Arts.

99 e 100 Constituição Federal

petência para, na forma da lei, celebrar ca‑ c Art. 4o da EC no 62, de 9-12-2009. te, quando terão seus valores atualizados
samentos, verificar, de ofício ou em face de c Art. 6o da Lei no 9.469, de 10-7-1997, que regula monetariamente.
impugnação apresentada, o processo de habi‑ os pagamentos devidos pela Fazenda Pública em c § 5 o com a redação dada pela EC n o 114, de
litação e exercer atribuições conciliatórias, sem virtude de sentença judiciária. 16-12-2021.
caráter jurisdicional, além de outras previstas c Res. do CNJ no 303, de 18-12-2019, dispõe sobre a c Súm. Vinc. no 17 do STF.
gestão dos precatórios e respectivos procedimen-
na legislação. tos operacionais no âmbito do Poder Judiciário. § 6o As dotações orçamentárias e os créditos
c Art. 30 do ADCT. c Súmulas nos 655 e 729 do STF. abertos serão consignados diretamente ao
§ 1o Lei federal disporá sobre a criação de jui‑ c Súmulas nos 144 e 339 do STJ. Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do
zados especiais no âmbito da Justiça Federal. c Orientações Jurisprudenciais do Tribunal Pleno Tribunal que proferir a decisão exequenda de‑
c Antigo parágrafo único renumerado para § 1o pela nos 12 e 13 do TST. terminar o pagamento integral e autorizar, a
EC no 45, de 8-12-2004. § 1o Os débitos de natureza alimentícia com‑ requerimento do credor e exclusivamente para
c Lei no 10.259, de 12-7-2001 (Lei dos Juizados Espe-
preendem aqueles decorrentes de salários, os casos de preterimento de seu direito de pre‑
ciais Federais). vencimentos, proventos, pensões e suas com‑ cedência ou de não alocação orçamentária do
c Súm. no 428 do STJ. plementações, benefícios previdenciários e valor necessário à satisfação do seu débito, o
§ 2o As custas e emolumentos serão destinados indenizações por morte ou por invalidez, fun‑ sequestro da quantia respectiva.
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos dadas em responsabilidade civil, em virtude c § 6 o com a redação dada pela EC n o 62, de
às atividades específicas da Justiça. de sentença judicial transitada em julgado, e 9-12-2009.
serão pagos com preferência sobre todos os c Súm. n 733 do STF.
o
c § 2o acrescido pela EC n o 45, de 8-12-2004.
demais débitos, exceto sobre aqueles referidos § 7o O Presidente do Tribunal competente que,
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada au‑ por ato comissivo ou omissivo, retardar ou
tonomia administrativa e financeira. no § 2o deste artigo.
c § 1 o com a redação dada pela EC n o 62, de
tentar frustrar a liquidação regular de preca‑
§ 1 Os Tribunais elaborarão suas propostas
o
9-12-2009. tórios incorrerá em crime de responsabilidade
orçamentárias dentro dos limites estipulados c Súm. Vinc. no 47 do STF. e responderá, também, perante o Conselho
conjuntamente com os demais Poderes na lei Nacional de Justiça.
de diretrizes orçamentárias. § 2 o
Os débitos de natureza alimentícia cujos
c Lei n o 1.079, de 10-4-1950 (Lei dos Crimes de
c Art. 134, § 2 o, desta Constituição.
titulares, originários ou por sucessão heredi‑
Responsabilidade).
c Art. 107, § 2 o, do ADCT.
tária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou
sejam portadores de doença grave, ou pessoas § 8 o É vedada a expedição de precatórios
§ 2o O encaminhamento da proposta, ouvidos com deficiência, assim definidos na forma da complementares ou suplementares de valor
os outros Tribunais interessados, compete: lei, serão pagos com preferência sobre todos pago, bem como o fracionamento, repartição
c Art. 134, § 2 o, desta Constituição. os demais débitos, até o valor equivalente ao ou quebra do valor da execução para fins de
I – no âmbito da União, aos Presidentes do triplo fixado em lei para os fins do disposto no enquadramento de parcela do total ao que dis‑
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Su‑ § 3 o deste artigo, admitido o fracionamento põe o § 3 deste artigo.
o

periores, com a aprovação dos respectivos para essa finalidade, sendo que o restante será c §§ 7 e 8 acrescidos pela EC n 62, de 9-12-2009.
o o o

Tribunais; pago na ordem cronológica de apresentação c Art. 87 do ADCT.

II – no âmbito dos Estados e no do Distrito do precatório. § 9o Sem que haja interrupção no pagamento
Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tri‑ c § 2 o com a redação dada pela EC n o 94, de do precatório e mediante comunicação da Fa‑
bunais de Justiça, com a aprovação dos res‑ 15-12-2016. zenda Pública ao Tribunal, o valor correspon‑
pectivos Tribunais. c Art. 102 do ADCT. dente aos eventuais débitos inscritos em dívi‑
§ 3o Se os órgãos referidos no § 2 o não enca‑ c O STF, por maioria dos votos, julgou parcialmen- da ativa contra o credor do requisitório e seus
te procedente a ADIN n 4.425, para declarar a substituídos deverá ser depositado à conta do
o
minharem as respectivas propostas orçamen‑
inconstitucionalidade da expressão “na data de juízo responsável pela ação de cobrança, que
tárias dentro do prazo estabelecido na lei de expedição do precatório” contida neste parágrafo decidirá pelo seu destino definitivo.
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo (DOU de 8-3-2021).
considerará, para fins de consolidação da pro‑ c § 9 o com a redação dada pela EC n o 113, de
posta orçamentária anual, os valores aprova‑ § 3 O disposto no caput deste artigo relativa‑
o
8-12-2021.
dos na lei orçamentária vigente, ajustados de mente à expedição de precatórios não se aplica § 10. Antes da expedição dos precatórios, o
acordo com os limites estipulados na forma do aos pagamentos de obrigações definidas em Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedo‑
§ 1o deste artigo. leis como de pequeno valor que as Fazendas ra, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob
referidas devam fazer em virtude de sentença pena de perda do direito de abatimento, in‑
§ 4o Se as propostas orçamentárias de que trata judicial transitada em julgado.
este artigo forem encaminhadas em desacordo formação sobre os débitos que preencham as
c Art. 87 do ADCT. condições estabelecidas no § 9o, para os fins
com os limites estipulados na forma do § 1o, o
c Lei n o 10.099, de 19-12-2000, regulamenta este nele previstos.
Poder Executivo procederá aos ajustes neces‑ parágrafo.
sários para fins de consolidação da proposta c Art. 17, § 1o, da Lei no 10.259, de 12-7-2001 (Lei dos c § 10 acrescido pela EC no 62, de 9-12-2009.
orçamentária anual. c Orient. Norm. do CJF n o 4, de 8-6-2010, estabelece
Juizados Especiais Federais).
regra de transição para os procedimentos de com-
§ 5 Durante a execução orçamentária do c Art. 13 da Lei n 12.153, de 22-12-2009 (Lei dos
o o
pensação previstos neste inciso.
exercício, não poderá haver a realização de Juizados Especiais da Fazenda Pública).
c O STF, por maioria dos votos, julgou parcialmen-
despesas ou a assunção de obrigações que ex‑ § 4 Para os fins do disposto no § 3 , poderão
o o
te procedente a ADIN no 4.425, para declarar a
trapolem os limites estabelecidos na lei de di‑ ser fixados, por leis próprias, valores distintos inconstitucionalidade deste parágrafo (DOU de
retrizes orçamentárias, exceto se previamente às entidades de direito público, segundo as 8-3-2021).
autorizadas, mediante a abertura de créditos diferentes capacidades econômicas, sendo o § 11. É facultada ao credor, conforme estabe‑
suplementares ou especiais. mínimo igual ao valor do maior benefício do lecido em lei do ente federativo devedor, com
c §§ 3o a 5o acrescidos pela EC n o 45, de 8-12-2004. regime geral de previdência social. autoaplicabilidade para a União, a oferta de
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fa‑ c §§ 3o e 4o com a redação dada pela EC n o 62, de créditos líquidos e certos que originalmente
zendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e 9-12-2009. lhe são próprios ou adquiridos de terceiros
Municipais, em virtude de sentença judiciária, c Art. 97, § 12 , do ADCT.
o reconhecidos pelo ente federativo ou por
far‑se‑ão exclusivamente na ordem cronológi‑ c Orientações Jurisprudenciais n 1 e 9 do Tribunal decisão judicial transitada em julgado para:
os

ca de apresentação dos precatórios e à conta Pleno do TST. c Caput do § 11 com a redação dada pela EC n o 113,
dos créditos respectivos, proibida a designa‑ § 5 o É obrigatória a inclusão no orçamento de 8-12-2021.
ção de casos ou de pessoas nas dotações or‑ das entidades de direito público de verba I – quitação de débitos parcelados ou débitos
çamentárias e nos créditos adicionais abertos necessária ao pagamento de seus débitos inscritos em dívida ativa do ente federativo
para este fim. oriundos de sentenças transitadas em jul‑ devedor, inclusive em transação resolutiva
c Caput com a redação dada pela EC n o 62, de gado constantes de precatórios judiciários de litígio, e, subsidiariamente, débitos com
9-12-2009. apresentados até 2 de abril, fazendo‑se o a administração autárquica e fundacional do
c Arts. 33, 78, 86, 87 e 97 do ADCT. pagamento até o final do exercício seguin‑ mesmo ente;

