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Junho de 1997
Agradecimentos
I. Considerações prévias
1. Modelos conceptuais de referência 2
1.1. Positivismo vs constructivismo 3
1.2. Alcance e limites da observação 7
II. Introdução
2. Introdução 11
2.1. Objectivos 12
2.2. Estrutura do trabalho 13
2.3. Pertinência do trabalho 15
III. Natureza do jogo de Futebol 16
3. Futebol: um jogo desportivo colectivo 17
3.1. Natureza do jogo de Futebol 17
3.2. Essencialidade estratégico-táctica do Futebol 21
3.2.1. Conceitos de estratégia e de táctica 26
3.2.1.1. A estratégia 27
3.2.1.2. Atactica 30
3.2.1.3. Estratégia e táctica, dimensões do mesmo fenómeno 38
IV. A investigação em Futebol 43
4. Características da investigação em Futebol 44
4.1. A dimensão técnica da performance 45
4.2. A dimensão energético-funcional da performance 62
4.3. A dimensão estratégico-táctica da performance 77
4.3.1. As capacidades cognitivas enquanto subestruturas da táctica 87
V. Natureza do jogo vs investigação 97
5. Antinomia: natureza do jogo-direcção da investigação 97
5.1. Metodologia 100
5.1.1. Amostra 100
5.1.2. Instrumento e avaliação 101
5.1.3. Procedimentos estatísticos 102
5.2. Resultados 102
5.2.1. Análises dos especialistas em geral 102
5.2.2. Análises dos treinadores vs investigadores 105
5.3. Conclusões 109
5.4. Considerações a propósito 109
VI. Modelação do jogo 112
6. O jogo como objecto de estudo: um imperativo 113
6.1. A modelação enquanto meio para aceder ao conhecimento do jogo 116
6.1.1. Conceito de modelo 116
Indice
M. Ceruti (1995)
E. Morin(1982)
J.A.Marina (1995)
2. Introdução
No universo desportivo é já um lugar comum afirmar que o rendimento
competitivo é multidimensional por serem vários os factores que concorrem
para a sua efectivação.
No entanto, distintamente do que acontece noutras modalidades
consideradas de dominante energético-funcional ou de carácter técnico
combinado, nos jogos desportivos colectivos (JDC), a dimensão táctica
condiciona duma forma importante a prestação dos jogadores e das equipas
(Teodorescu, 1977; Konzag, 1983; Schnabel, 1988; Frade, 1990; Faria &
Tavares, 1992; Gréhaigne, 1992; Castelo, 1993; Dufour, 1993; Bayer, 1994;
Deleplace, 1994; Garganta, 1995).
Não obstante, no domínio científico os estudos realizados ao nível do
Futebol têm exorbitado outras dimensões, e.g. energético-funcional, em
detrimento da táctica, embora ela seja considerada uma dimensão nuclear
deste grupo de desportos.
Dado que a capacidade táctica dos jogadores e das equipas se materializa
sobretudo na competição, isto é no jogo, a elevação do fenómeno jogo formal
a objecto de estudo surge como um imperativo ao qual urge responder.
Todavia, o problema afigura-se de difícil resolubilidade, na medida em que
o Futebol é uma actividade motora complexa que se caracteriza e exprime
mediante acções de jogo que não correspondem a uma sequência previsível
de códigos.
Do ponto de vista táctico, segundo Mombaerts (1996), os
constrangimentos típicos do jogo de Futebol situam-se a três níveis: i) no
plano perceptivo, na medida em que os jogadores devem perceber e analisar
a situação que se lhes depara; ii) no plano decisional, porque têm que
conceber e escolher uma solução; iii) no plano motor, dado que devem agir
numa situação de oposição, em crise de tempo e de espaço, utilizando os
recursos disponíveis.
Assim, pela natureza e diversidade dos factores que concorrem para o
rendimento, o jogo de Futebol evidencia uma estrutura multifactorial de
grande complexidade, sendo apontado como aquele, de entre os demais
JDC, que comporta um maior grau de indeterminismo (Dufour, 1991). Esta
característica tem sido responsável pelas acentuadas dificuldades
encontradas sempre que se pretende avaliar o rendimento de um jogador ou
de uma equipa.
Entendemos que a edificação duma qualquer matriz que vise dilucidar um
"olhar" sobre o jogo de Futebol, deverá necessariamente ter como núcleo
director a dimensão táctica do jogo, porque é nela, e através dela, que se
consubstanciam os comportamentos que ocorrem ao longo duma partida.
12 Introdução
2.1. Objectivos
É nesta linha de raciocínio que no presente trabalho nos propomos atingir
os seguintes objectivos:
i) Realçar a importância da elevação do jogo de Futebol a objecto de
estudo.
ii) Questionar e reformular os conceitos que têm servido o raciocínio lógico
que suporta os modelos de entendimento do jogo de Futebol (esquema,
táctica, estratégia, equilíbrio, estrutura, comunicação) e adoptar conceitos-
écran (complexidade, sistema, organização, informação, configuração,
modelo) que permitam uma mais ajustada identificação da natureza táctica
do jogo.
iii) Evidenciar a proficuidade da modelação táctica da fase ofensiva do
jogo de Futebol, com base na organização do jogo das equipas.
Introdução 13
y\
^ j u y u u u i uiuuui ^
Natureza Investigação
1r
. . . .
1 Modelação i
1 1
1
r
Observação
i
' Exploração de dados
1a Delimitar
Fixar os
Definição do
objectivos fronteiras
projecto
2a
Concepção do Analogia sistémica
modelo (elementos e relações)
J
Definição de
categorias e
indicadores
Estudo dos
comportamentos
3a
Via algorítmica Via heurística
Observação dos
comportamentos
Quantificação Criação de cenários
' * '
Busca de
regularidades e
variações
1
A dimensão sincrónica é relativa a factos que ocorrem num mesmo jogo; a diacrónica diz respeito a
factos que ocorrem em jogos diferentes.
18 Natureza do jogo de Futebol
2
Entenda-se como imprevisível um fenómeno inesperado, inopinado; e como aleatório um fenómeno
dependente das circunstâncias do acaso, que pode tomar um certo número de valores a cada um dos
quais está ligada uma possibilidade subjectiva (Ville, 1937; Godet, 1991).
Natureza do jogo de Futebol 19
3
Um factor é uma condição necessária para o funcionamento de um efector, isto é, de algo que produz
um efeito (Laborit, 1973).
22 Natureza do jogo de Futebol
t
Táctica
desportiva
t
Prestação optimal
em competição
4
Entenda-se por configuração o aspecto/formato exterior definido pelo posicionamento dos jogadores na
constelação das equipas (sistemas) em confronto, num dado momento.
Natureza do jogo de Futebol 25
► Estratégia -Táctica ^
+
Situação
|
I I I 1
0 quê Quando Onde Como
(objectivo) (momento) (espaço) (forma)
I I I 1
. +
Resu tado
3.2.1.1. A estratégia
Durante muito tempo, a palavra estratégia, que resultou do vocábulo grego
strategía que significa "expedição militar", "campanha", serviu para designar
a ciência e a arte da organização do plano de operações militares (cf.
Enciclopédia Luso-Brasileira; Dicionário da Língua Portuguesa, 1985).
Todavia, por extensão, os conceitos de estratégia e de táctica são
actualmente utilizados para classificar acções e comportamentos
sistemáticos, inteligentes e calculados, não só no âmbito militar, mas noutros
sectores da vida social (político, diplomático, empresarial), da ciência
(psicologia, cibernética), do desporto e mesmo da vida quotidiana (Barth,
1994).
Com o objectivo de confrontar os diversos sentidos atribuídos ao termo
estratégia, reunimos um leque de definições apresentadas por diferentes
autores, oriundos de distintos quadrantes geográficos (Quadro 1).
Quadro 1 - Definições de estratégia propostas por diferentes autores (elaborado a partir de Garganta &
Oliveira, 1995).
Quadro 1 (continuação)
Gréhaigne & Godbout, 1995 França/Canadá Tem a ver com aspectos que se prendem com
escolhas prévias relativas à equipa e aos
jogadores (o plano de jogo, a constituição da
equipa, as posições e funções pré-determina
- das dos jogadores).
Smith et ai., 1996 Inglaterra Plano director traçado para atingir objectivos
específicos.
3.2.1.2. A táctica
Na evolução do Futebol, as considerações tácticas
apareceram quando o resultado dos encontros se tornou
mais importante do que o jogo em si.
A. Wade(1981)
Quadro 2 - Definições de táctica propostas por diferentes autores (elaborado a partir de Garganta &
Oliveira, 1995).
Quadro 2 (continuação)
Olivares & Telefia, 1978 Espanha Utilização adequada dos jogadores de acordo
com a sua distribuição no terreno.
Quadro 2 (continuação)
Bauer & Ueberle, 1988 Alemanha Forma para solucionar os objectivos e tarefas
relacionados com o jogo, através do emprego
estruturado de conhecimentos e experiências.
Quadro 2 (continuação)
Mercier & Cross (s.d.) França Arte de colocar e fazer manobrar a equipa sobre
o terreno de jogo. Aplicação prática de alguns
elementos da estratégia.
Como tal, nos JDC não devem ser apenas consideradas as distâncias
métricas, mas também o espaço de interacção e a componente decisional
(Moreno, 1994). A magnitude de uma distância, nestes contextos, avalia-se
não apenas na medida das exigências do foro energético, ou físico, mas
também pela dificuldade em cobri-la, de acordo com as sucessivas
configurações que o jogo apresenta.
Paia que as opções tácticas sejam eficazes, os jogadores devem eleger os
espaços de jogo que permitam um intercâmbio de funções entre os
companheiros. Colocam-se as hipóteses possíveis e estabelecem-se
relações de preferência que garantam uma maior eficácia (Moreno, 1994).
Isto conduz a uma correcta estruturação do espaço de acção de cada jogador
gerando um determinado sistema de interacção (Menaut, 1982), ou seja, um
complexo de relações mútuas que se estabelece entre os jogadores, de
acordo com as finalidades das respectivas acções de jogo.
Assim, o conceito de táctica transcende as missões e tarefas específicas
de cada jogador e pressupõe a existência de uma concepção unitária da
equipa para tornar o jogo mais eficaz. As transacções que se operam,
estando embora limitadas pela disponibilidade dos recursos energéticos e
técnicos dos intervenientes, encontram na capacidade de comunicação entre
os jogadores da mesma equipa e de contra-comunicação entre os jogadores
das equipas em confronto, os seus factores críticos de constrangimento.
O desempenho dos jogadores depende em primeira análise dos aspectos
relacionados com o processamento da informação (leitura do jogo) e as
decisões (Tavares, 1994). Durante um jogo de Futebol os jogadores, do
ponto de vista perceptivo, são receptivos aos estímulos (sinais pertinentes), a
partir dos quais tomam decisões (Luhtanen, 1994).
Os comportamentos dos jogadores são induzidos pelas relações de
cooperação e de oposição, e portanto, pelas sucessivas transformações que
ocorrem ao longo do jogo. Deste modo, a não apreensão da informação
veiculada pelas configurações que o jogo apresenta, traduz-se em duas
consequências negativas: incompreensão das "linhas de força" do jogo; e
consequente inépcia táctica, traduzida na incapacidade para gerar
significados pertinentes para os companheiros de equipa.
Numa partida, em cada acção a realizar, os problemas prioritários que se
colocam ao jogador são de natureza táctica. Este deve saber o que fazer,
para poder resolver o problema subsequente, o como fazer, ou seja,
seleccionar e utilizar a resposta motora mais adequada (Garganta & Pinto,
1994). Como tal, as competências dos jogadores e da equipa transcendem
largamente o domínio de um conjunto de habilidades técnicas e capacidades
motoras para se situarem fundamentalmente em princípios de acção, em
36 Natureza do jogo de Futebol
5
Compreende-se algo quando se consegue introduzi-lo num conjunto de informações mais amplo.
Explica-se algo quando se expõe o conjunto de informações em que deve incluir-se para ser
comprendido. Ou seja, compreende-se uma acção quando se conhece os seus motivos, e explica-se
essa acção quando se descreve esses motivos (Marina, 1995).
Natureza do jogo de Futebol 37
6
0 conceito de conhecimento é usado de diferentes maneiras dependendo do conteúdo da área em
estudo. Todavia, em sentido lato, o conhecimento tem sido tradicionalmente definido como o produto
armazenado na memória, resultante de disposições inatas ou de tendências invariantes para interagir
adaptativamente com o envolvimento (Newell & Barclay, 1982). A interacção do indivíduo com o
envolvimento, no contexto particular do desporto, impõe o confronto da noção de conhecimento com
outras igualmente importantes para a compreensão do fenómeno. Para Monteil (1985), enquanto que a
informação é um dado exterior ao sujeito, o conhecimento resulta da experiência pessoal, ligada à
actividade do sujeito que assimila a informação e se acomoda. O saber é a consequência duma
organização intelectual, em que os conhecimentos colocados em relação com a actividade do sujeito,
são conscientes e intransmissíveis.
42 Natureza do jogo de Futebol
nossa análise centrou-se nas três primeiras, por razões que se prendem com
o âmbito do estudo.
A abordagem destas dimensões permite configurar diferentes fases no que
concerne ao direccionamento da investigação. A primeira e segunda fases,
alicerçadas numa perspectiva mecanicista, caracterizam-se, respectivamente,
por eleger a dimensão técnica como alvo privilegiado dos estudos e
abordagens, e por fazer emergir a dimensão energético-funcional como factor
prevalente do rendimento. A terceira fase edifica-se a partir de um interesse
crescente pelos aspectos estratégico-tácticos e pela dimensão cognitiva do
rendimento, privilegiando-se as perspectivas comunicacional-informacional e
sistémica.
