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Isolamento Por Poliestirenio Expandido
Isolamento Por Poliestirenio Expandido
ISOLAMENTO TÉRMICO DE
EDIFÍCIOS CORRENTES COM
POLIESTIRENO EXTRUDIDO
PROJETO
“Cooperar para Reabilitar” da InovaDomus
Autoria do Relatório
Vera Silva
Consultoria
Iberfibran – Poliestireno Extrudido, SA
Colaboração
Laboratório de Física e Tecnologia das Construções do Departamento de Engenharia
Civil da Universidade do Minho
Índice
0. Preâmbulo 7
(madeira)18
1.3 Manchas de bolor na face interior da laje esteira, sob o desvão ventilado25
exteriores 38
e o pavimento 58
4.4 Manchas de humidade na face interior da parede exterior (ponte térmica plana)60
6. Anomalias em Pavimentos71
Acrónimos76
Glossário77
Bibliografia83
Anexo Checklist84
0. PREÂMBULO
Até à década de 1990 não havia em Portugal imposição legal para construir com preocupa-
ções de eficiência energética, térmicas ou de conforto. Assim, as construções anteriores à
década de 1990, cerca de 70% do parque edificado [1], não cumprem as exigências atuais,
não só do ponto de vista regulamentar, mas também do ponto de vista da sustentabilidade
energética, conforto, salubridade e saúde do utilizador.
Segundo a ADENE [2], 63% dos edifícios existentes com certificado energético pertencem
a classes energéticas abaixo de B- (ou seja são edifícios que consomem mais 100% com-
parativamente ao consumo de referência).
Contudo, o conhecimento técnico atual já identifica e aponta medidas que permitem, numa re-
abilitação, reduzir os consumos energéticos, otimizar balanços energéticos e melhorar de for-
ma muito significativa as condições de conforto dos utilizadores e de salubridade dos espaços.
A informação contida neste Guia tem como base medidas a considerar numa reabilitação
energética, nomeadamente medidas a aplicar na envolvente opaca dos edifícios existen-
tes e tem em consideração as estratégias a aplicar para eliminar as anomalias e as suas
causas, para proteção contra os agentes agressivos e para reforço das características fun-
cionais. São aqui apresentadas anomalias associadas à inexistência, má aplicação/uso ou
deficiente isolamento térmico na envolvente opaca do edifício.
índice
As estratégias e soluções apresentadas e descritas neste guia utilizam o poliestireno ex-
trudido (XPS) como material de eleição para o isolamento térmico, devendo ser sempre
acompanhadas e executadas por profissionais qualificados.
8
1. ANOMALIAS EM COBERTURAS INCLINADAS
índice
ciente entre o revestimento cerâmico e o suporte e pelas formas de mani-
festação como descasque, fissuração, aparecimento de vegetação e coloni-
zação biológica e até infiltrações.
• Condensações:
10
Figura 3 – Uso excessivo de argamassa no cume de uma cobertura inclinada com revestimento cerâmico.
• Erros de projeto:
11
índice
1 - Telha deslocada;
2 - Subtelha;
3 - Ripado de madeira;
4 - Suporte;
5 - Revestimento interior.
• Erros de aplicação:
12
As telhas podem sofrer impactos que levam à abertura de fendas, fissuras ou à
quebra dos elementos cerâmicos (Figura 6). A aplicação direta de estruturas ou
apoios, movimentação de cargas e pessoas ou queda de pequenos ramos de árvo-
res, instalação de antenas ou mesmo a ocorrência de assentamentos do elemento
de suporte podem provocar danos ou a rotura dos elementos cerâmicos. Este tipo
de anomalia é facilmente identificado por uma observação visual cuidada.
Figura 6 – Degradação do com revestimento cerâmico de uma cobertura inclinada devido a impactos mecânicos.
13
índice
isolamento térmico com o objetivo de evitar a ocorrência de condensações e permi-
tir uma secagem eficaz do revestimento cerâmico.
Aplicação
Deve iniciar-se pela inspeção ao revestimento cerâmico para avaliar a boa qualidade
e funcionalidade do revestimento, para eventual posterior utilização de parte deste.
Caso estes sejam validados, o procedimento a seguir é:
14
(1) inspeção do revestimento cerâmico; (2) levantamento do revestimento cerâmico; (3) aplicação do isolamento térmico
Figura 7 – Correção do sistema de ventilação e isolamento térmico de uma cobertura inclinada (ripado em
madeira) [9].
(1) inspeção do revestimento cerâmico; (2) levantamento do revestimento cerâmico; (3) aplicação do isolamento térmico
Figura 8 – Correção do sistema de ventilação e isolamento térmico de uma cobertura inclinada (ripado em
argamassa) [9].
15
índice
1 - Revestimento cerâmico;
2 - Subtelha;
3 - Caixa-de-ar;
6 - Tela de impermeabilização;
7 - Suporte;
8 - Revestimento interior.
1 - Revestimento cerâmico;
2 - Subtelha;
3 - Caixa-de-ar;
5 - Suporte;
7 - Revestimento interior.
Figura 9 – Solução de correção do sistema de ventilação e isolamento térmico de uma cobertura inclinada com
desvão habitável [9].
