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Aula para Prática 5

Laboratório de Fluidos
Curvas de bombas centrífugas

Prof. Me. Hélio A. G. Diniz


heliomecanica@ufmg.br
Equação da energia com a presença de uma
máquina
A equação da energia pode ser reescrita retirando-se uma das
hipóteses simplificadoras, que diz que “não há máquinas
hidráulicas instaladas no trecho em estudo”.
Tem-se que uma máquina é um equipamento que fornece ou
retira energia do fluido, na forma de trabalho.
Sabe-se que uma máquina que fornece energia ao fluido é uma
bomba hidráulica e uma máquina que retira energia do fluido é
uma turbina.
Nossa análise vai ser focada na equação de Bernoulli, utilizando
a energia total por unidade de peso:
Equação da energia com a presença de uma
máquina
Bomba hidráulica

Se a máquina for uma bomba hidráulica, tem-se que o fluido


receberá uma quantidade de energia. Podemos inserir na
equação o termo de energia que foi adicionado pela bomba
hidráulica:

O termo 𝑯𝑩 é chamado de altura manométrica da bomba


hidráulica, ou simplesmente, carga da bomba.
Altura Manométrica

A altura manométrica de uma bomba é o valor que representa o


ganho de energia de pressão do líquido entre a entrada e a saída
da bomba.
É a energia que a bomba deve transmitir para o fluido para o
transporte de uma determinada vazão até o ponto final designado
pelo sistema.
Turbina hidráulica

Se a máquina for uma turbina hidráulica, tem-se que a turbina


retira do fluido uma quantidade de energia. Podemos inserir na
equação o termo de energia que foi retirado pela turbina
hidráulica:

𝑯𝟏 = 𝑯𝑻 + 𝑯𝟐

O termo 𝑯𝑻 é chamado de altura manométrica da turbina


hidráulica, ou simplesmente, carga da turbina.
Equação geral de energia com máquinas

𝒉𝑳 (m) é a perda de carga do sistema de tubulação (tubos,


conexões e acessórios) devido aos atritos associados ao
escoamento do fluido.
Caso o fluido seja gasoso, a bomba é substituída por um
compressor (quando a pressão de descarga é elevada em relação
ao ambiente) ou um ventilador (quando a pressão de descarga é
próxima ao ambiente).
Sistema de bombeamento

Cálculo por meio da perda de carga total do sistema.

𝑃2 𝑃1 𝑉22 𝑉12
𝐻= − + − + 𝑧2 − 𝑧1 + ෍ 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠
𝛾 𝛾 2𝑔 2𝑔

ZA

D
ZB

Zc S
1
C
Sistema de bombeamento

Cálculo por meio da leitura dos manômetros.


𝑃𝑚𝑎𝑛 − 𝑃𝑣𝑎𝑐
𝐻= +𝑚
𝛾

𝑃𝑚𝑎𝑛 = 𝑃3 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 (manômetro)


𝑃𝑣𝑎𝑐 = 𝑃0 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 (vacuômetro): Vai indicar valor negativo, pois 𝑃0 < 𝑃𝑎𝑡𝑚

3: descarga da bomba m: cota entre o centro


dos instrumentos

0: admissão da bomba
Equação geral de energia com máquinas
Potência de uma Bomba hidráulica

A potência de uma bomba hidráulica pode ser dada por:

𝜸𝑸𝑯𝑩 potência útil


𝑷𝒐𝒕𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 =
𝜼𝑩

Onde:
[𝑷𝒐𝒕𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 ] = W
[𝜸] = N/m³ (peso específico do fluido)
[Q] = m³/s (vazão volumétrica)
𝟎 < 𝜼𝑩 < 𝟏 (rendimento da bomba)

Parte da energia que a bomba imprime ao fluido 𝜸𝑸𝑯𝑩 é perdida no


interior da bomba por atritos em geral. Logo, a bomba precisa fornecer
uma energia extra para compensar essas perdas.
Potência de uma Turbina hidráulica

A potência de uma turbina hidráulica pode ser dada por:

𝑷𝒐𝒕𝒕𝒖𝒓𝒃𝒊𝒏𝒂 = 𝜼𝑻 𝜸𝑸𝑯𝑻

Onde:
[𝑷𝒐𝒕𝒕𝒖𝒓𝒃𝒊𝒏𝒂 ] = W potência útil
[𝜸] = N/m³ (peso específico do fluido)
[Q] = m³/s (vazão volumétrica)
𝟎 < 𝜼𝑻 < 𝟏 (rendimento da turbina)

Parte da energia que o fluido transporta 𝜸𝑸𝑯𝑻 é perdida no interior da


turbina por atritos em geral. Logo, a potência produzida pela turbina é
menor que a energia que o líquido transporta.
Tipos básicos de instalações

• Bomba acima do nível do reservatório


Tipos básicos de instalações

• Bomba abaixo do nível do reservatório (afogada)


Rendimentos
Rendimento hidráulico (𝜺): Devido a perdas de energia pelo
escoamento do fluido dentro da bomba, principalmente por
turbilhonamento.

