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Universidade federal do Rio Grande Do Sul

Direito.

DIREITO ADMINISTRATIVO

FICHAMENTO 5

PROFESSOR: LÚCIO ANTÔNIO MACHADO ALMEIDA

Aluno: Samer Alexsander de Oliveira Port


Matrícula: 00277729

Fichamento:Sobre o capítulo 4,
ELEMENTOS E VÍCIOS DO ATO
ADMINISTRATIVO em Agustín Gordillo.

Porto Alegre
2021/1 -ERE
Introdução.

O presente trabalho trata do capítulo quatro, que trata dos elementos e vícios dos
atos administrativos em Agustín Gordillo, o autor começa explicando que o tratamento dos
elementos do ato administrativo pressupõe explicar as condições de sua legitimidade e, com
ela, os possíveis vícios que podem afetá-los, e segundo o autor por razões didáticas
convém destacar na análise dos referidos elementos os possíveis vícios que podem surgir e
o tipo de invalidez que acarretarão.
Quais são os elementos essenciais do ato administrativo? Já na decisão muito
comentada pelo Supremo Tribunal Federal em matéria de anulação, disse o tribunal que
eles eram três: Competência, objeto e forma; se a isso é adicionado que em numerosas
falhas falou do vício do erro, considerando-o como um vício da vontade, é que em nosso
sistema quatro elementos essenciais do ato podem ser apontados como administrativos:
Competência, vontade, objeto e forma. Isso é, na opinião do autor, a formulação correta e
mais clara; os requisitos de causa (motivo) e fim podem ser incluídos nos anteriores
particularmente na vontade do ato administrativo.
Diz o autor que há Discordância doutrinária quanto às hipóteses a serem incluídas
dentro de ambos os elementos, é grande; mas no fundo é um mero problema de
denominação: A mesma irregularidade do ato será por algum vício da vontade, para outros
vício da forma, para um terceiro vício no objeto, mas o vício e a qualificação do mesmo em
termos das consequências jurídicas que se comporta permanecendo fundamentalmente
análogo através das diferentes denominações.
O autor explica que tentou incluir todos os tipos possíveis de vícios do ato
administrativo em um ou outro dos elementos mencionados, competência, vontade, objeto,
forma, pois acreditava que agregar novos elementos, embora possa ser logicamente mais
correto em alguns casos, remove clareza ao sistema e torna mais difícil a retenção dos
diferentes casos.,o autor revela que o leitor descobrirá que cada um desses elementos que
analisou compreende uma série de hipóteses que poderiam facilmente constituir casos reais
o que será ilustrado por ele ao longo do capítulo. Depois elenca cada um desses quatro
elementos fazendo uma análise das anulabilidades e nulidade resultantes de algum vício
desses elementos.

. Competência.
A competência segundo o autor pode se referir ao grau, à matéria e ao território.
Eventualmente, pode-se falar em uma competência devido ao tempo, quando um
órgão tem certos poderes concedidos apenas durante um período específico.
A competência com base no grau refere-se à posição que um órgão ocupa na ordem
hierárquica da administração e, desde que a competência não seja extensível, o órgão
inferior não pode tomar a decisão que corresponde ao superior e vice-versa. O ato pode
estar viciado de incompetência em razão do grau em duas hipóteses essenciais: a) Quando
o órgão tiver ilegalmente conferido uma competência específica: Neste caso, ainda que o
órgão não se afaste da competência que lhe foi conferida, o ato pode, no entanto, ser
viciado com base no fato de que tal competência é ilegítima; b) quando, sendo legítima
atribuição de competência ao órgão, este a exceda.
Competência baseada no assunto refere-se a atividades ou tarefas que o órgão deve
atuar, ou seja, ao objeto dos atos e situações na verdade, para o qual ele pode editá-los.
são várias hipóteses de incompetência em razão da matéria:
A competição baseada no território inclui o campo espacial em qual é legítimo o
exercício da função, o principal caso a se considerar aqui é aquele em que o Poder
Executivo nacional adota decisões para todo o território da República nas matérias que são
de natureza local: neste caso a disposição é nula, e convém lembrar que neste caso
não tem nada a ver com "poder de polícia", uma vez que é um princípio que falta a todos
justificativa legal e totalmente amorfa. O decreto do Poder Executivo pelo qual um crime
está sujeito à jurisdição provincial é perdoado; o veto de uma lei provincial; a convocação de
sessões extraordinárias de uma legislatura provincial, etc.
A competência com base no tempo, por fim, refere-se aos casos em que um órgão
tem certos poderes concedidos apenas por um período determinado de tempo. Assim, o
veto extemporâneo de uma lei, a nomeação que o Presidente faz por si mesmo de oficiais
superiores do Exército e da Marinha não estar no campo de batalha (art. 86, inc. 16), a
declaração de status de cerco devido à comoção interna durante a sessão do Congresso
(art. 86, inc. 19), etc

Vontade.

