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AO JUÍZO DA ________ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE


________ .

Processo nº ________

________ , inscrito no CPF/CNPJ sob nº ________ , por seus


advogados constituídos, vem respeitosamente à presença de vossa
excelência, nos termos dos Arts. 513, §1º e 534 do CPC/15 pedir o

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

em face da ________ , com endereço para intimações neste


Município em ________ , nº ________ , e;

DO DISPOSITIVO

O pedido de cumprimento de sentença possui amparo no Art. 534 do Código


de Processo Civil.

No presente caso, o Exequente obteve sentença favorável em ________ com


o seguinte dispositivo:

"(...) diante do exposto, ________ "

Diante desta decisão, não houve recurso, conforme certidão em anexo,

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cabendo ao Executado imediatamente cumprir a determinação de ________ .

DA NÃO APLICAÇÃO DA LEI QUE LIMITA O VALOR DE RPV

Trata-se de valor executado em face da fazenda Pública no valor de R$


________ . Ou seja, dentro do enquadramento constitucional para pagamento como RPV,
mas acima do limite previsto pela Lei ________ .

O limite previsto pela referida lei, conforme alegado pel@Réu, teria respaldo
no art. 100, §§ 3º e 4º, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 09 de dezembro de 2009, nos seguintes termos:

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,


Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária,
far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação
de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para este fim.

§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de


precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas
em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam
fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis


próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo
as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao
valor do maior benefício do regime geral de previdência social.

Ocorre que a aludida emenda constitucional, em seu art. 2º, dispôs que o Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) passaria a vigorar acrescido do art.
97, o qual estabeleceu, em seu parágrafo 12 um prazo temporal para a expedição das

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referidas lei, in verbis:

Art. 97. Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15
do art. 100 da Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios que, na data de publicação desta Emenda
Constitucional, estejam em mora na quitação de precatórios
vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta,
inclusive os emitidos durante o período de vigência do regime
especial instituído por este artigo, farão esses pagamentos de acordo
com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicável o disposto
no art. 100 desta Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º,
10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos
conciliatórios já formalizados na data de promulgação desta
Emenda Constitucional.
(...)

§ 12. Se a lei a que se refere o § 4º do art. 100 não estiver publicada


em até 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de publicação
desta Emenda Constitucional, será considerado, para os fins
referidos, em relação a Estados, Distrito Federal e Municípios
devedores, omissos na regulamentação, o valor de:

I - 40 (quarenta) salários mínimos para Estados e para o Distrito


Federal;

II - 30 (trinta) salários mínimos para Municípios.

Portanto, uma vez que o ente ________ não cumpriu o referido prazo, tem-
se pela aplicação expressa da ADCT, ou seja, não cumprido o prazo de 180 dias, valem os
limites ali dispostos de 30 e 40 salários mínimos.

E é exatamente o que ocorre no presente caso, em que a Lei ________ nº

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________ foi publicada somente em ________ , ou seja, mais de indicar período após o
prazo legal estipulado.

Portanto, ao ferir expressamente a redação dada pela EC 62/09, tem-se por


grave afronta à Constituição Federal, devendo ser afastada a aplicabilidade da Lei
Municipal nº ________ ao presente caso, por manifestamente inconstitucional.

Nesse sentido são os recentes precedentes jurisprudenciais sobre o tema:

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS


LEIS N os 13.015/2014 , 13.105/2015 E 13.467/2017.
EXECUÇÃO. CONVERSÃO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO
VALOR EM PRECATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE SE NÃO
OBSERVADO O PRAZO DE 180 DIAS PARA EDIÇÃO DE LEI
MUNICIPAL COM ESTABELECIMENTO DO VALOR DE
REFERÊNCIA PREVISTOS NOS ARTS. 100, § 4º, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E 97, § 12, DO ADCT. A
Emenda Constitucional 62/2009, que alterou a redação do artigo
100 da Constituição Federal, instituiu novo parâmetro para a
fixação das requisições de pequeno valor, facultando aos Estados,
Distrito Federal e Municípios a definição da importância, segundo a
sua capacidade econômica, limitada ao valor do maior benefício do
regime geral de previdência social. Estabeleceu, ainda, o prazo de
180 dias para que os Estados e Municípios editassem novas leis,
definindo o teto para requisições de pequeno valor, sob pena de se
entender como de pequeno valor os créditos de até 40 salários
mínimos , para os Estados e o Distrito Federal , e 30 salários
mínimos , para os Municípios (art. 97, § 12, do ADCT). No caso, o
Município somente editou a Lei Municipal nº 1.387 em 2013
(publicada em 23 de agosto de 2013), quando já ultrapassado o
prazo de 180 dias para a fixação de novo patamar da obrigação.
Nesse cenário, não se cogita da incidência do limite fixado na Lei

