamentos, aparelhos e
02.09, 0210.1, 0210.99.00, 1601.00.00,
instrumentos, e suas partes e peças de
1602.3, 1602.4, 03.03, 03.04, 03.02, exceto reposição, acessórios, matérias‑primas e
03.02.90.00;
produtos intermediários, importados por
XVIII – 5004.00.00, 5005.00.00, 5006.00.00, instituições científicas e tecnológicas e por
50.07, 5104.00.00, 51.05, 51.06, 51.07,
cientistas e pesquisadores, conforme o dis-
51.08, 51.09, 5110.00.00, 51.11, 51.12,
posto na Lei no 8.010, de 29 de março de
5113.00, 5203.00.00, 52.04, 52.05, 1990.
52.06, 52.07, 52.08, 52.09, 52.10, 52.11,
52.12, 53.06, 53.07, 53.08, 53.09, 53.10, III – VETADO.
5311.00.00, no capítulo 54, exceto os códigos § 1o As isenções de que tratam os incisos I e
5402.46.00, 5402.47.00 e 5402.33.10, e nos II deste artigo somente serão concedidas se
capítulos 55 a 60; satisfeitos os requisitos e condições exigidos
c Incisos XVII e XVIII acrescidos pela Lei n o 13.670, para o reconhecimento de isenção do Imposto
de 30-5-2018. sobre Produtos Industrializados – IPI.
XIX e XX – VETADOS. Lei n o 13.670, de c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 10.925, de
23-7-2004.
30-5-2018.
§ 2o VETADO.
§ 22. A utilização do benefício de alíquota
zero de que tratam os incisos XIX a XXXVIII Art. 10. Quando a isenção for vinculada à
do § 12 deste artigo cessará quando houver qualidade do importador, a transferência de
oferta de mercadorias produzidas no Brasil em propriedade ou a cessão de uso dos bens, a
qualquer título, obriga ao prévio pagamento
condições similares às das importadas quanto
ao padrão de qualidade, conteúdo técnico, das contribuições de que trata esta Lei.
preço ou capacidade produtiva, conforme re- Parágrafo único. O disposto no caput deste
gulamentação editada pelo Poder Executivo. artigo não se aplica aos bens transferidos ou
c § 22 acrescido pela Lei no 12.649, de 17-5-2012. cedidos:
§ 23. Aplica‑se ao condensado destinado a I – a pessoa ou a entidade que goze de igual
centrais petroquímicas o disposto nos arts. 56 tratamento tributário, mediante prévia decisão
e 57 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de da autoridade administrativa da Secretaria da
Receita Federal;
2005.
II – após o decurso do prazo de 3 (três) anos,
c § 23 acrescido pela Lei no 12.715, de 17-9-2012.
contado da data do registro da declaração de
c Este parágrafo estará revogado pela Lei no 14.183,
importação; e
de 14-7-2021, a partir de 1o-1-2025.
III – a entidades beneficentes, reconhecidas
§ 24. VETADO. Lei no 12.715, de 17-9-2012. como de utilidade pública, para serem vendi-
dos em feiras, bazares e eventos semelhantes,
CAPÍTULO VI
desde que recebidos em doação de represen-
DA ISENÇÃO
tações diplomáticas estrangeiras sediadas no
Art. 9o São isentas das contribuições de que País.
trata o art. 1o desta Lei:
Art. 11. A isenção das contribuições, quando
I – as importações realizadas: vinculada à destinação dos bens, ficará condi-
cionada à comprovação posterior do seu efe-
a) pela União, Estados, Distrito Federal e Mu-
nicípios, suas autarquias e fundações insti- tivo emprego nas finalidades que motivaram
a concessão.
tuídas e mantidas pelo poder público;
b) pelas Missões Diplomáticas e Repartições Art. 12. Desde que mantidas as finalidades
Consulares de caráter permanente e pelos que motivaram a concessão e mediante prévia
respectivos integrantes; decisão da autoridade administrativa da Secre-
c) pelas representações de organismos in- taria da Receita Federal, poderá ser transferida
ternacionais de caráter permanente, in- a propriedade ou cedido o uso dos bens antes
clusive os de âmbito regional, dos quais de decorrido o prazo de 3 (três) anos a que se
o Brasil seja membro, e pelos respectivos refere o inciso II do parágrafo único do art. 10
integrantes; desta Lei, contado da data do registro da cor-
respondente declaração de importação.