16
1 - Revestimento cerâmico;
2 - Subtelha;
3 - Caixa-de-ar;
4 - Ripado de madeira;
6 - Tela de impermeabilização;
7 - Suporte;
8 - Revestimento interior;
9 - Telha de ventilação.
Figura 11 – Exemplo de aplicação de elementos cerâmicos de ventilação numa cobertura inclinada [9].
Aplicação
17
índice
1.2 Envelhecimento dos materiais: Degradação do siste-
ma estrutural da cobertura (madeira)
• Fendas.
Figura 12 – Degradação de uma cobertura em madeira (vista pelo interior e pelo exterior).
18
entanto trata-se de uma deterioração, em geral, apenas superficial, sem outras
consequências além das estéticas;
19
índice
de vegetação ou ao insuficiente comprimento de sobreposição de elementos de
revestimento descontínuos;
2 - Caleira/algeroz;
3 - Telha;
4 - Subtelha;
5 - Ripado;
6 - Isolamento FIBRANxps;
7 - Tela de impermeabilização;
8 - Suporte;
9 - Revestimento interior.
Figura 13 – Cuidados a ter na ligação de uma cobertura inclinada com revestimento cerâmico e a chaminé [9].
1 - Telhão de cumeeira;
2 - Fixação mecânica;
3 - Telha;
4 - Subtelha;
5 - Ripado;
6 - Isolamento FIBRANxps;
7 - Tela de impermeabilização;
8 - Suporte;
9 - Revestimento interior.
Figura 14 – Cuidados a ter na cumeeira de uma cobertura inclinada com revestimento cerâmico [9].
20
1 - Telha;
2 - Subtelha;
3 - Ripado;
4 - Isolamento FIBRANxps;
5 - Tela de impermeabilização;
6 - Suporte;
7 - Revestimento interior;
8 - Caleira.
Figura 15 – Cuidados a ter no isolamento térmico de uma cobertura inclinada com revestimento cerâmico na
ligação com a parede [9].
21
índice
1 - Fileira / Cumeeira; 4 - Madre; 7 - Ripa; 10 - Braçadeira; 13- Pé de galinha.
Aplicação
Figura 17 – Vista exterior de uma cobertura com estrutura em madeira, antes e após a reabilitação.
22
1.2.3.2 Substituição, tratamento e/ou reforço de elementos pontuais da cobertura
Esta solução deve ser implementada nos casos em que se verifiquem anomalias em
elementos pontuais e em secções limitadas. Se o elemento de madeira anómalo
apresentar alguma capacidade mecânica resistente está em condições de ser trata-
do e/ou reforçado. Se o elemento já não for capaz de desempenhar funções estru-
turais deve ser substituído. O objetivo desta solução é garantir as características de
funcionalidade e segurança da cobertura.
Aplicação
23
índice
1 - Zona de corte e remoção da viga; 5 - Soalho a repor; A - Elementos metálicos para reforço de
perna de asna de madeira;
2 - Viga do pavimento; 6 - Zona substituída da viga;
24
1.3 Manchas de bolor na face interior da laje esteira, sob
o desvão ventilado
A fraca ventilação pode agravar estas manifestações, pois os esporos que existem no
ar desenvolvem-se sempre que se verifique uma temperatura e humidade adequadas.
25
índice
1.3.3 Soluções de reabilitação
Aplicação
Observações: Caso não seja possível aplicar o isolamento sobre a laje esteira po-
der-se-á colocar sob a laje, associado a um teto falso em gesso cartonado. Contudo
esta solução não é a mais eficiente do ponto de vista térmico e pode criar constran-
gimentos arquitetónicos devido ao limite do pé-direito.
26
1 - Revestimento cerâmico;
2 - Subtelha;
3 - Caixa-de-ar;
4 - Ripado de madeira;
5 - Estrutura;
6 - Desvão ventilado;
10 - Revestimento do teto.
Figura 20 – Solução de correção do isolamento térmico de uma cobertura inclinada com desvão não habitável [9].
Deve prever-se a introdução de barreira para-vapor se não for possível garantir um siste-
ma de ventilação eficiente ou a produção de vapor de água no interior seja significativa.
Aplicação
Nos casos em que não seja possível garantir um sistema de ventilação eficiente ou
a produção de vapor de água no interior seja significativa, a introdução de uma bar-
reira para-vapor permitirá criar, entre a laje de esteira e o isolamento térmico, um
27
índice
elemento com elevada resistência à passagem de vapor de água. Esta barreira evitará
a passagem de vapor de água e diminuirá os riscos de ocorrência de condensações.
Aplicação
1 - Revestimento cerâmico;
2 - Subtelha;
3 - Caixa-de-ar;
4 - Ripado de madeira;
6 - Barreira para-vapor;
7 - Tela de impermeabilização;
8 - Suporte;
9 - Revestimento do teto;
28
2. ANOMALIAS EM COBERTURAS PLANAS NÃO
ACESSÍVEIS
29
índice
Figura 22 – Cobertura plana com pendente insuficiente e sem proteção da camada de impermeabilização.
A solução de reabilitação para anular a ocorrência de condensações internas terá que in-
cluir a aplicação de isolamento térmico. Deverá avaliar-se também o sistema de imper-
meabilização para verificar se será necessário proceder à sua substituição (Figura 23).
