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HÁ VIDA NA GOTA D’ ÁGUA?

JUNHO DE 2014
Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz
Presidente: Paulo Gadelha

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Casa de Oswaldo Cruz
Diretor: Paulo Elian dos Santos

Museu da Vida
Chefe de Departamento: Diego Vaz Bevilaqua

Serviço de Educação em Ciências e Saúde


Coordenação: Hilda Gomes

Serviço de Visitação e Atendimento ao Público


Coordenação: Alessandro Franco Batista

Serviço de Design e Produtos de Divulgação Científica


Coordenação: Rita Alcântara
Arte Gráfica: Sergio Magalhães

Biblioteca de Divulgação Científica Iloni Seibel


Responsável: Beatriz Schwenck

Equipe Biodescoberta
Edmilson Barcellos
Francisco Cardoso
Suzi Aguiar
Waldir Ribeiro

Projeto PADC
Orientanda: Ana Paula Saide
Orientando: Felipi Corrêa
Orientador: Francisco Luiz Cardoso da Silva
Coorientadora (s): Luciana Sales e Suzi Aguiar

Agradecimentos:
Bianca Reis
Luis Carlos Victorino
Miguel Oliveira
Teresa Osório

Catalogação:
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Museu da Vida
Serviço de Visitação e Atendimento ao Público. Caderno da atividade “Há vida na gota
d’ água?”. Orientação: Francisco Luiz Cardoso da Silva. Coorientadora (s): Luciana
Sales e Suzi Aguiar. (2014).

Sumário

1. Apresentação ......................................................................................................... 04

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2. Contextualizando o Espaço Biodescoberta ............................................................ 05

3. Introdução .............................................................................................................. 06

4. Objetivo Geral ........................................................................................................ 07

5. Objetivos Específicos ............................................................................................. 07

6. Justificativa ............................................................................................................. 08

7. Público Alvo ........................................................................................................... 08

8. Número de Participantes ......................................................................................... 08

9. Tempo de Duração .................................................................................................. 08

10. Metodologia .......................................................................................................... 09

11. Desenvolvimento da Atividade ............................................................................. 10

12. Recursos Pedagógicos ........................................................................................... 12

13. Referências ............................................................................................................ 14

14. Anexos ................................................................................................................... 16

1. Apresentação

O material que compõe este caderno se refere a atividade lúdica e interativa “Há vida
na gota d’água?” e pretende contribuir para a reflexão sobre a biodiversidade existente

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na água não tratada, assim como algumas doenças veiculadas pela água enfocando a
saúde pública.
Esta atividade mostra os seres vivos existentes na água não tratada proveniente de rios,
lagos, poças de água, bromélias e infusões especialmente preparadas. Embora alguns
destes seres possam ser vistos a olho nu, porém todos são melhores visualizados ao
microscópio ótico. A atividade também enfoca microrganismos que fazem mal aos seres
humanos e outros que são úteis. Podemos compreender por meio de experimentos
práticos, a importância da biodiversidade para a nossa saúde e saber onde os
microrganismos vivem.
A mesma foi ampliada incluindo um banner com figuras da biodiversidade existentes na
água e outros experimentos.
A atividade foi desenvolvida no Museu da Vida/COC/FIOCRUZ para compor um dos
módulos do Espaço Biodescoberta e atender o público visitante.

2. Contextualizando o Espaço da Biodescoberta

Instalado na antiga Cavalariça, onde ficavam os cavalos usados na produção dos soros
contra a peste bubônica e a difteria, abriga uma exposição permanente organizada em
oito módulos sobre a vida, sua diversidade, suas dimensões culturais e históricas e suas
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implicações éticas. Além de painéis, planisfério, exemplares de animais brasileiros
vivos, vitrine com insetos vetores pesquisados na Fiocruz, aquário, globos terrestres,
fósseis, microscópios, modelo gigante tridimensional de célula vegetal, plantas, flores,
jogos, vídeos, multimídia, experimentos e atividades interativas constituem recursos e
estratégias para explorar a exposição. (SEIBEL, Iloni; 1999).

(Prédio da Cavalariça/ Espaço Biodescoberta) Fonte: Scielo.br

3. Introdução

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A atividade “HÁ VIDA NA GOTA D’ÁGUA” visa proporcionar aos visitantes do
Museu da Vida/COC/FIOCRUZ a visualização da biodiversidade existente na água não
tratada com o auxílio do microscópio ótico, assim como despertar neles o interesse para
comparar o que está sendo visto no microscópio e no banner. Será possível, ainda, neste
mesmo banner, observar figuras de agentes patogênicos veiculados pela água como
verme, bactérias, protozoário flagelado e vírus.
Durante a atividade, o público terá a possibilidade de conversar com os mediadores
sobre a importância dos microrganismos e realizar experimentos interativos, onde
poderão observar microrganismos vivos não causadores de doenças como bactérias e
fungos. Isto promove uma boa interação com o público participante.
Entende-se por microrganismos seres vivos que só podem ser vistos por microscópios,
um recurso pedagógico muito importante na atividade. Acredita-se que sua invenção
date do ano de 1590, quando o holandês Antonie Van Leuwenhoek foi o primeiro a
observar e descrever fibras musculares, bactérias, protozoários e o fluxo de sangue nos
capilares sanguíneos de peixes. A ele é atribuído a descoberta dos microrganismos.
É importante ressaltar que os conceitos científicos serão abordados e desmistificados
proporcionando perguntas e reflexões aos participantes da atividade.

4. Objetivo Geral

Possibilitar ao público visitante elementos que subsidiem uma compreensão mais crítica
sobre a biodiversidade existente em uma água não tratada.
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5. Objetivos Específicos

 Apresentar diferentes formas de vida existentes na água não tratada.


 Identificar os diferentes seres vivos observados na água não tratada.
 Discutir sobre algumas doenças veiculadas pela água.
 Divulgar conceitos e processos científicos importantes referentes aos seres vivos
apresentados na atividade.

6. Justificativa

Entende-se por microrganismos, seres vivos que só podem serem vistos por
microscópios. Assim, a atividade “Há vida na gota d’água?”, é importante pois
possibilita ao público visitante uma compreensão do universo microbiológico, bem
como outros seres vivos que estão presentes na água.
A atividade permite ainda, debater sobre a ação dos microrganismos que fazem bem a
nossa saúde e os que fazem mal, ou seja, que podem provocar algum tipo de doença.

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7. Público Alvo
 Estudantes do Segundo Segmento do Ensino Fundamental e Médio.
 Estudantes de Graduação.
 Professores.
 Público adulto visitante do Museu.

8. Número de Participantes

 No máximo vinte pessoas.

9. Tempo de Duração

 Quarenta minutos.

10 . Metodologia

Adotaremos como metodologia as orientações construtivistas baseada na Proposta


Pedagógica do Museu da Vida em que a construção do conhecimento em ambientes não
formais de educação devem acontecer de forma lúdica, interativa e criativa, priorizando
a interdisciplinariedade.
A Proposta Pedagógica tem a função de fundamentar teoricamente, de ajudar a planejar
e operacionalizar as atividades desenvolvidas no Museu. A mesma propõe que os temas
científicos tratados assumam: o enfoque histórico como processo e tenham
interatividade como metodologia. Propõe, ainda, que o sujeito, em suas dimensões
sociais, culturais, epistemológicas e históricas e o contexto da visita sejam o centro do

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evento de visitação, para o qual estão voltados todos os objetivos, conteúdos e
atividades. (SEIBEL, Iloni; 1999).
Para o desenvolvimento da atividade serão utilizados como recursos microscópios
óticos, televisor, outros materiais de laboratório, experimentos, um banner ilustrativo e
informativo e um caderno auxiliar da atividade.
Vale destacar que a interação do que será observado no microscópio ótico e no pôster
contará com ajuda do mediador bem como os experimentos realizados.

Para avaliação será utilizado duas fichas de observação. Uma para os mediadores
(profissionais e estagiários), e a outra para ser aplicada junto ao público visitante.