II – as hipóteses de:
a) amostras e remessas postais internacionais, CAPÍTULO VII
sem valor comercial; DO PRAZO DE RECOLHIMENTO
b) remessas postais e encomendas aéreas in- Art. 13. As contribuições de que trata o art. 1o
ternacionais, destinadas a pessoa física; desta Lei serão pagas:
I – na data do registro da declaração de im-
portação, na hipótese do inciso I do caput do
art. 3o desta Lei;
II – na data do pagamento, crédito, entrega,
emprego ou remessa, na hipótese do inciso II
do caput do art. 3o desta Lei;
III – na data do vencimento do prazo de per-
manência do bem no recinto alfandegado, na
hipótese do inciso III do caput do art. 4o desta
Lei.
CAPÍTULO VIII
DOS REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS
Art. 14. As normas relativas à suspensão do
pagamento do imposto de importação ou do
IPI vinculado à importação, relativas aos regi-
mes aduaneiros especiais, aplicam‑se também
às contribuições de que trata o art. 1o desta
Lei.
§ 1o O disposto no caput deste artigo aplica‑se
também às importações, efetuadas por em-
presas localizadas na Zona Franca de Manaus,
de bens a serem empregados na elaboração
de matérias‑primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem destinados a empre-
go em processo de industrialização por esta-
belecimentos ali instalados, consoante projeto
aprovado pelo Conselho de Administração da
Superintendência da Zona Franca de Manaus
– SUFRAMA, de que trata o art. 5‑A da Lei
no 10.637, de 30 de dezembro de 2002.
§ 2o A Secretaria da Receita Federal estabele-
cerá os requisitos necessários para a suspensão
de que trata o § 1o deste artigo.
Art. 14‑A. Fica suspensa a exigência das con-
tribuições de que trata o art. 1o desta Lei nas
importações efetuadas por empresas localiza-
das na Zona Franca de Manaus de matérias‑pri-
mas, produtos intermediários e materiais de
embalagem para emprego em processo de in-
dustrialização por estabelecimentos industriais
instalados na Zona Franca de Manaus e con-
soante projetos aprovados pelo Conselho de
Administração da Superintendência da Zona
Franca de Manaus – SUFRAMA.
c Artigo acrescido pela Lei no 10.925, de 23-7-2004.
CAPÍTULO IX
DO CRÉDITO
Art. 15. As pessoas jurídicas sujeitas à apu-
ração da contribuição para o PIS/PASEP e da
COFINS, nos termos dos arts. 2 o e 3o das Leis
n os 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e
10.833, de 29 de dezembro de 2003, poderão
descontar crédito, para fins de determinação
dessas contribuições, em relação às importa-
ções sujeitas ao pagamento das contribuições
de que trata o art. 1 o desta Lei, nas seguintes
hipóteses:
c Art. 10, § 5 o, do Dec. n o 5.712, de 2-3-2006, que
regulamenta o Regime Especial de Tributação para
a Plataforma de Exportação de Serviços de Tec-
nologia da Informação – REPES, instituído pelos
arts. 1o a 11 da Lei no 11.196, de 21-11-2005.
I – bens adquiridos para revenda;
II – bens e serviços utilizados como insumo na
prestação de serviços e na produção ou fabri-
cação de bens ou produtos destinados à ven-
da, inclusive combustível e lubrificantes;
III – energia elétrica consumida nos estabeleci-
mentos da pessoa jurídica;
IV – aluguéis e contraprestações de arrenda-
mento mercantil de prédios, máquinas e equi-
pamentos, embarcações e aeronaves, utiliza-
dos na atividade da empresa;

1456
Lei no 11.340/2006
Parágrafo único. Aplica‑se o disposto no I – ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocor‑ § 3 o A autoridade policial poderá requisitar
caput deste artigo ao descumprimento de me‑ rência e tomar a representação a termo, se os serviços públicos necessários à defesa da
dida protetiva de urgência deferida. apresentada; mulher em situação de violência doméstica e
Art. 10‑A. É direito da mulher em situação de c O STF, por maioria de votos, julgou procedente a familiar e de seus dependentes.
violência doméstica e familiar o atendimento ADIN no 4.424, para dar a este inciso interpretação c § 3o acrescido pela Lei no 13.505, de 8-11-2017.
policial e pericial especializado, ininterrupto e conforme a CF, assentando a natureza incondicio‑
nada da ação penal em caso de crime de lesão,
Art. 12‑C. Verificada a existência de risco
prestado por servidores – preferencialmente
do sexo feminino – previamente capacitados. pouco importando a extensão desta, praticado atual ou iminente à vida ou à integridade
contra a mulher no ambiente doméstico (DOU de física ou psicológica da mulher em situação
§ 1o A inquirição de mulher em situação de vio‑ 17-2-2012). de violência doméstica e familiar, ou de seus
lência doméstica e familiar ou de testemunha dependentes, o agressor será imediatamente
II – colher todas as provas que servirem
de violência doméstica, quando se tratar de afastado do lar, domicílio ou local de convi-
para o esclarecimento do fato e de suas
crime contra a mulher, obedecerá às seguintes vência com a ofendida:
diretrizes: circunstâncias;
III – remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) c Caput com a redação dada pela Lei no 14.188, de
I – salvaguarda da integridade física, psíquica 28-7-2021.