Rendimento mecânico ( 𝝆 ): Devido a perdas mecânicas nos


mancais de rolamento da bomba.

Rendimento total (𝜂)


𝜂 = 𝜀.𝜌
Nas grandes bombas centrífugas, o rendimento ultrapassa a 85%.
Um valor razoável para estimativa é de 60% em bombas pequenas
e 75% em bombas médias.
Curva característica de um encanamento

A figura apresenta uma instalação de bombeamento.

𝐻 = ℎ𝑒 + ℎ𝐿

A função ℎ𝐿 = f(Q²) pode ser representada por uma curva de


formato parabólico, tendo para eixo de simetria o das ordenadas.
Curva característica de um encanamento
Curva característica de um encanamento

A figura apresenta uma curva de encanamento.


Curva característica de um encanamento

• Ela permite determinar quais as condições (valores de Q e H)


com as quais uma bomba ligada a um dado encanamento irá
funcionar.
• Esses valores caracterizam o ponto de funcionamento da
bomba, que é o ponto P de equilíbrio natural do sistema
bomba-encanamento. É também chamado de ponto de
trabalho da bomba.
Regulagem das bombas atuando no registro

• Seria desejável que o ponto P correspondesse ao rendimento


máximo da bomba, o que equivale a dizer que Qp, (descarga para
o ponto de funcionamento) fosse o Q normal.
• A descarga Qp, correspondente ao registro todo aberto é a
máxima com que o sistema pode funcionar. Com o registro,
podemos regular a descarga apenas para valores menores que
Q p.
• Se fecharmos parcialmente o registro, a descarga baixará, por
exemplo, para o valor Qm. Nessas condições, a energia fornecida
pela bomba será superior às resistências do encanamento. A
sobra de energia se perde por turbulências no registro e no
interior da própria bomba.
Regulagem das bombas atuando no registro

• Há um gasto inútil de energia devido a essa perda, e isso


explica o baixo rendimento da bomba quando funciona com
descarga inferior ao seu "valor normal". Assim quanto menor for
a descarga, tanto maior será o dispêndio inútil de energia.
• Portanto, com o registro parcialmente fechado, a descarga cai
para o valor Qm, e a altura manométrica aumenta, pois o
ponto de funcionamento P se desloca para M.
• Apesar dos inconvenientes que apresenta, esse processo de
regulagem da descarga por meio do registro é largamente
aplicado devido à sua simplicidade e à complexidade dos
outros recursos mais aconselháveis.
Regulagem pela variação da velocidade

• Esta solução alcança os melhores resultados, pois, variando a


velocidade, consegue-se que o par de valores H e Q se
mantenha sobre a curva de melhor rendimento da bomba.
• É empregado quando a bomba é movida por motores de
corrente contínua, cuja velocidade pode ser facilmente
modificada pela variação do campo eletromagnético, obtido
com um reostato.
• Para motores de corrente alternada, empregam-se, em
instalações de certo porte, os variadores de velocidade
hidrodinâmicos ou hidrocinéticos e magnéticos, ou motores de
características especiais com equipamentos também especiais.
Regulagem pela variação da velocidade

• Suponhamos que a bomba gire em n3 rpm, fornecendo uma


descarga Q3, ligada a um encanamento cuja curva característica
C foi traçada.
• Se desejarmos que a descarga aumente para Q1, por exemplo,
atuaremos sobre o dispositivo que regula o número de rotações
da bomba, que passará a ser n1.
• Nestas condições, o novo ponto de funcionamento da bomba
será B.
• É claro que a potência que o motor deve fornecer aumentará.
Regulagem pela variação da velocidade
Variação das grandezas