O isolamento pode ser reforçado pelo interior ou pelo exterior. Sempre que possível
o reforço do isolamento deve ser realizado pelo exterior. A face inferior da laje deve
ser limpa e o teto falso deve ser substituído se necessário.
Aplicação
30
(1) avaliação do estado de conservação do sistema de impermeabilização; (2) aplicação do isolamento térmico FIBRANxps;
2 - Caixa de areia;
3 - Nova impermeabilização;
5 - Lâmina de separação;
6 - Impermeabilização existente;
7 - Isolamento existente;
8 - Barreira para-vapor;
10 - Camada de regularização;
11 - Suporte;
12 - Revestimento interior.
Figura 24 – Solução de reforço do isolamento térmico, pelo exterior, de uma cobertura plana tradicional [9].
31
índice
1 - Proteção mecânica pesada;
2 - Caixa de areia;
3 - Lâmina de separação;
4 - Impermeabilização existente;
5 - Isolamento existente;
6 - Barreira para-vapor;
7 - Lâmina de separação;
8 - Camada de regularização;
9 - Suporte ;
11 - Revestimento interior
Figura 25 – Solução de reforço do isolamento térmico, pelo interior, de uma cobertura plana tradicional [9].
2 - Caixa de areia;
3 - Nova impermeabilização;
5 - Lâmina de separação;
6 - Isolamento existente;
7 - Lâmina de separação;
8 - Impermeabilização existente;
10 - Camada de regularização;
11 - Suporte;
12 - Revestimento interior.
Figura 26 – Solução de reforço do isolamento térmico, pelo exterior, de uma cobertura plana invertida [9].
2 - Caixa de areia;
3 - Lâmina de separação;
4 - Isolamento existente;
5 - Impermeabilização existente;
6 - Barreira para-vapor;
7 - Lâmina de separação;
8 - Camada de regularização;
9 - Suporte ;
11 - Revestimento interior
Figura 27 – Solução de reforço do isolamento térmico, pelo interior, de uma cobertura plana invertida [9].
32
Observações: Em alternativa pode ser executada uma cobertura do tipo invertida.
A colocação do isolamento térmico no teto falso só deve ser realizada se as alterna-
tivas anteriores não forem possíveis, uma vez que podem ocorrer condensações na
face inferior da laje, na interface com o isolamento, e a inércia térmica do edifício
pode também ser afetada negativamente.
Aplicação
33
índice
2.2 Empolamento do revestimento em tela “auto-protegida”
1 - Elemento emergente;
3 - Pavimento;
4 - Camada de impermeabilização;
5 - Isolamento;
6 - Suporte;
A solução para a resolução desta anomalia passa por substituir todo o sistema de
impermeabilização da cobertura e introduzir ou reforçar o isolamento térmico.
34
(1) remoção do revestimento e avaliação do estado de conservação do sistema de impermeabilização; (2) substituição do sistema
de impermeabilização; (3) aplicação do isolamento térmico FIBRANxps; (4) aplicação da proteção mecânica pesada.
Aplicação
35
índice
geotêxtil de gramagem adequada. Não devem ser aplicados sistemas de imper-
meabilização que contenham solventes e que possam emiti-los durante ou após
a aplicação das placas de isolamento térmico em XPS. Também não podem ser
aplicados sistemas de impermeabilização à base de alcatrão, podendo ser utili-
zados sistemas betuminosos);
2 - Caixa de areia;
3 - Nova impermeabilização;
8 - Suporte;
9 - Revestimento interior.
Aplicação
36
(1) avaliação do estado de conservação do sistema de impermeabilização; (2) aplicação do isolamento térmico FIBRANxps; (3)
37
índice
1 - Proteção mecânica pesada;
2 - Caixa de areia;
4 - Lâmina de separação;
5 - Nova impermeabilização;
7 - Camada de regularização;
8 - Suporte;
9 - Revestimento interior.
Figura 32 – Solução de correção da impermeabilização e do isolamento térmico de uma cobertura plana invertida [9].
• Manchas de humidade;
• Descascamento da pintura;
38
Figura 33 – Degradação do revestimento da parede exterior devido à existência de infiltrações pela cobertura
(vista do interior e do exterior).
Figura 34 – Infiltrações devido à ligação incorreta entre uma cobertura plana e a platibanda.
39
índice
Figura 35 – Fissuração de uma platibanda conduzindo à existência de infiltrações.
Aplicação
Esta correção deve ser realizada ao nível da ligação entre a cobertura e a platibanda
e no topo da platibanda, devendo ser garantida a impermeabilização e o isolamento
térmico do sistema. O procedimento recomendado é:
40
de Água e de Drenagem de Águas Residuais (Decreto Regulamentar n.º23/95 de 23
de Agosto) [4]. Quanto à condução das águas para a embocadura dos tubos de queda,
deverá existir uma ligação estanque que garanta a continuidade da vedação à penetra-
ção da água entre a impermeabilização e os tubos. Deve também existir uma proteção
contra a entrada de detritos que possam dificultar ou impedir o escoamento das águas
pluviais por exemplo, colocação de ralos de pinha e peças em forma de cesto (de ara-
me, de cobre, latão ou ferro zincado), para proteção da entrada dos tubos de queda;
41
índice
1 - Capeamento da platibanda;
2 - Reboco protetor;
3 - Fixação mecânica;
5 - Caixa de areia;
6 - Impermiabilização;
8 - Barreira para-vapor;
9 - Lâmina de separação;
10 - Camada de regularização;
11 - Suporte resistente;
12 - Revestimento interior;
13 - Isolamento existente;
14 - Caixa-de-ar.