horas, expediente apartado ao juiz com o pedi‑
e emocional da depoente, considerada a sua do da ofendida, para a concessão de medidas I – pela autoridade judicial;
condição peculiar de pessoa em situação de protetivas de urgência; II – pelo delegado de polícia, quando o Muni‑
violência doméstica e familiar; IV – determinar que se proceda ao exame de cípio não for sede de comarca; ou
II – garantia de que, em nenhuma hipótese, a corpo de delito da ofendida e requisitar outros III – pelo policial, quando o Município não for
mulher em situação de violência doméstica e exames periciais necessários; sede de comarca e não houver delegado dispo‑
familiar, familiares e testemunhas terão con‑ V – ouvir o agressor e as testemunhas; nível no momento da denúncia.
tato direto com investigados ou suspeitos e Incisos I a III acrescidos pela Lei n o 13.827, de
VI – ordenar a identificação do agressor e fa‑ c
pessoas a eles relacionadas; 13-5-2019.
zer juntar aos autos sua folha de antecedentes
III – não revitimização da depoente, evitando § 1o Nas hipóteses dos incisos II e III do caput
sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos criminais, indicando a existência de mandado
de prisão ou registro de outras ocorrências po‑ deste artigo, o juiz será comunicado no prazo
âmbitos criminal, cível e administrativo, bem máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá,
como questionamentos sobre a vida privada. liciais contra ele;
VI‑A – verificar se o agressor possui registro em igual prazo, sobre a manutenção ou a revo‑
§ 2o Na inquirição de mulher em situação de vio‑ de porte ou posse de arma de fogo e, na hi‑ gação da medida aplicada, devendo dar ciên‑
lência doméstica e familiar ou de testemunha pótese de existência, juntar aos autos essa cia ao Ministério Público concomitantemente.
de delitos de que trata esta Lei, adotar‑se‑á, informação, bem como notificar a ocorrência § 2o Nos casos de risco à integridade física da
preferencialmente, o seguinte procedimento: à instituição responsável pela concessão do ofendida ou à efetividade da medida proteti‑
I – a inquirição será feita em recinto especial‑ registro ou da emissão do porte, nos termos va de urgência, não será concedida liberdade
mente projetado para esse fim, o qual conterá da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003 provisória ao preso.
os equipamentos próprios e adequados à idade (Estatuto do Desarmamento); c §§ 1 o e 2 o acrescidos pela Lei n o 13.827, de
da mulher em situação de violência doméstica c Inciso VI‑A acrescido pela Lei n o 13.880, de 13-5-2019.
e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravida‑ 8-10-2019.
de da violência sofrida; TÍTULO IV – DOS PROCEDIMENTOS
II – quando for o caso, a inquirição será in‑ VII – remeter, no prazo legal, os autos do in‑
termediada por profissional especializado em quérito policial ao juiz e ao Ministério Público. CAPÍTULO I
violência doméstica e familiar designado pela § 1o O pedido da ofendida será tomado a ter‑ DISPOSIÇÕES GERAIS
autoridade judiciária ou policial; mo pela autoridade policial e deverá conter: Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à exe‑
III – o depoimento será registrado em meio ele‑ I – qualificação da ofendida e do agressor; cução das causas cíveis e criminais decorrentes
trônico ou magnético, devendo a degravação e II – nome e idade dos dependentes; da prática de violência doméstica e familiar
a mídia integrar o inquérito. contra a mulher aplicar‑se‑ão as normas dos
III – descrição sucinta do fato e das medidas
c Art. 10‑A acrescido pela Lei n 13.505, de protetivas solicitadas pela ofendida;
o
Códigos de Processo Penal e Processo Civil e
8-11-2017. da legislação específica relativa à criança, ao
IV – informação sobre a condição de a ofendi‑
Art. 11. No atendimento à mulher em situação da ser pessoa com deficiência e se da violência adolescente e ao idoso que não conflitarem
de violência doméstica e familiar, a autoridade sofrida resultou deficiência ou agravamento de com o estabelecido nesta Lei.
policial deverá, entre outras providências: deficiência preexistente. Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica
I – garantir proteção policial, quando neces‑ c Inciso IV acrescido pela Lei no 13.836, de 4-6-2019.
e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça
sário, comunicando de imediato ao Ministério § 2o A autoridade policial deverá anexar ao do‑ Ordinária com competência cível e criminal,
Público e ao Poder Judiciário; poderão ser criados pela União, no Distrito
cumento referido no § 1o o boletim de ocorrên‑
II – encaminhar a ofendida ao hospital ou pos‑ Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para
cia e cópia de todos os documentos disponíveis
to de saúde e ao Instituto Médico Legal; o processo, o julgamento e a execução das
em posse da ofendida.
