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DELINEADORES E DELINEAMENTO: SIMPLIFICANDO A TÉCNICA DO PIRE


COM EFETIVIDADE DE RESULTADOS CLÍNICOS – TÉCNICA DE
DELINEAMENTO DA TRAJETÓRIA CONSTANTE DE ZAVANELLI

Chapter · June 2016

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5 authors, including:

Ricardo Alexandre Zavanelli Adriana Cristina Zavanelli


Universidade Federal de Goiás São Paulo State University
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DELINEADORES E
DELINEAMENTO:
SIMPLIFICANDO A
TÉCNICA DO PIRE COM
EFETIVIDADE DE RESULTADOS
CLÍNICOS – TÉCNICA DE
DELINEAMENTO DA
TRAJETÓRIA CONSTANTE
DE ZAVANELLI
Ricardo Alexandre Zavanelli
Adriana Cristina Zavanelli
Jaqueline Barbosa Magalhães
Cícero Almeida de Andrade
José Vitor Quinelli Mazaro

INTRODUÇÃO
O sucesso e a longevidade da reabilitação protética com prótese parcial removível (PPR)
estão intimamente relacionados ao:1-4
§ adequado planejamento da prótese (desenho e delineamento do seu caso clínico);
§ estado de saúde dos dentes pilares (inserção óssea adequada, sem mobilidade ou
inflamação periodontal);
§ controle da higiene mantida pelo paciente;
§ controle das forças oclusais geradas e transmitidas da prótese aos dentes e tecidos de
suporte.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 131


Para classificar um dente pilar como adequado ao tratamento com PPR, deve-se
realizar um apurado exame clínico e radiográfico que irá identificar e estabelecer o
seu estado de inserção.2

A PPR confeccionada não deve ser iatrogênica, ou seja, não deve gerar traumas aos
tecidos moles e duros remanescentes, mas, sim, preservá-los.2,5 Por si só, a PPR causa um
sobrecontorno, que é um elemento adicional de acúmulo de placa bacteriana. Assim, cabe
aos profissionais o estabelecimento de um desenho simples, eficiente e que gere o mínimo
de desconforto ao paciente.3

Na presença de espaços protéticos – de qualquer topografia dos quatro tipos de Classe


de Kennedy e suas modificações – os dentes adjacentes e antagonistas passarão por um
processo de movimentações fisiológicas como extrusões, giroversões, mesializações ou
distalizações, que dificultarão a entrada e a saída da PPR pelo estabelecimento de áreas
retentivas nesses dentes pilares, adjacentes aos espaços protéticos e com as inclinações
indesejadas.6,7

Esse processo de entrada e saída da PPR é denominado trajetória ou eixo de inserção e


de remoção.

A trajetória de inserção (TI) consiste no percurso ou caminho que a PPR faz desde o
contato inicial dos elementos da estrutura metálica com os dentes pilares até o as-
sentamento final dessa prótese. Com a mesma direção, mas no sentido contrário,
tem-se a trajetória de remoção.

Uma forma de identificar as inclinações indesejáveis dos dentes pilares diretos e


adjacentes aos espaços protéticos – as quais podem prejudicar o eixo de inserção e
remoção das PPRs – é utilizar um instrumento denominado delineador (também
conhecido como tangenciômetro, paralelígrafo, paralelímetro ou paralelômetro).

O delineador auxiliará o profissional na elaboração de um planejamento com base em cri-


térios biomecânicos e no estabelecimento de um único eixo de entrada e saída da prótese,
sem que haja trauma aos dentes remanescentes ou aos tecidos moles.

O uso dos implantes osseointegrados e a confecção de próteses fixas sobre implantes têm
aumentado de forma significativa. O uso das próteses removíveis vem diminuindo, no en-
tanto a PPR ainda possui amplo alcance social. Essa deve ser planejada e executada de forma
a proporcionar longevidade com saúde ao tratamento executado, gerando o mínimo de
desconforto possível aos pacientes.

132 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, o leitor será capaz de
§ identificar os elementos constituintes dos delineadores e suas funções;
§ descrever a ordem de desenho dos elementos constituintes das PPRs;
§ realizar desenhos prévios da futura estrutura metálica;
§ realizar o esquema do PIRE, com base no desenho prévio;
§ descrever e executar a técnica de delineamento da trajetória constante de Zavanelli
(TDTCZ).

ESQUEMA CONCEITUAL
Métodos para delineamento dos modelos de estudo

Pontas acessórias do delineador

Delineadores Mesa móvel do delineador

Classificação dos delineadores

Desenho dos apoios

Desenho dos grampos ou retentores diretos

Princípios de desenho da estrutura metálica da prótese


Desenho dos conectores menores
parcial removível (desenho prévio)

Desenho dos conectores maiores

Desenho das selas

Moldagem e obtenção do modelo de estudo

Recorte do modelo de estudo

Desenho prévio da estrutura metálica

Determinação da trajetória de inserção

Elaboração do esquema do PIRE com base no desenho prévio

Análise do PIRE com auxílio das pontas acessórias


Detalhamento da técnica de delineamento da trajetória e colocação das siglas (+) ou (-)
constante de Zavanelli: elaboração e equilíbrio do PIRE
Delineamento propriamente dito e marcação do
terminal retentivo do grampo de retenção

Confecção dos planos-guia no modelo de estudo com


auxílio da ponta acessória faca de corte ou “faquinha”

Confecção dos casquetes ou guias de transferência sobre as


áreas em que os planos-guia foram confeccionados e desgaste
dos casquetes com auxílio de broca minicut de número 1502

Fixação da trajetória de inserção

Conclusão

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 133


MÉTODOS PARA DELINEAMENTO DOS
MODELOS DE ESTUDO
Existem vários métodos para a realização do delineamento dos modelos de estudo: método
das bissetrizes, método de Roach ou dos três pontos e método de Applegate ou das tenta-
tivas.3,8-19 Cada um deles apresenta vantagens e desvantagens.

Neste artigo, será descrita, de forma aprofundada, uma simplificação do método das ten-
tativas, denominada TDTCZ. Essa técnica – utilizada para o delineamento com fixação da
TI paralela ao plano oclusal, considerando o desenho prévio da futura estrutura metálica
– baseia-se no equilíbrio de quatro pilares, apresentados sob a forma mnemônica PIRE,
conforme segue:
§ P = planos-guia
§ I = interferência óssea
§ R = retenção dentária
§ E = estética

DELINEADORES
Os delineadores foram inicialmente utilizados em 1918, e tornaram-se um marco de efe-
tividade da confecção das PPRs, sendo capazes de auxiliar na identificação de superfícies
paralelas e pontos de máximo contorno.1,2,20-23

O delineador possibilita:7-11
§ identificar as áreas retentivas e expulsivas em dentes ou rebordo;
§ distinguir as superfícies dentárias comuns e paralelas ou não entre si;
§ avaliar a necessidade de recontorno do perímetro dentário;
§ aferir a presença de áreas necessárias à retenção dos grampos da PPR;
§ calibrar as áreas retentivas de acordo com a flexibilidade da liga metálica a ser utiliza-
da para a confecção da estrutura metálica da PPR.

O delineador é um dispositivo utilizado para:1,3,7,9-19,22,24


§ determinar a TI (também chamada direção de inserção) e a trajetória de remoção da
PPR, ou seja, definir a forma como a prótese será inserida e removida da cavidade
bucal sem que haja prejuízos de qualquer ordem ao sistema mastigatório;
§ realizar o estudo da presença ou ausência de paralelismo entre as superfícies den-
tárias (planos-guia) que serão analisadas em conjunto (delineando todos os dentes
para obter o equador protético) ou isoladamente (delineando um único dente para
obter o equador dentário);
§ identificar as áreas de interferências ósseas no rebordo alveolar, que poderão dificul-
tar o assentamento da base protética da PPR;
§ identificar as áreas retentivas ou não e as áreas expulsivas, que são necessárias para
o assentamento do terminal retentivo dos grampos de retenção;
§ estabelecer as áreas estéticas para a melhor escolha dos grampos de retenção, a fim
de “esconder” os retentores diretos da estrutura metálica;

134 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


§ posicionar os encaixes nos retentores de prótese parcial fixa (PPF), a fim de esta-
belecer uma única TI e a remoção da PPR, diminuindo as forças geradas e recebidas
pelos dentes pilares e aumentando a longevidade da prótese.

A Figura 1 mostra uma representação do delineador B2 (Bio-Art®).

Figura 1 – Delineador B2 (Bio-Art®). Sobre a plata-


forma horizontal ou base desse delineador (a), está
posicionada a mesa móvel ou platina (b), em que
será colocado o modelo de estudo a ser delineado.
A presilha (e), aparafusada na haste vertical móvel,
servirá para prender o micromotor. A haste vertical
(c) é paralela à haste móvel e a haste horizontal (d),
paralela à base do delineador.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

PONTAS ACESSÓRIAS DO DELINEADOR


As avaliações dos planos-guia nas superfícies dentárias (superfícies proximais mesial ou dis-
tal, lingual ou palatina) de interferências ósseas no rebordo alveolar, de retenção dentária
para os grampos de retenção da PPR e das áreas de estética são realizadas com o auxílio das
pontas acessórias, cujas funções são específicas e seguem descritas abaixo.

A Figura 2 mostra as pontas acessórias a serem utilizadas no mandril da haste vertical do


delineador.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 135


Figura 2 – Pontas acessórias: (a) adaptador utilizado
para “vestir” as pontas e melhor assentar ao man-
dril da haste vertical móvel do delineador; (b) ponta
analisadora; (c) ponta faca ou “faquinha”; (d) ponta
cinzel; (e) pontas calibradoras de 0,75/0,50/0,25mm
e (f) ponta porta-grafite e grafite.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

PONTA ANALISADORA
A ponta acessória denominada analisadora (Figura 3) fará a análise do PIRE, ou seja, ana­li­
sa­rá os quatro fatores para o delineamento do modelo de estudo da PPR (essa avaliação não
necessita de marcação ou desenhos sobre o modelo de gesso).

Essa ponta tem aplicação bastante versátil e pode ser utilizada para análises diversas quanto
à presença ou não de área retentiva nos elementos dentários e de interferência óssea no
rebordo alveolar, além de poder ser utilizada como ponta acessória auxiliar na fixação da TI.