11. Desenvolvimento da Atividade

Esta atividade compreende duas etapas seguidas de seus respectivos momentos descritos
a seguir.
Na Primeira Etapa: Investigar sobre os microrganismos na gota d’água.
Primeiro momento: Estimular o grupo fazendo perguntas sobre o tema da atividade,
ficando atento as informações que poderão surgir:
 Perguntar se “Há vida na gota d’água?”;
 perguntar de onde veio a água a ser observada no microscópio ótico;
 indagar se esta água é tratada.

Segundo momento: A partir das respostas do público falar sobre a água tratada e não
tratada.

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 Falar o que é água não tratada e dar enfoque que só devemos beber água
tratada;
 perguntar se eles sabem o que é água tratada. (Vocês sabem o que é agua
tratada? Como a água é tratada?);
 explicar o que é agua tratada.

Terceiro momento: Início da observação no microscópio.


 Fazer uma rápida orientação de como manusear o microscópio ótico;
 montar as lâminas. Você faz uma e convida, aleatoriamente, participantes para
montar as outras;
 ajudar com a colocação das lâminas e regulagem do MO;
 explicar que eles estão vendo seres vivos que podem ser microrganismos, como
protozoários ou vermes que não são microrganismos.

Quarto momento: Reflexão sobre o que foi observado.


 Perguntar se sabem o que são microrganismos e protozoários;
 perguntar se alguém está vendo no MO algum organismo parecido com o que
está na parte superior do banner. Caso sim, conferir no MO e proceder a leitura
no caderno auxiliar, para todos, daquele indivíduo. Se for conveniente, colocar a
lâmina com o indivíduo no televisor para que todos possam ver;
 perguntar se alguém sabe a importância dos microrganismos;
 explicar que alguns causam doenças e explorar a parte inferior do banner e
escolher um ou dois exemplos, procedendo a leitura para todos no caderno
auxiliar;
 comentar que outros não causam doenças e até ajudam o homem.

Na Segunda etapa: Investigar sobre os microrganismo em outros experimentos.


Primeiro momento: Observando os Lactobacillus (microrganismo) vivos e/ou
levedura.
OBS: O mediador poderá escolher entre observação de Lactobacillus vivos ou
leveduras e explicar o processo. Lembrar que o experimento com leveduras tem que
esperar quinze minutos;
 Perguntar onde vivem os microrganismos;

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 mostrar as placas de Petri colonizadas e os controles e discutir o
procedimento deste experimento que prova existir microrganismos no ar;
 perguntar como aparecem os fungos e as bactérias na placa de Petri;
 explicar que é através do ar;
 mostrar que há diferenças entre as placas colonizadas e as que não são.

Segundo momento: Refletindo sobre microrganismo na água, na levedura e nos


Lactobacillus vivos.

OBS: Importante explicar que os microrganismos patogênicos quando presentes na


água fazem mal a saúde, que os Lactobacillus vivos fazem bem a saúde e a levedura
são fungos e servem por exemplo para a fabricação do pão; portanto fazem bem a saúde,
mas temos fungos que são prejudiciais.
 Mostrar dois frascos, sendo um frasco com água contendo sujidades e outro com
água “limpa”;
 perguntar aos participantes qual água escolheriam para beber;
 discutir a diferença entre água contaminada e poluída.

12. Recursos Pedagógicos

Material Educativo:

 Caderno auxiliar da atividade


 Banner

Equipamentos:

 Microscópios óticos;
 Câmera para microscópio ótico;
 Televisor;

Outros Materiais:
 Lâminas escavadas;
 lamínulas;
 Pipetas de plástico ou de vidro com pêra de borracha;

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 Becker de plástico contendo água não tratada que deverá permanecer tampado;
 Parafilme ou papel alumínio;
 Recipientes tampados e etiquetados para descarte de lâminas e lamínulas;
 Álcool a 70%;
 Etiquetas médias;
 Caneta especial à prova de álcool;
 Tesouras;
 Pinças;
 Pisseta com álcool a 70%
 Papel toalha;
 Placas de Petri com e sem colônias de microrganismos (solicitar em Bio
Manguinhos);
 Duas garrafas com tampa verde contendo uma água limpa e outra água com
sujidades;
 Pote com coalhada, dentro da validade;
 Frascos com Lactobacillus;
 Suporte para tubos de ensaio;
 Tubos de ensaio médios (capacidade para 10ml);
 Provetas graduadas com capacidade para 100ml;
 Becker pequeno com água sem cloro;
 Fermento biológico, dentro da validade;
 Pote tampado com açúcar;
 Placas de Petri médias e grandes;
 Tabuleiro grande de alumínio para secagem de lâminas e lamínulas;
 Lenço de papel kleenex (sem perfume).

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13. Referências

BRASIL ESCOLA. Nematódeos parasitas do ser humano. Disponível em:


http://www.brasilescola.com/biologia/nematodeos-parasitas-ser-humano.htm. Acesso
em: 18/12/2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. A, B, C, D, E de hepatites para comunicadores / Ministério
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. Disponível em:
https://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hepatites_abcde.pdf. Acesso em:
18/12/2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia Lepstopirose:
Diagnóstico e Manejo Clínico. Disponível em:
ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/ZOO/LEPTO09_GUIA_MANEJO.pdf. Acesso
em: 17/12/2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Bio-Manguinhos.
Leptospirose: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível em:
http://www.bio.fiocruz.br/index.php/sintomas-transmissao-e-prevencao. Acesso em:
18/12/2013.
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DIAS, Lisi. Prática – Observando Lactobacilos. Disponível em: http:
//lisidias.blogspot.com.br/2011/11/pratica-observando-lactobacilos.html. Acesso em:
19/11/2013.
MASSARANI, L.; ALMEIDA, C. Introdução a um diálogo sobre mediação museus e
centros de ciência. In: Workshop Sul Americano & Escola de Mediação em Museus e
centros de Ciência. Rio de Janeiro: Museu da Vida/ COC/ Fiocruz, 2008.
MARANDINO, M. Introdução a um diálogo sobre mediação em museus e centros de
ciência. In: Workshop Sul Americano & Escola de Mediação em Museus e centros de
Ciência. Rio de Janeiro: Museu da Vida/ COC/ Fiocruz, 2008.
PACIEVITCH, Thaís. Ascaridíase. Disponível em:
http://www.infoescola.com/doencas/ascaridiase-lombriga/. Acesso em: 17/12/2013.
PINHEIRO, Pedro. Ascaris lumbricoides. Disponível em: http://www.mdsaude.com/.
Acesso em: 17/12/2013.
RODRIGUES, Marcelo Lara. Biologia Celular: aula prática de observação de células do
fermento. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABJO0AB/biologia-
celular. Acesso em: 19/11/2013.
ROTRAUT, A. G. B. C.; De Oliveira, R. L. Principais Mosquitos de Importância
Sanitária no Brasil. Ed. FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 1998.
RUPPERT, E. E.; BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados. Ed. Roca, São Paulo,
1996.
RUTKA, Camila. Tudo sobre Giardíase. Disponível em:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/giardiase#top2. Acesso em: 18/12/2013.
SEIBEL, M. I.; BAETA, A. M. A pedagogia do Museu da Vida. Relatório FINEP;
1999.
SEIBEL, M. I. Educação Não Formal: algumas reflexões. Relatório FINEP; 1999.
VARELLA, Dráuzio. Tipos de diarréia. Disponível em:
http://www.drauziovarella.com.br/letras/d/diarreia/. Acesso em: 17/12/2013.

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14. Anexos

A) Ficha de observação para avaliação


Para avaliação da atividade foram elaboradas duas fichas de observação. A primeira
ficha foi utilizada pela equipe de mediadores (profissionais e estagiários), para verificar
a compreensão de todos sobre a atividade, o entendimento dos conceitos a serem
trabalhados, a linguagem a ser abordada e sua adequação as diferentes idades, bem
como debater a possibilidade de roteiros diferenciados.
A segunda ficha foi elaborada para ser aplicado junto ao público visitante, em diferentes
séries do Ensino Fundamental e Médio, tem como objetivo identificar as questões mais
relevantes debatidas e compreendidas a partir da atividade.