III – fornecer transporte para a ofendida e causas decorrentes da prática de violência do‑
seus dependentes para abrigo ou local seguro, § 3 Serão admitidos como meios de prova os
o
méstica e familiar contra a mulher.
quando houver risco de vida; laudos ou prontuários médicos fornecidos por
Parágrafo único. Os atos processuais po‑
IV – se necessário, acompanhar a ofendida hospitais e postos de saúde. derão realizar‑se em horário noturno, con‑
para assegurar a retirada de seus pertences do Art. 12‑A. Os Estados e o Distrito Federal, na forme dispuserem as normas de organização
local da ocorrência ou do domicílio familiar; formulação de suas políticas e planos de aten‑
judiciária.
V – informar à ofendida os direitos a ela con‑ dimento à mulher em situação de violência do‑
feridos nesta Lei e os serviços disponíveis, in‑ méstica e familiar, darão prioridade, no âmbito Art. 14‑A. A ofendida tem a opção de propor
clusive os de assistência judiciária para o even‑ da Polícia Civil, à criação de Delegacias Espe‑ ação de divórcio ou de dissolução de união
tual ajuizamento perante o juízo competente cializadas de Atendimento à Mulher (Deams), estável no Juizado de Violência Doméstica e
da ação de separação judicial, de divórcio, de de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de Familiar contra a Mulher.
anulação de casamento ou de dissolução de equipes especializadas para o atendimento e § 1o Exclui‑se da competência dos Juizados de
união estável. Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
a investigação das violências graves contra a
c Inciso V com a redação dada pela Lei n o 13.894, de mulher. a pretensão relacionada à partilha de bens.
29-10-2019. § 2o Iniciada a situação de violência doméstica
c Art. 12‑A acrescido pela Lei n o 13.505, de
Art. 12. Em todos os casos de violência domés‑ 8-11-2017. e familiar após o ajuizamento da ação de divór‑
tica e familiar contra a mulher, feito o registro cio ou de dissolução de união estável, a ação
da ocorrência, deverá a autoridade policial Art. 12‑B. VETADO. Lei n o 13.505, de 8 terá preferência no juízo onde estiver.
adotar, de imediato, os seguintes procedimen‑ –11-2017.
c Art. 14‑A acrescido pela Lei n o 13.894, de 29-10-
tos, sem prejuízo daqueles previstos no Código §§ 1 o e 2 o VETADOS. Lei n o 13.505, de 8 2019, promulgado nos termos do art. 66, § 5o, da
de Processo Penal: –11-2017. CF (DOU de 11-12-2019).

1502
Lei no 9.074/1995
Concedente, observadas as condições estabe‑ mum, desde que destinados ao serviço público lastreados no excesso de energia contratada
lecidas nos contratos. de energia elétrica, mediante anuência prévia para atendimento à totalidade do mercado.
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 10.848, de da ANEEL, observado o disposto no inciso XIII c § 13 acrescido pela Lei no 13.360, de 17-11-2016.
15-3-2004. do art. 3o da Lei no 9.427, de 26 de dezembro Art. 4o‑A. Os concessionários de geração de
§ 3 As concessões de transmissão e de distri‑ deo 1996, com redação dada pelo art. 17 da Lei
o
aproveitamentos hidrelétricos outorgados até
buição de energia elétrica, contratadas a partir n 10.438, de 26 de abril de 2002, garantida 15 de março de 2004 que não entrarem em
desta Lei, terão o prazo necessário à amortiza‑ a modicidade tarifária e atendido ao disposto operação até 30 de junho de 2013 terão o pra‑
ção dos investimentos, limitado a trinta anos, na Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
o
zo de 30 (trinta) dias para requerer a rescisão
contado da data de assinatura do imprescin‑ c Inciso III acrescido pela Lei n 10.848, de
o
de seus contratos de concessão, sendo‑lhes
dível contrato, podendo ser prorrogado no 15-3-2004.
