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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIA PARA EDUCAÇÃO – UEMANET


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

IARA CRISTINA MENDES NOGUEIRA

AVALIAÇÃO – PSICOLOGIA SOCIAL EDUCACIONAL

São Luís
2021
IARA CRISTINA MENDES NOGUEIRA

AVALIAÇÃO – PSICOLOGIA SOCIAL EDUCACIONAL

Atividade desenvolvida para obtenção de nota para a disciplina


Psicologia Social Educacional do curso de especialização em
Psicologia da Educação. Ministrada pelo professor Dr. Zartú
Giglio Cavalcanti.
Tutora a distância: Ivanete Coimbra Cavalcante Sousa.

São Luís
2021
Avaliação:
A atividade desta disciplina consiste em formular uma questão para cada Unidade,
tendo como base o(s) texto(s) de referência.
Da mesma forma, será necessário responder a estas questões e, a partir
do(s) texto(s), após cada resposta, elaborar um comentário pessoal (entre um a dois
parágrafos, no máximo) sobre como seria possível relacionar a questão (pergunta e
resposta elaborada) com uma situação prática ou um exemplo de como você
proporia uma atividade para lidar com a situação (hipotética) no contexto escolar.

UNIDADE I
A escola é uma das importantes instituições sociais por fazer a ponte entre o
indivíduo e a sociedade. Por muito tempo a escola era fechada, no sentido de
proteger as crianças, e apresentava, através de suas atividades, uma sociedade
distante da realidade social que os alunos encontrariam ao deixar os muros da
escola.
Diante de tal afirmação, de que forma os estudos desenvolvidos pela nova
Psicologia Social modificaram essa realidade?
Resposta
A escola desempenha um papel importante quanto à socialização de grupo, pois
colabora no desenvolvimento das vivências subjetivas e na construção da realidade
concreta. Nesse viés, a nova Psicologia Social passou a compreender o homem
como um ser que constrói a si e também a sociedade, por ser de natureza social, ou
seja, passou a com perceber que o homem está em constante transformação, logo o
seu comportamento é reflexo do seu mundo psíquico que é a fonte para
compreender a sua subjetividade. E a participação do indivíduo no ambiente escolar,
proporciona conceber as análises feitas por autores, como Silvia Lane, sobre a
atividade, consciência e identidade. Segundo essas análises, a atividade
proporciona a transferência daquilo que está fora para dentro do homem, logo a
escola deverá proporcionar ou mediar essa apropriação e manuseio dos
conhecimentos e pensamentos dentro de si. Bem como, a consciência que é
estimulada pelas condições externas, que estimulam o cérebro e nos ajuda a
compreender o mundo; nesse caso, a escola deverá proporcionar ao indivíduo
oportunidades de expressar o que está em seu interior. E por fim, a identidade que é
a síntese de si, porém não estática e que o faz ser único, mesmo estando em
ambiente escolar no qual há muitos estão fardados e recebem a mesma
nomenclatura: estudante; porém, o que há dentro de cada um, sua biografia, o
diferencia dos demais.
Tendo como exemplo, uma aluna com uma deficiência cognitiva. Em uma sala de 3º
ano do Ensino Médio, fardada como os demais e cumprindo as mesmas atividades
dos demais. Em evento cultural no qual vários alunos ensaiaram para as suas
apresentações, ela não se intimidou e se inscreveu de última hora. Pediu para
colocarem uma música e dançou, mesmo sem coordenação e desenvoltura dos
demais, porém sabia o que estava fazendo, pois, essa era ela mesma. E não a
aluna que muitos olhavam com pena devido as suas dificuldades em escrever e
compreender as aulas. Ali estava ela sendo autora e personagem de sua própria
história, reproduzindo o que tinha apreendido das relações sociais que ela observou
e colocando em prática. Isto é, atuando sobre o mundo. Provando que não era mais
a mesma a partir da socialização promovida pela escola.

UNIDADE II
Sabendo que o indivíduo não nasce membro de uma sociedade, mas com a
predisposição para tornar-se membro dela, e que a socialização primaria é a base
para a socialização secundária no processo de interiorização da realidade subjetiva;
qual a importância da linguagem nesse processo?
Resposta
A linguagem colabora substancialmente na interiorização dos elementos da
realidade, pois ela permite várias práticas e conhecimentos sejam interiorizados.
Além disso, a linguagem possibilita a troca e posicionamento diante de estruturas ou
esquemas apresentados pelas relações sociais disponíveis. Inicialmente, a criança
absorve e reproduz o que é oferecido pelo seu grupo social disponível, nesse caso o
grupo familiar. A partir do momento em que é inserida em outras instituições, por
exemplo a escola, ela desenvolverá interiorizará novos esquemas e estruturas que
influenciarão na construção da sua socialização secundária, na consciência e
permitirá altenações, que implica na reorganização do seu aparelho de conversa.

UNIDADE III
“Diferença e igualdade. É a primeira noção de identidade”. (CIAMPA, 2001, p. 63).
De que forma essa dicotomia é percebida como identidade em um indivíduo no seu
convício social?
Resposta
A identidade é que nos diferencia de outros indivíduos, ou seja, é
reconhecimento de si, ainda que estejamos/ façamos parte de um mesmo grupo
social. Dessa forma, ela não pode ser construída pelos grupos os quais fazemos
parte. No entanto, devemos lembrar que a identidade está em contínua
transformação; mas ainda assim, nos torna único. Um jovem pode ser visto como
estudante ao andar fardado pela rua, com um grupo de jovens também fardados e
ao entrar em seu lar passa a ser visto como filho ou irmão de alguém. Essas
informações revelam a identidade palpável que poderá igualar a outros, porém é a
sua identidade intrínseca que o diferencia de todos.
No contexto escola, podemos perceber essa situação ao observarmos a lista
de alunos e encontrar duas alunas por nome Jéssica. Supondo ter havido um relato
de mal comportamento em sala e a informação é que a “Jéssica”, sem especificar
qual das duas, foi autora desse problema, ocorrerá um mal entendido se o professor
não conhecer os atributos visíveis da identidade de cada uma. E se a Jéssica
inocente dessa história não for consciente de sua própria identidade, não conseguirá
se defender. Diante dessa situação, os professores e os próprios colegas deverão
ter o mínimos de conhecimento sobre a identidade perceptível de um aluno/ colega.

REFERÊNCIA
BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de sociologia do
conhecimento. 24. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2004, p. 173-195.
BOCK, Ana Mercês Bahia. FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma
introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001.
CIAMPA, Antonio da Costa. Identidade. In: A Estória do Severino e a História da Severina. São Paulo:
Brasiliense, 2001, p. 58-75.
LANE, Silvia T.M. O processo grupal. In: LANE, Silvia T. M.; CODO, Wanderley (Orgs.). Psicologia Social:
o homem em movimento. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1989, p. 78-98.

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