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Municipal nº 1.387/2013, mas, sim, do limite previsto no § 12, II,
do art. 97 do ADCT. Precedentes. Recurso de revista conhecido e
provido. (TST - RR: 100312520155150127, Relator: Alberto Luiz
Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 03/04/2019, 3ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 12/04/2019, #74308832) #4308832

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


EXECUÇÃO. PRECATÓRIO. LEI MUNICIPAL. PEQUENO
VALOR. Consoante o acórdão regional, o Município executado não
editou, no prazo de 180 dias, contados da publicação da Emenda
Constitucional nº 62/2009, lei municipal atribuindo valor específico
para as requisições de pequeno valor - RPV, porquanto a Lei
Municipal nº 250/2013, que visava cumprir o referido intento, foi
editada apenas em 22/4/2013. Ora, se a lei a que se refere o § 4º do
art. 100 da Constituição Federal não estiver publicada em até 180
dias, contados da data de publicação da Emenda Constitucional nº
62/2009 (10/12/2009), será considerado como de pequeno valor o
importe de trinta salários mínimos, para os Municípios, conforme
regra expressa no § 12 do artigo 97 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. Precedentes. Agravo de instrumento
conhecido e não provido. (TST, AIRR - 41700-39.2009.5.05.0401,
Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento:
13/02/2019, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 15/02/2019)

EXECUÇÃO. MUNICÍPIO. REQUISIÇÃO DE PEQUENO


VALOR (RPV). LEI MUNICIPAL. PUBLICAÇÃO APÓS 180
DIAS. PREVALÊNCIA DO ART. 97, § 12º, II, DO ADCT. Tendo
o Município executado editado a Lei Municipal que define a
obrigação de pequeno valor sem a observação do prazo de 180 dias
para a fixação do teto para a obrigação, deve incidir o limite
previsto no art. 97, § 12º, II, da ADCT, que estabelece o valor de 30
salários mínimos a ser considerado como obrigação de pequeno

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valor. (TRT-1, 00004537120135010491, Relator
Desembargador/Juiz do Trabalho: Angelo Galvão Zamorano, Sexta
Turma, Publicação: DOERJ 16-05-2018)

Portanto, requer seja declarada inconstitucional a lei que limitou o valor de


RPV.

DA IRRETROATIVIDADE DA LEI

Para fins de atendimento ao referido dispositivo, o ente municipal/estatal publicou lei


limitando o valor de Rpv em data da publicação, ou seja, posteriormente ao ingresso da
presente ação.

Portanto, tratando-se de lei gravosa e, deve-se observância pura à


SEGURANÇA JURÍDICA inerente ao Estado Democrático de Direito, e de preservar o
DIREITO ADQUIRIDO, nos termos de clara redação constitucional em seu Art. 5º:

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico


perfeito e a coisa julgada;

Trata-se de aplicação inequívoca do PRINCÍPIO DA


IRRETROATIVIDADE DE NORMA NOVA, especialmente quando trazem regras
prejudiciais à parte.

A doutrina ao corroborar este entendimento, destaca sobre o princípio que


vigora no Brasil sobre a irretroatividade da lei nova, pela qual não se pode aplicar novo ato
normativo concernentes à situações constituídas antes de sua entrada em vigor:

"O princípio da irretroatividade da lei está consagrado entre nós


pelas disposições da CF 5.º XXXVI e da LINDB 6.º caput ("efeito
imediato"), razão pela qual se asseguram a sobrevivência e a
ultratividade da lei antiga. Por esse princípio a lei nova não pode
retroagir para atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido ou a

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coisa julgada." (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de
Andrade. Código Civil Comentado. 12 ed. Editora RT, 2017.
Versão ebook, Art. 6º LINB.)