assegurado, no que couber:
máximo por igual período, a critério do poder c Lei n 6.404, de 15-12-1976 (Lei das Sociedades
o

por Ações). I – a liberação ou restituição das garantias de

concedente, nas condições estabelecidas no cumprimento das obrigações do contrato de
c Lei n o 9.427, de 26-12-1996, institui a Agência
contrato. Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e disciplina concessão;
§ 4 o As prorrogações referidas neste artigo o regime das concessões de serviços públicos de II – o não pagamento pelo uso de bem público
deverão ser requeridas pelo concessionário ou energia elétrica. durante a vigência do contrato de concessão;
permissionário, no prazo de até trinta e seis c Lei n 10.438, de 26-4-2002, dispõe sobre a univer-
o
III – o ressarcimento dos custos incorridos na
meses anteriores à data final do respectivo salização do serviço público de energia elétrica. elaboração de estudos ou projetos que ve‑
contrato, devendo o poder concedente ma‑ § 7 o As concessionárias e as autorizadas de nham a ser aprovados para futura licitação
nifestar‑se sobre o requerimento até dezoito geração de energia elétrica que atuem no Sis‑ para exploração do aproveitamento, nos ter‑
meses antes dessa data. tema Interligado Nacional – SIN não poderão mos do art. 28 da Lei no 9.427, de 26 de de‑
§ 5 o As concessionárias, as permissionárias e ser coligadas ou controladoras de sociedades zembro de 1996.
as autorizadas de serviço público de distribui‑ que desenvolvam atividades de distribuição de § 1 o O poder concedente poderá expedir di‑
ção de energia elétrica que atuem no Sistema energia elétrica no SIN. retrizes complementares para fins do disposto
Interligado Nacional – SIN não poderão desen‑ c Art. 20 da Lei n 10.848, de 15-3-2004, que dispõe
o
neste artigo.
volver atividades: sobre a comercialização de energia elétrica.
§ 2o A fim de garantir a condição estabeleci‑
c Art. 20 da Lei no 10.848, de 15-3-2004, que dispõe § 8 A regulamentação deverá prever sanções
o
da no inciso II do caput, fica assegurada ao
sobre a comercialização de energia elétrica. para o descumprimento do disposto nos §§ 5o, concessionário a devolução do valor de Uso
I – de geração de energia elétrica; 6o e 7o deste artigo após o período estabeleci‑ de Bem Público – UBP efetivamente pago e ou
II – de transmissão de energia elétrica; do para a desverticalização. a remissão dos encargos de mora contratual‑
III – de venda de energia a consumidores de § 9 As concessões de geração de energia elé‑
o
mente previstos.
que tratam os arts. 15 e 16 desta Lei, exce‑ trica, contratadas a partir da Medida Provisória Art. 4o‑B. As concessionárias de distribuição
to às unidades consumidoras localizadas na n 144, de 11 de dezembro de 2003, terão o
o
de energia elétrica sujeitas a controle societá‑
área de concessão ou permissão da empresa prazo necessário à amortização dos investi‑ rio comum que, reunidas, atendam a critérios
distribuidora, sob as mesmas condições regu‑ mentos, limitado a 35 (trinta e cinco) anos, de racionalidade operacional e econômica,
ladas aplicáveis aos demais consumidores não contado da data de assinatura do imprescin‑ conforme regulamento, poderão solicitar o
abrangidos por aqueles artigos, inclusive ta‑ dível contrato. reagrupamento das áreas de concessão com a
rifas e prazos, ressalvado o disposto no § 13; c §§ 7 o a 9 o acrescidos pela Lei n o 10.848, de unificação do termo contratual.
Inciso III com a redação dada pela Lei no 13.360, de 15-3-2004.
c c Artigos 4o‑A e 4o‑B acrescidos pela Lei no 12.839,
17-11-2016. § 10. Fica a Agência Nacional de Energia Elétri‑ de 9-7-2013.
IV – de participação em outras sociedades de ca – ANEEL autorizada a celebrar aditivos aos Art. 4 o‑C. O concessionário, permissionário
forma direta ou indireta, ressalvado o disposto contratos de concessão de uso de bem público ou autorizatário de serviços e instalações de
no art. 31, inciso VIII, da Lei no 8.987, de 13 de de aproveitamentos de potenciais hidráulicos energia elétrica poderá apresentar plano de
fevereiro de 1995, e nos respectivos contratos feitos a título oneroso em favor da União, me‑ transferência de controle societário como
de concessão; ou diante solicitação do respectivo titular, com a alternativa à extinção da outorga, conforme
c Lei n o 8.987, de 13-2-1995 (Lei da Concessão e
finalidade de permitir que o início do paga‑ regulação da Aneel.