48

II – compra de imóveis públicos de proprie‑
dade do mesmo ente disponibilizados para
venda;
III – pagamento de outorga de delegações
de serviços públicos e demais espécies de
concessão negocial promovidas pelo mesmo
ente;
IV – aquisição, inclusive minoritária, de parti‑
cipação societária, disponibilizada para ven‑
da, do respectivo ente federativo; ou
V – compra de direitos, disponibilizados
para cessão, do respectivo ente federativo,
inclusive, no caso da União, da antecipação
de valores a serem recebidos a título do ex‑
cedente em óleo em contratos de partilha de
petróleo.
c Incisos I a V acrescidos pela EC n o 113, de
8-12-2021.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda
Constitucional, a atualização de valores de re‑
quisitórios, após sua expedição, até o efetivo
pagamento, independentemente de sua natu‑
reza, será feita pelo índice oficial de remunera‑
ção básica da caderneta de poupança, e, para
fins de compensação da mora, incidirão juros
simples no mesmo percentual de juros inciden‑
tes sobre a caderneta de poupança, ficando
excluída a incidência de juros compensatórios.
c OJ do Tribunal Pleno no 7 do TST.
OJ da SBDI‑I no 382 do TST.
c
c O STF, por maioria dos votos, julgou parcialmente
procedente a ADIN no 4.425 para declarar a incons-
titucionalidade parcial sem redução da expressão
“independentemente de sua natureza”, contida
neste parágrafo, para determinar que, quanto aos
precatórios de natureza tributária, sejam aplicados
os mesmos juros de mora incidentes sobre todo e
qualquer crédito tributário (DOU de 8-3-2021).
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcial‑
mente, seus créditos em precatórios a tercei‑
ros, independentemente da concordância do
devedor, não se aplicando ao cessionário o
disposto nos §§ 2o e 3o.
c §§ 12 e 13 acrescidos pela EC no 62, de 9-12-2009.
Art. 5 o da EC no 62, de 9-12-2009, que convalida
c precatório serão pagos até o final do exercí‑
todas as cessões de precatórios efetuadas antes
da sua promulgação, independentemente da con-
cordância da entidade devedora.
c Arts. 286 a 298 do CC.
§ 14. A cessão de precatórios, observado o
disposto no § 9o deste artigo, somente pro‑
duzirá efeitos após comunicação, por meio
de petição protocolizada, ao Tribunal de ori‑
gem e ao ente federativo devedor.
c § 14 com a redação dada pela EC n o 113, de
8-12-2021.
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo,
lei complementar a esta Constituição Federal
poderá estabelecer regime especial para paga‑
mento de crédito de precatórios de Estados,
Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre
vinculações à receita corrente líquida e forma
e prazo de liquidação.
c O STF, por maioria dos votos, julgou parcialmente
procedente a ADIN n o 4.425, para declarar a in-
constitucionalidade deste parágrafo.
c Art. 97, caput, do ADCT.
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei,
a União poderá assumir débitos, oriundos de
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Mu‑
nicípios, refinanciando‑os diretamente.
c §§ 15 e 16 acrescidos pela EC no 62, de 9-12-2009.
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios aferirão mensalmente, em base
anual, o comprometimento de suas respectivas
Constituição Federal
receitas correntes líquidas com o pagamento
de precatórios e obrigações de pequeno valor.
§ 18. Entende‑se como receita corrente líquida,
para os fins de que trata o § 17, o somatório
das receitas tributárias, patrimoniais, indus‑
triais, agropecuárias, de contribuições e de
serviços, de transferências correntes e outras
receitas correntes, incluindo as oriundas do
§ 1o do art. 20 da Constituição Federal, verifi‑
cado no período compreendido pelo segundo
mês imediatamente anterior ao de referência e
os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as
duplicidades, e deduzidas:
I – na União, as parcelas entregues aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios por deter‑
minação constitucional;
II – nos Estados, as parcelas entregues aos Mu‑
nicípios por determinação constitucional;
III – na União, nos Estados, no Distrito Federal
e nos Municípios, a contribuição dos servido‑
res para custeio de seu sistema de previdência
e assistência social e as receitas provenientes
da compensação financeira referida no § 9o do
art. 201 da Constituição Federal.
§ 19. Caso o montante total de débitos decor‑
rentes de condenações judiciais em precatórios
e obrigações de pequeno valor, em período de
12 (doze) meses, ultrapasse a média do com‑
prometimento percentual da receita corrente
líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente an‑
teriores, a parcela que exceder esse percentual
poderá ser financiada, excetuada dos limites
de endividamento de que tratam os incisos
VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e
de quaisquer outros limites de endividamento
previstos, não se aplicando a esse financia‑
mento a vedação de vinculação de receita pre‑
vista no inciso IV do art. 167 da Constituição
Federal.
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a
15% (quinze por cento) do montante dos pre‑
catórios apresentados nos termos do § 5o deste
artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste
cio seguinte e o restante em parcelas iguais
nos cinco exercícios subsequentes, acresci‑
das de juros de mora e correção monetária,
ou mediante acordos diretos, perante Juízos
Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com
redução máxima de 40% (quarenta por cento)
do valor do crédito atualizado, desde que em
relação ao crédito não penda recurso ou defe‑
sa judicial e que sejam observados os requisi‑
tos definidos na regulamentação editada pelo
ente federado.
c §§ 17 a 20 acrescidos pela EC no 94, de 15-12-2016.
§ 21. Ficam a União e os demais entes federa‑
tivos, nos montantes que lhes são próprios,
desde que aceito por ambas as partes, auto‑ c Alínea c com a redação dada pela EC no 23, de
rizados a utilizar valores objeto de sentenças
transitadas em julgado devidos a pessoa ju‑ c Lei n o 1.079, de 10-4-1950 (Lei dos Crimes de
rídica de direito público para amortizar dívi‑
das, vencidas ou vincendas:
I – nos contratos de refinanciamento cujos
créditos sejam detidos pelo ente federativo
que figure como devedor na sentença de que
trata o caput deste artigo;
II – nos contratos em que houve prestação de
garantia a outro ente federativo;
III – nos parcelamentos de tributos ou de con‑
tribuições sociais; e
IV – nas obrigações decorrentes do descum‑ c Lei n o 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Mandado de
primento de prestação de contas ou de des‑
vio de recursos.
Arts. 101 e 102
§ 22. A amortização de que trata o § 21 deste
artigo:
I – nas obrigações vencidas, será imputada
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
primeiramente às parcelas mais antigas;
II – nas obrigações vincendas, reduzirá uni‑
formemente o valor de cada parcela devida,
mantida a duração original do respectivo
contrato ou parcelamento.
c §§ 21 e 22 acrescidos pela EC no 113, de 8-12-2021.
Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal com‑
põe‑se de onze Ministros, escolhidos dentre
cidadãos com mais de trinta e cinco e menos
de setenta anos de idade, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
c Caput com a redação dada pela EC n o 122, de
17-5-2022.
c Lei no 8.038, de 28-5-1990, institui normas procedi-
mentais para os processos que especifica, perante
o STJ e o STF.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo
Tribunal Federal serão nomeados pelo Presi‑
dente da República, depois de aprovada a es‑
colha pela maioria absoluta do Senado Federal.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede‑
ral, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo‑lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
c Res. do STF no 693, de 17-7-2020, regulamenta o
processo eletrônico no âmbito do Supremo Tribu-
nal Federal.
a) a ação direta de inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo federal ou estadual e
a ação declaratória de constitucionalidade
de lei ou ato normativo federal;
c Alínea a com a redação dada pela EC n o 3, de
17-3-1993.
c Lei n o 9.868, de 10-11-1999 (Lei da ADIN e da
ADECON).
c Dec. no 2.346, de 10-10-1997, consolida as normas
de procedimentos a serem observadas pela admi-
nistração pública federal em razão de decisões
judiciais.
c Súmulas nos 360, 642 e 735 do STF.
b) nas infrações penais comuns, o Presiden‑
te da República, o Vice‑Presidente, os
membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador‑Geral da
República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes
de responsabilidade, os Ministros de Estado
e os Comandantes da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no
artigo 52, I, os membros dos Tribunais Su‑
periores, os do Tribunal de Contas da União
e os chefes de missão diplomática de cará‑
ter permanente;
2-9-1999.
Responsabilidade).
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer
das pessoas referidas nas alíneas anterio‑
res; o mandado de segurança e o habeas
data contra atos do Presidente da Repúbli‑
ca, das Mesas da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal, do Tribunal de Contas
da União, do Procurador‑Geral da Repúbli‑
ca e do próprio Supremo Tribunal Federal;
c Lei no 9.507, de 12-11-1997 (Lei do Habeas Data).
Segurança Individual e Coletivo).
c Súm. no 624 do STF.
49
Arts. 95 a 97
Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de a) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco II – destinados a pagamento a vista de pre‑
junho de 1994 e a data da promulgação desta
Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro
ou mãe brasileira, poderão ser registrados em
repartição diplomática ou consular brasileira
competente ou em ofício de registro, se vie‑
rem a residir na República Federativa do Brasil.
c Artigo acrescido pela EC no 54, de 20-9-2007.
c Art. 12 desta Constituição.
Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação,
fusão, incorporação e desmembramento de
Municípios, cuja lei tenha sido publicada até
31 de dezembro de 2006, atendidos os requi‑
sitos estabelecidos na legislação do respectivo
Estado à época de sua criação.
c Artigo acrescido pela EC no 57, de 18-12-2008.
Art. 97. Até que seja editada a Lei Comple‑
mentar de que trata o § 15 do art. 100 da
Constituição Federal, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios que, na data de publi‑
cação desta Emenda Constitucional, estejam
em mora na quitação de precatórios vencidos,
relativos às suas administrações direta e indi‑
reta, inclusive os emitidos durante o período
de vigência do regime especial instituído por
este artigo, farão esses pagamentos de acordo
com as normas a seguir estabelecidas, sendo
inaplicável o disposto no art. 100 desta Cons‑
tituição Federal, exceto em seus §§ 2o, 3o, 9o,
10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos
de juízos conciliatórios já formalizados na data
de promulgação desta Emenda Constitucional.
c O STF, por maioria dos votos, julgou parcialmente
procedente a ADIN n o 4.425, para declarar a in-
constitucionalidade deste artigo.
c Art. 3o da EC no 62, de 9-12-2009, que estabelece
que a implantação do regime de pagamento criado
por este artigo deverá ocorrer no prazo de até 90
(noventa dias), contados da data de sua publicação
(DOU de 10-12-2009).
§ 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Muni‑
cípios sujeitos ao regime especial de que trata
este artigo optarão, por meio de ato do Poder
Executivo:
c Art. 4o da EC no 62, de 9-12-2009, que estabelece
os casos em que a entidade federativa voltará a
observar somente o disposto no art. 100 da CF.
I – pelo depósito em conta especial do valor
referido pelo § 2o deste artigo; ou
II – pela adoção do regime especial pelo prazo
de até 15 (quinze) anos, caso em que o per‑
centual a ser depositado na conta especial a
que se refere o § 2o deste artigo corresponde‑
rá, anualmente, ao saldo total dos precatórios
devidos, acrescido do índice oficial de remune‑
ração básica da caderneta de poupança e de
juros simples no mesmo percentual de juros in‑
cidentes sobre a caderneta de poupança para
fins de compensação da mora, excluída a inci‑
dência de juros compensatórios, diminuído das
amortizações e dividido pelo número de anos
restantes no regime especial de pagamento.
§ 2 o Para saldar os precatórios, vencidos e a
vencer, pelo regime especial, os Estados, o Dis‑
trito Federal e os Municípios devedores depo‑
sitarão mensalmente, em conta especial criada
para tal fim, 1/12 (um doze avos) do valor cal‑
culado percentualmente sobre as respectivas
receitas correntes líquidas, apuradas no segun‑
do mês anterior ao mês de pagamento, sendo
que esse percentual, calculado no momento de
opção pelo regime e mantido fixo até o final do
prazo a que se refere o § 14 deste artigo, será:
I – para os Estados e para o Distrito Federal:
96
ADCT
décimos por cento), para os Estados das
regiões Norte, Nordeste e Centro‑Oeste,
além do Distrito Federal, ou cujo estoque
de precatórios pendentes das suas admi‑
nistrações direta e indireta corresponder a
até 35% (trinta e cinco por cento) do total
da receita corrente líquida;
b) de, no mínimo, 2% (dois por cento), para
os Estados das regiões Sul e Sudeste, cujo
estoque de precatórios pendentes das suas
administrações direta e indireta correspon‑
der a mais de 35% (trinta e cinco por cen‑
to) da receita corrente líquida;
II – para Municípios:
a) de, no mínimo, 1% (um por cento), para
Municípios das regiões Norte, Nordeste e
Centro‑Oeste, ou cujo estoque de precató‑
rios pendentes das suas administrações dire‑
ta e indireta corresponder a até 35% (trinta e
cinco por cento) da receita corrente líquida;
b) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco
décimos por cento), para Municípios das
regiões Sul e Sudeste, cujo estoque de
precatórios pendentes das suas adminis‑
trações direta e indireta corresponder a
mais de 35 % (trinta e cinco por cento) da
receita corrente líquida.
§ 3o Entende‑se como receita corrente líquida,
para os fins de que trata este artigo, o soma‑
tório das receitas tributárias, patrimoniais, in‑
dustriais, agropecuárias, de contribuições e de
serviços, transferências correntes e outras re‑
ceitas correntes, incluindo as oriundas do § 1o
do art. 20 da Constituição Federal, verificado
no período compreendido pelo mês de referên‑
cia e os 11 (onze) meses anteriores, excluídas
as duplicidades, e deduzidas:
I – nos Estados, as parcelas entregues aos Mu‑
nicípios por determinação constitucional;
II – nos Estados, no Distrito Federal e nos Muni‑
cípios, a contribuição dos servidores para cus‑
teio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensa‑
ção financeira referida no § 9 o do art. 201 da
Constituição Federal.
§ 4o As contas especiais de que tratam os §§ 1o
e 2o serão administradas pelo Tribunal de Justi‑
ça local, para pagamento de precatórios expe‑
didos pelos tribunais.
§ 5o Os recursos depositados nas contas espe‑
ciais de que tratam os §§ 1o e 2o deste artigo
não poderão retornar para Estados, Distrito
Federal e Municípios devedores.
§ 6o Pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos
recursos de que tratam os §§ 1o e 2o deste arti‑
go serão utilizados para pagamento de preca‑
tórios em ordem cronológica de apresentação,
respeitadas as preferências definidas no § 1o,
para os requisitórios do mesmo ano e no § 2o
do art. 100, para requisitórios de todos os anos.
§ 7o Nos casos em que não se possa estabelecer
a precedência cronológica entre 2 (dois) preca‑
tórios, pagar‑se‑á primeiramente o precatório
de menor valor.
§ 8o A aplicação dos recursos restantes depen‑
derá de opção a ser exercida por Estados, Dis‑
trito Federal e Municípios devedores, por ato
do Poder Executivo, obedecendo à seguinte
forma, que poderá ser aplicada isoladamente
ou simultaneamente:
I – destinados ao pagamento dos precatórios
por meio do leilão;
catórios não quitados na forma do § 6 o e do
inciso I, em ordem única e crescente de valor
por precatório;
III – destinados a pagamento por acordo dire‑
to com os credores, na forma estabelecida por
lei própria da entidade devedora, que poderá
prever criação e forma de funcionamento de
câmara de conciliação.
§ 9o Os leilões de que trata o inciso I do § 8 o
deste artigo:
I – serão realizados por meio de sistema ele‑
trônico administrado por entidade autorizada
pela Comissão de Valores Mobiliários ou pelo
Banco Central do Brasil;
II – admitirão a habilitação de precatórios,
ou parcela de cada precatório indicada pelo
seu detentor, em relação aos quais não esteja
pendente, no âmbito do Poder Judiciário, re‑
curso ou impugnação de qualquer natureza,
permitida por iniciativa do Poder Executivo a
compensação com débitos líquidos e certos,
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos
contra devedor originário pela Fazenda Pública
devedora até a data da expedição do precató‑
rio, ressalvados aqueles cuja exigibilidade este‑
ja suspensa nos termos da legislação, ou que já
tenham sido objeto de abatimento nos termos
do § 9o do art. 100 da Constituição Federal;
III – ocorrerão por meio de oferta pública a
todos os credores habilitados pelo respectivo
ente federativo devedor;
IV – considerarão automaticamente habilitado
o credor que satisfaça o que consta no inciso II;
V – serão realizados tantas vezes quanto neces‑
sário em função do valor disponível;
VI – a competição por parcela do valor total
ocorrerá a critério do credor, com deságio so‑
bre o valor desta;
VII – ocorrerão na modalidade deságio, asso‑
ciado ao maior volume ofertado cumulado ou
não com o maior percentual de deságio, pelo
maior percentual de deságio, podendo ser fi‑
xado valor máximo por credor, ou por outro
critério a ser definido em edital;
VIII – o mecanismo de formação de preço cons‑
tará nos editais publicados para cada leilão;
IX – a quitação parcial dos precatórios será
homologada pelo respectivo Tribunal que o
expediu.
§ 10. No caso de não liberação tempestiva dos
recursos de que tratam o inciso II do § 1o e os
§§ 2o e 6o deste artigo:
I – haverá o sequestro de quantia nas contas de
Estados, Distrito Federal e Municípios devedo‑
res, por ordem do Presidente do Tribunal refe‑
rido no § 4o, até o limite do valor não liberado;
II – constituir‑se‑á, alternativamente, por or‑
dem do Presidente do Tribunal requerido, em
favor dos credores de precatórios, contra Esta‑
dos, Distrito Federal e Municípios devedores,
direito líquido e certo, autoaplicável e indepen‑
dentemente de regulamentação, à compensa‑
ção automática com débitos líquidos lançados
por esta contra aqueles, e, havendo saldo em
favor do credor, o valor terá automaticamente
poder liberatório do pagamento de tributos de
Estados, Distrito Federal e Municípios devedo‑
res, até onde se compensarem;
III – o chefe do Poder Executivo responderá na
forma da legislação de responsabilidade fiscal
e de improbidade administrativa;
IV – enquanto perdurar a omissão, a entidade
devedora:
 Consolidação das Leis do Trabalho
I – a prover os estabelecimentos de medidas
concernentes à higienização dos métodos e
locais de trabalho, tais como ventilação e ilu‑
minação e outros que se fizerem necessários à
segurança e ao conforto das mulheres, a crité‑
rio da autoridade competente;
II – a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos
sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em
número suficiente, que permitam às mulheres
trabalhar sem grande esgotamento físico;
III – a instalar vestiários com armários indivi‑
duais privativos das mulheres, exceto os esta‑
belecimentos comerciais, escritórios, bancos e
atividades afins, em que não seja exigida a tro‑
ca de roupa, e outros, a critério da autoridade
competente em matéria de segurança e higie‑
ne do trabalho, admitindo‑se como suficientes
as gavetas ou escaninhos, onde possam as
empregadas guardar seus pertences;
IV – a fornecer, gratuitamente, a juízo da au‑
toridade competente, os recursos de proteção
individual, tais como óculos, máscaras, luvas e
roupas especiais, para a defesa dos olhos, do
aparelho respiratório e da pele, de acordo com
a natureza do trabalho.
§ 1o Os estabelecimentos em que trabalharem
pelo menos trinta mulheres com mais de de‑
zesseis anos de idade terão local apropriado
onde seja permitido às empregadas guardar
sob vigilância e assistência os seus filhos no
período da amamentação.
c Art. 7 , XXV, da CF.
o
§ 2 o A exigência do § 1 o poderá ser suprida para fins de adoção.
por meio de creches distritais mantidas, dire‑ c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.509, de c Caput com a redação dada pela Lei no 13.509, de
tamente ou mediante convênios, com outras
entidades públicas ou privadas, pelas próprias
empresas, em regime comunitário, ou a car‑
go do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades
sindicais.
c Art. 389 com a redação dada pelo Dec.‑lei n 229,
o
de 28-2-1967.
Art. 390. Ao empregador é vedado empregar
a mulher em serviço que demande o emprego
de força muscular superior a vinte quilos para o
trabalho contínuo, ou vinte e cinco quilos para
o trabalho ocasional.
Parágrafo único. Não está compreendida na
determinação deste artigo a remoção de mate‑
rial feita por impulsão ou tração de vagonetes
sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer
aparelhos mecânicos.
Art. 390‑A. VETADO.
Art. 390‑B. As vagas dos cursos de formação
de mão de obra, ministrados por instituições
governamentais, pelos próprios empregadores
ou por qualquer órgão de ensino profissiona‑
lizante, serão oferecidas aos empregados de
ambos os sexos.
Art. 390‑C. As empresas com mais de cem
empregados, de ambos os sexos, deverão
manter programas especiais de incentivos e
aperfeiçoamento profissional da mão de obra.
Art. 390‑D. VETADO.
Art. 390‑E. A pessoa jurídica poderá asso‑
ciar‑se a entidade de formação profissional,
sociedades civis, sociedades cooperativas,
órgãos e entidades públicas ou entidades
sindicais, bem como firmar convênios para o
desenvolvimento de ações conjuntas, visando
à execução de projetos relativos ao incentivo
ao trabalho da mulher.
c Arts. 390‑A a 390‑E acrescidos pela Lei n o 9.799, de
26-5-1999.
Arts. 390 a 393
Seção V de internação exceder as duas semanas previstas
DA PROTEÇÃO À MATERNIDADE no art. 392, § 2o, da CLT, e no art. 93, § 3o, do Dec.
no 3.048/1999” (DOU de 26-10-2022).
c Dec. no 10.088, de 5-11-2019, consolida atos nor‑
§ 2 o Os períodos de repouso, antes e depois
mativos editados pelo Poder Executivo Federal
do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas)
que dispõem sobre a promulgação de convenções
semanas cada um, mediante atestado médico.
e recomendações da Organização Internacional do
Trabalho – OIT ratificadas pela República Federa‑
tiva do Brasil. § 3 o Em caso de parto antecipado, a mulher
terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previs‑
Art. 391. Não constitui justo motivo para a tos neste artigo.
rescisão do contrato de trabalho da mulher
c §§ 1 o a 3 o com a redação dada pela Lei n o 10.421,
o fato de haver contraído matrimônio ou de de 15-4-2002.
encontrar‑se em estado de gravidez. c Art. 7o, VIII, da CF.
Parágrafo único. Não serão permitidos em § 4o É garantido à empregada, durante a gravi‑
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
regulamentos de qualquer natureza contratos dez, sem prejuízo do salário e demais direitos:
coletivos ou individuais de trabalho, restrições
ao direito da mulher ao seu emprego, por mo‑ I – transferência de função, quando as condi‑
tivo de casamento ou de gravidez. ções de saúde o exigirem, assegurada a reto‑
c Art. 7o, XXV e XXX, da CF.
mada da função anteriormente exercida, logo
c Lei n o 5.473, de 9-6-1968, proíbe a discriminação
após o retorno ao trabalho;
de sexo na admissão a emprego sujeito a seleção. II – dispensa do horário de trabalho pelo tem‑
c OJ da SDC n o 30 do TST. po necessário para a realização de, no míni‑
Art. 391‑A. A confirmação do estado de gravi‑ mo, seis consultas médicas e demais exames
complementares.
dez advindo no curso do contrato de trabalho,
ainda que durante o prazo do aviso prévio tra‑ c § 4 com a redação dada pela Lei n 9.799, de
o o
26-5-1999.
balhado ou indenizado, garante à empregada
gestante a estabilidade provisória prevista na c nAo alteração que seria introduzida no § 4o pela Lei
10.421, de 15-4-2002, foi vetada, razão pela
alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Dis‑ qual mantivemos a sua redação.
posições Constitucionais Transitórias.
§ 5o VETADO. Lei no 10.421, de 15-4-2002.
c Caput acrescido pela Lei n o 12.812, de 16-5-2013.
Art. 392‑A. À empregada que adotar ou obti‑
Parágrafo único. O disposto no caput deste
ver guarda judicial para fins de adoção de crian‑
artigo aplica‑se ao empregado adotante ao
ça ou adolescente será concedida licença‑ma‑
qual tenha sido concedida guarda provisória
ternidade nos termos do art. 392 desta Lei.
22-11-2017.
22-11-2017.
§§ 1 o a 3 o Revogados. Lei n o 12.010, de
Art. 392. A empregada gestante tem direito
3-8-2009.
à licença‑maternidade de 120 (cento e vinte)
§ 4o A licença‑maternidade só será concedida
dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
c Caput com a redação dada pela Lei no 10.421, de mediante apresentação do termo judicial de
guarda à adotante ou guardiã.
15-4-2002.
c Art. 7o, XVII a XIX, da CF. c § 4o acrescido pela Lei no 10.421, de 15-4-2002.
Art. 10, § 1o, do ADCT.
c
§ 5o A adoção ou guarda judicial conjunta en‑
c Art. 313, IX, X, §§ 6o e 7o, do CPC/2015.
sejará a concessão de licença‑maternidade a
c Art. 7o‑A da Lei no 8.906, de 4-7-1994 (Estatuto da
Advocacia e da OAB).
apenas um dos adotantes ou guardiães empre‑
c Lei no 11.770, de 9-9-2008 (Lei do Programa Empre‑
gado ou empregada.
sa Cidadã). c § 5o acrescido pela Lei no 12.873, de 24-10-2013.
c Art. 18, § 3 o, da Lei n o 13.301, 27-6-2016, que Art. 392‑B. Em caso de morte da genitora, é
estende o prazo da licença‑maternidade previsto
assegurado ao cônjuge ou companheiro em‑
neste artigo para 180 (cento e oitenta dias) no caso
das mães de crianças acometidas por sequelas pregado o gozo de licença por todo o período
neurológicas decorrentes de doenças transmitidas da licença‑maternidade ou pelo tempo restan‑
pelo Aedes aegypti, assegurado, nesse período, o te a que teria direito a mãe, exceto no caso
recebimento de salário‑maternidade previsto no de falecimento do filho ou de seu abandono.
art. 71 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991. c Artigo acrescido pela Lei no 12.873, de 24-10-2013.
c Arts. 137 a 142 do Dec. no 10.854, de 10-11-2021,
que regulamenta disposições relativas à legisla‑ Art. 392‑C. Aplica‑se, no que couber, o dis‑
ção trabalhista posto no art. 392‑A e 392‑B ao empregado
c Súm. no 244 do TST. que adotar ou obtiver guarda judicial para fins
c OJ da SDC no 30 do TST. de adoção.
c Orientações Jurisprudenciais da SBDI‑I n os 44 e Artigo acrescido pela Lei no 12.873, de 24-10-2013.
399 do TST.
c
Art. 393. Durante o período a que se refere
§ 1 o A empregada deve, mediante atestado o artigo 392, a mulher terá direito ao salá‑
médico, notificar o seu empregador da data do rio integral e, quando variável, calculado de
início do afastamento do emprego, que poderá acordo com a média dos seis últimos meses de
ocorrer entre o 28o (vigésimo oitavo) dia antes trabalho, bem como aos direitos e vantagens
do parto e ocorrência deste. adquiridos, sendo‑lhe ainda facultado reverter
c O STF, por unanimidade, conheceu a ADIN no 6.327 à função, que anteriormente ocupava.
como arguição de descumprimento de preceito
c Artigo com a redação dada pelo Dec.‑lei no 229, de
fundamental e, ratificando a medida cautelar, jul‑
28-2-1967.
gou procedente o pedido formulado para conferir
interpretação conforme à Constituição a este § 1o, c Lei n o 6.136, de 7-11-1974, dispõe sobre o
salário‑maternidade.
“de modo a se considerar como termo inicial da li‑
cença‑maternidade e do respectivo salário‑mater‑ c Art. 72 da Lei no 8.213, de 24-7-1991 (Lei dos Pla‑
nidade a alta hospitalar do recém‑nascido e/ou de nos de Benefícios da Previdência Social).
sua mãe, o que ocorrer por último, prorrogando‑se c Art. 93 do Regulamento da Previdência Social,
em todo o período o benefício, quando o período aprovado pelo Dec. no 3.048, de 6-5-1999.
755
 Lei Complementar no 87/1996
lização, decorrentes de operações interes‑ operações de circulação de mercadoria ou Art. 7 o Para efeito de exigência do imposto
taduais, cabendo o imposto ao Estado onde prestações de serviços de transporte interesta‑ por substituição tributária, inclui‑se, também,
estiver localizado o adquirente. dual e intermunicipal e de comunicação, ainda como fato gerador do imposto, a entrada de
que as operações e as prestações se iniciem mercadoria ou bem no estabelecimento do ad‑
§ 2 o A caracterização do fato gerador inde‑ no exterior.
pende da natureza jurídica da operação que quirente ou em outro por ele indicado.
o constitua. § 1 o É também contribuinte a pessoa física Art. 8o A base de cálculo, para fins de substi‑
c Súmulas nos 572, 573, 575, 576, 577, 579, 660, 661 ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou tuição tributária, será:
e 662 do STF. intuito comercial: c Art. 66‑B, II, da Lei Paulista no 6.374, de 1o-3-1989
c Súmulas nos 20, 71, 80, 87, 94, 95, 129, 155, 163, I – importe mercadorias ou bens do exterior, (Lei do ICMS) e seu § 3o inserido pela Lei no 9.176,
198 e 237 do STJ. qualquer que seja a sua finalidade; de 22-12-1995.
Art. 3o O imposto não incide sobre: c Comunicado CAT no 6, da Secretaria da Fazenda do
II – seja destinatária de serviço prestado no Estado de São Paulo, de 21-5-2018.
c Súm. no 432 do STJ. exterior ou cuja prestação se tenha iniciado c ADIN no 2.777/SP.
I – operações com livros, jornais, periódicos e o no exterior; c Art. 13 da LC n o 87, de 13-9-1996 (Lei Kandir
papel destinado a sua impressão; III – adquira em licitação mercadorias ou bens – ICMS).
c Art. 150, VI, d, da CF. apreendidos ou abandonados; c Súm. no 431 do STJ.
IV – adquira lubrificantes e combustíveis I – em relação às operações ou prestações an‑
II – operações e prestações que destinem ao líquidos e gasosos derivados de petróleo e
exterior mercadorias, inclusive produtos primá‑ tecedentes ou concomitantes, o valor da ope‑
energia elétrica oriundos de outro Estado, ração ou prestação praticado pelo contribuinte
rios e produtos industrializados semielabora‑ quando não destinados à comercialização ou
dos, ou serviços; substituído;
à industrialização. II – em relação às operações ou prestações sub‑
c Art. 155, § 2o, X, a e d, da CF.
c LC no 65, de 15-4-1991, define, na forma da alínea c Parágrafo único transformado em § 1o pela LC
no 190, de 4-1-2022.
sequentes, obtida pelo somatório das parcelas
a do inciso X do art. 155 da Constituição, os pro- seguintes:
dutos semielaborados que podem ser tributados § 2 É ainda contribuinte do imposto nas
o
pelos Estados e Distrito Federal, quando de sua operações ou prestações que destinem mer- a) o valor da operação ou prestação própria
exportação para o exterior. realizada pelo substituto tributário ou pelo
Súm. no 536 do STF. cadorias, bens e serviços a consumidor final
c
domiciliado ou estabelecido em outro Esta- substituído intermediário;
III – operações interestaduais relativas a ener‑
do, em relação à diferença entre a alíquota b) o montante dos valores de seguro, de frete e
gia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes
interna do Estado de destino e a alíquota de outros encargos cobrados ou transferíveis
e combustíveis líquidos e gasosos dele deriva‑
interestadual: aos adquirentes ou tomadores de serviço;