Figura 3 – Ponta analisadora.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A partir de uma TI já definida, a ponta analisadora é capaz de identificar áreas


retentivas e áreas expulsivas em que os elementos constituintes da PPR deverão
estar localizados. Essa ponta auxiliará na identificação e na obtenção de um PIRE
equilibrado e balanceado como forma de realizar menor desgaste das estruturas
dentais sem causar iatrogenias aos tecidos moles e duros do sistema mastigatório.

136 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


PONTA FACA DE RECORTE E PONTA CINZEL
A ponta acessória chamada de faca de recorte ou “faquinha” é utilizada para remover e
eliminar os excessos indesejados de retenção de gesso do modelo de estudo e obter áreas
ou superfícies paralelas entre si, conhecidas como planos-guia. A ponta em forma de cinzel
geralmente é utilizada para remover os excessos de cera e conseguir a planificação das su-
perfícies (Figura 4).

Figura 4 – Pontas do tipo faca de recorte, também


conhecida como “faquinha” e ponta acessória do
tipo cinzel.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A faca de recorte também é utilizada na etapa laboratorial de remoção dos ex-


cessos de cera pelo técnico em prótese dentária (TPD), a fim de eliminar as áreas
retentivas antes da duplicação do modelo mestre. A ponta acessória do tipo cinzel
também se presta para o mesmo fim que a faca de recorte. Elas são selecionadas
de acordo com a preferência pessoal de cada operador durante o delineamento.

PONTA CALIBRADORA DE RETENÇÃO


As pontas acessórias conhecidas como calibradoras de retenção (Figuras 5A e B) são uti-
lizadas para determinar o grau de retenção de determinada área retentiva, abaixo do equa-
dor protético. São necessárias para posicionar o terminal retentivo do grampo de retenção
de cada tipo de liga metálica a ser utilizada na confecção da estrutura da PPR.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 137


A B

Figura 5 – A e B) Pontas calibradoras, utilizadas para aferir a presença ou não de retenção dentária: (a) reten­
ção de 0,25mm; (b) retenção de 0,50mm e (c) retenção de 0,75mm.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Cada tipo de retenção está indicado a um tipo específico de liga metálica. O Quadro 1 traz
os graus de retenção e as respectivas indicações de ligas.

Quadro 1
LIGAS INDICADAS PARA CADA TIPO DE RETENÇÃO

Grau de retenção Ligas indicadas

0,25mm ou 0,01 polegada Cobalto-cromo (Co-Cr)

0,50mm ou 0,02 polegadas Áureas

0,75mm ou 0,03 polegadas A base de titânio (Ti) e derivadas dele

A identificação do grau de retenção é de suma importância para o desempenho


biomecânico das PPRs. A colocação de terminais retentivos de grampos – em áreas
retentivas diferentes daquela área em que a liga consegue flexionar sem ocorrer
deformação permanente – determinará a longevidade da prótese, do dente pilar e
da retenção desse elemento constituinte da PPR propriamente dito.

138 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Um erro comum durante a reabilitação com PPR é a falta de calibração da retenção.
Em consequência disso, poderão ocorrer fraturas ou perda precoce da retenção
provida pelos grampos, a deformação permanente do terminal retentivo do grampo
ou, até mesmo, a perda de inserção e de mobilidade dos dentes pilares diretos da
PPR causada pelas forças provocadas durante a inserção e a remoção da prótese.

PONTA PORTA-GRAFITE
A ponta acessória porta-grafite (Figura 6), junto com o grafite, é utilizada para o delinea­
mento propriamente dito, ou seja, o grafite contido nessa ponta é que irá delinear ou ­marcar
o equador protético que divide todos os dentes em área retentiva (abaixo do equador pro-
tético) e área expulsiva (acima do equador protético), quando todos os dentes do modelo
de gesso forem analisados como um todo e simultaneamente.

Figura 6 – Ponta porta-grafite.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Se o delineamento for realizado em apenas um dente, este será chamado de equador


dentário, utilizado em outras áreas da prótese, como, por exemplo, na análise de áreas
retentivas de preparos dentários em PPF.

Para finalizar a etapa do delineamento propriamente dito, deve-se voltar à ponta


calibradora, normalmente o calibrador de 0,25mm (considerando o uso da liga de
Co-Cr) e marcar com um grafite o local exato em que o TPD deverá posicionar o
terminal retentivo do grampo.

De nada adiantará realizar o delineamento se o TPD desenhar o grampo de forma inade­


quada ou posicionar a ponta do grampo em local diferente do estabelecido na calibração
da retenção.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 139


No uso da ponta porta-grafite, deve-se ter o cuidado de posicioná-la corretamente
no nível da margem gengival, a fim de se evitar linhas demarcadas incorretamente.

PONTA PORTA-ENCAIXE
Outras pontas acessórias ou de trabalho também podem ser utilizadas para posicionar os
encaixes calcináveis que deverão ficar paralelos à TI da PPR, como, por exemplo, a ponta
porta-encaixe do tipo encaixe resiliente extracoronário (ERA, do inglês extra resilient at-
tachment) da empresa Sterngold (Figura 7).

Figura 7 – Ponta porta-encaixe do tipo ERA.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

É possível observar o posicionamento do encaixe calcinável do tipo ERA de altura vertical


reduzida (RV, do inglês reduced vertical) no caso clínico representado pelas Figuras 8A-X e
Figuras 9A-R. Nesse caso clínico, ilustrativo de uma PPF confeccionada de forma associada
com uma PPR, a reabilitação protética executada foi associar uma PPF entre os dentes 13 e
23, sendo os encaixes posicionados (fêmeas) na face distal da extremidade livre da PPF e o
receptáculo (machos de retenção) capturado na base protética da PPR.25

140 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


A B C

D E F

G H I

J K L

M N O

Figura 8 – A) Situação clínica inicial; presença de PPF insatisfatória do ponto de vista estético. B-D) PPF pro-
visória confeccionada em laboratório, para ser instalada após remoção da PPF insatisfatória. E e F) Presença
de núcleos metálicos nos dentes pilares da PPF e necessidade de repreparo desses. G-I) Nova estrutura me-
tálica confeccionada sobre o modelo de trabalho, já com os encaixes do tipo ERA calcináveis, posicionados na
face distal da estrutura da PPF, paralelos entre si, cujo eixo de inserção irá seguir a TI e remoção da futura PPR.
J) Modelo de trabalho e troqueis obtidos, sobre os quais a estrutura da PPF foi confeccionada. K-N) Outras
vistas da estrutura da PPF em posição sobre o modelo de trabalho. O e P) Presença de desajuste e báscula da
estrutura, o que requer o corte.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 141


P Q R

S T U

V W X

Figura 8 (continuação) – O e P) Presença de desajuste e báscula da estrutura, o que requer o corte (Q); união
com resina acrílica do tipo duralay vermelha (R) e obtenção de novo modelo para a realização de soldagem
(S); estrutura soldada provada em boca (T), ajustada e registrada (U), transferida com auxílio de moldeira de
estoque e silicone de adição (V) para aplicação da porcelana do tipo feldspática (W e X).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

142 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


A B C

D E F

G H I

J K L

Figura 9 – A e B) Estrutura metálica da PPR confeccionada sobre o modelo de trabalho e já com o plano de
cera sobre a sela da PPR. C-H) Dentes montados em cera após registro maxilomandibular com a respectiva
prova funcional que aferiu a dimensão vertical de oclusão, corredor bucal e possíveis interferências foné-
ticas; presença dos grampos de retenção (usados provisoriamente durante as provas) que foram cortados
no momento da acrilização da base protética. I-L) Como não houve relato da paciente queixando-se das
questões funcionais e estéticas, as PPRs foram encaminhadas ao laborátório de prótese dentária (LPD) para
procedimento de inclusão e polimerização. As PPRs foram “acrilizadas” com os machos de processamento de
coloração preta já capturados em posição.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 143


M N O

P Q R

Figura 9 (continuação) – M) A PPF foi cimentada de forma adesiva junto aos preparos dentários com auxílio de
cimento resinoso autocondicionante e autoadesivo U-200 (3M® Espe) e, em seguida, inserida a PPR e aguar-
dada a polimerização do agente cimentante. N-O) Chaves necessárias para eventual troca dos machos de
retenção do sistema de encaixe ERA. P-R) Imagens extrabucais do trabalho protético instalado e a satisfação
demonstrada pela paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Na confecção de próteses conjugadas (PPF e PPR), é de fundamental importância


o posicionamento dos encaixes de forma paralela ao eixo de inserção da PPR (o
que só é possível com o uso dos delineadores) para não induzir tensões inadverti-
das na prótese fixa que possam comprometer a longevidade do caso. Outro fator
relevante na confecção de próteses conjugadas é o desenho correto de todos os
demais elementos constituintes da PPR (nichos na estrutura da PPF; previamente,
são confeccionados apoios, conectores menores, conector maior e sela na estrutu-
ra metálica da PPR), salvo os retentores diretos, pois essa função será atribuída aos
encaixes.

Em uma prótese conjugada (PPR e PPF), o planejamento, o desenho prévio da fu-


tura estrutura metálica e o delineamento são de fundamental importância para o
resultado final e a longevidade da prótese.25,26

144 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


MESA MÓVEL DO DELINEADOR
Finalizado o preparo prévio (também conhecido como adequação do meio bucal em PPR)
– em que as áreas básicas de Dentística, Periodontia, Endodontia e cirurgias já foram reali­
zadas – deve-se proceder ao planejamento, propriamente dito, da PPR (desenho prévio da
futura estrutura metálica).

O modelo de estudo deverá ser obtido e confeccionado, preferencialmente, em gesso-pedra


para, em seguida, ser colocado sobre a mesa móvel ou platina do delineador (Figura 10)
para o início do delineamento e da análise do PIRE.

Figura 10 – Mesa móvel do delineador, também


conhecida como platina. Essa mesa é composta por:
(a) dispositivo de abre e fecha ou trava e destrava;
(b) junta universal da mesa móvel; (c) parafuso de
ajuste do modelo de gesso e (d) e (e) garra anterior e
posterior de fixação do modelo de gesso.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

CLASSIFICAÇÃO DOS DELINEADORES


Os delineadores podem ser classificados de acordo com a movimentação realizada pelos
braços de articulação do dispositivo em simples, médios e complexos (ver Figura 1). As
fresadoras (Figura 11) permitem a fresagem de barras metálicas de próteses sobre implan-
tes e a confecção de outros trabalhos mais complexos como a confecção de encaixes e es-
paços – requeridos pelos braços de oposição em copings de PPFs – que serão pilares diretos
de PPRs (Figura 12).