Ficha de observação 1. Realizar com os mediadores profissionais e estagiários:


Formação dos bolsistas BIO/PARQUE- Oficina -Há vida na gota d’água?
Responsável: Francisco Cardoso
Bolsista: Ana Paula Saide

Ficha de observação: Aspectos a serem observados:


 Como é feita a observação da atividade? (Em relação a metodologia proposta);
 Como os conceitos da área de Biologia são apresentados ao público? Estão de
acordo com a proposta da atividade?;
 O tempo de duração da atividade está apropriado para a realização da mesma?;

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 Para qual idade a atividade está mais adequada?;
 Quais mudanças você faria na atividade?;
 Sugestões:

Ficha de observação 2. Realizar com o público.


Ficha de observação: “Há Vida na Gota d`Água?” ___/___/ 2014
1 – Qual o seu nome? E sua idade?
______________________________________________________________________
2 – Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
3 – Qual o nome da sua escola?
______________________________________________________________________
4 - Sua escola é: ( ) Pública ( ) Privada
5 – Qual a sua série? _____________________
6 – Qual a cidade/bairro onde você mora? ____________________________________
7 – Qual a cidade/bairro onde fica sua escola? _________________________________
8 – Antes dessa atividade, você já havia escutado falar sobre microrganismos?
( ) Sim ( ) Não
9 – A atividade acrescentou alguma coisa ao que você já sabia? ( ) Sim ( ) Não
10 – A atividade esclareceu a você o que são microrganismos? ( ) Sim ( ) Não
11 – Você manipulou algum tipo de material durante a atividade? ( ) Sim ( ) Não
12 – Qual (is) material (is)?
______________________________________________________________________
13 - Cite o que você mais gostou na atividade:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
14 – Diga o que você menos gostou na atividade:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
15 – Diga como os microrganismos estão presentes no seu dia a dia:
16
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
16 – Como você relacionaria os microrganismos com a saúde?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

B) Preparo experimental – Observação microscópica das bactérias do Yakult.


Retirar do frasco de Bacillus casei Shirota ou similar, depois de homogeniza-lo, uma ou
duas gotas do seu conteúdo utilizando uma pipeta e colocar a(s) gota(s) dentro de uma
proveta de 100ml, contendo 29ml de água, sem cloro, e misturar bem. Com outra pipeta,
pingar uma ou duas gotas desta mistura (da proveta) sobre uma lâmina lisa e
cobrir,cuidadosamente, com lamínula para não formar bolha.
Observar, primeiramente com objetiva de 4x. EM seguida, com objetiva de 10x e
depois, se necessário, com a de 20x.
Para uma boa visualização,você tem que ter paciência e ir regulando no micrométrico,
regular a luz e manter fechado o condensador.
NOTA: Os Lactobacillus são bem claros e com formato próprio.
Não esquecer que nos frascos de leite fermentado comprados no mercado tem que vir
escrito Lactobacilos vivos.

C) Preparo experimental – Observação microscópica das bactérias da coalhada.


Retirar da coalhada industrial, uma pequena gota com uma pipeta e deposita-la sobre
uma lâmina lisa. Com outra pipeta pingar duas ou três gotas de água sem cloro e
homogenizar bem. Cobrir a lâmina com lamínula, cuidadosamente, para não formar
bolha e coloca-la no microscópio ótico.
Observar, primeiramente com objetiva de 4x. Em seguida, com a objetiva de 10x e
depois, com a de 20x.
Para uma boa visualização, você tem que ter paciência e ir regulando no micrométrico,
regular a luz e manter fechado o condensador.
NOTA: você irá ver grumos escuros( marrons) que são outras bactérias presentes no
preparo e os Lactobacillus, que são bem claros e com formato próprio.

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D) Preparo experimental – Observação na placa de Petri de Produção de meios de
Cultura.
Preparo das placas de Petri:
1- Solicitar em BioManguinhos, no Laboratório de Produção de Meios de Cultura,
localizado no CTV( Complexo Tecnológico de Vacinas) dez placas de Petri
contendo Agar Casoy, que é um tipo de meio de cultura, e que já vem prontas
para uso, portanto, estéreis;
2- com cuidado, abrir cinco placas e deixa-las expostas ao ar por cinco minutos e
colocar as tampas, lacrando-as imediatamente por toda a volta com fitas próprias
que podem ser durex;
3- pegar três outras placas(controles) e lacra-las com fita, como descrito acima e
sem abri-las;
4- não esquecer de colocar as datas e marcar as que foram abertas e as que não
foram;
5- guarda-las em lugar seguro por aproximadamente cinco dias. Caso sejam
colocadas em estufa, a temperatura deverá ser de 37, durante dois dias para
crescimento de bactérias, não de fungos;
6- após o período de incubação (tempo de espera para o crescimento das colônias)
observar as placas e se tudo estiver certo podem fazer parte da atividade.

Explicação do experimento:
O objetivo do experimento é mostrar que existem microrganismos no ar. As placas de
Petri com o meio de cultura, no caso estamos usando o Agar Casoy, que ficaram
expostas ao ar, deverão apresentar crescimento de colônias de bactérias e/ou fungos. As
que ficaram fechadas, que são os controles, não poderão apresentar crescimento de
microrganismos.Isto é a prova que existe microrganismos no ar.
NOTA: Os meios de cultura são o alimento dos microrganismos.

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E) Experimento para observação das Células do Fermento (Sacharommyces
cerevisae)
Material necessário:
1. Lâminas lisas;
2. Lamínulas
3. Conta gotas ou pipetas de plástico ou vidro;
4. Placas de Petri;
5. Microscópio ótico;
6. Fermento biológico;
7. Açúcar comum;
8. Água sem cloro;
9. Colher de chá

Procedimento:
Colocar um pouco menos de um terço de uma colher de chá de fermento biológico em
uma placa de petri média e dissolva em um pouco de água (aproximadamente 10 ml).
Adicione meia colher de chá de açúcar e homogeneíze. Deixe descansar por quinze
minutos. Após este tempo, retire com uma pipeta uma ou duas gotas da solução e
coloque sobre uma lâmina e cubra com cuidado (para não formar bolhas) com uma
lamínula. Observe no MO com a objetiva de quatro vezes. Se necessário passe para a de
dez vezes.

F) Como coletar água para a atividade:


Material:
1. Beker de plástico ou vidro de 1000 ml;
2. Beker de plástico ou vidro de 250ml;
3. Pipeta graduada de 10 ml;
4. Luva cirúrgica de 10 ml;
5. Etiqueta
6. Caneta;
7. Papel contact;

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8. Pinça grande;
9. Parafilme ou papel alumínio;
10. Pera;
Procedimento:
1. Água do lago: Encher o beker de 1000ml com água do lago que foi escolhido e
coletar uma planta aquática, do mesmo lago, com raízes. Levar para o espaço do museu
onde são realizadas as atividades, identificar (data, origem e coletor) e cobrir o beker
com o parafilme ou papel alumínio, fazendo pequenos furos para haver entrada de ar e
não criar larvas de mosquitos. Após dois dias, montar uma lâmina (usar a escavada)
pingando duas ou três gotas de água e juntar um pequeno pedaço da raiz da planta que
foi coletada, cortando-a com ajuda de tesoura e pinça. Cobrir cuidadosamente com
lamínula e observar se há biodiversidade. Caso não haja, proceder nova coleta.
Dependendo da necessidade a lâmina pode ser montada no mesmo dia da coleta.

2. Água de bromélia: Com uma pipeta, coletar várias amostras de água do fundo de
algumas bromélias (a água sai marrom) e coletar também água mais clara da superfície
e em maior volume, misturar os dois tipos de água no beker de 250ml. Proceder como
no item acima.
Nota: Poderemos, também usar água de infusões mas esta técnica não será abordada no
momento.

