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1)

O termo antígeno ou imunógeno, significa toda espécie molecular de origem biológica


isolada ou constituída por uma célula, vírus, líquido biológicos ou sintética que quando
introduzida em um organismo vertebrado é capaz de produzir uma reação imune. Se o
organismo for imunocompetente ele pode manifestar uma resposta imune ou uma
tolerância.
Os antígenos são essencialmente macromoléculas não obrigatoriamente imunogênicas. As
macromoléculas antigênicas são basicamente proteínas e polissacarídeos. É importante
lembrar que por definição é uma molécula, assim como o termo antígeno também é
aplicado a uma suspensão ou extratos celulares que apresentam um complexo de
antígenos, ou seja, várias moléculas diferentes.
Uma propriedade fundamental do antígeno é a natureza química da estrutura multiepitópica
de suas moléculas. M.Heidelberger, K.Landsteirne e um grande número de imunoquímicos
definiram que a molécula antigênica é um edifício complexo apresentando em sua
superfície uma variável estrutura distinta, chamada determinante antigênicos e que N.Jerne
chamou de epítopo. A base experimental do conceito de epítopo surgiu de observações das
macromoléculas, composto de polipeptídios e proteínas, produziam subpopulações
diferentes de moléculas de anticorpos que tinham especificidade a uma região específica da
molécula e não a outras regiões.
É importante ressaltar que a fragmentação química do antígeno permite isolar diferentes
grupos de epítopos ou mesmo de porções da molécula não mais importantes que o epítopo.
O epítopo é constituído por um grupo de átomos, formando configurações específicas
tridimensionais esterioespecíficas de tamanho limitado, na superfície da molécula
imunogênica.
O termo hapteno, proposto por Landestiner em 1920, é designado a toda espécie molecular
não imunogênica ao receptor, que se combina com uma macromolécula imunogênica
carregadora ("carrier") sendo capaz de elicitar uma resposta imune específica no
hospedeiro.Essas moléculas orgânicas, naturais ou sintéticas de baixa massa molecular
(inferior a 1 kDa), penetram na epiderme, se conjugam na maioria das vezes com proteínas
do corpo e assim são carreadas. O conjunto hapteno-carreador é chamado coconjugado.

2)
Toxinas e enzimas
Exotoxinas : Necrose na pele, lise de eritrócitos e plaquetas
Leucocidina: Destruição de leucócitos
Toxina da síndrome estafilocócica da pele escaldada: Ação esfoliativa da pele
Toxina da síndrome do choque tóxico:febre,choque,comprometimento
sistemático,erupção cutânea e descamação

3) O conceito clássico sobre infecção focal é de que os germes, ao nível dos focos, vivem
em estado de relativa "latência", produzindo sintomatologia local discreta ou mesmo não a
produzindo, mais invadindo o organismo intermitentemente, de modo quase imperceptível,
através de pequenos surtos de bacteremia ou de toxemia, acarretando, em conseqüência,
quadro sintomático infeccioso sistêmico, traduzido por astenia, adinamia, febricula vesperal,
com freqüente dores musculares esparsas, por vezes metástases infecciosas em
determinados departamentos orgânicos. As principais causas de infecção focal seriam
oriundas de focos fechados (Vogel, 1942): granulomas de ápices dentários e criptas
amidalinas infectadas e isoladas da cavidade faríngea em conseqüência de aderências ou
sinéquias decorrentes de amidalites agudas prévias.
Sorologia é o estudo do líquido separado do sangue após coagulação do mesmo. O exame
sorológico tem o objetivo de identificar dois tipos de moléculas: a IgM e a IgG. A IgM é a
molécula que é formada rapidamente no corpo logo após o primeiro contato com uma
infecção. É através dessa molécula, formada perfeitamente para aquela determinada
infecção, que o corpo organiza o ataque inicial para combatê-la. Essa molécula tem como
característica ter uma vida curta, assim não dura muito tempo no corpo.
A IgG é uma molécula que demora mais tempo para ser formada, e ela é responsável pelo
impedimento da reinfecção. Especializadas no reconhecimento e combate, dessa forma
impedido que uma nova infecção, caso o agente causador entre em contato com o corpo.