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 145


Figura 11 – Unidade fresadora (fresadora 1000N, Figura 12 – PPFs confeccionadas de forma associa-
Bio-Art®). da a uma PPR. Na estrutura da PPF, foram confec-
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. cionados: (a) nichos e (b) planos-guia, ­especialmente
preparados para receber os apoios e o braço de
oposição ou reciprocidade da estrutura metálica da
PPR. Dessa forma, o desempenho biomecânico será
mais favorável, pois a PPF estará paralela ao eixo de
inserção da PPR e não haverá iatrogenias aos dentes
pilares.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Todo esse trabalho de confecção de nichos e planos-guia na estrutura metálica da PPF foram
prescritos e planejados previamente ao envio ao LPD. Para que haja um único eixo de inser-
ção e remoção da PPR, a estrutura da PPF foi fresada (ver Figura 12).

Para a realização do delineamento dos modelos de estudo, pode-se utilizar o delineador


de média complexidade (um exemplo ilustrado na Figura 1 é o delineador modelo B2 da
Bio-Art®). Esse delineador é composto por duas partes fundamentais: o delineador, propria-
mente dito, e a platina.

O delineador, propriamente dito, apresenta uma base ou plataforma horizontal de onde


emergem:
§ duas hastes verticais, paralelas entre si:
– a primeira haste vertical é imóvel e está fixada à base do delineador;
– a segunda haste vertical é móvel, com movimentos de elevação e abaixamento
sobre o eixo conectado com a haste horizontal;
§ uma haste horizontal: articula-se com a haste vertical ou coluna fixa por meio de uma
junta que permite a realização de movimentos no sentido lateral direito e esquerdo.

146 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Na extremidade inferior da haste vertical móvel há um mandril que prende as pon-
tas acessórias ou pontas de trabalho do delineador. Sobre a base ou plataforma
horizontal do delineador, deve ser colocada a platina, a mesa de trabalho e a mesa
porta-modelo ou móvel, sobre a qual está o modelo a ser delineado. O modelo
de gesso é fixado na platina por meio das garras acessórias e na parte inferior da
platina há uma trava que serve para determinar a TI e remoção da PPR e posicionar
o modelo de gesso para que, em seguida, se inicie o delineamento.

Outro acessório do delineador de fundamental importância é a braçadeira, que fixa o mi-


cromotor e a peça reta com a respectiva broca minicut de número 1502 (Figuras 13A e B);
tornando esse conjunto paralelo à haste vertical fixa, permitindo um paralelismo em relação
à TI da PPR e possibilitando a transferência dos planos-guia – obtidos no modelo de gesso
por meio dos casquetes ou da guia de transferência – para os dentes pilares do paciente.

Figura 13 – A e B) Presilha; peça reta e broca mini­


cut de número 1502 utilizadas para desgastar os
cas­quetes e, na mesma TI, a remoção dos planos-
guia já obtidos na fase de delineamento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. B

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 147


ATIVIDADE

1. Com relação à prótese parcial removível (PPR), marque V (verdadeiro) ou F (falso).


( ) Para classificar um dente pilar como adequado ao tratamento com PPR, deve-se
realizar um apurado exame clínico e radiográfico que irá identificar e estabelecer o
estado de inserção desse dente.
( ) A PPR confeccionada não deverá ser iatrogênica, ou seja, não deve gerar traumas
aos tecidos moles e duros remanescentes, mas, sim, preservá-los.
( ) A PPR bem executada não apresenta um sobrecontorno, o que evita o acúmulo de
placa bacteriana.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – F – V.
B) F – V – F.
C) V – V – F.
D) F – F – V.
Resposta no final do artigo

2. Considerando os motivos para se delinear os modelos de estudo em prótese parcial


removível (PPR), analise as afirmativas a seguir.
I – Preservar os dentes remanescentes de forças deletérias.
II – Identificar áreas retentivas e expulsivas.
III – Planificar áreas convexas tornando-as paralelas entre si.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo

148 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


3. Sobre a prótese parcial removível (PPR), é correto afirmar que:
A) na presença de espaços protéticos de qualquer topografia dos quatro tipos de
Classe de Kenedy e suas modificações, os dentes adjacentes e antagonistas pas-
sarão por dois processos de movimentações fisiológicos: extrusões e mesializações.
B) a única possibilidade de identificar as inclinações indesejáveis dos dentes pilares di-
retos e adjacentes aos espaços protéticos, que podem prejudicar o eixo de inserção
e remoção das PPRs é utilizar um instrumento, denominado de delineador.
C) a PPR ainda tem seu espaço, amplo alcance social e deve ser planejada e executada
para proporcionar longevidade com saúde ao tratamento executado, gerando o
mínimo de desconforto possível aos pacientes.
D) existem poucos métodos para a realização do delineamento dos modelos de es-
tudo, como o método das bissetrizes e o método de Roach ou dos três pontos.
Resposta no final do artigo

4. Sobre as pontas acessórias, assinalar a alternativa correta.


A) Antes mesmo da definição de uma trajetória de inserção (TI), a ponta analisadora
é capaz de identificar áreas retentivas e áreas expulsivas nas quais os elementos
constituintes da PPR deverão estar localizados.
B) O grafite contido na ponta porta-grafite irá delinear ou marcar o equador protético
que divide todos os dentes em área retentiva e área expulsiva.
C) A ponta acessória do tipo cinzel não se presta para o mesmo fim que a faca de re-
corte. Elas são selecionadas de acordo com a especificidade da situação de delinea­
mento.
D) Os calibradores de retenção são utilizadas para determinar o grau de retenção de
determinada área retentiva, acima do equador protético.
Resposta no final do artigo

5. A liga de Co-Cr é indicada para uma retenção de


A) 0,50mm.
B) 0,02 polegadas.
C) 0,25mm.
D) 0,03 polegadas.
Resposta no final do artigo

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 149


6. A fixação da trajetória de inserção (TI) NÃO contribui com
A) a retenção requerida pela liga.
B) o uso da mesma TI do profissional pelo técnico em prótese dentária (TPD).
C) a revisão o procedimento executado.
D) o estabelecimento da continuidade do delineamento.
Resposta no final do artigo

PRINCÍPIOS DE DESENHO DA ESTRUTURA METÁLICA DA


PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL (DESENHO PRÉVIO)

Para iniciar o planejamento da PPR, preconiza-se a realização de um desenho pré-


vio da futura estrutura metálica da PPR, que deve seguir dois princípios básicos:
simplicidade e conforto aos pacientes. A partir desse desenho prévio, o esquema
do delineamento será elaborado, analisado e realizado.1,3,7,9-19,22,24,25,27,28

O objetivo final do planejamento da PPR compreende:


§ desenhos menos rebuscados;
§ grampos mais simples;
§ menor quantidade de componentes;
§ uso de placas proximais retentivas e estabilizadoras;
§ efetividade biomecânica à estrutura;
§ menor desconforto possível ao paciente.

Este artigo não tem a intenção de esgotar o tema sobre desenho da estrutura, mas,
sim, direcionar os leitores a criar uma rotina de desenho e seguir seu desenho de acor-
do com suas convicções científicas, sabendo que o desenho prévio ditará o sucesso da
etapa de delineamento.

Há muitas escolas que preconizam diferentes formas de se obter o desenho da futura es-
trutura metálica. Aqui, será descrita uma forma didática e simples, com aplicação imediata,
que seguirá a seguinte ordem:
1) desenho dos apoios;
2) desenho dos grampos ou retentores diretos;
3) desenho dos conectores menores;
4) desenho dos conectores maiores;
5) desenho das selas.

150 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


DESENHO DOS APOIOS
O desenho dos apoios determinará as linhas de fulcro da PPR, também chamadas de eixo de
rotação da prótese (eixos reais sobre os quais a prótese terá a tendência de se movimentar
ao redor desse eixo).

Esse desenho deve levar em consideração o tipo de espaço topográfico desdentado e, de


forma geral, algumas regras devem ser seguidas:
§ em casos de extremidade livre: posicionar os apoios oclusais (localizados em pré-
molares e molares superiores ou inferiores) na face oposta ou contrária ao espaço
protético do dente pilar direto da PPR; uma exceção deve ser feita aos dentes pilares
diretos anteriores da extremidade livre, cujo apoio ficará localizado na sua região
de cíngulo. O conector menor ficará posicionado na face interproximal palatina ou
lingual;
§ em casos de espaços protéticos intercalares: posicionar os apoios oclusais (locali-
zados em pré-molares e molares superiores ou inferiores) ao lado do espaço protético
do dente pilar direto da PPR. Assim como ocorre nos casos de extremidade livre,
quando o dente pilar direto da PPR for um dente anterior superior ou inferior, o apoio
será de cíngulo e o conector menor ficará posicionado na face proximal mesial ou
distal, imediatamente ao lado desse espaço protético.

Há outras escolas e filosofias de pensamento para o posicionamento dos apoios nos


casos de extremidade livre.

DESENHO DOS GRAMPOS OU RETENTORES DIRETOS


De acordo com o tipo de espaço desdentado presente (extremidade livre ou espaço in-
tercalar), deve-se indicar um grampo com potencial de maior ou menor retenção, a fim
de se minimizar as prováveis movimentações. Em casos de extremidade livre, devem ser
utilizados grampos com maior potencial de retenção; em espaços protéticos intercalares,
devem ser indicados grampos com menor potencial de retenção.

O desenho dos retentores diretos também seguirá o tipo de espaço protético presente,
conforme segue.

EXTREMIDADE LIVRE
Para os espaços protéticos de extremidade livre, são indicados os grampos de Roach (tam-
bém conhecidos por ação de ponta), pois esse tipo de grampo apresenta maior flexibilidade
em relação aos grampos circunferenciais.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 151


Dentre os grampos por ação de ponta mais usados, podem-se citar os grampos em for-
mato de “t”, “i”, “r” ou “7”, sempre associados ao conjunto placa-proximal estabilizadora
e ao apoio posicionado no lado oposto ao espaço protético. O que irá determinar o tipo de
grampo (“t”, “i”, “r” ou “7”) será o equador protético presente.

O uso de grampos circunferenciais em espaços protéticos de extremidade livre não é


incorreto; contudo, os autores deste artigo dão preferência aos grampos de Roach.