E no presente caso, tratando-se de lei posterior ao ingresso da ação, não pode


ser aplicado ao presente processo, conforme precedentes sobre o tema:

LEI MUNICIPAL QUE TRATA DE PAGAMENTO DE RPV.


IRRETROATIVIDADE DA NORMA. A Lei nº 8.766/2017 do
Município de Campos dos Goytacazes, cujo art. 2º estabelece prazo
de 180 dias para pagamento de Requisição de Pequeno Valor
(RPV), entrou em vigor em 14 de agosto de 2017, ocasião em que já
havia o trânsito em julgado da sentença, assim como o crédito da
parte autora estava consolidado. A norma processual, nos termos do
art. 14 do CPC, deve ser aplicada de modo imediato, mas sem
retroação. Portanto, independente da questão da
inconstitucionalidade da norma processual oriunda do legislativo
municipal, constata-se que ela é inaplicável a este processo.
Agravante: FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPOS
DOS GOYTACAZES Agravado: DANIELE MAGALHÃES
RIBEIRO Relatora: Giselle Bondim Lopes Ribeiro (TRT-1,
00009223120145010282, Relator Desembargador/Juiz do Trabalho:
Giselle Bondim Lopes Ribeiro, 7a Turma, Publicação: DEJT 25-02-
2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE


SENTENÇA - AÇÃO ORDINÁRIA - EMENDA
CONSTITUCIONAL Nº 62/09 - PAGAMENTO POR MEIO DE
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV) - EXECUÇÃO
AJUIZADA APÓS LEI MUNICIPAL Nº 1.057/2013 -
IMPOSSIBILIDADE O pagamento do crédito executado deve
ocorrer por meio de RPV, quando verificado que a Lei Municipal,

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que definiu o valor da RPV como o equivalente ao maior valor do
benefício do Regime Geral de Previdência Social, foi publicada
após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da
publicação da EC 62/09 (Inteligência do inciso II, §12, do art. 97,
do ADCT), e, ainda, que a execução foi proposta antes da edição da
referida legislação. (...) De fato, a consequência da mora municipal
na edição da Lei é a prevalência do limite de 30 salários mínimos
no período compreendido entre o término do prazo de 180 dias e a
edição da nova lei. (...). (TJ-MG - Agravo de Instrumento-Cv
1.0416.12.000362-7/002, Relator(a): Des.(a) Moreira Diniz,
julgamento em 12/04/0018, publicação da súmula em 17/04/2018,
#34308832)

Portanto, as ações distribuídas até que a nova lei entrasse em vigor, não
podem ser impactadas pelo novo limite, sob pena de grave ofensa à segurança jurídica.

DOS HONORÁRIOS

Ao arbitrar honorários advocatícios, a decisão constituiu título executivo


judicial, líquido e exigível, conforme dispõe artigo 24 da Lei 8.906/94, passível de imediato
cumprimento.

Portanto, diante da previsão de indicar % previsto sobre indicar base de


cálculo, requer a expedição imediata de RPV específico aos honorários fixados.

No presente caso, tratando-se de defensor dativo, tem-se pela liquidez e


exigibilidade do título, conforme posicionamento firmado no STJ, o qual vincula a
Administração Pública, ora executada:

"A decisão judicial que arbitra honorários advocatícios a


defensor dativo possui natureza de título executivo, líquido, certo
e exigível, na forma dos arts. 24 do Estatuto da Advocacia e 585, V

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do CPC/73 independentemente da participação do Estado no
processo e de apresentação à esfera administrativa para a
formação do título. Sendo que em obediência à coisa julgada, é
inviável revisar, em sede de embargos à execução, o valor da verba
honorária fixada em sentença com trânsito em julgado (AgRg no
REsp. 1.370.209/ES, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe
14.6.2013)." (AgRg no REsp 1438014/ES, Rel. Ministro Napoleão
Nunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 28.3.17)

Em relação à responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios,


cumpre destacar o que preconiza a Constituição Federal:

Art. 5º, inciso LXXIV: O Estado prestará assistência jurídica


integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

Desta forma, sendo insuficiente o atendimento da Defensoria Pública


Estadual, diante das atribuições delegadas ao Exequente de promover a assistência jurídica
integral e gratuita ao cidadão necessitado, outro não pode ser o entendimento do que a
cominação ao Estado a pagar os honorários devidos.