G) Banner
A formulação do Banner com imagens de protozoários, bactérias, entre outros
microrganismos tem como objetivo ajudar o público visitante reconhecer os mesmos
quando visualizados ao microscópio.
Ao final ver o Banner.

O que fazer antes e depois da atividade

Antes.
 Chegar meia hora antes da abertura do museu para arrumar a bancada, checando
o material necessário para realização das atividades. (A lista com o material
encontra-se na parede ou bancada;
 remover as capas dos microscópios óticos e liga-los nas tomadas, bem como o
televisor;
 checar se estão funcionando e limpos e só deixa-los ligados durante a atividade;

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 deixá-los sempre travados e com as objetivas no aumento de 4x; só deixar pinças
e tesouras à mostra durante a atividade e depois
guarda-las nos locais apropriados para evitar que algum visitante,
principalmente crianças, possam se ferir;
 as lâminas e lamínulas devem ser descartadas nos recipientes apropriados e
identificados;
 não esquecer de manter sempre bem cobertos com parafilme, papel alumínio ou
outro material, os recipientes com a(s) amostra(s) de água não tratada(s),
fazendo-se pequenos furos no que se utilizar para cobrir estes recipientes para
poder entrar ar e não mosquitos.

Depois da primeira atividade.

 Havendo outra atividade, seja pela manhã ou à tarde, verificar, antes, se os


microscópios óticos estão regulados e se tudo está em ordem, procedendo-se
como já descrito acima, nos itens 03,04,05 e 06;
 caso não haja outra turma, desligar todos os microscópios óticos e deixar
somente um ligado, de preferência o que está conectado com o televisor.

Final do expediente.

 No final do expediente, lavar todas as lâminas e lamínulas e coloca-las para


secar na bandeja apropriada ou estufa, para o próximo uso;
 checar todo o material, inclusive microscópios óticos e deixar tudo organizado
para o dia seguinte;
 limpar as lentes dos microscópios óticos com a solução apropriada embebida em
lenços de papel Kleenex (lenço Cklinnex e sem perfume) ou similar;
 não esquecer de desligar microscópios óticos, televisor e tudo que for
necessário.

Notas

 Para preparação de um litro da solução limpadora de lentes usa-se 500ml de


ácool etílico absoluto (PA) + 500ml de éter etílico (PA). Coloca-se num frasco
escuro com tampa e identificado.
 Coletar água não tratada para as atividades, sempre que se notar a diminuição
dos seres vivos na(s) amostra(s) dos recipientes ou quando após a coleta(sempre
fazer duas lâminas), estas apresentarem uma biodiversidade pobre.
 Ao explicar o experimento com as placas de Petri, os participantes gostam de
manusea-las e isto é importante.Mas atenção. Ao entregar as placas aos
participantes devemos contá-las, para que nenhuma suma.

Banner

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Fundação Oswaldo Cruz
Casa de Oswaldo Cruz
Museu da Vida

Há Vida na Gota d’Água?


Francisco Luiz Cardoso da Silva

Dezembro de 2013

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Fundação Oswaldo Cruz
Casa de Oswaldo Cruz
Museu da Vida

Casa de Oswaldo Cruz


Diretor
Paulo Elian

Museu da Vida
Chefe de Departamento
Diego Vaz Bevilaqua

Serviço de Visitação e Atendimento ao Público


Coordenação
Alessandro Batista

Elaboração, desenvolvimento e orientação


Francisco Luiz Cardoso da Silva

Coorientação
Suzi Aguiar

Bolsistas do Projeto “Há vida na gota d’água?”


Ana Paula Said
Felipi Correa

Agradecimento
Bianca Reis
Letícia Rumjanek
Luciana Sales

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HÁ VIDA NA GOTA D’ÁGUA?
Introdução
A atividade “HÁ VIDA NA GOTA D’ÁGUA?” visa proporcionar aos visitantes do
Museu da Vida a visualização da biodiversidade existente na água não tratada, com auxílio
do microscópio ótico, assim como despertar neles o interesse para comparar o que está
sendo visto no microscópio e no banner exposto na atividade, será possível ainda,
identificar os agentes etiológicos que causam doenças veiculadas pela água.
Durante a oficina, os visitantes terão a possibilidade de conversar com os
mediadores sobre a importância dos microrganismos e realizar experimentos interativos,
onde observarão as bactérias vivas e os fungos não patogênicos promovendo uma
integração junto ao público.
Sendo o microscópio, o aparato essencial dessa atividade, ressaltamos que o crédito
da invenção do microscópio é discutível. Acredita-se
que sua invenção date do ano de 1590.
O neerlandês Antonie van Leeuwenhoek foi o
primeiro a observar e descrever fibras musculares,
bactérias, protozoários e o fluxo de sangue nos
capilares sanguíneos de peixes. A ele é atribuída a
descoberta dos microrganismos. Entende-se por
microrganismos seres vivos que só podem ser vistos
com o auxílio de microscópios.
Os conceitos científicos sobre a importância
dos microrganismos serão abordados e desmistificados
proporcionando reflexões e dúvidas aos participantes das oficinas.

25
VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR?

Copépode

Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Copepoda

Hábitat: são marinhos, em sua maioria, mas existem muitas espécies que vivem em água
doce, húmus, películas de águas no solo e na água acumulada em bromélias.
Alimentação: predadores.
Reprodução: dioicos com reprodução sexuada.
Curiosidades:
 Devido à sua forma física e seus diversos sistemas de movimento adicionados à
extremidade vibratória de seu corpo, faz com que o animal, além de forte e veloz,
não “sinta cansaço”;
 Alguns copépodes atuam como vetores de doenças humanas como a dracunculose e
a cólera;
 Outros se alimentam de larvas de mosquito como os da dengue e da malária.

26
Diatomácea

Reino Protista
Filo Bacilariophyta

Hábitat: principalmente em ambiente marinho. Existem espécies de água doce habitando


lagos e rios.
Alimentação: são autótrofas, produzindo seu próprio alimento.
Reprodução: pode ser sexuada por divisão binária, ou por reprodução espórica, quando as
condições do ambiente são adversas, e por reprodução sexuada.
Curiosidades:
 Quando morrem, as frústulas (paredes celulares silicosas) são depositadas nos fundos
dos lagos ou mares. Por serem muito resistentes e formadas por sílica, geram
gigantescos depósitos (diatomitos).
 Esses depósitos são usados industrialmente como filtros de líquidos nas refinarias de
açúcar e como isolantes térmicos.
 Os diatomitos são indicadores de locais que podem ter petróleo ou gás natural.

27
Euglena

Reino Protista
Filo Euglenophyta

Habitat: principalmente em água doce.


Alimentação: podem ser autótrofas ou heterótrofas, ou seja, podem realizar fotossíntese ou
se alimentarem de compostos orgânicos (algas verdes).
Reprodução: divisão celular longitudinal.
Curiosidades:
 Possuem cloroplastos.
 Têm uma mancha pigmentar, avermelhada, denominada estigma, com função
fotorreceptora.

28
Nematódeo

Reino Animalia
Filo Nematoda

Hábitat: encontrados em todos os lugares (solo, locais de água doce e salgada).


Alimentação: muitos nematódeos de vida livre são carnívoros e se alimentam de
pequenos animais, incluindo outros nematódeos. Outras espécies são fitófagas. Existem
muitas espécies marinhas e de água doce que se alimentam de algas, fungos e bactérias.
Os parasitas intestinais recebem o alimento já parcialmente digerido pelo hospedeiro.
Reprodução: a maioria das espécies é dioica, mas os hermafroditas não são incomuns.
Geralmente os machos são menores que as fêmeas.
Curiosidade:
 As fêmeas de algumas espécies produzem um feromônio que atrai os machos.

