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05/11/21, 17:18 Grupoterapia: teoria e prática

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Grupoterapia: teoria e prática


Psicólogo da Sanar Saúde
Leitura de 5 min • 04/10/2019

Os grupos fazem parte da vida do indivíduo desde o seu nascimento e são fundamentais para que a sociedade apresente um bom funcionamento em to

Para a formação de um grupo é necessário que haja interação entre as pessoas de forma que estas se influenciem mutuamente na busca de um interess

Características encontradas em um grupo:


 • Vinculo afetivo; 

• Tarefa ou objetivo em comum; 

• Quantidade de pessoas que não prejudique a comunicação; 

• Enquadramento e o seguimento dessas regras; 

• Interação entre os membros entre si e do grupo como um todo; 

• Preservação da identidade dos integrantes; 

• Presença de formas contraditórias: coesão e desintegração do grupo 

• Campo grupal dinâmico: fenômenos de fantasias, ansiedades, mecanismos de defesa. 

Fundamentos Teóricos da Grupoterapia


KURT LEWIN:

• Campo grupal: O comportamento no grupo é resultado da inter-relação entre os indivíduos formando um campo relacional que ocorre no presente e

• Dinâmica de grupos (Lewin): Estuda as relações entre teoria e prática. Propõe que para compreender os fenômenos do grupo o observador participe

BION:

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• Supostos básicos: Diante das mudanças promovidas através da aprendizagem no processo grupal, alguns estados mentais se opõem ao cumprimento

• Dependência: Grupo responsabiliza o líder pelas novas ações;

• Luta-fuga: Escolha de um inimigo a ser enfrentado; 

• Expectativa messiânica: Esperança de que necessidades sejam solucionadas por alguém que ainda chegará. 

Grupo de trabalho: Plano consciente do grupo de trabalho, no qual os indivíduos estão voltados para a tarefa. A elaboração das resistências que os med

PICHON RIVIÈRE 

Teoria dos vínculos: Propõe que o grupo tem como organizadores: 

• Vínculo: Elo entre os indivíduos através da representação interna mútua. Os modelos de vinculação aprendidos primariamente são utilizados nas várias

• Tarefa: Forma como as necessidades de cada membro são compartilhadas de no grupo. 

• Grupos operativos: buscou observar os fatores conscientes e inconscientes que regem a dinâmica grupal e propôs o foco em uma tarefa proposta. 

No grupo acontece uma distribuição de papeis e é importante observar se há uma fixação em algum deles, pois pode prejudicar os objetivos do grupo.

Papéis Grupais
• Bode expiatório: Os conteúdos inconscientes indesejados são depositados em uma pessoa específica; 

• Porta voz: Explicita o que outros membros pensam e sentem; 

• Radar: Indivíduo que funciona como caixa de ressonância e demonstra as ansiedades do grupo; 

• Investigador: Causa perturbação no grupo; 

• Sabotador: Age contra os objetivos do grupo, podendo contribuir para sua divisão; 

• Líder: Aparece através do terapeuta ou de forma espontânea entre os membros; 

Os vetores Importantes para analisar os conteúdos explícitos e implícitos do grupo são: 

• Afiliação e pertença: Processo pelo qual indivíduos se reconhecem e se integram no grupo; 

• Cooperação: Confrontação e articulação das diferentes necessidades dos indivíduos e do grupo de modo geral; 

• Pertinência: A ênfase que é dada a tarefa no grupo e como é colocada em prática; 

• Comunicação: Acontece de acordo com os elementos: emissor, receptor, mensagem, codificação, decodificação; 

• Aprendizagem: Mudanças ocorridas no processo de adaptação à realidade; 

• Tele: Aspectos inconscientes da história dos sujeitos que ampliam e distanciam a relação dos membros do grupo; • Verticalidade: História de cada integ

• Horizontalidade: Situação do vínculo grupal a partir da intersecção das histórias de cada sujeito. 

Modalidades de Grupos
De acordo com a sua finalidade os grupos podem ser classificados como: 

Grupos operativos: 

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• Ensino-aprendizagem: Espaço para reflexão de temas, mas que às vezes exercem uma função terapêutica; 

• Grupos institucionais: Realizado em organizações, escolas, igrejas, com finalidade de debater temas; 

• Grupos comunitários: Utilizados em programas de saúde voltados para prevenção, tratamento ou reabilitação; 

Grupos terapêuticos: 
• Grupos de autoajuda: Utilizado em programas de adictos , prevenção, reabilitação, suporte social etc.; 

• Grupos psicoterápicos: Pode seguir diferentes bases teóricas. 

• Orientação analítica: Utiliza interpretações para identificar fenômenos grupais (identificação, projeção, fantasias inconscientes etc.). 

• Cognitivo comportamental: Tem objetivos claros e estruturados voltados para algum problema ou específico. Utiliza como recursos: psicoeducação, ap

• Psicodrama: Busca a ressignificação das experiências de vida através da dramatização. Utiliza como elementos: cenário, protagonista, diretor, ego auxilia

• Teoria sistêmica: Concebe o grupo como um sistema que está em constante interação, complementação e suplementação do papéis.

11 fatores terapêuticos do processo de terapia grupal.


 

Yalom propõe um conjunto de 11 fatores terapêuticos na terapia grupal:

1- instilação de esperança;

2- universalidade;

3- compartilhamento de informações;

4- altruísmo;

5- recapitulação corretiva do grupo familiar primário;

6- desenvolvimento de técnicas de socialização;

7- comportamento imitativo;

8- aprendizagem interpessoal;

9- coesão grupal;

10- catarse;

11- fatores existenciais.

Referências

1. ZIMMERMANN, D; OSÓRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 

2. ZIMMERMANN, D. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: Artmed, 2007. 

3. CORDIOLI, Aristides V. (Org.).  Psicoterapias abordagens atuais. 3 Ed. Porto Alegre : Artmed,1999. 

4. LIBERMAN, R. Psicoterapia de grupo: considerações teóricas. Disponível em: . Acesso em: 24 de novembro de 2018. 5. BAREMBLITT, G.F. (org.). Grupo

5. Psicoterapia de grupo: teoria e prática – Irvin D. Yalon e Molyn Leszcz. Editora Artmed, Porto Alegre, 2006

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