Figura 36 – Solução de correção do isolamento térmico no remate de uma cobertura plana, com a platibanda [9].
42
Figura 37 – Aparecimento de condensações, fungos e bolores em pontes térmicas não tratadas de coberturas.
1 - Revestimento de piso;
2 - Camada de regularização;
3 - Camada de compressão;
4 - Laje aligeirada.
A aplicação do isolamento térmico pode ser feita pelo exterior ou pelo interior:
43
índice
ultravioleta da membrana de impermeabilização, permitindo assim aumentar
a sua durabilidade. Por outro lado, do ponto de vista de eficiência energética a
opção de isolar pelo exterior do elemento construtivo é mais vantajoso já que
mantém a inércia térmica interior do edifício;
• Aplicação de isolamento térmico pelo interior na cobertura: Caso não seja pos-
sível isolar a cobertura pelo exterior, por exemplo por motivos arquitetónicos,
poderá isolar-se a laje pelo interior. No entanto, esta solução acarreta maiores
riscos de condensações internas (entre o elemento de suporte e o isolamento
térmico) que deverão ser devidamente analisados em fase de projeto. Por outro
lado esta solução pode reduzir a inércia térmica do edifício.
Aplicação
(1) avaliação da funcionalidade do sistema de impermeabilização, eventual aplicação de novo sistema de impermeabilização;
(2) aplicação do isolamento térmico FIBRANxps; (4) aplicação do revestimento e limpeza e pintura do teto.
44
Nesta fase pode e deve-se também avaliar a existência de pendentes adequadas
e se necessário corrigi-las. A ligação da impermeabilização com os elementos sin-
gulares (redes de drenagem e elementos emergentes) deve também ser avaliada;
45
índice
1 - Proteção mecânica (lajetas);
4 - Nova impermeabilização;
6 - Lâmina de separação;
7 - Impermeabilização existente;
11 - Camada de regularização;
12 - Suporte;
13 - Revestimento interior.
Figura 40 – Solução de correção, pelo exterior, do isolamento térmico de uma cobertura acessível [9].
46
3.2.3.2 Aplicação de isolamento térmico pelo interior da cobertura
Se por algum motivo a correção desta anomalia não puder ser realizada pela apli-
cação do isolamento térmico pelo exterior, que é o recomendável, então pode-se
recorrer à aplicação de isolamento XPS pelo interior (Figura 41). Neste caso um
estudo higrométrico detalhado deverá ser realizado.
4 - Impermeabilização existente;
5 - Isolamento existente;
7 - Lâmina de separação;
8 - Camada de regularização;
9 - Suporte;
11 - Revestimento interior.
Figura 41 – Solução de correção, pelo interior, do isolamento térmico de uma cobertura acessível [9].
Manchas de bolor acentuadas no revestimento interior das paredes das instalações sani-
tárias e/ou cozinha, principalmente na ligação da parede exterior com o teto (Figura 42).
47
índice
4.1.2 Causas comuns
• Reforço do isolamento térmico das paredes: Este reforço deve ocorrer, sem-
pre que possível pelo exterior uma vez que traz vantagens no desempenho tér-
mico: melhora a resistência da parede à penetração da chuva; mantém a inércia
térmica do edifício; realiza o tratamento das pontes térmicas por continuidade do
isolamento, reduzindo a probabilidade de ocorrência de condensações; manuten-
ção da área útil; não leva a alterações nas instalações interiores, nem necessidade
de reposição de acabamentos; melhoria do aspeto exterior dos edifícios e permite
a contínua utilização do espaço interior. Esta solução implica o isolamento de toda
a fachada, o que em edifícios multifamiliares nem sempre é possível. Além disso,
altera o aspeto exterior do edifício, traz dificuldades de execução de remates,
acarreta em geral custos mais elevados, há maior risco de degradação por van-
dalismo, os trabalhos são condicionados pelo clima e existe o risco de fendilhação
dos revestimentos (em soluções com revestimentos contínuos).
Uma avaliação técnico-económica deverá ser realizada para decidir qual o sis-
tema a utilizar;
48
• Reforço do aquecimento dos espaços: A seleção dos sistemas de climatiza-
ção deve ser ponderada, selecionando sistemas com eficiência elevada;
Aplicação
Este reforço pode concretizar-se através de várias soluções cuja escolha depende
da avaliação da gravidade da anomalia, bem como das condições arquitetónicas.
Assim, pode recorrer-se à:
• Introdução de uma abertura para o exterior (se possível) com grelhas de intem-
péries na parede, de modo a permitir a sua abertura independentemente das
condições climatéricas;
49
índice
Figura 43 – Grelhas de ventilação instaladas na caixilharia.
