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O presente material é destinado a servir como roteiro nas aulas do curso de Terapia Floral.
O conteúdo foi reunido de vários autores, não sendo este trabalho de natureza genuína. É uma
coletânea de textos, ajustados em função dos objetivos de oferecer um conhecimento significativo
desta matéria aos futuros terapeutas.
Advertimos também que o destino deste é única e exclusivamente o de servir como roteiro de
aula, não sendo permitida a reprodução e nem o destinando à venda.
Sugerimos a todos que desejarem aprofundamento neste assunto que adquiram os livros
constantes na bibliografia.
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DELTA Educação Continuada
1886 - Nasce em Mosley, Inglaterra, em 24 de setembro de 1886. Desta infância vivida próxima
ao campo nasceu o amor de Bach pela natureza. Conta-se que ele realizava longas caminhadas
pelo campo e pelas montanhas. E que era capaz de ficar horas concentrado apreciando a
natureza.
Era dotado de grande compaixão, pois todo sofrimento, seja de que criatura fosse, despertava
nele o desejo de ajudar e a vontade de amparar e curar. Este traço fez surgir cedo a vontade de
ser médico ou pastor.
Com 16 anos terminou a escola. Antes de ir para a universidade trabalhou por 3 anos em uma
fundição de cobre da família (1903). Seu desejo era fazer economia para custear parcialmente
seus estudos, apesar de sua família possuir uma boa condição financeira. Bach, com sua índole
determinada, já nutria fortes anseios de liberdade e independência. Aos 17 anos começou a
trabalhar também junto a cavalaria de Worcestershire.
Cita-se que nesta fase da vida Bach já fazia críticas à medicina pois achava os tratamentos caros
e pouco satisfatórios. E, observando nos funcionários da fundição o aspecto mental da doença, já
pensava que poderia existir um método que curasse o corpo e tranqüilizasse a mente. Não se
conformava com os tratamentos paliativos que seus colegas trabalhadores recebiam, e acreditava
haver um meio de curar realmente, inclusive as doenças tidas como incuráveis.
Com 20 anos entrou na Universidade de Birmingham como estudante de Medicina.
1913 - Além dos diplomas e títulos que obteve ao se formar, recebeu também os títulos de
Bacteriologista e Patologista.
Observou que o mesmo tratamento aplicado a pessoas diferentes nem sempre surtia o mesmo
efeito. Percebeu também que medicamentos eficazes para algumas pessoas nem sempre
atuavam em outras, e que clientes terapêuticos com temperamento similares se curavam com
remédios também similares. Ficou evidente a importância da índole do doente e que esta tinha
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DELTA Educação Continuada
influência no tratamento a ser ministrado, e o mais importante, o corpo físico ficou menos
importante que o equilíbrio emocional.
A personalidade do cliente terapêutico, o ser humano enfermo, era para Bach a principal
indicação do tratamento exigido; o panorama da vida do cliente terapêutico, suas emoções, seus
sentimentos, eram todos pontos de importância fundamental no tratamento das incapacidades
físicas.
1917 - Neste ano, foi rejeitado para servir na Guerra fora do país, provavelmente por sua saúde
frágil. Entretanto, ficou responsável por 400 leitos no "University College Hospital", com o trabalho
no Departamento de Bacteriologia e também como Assistente Clínico do Hospital da Escola de
Medicina (período de 1915 a 1919). Trabalhou incansavelmente mesmo não sentindo-se bem, e,
após avisos constantes de pré-estafa não respeitados, teve uma severa hemorragia em julho de
1917. Submetido a uma cirurgia de urgência, foi-lhe comunicado que talvez não tivesse mais que
três meses de vida.
No entanto, sentindo uma melhora, reuniu suas forças e foi para o laboratório trabalhar. Passou a
dedicar-se à pesquisa dia e noite. Além de não pensar na doença por ter a sua mente ocupada,
volta a trabalhar em função do objetivo da sua vida lhe trazia energia para prosseguir. Em pouco
tempo estava totalmente recuperado.
Passou a ser cada vez mais conhecido pelas suas descobertas no campo da bacteriologia.
Trabalhou em tempo exclusivo para o "University College Hospital", e depois como bacteriologista
do "London Homeopathic Hospital", permanecendo lá até 1922.
Foi nesta situação que conheceu a Doutrina de Hahnemann e seu livro básico: o "Organon da
Arte de Curar", escrito mais de cem anos antes do seu tempo. Descobriu a genialidade de
Hahnemann, que curava mais guiado pelos sintomas mentais que pelos físicos.
