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Os cirurgiões-dentistas são apontado como os profissionais mais vulneráveis ao COVID-19 por

produzir partículas aerossolizadas durante o trabalho, que são capaz de contaminar o meio ambiente e o
corpo humano, não só para pacientes sintomáticos, mas principalmente para pacientes assintomáticos
podem se apresentar no consultório odontológico (5).

Portanto, a atual pandemia tem feito com que um grande número de profissionais mude a rotina
dos consultórios odontológicos, devido à preocupação com a infecção cruzada e a possibilidade de
propagação da infecção por meio de procedimentos, resultando apenas ao atendimento de casos de
urgência e emergências.

Para garantir a segurança da equipe e dos pacientes, diante da atual pandemia, os profissionais
da odontologia têm adotado diversas práticas que visam o controle eficaz dos riscos associados à COVID-
19, fazendo uma pré-triagem por telefone com os pacientes para estar ciente caso o paciente
apresenta sintomas (tosse, febre, espirros, dispneia) e a avaliação da temperatura do paciente no
consultório.

Após a triagem, deve-se marcar um horário exato para o paciente, devendo haver uma diferença
de pelo menos 1 hora entre o final de uma consulta e o início de outra.

Após a chegada ao consultório, os profissionais farão as seguintes recomendações:

 A menos que seja muito importante, dispensar o acompanhante;


 Aferir a temperatura corporal do paciente (se houver acompanhante - em caso de grande
necessidade - também deve ser aferida), de preferência com um termômetro digital de testa;
 Se algum paciente chegar fora do horário programado, não permitir aglomeração na sala de
espera.

O que o profissional de odontlogia deve fazer antes do atendimento de emergência / urgência?

Os profissionais de odontologia estão rotineiramente em atendimento clínico, estando em


contato com os fluidos corporais do paciente (como sangue e saliva) geralmente usam equipamentos de
proteção individual (EPI) como a única barreira de proteção no atendimento clínico. Esse fato está
relacionado a situações como a pandemia de COVID-19, que coloca os profissionais odontológicos em
risco devido a uma possível infecção durante o procedimento.

É necessário que haja uma triagem minuciosa e dirigida, a qual deve ser feita inicialmente
por telefone.

Algumas perguntas devem ser feitas nesta fase, como:

 Tem ou teve febre nos últimos 14 dias?


 Teve Problemas respiratórios iniciados nos últimos 14 dias, como tosse ou dificuldade para
respirar?
 Viajou para um local com um aviso de transmissão COVID-19 nos últimos 14 dias?
 Teve contato com qualquer paciente com infecção confirmada por COVID-19 (SARS-CoV-2) nos
últimos 14 dias?
 Teve contato com pessoas que vieram de alguma localidade com notificação de transmissão
da COVID-19 ou com pessoas com febre e/ou problemas respiratórios nos últimos 14 dias?
 Teve contato próximo com pelo menos 2 pessoas que tiveram febre ou dificuldades respiratórias
nos últimos 14 dias?
 Recentemente participou de reuniões, festas ou manteve contato próximo com muitas pessoas
desconhecidas?
De acordo com as respostas do paciente aos questionamentos apresentados na triagem, deve

 Pedir ao paciente que afira sua temperatura;


 Se o paciente responder "sim" à maioria dessas perguntas e ao aferir a temperatura estiver
abaixo de 37,3 °C, o profissional de odontologia pode adiar o tratamento por 14 dias após o
evento de exposição. Os pacientes devem ser instruídos a ficar em isolamento em casa e relatar
ao local de referência designado pelo departamento de saúde local se eles têm febre ou
experiência com síndrome gripal;
 Se a resposta do paciente às perguntas acima for sim e sua temperatura corporal for superior a
37,3 °C, ele deve ser isolado imediatamente e o especialista em odontologia deve orientá-lo a
procurar o serviço de saúde para cuidados médicos adicionais e procedimentos odontológicos
não serão executados;
 Se o paciente responder "não" a todas as perguntas e sua temperatura corporal estiver abaixo de
37,3 °C, o profissional de odontologia pode realizar o procedimento, em horário marcado, com
medidas de proteção adicionais e de forma a evitar borrifos ou procedimentos que gerem
aerossóis; se o paciente responder "não", porém a temperatura for superior a 37,3 °C, não
haverá atendimento e, quando os sintomas persistirem, o paciente será orientado a procurar
atendimento médico para posterior tratamento.

Por outro lado, vale ressaltar que a partir do relato exposto, identifica-se que o profissional
de odontologia, integrante da Equipe de Saúde da Família, possui habilidades para, junto às outras
categorias, comporem a linha de frente nesse processo de enfrentamento à COVID-19.

Referencias:

Baghizadeh Fini M. Oral saliva and COVID-19. Oral Oncol [Internet]. setembro de 2020 [citado 20 de
junho de 2020];108:104821. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC725
0788/

CARDOSO et al. ULAKES J Med 2020,1 (EE) 98-105. COVID-19 e a Cavidade Bucal: Interações,
Manifestações Clínicas e Prevenção. UL Journal Med [Internet]. Setembro de 2020. Disponível em:
http://revistas.unilago.edu.br/index.php/ulakes/article/view/260

Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Conselho Federal de Odontologia. Recomendações


AMIB/CFO para atendimento odontológico COVID19: Comitê de Odontologia AMIB/CFO de
enfrentamento ao COVID-19 Departamento de Odontologia AMIB – 1° Atualização 25/03/2020. 2020

ATENDIMENTOS ODONTOLÓGICOS E COVID-19 QUAL POSTURA DEVE TOMAR O CIRURGIÃO-


DENTISTA FRENTE AO DESAFIO DO NOVO CORONAVÍRUS? Elaboração e organização Graduandos em
Odontologia - UFMA Eduardo César Lobato Vale Júnior Franklin Monteiro de Sousa Gabriel Silva
Ribeiro Mayza Pestana Rosa Natália Oliveira Santana Professora responsável - Departamento de
Odontologia - UFMA Prof. Drª Erika Martins Pereira.

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