ESPAÇOS PROTÉTICOS INTERCALARES


Para os espaços protéticos intercalares, são indicados os grampos de Ackers (também conhe­
cidos por circunferenciais), considerando a menor necessidade retentiva nesses espaços (em
relação aos espaços com potencial de báscula) e a presença dos retentores metálicos rígidos
ou das placas proximais retentivas posicionados sobre os planos-guia (capazes de oferecer
retenção friccional adicional à estrutura da PPR).

Dentre os grampos circunferenciais mais usados, podem-se citar os grampos: simples, re-
verso, em anel, em anzol, do tipo Ottolengui e do tipo meio a meio. Esses, assim como
os grampos por ação de ponta, serão selecionados de acordo com a área retentiva, o tipo
de equador protético presente e, principalmente, a simplicidade do desenho do elemento.

DESENHO DOS CONECTORES MENORES


A partir dos apoios, o uso dos conectores menores atuará nas áreas de planos-guia, unindo
os retentores ao conector maior. O desenho desses conectores seguirá os seguintes critérios:
§ em casos de extremidade livre – o conector menor na região interproximal lingual
ou palatina emergirá do apoio posicionado ao lado oposto do espaço. Esse conector
terá um formato triangular, com a base maior voltada para o conector maior;
§ em casos de espaços protéticos intercalares – o conector menor na região
­proximal mesial ou distal emergirá do apoio posicionado ao lado do espaço protético.
Esse conector terá um formato retangular até encontrar-se com o conector maior ou
com a sela.

DESENHO DOS CONECTORES MAIORES


Após o desenho dos apoios, dos grampos e dos conectores menores, serão selecionados e
desenhados os conectores maiores, que têm a função de unir todos os elementos estabe-
lecidos anteriormente.

152 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Esses conectores darão estabilidade e rigidez ao conjunto. Os desenhos mais confortáveis ao
paciente devem ser priorizados, uma vez que os mais rebuscados apresentam maior proba-
bilidade de problemas durantes os processos de execução laboratorial.

Os principais conectores maiores da maxila são:


§ Conector maior em formato de letra “U”: é um conector universal, indicado para
todas as Classes de Kennedy; possui duas barras laterais e uma barra anterior (mais
delgada, porém mais extensa, entre 10 e 12mm) e é o preferido pelos autores deste
artigo por possuir menos rigidez estrutural e apresentar mais conforto ao paciente.
§ Conector maior em formato de letra “D”: é conhecido como conector anteroposte-
rior (AP). É indicado nos casos de ausência de tórus palatino, mas também poderá ser
indicado na sua presença, dependendo do seu tamanho e da sua extensão no palato.
De acordo com a literatura, é o conector com maior rigidez estrutural; porém causa
grande desconforto aos pacientes pela presença da barra posterior. Além da barra
posterior, há também duas barras laterais e outra barra anterior.
§ Conector maior do tipo placa média: é indicado para os casos de pequenos espaços
protéticos intercalares, em região posterior, como nas Classes III de Kennedy. Traba­
lha-se a espessura da placa em relação à sua extensão, assim, pode-se empregar uma
placa de espessura delgada, porém mais extensa, proporcionando grande conforto
ao paciente. Alguns autores chamam esse conector de tira palatina.
§ Conector maior do tipo placa palatina ou placa de recobrimento total: é indicado
para os casos de espaços mais extensos, cujo recobrimento é requerido para melho-
rar o suporte da PPR, praticamente atuando como uma prótese mucossuportada.

Os principais conectores maiores da mandíbula são:


§ Conector maior do tipo barra lingual: é o conector universal indicado para todas as
Classes de Kennedy. É uma barra de, aproximadamente, 3 a 4mm de espessura que
fica distante da margem gengival lingual em até 3mm e distante do assoalho bucal
em 3mm, requerendo, assim, um espaço entre 8 e 10mm da margem gengival até
o assoalho bucal. Esse conector universal pode ser associado com a barra dentária
(ou barra dupla) ou com o grampo contínuo de Kennedy, que diminui ou minimiza
o movimento de báscula nos casos de extremidade livre uni ou bilateral. Para melhor
desempenho mecânico da barra dentária, é necessária a confecção de nichos por
acréscimo de resina composta, uma técnica conhecida como pré-molarização dos
dentes anteriores inferiores.
§ Conector maior do tipo placa lingual: é o conector mais indicado para os casos em
que não há espaço para a barra lingual (de 8 a 10mm) e, também, para as situações
de mobilidade dental que requer a esplintagem dos dentes inferiores remanescentes.
A diferença entre a barra e a placa lingual é a espessura do conector, que, na placa,
é mais delgada e mais extensa.
§ Conector maior do tipo barra vestibular: é indicado para os casos em que há dentes
remanescentes com inclinação para-lingual que impedem a inserção da peça protéti-
ca, requerendo a inserção, sem interferência dentária, pelo sentido vestibular.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 153


DESENHO DAS SELAS
O último componente a ser desenhado é a sela – também chamada de malha de retenção
ou treliça – que será colocada exatamente no espaço desdentado e dará suporte à base
protética de resina acrílica. Seu desenho não deverá interferir na estética nem comprometer
os tecidos de suporte.

O desenho das selas seguirá os seguintes critérios:


§ Nos casos de extremidade livre:
– no sentido próximo-proximal: a sela deve ocupar dois terços da distância até a
papila retromolar ou a tuberosidade;
– no sentido vestibulolingual: a sela deve ocupar a metade da crista do rebordo
alveolar.
§ Nos casos de espaços protéticos intercalares: a sela deve ser discreta e não deve
interferir na estética. O aspecto acinzentado da estrutura metálica não deve transpa-
recer.

Em algumas situações de elementos dentários unitários, a sela poderá apresentar formato


de pino de retenção ao dente.

ATIVIDADE

7. São objetivos finais do planejamento da prótese parcial removível (PPR):


I – Desenhos menos rebuscados.
II – Maior quantidade de componentes.
III – Grampos mais simples.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo

154 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


8. Há muitas escolas que preconizam diferentes formas de se obter o desenho da futura
estrutura metálica. De acordo com a ordem apresentada no artigo, que etapa deverá
ocorrer após o desenho dos conectores maiores?
A) Desenho dos apoios.
B) Desenho dos grampos ou retentores diretos.
C) Desenho dos conectores menores.
D) Desenho das selas.
Resposta no final do artigo

9. Para todas as Classes de Kennedy é indicado o conector maior


A) em formato de letra “D”.
B) em formato de letra “U”.
C) do tipo placa média.
D) do tipo placa palatina ou placa de recobrimento total.
Resposta no final do artigo

10. É conhecido como conector AP o conector maior


A) em formato de letra “D”.
B) em formato de letra “U”.
C) do tipo placa média.
D) do tipo placa palatina ou placa de recobrimento total.
Resposta no final do artigo

11. Dentro dos princípios de desenho da estrutura metálica da prótese parcial removível
(PPR) (desenho prévio), qual é o espaço necessário para a barra lingual?
A) De 4 a 6mm.
B) De 6 a 8mm.
C) De 8 a 10mm.
D) De 10 a 12mm.
Resposta no final do artigo

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 155


12. Quando NÃO há espaço para a barra lingual, é indicado o conector maior da mandíbula
do tipo:
A) placa média.
B) barra lingual.
C) placa lingual.
D) barra vestibular.
Resposta no final do artigo

DETALHAMENTO DA TÉCNICA DE DELINEAMENTO


DA TRAJETÓRIA CONSTANTE DE ZAVANELLI:
ELABORAÇÃO E EQUILÍBRIO DO PIRE
Os autores propõem dez etapas para a técnica de delineamento, que devem ser seguidas
com rigor. São elas:
§ moldagem e obtenção do modelo de estudo;
§ recorte do modelo de estudo;
§ desenho prévio da estrutura metálica (a partir da fotocópia do modelo ou de um
desenho em folha separada);24,29-32
§ determinação da TI;
§ elaboração do esquema do PIRE com base no desenho prévio;
§ análise do PIRE com auxílio das pontas acessórias e colocação das siglas (+) ou (-), que
indicarão os locais com necessidade de desgaste ou de mudança no desenho prévio
e a criação de retenção;
§ delineamento, propriamente dito, e marcação do terminal retentivo do grampo de
retenção;
§ confecção dos planos-guia no modelo de estudo com auxílio da ponta acessória (faca
de corte ou “faquinha”);
§ confecção dos casquetes ou das guias de transferência (sobre as áreas em que os
planos-guia foram confeccionados) e desgaste dos casquetes com auxílio de broca
minicut de número 1502;
§ fixação da TI.

156 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


MOLDAGEM E OBTENÇÃO DO MODELO DE ESTUDO

O primeiro passo para a realização de um correto delineamento dos modelos de


estudo é a obtenção de um molde e um modelo de gesso adequados.

Após o preparo prévio da cavidade bucal para eliminar eventuais focos de infecção, cáries e
doença periodontal, o paciente deve ser moldado com hidrocoloide irreversível de boa quali-
dade, como, por exemplo, o Hydrogum® (Zhermack SpA, Itália) e o Cavex® (Color Changes,
Holanda) (Figuras 14A e B) ou algum elastômero do tipo silicone de condensação (na técnica
da moldagem única ou simultânea, em que o pesado e o leve são manipulados e levados em
posição em uma única etapa) para se obter um modelo de gesso que será vazado em
gesso pedra (Figuras 15A-I).

Figura 14 – Materiais de molda-


gem que podem ser utilizados
para se obter os moldes de estu-
do e, por conseguinte os modelos
de estudo em PPR: alginato hy-
drogum (A) e alginato cavex (B).
Fonte: Arquivo de imagens dos au-
A B tores.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 157


A B C

D E F

G H I

Figura 15 – A) Clonage® (silicone de condensação, Nova DFL). Exemplificação de procedimento de molda-


gem e obtenção de modelo de estudo com alginato ou silicone de condensação. B) Pode-se verificar um
manequim odontológico parcialmente desdentado do tipo Classe III Modificação1 que servirá de base para a
obtenção de um modelo de estudo e exemplificação da etapa de delineamento. C) Nota-se o procedimento
de moldagem em ação, com a moldeira perfurada com o alginato em posição. D) Resultado do molde obtido,
que foi vazado com auxílio de gesso pedra sobre os dentes e rebordo (E), assim como algumas retenções
que servirão para reter a base do modelo (F). G-H) Resultado do modelo obtido, já devidamente recortado e
pronto para iniciar o delineamento sobre a platina do delineador (I).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O vazamento do molde com gesso comum ou com gesso especial deve ser evitado
para não comprometer o delineamento, pois o gesso comum poderá se desgastar
com facilidade e o especial pode dificultar a confecção de planos-guia, caso esse
procedimento seja necessário no delineamento.