Trata-se de entendimento pacificado que, "na forma da


jurisprudência do STJ, pertence ao Estado o ônus pelo pagamento
de honorários advocatícios ao curador especial, quando não
houver ou for insuficiente o número de Defensores Públicos - como
no caso -, entendimento que se aplica por analogia" (AgInt no
AREsp 1038066/PE, Rel. Ministra Assussete Magalhães, Segunda
Turma, julgado em 8.8.17).

Assim, considerando que o defensor dativo foi compelido a trabalhar sem


remuneração, não restam dúvidas de que o ônus de arcar com o pagamento da verba
honorária em questão deve recair sobre o Estado.

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Este posicionamento é pacífico nos tribunais, segundo os quais, devem SER
CORRIGIDOS, a partir da data em que foi devido o pagamento, qual seja, da data do
trânsito em julgado, conforme precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS À EXECUÇÃO-


HONORÁRIOS DO DEFENSOR DATIVO- TÍTULOS
EXECUTIVOS VÁLIDOS E EXIGÍVEIS - DERIVAÇÃO DA
SENTENÇA QUE ARBITROU OS HONORÁRIOS. Tratando-se
de execução derivada de sentença judicial, e não da lei em si,
produzida em decorrência de atuação como defensor dativo em
ação promovida, decidida e já contemplada com o trânsito em
julgado, tal como previsto no art. 515, I, do Código de Processo
Civil/2015, os títulos são plenamente válidos e exigíveis.
Advogado nomeado defensor dativo faz jus a honorários,
cabendo à Fazenda o ônus pelo pagamento, sendo da
Administração o ônus da prova de virtuais irregularidades na
nomeação ou de capacidade econômica do assistido e do
cumprimento da obrigação de assistência. HONORÁRIOS DE
DATIVO- LEI ESTADUAL 13.166/99. Não há dúvida da
responsabilidade do Estado pela manutenção permanente da
deficiente estrutura da Defensoria Pública no Estado Membro, de
modo que o advogado dativo nomeado na hipótese de não existir
Defensoria Pública no local da prestação do serviço, ou de
defasagem de pessoal, faz jus aos honorários fixados pelo juiz e
pagos pelo Estado. CONSECTÁRIOS DA CONDENAÇÃO. O
valor devido título de honorários deve ser corrigido desde
quando devido, ou seja, a partir do trânsito em julgado da
decisão que os fixou, sendo que os juros moratórios devem ser
calculados com base no índice oficial de remuneração básica e
juros aplicados à caderneta de poupança, nos termos da regra
do art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação da Lei Federal
11.960/09. Já a correção monetária, por força da declaração de

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inconstitucionalidade parcial do art. 5º da Lei 11.960/09, deverá ser
calculada com base no IPCA, índice que melhor reflete a inflação
acumulada do período. Não provido. (TJ-MG - Apelação Cível
1.0472.16.003798-3/001, Relator(a): Des.(a)Elias Camilo,
julgamento em 01/02/2018, publicação da súmula em 27/02/2018,
#84308832)

Motivos pelos quais requer o acolhimento do presente pedido com a


determinação de imediato pagamento.

Considerando que não houve cumprimento voluntário por parte da Fazenda


Pública, tem-se por necessário o arbitramento de honorários específicos ao presente pedido,
nos termos do Art. 85, §1º do CPC:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao


advogado do vencedor.

§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no


cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução,
resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.

Trata-se de interpretação sistemática do Art. 100 da Constituição Federal que


condiciona exclusivamente o pagamento dos precatórios à provocação do judiciário, não
dispondo sobre tal procedimento aos RPVs.