1
Enquanto que o termo movimento é aqui entendido na sua acepção mecânica, o termo acção releva, na
sua abrangência, o carácter intencional, consciente e determinado de toda a organização do
comportamento (Schubert, 1990).
A investigação em Futebol 46
O jogador rela-
globalidade oponente meio/objecto
ciona-se com
I JOGO -4
t o
Acção
© motora
Apreensão
do jogo
0
1 t
Habilidade
© motora
Capacidade
táctica
©
' ►
0
Decisões: —
• O que fazer?
• Como fazer?
Figura 6 - Cadeia acontecimental do comportamento táctico-técnico
do jogador no jogo (adap. Bunker & Thorpe, 1982).
prioritariamente saber o que fazer e quando fazer (Bunker & Thorpe, 1982;
Helsen & Powels, 1988; Gréhaigne, 1992a; Garganta & Pinto, 1994).
Os factores de execução são assim determinados por um contexto de
oposição e cooperação, pelo que a proficiência técnica decorre deste
compromisso. Assim, porquanto dão suporte às acções de jogo, as técnicas
específicas do Futebol não podem situar-se fora do quadro que as reclama.
No contexto dos JDC, vários autores preconizam que no ensino, treino e
avaliação da técnica não tem sentido separar o modo de fazer das razões de
fazer (Deleplace, 1979; Bunker & Thorpe, 1982; Ellis, 1985; Garganta, 1985;
Gréhaigne, 1989; Lassierra, 1990; Werner et ai., 1990; Accame, 1991; Graça,
1994; Marshi, 1995).
Para Schock (1987) o vocábulo técnica, nos jogos desportivos, designa
todos os movimentos ou partes de movimentos que permitem realizar acções
de ataque e defesa, baseados numa intenção de jogo. Deste modo, táctica e
técnica são indissociáveis, estando as habilidades técnicas sempre em
relação com as apreciações (leituras), escolhas e tomadas de decisão
realizadas pelos jogadores (Gréhaigne, 1992a; Burwitz, 1997).
Constata-se a tendência, cada vez mais evidente, para os especialistas
perspectivarem a técnica duma forma abrangente, considerando não apenas
os estatutos de portador e não portador da bola (Bauer & Ueberle, 1988), mas
também as fases do jogo - defesa e ataque - e o efectivo de jogadores -
acções individuais, colectivas elementares e colectivas complexas (Queiroz,
1983).
Na tentativa de ultrapassar alguns equívocos, Teodorescu (1975)
preconiza que a técnica nos jogos desportivos deve ser perspectivada como
parte integrante da táctica individual, entendida como o conjunto de acções
individuais utilizadas conscientemente por um jogador nas suas interacções
com os seus colegas e adversários. Na medida em que o jogador não
executa isoladamente os procedimentos técnicos, mas acções de ataque e
de defesa, as acções técnicas devem integram-se nos saber-fazer tácticos.
De acordo com este entendimento, os procedimentos técnicos devem
estar integrados na estrutura específica de jogo, desenvolvendo-se sob a
égide do pensamento táctico, na medida em que é o raciocínio táctico que
confere conteúdo aos procedimentos técnicos (Knapp, 1972; Teodorescu,
1984).
As qualidades básicas do raciocínio táctico exprimem-se na aptidão do
atleta para captar, avaliar, discriminar e processar a informação essencial no
sentido de resolver os problemas concretos colocados pela competição
(Matveiev, 1986).
53 A investigação em Futebol
crucial (Crossman, 1959; Pawels & Vanhille, 1985; Graça, 1994), porquanto o
pensamento táctico do jogador é condicionado pela forma como o atleta
capta as informações do envolvimento necessárias à adequada orientação
das acções motoras (Tavares, 1993).
Quer isto dizer que uma ajustada tomada de decisão é, pelo menos, tão
importante quanto uma boa técnica (Smith, 1976).
Deste modo, no Futebol como noutros JDC, a execução das acções
motoras, longe de se restringir ao âmbito mecânico e energético, é
essencialmente ditada pelas tomadas de decisão (Burwitz, 1997), formuladas
a partir de soluções mentais adoptadas em função de contextos variados
(Mannoetal., 1992).
Na justa medida em que a eficácia da acção do jogador depende da
estreita adequação do seu comportamento às sucessivas alterações
produzidas no envolvimento, o Futebol é designado por desporto situacional
de opção táctica (Petrocchi & Roticiani, 1996), ou por modalidade de mapa
aberto (Morino, 1985; Delfini, 1994),
Face a estes argumentos, o inventário de padrões técnicos habitualmente
inserto nos livros sobre o ensino e treino do Futebol, afigura-se, de alguma
forma, antinómico, na medida em que aqueles são perspectivados à rebelia
da natureza situacional do jogo e apresentados como se de "habilidades
fechadas" se tratasse.
Dado que a maior parte das acções se realiza com recurso às designadas
habilidades abertas, em confronto com adversários, o Futebol é considerado
uma actividade aberta com adversário e, portanto, uma modalidade táctica
por excelência (Dugrand, 1989; Toran, 1995).
No âmbito da investigação constata-se a existência de vários trabalhos
que, sob ângulos diversos, abordam as questões da técnica no Futebol.
Tendo como centro de interesse a aprendizagem da técnica e as suas
consequências, Vankersschaver tem vindo a estudar o processo de aquisição
das habilidades motoras no Futebol, a partir da análise da capacidade de
tratamento da informação dos jogadores, de acordo com o seu nível
execução.
Num dos seus trabalhos, datado de 1983, Vankersschaver analisou a
acção de condução da bola em corrida, realizada por jogadores de Futebol
de diferenciados níveis de execução. A análise desta tarefa visual dupla,
assim designada porque as referências visuais do jogador se repartem entre
a bola e os sinais veiculados pelos restantes elementos do jogo, permitiu
concluir que, nas diferentes etapas da formação desta habilidade, a evolução
se caracteriza pela passagem do controlo visual ao controlo quinestésico.
A investigação em Futebol 56
Quadro 3- Estudos (variável observada, autor, país de origem e data) nos quais a actividade do
futebolista é analisada a partir de indicadores quantitativos e quantitativos de âmbito técnico e/ou
técnico-táctico.
INDICADORES QUANTITATIVOS
Número de ataques finalizados
Hughes (Reino Unido, 1990); Luhtanen (Finlândia, 1990); Castelo (Portugal, 1992); Bishovets et ai.
(Rússia, 1993); Basto (Portugal, 1994); Dufour (Bélgica, 1993); Garganta & Gonçalves (Portugal,
1994); Marella (Itália, 1994); Garganta et ai. (Portugal, 1995)
Quadro 3 (continuação)
Número de recepções
Luhtanen (Finlândia, 1988, 1990)
Número de dribles
Luhtanen (Finlândia, 1988, 1990)
Duração do ataque
Piechniczec (Polónia, 1983); Luhtanen (Finlândia, 1990); Basto (Portugal, 1994); Garganta &
Gonçalves (Portugal, 1994); Garganta et ai. (Portugal, 1995)
INDICADORES QUALITATIVOS
Tipo de intersecção (antecipação, tackle, pressão individual)
Talaga (Polónia, 1976)
Starosta (Polónia, 1988); Puignare & Reyes (Espanha, 1990); Dufour (Bélgica, 1993)
maior precisão. No entanto, esta relação inverte-se quando se lhes pede para
executarem os remates com corrida à máxima velocidade, pois que, neste
caso, os jogadores cuja velocidade máxima é mais baixa conseguem realizar
remates mais precisos.
Daqui se pode concluir, tal como já o haviam feito Zaciorski et ai. (1980),
que existe, em relação à corrida preparatória para o remate e para cada
jogador, uma velocidade optimal que permite atingir o alvo com precisão.
Godik et ai. (1993) referem ainda que a precisão dos remates se altera com
a fadiga causada pelas cargas de treino. Enquanto que para uma velocidade
de corrida considerada normal para cada jogador, quando o treino é
predominantemente aeróbico a precisão dos remates não sofre alterações
significativas, quando o treino é prevalentemente anaeróbico a precisão
decresce significativamente para a mesma velocidade.
Não obstante, como o demonstraram Zaciorski et ai. (1980), há outros
factores que influem na precisão do remate, tal como a complexidade da
tarefa e a colocação do pé de apoio (de bloqueio) em relação à linha da bola
no momento do remate.
Curiosamente, estes temas de estudo têm sido abordados por vários
autores russos. Alguns trabalhos, referidos por Godik et ai. (1993), estão
publicados em periódicos especializados (Zatsiorsky & Smimov, 1976; Godik
& Skomorokov, 1981; Gadjiev et ai., 1982; Popov, 1986), outros foram objecto
de dissertações de doutoramento (Smimov, 1975; Babudjan, 1978; Mechdi,
1984; Shestakov, 1984).
Os resultados obtidos a partir da definição de modelos motores relativos às
habilidades técnicas do Futebol (Luhtanen, 1989b) e aos padrões de
actividade muscular, pese embora a sua coerência interna, devem ser
interpretados e utilizados com o cuidado que se impõe.
Embora salvaguardando a importância relativa dos estudos mencionados,
no Futebol, não parece viável determinar um modelo geral de técnica que
seja "boa" ou "má" a partir de preceitos mecânicos pré-fixados. Não obstante
a execução de uma determinada técnica se aproxime mais ou menos de um
modelo teórico ideal, a sua característica fundamental é permitir a interacção
eficaz entre o jogador e as situações de jogo.
As situações que ocorrem num jogo de Futebol, com excepção dos
designados lances que representam as fracções constantes do jogo, também
denominados lances de "bola parada" (livres, cantos, pontapés de baliza),
fazem com que a execução das diferentes técnicas utilizadas pelos jogadores
se processe, não em condições estandardizadas mas, pelo contrário, em
contextos imprevisíveis de grande variabilidade.
61 A investigação em Futebol
Processos
energéticos
Grau de eficácia
da prestação
Factores dominantes
da prestação
Quadro 4 - Cronologia de estudos (variável estudada, autor, país de origem e data) nos quais, para
caracterizar a actividade do futebolista, se recorreu a indicadores externos (distância percorrida,
duração e frequência das acções realizadas) e a indicadores internos (frequência cardíaca, VO2 máx. e
concentração de lactato sanguíneo). .
Indicadores externos
Distância percorrida
Jakoblew (URSS, 1950*), Krestownikov (URSS, 1952*), Winterbottom (R.U., 1952), Tchaidze (URSS,
1955*), Wade (R.U., 1962), Christiaens (Bélgica, 1966), Choutke (Checoslováquia, 1969*), Agnevik
(Suécia, 1970), Palfai (Hungria, 1970*), Saltin (Suécia, 1973), Vinnai (Ex-URSS, 1973"), Knowles &
Brooke (R.U., 1974), Whitehead (R.U., 1975), Reilly & Thomas (R.U., 1976), Dufour (Bélgica, 1982),
Lacour (França, 1982), Withers et al. (Austrália, 1982), Mayhew & Wenger (Canadá, 1985), Ohashi et al.
(Japão, 1988), Van Gool et al. (Bélgica, 1988), Reilly (R.U., 1990), Bangsbo et ai. (Dinamarca, 1991),
Pirnay et ai. (França, 1991), D'Ottavio & Tranquilli (Itália, 1992), Rebelo (Portugal, 1993), Avello (Itália,
1995), Meli (Itália, 1995), Maréchal (Bélgica, 1996)
Indicadores internos
Frequência cardíaca
Seliger (Checoslováquia, 1968), Raven et ai. (USA, 1976), Reilly & Thomas (R.U., 1976), Solomonko
(URSS, 1979), Chamoux et ai. (França, 1980), Smaros (Hungria, 1980), Potiron-Josse et ai. (França,
1980), Dufour (Bélgica, 1982), De Bruyn-Prevost & Thillens (França, 1983), Lacour & Chatard (França,
1984), Vogelaere (Bélgica, 1985), Ekblom (Suécia, 1986), Rhodes et ai. (Canadá, 1986), MacLaren et ai.
(R.U., 1988), Rohde & Espersen (Dinamarca, 1988), Van Gool et ai. (Bélgica, 1988), Vankersschaver et
ai. (França, 1989), Reilly (R.U., 1990), Ali & Farraly (R.U., 1990a), Pirnay et ai. (França, 1991), Ortega
(Espanha, 1992), Bangsbo (Dinamarca, 1993), Drust & Reilly (R.U., 1995), J. Santos (Portugal, 1995),
Marella (Itália, 1995), Maréchal (Bélgica, 1996), Brady et ai. (R.U., 1997), Drust & Reilly (R.U., 1997),
Islegen et ai. (Turquia, 1997), Odetoyinbo & Ramsbottom (R.U., 1997), Rebelo & Soares (Portugal, 1997),
Tamer et ai. (Turquia, 1997)
VO2 max.
Agnevik (Suécia, 1970), Williams et ai. (Escócia, 1973), Cochrane & Pyke (Austrália, 1976), Raven et ai.
(USA, 1976), Reilly & Thomas (R.U., 1976), Marechal et ai. (França, 1979), Cuevas (Espanha, 1980),
Ferret et ai. (França, 1980), Flandrois (França , 1980), Losada (Chile, 1980), Luhtanen (Finlândia, 1980),
Vos (Holanda, 1980), Barthélémy (França, 1981), Eclache et ai. (França, 1981), Rochcongar et ai.