Permissão da Prestação de Serviços Públicos). mento pelo uso de bem público coincida com
uma das seguintes situações, a que ocorrer § 1o O plano de transferência de controle socie‑
V – estranhas ao objeto da concessão, per‑ primeiro: tário deverá demonstrar a viabilidade da troca
missão ou autorização, exceto nos casos pre‑ de controle e o benefício dessa medida para a
vistos em lei e nos respectivos contratos de I – o início da entrega da energia objeto de adequação do serviço prestado.
concessão. Contratos de Comercialização de Energia no
Ambiente Regulado – CCEAR; ou § 2o A aprovação do plano de transferência de
c § 5o acrescido pela Lei no 10.848, de 15-3-2004. controle societário pela Aneel suspenderá o
II – a efetiva entrada em operação comercial do
§ 6 o Não se aplica o disposto no § 5 o deste aproveitamento. processo de extinção da concessão.
artigo às concessionárias, permissionárias e § 3 o A transferência do controle societário,
§ 11. Quando da solicitação de que trata o § 10
autorizadas de distribuição e às cooperativas deste artigo resultar postergação do início de dentro do prazo definido pela Aneel, ensejará
de eletrificação rural: pagamento pelo uso de bem público, a cele‑ o arquivamento do processo de extinção da
c § 6 o com a redação dada pela Lei n o 11.292, de bração do aditivo contratual estará condicio‑ concessão.
26-4-2006. Art. 4 o ‑C acrescido pela Lei n o 13.360, de
nada à análise e à aceitação pela ANEEL das c
c Art. 20 da Lei no 10.848, de 15-3-2004, que dispõe 17-11-2016.
sobre a comercialização de energia elétrica.
justificativas apresentadas pelo titular da con‑
cessão para a postergação solicitada. Art. 4 o ‑D. VETADO. Lei n o 13.360, de
I – no atendimento a sistemas elétricos 17-11-2016.
§ 12. No caso de postergação do início do
isolados;
pagamento, sobre o valor não pago incidirá Art. 4 o‑E. A concessionária de serviço pú‑
c Inciso I acrescido pela Lei n 10.848, de 15-3-2004.
o
apenas atualização monetária mediante a blico de distribuição de energia elétrica que
II – no atendimento ao seu mercado próprio, aplicação do índice previsto no contrato de adquirir prestadora de serviço público de
desde que seja inferior a 500 (quinhentos) concessão. distribuição de energia elétrica com mercado
GWh/ano e a totalidade da energia gerada seja c §§ 10 a 12 acrescidos pela Lei n o 11.488, de próprio inferior a 700 GWh/ano (setecentos
a ele destinada; 15-6-2007. gigawatts por ano), da qual é supridora, total
c Inciso II com a redação dada pela Lei no 11.292, de § 13. As concessionárias do serviço público de ou parcialmente, terá direito, pelo prazo de
26-4-2006. distribuição de energia elétrica poderão, con‑ 10 (dez) anos, a:
III – na captação, aplicação ou empréstimo forme regulação da Aneel, negociar com con‑ I – 25% (vinte e cinco por cento) do valor da
de recursos financeiros destinados ao próprio sumidores de que tratam os arts. 15 e 16 desta subvenção de que trata o inciso XIII do caput
agente ou a sociedade coligada, controlada, Lei, afastada a vedação de que trata o inciso III do art. 13 da Lei n o 10.438, de 26 de abril de
controladora ou vinculada a controladora co‑ do § 5o, contratos de venda de energia elétrica 2002, recebida pela prestadora de serviço

1970
Lei no 9.074/1995
público de distribuição de energia elétrica
adquirida; ou
II – 55% (cinquenta e cinco por cento) do ga‑
nho econômico proporcionado aos consumi‑
dores atendidos pela prestadora de serviço
público de distribuição de energia elétrica
adquirida.
§ 1o O ganho econômico de que trata o inciso
II do caput deste artigo corresponde ao resul‑
tado da multiplicação do mercado anual da
prestadora de serviço público de distribuição
de energia elétrica adquirida pela diferença
entre a sua tarifa média de fornecimento e
a tarifa média, considerando todo o País, de
1970-A
fornecimento das concessionárias do serviço
público de distribuição de energia elétrica.
§ 2o Os valores de que tratam os incisos I e II
do caput deste artigo serão:
I – apurados no ano em que ocorrer a aqui‑
sição; e
II – corrigidos pela variação média anual das
tarifas, considerando todo o País, de forne‑
cimento de energia elétrica praticadas pelas
concessionárias do serviço público de distri‑
buição de energia elétrica.
§ 3 o O incentivo de que trata este artigo é
condicionado ao agrupamento das outorgas
na forma do art. 4o‑B desta Lei.
c Art. 4 o ‑E acrescido pela Lei n o 14.182, de
12-7-2021.
