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EMPREENDEDORISMO
CAPÍTULO 1 - O QUE É
EMPREENDEDORISMO?
Marcelo Telles de Menezes
INICIAR
Introdução
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VOCÊ O CONHECE?
Marco Polo (1254-1341) pode ser considerado um dos primeiros exemplos de empreendedor. Ele
vislumbrou uma oportunidade de comercializar as mercadorias orientais, em especial da China, em
Veneza, sendo um dos primeiros a percorrer a Rota da Seda. Ele correu grandes riscos, mas virou uma
referência para os grandes comerciantes da época (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
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Figura 1 - O empreendedor não tem superpoderes, mas é uma pessoa qualquer que pode aprender e
desenvolver as habilidades, comportamentos e características do empreendedor. Fonte: Halfpoint,
Shutterstock, 2018.
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VOCÊ SABIA?
A palavra empreendedor tem origem no francês “entrepreneur”, que por sua vez,
deriva de duas palavras em latim: “inter”, que significa “reciprocidade” e
“prehender”, que pode ser entendido como “pegar” ou “capturar” e também é
associado ao vocábulo comprador. Podendo ser entendido com o “intermediário”
de algo, ou se um negócio, como é o caso (DORNELAS, 2017; LAUREATE, 2013).
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Figura 2 - Empreendedores cujas empresas existem até hoje e suas principais inovações: Henry Ford e
o modelo Ford T, Thomas Edison e a lâmpada elétrica. Fonte: Jovanovic Dejan / aradaphotography /
Marzolino / Everett Historical, Shutterstock, 2018.
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Figura 3 - Empreendedores de sucesso como Larry Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve Jobs e
Bill Gates tiveram suas trajetórias contadas em livros e filmes. Fonte: JStone / aradaphotography /
Paolo Bona / Annette Shaff, Shutterstock, 2018.
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Outro fenômeno ainda mais recente é a criação das startups, pequenas empresas
de tecnologia que buscam desenvolver produtos e serviços escaláveis, que tem
atraindo ainda mais pessoas para o empreendedorismo (MANDUCA; CANDIDO;
PATRÍCIO, 2016).
Filion (1999) considera o empreendedorismo como um passo em direção à
conquista da liberdade. Se antes era expresso na criação (ou no
intraempreendedorismo) de grandes corporações, hoje se observa a força
empreendedora nos pequenos negócios. Com isso, a partir da década de 90, um
número cada vez maior de pessoas tem escolhido o autoemprego.
As discussões sobre o empreendedorismo e sua definição seguem nos dias de
hoje, e Chiavenato (2012) procura resumir as contribuições dos diversos autores
da área sobre o tema, como você pode observar na figura abaixo.
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ambulante. O Grupo Silvio Santos é formado por mais de 30 empresas, nos mais
diversos ramos, e seu fundador segue empreendendo, e com mais de 70 anos de
idade, entrou recentemente para o mercado de cosméticos com a empresa
Jequiti. (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
O homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann (1939), juntamente com seus
sócios, Carlos Alberto Sicupira (1948-) e Marcel Herrmann Telles (1950-), talvez
sejam hoje os empreendedores brasileiros de maior sucesso internacional. São os
donos da maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev, além do Burger
King, da Kra Heinz (conhecida por seu ketchup), das Lojas Americanas e da B2W
do ramo de e-commerce (GRADILONE, 2017).
Mesmo com esse histórico de empreendedores brasileiros de sucesso, Dornelas
(2017) afirma que somente na década de 1990 o movimento do
empreendedorismo começou a ganhar forma, com o lançamento do Empretec
pelo SEBRAE e a criação da Sociedade Brasileira para Exportação de So ware
(So ex).
Fernandes (2013) pontua que o ensino do empreendedorismo no Brasil começou
apenas em 1981, num curso de especialização da Escola de Administração de
Empresas de São Paulo (EAESP) da FGV, e que em 1989 foi lançado o primeiro livro
no Brasil em língua portuguesa sobre empreendedorismo.
O SEBRAE teve origem em 1972, sobre a alcunha de CEBRAE (Centro Brasileiro de
Apoio Gerencial às Pequenas e Médias Empresas), tendo passado por uma
reformulação em 1990, quando recebeu a denominação atual, se transformando
num serviço social autônomo e passou a fazer parte do chamado sistema S,
juntamente com SENAC, SESI e SENAI (MELO, 2008).
