Você está na página 1de 1

A Deep Web e os direitos humanos

Ao se falar de deep web, a ideia popular é de que seja uma área ilegal da
internet, onde o governo e a justiça não tem alcance, associada ao tráfico e a local de
acesso ao entretenimento ilegal e socialmente considerado perturbado -pornografia
infanto-juvenil e vídeos sádicos- . Mesmo sendo meio de acesso à tudo isso, a deep
web ainda é um remédio para a manutenção dos Direitos Humanos, principalmente
em locais de forte controle e opressão estatal.
Pode se pensar em países como a China, Coreia do Norte e até mesmo o Irã, que
controlam a internet convencional e impõe à ela graves censuras. Sendo assim,
muitos utilizam-na como meio de espalhar e transmitir notícias e informações que são
perseguidas pelo estado. Foi desta maneira que a deep web foi um dos grandes pilares
que possibilitaram a primavera árabe, foi partir de fóruns de discussão nesta internet
paralela que possibilitaram a ocorrência dessa onda revolucionárias e de
manifestações que visavam uma sociedade mais igualitária.
De mesmo modo, se pode pensar como forma de acesso à informações sigilosas
e segredos que os nossos estados escondem de nós. O exemplo ideal seria o episódio
da “Wikileaks”, a vazada de informações e documentos que comprovavam crimes de
guerra cometidos pelo governo americano. Tendo muitos desses conteúdos, a deep
web estaria garantido o livre acesso a informação, que nos é negado na internet
convencional.
De tal modo, órgãos internacionais como a ONU e o Tribunal Internacional de
Haia deveriam criar órgãos fiscalizadores para se ter certeza se todas as informações
estão sendo disponibilizadas ao público ou não. Afim de que a internet usual seja um
lugar que garanta o livre acesso à informação. De mesma forma, seria necessário os
órgãos internacionais criarem um meio de livre expressão que garanta o anonimato,
assegurando a segurança de quem precisar se manifestar ou divulgar as violências do
estado. Apenas assim, a deep web deixaria de ser um mal necessário para a
manutenção dos direitos humanos.
- Gabriel Gamas Giuntini, 3˚ano C, n˚ 10

Você também pode gostar