Na direção do Hospital Homeopático de Londres, prepara vacinas como nosódios homeopáticos
para toxemia intestinal. Classifica os sintomas emocionais dos clientes terapêuticos e relaciona
com cada grupo de bactérias. Sente, então, a necessidade de pesquisar um sistema de cura, que
garanta o equilíbrio entre corpo, mente e espírito, aliviando os sofrimentos e tratando a pessoa no
lugar da doença.
Os nosódios intestinais, ficam conhecidos como Nosódios Homeopáticos de Bach em toda a
Grã-Bretanha e também em vários outros países.
Bach começou então a tentar substituir os nosódios por medicamentos preparados de plantas, e
foi nessa altura que utilizou, pelo sistema homeopático de diluição e potencialização (agitação)
duas flores que trouxe de Gales em 1928. Estas plantas eram Impatiens e Mimulus. Pouco depois
também preparou outro de Clematis. Os resultados foram encorajadores.
Bach teve o insight de que deveria existir um medicamento que aliviasse o sofrimento comum a
cada grupo de indivíduos de comportamento semelhante.
1930 - resolveu largar toda sua rendosa atividade em Londres, o consultório da Harley Street e os
laboratórios, para buscar na natureza este sistema de cura que idealizara desde pequeno, e que
sentia estar próximo dele. A homeopatia não estava longe, mas não era exatamente o que
procurava.
Deixou, portanto, a fama, o conforto e um lugar de destaque na sociedade médica londrina. Antes
de ir, queimou tudo o que já tinha escrito até então e deixou o resto do trabalho para ser concluído
pelos colegas e auxiliares que trabalhavam com ele.
A maioria dos colegas o condenou.
Foi, no entanto, encorajado pelo Dr. John Clark, diretor do Homeopathic World, um jornal médico
homeopático, que colocou seu periódico à disposição para que Bach publicasse suas
descobertas. Esta oportunidade foi totalmente aproveitada por Bach.
Tinha, então, 44 anos. Partiu para Gales. Ao chegar, descobriu que levara por engano uma mala
com calçados no lugar de uma com o material necessário para o preparo de medicamentos
homeopáticos: almofariz, vidros, etc. Isto acabou impulsionando-o mais rapidamente na direção
da descoberta de um novo sistema de extrair as virtudes medicamentosas das plantas.
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DELTA Educação Continuada
Em maio de 1930, Bach observou o orvalho em uma flor recebendo os raios solares. Intuiu que
aquela gota exposta ao sol poderia estar magnetizada com as propriedades energéticas da flor.
Imediatamente começou sua pesquisa. Coletava as gotas de orvalho de várias plantas, algumas
que ficaram expostas ao sol, outras que ficaram à sombra. Testou em si, persistentemente, o
efeito de cada um dos orvalhos recolhidos. Após exaustivas pesquisas Bach avaliou que as gotas
expostas ao sol poderiam servir como remédios. Faltava, porém, saber quais plantas seriam
utilizadas (e para o que) e ainda descobrir uma forma mais simples de coletar as essências das
flores. Ainda em 1930 Bach resolveu testar um método de extração mais simples: colocar as flores
em uma jarra com água exposta ao sol. Este método ganhou o nome de método solar.
Neste mesmo ano Bach escreve o livro “Cura-te a ti mesmo”, que revela de modo claro sua visão
da doença como uma conseqüência dos estados mentais da pessoa. E descreve os melhores
remédios como sendo aqueles que ajudam as pessoas a se livrarem dos estados mentais
negativos que causam a doença.
Entre agosto de 1930 e a primavera de 1931 Bach morou na vila de Cromer, a beira mar. Após
isto, voltou para Gales, foi para Londres, e mudou várias vezes. Na realidade ele ficou viajando
pelo país a maior parte do tempo, procurando nos campos as plantas que curariam os estados
mentais que já havia identificado. Até 1932 descobriu 12 flores.
Apesar das constantes viagens Bach não deixou de clinicar. clientes terapêuticos de vários
lugares do país iam se consultar com ele. À medida em que suas pesquisas avançavam e seu
conhecimento dos estados mentais amadurecia, mais e mais exemplos da eficiência deste modo
de tratamento apareciam. Para sua satisfação ele via suas essências agirem mesmo em clientes
terapêuticos cujos problemas ele não havia conseguido melhorar quando utilizava a medicina
tradicional. Este êxito inicial foi importante para mostrar que estava no caminho correto: as
essências eram úteis e a forma de diagnosticar era correta.
1932 - fica dois meses em Londres clinicando, porém não se adapta a vida na cidade grande.
Durante seu tempo livre visita os parques londrinos e escreve dois livros: Liberte-se e Os doze
Remédios Curadores.
Nesta fase de suas pesquisas, Bach decidiu que deveria começar a popularizar suas descobertas.