Aplicação
As soluções de aplicação de isolamento térmico pelo exterior que podem ser realiza-
das são de dois tipos: revestimentos independentes descontínuos com interposição
de um isolamento térmico na caixa-de-ar (fachada ventilada); e sistemas compó-
sitos de isolamento térmico pelo exterior com revestimento sobre isolante (ETICS
- Extermal Thermal Insulation Composite System).
50
2. Aplicação do isolamento térmico XPS, fixado diretamente à parede de fachada.
A espessura de isolamento térmico a aplicar deve assegurar o cumprimento dos
requisitos definidos no RCCTE [3] (Figura 44);
2 - Caixa-de-ar;
4 - Revestimento;
5 - Suporte;
6 - Acabamento interior.
Figura 44 – Solução de correção/reforço do isolamento térmico das paredes pelo exterior - revestimentos
independentes descontínuos [9].
2. Fixar o perfil metálico de suporte das placas (a pelo menos 5 cm do solo) antes
de aplicar a primeira fiada de placas de isolamento. Na primeira fiada de placas
a rede de fibra de vidro deve envolver as placas (colando a rede de fibra de vidro
51
índice
sobre o perfil metálico de suporte às placas e dobrando-a sobre as placas de
isolamento) (Figura 45);
(1) Inspeção e limpeza da parede; (2) colocação do isolamento térmico; (3) aplicação do revestimento;
3. Colagem, parcial (por pontos ou por bandas), ou plena (cola espalhada com es-
pátula denteada), das placas de XPS, sobre o pano exterior (Figura 46). As placas
de isolamento devem ser posicionadas com juntas verticais desencontradas (co-
meçando as fiadas ora com uma placa ora com meia placa de isolamento). Em
fachadas em que as irregularidades sejam inferiores a 10mm pode realizar-se a
colagem plena. Se as irregularidades ultrapassarem os 10mm deve usar se a cola-
gem parcial (8 pontos por placa). Pode ser necessário proceder à fixação mecânica
(8 buchas/m2, aplicadas 24 horas após a colocação das placas). A mistura de co-
lagem não deve ser aplicada nos topos das placas para não criar pontes térmicas;
1 - Acabamento exterior;
3 - Isolamento FIBRANxps;
4 - Reboco existente;
5 - Argamassa existente;
6 - Pano exterior;
7 - Caixa-de-ar;
8 - Isolamento existente;
9 - Pano interior;
10 - Argamassa;
11 - Revestimento interior.
Figura 46 – Solução de correção/reforço do isolamento térmico das paredes pelo exterior – sistema com-
pósito de isolamento térmico [9].
52
4. Aplicação, com talocha metálica, da primeira demão da camada de base do revestimento;
11. Colmatar todas as juntas com cordão de fundo e mástique elastómero acrílico;
Nas zonas acessíveis dos paramentos das paredes, a camada de base do revesti-
mento deve ser constituída por três demãos, em vez de duas, e incorporar duas
redes, sendo uma reforçada e a outra normal.
4.1.3.3 Reforço do isolamento térmico das paredes pelo interior com con-
tra-fachada de gesso cartonado hidrofugado
Aplicação
O isolamento poderá ser aplicado pelo interior através da aplicação de uma contra
fachada de gesso cartonado hidrofugado com isolamento térmico XPS (Figura 47):
53
índice
1. Aplicação da estrutura resistente, normalmente em perfis metálicos ómega, que
deve ser aparafusada à parede exterior existente (caso esta apresente boas
condições de suporte). Devem utilizar-se parafusos autorroscantes ou autoper-
furantes. Os perfis metálicos devem ser colocados na vertical, espaçados de 60
cm e na horizontal (na zona superior e inferior), para facilitar a aplicação de
remates e rodapés. Entre as placas de paramento e o isolamento térmico deve
existir uma caixa de ar com espessura não inferior a 20 mm. Deve aplicar-se
uma banda acústica nas raias para minimizar a propagação de ruídos;
(1) inspeção da parede; (2) colocação dos perfis de fixação; (3) colocação do isolamento térmico;
Figura 47 – Execução de uma contra-fachada com isolamento térmico e gesso cartonado [9].
1 - Acabamento exterior;
2 - Agamassa;
3 - Pano exterior;
4 - Caixa-de-ar;
5 - Isolamento existente;
6 - Pano interior;
7 - Argamassa de regularização;
8 - Estrutura resistente;
9 - Isolamento FIBRANxps;
11 - Acabamento interior.
Figura 48 – Solução de correção/reforço do isolamento térmico das paredes pelo interior com gesso cartonado [9].
54
3. Fixação, por aparafusamento, das placas de gesso cartonado hidrofugado (com
espessura mínima de 12,5 mm), à estrutura resistente, de modo que as juntas
verticais coincidam com a estrutura de fixação (Figura 49);
6. Execução das ligações e remates com as situações singulares que ocorrem nos
remates com vãos de janelas e portas, designadamente na ligação com peitoris
e enquadramentos de vãos, que deverão ser prolongados tendo em conta o au-
mento da espessura das paredes;
4.1.3.4 Reforço do isolamento térmico das paredes pelo interior com recurso
a uma contra-fachada de alvenaria com isolamento térmico no espaço de ar
55
índice
Aplicação
(1) inspeção da parede; (2) colocação do isolamento térmico; (3) Construção do pano de alvenaria;
1 - Reboco;
2 - Agamassa;
4 - Isolamento FIBRANxps;
5 - Caixa-de-ar;
7 - Revestimento;
Figura 51 – Solução de correção/reforço do isolamento térmico das paredes pelo interior com uma contra-fachada
em alvenaria cerâmica [9].