• A bomba é projetada para atender a um valor prefixado do número n


de rotações. Com esse valor do número de rotações, operará com
uma descarga Q, uma altura de manométrica H, proporcionando um
rendimento total máximo ηmax .
• Pode-se desejar que a bomba funcione com outros valores da
descarga ou da altura de elevação, e uma das soluções consiste em
variar o número de rotações.
• Isto pode ser feito utilizando-se "variadores de velocidade"
mecânicos, hidrodinâmicos e magnéticos, quando se tratar de motor
de corrente alternada, ou mudando-se a rotação pela variação do
campo magnético, se o motor for de corrente contínua. Inversores de
frequência são bastante utilizados.
• Dentro de certos limites da variação do número de rotações, o
rendimento baixa a valores ainda aceitáveis.
Curvas de igual rendimento
Corte nos rotores

A bomba é projetada para funcionar com certo par de valores de Q e H,


mas pode-se desejar que esta mesma bomba seja empregada com
outros valores dessas grandezas.
Quando, dentro do campo de valores correspondentes a rendimentos
aceitáveis, não se conseguem esses valores para uma dada bomba,
pode-se recorrer ao corte no rotor que vem a ser a redução em seu
diâmetro, com apenas uma operação mecânica de usinagem de modo
a obter-se um diâmetro 𝑑′2 , menor do que 𝑑2 , sem alterar as demais
peças da bomba e sem afetar as coroas entre as quais se acham as pás.
Corte nos rotores

O rendimento cai um tanto, o que todavia não impede o uso desse


recurso, principalmente pelos fabricantes de bombas, por permitir sua
utilização para faixas mais amplas da descarga e da altura sem alteração
nas demais peças constitutivas da bomba.
Corte nos rotores
Exemplo 1
Os dados abaixo são referentes a uma bomba centrífuga operando
com uma vazão (água) de 10 m³/h e uma eficiência de 50%.
Considerando a aceleração da gravidade como sendo de 10 m/s²,
determine a potência necessária para acionar a bomba (kW). Dado:
peso específico da água igual a 10.000 N/m³.
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 2
Exemplo 2
Exemplo 3
Exemplo 3
Exemplo 3
Fenômeno de Cavitação

• No deslocamento de superfícies constituídas por pás,


como sucede nas turbomáquinas e nas hélices de
propulsão, ocorrem inevitavelmente rarefações no
líquido, isto é, pressões reduzidas devidas à própria
natureza do escoamento ou ao movimento impresso
pelas peças móveis ao líquido.
• Se a pressão absoluta baixar até atingir a pressão de
vapor do líquido na temperatura em que este se
encontra, inicia-se um processo de vaporização do
mesmo.
• Inicialmente, nas regiões mais rarefeitas, formam-se
pequenas bolsas, bolhas ou cavidades (daí o nome de
cavitação) no interior das quais o líquido se evapora.
Fenômeno de Cavitação

• Em seguida, conduzidas pela corrente líquida provocada pelo


movimento do órgão propulsor e com grande velocidade,
atingem regiões de elevada pressão, onde se processa seu
colapso, com a condensação do vapor e o retorno ao estado
líquido.
• As partículas formadas pela condensação se chocam muito
rapidamente umas de encontro às outras, e de encontro à
superfície que se anteponha ao seu deslocamento.
• Há formação de ondas de choques que interagem com os
elementos do órgão da bomba, palhetas e disco do rotor.
Fenômeno de Cavitação

• As superfícies metálicas onde se chocam as partículas


resultantes da condensação são submetidas a uma atuação de
forças que produzem percussões, desagregando elementos
de material de menor coesão, e formam pequenos orifícios,
que, com o prosseguimento do fenômeno, dão à superfície
um aspecto esponjoso, rendilhado, corroído.
• É a erosão por cavitação.
• O desgaste pode assumir proporções tais que pedaços de
metal podem soltar-se das peças.
• Os efeitos da cavitação são visíveis, mensuráveis e até
audíveis, parecendo o crepitar de lenha seca ao fogo ou um
martelamento com frequência elevada.
Fenômeno de Cavitação

Além de provocar corrosão, desgastando, removendo partículas


e destruindo pedaços dos rotores e dos tubos de aspiração junto
à entrada da bomba, a cavitação se apresenta, produzindo:
• queda de rendimento;
• trepidação e vibração da máquina, pelo desbalanceamento
que acarreta;
• ruído;
• No caso da água, a cavitação tem maiores efeitos para
temperatura acima dos 45°C.
Fenômeno de Cavitação
Fenômeno de Cavitação
Fenômeno de Cavitação
NPSH