Escreveu artigos para o público em geral e colocou anúncios em jornais. Imediatamente o
Conselho Britânico Médico o advertiu sobre os anúncios. Ele respondeu que estava divulgando
algo que era útil e importante para as pessoas conhecerem. Este incidente, que terminou com a
troca de algumas cartas, foi simbólico por demonstrar que a terapia floral ia além do campo
restrito da medicina e que esta deveria ser praticada por curadores não médicos. O fato de Bach
ter auxiliares não médicos foi motivo para outro problema com este Conselho, em 1936, pouco
antes do seu falecimento.
1933 - descobre as outras 4 essências (correspondentes a mais quatro estados mentais) a que dá
o nome de “Os Quatro Auxiliares”. Como o próprio nome indica estas essências teriam como
função auxiliar o trabalho das outras doze essências já descobertas. Publica o livro: Os Doze
Remédios Curadores e os Quatro Auxiliares.
1934 - cria a primeira versão do seu remédio mais famoso: Rescue (com Rock Rose, Clematis,
Impatiens). Descobre outras três essências e os quatro auxiliares tornam-se sete. Muda-se para
Sotwell, para uma casa chamada “Mount Vernon”.
1935 - Bach descobre 19 novas essências completando as 38 essências do seu sistema. Também
descobre o método de extração por fervura. Foi um período intenso de trabalho, pois Bach
normalmente observava nas pessoas e em si os estados mentais negativos e depois de identificá-
los procurava pelas plantas necessárias para melhorá-los, o que significava testar em si mesmo
os efeitos das essências. Este intenso trabalho externo e interno desgastou muito sua energia e
sua vitalidade, o que piorou muito sua frágil saúde.
Ele necessitava descansar, mas o número de clientes terapêuticos aumentava constantemente.
Ele atendia a todos, sem cobrar, satisfeito em ver os resultados benéficos de suas essências.
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DELTA Educação Continuada
Neste ano seus florais já eram utilizados em muitas cidades e até no exterior, com bons
resultados. Para Bach o teste definitivo das suas essências e do seu método de diagnóstico era a
cura dos clientes terapêuticos.
1936 - escreve “Os Doze Remédios Curadores e Outros Remédios”, com uma descrição clara e
simples das 38 essências e dos 38 estados mentais que elas curam. Sua obra estava terminada.
Como a difusão apenas começava, encarregou seus dois principais assistentes desta tarefa.
Morreu dormindo em 27 de novembro de 1936 (de parada cardíaca com 50 anos de idade) em
sua casa em Monte Vernon, Grã Bretanha, onde hoje funciona o Bach Centre e onde são colhidas
as flores e preparadas as essências.
“Durante alguns dias antes da descoberta de cada um, ele próprio sofria do estado
mental para o qual aquele remédio em particular era necessário e sofria-o num tal
grau de intensidade que aqueles que estavam com ele maravilhavam-se com o fato
de ser possível a um ser humano sofrer assim e recuperar, depois, sua sanidade. E
ele não apenas passava por terríveis agonias mentais, mas alguns estados mentais
eram acompanhados por uma doença física em sua forma mais severa.
Tais experiências exigiam coragem e fé acima do normal, pois, embora Bach
soubesse que, com a descoberta do remédio correto, aquela determinada tortura
mental e física cessaria, havia dezenove remédios a serem descobertos e, para
cada um, um grande sofrimento a ser suportado”.
Do Livro: As descobertas Médicas de Edward Bach, pág. 114. Autora: Nora Weeks. Ed. Inst Dr.
Edward Bach.
Os colaboradores do Dr. Bach, Nora Weeks e Victor Bullen, indicados por ele como seus
sucessores, deram continuidade ao seu trabalho até 1978. Estes, por sua vez,
determinaram a administração e custódia da obra no Centro Bach, as quais, são
rigorosamente seguidas até hoje.
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DELTA Educação Continuada
Cura-te a ti Mesmo
Para o Dr. Bach, o verdadeiro estudo da doença estava em assistir cada cliente terapêutico, o
modo pelo qual cada um era afetado por ela e como as diferentes reações influenciavam o
desenrolar, a severidade e a duração dessa doença.
"A maior contribuição que podemos dar aos outros é sermos nós mesmos, felizes e
esperançosos; assim podemos tirá-los do seu desalento."
