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15/09/2020 Gestão e monitoramento das entidades socioassistenciais - Blog do GESUAS

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Gestão e monitoramento das entidades
socioassistenciais
 KAIANE REIS  7 DE JANEIRO DE 2019  COMENTE!

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São vinculadas ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS) as entidades de assistência social reconhecidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social
(MDS). Assim, a gestão pública, em seus múltiplos níveis governamentais, as identificam como integrantes da rede socioassistencial ativa no território
brasileiro.

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Embora as entidades não estejam presentes em todas as cidades, a parceria público-privado fortalece o SUAS na luta pela justiça social e pelo
enriquecimento das ações propagadas no eixo da política de assistência social.

Para tanto, gerir e monitorar é parte essencial nesse processo. Com esse intuito, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS – Lei nº 8.742, de 07 de dezembro
de 1993) implantou uma sequência de mecanismos que norteiam esses procedimentos.

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Monitoramento?

O monitoramento é o acompanhamento contínuo ou periódico de uma ação. É realizado por meio da coleta e análise sistemática de dados e informações
sobre a execução dos propósitos almejados com o objetivo de averiguar se o desenvolvimento de sua implementação está em harmonia com os padrões
esperados.

Portanto, o monitoramento é uma função inerente à gestão, uma vez que consiste numa ferramenta que amplia o conhecimento dos gestores e da
sociedade, alargando a capacidade assertiva da tomada de decisão, da solução de problemas e do controle social sobre a condução da política de
assistência social nas diversas áreas abrangidas por ela.

Entidades de assistência social


O art. 3º da LOAS define como entidades de assistência social as organizações sem fins lucrativos, que de forma continuada, permanente e planejada,
isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos usuários da política, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos.
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Para melhor compreensão, descreveremos os perfis que as entidades podem assumir desde que contemplem as prerrogativas expostas anteriormente e as
que serão mostradas logo a seguir.

1. Atendimento: prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e
indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal;
2. Assessoramento: prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das
organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência;
3. Defesa e garantia de direitos: prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos

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socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de
defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social.

Mirando alcançar a vinculação ao SUAS, segundo o art. 6º-B, as entidades devem também estar inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social
(CMAS) ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal, conforme o caso, e integrar o Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social
(CNEAS).

Entenda: O papel do Conselho Municipal de Assistência Social

Saiba mais: Entidades x Vinculação ao SUAS

A importância de as entidades estarem vinculadas ao SUAS se dá porque esse fato permite, desde que observada as disponibilidades orçamentárias, a
celebração de convênios, contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, garantido financiamento integral pelo Estado, de serviços,
programas, projetos e ações de assistência social, nos limites da capacidade instalada, aos beneficiários abrangidos pela LOAS.

Conselho de Assistência Social


Os Conselhos de Assistência Social dos municípios e do Distrito Federal (DF) são instâncias deliberativas do SUAS.  Têm caráter permanente e composição
paritária entre governo e sociedade civil, criado por lei local. Visto o parágrafo único do art. 16 da LOAS, sabe-se que estão vinculados ao órgão gestor, que

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deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros. Inclusive com despesas referentes a
passagens e diárias de conselheiros quando estiverem no exercício de suas atribuições.

Embasando-se na intenção de constatar a conformidade das atividades arroladas com o que está previsto na LOAS, os conselhos em evidência formam as
unidades que detém maior encargo frente a supervisão das entidades de assistência social.

O CNEAS é alimentado pelo gestor da respectiva esfera territorial e validado pelo MDS. É um instrumento de monitoramento fundamental, pois permite
compreender a cobertura e os tipos dos serviços ofertados pelas entidades em regular funcionamento; o grau de relação que possuem com o órgão gestor

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da assistência social responsável pelo espaço em que ela atua e possibilita a construção de um diagnóstico completo da rede socioassistencial existente no
Brasil.

Nesse ínterim, é indispensável tratar sobre a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS) previsto na Lei nº 12.101/2009. Esse
instrumento descreve a certificação conferida pelo Governo Federal às entidades sem fins lucrativos reconhecidas como entidades beneficentes de
assistência social que prestem serviços nas áreas de educação, assistência social ou saúde.

A CEBAS faz valer o § 7º do art. 195 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88), que afirma que são isentas de contribuição para a
seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas e viabiliza a priorização na celebração de
convênios com o poder público, entre outros benefícios.

De olho na Lei!

Nos arts. 22 e 23 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, você vai encontrar quais as contribuições são isentas com a Certificação.