29
Oligochaeta

Reino Animalia
Filo Annelida
Classe Oligochaeta

Hábitat: são encontrados no solo e locais aquáticos, tanto de água doce (lagoas, açudes e
rios), quanto salgada (mar).
Alimentação: consomem detritos, especialmente de origem vegetal.
Reprodução: todos os oligoquetas são hermafroditas, podendo reproduzir-se sexuadamente
ou assexuadamente. A reprodução assexuada é comum entre muitas espécies de
oligoquetas aquáticos.
Curiosidades:
 São parentes das minhocas;
 As cerdas mais longas são características das espécies aquáticas;
 A abundância de espécies diferentes de oligoquetas aquáticos pode ser uma boa
indicação da poluição da água.

30
Paramécio

Reino Protista
Filo Ciliophor

Hábitat: vivem na água doce, salgada e em filmes de água do solo.


Alimentação: Tem uma variação de hábitos alimentares, podendo ser predadores de
rotíferos, gastrótricos e protozoários, incluindo outros ciliados. Dependendo do tipo,
podem se alimentar, também, de diatomáceas, bactérias e detritos.
Reprodução: Possuem dois tipos de reprodução:
Divisão binária - em condições ambientais favoráveis, sua célula divide-se em duas dando
origem a duas células geneticamente idênticas, crescendo rapidamente e voltando a se
dividirem;
Conjugação - em condições ambientais desfavoráveis, dois indivíduos entram em contato e
formam uma ponte citoplasmática temporária, por meio da qual trocam material genético.
Curiosidade:
 O paramécio pode nadar em um curso espiral e ao mesmo tempo girar; além disso,
pode se mover para trás.

31
Planária

Reino Animalia
Filo Plathyhelminthes
Classe Turbellaria

Hábitat: lagos, lagoas, córregos e fontes, onde ocupam a região próxima ao fundo.
Alimentação: predominantemente carnívoros, predam vários invertebrados, como
protozoários, rotíferos, copépodos e larvas de insetos. Também se alimentam de animais
mortos.
Reprodução: a planária adulta é hermafrodita, ou seja, cada animal apresenta os sistemas
reprodutores masculino e feminino.
Curiosidades:
 Possuem grande poder de regeneração. Cortando-se o animal em alguns pedaços,
cada um deles poderá dar origem a outro animal, pois possuem células de reposição
epidérmica.
 As planárias de água doce conseguem suportar, experimentalmente, períodos
prolongados de fome. Nos casos extremos, elas reabsorvem e utilizam partes de seu
corpo.
 Uma característica importante desta classe é a presença de células glandulares que
facilitam a adesão, secreção de muco e outras funções secretórias.

32
Rotífero

Reino Animalia
Filo Rotifera

Hábitat: água doce. Dominam o zooplâncton, ao lado de protozoários e pequenos


crustáceos.
Alimentação: detritos orgânicos e, nas espécies predadoras, protozoários, outros rotíferos e
pequenos animais.
Reprodução: são dioicos ou partenogenéticos (as fêmeas geram novos indivíduos, sem a
participação dos machos).
Curiosidades:
 Possuem mástax, ou faringe, usado para capturar e macerar alimentos.
 Apresentam um órgão ciliado característico, a coroa.

33
Stentor

Reino Protista
Filo Ciliophora

Hábitat: água doce, marinha e películas de água no solo.


Alimentação: podem ser predadores de rotíferos, protozoários, incluindo outros ciliados.
Alguns se alimentam de diatomáceas, bactérias e detritos.
Reprodução: pode ser assexuada, por meio de uma fissão binária transversal ou sexuada,
que envolve troca de material genético através da conjugação.
Curiosidades:
 Corpo em forma de corneta.
 Pode se fixar, temporariamente, ao substrato.
 Embora a maioria dos ciliados tenha vida livre, existem pouquíssimas espécies
parasitas, destacando-se Balantidium coli, que parasita o intestino do porco e pode,
eventualmente, infectar o ser humano.
 Certos ciliados vivem no tubo digestivo de ruminantes, como girafas, bois e
carneiros, auxiliando a digestão da matéria vegetal servindo eles próprios de
alimento para seus hospedeiros.

34
Vorticella

Reino Protista
Filo Ciliophora

Hábitat: lagoas e córregos de água doce.


Alimentação: algas e bactérias.
Reprodução: fissão binária longitudinal e conjugação.
Curiosidades:
 Vivem presas ao substrato por um pedúnculo.
 Apresentam contrações rápidas que lhes são características.
 Podem ser ectoparasitas.
 Podem competir por alimento com microcrustáceos (como Daphnia sp.).

35
DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA
Ascaridíase

A Ascaridíase é uma
parasitose causada por um
verme nematódeo da espécie
Ascaris lumbricoides
(Linnaeus, 1758).

Formas de contágio: ingestão de ovos infectantes presentes na água, solo e alimentos


contaminados com fezes humanas.
Sintomas: normalmente assintomático, embora possa ocorrer dor abdominal, diarréia,
náuseas, vômitos, anorexia e quando presentes em grande quantidade, obstrução intestinal.
Quando as larvas migram para o pulmão, podem ocorrer bronquite e pneumonia.
Prevenção: hábitos de higiene, lavar bem os alimentos e tratar a água. O saneamento
básico também é importante.

36
Diarreia Infecciosa

A Diarréia Infecciosa é uma


doença comum em crianças,
causada por viroses e
bactérias como estafilococos,
Salmonella e Shighella.

Formas de contágio: ingestão de água e alimentos contaminados.


Sintomas: os mesmos da diarréia comum, febre, perda de energia e apetite.
Prevenção: hábitos de higiene, tratamento da água, cuidados com alimentos que são
consumidos crus e saneamento básico.

37
Giardíase

A Giardíase é causada por


um protozoário flagelado da
espécie Giardia lamblia
(Klunster, 1882) que parasita
o intestino humano.

Formas de contágio: ingestão de água e alimentos contaminados.


Sintomas: geralmente assintomático. Os pacientes que desenvolvem sintomas,
normalmente têm diarreia bem líquida e de odor fétido podendo apresentar cólicas
abdominais, náuseas, vômitos e perda de peso.
Prevenção: tratamento da água, ingestão de alimentos bem lavados ou cozidos e
saneamento básico.

38
Hepatite A

A Hepatite A é uma doença


infecciosa viral, contagiosa,
causada pelo vírus A.

Formas de contágio: a principal via de contágio é a fecal-oral, por contato inter-humano


ou por água e alimentos contaminados.
Sintomas: pode ser, na maioria das vezes, assintomático. Nos pacientes sintomáticos, o
período da doença se caracteriza pela presença de urina escura, fezes de cor esbranquiçada
e icterícia.
Prevenção: pela vacinação. A melhor estratégia de prevenção é o saneamento básico e
medidas educacionais de higiene.
Observação: a Hepatite E, embora seja causada por outros vírus, também pode ser
transmitida pela contaminação dos reservatórios de água.

39
Leptospirose

A leptospirose é uma doença


infecciosa causada pela
bactéria do gênero
Leptospira presente na urina
do rato.

Formas de contágio: a doença pode ser adquirida pela ingestão da água ou alimentos
contaminados pela urina de animais infectados com mucosas ou rachaduras na pele, bem
como a absorção da bactéria pela pele saudável, quando exposta ao contato prolongado com
a água ou lama contaminadas, o que pode acontecer durante uma enchente, por exemplo.
Sintomas: são semelhantes à gripe. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores no
corpo, principalmente na batata da perna, podendo também ocorrer icterícia.
Prevenção: evitar o contato com a água ou lama das enchentes. Também são necessárias
medidas ligadas ao meio ambiente, tais como: controle de roedores, obras de saneamento
básico e melhorias das habitações humanas.