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
dos, quando destinados à industrialização ou c) a margem de valor agregado, inclusive
à comercialização; I – o destinatário da mercadoria, bem ou ser- lucro, relativa às operações ou prestações
c Art. 155, § 2 o, X, b, da CF.
viço, na hipótese de contribuinte do imposto; subsequentes.
II – o remetente da mercadoria ou bem ou o
IV – operações com ouro, quando definido prestador de serviço, na hipótese de o desti- § 1 o Na hipótese de responsabilidade tribu‑
em lei como ativo financeiro ou instrumento natário não ser contribuinte do imposto. tária em relação às operações ou prestações
cambial; c § 2o acrescido pela LC n o 190, de 4-1-2022.
antecedentes, o imposto devido pelas referi‑
c Art. 155, § 2o, X, c, da CF. c Art. 99 do ADCT: “Art. 99. Para efeito do disposto no das operações ou prestações será pago pelo
V – operações relativas a mercadorias que te‑ inciso VII do § 2o do art. 155, no caso de operações responsável, quando:
nham sido ou que se destinem a ser utilizadas na e prestações que destinem bens e serviços a con- I – da entrada ou recebimento da mercadoria,
sumidor final não contribuinte localizado em outro do bem ou do serviço;
prestação, pelo próprio autor da saída, de servi‑ Estado, o imposto correspondente à diferença entre
ço de qualquer natureza definido em lei comple‑ a alíquota interna e a interestadual será partilhado c Inciso I com a redação dada pela LC no 114, de
mentar como sujeito ao imposto sobre serviços, entre os Estados de origem e de destino, na seguin- 16-12-2002.
de competência dos Municípios, ressalvadas as te proporção: I – para o ano de 2015: 20% (vinte por II – da saída subsequente por ele promovida,
hipóteses previstas na mesma lei complementar; cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por
cento) para o Estado de origem; II – para o ano de ainda que isenta ou não tributada;
VI – operações de qualquer natureza de que 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de III – ocorrer qualquer saída ou evento que im‑
decorra a transferência de propriedade de destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado possibilite a ocorrência do fato determinante
estabelecimento industrial, comercial ou de de origem; III – para o ano de 2017: 60% (sessenta do pagamento do imposto.
outra espécie; por cento) para o Estado de destino e 40% (quaren-
VII – operações decorrentes de alienação fidu‑ ta por cento) para o Estado de origem; IV – para o § 2o Tratando‑se de mercadoria ou serviço cujo
ciária em garantia, inclusive a operação efetua‑ ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado preço final a consumidor, único ou máximo, seja
de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de fixado por órgão público competente, a base de
da pelo credor em decorrência do inadimple‑ origem; V – a partir do ano de 2019: 100% (cem por
mento do devedor; cálculo do imposto, para fins de substituição tri‑
cento) para o Estado de destino.”
VIII – operações de arrendamento mercantil, Art. 5 o Lei poderá atribuir a terceiros a res‑ butária, é o referido preço por ele estabelecido.
não compreendida a venda do bem arrendado ponsabilidade pelo pagamento do imposto e § 3o Existindo preço final a consumidor sugeri‑
ao arrendatário; acréscimos devidos pelo contribuinte ou res‑ do pelo fabricante ou importador, poderá a lei
c Art. 155, § 2 o, IX, a, da CF. ponsável, quando os atos ou omissões daque‑ estabelecer como base de cálculo este preço.
IX – operações de qualquer natureza de que les concorrerem para o não recolhimento do § 4 o A margem a que se refere a alínea c do
decorra a transferência de bens móveis sal- tributo. inciso II do caput será estabelecida com base
vados de sinistro para companhias segura- Art. 6 o Lei estadual poderá atribuir a contri‑ em preços usualmente praticados no mercado
doras; e buinte do imposto ou a depositário a qualquer considerado, obtidos por levantamento, ainda
c Inciso IX com a redação dada pela LC n o 194, de título a responsabilidade pelo seu pagamento, que por amostragem ou através de informa‑
23-6-2022. hipótese em que assumirá a condição de subs‑ ções e outros elementos fornecidos por enti‑
c Súm. Vinc. n o 32 do STF. tituto tributário.
dades representativas dos respectivos setores,
X – serviços de transmissão e distribuição e c Caput com a redação dada pela LC n o 114, de
16-12-2002. adotando‑se a média ponderada dos preços
encargos setoriais vinculados às operações c Art. 150, § 7o, da CF. coletados, devendo os critérios para sua fixa‑
com energia elétrica. c Art. 128 do CTN. ção ser previstos em lei.
c Inciso X acrescido pela LC no 194, de 23-6-2022. § 5 o O imposto a ser pago por substituição
§ 1 o A responsabilidade poderá ser atribuída
Parágrafo único. Equipara‑se às operações em relação ao imposto incidente sobre uma tributária, na hipótese do inciso II do caput,
de que trata o inciso II a saída de mercadoria ou mais operações ou prestações, sejam ante‑ corresponderá à diferença entre o valor resul‑
realizada com o fim específico de exportação cedentes, concomitantes ou subsequentes, in‑ tante da aplicação da alíquota prevista para
para o exterior, destinada a: clusive ao valor decorrente da diferença entre as operações ou prestações internas do Estado
I – empresa comercial exportadora, inclusive alíquotas interna e interestadual nas operações de destino sobre a respectiva base de cálculo
tradings ou outro estabelecimento da mesma e prestações que destinem bens e serviços a e o valor do imposto devido pela operação ou
empresa; consumidor final localizado em outro Estado, prestação própria do substituto.
II – armazém alfandegado ou entreposto que seja contribuinte do imposto. § 6o Em substituição ao disposto no inciso II do
aduaneiro. § 2o A atribuição de responsabilidade dar‑se‑á caput, a base de cálculo em relação às opera‑
c Súmulas n os 135 e 166 do STJ. em relação a mercadorias, bens ou serviços ções ou prestações subsequentes poderá ser
Art. 4o Contribuinte é qualquer pessoa, física previstos em lei de cada Estado. o preço a consumidor final usualmente prati‑
ou jurídica, que realize, com habitualidade ou c § 2 o com a redação dada pela LC n o 114, de cado no mercado considerado, relativamente
em volume que caracterize intuito comercial, 16-12-2002. ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em