Gestão e monitoramento
Percebe-se, portanto, que as entidades de assistência social se configuram como a performance da sociedade integrada às ações de iniciativa pública para
garantir o atendimento às necessidades básicas, o acesso a direitos e a participação social, ou seja, o exercício pleno da cidadania. Os procedimentos de
gestão e monitoramento envoltos, concretizam o paradigma de romper com a cultura clientelista, segmentada, pontual e privatista e reafirmam a primazia
do Estado na condução da política em destaque em todas as esferas governamentais e em consenso com os interesses dos indivíduos.

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Sedimentando ainda mais essa perspectiva, convém salientar que no contexto da agenda estratégica do Governo Federal as demandas apresentadas por
diversas organizações coletivas, redes e movimentos sociais que reivindicavam o reconhecimento e valorização do seu trabalho, bem como o
aprimoramento da relação com a gerência estatal, aprofundaram a democracia e denotaram o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil
(MROSC), já que implementaram a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, também conhecida como Lei de Fomento e de Colaboração.

Essa regra só entrou em vigor em 23 de janeiro de 2016 para a União, Estados e DF e em 01 de janeiro de 2017 para os municípios, inaugurando um
relacionamento público-privado fundado em condições legalmente postas, pois cria o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as
organizações da sociedade civil (OSC) em regime de mútua cooperação para a consecução de finalidades de interesse comuns.

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Frente a política de assistência social, a presente lei reforça o papel do Estado de garantir direitos e entregar serviços públicos de qualidade a população.
Além disso, abonam mais protagonismo às OSC, conformando-as efetivamente como parceiras complementares essenciais a essa atuação.

Nesse sentido, seu art. 2º- A determina que as ligações disciplinadas nela respeitarão, em todos os seus aspectos, os preceitos específicos das políticas
setoriais relativas ao objeto da associação e as concernentes instâncias de pactuação e deliberação. Ou seja, prezará por tudo que está previsto na LOAS e
que já foi mostrado até aqui.

A Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) nº 21, de 24 de novembro de 2016 recepciona o novo marco regulatório no contexto do
SUAS e em consonância com ele institui requisitos para celebração de parcerias entre órgão gestor de assistência social e as entidades ou organizações de
assistência social no âmbito do SUAS.

Principais normativas

Para finalizar, de forma sucinta, segue a lista das regulações mais relevantes que emergiram após a LOAS e que permeiam esse âmbito:

Decreto nº 6.308/2007: regulamenta o artigo 3º da LOAS e caracteriza as entidades;


Resolução CNAS nº 109/2009: Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais;
Lei n º 12.101/2009: dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social;
Resolução CNAS nº 27/2011: dispõe sobre entidades de assessoramento e defesa e garantia de direitos;
Resolução CNAS nº 14/2014: define os parâmetros nacionais para a inscrição das entidades ou organizações de assistência social nos Conselhos de
Assistência Social;
Decreto nº 8.242/2014: regulamenta a Lei n º 12.101/2009;
Lei nº 13.019/2014: Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC);

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Resolução CNAS nº 21/2016: aponta os requisitos para a celebração de parcerias em concordância com a Lei nº 13.019/2014.

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Controle Social: a importância dos Conselhos de Direitos na formulação e controle das políticas públicas

Referências Bibliográficas
Conselho Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica do SUAS – 2012. Brasília: CNAS, 2012.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988.
Lei nº 13.019. Brasília: Senado Federal, 2014.
Lei Orgânica da Seguridade Social. Brasília: Senado Federal, 1991.
BRASIL. Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília: Senado Federal, 1993.

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Benefícios Eventuais com o GESUAS

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Joao Batista Gomes


show muito bom

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 Sobre Kaiane Reis

Kaiane Reis

Kaiane é graduada em Serviço Social, especializada em Gerontologia e em


Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos. Tem experiência com Assessoria e
Consultoria nos diversos campos do Serviço Social, na coordenação do Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS), na equipe técnica do Programa Bolsa Família (PBF) e do Cadastro
Único, na aplicação do Trabalho Técnico Social do Programa Minha Casa Minha Vida e com a
implantação e desenvolvimento do Programa Criança Feliz (PCF). Atualmente exerce atividades
laborativas frente a Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no âmbito municipal,
firme ao compromisso de viabilizar o bom desempenho da organização, o crescimento pessoal e
profissional e, principalmente, a promoção do acesso a direitos e a justiça social como foco
prioritário.

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