4) O ágar sangue pode ser dividido de acordo com a taxa de hemólise das hemácias
presente no ágar sendo eles:
Alfa-hemólise ( α ): é caracterizada por uma hemólise parcial, associada com a perda
parcial de hemoglobina pelas hemácias, ocorrendo uma zona cinza-esverdeada no meio de
cultura ao redor da colônia. Streptococcus pneumoniae caracteriza-se por produzir este tipo
de hemólise.
Beta-hemólise ( ß ): é caracterizada pela lise completa das hemácias que rodeiam a colônia,
ocorrendo uma zona transparente (zona de lise total) ao redor da colônia. Os estreptococos
com esta característica são denominados beta-hemolíticos.
Gama-hemólise (γ): é caracterizada pela ausência de hemólise. Cepas desses
microrganismos não hemolíticos, ou d-hemolíticos, não causam modificação no meio de
ágar sangue de carneiro.

5) Estreptococos são microrganismos aeróbios Gram-positivos que causam muitos


distúrbios, incluindo faringite, pneumonia, infecções em feridas e na pele, sepsia e
endocardite. Os sintomas variam com o órgão infectado. Sequelas das infecções por
estreptococos beta-hemolíticos do grupo A podem incluir febre e glomerulonefrite. A
Classicamente, coréia de Sydenham (CS) era considerada a única manifestação
neurológica pós-estreptocócica. A CS é um dos critérios maiores para o diagnóstico de
febre reumática, doença sistêmica inflamatória que ocorre duas a quatro semanas após a
infecção das vias aéreas superiores pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A, o
Streptococcus pyogenes.

6) Os exames laboratóriais para o diagnóstico:


TESTE DA OPTOQUINA
● Semear um quarto de uma placa de ágar sangue com a cepa alfa hemolitica a ser
testada;
● Aplicar um disco de optoquina;
● Incubar a 35°C em tensão aumentada de CO₂ - método da vela;
Uma zona de inibição de 14 mm ou mais à volta de um disco de 6 mm significa
sensibilidade e identifica o Streptococcus pneumoniae.
TESTE DA BACITRACINA
É importante notar que as identificações devem ser feitas em ágar sangue sem tensão de
CO₂ ou os resultados podem ser conflitantes.
● Semear meia placa de ágar sangue com o estreptococo a ser identificado, como
para um antibiograma;
● Colocar o disco de bacitracina 0,004 u como indicado;
● Incubar por uma noite a 35°C sem CO₂;
● Observar qualquer zona de inibição como resultado de sensibilidade.
O Streptococcus pyogenes (grupo A) é assim rapidamente identificado.
TESTE DE CAMP
● Inocular uma estria única de uma amostra de Staphylococcus aureus produtor de
beta lisina (ATCC 25923) no centro de uma placa de ágar sangue preparada
obrigatoriamente com sangue de carneiro. (Esta linhagem de S. aureus deve ser
mantida continuadamente em estoque)
● Inocular as amostras a serem testadas em estrias formando um ângulo reto com a
linha de inoculação da amostra teste de estafilococo. As estrias não devem se tocar,
ficando a 1 mm de distancia, e deste modo várias amostras podem ser testadas em
uma mesma placa de ágar sangue. A maneira de inocular é fundamental para a
observação do efeito esperado.
● Incubar a placa a 35-37°C durante um período de 18-24 horas.
● A positividade da prova, Streptococcus agalactiae (grupo B), é evidenciada pelo
alargamento da zona de lise, que adquire a forma de ponta de flecha caracteristica,
na área de intersecção entre.

7) Normalmente o tratamento é feito com o uso de antibióticos e, dependendo da situação,


pode ser necessária realização de pequena cirurgia, como acontece na amigdalite por
Streptococcus pyogenes. No entanto, devido à sua localização, pode ser facilmente
transmitida de pessoa para pessoa por meio do compartilhamento de talheres, secreções
ou por meio de espirros e tosse, por exemplo, havendo maior facilidade de haver doença
sendo assim necessário evitar essas atitudes para que haja um controle da situação

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