Assim, sendo necessária que a máquina judiciária seja movida por inércia da
Fazenda, cabível o pagamento de honorários específicos ao presente pedido de
cumprimento de sentença.

Trata-se de matéria sumulada no STJ:

Súmula 345/STJ: "São devidos honorários advocatícios pela


Fazenda Pública nas execuções individuais de sentença proferida

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em ações coletivas, ainda que não embargadas".

Nesse sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE


SENTENÇA - REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR -
FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS - RECURSO DESPROVIDO.
Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, no
cumprimento de sentença que resulta na expedição de a
requisição de pequeno valor, é cabível a fixação de honorários
advocatícios contra a Fazenda Pública, diante da ausência de
pagamento espontâneo. Recurso conhecido e desprovido. (TJMS.
Agravo de Instrumento n. 1401708-95.2020.8.12.0000, Paranaíba,
1ª Câmara Cível, Relator (a): Des. Marcelo Câmara Rasslan, j:
28/05/2020, p: 01/06/2020)

Assim, mesmo que não impugnado o presente pedido, cabíveis honorários


advocatícios sobre os valores relativos à requisição de pequeno valor.

Honorários desmembrados para pagamento como RPV

Pela natureza alimentar, os honorários fixados em decisão judicial podem ser


desmembrados do valor principal da causa, para pagamento mediante requisição de
pequeno valor.

Trata-se de pedido com claro amparo na Lei 8.906/94:

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento


ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito
autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer
que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.

Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o

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contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem
crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores,
insolvência civil e liquidação extrajudicial.

Assim, além do título executado pela parte (valor principal), requer a


condução de cumprimento de decisão específica dos honorários advocatícios, mediante
requisição de pequeno valor destacado do valor principal, conforme sumulado pelo STF:

Súmula Vinculante nº47: Os honorários advocatícios incluídos na


condenação ou destacados do montante principal devido ao credor
consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação
ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno
valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.

Trata-se de procedimento pacificado pela jurisprudência e pacificado pelo


Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EM MANDADO DE


SEGURANÇA. EXECUÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
CRÉDITO AUTÔNOMO. POSSIBILIDADE DE COBRANÇA
MEDIANTE RPV, NO REGIME DE LITISCONSÓRCIO ATIVO,
ANTES DA EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO.

1. A Primeira Seção do STJ, no julgamento do REsp 1.347.736/RS,


(...) admitiu a execução autônoma dos honorários de sucumbência
mediante requisição de pequeno valor mesmo quando o valor
principal siga a sistemática dos precatórios. Estabeleceu que, em se
tratando de crédito autônomo do causídico, inexiste fracionamento
do montante executado, podendo o profissional promover a sua
execução nos autos em regime de litisconsórcio ativo voluntário.

2. O Plenário do STF, no exame do RE 564.132/RS, também

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admitiu o direito do advogado à execução autônoma, destacando,
porém, que a separação dos valores deve ocorrer antes da expedição
do ofício requisitório. (...) (RMS 41.561/RS, Rel. Ministro OG
FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/03/2018, DJe
23/03/2018, #64308832)

Razões pelas quais conduzem ao necessário cumprimento imediato da


parcela relativa aos honorários advocatícios.

DOS HONORÁRIOS E SUCUMBÊNCIA NO MANDADO DE SEGURANÇA

Não obstante tratar-se de Mandado de Segurança, requer a condenação do


Impetrado à sucumbência nos termos do Art. 85, § 1º e §11, do NCPC, aplicado,
subsidiariamente, à Lei Federal nº 12.016/09, que dispõe:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao


advogado do vencedor.

§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no


cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução,
resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
(...)

§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados


anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em
grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a
6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de
honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os
respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de
conhecimento.

Desta forma, encerrada na sentença o rito especial regido pela Lei do

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Mandado de Segurança, tem-se que na necessidade de instituição de um novo procedimento
(Cumprimento de Sentença - regido pelo CPC), serem cabíveis os honorários.