O autor explica o conceito de vontade no ato administrativo, e diz que tem apenas
uma distante relação com o conceito de vontade no direito civil. refere que a vontade do ato
administrativo é a vontade do funcionário em algumas hipóteses, mas não em todas;
portanto, segue-se que os vícios da vontade podem, em alguns casos, encontrar referência
à vontade psíquica do funcionário, mas que em outros existirá com total desrespeito à
manifestação da vontade do referido indivíduo.
Falar de vontade no ato administrativo é, a rigor, incorreto (pois já vimos, entre outras
coisas, que o ato administrativo nem sempre apresenta vontade em seu sentido
teleológico), mas na ausência de um termo que indique mais precisamente o que está
sendo discutido aqui, é necessário utilizá-lo; enfatizando então.
O que devemos entender então dentro do conceito de vontade que é utilizado como
elemento do ato administrativo? Na opinião do autor, é do processo objetivo através do qual
um ou mais indivíduos humanos produzem ou fornecem às partes intelectuais uma
declaração feita em exercício da função administrativa.
A “vontade” administrativa é, portanto, a competição de elementos subjetivos (o
indivíduos atuando) e objetivos. (O processo em que atuam, e as partes intelectuais -
eidéticas - que contribuem para a declaração.) Os vícios da vontade,
portanto, eles podem aparecer tanto no próprio enunciado, objetivamente considerado,
como no processo de produção da referida declaração, como, por
final, na vontade psíquica do funcionário que produziu o depoimento; de Ali
que os vícios da vontade aqui se dividem em a) vícios de natureza objetiva, b)
vícios de natureza subjetiva.
Esclarece o autor que, não é possível fazer uma separação nítida entre estes tipos
de vícios; portanto, dizemos apenas "de natureza subjetiva ou objetiva", é ou seja, de
natureza preponderante, mas não exclusivamente subjetiva ou objetiva

. Objeto.

O autor explicita que o objeto ou conteúdo do ato é o que o ato decide, certifica ou
opina. Pode ser falho 1º) porque é proibido por lei, 2º) porque não é o objeto determinado
pela lei para o caso concreto, ou é um objeto determinado pela lei para outros casos que
não aquele em que foi emitida (poderes dotados), 3ª) ser impreciso ou obscuro, 4º) por ser
absurdo, 5º) por ser impossível de fato.

Forma.
A forma é o modo como a vontade administrativa é documentada e divulgada.
Existem, portanto, dois tipos de formas: a) Aquele que atesta a existência de vontade
administrativa, b) aquele que divulga essa vontade.
Quando as formas de publicidade não são cumpridas, o ato ditado é inexequível
aos administrados. Quando os formulários de documentação não são cumpridos,
o vício do ato dependerá da forma violada. Deve-se notar que desde a forma, neste caso,
confirma a existência da vontade estatal, sua total ausência também é acompanhada pela
ausência total da vontade, pois sua existência não foi documentada e, portanto, é
considerada não produzida. Sobre outros termos, a falta de formulário de documentação,
em muitos casos, implicará falta de vontade administrativa.
Mas não acreditamos que seja correto considerar que faltando a forma de verificação
e também a vontade administrativa, o defeito do ato nada mais é do que forma. Quando a
vontade administrativa não é expressa ou externalizada, nem pelas rotas gerais previstas
por lei ou por terceiros, de forma que não seja possível reconhecer que existe uma vontade
manifesta da administração, o defeito Não reside na falta de forma - embora no fato de faltar
mas na falta da vontade administrativa.
Isso decorre do critério do acessório e da coisa principal; e é uma doutrina uniforme
em direito administrativo que certos vícios devem ser considerado como suplementar, na
análise, de outrem: Bem como o vício de desvio de poder ou arbitrariedade só é analisado
quando encontrado que o ato não tem vício no objeto, da mesma forma não se pode falar de
vício de forma, se nem mesmo tiver sido provada a existência de vontade administrativa.

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