A base do modelo pode ser obtida em gesso comum, sem problemas. Muito cuidado deve
ser tomado para a obtenção de moldes em silicone de condensação, pois, após sua presa e
o vazamento do gesso, o modelo poderá fraturar. Exige-se cuidado na remoção do modelo
e recomenda-se remover a moldeira, deixando o material de moldagem para sua posterior
remoção (Figuras 16A-D).

158 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


A B

C D

Figura 16 – A-D) Exemplo de remoção do conjunto moldeira. Material de moldagem do tipo silicone que,
normalmente, gera a quebra dos dentes por se tratar de material rígido. Recomenda-se a remoção da mold-
eira e, em pedaços, a remoção do material de moldagem, sem danificar o modelo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

RECORTE DO MODELO DE ESTUDO

Decorridos aproximadamente 60 minutos do vazamento do molde, o conjunto mol-


deira de estoque e material de moldeira deverá ser separado do gesso endurecido. A
remoção do modelo antes ou depois desse tempo pode levar à quebra dos dentes.

O modelo deverá ser recortado adequadamente, com o auxílio do recortador de gesso,


para seu melhor posicionamento e estabilização nas garras da platina ou da mesa móvel do
delineador (ver Figuras 15H e I).

DESENHO PRÉVIO DA ESTRUTURA METÁLICA

Com o modelo de gesso obtido, e adequadamente recortado, deve-se realizar o


desenho da futura estrutura metálica da PPR.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 159


O desenho da estrutura nunca deve ser feito direto sobre o modelo de gesso, mas, sim,
sobre uma folha separada ou sobre uma fotocópia do modelo de gesso (Figuras 17A-D),
técnica descrita por Bonachela e colaboradores.29

A B

C D

Figura 17 – A) Modelo de estudo posicionado sobre uma fotocopiadora. B) Resultado obtido. C) Início do
desenho prévio e modelo de estudo. D) Exemplo de outra forma de se realizar o desenho prévio em folha
de papel à parte.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O desenho prévio deve seguir as recomendações descritas em item anterior deste


artigo, e será de fundamental importância para o sucesso do delineamento, pois,
é a partir do desenho prévio que será elaborado e analisado o esquema do PIRE,
enfatizando a simplicidade e o conforto proporcionado aos pacientes.

A classificação topográfica da arcada, de acordo com Kennedy, também poderá trazer bene-
fícios ao desenho e ao seu planejamento, considerando as implicações biomecânicas de
cada Classe de Kennedy.

160 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


DETERMINAÇÃO DA TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO

No delineador, a haste vertical móvel representa a TI e as pontas acessórias – colo-


cadas no mandril dessa haste vertical – irão tocar as faces dos dentes no modelo de
gesso, estabelecendo as áreas retentivas e as expulsivas, abaixo e acima do ponto
em que elas tocarem. Assim, o modelo de gesso, posicionado sobre a platina,
poderá assumir diferentes inclinações anteroposteriores e laterolaterais e, a cada
inclinação desse modelo sobre a platina, será estabelecida uma TI diferente.

Como forma de preservar os dentes remanescentes e os tecidos bucais, existe a necessidade


de se estabelecer uma única TI, a fim de se equilibrar os quatro pilares do PIRE. Na litera-
tura, são descritos alguns métodos para se determinar essa TI. São eles:
§ método de Roach (também conhecido como método dos três pontos);
§ método das bissetrizes;
§ método de Applegate (também conhecido como método das tentativas).

De acordo com a técnica preconizada pelo grupo de autores, recomenda-se que a


TI seja sempre perpendicular ao plano oclusal dos dentes remanescentes ou o mais
próximo possível da inclinação do plano oclusal. Assim, o processo de delineamen-
to iniciará com a colocação do modelo de gesso (com o plano oclusal dos dentes
desse modelo paralelo em relação ao solo), estabelecendo, assim, uma trajetória
fixa (TF) que deve ser praticada em todos os casos.

É evidente que, antes de se colocar o plano oclusal dos dentes do modelo de gesso para-
lelos em relação ao solo, deve-se realizar uma análise prévia da presença de dentes
inclinados, girovertidos ou extruídos, que poderão requerer maior recontorno de seu
perímetro. Sempre se deve ter em mente que o desenho sobre o caso clínico priorizará a sim-
plicidade em todos os sentidos (desenhos menos rebuscados e com menos componentes,
mas, sem deixar de lado o aspecto biomecânico e o conforto dos pacientes).

O estabelecimento da TI perpendicular ao plano oclusal dos dentes remanescentes visa a


facilitar a análise do PIRE e constitui-se em uma forma de padronizar o delineamento.
Bezzon e colaboradores20 relataram que a inclinação zero do modelo, ou seja, a TI per-
pendicular ao plano oclusal, é considerada favorável, pois, mesmo contra o que o dentista
preconiza, os pacientes assentam a PPR realizando o movimento de oclusão. Além disso,
essa orientação em zero favorecerá o processo de preparo bucal.

Os autores criticam o padrão de posicionar o plano oclusal do modelo paralelo à TI, defen-
dendo que sempre se deve equilibrar o PIRE, sendo possível inclinar a TI para favorecer a
obtenção de uma trajetória.20

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 161


O grupo de autores deste artigo defende que a simplificação da técnica de delinea-
mento e a padronização da TI (deixando sempre fixa) trarão benefícios às etapas
subsequentes. Ademais, ressaltam que é o desenho que deve se adequar ao deli-
neamento, e não a modificação da trajetória em si.

ELABORAÇÃO DO ESQUEMA DO PIRE COM BASE NO DESENHO PRÉVIO


A partir do desenho prévio (qualquer que seja o desenho), deve-se sistematizar e estabele­
cer um esquema ou roteiro para se delinear o modelo, considerando o equilíbrio do PIRE
(Figura 18).

Figura 18 – Desenho prévio, realizado sobre a


fotocópia do modelo de estudo.

ESQUEMA: PLANOS-GUIA
O Quadro 2 apresenta o esquema para se delinear o modelo, considerando o plano-guia.

162 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Quadro 2
ESQUEMA DE DELINEAMENTO DO MODELO – PLANOS-GUIA

Dentes Faces Análise

14 Distal e Análise da face distal e palatina, pois esse dente receberá um


palatal braço de oposição e um conector menor.

17 Mesial e Análise da face mesial e palatina, pois esse dente receberá um


palatal braço de oposição e um conector menor.

23 Medial Análise da face mesial, pois esse dente receberá um retentor


rígido, também conhecido como placa proximal retentiva.

24 e 25 – Não necessitam de análise, pois não receberão componentes.

26 Palatal Análise da face palatina, pois esse dente receberá o braço de


oposição do grampo geminado.

27 Palatal Análise da face palatina, pois esse dente receberá o braço de


oposição do grampo geminado.

Diante da ausência dos planos-guia – ou seja, das áreas retentivas que serão marcadas
como negativas (-) no esquema – o operador do delineamento deverá realizar o desgaste
dessas áreas posteriormente, a fim de conseguir superfícies paralelas entre si e em rela-
ção à TI, para:
§ favorecer a entrada e a saída da PPR;
§ diminuir o espaço morto e a impacção alimentar;
§ prover um único eixo de inserção e remoção sem traumatizar os dentes r­ emanescentes.

Esse desgaste proporcionará uma retenção friccional que diminuirá a necessidade de reten-
tores, principalmente em espaços intercalares anteriores, nos quais a presença de grampos
será antiestética e desconfortável aos pacientes.

ESQUEMA: INTERFERÊNCIA ÓSSEA


A interferência óssea deverá ser analisada com a ponta acessória analisadora ou com a
“faquinha”, que será colocada em contato com as áreas do rebordo desdentado para iden-
tificar a presença de áreas retentivas que possam dificultar o assentamento da base protética
da PPR.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 163


Diante da presença de interferência, podem-se adotar algumas medidas, como,
por exemplo, o alívio dos excessos ou a realização de cirurgias pré-protéticas.

Com a Implantodontia em evidência, preconiza-se a não remoção do tecido ósseo e, sempre


que possível, a identificação dessa área e o alívio interno da base protética para que, durante
o movimento de inserção e remoção da PPR, não haja trauma dos tecidos.

ESQUEMA: RETENÇÃO DENTÁRIA


O Quadro 3 apresenta o esquema para se delinear o modelo, considerando a retenção
dentária.

Quadro 3
ESQUEMA DE DELINEAMENTO DO MODELO – RETENÇÃO DENTÁRIA

Dentes Faces Análise

13 – Não haverá estabelecimento de esquema e análise, pois


não haverá componentes nesses dentes.

14 Vestibular, Pelo desenho prévio e uso do grampo circunferencial


cervical e reverso a ponta calibradora, a ponta calibradora deverá
mesial ser posicionada na região vestíbulo-cérvico-mesial e
analisar a presença de retenção ou não na área do
terminal retentivo.

17 Vestibular, Pelo desenho prévio e uso do grampo circunferencial


cervical e simples nesse dente, a ponta calibradora deverá ser
distal posicionada na região vestíbulo-cérvico-distal e analisar
a presença de retenção ou não na área do terminal
retentivo.

23, 24 e 25 – Não haverá estabelecimento de esquema e análise, pois


não haverá componentes nesses dentes

164 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


26 Vestibular, Pelo desenho prévio e uso do grampo circunferencial
cervical e geminado ou gêmeo nesse dente, a ponta calibradora
mesial deverá ser posicionada na região vestíbulo-cérvico-
mesial e analisar a presença de retenção ou não na área
do terminal retentivo.

27 Vestibular, Pelo desenho prévio e uso do grampo circunferencial


cervical e geminado ou gêmeo nesse dente, a ponta calibradora
distal deverá ser posicionada na região vestíbulo-cérvico-
distal e analisar a presença de retenção ou não na área
do terminal retentivo.

Apesar dos avanços e desenvolvimentos de novos materiais, a liga mais utilizada é à


base de cobalto e cromo, que requer uma retenção de 0,25mm (ponta que será uti-
lizada para a análise).

