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Universidade Federal Rural de Pernambuco

América II

Renatto Gabriel de Oliveira André

Fichamento: “A nação na América espanhola: a questão das origens”

-François-Xavier Guerra-

 Complexo processo de construção nas nações da América Espanhola.


 “Questão nacional”: uma tentativa de retomar o discurso independentista para
justificar a separação com a Europa e exaltar sua antiguidade indígena gloriosa.
 Entre as múltiplas identidades, quais serviram de fundamento e se bastaria para
explicar a independência.
 Compreender como essas nações se separam da metrópole e adota esta nova
forma que é a nação moderna.

Identidades de antigo regime.


 Antes da independência, a América Espanhola tinha uma diversidade de grupos
com relações complexas e diversificadas.
 Deve se considerar, ao mesmo tempo, dois tipos de identidades; cultural e
política.
 Cidades como a célula-base da sociabilidade e onde se expressam as identidades
culturais mais fortes e um forte apego ao solo.

Desafios e dilemas da identidade na época revolucionária.

 A partir de 1808, toda essa diversidade de identidades começa a ser


autônoma devido à crise com a invasão de Napoleão.
 A incapacidade da monarquia faz com que seus habitantes tenham que
assumir os poderes detidos pelo rei.
 Explosão do patriotismo imperial.
 Igualdade política entre os reinos da América Espanhola e a Espanha apenas
no âmbito verbal e o não reconhecimento provoca uma guerra civil.
 Ruptura moral da identidade espanhola

Vitórias e incertezas da nação.


 Mudanças no pensar a sociedade, a soberania, a autoridade.

 A luta pela liberdade e independência faz referência à defesa contra o


invasor espanhol.

 Nova constituição em 1812

 Fragmentação da soberania em diversos níveis.

 Nação como resultado de um pacto entre povos.

 Dificuldades de representação e em encontrar uma expressão institucional.

 Origem da nação na América Espanhola essencialmente política.


Universidade Federal Rural de Pernambuco

América II

Renatto Gabriel de Oliveira André

Fichamento: “Campanhas de independência nos vice-reinos espanhóis”

-Maria Ligia Prado-

 Estopim político para o surgimento dos novos Estados independentes com a


invasão de Napoleão a Espanha.
 Resistência da Espanha perante o Rei estrangeiro que leva a criação de uma
Junta Suprema Central.
 Na América, surgem juntas de governos organizados pelos cabildos.
 Reformas que dificultava o controle da Espanha sobre as metrópoles e um maior
descontentamento dos criollos devido a uma dificuldade de ascensão
 Napoleão é derrotado e Fernando VII retoma a coroa em 1814.
 Ofensiva contra os rebeldes da colônia e a forte repressão provoca mais
insatisfação.
 Grandes líderes da independência como San Martín e Simón Bolívar.
 Fracasso da proposta da constituição que se formaria num congresso realizado
no Panamá, em 1826.
 Disseminação de ideias sobre a independência por um grupo considerado como
letrados.
 Escravos, indígenas, mestiços e mulheres também participaram das lutas pela
independência.
 Debate historiográfico em busca de entender as razões que culminaram na
independência.

O horizonte republicano nos Estados nacionais em


formação.
 A conquista da independência tem como marco o rompimento com a metrópole,
mas também se fazia necessário reestruturar o Estado.
 As primeiras décadas após a independência marcada por grande instabilidade
política.
 Centralismo contra Federalismo
 Participação popular.
 No México, uma guerra civil entre liberais e conservadores.
 Na argentina, Luis Mora defendia a desamortização dos bens da igreja e o fim
dos privilégios do Clero e do Exército.
 Direitos individuais, mais uma vez, reduzidos em nome da “vontade geral”.
 A participação democrática ficaria adiada para o seu devido tempo.
 Lorenzo de Zavala afirmava que no México não haveria democracia, devido ao
despreparo da população.
 Em diversos países da América Latina houveram várias rebeliões camponesas ou
urbanas que foram duramente reprimidas.
 Essas propostas de exclusão das classes populares do universo decisório foram
vitoriosas em toda América Latina.
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América II

Renatto Gabriel de Oliveira André

Fichamento: “Populações indígenas e Estados nacionais latino-americanos: novas


abordagens historiográficas”.

