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Licenciatura em Direito
Lições de Direito
Fiscal e Aduaneiro
O IMPOSTO
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José Ma. Pedro, MSc&LLM, 2021/2022-Liçoes de Dto Fiscal e Aduaneiro, ISMU
1. Conceito
Como se poderá ver mais abaixo, o Imposto constitui o tributo mais importante
na arrecadação das receitas para o erário público daí que, entre vários
conceitos que a doutrina apresenta, é ser uma prestação pecuniária unilateral,
definitiva e coactiva, fixada por lei exigida às pessoas com capacidade
contributiva, a favor de entidades que desenvolvem ou exercem funções
públicas, com vista à satisfação de necessidades colectivas e que não tem
carácter de sanção de acto ilícito
2. Fundamento do imposto
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3. Objectivos do Imposto
Imposto Nacional
Impostos Autárquicos
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Impostos gerais
Quando a previsão normativa abrange todas as situações que lhe são
subsumíveis.
IRPS / IRPC - imposto geral sobre o rendimento
IVA - imposto geral sobre a despesa
Impostos especiais
ICE
Impostos principais
Quando existem por si sem dependência de outros.
IRPS / IRPC / IVA, etc.
Impostos acessórios
Quando dependem da existência de outros impostos.
Impostos reais
Quando incidem objectivamente sobre uma parte do rendimento do
capital ou do património do conttribuinte. (IRPS / IRPC / IVA, etc.).
Impostos pessoais
Quando embora incidindo sobre bens ou rendimentos, atendem à
situação pessoal do contribuinte (estado civil, agregado familiar), à sua
situação económica. IRPS
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Impostos periódicos
Quando a situação tributária se produz no tempo ou se renova
sucessivamente. (IRPS / IRPC, etc.)
Impostos fiscais
Os que integram o Direito fiscal
IRPS / IRPC / I. Selo / I. s. Veículos/ IVA / ICE's
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Exercício exemplificativo
IRPS
- é um Imposto Geral (...); - Nacional (...); - Sobre o Rendimento (...); - de
Directo (...); - Pessoal (...); - Periódico (...); - Prestaçao variavel (...); Taxa
progressiva (...) e; - Principal (...).
O IVA
- é um Imposto Geral (...); - sobre o consumo ou despesa; Nacional (...); -
Obrigação única (...); - Principal (...); - de quota variável (...).
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PARTE I
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Nem sempre o imposto foi encarado como justificado da mesma forma. Como
visto, a origem do imposto remonta praticamente à origem do Homem em
sociedade. Na Antiguidade e, sobretudo, na Idade Média, o imposto era visto
de uma forma autoritária. Ou seja, o imposto era algo inquestionável. Era
imposto por quem tinha propriedade, e tinha, consequentemente, poder como
forma de garantir a quem não tinha propriedade e poder uma protecção física
(segurança). Esta ideia do senhor feudal com o poder, dando protecção aos
outros, tem como consequência a imposição de um tributo, um imposto.
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Hoje já não estamos nesse domínio; estamos numa fase em que se olha para
o imposto como tendo o seu fundamento numa ideia de solidariedade fiscal.
Quando pensamos em solidariedade fiscal, estamos a apelar à existência de
um dever fundamental de pagar impostos; à ideia de um dever de cidadania
fiscal, associado à capacidade contributiva. Há, portanto, uma lógica de
equidade.
Quando o Estado - como é que posso intervir para ter o objectivo B, tendo os
instrumentos isso, faz sentido pensar o imposto como normas reveladoras do
imposto como um instrumento de actividade pública. O Estado quer atingir
objectivos usando o imposto como ferramenta. Esta realidade da
extrafiscalidade - seja no impacto social, seja no económico - faz-nos suscitar
uma questão muito relevante quando pensamos no imposto. Um dos
princípios fundamentais que se diz dever nortear o imposto é o princípio da
neutralidade fiscal. O que significa isto? Significa que, em teoria, o imposto
não deve nunca ser assumido como a razão que justifica uma opção de um
cidadão. Ou seja, de acordo com a neutralidade fiscal, na sua visão absoluta,
o imposto tem de ser neutral; e um imposto será neutral se não influenciar o
comportamento. Isto até pode ser colocado para discussão num plano teórico,
mas se, como acabámos de ver, o legislador defende que o imposto tem uma
função financeira mas também pode ter funções extrafiscais (e tê-las-á,
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2.1.Noções Introdutórias
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Conforme os dados estatisticos de 2006, apresentados no Estudo da ACIS em cooperação com USAID, SPEED e
DELOITTE, de Dezembro de 2011.
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constitucional e o nível legal. A nível constitucional, impõe o art. 127.°, n.° 5, da CRM
a proibição de impostos retroactivos, pelo que o legislador está impedido de criar ou
aumentar retroactivamente os impostos.
Enquanto princípio geral de direito ou de nível legal, que tem por destinatários, não o
legislador, mas os operadores jurídicos concretos (judicial, administração e
particulares), dispõe agora de uma concretização específica em sede do direito fiscal
referida no artigo12º, nº1 da LGT (Lei n. 2/2006, de 22 Março).
•pois ela não se aplica, por um lado, se afectar garantias, direitos ou interesses
legítimos anteriormente constituídos dos contribuintes;
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