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Mossoró-RN
Março, 2021
FICHAMENTO
A Sociologia alemã: a contribuição de Max Weber. (p. 48 - 56). Quarto capítulo.
“(...) Esse descompasso estimulou no país o interesse pela história como ciência da
integração, da memória e do nacionalismo. Como consequência, o pensamento alemão se
voltou para o reconhecimento das diversidades da vida social, enquanto o pensamento de
autores franceses e ingleses valorizou a universalidade.” (p. 48 - 49).
“(...) Foi com Hegel que o idealismo alemão preconizou que a razão é histórica, ou seja, a
verdade é construída no tempo. Essa nova forma de ver a razão pautava-se na ideia básica
de que o ser está em constante transformação. (...)” (p. 49).
“(...) Assim, cada sociedade é particular e única, determinada pelo seu processo histórico.
Consequentemente, os indivíduos têm um papel relevante em uma sociedade, pois a ação
deles interfere na realidade.” (p. 49).
“Max Weber, pensador dominante na sociologia alemã, com formação histórica consistente,
se opôs à concepção positivista. Para ele, a pesquisa de cunho histórico é essencial para a
compreensão das sociedades.” (p. 50).
“(...) O modo explicativo era a característica essencial das ciências naturais, que buscavam
determinar o fator causal dos fenômenos, ou seja, buscavam explicar as causas que davam
a existência aos fenômenos naturais. A compreensão seria o modo típico das ciências
humanas, que não devia explicar os fatos em si, determinando as suas causas imediatas,
mas sim compreender os processos da ação humana e dela extrair o seu sentido.” (p. 51).
“(...) Seu objeto de investigação era a ação social, a conduta humana dotada de sentido, ou
seja, de uma justificativa subjetivamente elaborada.” (p. 51).
“Se para a sociologia positivista a ordem social submete os indivíduos como força exterior a
eles, para Weber, ao contrário, não existe oposição absoluta entre indivíduo e sociedade: as
normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada indivíduo sob a
forma de motivação.” (p. 51).
“(...) Para que se estabeleça uma relação social é preciso que o sentido seja compartilhado.
Por exemplo, um sujeito que pede uma informação a outro estabelece uma ação social: ele
tem um motivo e age em relação a outro indivíduo, mas tal motivo não é compartilhado;
portanto, não é uma relação social. Numa sala de aula, em que o objetivo da ação dos
vários sujeitos é compartilhado, existe uma relação social.” (p. 52).
4. A tarefa do cientista
“Weber também descarta, como elemento central para explicar a emergência dos fatos
sociais, a oposição durkheimiana entre indivíduo e sociedade, quer no entendimento de
como o indivíduo atua e integra a vida social, quer no papel que desempenha o cientista em
seus estudos das sociedades.” (p. 53).
“Embora Weber não exija do sociólogo a neutralidade defendida pelos positivistas diante da
realidade, ele não considera que o objetivo da sociologia seja a transformação social, como
preconizava Durkheim.” (p. 53).
5. O tipo ideal
“(...) Trata-se de uma construção teórica abstrata que o cientista elabora por meio do estudo
sistemático das diversas manifestações particulares de um fenômeno, no qual ele acentua
aquilo que lhe pareça característico ou fundante. (...)” (p. 53).
“(...) Constitui-se em um trabalho teórico indutivo que tem por objetivo sintetizar aquilo que é
essencial na diversidade das manifestações da vida social, permitindo a identificação de
exemplares em diferentes tempos e lugares.” (p. 53).
“(...) Weber mostra a formação de uma nova mentalidade, um ethos - conjunto dos
costumes e hábitos fundamentais - propício ao capitalismo, em flagrante oposição ao
‘alheamento’ e à atitude contemplativa do catolicismo, voltado para a oração, o sacrifício e a
renúncia da vida prática.” (p. 55).
Ele se opôs ao pensamento positivista, o qual dizia que a história das sociedades eram
gerais, desconsiderando as suas particularidades e individualidades. Para Max Weber, a
pesquisa de cunho histórico era de grande importância para o entendimento das
sociedades, pois ajudam na percepção das diferenças existentes entre as mesmas.
Também rejeitava os princípios idealistas que avaliavam a vida social por meio de juízos de
valor e não da análise empírica. Foi fundador do método compreensivo, que tinha como
princípios que esse modo não devia explicar os fatos em si, determinando as suas causas
imediatas, mas sim compreender os processos da ação humana e então extrair o seu
sentido.
Para Weber, a burocracia seria um tipo de organização da vida social, que estabelece
valores de competência e funcionalidade, mas também exerce forças de dominação, por
meio da dominação coercitiva e da dominação diretiva.
O método compreensivo seria o modo típico das ciências humanas, que não devia explicar
os fatos em si, determinando as suas causas imediatas, mas sim compreender os
processos da ação humana e dela extrair o seu sentido.
04. Por que a postagem de uma carta na caixa do correio é uma ação social?
Esse ato é composto por uma série de ações sociais que visam atingir um determinado
objetivo. Entretanto, diversos agentes estão envolvidos nessa ação. A interdependência que
existe entre os sentidos de se enviar uma carta e os seus agentes é o que dá o caráter
social a esse conjunto de ações.