(França, 1981), Zelenka (Checoslováquia, 1982), Georgescu & Motroc (Roménia, 1984), Jousselin et ai.
(França, 1984), Lacour & Chatard (França, 1984), Vogelaere (Bélgica, 1985), Ekblom (Suécia, 1986),
Faina et ai. (Itália, 1986), Rhodes et ai. (Canadá, 1986), Iturri & Prado (Espanha, 1987), Apor (Hungria,
1988), Bell (U.K. Gales, 1988), Faina et ai. (Itália, 1988), MacLaren et al. (R.U., 1988), Medelli et ai.
(França, 1988), Nowacki et ai. (Alemanha, 1988), Tumilty et ai. (Austrália, 1988), Van Gool et ai. (Bélgica,
1988), Vankersschaver et ai. (França, 1989), Bangsbo et ai. (Dinamarca, 1991), Bunc et ai.
(Checoslováquia, 1991), Chatard et ai. (França, 1991), Rahkila & Luhtanen
(Finlândia, 1991), Ortega (Espanha, 1992), Matkovic et ai. (Croácia, 1993), Puga et ai. (Portugal, 1993),
Vanfraechem & Thomas (Bélgica, 1993), Mercer et al. (R.U., 1995), J. Santos (Portugal, 1995), Tamer et
ai. (Turquia, 1995), Williams et ai. (U.K. Gales, 1995), Odetoyinbo & Ramsbottom (R.U., 1997), Tiryaki et
ai. (Turquia, 1997), Tamer et ai. (Turquia, 1997)
(*) cit. Dufour (1983); (**) cit. Reilly & Thomas (1976)
65 A investigação em Futebol
Distância percorrida
A distância total percorrida pelos jogadores no decurso de um jogo é
considerada uma medida da produção de trabalho mecânico, o qual está
directamente relacionado com o gasto de energia (Reilly & Thomas, 1976).
A literatura disponibiliza um conjunto de valores de referência
provenientes de estudos sobre esta temática (Quadro 5).
Quadro 5 - Distâncias (em metros) percorridas pelos jogadores de
Futebol durante o jogo.
Data Autor Distância
^____ (metros)
(*) cit. Dufour (1983); (") cit. Reilly & Thomas (1976)
Bangsbo, 1993); (ii) nível competitivo (Ekblom, 1986; Bangsbo, 1993); (iii)
aspectos tácticos particulares (Bangsbo, 1993; Reilly, 1996); (iv) estatuto
posicionai e funcional dos jogadores na equipa (Reilly & Thomas, 1976;
Dufour, 1983; Ekblom, 1986; Talaga, 1986; Yamanaka, 1988; Withers et ai.,
1992; Bangsbo et ai., 1991; Luhtanen, 1992; Rebelo, 1993); (v) condições de
envolvimento, e.g. peculiaridades climatéricas (Ekblom, 1986).
(Nevmyanov, 1979; Ekblom, 1986; Bangsbo, 1993; Lacour & Chatard, 1984;
Vogelaere, 1985; Colli et al., 1987; Reilly, 1996a). Os jogadores realizam
esforços aleatórios, ocorrendo fases de intensa participação (sprints, saltos,
tackles, remates, etc.) entrecortadas por períodos de menor intensidade
(marcha, corrida de baixa intensidade, etc.).
Obviamente, não é possível estandardizar as acções a desenvolver pelos
jogadores num jogo, nem a sua sequência. Não obstante, a natureza
intermitente do esforço reclamado aos jogadores conduz a que o estudo da
repartição dos esforços e das pausas ao longo duma partida de Futebol
constitua um conjunto de referências a ter em conta na modelação do treino
(Colli, 1986).
Alguns autores (Mayhew & Wenger, 1985; Mckenna et ai., 1988) têm
recorrido a um artifício metodológico que consiste em identificar os períodos
de esforço (trabalho) com as acções de alta e média intensidade e as pausas
(recuperação) com as situações de parado, marcha e acções de baixa
intensidade.
Os mesmos referem que as acções de alta e média intensidade cobrem
cerca de 10% do tempo total de jogo (8-9 minutos) enquanto que as acções
de baixa intensidade ocupam cerca de 90% do tempo total de jogo (80
minutos).
Contudo, tem-se verificado uma gradual mas significativa diminuição do
tempo útil de jogo (do México/70 até Itália/90 diminuiu, em média, cerca de 10
minutos) o que se traduz em mais e/ou maiores intervalos de recuperação
entre as fases activas do esforço, facto que tem permitido um aumento da
intensidade nas fases activas do jogo (Pinto, 1991).
Importa, no entanto, registar que a relação entre os períodos de
intensidade variável, desenvolvida pelos jogadores durante o jogo, se altera
consoante: (1) o nível de jogo - nos jogos da 1 § divisão ocorrem mais
períodos de intensidade elevada do que nas divisões inferiores (Whitehead,
1975); (2) o modelo e estilo de jogo - as equipas inglesas realizam mais
períodos de intensidade elevada do que as equipas suecas (Ekblom, 1986);
(3) as funções que o jogador desempenha na equipa - os avançados e os
defesas centrais executam mais acções explosivas (saltos) do que os outros
jogadores (Withers et ai., 1982; Reilly & Thomas, 1986).
Em síntese
Dos dados da investigação parece legítimo inferir que as capacidades
configuradas a partir da dimensão energético-funcional, talvez a mais
profusamente abordada até ao momento, não são de facto faculdades
substantivas, mas capacidades subsidiárias do rendimento que apenas
adquirem sentido quando enquadradas no contexto que motivou a sua
expressão.
Não obstante a proliferação de estudos com as características
mencionadas, são alguns dos seus autores têm alertado para a debilidade
dos resultados deles decorrentes e para a inconsistência das conclusões,
porquanto não são consideradas as peculiaridades tácticas do jogo,
nomeadamente o estilo e os métodos de jogo (ofensivos e defensivos)
utilizados, bem como as funções desempenhadas pelos jogadores no quadro
dos respectivos sistemas tácticos utilizados.
Investigadores, como o britânico Reilly (1994, 1996) e os alemães Liesen &
Muecke (1994), notabilizados através dos seus estudos no âmbito da
fisiologia do Futebol, alertam para o facto das exigências colocadas ao nível
da actividade do jogador de Futebol decorrerem, em larga medida, do nível
da competição e das imposições tácticas (estilo de jogo, posição/função do
jogador).
Brettschneider (1990) alerta quem pretender analisar os jogos desportivos
e a prestação dos jogadores, para o fazer através da análise do contexto no
qual ocorrem as acções, não se devendo limitar a aspectos isolados.
Mesmo as características do esforço realizado pelo jogadores de Futebol,
a partir da recolha de imagens e posterior análise em vídeo, remetem para o
facto da interpretação dos resultados assim obtidos depender fortemente das
funções específicas dos jogadores e das características do jogo, bem como
da concepção táctica das equipas em confronto (Soares, 1993).
Isto implica que, como refere Van Lingen (1992), qualquer pessoa que
ensine, treine ou investigue no âmbito do Futebol, deva conhecer o jogo "por
dentro".
O Futebol praticado ao mais alto nível evidencia alterações qualitativas
importantes, sobretudo no que se refere ao aumento da efectividade das
acções de jogo.
Num artigo de revisão intitulado Características fisiológicas dos jogadores
de futebol de elite, Tumilty (1993) conclui que continua por determinar o perfil
óptimo do jogador de Futebol e aponta como factores condicionantes: a
variedade de testes utilizados; as inerentes dificuldades na comparação de
73 A investigação em Futebol
2
0 estilo directo, também designado por long-ball game (Hughes, 1996), é caracterizado por uma
orientação sistemática das acções em direcção à baliza adversária, privilegiando-se o eixo longitudinal do
terreno (Gréhaigne, 1989) e quase se omitindo, na fase de preparação do ataque, o jogo de transição. A
bola é sistematicamente jogada para a frente (Catlin, 1994), verificando-se uma elevada frequência de
passes longos (Hainaut & Benoit, 1979) e de corridas com bola para a frente, reduzindo-se ao mínimo os
passes para trás e para o lado (Bate, 1988). No estilo de jogo indirecto, pelo contrário, privilegia-se o jogo
de transição, isto é, a fase de preparação do ataque em detrimento da fase de realização ou finalização
(Teissie, 1969). Quando uma equipa recorre com elevada frequência a passes curtos e os jogadores,
privilegiam o jogo à largura do terreno em relação ao jogo em profundidade, e enfatizam o jogo de
transição, manobrando a bola no sector intermédio do terreno, diz-se que estamos em presença de um
estilo de jogo indirecto (Hainaut & Benoit, 1979).
75 A investigação em Futebol
Emissor Mensagem
w
t
Retroacção
(resposta à mensagem)
C.A.I.
Mensagem ^
tmissor w neceptor
Ái
Retroacção
(resposta à mensagem)
Figura 9 - Modelo de comunicação específico para os JDC (Caron & Pelchat, 1975).
3
A comunicação motora é traduzida pela interacção operativa de cooperação motora realizada por um
jogador, que favoreça directamente a realização da tarefa de um outro jogador da mesma equipa. A
contra-comunicação motora é uma interacção operativa de oposição motora que dificulte directamente a
realização da tarefa de um outro jogador adversário.
81 A investigação em Futebol
Percepção Solução
e análise da mental do RESULTADO
situação problema
Resolução
motora do
problema
J
Figura 10 - Modelo das fases do acto táctico no jogo (Mahlo, 1969).
Competência estratégico-táctica
Captação de informação Elaboração da informação
Armazenamento da informação
capacidade para
aprender, memorizar, conhecer,
adquirir experiências
Num outro modelo, mais abrangente, Barth (1995) ilustra as relações entre
os processos condicionais de regulação de energia, os aspectos técnicos da
regulação da execução, os aspectos psico-cognitivos de regulação do
comportamento estratégico-táctico e os aspectos emotivos, motivacionais e
cognitivos que regulam o impulso da acção (Figura 12).
a
cognitivos de regulação do impulso
Processos psico-cognitivos de
regulação da acção estratégico - táctica
4
Conhecimento e acção podem ser perspectivados, ambos e simultaneamente, como o produto e/ou o
processo da interacção do indivíduo com c seu envolvimento (Newell & Barclay, 1982).
91 A investigação em Futebol
( ^\
Regras de gestão
^ ^
Regras de acção ^ w e organização do
jogo
\ / Organização colectiva \ /
\ V e individual J /
Capacidades
motoras
v J
Figura 14 - Conteúdos do conhecimento em desportos colectivos (adap.
Gréhaigne & Godbout. 1995).
5
No contexto do jogo, o termo conceito significa uma unidade de informação acerca da selecção da
resposta (McPherson, 1994).
93 A investigação em Futebol
(
'A heurística pode ser considerada a arte de descobrir (Morin, 1973) ou a ciência de encontrar soluções
(Moles, 1995), estando por isso relacionada com certos atributos da actividade do pensamento criador
(Epstein, 1986).
Marina (1995) considera que a busca, consiste em examinar possíveis soluções para atravessar o vazio
entre o estado inicial e o estado final ou meta de um estudo e se realiza através de duas etapas
diferenciadas: na primeira suscita-se informação; na segunda compara-se essa informação com o padrão
de busca. Segundo o autor, as actividades de busca são classificadas em dois grandes grupos: buscas
algorítmicas - sistemáticas, procuram explorar todas as possibilidades e têm uma eficácia limitada;
buscas heurísticas - realizadas com base em suposições, guiadas pelos conhecimentos acumulados,
sentimentais ou não. São menos seguras mas mais eficazes.
95 A investigação em Futebol
7
Entenda-se por situação (Schubert, 1990), a constelação de indicadores objectivos e particularidades
subjectivas inerentes a uma determinada configuração de jogo (número de participantes, sua relação
espacial, posição da bola, percepção do valor do adversário e das possibilidades de evolução de
determinada sequência de jogo, etc.).
A investigação em Futebol 96
M. Dugrand (1989)
5.1. Metodologia
5.1.1. Amostra
O estudo foi aplicado a uma amostra composta por cinquenta especialistas,
vinte e quatro portugueses e vinte e seis estrangeiros1, profissionalmente
ÏQs vinte e seis indivíduos de nacionalidade estrangeira são oriundos de quadrantes geográficos
diversos- Austrália (1), Bélgica (1), Canadá (1), Coreia (2), Dinamarca (1), Finlândia (1), França (3),
Inglaterra (7) Irlanda (1), Itália (1), Japão (2). Noruega (1), País de Gales (1), Suécia (1) e Turquia (2).
101 Antinomia: natureza do jogo/investigação
ligados ao Futebol, pela via do treino e/ou pela via académica, e cujas
características constam do Quadro 8.
(*) Do efectivo de investigadores fazem parte dois indivíduos licenciados, sete com o
grau de mestre e catorze com o grau de doutor.
2
Dado que foi nossa intenção aplicar o questionário também à escala internacional, o mesmo foi traduzido
para a língua inglesa.
Antinomia: natureza do jogo/investigação 102
5.2. Resultados
5.2.1. Análise dos especialistas em geral
Pediu-se aos inquiridos para, numa escala ordinal de 1 a 5, do menos
para o mais relevante, atribuírem um valor aos factores que tradicionalmente
se aceita contribuírem para o rendimento no Futebol (físicos, psicológicos,
tácticos e técnicos)5.
