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DIMENSÃO DO PROBLEMA
→ 0,5 – 1,0% da população mundial.
→ Incidência: 20-70/100.000 por ano.
→ Prevalência: 3,5 – 10,7/1000 (epilepsia ativa – 1 crise nos últimos 5 anos).
→ Prevalência maior em países em desenvolvimento.
FATORES DE RISCO
→ Infância:
- Eclampsia → Genéticas Adultos/idosos:
- Prematuridade - Infecções SNC
- Complicações obstétricas - Traumatismo craniano
- Hipóxia - Neoplasias
- Malformação do SNC - Acidentes vasculares
- Doenças metabólicas - Doenças degenerativas
- Etiologia indeterminada
Crises = eventos
Epilepsia = crises recorrentes
RISCO DE RECORRÊNCIA
Como avaliar o paciente diante uma primeira crise:
1. Lesão cerebral prévia – risco de 2,55% entre 1 a 5 anos.
2. EEG com atividade epileptiforme – risco de 2,16.
3. Exame de imagem anormal – risco de 2,44.
Stefany Margini – T52 FMIT – SOI V
→ Epilepsia é considerada resolvida para pacientes com uma síndrome epiléptica idade-dependente
(ex: epilepsia rolândica).
→ Ausência de crise por 10 anos e sem drogas antiepilépticas (DAE) nos últimos 5 anos, também é
classificado como epilepsia resolvida.
→ Crise epiléptica sintomática aguda (provocada) → quando o paciente tem um insulto cerebral (ex:
bebeu muito, sepse, avc agudo – tem uma causa naquele momento). Quando tem uma crise
provocada o tratamento é retirar o fator causal. É classificada como crise epiléptica sintomática aguda
quando ela se inicia em até 7 dias do evento desencadeante.
1. INÍCIO FOCAL
→ A origem da crise ocorre em uma área restrita de neurônios corticais.
→ Ela pode ser com preservação da percepção ou sem preservação da
percepção.
Antigamente era conhecida como parcial.
Motoras:
- Tônico-clônicas: enrijecimento e relaxamento
- Clônicas
-Tônicas
- Mioclônicas
- Mioclono-tônico-clônicas
- Mioclono-atônicas
- Atônicas
- Espasmos epilépticos
3. INÍCIO DESCONHECIDO
→ É muito importante ter um telespectador para reportar a crise, caso não o tenha, seu início se
torna desconhecido.
→ Ela pode ser motora ou não motora (parada comportamental).
4. NÃO CLASSIFICADA
→ Em algumas vezes o paciente tem a perda da percepção, mas não fica claro que o paciente
teve a crise. Em consultas subsequentes será trabalhado para classifica-la melhor.
ALGUMAS REGRAS
→ Se a percepção é comprometida em qualquer momento da crise: crise focal disperceptiva.
→ O primeiro sinal ou sintoma proeminente de uma crise focal deve ser usado para classificação.
→ Devemos sempre descrever detalhadamente todos os sinais e sintomas observados.
Stefany Margini – T52 FMIT – SOI V
→ O objetivo é sempre alcançar o diagnóstico para tratar e trazer qualidade de vida ao seu paciente!
→ A classificação das epilepsias tem propósito clinico e terapêutico e oferece a possibilidade de
diagnósticos em múltiplos níveis.
EPILEPSIA X SÍNCOPE
Stefany Margini – T52 FMIT – SOI V
→ Geralmente a sincope tem um fator desencadeante (ex: levantar rápido, fez esforço vigoroso na
hora de usar o banheiro), além disso, o paciente fica pálido, e na epilepsia é mais comum a cianose.
- não é mais utilizado convulsão e sim crise epiléptica.
O tratamento depende do tipo de crise, etiologia, risco de recorrência, escolha ideal da DAE e duração
prevista do tratamento.
CARBAMAZEPINA (CBZ): 200mg e 400mg – iniciar com 100mg a cada 12h com dose de manutenção
até 400mg duas ou três vezes ao dia. Crianças < 4 anos: 20-60mg/kg/dia, uma ou duas vezes ao dia.
Cuidado com hiponatremia – por ser uma medicação que bloqueia canais de sódio. Efeitos colaterais:
tontura, sonolência e alterações cognitivas.
Stefany Margini – T52 FMIT – SOI V
LAMOTRIGINA (LTG): 25mg, 50mg e 100mg - > 12 anos – iniciar com 25mg ao dia com aumento
gradual de 25mg a cada semana até dose de 200mg a 400mg ao dia divididos em duas tomadas.
Cuidado com Rash cutâneo (síndrome de Stevens Johnson) especialmente em paciente usando VPA.
CONCLUSÃO
→ Crise epiléptica (fenômeno) ≠ epilepsia (recorrência).
→ Diagnóstico: sempre avaliar e considerar o risco de recorrência.
→ Reprimir a ansiedade e decidir com paciente.
→ Encaminhar ao especialista dentro de 1 mês.