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MANAUS/AM
Processo nº 0010177-00.2023.5.11.0010
COSMOS FUTEBOL CLUBE – ASSOCIAÇÃO e COSMOS FUTEBOL CLUBE –SAF, sociedade anônima
do futebol, inscritas no CNPJ sob os nº 12.555.222/0001-52 e 22.000.111/0001-35,
respectivamente, ambas já qualificadas na reclamação trabalhista movida por THIAGO
FIGUEIREDO, também já qualifica do processo em testilha, por seu advogado in fine assinada,
com procuração constante dos autos e tempestivamente, com o devido acatamento, vem,
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, INCONFORMADA, “data venia”, com a r.
sentença que lhe foi desfavorável em parte, dela recorrer com fulcro no artigo 895, letra “a”
da C.L.T., interpondo
Outrossim, requer por último a juntada das Guias de Custas Processuais (DARFcód.1505) e do
Depósito Recursal (FGTS-GRE) devidamente recolhidas, anexando ainda suas Razões de
Recurso.
Nesses Termos,
Em que pese à reconhecida cultura do eminente Juízo de origem e à proficiência com que o
mesmo se desincumbe do mister judicante, há de ser reformada a decisão ora recorrida,
porquanto proferida em completa dissonância para com as normas aplicáveis à espécie,
inviabilizando, portanto, a realização da Justiça
1 – Sucessão trabalhista
Alega o reclamante que o Cosmos Futebol Clube – SAF sucedeu, ao menos do ponto de vista
trabalhista, o Cosmos Futebol Clube – Associação, razão pela qual deve responder por
eventuais débitos, inclusive referentes ao período anterior à constituição da Sociedade
Anônima do Futebol.
Não há dúvida, portanto, de que a legislação específica sobre o tema afasta a aplicação da
regra geral de sucessão trabalhista prevista nos arts. 10 e 448-A da CLT.
2 – Grupo econômico
Mais uma vez razão não lhe assiste. Como salientado no tópico anterior, a Lei nº 14.193/21
traz regras específicas acerca das Sociedades Anônimas do Futebol, afastando, assim, a regra
geral prevista no art. 2º da CLT. Ao dispor no art. 10 sobre a forma de pagamento de eventual
passivo da associação que deu origem à SAF, obviamente, percebe-se que o citado
instrumento legal veda a possibilidade de reconhecimento de grupo econômico. No mesmo
sentido é a previsão do art. 12, que impede a constrição da patrimônio da SAF no período em
que estiver realizando os repasses previstos na legislação. Ora, se não é possível a constrição
de patrimônio, como se pode declarar a responsabilidade solidária das reclamadas?
Ementa:
Trecho do acórdão:
3 – Horas extras
O reclamante alega que trabalhava de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h, com uma hora de
intervalo para descanso, razão pela qual faz jus às horas extras que extrapolarem a 8ª diária
e/ou a 44ª semanal, nos termos do art. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e do art. 58 da CLT.
Não lhe é devido qualquer valor a título de horas extras.
Nos termos do art. 74 da CLT, os reclamados realizavam o controle biométrico de jornada. Os
espelhos de ponto foram juntados aos autos e não revelam qualquer labora além dos limites
constitucional e legal. Diante do exposto, a improcedência do pedido é medida que se impõe.
4 – Honorários advocatícios
Não são devidos os honorários advocatícios sucumbenciais pelos reclamados, ante a total
improcedência dos pedidos. Tendo em vista que o trabalhador não requereu justiça gratuita,
deve ser condenado ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência, nos termos do
art. 791-A da CLT.
5 – Pedidos e requerimentos
Local, data.
Assinatura do advogado
OAB nº
Endereço profissional