40
REFERÊNCIAS
BRASIL ESCOLA. Nematódeos parasitas do ser humano. Disponível em:
http://www.brasilescola.com/biologia/nematodeos-parasitas-ser-humano.htm. Acesso
em: 18/12/2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. A, B, C, D, E de hepatites para comunicadores / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. –Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em:

https://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hepatites_abcde.pdf. Acesso em: 18/12/2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia Lepstopirose: Diagnóstico e Manejo Clínico. Disponível em:
ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/ZOO/LEPTO09_GUIA_MANEJO.pdf. Acesso em: 17/12/2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Bio-Manguinhos. Leptospirose: sintomas, transmissão e prevenção.
Disponível em: http://www.bio.fiocruz.br/index.php/sintomas-transmissao-e-prevencao. Acesso

em: 18/12/2013.

DIAS, Lisi. Prática – Observando Lactobacilos. Disponível em: http:


//lisidias.blogspot.com.br/2011/11/pratica-observando-lactobacilos.html. Acesso em:
19/11/2013.

MASSARANI, L.; ALMEIDA, C. Introdução a um diálogo sobre mediação museus e centros


de ciência. In: Workshop Sul Americano & Escola de Mediação em Museus e centros de
Ciência. Rio de Janeiro: Museu da Vida/ COC/ Fiocruz, 2008.

MARANDINO, M. Introdução a um diálogo sobre mediação em museus e centros de


ciência. In: Workshop Sul Americano & Escola de Mediação em Museus e centros de
Ciência. Rio de Janeiro: Museu da Vida/ COC/ Fiocruz, 2008.

PACIEVITCH, Thaís. Ascaridíase. Disponível em:


http://www.infoescola.com/doencas/ascaridiase-lombriga/. Acesso em: 17/12/2013.

PINHEIRO, Pedro. Ascaris lumbricoides. Disponível em: http://www.mdsaude.com/.


Acesso em: 17/12/2013.

RODRIGUES, Marcelo Lara. Biologia Celular: aula prática de observação de células do


fermento. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABJO0AB/biologia-
celular. Acesso em: 19/11/2013.

ROTRAUT, A. G. B. C.; De Oliveira, R. L. Principais Mosquitos de Importância Sanitária no


RUPPERT, E. E.; BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados. Ed. Roca, São Paulo, 1996.
Brasil. Ed. FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 1998.

41
RUTKA, Camila. Tudo sobre Giardíase. Disponível em:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/giardiase#top2. Acesso em: 18/12/2013.

SEIBEL, M. I.; BAETA, A. M. A pedagogia do Museu da Vida. Relatório FINEP; 1999.

SEIBEL, M. I. Educação Não Formal: algumas reflexões. Relatório FINEP; 1999.

VARELLA, Dráuzio. Tipos de diarréia. Disponível em:


http://www.drauziovarella.com.br/letras/d/diarreia/. Acesso em: 17/12/2013.

42
ANEXO 1
VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR?
MICRORGANISMOS BIBLIOGRAFIAS IMAGENS
NEUSWANGER, Jason. Female Copepoda (Copepods) ArthropodAdult
Pictures
Copépode
Disponível em: http://www.troutnut.com/specimen/796
Acesso em: 09/01/14
MARIANO,Vera Lucia Belli. Cultivo de Microalgas em Fotobiorreatores
Disponível em:
Diatomácea http://microalgasprofessoravera.blogspot.com.br/2011/08/diatomacea.ht
ml
Acesso em: 09/01/14
Deviantart
Disponível em:
Euglena
http://www.deviantart.com/morelikethis/309526135?view_mode=2#skins
Acesso em: 09/01/14
Rede simbiótica de Biologia e Conservação
Nematódeo Disponível em: http://www.simbiotica.org/nematoda.htm
Acesso em: 09/01/14
Illinois Natural History Survey
Disponível em: http://wwx.inhs.illinois.edu/research/biosurveys/photo-
Oligochaeta
gallery/aquatic-animals.
Acesso em: 09/01/14
LEHMAN, Christine. Como um parasita realiza digestão?
Disponível em: http://www.ehow.com.br/parasita-realiza-digestao-
Paramécio
como_102531/
Acesso em: 09/01/14
Frescurando. Blogsot. A incrível Planaria.
Disponível em: http://frescurando.blogspot.com.br/p/quem-e-
Planária
blogueira.html
Acesso em 16/12/2013.
Natura Mediterraneo.
Disponível em:
Rotífero http://www.naturamediterraneo.com/forum/topic.asp?TOPIC_ID=43171&
whichpage=2.
Acesso em: 09/01/14
Microscopy UK or their contributors.
Disponível em:
Stentor
http://www.microscopy-uk.org.uk/mag/indexmag.html?http://microscopy-
uk.org.uk/mag/artnov04/wdstentor.html.
Protist Information Server
Disponível em:
Vorticella
http://protist.i.hosei.ac.jp/pdb/images/Ciliophora/Vorticella/convallaria/sp
_11.html Acesso em: 09/01/14

43
ANEXO 2

DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA

MICROR
BIBLIOGRAFIAS IMAGENS
GANISMOS

MACKENNA, Hospital Dr. Luis Calvo. Parasitologia: ASCARIS


LUMBRICOIDE
Ascaridíase Disponível em:
http://www.pediatriaoriente.cl/parasitologia/fotosP/Fotos_pa.htm
Acesso em 09/01/14
DENNIS, Ladonna. Infecção por Salmonella typhimurium
Diarreia Disponível em: http://www.ehow.com.br/infeccao-salmonella-
Infecciosa typhimurium-sobre_170661/
Acesso em 09/01/14
Wikimedia Commons. Giárdia Lamblia.
Disponível em:
Giardíase http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giardia_lamblia_SEM_8698_lores.j
pg
Acesso em 16/12/2013

Wikimedia Commons. Hepatite A


Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hepatite_A
Hepatite A
Acesso em: 09/01/14

Wikimedia Commons. Leptospira interrogans strain.


Disponível em:
Leptospira
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Leptospira_interrogans_strain_RGA_01
Interrogans
.png
Acesso em 19/12/2013.

44
Trabalho Apresentado no Congresso Red-Pop 2015
Rede de Popularização da Ciência América Latina e Caribe

Título: Oficina lúdica e interativa: Há vida na gota d’água?


Autores: AGUIAR, Suzi Santos de; CARDOSO, Francisco; SALES, Luciana;
SAIDE, Ana Paula; COSTA, Fernanda; AMPARO, Diego.
Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz.

Palavras Chave: Saúde, Biodiversidade, Ciência

Resumo:
A oficina lúdica e interativa “Há vida na gota d’água?”, integra um grupo de
atividades, desenvolvida no Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz que
tem como proposta o debate sobre ciência e os processos científicos. Atuando
principalmente na divulgação científica.
Realizada pelos mediadores, a oficina se propõe a discutir e refletir sobre a
biodiversidade existente na água não tratada, bem como algumas doenças
veiculadas por esta água; enfocando assim a saúde pública. A oficina foi realizada
com grupos escolares da rede pública e privada, do Ensino Fundamental e Ensino
Médio e apresentou como resultados a partir da experimentação e de debates um
maior esclarecimento sobre a poluição da água, sobre os microrganismos, método
científico e a nossa saúde.

Introdução:
Todos nós sabemos que a água é fundamental em nossa vida, sem ela morremos
e que nossa água deve ser potável. A água que devemos consumir deve ser
inodora, límpida e insípida, deve ser tratada para que não apresente nenhum risco
a nossa saúde. Assim, a água própria para o nosso consumo deve ser isenta de
microrganismos patogênicos, ou seja, não conter nenhum microrganismo que
possa provocar algum tipo de doença.
Entende-se por microrganismos seres vivos que só podem ser vistos por
microscópios, um recurso pedagógico muito importante na oficina; ao qual
acredita-se que tenha sido inventado no ano de 1590.
A partir da utilização dos microscópios pelos cientistas, o holandês Antonie Van
Leuwenhoek foi o primeiro a observar e descrever fibras musculares, bactérias,
protozoários e o fluxo de sangue nos capilares sanguíneos de peixes. A ele é
atribuído a descoberta dos microrganismos.
A água quando não tratada oferece sérios riscos a saúde da população, podendo
provocar várias doenças, tais como: ascaridíase, diarreia infecciosa, giardíase,
vírus hepatite A e leptospirose.
Temos várias formas de contaminação da água entre elas, o lançamento de
esgotos que não são tratados previamente e quando de chuvas fortes com
enchentes que provocam o arraste de coliformes fecais humanos e de animais,
tudo isto chegam aos rios e aos lagos. (GONZÁLES;TAYLOR;ALFARO,1982).
Assim, as doenças infecciosas, mais comuns, com risco para a saúde,
relacionadas com a água potável são causadas por bactérias patogênicas, vírus e
protozoários ou parasitas. (ZULPO, 2006).