Afinal, ao deixar de regular o cumprimento de sentença, a lei do Mandado de


Segurança deixou a matéria ser regulada pela lei geral do processo civil, conforme já
pronunciou o STJ:

ADMINISTRATIVO. (...) AGRAVO INTERNO NO AGRAVO


EM RECURSO ESPECIAL. TÍTULO JUDICIAL. EXECUÇÃO
INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO
COLETIVA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. A
jurisprudência pacífica desta Corte Superior é no sentido de que
"nas execuções individuais procedentes de sentença genérica
prolatada em ação coletiva promovida por sindicato ou entidade de
classe, é cabível a condenação da Fazenda Pública ao pagamento de
honorários advocatícios, ainda que não embargada a execução. Esse
entendimento encontra-se cristalizado no enunciado 345 da Súmula
deste Tribunal Superior, in verbis: "São devidos os honorários
advocatícios pela Fazenda Pública nas Execuções individuais de
sentença proferida em ações coletivas, ainda que não embargadas"
(AgRg no AREsp 48.204/RS, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2011, DJe
23/11/2011). Ainda na linha de nossa jurisprudência, esse
entendimento também deve ser aplicado em execução de mandado
de segurança coletivo. Precedentes. 2. Agravo interno a que se nega
provimento. (AgInt no AREsp 1236023/SP, Rel. Ministro SÉRGIO
KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/08/2018, DJe
09/08/2018, #94308832)

Nesse sentido, seguem precedentes recentes sobre o tema que confirmam


este entendimento:

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RECURSO DE APELAÇÃO - MANDADO DE SEGURANÇA -
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - IMPUGNAÇÃO AO
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - PRETENSÃO AO
RECONHECIMENTO DA OCORRÊNCIA DE EXCESSO DE
EXECUÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - ARBITRAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DECORRENTES DA
SUCUMBÊNCIA - POSSIBILIDADE. 1. Inocorrência do alegado
excesso de execução. 2. Possibilidade de arbitramento dos
honorários advocatícios decorrentes da sucumbência, na fase do
cumprimento de sentença, em razão do resultado alcançado no
mandado de segurança, nos termos do disposto no artigo 85, § 11,
do NCPC, aplicado, subsidiariamente, à Lei Federal nº 12.016/09.
3. A especialidade da regra do artigo 25 da Lei Federal nº 12.016/09
é restrita à fase de conhecimento do mandado de segurança. 4.
Precedentes da jurisprudência do C. STJ e deste E. Tribunal de
Justiça. 5. Arbitramento dos honorários advocatícios recursais, a
título de observação, nos termos do artigo 85, § 11, do NCPC. 6.
Impugnação ao cumprimento de sentença, rejeitada. 7. Sentença,
ratificada, inclusive, com relação aos ônus decorrentes da
sucumbência. 8. Recurso de apelação, apresentado pela parte
executada, desprovido, com observação. (TJ-SP
00002111920188260224 SP 0000211-19.2018.8.26.0224, Relator:
Francisco Bianco, Data de Julgamento: 16/07/2018, 5ª Câmara de
Direito Público, Data de Publicação: 23/07/2018, #64308832)

REMESSA NECESSÁRIA. MANDADO DE SEGURANÇA.


EXAME SUPLETIVO AO MENOR DE DEZOITO ANOS
APROVADO EM VESTIBULAR. LIMINAR CONCEDIDA E
CONFIRMADA EM SENTENÇA. APLICAÇÃO DA TEORIA
DO FATO CONSUMADO. PAGAMENTO DAS CUSTAS.
SENTENÇA MANTIDA. 1. A impetrante obteve a concessão de
segurança em confirmação da tutela liminar, consistente em exame

#4308832 Wed Apr 26 15:25:17 2023


supletivo justificado pela aprovação em vestibular. Assim, o tempo
decorrido estabilizou uma situação jurídica amparada na tutela
judicial. Logo, aplica-se a teoria do fato consumado. 2. O art. 25 da
Lei 12.016/2009, a Súmula 512/STF e a Súmula 105/STJ afastam
apenas o arbitramento de honorários advocatícios na ação de
mandado de segurança. Supletivamente, o art. 82, § 2º, do CPC
deve ser observado para condenar o vencido a pagar ao vencedor as
despesas que antecipou. 3. Remessa oficial conhecida e não
provida. (TJDFT, Acórdão n.1073493, 07004265220178070018,
Relator(a): FÁBIO EDUARDO MARQUES, 7ª Turma Cível,
Julgado em: 07/02/2018, Publicado em: 19/02/2018, #54308832)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATO JUDICIAL IMPUGNADO.