"É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico e
que, dos dois, o físico é infinitamente menos importante." (Dr. Edward Bach)
"A personalidade do indivíduo é até mesmo mais importante do que o corpo no tratamento
de sua doença." (Dr. Edward Bach)
"A doença é o resultado de um conflito que surge quando a sua personalidade se recusa a
obedecer os ditames da alma e há desarmonia entre o Eu Espiritual (Superior) e a
personalidade inferior, que é como nos conhecemos." (Dr. Edward Bach)
"A doença é o resultado do conflito entre a alma e a mente, e ela jamais será erradicada
exceto por meio de esforços mentais e espirituais". (Dr. Edward Bach)
"A doença, embora aparentemente cruel, nos ajuda a aprender lições que precisamos
saber. A doença não é uma punição. Tem a finalidade de nos dar uma lição e nunca será
erradicada até que a lição seja aprendida. Seu objetivo é trazer de volta o estado original
de harmonia entre a personalidade e a alma." (Dr. Edward Bach)
"Nossa saúde física depende do nosso modo de pensar, dos nossos sentimentos e
emoções". (Dr. Edward Bach)
"As doenças reais e básicas no homem são certos defeitos como o orgulho, a crueldade, o
ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição... tais defeitos é que constituem
a verdadeira doença..., e a continuidade desses defeitos, se persistirmos neles,... é o que
ocasiona no corpo os efeitos prejudiciais que conhecemos como enfermidades". (Dr.
Edward Bach)
"Os medicamentos devem atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o
desequilíbrio emocional no campo energético". (Dr. Edward Bach)
"Que a simplicidade deste método não desencoraje a sua utilização, pois quanto mais
avançarem as pesquisas, reconhecerão a simplicidade de toda a Criação." (Dr. Edward
Bach)
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DELTA Educação Continuada
"A ação desses remédios é de elevar nossas vibrações e de abrir nossos canais para o Eu
Espiritual; de inundar nossa natureza com a virtude particular de que necessitamos e
remover de nós a imperfeição que causa o dano. Eles têm a propriedade, tal como uma
bela música ou qualquer elemento glorioso de enaltecimento que nos proporciona
inspiração, de elevar a nossa natureza, levando-nos a uma proximidade maior com nossas
almas e, por esse movimento, trazer-nos a paz e aliviar nossos sofrimentos. Eles curam,
não combatendo a doença, mas inundando nosso corpo com as sublimes vibrações de
nossa Natureza Superior, em cuja presença e enfermidade se dissolve como a neve à luz
do sol." (Dr. Edward Bach)
"Não existe cura autêntica, a menos que exista uma mudança de perspectiva, uma
serenidade mental e uma felicidade interna." (Dr. Edward Bach)
"A cura final e completa vem de dentro, da própria Alma que, por sua benevolência, irradia
harmonia através da personalidade quando recebe a permissão para fazê-lo ." (Dr. Edward
Bach)
Assim, para o Dr. Bach, é a própria doença que está curando a doença porque ela é uma
conseqüência de atividades errôneas tanto na ação, nas atitudes como nos pensamentos.
Alma
Eu Real ou Eu Superior
Ser Divino
Imortal
Objetivo na Vida
Obter todo o conhecimento e experiência ao longo da existência terrena, desenvolvendo virtudes
e extinguindo defeitos, no sentido da perfeição. A Alma sabe o caminho a seguir.
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DELTA Educação Continuada
A causa real, isto é, a razão etiológica da enfermidade, é o conflito profundo, entre o Eu espiritual
e a personalidade, gerado pelos defeitos morais.
Através dos remédios florais de Bach, o conflito interno é substituído pela virtude particular de que
se necessita, contida na essência de cada flor, erradicando o defeito que esteja prejudicando.
Razão profunda da enfermidade: A doença é o meio através do qual a lição será aprendida e o
erro detectado e suplantado. A cura será efetiva, verdadeira, se houver mudanças de atitude. A
doença, sendo conseqüência do mau pensamento e da má ação, só cessa quando a ação e o
mau pensamento são corrigidos. Se a lição da dor e do sofrimento é aprendida, não há mais
propósito para a presença da doença e ela automaticamente desaparece. A personalidade sem
conflito é imune à enfermidade. Para evitar a propagação e o aumento da doença, o primeiro meio
é deixarmos de cometer ações contra a lei da natureza, que ampliam o seu poder; o segundo,
suprimir de nossa natureza os defeitos, que permitiriam invasões subseqüentes.
O que conhecemos como doença é o derradeiro efeito produzido no corpo, o produto final de
forças profundas desde há muito em atividade e, mesmo quando o tratamento material sozinho
parece bem sucedido, ele não passa de um paliativo, a menos que a causa real tenha sido
suprimida.
Em essência, a doença é o resultado do conflito entre a Alma e a Mente, e ela jamais será
erradicada exceto por meio de esforços mentais e espirituais. Tais esforços, se dirigidos com
entendimento e propriedade, podem curar e prevenir a doença, removendo os fatores básicos que
são suas causas primeiras.