1279
 Lei no 9.504/1997
dar a este artigo interpretação conforme a CF, trata esta Lei por meio da publicação de edital § 11. As sanções aplicadas a candidato em ra‑
assentando que a ausência do título de eleitor no eletrônico publicado na página do respectivo zão do descumprimento de disposições desta
momento da votação não constitui, por si só, óbice
ao exercício do sufrágio (DOU de 11-11-2010).
Tribunal na internet, iniciando‑se a contagem Lei não se estendem ao respectivo partido,
do prazo no dia seguinte ao da divulgação. mesmo na hipótese de esse ter se beneficiado
Art. 92. O Tribunal Superior Eleitoral, ao con‑ c § 5o acrescido pela Lei no 13.165, de 29-9-2015. da conduta, salvo quando comprovada a sua
duzir o processamento dos títulos eleitorais, participação.
determinará de ofício a revisão ou correição Art. 94‑A. Os órgãos e entidades da Adminis‑ § 11 acrescido pela Lei no 13.165, de 29-9-2015.
das Zonas Eleitorais sempre que: tração Pública direta e indireta poderão, quan‑ c

c Art. 71, § 4 o, do CE.

do solicitados, em casos específicos e de forma Art. 96‑A. Durante o período eleitoral, as
motivada, pelos Tribunais Eleitorais: intimações via fac‑símile encaminhadas pela
I – o total de transferências de eleitores ocorri‑ Justiça Eleitoral a candidato deverão ser ex‑
das no ano em curso seja dez por cento supe‑ I – fornecer informações na área de sua clusivamente realizadas na linha telefônica por
rior ao do ano anterior; competência; ele previamente cadastrada, por ocasião do
II – o eleitorado for superior ao dobro da po‑ II – ceder funcionários no período de 3 (três) preenchimento do requerimento de registro
pulação entre dez e quinze anos, somada à de meses antes a 3 (três) meses depois de cada de candidatura.
idade superior a setenta anos do território da‑ eleição. Parágrafo único. O prazo de cumprimento
quele Município; c Art. 94‑A acrescido pela Lei n o 11.300, de da determinação prevista no caput é de qua‑
III – o eleitorado for superior a sessenta e cinco 10-5-2006. renta e oito horas, a contar do recebimento
por cento da população projetada para aque‑ Art. 94‑B. VETADO. Lei n o 11.300, de do fac‑símile.
le ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 10-5-2006. c Art. 96‑A acrescido pela Lei n o 12.034, de
Estatística – IBGE. 29-9-2009.
Art. 95. Ao Juiz Eleitoral que seja parte em
Art. 93. O Tribunal Superior Eleitoral poderá, ações judiciais que envolvam determinado Art. 96‑B. Serão reunidas para julgamento co‑
nos anos eleitorais, requisitar das emissoras de candidato é defeso exercer suas funções em mum as ações eleitorais propostas por partes
rádio e televisão, no período de um mês antes processo eleitoral no qual o mesmo candidato diversas sobre o mesmo fato, sendo competen‑
do início da propaganda eleitoral a que se re‑ seja interessado. te para apreciá‑las o juiz ou relator que tiver
fere o art. 36 e nos três dias anteriores à data recebido a primeira.
do pleito, até dez minutos diários, contínuos c Art. 14, § 3 , do CE.
o

§ 1o O ajuizamento de ação eleitoral por can‑

ou não, que poderão ser somados e usados Art. 96. Salvo disposições específicas em con‑