45
Na oficina também apresentamos os microrganismos que fazem bem a nossa
saúde e que estão presentes nos alimentos, como exemplo os lactobacilos que
são importantes para o nosso sistema digestivo e imunológico. Os lactobacilos
existentes no iogurte, nos leites fermentados, sobremesas lácteas, sorvetes e
diversos tipos de queijos; esses microrganismos utilizam o açúcar do leite para
produzir energia e se proliferar e eliminam ácido láctico, substância que aumenta a
acidez da flora intestinal e inibe a proliferação das bactérias nocivas. Um outro
exemplo benéfico são as leveduras que nos permite fazer o pão (o fermento
biológico que são leveduras, ou fungos) ou que permite fazer o vinho, por
processo de fermentação.
Desta forma, os grupos escolares, que participaram da oficina puderam realizar
diferentes experimentos para melhor compreender o que são microrganismos,
quais os microrganismos encontrados na água não tratada ou poluída e quais
microrganismos existentes nos alimentos que fazem bem a nossa saúde.

Objetivo Geral:
Possibilitar ao público visitante elementos que subsidiem uma compreensão mais
crítica sobre a biodiversidade existentes em uma água não tratada.

Objetivos específicos:
Apresentar e identificar diferentes formar de vida existentes em uma água não
tratada; Promover um debate sobre algumas doenças veiculadas pela água;
Divulgar conceitos e processos científicos importantes referente aos seres vivos
apresentados na atividade.

Metodologia:
Adotamos como metodologia as orientações construtivistas baseada na Proposta
Pedagógica do Museu da Vida em que a construção do conhecimento em
ambientes não formais de educação devem acontecer de forma lúdica, interativa e
criativa, priorizando a interdisciplinaridade.
A Proposta Pedagógica tem a função de fundamentar teoricamente, de ajudar a
planejar e operacionalizar as atividades desenvolvidas no Museu. A mesma
propõe que os temas científicos tratados assumam: o enfoque histórico como
processo e tenham interatividade como metodologia. Propõe, ainda, que o sujeito,
em suas dimensões sociais, culturais, epistemológicas e históricas e o contexto da
visita sejam o centro do evento de visitação, para o qual estão voltados todos os
objetivos, conteúdos e atividades. (SEIBEL, Iloni; 1999).
Para o desenvolvimento da oficina foram utilizados como recursos microscópios
óticos, televisor, outros materiais de laboratório, experimentos, um banner
ilustrativo e informativo e um caderno auxiliar da atividade. Vale destacar que a
interação do que foi observado no microscópio ótico e no pôster contou com ajuda
do mediador bem como os experimentos realizados.
Para avaliação foi utilizado duas fichas de observação. Uma para os mediadores
(profissionais e estagiários), e a outra que foi aplicada junto ao público visitante;
neste caso grupos escolares.
Esta atividade compreende duas etapas seguidas de seus respectivos momentos
descritos a seguir. Na Primeira Etapa: Investigamos sobre os microrganismos na

46
gota d’água. Estimulamos o grupo fazendo perguntas sobre o tema da oficina,
ficando atento as informações que surgiram. Perguntamos: se “Há vida na gota
d’água?”.
A partir das respostas do público explicamos sobre a água tratada e não tratada/
água poluída. Buscamos ressaltar que só devemos beber água que for tratada.
Perguntamos se eles sabiam o que é água tratada, depois convidamos os
participantes a montarem suas lâminas com água não tratada (coletada de lagos e
bromélias do Campus de Manguinhos); os mediadores perguntam “o que vocês
estão vendo no microscópio?” e a partir das respostas esclarecem sobre os
diferentes microrganismos observados tais como: rotífero, oligoqueta, planária,
entre outros e os vermes (que não são microrganismos).
Os mediadores seguem perguntando se todos sabem o que são microrganismos e
se já ouviram e/ou estudaram sobre. Para melhor reconhecer o que está sendo
observado ao microscópio perguntamos se alguém está vendo algum organismo
parecido com o que está na parte superior do banner. Seguimos com a mediação
perguntando se alguém sabe a importância dos microrganismos e a partir das
respostas vamos esclarecendo que alguns causam doenças e outros não e que
alguns até ajudam na saúde do homem.
Na Segunda etapa: investigamos sobre os microrganismos em outros
experimentos. Primeiro momento: observamos os Lactobacillus (microrganismo)
vivos e/ou levedura. O mediador escolhe entre observação de Lactobacillus vivos
ou leveduras e explica o processo. Chamamos o público para um bate papo com
perguntas: “onde vivem os microrganismos?”; mostramos placas de Petri
colonizadas e os controles e discutimos o procedimento deste experimento que
prova existir microrganismos no ar; a partir daí perguntamos “como apareceram os
fungos e as bactérias na placa de Petri?”; a partir das respostas esclarecemos que
é através do ar e mostramos que há diferenças entre as placas colonizadas e as
que não são.
Segundo momento: Refletimos sobre microrganismo na água, na levedura e nos
Lactobacillus vivos. Importante explicar que os microrganismos patogênicos
quando presentes na água fazem mal a saúde, e que os Lactobacillus vivos fazem
bem a saúde e a levedura são fungos e servem por exemplo para a fabricação do
pão; portanto fazem bem a saúde, mas temos fungos que são prejudiciais.
Mostramos dois frascos, sendo um frasco com água contendo sujidades e outro
com água “limpa”; perguntamos aos participantes “qual água escolheriam para
beber?”; com as respostas discutimos a diferença entre água contaminada/
poluída e água potável (para ser consumida/beber).
Ao final da oficina faz-se um debate sobre os microrganismos e sua importância
na saúde, esclarecendo quais são os microrganismos que fazem bem a saúde e
quais causam doenças.

Recursos Pedagógicos:
Utilizamos como recursos um banner com imagens e descrição de vários
microrganismos. Microscópios óticos, Câmera para microscópio ótico e televisor.
Lâminas e lamínulas, pipetas, becker de plástico contendo água não tratada;
álcool a 70%, pinças, placas de petri com e sem colônias de microrganismos, duas
garrafas (uma água limpa e outra água com sujidades); pote com coalhada,

47
frascos com lactobacillus, suporte para tubos de ensaio, tubos de ensaio médios
(capacidade para 10ml), provetas graduadas com capacidade para 100ml, becker
pequeno com água sem cloro, fermento biológico (dentro da validade), pote
tampado com açúcar, placas de Petri médias e grandes, lenço de papel kleenex
(sem perfume).