ESQUEMA: ESTÉTICA
A partir do desenho prévio (ver Figura 18), será feito o uso de duas placas proximais re-
tentivas na região mesial dos dentes 13 e 23 – a análise da área estética mais evidente do
esquema. Caso a situação clínica exigisse a colocação de grampos nessa região, poderia se
optar pelo uso de grampos mais estéticos e menos evidentes.

ANÁLISE DO PIRE COM AUXÍLIO DAS PONTAS ACESSÓRIAS E COLOCAÇÃO


DAS SIGLAS (+) OU (-)
Realizado o esquema do PIRE, será iniciada a análise dos quatro pilares, a partir da sistema­
tização de um roteiro (ver Figura 18).

Essa análise seguirá para todos os dentes, conforme o desenho prévio. O operador irá co-
locar os sinais (+) ou (-), de acordo com sua análise, sendo que as áreas assinaladas como
(+) não irão requerer modificações e áreas (-) precisarão ser modificadas e ou readequadas.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 165


Para analisar o plano-guia e a interferência óssea, pode-se utilizar a ponta analisa­
dora ou a faca de corte. Para a análise da retenção dentária, utiliza-se a ponta
calibradora de 0,25mm e a estética ficará a critério do profissional.

ANÁLISE: PLANOS-GUIA
Ainda considerando o desenho prévio (ver Figura 18) e o esquema realizado, inicia-se a
análise, conforme segue:
§ Dente 17 (face mesial e palatina): evidencia-se com a faca de corte (Figura 19) a pre-
sença de área retentiva, e esse local (face proximal e mesial) receberá um conector
menor (de acordo com o desenho prévio) que, se for deixado dessa forma, poderá
causar abalo do dente durante a inserção e a remoção da prótese.
§ Área da face mesial: será marcada no esquema como (-) e irá requerer uma planifica-
ção para a obtenção de plano-guia e retenção dentária e a eliminação desse ângulo
morto.
§ Área da face palatina: será marcada no esquema como (+) e não irá requerer qual-
quer modificação de seu contorno (Figura 20). A faca de corte posicionada denota
uma área expulsiva e esse local, que receberá o braço de oposição, não sofrerá com
qualquer vetor lesivo.

Figura 19 – Faca de recorte posicionada na face Figura 20 – Faca de recorte posicionada na super-
mesial do dente 17. Há formação de um triângulo fície palatina do dente 17. Não há formação de
cervical retentivo, demonstrando que essa área, que triângulo retentivo, demonstrando que não existe a
receberá um conector menor, não deverá receber necessidade de se planificar essa área para receber
uma planificação para favorecer a inserção e re- o braço de oposição do grampo previamente desen-
moção da PPR. hado.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

166 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Tendo o roteiro elaborado em mãos, todos os demais dentes do esquema do P do
PIRE serão analisados e assinalados como (+) ou (-), de acordo com a análise siste-
matizada.

ANÁLISE: INTERFERÊNCIA ÓSSEA


Na sequência do delineamento, será analisada a interferência óssea, cuja ponta analisadora
ou faca de corte será posicionada em todas as áreas dos espaços desdentados do rebordo
(Figura 21), assinalado como (+) ou (-). Ressalta-se que, na figura em questão, não houve
a formação de área retentiva, ou seja, não haverá interferência óssea durante a inserção e
a remoção da base protética da PPR. A análise deverá ser realizada em todos os espaços
desdentados.

Figura 21 – Análise com a ponta faca de recorte


com relação às áreas de interferência óssea sobre o
rebordo alveolar. Não há interferência para a entra-
da e a saída da futura base protética da PPR.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

ANÁLISE: RETENÇÃO DENTÁRIA


O outro item do delineamento a ser analisado é a presença ou não de “R”. A ponta calib-
radora ou o calibrador de 0,25mm será posicionado nas regiões estabelecidas no desenho
prévio e no esquema já realizado.

No exemplo do dente 17, ilustrado na Figura 22, pode-se observar a presença da ponta
calibradora de 0,25mm em posição, formando um ângulo e um triângulo retentivo. Assim,
deve-se marcar essa região com a sigla (+), ou seja, haverá retenção ao grampo selecionado
previamente.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 167


Figura 22 – Análise da retenção dentária com a
ponta acessória calibradora de 0,25mm. O anel do
calibrador de retenção toca a região cervical do ter-
minal retentivo do grampo, assim como a haste da
ponta calibradora, atestando a presença de retenção
adequada ao grampo selecionado.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Caso não haja retenção e a sigla anotada seja (-), pode-se lançar mão dos seguintes recursos:
§ Criar área retentiva com o desgaste do esmalte (dimple) ou com o acréscimo de re-
sina composta.
§ Mudar o tipo de grampo. No caso em questão, analisar a outra face (V/C/M) e se há
ou não retenção, podendo ser mudado o desenho para favorecer o PIRE e não se ter
que desgastar ou acrescentar resina composta.
§ Mudar a TI. A literatura cita esse recurso; contudo, esse será utilizado em último caso,
pois se preconiza uma TF.

Em algumas situações, apenas o anel de calibração tocará o dente, demonstrando que não
há retenção adequada ao grampo e indicando a necessidade de se criar área retentiva,
quer seja por desgaste ou por acréscimo de resina composta. A técnica da TI, preconizada
pelos autores, não indica a modificação da inclinação dessa trajetória como forma de obter
retenção, principalmente porque atenderá esse quesito, mas prejudicará outros fatores do
PIRE (Figura 23).

Figura 23 – Sequência ilustrativa da elaboração e análise do PIRE.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

168 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


ANÁLISE: ESTÉTICA
O último item da análise se trata do fator estético, que deverá ser suprido com a análise do
profissional como forma de se selecionar um retentor que seja o mais estético possível, sem
que haja comprometimento da estética.

DELINEAMENTO PROPRIAMENTE DITO E MARCAÇÃO DO TERMINAL


RETENTIVO DO GRAMPO DE RETENÇÃO
Após a realização do esquema e da análise do PIRE – colocação de (+) ou (-) – deve-se rea­
lizar o delineamento, propriamente dito, com o auxílio da ponta porta-grafite e o grafite
(para marcar exatamente o equador protético).

Com uma lapiseira, deve-se estabelecer a posição do terminal retentivo como for-
ma de orientar o TPD na etapa de escultura em cera da futura estrutura metálica
(Figuras 24A-C). Deve-se observar o posicionamento correto da ponta porta grafite
ao nível da margem gengival como forma de se evitar a marcação de linhas errô-
neas que possam determinar áreas incorretas.

A B

Figura 24 – A) Delineamento com a obtenção do equador protético


com a ponta porta-grafite e o grafite, que dividirá o dente em área re-
tentiva e expulsiva. B e C) Deve-se voltar a ponta acessória calibradora
de 0,25mm para marcar o ponto exato para a colocação do terminal
retentivo do grampo de retenção.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. C

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 169


Em algumas situações, apenas o anel de calibração tocará o dente, demonstrando
que não há retenção adequada ao grampo, e indicando a necessidade de se criar
uma área retentiva, quer seja por desgaste ou por acréscimo de resina composta
(ver Figura 23).

A técnica da TF, preconizada pelos autores, não indica a modificação da inclinação da


TI como forma de obter retenção, principalmente porque atenderá esse quesito, mas
prejudicará outros fatores do PIRE.

CONFECÇÃO DOS PLANOS-GUIA NO MODELO DE ESTUDO COM AUXÍLIO DA


PONTA ACESSÓRIA FACA DE CORTE OU “FAQUINHA”
Na confecção do plano-guia, no modelo de estudo, será preciso recorrer às anotações do
esquema do PIRE e à sua análise para verificar quais foram as superfícies ou faces dentárias
assinaladas como (-) e realizar os desgastes com auxílio da faca de recorte, a fim de se obter
as superfícies paralelas entre si (Figuras 25A-F).

A B C

D E F

Figura 25 – A) Posicionamento da ponta acessória faca de corte demonstrando a presença de triângulo cervi-
cal retentivo, ausência de planos-guia e, consequentemente, a necessidade de se planificar essa face mesial
para receber mais adequadamente o componente previamente desenhado (conector menor que irá auxiliar
na inserção e remoção da PPR). B) Início do desgaste dessa face com a ponta acessória faca de recorte que
deverá contornar toda face mesial e palatina (-). Um recorte realizado de forma reta poderá comprometer
a adaptação do componente metálica da estrutura. C-F) Desgaste realizado nas superfícies dentárias (faces
mesial e palatina do dente 17 e distal e palatina do dente 14). A identificação das faces pós-realização dos
desgastes facilitará a confecção e desgastes dos casquetes ou matriz de transferência desses planos-guia para
a boca do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

170 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Zavanelli e colaboradores29 relataram que o plano-guia também pode ser executado em res-
taurações indiretas – em suas superfícies proximais mesial, distal e lingual ou palatina – na
confecção de PPRs conjugadas com PPFs. Além disso, orientaram a confecção do plano-guia
contornando-se os dentes e evitando desgastes em ângulos retos e vivos, pois os ele­mentos
metálicos irão se adaptar nessas superfícies paralelizadas.

Caso as superfícies paralelizadas estejam em ângulo vivo, o assentamento da estru-


tura metálica ficará dificultado e poderá haver resultantes de forças deletérias ao
sistema mastigatório.

Os desgastes podem ser feitos movendo-se a platina contra a faca de recorte ou


movendo-se a faca de corte contra as superfícies; tudo isso deve ser realizado cui-
dadosamente para não se quebrar o gesso.

Sempre se deve procurar contornar as faces para promover um desgaste homogêneo e


uniforme ao longo das faces em questão, garantindo, assim, um correto assentamento da
futura estrutura sobre essas superfícies paralelizadas.

Os desgastes na superfície de esmalte são mínimos e delicados. Se o profissional


precisar de desgastes adicionais para se conseguir o “P”, deverão ser sugeridos
ao paciente outros procedimentos restauradores, reabilitadores ou até mesmo de
movimentação ortodôntica.

A base do sucesso e da longevidade do tratamento com PPR está baseada na correta iden-
tificação das áreas retentivas e na adequada confecção dessas superfícies paralelas entre si
(“P”), o que irá beneficiar o desempenho biomecânico da prótese.