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
didato ou partido político não impede ação do
em dias espaçados, para a divulgação de co‑ trário desta Lei, as reclamações ou representa‑ Ministério Público no mesmo sentido.
municados, boletins e instruções ao eleitorado. ções relativas ao seu descumprimento podem
§ 2 o Se proposta ação sobre o mesmo fato
c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.165, de ser feitas por qualquer partido político, coliga‑
apreciado em outra cuja decisão ainda não
29-9-2015. ção ou candidato, e devem dirigir‑se:
transitou em julgado, será ela apensada ao
Art. 93‑A. O Tribunal Superior Eleitoral, no pe‑ I – aos Juízes Eleitorais, nas eleições municipais; processo anterior na instância em que ele se
ríodo compreendido entre 1o de abril e 30 de ju‑ II – aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas elei‑ encontrar, figurando a parte como litisconsor‑
lho dos anos eleitorais, promoverá, em até cinco ções federais, estaduais e distritais; te no feito principal.
minutos diários, contínuos ou não, requisitados III – ao Tribunal Superior Eleitoral, na eleição c O STF, por maioria dos votos, julgou parcialmente
às emissoras de rádio e televisão, propaganda presidencial. procedente a ADIN no 5.507 para dar a este § 2o in-
institucional, em rádio e televisão, destinada a § 1o As reclamações e representações devem terpretação conforme a Constituição Federal (DOU
incentivar a participação feminina, dos jovens e relatar fatos, indicando provas, indícios e de 13-10-2022).
da comunidade negra na política, bem como a § 3 o Se proposta ação sobre o mesmo fato
circunstâncias.
esclarecer os cidadãos sobre as regras e o fun‑ apreciado em outra cuja decisão já tenha tran‑
cionamento do sistema eleitoral brasileiro. § 2o Nas eleições municipais, quando a circuns‑ sitado em julgado, não será ela conhecida pelo
c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.488, de
crição abranger mais de uma Zona Eleitoral, o juiz, ressalvada a apresentação de outras ou
6-10-2017. Tribunal Regional designará um Juiz para apre‑ novas provas.
Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre ciar as reclamações ou representações. c Art. 96‑B acrescido pela Lei n o 13.165, de
o registro das candidaturas até cinco dias após § 3 o Os Tribunais Eleitorais designarão três 29-9-2015.
a realização do segundo turno das eleições, juízes auxiliares para a apreciação das recla‑ Art. 97. Poderá o candidato, partido ou co‑
terão prioridade para a participação do Minis‑ mações ou representações que lhes forem ligação representar ao Tribunal Regional Elei‑
tério Público e dos Juízes de todas as Justiças e dirigidas. toral contra o Juiz Eleitoral que descumprir
instâncias, ressalvados os processos de habeas § 4o Os recursos contra as decisões dos juízes as disposições desta Lei ou der causa ao seu
corpus e mandado de segurança. descumprimento, inclusive quanto aos prazos
auxiliares serão julgados pelo Plenário do processuais; neste caso, ouvido o representado
§ 1o É defeso às autoridades mencionadas neste Tribunal. em vinte e quatro horas, o Tribunal ordenará
artigo deixar de cumprir qualquer prazo desta § 5o Recebida a reclamação ou representação, a observância do procedimento que explicitar,
Lei, em razão do exercício das funções regulares. a Justiça Eleitoral notificará imediatamente o sob pena de incorrer o Juiz em desobediência.
§ 2o O descumprimento do disposto neste ar‑ reclamado ou representado para, querendo, § 1 o É obrigatório, para os membros dos Tri‑
tigo constitui crime de responsabilidade e será apresentar defesa em quarenta e oito horas. bunais Eleitorais e do Ministério Público, fis‑
objeto de anotação funcional para efeito de § 6o Revogado. Lei no 9.840, de 28-9-1999. calizar o cumprimento desta Lei pelos juízes e
promoção na carreira. promotores eleitorais das instâncias inferiores,
c Arts. 22, I, i, e 345 do CE.
§ 7 o Transcorrido o prazo previsto no § 5 o,
determinando, quando for o caso, a abertura
apresentada ou não a defesa, o órgão compe‑
§ 3 Além das polícias judiciárias, os órgãos tente da Justiça Eleitoral decidirá e fará publi‑
o de procedimento disciplinar para apuração de
da receita federal, estadual e municipal, os car a decisão em vinte e quatro horas. eventuais irregularidades que verificarem.
tribunais e órgãos de contas auxiliarão a Jus‑ c § 1o acrescido pela Lei no 12.034, de 29-9-2009.
tiça Eleitoral na apuração dos delitos eleito‑ § 8 Quando cabível recurso contra a decisão,
o
§ 2o No caso de descumprimento das disposições
rais, com prioridade sobre suas atribuições este deverá ser apresentado no prazo de vinte desta Lei por Tribunal Regional Eleitoral, a repre‑
regulares. e quatro horas da publicação da decisão em sentação poderá ser feita ao Tribunal Superior
cartório ou sessão, assegurado ao recorrido o Eleitoral, observado o disposto neste artigo.
§ 4o Os advogados dos candidatos ou dos par‑
oferecimento de contrarrazões, em igual pra‑
tidos e coligações serão notificados para os c Parágrafo único transformado em § 2 o pela Lei
feitos de que trata esta Lei com antecedência zo, a contar da sua notificação. no 12.034, de 29-9-2009.
mínima de vinte e quatro horas, ainda que por § 9o Os Tribunais julgarão o recurso no prazo Art. 97‑A. Nos termos do inciso LXXVIII do
fax, telex ou telegrama. de quarenta e oito horas. art. 5 o da Constituição Federal, considera‑se
§ 5o Nos Tribunais Eleitorais, os advogados dos § 10. Não sendo o feito julgado nos prazos duração razoável do processo que possa re‑
candidatos ou dos partidos e coligações serão fixados, o pedido pode ser dirigido ao órgão sultar em perda de mandato eletivo o período
intimados para os feitos que não versem sobre superior, devendo a decisão ocorrer de acordo máximo de 1 (um) ano, contado da sua apre‑
a cassação do registro ou do diploma de que com o rito definido neste artigo. sentação à Justiça Eleitoral.

1361
 Lei no 13.709/2018
III – multa diária, observado o limite total a que incompleta ou não for demonstrado de forma Art. 55‑A. Fica criada a Autoridade Nacional
se refere o inciso II; inequívoca e idônea. de Proteção de Dados (ANPD), autarquia de
IV – publicização da infração após devidamen‑ c Art. 52 republicado no DOU de 15-8-2018 – edição natureza especial, dotada de autonomia téc-
te apurada e confirmada a sua ocorrência; extra, em virtude de erro material. nica e decisória, com patrimônio próprio e
V – bloqueio dos dados pessoais a que se refere § 5o O produto da arrecadação das multas apli‑ com sede e foro no Distrito Federal.
a infração até a sua regularização; cadas pela ANPD, inscritas ou não em dívida
ativa, será destinado ao Fundo de Defesa de §§ 1 a 3 Revogados. Lei n 14.460, de
o o o
VI – eliminação dos dados pessoais a que se
refere a infração; Direitos Difusos de que tratam o art. 13 da 25-10-2022.
VII a IX – VETADOS; Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e a Lei Art. 55‑B. Revogado. Lei n o 14.460, de
X – suspensão parcial do funcionamento do no 9.008, de 21 de março de 1995. 25-10-2022.
banco de dados a que se refere a infração pelo § 5o acrescido pela Lei no 13.853, de 8-7-2019.
período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável
c
Art. 55‑C. A ANPD é composta de:
por igual período, até a regularização da ativi‑§ 6o As sanções previstas nos incisos X, XI e XII c Caput do art. 55‑C acrescido pela Lei no 13.853, de
dade de tratamento pelo controlador; do caput deste artigo serão aplicadas: 8-7-2019.
XI – suspensão do exercício da atividade de I – somente após já ter sido imposta ao menos
I – Conselho Diretor, órgão máximo de direção;
tratamento dos dados pessoais a que se refere 1 (uma) das sanções de que tratam os incisos
II – Conselho Nacional de Proteção de Dados
a infração pelo período máximo de 6 (seis) me‑ II, III, IV, V e VI do caput deste artigo para o
ses, prorrogável por igual período; mesmo caso concreto; e Pessoais e da Privacidade;
XII – proibição parcial ou total do exercício deII – em caso de controladores submetidos a III – Corregedoria;
atividades relacionadas a tratamento de dados. outros órgãos e entidades com competências IV – Ouvidoria;
c Incisos X a XII com a redação dada pela Lei sancionatórias, ouvidos esses órgãos. c Incisos I a IV acrescidos pela Lei n o 13.853, de
no 13.853, de 8-7-2019, promulgado nos termos do c § 6 o com a redação dada pela Lei n o 13.853, de 8-7-2019.
art. 66, § 5o, da CF (DOU de 20-12-2019). 8-7-2019, promulgado nos termos do art. 66, § 5o, V – Revogado. Lei no 14.460, de 25-10-2022;
§ 1o As sanções serão aplicadas após procedi‑ da CF (DOU de 20-12-2019).
V‑A – Procuradoria; e
mento administrativo que possibilite a oportu‑ § 7 o Os vazamentos individuais ou os aces‑
c Inciso V‑A acrescido pela Lei n o 14.460, de
nidade da ampla defesa, de forma gradativa, sos não autorizados de que trata o caput do
25-10-2022.
art. 46 desta Lei poderão ser objeto de conci‑

isolada ou cumulativa, de acordo com as pecu‑
liaridades do caso concreto e considerados os
seguintes parâmetros e critérios:
I – a gravidade e a natureza das infrações e dos
direitos pessoais afetados;
II – a boa‑fé do infrator;
III – a vantagem auferida ou pretendida pelo
infrator;
IV – a condição econômica do infrator;
V – a reincidência;
VI – o grau do dano;
VII – a cooperação do infrator;
VIII – a adoção reiterada e demonstrada de
mecanismos e procedimentos internos capazes
de minimizar o dano, voltados ao tratamento
seguro e adequado de dados, em consonância
com o disposto no inciso II do § 2 o do art. 48
desta Lei;
IX – a adoção de política de boas práticas e
governança;
X – a pronta adoção de medidas corretivas; e
XI – a proporcionalidade entre a gravidade da
falta e a intensidade da sanção.
§ 2 o O disposto neste artigo não substitui a
aplicação de sanções administrativas, civis ou
penais definidas na Lei no 8.078, de 11 de se‑
tembro de 1990, e em legislação específica.
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 13.853, de
8-7-2019.
§ 3o O disposto nos incisos I, IV, V, VI, X, XI e
XII do caput deste artigo poderá ser aplicado
às entidades e aos órgãos públicos, sem pre‑
juízo do disposto na Lei n o 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, na Lei no 8.429, de 2 de
junho de 1992, e na Lei no 12.527, de 18 de
novembro de 2011.
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.853, de
8-7-2019, promulgado nos termos do art. 66, § 5o, CAPÍTULO IX
da CF (DOU de 20-12-2019).
§ 4o No cálculo do valor da multa de que trata
o inciso II do caput deste artigo, a autoridade CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE
nacional poderá considerar o faturamento to‑
tal da empresa ou grupo de empresas, quan‑
Seção I
do não dispuser do valor do faturamento no
ramo de atividade empresarial em que ocorreu
a infração, definido pela autoridade nacional,
ou quando o valor for apresentado de forma Art. 55. VETADO.
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
liação direta entre controlador e titular e, caso VI – unidades administrativas e unidades espe‑
não haja acordo, o controlador estará sujeito cializadas necessárias à aplicação do disposto
à aplicação das penalidades de que trata este nesta Lei.
artigo. c Inciso VI acrescido pela Lei n o 13.853, de 8-7-2019.
§ 7o acrescido pela Lei no 13.853, de 8-7-2019.
c
Art. 55‑D. O Conselho Diretor da ANPD será
Art. 53. A autoridade nacional definirá, por composto de 5 (cinco) diretores, incluído o
meio de regulamento próprio sobre sanções
Diretor‑Presidente.
administrativas a infrações a esta Lei, que de‑
verá ser objeto de consulta pública, as metodo‑ § 1o Os membros do Conselho Diretor da ANPD
logias que orientarão o cálculo do valor–base serão escolhidos pelo Presidente da República
das sanções de multa. e por ele nomeados, após aprovação pelo Se‑
§ 1o As metodologias a que se refere o caput nado Federal, nos termos da alínea f do inciso
deste artigo devem ser previamente publica‑ III do art. 52 da Constituição Federal, e ocu‑
das, para ciência dos agentes de tratamento, parão cargo em comissão do Grupo‑Direção e
e devem apresentar objetivamente as formas Assessoramento Superiores – DAS, no mínimo,
e dosimetrias para o cálculo do valor‑base das de nível 5.
sanções de multa, que deverão conter funda‑
§ 2 o Os membros do Conselho Diretor serão
mentação detalhada de todos os seus elemen‑ escolhidos dentre brasileiros que tenham re‑
tos, demonstrando a observância dos critérios
putação ilibada, nível superior de educação e
previstos nesta Lei. elevado conceito no campo de especialidade
§ 2o O regulamento de sanções e metodologias dos cargos para os quais serão nomeados.
correspondentes deve estabelecer as circuns‑
§ 3o O mandato dos membros do Conselho Di‑
tâncias e as condições para a adoção de multa
simples ou diária. retor será de 4 (quatro) anos.
§ 4o Os mandatos dos primeiros membros do
Art. 54. O valor da sanção de multa diária
aplicável às infrações a esta Lei deve observar Conselho Diretor nomeados serão de 2 (dois),
de 3 (três), de 4 (quatro), de 5 (cinco) e de 6
a gravidade da falta e a extensão do dano ou
prejuízo causado e ser fundamentado pela au‑ (seis) anos, conforme estabelecido no ato de
toridade nacional. nomeação.
Parágrafo único. A intimação da sanção de § 5o Na hipótese de vacância do cargo no curso
multa diária deverá conter, no mínimo, a des‑ do mandato de membro do Conselho Diretor,
crição da obrigação imposta, o prazo razoável o prazo remanescente será completado pelo
e estipulado pelo órgão para o seu cumprimen‑ sucessor.
to e o valor da multa diária a ser aplicada pelo
Art. 55‑E. Os membros do Conselho Diretor
seu descumprimento.
somente perderão seus cargos em virtude de
renúncia, condenação judicial transitada em
DA AUTORIDADE NACIONAL DE julgado ou pena de demissão decorrente de
PROTEÇÃO DE DADOS (ANPD) E DO processo administrativo disciplinar.
DADOS PESSOAIS E DA PRIVACIDADE § 1 o Nos termos do caput deste artigo, cabe
ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da
Presidência da República instaurar o processo
DA AUTORIDADE NACIONAL DE administrativo disciplinar, que será conduzido
PROTEÇÃO DE DADOS (ANPD) por comissão especial constituída por servido‑
res públicos federais estáveis.