A fim de caracterizar as condições para que ocorra boa


"aspiração“ do líquido, foi introduzida na terminologia de
instalações de bombeamento a noção de NPSH.
• Esta grandeza representa a disponibilidade de energia
com que o líquido penetra na boca de entrada da
bomba e que a ele permitirá atingir o bordo da pá do
rotor, chama-se, em publicações em inglês, NPSH - Net
Positive Suction Head.
• "Altura Positiva Líquida de Sucção” ou o nome de
"Altura de Sucção Absoluta".
NPSH

Ao estudarmos as parcelas de energia numa instalação de


bombeamento, vimos que a equação da energia aplicada
entre a superfície livre do líquido na captação e na
entrada da bomba (que se supõe na altura do centro da
bomba) nos fornecia:

𝑯𝒃 pressão atmosférica
𝑷𝒐 pressão na entrada da bomba
𝑽𝒐 velocidade na entrada da bomba
𝒉𝒂 altura estática de aspiração
𝑱𝒂 perda de carga na aspiração
NPSH
NPSH

Adotamos os seguintes índices que aparecerão nas futuras


equações, representam a localização da massa fluida pela bomba.

0. Seção de entrada da bomba


1. Entrada do rotor
2. Saída da pá do rotor
3. Seção de saída da bomba
4. Seção de saída do encanamento de recalque

A seção de saída da bomba muitas vezes fica localizado acima do


plano horizontal que passa pelo centro do rotor e a uma
distância vertical “i”. Sendo “m” a cota entre os dois
instrumentos.
NPSH
NPSH

• Pressão absoluta e pressão relativa

Se considerarmos a pressão atmosférica ao nível do mar,


essa pressão é de 10,33 m.c.a. ou 1,033 kgf/cm², sendo
também conhecida como pressão barométrica.

• Pressão barométrica (atmosférica)

𝐻𝑏𝑎𝑟 = 10 𝑚. 𝑐. 𝑎. = 1 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²

Chamada de atmosférica técnica (aproximação da real).


NPSH

Encanamento de aspiração: Tubulação que liga até o


nível de drenagem do fluido a ser bombeado. Usa-se um
vacuômetro para medir a pressão 𝑃0 .

Encanamento de recalque: Tubulação que liga a saída da


bomba até o reservatório onde o fluido é armazenado
após ser bombeado. Usa-se um manômetro para medir
a pressão 𝑃3 .
NPSH

• Altura estática de aspiração (ℎ𝑎 )

Diferença de cota entre o nível do centro da bomba e o


da superfície de capitação.

• Altura estática de recalque (ℎ𝑟 )

Diferença de cotas entre o nível do centro da bomba e a


saída do tubo de recalque.
NPSH

Como esse conceito se refere à disponibilidade de


energia do líquido ao entrar na bomba, a qual depende
da maneira como é projetada a instalação, o NPSH neste
caso é chamado disponível. Seu valor é determinado por:

𝑯𝒂 é altura total de aspiração: 𝑯𝒂 = 𝒉𝒂 + 𝑱𝒂


𝑯𝒃 é a altura barométrica ou atmosférica:
𝐻𝑏 = 10,33 𝑚. c. a.
É importante conhecer o valor da diferença entre a
energia total absoluta e a pressão de vapor do líquido 𝒉𝒗 ,
na temperatura em que o mesmo está sendo bombeado.
NPSH

O líquido pode estar sujeito a uma pressão diferente da


atmosférica, de modo que podemos escrever, para o
𝑷
caso geral, em vez de 𝐇𝐛 , e como o nível do líquido no
𝜸
reservatório pode estar abaixo ou acima do centro da
bomba, o sinal de 𝒉𝒂 será:
• Positivo se a bomba estiver acima do reservatório de
aspiração (bomba normal)
• Negativo se a bomba estiver abaixo do reservatório de
aspiração (bomba afogada).
NPSH
NPSH

A fim de evitar que ocorra o fenômeno de cavitação, a


𝑃𝑜
pressão na boca de entrada da bomba deve ser maior
𝛾
que a pressão do vapor ℎ𝑣 do líquido.