As respostas evidenciam um equilíbrio nos valores das cotações
atribuídas. Não obstante, o factor táctico surge como o mais cotado (27.1%),
logo seguido do factor físico (25.6%), enquanto que os factores técnico e
psicológico registam valores mais baixos (24.8% e 22.5%, respectivamente),
como se pode observar na Figura 15.
3
Apesar de terem respondido ao questionário 26 indivíduos estrangeiros, repartidos por um total de
quinze países, foi possível respeitar esta condição, na medida em que aproveitámos a presença destes
no Third World Congress of Science and Football, realizado em Cardiff, em 1995.
4
No conjunto dos cinquenta questionários não se verificou a existência de quaisquer dúvidas dignas de
registo.
5
Foi também concedida a possibilidade de optarem por um outro tipo de classificação dos factores do
rendimento. Todavia, tal não aconteceu porque os mesmos consideraram a classificação tradicional
pertinente e ajustada.
103 Antinomia: natureza do jogo/investigação
210 £ZA
27.1%
200
190
25.6%
£^A
24.8%
180
170 22.5%
160
150
AFísico ' Psicológ. ' Táctico ' Técnico
Factores do rendimento
r
Figura 15 - Cotações, numa escala de 1 a 5, atribuídas pelos inquiridos aos
factores que tradicionalmente se aceita contribuírem para o rendimento em
Futebol, em função da sua relevância.
210
200
o 190
D. 25.7% 26.0%
25.4%
180
C
<u
3
170
ZI7\
22.9%
160 -
44%
:o 36%
o
Q.
10% 10% •
■ ■
401 L_
• - treinadores
35- D - investigadores
30.4
30-
27.2
•-
25-
D-
23.5
20-
15-
Factores do rendimento
10 J r-
Físico Psicológico Táctico Técnico
Figura 18 - Comparação dos valores médios das cotações atribuídas, numa escala ordinal de 1 a
5, pelos treinadores vs investigadores, relativamente aos factores que tradicionalmente se
aceita contribuírem para o rendimento em Futebol (* p= 0.0051).
40
• - Treinadores
D - Investigadores
35
31.2
30-
28.1
26.4
25
24.4
20- 22.4
18.8
15
Factores do rendimento
10 1
Físico Psicológico Táctico Técnico
Figura 19 - Comparação dos valores médios das cotações atribuídas, numa escala ordinal de 1
a 5, pelos treinadores vs investigadores, em relação aos factores de rendimento e r que,
segundo a sua opinião, mais se justifica investir no âmbito da investigação em Futebo (*p=
0.0018).
Quadro 10 - Distribuição das percentagens relativas às respostas dos treinadores (T) e investigadores
(I), segundo a respectiva opinião face ao estado actual da investigação em Futebol, nos planos
quantitativo e qualitativo, para cada um dos factores (F.) considerados.
Qualidade .
Dimensões do rendimento
Figura 20 - Percentagem de nomeações registadas para os grupos de
investigadores e treinadores, relativas à dimensão do rendimento considerada
menos investigada.
5.3. Conclusões
No plano da investigação em Futebol, as dimensões táctica e psicológica,
parecem apresentar uma expressão diminuta e desproporcionada, face à
importância que investigadores e treinadores lhes atribuem, no âmbito do
rendimento desportivo.
Os resultados deste estudo corroboram a conjectura inicial, i.e., embora os
especialistas considerem que a dimensão táctica tem um peso importante no
rendimento em Futebol, os mesmos reconhecem nela a dimensão menos
investigada e referem que tal se deve à dificuldade que isso envolve.
E. Manzini (1986)
T
I Competição I I Preparação I
I
I Adequada I Inadequada
Adaptações Adaptações
Resultados eficazesrn
específicas Inespecíficas
Resultados ineficazes
Estudo e caracterização
dos sistemas implicados
H. Laborit(1974)
D. Durand (1992)
Quadro 14 (continuação).
Problematização
Campo
teórico
Signi ícação t
F'epresentaçã o
Interpr ítação
w. ^
Modelo ^
w ^
1
doselados doselados
Campo
empírico
Observaçãc)
1
Os modelos não servem tanto para restituir ou antecipar o desenrolar concreto de uma acção, tal como
um observador a contaria ou a filmaria, como para discernir a sua estrutura, coerência e lógica (Saint-
Semin, 1992). Na sua acepção usual, otermo modelo sugere um objecto ou uma situação mais complexa
e rica do que a representação, quaisquer que sejam as modalidades desta (Geymonat & Giorello, 1992).
2
0 cérebro humano é um sistema sknbólico. Recebe informação do ambiente (visual, auditiva e táctil),
que traduz, utilizando um conjunto de regras e procedimentos, em símbolos ou dados (Simon, 1991). A
sua natureza faz com que não seja possível pensar o mundo e os seus elementos, nem agir de forma
eficaz sem que se tenha presente um modelo, ou seja, uma simplificação selectiva da realidade
(Geymonat & Giorello, 1992; Stacey.1995).
3
Perceber quer dizer identificar, reconhecer. Reconhecer é uma operação que remete a um conhecimento
prévio e identificar é converter num significado. Onde quer que encontremos um fenómeno de
reconhecimento temos de admitir a existência de um padrão que o tome possível (Marina, 1995). Não
podemos perceber uma mudança sem um fundo, sem uma invariante que nos faça perceber a mudança.
Isto é válido para todos os níveis: desde as simples experiências perceptivas, até aos nossos conceitos
mais abstractos (Ceruti, 1995).
122 Modelação do jogo
(— i
Jogo
Ï
(Modelo externo)
I I
Modelo explícito Modelo implícito
Observação
(Modelo interno)
T
Interpretação
e reflexão
Figura 28 - A interpretação do jogo à luz dos modelos do observador
4
Thom (1979) defende a tese de que o conteúdo (concreto ou abstracto, quantitativo ou qualitativo) de um
modelo depende estreitamente da sua função (interpretação do real, teste duma hipótese, acção,
compreensão). Para este autor, um modelo é satisfatório se proporciona uma resposta satisfatória à
questão que motivou a modelação.
5
A analogia é uma semelhança estabelecida entre dois ou vários objectos ou acontecimentos (Bertrand &
Guillemet, 1988), i.e., uma relação de homologia entre duas relações (Bourdieu, 1980). Pode representar-
se sob a forma de uma simples imagem ou símbolo, embora também possa assumir formas mais
complexas: metáforas, isomorfismos ou modelos (Durand, 1992).
Modelação do jogo 123
6
Foi o americano Herbert Simon (1991) quem, no âmbito da Psicologia Cognitiva, colocou em evidênca a
importância deste tipo de raciocínio, a partir dos seus trabalhos sobre o conceito de racionalidade limitada
e sobre o general problem solving, em que o autor busca uma metodologia para a resolução de problerras,
dirigida, não para a solução óptima, mas para a designada solução aceitável.
7
Propriedades que, não obstante as transformações que o sistema sofre (Walliser, 1977), se reveam
permanentes para o horizonte estudado (Godet, 1991).
A partir duma análise deste tipo parece pertinente conceber modelos que
formalizem a organização das equipas, traduzida num conjunto de variações,
regularidades e invariâncias9, configuradas no desenvolvimento do jogo.
Na perspectiva de Teodorescu (1977), a análise e interpretação do
conteúdo do jogo desportivo e da funcionalidade da equipa através do
prisma da modelação asseguram a possibilidade de utilizar uma metodologia
científica na programação do treino, na selecção dos jogadores, no
conhecimento dos adversários, na escolha da táctica de jogo e, em geral,
para toda a actividade dos treinadores e das equipas.
Tschiene (1994) sustenta que a organização do processo de treino nos
JDC deve necessariamente partir de um referencial: o modelo de jogo da
equipa, que constitui, portanto, o "elemento causal" de todos os
comportamentos (Frade, 1985).
Para Araújo (1987) o ensino e o treino das modalidades colectivas tem de
desenvolver-se forçosamente segundo planeamentos e programações
estritamente influenciados pelos modelos de jogo, de preparação e de
jogador.
A análise dos modelos técnico-tácticos tem como objectivos fundamentais
identificar, no conteúdo do jogo, quais os factores através dos quais se
desenvolve o jogo, identificar e caracterizar os sistemas de organização
(relações) dos factores de ataque e defesa e ainda determinar os índices de
eficácia no jogo de acordo com um determinado nível de rendimento
(Teodorescu, 1977).
Segundo Queiroz (1986), no Futebol a análise dos modelos técnico-
tácticos tem um papel decisivo no que respeita à obtenção de rendimento. A
sua definição deve resultar de uma concepção de jogo que veicule os
modelos de acção mais eficazes do Futebol actual, assim como as suas
tendências evolutivas de forma a estimular no treino, as exigências e
dominantes do Futebol moderno.
Os jogadores, face aos constrangimentos do jogo, agem, individual e
colectivamente, combinando o repertório motor com os princípios de acção.
Essa combinação é realizada através do modelo de jogo, o qual ultrapassa o
9
Um sistema é identificável num universo material na medida em que existe uma certa permanência das
suas características, para além das modificações do meio externo ou interno. A regularidade é algo que
diz respeito às relações entre estruturas, mais do que às próprias estruturas (Eigen & Winkler, 1989) e
que se produz com uma frequência estatisticamente mensurável (Bourdieu, 1980). Fala-se de invariante
para fazer referência a todo o fenómeno que se supõe permanente até ao horizonte estudado (Godet.
1991), i.e., à propriedade de um sistema que se conserva não obstante as transformações que ele sofre
(Walliser, 1977). É possível distinguir duas grandes famílias de invariantes: as espaço-temporais.
relativas às transformações geométricas do sistema, à periodicidade e reversibilidade das acções no
tempo e aos movimentos; as qualitativas, respeitantes às transformações mais profundas do sistema
como sejam as organizacionais (Godet, 1991).
Modelação do jogo 125
10
Para Deleplace (1994), a reversibilidade é uma lei da lógica interna do jogo nos JDC, a partir da qual as
equipas configuram a sua organização.
11
A interacção exprime o conjunto das relações, acções e rectroacções que se efectuam e se tecem num
sistema (Morin, 1982).
Modelação do jogo 127
l2
U m sistema hierárquico é uma categoria segundo a qual os objectos estão repartidos em diferentes
níveis de complexidade (Ehresmann & Vanbremeersch, 1991). A abordagem hierárquica permite construir
uma representação funcional dos sistemas, baseada nas noções de função, componente, elemento
(Braunschweig, 1991). As hierarquias funcionais e a representação dos conhecimentos sob a forma de
esquemas ou de objectos deram origem ao raciocínio baseado em modelos, model-based reasoning
ÍDavis & Hamscher, 1988), o qual tem permitido a várias gerações de investigadores aumentar
significativamente o conhecimento em domínios tão diversos como a Física, a Química, a Economia, a
Informática, a Medicina, a Gestão e o Desporto, entre outros.
13
De acordo com Stacey (1996), os sistemas adaptativos complexos consistem num elevado número de
agentes interrelacionados de modo não-linear, em que a acção de um agente pode provocar mais do que
uma resposta por parte dos outros agentes. Para além disso, caracterizam-se pelo facto dos seus
elementos identificarem regularidades na informação que obtêm, condensando-a posteriormente sob a
forma de modelos.
128 Modelação do jogo
14
A complexidade das interacções pode provocar o aparecimento de efeitos perversos (Boudon, 1977 .
Por efeito perverso entenda-se aquele que não é explicitamente procurado pelos agentes de um sistema
e que resulta da sua situação de interdependência (Boudon, 1979).
Modelação do jogo 129
Estruturalismo
Teoria da ^
Cibernética
informação ^
\
Ciências da Auto-organização
Comunicação ► SISTÉMICA <
15
Os métodos de modelação sistémica desenvolveram-se a partir de 1945, nomeadamente nas ciências
da engenharia (teoria cibernética, Norbert Wiener) e nas ciências da vida (teoria dos sistemas abertos,
Ludwig Von B ertalanffy), com o objectivo entender os fenómenos complexos. A modelação sistémica
assenta na noção de semelhança ou isomorfia (B ertrand & Guillemet, 1988), e consiste em reunir
conjuntos de informações num quadro de referência, em determinar o objectivo do sistema, em definir os
I mites e em identificar os elementos importantes e as suas interacções (Ouellet, 1981).
130 Modelação do jogo
de reciprocidade; (2) global ou total, porque o valor das equipas pode ser
maior ou menor do que a soma dos valores individuais dos jogadores que as
constituem; (3) complexo (porque existe uma profusão de relações entre os
elementos em jogo); (4) organizado, porque a sua estrutura e funcionalidade
se configuram a partir das relações de cooperação e de oposição,
estabelecidas no respeito por princípios e regras e em função de finalidades
e objectivos.
O jogo de Futebol pode ser considerado um sistema, na medida em que
manifesta as seguintes propriedades (Wilkinson, 1982):
• possui componentes que integram, eles próprios, outros sistemas;
• comporta decisores e processos de decisão;
• possui possibilidades de modificação, de variação;
• existe um objectivo e unidades de avaliação para o sucesso da
prestação.
L.Teodorescu (1977)
17
Embora, como refere Lupasco (1968), o problema do todo e das partes seja tão velho quanto o mundo,
Bertalanffy (1968) foi um dos primeiros autores a demonstrar que um sistema é um todo não
necessariamente redutível às suas partes, o que supõe que os sistemas têm propriedades emergentes
que diferem dos estados dos seus componentes quando considerados isoladamente. Na mesma linha de
pensamento, Zeleny (1980) sustenta que um sistema apresenta três estados possíveis: (i) o todo
organizado é mais do que a soma das suas partes (sinergia); (ii) o todo desorganizado é menos do que a
soma das suas partes; (iii) o todo neutro é exactamente a soma das suas partes.