Diga-se ainda, de passagem, que a doença, ainda que pareça tão cruel, é benéfica e existe para o
nosso próprio bem; se interpretada de maneira correta, guiar-nos-á em direção aos nossos
defeitos principais. Se tratada com propriedade, será a causa da supressão desses defeitos e fará
de nós pessoas melhores e mais evoluídas do que éramos antes.
O sofrimento é um corretivo para se salientar uma lição que de outro modo não haveríamos de
aprender, e ele jamais poderá ser dispensado até que a lição seja totalmente assimilada. O
conflito entre a Alma e a Mente aparece quando nossas personalidades são atraídas para fora da
senda traçada pela Alma, por obra dos nossos desejos terrenos, ou pela persuasão dos outros.
Esse conflito, como já foi dito, é a causa principal da doença e da infelicidade.
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conjunto porque, causando imperfeição numa parte, isso se reflete no Todo, do qual toda partícula
deve chegar finalmente à perfeição.
Assim, vemos que podem ocorrer dois erros básicos: a dissociação entre nossas Almas e nossas
personalidades, e a crueldade ou a falta para com os outros, visto que são agressões que se
cometem contra a Unidade. Qualquer dos dois gera conflito, que nos leva à doença.
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Os problemas de saúde têm suas origens nas emoções; sentimentos que foram persistentemente
reprimidos irão emergir, primeiro, como conflitos mentais e, depois, como doença física.
Em um nível vibracional sutil, cada flor incorpora padrões de consciência energética. Estes
padrões originam-se de dimensões mais elevadas e tornam-se manifestos em nosso mundo físico
através da forma específica apresentada por cada planta.
Essências florais são a transferência destes padrões positivos de energia da flor para um meio
líquido.
Os padrões positivos de energia que estão presentes nas essências florais despertam qualidades
latentes em nossa consciência e estimulam a liberação de bloqueios à nossa evolução espiritual,
o que pode ser visto como um processo contínuo de ancorar nosso eu espiritual em nosso corpo
físico.
As essências florais podem ser prontamente incluídas em qualquer programa de saúde, não
produzem efeitos colaterais e não interagem com outros medicamentos, podendo ser usados por
pessoas em tratamento alopático ou homeopático. Não têm contra-indicação e não interferem
nem são afetadas de maneira desfavorável por outras formas de tratamento. Elas podem ser
usadas com segurança por pessoas de qualquer idade e podem também ser uma dádiva de cura
para os membros do reino animal e vegetal.
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Edward Bach descobriu que a energia das flores possui propriedades curativas. Para utilizarmos
esta energia no nosso dia-a-dia ele utilizou um método bastante simples: impregnar a água com
esta energia. Portanto as essências florais consistem em água energizada com a energia das
flores.
As essências devem ser preparadas nas imediações do local onde crescem as plantas utilizadas
para a coleta das flores. São escolhidas plantas sadias e vigorosas que se desenvolveram em
ambiente sem poluição e que não foram submetidas a qualquer tratamento químico. Utilizam-se
apenas as flores mais perfeitas e que estejam no auge da floração.
Edward Bach desenvolveu dois métodos básicos para a obtenção das essências florais: solar e
fervura. Nos Florais de Minas também se utiliza o método lunar.
Método Solar
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Utiliza-se, no sistema Bach, o método solar para aquelas plantas que florescem no final da
primavera e no verão. Nestas épocas, na Grã Bretanha, o sol está forte o suficiente para
impregnar a água com a energia da flor.
No sistema Florais de Minas este método é utilizado para "as plantas nitidamente solares", e a
exposição ao sol dura da manhã até o final da tarde.
Obs: a função do brandy é servir de conservante. O álcool nele contido evita o desenvolvimento
de microorganismos que podem ser prejudiciais à saúde.
Essências obtidas através do método solar : Oak, Gorse, White Chestnut, Water Violet, Mimulus,
Agrimony, Rock Rose, Centaury, Schleranthus, Wild Oat, Impatiens, Chicory, Vervain, Clematis,
Heather, Cerato, Gensian, Olive, Vine, Rock Water.
Método de Fervura
Em um recipiente de, por exemplo, vidro temperado coloca-se água de fonte pura e potável.
Acrescentam-se as flores, que neste método são colocadas em conjunto com seu raminho de
sustentação, folhas e brotos. Este conteúdo é fervido por um período entre 10 e 30 minutos. O
tempo de fervura varia de acordo com a fragilidade da flor. Deixa-se o conteúdo fervente esfriar e
então inicia-se o mesmo procedimento de filtragem e engarrafamento descrito no método solar.
No sistema Bach utiliza-se este método para as plantas que florescem no período em que não há
sol o suficiente (na Grã Bretanha) para que seja usado o método solar. Ou seja, que florescem em
um período diferente do verão e do final da primavera.