-Maria Regina Celestino de Almeida-

 Diferentes grupos indígenas podem se posicionar de maneira diferente em


diferentes situações.
 Indígenas considerados como massa de manobra em disputas acirradas pelo
poder entre liberais e conservadores.
 Várias pesquisas comprovam a capacidade dos povos indígenas de se rearticular.

Os índios na América oitocentista: algumas considerações.


 A palavra “índio” como uma categoria ampla e genérica, o mesmo quanto as
suas subclassificações.
 Etnias indígenas devem ser vistas como construções históricas resultantes de
complexos processos.
 Processos de etnogêneses.
 Identidades indígenas como plurais e cambiantes.

Os índios e independência dos Estados latino-americanos.


 Os povos indígenas participaram das guerras de independência da América
Espanhola, atuando tanto nas tropas dos revolucionários quanto na dos realistas.
 É necessário compreender as dinâmicas internas indígenas para entender suas
opções de alianças ou inimizades.
 Os índios podiam mudar de lado frequentemente conforme o desenrolar dos
acontecimentos.
 Importância dos estudos localizados
 Identidade política e cultural a partir de um sentimento de lealdade ao rei e à
religião católica.
 Em 1808 a Espanha é invadida por Napoleão e diversos grupos na América,
incluindo grupos indígenas, se uniram contra um invasor comum.
 Defendendo os ideais de igualdade e liberdade, chega o fim da república dos
índios com a constituição de 1812. O que traz imensas perdas aos direitos
comunitários indígenas.
 Reação dos índios com inúmeros recursos, solicitando seus antigos direitos.
 Com o rompimento com a metrópole sentia-se a necessidade de construir um
discurso identitário enaltecendo a América.
 Exaltação do passado pré-hispânico, deslegitimando o governo espanhol como
usurpador.
 Índios contemporâneos vistos como degradados e excluídos dessa retórica.
 Nota-se nos discursos dos líderes indígenas divergências como as aspirações a
liberdade pregada pelos revoltosos e a fidelidade ao rei.
 As vantagens e os interesses dos índios que definiriam seus aliados e inimigos.

Nacionalismo e identidade indígena no Estado Latino-americano.


 Valorização do individuo em detrimento a grupos.
 Esforço para suprimir as comunidades indígenas.
 Construção do nacionalismo em torno da identidade política.
 A inclusão dos índios deveria ser feita através da educação. Que responderam de
variadas formas.
 O resultado dessa homogeneização deve ser entendido no âmbito imaginário,
não no real, sendo vitoriosa apenas no discurso.
 Contribuição do liberalismo para invisibilizar os indígenas, mas sem sucesso.

Os índios e liberalismo.
 Apoio dos indígenas conforme seus interesses.
 Indígenas constroem seu próprio entendimento sobre cidadania e liberdade.
 Defesa de terras como fator central de variados embates e negociações.
 Em 1856 é promulgada a lei Lerdo, que obrigava a repartição das terras
indígenas, o que gerou muita oposição.
 Disputas por terra aconteciam em torno de diferentes intepretações da lei.
 Legislação fortemente influenciada pelas resistências dos índios.
 Múltiplas possibilidades de negociação contida nas leis.
 Divergência de interesses entre líderes indígenas.
 Combinação de tradições comunitárias com novas leis municipais.
 Os indígenas procuravam, na maioria das vezes, resolver suas disputas por meio
dos trâmites legais.
Considerações finais.
 A história da formação dos Estados Nacionais tentou excluir os índios apenas no
discurso.
 Intensa participação dos indígenas nesse processo com as mais variadas
estratégias.
 Os índios sofreram diversos tipo de violência, mas souberam enfrentar as
dificuldades, sobrevivendo e adaptando-se.
Universidade Federal Rural de Pernambuco