1695

VII – o produto da venda de publicações, ma‑ III – sugerir ações a serem realizadas pela
terial técnico, dados e informações, inclusive ANPD;
para fins de licitação pública.
c Arts. 55‑D a 55‑L acrescidos pela Lei n o 13.853, de diências públicas sobre a proteção de dados
8-7-2019.
Art. 55‑M. Constituem o patrimônio da V – disseminar o conhecimento sobre a pro‑
ANPD os bens e os direitos:
I – que lhe forem transferidos pelos órgãos população.
da Presidência da República; e
II – que venha a adquirir ou a incorporar.
c Art. 55‑M acrescido pela Lei n o 14.460, de Art. 59. VETADO.
25-10-2022.
Arts. 56 e 57. VETADOS.
Seção II
Art. 60. A Lei n o 12.965, de 23 de abril de escritural far‑se‑á mediante lançamento em
DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO
2014 (Marco Civil da Internet), passa a vigorar sistema eletrônico de escrituração gerido por
DE DADOS PESSOAIS E DA PRIVACIDADE
Art. 58. VETADO.
Art. 58‑A. O Conselho Nacional de Proteção
de Dados Pessoais e da Privacidade será com‑
posto de 23 (vinte e três) representantes, titu‑
lares e suplentes, dos seguintes órgãos:
I – 5 (cinco) do Poder Executivo federal;
II – 1 (um) do Senado Federal;
III – 1 (um) da Câmara dos Deputados;
IV – 1 (um) do Conselho Nacional de Justiça;
V – 1 (um) do Conselho Nacional do Ministério
Público;
VI – 1 (um) do Comitê Gestor da Internet no
Brasil;
VII – 3 (três) de entidades da sociedade civil
com atuação relacionada a proteção de dados
pessoais;
VIII – 3 (três) de instituições científicas, tecno‑
lógicas e de inovação;
IX – 3 (três) de confederações sindicais repre‑
sentativas das categorias econômicas do setor
produtivo;
X – 2 (dois) de entidades representativas do
setor empresarial relacionado à área de trata‑
mento de dados pessoais; e
XI – 2 (dois) de entidades representativas do
setor laboral.
§ 1o Os representantes serão designados por
ato do Presidente da República, permitida a
delegação.
§ 2o Os representantes de que tratam os incisos
I, II, III, IV, V e VI do caput deste artigo e seus
suplentes serão indicados pelos titulares dos
respectivos órgãos e entidades da administra‑
ção pública.
§ 3o Os representantes de que tratam os incisos
VII, VIII, IX, X e XI do caput deste artigo e seus
suplentes:
I – serão indicados na forma de regulamento;
II – não poderão ser membros do Comitê Ges‑
tor da Internet no Brasil;
III – terão mandato de 2 (dois) anos, permitida
1 (uma) recondução.
§ 4o A participação no Conselho Nacional de
Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade
será considerada prestação de serviço público
relevante, não remunerada.
Art. 58‑B. Compete ao Conselho Nacional de
Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade:
I – propor diretrizes estratégicas e fornecer
subsídios para a elaboração da Política Nacio‑
nal de Proteção de Dados Pessoais e da Privaci‑
dade e para a atuação da ANPD;
II – elaborar relatórios anuais de avaliação da
execução das ações da Política Nacional de
Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade;
IV – elaborar estudos e realizar debates e au‑
pessoais e da privacidade; e
teção de dados pessoais e da privacidade à
c Arts. 58‑A e 58‑B acrescidos pela Lei n o 13.853, de
8-7-2019.
a forma escritural, para circulação como efeito
CAPÍTULO X
comercial, observadas as disposições desta Lei.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 3 A emissão de duplicata sob a forma
o
com as seguintes alterações:
c Alterações inseridas no texto da referida Lei.
Art. 61. A empresa estrangeira será notificada
e intimada de todos os atos processuais pre‑
vistos nesta Lei, independentemente de pro‑
curação ou de disposição contratual ou esta‑
tutária, na pessoa do agente ou representante
ou pessoa responsável por sua filial, agência,
sucursal, estabelecimento ou escritório insta‑
lado no Brasil.
Art. 62. A autoridade nacional e o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP), no âmbito de suas com‑
petências, editarão regulamentos específicos
para o acesso a dados tratados pela União para
o cumprimento do disposto no § 2o do art. 9o
da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio‑
nal), e aos referentes ao Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (SINAES), de
que trata a Lei n o 10.861, de 14 de abril de
2004.
Art. 63. A autoridade nacional estabelece‑
rá normas sobre a adequação progressiva de
bancos de dados constituídos até a data de
entrada em vigor desta Lei, consideradas a
complexidade das operações de tratamento e
a natureza dos dados.
Art. 64. Os direitos e princípios expressos nes‑
ta Lei não excluem outros previstos no ordena‑
mento jurídico pátrio relacionados à matéria
ou nos tratados internacionais em que a Repú‑
blica Federativa do Brasil seja parte.
Art. 65. Esta Lei entra em vigor:
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.853, de
8-7-2019.
I – dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos
arts. 55‑A, 55‑B, 55‑C, 55‑D, 55‑E, 55‑F, 55‑G,
55‑H, 55‑I, 55‑J, 55‑K, 55‑L, 58‑A e 58‑B; e
c Inciso I com a redação dada pela Lei no 13.853, de
8-7-2019.
I‑A – dia 1 o de agosto de 2021, quanto aos
arts. 52, 53 e 54;
c Inciso I‑A acrescido pela Lei n o 14.010, de
10-6-2020.
II – 24 (vinte e quatro) meses após a data de
sua publicação, quanto aos demais artigos.
c Inciso II acrescido pela Lei no 13.853, de 8-7-2019.
Brasília, 14 de agosto de 2018;
197o da Independência e
130o da República.
Michel Temer
Lei no 13.775/2018
LEI No 13.775,
DE 20 DE DEZEMBRO DE 2018
Dispõe sobre a emissão de duplicata
sob a forma escritural; altera a Lei
no 9.492, de 10 de setembro de
1997; e dá outras providências.
c Publicada no DOU de 21-12-2018.
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a emissão de du‑
plicata sob a forma escritural.
Art. 2o A duplicata de que trata a Lei no 5.474,
de 18 de julho de 1968, pode ser emitida sob
quaisquer das entidades que exerçam a ativi‑
dade de escrituração de duplicatas escriturais.
Dec. no 9.769, de 16-4-2019, estabelece a compe‑
c
tência para autorizar o exercício da atividade de
escrituração de duplicatas escriturais.
§ 1o As entidades de que trata o caput deste
artigo deverão ser autorizadas por órgão ou
entidade da administração federal direta ou
indireta a exercer a atividade de escrituração
de duplicatas.
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
§ 2 o No caso da escrituração de que trata o
caput deste artigo, feita por Central Nacional
de Registro de Títulos e Documentos, após au‑
torizada a exercer a atividade prevista no caput
deste artigo, nos termos do § 1o deste artigo,
a referida escrituração caberá ao oficial de re‑
gistro do domicílio do emissor da duplicata.
§ 3o Se o oficial de registro não estiver integra‑
do ao sistema central, a competência de que
trata o § 2o deste artigo será transferida para a
Capital da respectiva entidade federativa.
§ 4o O valor total dos emolumentos cobrados
pela central nacional de que trata o § 2o deste
artigo para a prática dos atos descritos nesta
Lei será fixado pelos Estados e pelo Distrito Fe‑
deral, observado o valor máximo de R$ 1,00
(um real) por duplicata.
Art. 4o Deverá ocorrer no sistema eletrônico
de que trata o art. 3o desta Lei, relativamente à
duplicata emitida sob a forma escritural, a es‑
crituração, no mínimo, dos seguintes aspectos:
I – apresentação, aceite, devolução e formali‑
zação da prova do pagamento;
II – controle e transferência da titularidade;
III – prática de atos cambiais sob a forma escri‑
tural, tais como endosso e aval;
IV – inclusão de indicações, informações ou de
declarações referentes à operação com base
na qual a duplicata foi emitida ou ao próprio
título; e
V – inclusão de informações a respeito de ônus
e gravames constituídos sobre as duplicatas.
§ 1o O gestor do sistema eletrônico de escritu‑
ração deverá realizar as comunicações dos atos
de que trata o caput deste artigo ao devedor e
aos demais interessados.
§ 2 o O órgão ou entidade da administração
federal de que trata o § 1o do art. 3o desta Lei
poderá definir a forma e os procedimentos que
deverão ser observados para a realização das
comunicações previstas no § 1o deste artigo.
§ 3 o O sistema eletrônico de escrituração de
que trata o caput deste artigo disporá de
mecanismos que permitam ao sacador e ao
sacado comprovarem, por quaisquer meios
de prova admitidos em direito, a entrega e o
1697
Lei no 8.213/1991
escola do filho ou equiparado, nos termos do c Art. 93 do Dec. no 3.048, de 6-5-1999 (Regulamento Art. 71‑C. A percepção do salário‑materni‑
regulamento. da Previdência Social). dade, inclusive o previsto no art. 71‑B, está
c Art. 2o, § 2o, do Dec. no 6.690, de 11-12-2008, que condicionada ao afastamento do segurado do
c Caput com a redação dada pela Lei no 9.876, de institui o Programa de Prorrogação da Licença à
26-11-1999. Gestante e à Adotante e estabelece os critérios de trabalho ou da atividade desempenhada, sob
Parágrafo único. O empregado doméstico adesão ao Programa. pena de suspensão do benefício.
deve apresentar apenas a certidão de nasci‑ c Arts. 137 a 142 do Dec. no 10.854, de 10-11-2021, c Arts. 71‑B e 71‑C acrescidos pela Lei no 12.873, de
mento referida no caput. que regulamenta disposições relativas à legisla- 24-10-2013.
c Parágrafo único acrescido pela LC n o 150, de ção trabalhista. Art. 72. O salário‑maternidade para a segura‑
1o-6-2015. Parágrafo único. Revogado. Lei no 9.528, de da empregada ou trabalhadora avulsa consisti‑
c Art. 84 do Dec. n 3.048, de 6-5-1999 (Regulamento 10-12-1997.
o
rá numa renda mensal igual a sua remuneração
da Previdência Social). integral.
Art. 71‑A. Ao segurado ou segurada da Pre‑
Art. 68. As cotas do salário‑família serão vidência Social que adotar ou obtiver guarda c Caput com a redação dada pela Lei no 9.876, de
pagas pela empresa ou pelo empregador do‑ judicial para fins de adoção de criança é devido 26-11-1999.
méstico, mensalmente, junto com o salário, salário‑maternidade pelo período de 120 (cen‑ § 1o Cabe à empresa pagar o salário‑materni‑
efetivando‑se a compensação quando do reco‑ to e vinte) dias. dade devido à respectiva empregada gestante,
lhimento das contribuições, conforme dispuser c Caput com a redação dada pela Lei no 12.873, de efetivando‑se a compensação, observado o
o Regulamento. 24-10-2013. disposto no art. 248 da Constituição Federal,
c Caput com a redação dada pela LC n o 150, de c Lei no 11.770, de 9-9-2008 (Lei do Programa Empre- quando do recolhimento das contribuições
1o-6-2015. sa Cidadã). incidentes sobre a folha de salários e demais
§ 1 A empresa ou o empregador doméstico
o c Art. 2o, § 3o, I, do Dec. no 6.690, de 11-12-2008, que rendimentos pagos ou creditados, a qualquer
conservarão durante 10 (dez) anos os compro‑ institui o Programa de Prorrogação da Licença à título, à pessoa física que lhe preste serviço.
vantes de pagamento e as cópias das certidões Gestante e à Adotante e estabelece os critérios de c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 10.710, de
adesão ao Programa.
correspondentes, para fiscalização da Previ‑ 5-8-2003.
c Arts. 137 a 142 do Dec. no 10.854, de 10-11-2021,
dência Social. que regulamenta disposições relativas à legisla- § 2 A empresa deverá conservar durante 10
o

c § 1 o com a redação dada pela LC n o 150, de
1o-6-2015.
§ 2o Quando o pagamento do salário não for
mensal, o salário‑família será pago juntamente
com o último pagamento relativo ao mês.
ção trabalhista. (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e
§ 1o O salário‑maternidade de que trata este os atestados correspondentes para exame pela
artigo será pago diretamente pela Previdência fiscalização da Previdência Social.
Social. c § 2o acrescido pela Lei n o 10.710, de 5-8-2003.
c Parágrafo único transformado em § 1 o pela Lei § 3 O salário‑maternidade devido à trabalha‑
o