Após a finalização dos desgastes nos dentes do modelo de gesso, é prudente que
se realize uma marcação da área do plano-guia obtido para facilitar a confecção
dos casquetes e o seu desgaste posterior.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 171


CONFECÇÃO DOS CASQUETES OU GUIAS DE TRANSFERÊNCIA SOBRE AS
ÁREAS EM QUE OS PLANOS-GUIA FORAM CONFECCIONADOS E DESGASTE
DOS CASQUETES COM AUXÍLIO DE BROCA MINICUT DE NÚMERO 1502
Os casquetes serão os instrumentos de auxílio na realização dos mesmos desgastes obtidos
com o plano-guia no modelo de gesso e na transferência da TI do modelo de gesso para a
boca do paciente. Assim, a sua confecção e o seu desgaste adequados farão toda diferença
quando se utiliza essa técnica (Figuras 26A-L).

A C

D B E

F G H

Figura 26 – Confecção dos casquetes para se obter o plano-guia no modelo e transferir essa mesma quanti-
dade de desgaste para as faces dentárias na boca do paciente. O processo inicia pós-realização do plano-guia
e isolamento com vaselina dessas áreas (A), com posterior confecção dos casquetes em resina acrílica em
forma de “tijolo” (B-F). Todo cuidado deve ser tomado para não empurrar a resina acrílica para regiões reten-
tivas e que possam quebrar ou danificar o modelo de estudo. Decorrido o processo de polimerização dos cas-
quetes, esses são levados para o delineador para serem desgastados seguindo a mesma TI fixa previamente
estabelecida na primeira etapa do delineamento. Para isso, a peça reta conectada ao micromotor e com a
broca minicut de número 1502 será fixada à haste vertical móvel com auxílio da braçadeira e irá promover o
desgaste do casquete até que se alcance o plano-guia já obtido pela ponta acessória faca de recorte (G-K).
Sugere-se que todo casquete seja identificado em relação ao elemento dentário e à face de inserção (L).

172 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


I J K

Figura 26 (continuação) – (G-K). Sugere-se que todo casquete seja iden-


tificado em relação ao elemento dentário e à face de inserção (L).
L Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Uma confecção inadvertida poderá comprometer toda a transferência do plano-


guia do modelo de gesso para a boca e dificultar o assentamento da estrutura
metálica.

Somente os casquetes irão assegurar um correto desgaste dos dentes na boca do paciente,
cujas superfícies proximais mesial, distal, lingual ou palatina estarão paralelas entre si e,
consequentemente, paralelas ao eixo e à TI da PPR.

FIXAÇÃO DA TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO


Concluído o delineamento, o profissional deverá realizar a eternização da TI, que pode ser
obtida a partir de:
§ traços realizados no modelo com posterior possibilidade de reposição do modelo de
estudo pelo profissional ou pelo TPD quando essas linhas coincidirem;
§ plano-guia já confeccionado, voltando o modelo de estudo na platina (estando essa
não travada), a qual o executor do delineamento poderá movimentar até que as su-
perfícies estejam paralelas entre si;
§ seleção de três pontos para posterior coincidência entre eles;
§ cimentação de uma haste no modelo, que é a preferência dos autores deste artigo
(Figuras 27A-E).

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 173


A B C

D E

Figura 27 – Fixação da TI. Esse procedimento será realizado ainda com o micromotor e peça reta em posição
e com auxílio da broca minicut de número 1502, que realizará uma perfuração na parte posterior do modelo
de gesso (A e B); em seguida, será inserida a ponta analisadora ou algum prego que será fixado com resina
acrílica e manterá a mesma posição da TI (C-E).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Esse processo (ver Figuras 27A-E) é de fundamental importância, pois possibilitará o retorno
do modelo de gesso na mesma TI previamente escolhida pelo profissional e, em um segundo
momento, poderá rever o delineamento ou continuar uma etapa ainda não concluída. A fixa-
ção da TI também auxiliará o TPD na verificação do delineamento realizado pelo profissional.

O modelo de estudo delineado e com a TF estabelecida pode e deve ser enviado ao


TPD para que ele reproduza, na íntegra, os mesmos passos que o profissional exe-
cutou, agora sobre o modelo de trabalho que será duplicado em material refratário
e sobre o qual será confeccionada a estrutura metálica da PPR (ver Figura 27E).

O complemento e a sedimentação da técnica de delineamento seguirão com etapas clíni-


cas, ou seja, transferência e confecção de plano-guia com o auxílio dos casquetes ou guias
de transferência e pontas diamantadas cilíndricas, posterior confecção de nichos previa-
mente planejados e moldagem de trabalho, que são posteriores ao delineamento, mas de
fundamental importância para o sucesso de todo o processo (Figuras 28A-E e Figura 29).
Essa sequência apresenta as seguintes etapas:
§ confecção do plano-guia nos dentes pilares na boca do paciente com auxílio dos cas-
quetes ou guias de transferência (pontas diamantadas de número 3216 ou alguma
ponta diamantada de formato cilíndrico) e acabamento (ponta de número 283).
§ confecção dos nichos:
– ponta de número 2128 para a região de cíngulo dos dentes anteriores superiores
ou inferiores;

174 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


– ponta de número 2130 para a região oclusal dos pré-molares superiores ou infe-
riores;
– ponta de número 2131 para a região oclusal dos molares superiores ou inferio-
res).
§ Moldagem de trabalho para obtenção do modelo de trabalho sobre o qual será du-
plicado e obtido o modelo refratário em que o TPD irá confeccionar o enceramento
e a fundição da estrutura metálica.

A B C

a b

c d

Figura 28 – Procedimento de execução do plano-guia na boca do paciente e sobre os elementos dentários.


Os casquetes, previamente confeccionados e ajustados, serão posicionados sobre os elementos dentários (A).
Com o auxílio da ponta diamantada de número 3216 (B), será realizado o desgaste da superfície dentária em
excesso (C e D). Assim, a mesma quantidade de desgaste conseguida no modelo de gesso será obtida nas
faces dentárias dos dentes de suporte da PPR, seguindo a mesma TI previamente estabelecida no início do de-
lineamento. A quantidade de desgaste a ser realizada é mínima (o recontorno ficará restrito às superfícies de
esmalte). Como consequência, os elementos da estrutura metálica da PPR irão ficar ao lado dessas superfícies
planificadas, provendo excelente desempenho biomecânico (E). Os casquetes (a), seu desgaste (b), sua trans-
ferência (c) e o componente previamente desenhado estarão em íntimo contato com essa área planificada (d).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 175


Figura 29 – Kit de cinco pontas diamantadas e mul-
tilaminadas utilizadas para a confecção de nichos
em dentes anteriores superiores ou inferiores em
sua região de cíngulo – ponta de número 2128 (A);
face oclusal de dentes pré-molares, superiores ou in­
fe­rio­res – ponta de número 2130 (B); face oclusal de
dentes molares superiores ou inferiores – ponta de
número 2131 (C); faces proximais, linguais ou pala-
tinas utilizadas para a confecção e a transferência
do plano-guia – ponta de número 3216 (E) e aca-
bamento do plano-guia com a ponta multilaminada
de número 283 (F).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

ATIVIDADE

13. Considerando as cinco primeiras etapas da técnica de delineamento proposta pelos auto-
res a serem seguidas com rigor, faça a correlação entre a primeira e a segunda colunas.
(1) Etapa 1 ( ) Desenho prévio da estrutura metálica – a partir da fotocópia do
(2) Etapa 2 mode­lo ou de um desenho em folha separada.
(3) Etapa 3 ( ) Elaboração do esquema do PIRE com base no desenho prévio.
(4) Etapa 4 ( ) Moldagem e obtenção do modelo de estudo.
(5) Etapa 5 ( ) Recorte do modelo de estudo.
( ) Determinação da TI.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.


A) 1 – 2 – 4 – 3 – 5.
B) 3 – 5 – 1 – 2 – 4.
C) 1 – 2 – 4 – 5 – 3.
D) 3 – 5 – 1 – 4 – 2.
Resposta no final do artigo

14. Observe as afirmações quanto à moldagem e à obtenção do modelo de estudo.


I – O vazamento do molde com gesso comum deve ser evitado para não comprometer
o delineamento, sendo indicado, para esse fim, o modelo com gesso especial.
II – A base do modelo pode ser obtida em gesso comum, sem problemas.
III – Muito cuidado deve ser tomado para a obtenção de moldes em silicone de conden-
sação, pois após sua presa e vazamento do gesso, o modelo poderá fraturar.
IV – Na remoção do modelo, recomenda-se a retirada da moldeira, deixando o material
de moldagem para posterior remoção.

176 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II, a III e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Resposta no final do artigo

15. Sobre o recorte do modelo de estudo, após quanto tempo o conjunto moldeira de es-
toque e material de moldeira deverá ser separado do gesso endurecido?
A) 20 minutos.
B) 30 minutos.
C) 60 minutos.
D) 120 minutos.
Resposta no final do artigo

16. Sobre a determinação da trajetória de inserção, marque V (verdadeiro) ou F (falso).


( ) A TI é definida como o percurso ou caminho que a PPR faz desde o contato inicial
dos elementos da estrutura metálica com os dentes pilares até o assentamento final
da PPR.
( ) A literatura apresenta dois métodos para determinar a TI: método das bissetrizes e
método Applegate.
( ) O estabelecimento da TI perpendicular ao plano oclusal dos dentes remanescentes
visa facilitar a análise do PIRE e constitui-se numa forma de padronizar o delinea-
mento.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – F – V.
B) F – V – F.
C) V – V – F.
D) F – F – V.
Resposta no final do artigo

17. Observe as afirmações sobre o plano-guia.


I – Determinação do único eixo de inserção e remoção da PPR.
II – Retenção ao grampo escolhido.
III – Retenção friccional pelo contato dos componentes com as faces planificadas.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 177


Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo

CONCLUSÃO
Considerando o assunto abordado e as limitações deste artigo, e sob a luz da literatura
científica, pode-se concluir que:
§ o desenho prévio da futura estrutura metálica da PPR (realizado com base na simplici-
dade do desenho e no conforto gerado ao paciente, sem comprometer o d ­ esempenho
biomecânico) facilitará a elaboração do esquema do PIRE e, consequentemente, o
desenvolvimento do delineamento;
§ o estabelecimento e a fixação da TI da PPR com o plano oclusal o mais paralelo
possí­vel ao plano oclusal é capaz de trazer simplicidade à execução técnica do de-
lineamento, aproximando-se do eixo real de oclusal e melhorando o desempenho
biomecânico da prótese;
§ a transferência do plano-guia do modelo de gesso para os dentes pilares na boca do
paciente (por meio dos casquetes ou das guias de transferência) deve ser realizada
com critério, o que se constitui na base do sucesso dessa técnica.