No sistema Florais de Minas o método de fervura é recomendado para "as flores cabisbaixas que
procuram espontaneamente o calor da terra, e (para) aquelas plantas de aspecto lenhoso"².
Essências obtidas através do método de fervura: Cherry Plum, Elm, Aspen, Beech, Chestnut Bud,
Horn Bean, Larch, Walnut, Star of Bethlehen, Holly, Crabb Apple, Willow, Pine, Mustard, Red
Chestnut, Honey Suckle, Sweet Chestnut, Wild Rose.
Método Lunar
Utilizado pelo sistema Florais de Minas na obtenção das essências oriundas das plantas de
características noturnas. O procedimento é o mesmo do método solar, apenas muda o período de
exposição que passa a ser noturno, "sob lua plena".
Kit de Essências
Os frascos têm 10 ml, sendo que o frasco de estoque do Rescue Remedy pode vir do frabricante
com 10 ou 20 ml.
Este é o vidro com a essência floral (frasco diluído) que você recebe do seu farmacêutico.
O frasco diluído contém 70% de água mineral, 30% de brandy de uvas (conhaque
envasado em tonéis de carvalho) e 2 gotas do frasco de estoque de cada essência floral
(no caso do Rescue Remedy são necessárias 4 gotas).
No Brasil, maioria dos clientes terapêuticos tomam este frasco diluído (4 gotas, 4 vezes ao
dia); na Inglaterra, é comum o cliente terapêutico comprar o frasco de estoque e diluir 2
gotas num copo com água e tomar durante o dia.
O Tratamento
Dado que os florais não são prescritos com base em sintomas físicos (eles são um «corretor de
estados de espírito»), a pessoa fala, essencialmente, do que a atormenta a nível psíquico ou
emocional, tal como o faria em uma psicoterapia.
O terapeuta ouve atentamente, faz algumas perguntas e determina quais as essências que
devem ser tomadas. Se puder e souber, tentará, também, ajudar a pessoa a ganhar
consciência dos fatores (familiares, profissionais, afetivos; etc.) que contribuíram para
desencadear a situação em que se encontra. Mas vejamos com mais detalhe o que se passa:
A queixa
Qualquer cliente terapêutico sabe os motivos que o levaram à consulta. As suas queixas iniciais
serão o foco da consulta e aquilo que, durante o tratamento, se procurará melhorar. A queixa
pode ser física (crise de asma, pedra nos rins), emocional (tristeza, solidão), de ideal ("não
consigo saber o que quero da vida"), relacional ("meu marido e eu não nos entendemos") ou
mesmo "ambiental" ("trabalho num lugar muito negativo").
A primeira Consulta
Na primeira consulta é determinado o foco do tratamento, ou seja, quais as queixas
prioritárias que serão trabalhadas nesta fase do tratamento. Não se devem trabalhar muitas
queixas ao mesmo tempo, sendo que as que forem trabalhadas em conjunto devem estar
significativamente relacionadas. Depois de definido o foco, o próximo passo é determinar as
"forças" psíquicas que ajudam este foco a estruturar-se.
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DELTA Educação Continuada
A prescrição: uma boa receita de florais deve englobar essências que vão trabalhar o foco e as
forças que o estruturam, pois assim trabalha-se o problema de forma completa.
A orientação: este é a base da terapia floral, pois é através desta que a pessoa, de modo
consciente, vai ajudar-se a melhorar. Na consulta deve debater-se com o cliente terapêutico as
suas experiências e vivências, procurando deixar bem claro quer a razão pela qual está
enfrentando determinadas dificuldades, quer como poderá ajudar-se.
O cliente terapêutico deve sair da primeira consulta com duas coisas essenciais:
a) a receita com os florais a serem tomados.
b) maior clareza e entendimento das suas dificuldades e de como pode ajudar-se.
Quando volta para uma nova consulta, serão discutidas as transformações interiores. Com o
auxílio do terapeuta, terá, então, oportunidade de abordar mais profundamente alguns aspectos
de seu ser, poderá esclarecer dúvidas e receberá orientação psicológica. Enfim, no final de cada
consulta, o cliente terapêutico deve sair com uma nova receita, com mais conhecimento de si e
sentindo a sua transformação interior.
Tempo de duração do tratamento: é muito variado. Na maioria das vezes dura alguns meses.
Regras Básicas
As regras básicas para a prescrição dos Remédios Florais do Dr. Bach são as seguintes:
1 - Verificar as causas dos sintomas relatados, pois os remédios florais removem os bloqueios
emocionais e mentais em sua raiz.
2 - Limitar o número de remédios florais, numa mesma composição, ao mínimo possível. O ideal é
não passar de seis no mesmo frasco; quanto menos de cada vez, melhor.