134 Modelação do jogo
18
0 conteúdo do jogo corresponde à totalidade das acções individuais e colectivas expressas em
oposição ao adversário, através dum determinado nível de rendimento. Quando observado e inserido no
seu contexto global, o conteúdo do jogo permite definir a estrutura do jogo (Teodorescu, 1977; Queiroz,
1986), entendida como um conjunto organizado de relações(Crevoisier & Roche, 1981).
19
A teoria das "estruturas dissipativas" e o princípio da "ordem através de flutuações" estabelecem que
nos sistemas abertos, isto é, nos sistemas que funcionam nos limites da estabilidade, a evolução pode
ser explicada por flutuações de energia que em determinados momentos, desencadeiam
espontaneamente reacções que pressionam o sistema para além de um limite máximo de instabilidade e o
conduzem a um novo estado macroscópico. Esta transformação é o resultado de processos segundo
uma lógica de auto-organização numa situação de não-equilíbrio (Prigogine & Stengers, 1979). O
resultado da auto-organização é uma estrutura dissipativa. O resultado da auto-organização é uma
estrutura dissipativa, assim designada porque dissipa energia ou informação no seu meio e a energia, ou
informação, dissipadas têm que ser continuamente substituídas (Prigogine & Stengers, 1984).
As equipas com sucesso, embora longe-do-equilíbrio, têm que tender para a estabilidade. A procura da
estabilidade é a procura de equlíbrio dinâmico entre as suas capacidades e as exigências do jogo.
Modelação do jogo 137
2
^Um sistema autónomo define-se como um sistema que subordina todas as mudanças estruturais à
conservação da sua organização (Ceruti, 1995).
138 Modelação do jogo
E. Morin (1990)
É possível que as noções de ordem e desordem sejam mais
importantes para a ciência e para a filosofia do que as de substância
e de matéria.
J. Largeault(1985)
22
A importância da organização foi realçada por dois pensadores, no início do século XX (entre 1900 e
1930), o russo A. Bogdanov e o francês Paul Valéry. Nos nossos dias E. Morin é talvez quem melhor tem
conseguido exprimir em toda a sua plenitude a riqueza do conceito de organização (Le Moigne, 1990).
23
A ideia de organização emergiu nas ciências sob o nome de estrutura. No entanto, o sentido do termo
estrutura ultrapassou o seu significado etimológico - construção - e ampliou-se para designar não apenas
a relação das partes entre si, como a disposição das partes num todo (Lupasco, 1968; Wieser, 1972;
Laborit, 1974). Deste modo, organização e estrutura são dois níveis complementares embora distintos
sobre os quais podem definir-se a abertura ou o fecho dum sistema e, como tal, podem perspectivar-se
os problemas da invariância e da mudança (Ceruti, 1995).
Modelação do jogo 139
B. Barth (1994)
f
^ -
Análise do jogo
• Observação Planificação
• Notação
• Interpretação
1
Treino
J
ii
Performance *
\ )
detalhes que ocorrem durante um jogo (Franks et ai., 1983; Bangsbo, 1993;
Reilly, 1994).
Os treinadores têm dificuldade de memorizar e relembrar de forma precisa
as sequências de acontecimentos complexos que ocorrem durante um longo
período de tempo, como o demonstraram Franks & Miller (1986). Estes
autores constataram que, mesmo os treinadores de Futebol mais experientes
e de nível internacional, apenas retiveram 30% dos elementos que mais
influenciaram o sucesso num jogo.
Dettmar Cramer (1987), técnico da F.I.F.A. e da Federação Alemã de
Futebol, vem chamando à atenção, desde há longos anos, para a importância
da análise do jogo em Futebol. Segundo ele, na medida em que as
competições são a fonte privilegiada de informação útil para o treino, é a
partir da observação do jogo que se aprende o que se deve treinar, para
jogar melhor, e a orientar o processo de treino para a meta desejada.
Através deste entendimento, também preconizado por Gowan (1982) e por
Mombaerts (1991), Cramer (1987) não só reforça o já inquestionável valor da
análise do jogo, como reafirma implicitamente a importância da
especificidade do treino em relação à competição.
Aliás, Whiting (1969) ilustra bem esta relação ao afirmar que, se algum
princípio existe que tenha sido provado na análise experimental da acção
humana, é a especificidade das actuações especializadas. Isto significa que
a pretensão de atingir êxito numa área específica implica, enquanto condição
prévia, um treino específico nessa mesma área.
Assim, no Futebol, a construção do treino deverá, em larga medida,
decorrer da informação retirada do jogo (estrutura do movimento, estrutura da
carga, natureza das tarefas, zonas de intervenção predominantes, funções
prevalentes, modelo e concepção de jogo, etc.). Por isso, a caracterização da
estrutura da actividade e a análise do conteúdo do jogo de Futebol têm vindo
a revelar uma importância e influência crescentes na estruturação e na
organização do treino desta modalidade (Korcek, 1981).
Num âmbito mais restrito, mas não menos importante, a planificação das
partidas, tem implicado o estudo da estrutura básica do adversário a
defrontar, o seu estilo, as suas características fundamentais. Nessa medida,
tem-se recorrido a uma modalidade particular de observação-análise
designada scouting, que consiste na detecção das características da equipa
adversária, no sentido de explorar os seus pontos fracos e contrariar a suas
dimensões fortes (Roach, 1970; Olivares, 1978; Smith et ai., 1996).
Os comportamentos exteriorizados pelos futebolistas durante o jogo
traduzem, em grande parte, o resultado das adaptações provocadas pelo
Observação e análise do jogo 147
1989; Castelo, 1992; Hughes, 1992b; Claudino, 1993; Dufour & Verlinden,
1994; Gréhaigne & Bouthier, 1994; Bezerra, 1995; Garganta et ai., 1995).
Foi sobretudo a partir dos anos cinquenta que a análise do jogo de Futebol
(Soccer) experimentou um claro incremento. Primeiro, com o britânico Walter
Winterbottom, que em 1952 desenvolveu um método para a determinação
das distâncias percorridas pelos jogadores de Futebol; posteriormente, com
os trabalhos de Jakoblew (1950*), Krestownikov (1952*), Tchaidze (1955*)1,
Wade (1962), Christiaens (1966), Agnevik (1970) e Saltin, (1973), entre
outros.
Posteriormente, o direccionamento das linhas de investigação evoluiu para
a denominada análise do tempo-movimento, através da qual se procura
identificar, de forma detalhada, o número, tipo e frequência das tarefas
motoras realizadas pelos jogadores ao longo do jogo.
Vários estudos se situam nesta perspectiva: Reilly & Thomas, 1976;
Withers et al., 1982; Mayhew & Wenger, 1985; Ohashi et al.,1988; Yamanaka
et al., 1988; Bangsbo et al., 1991; D'Ottavio &Tranquilli, 1992; Rebelo, 1993.
A análise das acções técnicas, nomeadamente no que respeita à
frequência de utilização e taxa de sucesso, tem sido outro dos campos
explorados na análise do jogo, embora com maior incidência na dimensão
quantitativa (Reep & Benjamin, 1968; Talaga, 1979; Gayoso, 1980a; Morris,
1981; Piechniczec, 1983; Wrzos, 1984; Bate, 1988; Hughes, 1990; Luhtanen,
1990a; Dufour, 1993) do que na expressão qualitativa (Starosta, 1988; Dufour
& Verlinden, 1994).
Contudo, a inépcia das conclusões decorrentes dos resultados
provenientes de estudos quantitativos e centrados nas acções técnicas
individuais, levaram os analistas a questionar a pouca relevância contextual
dos dados recolhidos, logo, a duvidar da sua pertinência e utilidade.
Esta questão realça a necessidade de centrar a análise nas virtuais
interrelações das variáveis quantitativas e qualitativas, e de considerar a
dimensão técnica em subordinação aos aspectos tácticos, já que aquela não
pode perfilar per se os traços dominantes do jogo (Gréhaigne, 1989; Dufour,
1993; Garganta, 1995).
Na medida em que as acções de jogo se realizam num contexto de
oposição e cooperação, que guia as equipas na disputa de um objectivo
comum (vencer), a dimensão táctica assume uma importância capital
(Gréhaigne, 1989; Deleplace, 1994).
A prática do Futebol ao mais alto nível de rendimento impõe aos jogadores
e às equipas uma forte disciplina táctica, aliada a uma sólida automatização
1
(*) citados por Dufour (1983).
Observação e análise do jogo 151
T 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 r
1930 1934 1938 1950 1954 1958 1962 1966 1970 1974 1978 1982 1986 1990 1994
Campeonatos do Mundo
Figura 24 - Média de golos por jogo, nos campeonatos do mundo de Futebol realizados desde 1930 até
1994 (Dados de R. Zacarelli (1996) e de France Football -14.06.1994).
'■ No caso de Castelo (1992), grande parte desse conteúdo decorreu de uma longa actividade enquanto
analista do jogo e constituiu também matéria de publicação de um livro (Castelo, 1994).
5
Neto, J. (1993): A observação no Futebol. Edição do Autor. Paços de Ferreira.
154 Observação e análise do jogo
intervalos de 10 e 15 segundos foram também testados por Winkler (1984) e Gréhaigne (1986).
Observação e análise do jogo 155
sentido do ataque
Legenda
• Defensor Eixos da defesa
o Atacante Eixos do ataque
. Bola
bolas perdidas, remates, etc.; (ii) analisar a actividade física dos jogadores,
através da determinação do número e tipo de actividade (marcha, corrida
lenta, sprints, saltos, etc.), bem como da distância percorrida.
A grande vantagem deste sistema de captação de imagem, sobre os
demais, reside no facto de permitir a cobertura da totalidade da superfície de
jogo e possibilitar visualizar os movimentos dos jogadores de ambas as
equipas em confronto, com excepção, nalguns casos, do guarda-redes da
equipa que ataca.
Todavia, na gravação das imagens, o CCDVS, para além de implicar uma
filmagem in loco, requer a utilização de duas máquinas de filmar montadas
em paralelo, em conexão com dois vídeogravadores. Na altura de reproduzir
as imagens, são necessários dois monitores de televisão colocados lado a
lado, ou, de preferência, dois projectores que permitam sincronizar as
imagens de cada um, de modo a projectar, num écran gigante, uma só
imagem (Winkler, 1991).
A necessidade de realizar filmagens em jogos ao vivo, acrescida à
parafrenália tecnológica necessária para as recolher e reproduzir, fazem
deste sistema de observação um meio muito dispendioso e pouco versátil.
Nesta medida, os analistas têm recorrido à reprodução de imagens
simples em magnetoscópio (videogravador), embora procurando, cada vez
mais, uma associação e adequação de processos.
Erdmann (1993) utilizou um método videográfico que, numa primeira fase
consiste em colocar, num plano elevado (à altura dos holofotes das torres de
iluminação do estádio), uma máquina de filmar munida de uma lente de
grande angular, "olho-de-peixe", de forma a captar todo o espaço de jogo.
Quando as imagens são reproduzidas, a partir da videogravação, é colocado
um acetato sobre o monitor e nele são traçados os deslocamentos dos
jogadores nas respectivas acções ofensivas.
Embora com o método de Erdmann (1993), a captação e reprodução das
imagens não coloque os problemas encontrados em relação aos
procedimentos e material utilizados por Winkler (1991), subsiste a
necessidade de gravar os jogos in loco.
Quadro 12- Estudos, realizados no âmbito de alguns jogos desportivos, com excepção do
Futebol (Soccer), nos quais se recorreu a meios informáticos para observação e análise do
jogo.
Quadro 13 - Estudos realizados no âmbito específico do Futebol (Soccer), nos quais se recorreu à
análise do jogo apoiada por computador.
Data Autor
1982 Dufour
1983 Franks et al.; Malveiro
1985 Mayhew & Wenger; Van Gool & Tilborgh
1986 Church & Hughes; Franks & Goodman
1988 Ali; Chervenjakov et ai.; Gréhaigne; Helsen & Pauwels; Hughes et ai.; Lewis
& Hughes; Luhtanen; Ohashi et ai.; Pollard et ai.; Rhode & Espersen; Suzuki
et ai.; Treadwell; Van Gool et ai.; Winkler; Yamanaka et ai.
1989 Dufour; Gréhaigne; Partridge & Franks
1990 Ali & Farrally; Gréhaigne
1991 Dufour; Gréhaigne; Reilly et ai.; Winkler
1992 D ' Ottavio & Tranquilli; Partridge & Franks; Rico & Bangsbo; Winkler;
Yamanaka et al.; Gréhaigne; Hughes
1993 Bishovets et al.; Claudino; Dufour; Dufour & Verlinden; Erdman; Gerish &
Reichelt; Hughes; Ohashi et ai.; Ortega et ai.; Partridge et ai.; Yamanaka et
ai. 1994; Dufour & Verlinden; Kawai et ai.; Loy; Yamanaka et ai.
1995 Bacconi & Marella; Garbarino et ai.; Melli
1996 Loy; Miiller & Lorenz
1997 Gréhaigne et ai.; Luhtanen; Miyamura et ai.; Olsen & Larsen; Verlinden;
Yamanaka et ai.
1997a Sforza et ai.