Art. 5 o São objeto de concessão, mediante
licitação:
I – o aproveitamento de potenciais hidráulicos
e a implantação de usinas termoelétricas de
potência superior a 50.000 kW (cinquenta mil
quilowatts) destinados a execução de serviço
público;
II – o aproveitamento de potenciais hidráulicos
de potência superior a 50.000 kW (cinquenta
mil quilowatts) destinados a produção inde‑
pendente de energia elétrica;
Súmulas do STF
546. Cabe a restituição do tributo pago inde‑ 561. Em desapropriação, é devida a correção a isenção do Imposto sobre Circulação de Mer‑
vidamente, quando reconhecido por decisão monetária até a data do efetivo pagamento da cadorias concedida a similar nacional.
que o contribuinte de jure não recuperou do indenização, devendo proceder‑se à atualiza‑ 576. É lícita a cobrança do Imposto de Circu‑
contribuinte de facto o quantum respectivo. ção do cálculo, ainda que por mais de uma vez. lação de Mercadorias sobre produtos importa‑
c Súm. no 71 do STF. c Súm. no 67 do STJ. dos sob o regime da alíquota zero.
547. Não é lícito à autoridade proibir que o 562. Na indenização de danos materiais decor‑ 577. Na importação de mercadorias do exte‑
contribuinte em débito adquira estampilhas, rentes de ato ilícito cabe a atualização de seu rior, o fato gerador do Imposto de Circulação
despache mercadorias nas alfândegas e exerça valor, utilizando‑se, para esse fim, dentre ou‑ de Mercadorias ocorre no momento de sua
suas atividades profissionais. tros critérios, os índices de correção monetária. entrada no estabelecimento do importador.
548. É inconstitucional o Decreto‑Lei n o 643, 563. Cancelada. ADPF n o 357/DF (DOU de 578. Não podem os Estados, a título de ressar‑
de 19-6-1947, artigo 4o, do Paraná, na parte 6-7-2021). cimento de despesas, reduzir a parcela de 20%
que exige selo proporcional sobre atos e instru‑
mentos regulados por lei federal.
564. A ausência de fundamentação do des‑ (vinte por cento) do produto da arrecadação
pacho de recebimento de denúncia por crime do Imposto de Circulação de Mercadorias, atri‑
549. A taxa de bombeiros do Estado de Per‑ falimentar enseja nulidade processual, salvo se buída aos Municípios pelo artigo 23, § 8o, da
nambuco é constitucional, revogada a Súmula já houver sentença condenatória. Constituição Federal.
no 274.
565. A multa fiscal moratória constitui pena c Refere‑se à CF/1967. Art. 155, II, da CF.
550. A isenção concedida pelo artigo 2 da Lei administrativa, não se incluindo no crédito ha‑
o

no 1.815, de 1953, às empresas de navegação bilitado em falência. 579. A cal virgem e a hidratada estão sujeitas
aérea não compreende a taxa de melhoramen‑ ao Imposto de Circulação de Mercadorias.
c Art. 83, III, da Lei n 11.101, de 9-2-2005 (Lei de
o
tos de portos, instituída pela Lei no 3.421, de 580. A isenção prevista no art. 13, parágrafo
Recuperação de Empresas e Falências).
1958. único, do Decreto‑Lei no 43/1966, restringe‑se
c Súm. no 192 do STF.
551. É inconstitucional a taxa de urbanização 566. Enquanto pendente, o pedido de readap‑ aos filmes cinematográficos.
da Lei no 2.320, de 20-12-1961, instituída pelo tação fundado em desvio funcional não gera 581. A exigência de transporte em navio de
município de Porto Alegre, porque seu fato ge‑ direitos para o servidor, relativamente ao cargo bandeira brasileira, para efeito de isenção tri‑
rador é o mesmo da transmissão imobiliária. pleiteado. butária, legitimou‑se com o advento do Decre‑
552. Com a regulamentação do art. 15, da Lei 567. A Constituição, ao assegurar, no pa‑ to‑Lei no 666, de 2-7-1969.
no 5.316/1967, pelo Decreto no 71.037/1972,
rágrafo 3 o, do art. 102, a contagem integral 582. É constitucional a Res. n 640/69, do
o

tornou‑se exequível a exigência da exaustão

de tempo de serviço público federal, estadual Conselho de Política Aduaneira, que reduziu a
da via administrativa antes do início da ação
ou municipal para os efeitos de aposentado‑ alíquota do Imposto de Importação para a soda
de acidente do trabalho.
ria e disponibilidade não proíbe à União, aos cáustica, destinada a zonas de difícil distribui‑
c Súmula superada. RE n 91.742-0/SP (DJU de 21-
Estados e aos Municípios mandarem contar, ção e abastecimento.
o

12-1979) e RE no 87.160-8/SP (DJU de 14-9-1979).

mediante Lei, para efeito diverso, tempo de 583. Promitente‑comprador de imóvel residen‑
553. O Adicional ao Frete para Renovação da serviço prestado a outra pessoa de direito pú‑ cial transcrito em nome de autarquia é contri‑
Marinha Mercante (AFRMM) é contribuição blico interno. buinte do Imposto Predial e Territorial Urbano.
parafiscal, não sendo abrangido pela imunida‑ c Refere‑se à CF/1967.
c Súmulas n os 73, 74, 75 e 336 do STF.
de prevista na letra d, inciso III, do artigo 19 da c Art. 19, III, da CF/1988.