REJEIÇÃO DA IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA MANDAMENTAL. Arbitramento de honorários
advocatícios em favor do credor. A discussão versa sobre a
possibilidade de arbitramento de honorários advocatícios em sede
de impugnação ao cumprimento de sentença mandamental, por
contada vedação contida no artigo 25 da Lei n. 12.016/2009.
Interpretação restritiva. Impedimento considera a ação
mandamental, no plano da tutela cognitiva que gravita em torno dos
pressupostos da impetração, e não pode ser estendida à fase de
execução. Ausência de norma disciplinando a matéria em sede de
cumprimento da sentença mandamental. Aplicação subsidiária do
CPC. Inteligência do § 1º do artigo 85 do CPC. Possibilidade de
arbitramento da verba honorária. Raciocínio empregado para
motivar os precedentes do STJ anteriores ao novo CPC. Decisão
mantida. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO." (TJSP.
Agravo de Instrumento nº 3001248-23.2018.8.26.0000 E. 8ª
Câmara de Direito Público Rel. o Des. José Maria Câmara Júnior
Julgado em 13.6.18, #24308832)

#4308832 Wed Apr 26 15:25:17 2023


Afinal, o cabimento dos honorários tanto na fase recursal quanto no
cumprimento de sentença deve prevalecer pela simples existência de uma pretensão
resistida por parte do Impetrado, justificando o seu arbitramento, conforme assevera a
doutrina sobre o tema:

"Terminada a ação de conhecimento, dá-se início à de execução,


que é uma outra ação, independente da ação de conhecimento que
lhe antecede. Essa ação de execução se faz na continuação da de
conhecimento, por meio do instituto do cumprimento da sentença.
Se o devedor resistiu à pretensão (ação de conhecimento) e não
satisfaz a obrigação (ação de execução), mesmo depois de
reconhecida sua obrigação, pelo princípio da causalidade, porque
deu causa ao ajuizamento da execução, responde pelas despesas do
cumprimento da sentença (ação de execução) e pelos honorários de
advogado. A incidência dos honorários ocorre pelo simples fato de
haver execução de sentença, ainda que não impugnada ou
embargada." (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de
Andrade. Código de Processo Civil Comentado. 17ª ed. Editora RT,
2018. Versão ebook, Art.85)

No presente caso, alguns aspectos da complexidade da causa devem ser


considerados:

I - GRAU DE ZELO: Este caso envolveu o recolhimento de mais


de ________ , exigindo a pesquisa de inúmeros ________ ,
demonstrando a complexidade do caso.

II - LUGAR DO SERVIÇO: Trata-se de causa que envolveu


________ em ________ , ou seja, obrigando o profissional a
deslocar-se ________ ;

III - NATUREZA E IMPORTÂNCIA: Por tratar-se de causa de

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________ , exigiu do profissional grande envolvimento ________ ,
evidenciando a importância da causa;

IV - COMPLEXIDADE E TEMPO: A ação foi distribuída em


________ , com trânsito em julgado em ________ , ou seja, mais de
________ envolvendo audiências, perícias, bem como ________ .

Para tanto, devem ser observados a complexidade e empenho do profissional


no caso em concreto, como bem salienta a doutrina:

"A dedicação do advogado, a competência com que conduziu os


interesses de seu cliente, o fato de defender seu constituinte em
comarca onde não resida, os níveis de honorários na comarca onde
se processa a ação, a complexidade da causa, o tempo despendido
pelo causídico desde o início até o término da ação, são
circunstâncias que devem ser necessariamente levadas em conta
pelo juiz quando da fixação dos honorários de advogado." (Nélson
Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery, Comentários ao Código
de Processo Civil. - São Paulo: RT, 2015, p. 433)

Portanto, tratam-se de peculiaridades do processo que devem ser


consideradas para fins de arbitramento dos honorários.