𝑃𝑣 𝑃𝑎
ℎ𝑣 = ( ) 𝛾 = 𝜌𝑔
𝛾 𝑁/𝑚³

O 𝑵𝑷𝑺𝑯𝒅𝒊𝒔𝒑 está relacionado com a energia disponível


no encanamento de aspiração que evite a cavitação da
bomba.
NPSH
Propriedade da água no estado líq-vap
Propriedade da água no estado líq-vap
NPSH
NPSH

• Uma certa parcela de energia da aspiração é perdida


inevitavelmente no processo de sucção do rotor da bomba e
portanto deve ser fornecida pela instalação à bomba, uma
vez que se processa numa região em que o rotor ainda não
fornece energia ao líquido (boca da bomba).
• Essa parcela de energia requerida pela bomba é obtida à
custa da energia disponível da instalação. Chamaremos ela
de Δh e que é assim "requerida" (demandada) pela bomba.
• É por isso que essa parcela de energia perdida é chamada de
NPSH requerido pela bomba.
• O NPSH𝐫𝐞𝐪 é determinado pelo fabricante da bomba, e
cada tipo de bomba precisa dessa energia requerida para
poder funcionar bem, sem cavitá-la.
Portanto, NPSH𝐫𝐞𝐪 = 𝚫𝐡.
NPSH

Então, para se evitar a cavitação, deve-se ter:

NPSH𝐝𝐢𝐬𝐩 > NPSH𝒓𝒆𝒒

A parcela de energia de pressão Δh deve ser fornecida as


custas do NPSH𝐝𝐢𝐬𝐩 para que a pressão da bomba não
desça até a pressão de vaporização do líquido.
Essa parcela Δh depende da velocidade específica da
bomba, que por sua vez depende da rotação, altura
manométrica e vazão de operação.
NPSH

É preciso que haja uma diferença entre o NPSH𝐝𝐢𝐬𝐩 e o NPSH𝒓𝒆𝒒


para que exista uma "reserva" ou "segurança“ para não ocorrer
cavitação.

Observar que NPSH𝐝𝐢𝐬𝐩 é dependente e calculado a partir dos


dados da configuração da instalação de bombeamento.
Já o NPSH𝒓𝒆𝒒 é dependente e calculado a partir dos dados da
operação da bomba.
A Reserva deve ser positiva, caso contrário haverá cavitação.
Fator de cavitação

A grandeza σ é o fator de cavitação.


Depende da velocidade específica, e, quanto maior for o
𝑛𝑠 , maior será o valor de σ e, portanto, menor o valor da
altura estática de aspiração ℎ𝑎 .

H: altura manométrica
Fator de cavitação

Por essas expressões, saberemos a que altura a bomba


pode ser colocada acima ou abaixo do nível do líquido do
reservatório de aspiração. Se ℎ𝑎 , for negativa, a bomba
deverá trabalhar abaixo do nível do líquido, isto é,
"afogada".
O fator de cavitação o pode ser calculado pela seguinte
fórmula empírica, a qual foi determinada após um número
grande de ensaios:
Fator de cavitação
Fator de cavitação
Fator de cavitação

Como σ aumenta com a velocidade específica, as


bombas de 𝒏𝒔 elevado exigem alturas de aspiração
reduzidas, ou mesmo negativas (bomba afogada).
A altura de aspiração negativa é indispensável nas bombas
axiais. Vemos nas figuras como, para uma mesma altura
estática de elevação ℎ𝑒 , as bombas ficarão em níveis
diversos de acordo com a velocidade específica da bomba.
Fator de cavitação
Fator de cavitação

A Figura a seguir mostra uma instalação com as curvas


que caracterizam seu funcionamento. À direita do ponto
de encontro das curvas NPSH𝐝𝐢𝐬𝐩 com NPSH𝒓𝒆𝒒 observa-
se a zona de cavitação.
A curva de NPSH𝒓𝒆𝒒 é traçada pelo fabricante do
equipamento e depende somente de variáveis de
funcionamento do equipamento.
A curva NPSH𝒅𝒊𝒔𝒑 pode ser traçada pelo projetista do
encanamento e depende deste, principalmente da perda
de carga.
Fator de cavitação
Exemplo 4
Exemplo 5
Exemplo 5
Exemplo 6
Exemplo 6
Referências
Çengel, Yunus A.; Cimbala, John M. Mecânica dos fluidos:
fundamentos e aplicações. São Paulo: McGraw-Hill, 2011.
Fox, R.W.; Mcdonald, A.T.; and Pritchard, P.J.. Introduction to fluid
mechanics, 5th edition, John Wiley & Sons, New York, 2010.
Macintyre, A. J. Equipamentos industriais e de processo. Rio de
Janeiro: LTC, 1997.
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