América II

Renatto Gabriel de Oliveira André

Fichamento: “A Revolução Mexicana”


-Carlos Alberto Sampaio barbosa-

1- República restaurada e porfiriato: 1876-1910


 O México consolida sua independência em 1821 a partir de um pacto
de unidade.
 Primeira metade do século XIX como um período de lutas entre
federalistas e centralistas.
 Vitoria dos liberais em 1855 e a implantação de reformas.
 Intervenção Francesa e restauro da monarquia.
 A monarquia durou pouco devido a forte oposição dos liberais e é
derrotada no verão de 1867.
 Eleito como presidente um comandante da resistência, Benito Juárez
 Nos próximos 30 anos o México seria dominado por uma elite de
letrados.
 O programa liberal propunha nova ordem política, social, econômica
e racial.
 A República restaurada foi muito proveitosa, porém ainda foi muito
insuficiente., considerando as metas propostas.
 Revoltas devido a expropriação de terras.
 Rebeliões mais radicais e o crescimento do banditismo.

O porfiriato.

 O governo de Porfírio Diaz (1876-1911), apesar de ser oligárquico, estabilizou a


economia e a política.
 Centralização política, melhora nas comunicações, obras públicas etc.
 Trabalhadores e camponeses reprimidos em nome do progresso.
 Várias rebeliões no século XIX, como por exemplo os Yakis.
 Os principais beneficiários dessa política são os hacendados ricos.
 Crescimento do proletário industrial e um crescimento na consciência de classe.
 Fundação do Partido Liberal Mexicano.
 Greves e protestos por parte dos trabalhadores que afetam o cenário do país.
 Crise econômica de 1907-1908 agrava o descontentamento com o porfiriato.
 Fracas estratégias de Díaz e crescimento do PLM.
2. Revolução Mexicana.

 A revolução ocorre em 1910, perto das eleições, na qual Díaz se candidata


novamente.
 Comoção no imaginário social e popular mexicano, devido ao cometa Halley,
em 1910.
 Francisco Madero como um forte candidato falando sobre as terras expropriadas
dos camponeses.
 Dia 20 de Novembro de 1910, as 18 horas é realizada a primeira tentativa da
Revolução Mexicana, que fracassa, mas mostrava que Madero tinha apoio.
 Revoluções em várias regiões do México em prol da causa de Madero, que não
conseguia ter controle efetivo de tantos grupos heterogêneos.
 Revolução como um fruto do descontentamento agrário e do desenvolvimento
econômico.
 O fim do porfiriato se deu por causa do afastamento das elites locais e agir em
favor de interesses estrangeiros.
 Díaz renuncia e Madero assume dia 1 de outubro de 1911.
 Governo de Madero marcado pelo controle as classes trabalhadoras, liberdade
democrática, contudo fechado a transformações sociais.
 Violenta oposição de Zapata ao governo de Madero, assim como os
trabalhadores, também a direita e antigos porfiristas.
 Em fevereiro de 1913 começa o governo contrarrevolucionário de Victoriano
Huerta e sai vitorioso nas eleições presidenciais.
 O não reconhecimento do governo de Huerta por parte dos EUA acarreta uma
crise que leva o enfraquecimento do governo. Em julho de 1914 ele renúncia.
 Entre 1914 e 1915 ocorre a fase mais intensa da revolução devido a
fragmentação das forças e radicalização dos camponeses.
 Ocorrência de vários movimentos sociais.
 A última fase da revolução se dá contra os já enfraquecidos camponeses e a luta
pela construção de um novo Estado.
 Difícil reconstrução nacional devido a fragmentação.
 Convoca-se uma Assembleia constituinte entre dezembro de 1916 e janeiro de
1917, que foi aprovada em 31 de janeiro. Era uma forma de encerrar o ciclo
revolucionário.
 A nova Carta traz garantias democráticas e é considerada uma das mais
avançadas daquela época.
 Posse de Carranza em maio de 1917, enfim um governo constitucional.
 Entre 1918 e 1920 ocorre uma onda de violência resultado da disputa política
entre Óbregon e Carranza.
 Carranza tenta um golpe, mas lhe falta apoio, então é aprisionado e morto.
 La Huerta é designado como presidente provisório em maio de 1920 e convoca
novas eleições em que Óbregon sai vitorioso.
Universidade Federal Rural de Pernambuco