DAS DESPESAS COM OS CÁLCULOS

Considerando que exequente é beneficiário da Gratuidade de Justiça, requer


seja nomeado contador judicial para a elaboração dos cálculos discriminados exigidos no
Art. 534, nos termos do Art. 98, inc. VII do CPC/15 que dispõe:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com


insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da

#4308832 Wed Apr 26 15:25:17 2023


justiça, na forma da lei.
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
(...)
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando
exigida para instauração da execução;

Afinal, não houve mudança ao requerente a ponto de alterar sua condição


financeira, mesmo quando ocorrer os pagamentos decorrentes da presente execução,
conforme precedentes sobre o tema:

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À


EXECUÇÃO. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO DÉBITO
JUDICIAL E JUROS DE MORA APLICADOS NA FASE DE
CONHECIMENTO. LEI N. 11.960/2009. MANUAL DE
CÁLCULOS. RESOLUÇÃO N. 267/2013 DO CJF.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. - (...). - O pagamento da condenação não tem
o condão de acarretar mudança da situação econômica da parte
assistida pela gratuidade processual; não afasta o estado inicial
que justificou o deferimento da benesse, apenas indica a quitação
de débitos mensais acumulados que o segurado deixou de receber;
para além do que, é ônus da parte contrária a demonstração fática de
que os benefícios da gratuidade da justiça devem ser revogados, o
quê não ocorre no caso dos autos. - Honorários advocatícios fixados
em R$ 1.000,00 (mil reais), em conformidade ao artigo 85,
parágrafos 5º, 8º e 11, do CPC/2015 e entendimento da Terceira
Seção deste E. Tribunal. - Recurso provido. (TRF-3 - AC:
00268906820164039999 SP, Relator: DESEMBARGADOR
FEDERAL DAVID DANTAS, OITAVA TURMA, Data de
Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:08/03/2017, #74308832)

A complexidade dos autos envolve ________ o que dificulta de ser realizado

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pelexequente , obrigando-o a solicitar auxílio da contadoria judicial, conforme orienta a
doutrinadora Teresa Arruda Alvim Wambier:

"Em sendo o credor beneficiário da justiça gratuita, dispõe o art.


98, VII, do CPC/2015 a isenção quanto ao custo com a elaboração
de memória de cálculo, quando esta é exigida para a instauração
da execução. Nessa hipótese, o credor hipossuficiente de recursos
financeiros deverá requerer ao juízo da execução a nomeação de
contador, que poderá ser o contador do próprio juízo a elaborar os
cálculos aritméticos voltados à apuração do valor da dívida"
(Breves Comentários ao Novo Código de Processo Civil, 1ª edição,
página 1.393, Ed. RT, 2015; consulte também TJSP - AI n.
2212267-64.2015.8.26.0000, rel. Des. Fermino Magnani Filho, j.
14.4.2016).

Razão pela qual, como já reconhecido o direito ao benefício da gratuidade de


justiça, requer a manutenção da gratuidade de justiça, bem como a dispensa da
apresentação dos cálculos e nomeação de contador judicial específico para este fim.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, REQUER:

1. A manutenção da gratuidade de justiça, e consequente dispensa da


apresentação dos cálculos, pois beneficiária da gratuidade de justiça, e
nomeação de contador judicial específico para este fim, nos termos do
Art. 98, inc. VII;

2. A notificação da executada, na pessoa do seu representante judicial, por


carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, impugnar o presente
pedido nos termos do Art. 535 do CPC/15;

#4308832 Wed Apr 26 15:25:17 2023


3. Não impugnada a execução ou rejeitada a impugnação da executada,
requer, nos termos do :

Nestes termos, pede deferimento.

________ , ________ .

________

ANEXOS

1. Certidões comprobatórias da decisão e do trabalho executado

2. Decisão exequenda

3. Cálculos demonstrativos

4. Declaração

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