Art. 69. O salário‑família devido ao traba‑ no 12.873, de 24-10-2013. dora avulsa e à empregada do microempreen‑
lhador avulso poderá ser recebido pelo sin‑ c Art. 93‑A do Dec. n o 3.048, de 6-5-1999 (Regula- dedor individual de que trata o art. 18‑A da Lei
dicato de classe respectivo, que se incumbirá mento da Previdência Social). Complementar no 123, de 14 de dezembro de
de elaborar as folhas correspondentes e de § 2 o Ressalvado o pagamento do salário‑ma‑ 2006, será pago diretamente pela Previdência
distribuí‑lo. ternidade à mãe biológica e o disposto no Social.
Art. 70. A cota do salário‑família não será in‑ art. 71‑B, não poderá ser concedido o benefí‑ c § 3o com a redação dada pela Lei no 12.470, de
corporada, para qualquer efeito, ao salário ou cio a mais de um segurado, decorrente do mes‑ 31-8-2011.
ao benefício. mo processo de adoção ou guarda, ainda que Art. 73. Assegurado o valor de um salário mí‑
c Art. 92 do Dec. no 3.048, de 6-5-1999 (Regulamento os cônjuges ou companheiros estejam subme‑ nimo, o salário‑maternidade para as demais
da Previdência Social). tidos a Regime Próprio de Previdência Social. seguradas, pago diretamente pela Previdência
Subseção VII c § 2o acrescido pela Lei n o 12.873, de 24-10-2013. Social, consistirá:
DO SALÁRIO‑MATERNIDADE Art. 71‑B. No caso de falecimento da segura‑ c Caput com a redação dada pela Lei no 10.710, de
5-8-2003.
Art. 71. O salário‑maternidade é devido à se‑ da ou segurado que fizer jus ao recebimento
gurada da Previdência Social, durante cento do salário‑maternidade, o benefício será pago, I – em um valor correspondente ao do seu úl‑
e vinte dias, com início no período entre 28 por todo o período ou pelo tempo restante a timo salário de contribuição, para a segurada
(vinte e oito) dias antes do parto e a data de que teria direito, ao cônjuge ou companheiro empregada doméstica;
ocorrência deste, observadas as situações e sobrevivente que tenha a qualidade de segu‑ II – em 1/12 (um doze avos) do valor sobre
condições previstas na legislação no que con‑ rado, exceto no caso do falecimento do filho o qual incidiu sua última contribuição anual,
cerne à proteção à maternidade. ou de seu abandono, observadas as normas para a segurada especial;
aplicáveis ao salário‑maternidade. III – em 1/12 (um doze avos) da soma dos doze
c Caput com a redação dada pela Lei no 10.710, de
últimos salários de contribuição, apurados em
5-8-2003. § 1o O pagamento do benefício de que trata o
O STF, por unanimidade, conheceu a ADIN no 6.327 um período não superior a 15 (quinze) meses,
c caput deverá ser requerido até o último dia do
como arguição de descumprimento de preceito para as demais seguradas.
prazo previsto para o término do salário‑ma‑
fundamental e, ratificando a medida cautelar, jul- ternidade originário. c Incisos I a III acrescidos pela Lei n o 9.876, de
gou procedente o pedido formulado para conferir 26-11-1999.
interpretação conforme à Constituição a este arti- § 2o O benefício de que trata o caput será pago
Parágrafo único. Aplica‑se à segurada de‑
go, “de modo a se considerar como termo inicial da diretamente pela Previdência Social durante o
licença‑maternidade e do respectivo salário‑ma- sempregada, desde que mantida a qualidade
período entre a data do óbito e o último dia
ternidade a alta hospitalar do recém‑nascido e/ de segurada, na forma prevista no art. 15 des‑
do término do salário‑maternidade originário
ou de sua mãe, o que ocorrer por último, prorro- ta Lei, o disposto no inciso III do caput deste
e será calculado sobre:
gando‑se em todo o período o benefício, quando artigo.
o período de internação exceder as duas semanas I – a remuneração integral, para o empregado c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.846, de
previstas no art. 392, § 2o, da CLT, e no art. 93, § 3o, e trabalhador avulso; 18-6-2019.
do Dec. no 3.048/1999” (DOU de 26-10-2022). II – o último salário de contribuição, para o
c Lei no 11.770, de 9-9-2008 (Lei do Programa Empre- empregado doméstico; Subseção VIII
sa Cidadã). DA PENSÃO POR MORTE
III – 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze)
c Art. 18, § 3o da Lei no 13.301, 27-6-2016, que es-
tende o prazo da licença‑maternidade previsto no últimos salários de contribuição, apurados em Art. 74. A pensão por morte será devida ao
art. 392 da CLT para 180 (cento e oitenta dias) no um período não superior a 15 (quinze) meses, conjunto dos dependentes do segurado que
caso das mães de crianças acometidas por seque- para o contribuinte individual, facultativo e falecer, aposentado ou não, a contar da data:
las neurológicas decorrentes de doenças trans- desempregado; e c Caput com a redação dada pela Lei no 9.528, de
mitidas pelo Aedes aegypti, assegurado, nesse IV – o valor do salário mínimo, para o segurado 10-12-1997.
período, o recebimento do salário‑maternidade especial. c Súmulas nos 340 e 416 do STJ.
previsto neste artigo.
c Art. 22, § 1o, da Lei no 14.020, de 6-7-2020 (Progra- § 3o Aplica‑se o disposto neste artigo ao segu‑ I – do óbito, quando requerida em até 180
ma Emergencial de Manutenção do Emprego e da rado que adotar ou obtiver guarda judicial para (cento e oitenta) dias após o óbito, para os fi‑
Renda). fins de adoção. lhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em até

