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CENTRO UNIVERSITARIO CENTRAL PAULISTA- UNICEP

GENÉTICA

Alimentos Transgênicos

Nome: Ariane Camilo RA: 9900317

Aline RA: 9900354

Flavia Cunha RA: 9900400

Gilberto Monteiro RA: 9900396

Mirela Francisco RA: 9900292

Curso: Nutrição

Prof.ª Silvia Noda

RIO CLARO- SP
2020
DEFINIÇÃO ALIMENTOS TRANSGÊNICOS.

Alimentos transgênicos são os alimentos geneticamente modificados, ou


seja, que tiveram a sua estrutura de DNA alterada para que satisfizessem
algum propósito humano.

O Decreto nº 4.680 de 24 de abril de 2003, em vigor no Brasil, aponta


que quando o alimento tem mais de 1% de ingredientes transgênicos é
necessário expressar essa informação ao consumidor. Porém, no ano de 2016,
o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decretou que os alimentos
transgênicos necessitam ser rotulados com essa informação
independentemente da quantidade.

O alimento de natureza transgênica tem nas embalagens o símbolo “T”


dentro de um triângulo com a cor amarela. Além dele, o consumidor pode saber
também se o produto apresentar a seguinte informação: “produto produzido a
partir de soja transgênica” ou também: "contém soja transgênica”. Uma outra
forma de saber se o alimento é transgênico é observar se consta a sigla OMG,
que como vimos expressa: Organismo Geneticamente Modificado.

Em suma, os alimentos geneticamente modificados são aqueles que


nunca poderiam ocorrer de modo natural, pois o material genético das espécies
envolvidas não teria como se misturar na natureza.

A comunidade científica ainda não chegou a um consenso a respeito da


segurança dos transgênicos para a saúde humana e para o meio ambiente. No
entanto, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
e a Organização Mundial da Saúde enfatizam que os alimentos transgênicos
não apresentam riscos.

Analisando-se os alimentos comuns e os transgênicos, não é possível


observar nenhuma diferença física entre eles. Entretanto, os geneticamente
modificados possuem características que melhoram seu cultivo e sua
produtividade.
Os alimentos mais produzidos são aqueles que apresentam grande
resistência a pragas, necessitando de menos agrotóxicos. Além desses
produtos, existem também espécies de frutas que apresentam maior prazo
para amadurecimento e aquelas com maior valor nutricional.

Entre os principais objetivos da transgenia está o desenvolvimento de


alimentos capazes de ter maior eficiência nutritiva, resistência às pragas e com
menor custo de produção. Assim, teoricamente, como consequência esses
produtos transgênicos também seriam mais baratos para o consumidor final.

TECNOLOGIA DO DNA

Nos dias atuais a tecnologia desenvolvida pela engenharia genética vem


sofrendo alterações na estrutura genética. Desse modo tratam-se de
organismos vivos que receberam no DNA um gene de outro ser. Essa técnica
artificial utilizada é desenvolvida, por meio da engenharia genética.

As técnicas de edição genética têm sido desenvolvidas desde a década


de 1990 tratando se de uma verdadeira revolução no campo da biotecnologia.
O processo de criação de um alimento transgênico é realizado por meio da
tecnologia do DNA recombinante abrindo a possiblidade de isolar, manipular e
identificar os genes em organismos vivos. Ou seja, identificou-se como
possível cortar um pequeno fragmento de DNA de um genoma para inserir em
outro organismo.

A produção de um alimento transgênico se inicia com a seleção de um


gene. Nesta etapa, é identificado um gene de interesse, que possua uma
função importante para o organismo em que ele será inserido.
Esse gene é isolado e introduzido no organismo receptor. Nesse momento,
precisa ser inserido o gene selecionado no genoma do receptor, sem que haja
danos s células que esteja apta a regenerar um organismo completo.
No caso dos alimentos transgênicos, são inseridos nos embriões das plantas
fragmentos do DNA fragmentos do DNA de vírus, fungos ou bactérias que
possuam genes capazes de codificar a produção de herbicidas, por exemplo
As plantas poderão então produzir toxinas e que fazem com que elas sejam
automaticamente produzidas contra certas pragas da lavoura. Também podem
ser geneticamente modificados para absorverem mais nutrientes. Pode ser
geneticamente modificada para absorverem mais nutrientes.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Os alimentos transgênicos são aqueles produzidos por meio de um


processo de modificação genética, que visa melhorar a qualidade da safra e
aumentar a produção e a resistência às pragas.