56
4. Execução da caleira de drenagem na caixa-de-ar, com pendente mínima de 2%
e abertura de furos de drenagem para o exterior, para recolha e drenagem de
água de condensação ou que possa infiltrar-se através do pano existente;
6. Execução das ligações e remates com as situações singulares que ocorrem nos
remates com vãos de janelas e portas, designadamente na ligação com peitoris
e enquadramentos de vãos, que deverão ser prolongados tendo em conta o au-
mento da espessura das paredes;
Aplicação
57
índice
Figura 52 – Ocorrência de condensações com aparecimento de bolores em pontes térmicas planas.
Figura 53 – Aparecimento de manchas de humidade na ligação entre uma parede exterior e o pavimento.
58
4.3.2 Causas comuns
A causa mais comum da ocorrência desta anomalia é infiltração que ocorre devido a
fissuras existentes no pano exterior da fachada (Figura 54), à existência de deficiências
construtivas na caixa-de-ar, que permitem a acumulação de humidade e/ou devido a
infiltrações que se manifestam no pano interior, muitas vezes também já fissurado. A
inexistência de aberturas de drenagem e ventilação da caixa-de-ar e a incorreta loca-
lização do isolamento térmico são também causas para a ocorrência desta anomalia.
• Fissuração do pano exterior (Figura 54), a qual pode ocorrer devido a muitos
fenómenos, um dos mais comuns é a deformação de carácter higrotérmico do
revestimento cerâmico (caso este exista). Estas deformações ocorrem devido
a variações dimensionais ocorridas pela ação da temperatura, pela expansão
irreversível resultante da humidade, agravada pela inexistência de elementos de
travamento da alvenaria e por vezes pelo facto do pano exterior estar apoiado
ao nível do topo das lajes. Em revestimentos não cerâmicos a fissuração pode
ocorrer pela má qualidade das argamassas de revestimento, devido a erros de
aplicação e até erros de projeto. Pode também ocorrer fissuração devido ao
excesso de cargas nas paredes ou movimentações/deformações excessivas da
estrutura de suporte ou até por assentamento das fundações;
59
índice
4.3.3 Soluções de reabilitação
Manchas de humidade na zona interior dos talões de viga e pilares (elementos es-
truturais em betão armado) e também em caixas de estore (Figura 55).
Esta anomalia se não for tratada pode dar origem a problemas mais graves de de-
gradação do revestimento interior e permitir o desenvolvimento de bolores prejudi-
cando a salubridade do espaço e saúde dos utilizadores.
60
Figura 55 – Aparecimento de bolores numa ponte térmica plana (caixa de estore).
As soluções de reabilitação deste tipo de anomalias passam por três opções: o re-
forço do isolamento térmico, neste caso pelo exterior; o reforço da ventilação e o
aquecimento do espaço. A ventilação é essencial para retirar a humidade do espaço.
Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com objetivo de corrigir pontes térmicas.
61
índice
Aplicação
O isolamento térmico XPS deve ser aplicado por colagem e fixação mecânica ao
suporte, sendo posteriormente aplicada uma rede de fibra de vidro. Finalmente é
aplicado o revestimento final à cor desejada (Figura 56). A espessura de isolamento
deve respeitar os requisitos definidos na regulamentação (RCCTE [3]).
1 - Acabamento exterior;
3 - Isolamento FIBRANxps;
4 - Pano exterior;
5 - Revestimento interior;
6 - Pano interior;
8 - Caixa de estore.
Figura 56 – Tratamento de pontes térmicas planas através da aplicação de isolamento térmico pelo exterior [9].
62
Poderá ser aplicado da seguinte forma:
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índice
Figura 57 – Colocação de buchas de fixação das placas de isolamento térmico.
Após o assentamento das placas de XPS devem ser tratados pontos singulares,
como esquinas de paredes e contornos de vãos.
Devem ser aplicados todos os elementos acessórios a este sistema sempre que
se considere necessário e que a empresa fornecedora do sistema assim o acon-
selhe, tais como perfis de canto, perfis de arranque, perfis acessórios para re-
mates de vãos, cordões de espuma para selagem, perfil de pingadeira, etc..
De modo a não deixar entrar para o interior do sistema qualquer pó, impureza, ar
ou água as juntas devem ser devidamente seladas com cordões de espuma polie-
tilénica extrudida, selão acrílico em dispersão aquosa ou mástique para exterior;
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ondulações, etc. Os tempos de abertura dos adesivos e argamassas devem ser
respeitados. Não é aconselhável a aplicação do sistema ETICS a temperaturas
superiores a 30ºC, nem inferiores a 5ºC, nem sob radiação solar direta e não
é aconselhável a aplicação do sistema sob ventos fortes. Não é permitida apli-
cação do sistema se houver a possibilidade deste apanhar chuva enquanto os
materiais não estiverem todos secos;
4. Aplicação do acabamento final. Após a secagem das duas demãos deve ser
aplicado, a rolo, um primário de modo a uniformizar a absorção do suporte.