Resultados:
Para avaliação foram elaboradas duas fichas de observação. A primeira ficha
utilizada pelos mediadores tem como objetivo verificar a compreensão de todos
sobre a oficina, o entendimento dos conceitos trabalhados, a linguagem abordada
e sua adequação aos diferentes públicos, bem como a adequação do roteiro da
oficina.
A ficha de observação do público teve como objetivo identificar as questões mais
relevantes debatidas durante a oficina. A oficina foi realizada com alunos de
escolas públicas e privadas da Cidade do Rio de Janeiro, do Ensino Fundamental
e Médio.
Tivemos como grupos escolares do Ensino Fundamental que realizaram a oficina
e responderam a ficha de observação, alunos de três escolas da rede pública
municipal, do 7º ao 9º ano num total de 48 alunos e quatro escolas privadas com
alunos também do 7º ao 9º ano num total de 67 alunos. Total geral de 115 alunos.
Quando perguntamos se “Há vida na gota d’água?”, identificamos nas respostas
que tanto os alunos das escolas públicas quanto das escolas privadas afirmaram
que existe vida em uma gota de água, porém não sabiam dizer exatamente que
vida. Quando indagados sobre o que é uma água tratada e não tratada, todos
souberam responder afirmando que a água tratada é filtrada e é fervida, para
matar os micróbios e que a não tratada faz mal à saúde; sendo esta água
identificada por eles como a que está suja; relacionando esta sujeira com o fato da
água está poluída com lixo.
Quando perguntados sobre o que sabiam sobre microrganismos 102 alunos
responderam que sabiam que tinham as bactérias e os vírus; 13 alunos não
sabiam exatamente o que eram. Que microrganismos são bem pequenos e não
conseguimos ver a olho nú. Três alunos disseram que microorganismos eram
seres pequenos e que só eram visíveis com auxílio de um microscópio. Outra
pergunta foi: “diga como os microrganismos estão presentes no seu dia a dia?”
Todos responderam que estão presentes em todo lugar, nos alimentos, no ar, na
água, no chão, nos móveis, entre outros. Depois foi perguntado como você
relaciona os microrganismos com a saúde? Tivemos 97 alunos que responderam
que os microrganismos estão em todo lugar e que uns fazem bem a nossa saúde
e que outros fazem mal a saúde; 18 disseram que podem causar doenças,
inclusive diarreia.
Indagamos ainda sobre qual a relação dos microrganismos e a água não
tratada/poluída; todos alunos disseram que as doenças são porque bebemos água
suja/poluída/ e que os microrganismos causadores de doenças são porque
sujamos a água.
Perguntamos o que mais gostou e o que não gostou na oficina; 83 alunos
responderam que gostaram de ver a gota d’água no microscópio; 23 alunos de

48
fazerem suas lâminas e ver no microscópio e 09 alunos disseram que gostaram de
tudo.
No decorrer da oficina os mediadores foram respondendo as seguintes perguntas
dos alunos e a partir das respostas promovendo debate: “só podemos ver o que
existe na água pelo microscópio?”; “a água da bica é pura?” (Entendemos como
limpa); “podemos beber água da bica?” “verme também é microrganismo?”;
“protozoário é microrganismo?”; “de onde veio a água que olhamos no
microscópio?”; “o leite em pó tem microrganismos?”; “meu iogurte tem
microrganismos?”
Quanto ao Ensino Médio, a ficha de observação foi passada para duas escolas da
rede pública; com alunos do 2º e 3º anos, num total de 38 alunos e três escolas
privadas, com alunos do 1º e 2º anos, num total de 47alunos. Total geral de 85
alunos.
Perguntamos se “Há vida na gota d’água?”, todos os alunos responderam que
existe vida em uma gota d´água, alguns disseram que existe bactérias na água.
Quando indagados sobre o que é uma água tratada e o que é água não tratada;
todos afirmaram que para termos água tratada é preciso passar em tanques com
vários produtos químicos (exemplo cloro); filtrar e ferver para poder beber. Os
alunos afirmaram que os microrganismos só podem serem vistos com o auxílio do
microscópio. Classificaram a água não tratada/poluída como aquela que está suja
por causa do lixo, das chuvas, contaminada com produtos químicos (exemplo
indústria de tinta).
Quando perguntado se sabiam o que era microrganismos; 73 alunos disseram que
sim (colocando que são vírus e bactérias), e 12 não se lembravam. Quando
perguntados sobre como os microrganismos estão presentes no cotidiano? Todos
os alunos responderam que os microrganismos são encontrados em todos os
lugares; na água, no chão, nos alimentos, nas roupas, em tudo.
Depois foi perguntado: como você relaciona os microrganismos com a saúde?; 83
alunos disseram que os microrganismos podiam fazer mal a saúde, relacionando-
o a algumas doenças; 17 alunos disseram que podem até matar;
Indagamos ainda sobre qual a relação dos microrganismos e a água não
tratada/poluída; todos alunos disseram que as doenças relacionadas a água são
porque bebemos água suja/poluída/ e que os microrganismos causadores de
doenças são porque sujamos a água.
Quando indagados sobre os microrganismos e a saúde todos disseram que existe
os que trazem benefícios a saúde e os que fazem mal a saúde. Quando
perguntados o que mais gostaram e o que não gostaram na oficina, 72 alunos
disseram que gostaram de tudo e 13 alunos disseram que gostaram de ver no
microscópio. Todos os alunos disseram que a oficina esclareceu mais sobre os
microrganismos, principalmente no experimento do leite.
Durante a oficina podemos destacar algumas falas dos alunos, tais como: “quais
os microrganismos que mais existem na água?”, “quando a água está muito
poluída e limpamos matamos todos os microrganismos, até mesmo os bons?”, “o
mofo do pão é causado por bactérias?”, “o iogurte e o leite depois de fervido
continua com microrganismo?”, Os mediadores foram dialogando com os alunos e
formulando as respostas.

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Conclusão:
Ao analisarmos as fichas dos alunos podemos perceber que a oficina possibilitou
uma melhor compreensão sobre a poluição da água, sobre microrganismos e
como cuidar melhor de nossa saúde. No decorrer da mesma, a realização dos
experimentos, as diversas perguntas feitas pelos alunos, o bate papo com os
mediadores foi importante para que os alunos compreendessem melhor o que são
microrganismos, que alguns tipos de microrganismos que estão em água suja
fazem mal a nossa saúde nos causando doenças graves. Perceberam como
poluímos a água, e de que forma a água deve ser tratada para chegar em nossa
residência e que mesmo com todo tratamento realizado na empresa fornecedora
devemos filtrar e/ou ferver para consumo direto. Os alunos compreenderam que
algumas doenças são transmitidas pela água poluída, que devemos cuidar melhor
dos rios, dos mananciais, combater a poluição da água pelas indústrias que jogam
resíduos químicos nas águas, que não devemos acumular lixo nas ruas, perto dos
rios nas cidades. Os alunos entenderam que existem microrganismos que fazem
bem a saúde e que outros nos deixam doentes e classificaram os microrganismos
existentes em nosso cotidiano como bons ou ruins para nossa saúde.
- a bactéria do Yakult (lactobacillus) é boa.
- a que existe no remédio também faz bem a nossa saúde.
- o fungo em um pão apodrecido faz mal.
- há fungos nos queijos que fazem bem e outros que fazem mal.
- os microrganismos que ficam no chão, em mesas, nos banheiros, fazem mal.
Os alunos compreenderam que os microrganismos fazem parte do nosso
ecossistema e que são necessários para a saúde.
A oficina possibilitou ainda aos alunos trabalharem em grupo e perceberem nas
diferentes etapas o desenvolvimento de uma pesquisa e/ou do trabalho científico,
sendo explorado pelos mediadores o método científico para um trabalho.

Referência Bibliográfica:

GENTILI, P. Como ensinar microbiologia, com ou sem laboratório. Acesso em 02


mai. 2011. Disponível em < http://revistaescola.abril.com.br> acesso em 03 maio
de 2011.
GONZÁLES, R.G.; TAYLOR, M.L.; ALFARO, G. Estudo bacteriano del água de
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NICOLI, J. R. Entenda a importância dos micróbios. Disponível em
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/ > Acesso: 03 maio de 2011.
RODRIGUES, Marcelo Lara. Biologia Celular: aula prática de observação de
células do fermento. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABJO0AB/biologia-celular. Acesso em:
19/11/2013.
SEIBEL, M. I.; BAETA, A. M. A pedagogia do Museu da Vida. Relatório FINEP;
1999.
SEIBEL, M. I. Educação Não Formal: algumas reflexões. Relatório FINEP; 1999.

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