A missão do SEBRAE é “(...) promover a competitividade e o desenvolvimento
sustentável das micro e pequenas empresas (MPE) e fomentar o
empreendedorismo no Brasil” (MARIANO; MAYER, 2011, p. 81). Este é um dos
órgãos do governo mais conhecido do empreendedor brasileiro, que encontra o
apoio para iniciar sua empresa, além de consultorias e treinamentos para
desenvolvimento do empreendedor e da empresa, nos mais diversos aspectos de
gestão da empresa, como o controle financeiro, marketing, gestão de pessoas,
vendas, entre outros (DORNELAS, 2017).
A So ex foi criada para apoiar o desenvolvimento das empresas de so ware do
país com foco no mercado externo, com ações de capacitação para o empresário
de informática em gestão e tecnologia. Para Dornelas (2017), a história da So ex e
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processo tem como resultado uma nova estrutura de mercado mais eficiente e
com maior dinamismo econômico. Isso se traduz nos indicadores de valor
adicionado, como o PIB e de níveis de emprego. Veja na figura a seguir a relação
entre o empreendedorismo e o desempenho econômico.
Fica claro que a capacidade empreendedora de uma nação tem relação com o seu
desenvolvimento econômico e por isso, nada mais natural que haja um grande
interesse em se medir o quão empreendedor é um país. Nesse sentido, foi criada
em 1999 o projeto Global Entrepreneurship Monitor (GEM), ou Pesquisa Global sobre
Empreendedorismo (MARIANO; MAYER, 2011).
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Com o estudo anual do GEM ficou claro que a criação de empresas por si só não
resulta num maior desenvolvimento econômico, pois isso só ocorre se os novos
negócios foquem em oportunidades de mercado. Por conta disso, faz-se
necessário duas novas classificações de empreendedorismo trazidas por Dornelas
(2017):
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CASO
Com o objetivo de se verificar se o empreendedorismo realmente afeta
positivamente o desenvolvimento econômico de uma região, foi
desenvolvida uma pesquisa em Minas Gerais, que procurava investigar a
relação entre a taxa de desemprego e o empreendedorismo em cada
região do estado. Para cada um dos 853 municípios do estado foram
avaliados:
- Taxa de Desemprego (TDE): a proporção de desocupados em relação à
população economicamente ativa, com base no censo demográfico do
IBGE.
- Taxa de Empreendedorismo (TE): a proporção dos trabalhadores por
conta própria em relação à população economicamente ativa, utilizando a
mesma base de dados.
O resultado mostrou que nos municípios com maior taxa de
empreendedorismo, a taxa de desemprego era menor. Porém um TE maior
não resulta em um aumento no PIB, indicador de melhor desempenho
econômico. Provavelmente, a maior quantidade de pessoas trabalhando
por conta própria deve ser em atividades alternativas ao desemprego, com
baixa produtividade e renda, o que realmente não se reflete em
crescimento econômico. Esse resultado mostra a importância de políticas
públicas que favoreçam o empreendedorismo que gere emprego e renda, e
não aquele que existe como alternativa ao desemprego. Tais políticas terão
impactos positivos tanto sociais quanto econômicas (BARROS; PEREIRA,
2008).
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VOCÊ SABIA?
A taxa de empreendedores nascentes ou novos tem crescido desde 2012, mesmo
num cenário econômico adverso, marcado pela queda do PIB e recessão. Este
crescimento pode ser explicado por fatores sociais, como o aumento do nível de
escolaridade da população, pela política governamental, com a criação do MEI
(Micro Empreendedor Individual), e por mudança na cultura, com o brasileiro a
cada dia mais propenso a empreender (GEM, 2017).
A pesquisa do GEM avalia o contexto social, cultural e político para tentar explica
as diferenças na taxa de empreendedorismo entre os países, com o seguinte
modelo (GEM, 2017):
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Síntese
Chegamos ao fim deste capítulo, e você pode conhecer o que é
empreendedorismo e a suas definições, entendeu como este conceito evoluiu ao
longo dos anos e descobriu a importância do empreendedorismo para o
desenvolvimento econômico dos países e os fatores que facilitam ou dificultam a
ação empreendedora.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
aprender sobre quem é o empreendedor;
compreender o conceito de empreendedorismo;
conhecer um pouco da história de importantes empreendedores do Brasil e
do mundo;
relacionar o desenvolvimento econômico com o empreendedorismo;
identificar as condições culturais e estruturais para o desenvolvimento do
empreendedorismo.
Bibliografia
BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São
Paulo: Cengage Learning, 2007.
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