Torna-se, assim, de fundamental importância que os profissionais façam um treinamento de


uso e aprimoramento do delineador, como forma de melhorar o desempenho das PPRs e a
longevidade dos dentes pilares.

RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS


Atividade 1
Resposta: C
Comentário: A PPR, por si mesma, causa um sobrecontorno, sendo um elemento adicional
de acúmulo de placa bacteriana. Cabe aos profissionais o estabelecimento de um desenho
simples, eficiente e que gere o mínimo de desconforto ao paciente.

178 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Atividade 2
Resposta: D
Comentário: A realização do delineamento dos modelos de estudo traz inúmeros benefícios
ao tratamento protético reabilitador com PPR. Algumas vantagens de se realizar o delinea-
mento foram citadas e deve-se assinalar todas as alternativas.

Atividade 3
Resposta: C
Comentário: Na presença de espaços protéticos de qualquer topografia – dos quatro tipos
de Classe de Kennedy e suas modificações – os dentes adjacentes e antagonistas passarão
por processos de movimentações fisiológicos como extrusões, giroversões, mesializações
ou distalizações que dificultarão a entrada e saída da PPR. Uma possibilidade de identificar
as inclinações indesejáveis dos dentes pilares diretos e adjacentes aos espaços protéticos,
que podem prejudicar o eixo de inserção e remoção das PPRs, é utilizar o delineador, que
auxiliará o profissional na elaboração de um planejamento com base em critérios biomecâ-
nicos, estabelecendo um único eixo de entrada e saída da prótese, sem que haja trauma aos
dentes remanescentes ou aos tecidos moles. Existem vários métodos para a realização do
delineamento dos modelos de estudo: método das bissetrizes, método de Roach ou dos três
pontos e método de Applegate ou das tentativas.

Atividade 4
Resposta: B
Comentário: A partir da definição de uma TI, a ponta analisadora é capaz de identificar as
áreas retentivas e as expulsivas, em que os elementos constituintes da PPR deverão estar lo-
calizados. A ponta acessória do tipo cinzel se presta para o mesmo fim que a faca de recorte;
elas são selecionadas de acordo com a preferência pessoal de cada operador durante o de-
lineamento. Os calibradores de retenção são utilizadas para determinar o grau de retenção
de determinada área retentiva, abaixo do equador protético.

Atividade 5
Resposta: C
Comentário: A determinação e a calibração de uma retenção de 0,25mm é de fundamen-
tal importância para o funcionamento biomecânico adequado das PPRs, em especial dos
grampos de retenção. Assim, o profissional deverá verificar a presença de retenção para os
grampos de acordo com a liga a ser empregada na confecção da estrutura da PPR. A liga à
base de Co-Cr é bastante utilizada e requer uma retenção de 0,25mm. Caso não haja reten-
ção, a prótese ficará comprometida em relação à sua estabilização em boca. Além disso, a
presença de retenções de 0,50 ou 0,75mm para as ligas de Co-Cr poderão atuar iatrogeni-
camente, causando dificuldade de inserção e remoção e fratura ou deformação permanente
dos grampos, levando ao fracasso do tratamento com PPR.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 179


Atividade 6
Resposta: A
Comentário: A retenção dentária é estabelecida com o uso dos calibradores e não guarda
relação com a fixação da TI da PPR.

Atividade 7
Resposta: B
Comentário: O grupo de autores preconiza a realização de um desenho prévio da futura
estrutura metálica da PPR, que deve seguir dois princípios básicos: simplicidade e confor-
to aos pacientes. Desenhos menos rebuscados, grampos mais simples, menor quantidade
de componentes, uso de placas proximais retentivas e estabilizadoras devem ser sempre o
objetivo final do planejamento, além, é claro, de efetividade biomecânica à estrutura e o
menos desconforto possível ao paciente. É a partir desse desenho prévio que o esquema do
delineamento será elaborado, analisado e realizado.

Atividade 8
Resposta: D
Comentário: Há muitas escolas que preconizam diferentes formas de se obter o desenho da
futura estrutura metálica, no entanto será descrita uma forma didática e simples com aplica-
ção imediata, que seguirá o seguinte esquema e ordem: (1) desenho dos apoios: o desenho
dos apoios determinará as linhas de fulcro da PPR, também chamadas de eixo de rotação
da prótese (eixos reais sobre os quais a prótese terá a tendência de se movimentar ao redor
desse eixo); (2) desenho dos grampos ou retentores diretos: de acordo com o tipo de espaço
desdentado presente (extremidade livre ou espaço intercalar), deve-se indicar um grampo
com potencial de maior ou menor retenção, a fim de se minimizar as prováveis movimenta-
ções. Em casos de espaços de extremidade livre, devem ser utilizados grampos com maior
potencial de retenção; em espaços intercalares, devem ser indicados grampos com menor
potencial de retenção; (3) desenho dos conectores menores: a partir dos apoios o do uso
dos conectores menores, estará atuando nas áreas de planos-guia e unindo os retentores
ao conector maior; (4) desenho dos conectores maiores: os conectores maiores irão prover
estabilidade e rigidez ao conjunto. Desenhos mais confortáveis ao paciente devem ser prio-
rizados em função de desenhos mais rebuscados que apresentam maior probabilidade de
problemas durantes os processos de execução laboratorial; (5) desenho das selas: as selas
darão suporte aos dentes artificiais de resina acrílica e à base protética da PPR, porém seu
desenho não deverá interferir na estética ou comprometer os tecidos de suporte.

Atividade 9
Resposta: B
Comentário: O conector maior em formato de letra “U” é o conector universal indicado para
todas as Classes de Kennedy. Possui duas barras laterais e uma barra anterior (mais delgada,
porém mais extensa, com cerca de 10 a 12mm). Esse conector é o preferido pelos autores,
pois, apesar de possuir menos rigidez estrutural, proporciona mais conforto ao paciente.

180 DELINEADORES E DELINEAMENTO...


Atividade 10
Resposta: A
Comentário: O conector maior em formato de letra “D” é conhecido como conector AP.
É indicado nos casos de ausência de tórus palatino (na sua presença, também poderá ser
indicado, mas dependerá do seu tamanho e da sua extensão no palato). De acordo com a
literatura, é o conector com maior rigidez estrutural, porém causa grande desconforto aos
pacientes pela presença da barra posterior. Além da barra posterior, há também duas barras
laterais e outra barra anterior.

Atividade 11
Resposta: C
Comentário: O conector maior do tipo barra lingual é indicado para todas as classes de Ken-
nedy. É uma barra de aproximadamente 3 a 4mm de espessura, que fica distante da margem
gengival lingual em até 3mm e distante do assoalho bucal em 3mm, requerendo, assim, um
espaço entre 8 e10mm da margem gengival até o assoalho bucal.

Atividade 12
Resposta: C
Comentário: O conector maior do tipo placa lingual é o mais indicado nos casos em que não
há espaço para a barra lingual (de 8 a 10mm) e também na presença de mobilidade dental
que requer a esplintagem dos dentes inferiores remanescentes. A diferença entre a barra lin-
gual e a placa é a espessura do conector que, na placa, é mais delgada, porém mais extensa.

Atividade 13
Resposta: B
Comentário: As dez etapas da técnica de delineamento, proposta pelos autores, a serem
seguidas com rigor são: (1) moldagem e obtenção do modelo de estudo; (2) recorte do mo-
delo de estudo; (3) desenho prévio da estrutura metálica (a partir da fotocópia do modelo
ou de um desenho em folha separada); (4) determinação da TI e (5) elaboração do esquema
do PIRE com base no desenho prévio.

Atividade 14
Resposta: C
Comentário: O vazamento do molde com gesso comum ou gesso especial deve ser evitado
para não comprometer o delineamento, pois o gesso comum poderá se desgastar com faci-
lidade. Já o modelo com gesso especial pode dificultar a confecção de plano-guia, caso esse
procedimento seja necessário no delineamento.

| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 3 | 181


Atividade 15
Resposta: C
Comentário: Decorridos aproximadamente 60 minutos do vazamento do molde, o conjunto
moldeira de estoque e material de moldeira deverá ser separado do gesso endurecido. A
remoção do modelo, antes ou depois desse tempo, pode levar à quebra dos dentes. Esse
modelo deverá ser recortado adequadamente com o auxílio do recortador de gesso para
melhor posicionamento e estabilização do modelo nas garras da platina ou na mesa móvel
do delineador.

Atividade 16
Resposta: D
Comentário: A TI é definida como o percurso ou caminho que a PPR faz desde o contato
inicial dos elementos da estrutura metálica com os dentes pilares até o assentamento final
da PPR. Com a mesma direção, mas no sentido contrário, tem-se a trajetória de remoção. Na
literatura, são descritos alguns métodos para se determinar a TI: método de Roach (também
conhecido como método dos três pontos); método das bissetrizes e método de Applegate
(também conhecido como método das tentativas).

Atividade 17
Resposta: B
Comentário: A retenção aos grampos é atribuída na face vestibular dos dentes pilares da
PPR e, nessa face, não há necessidade de se confeccionar o plano-guia. Nas demais faces
(proximais mesial ou distal, linguais ou palatinas), haverá contato friccional dos componen-
tes, diminuição do ângulo morto, menor impacção alimentar e estabelecimento de uma
única TI e remoção à PPR. Todos esses fatores são fundamentais para o sucesso, em longo
prazo, do tratamento com PPR, e a obtenção de plano-guia pode ser considerada a base
fundamental ao sucesso da PPR.

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Como citar este documento

Zavanelli RA, Zavanelli AC, Magalhães JB, Andrade CA, Mazaro JVQ. Delineadores e de-
lineamento: simplificando a técnica do PIRE com efetividade de resultados clínicos – Téc-
nica de Delineamento da Trajetória Constante de Zavanelli. In: Associação Brasileira de
Odontologia; Pinto T, Verri FR, Carvalho Junior OB, organizadores. PRO-ODONTO PROTÉSE
E DENTÍSTICA Programa de Atualização em Prótese Odontológica e Dentística: Ciclo 7.
Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p. 131-84. (Sistema de Educação Continuada
a Distância; v. 3).

184 DELINEADORES E DELINEAMENTO...

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