5
Para que o CASMAS se torne operacional, são necessários, em conexão: (1) um computador IBM
compatível 386 -2MB-RAM-DOS; (2) uma mesa de digitalização (digital panel), que permite assinalar a
espacialização das acções de jogo; (3) um teclado especial (concept keyboard) com 127 células,
algumas das quais correspondem ao tipo de acção desenvolvida (passe, remate, duelo, drible, etc.),
outras à qualidade (+ ou -) das mesmas. Algumas das células não se encontram ainda codificadas, o que
permite introduzir novas categorias. O algoritmo proposto é susceptível de adaptações múltiplas em
função da evolução da pesquisa experimental; (4) um software CASMAS que permite uma recolha de
dados e um tratamento estatístico em tempo real.
168 Observação e análise do jogo
Observação Observação
assistemática sistemática
t
Notação manual i*
(Papel e lápis)
Computador
Métodos t Métodos
heurísticos algorítmicos
6
Os procedimentos algorítmicos comportam a identificação de todos os estados cruciais para a
selecção das operações a realizar, com o fim de abranger toda a classe de estados iniciais possíveis. O
algoritmo apresenta-se normalmente sob a forma de organigramas binários, com soluções
antecipadamente definidas. A heurística pode ser considerada a arte de descobrir (Morin, 1973) ou a
ciência de encontrar soluções (Moles, 1995), estando por isso relacionada com certos atributos da
actividade do pensamento criador (Epstein, 1986).
Observação e análise do jogo 173
Análise do jogo
Jogador Equipa
Produto (golos)
f
Organização
Dados avulso
I
Análise de
sequências
Acções técnicas
I
Unidades tácticas
8.1.1. Introdução
No conjunto das acções desenvolvidas ao longo de um jogo de Futebol as
equipas visam assegurar condições de vantagem sobre o adversário, o que
quer dizer que o confronto determina, na maior parte das vezes, um vencedor
e um vencido.
Contudo, quando comparado com outros jogos desportivos colectivos (e.g.
Basquetebol e Andebol), o Futebol apresenta uma supremacia da defesa
sobre o ataque (Bauer & Ueberle, 1984; Dufour, 1989), o que faz com que o
sistema ataque/defesa tenda frequentemente para o equilíbrio. Enquanto que
a defesa procura continuamente neutralizar a acção do ataque no sentido de
conseguir ordem e equilíbrio para conquistar a posse da bola, o ataque
procura criar desordem na defesa contrária no sentido de induzir
desequilíbrios e conseguir a obtenção de golo (Gréhaigne, 1989). Por isso,
um dos grandes problemas do jogo de Futebol consiste em conseguir
oportunidades de finalização (Queiroz, 1989; Castelo, 1992).
Enquanto que, por exemplo, no Basquetebol uma grande percentagem
dos ataques efectuados (80%, em média) termina com a concretização de um
cesto, num jogo de Futebol apenas 1 % dos ataques culmina com a obtenção
de um golo (Dufour, 1982b; Sleziewski, 1987). As balizas, colocadas na
extremidade de um grande terreno, poucas vezes são atingidas nos 90
minutos de tempo regulamentar de jogo, constatando-se um maior volume de
jogo de transição (mais de 95%, cf. Gréhaigne, 1989) em detrimento da
finalização (Wrzos, 1984; Gréhaigne, 1989).
Dado que na fase de jogo correspondente ao ataque, a vantagem das
equipas só tem sentido se conduzir à criação de situações de finalização
(Teodorescu, 1977), a necessidade de tornar o processo ofensivo mais
objectivo e concretizador, conduzindo à criação de um maior número de
oportunidades de golo tem constituído uma preocupação evidente de todos
quantos pretendem ver aumentada a qualidade e espectacularidade do jogo
de Futebol (Luhtanen, 1993; Safont-Tria et ai., 1996).
Este facto explica a razão da maioria das análises e das tácticas
empregues no Futebol estarem relacionadas com a fase ofensiva do jogo
(Luhtanen, 1993).
Efectivamente, o comportamento de variáveis relativas ao processo
ofensivo de equipas de Futebol tem sido explorado por vários autores (Reep
& Benjamin, 1968; Sleziewski, 1987; Olsen, 1988; Jinshan et ai., 1993;
Luhtanen, 1993; Garganta et ai., 1995).
Estudos exploratórios 178
8.1.2. Objectivos
A partir do estudo da efectividade das acções ofensivas realizadas por
equipas de diferentes níveis competitivos, visa-se apurar a possibilidade de
179 Estudos exploratórios
8.1.3. Método
A amostra é composta por dois grupos de distintos níveis competitivos: (i)
superior, que integra as Selecções Nacionais de Futebol dos países que se
classificaram nos quatro primeiros lugares do Campeonato do Mundo,
USA/94; (ii) inferior, composto por cinco equipas do Campeonato Nacional
Português, que se classificaram na metade inferior da tabela classificativa, na
época 1995/96.
A partir de um total de vinte jogos foram observadas 260 sequências
ofensivas terminadas com remate à baliza, 133 para as equipas de nível
competitivo superior e 127 para as de nível inferior.
Para cada sequência ofensiva foi observado e registado o comportamento
de um lote de nove variáveis1, correspondentes a sete indicadores simples:
número de jogadores que contactaram com a bola (NJ), número de passes
realizados (NP), número de contactos com a bola realizados pelo rematador
(NctR), número de contactos com a bola efectuados pelo jogador que realiza
a assistência (NctA), número total de contactos realizados com a bola (Net),
número de bolas recebidas (NR), tempo de realização do ataque (TRA); e
dois indicadores compostos: velocidade de transmissão da bola (VTB) e
número de bolas jogadas (BJ).
1
Estas variáveis foram seleccionadas por figurarem em vários estudos (e.g., Reep & Benjamin, 1968;
Morris, 1981; Withers, 1982; Talaga, 1985; Korcek, 1987; Bate, 1988; Olsen, 1988; Pollard et ai., 1988;
Dugrand, 1989; Gréhaigne, 1989; Hughes, 1990; Cabezón & Fernandez, 1996), tendo, apesar disso, sido
sujeitas à apreciação de um perito.
Estudos exploratórios 180
n° acordos
% acordos = x 100
n° acordos + n° desacordos
2 As categorias são noções com origens empíricas e históricas, solidárias com um determinado corpus de
conhecimentos. São noções bifrontes que constituem a interface, o momento de mediação, entre
conhecimento e realidade, traçando o perímetro dos horizontes do sentido (Ceruti, 1995).
3
Quando não é possível medir directamente um conceito, como por exemplo a capacidade táctica, é
indispensável recorrer a indicadores (Madella, 1988). Conquanto o termo indicador possua várias
conotações (Johnstone,1988), no presente estudo iremos utilizá-lo enquanto referência a algo
observável, isto é, a um aspecto mensurável da variável latente em causa. Não deve, contudo,
confundir-se o indicador com o conceito estudado (Madella, 1988). Por exemplo, a desmarcação é um
indicador da capacidade táctica, enquanto expressão observável de um conjunto de operações sujeitas
a constrangimentos espaciais e temporais, mas obviamente não é a capacidade táctica, dado que uma
qualquer variável latente não pode ser reflectida por um único indicador indirecto.
4
Segundo Bellack et ai. (1966) as observações podem ser consideradas fiáveis se o percentual de
acordos não for inferior a 80%.
Estudos exploratórios 184
'ariável CCest
NP 0.69
NR 0.67
BJ 0.65
Net 0.63
TRA 0.52
Net A 0.43
NJ 0.40
VTB 0.35
NctR 0.15
5
Os CCest não são mais do que correlações entre cada variável e a função linear encontrada. A
magnitude de cada CCest exprime pois a sua importância na função que separa maximalmente os grupos
de equipas.
Estudos exploratórios 186
0 1
0 34 (26.8%) 93 (73.2%)
6
A qualidade da função discriminante linear encontrada é avaliada a partir da reclassificação que faz dos
grupos aprioristicamente formados. Trata-se em suma de calcular probabilidades condicionadas na
pertença ao grupo original com base na distância do score discriminante ao centróide de cada grupo. De
seguida elabora-se uma tabela de dupla entrada em que na horizontal temos os valores iniciais dos
elementos de cada grupo, e na vertical os valores preditos em função do valor de probabilidade. Esta
tabela é designada por matriz de confusão ou de Jackknife (Tabachnick e Fidell, 1996).
Estudos exploratórios 188
Variável CCest
NP 0.97
TRA 0.73
VTB 0.49
0 1
7
Através do estilo de jogo directo, também designado por long-ball game (Hughes, 1996), procura-se
jogar a bola para a frente (Catlin, 1994), aumentando o número de passes longos e de corridas com bola
para a frente, reduzindo ao mínimo os passes para trás e para o lado (Hainaut & Benoit, 1979; Bate,
1988). Quando uma equipa recorre com elevada frequência a passes curtos e os jogadores, privilegiam o
jogo à largura do terreno em relação ao jogo em profundidade, e enfatizam o jogo de transição,
manobrando a bola no sector intermédio do terreno, diz-se que estamos em presença de um estilo de jogo
indirecto (Hainaut & Benoit, 1979).
Enquanto que o estilo directo é caracterizado por uma orientação sistemática das acções em direcção à
baliza adversária, quase omitindo a fase de preparação do ataque, no estilo de jogo indirecto, pelo
contrário, privilegia-se o jogo de transição, isto é, a fase de preparação do ataque em deferimento da fase
de realização ou finalização (Teissie, 1969).
Estudos exploratórios 190
Predita
0 1
0 39 88 30.7%
1 15 208 93.3%
191 Estudos exploratórios
8.1.5. Conclusões
Nas sequências ofensivas finalizadas com remate enquadrado à baliza, e
considerando as variáveis do presente estudo, através da análise da função
discriminante (AFD) parece possível discriminar os grupos de acordo com o
seu nível competitivo. Contudo, o recurso às matrizes de confusão revela que
a qualidade das soluções é muito fraca.
Quer no procedimento AFD, considerando todas as variáveis, quer quando
se pede a um perito que escolha as variáveis que melhor separam as
equipas de nível de rendimento distinto, os resultados apresentam-se
estatisticamente significativos mas não se revelam substancialmente
relevantes.
Entendemos que os motivos que parecem justificar tal "problema"
decorrem do facto do comportamento das variáveis consideradas resultar de
um compromisso de interrelação e interdependência. Quando se considera
apenas o peso de uma variável per se o seu significado esvazia-se de
sentido na medida em que não são considerados os laços que a unem a
outras variáveis, o que quer dizer que, no seu conjunto, estes resultados não
podem fornecer uma imagem dos acontecimentos relevantes do jogo.
Para além disso, a matriz de confusão mostra que há sérios problemas de
reclassificação das acções nos grupos originais, especialmente com o grupo
de nível mais baixo, o que quer dizer que as equipas que à partida deveriam
possuir uma forma de associar as variáveis que as colocariam no grupo de
nível inferior são colocadas no grupo superior.
Constata-se que os sucessivos procedimentos estatísticos utilizados fazem
emergir uma incoerência manifesta na possibilidade dos indicadores
separarem as equipas de acordo com o seu nível competitivo, quer se
considerem lotes de variáveis mais alargados ou mais restritos.
Assim, quando se utiliza este pensamento e estes procedimentos
concluímos que não é viável, a partir dos indicadores utilizados, separar
claramente as equipas segundo o seu nível competitivo. Contudo, as causas
para este facto devem ser imputadas, sobretudo, à inexistência de um quadro
conceptual que permita seleccionar e enquadrar as variáveis, de acordo com
Estudos exploratórios 192
8.2.1. Introdução
No Futebol, a informação sobre a actividade competitiva é
excepcionalmente importante, na medida em que, porque reflecte a
orientação básica do desenvolvimento do jogo, constitui um critério
fundamental para a preparação dos jogadores e das equipas (Godik &
Popov, 1993) e para a organização dos processos de ensino e treino
(Gréhaigne, 1992a).
Todavia, para compreender a lógica do jogo de Futebol é importante criar
um "código de leitura" que permita passar da multiplicidade à unidade, da
8
0 conceito de unidade táctica foi introduzido pelo francês René Deleplace (1979), em relação ao jogo de
Râguebi. Considerando os múltiplos tipos de oposição que ocorrem no desenvolvimento duma qualquer
sequência de jogo, este autor define três planos: (i) o plano colectivo total, que corresponde ao efectivo
total das duas equipas em confronto; (ii) o plano colectivo de linha, que corresponde à oposição dos sub-
grupos, num quantitativo aproximadamente igual à metade do efectivo de cada equipa; (iii) o plano
homem-a-homem, que corresponde às acções de jogo que englobam o um contra um, o dois contra um e o
dois contra dois. Colocando em evidência a relação estreita entre estes planos e as diferentes fases do
jogo, Deleplace preconiza a existência de unidades tácticas isoláveis, cujo encaixe permite reconstituir a
"matriz do jogo", a qual engloba duas "matrizes componentes da acção": a da lógica de distribuição
colectiva na fase defensiva; e a da lógica de transformação do movimento colectivo de ataque.
193 Estudos exploratórios
^Uma metodologia é uma compilação e uma táctica dos métodos susceptíveis de tratar um fenómeno ou
conjunto de fenómenos (Moles, 1995).