3 - Deve-se hierarquizar as emoções em desequilíbrio, ou seja, selecionar as principais
desarmonias que dominam o quadro, para se encontrar o remédio adequado.
4 - Os estados emocionais e mentais em desequilíbrio devem ser conscientes ou perceptíveis à
observação de quem prescreve.
5 - O remédio atua da superfície para a profundidade. Equilibrada uma situação, poderá emergir
um novo aspecto desarmonioso, que requererá outro remédio.
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Duração do tratamento
Falando de um modo geral, podemos dizer que o tratamento usado profilaticamente, antes que o
problema crie raízes, promoverá logo o ajustamento, mas por quanto mais tempo se permitir que
uma condição se desenvolva e assuma o domínio da situação, tanto mais tempo será necessário
para a ocorrência de mudanças positivas. De acordo com a experiência, os períodos de tempo
oscilam entre 1 e 20 meses. O tratamento termina quando você estiver se sentido bem, em paz,
inteiro, feliz, centrado e equilibrado, sob quaisquer circunstâncias da vida, o que fica evidente por
sua aparência e atitudes e é também visível e confirmado pelas pessoas que convivem com você.
8 gotas por vez). Manter o frasco bem fechado. Manter o remédio longe do calor, luz, umidade e
aromas. Deixar longe de radiações e aparelhos elétricos (computador, TV, equipamento de som,
ar condicionado, celular, microondas, etc).
Normalmente, a validade do seu floral é de 30 dias (ver data de validade no rótulo).
A Auto-medicação e o Auto-Conhecimento
O trabalho com os Florais de Bach Originais impele a pessoa à sua consciência, ao seu auto-
conhecimento e à noção de responsabilidade que deve ter com a sua própria saúde. Se a pessoa
já conquistou um nível tal que possa atravessar os seus processos sem ajuda de profissionais,
não há qualquer contra-indicação à automedicação. Mas, se ela vive processos crônicos de
desequilíbrio e não tem plena segurança de fazer essa travessia sozinha, então deve buscar
apoio externo.
Embora, as essências florais sejam inócuas - se alguém tomar um determinado floral sem
apresentar o sintoma para o qual é indicado, não haverá efeito colateral -, é muito difícil a pessoa,
sozinha, saber identificar o problema emocional que mais a aflige. E, além disso, mesmo que
esteja sofrendo nitidamente de depressão, existem vários florais para o problema, mas cada um
para uma causa específica.
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Reações ao tratamento
A atuação das Essências Florais no corpo começa imediatamente após a ingestão de algumas
gotas, mas a dissolução dos padrões mentais distorcidos (que causam as doenças e os
problemas emocionais) às vezes pode levar alguns meses.
Os florais atuam no plano sutil. Em um determinado momento do tratamento, pode haver uma
acentuação dos sintomas físicos ou emocionais; isto é considerada uma "crise curativa".
Inicialmente, pode parecer que a pessoa tratada está piorando, mas o que está ocorrendo na
realidade é uma desintegração dos bloqueios energéticos e emocionais acompanhada de uma
reorganização interna. Ou seja, usando uma analogia, para re-arrumar a casa muitas vezes é
preciso inicialmente desarrumá-la.
É importante que o cliente terapêutico seja orientado para observar os seus sentimentos,
pensamentos, sonhos e ações durante o uso do floral.
Durante a "crise curativa" o cliente terapêutico pode ter sentimentos de desamparo e cabe ao
terapeuta apóia-lo.
Algumas Reações Típicas Positivas que podem surgir após um tratamento prolongado:
9 a expressão do rosto fica mais suave;
9 a atitude metal bem mais positiva;
9 é comum outros notarem a mudança antes da própria pessoa;
9 a pessoa parece ficar mais jovem;
9 consegue chorar;
9 o estado de ânimo - dias bons ou maus - é vivido mais conscientemente;
9 percepções sensoriais (audição, tato, olfato, gustação, visão) que haviam se enfraquecido
voltam a fortalecer-se;
9 funções do corpo são reativadas: diminui o excesso de peso;
9 melhor digestão e circulação;
9 desaparecem impurezas da pele e dores de cabeça;
9 pode surgir rejeição ao álcool;
9 outras terapias começam dar melhores resultados;
9 os sonhos tornam-se mais vivos e coloridos, etc...
As reações à primeira dose de uma Essência Floral variam de pessoa para pessoa:
Em pessoas muito sensíveis, o contato estabelecido entre a Essência da Flor e o Eu Superior
torna-se aparente em poucos segundos: os olhos ficam mais suaves e até mais «cheios de vida».
Muitas vezes, um suspiro profundo indica um alívio instantâneo no nível de energia.
As pessoas que normalmente enfrentam suas experiências de maneira dramática também
reagirão dramaticamente às essências florais, por exemplo, com mudanças acentuadas do estado
de espírito, ou com sonhos cheios de atividade.
