O Alienista critica a crença excessiva na ciência da época e um médico chamado Simão Bacamarte que capturava qualquer pessoa considerada "desequilibrada" para tratamento forçado. A população se rebela contra esse cenário de constante medo e prisão de pessoas contra sua vontade. O livro discute os perigos da fé cega em qualquer coisa, inclusive na ciência, se não houver evidências para apoiar as afirmações.
O Alienista critica a crença excessiva na ciência da época e um médico chamado Simão Bacamarte que capturava qualquer pessoa considerada "desequilibrada" para tratamento forçado. A população se rebela contra esse cenário de constante medo e prisão de pessoas contra sua vontade. O livro discute os perigos da fé cega em qualquer coisa, inclusive na ciência, se não houver evidências para apoiar as afirmações.
O Alienista critica a crença excessiva na ciência da época e um médico chamado Simão Bacamarte que capturava qualquer pessoa considerada "desequilibrada" para tratamento forçado. A população se rebela contra esse cenário de constante medo e prisão de pessoas contra sua vontade. O livro discute os perigos da fé cega em qualquer coisa, inclusive na ciência, se não houver evidências para apoiar as afirmações.
Essa história, publicada pela primeira vez em 1881 (mesmo ano da
publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas) em folhetim, depois em 1882 em uma compilação chamada Papéis Avulsos, faz parte da fase realista do Machado. Surge numa época marcada pelo cientificismo (uma crença desmedida na capacidade da ciência). Logo Machado, popular pelo seu tom ácido regular, forma um personagem, Simão Bacamarte, para representar e criticar toda essa certeza excessiva que se compunha em torno de profissionais que se afirmavam cientistas, principalmente aqueles que portaram do exterior novas técnicas e conhecimentos excelentes para resolver. inconvenientes complexos como se fossem apenas circunstâncias consequentes dos mesmos fatores solucionáveis. Certa famosa classe médica da época é a escolha: o alienista. Chamavam- se assim os profissionais que cuidavam dos adoidados - aqueles que haviam perdido sua identidade, vivendo em um estado absorto a si mesmos. Ou seja, tratavam do que era considerado loucura, que Bacamarte define da seguinte forma: “a razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades, fora daí insânia, insânia e só insânia”. Os cidadãos e as autoridades passam a acreditar neste homem que jura ter a definição e a cura para um mal que aflige a humanidade há bastante tempo. O alienista, uma vez - como o próprio Napoleão coroou -incorpora em si total a credibilidade e conhecimento que com certeza lhe cabem, começa a capturar para tratamento na Casa Verde toda pessoa que apresente um pouco de grau de desequilíbrio mínimo. Os argumentos vão desde falar sozinho, falar em diferentes línguas ao público ou até ter grande consideração pela casa onde vive. Rebelião então ... E o termo “captura” faz merecimento ao método do médico que, além de capturar pessoas contra sua vontade, exige o pagamento da estadia, seja da família ou do governo, que patrocina a pesquisa, considerando que o investimento deve contar. A população não demora a se voltar contra esse cenário de constante temor. E é a partir dessa revolta que a estória se torna ainda mais envolvente. É um livro muito interessante para se pensar sobre a história da loucura e também sobre como a fé excessiva em algo, seja metafísico ou mesmo a ciência, sempre será prejudicial. Mesmo a ciência, que tem por princípio supremo reivindicar provas que evidenciem o que afirma, deve ser tratada com cuidado até que se confirme a autenticidade das informações. Em conclusão, ciência de verdade não opera com achismos.