10
Nas literaturas francófona e anglófona, partida (match) e jogo (jeu, game) têm conotações distintas. O
jogo é identificado com a evolução dinâmica das sucessivas sequências. É um fenómeno que decorre,
ancorado no presente, no momento. A partida é aquilo que já decorreu ou vai decorrer (é tempo passado
ou futuro). Trata-se do conjunto de ocorrências do jogo que já se desenvolveram ou que vão ainda
desenvolver-se. O conceito de partida (encontro) é, por isso, completamente fechado, no caso de ter já
decorrido (é a história dos acontecimentos, o registo em vídeo); ou totalmente aberto, quando vai ainda
decorrer, na medida em que encerra o conjunto de todas as possibilidades acontecimentais futuras (é um
imenso espectro de possibilidades).
Estudos exploratórios 194
8.2.2. Objectivos
i) Descrever a organização ofensiva de equipas de alto nível competitivo,
com base no comportamento interdependente de variáveis táctico-técnicas,
qualitativas e quantitativas;
ii) a partir do comportamento das referidas variáveis, apurar se é possível
discriminar as sequências ofensivas em função da sua eficácia.
8.2.3. Método
8.2.3.1. Critérios de selecção da amostra
No Futebol, as competições desportivas de elevado nível são momentos
privilegiados para proceder à observação e análise do comportamento dos
jogadores e das equipas.
Estudos exploratórios 196
11 pese embora a participação de um elevado número de equipas nos diversos campeonatos do mundo
de Futebol realizados, do Uruguai/1930 ao USA/1994, até ao momento apenas seis nações lograram
conquistar o título mundial: a Alemanha (Suíça'54, Alemanha'74 e ltália'90), a Argentina (Argentina78 e
México'86), o Brasil (Suécia'58, Chile'62, México70 e USA'94), a Inglaterra (Inglaterra'66), a Itália
(ltália'34, França'38 e Espanha'82) e o Uruguai (Uruguai'30 e Brasil'50). Para além destas, somente
quatro alcançaram as finais: a Checoslováquia (em 1934 e 1962), a Hungria (em 1938 e 1954), a Suécia
(em 1958) e a Holanda (em 1974 e 1978), o que nos permite constatar que, durante os sessenta e quatro
anos em que se realizaram quinze campeonatos mundiais, apenas um número restrito de dez equipas
acedeu aos jogos da final.
197 Estudos exploratórios
12
Das variáveis utilizadas neste segundo estudo, nove foram já explicitadas no primeiro estudo deste
capítulo, razão pela qual lhes é feita apenas uma breve referência.
Estudos exploratórios 198
Variáveis observadas
Tempo de jogo decorrido (Tjd)
Por Tjd o observador deverá considerar o período de tempo que decorreu
desde o início do jogo até ao momento em que tem lugar a acção de posse
da bola relativa ao início da sequência de jogo observada.
Estudos exploratórios 200
Variáveis observadas
Local de aquisição ou recuperação da posse da bola (LAR)
Por LAR o observador deverá entender a zona do terreno de jogo (sector e
corredor) na qual se desenvolve a acção observada.
Para o presente trabalho, e a partir dos modelos de divisão do terreno de
jogo preconizados por Worthington (1974), Zerhouni (1980), Kacani (1981),
Wrzos (1984), Luhtanen et ai. (1986), Mombaerts (1991), Castelo (1992),
Gréhaigne (1992) e Godik & Popov (1993), foi elaborado um modelo
topográfico de referência com 12 zonas (C), resultantes da justaposição da
divisão transversal do terreno de jogo em quatro sectores (A) com a divisão
longitudinal em 3 corredores (B), tal como se pode observar na Figura 29.
13
Neste contexto, duas noções se revelam importantes: {\)conformação, i.e., o estado estrutural no
qual cada constituinte ocupa uma certa posição no espaço (Eigen & Winkler, 1989). É um dado
objectivável que decorre da posição absoluta e relativa dos jogadores, num dado momento, no terreno de
jogo; (2) configuração, i.e., o aspecto/formato exterior de um sistema (jogo-equipa) captado por um
sujeito, num dado momento, não apenas a partir da posição dos jogadores no terreno e na constelação
equipa, mas também de acordo com as "linhas de força" do jogo (fase de ataque ou defesa; relação de
superioridade, igualdade ou inferioridade numérica; zona do terreno de jogo; posição da bola, ...) e as
suas possibilidades de evolução (Harris & Reilly, 1988; Gréhaigne, 1989).
O termo configuração tem uma conotação constructivista e cognitivista na medida em que, enquanto
forma de representação mental e/ou física, decorre duma "construção" do sujeito realizada a partir de
informações cuja captação depende do conhecimento que este dispõe acerca da actividade em causa.
203 Estudos exploratórios
® ®
Meio campo defensivo | Meio campo ofensivo
sector sec tor sector
CE corredoí esquerdo
defensivo me iio ofensivo
defensivo ofensivo
central
ce
©
CE DE MDE MOE AE
cc 1 DC MDC MOC AC
) (
CD DD MDD MOD AD
SD SMD SMO SO
sentido do ataque
sentido do ataque ►
Variáveis observadas
Forma de aquisição ou recuperação da posse da bola (FAR)
Por FAR o observador deve entender as formas de aquisição ou de
recuperação da posse da bola que correspondem ao início do processo
ofensivo.
Estudos exploratórios 206
Variáveis observadas
Sequências ofensivas (S)
Em cada jogo foram registadas todas as sequências ofensivas, para
ambas as equipas envolvidas, de acordo com a sua ordem de ocorrência,
considerando a seguinte tipologia:
i) SP (sequência positiva) - sempre que a sequência é concluída com
remate (enquadrado ou não), e/ou sempre que a bola é jogada no meio
campo ofensivo, ou a partir dele, mesmo que a sequência não seja concluída
com remate.
ii) SN (sequência negativa) - sempre que a bola não chega a ser jogada
no meio campo ofensivo, ou a partir dele, nem a sequência é concluída com
remate.
14
Segundo Rigal et ai. (1979), a análise do ritmo numa ou várias acções implica o conhecimento de duas
facetas: i) a estrutura, que se consubstancia na ordem e no agrupamento dos estímulos; ii) a
periodicidade, traduzida na regularidade de estrutura, segundo as durações particulares.
211 Estudos exploratórios
(1) tipo de oposição, i.e., a forma activa ou passiva como a equipa que
defende procura opor-se à manutenção da posse de bola, à progressão
do adversário no terreno e à finalização
(2) colocação dos jogadores no terreno de jogo, relativamente à "linha da
bola" 1 *.
• Pressing (Press)
O pressing é uma acção defensiva de "opressão" exercida em particular
sobre o portador da bola, de modo a retirar-lhe espaço e tempo para agir.
Não é uma acção individual mas de grupo ou colectiva (Ramos, 1982;
Bonizzoni, 1988).
Neste sentido, a acção de pressing, implica uma oposição activa, i.e., a
procura activa e rápida da posse de bola em todo o terreno de jogo, criando
superioridade numérica junto do portador da bola.
15
Linha imaginária que, atravessando a bola, é paralela às linhas do meio campo e de baliza e
perpendicular às linhas laterais do terreno de jogo.
Estudos exploratórios 216
16
Pode causar alguma perplexidade o facto de termos recorrido à designação "tipo de organização
defensiva" (TOD) em detrimento dos "métodos de jogo defensivo" (MJD) tradicionalmente mencionados na
literatura, i.e., individual, à zona e misto (Teissie, 1969; Castelo, 1994). Todavia, adoptámo-la para
traduzir uma tipologia diferente (zona activa - ZA; zona passiva - ZP; contenção avançada - Cav;
pressing - Press), a qual permite configurar os indicadores duma forma mais ajustada e permite obter
informação mais pertinente de acordo com o que nos propusemos observar no presente trabalho.
217 Estudos exploratórios
baliza) e aquelas nas quais a bola foi jogada no sector ofensivo ou a partir
dele, ainda que não concluídas com remate.
Considerou-se que a sequência ofensiva duma equipa terminava quando
se verificava, pelo menos, uma das seguintes possibilidades: (1) qualquer
jogador dessa equipa incorria numa situação de fora-de-jogo; (2) a bola saía
do terreno de jogo, ficando a pertencer à equipa contrária; (3) um jogador da
equipa adversária ficava na posse da bola e executava: um remate, um passe
bem sucedido ou pelo menos três contactos consecutivos com a bola.
Sempre que uma sequência ofensiva foí interrompida, por corte do
adversário, falta ou qualquer outra acção, se a bola se manteve na posse da
equipa que já se encontrava na fase de ataque, as acções subsequentes
foram registadas como fazendo parte da mesma sequência, tendo-se
assinalado, no entanto, o tipo de acção que provocou a interrupção (ou
interrupções) e o momento em que ela ocorreu.
Cada sequência ofensiva foi observada cinco vezes sucessivas. A notação
dos dados relativos às variáveis seleccionadas ocorreu de acordo com a
cronologia que consta da Figura 31.
1 S momento
(1) Equipa detentora da posse da bola; (2) ordem de ocorrência da sequência no jogo;
(3) momento, em tempo real, e local onde a equipa passa a deter a posse da bola, consi-
derando o espaço de jogo efectivo e a acção desencadeada; (4) tempo de realização do
ataque; (5) resultado do ataque (êxito total, êxito parcial, sem êxito, abortado).
2- momento
(1) Número de contactos com a bola; (2) número de passes realizados; (3) número de
variações de direcção/sentido e alcance dos passes.
3a momento
(1) Número de jogadores que contactam com a bola; (2) número de variações de corredor
na circulação da bola.
4a momento
(1) Número de variações de ritmo nas acções com bola; (2) acção de ruptura que induz o
desequilíbrio no balanço ataque/defesa; (3) interrupções (tipo e momento).
5a momento
(1) Forma de recuperação da posse da bola; método de jogo ofensivo adoptado; (2) tipo
de organização defensiva do adversário em resposta ao ataque.
1 - parte 2S parte
Tjd (em períodos de 15')
17
0 jogo indirecto corresponde, em média, a 90% das acções de jogo em Futebol e pode ser subdividido
em dois subconjuntos: o jogo em largura e o jogo em profundidade (Gréhaigne, 1989).
Estudos exploratórios 224
% 40
EJE
Figura 33 - Distribuição percentual do espaço e forma de circulação da bola, considerando o EJE,
nas sequências ofensivas realizadas (PP - circulação à periferia do EJE através de passe; PC -
circulação à periferia do EJE através de condução da bola; FR - circulação fora do EJE através
de passe; IP - circulação no interior do EJE através de passe; IC - circulação no interior do EJE
através de condução da bola).
concluiu que 88% dos golos obtidos resultaram de posses de bola que
envolveram quatro ou menos passes (Figura 34).
Figura 34 - Golos marcados no Campeonato do Mundo - Itália'90 e sua relação com o número de
passes realizados por posse de bola (Hughes, 1996).
26
■
24
•
22 ■
20 ■
18 ■
16 ■
% 14
■
12 ■
10 1
8
■
6 ■
4 ■
2
- 1 , ,
0
4 5 6 7 10 11
Número de jogadores
Figura 36 - Percentagem de golos obtidos a partir de situações de jogo efectivo nos fragmentos
constantes do jogo, nos jogos decorridos entre a 1 8 fase e o jogo da final do C M . USA'94
(Garcia, 1995).
Estudos exploratórios 232
Quadro 25 - Total de sequências ofensivas observadas (TS), respectivas sequências positivas (SP) e
negativas (SN), eficácia ofensiva relativa (EOR) e absoluta (EOA), eficácia defensiva relativa (EDR) e
absoluta (EDA) e condição (Cd) de vencedora (V) ou derrotada (D) das equipas observadas nos
respectivos jogos.
65
60
55
/ A
50
45
40
% 35
30
25
20
15
10
5
0
ET EP SE Abort
Resultado das sequências ofensivas
60
- —•— R
55
-D— SR
50
NSs.
45
40
N\\
35 \x i
% 30
■
25
■
20 ■
15
-
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5 \ (
0
0 1 2 3 4
N s de interrupções
60 -ó
55 - ^ ;
50 :/
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45 -y
40 -'/
35 -//\
% 30 - 4
25 -y
20 -4
» ^
10 ->■
sf 0 1 2 3
S 4
9
N de interrupções
70
60
50
40
30
20
10
0
Pcm Pig Tabl Drbl Ft
Acções de ruptura
Figura 40 - Distribuição percentual das acções de ruptura produzidas nas sequências
ofensivas: Pcm - passe curto/médio; Plg - passe longo; Tabl - tabelinha (1-2); Drbl - drible; Ft -
falta.
Variável CCest
NVRt 0.32
FAR 0.25
TOD 0.25
LAR 0.23
NVC 0.19
MJO 0.19
NVPa 0.17
VTB 0.14
NJ 0.10
NP 0.06
TRA 0.03
NCt 0.00
18
Estas variáveis foram seleccionadas a partir de um consenso entre o autor e um perito e também por
constituírem objecto de análise de vários estudos (e.g., Wrzos, 1981; Van Meerbeek et ai., 1983; Church
& Hughes, 1986; Sleziewski, 1987; Chervenjakov et ai., 1988; Franks, 1988; Dugrand, 1989; Gréhaigne,
1989; Bishovets et ai., 1993; Yamanaka et ai., 1993; Cabezón & Fernandez, 1996; Larsen et ai., 1996).
239 Estudos exploratórios
Predita
0 1
0 68.1% 31.9%
1 31.4% 68.6%
Predita
0 1
Observada 0 59 10 85.5%
1 19 32 62.8%
Percentatgem total 75.8%
241 Estudos exploratórios
MJO
Figura 41 - Distribuição percentual dos métodos de jogo ofensivo (MJO) utilizados nas
sequências ofensivas positivas: simples (AP - ataque posicionai; AR - ataque rápido; CA -
contra-ataque) e compostos (AP- AR; AR- AP e CA- AP).