Constituição Federal. 584. Ao Imposto de Renda calculado sobre os
c Refere‑se à CF/1967.
568. A identificação criminal não constitui rendimentos do ano‑base, aplica‑se a lei vi‑
constrangimento ilegal, ainda que o indiciado gente no exercício financeiro em que deve ser
554. O pagamento de cheque emitido sem já tenha sido identificado civilmente.
apresentada a declaração.
provisão de fundos, após o recebimento da
c Súmula superada. Art. 5 o, LVIII, da CF/1988 e RHC
denúncia, não obsta ao prosseguimento da 585. Não incide o Imposto de Renda sobre a
n 66.881-0/DF.
o
ação penal. remessa de divisas para pagamento de servi‑
c Lei n o 12.037, de 1o-10-2009 (Lei da Identificação
c Súm. no 246 do STF. Criminal). ços prestados no exterior, por empresa que não
555. É competente o Tribunal de Justiça para 569. É inconstitucional a discriminação de alí‑ opera no Brasil.
julgar conflito de jurisdição entre Juiz de Direi‑ quotas do Imposto de Circulação de Mercado‑ c O STF no julgamento do RE n 101.066-5/SP (DJU
o

to do Estado e a Justiça Militar local. de 19-10-1984), entendeu inaplicável esta súmula

rias nas operações interestaduais, em razão de após a vigência do Dec.‑lei no 1.418/1975.
c O STF, no julgamento dos Conflitos de Jurisdição o destinatário ser, ou não, contribuinte.
n o 6.155-2/SP (DJU de 25-5-1979) e no 6.195/SP 586. Incide Imposto de Renda sobre os juros
(DJU de 28-9-1979), entendeu que não mais vigora
570. O Imposto de Circulação de Mercado‑ remetidos para o exterior, com base em con‑
o princípio contido nesta súmula. rias não incide sobre a importação de bens de trato de mútuo.
c Arts. 102, I, o, 105, I, d, e 108, I, e, da CF. capital.
587. Incide Imposto de Renda sobre o paga‑
c Súmulas n os 297 e 364 do STF. 571. O comprador de café ao IBC, ainda que mento de serviços técnicos contratados no
c Súm. no 19 do TFR. sem expedição de nota fiscal, habilita‑se,
exterior e prestados no Brasil.
556. É competente a Justiça Comum para quando da comercialização do produto, ao
julgar as causas em que é parte sociedade de crédito do ICM que incidiu sobre a operação 588. O Imposto sobre Serviços não incide
economia mista. anterior. sobre os depósitos, as comissões e taxas de
desconto, cobrados pelos estabelecimentos
557. É competente a Justiça Federal para jul‑ 572. No cálculo do Imposto de Circulação de bancários.
gar as causas em que são partes a COBAL e a Mercadorias devido na saída de mercadorias
para o exterior, não se incluem fretes pagos c Súm. n 424 do STJ.
o
CIBRAZEM.
558. É constitucional o art. 27, do Decreto‑Lei a terceiros, seguros e despesas de embarque. 589. É inconstitucional a fixação de adicional
no 898, de 29-9-1969. 573. Não constitui fato gerador do Imposto progressivo do Imposto Predial e Territorial
Urbano em função do número de imóveis do
559. O Decreto‑Lei n o 730, de 5 agosto de de Circulação de Mercadorias a saída física de contribuinte.
1969, revogou a exigência de homologação, máquinas, utensílios e implementos a título de
pelo Ministro da Fazenda, das Resoluções do comodato. 590. Calcula‑se o Imposto de Transmissão Cau-
Conselho de Política Aduaneira. 574. Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegí‑ sa Mortis sobre o saldo credor da promessa de
560. A extinção de punibilidade, pelo paga‑ tima a cobrança do Imposto de Circulação de compra e venda de imóvel, no momento da
mento do tributo devido, estende‑se ao crime Mercadorias sobre o fornecimento de alimen‑ abertura da sucessão do promitente vendedor.
de contrabando ou descaminho, por força do tação e bebidas em restaurante ou estabeleci‑ 591. A imunidade ou a isenção tributária
artigo 18, § 2o, do Decreto‑Lei no 157/1967. mento similar. do comprador não se estende ao produ‑
c Prejudicada pela Lei n o 6.910, de 27-5-1981, que 575. À mercadoria importada de país signatá‑ tor, contribuinte do Imposto sobre Produtos
restringe a aplicação do referido Decreto‑Lei. rio do GATT, ou membro da ALALC, estende‑se Industrializados.

2480