Finalmente, e após secagem deste, deve aplicar-se o acabamento indicado no
Caderno de Encargos (CE).
Observações:
• Não iniciar a aplicação do sistema sobre suportes em que não tenha decor-
rido pelo menos um mês sobre a sua execução (alvenarias, betão, reboco),
para que se encontrem em condições de estabilidade e secagem adequadas.
Esta não é uma solução tão eficiente quanto a descrita em 4.4.3.1 já que não per-
mite melhorar o conforto térmico do espaço.
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índice
5. ANOMALIAS EM PAREDES INTERIORES
• Ataques químicos;
Neste guia são focadas apenas a fissuras provocadas por variações de temperatura.
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Figura 58 – Fissuração devido à expansão da alvenaria cerâmica.
O processo construtivo destas paredes deve permitir uma ligação resiliente da pa-
rede à cobertura, ou seja que se possa deformar. O que frequentemente acontece
é não haver um contacto físico entre a última fiada de tijolo e a laje de cobertura.
67
índice
Figura 59 – Fissuração do topo das paredes devido à encurvadura da laje (parede paralela ao comprimento e à
largura da laje).
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3. Movimentação térmica da parede de fachada que pode causar destacamentos
entre as alvenarias e os elementos estruturais porticados e mesmo o apareci-
mento de fissuras de corte nas extremidades das alvenarias (Figura 61).
Ver 3.2.3.1.
Esta solução tem como objetivo garantir que as deformações excessivas da laje não
contactam diretamente com a alvenaria e pode ser executada em nos casos em
69
índice
que a aplicação de isolamento térmico não seja viável. Deverá ser aberto um roço
na parede, junto à ligação com a cobertura, procedendo depois ao enchimento do
mesmo com um material flexível (Figura 62).
(1) Inspeção da parede; (2) abertura do roço; (3) introdução de um material flexível no roço;
Aplicação
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6. ANOMALIAS EM PAVIMENTOS
• Apodrecimento da madeira;
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índice
6.1.3 Soluções de reabilitação
Aplicação
(1) levantamento do revestimento em soalho; (2) avaliação do suporte e sua regularização; (3) aplicação da barreira para-vapor e
do isolamento térmico FIBRANxps; (4) execução de lajeta de betão e reposição do revestimento de piso.
2. Avaliação do suporte e sua regularização. O suporte deve estar seco e deve ser
picado, sofrendo depois uma regularização. Deve ser avaliado o estado de de-
gradação das peças de madeira danificadas para que possam ser substituídas;
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5. Aplicação do novo revestimento de piso (soalho). Primeiro aplicam-se as ripas
de suporte e reaplica-se o revestimento em madeira (soalho).
1 - Revestimento de piso;
2 - Agamassa de regularização;
3 - Caixa de areia;
5 - Barreira para-vapor;
6 - Suporte;
7 - Filme de polietileno;
8 - Caixa de brita;
9 - Terreno natural.
Na envolvente dos edifícios, este fenómeno ocorre quando se verificam uma ou mais
das seguintes condições:
• Ventilação insuficiente.
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índice
6.2.3 Soluções de reabilitação
Aplicação
1 - Revestimento de piso;
2 - Agamassa de regularização;
3 - Suporte FIBRANxps;
4 - Isolamento térmico
Figura 66 – Reabilitação de um pavimento sobre o exterior, aplicando isolamento térmico no teto falso [9].
4. Refechamento das juntas entre as placas segundo a técnica apropriada ao tipo de material;
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índice
Acrónimos
CE - Caderno de Encargos
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Glossário
Algeroz
Caleira que recolhe e canaliza a água dos telhados para os respetivos tubos de queda.
Alvenaria
Paredes executadas com pedra, tijolo ou blocos de betão e, que travadas em sobreposição
por meio de argamassas, servem para a execução das paredes de edifícios.
Anomalia
Ar condicionado
Argamassa
Mistura de cal, areia e água destinada a ligar os materiais de construção. Mistura de cimen-
to, areia e água destinada a ligar os materiais de construção.
Asna
Assentamento
Movimento vertical, para baixo, duma estrutura, parte dela, ou da sua fundação.
Barrote
Viga ou trave de madeira, grossa, que sustenta as tábuas do soalho, do ripado, ou do teto.
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índice
Beiral
Parte saliente da cobertura que tem o objetivo de proteger as paredes das águas pluviais.
O beiral pode ser simples quando construído só com telha, apoiado na cornija ou saliência
de outro tipo executada para aumentar a projeção da água, e ainda com sub-beira, poden-
do esta ser simples ou dupla.
Betão
Material formado pela mistura de cimento, de inertes grossos e finos e de água, resultante
do endurecimento da pasta de cimento (cimento e água); para além destes componentes
básicos, pode também conter adjuvantes e adições. Se a máxima dimensão do inerte for
igual ou inferior a 4 mm, o material resultante é denominado argamassa.
Betonilha
Caixa-de-ar
Espaço existente numa parede dupla de um edifício entre os panos exterior e interior das
paredes envolventes.
Caixilharia
Caleira
Capilaridade
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Chaminé
Conduta para extração de fumos e gases provenientes de qualquer combustão. Essa extração pode ser
obtida através das diferenças de temperatura, por efeito de sucção do vento, ou de sucção mecânica.
Condensação
Condensação Superficial
Conforto
Uma habitação garante conforto ao ocupante pelo adequado isolamento (acústico e térmi-
co) e estanquicidade da construção, permitindo lhe desenvolver as suas atividades quoti-
dianas sem influência significativa de agressões exteriores como o frio, o calor, o ruído, a
chuva, o vento. Deverão por outro lado estar garantidas as adequadas condições de inso-
lação, iluminação e renovação de ar para que a habitação seja confortável.
Cumeeira
Uma espécie de chapéu do telhado. A sua função é cobrir o encontro das telhas.
Deficiência
Deformação
Mudança da forma ou das dimensões do elemento. Transformação que se traduz por variação da
distância entre pontos de um corpo.
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índice
Degradação
Demão
Descasque
Descolamento
Empolamento
Fachada
Fenda
Descontinuidade com espaço intermédio apreciável. Linha de divisão com ou sem separa-
ção das partes e abertura superior a 0,2 mm.
Fendilhação média
Aberturas lineares com largura compreendida entre 0,2 mm e 2 mm, que interessam, nor-
malmente, toda a camada do reboco.
Fissura
Linha de divisão com ou sem separação das partes e abertura inferior a 0,2 mm.
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Fissuração
Roturas no betão seguindo uma trajetória única ramificada, que podem ser provocadas por
atuação de cargas ou por retração devido à rápida evaporação da água.
Hidrófugo
Junta de dilatação
Lambril
Revestimento parcial na parte inferior das paredes interiores em madeira, azulejo ou pedra.
Massame
Camada de betão que se coloca em contacto com o terreno nos pisos térreos.
Ponte Térmica
Local da envolvente do edifício onde não existe uma uniformidade da resistência térmica
dos elementos na sua área, hipótese que não permite o cálculo convencionalmente usado
nas zonas correntes da envolvente, que considera na sua abordagem a unidirecionalidade
do fluxo de calor.
Numa ponte térmica o fluxo de calor segue a trajetória com menor dispêndio de energia,
ou seja, procura o caminho em que a resistência térmica é menor.
As pontes térmicas constituem uma parte da envolvente dos edifícios onde a resistência
térmica é modificada por exemplo por:
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índice
• Uma diferença entre as superfícies interna e externa, como ocorre nas ligações parede/
piso/teto.
Reboco
Revestimento composto de uma ou mais camadas dum material plástico destinado a asse-
gurar a proteção e a apresentação da obra que ele recobre.
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Bibliografia
[1] INE – Censos 2011, Instituto Nacional de Estatística, 2011.
[4] Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Dre-
nagem de Águas Residuais (Decreto Regulamentar n.º23/95 de 23 de Agosto).
[5] ASHRAE Standard 55:2010 - Thermal Environment Conditions for Human Occupancy,
American Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning Engineers (ASHRAE), 2010.
[6] EN15251:2007 - Indoor Environmental Input Parameters for Design and Assessment
of Energy Performance of Buildings – Addressing Indoor Air Quality, Thermal Environment,
Lighting and Acoustics, 2007.
[7] Paiva, J. Vasconcelos; Aguiar, José; Pinho, Ana - Guia Técnico de Reabilitação Habita-
cional. Volume 1. Lisboa, LNEC - 1ª edição, 2006.
[8] Paiva, J. Vasconcelos; Aguiar, José; Pinho, Ana - Guia Técnico de Reabilitação Habita-
cional. Volume 2. Lisboa, LNEC - 1ª edição, 2006.
83
índice
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Anexo Checklist
Elemento/ Anomalia O1 NO2 NA3 Localização Gravidade/Extensão Observações
Zona a
inspecionar
Envelhecimento dos
materiais:
degradação do
sistema estrutural da
cobertura (madeira)
Manchas de bolor na
face interior da laje
esteira, sob o desvão
ventilado
Anomalias Manifestações de
em Cober- humidade/ infiltra-
turas Planas
ções no revestimento
Acessíveis
interior das paredes
exteriores
Manchas de bolor e
humidade na face
interior da cobertura
plana (ponte térmica
plana)
Anomalias Manchas de bolor
em Paredes em paredes de zonas
Exteriores
húmidas (instalações
sanitárias e cozinhas)
Manchas de bolor em
paredes de zonas não
húmidas
Manchas de humidade
na ligação da parede
exterior com duplo para-
mento e o pavimento
Manchas de humi-
dade na face interior
da parede exterior
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(ponte térmica plana)
O - Observado; NO - Não Observado; NA - Não Aplicável
Elemento/ Anomalia O NO NA Localização Gravidade/Extensão Observações
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Zona a
inspecionar
Anomalias Deterioração do
em revestimento de
Pavimentos
madeira de um
pavimento térreo
Deterioração do
revestimento de
madeira de um
pavimento sobre o
exterior