R D SR
TOD
FAR
Sentido do ataque
Figura 44 - Distribuição percentual das zonas onde foi adquirida ou recuperada a posse da bola
nas sequências ofensivas positivas concluídas com remate.
249 Estudos exploratórios
Sentido do ataque
Figura 45 - Distribuição percentual das zonas onde foi adquirida ou recuperada a posse da bola nas
sequências ofensivas positivas concluídas sem remate.
campogramas utilizados (integrando 12, 16, 18, 24 ou mais zonas); outra que
está relacionada com o nível competitivo das equipas observadas e os
diferentes estilos e métodos de jogo utilizados pelas mesmas, aspectos que
frequentemente são omitidos.
Dos dados obtidos no presente estudo ressaltam dois aspectos
importantes: 1 9 a variabilidade das acções ofensivas, consubstanciada nas
variações de corredor, de ritmo e de tipo de passe (direcção/sentido), é um
factor associado à eficácia das sequências ofensivas; 2 9 o ataque rápido e o
ataque posicionai, enquanto métodos de jogo ofensivo, bem como a
organização defensiva adoptada são factores que condicionam a eficácia
ofensiva das equipas.
Os dados sugerem que uma equipa tem mais probabilidades de ser
eficiente, do ponto de vista ofensivo, quando conquista a bola através de
intercepção, circula a bola variando os corredores de jogo, na procura da
amplitude das acções ofensivas, faz variar a direcção e o sentido dos passes
utilizados bem como o ritmo de jogo e recorre prevalentemente ao ataque
rápido. O tipo de organização defensiva surge também como factor
condicionante, o que atesta a importância da ligação das duas fases do jogo
(defesa/ataque). Contudo, nenhum tipo de organização defensiva revelou
supremacia em relação aos demais.
c 5 10 15 20 25 3C
NVPDd/s !
NCT hn ,
_i
!
í
NP
NJ
-Ai
j
to NVC !
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> NVP a i
'tO NVRT
tt! LAR
>
FAR
VTB H
TRA
MJO .
TOD •
10 15 20 25 30
Distâncias métricas
Figura 46 - Dendograma obtido através do método de Ward, com os clusters relativos às
treze variáveis para o total de sequências ofensivas positivas realizadas.
co
o
-CD
E
CO
CD
i—
O
CO
>
-0.5
NV d/s NVPa Net LAR FAR MJO TOD NVRt VTB TRA NJ NP NVC
Variáveis
Figura 47 - Perfil dos valores médios para os dois clusters considerados, considerando o total
de sequências ofensivas positivas realizadas.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
NVPDd/s 1 ii
NP j—Ml L I ! ! I i i
NCT 1 H í —i I I I í
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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Distâncias métricas
Figura 48 - Dendograma obtido através do método de Ward, com os clusters relativos às treze
variáveis para as sequências ofensivas concluídas sem remate.
to
o
-CD
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NVd/s NVPa Ne t LAR FAR MJO TOD NVRt VTB TRA NJ NP NVC
Variáveis
Figura 49 - Perfil dos valores médios para os dois clusters considerados, considerando as
sequências ofensivas concluídas sem remate.
0 5 10 15 20 2
NVPDd/s
NCT
NP
NJ
NVC
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>
NVRT
MJO
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TOD
LAR
FAR
10 15 20 25
Distâncias métricas
Figura 50 - Dendograma obtido através do método de Ward, com os clusters relativos às treze
variáveis para as sequências ofensivas concluídas com remate.
Estudos exploratórios 256
NV d/s NVPa Net LAR FAR MJO TOD NVRt VTB TRA NJ NP NVC
Variáveis
Figura 51 - Perfil dos valores médios para os dois clusters considerados, considerando as
sequências ofensivas concluídas com remate.
8.2.6. Conclusões
O jogo é um acontecimento que decorre na convergência de várias
polaridades: a polaridade global entre duas equipas; a polaridade entre
257 Estudos exploratórios
1
^Trata-se de um fenómeno que resulta das propriedades ampliadas da estrutura da regra, do acto de
repetição e da própria operação do acaso. Enquanto se repete a regra, os pequenos distúrbios ou
flutuações, no contexto dentro do qual o sistema opera são ampliados ao ponto de alterarem
completamente o comportamento do pormenor e, mais tarde, o resultado final (Stacey, 1995).
Estudos exploratórios 258
9. Considerações finais
"... não existe treinador que no seu Intimo não pretenda ser
o "deus de Laplace" - conseguir prever com uma certeza
infinitésimal a evolução do jogo, controlar esse sistema
multivariávol. Por isso, talvez ele preferisse substituir a
variabilidade pela estereotipia na expectativa de que as
atitudes dos seus jogadores fossem previstas e articuladas
com a máxima certeza, de que as propriedades topológicas
do movimento que eles manifestam fossem as menos
variáveis. Ele deve, no entanto, aperceber-se que a máxima
estereotipia, correspondendo à mínima variabilidade,
corresponde, também, à minima adaptabilidade...".
P. Cunha e Silva (1995)
! o vocábulo caos, significa, de modo geral, "abertura". Contudo, pode distinguir-se no conceito de caos
um duplo aspecto, já presente nas versões mais antigas: o negativo - vacuidade, trevas; e o positivo -
totalidade absoluta indiferenciada (cf. Enciclopédia Luso-Brasileira). O caos é uma ciência mais de
processos que de estados. É não apenas uma teoria mas também um método, um modo de fazer ciência
(Gleick, 1989). É uma explicação para os fenómenos de características de ordem e estabilidade, por um
lado, acompanhadas por desordem e irregularidade, por outro. Remete para a origem e a natureza de
padrões combinados de uniformidade e variedade no comportamento dos sistemas (Stacey, 1995).
261 Considerações finais
2
Os cientistas identificaram algumas características do caos: (1) os movimentos simples de controlo de
feedback produzem padrões de comportamento complexos, alguns dos quais são inerentemente
aleatórios; (2) são necessárias mudanças muito pequenas para fazer com que o comportamento, ao
longo do tempo, passe de ciclos previsíveis a padrões aleatórios; (3) existe ordem dentro da desordem;
(4) os sistemas criativos têm de operar longe-do-equilíbrio, num estado de instabilidade; (5) uma
inovação, uma nova direcção estratégica, ocorrem a partir da instabilidade (Stacey, 1995).
^ 0 comportamento longe do equilíbrio caracteriza-se pelo individual e pelo exclusivo. Os sistemas que
operam longe-do-equilíbrio estão aptos a criar e a inovar, enquanto que os que operam próximo-do-
equilíbrio não têm essa capacidade (Stacey, 1995).
Considerações finais 262
4
De acordo com Garnier (1976), nos JDC a incerteza pode ser de três tipos: temporal, espacial e
acontecimental.
263 Considerações finais
5
A noção de invariância de escala pode ser considerada um princípio organizador geral. A resposta a
uma dada questão depende da escala na qual o observador se coloca (Durand, 1992). Demasiado perto
podemos não detectar aspectos que emergem quando nos afastamos; e o contrário também é
verdadeiro.
^O conceito de fractal foi introduzido pelo matemático polaco Mandelbrot (Dubois, 1994). Os fractais são
formas geométricas igualmente complexas nos seus detalhes e na sua forma geral. Se ampliarmos um
pedaço de fractal, para o tomarmos do mesmo tamanho do todo, obteremos um motivo semelhante ao
todo, ainda que, para isso, tenha que sofrer pequenas variações (Mandelbrot, 1992).
No modelo fractal (Mandelbrot, 1982) cada nível tem as suas próprias características informacionais e
está em interacção com os outros. A fractalidade é um modelo interpretativo, um registo organizador,
uma linguagem que permite entender o funcional (Cunha e Silva, 1995), podendo garantir uma maior
visibilidade aos fenómenos complexos, como por exemplo o jogo de Futebol.
Considerações finais 264
Por outro lado, o jogador participa num jogo cujo resultado está para ele
em aberto. Tem de fazer uso de todas as suas capacidades, para se afirmar
como jogador e não se tornar apenas um joguete do acaso 7 (Eigen &
Winkler, 1989).
O que tem vindo a ser referido, e tal como alguns autores já vêm
chamando à atenção, e.g. Potter & Hughes (1996), aponta para a
necessidade de uma incursão nas designadas ciências do caos (Gleick,
1989).
Para além disso, diríamos que, num futuro próximo, parece desejável que
a direcção da investigação na valência análise do jogo evolua no sentido de,
conjuntamente com áreas como a Psicologia Cognitiva (construção de
imagens mentais), colaborar na procura de algumas respostas que nos
permitimos colocar:
• como concebem os treinadores, e os jogadores, a organização do jogo?
• que categorias elegem como mais representativas da organização do
jogo?
• que comportamentos privilegiam, no plano dos conhecimentos,
declarativo e processual, na defesa e no ataque?
• que tipologia de exercícios utilizam os treinadores para que os seus
jogadores assimilem o modelo de jogo pretendido?
• que congruência existe entre o modelo de jogo do treinador
(conceptualização), o modelo de jogo dos jogadores (conhecimento
declarativo) e o tipo de organização de jogo que a equipa de facto exprime
(conhecimento processual)?
Do nosso ponto de vista, a resposta para este tipo de perguntas passa: (i)
pela possibilidade de reunir bases alargadas de dados que contemplem o
comportamento de equipas representativas de diferentes estilos e escolas de
jogo, considerando o conjunto de provas em que participam; (ii) pelo estudo
de casos relativos ao comportamento de cada equipa ao longo de diferentes
provas (campeonatos, nacionais, taças da europa, campeonatos do mundo,
jogos olímpicos, etc.), no sentido de configurar modelos que caracterizem
diferentes perfis de jogo 8 ; (iii) pela análise conjugada do treino e do jogo,
7
O acaso é uma sequência de acontecimentos em que nenhum deles ocupa a posição que já ocupara
anteriormente (Stacey, 1995). O problema está em saber se o acaso é um conceito que diz respeito ao
estado do nosso conhecimento ou ao estado ontológico dos eventos e dos processos em si
(Amsterdamski, 1996). O acaso tem um nome especial no domínio dos jogos. Designámo-lo por "sorte"
quando nos é favorável e por "azar" quando nos é desfavorável (Eigen & Winkler, 1989).
8
Neste momento, em colaboração com Marc Verlinden, da Universidade Livre de Bruxelas, encontramo-
nos empenhados no aperfeiçoamento do Computer Assisted Scouting Match Analysis System
(CASMAS), desenvolvido pelo Professor Walter Dufour. O alargamento das categorias e o refinamento
dos indicadores de observação do comportamento das equipas irão permitir-nos, num futuro próximo,
reunir extensas e diversificadas bases de dados relativos a variáveis tácticas e técnicas.
265 Considerações finais
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Oxford.
* Consulta indirecta
XI - Anexos
Anexo 1
Universidade do Porto
Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
Questionário
1. Identificação
Qual?
2. Prática desportiva
3.2. Segundo a sua opinião, esta classificação tradicional dos factores que
concorrem para o rendimento é pertinente e ajustada? Sim Ql Não Q .
Se respondeu não, apresente, p.f., outra classificação e numa escala de 1
(menos relevante) a 5 (mais relevante), atribua um valor a cada factor que
definir.
□ □ □
□ □ □
□ □ □
Se preferir, apresente um esquema que evidencie as relações entre os
diferentes factores que influenciam o rendimento em futebol.
4. Investigação no Futebol
.□ .□ .□
.□ .□ .□
.□
4.2. No quadro que se segue, assinale com um X os espaços que lhe
parecerem corresponder ao estado actual da investigação em Futebol. Se
optou por uma classificação diferente e já a mencionou no ponto 3.2., retome-
a, escrevendo-a nos rectângulos disponíveis da 1 § coluna do quadro
(Dimensão) e assinale com um X os espaços correspondentes.
INVESTIGAÇÃO NO FUTEBOL
QUANTIDADE QUALIDADE
Nula ou
muito Insuficiente Suficiente Baixa Média Alta
reduzida
Dimensão
Física
Dimensão
Psicológica
Dimensão
Táctica
Dimensão
Técnica
4
Questionnaire
1. Identification
Age Country
Qualifications
Activity: Coach □ Researcher □ Other □ Which one?
2. Sport practice
Have you ever been a soccer player? No □ Yes □ . During how many
years?QQ
Have you ever been an international soccer player ? No □ Yes □
2
3.1. In a scale from 1 (least relevant) to 5 (most relevant) score the factors that
traditionaly are accepted as influencing soccer perfomance.
If your answer is no, please present another classification and score each
factor defined, from the least to the most relevant (in a scale from 1 to 5).
□ □ □
□ □ □
□ □ □
If you prefer, set up a diagram that shows the "causal flow" of the different
factors, and their internal links, influencing soccer performance.
3
4. Research in soccer
4.1. Consider research in soccer. Order in a scale from 1 to 5, from the least
to the most relevant, the main areas that in your opinion research should direct
their efforts, at the moment.
Research in soccer
QUANTITY QUALITY
Nule or
Insufficient Sufficient Low Average High
reduced
Physical
dimension
Psychological
dimension
Tactical
dimension
Technical
dimension
A
F
4
From your point of view, this may be due to the following reasons:
Thank you for your attention. If you want to make any observation pertaining
our problem please use the following space.
Anexo 2
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