1796

c Art. 65 da Lei no 8.213, de 24-7-1991 (Lei dos Pla- de, observado, para o empregado doméstico, se inválido, a contar do mês seguinte ao da
nos de Benefícios da Previdência Social).
Art. 82. O salário‑família será pago mensal‑ c Caput com a redação dada pelo Dec. no 10.410, de III – pela recuperação da capacidade do filho,
mente:
I – ao empregado, inclusive o doméstico, pela c Art. 67 da Lei n 8.213, de 24-7-1991 (Lei dos Pla- contar do mês seguinte ao da cessação da in‑
empresa ou pelo empregador doméstico, jun‑
tamente com o salário, e ao trabalhador avul‑
so, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de
obra, por meio de convênio;
II – ao empregado, inclusive o doméstico, e
ao trabalhador avulso aposentados por inca‑
pacidade permanente ou em gozo de auxílio
por incapacidade temporária, pelo INSS, jun‑
tamente com o benefício;
c Incisos I e II com a redação dada pelo Dec.
no 10.410, de 30-6-2020.
III – ao trabalhador rural aposentado por idade
aos 60 (sessenta) anos, se do sexo masculino,
ou 55 (cinquenta e cinco) anos, se do sexo fe‑
minino, pelo Instituto Nacional do Seguro So‑
cial, juntamente com a aposentadoria; e
IV – aos demais empregados, inclusive os do‑
mésticos, e aos trabalhadores avulsos aposen‑
tados aos sessenta e cinco anos de idade, se
homem, ou aos sessenta anos, se mulher, pelo
INSS, juntamente com a aposentadoria.
c Inciso IV com a redação dada pelo Dec. no 10.410,
de 30-6-2020.
§ 1o No caso do inciso I, quando o salário do
empregado não for mensal, o salário‑família
será pago juntamente com o último pagamen‑
to relativo ao mês.
§ 2 o O salário‑família do trabalhador avulso
independe do número de dias trabalhados no
mês, devendo o seu pagamento corresponder
ao valor integral da cota.
§ 3 o Quando o pai e a mãe são segurados
empregados, inclusive domésticos, ou tra‑
balhadores avulsos, ambos têm direito ao
salário‑família.
§ 4 o As cotas do salário‑família pagas pela
empresa ou pelo empregador doméstico se‑
rão deduzidas quando do recolhimento das
contribuições.
c §§ 3o e 4o com a redação dada pelo Dec. no 10.410,
de 30-6-2020.
Art. 83. O valor da cota do salário‑família por
filho ou por enteado e por menor tutelado,
desde que comprovada a dependência econô‑
mica dos dois últimos, até quatorze anos de
idade ou inválido, é de R$ 48,62 (quarenta e
oito reais e sessenta e dois centavos).
Caput com a redação dada pelo Dec. no 10.410, de
c c Caput com a redação dada pelo Dec. n o 4.862, de
30-6-2020.
c Art. 66 da Lei no 8.213, de 24-7-1991 (Lei dos Pla- c Arts. 85 e 86 com a redação dada pelo Dec.
nos de Benefícios da Previdência Social).
c Art. 4 o da Port. Interministerial do MTPrev e ME Art. 87. Tendo havido divórcio, separação
no 12, de 17-1-2022 (DOU de 20-1-2022), que altera judicial ou de fato dos pais, ou em caso de
o valor da cota do salário‑família.
I e II – Revogados. Dec. n o 10.410, de
30-6-2020.
Art. 84. O pagamento do salário‑família será
devido a partir da data de apresentação da
certidão de nascimento do filho ou da docu‑
mentação relativa ao enteado e ao menor tu‑
telado, desde que comprovada a dependência
econômica dos dois últimos, e fica condiciona‑
do à apresentação anual de atestado de vaci‑
nação obrigatória dos referidos dependentes,
de até seis anos de idade, e de comprovação
semestral de frequência à escola dos referidos
dependentes, a partir de quatro anos de ida‑
Decreto no 3.048/1999
o disposto no § 5o. data do aniversário;
30-6-2020. do enteado ou do menor tutelado inválido, a
o
nos de Benefícios da Previdência Social). capacidade; ou
§ 1o A empresa e o empregador doméstico de‑ c Incisos I a III com a redação dada pelo Dec.
verão conservar, durante o prazo decadencial no 10.410, de 30-6-2020.
de que trata o art. 348, os comprovantes dos IV – pelo desemprego do segurado.
pagamentos e as cópias das certidões corres‑ Art. 89. Para efeito de concessão e manu‑
pondentes, para exame pela fiscalização. tenção do salário‑família, o segurado firmará
§ 2o Na hipótese de o segurado empregado ou termo de responsabilidade, no qual se com‑
de o trabalhador avulso não apresentar o ates‑ prometerá a comunicar à empresa, ao empre‑
tado de vacinação obrigatória e a comprova‑ gador doméstico ou ao INSS, conforme o caso,
ção de frequência escolar do filho, do enteado qualquer fato ou circunstância que determine
ou do menor tutelado, desde que comprovada a perda do direito ao benefício e ficará sujeito,
a dependência econômica dos dois últimos , em caso de descumprimento, às sanções pe‑
nas datas definidas pelo INSS, o benefício do nais e trabalhistas.
salário‑família será suspenso até que a docu‑
Art. 90. A falta de comunicação oportuna de
mentação seja apresentada. fato que implique cessação do salário‑família
§ 3 o Não é devido salário‑família no período e a prática, pelo segurado, de fraude de qual‑
entre a suspensão do benefício motivada pela quer natureza para o seu recebimento autori‑
falta de comprovação da frequência escolar e zam a empresa, o empregador doméstico ou o
o seu reativamento, exceto se provada a fre‑ INSS, conforme o caso, a descontar dos paga‑
quência escolar regular no período. mentos de cotas devidas com relação a outros
§ 4o A comprovação semestral de frequência filhos, enteados ou menores tutelados ou, na
escolar de que trata o caput será feita por meio falta delas, do próprio salário do segurado ou
da apresentação de documento emitido pela da renda mensal do seu benefício, o valor das
escola, na forma estabelecida na legislação es‑ cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo
pecífica, em nome do aluno, de qual conste o das sanções penais cabíveis, observado o dis‑
registro de frequência regular, ou de atestado posto no § 2o do art. 154.
do estabelecimento de ensino que comprove
Art. 91. O empregado, inclusive o doméstico,
a regularidade da matrícula e a frequência es‑ ou o trabalhador avulso deve dar quitação à
colar do aluno. empresa ou ao empregador doméstico de cada
c §§ 1o a 4o com a redação dada pelo Dec. n o 10.410, recebimento mensal do salário‑família, na pró‑
de 30-6-2020. pria folha de pagamento ou por outra forma
§ 5 o Para recebimento do salário‑família, o admitida, de modo que a quitação fique clara‑
empregado doméstico apresentará ao seu em‑ mente caracterizada.
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
pregador apenas a certidão de nascimento do c Arts. 89 a 91 com a redação dada pelo Dec.
filho ou a documentação relativa ao enteado e no 10.410, de 30-6-2020.
ao menor tutelado, desde que comprovada a Art. 92. As cotas do salário‑família não serão
dependência econômica dos dois últimos. incorporadas, para qualquer efeito, ao salário
c § 5o acrescido pelo Dec. n o 10.410, de 30-6-2020. ou ao benefício.
Art. 85. A invalidez do filho, do enteado ou do c Art. 70 da Lei no 8.213, de 24-7-1991 (Lei dos Pla-
menor tutelado, desde que comprovada a de‑ nos de Benefícios da Previdência Social).
pendência econômica dos dois últimos, maior Subseção VII
de quatorze anos de idade será verificada em DO SALÁRIO‑MATERNIDADE
exame médico‑pericial realizado pela Perícia
Médica Federal. Art. 93. O salário‑maternidade é devido à se‑
gurada da previdência social, durante cento e
Art. 86. O salário‑família correspondente ao vinte dias, com início vinte e oito dias antes e
mês de afastamento do trabalho será pago in‑ término noventa e um dias depois do parto,
tegralmente pela empresa, pelo empregador podendo ser prorrogado na forma prevista no
doméstico ou pelo sindicato ou pelo órgão § 3o.
gestor de mão de obra, conforme o caso, e,
ao mês da cessação de benefício, pelo INSS. 21-10-2003.
c O STF, por unanimidade, conheceu a ADIN no 6.327
no 10.410, de 30-6-2020. como arguição de descumprimento de preceito fun-
damental e, ratificando a medida cautelar, julgou
procedente o pedido formulado para conferir inter-
pretação conforme a Constituição, por arrastamento,
abandono legalmente caracterizado ou perda
a este artigo, “de modo a se considerar como termo
do pátrio poder, o salário‑família passará a ser inicial da licença‑maternidade e do respectivo salá-
pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o rio‑maternidade a alta hospitalar do recém‑nascido
sustento do menor, ou a outra pessoa, se hou‑ e/ou de sua mãe, o que ocorrer por último, prorro-
ver determinação judicial nesse sentido. gando‑se em todo o período o benefício, quando o
A Lei n o 10.406, de 10-1-2002 (Código Civil) período de internação exceder as duas semanas
c
previstas no art. 392, § 2o, da CLT, e no art. 93, § 3o,
substituiu a expressão “pátrio poder” por “poder
familiar”. do Dec. no 3.048/1999” (DOU de 26-10-2022).
c Lei no 11.770, de 9-9-2008 (Lei do Programa Empre-
Art. 88. O direito ao salário‑família cessa au‑ sa Cidadã).
tomaticamente: c Arts. 137 a 142 do Dec. no 10.854, de 10-11-2021,
I – por morte do filho, do enteado ou do menor que regulamenta disposições relativas à legisla-
tutelado, a contar do mês seguinte ao do óbito; ção trabalhista.
II – quando o filho, o enteado ou o menor tute‑ § 1 o Para a segurada empregada, inclusive a
lado completar quatorze anos de idade, exceto doméstica, observar‑se‑á, no que couber, as
1837
Lei no 14.133/2021
III – não sejam cônjuge ou companheiro de
licitantes ou contratados habituais da Admi‑
nistração nem tenham com eles vínculo de
parentesco, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, ou de natureza técnica, comer‑
cial, econômica, financeira, trabalhista e civil.
§ 1o A autoridade referida no caput deste artigo
deverá observar o princípio da segregação de
funções, vedada a designação do mesmo agen‑
te público para atuação simultânea em funções
mais suscetíveis a riscos, de modo a reduzir a
possibilidade de ocultação de erros e de ocor‑
rência de fraudes na respectiva contratação.
§ 2o O disposto no caput e no § 1o deste artigo,
inclusive os requisitos estabelecidos, também
se aplica aos órgãos de assessoramento jurí‑
dico e de controle interno da Administração.
Art. 8o A licitação será conduzida por agente
de contratação, pessoa designada pela autori‑
dade competente, entre servidores efetivos ou
empregados públicos dos quadros permanen‑
tes da Administração Pública, para tomar de‑
cisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar
impulso ao procedimento licitatório e executar
quaisquer outras atividades necessárias ao bom
andamento do certame até a homologação.
§ 1 o O agente de contratação será auxiliado
por equipe de apoio e responderá individual‑
mente pelos atos que praticar, salvo quando
induzido a erro pela atuação da equipe.
§ 2o Em licitação que envolva bens ou serviços
especiais, desde que observados os requisitos
estabelecidos no art. 7o desta Lei, o agente de
contratação poderá ser substituído por comis‑
são de contratação formada por, no mínimo,
3 (três) membros, que responderão solidaria‑
mente por todos os atos praticados pela co‑
missão, ressalvado o membro que expressar
posição individual divergente fundamentada e
registrada em ata lavrada na reunião em que
houver sido tomada a decisão.
§ 3 o As regras relativas à atuação do agente
de contratação e da equipe de apoio, ao fun‑
cionamento da comissão de contratação e à
atuação de fiscais e gestores de contratos de
que trata esta Lei serão estabelecidas em regu‑
lamento, e deverá ser prevista a possibilidade
de eles contarem com o apoio dos órgãos de
assessoramento jurídico e de controle interno
para o desempenho das funções essenciais à
execução do disposto nesta Lei.
c Dec. no 11.246, de 27-10-2022, regulamenta este
parágrafo.
§ 4o Em licitação que envolva bens ou serviços
especiais cujo objeto não seja rotineiramente
contratado pela Administração, poderá ser
contratado, por prazo determinado, serviço de
empresa ou de profissional especializado para
assessorar os agentes públicos responsáveis
pela condução da licitação.
§ 5 o Em licitação na modalidade pregão, o
agente responsável pela condução do certame
será designado pregoeiro.
Art. 9o É vedado ao agente público designado
para atuar na área de licitações e contratos,
ressalvados os casos previstos em lei:
I – admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos
que praticar, situações que:
a) comprometam, restrinjam ou frustrem o
caráter competitivo do processo licitatório,
inclusive nos casos de participação de so‑
ciedades cooperativas;
2108
b) estabeleçam preferências ou distinções em
razão da naturalidade, da sede ou do do‑
micílio dos licitantes;
c) sejam impertinentes ou irrelevantes para o
objeto específico do contrato;
II – estabelecer tratamento diferenciado de na‑
tureza comercial, legal, trabalhista, previden‑
ciária ou qualquer outra entre empresas brasi‑
leiras e estrangeiras, inclusive no que se refere
a moeda, modalidade e local de pagamento,
mesmo quando envolvido financiamento de
agência internacional;
III – opor resistência injustificada ao andamen‑
to dos processos e, indevidamente, retardar ou
deixar de praticar ato de ofício, ou praticá‑lo
contra disposição expressa em lei.
§ 1o Não poderá participar, direta ou indireta‑
mente, da licitação ou da execução do contra‑
to agente público de órgão ou entidade lici‑
tante ou contratante, devendo ser observadas
as situações que possam configurar conflito de
interesses no exercício ou após o exercício do
cargo ou emprego, nos termos da legislação
que disciplina a matéria.
§ 2o As vedações de que trata este artigo es‑
tendem‑se a terceiro que auxilie a condução
da contratação na qualidade de integrante de
equipe de apoio, profissional especializado ou
funcionário ou representante de empresa que
preste assessoria técnica.
Art. 10. Se as autoridades competentes e os
servidores públicos que tiverem participado
dos procedimentos relacionados às licitações e
aos contratos de que trata esta Lei precisarem
defender‑se nas esferas administrativa, contro‑
ladora ou judicial em razão de ato praticado
com estrita observância de orientação cons‑
tante em parecer jurídico elaborado na forma
do § 1o do art. 53 desta Lei, a advocacia públi‑
ca promoverá, a critério do agente público, sua
representação judicial ou extrajudicial.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput deste
artigo quando:
I – VETADO;
II – provas da prática de atos ilícitos dolosos
constarem nos autos do processo administra‑
tivo ou judicial.
§ 2o Aplica‑se o disposto no caput deste artigo
inclusive na hipótese de o agente público não
mais ocupar o cargo, emprego ou função em
que foi praticado o ato questionado.
TÍTULO II – DAS LICITAÇÕES
CAPÍTULO I
DO PROCESSO LICITATÓRIO
Art. 11. O processo licitatório tem por
objetivos:
I – assegurar a seleção da proposta apta a ge‑
rar o resultado de contratação mais vantajoso
para a Administração Pública, inclusive no que
se refere ao ciclo de vida do objeto;
II – assegurar tratamento isonômico entre os
licitantes, bem como a justa competição;
III – evitar contratações com sobrepreço ou
com preços manifestamente inexequíveis e
superfaturamento na execução dos contratos;
IV – incentivar a inovação e o desenvolvimento
nacional sustentável.
Parágrafo único. A alta administração do
órgão ou entidade é responsável pela gover‑
nança das contratações e deve implementar
processos e estruturas, inclusive de gestão de
riscos e controles internos, para avaliar, dire‑
cionar e monitorar os processos licitatórios
e os respectivos contratos, com o intuito de
alcançar os objetivos estabelecidos no caput
deste artigo, promover um ambiente íntegro
e confiável, assegurar o alinhamento das con‑
tratações ao planejamento estratégico e às leis
orçamentárias e promover eficiência, efetivida‑
de e eficácia em suas contratações.
Art. 12. No processo licitatório, observar‑se‑á
o seguinte:
I – os documentos serão produzidos por escri‑
to, com data e local de sua realização e assina‑
tura dos responsáveis;
II – os valores, os preços e os custos utiliza‑
dos terão como expressão monetária a moeda
corrente nacional, ressalvado o disposto no
art. 52 desta Lei;
III – o desatendimento de exigências meramen‑
te formais que não comprometam a aferição
da qualificação do licitante ou a compreensão
do conteúdo de sua proposta não importará
seu afastamento da licitação ou a invalidação
do processo;
IV – a prova de autenticidade de cópia de do‑
cumento público ou particular poderá ser feita
perante agente da Administração, mediante
apresentação de original ou de declaração de
autenticidade por advogado, sob sua respon‑
sabilidade pessoal;
V – o reconhecimento de firma somente será
exigido quando houver dúvida de autenticida‑
de, salvo imposição legal;
VI – os atos serão preferencialmente digitais,
de forma a permitir que sejam produzidos, co‑
municados, armazenados e validados por meio
eletrônico;
VII – a partir de documentos de formaliza‑
ção de demandas, os órgãos responsáveis
pelo planejamento de cada ente federativo
poderão, na forma de regulamento, elaborar
plano de contratações anual, com o objetivo
de racionalizar as contratações dos órgãos e
entidades sob sua competência, garantir o ali‑
nhamento com o seu planejamento estratégi‑
co e subsidiar a elaboração das respectivas leis
orçamentárias.
c Dec. n o 10.947, de 25-1-2022, regulamenta este
inciso.
§ 1o O plano de contratações anual de que tra‑
ta o inciso VII do caput deste artigo deverá ser
divulgado e mantido à disposição do público
em sítio eletrônico oficial e será observado
pelo ente federativo na realização de licitações
e na execução dos contratos.
§ 2 o É permitida a identificação e assinatura
digital por pessoa física ou jurídica em meio
eletrônico, mediante certificado digital emitido
em âmbito da Infraestrutura de Chaves Públi‑
cas Brasileira (ICP‑Brasil).
Art. 13. Os atos praticados no processo lici‑
tatório são públicos, ressalvadas as hipóteses
de informações cujo sigilo seja imprescindível
à segurança da sociedade e do Estado, na for‑
ma da lei.
Parágrafo único. A publicidade será diferida:
I – quanto ao conteúdo das propostas, até a
respectiva abertura;
II – quanto ao orçamento da Administração,
nos termos do art. 24 desta Lei.
Art. 14. Não poderão disputar licitação ou
participar da execução de contrato, direta ou
indiretamente: