FILOSOFIA
O QUE É A FILOSOFIA?
Nem aqueles que possuem a sabedoria, nem
aqueles que julgam tê-la, se dedicam à
filosofia.
- Os sábios não desejam saber, porque já
sabem
- Os ignorantes não desejam saber porque
acreditam que sabem tudo, logo não têm a
necessidade de saber algo que não têm a
consciência que existe
Os filósofos são os que sabem que não
sabem e amam a sabedoria.
São um meio termo entre o sábio e o
ignorante.
Os filósofos valorizam mais o ato de
perguntar do que a resposta.
“O quê” e “Porquê” são as formulações mais
importantes da filosofia.
Foi Pitágoras quem deu a designação de
filosofia.
Philos (amor) + Sophia (sabedoria)
Filosofia (philos + sophia)
FILOSOFIA
Amor pela sabedoria, o desejo de saber, a
atividade da busca incessante do objeto
amado. O filósofo tem a missão de procurar
o conhecimento das coisas, incentivando-os
a não desistirem de pensar.
ESPECIFICIDADE DA FILOSOFIA
É uma entidade racional (usa a razão e o
raciocínio), fundamentadora (justificar
questões) e crítica ( examinar a realidade).
- Serve-se do pensamento e da linguagem
para produzir conceitos e teses (aquilo que
se defende) legitimado por argumentos
- Desenvolve a reflexão
- Exerce a crítica do saber adquirido e dos
limites do conhecimento humano
- Immanuel kant é um dos fundadores da
conceção da filosofia como crítica
- Saber sistemático (possui métodos para
alcançar as respostas)
- Desenvolve-se no real
- Filosofo espanta-se com a realidade,
duvida do saber adquirido, tem
curiosidade por saber mais e adota uma
postura ativa perante os problemas
A especificidade da filosofia pode ser
caracterizada pelas categorias da:
RADICALIDADE
Sabemos que o filósofo vai à raiz dos
problemas, procurando fundamentação e
justificação racional para os problemas
AUTONOMIA
Diz respeito ao facto do filosofo ter
metodologias e problemas próprios e de
pensar por si mesmo (isto é ser autónomo)
HISTORICIDADE
Remete-nos para a dimensão da filosofia
como atividade situada num tempo e num
espaço determinado, com os seus próprios
problemas e respostas possíveis
UNIVERSALIDADE
Diz-nos que as questões da filosofia, por
serem gerais e fundamentais acerca da
realidade da existência humana,
compreendem as inquietações comuns a
todo o ser humano.
S. COMUM / CIÊNCIA / FILOSOFIA
SENSO COMUM
Usado para realizar muitas atividades do
quotidiano é uma forma elementar do
conhecimento, não sistemático, acrítico e
subjetivo (recebido de uma forma passiva, ou
seja aceitamos e não questionamos)
CIÊNCIA
É um conhecimento sistemático, tem um
método próprio e especializado, que procura
conhecer as leis do funcionamento da
realidade. Utiliza uma linguagem adequada
ao seu objeto de estudo.
FILOSOFIA
Distingue-se por colocar questões mais
gerais e fundamentais acerca do
pensamento, da natureza, da sociedade e do
pensamento. Não visa compreender apenas
uma parte da realidade mas sim a totalidade
do real.
Diferenças - método, linguagem e natureza
das perguntas.
DICIPLINAS DA FILOSOFIA
ONTOLOGIA - estabelecer o que é o ser, a
realidade, aquilo que é
METAFÍSICA- investiga as causas ou
princípios primeiros da realidade que
conferem sentido à existência
LÓGICA - estuda a estrutura do pensamento
e regras para a elaboração do raciocínio
correto
FILOSOFIA DA LINGUAGEM - estuda a
estrutura e o funcionamento da linguagem
GNOSIOLOGIA (teoria do conhecimento) -
questões sobre o conhecimento em geral
EPISTEMOLOGIA (filosofia da ciência) -
reflexão acerca da produção e validação do
conhecimento científico
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA - investiga o
que é o ser humano e a natureza humana
AXIOLOGIA - questiona os valores humanos
ESTÉTICA - investiga a sensibilidade humana
e a experiência do belo, feio, sublime…
FILOSOFIA DA ARTE - critérios da arte, da
natureza, e valor artístico da obra.
ÉTICA - maneiras do ser humano viver de
acordo com os direitos e deveres
FILOSOFIA POLÍTICA - trata das formas de
organização da vida comunitária
FILOSOFIA DA RELIGIÃO - questiona a
relação do ser humano com a religião
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
PROBLEMATIZAR
- identificar e formular um problema
filosófico
- normalmente é o ponto de partida da
reflexão
CONCEPTUALIZAR
- elaboração de conceitos (identificar, criar e
definir)
- conceito é uma representação mental
geral (ideia)
ARGUMENTAR
- construir proposições de modo a justificar
uma conclusão ou tese
Os instrumentos lógicos do pensamento são:
conceito (termos), proposições (juízos), e
argumentos (raciocínios ou inferências).
CONCEITO
- Conhecimento filosófico é um conceito e
um termo
- É uma ideia que designa uma categoria ou
classe de objetos que possuem
características ou atributos que o
distinguem de todos os outros
- Definem-se pela sua compreensão e
extensão
MAIS GERAIS
+ extensão e - compreensão
MAIS RESTRITOS (menos gerais)
- extensão e + compreensão
DEDUTIVOS
São dedutivos os argumentos válidos em que
é impossível as premissas serem verdadeiras
e a conclusão falsa.

Compreensão e extensão são inversamente Argumento sólido - argumento válido,

proporcionais.
premissas verdadeiras

ex: a fruta é rica em vitaminas

premissas
a maçã é uma fruta

conhecimento

logo, a maçã é rica em vitaminas
(conclusão)
conhecimento
filosófico INDUTIVOS (generalização, previsões)

Não existe justificação lógica para garantir a

verdade da conclusão.

PROPOSIÇÃO (OU JUÍZO)

ex: quando chove escurece
premissas
São expressas numa frase declarativa com está a chover
sentido logo, está escuro (conclusão)

Podem ser classificadas como CONDICIONAIS

• Qualidade - verdadeiras ou falsas
• Quantidade - universais ou particulares “se A, então B”

4 formas padrão exemplo:

se ontem foi sábado, então hoje é domingo
TIPO A antecedente
consequente

universais e afirmativas (todo o S é P) ou

ou

condição suficiente necessária

TIPO E
universais e negativas (nenhum S é P)
FORMULAR E AVALIAR TEORIAS
TIPO I TEORIA é uma articulação entre varias teses
particulares e afirmativas (algum S é P)
TESE é a resposta a um problema que está
TIPO O em aberto sobre um assunto que é o tema da
particulares e negativas (algum S não é P) tese e da teoria

ARGUMENTO (OU INFERÊNCIA) FORMULAR uma teoria é enunciá-la por

meio de uma frase declarativa, tese principal,
Um argumento é constituído por duas
que constitui uma resposta possível para o
proposições relacionadas entre si - a
problema em análise
conclusão deriva das premissas.
Ao avaliar teorias devemos ter em conta os
Os argumentos podem ser:
seguintes aspetos:
P // A teoria responde ao problema filosófico
que se propõe resolver?
R // Devemos certificar-nos de que a tese ou
teoria avançada procura constituir-se como
uma resposta para o problema em questão.

P // A teoria é consistente?
R // Diz-se que um conjunto de proposições
é consistente quando todas as proposições
que o compõem podem ser
simultaneamente verdadeiras (inconsciente ≠
verdadeira)

P // A teoria é mais plausível do que as

alternativas?
R // Nesta análise devemos fazer uma
comparação das respostas, não só da
adequação de cada uma delas em relação ao
problema que está a ser discutido, mas
também ao seu alcance e poder explicativo.