Afirmam algumas pessoas que tiveram, de repente, idéias que nunca tinham tido anteriormente.
Outras são capazes de tomar, todos os dias, decisões que, poucas semanas antes, não teriam
julgado possíveis. Outras ainda não notam nada de especial para começar, mas verificam,
algumas semanas ou meses mais tarde, que se tornaram mais abertas, estáveis, felizes, «mais
elas mesmas».
As pessoas abertas e interessadas pelo mundo não-físico responderão mais depressa às
essências florais do que as outras que, por princípio, se recusam a aceitar tais idéias,
inconscientemente desejosas de silenciar a voz do Eu Superior, ou seja, as pessoas inclinadas a
reprimir seus problemas.
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Outras, em especial, as que sofrem de moléstias crônicas, responderão, por via de regra, menos
rapidamente às essências florais, pois as estruturas de sua psique estão cristalizadas.
As que apresentam condições congênitas ou «incuráveis» também dão uma resposta. O novo
contato da alma, que se cria, conduzirá, consciente ou inconscientemente, a uma nova atitude
diante da moléstia, assumindo a forma de maior tranqüilidade, paz de espírito e emanações mais
positivas. Muitos clientes terapêuticos hospitalizados, em suas fases terminais, puderam viver os
últimos dias com menos dor, com dignidade e com um sentimento de maior harmonia, graças à
grande bênção das Essências Florais. Por isto não se deve desanimar quando (e se) surgir uma
agravação dos sintomas iniciais!
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Efeitos colaterais
Nunca haverá efeitos colaterais, entretanto, pode acontecer, uma resposta denominada
«agravação», semelhante à agravação conhecida na homeopatia, quando os sintomas se
intensificam temporariamente.
O que se quer dizer é que você pode se sentir pior por um curto lapso de tempo. Há uma boa
razão para isso. Imagine-se uma parte, adormecida ou paralisada por algum tempo, que
subitamente se enche de vida outra vez. Um pensamento doloroso, suprimido durante anos,
aflora, de repente, à consciência. Toda expansão da consciência provocará, inevitavelmente, uma
reação no inconsciente. Na naturopatia também se experimenta uma crise curativa em conjunção
com as toxinas que estão sendo expelidas do corpo. O mesmo acontece no nível da alma e do
espírito quando se tomam as Essências florais. Qualquer crise será bem-vinda e considerada
como uma resposta positiva ao tratamento, o qual não deverá ser interrompido. Crises fortes
podem ser atenuadas, com uma combinação de apoio de florais específicos. Por isto, qualquer
reação ou crise deve ser imediatamente comunicada ao terapeuta.
Uma coisa, entretanto, é certa. O que sobe do inconsciente nunca será mais do que o que você é
capaz de enfrentar no momento. É impossível induzir crises curativas artificiais com as essências
florais, pois a energia das Flores simplesmente apóia o Eu Superior, o Médico Interior, que
sempre guia tudo em seu melhor interesse.
O Momento Errado
Outra razão pode ser que parte da lição que você deve aprender com a experiência da doença
ainda não o tenha sido, e que a doença deva continuar por mais algum tempo, a fim de
oferecer-lhe nova oportunidade de aprender. Quando, mais tarde, no momento certo, você
retomar o tratamento, as essências florais surtirão o efeito desejado, muitas vezes num tempo
surpreendentemente curto.
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Rejeição Deliberada
Algumas pessoas, no fundo, não permitem que as essências florais as ajudem, porque
simplesmente não querem acreditar que eles podem ajudar. Tal é o caso, por exemplo, de
clientes terapêuticos persuadidos por parentes, contra a sua vontade. Como não estão
esperando efeitos benéficos, e, na verdade, no íntimo, esperam, freqüentemente, que não haja
efeito algum, erguem deliberadamente um bloqueio que impossibilita as forças curativas de
alcançá-los.
Falta de Paciência
Outras pessoas não dão tempo suficiente às essências florais de agir. Exceto quando vêem
resultados imediatos e manifestos, consideram todo o tratamento um fiasco. Não levam em
consideração o fato de que algumas enfermidades, tendo-se desenvolvido durante longo
período de tempo, também precisam de tempo para serem debeladas, passo a passo, o que
pode, na verdade, requerer um tempo considerável. Elas desistem com demasiada presteza,
quando uma paciência maior teria sido um êxito. Existem inúmeras razões e circunstâncias
conducentes à enfermidade. Espera-se que a consideração acima de diferentes aspectos do
processo curativo ajude na compreensão que não foram as Essências florais que falharam,
senão que a nossa compreensão de tantos fatores ocultos ainda é incompleta.
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