América II

Renatto Gabriel de Oliveira André

Fichamento: “A Revolução Cubana”

-Luis Fernando Ayerbe-


1. A emergência do processo revolucionário.
 Última colônia da América Latina a se libertar da Espanha.
 Com o forte crescimento econômico nos EUA, Cuba vai se tornando dependente
economicamente. O que acarretará consequências na estrutura de cubana.
 Após a entrada dos EUA na guerra e o tratado de paz assinado pela a Espanha,
Cuba tem sua independência reconhecida e é transferida para os EUA.
 Cuba passa a ser ocupada por tropas norte-americanas até que o primeiro
presidente eleito do país toma posse; Tómas Estrada Palmas, do Partido
Revolucionário Cubano.
 Os EUA só saem do país após impor a emenda Platt, repleta de políticas
intervencionistas.
 Fulgêncio Batista realiza um golpe militar em 10 de março de 1952.
 Críticas ao governo de Batista pelo Partido do Povo Cubano (ortodoxo).
 Organização de movimentos de resistências baseados na luta armada, com seus
principais atores vindos da universidade.
 Começa a destacar-se o advogado Fidel Castro.
 Fidel Castro é preso e no dia 16 de outubro de 1986 publica sua defesa “A
história me absolverá”, contra um governo ilegítimo.
 Forte movimento a favor da anistia, concedida em 1955.
 Fidel vai para o México onde planeja uma nova ofensiva.
 A primeira ofensiva fracassa, mas logo é planejada uma segunda, focada em
fortalecer as ações guerrilheiras no campo, buscando o apoio dos mais pobres.
 Em agosto de 1958 ocorre a ofensiva final, Batista abandona cuba e os
revolucionários assumem o poder.

3. A Construção do Socialismo.

 Os revolucionários sabiam do que o Estados Unidos era capaz.


 Dependência de Cuba pela exportação do açúcar aos EUA.
 Mudança estrutural mais radical seria a reforma agrária.
 Reações negativas dos Estados Unidos devido a lei da reforma agrária e o início
de confrontos.
 Pressão do Estados Unidos a Cuba em vários âmbitos que força a aliança com os
soviéticos.
 Ernesto Che Guevara a frente da economia do país, no período de 1959 a 1965.
 Conflitos em oposição ao governo entre 1959 e 1965.
 Guevara propõe construir uma ética socialista, com base na solidariedade.
 Criação de organizações sociais, principalmente em 1960. Como a criação do
Partido Comunista Cubano, em 1965.
 A Revolução Cubana se institucionaliza em 1976, nesse mesmo ano acontece as
primeiras eleições nacionais.
 Fidel Castro ocupa o lugar de primeiro-ministro.
 Criação de um sistema de planejamento central e a participação no Came.
 A participação no Came permite uma aproximação de Cuba com a URSS.
 Com o fim da Guerra Fria o bloqueio do Estados Unidos a Cuba aumenta.
 Aumento da imigração ilegal para o EUA.
 Reformas internas alinhadas ao socialismo, sendo o turismo o setor mais
beneficiado.
 Crise econômica açucareira em 2002.
 Progressos devido a abertura econômica.
 Reaproximação do EUA ao descobrir reservas de petróleo em Cuba.
 Reforma constitucional de 1992 com diversas mudanças.
 Mudanças nas relações do PCC com a sociedade.
 Reconhecimento do Estado da liberdade religiosa.
 Em 2002 se torna, através de uma reforma constitucional, irrevogável o sistema
socialista em Cuba.

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