Mas, como em todas as técnicas e procedimentos, existem vantagens e


desvantagens.

VANTAGENS

• Capacidade de produzir sementes com maior qualidade nutritiva

• Aumento e melhoria da produtividade

• Maior resistência aos agrotóxicos, inseticidas, herbicidas e


pragas, como insetos, vírus, bactérias e fungos

• Redução de custos de produção


• Expansão do conhecimento científico

• Diminuição na quantidade de agrotóxicos utilizados na plantação

• Maior tolerância das plantas quando submetidas a condições


adversas de solo e clima

• Ajuda no desenvolvimento de terapias, tratamentos, métodos para


diagnosticar doenças, terapias e vacinas.

DESVANTAGENS

• Possibilidade do desenvolvimento de problemas de saúde, como


reações alérgicas

• Podem causar doenças como câncer ou serem venenosos para


humanos

• Perda de biodiversidade

• Desaparecimento de espécies e contaminação de sementes

• Incentivar o aparecimento de pragas mais resistentes

• Ocorrência de poluição do solo, da água e do ar

• Prejudica o produtor rural pequeno, pois espécies transgênicas


são protegidas por patentes

• Aumenta a resistência dos seres humanos aos antibióticos. ~[

Ainda não há consenso sobre os riscos do consumo dos alimentos


transgênicos. Mas o que a literatura nos mostra é que pode ter algumas
alterações significativas. Exemplo:

• Reações alérgicas: quando o gene utilizado para o


desenvolvimento de um produto transgênico é de uma espécie que pode
causar alergia ou possui alergênicos, como a castanha-do-pará, esse novo
produto pode provocar reações alérgicas
• Resistência aos antibióticos: uma das formas que os cientistas
utilizam para confirmar se a modificação genética teve sucesso é a inserção de
marcadores genéticos de bactérias já resistentes aos antibióticos, o que pode
acarretar em um aumento de resistência a esses medicamentos naqueles que
ingerem esses alimentos

• Aumento das substâncias tóxicas: algumas plantas e organismos


possuem naturalmente substâncias tóxicas para se defender de predadores e,
na maior parte dos casos, não fazem mal ao ser humano. Porém, se o gene
desses organismos for inserido em uma planta transgênica, é possível que o
nível dessas toxinas aumente, fazendo mal ao homem, insetos, animais e
outras plantas

• Aumento na quantidade de agrotóxicos: por serem mais


resistentes aos agrotóxicos, os transgênicos exigem dos agricultores um uso
mais substancial desses químicos para proteger as plantações de pragas e
ervas-daninhas. Isso faz com que haja maior quantidade de resíduos de
agrotóxicos nos alimentos que chegam às prateleiras.

Apenas alguns anos após o lançamento das primeiras plantas


transgênicas, Ewen e Pusztai (1999) alertaram que as batatas transgênicas
eram tóxicas para os ratos e afetavam seu sistema imunológico. Desde esse
evento, aumentou o interesse de consumidores e cientistas em investigar os
riscos dos alimentos transgênicos.

Em outra importante pesquisa sobre o assunto, constatou-se que a soja


transgênica causou alterações no endométrio de ratas, e misturada ao milho
transgênico causou inflamações estomacais e útero alterado em porcas. Outros
estudos semelhantes em ratos e galinhas alimentados com arroz transgênico
relatam alterações clínicas nos parâmetros hematológicos e no peso dos
animais.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Brasil, F., Soares, L., Faria, T., Boaventura, G., Sampaio, F. & Ramos, C. (2009).
O impacto da soja orgânica e transgênica na dieta no sistema reprodutivo de ratas
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Carman, J., Vlieger, H., Ver Steeg, L., Sneller, V., Robinson, G., Clinch-Jones,
C., Haynes, J. & Edwards, J. (2013). Um estudo de toxicologia de longo prazo em
porcos alimentados com uma dieta combinada de soja geneticamente modificada (GM)
e milho GM. Journal of Organic Systems, 8 (1), 38-54.

REYES S., María Soledad; ROZOWSKI N, Jaime. ALIMENTOS TRANSGÉNICOS. Rev. chil.
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script=sci_arttext&pid=S0717-75182003000100003&lng=es&nrm=iso>. accedido en 02 dic. 2020.
http://dx.doi.org/10.4067/S0717-75182003000100003.

Song, H., He, X., Zou, S., Zhang, T., Luo, Y., Huang, K., Zhu, Z. & Xu, W.
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modificado que expressa a proteína Cry1Ab em ratos Sprague-Dawley. Transgenic
Research, 24, 295-308.

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