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Andréa Carneiro

Alencar
Advoga

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A)


FEDERAL DA 2ª VARA CIVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP

PROCESSO N° 0011583-13.2015.4.03.6183

LUIZ ALBERTO PONIK, já qualificado nos autos


do processo, por intermédio de sua advogada que esta subscreve, em
face de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, já
qualificado nos autos, vem respeitosamente diante de Vossa Excelência,
informar o que segue:

Sabe-se que os honorários de sucumbência são


pagos sempre por aquele que for vencido na causa.

Logo, honorários de sucumbência ou honorários


sucumbenciais são os honorários advocatícios pagos pela parte
sucumbente do processo ao advogado da parte vencedora.

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Rua Jacob Bunel, 302 – Jardim Santa Monica - São Paulo - Cep 05171-020
Tel: 2645-5969
e-mail: andrea.alencar@adv.oabsp.br
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E o dever de pagamento de honorários de


sucumbência está previsto no artigo 85, caput, do Novo CPC. Conforme
o dispositivo:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar


honorários ao advogado do vencedor.

Logo Excelência, indevido o pedido da autarquia,


vez que a parte autora faz jus a justiça gratuita e apenas apresentou os
cálculos que entende devidos, não devendo sofrer prejuízos e muito
menos seu patrono.

Ora, sabe-se que uma ação previdenciária


demora anos para ter resultado, e não pode o seu advogado sofrer a
retenção de parte dos honorários sucumbenciais, que são direito da
PARTE VENCIDA, neste caso o autor e sua patrona, ademais trata-se de
verba alimentar.

Em breve síntese, seja por meio do CPC


atual ou do NOVO CPC - certo é que os honorários tem NATUREZA
ALIMENTAR, nesse sentido o novo CPC dispõe no art. 85, § 14;

"Os honorários constituem direito do


advogado e têm natureza alimentar, com os
mesmos privilégios dos créditos oriundos da

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legislação do trabalho, sendo vedada a


compensação em caso de sucumbência
parcial.”

Mas muito mais que compreender a


natureza jurídica dos honorários advocatícios, devemos
compreender que a própria legislação (novo CPC) quando regula
os honorários (sucumbenciais) determina que estes devem ser
fixados:

I - o grau de zelo do profissional;

II - o lugar de prestação do serviço;

III - a natureza e a importância da causa;

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o


tempo exigido para o seu serviço

Ainda, sabemos que boa parte das ações


previdenciária o advogado tem:

1. Que atuar no campo administrativo seja


solicitando cópia de P.A, certidões, realizando consultas e etc.;

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2. Que aguardar a expedição de RPV ou


Precatório - fato que pode levar anos e anos de trabalho;

3. Atua com uma população "carente", não


apenas financeiramente, mas carente de justiça - que anseia pela
rápida solução do seu conflito, fato que é postergado pela
morosidade do judiciário, prazos e etc. Enquanto isso, o
atendimento ao cliente no campo previdenciário é muito
constante, demandando tempo, paciência e por consequência
horas de trabalho;

4. Por vezes, milhares de advogados


realizam os próprios cálculos, porquanto os clientes simplesmente
não possuem condições de pagar por eles e não há extensão da
gratuidade da justiça para cálculos iniciais, ao contrário, caso não
realizamos há risco de extinção do processo.

Não bastasse isso, inúmeras vezes "o dia


do benefício representa a véspera da ingratidão".

O que não pode ser aceito, com todo


respeito, é que uma decisão simplesmente trate como igual um
processo que se encerra com acordo após uma perícia de auxílio
doença em juizado especial (após 5 meses de trabalho) e outro
que tramitou por 7 anos, frutos de vários recursos, como uma
aposentadoria especial, como o caso concreto.

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Nesse sentido, o novo CPC determina nos


casos de honorários sucumbenciais:

"Art. 85. A sentença condenará o vencido a


pagar honorários ao advogado do vencedor.

(...)

§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará


os honorários fixados anteriormente levando
em conta o trabalho adicional realizado em
grau recursal (...)"

Portanto, indevido o desconto.

Nestes Termos,

pede Deferimento.

São Paulo, 31 de maio de 2022.

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ANDREA CARNEIRO ALENCAR

OAB/SP nº 256.821

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